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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Luziânia - GO
2016
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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Luziânia - GO
2016
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
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Orientador: Prof. D’angelles Sousa de Oliveira
DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
2. DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 19
1. INTRODUÇÃO
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Destacamos aqui que as categorias Sistema Penitenciário e ou Sistema Prisional são distintas
ao do Sistema Socioeducativo, mais especificamente no que tange a internação quando
decretada pela autoridade judicial, tornando-se a internação socioeducativa exclusiva para
adolescente, conforme expressa o Art. 123 do ECA e o Art. 185 que não permite que ele
cumpra internação em sistema prisional por entender que a penitenciária não é local adequado
para jovem.
5PIRES, Roseane de A. Educação de Jovens e Adultos. In Ministério da Educação/ Secretaria
e jovem como caminho para a construção do seu futuro, além de que educar
torna–se sinônimo de ressocializar e reinserir”, conforme previsto na
Constituição Federal nos Artigos 205 e 214 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente em seu Art. 86 do ECA.6
8Uma vez que a sexta-feira acontece o Dia da Visita na Unidade e as aulas são suspensas,
embora os professores permanecem na Escola da Unidade em planejamento escolar no
cumprimento de carga horária.
9 É muito comum em pesquisa autores lidar com a escassez de dados sobre a população
juvenil de negros encarcerados. Estudos recentes foram divulgado em parceria pela Secretaria
Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, um estudo, de autoria da pesquisadora Jacqueline
SINHORETTO, intitulado “Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil” que demonstra
dados mais recentes sobre a população carcerária negra e jovem do País. Disponível em:
http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/junho/mapa-do-encarceramento-aponta-
maioria-da-populacao-carceraria-e-negra-1 ; Acesso em: 16/07/2016.
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BAQUERO, Rute V.; SANTOS, Eliene et al. Socioeducar a Escola: Desafios à Educação de
Jovens e Adultos. ApendSul2008: VI Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul:
UNIVALI, Itajaí – SC, pgs. 1-13.
13 FOUCAULT, Michael. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete.
38. ed. Petrópolis: RJ: Vozes, 2010 e GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos.
São Paulo: Perspectiva, 1996.
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1.2 METODOLOGIA
2. DESENVOLVIMENTO
18 Cabe salientar que este curso ainda está em elaboração para implementação.
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11h30 às 13h 11h30 às 13h 11h30 às 13h 11h30 às 13h 11h30 às 13h 11h às 14h 11h às 14h
- Almoço - Almoço - Almoço - Almoço - Almoço - Almoço - Almoço
- Descanso - Descanso - Descanso - Descanso - Descanso - Descanso - Descanso
- Preparação p/ a
visita
13h às 17h 13h às 17h 13h às 17h 13h às 17h 13h às 17h 13h às 17h 13h às 17h
- Banho / - Banho /Higiene - Banho / - Banho / Higiene - Banho / Higiene - Banho / Hig. - Banho / Hig.
Higiene Pessoal Higiene Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal
Pessoal Pessoal
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
23 Loic Wacquant em “As Prisões da Miséria” aponta que tais “depósitos humanos” ou
“depósito dos indesejáveis” são os negros, latinos, com baixa renda familiar, oriundos de
famílias do “subproletariado” tanto em países de ‘Primeiro Mundo” quanto os de ‘Segundo
Mundo” e condenados pelo direito comum por envolvimento com drogas, furto, roubo ou
atentados à ordem pública, em grande parte, pequenos delitos. Ver WACQUANT, Loic. As
prisões da miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
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Ela é a detestável solução, de que não se pode abrir mão”. Foucault (2010, p.
251-254) evidencia a detenção como um mecanismo novo de punição, porém
sem concorrer para a diminuição da taxa de criminalidade”.24
Há um ponto em que não foi levantando no trabalho, trata-se de dados
sobre a reincidência dos egressos da Unidade pesquisada. A Coordenação
Geral destacou a dificuldade de se colher esta informação, ainda que se
acredita muito baixa, se levarem em conta a rotatividade de entrada e saída
dos adolescentes. Pode até ser que a Escola do CASE tenha um papel
fundamental na preservação e na diminuição da reincidência infracional, muito
se acredita que isso ocorra, porque estão em jogo questões cruciais pela falta
de articulações e de apoio social externo à instituição. Fato é que, as causas
da reincidência são de difícil identificação e delimitação, já que envolvem uma
multiplicidade de fatores em interação na captação desses dados. Esse fato é
agravado pela escassez de pesquisas e pela precariedade de dados acerca da
reincidência entre os adolescentes, devido a falhas no acompanhamento dos
egressos do processo socioeducativo. Tal acompanhamento fica a cargo de
alguns profissionais das unidades de internação, os quais se baseiam,
principalmente, no depoimento do próprio egresso ou de seus familiares
(PADOVANI; RISTUM, pg. 972, 2013).25
Como destacamos, há boas perspectivas de mudanças que apontam,
talvez para um novo cenário, o que não significa que a existência da escola no
centro socioeducativo não esteja sendo socialmente questionada quanto a sua
eficácia e contribuição para a ressoalização do sujeito.26 Significa que, talvez,
exista uma possibilidade de que o centro socioeducativo possa passar por
24 Citado de OLIVEIRA, Leandra S. da Silva; ARAÚJO, Elson Luiz de. A educação escolar nas
prisões: um olhar a partir dos direitos humanos. Revista Eletrônica de Educação. São Paulo,
SP: UFSCar, v, 7, n. 1, p. 177-191, mai. 2013. Disponível em http:www.revedec.ufscar.br,
Acesso em: 20 out 2016.
25 Ver PADAVANI, Andrea S., e RISTUM, Marilena. A Escola como caminho socioeducativo
para adolescents privados de liberdade. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 39, n. 4, p. 969-984,
out./dez.2013.
26 Cabe salientar que o termo “ressocialização” costuma trazer discussões entre autores, pois
acredita-se que a expressão traga sinonímia com o termo “socialização”, pois alguns
estudiosos apontam que aqueles sujeitos, de fato, nunca deixaram de estar socializados, nem
passaram por um processo de exclusão social, mas que, assim como os demais, são
participantes das relações sociais de uma determinada cultura, mesmo que a forma de inclusão
possa ter sido perversa, o que pode também ser considerado que independe da lógica de
inclusão-exclusão, de alguma maneira tais indivíduos estão inseridos num contexto social de
opressão, de invisibilidade e posições de desigualdade pelo poder público na sociedade.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS