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CARAMBOLA É TÓXICA PARA RINS E CÉREBRO


mdsaude.com/2017/03/carambola-toxica.html

A carambola (Averrhoa carambola) é uma fruta bastante popular nos países de clima tropical e
subtropical. O seu consumo se dá não só através da própria fruta ou do seu suco, mas também
através de chás, extratos, concentrados e ervas medicinais.

A divulgação da carambola como medicamento natural é especialmente problemática, porque a


fruta é reconhecidamente perigosa para pacientes com doenças renais e até para pessoas
saudáveis, caso seja consumida em excesso.

Não há evidências científicas de que a carambola seja útil como tratamento para qualquer doença,
mas já há ampla literatura sobre os riscos de intoxicação pela fruta.

Neste artigo vamos explicar quais são os perigos da carambola, os seus sintomas de intoxicação e
quais grupos devem evitar o seu consumo.

Se após a conclusão deste artigo você quiser saber mais sobre as doenças renais, acesse os
seguintes links:

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA – Sintomas, Causas e Tratamento


INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA – Sintomas, Causas e Tratamento
10 SINTOMAS DOS RINS
COMO PREVENIR AS DOENÇAS DOS RINS
VIDEO: SAIBA SE OS SEUS RINS ESTÃO DOENTES

Por que consumir carambola é perigoso?


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Desde a década de 1990 foram publicados dezenas de casos de pacientes com insuficiência renal
que apresentavam sintomas neurológicos de início súbito após o consumo de carambola.

Os pacientes com sintomas de intoxicação pela fruta apresentavam desde soluços intratáveis até


fraqueza muscular, agitação ou crises convulsivas. A mortalidade nesses pacientes intoxicados
chega a ser de 20 a 40%, mesmo quando submetidos a tratamento intensivo.

A carambola é perigosa porque possui uma neurotoxina poderosa, chamada caramboxina, que é


um aminoácido semelhante à fenilalanina. A caramboxina age no sistema nervoso central
provocando uma hiperexcitabilidade do cérebro, motivo pelo qual muitos pacientes ficam agitados
e podem até ter convulsões.

A carambola é especialmente problemática para os pacientes com insuficiência renal porque


a caramboxina costuma ser eliminada do organismo pelos rins através da urina. Não é de se
estranhar, portanto, que pessoas com disfunção renal estejam mais propensas a acumular essa
neurotoxina no sangue e a desenvolver sintomas de intoxicação.

Mas o perigo da carambola não está restrito apenas aos pacientes com insuficiência renal. Nos
últimos anos têm sido descritos cada vez mais casos de intoxicação pela carambola em pacientes
previamente saudáveis. Esses casos estão geralmente associados a um grande consumo da fruta,
mas em pelo menos 1 paciente, a quantidade consumida havia sido apenas 1 copo de 300 ml de
suco puro.

Estes pacientes saudáveis que se intoxicam pela carambola costumam apresentar, além dos
sintomas neurológicos, também quadros de insuficiência renal aguda provocados pela deposição
renal de cristais de oxalato, um tipo sal presente em grande quantidade na carambola.

A nefropatia por oxalato é uma conhecida causa de insuficiência renal, que não é exclusiva dos
pacientes com intoxicação por carambola.

Portanto, o mecanismo de intoxicação pela carambola em pessoas saudáveis costuma seguir o


seguinte padrão:

Consumo exagerado de carambola → Deposição de oxalato nos rins → Insuficiência renal


secundária à nefropatia por oxalato → Acúmulo de caramboxina no sangue → Intoxicação
neurológica.

Quantidade de carambola que é perigosa


O consumo de carambola em pacientes com insuficiência renal é terminantemente proibido. Há
casos graves de intoxicação descritos após o consumo de apenas 200 ml de suco ou menos da
metade de uma fruta. Nos pacientes com disfunção renal grave em tratamento com hemodiálise
(leia: HEMODIÁLISE – O Que é, Para Que Serve e Como Se Faz), pequenas quantidades de
carambola podem ser fatais.

Em relação aos pacientes saudáveis, sem disfunção renal prévia, ainda não temos bem definido
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quais são os limites de segurança. Os casos descritos de lesão renal aguda pela carambola
geralmente estão associados a um consumo exagerado da fruta, como a ingestão de mais de 10
peças de fruta ou de pelo menos 1 litro do suco em um intervalo de 12 a 24 horas.

Porém, como referido anteriormente, há pelo menos 1 caso descrito de intoxicação por carambola
em um paciente previamente saudável após o consumo de apenas um copo 300 ml de suco no café
da manhã. Aparentemente, o consumo da fruta em jejum aumenta o risco de intoxicação.

Sintomas da intoxicação por carambola


O primeiro sintoma da intoxicação pela carambola costuma ser um quadro de soluço, que é
persistente e não responde a nenhuma das formas de tratamento habituais (leia: COMO PARAR O
SOLUÇO). Os soluços surgem habitualmente de 1 a 4 horas após o consumo da fruta, mas há casos
em que o intervalo de tempo é de até 24 horas.

Após os soluços, os sintomas que costumam surgir, não necessariamente nessa ordem, são:

Vômitos.
Dor lombar.
Fraqueza muscular.
Formigamento e perda da sensibilidade nos membros.
Insônia.
Agitação psicomotora.
Confusão mental.
Crise convulsiva
Hipotensão arterial.
Insuficiência respiratória
Coma
Morte.

O diagnóstico da intoxicação pela caramboxina é relativamente fácil em pacientes com insuficiência


renal, que apresentam soluços incoercíveis e relatam consumo recente de carambola para o seu
nefrologista. Por outro lado, o diagnóstico é muito difícil nos pacientes que chegam ao médico já
em estágios avançados de intoxicação, com convulsões, fraqueza muscular ou coma. A maioria dos
médicos pensa primeiro em AVC ou em outras causas de intoxicação, pois a toxicidade da
carambola não é muito conhecida entre os médicos que não são nefrologistas ou neurologistas. Se
o paciente ou os familiares não referirem o consumo de carambola, é pouco provável que o médico
vá pensar inicialmente nessa hipótese.

Tratamento DA INTOXICAÇÃO POR CARAMBOLA


O único tratamento efetivo, até o momento, para a intoxicação por carambola é a hemodialise, que
deve ser realizada com sessões diárias. Mesmo os pacientes que previamente eram saudáveis
devem ser tratados com hemodiálise, caso apresentem sinais neurológicos de intoxicação
pela caramboxina.
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Os casos de intoxicação leve costumam melhorar após 2 ou 3 sessões de hemodiálise, enquanto os


pacientes mais graves costumam precisar de pelo menos 7 dias seguidos de tratamento. E mesmo
com tratamento, alguns pacientes acabam evoluindo para o óbito.

Conclusões
indivíduos com disfunção renal estão proibidos de consumir carambola. Quanto mais grave
for a disfunção renal, maior é o risco de intoxicação fatal, mesmo com pequenas quantidades
da fruta.
Indivíduos saudáveis devem evitar o consumo de carambola em grandes quantidades ou sob
a forma de extratos ou concentrados.
Não se deve consumir carambola em jejum.
A intoxicação por carambola é provavelmente muito mais comum do que se imagina, mas
boa parte dos casos não são reconhecidos.
O surgimento de soluço persistente após o consumo de carambola é um sinal muito
sugestivo de intoxicação. Qualquer um nessa situação deve procurar rapidamente apoio
médico.

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