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SCHØLLHAMMER, Karl Erik Um breve mapeamento das últimas gerações.

In: Ficção brasileira


contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
André Luiz Lunardelli Coiado.

A presente resenha tem como objetivo sintetizar as principais ideias presentes no primeiro
capítulo do livro Ficção brasileira contemporânea (2009), intitulado como “Um breve mapeamento
das últimas gerações” Karl Erik Schøllhammer. O autor é professor Titular do Departamento de Letras
da PUC-Rio. Pesquisador com bolsa de produtividade do CNPq é Cientista do Nosso Estado da Faperj
(2007-2009/2013-2016/2016-2019) e, em 2013, assumiu a coordenação de Área de Letras da Faperj. É
autor, co-autor e editor de vários livros, entre eles: Linguagens da Violência (2000), Novas
Epistemologias (2000), Literatura e Mídia (2002), Literatura e Cultura (2003), Literatura e Imagem
(2005), Literatura e Memória (2006), Henrik Ibsen no Brasil (2008), Literatura e Critica (2009) e
Literatura e Realidade(s) (2010), Atrocity Exhibition (2011), Memórias do Presente (2012),
Criatividade sem Limite? (2012) e Cenários Contemporâneos da Escrita (2013). De autoria integral os
títulos mais recentes são Além do visível - o olhar da literatura (2007, 2016), Ficção brasileira
contemporânea (2009, 2011) e Cena do Crime (2013)1.
O seu livro é divido por uma nota introdutória, na qual posteriormente, indaga o leitor sobre o
significado de literatura contemporânea. Logo após, encontra-se cinco capítulos em que o autor
desenvolve as suas ideias, finalizando com a bibliografia da obra.
Partindo para o primeiro capítulo, o autor deixa bem clara a sua preocupação em debater sobre
os reportório de escrituras e as suas obras presentes no contexto brasileiro entre as décadas de 60 até o
início de nosso século atual, independente de seu valor de mercado. Ao final da página 21, o autor
retoma a ideia de encerramento do ciclo literário nacional, presente nas palavras de Heloísa Buarque de
Hollanda, uma vez que a mudança do espaço urbano alterou-se e a população já somava quase 80%
presentes nesta área. Logo em seguida, Karl realiza uma transição sobre as estéticas literárias, iniciando
com a década de 60, na qual encontra-se o início de uma prosa urbana, que na década seguinte encontra
no gênero conto a necessidade de responder à situação política e social ditatorial. Ainda neste período,
além da presença da vocação política no contexto literário, encontra-se outras duas. A primeira
encontra-se ligada a um novo realismo urbano, principalmente presente no gênero híbrido romance-
reportagem e a outra nos romances memorialistas, como no autor Pedro Nava. O autor cita a obra
Literatura e vida literária (1985) de Flora Süssekind, que batizou o gênero romance-reportagem como
literatura de verdade, no sentido em que esta é colocada em contraste à literatura do eu.
1 Informações retiradas do Lattes. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/6021252419486141
Após o fim do governo de censura, o autor traz um surgimento de uma escrita psicológica,
batizada por Alfredo Bosi como brutalismo, que basicamente caracterizava-se pelas temáticas de
violência social entre as camadas marginalizadas, com uma forte presença de linguagem coloquial,
trazendo à tona os atos cruéis humanos, subdividindo os espaços entre “cidade oficial” e “cidade
marginal”, tendo como um dos principais escritores Rubem Foncesa. Neste mesmo panorama, com o
sucesso de alguns autores e obras, encontra-se na literatura um diálogo entre cultura popular e cultura
de massa, mesclando gêneros, até então antes não explorados, tais como a biografia, o ensaio, a
fotografia, a publicidade e o cinema com ficção. A partir desta mescla, o autor denomina-a como
metamídia, que mais uma vez encontra-se em Flora Süssekind a demonstração entre a incapacidade de
distinguir a realidade e fantasia presente no conto “Marilyn no inferno” de João Gilberto Noll. Novas
técnicas são adotadas neste conto, como o uso do flash, mudança de foco, cortes, contrastes, elipses no
tempo e ritmo acelerado, interpretando o sentimento pós-moderno da perca de sentido e de referência.
Em “Da ‘Geração 90’ à ‘00’”, Schøllhammer inicia intitulando a nova década como um golpe
publicitário bem armado, uma vez que não há nenhuma escola literária em vigor, nenhuma tendência
homogenia, mas sim uma heterogeneidade acompanhada da nova tecnologia e de comunicação via
Internet. Nota-se a intensificação do hibridismo literário, tanto na presença do gênero miniconto, das
escrituras instantâneas, quanto na retomada de temas da década de 70, como exemplo a sobrevivência
do romance regionalista, que na perspectiva de Mainardi, é uma das “vacas sagradas”. Deve-se incluir
o recurso ao pastiche, do melodrama, pornografia e romance-policial comuns à época. Mais adiante, no
início do século XXI, o autor retrata alguns romances baseados na violência em conjuntos
habitacionais, como os de Patrícia Melo, que pisou pela primeira vez em uma favela depois de ter
escrito 20 capítulos de Inferno e Paulo Lins que nasceu, viveu e transformou a sua realidade em seu
livro Cidade de Deus.
Por fim, em “O mercado”, o autor apresenta uma crescente preocupação por parte dos autores
sobre direitos autorais e a carreira de escritor, sendo na década de 80 a nítida percepção que a literatura
também tratava-se de mercadoria de circulação. Ainda na presente passagem, o autor cita uma lista dos
best-sellers, em que a aparição de romancistas brasileiros era rara, dificilmente competir com o escritor
internacional e o mercado editorial globalizado. O autor finaliza o seu texto realizando um
levantamento do investimento brasileiro nos últimos anos no mercado literário, com dados até o ano de
2007.

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