Вы находитесь на странице: 1из 14

Divisão dos Estudantes — os sucessores da esperança

Edição 2153 - Publicado em 27/Outubro/2012 - Página B2

VAMOS SONHAR JUNTOS. Assim como o presidente Ikeda, a senhora Kaneko também acredita no pontencial dos estudantes
(Centro de Treinamento de Nagano, agosto de 1979)

FAMÍLIA SOKA. Integrantes do coral da DE da Soka Gakkai participam no Festival Família Soka realizado em conjunto com a 59a
Reunião Nacional de Líderes (Tóquio, julho de 2012)

Tesouros da humanidade. Capas das publicações Garoto Aventureiro e Meninos do Japão, revistas infantojuvenis que o presidente
Ikeda editava na antiga empresa do presidente Toda
Bandeira da esperança. Integrantes da DE de Tohoku hasteiam birutas em forma de carpas, tradição japonesa conhecida como
Koinobori, a qual simboliza a passagem do Dia das Crianças no Japão (Tohoku, maio de 2012)

SUCESSORES IKEDA. Representantes da Divisão dos Estudantes da BSGI participam do aniversário de 21 anos da divisão no
Centro Cultural Campestre (Itapevi, abril de 2012).

Agosto!
Época de
Desenvolvimento
Num ano
Robert Louis Stevenson (1850-1894), escritor britânico, fez a seguinte observação: “Para pessoas com visão vanguardista, há sempre
um novo horizonte”. Nossos olhos não estão voltados para trás, mas sim para a frente. Esperança, sonhos e vitórias estão na mesma
direção.
Embora dificuldades surjam ao longo de nossa jornada, devemos erguer a cabeça e continuar a avançar incansavelmente. Assim, novos
horizontes com certeza se abrem diante de nós.
A Soka Gakkai registra um dinâmico avanço rumo ao Centenário de Fundação em 2030. O futuro, tanto da sociedade como de nossa
organização, depende unicamente da criação de indivíduos capazes.Por isso, criar os membros da Divisão dos Estudantes é um esforço
crucial que decidirá o destino da SGI. A DE certamente tem em suas mãos a chave que abrirá o futuro do Kossen-rufu e representa a
esperança da humanidade por uma era de paz.
É muito gratificante ver os membros da DE crescerem e se desenvolverem com vibrante energia novamente neste verão. Seu
desenvolvimento é o desejo de toda a família Soka.
Encontrem o seu tesouro do coração

Robert Louis Stevenson é o autor da emocionante história A Ilha do Tesouro. Dizem que ele começou a escrever esse romance a
princípio para alegrar seu filho. Ele finalizava um capítulo por dia e depois o lia e encenava por meio de gestos para o menino.
Os filhos são um tesouro inestimável — por ser uma obra produzida por esse coração amoroso de um pai é que A Ilha do Tesouro
tornou-se um dos livros preferidos dos jovens leitores do mundo todo.
Certa vez, um professor me perguntou o que deveria fazer para que as crianças o ouvissem. Respondi-lhe: “Acredito que o mais
importante é possuir um coração que estime e ame as crianças com toda sinceridade. Isso porque as crianças ouvem a pessoa que pensa
verdadeiramente nelas e deseja seu bem”.
Vidas são fascinantes, elas se inspiram mutuamente. O coração das crianças, em particular, é extremamente sensível e aguçado. Antes
de qualquer coisa, devem gostar das crianças. Riam e aprendam com elas promovendo um intercâmbio em que juntos descubram o
tesouro do coração.
Futuros líderes do mundo

Meus jovens amigos


Estudem arduamente!
Tornem-se
Líderes do mundo
A DE do Japão atualmente está realizando o Mês da Família Soka (coincide com as férias escolares de verão), que tem como objetivo
incentivar e apoiar nossos jovens sucessores. No período de férias, os membros da DE se empenham para desenvolver o intelecto e a
sensibilidade.
Os meninos e as meninas da DE-Futuro (de 6 a 9 anos) estão se esforçando para a conclusão e o envio de seus trabalhos para o
Concurso de Redação da Esperança e para a Exposição de Desenhos da Esperança. Enquanto isso, os integrantes da DE-Esperança (de
10 a 13 anos) e DE-Herdeiros (de 14 a 17 anos) estão ultrapassando seus limites e se preparando para o Concurso de Leitura e Análise
Crítica ou ainda para o de Oratória em Inglês. [Todas essas atividades são organizadas pelo Jornal da Esperança, Jornal do Futuro e
pela Divisão dos Estudantes da Soka Gakkai].
Para mim, o aspecto desses jovens empreendendo esses nobres esforços brilha de modo vibrante e cheio de disposição.
Em meio a esses desafios, eles estão se aprimorando para se tornar excelentes escritores, artistas e líderes mundiais daqui a vinte ou
trinta anos.
Quem devota árduos esforços para apoiar o desenvolvimento dos príncipes e das princesas nos bastidores e estende calorosos
incentivos e conselhos com o desejo de nutrir os brotos da criatividade desses estudantes são os líderes da DE de resplandecente
sinceridade. Realmente, minha gratidão por eles é inesgotável.
Incentivem os preciosos “valores humanos” dentro da família Soka

Com o mesmo comprometimento de um líder da DE, dedico-me mensalmente para escrever duas séries para os novos jornais dos
Estudantes.
Uma é dirigida aos meninos e às meninas da DE-Futuro e intitulada Rumo ao grandioso céu da esperança; a outra, aos integrantes da
DE-Esperança e DE-Herdeiro, denominada Diálogo pelo futuro.
Meu sentimento e espírito não diferem em nada da minha época da juventude na qual me dediquei para a edição de uma revista voltada
ao público juvenil na empresa de meu venerado mestre, presidente Toda.
Certa vez, registrei nas páginas do meu diário: “Crianças crescem rumo ao futuro com o mesmo movimento e a mesma beleza da
primavera. Seus olhos são altivos como o céu do outono, possuidores de ilimitada esperança. Inocentes e puros como são, merecem
nosso respeito. Como serão as construtoras do futuro, da próxima época e da sociedade, temos de cuidar delas como tesouros da nossa
nação”.
Tenho absoluta certeza de que os membros da DE são o “tesouro do mundo” e o “tesouro da humanidade”.
Membros de Shin’etsu de profunda unicidade de mestre e discípulo

A 1a Convenção da Divisão dos Estudantes visando o Centenário da Soka Gakkai em 2030 foi realizada em agosto de 1988 no Centro
de Aprimoramento de Nagano, localizada em Karuizawa, cidade de Nagano.
Participei de diversos cursos de verão da Divisão dos Jovens ao longo dos anos nessa localidade muito apreciada pelo presidente Toda
na qual se encerra uma profunda história de mestre e discípulo Soka.
A 2a, 4a e 6a convenções da DE, em 1989, 1991 e 1993, respectivamente, e ainda a 1a Convenção da Divisão dos Jovens de Shin’etsu
(região composta por Nagano e Niigata), em 1995, que contou com a participação especial dos membros da DE, também foram
realizadas em Nagano.
Em cada curso de treinamento que participei, fiz tudo o que estava ao meu alcance para incentivar pessoalmente os membros da DE e
criar grandes recordações com eles. Algumas vezes, cumprimentava-os com um forte aperto de mão ou me juntava a eles para praticar
exercícios físicos. Em outras ocasiões, lia o relatório de apontamentos e impressões da atividade ou entregava-lhes livros com
dedicatórias ou mensagens de incentivos. Sempre orava e zelava sinceramente por eles.
Neste ano, também participei do tradicional Curso de Aprimoramento de Verão para líderes centrais no Centro de Treinamento de
Nagano, o que se tornou um marco pela minha trigésima participação nesta localidade.
Os líderes das divisões Masculina e Feminina de Jovens e dos Universitários de Shin’etsu tiveram uma excelente atuação nos
bastidores do curso. Eles foram os membros da DE que vim desenvolvendo com minhas próprias mãos desde aquela época.
O dia 24 de agosto deste ano foi designado como o honroso Dia da DJ de Shin’etsu. Em comemoração, dediquei o seguinte poema aos
jovens de Shin’etsu:
Oh, você,
Que escreve uma
Majestosa história,
A fragrância do seu tesouro do Coração
Permeará pelas três Existências
Um encontro que muda o destino
Aos 29 anos, Stevenson, o autor de A Ilha do Tesouro, escreveu Yoshida-Torajiro, um ensaio biográfico sobre o educador e reformista
japonês Yoshida Shoin (1830–1859). Publicado na Inglaterra em 1880, o ensaio foi a primeira biografia de Yoshida lançada no mundo
e precedeu qualquer outra editada no Japão.
Numa carta a um amigo, Stevenson faz referência à biografia como “um ensaio sobre um herói japonês que me transmitiu força para
viver” .
A inspiração de Stevenson para escrever essa obra surgiu de um encontro com um dos alunos de Yoshida no verão de 1878, que estava
na Inglaterra estudando. Emocionado pela profunda afeição do estudante com o professor, Stevenson decidiu aprender mais a fundo
sobre a vida de Yoshida.
Nesse ensaio, escreve: “Aquilo que poderia desmotivar os outros era razão para uma maior devoção de Yoshida no trabalho”; “Não
eram apenas sua juventude e sua coragem que serviam de suporte diante das sucessivas decepções, mas também o contínuo surgimento
de muitos discípulos”.
Stevenson descreve Yoshida de maneira vívida e inspiradora.
Quem contou a Stevenson a respeito de Yoshida foi um discípulo dele chamado Masaki Taizo (1846-1896). Ele tinha apenas treze
anos quando ingressou na escola de Yoshida, a Shoka Sonjuku, localizada em Hagi, atual província de Yamaguti. Masaki estudou
nessa escola apenas alguns meses até Yoshida ser preso, enviado à capital, Edo (atual Tóquio), e executado antes da concretização de
seus objetivos.
No entanto, a forte impressão que Yoshida deixou em seus jovens estudantes permaneceu inalterada mesmo após duas décadas. Apesar
de morar em outro país, Masaki não se cansava de falar com grande paixão e entusiasmo sobre seu venerado mestre e sua postura
majestosa. Essas palavras transcenderam tempo e espaço para inspirar o escritor a escrever a biografia de Yoshida.
Mesmo um simples encontro, uma rápida conversa ou até uma mensagem tornam-se num incentivo que muda a vida das pessoas;
transformam-se numa inspiração inigualável para as novas gerações. O que desperta o infinito potencial dos jovens são, sem dúvida, a
paixão e a sinceridade daqueles com quem interagem.
Vozes de coragem para Tohoku

Há mais de uma década, a DE da cidade de Soma, região de Fukushima, realiza festivais de relatos. Nesses encontros, os Estudantes
falam das comprovações que obtiveram com base na fé para incentivar outros jovens e estudantes que passam por dificuldades
semelhantes.
O mais gratificante e inspirador é ver os membros, que foram integrantes da DE em Soma e se desenvolveram graças aos incentivos de
muitos veteranos, atuando agora como líderes da divisão na linha de frente, assumindo a responsabilidade pela realização de atividades
para os sucessores.
Soma é uma das cidades afetadas pelo terremoto e tsunami que atingiu a região de Tohoku, em março de 2011. Após o ocorrido, os
membros dessa localidade acreditaram que a realização da 10a edição do festival de relatos da DE não seria viável. Mas os líderes da
DE não se permitiram recuar mesmo diante dessa calamidade nunca antes vista.
Pelo contrário, eles sentiram que as vozes da esperança dos jovens estudantes que continuavam a avançar bravamente deveriam ser
ouvidas pela sociedade justamente naquele momento em que as pessoas se encontravam em meio ao desespero e às incertezas. Foi
com essa convicção que eles realizaram o festival de relatos pelo décimo ano consecutivo.
Todos ficaram emocionados e incentivados com os relatos cheios de otimismo apresentados pelos estudantes. Eles fizeram o
juramento de se aprimorarem e serem pessoas que contribuem para a reconstrução e a prosperidade da região de Tohoku mesmo diante
das adversidades.
Jovens, mensageiros do futuro

Ainda sobre Fukushima, numa época da estação de inverno, lembro-me do comunicado que recebi de três estudantes do ensino
fundamental que moravam na cidade de Aizu Wakamatsu, uma região que neva muito.
As três estudantes faziam parte da comissão de planejamento da biblioteca da escola que estava organizando um festival. Elas me
pediram para que eu escrevesse uma carta que ficaria exposta em uma mostra especial com cartas de outros escritores. Elas decidiram
solicitar essa carta depois de lerem um livro de minha autoria, levado à escola por outra aluna, membro da DE-Futuro.
Sem pensar duas vezes, peguei a caneta e escrevi a carta para corresponder ao sentimento dessas jovens “mensageiras do futuro”.
Iniciei a carta com a seguinte frase: “Manifesto meus sinceros agradecimentos a vocês, princesas de coração puro da terra da neve
[Aizu Wakamatsu] por sua linda carta”.
Em outro trecho disse: “Na fase da vida em que vocês se encontram agora, a leitura representa uma maravilhosa jornada do coração”.
Escrevi também que cada obra lida por elas abriria um novo mundo que enriqueceria e expandiria sua vida muito além da imaginação.
Minha maior alegria é ver os jovens com quem criei um elo lançando-se para o mundo e conduzindo uma vida feliz repleta de
conquistas.
Uma integrante da DE daquela época compartilhou também com seus colegas um livro de minha autoria. Anos depois, tornou-se uma
professora dedicada que vive verdadeiramente os princípios da educação. Hoje, ela faz parte do grupo de jovens mães e atua em
Fukushima.
Tenho absoluta certeza de que as vozes inspiradoras dos jovens, que transmitem a mensagem de coragem e esperança para o futuro,
ecoarão de Fukushima para toda a região de Tohoku. Essa vozes farão com que as pessoas dessa região ultrapassem sem falta todos os
tipos de adversidades, por mais severas que elas sejam.
Na próxima edição: O presidente Ikeda incentiva sobre a importância de criar os futuros sucessores no mundo da Soka Gakkai.

1. Daisaku Ikeda, A Youthful Diary: One Man’s Journey from the Beginning of Faith to Worldwide Leadership for Peace (Santa Monica, Califórnia:
World Tribune Press, 2000), p. 11.
2. Robert Louis Stevenson, The Letters of Robert Louis Stevenson, edited by Sidney Colvin. Nova York: Charles Scribner’s Sons, 1917, v. 1, p. 320.
3. Robert Louis Stevenson, Familiar Studies of Men and Books. Londres: Chatto and Windus, 1917, p. 119.
4. Ibidem, p. 122.
5. Shoka Sonjuku é uma escola particular fundada pelo educador e reformista Yoshida Shoin. A escola é conhecida por criar muitos jovens capacitados
que se tornaram pessoas de forte influência na era Meiji no Japão.

Nossos filhos são a luz da esperança da sociedade


Edição 2154 - Publicado em 03/Novembro/2012 - Página B2

Harmonia familiar. Mesmo atarefado com diversas responsabilidades, o presidente Ikeda e a esposa, Kaneko, sempre se dedicaram na
criação de seus três filhos

Educação humanística. Tsunessaburo Makiguti (1871-1944), educador e reformista, declara que a felicidade da criança deve ser o
objetivo principal da educação
Fábulas infantis. Os irmãos Grimm se dedicaram ao registro de diversos contos infantis que hoje são reconhecidos mundialmente

Carinho. O amor e a benevolência de uma mãe são sem dúvida transmitidos aos filhos
LAÇOS DE VIDA. O presidente Ikeda dedica seus esforços a incentivar os jovens para se tornarem excelentes adultos (Inglaterra,
junho de 1991)

Dia após dia,


Admiráveis pais e mães
Acompanham e observam
Seu desenvolvimento
Como sucessores.
Não seria exagero dizer que a revolução humana que buscamos é uma revolução que abre para as crianças o caminho do futuro e da
felicidade.
Janusz Korczak (1878—1942), pediatra e educador polonês, que se manteve firme diante dos invasores nazistas e protegeu as crianças
até morrer num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, bradou: “Por maior que seja a causa ou qualquer que seja
o motivo da guerra, nada justifica tirar das crianças o seu direito natural de viverem felizes”.1
Nessa mesma época, no Japão, Tsunessaburo Makiguti (1871—1944), fundador da educação Soka e primeiro presidente da Soka
Gakkai, disse que a vida das crianças é como “joia preciosa de incomparável valor” (LSOC, cap. 4, p. 124). Ele morreu na prisão por
confrontar as autoridades militares do país.
Os membros do Departamento de Educação da Soka Gakkai herdaram a convicção e a filosofia do presidente Makiguti de que a vida
da criança é infinitamente preciosa e sua felicidade é prioridade. Imbuídos de grande coragem, eles têm se esforçado em transmitir a
luz da esperança para toda a sociedade, atuando em cada localidade para desenvolver os estudantes. Manifesto minha sincera gratidão
a eles.
Cultivemos o real valor da vida

O presidente Makiguti disse a respeito do preparo necessário para quem deseja se dedicar à educação humana: “(Os professores)
devem descer do trono, no qual são alvo de respeito, e se tornar serventes que instruem aqueles que buscam escalar o trono do
aprendizado. Devem ser parceiros que os conduzem pelo exemplo”.2
O importante é respeitar ao máximo cada jovem como um indivíduo de personalidade e identidade. “Criar” um ser humano é uma
batalha decisiva. Existe um “adulto” formado dentro de cada criança. É preciso conversar com esse “adulto” inerente. Jamais trate as
crianças com menosprezo, partindo do pressuposto que elas não entendem ou não necessitem de mais respostas.
O educador dinamarquês N. F. S. Grundtvig (1782—1872) disse que conversar é gratificante e educativo para todos.3 As pessoas
diretamente envolvidas na educação ou no desenvolvimento de crianças devem acreditar no imenso potencial que elas possuem e
cultivar a riqueza tanto na nossa vida como na delas.
A medida do quanto expandimos nosso coração é a extensão do desenvolvimento que proporcionamos ao outro. Por esse motivo,
cultivar a riqueza em nossa vida é indispensável para cultivar o mesmo valor na vida dos outros.
Muitas atividades são realizadas em todo o Japão durante o verão, nos meses de julho e agosto, para o desenvolvimento e o
crescimento de nossos preciosos integrantes da DE. Numa localidade de Kanagawa, os membros promovem reuniões em inglês
visando à criação de indivíduos capazes que atuarão na expansão do Kossen-rufu mundial. Os responsáveis pela DE, junto com líderes
de outras divisões, se lançaram no mesmo desafio para aprimorar o idioma e se tornarem cidadãos globais.
Nitiren Daishonin diz: “A flor voltará à raiz e a essência da planta permanecerá na terra” (WND, v. 1, p. 737). Sem dúvida, todos os
esforços empreendidos pelos líderes da DE e das demais divisões pelo futuro dos preciosos estudantes, príncipes e princesas do
Kossen-rufu, se manifestam em forma de grandiosa boa sorte, tanto em sua vida como na de todos os seus familiares e descendentes.
Diálogo familiar é a essência para cultivar a educação dos filhos

Pais e filhos
Florescem juntos
Na família Soka.
Este ano marca o 200o aniversário de publicação do primeiro volume de Contos de Grimm pelos irmãos Grimm. O nome original em
alemão, Kinder-und Hausmarchen, significa “A casa de contos das crianças”. Wilhelm Grimm (1786—1859), o irmão mais novo,
escreveu: “A vida de uma criança se inicia com um sorriso e permanece em meio à alegria”.4 Um lar alegre e iluminado é o berço de
crianças felizes.
O presidente Toda sempre dizia: “Criem seus filhos nos jardins da Soka Gakkai”. A família SGI possui o sol da cultura de paz e o
grande solo no qual se cultiva indivíduos valorosos que contribuem ativamente pela sociedade.
As sementes da paz, da esperança e da justiça brotam na vida de nossos estudantes quando eles se expõem ao calor humano dos
companheiros da Soka Gakkai e compartilham do mesmo objetivo desejando a felicidade do outro. Nesses momentos, reconfirmamos
a profunda importância da união das Divisões Sênior, Feminina e dos Jovens para empreender esforços conjuntos pelo
desenvolvimento dos estudantes por meio de atividades como o Encontro da Família Soka ou as reuniões de palestra mensais.
Como resultado das diversas atividades realizadas durante suas férias de verão, os estudantes participarão das reuniões de palestra em
agosto com grande alegria e disposição demonstrando notável desenvolvimento.
Alegrando-nos juntos e elogiando-os mutuamente, vamos dar uma nova partida com renovada disposição. Minha esposa sempre
levava nossos filhos às reuniões da Soka Gakkai. Ela se sentava com eles diante do Gohonzon e lhes dizia: “A reunião de hoje é muito
importante”.
Ao presenciar essa atitude, um membro perguntou se as crianças, apesar de tão novas, realmente compreendiam o que ela dizia. Minha
esposa respondeu: “Sim, elas compreendem, com certeza, porque falo do meu coração para o coração delas”.
O aspecto das pessoas que se esforçam com alegria pela felicidade dos outros e pelo bem-estar da sociedade fica gravado naturalmente
na vida dos preciosos estudantes.
Num primeiro momento, pode parecer que eles não compreendem a importância disso. Porém, certamente chegará uma época em que
entenderão perfeitamente. No árduo processo de educação dos filhos, acredito que muitas mães se deparam com situações que não vão
ao encontro daquilo que desejavam.
O importante não é se preocupar excessivamente ou simplesmente aceitar como eles são, mas sim olhar bem em seus olhos e dizer a
esses jovens emissários do futuro que vocês se importam e confiam neles.
Acreditem em seus filhos. Confiem neles, não importa o que aconteça. Isso é uma imensurável fonte de segurança e incentivo para
eles.
Nada é mais sincera que a oração das mães da SGI

Um distrito em Fukuoka é conhecido pela sua tradição em criar membros da DE que surgiu graças à sincera oração e dedicação de
uma integrante da DF.
Mãe de dois filhos, ela lutou contra o câncer ainda jovem. Mesmo após o médico tê-la desenganada, dizendo que ela não teria muito
tempo de vida, recusou-se a aceitar a circunstância. Pelo contrário, visualizou o futuro e, com uma fé ainda mais resoluta, dedicou
todas as suas forças para apoiar a DE no tempo de vida que lhe restava com a determinação de criar verdadeiros sucessores a partir da
sua localidade.
Às vésperas das reuniões mensais dos Estudantes de sua organização, ela entregava lembretes escritos à mão para cada valoroso
membro da DE. Ouvia atentamente até as mais pequenas preocupações e problemas desses estudantes e foi acendendo chamas de
esperança em sua jovem vida.
Ela suportou bravamente a dilacerante dor do tratamento de quimioterapia. Quando seus cabelos caíram, passou a usar chapéus ou
perucas graciosos e continuou a aquecer o coração dos estudantes com seu sorriso repleto de ternura.
Certa vez, disse firmemente: “Viverei e sobreviverei a qualquer custo para cumprir minha missão que é transmitir às preciosas crianças
e às pessoas com quem tenho amizade a grandiosidade da fé na Lei Mística e da unicidade de mestre e discípulo”. Fiel a essa decisão
até o último momento de sua vida, faleceu serenamente após devotar-se inteiramente ao cumprimento de sua missão.
Que mulher extraordinária! Quão nobre heroína da fé ela foi! Seu juramento e sua sinceridade inspiraram e ergueram inúmeras
pessoas. As ondas da criação de “valores humanos” que se iniciaram por meio dessa única e corajosa mulher resultaram num
majestoso e caudaloso rio de pessoas capazes. Ela foi um verdadeiro exemplo da afirmação de Daishonin: “Uma pessoa é mãe de dez
mil” (END, v. 1, p. 142).
Graças ao apoio e aos incentivos dos companheiros, o filho dessa DF, que era estudante do ensino fundamental e sentiu muito a perda
da mãe, superou a dor e se lançou a novos desafios. Para o concurso de redação do ano seguinte à morte da mãe, ele escreveu:
“Acredito que minha mãe era uma especialista para incentivar as pessoas. Sei que encontrarei muitas pessoas no curso de minha vida.
Quero cuidar de cada uma com carinho e viver de modo a contribuir pela sua felicidade”.
A sincera oração de uma mãe sempre alcança o coração dos filhos. As orações de uma mãe que se dedica incansavelmente pelo
Kossen-rufu sem falta se manifestam na vida dos filhos. O espírito dessa mãe ressoa e vive ainda hoje no coração de seu filho.
Em nossa organização, tanto no Japão como no mundo, há maravilhosos pais e mães como essa DF. Também há extraordinários
irmãos e irmãs Soka e excelentes veteranos da prática da fé.
A família Soka é um porto seguro de sinceros laços de confiança humana que não existe em nenhum outro lugar. Vamos protegê-la
firmemente e expandir essa calorosa rede de apoio e incentivos mútuos.
Conto com vocês, meus jovens sucessores

Em agosto de 1970, período em que a Soka Gakkai enfrentava um turbilhão de difamações e insultos, participei de um encontro de
representantes da Divisão dos Herdeiros no qual fiz a seguinte declaração: “Não importa quantas provações tenha de enfrentar, se eu
puder contar com vocês, ‘valores humanos’ que assegurarão a perpetuidade da Lei e legítimos sucessores da Soka Gakkai, minha vida
será de suprema honra e me considero a pessoa mais afortunada dentre todas”.
Juntos, lemos um trecho das escrituras de Nitiren Daishonin que diz: “Sustente sua fé mais do que antes. O gelo é feito de água, mas é
mais gelado que a água. O corante azul é feito de índigo, mas quando se tinge repetidamente com ele, obtém-se um azul mais forte do
que o da própria planta do índigo” (END, v. I, p. 317).
Declarei aos meus jovens discípulos da DE, que carregam a missão de se tornar um “azul mais azul que o anil”: “Com base no
princípio contido neste trecho das escrituras, espero que todos vocês, como sucessores da Soka Gakkai, se desenvolvam de maneira
esplêndida a ponto de superarem a nossa geração. Comprovem amplamente para o mundo a nobre autenticidade dos ensinamentos e
dos princípios da Soka Gakkai como os maiores aliados das pessoas sofridas e infelizes”.
Ao longo dos anos, empreendi grandiosos esforços para orientar e incentivar os membros da DE-Herdeiro, DE-Esperança e DE-
Futuro, e de todos os grupos de criação de “valores humanos” dessas divisões. São pessoas com quem criei fortes laços de vida e elas
se desenvolveram admiravelmente e se tornaram excelentes adultos.
Além disso, meus preciosos formandos das Escolas Soka de Tóquio e de Kansai brilham com grande disposição pelo caminho da
missão que escolheram. Eles atuam com grande vigor como líderes dos mais variados campos da sociedade. Nada me deixa mais feliz
que isso.
Avançem rumo ao brilhante ano de 2030

O escritor britânico Robert Louis Stevenson (1850—1894) perguntou: “No palco da vida, quem exerce o papel de ‘a pessoa mais
sábia, mais virtuosa e com mais benefícios’?”. Sua resposta foi: “Aquele que executa seu papel sem esperar por recompensa”.5
Os honrados protagonistas da Soka Gakkai são os líderes da DE, que sempre se dedicam a incentivar os estudantes; os integrantes da
Divisão dos Universitários, que orientam e aconselham os mais novos sobre os estudos; os membros das Divisões Sênior e Feminina,
que são responsáveis pelo apoio à DE; e todos aqueles que, de alguma maneira, contribuem para dar suporte às atividades da DE.
Aproveito esta oportunidade para manifestar mais uma vez a minha sincera gratidão a cada um de vocês.
Em 2030, época em que os atuais integrantes da DE serão os líderes centrais da SGI, diz-se que a taxa de natalidade estará em franco
declínio no mundo inteiro.
Nesse sentido, os esforços empreendidos por vocês hoje em suas localidades criam uma imensa rede de pessoas valorosas que
contribuem diretamente na formação de um futuro mais sólido e seguro.
Em minhas viagens pelo mundo, sempre aproveitei cada instante para me encontrar com os estudantes e incentivá-los. Hoje, muitos
deles atuam como líderes da DJ em seus respectivos países.
Não há nada que me deixa mais feliz do que ouvir os relatos sobre a atuação dos ex-integrantes da DE que continuam a se desenvolver
e a avançar no palco do mundo, repletos de vigor e energia.
Meu coração se enche de entusiasmo só de imaginar como será o ano de 2030!: o aspecto heroico dos membros da DE de hoje, que
bailam majestosamente pela paz mundial como herdeiros do espírito Soka! A atuação magnânima desses jovens, que se preocupam
verdadeiramente com as pessoas e fazem tudo o que for necessário para incentivá-las e apoiá-las incondicionalmente.
Visualizando esse brilhante futuro, continuarei a orar incansavelmente e a empreender sinceros esforços para incentivá-los junto com
meus verdadeiros companheiros da fé que fazem do meu coração o seu e não medem esforços para cultivar e criar os preciosos
“valores humanos”.
Você,
Que se dedica na criação
Dos “valores humanos”
Da justiça
Em cumprimento ao
Juramento do infinito passado,
Será protegido
Pelas divindades celestiais
Notas:
1. Janusz Korczak, Uma voz pela criança: As palavras inspiradoras de Janusz Korczak, editado por Sandra Joseph. Londres: Thorsons, 1999, p. 151.
2. Tsunessaburo Makiguti, Soka Kyoikugaku Taikei (The System of Value-Creating Education), Tóquio: Seikyo Shimbunsha, 1980, v. 4, p. 73.
3. N. F. S. Grundtvig, Sei no Keimo (Awakening Life), traduzido por Naoto Koike. Nagoya: Fubaisha, 2011, p. 188.
4. Traduzido do alemão. Wilhelm Grimm, Einleitung. Über das Wesen der Märchen [Introduction. On the Nature of Fairy Tales]. In: Kleinere Schriften
1 (Short Essays 1). Hildesheim, Germany: Olms-Weidmann, 1992, p. 335.
5. Cf. Robert Louis Stevenson, An Apology for Idlers. In: “Virginibus Puerisque” and Other Papers . Nova York: Current Literature Publishing Co.,
1909, p. 111.

Criando filhos que amem a SGI


Edição 1569 - Publicado em 26/Agosto/2000 - Página A3

Um diálogo sobre a religião no século XXI

Esta é a 51ª parte da série de diálogos sobre o Sutra de Lótus realizados entre o presidente Ikeda, o coordenador do Departamento de
Estudo da Soka Gakkai, Katsuji Saito, e os vice-coordenadores Takanori Endo e Haruo Suda, publicada na edição de abril da revista
de estudos da Soka Gakkai, Daibyakurengue.
Criar uma família harmoniosa por meio da fé é a eterna diretriz da SGI. O 27º capítulo do Sutra de Lótus, “Os Feitos Anteriores do
Rei Adorno Maravilhoso”, descreve como um rei é direcionado para a Lei graças aos esforços de sua esposa e de seus dois filhos.
Esse capítulo resume o princípio de realizar a “revolução familiar”; além disso, descrevendo como uma mulher e um jovem fazem
com que uma pessoa de poder mude seus modos autoritários, é uma diretriz para a concretização do Kossen-rufu em qualquer país.
Nesta parte, os participantes discutem a importância de tratar com benevolência os familiares que não praticam. Eles analisam
também as relações entre casais e entre pais e filhos, e sobre como compartilhar a fé com os filhos.

Suda: Como fazer para que nossos filhos tenham fé?


Pres. Ikeda: O mais importante é ajudá-los a aprender a respeitar e a gostar da SGI sem pressioná-los. Como a fé é algo para a vida
inteira, já é o bastante o fato de eles compreenderem com o passar do tempo. Não é sábio ser inflexível e tentar forçá-los a praticar.
Precisamos ensinar a nossos filhos o espírito de acalentar e proteger a SGI. Espero que os pais criem os filhos de forma que eles
realmente amem a SGI. Se os filhos tiverem esse espírito, com certeza serão pessoas excelentes. Gabar-se disso sem ter-lhes ensinado
esse espírito é a atitude da Mãe das Filhas-Demônio (Kishimojin).
Saito: Infelizmente, em alguns casos os filhos de dirigentes veteranos ou de membros que são famosos não participam nas atividades
da Gakkai. Se os pais apenas fingem que estão lutando pelo Kossen-rufu enquanto ficam falando mal dos companheiros e criticando-
os em casa, e especialmente se menosprezam a SGI com arrogância, isso será nitidamente refletido nos filhos.
Suda: Um estudante do colegial fez a seguinte observação: “Após receber um telefonema falando sobre as atividades, minha mãe
sempre solta um suspiro. Não parece que ela está contente com sua prática. Está certo ter uma fé assim?” Neste caso, o filho sabia que
houve uma época em que a mãe dele praticava com entusiasmo, por isso ele está praticando.
Pres. Ikeda: É claro que o fato de os filhos não praticarem não se atribui necessariamente ao problema da fé dos pais. Devemos
considerar os filhos sob uma perspectiva de longo alcance. Não é nada incomum que crianças consideradas como “crianças problema”
tornem-se equilibradas e sérias.
No entanto, a questão principal é que tudo é enfim decidido pela fé dos pais. Em particular — e digo isso com base na experiência de
centenas de milhares de pessoas — a fé da mãe é crucial. É isso o que significa “consistência do início ao fim”. “Início” significa a fé
dos pais e “fim”, a fé dos filhos. Essencialmente, não há separação entre as duas.
Cabe a nós próprios demonstrarmos o espírito de estimar o Gohonzon e a Soka Gakkai, que se dedica à propagação mundial do
Gohonzon. Enquanto tivermos esse espírito, tudo dará certo até o final.
Se os pais praticarem com alegria, e em conseqüência disso receberem benefícios à medida que avançam, os filhos compreenderão
naturalmente. Independentemente do quanto estimarmos, mimarmos e idolatrarmos nossos filhos, será tudo em vão se não
conseguirmos ensinar-lhes esse espírito. Os seres humanos decentes não são criados com mimos.
Se em seu íntimo uma pessoa ridiculariza a SGI, que é uma organização dedicada à concretização do desejo e do decreto do Buda, ela
própria será ridicularizada por sua família e pelos demais que estão ao seu redor.
Falamos há pouco dos “bons amigos”. É importante nos relacionarmos com pessoas boas. Se desejamos buscar a Lei correta,
precisamos buscar a pessoa certa. Se nos envolvermos com as pessoas erradas, então, por mais que pratiquemos, não receberemos
benefícios. Aqui se encontra o profundo significado do surgimento da SGI.
De qualquer forma, quando se trata da fé é importante que os pais conduzam os filhos de forma sábia. Também é de grande auxílio
solicitar o apoio dos líderes da Divisão dos Jovens que são responsáveis pelas atividades da Divisão dos Estudantes.
E no caso de questões que não estiverem relacionadas à prática da fé, espero também que os pais sejam amigos dos filhos e ouçam o
que eles têm a dizer. À mãe, em particular, cabe cuidar dos filhos e não é recomendável que o pai grite com eles sem razão. Também é
importante observar que se ambos os pais censurarem um filho ao mesmo tempo, deixarão a criança sem ninguém a quem recorrer.
Endo: É realmente muito importante ouvir as crianças. Fazendo uma reflexão, vejo que houve ocasiões em que permiti que minha
agenda ocupada me impedisse de ouvir meus filhos.
Pres. Ikeda: Lembro-me do caso de uma senhora que era a única praticante na família. O marido dela estava sempre condenando a
Soka Gakkai. Mas ela guardava tudo para si, sem nunca reclamar para os filhos. Ela sentia que, se reclamasse com eles, isso faria com
que pensassem que os pais estavam brigando por causa da prática da fé.
Ela tranqüilamente levava seu sofrimento para a frente do Gohonzon, e orava todos os dias. Seus filhos conseqüentemente cresceram e
despertaram para a prática da fé. Eles compreenderam que isso aconteceu devido às diligentes orações de sua mãe. Este relato é
verdadeiro.

Cativando o coração das pessoas

Endo: E no caso de crianças que se sentem sozinhas porque seus pais estão sempre fora, participando das atividades?
Pres. Ikeda: A questão é se os pais têm ou não o respeito dos filhos. Espero que os pais ajudem seus filhos a se orgulharem deles,
explicando-lhes que estão se empenhando todos os dias pelo bem dos outros e da sociedade.
Também é vital que as crianças saibam que seus pais sentem amor por elas, para que compreendam que a razão de seus pais se
empenharem tanto deve-se exatamente a esse amor. Espero que os pais tenham consideração por seus filhos.
Quando não houver tempo, devemos nos empenhar para deixar lembretes ou telefonar. Devemos também usar a sabedoria e criar
tempo de vez em quando para passarmos um dia junto com nossos filhos. Trata-se de fazer com que eles saibam que nós nos
preocupamos. O simples fato de olhar nos olhos deles cada manhã e trocar palavras de carinho faz diferença.
Endo: Ter tempo não significa necessariamente que as coisas estão bem, não é mesmo? Há alguns casos em que existe um abismo
entre pai e filho mesmo que passem tempo juntos.
Pres. Ikeda: Algumas vezes, o fato de não terem tempo para ficarem juntos faz com que o relacionamento se renove e seja
emocionante.
Suda: Soube também que alguns homens reclamam por que a esposa está sempre fora participando das atividades.
Saito: Tenho certeza de que os maridos que não praticam sentem que a SGI tomou deles sua família. Imagino que eles gostariam de
receber mais atenção.
Endo: Por isso é importante estimar os familiares que não praticam.

Respeito e consideração pelos familiares que não praticam

Pres. Ikeda: Mesmo uma pequena consideração vai longe. Ao visitar um membro ou telefonar para ele, devemos ser amáveis e
atenciosos com as mínimas preocupações dos membros de sua família, particularmente se eles não praticam.
Suda: E também é importante ser sempre cordial ao ligar para os membros em casa.
Pres. Ikeda: Praticando ou não, família é família. Não devemos julgar as pessoas com base no que achamos, decidindo que são boas
porque praticam ou que são más porque não praticam. Essa discriminação deve ser totalmente abolida, e devemos usar o bom senso
quando nos encontrarmos com as pessoas, tratando-as com sinceridade e respeito.
Se alguém for o único praticante da família, é graças aos familiares não-praticantes que essa pessoa consegue participar das atividades.
Graças ao apoio do cônjuge, dos parentes ou afins, por exemplo, pode-se participar das atividades com tranqüilidade. Devemos
respeitar e ter consideração por essas pessoas que fazem com que seja possível aos membros da SGI praticarem.
Observando o antigo exemplo da família do Rei Adorno Maravilhoso, que pôde praticar porque houve pessoas que cuidaram das
finanças e do palácio na ausência da família, não se pode deixar de ter respeito e consideração por essas pessoas.
É claro que os grandes benefícios também vêm dos familiares que não praticam. O mundo do budismo é vasto.
Saito: Presidente Ikeda, lembro-me de que certa ocasião o senhor concedeu aos pais não-praticantes dos membros da Divisão dos
Jovens os títulos de “responsável de distrito honorário” e “responsável de regional honorário”. Em princípio, fiquei surpreso com isso.
Mas o senhor disse aos dirigentes da época: “Por favor, concedam-lhes o título após explicarem claramente as imensas
responsabilidades de um dirigente de distrito ou de regional e dizerem de quantas pessoas eles têm de cuidar.”
Isso deixou um membro da Divisão dos Jovens profundamente impressionado. Eu o ouvi dizer: “O presidente Ikeda ensinou-me a
respeitar meu pai e demonstrar consideração como ser humano pelo homem que me criou.”
Pres. Ikeda: Família é família. Não devemos dividir as pessoas em categorias de “membros” e “não-membros”. E também é ridículo
levar para casa a posição na organização. Se um promotor público agisse em casa com a atitude de promotor público, a família se
sentiria sufocada.
Suda: Outro dia, o senhor falou sobre a Rainha Vitória da Inglaterra em um discurso. Certa ocasião, ela e o marido brigaram e ele se
trancou no quarto. Querendo se desculpar, a rainha bateu à porta e disse: “Aqui é a rainha. Por favor, abra.” Mas ele não atendeu.
Todas as vezes que ela ia até a porta, ele perguntava: “Quem está aí?” E ela respondia: “A rainha.” E ele não abria a porta. Mas quando
ela respondeu “Sua esposa”, ele abriu imediatamente a porta. Creio que esse episódio mostra as sutilezas da natureza humana.
Pres. Ikeda: Ao visitar um membro, creio que seria sábio cumprimentar os demais familiares com grande sinceridade e respeito. As
pequenas coisas são importantes.
Falamos anteriormente dos maridos que se sentem sós e abandonados. Vamos supor que sua esposa receba o telefonema de um
membro da Divisão das Senhoras quando ela está preparando o jantar. A menos que seja algo urgente, ela pode perguntar à senhora se
pode ligar depois, e fazer isso após o jantar. Não creio que seu marido iria se importunar com isso.
Mas se ela larga tudo e dá prioridade ao telefonema, deixando o marido para segundo plano, então ele provavelmente tem razão de se
sentir triste. Se isso acontecer com freqüência, naturalmente apareceria um empecilho entre eles. Um pouco de consideração realmente
vai longe.
Suda: Há pessoas que pensam somente em si próprias e esquecem-se dos sentimentos de seus familiares, que cuidam de tudo enquanto
eles estão fora participando das atividades. Ao voltar para casa após uma reunião, algumas pessoas simplesmente dizem “Estou
cansada” ou “Ainda tenho de fazer algumas ligações” ou então começam a tagarelar sobre como foi emocionante seu dia, sem nem
mesmo perguntar como estão os demais.

Pensar que “as coisas darão certo de alguma forma” não é fé

Pres. Ikeda: É realmente importante levar em consideração as circunstâncias de cada pessoa, tais como o ambiente em que elas vivem
e sua condição.
Por exemplo, o Japão está atualmente em recessão. Em muitos lares, o marido tem de se concentrar unicamente no trabalho para
sustentar a família. Em certas circunstâncias, há casos em que a esposa precisa incentivar o marido a recitar sincero Daimoku e depois
se concentrar para fazer o melhor no trabalho. E há também ocasiões em que ela o incentiva a se empenhar totalmente nas atividades e
assim acumular boa sorte. Devemos julgar essas situações de forma sábia.
A realidade é rigorosa. O pior é evitar as responsabilidades. Pensar que as coisas darão certo de alguma forma só porque estamos
praticando significa tirar vantagem da prática da fé. Após orarmos para algum objetivo, precisamos nos empenhar ao máximo para
concretizá-lo. Essa é a verdadeira fé.
Vencer na sociedade mostrando a prova real é o modo de alcançar a vitória na família e o caminho para o Kossen-rufu. Abraçando a fé
de tornar possível o impossível, precisamos orar e orar “com tanta seriedade a ponto de produzir fogo com madeira encharcada ou tirar
água do solo ressequido” (The Writings of Nichiren Daishonin, pág. 444.); e precisamos vencer. É isso o que significa “poderes
sobrenaturais”. Com esse empenho, conquistaremos a confiança das pessoas na sociedade.
No final do capítulo “Rei Adorno Maravilhoso”, o rei faz a seguinte promessa ao Buda: “De hoje em diante, não seguirei mais os
caprichos de minha própria mente nem permitirei outras visões heréticas ou a arrogância, a ira ou outros estados de espírito malignos.”
(LS27, 317.) Isso demonstra o quanto essa pessoa de poder se transformou.
Apesar de não ter conseguido reconhecer o verdadeiro ensino por causa de seu egoísmo, arrogância e inveja, com o empenho de sua
esposa e de seus filhos ele despertou para esse verdadeiro ensino. De alguém que vive somente para si próprio ele passa a ser uma
pessoa que vive pelos demais.

O século XXI será a “era da filosofia”

Pres. Ikeda: O “rei” representa o cenário político. Num sentido mais amplo, ele representa a economia e outras funções da sociedade.
Mas o capítulo “Rei Adorno Maravilhoso” ensina que somente isso não traz felicidade; que é necessária uma verdadeira filosofia.
A política e a economia são os “meios”. O “fim” é a felicidade. Para alcançar esse fim, o que é mais necessário é uma filosofia que
responda a estas questões: “O que é a vida?” e “O que é a felicidade e como alcançá-la?”.
Na minha opinião, não há outra saída senão tornar o século XXI uma “era da vida e da filosofia” mais profunda, ultrapassando as
exigências da política e da economia. Nós somos pioneiros dessa transição. Estamos transformando o “rei maligno” que é o Japão em
um bom “Rei Adorno Maravilhoso”. E estamos agora abrindo um caminho nessa direção para que o mundo siga atrás.

Вам также может понравиться