cOnPES
curadoria IVANA BENTES
anita Cheng (NY)
arthur Omar (Ru)
(Carlos Azambuja (Ru)
jana Domingues (RS)
liseo Reategui_(RS)
Grupo Artecno (RS)
Gilberto Prado (SP)
Hapax (RJ)
Hurandir Muller (SP)
iko Goifman (SP)
(lucas Bambozzi (SP)
[Mario Maciel (DF)
Regina Silveira (SP)
Ronaldo Kiel (NY)
‘(Simone Michelin (Ru)
Suzete Venturelli_ (DF)
Walter Silveira (SP)
12 de maio a 10 de julho de 2005
Centro Cultural Telemar
Rio de Janeiro, BrasilCentro Cultural Telemar surge, no cendrio do Rio de
Janeiro, como um espaco voltado para a convergéncia
Se eee eae
CO cu ee ty
fachada, onde a arquitetura industrial de 1918 dialoga
com uma contemporanea caixa de vidro e zinco,
Cee Ce Cuoco
conceito de convergéncia se espalha pelos ambientes,
TC ee eee
reconfiguram a cada manifestaco artistica que exibe.
eC ca ad
Cee eee eee ey oy
Re eee keh ce
CeCe OC GE cue cu
Se ae ee
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Greene Cee et eu)
Ce ee a Oe ree aS
e revistas de diferentes pontos do pa(s. No terrago, um
cyber bistré retine cadeiras de telefonistas, do tempo
Bee eee se
Cee Cue Soe
Por tudo isso, e por chegar & cena brasileira no inicio
cee eee Cece ee
(Dee CC eae a)
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Corpos Virtuais para abrir as suas atividades a0
Pee ue eee Ra
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eee ee eee eer)
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Cee Ce Me CUCU
jogo, em um instigante e emocionante painel da
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POU Ee oa se Tara)
partir de agora, na histéria deste Centro Cultural.
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Cer Ree aC Con
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pe ee eae ered
PORT auc et a}
Dee Ee eee acy
as imagens técnicas, desde a fotografia até as mais,
recentes atividades artisticas que utilizam meios
Cee DU eee Ree
artistico, que abrange uma grande quantidade de
obras interativas, imersivas e imersivas interativas.
PSCC RCT eee Cea
Fee LC CooeLacy
PoE e ecu ea er end
investigativa de transformar a realidade e atualizar
Ce oe ee eee
de corresponder a esses anseios como centros
Cee ee eae
PRR a eer cut)
TE rg eRe ot eee
Cee eee ee cue on race
contemporanea, ao criar espagos que possibilitam a
Se eee uC ee ced
criago da obra de arte, apresentando trabalhos de
Web-arte, game-arte, software-arte, net-arte, video-
BOM ene eR ce ee ec
artificial, sound-art, musica eletrénica, cinema digital,
videos interativos, inteligencia artificial, robtica,
Pe eee eee
De RC RG ue ee EC cies
Oe eee cee eed
Drea uo Ea eos
Cue ees
Cree econ Try
oe eescOR
IVANA BENTES
Como as tecnologias usadas no cotidiano, na internet, nos
Celulares, em games e computadores, podem sereapropriadas”
pela arte?
As obras apresentadas na exposi¢ao Corpos Virtuais: orte e
tecnologia exploram as possibilidades estéticas ¢ sociais das
imagens e dispositivos tecnolégicos que, extraidos da sua
banalidade cotidiana, mobilizam o visitante e criam uma inte-
ago multisensorial,
Os artistas convidados usam diferentes tecnologias. Alta
tecnologia, derivada da industria da simulacao e da realidade
virtual. Low-tech, instrumentos e ambientes forjados com
‘materiais precérios. Tecnologias de massa, usadas em cémeras,
aparelhos digitais, telecomunicagées. Ou ainda as “tecrologias
dda mente’, desenvolvidas em milénios de histéria
CO visitante, iterator e participador, 6 convidado a compartthar
sons e imagens em ambientes muitisensoriais. Jogar um game
colaboratvo, inspirado num ritual indigen, em que os partici-
pantes tém que chegar ao final empatados. Manipular fragmento
dda meméria do outro, Ihe emprestando novos significados. Numa,
sala sem espelhas descobre seu reverso.
‘Aarquitetura se torna suporte, com obras que vestem o ediifico,
‘Ao subir as escadas de vidro fosco do Centro Cultural Telemar, 0
visitante 6 acompanhado por seres virtuais, que deixam tragos
pegadas. & pode vislumbrar de qualquer lugar do edificio um
intenso Mar azul, disposto na fachada, 0 intimo se torna pablico,
«¢ descobre paisagens e cenas vistas da janela de um quartinho.
“
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—_
_
=
P a
‘Ao entrar num ambiente fechado vai corwiver e escutar aten-
‘tamente pessoas que mataram uma Unica vez. Diante de
imagens precérias pode posar, fotografar e colocar no visor do
seu celular suas imagens superpostas a de moradores de rua.
Envolvido pelo cosmos, num ambiente de realidade virtual, envia
mensagens para estrelas e popstars, Participa de um ritual
singular de sabios sufis no Afeganistao do pés-guerra, semi-
destruido, onde a nica tecnologia é mental, Percepgao &
ssensa¢ao sao a base de obras e performances em que a poténcia
vem dessa mente-corpo virtualizada.
(O tema do corpo foi um ponto de partida.O corpo fisico, que sofre
indmeras panes e upgrades ao longo de uma vida, 0 corpo pés-
bioldgico, potencializado pelas préteses e extenstes tecno-
légicas. Os corpos Kidicos,fluidos, feitos de imagens. Os corpos
digitalizados, “transportados’ pelas redes, compartilhados on-
line. Potencializados e expandidos. Mas também os corpos des-
potencializados, esgotados, pelo excesso ou pela falta de trabalho,
pela exclusao, encarceramento ou imok social. Os corpos
parasitados pelo capital
0 corpo é nossa base, mundo-abrigo, equipamento vulnerével e
“pesado” que se mistura, indiscemivel, com nossa mente veloz
leve. Mente-programa. Nosso software.
Nessas obras instalagdes, ambientes-multimidias, projegaes,
performances), corpos e mentes se potencilizam em imagens,
sons, sensagdes, conceitos. Cada obra s6 existe quando 0
visitante epartcipador faz dela seu habitat, ce instalae pacea a
ser, ele proprio, parte desse corpo hibrdo coltivo, virtual
(maio de 2005)Anita Ch®ng
Aa ese Che:
Ronaldo Ki®l
Ae)
Tracks é uma videoinstalagio criada especificamente para as escadas do prédio do Centro Cultural Telemar
1 Rio de Janeiro, em regime de colaboragdo entre os artistas Anita Cheng, Regina Silveira e Ronaldo Kiel
Re cene Se en ea a enTLoe)
tuma tilha freqlentada por animais que, apesar de nunca vistos, deixam vestigios de sua passagem.
Cen Ce ene a cue eco eee
de acesso aos diversos andares do prédio, esta instalaco apresenta a sucessio gradual e continua de
Pee ee Ce eee
See ee ee ee ee een ae Reed
Cee ee eo eee eee eae
‘0 movimento das pegadas constr6i rastros que avancam de um lance de escadas ao seguinte, em dirego
Dee Ee ee eo ec eu uC aad
Ce ae Re ee Ue ON Nee ce)
utilizago de "back projections" (neste caso, as imagens so projetadas de baixo para cima); deste modo
SO I eee ee ce eu ue
Cee ee eee een
Com o passar do tempo, as trilhas se regeneram. Novas pegadas, de diferentes animals, substituer as
Cee eee a eMC ee eee une ce
Bee CeO
Gea eet ee?
‘Ainstalagao Tracks apresenta os rastros deixados por criaturas ausentes. A ilusao de uma agao é
Dee ee ae eee Re oe ee ey
Re eee Ee eee)
CO oe eo ace ey
Dee eo Ce et Cet eR
Ree ot eect ee oy
por quatro videos/DVDs. Quando sincronizados e apresentados simultaneamente os 4 videos formam uma
Cee Cun ee eo ee ee eed
acumulam e se regeneram com o passar do tempo. (RS RK]
Pen ee anNascido na
Trabalhando durante a virada do milénio, eu pude viver a revo:
lugao tecnolégica que transformou [e continua a transformar) 0
‘modo como as pessoas trabalham e se relacionam com 0 mundo,
‘As mudangasna forma em que eu penso e produzo arte hoje s30
reflexo destas alteragies na tecnologia,
A informago codificada digitalmente é representada pela pre-
‘senga ou pela auséncia de pulsos de forca igual ~ os digitos. A
maquina que opera dados na forma de digitos 6 chamada digital.
Esta tecnologia, foi aplicada aos computadores, neles a infor-
‘macao é processada através de zeros e uns.
Os primeiras computadores eram enormes em tamanho e custo.
Estas maquinas pioneiras desenvolvidas pelo exército americano
indo passavam de gigantescas calculadoras,
Cingienta anes depois, o PC chegou As méos do artista, O que
‘mudiu radicalmente a situagio foi a idéia do microchip que velo
possibiltar a criagao do computador pessoal. Mas 0 computador
pessoal foi apenas um dos elementos necessérios para tornar
esta tecnologia ttl ao artista. 0 scanner, inventado por Whiriwind
‘em 1957, trouxe o mundo visual para dentro do computador, e dois
anos mais tarde, um mecanismo de tra¢ado (o ploter) fez com
{que a primeira maquina de desenhar pudesse existr.
William A. Fetter que trabalhava na Companhia Boeing,
descreveu seus desenhos de uma cabina de avigo, gerados por
‘computador e impresses em um plotador, como “computacio
‘gréfica”, Em 1960 a expresso "computagao gréfica” passou a
‘er usada corriqueiramente, um termo genérico designando uma
‘grande variedade de aplicacdes visuais para computadores.
Em 1963 a revista chamada “Computadores e Automatizagao’
anunciou a primeira competicio de computacio gréfica. Dois
militares ganharam, Primeiro e segundo lugares, foram para os
laboratérios de pesquisa de missil balistico do exército dos
hora certa
Estados Unidos, dois desenhos feitos no plotador. Naquela época
‘muito poucas pessoas tinham acesso a este tipo de equipamento,
Com o passar do tempo, a idéia de gerar arte com este tipo de
tecnologia comegou a receber atengao. Em 1965, na Alemanha
Ocidental e em New York as primeiras exposigdes de arte
eletrénica foram anunciadas, No inicio, aidéia nao foi bem rece-
bida. Assim come quando a fotografia fol inventada, tarto. publica
‘como os préprios artistas no consideraram a fotografia como
uma forma de expressao artistica.
Nos anos oitenta, no programa de Mestrado em Artes Visuais da
USP, eu comecei a me envolver com computadores. Meu objetivo
fea gerar imagens em uma tela de computador usando “video
texto", Neste primeira contato, 0 computador me pareceu tao
precério e limitado quanto uma maquina de escrever, e muito
‘mais dificil de usar, pois o que eu queria fazer era desenhar.
Um fator curioso que observei logo de inicio, fol que o trabalho no
computador introduziu uma nova dimensao no proceso de criar
€ apresentar imagens, o tempo. Sempre presente no proceso de
criagdo, o tempo nao era necessariamente parte do produto final
Um desenho ou uma pintura nao necessitam do tempo como a
‘misica ou a danca para existir. Os poucos segundos necessarios,
para uma de minhas imagens se formar na tela, e 0 fato de que
feu podia apresentar uma seqiéncia de imagens, me alertou
sobre o uso do tempo.
(0 que vejo hoje como uma limitagao técnica do equipamento,
rnaguela época era interessante e desejével. O tempo necessario
para construir a imagem na tela, era uma qualidade que eunao
podia incorporar em meu trabalho de nenhuma outra forma. 0
computador gerava uma espécie de animagao rudimentar a0
apresentar a imagem, e assim o tempo passou a fazer parte de
minhas imagens. Naqueles computadores, sem 0 tempo a
imagem nao existiaEu sempre estive interessado em incorporar o tempo em meu tra-
balho, Por vérios anos, eu registrei o tempo, carimbando nas
margens de meus desenhos as datas em que trabalhava neles.
Mas os desenhos no necessitavam do tempo para existir e as,
minhas experiéncias com o computador usavam 0 tempo como
ccondigao para sua existéncia.
Em 1990 no Brooklyn College em New York eu novamente me
cenvolvi com computadores. Trabalhando paralelamente em meu
mestrado em pintura, eu reiniciei minhas experiéncias. Uma
‘grande variedade de software grafico foi desenvolvida naquela
poca. Amidia impressa foi a primeira a se transformar.
No inicio dos anos naventa um computador pessoal com alguma
capacidade gréfca custava cerca de $ 4000 délares. Mas apesar
do preco, 0 fato de que um Unico artista gréfico bem treinado,
com um computador e alguns programas, poder criar 0 layout,
desenvolver e produir a tipografa (com uma flexbilidade e pre:
cisdo que jamais havia existdo), etocar fotografias,criarilus-
tragdes, produzira arte final e até imprimir un filme, pronto para
uma maquina de impressio, era uma economia no fal das contas.
Oartista grafico passou a exercer as funcies de pelo menos trés
‘ou quatro profissionais, os empresarios nao resistiram. Gréficas,
editoras e agéncias de propaganda, em poucos anos, passaram a
usar computadores para preparar todo seu material impresso,
Naquela época, eu passei a usar computadores diariamente.
1991 foi o ano de minha primeira exposi¢a0 em New York &
minha dltima exposi¢ao de pintura, Meu estddio passou 2
cexistir em um disco rigido e meu trabalho se dirigiu para for-
mas de arte que se estruturam no tempo, 0 computador
como uma ferramenta para produzir arte expandiu minhas
possibilidades de expressao artistica, Meu trabalho passou
a incorporar video, dudio, e animag&o. Aprépria midia digital,
naquela época, na forma de floppy disks, passou a ser para
mim um meio tao real quanto a pintura ou o desenho.
0 surgimento da Editoracao Eletrénica foi seguido pela publi
cagio e distribuigao de Multimidia, primeiro através de CD-ROMs
depois pela Internet. A terceira etapa veio com a transformagao
do video analégico em digital. Hoje, video é gravado editado e
processado digitalmente, Da cimera para o computador e de
volta para o tape ou direto em um DVD, tudo digitalmente.
/Amais recente transformag&o esta acontecendo com o cinema.
As poucos, os filmes vao se tornado mais e mais digitais e os
computadores utensilios de trabalho para cineastas. Em pouco
mais de uma década, "personal computers" com o software apro:
priado, passaram a ser ferramentas de trabalho para artistas nos
mais vérios campos das artes.
‘Atualmente a “computagéo gréfica’, ou a ‘arte eletrénica’, ou a
‘arte de computador’, vem sendo chamada com frequéncia de
“arte digital”. Até o departamento de artes onde dou aulas adotou
esta terminologi, “Digital Art. 0 uso de tecnologia na produc’o,
artistica tem recebido muitas designagies ejé desenvolveusuas,
préprias subcategorias como por exemplo @ Net Art a Media Art,
entre autras. Eu continuo a chamarmeu trabalho de arte visual, €
continuo a usar tecnologia para criar e produzir ida artisticas,
que as vezes se materializam como instalagdes, ou vdeo projecaes
para performances, outras vezes se tomnam videos distribuidos
em DVD, ou encontram seu lugar na internet (wwwudailydance.org)
como websites. ertas imagens vindas de meus videos, ou mode:
los 30 acabam no laboratério fotogréfico, outras so impressas
digitalmente. (‘Digital Photography” é mais uma categoria muito
discutide recentemente). 0 ponto que estou tentando fazer € que
8 arte que usa tecnologia em geral, e 0 computador especifica
mente, épor defini¢io, uma forma de arte muito flexvel em termos
de suas possiveis manifestagdes materiais e que ndo é nossa
tarefa, como artistas, descobrir como rotular nosso trabalho.
‘Amaior parte de minha produgaio recente tem sido alguma forma
de colaboragao, “site-specific’ ‘public art" (mais dois termosPrieures
Pe ec
oe ea ee eee
Cee eon ee
ee ee eee eee ered
exploram as conexdes entre o objeto, sua imagem e a audiéncia,
Tete Oe aa une ecu eR ad
Ce ee ee ec yey
diretora artistica da companhia de dan¢a moderna Anita Cheng
Dance. Cheng é também professora adjunta no Departamento de
Cee ees
A coreografia de Cheng e seu trabalho em midia foram apresen-
tados em teatros, galerias, em DVD € na Intemet. Em Janeiro
deste ano, a companhia de danca de Anita Cheng mostrou seu
trabalho no teatro do Joyce Soho, Entre outros espetaculos em
2004, a companhia foi apresentada pelo Projeto Danspace como
parte da série City/Dans. Cheng recebeu numerosas bolsas de
eee eae ures etn ie)
Cec oom Seca)
Senne em eet cc)
Reece uae ae ed
Se aCe ect oy
ere eae eR a eset coed
convidadas a participar do Festival de Dana de Jacob's Flow
que se desenvolve paralelamente aos workshops com composi-
tores no Centro de Misica de Tanglewood. Cheng recebeu seu
Pee ured ace acts
artista visual Ronaldo Kiel usa o computador como uma ferra-
Ge ed ee eee er)
digital Seu trabalho usa tecnologia para discutir questées sobre
Pee ee ee ene aed
dda Universidade Federal do Rio Grande do Sul e recebeu seu
Mestrado em Arte pelo Brooklyn College. 0 trabalho de Kiel foi
Pe ce eee eens
de arte e tecnologia tais como o Prix Ars Electronica e a WRO
ee a eset ed
tri, Brasil, Canad lia, araguai,Poldnia, Ucrania e em muitas,
cidades do Estados Unidos. Este ano, Kiel criou uma instalago,
Cee oes ee ca scet)
Cee ee ee ete ee
ee ek ec)
Pago das Artes ern Séo Paulo. Em 2003, Cheng & Kiel receberam
ee ae ae en
Ronaldo Kiel é professor assistente na Faculdade do Brooklyn,
Cee ee eel cea eee
Ce eee ae eet]
Media Lab (ARM] do Dance Theater Workshop (2004.5) e a bolsa
do Brooklyn Arts Council 2005 (Conselho das Artes do Brooklyn).
Este verdo, Cheng e Kiel foram convidados para uma residéncia
eee ater cr ee ene
CO OC oe ua
ce eC ete ee oa cs
Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
IA/UFGRS em 1958, onde estuda com Aldo Locatelli (1915-1962)
Ado Malagoli (1906-0994). No ano seguinte,licencia-se em
desenho pela Faculdade de Filosofia da Pontificia Universidade
Catélica do Rio Grande do Sul. No inicio da década de 1960, tem
eee a tcrecc ere ey
com Francisco Stockinger (1919), litogravura com Marcelo
Grassmann (1925), no Atelié Livre da Prefeitura Municipal de
Pn ae eC Seca ears ety
eae eee oe
BOC att SO One ei es
Letras de Madri. Em 1969, € convidada a ministrar cursos no
Ce Su aru ee en)
Ree ee ee ene es ueC eure
Dee ee ee)
1973, e passa a residir em Sao Paulo, Leciona e coordena, até
1985, 0 setor de gravura da Faap. Entre 1974 e 1993, & profes-
ee a eC eee es}
Sey eet ar eet ey
Peer een ce ec ene ets
‘Anamorfas, no Museu de Arte Contemporsnea da USP e, em
4984, obtém 0 titulo de doutora com a exposigao Simulacros.
Com Monudentro ganha 0 Prémio Associagao Paulista dos
Ger aC Snes eer esecre etry nc
Centra suas atividades artisticas em Nova York, com bolsas de
Cet ene
‘The John Simon Guggenheim Foundation Fellowship, The Pollock-
Cea Ca a a eC
recebe bolsa de artista residente da Civitella Ranieri Foundation,
eC en eae i ea
Dre Pe ny ure ere)
Museo Nacional del Grabado, Buenos Aires, e o Prémio Cultural
per neo enue ee
Borne Gan ese a)Se ee ee ee
nenan ath at
LL uke lle
el slcbabe LeTat ee
Pah)
pe ie ee eee Se ee ee ec
GRO ECO CSc On ao ie ue
tho, com diversas almofadas, onde se pode sentar ou deitar. Uma experiéncia de “imersio" numa ceriménia
Ce acon ar ac ee eu)
Ce Ca cance eae
{gens foram feitas em janeiro de 2002, numa comunidade de sufis nos arredores de Kabul, onde nenhum
Cece Con a ee ae ee
O visitante 6 convidado a participar de um ritual de derviches, extremamente puro e fechado, rum estilo
te a ce Ty
plexos exercicios de respiragao e canto, associados a movimentos ritmados do corpo, gerando um campo
Cee Oa ue en uy
‘experiéncia de transformacao radical da Realidade. 0 virtual na sua poténcia maxima, gerador de real. Ao
en ee eee re eo ae ee eecy
Cree eee eee ne ee
roe ean ek eee ey
dda reabsorgio do sujeito na totalidade da tradigo. Mar que se estende pela arquitetura do prédio,
cconectando a instalagdo Dervix ea intervengio na fachada do Centro Cultural, intitulada 0 Mor.
‘Asegunda sequéncia, apresentada apenas na abertura da exposi¢0 Corpos Virtuais, explode o circulo suf,
Cee oe oe aE oe
Cipante, Desimersao radical, vertigem, desconstrudo, criagao de uma temporalidade externa que rompe 0
circulo ecria outro transe. 0 som atonal e descortrutivo,o barulho de um avio que corta 0 céu, abrem a
fortaleza do circulo as sugesties de uma outra realidade: a guerra, a destruigdo, 0 caos, a tecnologia oc:
dental fazendo oscilare acelerar o mundo. Os rostos permanecem na sua integridade, o ritual continua em
Pec cue ecm]
Arthur Omar esteve em diversas regides do Afeganistdo em 2002, por acasido do seu trabalho para a 26
Cee eee en RN Ree
disrios, em sua maioria ainda inédito, continua e prolonga com novas dimensées 0 trabalho do autor no
campo da sua antropologia fundada em préticas estéticas e radicalmente experimental. DERVIX, apresen:
tad no Centro Cultural Telemar & uma primeira versdo, determinada pelo espaco disponivel, de um traba-
tho que poderé assumir formas diversas em novas situa¢ées, com a multiplicagao de seus elementos.
DERVI, vdedinstalagdo de Arthur Omar para ambientes variévels, 2005,
Ee ees ec
ee een
ee
ener
eee as