Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Hoje trago a vocês um artigo que fala sobre um assunto muito interessante: as
características dos filhos de cada Orixá. É legal entendermos que apresentamos
características pessoais e influências relacionadas ao nosso Pai ou Mãe Orixá, mas
que na maioria das vezes expressamos essas características de forma contrária e
negativa, fato que reflete nosso desequilíbrio emocional e espiritual.
Um exemplo disso poderia ser uma filha de Iemanjá que não pretende ou não gosta da
ideia de ter filhos. Este “não querer” mostra o desequilíbrio desta pessoa pois vai
totalmente contra as características esperadas para uma filha que Iemanjá, que é a
Orixá que representa a geração e os laços familiares. Reconhecer esse nosso
desequilíbrio é o primeiro passo para conquistar uma vida harmoniosa, tanto em nosso
dia a dia, como dentro de nossa estrutura religiosa, a Umbanda, que tem os Orixás
como Força Sustentadora e Divindades Sagradas.
Fazendo tudo em escala maior, amam com intensidade, dão-se com facilidade,
produzem ou promovem e depois, pura e simplesmente, esquecem. Quer seja homem
ou mulher, o Filho de Inhansã será sempre alguém que dificilmente consegue passar
desapercebido. Será sempre um temporal num copo d’água, passando da
tranqüilidade de um lago sereno a incerteza de um mar tempestuoso. Sua principal
característica positiva reside na sua capacidade de não apenas perdoar quem
eventualmente lhe haja ofendido, como principalmente, esquecer a ofensa. Talvez
nenhum outro consiga realmente esquecer o Filho de Inhansã.
Gostam de participar e dividir tudo o que têm e contentam-se com pouco. Não
admitem não ser considerados e magoam-se quando acham que não foram tratados
com a devida consideração, embora não guardem rancor. Exigem um pouco de mimo,
de atenção, em quase tudo o que fazem. Adoram ver seu trabalho reconhecido e
admirado. Os Filhos de Cosme e Damião são bons pais e maridos. Amantes do lar,
são, ainda, calmos e tranqüilos. As Filhas de Cosme e Damião são excelentes
esposas e mães, embora, geralmente, muito dependentes. Costumam estabelecer
laços familiares muito fortes. Não raramente, mesmo com idade avançada, não tomam
quase nenhuma atitude sem consultar seus pais e outros parentes ascendentes.
Nunca deixa de fazer o que lhe pedem, embora tenha uma grande tendência a
reclamar de tudo. É empreendedora e ativa, vaidosa e coquete, gosta de adornos
discretos e caros. Exige muitas atenções e geralmente, embora realize com perfeição
os deveres domésticos, parece não sentir grandes atrações para com a cozinha, a não
ser no que diz respeito aos filhos. O Filho de Iemanjá parece estar sempre lutando
para galgar um lugar de destaque, qualquer que seja o empreendimento a que se
dedique. É, por sua própria natureza, um lutador. Os Filhos de Iemanjá são
profundamente emotivos, razão pela qual são chamados de chorões.
Preferem não impor suas opiniões, mas detestam ser contrariados. Custam muito a se
irritar, mas quando o fazem, também custam a serenar. Oxum parece ocupar no
coração das pessoas o espaço destinado à figura da mãe e esta característica faz com
que seus filhos sejam naturalmente bem quistos e, não raras vezes, invejados. O
homem e mulher, Filhos de Oxum, são, a exemplo de Iemanjá, muito ligados ao lar e a
família, em geral.
São muito complacentes com a aquisição de bens materiais, sendo desligados de tudo
aquilo que se refira a luxo. O Filho de Oxosse costuma mudar de atividade com
relativa facilidade, mas na possibilidade de lançar raízes em algum campo de negócio,
são profundos e seguros, jamais mudam. O chefe de família, Filho de Oxosse, é um
tanto desligado do lar, não que ele não se interesse pelos problemas familiares, é que
prefere ser servido a servir. A mulher, Filha de Oxosse, tende a não ser muito boa
dona de casa. Gosta das coisas bem feitas, mas não de fazer, gosta das coisas em
ordem, mas prefere mandar que os outros façam.
O pai de família, Filho de Ogum, não dá muitas chances de diálogo para seus filhos. É
inflexível e radical. Usa uma lei para si e outra para os outros. É vaidoso, não gosta de
ser contrariado em suas opiniões. Raramente “arreda pé” de sua posição, mesmo
quando não dá certo. Quer sempre fazer prevalecer o seu ponto de vista. Não recua
nenhuma vez em suas decisões. Tem sempre tendências para resolver as coisas para
o seu lado, de qualquer forma. A mulher, Filha de Ogum é mais querelante do que
briguenta. É mais belicosa e de atitudes extremadas. É excelente mãe de família,
porém, coitado do filho que não andar direito: ela é do tipo que bate primeiro para
depois perguntar onde foi o erro. O Filho de Ogum é dado a fazer conquistas, tem
facilidade de relacionamento com o sexo oposto de qualquer filiação de Orixá.
O Filho de Nanã jamais esquece o que lhe fazem, mesmo que depois lhe peçam
desculpas. Sempre comenta e toca no assunto quando há oportunidade. Gosta de
estar rodeado de amigos, porém, não abre mão de sua presença, fazendo questão de
que ela seja notada e comentada. Veste-se muito bem e possui um pouco da
intransigência de Ogum. Os Filhos de Nanã são resmungões e acham dificuldade em
tudo o que precisam fazer. Esperam sempre que os outros façam ou resolvam seus
problemas. São muito ladinos, sempre acham uma forma dos outros fazerem suas
coisas. Por serem demasiadamente possessivos, não admitem que seus filhos ou
familiares mais próximos tomem decisões sozinhos ou que seus companheiros saiam
sós.
Convivem melhor com pessoas idosas do que com as mais jovens. Não têm a
paciência necessária para suportar arroubos da mocidade. Mesmo os Filhos de
Abaluaiê com menos idade sempre procuram pessoas mais velhas para conviver. Não
gostam de aglomerações, preferem isolamento, utilizando seu tempo em coisas que
consideram de maior utilidade. Raramente se abrem a respeito de seus problemas,
preferindo “curtir” a mágoa ou a dor sem participar a ninguém. Muito sentimentais e
profundamente negativistas.
O fato de recebermos essas influências não quer dizer que somos filhos ou afilhados
desses Orixás. Trata-se apenas de uma afinidade espiritual. Uma pessoa, às vezes,
não se dá melhor com uma tia do que com a mãe? Assim também é com os Orixás,
podemos ser Filhos de Ogum ou Inhaçã e recebermos mais influência de Oxosse e
Oxum.
Posso ser Filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com Entidades que mais dizem
respeito, preferindo trabalhar com Entidades das cachoeiras, o que, de forma alguma
me faz ser adotado por estes outros Orixás. O importante é que nos momentos mais
decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se fazem presentes. Quase
sempre uma soma de valores e não apenas, e individualmente, a característica de um
único Orixá.