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Inflorescências
As flores podem se apresentar agrupadas de diversas formas em estruturas chamadas inflorescências. A haste de
cada flor que compõe a inflorescência é chamada de pedicelo e o eixo do qual partem os pedicelos é chamado de raque.
As inflorescências onde o pedicelo suporta as flores são chamadas de pediceladas, enquanto as flores onde ele não é
presente são chamadas de sésseis. São chamadas axilares as inflorescências localizadas nas axilas das folhas e chamadas
terminais as localizadas na área final dos ramos. As inflorescências podem ser unifloras quando possuem uma única flor
que parte do pedúnculo ou plurifloras quando várias flores partem do pedúnculo. As plurifloras são simples quando os
pedicelos que partem da raque suportam uma única flor ou compostas quando os pedicelos que partem da raque se
ramificam e suportam mais de uma flor.

Inflorescências plurifloras simples

As inflorescências simples podem ser racimosas ou cimosas.


São racimosas ou indefinidas quando a raque possui maior crescimento do que os ramos e, assim, as flores se abrem de
baixo para cima ou de dentro para fora.
Os ramos das cimosas ou indefinidas possuem um crescimento maior do que a raque, que termina numa flor. As flores
abrem do centro para a periferia ou a flor da raque é a primeira a abrir.

As inflorescências simples racimosas são:


a) Cacho ou rácemo: flores sobre os pedicelos partem de diversos pontos do eixo principal, alcançando diferentes alturas.
b) Espiga: flores sésseis partem de diversas alturas do eixo principal.
c) Corimbo: flores sobre pedicelos partem de diferentes pontos e alcançam a mesma altura.
d) Umbela: as flores sobre pedicelos partem de um ponto único do pedúnculo, alcançam a mesma altura.
e) Capítulo: flores sésseis são inseridas num alargamento do ápice do eixo principal e várias brácteas estéreis rodeiam a
estrutura, o periclíneo. O centro a periferia do capítulo podem ser compostos por flores de sexos diferentes.
f) Espádice: flores sésseis partem de um eixo principal carnoso, geralmente são unissexuais e o conjunto é envolvido por
uma bráctea, a espata.
g) Amento: flores sésseis partem de diversos pontos do eixo principal, geralmente flexível e pendente, alcançando
diferentes alturas.

f g
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As inflorescências simples cimosas são:


a) Monocásio ou cima unípara: as flores localizam-se no ápice dos eixos formados a partir de gemas laterais. Tem algumas
variações:
a.1. cima unípara helicóide : os ramos se alternam regularmente e são e, hélice. Formam um pseudo- eixo.
a.2. cima unípara escorpióide : os ramos se desenvolvem num mesmo plano e no mesmo lado.
b) Dicásio ou cima bípara: uma flor é formada no ápice do eixo principal e duas gemas partem lateralmente dando origem
a dois ramos contendo duas outras flores no ápice. Os dois ramos formados podem se ramificar igualmente.
c) Cima multípara ou Pleiocásio: o eixo principal dá origem a uma flor e se ramifica formando eixos secundários, que por
sua vez, também dão origem a flores.
d) Ciátio: típico das euforbiáceas, uma flor feminina parte do ápice de um invólucro caliciforme de brácteas e várias flores
masculinas rodeiam a feminina.
e) Sicônio: as flores localizam-se dentro de uma cavidade quase fechada formada no receptáculo.
f) Glomérulo: flores sésseis ou semi-sésseis de aparência globosa se aglomeram em torno do eixo principal.

a.1 a.2 b c

flor
nectário

d e f

Inflorescências plurifloras compostas

As inflorescências compostas são classificadas como homogêneas, quando são ramificações de inflorescências racimosas
de um único tipo, heterogêneas, quando são ramificações de cimosas ou racimosas entre diferentes tipos, Ex. de
homogênea: umbela de umbelas (a.1), cachos de cachos (a.2) . Exs: de heterogênea: racimo (cacho) de espigas (b).

a.1 a.2 b
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Fruto
O fruto é proveniente de um ovário fecundado. Segundo a definição clássica, fruto é o ovário desenvolvido e com
sementes maduras. Após a fecundação, o ovário sofre modificações progressivas até se tornar fruto. A finalidade
biológica do fruto é ser um envoltório protetor para a semente e ao mesmo tempo assegurar o sucesso da dispersão da
semente. Durante o processo de amadurecimento, os frutos podem adquirir cores chamativas e aromas agradáveis, ou se
tornarem suculentos; outros, ao contrário, tornam-se secos e sua abertura, às vezes explosiva, permite a liberação das
sementes que podem ser lançadas a distâncias relativamente grandes. Frutos sem sementes são chamados
partenocárpicos, produzidos por partenocarpia (processo responsável pela formação de frutos sem fecundação). O
desenvolvimento do fruto partenocárpico pode ocorrer sem que a flor seja polinizada. Exs: tomate (Lycopersicum sp. -
Solanaceae), pimenta (Piper sp. - Piperaceae) e banana (Musa paradisiaca - Musaceae). Em outros casos, ocorre a
polinização, mas os tubos polínicos não se desenvolvem completamente e não fecundam os óvulos; ou ainda pode ocorrer
o aborto do embrião antes que o fruto atinja a maturidade. Exs: cereja (Prunus avium - Rosaceae), uva (Vitis sp. - Vitaceae)
e pêssego (Prunus persica - Rosaceae). Além de reguladores de crescimento, também estão envolvidos na partenocarpia as
condições do meio ambiente, tais como baixas temperaturas, altas intensidades luminosas e fotoperíodo (duração do dia).

Partes do fruto
O fruto é constituído por duas partes fundamentais: o fruto propriamente dito, ou pericarpo (originado da parede do
ovário) e a semente. O pericarpo é constituído por três camadas distintas: o epicarpo que o reveste externamente, o
mesocarpo que é a parte mais desenvolvida dos frutos carnosos (geralmente é a porção comestível), e o endocarpo, a
camada que reveste a cavidade do fruto, sendo geralmente pouco desenvolvida e, muitas vezes, de difícil separação.

A partenocarpia é o desenvolvimento do fruto sem que tenha havido a fecundação. Frutos partenocárpicos comuns são a
banana, laranja-bahia e algumas variedades de uvas.

Quando a flor não foi polinizada, o crescimento pára abruptamente e a flor não fertilizado se desprende e cai. No entanto,
existem algumas exceções, mas que afetam diretamente os seres humanos: algumas plantas produzem frutos sem
polinização não houve flores. Este é o fenômeno que leva à partenocarpia, cujos frutos não possuem sementes. É o caso
de espécies selecionadas e cultivadas pelo homem como bananas, laranjas e uvas sem sementes, etc

Classificação dos frutos:


De acordo com a origem, os frutos são classificados em três categorias: simples, agregado ou múltiplo.

Frutos simples: são derivados de um único ovário (súpero ou ínfero) de uma única flor; secos ou carnosos, uni a
multicarpelares, mas neste caso sincárpicos, deiscentes ou indeiscentes na maturidade. Exs: cereja (Prunus avium -
Rosaceae) e tomate (Lycopersicum sp. - Solanaceae).

Os frutos variam quanto à sua consistência, podendo ser carnosos ou secos; podem apresentar abertura espontânea
quando maduros ou nunca se abrirem naturalmente, sendo denominados deiscentes ou indeiscentes, respectivamente. A
deiscência é mais frequentemente realizada no sentido longitudinal em relação ao eixo do fruto. Os principais tipos são
mostrados na figura a seguir.
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Tipos de Deiscência
frutos com placenntação
parietal

deiscência deiscência deiscência


loculicida septicida septífraga

frutos com placentação axial

deiscência deiscência deiscência


loculicida septicida septífraga

Deiscência Loculicida: ocorre no meio do carpelo, ao longo de sua nervura mediana;

Deiscência Septicida: realiza-se de acordo com a linha de soldadura de dois carpelos adjacentes; no caso de
um único carpelo, a deiscência se realiza ao longo da linha de soldadura no próprio carpelo;

Deiscência Septífraga: realiza-se sobre duas placentas paralelas, em ambos os lados da mesma.

Desta forma pode-se classificar os frutos simples em:

1.Frutos secos deiscentes: abrem-se espontaneamente para liberarem as sementes. Apresentam o pericarpo pouco
desenvolvido, contendo pequena quantidade de água.

Cápsula: - fruto seco formado a partir de um ovário composto de vários carpelos fundidos. Estrutura variável, corresponde
a um gineceu sincárpico súpero ou ínfero. Na primeira categoria, a deiscência é através de fendas paralelas ao eixo
longitudinal:

Cápsula loculicidas: fendas ao longo das nervuras dorsaisdas folhas carpelares

Cápsula septífragas: rutura dos septos paralela ao eixo dos frutos

Cápsula septicidas: fendas ao longo dos sextos, isolando cada lóculo

Numa segunda categoria, a deiscência é variável, podendo ser:

Cápsulas denticidas: fendas por dentes apicais.

Cápsulas poricidas ou opecarpo: deiscência por poros na ou perto da base do fruto, sincárpico e em geral
polispérmico.

Pixídio: fruto capsular com urna e opérculo, com uma deiscência transversal, sincárpico, em geral polispérmico

Folículo: derivado de um único pistilo (monocárpico) e em geral polispérmico, apresentando apenas uma linha de
deiscência longitudinal.

Síliqua: Fruto característico das Brassicaceae, derivado de ovário bicarpelar, cujo pericarpo seco separa-se em 2 valvas
laterais deixando um eixo central (replo), ao qual ficam presas as sementes (fig. 12). Exemplos: agrião (Nasturtium
officinale - Brassicaceae) e ipê (Tabebuia sp. - Bignoniaceae)
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Legume: Fruto característicos das Fabaceae ( Leguminosae), monocárpico, bivalvo, com 2 deiscências longitudinais, em
geral polispérmico.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1 a 6 - cápsulas: 1. loculicida, 2. septífraga, 3.septicida, 4. denticida, 5. poricida, 6. pixídio, 7.folículo, 8. síliqua, 9. legume

2. Frutos simples secos indeiscentes: são frutos que não se abrem espontaneamente para liberarem as sementes.

Aquênio: fruto não alado, no qual a semente une-se à parede do fruto (pericarpo coriáceo) por apenas um ponto. Exs: espécies da família
Asteraceae, como girassol (Helianthus sp.) e margarida (Chrysanthemum sp.).

Sâmara: fruto alado, com expansões da parede do pericarpo em forma de asas.

Cariopse ou grão: fruto não alado, originado de um ovário unicarpelar. A única semente que ele apresenta está unida, em toda a extensão,
às paredes do fruto. Exs: espécies de Poaceae em geral, tais como milho (Zea mays) e arroz (Oryza sativa).

Glande ou bolota: em geral sincárpico, monospérmico, pericarpo envolvido na base por uma cúpula.

Noz: aquênio com pericarpo consistente, geralmente lenhoso e duro.

Núcula: de características similars à noz, mas de dimensões reduzidas.

Esquizocarpo: vem de um gineceu de dois ou mais carpelos concrescentes, de modo que ao atingir a plena maturidade divide-se em
unidades monospérmicas .

Lomento: legume ou síliqua de caráter indeiscente que é dividido transversalmente de maneira que cada pedaço contenha uma única
semente

1 2 3 4 5 6 7
1. aquênio, 2. sâmara, 3.cariopse, 4.glande, 5. noz, 6.esquizocarpo, 7.lomento
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3.Frutos carnosos: são aqueles nos quais a parede do ovário aumenta em espessura após a polinização e a subseqüente fertilização.
Nesses frutos os pericarpos são bem desenvolvidos e, pelo menos em parte, suculentos. Os tipos de frutos carnosos são:

Baga: epicarpo em geral delgado, mesocarpo e endocarpo carnosos não sendo diferenciados entre si. Derivado de um gineceu
pluricarpelar, em geral polispérmico. Ex.: uva (Vitis sp. - Vitaceae) e tomate (Lycopersicum sp. - Solanaceae).

Hesperídio: epicarpo é coriáceo com numerosas glândulas oleíferas e o endocarpo é membranáceo e dividido em gomos, revestidos de
pêlos sucosos na porção interna. Ex: laranja (Citrus sp. - Rutaceae).

Pepônio: fruto que não apresenta septos e a camada externa (epicarpo) apresenta-se de coriácea até lenhosa. Origina-se de um ovário
ínfero, com placentação parietal constituída de três placentas bifurcadas, que avançam para o espaço central. O pericarpo é carnoso e as
sementes são embebidas em polpa sucosa. Exemplos: melancia (Citrullus lanatus - Cucurbitaceae) e abóbora (Cucurbita pepo -
Cucurbitaceae).

Drupa: pericarpo com uma camada externa carnosa e uma pétrea. Geralmente é oriundo de ovário unicarpelar e monospérmico. O
epicarpo é delgado, o mesocarpo carnoso e o endocarpo lenhoso. Este envolve a semente, estando fortemente aderido a ela, formando o
chamado “caroço”. Exs: azeitona (Olea europaea - Oleaceae), manga (Mangifera indica, Anacardiaceae) e coco (Cocos nucifera -
Arecaceae).

1 2 3 4

1. baga, 2. hesperídeo, 3.pepônio, 4.drupa,

4. Pseudo-frutos ou Frutos Complexos - O pistilo é composto de dois ou mais carpelos, o ovário é súpero e o receptáculo
ou o pedúnculo tornam-se carnosos.
Pomo: fruto sincárpico e proveniente de ovário ínfero, indeiscente, carnoso, sendo a parte carnosa formada pelo
receptáculo. Exs: maçã e pêra.
Balausta: fruto sincárpico e proveniente de ovário ínfero, indeiscente, o receptáculo tem grande desenvolvimento, mas o
pericarpo é seco. Tem vários lóculos dispostos em 2 ou mais andares. A parte comestível é o episperma sucos da semente.
Ex: ro

vestígios do perianto

trajeto vascular
endocarpo
parede do carpelo
semente
receptáculo floral

pedúnculo

1. pomo (flor da maçã - dir.) 2. balausta 3. morango


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5.Frutos múltiplos: derivam de flores cujo gineceu consiste em vários carpelos separados , mas todos no mesmo
receptáculo floral. Neste caso, uma única flor produz vários frutos.Exs: amora silvestre, composta por várias pequenas
drupas. . Exs: rosa (Rosa sp), magnólia (Magnolia sp. - Magnoliaceae).

1 2 3 4 5

1. poliaquênio (Rosa sp); 2. polifolículo (Helleborus sp); 3. polidrupa ( Morus sp); 4. tetraquênio (Cynoglossum sp); 5. polinúcula (Ranunculus sp)

6. Infrutescência: consistem em ovários amadurecidos de muitas flores de uma inflorescência, que concrescem mais ou
menos juntas num mesmo receptáculo, formando uma infrutescência . Exemplos: amora (Morus nigra - Moraceae), abacaxi
(Ananas comosus - Bromeliaceae) e figo (Ficus carica- Moraceae).

Sorose: infrutescência carnosa derivada da concrescência de diversos frutos simples que tambem incorpora o eixo da
inflorescência, o cálice e brácteas Ex: abacaxi (Ananas sp)

Coalescência
ou soldadura das
peças florais e das

coroa

eixo
central

ovário
base das
peças
florais

Sicônio: infrutescência em que o receptáculo é carnoso em forma de urna com poro apical e internamente oco, dentro do
qual encontram-se os pequenos fruto

Sicônio de figo: A- vista externa; B- vista interna.


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Semente
A semente pode ser definida como um óvulo maduro e fecundado, contendo em seu interior uma planta embrionária,
substâncias de reserva (às vezes ausentes), ambas protegidas por um ou dois envoltórios (tegumento). Muitas vezes, o
termo semente é aplicado impropriamente para designar certos frutos secos monospérmicos, tais como cariopses dos
cereais, aquênios das compostas e, ainda, certos propágulos vegetativos, como bulbilhos, pedaços de tubérculos de
batatas e esporos de samambaias , por exemplo. As sementes apresentam basicamente uma estrutura única que participa
da disseminação, proteção e reprodução das espécies.
Estrutura do óvulo.

CALAZA

RAFE
NUCELO
INTEGUMENTOS
ANTÍPODAS
CÉL. CENTRAL
SACO
EMBRIONÁRIO 2 NÚCLEOS
POLARES
OOSFERA
SINÉRGIDES
FEIXE
VASCULAR
HILO
MICRÓPILA

ESTRUTURA DE UM ÓVULO ANÁTROPO ANTES DA


FERTILIZAÇÃO

Desenvolvimento da semente

O primeiro passo para a formação das sementes é a abertura do botão floral, que significa maturidade sexual. Após a dupla
fecundação, que é um processo exclusivo das angiospermas, inicia-se uma série de transformações: a parede do ovário,
juntamente com as estruturas relacionadas, transforma-se em fruto; o zigoto transforma-se em embrião; o núcleo
endospermático divide-se por mitoses sucessivas originando o endosperma (tecido de reserva) e os integumentos do óvulo
transformam-se em tegumentos ou testa da semente.

Os diversos componentes do óvulo são mais ou menos preservados durante sua transformação em semente. O embrião e/
ou o endosperma, ocupam a maior parte do volume da semente, enquanto os integumentos (do óvulo) ao se transformarem
em revestimentos da semente, sofrem uma considerável redução em espessura e desorganização parcial.

Envoltório da semente

Os envoltórios da semente desenvolvem-se a partir dos integumentos do óvulo. Geralmente o óvulo apresenta dois
integumentos e as sementes deles resultantes, também podem apresentar dois tegumentos, denominados testa
(tegumento externo, originado da primina) e tégmen (tegumento interno, originado da secundina), em sementes de
angiospermas, ou apresentarem apenas um tegumento, a testa, caso das sementes de gimnospermas. Em muitos casos, os
integumentos do óvulo se simplificam durante o desenvolvimento da semente, podendo reduzir-se a uma epiderme
delgada, ou desaparecer totalmente, como, por exemplo, no milho (Zea mays - Poaceae), onde a semente aparece
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firmemente aderida ao pericarpo delgado do fruto. Freqüentemente, esses envoltórios tornam-se secos e duros,
protegendo o embrião das radiações solares que podem causar danos ao material genético, das oscilações térmicas e
mesmo da ação dos decompositores.

Quanto ao número de tegumentos, as sementes podem ser classificadas em:

Bitegumentadas: quando constituídas pelos dois tegumentos (testa e tégmen), freqüentes entre as angiospermas de um
modo geral.

Unitegumentadas: quando constituídas por apenas um tegumento, ocorrendo entre as gimnospermas.

Ategumentadas: quando não apresentam tegumentos revestindo a semente e esta é protegida diretamente pelo pericarpo
do fruto. É freqüente em gramíneas.

O funículo, todo ou em parte, sofre abscisão, deixando no local onde se separa da semente, uma cicatriz denominada hilo
(fig. 1), que é, geralmente a região de maior permeabilidade da semente em função da menor espessura dos tegumentos,
permitindo a entrada de água durante a embebição e as trocas gasosas efetuadas durante o processo de germinação.
Próximo do hilo encontra-se um pequeno poro, a micrópila.

HILO TESTA
RADÍCULA
HILO MICRÓPILA

HILO

Nos óvulos anátropos, acima do hilo pode ser observada uma saliência denominada rafe, que na realidade, representa a
parte do funículo que permanece soldada à semente. Uma elevação que se observa nas vizinhanças da micrópila marca a
posição da radícula do embrião.

O embrião da semente é o pequeno esporófito formado a partir do zigoto. Suas partes são o caulículo, a radícula, a gêmula
e os cotilédones, que podem ser numerosos (gimnospermas), em número de 2 (angiospermas dicotiledôneas ou
magnolipsidas) ou 1(monocotiledôneas ou liliopsidas). Além disso estão presentes tecidos de reserva, como o endosperma
ou albúmem e o perisperma. Algumas sementes apresentam um ou outro tipo de reserva, às vezes mais de um tipo ou
mesmo nenhuma reserva.
Assim, as sementes podem ser:
ALBUMINADAS: com tecidos de reserva

EXALBUMINADAS: sem tecidos de reserva. Ex: orquídeas

E quanto ao tipo de reserva, as sementes podem ser:


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ALBUME OU ENDOSPERMA SECUNDÁRIO: tecido triplóide, pode ou não estar presente nas sementes, sendo, quando ausente,
absorvido durante a formação do embrião. Ex: milho

PERISPERMA: tecido originado pela parte da nucela, persistente, durante a formação do albume. O perisperma pode ser a
única reserva da semente (ex: Cannaceae) ou ocorrer junto com o albume. Ex: Piperaceae

ENDOSPERMA (ENDOSPERMA PRIMÁRIO): tecido originado a partir da célula-mãe dos macrósporos, e portanto, é haplóide. É
anterior à fecundação. Ex: Gymnospermae

Em algumas angiospermas, especialmente as dicotiledôneas, o embrião em desenvolvimento digere todo o endosperma. O


embrião dessas sementes normalmente forma cotilédones carnosos que armazenam substâncias nutritivas e ocupam o maior
volume da semente.
Nas dicotiledôneas com grandes quantidades de endosperma, os cotilédones apresentam-se delgados e membranosos e
servem para absorver as substâncias de reserva do endosperma.
Em outras angiospermas, particularmente nas monocotiledôneas, o endosperma existe em quantidades variáveis na
semente e é utilizado pelo embrião quando este retoma seu crescimento, na época da germinação. Nesses casos, o único
cotilédone, geralmente desempenha mais uma função de absorção do que de armazenamento de substâncias. Mergulhado
no endosperma, o cotilédone absorve o alimento armazenado no endosperma, digerindo-o por atividade enzimática. O
alimento digerido é transportado, por meio do(s) cotilédone(s), até as regiões de crescimento do embrião.
As sementes que não apresentam endosperma, pois este foi utilizado pelo embrião durante sua formação, são denominadas
exalbuminosas ou exospermadas (Fabaceae, Orchidaceae e Asteraceae), enquanto aquelas que apresentam este tecido de
reserva são chamadas albuminosas ou endospermadas (mamona, Ricinus communis - Euphorbiaceae).
As substâncias de reserva acumuladas nas sementes variam muito: no feijão (Phaseolus vulgaris - Fabaceae), as reservas são
acumuladas na forma de amido nos cotilédones (sementes exalbuminosas); nos cereais também predomina o amido, mas
acumulado no endosperma; no amendoim (Arachis hypogaea - Fabaceae) acumulam-se óleos nos cotilédones, assim como
no girassol (Helianthus sp. - Asteraceae). Na mamona (Ricinus communis - Euphorbiaceae) também se acumulam óleos, mas
no endosperma; na soja (Glycine max - Fabaceae) são proteínas reservadas nos cotilédones. O endosperma é bem
desenvolvido nas sementes das gramíneas, algumas das quais arroz (Oryza sativa), milho (Zea mays), trigo (Triticum vulgare) e
centeio (Secale cereale) são fontes essenciais da alimentação humana. De qualquer forma, o endosperma é geralmente
triplóide e tem papel nutritivo para o embrião.

Algumas estruturas especiais que podem aparecer na superfície de certas sementes são:

Arilo: excrescência da semente que se origina da base do óvulo a partir do funículo e circunda o óvulo mais ou menos
completamente como um terceiro tegumento. Um exemplo é a substância mucilaginosa que envolve a semente de maracujá
(Passiflora sp - Passifloraceae). O desenvolvimento do arilo pode iniciar-se antes da fecundação, mas geralmente se inicia
mais tarde, enquanto o óvulo cresce. Quando a excrescência se origina do topo do integumento externo, em torno do poro
micropilar e cresce para baixo, cobrindo parcial ou totalmente a semente, a estrutura é denominada arilóide. Exemplo: noz
moscada (Myristica fragrans - Myristicaceae).

Carúncula: estrutura carnosa, presente na extremidade micropilar da semente de muitas Euphorbiaceae, resultante da
proliferação de células do tegumento externo. Além de atuar na dispersão, a carúncula tem papel na germinação por ser
higroscópica e absorver água do solo para o embrião.

Sarcotesta: quando a testa da semente (ou parte dela) se torna polposa e comestível. Exemplo: mamão (Carica papaya -
Caricaceae).

Estrofíolos: quando os tecidos carnosos estão restritos a cristas ao longo da rafe.

Estudo Dirigido:

1) Defina inflorescência.
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2) Diferencie inflorescência racimosa de inflorescência cimosa.

3) Que tipo de inflorescência é uma umbela?

4) Que tipo de inflorescência é uma espiga?

5) O que é um ciátio?

6) O que é um pleiocásio?

7) Caracterize um glomérulo e o classifique quanto ao tipo de inflorescência.

8) Faça o mesmo para o amento.

9) Botanicamente o que é um fruto?

10) O que é deiscência de um fruto?

11) Classificamos os frutos em secos e carnosos. Na categoria carnosos, diferencie drupa de baga.

12) O que é um hesperídeo?

13) O que é um sicônio?

14) O pomo pode ser caracterizado como fruto? Justifique.

15) Classifique o morango. Justifique.

16) Porquê o abacaxi é dito infrutescência?

17) Defina cápsula. Como diferenciamos uma cápsula septicida de uma cápsula loculicida?

18) Caracterize um esquizocarpo.

19) O que é um aquênio? Exemplifique.

20) O que é cariopse?

21) Que tipo de fruto é o lomento ?

22) O que é uma semente?

23) Externamente, pode-se notar algumas estruturas na semente. Defina hilo e micrópila.

24) O que é rafe?

25) Determinadas estruturas nas sementes têm grande valor ecológico, mas para os pesquisadores e até para outros
profissionais podem ter valor além do ecológico. Dentre estas estruturas, conceitue arilo, estrofíolo e carúncula.

26) O que é endosperma? Onde se localiza na semente?

27) O que são cotilédones e como podem ser utilizados como caracteres taxonômicos?

28) A maioria das sementes é revestida, a por uma cobertura ou casca. Nas angiospermas esta “casca" é dupla. Como se
chamam os tegumentos das sementes de angiospermas?

29) Quais são as partes do embrião?

30) Porque nem sempre o endosperma está presente na semente, já que é formado na fecundação?
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Aula Prática- Uso de Chave de Identificação de Famílias de Angiospermae

Nesta prática você irá aprender a manusear uma chave de identificação botânica. Através da análise das características morfológicas da
planta e com a ajuda do material de consulta e da professora, você deverá encontrar a família botânica à qual pertence o material
disponibilizado.

Anote o nome comum e científico do material disponibilizado pela professora. Analise o material e encontre a família botânica à qual ele
pertence com o uso das chaves de identificação.

Material 1

Nome vulgar:_____________________________ Nome científico:______________________________________

Chave nº:__________ Passos da Chave:_________________________________________________________

Família: _________________________________________________________________

Anote as características marcantes da família encontrada e do material disponível. Desenhe também quando for o caso.

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Material 2

Nome vulgar:_____________________________ Nome científico:______________________________________

Chave nº:__________ Passos da Chave:_________________________________________________________

Família: _________________________________________________________________

Anote as características marcantes da família encontrada e do material disponível. Desenhe também quando for o caso.

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Material 3

Nome vulgar:_____________________________ Nome científico:______________________________________

Chave nº:__________ Passos da Chave:_________________________________________________________

Família: _________________________________________________________________

Anote as características marcantes da família encontrada e do material disponível. Desenhe também quando for o caso.

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infrutescência flor individual

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