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ANATOMIA HUMANA - UNIDADE I

Enf. Prof. Gilderlan Honório Pereira

INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

Mediante artefatos e inscrições que datam da Pré-História, é possível inferir que


já nesse período existiam alguns conhecimentos anatômicos. Estes foram perpetuados
ao longo da história, por exemplo, através de desenhos como as figuras que representam
a anatomia humana encontradas nas montanhas de Tassili, no Saara, datadas de
aproximadamente 3 mil anos antes da era cristã. Fósseis de crânios humanos perfurados
permitem a inferência de que, por volta do ano 3000 a.C, a trepanação era realizada
tanto em pessoas vivas quanto em cadáveres, com finalidades místico-terapêuticas
(História da Medicina, 1969a, 1969b)

Das inúmeras obras de Anatomia deixadas pela civilização antiga, destaca-se a


Coleção Hipocrática, que abarca tratados de um vasto período, de 600 a.C. até cerca de
300 a.C. Aponta-se também para as contribuições de Aristóteles (384-322 a.C.), tanto
no que tange à sua filosofia quanto às descrições anatômicas por ele ilustradas, que se
constituíram em ferramentas importantes para o posterior desenvolvimento do
conhecimento anatômico. Além disso, é atribuída ao filósofo grego a criação da
Anatomia Comparada.

Quando se fala em Anatomia na Antiguidade, significativa foi a posição ocupada


pela Escola de Alexandria. Sediada na cidade de Alexandria, no Egito, a Escola de
Alexandria constituiu-se na maior escola científica da Antiguidade Clássica. Reduto de
reis ptolomaicos comportava bibliotecas e museus, e foi o local no qual a Anatomia
logrou pela primeira vez o status de disciplina. Segundo os registros de Galeno, as
primeiras dissecações públicas de animais e corpos humanos teriam sido realizadas por
Herófilo de Calcedônia e por Erasístrato nesse mesmo espaço.

CONCEITO DE ANATOMIA

O estudo de estruturas externas e internas e da relação física entre as partes do


corpo. Do grego ANA: em partes e TOMNEIN: cortar.

ANATOMIAMICROSCÓPICA

A anatomia microscópica considera estruturas que não podem ser vistas a olho nu. Os
limites da anatomia microscópica são estabelecidos pelas restrições do equipamento
utilizado. Uma simples lupa pode mostrar detalhes que escapariam a olho nu, enquanto
o microscópio eletrônico é capaz de evidenciar detalhes estruturais menores que 01
micrômetro (µ). Conforme progredirmos no texto, encontraremos detalhes
consideráveis em todos os níveis, da macroscopia à microscopia.

A anatomia microscópica pode ser subdividida em especialidades considerando-


se características dentro de uma determinada escala de tamanho. A citologia analisa a
estrutura interna das células, as menores unidades vivas. Células vivas são compostas de
complexos químicos em várias combinações, e nossas vidas dependem destes processos
que ocorrem nos trilhões de células que formam o nosso corpo. A histologia considera
uma perspectiva mais ampla e examina os tecidos, grupos de células especializadas e
produtos celulares que, em conjunto, desempenham funções específicas. As células do
corpo humano podem ser classificadas em quatro tipos de tecidos.

A combinação dos tecidos forma órgãos, como coração, rins, fígado e encéfalo.
Os órgãos são unidades anatômicas com muitas funções. Muitos tecidos e muitos órgãos
são examinados facilmente sem o uso do microscópio, e neste ponto pode-se cruzar o
limiar entre a anatomia microscópica e a anatomia macroscópica.

ANATOMIA MACROSCÓPICA

A anatomia macroscópica considera as grandes estruturas e características


visíveis a olho nu. Existem várias maneiras de se abordar a anatomia macroscópica:

■ Anatomia de superfície – trata do estudo da forma geral, ou morfologia, e


dos pontos de referência anatômica superficiais.

■ Anatomia regional (topográfica) – considera todas as características internas


e superficiais em uma determinada área do corpo, como a cabeça, o pescoço ou o
tronco. Cursos avançados em anatomia frequentemente reforçam a abordagem regional,
sobretudo porque ela enfatiza as relações espaciais entre as estruturas já
pressupostamente conhecidas pelos estudantes.

■ Anatomia sistêmica (descritiva) – considera a estrutura dos principais


sistemas de órgãos do corpo humano, como os sistemas esquelético e muscular. Os
sistemas são grupos de órgãos que funcionam em conjunto para produzir efeitos
coordenados. Por exemplo, o coração, o sangue e os vasos sanguíneos constituem o
sistema circulatório, que distribui oxigênio e nutrientes por todo o corpo. Existem 11
sistemas no corpo humano. Textos introdutórios em anatomia, inclusive este, utilizam a
abordagem sistêmica porque ela oferece uma boa estrutura para a organização de
informações sobre importantes padrões estruturais e funcionais.

OUTRAS PERSPECTIVAS EM ANATOMIA

Outras especialidades (enfoques) da anatomia serão encontradas neste texto.

■ Anatomia do desenvolvimento – examina as mudanças que ocorrem na


forma durante o período entre a concepção e a maturidade física. A anatomia do
desenvolvimento envolve a macro e a microscopia, pois considera uma gama ampla de
escala de tamanho (desde uma simples célula a um corpo humano adulto). É importante
na medicina porque muitas estruturas anormais podem resultar de erros que ocorrem
durante o desenvolvimento. As mais importantes modificações estruturais têm lugar nos
dois primeiros meses de desenvolvimento. A embriologia é o estudo destes processos
iniciais de desenvolvimento.
■ Anatomia comparativa – considera a organização anatômica em diferentes
tipos de animais. Observa semelhanças que podem refletir correlações evolucionárias.
Humanos, lagartos e tubarões são chamados de vertebrados porque possuem uma
combinação de características anatômicas que não são encontradas em outros grupos de
animais. Todos os vertebrados possuem uma coluna vertebral composta de unidades
individuais, denominadas vértebras.

■ Anatomia clínica – concentra-se nas características anatômicas que podem


sofrer modificações patológicas identificáveis ao longo do processo de desenvolvimento
de uma doença.

■ Anatomia cirúrgica – estuda marcadores anatômicos de referência


importantes para procedimentos cirúrgicos.

■ Anatomia por imagem (radiológica) – envolve o estudo de estruturas


anatômicas visualizadas por raios X, imagens de ultrassom ou outro procedimento
realizado em um corpo intacto.

■ Anatomia seccional – surgiu como uma nova subespecialidade da anatomia


macroscópica acompanhando os avanços da anatomia por imagem, como o exame de
TC (tomografia computadorizada) e a IRM (imagem de ressonância magnética).

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

Nosso estudo do corpo humano começará com uma revisão da anatomia celular
e continuará com a anatomia macroscópica e microscópica de cada sistema. Quando
consideramos eventos da escala microscópica para a macroscópica, estamos
examinando vários níveis de organização interdependentes.

Começamos com o nível de organização molecular ou químico. O corpo humano


consiste em mais de uma dúzia de elementos diferentes, mas quatro deles (hidrogênio,
oxigênio, carbono e nitrogênio) somam mais de 99% do total de número de átomos.
O funcionamento normal do coração depende de eventos inter-relacionados nos
níveis molecular, celular, tecidual e orgânico. Contrações coordenadas nas células
musculares adjacentes do tecido do músculo cardíaco produzem os batimentos. Esses
batimentos, aliados às características anatômicas internas deste órgão, produzem o
efeito de bombeamento. A cada contração, o coração ejeta o sangue através da rede
vascular. Juntos, o coração, o sangue e os vasos sanguíneos constituem o sistema
circulatório.

Cada nível de organização é totalmente dependente dos demais, ou seja, lesões


em nível celular, tecidual ou orgânico podem afetar todo o sistema. Assim,
modificações químicas nas células do músculo do coração podem causar contrações
anômalas ou mesmo interromper os batimentos cardíacos. Lesões físicas no tecido
muscular, como em um ferimento torácico, podem afetar a eficiência dos batimentos
cardíacos, mesmo que a maior parte das células e do próprio músculo cardíaco estejam
perfeitamente normais. Uma anomalia congênita na estrutura do coração pode afetar a
eficiência da capacidade de bombeamento, mesmo que as células e tecidos musculares
estejam perfeitamente normais.

Finalmente, deve-se mencionar que algo que afeta o sistema afetará também
seus componentes. Por exemplo, o coração pode perder eficiência em sua capacidade de
bombeamento após intensa perda sangüínea por lesão de um grande vaso do corpo. Se o
coração não pode bombear e o sangue não flui, o oxigênio e os nutrientes não são
distribuídos. Em um curto espaço de tempo inicia-se o processo de morte celular e a
conseqüente degeneração tecidual no coração.

É evidente que as modificações que ocorrem quando o coração não está


bombeando de forma efetiva não se restringem ao sistema circulatório; as células de
todos os tecidos e órgãos do corpo também serão danificadas. Esta observação nos
conduz a um outro nível de organização mais elevado: o do organismo, neste caso, o ser
humano. Esse nível reflete as interações entre os sistemas, todos eles vitais e cada qual
funcionando de modo adequado e harmônico com todos os outros, viabilizando a
sobrevivência. Quando todos os sistemas funcionam normalmente, as características do
ambiente interno serão relativamente estáveis em todos os níveis, o que chamamos de
homeostase (homeo, constante + stasis, condição).

INTROUDUÇÃO AOS SISTEMAS DE ÓRGÃOS

As próximas imagens apresentam os principais órgãos de cada sistema e suas


respectivas funções:
h
A TERMINOLOGIA ANATÔMICA (LINGUAGEM DA ANATOMIA)

Se você tivesse descoberto um novo continente, como você começaria a coletar


informações de modo a relatar precisamente os seus achados? Você teria de construir um
mapa detalhado do território. O mapa completo teria (1) marcadores evidentes, como
montanhas, vales ou vulcões; (2) a distância entre eles; e (3) a direção que você precisou
seguir para ir de um ponto a outro. As distâncias poderiam ser registradas em milhas e as
direções lidas em bússolas (norte, sul, nordeste, sudoeste e assim por diante). Com tal mapa,
qualquer pessoa poderia ir diretamente para qualquer ponto do seu continente.

Os primeiros anatomistas enfrentaram dificuldades semelhantes de comunicação.


Dizer que “uma saliência encontra-se nas costas” não oferece informações muito precisas
sobre a sua localização. Assim, os anatomistas criaram mapas do corpo humano. Os
marcadores de referência são estruturas anatômicas evidentes, e as distâncias são medidas
em centímetros ou polegadas. De fato, a anatomia utiliza uma linguagem especial que precisa
ser aprendida desde o início.

Novos termos anatômicos continuam a aparecer com o avanço da tecnologia, mas


muitas palavras e expressões antigas permanecem em uso. Como resultado, o vocabulário
desta ciência representa uma forma de registro histórico. Palavras e expressões em grego e
latim constituem a base de um grande número de termos anatômicos. Por exemplo, muitos
termos em latim, com que se batizaram estruturas específicas 2000 anos atrás, continuam em
uso atualmente.

A familiaridade com os principais marcadores anatômicos e referenciais de direção


fará com que os próximos assuntos sejam de mais fácil compreensão. Portanto é de
fundamental importância a compreensão de todos os termos, ou pelo menos, dos principais.
Como a cavidade abdominopélvica é grande e contém muitos órgãos, é útil
dividi-la em áreas menores para podermos estudá-la melhor. Para localizarmos os
órgãos de maneira geral, o abdome é dividido em quatro quadrantes (“quartos”),
traçando-se um plano vertical e um horizontal através do umbigo. Saber quais órgãos
abdominais ficam em cada quadrante auxilia o médico no diagnóstico de alterações ou
lesões. Costuma-se considerar a caixa torácica como uma proteção para os órgãos
torácicos, mas ela também protege os órgãos situados na parte mais superior do
abdome. O fígado e o baço, dois órgãos ricos em sangue e particularmente vulneráveis a
lesões, são protegidos pela caixa torácica que os recobre parcialmente nos lados
esquerdo e direito, respectivamente.

Distinções regionais são usadas para descrever com maior precisão a localização
e a orientação dos órgãos internos. Existem nove regiões abdominopélvicas
representadas mostra a relação entre os quadrantes, as regiões e os órgãos internos.

NORMALIDADE E ALTREÇÃO DA NORMALIDADE

Ao andar na rua, você pode observar que existem diferenças entre você e as
pessoas que passam ao seu lado, cada um tem sua característica própria. Em certas
situações, algumas pessoas podem apresentar características que você acha “estranhas”
e se pergunta: como podemos definir se essas diferenças são normais ou são alterações
da normalidade?

Sobre o ponto de vista anatômico, o conceito de normalidade está ligado ao


critério estatístico, isto é, que ocorre na maioria dos casos. Para a fisiologia, considera-
se normal a estrutura que consegue desempenhar seu papel corretamente; na medicina
este conceito está relacionado com o indivíduo hígido, funcional e sem doença.

Em alguns casos ocorrem alterações da normalidade, estas variações podem ou


não interferir nas funções do organismo, ou em casos mais graves pode levar até mesmo
a uma incompatibilidade com a vida. Essas alterações são: variação anatômica,
anomalia e monstruosidade.

• Variação anatômica – é definida como pequena alteração da


normalidade morfológica na parte interna ou externa do indivíduo sem comprometer a
sua função. O biótipo, a idade, o sexo (masculino e feminino), a raça são alguns dos
fatores de variação, que não ocorrem por acaso, pois podem ser geradas por fatores
gerais ou individuais. Ex: Destrocardia (coração apresenta seu ápice inclinado para o
lado direito).

• Anomalia – nela as variações morfológicas geram perturbações da


função, apresentam grandes alterações da normalidade. Ex: ausência de membros, fenda
palatina.

• Monstruosidade – é uma alteração acentuada que perturba


profundamente, a composição corporal, que em geral é incompatível com a vida. Ex:
anencefalia (ausência do encéfalo).

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