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Introdução

Este trabalho visa a exposição teológica-doutrinária quanto aos aspectos da salvação.


Portanto, é importante conhecer mais profundamente as duas principais escolas soterológicas
protestantes-evangélicas, bem como suas posições doutrinárias, para então, à partir daí,
compreender e avaliar à luz da Bíblia e da lógica interpretativa, aquela que se aproxima mais dos
ensinos de Jesus e dos seus apóstolos.
A nossa função aqui não é promover a discórdia, nem tão pouco a divisão, como no séc.
XVII no Sínodo de Dort (Holanda), que quase culminou numa guerra civíl. Mas devemos entender
dos porquês de cada escola soterológica, bem como do fundo de pano histórico em que elas foram
desenvolvidas.
O Protestantismo Calvinista tentou ao máximo se distanciar da doutrina e práticas
católicas, que eram extremamente pelagianas no sentido da salvação pessoal, o homem se
esforçando através das obras e dos sacramentos dogmáticos romanos, o que não ocorreu com a
tradição Luterana. Calvino também se esforça para se distanciar do “Humanismo”, que era
crescente na Europa de seus dias daí a sua doutrina se desenvolver a partir de um estudo mais
aprofundado da “Soberania de Deus” dentro das sua “Institutas da Religião”.
Por sua vez, Jacob Arminius, quase um século depois, vai fazer contra-ponto dentro da
própria teologia Reformada (Calvinista) dentro da Igreja da Holanda. O pensamento da “Redenção
Geral” já era pertinente em alguns grupos de religiosos e teólogos, Arminius apenas sistematizou o
tema.
Hoje, se convêm dizer, de que quem não é Calvinista, é Arminiano. Porém, dentro da
Ortodoxia Cristã o entendimento histórico, com exceção de Agostinho, é que Cristo morreu por
todos.
Abaixo, uma tabela comparativa entre os dois sistemas teológicos:

ARMINIANISMO X CALVINISMO
Categoria Arminianismo Calvinismo
1. Livre-Arbítrio ou Capacidade 1. Incapacidade Total
Humana ou Depravação Total

Embora a queda de Adão O homem natural não pode sequer apreciar as coisas
tenha afetado seriamente a de Deus. Menos ainda salvar-se. Ele é cego, surdo,
natureza humana, as mudo, impotente, leproso espiritual, morto em seu
pessoas não ficaram num pecado, insensível à graça comum. Se Deus não tomar
estado de total incapacidade a iniciativa, infundindo-lhe a fé salvadora, e fazendo-o
espiritual. Todo pecador ressuscitar espiritualmente, o homem natural
pode arrepender-se e crer, continuará morto eternamente. (Sl 51:5; Jr 13:23; Rm
por livre-arbítrio, cujo uso 3:10-12; 7:18; 1Co 2:14; Ef 1:3-12; Cl 2:11-13)
Depravação determinará seu destino
Total eterno. O pecador precisa da
ajuda do Espírito, e só é
regenerado depois de crer,
porque o exercíco da fé é a
participação humana no
novo nascimento.
(Is 55:7; Mt 25:41-46; Mc
9:47-48; Rm 14:10-12; 2Co
5:10)
2. Eleição Condicional 2. Eleição Incondicional

Deus escolheu as pessoas Deus elegeu alguns para a salvação


para a salvação, antes da em Cristo, reprovando os demais. Aos eleitos
fundação do mundo, Deus manifesta a Sua misericórdia e aos
baseado em Sua reprovados a Sua justiça. Deus não tem a
presciência. Ele previu quem obrigação de salvar ninguém, nem homens
aceitaria livremente a nem anjos decaídos. Resolveu soberanamente
salvação e predestinou os salvar alguns homens (reprovando todos os
salvos. A salvação ocorre demais) e torná-los filhos adotivos quando
quando o pecador escolhe a eram filhos das trevas. Teve misericórdia de
Cristo; não é Deus quem algumas criaturas, e deixou as demais
Eleição
escolhe o pecador. O (inclusive os demônios) entregues às suas
Incondicional pecador deve exercer sua próprias paixões pecaminosas. A salvação é
própria fé, para crer em efetuada totalmente por Deus. A fé, como a
Cristo e ser salvo. Os que se salvação, é dom de Deus ao homem, não do
perdem, perdem-se por livre homem a Deus. (Ml 1:2-3; Jo 6:65; 13:18;
escolha: não quiseram crer 15:6; 17:9; At 13:48; Rm 8:29, 30-33; 9:16;
em Cristo, rejeitaram a graça 11:5-7; Ef 1:4-5; 2:8-10; 2Ts 2:13; 1Pe 2:8-9;
auxiliadora de Deus. Jd 1:4)
(Dt 30:19; Jo 5:40; 8:24; Ef
1:5-6, 12; 2:10; Tg 1:14;
1Pe 1:2; Ap 3:20; 22:17)
3. Redenção Universal ouExpiação
Geral 3. Redenção Particular ou Expiação Limitada

O sacrifício de Cristo torna Segundo Agostinho, a graça de Deus é “suficiente para


possível a toda e qualquer todos, eficiente para os eleitos”. Cristo foi sacrificado
pessoa salvar-se pela fé, para redimir Seu povo, não para tentar redimi-lo. Ele
mas não assegura a abriu a porta da salvação para todos, porém, só os
Expiação salvação de ninguém. Só os eleitos querem entrar, e efetivamente entram.
Limitada que crêem nEle, e todos os (Jo 17:6,9,10; At 20:28; Ef 5:15; Tt 3:5)
que crêem, serão salvos.
(Jo 3:16; 12:32; 17:21; 1Jo
2:2; 1Co 15:22; 1Tm 2:3-4;
Hb 2:9; 2Pe 3:9; 1Jo 2:2)
4. Pode-se Efetivamente Resistir ao 4. A Vocação Eficaz do Espírito
Espírito Santo ou Graça Irresistível
Deus faz tudo o que pode Embora os homens possam resistir à graça de Deus,
para salvar os pecadores. ela é, todavia, infalível: acaba convencendo o pecador
Estes, porém, sendo livres, de seu estado depravado, convertendo-o, dando-lhe
podem resistir aos apelos da nova vida, e santificando-o. O Espírito Santo realiza isto
graça. Se o pecador não sem coação. É como um rapaz apaixonado que ganha
reagir positivamente, o o amor de sua eleita e ela acaba casando-se com ele,
Graça Espírito não pode conceder livremente. Deus age e o crente reage, livremente.
Irresistível vida. Portanto, a graça de Quem se perde tem consciência de que está livremente
Deus não é infalível nem rejeitando a salvação. Alguns escarnecem de Deus,
irresistível. O homem pode outros se enfurecem, outros adiam a decisão, outros
frustrar a vontade de Deus demonstram total indiferença para as coisas sagradas.
para sua salvação. Todos, porém, agem livremente.
(Lc 18:23; 19:41-42; Ef (Jr 3:3; 5:24; 24:7; Ez 11:19; 20; 36:26-27; 1Co 4:7;
4:30; 1Ts 5:19) 2Co 5:17; Ef 1:19-20; Cl 2:13; Hb 12:2)
5. Decair da Graça 5. Perseverança dos Santos

Embora o pecador tenha Alguns preferem dizer “perseverança do Salvador”.


exercido fé, crido em Cristo e Nada há no homem que o habilite a perseverar na
nascido de novo para obediência e fidelidade ao Senhor. O Espírito é quem
crescer na santificação, ele persevera pacientemente, exercendo misericórdia e
poderá cair da graça. Só disciplina, na condução do crente. Quando ímpio,
quem perseverar até o fim é estava morto em pecado, e ressuscitou: Cristo lhe
que será salvo. aplicou Seu sangue remidor, e a graça salvífica de
Perseverança (Lc 21:36; Gl 5:4; Hb 6:6; Deus infundiu-lhe fé em para crer em Cristo e obedecer
dos Santos 10:26-27; 2Pe 2:20-22) a Deus. Se todo o processo de salvação é obra de
Deus, o homem não pode perdê-la! Segundo a Bíblia, é
impossível que o crente regenerado venha a perder sua
salvação. Poderá até pecar e morrer fisicamente (1Co
5:1-5). Os apóstatas nunca nasceram de novo, jamais
se converteram.
(Is 54:10; Jo 6:51; Rm 5:8-10; 8:28-32, 34-39; 11:29;
Fp 1:6; 2Ts 3:3; Hb 7:25)
Rejeitado pelo Sínodo de Reafirmado pelo Sínodo de DortEste sistema de
DortEste foi o sistema de teologia foi reafirmado pelo Sínodo de Dort em 1619
pensamento contido na como sendo a doutrina da salvação contida nas
“Remonstrância” (embora Escrituras Sagradas. Naquela ocasião, o sistema foi
originalmente os cinco formulado em “cinco pontos” (em resposta aos cinco
pontos não estivessem pontos apresentados pelos arminianos) e desde então
dispostos nessa ordem). tem sido conhecido como “os cinco pontos do
Esse sistema foi calvinismo”.
apresentado pelo arminianos
à Igreja na Holanda em
1610, mas foi rejeitado pelo
Sínodo de Dort em 1619 sob
a justificativa de que era anti-
bíblico.
Os cinco pontos do calvinismo (tulip)

Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco
Pontos do Calvinismo”. Talvez algumas pessoas ficarão impressionadas com esta afirmação. No
entanto, a magna pergunta que se faz é: Se não foi Calvino, quem foi então? Estes cinco pontos
foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados Gerais (da Holanda) e
composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares, entre esses estavam 27
delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões, desde
13 de novembro de 16 18 até maio de 1619 . Portanto, peca por ignorância quem afirma ser João
Calvino o autor destes cinco pontos, porque na verdade, a afirmação correta é que estes pontos
foram fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este sistema doutrinário,
se assim podemos chamá-lo, foi elaborado somente 54 anos após a morte do grande reformador
(1509-1564).

Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um documento que ficou


conhecido na história como “Remonstrance” ou o mesmo que “Protesto”, apresentado ao Estado
da Holanda pelos discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo
sobrenome latino era Arminius (1560-1600). Mesmo estando inserido na tradição reformada,
Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos
de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem. Este documento formulado pelos
discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da
Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo pelos ensinos do seu mestre.
Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de
responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius.

Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco
principais pontos, conhecidos como Os Cinco Pontos do Arminianismo. E como já foi dito logo
acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que
conhecemos como Os Cinco Pontos do Calvinismo ao invés de sete ou dez. Estes pontos do
calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua
inglesa significa:

T otal Depravity Total Depravação


U nconditional Election Eleição Incondicional
L imited Atonement Expiação Limitada
I rresistible Grace Graça Irresistível
Perseverança dos
P erseverance of Saints
Santos
T
A Bíblia diz que Deus criou o primeiro homem, Adão, à Sua imagem e semelhança. Deus
fez um pacto com esse homem a fim de que, através da obediência aos Seus mandamentos, este
pudesse obter vida. Contudo, o homem falhou desobedecendo a Deus deliberadamente, fazendo uso
do seu livre-arbítrio, rebelando-se contra o seu Criador. Este pecado inicial de desobediência
(conhecido como a Queda do Homem) resultou em morte espiritual e ruptura na ligação de sua alma
com Deus, o que mais tarde trouxe também sua morte física.

Sendo Adão o representante de toda a raça humana, todos caímos com ele e fomos afetados
pela mesma corrupção do pecado. Tornamo-nos objetos da justa ira de Deus e a morte passou a
todos os homens.Toda a humanidade herdou a culpa do pecado de Adão e por isso todos nascemos
totalmente depravados e espiritualmente mortos. A morte espiritual não quer dizer que o espírito
humano esteja inativo, mas sim que o homem é culpado (tem um passado manchado) e corrupto
(possui uma natureza má).

A depravação total não quer dizer que os homens são intensivamente maus (que somos tão
maus quanto poderíamos ser), mas sim que somos extensivamente maus (todo o nosso ser, intelecto,
emoções e vontade estão corrompidos pelo pecado).A depravação total também significa que o
homem possui uma inabilidade total para restaurar o relacionamento com seu Criador. Por causa da
depravação, o homem natural, por si mesmo, é totalmente incapaz de crer verdadeiramente em
Deus. O pecador está morto, cego e surdo para as coisas espirituais. Desde a Queda o homem
perdeu o seu livre-arbítrio e passou a ser escravo de sua natureza corrompida e por isso ele é
incapaz de escolher o bem em questões espirituais. Todas as falsas religiões são tentativas do
homem de construir para si um deus que lhe seja propício. Porém, todas essas tentativas erram o
alvo, pois o homem natural por si mesmo não quer buscar o verdadeiro Deus.Devido ao estado de
depravação do homem, se Deus não tomasse a iniciativa de salvá-lo, ele continuaria morto
eternamente. O homem natural sem o conhecimento de Deus jamais chegará a este conhecimento se
Deus não ressuscitá-lo espiritualmente através de Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Gn 2:17; Gn 6:5; Gn 8:21 / 1Rs 8:46 / Jo 14:4 / Sl 51:5 / Sl 58:3 / Ec
7:20 Is 64:6 / Jr 4:22; Jr 9:5-6; Jr 13:23; Jr 17:9 / Jo 3:3; Jo 3:19; Jo 3:36;Jo 5:42; Jo 8:43,44 / Rm
3:10-11; Rm 5:12; Rm 7:18, 23; Rm 8:7 /1Co 2:14 / 2Co 4:4 / Ef 2:3 / Ef 4:18 / 2Tm 2:25-26 / 2Tm
3:2-4 / Tt 1:15
U
Devido ao pecado de Adão, seus descendentes entram no mundo como pecadores culpados
e perdidos. Como criaturas caídas, elas não têm desejo de ter comunhão com o seu Criador. Deus é
santo, justo e bom, ao passo que os homens são pecaminosos, perversos e corruptos. Deixados à sua
própria escolha, os homens inevitavelmente seguem seu coração corrupto e criam ídolos para si.
Conseqüentemente, os homens têm se desligado do Senhor dos céus e têm perdido todos os direitos
de Seu amor e favor. Teria sido perfeitamente justo para Deus ter deixado todos os homens em seus
pecados e miséria e não ter demonstrado misericórdia a quem quer que seja. É neste contexto que a
Bíblia apresenta a eleição.

A eleição incondicional significa que Deus, antes da fundação do mundo, escolheu certos
indivíduos dentre todos os membros decaídos da raça humana e os predestinou para serem o objeto
de Seu imerecido amor e para trazê-los ao conhecimento de Si mesmo. Esses, e somente esses,
Deus propôs salvar da condenação eterna. Deus poderia ter escolhido salvar todos os homens (pois
Ele tinha o poder e a autoridade para fazer isso), ou Ele poderia ter escolhido não salvar ninguém
(pois Ele não tem a obrigação de mostrar misericórdia a quem quer que seja), porém não fez uma
coisa nem outra. Ao invés disso, Ele escolheu salvar alguns e excluir (preterir) outros. Sua eterna
escolha de determinados pecadores para a salvação não foi baseada em qualquer ato ou resposta
prevista da parte daqueles escolhidos, mas foi baseada tão somente no Seu beneplácito e na Sua
soberana vontade. Desta forma, a eleição não foi condicionada nem determinada por qualquer coisa
que os homens iriam fazer, mas resultou inteiramente do propósito determinado pelo próprio Deus.

Os que não foram escolhidos foram preteridos e deixados às suas próprias inclinações e
escolhas más para serem punidos pelos seus pecados. Não cabe à criatura questionar a justiça do
Criador por não escolher todos para a salvação. Deve-se ter em mente que, se Deus não tivesse
graciosamente escolhido um povo para Si mesmo e soberanamente determinado prover-lhe e
aplicar-lhe a salvação, ninguém seria salvo.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Dt 4:37; Dt 7:7-8 / Pv 16:4 / Mt 11:25; Mt 20:15-16; Mt 22:14 / Mc


4:11-12 Jo 6:37; Jo 6:65; Jo 12:39-40; Jo 15:16 / At 5:31; At 13:48; At 22:14-15 /Rm 2:4; Rm 8:29-
30; Rm 9:11-12; Rm 9:22-23; Rm 11:5; Rm 11:8-10 /Ef 1:4-5; Ef 2:9-10 / 1Ts 1:4; 1Ts 5:9 / 2Ts
2:11-12; 2Ts 3:2/ 2Tm 2:10,19/1 Pe 2:8 / 2 Pe 2:12 / Tt 1:1 / 1Jo 4:19 / Jd 1:3-4 / Ap 13:8; Ap 17:17

L
Embora Deus tenha resolvido salvar da condenação um certo número de homens, Sua
santidade e justiça exigem que o pecado seja punido. Como os escolhidos de Deus são pecadores,
uma expiação completa e perfeita era necessária. Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem,
suportou o castigo merecido pelos pecadores e obteve a Salvação para os Seus eleitos.A eleição em
si não salvou ninguém; apenas destacou alguns pecadores para a salvação. Os que foram escolhidos
por Deus Pai e dados ao Filho precisavam ser redimidos para serem salvos.

Para assegurar sua redenção, Jesus Cristo veio ao mundo e tomou sobre Si a natureza
humana para que pudesse identificar-se com o Seus eleitos e agir como seu representante ou
substituto. Cristo, agindo em lugar do Seu povo, guardou perfeitamente a lei de Deus e dessa forma
produziu uma justiça perfeita a qual é imputada aos eleitos ou creditada a eles no momento em que
são trazidos à fé nele. Através do que Cristo fez, esse povo é constituído justo diante de Deus.

Os eleitos são libertos da culpa e condenação como resultado do que Cristo sofreu por eles.
Através do Seu sacrifício substitutivo, Jesus sofreu a penalidade dos pecados dos eleitos e assim
removeu a culpa deles para sempre. Por conseguinte, quando Seu povo é unido a Ele pela fé, é-lhe
creditada perfeita justiça pela qual ficam livres da culpa e condenação do pecado. São salvos não
pelo que fizeram ou irão fazer, mas tão somente pela fé na obra redentora de Cristo.A obra
redentora de Cristo foi definida em desígnio e realização. Foi planejada para render completa
satisfação em favor de certos pecadores específicos e, de fato, assegurou a salvação para esses
indivíduos e para ninguém mais.

A salvação que Cristo adquiriu para o Seu povo inclui tudo que está envolvido no processo
de trazê-los a um correto relacionamento com Deus, incluindo os dons da fé e do arrependimento.
Deus não deixou aos pecadores a decisão se a obra de Cristo será ou não efetiva. Pelo contrário,
todos aqueles por quem Cristo morreu serão infalivelmente salvos. A redenção, portanto, foi
designada para cumprir o propósito divino da eleição.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:1Sm 3:14 / Is 53:11-12 / Mt 1:21; Mt 20:28; Mt 26:28 / Jo 10:14-15


/Jo 11:50-53; Jo 15:13; Jo 17:6,9,10 / At 20:28 / Rm 5:15 / Ef 5:25 / Tt 3:5 /Hb 9:28 / Ap 5:9

I
Cada membro da Trindade divina – Pai, Filho e Espírito Santo – participa e contribui para
a salvação dos pecadores eleitos. Deus Pai, antes da fundação do mundo, selecionou aqueles que
iriam ser salvos e deu-os ao Filho para serem o Seu povo. Na época oportuna o Filho veio ao mundo
e assegurou a redenção desse povo. Mas esses dois grandes atos – a eleição e a redenção – não
completam a obra da salvação, pois está incluída no plano divino para a recuperação do pecador
perdido a obra renovadora do Espírito Santo, pela qual os benefícios da obediência e da morte de
Cristo são aplicados ao eleito.

A Graça Irresistível ou Eficaz significa que o Espírito Santo nunca falha em trazer à
salvação aqueles pecadores que Ele pessoalmente chama a Cristo. Deus aplica inevitavelmente a
salvação a todo pecador que tencionou salvar, e é Sua intenção salvar todos os eleitos.O apelo do
evangelho estende uma chamada à salvação a todo que ouve a mensagem. Ele convida a todos os
homens, sem distinção, a beber da água da vida e viver. Ele promete salvação a todo que se
arrepender e crer. Mas essa chamada geral externa, estendida igualmente ao eleito e ao não eleito,
não trará pecadores a Cristo. Por que? Porque os homens estão, por natureza, mortos em pecado e
debaixo de seu poder. Eles são, por si mesmos, incapazes de abandonar os seus maus caminhos e se
voltarem a Cristo, para receber misericórdia. Nem podem e nem querem fazer isso.

Consequentemente, o não regenerado não vai responder à chamada do evangelho para


arrepender-se e crer. Nenhuma quantidade de ameaças ou promessas externas fará um pecador cego,
surdo, morto e rebelde se curvar perante Cristo como Senhor e olhar somente para Ele para a
salvação. Tal ato de fé e submissão é contrário à natureza do homem.Por isso, o Espírito Santo, para
trazer o eleito de Deus à salvação, estende-lhe uma chamada especial interna em adição à chamada
externa contida na mensagem do evangelho. Através dessa chamada especial, o Espírito Santo
realiza uma obra de graça no pecador que inevitavelmente o traz à fé em Cristo. A mudança interna
operada no pecador eleito o capacita a entender e crer na verdade espiritual.No campo espiritual,
são lhe dados olhos para ver e ouvidos para ouvir. O Espírito Santo cria no pecador eleito um novo
coração e uma nova natureza. Isto é realizado através da regeneração (novo nascimento), pela qual
o pecador é feito filho de Deus e recebe a vida espiritual. Sua vontade é renovada através desse
processo, de forma que o pecador vem espontaneamente a Cristo por sua própria e livre escolha.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Jr 24:7 / Ez 11:19-20; Ez 36:26-27 / Mt 16:17 / Jo 1:12-13; Jo 5:21; Jo


6:37; Jo 6:44-45 / At 16:14; At 18:27 / 1Co 4:7 / 2Co 5:17 / Gl 1:15 / Rm 8:30 / Ef 1:19-20 / Cl 2:13
/ 2Tm 1:9 / 1Pe 2:9; 1Pe 5:10 / Hb 9:15

P
Os eleitos não são apenas redimidos por Cristo e regenerados pelo Espírito; eles são
mantidos na fé pelo infinito poder de Deus. Todos os que são unidos espiritualmente a Cristo,
através da regeneração, estão eternamente seguros nEle. Nada os pode separar do eterno e imutável
amor de Deus. Foram predestinados para a glória eterna e estão, portanto, assegurados para o céu. A
perseverança dos santos não significa que todas as pessoas que professam a fé cristã estão
garantidas para o céu. Somente os santos – os que são separados pelo Espírito – é que perseveram
até o fim. São os crentes – aqueles que recebem a verdadeira e viva fé em Cristo – os que estão
seguros e salvos nele.

Muitos que professam a fé cristã desistem no meio do caminho, mas eles não desistem da
graça, pois nunca estiveram na graça. A perseverança dos santos está diretamente ligada à
santificação, que é o processo pelo qual o Espírito Santo torna os eleitos cada vez mais semelhantes
a Jesus Cristo em tudo o que fazem, pensam e desejam. A luta dos crentes contra o pecado dura toda
a vida e, às vezes, eles podem cair em tentações e cometer graves pecados, mas esses pecados não
os levam a perder a salvação ou a afastar-se de Cristo.A Bíblia diz que o povo de Deus recebe a vida
eterna no momento em que crê. São guardados pelo poder de Deus mediante a fé e nada os pode
separar do Seu amor. Foram selados com o Espírito Santo que lhes foi dado como garantia de sua
salvação e, desta forma, estão assegurados para uma herança eterna.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Is 54:10 / Jr 32:40 / Mt 18:14 / Jo 6:39; Jo 6:51; Jo 10:27-29 / Rm 5:8-


10; Rm 8:28-32, Rm 8:34-39; Rm 11:29 / Gl 2:20 / Ef 4:30 / Fp 1:6 / Cl 2:14 /2Ts 3:3 / 2Tm
2:13,19 / Hb 7:25; Hb 10:14 / 1Pe 1:5 / 1Jo 5:18 / Ap 17:14

fonte: http://www.virtualand.com.br/cpr/tulip/tulip.htm

ARMINIANISMO
Sistema teológico formulado pelo teólogo holandês Jacobus Arminius (1560-1609), em
oposição à doutrina Calvinista da predestinação, assim exposto:

1) Livre-arbítrio - Deus concedeu ao homem a capacidade de aceitar ou recusar a salvação


que lhe é oferecida.

2) Eleição condicional - Deus elege ou reprova com base na fé ou na incredulidade em


Jesus Cristo.

3) Expiação ilimitada - Cristo morreu por todos, e não somente pelos eleitos.

4) Graça resistível - É possível ao homem rejeitar a Graça de Deus e, em conseqüência,


perder a salvação.

5) Decair da Graça - Os salvos podem perder a salvação se não perseverarem até o fim.

 Os defensores da graça irresistível, ou seja, os que tomam partido no Calvinismo, não


admitindo a perda da salvação dos "eleitos" em nenhuma hipótese, apresentam, dentre
outros, os seguintes argumentos bíblicos:

"Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; ninguém poderá arrebatá-las da minha
mão" (Jo 10.28).

"Quem nos separará do amor de Cristo?..." (Rm 8.35).

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar..."(Jd 24).

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção"
(Ef 4.30)

"Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se
fez novo" (2 Co 5.17).

"Pois [Jesus Cristo] nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus
Cristo..." (Ef 1.4-5).

"Porque os que dantes conheceu, também os predestinou ...aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou"(Rm 8.29-30).

Outras referências associadas à eleição e predestinação: Jr 1.5;10.23; Sl 65.4; Jo 6.44; 9.23;


10.13; Ef 1.11-12; 2.10; 2 Tm 1.9; 2 Ts 2.13. 1 Jo 2.18-19.

 Os que admitem a perda da salvação do crente, em caso de abandono da fé, apresentam,


dentre outros, os seguintes argumentos bíblicos:

"Se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno


conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas certa expectação horrível
de juízo e ardor de fogo que há de devorar os adversários" (Hb 10.26-27).

"Meus irmãos, se algum dentre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que
aquele que fizer converter um pecador do erro do seu caminho salvará da morte uma alma..." (Tg
5.19-20).

"Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, como o ramo, e secará; tais ramos
são apanhados, lançados no fogo e se queimam" (Jo 15.6).

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1).

"Agora, contudo, vos reconciliou no corpo de sua carne...se é que permaneceis fundados e
firmes na fé..."(Cl 1.22-230).

"Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? ..." (Hb 2.1-3).

LIVRE-ARBÍTRIO
Deus criou o homem com liberdade para tomar decisões, com liberdade para rejeitar ou
aceitar Seu plano de salvação, para crer ou não crer nEle. Essa liberdade faz parte da condição
humana. Caso contrário, seríamos como marionetes, ou robôs programados pelo Criador. Não
seríamos culpados por nossos atos.

Adão e Eva tiveram a liberdade de decidir; influenciados pelo diabo, optaram pela
desobediência ao Criador. Antes disso, Lúcifer, um anjo de grande prestígio no céu, também usou
de seu livre-arbítrio, desejou ser igual ao Altíssimo e caiu em rebelião.

Em Deuteronômio 28, Deus coloca diante do seu povo dois caminhos:

(a) "Se obedeceres à voz do Senhor teu Deus...todas as bênçãos virão sobre ti..."

(b) "Mas se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus...virão sobre ti todas estas
maldições...". Noutras palavras, Deus concede ao seu povo a liberdade de escolha.

Jesus nos deixou outro exemplo dessa liberdade. Em Mateus 7, Ele afirma que diante dos
pecadores existem dois caminhos:

um deles é espaçoso e conduz à perdição; o outro, estreito, conduz à vida eterna. Disse
mais que são poucos os que percorrem o caminho apertado. Ora, se não prevalecesse a vontade
humana, todos os homens seguiriam o caminho estreito, porque é da vontade de Deus que todos se
salvem.

O cerne da questão está na condição do homem após aceitar Jesus como seu Senhor e
único Salvador. O crente, usando o seu livre-arbítrio, pode voltar-se para o pecado, perder a fé,
perder a graça de Deus e, assim, perder a salvação? Mais uma pergunta cabe formular: o crente
possui livre-arbítrio? Se a resposta for afirmativa, é evidente que ele poderá usá-lo, e usá-lo para
abandonar a sua fé original e fazer morrer a chama do primeiro amor; se negativa, teríamos que
solicitar respaldo bíblico para tal opinião.

A partir da decisão do primeiro casal no Éden, as evidências escriturísticas provam que em


nenhuma circunstância o ser humano perde o direito à liberdade de escolha dada por Deus. O
argumento de que temos o Consolador que nos convence do pecado, e portanto não podemos cair,
não me parece suficiente. Vejam: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração
mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (HB 3.12). Só pode haver desenlace quando há enlace;
só podemos sair de onde entramos; "apartar-se do Deus vivo" significa quebrar uma aliança
existente.
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

No estudo da apostasia pessoal não se pode deixar de comentar a doutrina dos eleitos e
predestinados. No Calvinismo, nada impedirá a salvação dos escolhidos. No Arminianismo, a
eleição e a reprovação é com base na fé ou incredulidade.

Examinemos o seguinte versículo:

"Veio [Jesus] para o que era seu, e os seus não O receberam; mas a todos quantos O
receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome"( Jo 1.11-
12). Somente seremos adotados como filhos se crermos em Jesus. Logo, os "eleitos" estão sujeitos a
esta condição.

Os "eleitos" de Deus são todos os que, após receber a Cristo, perseveram na fé obediente.
Por isso, Jesus advertiu aos discípulos:

"Aquele que PERSEVERAR até o fim será salvo" (Mt 10.22).

Os que mantiverem a fé perseverante estarão predestinados à vida eterna. Logo, os que


forem negligentes não terão o mesmo destino. São eleitos os que estiverem unidos a Cristo: "Quem
nEle crê, não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do
unigênito Filho de Deus" (Jo 3.18). Portanto, o entendimento de uma eleição por meio de um ato
unilateral da parte de Deus fica prejudicado. É da vontade de Deus que nenhum homem se perca (Jo
6.39) ou caia da graça (Gl 5.4; 2 Pe 3.9). A expressão "cair da graça" nos diz da possibilidade de
alguém perder a salvação.

Se todos os homens são chamados a participarem do plano de salvação (Jo 3.16), não há
como acreditarmos que Deus escolhe alguns e, por exclusão, condena os demais. Se estivessem
previamente escolhidos, não teria sentido a recomendação para que "todos os homens em todos os
lugares se arrependam" (At 17.30), nem a ordem do "Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a
toda criatura" (Mc 16.15).

O ensino calvinista leva ao entendimento de que Deus, ao eleger seus preferidos, selou por
um ato divino o destino dos não eleitos, ou seja, a morte eterna. Os não escolhidos estariam
proibidos de crer em Jesus para serem salvos. A idéia de que Cristo morreu somente por alguns
pecadores vai contra a justiça de Deus, vejamos: Cristo morreu pelos pecadores (Rm 5.8); Cristo
morreu pelos ímpios (Rm 5.6); Cristo morreu para dar salvação aos que nEle crerem (Jo 3.16,
11.26); Cristo veio para dar vida às ovelhas perdidas (Mt 15.24; 18.11).

Como vimos, a eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16-17), porque
Deus "deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4),
"pois a graça de deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens" (Tt 2.11). Deus não
deseja salvar apenas uma parte dos homens, mas todos os homens.

Se houvesse a dupla predestinação, ou seja, os escolhidos para o céu, os não escolhidos


para a perdição, o inferno não teria sido preparado para o diabo e seus anjos, como diz Mateus
25.41. Este versículo teria outro enunciado: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado desde a fundação do mundo para o diabo e seus anjos, e para todos os não eleitos". Ora,
os homens são jogados no lago de fogo e enxofre em conseqüência de uma decisão por eles tomada
em vida, a decisão (livre-arbítrio) de não seguir o caminho estreito.

A predestinação e a eleição dizem respeito ao corpo coletivo de Cristo (a verdadeira


igreja), e somente alcançam os que tomam parte neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (At
2.38-41; 16.31). Como está dito à p. 1890 da Bíblia de Estudos Pentecostal:

"no tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio


viajando para o céu. Deus escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. Cristo é o Capitão e
Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva
em Cristo. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos.
Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação
concerne ao destino do navio e ao que Deus preparou para quem nele permanece. Deus convida
todos a entrar a bordo do navio eleito mediante Jesus Cristo".

A GRAÇA CONDICIONAL
 A seguir, alguns textos que falam da permanência na fé como condição sine qua non para não
perdermos a coroa da vida:

 "Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito
fruto...Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora..." (Jo 15.5-6). Nessa alegoria Jesus
diz da possibilidade de um crente abandonar a fé, deixá-LO, e perder a salvação.

 "A vós também, que noutro tempo éreis estranhos...agora vos


reconciliou no corpo da sua carne...se é que permaneceis fundados e firmes na fé, não vos deixando
afastar da esperança do evangelho..." (Cl 1.21-23). Paulo fala aos "santos e irmãos em Cristo. A
reconciliação em Cristo depende da permanência na fé.

 "Mas o meu justo viverá pela fé. E se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não
somos daqueles que retrocedem para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da
alma" (Hb 10.38-39). Em outras palavras: Se o crente ("meu justo") me abandonar, estará perdido.
A possibilidade de recuo, de deixar, de abandonar a fé é uma realidade possível. "Daqueles que
retrocedem" é uma palavra de exortação, uma injeção de ânimo para que continuem firmes na fé,
mas fala também da possibilidade de o crente volta ao primitivo estado.

 "E odiados de todos sereis por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo"
(Mt 10.22). A segunda parte poderia ser assim: "Aquele que não perseverar até o fim não será
salvo".

A necessidade de fidelidade e vigilância é realçada na parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-
13), onde Cristo demonstra que boa parte dos crentes não estará preparada na Sua inesperada vinda.
Da mesma forma, a parábola do "Servo Vigilante" (Lc 12.35-48) demonstra a imperiosa
necessidade de o crente não negligenciar na fé, e manter-se espiritualmente pronto para a volta do
Senhor.

"Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba
que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e
cobrirá uma multidão de pecados" (Tg 5.19-20).
A epístola, dentre outros objetivos, destinou-se a encorajar crentes judeus, exortando-os a se
manterem na Verdade que lhes foi revelada. Como se vê, Tiago admite ser possível alguém, "dentre
os irmãos", abandonar a fé e resistir à graça.

"Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão... Portanto
se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador
Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do
que o primeiro" (2 Pe 2.15,20-22). Pedro assim retrata a situação dos falsos mestres que
anteriormente receberam a redenção pelo sangue de Jesus, depois voltaram à escravidão do pecado
e perderam a salvação.

Provas Bíblicas Contra a Predestinação Calvinista

Dentre as múltiplas citações escriturísticas, que contradizem o ensino de Deus haver


predestinado pessoas para a perdição, as 10 seguintes devem ser destacadas, por sua objetividade e
clareza ímpar:

1ª) 1Tm 2:4 – "O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno
conhecimento da verdade." O relato de Paulo aqui não admite divagações. Sua declaração nos leva
a afirmar: ninguém foi designado para a perdição.

2º) 2Pe 3:9 – ". . . não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento."
É impossível, harmonizar – Deus não deseja que alguém se perca, com a idéia de Ele escolher
pessoas para serem destruídas.

3ª) Ap 22:17 – ". . . quem quiser receba de graça a água da vida."


Todos têm a oportunidade, graças a Deus. Aqui entra em cena a vontade pessoal. Querer é um verbo
que indica vontade, portanto a pessoa escolhe; não aparece a imposição.
Maravilhoso é o livre arbítrio concedido por Deus.

4ª) Jo 3:16 – ". . . todo aquele que nele crê. . ." Deus decretou que todos os que aceitarem a
Cristo se salvem. Não decretou que todos devem aceitar a Salvação que Ele oferece. Deus não força
a vontade de ninguém.

5ª) Ez 18:32 – "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus,
Portanto convertei-vos e vivei."
Deus tem prazer na salvação, nunca na perdição.

6ª) Mt 7:21 - "Nem todo o que me diz : Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus."
Muitos não serão salvos, porque não aceitam as condições da salvação.

7ª) Je 21:8 – ". . . Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte."
Para que dois caminhos se a sorte de cada um já está traçada antes?

8ª) Ap 2:10 – ". . . Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida."


Vejam que a salvação também depende de nós. Depende da nossa perseverança. Heb. 3:14.

9ª) At 17:30 – ". . . agora, porém notifica aos homens que todos em toda parte se
arrependam."
O convite a todos para que se arrependam seria um escárnio ao nome de Deus se os homens não se
pudessem arrepender. Paulo declara em Tito 2:11 que "a graça de Deus se manifestou salvadora a
todos os homens."

10ª) 1Ts 5:9 – "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação
mediante nosso Senhor Jesus Cristo."

Expiação

Embora haja variações nas maneiras básicas de tatar este assunto, as escolhas acabam se
reduzindo a duas: ou a morte de Jesus visava obter a salvação de um número limitado de pessoas
ou objetivava fornecer a salvação a todos.
O primeiro às vezes é chamada de “epiação ilimitada, porque Deus limitou o efeito da
morte de Cristo a um número específico de pessoas eleitas, ou de “redenção específica”. Porque a
redenção0 era para um grupo específico de pessoas.
O segundo ponto de vista, às vezes, é chamada de “expiação ilimitada”, porque Deus não
limitou aos eleitos somente a morte redentora de Cristo, mas permitiu que fosse para a humanidade
em geral.

A Redenção específica (calvinista)


A doutrina de que Jesus morreu particularmente para os eleitos, assegurando a redenção
deles, não do mundo inteiro, surgiu à medida que as implicações da doutrina da eleição e da teoria
da satisfação da expiaçãoforam desenvolvidas, imediatamente após a Reforma. Surgiu uma
controvérsia que resultou no Sínodo de Dort (1618-19), já na Holanda reformada, que pronunciou
que a morte de Cristo era “suficiente para todos, porém eficiente só para os eleitos”. Isto não
satisfez muitos teólogos, até mesmo alguns calvinistas, de modo que a controvésia continua até os
dias de hoje.
Há numerosos argumentos usados para defender a doutrina da expiação limitada, mas estes
representam aqueles com maior frequência:
Em primeiro lugar, há na Bíblia uma qualificação quanto a quem receberá os benefícios da
morte de Cristo, limitando, portanto, o seu efeito. Jo 10:11,15 diz que Cristo morreu por “suas
ovelhas”; At 20:28, por “sua Igreja”; Rm 8:32-35, pelos “eleitos”; Mt 1:21, por “seu Povo.”
Em segundo lugar, os desígnos de Deus sempre são eficazes e nunca poderam ser
frustrados pelos homens. Se Deus pretendesse que todos homens fossem salvos pela morte de
Cristo, logo, todos seriam salvos. É evidente que nem todos são salvos, porque a Bíblia ensina que
aqueles que rejeitam a Cristo estão perdidos, portanto Cristo não poderia ter morrido por todos.
Segundo esta teologia, argumenta que Cristo morreu por todos é argumentr, com efeito, que a
vontade salfífica de Deus não está sendo realizada, ou que todos serão, no final de todas as coisas,
salvos (universalismo).
Em terceiro lugar, se Criosto morreu por todos, Deus seria injusto ao mandar as pessoas
para o inferno por seus próprios pecados. Nenhum tribunal de justiça permite que o pagamento seja
cobrado duas vezes pelo mesmo crime. Deus, portanto, não poderia ter permitido que cristo
morrese por todos, a não ser que ele tenha planejado que todos fossem salvos, o que claramente não
planejou, porque alguns ou muitos se perdem.
Em quarto lugar, dizer que Cristo morreu por todos leva, segundo o seu raciocínio, ao
“universalismo”. É verdade que nem todos os que acreditam na redenção geral acreditam no
universalismo; porém dizem os calvinistas que deveriam crer, pois estão argumentando que Cristo
pagou pelos pecados de todos, portanto salvando a todos.
Em quinto, Cristo morreu não apenas para tornar possível a salvação, mas também
realmente para salvar. Argumentar que Cristo morreu somente para fornecer possibilidade de
salvação é deixar em aberto a pergunta: Alguém é salvo? Se os desígnos de Deus são apenas de
possibilidades e não de realidades, logo, ninguém tem a segurança e tudo está aberto à dúvida. Mas
as Escrituras Sagradas declaram que a morte de Cristo obtém a salvação para o seu Povo, portanto,
uma certeza, e limitando a expiação (Mt 18:11; Rm 5:20; II Cor 5:21; Gl 1:4, 3:13; Ef 1:7).
Em sexto, porque não há condições a serem satisfeitas a fim de se obter a salvação, istó é,
ela se dá pela graça e não pelas obras, é simplemente um ato de fé, tanto o arrependimento quanto a
fé são dados aqueles para quem Cristo morreu.
Em sétimo e último lugar, as passagens que falam da morte de Cristo pelo “mundo” são
interpretadas de maneira errada, onde na verdade deveria ser entendida como mundo dos que crêem,
dos eleitos, dos crentes, da igreja. E “todos” significa na verdade todos os tipos de homens, sem
distinção, e não todas as pessoas.

A Redenção Geral (Arminiana)


A Doutrina da Redenção Geral argumenta que a morte de Cristo teve o desígno de incluir
toda a humanidade, quer todos creiam ou não. Para os que crêem de modo salvífico, ele é aplicada
de modo redentor, e para os que não crêem fornece os benefíciosda graça geral e a remoção de
qualquer desculpa pelo perecimento. Deus os amou e Cristo morreu por eles; estão perdidos porque
se recusaram a aceitar a salvação que lhes é oferecida em Cristo.
Os que defendem a Redenção Geral começam indicando que ela é o ponto de vista
histórico da Igreja, sendo sustendada pela maioria dos teólogos, reformadores, evangelístas e pais,
desde o início da Igreja até os dias atuais , incluindo todos os escritores antes da Reforma, com a
possível exceção de Agostinho. Entre os reformadores, a doutrina é encontrada em Lutero,
Melanchthon, Büllinger, Latimer, Cranmer, Coverdale e até mesmo Calvino, em alguns de seus
comentários. Por exemplo, Calvino diz a respeito de cl 1:14; “Esta Redenção foi obtida mediante o
sangue de Cristo, porque pelo sacrifício de sua morte, todos os pecados do mundo foram
expiados”; e sobre Mc 14:24, “derramando em favor de muitos. Com a palavra “muitos” ele quer
dizer não apenas parte do mundo, mas a raça humana inteira”. Até mesmo entre os calvinistas há
um generalismo, chamado o “universalismo hipotético, que se acha em Moisés Amyraut, Richard
Baxter, John Bunyan, John Newton e John Brown, entre muitos outros. É provável que a maioria
esmagadora dos cristãos pudesse ter interpretado erroneamente sob a orientação do Espírito Santo
em uma questão tão importante?
A segunda consideração do argumento em prol da Redenção Geral é que, quando a Bíblia
diz que Cristo morreu por todos, ela quer dizer exatamente isso. A pavra deve ser entendida no seu
sentido noemal, a não ser que exista uma razão compulsória para entendê-la de outra forma, e não
existe nenhum a razão deste tipo. Passagens como Is 53:6; I Jo 2:2; I Tm 2:1-6, 4:10; e Hb 2:4.
Passagens tais foram entendidas de forma normal.
Em terceiro lugar, a Bíblia diz que Cristo tira o pecado do mundo e é o Salvador do
mundo. Um estudo da palavra “mundo”, especialmente em João, onde é usada setenta e oito vezes,
demonstra que o mundo odeia a Deus, rejeita a Cristo e e'dominado por Satanás. Poreém foi em
favor deste mundo que Cristo morreu. Não há um só lugar no NT onde “mundo” signifique “igreja”
ou os “eleitos”.
Em quarto lugar, os vários argumentos que se reduzem a uma acusação de universalismo
são alegações forçadas para defender um a causa. Simplesmente por acreditar que Cristo morreu por
todos não significa que todos são salvos. Para ser salva, a pessoa deve crer em Cristo, de modo que
o fato de que Cristo morreu pelos mundo não garante, segundo parece, a salvação a todos. Os que
pensam assim estão simplesmente errados. Paulo não sentia dificuldade em dizer que Deus podia
ser o Salvador de todos, num sentido, e daqueles que crêem em outro sentido (I Tm 4:10).
Em quinto lugar, Deus seria injusto ao condenar aqueles que rejeitam a oferta da salvação.
Não está cobrando duas vezes pelo mesmo delito, porque quando o descrente recusa a aceitar a
morte de Cristo, os benefícios desta morte passam a não ter aplicabilidade a sua pessoa, até que ele
em vida mude de ideia. Ele está perdido não porque Cristo não morreu por ele, mas porque recusa a
oferta de perdão dada, graciosamente, por Deus.
Em sexto lugar,, é verdade que os benefícios da morte de Cristo foram aludidos como
pertencentes aos “eleitos”, às suas “ovelhas”, ao seu “povo”, mas teria que ser demonstrado que
Cristo morreu somente por eles. Isso não negamos, o qure negamos é que Cristo tenha morrido
somente por eles.
Em sétimo lugar, a Bíblia diz que Cristo morreu pelos “pecadores” (I Tm 1:15;Rm 5:6-8).
A palavra pecador não significa em lugar algum a “igreja” ou “os eleitos”, mas a totalidade da
humanidade perdida.
Finalmente, Deus oferece o Evangelho para que todos creiam nele, não apenas os eleitos.
Como isto poderia ser verdade, se Cristo realmente não morrese por todos? Deus saberia muito bem
que algumas pessoas não poderiam ser salvas por ele por não ter permitido que Cristo pagasse
pelos pecados delas. Até mesmo Berkhof, um ardente defensor da Expiação Limitada, , reconhece:
“Não é necessário negar que há uma dificuldade real nesta altura...” (Teologia Sistemática- pg.
462).

CONCLUSÃO

Os dois pontos de vista procuram conservar um pouco de importância teológica. Os


defensores da Expiação Limitada(Calvinistas) ressaltam a certeza da salvação divina e da iniciativa
que le tomou ao oferecê-la ao homem. Se a salvação dependesse de nossas obras, tudo estaria
perdido. Os defensores da Expiação Geral(Arminianos) procuram preservar a equidade de Deus e
aquilo que, para eles, é o ensino claro das Escrituras. A salvação não é menos certa porque Cristo
morreu por todos. É a decisão de rejeitá-la que leva a condenação, e é a fé que coloca a pessoa num
relacionamento salvífico com o Cristo que morreu afim de que vivêssemos.
Falando mais especificamente sobre livre-arbítrio, em um dado momento da minha vida
me achei convencido pelas ideias calvinistas. Eu me perguntava quais seriam os motivos levariam
uma pessoa ouvir o mesmo Evangelho, que alguns haviam de bom grado abraçado, terem tanta
dificuldade para entender e aceitar o Plano de Salvação do Senhor Jesus Cristo. Simplesmente, à
partir de uma perpectiva observadora, fui tomado pelo desejo de encontrar base bíblica e também
pela vontade de conhecer mais amiúde as doutrinas calvinistas. Mas é difícil para um pentecostal
convicto e mergulhado na experiência do batismo com o Espírito Santo, ou seja, dentro de um
processo de santificação, não ficar em crise.

Mas foi com certeza a partir da minha experiência com o calvinismo e com sua pseudo
“perseverança dos santos”, na qual posso continuar vivendo sem buscar o avivamento, não preciso
me esforçar pela minha santificação. A experiência passa a ser agora de frieza espiritual, aliás os
calvinistas têm grande dificuldade de crer em experiências de avivamento, é isto que a história do
grande avivamento do séc. XVIII na Inglaterra e EUA nos mostram.

É lógico que num dado momento de minha vida deveria fazer uma escolha, olha o livre-
arbítrio aí, até no quesito filosófico-doutrinário precisamos nos posicionar.

Fazendo um roteiro nas Sagradas Escrituras, desde o livro do Gênesis, não cosigo ver um
só momento em que Deus não tenha dado liberdade de escolha ao homem. Ao terminar de fazer o
homem à sua imagem e conforme sua semelhança, Deus declarou que Sua obra era muito boa (Gn
1.31). Adão estava livre para tomar decisões, até para desobedecer ao Criador, como de fato
desobedeceu (Gn 2.16-17; 3.1-6). Nas palavras do Senhor a Caim (Gn 4.7) nota-se que a liberdade
de decidir continua fazendo parte do ser humano, antes mesmo de cometer o primeiro homicídio da
História, Deus o adverte para que reflita dentro do seu coração e não venha consumar, de fato, o
pecado. Poderia mencionar também Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e os profetas, que
decidiram ser fiéis a Deus.

Fazendo uma conexão com o início do Reinado em Israel com o rei Saul, podemos ver que

que quando ele foi ungido para ser rei vivia uma vida normal de um jovem digno de honra,
buscando o interesse do seu pai que havia perdido suas mulas, e é neste exato momento que ele se
encontra com o profeta Samuel, que na verdade buscava também por ele, ou seja, ele era o
escolhido. Após sua unção a Bíblia nos relata que o o Espírito de Deus se apossou dele de tal
maneira que ao encontrar os filhos dos profetas começou também a profetizar num momento de
êxtase. No entanto quando se desviou de fazer a vontade de Deus, o Espírito se retirou dele e o resto
da história nós conhecemos.

Deus vai dizer pra Israel em Deuteronômio 28:9-10:

“O Senhor comfirmará para si o povo santo, como te tem jurado, quando guardares os
mandamentos do Senhor teu Deus, e andares nos seus caminhos. E todos os povos da terra verão
que és chamado pelo nome do Senhor, e terão temor de ti”.

Notemos que há sempre uma contra partida, há um sinergismo na nossa relação com Deus
em toda História. Se Deus escolheu um número certo de pessoas para serem salvas, ele passa a ser
então autor do pecado, do mal, o que seria um contracenso conhecendo um pouco dos atributos de
Deus. Nós não somos marionetes nas mãos de um Deus déspota, ele é antes de tudo amor.

É lógico que precisamos ter a tranquilidade de que não perderemos a nossa salvação por
qualquer motivo, Deus conhece a nossa fragilidade pecaminosa.. Porém agora não peco mais por
linha, mais sim por ponto, uma vez que agora não vivo mais mergulhado no pecado, já não sou um
pecador contumaz! O pecado na minha vida não é mais uma constante, é uma varável!
Que possamos utilizar as palavras do Apóstolo Paulo:

“Mas eu sei que tenho crido , estou bem certo que é poderoso pra guardar o meu tesouro
até o dia final”

“Trabalhe como um arminiano e durma como um calvinista”


Mark Driscall- pastor reformado americano

Bibliografia

Monergismo.com

Arminianos .com

Dicionário Histórico Teológico da Igreja Cristã

Canones de Dort

Institutas da Religião- João Calvino

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