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Geografia

Noções de Cartografia
Orientação .................................................................. 3
Coordenadas Geográficas......................................... 4
Fusos Horários ........................................................... 6
Fusos Horários do Brasil ............................................ 7
As Estações do Ano .................................................. 8
Representação Cartográfica ...................................... 9
Escala ...................................................................... 12
A Representação dos Aspectos Físicos
e Humanos nos Mapas ............................................ 13
Documentação Cartográfica .................................... 15
O Ambiente Físico
Coluna Geológica .................................................... 17
A Estrutura da Terra ................................................. 18
Deriva Continental e Tectônica das Placas .............. 19

no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com


empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem
autorização do detentor dos direitos autorais é crime previsto
A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, venda,
exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,
Agentes Formadores do Relevo ............................. 21
Forças ou Agentes Modeladores do Relevo ........... 24

multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.


As Unidades Estruturais do Globo ........................... 26
As Formas de Relevo .............................................. 27
O Relevo Brasileiro .................................................. 27
Solos ........................................................................ 30
Clima - Elementos e Fatores ................................... 31
A Pressão Atmosférica ............................................ 33
O Ciclo Hidrológico .................................................. 34
Massas de Ar ........................................................... 35
Classificação Climática Geral .................................. 36
Climas do Brasil ....................................................... 39
Domínios Morfoclimáticos do Brasil ......................42
Vegetação ................................................................ 42
Vegetação do Brasil ................................................. 45
Hidrografia - Oceanos .............................................. 48
Correntes Marítimas ................................................. 50
A Poluição dos Oceanos ......................................... 51
Elementos da Rede Hidrográfica ............................. 52
Os Rios Brasileiros .................................................. 53

NÍVIA BORBA / SÍLVIO VIÉGAS


Anotações
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NOÇÕES DE CARTOGRAFIA
ORIENTAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS
ORIENTAÇÃO A localização na vida
O conceito mais apropriado de orientação é direção, Rotação da Terra
rumo, cada uma das orientações que são marcadas sentido oeste para leste
pela Rosa-dos-Ventos.
Movimento aparente do Sol
O homem, para se deslocar sobre a superfície da
Terra, tomou por base o nascer e o pôr do sol, criando leste para oeste
os pontos de orientação.
Veja agora os desenhos:
O conceito de orientação está associado à
determinação da posição do elemento no espaço
geográfico e sua relação com os pontos cardeais,
colaterais e subcolaterais. Veja o desenho da Rosa-
dos-Ventos, também chamada Rosa-dos-Rumos. W E W E
Sol
A Rosa-dos-Ventos
A rosa-dos-ventos é a representação gráfica dos
principais pontos de orientação. É assim chamada Rotação da Terra Movimento aparente do Sol
por indicar as diversas direções que o vento pode
tomar. Devido à influência que o Sol exerce sobre a Terra,
o homem passou a observar a sua aparente marcha
CARDEAIS
pelo espaço, fixando a atenção na direção em que
NORTE =N
SUL =S ele aparecia diariamente no horizonte. A partir de
LESTE =E suas observações, este ponto ficou conhecido como
OESTE =W leste, e o ponto em que ele se põe, como oeste.
COLATERAIS Estendendo a mão direita para o leste e a esquerda
NOROESTE = NW para o oeste, encontramos mais dois pontos de orien-
NORDESTE = NE
SUDOESTE = SW tação: o norte, à nossa frente, e o sul, às nossas costas.
SUDESTE = SE
Outros meios de orientação
Até o século XIII, utilizava-se a orientação astronômica
SUBCOLATERAIS simples, através da localização e posição dos astros,
Nor-nordeste = NNE Es-nordeste = ENE como o Sol, as estrelas, as constelações e a Lua.
Nor-noroeste = NNW Es-sudeste = ESE Não podemos esquecer:
Su-sudeste = SSE Oes-sudoeste = WSW 1º) A Terra tem um eixo inclinado de 23° e 27’.
Su-sudoeste = SSW Oes-noroeste = WNW
2º) As estações do ano significam diferentes
Outros nomes dos pontos cardeais posições dos hemisférios.
NORTE ® Setentrional e boreal Estes dois fatos dificultam a localização pelas
SUL ® Meridional e austral
estrelas, astros ou constelações.
LESTE ® Oriental e nascente Orientação pelo Sol
OESTE ® Ocidental e poente

Cardeal em latim significa principal.

O estudo da Rosa-dos-Ventos, relacionado dentro


do mapa, tem sentido estático. Veja agora a
localização no espaço vivido pelo homem.

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A orientação pelas estrelas é distinta nos dois


hemisférios. Assim como o Sol durante o dia, elas Cruzeiro do Sul ESTRELA
parecem deslocar-se de leste para oeste. No POLAR
hemisfério norte, apenas a ESTRELA POLAR parece
estar fixa, pois encontra-se quase diretamente acima
do pólo norte. Portanto, para se determinar a direção
do pólo norte, basta traçar uma linha imaginária per- MAGALHÃES
pendicular da Estrela Polar à Terra. No hemisfério
sul não existe qualquer estrela que indique a posição Pólo
do pólo sul. A orientação do CRUZEIRO DO SUL, Norte
devido à sua forma peculiar, é utilizada para a orien-
tação e indicação do pólo sul. Para determinar a
direção do pólo sul, basta prolongar quatro vezes o
braço maior da cruz e, então, traçar uma linha imagi-
nária, perpendicular à linha do horizonte, até a Terra. Pólo Sul Pólo Sul

A bússola
Do século XIII ao século XV, acontece a invenção e o predomínio da BÚSSOLA, um prático e eficiente instrumento de
orientação inventado pelos chineses, que permite traçar o rumo em qualquer momento de uma viagem. Constitui-se de
uma agulha imantada que gira sobre um eixo vertical, em um fundo constituído de um mostrador, como a Rosa-dos-Ventos,
com 360° de circunferência (BÚSSOLAS MODERNAS). A agulha imantada da bússola não aponta o norte geográfico, mas
sim o pólo magnético da Terra. É necessário, então, fazer uma correção na direção apontada pela bússola, denominada
declinação magnética, que é o ângulo formado pela distância entre o pólo Norte da Terra e o pólo magnético, indicado pela
agulha da bússola.

Veja nos desenhos os pólos magnéticos e os pólos geográficos.

Pólo Magnético

Pólo Geográfico
Pólo Geográfico Pólo Magnético

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude e da longitude, determinar a posição
exata de um ponto qualquer na Terra.
Paralelos

Paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra, paralelamente ao equador, nos dois hemisférios.
Diminuem de tamanho à medida que se afastam do equador, até se transformarem em um ponto nos pólos, a 90º.
Entre os paralelos existem dois círculos mais importantes em cada hemisfério, que são:
Hemisfério Norte: Trópico de Câncer, a aproximadamente 23º27’ do equador; e o Círculo Polar Ártico,
distante aproximadamente 66º30’ do equador.
Hemisfério Sul: Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, ambos apresentando a mesma distância
aproximada do equador que os seus correspondentes do hemisfério norte.

Círculo Polar Ártico


Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Antártico

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Latitude PN
É a distância em graus de qualquer ponto da superfície
terrestre em relação ao equador. Pode ser definida como
o ângulo que a vertical desse lugar forma com o plano do
Equador.
A latitude pode ser norte ou sul e variar de 0° a 90°. Cada
grau divide-se em 60 minutos e cada minuto em 60
segundos.

Meridianos
Meridianos são semicircunferências imaginárias traçadas PS
na Terra de pólo a pólo, possuindo a mesma extensão,
sendo 180° a leste e 180° a oeste de Greenwich.

Longitude
É a distância em graus entre um ponto da superfície
terrestre e o Meridiano Inicial, ou de Greenwich.
A longitude pode ser ocidental ou oriental, variando de 0°
a 180° em cada um.
Através dos paralelos e dos meridianos determinam-se
LATITUDE e LONGITUDE e, conseqüentemente, a posição
exata de um ponto qualquer da superfície terrestre. A latitude
e a longitude constituem as COORDENADAS
GEOGRÁFICAS.

O Brasil e as Coordenadas Geográficas


Posição do Brasil no Planisfério
OCEANO GLACIAL ÁRTICO

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

EUROPA
AMÉRICA ÁSIA
DO NORTE OCEANO
TRÓPICO DE
CÂNCER PACÍFICO
AMÉRICA
CENTRAL
ÁFRICA
EQUADOR OCEANO OCEANO
PACÍFICO ATLÂNTICO
BRASIL OCEANO
MERIDIANO DE GREENWICH

ÍNDICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
AMÉRICA OCEANIA
DO SUL

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO


Escala ANTÁRTIDA
0 3067 6134 9201

km




Sa. Do Caburaí
Posição Equador



5°16’19” Lat N Aproximadamente, a loca-
Geográfica do lização das coordenadas

Brasil  Cabo Branco brasileiras é entre os paralelos

 (Ponta do Seixas) 5°N e 33°S entre os meridianos

 34°45’54” Long W
Sa. De 
 34°W a 73°W, sendo atraves-
 Trópico de Capricórnio
Contamana  sado pelo Equador, que corta
73°59’32” Long W   a cidade de Macapá e pelo

 Arroio Chuí


33°45’09” Lat S
Trópico de Capricórnio, que

 corta a cidade de São Paulo.

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FUSOS HORÁRIOS
Existem diversas maneiras de se medir o tempo: Ao dividirmos a circunferência da Terra por uma
tempo solar verdadeiro, tempo solar médio, tempo rotação, encontraremos 15°. Cada intervalo de
civil ou pelos fusos horários. 15°, nos meridianos, será equivalente a 1 hora,
A velocidade das comunicações acabou impondo a sendo chamado de fuso horário. Todos os lugares
necessidade de unificação da hora em todo o situados no interior do mesmo fuso horário
mundo. Foram criados, então, os sistemas de fusos possuem a mesma hora: é a chamada hora
horários, propostos em 1884, na Conferência de legal, diferente da hora verdadeira (ou local),
Washington. determinada pelo movimento aparente do Sol.
O conceito de tempo civil (ou hora civil) passou a
Para calcular a hora, convencionou-se que o
ser utilizado desde 1º de janeiro de 1925, a partir
de sua adoção pelos astrônomos. A duração do fuso horário inicial, isto é, o fuso a partir do qual
tempo civil é de 24 horas, e a contagem é feita de 0 a hora começaria a ser contada, seria o fuso
a 24 horas. que passa por Greenwich. A hora determinada
A rotação da Terra é feita de oeste para leste, por este fuso horário recebeu o nome de hora
enquanto a direção do movimento aparente do Sol GMT.
é de leste para oeste. Para realizar o movimento de O fuso horário de Greenwich é formado pela
rotação, isto é, para dar uma volta em torno da soma de 7,5° a leste e 7,5° a oeste de 0°
circunferência equatorial, gastam-se 24 horas. Dessa (Meridiano Inicial, ou de Greenwich).
maneira, temos:
360° = circunferência da Terra 360° 24h
24 horas = duração de um dia 15°
Para resolver problemas comuns relacionados aos fusos horários, lembre-se de que:
1 - Quando as duas localizações se encontrarem em hemisférios diferentes (oeste para leste ou vice-versa),
deve-se somar as longitudes e dividir o resultado por 15°. Veja o exemplo:

Localidade x = 30° longitude Leste 30° 135° 15°


+
Localidade y = 105° longitude Oeste 105° 9 horas
135° (15° = 1 hora)
A diferença entre x e y será de 9 horas.
2 - Quando as duas localizações se encontrarem num mesmo hemisfério (leste para leste ou oeste para
oeste), deve-se subtrair as longitudes e dividir o resultado por 15°. Veja o exemplo:

Localidade x = 135° E 135° 90° 15°


- 45° 6 horas
Localidade y = 45° E
90° A diferença entre x e y será de 6 horas.

Sabendo a localização e a hora de uma cidade, você irá somar se o pedido for a leste ou subtrair se for a
oeste. Vamos aos exemplos:
• Na cidade x a 120° E, são 5 horas. Qual a hora na cidade 45° W?

120° E 165° 15° 24 horas = 1 dia (Veja, voltamos 1 dia)


-
+ 45° W 11 horas 11 horas diferença
165° A diferença entre as cidades é de 11 horas 13 horas

A hora de 120° não era 5. Então vamos somar 5 a 13 horas e acharemos 18 horas. Resposta: 18 horas do
dia anterior.
Vamos conferir
45° 30° 15° 0° 15° 30° 45° 60° 75° 90° 105° 120°
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
18 h 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 h
W E

A partir deste exemplo, faça outros.

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Fusos horários

Fuso horário
Países com horário oficial diferente daquele correspondente ao seu fuso horário

RETIRADO DO LIVRO GEOGRAFIA - TIBÚRCIO, JOSÉ ARNALDO E COIMBRA, PEDRO.


UMA ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. PÁG. 254. ED. HARBRA SP.
A linha internacional da data
Para se marcarem as horas, o meridiano de Greenwich é tomado como
referência. A hora oficial GMT (Greenwich Meridian Time) considerada é a que
corresponde às 12 horas (meio-dia). Assim, o meridiano correspondente a 180°
de longitude representa o tempo de 24 horas, e corresponde à linha na qual se
faz a mudança de data, de um dia para outro: é a linha internacional de mudança
de data.
A linha internacional da data atravessa o oceano Pacífico, apresentando
vários desvios, para não passar por nenhum lugar habitado. Passa pelo Estreito
de Bering, pelo leste da Península de Kamtchatka, entre as ilhas Aleutas e Samoa,
e daí prossegue até o pólo sul. Se um viajante cruzar essa linha no sentido
oeste-leste, deve acrescentar um dia; se cruzá-la no sentido leste-oeste, deve
subtrair um dia.

Observar que o meridiano de 180° não coincide com a linha internacional


de Mudança de Data, por convenção internacional.

Linha Internacional de Data

FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL


Considerando as ilhas
oceânicas, o Brasil possui
quatro fusos horários.
Há um limite prático e um teórico
dos fusos horários. Os limites
práticos foram criados no Brasil
para padronizar as horas em
algumas áreas. O Brasil possui
quatro fusos horários e três
horas diferentes dentro do seu
território. Para entender melhor,
veja o mapa de fusos brasileiros.

LONDRES
(12h)

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O 1º fuso horário do Brasil está atrasado duas O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em
horas em relação à hora de Greenwich. relação a Londres e uma hora em relação a Brasília.

O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação O 4º fuso horário apresenta atraso de cinco horas
a Greenwich, constitui a hora legal do Brasil (hora em relação a Greenwich e duas horas em relação a
de Brasília). Nele se encontra a maioria dos estados Brasília. Apenas o Acre e o extremo-oeste do
brasileiros. Observe que parte do 1º fuso passou Amazonas encontram-se nesse fuso horário.
para o 2º, formando limite prático.

Horário de Verão
Aproveitando-se da claridade maior dos raios solares, o Brasil adianta seu relógio em uma hora.
É o chamado horário de verão (um pouco antes do verão oficial, outubro).
Porém, deve-se lembrar que esse recurso não é utilizado em todo o território, pois quanto mais
próximo do Equador, maior será a igualdade dos dias durante o ano.

AS ESTAÇÕES DO ANO
As estações do ano ocorrem devido ao movimento de translação.

TRANSLAÇÃO: É o movimento que a Terra faz em torno do Sol, descrevendo uma órbita elíptica. Quatro
posições destacam-se nesse movimento. Observe, no desenho, que os pontos 2 e 4 representam o momento
em que a Terra terá a mesma luminosidade nos dois hemisférios: são os EQUINÓCIOS, de outono ou
primavera. Agora, observe que nas posições 1 e 3 os hemisférios da Terra receberão luminosidade diferente:
são os SOLSTÍCIOS, de verão ou de inverno.

Observe o desenho e suas numerações.


Nº do H.N. H.S. Nº do
desenho desenho
1 21 junho Verão 21 dezembro 3
2 23 setembro Outono 21 março 4
3 21 dezembro Inverno 21 junho 1
4 21 março Primavera 23 setembro 2

Nº 1 Nº 2 e 4 Nº 3

21 junho, hemisfério norte. 21 março e 23 setembro, nos 21 dezembro, hemisfério sul.


Solstício. Este hemisfério dois hemisférios. Solstício. Este hemisfério
receberá maiores radiações Equinócios. Os raios solares receberá maiores radiações
solares, seus dias serão mais atingirão os dois hemisférios solares; seus dias serão mais
longos e suas noites mais curtas. com a mesma intensidade, e os longos e suas noites mais curtas.
dias e as noites serão iguais.

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REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
Existem duas formas de representar graficamente a Terra: o globo e o mapa.
O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, a que mais se aproxima da realidade, apesar de
não ser a mais utilizada.
Suas vantagens são:
1) Sendo esférico, dá uma idéia bastante real;
2) Mostra todos os continentes, seus oceanos;
3) Permite a localização correta das principais linhas imaginárias;
4) Possibilita a simulação dos movimentos da Terra;
5) Apresenta as distâncias em latitudes e longitudes com exatidão;
6) As distâncias serão mais exatas, pois não haverá distorções das projeções.

O mapa nada mais é do que uma superfície plana na qual a Terra é total ou parcialmente representada. É
mais utilizado devido à praticidade de manuseio e transporte, além de conter indicações mais completas e
minuciosas que o globo.
A linguagem do mapa é cartográfica, precisa de métodos científicos mais adequados para melhor representar
a Terra. A cartografia ocupa-se em analisar e desenhar os mapas e as cartas topográficas de maneira mais
adequada à sua utilização.
Os mapas podem ser:
1 - Temáticos: destinam-se ao estudo específico de determinados temas, como Geologia, Demografia.
2 - Especiais: atendem a um público específico, de profissionais que têm no mapa um instrumento de
trabalho. Geralmente são mapas em grande escala.
3 - Gerais: quando atendem a diversos tipos de usuários. Geralmente são mapas em pequena escala.

O estudo das Projeções Cartográficas


A maior dificuldade em cartografia é transferir o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma
superfície plana, que é o mapa. Só podemos conseguir essa transferência, essa passagem, de maneira
imperfeita, infiel, com algumas alterações. O problema das projeções cartográficas exige, portanto, uma
grande dose de imaginação.

Todo mapa é um processo de alteração da superfície terrestre. Esta


distorção será maior quanto maior for a área cartografada.

Tipos de Projeções Cartográficas

O desenvolvimento de uma esfera

Ao tentarmos desenvolver uma esfera (ou parte de uma esfera) sobre um plano, observamos que os limites
externos de sua superfície são os mais sacrificados, apresentando maiores alterações, enquanto que o
centro da mesma não apresentará deformações. Portanto, o centro de uma projeção é a parte – que pode ser
um ponto ou uma linha (um paralelo ou um meridiano) – em verdadeira grandeza, sem alterações de escala.
Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, utilizamos superfícies intermediárias que tenham a propriedade
de se desenvolver. Temos, então, que procurar figuras semelhantes à esfera, que sejam passíveis de
desenvolvimento.
O cilindro, o cone e o plano constituem esses tipos de figuras.
As projeções cartográficas costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndricas; cônicas e plano
tangente ou azimutal.

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Projeção Cilíndrica

Em uma projeção cilíndrica, observam-se as seguintes conseqüências:


1) Apenas o Equador tangencia a superfície.
2) As áreas próximas aos pólos e mesmo os pólos não têm possibilidade de serem projetados na superfície
cilíndrica.
3) Os demais paralelos projetados não conservam as medidas originais, guardando iguais comprimentos em
relação ao Equador.
4) O Equador é a única linha projetada que conserva a dimensão original.
5) As linhas traçadas na esfera são transferidas para a superfície cilíndrica de desenvolvimento, através de
projeções partidas do centro da esfera.

A projeção cilíndrica, também conhecida como Projeção Cilíndrica


Projeção de Mercátor, apresenta os paralelos e os
meridianos cruzando-se em ângulos de 90° e é
bastante utilizada na navegação e na confecção de
mapas-múndi.
Os países localizados nas mais altas latitudes
apresentam-se bastante deformados, ao contrário
daqueles situados ao longo ou próximo da linha do
Equador, que apresentam pequenas alterações.

Projeção Cônica

Na projeção cônica, a esfera projeta-se a partir do Equador, tangenciando de um dos paralelos. São observadas
as seguintes conseqüências:
1) A única linha de verdadeira grandeza é o paralelo de tangência.
2) O pólo é projetado, graças à forma própria do cone.
3) Os meridianos projetados se cruzam no pólo, semelhantemente ao que acontece na esfera.
4) As linhas traçadas na esfera são projetadas para a superfície cônica de desenvolvimento a partir de um
certo ponto do interior da esfera.
Projeção Cônica
Observe a projeção cônica: os países que
apresentam maiores distorções são aqueles
localizados próximos ao Equador.
Este tipo de projeção é ótima para representar
mapas regionais, onde aparecem apenas pequenas
partes da superfície terrestre.

Projeção Plano ou Azimutal

Na projeção plano ou azimutal, as linhas traçadas na esfera são projetadas no plano, partidas de um certo
ponto do interior da esfera, a partir do pólo. São observadas as seguintes conseqüências:

Projeção Azimutal 1) Os meridianos, irradiando-se do pólo, são


projetados em linha reta.
2) À medida que se afastam do ponto de tangência
– o pólo – o espaçamento e as dimensões dos
paralelos e dos meridianos crescem rapidamente.
3) O pólo, ponto em que a esfera é tangente, é
projetado no centro do plano.
4) Os paralelos são arcos de círculos concêntricos,
como na esfera terrestre.

A projeção azimutal destina-se a representar as regiões polares e suas proximidades.

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Uma projeção fora dos padrões


Projeção de Peters

Na projeção de Peters, países e continentes


recuperam suas verdadeiras proporções,
distorcidas por Mercátor.

O alemão Arno Peters (nascido 1916) apresenta um mapa que valoriza o Terceiro Mundo.
A principal qualidade deste planisfério é que cada cm2 dentro do formato 113 x 72 cm representa exatamente
63.550 Km2. Assim, as regiões temperadas do planeta não aparecem maiores do que as outras, como ocorre
nos mapas tradicionais. Outra boa qualidade é que a linha do Equador está eqüidistante dos pólos e todas as
regiões terrestres aparecem representadas.
Esta projeção também facilita uma compreensão mais real da relação entre os tamanhos dos países.
A projeção de Peters não é uma projeção conforme. É uma projeção cilíndrica da área igual. Isso significa
que as áreas dos continentes e países aparecem em escala igual, conservando suas dimensões relativas.
Faça você uma análise deste mapa e retire algumas conclusões.
COPILADO DOS LIVROS:
TIBÚRCIO, J. ARNALDO E COIMBRA, P. GEOGRAFIA. UMA ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - HARBRA E
MAGNOLI, D. E ARAÚJO, R. A NOVA GEOGRAFIA - MODERNA.

Classificação das Projeções Cartográficas


As projeções cartográficas devem cumprir determinadas condições, objetivando a construção do mapa ideal.
1º) Conformidade - manter a verdadeira forma das áreas a serem representadas.
2º) Equivalência - manter inalteradas as dimensões relativas das áreas cartografadas.
3º) Eqüidistância - manter a constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e as
distâncias dos seus correspondentes.
As projeções cartográficas podem ser classificadas:
a) Conformes: não deformam os ângulos, não deformando pequenas áreas. Os paralelos e os meridianos
se interceptam em ângulos retos.
b) Equivalentes: têm a propriedade de não deformar as áreas, conservando, quanto à área, uma relação
constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. Para conseguir a equivalência de
áreas, a forma será sacrificada, sendo deformada.
c) Eqüidistantes: não apresentam deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em
escala uniforme.
d) Azimutais: resolvem apenas um problema, aquele que nem uma projeção equivalente nem uma projeção
conforme soluciona: o de cartografar as direções da superfície terrestre. Destinam-se, invariavelmente,
a mapas especiais construídos para fins náuticos ou aeronáuticos.
e) Afiláticas: também conhecidas como arbitrárias, não possuem nenhuma das propriedades dos outros
tipos de projeções.
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ESCALA
O mapa é uma relação de lugares e toda a representação mantém uma certa relação de tamanho (proporção)
com o objeto representado.
Existem duas maneiras de se indicar as proporções entre o mapa e o mundo real, porém, antes, vamos
guardar a frase abaixo:
Escala é relação especial de equivalência entre as medidas reais do terreno e a sua representação
reduzida no mapa.

As escalas podem ser:


Numérica ou Gráfica

Escala numérica
Usa-se por convenção 1 centímetro e o número seguinte quantas vezes o espaço foi reduzido.
Por exemplo:
Em um mapa cuja escala é de 1:100 000 (lê-se um por cem mil), a medida de 1 cm no mapa equivale a
100 000 cm no terreno.
Escala Numérica: quando a relação é expressa em números. É representada por uma fração.
1
Ex.: 1:100 000 ou ou 1/ 100 000
100 000

Escala gráfica
É uma linha graduada na qual as marcas que indicam a distância estão escritas com os valores observados
no terreno. Nesta escala não é necessário que o tamanho do segmento seja equivalente a 1 cm.

Por exemplo: ou 0 5 10 15 20
0 10 20
quilômetros quilômetros
Você percebeu que no primeiro exemplo 2cm correspondem a 20Km e, no segundo exemplo, 0,5mm é igual a 5 Km.
Veja agora o exemplo abaixo:
0 1 2 Km se precisar passar esta escala para a numérica?

0 1 2 Km = 2 cm = 2 Km, ou seja Ou seja, tanto no sistema gráfico como no


numérico, o mapa desenhado foi reduzido 100.000
1 cm = 1 Km = 1:100 000 vezes.
Por que cinco zeros? A escala numérica ainda pode ser:
A escala usa o sistema métrico decimal.
Simples: 0 100 200 km
1 cm

10 cm = decímetro Dupla: 0 50 100 150 200 Km

100 cm = 1 metro

1 dam = 10 metros

10 dam = 100 metros = 1 hectômetro

10 hm = 1000 metros = 1 quilômetro.

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Redução de Escala numérica

Por exemplo: 1 5 000 000, quanto vale 1 cm? Veja este exemplo:
1:5 000 000 1:5 750 000
cm cm
dm ou seja dm 1 cm = 57 Km e 500 m
m m
1 cm = 50 Km ou 57,5 Km.
dam dam
hm

Relação entre os diferentes tipos de escala

Não existe uma escala melhor que outra. A escolha é determinada segundo os seguintes itens:
• finalidade do mapa
• conveniência da escala
Devemos lembrar que a riqueza de detalhes do mapa é diretamente proporcional à escala; ou seja, quanto
maior for a escala, maior será a riqueza de detalhes.
Existem três grupos principais para as escalas, dependendo de sua finalidade.

Escala Pequena Escala Média Escala Grande


Acima de 1:250 000 Entre 1:25 000 a 1:250 000 1:20 a 1:20 000 usada em
usada em mapas e Atlas usada para a confecção de plantas residenciais e projetos
Geográficos e Globo. mapas topográficos. arquitetônicos maiores.

Cálculo de escala

Na utilização de mapas, surgem algumas dificuldades Conhecendo-se dois desses elementos, o terceiro
com relação a três elementos: será conhecido através de cálculos simples,
– a medida no terreno, ou distância real (D); utilizando-se as seguintes fórmulas:
– a medida no mapa, ou distância gráfica (d); 1 - Distância real D D=ExD
– o denominador da escala (E).
2 - Distância no mapa d = D÷E
Veja:
3 - Conhecer a escala E = D/d
D
E.d

A REPRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS E


HUMANOS NOS MAPAS
A representação dos diversos aspectos físicos e humanos nos mapas pode ser feita por meio de vários
processos: graduação de cores, linhas, hachuras, sombreamento e sinais gráficos. Para facilitar seu manuseio,
todo mapa deve conter uma legenda, que explica o significado dos símbolos utilizados.
As cores utilizadas são determinadas por convenções:
a) altimétricas • hipsométricas • batimétricas

hipsométricas batimétricas
terras emersas terras submersas
tons de verde - até 200m tons em azul.
tons de amarelo - 200 a 500m
A cor azul é usada da cor
tons de laranja - 500 a 2.000m
clara à mais escura,
tons de marrom - + 2.000m
indicando profundidades
branco - + 4.000m
maiores.

Geografia - M1 13
14 cor preto

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b) Planimétricas
Quando são usadas para representar aspectos localizados na superfície terrestre, cores básicas. Exs.:
Vermelho Þ correntes marinhas, estradas rodoviárias.
Azul Þ aspectos relacionados a água.
Preto Þ cidades, vilas, limites, etc.
Verde Þ vegetação, cultivos.

Símbolos convencionais
Legendas

A linguagem do mapa baseia-se no uso correto dos símbolos. Qualquer símbolo representado precisa de
quatro itens principais.
1 - Apresentar uniformidade.
2 - Facilitar a compreensão.
3 - Apresentar-se com fácil leitura.
4 - Apresentar-se preciso.

Isolinhas

As isolinhas unem pontos de igual valor, relacionados ao que está sendo representado, e recebem nomes
diferentes, dependendo do aspecto que foi cartografado.
Isoieta: linha que une os dois pontos de igual precipitação.
Isóbata: linha que une os pontos de igual profundidade, abaixo do nível do mar.
Isóbara: linha que une pontos de igual pressão atmosférica.
Isoterma: linha que une os locais de igual temperatura.
Isoípsa: linha que une os pontos de igual altitude, acima do nível do mar.
Isoígra: linha que une pontos de igual unidade atmosférica.
Isócrona: linha que une pontos de horas iguais.

Curvas de nível CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL TOPOGRÁFICO


OU DE CURVAS DE NÍVEL
São linhas traçadas num mapa que unem os 175m
pontos do relevo de uma mesma altitude (isoípsa). 180
170
metros

160
150
140
130 A
Sabendo-se as altitudes do relevo, é possível 120
110
100
representá-lo. Veja o desenho: sua escala
vertical é de 2mm, isto é, cada 2mm no desenho
da elevação significa 10 metros de altitude.

Observe, também, que as cotas entre as isoípsas


0
10

representam a mesma altitude, ou seja, 10 metros.


0
11

0
12
Volte a observar o desenho. Þ
130
140

160
150

A diferença de nível entre duas curvas é quase A’ 170


B’
175cm 103m
sempre a mesma. Se duas curvas se aproximam,
é sinal de que o declive (inclinação do terreno) é
maior; caso se afastem, o declive é mais suave,
menos abrupto. B

2mm = 10m

RETIRADO DO LIVRO NOÇÕES BÁSICAS DE GEOGRAFIA


GERAL E DO BRASIL - MELHEM ADAS - ED. MODERNA.

14 Geografia - M1
15 cor preto

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DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
Fotografia aérea
A palavra aerofotogrametria vem de aero + fotografia + metro. É uma técnica de fotografia
aérea, de partes da superfície da Terra, cujas imagens, impressas em papel fotográfico, permitem
a elaboração de mapas.
PROF. MELHEM ADAS
A aerofotogrametria é “a ciência ou a arte da obtenção de medições fidedignas por meio da fotografia.”
Predomina hoje na produção cartográfica, não atendendo apenas aos cartógrafos, mas também a uma
extensa série de técnicos ou especialistas que se utilizam da cartografia no desempenho de suas funções,
como: engenheiros, urbanistas, militares, geólogos, geógrafos, oceanógrafos, meteorologistas, agrônomos,
entre outros tantos.

A fotografia aérea resulta de um grande número de A fotografia aérea pode ser classificada por:
especificações, normas e cuidados relativos aos 1 - Cores, dando preferência ao preto e branco.
seguintes pontos:
2 - Sistema ótico, em simples ou múltiplos.
1 - As condições atmosféricas para o vôo.
3 - Verticalização ou posição oblíqua da câmara
2 - A lente e a câmara utilizada. fotográfica.
3 - O filme utilizado.
Itens importantes para analisar fotografia aérea
Nas fotos aéreas, os vários tons da cor cinza representam os elementos da paisagem:
– cinza escuro: estradas pavimentadas; – cinza bem escuro: vegetação;
– cinza claro: estradas não-pavimentadas; – aparência espelhada: água.
– branco: areia;
• A textura (maior ou menor variação da tonalidade) constitui um importante indicador de como se localiza o
solo na agricultura.
• Os diversos tipos, tamanhos e densidades das estradas são facilmente reconhecíveis em uma fotografia
aérea, sendo bastante útil nos estudos urbanos e nos transportes.
• As condições atmosféricas são primordiais para a execução de um vôo. Há regiões em que é possível
encontrar condições satisfatórias durante vários meses do ano; outras, entretanto, raramente favorecem
esse tipo de trabalho, estando quase sempre cobertas de nuvens.
• A posição do Sol é outro fator de grande importância para não prejudicar detalhes importantes: o excesso
de sombras e o Sol a pino são prejudiciais para a obtenção de fotos adequadas à correta fotointerpretação
e utilização técnica dos dados fotografados.
A fotointerpretação consiste na análise dos dados apreendidos numa fotografia aérea, com o propósito de
identificá-los, descobrir detalhes, analisá-los e estabelecer suas inter-relações.
As fotos aéreas trazem a escala indicada na foto. Na ausência de escala, esta é deduzida, sabendo-se a
altura do vôo e a distância focal da câmara.

Sensoriamento remoto
O conjunto de diversas técnicas (tecnologia espacial, o acesso global do planeta, a eletrônica, a
telecomunicação, o tratamento das informações) para estudar a Terra, tanto na parte continental quanto na
oceânica e atmosfera, sem o contato direto com elas, denomina-se sensoriamento remoto.
(TIBÚRCIO, J. ARNALDO, COIMBRA, PEDRO. ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. PÁG. 275 - ED. HARBRA).
Os sensores são capazes de coletar energia proveniente do objeto e convertê-la em sinal passível de ser
registrado. A transferência de dados do objeto para o sensor é feita através de energia.
O sensoriamento remoto, aplicado ao estudo da superfície terrestre, fornece a possibilidade da obtenção de
informações de grande importância na utilização efetiva e na conservação dos recursos naturais.
Remoto se refere à questão de posição no espaço ou no tempo, sendo, portanto, relativo.

Geografia - M1 15
16 cor preto

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As estações receptoras terrestres


As imagens captadas pelos satélites são convertidas geográfico da América do Sul. Os dados são
em sinais eletromagnéticos, armazenados em fitas recebidos através de uma antena parabólica e
e, depois, irradiados de volta a uma estação terrestre gravados em fitas magnéticas de alta densidade.
ou retransmitidos por outro satélite ou, ainda, Depois, são enviadas, através de vôos comerciais,
transmitidos diretamente para uma estação terrestre. para o laboratório em São Paulo. O laboratório de
Existe, no Brasil, uma estação de recepção, processamento de imagens tem a função de
implantada em Cuiabá, que opera desde 1973. A transformar os dados em imagens compatíveis com o
localidade foi escolhida por tratar-se do centro computador, sendo enviados, então, para os usuários.
Principais aplicações
1º) Avaliação de recursos hídricos 3º) Aplicação no controle ambiental
Pode ser feita através do estudo dos • Mapeamento climático.
componentes do ciclo hidrológico e de suas
relações, avaliando as taxas de movimentação • Estudos das atuações de massas de ar (um
da água, a sua quantidade e qualidade no inte- bom exemplo, El Niño).
rior de cada subsistema do ciclo hidrológico. • Controle da poluição na baixa atmosfera.
Ex.: • recursos marítimos de pesca, usados em • Controle da questão da camada de ozônio, etc.
grande escala pelos navios japoneses.
• controle de descargas contendo solventes 4º) Outros
químicos. • Geomorfologia ambiental.
• distribuição da umidade, etc. • Controle da vida animal silvestre.
2º) Aplicações em Geografia • Atualização de crescimento das áreas urbanas.
Análise e monitoramento do uso da terra. • Monitoramento das usinas nucleares em caso
Exs.: • classificação e conservação do uso do solo. de acidentes.
• estimativas de safras agrícolas. • Desmatamentos e grandes queimadas.
• exploração dos recursos minerais e energéticos. • Controle de tráfego urbano
• confecção de cartas geográficas (cartografia). • Etc.

Aspectos legais

Há a necessidade de regulamentar juridicamente as atividades de teledetecção espacial, pois o satélite não


ajusta sua órbita às fronteiras nacionais, adquirindo imagens de todo o globo.
O Tratado das Atividades de Exploração do Espaço, de 1967, ajustou alguns pontos, como a liberdade de
exploração e uso do espaço exterior, sem possibilidade de apropriação por nenhum Estado. O ESPAÇO
EXTERIOR é definido como patrimônio comum da humanidade.
No Congresso UNISPACE’82, em Viena, ficou expresso o desejo de alguns países em desenvolvimento de
controlar a distribuição das imagens obtidas sobre o seu território. Atualmente, as posturas dos diversos
países são muito variadas. Em 1986, foi aprovado um projeto de princípios pela ONU, do qual consta:
1º - A teledetecção se realizará em proveito e interesse de todos os países.
2º - Respeitar-se-á o princípio da soberania plena e permanente dos Estados sobre sua própria riqueza e
recursos naturais.
3º - Promover-se-á a cooperação internacional sobre recepção, interpretação e arquivo de dados.
4º - Os USA devem informar ao Secretário Geral das Nações Unidas os programas de teledetecção.
5º - Os Estados devem ser informados caso estejam ameaçados por fenômenos prejudiciais para seu meio
ambiente.

O AMBIENTE FÍSICO
O saber geográfico é muito antigo. É São os estudos geográficos que permitem a você
reconhecido desde as sociedades primitivas. Desen- interpretar o mundo em que vive, principalmente em
volveu-se na medida em que o homem ampliava seus tempos de globalização.
conhecimentos e a sua percepção do espaço. No século O ambiente físico é a base, a sustentação de
XIX, na Alemanha, surge a ciência denominada Geografia. todos os outros fatos que se desenrolam no nível

16 Geografia - M1
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Tecnologia N ITAPECURSOS

humano e econômico, sua distribuição e suas relações. sem respostas conclusivas e definidas, como a origem
Compreender a Geografia Física permite entender os do Universo e da Terra. Entretanto, a necessidade dos
variados aspectos que fazem parte do seu dia-a-dia. produtos da terra, o conhecimento e o trabalho de
A Geografia utiliza-se dos conhecimentos pesquisa sobre a crosta terrestre, nos seus mais
desenvolvidos por outras ciências. variados aspectos, vêm aumentando, e os conhe-
A Geografia Física busca o apoio na Geologia para cimentos advindos dessas necessidades práticas
explicar a base dos fenômenos físicos que ocorrem na Terra. propiciaram o aumento paralelo dos conhecimentos
A Geologia (geo = terra; logos = palavra, científicos sobre o planeta. Assim é que a necessidade
pensamento, ciência), como ciência, procura decifrar do petróleo, do carvão mineral, dos minérios metálicos
a história geral da Terra, desde o momento em que se e não-metálicos exige o conhecimento pormenorizado
formaram as rochas até o presente. dos processos de sua formação, do tipo de rochas
Os conhecimentos relativos à geologia avan- relacionadas a eles, da época de sua formação e, ainda,
çaram bastante, principalmente neste último século, a avaliação correta da quantidade provável existente de
muito embora alguns problemas ainda se encontrem cada um deles.

COLUNA GEOLÓGICA - A BASE DOS ESTUDOS DA GEOGRAFIA FÍSICA


Durante milhares de anos, os homens têm-se A datação radioativa das rochas permite
preocupado em estabelecer a idade da Terra. Intensas avaliar a idade da Terra, tanto a partir de análises
investigações têm sido feitas ao longo do tempo. No de rochas que compõem o manto terrestre ou através
entanto, há apenas 40 anos os geólogos dispõem de de comparação com resultados das mesmas análises
recursos técnicos para uma datação mais aproximada aplicadas em fragmentos de meteoritos vindos dos
da idade da Terra: entre 4,5 e 5 bilhões de anos. espaço.

Veja a Escala ou Coluna Geológica:


ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO
Duração Características
Eras Aproximada Períodos Principais Características no Brasil
em Anos no Mundo
± 1 milhão Quaternário • Lagos glaciais • Formação das bacias quaternárias
(Pantanal e Amazônica) e
• Configuração dos atuais continentes sedimentares terciárias (Central e
± 69 milhões Terciário Costeira).
Cenozóica • Surgimento dos mamíferos • Atividade vulcânica e formação de
ilhas vulcânicas (Arquipélago de
• Formação das grandes cadeias de Fernando de Noronha, Trindade,
montanhas atuais Penedos de São Pedro e São
Paulo e outras.)
Fanerozóico

Cretáceo • Grandes répteis (dinossauros, etc.) • Formação de bacias sedimentares


Mesozóica mesozóicas do Meio-Norte e do
Jurássico • Separação dos continentes: Deriva Recôncavo.
ou ± 200 milhões
Continental • Derrames basálticos na Região Sul
Secundária
Triássico • Intensas erupções vulcânicas (formação do planalto arenito basáltico).
• Formação do petróleo.
Permiano • Formação calcária • Formação dos jazimentos car-
Carbonífero boníferos do sul do país.
Paleozóica • Formação dos oceanos e mares
ou ± 600 milhões Devoniano • Formação das bacias sedimen-
Primária Siluriano • Surgimento da vida animal e vegetal tares paleozóicas do São Fran-
Ordoviciano • Soterramento de grandes florestas cisco e do Paraná.
Cambriano (que deram origem ao carvão mineral.)
Pré- Proterozóico • Intenso metamorfismo, com a formação • Formação das serras do Mar e da
Criptozóico

Mantiqueira
Cambriana de jazidas de minerais metálicos
± 4 bilhões • Formação das jazidas minerais
ou Arqueozóico • Formação da crosta terrestre primitiva metálicas
Primitiva
• Rochas magmáticas intrusivas ou • Formação dos escudos cristalinos
cristalinas - Brasileiro e Guiano
Tabela Geológica Simplificada adaptada pelos autores
Geografia - M1 17
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Ao analisar as colunas geológicas você deve ter percebido que há poucas informações sobre a era de
maior duração.
Isso se deve em primeiro lugar à ausência de seres vivos durante essa era, uma vez que a Terra estava se
formando. Portanto, não há fósseis do criptozóico. Também a permanente transformação pela qual todas as rochas
passam, através do ciclo petrológico, não permitiu a preservação de rochas do início da constituição do planeta.
Para melhor compreender, analise a representação didática da duração das eras geológicas abaixo:

era Cenozóica
era Quaternária

era Terciária 70 milhões 4


Mesozóica ou 250 milhões 3
FANEROZÓICO 25%
234 ± 4,5 bilhões era Secundária
de anos, idade 600 milhões 2
Paleozóica ou
aproximada da era Primária
1 crosta terrestre 4,5 bilhões de
anos representam
Criptozóico 75% Pré-Cambriano a idade ± 4 bilhões de
ou era primitiva aproximada da anos 1
crosta terrestre

1 - Pré-Cambriano  75% 2 - Paleozóico  16% 3 - Mesozóico  7% 4 - Cenozóico  2%

A ESTRUTURA DA TERRA
A Terra é formada por três camadas principais:

Camada Espessura Constituição % massa da


Terra
1 - Crosta ou Litosfera 50 a 60 Km Silício e
2 1%
(SIAL) 
alumínio



3b 1 2 - Manto ou Camada


± 3.000 Km Silício e 65%


Intermediária
3a magnésio
(SIMA)
3 - Núcleo dividido em
3.a - Núcleo Externo ± 5.000 Km Ferro e 34%
(fluido) níquel
3.b - Núcleo Interno
(sólido)

As camadas da Terra são separadas por descon-


tinuidades, ou até são percebidas diferenças de
densidade e composição do material componente
das diferentes camadas. Veja a figura:

18 Geografia - M1
19 cor preto

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A DERIVA CONTINENTAL E A TECTÔNICA DE PLACAS


A distribuição das terras emersas e os encaixe dos litorais brasileiro e africano; a presença de
acontecimentos geológicos no globo terrestre só muito lesmas de jardim de mesma espécie em Nova York e em
recentemente tiveram uma explicação plausível. Londres; indicativos de mesmo paleoclima na África e no
Os estudos que ficaram conhecidos como Teoria Brasil.
da Deriva Continental foram elaborados pelo geólogo Wegener falece em 1931, na Groenlândia,
e paleoclimatologista alemão Alfred Lothar Wegener. enquanto buscava novas comprovações de sua hipótese.
Seus estudos foram publicados em 1915 e se mostraram A teoria da Deriva Continental foi retomada a
muito audaciosos para a época. partir da 2ª Guerra Mundial, quando o uso do sonar
A Teoria da Deriva Continental estava baseada permitiu o mapeamento do fundo do oceano.
na hipótese de que todas as terras emersas da Terra Estes estudos liderados pelos cientistas Maurice
haviam constituído uma única massa continental à qual Ewing e Harry Hess começaram com o detalhamento
Wegener denominou Pangéia (Pan - única; géia - terra). A da Dorsal do Atlântico, uma imensa cordilheira com
Pangéia estava circundada pelo oceano de Thétys. mais de 70.000 Km de extensão.
Há cerca de 200 milhões de anos, a Pangéia A observação da cordilheira Meso-Atlântica
começou a se separar. Inicialmente, dividiu-se em dois possibilitou a constatação de que o assoalho oceânico
grandes blocos; a Laurásia e a Gondwana. A partir era jovem, se comparado às terras emersas, datando
de então, a Laurásia subdividiu-se nas porções no máximo de 150 milhões de anos atrás.
continentais da América do Norte, Groenlândia e A Teoria da Tectônica de Placas veio
Eurásia. A Gondwana sofreu maiores repartições, comprovar a teoria da Deriva Continental.
subdividindo-se em: América do Sul, África, Índia, A Tectônica de Placas, através dos movimentos
Austrália e Antártida. das placas provocados pelas correntes de convecção do
Wegener apresentava como provas da sua teoria interior do planeta, explicaria os terremotos, os
vários fatos, como a similaridade das unidades de relevo vulcanismos, as cadeias dobradas, o surgimento de ilhas
das costas oriental e ocidental do Brasil e da África; o oceânicas.

Veja as figuras abaixo:


Deriva dos continentes

1 - Há 225 milhões de 2 - Há 180 milhões de 3 - Há 135 milhões de anos 4 - Há 65 milhões de anos 5 - Hoje (Atlas 2000, 1994)
anos (fim do Permeano) anos (início do Jurássico) (início do Cretáceo) (início do Terciário)

FONTE: SENE, EUSTÁQUIO E MOREIRA, J. CARLOS.


GEOGRAFIA, ED. SCIPIONE.
Tectônica de Placas

Geografia - M1 19
20 cor preto

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Essa teoria considera que a massa continental O deslocamento tangencial entre as placas
está dividida em seis grandes placas, sendo que os limites provoca intensos tremores de terra quando se dá o
dos continentes não coincidem com os das placas. O movimento. É observado na costa ocidental dos Estados
deslocamento horizontal dessas placas provoca, em seus Unidos, onde a Placa do Pacífico se desloca para noro-
limites externos, a ocorrência de várias deformações e este. Esta área é denominada Falha de Santo André.
fenômenos, como o surgimento de dobramentos, falhas, As forças que impulsionam as placas são
vulcanismos e terremotos. Essas áreas geologicamente denominadas correntes convectivas, e não se localizam
instáveis da crosta terrestre (Andes, Rochosas, Himalaia, na crosta, e sim no manto inferior. As correntes
dentre outras) nada mais são do que os locais onde convectivas ocorrem em função dos diferentes padrões
ocorrem as colisões ou os seccionamentos das placas. de aquecimento entre as camadas da Terra, isto é, a
São vários os movimentos das placas tectônicas. subida de matérias quentes do manto para a crosta
Quando ocorre o deslocamento chamado convergente, (correntes ascendentes) e a descida de rochas
o fundo do oceano abate-se, voltando para o interior resfriadas da crosta para o manto (correntes
da Terra. As áreas em que isso acontece são deno- descendentes).
minadas zonas de subducção, onde ocorrem violentos Assim, observando um mapa-múndi físico,
tremores de terra e intensa atividade vulcânica. Também poderemos constatar que a distribuição das cordilheiras
são encontradas nessas áreas grandes fossas subma- e das áreas vulcânicas não é caótica ou puramente
rinas, que atingem milhares de metros de profundidade. casual; ao contrário, obedece a uma lógica geológica.

As fronteiras entre as placas

Cordilheira
Oceânica
Placas Placas Vulcão Placas Folha de
transformação

Litosfera Rocha fundida


Astenosfera Astenosfera Litosfera Astenosfera
Rocha Rocha Crosta Oceânica
Litosfera fundida sobe Crosta
fundida Litosfera
pela fenda Oceânica
Crosta Oceânica sobe pela
Litosfera fenda

Fronteira construtiva: Fronteira destrutiva: nas zonas Fronteira conservativa: nas falhas de
rocha fundida que sobe da de subducção, a litosfera oce- transformação, as placas deslizam
astenosfera e forma nova ânica é forçada para baixo da umas ao lado das outras e a litosfera
litosfera nas cordilheiras litosfera continental, penetrando não é criada nem destruída.
oceânicas. na astenosfera com ângulo de
aproximadamente 45°.
1 - divergente 2 - convergente 3 - tangencial

FONTE: ENCICLOPÉDIA COMPACTA GUINESS. PUBLICADA PELA REVISTA ISTO É - 12/04/95

Lembre-se:
I - Zona de subducção  mergulho de uma placa oceânica sob uma placa continental.
II - Zona de obducção  mergulho de uma placa continental sob outra placa continental.
III - Zona de agregação  região de divergência de placas permitindo a saída de material magmático.

20 Geografia - M1
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O Círculo de Fogo do Pacífico

Groenlândia

Europa Ásia América


do
Norte

África Fujiyama Kilauea

Maunaloa
América
Kracatoa do Sul
Austrália

Região de maior sismicidade da Terra, onde se concentram 95% dos vulcões ativos do mundo. Também é a
região onde se concentram a maioria dos terremotos resultantes do movimento convergente das placas
tectônicas.

AGENTES FORMADORES DO RELEVO


O relevo terrestre é resultado da ação de duas forças ou agentes:
- forças construtoras ou internas
- forças modeladoras ou externas

Forças ou Agentes Construtores do Relevo


1- Tectonismo

Movimentos lentos, mais ou menos prolongados que ocorrem na crosta terrestre, resultado da ação das
forças internas do planeta.
Existem duas formas de Tectonismo: epirogênese e orogênese.
a) Epirogênese  movimentos verticais da crosta terrestre, provocando soerguimentos e rebaixamentos
de partes da litosfera.
b) Orogênese  deslocamentos de grande intensidade da crosta terrestre. São capazes de gerar
cadeias montanhosas, provocando dobramentos ou falhamentos.
Os dobramentos ocorrem quando a orogênese atua em rochas de boa plasticidade.
Os falhamentos ocorrem quando a ação da orogênese se dá sobre um substrato rochoso muito solidificado.
Observe a figura:

Dobramentos

Vale Montes
Escarpas

Anticlinal Anticlinal Rochas resistentes

São exemplos de cadeias dobradas: sistema Montanhas Rochosas - Andes (no Continente americano);
cadeia dos Alpes (na Europa); os Atlas (na África); o Cáucaso e o Himaláia (na Ásia).

Geografia - M1 21
22 cor preto

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Esquema geral de um dobramento

1 2
depressão da Erosão depósito de transporte de
crosta sedimentos sedimentos

maciços continentais

3 4
pressão

pressão horizontal

pressões verticais

5 dobramentos
6 Era Cenozóica

subida do magma

Falhamentos
Pilar tectônico
(horst) Fossa tectônica
Linha de (graben)
falha

No Brasil, a origem das Serras do Mar e da


Mantiqueira está ligada a um processo de
falhamentos e fraturamentos do embasamento
cristalino, ocorrido em eras geológicas remotas.

2- Vulcanismo

Trata-se do estudo dos processos e eventos que possibilitam e provocam a ascensão do magma à superfície
terrestre.

Partes de uma estrutura vulcânica:

a) Cone vulcânico  edifício estrutural, construído b) Câmara magmática  parte inferior e interna
a partir da ação das forças internas quando da onde há a acumulação de material magmático.
erupção do material magmático. Os terrenos, sob Nessa área ocorre o aumento de pressão que
pressão, são arqueados, podendo alcançar provoca a subida do magma.
grandes alturas. Veja os exemplos:
c) Chaminé  Trata-se de um canal principal
- Etna  3.280m e vários canais secundários que permitem a
saída do magma.
- Popocatepetl  5.560m
d) Cratera  Trata-se da parte superior da
- Chimborazo  6.300m
chaminé que sofreu alargamento, provocado
As ilhas vulcânicas atingem grandes pelas explosões.
profundidades: a ilha vulcânica do Havaí emerge
até 4200m sob o mar, porém sua base encontra-
se a 5.000m de profundidade.

22 Geografia - M1
23 cor preto

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VULCÃO

Nuvem de
gases tóxicos
Cratera
Bombas e
Cone vulcânico cinzas
vulcânicas

Chaminé

Câmara
Magmática

3- Abalos Sísmicos Distribuição geográfica das zonas


sísmicas e vulcânicas
São provocados por movimentos que ocorrem no
interior da crosta. São causados por:
1- desmoronamentos internos  quando há a
dissolução das rochas pela ação da água
subterrânea ou pela acomodação de
sedimentos. São de baixa intensidade.
2- explosões vulcânicas e acomodação das áreas
de saída do magma. São restritos às áreas de
ocorrência e de baixa intensidade.
3- tectônica de placas  resultado de grandes
Zonas sísmicas
abalos, ligados à movimentação das placas Principais vulcões
tectônicas. Podem propagar-se por grandes
áreas e apresentam grande intensidade.

Quando ocorrem no oceano, recebem o nome de maremoto. No Japão são conhecidos como “Tsunamis”.
As áreas de maior incidência de terremotos coincidem com a região de colisão das placas tectônicas.
Quando sua intensidade é elevada, provocam verdadeiras catástrofes. Veja os maiores terremotos:
1755  um quarto da população de Lisboa morreu (60.000 pessoas).

1906  São Francisco, na Califórnia (USA); causou o rompimento do encanamento de gás, provocando
incêndios na cidade.

1923  Tóquio e Yokohama; morreram 150.000 pessoas.

1972  Manágua é quase totalmente destruída; morreram 10.000 pessoas.

1985  Cidade do México - morreram milhares de pessoas.

1995  Kobe - violento terremoto destrói a cidade, causando milhares de mortes.

Geografia - M1 23
24 cor preto

Tecnologia ITAPECURSOS

FORÇAS OU AGENTES MODELADORES DO RELEVO


Constituídas por elementos externos que, atuando sobre a crosta terrestre, modelam o relevo.
Sua ação compreende três fases:
- erosão - transporte - deposição

Agentes modeladores do relevo


1- Intemperismo
Constitui o conjunto de processos operantes outros, também provocam desintegração mecânica.
na superfície terrestre que ocasionam a Os fatores da decomposição química são a água,
decomposição dos minerais das rochas, graças à os agentes biológicos e seus produtos orgânicos. A
ação de agentes atmosféricos e biológicos. forma do Intemperismo depende muito do clima. Em
O fator principal da desintegração é a clima quente e úmido (tropical), predomina o
variação de temperatura, que provoca dilatação e Intemperismo Químico; em clima seco e quente
contração heterogêneas, atividades em presença de (árido) e frio (nevoso), predomina o Intemperismo
água e temperaturas inferiores a 0° (congelação). Mecânico. Em clima úmido temperado, os dois tipos
Raízes, cristalização de sais, hidratação, dentre se contrabalançam.
(LEINZ, VIKTOR E LEONARDOS, OTHON HENRY. GLOSSÁRIO GEOLÓGICO. CIA. EDITORA NACIONAL. SP).
2- Erosão

a) Águas Correntes c) Erosão marinha


- Os rios - As ondas, as marés e as correntes marinhas
Trabalho de erosão executado pelos rios, através trabalham continuamente, em conjunto, ora
do turbilhonamento das suas águas. destruindo as rochas, ora acumulando sedimentos,
Os rios escavam seus leitos e suas margens, formando o litoral dos continentes.
transportam o material desagregado e o depositam São formas de relevo litorâneo originado do trabalho
no mar ou nas suas margens, dando origem às do mar:
planícies fluviais. • erosão - falésias e barreiras.
- As enxurradas - • acumulação - praias, restingas, enseadas, lagunas.
As águas das chuvas podem provocar danos maiores
d) Erosão eólica
ou menores ao solo, dependendo da existência ou
não de cobertura vegetal, da maior ou menor Trabalho executado pela ação do vento sobre a
declividade do terreno, da natureza das rochas e superfície da terra.
da intensidade das chuvas. O vento não tem, sozinho, o poder da erosão. Isso
b) Erosão glacial ocorre porque o vento transporta partículas de areia
As geleiras executam o trabalho de erosão e que, ao se chocarem com as rochas, provocam o
acumulação de sedimentos. seu desgaste. A intensidade do trabalho erosivo
depende da constituição da rocha.
Em seu trabalho erosivo, aplainam o relevo. For-
mam vales profundos quando descem entre O vento também executa o trabalho de acumulação,
montanhas. Esses vales deram origem aos fiordes dele resultando solos férteis, como o loess, e as
da Escandinávia. dunas, móveis ou fixas.
Muitos lagos foram formados pela ação das geleiras,
como os do norte do Canadá, da Finlândia e norte
da Rússia.
Rochas
As rochas são compostas por diversos elementos minerais. Dentre os principais elementos, os óxidos, sílica,
alumina compõem 72% de todas as rochas. Os outros 26% são representados pelo ferro, sódio, potássio,
magnésio.
Definição
Mineral  elemento ou composto químico encontrado naturalmente na crosta terrestre.
Rocha  agregado natural formado por um ou mais minerais.

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Tipos de rochas

As rochas estão agrupadas em três tipos: magmáticas, sedimentares e metamórficas.


Rochas Magmáticas ou Ígneas  constituídas As rochas sedimentares podem ser:
através da consolidação do magma. Quanto à Detríticas: quando formadas a partir de fragmentos
origem, são consideradas rochas de origem de rochas preexistentes de tamanhos variados.
primária, pois delas se originam as rochas
Químicas: formadas pela precipitação de solutos
sedimentares e as metamórficas.
ou evaporação da água: sal, calcita.
As rochas magmáticas se subdividem em:
Orgânicas: constituídas através do acúmulo de
1. Intrusivas: sofreram lenta solidificação do magma; restos de organismos vegetais e animais: carvão,
apresentam cristais macroscópicos. calcário, betume.
Ex.: granito, diorito, gabro, sienito. Rochas Metamórficas  Formadas a partir da
2. Extrusivas: sofreram um resfriamento rápido do transformação de rochas preexistentes (ígneas,
magma durante o vulcanismo, por isso apresentam sedimentares ou metamórficas). Esta transformação
cristais microscópicos. acontece a partir de modificações na constituição
mineralógica, na estrutura e na textura da rocha.
Ex.: basalto.
Esta transformação acontece através da ação dos
3. Hipoabissais: o resfriamento do material magmá- agentes: Tempo, Pressão e Temperatura.
tico se deu a pequena profundidade da crosta,
representando um estágio intermediário na Exs.: granito  gnaisse; calcário  mármore;
subdivisão das rochas magmáticas. argila  ardósia; arenito  quartzito.
Ex.: diabásio, riólito, obsidiana.
Exemplos: 
 Intrusivas: granito, sienito, diorito, gabro

Rochas Sedimentares  originadas da destruição Magmáticas  Extrusivas: basalto, riólito, diabásio,

erosiva de qualquer tipo de rocha preexistente e  obsidiana.
posterior deposição e litificação do material erodido.  Clásticas: argilito, arenito, tilito, varvito,
Representam 5% do volume da crosta terrestre,  areia (detríticas)

tendo grande importância econômica: petróleo, Sedimentares  Orgânicas: calcário, dolomito, carvão mineral
carvão mineral, gás natural. 
 Químicas: sal-gema, estalactite, estalagmite
São necessárias as seguintes etapas para a

formação das rochas sedimentares: 

Metamórficas  mármore, gnaisse, quartizito, ardósia
1. intemperismo  conjunto de 

processos que ocasionam a


NAKATA, Hirome e COELHO, M. Amorin. Geo. Geral. Ed. Moderna
decomposição dos minerais das
rochas devido à ação dos agentes
climáticos.
2. transporte  trata-se do traslado
do material erodido até uma área
deprimida, através da ação dos
elementos do clima, como a água e
o vento, que transportam esses
materiais a longas distâncias até
uma bacia de sedimentação.
3. deposição  os materiais erodidos são
depositados em áreas deprimidas,
geralmente fundos de mares e
oceanos.
4. litificação  após o depósito dos materiais
erodidos, sob a ação do tempo e da pressão, os
sedimentos transformam-se em rochas
sedimentares, através do processo de litificação.

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AS UNIDADES ESTRUTURAIS DO GLOBO


1 - Os escudos
Os escudos antigos sofreram a ação de vários eólica, lacustre e vulcânica. O processo de
fenômenos geológicos, entre eles o deposição desses sedimentos ocorreu em
rejuvenescimento, que é a tomada da erosão nas diferentes eras geológicas: Paleozóica,
formas de relevo já trabalhadas anteriormente, Mesozóica e Cenozóica. Ainda nos dias atuais
como o rejuvenescimento causado por ocorre o processo de sedimentação, como no
falhamento. Pantanal Mato-grossense, quando o Rio Paraguai
Constituem a porção mais rígida da crosta, transborda, depositando sedimentos nas áreas
formada por rochas ígneas de consolidação inundadas. Possuem uma espessura média de
intrusiva geralmente datadas de épocas alguns milhares de metros e, geralmente, estrutura
geológicas remotas ou do material sedimentar horizontal ou suavemente inclinada.
dobrado em épocas geológicas paleozóica ou No caso de soterramento de antigos ambientes
anteriores, arrasado, metamorfizado e aquáticos, ricos em plâncton, é possível encontrar
incorporado aos escudos de antiga consolidação. petróleo. Já no caso do soterramento de antigas
As áreas de escudos antigos são também florestas, há possibilidade de ocorrência de
denominadas de maciços antigos. carvão mineral. As principais reservas petrolíferas
e carboníferas do planeta datam, respecti-
O relevo dos maciços antigos é de planaltos
vamente, das eras Mesozóica e Paleozóica.
relativamente pouco elevados - menos de 2.000
Assim, as bacias sedimentares são importantes
metros.
províncias onde podem ocorrer combustíveis
São exemplos dos escudos antigos: o escudo fósseis de origem orgânica: petróleo, carvão mi-
Canadense, o das Guianas, o Brasileiro, os es- neral e xisto betuminoso.
cudos Africanos, da Escandinávia, o escudo
ocidental Australiano, o do Decan (na Índia), as 3- As cadeias dobradas recentes
montanhas dos Apalaches, o maciço Central Francês. As cadeias dobradas recentes foram formadas
pelos movimentos entre as placas tectônicas, em
Nos escudos pré-cambrianos, são encontrados
várias épocas da história geológica: a
minerais metálicos como ferro, manganês, ouro,
acumulação de sedimentos próxima aos
bauxita, sendo, portanto, áreas de grande
continentes provoca um rebaixamento na crosta.
aproveitamento econômico.
Como esse fenômeno é relativamente recente
Nos escudos paleozóicos, encontram-se os
na história geológica do planeta - fim do
minerais não metálicos.
Mesozóico e início do Cenozóico -, recebe a
2- As bacias sedimentares denominação de dobramento moderno.
São depressões do terreno preenchidas por As cadeias dobradas apresentam elevadas alti-
fragmentos minerais de rochas erodidas e por tudes e grande instabilidade tectônica . Acham-
sedimentos orgânicos. se pouco desgastadas pelos agentes modeladores
Os detritos, ou sedimentos, podem ser de do relevo, apresentando cumes pontiagudos e
diferentes origens: fluvial, marinha, glacial, vertentes íngremes.

As unidades estruturais do Brasil


Geologicamente, o Brasil é muito antigo, apresentando maciços antigos e bacias sedimentares.
Por localizar-se no interior da Placa Sul-americana, não apresenta cadeias dobradas.
Em seu território existe uma calma tectônica, com ausência de terremotos e vulcanismos.
Escudos: abrangem 36% da superfície territorial do país, sendo 32% de formações arqueozóicas, formando
o “embasamento cristalino” e 4% de Proterozóicas, formando as ocorrências de recursos minerais, como
minério de ferro e manganês.
Bacias sedimentares: abrangem 64% do território brasileiro e estão representadas pelas grandes bacias,
como a Amazônica, Meio-norte, Paraíba e São Francisco.

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AS FORMAS DE RELEVO
As formas do relevo da Terra são:
1- Planaltos
Superfície mais ou menos plana, delimitada por escarpas, onde o processo de erosão é maior do que o
processo de sedimentação. Existem planaltos cristalinos e planaltos sedimentares.
2- Planícies
Superfícies mais ou menos planas, onde o processo de sedimentação é atual, superando largamente o
processo de erosão.
Os terrenos de uma planície são de natureza sedimentar. Existem dois tipos principais de planície: costeiras,
situadas no litoral, e continentais, situadas no interior dos continentes, como a planície Amazônica. As
planícies continentais podem ser lacustres, formadas por lagos, ou fluviais, construídas por depósitos fluviais.
A noção de planície não deve estar vinculada à noção de altitude e sim à noção de processo de formação
(deposição de sedimentos), pois existem algumas, inclusive, situadas a mais de 1.000 metros de altitude,
como é o caso das planícies de montanhas.
3- Montanhas
São elevações naturais do terreno, que podem ser de diversas origens: montanhas de dobramentos,
montanhas de falhamentos, montanhas vulcânicas, montanhas de erosão.
4- Depressões
São áreas ou porções do relevo situadas abaixo do nível do mar, ou abaixo do nível das regiões que lhes
são próximas. Podem ser: absoluta, quando está abaixo do nível do mar, por exemplo, Mar Morto, a
392 metros abaixo do nível do mar, e Mar Cáspio, a 26 metros abaixo do nível do mar, e relativa, quando
está abaixo do nível das terras que lhe estão próximas, por exemplo, Depressão Periférica Paulista,
compreendida entre o Planalto Oriental, ou Cristalino, e o Planalto Sedimentar, ou Ocidental, no Estado de
São Paulo. Enquanto as terras de depressão periférica paulista estão em altitudes inferiores a 500 metros,
os planaltos que a circundam estão acima dessas altitudes.

DEPRESSÕES

Relativas

0m Nível do mar
Absolutas

O RELEVO BRASILEIRO
A principal característica do relevo brasileiro é a sua baixa altimetria. Em linhas gerais, temos:
• As terras de baixa altitude - entre 0 e 200 metros - abrangem 41% do território brasileiro. São as
planícies e os baixos platôs, localizados principalmente na Amazônia, no Pantanal do Brasil Central e
nas baixadas. Ex.: Planície Amazônica, Planície do Pantanal e Planícies Costeiras.
• As terras de altitudes médias - entre 200 e 1.200 metros - abrangem 58,5% do território brasileiro.
Dessas terras, 37% estão na faixa hiposométrica de 200 a 500 metros (são as altitudes predominantes).
As terras de altitudes médias abrangem os planaltos e as serras.
• As áreas culminantes, apresentando altitudes superiores a 1.200 metros, representam apenas 0,5% do
território brasileiro. Concentram-se, principalmente, na região Norte do país, no Planalto das Guianas.
Percebe-se que o território brasileiro possui um relevo de altitudes baixas. Tal fato facilita a circulação das
massas de ar, assim como também a circulação viária, uma vez que a construção de rodovias - principal
via de transporte de nosso país - e de ferrovias não exige grandes investimentos em obras de alto valor
monetário, como pontes, túneis, viadutos.

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1 - Os escudos ou maciços antigos no Brasil


Correspondem a aproximadamente 37% do total da área territorial brasileira. Estão divididos em duas
grandes porções: a) o Escudo das Guianas; b) o Escudo Brasileiro. As formações arqueozóicas do
território brasileiro constituem cerca de 32% dos terrenos Pré-Cambrianos.
Os afloramentos das formações arqueozóicas, as de maior antigüidade geológica, formam o “embasamento
cristalino”, composto de várias rochas, entre elas o granito e o gnaisse, mármores e quartzitos.
No fim do Arqueozóico, o território foi afetado, dando origem às serras do Mar e da Mantiqueira.
As formações proterozóicas ocupam apenas 4% do território brasileiro. Possuem grande importância
econômica, pois aí se localizam importantes recursos minerais. É o caso do minério de ferro e manganês,
em Minas Gerais, Mato Grosso, Amapá e Pará; do ouro, em Minas Gerais; das pedras preciosas e
semipreciosas, do Espinhaço e da Chapada Diamantina, do níquel, em Minas Gerais; da cassiterita, em Rondônia.
No final do Proterozóico, ocorreu um movimento diastrófico no território brasileiro que deu origem à serra
do Espinhaço, em Minas Gerais e à chapada Diamantina, na Bahia. Os dobramentos que deram origem
às serras de Paranapiacaba, no Paraná, e dos Pirineus, em Goiás, ocorreram na era Paleozóica, no Siluriano.
Os terrenos arqueozóicos e proterozóicos brasileiros, de idade geológica muito antiga, já se encontram
bastante erodidos e desgastados, apresentando montanhas e planaltos de altitudes modestas.
2 - As bacias sedimentares
Ocupam a maior porção do território brasileiro, com sua área calculada em mais de 5,5 milhões de
quilômetros quadrados, correspondendo a aproximadamente 64% do território. Estão agrupadas em bacias
de grande e de pequena extensão.
São bacias sedimentares de grande extensão: Amazônica, do Meio-norte (abrange Maranhão e Piauí), do
Paraná (abrange grande porção da Região Sul e oeste do estado de São Paulo), Sanfranciscana e a do
Pantanal Mato-Grossense.
São bacias sedimentares de pequena extensão: a do Recôncavo-Tucano (produtora de petróleo), as
costeiras e as de compartimento de planalto (formações sedimentares que se alojaram em compartimentos
de planalto), como a bacia sedimentar de Curitiba, de Taubaté, de Resende, de São Paulo.
Quanto à idade geológica, as bacias sedimentares brasileiras são do Paleozóico e do Mesozóico, em sua
maioria. A bacia Amazônica, a do Pantanal e as bacias costeiras são do Cenozóico.
Apresentam-se em camadas horizontais ou sub-horizontais, evidenciando ausência de movimentos
tectônicos importantes da crosta terrestre em tempos geológicos remotos. No fim do Mesozóico, ocorreram
movimentos, dando origem a fraturas. Através delas, deu-se o escoamento das lavas básicas, recobrindo
grandes porções do sul do território brasileiro, originando os basaltos, os diabásios e diversos diques,
que, consolidados, formaram várias quedas d’água nos rios do centro-sul do país.
A decomposição do basalto e do diabásio deu origem a solos de boa fertilidade, as terras roxas, encontradas
no planalto Meridional.
O vulcanismo atingiu também a região de Poços de Caldas e Araxá, em Minas Gerais.
Quanto aos recursos minerais das bacias sedimentares, os principais são o carvão mineral e o petróleo.
Os principais depósitos de carvão mineral no Brasil localizam-se no sul do país, na bacia sedimentar do
Paraná, destacando-se o Estado de Santa Catarina como principal produtor nacional. Entretanto, as
bacias sedimentares brasileiras não apresentam, até o momento, grandes depósitos petrolíferos, embora
a produção interna tenha aumentado nas últimas décadas.

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Estrutura geológica do Brasil

ESBOÇO DA ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL


GUIANA
VENEZUELA GUIANA
FRANCESA
COLÔMBIA
1 SURINAME

I B
EQUADOR L
EMBASAMENTO CRISTALINO
I - Escudo das Guianas
II - Escudo Brasileiro 1 II 2
A - Sul-Amazônico
B - São Luís PERU A F
C - Atlântico 1
D - Luís Alves
E - Rio da Prata
F - Nordeste 6 8
G - Sudeste
H - Araguaia - Tocantins 7
I - Sul-Rio-Grandense
J - Paraguai 3
BOLÍVIA
L - Gurupi 5 8
BACIAS SEDIMENTARES
J G
PARAGUAI 4
1 - Amazônia OCEANO
CHILE

2 - Meio-Norte ATLÂNTICO
3 - São Francisco
4 - Paraná D
5 - Pantanal
6 - Central ARGENTINA
7 - Recôncavo Tucano
8 - Litorânea E 0 230 Km
URUGUAI I

Quadro Hipsométrico do Relevo Brasileiro


Classes de intervalos Superfície
altitudimétricos aproximada Participação Total em %
percentual
(em m) (em km2)
Terras baixas 0-100 2.050.318 24,1 41,0
100-200 1.439.235 16,9
Planaltos e serras 200-500 3.151.615 37,0 58,5
500-800 1.249.906 14,7
800-1.200 574.624 6,8
Áreas culminantes mais de1.200 46.267 0,5 0,5
Total Brasil 8.511.965 100,0 100,0

FONTE: IBGE, ATLAS DO BRASIL, 1966.

O mapa de relevo do Brasil sofreu grandes modificações a partir das pesquisas do professor Jurandyr Ross,
da USP, que durante um longo tempo trabalhou no projeto Radambrasil, executando uma cobertura
aerofotogramétrica do território nacional.
O resultado deste trabalho foi apresentado sob a forma de um mapa detalhado do relevo brasileiro no qual são
observadas alterações significativas:
• a extensão das áreas de planícies foram reduzidas significativamente;
• os planaltos e serras foram redimensionados em suas repartições, recebendo nomenclaturas mais adequadas
à sua localização geográfica;
• são identificadas grandes áreas deprimidas - as depressões - resultado do extremo desgaste sofrido pelo
relevo brasileiro.

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Observe, com bastante atenção, o novo mapa do relevo brasileiro e os cortes topográficos apresentados pelo
prof. Jurandyr Ross.
Planaltos CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO
1 - Planalto da Amazônia Oriental
2 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba
3 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná
4 - Planalto e Chapada dos Parecis
5 - Planaltos Residuais Norte-Amazônicos
6 - Planaltos Residuais Sul-Amazônicos OCEANO
7 - Planaltos e Serras do Atlântico-Leste-Sudeste
ATLÂNTICO
8 - Planaltos e Serras de Goiás-Minas
9 - Serras Residuais do Alto Paraguai
10 - Planalto da Borborema
11 - Planalto Sul-Rio-Grandense
Depressões
12 - Depressão da Amazônia Ocidental
13 - Depressão Marginal Norte-Amazônica
14 - Depressão Marginal Sul-Amazônica
15 - Depressão do Araguaia
16 - Depressão Cuiabana
17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé
18 - Depressão do Miranda
19 - Depressão Sertaneja e do São Francisco
20 - Depressão do Tocantins
21 - Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná
22 - Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense
Planícies
OCEANO
ATLÂNTICO
23 - Planície do Rio Amazonas
24 - Planície do Rio Araguaia
25 - Planície e Pantanal do Rio Guaporé
26 - Planície e Pantanal Mato-Grossense
27 - Planície da Lagoa dos Patos e Mirim 0 230 Km
28 - Planície e Tabuleiros Litorâneos
FONTE: ROSS, JURANDYR. RELEVO BRASILEIRO: UMA NOVA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO IN: REVISTA DO DEPARTAMENTO
DE GEOGRAFIA DA USP, N. 4, SÃO PAULO, 1992.

SOLOS
Solo é a camada superficial da crosta terrestre alterada pela ação dos agentes do intemperismo.
Uma rocha qualquer, sofrendo intemperismo, transforma-se em solo. Porém, um solo incompleto.
O ar, a água, vegetais e animais, junto com os fragmentos de rocha intemperizada, constituem, então, o solo
propriamente dito.
Um solo bem desenvolvido apresenta-se subdividido em horizontes: quanto mais maduro for o solo, mais
desenvolvidos serão seus horizontes.
Veja a figura: A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora
Horizontes do solo decompostas, encontra-se concentrada apenas na
camada superior do solo. Essa camada é chamada
tempo de horizonte A, o mais importante para a agricultura,
dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura
variável de acordo com o clima, responsável pela
A A intensidade e velocidade da decomposição da rocha,
A
encontramos rocha intemperizada, ar e água, que
C formam o horizonte B. Em seguida, encontramos
rocha
B rocha em processo de decomposição - horizonte C -
rocha
e, finalmente, a rocha matriz - horizonte D -, que
rocha C originou o manto de intemperismo ou o solo que a
recobre. Sob as mesmas condições climáticas, cada
rocha tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado
Rocha Solo jovem Solo raso Solo maduro à sua constituição mineralógica: do basalto, por
recém- (litossolo) (cambissolo) (podzólico) exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo
exposta de massapê, e assim por diante.

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OS SOLOS E A EROSÃO
Um fato que explica a erosão dos solos: as técnicas européias de regiões temperadas usadas em nossos
solos, que são de clima quente, isto é, tropical. A prática de queimadas, com a conseqüente destruição da
vegetação natural, elemento protetor importante de solos tropicais, explica parte da perda da fertilidade de nosso
solo. A modernização também não significa que a prática da perda de fertilidade terminou, pois a presença de
máquinas, com suas arações profundas, traz para a parte superior o solo inerte e enterra a camada superficial.

OS SOLOS DO BRASIL
Embora o Brasil não seja rico em solos de elevada fertilidade, deve-se ter atenção para alguns com ótimas
qualidades. De melhor classificação são:

• Solos de terra roxa: de origem vulcânica e de cor castanho-avermelhado, tem boa espessura, sendo
encontrado principalmente na região do interior de São Paulo, norte do Paraná e sul do Mato Grosso
do Sul. Devido a este solo, o Brasil se projetou como um grande produtor de café em nível internacional.

• Solos de massapé: rico em matéria orgânica e bastante escuro, tem sua formação a partir da decomposição
de calcário da Zona da Mata. Foi devido a este tipo de solo que o Brasil também se projetou
internacionalmente como produtor de cana-de-açúcar.

• Solos salmourão: tem sua decomposição a partir do granito. Este solo argiloso aparece em clima úmido,
por isso é encontrado principalmente nas regiões próximas ao oceano e no centro sul do país.

• Solos aluviais: formado a partir do acúmulo de sedimentos das regiões das várzeas dos rios e nas áreas
de acumulação de vales e depressões, sendo ótimo para cultivos tradicionais e para a horticultura.

CLIMA
Estudo da atmosfera, dos fenômenos meteorológicos e climáticos e as alterações; suas causas e conseqüências.
Clima é diferente de tempo, porque:

Tempo: Condições atmosféricas apresentadas por Portanto:


um determinado lugar num dado momento. É uma
combinação passageira dos elementos do clima.
CLIMA ≠ TEMPO
Clima: Sucessão habitual dos variados tipos de ®
tempo num determinado lugar da superfície terrestre. ®
sucessão habitual combinação passageira
O clima apresenta aspecto duradouro, enquanto o dos tipos de tempo dos elementos do clima
tempo pode variar várias vezes num mesmo dia.

Elementos e fatores climáticos


O estudo do clima necessita do conhecimento dos inúmeros elementos e fatores climáticos, apresentando
grande complexidade, já que esses elementos e fatores são dinâmicos e nem sempre previsíveis.

Elementos Componentes do Clima Fatores que Alteram os Elementos


Temperatura Atmosférica Relevo
Pressão Atmosférica Altitude
Umidade Latitude
Chuva Vegetação
Ventos Continentalidade/Maritimidade

Massa de Ar Correntes Marítimas

Além dos fatores apontados, existem, ainda, aqueles resultados da ação do homem sobre o espaço, como:
construção de cidades, desmatamentos e poluição do ar atmosférico.

Geografia - M1 31
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Radiação Solar
A energia solar é o motor que faz movimentar o clima: o Sol é o responsável
pelo sistema Terra / atmosfera.

O Sol fornece, sozinho, quase toda a energia utilizada pela Terra - 99,9%
A Terra absorve cerca de 64% da energia recebida do Sol e reflete cerca de 36%. A atmosfera, entretanto,
apresenta um balanço negativo, refletindo mais energia do que absorvendo. A importância desse balanço
está no fato de que a atmosfera utiliza a energia para evaporar a água existente na Terra, aquecer e
movimentar a atmosfera.
Observe as figuras a seguir:
AS ZONAS DE ILUMINAÇÃO

66°33’

23°27’

23°27’

66°33’

LUCCI ALABI ELIAN, ED. SARAIVA.


A temperatura do ar atmosférico
A temperatura da atmosfera sofre alterações causadas pelos seguintes fatores:
a) Altitude; b) Latitude; c) Maritimidade e continentalidade

a) Altitude
Um bom exemplo da ação da altitude como amenizadora da temperatura atmosférica pode ser encontrado
nos Andes equatoriais, quando se observam temperaturas bem abaixo das médias da região. Enquanto nas
áreas de baixas altitudes são encontradas médias térmicas anuais em torno de 27°C, no alto da Cordilheira
Andina essas médias caem para 13°C.
b) Latitude
Deve-se à forma esférica da Terra, uma vez que a insolação diminui do Equador, onde os raios solares
incidem, perpendicularmente, em direção aos pólos, onde ocorre elevada inclinação e elevada reflexão dos
raios solares.
Regra geral: a temperatura diminui com o aumento da latitude.
Enquanto nas proximidades do Equador as médias térmicas encontram-se em torno dos 27°C, nos limites dos
Círculos Polares essa média cai para -10° C.
c) Maritimidade e Continentalidade
A razão fundamental da influência que esse fator exerce na temperatura atmosférica é o comportamento
térmico diferente do meio sólido - rochas - e do meio líquido - oceanos. Os continentes aquecem-se e
esfriam-se mais rapidamente que os oceanos, por isso as variações mais acentuadas das temperaturas
ocorrem mais nos continentes que nos oceanos. Também devemos considerar que, quanto mais distante uma
porção continental estiver do oceano - e da sua influência -, maiores serão as suas oscilações térmicas. É o
caso do deserto do Saara, que apresenta amplitudes térmicas muito acentuadas, podendo oscilar entre máximas
de até 50°C (durante o dia) e mínimas de até 5°C (à noite). Também é o caso dos dois hemisférios: o Norte, por
possuir uma área continental muito maior que o Sul, apresenta invernos mais frios e verões mais quentes.

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Veja a tabela:
Temperatura média dos hemisférios norte e sul(°C)
Período Hemisfério Norte Hemisfério Sul
Verão 22,4 17,1
Inverno 8,1 9,7

FONTE: J. D. AYOADE. INTRODUÇÃO À CLIMATOLOGIA PARA OS TRÓPICOS. P. 53

A PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A pressão exercida pelo ar que envolve toda a Terra não é igual sobre a superfície terrestre, variando de
acordo com a:
• Altitude • Temperatura • Latitude
Em síntese:
 Quanto MAIOR a altitude e a temperatura
 MENOR a pressão

Variação da Pressão 
 Quanto MAIOR a latitude
 MAIOR a pressão
A variação da pressão segundo a LATITUDE cria as áreas de ALTA PRESSÃO ou anticiclonais e de BAIXA
PRESSÃO ou ciclonais. Aqui se explica o MOVIMENTO do ar atmosférico, pois o ar se encontra em constante
movimentação, denominada VENTO, cujo mecanismo está expresso na primeira Lei da Circulação Atmosférica,
do holandês Buys Ballot: “Os ventos sempre sopram das áreas de alta pressão para as áreas de baixa
pressão.”
As áreas de alta pressão são denominadas anticiclonais e as de baixa pressão, ciclonais. Veja a figura:
Anticiclonais são áreas dispersoras ou que emitem massas de ar ou ventos.

Ciclonais são áreas que recebem massas de ar.

MECANISMO DOS VENTOS

área A (anticiclonal) área B (ciclonal) maior


ar (vento) temperatura
menor temperatura
maior pressão menor pressão

FONTE: AMORIM, MARCOS. GEOGRAFIA DO BRASIL - ED. MODERNA.

Tipos de Ventos
As brisas, as monções e os alísios são exemplos de ventos.
• Os alísios são ventos que sopram dos trópicos para o equador, retornando depois aos trópicos - os contra-alísios.
• As brisas, geradas pelo aquecimento diferenciado entre o oceano e o continente, apresentam dois movimentos
distintos: durante o dia, o maior aquecimento da Terra provoca a formação de uma área de baixa pressão no
continente, ocasionando o deslocamento do ar estacionado sobre o oceano na direção do continente (brisa
marítima); durante a noite, o resfriamento da Terra ocasiona a formação de uma área de alta pressão no
continente, provocando o deslocamento do ar continental em direção ao oceano (brisa continental).

Geografia - M1 33
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As brisas marítimas sopram durante o dia do mar para a terra. As brisas terrestres sopram durante a noite do continente para o mar.
• As monções ocorrem no sudeste asiático e são ventos periódicos sazonais. No inverno do hemisfério norte,
as monções deslocam-se em direção ao oceano Índico, apresentando-se com ventos secos, originados no
continente, mais frios em relação ao oceano, nesta estação do ano. No verão, graças às diferenças de
temperatura entre o continente e o oceano, massas de ar úmidas, originadas no oceano Índico, dirigem-se
para o continente, provocando chuvas abundantes sobre os países orientais, entre os quais a Índia, países
do sudeste asiático e no sul da China.
Monções de verão Monções de inverno

Inverno na
Verão na Ásia Ásia

CO CO
DI DI
ÍN ÍN
NO NO
CEA CEA
O O

As monções refletem-se na vida cotidiana das populações do sudeste asiático, ali observando-se práticas de
ocupação espacial, através da agricultura -, a rizicultura - determinadas pela sazonalidade climática: durante
os meses da monção de verão, os agricultores preparam o plantio e seus equipamentos para os meses de
inverno, secos, destinados à colheita e ao armazenamento do arroz.

O CICLO HIDROLÓGICO
Ciclo hidrológico, ou ciclo da água, essencial para a biosfera, é a permanente movimentação ou circulação
de uma parcela significativa da água existente na Terra. Segundo esse ciclo, parte da água existente na
superfície terrestre - oceanos, mares, rios, lagos - e nos seres vivos é transferida para a atmosfera sob ao
forma de vapor de água, através da evaporação e da evapotranspiração. Já na atmosfera, após haver
ocorrido a condensação do vapor, a água retorna à superfície terrestre sob a forma líquida - chuvas - ou
sólida - granizo e neve.
São importantes reservatórios de água que integram o ciclo hidrológico, pela ordem: OCEANOS, GELEIRAS,
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, LAGOS, RIOS, ATMOSFERA E BIOSFERA.
A umidade do ar atmosférico
É a quantidade de vapor-d’água presente na atmosfera, proveniente da evaporação e da evapotranspiração,
que depende principalmente da radiação solar, da extensão da superfície evaporante e da atuação do vento.
O vapor d’água é muito importante, visto que:
• A condensação e as precipitações dependem dele.
• Sua presença e quantidade na atmosfera determinam a possibilidade, ou não, de ocorrerem precipitações.
• Desempenha o papel de regulador térmico, ao absorver as radiações do Sol e da Terra.
• Atua sobre o conforto do ser humano - ar seco, ar úmido - (ex.: ar superúmido, como o do clima da
Amazônia, e ar muito seco, como o do Deserto do Saara, são desconfortáveis ao homem).
A umidade varia com a altitude e com a latitude do lugar: normalmente, diminui com o aumento da altitude
(nas camadas superiores da atmosfera, o vapor d’água é quase inexistente) e normalmente é bastante alta
nas latitudes mais baixas (na região equatorial, os índices de umidade são geralmente mais elevados do que
nas regiões desérticas e polares).
As linhas, nos mapas climáticos, que unem pontos de umidade atmosférica igual são as ISOÍGRAS.
Os principais tipos de precipitação são:
- geada, orvalho e neblina, que são tipos de precipitação superficiais.
- granizo, neve e chuvas que são tipos de precipitação não superficiais.

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Tipos de chuvas
• Chuva de convecção ou chuva de verão: em dias relacionados com a intensidade das massas, variável no
quentes, o ar próximo à superfície fica leve e sobe para as decorrer do ano.
Chuvas frontais
camadas superiores da atmosfera, carregando umidade.
Ao atingir altitudes superiores, a temperatura diminui e o
vapor se condensa em gotículas tão pequenas que
permanecem em suspensão. O ar fica mais pesado e Ar quente Ar frio
desce frio e seco em direção à superfície, iniciando
novamente o ciclo convectivo. Ao fim da tarde, a nuvem • Chuva de relevo ou orográfica: em alguns locais do
resultante está enorme, chegando a atingir 13 km de altitude planeta, barreiras de relevo obrigam as massas de ar a
e provocando chuvas torrenciais. Após a chuva, o céu fica atingir altitudes superiores, o que causa queda de
claro novamente. temperatura e condensação do vapor. Esse tipo de chuva
costuma ser intermitente e fina e é muito comum nas
Chuvas convectivas
regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, onde as serras e
chapadas dificultam a penetração das massas úmidas de
ar provenientes do oceano Atlântico no interior do continente
(serra do Mar, chapadas da Borborema, Ibiapaba e Apodi).
Chuvas orogênicas
• Chuva frontal: na zona de contato entre duas massas
de ar (frente) de características diferentes, uma quente e
outra fria, ocorre a condensação do vapor e a precipitação
da água na forma de chuva. A área de abrangência (em
quilômetros quadrados) e o volume de água precipitada estão

A quantidade de chuvas pode variar segundo: Podemos afirmar que:


• diferenças de latitude; • As chuvas são abundantes nas regiões
• diferenças de temperaturas; equatoriais, moderadas nas regiões temperadas
e rarefeitas na regiões polares.
• diferenças de pressão atmosférica;
• A pluviosidade é maior nos oceanos e menor nos
• influência do relevo; continentes.
• influência de correntes marítimas; • A pluviosidade nos continentes é maior nas
• influência dos oceanos e dos continentes; regiões próximas dos oceanos e menor nas
• atuação das massas de ar. regiões interiores continentais.

MASSAS DE AR

FONTE: IBGE. GEOGRAFIA DO BRASIL; GRANDE REGIÃO SUL. V. 4, TOMO 1.


Massas de ar são grandes porções de ar que Massas de Ar da América do Sul
costumam se originar em áreas extensas e homogêneas,
Circulação atmosférica na América do Sul
como as planícies, os oceanos e os desertos. Na sua
(distribuição das massas de ar segundo suas
formação, adquirem as características da sua área de
fontes e orientação dos seus deslocamentos)
origem (umidade e temperatura). Assim, são frias ou
quentes, secas ou úmidas, frias ou secas, quentes ou
úmidas, e assim por diante. Ao se deslocarem, levam consigo
essas características de origem, que irão influenciar
as áreas sobre as quais estão se deslocando. Podem
perder parte das características de origem e adquirir NO
as características das áreas sobre as quais estão atuando. EA
OC FICO

As massas de ar se classificam de acordo com PA
suas características originais e caracterizam os vários
tipos de clima na Terra, determinando os diferentes tipos
de tempo no decorrer do ano.
Tipos de massas de ar:
Equatoriais: possuem ar quente e úmido
NO
EA O
Tropicais: possuem ar quente, seco e úmido, OC NTIC

conforme originem da terra ou do oceano. AT

Polares: possuem ar frio e pouco úmido se,


sobretudo, forem continentais. Ta: tropical atlântica Tc: tropical continental
As diferentes massas de ar, ao se encontrarem, não Tp: tropical pacífica Pa: polar atlântica
se misturam. A área de contato entre elas recebe o Pp: polar pacífica Ea: equatorial atlântica
nome de FRENTE. Ec: equatorial continental Ep: equatorial pacífica

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CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA GERAL


Úmido Sub-polar
Equatorial 3 - Frios
Semi-úmido Polar
1 - Quentes Tropical
Semi-árido
Monções
Altitude
1.1 - Transição = Subtropical

- Oceânico
Semi-áridos
2 - Temperados - Continental 4 - Secos e desérticos
Áridos
- Mediterrâneo

Climas
1
Círculo Polar Ártico 1

2
2
3
9 9
8
4 4 8
3 10
8 3
Trópico de Câncer
8 OCEANO 8
6 8 OCEANO
ATLÂNTICO 6 5
PACÍFICO
Equador 5
5 9
OCEANO 6
9 OCEANO
6
PACÍFICO 10 ÍNDICO
Trópico de Capricórnio 9 8
8
8 7 7
4
7 9

1 Polar ou glacial 6 Tropical


2 Temperado continental 7 Subtropical
Círculo Polar Antártico
3 Temperado oceânico 8 Desértico
1 4 Mediterrâneo 9 Semi-árido
5 Equatorial 10 Montanha (variando de acordo
com a altitude e com a latitude)
Climas Frios ou Polares
Aparecem nas regiões de altas latitudes, ou seja acima de 55°, nas áreas mais elevadas das cordilheiras.
Suas temperaturas, em médias anuais, são sempre inferiores a 10°C, predominando invernos rigorosos, que
se estendem por quase todo o ano.
Os climas frios ou polares dividem-se em:
1 - Clima Sub-Polar
2 - Clima Polar
10

1 - Clima Sub-Polar 5

Entre 55° a 70° latitude norte (sol bastante inclinado). 0


Seus verões são frios e curtos, e as precipitações
5
são baixas, em forma de neve, em torno de 250 a
500 mm.
Principais áreas de ocorrência: no Canadá, Rússia
e países escandinavos.

36 Geografia - M1
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2 - Clima Polar

Clima frio durante todo o ano, suas estações de


verão e inverno somente são distintas pela claridade.
Sua paisagem é inóspita. Nos seus verões, a
temperatura gira em torno de 0°C e nos invernos
vai até 50°C abaixo de zero.
Principais áreas de ocorrência: no oceano Ártico,
na Groenlândia e na Antártida.

Climas Temperados

Encontrados dos trópicos aos círculos polares, sofrem grande influência de massas de ar frias. Os dias e as
noites terão grandes variações, dependendo das estações do ano. Essas estações serão bem individualizadas
e marcadas por grandes contrastes de suas temperaturas.
Nesta zona climática, a proximidade de oceanos e mares assume grande importância na variação desses climas.
Os climas temperados dividem-se em:
1 - Temperado Oceânico
2 - Temperado Continental
3 - Temperado Mediterrâneo

1 - Temperado Oceânico

Sua localização geográfica é entre 40° a 50° de


latitude, região conhecida como latitudes médias.
Trata-se de um clima bastante regular, úmido, com
verões brandos e ocasionalmente sujeito a nevoeiros,
e sempre beneficiado pela influência das correntes
marítimas.
Suas temperaturas no verão quase nunca
ultrapassam 20°C, e o seu inverno oscila entre 7° e
2°C. As chuvas são razoavelmente freqüentes. Suas
áreas de maior ocorrência são a Europa voltada
para o Atlântico e a parte noroeste dos EUA.

2 - Temperado Continental

Clima temperado rigoroso, apresenta grandes


extremos. Seus invernos são frios e rigorosos, com
tempestades de neve e temperaturas abaixo de zero
grau. Seus verões são normalmente quentes, úmidos
e bastante chuvosos.
Apresenta quase sempre grandes amplitudes
térmicas anuais. É encontrado principalmente no
hemisfério Norte, na Europa, na Ásia e na América
do Norte (EUA e Canadá).

Geografia - M1 37
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3 - Temperado Mediterrâneo

Clima temperado que se apresenta bastante ameno. Seus verões


são quentes e secos, com temperaturas superiores a 20°C. Seus
invernos não são rigorosos, e sua característica marcante é
apresentar inverno chuvoso e verão quente e seco. Seu índice
pluviométrico é o mais baixo dos tipos climáticos temperados.
Este tipo climático aparece basicamente na região do Mar
Mediterrâneo, aparecendo também na Califórnia (EUA), na parte
chilena, no sul da África e no sudeste australiano.

• Equatoriais: ocorrem na zona climática mais quente • Tropicais: são climas quentes o ano inteiro,
do planeta. Caracterizam-se por temperaturas apresentando apenas duas estações bem definidas:
elevadas e chuvas abundantes o ano inteiro, com inverno ameno e seco, verão quente e chuvoso. Nas
pequena amplitude térmica anual, já que as variações localidades de clima tropical sob influência da
de duração entre o dia e a noite e de inclinação de maritimidade, a amplitude térmica diária e anual é menor
incidência dos raios solares são mínimas. e o inverno não é tão seco, em comparação com as
regiões que sofrem influência da continentalidade.

• Subtropicais: característicos das médias latitudes, onde


já começam a se delinear as quatro estações do ano.
Caracterizam-se por chuvas abundantes e bem
distribuídas, verões quentes e invernos frios, com
significativa amplitude térmica anual.

Climas Secos e Desérticos


São identificados pelas áreas geográficas inóspitas interior dos continentes África, Ásia, Austrália e
à vida dos animais e vegetais e pela quase absoluta América (localizam-se próximos aos trópicos).
falta de umidade na atmosfera. São subdivididos em:
Suas áreas de ocorrência são principalmente no 1 - Climas Semi-áridos 2 - Climas Áridos
1 - Climas Semi-áridos 2 - Climas Áridos
Aparecem nas áreas de transição entre os climas São áreas áridas onde as chuvas são raras e às
desérticos. Seu índice pluviométrico varia de 200 a vezes passam-se anos sem chover. Quando ocorrem
600 mm e suas chuvas se caracterizam pela chuvas, são esporádicas e suas águas se infiltram
irregularidade. Suas temperaturas oscilam bastante na terra rapidamente e desaparecem. Seu ar é
entre o dia (mais quente) e a noite (mais fria). sempre muito seco, e a umidade quase nenhuma.
Citamos, agora, algumas áreas onde ocorrem estes As variações de temperatura durante o dia e a noite
climas: norte do México, parte central dos EUA e são muito elevadas. Quase sempre apresentam
próximo das áreas desérticas. grandes atuações de ventos.
Entre as áreas
desérticas do mundo,
podemos citar: o
Atacama (Chile), o
Gobi (China), o
Colorado (EUA),
Vitória e Gibson
(Austrália) e Kalaari
(África).
38 Geografia - M1
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CLIMAS DO BRASIL
A localização geográfica do Brasil
Por estar situado quase inteiramente na zona tropical e no hemisfério sul – hemisfério das águas – o
Brasil caracteriza-se pelo predomínio dos climas quentes e úmidos.
A configuração do território brasileiro - um triângulo com a base voltada para o hemisfério norte e um dos
vértices voltado para o sul - sofre influência marítima, impedindo que se estabeleça um clima de neve, encontrado
em latitudes semelhantes às do sul do Brasil.
As baixas altitudes e as linhas mestras do relevo brasileiro, que se dispõem no sentido longitudinal,
facilitam a circulação atmosférica: as massas de ar que se originaram no oceano conseguem penetrar o interior
do território, levando as suas características de temperatura e umidade, pois não existem grandes barreiras naturais
que impeçam a circulação das massas de ar.

A circulação das massas de ar no Brasil


Quase todas as massas de ar que atuam na América do Sul atuam no Brasil, com exceção das massas de ar
do Pacífico, cuja ação sobre o território brasileiro é muito limitada. Observe o mapa da circulação atmosférica
da América do Sul.

Circulação atmosférica na América do Sul


(distribuição das massas de ar segundo suas fontes e orientação dos seus deslocamentos)

NO
EA
OC ÍFICO
C
PA

NO
EA O
OC NTIC

AT

Ta: tropical atlântica Tc: tropical continental


Tp: tropical pacífica Pa: polar atlântica
Pp: polar pacífica Ea: equatorial atlântica
Ec: equatorial continental Ep: equatorial pacífica

FONTE: IBGE. GEOGRAFIA DO BRASIL; GRANDE REGIÃO SUL. V. 4, TOMO 1.

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MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL

Denominação Centro de origem Características ou qualidades


mEc Equatorial Noroeste da Amazônia quente e úmida
mEa Equatorial Anticiclone dos Açores quente e úmida
mTa Tropical atlântica Anticiclone de Santa Helena quente e úmida
mTc Tropical continental Chaco (prolongamento do Pantanal quente e seca
em território boliviano e paraguaio)
mPa Polar atlântica Patagônia (sul da Argentina) no início é fria e úmida, depois
torna-se seca
FONTE: MELHEM ADAS. PANORAMA GEOGRÁFICO DO BRASIL.

Classificação climática segundo o controle de massas de ar

Boa Vista
Macapá
Belém
S. Luís
Fortaleza
Manaus Teresina Legenda
Natal
J. Pessoa
Recife
Rio Branco Clima equatorial úmido;
Porto Velho Maceió
Palmas convergência dos alísios
Aracaju
Salvador Clima litorâneo úmido exposto
Cuiabá às massas tropicais marítimas
Goiânia Clima tropical alternadamente
Belo Horizonte úmido e seco
Campo Vitória
Grande Clima tropical tendendo a seco
Rio de Janeiro pela irregularidade de ação
S. Paulo das massas de ar
Curitiba
Florianópolis Clima subtropical das costas
orientais e subtropicais
Porto Alegre dominado largamente por
massa tropical marítima

FONTE: CONFORME ARTHUR STRAHLER

Os climas brasileiros recebem diferentes denominações de acordo com a classificação dada pelos diversos autores.
Portanto:
• o clima nº 1 é reconhecido como CLIMA EQUATORIAL e suas variações.
• o clima nº 2 é conhecido também como CLIMA TROPICAL ÚMIDO da Mata Atlântica.
• o clima nº 3 é reconhecido como CLIMA TROPICAL TÍPICO, com duas estações bem marcadas: verão
úmido e inverno seco.
• o clima nº 4 é reconhecido como CLIMA TROPICAL SEMI-ÁRIDO.
• o clima nº 5 é o CLIMA SUBTROPICAL e suas variações.

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AS CHUVAS

O Brasil apresenta índices pluviométricos médios São causas dessa semi-aridez:


em torno de 1.000 mm na maior porção de seu
• má-distribuição das chuvas;
território. As chuvas, no entanto, não são bem
distribuídas, tanto no espaço geográfico quanto no • elevada temperatura, provocando intensa
tempo. evaporação;
Quanto à distribuição geográfica, reconhecem-se • disposição das linhas do relevo, no sentido dos
três áreas de precipitação: ventos alísios de nordeste, formando corredores que
• Áreas de chuvas abundantes - são aquelas que dificultam a ocorrência de chuvas;
apresentam mais de 2.000 mm de chuvas anuais:
• solos quase impermeáveis, retendo pouca água;
Serra do Mar, em São Paulo, litoral do Amapá e
Ilha do Marajó, porção centro-oriental da • presença de chapadas (Borborema) próximas ao
Amazônia e litoral da Bahia. litoral, dificultando a passagem de ventos úmidos
oceânicos para o interior da região (Sertão).
• Áreas de chuvas satisfatórias - apresentam
índices pluviométricos situados entre 1.000 e Quanto ao regime pluviométrico, encontramos os
2.000 mm anuais: Centro-Oeste, Sudeste, Sul seguintes no Brasil:
do país, excetuando-se as áreas de chuvas • equatorial - chuvas abundantes o ano todo
abundantes e chuvas escassas. (Amazônia);
• Áreas de chuvas escassas - apresentam os • tropical - chuvas mais concentradas no verão (é o
menores índices pluviométricos do país, regime predominante no Brasil);
normalmente inferiores a 1.000 mm anuais: o
Sertão Nordestino, inclusive o Médio Vale do Rio • subtropical - chuvas bem distribuídas durante o
São Francisco, causando a semi-aridez. ano (região Sul).

Climogramas brasileiros

Geografia - M1 41
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DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL


Domínios morfoclimáticos distribuídas durante o ano, com longos períodos
de seca. A vegetação da Caatinga é representada
Os domínios morfoclimáticos devem ser entendidos por pequenas árvores, arbustos e gramíneas,
como sistemas em equilíbrio em que se verifica a adaptadas à seca. O nome “Caatinga” é de origem
interação e interdependência dos elementos da tupi-guarani e significa “mata branca”, devido à
natureza (relevo, clima, solo, vegetação, etc.). coloração cinza que a vegetação apresenta durante
Domínio Amazônico os períodos de seca. A vegetação reverdece, apresen-
tando brotos, folhas e flores logo após as chuvas.
Localizado no norte do Brasil, o Domínio Amazônico
ocupa a região das terras baixas amazônicas - Domínio dos Mares de Morros
depressões, planícies e baixos planaltos. É coberto Localizado na região das terras altas do Brasil, no
pela Floresta Equatorial - Floresta Amazônica. domínio do clima tropical chuvoso. É coberto por
A Floresta Amazônica é composta de árvores de Floresta Tropical, apresentando grande diversidade
grande porte, de diferentes espécies, a maioria de espécies. O relevo sofreu intensa erosão. A
apresentando folhas largas. O clima do Domínio denominação “Mares de Morros” é originada das
Amazônico é o clima equatorial, quente e úmido, formas suaves e arredondadas de relevo, que se
com chuvas abundantes durante todo o ano. assemelham às ondas do mar.
Domínio do Cerrado Domínio das Pradarias
Localizado na porção central do Brasil, o Domínio Localizado nos Pampas Gaúchos, o Domínio das
do Cerrado ocupa os planaltos e as chapadas. Suas Pradarias alcança limites fora do território
árvores são de pequeno e médio porte, troncos brasileiro, atingindo regiões do Uruguai e da Ar-
tortuosos, recobertos por casca grossa, folhas gentina. Ocupa extensas áreas aplainadas, pouco
coriáceas e raízes profundas; também fazem parte onduladas, com colinas de pequena altitude do
do cerrado arbustos e gramíneas, que compõem relevo. A vegetação é composta por gramíneas,
seu estrato inferior. O clima do Cerrado é o clima aproveitada economicamente para a prática da
tropical quente, com duas estações bem marcadas: atividade da pecuária.
uma estação chuvosa, nos meses de primavera/ Domínio da Araucária
verão, e uma estação seca, nos messes de outono/
Localizado nos planaltos de clima subtropical do
inverno.
sul do Brasil. As chuvas são distribuídas durante o
Domínio da Caatinga ano todo e o clima apresenta invernos frios e verões
moderados. As temperaturas variam muito. A mata
Localizado principalmente no Nordeste brasileiro,
de araucária é composta de uma vegetação
o Domínio da Caatinga atinge também o norte de
diversificada, onde predominam os pinheiros,
Minas Gerais. Ocupa planaltos e áreas rebaixadas,
formando uma mata aberta. A exploração
situadas entre elevações. Seu clima é o semi-árido,
madeireira está devastando a Mata de Araucária
com baixo índice de chuvas e chuvas mal
do sul do Brasil.
RETIRADO DO LIVRO “TERRA O PLANETA DA GEOGRAFIA” VOLUME 2 DE SÍLVIO VIÉGAS E NÍVIA BORBA - ED. BRASIL.

VEGETAÇÃO
O estudo da vegetação preocupa-se com diversos fatores que influem nessa divisão.
Os fatores que influem na distribuição dos diferentes tipos vegetacionais são:
A - O clima e seus elementos
B - O clima e seus fatores
C - Os seres vivos, o homem e o solo

A B C
O clima e seus elementos O clima e seus fatores O clima e o homem
• Temperatura • Latitude • sua ocupação urbana ou agrária
• Umidade • Altitude • os efeitos da poluição atmosférica
• Ventos • Continentalidade • a maior ou menor umidade de uma área feita
• Luminosidade, etc. • Maritimidade pela atividade antrópica
• Massas líquidas, etc. • a fauna regional

42 Geografia - M1
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Dentre os fatores e os elementos que influem na vegetação, destacam-se:

1º Umidade
Umidade é um dos fatores mais importantes, pois a água é um fator essencial para a sobrevivência dos
vegetais. As diferentes espécies vegetais, porém, possuem necessidades diferentes quanto à quantidade de
água e de nutrientes nela dissolvidos, necessários à sua sobrevivência. De acordo com esse critério,
distinguimos os seguintes tipos básicos de vegetação:

Hidrófilos Higrófilos Mesófilos


Vegetais do meio aquático. Vegetais onde existe grande Vegetais onde a umidade é
Ex.: Vitória Régia. quantidade de umidade. considerada intermediária.
Ex.: Flora Equatorial. Ex.: Mata Atlântica.

Tropófilos Xerófilos Halófilos


Vegetais ligados à variação Vegetais que se desenvolvem Vegetais que vivem em meio
sazonal da umidade (chuva em áreas de umidades salíneo, típicos de áreas
e seca). escassas. litorâneas.
Ex.:Vegetação do Cerrado. Ex.: Vegetação da Caatinga. Ex.: mangues.

2º Temperatura

As espécies vegetais distribuem-se nas diferentes regiões do mundo, em função da temperatura e de sua
variação. Em cada uma das regiões climáticas do mundo, encontramos espécies vegetais adaptadas às
condições de temperatura ali existentes. Cada uma das várias espécies vegetais não sobrevive em condições
diferentes daquelas às quais se encontra adaptada. Assim, as espécies das regiões tropicais não sobrevivem
nas regiões temperadas e vice-versa.
A adaptação dos vegetais ao clima

Megatérmicos Mesotérmicos Microtérmicos


Suas temperaturas médias Suas temperaturas médias es- Suas temperaturas estão sempre
são superiores a 20° C. tão entre 12° e 15° C. Vegetais inferiores a 12° C. Vegetais de
Vegetais de latitudes baixas. de latitudes médias para altas. latitudes altas.

3º Ventos

Os ventos são responsáveis pela dispersão das espécies vegetais pelas diferentes regiões da Terra. Os níveis
inferiores da atmosfera são relativamente povoados por grãos, esporos e pólen, que se deslocam de acordo
com as massas de ar, colonizando áreas propícias ao desenvolvimento das espécies vegetais.

4º Luminosidade

Através da energia que absorvem da luz solar, as plantas produzem uma reação química entre o CO2 que
retiram do ar e água que retiram do solo. A quantidade de luz solar para a vegetação é fundamental para o
desenvolvimento de quase todas as espécies.

Vegetais heliófilos Vegetais umbrófilos


Espécies que necessitam de luz solar para realizar Espécies que independem da fotossíntese, seus
a fotossíntese (quase todos os vegetais). exemplos principais são musgos e algas.

5º Altitude

A influência da altitude para as diferentes espécies vegetais está intimamente ligada à temperatura. Há uma
gradual redução da temperatura quando a altitude aumenta. Nas regiões montanhosas, com o aumento da
altitude, observa-se uma sucessão de tipos climáticos e, conseqüentemente, de tipos vegetacionais. No alto
da Cordilheira dos Andes, por exemplo, observa-se uma vegetação de musgos e liquens, como na tundra polar.

Geografia - M1 43
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6º Solos

A influência dos solos na existência de diferentes espécies vegetais se evidencia sob vários aspectos: numa
região onde predominam condições climáticas de características homogêneas, podemos encontrar diferentes
tipos de vegetação devido à existência de diferentes tipos de solos, como calcário, argiloso e arenoso.

7º Os seres vivos

O ser humano é, sem dúvida, o maior agente modificador da paisagem vegetal, agindo sobre o meio ambiente,
transformando áreas de cobertura vegetal em paisagem agrícola, submergindo extensas formações vegetais
para a construção de represas ou lagos artificiais. O homem também atua na dispersão das diversas espécies,
nas diferentes regiões do globo, através do plantio de espécies exógenas aos diferentes ambientes.
Um exemplo de vegetal exógeno é a prática da silvicultura do eucalipto no Brasil, principalmente na região
Sudeste. Originária da Austrália, esta espécie vegetal provoca grandes alterações nas regiões onde é cultivada.
(Procure mais informações sobre este tema.)
Os animais também atuam como fatores de dispersão de espécies vegetais, principalmente as aves (a gralha
azul é responsável pela disseminação do pinheiro do Paraná).

Classificação dos Vegetais


Pelas folhas

Latifoliados Aciculifoliados
Vegetais de folhas largas, facilitando a fotos- Vegetais em que as folhas são em forma de
síntese, comuns às áreas úmidas. agulhas, reduzindo a superfície de transpiração
e adaptadas aos climas rigorosos.

Perenes Caducas
Perenifólios, vegetais que apresentam Caducifólios ou decíduos, vegetais que perdem
folhas durante todo o ano. Chamados de as folhas durante uma estação do ano,
“sempre verde”. adaptando-se ao clima do local.

Pela altura
As formações vegetais são um conjunto de plantas que constituem uma paisagem e caracterizam-se por uma
fisionomia própria. As formações vegetais apresentam diversos “andares”, denominados estratos:

arbórea arbustiva herbácea


Constituída de árvores de Constituída por espécies Constituída por espécies
grande porte. vegetais de porte vegetais rasteiras como
intermediário. gramíneas.

Perfil Fitogeográfico

Os perfis 1, 2 e 3 representam, respectivamente:


1 = Floresta Equatorial; 2 = Vegetação de Cerrado;
3 = Vegetação de Caatinga.

44 Geografia - M1
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Veja no mapa-múndi a distribuição vegetacional da Terra:

VEGETAÇÃO

Florestas equatoriais e tropicais úmidas – florestas Estepes e pradarias – vegetação herbácea constituída de
exuberantes, perenes, higrófilas, com grande variedade de gramíneas, largamente explorada pela agropecuária. O solo
espécies e constituídas de vários andares. Sua exploração subjacente às estepes é, principalmente, o tchernoziom, de
econômica é importante, apesar das dificuldades grande aproveitamento na cultura de cereais.
apresentadas para a penetração humana e pelo clima Tundra – vegetação rasteira, constituída de musgos e liquens.
(floresta amazônica, floresta do Congo). As árvores são ausentes devido ao congelamento do solo
Bosques e florestas mistas de clima temperado – durante grande parte do ano.
vegetação arbórea de folhas caducas, não muito densa. É
bem explorada economicamente. É um tipo de associação Vegetação desértica – muito esparsa e constituída de
onde aparecem a seqüóia, a faia, o abeto, o boldo, o xerófilas, desaparecendo em grande parte do ano, com
carvalho, etc. exceção dos oásis, onde a vegetação existe no ano todo.
Florestas de coníferas – vegetação arbórea e homogênea, Vegetação das altas montanhas – nas grandes altitudes a
constituída de coníferas. Largamente explorada para a vegetação sofre variação de acordo com a redução da
obtenção de madeira (taiga). temperatura e a posição dos raios solares nas encostas.
Vegetação arbustiva – característica, principalmente, de
climas tropicais com chuva de verão e seca de inverno.
Aparece também em climas mediterrâneos. A vegetação
arbustiva é esparsa e pobre, formando tufos. Várias são FONTE: NAKATA, HIROME E COELHO, GEOGRAFIA
as denominações regionais. GERAL.M. AMORIM.ED. MODERNA. S.P.

VEGETAÇÃO DO BRASIL
O Brasil possui grande diversidade de formações vegetais naturais, associadas a diferentes tipos de solos,
relevos e climas. A vegetação à época do descobrimento é chamada de paisagem natural. Com a colonização,
tem início a exploração dos recursos naturais no país e essa paisagem sofre grandes mudanças, pois a
retirada da cobertura vegetal é o primeiro passo para a instalação de atividades produtivas.
Formações vegetais do Brasil FORMAÇÕES FLORESTAIS
Mata de araucária
Floresta latifoliada equatorial
Floresta latifoliada tropical
Floresta latifoliada tropical úmida
da encosta
FORMAÇÕES CAMPESTRES
Campos
FORMAÇÕES COMPLEXAS
Cerrado
Caatinga
Complexo do Pantanal
FORMAÇÕES LITORÂNEAS
Vegetação do Litoral

FONTE: ADAPTADO DE ASPECTOS DA VEGETAÇÃO BRASILEIRA, IBGE.

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Formações Florestais
Floresta Amazônica – Ocupa 38,5% do território Catarina, graças a uma combinação de clima e relevo – as
nacional e possui três tipos de vegetação, classificadas serras e planaltos litorâneos barram a umidade das massas
segundo a proximidade em relação aos rios. São elas: mata de ar, garantindo chuvas. Mas a devastação, que começou
de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. A mata de com a exploração do pau-brasil, continuou durante os ciclos
igapó é uma espécie de floresta submersa, localizada no da cana-de-açúcar e do café. Com a urbanização e a
terreno mais baixo, permanentemente alagado pelos rios. industrialização, a extração de madeira atingiu grandes áreas.
Muitas plantas da mata de igapó possuem ramificações baixas Estima-se que exista hoje cerca de 7 a 8% de sua
e densas. A vitória-régia é uma espécie de símbolo dessa mata original, sendo que, na região sudeste, aparece maior
formação vegetal. O segundo tipo, a mata de várzea, é uma percentual de preservação.
mata de inundação temporária. Ela acompanha as várzeas Matas de araucária – São formações de clima sub-
dos rios e em algumas regiões ocorre entre as matas de igapó tropical, características das terras altas e serras da região Sul
e a terra firme. A composição vegetal é variável, de acordo e do estado de São Paulo. As florestas são mais abertas e
com a proximidade dos rios. Nela encontram-se a seringueira, têm como principal espécie a araucária – também conhecida
muitas palmeiras, o jatobá e a maçaranduba. como pinheiro-do-paraná. Muito apreciadas pelo fruto, o pinhão,
As matas de terra firme não são inundadas pelas as araucárias podem alcançar mais de 30 m de altura. Essas
cheias dos rios e ocupam a maior parte da região. Suas árvores matas praticamente desapareceram pela exploração de sua
podem atingir 65 m de altura e o contato de suas copas forma madeira como material de construção e matéria-prima para
um telhado verde capaz de reter até 95% da luz solar. O inte- indústrias de celulose e papel.
rior dessa mata é escuro, úmido e pouco ventilado. São Esta formação já representou 15% do território brasileiro,
comuns a castanha-do-pará, o caucho e o guaraná. hoje estima-se em apenas 4% de seu espaço original.
A atuação do homem na devastação da Amazônia é Matas de cocais – As matas de cocais estão
recente, comparada às demais florestas brasileiras. localizadas numa zona de transição entre a Floresta
Desmatamento, queimadas para formação de pastagens, Amazônica e as caatingas. São ricas em espécies de
retirada da madeira, todas estas agressões colocam em risco palmeiras, como o babaçu e a carnaúba. O babaçu é uma
a maior floresta tropical do planeta e toda a sua biodiversidade. planta importante para a economia local: suas folhas são
Estima-se que 10% de sua área já foi devastada. usadas na construção de moradias e utensílios, e seus frutos
Mata Atlântica ou florestas costeiras – As florestas são utilizados na produção de óleo. A carnaúba é mais utilizada
costeiras do país são conhecidas pelo nome genérico de Mata na produção de cera e demais produtos.
Atlântica. Possuem a maior biodiversidade por hectare entre Matas ciliares ou Matas galerias – Correspondem
as florestas tropicais do mundo. São matas fechadas, com a pequenas florestas alongadas que se desenvolvem ao longo
árvores altas. As espécies mais comuns são: ipês, dos rios, aproveitando a umidade do solo. São encontradas
quaresmeiras, cedros, palmiteiro, canelas, imbaúba, nas regiões de cerrado, de campos e, mesmo, de florestas.
guapuruvu. No passado, essas florestas acompanhavam Apresentam formas arredondadas e se destacam no
quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte até Santa meio da vegetação rasteira como pequenas “ilhas de vegetação”.
Localização destas matas no Brasil

Mata Amazônica Mata Atlântica Mata de Cocais Mata de Araucárias


Cobertura vegetal densa, Vegetação bastante rica e varia- Formação de transição entre Formação aberta na qual
úmida e heterogênea, que da, original do litoral úmido e do a mata Amazônica e a caa- predominam as coníferas,
abrange 40% do território interior do Sudeste. Foi a mais tinga. Concentra-se no Meio comum nas áreas mais eleva-
brasileiro. devastada das formações Norte, sendo o babaçu a das do Sul.
originais do Brasil. espécie dominante.

Formações não florestais


Cerrado
Predomina em quase todo o Brasil Central, parte de Minas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão,
nas áreas onde o clima apresenta duas estações bem marcadas, uma seca e outra chuvosa. Apresenta-se em forma
de manchas isoladas em vários pontos do território, como é o caso dos estados de São Paulo e Paraná.

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É formado por arbustos, vegetação rasteira e Esta formação vegetacional perde totalmente
árvores com troncos e galhos tortuosos, que atingem suas folhas (caducas) durante as estações secas,
cerca de 10m de altura. Ocupa 25% do território do Brasil. recuperando-se durante as primeiras chuvas.
O cerrado pode ser, na realidade, resultado das Essa escassez de chuvas, aliada a um solo
condições naturais e da ação do homem: do relevo das pouco profundo e pedregoso, e mais à devastação
chapadas do planalto Central, do clima tropical com ocasionada pela ocupação humana, é responsável pela
duas estações bem marcadas (verão chuvoso e inverno vegetação descontínua, característica da Caatinga.
com pouca ou nenhuma chuva), a profundidade do A Caatinga ocupa 11% da área do território
lençol freático, da natureza do solo e a ação do homem, brasileiro. É uma formação complexa, com várias
destruindo o material orgânico, fundamental à nutrição cactáceas: o mandacaru, o faxeiro, o xique-xique e as
vegetal, no preparo inadequado do solo na prática coroas-de-frade. Há trechos em que predominam
agrícola, quanto utiliza a queimada. árvores: aroeira, umbuzeiro; em outras, predominam
Não é toda a vegetação do cerrado que perde arbustos, plantas rasteiras e cactáceas; há também
as folhas, sendo essa a sua principal diferença com vegetais fibrosos, como o coroá e o sisal (ou agave).
relação à caatinga. Desenvolvendo seu sistema radicu-
lar, essas espécies conseguem buscar a água a até 18 Campos
m de profundidade, onde encontram o lençol freático.
Também no Centro-Oeste não existem rios temporários, São recobertos por gramíneas e cortados apenas
o que é fundamental para a existência das matas pelas matas de galeria que acompanham os rios. Apesar
galerias, comuns nessa região. de comuns em todo o Brasil, os campos ocupam grandes
Hoje o cerrado está sendo descaracterizado extensões de terra no sul do país, formando uma paisagem
pelos projetos de monoculturas, principalmente a soja típica conhecida com Campanha Gaúcha.
e a pastagem. Queimadas de grandes proporções, Outras formações campestres são:
muitas vezes intencionais, destroem as matas de galeria • Os campos de altitude, ou serranos, que surgem
que protegem as regiões à beira-rio. nas áreas elevadas do relevo, onde a ação da altitude
Estima-se que cerca de 50% da área original modifica a vegetação – Serra do Caparaó, Serra do Itatiaia.
do cerrado já tenha sido devastada. • Os campos da Hiléia, ou campos inundáveis,
que ocupam as terras baixas, sujeitas a inundações,
Caatinga
como é o caso dos campos da ilha de Marajó.
O Sertão semi-árido do Nordeste brasileiro, o • Usa-se ainda a expressão campos limpos para
chamado “Polígono das Secas”, tem uma formação vege- designar uma região sul do Mato Grosso do Sul entre
tal denominada de Caatinga - caa = mata, tinga = branca. Campo Grande e Ponta-Porã.

Complexo do Pantanal
Estende-se pelo Mato Grosso do Sul, Cuiabá até que recebem, durante as cheias, materiais carreados
Porto Murtinho, ocupando, ainda, extensa área em pelas águas e depositados no período da vazante.
território boliviano. Sofre inundações por ocasião das Existem matas e tufos de cerrados que não
cheias e transbordamento do Rio Paraguai e seus sofrem inundações, campinas que ficam encobertas
afluentes. Durante a estação seca, que vai de abril a pelas águas durante as enchentes, matas com aroeiras,
setembro, as baías, que são pequenas lagoas, angicos-vermelhos e figueiras, também não-inundáveis.
permanecem cheias, transformando-se em refúgio de Nas áreas alagadas são encontrados aguapés e ervas-
grande variedade de animais, que, aliados à flora, de-Santa-Luzia. Destacam-se no Pantanal as
transformam o Pantanal em importante ecossistema mundial. associações de árvores (conjunto de árvores de mesma
O Pantanal é uma formação vegetal complexa, espécie, dispostas próximas entre si), como o paratudo,
pois possui espécies vegetais da floresta, dos campos, o buriti, o carandá e a palmeira-acuri, que bordeja as
do cerrado e, mesmo, plantas xerófilas da caatinga. margens dos rios.
É a cobertura vegetal mais heterogênea do Brasil, Constitui importantes áreas de criação de gado,
resultado da umidade local e da qualidade dos solos, além de áreas de extrativismo vegetal (poaia e quebracho).

Formações litorâneas
Mangues
Predominam nas regiões de estuário e lagunas do desenvolvem as chamadas raízes-escora. Ricos em ma-
litoral. São formados basicamente por três tipos de árvores terial orgânico, fornecem abrigo e alimento a muitas
adaptadas ao solo alagado, pouco arejado e com alto teor espécies marinhas.
de sais. Para auxiliar na sua fixação ao solo, muitas árvores

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Ocorrem ao longo de todo o litoral brasileiro, altura máxima de 5 metros, formando um emaranhado
apresentando ora vegetação de praia e dunas, ora vegetal, com muitas plantas espinhentas. Parece
vegetação de mangue, além do jundu.
representar, segundo estudiosos, o esforço da
A vegetação de praias e dunas é constituída
pela salsa-de-praia, picão-da-praia e por gramíneas. vegetação de floresta para alcançar o litoral, sofrendo
A jundu é um tipo de vegetação arbórea, com por isso modificações na sua adaptação.
Restingas
Vegetação típica de terrenos arenosos e salinos do litoral, formada por plantas herbáceas e arbustivas.
Assim como os mangues, sofrem ação destrutiva do turismo predatório, dos aterros feitos para construção de
estradas e para ocupação imobiliária e da poluição causada por esgostos.

Localização das formações não-florestais no Brasil

Cerrado Caatinga Pantanal Campos


Paisagem típica do Brasil Central, Vegetação pobre, com plan- Vegetação complexa da Embora haja manchas nas
onde o clima é alternadamente tas xerófilas (adaptadas à planície do Pantanal. Apre- diversas regiões do país,
seco e úmido. Sua vegetação é, escassez de água). Típica do senta espécies das florestas, predominam na Campanha
em geral, rala, com árvores Sertão semi-árido do dos cerrados e dos campos. Gaúcha (pampa gaúcho).
distantes umas das outras. Nordeste.

HIDROGRAFIA
As atividades humanas possuem uma ligação profunda com o elemento líquido do planeta, quer sejam os
oceanos, os rios ou os lagos.
A HIDROGRAFIA se define como a parte da Geografia Física que estuda a porção líquida da terra: as águas
correntes, paradas e oceânicas. Divide-se em hidrografia superficial terrestre, subterrânea e marítima.
OS OCEANOS
Todos os grande oceanos apresentam topografia semelhante, em que as plataformas e os taludes continentais
descem da linha costeira até as planícies abissais, onde se elevam montanhas submarinas. A topografia das
grandes profundidades tem-se revelado através de sondagens acústicas e sísmicas, ao mesmo tempo que se
têm adquirido algumas idéias de sua aparência e composição pelas amostras de rochas colhidas nas
perfurações profundas, comparando-as com antigas rochas oceânicas, que agora fazem parte das montanhas
expostas na porção emersa do planeta.

Características principais dos oceanos


• a vida nos oceanos é abundante e constitui importante fonte de alimentos para o homem;
• o mar é grande fornecedor de produtos químicos e minerais, tais como sais, petróleo, areia, etc.;
• cerca de 50% das reservas mundiais de petróleo estão nos mares;
• a dessalinização da água do mar já é uma realidade em muitos países, principalmente os situados em
regiões áridas;
• os oceanos exercem grande influência no clima;
• os oceanos desempenham importante papel nos setores de transporte e comunicação em todo o mundo;
• como a água possui grande capacidade de armazenar calor, os oceanos desempenham importante papel
como reguladores térmicos ou climáticos.

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Oceano Atlântico Oceano Pacífico


• É o segundo em extensão. • É o mais vasto, possuindo a
maior profundidade.
• Ainda é o mais importante (em
• Apesar do nome, está na região
termos de futuro, espera-se
de maior ocorrência de
uma maior competição na
fenômenos físicos. Região do
importância comercial, devido à
“Círculo do Fogo do Pacífico”.
Bacia do Pacífico – região
• Fornece mais da metade do
comercial japonesa).
pescado do mundo;
• É o resultado do movimento • Suas correntes principais são:
divergente das placas tectônicas. KURO-SIVO, no Japão, a da
• Suas correntes principais são: Golfo, Equatorial Norte, Califórnia nos EUA, a Equatorial Sul, da Austrália Ocidental,
Benguela, Canárias. a Circumpolar Antártica e a corrente de Humboldt, no Peru.
Oceano Índico
• Resultado da fragmentação do continente Gondwana, que se deslocou separando o norte do
subcontinente indiano que, inicialmente, era ligado à África e à Austrália, e da sua colisão com
a placa Indo-australiana.
• Suas correntes principais são: a Ocidental da Austrália, a Equatorial Sul e a de Moçambique.
• Seu grande destaque são as monções que provocam grandes mudanças sazonais na direção
das correntes da superfície.
• Usado na história como rota mercantil, viu aumentar sua importância devido ao petróleo
encontrado no Golfo Pérsico e à construção do Canal de Suez, reduzindo fantasticamente a
rota dos navios.

Classificação dos mares


Classificam-se de acordo com o tipo de ligação que possuem com os oceanos ou outros mares, podendo ser:
• Abertos ou costeiros: ligados aos oceanos por amplas entradas. Ex.: Mar Arábico e Mar das Antilhas, etc.
• Mediterrâneos ou interiores: ligados aos oceanos por estreitos ou canais. Ex.: Mar Negro, Mar Mediterrâneo, etc.
• Isolados ou fechados: quando não se comunicam com oceanos e outros mares, sendo que, no passado, já
tiveram esta comunicação. Ex.: Mar Cáspio, Mar de Aral, etc.
Oceanos e mares
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
IA
ND

EN
RO

MAR DE BEAUFORT MAR DA NORUEGA


G
DA

Círculo Polar Ártico


AR
M

MAR DO NORTE
MAR BÁLTICO MAR DE
BERING
EUROPA
AMÉRICA ÁSIA
DO NORTE
MAR CÁSPIO
MAR
MEDITERRÂNEO MAR NEGRO
Trópico de Câncer OCEANO
PACIFICO
MAR DAS ANTILHAS MAR DA
AMÉRICA MAR VERMELHO
CENTRAL ARÁBIA
Equador OCEANO OCEANO ÁFRICA
PACÍFICO ATLÂNTICO
AMÉRICA
MERIDIANO DE GREENWICH

DO SUL OCEANIA
Trópico de Capricórnio OCEANO
ÍNDICO

Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

ANTÁRTIDA

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Dois mares, dois problemas


O mar Morto, por estar situado em região árida arroz e algodão, irrigando-as com águas desviadas dos
(entre Israel e Jordânia) e apresentar evaporação superior dois principais rios alimentadores do Mar de Aral: os rios
ao recebimento de água doce, é o mais salgado de todos Sirdária e Amudária. Depois disso, o Mar de Aral se viu
os mares. Situa-se numa depressão a 395 m abaixo do reduzido à metade em apenas trinta anos, e continua
nível do mar. O Mar de Aral, localizado entre o Casaquistão diminuindo. E uma catástrofe ecológica se faz anunciada:
e o Ubesquistão, países componentes da ex-URSS, está as águas do Aral regulavam o clima, que se viu alterado; e
morrendo. Sua morte foi decretada quando burocratas do as estepes, irrigadas em demasia, foram transformadas
Partido Socialista, de Moscou, decidiram transformar as em pântanos envenenados com pesticidas agrícolas.
estepes asiáticas centrais em terras para a produção de

Os canais artificiais

O canal do Panamá
As obras do canal tiveram início em 1904, mas só Panamá cedeu perpetuamente os direitos de construção e
foram concluídas em 1914. Sua construção economiza uma exploração do canal, além de uma faixa de 8 quilômetros,
viagem de mais de 20 mil quilômetros, distância que um adjacente a cada margem do canal - a zona de segurança -
navio percorre para ir da costa da América Central até a com 1.432 quilômetros quadrados. Incluíam-se também as
costa leste pela rota do Cabo Horn ou do Estreito de águas dos dois oceanos a uma distância de 5 quilômetros
Magalhães. O canal tem 81 quilômetros de extensão, largura da linha média das marés, juntamente com todas as ilhas
variável de 90 a 350 metros (as eclusas, 33,5 por 305 metros) que estivessem dentro dessa faixa.
e profundidade entre 12 e 30 metros. Três grupos de Entretanto, de acordo com o Tratado Carter-Torrijos,
comportas (Miraflores, Pedro Miguel e Gatún) compensam assinado em 1977, a posse do canal foi transferida para o
o desnível entre os dois oceanos. Uma ferrovia de 77 Panamá no final de 1999, quando os norte-americanos se
quilômetros de extensão acompanha o canal, ligando as retirararam em caráter definitivo, mas reservando-se o direito
cidades de Panamá (no Pacífico) e Cólon (no Atlântico). de reocupá-lo caso sua segurança seja ameaçada.
Nos acordos assinados no início do século, o
RETIRADO DO LIVRO - VIÉGAS, Sílvio E BORBA, Nívia. - TERRA PLANETA DE GEOGRAFIA. EIXO SUL.

Canal do Panamá
Lago Gatún

Lago Miraflores

Canal de Suez
Construído para escoar o tráfego marítimo en- egípcio Gamal Abdul Nasser nacionalizou a
tre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Possui 173 companhia, dando origem ao conflito de Suez, entre o
Km de extensão, estendendo-se deste Port Said, no Egito e a Grã-Bretanha, França e Israel, e durante o
Mediterrâneo, até o porto de Suez, atravessando o qual os egípcios bloquearam o canal com navios
lago Amargos. Foi inaugurado em novembro de 1869, afundados. Bloqueado de novo em 1967, durante a
permitindo reduzir a viagem até a Índia em mais de guerra dos Seis Dias, o canal foi reaberto em julho de
11.000 Km. Foi administrado até 1875 por uma 1975. Alargado para permitir a passagem de petroleiros
companhia francesa, da qual a Grã-Bretanha se tornou e totalmente sob o controle do Egito, o canal é utilizado
a principal acionista até 1956. Nesse ano, o presidente por mais de 20.000 navios por ano.

AS CORRENTES MARÍTIMAS
As correntes marítimas são resultado da efeito Coriolis. As correntes circulam, ao norte do
combinação de vários elementos: o atrito dos ventos, o Equador, em sentido horário e ao sul do equador, em
calor do sol, a rotação da Terra, as diferentes sentido anti-horário, ao contrário das correntes do norte.
densidades da água dos oceanos. Esses elementos A densidade da água do mar aumenta à medida
são capazes de deslocar grandes volumes de água. que sua temperatura cai e a salinidade aumenta. O
O movimento de rotação da Terra e a formação Sol, aquecendo as águas equatorias, torna-as menos
e posição das massas continentais afetam a direção densas, porém a evaporação aumenta a sua salinidade.
que as correntes tomam. O gelo e o ar frio esfriam as temperaturas das águas
O desvio dos corpos em movimento, devido ao polares. A chuva e o gelo em fusão e os rios diluem a
movimento da rotação da Terra, é conhecido como o salinidade.
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Agora citaremos apenas algumas correntes mais importantes, com suas áreas de atuação.
• Labrador: acentua o rigor climático da costa oriental dos EUA, (invernos rigorosos em Nova York) atingindo sua
rigorosidade no litoral leste do Canadá.
• Golfo ou Gulf Stream: conhecida ainda como corrente do México, ameniza os rigores climáticos da costa
ocidental européia, atuando no litoral das ilhas Britânicas e atingindo até parte da península de Kola, na Rússia.
• Humboldt: conhecida, também, como corrente do norte do Chile, provoca uma grande aridez nesta região,
sendo responsável pela presença do deserto de Atacama, considerado um dos mais áridos do mundo.
• Califórnia: atua na região Sudoeste dos EUA, acentuando sua aridez na área litorânea e provocando, também,
o aparecimento de deserto nesta área.
• Benguela: atua no Sudoeste da Costa ocidental da África, acentua sua aridez e é responsável, também, pela
presença do deserto da Namíbia, também conhecido como Calaari.

A POLUIÇÃO DOS OCEANOS


A utilização maciça dos oceanos como meio de As rotas dos petroleiros são consideradas zonas
transporte, combinada com o “modus vivendi” da de alto risco de poluição, devido, entre outras razões, aos
sociedade contemporânea, tem trazido enormes constantes vazamentos e à possibilidade de naufrágio. Nas
problemas de cunho ecológico, traduzidos em poluição das zonas de poluição marítima permanente e muito
águas oceânicas, com graves problemas para o acentuada, o vínculo com a poluição petrolífera é evidente:
ecossistema marinho. trata-se de locais onde se encontram terminais marítimos,
O mar é grande fornecedor de alimentos para a por onde o petróleo é exportado ou importado, ou nas
humanidade. Esse fato tem sido alterado, graças à uti- plataformas continentais, onde é explorado. Nos dois
lização dos oceanos como meio de transporte da princi- exemplos, o vazamento de petróleo é uma constante. As
pal fonte de energia do mundo moderno: o petróleo. áreas hidrográficas mais poluídas do mundo são as
Além de ser utilizado como transporte, os oceanos regiões de grandes movimentos econômicos, como
têm sido usados como depósitos de lixo de várias origens, exemplo os grandes portos recebedores e exportadores
quer sejam urbanos, quer sejam de detritos radioativos. de petróleo.

As águas continentais
As águas acumuladas nas áreas emersas recebem Os rios são de fundamental importância para a
a denominação de águas continentais e são representadas organização do espaço: as primeiras civilizações humanas
pelos rios, lagos e geleiras, à exceção dos antigos lagos se estabeleceram às margens de rios - Tigre, Eufrates e
de origem marinha. Estas águas são conhecidas como Nilo.
águas doces. A importância das águas fluviais vai mais além:
As águas dos lençóis subterrâneos escoam, propiciam a navegação, quando estabelecidas em uma
acompanhando a declividade da camada rochosa, que, planície; permitem a construção de usinas geradoras de
em determinado ponto, pode encontrar-se com o nível energia elétrica, quando estabelecidas em regiões
superficial. Aí surgem as nascentes, bicas, olhos d’água. planálticas; abastecem as populações; proporcionam a
Essa é uma das formas pela qual um rio tem origem. Sua irrigação, favorecendo a atividade agrícola. Sua atuação
origem pode ser também conseqüência de alta sobre o relevo é de extrema importância, formando
pluviosidade, do degelo nival do alto das montanhas, ou planícies aluviais, férteis, permitindo a concentração
do transbordamento dos lagos. populacional, graças à fertilidade de seus solos.
O trabalho dos rios
Em seu caminho, da nascente à foz, o rio exerce mistura com as suas águas, como é o caso da argila, da
as atividades de: destruição, transporte e deposição. silte, que somente são depositados quando as águas
O trabalho de destruição consiste em escavar seu diminuem a velocidade e a agitação, como quando um rio
leito. Este trabalho é realizado tanto mais rápido quanto encontra um lago ou uma represa.
maior for o volume de suas águas, a rapidez da corrente e O trabalho de construção do rio é feito através da
a quantidade de materiais carregados. Onde são deposição do material desagregado nas suas margens,
encontrados obstáculos, representados por rochas mais formando as planícies aluviais.
resistentes, as águas, ao forçar seu caminho, formam O resultado dos trabalhos de destruição que são
corredeiras; se existe um desnível, vão formando as executados pelos rios é percebido ao longo de seu curso
vertentes dos vales. fluvial, quando podem ser observados vales de formas
O rio realiza o trabalho de transporte carreando diferentes: em forma de U, em forma de V, ou em forma de
materiais desagregados nas margens e nos vales para fundo chato.
suas águas. O transporte é realizado de diferentes A drenagem fluvial é composta por um conjunto de
maneiras, como: material em solução, dissolvidos em canais de escoamento interligados, formando a bacia de
suas águas; material em suspensão, transportados em drenagem.
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ELEMENTOS DE UMA REDE HIDROGRÁFICA


As partes de um rio:

• Leito: é o canal por onde o rio escoa suas águas. • Débito, descarga ou vazão é a quantidade de
• Margens: são as bordas de seu leito; temos a água que passa por determinado ponto durante
margem direita e a margem esquerda. um determinado tempo - segundo, minuto, hora.
O volume das águas de um rio varia no decorrer
• Afluentes: são os rios que desaguam no rio principal.
do ano, e é chamado regime do rio. O regime do
• Vertentes: são as encostas das elevações que rio depende, em grande parte, da origem de suas
margeiam a rede hidrográfica. águas. Outros fatores podem influir sobre o re-
• Rede hidrográfica: é o conjunto do rio e seus gime fluvial: a natureza do solo, o relevo, a
afluentes e subafluentes. presença, ou não, de florestas e de lagos.
• Curso de um rio é o caminho percorrido por ele, • Vales fluviais significam a parte que se estende
da nascente até a foz. de um interflúvio a outro, abrangendo o talvegue,
• O curso do rio é dividido em três partes: curso o leito, as margens e as vertentes, que são as la-
superior, próximo à nascente ou cabeceira; curso terais dos vales fluviais, desde a margem até o interflúvio.
médio, na metade de seu curso e curso inferior, • Talvegue é a parte mais profunda no leito do rio.
próximo à foz. • Foz ou embocadura é o ponto em que termina um
• Bacia hidrográfica é toda a região banhada por rio, podendo ser foz em estuário, quando
um rio principal, seus afluentes, seus subafluentes apresenta apenas uma saída no mar, foz em delta
e as terras banhadas por eles. com várias saídas e foz mista, ou seja, os dois
• Subafluentes são os rios secundários que casos em um só rio, exemplo rio Amazonas.
desaguam nos rios afluentes. • Regime fluvial é a variação sazonal do volume de
• Nascente ou cabeceira é onde nasce o rio, e foz é água do rio durante um ano.
onde o rio joga suas águas em outro rio ou no mar. • Jusante: é a parte do rio em direção à foz a partir
• Divisor de águas são as elevações - montanhas, de determinada parte do rio.
serras, morros, - que separam as águas de um • Montante: é a parte do rio em direção à nascente
rio de outro rio, ou interflúvios. a partir de determinada parte do rio.

Bacia do Rio Capibaribe, em


Pernambuco. Margem esquerda
Afluente Rio C
apiba
ibe ribe
ar
apib
Nascente
oC
Confluência Ri
Subafluente
Afluente

o
Margem direita Foz

tic
lân
FONTE: AZEVEDO GG, MARQUES Recife
At
SANTOS. PANORAMA DO BRASIL,
no
ea

VOL. 1, PÁG. 78. ED. ATUAL.


Oc

Esquema de um 1
A B C
curso fluvial:

A - Curso superior 2 3 4
B - Curso médio
C - Curso inferior

1. Vale fluvial
2. Meandro
3. Desembocadura
em delta
4. Oceano

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Classificação das bacias


Exorréica  Quando o escoamento da água se faz de modo contínuo, da nascente até o oceano.
Endorréica  Quando a drenagem é interna, desembocando em lagos ou mares fechados.
Arréicas  Quando a drenagem aparece em climas áridos ou semi-áridos, e desaparecem (rios
intermitentes ou temporários).
Criptorréicas  Quando os rios são subterrâneos, próprios de regiões calcárias, chamados na geologia de
terrenos de Kars’t.

OS RIOS BRASILEIROS
O Brasil possui uma rede fluvial das mais ricas e extensas da Terra, graças à sua extensão territorial, suas
características morfológicas e, também, às suas condições favoráveis de pluviosidade.
Três divisores de água separam as águas fluviais brasileiras. São eles: a Cordilheira dos Andes, o Planalto
das Guianas e o Planalto Brasileiro.
As principais características da hidrografia brasileira são:
• A grande riqueza fluvial em quantidade, extensão e volume de água. O Brasil possui a mais extensa bacia
fluvial do mundo – a Bacia Amazônica –, e o mais caudaloso rio do mundo – o Rio Amazonas, que despeja
no Atlântico 120.000m3 de água por segundo. Segundo medidas recentes, é o rio mais extenso do mundo.
• A pobreza em lagos, em virtude de suas características estruturais. Aqui não existem lagos tectônicos,
vulcânicos, residuais ou de origem glacial. Nossos lagos podem ser agrupados em três tipos: costeiros,
que são formados pelo fechamento de uma restinga, como é o caso da lagoa dos Patos, Mirim e Mangueira,
no Rio Grande do Sul, e Araruama e Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; fluviais, ou de transbordamento,
formados pelo transbordamento das águas de um rio, como Manacapuru, no Amazonas, Mandioré e Cárceres,
no Mato Grosso, e lagos mistos como Lagoa Feia, no Rio de Janeiro, e Manguaba, em Alagoas.
• A maior parte dos rios brasileiros são planálticos, facilitando o aproveitamento do potencial hidrelétrico e
dificultando a sua utilização como meio de transporte.
• Predomínio do regime pluvial; ou seja, nossos rios são alimentados pelas chuvas, uma vez que a maior parte
do país possui clima equatorial e tropical, exceção apenas feita ao Rio Amazonas, que recebe parte de
suas águas de degelo andino. Em decorrência do regime pluvial, quando a estação seca se prolonga,
alguns rios, como os do sertão nordestino, desaparecem: são os rios temporários ou intermitentes.
• O predomínio dos rios perenes e de drenagem exorréica.
• O predomínio de foz do tipo estuário, através de um único canal. Excepcionalmente ocorre a foz do tipo
delta, como o Rio Parnaíba, no Maranhão/Piauí, e foz mista, como o Rio Amazonas.
Os rios brasileiros são subaproveitados, para a navegação sua utilização é inferior a 3% da carga transportada,
e, apesar do grande potencial, utiliza-se menos de 25% do seu potencial estimado.

As principais bacias hidrográficas brasileiras

Os rios brasileiros estão agrupados em quatro


bacias – a Amazônica, a Platina, a
Tocantins-Araguaia e a São Francisco e
em três bacias secundárias – a bacia do
Nordeste, a do Leste e a do Sudeste, que
não têm um rio principal como eixo, por isso
recebendo essa denominação. Bacias
I - Amazônica
II - Araguaia - Tocantins
III - São Francisco
IV - Paraguai
V - Paraná
VI - Uruguai
Oceano Atlântico
VII - Nordeste
VIII - Leste Escala
IX - Sul - Sudeste 0 240 480
Km

Divisão das bacias hidrográficas brasileiras


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I - BACIA AMAZÔNICA
Maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica está situada entre o Planalto das Guianas (ao norte),
o Planalto Central (ao sul), o Oceano Atlântico (a leste) e os Andes (a oeste), abrangendo uma área total de
6,5 milhões de km2, dos quais 3,9 milhões de km2 drenam o Brasil. A Bacia Amazônica drena as terras dos
seguintes países: Güiana Francesa, Suriname, Güiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia.
Seu principal rio, o Amazonas, nasce nos Andes Peruanos, recebendo várias denominações, como Vilcanota
e Ucayali, penetrando no Brasil com o nome de Solimões e, após receber as águas do Rio Negro, passa a
denominar-se Amazonas.
A Bacia Amazônica é de planície, possuindo cerca de 20.000 km de percurso navegável, tendo ao longo de
sua extensão em território brasileiro um desnível de apenas 60 m, origem de sua importância para a região Norte.
Atravessada ao norte pela linha do equador, a Bacia Amazônica alimenta-se das chuvas que ocorrem em
ambos os hemisférios, conforme a época do ano. As cheias proporcionadas pelas chuvas do hemisfério sul
ocorrem de novembro a março e as proporcionadas pelas chuvas do hemisfério norte acontecem de abril a
julho.

II - BACIA DO TOCANTINS - ARAGUAIA


A bacia do Tocantins - Araguaia é a maior, totalmente brasileira e a terceira em potencial hidrelétrico do país.
Ocupa uma área de cerca de 800.000 km2 e apresenta um potencial hidrelétrico de mais de 12.000 MW. No
curso inferior do rio Tocantins, encontra-se a hidrelétrica de Tucuruí, a maior usina totalmente brasileira, que
abastece grandes projetos minerais, como Carajás – extração e escoamento de minério de ferro e outros
minérios – e Albrás – produção de alumínio.
Veja no mapa o sentido de suas águas. O maior afluente do Rio Tocantins é o Araguaia, que faz a divisa entre
MT e TO; é um rio navegável e, no seu curso médio, aparece a ilha de Bananal, no estado do Tocantins,
considerada a maior ilha fluvial do mundo. Esta região tem-se desenvolvido nos últimos anos pelo famoso
turismo da pesca.

III - BACIA DO SÃO FRANCISCO


Trata-se de uma das mais importantes bacias hidrográficas do Brasil. É formada pelo Rio São Francisco e
seus afluentes, abrangendo cerca de 630.000 km2, aproximadamente 7,5% do território brasileiro.
Desfruta de boa localização geográfica e seu rio principal, correndo na direção geral sul-norte, interliga as
duas regiões brasileiras de mais antigo povoamento: a Sudeste e a Nordeste.
Tem aproveitamento diversificado. Sendo uma bacia de planalto, possui, ainda, um longo trecho navegável,
entre Pirapora (Minas Gerais) e Juazeiro (Bahia) /Petrolina (Pernambuco) e na planície litorânea, entre
Piranhas e a foz. É aproveitado na produção de energia hidrelétrica – usinas de Três Marias, Paulo Afonso,
Sobradinho, Moxotó –, também sendo aproveitado na irrigação e para consumo doméstico.

(As bacias IV, V e VI formam, fora do Brasil, a Bacia do Prata)

IV - BACIA DO PARAGUAI
A Bacia do Rio Paraguai é formada por rios de planície e destaca-se pelo seu aproveitamento na prática da
navegação, oferecendo oportunidade de se ligar a outras bacias, especialmente à do Paraná.
A navegação é feita tanto no Rio Paraguai, como nos seus afluentes; sua navegação é internacional. Os
portos mais importantes são: o Porto de Corumbá e o Porto Murtinho, sendo o primeiro o mais importante.
Pelo Rio Paraguai são escoados muitos produtos, destacando-se o minério de manganês, extraído do Maciço
do Urucum.
O Rio Paraguai atravessa a planície do Pantanal, sendo responsável por suas inundações anuais.

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V - BACIA DO PARANÁ
É a maior das três bacias que formam a Bacia Platina, possuindo cerca de 900.000 km2,sendo que o Rio
Paraná tem 4.025 Km de extensão. É formada pelo encontro dos rios Grande e Paranaíba. Drena a região
mais desenvolvida do país.
A Bacia do Paraná possui a maior potência hidráulica instalada, tendo como destaque grandes usinas:
• No Rio Paraná: Jupiá e Ilha Solteira (Complexo de Urubupungá) e Itaipu;
• No Rio Grande: Furnas, Peixoto, Jaguara, Volta Grande;
• No Rio Paranaíba: Cachoeira Dourada, Itumbiara e São Simão;
• No Rio Tietê: Promissão, Barra Bonita, Ibitinga e Bariri;
• No Rio Paranapanema: Jurumirim, Xavantes e Capivara, entre outras.
O regime do Rio Paraná depende das chuvas de verão. Assim sendo, as cheias ocorrem de dezembro a
março.

VI - BACIA DO URUGUAI
O Rio Uruguai nasce no Brasil pela união dos rios Canoas (Santa Catarina) e Pelotas (Rio Grande do Sul),
servindo de divisa a esses dois estados. Separa, também, o Brasil da Argentina e a Argentina do Uruguai.
O seu curso superior é planáltico e encachoeirado. O trecho entre São Borja e Uruguaiana é mais navegável,
por ser de planície.
Seu regime é subtropical, com duas cheias e duas vazantes anuais.
Bacias agrupadas ou secundárias:

VII - BACIA DO NORDESTE


• Área: 10% do Brasil. Estende-se do Maranhão até Alagoas. Apresenta rios perenes no Maranhão e
intermitentes a partir do Piauí. O rio Parnaíba é divisor destes regimes, margens da esquerda perenes, direita
intermitentes. No Maranhão, o Mearim, Itapecuru, Pindaré, Grajaú são destaques. Os demais rios do Piauí
até Alagoas são quase sempre temporários, com exceção para o rio Jaguaribe no Ceará, que foi perenizado
artificialmente.

VIII - BACIA DO LESTE


• Área: 7% do Brasil. Estende-se do litoral de Sergipe até o sul de São Paulo. Apesar de serem rios de
planaltos, seus potenciais não são elevados. Destaques: Paraguaçu, Contas, Pardo, Jequitinhonha, Doce e
Paraíba do Sul, estes dois últimos mais importantes para a economia.

IX - BACIA SUL - SUDESTE


• Área: 3% do Brasil. Estende-se do litoral sul de São Paulo até o arroio Chuí - Rio Grande do Sul.
• Parte desta bacia é utilizada na navegação, possuindo baixo potencial hidrelétrico.
• Rios de destaque: Ribeira de Iguapé, Itajaí, Tubarão, Camaquã, Jacuí (em Porto Alegre é chamado
Guaíba).
• No Rio Grande do Sul, alguns rios são utilizados em projetos de irrigação.

Geografia - M1 55
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Bibliografia Básica
ABREU, Sílvio Viégas e BORBA, Nívia Maria - Planeta Terra. Vol 1 e 2. Ed. Brasil. 1997.
ADAS, Melhem. Panorama Geográfico do Brasil. Ed. Moderna. São Paulo.SP. 1993.
ANTUNES, Celso. Geografia do Brasil. Ed. Scipione. São Paulo. SP.
CHRISTOFOLETTI, Antônio. Geografia para o mundo atual. Vol. 1. Análise Ambiental. São Paulo. SP.
__________. Edgar Blücher. Geomorfologia. Ed. Universidade de São Paulo. SP. 1974.
COELHO, Marcos Amorim. Geografia Geral - O Espaço natural e sócio-econômico - 3ª Edição reformulada.
Ed. Moderna. São Paulo. 1995.
__________. Geografia do Brasil. Ed. Moderna. São Paulo. 1992.
EICHER, Don L. Tempo Geológico. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 1969.
DANA, James D. EHURLBUT, Cornelius S. Jr. Manual de Minerologia. 3ª ed. rev. e atualizada. Livros
Técnicos e Científicos. Rio de Janeiro. 1976.
GARCIA, Hélio Carlos e GARAVELHO, Tito Márcio. Geografia do Brasil: Dinâmica e Contrastes.
São Paulo. Ed. Scipione.
GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário Geológico-geomorfológico. 4ª ed. FIBGE. Rio de Janeiro. 1975.
LEINZ, Vicktor e AMARAL, Sérgio Estanislau. Geologia Geral. 6ª Ed.. Companhia Editora Nacional.
São Paulo. 1975.
LEINZ, Vicktor e LEONARDOS, Othon Henry. Glossário Geológico. Companhia Editora Nacional. Ed.
Universidade de São Paulo. São Paulo. 1971.
LUCCI, Elian Alabi. O sistema TERRA. Geografia Geral. Ed. Saraiva. São Paulo. 1988.
MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. A Nova Geografia. Estudos de Geografia da América. Ed.
Moderna. São Paulo. 1994.
MOREIRA, Carlos João e SENE, Eustáquio de. Espaço Geográfico Globalizado - Geografia Geral e do
Brasil. Ed. Scipione. 1997.
MORRISON, Tony. Os Andes. Ed. Cidade Cultural Ltda. Rio de Janeiro. 1984.
OLIVA, Jaime e R. GianSannti. Temas da Geografia Mundial. Ed. Atual. 1996.
OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia Moderna. 2ª ed. Editora FIBGE. Rio de Janeiro. 1973.
PENTEADO, Margarida. Fundamentos de Geomorfologia IBGE, 3ª ed., Rio de Janeiro, 1983.
PEREIRA, Diamantino A. Correia; SANTOS, Douglas e CARVALHO, Marcos Bernadino. Geografia - Ciência
do Espaço. O espaço mundial. Atual Editora Ltda. São Paulo. 1991.
______________________. Geografia - Ciência do Espaço. O espaço brasileiro. Atual Editora Ltda.
São Paulo. 1991.
ROLIM, M. Augusta; POVOA, Liberato e BITTERMANN, R. Fernandes. Geografia 2. Editora Lê. Belo Horizonte.
MG. 1991.
RHODES, W. Fairbridge. História da Terra. Artes Gráficas Toledo S.A. Lisboa Portugal.
SILVA, José Herculano e AZZI, Ricardo Gurgel. Geografia. Ed. Nova Cultural. São Paulo. 1993.
STERLING, Tom. A Amazônia. Ed. Cidade Cultural Ltda. Rio de Janeiro. 1984.
SWIFT, Jeremy. O Saara. Ed. Cidade Cultural Ltda. Rio de Janeiro. 1984.
TIBÚRCIO, José Arnaldo e COIMBRA, Pedro. Geografia - Uma análise do espaço geográfico. Editora
Harbra Ltda. São Paulo. 1993.
Periódicos: Revistas VEJA, ISTO É, CIÊNCIA HOJE, HORIZONTE REVISTA.
Jornais: Folha de S. Paulo. Estado de São Paulo, Jornal do Brasil.

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57 cor preto

Tecnologia Novo Rumo de Ensino

GEOGRAFIA

Cartografia

1) (ENEM) Um determinado município representado 3) (UFMG) Em 1984, o navegador Amyr Klink


na planta abaixo, dividido em regiões de A a I, atravessou o Atlântico remando seu barco Paraty.
com altitudes de terrenos indicadas por curvas de Conforme mos-tra o mapa apresentado a seguir,
nível, precisa decidir pela localização das ele saiu de Lüderitz, na Namíbia, África, e chegou
seguintes obras: a Salvador, Bahia, Brasil.
1. Instalação de um parque industrial.
2. Instalação de uma torre de transmissão e
recepção.
12/9 25/8
6/8 28/7
19/09/84 1/9
N 6/9 5/8
26/6
40 A B C 14/7

30 15/6 10/06/84

20
F
10 D E

Escala aproximada 0 666km


G I
H
1:100.000 FONTE: KLINK, A. – CEM DIAS ENTRE O CÉU E O MAR.
Cidade Rios 17 ED. RIO DE JANEIRO. JOSÉ OLYMPIO, 1986 - PÁG. 90-91.

Vegetação Rodovia

Todas as alternativas estão de acordo com as


Considerando impacto ambiental e adequação, as informações fornecidas pelo mapa, EXCETO:
regiões onde deveriam ser, de preferência, a) A trajetória escolhida estendeu-se pelos
instaladas indústrias e torres, são, hemisférios oriental e ocidental, mas sempre
respectivamente: no Atlântico Sul.
a) E e G c) I e E e) E e F b) A viagem transcorreu em sentido contrário ao
b) H e A d) B e I do movimento aparente do Sol.
c) O barco, no dia 15/08, atingiu a posição SW
2) (UFC) Considere um mapa geográfico cuja escala da ilha de Ascensão.
é de 1/1.000.000, e a distância em linha reta entre
duas cidades é de aproximadamente 7cm. d) O navegador, no dia 01/09, cruzou as
Assinale a alternativa que indica corretamente a coordenadas de 25º Long. W e 10º Lat. S.
distância real entre as duas cidades. e) O viajante, a partir do dia 15/06, adentrou-se
a) 700 km. c) 7 km. e) 170 km. pela zona intertropical.

b) 70 km. d) 7.000 km.


Geografia - M1 57
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4) Com base no mapa apresentado, a afirmativa 6) (UFMG) Considere, novamente, o mapa apresentado.
INCORRETA é: Sabendo-se que são 12 horas em Londres, todas
as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) Os pontos 1 e 3 têm, aproximadamente, a mesma
hora.
b) A hora oficial de Brasília é 9 horas, no inverno
brasileiro.
c) O Sol começa a aparecer na costa oeste dos
Estados Unidos.
d) Os pontos localizados ao longo do Equador têm
a mesma hora.
1 cm = 400 km
e) Os relógios em Tóquio marcam, aproxi-
madamente, 21 horas.
a) A distância aproximada do ponto A ao ponto B
é de 600 quilômetros. 7) (UFOP-MG) Sobre as representações cartográficas,
b) A diferença horária encontrada nos extremos assinale a alternativa INCORRETA:
leste e oeste é de aproximadamente 4 horas. a) A projeção de Mercator conserva a forma das
c) A zona climática desta área principal é tórrida. massas continentais mas distorce as áreas
relativas, ou escalas, dos continentes.
d) A porção continental cartografada encontra-se
inteiramente no hemisfério ocidental. b) O planisfério de Mercator é o mapa-múndi usado
como padrão nos livros e atlas porque ele
representa com maior objetividade a constituição
INSTRUÇÃO: As questões 5 e 6 relacionam-se com o
geomorfológica do planeta.
mapa:
c) O planisfério de Arno Peters reflete uma posição
terceiro-mundista e sedimenta sob o ponto de
vista cartográfico as reivindicações de uma maior
igualdade entre os Estados.
d) Os mapas e as cartas representam uma fonte de
poder, na medida em que servem como
instrumentos de conhecimento e controle de um
território.
e) Na projeção de Peters, as áreas dos continentes
e países do hemisfério sul adquirem maior
dimensão que as do hemisfério norte, corrigindo,
desse modo, a subes-timação presente nas
projeções baseadas em Mercator.
5) (UFMG) Observe os pontos numerados de 1 a 6
no mapa. 8) (PUC-MG) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre
Considerando a posição desses pontos e outros pelas 24 horas de duração do movimento de
conhecimentos sobre coordenadas geográficas, __________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus
todas as afirmativas estão corretas, EXCETO: que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada
uma das 24 divisões da Terra corresponde a um
a) Os pontos mais setentrionais estão
___________________________.
localizados no Hemisfério Ocidental.
Para que o texto fique ADEQUADAMENTE
b) Os pontos da parte oriental do hemisfério sul
preenchido, as lacunas devem ser completadas,
estão em baixas latitudes.
respectivamente, por:
c) O ponto 2 está em mais alta latitude.
a) translação e meridiano
d) Os pontos 5 e 6 estão em latitudes
b) translação e paralelo
equivalentes.
c) rotação e círculo
e) O ponto 2 está em grau mais elevado quanto
à longitude. d) rotação e fuso horário

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9) (ICMG) O Brasil é abrangido por 4 (quatro) fusos horários, delimitados no mapa. Assim, quando em Minas
Gerais forem 10 (dez) horas, em São Paulo e Manaus, serão respectivamente:

a) 9 e 10 horas.
b) 10 e 9 horas.
c) 8 e 9 horas.
d) 10 e 11 horas.
e) 11 e 12 horas.

10) (ENEM) “Casa que não entra sol, entra médico”. Esse antigo ditado reforça a importância de, ao construirmos
casas, darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma a garantir o máximo conforto térmico e
salubridade.
Assim, confrontando casas construídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e em Curitiba (ao sul do
Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos não devem estar
voltadas, respectivamente, para os pontos cardeais:
a) norte / sul.
b) sul / norte.
c) leste / oeste.
d) oeste / leste.
e) oeste / oeste.

11) (FEMM) Todas as afirmativas relacionadas com o movimento que a Terra executa ao redor do Sol estão
corretas, EXCETO:
a) A duração desse movimento é de 24 horas, ou, mais precisamente, de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.
b) Dependendo da posição da Terra em relação ao Sol, os hemisférios Norte e Sul poderão ser igual ou
desigualmente iluminados.
c) No dia 21 de dezembro os hemisférios, Norte e Sul, estão desigualmente iluminados. Essa data marca
o solstício de verão no hemisfério Sul.
d) No dia 21 de março os hemisférios, Norte e Sul, estão igualmente iluminados. Essa data marca o
equinócio de primavera no hemisfério Norte.

12) (FCM) Os mapas podem ser divididos em três categorias básicas: escalas grandes, médias e pequenas.
Para cada tipo de representação existe uma escala numérica apropriada.
Associe as finalidades dos mapas com as escalas numéricas apropriadas e marque a seguir a SEQÜÊNCIA
CORRETA.
1- Plantas arquitetônicas
2- Plantas urbanas
3- Cartas topográficas
4- Planisférios

( ) 1:500 a 1:20.000 a) 4 - 3 - 1
( ) 1:25.000 a 1:250.000 b) 2 - 3 - 1
( ) 1:50 a 1:100 c) 4 - 2 - 1
d) 2 - 3 - 4

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13) (Diamantina) Tomando-se como ponto de 15) (UFRS) Num mapa geográfico de escala não referida, a
referência uma cidade X, localizada a 40 graus menor distância entre duas cidades é representada por
de longitude leste em que os relógios marcam 20 5cm. Sabendo-se que a distância real entre ambas é de
horas, que horas serão na cidade Y localizada a 250km, em linha reta, é correto concluir que o mapa foi
140 graus de longitude oeste? desenhado na escala de:
a) 20 horas do dia anterior. a) 1:50 d) 1:500.000
b) 8 horas da manhã do mesmo dia. b) 1:250.000 e) 1:2.500.000
c) 20 horas do dia seguinte. c) 1:5.000.000
d) 8 horas da manhã do dia seguinte.
16) (Diamantina) Dado um mapa de escala não referida,
e) 16 horas do mesmo dia.
a distância em linha reta entre duas cidades é de
8cm. Sabendo-se que a distância real entre ambas
14) (UFMG) Suponha que sejam 9 horas em Belo
é de 400km em linha reta, qual a escala em que o
Horizonte e que você, estando aqui, precisa plane-
mapa foi desenhado?
jar uma ligação interurbana para uma pessoa em
Rio Branco, Acre, que poderá ser encontrada, nessa a) 1:5.000.000 d) 1:500.000.000
cidade, às 11 horas, hora local desse Estado. b) 1:500.000 e) 1:5.000
Nesse caso, você deve: c) 1:50.000
a) aguardar duas horas para fazer sua ligação
porque no Brasil, embora sejam reconhecidos 17) (FGV-SP) A distância real entre São Francisco e Nova
os limites teóricos dos fusos horários de 15º Iorque é de 4200km. A distância sobre a carta é de
105mm. Com base nesses dados, assinale a alter-
de longitude, consideram-se apenas os limites
nativa que indica corretamente a escala desse mapa:
práticos definidos pelas fronteiras estaduais.
b) aguardar que sejam 11 horas em Brasília, hora
oficial do país, que se aplica a toda a porção
ocidental do território brasileiro.
c) fazer sua ligação, imediatamente, porque o
horário do fuso em que se encontra o Estado de
Minas Gerais é de duas horas a menos em relação
ao fuso da porção mais ocidental do Brasil.
d) ligar às 13 horas, no horário de Belo Horizonte,
porque o horário do fuso em que se encontra
o Estado de Minas Gerais é adiantado em duas
horas em relação ao da porção mais ocidental a) 1:400.000 d) 1:40.000.000
do Brasil. b) 1:4.200.000 e) 1:105.000.000
c) 1:10.500.000
18) (UFMG) Observe o bloco-diagrama e o mapa.
Considerando-se que a paisagem representada no bloco-diagrama e no mapa é a mesma, é INCORRETO
afirmar que
a) a interpretação do mapa permite constatar as
variações topográficas da área retratada, em que
se distinguem um relevo plano próximo ao rio e
montanhoso ao norte.
b) a legenda que acompanha o mapa expressa, por
43°50’ 43°48’ Legenda:
meio de uma simbologia específica, os principais
19°45’ 19°45’ elementos da paisagem observados no bloco-
Curso de água
diagrama.
Ponte
c) a paisagem retratada no bloco-diagrama foi
Escala 1:50.000

Túnel
simplificada no mapa, embora possam ser
Rede viária observadas, em ambos, as principais formas de
Área industrial aproveitamento do espaço.
19°47’ 19°47’ Área urbana d) a presença de uma rede de coordenadas
43°50’ 43°48’ Cultivo agrícola
geográficas, formada por meridianos e paralelos,
permite a localização segura da paisagem retratada
no mapa.

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19) (UFV-MG) Um avião sai do Rio de Janeiro – 22) (Mackenzie-SP) Preencha o espaço em branco
45° W, às 14 horas, com destino a Fernando de com a alternativa que convém:
Noronha – 30° W. O vôo é de 3 horas. Que horas O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial
serão na ilha quando esse avião aterrissar? ou de Greenwich, situando-se, portanto,
a) 16 horas. d) 19 horas. inteiramente no hemisfério ocidental. Sendo
cortado, ao norte, pela linha ________, apresenta
b) 17 horas. e) 20 horas.
7% de suas terras no hemisfério ________ e 93%
c) 18 horas. no hemisfério ________. Ao sul é cortado pelo
trópico de ________.
20) (UFMG) Observe os mapas topográficos.
a) do Equador - setentrional - meridional -
Região A Região B Capricórnio.
b) do meridiano de Greenwich - meridional -
setentrional - Câncer.
c) inicial - oriental - ocidental - Câncer.
d) do Equador - ocidental - oriental - Câncer.
escala 1:100.000 escala 1:100.000 e) do meridiano de Greenwich - setentrional -
meridional - Câncer.
A partir da análise e da interpretação desses mapas,
todas as afirmativas estão corretas, EXCETO: 23) (UFSM)
a) As águas fluviais da região B escoam-se mais Círculo Polar Ártico
lentamente que as da região A.
160° 120° 80° 40° 0° 40° 80° 120° 160°
b) As áreas de planície da região B são menos
extensas que as da região A.
c) O relevo da região B é mais acidentado que o
da região A. 40° 40°
d) O relevo da região B é mais sujeito à erosão
que o da região A. 0° 0°
e) Os rios da região B são mais encaixados que
os da região A. 40° 40°

21) Analisando as informações contidas na figura 160° 120° 80° 40° 0° 40° 80° 120° 160°
abaixo, pode-se afirmar, EXCETO:
COELHO, M. de A. “Geografia geral - O espaço natural e
sócio-econômico”. São Paulo: Moderna, 1996, p.305

12 ASSERÇÃO
Na projeção de Mercátor, a Groenlândia aparece
maior que o Brasil, entretanto tem apenas 1/4 da
área desse país,
PORQUE

RAZÃO
essa projeção mantém a forma dos continentes
e países mas distorce suas áreas, e as distorções
aumentam com a latitude.
a) A posição 2 marca o início das estações a) Asserção correta, razão correta, e a razão
extremadas nos dois hemisférios. justifica a asserção.
b) O sol encontra-se a zênite no Trópico de b) Asserção correta, razão correta, mas a razão
Capricórnio, na posição 3. não justifica a asserção.
c) Na posição 1 ocorre o solstício de verão do c) Asserção correta, razão errada.
hemisfério norte. d) Asserção correta, razão correta.
d) Na posição 2 ocorrem os equinócios. e) Asserção e razão erradas.

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24) (Univ. Itaúna) Sendo 13 horas em Londres, e 26) (UFMG) O sensoriamento remoto por satélite
considerando-se a longitude aproximada, que presta um excelente serviço aos países em
horas serão em Santiago (70° Long. Oeste), desenvolvimento.
Brasília (45° Long. Oeste) e Tóquio (140° Long.
Todas as alternativas apresentam contribuições
Este), respectivamente?
da tecnologia espacial para o desenvolvimento,
a) 8 horas - 11 horas - 21 horas. EXCETO:
b) 9 horas - 11 horas - 23 horas. a) Definir a estrutura fundiária das regiões, o
c) 7 horas - 10 horas - 23 horas. que propicia a fixação do homem no meio
rural.
d) 8 horas - 10 horas - 22 horas.
e) 9 horas - 10 horas - 22 horas. b) Detectar áreas de recursos minerais, o que é
importante para o setor industrial.
25) (UFMG) Observe o mapa, considerando as c) Determinar, com certa precisão, as condições
informações da legenda. meteorológicas; o que é fundamental para as
economias agrícolas.
d) Fornecer dados sobre a temperatura das águas
do mar, o que é importante para a atividade
pesqueira.
e) Identificar águas subterrâneas, o que contribui
com informações para reduzir os efeitos das
secas em zonas áridas.

27) (UFMG) Observe a região focalizada pela foto


1 : 50.000 aérea.
LEGENDA Nessa foto, as setas, numeradas de 1 a 5,
cidade com 10.000 hab. indicam fatos geográficos.
frutas cítricas
cidade com 5.000 hab.
café
Todas as alternativas apresentam interpretações
indústria siderúrgica
feijão e corretas desses fatos, EXCETO:
indústria metalúrgica milho
indústria mecânica pastagens

indústria têxtil
matas
2
indústria de calçados
cerrados
rodovia asfaltada
caminho

A partir da análise e da interpretação do mapa, 1


todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) A distância entre as cidades A e B, no mapa,
é de 6cm; logo, a distância real entre as duas
4
cidades é de 3km.
b) As áreas de matas ocupam espaços restritos 5
às cabeceiras dos afluentes do rio principal. a) Seta 1: rio principal.
c) As culturas de subsistência ocupam espaços b) Seta 2: rio secundário.
maiores que as culturas comerciais.
c) Seta 3: estrada de rodagem.
d) As indústrias de base estão localizadas na
principal cidade da região. d) Seta 4: vegetação arbórea e arbustiva.
e) O rio principal nasce na porção noroeste e corre e) Seta 5: cultura de café.
na direção noroeste-sudeste.

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28) (UFMG) Os mapas topográficos, 1, 2 e 3, 29) (UFMG) Nos desenhos I e II, o relevo está
representam, por meio de curvas de nível, representado por meio de curvas de nível:
diferentes configurações da superfície terrestre.
MAPA 1 MAPA 2 MAPA 3

Os perfis X, Y e Z, foram elaborados a partir das


linhas traçadas nos mapas e representam as
configurações da superfície terrestre ao longo das
seções indicadas.
PERFIL X PERFIL Y PERFIL Z
A partir desses
desenhos, foram ela-
borados dois perfis
topográficos:
Assinale a seqüência correta dos mapas que
corresponde, respectivamente, à seqüência dos
perfis X, Y e Z.

a) 1, 2, 3. d) 3, 1, 2.
b) 2, 1, 3. e) 3, 2, 1. Que perfis correspondem aos relevos representados,
respectivamente, em I e II?
c) 2, 3, 1.
a) 1 e 2 c) 2 e 4 e) 3 e 5
b) 1 e 3 d) 3 e 4
30) (SVACH) Os dois perfis topográficos, identificam quais desenhos apresentados, respectivamente:

a) W e Y.
b) Y e X.
c) Z e W.
d) W e Z.
e) Y e W.

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Questões Abertas

1) Seguindo um plano de vôo, um avião decola de uma cidade localizada nas coordenadas de 18° E e 34° S em
direção à outra cidade cujas coordenadas são 44° W e 20° S. Durante o vôo, sem escalas, o piloto sempre
teve o sol à sua esquerda.
Segundo os dados apresentados e de acordo com seus conhecimentos sobre orientação e fuso horário,
pede-se:

1- A direção geral do deslocamento da aeronave.

2- a) O período do dia durante o qual transcorreu o vôo.

b) Justifique sua resposta.

3- O cálculo do tempo gasto na viagem.

2) Observe a figura. Ela representa um dos importantes movimentos da Terra.


Pede-se:
1- Identifique o movimento representado na figura.
N

2- Principal conseqüência desse movimento.

S 21 de
dezembro 3- Conseqüência da posição da Terra e da data
determinadas na figura.

3) Observe e compare os dois mapas abaixo:


América Central e do Sul Região Sudeste

T. de Câncer

T. de Capricórnio

Trópico de Capricórnio

Escala 1:180.000.000 Escala: 1:26.000.000

Retire duas conclusões a partir de sua análise.


Conclusão 1:

Conclusão 2:

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4) Observe o mapa:
Brasil: fusos horários

A partir dos dados do mapa e de outras informações


sobre fusos horários, responda:

1- Quantos são os fusos horários brasileiros e como


estão relacionados ao fuso horário mundial?

2- Por que existem dois limites dos fusos horários?

3- Qual é o fuso horário oficial do Brasil?

4- Qual a diferença horária existente entre São Paulo e


Manaus durante o Horário de Verão?

5) (UFMG) Este mapa, contendo curvas de nível, representa uma área na qual um loteamento residencial será
implantado.

LEGENDA

Curva de nível (em metros)

Área preferencial de escoamento pluvial

As figuras abaixo apresentam duas propostas de loteamento para a área acima referida (Proposta A e
Proposta B).

Proposta A Proposta B

LEGENDA
Curva de nível

Rua, Avenida

Lote

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Considerando as características topográficas da área enfocada,


1- Indique a proposta de loteamento que permitirá a redução dos riscos de erosão e deslizamentos nas
encostas.
Proposta:
2 - Apresente duas razões que justifiquem a escolha da proposta indicada.
Razão 1:
Razão 2:

Aspectos Físicos

1) (UFMG) Este quadro apresenta a escala do tempo geológico.


FANEROZÓICO

Cenozóico Todas as alternativas apresentam correlações corretas entre os eventos


ocorridos no território brasileiro e sua idade geológica, EXCETO:
Mesozóico
a) Cenozóico: Invasão marinha sobre amplas áreas continentais interiores, a
qual provocou a deposição de espessos pacotes de rochas calcárias.
Paleozóico
b) Mesozóico: Fragmentação do super-continente Pangéia, a qual iniciou a
separação do continente Sul-Americano e Africano, e formação das bacias
Pré-Cambriano sedimentares petrolíferas da margem continental brasileira.
c) Paleozóico: Formação de extensas coberturas sedimentares e vulcânicas, que iniciaram o preenchimento
das grandes bacias sedimentares do Amazonas, do Parnaíba e do Paraná.
d) Fanerozóico: Ausência de processos de formação de cadeias de montanhas no território brasileiro, que
passou a apresentar relativa estabilidade tectônica.
e) Pré-Cambriano: Formação do embasamento cristalino, que se encontra atualmente exposto nos escudos
das Guianas, do Brasil-Central e do Atlântico.
2) (ENEM) Se, compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos
(4,5 x 109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os primeiros
vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há
cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de
máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos
sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!
O texto acima, ao estabelecer um paralelo entre a idade da Terra e a de uma pessoa, pretende mostrar que:
a) a agricultura surgiu logo em seguida aos vegetais, perturbando desde então seu desenvolvimento.
b) o ser humano só se tornou moderno ao dominar a agricultura e a indústria, em suma, ao poluir.
c) desde o surgimento da Terra, são devidas ao ser humano todas as transformações e perturbações.
d) o surgimento do ser humano e da poluição é cerca de dez vezes mais recente que o do nosso planeta.
e) a industrialização tem sido um processo vertiginoso, sem precedentes em termos de dano ambiental.

3) (UNIMONTES) Em virtude de movimentos tectônicos, pode ocorrer ruptura e desnivelamento em terrenos mais
rígidos, e enrugamentos ou dobramentos em rochas mais plásticas.
Esses tipos de estruturas do relevo recebem respectivamente as denominações:
a) dobramento antigo e falhamento. c) depressão absoluta e fratura.
b) falhamento e dobramento recente. d) falhamento e depressão absoluta.

4) (FUVEST) A Terra guarda, em “arquivos mortos” naturais, a memória dos climas do passado. A leitura da
história da Terra é possível graças à análise dos materiais acumulados nos continentes e oceanos. Esses
“arquivos” são especialmente significativos para o estudo dos paleoclimas nos casos de:
I. derrames de lava.
II. fósseis animais e vegetais. Está CORRETO apenas o que se afirma em
III. florestas temperadas. a) I e II. c) II e III. e) III e V.
IV. gelo das calotas glaciais. b) I e III. d) II e IV.
V. massas de água fria.
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5) (ENEM) “O continente africano há muito tempo 7) (PUC-MG) A partir da análise do mapa, é


desafia os geólogos porque toda a sua metade INCORRETO afirmar que:
meridional, a que fica no sul, ergue-se a mais
a) A placa Sul-Americana está em colisão com a
do 1.000 metros sobre o nível do mar. (...) Uma
Antártica.
equipe de pesquisadores apresentou uma
solução para esse desafio, sugerindo a b) A placa do Pacífico está se afastando da Indo-
existência de um esguicho de lava subterrânea Australiana.
empurrando o planalto africano de baixo para
c) A placa Africana está se afastando da placa
cima.”
Sul-Americana.
(ADAPTADO DE REVISTA SUPERINTERESSANTE.
d) A placa Norte-Americana está se afastando
SÃO PAULO: ABRIL, NOVEMBRO DE 1998, P. 12)
da Africana.
Considerando a formação do relevo terrestre, é
correto afirmar, com base no texto, que a solução e) A placa Eurasiática está em colisão com a do
proposta é: Pacífico.

a) improvável, porque as formas do relevo terrestre 8) (ENEM) No mapa, é apresentada a distribuição


não se modificam há milhões de anos. geográfica de aves de grande porte e que não
b) pouco fundamentada, pois as forças externas, voam.
como as chuvas e o vento, são as principais
responsáveis pelas formas de relevo.
c) plausível, pois as formas do relevo resultam da
ação de forças internas e externas, sendo
Importante avaliar os movimentos mais
profundos no interior da Terra.
d) plausível, pois a mesma justificativa foi
comprovada nas demais regiões da África.
e) injustificável, porque os movimentos mais
profundos no interior da Terra não interferem Há evidências mostrando que essas aves, que
nos acidentes geográficos que aparecem na podem ser originárias de um mesmo ancestral,
sua superfície. sejam, portanto, parentes. Considerando que, de
As questões 6 e 7 devem ser respondidas de acordo fato, tal parentesco ocorra, uma explicação
com o mapa abaixo: possível para a separação geográfica dessas
aves, como mostrada no mapa, poderia ser:
a) a grande atividade vulcânica, ocorrida há
Distribuição e limites das placas tectônicas
milhões de anos, eliminou essas aves do
Hemisfério Norte.
b) na origem da vida, essas aves eram capazes
de voar, o que permitiu que atravessassem as
águas oceânicas, ocupando vários
continentes.
c) o ser humano, em seus deslocamentos,
transportou essas aves, assim que elas
surgiram na Terra, distribuindo-as pelos
diferentes continentes.
6) A cordilheira dos Andes foi originada pelo contato d) o afastamento das massas continentais,
entre as placas: formadas pela ruptura de um continente único,
dispersou essas aves que habitavam
a) Nazca e Sul-Americana. ambientes adjacentes.
b) Antártica e Nazca.
e) a existência de períodos glaciais muito
c) Sul-Americana e Antártica. rigorosos, no Hemisfério Norte, provocou um
d) Pacífico e Sul-Americana. gradativo deslocamento dessas aves para o
e) Antártica e Pacífico. Sul, mais quente.

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9) (FUVEST-SP) O Brasil apresenta 64% de seu 10) (FUVEST/FGV-SP) Estabelecendo-se correlações


território formado por bacias sedimentares e 36% entre a exploração florestal no globo e as zonas
por escudos cristalinos. Dos escudos, 32% climáticas, pode-se inferir que:
pertencem à era Arqueozóica e 4% à era a) Zona tropical: Florestas heterogêneas com
Proterozóica. aproveitamento econômico predatório.
Apesar de reduzidos em área, estes últimos são b) Zona temperada: Florestas homogêneas com
importantíssimos porque: pequeno aproveitamento econômico devido à
a) possuem petróleo e carvão; existência de poucas espécies vegetais.
b) possuem minérios, tais como granito e gnaisse. c) Zona tropical: Florestas abertas com grande
c) possuem calcário, importante para a fabricação potencial para uso em pastagens e agricultura
de cimento. intensiva.
d) possuem minérios, tais como ferro e d) Zona glacial: Florestas de taiga que apresentam o
manganês. maior índice de aproveitamento no globo.
e) o enunciado é incoerente porque minérios só e) Zona temperada: Florestas com grande
aparecem na era Cenozóica. heterogeneidade de espécies vegetais e
aproveitamento econômico predatório.
11) (ENEM) O sol participa do ciclo da água, pois além de aquecer a superfície da Terra dando origem aos
ventos, provoca a evaporação da água dos rios, lagos e mares. O vapor da água, ao se resfriar, condensa em
minúsculas gotinhas, que se agrupam formando as nuvens, neblinas ou névoas úmidas. As nuvens podem
ser levadas pelos ventos de uma região para outra. Com a condensação e, em seguida, a chuva, a água
volta à superfície da Terra, caindo sobre o solo, rios, lagos e mares. Parte dessa água evapora retornando à
atmosfera, outra parte escoa superficialmente ou infiltra-se no solo, indo alimentar rios e lagos. Esse processo
é chamado de ciclo da água.
Considere, então, as seguintes afirmativas:
I. A evaporação é maior nos continentes, uma vez que o aquecimento ali é maior do que nos oceanos.
II. A vegetação participa do ciclo hidrológico por meio da transpiração.
III. O ciclo hidrológico condiciona processos que ocorrem na litosfera, na atmosfera e na biosfera.
IV. A energia gravitacional movimenta a água dentro do seu ciclo.
V. O ciclo hidrológico é passível de sofrer interferência humana, podendo apresentar desequilíbrios.
a) somente a afirmativa IlI está correta.d) somente as afirmativas lI, III, IV e V estão corretas.
b) somente as afirmativas III e IV estão corretas. e) todas as afirmativas estão corretas.
c) somente as afirmativas I, II e V estão corretas.
Responda às questões 12 e 13 com base no mapa do Brasil e nos gráficos abaixo:
1 2 3 4

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12) As setas indicam os tipos de climas do Brasil. A 13) A partir da análise dos gráficos, é INCORRETO
seqüência CORRETA de I a V é, respectivamente: afirmar:
a) Equatorial (Am), Semi-árido (Bsh), Subtropical a) A variação do índice pluviométrico acompanha
(Cf), Tropical de Altitude (Cw), Tropical (Aw). o da temperatura.
b) Tropical (Aw), Equatorial (Am), Subtropical (Cf), b) São Lourenço e Cuiabá apresentam as
Tropical de Altitude (Cw), Semi-árido (Bsh). estações chuvosa e seca bem definidas.
c) Equatorial (Am), Tropical (Aw), Subtropical (Cf), c) As temperaturas mais elevadas encontram-se
Tropical de Altitude (Cw), Semi-árido (Bsh). em Macau, Uaupés e Cuiabá.
d) Tropical (Aw), Equatorial (Am), Tropical de Altitude d) A distribuição mais regular das chuvas ocorre
(Cw), Subtropical (Cf), Semi-árido (Bsh). em São Gabriel.
e) Equatorial (Am), Tropical de Altitude (Cw), Sub- e) Em Macau, o período de seca mais acentuada
tropical (Cf), Tropical (Aw), Semi-árido (Bsh). vai de agosto a dezembro.

14) As massas de ar que determinam o tempo e o clima na região Sul do


Brasil correspondem aos números 1, 2, 3 do mapa ao lado. Estas massas
são, respectivamente:
a) tropical atlântica, equatorial continental e tropical continental.
b) tropical atlântica, equatorial continental e polar atlântica.
c) polar atlântica, equatorial atlântica e tropical atlântica.
d) equatorial continental, equatorial atlântica e tropical atlântica
e) tropical atlântica, polar atlântica e tropical continental.

15) (ENEM) As figuras abaixo representam a variação anual de temperatura e a quantidade de chuvas
mensais em dado lugar, sendo chamados de climogramas. Neste tipo de gráfico, as temperaturas são
representadas pelas linhas, e as chuvas pelas colunas.
1 2
A esse respeito podemos dizer que a afirmativa:
a) está errada, pois o que importa é o total
pluviométrico anual.
b) está certa, pois, juntamente com o total
pluviométrico anual, são importantes variáveis
na definição das condições de umidade.
c) está errada, pois a distribuição das chuvas não
tem nenhuma relação com a temperatura.
d) está certa, pois é o que vai definir as estações
climáticas.
Leia e analise. e) está certa, pois este é o parâmetro que define
A distribuição das chuvas no decorrer do ano, conforme o clima de uma dada área.
mostrado nos gráficos, é um parâmetro importante na
caracterização de um clima.
16) (ENEM) A adaptação dos integrantes da seleção A adaptação da equipe foi necessária principal-
brasileira de futebol à altitude de La Paz foi muito mente porque a atmosfera de La Paz, quando
comentada em 1995, por ocasião de um torneio, comparada à das cidades brasileiras, apresenta:
como pode ser lido no texto abaixo.
a) menor pressão e menor concentração de
“A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital oxigênio.
da Bolívia, situada a 3.700 metros de altitude, onde
disputará o torneio Interamérica. A adaptação deverá b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
ocorrer em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O
organismo humano, em altitudes elevadas, necessita c) maior pressão e maior concentração de gás
desse tempo para se adaptar, evitando-se, assim, risco carbônico.
de um colapso circulatório.” d) menor pressão e maior temperatura.
(ADAPTADO DA REVISTA PLACAR, EDIÇÃO FEV. 1995) e) maior pressão e menor temperatura.
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17) (FGV-SP) “Esta corrente fria, junto ao litoral, 18) (FATEC-SP) Esta formação vegetal é
favorece a concentração de cardumes, o que encontrada em regiões com temperaturas
permitiu ao país latino-americano tornar-se um dos médias anuais em torno de 25ºC e
maiores produtores mundiais de pescado e farinha pluviosidade acima de 2000mm anuais. O
de peixe.” desenvolvimento da indústria madeireira e de
A corrente fria e o país referidos no texto são, construção de móveis tem contribuído para a
respectivamente: extinção de várias de suas espécies, como o
ébano, o mogno e o cedro.
a) Corrente do Golfo e México.
O texto refere-se à:
b) Corrente Norte-equatorial e Nicarágua.
a) formação complexa de clima mediterrâneo.
c) Corrente do Brasil e Brasil.
b) formação xerófila típica de clima semi-árido.
d) Corrente do Brasil e Uruguai.
c) floresta boreal de clima temperado oceânico.
e) Corrente de Humboldt e Peru.
d) floresta latifoliada de clima equatorial.

19) (UFPE) A cobertura vegetal reflete consideravelmente as condições climáticas ambientais. Observe a figura
a seguir e assinale o tipo climático que deve dominar na área esquematicamente apresentada.

a) clima temperado oceânico


b) clima temperado continental
c) clima microtérmico úmido
d) clima subtropical
e) clima quente e úmido

20) (UFC) Os biomas compreendem grandes unidades da superfície terrestre onde vivem agrupamentos de
seres vivos. A figura abaixo destaca, em negro, um dos grandes biomas da superfície terrestre, localizado
nas Américas Central e do Sul.
Assinale a alternativa que descreve corretamente as principais características desse bioma terrestre.

a) Representa florestas equatoriais e tropicais, com temperaturas e


umidade elevadas por todo o ano e grande biodiversidade.
b) Compreende os desertos de altas latitudes, com temperaturas e
umidade elevadas por todo o ano, ocupados por vegetação de
arbustos.
c) Refere-se às savanas localizadas em altas latitudes, com
temperaturas e umidade baixas, onde se adaptam plantas xerófitas
e caducifólias.
d) Representa florestas temperadas localizadas nas baixas latitudes,
com clima de estações pouco definidas e grande biodiversidade.
e) Refere-se às tundras em baixas latitudes, com baixas
temperaturas e elevada umidade, vegetação de campo e grande
biodiversidade.

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21) (PUC-MG) Observe o mapa a seguir.

B Brasil No trajeto marcado de A para B, a alternativa que apresenta


a seqüência de climas mais CORRETA é:
a) subtropical úmido, semi-árido, tropical
b) subtropical úmido, tropical, equatorial
A c) tropical semi-úmido, semi-árido, tropical
d) tropical de altitude, tropical, equatorial

22) (UFOP-MG) O mapa ao lado apresenta as principais formações vegetais do Brasil. Assinale a alternativa
CORRETA, considerando, respectivamente, os números I, II, III, IV e V.

a) Floresta amazônica, cerrado, complexo do pantanal,


mata dos cocais e mata atlântica.
b) Floresta amazônica, cerrado, mata de araucária,
mata dos cocais e campos.
c) Floresta equatorial, campos, cerrado, complexo do
pantanal e floresta tropical.
d) Floresta equatorial, caatinga, campos, complexo
do pantanal e mata de araucária.
e) Hiléia amazônica, caatinga, cerrado, complexo do
pantanal e campos.

23) (ENEM)
Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas estão geralmente baseadas em solos inférteis e
improdutivos. Grande parte dos nutrientes é armazenada nas folhas que caem sobre o solo, não no solo
propriamente dito. Quando esse ambiente é intensamente modificado pelo ser humano, a vegetação
desaparece, o ciclo dos nutrientes é alterado e a terra se torna rapidamente infértil.
(CORSON, WALTER H. MANUAL GLOBAL DE ECOLOGIA, 1993)
No texto acima, pode parecer uma contradição a existência de florestas tropicais exuberantes sobre solos
pobres. No entanto, este fato é explicado pela:
a) profundidade do solo, pois, embora pobre, sua espessura garante a disponibilidade de nutrientes para a
sustentação dos vegetais da região.
b) boa iluminação das regiões tropicais, uma vez que a duração regular do dia e da noite garante os ciclos
dos nutrientes nas folhas dos vegetais da região.
c) existência de grande diversidade animal, com número expressivo de populações que, com seus dejetos,
fertilizam o solo.
d) capacidade de produção abundante de oxigênio pelas plantas das florestas tropicais, consideradas os
“pulmões” do mundo.
e) rápida reciclagem dos nutrientes, potencializada pelo calor e umidade das florestas tropicais, o que
favorece a vida dos decompositores.

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24) (U.F.Viçosa) “Do pequeno avião deu para notar a mudança da paisagem: deixava para trás uma floresta
densa, de árvores altas e perenifólias, e entrava numa área de árvores de pequeno porte, espaçadas e até
o verde da cobertura do solo podia-se notar.”
O autor dessa descrição provavelmente atravessava áreas de, respectivamente:
a) floresta equatorial e floresta tropical.
b) mata de caatinga e floresta tropical.
c) mata de araucária e vegetação tipo cerrado.
d) floresta equatorial e vegetação tipo cerrado.

25) (ICMG) Marque a alternativa correta sobre o clima brasileiro:


a) As estações do ano são bem definidas.
b) Apresenta chuvas abundantes e bem distribuídas.
c) Apresenta temperaturas amenas e grande amplitude térmica.
d) Apresenta temperaturas elevadas e baixa amplitude térmica.
e) A região sudeste apresenta as maiores temperaturas médias.

26) (Uberlândia) Sobre os grandes domínios naturais e suas características climáticas, faça corresponder a 1ª
coluna com a 2ª e assinale a alternativa abaixo.
1- Florestas Equatoriais e Tropicais 5- Campos temperados
2- Vegetação de savanas 6- Florestas de coníferas
3- Vegetação das regiões áridas 7- Vegetação de Tundra
4- Florestas de folhas caducas

( ) clima temperado, com chuvas bem distribuídas durante o ano.


( ) pluviosidade concentrada na estação mais quente do ano; temperaturas médias anuais superiores a 18°C.
( ) clima temperado semi-úmido com uma estação seca ou muito fria.
( ) oscilação térmica inferior a 6°C e temperatura média do mês mais frio superior a 18°C.
( ) clima muito frio onde o solo permanece coberto de gelo mais da metade do ano; o mês mais quente
tem temperatura média inferior a 10°C.
( ) clima frio e úmido com verões muito curtos; o mês mais quente tem média de temperatura superior a 10°C.
( ) oscilação térmica elevada e baixa pluviosidade, mal distribuída durante o ano.
a) 5, 2, 4, 1, 7, 6, 3. c) 4, 2, 5, 7, 1, 3, 6. e) 4, 2, 5, 1, 7, 6, 3.
b) 6, 3, 4, 1, 7, 2, 5. d) 3, 6, 4, 2, 7, 1, 5.

27) (ENEM) Em nosso planeta a quantidade de água está estimada em 1,36 x 108 trilhões de toneladas. Desse
total, calcula-se que cerca de 95% são de água salgada e dos 5% restantes, quase a metade está retida
nos pólos e geleiras.
O uso de água do mar para obtenção de água potável ainda não é realidade em larga escala. Isso porque,
entre outras razões:
a) o custo dos processos tecnológicos de dessalinização é muito alto.
b) não se sabe como separar adequadamente os sais nela dissolvidos.
c) comprometeria muito a vida aquática dos oceanos.
d) a água do mar possui materiais irremovíveis.
e) a água salgada do mar tem temperatura de ebulição alta.

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Responda às questões 28 e 29 com base nos perfis longitudinais de rios, da sua nascente até à foz.
28) A partir dos perfis dados e de conhecimentos geográficos,
NÃO é correto afirmar:
a) No perfil 1, a seta A indica a direção para o montante, e
a seta B para a jusante.
b) O perfil 2 representa um rio de perfil encachoeirado.
c) O perfil 1 representa um rio de perfil suave sem acidentes
que interrompam o seu curso.
d) O perfil 3 representa um rio típico de área montanhosa.
e) O perfil 1 representa um rio típico de área de topografia
aplainada.

29) A obtenção de energia, a partir dos desníveis dos rios,


poderá ocorrer no rio de perfil:
a) 1, no alto e baixo curso. d) 2, no médio e baixo curso.
b) 2, no alto e médio curso. e) 3, no médio e baixo curso.
c) 3, no alto e médio curso.

30) (ENEM) Muitas usinas hidroelétricas estão situadas em barragens. As características de algumas das
grandes represas e usinas brasileiras estão apresentadas no quadro abaixo.

Usina Área alagada (km2) Potência (MW) Sistema Hidrográfico


Tucuruí 2430 4240 Rio Tocantins
Sobradinho 4214 1050 Rio São Francisco
ltaipu 1350 12600 Rio Paraná
Ilha Solteira 1077 3230 Rio Paraná
Furnas 1450 1312 Rio Grande

A razão entre a área da região alagada por uma represa e a potência produzida pela usina nela instalada é
uma das formas de estimar a relação entre o dano e o benefício trazidos por um projeto hidroelétrico. A partir
dos dados apresentados no quadro, o projeto que mais onerou o ambiente em termos de área alagada por
potência foi:
a) Tucuruí. b) Furnas. c) Itaipu. d) Ilha Solteira. e) Sobradinho.
Questões Abertas

1) Leia o texto.
“Possivelmente desde que o homem conseguiu passou a se deslocar, desde o Mesozóico, como se
desenhar mapas da Terra representando-os com alguma fosse uma espécie de nata flutuando sobre um magma
precisão, ele percebeu, surpreso, que o contorno deles semilíquido e passeando em diferentes direções. Há
é, de certa forma, complementar um ao outro, como o cerca de 65 milhões de anos, no início do terciário, os
continente africano, por exemplo, que se encaixaria continentes já estavam bem próximos da sua
perfeitamente na América do Sul, ou como a Península configuração atual: a América do Sul separou-se da
Arábica que parece ter-se destacado do continente África e, a seguir, a Groenlândia da Europa e a América
africano, abrindo a brecha do Mar Vermelho. do Norte da Laurásia. A seguir, a Austrália separou-se
Em 1912, o cientista alemão Alfred Lothar da Antártida, e a Índia chocou-se com a Ásia, formando
Wegener elaborou uma teoria baseada em constatações uma imensa Cordilheira. A Groenlândia afastou-se da
geológicas, que admitia a existência inicial de um único América, e os atuais continentes ficaram separados
e enorme supercontinente que, fragmentando-se, pelos oceanos. Sobre o assunto do texto escreva:
a) Como ficou conhecida a teoria elaborada por Wegener?

b) Que super-continente deu origem à Laurásia e à Gondwana?

c) Estabeleça as origens das atuais porções continentais.

d) Cite duas evidências apresentadas por Wegener como argumentos para defender e comprovar a sua teoria.
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2) Observe o mapa da estrutura geológica da América do Sul.

Estabeleça a relação entre o embasamento cristalino


e a produção mineral nos países do continente sul
americano.

PLATAFORMA
SUL-AMERICANA
Cordilheira dos Andes e sistema
montanhoso do Caribe
Plataforma patagônica

Cobertura fanerozóica

Embasamento cristalino

3) Observe com atenção as figuras abaixo e responda corretamente às questões propostas:

I II

a) Quais são os agentes internos do relevo representados nas figuras:

I-

II -

b) Explique os processos representados nas figuras:

I-

II -

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c) Quais são as conseqüências desses processos?

I-

II -

d) Identifique os elementos indicados pelos números 1, 2, 3 e 4 nas figuras.

1-

2-

3-

4-

4) (UFMG) Analise o gráfico e a afirmativa abaixo.


Erosão Pluvial Anual (milhares de Kg/Km2)

ESTEPE/
DESERTO SAVANA FLORESTA

SKINEER, B. & PORTER, S.. (1987). PHYSICAL GEOLOGY. NEW


Precipitação anual (mm) YORK: JOHN WILEY & SONS, P. 300. (ADAPTADO)

Em princípio, deve-se esperar que elevadas taxas de precipitação resultem em elevadas taxas de erosão pluvial.
1- INDIQUE se o princípio expresso pela afirmativa PODE ou NÃO ser comprovado pela análise do gráfico
e EXPLIQUE sua resposta.

2- EXPLIQUE a forma pela qual a vegetação influencia a taxa de erosão pluvial observada no gráfico.

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5) Leia o texto.
“A larga e longa faixa que se estende de Rondônia ao sudeste do Pará é aquela tumultuada sede da
agressão aos domínios amazônicos com seus ataques irracionais à natureza...”
MONTEIRO, C. A. DE F. 1994 (ADAPTADO)

1- INDIQUE a cobertura vegetal da “larga e longa faixa que se estende de Rondônia ao sudeste do Pará”
citada no texto.

2- CITE duas formas de agressão ao meio ambiente que ocorrem na mesma área.
Forma 1:

Forma 2:

3- APRESENTE duas conseqüências ambientais resultantes da agressão aos domínios amazônicos.


Conseqüência 1:

Conseqüência 2:

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Cartografia
1-c 2-b 3-b 4-b 5-a 6-d 7-b 8-d 9-b 10 - a
11 - a 12 - b 13 - b 14 - d 15 - c 16 - a 17 - d 18 - a 19 - c 20 - a
21 - a 22 - a 23 - a 24 - d 25 - c 26 - a 27 - e 28 - b 29 - c 30 - e

Aspectos Físicos
1-a 2-e 3-b 4-d 5-c 6-a 7-b 8-d 9-d 10 - a
11 - d 12 - c 13 - d 14 - e 15 - b 16 - e 17 - e 18 - d 19 - e 20 - a
21 - d 22 - e 23 - e 24 - d 25 - d 26 - a 27 - a 28 - d 29 - b 30 - e

QUESTÕES ABERTAS
Cartografia - pág. 64 a 66
1) 1- ESE - ONO
2- a) Tarde - durante o verão no hemisfério sul.
b) O deslocamento se fez acompanhando o percurso aparente do Sol. Durante o verão, o Sol encontra-se
no hemisfério sul, região intertropical sul, por isso o piloto teve o sol à sua esquerda.
3- A viagem transcorreu em hemisfério diferentes - Leste - oeste.
+ 18° E
44° W
62°
R.: O tempo médio
62° 15° (fuso horário) gasto na viagem foi
4 h 08 min de 4 horas.

2) 1- Movimento de Translação
2- Estações do ano
3- A data marca o Solstício, iniciando-se o Verão no Hemisfério Sul e o Inverno no Hemisfério Norte.
3) Conclusão 1: Observando as escalas dos dois mapas verifica-se que o mapa da América Central e do Sul,
construído numa escala menor apresenta informações menos detalhadas que o mapa da Região Sudeste,
construído numa escala maior.
Conclusão 2: O mapa construído numa escala menor possibilita a representação cartográfica de uma área
maior, enquanto que a construção feita em escala maior permite a representação de uma área territorial
menor.

4) 1- São 4 os fusos horários brasileiros e todos apresentam a hora atrasada em relação a Hora de Greenwich.
2- Porque o limite teórico nem sempre atende às necessidades econômicas do lugar, dando lugar ao limite
prático estabelecido para adequar a Hora Legal às necessidades regionais.
3- O 2º fuso horário brasileiro, marcado pelo meridiano de 45° O.
4- Sabendo-se que a hora de São Paulo é 1 hora adiantada que a hora de Manaus, durante o Horário de
Verão essa diferença é aumentada para 2 horas.

5) 1- Proposta: A
2- Razão 1: A proposta A apresenta um maior número de lotes com menor declividade, evitando desníveis
exagerados para futuras construções.
Razão 2: A proposta A preservou a área preferencial de escoamento pluvial, além de não lotear a encosta
que apresenta uma declividade mais acentuada.
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Aspectos Físicos - Pág. 73 a 76

1) a) Teoria da Deriva Continental


b) O super-continente Pangéia.
c) Gondwana ® América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia.
Laurásia ®América do Norte, Europa e Ásia.
d) 1ª) O contorno dos continentes africano e americano do Sul.
2ª) As evidências fósseis encontradas em território dos dois continentes.
3ª) As estruturas geomorfológicas dos planaltos brasileiro e africano.
4ª) Evidências biológicas: uma mesma espécie de lesma de jardim encontradas tanto em Nova York
como em Londres.

2) O embasamento cristalino ocupa grande área em território brasileiro onde se encontram enormes jazimentos
minerais, como manganês, minério de ferro, bauxita, cassiterita, ouro, notadamente nas regiões do
Quadrilátero Ferrífero e em Carajás.
O embasamento cristalino das Guianas apresenta jazimentos importantes, que alcançam o Brasil, em
Roraima e Amapá, onde ocorrem ouro e manganês. Estas ocorrências minerais estão presentes também
nas Guianas, na Venezuela, na Colômbia.
3) a) Tectonismo
I - Epirogênese
II - Orogênese
b) I - São movimentos verticais que provocam rebaixamentos e soerguimentos da crosta.
II - São movimentos horizontais, de grande intensidade que provocam dobramentos e falhamentos da
crosta.
c) I - Transgressões e regressões marinhas, aceleração no processo erosivo.
II - Formação de cadeias montanhosas, dobradas.
d) 1. Horst ® bloco levantado.
2. Grapen ® bloco rebaixado.
3. Sinclinal ® parte convexa da dobra.
4. Anticlinal ® parte côncava da dobra.

4) 1 - Não. Os maiores índices de pluviosiodade ocorrem em área de cobertura vegetal densa, representada
pela floresta, que protege o solo da ação erosiva das chuvas.
2 - A vegetação representa uma proteção para o solo contra a ação erosiva das águas pluviais. Nas áreas em
que ela se apresenta mais rala, a erosão pluvial é maior, ocorrendo o oposto nas áreas de cobertura
vegetal densa.
5) 1 - Floresta Equatorial Amazônica é início da área de transição para o cerrado.
2 - Forma 1: Extração predatória dos recursos naturais da área, tanto no extrativismo mineral quanto na
exploração madeireira.
Forma 2: Retirada da mata para a implantação de projetos pecuários para a criação de gado de corte.
3 - Conseqüência 1: Perda da cobertura vegetal e, conseqüentemente, o empobre-cimento do solo.
Conseqüência 2: Poluição dos rios, através dos rejeitos oriundos da atividade mineradora.

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Anotações
Anotações

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