Вы находитесь на странице: 1из 46

0DSXWRGH$EULOGH‡$12;;9‡1o‡3UHoR0W‡0RoDPELTXH

Daviz Simango expurga vozes críticas no partido

Ilec Vilanculos

Pág. 2 e 4

A elite devedora do Estado Pág. 6


LOTARIA PRÓXIMA, 16ª EXTRACÇÃO DA LOTARIA 21/04/2018
15ª EXTRACÇÃO 1º PRÉMIO -1.000.000,00MT

1º - 24187 - 1.000.000,00MT PREVISÕES

2º - 37278 - 50.000,00MT TOTOBOLA: PARA O 1º PRÉMIO - 566.875,54MT

3º - 21969 - 25.000,00MT TOTOLOTO: PARA O JACKPOT - 1.005.774,98MT


 VALOR DO 1º PRÉMIO DO JOKER - 250.000,00MT
"!$&% - 01-//
-    
'''.$"""."  (%#"-& "# $% )32
TEMA
TEMADA
DASEMANA
SEMANA
2 Savana 20-04-2018

Situação sombria no MDM

Daviz Simango expurga vozes críticas


- Venâncio Mondlane, Manuel de Araújo, Silvério Ronguane, Maria Moreno, António Frangoulis, Geraldo Carvalho e Job Mutombene fora dos órgãos
decisórios do partido

Por Raul Senda

M
embros sonantes do das pela organização.
Movimento Demo- Contam as fontes que, quer Mon-
crático de Moçambi- dlane, Araújo, Moreno, Mahamu-
que (MDM) foram do Amurane (falecido), António
isolados dos órgãos decisórios Frangoulis, Job Mutombene entre
do partido. A decisão foi tomada outros, sempre defenderam a re-
último fim-de-semana, na cidade dução de poderes do presidente
da Beira, em sede da reunião do do partido e que os órgãos de-
Conselho Nacional. Trata-se de viam ser eleitos a todos os níveis.
figuras que se destacaram na luta “O MDM aparece publicamente
por reformas dentro do partido e a defender diminuição de pode-
que sempre desafiaram a direcção res do chefe de Estado, mas cada
do MDM a respeitar os estatutos vez que há uma revisão dos esta-
e pautar por condutas democráti- tutos do partido, é para aumentar
cas. É o caso de Venâncio Mon- os poderes do presidente. Isso não
dlane e Maria Moreno que saíram é incongruência”, questionam as
da Comissão Política (CP), Ge- fontes.
raldo Carvalho que deixou o de- Dizem ainda que, publicamente,
partamento de Mobilização, Job o MDM defende maior transpa-
Mutombene que saiu do depar- rência na gestão da coisa pública,
tamento de Informação para além Daviz Simango libertou-se de pensadores e apostou em anónimos para os próximos pleitos eleitorais porém, internamente, não há cul-
de Silvério Ronguane e António tura de prestação de contas aos
Frangoulis que foram relegados des foi dos primeiros membros o presidente apenas promulgasse. foi expulso da Renamo, perdeu o membros.
para o plano secundário. Sande do MDM que se mostrou con- Porém, este preceituado estatutá- cargo de chefe do departamen-
Carmona, porta-voz do partido, tra certas práticas que, aos seus rio está a ser completamente ig- to de Mobilização e Propaganda. Indicação de José
diz que as mudanças são normais. olhos, eram inadmissíveis para norado pela direcção do MDM e Carvalho foi substituído por Juma
Domingos Manuel
A indicação de José Manuel para
um partido que pretendia trazer este é que se encarrega de escolher. Rafim.
Como resultado da expulsão de o cargo do Secretário-geral (SG)
uma nova maneira de ser na cena O exemplo flagrante dessa viola- Geraldo Carvalho entrou em cho-
Daviz Simango da Renamo, no também não colheu consensos no
política moçambicana, como, por ção estatutária é que na nova CP, que com o presidente do MDM
dia 7 de Março de 2009, foi criado, partido.
exemplo, o facto de Daviz Si- empossada último fim-de-sema- quando levantou a necessidade de
na cidade da Beira, capital provin- Figuras do MDM entendem que
mango ter viajado para a Europa na, não há representantes de Ma- Daviz Simango abrir espaço para
cial de Sofala, o Movimento De- tinha chegado a hora de Luís
na companhia de indivíduos que, puto cidade, Gaza e Inhambane. outras figuras do partido candida-
Boavida deixar o cargo por ser
mocrático de Moçambique. embora aspirantes a membros do Judite Macuácua, da província de tarem-se à presidência do municí-
inoperante, porém, numa altura
Sob o slogan: “Moçambique para MDM, ainda eram deputados da Gaza, está no órgão por inerência pio da Beira. tão crucial como esta, em que se
todos”, o MDM defendia a tese Renamo-UE. de funções, já que é presidente da Segundo Carvalho, era incoeren- aproximam grandes pleitos eleito-
de que queria aglutinar os inte- Um ano depois da saída de Ivete Liga Feminina do MDM. te que uma pessoa que também rais, o MDM precisa de um SG
resses de todos os moçambicanos, Fernandes, mais concretamente “Todos os membros da nova CP é candidato a edil tenha prerro- carismático e com capital político
independentemente da raça, gru- em Maio de 2011, Ismael Mussá foram indicados a gosto do pre- gativa de indicar candidatos para muito mais forte.
po étnico, religião, classe social ou demitiu-se do cargo de secretário- sidente, as delegações provinciais municípios. No quadro da luta José Manuel é uma figura anóni-
académico. -geral do partido. não tiveram a oportunidade de pela introdução dessas reformas ma na esfera política nacional e
Na altura, Simango disse que o seu Para deixar o cargo e, consequen- fazer valer o seu desejo”, contaram. no seio do MDM, Geraldo Car- não se acredita que ganhe tarimba
partido estava aberto para todos. temente, o partido, Mussá alegou Sublinham que os poderes ex- valho lançou um movimento de em tão pouco tempo, num campo
Porém, nove anos depois dessa questões de divergências étnicas e traordinários do presidente do auscultação das bases daquilo que bastante renhido, para superar os
comunicação brilhante e cheia de políticas. MDM não se limitaram apenas seria o perfil ideal dos candidatos desafios futuros.
promessas e esperança, a realidade Em 2014, o MDM também co- na indicação dos membros da CP, à presidência dos municípios. José Manuel é vereador no Con-
prática actual entra em contramão nheceu momentos de tensão na mas também à figura do Secretá- “Geraldo Carvalho foi um dos selho Municipal da Beira e uma
com o discurso inaugural. altura da constituição das listas de rio-geral bem como aos chefes de membros que mostrou interesse pessoa da confiança de Daviz
Muitas correntes ligadas ao MDM candidatos a deputados, quando a departamentos, tarefas que, se- na introdução de eleições primá- Simango, a sua manutenção no
queixam-se da falta de espaço para direcção do partido foi acusada de gundo os estatutos, são da compe- rias dentro do partido para a es- cargo de vereador depende da
o diálogo, intolerância, tribalismo, privilegiar familiares, amigos, gru- tência do Conselho Nacional. colha de candidatos à presidência vontade do seu chefe, pelo que, em
ditadura, nepotismo, liberdade de pos de Sofala e servis às chefias. Como consequência, figuras so- dos municípios, uma ousadia que nenhum momento poderá ques-
expressão e de opinião bem como nantes e com um capital político lhe saiu caro”, contam. tionar. Limitar-se-á apenas a ser
da cultura de prestação de contas. Situação sombria invejável, mas com ideias próprias, Sande Carmona, pessoa conhe- uma caixa de recados do chefe.
A crise do MDM vem desde os As fontes dizem que no último foram expurgadas. cida como fiel à figura de Daviz Numa altura em que a imagem
primeiros anos da sua criação. Congresso, realizado no mês de Manuel de Araújo, que até então bem como do seu irmão Lutero do MDM está manchada pelos
Em Fevereiro de 2010, sob pretex- Dezembro, na cidade de Nampu- era chefe do departamento de Simango, substituiu Job Mutum- acontecimentos de Nampula com
to de querer dar “mais vitalidade la, foram alterados os estatutos do Formação e Projectos, foi substi- bene no cargo de chefe do depar- o efeito Tocova, a forma como a
ao partido” Daviz Simango dis- partido e definiu-se que os com- tuído por Atija José Pililão. tamento de Organização e Infor- direcção do partido geriu o dos-
solveu a Comissão Política (CP) ponentes da CP fossem indicados Araújo que também ocupa a po- mação. sier Amurane, a derrota eleitoral
do MDM eleita no Congresso de pelo presidente do partido, após de Nampula, as crispações e feri-
sição de edil de Quelimane, eleito António Frangoulis, outro grande
das que saíram do Congresso de
2009. consultas às delegações políticas pelo MDM, é conhecido pela sua crítico à direcção do MDM, foi
Nampula entre outras falhas, era o
Numa decisão interpretada em provinciais. opinião frontal, crítico e contun- relegado para suplente da Comis-
momento de se reinventar e olhar
alguns círculos como reedição das Nesta indicação, não se podia ig- dente sobre a forma como Daviz são Nacional de Jurisdição.
para os pleitos futuros com outros
atitudes anti-democráticas que norar o princípio de representati- Simango está a dirigir o partido. Venâncio Mondlane e Maria Mo- binóculos.
caracterizam Afonso Dhlakama vidade, em que cada província de- Em várias aparições públicas, reno foram expurgados da CP. “O congresso do MDM em Nam-
e contestadas por Simango, vozes via ter um membro na CP. Mesmo Manuel de Araújo tem exigido a Coincidência ou não, todos os pula confundiu-se com do partido
próximas da organização confi- numa situação em que a província direcção do MDM para que seja excluídos dos órgãos decisórios Comunista Chinês. A direcção do
denciaram que a dissolução da CP tenha um membro por razões de mais democrata, dialogante, aber- do partido são pessoas que ques- partido chegou a criar grupos de
visava afastar Ivete Fernandes que, inerência de funções, a represen- ta e transparente. tionavam o facto de o partido, ex- choque para aplaudir os discursos
na altura, era vista pelos irmãos tatividade não podia ser ignorada. Geraldo Carvalho, uma das fi- ternamente, defender uma postura do chefe e vaiar os pronunciamen-
Daviz e Lutero Simango como De acordo com as fontes, o que guras que mais se destacou na e, internamente, ter um compor-
um elemento perturbador. devia acontecer é que as provín- criação do MDM bem como no tamento totalmente contrário e Continua na pág. 4
Recorde-se que Ivete Fernan- cias elegessem a figura para CP e amparo a Daviz Simango quando igual ao das organizações critica-
TEMA DA SEMANA
Savana 20-04-2018 3
TEMA DA SEMANA
4 Savana 20-04-2018

Segundo cientistas políticos ouvidos pelo SAVANA

Daviz Simango está a cavar a própria sepultura


S
érgio Chichava, pesquisa- de simpatias étnicas, clientelismo, por, consequência, não votar nele.
dor do Instituto de Estu- lambebotismo e nepotismo. Para o politólogo, a imagem do
dos Económicos e Sociais “É muito estranho que pessoas que MDM fica manchada, aparecendo
(IESE), disse ao SAVA- davam vida ao partido sejam iso- como um partido que é governado
NA que a liderança do MDM está ladas e substituídas por anónimos entre irmãos, puxa-sacos e outros
a cavar a própria sepultura, na me- numa altura em que estamos pró- que são fiéis e leais.
dida em que a sua forma de ser e ximos das eleições. Isto mostra que Diz que o MDM pretendia ser
agir choca, completamente, com os dentro do MDM ninguém pode uma alternativa à cultura política
princípios que defende no discurso brilhar mais que o chefe sob o risco dominante em Moçambique. Mui-
oficial. de cair na desgraça”, disse. tos acreditaram nisso.
Diz que o MDM apareceu como Sobre a indicação de José Manuel Porém, o MDM não só é uma
alternativa à Frelimo bem como à para o cargo do SG do MDM, continuidade do que se tem como
Renamo, era crítico ao modus ope- Chichava interpreta como uma fa- cultura política dominante em
randi dos dois principais partidos, lha de casting, na medida em que o Moçambique, mas também é ten-
mas agora faz completamente o partido tem pessoas competentes e decialmente mais regionalista dos
mesmo. Sérgio Chichava com enorme potencial político que principais partidos. As suas prá- Régio Conrado
podiam dar mais energia ao parti- ticas ou forma de funcionamento,
-semana, assim como noutras oca- em perigo devido às incoerências
“A imagem actual do MDM é di- siões, mostram que Daviz Simango do. distribuição do poder, ocupação de de gestão.
ferente daquela que nos foi apre- é irresponsável e arrogante. posições dentro do partido e fora Recorde-se que, nas intercalares de
sentada em 2009. Um partido mo- “No princípio foi um dirigente hu- Daviz Simango é um líder dele mostram que o MDM é, fun- 2011, que elevaram Araújo ao poder
derno, democrático, transparente, milde e exemplar. Mostrou ser um fraco damentalmente, contrário do que no município de Quelimane, o edil
dialogante e aberto para todos. gestor competente, porém, de um Por seu turno, Régio Conrado, defendia e defende em público.  alugou o MDM apenas para ques-
Hoje, a imagem que temos é de um tempo a esta parte mudou comple- doutorando em Ciência política na Sublinha que a exclusão desses tões de logística. Fora disso Araújo
partido anti-democrático, intole- tamente. Talvez o poder o corrom- França, disse ao SAVANA que o membros reproduz uma estratégia não precisa do MDM. Ganharam
rante, fechado e de família”, disse. peu, o que, infelizmente, é mau para MDM, tal como muitos partidos clássica, que consiste em excluir, em Nampula devido aos erros da
Chichava, que também é director quem sonha atingir outros voos”, políticos em Moçambique, tem humilhar para melhor ter o con- Frelimo e ausência da Renamo. Em
científico do IESE, referiu que Da- sentenciou. uma estrutura anti-democrática trolo de uma organização. Estas Maputo quase ganhavam pelo ca-
viz Simango é o inimigo número Chichava refere que é impossível seja na forma como organiza as es- tácticas são usadas para desapossar risma do Venâncio Mondlane. Isto
um do MDM, porque o afasta- formar um partido forte marginali- truturas do partido bem como dis- pessoas que têm prestígio dentro e mostra que, enquanto partido, o
mento de figuras sonantes e com zando ou isolando figuras prepon- tribuição de lugares de poder. fora da organização. MDM é estruturalmente fraco. O
um potencial invejável mostra que derantes e respeitadas pela socieda- Conrado refere que a exclusão de Para Régio Conrado, líderes fracos MDM não possui nem visão nem
a direcção do partido não quer uma de. Pelo contrário, são pessoas com pessoas como Venâncio Mondla- e não carismáticos, como Daviz Si- estratégia sobre o país. O seu lema
organização mais pluralista. um pensamento coerente, crítico e ne, Frangoulis, entre outros, da CP, mango, fazem muito uso desse tipo “Moçambique para todos” é vio-
Para o cientista político, a indicação respeitado que o MDM devia pro- denota que Daviz Simango é um de estratégias. lado em permanência dentro dele
de Lutero Simango para chefia da curar convencer para alinhar nas líder fraco, sem capital simbólico e Refere que estas atitudes denotam próprio. Não poderia Venâncio
bancada do MDM é um exemplo suas fileiras. carisma. Para o académico, Daviz um alto nível de intolerância ao Mondlane ser chefe da Bancada do
claro de que a organização guia- “Já ouvimos vozes, dentro do par- Simango mostra-se intolerante em pensar diferente, o que é um con- MDM? Porque é que não o é?  
-se pelos apetites familiares, pois tido, a dizer que não nos podemos relação a estas figuras por pretender tra-senso dentro de um movimento Refere que as pessoas excluídas po-
a organização tem pessoas talen- libertar de Maputo para sermos organizar o partido à sua própria dito democrático. De democrático dem sair do partido.
tosas, com um discurso coerente e colonizados a partir da Beira, o imagem, isto é, uma CP consti- o MDM tem apenas o nome. Sei Termina a sua explanação referin-
lógico. Lutero Simango não tem MDM não pode ser uma organiza- tuída por pessoas desapossadas de que dentro do MDM há persegui- do que, fortificando os poderes do
discurso convincente, pelo que, se o ção que serve para aglomerar inte- capitais aptos de desafiar as lógicas. ções, rixas, lutas intestinais, como presidente nos estatutos, Daviz Si-
MDM quer um partido moderno, resses da família Simango, que Da- Sublinha que, eliminando figuras em todos os partidos, organizado mango quer ser um líder incontes-
não pode ter aquela personalidade viz é arrogante, que o MDM não é sonantes, o caminho para Simango por pessoas leais a Daviz Simango, tável e poder igualmente intimidar
como chefe de bancada. democrático e a cultura política es- liderar de forma desordenada e au- que se poderia esperar outra atitu- as vozes críticas.
O académico diz que o MDM pre- casseia. Isso é muito mau e não nos toritária está aberto. de. “Penso que o fim de tudo isto é fa-
cisa de se reinventar porque, caso espantemos que parte dos actuais “Ao fazer isso, pretende mostrar A cultura política dentro do MDM zer de Daviz Simango uma figura
contrário, não vai a lado nenhum edis eleitos pelo MDM concorram que não aceita críticas, nem pessoas é aquela de que o líder manda e o insubstituível via arranjos insti-
como organização política e com pela Renamo nas eleições de Outu- que pensam porque tem consciên- resto respeita. É aqui que pode afir- tucionais e manipulação dos pro-
fortes probabilidades de perder os bro”, alertou o académico. cia que é um líder fraco”, disse. mar que o MDM acaba sendo uma cedimentos internos.  Se há uma
municípios que detém neste mo- Sublinha que ao isolar pessoas Conrado diz que estamos próximos rede de clientelismos e de opera- coisa que o MDM não é hoje é ser
mento, tal como aconteceu em como Geraldo Carvalho, Venâncio dos pleitos eleitorais e a exclusão ções secretas de eliminação de po- democrático. Ficou cada vez mais
Nampula. Mondlane, António Frangoulis, dessas figuras pode trazer muita tenciais substitutos de Daviz. anti-democrático, partido de clien-
Sublinha que os resultados da reu- entre outros, mostra que o MDM frustração naqueles eleitores que De acordo com Conrado, o MDM telismos e amiguismos”, disse.
nião da Beira, no último fim-de- é um partido que se guia na base viam no MDM uma alternativa e é um partido cuja existência está (Raul Senda)

Continua na pág. 4
-tos dos críticos. A di- Para além de violar os estatutos, a da Beira era o momento solene membros do MDM não são úteis qualquer organização e que o
recção do MDM reuniu-se à marginalização desses pontos abre para a direcção do partido prestar quando estão dentro dos órgãos. MDM não seria o primeiro,
porta fechada com os delega- espaço para muitos questiona- contas aos membros sobre as fa- Sande Carmona diz ao SAVANA para além de várias pessoas
dos provinciais para orientá- mentos como por exemplo: como lhas de Nampula e juntos encon- que a agenda da Beira foi aprova- deixaram o partido mas, con-
-los a persuadir membros das é que os órgãos do partido vão trar soluções para desaires futuros, da antes do início das actividades, tinua intacto.
suas delegações para votar trabalhar sem orçamento e nem visto que ninguém, excepto a di- pelo que qualquer queixa é infun- Sobre a não aprovação do pla-
nesta ou naquela figura. Isso é plano de actividades apreciado e recção, sabe onde é que foi discuti- dada e que a CP tem representan- no de actividades e do orça-
democracia”? Questionam. aprovado pelo colectivo do parti- da e aprovada a estratégia eleitoral tes de todas as regiões do país. mento, Carmona diz que cabe
O SAVANA sabe ainda que do. da intercalar de Nampula. Para o porta-voz do MDM, o seu
aos órgãos eleitos elaborar o
a mesa do Conselho Nacio- É que, a canalização de fundos partido é dos mais democráticos
programa e definir o orçamen-
nal, na reunião deste fim- partidários para actividades dos Sande Carmona comenta que há em África de tal forma que
Contactado pelo SAVANA, San- to de actividades e, enquanto
-de-semana, sem justificação órgãos competentes torna-se ile- os seus membros aparecem publi-
plausível e de forma pouco gal. de Carmona diz que as mudanças camente a exprimir suas opiniões isso não acontecer vai traba-
democrática não acolheu três Também se questiona o facto da registadas nos órgãos do parti- sem represarias. lhar com os planos modelos
propostas feitas por membros reunião da Beira ter marginaliza- do fazem parte das dinâmicas de Lacónico nas palavras, Carmona anteriores.
do Conselho Nacional. do o desaire eleitoral de Nampula qualquer organização e as pessoas referiu que o MDM continua a ser Sobre a saída de alguns mem-
Trata-se da inclusão na agen- e muito menos discutir e aprovar que saíram, quando foram indica- por um Moçambique para todos e bros para concorrer pela Re-
da da aprovação de plano de a estratégia eleitoral para as autar- das, no passado foram substituir é por isso que luta todos os dias. namo, Sande Carmona diz
actividades e do orçamento quias de 10 de Outubro. outros quadros. Sobre as possíveis deserções, Car- que não entra no campo das
dos órgãos do partido. Entendem as fontes que a reunião Sublinha que os verdadeiros mona diz que isso é normal em especulações.
TEMANA
TEMA DA
DASEMANA
SEMANA
Savana 20-04-2018 5

Ameaças ao jornalista Marcelo Mosse

Muchanga censurado na praça pública


Por Abílio Maolela

O
Conselho Superior da Co- Então, isso é o que vai acontecer no Um atentado às liberdades indevido do espaço público de exercí-
municação Social (CSCS) dia em que me cruzar com ele em de expressão e imprensa cio das liberdades de opinião”, afirma
condenou, esta quarta-feira, qualquer sítio”. Quem também se juntou a este Nhanale.
as ameaças do deputado da Esta declaração indignou a classe coro de condenação é o Sindicato Para Nhanale, ao ser questionado so-
Renamo, António Muchanga, à in- profissional e, segundo o CSCS, o Nacional de Jornalistas (SNJ), que bre o dia dos jornalistas, Muchanga
tegridade física do jornalista Mar- anúncio suscita “grave preocupação” considera as afirmações de um aten- não precisava mencionar os seus pro-
celo Mosse, que promete “amará-lo por transmitir à sociedade a ideia de tado à integridade física do jornalista blemas pessoais com Marcelo Mosse,
com arame” e entregá-lo à polícia que qualquer cidadão, incluindo diri- Marcelo Mosse, por isso, “merecem a sendo que tais, conforme mencionou,
para responder por crime de difama- gentes políticos, pode atentar contra condenação veemente” daquela orga- tenham já sido reportados às entida-
ção de que, supostamente, foi vítima. a integridade física de jornalistas, em nização. des competentes.
reacção a informações que estes pos- De acordo com o comunicado desta Entende aquele professor de jornalis-
As referidas ameaças foram pro- sam publicar, no exercício das suas organização sindical, as ameaças pro- mo que, nos termos em que proferiu
feridas, no último fim-de-semana, funções. feridas por António Muchanga vi- as declarações, Muchanga pretendia
durante um debate televisivo, no No seu comunicado, o CSCS defende sam “intimidar os jornalistas moçam- ser “cómico e estimular a sua popu-
programa “Resenha Semanal”, emi- que, num momento em que se aguar- bicanos no exercício da sua profissão, laridade”.
tido todos os domingos na Televisão da o desfecho do “Caso Salema”, as António Muchanga facto que consubstancia atentado às “Sabemos que a polícia, em nenhum
Miramar, um dos canais privados de declarações de António Muchanga to”, destaca. liberdades de expressão e de impren- momento teria autorizado ao Sr. Mu-
televisão nacional. suscitam à sociedade infundadas dú- Por essa razão, o CSCS insta o depu- sa, no país. changa ou a qualquer outra pessoa a
Muchanga fez este comentário, vidas sobre o entendimento que os tado da Renamo a retratar-se, publi- “É uma ofensa moral a amarrar um cidadão com arames”,
após ser solicitado, pelo moderador, Órgãos de Soberania, como Assem-
camente, usando o mesmo meio em
Marcelo Mosse”, Ernesto sublinha, acrescentando que as en-
para comentar sobre a relação entre bleia da República, têm a respeito da
que proferiu as referidas ameaças, em
Nhanale tidades e as pessoas que têm acesso
a imprensa e os diferentes actores liberdade de expressão e de imprensa, Por sua vez, o Director-Executivo do regular aos media, a exemplo dos
defesa de liberdades e direitos funda-
da sociedade, tendo afirmado: “há enquanto pilares do sistema demo- MISA-Moçambique, Ernesto Nha- políticos, devem pautar por condutas
momentos em que a liberdade de mentais e da sua própria reputação. nale, defende que, de um deputado
crático. discursivas responsáveis que estimu-
expressão, para alguns jornalistas, “No caso de o jornalista Marcelo No comunicado enviado à nossa Re- da AR, espera-se uma postura de lem exemplos positivos.
transformou-se numa libertinagem. Mosse for vítima de qualquer agres- dacção, aquele órgão de disciplina da responsabilidade e de respeito pelos “O deputado Muchanga deveria ter
Eu próprio já fui vítima de alguns são atentatória à integridade física, a comunicação social chamou atenção cidadãos. sido mais comedido nos comentá-
jornalistas, tipo Marcelo Mosse de opinião pública poderá, com legiti- ao moderador do debate para a ne- “Os seus pronunciamentos na TV rios, indicando as más práticas dos
quem até agora ainda estou à procura midade, suspeitar quem tenha sido o cessidade de ter admoestado o “in- Miramar sobre o jornalista Marcelo jornalistas, em geral, uma vez ter sido
porque estou autorizado para onde autor ou mandante de tal acto, espe- fractor” por se servir daquele órgão Mosse representam ofensa moral e convidado a comentar pelos profis-
o apanhar, amará-lo com arrame e rando que as autoridades competen- de comunicação social para proferir imagem à pessoa do Marcelo Mos- sionais, no geral, não em pessoas es-
entregá-lo à polícia. tes o arrolem como principal suspei- ameaças a jornalistas. se; por sinal um acto de abuso e uso pecíficas”, observa.

MIREME contra-ataca

“O mercado de venda de combustíveis era fictício”


Por Argunaldo Nhampossa

O
director Nacional de Hidro- designou de “mercado controlado”, o tro com a imprensa para explicarem autocarros. de Iluminação-isento, Gasóleo -4.27
carbonetos e Combustíveis, Estado tem uma dívida acumulada os determinantes para o estabeleci- Aponta o MIREME que o actual re- Mtn/Lts e GPL 0.66 Mtn/Lts) e
Moisés Paulino, diz que (2016-2017) com as gasolineiras de mento dos preços dos combustíveis. gime de fixação e formação de preços IVA no Retalhista.
Moçambique estava a ac- cerca de 4,7 mil milhões de meticais, Na ocasião, Paulino defendeu que dos combustíveis permite a suaviza- “Para os próximos tempos dependerá
tuar num mercado fictício de venda incluindo os juros de mora, cujo pa- os ajustamentos visam eliminar a dí- ção do impacto de qualquer oscilação do comportamento do câmbio bem
de combustíveis ao se manter vários gamento será feito de forma gradual, vida com as distribuidoras, porque o no mercado internacional nos preços como os preços de importação. Vamos
anos sem fazer os devidos ajustamen- por falta de capacidade devido às executivo já atingiu uma situação de de venda ao público. Isto significa que recorrer às médias dos preços de Mar-
tos dos preços. Dados do Ministério condições adversas que atravessam as insustentabilidade. “Antes estávamos qualquer alteração de preço de impor- ço e Fevereiro que até agora nos mos-
dos Recursos Minerais e Energia finanças nacionais. amarrados e não podíamos fazer ajus- tação no internacional afecta de for- tram que há condições para uma re-
(MIREME) apontam que, de 2011 No entanto, entre 2011 a 2014, o exe- tamentos de preços de combustíveis e ma mais suave nos preços de venda ao dução dos preços, mas tudo depende
a 2014, o executivo gastou cerca de cutivo gastou cerca de 10.6 mil mi- quando fazíamos comparações com público, devido à média ponderada de do comportamento do câmbio”,disse.
10.6 mil milhões no pagamento de lhões de meticais com pagamento de os preços praticados nos países vizi- dois meses para o cálculo de preços. Disse que para a revisão que se avi-
compensações às gasolineiras de compensações às gasolineiras. nhos era para fazer pressão e mostrar Na ocasião, João Macanja, represen- zinha a situação geopolítica na Síria
modo a manter os preços dos com- É deste modo que o director nacional que não se estava perante um tabu”, tante da IMOPETRO, explicou que não irá afectar os preços, mas para ou-
bustíveis inalterados. dos Hidrocarbonetos e Combustíveis disse. o cálculo do preço dos combustíveis tra actualização do segundo semestre
justifica a implementação do decre- Tendo acrescentado que estávamos a tem como base a variação dos preços poderá afectar.
Deste modo, considera que era im- to nr 45/2012 de 28 Dezembro, que funcionar num mercado fictício, con- no mercado internacional e a taxa de Quanto as reclamações sobre preços
perioso a eliminação daquelas com- regula as actividades de produção, trolado e fechado que nos fez incorrer câmbio. praticados, apontou que é preciso to-
pensações que colocaram as contas do importação, distribuição e comercia- em dívidas em cadeia, dívidas com os No modelo de importação vigente no mar em consideração que o nosso país
país numa situação de insustentabili- lização de produtos petrolíferos, in- distribuidores e dívidas com outros país, as altercações dos preços num não importa crude desde 1984, altura
dade. cluindo a fixação dos seus preços. fornecedores pelo que era necessá- determinado período são com base em que foi desactivada a refinaria que
Para o MIRENE, o congelamento Esta terça-feira, o MIREME, a Im- rio sair disso para tornar o processo nos custos de produtos importados o país tinha por descontinuidade, mas
da revisão dos preços de combustíveis portadora Moçambicana de Petróleos transparente e sustentável. Nesta sen- nos dois meses anteriores, onde já está sim combustíveis. Devido a esta situa-
pontapeava os elementos basilares (IMOPETRO) e a Associação Mo- da, diz que estão sendo retirados de incluso o IVA na importação, IVA no ção refere que os países importadores
para a determinação dos preços. E çambicana de Empresas Petrolíferas forma gradual os subsídios aos com- distribuidor, taxa sobre os Combus- estão sujeitos as variações do preço no
devido àquela situação que Paulino (Amepetrol) promoveram um encon- bustíveis em troca com a aquisição de tíveis (gasolina 7.71Mzn/lt, Petróleo mercado internacional.
SOCIEDADE
6 Savana 20-04-2018

Adjudicatários de antigas empresas estatais/participadas não pagam dívidas

O regabofe das alienações!


Por Armando Nhantumbo

O
negócio das alienações das e só conseguiu pagar 855 mil Meti- Estância Turística Lagoa e Sol, em na venda pública de uma parte delas Vidreira e Cristalaria de Moçambi-
antigas empresas estatais cais. Os cidadãos José Luís e Jordão 1998, por três milhões de Meticais, e, por outro, na cedência onerosa aos que, em 2010, a USD3,1 milhões,
e participadas continua a adquiriram a empresa Agropecuária mas pagou apenas 303 mil até 2016. Gestores, Técnicos e Trabalhadores mas só pagou USD820 mil. Por sua
ser extremamente lesivo ao de Muda Bloco 1, em 1999, sendo Em 1999, a Nami adquiriu a Me- (GTTs) das empresas, a taxa de in- vez, a Sociedade Vision 2000 alie-
Estado, que está a perder avulta- que até ao fecho do ano de 2016, talúrgica Agostinho Santos a 14,3 cumprimento das prestações já ven- nou, em 2005, a Sociedade Mineira
das somas de dinheiro. Perante um dos 3,5 milhões de Meticais do va- milhões de Meticais, tendo pago, 17 cidas, em 2016, situava-se em 61% de Cuamba (Somec), a USD502
olhar impávido das autoridades, lor da alienação, só tinham conse- anos depois, somente 1,5 milhões nas alienações em dólares e 28% nas mil, tendo pago apenas USD229
os adjudicatários, alguns dos quais guido pagar 356 mil Meticais. de Meticais. A Mozatur adquiriu efectuadas em moeda nacional. mil.
próximos ao poder do dia, não es- A Jassat Internacional adquiriu a o Hotel Savoy, em 1998, a quatro Das alienações em moeda nacional, “Continua, assim, o incumprimento
tão a pagar pelas alienações, haven- Emocat Beira e a Emocat Queli- milhões de Meticais e só devolveu a Zekab Investimentos, por exem- dos pagamentos, por parte das em-
do casos gritantes em que as dívidas mane, em 1998, por 16 milhões e 487 mil até ao exercício económico plo, que em 2006 alienou a empresa presas a quem o Estado adjudicou,
se arrastam há mais de 20 anos.
5,2 milhões de Meticais respectiva- em análise. sociedade Tempográfica, ao valor de através do IGEPE, a alienação das
mente, tendo pago 1,6 milhões de 855 mil Meticais, só tinha pago 86 participações”, ressalva o TA no Re-
Uma auditoria do Tribunal Admi-
nistrativo (TA), datada de 2017, re- Meticais pela primeira, e 598 mil A carteira do IGEPE mil Meticais. latório e Parecer sobre a CGE de
vela um quadro calamitoso quanto Meticais pela segunda. Na carteira do IGEPE, em que as E nas adjudicações em moeda es- 2016, debatido, semana passada, no
ao pagamento dos valores referen- Alice Leonor Ezequiel alienou a alienações consistem, por um lado, trangeira, a Sonil Mz alienou a Parlamento.
tes às alienações das empresas do
Estado e participadas, quer aquelas

Os ilustres devedores
feitas através da Direcção Nacional
do Património do Estado (DNPE),
quer pelo Instituto de Gestão das

N
Participações do Estado (IGEPE).
a carteira de devedores secretário do Comité Provincial. alienou a Companhia Cinema Ma- mas somente três responderam,
Mais de 100 devem à DNPE da DNPE, há nomes Durante o mandato de Joaquim tchedje e Estúdios 222, em 2001, nomeadamente a Tempográfica; a
De acordo com os dados do TA, sonantes, na sua maio- Chissano, foi indicado em 1987 para ao valor de 3,8 milhões de Meticais, Vidreira e Cristalaria de Moçam-
contidos no seu Relatório e Pare- ria ligados ao partido governador da província de Tete, até mas até 2016 só tinha pago 1,4 mi- bique; e a SOMEC.
cer sobre a Conta Geral do Esta- Frelimo. É o caso de Cadmiel Maio de 1995 e, entre 1995 e 1997, lhões. “O actual responsável pela Tem-
do (CGE) de 2016, até ao fim do Muthemba, antigo ministro das foi secretário do Comité Central do Militante assumido da Frelimo, Gil- pográfica comprometeu-se a li-
exercício económico daquele ano, a
Pescas e, mais tarde, das Obras partido no poder, pelo qual foi tam- berto Mendes, apontado como can- quidar o valor em dívida.
DNPE tinha, em carteira, 135 pro-
Públicas e Habitação, no gover- bém deputado. didato às autárquicas de Outubro Quanto à Vidreira e Cristalaria, o
cessos de adjudicatários em dívida,
no de Armando Guebuza. Enquanto isso, em 2001, o Grupo pelo município de Maputo, tem sido adjudicatário referiu, na carta, que
um número que representava um
Académica, pertencente à família visto, nos últimos tempos, em jorna- não liquidou as restantes presta-
acréscimo de 12 adjudicatários em
relação ao exercício económico de Em 1997, através da Sorgaza, Sidat, com fortes ligações à Frelimo, das filantrópicas e a se misturar com ções em dívida porque não lhe foi
2015. Muthemba adquiriu a Fábrica de assumiu por alienação o jornal Diá- o povo até em my loves, naquilo que entregue o areeiro, principal fonte
São 394 milhões que os 135 adjudi- Descasque de Arroz de Xai-Xai, rio de Moçambique ao valor de 6,5 é interpretado como um trabalho de de matéria-prima para a indústria
catários deviam à DNPE, até ao fim na província de Gaza, ao valor de milhões de Meticais, tendo pago até bastidores para angariação de apoios vidreira. Por último, o actual res-
do exercício económico de 2016, 5,8 milhões de Meticais, mas até aqui apenas 2,6 milhões de Meticais. rumo às eleições de Outubro. ponsável da Somec, Lda. Solicitou
representando 60% em relação ao 2016 só tinha pago 2,8 milhões A Protal-Produtos Alimentares, três meses para apresentar o plano
saldo da dívida total. de Meticais. uma empresa da família Bachir, ad- Nuvem de incertezas de amortização da dívida, em re-
Entre os adjudicatários com os mais Natural de Chicumbane, Cad- quiriu, em 1999, a Probeira-Produ- Vinte anos se passaram, mas ainda sultado da morte do anterior re-
elevados níveis de incumprimento miel Muthemba exerceu o cargo tos da Beira, no valor de 2,7 milhões não há garantias de que os adjudi- presentante”, lê-se no documento.
consta a empresa Boror Agrícola, de comissário Político para a im- de Meticais, mas só pagou 416 mil catários irão liquidar as suas dívidas Quanto às alienações através da
que adquiriu, em 1997, a Compa- plantação das estruturas da Fre- Meticais. e, em caso o fizerem, o horizonte Direcção Nacional do Património
nhia Boror da Zambézia, a 8,5 mi- limo, na província de Gaza, dez Em 2000, a Promarte, ligada ao ci- temporal. do Estado, os gestores da DNPE,
lhões de Meticais, mas que até 2016 dias depois da tomada de posse neasta João Luís Sol de Carvalho, Durante a auditoria do TA ao IGE- confrontados pelo TA em sede da
não tinha efectuado sequer um úni- do Governo de Transição, a 20 alienou o Cinema Scala ao valor de 3 PE, o braço empresarial do Estado auditoria, informaram que, como
co pagamento. de Setembro de 1974. Foi ainda milhões de Meticais e só pagou 177 informou que enviou notificações medida de recuperação dos valo-
Perfila ainda a empresa Armazéns- primeiro secretário do Comité da mil Meticais. aos adjudicatários com pagamen- res em dívida, continuam acções
-wais que, em 1997, adquiriu a Frelimo na Cidade de Tete, cargo Por sua vez, a Companhia de Teatro tos em atraso, tendo em vista a re- de notificação dos adjudicatários
Emochá G4 e G6 a 30,5 milhões que acumulou com o de primeiro Gungu, do actor Gilberto Mendes, cuperação dos créditos em dívida, para a sua liquidação, tendo sido
de Meticais, mas que 19 anos de- notificados, em 2016, 56 adjudica-
pois só tinha pago três milhões de tários com pagamentos em atraso.
Meticais.
Ao SAVANA, Feizal Sidat, da
Em 1996, a Companhia Has-Nur
família que controla a Académica,
alienou a Cajú de Moçambique-
evitou entrar em detalhes sobre o
-Oficinas por 13,4 milhões de
Meticais. Mas 20 anos depois, só assunto.
conseguiu pagar 1,3 milhões de “Primeiro eu não tenho informa-
Meticais. Por sua vez, Sara Ibrahi- ção sobre isso. Segundo, contacte
mo adquiriu, em 1995, a Caju de a Beira, que é a sede do Diário (de
Moçambique-Manjacaze por 6,7 Moçambique). Terceiro, o Diário
milhões de Meticais, tendo pago até de Moçambique é Estado, são os
aqui apenas 668 mil Meticais. trabalhadores e é a Académica”,
Em 1997, a Sotux adquiriu a Imbec Cadmiel Muthemba Gilberto Mendes Feizal Sidat reagiu.
ao valor de 8,5 milhões de Meticais,
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
Savana 20-04-2018 7
SOCIEDADE
8 Savana 20-04-2018

Nyusi quer investimentos tswanas no país


Por Argunaldo Nhampossa

E
m digressão pelos países da construção do porto de águas
membros da SADC, o re- profundas de Techobanine, no
cém-nomeado presidente distrito de Matutuine. Trata-se de
do Botswana, Mokgweetsi um projecto que envolve Moçam-
Masisi, escalou, esta segunda- bique, Zimbabwe e Botswana.
-feira, o nosso país para se “apre- Avaliado em cerca de USD 7 mil
sentar“ ao seu homólogo Filipe milhões, o porto de águas profun-
Nyusi. das será concebido especialmente
No encontro havido entre as para receber navios de grande ca-
labro e, paralelamente, será cons-
partes, Nyusi expressou o seu
truída uma linha férrea ligando
desejo de acolher investimentos Techobanine ao Botswana, via
do Botswana em Moçambique, Chicualacuala e Zimbabwe e um
tendo destacado os corredores complexo industrial. O porto é
de desenvolvimento, transportes visto como crucial no âmbito da
e comunicações, energia, turis- integração regional, pois irá faci-
mo bem como outras áreas que litar e diversificar o acesso ao mar
constituam uma mais-valia para a alguns países da região, como o
o desenvolvimento económico de Botswana, Suazilândia e Zimba-
bué, além de encurtar a distância
ambos países.
até à costa a partir de regiões pro-
dutoras de minerais no interior da
Masisi, que é o quinto presidente África do Sul. Isto vai contribuir
daquele país, chegou a Moçam- na redução dos custos permitindo
bique depois de escalar Namíbia, que aqueles países coloquem os
Presidente da República, Filipe Nyusi, na recepção ao seu homólogo Mokgweetsi Masisi seus produtos a preços competiti-
Zimbabwe, Angola e em manga
tem uma vista à África do Sul. vos. Segundo José Pacheco, chefe
Numa altura em que a busca de económico dos dois países e para área vão trabalhar em conjunto da diplomacia nacional, dentro
Com o intuito de elevar o pa- investimento estrangeiro se mos- uma melhor integração regional para avaliar a produção de vaci- em breve os três estadistas que en-
tamar das relações de amizade tra preponderante para catapultar e continental. Para a revitaliza- nas mais eficazes que respondam cabeçam o projecto vão se reunir
e cooperação de modo a colher a economia nacional que atraves- ção das relações económicas, as o meio nacional. Botwsana ma- para delinear os próximos passos
mais benefícios para o progresso sa um mau estágio devido à sus- partes comprometeram-se para, nifestou a sua disponibilidade para que o projecto avance depois
e bem-estar dos dois povos, os pensão do apoio pelos doadores, através do sector privado, criarem também de ajudar na produção de de tanto tempo de estagnação.
dois chefes de Estado centraram Nyusi manifestou o desejo de ver uma câmara de comércio que, de embriões. Moçambique exporta Numa semana em que foram
as suas conversações nas questões o empresariado do Botswana a in- princípio, terá a agricultura como energia para o Botswana, pelo que apreendidas 3.4 toneladas de mar-
económicas. vestir no nosso país. pivot. pretende aumentar as quantida- fim no porto de Maputo, prestes e
Para tal, a comissão mista dos dois Apontou áreas como corredores O Botswana conta com um gran- des através da diversificação das rumar para Camboja, sinal reve-
países deverá, ainda este ano, em de desenvolvimento, energias, tu- de centro de produção de vacinas fontes de geração de energias. lador da chacina dos paquidermes
Gaborone, se reunir para rever os rismo, transportes e comunicações e, de momento, disponibiliza ao Mokgweetsi Masisi também fa- face à inércia das autoridades, o
acordos estabelecidos de modo a bem como outros sectores, cuja nosso país a vacina contra a febre lou da necessidade de alavancar presidente do Botswana compro-
permitir uma implementação ri- participação pode constituir mais- afectosa e anti arábica. As partes as relações de ambos países ten- meteu-se a translocar 500 elefan-
gorosa das decisões. -valia para o desenvolvimento acordaram que os técnicos dessa do apontado a retoma do projecto tes para Moçambique.

Jornalistas reuniram-se com a PGR e a sessão foi encorajadora, mas:

Acções concretas é o que se precisa!!!


T
eve lugar, nesta segunda- entre as partes, de que a agressão ser demonstrada pela PGR quando SA, falou em nome do Comité e Salema, a resposta da Procura-
-feira, 16, por cerca de ao pensamento diferente deve ser, a se está perante ameaças, raptos e colocou a coisa na perspectiva de doria-Geral da República não
duas horas e meia, o en- todos os níveis, condenada e com- assassinatos de personalidades que que a imagem positiva apresentada terá ido além de um discurso
contro entre a Comissão batida. Portanto, tal como os jor- procuram se expressar livremente. pela PGR só poderá fazer sentido enfadonho e insonso. No con-
de Emergência para a Protecção nalistas que pediram a audiência, Do ponto de vista de perfil das ví- mediante acções urgentes no senti- creto, a resposta terá ficado na
das Liberdades (CEPL), órgão a Procuradora-Geral da República timas, os jornalistas recordaram a do de descobrir e punir os cérebros lógica do “estamos a trabalhar”.
essencialmente composto por também reagiu na lógica de mos- PGR que os três casos indicativos e executores das acções anti plura- “A procuradoria está a inves-
jornalistas, e a Procuradora- trar a sua “profunda” preocupação. são civis e não exercem política ac- lismo de ideias. tigar, é isso que nos foi dito”
-Geral da República (PGR), Por aqui, as duas partes mostram tiva, assim como não tem militân- “Acho que a reacção foi muito boa, – disse Lima, tentando para-
numa audiência em que os es- estar de acordo, mas porque os “es- cia partidária activa. São, por outro mas, como eu digo, aquilo que é
cribas mostraram a sua grande frasear a resposta que terá sido
quadrões de morte” que perseguem lado intelectuais e docentes univer- relevante não são as palavras, não deixada por Beatriz Buchili.
preocupação face à agudização alvos, preferencialmente, com sitários e os crimes foram antece- são as intenções, mas é aquilo que
de acções plenamente relacio- Para Lima, é absolutamente
ideias tidas como não-alinhadas ao didos de pronunciamentos públicos eventualmente vai acontecer, que
nadas com a nega e perseguição fundamental que a PGR aja
pensamento defendido pelo poder sobre assuntos cruciais do país, a todos nós possamos acompanhar
do pensar diferente. Os ex- com alguma flexibilidade, pois,
do dia continuam a operar, os jor- exemplo da abertura constitucio- no dia-a-dia, que os criminosos es-
poentes exemplificativos desta só isso vai tranquilizar e devol-
nalistas cobraram da PGR acções nal para albergar as autarquias de tão na defensiva e não na ofensiva
realidade, tida como retrocesso ver alguma confiança no seio de
enérgicas, urgentes e pontuais, sob nível provincial e ainda a questão como sentimos que está acontecer
aos avanços que o país vem con- uma sociedade com bastante
seguindo alcançar no âmbito da o risco de mais “pensadores não- da vida extravagante e socialmente neste momento” – disse Fernando
medo de se expressar tendo em
criação de um ambiente de to- -alinhados” caírem na lista dos cé- irresponsável que tem estado a ser Lima, demonstrando, apesar da
rebros e executores da perseguição demonstrada por um dos filhos do linguagem coloquial, que os jorna- conta os crimes que se consu-
lerância e abertura para a plura- mam nas mais movimentadas
lidade de pensamento, são o as- em curso. Presidente da República. listas e, talvez a sociedade no geral,
Buscando exemplos de atitudes Depois, há a forma como os casos estão preocupados e exigem acções vias, em pleno centro da cidade
sassinato do constitucionalista,
proactivas e combativas da PGR, Salema e Macuana aconteceram, concretas e com resultados efecti- e em plena luz do dia.
Gilles Cistac e ainda o rapto e
os jornalistas elogiaram, por exem- em que as vítimas foram raptadas à vos numa perspectiva da actualida- Com a audiência concretizada
agressão selvática contra o aca-
démico e comentador político, plo, os resultados conseguidos no luz do dia, torturadas física e psico- de e não futurista. da Procuradora-Geral da Re-
Jaime Macuane e, mais recen- combate aos raptos e sequestros a logicamente e abandonadas quase Questionado em relação a respos- pública falta agora a resposta da
temente, o jurista e jornalista, empresários para posterior exigên- no mesmo lugar. tas concretas sobre os três casos Presidência da República, pois
Ericino de Salema.  cia de resgates milionários. Estas situações, entendem os jor- elencados como exemplos do difícil um pedido com o mesmo con-
Entretanto, mostraram preocupa- nalistas, não são simples coincidên- estágio da liberdade de expressão, teúdo foi enviado ao gabinete
Da reunião transpirou, essen- ção pelo facto de entenderem que cias. de impressa e de opinião, nomeada- de Filipe Nyusi, mas não se co-
cialmente, o absoluto acordo, a mesma postura e vigor não está a O jornalista e gestor da mediacoop, mente os casos Cistac, Macuane e nhece qualquer resposta.
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
Savana 20-04-2018 9
SOCIEDADE
10 Savana 20-04-2018

Gestores de empresas privadas de Comunicação Social

De “sindicalistas” a exploradores!
Por Abílio Maolela

A
situação laboral do jorna- sar das inspecções serem de nature-
lista moçambicano, sobre- za educativa, elas são interpretadas
tudo, dos órgãos privados como uma tentativa de coartar a
e das Rádios Comunitárias, liberdade de expressão, quando na
voltou a ser tema de debate, desta verdade o que se pretende é que as
vez num encontro organizado pelo empresas actuem dentro das normas
Sindicato Nacional de Jornalistas estabelecidas pela legislação laboral.
(SNJ), em parceria com o Instituto
de Comunicação Social da África Plágio e juízos de valor
Austral, capítulo de Moçambique preenchem as páginas dos
(MISA-Moçambique), ainda no jornais
âmbito da comemoração dos 40 Para além da discussão sobre a situa-
anos da organização. ção laboral do jornalista, o encontro
serviu também para a apresentação
Tal como no dia 11 de Abril, Dia do terceiro Relatório Anual sobre as
do Jornalista Moçambicano, em Violações à Ética Jornalística, uma
que apontou a falta de contratos de iniciativa do MISA-Moçambique.
trabalho e os despedimentos arbitrá- Analisando nove jornais e uma Rá-
Eduardo Constantino traça o quadro negro da situação laboral do jornalista moçambicano
rios como alguns dos problemas que dio, o Relatório, que denuncia os
enfermam esta classe profissional, o uma cobertura para a outra. Não ce- depois destacar que “estes indivíduos também a actuação da Inspecção atropelos cometidos entre 1 de De-
Secretário-Geral do SNJ, Eduardo lebram contratos de trabalho como são pessoas que dão o máximo de si Geral do Trabalho que nunca puniu zembro de 2016 a 30 de Novembro
Constantino, retomou o assunto, o pessoal que está nas redacções, que para que o órgão, pelo qual traba- nenhuma empresa, mesmo perante de 2017, aponta o plágio e a detur-
para criticar, agora, severamente os é para facilmente correrem com eles. lham, conquiste espaço e audiência. os factos relatados. pação, assim como a emissão de juí-
proprietários das empresas privadas Os que têm contratos, os mesmos Para Constantino, se celebrar um “A Inspecção age de uma forma edu- zos de valor, como as transgressões
deste ramo, que os considera de “ex- são precários. Contratos que põem contrato de trabalho é algo extraor- cativa e não punitiva, o que faz com mais frequentes.
ploradores”. o indivíduo numa situação eterna dinário, mais impensável será ainda que os problemas se arrastem há Nos três jornais diários analisados
Numa comunicação de cerca de 16 de estagiário, em flagrante violação a progressão na carreira, que não se mais de 15 anos. Temos um caso, em (Notícias, O País e Diário de Mo-
minutos, proferida, esta quarta-feira, da legislação laboral. Pagam salários fala nesta área. que um Director foi notificado três çambique), o Relatório refere que
em Maputo, num debate sobre a “Si- de miséria. Muitas vezes abaixo do “Nunca ouviram falar de carreiras. vezes a comparecer na Inspecção- o Plágio ocupa 61,2%, enquanto a
tuação Laboral e Violações Éticas salário mínimo nacional”. Não há carreiras profissionais. Nos -Geral do Trabalho e não o fez e a ausência do contraditório segue, em
do Jornalismo”, Eduardo Constanti- Segundo aquele jornalista, agora órgãos, onde a carreira profissional Inspecção também não fez nada”, segundo lugar, com 14,8%. A falta
no recuou no tempo para traçar, de reformado na Rádio Moçambique, existe, está praticamente em desu- sublinha. de fontes de informação representa
forma detalhada, o quadro negro da aquando da transformação da Or- so. Não são observados os critérios Por sua vez, o Director do Trabalho, 10,8% e a falta de protecção de fon-
profissão, tendo lamentado também ganização Nacional de Jornalistas (tempo definido para permanecer Emprego e Segurança Social, Jabar tes de informação reflecte 6,1%.
a inércia da Inspecção Geral do Tra- (ONJ), em Sindicato, em 1996, ficou numa categoria)”, destaca, ques- Buana, comparou as empresas jor- Entretanto, nos jornais semanários,
balho, a quem acusou de pouco estar assente que o salário mínimo seria tionando “até quando vamos andar nalísticas às de segurança privada, a deturpação e emissão de juízos de
a fazer para resolver o problema, que de três mil meticais (três milhões, na valor representa 48%, a frente do
nisto?”. sublinhando que em ambos os casos
se arrasta há décadas. altura), mas, 22 anos depois, há pes- plágio que ocupa 13,1%. A falta de
“Se o órgão tem lucros é graças a elas são muitas vezes dirigidas por
soas que recebem abaixo desse valor.
esses profissionais, que estão a dar profissionais das respectivas áreas fontes de informação reflecte 8,5%,
“Outros recebem, de acordo com o
De “sindicalistas” a o máximo de si para que as coisas As empresas privadas de segurança, enquanto a falta de contraditório re-
número de peças que o órgão publi-
exploradores andem na melhor perfeição. Então, disse, são dirigidas por antigos mili- presenta 7,3%.
ca ao longo do mês, para não falar
Dirigindo-se a uma plateia compos- porquê este tratamento?”, ressalvou. tares superiores, que recrutam anti- Referir que, para além destas cate-
dos eternos voluntários que, apesar
ta por jornalistas, de quase todas as No debate presenciado pelo Direc- gos subalternos, mas a quem ofere- gorias, a pesquisa analisou também
de cumprirem o seu horário de tra-
gerações, o Secretário-Geral do SNJ tor Provincial do Trabalho, ao nível cem condições de trabalho precárias. textos que incitam à violência, com
balho, não recebem nada, como é o
lembrou que, com o advento da Lei a Cidade de Maputo, Jafar Buana, No caso das empresas jornalísticas, mentira deliberada e imagens mani-
caso das Rádios Comunitárias”, su-
de Imprensa, muitos profissionais da o Secretário-Geral do SNJ criticou Buana disse que, muitas vezes, ape- puladas.
blinha, antes de revelar a existência
comunicação social criaram órgãos
de empresas que proíbem os seus
de informação, num gesto de louvar
jornalistas de se sindicalizar, como
e encorajar, porém, sem se saber que
forma de perpetuar esta situação.
representava uma mudança de para-

0DUÀPDSUHHQGLGRYDLjFRQVHUYDomR
“É preciso que os colegas se sindica-
digma.
lizem para combatermos este mal. O
Constantino recorda que a maior
jornalismo não se compadece com o

F
parte dos proprietários dos órgãos
voluntariado”, esclarece.
privados de comunicação social fi- oi a maior apreensão de que o presidente da República, Fi- fim na província de Niassa.
Referir que o pagamento por peça é
zeram a sua carreira nos órgãos pú- sempre no Porto de Ma- lipe Nyusi, efectuou semana finda à “Sabíamos que estavam a cir-
a modalidade mais usada por maior
blicos, onde “tinham uma condição puto. Foram mais de província de Cabo Delgado. cular ainda dentro de Moçam-
parte dos órgãos privados, em parti-
laboral estável”. três toneladas de marfim De acordo com o ministro, o Go- bique. As autoridades estão a
cular jornais.
“Tinham mínimas condições de apreendidas, semana passada, verno vai fazer uma gestão racional fechar o cerco deste tipo de cri-
trabalho, contratos e salários con- num contentor prestes a embar- não só dos activos, recentemente,
“Mendigar” para realizar car para o mercado asiático, prin- apreendidos em Maputo, mas de
me, então, para nós foi impor-
dignos, apesar de não serem com- um funeral tante recuperar e mostrar que
patíveis ao tipo de trabalho que en- cipal destino dos recursos dizi- todo um stock recuperado um pouco
Segundo Eduardo Constantino, a si- o país tem autoridade e que a
volve o esforço intelectual. Nos seus mados na fauna moçambicana. por todo o país.
tuação laboral do jornalista moçam- nossa agenda de protecção dos
anteriores locais de trabalho, sempre “Quando a gente guarda algum stock
bicano não se resume apenas à falta Entretanto, o ministro da Terra, recursos naturais veio para ficar
se bateram pelas melhores condições de marfim é para outros fins, como
de contratos de trabalho e/ou baixos Ambiente e Desenvolvimen- e iremos todos os dias assegurar
e trabalho e progressão nas suas car- científicos. As futuras gerações po-
salários. A fonte diz também que a to Rural (MITADER), que em que seja cumprida”, afirmou o
reiras profissionais como uma forma dem querer fazer pesquisas e outras
maior parte dos profissionais traba- 2015 foi o rosto de uma medida ministro.
de aumentarem a sua renda”, afirma. utilidades que a gente hoje se calhar
lha sem seguro de vida, de trabalho inédita de incineração de pontas Correia diz que o Governo
Entretanto, afirma Constantino, não reconhece. Então, o país sempre
e de viagem, assim como carecem de de marfim também apreendidas, sempre teve consciência de que
quando tudo indicava que seriam irá guardar um nível de stock de mar-
assistência médica e medicamento- desta vez descarta a possibilidade a política de agressividade neste
bons patrões, a situação tornou- fim”, assegurou Correia.
sa. da queima das peças apreendidas combate iria trazer benefícios.
-se pior. “Exploram os seus colegas, Sublinhou que as peças apreendidas
“Já testemunhamos situações de jor- no Porto de Maputo. “A queima de marfim não foi
particularmente, os jovens jornalis- no Porto de Maputo serão conserva-
nalistas que, quando morrem, mes- “Se fizemos em 2015 é porque simplesmente a queima de mar-
tas. Não criam condições dignas de das no stock nacional de marfim, cuja
mo estando em missão de serviço, não tínhamos um reservatório
trabalho”, defende, acrescentando: localização escusou-se a indicar, ale- fim. Foi acompanhada por um
a entidade empregadora lhes vira que nos garantisse segurança.
“Os chamados correspondentes dos gando questões de segurança. investimento que nos permite
as costas e os familiares se vêem na São peças de facto muito procu-
órgãos, baseados nas províncias, ela- Fez saber ainda que o marfim em hoje estarmos um pouco melhor
situação de mendigar para enterrar radas”, precisou Celso Correia,
boram os seus trabalhos em bares, causa não é novo, ou seja, tinha sido do que estávamos a um tempo
o seu ente-querido. Colegas que, que o interpelamos no último
restaurantes ou bancos de jardins roubado do stock nacional, tendo atrás”, ressalvou.
em serviço, quando se envolvem em domingo, na vila sede do distri-
porque não têm instalações apropria- lembrado que, em 2016, houve rou-
acidentes de viação, os órgãos pelos to de Palma, no quadro da visita
das para poderem trabalhar. Passam bo de grandes quantidades de mar- (Redacção)
quais trabalham lhes abandonam,
a vida em boleias para se deslocar de em leito hospitalar”, denuncia, para
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
Savana 20-04-2018 11
INTERNACIONAL
SOCIEDADE
12 Savana 20-04-2018
SOCIEDADE

As dívidas ilegais e o futuro de Moçambique

Credores internacionais devem ser responsabilizados


- Defende Parlamento Juvenil que estranha o mutismo dos doadores perante o silêncio da PGR em não divulgar o conteúdo completo do relatório da Kroll
Por R. Senda e E. Comé

N
uma altura em que o da Comissão Episcopal da Justiça
presidente da República e Paz da Igreja Católica, referiu
(PR), Filipe Nyusi, está que as dívidas ocultas estão na
em Londres, capital In- raiz da situação calamitosa em
glesa, e o ministro da Economia e que Moçambique se encontra.
Finanças, Adriano Maleiane, em Sublinha que o elevado custo de
Washington, Estados Unidos da vida não deriva da conjuntura
América, para sensibilizar as ins- internacional ou das mudanças
tituições da Bretton Woods bem climáticas tal como defende o
como a comunidade doadora a discurso oficial, mas das dívidas
reconsiderarem a sua posição em ocultas que causaram empobreci-
relação a Moçambique, devido às mento das empresas e trabalhado-
dívidas ocultas, o Parlamento Ju- res. É que, mesmo com sucessivas
venil (PJ) juntou, na manhã desta baixas de taxas de juro, não se vê
terça-feira, 17, centenas de jovens melhorias na vida das pessoas
de diferentes esferas da sociedade porque de nada adianta baixar as
moçambicana, académicos e jor- taxas de juro se as pessoas não têm
nalistas para, numa única voz, produção, não têm emprego, não
afirmarem que o povo moçam- têm poder de compra.
bicano não pode ser sacrificado Selemane aprovou a ideia de cria-
ção de um grupo de pressão por-

Ilec Vilanculos
por causa da irresponsabilidade
dos credores internacionais e dos que, no seu entender, o país não
bancos que agiotaram o Estado pode avançar sem união de forças,
Membros da sociedade civil entendem que a comunidade internacional também deve ser
sem pressão social sobre os diri-
com cumplicidade da elite pre-
responsabilizada pelas dívidas ocultas gentes políticos e sem nenhuma
dadora dos bens públicos. Para o
pressão social sobre a justiça.
PJ, a responsabilização das dívi- Sublinha que chegou o momen- ser escutado em Washington, pelo destino dado ao documento”, ex- Sublinha que o discurso de sepa-
das ocultas deve ser compartilha- to, a hora e a ocasião para erguer que o FMI não pode ter apoio da clamou. ração de poderes serve como des-
da entre as partes envolvidas nas a nossa voz e denunciarmos este sociedade moçambicana. Salomão Moyana referiu que, em culpa quando não se quer resolver
operações. sistema internacional opressor 2015, a PGR abriu um processo
Demissão da PGR um caso, e o caso das dívidas é um
que já exige o pagamento da dívi- sobre essa matéria, em três anos, o
Salomão Moyana, jornalista e exemplo.
O encontro que durou mais de da com base nas receitas resultan- processo ainda não tem nenhum
cinco horas começou com um dis- analista político, entende que as “A desculpa de que o caso está en-
tes da exploração do gás a partir arguido. “Será isso normal”?
curso contundente e inflamatório de 2023. dívidas ocultas bloqueiam o país tregue à PGR e o executivo não
Ademais, a PGR conhece as pode fazer nada porque há separa-
do líder do PJ, Salomão Muchan- “Estamos a negociar com credores e a governação de Filipe Nyusi e
pessoas que deviam ser arguidas, ção de poderes é uma justificação
ga, que referiu que a juventude internacionais e com bancos que reduziram os investimentos por-
mas nada faz. E os procuradores esfarrapada e usada para contor-
moçambicana continua indignada agiotaram o Estado, conscientes que muitos dos investidores não
que deviam responsabilizar essas nar a investigação de casos sérios”.
com a situação do país. “Estamos da ilegalidade da dívida e do perfil conseguem obter financiamento
pessoas continuam a passear nos Referiu que, juridicamente, está
preocupados com a situação das do risco de Moçambique. Qual é junto dos credores, visto que o
país está na lista negra. Mercedes que o povo paga. provado que as dívidas foram
dívidas ocultas enquanto agravan- então a responsabilidade destes
Moyana refere que, nos termos “Nós devíamos estruturar a nossa contraídas de forma ilegal e in-
te da insustentabilidade da dívida credores internacionais? Con-
em que nos encontrámos, pode- pressão, devemos nos organizar constitucional, mesmo ao nível do
pública do país”, disse. tinuarão sobre o guarda-chuva
O presidente da organização ju- protector do sistema financeiro de -se dizer de forma categórica que em grupo permanente de pressão comércio internacional está claro
venil mais vibrante do país referiu opressão global? É hora de agir”! o governo de Moçambique, que sobre dívidas ocultas, isto é, para que os bancos que se organizaram
que, na sequência de várias acções Sentenciou Muchanga. tomou posse em Janeiro de 2015, que nenhum actor das dívidas fi- para dar dinheiro fizeram-no de
de pressão nacional e internacio- Continua o seu protesto referin- ainda não começou a governar que fora da nossa pressão”, apelou. má-fé visto que sabiam que, na
nal, em paralelo com a convenção do que Moçambique não devia porque para governar precisa-se Salomão Moyana lembrou que é base da legislação moçambicana,
popular de 2017, o PJ organizou pagar esta dívida. Pelo contrário, de financiamento e esse instru- também importante responsabi- não se pode dar um empréstimo
a reflexão para um encontro de devia-se exigir que os bancos e mento está bloqueado desde 2016. lizar os próprios credores porque que esteja fora dos limites dos
ideias que contribuam na cons- intermediários destas operações Moyana diz que encara com mui- sabiam que as dívidas eram ilegais avales definidos na Lei orçamen-
trução de um Moçambique de fraudulentas assumam a respon- to desagrado o facto de toda a e deviam ter pedido autoriza- tal sem aprovação da AR, mas
esperança. sabilidade por 50% e os restantes gente falar de dívidas e ninguém ção da Assembleia da República mesmo assim foram avantes com
A organização exige que a Pro- 50% sejam pago pelo arresto do pressiona a PGR para esclarecer o (AR). o processo. Então há todo um es-
curadoria-Geral da República património dos infractores nacio- processo. “Acho que a equipa actual da paço para a responsabilização dos
(PGR) publique o relatório da nais. Também se estranha o facto de a PGR, liderada por Beatriz Buchi- próprios bancos.
Kroll e consequente responsabi- “Não podemos tolerar que o FMI Embaixada da Suécia ter finan- lli, não tem capacidade nem cora- “Temos de ser persistentes por-
lização dos infractores nacionais. continue a penalizar as vítimas da ciado o relatório da Kroll, mas gem para investigar a questão das que as consequências das dívidas
Contudo, avança Muchanga, não crise e a premiar os seus próprios depois não fazer nenhuma pres- dívidas, portanto, é momento de estão a ser sentidas hoje e vão ser
basta que a criminalização limite- responsáveis, a elite predadora do são para que a PGR divulgue o se substituir e arranjar uma equi- sentidas pelo menos nos próximos
-se apenas a parte moçambicana. Estado. Não podemos ser cúm- documento na íntegra. pa nova com outros valores e ca-
“Parece que a PGR também não cinco a sete anos mesmo que a co-
Isto porque, há aqui um ângulo plices da neocolonização à nação pacidade de investigar isso até ao
está preocupada com as dívidas munidade internacional retome o
não devidamente tratado e fala- moçambicana. A crise nasceu e fundo. Aliás, para não ser catalo-
do com suficiência: O papel do cresceu e agora confia na capaci- ocultas enquanto recebeu um programa de assistência ao país no
gado cúmplice desta apatia, o PR próximo ano. As consequências
Fundo Monetário Internacio- dade de produção e produtivida- mandato de liderar uma equi-
já devia usar seus poderes consti- económicas e sociais vão conti-
nal (FMI), do Banco Mundial de do povo. É povo no my love a pa internacional de investigação
tucionais e tomar a iniciativa de nuar a se fazer sentir nos próxi-
(BIRD) e dos credores interna- caminho de hospitais sem medi- denominada Kroll. A entidade
dispensar esta equipa e colocar mos anos porque há nas contas
cionais. camentos e de escolas vazias. Os produziu um relatório que, quan-
Para o PJ, o problema das dívidas assessores transformaram-se em do ia ser publicado o resultado, pessoas capazes e corajosas para da Confederação das Associações
ilegais não é apenas de Moçambi- assessores técnicos e assassinos foi dito que faltava ser traduzido dar prosseguimento ao processo”, Económicas (CTA) cerca de três
que, mas também da comunidade económicos, pois são eles que ge- para português, mas depois da enfatizou. mil empresas que foram à falên-
internacional que piscou ao lado e renciam o nosso Estado”, lamen- tradução foi divulgado um suma- cia, o desemprego aumentou em
deixou que um grupo de ambicio- tou. riozinho e foi dito que o relatório Bancos devem assumir níveis assustadores e as pessoas
sos nacionais e estrangeiros levas- Termina a sua explanação refe- na íntegra aguardava tramitações parte da culpa estão muito mais empobrecidas”,
sem o país para miséria. rindo que o grito de Maputo deve e nunca mais se disse qual foi o Por seu turno, Thomas Selemane, finalizou.
Savana 20-04-2018 13
EVENTOS

EVENTOS
0DSXWRGH$%5,/GH‡$12;;9‡1o 1267

Muidumbe terá banco em três meses

E
m três meses e meio, o dis- cesso de bancarização das zonas ru- de Março, atingiu um volume de porque nenhum banco sobreviveria esta mudança”, afirmou Celso Cor-
trito de Muidumbe, norte rais, tendo como meta estabelecer recursos de cerca de 78 milhões de só para agradar a população. reia.
da província de Cabo Del- pelo menos uma agência bancária meticais e 31 milhões de crédito, o O presidente afirmou ainda que a Quem não esconde satisfação é a
gado, terá uma agência ban- em cada distrito do país até 2019. que totaliza cerca de 110 milhões iniciativa está em paralelo ao pro- população de Muidumbe, que vê
cária, com o Banco Comercial e de Falando no lançamento da primei- de volume de negócios e nas ATMs jecto comum, que é a paz. os dias de martírio, como percorrer
Investimentos (BCI) a se tornar na ra pedra para a construção da agên- do BCI, nestas agências, foram “Ao promovermos a paz, queremos longas distâncias e nas mais péssi-
primeira instituição financeira a cia de Muidumbe, o presidente efectuadas mais de um milhão e que o povo possa trabalhar à vonta- mas condições de transporte, a che-
apostar naquela pacata e das mais do Conselho Executivo (PCE) do quinhentas e vinte mil transacções”, de e que os investimentos possam garem ao fim.
recentes divisões administrativas BCI descreveu o acto como sendo contou Sousa, para quem o progra- ocorrer, sendo que, havendo inves- Desde a implantação do projecto
da província. um motivo de orgulho para a sua ma é claramente uma mais-valia. timentos, significa que há mais di- “um distrito, um banco”, em 2016,
instituição financeira, porquanto Por sua vez, o presidente da Repú- nheiro”, disse.
17 novos distritos foram abran-
A primeira pedra para a construção tem sido a que mais tem apostado blica, dirigindo-se à população lo- Para o ministro da Terra, Ambiente
gidos, um pouco por todo o país,
da infra-estrutura, enquadrada na na bancarização nas zonas rurais. cal, referiu que a implantação duma e Desenvolvimento Rural, volvidos
com três balcões em Cabo Delga-
iniciativa “um distrito, um banco”, “Um facto que nos orgulha porque agência bancária em Muidumbe dois anos após o arranque do pro-
do, quatro em Nampula, três em
foi lançada na sexta-feira da sema- a nossa missão como banco é tam- impõe o aumento da produção jecto, o balanço é bastante positivo,
agrícola não só para o consumo e numa altura em que a economia Manica, dois em Sofala, três em
na passada, na sede distrital, em bém contribuir activamente para
venda, mas também porque o ban- rural está a consagrar-se como o Inhambane, um em Gaza e um na
cerimónia presenciada ao mais alto o desenvolvimento económico e
co precisa de poupanças. motor da recuperação da económi- província de Maputo.
nível pelo chefe de Estado, Filipe social de Moçambique”, destacou
Paulo Sousa que, na ocasião, lançou Segundo Filipe Nyusi, no projecto ca do país. Estima-se que mais de um milhão
Nyusi, e pelo ministro da Terra,
recados para aqueles que, segundo de desenvolvimento do país, o cam- “Nos distritos em que as institui- de pessoas tenha passado a ter aces-
Ambiente e Desenvolvimento Ru-
ele, podem achar que a bancariza- po é que produz e logo é o campo ções financeiras estão a aderir à so a serviços financeiros a menos de
ral (MITADER), Celso Correia.
É preciso sublinhar que o projecto ção rural não faz sentido. que precisa de guardar as suas pou- nossa política, sentimos, através de 5 km do local de residência ou de
“um distrito, um banco”, lançado “Ainda que agências abertas recen- panças. números, que a economia rural está trabalho, ao mesmo tempo que 102
em Agosto de 2016 pelo presidente temente, uma vez que o programa Disse que quando a população pede a crescer e tem sido, de facto, o mo- dos 152 distritos do país estão ago-
Filipe Nyusi e implementado pelo também é recente, mas o BCI já um banco não é para embelezar os tor para o país fazer a inversão da ra cobertos, em comparação com
MITADER, é uma política que captou, no âmbito deste projecto, distritos, mas porque as colheitas crise económica e acreditamos que, 85 distritos em 2015, o que repre-
tem como objectivo acelerar o pro- 15.862 clientes até ao final do mês e as poupanças estão a existir, até este ano, de facto, iremos consagrar sentava 55% contra os actuais 70%.
14 Savana 20-04-2018
EVENTOS

Millennium bim debate liderança feminina


O
Millennium bim promoveu, desafios que encontraram até O mais importante na vida é a li- para adequar à realidade moçambi- financeira. Os desafios que as mu-
na última quarta-feira, na ci- atingirem o sucesso. berdade que temos de poder esco- cana”, defendeu Cândida Magaia, lheres deste Milénio enfrentam são
dade de Maputo, um debate Falando na ocasião, a PCA lher. Quando falamos das mulheres Khulibwa-Sabores Fumados. os mesmos que os dos homens que
intitulado “As Mulheres deste de New Capital, Iris de Bri- deste Milénio, estamos a falar das Por fim, Liliana Catoja, adminis- buscam o sucesso, como o acesso a
Milénio”, cujo objectivo era fazer uma to, destacou a importância nossas mulheres mais jovens”, disse. tradora do Millennium bim, disse:
um rendimento que seja capaz de
reflexão em torno do papel da mulher da mulher na edificação da “Não me limitei, como empresária, “as mulheres deste Milénio devem
suprir suas necessidades básicas,
na sociedade. família e da sociedade. “São às questões domésticas, fiz uma es- ser dedicadas, esforçadas, pois o su-
as mulheres que seguram as colha e tomei uma decisão que di- cesso é fruto de muito trabalho que acesso à saúde, melhor e boa edu-
pontas, somos nós que segu- tou o sucesso do meu negócio. Bus- provém da luta pela inserção social, cação para os seus filhos, entre ou-
Esta palestra insere-se no âmbito da
celebração do Millennium bim a pro- ramos a casa, o lar, os filhos. quei experiências internacionais independência mental assim como tros”, referiu.
pósito do mês da Mulher, tendo como
objectivo valorizar o papel fundamen-
tal que desempenham no desenvol-
vimento sócio-económico do país. O
evento juntou diversas personalidades
e actuando em diferentes sectores de
actividade, que tiveram a oportunida-
de de discutir e partilhar a sua histó-
ria, percurso de vida, dificuldades e os

Standard Bank
volta a ser
galardoado
pela AT

O
Standard Bank foi, pela ter-
ceira vez consecutiva, distin-
guido pela Autoridade Tribu-
tária (AT) de Moçambique
como o 2º maior contribuinte fiscal
moçambicano, em 2017, na categoria
do “Imposto sobre o Rendimento de
Pessoas Colectivas Liquidado sobre
o Lucro”, tendo recebido da AT uma
menção honrosa pelas suas contribui-
ções fiscais.

Ainda na mesma categoria, para o


sector bancário, o Standard Bank foi
o maior contribuinte fiscal. Para além
das contribuições aos cofres do Te-
souro Nacional, o Standard Bank tem
desempenhado um papel importante
no alargamento da base tributária,
através de campanhas de cidadania
que tem levado a cabo no País, no
quadro da sua responsabilidade social.
As campanhas visam, essencialmente,
ajudar o Governo a emitir Números
Únicos de Identificação Tributária
(NUITs) para que os cidadãos possam
exercer o seu dever de pagar impostos.
Para o Standard Bank, estas distin-
ções constituem um “reconhecimen-
to do respeito pelas boas práticas de
reporte financeiro e cumprimento nas
normas fiscais, bem como da confor-
midade pelo qual o banco tem pauta-
do na condução do seu negócio”.

Agenda Cultural
Cine-Gilberto Mendes
Sextas, Sábados, Domingos e Feriados 18h30
“Jogo de Intrigas”
Maputo Waterfront
Todas Sextas, 19h
Jantar Dancante com Alexandre Mazuze
Todos Sábados, 19h
Música com Zé Barata ou Fernando Luís
Chefs Restaurante
Todas Sextas, 19h Música ao vivo
Savana 20-04-2018 15
EVENTOS

Tivane assume presidência Estudantes


da AMECON moçambicanos

F premiados em Nairobi
oi empossada, nesta terça- diferentes opiniões dos agre-
-feira, a nova direcção da As- gados para o bem da organi-
sociação Moçambicana dos zação, pois a sua equipa está

U
Economistas (AMECON), para trabalhar com afinco e
que foi a vencedora das eleições entusiasmo. m grupo de sete estu- Manjate. “Nos nossos projectos
que tiveram lugar há uma semana. Por sua vez, o presidente da dantes moçambicanos trazemos soluções baratas para
Trata-se de António Tivane que mesa da assembleia-geral, conquistou medalhas alguns problemas ambientais.
subsistiu Joaquim Dai que liderou Luís Magaço, também lan- de ouro, prata e bron- Provamos que é possível puri-
a agremiação durante sete anos. ze nas olimpíadas de projectos ficar água ou replantar mangais
çou repto aos membros para
No seu discurso após a tomada de ambientais em Nairobi, Qué- sem gastar muitos recursos”,
que a associação não se resu-
posse, Tivane comprometeu-se a nia, que decorreram na primei- disse Evelin Falcão.
ma apenas à pessoa do presi-
cumprir o seu manifesto eleito- ra quinzena de Abril corrente. Já Carla Manjate, que con-
dente, visto que nos momen-
ral que tem como pilares centrais: quistou medalha de prata com
tos iniciais do mandato todos
revitalizar, consolidar e projectar Os estudantes que represen- o programa de purificação da
ainda estão galvanizados, mas
a AMECON durante o biénio taram o país pela segunda vez água com recurso à maçaroca,
com o andar do tempo dei-
2018-2020. consecutiva naquela competição exaltou o alto nível da competi-
xam de se identificar com a
internacional arrecadaram um ção.“ Estivemos com alunos de
associação. Apelou ao novo
total de sete medalhas, das quais quase todas as partes do mundo.
Para tal, espera mobilizar 1000 presidente para pugnar pela
três foram de ouro, três de prata, Conhecemos muitas culturas e
novas inscrições de membros da- inclusão de modo consolidar
a organização de independência e uma de bronze, em virtude de trocamos experiências”, afian-
quela agremiação de economistas ainda mais a agremiação. çou.
administrativa e financeira. Na hora de despedida, Joaquim terem apresentado 11 projectos
e gestores, que, segundo dados, A Golden Climate é a maior
Com acto da tomada de posse, Ti- Dai, que dirigiu os destinos da relacionados aos sectores ecoló-
conta actualmente com cerca de competição internacional de
vane disse que já não havia mais AMECON por sete anos, falou gico, energético, agrícola e de-
400. Assegurou que vai estabelecer projectos científicos entre es-
lista vencedora ou vencida e apelou de sensação de missão cumprida, sign ambiental.
delegações provinciais, promover tudantes de instituições gerais
à união dos todos os membros em alegando que conseguiu manter a Os protagonistas são alunos da
eventos nacionais e internacionais, de ensino médio. Destina-se a
prol de uma AMECON ao serviço AMECON como uma associação Willow International School, na
criar bases para a transformação da promover a compreensão global
da sociedade através do seu saber. cidade e província de Maputo.
associação em ordem e promover a válida e pertinente ao nível do país. dos problemas ambientais entre
De forma especial convidou os Dentre os projectos apresenta-
divulgação científica. Apelou ao trabalho abnegado, prin- os jovens, através do ensino de
integrantes da lista B, a derrotada, dos na Olimpíada Internacional
O grande desafio do seu mandato cipalmente a classe dos economis- habilidades e conhecimentos
para de mãos dadas trabalharem de Meio Ambiente, destaque vai
será a criação de condições para que tas e gestores, numa altura em que necessários aos alunos para as
para o programa de replantação
a AMECON passe a funcionar em rumo ao sucesso da agremiação. mais do que nunca o país precisa suas futuras profissões. A edição
de mangal e de purificação da
instalações próprias, visto que des- Mestre em Economia Agrária, o destes profissionais para que com deste ano da olimpíada contou
água através da maçaroca, ela-
de a sua fundação está em instala- novo presidente expressou a sua o seu saber recoloquem a economia com a participação de 25 países,
borados por alunas da Willow
ções emprestadas, bem como dotar abertura para ouvir e respeitar as nos carris. tendo sido apresentados mais
International School, nomea-
damente Evelin Falcão e Carla de 200 projectos.

R USD 60.000 negociáveis


16 Savana 20-04-2018
EVENTOS

Agualusa disserta sobre poesia, mulher e vida empresarial


O
escritor angolano José “cientistas, propensos a esta par- se dia sentou-se como de costume
Eduardo Agualusa dis- ticular forma de epifania, tendem ao lado de Gullar, mas não falou
sertou, na semana finda, a orientar-se por uma lógica poé- de economia. Falou apenas poe-
sobre a mulher, a poesia tica, revelando particular vocação sia. Durante o almoço inteiro não
e a vida empresarial, aquando para estabelecer relações entre falou senão de poesia” – disse.
da realização da III edição do objectos aparentemente distantes Falou também de paixão: “E por-
Fórum “Chá só para elas”, reali- e desconexos”. E sentenciou: “a quê paixão? Porque sem paixão
zado no Auditório do BCI, em poesia pode, pois, salvar o mun- nada vale a pena. Com a passa-
Maputo, e que teve como pano do, ao estabelecer um outro tipo gem dos anos a maioria das pes-
de fundo o papel das mulheres no de pensamento no qual a intuição soas troca o risco pelo conforto.
desenvolvimento social e econó- seja mais relevante do que a lógi- Conformam-se e assim envelhe-
mico em Moçambique. ca linear”. cem. Envelhecer é afinal desistir
Confrontando os que questionam da aventura. Desistir da paixão.
“A poesia é uma intuição e na a essência da poesia, o escritor an- Pessoas que mantêm a paixão e
a curiosidade acesa ao longo dos
história da ciência, da cultura, do golano rebateu: “parece-me que
anos, que continuam a arriscar e a
poder político ou da vida empre- questionar a utilidade da poesia
surpreender-se, estas são sempre
sarial, a intuição sempre teve um é tão absurdo quanto questionar
jovens. Todo o processo criativo é
papel muitíssimo importante” – a serventia da música, da beleza um acto de coragem, dizia Picas-
disse e completou: “Chamamos ou do amor”. Para esclarecer, re- so. O mesmo se poderia dizer de
serendipidade àquelas descober- correu ao exemplo do poeta Fer- toda a acção empresarial”.
tas felizes que parecem acontecer reira Gullar: “Gullar contou que, E concluiu: “o grande desafio que
por acaso, mas que na realidade nos tempos do exílio no Chile, temos pela frente, não só as mu-
obedecem às mesmas leis miste- costumava almoçar todas as se- lheres, mas todos nós africanos
riosas da poesia. Como acontece manas com um grupo de outros e não africanos, também, é o de
com a poesia, a serendipidade não expatriados latino-americanos. criar uma nova cultura empre-
resulta do acaso, implica um ta- Havia nesse grupo um economis- sarial, moldada por uma série de
lento particular, um talento que ta argentino namorado de uma valores que não sendo exclusivos
por alguma razão parece estar brasileira que sempre sentava do universo feminino fazem, sem
particularmente desenvolvido nas junto de Gullar e ficava ao almo- dúvida, parte da sua essência: o
mulheres”. ço inteiro falando de economia. diálogo, a generosidade, a empa-
Mais adiante, Agualusa referiu: Um dia perdeu a namorada. Nes- tia, a intuição poética e a paixão”.

Elida Almeida
no Festival Azgo
C
om os pés no Tabanka, parada no tempo. A sua intenção
género cabo-verdiano, é “inovar, trazer juventude para o
a voz de Elida Almeida tradicional sem perder a essên-
faz um retrato do quo- cia”, sem tirar-lhe “a essência”.
tidiano do seu país, no segundo A cantora que vem a Maputo,
álbum, intitulado “Kebrada”, que integrada no circuito IGODA,
apresentará no Festival Azgo, a de que fazem parte, em Maputo
19 de Maio próximo. Recriando - Moçambique, o festival Azgo,
os ritmos tradicionais dominan- Bassline Africa Day ( Joanesbur-
tes na sua cidade natal, Pedra go, África do Sul), MTN Bushfi-
Badejo, na Ilha de São Tiago, re (Malkerns, Suazilândia), Saki-
entre os quais o funaná, tabanka, fo Festival (Saint-Pierre, Ilha da
coladeira com elementos sonoros Reunião) e Zakifo Festival (Dur-
de outras geografias de forma ban, África do Sul) como mem-
surpreendente caiu na graça da bros fundadores.
crítica. Trata-se de uma parceria nascida
da Rota Firefest com o objectivo
de proporcionar oportunidades
“Canto música de Cabo Verde
para, através da música, alimentar
mas gosto de inová-la”, disse a
o circuito do turismo cultural no
cantora de 24 anos, em entrevista
continente africano.
a Rádio Moçambique. Acrescen-
Elida Almeida, celebrada pela sua
tando que embora as bases este-
voz que desfila folgadamente por
jam no folclore do arquipélago, as
meios-tons, investe em histórias
suas composições incorporam um que retratam a vida no Cabo-
pouco de tudo que ouve. -Verde. “Falo de cabo-verde, de
Numa crítica publicada no “Pú- questões sociais, amor, decepção,
blico” de Portugal, o jornalista temas felizes, outros nem por
Nuno Pacheco disse haver, no isso”, disse.
álbum “Kebrada”, uma certa si- Tal qual no álbum de estreia,
milaridade com sonoridades bra- “Ora Doci Ora Margos: Eli-
sileiras, apontando a baiana Vir- da Almeida”, que apresentou no
gínia Rodrigues como a voz mais Centro Cultural Franco Moçam-
próxima. bicano em Dezembro de 2015,
A expectativa de Elida Almeida nota-se uma preocupação da ca-
é mostrar que há novas possibi- bo-verdiana com questões como a
lidades a incorporar no vocabulá- criminalidade, entre outras enfer-
rio musical do seu país de modo midades que apoquentam o meio
a garantir que a música não fique onde cresceu.
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
Savana 20-04-2018 17

Confrontado com a morosidade da justiça no caso das dívidas ocultas

Chissano contradiz-se
Por Argunaldo Nhampossa

N
ão restam dúvidas para o Apontou que há que edificar um sis-
antigo Presidente da Repú- tema de justiça eficaz às necessidades
blica, Joaquim Chissano, de da população, incluindo as camadas
que a celeridade processual mais carenciadas, pois são as mesmas
que tanto se deseja no nosso siste- que reclamam com maior frequência
ma de justiça está refém da vonta- o acesso a uma justiça igual, que pre-
de dos magistrados. No entanto, tendem ver salvaguardados os seus
quando questionado sobre a falta de direitos de acesso à terra.
desfecho do caso das dívidas ocul- Disse ser a mesma população que
tas, cujos trâmites legais correm na reclama consultas em caso de atri-
Procuradoria Geral da República buição de espaço a investidores, que
(PGR) com o processo nr 1/2015, reclama acesso para os locais de culto
até agora sem arguidos constituí- e de veneração aos seus antepassados,
dos, diz que aprendeu a saber es- bem como do acesso à água e outros
perar e a confiar nas instituições recursos. Vincou que é a mesma po-
nacionais. pulação que reivindica justas indem-
nizações ou compensação na sua
Chissano foi o convidado da As- relação com os investimentos, uma
sociação Moçambicana de Juízes vez que os recursos naturais estão na
(AMJ) para uma plateia composta moda no país.

Ilec Vilanculos
por quadros do sistema nacional de “Sinto algum desconforto e mesmo
justiça, dentre eles antigos procura- um certo desapontamento por ver in-
dores, magistrados, advogados, estu- terrompido num dado momento do
dantes de Direito entre outros, a fim Chissano apela aos magistrados para protegerem as camadas mais desfavorecidas nosso percurso o esforço de constru-
de abordar o tema sobre o “Percurso ção de um sistema judicial que aspi-
histórico da edificação do poder judi- direitos humanos, lei e ordem, assim Aprendi a ter confiança nas institui- nho tem colocado em causa aquela rava fazer dos tribunais uma escola e
cial em Moçambique”. como sobre o Estado de direito. Para ções nacionais bem como a ter pa- nobre classe. uma base permanente onde se cria o
Considerado um dos expoentes para o efeito, Chissano diz que solicitou ciência”, disse. Sublinhou que numa altura em que direito novo, se revive e se consolida a
a instalação do sistema nacional de apoio à Espanha, na altura liderada Apelou à serenidade dos moçambica- a integridade, ponderação e isenção unidade do povo moçambicano”.
justiça, enquanto primeiro-ministro por José Maria Aznar, para que se nos para o esclarecimento definitivo entraram em crise no mundo con- Avançou que no governo de transi-
do governo de transição, Chissano encarregasse de formar a polícia mo- do caso, uma vez que o nosso país temporâneo, cabe à justiça, como ção não poderíamos fazer tudo, até
falou de um percurso tortuoso e cheio çambicana. precisa dos apoios dos doadores. última esperança do povo, rejeitar as porque não tínhamos muitos juris-
de inúmeros desafios que no final de Para o seu desagrado, esta pretensão “Muitos falam de roubo, desvio ou tentações que assolam os magistrados tas, mas tinham de fazer pelo que
contas foram vencidos devido à de- não era partilhada com as restantes dívidas ocultas, eu particularmente de todos os lados. apelou à contínua edificação de um
terminação dos profissionais dispo- representações diplomáticas acredi- não tenho nome para isto. Vamos Deste modo, apontou que um juiz sistema de justiça que responda às
níveis. tadas em Maputo, que alegavam que aguardar os pronunciamentos da só pode ser reconhecido e respeitado necessidades da economia e favoreça
Joaquim Chissano, que falava nesta a polícia seria anti-democrata, mas PGR”, sentenciou Chissano, contra- pela sociedade ou seu grupo profis- o ambiente de negócios e impulsione
segunda-feira, 16, na cidade de Ma- de acordo com antigo estadista o país riando o crescente número de vozes sional quando revela competência o desenvolvimento do país sem com
puto, afirmou que, após a tomada de não desistiu, tendo mais tarde surgi- que criticam a inércia da PGR face técnica, integridade e verticalidade isso descurar o seu papel de proteger
posse do governo de transição, em do a Academia de Ciências Policiais ao esclarecimento do assunto das dí- no seu desempenho. os direitos das populações com me-
1974, foi desenvolvido um grande (ACIPOL) que contou com o apoio vidas ocultas, contraídas ao arrepio da “A relevância do juiz depende muito nores recursos.
trabalho para a implantação de um da Espanha. legislação nacional, durante a admi- da forma como responde à sociedade, Para a prossecução deste desiderato,
sistema de justiça inclusivo, ao ser- nistração de Armando Guebuza. proferindo decisões tempestivas que recordou que a verdadeira justiça não
viço do povo, escangalhando deste
PGR está a fazer o seu a economia reclama. A forma como reside nas leis ou regras processuais,
trabalho Crise de integridade se responde o dinamismo dos con- mas sim nas pessoas, nos magistrados
modo o antigo sistema que era elitista
Passados 44 anos da implantação
e excludente. Chissano não se mostrou alheio às tratos internacionais, conflitos entre que não devem fechar os olhos pe-
dos alicerces para o estabelecimento
Recorda que naquela altura as con- informações sobre a má conduta de empresários ou entre investidores e rante as arbitrariedades que se veri-
de um sistema de justiça nacional,
dições objectivas para a “aventura” alguns magistrados, cujo desempe- as comunidades locais”, recomendou. ficam no país.
Chissano diz sentir-se confortável
não permitiam a expansão por todo com o trabalho abnegado desenvol-
o país, tendo se optado pelos Tribu- vido pelos moçambicanos naquela
nais Populares que hoje são desig- área, principalmente na busca de uma
nados Tribunais Comunitários. A
isto junta-se o facto de que perante
justiça igual para todos. Reconheceu Censo eleitoral
o esforço empreendido pelos magis-

Bastiões da Frelimo com


assinaláveis avanços a Constituição trados que na altura trabalhavam em
não quebrou com tradição do poder condições adversas, sem a devida re-
popular daí que até hoje continua- muneração, mas que tudo faziam para
mos a ter juízes eleitos que trabalham concluírem o trabalho.

maior número de inscritos


conjuntamente com os profissionais “A celeridade processual é também
formados em Direito. uma questão de vontade. A vontade

C
Esta actuação, para Chissano, visa conta muito. O público não é in-
acima de tudo fazer com que a justiça formado com clareza sobre o anda-
continue permanentemente ligada ao om 157.026 eleitores próximo termina no dia 17 de Maio seguida de Inhambane com
mento dos processos. Temos de sair inscritos, o que cor- e prevê registar cerca de oito milhões 51,22% e Gaza com 47,16%. O
povo, pese embora persista o desafio disto”, disse Chissano, para quem o
da cobertura do território nacional. respondente a 27,63% de potenciais eleitores. resto das províncias conta com
patriotismo e o amor à camisola são
“Os tribunais aplicavam leis que eram do total previsto, as Cláudio Langa, porta-Voz do STAE, uma média de 36 a 38 %.
elementos imprescindíveis para in-
uma imagem desfocada do espelho províncias cujo mapa disse nesta terça-feira, durante Entretanto, o porta-voz consid-
verter a tendência de acumular pro-
da justiça europeia particularmente a eleitoral regista o domínio da uma conferência de imprensa, que era que as últimas duas semanas
cessos sem o devido desfecho.
justiça portuguesa, numa situação de Frelimo, partido no poder, são as os números de Niassa são bastante foram tranquilas, com maior
Instantes depois, Chissano mudou de
desfasamento da realidade africana, que apresentam maiores índices preocupantes, principalmente nos adasão e desempenho satis-
discurso, quando confrontado por um
particularmente a de um Moçam- de inscrições. distritos de Lichinga e Mandimba. fatório caracterizado por movi-
estudante de Direito, sobre a falta de
bique diversificado e multicultural”, Trata-se das províncias de Cabo Diante deste cenário, Cláudio Langa mentação de brigadas móveis
desfecho no caso das dívidas ocultas.
disse. Depois de pregar falta de vontade
Delgado, Gaza e Inhambane afirmou que estão sendo intensifi- para atender outros postos.
Anotou que, desde aqueles tempos, para a celeridade processual, o anti- com um movimento de registos cados trabalhos de educação cívica Houve alguns constrangimen-
sempre foi assegurada a independên- go estadista apelou à paciência, o que acima de 50% do total previsto. através do reforço das missões da tos registados pela ocorrência de
cia dos juízes, estes devendo apenas contraria a celeridade que exigia aos A província de Niassa é a que Comissão Nacional de Eleições chuva que dificultou o funciona-
obediência à lei, garantido a impar- magistrados. mais preocupa o Secretariado (CNE) e STAE nesta província, mento dos painéis solares.
cialidade e responsabilidade no exer- “Sei que a PGR está a fazer o seu tra- Técnico de Administração Elei- para elevar o número de inscrições. Contudo, Cláudio Langa apela
cício das suas funções de acordo com balho, visto que tem muita matéria. toral (STAE), que até à quarta Todavia, segundo Langa, existem aos partidos políticos para que
o preceituado na Constituição. Tem o relatório (da auditoria) e da semana registou um desempenho províncias com um desempenho fiscalizem o recenseamento elei-
Acrescentou que para uma melhor Comissão Parlamentar de Inquérito. muito abaixo da média. bastante elevado, com uma média toral, de modo a acompanhar de
intervenção do sistema da justiça, era Não me obriga a julgar a PGR num O censo eleitoral para as eleições acima dos 38.61%, com destaque perto o processo.
imprescindível que a polícia estives- processo que está em andamento. A autárquicas de 10 de Outubro para Cabo Delgado com 55,13%, (Por Cleusia Chirindza)
se munida de conhecimentos sobre PGR está a desempenhar o seu papel.
OPINIÃO
18 Savana 20-04-2018

Cartoon
EDITORIAL
MENSAGEM ASSAD
Fragilização deliberada PARA

GDÀVFDOL]DomR
LQFHQWLYDWUiÀFR

P
ode ter sido uma simples coincidência, mas não deixou de
ser notado que quando se esperava que a Polícia da Repú-
blica de Moçambique (PRM), no seu briefing semanal das
terças-feiras, se pronunciaria (ainda que a título preliminar)
sobre o processo relacionado com a apreensão, na semana passada,
de marfim que estava a ser exportado para a Ásia, o referido encon-
tro não aconteceu.
O episódio não passou despercebido porque a quantidade de
marfim em causa é suficientemente enorme e, como tal, também
a magnitude do crime, para que a polícia não o trate como um
assunto marginal ou de rotina. Especialmente quando se sabe que
esta mesma polícia já nos habituou a falar de todos os aconteci-
mentos ligados ao crime, incluindo acções de pequenos ladrões de
electrodomésticos.

O caminho de Damasco
A não realização do briefing semanal foi justificada pelo Comando
Geral da polícia como sendo resultado de “questões de agenda”,
tendo sido prometido o envio de um comunicado de imprensa
abordando todas as ocorrências da semana anterior. O comunicado
foi, de facto, distribuído, mas ele não faz referência ao caso das
João Carlos Barradas *

N
pontas de marfim.
Mas assumamos que a não realização do briefing tenha sido uma a Síria convergem alguns de Bashar al-Assad no Verão de As tergiversações quanto ao alar-
coincidência, devido a uma questão de sobreposição de agendas, e dos mais perigosos con- 2013, supervisionado pela Orga- gamento de sanções financeiras e
que foi apenas um lapso de memória não fazer constar a questão do
frontos da actualidade e nização para a Proibição de Ar- económicas à Rússia, altamente
marfim no comunicado policial desta semana.
qualquer complacência mas Químicas, que foi violado penalizadoras para os interes-
Mas a questão persistirá: havendo sobreposição de agendas, haverá,
para a polícia, uma agenda ainda mais importante do que ser a úl- ante riscos iminentes de guerra é pelo regime de Damasco à revelia ses de oligarcas dependentes do
tima barreira contra o crime e comunicar as suas acções ao público? mera irresponsabilidade criminosa. ou com a conivência do Kremlin. Kremlin, demonstram, por outro
A quantidade de marfim em causa mostra que não se tratou do caso denúncia pela Casa Branca do Teerão, de resto, revela-se cúm- lado, não apenas divergências de
de um aventureiro qualquer a tentar a sua sorte, talvez na esperança acordo multilateral sobre o pro- plice no apoio a al-Assad num fundo na administração Trump
de que as autoridades alfandegárias estariam distraídas para não grama militar nuclear do Irão, de transe particularmente indigno como, ainda, incoerência estraté-
detectar o produto. Parece ter sido um plano urdido a um nível Julho de 2015, poderá ocorrer no para um Estado que denunciou gica.
muito alto, mas que por qualquer razão não deu certo. O desapare- início do próximo mês nos termos o recurso a armas químicas por Ante a escalada ofensiva do Kre-
cimento sem rasto do dono da mercadoria deve ser suficientemente aventados pelos recém-nomeados Saddam Hussein na guerra com mlin, desde a guerra entre Rússia
esclarecedor para qualquer ser humano que tenha um pouco de secretário de Estado Mike Pom- o Iraque entre 1980 e 1988. e Geórgia em 2008, a atitude dos
inteligência. peo e conselheiro de Segurança Violações deste teor põem em principais estados da UE, de Wa-
Mercadoria em trânsito pelo porto tem um manifesto que identi- Nacional John Bolton. causa tratados e, sobretudo, acor- shington ou Tóquio, tem-se reve-
fica claramente a entidade que inicia o expediente, assim como o
O confronto com Teerão, em ali- dos informais sobre interditos no lado temerosa e inconsequente.    
destinatário. Por essa via, havendo interesse, não se torna tão difícil
nhamento com a Arábia Saudita uso de armas de destruição gene- Nos campos de batalha da Síria,
encontrar o dono da mercadoria. É função da polícia, em colabora-
ção com as autoridades alfandegárias, investigar este tipo de casos e o Egipto, a par de Israel, é um ralizada, químicas ou sabotagens o Governo de Israel obstina-se,
e encaminhá-los às instituições de justiça. dos vectores persistentes da polí- digitais, por exemplo. por sua vez, em conter investidas
A aparente falta de interesse em partilhar com o público infor- tica de Donald Trump. São, ademais, letra morta garan- iranianas muito além de qualquer
mação sobre este caso parece reflectir um cenário de instituições A influência do Irão na Síria, Ira- tias legais como as que viabili- aproveitamento por Benjamin
públicas capturadas por redes do crime organizado. Por isso é que que e Líbano, além do envolvi- zaram o desmantelamento do Netanyahu para escapar a em-
Moçambique está a tornar-se numa rota preferencial do tráfico mento na guerra civil do Iémen, arsenal nuclear da Ucrânia her- baraços com a justiça por demais
internacional quer de drogas quer de produtos proibidos. A fra- não permite, contudo, dissociar e dado da URSS, com a contrapar- similares aos de Trump.
gilidade deliberadamente induzida sobre as nossas instituições de isolar os diversos conflitos regio- tida no tratado de Budapeste de Os sucessivos ataques contra al-
fiscalização é um grande incentivo. nais através de acordos marginais Dezembro de 1994, de Rússia, vos militares iranianos na Síria
Mas esse é outro assunto. Talvez mais preocupante ainda é a mag- com outras potências como a Estados Unidos e Grã-Bretanha desde o início deste ano demons-
nitude de danos que estão a ser causados à fauna bravia deste país. Turquia e a Rússia. salvaguardarem a independência, tram a determinação de Israel em
Se considerarmos que aquela não era uma operação isolada, que
  soberania e integridade territorial obstar a que Teerão estabeleça
tantas outras foram bem sucedidas, podemos ter uma ideia do pro-
O cunho pontual, restrito e ne- da Ucrânia. bases ofensivas que, em aliança
blema.
Uma ponta de um elefante adulto africano pesa entre 23 e 45 qui- gociado dos bombardeamentos A eventualidade de num futu- com as milícias xiitas libanesas do
logramas. Se formos pela média destas duas grandezas teremos que a instalações militares sírias em ro remoto a Coreia do Norte, Hizballah, façam perigar a frente
uma ponta possui 34 quilogramas. Multiplicado por dois, cada ele- retaliação pelos ataques com ar- carente de garantias de sobrevi- norte do estado judaico.
fante terá 68 quilos, o que no caso em apreço, de 3,4 toneladas, nos mas químicas em Douma, a 7 de vência para uma elite impiedosa, É outra guerra em curso e cedo
dá o resultado de cerca de 50 elefantes que terão sido ilegalmente Abril, não pode esconder uma renunciar a um arsenal nuclear fará valer sua devastação, ignomí-
abatidos para se obter aquela quantidade de marfim. Este número questão de fundo. na sequência da anunciada cimei- nia e inclemência. 
pode não ser muito significativo se estivermos em presença de um Vladimir Putin mediou e validou ra de Maio entre Kim Jong-un Não há redenção no caminho de
caso isolado, mas se errarmos do lado do pessimismo, então estare- um acordo com Barack Oba- e Trump é, consequentemente, Damasco.
mos perante um holocausto ecológico que se aproxima. ma para destruição dos arsenais pouco crível.   Jornalista*

KOk NAM Editor Executivo: Ivone Soares, Luis Guevane, João Distribuição:
Francisco Carmona Mosca, Paulo Mubalo (Desporto). Miguel Bila
Director Emérito Colaboradores: (824576190 / 840135281)
Conselho de Administração: (franciscocarmona@mediacoop.co.mz)
André Catueira (Manica) (miguel.bila@mediacoop.co.mz)
Fernando B. de Lima (presidente) Aunício Silva (Nampula) (incluindo via e-mail e PDF)
Redacção:
e Naita Ussene Eugénio Arão (Inhambane) Fax: +258 21302402 (Redacção)
Raúl Senda, Abdul Sulemane, Argunaldo António Munaíta (Zambézia)
Direcção, Redacção e Administração: 82 3051790 (Publicidade/Directo)
Nhampossa, Armando Nhantumbo e Maquetização:
AV. Amílcar Cabral nr.1049 cp 73 Delegação da Beira
Abílio Maolela Auscêncio Machavane e Prédio Aruanga, nº 32 – 1º andar, A
Telefones: )RWRJUDÀD Hermenegildo Timana. Telefone: (+258) 82 / 843171100
(+258)21301737,823171100, Naita Ussene (editor) Revisão savana@mediacoop.co.mz
Registado sob número 007/RRA/DNI/93 Propriedade da 843171100 e Ilec Vilanculos Gervásio Nhalicale Redacção
NUIT: 400109001 Editor: Colaboradores Permanentes: Publicidade admc@mediacoop.co.mz
Fernando Gonçalves Fernando Manuel, Fernando Lima, Benvinda Tamele (82 3171100) Administração
Maputo-República de Moçambique editorsav@mediacoop.co.mz António Cabrita, Carlos Serra, (benvinda.tamele@mediacoop.co.mz) www.savana.co.mz
OPINIÃO
Savana 20-04-2018 19

Em nome de Ericino de Salema, penso que...


Régio Conrado*

M
oçambique é um país igualmente reconhecer que a natu- o poder tivessem a possibilidade de regimes autoritários ou tentados a questionarmos sobre os perigos que
cuja historia é excessi- reza do poder político tem as suas melhor controlar aqueles que, usan- sê-lo, estes quando constatam que o nosso país hoje conhece. Refiro-
vamente marcada pela estruturas de acção, a violência físi- do das competências intelectuais não conseguem mais dominar por -me ao caminhar para o autorita-
violência. E um país que ca (assassinatos, violência excessiva ou cognitivas, posicionam-se criti- meio da falsa propaganda, ou de rismo, que vai implicar a supressão,
é igualmente marcado por diversas contra manifestantes, etc.). O caso camente face à governação do país. benefícios clientelistas, recorrem à como tem sido tentado há já algum
crises, muitas delas graves (como o do jornalista Ericino de Salema, tal Então, não seria exagerado dizer violência bruta com a finalidade de tempo, do espaço público oposicio-
facto de não haver clareza sobre o como foi do académico Macuane que a abertura do espaço público foi intimidar o potencial de revolta ge- nal (Negt).
sentido ou rumo que o país deve ou e Cistac, são paradigmáticos dessa um instrumento para localizar os neralizada (assim foi nos países do A política moçambicana, com-
deveria tomar. Vivemos de impro- natureza violenta que encerra o po- prováveis “infractores” da unanimi- Leste europeu antes da Revolução preenda-se aqui a gestão do país,
visos). Ou seja, Moçambique hoje der político em Moçambique. É por dade que, normalmente, os regimes laranja e continua na Bielorrússia, tem sido insuficientemente capaz
vive, por um lado, uma crise de falta isso também que tenho defendido autoritários ou com tendência ao Lituânia, Letónia). Esta situação de instituir espaços de liberdades
de clareza do seu próprio destino, que se é verdade que nos primeiros autoritarismo preferem eliminá-los. ocorre outrossim, como foi no caso ou ainda, no mínimo, permitir que
por outro lado, aquilo que tinha anos da liberalização política foi A eliminação não é apenas física, ela da Tunísia de Benali, ou caso do a liberalização não ganhe contor-
sido um evento marcante na histo- possível gozar de certo conforto no pode ser social e económica. De ou- Burkina Faso, quando os tais regi- nos iliberais ou autoritários. Com
ria pós-guerra civil, a emergência da espaço público, o mesmo não posso tra forma, o espaço público é aberto mes estão exaustos e sem capacida- o drama de Ericino, não podemos
democracia, ou melhor, a liberaliza- dizer dos últimos anos. Os últimos não para que haja o debate racional des políticas de se reinventarem ou não concordar seja com Popper ou
ção política, hoje conhece um retro- 18 anos foram de violência estru- de ideias, porém para instigar con- ainda quando perdem o controlo de Orwell, sobre as suas reflexões sobre
cesso importante que se manifesta tural contra aquilo que Stuart Mill formidades ou para cercear aqueles diversos grupos violentos que, ne- sociedades fechadas. Isto porque
pela feudalização da economia, da (no seu on Liberty) tinha chaman- que não seguem as unanimidades gando qualquer mudança potencial, não há dúvidas que em Moçambi-
administração pública (alta admi- do de liberdades liberais, e essa vio- irracionais ou impostas. Mesmo que impigem violência sobre aquele que que a possibilidade do pensamento
nistração pública), dos espaços do lência recai sobre aqueles que, como não seja possível aferir quem tortu- pode ou traz ideias de Mudança. livre ou emancipado, no sentido
poder, da violência a todos os níveis, Ericino de Salema, fazem do uso rou o Salema, fica não menos evi- Moçambique não tem sido um bom kantiano do termo, está cada vez
etc. público da razão (Habermas) a sua dente que o exercício da sua cidada- exemplo do respeito das liberdades mais impossível. Há uma tentativa
Nunca concordei que Moçambique forma de contribuir para o progres- nia por meio de uma posição crítica fundamentais. Quase em todos os de impor uma visão única, como
se tivesse democratizado, pelo me- so de Moçambique. em relação ao drama social, político, relatórios publicados sobre países aquela que encontramos em países
nos, no sentido substantivo desse Diante de uma situação com esta, económico que o país vive contri- africanos, Moçambique tem sido como o Djibuti. Essa tentativa é,
termo. Sempre defendi que o que permito-me dizer que se um dia buiu para que sofresse sevícias (esse dos piores países em termos das certamente, uma evidência de que,
tinha ocorrido em Moçambique era Moçambique esteve na rota da de- tipo de práticas são clássicas em re- liberdades stuartianas (expressão, caso não seja possível impor uma
a liberalização política defeituosa, mocratização foi menos para que as gimes autoritários, casos do Quatar, pensamento, criatividade, etc.). Se sociedade de “porcos” (seres ontolo-
cujo teor foi sendo esvaziado aos pessoas exercessem as suas liberda- Argélia, Mauritânia, Tchad...). Cer- continuarmos no mesmo raciocí- gicamente impensantes), corremos
longos dos últimos anos. Negar que des constitucionalmente garantidas, tamente, como tem sido demons- nio, o caso do Salema denota a crise o risco de conhecer mais violência,
Moçambique foi democratizado é mas para que aqueles que exercem trado por vários trabalhos sobre política, e mesmo da utopia (no du- porque a situação de Moçambique
plo sentido que Karl Manheim dá
é tão grave, que quem governa pode
a este termo), pois que a esperança
ter dificuldades de gerir todo esse
de mais liberdade, daquela euforia
renascimento cívico de Moçambi-
dos anos 1990, hoje, está a ser es-
canos.
poliada pela ausência estrutural de
Para terminar, impõe-se dizer que
cultura democrática naqueles que
Salema representa aquela face de
estavam habituados a governar um
uma sociedade que despertou para

Do triste estado das coisas


povo sem educação ou sem melhor
o exercício crítico da cidadania, ou
sem formação. Se ontem facilmente
ainda da situação de administrados
a ignorância tinha sido uma tecno-
logia eficiente para dominar, hoje, passam a cidadão, sentido subjec-
tivo do termo, daquele que toma o

N
devido à inaptidão típica de regi-
mes em crise, fazem da brutalidade sentido de que é preciso defender a
a longuíssima conversa en- dos vivos e fazer respeitar os mor- necessidades de mudança para fon- todo o custo a possibilidade de um
tre Tobie Nathan e Cathe- tos. Voltámos a um tempo sombrio tes de energia menos poluentes e ou da violência corporal uma nova
tecnologia para gerir potencialida- país livre da miséria que tem acom-
rine Clément que se fixa em em que queremos sepultar a própria sem demonstrar a menor capacida- panhado o nosso destino.
Le Divan el le Grigi, livro de de aprendizagem? des de ebulição popular. Ericino
memória, reduzi-la a pó. Cobrimos Que continues o caminho da liber-
que recomendo vivamente, refere-se Isto é mais do que uma coincidên- sofreu efeito colaterais da crise em
o respeito devido aos mortos com a dade, Salema!
esta ao enterro de um actor na Índia curso dos tradicionais meios de do-
infâmia. cia, é um sinal inegável de como a
minação em Moçambique. Por isso
«especializado nos papéis de Deus». Karen Blixen, num texto anóma- avidez das “essências” e das “identi-
podemos dizer esta situação longe *Doutorando em Ciência Política,
Aí está um ofício que me convinha. lo ao seu percurso de narradora, A dades” pode ser doentia e chegar a
de ser trivial, ela obriga-nos a nos França.
Enquanto tal sorte não me chega Verdade e a Política, sustentava que uma absurdez montanhosa e, para
eis-me embaçado com as notícias uma das características da condição além de cretina, estúpida.
do mundo, alheio e próximo, em es- humana é a nossa capacidade para O outro mau exemplo foi-me con-
tado de torresmo mental. suportar praticamente tudo; pode- tado hoje. Um médico do Hospital
O ataque da Síria, houve. Dois pre- mos afocinhar nas abjecções mais Central de Maputo evita estar fora
sidentes da coligação precisavam tortuosas sem perder a alma, desde nos fins-de-semana. Porque quando
absolutamente de reavivarem um que tenhamos uma perspectiva de passa dois, três dias fora do serviço
Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
inimigo externo que desvie a aten- as enfermeiras, se as famílias dos Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
futuro e uma narrativa integradora
ção das borradas internas, o terceiro, doentes não lhes “pagam por fora” (o 576
do que está a acontecer. Agora o que
coitado, julga-se De Gaulle. que é de regra por causa da pobre-
não suportamos é o absurdo.
Nem se trata da legitimidade de de- za), deixam imediatamente de subs-
O absurdo instalou-se no mundo.
fender as populações contra ataques
de armas químicas, mas de tudo
Vou-vos dar dois exemplos. Um
tituir o soro do doente e de seguir
as prescrições, farejando a comissão
Roubo do desenvolvimento para
universal, outro local. E lembrar que
ser pretexto para brincar aos vídeo
games. Como é fácil pôr a mão no para se compreender uma época é
que as funerárias lhes pagarão.
Podem as autoridades desconhecer outro “desenvolvimento”

R
gatilho quando conhecemos os ma- importante captar as coisas infor- este “negócio” quando os rumores
mais, as linhas de sombra dir-se-iam egularmente, a imprensa e regional. Com efeito, os pro-
pas mas o nosso corpo desconhece sobre esta vileza correm há muito na
secundários, para ler o ethos que es- moçambicana dá conta dutos roubados são destinados
o território. cidade? Vê-lo confirmado por um
tas segregam. de múltiplas vandaliza- à indústria domiciliária (fabrico
Os pretextos da guerra são sempre clínico de dentro é perturbador.
Uma das coisas que o presiden- ções e de roubos espe- de potes, baldes e panelas), à re-
hipócritas dado que denunciam o E as igrejas, tão prontas a baixarem
te Reagan fez, mal chegou à Casa cíficos, a saber: cabos eléctricos paração de bicicletas e ao assa-
tanto que não se fez no devido tem- as saias ou a recomendarem o tcha-
po, são sempre respostas ao fundo Branca, foi mandar retirar os painéis de cobre, óleo, sinais reguladores
dor, como actuam face a estas in- mento de castanhas (reflectores)
da escada, passada já a ocasião. Um solares que lá estavam pois consi- formações? Não se mostra de todo de trânsito, combustível das an-
e à venda nas estradas nacionais
ditador é a víbora que não se matou derava que a energia solar não tra- regulador o papel das igrejas, demis- tenas de telefonia móvel, parafu-
e às empresas de sucata.
no ovo. duzia “o espírito americano”, que o sionárias de qualquer intervenção sos de suporte de cantoneiras de
transporte de energia eléctrica, Quanto mais difíceis forem as
O resultado é a inescapável heca- petróleo e o carvão representariam que dignifique e proteja o “rebanho
parafusos das linhas férreas, re- condições de vida, mais infor-
tombe das cidades e a derrocada dos melhor. de Deus”. Só lhes importa o dízimo.
flectores, painéis solares, etc. mal, diversificado e profun-
mitos. Que Deus sobreviverá às ruí- Não impressiona que em 2018 o Se conhecerem algo mais cínico e
nas da Síria, que não se assemelhe a novo presidente americano conside- perverso que isto, contem-me, um Este roubo do desenvolvimen- do será o recurso a esquemas de
um caudaloso e freático rio de caca? re igualmente o petróleo e o carvão escritor encontra sempre um viés. to  visa  outro tipo de “desenvol- sobrevivência  numa sociedade
Seria para isso que servia a cultura: moedas irrenunciáveis do “espírito Ou calem, porque a parte humana vimento” com mercado nacional tão complexa como é a nossa.
para nos alegrar com a criatividade americano”, sem atender às vitais do escritor não quer ouvir.
OPINIÃO
20 Savana 20-04-2018

Dislates de luz
Q
uarenta e nove anos consecutivos de o facto, por exemplo, de o maior número de – Dá lá um exemplo, Tomás. tentar explicar coisas que não têm explicação
vida em comum conduziram a nossa suicídios se dar entre os homens é de que es- – Ok. É o seguinte: estás a ver aquele mercado possível, pelo menos sob esse prisma. Tens que
capacidade de relacionamento mútuo tes têm menos capacidade ou motivação para de carvão que existe nas esquinas da Vladimir aceitar que é facto que entre os homens o índice
a um patamar de quase estado de gra- partilhar as suas preocupações mais profundas Lenine e Agostinho Neto, aqui em Maputo? de suicídio é muito superior, e isso só revela,
ça. Em termos estritamente mentais, enquanto com os que lhes são mais próximos, coisa que já – Estou, sim. quanto a mim, claramente a fragilidade dos
eu atingi a andro, ela atingiu a menopausa. Isto não acontece com as mulheres, as quais, sendo – Imaginas, Gertrudes, que um homem em si- fios com que se tece a teia da vossa resistência
permite que exprimamos reciprocamente as mais expansivas, não têm grandes problemas de tuação súbita de desemprego ou de incapacida- psicológica. E, segundo, se o índice de loucura
nossas opiniões sem falsos preconceitos, abso- partilhar os seus problemas com outras pessoas, de física parcial pode ir sentar-se ali e disputar entre os homens é maior, também só prova isso.
lutamente desprovidos de falsos pudores e sem nem pudor em pedir conselho. espaço com aquelas senhoras a vender carvão – Não estou, Gertrudes, disposto a concordar
o mínimo receio de que possamos ser mal in- – E então? – perguntou ela. em latas? contigo. Seja como for podemos voltar ao prin-
terpretados, uma vez que entre nós quase toda a – Então é o mesmo que tentar dizer, como diz Ela meneou a cabeça, hesitante, e acabou por cípio. Se, até aos tempos mais próximos desta
barreira de ambiguidade foi derrubada. muita gente de base, que a explicação reside no admitir que talvez não fosse assim muito cató- época em que vivemos, a responsabilidade pelo
Recentemente, propus-lhe uma discussão so- lica essa solução. sustento e manutenção do lar era quase uni-
facto de, perante problemas que se manifestam
– Isso é apenas um exemplo. – disse eu – Ago- versal e exclusivamente do homem, achas que
bre uns dois ou três programas que tínhamos insanáveis, os homens se refugiarem no álcool e
ra, voltando aos suicídios, achas que só o facto, essas tendências de gerações inteiras podem-se
acompanhado na rádio numa dessas noites. no futebol, e as mulheres nas igrejas. Esta leitu-
teoricamente enunciado, de a mulher ser mais virar em duas ou três décadas? E pensar que se
Eram temas, para utilizar a terminologia mo- ra peca manifestamente pelo seu carácter sim- expansiva e ter maior capacidade de expor os
derna, interdisciplinares. Um versava o proble- pode reverter o cenário sem tentar explicá-lo de
plista. Não é explicação que cubra o fenómeno. seus problemas e partilhá-los com as outras ou forma mais profunda?
ma da crescente tendência para aumento do Por outro lado, quando se tratou da demência, os outros, só isso explica o facto de que entre – Não sei se será o caso de explicá-lo ou não, o
número de suicídios no país, sendo que, segun- disse-se, em primeiro lugar, que a questão é que elas o índice de suicídio seja inferior ao dos ho- que é facto é que tens que aceitar que as coisas
do a proposta apresentada – era, de facto, uma a resistência mental da mulher é muito superior mens? Achas mesmo que é explicação suficien- são assim.
proposta, dado que não se apresentavam núme- à do homem, e, em segundo, que perante uma te, que o maior índice de casos de perturbações – Lá estás tu com as tuas ordens! Eu não tenho
ros nenhuns –, a maior incidência de suicídios situação de desemprego súbito ou incapacida- mentais se registe entre os homens? E vamos que aceitar uma coisa se não consigo percebê-
manifestava-se entre os homens. O outro tema, de de continuar a sustentar-se e à sua família aqui fazer um parêntesis, porque eu tenho e -la nem explicá-la racionalmente. Mais ainda,
numa outra reportagem, dias mais tarde, dizia pelos meios clássicos e formais, o homem vai- mereço usar o benefício da dúvida, visto que se as explicações que me são avançadas por
respeito à demência, e mais uma vez defendia- -se logo abaixo, ao passo que a mulher “se vira” não há nenhuma estatística que diga claramen-
aqueles que deveriam explicá-las com rigor e
-se que o maior número de casos de problemas (utilizando um termo vulgar) e consegue fazer te que o índice de perturbações mentais é maior
sustentabilidade, de modo científico, não mas
de doenças mentais na nossa sociedade mani- qualquer coisa que seja para garantir o susten- entre os homens, comparado ao das mulheres.
conseguem explicar. Acho não só uma tremen-
festava-se entre os homens. Pode ser que sim, to da sua família. Estou a falar, Gertrudes, da E mesmo que seja verdade, em que proporção
da injustiça, como também uma idiotice, tentar
pode ser que não; não tenho, de resto, nenhum opinião manifestada não pelo povo, mas pelos é que isso é. Da mesma forma, posso admitir
explicar a loucura e o índice de suicídios da for-
problema em aceitar que isso corresponda à especialistas entrevistados. que o maior número de crianças de rua se si-
ma como se está a tentar explicar, e ponto final!
realidade. O que eu disse à Gertrudes é que não – E então? tue entre rapazes do que entre meninas, e isso
também tem outra explicação: é que as famílias – Ponto final uma ova, Tomás! Tens esse carác-
concordava com as explicações que os analistas – E então temos que, neste caso, a explicação de ter fraco. Quando não tens argumentos, recor-
aceitam mais facilmente adoptar uma menina
entrevistados – entre sociólogos, antropólogos, base, quanto a mim, é a seguinte: pelo carácter res ao autoritarismo. Felizmente, o teu autori-
do que um rapaz, porque a menina constitui
estudiosos dos fenómenos da sociedade – ha- da sua educação, o homem sente-se amarrado tarismo termina por aí, porque noutros casos, e
logo à partida força de trabalho gratuita e, com
viam dado. perante a possibilidade de se socorrer de qual- um pouco de sorte, mais tarde uma fonte extra isso é mais vulgar, pessoas nas tuas condições
– Porquê? – perguntou-me ela. quer que seja a solução para sustento do seu lar, de rendimento através do lobolo; com o rapaz recorrem à violência. E é isso que muitas vezes
– Porque todas elas tendem a confundir o efeito porque há claramente funções com as quais a isso já não acontece. E então, Gertrudes, qual é conduz a um aprofundamento dos problemas
com a causa. sua condição de homem não se coaduna. E não o teu ponto de vista? existentes.
– Não notei isso em nenhuma das explicações vamos entrar, Gertrudes, na questão de querer – O meu ponto de vista continua a ser o mes- – Vou preparar o banho de sais para as tuas va-
dadas. saber se esse ponto de vista é correcto ou não; mo, Tomás: tu dizes que a perspectiva dos ana- rizes.
– Mas notei eu. o que estou a dizer é que o que se passa é isso. listas que foram entrevistados peca por tomar o – Não te esqueças de limpar a tua prótese den-
– Explica-te. Agora, se se pode mudar ao longo de gerações, efeito pela causa. Eu digo que o teu ponto de tária.
– Nota que a explicação básica que é dada para isso é outra discussão. vista peca por ser de extremo machismo e por – Obrigado. És adorável.

SACO AZUL Por Luís Guevane

Recensear para quê?


N
ão é nova a rejeição do recen- e acolá, é importante que haja som e vibração, Qual é a moeda de troca quando o cidadão quê?” como o “votar para quê?” traduzem
seamento eleitoral em função da sem discriminação, que despertem o eleito- exerce o seu direito de voto? Por enquanto os traumatismos políticos criados pelo
percepção de inexistência de uma rado para a necessidade de se recensear para não tem sido a paz, ou o desenvolvimento, ou baixo nível de comunicação entre os go-
moeda de troca com relação à poder votar. a inclusão, não tem sido uma melhor gestão vernantes e o eleitorado, traduzem uma
melhoria da qualidade de vida do cida- Um outro quadro permite um outro olhar. da dívida pública, não tem sido a aplicação paz e uma democracia sem seguro de
dão. “Recensear para quê se nada muda” Ou seja, a fraca afluência aos postos de recen- de uma justiça de tubarão para o tubarão. O
tem sido a questão colocada por um nú- espécie alguma. Mas, meus caros, tan-
seamento, que é uma das provas da perspecti- cidadão eleitor sente-se burlado e idiotizado
mero significativo de cidadãos moçambi- va anterior, ainda que seja um cartão verme- quando percebe que há cidadãos intocáveis, to o “recensear para quê?” como o “votar
canos que procura fazer passar a mensa- lho penalizando a qualidade de trabalho do protegidos e que estão acima da Constitui- para quê?” são falsidades. É importante
gem de existência de um sistema falido e STAE (Secretariado Técnico de Administra- ção, mas que são tão moçambicanos como que cada um de nós esteja recenseado
de máscara gasta e encardida. Mas, pare- ção Eleitoral), é uma espécie de rejeição e re- ele. Se os que aplicam a justiça aprenderam para poder votar e, sobretudo, monitorar
ce ser aqui onde reside o problema que púdio relativamente aos conflitos pós-eleito- que ninguém está acima da lei, por isso es- o processo final. É também uma grande
pode ser visto sob diferentes perspectivas. rais. Assiste-se a série de irregularidades que tão nas posições em se encontram, por que falsidade quando se atribui pecado po-
Uma dessas perspectivas pode ter por depois não são esclarecidas e nada acontece razão não aplicam o que estudaram? Será lítico aos partidos por não controlarem
base o facto de as campanhas de edu- aos prevaricadores identificados. Desde o re- que o problema tem a ver com o efeito da a contagem dos votos, os editais. Quem
cação cívica não serem suficientemente censeamento eleitoral até à fase de divulgação má qualidade de ensino que tanto se propala peca, na verdade, é o cidadão eleitor que
fortes ao ponto de o cidadão em idade de resultados o modelo de problemas sempre e que se arrasta há algum tempo, cegando o
não controla esta parte crucial do pro-
eleitoral compreender a importância do foi idêntico. Então, “recensear para quê?” Este profissionalismo?
seu voto. Supostamente, as campanhas sentimento, por arredondamento, é produto Uma outra perspectiva, entre muitas outras, cesso eleitoral. Recensear é uma obriga-
falham por terem um profundo défice exclusivo dos órgãos que lidam com o pro- que pode justificar o “recensear para quê?” e ção democrática que nos conduz à vo-
em matéria de promoção do interesse de- cesso eleitoral. Revela uma mão leve quan- que está interligada às anteriores diz respei- tação. Ninguém se deve vangloriar por
mocrático do e no eleitorado. Está claro to à imposição de lisura em todo o processo to à fraca ou nula autovalorização por parte não se ter recenseado, isso só revela o seu
que não bastam os cartazes colados aqui eleitoral. do cidadão eleitor. Tanto o “recensear para baixo nível de cidadania.
PUBLICIDADE
Savana 20-04-2018 21
DESPORTO
22 Savana 20-04-2018

&DPSHRQDWRQDFLRQDOGHIXWHERO0RoDPERODYDLUHWRPDUQRPHLRGHDGYHUVLGDGHVÀQDQFHLUDV

Solução à aspirina?
Por Paulo Mubalo

N
um passado recente, con- Coane ajuntou que a Liga não dis-
cretamente no consulado punha desse dinheiro na totalidade,
de Miguel Matabele, actual pois tem, ainda, um défice para co-
PCA dos CFM, o Mo- brir aquilo que vai ser o orçamento
çambola chegou a correr risco de total para se realizar o campeonato
ficar interrompido por tempo in- nacional, avaliado acima de 50 por
determinado, devido a dificuldades cento.
financeiras, e só uma reengenharia No entender da Liga Moçambicana
institucional evitou o pior. Termi- de Futebol, os clubes devem com-
nava assim, sem glória, o mandato participar nas despesas, até porque
de Matabele. este organismo faz muitos esforços
para que a competição não pare,
Ananias Couane, delfim de Siman- uma vez que muitos dos patroci-
go Júnior, é o homem do momento. nadores também estão a enfrentar
Este apresentou um programa de dificuldades.
governação com muitas inovações, Aliás, se a LMF não tivesse utili-
mas, tal como Matabele, está a ser zado correctamente os fundos dis-
crucificado. ponibilizados, como foi vincado na
Primeiro foi o problema de atrasos gala de premiação aos melhores da
época passada, o maior patrocinador
dos voos da LAM, que deixavam as
do Moçambola, o Standard Bank,
equipas entregues à sua sorte, nos
teria eximido das suas responsabili-
bancos dos aeroportos, um proble-
dades de apoiar a competição.
ma, em que tanto a LMF como a
Tomaz Salomão, PCA daquele
LAM e os clubes não ficaram bem
banco, ameaçou deixar de apoiar o
na fotografia. O Moçambola, o dito ópio do povo, volta a ser notícia pelos piores motivos
Moçambola, depois que alguns clu-
Segundo é a crise financeira que
vestimento pelos CFM e pela Nike. tura económica que o país atravessa, tuação financeira da instituição que bes, numa atitude condenável e de
abala o país desportivo e não só,
A hospedagem e o transporte aéreo que deixou descapitalizado a maior dirige, após o adiamento do arran- infantilidade já mais vista, optaram
com as repercussões que todos nós
consumiram, como sempre, o maior parte dos potenciais patrocinadores. que do Moçambola, em Fevereiro por boicotar a realização da assem-
sentimos na pele. E neste momen-
bolo, cerca de 160 milhões de me- Na verdade, para que a prova de- do ano passado, Ananias Couane bleia-geral da LMF.
to, são 33 milhões de meticais que
a LAM precisa, da LMF, para via- ticais (159.961.589), quase o dobro corresse sem muitos problemas, negou este facto, justificando que
bilizar o Moçambola. Esses valores de 2015, fixado em 87.474.531 me- a direcção da LMF previa gastar os desembolsos do campeonato não Soluções?
devem ser desembolsados a pronto ticais. Entretanto, das 4900 passa- cerca de 202 milhões de meticais aconteciam de uma e única vez, mas Ananias Coane e seu elenco já
pagamento pela LMF, por ser um gens aéreas contratadas, foram utili- (201.735.162), mas até ao fecho do em tranches. avançaram com a proposta de se
devedor de risco. zadas 4789, tendo se perdido o valor seu exercício económico, só tinha voltar aos campeonatos regionais,
Mas para lá desta exigência da referente a 111 passagens. colectado cerca de 72 milhões de como forma de minimizar os gastos,
Estas operações elevaram o pas- meticais (712.763.706). 2018: o agudizar da crise mas os clubes entendem que este
LAM, faltam soluções para pro-
sivo desta instituição, passando Deste valor, 41.104.114 de meticais Na Assembleia Geral realizada este modelo se revela contraproducente
fissionalizar a prova, conferindo-
dos cerca de 82 milhões de meti- vieram das receitas da própria insti- ano, o presidente da LMF explicou do ponto de vista de igualdade de
-a mais musculatura, pois tem-se
cais (81.644.071), em 2015, para tuição e os restantes dos patrocínios que a edição do Moçambola está rodagem e no espírito de unidade
dado primazia a soluções paliativas
mais de 118 milhões de meticais e de patrocínios. avaliada em cerca de 120 milhões de nacional.
e nunca definitivas.
(118.139.291), em 2016. A empresa Linhas Aéreas de Mo- meticais, contudo reportando aquilo Mas outros clubes sugerem a redu-
Mas caro leitor, apresentamos al-
Outrossim, o passivo disparou nos çambique (LAM) previa contratar, que são as dívidas dos anos anterio- ção do número de equipas para se
guns números do Moçambola, de
modo a conhecer os contornos de últimos anos. Até 30 Novembro de no ano passado, 5.374 passagens aé- res, o mesmo pode ser avaliado em minimizar os gastos. Outro projecto
2014 (data de fecho do exercício reas, o que lhe custaria 24.8 milhões aproximadamente 180 milhões de apresentado pela LMF é a massifi-
uma crise com barba branca.
económico da LMF) estava fixado de meticais. meticais. cação da via terrestre.
2016: passivo de 118 mi- nos 58 milhões de meticais, repre- O alojamento custaria, segundo os
lhões de meticais sentando um aumento de cerca de cálculos feitos na altura, aos cofres
Se em 2017 chegaram a faltar cer- 60 milhões de meticais. da LMF, cerca de 13.3 milhões de
ca de 130 milhões de meticais para Para fazer face ao sufoco financeiro, meticais, enquanto o transporte
custear o Moçambola, em 2016, a a LMF recorreu à banca para pedir terrestre consumiria 2.7 milhões
LMF gastou mais 31 milhões de cerca de 4.5 milhões de meticais de meticais. Já as despesas de arbi-
(4.367.681). tragem e delegados custariam 7.3 Assinatura do jornal
meticais do que tinha (31.058.751). A partir de 01 de Agosto de 2017
O executivo de Ananias Cou- A outra lufada de ar fresco veio das milhões de meticais e as reuniões e
ane iniciou a época 2016 com transmissões televisivas que, de Se- festivais, 2.89 milhões de meticais. DESTINO PERÍODO
mais de 172 milhões de meticais tembro a Novembro, lucraram 7500 Trimestral Semestral Anual
(172.093.905), mas viria a gastar mil meticais, valor que acabou sen- Dívidas à LMF inferiores ao TODO O PAÍS 1.000,00mt 1.850,00mt 3.500,00mt
mais de 203 milhões de meticais do direccionado ao pagamento das passivo USD 20,00 USD 35,00 USD 60,00
(203.152.656). Do valor colectado, taxas de embarque aeroportuárias e A LMF não era apenas devedora,
em 2016, 158.219.319 foram pro- de alguns hotéis. Os clubes só rece- mas também credora de algumas PAÍSES DA SADC USD 40,00 USD 75,00 USD 130,00
venientes de contratos-patrocínios, beram o valor referente ao ano eco- entidades, incluindo a Federação
enquanto os restantes resultaram de nómico de 2017. Moçambicana de Futebol . RESTO DO MUNDO USD 50,00 USD 100,00 USD 200,00
outros rendimentos operacionais. Em termos de fundos próprios, a Os clubes deviam à LMF mais de
Os gastos de 2016 representaram LMF apresentou um saldo negati- 940 mil meticais, contra 670 mil da Assinatura versao
electrónica USD 25,00 USD 40,00 USD 70,00
quase o dobro dos de 2015, em que o vo de aproximadamente 68 milhões época anterior.
Moçambola consumiu cerca de 108 de meticais (67.720.588), contra os A maior dívida à LMF vinha da
milhões de meticais (107.943.565), cerca de 35 milhões negativos que Televisão de Moçambique, que Cada período é renovável em qualquer altura do ano.
tendo apresentado um défice de tinha em 2015. detinha um valor acumulado de Entrega ao domicílio nas Cidades de Maputo, Matola e Beira.
6.035.115 meticais. 29.925.441 meticais, como resul- Aceitamos propostas para novos agentes, distribuidores
A direcção da LMF justificou estes 2017: 130 milhões de tado das transmissões televisivas e angariadores de assinaturas em todo território nacional.
números com o aumento do núme- GpÀFH de 2012 a 2014. Outros devedores
ro de equipas (de 14 para 16) que, Para a época de 2017, eram necessá- nessa altura eram a Austral Seguros, Para mais informação contacte:
consequentemente, fez aumentar o rios cerca de 202 milhões de meti- cerca de cinco milhões de meticais
número de jogos e jornadas (de sete cais com vista à viabilização da pro- (4.881.512) e a telefonia móvel Miguel Bila, 82 4576190 / 84 0135281 / 87 0135281
para oito jogos semanais e de 26 va , mas a mesma arrancou com um mcel que devia 3750 mil meticais. (miguel.bila@mediacoop.co.mz, mediafax@mediacoop.co.mz, mediafaxm@gmail.com)
para 30 jornadas), assim como a de- défice aproximado, de 130 milhões A LMF tem uma dívida acumula- Danilo Matsimbe, 82 7356980 / 84 5723175
preciação da moeda nacional face ao de meticais. da ( 2014-2017) de 95 milhões de APBX, 21 327631 / 21 301737 / 82 3171100 / 84 3171100
dólar e a retirada de três patrocina- Nos bastidores, os mais pessimistas meticais, sendo que a deste ano já Fax, 21 302402 / 21 304265 admc@mediacoop.co.mz
dores (EDM, ENH e Soklin), para vaticinavam que a prova não chega- atinge 1.6 milhões de meticais.
além da redução do volume de in- ria ao fim, tendo em conta a conjun- Ouvido pelo SAVANA, sobre a si-
PUBLICIDADE
DESPORTO
Savana 20-04-2018 23

$1Ô1&,2'(9$*$
&2168/7253$5$$/7(5$d¯(6&/,0É7,&$6
A Representação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Moçambique pretende contratar um/a Consultor (a) para apoiar o fortalecimento da resiliência do
Sistema de Saúde de Moçambique aos impactos das Alterações Climáticas.

‡/RFDOGH7UDEDOKR0DSXWR 0,6$8206
‡7LSRGH&RQWUDWR&RQVXOWRU
‡'XUDomR0HVHV
‡3UD]RGHVXEPLVVmRGHFDQGLGDWXUDVGH$EULOGH

48$/,),&$d¯(65(48(5,'$6

(GXFDomR (VVHQFLDOLicenciatura em Saúde Ambiental e Mestrado em Saúde Pública ou outras áreas relevantes.
'HVHMiYHO Envolvimento, conhecimento ou trabalho prévio relacionado ao clima.

(;3(5,È1&,$
‡0DLVGHDQRVGHH[SHULrQFLDGHWUDEDOKRH[WHQVLYRHPÉJXD6DQHDPHQWRH+LJLHQH6D~GH3~EOLFDH6LVWHPDGH6D~GHGR3DtVDSDUWLUGHLQWHUYHQo}HVQDFR-
PXQLGDGHDWpQtYHOGHIRUPXODomRGHSROtWLFDV
‡([SHULHQWHQDHODERUDomRGHGRFXPHQWRVEDVHDGRVHPHYLGrQFLDVSDUDSRGHUWRPDUGHFLV}HVDWUDYpVGHUHYLVmRELEOLRJUiÀFDHH[HUFtFLRGHFDPSR
‡7HUERDVDSWLG}HVQDFULDomRGHGRFXPHQWRVHVWUDWpJLFRVWDLVFRPRHVWUDWpJLDVHSROtWLFDVQDFLRQDLVQRVHFWRUGDVD~GH
‡([SHULrQFLDHPOLGHUDUTXHVW}HVFUtWLFDVSDUDDVD~GHHWUDEDOKRVHFRRUGHQDomRFRQMXQWDFRPSDUFHLURV

$37,'¯(6
‡&RQKHFLPHQWRH[FHOHQWHHP3RUWXJXrVH,QJOrV(VFULWRH)DODGR
‡%RPUHODFLRQDPHQWRGHWUDEDOKRHPHTXLSHHKDELOLGDGHVGHFRPXQLFDomR
‡([FHOHQWHSURFHVVDPHQWRGR0LFURVRIW:RUG([FHO3RZHU3RLQWHH[SUHVVmRHVWDWtVWLFDGHGDGRVHPWDEHODVHJUiÀFRV

5(081(5$d®2
‡2VKRQRUiULRVGHVWDFRQVXOWRULDVmRÀ[DGRVQR1tYHO 12%6WHS, GHDFRUGRFRPDWDEHODVDODULDOGDV1Do}HV8QLGDVDFWXDOPHQWHHPYLJRU

Candidaturas:
R55 5(),$55(#./,55(#)(#-65'5*,.#/&,5-5'/&",-8
R5-5#(.,--)-50,ã)65.ï5if55,#&55hfgn65 ),'&#4,5-5-/-5(#./,-5)(&#(5()5(,é)95afwcomz@who.int
R5)'(.5)-5B-C5(#.)-5B-C5*,ï7-&#)()-5B-C5-,ã)5*)-.,#),'(.5)(..)-5B-C8550,-ã)5)'*&.5)-55-.50!5-.á5#-*)(ù0&5()5-,#.ĉ,#)55 5
-#.)5(5/5,#,5 ,#(")65)85hnf5'5 */.)8
CULTURA
24 Savana 20-04-2018

Jazz no Franco com Ivan Mazuze


O
Centro Cultural Franco- nista, compositor e director musi- Mseleku, Kenny Kirkland, Joey
-Moçambicano acolhe, no cal. Com as suas composições cati- Calderazzo, McCoy Tyner, John
sábado, 21 de Abril cor- vantes, que sempre visam confundir Coltrane, Wynton Kelly e Bud
rente, entre as 18 e as 23h, a linha entre o jazz e outros géne- Powell.
a 1ª edição do Jazz no Franco. ros, Sibusiso “Mash” Mashiloane é Guitarrista, Walter Mabas é com-
rápido em conquistar os corações e positor e engenheiro electrónico
Este evento surge no âmbito das mentes de um grande público. Ele de formação. Participou em vários
celebrações do Dia Internacional e a sua banda tocaram não apenas festivais internacionais, destacando
do Jazz (designado pela UNESCO nos principais palcos do circuito a colaboração com Orquestra de
como o International Jazz Day, que de KwaZulu Natal, mas também Jazz do Algrave em Portugal e o
se comemora a 30 de Abril), e que em vários festivais de jazz e as suas Festival de Jazz de Taiwan, gravan-
terá como cabeça de cartaz o céle- performances ao vivo levaram-no do com vários músicos incluíndo os
bre saxofonista moçambicano resi- até aos EUA. Como pianista, Mash moçambicanos Ivan Mazuze, Otis,
dente na Noruega, Ivan Mazuze, de apresentou-se com muitos gru- Stewart Sukhuma. Mabas está ac-
Durban, o trio de Sibusiso “Mash” pos diferentes ao redor do mundo tualmente a finalizar o seu álbum
Mashiloane e, de Maputo, Walter iniciando projectos da sua autoria. de estreia, com colaboração de al-
Mabas, todos acompanhados por 6D[RIRQLVWD,YDQ0D]X]HpÀJXUDGHFDUWD]GRHYHQWR Depois de obter seu mestrado em guns músicos de renome, tais como
grandes músicos que estarão juntos Performance de Jazz e graduando- Jaco Maria, Ivan Mazuze, Bokani
para celebrar o Jazz. uma compilação que dá uma boa Henry Wadsworth Longfellow, a -se com distinção na Universidade Dier, Frank Paco, Tony Paco, Hé-
Ivan Mazuze é tido como um dos imagem do cenário do jazz norue- música é a linguagem universal da de KwaZulu Natal, o seu objectivo lder Gonzaga e Moreira Chongui-
melhores saxofonistas da actuali- guês hoje, que vai desde as formas humanidade”, explica David Fis- agora é tornar-se parte integrante ça. Ao mesmo tempo, Walter esteve
dade e melhor estreante do con- mais comuns, até às mais modernas, chel da cena do jazz sul-africano e in- envolvido em várias colaborações
tinente africano no African Jazz incluindo o que passou a ser conhe- “Ivan tem a confiança de um cor- ternacional. Os seus concertos são com outros músicos africanos or-
Network. O músico virá celebrar cido como o som nórdico. redor que pode ir na velocidade inspirados pelo funk, hip-hop, gos- ganizadas pelo CCFM nomeada-
em forma de concerto o Dia Inter- “Ivan Mazuze personifica a gene- máxima, se necessário, mas quem pel e música tradicional da África mente com Lura, Ceuzany, Elida
nacional do Jazz 2018, no Centro rosidade do espírito neste álbum. conhece o valor de frases e tom do Sul, atraindo fãs de todos os Almeida, Lucibela, Nancy Vieira,
Franco-Mocambicano. Há uma espécie de benevolência e excelentes”, enaltece Anya Was- géneros e aficcionados do jazz, ao Teófilo Chantre (Cabo Verde),
O seu último álbum “Ubuntu” é compaixão pelo seu trabalho que senberg, da instituição denominada mesmo tempo que tem vindo a Sia Tolno (Guiné Conacri) e Siya
apresentado no álbum Compila- o levanta, faz-te sorrir e te sentires Artes e Cultura Maven, no Canadá. explorar em profundidade o reper- Makuzeni (África do Sul).
tion Jazz da 7ª edição da Noruega, bem por dentro. Nas palavras de Sibusiso “Mash” Mashiloane é pia- tório de compositores como Bheki A.S

Ser Minas Tão Gerais no CCBM


O
jovem guitarrista Jesse mos marrabenta, afrojazz e pop, de expressar o que sentimos e uni-
Malunguissa, membro in- buscando as suas inspirações em ficar a todos que fazem parte, neste
tegrante e constituinte da artistas nacionais e internacionais grande encontro com o público e
banda Malunguissa Pro- diversificados como Jimmy Dlhud- meu parceiro de cena”, enfatiza.
ject, vai participar num intercâm- lhu, Jorge Vercilo, Moises khumalo, Teve o seu primeiro contacto com
bio cultural denominado Ser mi- Sibonguile khumalo, banda Thikity, a arte como modelo, no seu ensi-
nas Tão Geral, no Centro Cultural Otis Reading, etc. “Fazer parte de no primário no bairro do Infulene,
Brasil Moçambique (CCBM), dia um show não convencional onde local que o viu crescer, tendo pos-
26 de abril às 18h30, com entrada o Expedito propõe na sua concep- teriormente passado para dança,
gratuita. “Conheci o actor Expedi- ção maior diálogo entre o texto e a como bailarino de uma academia
to Araújo na Associação dos Mú- música e uma maior interatividade de dança tropical e R&B, mas foi
sicos após um show meu. Fomos e naturalmente intimidade com o pela música que viu seu amor se
apresentados por um amigo e ele público é para mim a oportunidade render. “Dialogar com o teatro,
ficou encantado com minha brasi- de fazer parte de um cenário cul- estar em cena com um actor brasi-
lidade, quer dizer, com o tom que tural maior. A intimidade proposta leiro é sem dúvida uma experiência
eu trazia na minha música e que com o público é um desafio e gosto que vai trazer uma mais-valia para
remete muito ao Brasil. Ali tive a disso”, aponta. minha carreira sobretudo por se
certeza que íamos trabalhar jun- Sua aspiração principal é expandir tratar de algo para mim inédito. Ser
tos”, explica Jesse Malunguisa. a cultura moçambicana pelo mun- Minas tão Gerais para mim é tra-
do, representando a sua bandeira zer a cultura de Minas Gerais para
A proposta traz uma homenagem através da música. “A minha música um público generalizado em nosso
ao Estado de Minas Gerais, um é tradicional modernizada por uma país, em nossa cidade. É ser Minas,
dos mais ricos e relevantes cultu- fusão de marrabenta com jazz. Mas que são particulares e vamos disse-
ralmente do Brasil. O público será que sobretudo foco transmitir e não minar com esta apresentação a sua
recebido por uma degustação do perder minha identidade moçam- cultura admirável para o mundo”,
típico pão de queijo mineiro e por bicana. Quanto à arte, é uma forma finaliza
meio de músicas mineiras, conhe-
tico existe neste importante Estado
cidas e outras não, e interpretação
Brasileiro. Músicas eternizadas nas

Visite agora e
em leitura dramática de feitos mi-
vozes de Milton Nascimento, Da-
neiros. Com o actor brasileiro Ex-
niel, Paula Fernandes, Marcus Via-
pedito Araujo, que também assina a
na, Beto Guedes, Flavio Venturini,
idealização e concepção e o músico
Edu Lobo e Ana Carolina estarão
Jesse Malunguissa, também exal-
ta a importância da inconfidência presentes nesta homenagem. As
curiosidades e pormenores tam-

mantenha-se informado,
mineira, importante data histórica
celebrada no calendário brasileiro. bém têm espaço e prometem deixar
“A influência do Brasil na minha saudades para quem assistir. “Do
música deu-se inicialmente pelo repertório da nossa apresentação
romantismo, já que os brasileiros cito dois destaques: o Milton Nas-
trazem muito este tema nas suas
composições e com a vantagem da
língua. Isso instiga-me até hoje.
Nos estudos, a música pela variação
cimento, um dos maiores do Brasil,
que se identifica pela natureza de
sensibilidade com a qual ele canta e
traz em si o lugar que buscamos de
(integridade & independência)
Minas Gerais sendo ele um nativo

https://www.savana.co.mz
dos acordes já que eles dão uma di-
nâmica maior na composição e isso puro. E a Ana Carolina, mineira e
nos deixa mais versáteis”, afirma. talentosíssima, pela forma como ela
Uma apresentação totalmente co- encarna suas músicas”, reitera.
memorativa ao que mais de autên- Compositor e intérprete, dos rit-
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1267 ‡ DE ABRIL'(

VM-201
8-MC

EU AGORA SOU MAIS TIPO PERDIZ


2 Savana 20-04-2018 SUPLEMENTO Savana 20-04-2018 3

NEM COM A FENDA SE VÃO VER LIVRES


DA GORONGOSA
OPINIÃO
Savana 20-04-2018 27

Abdul Sulemane (Texto)


Ilec Vilanculo (Fotos)

Estamos atentos
O
s pleitos que se avizinham estão a despoletar muita conversa por onde pas-
samos. Ouvimos pessoas a comentarem que o partido no poder tem de fazer
bem a sua campanha com vista a alcançar bons resultados.
As pessoas falam sempre de mudanças no país. Estão sedentas de mudanças
profundas na forma como estamos a ser governados. Chegamos a ouvir que se o
partidão não se pôr a pau vai ter um resultado menos satisfatório. Mesmo com isso,
os membros do partido que governa parece não se mostrarem preocupados com a
situação. Até podem estar preocupados com o pleito que se aproxima, mas procuram
a todo o custo fingir que está tudo bem.
Reparem como Eduardo Mulémbwè e Carlos Mesquita aproveitaram o momento de
pausa do encontro para ensaiarem um passo de dança para exibir aos seus colegas da
agremiação. Podem fazer isso tudo, mas se não convencerem a sociedade com traba-
lho, mais cedo ou mais tarde vão ficar de fora.
A coisa está preta para o partido que nos governa. A sociedade já começa a ficar mais
atenta à forma como é governada. Estão a sentir na pele a má governação que tem
vindo desde a independência.
Não é por acaso que José Abudo, Provedor de Justiça e Hermenegildo Gamito, Pre-
sidente do Conselho Constitucional, estão a comentar o comportamento dos seus
colegas. Como se estivessem a dizer: esses tipos não conseguem manter uma postura
séria num ambiente destes. Brincam com coisas sérias. Não imaginam se passarmos
para a oposição, perdermos as regalias que sempre tivemos.
Existem outros que não escondem a sua preocupação com o futuro que está a vir.
Quando se encontram, procuram partilhar alguns posicionamentos sobre como po-
dem superar os resultados das eleições autárquicas. O cenário de Nampula, onde os
munícipes votaram no candidato da oposição, pode repercutir para outros cantos do
país. É uma hipótese a ter em conta.
Não é por acaso o semblante de preocupação testemunhada pelo antigo Procurador
Geral da República, Augusto Paulino, na sua conversa com Luís Filipe Sacramento.
Augusto Paulino até ficou com os lábios e braços pálidos só de pensar o que seria
passarem a fazer o papel de opositores.
Agora existem aqueles que, usando os seus conhecimentos, vão analisando as várias
possibilidades que podem a vir a ser encaradas com as possibilidades dos resultados.
Os académicos têm outra forma de analisar as coisas.
Por isso vemos João Pereira, académico e analista político, a mostrar alguns cenários
prováveis de acontecer ao Carlos Mondlane, Presidente da Associação Moçambicana
de Juízes.
É nestes momentos que tudo vale para garantir bons resultados. Até os que não acre-
ditam em preces, nestes momentos críticos recordam por alguns momentos o lado
religioso. É nestes momentos que tudo vale para garantir a vitória a todo o custo.
Dizemos isso pela última imagem onde está o antigo Primeiro-ministro, Aires Ali,
segurando as mãos de Lourenço Bulha como forma de atrair um ambiente favorável
para aquilo que tanto desejam. O poder. Quem dá o poder aos governantes é o povo.
Mas este povo já começa a perceber. Como palavra de ordem que temos ouvido nos
últimos tempos, se não mostrarem trabalho, brincarem com o povo, este vai saber
tirar esse vosso ambicioso desejo de governar e viver de regalias. Façam alguma coisa
visível para os moçambicanos. Quem avisa amigo é. Estamos todos atentos.
À HORA DO FECHO
www.savana.co.mz EF"CSJMEFt"/0997t/o 1267

iz- se
D
IMAGEM DA SEMANA Ilec Vilanculo
D i z - se.. .

t0FOHFOIFJSPEPQMBOBMUPEJTTFFN-POESFTRVFIÈDPSFTQPOTBCJMJEBEFOB
DPOUSBDÎÍPEBTEÓWJEBTPDVMUBT OPNFBEBNFOUFEPTCBODPTRVFUÍPBQSFT-
TBEPT BOEBSBN B FNQSFTUBS EPJT CJT EF WFSEJOIBT BP BOUFSJPS FYFDVUJWP
"QFTBSEBQPTJÎÍPFTUBSBHPSBNBJTQSØYJNBEBTPDJFEBEFDJWJM ÏQSFDJTP
DIBNBSËDPMBÎÍPPNBmPTPMJCBOÐTRVFDP[JOIPVUPEPPQMBOP NBJTBT
QTFVEPBTTFTTPSJBTFTDSJUØSJPTEFBEWPHBEPT JODMVJOEPGVODJPOÈSJPTDPO-
TVMBSFTDBCPWFSEJBOPTRVFUVEPm[FSBNQBSBBHSBEBSBPTSFCFOUPTEBBO-
UJHBGBNÓMJBSFBM

t/PNFTNPEJBFNRVFPFOHFOIFJSPEPQMBOBMUPBTTVNJBBOPWBGBDFUBEB
EÓWJEB FN.BQVUPFSBNEFTNPOUBEPTPTTVCTÓEJPTBPTDPNCVTUÓWFJTRVF
OBBOUFSJPSBENJOJTUSBÎÍPBUJOHJSBNVNBEÓWJEBËTHBTPMJOFJSBTEFNJ-
MIÜFTEFWFSEJOIBT0TPCTFSWBEPSFTGB[FNOPUBSFTUFTGFOØNFOPTQÞCMJDPT
EFQPJTEBQPTJÎÍPTPMJUÈSJBFJTPMBEBBTTJOBMBEBBPmMIPNBJTRVFSJEPEP
SFJOPEVSBOUFPÞMUJNPDPODMBWFWFSNFMIPOB.BUPMB

t&KÈRVFFTUBNPTOBTEÓWJEBT BmOBMPQBUJOIPGFJPEPTQÈTTBSPTWPBEPSFT
OÍPUFNBQFOBTDBMPUFT/VNWFSEBEFJSPFGFJUPEPNJOØ DPNBJOTVTUFO-
UBCJMJEBEFEPNPEFMPEFDBNQFPOBUPDIVUBDIVUB mDPVBTBCFSTFRVFBT
EÓWJEBTËDPNQBOIJBEFCBOEFJSBTPNBNEFTEFBCPOJUBRVBOUJBEF
NJMIÜFT RVBMRVFSDPJTBDPNP64% NJMIÜFT0RVFEÈQBSBGB[FS
VNB CFMB QSPQPTUB DPNP QBSB PT CBODPT P OÞNFSP ÏiQFBOVUTw  QPEJBN
DPOWFSUFSVNBQBSUFEPNPOUBOUFEBEÓWJEBFNQBUSPDÓOJPBPGVUFCPM mDB-
WBNCFNOBGPUPHSBmB BMJWJBWBNB-JHBFBQSØQSJBDPNQBOIJBBÏSFB
NJMIÜFTÏNPMBQFTBEBy

t   1PS GBMBS FN BNFOEPJOT QFBOVUT


 OP NJOJTUÏSJP EB CBJYB EF POEF TF
UJSBNBTGPUPTEBJOBNPWÓWFMGSPUBEPBUVN BOEBNHSBOEFTDPOUFTUBÎÜFT
BPNJOJTUSPBDBEÏNJDPQPSDBVTBEBTGBNPTBTRVPUBTQBSBBFYQPSUBÎÍPEF
Foi empossado quarta-feira como novo edil de Nampula GFJKÍPCPFSQBSBB¶OEJB"FMJUFSFOEFJSBEPSFHJNFEFTDPCSJVVNBOPWB

Vahanle promete mão dura


UFUBQBSBNPMBGÈDJM"QBSUJSEPQBQFMNJMBHSPTPDPNBRVPUBPGFSFDJEB 
QPEFNUFMFGPOBSBQBSUJSEPi%PMDF7JUBwQBSBPTPQFSBEPSFTRVFDPNQSBN
PTGFJKÜFTBPTDBNQPOFTFT$BEBUPOFMBEBTEÍPVNBCPMBEBEFNJM
WFSEJOIBT0TDBNQPOFTFTRVFTFMJYFNy

contra corruptos
t/ÍPTFTBCFBJOEBTFWBJIBWFSBNFOEPJOT NBTPNBJTFNCMFNÈUJDPDBGÏEB
CBJYBEBDBQJUBMWBJBCSJSFNCSFWFDPNVNBTPMVÎÍPFNQSFTBSJBMRVFWBJEF
FODPOUSPBPRVFTFGB[EFNFMIPSOBTHSBOEFTDBQJUBJTDPTNPQPMJUBT/ÍP
QPEFNPTSFWFMBSPTFHSFEP NBT OFTUFDBTP QSPWBWFMNFOUFBTPMVÎÍPUFSJBP
-E assegura que o seu compromisso será de promover o desenvolvimento da cidade BQPJPEF;Ï$SBWFJSJOIBFPDÓSDVMPEFBEWPHBEPTEBPQPTJÎÍP OPQBTTBEP
PTIBCJUVBJTGSFRVFOUBEPSFTEPFTQBÎP

O
presidente do Conselho SFQSFTFOUBVNBKVTUBIPNFOBHFNBP SPMÈSJPEPQSPDFTTPFMFJUPSBMSFBMJ[BEP t/ÍPTÍPBNFOEPJOTNBTQFESBTEFDBSWÍP"7BMFSFEV[JVBTVBNFUBEF
Municipal da Cidade de MÓEFS QPSRVF  TFHVOEP TVBT QBMBWSBT  BEF.BSÎPÞMUJNP QSPEVÎÍPQBSBPQSFTFOUFBOPEFQBSBNJMIÜFTEFUPOFMBEBT3B[ÜFT
Nampula, Paulo Vahanle, NFTNPEJTUBOUFFOVNBiTJUVBÎÍPEJ- i"TTJTUJNPTPTQSJODÓQJPTEPFYFSDÓDJP JOWPDBEBT JOVOEBÎÜFTOBTNJOBTFVNQSPUFTUPMBCPSBMQPSVNCØOVTEP
oTBMÈSJP%FTEFPBOPQBTTBEPRVFBDPNQBOIJBSFHJTUBSFTVMUBEPTPQF-
eleito a 14 de Março último, GÓDJMwUFNBHMVUJOBEPBGBNÓMJB3FOB- EB EFNPDSBDJB  BUSBWÏT EF WPUP QBSB
SBDJPOBJTQPTJUJWPTy
prometeu descartar e punir todas as NPFNUPEPPQBÓT FTDPMIB EP QSFTJEFOUF EP .VOJDÓ-
pessoas que estejam desalinhadas 0OPWPFEJMEF/BNQVMBQSFDJTPVRVF QJP  OVN BDUP FN RVF PT NVOÓDJQFT t0NBUVUJOPEPSFHJNFDPOTFHVJVFTUBTFNBOBQSPWBSBRVBESBUVSBEPDÓS-
com o seu plano de governação. PTFVNBOJGFTUPFMFJUPSBMRVF BQBSUJS EF /BNQVMB FYFSDFSBN  MJWSFNFOUF  DVMP®GBMUBEFNFMIPSBSHVNFOUPFEJUPSJBM DPOTFHVJSBNEFTDPCSJSOPFEJ-
EFTUBRVBSUBGFJSB USBEV[TFFNQSP- P EJSFJUP EF FTDPMIB OVN BNCJFOUF UPSJBMGVOEBEPSEF FNQMFOBOPJUFDPMPOJBM BSB[ÍPEBTVBFYJTUÐODJB
HSBNB EF HPWFSOBÎÍP  BTTFOUB OPT EF IBSNPOJB  DPOWJWÐODJB  QB[  USBO- .VJUBHFOUFBSFNFYFSTFOBTUVNCBT JODMVJOEPPQSØQSJPDBQJUÍP7B[y
4FHVOEP 7BIBOMF  RVF GBMBWB NJ-
PCKFDUJWPT QSFDPOJ[BEPT OBT BHFOEBT RVJMJEBEF F DJWJTNP QSJODÓQJPT RVF
OVUPT EFQPJT EF UFS TJEP FNQPTTBEP
EFEFTFOWPMWJNFOUPEF.PÎBNCJRVF EFWFN OPSUFBS B DPOWJWÐODJB EPT DJ- t&OUSFPTWJWPTUBNCÏNNVJUBHFOUFDPNOFSWPTPNJVEJOIPDPNBTFTUBUÓT-
OPWP 1SFTJEFOUF EBRVFMB FEJMJEBEF  UJDBTRVFWÐNBQÞCMJDP%FTUBGFJUB DFSUBNFOUFQBSBTBUJTGB[FSPMPCCZEP
  EF «GSJDB   EBT /BÎÜFT EBEÍPT OVN FTUBEP EF MFHBMJEBEF F
P DPNQSPNJTTP Ï HBSBOUJS NFMIPSFT FOTJOPCJMJOHVF PNJOJTUÏSJPTPCRVFNQFTBBSFTQPOTBCJMJEBEFEFIBWFS
6OJEBTQBSBPEFTFOWPMWJNFOUPTVT- EF EJSFJUP EFNPDSÈUJDPw  BmSNPV B
DPOEJÎÜFTEFWJEBQBSBPTNVOÓDJQFT DSJBOÎBTTFNTBCFSMFSFFTDSFWFSOB‹DMBTTF EJ[RVF BOPTEFQPJTEB
UFOUÈWFMF QBSUJDVMBSNFOUF FN HPWFSOBOUF
EBRVFMB DJEBEF F OFTUF QSPKFDUP OÍP JOEFQFOEÐODJB EBTDSJBOÎBTRVFFOUSBNOBFTDPMBQSJNÈSJBOÍPTBCFN
QSJODÓQJPT F QPMÓUJDBT TFDUPSJBJT EB %JPHP DIBNPV BUFOÎÍP BP DJEBEÍP
IÈFTQBÎPQBSBDPSSVQUPT GBMBSQPSUVHVÐT4FSÈ
3FOBNP DVKBFTTÐODJBUFNBWFSDPN 1BVMP 7BIBOMF QBSB B OFDFTTJEBEF
/PTFVEJTDVSTPJOJDJBM OBRVBMJEBEF
CPBHPWFSOBÎÍP PSFTQFJUPQFMPCFN EF DPNQSFFOEFS RVF BT GVOÎÜFT EF t/BTFNBOBQBTTBEBGPJOPUÓDJBOBJNQSFOTBJOUFSOBDJPOBMBBMFHBEBFOUSBEB
EF QSFTJEFOUF EP $POTFMIP .VOJDJ-
QÞCMJDPFOÍPËDPSSVQÎÍP QSFTJEFOUF EP $POTFMIP .VOJDJQBM FN.PÎBNCJRVFEFVNDPOTJEFSÈWFMOÞNFSPEFJOEJWÓEVPTMJHBEPTBP&T-
QBM EF /BNQVMB  7BIBOMF DPNFÎPV i0OPTTPDPNQSPNJTTPÏEFUPSOBSB EB DJEBEF EF /BNQVMB SFWFTUFNTF
QPS BHSBEFDFS BPT NJMIÜFT EF NP- UBEP*TMÉNJDP.BTNBJTEPRVFTJNQMFTNFOUFEFTNFOUJSUBMJOGPSNBÎÍP P
DJEBEFEF/BNQVMBBOPTTBDBTB POEF EF HSBOEF SFTQPOTBCJMJEBEF F EF VN TFNQSFQSFTUBUJWPQPSUBWP[EP$PNBOEP(FSBMEB13.BWBOÎPVDPNB
ÎBNCJDBOPT  BPT QBSDFJSPT OBDJPOBJT DBEBVNGB[FPGFSFDFPNFMIPSEFTJ QSPGVOEP TFOUJEP EF TFSWJS  QPS JTTP QPTTJCJMJEBEFEFQFEJSBKVEBBPUBMKPSOBMRVFBQVCMJDPV TFNTFBQFSDFCFS
F FTUSBOHFJSPT RVF BKVEBSBN B DPO- QBSBBCFMF[BFQBSBBDPOTFSWBÎÍPEB BDBSSFUBNVNDPOKVOUPEFPCSJHBÎÜFT EFRVFKPSOBMJTUBTOÍPTÍPBTTJTUFOUFTEFJOWFTUJHBEPSFTQPMJDJBJT
RVJTUBSBWJUØSJBOBTFHVOEBWPMUBEB OPTTB VSCF 2VFSFNPT VNB DJEBEF RVF QBTTBN QFMB FTUSFJUB F SJHPSPTB
FMFJÎÍPJOUFSDBMBS MJNQB  USBORVJMB  TFHVSB F USBOTGPS- PCTFSWÉODJBEBMFJ t/BDPOGVTÍPQSPWPDBEBQFMBJODBQBDJEBEFmOBODFJSBEB-JHB.PÎBNCJDBOB
%F TFHVJEB  FMPHJPV P USBCBMIP EPT NBEB OVN KBSEJN  POEF BT DSJBOÎBT  "TTVNJV RVF P HPWFSOP DPOUJOVBSÈ EF'VUFCPMEFSFBMJ[BSP.PÎBNCPMBOPBDUVBMmHVSJOP MÈFTUBWBP1SJNFJ-
QSPmTTJPOBJT EBT FNQSFTBT EF DP- PT BEVMUPT  PT KPWFOT F PT NVOÓDJQFT B FYFSDFS P QBQFM EF UVUFMB BENJOJT- SP.JOJTUSP WFTUJEPBSJHPSEFDPSFTQBSUJEÈSJBT BQSPOVODJBSTFTPCSFP
NVOJDBÎÍP TPDJBM RVF  OP ÉNCJUP EB EFTUB BVUBSRVJB QPTTBN PSHVMIBSTF USBUJWBQBSBRVF/BNQVMBDPOUJOVFB BTTVOUP"MHVÏNEFWFGB[ÐMPSFDPSEBSEBOÓUJEBTFQBSBÎÍPRVFEFWFFYJTUJS
NJTTÍP EF GPSNBS F JOGPSNBS  EFSBN FOUSFEFTQPSUPFQPMÓUJDBQBSUJEÈSJB
EFTFSFNOBNQVMFOTFTw BOPUPV SFHJTUBSPEFTFOWPMWJNFOUPFDPOØNJ-
BDPOIFDFSBPQBÓTFBPNVOEPPEF- 1BSB P FGFJUP  SFGFSJV RVF P USBCBMIP DPFTPDJBM t"KPWFN1SPDVSBEPSB(FSBMEB3FQÞCMJDB TVGPDBEBQPSQSPDFTTPTTPCSFPT
DVSTPEPQSPDFTTPFMFJUPSBMRVFmDPV Ï B QSJPSJEBEF EP TFV FYFDVUJWP EF *NQPSUBSSFGFSJSRVFBDFSJNØOJBDPO- RVBJTUFNBTNÍPTBUBEBT QFMPRVFPTSFNFUFVBP5" EFDJEJVJSBQBOIBS
SFHJTUBEP DPNP IJTUØSJDP OB DPOWJ- NPEP B BMDBOÎBS P EFTJEFSBUP DP- UPVDPNBQSFTFOÎBEFEJWFSTBTJOEJ- BSGSFTDPMÈQFMBTCBOEBTEBTUFSSBTEPTDIVBCPT WJTJUBOEPDBEFJBT FUD'PJ
WÐODJBEFNPDSÈUJDB NVN PCFNFTUBS BQSPTQFSJEBEFEF WJEVBMJEBEFT  EFTEF EFQVUBEPT  GVO- QFOPTPWFSPEFTHBTUF)ÈVNWFMIPEJUBEPRVFEJ[RVFTFOÍPBHVFOUBDPN
7BIBOMF OÍP QFSEFV B PQPSUVOJEBEF UPEPTPTNVOÓDJQFTEBDIBNBEBDBQJ- DJPOÈSJPT EB "ENJOJTUSBÎÍP &TUBUBM  PDBMPS TBJBEBDP[JOIB
QBSB IPOSBS P RVF DIBNPV EF USB- UBMEBSFHJÍPOPSUFEPQBÓT QSPDVSBEPS QSPWJODJBM  5SJCVOBM +V-
CBMIP ÈSEVP  BCOFHBEP F QBUSJØUJDP " NJOJTUSB EP5SBCBMIP  &NQSFHP F EJDJBM F EP5SJCVOBM "ENJOJTUSBUJWP  Em voz baixa
EP QSFTJEFOUF EP QBSUJEP 3FOBNP  4FHVSBOÎB4PDJBM 7JUØSJB%JBT%JP- QBSUJEPT QPMÓUJDPT  TPDJFEBEF DJWJM F t0TJOEJDBMJTUBEPTFTDSJCBT JODBQB[EFTFJNQPSOBTSFEBDÎÜFT MBOÎPVVN
"GPOTP %IMBLBNB "TTJN  B WJUØSJB HP  RVF PSJFOUPV B DFSJNØOJB EF JO- EPTMÓEFSFTSFMJHJPTPTFDPNVOJUÈSJPT BQFMPBPDBOJMEPNJOJTUÏSJPEBEF+VMIPQBSBQPMJDJBSBTSFEBDÎÜFT5SJT-
DPOTFHVJEB OB DJEBEF EF /BNQVMB WFTUJEVSB SFDPSEPVRVFPBDUPÏPDP- (Sérgio Fernando) UFTJOBQBSBBPSHBOJ[BÎÍPRVFSFJWJOEJDBBOPTEFWJEBy
Savana 20-04-2018 1
RELATÓRIO E CONTAS

RELATÓRIO E CONTAS 2017


Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Sumário executivo

Em nome dos membros do Conselho de Administração do Banco Nacional de Investimento (BNI), tenho o ensejo e o privilégio Em 2017, a economia global cresceu em 3,70%, o que dH DVVHVVRULD ÀQDQFHLUD DOLDGD j SHUFHSomR GR HOHYDGR
de apresentar o Relatório e Contas auditado do exercício económico de 2017, o qual apresenta um Resultado/Lucro Líquido UHSUHVHQWDXPDDFHOHUDomRGHSRQWRVSHUFHQWXDLVIDFH ULVFRGRSDtVSRUSDUWHGDVDJrQFLDVGHQRWDomRÀQDQFHLUD
de MT 188 milhões, dos quais, MT 41 milhões (22%) serão destinados ao pagamento de dividendos ao accionista, MT 28 a 2016, como resultado da manutenção das condições de LQYLDELOL]DQGR D FRQFUHWL]DomR GDV RSHUDo}HV GHVWH
milhões (15%) para reserva legal e os remanescentes MT 118 milhões para serem incorporados e transitarem para o exercício OLTXLGH]HÀQDQFHLUDVQRVSDtVHVGHVHQYROYLGRVHWHQGrQFLD VHJPHQWR GH QHJyFLR DWUDYpV GD PRELOL]DomR GH UHFXUVRV
seguinte. O exercício económico de 2017 decorreu numa conjuntura económica áspera com inúmeras adversidades que de contínua recuperação dos preços das commodities no mercado internacional para projectos de investimento
GHVDÀDUDP VREUHPDQHLUD D FULDWLYLGDGH H FDSDFLGDGH GH UHVLOLrQFLD GR %1, DVSHFWRV TXH IRUDP GHWHUPLQDQWHV SDUD D no mercado internacional, com impacto positivo para H LL  GD YDULDomR FDPELDO GHVIDYRUiYHO SDUD R %DQFR FRP
manutenção da trajectória positiva e lucrativa do Banco. as economias emergentes que são maioritariamente LPSDFWRQRVDFWLYRVÀQDQFHLURVLQGH[DGRVHPPRHGDH[WHUQD
exportadoras. EHPFRPRQDVRSHUDo}HVÀQDQFHLUDVTXHVHUHSHUFXWLXQD
&RPHIHLWRDHFRQRPLDPRoDPELFDQDHPFRQWLQXRXDHQIUHQWDUGHVDÀRVVLJQLÀFDWLYRVTXHOLPLWDUDPXPDDFHOHUDomR redução do volume das operações de FOREX. Seguinte, o
mais robusta, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) crescido apenas 3,7%, o que apesar de ter representado uma aceleração 6HJXQGR R )0, HVSHUDVH TXH DFHOHUDomR GD HFRQRPLD GHVHPSHQKR QHJDWLYR GD PDUJHP FRPSOHPHQWDU SHQDOL]RX
de 40 pontos base em relação a 2016 (que cresceu 3,30%), esteve muito aquém das previsões do Governo que indicavam JOREDO FRQWLQXH DWp  LQÁXHQFLDGD SHODV H[SHFWDWLYDV o produto bancário não obstante o desempenho positivo da
para um crescimento de 5,5%. GH PHOKRULD GDV FRQGLo}HV ÀQDQFHLUDV JOREDLV H GH XP PDUJHPÀQDQFHLUDTXHUHJLVWRXXPFUHVFLPHQWRGHGH
desempenho empresarial que continuará a sustentar a MT 538,9 milhões em 2016 para MT 630,8 milhões em 2017.
(VWLYHUDPQDRULJHPGRIUDFRGHVHPSHQKRGDHFRQRPLDPRoDPELFDQDDVPHVPDVUD]}HVTXHFRQGLFLRQDUDPRGHVHPSHQKR procura agregada e o investimento, assim como a contínua
de 2016, nomeadamente, mas não só, (i) a contínua suspensão do apoio directo ao Orçamento do Estado, (ii) a redução aceleração nos preços das commodities, impactando )DFHDRVIDFWRUHVVXSUDFLWDGRVFRQMXJDGRVFRPRDXPHQWRGDV
dos níveis de investimento estrangeiro devido a degradação do ratingGRSDtVQRVPHUFDGRVÀQDQFHLURVLQWHUQDFLRQDLV LLL  sobremaneira no crescimento das economias exportadoras. LPSDULGDGHVHVSHFtÀFDVQRYDORUGH07PLOK}HVGHYLGR
RVDMXVWDPHQWRV HPEDL[D GDVSROtWLFDVÀVFDOHRUoDPHQWDOTXHVHLPSXQKDPIDFHDRQtYHOGHHQGLYLGDPHQWRLQWHUQRH DR DXPHQWR GDV GLÀFXOGDGHV GRV FOLHQWHV QR FXPSULPHQWR
externo considerado insustentável, (iv) a queda do crédito à economia que condicionou o desempenho do sector privado e No Mercado Cambial, as ameaças de instabilidade GRVVHUYLoRVGHGtYLGDFRPUHÁH[RQRDXPHQWRGRFUpGLWR
FRQWULEXLXSDUDDUHGXomRGDSURGXomRHGRQtYHOGDRIHUWDDJUHJDGD(QWUHWDQWRDOLJHLUDDFHOHUDomRHPSRQWRVEDVH decorrentes, sobretudo, das tensões com a Coreia do Norte, vencido e crédito reprogramado, os resultados líquidos do
SDUDGHSRLVGHGRLVDQRVFRQVHFXWLYRVGHGHVDFHOHUDomRIRLVREUHWXGRLQÁXHQFLDGDSHOD L UHODWLYDUHFXSHUDomR DVLQFHUWH]DVSROtWLFDVGDDGPLQLVWUDomR7UXPSQRLQtFLRGR Banco registaram uma redução de 47%, tendo saído de MT
dos preços de algumas commodities QRPHUFDGRLQWHUQDFLRQDOFRPGHVWDTXHSDUDRJiVQDWXUDOFDUYmRHDOXPtQLR LL  DQRQRV(8$SURYRFDUDPGHSUHFLDomRGR'yODUIDFHjVVXDV 355,0 milhões em 2016 para MT 187,8 milhões em 2017. Este
UHFXSHUDomRGR0HWLFDOIDFHjVVXDVSULQFLSDLVFRQWUDSDUWHV LLL HVWDELOLGDGHSROtWLFRPLOLWDUTXHDIHFWRXSRVLWLYDPHQWHR principais contrapartes, enquanto na Zona Euro, apesar dos FHQiULR WHYH LPSDFWR QHJDWLYR QRV LQGLFDGRUHV ÀQDQFHLURV
sector dos transportes e comunicações na medida em que permitiu devolver a livre mobilidade de pessoas e bens dentro LPSDFWRVDGYHUVRVGR%UH[LWDVVLVWLXVHDXPDDFHOHUDomRGD GH UHQWDELOLGDGH H GH HÀFLrQFLD FRP GHVWDTXH SDUD RV
GRSDtV LY UHOD[DPHQWRGDSROtWLFDPRQHWiULDUHVWULWLYD GR%DQFR&HQWUDO QRVHJXQGRVHPHVWUHGRDQRHQWUHRXWURV taxa de crescimento da economia e uma política monetária VHJXLQWHV L UHQGLELOLGDGHGRVIXQGRVSUySULRVTXHEDL[RX
IDFWRUHV H[SDQVLRQLVWD FDUDFWHUL]DGD SHOD PDQXWHQomR GD WD[D GH GH  HP  SDUD  HP  LL  UHQGLELOLGDGH
UHIHUrQFLDIDFWRUHVTXHFRQWULEXtUDPSDUDXPDDSUHFLDomR dos activos, que passou de 5,78% em 2016 para 3,33% em
1mRSRGHQGRHVWDULPXQHDHVVDVLWXDomRSDUWLFXODUPHQWHDRHQIUDTXHFLPHQWRGRVHFWRUSULYDGRTXHGHPRGRSDUWLFXODU do Euro.  LLL UiFLRGHHÀFLrQFLDPHGLGRSRUFXVWRVGHHVWUXWXUD
DIHFWRXGLUHFWDHLQGLUHFWDPHQWHDVLQVWLWXLo}HVÀQDQFHLUDVRGHVHPSHQKRGR%1,IRLODUJDPHQWHDIHFWDGRSHORIUDFR sobre o produto bancário, que saiu de 39,59% em 2016 para
GHVHPSHQKRGDHFRQRPLDPRoDPELFDQDQDPHGLGDHPTXHDVGLÀFXOGDGHVHQIUHQWDGDVSHODVHPSUHVDVFRQGLFLRQDUDP A nível nacional, a economia cresceu 3,70%, uma aceleração 43,32% em 2017, (iv) rácio de solvabilidade regulamentar,
DFDSDFLGDGHGHVWDVGHFRQWLQXDUDID]HUIDFHjVVXDVREULJDo}HVFRPQRUPDOLGDGHGHYLGRDRGHVDMXVWDPHQWRHQWUHRV GHSRQWRVSHUFHQWXDLVIDFHDFRPRFRQVHTXrQFLD TXHUHGX]LXGHHPSDUDHP
seus FDVKÁRZV e as prestações que tinham subido em virtude da alta das taxas de juro. Esta situação, obrigou o Banco a da recuperação dos preços de algumas commodities como o
ID]HUXPFRQMXQWRGHUHHVWUXWXUDo}HVDFRPSDQKDGDVGHUHIRUoRVGHSURYLV}HVHLPSDULGDGHVRTXHDIHFWRXRGHVHPSHQKR JiVQDWXUDODOXPtQLRHSHWUyOHRQRPHUFDGRLQWHUQDFLRQDOH 5HODWLYDPHQWH DR EDODQoR D  GH 'H]HPEUR GH  R
GDFDUWHLUDGHFUpGLWRQRVHJPHQWRGHEDQFDGHGHVHQYROYLPHQWR2VHJPHQWRGHEDQFDGHLQYHVWLPHQWRWDPEpPÀFRX GDHVWDELOLGDGHSROtWLFRPLOLWDUTXHHVWLPXORXDSURGXomRH activo do Banco registou um crescimento tímido de 2%, ao
DIHFWDGR HP YLUWXGH GH DOJXQV PDQGDWRV GH DVVHVVRULD QmR WHUHP VLGR FRQFUHWL]DGRV GHYLGR j PXGDQoD GH SODQRV GDV estabilidade cambial e de preços resultantes de uma política sair de MT 5.591,2 milhões em 2016 para MT 5.683,7 milhões
empresas que precisavam se ajustar à nova realidade. monetária restritiva. HP  MXVWLÀFDGR SHOD PRELOL]DomR GH OLQKDV GH FUpGLWR
no mercado local e internacional, sendo de destacar a linha
Para assegurar um nível de desempenho que permitisse o alcance dos objectivos do Banco, mesmo num ambiente A política monetária restritiva do Banco Moçambique de crédito do ICD no valor de USD 20,0 milhões, Linha de
macroeconómico e de mercado adverso, a equipa do Conselho de Administração teve que adoptar uma estratégia de associada a uma melhoria no preço das algumas commodities $JURQHJyFLR H HPSUHHQGHGRULVPR )$(  QR YDORU GH 07
SUXGrQFLD PDV FRP DOJXPD FULDWLYLGDGH DVVHQWH HP WUrV HL[RV GHVLJQDGDPHQWH D HÀFLrQFLD RSHUDFLRQDO D JHVWmR (gás natural e alumínio) no mercado internacional, 410,0 milhões (desembolsado até a data o valor de MT 155,0
SUXGHQWHGHULVFRVHDGLYHUVLÀFDomRGDVIRQWHVGHUHFHLWD)RLDDUWLFXODomRGHVWHVWUrVHL[RVTXHUHVXOWRXQXPDDERUGDJHP que resultou no aumento das receitas de exportação e PLOK}HV H/LQKDGHÀQDQFLDPHQWR6867(17$QRYDORUGH07
RSHUDFLRQDOEHPVXFHGLGDTXHSHUPLWLXR%1,ORJUDUUHVXOWDGRVSRVLWLYRVHPERUDDEDL[RGRVUHJLVWDGRVHPHFRQVHUYDU consequente aumento das reservas internacionais líquidas, 810,0 milhões (desembolsado até a data o valor de MT 192,0
LQGLFDGRUHVHFRQyPLFRVHÀQDQFHLURVFRQIRUWiYHLVFRPRVmRRVFDVRVGDUHQWDELOLGDGHGRVDFWLYRVGRUiFLRGHOLTXLGH] WHYH FRPR LPSDFWR GH UHIHUrQFLD D DSUHFLDomR GD PRHGD PLOK}HV $PRELOL]DomRGDVOLQKDVGHFUpGLWRIRLDPRUWHFLGD
GDUREXVWH]GRVIXQGRVSUySULRVHGRQtYHOGHDGHTXDomRGHFDSLWDOGDGRVTXHFRQÀUPDPDUHVLOLrQFLDHVROLGH]ÀQDQFHLUD nacional. pelo vencimento do Papel Comercial BNI no montante de MT
GR%DQFR$PDUJHPÀQDQFHLUDUHJLVWRXXPDXPHQWRVLJQLÀFDWLYRHPQRHQWDQWRGHYLGRjVLJQLÀFDWLYDTXHGDGD 1,9 mil milhões.
PDUJHPFRPSOHPHQWDULQÁXHQFLDGDVREUHWXGRSHODYDULDomRHPVHQWLGRDGYHUVRGDWD[DGHFkPELRQmRIRLSRVVtYHOHYLWDU e QHVWH FHQiULR GH UHFXSHUDomR GD HFRQRPLD QDFLRQDO H
DGHVDFHOHUDomRGRSURGXWREDQFiULRTXHFDLXFHUFDHPRTXHIRLGHWHUPLQDQWHSDUDDUHGXomRGRUHVXOWDGROtTXLGR GHLQFHUWH]DVQRVPHUFDGRVÀQDQFHLURVTXHR%1,SURFXURX O Banco prosseguiu, em 2017, com o seu projecto de
$HVWUDWpJLDSDUDDPD[LPL]DomRGDVPDUJHQVDGRSWDGDSHOR%DQFRIRLDFRPSDQKDGDSRUXPDDERUGDJHPGHFRQWHQomRGH consolidar a sua inserção nos mercados doméstico e LQIRUPDWL]DomR GR %DQFR 'H HQWUH DV YiULDV LQLFLDWLYDV
GHVSHVDVSDUDDVVHJXUDUDPLQLPL]DomRGHFXVWRVRTXHUHVXOWRXQXPDUHGXomRGRQtYHOGHFXVWRVGHHVWUXWXUDQDRUGHP internacionals, provendo os seus clientes com produtos levadas a cabo, visando a melhoria constante dos sistemas de
dos 12,25%, contribuindo para o amortecimento da queda dos resultados devido a redução da margem complementar. H VHUYLoRV ÀQDQFHLURV GLVWLQWLYRV H GH DOWD TXDOLGDGH LQIRUPDomRSRGHVHGHVWDFDUDHQWUDGDHPIXQFLRQDPHQWR
promovendo assim o desenvolvimento socioeconómico do core banking system TXH YDL UHIRUoDU D VHJXUDQoD H
,PSRUWDGHVWDFDUTXHRUiFLRGHVROYDELOLGDGHUHJXODPHQWDUFRQWLQXRXDQtYHLVPXLWRDOWRVGHHRUiFLRGHOLTXLGH] sustentável. HÀFLrQFLDRSHUDFLRQDO
UHJXODPHQWDUUHJLVWRXXPQtYHOUHFRUGGHFRQWUDRPtQLPRH[LJLGRGHRTXHUHYHODRHOHYDGRHFRQIRUWiYHOQtYHO
GHVROLGH]HUREXVWH]ÀQDQFHLUDGR%DQFR(VWHVQtYHLVIRUDPUHVXOWDGRGHXPWUDEDOKRGD$GPLQLVWUDomRQDEXVFDGHIRQWHV Não obstante o BNI ter pautado por uma estratégia assente 3DUD R DQR GH  DV SHUVSHFWLYDV VmR DQLPDGRUDV IDFH
DOWHUQDWLYDVGHUHFHLWDVHGHÀQDQFLDPHQWRFRPDLQWURGXomRHH[SORUDomRGHQRYRVSURGXWRVHVHUYLoRVDVVLPFRPRD numa gestão responsável, FRP GLVFLSOLQD ÀQDQFHLUD UtJLGD a previsão de recuperação da económica nacional, o que
PRELOL]DomRGHQRYRVSDUFHLURVGHÀQDQFLDPHQWRTXHUGLUHFWDPHQWHSDUDREDODQoRGR%DQFRTXHUDWUDYpVGDFULDomRGH SROtWLFD ULJRURVD GH FRQWUROR GRV ULVFRV H UDFLRQDOL]DomR GD FRQWULEXLUi SDUD D UHDOL]DomR GDV RSHUDo}HV GD EDQFD GH
linhas de crédito em que o BNI desempenha o papel de gestor. base de custos sem perder de vista a necessidade de investir investimentos. No entanto, o Banco espera consolidar as
QRIXWXURIRLLQHYLWiYHOXPDUHGXomRGRQtYHOGHDFWLYLGDGH acções estratégicas iniciadas no ano de 2017, que consistem
1HVVH TXDGUR GD EXVFD GH IRQWHV DOWHUQDWLYDV GH ÀQDQFLDPHQWR TXH HVWLYHVVHP DMXVWDGDV DR SHUÀO GH ULVFR H UHWRUQR IDFH DR DPELHQWH PDFURHFRQyPLFR GHVDÀDGRU 2 SURGXWR em: (i) prestação de apoio os projectos de investimento
dos nossos clientes, importa destacar, o estabelecimento de importantes parcerias com outras instituições de apoio ao EDQFiULR UHJLVWRX XP DEUDQGDPHQWR GH  DR À[DUVH sustentáveis que tenham impacto económico e social no
GHVHQYROYLPHQWRGRPpVWLFDVHLQWHUQDFLRQDLVRTXHQRVSHUPLWLXPRELOL]DUUHFXUVRVÀQDQFHLURVPDLVEDUDWRVHFRPSUD]RV em MT 611,8 milhões em 2017 abaixo de MT 869,7 milhões SDtV LL  SUXGrQFLD QD JHVWmR GH OLTXLGH] H GH FRQFHVVmR
PDLVORQJRVRXVHMDUHFXUVRVDGHTXDGRVSDUDÀQDQFLDUSURMHFWRVGHGHVHQYROYLPHQWRFRPHOHYDGRLPSDFWRVRFLDOeDLQGD UHJLVWDGRQRSHUtRGRKRPyORJRMXVWLÀFDGRSHORGHVHPSHQKR GH FUpGLWR PDQWHQGR QtYHLV FRQIRUWiYHLV GH TXDOLGDGH GH
de realçar, na mesma senda, o estabelecimento de novas parcerias e estreitamento das já existentes, com Bancos de negativo da margem complementar na ordem de (MT 19,01 FDUWHLUD GH FUpGLWR H DGHTXDGRV QtYHLV GH UHQWDELOLGDGH
'HVHQYROYLPHQWRHRXWUDVLQVWLWXLo}HVÀQDQFHLUDVGHGHVHQYROYLPHQWRFRPHOHYDGDFDSDFLGDGHÀQDQFHLUDHEDODQoRVPDLV milhões) abaixo do resultado de MT 330,8 milhões registado (iii) manutenção de indicadores de solvabilidade e de
UREXVWRVRTXHQRVSHUPLWLXPDLRUFDSDFLGDGHHGLVSRQLELOLGDGHGHUHFXUVRVSDUDGHVDÀDURÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRGH no período homólogo. HÀFLrQFLD DGHTXDGRV JDUDQWLQGR XPD SRVLomR ÀQDQFHLUD
LQIUDHVWUXWXUDVDWUDYpVGRVEDODQoRVGHVVHVSDUFHLURV VyOLGD H GLVWLQWLYD H LY  DOLQKDPHQWR GRV FRODERUDGRUHV j
O desempenho negativo da margem complementar resultou HVWUDWpJLDGR%DQFRHTXLSDQGRRVFRPQRYDVFRPSHWrQFLDV
1RGRPtQLRGRVUHFXUVRVKXPDQRVUHLWHUDPRVDQRVVDHVWUDWpJLDGHWUDQVIRUPDomRFRQWtQXDGRVQRVVRVFRODERUDGRUHVHP L  GR SURFHVVR SURORJDGR GH FRQFUHWL]DomR GDV RSHUDo}HV HIHUUDPHQWDVPRWLYDQGRRVHPDQWHQGRRVQR%DQFR
FDSLWDOKXPDQRIDFWRUIXQGDPHQWDOHHVVHQFLDOSDUDRFUHVFLPHQWRVXVWHQWiYHOGRVQHJyFLRVFRPFRQWtQXDPHOKRULDGD
TXDOLGDGHGRVSURGXWRVRIHUHFLGRVHVHUYLoRVSUHVWDGRVDRVFOLHQWHV1HVWHFRQWH[WRDSRVWDPRVIRUWHQDSURPRomRGHXPD
Panorama Político e Macroeconómico Economia Global
cultura de melhoria permanente de desempenho e produtividade, articulando a estratégia corporativa e de negócios com
DVFRPSHWrQFLDVLQGLYLGXDLVHFROHFWLYDVGRVFRODERUDGRUHV)RLDVVLPTXHHPLQLFLRXXPSURJUDPDGHDWUDFomR Economia Global
GHVHQYROYLPHQWRJHVWmRGHGHVHPSHQKRUHWHQomRHYDORUL]DomRGRVFRODERUDGRUHVUHDOL]DQGRDFWLYLGDGHVGLYHUVDVGDV
Em 2017, apesar da retirada gradual dos estímulos HDWHQVmRSROtWLFDQD(VSDQKDÉIULFDGR6XOH%UDVLO
TXDLV SRGHVH GHVWDFDU R UHDOLQKDPHQWR LQVWLWXFLRQDO R QRYR PRGHOR GH DYDOLDomR GH GHVHPSHQKR R QRYR SODQR GH
PRQHWiULRV D HFRQRPLD JOREDO IRL FDUDFWHUL]DGD SHOD
FDUUHLUDVSURÀVVLRQDLVHUHPXQHUDo}HVRDOLQKDPHQWRGDVQHFHVVLGDGHVGHIRUPDomRjVQHFHVVLGDGHVHVSHFtÀFDVGR%DQFR
PDQXWHQomR GDV FRQGLo}HV OLTXLGH] H ÀQDQFHLUDV EDVWDQWH 'DGRV GR )XQGR 0RQHWiULR ,QWHUQDFLRQDO )0,  HVWLPDP
e a adopção das boas práticas do processo de recrutamento e selecção, privilegiando a atracção de jovens com talento e
acomodatícias particularmente nos países desenvolvidos, e que em 2017 a economia global tenha crescido 3,70%, o
SRWHQFLDOPDVVHPSUHFRPELQDGRVDRVFRQKHFLPHQWRVHH[SHULrQFLDGRVPDLVDQWLJRV
DLQGDSHODWHQGrQFLDGDFRQWtQXDUHFXSHUDomRGRVSUHoRVGDV que representa uma aceleração de 0,50 pontos percentuais
commodities no mercado internacional com impacto positivo relativamente ao crescimento registado em 2016, estimulada
­OX]GRVVHXVYDORUHVFRUSRUDWLYRVR%1,UHLWHUDGHIRUPDFRQVLVWHQWHDSURVVHFXomRGDVXDPLVVmRHGDVVXDVDFWLYLGDGHV
SDUD DV HFRQRPLDV HPHUJHQWHV  TXH VmR PDLRULWDULDPHQWH pela aceleração das economias avançadas e emergentes
GHQWURGRVPDLVHOHYDGRVHHÀFD]HVSDGU}HVGHFRPSOLDQFHDSOLFDGRVDRVHFWRUEDQFiULR1HVWHFRQWH[WRLQLFLRXHHVWi
exportadoras das mesmas, cenário que contribuiu para em 0,60 e 0,30 pontos percentuais, respectivamente,
DLQGDHPFXUVRRIRUWDOHFLPHQWRGRVVLVWHPDVGHFRQWURORLQWHUQRHFRPSOLDQFHWRUQDQGRRVPDLVDGHUHQWHVDRVSDGU}HV
o estímulo da procura agregada e consequentemente do WHQGRDVWD[DVGHFUHVFLPHQWRVHÀ[DGRHPH
internacionais e aos normativos internos determinados pela autoridade reguladora, pois, é nesse aspecto que também
comércio internacional, cujo ciclo iniciara em 2016. No 2 GHVHPSHQKR GDV HFRQRPLDV DYDQoDGDV IRL HVWLPXODGR
UHVLGHDVROLGH]HDFUHGLELOLGDGHGDLQVWLWXLomR
entanto, esta evolução da economia global ocorreu num SDUWLFXODUPHQWH SHOD HFRQRPLD $OHPm QRUWHDPHULFDQD
DPELHQWHGDSUHYDOrQFLDGHULVFRVSROtWLFRVSDUWLFXODUPHQWH espanhola e canadense, enquanto o desempenho das
O ano de 2017, particularmente no seu último quarto, serviu também para a preparação do ano de 2018, em que
o Brexit, a tensão política entre a Coreia do Norte e os HFRQRPLDVHPHUJHQWHVIRLOLGHUDGRSHOD&KLQDÌQGLDHDLQGD
nos empenhamos na estruturação e montagem de novas linhas crédito, novos produtos e serviços que já estão sendo
Estados Unidos da América, as eleições antecipadas na Itália pela recuperação da economia russa e brasileira.
implementados no presente ano. Assim, para o ano de 2018 continuaremos a adoptar uma estratégia que, assente
QRV QRVVRV YDORUHV LQVWLWXFLRQDLV VH IRFDOL]DUi QD FRQVROLGDomR GH XPD DWLWXGH SUXGHQWH H ULJRURVD TXHU DR QtYHO GRV
Evolução Histórica e Previsional do Crescimento Económico em Regiões Seleccionadas
SURFHVVRVLQWHUQRVGHWUDEDOKRSHODYLDGDPD[LPL]DomRGDHÀFLrQFLDRSHUDFLRQDOTXHUDQtYHOGDDERUGDJHPGHQHJyFLR
consolidando o posicionamento do BNI no sistema bancário nacional, como Banco de desenvolvimento e de investimento,
e buscando maior proximidade junto do mercado e dos stakeholders, com vista a corresponder às expectativas do
DFFLRQLVWD H GD VRFLHGDGH &RQWLQXDUHPRV RULHQWDGRV QD PD[LPL]DomR GRV UHVXOWDGRV DWUDYpV GD PHOKRULD FRQWtQXD GD
HÀFLrQFLDRSHUDFLRQDOGLYHUVLÀFDQGRHDSHUIHLoRDQGRDVIRQWHVGHUHFHLWDVPRELOL]DQGRUHFXUVRVÀQDQFHLURVPDLVEDUDWRV
H PD[LPL]DQGR RV UHWRUQRV VREUH DV DSOLFDo}HV FRQWXGR DOLFHUoDGR QXPD JHVWmR SUXGHQWH GH WRGRV RV ULVFRV D TXH D
actividade do Banco está sujeita. Pretendemos continuar a consolidar o posicionamento e o papel do Banco como um
LQVWUXPHQWRJRYHUQDPHQWDOSDUDDLPSOHPHQWDomRGDSROtWLFDGHGHVHQYROYLPHQWRGR3DtVSURFXUDQGRPRELOL]DUHUHSDVVDU
UHFXUVRVÀQDQFHLURVPDLVDFHVVtYHLVHDGHTXDGRVSDUDÀQDQFLDUSURMHFWRVGHGHVHQYROYLPHQWRFRPLPSDFWRQDPHOKRULDGH
vida das populações moçambicanas.

Para terminar, gostaria de endereçar os meus agradecimentos, em nome do Conselho de Administração, a todos os
stakeholdersTXHGLUHFWDRXLQGLUHFWDPHQWHFRQWULEXtUDPGHIRUPDSRVLWLYDSDUDDPDWHULDOL]DomRFRPVXFHVVRGHPDLV
um exercício económico, nesse segundo e penúltimo ano do meu mandato no comando do Banco. Os meus agradecimentos
HVSHFLDLVHVWHQGHPVHDLQGDDR*RYHUQR ,*(3(²,QVWLWXWRGH*HVWmRGDV3DUWLFLSDo}HVGR(VWDGRH0LQLVWpULRGH(FRQRPLDH
)RQWH)XQGR0RQHWiULR,QWHUQDFLRQDO World Economic Outlook de Janeiro de 2018)
)LQDQoDV TXHFRPRDFFLRQLVWDFRQFHGHXQRVXPDSRLRGHWHUPLQDQWHSDUDRDOFDQFHGRVUHVXOWDGRVTXHKRMHDSUHVHQWDPRV
4XHURDLQGDGHVWDFDU VHPGHVFULPLQDURVQRPHV RSDSHOGRVQRVVRVSDUFHLURVGHÀQDQFLDPHQWRTXHUGRPpVWLFRVTXHU
A Zona Euro manteve a espiral de expansão que vinha riscos políticos em alguns países, com particular destaque
LQWHUQDFLRQDLVFXMDFRODERUDomRDWUDYpVGDGLVSRQLELOL]DomRGHUHFXUVRVÀQDQFHLURVWDQWRVREIRUPDGHÀQDQFLDPHQWRDR
UHJLVWDQGR GHVGH ÀQDLV GH  LPSXOVLRQDGD SHOD SURFXUD para o Brexit, tensão politica na Catalunha e as eleições na
QRVVREDODQoRFRPRVREIRUPDGHOLQKDVGHFUpGLWRIRLIXQGDPHQWDOSDUDDGLVSRQLELOLGDGHGHOLTXLGH]TXHDSUHVHQWDPRVHP
agregada resultante da manutenção da politica monetária Itália. Neste ambiente misto, em 2017 a economia da Zona
)LQDOPHQWHPDVQmRPHQRVLPSRUWDQWHTXHULDGHIRUPDSDUWLFXODUHHVSHFLDOVDXGDUHDJUDGHFHURDSRLRSUHVWDGR
DFRPRGDWtFLDSHOR%DQFR&HQWUDO(XURSHX %&( (VWHIDFWRU registou uma aceleração em 70 pontos bases relativamente a
pelos colaboradores do Banco, não só a mim, mas a todos os membros do Conselho de Administração, através do seu
permitiu maior acesso ao crédito a taxas de juros muito baixas WHQGRDWD[DGHFUHVFLPHQWRVHÀ[DGRHP
trabalho e entrega incondicionais à causa do BNI. Espero que em 2018 continuem com esse empenho e comprometimento,
adicionando, igualmente, os níveis baixos, embora com
pois juntos e unidos pela mesma causa, em mais um ano, lograremos bons resultados.
WHQGrQFLDDVFHQGHQWHGRVSUHoRVGRSHWUyOHRTXHPDQWrP 1RV (8$ D 5HVHUYD )HGHUDO )('   HVWHYH HP GHVWDTXH
EDL[RVRVFXVWRVGHSURGXomRQD=RQDXPDYH]TXHDPDLRULD FRP D FRQWLQXD QRUPDOL]DomR GD SROLWLFD PRQHWiULD
dos países que compõem o grupo serão importadores líquidos FDUDFWHUL]DGD SHOR DMXVWH JUDGXDO H HP DOWD GDV WD[DV GH
GRSHWUyOHR3RURXWURODGRFRQVWLWXtUDPIDFWRUHVQHJDWLYRV UHIHUrQFLD HVWLPXODQGR D HOHYDomR GDV RXWUDV WD[DV GH
DRGHVHPSHQKRGDHFRQRPLDGD=RQDDSHUVLVWrQFLDGHDOJXQV MXURV GD HFRQRPLD H SURYRFDQGR LQÁXrQFLD QHJDWLYD QR
Tomás Rodrigues Matola
Presidente da Comissão Executiva
Página 1
2 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

consumo e investimento, e consequentemente na procura DV VXDV H[SRUWDo}HV DFHOHUDomR GR LQYHVWLPHQWR SULYDGR na distribuição de sementes melhoradas e contratação de QDWXUDORIIVKRUHQDiUHDGD%DFLDGR5RYXPDSRGHUmRWHU
DJUHJDGD WHQGR VLGR FRPSHQVDGR GH DOJXPD IRUPD SHOR como resultado das boas perspectivas sobre o crescimento da H[WHQVLRQLVWDV GD DVVLVWrQFLD DR HPSUHHQGHGRULVPR H GR LPSDFWR SRVLWLYR VLJQLÀFDWLYR QR GHVHPSHQKR GD HFRQRPLD
FUHVFLPHQWR GD SURFXUD H[WHUQD DVVLP FRPR SHOD UHIRUPDeconomia e o aumento na procura doméstica e internacional ÀQDQFLDPHQWR jV 3HTXHQDV H 0pGLDV (PSUHVDV QR VHFWRU nacional. Mas para uma recuperação económica robusta e
ÀVFDO FDUDFWHUL]DGD SDUWLFXODUPHQWH SHOD UHGXomR GRV GRV PDWHULDLV GH FRQVWUXomR H GRV RXWURV IDFWRUHV GD comercial. VXVWHQWiYHO FRQWLQXDUmR D VHU IDFWRUHV GHWHUPLQDQWHV D
LPSRVWRV FRP HIHLWR SRVLWLYR QR FRQVXPR H LQYHVWLPHQWRSURGXomR'HVWDFDPVHDLQGDRVHIHLWRVSRVLWLYRVGDVUHIRUPDV UHFXSHUDomR GD FRQÀDQoD GR SDtV D QtYHO GH LQWHUQDFLRQDO
$VVLPDHFRQRPLDQRUWHDPHULFDQDFUHVFHXHP ÀVFDLV LPSOHPHQWDGDV SHOR JRYHUQR FKLQrV (VWLPDWLYDV GD A recuperação dos níveis de exportação de carvão e de DUHHVWUXWXUDomRÀVFDODQtYHOLQWHUQRHDJHVWmRGDGtYLGD
o equivalente a uma aceleração de 0,80 pontos percentuais %ORRPEHUJPRVWUDPTXHDLQÁDomRJOREDOVHVLWXRXHP eletricidade e o início de um projecto de exploração de gás pública interna e externa.
relativamente a 2016. em 2017, o que representa uma aceleração de 0,30 pontos
SHUFHQWXDLVUHODWLYDPHQWHDLQÁDomRUHJLVWDGDHPWHQGR Evolução Histórica e Previsional do Produto Interno Bruto de Moçambique
A China registou um crescimento de 6,90%, o que representa sido motivada sobretudo pela retoma da procura agregada
uma aceleração em 0,20 pontos percentuais relativamente FRPPDLRUHIHLWRQRJUXSRGDVHFRQRPLDVDYDQoDGDVRQGHR
ao registado em 2016. A aceleração da economia chinesa nível geral de preços acelerou em 0,80 pontos percentuais e
HP  p MXVWLÀFDGD HQWUH RXWURV IDFWRUHV SHOR ERP contra a desaceleração no grupo dos países emergentes em
desempenho dos preços das commodities HPDWpULDVSULPDV 1,60 pontos percentuais.
QRPHUFDGRLQWHUQDFLRQDOIDFWRUTXHDIHFWRXSRVLWLYDPHQWH

3,%,QÁDomRH'HVHPSUHJRSRU5HJLmR

PIB (%)* ,1)/$d®2  DESEMPREGO (%)


Estimativa Previsão Real Previsão Real Previsão
Regiões/Blocos 2016 2017 2018 2019 2016 2017 2018 2019 2016 2017 2018 2019
Economia Mundial 3,20 3,70 3,70 3,60 2,80 3,10 3,30 3,20 5,74 5,78   )RQWH,QVWLWXWR1DFLRQDOGH(VWDWtVWLFD%DQFRGH0RoDPELTXH)XQGR0RQHWiULR,QWHUQDFLRQDO
G10 1,40 2,10 2,30 1,90 1,00 1,80 2,00 2,00 5,60 5,10 4,80 4,70
Estados Unidos da América 1,50 2,30 2,70 2,40 1,30 2,10 2,30 2,20 4,90 4,40 3,90 3,80 2 QtYHO JHUDO GH SUHoRV PHGLGR SHOR ÌQGLFH GH 3UHoRV DR vestuário (21,52%). Em termos de produtos, o destaque vai
Zona Euro 1,80 2,50 2,30 1,90 0,20 1,50 1,50 1,60 10,00 9,10 8,40 8,00 Consumidor de Moçambique, cresceu em 15,11% em 2017, para o aumento dos preços da gasolina, pão de trigo e carvão
Japão 0,90 1,60 1,30 1,00 (0,10) 0,50 1,00 1,00 3,10 2,80 2,70 2,60 uma desaceleração de 4,74pp comparado ao mesmo período vegetal com uma contribuição de 2,40 pontos percentuais.
Reino Unido 1,90 1,70 1,50 1,60 0,70 2,70 2,50 2,50 4,90 4,50 4,30 4,40 em 2016, tendo sido impulsionada pela variação dos preços de
Economias Emergentes 4,40 5,50 4,90 5,10 4,60 3,00 22,00 22,00 5,70 5,78 5,70 5,40
China  5,30 6,50 6,70 2,00 1,60 2,30 2,30 4,59 4,59 4,00 4,00 Evolução do Índice de preços ao consumidor de Moçambique
ÉIULFDGH6XO 0,30 0,90 1,50 1,20 6,30 5,30 5,10 5,20 26,70 27,50 28,10 27,90
Asia 4,90 5,30 4,90 4,90 1,80 1,70 2,30 2,40 3,90 3,90 3,80 3,80
America Latina (1,10) 1,00 2,40 2,70 11,70 3,30 132,50 71,10 10,00 10,90 10,50 9,80
Médio Oriente 2,90 1,50 2,70 2,90 3,30 4,30 4,40 3,90 10,40 10,40  
)RQWH%ORRPEHUJ%DQFR0XQGLDOH)0,

3DUD  H  R )0, SUHYr TXH D HVSLUDO GD UHWRPD GD $GLFLRQDOPHQWH HVSHUDVH TXH D UHIRUPD ÀVFDO QRV (8$
HFRQRPLDLQLFLDGDHPVHPDQWHQKDHVSHUDQGRVHXPD DMXGH D FDWDSXOWDU D SHUIRUPDQFH GD HFRQRPLD GR SDtV H
aceleração do Produto Interno bruto (PIB) em 3,90% para DIHFWHSRVLWLYDPHQWHDVUHJL}HVFLUFXQYL]LQKDVHRVSDUFHLURV
DPERV RV DQRV IXQGDPHQWDGD SHOD PDQXWHQomR GH ERDV comerciais do país.
perspectivas em ambas economias, avançadas e emergentes
,onde se espera que a taxa de crescimento exceda se situe 1R 0HUFDGR &DPELDO R 'yODU QRUWHDPHULFDQR DSUHVHQWRX
respectivamente em 2,30% e 4,90% em 2018 e 2,20% e 5,00% uma desaceleração persistente e consistente relativamente
HP   (VWD GLQkPLFD GH FUHVFLPHQWR HVSHUDVH TXH a maioria das suas contrapartes com particular destaque )RQWH,QVWLWXWR1DFLRQDOGH(VWDWtVWLFD
contribua para a queda do desemprego para 4,80% em 2018 para o Euro (14,15%), Rand (10,96%), Libra (9,51%), Dólar
e 4,70% em 2019 nas economias avançadas e para 5,70% em $XVWUDOLDQR  'yODU&DQDGHQVH  )UDQFR6XtoR A desaceleração no nível geral de preços em 2017 é que estimulou o clima produtivo.
2018 e 5,40% em 2019. (4,59%) e Iene (3,79%). O comportamento do Dólar no FRQVHTXrQFLD GLUHFWD GD DSUHFLDomR GR 0HWLFDO IDFWRU TXH
PHUFDGRFDPELDOpMXVWLÀFDGRHQWUHRXWURVIDFWRUHVSHODV UHGX]LXVLJQLÀFDWLYDPHQWHRFXVWRGDVLPSRUWDo}HVVREUHWXGR 3DUD R DQR  H  SURMHFo}HV GR )XQGR 0RQHWiULR
A perspectiva da aceleração da economia global em 2018 ameaças de instabilidade, sobretudo nas tensões com a GH EHQV DOLPHQWDUHV SURGXWRV TXH WrP XP SHVR HOHYDGR ,QWHUQDFLRQDOPRVWUDPTXHDLQÁDomRPpGLDDQXDOSRGHUiVH
H  FRQWLQXDUi D VHU VXVWHQWDGD VHJXQGR )0, SHODV &RUHLDGR1RUWHLQFHUWH]DVSROtWLFDVGDDGPLQLVWUDomR7UXPS QR ,3& 'HVWDFDVH DLQGD D TXHGD SURJUHVVLYD GR SUHoR GH situar em 10,51% e 5,80%, respectivamente, como resultado
HVSHFWDWLYDV GH PHOKRULD GDV FRQGLo}HV ÀQDQFHLUD JOREDO QRLQtFLRGRDQR1RHQWDQWRDGHSUHFLDomRIRLDPRUWHFLGD alimentos no mercado internacional, a estabilidade política da estabilidade cambial e boas perspectivas da actividade
e pelo bom sentimento empresarial que continuarão a pelas expectativas da subida das taxas de juro no mercado militar a nível interno e o bom ambiente macroeconómico económica.
sustentar a procura agregada e o investimento assim como a monetário americano tornando as aplicações em dólares
contínua aceleração dos preços das commoditties impactando mais atractivas para o investimento, o que estimulou uma (YROXomR+LVWyULFDH3UHYLVLRQDOGD,QÁDomRGH0RoDPELTXH
sobremaneira o crescimento das economias exportadoras. certa procura do Dólar.

9DULDomR$FXPXODGD  GR'yODUHPUHODomRjVSULQFLSDLV0RHGDVHP

)RQWH%ORRPEHUJ )RQWH,QVWLWXWR1DFLRQDOGH(VWDWtVWLFDH)XQGR0RQHWiULR,QWHUQDFLRQDO
t i

O Euro apreciou em relação a quase todas moedas de maiores H5DQG  (VWDWHQGrQFLDpH[SOLFDGDVREUHWXGRSHOD 7D[DVGH-XURV&UpGLWRH7D[DVGH&kPELR
transacções no mercado internacional nomeadamente Dólar UREXVWH]GD DFWLYLGDGH HFRQyPLFD FDWDSXOWDGD SHORVIRUWHV
  ,HQH   )UDQFR 6XtoR   /LEUD   GLQkPLFRVGHFRQVXPRLQWHUQRHGHPDQGDH[WHUQD 1R0HUFDGR0RQHWiULRQDFLRQDORDQRGHIRLPDUFDGR se prossiga com o processo de redução das taxas de juro.
pela revisão em baixa consistente das taxas de política $GLFLRQDOPHQWHDVPHGLGDVVmRMXVWLÀFDGDVSHODUHWRPDGD
PRQHWiULDD)DFLOLGDGH3HUPDQHQWHGH&HGrQFLD)DFLOLGDGH estabilidade macroeconómica como a estabilidade cambial
Variação Acumulada (%) do Euro em relação às principais Moedas em 2017 3HUPDQHQWH GH 'HSyVLWR H &RHÀFLHQWH GH 5HVHUYDV e a recuperação das reservas internacionais líquidas, que
2EULJDWyULDVFDtUDPGHHHP)HYHUHLUR IHFKDUDPRDQRFREULQGRPHVHVGHLPSRUWDo}HV
SDUD   H  HP 'H]HPEUR 2 %DQFR GH
Como resultado do relaxamento da política monetária,
0RoDPELTXH LQWURGX]LX DLQGD DR ORQJR GH  D WD[D GR
Mercado Monetário Interbancário (MIMO) e o rácio mínimo de as taxas de juros médias de Bilhetes de Tesouro de 91 e
OLTXLGH]WHQGRIHFKDGRRDQRÀ[DGRVHPH  GLDV IHFKDUDP R DQR HP  H  DEDL[R GRV
respectivamente. HUHJLVWDGRVQRIHFKRGH$WD[DPpGLDGH
SHUPXWDVGHOLTXLGH]overnight entre os bancos comerciais
6HJXQGR R %DQFR GH 0RoDPELTXH HVVDV PHGLGDV IRUDP EDL[RXGHHP)HYHUHLURSDUDHP'H]HPEUR
tomadas num contexto em que se observa melhoria representando uma queda de 2,26 pontos percentuais.
H[SUHVVLYDGDWD[DGHLQÁDomRRTXHDEUHHVSDoRSDUDTXH

Taxas de Juro do Mercado Monetário


)RQWH%ORRPEHUJ
Taxas de Juro )HY 0DL -XQ -XO $JR 6HW 2XW 'H] 7HQGrQFLD
)3' 16,25% 16,25% 16,25% 16,25% 16,00% 16,00% 15,50% 14,00%
)3& 23,25% 22,75% 22,75% 22,75% 22,50% 22,50% 21,00% 20,50%
Evolução da Economia Moçambicana Reservas Obrigatórias (MZN) 15,50% 15,50% 15,50% 15,50% 15,00% 15,00% 15,00% 14,00%
Taxa MIMO  21,75% 21,75% 21,75% 21,50% 21,50% 21,00% 19,50%
(YROXomRGD$FWLYLGDGH(FRQyPLFD3,%H,QÁDomR 3HUPXWDGH/LTXLGH]2YHUQLJKW 23,16% 21,68% 21,75% 21,75% 21,60% 21,50% 21,42% 20,90%
Em 2017, a economia moçambicana apresentou sinais GHFROHFWDGHLPSRVWRVVLWXDomRTXHDIHFWRXQHJDWLYDPHQWH BT’s de 91 dias 24,98% 25,25% 25,23% 25,39% 25,13% 24,74% 24,63% 23,75%
ligeiros de recuperação, tendo a taxa do crescimento real as contas públicas e consequentemente a procura agregada, BT’s de 364 dias 29,20% 27,81% 27,45% 27,52% 27,16% 26,64% 26,47% 24,98%
do Produto Interno Bruto (PIB) acelerado em 40,00 pontos na medida em que o Estado é o maior consumidor dos bens Activo (1 Ano) 27,40% 28,60% 29,12% 28,61% 29,24% 28,23% 28,31% 28,00%
EDVH IDFH D  À[DQGRVH HP  DEDL[R GRV  e serviços na economia, o que condicionou o desempenho Passivo (1 Ano) 16,20% 17,17% 18,09% 17,67% 17,79% 18,57% 18,94% 18,04%
previstos inicialmente pelo governo. Os primeiros sinais de GH YiULDV XQLGDGHV HPSUHVDULDLV LL  UHGXomR GRV QtYHLV GH Prime Rate 27,43% 27,29% 28,17% 27,96% 27,77% 27,50% 27,50% 27,25%
recuperação, depois de dois anos de desaceleração acentuada, investimento estrangeiro devido a degradação do rating
IRUDPLPSXOVLRQDGRVSHOD L UHODWLYDUHFXSHUDomRGRVSUHoRV GR SDtV QRV PHUFDGRV ÀQDQFHLURV LQWHUQDFLRQDLV LLL  )RQWH%DQFRGH0RoDPELTXH
de algumas commodities no mercado internacional, com reestruturação (restrição) da politica orçamental como
GHVWDTXHSDUDRJiVQDWXUDOHDOXPtQLR LL UHFXSHUDomRGR IRUPDGHID]HUIDFHDRVHUYLoRGDGtYLGDS~EOLFDFRQVLGHUDGD Como resultado da política monetária restritiva do Banco de HPSUpVWLPRVSULPHUDWHHGHSyVLWRVIHFKDUDPRDQRÀ[DGDV
0HWLFDOIDFHjVVXDVSULQFLSDLVFRQWUDSDUWHV LLL HVWDELOLGDGH insustentável. Moçambique, em 2017 as taxas de juro em geral tiveram uma em 28,00%, 27,25% e 18,04%.
SROtWLFRPLOLWDU TXH DIHFWRX SRVLWLYDPHQWH R VHFWRU GRV WHQGrQFLDGHHVWDELOL]DomRVHQGRTXHDVWD[DVGHMXURVREUH
transportes e comunicação na medida em que permitiu 3DUDGHDFRUGRFRPR)XQGR0RQHWiULR,QWHUQDFLRQDO
GHYROYHUDOLYUHPRELOLGDGHGHSHVVRDVHEHQVGHQWURGRSDtVH R %DQFR $IULFDQR GH 'HVHQYROYLPHQWR HVSHUDVH TXH D (YROXomRGDV7D[DVGH-XURVREUHRV(PSUpVWLPRVH'HSyVLWRVGHDQR
(iv) política monetária menos restritiva implementada pelo economia cresça a um ritmo mais acelerado como resultado
%DQFRGH0RoDPELTXHPDWHULDOL]DGDSHORVVXFHVVLYRVFRUWHV GRVLQÁX[RVGDVUHFHLWDVDGYLQGDVGDH[SRUWDomRGHUHFXUVRV
QDVWD[DVGHSROtWLFDPRQHWiULDIDFWRUTXHHVWLPXODDTXHGD QDWXUDLV H PDWpULDVSULPDV IDFWRU TXH SRGHUi FDWDOLVDU D
das taxas de juro e promove o maior acesso ao crédito, indústria extractiva. O Governo, no seu Plano Económico
ampliando, assim, os níveis de investimento. H 6RFLDO SUHYr TXH D HFRQRPLD FUHVoD  VXVWHQWDGR
pela evolução dos sectores da Agricultura, Indústria
1RHQWDQWRDHFRQRPLDDLQGDHQIUHQWDGHVDÀRVTXHOLPLWDUDP 7UDQVIRUPDGRUD&RPpUFLRH7UDQVSRUWHVLPSXOVLRQDGDVSRU
uma aceleração mais robusta, a saber: (i) contínua suspensão LQWHUYHQo}HV GR JRYHUQR GHQWUH RXWUDV IRUPDV DWUDYpV GD
GRDSRLRGLUHFWRDR2UoDPHQWRGR(VWDGRHQtYHLVUHGX]LGRV concessão de incentivo à produção agrícola consubstanciada

)RQWH%DQFRGH0RoDPELTXH
Página 2
Savana 20-04-2018 3
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais


RELATÓRIO E CONTAS 2017
De acordo com dados do Banco de Moçambique, o volume GH  À[DQGRVH HP  PLOK}HV GH PHWLFDLV Resultado Líquidos (em Milhões de Meticais)
de crédito à economia registou uma queda anual de 15,25% dos quais 22,49% é representado pelo crédito em moeda
HP 'H]HPEUR GH  UHODWLYDPHQWH DR SHUtRGR KRPyORJR estrangeira e os restantes 77,51% em moeda nacional.
Evolução do Crédito à Economia

Produto Bancário
)RQWH%DQFRGH0RoDPELTXH

1mRREVWDQWHRVHVIRUoRVFRQWtQXRVGH$GPLQLVWUDomRGR%DQFR o que corresponde a um decréscimo de MT 296,9 milhões


QDWRPDGDGHPHGLGDVWHQGHQWHVDPLQLPL]DURLPSDFWRGDV relativamente ao valor de MT 869,7 milhões registados no
DGYHUVLGDGHVGRPHUFDGRHGDIDOWDGDFRQÀDQoDQR*RYHUQR período homólogo. A variação negativa do produto bancário
Uma análise mais desagregada mostra que 51,84% do saldo HP DQiOLVH IRUDP RV GD FRQVWUXomR   FRPpUFLR
e na economia pelos Investidores, o produto bancário do resultou, em particular, do desempenho negativo da margem
GH FUpGLWR GR PrV GH 'H]HPEUR GH  IRL DORFDGR SDUD (13,20%) e transportes e comunicações (10,44%). Porém, os
%DQFR TXH LQFOXL D PDUJHP ÀQDQFHLUD H FRPSOHPHQWDU FRPSOHPHQWDUTXHVHÀ[RXHP 07PLOK}HV DEDL[RGH
R ÀQDQFLDPHQWR GDV GHVSHVDV HP PHLRV FLUFXODQWHV H RV SDUWLFXODUHV WLYHUDP PDLRU DFHVVR DR ÀQDQFLDPHQWR FRP R
registou um desempenho de MT 611,8 milhões em 2017, MT 330,8 milhões registado no período homólogo.
UHVWDQWHVSDUDÀQDQFLDUDVGHVSHVDVGHLQYHVWLPHQWR peso de 17,61%.
HRVVHFWRUHVTXHPDLVVHEHQHÀFLDUDPGRFUpGLWRQRSHUtRGR
Produto Bancário (em Milhões de Meticais)
(VWUXWXUDGH&UpGLWRj(FRQRPLDHP'H]HPEURGH
No mercado Cambial, o Metical registou uma apreciação 1HVWH FRQWH[WR GLItFLO SDUD D DFWLYLGDGH EDQFiULD D
DFXPXODGDGH-DQHLURD'H]HPEURGHFRPRVJDQKRV capacidade de gestão do spread entre a taxa de juro de
DÀ[DPVHHPHHPUHODomRDR operações activas e passivas aliado ao aumento do volume
Outros Dólar, Euro, Libra e Rand, respectivamente. Esta apreciação PpGLR GH DFWLYRV UHPXQHUDGRV IRL GHWHUPLQDQWH SDUD
Particulares pMXVWLÀFDGDVREUHWXGRSHODSROtWLFDPRQHWiULDUHVWULWLYDGR PLQLPL]DU R HIHLWR GR GHVHPSHQKR QHJDWLYR GD PDUJHP
24,63% Comércio Banco Moçambique associada a uma melhoria do preço de complementar e do agravamento do custo da dívida.
28,00%
Construção algumas commodities (gás natural e alumínio) no mercado
Transporte e Comunicações internacional, que permitiram um aumento das receitas
,0.64% de exportação e o consequente incremento das reservas
2,42% Indústria Transformadora
2,70% 17,39% Habitação
internacionais líquidas.
2,80%
3,16% Agricultura
6,94% Eletricidade e Água
14,32% Indústria Mineira
10,52%
13,20% Turismo 0DUJHP)LQDQFHLUD
Pescas
2DQRGHIRLPDUFDGRSHODUHYLVmRHPEDL[DFRQVLVWHQWH activas e passivas e uma gestão de tesouraria orientada em
GDVWD[DVGHSROtWLFDPRQHWiULDD)DFLOLGDGH3HUPDQHQWHGH LQVWUXPHQWRVÀQDQFHLURVFRPUHPXQHUDomRDWUDFWLYRHULVFR
&HGrQFLD)DFLOLGDGH3HUPDQHQWHGH'HSyVLWRH&RHÀFLHQWH aceitável.
GH5HVHUYDV2EULJDWyULDVFDtUDPGHH
(YROXomRGD7D[DGH&kPELRGR'yODU1RUWH$PHULFDQR5DQGSRU0HWLFDLV HP)HYHUHLURSDUDHHP'H]HPEUR 3DUDOHODPHQWHDPDUJHPÀQDQFHLUDGR%DQFRIRLSHQDOL]DGD
2%DQFRGH0RoDPELTXHLQWURGX]LXDLQGDDRORQJRGH pela (i) redução da carteira de crédito em MT 1.380,5
a taxa do Mercado Monetário Interbancário (MIMO) e o milhões que conjugada com o aumento do crédito em
UiFLRPtQLPRGHOLTXLGH]WHQGRIHFKDGRRDQRHPH LQFXPSULPHQWR TXH DIHFWRX QHJDWLYDPHQWH RVSURYHLWRV GH
25,00%, respectivamente. MXURVGHFUpGLWR LL FXVWRVGHÀQDQFLDPHQWRPDLVHOHYDGRV
GHYLGRDRVFRQVWUDQJLPHQWRVGHOLTXLGH]TXHVHYHULÀFDUDP
$ PDUJHP ÀQDQFHLUD GR %DQFR UHJLVWRX XP GHVHPSHQKR GXUDQWHTXDVHWRGRRDQR LLL UHGXomRGRpricing dos activos
SRVLWLYR DR À[DUVH HP 07  PLOK}HV HP  DFLPD ÀQDQFHLURV GHYLGR j UHYLVmR HP EDL[D GDV WD[DV GLUHFWRUDV
de MT 538,9 milhões de 2016, impulsionada pela sua gestão que servem de indexantes para os bancos.
adequada do spread entre a taxa de juro das operações

Margem Financeira (Milhões de Meticais)

)RQWH,QVWLWXWR1DFLRQDOGH(VWDWtVWLFD

$QiOLVH)LQDQFHLUD
Resultados e Rendibilidade
2 %1, LQLFLRX R DQR QXPD FRQMXQWXUD DLQGD GHVDÀDQWH QmR FDXWHORVDHQHVWHFRQWH[WRFRPRUHÁH[RGDVPHGLGDV
REVWDQWH D WHQGrQFLD UHJLVWDGD GH PHOKRULD GR DPELHQWH TXH IRUDP WRPDGDV SDUD UHVSRQGHU jV DOWHUDo}HV GR
macroeconómico como resultado, particularmente, das SHUÀO GR ULVFR GH FUpGLWR GRV FOLHQWHV D LPSDULGDGH
medidas de política monetária e cambial tomadas pelo FREULXRFUpGLWRWRWDOHP  
%DQFR&HQWUDOHP2VIDFWRUHVTXHPDLVLQÁXHQFLDUDP 2 JUiÀFR GD PDUJHP ÀQDQFHLUD GHPRQVWUD R DXPHQWR 9HQGD  UHGX]LUDP HP  H[SOLFDGR SHOD UHDSOLFDomR GRV
DDFWXDomRGR%DQFRIRUDP L IUDFDDFWLYLGDGHGR(VWDGRQD iv. 5HIRUoR GD VROLGH] ÀQDQFHLUD DWUDYpV GD UHWHQomR GH da contribuição dos juros de crédito e de aplicações em YHQFLPHQWRVGRVWtWXORVHPDSOLFDo}HVGHFXUWRSUD]RMXQWR
FRQFUHWL]DomRGHDOJXQVSURMHFWRVFKDYHGHYLGRDOLPLWDo}HV 75% dos resultados do ano de 2016, sendo que, após RXWUDVLQVWLWXLo}HVGHFUpGLWRIDFHDRSHUtRGRKRPyORJRQD de outras instituições de crédito e pelo cumprimento das
RUoDPHQWDLV LL UHGXomRGRVQtYHLVGHLQYHVWLPHQWRGLUHFWR o cumprimento da reserva legal de 15%, o rácio de ordem de 23,5% e 160,6%, respectivamente. Por seu turno, obrigações do Banco junto dos seus credores.
HVWUDQJHLUR GHYLGR j GHJUDGDomR GD FRQÀDQoD QD HFRQRPLD VROYDELOLGDGH VH À[RX QD RUGHP GH    RV MXURV GRV WtWXORV $FWLYRV )LQDQFHLURV 'LVSRQtYHLV SDUD
PRoDPELFDQD H HP SDUWLFXODU QR *RYHUQR 0RoDPELFDQR DFLPD GRV  GR PtQLPR UHJXODPHQWDU H RV )XQGRV
(iii) calamidades naturais, com destaque para secas e o Próprios regulamentares atingiram MT 1.975,3 milhões Margem Complementar
FLFORQHWURSLFDO'LQHRTXHDVVRODUDPRVXOGRSDtV LY HFRV 07PLOK}HV 
da degradação do rating GR SDtV QRV PHUFDGRV ÀQDQFHLURV A margem complementar do Banco, composta por comissões GR LQYHVWLPHQWR H GH ÀQDQFLDPHQWR GH LQYHVWLGRUHV H
LQWHUQDFLRQDLV TXH LQÁXHQFLRX D PRELOL]DomR GH UHFXUVRV v. ,QYHVWLPHQWR HP WHFQRORJLD GH LQIRUPDomR R TXH OtTXLGDV JDQKRV GH RSHUDo}HV ÀQDQFHLUDV GH WUDGLQJ ÀQDQFLDGRUHVH[WHUQRV
QRV PHUFDGR SDUD ÀQDQFLDU SURMHFWRV GH LQIUDHVWUXWXUDV YHLR PHOKRUDU D HÀFLrQFLD HP WHUPRV GH VHJXUDQoD H de moeda, rendimentos de capitais e outros proveitos
Y  FHQiULRV GH HOHYDGDV WD[DV GH MXURV H IUDFD SURFXUD R ÁH[LELOLGDGHRSHUDFLRQDO operacionais líquidos, registou um resultado negativo de MT ‡ Perdas de reavaliação cambial no valor de MT 64,8
que precipitou o encerramento de muitas empresas e/ou 19,0 milhões, abaixo do valor de MT 330,8 milhões registado milhões (2016: ganhos de MT 104,0 milhões) sobre
redução da sua capacidade de produção, comprometendo a vi. 5HHVWUXWXUDomR GH ÀQDQFLDPHQWRV HP VLWXDomR GH QRSHUtRGRKRPyORJRFRPRUHVXOWDGRGRVVHJXLQWHVIDFWRV RV DFWLYRV ÀQDQFHLURV LQGH[DGRV HP PRHGD H[WHUQD
capacidade das empresas de honrar com as suas obrigações, LQFXPSULPHQWRFRPYLVWDjYLDELOL]DomRGDVDFWLYLGDGHV aliadas à posição longa dos activos líquidos do Banco e
em particular com a banca. das empresas e, simultaneamente, à garantia do ‡ 0HQRU FRQFUHWL]DomR GDV RSHUDo}HV GH DVVHVVRULD H apreciação da moeda nacional. A volatilidade cambial
FXPSULPHQWRGRSODQRGHDPRUWL]DomRGDGtYLGD HVWUXWXUDomRÀQDQFHLUDDRUHJLVWDUVHUHFHLWDGHDSHQDV WDPEpPDIHFWRXQHJDWLYDPHQWHRYROXPHGHRSHUDo}HV
)DFHDFRQMXQWXUDRSHUDFLRQDOGHVDÀDQWHR%1,PDQWHYHVH MT 11,8 milhões (2016: MT 188,5 milhões), aliada à ÀQDQFHLUDV
ÀUPHQDEXVFDHLPSOHPHQWDomRGHPHGLGDVGHHVWUDWLÀFDomR vii. 2SWLPL]DomR GD HVWUXWXUD GH FXVWRV R TXH SHUPLWLX SHUFHSomR GR HOHYDGR ULVFR SRU SDUWH GDV DJrQFLDV GH
YLVDQGR DFDXWHODUVH H PLQLPL]DU RV VHXV HIHLWRV FRP o reagendamento de determinadas actividades cuja QRWDomRÀQDQFHLUDTXHSRVLFLRQDPRSDtVQXPDFDWHJRULD 3DUDOHODPHQWH D PDUJHP FRPSOHPHQWDU IRL LQÁXHQFLDGD
destaque para: execução acompanhava o nível do volume de recursos equivalente a investimento especulativo, a um passo de positivamente pelo aumento do volume de emissão de
GLVSRQtYHLV(VWDDERUGDJHPGLWRXXPGHVYLRIDYRUiYHO FODVVLÀFDUQDFDWHJRULDFRQVLGHUDGDGHLQFXPSULPHQWR garantias bancárias, tendo se registado receita com
i. 2SWLPL]DomR GD HVWUXWXUD GH ÀQDQFLDPHQWR DWUDYpV GH GRVFXVWRVQDRUGHPGH07PLOK}HVIDFHDRSHUtRGR LQYLDELOL]DQGR D FRQFUHWL]DomR GDV RSHUDo}HV GHVWH comissões líquidas na ordem de MT 39,1 milhões, acima de
PRELOL]DomR GH UHFXUVRV GH ORQJR SUD]R PDLV VyOLGRV homólogo. VHJPHQWR GH QHJyFLR DWUDYpV GD PRELOL]DomR GH 07PLOK}HVUHJLVWDGRQRSHUtRGRKRPyORJRMXVWLÀFDGR
e adequados para o modelo operacional da banca de recursos no mercado internacional para projectos de SHOR PDLRU HVIRUoR FRPHUFLDO QD GLYXOJDomR GRV VHUYLoRV
GHVHQYROYLPHQWR WHQGR QHVWH kPELWR RV FDSLWDLV GH Embora o Banco tenha registado um conjunto notável investimento. O rating do País é determinante na decisão SUHVWDGRVIRUDGREDODQoR
ORQJR SUD]R SDVVDGR D UHSUHVHQWDU  GR EDODQoR GR GH UHVXOWDGRV FRQGXFHQWHV j VROLGH] H VXVWHQWDELOLGDGH
%DQFRHP   ÀQDQFHLUD R %1, HQFHUURX R H[HUFtFLR GH  FRP XP Custos de Estrutura
resultado líquido de MT 187,8 milhões, abaixo do valor de
2VGHVDÀRVHQIUHQWDGRVSHOR%DQFRQRDQRGHQRTXH DPRUWL]Do}HVGRH[HUFtFLRFLIUDUDPVHQDRUGHPGH07
ii. (QIRTXH QD DERUGDJHP GH JHVWmR GH IXQGRV GH MT 355,0 milhões registado no período homólogo, tendo
WDQJH j OLPLWDGD OLTXLGH] DR GHFUpVFLPR GD DFWLYLGDGH PLOK}HVHPRTXHUHSUHVHQWDXPGHVYLRIDYRUiYHOGH
desenvolvimento para o apoio às Pequenas e Médias FRQFRUULGRSDUDRHIHLWR L DUHGXomRGDFDUWHLUDGHFUpGLWR
comercial e ao aumento do nível de incumprimento do serviço IDFHD07PLOK}HVUHJLVWDGRQRSHUtRGRKRPyORJR
(PSUHVDV 30(V  R TXH UHVXOWRX QD PRELOL]DomR GH QDRUGHPGH07PLOK}HVIDFHDRSHUtRGRKRPyORJR
da dívida por parte dos clientes, obrigou a Administração MXVWLÀFDGR IXQGDPHQWDOPHQWH SHOD GLPLQXLomR GRV JDVWRV
linhas de Crédito junto do Islamic Corporation for the que conjugado com o aumento do nível de crédito malparado
D DGRSWDU XPD VHQVDWD H ÁH[tYHO HVWUXWXUD GH FXVWRV TXH gerais administrativos na ordem de MT 36,1 milhões, sem
Development of the Private Sector (ICD) no montante FRQGX]LX DR GHFUpVFLPR GD UHFHLWD FRP MXURV GH FUpGLWR
apresenta uma correlação com o desempenho do Banco, por contudo comprometer actividades FUtWLFDV FRPR IRUPDo}HV
GH86'PLOK}HVGD$JrQFLDGH'HVHQYROYLPHQWRGR LL  RSHUDo}HV GH DVVHVVRULD H HVWUXWXUDomR ÀQDQFHLUD
YLD GD RSWLPL]DomR GH SURFHVVRV UHYLVmR GH FRQWUDFWRV H SURÀVVLRQDLV SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH FRPSHWrQFLDV
9DOHGH=DPEH]HQRYDORUGH07PLOK}HVHGR)XQGR GHVIDYRUHFLGDVSHORDPELHQWHPDFURHFRQyPLFRVREUHWXGR
VHOHFomRFULWHULRVDGRVIRUQHFHGRUHVGHEHQVHVHUYLoRV melhoria dos processos de gestão de Recursos Humanos, de
Nacional de Desenvolvimento Sustentável no valor de MT D PRELOL]DomR GH UHFXUVRV QR PHUFDGR LQWHUQDFLRQDO SDUD
ULVFRRSHUDFLRQDOGHFUpGLWRGHPHUFDGRHGHOLTXLGH]HSRU
PLOK}HV ÀQDQFLDU RV SURMHFWRV GH LQYHVWLPHQWRV LLL  DSUHFLDomR GD
Contudo, os custos de estrutura do Banco, que incorporam RXWURODGRLQYHVWLPHQWRQDLQIRUPDWL]DomRGR%DQFR
PRHGDQDFLRQDOGHVIDYRUiYHOSDUDR%DQFRGHYLGRjSRVLomR
os custos com pessoal, gastos gerais administrativos e as
iii. Adequação de provisões para perdas de imparidade para ORQJDHPPRHGDH[WHUQDWHQGRVHWUDGX]LGRHPSHUGDVGH
ID]HU IDFH j FRQMXQWXUD GR PHUFDGR FRUUHVSRQGHQGR reavaliação cambial na ordem de MT 64,8 milhões (2016:
a um custo anual de MT 81,2 milhões em 2017 (2016: *DQKRVGH07PLOK}HV LPSDFWRGRPDLRUUHIRUoRGDV
MT 42,1 milhões), em linha com uma prática de gestão imparidades na estrutura de custos do Banco.

Página 3
4 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

Custos com pessoal Empréstimos a clientes


Ao longo do ano de 2017, a Administração do Banco deu $HYROXomRGRVFXVWRVFRPSHVVRDOIDFHDRSHUtRGRKRPyORJR ­VHPHOKDQoDGRDQRDQWHULRURDQRGHIRLFDUDFWHUL]DGR GHMXURVGHFRQFHVVmRGHFUpGLWR
prioridade ao investimento em capital humano com vista a UHVXOWD L GDDFWXDOL]DomRGDWDEHODVDODULDOHPFRQVRQkQFLD pelo abrandamento da economia nacional, criando uma
JDUDQWLUVHDPDQXWHQomRGHXPSHVVRDODOLQKDGRDPLVVmRH FRP D SUiWLFD GR VHFWRU EDQFiULR LL  GD FRQWUDWDomR GH conjuntura operacional bastante problemática para os ‡ Manutenção dum balanço limitado em meticais, aliado
HVWUDWpJLDGR%DQFRDWUDYpVGDPHOKRULDGRVHXEHPHVWDU QRYRV FRODERUDGRUHV H LLL  JUDWLÀFDomR VLPEyOLFD DRV agentes económicos e desincentivando a concessão de ao elevado custo de captação de recursos de terceiros,
IRUPDomRHGHVHQYROYLPHQWRTXHFRQGX]LXDXPLQFUHPHQWR colaboradores pelo reconhecimento do seu desempenho FUpGLWR1HVWHFRQWH[WRGLItFLOSDUDDDFWLYLGDGHHPSUHVDULDO RTXHGHVDÀRXDVDPELo}HVGRFUHVFLPHQWRGR%DQFR
nos custos pessoal de MT 5,4 milhões para MT 169,6 milhões. meritório. bancária em particular, a evolução da carteira de crédito do
%DQFRIRLIRUWHPHQWHLQÁXHQFLDGDSHORVVHJXLQWHVDVSHFWRV O Banco terminou o exercício de 2017 com uma carteira bruta
de crédito de MT 1.341,1 milhões, o que representa a redução
Gastos Gerais Administrativos ‡ $XPHQWRGDVGLÀFXOGDGHVGRVFOLHQWHVQRFXPSULPHQWR GH  IDFH DR YDORU GH 07  PLOK}HV UHJLVWDGR QR
do serviço da dívida que ditou a subida do nível de período homólogo. Esta redução da carteira de crédito
2V JDVWRV JHUDLV DGPLQLVWUDWLYRV FLIUDUDPVH QD RUGHP GH que culminou com a saída do Banco na Taça da Liga BNI, sinistralidade e reprogramação dos planos de pagamento, UHVXOWDSDUDDOpPGRVIDFWRVVXSUDFLWDGRVGDH[HFXomRGDV
07PLOK}HVRTXHUHSUHVHQWDXPGHVYLRIDYRUiYHOGH XPD YH] TXH R REMHFWLYR GD SRSXODUL]DomR GD PDUFD FRPLPSDFWRQHJDWLYRQDWHVRXUDULDGR%DQFR JDUDQWLDV FRQVWLWXtGDV VREUH IDFLOLGDGHV GH ÀQDQFLDPHQWRV
IDFHDRYDORUGH07PLOK}HVUHJLVWDGRQRSHUtRGR %1, Mi WLQKD VLGR DOFDQoDGR HP  &RP HIHLWR DV TXH WRWDOL]DYDP R YDORU GH 07  PLOK}HV GHYLGR DR
homólogo. Contribuiu para a manutenção dos gastos gerais GHVSHVDV FRP 0DUNHWLQJ FLIUDUDPVH QD RUGHP GH 07 ‡ 5HGX]LGRQ~PHURGHSURMHFWRVGHLQYHVWLPHQWRFRPXPD incumprimento dos termos contratuais.
administrativos em níveis relativamente baixos em relação 13,4 milhões, muito abaixo de MT 39,7 milhões do WD[DGHUHWRUQRVXVWHQWiYHOIDFHjVDFWXDLVWD[DVDOWDV
aos registados no período homólogo, o decréscimo do volume SHUtRGRKRPyORJR
GHQHJyFLRTXHREULJRXDUHGHÀQLomRGRVSURFHVVRVHUHYLVmR Evolução da carteira de crédito (Milhões de MT)
GRVFRQWUDFWRVGHIRUQHFLPHQWRHVHUYLoRVGHWHUFHLURVFRP ‡ 5HGXomR GR Q~PHUR GH YLDJHQV QR kPELWR GH WUDEDOKR
YLVWDDJDUDQWLUVHXPDPDLRUHÀFLrQFLDRSHUDFLRQDOHXPD estabelecido em busca de parcerias internacionais e
correlação entre os proveitos e custos, com maior destaque RSRUWXQLGDGHV GH QHJyFLRV H PRELOL]DomR GH UHFXUVRV
para: EHP FRPR YLDJHQV GH IRUPDomR HP EHQHItFLR GH
SURJUDPDVGHIRUPDomRLQWHUQDVTXHFRQWULEXLXFRPXP
‡ Mudança da estratégia do Marketing adoptando uma GHVYLRIDYRUiYHOGH07PLOK}HV
abordagem de comunicação mais dirigida e relacional,

Gastos Gerais Administrativos

$UHGXomRGDFDUWHLUDGH&UpGLWRHPFRQGX]LXDXPD
Qualidade da Carteira de Crédito
DOWHUDomRPDLVIDYRUiYHOGDH[SRVLomRVHFWRULDOGDFDUWHLUD
GHFUpGLWRWHQGRRVHFWRUGHWUDQVSRUWHUHGX]LGRGHHP
A qualidade da carteira de Crédito do Banco, avaliada por
SDUDHPHRSHVRGRÀQDQFLDPHQWRjLQGXVWULD
crédito vencido sobre o total de crédito concedido, registou
PHOKRUDGRGHHPSDUDHPFRQIRUPHR
XPD GHWHULRUDomR DR À[DUVH HP  HP  IDFH D 
JUiÀFRTXHVHVHJXH
registado no período homólogo. A degradação da qualidade
Estrutura da carteira de Crédito (Milhões de MT) GH FUpGLWR UHÁHFWH DV GLItFHLV FRQGLo}HV HFRQyPLFDV TXH
VH YHULÀFDUDP H DV VXELGDV DFHQWXDGDV GDV WD[DV GH MXUR
GH PHUFDGR LQYLDELOL]DQGR RV SURMHFWRV GH LQYHVWLPHQWR
não obstante as medidas tomadas pelo Banco, em curso,
relacionadas com a recuperação e reestruturação de créditos
TXHDLQGDVLQDOL]DPYLDELOLGDGHÀQDQFHLUD
3DUDOHODPHQWH RV JDVWRV JHUDLV DGPLQLVWUDWLYRV IRUDP de MT 2,3 milhões, explicado pelo aumento do número de
SHQDOL]DGRV SHOD UHYLVmR HP DOWD GH SUHoRV TXH D PDLRULD FRODERUDGRUHV QR kPELWR GD FULDomR GH FRQGLo}HV VRFLDLV 1HVWH kPELWR H FRP EDVH QD SROtWLFD GH SURYLVLRQDPHQWR
GDVHPSUHVDVSURYHGRUHVGHEHQVHVHUYLoRVHIHFWXDPGHYLGR adequadas para a qualidade de vida dos colaboradores. prudente e criteriosa, o nível de cobertura do crédito total
jLQÁDomRHSHORDXPHQWRGRVFXVWRVFRPVHJXURVQDRUGHP SRULPSDULGDGHIRLGHHP  HRQtYHO
GH FREHUWXUD GR FUpGLWR YHQFLGR SRU LPSDULGDGH VLWXRXVH
Imparidade em 35%.

A imparidade do crédito (líquida de reversões e recuperação permanente e regular da adequação das provisões para
GHSHUGDV WRWDOL]RX07PLOK}HVRTXHUHSUHVHQWDXP SHUGDV SRU LPSDULGDGH GRV DFWLYRV ÀQDQFHLURV WHQGR HP
aumento de 67% em relação ao valor de MT 106,2 milhões FRQWDDSHUVLVWrQFLDGHULVFRVHLQFHUWH]DVHPGHWHUPLQDGRV
UHJLVWDGR QR SHUtRGR KRPyORJR H[SOLFDGR SHOR UHIRUoR GD sectores da economia nos quais os mutuários operam e da
imparidade individual na ordem de MT 97,8 milhões, bem prossecução de uma política de provisionamento prudente
como, pela constituição de imparidade sobre os outros e criteriosa.
3DVVLYRH)XQGRV3UySULRV
DFWLYRVQRPRQWDQWHGH07PLOK}HV&RQWXGRRUHIRUoR
GD LPSDULGDGH LQGLYLGXDO IRL DPRUWHFLGR SHOD UHGXomR GD &RPEDVHQXPDDQiOLVHLQGLYLGXDOGRVFOLHQWHVLGHQWLÀFRXVH 2DQRGHÀFDPDUFDGRSHODDOWHUDomRGRVLQVWUXPHQWRV LY RXWUDVH[LJLELOLGDGHVGHFXUWRSUD]RQRYDORUJOREDOGH
imparidade colectiva em MT 34,6 milhões que se deveu à TXHGDFDUWHLUDGHFUpGLWRHQFRQWUDVHQXPDVLWXDomR GHÀQDQFLDPHQWRVGREDODQoRGR%DQFRFRPDPRELOL]DomR MT 213 milhões, composto por impostos sobre rendimentos
diminuição da carteira de crédito em 107%. GH LPSDULGDGH R TXH UHSUHVHQWD XP DJUDYDPHQWR IDFH D de recursos consignados de parceiros de desenvolvimento, GLIHULGRVHQWUHRXWURVUHFXUVRVQmRUHPXQHUiYHLV
2,2% registado no período homólogo. GHVWDFDQGRVHD L OLQKDGHÀQDQFLDPHQWRGR,&'QRYDORU86'
A evolução da imparidade individual resulta do exercício PLOK}HV LL OLQKDGH$JURQHJyFLRHHPSUHHQGHGRULVPR 2V IXQGRV SUySULRV GR %DQFR FLIUDUDPVH QD RUGHP GH 07
(LAE) no valor de MT 410,0 milhões (desembolsado até a data 3.049,9 milhões, correspondente a um incremento de 8%
3RVLomR)LQDQFHLUD GREDODQoRRPRQWDQWHGH07PLOK}HV  LLL OLQKDGH IDFHDRYDORUGH07PLOK}HVGRSHUtRGRKRPyORJR2
ÀQDQFLDPHQWR GR 6867(17$ QR YDORU GH 07  PLOK}HV GHVYLRIDYRUiYHOGRVIXQGRVSUySULRVUHVXOWDGH
As adversidades macroeconómicas internas e externas pela execução de garantias no montante de MT 1.732,5 (desembolsado até a data do balanço o montante de MT
FRQGLFLRQDUDPRGHVHPSHQKRGR%DQFRQRTXHVHUHIHUHDV PLOK}HV 2V DFWLYRV ÀQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD  PLOK}HV  $ PRELOL]DomR GHVWHV UHFXUVRV FRPSHQVRX ‡ Retenção de 75% dos resultados líquidos do exercício de
metas de crescimento do volume de negócio, sobretudo no mantiveram o peso de 31% registado no período homólogo, o vencimento do Papel Comercial BNI 2016 no valor de MT  DSyV REVHUYkQFLD GD UHVHUYD OHJDO H GLVWULEXLomR
TXH WDQJH jV UHVWULo}HV GDV IRQWHV GH ÀQDQFLDPHQWRV SDUD enquanto que as aplicações em Outras Instituições de Crédito PLOPLOK}HV&RPHIHLWRRSDVVLYRGR%DQFRFLIURXVHQD GRVGLYLGHQGRVDRDFFLRQLVWD
GLQDPL]DU D DFWLYLGDGH GR %DQFR FRP PDLRU LPSDFWR QR WLYHUDP XPD FRQWULEXLomR GH   2 %DQFR IHFKRX R ordem de MT 2.633,8 milhões em 2017, perto de MT 2.759,4
ÀQDQFLDPHQWR GRV SURMHFWRV GH LQYHVWLPHQWR &RQWXGR R exercício sem aplicações em outras instituições de crédito). milhões registado no período homólogo. ‡ 5HJLVWRGHMXVWRYDORUIDYRUiYHOQRYDORUOtTXLGRGH07
DFWLYRGR%DQFRUHJLVWRXXPDXPHQWRWtPLGRGHDRÀ[DU PLOK}HVFRPRUHVXOWDGRGDWHQGrQFLDGHGHVFLGD
VHHP07PLOK}HVHPIDFHD07PLOK}HV O Banco terminou o exercício com níveis elevados de O passivo do Banco, no montante de MT 2.633,8 milhões, é GDVWD[DVGHMXURGHPHUFDGRFRPHIHLWRIDYRUiYHOQRV
de 2016. GLVSRQLELOLGDGHV MXVWLÀFDGR SHORV UHFXUVRV PRELOL]DGRV QR FRPSRVWRSRU L 2EULJDo}HV&RUSRUDWLYDV%1,QRYDORU DFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD1RHQWDQWR
último trimestre do ano no montante de USD 20,0 milhões GH07PLOK}HV LL UHFXUVRVFRQVLJQDGRVQRPRQWDQWH o justo valor melhorou de MT 137,9 milhões em 2016
2 DQR GH  IRL FDUDFWHUL]DGR SHOD DOWHUDomR HVWUXWXUDO que estavam em processo de aplicação em projectos de JOREDOGH07PLOK}HV LLL UHFXUVRVGHFXUWRSUD]RGH para MT 72,1 milhões em 2017.
da carteira dos activos do Banco, tendo o peso da carteira LQYHVWLPHQWRV VHQGR TXH QR LQtFLR GR DQR GH  IRL RXWUDVLQVWLWXLo}HVGHFUpGLWRQRYDORUGH07PLOK}HV
GHFUpGLWRQDHVWUXWXUDGRVDFWLYRVUHGX]LGRHPGH07 DSOLFDGR R YDORU GH 86'  PLOK}HV QR VHFWRU GH $JUR
PLOK}HVHPSDUD07PLOK}HVMXVWLÀFDGR negócios. Fundos Próprios 2017 2016

Composição do activo total (Milhões de Meticais) MT MT

Capital social ordinário 2.240.000.000 2.240.000.000

Resultados transitados 570.430.226 304.247.165

Reserva de justo valor (72.117.829) (137.927.142)

Outras reservas 123.807.572 70.564.934


Resultado do exercício 187.827.507 354.950.924

Total dos fundos próprios 3.049.947.476 2.831.835.880

Indicadores de desempenho

&RPR UHVXOWDGR GR UHJLVWR GH XP GHVHPSHQKR ÀQDQFHLUR ‡ 2 5iFLR GH (ÀFLrQFLD PHGLGR SHORV FXVWRV GH
abaixo dos níveis registados no período homólogo, os WUDQVIRUPDomR VREUH R 3URGXWR %DQFiULR UHJLVWRX XPD
LQGLFDGRUHV ÀQDQFHLURV QD VXD JOREDOLGDGH UHJLVWDUDP XP OLJHLUDGHJUDGDomRDRÀ[DUVHHPIDFHD
desvio negativo, com destaque para: GRSHUtRGRKRPyORJR

‡ $5HQGLELOLGDGHGRV$FWLYRV0pGLRV 52$$ FLIURXVHQD ‡ O Rácio de adequação do capital, calculado de acordo


No conjunto da estrutura dos activos do Banco, 74% (2016: ordem de 3,33%, abaixo de 5,78% registado no período FRPD%DVLOHLD,,FLIURXVHQDRUGHPGHDEDL[R
  p FRQVWLWXtGR SRU DFWLYRV ÀQDQFHLURV UHPXQHUiYHLV H KRPyORJR GHUHJLVWDGRQRSHUtRGRKRPyORJRHHQFRQWUDVH
26% em não remuneráveis. HPQtYHLVFRQIRUWiYHLVTXDQGRFRPSDUDGRFRPRPtQLPR
‡ A Rendibilidade dos Capitais Próprios Médios (ROAE) de 8% exigido pelo regulador, bem como dos 9% exigido
À[RXVHQDRUGHPGHDEDL[RGHUHJLVWDGR para o ano de 2018.
QRSHUtRGRKRPyORJR

Página 4
Savana 20-04-2018 5
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais


RELATÓRIO E CONTAS 2017
Rendibilidade 2017 (Ano) 2016 (Ano) 'HPRQVWUDo}HV)LQDQFHLUDV
'HPRQVWUDomRGR5HQGLPHQWR,QWHJUDOSDUDRVH[HUFtFLRVÀQGRVHPGH'H]HPEURGHH
Rendibilidade dos Activos Médios (ROAA) 3,33% 5,78%
Rendibilidade dos Capitais Médios (ROAE) 6,39% 12,59% Notas 2017 2016
10,85% Juros e proveitos similares 4 766.548.917 655.894.289
Produto Bancário/ Activo Líquido Médio 14,16%
Juros e encargos similares 4 (135.706.894) (117.003.162)
6ROYrQFLD 2017 (Ano) 2016 (Ano) Margem Financeira 630.842.023 538.891.127

Rácio de Solvabilidade regulamentar 30,86% 36,21% Rendimentos de instrumentos de capital 5 15.856.870 17.289.181

Resultado líquido de taxas e comissões 6 50.859.268 218.403.235


5iFLRGH/LTXLGH]UHJXODPHQWDU 224,08% 38,02%
Resultado líquido de operações cambiais 7 (73.760.795) 95.855.333

Outros proveitos e custos operacionais 8 (11.974.713) (778.261)


(ÀFLrQFLD 2017 (Ano) 2016 (Ano)
Produto bancário 611.822.653 869.660.616
0DUJHP)LQDQFHLUD$FWLYR5HPXQHUDGR 13,89% 11,48%
Imparidade de crédito 14 (73.041.534) (42.094.665)
&XVWRVGH7UDQVIRUPDomR3URGXWR%DQFiULR 43,32% 39,59%
,PSDULGDGHGHRXWURVDFWLYRVÀQDQFHLURV 20 (8.162.411) 
Custos com Pessoal/ Produto Bancário 27,73% 18,88%
Gastos com pessoal 9 (169.648.939) (164.176.394)

Descrição 2017 (Ano) 2016 (Ano) Outros gastos administrativos 10 (79.015.817) (115.135.270)

$PRUWL]Do}HV 16 e 17 (16.377.791) (22.881.135)


Lucro antes de impostos 265.576.160 525.373.152
Custos operacionais (346.246.492) (344.287.464)
/XFUROtTXLGR 3UHMXt]RV GRDQR 187.827.507 354.950.924
Resultados antes de impostos 265.576.160 525.373.152
Activo total líquido 5.683.740.060 5.591.237.111 Imposto sobre o rendimento (77.748.654) (170.422.228)
Capital próprio 3.049.947.475 2.831.835.880 Impostos correntes 18 (98.489.293) (137.165.606)

Depósitos de clientes 213.070.777 54.164.637 ,PSRVWRVGLIHULGRV 19 20.740.639 (33.256.622)

Lucro do exercício 187.827.507 354.950.924


Carteira de crédito 1.362.947.558 2.932.944.711
Outro rendimento integral
Produto Bancário 611.822.653 869.660.616
,WHQVTXHSRGHPVHUSRVWHULDPHQWHUHFODVVLÀFDGRVSDUDUHVXOWDGRV
0DUJHPÀQDQFHLUD 630.842.023 538.891.127
$OWHUDo}HVGHMXVWRYDORUGHDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 25 96.778.402 (434.837.068)
Margem complementar (19.019.370) 330.769.488 ,PSRVWRVGLIHULGRV 25 (30.969.088) 139.147.862

&XVWRVGHWUDQVIRUPDomR 265.042.547 344.287.464 Total de rendimento integral 253.636.820 59.261.718

Custos com pessoal 169.648.939 164.176.394

Activo remunerado 4.540.834.264 4.694.208.785

'HPRQVWUDomRGD3RVLomR)LQDQFHLUDSDUDRVH[HUFtFLRVÀQGRVHPGH'H]HPEURGHH

Notas 2017 2016

MT MT
Activo

Caixa e disponibilidade em bancos centrais 11 29.225.263 297.954.244

Disponibilidade em outras instituições de crédito 12 729.711.131 48.723.053

Aplicações em instituições de crédito 13 1.145.364.850 



Empréstimos a clientes 14 1.362.947.558 2.932.944.711

$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 15 1.719.893.382 1.712.541.021

Propriedades e equipamento 16 427.464.326 438.224.475

Activos intangíveis 17 910.279 1.080.820

Activos por impostos correntes 18 99.801.767 57.953.353

$FWLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 19 97.478.564 64.906.890,31

Outros Activos 20 70.942.943 36.908.545

Total de Activo 5.683.740.601 5.591.237.111

Fundos Próprios e Passivo

Fundos Próprios

Capital Social ordinária 21 2.240.000.000 2.240.000.000


Resultados transitados 23 570.430.226 304.247.165

Reservas de justo valor 24 (72.117.829) (137.927.142)

Outras reservas 23 123.807.572 70.564.934

Resultado do exercício 187.827.507 354.950.924

Total dos Fundos Próprios 3.049.947.475 2.831.835.881

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 25 1.326.619.640 291.028.468


Recursos de clientes 26 213.070.777 54.164.637

Responsabilidades representadas por títulos 27 534.010.601 2.227.502.048

Recursos consignados 28 347.010.378 

Passivos por impostos correntes 18  60.775.713

3DVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 19 102.890.900 60.090.777

Outras exigibilidades 29 110.190.285 65.839.585

Total do Passivo 2.633.792.582 2.759.401.228

Total de Passivo e Fundos Próprios 5.683.740.061 5.591.237.110

Página 5
6 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

'HPRQVWUDomRGDV$OWHUDo}HVQD6LWXDomR/tTXLGDSDUDRVH[HUFtFLRVÀQGRVHPGH'H]HPEURGHH

Capital Reserva de justo valor Resultados


Nota Reserva Legal Resultado líquido do Total de fundos
transitados exercício próprios

MT MT MT MT MT MT

Saldo em 1 de Janeiro de 2016 2.240.000.000 157.762.064 30.570.299 53.917.181 323.653.481 2.805.903.025

Rendimento Integral 

Outro rendimento integral

Alterações de justo valor de activos disponíveis para venda (434.837.068) (434.837.068)

,PSRVWRVGLIHULGRV 139.147.862 139.147.862

Lucro do exercício 354.950.924 354.950.924

Total de rendimento integral reconhecido no exercício 2.240.000.000 (137.927.142) 30.570.299 53.917.181 678.604.406 2.865.164.744

5HIRUoRGDUHVHUYDOHJDO 39.994.635 (39.994.635) 

Dividendos aos accionistas (33.328.863) (33.328.863)

7UDQVIHUrQFLDGHUHVXOWDGRVSDUDUHVXOWDGRVDFXPXODGRV 250.329.984 (250.329.984) 

6DOGRHPGH'H]HPEURGH 2.240.000.000 (137.927.142) 70.564.934 304.247.165 354.950.924 2.831.835.881

Rendimento Integral
Outro rendimento integral

Alterações de justo valor de activos disponívies para venda 24 96.778.402 96.778.402

,PSRVWRVGLIHULGRV 24 (30.969.088) (30.969.088)


Lucro do exercício 187.827.507 187.827.507

Total de rendimento integral reconhecido no exercício 2.240.000.000 (72.117.829) 70.564.934 304.247.165 542.778.431 3.085.472.701

5HIRUoRGDUHVHUYDOHJDO 22 53.242.638 (53.242.638) 

Dividendos aos accionistas 22 (35.525.225) (35.525.225)

7UDQVIHUrQFLDGHUHVXOWDGRVSDUDUHVXOWDGRVDFXPXODGRV 22 266.183.060 (266.183.060) 

6DOGRHPGH'H]HPEURGH 2.240.000.000 (72.117.829) 123.807.572 570.430.225 187.827.508 3.049.947.474

'HPRQVWUDomRGRV)OX[RVGH&DL[DSDUDRVH[HUFtFLRVÀQGRVHPGH'H]HPEURGHH
Nota 2017 2016
MT MT
Fluxos de caixa de actividades operacionais
Juros, comissões e outros rendimentos recebidos 904.293.722 1.150.431.300
Juros, comissões e outros gastos pagos (116.726.155) (678.565.458)
3DJDPHQWRDHPSUHJDGRVHIRUQHFHGRUHV (175.318.452) (249.964.808)
)OX[ROtTXLGRSURYHQLHQWHGHUHQGLPHQWRVHJDVWRV 612.249.116 221.901.035

Variação nos activos e passivos operacionais


Diminuições/ (aumentos) em:
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 90.637.400 473.098.200
Crédito a clientes 1.380.464.656 (255.099.501)
Recursos de clientes 158.906.140 (1.874.814.953)
Recursos de outras instituições de crédito 1.024.900.000 (1.393.185.000)

Responsabilidades representadas por títulos (1.715.845.500) 2.215.845.500


Recursos consignados 347.010.378 
Outros activos 18 (42.196.809) (1.350.420)
Impostos pagos 18 (176.184.451) (113.413.953)
Imposto pago sobre juros de aplicaç}HVH$)'9 (24.851.416) (25.983.692)
)OX[ROtTXLGRSURYHQLHQWHGHDFWLYRVHSDVVLYRVRSHUDFLRQDLV 1.042.840.398 (974.903.819)
7RWDOGHÁX[RVGHFDL[DOtTXLGRVGHDFWLYLGDGHVRSHUDFLRQDLV 1.655.089.514 (753.002.785)

Fluxo de caixa de actividades de investimento


Aquisições de activos tangíveis e activos intangíveis 16 e 17 (6.217.933) (6.721.311)
Perdas em abates de activos tangíveis 5.078.963 (1.775.076)

)OX[ROtTXLGRGDVDFWLYLGDGHVGHLQYHVWLPHQWR (1.138.970) (8.496.387)

)OX[RGHFDL[DGHDFWLYLGDGHVGHÀQDQFLDPHQWR
Dividendos pagos (68.854.088) 

)OX[RGHFDL[DGHDFWLYLGDGHVGHÀQDQFLDPHQWR (68.854.088) 

9DULDomROtTXLGDHPFDL[DHVHXVHTXLYDOHQWHV 1.585.096.456 (761.499.172)

(IHLWRVGHDOWHUDomRGDWD[DGHFkPELRHPFDL[DHVHXVHTXLYDOHQWHV (27.472.509) (29.527.964)

Caixa e seus equivalentes no início do período 346.677.296 1.137.704.432

&DL[DHVHXVHTXLYDOHQWHVQRÀPGRSHUtRGR 1.904.301.243 346.677.296

Reconciliação de caixa e seus equivalentes

Caixa e depósitos no Banco Central 29.225.263 297.954.244


Disponibilidade sobre instituições de crédito 12 729.711.131 48.723.053
Aplicações em instituições de crédito excluindo juros a receber 1.145.364.850 
Total 1.904.301.243 346.677.296

Página 6
Savana 20-04-2018 7
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais


RELATÓRIO E CONTAS 2017
1RWDVjVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDV ‡ IAS 40 (alteração)  ¶7UDQVIHUrQFLD GH SURSULHGDGHV SDVVLYRV SRU LPSRVWR VREUH R UHQGLPHQWR j OX] GD ,$6
'RH[HUFtFLRÀQGRHPGH'H]HPEURGH de investimento’: Esta alteração ainda está sujeita ao HQmRGD,$6²´3URYLV}HVSDVVLYRVFRQWLQJHQWHV
processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração HDFWLYRVFRQWLQJHQWHVµFRPEDVHQRYDORUHVSHUDGRRX
1. Incorporação e actividades Março de 2018. FODULÀFD TXH RV DFWLYRV Vy SRGHP VHU WUDQVIHULGRV GH RYDORUPDLVSURYiYHO$DSOLFDomRGD,)5,&SRGHVHU
e para a categoria de propriedades de investimentos UHWURVSHFWLYDRXUHWURVSHWLYDPRGLÀFDGD2%DQFRHVWi
2 %DQFR 1DFLRQDO GH ,QYHVWLPHQWR 6$ IRL FRQVWLWXtGR 2.1.1 Moeda funcional e de apresentação TXDQGRH[LVWDHYLGrQFLDGDDOWHUDomRGHXVR$SHQDVD em processo de avaliação do impacto.
em 14 de Junho de 2010 e tem sua sede na Avenida DOWHUDomR GD LQWHQomR GD JHVWmR QmR p VXÀFLHQWH SDUD
Julius Nyerere, nº 3504 Bloco A2, em Maputo. O Banco $ PRHGD IXQFLRQDO GR %DQFR p R 0HWLFDO VHQGR D PRHGD HIHFWXDU D WUDQVIHUrQFLD$ DGRSWomR GHVWD QRUPD QmR 2.2 Síntese das principais políticas contabilísticas
é participado em 100% pelo Instituto de Gestão de predominante do ambiente económico em que o Banco WHUiLPSDFWRQDVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVGR%DQFR
Participações do Estado e iniciou a actividade em 20 de opera e a moeda em que os seus registos contabilísticos são As principais políticas contabilísticas durante o exercício de
Junho de 2011. PDQWLGRV $V GHPRQVWUDo}HV ÀQDQFHLUDV VmR DSUHVHQWDGDV ‡ IFRS 2 (alteração)  ¶&ODVVLÀFDomR H PHQVXUDomR GH IRUDPDVVHJXLQWHV
em meticais, arredondadas para a unidade do Metical (MT) transações de pagamentos baseados em acções’: Esta
2%DQFRWHPSRUREMHFWRVRFLDODUHDOL]DomRGHDFWLYLGDGHV mais próxima. alteração ainda está sujeita ao processo de endosso (a) Operações em moeda estrangeira
de banca de desenvolvimento e de investimento, visando SHOD 8QLmR (XURSHLD (VWD DOWHUDomR FODULÀFD D EDVH
apoiar o desenvolvimento da economia moçambicana, 2.1.2 Estimativas e julgamentos de mensuração para as transações de pagamentos As operações em moeda estrangeira são convertidas mediante
LQWHUYLQGR HVVHQFLDOPHQWH QR ÀQDQFLDPHQWR H EDVHDGRVHPDFo}HVOLTXLGDGDVÀQDQFHLUDPHQWH ´FDVK DXWLOL]DomRGDWD[DGHFkPELRHPYLJRUjGDWDGDRSHUDomR
aconselhamento de todos os projectos que contribuam $ SUHSDUDomR GDV GHPRQVWUDo}HV ÀQDQFHLUDV UHTXHU TXH R VHWWOHGµ HDFRQWDELOL]DomRGHPRGLÀFDo}HVDXPSODQR Os activos e passivos monetários denominados em moeda
SDUD D GLQDPL]DomR H GHVHQYROYLPHQWR VXVWHQWiYHO GH &RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRIRUPXOHMXOJDPHQWRVHVWLPDWLYDV de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua HVWUDQJHLUDVmRFRQYHUWLGRVjWD[DGHFkPELRHPYLJRUjGDWD
Moçambique. H SUHVVXSRVWRV TXH DIHFWDP D DSOLFDomR GDV SROtWLFDV FODVVLÀFDomR GH OLTXLGDGR ÀQDQFHLUDPHQWH ´&DVK GREDODQoR$VGLIHUHQoDVFDPELDLVUHVXOWDQWHVGDFRQYHUVmR
contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e VHWWOHGµ  SDUD OLTXLGDGR FRP FDSLWDO SUySULR ´HTXLW\ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.
2. Base de preparação e síntese das principais políticas FXVWRV UHSRUWDGRV 2V UHVXOWDGRV DFWXDLV SRGHP GLIHULU GDV VHWWOHGµ 3DUDDOpPGLVVRLQWURGX]XPDH[FHSomRDRV Os activos e passivos não monetários denominados em
contabilísticas estimativas. SULQFtSLRVGD,)56TXHSDVVDDH[LJLUTXHXPSODQRGH moeda estrangeira que sejam determinados pelo seu custo
pagamentos baseado em acções seja tratado como se KLVWyULFRVmRFRQYHUWLGRVjWD[DGHFkPELRHPYLJRUjGDWD
2.1 Base de preparação As estimativas e os pressupostos subjacentes são revistos IRVVHWRWDOPHQWHOLTXLGDGRFRPFDSLWDOSUySULR ´HTXLW\ da correspondente operação.
numa base contínua. As revisões às estimativas contabilísticas VHWWOHGµ  TXDQGR R HPSUHJDGRU VHMD REULJDGR D UHWHU
$VGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVIRUDPSUHSDUDGDVGHDFRUGR são reconhecidas no período em que a estimativa seja objecto XP PRQWDQWH GH LPSRVWR DR IXQFLRQiULR H SDJDU HVVD (b) Juros
FRP DV 1RUPDV ,QWHUQDFLRQDLV GH 5HODWR )LQDQFHLUR GHUHYLVmRHHPWRGRVRVSHUtRGRVTXHIXWXUDPHQWHYHQKDP TXDQWLDjDXWRULGDGHÀVFDO$DGRSWomRGHVWDQRUPDQmR
,)56  HPLWLGDV SHOR &RPLWp ,QWHUQDFLRQDO GH 1RUPDV GH DVHUDIHFWDGRV(PSDUWLFXODUDLQIRUPDomRUHVSHLWDQWHjV WHUiLPSDFWRQDVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVGR%DQFR $V UHFHLWDV H GHVSHVDV ÀQDQFHLUDV VmR UHFRQKHFLGDV QD
Contabilidade. iUHDV VLJQLÀFDWLYDV GH HVWLPDWLYD LQFHUWD H D MXOJDPHQWRV GHPRQVWUDomR GHUHVXOWDGRVDRFXVWRDPRUWL]DGRPHGLDQWH
críticos na aplicação de políticas contabilísticas que tenham ‡ IFRS 9 (alteração)  ¶(OHPHQWRV GH SUpSDJDPHQWR DXWLOL]DomRGDWD[DGHMXURHIHFWLYD
$V ,)56 VmR DV QRUPDV H LQWHUSUHWDo}HV DGRSWDGDV SHOR XP HIHLWR PDLV VLJQLÀFDWLYR QR YDORU UHFRQKHFLGR QDV com compensação: Esta alteração ainda está sujeita ao
International Accounting Standards Board (IASB) que GHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVVmRGHVFULWRVQD1RWD processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração $ WD[D GH MXUR HIHFWLYD FRUUHVSRQGH j WD[D TXH GHVFRQWD
FRPSUHHQGHPDV1RUPDV,QWHUQDFLRQDLVGH5HODWR)LQDQFHLUR LQWURGX]DSRVVLELOLGDGHGHFODVVLÀFDUDFWLYRVÀQDQFHLURV exactamente os pagamentos ou recebimentos de caixa
,)56  DV 1RUPDV ,QWHUQDFLRQDLV GH &RQWDELOLGDGH ,$6  H 2.1.3 Alterações nas políticas contabilísticas e divulgações FRP FRQGLo}HV GH SUpSDJDPHQWR FRP FRPSHQVDomR HVWLPDGRV IXWXURV GXUDQWH D YLGD HVWLPDGD GR DFWLYR RX
as Interpretações emitidas pelo Internacional Financial QHJDWLYD DR FXVWR DPRUWL]DGR GHVGH TXH VH YHULÀTXH SDVVLYR ÀQDQFHLUR RX TXDQGR DSURSULDGR XP SHUtRGR
Reporting Interpretation Committee ,)5,&  RX SHOR Não houve alterações nas políticas contabilísticas do Banco. R FXPSULPHQWR GH FRQGLo}HV HVSHFtÀFDV HP YH] GH mais curto) para o valor líquido contabilístico do activo ou
anterior Standard Interpretation Committee (SIC). 'LYHUVDV QRUPDV QRYDV HPHQGDV H LQWHUSUHWDo}HV WrP VHUFODVVLÀFDGRDRMXVWRYDORUDWUDYpVGHUHVXOWDGRV2 SDVVLYR ÀQDQFHLUR $ WD[D GH MXUR HIHFWLYD p HVWDEHOHFLGD
YLQGRDVRIUHUDOWHUDo}HV(VWDVHQFRQWUDPVHUHVXPLGDVGH Banco está em processo de avaliação do impacto. no momento do reconhecimento inicial do activo ou passivo
$DXWRUL]DomRSDUDDHPLVVmRGDVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDV seguida: ÀQDQFHLURQmRVHQGRREMHFWRGHUHYLVmRVXEVHTXHQWH
IRL FRQFHGLGD SHOR &RQVHOKR GH$GPLQLVWUDomR HP  GH ‡ IAS 28 (alteração) ¶,QYHVWLPHQWRVGHORQJRSUD]RHP
associadas e empreendimentos conjuntos’: Esta alteração 2FiOFXORGDWD[DGHMXURHIHFWLYDLQFOXLWRGDVDVWD[DVSDJDV
'HVFULomR Alteração 'DWDHIHFWLYD ainda está sujeita ao processo de endosso pela União ou recebidas, custos de transacção e todos os descontos ou
(XURSHLD(VWDDOWHUDomRFODULÀFDTXHRVLQYHVWLPHQWRV SUpPLRVTXHVHMDPSDUWHLQWHJUDQWHGDWD[DGHMXURHIHFWLYD
1RUPDVHIHFWLYDVHPGH'H]HPEURGH
GH ORQJRSUD]R HP DVVRFLDGDV H HPSUHHQGLPHQWRV Os custos de transacção representam custos marginais
,$6'HPRQVWUDomRGRVÁX[RVGHFDL[D 5HFRQFLOLDomRGDVDOWHUDo}HVQRSDVVLYRGHÀQDQFLDPHQWR
FRPRVÁX[RVGHFDL[DGDVDFWLYLGDGHVGHÀQDQFLDPHQWR
1 de Janeiro de 2017 conjuntos (componentes do investimento de uma directamente atribuíveis à aquisição, emissão ou venda de
5HJLVWR GH LPSRVWRV GLIHULGRV DFWLYRV VREUH RV
entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), XPDFWLYRRXSDVVLYRÀQDQFHLUR
1 de Janeiro de 2017
,$6,PSRVWRVREUHRUHQGLPHQWR
activos mensurados ao justo valor. que não estão a ser mensurados através do método de
Normas que se tornam efectivas, em ou após 1 de janeiro de 2018, já endossadas pela UE HTXLYDOrQFLDSDWULPRQLDOVmRFRQWDELOL]DGRVVHJXQGRD (c) Receita de taxas e comissões
Nova norma para o tratamento contabilístico de
,)56  HVWDQGR VXMHLWRV DR PRGHOR GH LPSDULGDGH GDV
,)56,QVWUXPHQWRV)LQDQFHLURV 1 de Janeiro de 2018
LQVWUXPHQWRVÀQDQFHLURV perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade $V RXWUDV GHVSHVDV GH WD[DV H FRPLVV}HV UHIHUHPVH
Reconhecimento do rédito relacionado com a entrega de ao investimento como um todo. A adoptção desta norma principalmente, às taxas de transacção e serviços, as quais
,)565pGLWRGHFRQWUDWRFRPFOLHQWHV activos e prestação de serviços, pela aplicação do método 1 de Janeiro de 2018
das 5 etapas. QmR WHUi LPSDFWR QDV GHPRQVWUDo}HV ÀQDQFHLUDV GR são reconhecidas como despesas à medida que os serviços
Indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações Banco. IRUHPVHQGRUHFHELGRV
,)565pGLWRGHFRQWUDWRFRPFOLHQWHV 1 de Janeiro de 2018
de desempenho de um contrato.

Normas e interpretações que se tornam efetivas, em ou após 1 de janeiro de 2018, ainda não endossadas pela EU b) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios (d) Proveitos líquidos de operações em moeda estrangeira
a) Normas que iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019).
0HOKRULDVjVQRUPDV²
Os proveitos líquidos de operações em moeda estrangeira
(VWHFLFORGHPHOKRULDVDIHWDRVVHJXLQWHVQRUPDWLYRV,)56
,$6,PSRVWRVREUHRUHQGLPHQWR
,)56H,$6
1 de Janeiro de 2018 ‡ IAS 23  &XVWRV GH HPSUpVWLPRV REWLGRV (VWH FLFOR GH incluem os lucros e perdas que resultam de transacções de
,$63URSULHGDGHVGHLQYHVWLPHQWRV
&ODULÀFDomR GD WUDQVIHUrQFLDV GH DFWLYRV GH H SDUD D
1 de Janeiro de 2018
melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso FRPHUFLDOL]DomR GH PRHGD HVWUDQJHLUD H GD FRQYHUVmR GH
categoria de propriedades de investimento. SHOD 8QLmR (XURSHLD (VWD PHOKRULD FODULÀFD TXH RV itens monetários denominados em moeda estrangeira.
&ODULÀFD D EDVH GH PHQVXUDomR SDUD DV WUDQVDções de
,)56   &ODVVLÀFDção e mensuração de transações de pagamentos HPSUpVWLPRVHVSHFtÀFRVREWLGRVTXHDLQGDSHUPDQHoDP
pagamentos baseados em açõesOLTXLGDGDVÀQDQFHLUDPHQWH 1 de Janeiro de 2018
baseados em ações
HDVXDFRQWDELOL]DomR HPDEHUWRDSyVRVDFWLYRVTXDOLÀFiYHLVDTXHUHVSHLWDP (e) Caixa e equivalentes de caixa no Banco Central
,)56,QVWUXPHQWRV)LQDQFHLURV
,QWURGX]DSRVVLELOLGDGHGHFODVVLÀFDUDWLYRVÀQDQFHLURVFRP
condições de préSDJDPHQWRFRPFRPSHQVDomRQHJDWLYD
1 de Janeiro de 2018 estarem na sua condição de uso ou venda, devem ser
&ODULÀFDTXHRVLQYHVWLPHQWRVGHORQJRSUD]RHPDVVRFLDGDV
adicionados aos empréstimos genéricos para calcular a A caixa e seus equivalentes registam os valores de balanço
,$6,QYHVWLPHQWRVGHORQJRSUD]RDVVRFLDGDVHHPSUHHQGLPHQWRVFRQMXQWRV e empreendimentos conjuntos, que não estão a ser
1 de Janeiro de 2018
WD[DGHMXURPpGLDGHFDSLWDOL]DomRQRVRXWURVDFWLYRV FRP PDWXULGDGH LQIHULRU D WUrV PHVHV D FRQWDU GD GDWD GH
mensurados através do méWRGRGHHTXLYDOrQFLDSDWULPRQLDO
VmRFRQWDELOL]DGRVVHJXQGRD,)56
TXDOLÀFiYHLV balanço, assim como os depósitos no Banco Central.
0HOKRULDVjVQRUPDV
b) Interpretações ‡ IAS 12  ,PSRVWRV VREUH R UHQGLPHQWR (VWH FLFOR GH I $FWLYRV)LQDQFHLURV
,)5,&7UDQVDo}HVHPPRHGDHVWUDQJHLUDHFRQWUDSUHVWDomRDGLDQWDGD
7D[D GH FkPELR D DSOLFDU TXDQGR D FRQWUDSUHVWDomR p
1 de Janeiro de 2018
melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela
recebida ou paga antecipadamente.
8QLmR(XURSHLD(VWDPHOKRULDFODULÀFDTXHRVLPSDFWRV $FODVVLÀFDomRGHLQVWUXPHQWRVÀQDQFHLURVQRUHFRQKHFLPHQWR
,)5,&,QFHUWH]DVREUHRWUDWDPHQWRGH,PSRVWRVREUHRUHQGLPHQWR ,QWHUSUHWDFDRj,$6,PSRVWRVREUHRUHQGLPHQWRV 1 de Janeiro de 2018 ÀVFDLVGRVGLYLGHQGRVVmRUHFRQKHFLGRVQDGDWDHPTXHD LQLFLDO GHSHQGH GR REMHFWLYR SDUD R TXDO R LQVWUXPHQWR IRL
entidade regista a responsabilidade pelo pagamento de adquirido bem como das suas características.
dividendos, os quais são reconhecidos no resultado do
1. Normas efectivas a 1 de janeiro de 2017 GHPRQVWUDo}HV ÀQDQFHLUDV GR %DQFR XPD YH] TXH R
exercício, no outro rendimento integral ou em capital, 2%DQFRFODVVLÀFDRVVHXVDFWLYRVÀQDQFHLURVGHDFRUGRFRP
%DQFRYLQKDUHFRQKHFHQGRRUpGLWRPHGLDQWHVDWLVIDomR
consoante a transação ou evento que deu origem aos as seguintes categorias: empréstimos e contas a receber e
‡ IAS 7  'HPRQVWUDomR GRV ÁX[RV GH FDL[D (VWD dos entregáveis parciais acordados com o cliente.
dividendos. DFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD
DOWHUDomRLQWURGX]XPDGLYXOJDomRDGLFLRQDOVREUHDV
YDULDo}HVGRVSDVVLYRVGHÀQDQFLDPHQWRGHVDJUHJDGRV ‡ Alterações à IFRS 15¶5pGLWRGHFRQWUDWRVFRPFOLHQWHV·
‡ IFRS 3  &RQFHQWUDo}HV GH DWLYLGDGHV HPSUHVDULDLV H Empréstimos e contas a receber
entre as transacções que deram origem a movimentos (VWDV DOWHUDo}HV UHIHUHPVH jV LQGLFDo}HV DGLFLRQDLV D
IFRS 11 ¶$FRUGRV FRQMXQWRV· (VWH FLFOR GH PHOKRULDV
GHFDL[DHDVTXHQmRHDIRUPDFRPRHVWDLQIRUPDomR seguir para determinar as obrigações de desempenho
ainda está sujeito ao processo de endosso pela União 2V HPSUpVWLPRV H FRQWDV D UHFHEHU VmR DFWLYRV ÀQDQFHLURV
FRQFLOLD FRP RV ÁX[RV GH FDL[D GDV DFWLYLGDGHV GH de um contrato, ao momento do reconhecimento do
(XURSHLD(VWDVPHOKRULDVFODULÀFDPTXHL QDREWHQomR FRPSDJDPHQWRVÀ[RVRXGHWHUPLQiYHLVPDWXULGDGHÀ[DH
ÀQDQFLDPHQWRGD'HPRQVWUDomRGR)OX[RGH&DL[D$ rédito de uma licença de propriedade intelectual, à
de controlo sobre um negócio que é uma operação não cotados em mercados activos. Esta categoria abrange
adoptação desta norma não teve impacto material nas UHYLVmR GRV LQGLFDGRUHV SDUD D FODVVLÀFDomR GD UHODomR
conjunta os interesses detidos anteriormente pelo os créditos concedidos pelo Banco a Instituições de Crédito.
GHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVGR%DQFR principal versus agente e aos novos regimes previstos
LQYHVWLGRU VmR PHQVXUDGRV DR MXVWR YDORU LL  TXDQGR
SDUDVLPSOLÀFDUDWUDQVLomR2%DQFRHVWiHPSURFHVVR
um investidor numa operação conjunta, que não exerce No momento inicial, estes activos são registados ao justo
‡ IAS 12²,PSRVWRVREUHRUHQGLPHQWR(VWDDOWHUDomR de avaliação do impacto.
controlo conjunto, obtém controlo conjunto numa valor que, em geral, corresponde no momento inicial ao valor
ainda está sujeita ao processo de endosso pela IASB.
operação conjunta que é um negócio, o interesse detido de transacção e inclui comissões, taxas ou outros custos e
(VWDDOWHUDomRFODULÀFDDIRUPDGHFRQWDELOL]DULPSRVWRV 3. Normas e interpretações que se tornam efetivas, em ou
anteriormente não é mensurado. proveitos associados às operações de crédito.
GLIHULGRVDFWLYRVUHODFLRQDGRVFRPDFWLYRVPHQVXUDGRV após 1 de janeiro de 2018, ainda não endossadas pela EU
ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis a) Melhorias às normas 2014 – 2016.
4. Interpretações Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são
IXWXURV TXDQGR H[LVWHP GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV
YDORUL]DGRV DR FXVWR DPRUWL]DGR FRP EDVH QR PpWRGR GD
dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos ‡ IFRS 1  3ULPHLUD DGRomR GDV ,)56  (VWH FLFOR GH
‡ IFRIC 22 (nova)  2SHUDo}HV HP PRHGD HVWUDQJHLUD WD[DGHMXURHIHFWLYDHVXMHLWRVDWHVWHVGHLPSDULGDGH
LPSRVWRV GLIHULGRV DFWLYRV TXDQGR H[LVWHP UHVWULo}HV melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso
e contraprestação antecipada: Esta interpretação
QDOHLÀVFDO$DGRSWDomRGHVWDQRUPDQmRWHYHLPSDFWR pela União Europeia. Esta melhoria elimina as isenções
ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Imparidade
PDWHULDOQDVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVGR%DQFR WHPSRUiULDVSDUDD,)56,)56H,$6SRUMiQmR
(XURSHLD 7UDWDVH GH XPD LQWHUSUHWDomR j ,$6  ¶2V
VHUHPDSOLFiYHLV
HIHLWRV GH DOWHUDo}HV HP WD[DV GH FkPELR· H UHIHUH $ SROtWLFD GR %DQFR H[LJH TXH RV DFWLYRV ÀQDQFHLURV TXH
2. Normas que se tornam efectivas, em ou após 1 de
VH j GHWHUPLQDomR GD ´GDWD GD WUDQVDomRµ TXDQGR ultrapassem os limiares de materialidade sejam avaliados
janeiro de 2018, já endossadas pela UE ‡ IFRS 12 'LYXOJDomR GH LQWHUHVVHV QRXWUDV HQWLGDGHV
uma entidade paga ou recebe antecipadamente a LQGLYLGXDOPHQWH SHOR PHQRV XPD YH] SRU DQR RX PDLV
Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo
contraprestação de contratos denominados em moeda UHJXODUPHQWH TXDQGR DV FLUFXQVWkQFLDV DVVLP R H[LJLUHP
‡ IFRS 9 (nova)  ¶,QVWUXPHQWRV ÀQDQFHLURV· $ ,)56  de endosso pela União Europeia. Esta melhoria tem
HVWUDQJHLUD$´GDWDGDWUDQVDomRµGHWHUPLQDDWD[DGH As provisões para imparidade nas contas avaliadas
substitui os requisitos da IAS 39, relativamente (i) à SRU REMHFWLYR FODULÀFDU TXH R VHX kPELWR LQFOXL RV
FkPELRDXVDUSDUDFRQYHUWHUDVWUDQVDo}HVHPPRHGD individualmente são determinadas por uma avaliação das
FODVVLÀFDomR H PHQVXUDomR GRV DFWLYRV H SDVVLYRV LQYHVWLPHQWRVFODVVLÀFDGRVQRkPELWRGD,)56HTXH
estrangeira. O Banco está em processo de avaliação do perdas incorridas à data do balanço, numa análise caso a
ÀQDQFHLURV LL  DR UHFRQKHFLPHQWR GH LPSDULGDGH D ~QLFD LVHQomR VH UHIHUH j GLYXOJDomR GR UHVXPR GD
impacto. caso, e são aplicadas individualmente a todas as contas
sobre créditos a receber (através do modelo da perda LQIRUPDomRÀQDQFHLUDGHVVDVHQWLGDGHV
principais. A avaliação abrange, normalmente, as garantias
HVSHUDGD  LLL DRVUHTXLVLWRVSDUDRUHFRQKHFLPHQWR
‡ IFRIC 23  ,QFHUWH]D VREUH R WUDWDPHQWR GH ,PSRVWR PDQWLGDVLQFOXLQGRDUHFRQÀUPDomRGDVXDDSOLFDELOLGDGHH
HFODVVLÀFDomRGDFRQWDELOLGDGHGHFREHUWXUD2%DQFR ‡ IAS 28,QYHVWLPHQWRVHPDVVRFLDGDVHHPSUHHQGLPHQWRV
sobre o rendimento: Esta interpretação ainda está as receitas antecipadas para essa conta individual.
está em processo de avaliação do impacto sobretudo conjuntos: Este ciclo de melhorias ainda está sujeito
sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
na mensuração da imparidade colectiva sobre créditos ao processo de endosso pela União Europeia. Esta
7UDWDVH GH XPD LQWHUSUHWDomR j ,$6  ² ¶,PSRVWR A metodologia interna ajuda os gestores a determinarem se
a receber. PHOKRULD FODULÀFD TXH RV LQYHVWLPHQWRV HP DVVRFLDGDV
VREUH R UHQGLPHQWR· UHIHULQGRVH DRV UHTXLVLWRV GH H[LVWHPHYLGrQFLDVREMHFWLYDVGHLPSDULGDGHQRVWHUPRVGD
ou empreendimentos conjuntos detidos por uma
mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem IAS 39, com base nos seguintes critérios estabelecidos pelo
‡ IFRS 15 (nova)¶5pGLWRGHFRQWUDWRVFRPFOLHQWHV· sociedade de capital de risco podem ser mensurados ao
LQFHUWH]DV TXDQWR j DFHLWDomR GH XP GHWHUPLQDGR Banco:
(VWD QRYD QRUPD DSOLFDVH DSHQDV D FRQWUDWRV SDUD MXVWRYDORUGHDFRUGRFRPD,)56GHIRUPDLQGLYLGXDO
WUDWDPHQWR ÀVFDO SRU SDUWH GD $GPLQLVWUDomR ÀVFDO
a entrega de produtos ou prestação de serviços, e Esta melhoria também esclarece que uma entidade
relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso ‡ Incumprimento dos pagamentos contratuais do capital
exige que a entidade reconheça o rédito quando a que não é uma entidade de investimento, mas detém
GH LQFHUWH]D TXDQWR j SRVLomR GD$GPLQLVWUDomR ÀVFDO RXGHMXURV
obrigação contratual de entregar activos ou prestar investimentos em associadas e empreendimentos
VREUH XPD WUDQVDomR HVSHFtÀFD D HQWLGDGH GHYHUi ‡ 'LÀFXOGDGHV GH ÁX[R GH FDL[D HQIUHQWDGDV SHOR
VHUYLoRV p VDWLVIHLWD H SHOR PRQWDQWH TXH UHÁHFWH conjuntos que são entidades de investimento, pode
HIHWXDUDVXDPHOKRUHVWLPDWLYDHUHJLVWDURVDFWLYRVRX mutuário, por exemplo, início de capital e percentagem
a contraprestação a que a entidade tem direito, manter a mensuração ao justo valor da participação
FRQIRUPH SUHYLVWR QD ´PHWRGRORJLD GDV  HWDSDVµ da associada ou do empreendimento conjunto nas suas
A adoptação desta norma não terá impacto nas próprias subsidiárias.
Página 7
8 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

GRUHQGLPHQWROtTXLGRGHYHQGDV DR DFWLYR WHQKDP H[SLUDGR RX WHQKDP VLGR WUDQVIHULGRV LQFRUSyUHRVVmRDPRUWL]DGRVGXUDQWHXPSHUtRGRPi[LPRGH relação a determinada meta. O risco é inerente à actividade
‡ 9LRODomRGHDFRUGRVRXFRQGLo}HVGRHPSUpVWLPR substancialmente, os direitos contratuais, os riscos e DQRV2VPpWRGRVGHDPRUWL]DomRYLGD~WLOHYDORUUHVLGXDO do Banco e é gerido através de um processo permanente
‡ ,QtFLRGRSURFHVVRGHIDOrQFLD vantagens do activo ou o controlo do mesmo. são revistos a cada data de reporte e ajustados se necessário. GH LGHQWLÀFDomR DYDOLDomR PRQLWRUL]DomR H PLWLJDomR 2V
‡ 'HWHULRUDomRGDSRVLomRFRPSHWLWLYDGRPXWXiULR ULVFRV VmR LQHUHQWHV j DFWLYLGDGH ÀQDQFHLUD H RV ULVFRV GH
‡ 'HWHULRUDomRGRYDORUGDJDUDQWLD Propriedades de investimento (i) Imposto corrente e diferido carácter operacional são aqueles a que o BNI está exposto no
‡ 'HVFODVVLÀFDomRDEDL[RGRQtYHOGRLQYHVWLPHQWR exercício das suas actividades.
(i) Reconhecimento e Mensuração O custo com o imposto sobre o lucro do exercício inclui o
Imparidade individual LPSRVWRFRUUHQWHHRGLIHULGR2LPSRVWRVREUHRUHQGLPHQWR $V DFWLYLGDGHV HP TXH R %DQFR HVWi HQYROYLGR H[S}HPQR
A rubrica de propriedades de investimento corresponde a é reconhecido em ganhos ou perdas, excepto a parte que D GLYHUVRV ULVFRV ÀQDQFHLURV VHQGR TXH HVVDV DFWLYLGDGHV
3DUD RV DFWLYRV UHODWLYDPHQWH DRV TXDLV H[LVWH HYLGrQFLD imóveis detido pelo Banco com o objectivo de obtenção de GL]UHVSHLWRDRVLWHQVGLUHFWDPHQWHUHFRQKHFLGRVHPIXQGRV envolvem análise, avaliação, aceitação e gestão de um
objectiva de imparidade numa base individual, o cálculo da UHQGLPHQWRVDWUDYpVGRDUUHQGDPHQWRRXGDVXDYDORUL]DomR próprios ou no Rendimento Integral. certo grau de riscos ou combinação de riscos. Assumir
LPSDULGDGH p HIHFWXDGR PXWXiULR D PXWXiULR WHQGR FRPR Estes activos são desreconhecidos como propriedades de ULVFRVpHVVHQFLDOQRVVHUYLoRVÀQDQFHLURVGHVGHTXHVHMDP
UHIHUrQFLDDLQIRUPDomRTXHFRQVWDGDDQiOLVHGHFUpGLWRGR investimento quando deixam de ser arrendados e quando há O imposto corrente é o imposto que se espera pagar ou devidamente avaliados e ponderados, e os riscos de carácter
%DQFRTXHFRQVLGHUDHQWUHRXWURVRVVHJXLQWHVIDFWRUHV uma alteração da intensão de arrendamento do imóvel. UHFHEHU VREUH R UHQGLPHQWR RX SUHMXt]R WULEXWiYHO GR RSHUDFLRQDOVmRXPDFRQVHTXrQFLDLQHYLWiYHOGRH[HUFtFLRGD
H[HUFtFLRFRPXWLOL]DomRGDVWD[DVSUHVFULWDVSRUOHLRXTXH actividade.
‡ ([SRVLomR JOREDO GR FOLHQWH H QDWXUH]D GDV Após o reconhecimento inicial, as propriedades de estejam em vigor à data do balanço e qualquer ajustamento
UHVSRQVDELOLGDGHVFRQWUDtGDVMXQWRGR%DQFRRSHUDo}HV LQYHVWLPHQWRVmRPHQVXUDGDVSHORPRGHORGRFXVWRGHGX]LGR ao imposto a pagar respeitante a anos anteriores. O objectivo do BNI é o de atingir um equilíbrio adequado
ÀQDQFHLUDV RX QmRÀQDQFHLUDV QRPHDGDPHQWH de depreciações acumuladas e perdas por imparidade HQWUHULVFRHUHWRUQRHPLQLPL]DURVHIHLWRVSRWHQFLDOPHQWH
UHVSRQVDELOLGDGHV GH QDWXUH]D FRPHUFLDO RX JDUDQWLDV acumuladas. 2 LPSRVWR GLIHULGR p UHFRQKHFLGR VHJXQGR R PpWRGR GR DGYHUVRVTXHSRVVDPDIHFWDURVHXGHVHPSHQKRÀQDQFHLUR
GHERDH[HFXomR EDODQoR IRUQHFLGR SDUD GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV HQWUH RV
‡ Análise de risco do cliente determinada através do (ii) Depreciações valores contabilísticos dos activos e passivos, com vista à 2FRQWURORHJHVWmRGHULVFRGR%1,pUHDOL]DGRSHOD'LUHFomR
acompanhamento regular do Banco a qual incorpora, SUHSDUDomR GH UHODWyULRV ÀQDQFHLURV H RV YDORUHV XVDGRV GH&RQWUROR,QWHUQR '&, QRkPELWRGDVSROtWLFDVDSURYDGDV
entre outras, as seguintes características: (i) a situação A depreciação é reconhecida em resultados, sendo calculada SDUD HIHLWRV GH WULEXWDomR 2 YDORU GR LPSRVWR GLIHULGR pela Comissão Executiva. Esta Direcção, através da Unidade
HFRQyPLFRÀQDQFHLUDGRFOLHQWH LL RULVFRGRVHFWRUGH segundo o método das quotas constantes, ao longo do DSXUDGR EDVHLDVH QD IRUPD HVSHUDGD GH UHDOL]DomR RX GH GH *HVWmR GH 5LVFR 8*5  LGHQWLÀFD DYDOLD H PRQLWRUD RV
DFWLYLGDGHHPTXHRSHUD LLL DTXDOLGDGHGHJHVWmRGR período de vida útil estimada do activo. O imóvel do Banco determinação do valor contabilístico dos activos e passivos, GLYHUVRV ULVFRV ÀQDQFHLURV HP HVWUHLWD FRRSHUDomR FRP DV
FOLHQWHPHGLGDSHODH[SHULrQFLDQRUHODFLRQDPHQWRFRP DSUHVHQWDXPDHVWLPDWLYDGHYLGD~WLOGHDQRVGHÀQLGD FRPXWLOL]DomRGHWD[DVSUHVFULWDVSRUOHLRXHPYLJRUjGDWD unidades operacionais do Banco.
R%1,HSHODH[LVWrQFLDGHLQFLGHQWHV LY DTXDOLGDGHGD SHOD DGPLQLVWUDomR GR %DQFR HP FRQIRUPLGDGH FRP D do balanço.
LQIRUPDomRFRQWDELOtVWLFDDSUHVHQWDGD Y DQDWXUH]DH vida útil de imóveis de uso próprio equivalente a taxa de Órgãos de gestão e de governo
montante das garantias associadas às responsabilidades DPRUWL]DomRDQXDOGH2VPpWRGRVGHDPRUWL]DomRYLGD 8PDFWLYRSRULPSRVWRGLIHULGRpUHFRQKHFLGRSDUDSUHMXt]RV
FRQWUDtGDVMXQWRGR%DQFR YL RFUpGLWRHPVLWXDomRGH útil e valor residual são revistos a cada data de reporte e ÀVFDLVQmRXVDGRVFUpGLWRVÀVFDLVHGLIHUHQoDVWHPSRUiULDV Os órgãos de gestão do BNI são o Conselho de Administração
incumprimento. ajustados se necessário. TXDQGRpSURYiYHODH[LVWrQFLDGHOXFURVWULEXWiYHLVIXWXURV e a Comissão Executiva:
FRQWUDRVTXDLVSRVVDPVHUGHGX]LGRVRVLPSRVWRVGLIHULGRV
6HPSUHTXHVHMDPLGHQWLÀFDGRVLQGtFLRVGHLPSDULGDGH HP (iii) Justo valor DFWLYRV 2V LPSRVWRV SRU DFWLYRV GLIHULGRV VmR DYDOLDGRV D (i) Conselho de Administração (CA)
activos analisados individualmente, a eventual perda por FDGDGDWDGREDODQoRHUHGX]LGRVQRSUHVVXSRVWRGHTXHQmR Ao Conselho de Administração compete entre outras
LPSDULGDGHFRUUHVSRQGHjGLIHUHQoDHQWUHRYDORUDFWXDOGRV 2V DFWLYRV TXH VmR VXMHLWRV D DPRUWL]DomR VmR UHYLVWRV pPDLVSURYiYHOGHTXHREHQHItFLRGRLPSRVWRVHUiUHDOL]DGR DWULEXLo}HVÀ[DUDRULHQWDomRJHUDOGRVQHJyFLRVGR%DQFRH
ÁX[RVGHFDL[DIXWXURVTXHVHHVSHUDUHFHEHUGHVLJQDGRSRU quanto à imparidade sempre que eventos ou mudanças nas ÀVFDOL]DUDVXDJHVWmR
valor recuperável e descontado com base na taxa de juro FLUFXQVWkQFLDVLQGLFDUHPTXHRYDORUFRQWDELOtVWLFRSRGHQmR 2V SDVVLYRV SRU LPSRVWRV GLIHULGRV VmR UHFRQKHFLGRV SDUD
HIHFWLYDRULJLQDOGRDFWLYRHRYDORULQVFULWRQREDODQoRQR ser recuperável. O valor contabilístico de um activo é imediata WRGDV DV GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV WULEXWiYHLV (P FDGD (ii) Comissão Executiva (CE)
momento da análise. e parcialmente ajustado para o seu valor recuperável no caso HQFHUUDPHQWRFRQWDELOtVWLFRRVLPSRVWRVGLIHULGRVUHJLVWDGRV À Comissão Executiva compete gerir os negócios sociais e
de o valor contabilístico do activo ser superior ao seu valor são revistos, tantos os activos como os passivos, com o praticar todos os actos relativos ao objecto social.
De salientar que o valor expectável de recuperação do recuperável estimado. O valor recuperável é o justo valor do REMHFWLYRGHFRPSURYDUTXHVHPDQWrPYLJHQWHVHIHFWXDQGR
FUpGLWRUHÁHFWHRVÁX[RVGHFDL[DTXHSRGHUmRUHVXOWDUQD activo menos os custos de venda e o valor de uso, quando se as correcções sobre os mesmos. (iii) Estruturas de apoio à gestão:
execução das garantias ou colaterais associados ao crédito superior. a) Gabinete do Presidente e de Assuntos Jurídicos (GPJ)
FRQFHGLGR GHGX]LGR GRV FXVWRV LQHUHQWHV DR UHVSHFWLYR M 3DVVLYRVÀQDQFHLURV p XP yUJmR GR SULPHLUR QtYHO GD HVWUXWXUD RUJkQLFD GR
processo de recuperação. (g) Propriedades e equipamento BNI responsável por assegurar a coordenação de todas as
2VSDVVLYRVÀQDQFHLURVVmRUHJLVWDGRVQDGDWDGHFRQWUDWDomR actividades/ processos inerentes ao Presidente, bem como
Os activos avaliados individualmente e para os quais não Activos próprios DRUHVSHFWLYRMXVWRYDORUGHGX]LGRGHFXVWRVGLUHFWDPHQWH DVXSHUYLVmRIXQFLRQDOGDVDFWLYLGDGHVGHQDWXUH]DWpFQLFR
IRUDP LGHQWLÀFDGRV LQGtFLRV REMHFWLYRV GH LPSDULGDGH VmR DWULEXtYHLVjWUDQVDFomR$GH'H]HPEURGHR%DQFR jurídico inerentes ao Banco.
igualmente objecto de avaliação colectiva de imparidade. (i) Reconhecimento e mensuração apresentava recursos de outras Instituições de Crédito,
2V DFWLYRV DYDOLDGRV LQGLYLGXDOPHQWH H SDUD RV TXDLV IRL do Estado, de clientes e exigibilidades diversas incorridas E *DELQHWHGH$XGLWRULD,QWHUQD *$, HQWUHRXWUDVIXQo}HV
reconhecida uma perda por imparidade são excluídos das Os itens de propriedade e equipamento são mensurados pelos para pagamento de prestações de serviços ou compra de FRPSHWH YHULÀFDU R FXPSULPHQWR GDV QRUPDV OHJDLV H
análises colectivas. YDORUHVKLVWyULFRVOtTXLGRVGHDPRUWL]Do}HVDFXPXODGDVHGH DFWLYRV (VWHV SDVVLYRV ÀQDQFHLURV VmR YDORUL]DGRV DR FXVWR UHJXODPHQWDUHVDSOLFiYHLVDR%DQFRDHÀFiFLDHDJHVWmRGRV
SUHMXt]RVSRUUHGXomRGRVHXYDORUUHFXSHUiYHO2FXVWRGRV DPRUWL]DGR sistemas e metodologia de gestão dos riscos e a adequação
Imparidade colectiva activos de construção própria inclui o custo dos materiais, GRVSURFHGLPHQWRVGHFRQWURORGHPDLRUUHOHYkQFLD
trabalho directo e uma parcela adequada de custos indirectos  3ULQFLSDLV IRQWHV GH HVWLPDWLYD H GH LQFHUWH]D
$ LPSDULGDGH DYDOLDGD HP PROGHV FROHFWLYRV p HIHFWXDGD de produção. associadas à aplicação das políticas contabilísticas c) Direcção de Risco e Compliance (DRC), é um órgão
relativamente a carteiras de activos homogéneos que se orientado para a coordenação de todas as actividades
situem, em termos individuais, abaixo dos limiares de Nos casos em que um item de propriedade e equipamento O Conselho de Administração aprova a aplicação de das unidades adstritas, bem como o controlo interno da
materialidade e perdas que tenham sido incursas, mas que incluir componentes principais com períodos de vida útil SROtWLFDV FRQWDELOtVWLFDV H HVWLPDWLYDV VLJQLÀFDWLYDV (VVDV LQVWLWXLomRQRTXHVHUHIHUHDRULVFRGHFUpGLWRGHPHUFDGR
DLQGDQmRWHQKDPVLGRLGHQWLÀFDGDV HVWLPDGD GLIHUHQWHV RV PHVPRV VmR FRQWDELOL]DGRV FRPR políticas contabilísticas e estimativas são divulgadas nestas e operacional, compliance e o acompanhamento e controlo
itens separados de propriedade e equipamento. GHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVHUHIHUHPVHD GDV RSHUDo}HV GH ÀQDQFLDPHQWR &DEH DLQGD DVVHJXUDU D
'DGD D LQH[LVWrQFLD GH KLVWRULDO HP WHUPRV GH SHUGDV FRQIRUPLGDGHGR%DQFRFRPDVQRUPDVLQWHUQDVLQVWLWXtGDVH
LQFRUULGDV HP HPSUpVWLPRV H UHFHELPHQWRV VXÀFLHQWH (ii) Custos subsequentes -XVWRYDORUGRVDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD como as do regulador e de outras instituições.
para validar o modelo de imparidade colectiva baseada no
princípio de perdas incorridas mas não reportadas, onde Os custos subsequentes são incluídos no valor contabilístico O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando À Comissão de Auditoria Interna compete, entre outras
RV HPSUpVWLPRV VmR FODVVLÀFDGRV HP JUXSRV GH FUpGLWR do activo ou são reconhecidos como um activo separado, GLVSRQtYHLV H QD DXVrQFLD GH FRWDomR p GHWHUPLQDGR FRP IXQo}HVÀVFDOL]DUDHÀFiFLDGRVVLVWHPDVGHFRQWURORLQWHUQR
KRPRJpQHRV VHJPHQWR GR FOLHQWH RX SURGXWR WLSR GH FRQIRUPH DSURSULDGR H DSHQDV VH IRU SURYiYHO TXH GHOHV EDVH QD XWLOL]DomR GH SUHoRV GH WUDQVDFo}HV VHPHOKDQWHV e da gestão de riscos.
JDUDQWLDV FRPSRUWDPHQWR DFWXDO GD RSHUDomR GH FUpGLWR UHVXOWHP EHQHItFLRV HFRQyPLFRV IXWXURV SDUD R %DQFR H R H UHDOL]DGDV HP LGrQWLFDV FRQGLo}HV GH PHUFDGR RX FRP
FRPSRUWDPHQWR KLVWyULFR GD RSHUDomR GH FUpGLWR GXUDomR FXVWRGRLWHPSXGHUVHUPHGLGRGHIRUPDÀiYHO$VUHVWDQWHV base em metodologias de avaliação baseadas em técnicas ([LVWHPGRLVFRPLWpVQDHVWUXWXUDRUJDQL]DWLYDGR%1,TXHVmR
GRV GLIHUHQWHV FRPSRUWDPHQWRV GD RSHUDomR GH FUpGLWR despesas com manutenção e reparação são reconhecidas a GH ÁX[RV GH FDL[D GHVFRQWDGRV FRQVLGHUDQGR DV FRQGLo}HV responsáveis por apreciar e/ou decidir propostas relativas
etc.), a imparidade colectiva é determinada com recurso a RXWUDV GHVSHVDV RSHUDFLRQDLV GXUDQWH R SHUtRGR ÀQDQFHLUR de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e à implementação da estratégia de negócio e de gestão de
média ponderada do mercado dos últimos 3 anos sobre o valor em que as mesmas incorrerem. IDFWRUHVGHYRODWLOLGDGH riscos, nomeadamente:
da exposição dos quatro maiores Bancos que concentram 80%
do total de crédito. 'HSUHFLDomR (VWDV PHWRGRORJLDV SRGHP UHTXHUHU D XWLOL]DomR GH ‡ &RPLWpGH*HVWmRGH$FWLYRVH3DVVLYRV $/&2 
pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor. ‡ Comité de Controlo Interno, Compliance e Auditoria
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD A depreciação é calculada segundo o método das quotas $ XWLOL]DomR GH GLIHUHQWHV PHWRGRORJLDV RX GH GLIHUHQWHV &&&$ H
constantes, ao longo do seu período de vida útil estimada. pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado ‡ Comité de Investimento.
Esta categoria inclui, nomeadamente: Os períodos de vida útil estimada para os períodos, actual e PRGHOR SRGHULD RULJLQDU UHVXOWDGRV ÀQDQFHLURV GLIHUHQWHV
comparativo, são os seguintes: dos reportados. O processo de Gestão de Risco é crítico na garantia da
‡ 7tWXORV GH UHQGLPHQWR YDULiYHO QmR FODVVLÀFDGRV FRPR UHQWDELOLGDGH FRQWtQXD GR %1, HQFRQWUDQGRVH FDGD
Número de anos
DFWLYRVDRMXVWRYDORUDWUDYpVGHUHVXOWDGRV Imparidade da carteira de crédito colaborador consciente da exposição ao risco relacionado
‡ Obrigações e outros instrumentos de dívida e capital (GLItFLRV 50 Os empréstimos a clientes são revistos em cada data do com as suas responsabilidades.
DTXLFODVVLÀFDGRVQRUHFRQKHFLPHQWRLQLFLDO Equipamento  EDODQoRSDUDTXHVHSRVVDGHWHUPLQDUVHH[LVWHXPDHYLGrQFLD
Veículos 4 objectiva de imparidade. Caso essa indicação exista, a 'HHQWUHRXWURVULVFRVR%1,HQFRQWUDVHH[SRVWRDRVULVFRV
2V DFWLYRV ÀQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD VmR DYDOLDGRV 2XWURVEHQVLPRELOL]DGRV 
$GPLQLVWUDomRID]XPMXOJDPHQWRGDVLWXDomRÀQDQFHLUDGD GH FUpGLWR OLTXLGH] PHUFDGR H RSHUDFLRQDO 2 ULVFR GH
ao justo valor, com excepção dos instrumentos de capital não FRQWUDSDUWHHGRYDORUOtTXLGRUHDOL]iYHOGHTXDOTXHUJDUDQWLD mercado inclui o risco cambial, a taxa de juros e outros
cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser Os valores residuais dos activos e a sua vida útil são revistos VXEMDFHQWHSRUIRUPDDREWHUXPDHVWLPDWLYDGRYDORUDFWXDO riscos relativos ao preço.
HVWLPDGR FRP ÀDELOLGDGH RV TXDLV SHUPDQHFHP UHJLVWDGRV e ajustados, se necessário, em cada data do balanço. GRV ÁX[RV GH FDL[D HVSHUDGRV GR DFWLYR 8PD SHUGD SRU
ao custo. 2V DFWLYRV TXH VmR VXMHLWRV D DPRUWL]DomR VmR UHYLVWRV imparidade é reconhecida sempre que o valor contabilístico 3.1 Risco de crédito
quanto à imparidade sempre que eventos ou mudanças do activo exceder o seu valor recuperável.
(QWHQGHVH SRU MXVWR YDORU R PRQWDQWH SHOR TXDO XP QDV FLUFXQVWkQFLDV LQGLFDUHP TXH R YDORU FRQWDELOtVWLFR O BNI está exposto ao Risco de crédito, que consiste na
DFWLYR SRGH VHU WUDQVIHULGR RX OLTXLGDGR HQWUH SDUWHV pode não ser recuperável. O valor contabilístico de um A imparidade também é reconhecida numa base colectiva, SRVVLELOLGDGHGHRFRUUrQFLDGHSUHMXt]RÀQDQFHLURGHFRUUHQWH
LQGHSHQGHQWHVLQIRUPDGDVHLQWHUHVVDGDVQDFRQFUHWL]DomR activo é, imediata e parcialmente, ajustado para o seu DJXDUGDQGR SRU LGHQWLÀFDomR GDV SHUGDV SRU UHGXomR GR do eventual não cumprimento integral e pontual, pela
da transacção em condições normais de mercado. O justo valor recuperável, quando o valor contabilístico do activo valor recuperável de cada um dos activos em carteira. Essa contraparte ou terceiro, das obrigações relativas ao serviço
YDORU GH XP LQVWUXPHQWR ÀQDQFHLUR QR UHFRQKHFLPHQWR é superior ao seu valor recuperável estimado. O valor LPSDULGDGH FROHFWLYD WHP HP FRQWD IDFWRUHV GLYHUVRV WDLV da dívida acordado nos termos do respectivo contracto.
inicial é geralmente o preço da transacção. recuperável é o justo valor do activo menos os custos de FRPR DV FDUDFWHUtVWLFDV GR ULVFR D H[SHULrQFLD GH SHUGD Provisões para imparidade são constituídas para cobrir os
venda e o valor de uso, quando superior. KLVWyULFDHSHUtRGRVGHHPHUJrQFLDGHSHUGDVGDUHVSHFWLYD SUHMXt]RVTXHIRUHPLQFRUULGRVjGDWDGREDODQoR
O justo valor é determinado com base em preços de um FDUWHLUDGHDFWLYRV(VWHVIDFWRUHVSRGHPDOWHUDUQRIXWXUR
mercado activo ou em métodos de avaliação no caso de Os ganhos e perdas em alienações são determinados pela resultando em alterações dos montantes constituídos para 3.1.1. Controlo dos limites de risco de crédito
LQH[LVWrQFLDGHWDOPHUFDGRDFWLYR8PPHUFDGRpFRQVLGHUDGR comparação da receita obtida com o valor contabilístico e ID]HUIDFHDSHUGDVHIHFWLYDV 3.1.2. Políticas de mitigação
DFWLYRVHRFRUUHUHPWUDQVDFo}HVGHIRUPDUHJXODU são incluídos noutras despesas operacionais na demonstração
de resultados. 7RGDVDVSHUGDVSRUUHGXomRGRYDORUUHFXSHUiYHOTXHIRUHP A exposição ao risco de crédito é gerida através da análise
Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor LGHQWLÀFDGDVVmRUHFRQKHFLGDVHPOXFURVRXSHUGDV regular da capacidade dos mutuários e potenciais mutuários
VmR UHFRQKHFLGRV GLUHFWDPHQWH QRV IXQGRV SUySULRV 1R (h) Activos intangíveis atenderem aos juros e reembolso de capital e através da
momento da alienação, ou caso seja determinada imparidade, Impostos alteração dos limites de crédito, quando adequado.
DVYDULDo}HVDFXPXODGDVQRMXVWRYDORUVmRWUDQVIHULGDVSDUD Os activos incorpóreos adquiridos pelo Banco são mensurados
resultados do período. SHORVHXFXVWRKLVWyULFRGHGX]LGRGDDPRUWL]DomRDFXPXODGD 2V LPSRVWRV VREUH RV OXFURV FRUUHQWHV H GLIHULGRV  VmR A Comissão Executiva tem a responsabilidade de implementar
(ver abaixo) e das perdas acumuladas por imparidade e GHWHUPLQDGRVSHOR%DQFRFRPEDVHQDVUHJUDVGHÀQLGDVSHOR a política de crédito do Banco, exigir as garantias adequadas
Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento LQFOXHPRVRIWZDUH HQTXDGUDPHQWR ÀVFDO 1R HQWDQWR HP DOJXPDV VLWXDo}HV aos clientes antes do desembolso dos empréstimos aprovados.
À[R H DV GLIHUHQoDV HQWUH R FXVWR GH DTXLVLomR H R YDORU DOHJLVODomRÀVFDOQmRpVXÀFLHQWHPHQWHFODUDHREMHFWLYD 6mRJHUDOPHQWHREWLGDVFDXo}HVDFHLWiYHLVVREDIRUPDGH
nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, $PRUWL]DomR R TXH SRGHUi GDU RULJHP D GLIHUHQWHV LQWHUSUHWDo}HV GLQKHLUR H[LVWrQFLDV LQYHVWLPHQWRV FRWDGRV HP %ROVD RX
GHDFRUGRFRPRPpWRGRGDWD[DHIHFWLYD Nestes casos, os valores registados resultam do melhor outros bens, penhora de equipamento que asseguram uma
$DPRUWL]DomRpUHFRQKHFLGDHPUHVXOWDGRVVHQGRFDOFXODGD entendimento do Banco sobre o adequado enquadramento FREHUWXUDQmRLQIHULRUDGRFDSLWDOHPULVFRHKLSRWHFDV
2 %DQFR GHL[D GH UHFRQKHFHU DFWLYRV ÀQDQFHLURV TXDQGR segundo o método das quotas constantes ao longo do período das suas operações, o qual é susceptível de ser questionado sobre imóveis.
RV GLUHLWRV FRQWUDWXDLV DRV ÁX[RV GH FDL[D DVVRFLDGRV de vida útil estimada dos activos incorpóreos. Os activos SHODV$XWRULGDGHV)LVFDLV
Garantias
*HVWmRGRULVFRÀQDQFHLUR
2%DQFRXWLOL]DXPDVpULHGHSROtWLFDVHSUiWLFDVSDUDDWHQXDU
Página 8 O risco pode ser descrito como sendo a medida do desvio em o risco de crédito. A mais tradicional delas é a obtenção de
Savana 20-04-2018 9
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais


RELATÓRIO E CONTAS 2017
DGLDQWDPHQWRVGHIXQGRVGHVHJXUDQoDTXHpXPDSROtWLFD máxima ao risco de crédito é o valor máximo que o Banco A tabela abaixo demonstra a sensibilidade para eventuais 3.2.2 Risco da taxa de juro
comum. O Banco implementa directivas orientadoras sobre WHULDGHSDJDUFDVRDJDUDQWLDIRVVHDFFLRQGD DOWHUDo}HVGDWD[DGHFkPELRGDVSULQFLSDLVPRHGDVHPTXH
D DFHLWDELOLGDGH GDV FDWHJRULDV HVSHFtÀFDV GH JDUDQWLDV GH RVDFWLYRVÀQDQFHLURVGR%DQFRHVWmRH[SRVWRVPDQWHQGRDV (VWi DVVRFLDGR DRV GLIHUHQWHV SUD]RV UHVLGXDLV GH UHYLVmR
crédito ou de redução do risco de crédito. Os principais tipos Exposições ao risco de crédito e relativas a rubricas do restantes variáveis constantes. de taxa de juro e resulta da volatilidade apresentada pelas
de garantia para os empréstimos e adiantamentos são: EDODQoRHH[WUDSDWULPRQLDLVHPGH'H]HPEURGH taxas de juro (activas e passivas) do mercado que, tendo em
Assumindo uma variação cambial de 100 pontos bases em FRQVLGHUDomR RV GLIHUHQWHV SUD]RV GH UHSULFLQJ GRV DFWLYRV
MT 2017 2016
‡ +LSRWHFDVVREUHEHQVLPyYHLV cada direcção, podemos ter os seguintes resultados: H SDVVLYRV VHQVtYHLV j WD[D GH MXUR OHYDUi j RFRUUrQFLD GH
‡ Encargos sobre bens comerciais, tais como instalações, Disponibilidade sobre instituições de crédito 729.711.131 48.723.053 JDQKRV RX SHUGDV TXH VH UHÁHFWHP QD PDUJHP ÀQDQFHLUD
HTXLSDPHQWRVH[LVWrQFLDVHFRQWDVDUHFHEHU Aplicações em instituições de crédito 1.145.364.850  MT 2017 2016 e no valor de mercado dos respectivos activos e passivos.
‡ (QFDUJRV VREUH LQVWUXPHQWRV ÀQDQFHLURV FRPR WtWXORV Empréstimos a clientes 1.362.947.558 2.954.740.319 O risco do justo valor das taxas de juro é o risco de que
ZAR 906 1.735
de dívida e acções. $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.719.893.382 1.712.541.021
R YDORU GH XP GHWHUPLQDGR DFWLYR RX SDVVLYR ÀQDQFHLUR VH
86' 4.609.858 4.202.735 altere devido a variações nas taxas de juro do mercado. O
Outros activos 70.942.943 36.908.545
2ÀQDQFLDPHQWRHHPSUpVWLPRVGHORQJRSUD]RDHQWLGDGHV %DQFRHQFRQWUDVHH[SRVWRDRULVFRGRVHIHLWRVGDVYDULDo}HV
EUR 1.254 3.359
Créditos documentários 1.919.986.514 2.321.095.184
HPSUHVDULDLV VmR JHUDOPHQWH JDUDQWLGRV H DV IDFLOLGDGHV que ocorram aos vários níveis das taxas de juro do mercado,
rotativas de crédito individual são geralmente concedidas *DUDQWLDVÀQDQFHLUDV 2.035.366.040 3.208.047.211 GBP 399.999 3.369
HPWHUPRVGHMXVWRYDORUHGHÁX[RVGHFDL[D$VPDUJHQV
sem se exigir garantia. 8.984.212.416 10.282.055.331 5.012.016 4.211.199 GHMXURSRGHPDXPHQWDUFRPRFRQVHTXrQFLDGHVVHWLSRGH
ÁXWXDo}HV PDV SRGH WDPEpP WHU FRPR FRQVHTXrQFLD XPD
$OpPGLVVRDÀPGHPLQLPL]DUDSHUGDGHFUpGLWRVR%DQFR 3.1.5 Contas extrapatrimoniais 6H DV PRHGDV HVWUDQJHLUDV HQIUDTXHFHUHP IRUWDOHFHUHP UHGXomR GDV SHUGDV QR FDVR GH RFRUUrQFLD GH PRYLPHQWRV
procura obter garantias adicionais da contraparte, logo que relativamente ao Metical em 100 pontos bases, observaríamos inesperados. A tabela a seguir resume a exposição do Banco
são observados indicadores de imparidade para empréstimos (P  GH 'H]HPEUR GH  H  D UXEULFD GH FRQWDV um ganho (perda) no valor MT 5.012.016 (2016: MT 4.211.199). aos riscos da taxa de juro.
e adiantamentos individuais pertinentes. H[WUDSDWULPRQLDLVDSUHVHQWDYDVHFRPRVHVHJXH
6HQVLELOLGDGHGRVLWHQVGREDODQoRjVYDULDo}HVGDWD[DGHMXURHPGH'H]HPEURGH
MT 2017 2016 MT 2017
$ JDUDQWLD PDQWLGD FRPR VHJXUDQoD GH DFWLYRV ÀQDQFHLURV
Não sensíveis Até 3 meses PHVHV DQRV Mais 3 anos Valor de
que não sejam empréstimos e adiantamentos é determinada Créditos documentários 1.919.986.514 2.321.095.184 Activo balanço
SHODQDWXUH]DGRLQVWUXPHQWR Caixa e depósitos no Banco Central 29.225.263     29.225.263
*DUDQWLDVÀQDQFHLUDV 2.035.366.040 3.208.047.211
Disponibilidades em instituições de crédito 729.711.131     729.711.131
Geralmente, os títulos de dívida (obrigações do tesouro ou Empréstimos a clientes em situação vencida 31.570.530 21.795.607
Aplicações em instituições de crédito 1.145.364.850 1.145.364.850
outras obrigações elegíveis) não estão sujeitos a entrega de 3.986.923.084 5.529.142.394
   

garantias, com excepção dos títulos suportados por activos e Empréstimos a clientes  402.378.715 185.929.580 423.641.478 523.976.025 1.535.925.802

instrumentos similares, que são garantidos pelas carteiras de 3.1.6 Crédito vencido sem imparidade $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD  246.650.075 7.263.290 185.596.923 1.280.383.094 1.719.893.382
LQVWUXPHQWRVÀQDQFHLURV Outros activos 79.105.354     79.105.354
O crédito concedido pode estar em incumprimento, mas 838.041.748 1.794.393.639 193.192.869 609.238.401 1.804.359.120 5.239.225.781
3.1.3 Imparidade e política de constituição de provisões não em imparidade, tendo em conta o nível de garantia
Passivos
disponível. O quadro seguinte apresenta o total das operações
$ SROtWLFD GR %DQFR H[LJH TXH RV DFWLYRV ÀQDQFHLURV TXH que possuem prestações vencidas, mas não em imparidade: Outras Exigibilidades 110.190.285     110.190.285

ultrapassem os limiares de materialidade sejam avaliados Recursos de clientes 213.070.777     213.070.777


LQGLYLGXDOPHQWH SHOR PHQRV XPD YH] SRU DQR RX PDLV Recursos de outras instituições de crédito  135.435.375 10.784.265  1.180.400.000 1.326.619.640
MT 2017 2016
UHJXODUPHQWHTXDQGRDVFLUFXQVWkQFLDVDVVLPRH[LJLUHP Responsabilidade representadas por títulos  34.010.601   500.000.000 534.010.601
Créditos e Juros vencidos 65.423.194 4.109.000
Recursos consignados 347.010.378     347.010.378
As provisões para imparidade nas contas avaliadas 65.423.194 4.109.000
individualmente são determinadas por uma avaliação das 670.271.441 169.445.976 10.784.265  1.680.400.000 2.530.901.682
Valor do colateral 65.423.194 4.109.000
perdas incorridas à data do balanço, numa análise caso a 'LIHUHQFLDOGHVHQVLELOLGDGHGREDODQoRjVWD[DVGHMXUR 167.770.307 1.624.947.663 182.408.604 609.238.401 123.959.120 2.708.324.099
caso, e são aplicadas individualmente a todas as contas MT 2016
Não sensíveis Até 3 meses PHVHV DQRV Mais 3 anos Valor de
principais. balanço
3.1.7 Qualidade do crédito por classe do activo Activo

Caixa e depósitos no Banco Central 297.954.244 297.954.244


3DUD HIHLWRV GH LQIRUPDomR ÀQDQFHLUD DV SURYLV}HV SDUD    
No conjunto dos activos expostos ao risco de crédito, 34%
cobrir a imparidade são reconhecidas apenas aos casos de Disponibilidades em instituições de crédito 48.723.053     48.723.053
FRUUHVSRQGHPDDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD
perdas que tenham sido incorridas à data do balanço com Empréstimos a clientes 150.991.062 688.566.015 1.145.679.604 1.071.566.642 3.056.803.324
que incluem Obrigações do Tesouro, Obrigações Corporativas, 
EDVHHPHYLGrQFLDVREMHFWLYDVGHLPSDULGDGH $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 119.155.776 228.203.613 110.991.447 1.254.190.186 1.712.541.021
3DUWLFLSDo}HV )LQDQFHLUDV QmR TXDOLÀFDGDV H %LOKHWHV GR 

7HVRXUR     FRUUHVSRQGHP D HPSUpVWLPRV D Outros activos 36.908.545     36.908.545
3.1.4 Exposição máxima ao risco de crédito antes de
FOLHQWHV  FRUUHVSRQGHDDSOLFDo}HVHP2XWUDV 383.585.841 270.146.838 1.256.671.051 2.325.756.828 5.152.930.185
garantias ou outros aumentos de crédito 916.769.628
,QVWLWXLo}HVGH&UpGLWRHPGLVSRQLELOLGDGHV   Passivos

3DUD RV DFWLYRV ÀQDQFHLURV UHFRQKHFLGRV QR EDODQoR Outras Exigibilidades 65.839.585     65.839.585
2V DFWLYRV ÀQDQFHLURV H[SRVWRV DR ULVFR DSUHVHQWDYDP D
a exposição ao risco de crédito é igual aos valores Recursos de clientes  54.164.637   54.164.637
VHJXLQWHGHFRPSRVLomRjGDWDGHGH'H]HPEURGH 
FRQWDELOtVWLFRV 3DUD DV JDUDQWLDV ÀQDQFHLUDV D H[SRVLomR Recursos de outras instituições de crédito  291.028.468    291.028.468
MT 2017
Responsabilidade representadas por títulos  52.648 1.906.695.000  320.500.000 2.227.247.648
Nem vencido Nem vencido, Vencido, Vencido,
Imparidade Valor
nem com mas com mas sem mas com 65.839.585 345.245.753 1.906.695.000  320.500.000 2.638.280.338
contabilístico
imparidade imparidade imparidade imparidade
Categoria 'LIHUHQFLDOGHVHQVLELOLGDGHGREDODQoRjVWD[DVGHMXUR 317.746.255 (75.098.915) (989.925.372) 1.256.671.051 2.005.256.828 2.514.649.847

Disponibilidades sobre instituições de crédito 729.711.131     729.711.131


Aplicações em instituições de crédito 1.145.364.850     1.145.364.850 A tabela abaixo demonstra a sensibilidade para eventuais 5LVFRGHOLTXLGH]
337.506.158
Emprestimos a clientes 670.748.411 65.423.194 458.667.477 (158.077.142) 1.374.268.098 alterações da taxa de juros em 100 pontos base sobre os
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.556.463.027  163.430.354   1.719.893.382 DFWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURYXOQHUiYHOjWD[DGHMXUR 3RGH GHÀQLUVH FRPR D LQVXÀFLrQFLD GRV DFWLYRV GH FXUWR
Outros activos 79.105.354    (8.162.411) 70.942.943 SUD]RSDUDID]HUIDFHDUHVSRQVDELOLGDGHVGHSUD]RLGrQWLFRH
337.506.158 (166.239.553) MT 2017 2016
4.181.392.773 228.853.548 458.667.477 5.040.180.403 DVDtGDVLQHVSHUDGDVGHIXQGRV$SULQFLSDOPHGLGDXWLOL]DGD
MT 2016 PHVHV 16.249.477 (1.400.901) SHOR%DQFRSDUDJHULURULVFRGHOLTXLGH]pRUiFLRGRVDFWLYRV
Nem vencido Nem vencido, Vencido, Vencido,
nem com mas com mas sem mas com Imparidade Valor
PHVHV 1.824.086 6.772.165
líquidos para recursos alheios e outros passivos. Para este
imparidade imparidade imparidade imparidade contabilístico HIHLWRRVDFWLYRVOtTXLGRVVmRFRQVLGHUDGRVFRPRLQFOXLQGR
Categoria DQRV 6.092.384 12.652.939 YDORUHVPRQHWiULRVHIXQGRVGHFXUWRSUD]RHWtWXORVGHGtYLGD
Disponibilidades sobre instituições de crédito 48.723.053     48.723.053
Mais de 3 anos 1.239.591 7.710.666 de grau de investimento para o qual existe um mercado activo
Aplicações em instituições de crédito   
   H OLTXLGH] GH PHUFDGR PHQRV WRGRV RV UHFXUVRV DOKHLRV H
25.405.538 25.734.870
Emprestimos a clientes 2.986.011.746  4.109.000 49.046.500 (60.301.656) 2.978.865.590 FRPSURPLVVRVFRPYHQFLPHQWRQRPrVVHJXLQWH
1.612.674.619  99.866.402  1.712.541.021
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 
Uma variação das taxas de juro pelos mesmos percentuais
HVWDEHOHFLGRVQDWDEHODDFLPDREVHUYDUtDPRVXPHIHLWRLJXDO Para além desta media, o Banco também recorre a projecções
Outros activos 36.908.545     36.908.545
4.684.317.962  103.975.402 49.046.500 (60.301.656) 4.777.038.208
(positivo ou negativo), tendo em conta o comportamento da FRQVWDQWHV GH ÁX[RV GH FDL[D TXH HVSHUD JHUDU GH PRGR D
taxa de juro. DVVHJXUDUDH[LVWrQFLDGHQtYHLVGHOLTXLGH]VXÀFLHQWHVSDUD
3.2 Risco do mercado para medir e controlar o risco de mercado são as seguintes: cobrir/honrar com os compromissos no seu vencimento.
Maturidades dos activos e passivos
2 %DQFR HQFRQWUDVH H[SRVWR DR ULVFR GH PHUFDGR LVWR p 3.2.1 Risco cambial MT 2017
DR ULVFR QR MXVWR YDORU RX ÁX[RV GH FDL[D IXWXURV GH XP Valor do balanço Fluxo da caixa liquido Até 1 mês PHVHV PHVHV DQRV Mais 3 anos
Activo esperado
LQVWUXPHQWR ÀQDQFHLUR VRIUHU ÁXWXDo}HV FDXVDGDV SRU (QTXDGUDVHQRULVFRGHPHUFDGRHFRUUHVSRQGHDRULVFRGH
Caixa e depósitos no Banco Central 29.225.263 29.225.263 29.225.263    
alterações nos preços de mercado. Os riscos de mercado que uma parte dos resultados, positivos ou negativos, tenha
DGYrPGHSRVLo}HVGHWD[DVGHMXURPRHGDHSURGXWRVGH RULJHPQDVÁXWXDo}HVGDVWD[DVGHFkPELR2%DQFRHQFRQWUD Disponibilidades em instituições de crédito 729.711.131 729.711.131 729.711.131    

capital em aberto, todas elas expostas a movimentações VHH[SRVWRDRVHIHLWRVGDVÁXWXDo}HVGDVSULQFLSDLVWD[DVGH Aplicações em instituições de crédito 1.145.364.850 1.148.279.639 1.148.279.639    

JHUDLVHHVSHFtÀFDVGHPHUFDGRHDDOWHUDo}HV QRQtYHOGH FkPELRDRQtYHOGR%DODQoRHGRVÁX[RVGHFDL[D$&RPLVVmR Empréstimos a clientes 1.362.947.558 2.382.516.761 19.088.465 20.332.480 556.599.218 774.092.612 1.012.403.986
volatilidade das taxas e preços de mercado, tais como taxas Executiva estabelece limites para os níveis de exposição por $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.719.893.382 2.328.849.114  266.691.070 120.046.362 444.709.410 1.497.402.272
GH MXUR PDUJHQV GH MXUR GH FUpGLWR WD[DV GH FkPELR H moeda e em agregado, as quais são monitoradas numa base
Outros activos 70.942.943 70.942.943 70.942.943    
preços de capital. diária.
5.058.085.125 6.689.524.850 1.997.247.440 287.023.550 676.645.580 1.218.802.022 2.509.806.258

Técnicas de mensuração do risco de mercado A exposição do Banco em termos de risco cambial, à data de Passivos

GH'H]HPEURGHHQFRQWUDVHGHQWURGRVOLPLWHVHp Outras Exigibilidades 110.190.285 110.190.285 110.190.285    

$VSULQFLSDLVWpFQLFDVGHPHQVXUDomRXWLOL]DGDVSHOR%DQFR apresentada na tabela seguinte: Recursos de clientes 213.070.777 213.070.777 213.070.777    


MT 2017
Recursos de outras instituições de crédito 1.326.619.640 1.674.475.101 136.233.563  71.568.308 143.136.615 1.323.536.615
ZAR 86' EUR GBP Total
Activos por moeda Responsabilidades representadas por títulos 534.010.601 930.000.000  58.125.000 53.125.000 212.500.000 606.250.000

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 9.392 59 523  9.974 Recursos consignados 347.010.378      347.010.378

Disponibilidades em instituições de crédito 81.148 728.303.400 227.360 160.383 728.772.291


2.530.901.682 2.927.736.163 459.494.625 58.125.000 124.693.308 355.636.615 2.276.796.994
Aplicações em instituições de crédito  413.570.963  39.838.350 453.409.313
'LIHUHQFLDOGHOLTXLGH]QREDODQoR 2.527.183.443 3.761.788.687 1.537.752.815 228.898.550 551.952.272 863.165.407 233.009.265
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD  510.313.833   510.313.833
MT 2016
Total de activos por moeda 90.540 1.652.188.255 227.883 39.998.733 1.692.505.411 Valor do balanço Fluxo da caixa liquido Até 1 mês
Activo
PHVHV PHVHV DQRV Mais 3 anos
esperado
Passivos
Caixa e depósitos no Banco Central 297.954.244 297.954.244 297.954.244    
Recursos de outras instituições de crédito  1.191.184.265   1.191.184.265
Outras exigibilidades  16.987 172.872  189.859 Disponibilidades em instituições de crédito 48.723.053 48.723.053 48.723.053    

Total de passivos por moeda  1.191.201.253 172.872  1.191.374.125 Empréstimos a clientes 2.932.944.711 5.824.476.730 59.137.900 59.723.014 1.053.462.223 1.744.726.856 2.907.426.737

$FWLYRSDVVLYROtTXLGRSRUPRHGD 90.540 460.987.003 55.011 39.998.733 501.131.286 $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.712.541.021 2.140.224.860 5.000.000 120.904.252 351.303.321 506.891.673 1.156.125.613
MT 2016
ZAR 86' EUR GBP Total Outros activos 36.908.545 36.908.545 36.908.545    

Activos por moeda 5.029.071.573 8.348.287.431 447.723.740 180.627.266 1.404.765.544 2.251.618.530 4.063.552.350

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.256,84 2.355 548,67  4.160 Passivos


Disponibilidades em instituições de crédito 174.406 44.930.722 335.383 336.879 45.777.390 Outras Exigibilidades 65.839.585 65.839.585 65.839.585    
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD  565.526.522   565.526.522
Recursos de clientes 54.164.637 54.164.637 54.164.637    
Total de activos por moeda 175.663 610.459.598 335.932 336.879 611.308.072
Recursos de outras instituições de crédito 291.028.468 291.625.342 291.625.342    
Passivos
Outras exigibilidades   1.467.673  1.467.673 Responsabilidades representadas por títulos 2.227.502.048 2.838.800.478 789.727 30.557.705 1.947.453.046 270.000.000 590.000.000

Total de passivos por moeda   1.467.673  1.467.673 2.638.534.738 3.250.430.042 412.419.291 30.557.705 1.947.453.046 270.000.000 590.000.000

$FWLYRSDVVLYROtTXLGRSRUPRHGD 175.663 610.459.598 (1.131.742) 336.879 609.840.398 'LIHUHQFLDOGHOLTXLGH]QREDODQoR 2.390.536.835 5.097.857.389 35.304.449 150.069.562 (542.687.502) 1.981.618.530 3.473.552.350

Página 9
10 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

3URFHVVRGHJHVWmRGRULVFRGHOLTXLGH] FRQGXWDSURPRYHUXPDPELHQWHGHFRQWURORHWUDQVSDUrQFLD QmR REVHUYiYHLV VLJQLÀFDWLYRV (VWD FDWHJRULD LQFOXL As técnicas de avaliação incluem o valor actual líquido e
QDHVWUXWXUDRUJDQL]DFLRQDODGHTXDGRDRVVHUYLoRVRIHUHFLGRV todos os instrumentos em que a técnica de avaliação PRGHORVGHÁX[RGHFDL[DGHVFRQWDGRHRXWURVPRGHORVGH
Os procedimentos relacionados com a gestão do risco H j GLPHQVmR GD LQVWLWXLomR PRQLWRUDU D DGHTXDomR H inclui “inputs” não baseados em dados observáveis e DYDOLDomR 3UHVVXSRVWRV H ´LQSXWVµ XWLOL]DGRV HP WpFQLFDV
GH OLTXLGH] QR EDODQoR HQFRQWUDPVH UHSUHVHQWDGRV QDV HÀFLrQFLD GRV PHFDQLVPRV GH FRQWUROR DVVRFLDGRV FRP RV RV LQSXWV QmR REVHUYiYHLV WrP XP HIHLWR VLJQLÀFDWLYR de avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de
VHJXLQWHVIDVHV riscos da actividade do Banco e proteger a reputação do na avaliação do instrumento. Esta categoria inclui UHIHUrQFLD RV “spreads” de crédito e outros prémios
Banco. instrumentos que são avaliados com base em cotações de XWLOL]DGRV SDUD HVWLPDU WD[DV GH GHVFRQWR SUHoRV GH
,GHQWLÀFDomRGDVSRVLo}HVHPULVFR instrumentos similares, sempre que houver necessidade 2EULJDo}HVH%LOKHWHVGR7HVRXURHWD[DVGHFkPELR
$YDOLDomRGRVULVFRV Em matéria de prevenção do branqueamento de capitais GH DMXVWDPHQWRV QmRREVHUYiYHLV VLJQLÀFDWLYRV RX
0RQLWRUL]DomRHFRQWURORGRVULVFRV H FRPEDWH DR ÀQDQFLDPHQWR GR WHUURULVPR D IXQomR GH GH SUHVVXSRVWRV SDUD UHÁHFWLU DV GLIHUHQoDV HQWUH RV O objectivo das técnicas de avaliação é chegar a uma
Decisão. Compliance é responsável pela criação de mecanismos de instrumentos. GHWHUPLQDomR GR MXVWR YDORU TXH UHÁHFWH R SUHoR GR
controlo e detecção de operações suspeitas, assim como LQVWUXPHQWR ÀQDQFHLUR QD GDWD GR UHODWyULR LVWR p D TXH
$ WRPDGD DMXVWDPHQWR GH ULVFRV GH JHVWmR GH OLTXLGH] GR SHOD PRQLWRUL]DomR GR FXPSULPHQWR GRV UHTXLVLWRV OHJDLV 2 MXVWR YDORU GRV DFWLYRV H SDVVLYRV ÀQDQFHLURV TXH VHMDP teria sido determinada pelos participantes no mercado
Banco é levado a cabo no Banco e monitorado pelo ALCO, e &RPSHWHWDPEpPDHVWDIXQomRRUHSRUWHHLQWHUDFomRFRP negociados nos mercados de activos são baseados em preços actuando numa base comercial.
comporta o seguinte: R *DELQHWH GH ,QIRUPDomR )LQDQFHLUD GH 0RoDPELTXH H GR de mercado cotados ou cotações de preços do revendedor.
órgão de supervisão na investigação e análise de processo 3DUD WRGRV RV RXWURV LQVWUXPHQWRV ÀQDQFHLURV R %DQFR $ WDEHOD DEDL[R PRVWUD RV LQVWUXPHQWRV ÀQDQFHLURV
‡ )LQDQFLDU DV DFWLYLGDGHV TXRWLGLDQDV JHULGDV SHOD envolvendo transacções suspeitas. GHWHUPLQD RV YDORUHV GH PHUFDGR XWLOL]DQGR WpFQLFDV GH mensurados ao justo valor à data do balanço, pela sua
PRQLWRUL]DomRGRVÁX[RVGHFDL[DIXWXURVSRUIRUPDD avaliação. hierarquia:
DVVHJXUDUTXHDVH[LJrQFLDVSRVVDPVHUDWHQGLGDV(VWmR 2 VLVWHPD GH FRQWUROR LQWHUQR GR %DQFR EDVHLDVH QXPD
MT 2017 Nível 1 Nível 2 Nível 3
LQFOXVDVDVUHSRVLo}HVGHIXQGRVFRQIRUPHRVPHVPRVVH IRUWHFXOWXUDGHFRQIRUPLGDGHFRPDOHJLVODomRHGRVYiULRV
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD
YmRYHQFHQGR normativos internos (políticas, procedimentos, código de
conduta). No seu conjunto, estes procedimentos visam Obrigações corporativas  175.656.244 

‡ Manter uma carteira de activos altamente negociáveis, PLWLJDURULVFRGHR%DQFRLQFRUUHUHPSUHMXt]RVDVVRFLDGRVD Bilhetes de Tesouro  81.503.778 
TXH SRVVDP VHU IDFLOPHQWH OLTXLGDGRV FRPR SURWHFomR potenciais sanções de carácter legal e perdas de reputação Obrigações do Tesouro  949.737.327 
FRQWUD TXDOTXHU LQWHUUXSomR LPSUHYLVWD QR ÁX[R GH associados ao incumprimento contractual ou a uma percepção
,QYHVWLPHQWRVÀQDQFHLURV  512.996.033 
FDL[D negativa de imagem pública da instituição.
 1.719.893.382 

‡ 0RQLWRUDU RV UiFLRV GH OLTXLGH] GR EDODQoR DWUDYpV GH 3.4 Risco de solvência Responsabilidades representadas por títulos 
FRQIURQWDomRFRPDVH[LJrQFLDVLQWHUQDVHUHJXODGRUDV Obrigações BNI  534.010.601 
2 &DSLWDO H UHVHUYDV VmR HYLGrQFLD GR FRPSURPLVVR GRV  2.253.903.983 
‡ *HULU D FRQFHQWUDomR H R SHUÀO GDV PDWXULGDGHV GRV accionistas em garantir a continuidade das operações e a
passivos. VROYrQFLDGR%DQFR2ULVFRGHLQVROYrQFLDpPHGLGRSHORUiFLR MT 2016 Nível 1 Nível 2 Nível 3
de solvabilidade, que é a relação entre o capital requerido a $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD

3.3 Risco operacional VHUUHDOL]DGRHRVHOHPHQWRVGRDFWLYRSRQGHUDGRHPIXQomR Obrigações corporativas  274.196.921 


do respectivo risco. O Banco e os seus accionistas estão Bilhetes de Tesouro  4.993.310 
5LVFRRSHUDFLRQDOpDSRVVLELOLGDGHGHRFRUUrQFLDGHLPSDFWRV FRPSURPHWLGRV HP GHWHU FDSLWDO VXÀFLHQWH SDUD PDQWHU R Obrigações do Tesouro  865.142.068 
QHJDWLYRVQRVUHVXOWDGRVRXQRFDSLWDOGHFRUUHQWHVGHIDOKDV rácio de solvabilidade acima do mínimo de 8% exigido pelo
,QYHVWLPHQWRVÀQDQFHLURV 568.208.722
na análise, processamento ou liquidação das operações, Banco de Moçambique. O rácio de solvabilidade regulamentar  

GH IUDXGHV LQWHUQDV H H[WHUQDV GD DFWLYLGDGH VHU DIHFWDGD GR%DQFRHPGH'H]HPEURGHIRLGH   1.712.541.021 

GHYLGR j XWLOL]DomR GH UHFXUVRV HP UHJLPH GH outsourcing, 36%). Responsabilidades representadas por títulos 
GD H[LVWrQFLD GH SURFHVVRV LQWHUQRV UHFXUVRV KXPDQRV H Papel Comercial  1.895.652.548 
VLVWHPDVLQVXÀFLHQWHVRXLQDGHTXDGRV 3.5 Gestão de capital
Obrigações BNI  331.849.500 
 3.940.043.069 
2ULVFRGHSHUGDVUHVXOWDQWHVGHLQDGHTXDo}HVRXIDOKDVGH Os objectivos do Banco relativamente à gestão do capital,
SURFHVVRVSHVVRDVHVLVWHPDVGHLQIRUPDomRRXGHFRUUHQWHV QXP FRQFHLWR PDLV DPSOR GD VLWXDomR OtTXLGD UHÁHFWLGD DR
de eventos externos. nível do balanço, são: De seguida, são apresentados os principais métodos e QDDFWXDOL]DomRGRVÁX[RVGHFDL[DHVSHUDGRVGHFDSLWDOHGH
pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos juros, considerando que as prestações são pagas nas datas
2ULVFRRSHUDFLRQDOSRGHVHGLYLGLUSRUIUHTXrQFLDHOHYDGD ‡ Cumprir com os requisitos de capital exigidos pelo Banco HSDVVLYRVÀQDQFHLURV FRQWUDWXDOPHQWHGHÀQLGDV$VWD[DVGHGHVFRQWRVmRDVWD[DV
VHYHULGDGHEDL[DLVWRpHYHQWRVTXHSRGHPRFRUUHUGHIRUPD de Moçambique, instituição reguladora do sector de actuais praticadas para empréstimos com características
UHJXODU PDV TXH H[S}HP R %DQFR D XP UHGX]LGR QtYHO GH DFWLYLGDGHRQGHR%DQFRRSHUD Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais, similares. Considerando que a carteira de crédito do Banco
SHUGDVHEDL[DIUHTXrQFLDDOWDVHYHULGDGHTXHFRQVWLWXHP 'LVSRQLELOLGDGHV HP LQVWLWXLo}HV GH FUpGLWR H $SOLFDo}HV é composta essencialmente por créditos recentemente
eventos que são normalmente raros, mas que a sucederem ‡ Salvaguardar a capacidade do Banco em termos de em instituições de crédito originados e que à data do balanço não havia nenhuma
SRGHPDFDUUHWDUSHUGDVVLJQLÀFDWLYDVSDUDR%DQFR continuidade das suas operações, no sentido de que indicação de potencial imparidade do crédito avaliado pela
o mesmo possa continuar a gerar resultados para os &RQVLGHUDQGRRVSUD]RVFXUWRVDVVRFLDGRVDHVWHVLQVWUXPHQWRV LQIRUPDomR GLVSRQtYHO QHVVD GDWD FRQVLGHUDVH R YDORU GR
2 %DQFR HVIRUoDVH SRU UHGX]LU HVWHV ULVFRV DWUDYpV GD VHXV DFFLRQLVWDV H EHQHItFLRV SDUD DV UHVWDQWHV SDUWHV ÀQDQFHLURVRYDORUGREDODQoRpXPDHVWLPDWLYDUD]RiYHOGR EDODQoR FRPR XPD HVWLPDWLYD UD]RiYHO GR MXVWR YDORU GRV
manutenção de uma estrutura de governação corporativa LQWHUHVVDGDVH respectivo justo valor. empréstimos a clientes.
H GH VLVWHPDV GH FRQWUROR LQWHUQR IRUWHV FRPSOHPHQWDGRV
por um ambiente baseado em elevados padrões de conduta ‡ 0DQWHUXPDHVWUXWXUDGHFDSLWDOIRUWHTXHSRVVDVHUYLU $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 2XWURVDFWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURV
e responsabilidade. A gestão é responsável pela introdução de suporte ao desenvolvimento das suas actividades.
e manutenção de políticas, processos e procedimentos Esta categoria inclui activos cotados e não cotados, tais 2VRXWURVDFWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURVLQFOXHPUHFHELPHQWRV
RSHUDFLRQDLVHÀFLHQWHVHQFRQWUDQGRVHHVWHVGRFXPHQWDGRV A adequação do rácio de solvabilidade e a manutenção como as Obrigações e Bilhetes do Tesouro, Obrigações e exigibilidades, sendo o valor do balanço uma estimativa
em diversos manuais, os quais são objecto de revisão se SDUD HIHLWRV UHJXODGRUHV VmR PRQLWRUDGRV UHJXODUPHQWH &RUSRUDWLYDV 3DUWLFLSDo}HV )LQDQFHLUDV QmR TXDOLÀFDGDV H UD]RiYHOGRMXVWRYDORUGHVVHVDFWLYRV
QHFHVViULR$ 8QLGDGH GH$XGLWRULD ,QWHUQD UHYr D HÀFiFLD SHOD JHVWmR GR %DQFR XWLOL]DQGR WpFQLFDV EDVHDGDV QDV Papel Comercial.
dos controlos e procedimentos internos, recomendando LQVWUXo}HVUHFHELGDVGR%DQFRGH0RoDPELTXHSDUDHIHLWRV Recursos representados por títulos
melhorias à gestão sempre que tal seja aplicável. GHVXSHUYLVmR$LQIRUPDomRUHTXHULGDpUHSRUWDGDDR%DQFR O justo valor das Obrigações e Bilhetes do Tesouro, Obrigações
de Moçambique numa base mensal. &RUSRUDWLYDV 3DSHO &RPHUFLDO IRL HVWLPDGR FRP UHFXUVR D Esta categoria inclui passivos cotados e não cotados, tais
Auditoria interna PRGHORV GH YDORUL]DomR FRP SDUkPHWURV REVHUYiYHLV QR como Obrigações BNI 2016 e Papel Comercial BNI 2016.
À data do balanço, o Banco de Moçambique requer que cada mercado, isto é, elementos de nível II. 2 MXVWR YDORU IRL HVWLPDGR FRP UHFXUVR D PRGHORV GH
A auditoria interna desempenha um papel chave no sistema EDQFR D PDQWHQKDXPYDORUPtQLPRGHFDSLWDOSDUDHIHLWRV YDORUL]DomRFRPSDUkPHWURVREVHUYiYHLVQRPHUFDGRLVWRp
do controlo interno do Banco e no processo de garantia da GHUHJXODomRQRYDORUGH07 E PDQWHQKDXP $GHWHUPLQDomRGR-XVWR9DORUGDSDUWLFLSDomRÀQDQFHLUDQR elementos de nível II.
alocação adequada de capital na gestão do risco operacional. UiFLR GH VROYDELOLGDGH SDUD HIHLWRV GH UHJXODomR LJXDO RX 7UDGHDQG'HYHORSPHQW%DQN 7'% IRLWHUFHLUL]DGDj$JrQFLD
$ IXQomR GH DXGLWRULD LQWHUQD p REMHFWLYD H LPSDUFLDO superior a um mínimo de 8%. GHQRWDomRÀQDQFHLUDGHYLGDPHQWHFUHGHQFLDGDHRPRGHOR &ODVVLÀFDomRGHDFWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURV
e, por vias das suas análises periódicas, desempenha um é aprovado anualmente pelo Conselho de Administração da
SDSHO HVVHQFLDO QD LGHQWLÀFDomR GH TXDLVTXHU IUDTXH]DV QR
2FDSLWDOGR%DQFRSDUDHIHLWRVGHUHJXODomRpJHULGRSHOR Instituição. $VSROtWLFDVFRQWDELOtVWLFDVGR%DQFRIRUQHFHPRkPELWRGRV
processo de controlo e políticas de gestão de risco, de modo Unidade de Gestão de Risco e compreende o capital social activos e passivos a serem designados no início em categorias
DDVVHJXUDUDFRQIRUPLGDGHFRPRVSURFHGLPHQWRVLQWHUQRV UHDOL]DGRUHVHUYDVOLYUHVGHGX]LGRGRVDFWLYRVLQWDQJtYHLV Crédito aos clientes FRQWDELOtVWLFDVGLIHUHQWHVGHDFRUGRFRPDVFLUFXQVWkQFLDV
HSDGU}HVGHLQWHJULGDGHHTXDOLGDGHGHÀQLGRVSHOR%DQFR resultado do exercício anterior e excesso de provisões O quadro apresentado abaixo resume o detalhe em termos
regulamentares para cobertura de riscos gerais de crédito O justo valor dos empréstimos a clientes é estimado com base GHFODVVLÀFDomRGRVDFWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURV
As inspecções cobrem todas áreas do Banco e os resultados sobre as de gestão. MT
são reportados ao Conselho de Administração. Justo Valor

O quadro abaixo resume o capital elegível, activo médio Valores de cotação 0RGHORVGHYDORUL]DomR Outros ao Total do valor Justo Valor
de mercado com parâmetros FXVWRDPRUWL]DGR de balanço
&RPSOLDQFH ponderado por risco e o rácio de solvabilidade em 31 de observáveis no mercado
'H]HPEUR GH  2 %DQFR FXPSULX LQWHJUDOPHQWH FRP (PGH'H]HPEURGH
$IXQomRGH Compliance do Banco é responsável por garantir o todos os requisitos a que se encontra sujeito em termos do
Caixa e depósitos no Banco Central  29.225.263  29.225.263 29.225.263
UHVSHLWRSHODVH[LJrQFLDVOHJDLVHUHJXODPHQWDUHVDSOLFiYHLV seu capital.
Disponibilidades em instituições de crédito 729.711.131 729.711.131 729.711.131
incluindo os termos aprovados e padrões internos de  

Aplicações em instituições de crédito  1.145.364.850  1.145.364.850 1.145.364.850


MT 2017 2016
Empréstimos a clientes  1.362.947.558  1.362.947.558 1.362.947.558
Fundos Próprios
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD  1.719.893.382  1.719.893.382 1.719.893.382
&DSLWDORUGLQiULRUHDOL]DGR 2.240.000.000 2.240.000.000
Outros activos  70.942.943  70.942.943 70.942.943
Reservas Livres 123.807.572 70.564.934
$FWLYRVÀQDQFHLURV  5.058.085.125  5.058.085.125 5.058.085.125
Resultados positivos transitados de exercícios anteriores 570.430.226 304.247.165
Responsabilidade representadas por títulos  534.010.601  534.010.601 534.010.601
Activos intangíveis (910.279) (1.080.820)
Recursos de outros instituições de crédito  1.326.619.640  1.326.619.640 1.326.619.640
Excedente sobre o limite de concentração do risco de crédito (16.739.276) (63.839.266)
Recursos de clientes  231.070.777  231.070.777 231.070.777
,QVXÀFLrQFLDGHSURYLV}HVFROHFWLYDVVREUHDVUHJXODPHQWDUHV (941.931.548) (77.833.706)
Outras Exigibilidades  110.190.285  110.190.285 110.190.285
Provisões para riscos gerais de crédito 640.403 837.990
3DVVLYRVÀQDQFHLURV  644.200.887  644.200.887 644.200.887
Fundos Próprios para a determinação do rácio Core Tier 1 2.934.237.798 2.614.812.099

Fundos Próprios de Base Tier 1 1.991.395.972 2.614.812.099

Fundos Próprios Elegíveis 1.975.297.099 2.472.896.296 (PGH'H]HPEURGH

Caixa e depósitos no Banco Central  297.954.244  297.954.244 297.954.244


Activos Ponderados por Risco A
Disponibilidades em instituições de crédito  48.723.053  48.723.053 48.723.053
Calculados de acordo com o Capítulo II do Aviso n.º 15/GBM/2013 6.400.880.346 6.829.932.499
Empréstimos a clientes  2.954.740.319  2.954.740.319 2.954.740.319
Total de Activos Ponderados por Risco B 6.400.880.346 6.829.932.499
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD  1.712.541.021  1.712.541.021 1.712.541.021
Rácio de Solvabilidade $% 31% 36%
Outros activos  36.908.545  36.908.545 36.908.545
3.6 Informação do justo valor observáveis, quer directamente (ou seja, como os
$FWLYRVÀQDQFHLURV  5.050.867.180  5.050.867.180 5.050.867.180
preços) ou indirectamente (ou seja, derivada de
Responsabilidade representadas por títulos  2.227.502.048  2.227.502.048 2.227.502.048
$FWLYRVHSDVVLYRVÀQDQFHLURV SUHoRV  (VWD FDWHJRULD LQFOXL LQVWUXPHQWRV YDORUL]DGRV
FRP XWLOL]DomR GH SUHoRV GH PHUFDGR FRWDGRV HP Outras Exigibilidades  65.839.585  65.839.585 65.839.585
O Banco mede o justo valor usando a seguinte hierarquia, de mercados activos para instrumentos similares, preços 3DVVLYRVÀQDQFHLURV  65.839.585  65.839.585 65.839.585
MXVWRYDORUTXHUHÁHFWHDLPSRUWkQFLDGRV´LQSXWVµXWLOL]DGRV FRWDGRV SDUD LQVWUXPHQWRV LGrQWLFRV RX VLPLODUHV HP
na mensuração: mercados considerados menos activos ou outras técnicas
de avaliação em que todos os insumos sejam directa
‡ Nível 1: Preço de mercado cotado (não ajustado) num ou indirectamente observáveis a partir de dados do
PHUFDGRDFWLYRSDUDXPLQVWUXPHQWRLGrQWLFR PHUFDGR

‡ 1tYHO  7pFQLFDV GH YDORUL]DomR EDVHDGDV HP GDGRV ‡ 1tYHO  7pFQLFDV GH YDORUL]DomR XWLOL]DQGR LQVXPRV

Página 10
Savana 20-04-2018 11
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais


RELATÓRIO E CONTAS 2017
4. Margem Financeira 11. Caixa e depósitos no Banco Central $FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD MT 2017 2016

2EULJDo}HVHRXWURVWtWXORVGHUHQGLPHQWRÀ[R
O valor desta rubrica é composto por: (P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D De emissores públicos 1.031.241.105 870.135.379
(P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D
MT 2017 2016 seguinte composição:
seguinte composição: De outros emissores 688.652.277 842.405.642
Juros e proveitos similares
MT 2017 2016 1.719.893.382 1.712.541.021
Juros de aplicações em instituições de crédito 49.954.468 19.172.352
Caixa 22.517 26.092
-XURVGHFUpGLWRDFOLHQWHVDRFXVWRDPRUWL]DGR 515.722.638 417.585.538
Depósitos no Banco de Moçambique 29.202.746 297.928.152
-XURVGHDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 200.871.811 219.136.399
29.225.263 297.954.244 MT 2017
766.548.917 655.894.289
Juros e outros 'LIHUHQoDV
Juros e encargos similares O depósito mantido no Banco de Moçambique, no valor de rendimentos a Rendimentos Perdas cambiais não Valor do
Custo receber Total
07  GHVWLQDVH DR FXPSULPHQWR GH UHVHUYDV diferidos de JV UHDOL]iYHLV balanço
5HFXUVRVGHLQVWLWXLo}HVÀQDQFHLUDV (135.706.894) (117.003.162)
obrigatórias, nos termos do Aviso número 12/GBM/2017 de 2EULJDo}HVHRXWURVWtWXORVGHUHQGLPHQWRÀ[R
(135.706.894) (117.003.162)
08 de Junho. De emissores públicos (nota 15.1) 1.174.319.689 165.038.150 (3.496.222) 1.335.861.616 (304.620.511)  1.031.241.105
630.842.023 538.891.127
'LVSRQLELOLGDGHVHPLQVWLWXLo}HVGHFUpGLWR De outros emissores (nota 15.2) 359.667.979 7.371.437  367.039.416 198.564.880 123.047.981 688.652.277
5. Rendimentos de instrumentos de capital 1.533.987.667 172.409.587 (3.496.222) 1.706.397.254 (106.055.631) 123.047.981 1.719.893.382

MT 2017
(P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D
2016 MT 2016
Rendimentos de instrumentos de capital
seguinte composição:
Juros e outros 'LIHUHQoDV
15.856.870 17.289.181 rendimentos a Rendimentos Perdas Cambiais não Valor do
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD MT 2017 2016 Custo Total
receber diferidos de JV UHDOL]iYHLV balanço
15.856.870 17.289.181 'HSyVLWRVjRUGHPHRXWUDVGLVSRQLELOLGDGHV
2EULJDo}HVHRXWURVWtWXORVGHUHQGLPHQWRÀ[R
Em instituições de crédito no país 959.516 3.275.213
Os rendimentos de instrumentos de capital derivam dos De emissores públicos 1.134.579.189 101.657.210 (6.690) 1.236.229.709 (366.094.331)  870.135.379
Em instituições de crédito no estrangeiro 728.751.615 45.447.839
ganhos de dividendos da participação do BNI no capital De outros emissores 475.152.378 16.130.487  491.282.865 163.260.298 187.862.479 842.405.642
social do Trade and Development Bank (TDB), anteriormente 729.711.131 48.723.053
(6.690) 187.862.479 1.712.541.021
1.609.731.567 117.787.697 1.727.519.264 (202.834.032)
denominado PTA Bank. 13. Aplicações em instituições de crédito
(15.1)2PRQWDQWHGH07UHIHUHVHDWtWXORV representativos de 150.000 títulos com valor nominal de
6. Receitas líquidas de taxas e comissões
(PGH'H]HPEURGHHHVWDUXEULFDDSUHVHQWDYD GR*RYHUQRFRQIRUPH 100 cada, emitidos em 04 de Setembro de 2015 por 10
O valor desta rubrica é composto por: se como se segue: anos. Os juros são pagos numa base semestral a uma
‡ Obrigações do Tesouro 2011 representativos de taxa anual de 12% para o primeiro cupão e a uma taxa
MT 2017 2016
Receita de taxas e comissões
MT 2017 2016 10.353.248 títulos com valor nominal de 100 cada, YDULiYHOLQGH[DGDj)3&SDUDRVUHVWDQWHVFXS}HV
Instituições de Crédito nacionais 1.145.364.850  HPLWLGRV HP  GH 'H]HPEUR GH  SRU  DQRV O capital será reembolsado na totalidade na data da
$VVHVVRULDÀQDQFHLUD 14.672.562 752.644.922 UHPXQHUDGDVjWD[DGHFXSmRÀ[DGH2MXURp maturidade.
1.145.364.850 
Serviços bancários 50.401.241 46.205.383 pago trimestralmente e o capital reembolsado à data do
65.073.803 798.850.305 Todas as aplicações do Banco, no valor de MT 1.145.364.850, YHQFLPHQWRGRVWtWXORV ‡ Obrigações Companhia de Moçambique 2017
WrPPDWXULGDGHDWpXPPrVVHQGRTXHIRUDPDSOLFDGRV representativos de 150.000 títulos com valor nominal de
Custo com taxas e comissões
em moeda externa. ‡ Obrigações do Tesouro 2016 (1ª Série) representativos FDGDHPLWLGRVHPGH'H]HPEURGHSRU
$VVHVVRULDÀQDQFHLUDGHWHUFHLURV (2.864.250) (564.121.000) de 52.544 títulos com valor nominal de 100 cada, emitidos anos. Os juros são pagos numa base trimestral a uma
Serviços bancários (11.350.285) (16.326.070) 14. Empréstimos a clientes em 23 de Março de 2016 por 3 anos, remuneradas à taxa taxa anual de 27% para os primeiros quatro cupões e
(14.214.535) (580.447.070)
GHFXSmRÀ[DGH2MXURpSDJRVHPHVWUDOPHQWHH D 3ULPH 5DWH GR VLVWHPD ÀQDQFHLUR SDUD RV UHVWDQWHV
(P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D RFDSLWDOUHHPEROVDGRjGDWDGRYHQFLPHQWRGRVWtWXORV cupões. O capital será reembolsado na totalidade na
50.859.268 218.403.235 data da maturidade.
seguinte composição:
7. Proveito líquido de operações cambiais ‡ Obrigações do Tesouro 2017 (7ª Série) representativos
2017 2016 Obrigações Corporativas Obrigações Bayport 2016
MT de 487.405 títulos com valor nominal de 100 cada, ‡
O valor desta rubrica é composto por: Crédito interno emitidos em 22 de Novembro de 2017. Os juros são pagos (2ª Série) representativos de 50.000 títulos com valor
MT 2017 2016 (PSUpVWLPRVGHPpGLRHORQJRSUD]R 912.199.361 2.582.263.933 numa base semestral a uma taxa anual de 27,50% para os nominal de 100 cada, emitidos em 21 de Junho de 2016
Perdas reais de operações de trading de divisas (8.946.297) (8.150.410)
Créditos em conta corrente caucionada 171.585.194
primeiros dois cupões e a uma taxa variável indexada a por 5 anos. Os juros são pagos numa base semestral a
415.626.505
Perdas (Ganhos) de reavaliação HP$)'9 GHQRPLQDGRV HP (64.814.498) 104.005.743 taxa de juro médio ponderado das últimas seis emissões uma taxa anual de 22% para o primeiro cupão e a uma
moeda externa (nota 7.1) Descobertos bancários  9.866.386 GH%LOKHWHVGR7HVRXURFRPSUD]RGHGLDV2FDSLWDO WD[DYDULiYHOLQGH[DGDj)3&SDUDRVUHVWDQWHV
(73.760.795) 95.855.333
1.083.784.555 3.007.756.824 será reembolsado na totalidade na data da maturidade. cupões. O capital será reembolsado na totalidade na
  2V JDQKRV HP DFWLYRV ÀQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD &RPPLVV}HVDVVRFLDGDVDRFXVWRDPRUWL]DGR (3.580.563) (17.636.078)
O juro é pago semestralmente e o capital reembolsado à data da maturidade.
YHQGD UHVXOWDP GD UHDYDOLDomR FDPELDO GHVIDYRUiYHO GD GDWDGRYHQFLPHQWRGRVWtWXORV
Crédito e juros vencidos 452.141.249 49.046.500
SDUWLFLSDomR ÀQDQFHLUD GR %1, QR FDSLWDO VRFLDO GR 7'% QR ‡ 3DUWLFLSDomR ÀQDQFHLUD QmR TXDOLÀFDGD QR FDSLWDO
valor de USD 5.513.715.
Provisões para imparidade (169.397.683) (106.222.534) ‡ Bilhetes do Tesouro no valor total de MT 85.000.000 VRFLDOGR7'%no valor de USD 5.513.715, representativo
1.362.947.558 2.932.944.711 DGTXLULGRV DRV  GH 'H]HPEUR GH  SRU  GLDV de 862 acções de classe B, equivalente a uma quota de
8. Outros proveitos operacionais remuneráveis à taxa de desconto de 24%. O juro e o participação de 0,5%.
O valor desta rubrica é composto por: (P  GH 'H]HPEUR GH  H  RV HPSUpVWLPRV D capital são pagos na maturidade dos títulos.
MT 2017 2016 FOLHQWHV SRU VHFWRUHV GH DFWLYLGDGH DSUHVHQWDYDPVH FRPR ‡ Participação no capital social da Sociedade
Anulação de juros vencidos de exercícios anteriores (8.1) (13.764.760) 4.747.992 se segue: (15.2)2PRQWDQWHGH07UHIHUHVHD Interbancária de Moçambique (SIMO) em 0,5%
Anulação de provisões do exercício anterior 259.628 (1.155.090)
correspondente a MT 2.682.200,00, representativo de
MT 2017 2016
$EDWHGHDFWLYRVQmRÀQDQFHLURV  5.078.963 (1.775.076)
‡ Obrigações Corporativas CPC 2014 (2ª Série) 26.822 acções.
Crédito a clientes por sectores de actividade
representativos de 1.000.000 títulos com valor nominal
Outros impostos (1.481.826) (2.650.603) 88.928.317 1.646.360.286
Transporte e Comunicações de 100 cada, emitidos em 29 de Outubro de 2014 por (P  GH 'H]HPEUR GH  H  R HVFDORQDPHQWR GRV
Patrocínios (1.386.573) 
Energia 81.096.602 169.933.484 5 anos. Os juros são pagos numa base semestral a uma DFWLYRV ÀQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD SRU SUD]RV GH
Outros rendimentos operacionais (680.146) 54.516
Industria 705.480.795 606.559.207 taxa anual de 12,50% para os 6 primeiros cupões (3 anos) YHQFLPHQWRDSUHVHQWDYDVHFRPRVHVHJXH
(11.974.713) (832.777) HDXPDWD[DYDULiYHOLQGH[DGDj)3&SDUDRV
Mineração  15.566.880
últimos 4 cupões (2 ano). O capital será reembolsado na MT 2017 2016
(8.1) 5HVXOWDQWH GD UHJXODUL]DomR FRQWDELOtVWLFD GH Agricultura e Pesca 126.046.971 157.062.578 WRWDOLGDGHQDGDWDGDPDWXULGDGH $WpPrV  5.020.991
MXURV YHQFLGRV UHIHUHQWHV DR H[HUFtFLR GH  HP Saúde 212.645.925 167.903.843
PHVHV 246.650.075 114.134.785
FRQIRUPLGDGHFRPR$YLVRQž*%0VHJXQGRRTXDO 321.727.193 293.417.046
‡ Obrigações Corporativas CPC 2014 (1ª Série)
Outros (nota 14.1)
o reconhecimento de juros de crédito vencido deve ser representativos de 196.143 títulos com valor nominal PHVHV 7.263.290 228.203.613
1.535.925.803 3.056.803.324
suspenso a partir de 91 dias. de 100 cada, emitidos em 29 de Outubro de 2014 por DQRV 185.596.923 110.991.447
(14.1) Este sector inclui crédito social a colaboradores do 5 anos. Os juros são pagos numa base semestral a uma Mais 3 anos 1.280.383.094 1.254.190.186
(8.2) O Montante de MT 5.078.963 corresponde a mais valia de Banco no valor de MT 112.509.865 (2016: MT 77.751.500). taxa anual de 13% para os 6 primeiros cupões (3 anos)
HDXPDWD[DYDULiYHOLQGH[DGDj)3&SDUDRV 1.719.893.382 1.712.541.021
venda de viaturas a colaboradores, totalmente depreciados.
últimos 4 cupões (2 ano). O capital será reembolsado na
9. Custos com pessoal (P  GH 'H]HPEUR GH  H  RV SUD]RV UHVLGXDLV totalidade na data da maturidade. (P  GH 'H]HPEUR GH  H  D UXEULFD GH$FWLYRV
dos empréstimos a clientes incluindo juros apresentavam a
O valor desta rubrica é composto por: ÀQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD WLQKD D VHJXLQWH
seguinte estrutura: ‡ Obrigações Standard Bank 2015 (2ª Série) FRPSRVLomRQRTXHVHUHIHUHDWtWXORVFRWDGRVHQmRFRWDGRV
MT 2017 2016
MT 2017 2016
Remuneração dos Membros dos órgãos socias (6.203.250) (6.256.250)
Até 1 mrs 397.396.075 121.754.059 MT 2017
Remuneração dos Membros da Comissão Executiva (20.936.418) (37.911.107)
PHVHV 4.982.640 29.237.003
Cotados Não cotados Total
Remuneração dos empregados (132.062.318) (112.380.192)
PHVHV 185.929.580 688.566.015
2EULJDo}HVHRXWURVWtWXORVGHUHQGLPHQWRÀ[R
Encargos sociais obrigatórios (5.430.606) (4.488.124)
DQRV 423.641.478 1.145.679.604
De emissores públicos 58.313.317 972.927.788 1.031.241.105
Outros custos com pessoal (5.016.347) (3.140.722)
Mais de 3 anos 523.976.025 1.071.566.642
De outros emissores 159.059.913 529.592.364 688.652.277
(169.648.939) (164.176.394)
1.535.925.803 3.056.803.325
217.373.229 1.502.520.152 1.719.893.382
3RUFDWHJRULDSURÀVVLRQDORQ~PHURGHFRODERUDGRUHVHP
(PGH'H]HPEURGHHDPDWXULGDGHGRFUpGLWR
GH'H]HPEURGHHDQDOLVDVHFRPRVHVHJXH MT
e juros vencidos apresentava a seguinte estrutura: 2016
MT 2017 2016
Cotados Não cotados Total
5 MT 2017 2016
)XQo}HVGLUHFWLYDV 7
Crédito vencido entre 3 a 6 meses  14.109.000 2EULJDo}HVHRXWURVWtWXORVGHUHQGLPHQWRÀ[R
)XQo}HVGHFKHÀD 9 9
Crédito vencido entre 6 a 12 meses 201.583.245  De emissores públicos 84.785.761 785.349.618 870.135.379
)XQo}HVHVSHFtÀFDV 31 27
250.558.004 34.397.500 De outros emissores 268.441.744 573.963.898 842.405.642
)XQo}HVDGPLQLVWUDWLYDV 6 6 Crédito vencido a mais de 12 meses
452.141.249 49.046.500 353.227.505 1.359.313.516 1.712.541.021
53 49

10. Outros gastos administrativos (PGH'H]HPEURGHHRFUpGLWRDRVFOLHQWHV 16. Propriedade e Equipamento


O valor desta rubrica é composto por: apresentava a seguinte imparidade:
(PGH'H]HPEURGHHVWDUXEULFDWLQKDDVHJXLQWHFRPSRVLomR
MT 2017 2016 MT 2017 2016

Água. energia e combustíveis (3.117.344) (2.067.952) Imparidade individual

(3.819.697) Saldo de abertura (60.301.656) (5.813.141) MT 2017


Material de consumo corrente (2.841.286)

(1.636.427) (1.670.653) Write-off de provisões de crédito de cobranças 5.813.141 Mobiliário e Outros meios
2XWURVIRUQHFLPHQWRVGHWHUFHLURV
duvidosa (14.1) 9.866.386 Imóveis Equipamento Viaturas Total
material básicos
Comunicações e despesas de expedição (6.144.799) (6.812.548) Provisões líquidas constituidas (107.641.873) (60.301.656)
Custo
Deslocações, estadias e representação (8.492.456) (13.848.007) (158.077.142) (60.301.656)
Saldo em 1 de Janeiro de 2017 435.916.798 33.023.463 31.508.471 26.059.812 1.288.722 527.797.265
Publicidade e edição de publicações (13.380.238) (18.419.993) Imparidade colectiva
Alienações (16.1)   (13.010.464)   (13.010.464)
Conservação e reparação (1.712.907) (2.020.960) Saldo de abertura (45.920.879) (64.127.870)
Aquisições  933.920 5.110.000 15.263  6.059.183
)RUPDomRGHSHVVRDO (1.666.607) (3.514.250) Provisões líquidas constituidas/revertidas (14.2) 34.600.338 18.206.991
6DOGRHPGH'H]HPEURGH 435.916.798 33.957.383 23.608.007 26.075.075 1.288.722 520.845.985
4XRWL]Do}HVHSDWURFtQLRV  (21.496.863) (11.320.541) (45.920.879)
'HSUHFLDo}HVDFXPXODGDV
6HUYLo}HVHVSHFLDOL]DGRV (169.397.683) (106.222.534)
Saldo em 1 de Janeiro de 2016 27.959.257 23.011.794 28.591.754 9.659.930 350.055 89.572.790
Seguros (15.150.496) (12.878.944)
  2 ZULWHRII GH SURYLV}HV GR FUpGLWR GH FREUDQoD Alienações   (12.239.630)   (12.239.630)
6HJXUDQoDHYLJLOkQFLD (2.043.761) (1.970.551)
duvidosa resulta do abate do valor de descoberta bancário, Depreciações do exercício 8.790.799 3.080.427 1.467.758 2.617.046 92.469 16.048.499
Auditoria (2.281.500) (2.710.422)
TXHUHPRQWDGHVGHRPrVGH$EULOGHQRYDORUGH07
6DOGRHPGH'H]HPEURGH 36.750.056 26.092.221 17.819.882 12.276.976 442.524 93.381.658
Consultoria (859.950) (5.884.044) FXMDUHFXSHUDomRWRUQRXVHLQFHUWD
9DORUOtTXLGRFRQWDELOtVWLFRHPGH'H]HPEURGH 399.166.742 7.865.162 5.788.125 13.798.100 846.198 427.464.326
Comunicação e dados (8.866.085) (8.880.235)

*HVWmRGHFRQGRPtQLRHOLPSH]D (3.556.438) (4.466.957) (14.2) A reversão da imparidade colectiva no montante de MT


(3.152.412)
GHYHXVHjUHGXomRGDFDUWHLUDEUXWDGHFUpGLWR
Licenças (3.334.147)
QD RUGHP GH 07  IDFH DR SHUtRGR KRPyORJR
Outros gastos e encargos (3.931.375) (1.520.782)
conjugado com a revisão do modelo de imparidade colectiva
(79.015.817) (115.135.270) que ditou a redução da taxa de imparidade de 1,75% em 2016 Página 11
para 1,25% em 2017.
12 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

*Valores expressos em Meticais

 3RUGHFLVmRGD$GPLQLVWUDomRGR%DQFRIRUDPDOLHQDGDV (PGH'H]HPEURGHHVWDUXEULFDWLQKDDVHJXLQWH 20. Outros activos


cinco viaturas que tinham atingindo o período de vida útil, composição:
tendo contribuído com mais valia na ordem de MT 5.078.963. (PGH'H]HPEURGHHHVWDUXEULFDWLQKDDVHJXLQWHFRPSRVLomR

MT 2016
MT 2017 2016
Mobiliário e Outros meios
Imóveis Equipamento Viaturas Total
material básicos 'HYHGRUHVHRXWUDV$SOLFDo}HV

Custo Adiantamento a colaboradores 1.649.000 4.141

Saldo em 1 de Janeiro de 2016 228.984.029 29.122.228 31.508.471 26.041.849 1.235.294 316.891.870 Mercado de Capitais (20.1) 51.581.151 1.783.800

7UDQVIHUrQFLDV 206.904.689     206.904.689 Devedores Diversos 896.547 418.868

Aquisições 28.080 3.901.235  17.963 53.428 4.000.706 54.126.698 2.206.809

6DOGRHPGH'H]HPEURGH 435.916.798 33.023.463 31.508.471 26.059.812 1.288.722 527.797.265 Outros activos

'HSUHFLDo}HVDFXPXODGDV Economato  63.865

Saldo em 1 de Janeiro de 2016 13.651.000 17.600.008 25.399.888 7.044.102 256.850 63.951.848  63.865

7UDQVIHUrQFLDV 5.517.458     5.517.458 Rendimentos a receber

Depreciações do exercício 8.790.799 5.411.786 3.191.866 2.615.828 93.205 20.103.484 2XWURVUHQGLPHQWRVDUHFHEHUGHVHUYLoRVGHDVVHVVRULDÀQDQFHLUD 10.415.468 17.647.933

6DOGRHPGH'H]HPEURGH 27.959.257 23.011.794 28.591.754 9.659.930 350.055 89.572.790 10.415.468 17.647.933

9DORUOtTXLGRFRQWDELOtVWLFRHPGH'H]HPEURGH 407.957.541 10.011.669 2.916.717 16.399.882 938.666 438.224.475 'HVSHVDVFRPHQFDUJRGLIHULGR


c
&RPLVV}HVGLIHULGDV  
2LPyYHOTXHVHHQFRQWUDYDHPSURSULHGDGHVGHLQYHVWLPHQWRVRIUHXXPDUHFODVVLÀFDomRFRQWDELOtVWLFDSDUDSURSULHGDGHH
Seguros
HTXLSDPHQWRHPYLUWXGHGDDOWHUDomRGRREMHFWLYRGDVXDDIHFWDomRGHORFDomRRSHUDFLRQDO REWHQomRGHFDVKÁRZV) para 369.901 612.117
XVRSUySULRFRQMXJDGRFRPDQmRUHQRYDomRQRPrVGH1RYHPEURGHGRFRQWUDWRGHORFDomRRSHUDFLRQDO Licenças 2.003.611 4.738.146
2XWUDV'HVSHVDVFRPHQFDUJRGLIHULGR 12.177.884 11.969.033
17. Activos Intangíveis
14.551.395 17.319.296
2XWUDVFRQWDVGHUHJXODUL]DomR
(PGH'H]HPEURGHHHVWDUXEULFDWLQKDDVHJXLQWHFRPSRVLomR
Contas de compensação  
MT 2017 2016
Outras contas internas 11.973 (329.359)

11.793 (329.359)
Custo
79.105.354 36.908.545
Saldo em 1 de Janeiro 2.648.636 7.977.630
Imparidade (8.162.411) 
Aquisições 158.750 2.720.605
70.942.943 36.908.545
Abate  (8.049.600)

6DOGRHPGH'H]HPEUR 2.807.386 2.648.636 (20.1) Esta rubrica inclui um saldo a receber de MT 21. Capital social
$PRUWL]Do}HVDFXPXODGDV  UHIHUHQWH D WtWXORV YHQGLGRV SHOR %DQFR D VHXV
FOLHQWHV2YDORUIRLOLTXLGDGRHP)HYHUHLURGH (P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D
Saldo em 1 de Janeiro 1.567.815 5.064.689
seguinte composição:
$PRUWL]Dção do exercício 329.292 2.777.651

Abate  (6.274.524) MT 2017 2016


6DOGRHPGH'H]HPEUR 1.897.107 1.567.815
&DSLWDOUHDOL]DGR 2.240.000.000 2.240.000.000
9DORUOtTXLGRFRQWDELOtVWLFRHPGH'H]HPEUR 910.279 1.080.820
7RWDOGHFDSLWDOVXEVFULWRHDXWRUL]DGR 2.240.000.000 2.240.000.000

Os activos incorpóreos são compostos por VRIWZDUHV. %DQFRDJXDUGDSHODDXWRUL]DomRGRFUpGLWRGHLPSRVWRSDUD


posterior dedução ao montante de imposto a pagar. (PGH'H]HPEURGHRFDSLWDOVRFLDOGR%DQFRHVWDYD 25. Recursos de Outras Instituições de crédito
18. Activos e Passivos por impostos correntes representado por 2.240.000.000 acções ordinárias de MT 1
2 FDOFXOR GR LPSRVWR D UHFXSHUDUSDJDU GR H[HUFtFLR IRL FDGDWRWDOPHQWHUHDOL]DGDV 2V5HFXUVRVGH2XWUDV,QVWLWXLo}HVGHFUpGLWRDGH'H]HPEUR
$UXEULFDGHDFWLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHVGHFRPS}HVHGD FDOFXODGRGDVHJXLQWHIRUPD de 2017 e 2016 são analisados como se segue:
VHJXLQWHIRUPD 22. Resultados transitados MT 2017 2016

MT 2017 2016 MT 2017 2016 Recursos de outras instituições de crédito


Nos termos da legislação moçambicana, o Banco tem de 135.000.000 290.500.000
Activos por impostos correntes Saldo do exercício anterior 60.775.713 61.202.038 Moeda nacional
UHIRUoDUDQXDOPHQWHDUHVHUYDOHJDOFRPXPDSHUFHQWDJHP
5.676.253 Moeda externa (25.1) 1.180.400.000 
RetençõesQDIRQWH  57.953.353 57.953.353 Correcções de Impostos relativas a exercícios anteriores  QmR LQIHULRU D  GRV VHXV OXFURV OtTXLGRV GH LPSRVWRV
Outros 41.848.414  Estimativa do imposto do exercício 92.813.039 137.165.606 até que a reserva atinja um valor igual ao do capital social 1.315.400.000 290.500.000

Pagamento por conta do exercício (109.732.485) (50.406.201) HPLWLGR3RUGHOLEHUDomRGD$VVHPEOHLD*HUDOUHDOL]DGDHP Juros a pagar


99.801.767 57.953.353
(24.928.967) (25.983.692)
30 de Março de 2017, os resultados do exercício de 2016 Moeda nacional 435.375 528.468
RetençõesQDIRQWHGRH[HUFtFLR
QR YDORU GH 07  IRUDP GLVWULEXtGRV GD VHJXLQWH 10.784.265
  2 YDORU GH 07  UHIHUHVH D UHWHQo}HV Pagamento do imposto (66.451.966) (61.202.038) Moeda externa 
HIHFWXDGDVSRURXWUDVLQVWLWXLo}HVÀQDQFHLUDVVREUHMXURVGDV IRUPD
11.219.640 528.468
(41.848.414) 60.775.713
DSOLFDo}HVGRH[HUFtFLRGH8PDYH]TXHDVGHGXo}HVQR 1.326.619.640 291.028.468
LPSRVWRDSDJDUVmRSDVVtYHLVGHDXWRUL]DomRSHOR0LQLVWpULRGH A reconciliação da taxa de imposto para o exercício de 2017 MT 2016

(FRQRPLDH)LQDQoDVFRQIRUPHSUHYLVWRQDOHJLVODomRÀVFDOR e 2016 pode ser analisada como se segue: Resultados Contabilístico 354.950.924

Resultados não distribuíveis


(25.1) O valor de MT 1.180.400.000 (USD 20.000.000) é
(70.749.121)
2017 2016
MT UHSUHVHQWDWLYR GH XPD OLQKD GH FUpGLWR PRELOL]DGR MXQWR
Taxa de Imposto Valor Taxa de Imposto Valor *DQKRVFDPELDLVQmRUHDOL]DGDV (104.005.743)
do Islamic Corporation for the Development of the Private
Resultado antes de impostos  265.576.160  525.373.152 ,PSRVWRVGLIHULGRV 33.256.622 Sector (ICD) para o apoio ao sector empresarial, por um
Imposto apurado com base na taxa nominal  84.984.371 32,00% 168.119.409 Resultados à distribuir 284.201.803 KRUL]RQWHWHPSRUDOGHFLQFRDQRV$OLQKDGHÀQDQFLDPHQWR
Impacto dos rendimentos sujeito a taxas liberatorias de impostos  (14.957.380) 0,00%  'LVWULEXLomRGRVUHVXOWDGRV é onerada a USD 6ZDS5DWH (5 anos) acrescido de spread de
&RUUHFFRHVÀVFDLV Reserva legal (15% do Resultado Líquido do exercício distribuível) 390 pontos base, sendo os juros pagos anualmente e o capital
53.242.638
na maturidade.
Rendimento não sujeito ao imposto  (6.714.556)  (36.351.742) Distribuição de dividendos (12.5% do resultado do exercício distribuível) 35.525.225

'HVSHVDVQmRGHGXWLYrLV 11,11% 29.500.604 1,03% 5.397.939 Resultados Transitados (68,8% do Resultado Líquido do exercício distribuível) 195.433.939 (P  GH 'H]HPEUR GH  H  R SUD]R UHVLGXDO GRV
Total do imposto estimado 34,95% 92.813.039 26,11% 137.165.606 284.201.803 recursos de outras instituições de crédito apresenta o
5HJXODUL]DomRGRLPSRVWRGRVH[HUFtFLRVDQWHULRUHV 2,14% 5.676.253   Resultados não distribuíveis a serem alocados nos Resultados Transitados 70.749.121 seguinte escalonamento:
37,09% 94.489.293 26,11% 137.165.606 Resultados Contabilístico 354.950.924 MT 2017 2016

Até 3 meses 135.435.375 291.028.468


19. Activos e passivos por impostos diferidos 23. Reserva legal e resultados transitados
PHVHV 1.191.184.266 

2VDFWLYRVHSDVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRVUHFRQKHFLGRVHPHSRGHPVHUDQDOLVDGRVFRPRVHVHJXH (P  GH 'H]HPEUR GH  HVWD UXEULFD WLQKD D VHJXLQWH 1.326.619.641 291.028.468
composição:
2017
MT Saldo de abertura 26. Recursos de clientes
Por resultados Por fundos próprios MT 2017 2016
Gastos Rendimentos Aumentos 'LPLQXLo}HV Total Reserva Legal 2VUHFXUVRVGHFOLHQWHVDGH'H]HPEURGHHVmR
Activos por impostos diferidos Saldo em 01 de Janeiro 70.564.934 30.570.299 analisados como se segue:
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 125.766.431   (28.287.867)  97.478.564 Por incorporação de resultados do exercício anterior 53.242.638 39.994.635
MT 2017 2016
125.766.431   (28.287.867)  97.478.564 Total da Reserva 123.807.572 70.564.934
Depósitos à ordem 184.701.089 25.794.949
Passivos por impostos diferidos Resultados Transitados
Juros a pagar 28.369.688 28.369.688
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 60.859.541   2.681.221  63.540.762 Saldo em 01 de Janeiro 304.247.165 53.917.181
213.070.777 54.164.637
'LIHUHQoDVFDPELDV 60.090.777  (20.740.639)   39.350.138 Por incorporação de resultados do exercício anterior (23.1) 266.183.061 250.329.984
120.950.318 (20.740.639) 2.681.221 102.890.900
  Total de Resultados Transitados 570.430.226 304.247.165 27. Responsabilidades representadas por títulos
2016 Total de Reserva e Resultados Transitados 694.237.798 374.812.099
MT Saldo de abertura MT 2017 2016
Por resultados Por fundos próprios
(23.1) O montante de MT 266.183.061 inclui os resultados não Papel Comercial
Gastos Rendimentos Aumentos Total
'LPLQXLo}HV GLVWULEXtYHLVUHVXOWDQWHVGHGLIHUHQoDFDPELDLVQmRUHDOL]iYHLV Papel Comercial BNI 2016  1.895.652.548
Activos por impostos diferidos QRYDORUGH07FRQIRUPHDQRWD
 1.895.652.548
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD    64.906.890  64.906.890
24. Reservas de reavaliação Empréstimo obrigacionistas
   64.906.890  64.906.890
2EULJDo}HV%1,a Série 534.010.601 331.849.500
Passivos por impostos diferidos $5HVHUYDGHUHDYDOLDomRDGH'H]HPEURGHHp
74.240.971 (74.240.971)
analisada como se segue: 534.010.601 331.849.500
$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD    
MT 2017 2016 534.010.601 2.227.502.048
'LIHUHQoDVFDPELDV 26.834.155  33.256.622   60.090.777
&XVWRGRVDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.825.949.012 1.915.375.053
101.075.127  33.256.622   60.090.777 (27.1) $R ORQJR GR DQR GH  DVVLVWLXVH DR YHQFLPHQWR
Valor do mercado dos activos disponíveis para venda 1.719.893.382 1.712.541.021
GR3DSHO&RPHUFLDO%1,HPLWLGRDGH'H]HPEURGH
2PRQWDQWHGHLPSRVWRVGLIHULGRVSRUGLIHUHQoDVWHPSRUiULDVGHFRUUHGDDSOLFDomRGR,53&VREUHDUHVHUYDGHUHDYDOLDomRGH 3HUGDV *DQKRVSRWHQFLDLVUHFRQKHFLGRVQDUHVHUYD representativo de 18.953.455 títulos com um valor nominal
MXVWRYDORUGDFDUWHLUDGHDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGDHVREUHRVJDQKRVGHUHDYDOLDomRFDPELDOQmRUHDOL]DGRV (106.055.631) (202.834.032)
GHMXVWRYDORUGH$)'9 GH07FRPSUD]RGHXPDQRHRQHUDGRDWD[DGHMXUR
,PSRVWRVGLIHULGRV 33.937.802 64.906.890 À[RGH
Reserva de justo valor (72.117.829) (137.927.142)
(27.2) Estas obrigações são representativos de 5.000.000
(PGH'H]HPEURGHHRPRYLPHQWRGDVUHVHUYDV títulos com valor nominal de MT 100 cada, onerados
GHUHDYDOLDomRUHVXPLXVHQRVWHUPRVDEDL[RDSUHVHQWDGRV semestralmente a uma taxa nominal variável indexada à
MT 2017 2016 )3&2VWtWXORVIRUDPHPLWLGRVHPGH6HWHPEUR
&XVWRGRVDFWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 1.825.949.012 1.915.375.053 de 2016 por um período de 5 anos, sendo que no ano de
Valor do mercado dos activos disponíveis para venda 1.719.893.382 1.712.541.021
IRUDPUHDOL]DGRVWtWXORVHRUHPDQHVFHQWHGH
1.795.000 títulos, em janeiro de 2017.
Perdas potenciais reconhecidos na reserva de justo

YDORUGH$)'9 (106.055.631) (202.834.032)

,PSRVWRVGLIHULGRV 33.937.802 64.906.890

Reserva de justo valor (72.117.829) (137.927.142)


Página 12
Savana 20-04-2018 13
RELATÓRIO E CONTAS

RELATÓRIO E CONTAS 2017


*Valores expressos em Meticais

28. Recursos Consignados (29.3) O IRPS no valor de MT 2.542.488 (2016: MT 2.635.480)


corresponde à retenção do imposto sobre as remunerações
Esta rubrica tem a seguinte composição: GRSHVVRDOUHIHUHQWHDRPrVGH'H]HPEURGHSDJRVHP
Janeiro de 2018 ao Estado.
MT 2017 2016
Linha de Agronegócio e empreendedorismo )$( 155.021.478  (29.4)$UXEULFDGHSDWURFtQLRVUHIHUHVHDPRQWDQWHVDSDJDU
/LQKDGHÀQDQFLDPHQWR6867(17$ 191.988.900  a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) por serviços prestados
QRkPELWRGD7DoDGD/LJD%1,
347.010.378 

30. Transacções com partes relacionadas


A linha de Agronegócio e empreendedorismo (FAE) IRL
PRELOL]DGRMXQWRGD$JrQFLDGH'HVHQYROYLPHQWRGR9DOHGH $V WUDQVDFo}HV FRP SDUWHV UHODFLRQDGDV IRUDP FHOHEUDGDV
=DPEH]H QR YDORU GH 07  PLOK}HV 'HVHPEROVDGR DWp D numa base comercial no decurso normal do negócio e os
GDWDGREDODQoRRYDORUGH07 SDUDÀQDQFLDU UHVSHFWLYRVVDOGRVQRÀPGRDQRIRUDPRVVHJXLQWHV
SURMHFWRVGH$JURQHJyFLRHSURPRomRGRHPSUHHQGHGRULVPR
QRYDOHGH=DPEH]HSRUXPSHUtRGRGHFLQFRDQRV MT 2017 2016
Activo
A /LQKDGHÀQDQFLDPHQWR6867(17$PRELOL]DGDSHOR)XQGR Crédito 494.943.934 253.310.999
1DFLRQDOGH'HVHQYROYLPHQWR6XVWHQWiYHO )1'6 QRYDORUGH
Obrigações de Tesouro 1.254.357.838 1.231.236.399
MT 810,0 milhões (desembolsado até a data do balanço o
Passivos
montante de MT 191.988.900) alocados através do BNI, tem
FRPR ÀQDOLGDGH R ÀQDQFLDPHQWR DRV 3HTXHQRV$JULFXOWRUHV Depositos 197.602.496 

e Comerciantes emergentes nas províncias de Nampula e Papel Comercial BNI 2016 (30.1)  1.895.345.500
=DPEH]HQXPKRUL]RQWHWHPSRUDOGHFLQFRDQRV Capital

IGEPE 2.240.000.000 2.240.000.000


29. Outras exigibilidades
Proveitos

(P  GH 'H]HPEUR GH  H  HVWD UXEULFD WLQKD D Receita líTXLGDGH$VVHVVRULD)LQDQFHLUD  174.570.000

seguinte composição: Juros de Credito 204.604.749 30.012.496

Títulos 150.984.213 142.451.871


MT 2017 2016
Custos operacionais
Outros credores (nota 29.1) 8.429.154 8.854.171
Remuneração de Órgãos Sociais (27.139.668) (37.911.107)
Remuneração a pagar a colaboradores (nota 29.2) 9.433.670 7.471.778
Custos com juros e encargos similares
Contribuições para a segurança social 698.526 627.842
Estado Moçambicano (5.475.443) (9.687.329)
IRPS (nota 29.3) 2.542.488 2.635.480

Impostos sobre rendimentos de capitais 935.907 1.012.004


  5HJLVWRXVH YHQFLPHQWR DQWHFLSDGR GH 3DSHO
Impostos do selo 480.101 692.877 Comercial BNI 2016 no valor de MT 1.895.345.500 que tinha
Dividendos a pagar  33.328.863 sido subscrito na sua totalidade pelo Estado moçambicano.
Patrocínios (notas 29.4) 13.498.002 11.216.571

36.017.848 65.839.585
31. Acontecimentos subsequentes à data do balanço
2XWUDVFRQWDVGHUHJXODUL]DomR
6XEVHTXHQWHPHQWH j GDWD GR EDODQoR  GH 'H]HPEUR
Contas de compensação 67.463.110 
GH  QmR RFRUUHUDP TXDLVTXHU IDFWRV RX HYHQWRV TXH
Outras contas internas 6.709.328  SRVVDPLQÁXHQFLDUDOHLWXUDDGHTXDGDHLQWHUSUHWDomRGHVWDV
74.172.437  GHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDV
110.190.285 65.839.585
32. Passivos contingentes
(29.1) A rubrica de outros credores inclui (i) honorário
GRV $XGLWRUHV H[WHUQRV QD RUGHP GH 07  LL 
$VDXWRULGDGHVÀVFDLVWrPDSRVVLELOLGDGHGHUHYHUDVLWXDomR
serviços de ligação de dados e gestão de servidores no valor
ÀVFDO GD HPSUHVD GXUDQWH XP SHUtRGR GH  DQRV SRGHQGR
de MT 2.242.013, (iii) outras exigibilidades no valor de MT
resultar em eventuais correções de impostos devido a
3.808.876,78.
GLIHUHQWHVLQWHUSUHWDo}HVHRXLQFXPSULPHQWRGHOHJLVODomR
ÀVFDOQRPHDGDPHQWHHPVHGHGH,PSRVWR6REUH5HQGLPHQWR
(29.2) As remunerações a pagar a colaboradores no
de Pessoas Colectivas e Impostos sobre os Rendimentos de
PRQWDQWHGH07 07 UHIHUHPVH
Pessoas Singulares que não é possível determinar.
jHVSHFLDOL]DomRGHFXVWRVFRPRVXEVtGLRGHIpULDVSDJRVHP
Janeiro de 2018.

5(/$7Ð5,2'2$8',725,1'(3(1'(17(

Página 13
14 Savana 20-04-2018
RELATÓRIO E CONTAS

RELATÓRIO E
RELATÓRIO E CONTAS 2017
CONTAS 2012
5(/$7Ð5,2'2&216(/+2),6&$/
$QH[Rj&LUFXODUQž6+&
02'(/2,9
%$1&21$&,21$/'(,19(67,0(1726$
'HPRQVWUDomRGH5HVXOWDGRV&RQWDV,QGLYLGXDLV
MT 1RWDV4XDGURVDQH[RV 2017 2016

Juros e rendimentos similares 4 766.548.917 655.894.289

Juros e encargos similares 4  

Margem Financeira 630.842.023 538.891.127

Rendimentos de instrumentos de capital 15.865.870 17.289.181

Rendimentos com serviços e comissões 6 65.073.803 798.850.305

Encargos com serviços e comissões 6  

Resultados de reavaliação cambial 7  95.855.333

Outros resultados de exploração 8  

Produto bancário 611.822.653 869.660.615

Custos com pessoal 9 c  

Gastos gerais administrativos 10  

Imparidade de crédito 14 e 20  

$PRUWL]Do}HVGRH[HUFtFLR 16 e 17  

Resultados antes de impostos 265.576.160 525.373.151

Impostos

Correntes 18  137.165.606

'LIHULGRV 19 20.740.639 33.256.622

Resultados após impostos 187.827.507 354.950.924

Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas

$QH[Rj&LUFXODUQž6+&
02'(/2,,, $&7,92
%$1&21$&,21$/'(,19(67,0(1726$
%DODQoR&RQWDV,QGLYLGXDLV $FWLYR

MT 2017

'HVFULomR Valor antes de


1RWDV4XDGURV Provisões, imparidade
provisões, imparidade Valor Líquido 2016
anexos HDPRUWL]Do}HV
HDPRULW]Do}HV
Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 11 29.225.263  29.225.263 297.954.244

Disponibilidades em outras instituições de crédito 12 729.711.131  729.711.131 48.723.053

$FWLYRVÀQDQFHLURVGLVSRQtYHLVSDUDYHQGD 15 1.719.893.382  1.719.893.382 1.712.541.021

Aplicações em instituições de crédito 13 1.145.364.850  1.145.364.850 

Empréstimos a clientes 14 1.532.345.240 169.397.683 1.362.947.558 2.932.944.711


c
Outros activos tangíveis 16 520.845.985 93.381.658 427.464.326 438.224.475

Activos intangíveis 17 2.807.386 1.897.108 910.279 1.080.820

Activos por impostos correntes 18 99.801.767  99.801.767 57.953.353

$FWLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 19 97.478.564  97.478.564 64.906.890

Outros Activos 20 79.105.354 8.162.411 70.942.943 36.908.544

Total de activos 5.956.578.921 272.838.860 5.683.740.061 5.591.237.110

(1) Parte aplicável do saldo destas rubricas.


(2) A rubrica 50 deverá ser inscrita no activo se tiver saldo devedor e no passivos se tiver saldo credor.
(3) Os saldos devedores das rubricas 542 e 548 são inscritos no activo e os saldos credores no passivo.

$QH[Rj&LUFXODUQž6+&
02'(/2,,, 3$66,92
%$1&21$&,21$/'(,19(67,0(1726$
%DODQoR&RQWDV,QGLYLGXDLV 3DVVLYR
MT 1RWDV4XDGURVDQH[RV 2017 2016
Passivo

Recursos de Outras Instituições de crédito 25 135.435.375 291.028.468

Recursos de clientes e outros empréstimos 25 e 26 1.404.255.042 54.164.637

Responsabilidades representadas por títulos 23 534.010.601 2.227.502.048

Passivos por impostos correntes 18  60.775.713


3DVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 19 102.890.900 60.090.777
Outros passivos 28 e 29 457.200.667 65.839.585
Total de Passivo 2.633.792.585 2.759.401.228

Capital c

Capital 2.240.000.000 2.240.000.000


Outras reservas e resultados transitados 694.237.798 374.812.098
Reservas de reavaliação  
Reserva Legal 24 123.807.572 70.564.934
Resultados transitados 23 540.430.226 304.247.164
Resultado do exercício 23 187.827.507 354.950.924

Total de Capital 3.049.947.476 2.831.835.880

Total de Passivo + Capital 5.683.740.061 5.591.237.110

Página 14
SUPLEMENTO
Savana 20-04-2018 1

GOVERNO APOSTA NA BANCARIZAÇÃO RURAL

“Um Distrito, Um Banco”: um sonho


que aos poucos vai se realizando
)\uIWÅVITLM!\WLW[W[LQ[\ZQ\W[LWXIy[\MZrWXMTWUMVW[]UJIVKW
5]QL]UJM\MZnXZQUMQZIIOwVKQIJIVKnZQILMV\ZWLM\Zw[UM[M[MUMQW
o âmbito da estra-

N tégia de inclusão
financeira, no ho-
rizonte entre 2016
e 2022, o Governo, através do
Ministério da Terra, Ambien-
te e Desenvolvimento Rural,
assumiu o compromisso de
impulsionar a bancarização ru-
ral, através do programa “Um
Distrito, Um Banco”, uma ini-
ciativa que, desde o seu arran-
que, em 2016, permitiu que 17
novos distritos fossem abran-
gidos, ou seja, passassem a ter
pelo menos um banco. Com
efeito, na última quarta-feira,
13 de Abril em curso, o Chefe
do Estado lançou a primeira
pedra para a construção do
primeiro banco no distrito de
Muidumbe, em Cabo Delgado.

Na essência, “Um Distrito,


Um Banco” é uma política do
Governo, que tem como objec-
tivo acelerar o processo de ban-
carização nas zonas rurais, com
vista a estabelecer total cobertu-
ra da rede bancária no país, vi-
sando o criação de pelo menos
uma agência bancária em cada
distrito do país, até 2019.
Com efeito, no âmbito desta
política, 17 novos balcões, ora mento Rural mostram que, até últimos dois anos, passando de essência e a função de um banco, do processo de bancarização da
em funcionamento, foram cons- ao momento, a implementação uma cobertura de 85 distritos, destacando as principais vanta- economia do país”, referiu Filipe
truídos em igual número de dis- daquela política está a ter como em 2015, para 102 dos 152 dis- gens das instituições financeiras Nyusi.
tritos, onde predomina uma eco- impacto a concretização das tritos do país, o que representa na dinamização da economia do O Chefe do Estado destacou
nomia rural, que em condições metas globais de inclusão finan- um aumento de mais de 15 por país, uma vez que permite o que que já era do conhecimento do
normais do mercado financeiro ceira, uma vez que mais de 1 cento, desde 2015. chamou de “venda e compra de Governo que, tal como outros
não seriam abrangidos. Trata-se 025 598 pessoas passaram a ter Falando à população, minu- dinheiro”. pontos do país, a população de
de três balcões em Cabo Delga- acesso aos serviços financeiros, a tos depois de testemunhar o lan- “Neste ciclo de governação, Muidumbe tinha como uma das
do, quatro em Nampula, três em menos de cinco quilómetros do çamento da primeira pedra para afirmamos que a bancarização principais inquietações a ausên-
Manica, dois em Sofala, três em local de residência ou trabalho. a construção da primeira agência do meio rural seria uma priori- cia de um banco, por isso, atra-
Inhambane, um em Gaza e um Aliás, a iniciativa “Um Dis- bancária do recém-criado distri- dade que levaríamos a cabo em vés do Ministério da Terra, Am-
em Maputo. trito, Um Banco” permitiu ao to de Muidumbe, o Chefe do Es- parceria com o sector privado. biente e Desenvolvimento Rural,
Dados do Ministério da país registar um crescimento tado, Filipe Nyusi, começou por O projecto “Um Distrito, Um accionou seus parceiros para a
Terra, Ambiente e Desenvolvi- assinalável da rede bancária nos explicar àquela comunidade a Banco” é o marco da aceleração colocação daquela agência.

“Só pode haver mais dinheiro aumentando o caudal de produção”


Numa terra potencialmente por isso, vamos aumentar a pro- tratégia de inclusão financeira,
agrícola, com uma economia que dução, para consumir, vender e no horizonte entre 2016 e 2022.
gira em torno da agro-pecuária, depositar o dinheiro neste ban- “Esta iniciativa está inserida
Filipe Nyusi instou a população co, que dentro de três meses e num projecto comum, que é o
a incrementar a produção e pro- meio estará pronto”, afiançou. projecto da paz. Ao promover-
dutividade, para que possa gerar O Presidente da República mos a paz, queremos que o povo
mais dinheiro. frisou, na ocasião, que o Gover- possa trabalhar à vontade e que
“Na cerimónia tradicional, os no, através do Ministério da Ter- os investimentos possam ocor-
nossos líderes pediram para que ra, Ambiente e Desenvolvimento rer. Havendo investimento, sig-
haja mais dinheiro, mas só pode Rural, assumiu o compromisso nifica haver mais dinheiro, por
haver mais dinheiro aumentan- de impulsionar a bancarização isso, este projecto é paralelo ao
do o nosso caudal de produção, rural, em 2015, inserida na es- da paz”, afiançou.
SUPLEMENTO
2 Savana 20-04-2018

Para Filipe Nyusi o de- em cada distrito. país e de outros distritos, uma as suas necessidades. porque tem produtos a preços
safio do Governo é permitir Segundo o Chefe do Estado, vez que estes serviços permiti- “Enquanto nas cidades se re- baixos e poupa o dinheiro que
que cada distrito tenha acesso a existência de um banco vai rão que os clientes tenham uma clama o custo de vida, quem está seria para aquilo que tem no
aos serviços bancários, garan- melhorar a qualidade de vida cultura de poupança ou mesmo a produzir, aqui no campo, tem quintal e na sua machamba”, dis-
tindo pelo menos um banco da população daquele ponto do buscar soluções de crédito para uma qualidade de vida melhor, se Nyusi.

“O sonho da bancarização rural vai efectivar-se”


co” visa acelerar este processo de
alocação de bancos, até ao fim
do próximo ano”.
“Durante a reunião com o
Governo provincial, ficámos sa-
tisfeitos ao saber que mais pro-
jectos de exploração mineira
irão ocorrer, incluindo neste dis-
trito, o que significa que haverá
movimentação de dinheiro, o
que vai fazer com que a banca-
rização desta província seja uma
realidade”, enfatizou.
O sonho do Governo, se-
gundo Filipe Nyusi, é, até finais
de 2019, pelo menos a maioria
da população rural tenha aces-
so aos serviços financeiros num
raio muito pequeno, tendo como
ambição chegar a um raio de 10
Km de distância entre a popula-
ção e os serviços financeiros.
“Isso visa reduzir os custos e
o sofrimento da nossa popula-
ção, que, agora, para ter acesso a
um banco, faz viagens que che-
gam a durar horas”, sustentou,
Aquando do lançamento da- que representava apenas 55 por Estado, que o sonho da bancari- é que produz, então, é o campo para depois exortar a população
quele projecto, em 2015, dos 152 cento, mas agora o país possui zação rural vai efectivar-se . que precisa de guardar as suas de alguns povoados que benefi-
distritos que o país possui, só 85 102 agências bancárias, o que “No nosso projecto de desen- poupanças. Portanto, o nosso ciarão de energia eléctrica, a usá-
distritos é que tinham bancos, o significa, segundo o Chefe do volvimento deste país, o campo projecto “Um Distrito, Um Ban- -la para fazer dinheiro.

COM A BANCARIZAÇÃO RURAL


BCI já gerou mais de 110 milhões de volume de negócios
Para o Presidente do Con- agências, no âmbito do projecto
selho Executivo do BCI, Paulo “Um Distrito, Um Banco”.
Sousa, o lançamento da pri- “Quando esta agência já
meira pedra para a construção estiver operacional, serão sete
de uma agência do BCI em as agências do BCI integradas
Muidumbe vem dar corpo ao neste programa, pois já estão
compromisso que aquele banco em funcionamento as agências
assumiu com o Presidente da de Balama, Nangade (Cabo
República, quando, em Agos- Delgado); Chemba, em Sofala;
to de 2016, em Inhamabane, Guru, em Manica; e Mabote, em
subscreveu a sua participação Inhambane, esperando-se abrir
no programa “Um Distrito, Um brevemente a agência de Maua,
Banco”. em Niassa”, sustentou.
“Este é um programa ambi- Sousa apontou o grande
cioso, na medida em que prevê potencial da bancarização ru-
que até ao final de 2019 todo o ral, deixando ficar que, desde
país tenha cobertura bancária, e o início do programa, aquele
o BCI concorreu, num conjunto banco já captou mais de 15 862
de quatro bancos e tem sido a clientes, até ao final do mês de
instituição que mais tem apos- Março, e atingiu um volume de
tado na bancarização das zonas recursos avaliado em cerca de
rurais”, sublinhou Paulo Sousa. 78 milhões de meticais e 31 mi-
Segundo ele, a sua missão, lhões de crédito, o que totaliza
como banco, é contribuir acti- cerca de 110 milhões de volume
vamente para o desenvolvimen- de negócios.
to económico e social do país, Igualmente, segundo ele, nas
criando valor e satisfação aos de três meses e meio, e quando obrigados a percorrer longas nanceira está a terminar a cons- ATMs destas agências foram já
clientes, accionistas, parceiros e estiver a funcionar, espera-se distâncias para ter acesso aos trução de um balcão em Maua, efectuadas mais de um milhão e
à comunidade em geral. que a vida dos nossos compa- serviços financeiros, melhore em Niassa, cuja abertura se es- meio de transacções. “Esses nú-
De acordo com o PCE do triotas daquele ponto do país, significativamente. pera para breve. Ainda neste meros são bem elucidativos da-
BCI, a agência de Muidumbe que hoje, dada a ausência de Neste momento, segundo semestre, o banco espera iniciar quilo que estamos a fazer e do
poderá estar operacional dentro uma instituição do género, são fez saber, aquela instituição fi- a construção de duas outras sucesso deste programa”.
SUPLEMENTO
Savana 20-04-2018 3

População de Muidumbe agradece


A população do distrito de
Muidumbe, que afluiu em massa
ao local, para acompanhar a ceri-
mónia tradicional e o lançamento
da primeira pedra da primeira
agência bancária, pelo Governa-
dor de Cabo Delgado, Júlio Paru-
que e o PCE do BCI, Paulo Sousa,
na presença do Chefe do Estado,
mostrou-se bastante expectan-
te em relação ao contributo que
aquele banco irá dar para o de-
senvolvimento do distrito.
Populares ouvidos pela nossa
Reportagem, apontam as van-
tagens que a agência bancária
vai trazer, com destaque para a
possibilidade de os funcionários,
sobretudo os do sector público
passarem a receber seus ordena-
dos sem ter que se deslocar para
locais distantes, como acontece
actualmente.
Igualmente, agentes econó-
micos vêem naquele banco a
oportunidade ímpar para ala-
vancar os seus negócios, através
de poupanças e/ou soluções de
crédito. Ademais, esperam que
haja mais circulação de dinheiro
internamente, o que pode cata-
pultar o crescimento do comér-
cio local.

“Éramos obrigados a viajar mais de 70 ou 100 quilómetros”

No fim da cerimónia, mos, uma vez que éramos


Baptista Severino, líder co- obrigados a viajar mais de
munitário do bairro Nampa- 70 ou 100 quilómetros para
nha e um dos mais influentes termos acesso a um banco.
agricultores da região, era Agora, tendo o banco aqui,
um homem bastante feliz e reduzem-se os riscos, mas
com alguma esperança no fu- também os custos com trans-
turo do seu bairro, mas tam- porte”, sublinhou.
bém de todo o distrito, que, Segundo ele, a base da
pela primeira vez, terá acesso economia de Muidumbe é a
aos serviços bancários. agricultura e a pecuária, ac-
“A implantação deste ban- tividades bastante lucrativas,
co aqui em Muidumbe vai tendo em conta as condições
melhorar a nossa qualidade bastante favoráveis para a
de vida, porque a popula- sua prática, contudo, não ti-
ção vai ter onde depositar e nham como fazer poupança
levantar dinheiro, reduzin- ou pedir um crédito para in-
do o risco que antes corría- crementar a produção.

“Agora já posso ter crédito para fazer crescer meu negócio”


Amade Mussa, residente de de actividade do distrito é a nos bancos de outros distri-
Muidumbe e proprietário de agricultura e comércio. Com a tos, como Moeda, Mocímboa
uma mercearia, considera que entrada em funcionamento do da Praia, o que cria grandes
aquele banco vai ter um impac- banco, nós os comerciantes, transtornos.
to muito grande na vida da po- assim como os agricultores, “Agora somos obrigados a
pulação daquele ponto do país, poderemos solicitar crédito, sair de manhã de nossas casas,
uma vez que, no seu entender, para aumentarmos a produção enfrentarmos bichas e outros
aquele é um distrito economi- e fazermos crescer o negócio”, transtornos para podermos de-
camente estratégico, devido salientou Mussa. positar o dinheiro. Eu sou ne-
aos altos índices de produção. Segundo ele, para fazer gociante, tenho que sair daqui
“Aqui há muita produção, poupança, actualmente, a po- de manhã até moeda e, às ve-
criatividade e dinamismo de pulação de Muidumbe guarda zes, pela demora na bicha per-
negócios, por isso, este ban- dinheiro nas suas casas, con- co o transporte e sou obriga-
co vai ter um impacto muito tra todos os riscos, ou percor- do a dormir na rua”, reportou
grande, uma vez que a gran- rem distâncias, para depositar Amade Mussa.
SUPLEMENTO
PUBLICIDADE
4 Savana 20-04-2018

“Vai transformar a economia do distrito”


mento do comércio e serviços
naquele ponto do país.
“A maior parte de nós,
trabalhadores aqui em Mui-
dumbe, somos funcionários
públicos e para recebermos
os nossos ordenados ainda
somos obrigados a ir para ou-
tros distritos, por essa razão,
acabamos fazendo lá as com-
pras, facto que faz com que o
comércio não se desenvolva
rapidamente aqui. Com o ban-
co aqui, não haverá necessida-
de de irmos a outros distritos;
as necessidades de consumo
serão maiores, por isso o co-
mércio aqui vai desenvolver”,
projectou Nilza.
“Estamos muito felizes,
porque já não vamos ter de via-
jar longas distâncias para ter
acesso a um banco. Era normal
pessoas dormirem com fome,
com dinheiro na conta”, subli-
nhou, destacando as múltiplas
vantagens que a bancarização
vai trazer para aquele ponto do
país.
“O banco é um grande im-
pulso para o desenvolvimento
do nosso distrito. Para nós os
jovens, abrem-se novas pers-
pectivas, porque podemos nos
Nilza Chemba, funcionária mento bancário vai catapultar o ções e trocas comerciais. os funcionários públicos, para aproximar ao banco para pe-
pública, não tem dúvidas de desenvolvimento e transformar Tal como muitos naquele poderem ter acesso aos seus dir crédito para colocar em
que a entrada em funciona- a economia do distrito, através ponto do país, Nilza sabe qual é ordenados, facto que contribui prática os nossos projectos”,
mento do primeiro estabeleci- da dinamização das transac- o transtorno pelo qual passam para o atraso no desenvolvi- acrescentou.

PROJECTA MINISTRO CELSO CORREIA

“Vamos cumprir com a meta


e ter o impacto desejado”
O ministro da Terra, Am- sentir, através dos números, que
biente e Desenvolvimento Ru- a economia rural está a crescer
ral, Celso Correia, falando a jor- e tem sido o motor para o país
nalistas, referiu que o programa fazer a inversão da crise econó-
“Um Distrito, Um Banco”, tem mica. Acreditamos que este ano
como objectivo incentivar insti- iremos consagrar esta tendên-
tuições financeiras que, em con- cia, que encoraja não só ao Go-
dições normais da economia, verno, mas também instituições
não iriam para certos distritos financeiras”,
no tempo em que se deseja. O ministro Celso Correia re-
“Tenho a salientar o facto de forçou que, neste momento, são
em pouco mais de um ano ter- mais de 17 os distritos que já se
mos conseguido que quatro ins- beneficiaram da bancarização,
tituições financeiras aderissem à desde o arranque da iniciativa,
política que tem como objectivo gerando mais de dois milhões
estimular a bancarização rural”, de transacções, o que mostra a
sustentou dinâmica da economia rural.
Segundo o ministro, o anda- “A política está a ter resul-
mento do projecto é muito posi- tados desejados. Tivemos um
tivo, muito pelo facto de a eco- início difícil, como qualquer
nomia rural estar a consagrar-se projecto desta natureza, mas
como motor da recuperação eco- agora estamos a ganhar ritmo
nómica que o país está a registar. e acreditamos que vamos cum-
“Se percorrermos os dis- prir com a meta e ter o impac-
tritos onde as instituições fi- to desejado nas famílias rurais”,
nanceiras estão a aderir, vamos sublinhou.

Вам также может понравиться