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ISSN: 1413-8123
cecilia@claves.fiocruz.br
Associação Brasileira de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva
Brasil
Eduardo Caron 1
Fernando Lefèvre 1
Ana Maria Cavalcanti Lefèvre 2
Abstract In this paper, the question of Brazil’s in- Resumo Discute-se aqui a nossa inserção como
sertion today as a country with the characteristics país, hoje, nas sociedades de consumo característi-
of modern consumer societies is discussed, focusing cas da modernidade, enfocando a mercantilização
on the commercialization of the health sector, the na área da saúde, a segmentação do sistema de
segmentation of the health system and the contra- saúde e as contradições do direito à saúde no con-
dictions of the rights to health care in the social texto social em questão. São apresentados dados
context in question. Some research data on these de pesquisa sobre o tema no Jornal Nacional da
issues broadcast in the National News Bulletins of Rede Globo de Televisão, durante o ano de 2012,
Globo TV during the year of 2012 are presented, na qual se analisa o hospital privado de alto pa-
in which the high technology private hospital as drão tecnológico como ícone de consumo, o sub-
a consumer icon, the underfunding of the public financiamento do sistema público de saúde e a
health system and the rejection of a poor and de- rejeição de um Sistema Único de Saúde pobre e
prived Unified Health System are analyzed. carente.
Key words Consumer society, Health, Television, Palavras-chave Sociedade de consumo, Saúde,
Social rights, Underfinancing of public health Televisão, Direitos sociais, Subfinanciamento da
saúde pública
1
Departamento de
Prática de Saúde Pública,
Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo
(USP). Av. Dr. Arnaldo 715,
Cerqueira Cesar. 01246-
904 São Paulo SP Brasil.
eduardo.caron@usp.br
2
Instituto de Pesquisa
do Discurso do Sujeito
Coletivo, USP.
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Caron E et al.
notícia que corre na internet, da diversidade de A observação das matérias de abertura, pelo
causas e choques de opiniões correntes nos meios destaque que recebem, já revela os temas, ideias
sociais. Num outro modelo, de comunicação em e imagens centrais que norteiam as formas pelas
rede, a formulação da mensagem é gestada numa quais a saúde e, em particular, a saúde pública é
rede de interlocução. Emissores e receptores não vista no Brasil, em 2012. 75% de todos os conteú-
são autônomos, mas fazem parte de uma rede dos de saúde no Jornal Nacional se concentram em
comunicativa, multipolar, onde a noção de co- quatro eixos temáticos:
municação é menos a de transferência de senti- a) 5 reportagens de abertura (12/4, 17/4, 2/5,
dos, e mais de trama de sentidos, formando um 25/6, 11/10) tratam de Assistência Hospitalar, o que
mercado simbólico no qual os bens simbólicos totaliza 76 inserções no ano, ou 31% das matérias
são produzidos, circulam e são apropriados pelas de saúde;
pessoas9. Esse modelo de comunicação em rede b) 2 reportagens de abertura (19/4, 4/6) tratam
está cada vez mais atual, dado o crescimento de de Ciência e Tecnologia, tema presente em 51 re-
uma massa de mídia na internet paralela à mídia portagens durante o ano ou 21% das inserções;
de massa dos canais convencionais. c) 2 reportagens de abertura (25/6, 14/9) sobre
Consumo de Produtos e Serviços de saúde, que in-
A saúde no Jornal Nacional clui 28 inserções ou 11,4%; e
d) 1 reportagem de abertura (28/9) sobre Há-
Para investigar os temas de saúde neste con- bito e Comportamento de risco, que aparece em
texto complexo elegemos o Jornal Nacional como 11,8% das inserções no ano.
campo de pesquisa durante o ano de 2012. O Ao analisarmos as 246 inserções, observamos
Jornal Nacional ocupa um lugar de interlocução que o Hospital é o principal palco dos discursos
importantíssimo nesta rede e, por isso mesmo, é sobre saúde, somando 1 hora e 47 minutos ou 25%
influente e está fortemente sujeito a influências do tempo destinado à saúde no Jornal Nacional em
de múltiplas conexões no “mercado simbólico”, 2012. Nas matérias do Jornal Nacional não há ou-
do qual é um porta-voz largamente reconhecido. tra referência assistencial que não o hospital. Não
Em 2012, o Jornal Nacional tinha uma audiência há outros equipamentos onde se possa tratar da
média de 25 milhões de telespectadores diários, saúde. As doenças são ameaçadoras e a interven-
56% dos televisores do país ligados, somando 33 ção hospitalar é decisiva para a salvação das pes-
pontos no Painel Nacional de Televisão – PNT-I- soas com a máxima urgência. O hospital é o único
bope10, o que representa mais de 6 milhões e 300 recurso para quem deseja se proteger da morte.
mil domicílios nas 14 principais regiões metropo- Artur estava com hepatite fulminante e precisava
litanas do país. Essa audiência é flutuante, e em com urgência de um transplante. A doença é rara e
2012 teve um crescimento em torno de 5%, de- extremamente grave, e a perspectiva dele seria muito
vido a uma série de fatores como a audiência das sombria, praticamente não teria perspectiva de so-
novelas, a performance da apresentadora, peque- brevida. Com apenas 2 meses, Artur entrou na fila
nas variações no horário em que o jornal vai ao ar, para enfrentar um desafio: ser o mais novo pacien-
o que indica um trabalho permanente do veículo te do Brasil a passar por um transplante de fígado.
em busca de um público que se concentra de 70% (3/7/2012)
a 75% nas classes de consumidores A, B, C11. No hospital encontramos dois campos de re-
Nesta investigação na Faculdade de Saúde Pú- presentações: de um lado o hospital é o “sonho de
blica da Universidade de São Paulo foram anali- consumo”, um super-hospital moderno, munido
sadas 246 inserções no Jornal Nacional, distribu- de sofisticada tecnologia, com UTI móveis até em
ídas ao longo dos 12 meses de 2012, totalizando 7 aeronaves, e conduzido por médicos altamente es-
horas e 15 minutos de vídeo disponibilizadas no pecializados. Este ícone de consumo está associado
site http://g1.globo.com/jornal-nacional/vide- à elite da sociedade, artistas famosos, e o alto es-
os e acessadas através da palavra chave SAÚDE. calão da República, em 23 matérias que apontam
Estas 246 inserções foram apresentadas em 158 seus holofotes sobre internações e tratamentos de
edições do Jornal, isto é, o tema saúde aparece em celebridades.
metade de todas as edições ao longo do ano, sen- Reinaldo Gianequini está no hospital desde on-
do que em 60% delas aparece uma única vez, em tem e fez o PETscan: um exame que avalia as con-
30% das edições aparecem duas inserções, e 10% dições dos órgãos e tecidos do paciente. O PETscan
registra 3, 4, 5, até 6 inserções sobre saúde em mostrou que a doença respondeu ao tratamento, ou
uma única edição. Ao longo do ano de 2012, saú- seja, ele tem condições de saúde pra fazer o auto-
de foi matéria de abertura de 9 edições do jornal. transplante de células tronco. (5/1/2012)
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tos humanos de segunda geração, isto é, direitos do sujeito cidadão e o exercício dos direitos como
econômicos e sociais entre eles o direito à saúde. prática social é um fator promotor da dignidade
O direito à saúde é uma construção históri- e protetor da universalidade e da qualidade dos
ca, filiada ao pensamento liberal desenvolvido serviços públicos, como se sucedeu em países do
na Europa nos séculos XVII e XVIII, que erigiu primeiro mundo onde os direitos econômicos e
as bases jurídicas da modernidade na forma dos sociais atingiram alto grau de desenvolvimento.
direitos do homem e do cidadão, cuja matriz está No entanto ao se observar tanto o provimen-
na concepção de um indivíduo autônomo e prio- to dos serviços públicos destinados à proteção
ritário em relação ao todo social, titular de um dos setores desprovidos, quanto o exercício da
direito subjetivo oposto ao poder do Estado12. cidadania no Brasil, depara-se com condições
Como analisa Danièle Lochak12, aqui reside já adversas: no Brasil, o governo, na qualidade de
uma contradição inerente ao direito à saúde: de responsável pelo “SUS pobre”, não pode deixar
um lado temos sua filiação liberal como “direito de subfinanciar este sistema, na medida em que
do homem” e, de outro, seu caráter econômico, ele é um sistema vigente numa sociedade que
coletivo e dependente do Estado. Em contradição privilegia o acesso ao sistema privado de saúde,
com sua matriz liberal, os direitos econômicos mas onde a maior parte da população necessita
requerem a intervenção ativa do Estado, a mo- proteção estatal.
bilização de meios materiais e o estabelecimento Na pesquisa em curso sobre as representações
de serviços públicos. O Estado de proteção social, de saúde nas reportagens do Jornal Nacional, no
provedor de prestações positivas, aumenta os im- ano de 2012, a tensão entre o déficit de provi-
postos, que restringem a liberdade de cada um mento estatal e a busca de serviços no mercado, é
de dispor dos seus ganhos como bem entenda, e um tema que atravessa as reportagens. A matéria
estreita o campo da autonomia individual12. de abertura da edição de 14 de setembro chama a
A observação dessa natureza contraditória do atenção para o aumento dos gastos do consumi-
direito à saúde é importante para compreender dor com saúde:
sua falibilidade diante dos efeitos da sociedade de Boa Noite! As famílias brasileiras estão gastan-
consumo que, entre outros aspectos, aprofunda do mais com transporte e com saúde e menos com
as tendências de individualização. Os casos de ju- alimentação.
dicialização do direito à saúde no Brasil são uma A pressão dos gastos com transporte e saúde
amostra dessa tendência. Diante da falibilidade no orçamento familiar prenuncia o descontenta-
do direito coletivo e da falta de sustentação deste mento que irá eclodir nas manifestações de ju-
pelo exercício da cidadania, o judiciário é uma nho de 2013, as quais se iniciam em torno do au-
via para que o indivíduo seja ouvido em sua ne- mento das tarifas de ônibus, mas logo canalizam
cessidade de saúde, pela afirmação do seu direito outras questões, com destaque para a saúde. Na
individual contra o Estado. reportagem de 18 de janeiro de 2012, dados do
Outro aspecto marcante na genealogia do di- IBGE mostram uma estrutura de gastos públicos
reito à saúde reside no fato da sociedade produ- em que o Estado se ocupa de apenas 44% do gas-
zir uma população de desprovidos que necessita to total em saúde:
assistência para sobreviver. Embora a Declaração Segundo uma pesquisa do IBGE divulgada
dos Direitos do Homem de 1793 já mencione a hoje, as famílias brasileiras gastaram mais com
proteção aos cidadãos “desvalidos”, somente em saúde do que o governo em 2009. Os gastos priva-
1848, dada a pauperização da classe operária, dos chegaram a 835 reais por pessoa enquanto as
esse sentido de dívida da sociedade para com despesas públicas ficaram em 645 reais por pessoa.
seus membros é formalizado constitucionalmen- Além da denúncia do subfinanciamento do
te: daí emergem o direito ao trabalho, o seguro SUS, presente no Jornal Nacional em 26, repor-
contra o adoecimento, o desemprego, a velhice, o tagens sobre o hospital público, que tratam da
direito a uma habitação decente12. Nessa medida, carência de estrutura (10 reportagens), falta de
essa genealogia já indica o advento dos direitos vagas (8 reportagens) e falta de médicos (8 re-
econômicos como um paliativo para sobrevivên- portagens), o subfinanciamento da saúde pública
cia da população pobre. O direito à saúde já nasce é pautado nas reportagens que tratam do orça-
num contexto compensatório para dar conta dos mento da União: na edição de 22 de fevereiro a
efeitos da pobreza gerada pela sociedade. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil critica
Embora o direito ao provimento público te- o corte de mais de 5 bilhões de Reais no orçamento
nha origem na proteção social “aos cidadãos des- do Ministério da Saúde, e na edição de 16 de Janei-
providos” como medida paliativa, a construção ro a presidente veta artigos da Lei Orçamentária:
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individualizada. Segundo Bauman16, a esfera pú- resa faz tratamento de câncer no pâncreas, desco-
blica vem sendo colonizada pelos interesses priva- berto no ano passado: “Muito bem atendida! Sin-
dos, limpa de suas conexões públicas e pronta para o ceramente, desde os médicos, a rádio, a químio: Eu
consumo privado, mas dificilmente para a produção estou surpresa!”
de laços sociais. Nesta sociedade individualizada há Dessa forma, ao se inscrever o SUS num
uma renúncia da soberania do Estado em relação campo de gratuidade, seu provimento se torna
aos mercados consumidores, enquanto a soberania doação, benefício e, paradoxalmente, retira do
dos mercados vai ficando mais ousada e obstina- SUS o seu valor como direito à saúde. Essa é uma
da17. Em última análise a individualização significa questão que remete a outra herança da nossa for-
dependência do mercado em todas as dimensões da mação histórica: o paternalismo político que se
conduta humana7. Com isso parte das responsabi- arvora provedor de benefícios à população. Nesta
lidades antes depositadas em instituições sociais medida, aquilo que deveria ser direito social his-
se transferem para o indivíduo na mesma medida toricamente conquistado pelo cidadão é, no Bra-
em que estas instituições se enfraquecem. Cada sil, dado por governantes. O paternalismo políti-
vez mais recai sobre o indivíduo o peso de suas co é próprio de uma condição passiva da popula-
escolhas e iniciativas, para se virar por conta pró- ção receptora de benefícios sociais. A influência
pria como um consumidor no mercado. do populismo, no estilo “Pai dos Pobres”, que vem
Podemos ver nos protestos que sacudiram o da ditadura do Estado Novo, se estende até nos-
país em 2013, efeitos dessa sociedade individuali- sos dias impregnando os discursos de políticos de
zada. Um traço marcante dessas eclosões é o ata- todos os matizes. Neste contexto também se pode
que frontal aos partidos políticos, ao Congresso analisar os serviços gratuitos do SUS como dádi-
Nacional e outras instituições do Estado, inclusi- vas cedidas pelos governantes que assim se apro-
ve o SUS, expressando a distância existente entre priam delas como realizações de seus governos.
tais instituições, frutos da redemocratização do Isso sem mencionar a dimensão propriamente
país, e os cidadãos. Tentativas de organizações de político-partidária do problema, na medida em
classe e líderes sindicais de se juntarem ao mo- que a saúde funciona como uma significativa mo-
vimento fracassaram, demonstrando o quanto eda de troca no jogo eleitoral, já que a maioria da
essas manifestações foram arredias a vinculações população que vota é SUS dependente.
institucionais. A diversidade de cartazes, dizeres e Outra face desta questão está na utilização
expressões, onde cada manifestante traz consigo combinada de serviços privados e públicos por
uma reivindicação própria, orquestra uma poli- uma parcela significativa de clientes de planos
fonia de singularidades na multidão, compondo de saúde. Estes atuam no mercado como consu-
um mosaico extremamente representativo dessa midores, fazem cotações, contas, analisam cus-
modernidade das sociedades contemporâneas. to-benefício, mudam de plano conforme suas
necessidades e nisso incluem os serviços gratui-
O SUS gratuito tos do SUS no cardápio de opções. Consultas de
especialidades, fraldas e materiais de curativos
Ao olhar o SUS como gratuito, as represen- domésticos, remédios, exames, um leque de pro-
tações sociais do seu provimento se situam num dutos e serviços gratuitos são consumidos não
campo simbólico que duvida da qualidade do pelo SUS dos pobres como se referiu Paim, mas
benefício. Mesmo quando se observa um provi- por clientes que compram no mercado. Aqui o
mento estatal de boa qualidade, e ainda por cima SUS é o sistema complementar ao qual se recorre
gratuito, a reação é de uma surpresa inesperada, por direito como uma forma de economizar.
uma exceção à regra, como vemos na edição do
Jornal Nacional de 31 de março depoimentos de
usuários sobre as cirurgias robotizadas no Insti- À guisa de conclusão
tuo Nacional do Câncer:
Mônica se livrou de um câncer na garganta ha Afinal, somos ou não somos (de um modo geral
menos de um mês e está curada: “Não senti dor. Foi e particularmente no que toca à saúde) uma so-
tudo muito tranquilo! E sem pagar nada, né!” ciedade de consumo? É possível que sim, ainda
Ou sobre a avaliação da qualidade de atendi- que “à moda brasileira”, ou seja, carregando no
mento hospitalar em Vitória feita para o IDSUS presente fortes marcas de nosso passado históri-
na edição de 1 de março: co, de nossa herança escravagista, de nosso viés
Lá, o atendimento dos casos mais complexos é paternalista/autoritário. Particularmente, no re-
considerado muito bom pelo Ministério. Dona Te- lativo à saúde, para onde vamos?
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