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Prof. Raisa
1. DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Assistência simples (Art.121 e 122 do CPC) - É o mecanismo pelo qual se admite que um
terceiro, que tenha interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, possa
requerer o seu ingresso, para auxiliar aquele a quem deseja que vença.
O requisito indispensável é que o terceiro tenha interesse jurídico na vitória de um dos
litigantes. É fundamental, pois, que se identifique quando o terceiro tem interesse e quando pode
ser considerado jurídico.
Terá interesse jurídico aquele que tiver uma relação jurídica com uma das partes,
diferente daquela sobre a qual versa o processo, mas que poderá ser afetada pelo resultado.
Para simplificar, pode-se dizer que o interesse jurídico depende de três circunstâncias:
a) que o terceiro tenha uma relação jurídica com uma das partes;
b) que essa relação seja diferente da que está sendo discutida no processo, pois se for a mesma
ele deveria figurar como litisconsorte, e não como assistente;
c) que essa relação jurídica possa ser afetada reflexamente pelo resultado do processo.
O interesse jurídico não se confunde com o meramente econômico Há casos em que o
interesse do terceiro é meramente econômico, e não jurídico, o que o impede de ingressar como
assistente simples.
Poderes do assistente simples no processo. Para compreendê-los, é preciso lembrar que o
assistente simples não é o potencial titular da relação jurídica que está sendo discutida em juízo,
mas de uma relação jurídica com uma das partes, que mantém com a primeira uma relação de
prejudicialidade. A sua atuação é subordinada à do assistido: pode praticar todos os atos
processuais que não contrariem a vontade do assistido.
* Hipóteses de cabimento
- Risco de evicção - É a hipótese do art. 125, I, do CPC. A denunciação deve ser feita ao
“alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a
fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam”.
- Direito de regresso decorrente de lei ou contrato - É a hipótese do inciso II do art. 125 que
autoriza a denunciação àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar em
ação regressiva o prejuízo de quem for vencido no processo.
- A denunciação da lide da Fazenda Pública ao funcionário - A Constituição Federal, art. 37, §
6º, atribui responsabilidade objetiva às pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado,
prestadoras de serviço público, pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causem a
terceiros. Mas assegura direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.
- Quando requerida pelo autor - O autor também pode requerer a denunciação da lide quando,
temendo os prejuízos decorrentes de uma eventual improcedência, queira, no mesmo processo,
exercer direito de regresso contra o terceiro, que tem obrigação de responder por tais prejuízos. A
denunciação será requerida pelo autor na petição inicial.
Se o juiz deferir a denunciação, mandará primeiro citar o denunciado e depois o réu,
porque, na condição de litisconsorte do autor, na lide principal, aquele terá o direito de
acrescentar novos argumentos à inicial (CPC, art. 127). Há aqui uma situação muito particular.
Como sempre ocorre quando há denunciação, haverá duas ações e um só processo.
Assim, no mesmo processo ele é simultaneamente réu (da denunciação) e coautor (da
ação principal). Por isso, citado, poderá acrescentar novos argumentos à inicial (na condição de
coautor da lide principal, que não participou da elaboração dessa peça) e oferecer contestação à
lide secundária. O juiz, ao final, proferirá sentença única que, se de procedência, implicará a
extinção sem resolução de mérito da denunciação.
Chamamento ao processo
É forma de intervenção de terceiros por meio da qual o réu fiador ou devedor solidário,
originariamente demandado, trará para compor o polo passivo, em litisconsórcio com ele, o
afiançado ou os demais devedores solidários.
O chamamento ao processo é sempre facultativo, e mesmo que o réu não o faça, poderá
reaver dos demais coobrigados a parte que lhes cabe, em ação autônoma.
Hipóteses de cabimento
O art. 130 do CPC enumera as hipóteses do chamamento ao processo em três incisos:
■ o primeiro cuida do chamamento feito pelo fiador demandado ao devedor principal;
■ o segundo, da possibilidade de, havendo mais de um fiador, aquele que for demandado sozinho
chamar ao processo os demais;
■ o terceiro versa sobre a solidariedade, quando o autor houver demandado apenas um ou
alguns dos devedores solidários, que poderão chamar ao processo os demais.
4. OBJETO DA PROVA
O objeto da prova são os fatos controvertidos relevantes para o julgamento do processo.
Para que o juiz profira o julgamento, é preciso que forme sua convicção a respeito dos
fatos e do direito controvertidos. Para que se convença do direito, não é preciso que as partes
apresentem provas, porque ele o conhece (jura novit curia), salvo as hipóteses do art. 376, em
que pode exigi-las quanto à vigência de direito estadual, municipal, estrangeiro ou
consuetudinário, o que será feito por meio de certidões ou pareceres de juristas estrangeiros ou
locais.