Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MONTEIRO, Artur;
LOPES, Charles
Periodização Esportiva -
Periodização do Treinamento/
Artur Monteiro e Charles Lopes
São Paulo: AG Editora, 2015.
ISBN - 9 788590 704416
1. Periodização. 2. Treinamento
Desportivo. 3. Planejamento do
Treinamento.
AGRADECIMENTOS
Ao amigo Prof. Dr. Carlos Herman Guerrero Santana, por acreditar em meu valor
profissional e proporcionar os meus primeiros passos na Educação Física;
Aos professores Dr. Idico Luis Pellegrinoti e Dr. Miguel de Arruda por me orientarem no
mestrado, o qual abriu novos horizontes pessoais e profissionais;
Ao amigo Fabio Mazzonetto por acreditar e iniciar minha carreira acadêmica como
professor na graduação e pós-graduação;
Ao Dr. Sergio Gregório da Silva pelo auxilio na fase final de meu mestrado e apoio no
início de minha carreira acadêmica;
Ao Mestre e amigo João Crisóstomo Bojikian, pelo incentivo e oportunidade de
desenvolvimento profissional no desporto.
Ao amigo Dr. Alexandre Moreira pelo apoio pelas grandes discussões sobre sua
experiência em organização e planejamento do treinamento;
Ao amigo Dr. Luiz Roberto Rigolin pelo apoio e por contribuir com sua experiência no
capítulo XIII.
Aos irmãos da Igreja Renascer em Cristo, ou melhor, a família Renascer em Cristo por
nos receber com muito carinho e dedicação e em especial ao Apóstolo Estevan
Hernandes, Bispa Sónia Hernandes, Bispo Rubens de Sá, Bispo Gerson Moura, da
Pastora Roseli Moura e Pastor José Carlos;
Aos alunos, atletas e colegas de profissão que com seu interesse, estimularam-me a
buscar novos conhecimentos.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Ms. Artur Monteiro pela força, por confiar em meu trabalho, por estar sempre
disposto a ajudar e pela sua amizade sincera. Tenho grande orgulho de poder trabalhar
com você. Obrigado parceiro!
À Profª. Dr. Denise Vaz de Macedo pela paciência, amizade, sabedoria e acima de tudo
em ter acreditado em
meus esforços. Muito obrigado Denise;
Ao Prof. Ms. Bernardo Ide, valeu companheiro por vários momentos juntos de estudo e
trabalho.
Ao Prof. Ms. Hermes Balbino, obrigado meu caro amigo pelo eterno apoio acadêmico e
pessoal durante todos estes anos de profissão.
Aos meus amigos do Labex, Fernando, Thiago, Gugu, Mirtes, Lucas, Paulo, Rodrigo,
Fernanda, Mário, Rubinho, Duda, Varginha, Clodoaldo, Lázaro, Madla, Dalila, Danilão,
Ana, Armindo e Rene.
Aos amigos do Treinamento Esportivo, obrigado pela parceria e amizade, Prof. Ms. João
Nunes, Prof. Ms. Alexandre Evangelista, Prof. Dr. Luis Rigolin, Prof. Dr. Alexandre
Moreira e Prof. Dr. Paulo Marinho.
Ao José Pereira e Dirceusa obrigado por me ajudarem em vários momentos da minha
vida pessoal e acadêmica.
Essa obra traz em seu corpo um tema que sempre chamou a atenção dos profissionais que
estão envolvidos com o esporte: a periodização esportiva. Os professores Artur Monteiro
e Charles Lopes, além de terem uma excelente formação acadêmica, ainda trabalharam
com o esporte de alto nível, o que propiciou que as explanações vindouras não se
ativessem apenas à tradução ou à apresentação das ideias de autores estrangeiros.
Isto é, o leitor poderá identificar e entender, também, quais são os elementos que fazem
parte de uma periodização. Nos primeiros capítulos, são abordados conceitos aplicados
como carga de treinamento, adaptação do organismo frente ao exercício, meios, métodos
de treinamento e princípios científicos do treinamento físico. Os capítulos seguintes
abordam os modelos clássico e contemporâneos, demonstrando a base teórica através da
visão dos seus respectivos autores. Na sequência, seguem alguns capítulos sobre a
estruturação do treinamento, onde é demonstrada uma análise aprofundada para
elaboração do macrociclo, do mesociclo, do microciclo e da sessão de treinamento. De
forma inovadora, a obra também traz exemplos de estruturação do treinamento nos
diferentes modelos, clássico e contemporâneos em várias modalidades individuais
(maratona, ciclismo, natação, tênis, lutas, ginástica artística) e coletivas (basquetebol,
voleibol, futsal, futebol e handebol). Nenhuma obra até este momento apresentou esta
forma de contribuição. Se não fosse sufi ciente, ainda tiveram a preocupação de criar um
guia passo a passo de como se elaborar uma periodização.
Com isso, os profissionais passam a ter autonomia para elaborar sua própria periodização,
já que a prática esportiva, por ser muito diversificada, dificilmente permite que modelos
prontos sejam aplicados.
Uma iniciativa como essa é louvável e de suma importância, porque, associar teoria e
prática em uma área que assenta em sua base, práticos puros e teóricos puros, é tarefa
para poucos. Estou convicto que este livro é um divisor de águas aos interessados em
treinamento esportivo. Tenham uma ótima leitura.
É de grande relevância a publicação de uma obra como esta, que integra de maneira
reflexiva pressupostos teóricos da Teoria do Treinamento às manifestações de sua prática
em ambiente de preparação para a competição esportiva. A ousadia de Artur Monteiro e
Charles Lopes, companheiros na jornada do Esporte, traduz a necessidade e função
essencial da Ciência que se faz aplicada. Felicito os autores pelo movimento que
certamente esta obra provocará em nosso âmbito de atuação.
10
1. Natureza da Carga
A natureza da carga segundo Forteza e Farto (2007) é dividida em especificidade e
potencial de treinamento.
a. Especificidade
A especificidade é interpretada segundo Moreira (2002) como o grau de relação
(similaridade) com a atividade competitiva, desde o ponto de vista da estrutura motora,
regime de trabalho muscular e os mecanismos de produção de energia. As cargas podem
ser diferenciadas em cargas gerais, especiais e competitivas.
b. Potencial de Treinamento
O potencial de treinamento pode ser definido como a forma em que a carga estimula a
condição do atleta. Este é reduzido com o acréscimo da capacidade do rendimento, e por
isso é necessário variar os exercícios e as cargas para continuar aumentando o
rendimento.
11
Dessa forma, para aqueles que estão em treinamento avançado, a carga pode ser muito
baixa ou não alcançar o limiar de adaptação e, portanto, não reproduzir um determinado
efeito, enquanto para um principiante poderá ser extremamente elevada. A Figura 1.1 (A)
demonstra quanto menor a qualificação do atleta, maior será o grau de fadiga ou processo
na condição dos sistemas funcionais que participam mais ativamente da realização do
trabalho e mais prolongado será o período de recuperação (Platonov, 2008). A Figura 1.2
(B) mostra que na presença de cargas máximas, são observadas reações mais expressivas
em atletas qualificados.
A B
12
ESQUEMA 1 ESQUEMA 2
4 3 4
3 2
2
1 1
O mesmo sucederia com o esquema 2 idealizado por Forteza (1993), não porque os
métodos fracionados de treinamento (intervalado e repetição), que exercem potencial
maior, devam ser os primeiros a ser utilizados, mas porque o organismo necessita de uma
progressão nos mecanismos de adaptação, em prol do rendimento ótimo.
2. Componentes da Carga
O componente da carga é o aspecto quantitativo do estímulo aplicado no treinamento, e
está determinado pela importância da intensidade, duração, volume e densidade do
treinamento.
a. Intensidade
A intensidade trata do aspecto qualitativo da carga e sua aplicação , está relacionada com
a aptidão do atleta e com o momento que se encontra na temporada. É bastante específica
e é por isso que, na escolha dos critérios da intensidade, devemos levar em consideração
as particularidades de diferentes modalidades esportivas.
13
Nos jogos esportivos e nas lutas, o controle da intensidade é difícil de ser realizado, pois
os exercícios, nessas modalidades desportivas, têm caráter variável. O principal
significado cabe ao controle do número de ações numa unidade de tempo e aos
indicadores fisiológicos.
Tabela 1.1. Escala de intensidades proposta para exercícios de velocidade e força (Harre,
1989).
Classificação Intensidade (% de 1RM) ou Zona
(% do melhor tempo)
1 30 – 50% Baixa
2 50 – 70% Intermediária
3 70 – 80% Média
4 80 – 90% Submáxima
5 90 – 100% Máxima
6 100 – 105% Supramáxima
Densidade
Número de elementos em uma combinação
Relação do número de elementos de elevada complexidade e do número total de
elementos
14
Práticas esportivas como futebol, basquete, tênis, hóquei, handebol entre outras alternam
momentos de alta intensidade (esforços máximos ou muito próximos do máximo) com
períodos de média e baixa intensidade (submáximos).
Esse tipo de esforço é conhecido como intermitente e esses esportes habitualmente são
classificados como jogos de cooperação – oposição (Moreno, 1994) e possuem um perfil
de atividades acíclicas. Ou seja, a intensidade do esforço pode ser alterada a qualquer
momento do jogo, podendo variar desde o repouso completo, numa situação onde a bola
está fora do campo de jogo e os atletas aguardam sua reposição, até exercícios de
curtíssima duração e de alta potência, chamados de sprints, passando por trotes leves,
deslocamentos laterais e para trás, saltos, chutes e ou arremessos, na maioria das vezes
com mudanças rápidas de direção (Lopes, 2005).
As capacidades físicas que exercem maior influência nos esportes acíclicos são: força
muscular, velocidade, potência, resistência (aeróbia e anaeróbia) e flexibilidade (Harre,
15
Dessa forma, os pesquisadores das ciências do esporte deveriam após determinar qual a
contribuição destas capacidades para o rendimento da modalidade, buscar modelos de
treinamento que atendam as necessidades específicas de atletas que desempenham
funções táticas diferenciadas. Torna-se cada vez mais urgente selecionar e utilizar meios
e métodos de treinamento que sejam específicos e fidedignos para serem postos em
prática. Para isso, é importante conhecer quais níveis de expressão são determinantes para
o sucesso nas ações motoras em momentos decisivos em uma partida ou prova, e qual a
natureza e dimensão das adaptações agudas e crônicas resultantes dos treinos de força,
velocidade e resistência ao longo do ano.
16
Hoje em dia o que determina o sucesso de tais provas é o quanto o atleta consegue
permanecer competindo em alta intensidade, em especial, o quanto ele consegue
permanecer durante a prova correndo ou nadando acima do limiar anaeróbio. Não
queremos dizer com isso que a resistência aeróbia e o VO2max não são importantes, mas
sim que o atleta que possuir bom VO2max, e ótimo limiar anaeróbio terá mais chances de
sagrar-se um campeão em suas respectivas provas. Se pensarmos somente no tempo da
prova, dar-se-á alta ênfase adaptativa somente para a resistência aeróbia, mas durante as
provas (até mesmo de fundo e meio fundo) os atletas correm ou nadam boa parte do
tempo acima de seus limiares anaeróbios (Billat, 2001), caracterizando grande
contribuição do metabolismo anaeróbio (glicolítico).
Conforme citado anteriormente, a seleção dos meios e métodos pode alterar a carga de
treinamento. A tabela 1.5 apresenta a variação de intensidade para diferentes exercícios
de salto (adaptado de Bompa, 2004).
17
b. Duração da Carga
A duração da carga representa o tempo durante a qual um único conteúdo de treinamento
funciona como elemento transformador sobre o organismo (Satrischka, 1988 apud
Raposo, 2000).
c. Volume da Carga
18
120
100
80
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
180
160
140
Tempo (min)
120
100
80
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
Distância percorrida
Número de repetições de movimentos técnicos
Tempo de treino
Total de peso levantado
19
d. Densidade
A densidade da carga é definida como a relação temporal entre esforço e a fase de
recuperação em uma sessão de treinamento. Isto significa não podemos definir somente a
intensidade de treinamento com um determinado volume, sem que também seja
necessário relacioná-lo com a alternância trabalho/recuperação.
Para Harre (1989) uma densidade ótima de carga assegura o domínio de um elevado
volume e de uma carga eficaz, impedindo a aparição prematura de overreaching.
Segundo Grosser (1990) apud Forteza e Farto (2007), a relação pontual entre a duração
do estímulo e a recuperação está vinculada ao objetivo e nível do rendimento, podendo
propiciar diferentes métodos de treinamento e relações de trabalho/recuperação,
definindo assim uma densidade de treinamento (Figura 1.6).
20
1:5
1:3
1:1
2:1
5:1
Intervalo Rígido – Períodos de recuperação com tempos muito curtos, o que leva ao
desenvolvimento da fadiga em progressão muito rápida.
Intervalo Curto – Períodos de recuperação que permitem a restauração próxima ao nível
inicial do exercício. Embora a fadiga também ocorra, o sue ritmo é relativamente mais
baixo que o anterior permitindo assim um volume de trabalho muito maior.
Intervalo Completo – Períodos de recuperação que permitam maior magnitude de
restauração em relação ao intervalo curto e rígido.
Recuperação Passiva
Definimos como pausa passiva, os intervalos de recuperação onde não são utilizados
alguma forma de exercício durante os treinamentos intervalados.
21
Recuperação ativa
Podemos definir como pausa ativa, os intervalos de recuperação que utilizam estímulos
de baixa intensidade e podem ser aplicados durante os treinamentos intervalados.
A pausa ativa tem sido utilizada como recurso de recuperação ótima em treinamento
intervalados anaeróbios, porém quando aplicarmos este tipo de recuperação devemos
estar atentos a intensidade desta recuperação, ou seja sugere-se que a intensidade seja
abaixo do limiar anaeróbio, permitindo assim remoção mais rápida do lactato com o H+
do músculo para o sangue.
Quando utilizamos a pausa ativa abaixo do limiar, permite uma recuperação parcial da
capacidade funcional nos próximos estímulos.
A recuperação ativa pode ser utilizada também para acelerar o processo de recuperação
após um treinamento anaeróbio intenso. Robergs e Roberts (2002) sugerem a pausa ativa
pode variar entre 35 e 50%VO2máx durante a recuperação, o que contribuiria na
recuperação mais rápida da acidez muscular.
Aplicação pratica da pausa ativa: realizar 6 estímulos de 1000m utilizando pausa ativa
com intensidade de 40% do VO2máx e duração de 2 minutos entre cada estímulo.
3. Orientação da Carga
Segundo Platonov (1994) a orientação da carga pode ser definida pela qualidade ou a
capacidade que estas desenvolvem (força velocidade, flexibilidade, resistência) o sistema
funcional que solicitam (processos aeróbios ou anaeróbios), ou finalmente pelos recursos
que requerem (capacidade de coordenação, tensão mental, etc.). Pode ser definida
também como uma divisão das cargas de treinamento em função do grau de influência
sobre o aperfeiçoamento de diversos aspectos qualitativos de preparação dos atletas. Esta
orientação pode ser:
Seletiva – estão ligadas à influência sobre um sistema funcional que assegura o nível de
manifestação (qualidade e capacidade). Exemplo: utilização do método contínuo para
desenvolvimento da resistência aeróbia.
Complexa – garantia de trabalho de dois ou mais sistemas funcionais. Exemplo: realizar
um treinamento da velocidade e da resistência anaeróbia na mesma sessão de
treinamento.
22
Cargas Concentradas
Esta forma de carga está baseada pelo fato de essas concentrarem-se nas etapas definidas
no ciclo de preparação (Forteza e Farto, 2007). Esta forma de carga quando aplicado em
atletas de alta qualificação, garante modificações funcionais mais profundas no
organismo, e mudanças substanciais no nível de preparação (Verkhoshansky, 1995).
Coincidem também com a utilização de cargas com uma única orientação (cargas
seletivas). Em razão da forte estimulação das cargas concentradas sobre o organismo,
pode gerar uma queda dos índices funcionais do atleta durante a sua utilização,
produzindo de forma retardada o crescimento dos mesmos, que deverão coincidir ao final
do macrociclo com um aumento do rendimento competitivo (Figura 1.6).
Intensidade
Volume
Carga
Cargas Diluídas
Entende-se como carga diluída a distribuição uniforme das cargas durante todo ciclo de
preparação (Forteza e Farto, 2007). Pode ser definida também como as cargas utilizadas
ao longo da temporada com maior ou menor ênfase em função das características das
etapas ou períodos de treinamento (Navarro, 2000). A aplicação das cargas diluídas pode
ser interessante para atletas menos qualificados, onde o rendimento melhora
gradualmente (Figura 1.7). Coincidem também com a utilização de cargas com diferentes
orientações (cargas complexas).
23
Intensidade
Carga
Volume
GRANDEZA DA CARGA
Uma divisão mais criteriosa segundo Platonov (2008) ver Tabela 1.7 apresenta
características da carga de treino, objetivos e tempos de recuperação para cargas
aplicadas em atletas com vários anos de experiência em treinamento periodizado.
24
A carga recuperativa propriamente dita tem como objetivo restauração após sessões de
caráter mais forte. A carga recuperativa de manutenção devido a sua maior magnitude
objetiva a regeneração e/ou manutenção do estado alcançado. A carga estabilizadora
como o próprio nome a classifica, objetiva a manutenção do estado atingido. Também
chamadas de cargas de desenvolvimento, as cargas ordinária e de choque causam um
maior impacto no organismo favorecendo assim um aumento no rendimento do atleta.
Em termos gerais a adaptação pode ser definida como a capacidade dos seres vivos
acostumarem-se as condições do meio ambiente. Platonov (2008) afirma que para definir
adaptação é preciso considerá-la como processo e como resultado:
A adaptação é utilizada para assinalar o processo pelo qual o organismo se ajusta aos
fatores do meio externo e interno
A adaptação é empregada para assinalar o equilíbrio relativo que se instala entre o
organismo e o meio
A adaptação é compreendida como resultado do processo de ajuste
25
Aspectos do tempo
Pode diferenciar-se entre sistemas de adaptação rápida e lenta. Considera-se como um
sistema de adaptação rápida o aparelho locomotor ativo (musculatura) e como sistema de
adaptação lenta, o aparelho locomotor passivo (ossos, cartilagem, tendões e ligamentos).
2. Nível de Estresse
A adaptação em resposta às influências externas, passou a ser denominada Síndrome da
Adaptação Geral. O desenvolvimento do estresse e da reação de acordo com o tempo
pode ser dirigido segundo a concepção clássica (Selye, 1982 apud Platonov, 2008):
reação de alarme, reação de resistência e reação de esgotamento.
Reação de alarme
Na reação de alarme, o estresse aumenta a velocidade do consumo e a necessidade do
organismo em produzir energia. Portanto nesta etapa o organismo intensifica as rações
metabólicas para o crescimento da produção de energia. Se a ação do fator estresse é
mantida, verifica-se o esgotamento paulatino dos recursos de adaptação imediata, e surge
a reação defensiva do organismo, percebida subjetivamente pelo individuo como fadiga.
Uma forte fadiga, ligada a mudanças substanciais na condição do organismo, impede a
26
Reação de resistência
O tempo de obtenção dessa fase pode ser de semanas ou meses e depende da
receptividade do organismo e da intensidade dos fatores de estresse em ação. O fator mais
importante nesta fase são as alterações estruturais funcionais a longo prazo, o que permite
satisfazer as necessidades da demanda energética.
27
- acúmulo de elementos estruturais dos órgãos e dos tecidos que asseguram o crescimento
de suas reservas funcionais, tais como o aumento do volume muscular, do consumo
máximo de energia, etc.
- aperfeiçoamento das estruturas que coordenam os movimentos
- aperfeiçoamento dos mecanismos reguladores que asseguram a atividade de diversos
componentes do sistema funcional do organismo
- adaptação psicológica às particularidades da atividade competitiva, aos meios de
influência de treinamento às condições do treinamento em competição.
Reação de esgotamento
Se a ação de estresse for prolongada ou as exigências em relação ás possibilidades de
adaptação do organismo forem extremamente altas, pode aparecer a terceira fase que é o
esgotamento. Nesta fase recomenda-se cessar ou reduzir a ação de estresse para que o
organismo restaure as estruturas.
3. Teoria da Supercompensação
A teoria da supercompensação é um modelo utilizado por especialistas para resolver
problemas práticos. Neste modelo o efeito imediato de treinamento através da aplicação
de uma sessão de treinamento é considerado através da depletação de certas substâncias
bioquímicas. Como exemplo mais conhecido, o glicogênio é depletado após um exercício
anaeróbio árduo. Segundo Lopes (2005), quando o tempo dedicado ao período
regenerativo é adequado em relação às cargas de trabalho, os níveis de atividade
enzimática e de substratos metabólicos são restabelecidos acima daqueles detectados
antes do treinamento e as fibras musculares se regeneram plenamente dos traumas
sofridos.
28
CARGA
100%
Nivel de Fadiga
A B C
A- reposição inicial dos substratos energéticos – 30 min a 6 horas
B- reposição total dos substratos energéticos – 6 a 24 horas
C- representa a recuperação na esfera neural (SNC+A+B) – 24 horas
Para os treinadores e profissionais que atuam na prática, uma referência relacionada aos
tempos de recuperação ajudaria a organização do treinamento. A tabela 1.10 apresenta a
29
No entanto, devemos analisar este conceito não somente na aplicação de uma carga e sim
na aplicação de varias cargas. A periodização divide a temporada do atleta em ciclos e a
interpretação a curto, médio e longo prazo da aplicação da carga é fundamental para
análise dos efeitos de treinamento. Se a carga de treinamento é adequada (volume,
duração, intensidade e intervalo de descanso) e se a próxima sessão coincide
temporalmente com a fase de supercompensação, a condição do atleta avança. (Figura
1.10).
CARGA
CARGA
CARGA
CARGA
30
CARGA
CARGA
CARGA
CARGA
31
Supercompensação
CARGA
CARGA
CARGA
Kraemer e Nindl (1997) propuseram que o termo significa uma má adaptação aos
estímulos dos exercícios, que pode debilitar a rendimento fisiológico e psicológico,
alterando o processamento de informações bioquímicas e imunológicas. O constante
aparecimento de lesões, depressão e falta de apetite são exemplos práticos da síndrome
do over training.
Embora apresente uma sintomatologia difusa, a única alteração apresentada por todos os
atletas é perda da capacidade de rendimento, a despeito do aumento ou manutenção nas
cargas de esforço físico. Mesmo assim nem todas as capacidades biomotoras são
diminuídas simultaneamente ou sofrem o mesmo grau de impacto (Smith, 2000). Isso
dificulta muito a predição desse estado e torna sua interpretação confusa. Quando o over
training se instala, a recuperação é lenta, podendo levar muito tempo (meses) para
ocorrer, sendo essa sua principal característica (Petibois et al, 2003).
32
Um dos maiores problemas enfrentados por técnicos e preparadores físicos é que muitas
vezes, na prática, a queda no rendimento provocada pelo overreaching é confundida com
falta de estímulo e não excesso. Essa interpretação equivocada normalmente leva a
comissão técnica a aumentar ainda mais a carga de esforço, com diminuição do período
regenerativo (Lopes, 2005). Isso pode exceder o limite individual de estresse que o
organismo pode suportar, contribuindo para o aumento na susceptibilidade a lesões em
decorrência do overreaching (Smolka et al, 2000; Zoppi et al, 2003). Não podemos
esquecer que o atleta lesionado também tem que parar suas atividades, e a recuperação
das lesões, dependendo do seu grau, muitas vezes também pode ser muito demorado.
Pelo exposto, é urgente que técnicos e preparadores físicos das várias modalidades
saibam como modular a quantidade ótima de esforço físico e o tempo ótimo de descanso,
que leve os atletas à supercompensação e não ao overreaching/over training, pois o limiar
entre essa condição e um treinamento ideal é sempre muito tênue.
O treinador pode identificar os sintomas pela observação dos comentários dos atletas nos
seus diários de treinamento. Para descrição mais minuciosa dos sintomas, veja a tabela
1.11 elaborada por Bompa (2002).
33
O mesmo autor sugere elaborar uma planilha com preenchimento diário de alguns
indicadores para possível detecção do over training. A frequência cardíaca deverá ser
mensurada pela manhã, assim que o atleta acordar.
FC 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
(bpm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 7 0 1
64
63
62
62
60
59
58
57
56
55
54
53
52
50
34
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
Fadiga 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 7 0 1
Recupe
rado
Normal
Fadigad
o
Muito
Fadigad
o
Extrem
amente
Fadigad
o
Vontad
e de 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
Treinar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 7 0 1
Profund
a
Boa
Pouca
Sem
vontade
Sem
treinam
ento
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
Apetite 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 7 0 1
Muito
bom
Bom
Pobre
Por
obrigaç
ão
Não se
aliment
a
Dores
Muscul 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3
ares 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 7 0 1
Sem
dor
Pouca
dor
Dor
modera
da
Dor
severa
35
5. Efeitos do treinamento
Entendem-se como efeitos do treinamento as alterações que ocorrem no organismo como
resultado do treinamento físico. Os efeitos do treinamento podem ser classificados
conforme apresentado da tabela 1.13.
O alcance do efeito residual ou das reservas de treinamento depende, além dos efeitos
acumulativos, da transferência positiva do mesmo, da predisposição relativa e inicial do
36
Para melhor entendimento, a figura 1.14 apresenta a relação dos efeitos do treinamento
sobre o efeito residual.
EFEITO IMEDIATO
SESSÃO
EFEITO RETARDADO
MICROCICLO
EFEITO ACUMULATIVO
MESOCICLO
MACROCICLO
EFEITO RESIDUAL
6. Reserva de Adaptação
O grau de adaptação que é capaz de alcançar um atleta pode ser determinado pela
Reserva de Adaptação. A reserva de adaptação pode ser definida como a capacidade de
resposta de adaptação que o organismo passa a cada momento, e que o capacita para
alcançar a um novo nível de possibilidades motoras (Verkoshanski, 1990).
37
TREINAMENTO
É importante conhecer que níveis de expressão são necessários para cumprir diferentes
exigências, e qual a natureza e dimensão das adaptações agudas e crônicas resultantes dos
treinos de força, velocidade, resistência e outras capacidades ao longo do ano.
Adaptações Fisiológicas
38
39
40
Os princípios do treinamento físico são regras gerais com base nas ciências biológicas e
pedagógicas. A importância destes é sua influência na melhoria ou na manutenção do
rendimento esportivo. O conhecimento destes facilitará a seleção de conteúdos, meios,
métodos, e a organização do treinamento. Na hipótese em que um destes princípios seja
desrespeitado ou negligenciado, perdem-se as diretrizes sobre o controle do treinamento e
consequentemente a obtenção de resultados nas diferentes etapas de treinamento.
Princípio da Sobrecarga
Este princípio prediz que a resposta adaptativa positiva das estruturas relacionadas com o
movimento e organismo como um todo necessita da aplicação de sobrecarga física,
situação que induz momentaneamente um desequilíbrio da homeostase e a consequente
resposta a esse estresse. Os estímulos de treinamento devem impor um estresse crescente
ao organismo para que haja continuação no processo adaptativo. Atletas que treinam com
cargas constantes deixam de ter as adaptações positivas do treinamento, e perdem
rendimento paulatinamente.
Uma outra abordagem biológica do princípio da sobrecarga pode ser manifestada quando
realizamos um treinamento físico e induzimos a micro traumas de graus variados no
sistema muscular esquelético, tecido conectivo e articulações, considerados como danos
temporários e reparáveis. A literatura usa o termo micro trauma adaptativo (MTA),
41
Mas como podemos saber que a sobrecarga do treino está aumentando? Simplesmente
temos que analisar as variáveis que controlamos diariamente no treino:
- Volume
- Intensidade
- Pausa
Em vários esportes, os atletas mantêm a mesma carga de treinamento durante todo ano. O
número de horas de trabalho corresponde a cerca de 6 a 20 horas por semana dependendo
do nível de qualificação do atleta. Na figura 2.1 podemos claramente atestar que a
repetição de cargas padrão resulta em melhorias em um primeiro estágio do planejamento
anual, seguida de um platô e de uma estagnação de desempenho durante a fase
competitiva (Bompa, 2002). Como resultado o desempenho pode deteriorar durante a
segunda fase do período do competitivo porque a base fisiológica diminuiu e as melhorias
esperadas de ano a ano não irão ocorrer. Somente um aumento constante da carga de
treinamento de ano a ano irá criar uma adaptação superior e, assim, um desempenho
superior. Matveev (1965) apud Bompa (2002) sugere que a cada ano a carga de
treinamento seja elevada de 20 a 40%, de acordo com as características do esporte. No
entanto, na maioria dos esportes a elevação do volume de treinamento não é determinada
pela capacidade do atleta em suportar a carga, mas pela falta de tempo para o
treinamento.
42
Melhoria do desempenho
Preparatório Competitivo
43
44
75
70
VO2max (ml/kg/min)
65
1
60
2
55
3
50
45
40
0 4 8 12 16
Semanas de interrrupção
70
60
ml/kg/min
50
40 VO2max
30 Lim Anae
20
10
0
Treino 21d 56d 84 Dest
Dest Dest
45
Princípio da Manutenção
Princípio da Especificidade
Princípio da Variabilidade
O objetivo deste princípio visa promover aclimação na condição física em termos
quantitativos e qualitativos.
46
Este princípio deve ser aplicado em todas as fases do treinamento desportivo para que o
indivíduo possa sofrer constantemente quebra da homeostasia das vais metabólicas
aeróbias e anaeróbias, como das fibras tipo II e I.
Quando não aplicamos este princípio no dia a dia do treinamento, podemos correr o risco
de haver uma estagnação no processo adaptativo da capacidade valência física treinada
naquele momento, então que atitudes devemos tomar para que isto não aconteça?
Condutas do treinador para que não ocorra estabilização das adaptações por meio da
realização de controles de carga e avaliações das capacidades físicas de forma periódica :
47
48
MEIOS DE TREINAMENTO
Os meios de treinamento são os exercícios utilizados para a preparação do atleta,
podendo ser divididos em exercícios preparatórios gerais, preparatórios especiais e
competitivos.
Na seleção destes, deverão ser consideradas algumas condições básicas (Matveev, 1997):
- exercícios variados para garantir um desenvolvimento das capacidades físicas do atleta
(força, velocidade, resistência e flexibilidade)
- devem ser adequados às particularidades da especialização esportiva, facilitando uma
transferência do efeito destes exercícios para a modalidade esportiva.
Uma questão importante é que diferentes exercícios podem produzir uma interação tanto
positiva quanto negativa no desenvolvimento das capacidades físicas e hábitos motores.
Por esta razão a preparação geral não pode ser igual nos diferentes esportes. Embora com
semelhanças, cada caso tem um caráter específico na seleção dos exercícios físicos
(Tabela 3.1).
49
50
Vale ressaltar que exercícios competitivos para modalidades cíclicas (ex: corrida, natação
e ciclismo) têm uma orientação limitada no que se refere à composição das ações
motoras. No entanto nas modalidades coletivas e nas lutas os exercícios competitivos
caracterizam-se pela manifestação das capacidades físicas específicas em condição de
alterações constantes e imprevistas das situações em formas do movimento. Existem
também exercícios competitivos relativamente independentes, correspondentes a
determinados esportes como duatlo e provas combinadas (pentatlo, decatlo, ginástica
artística, etc.). A tabela 3.2 classifica os exercícios competitivos.
51
52
Os métodos de exercícios práticos podem ser divididos em dois grupos: orientados para a
assimilação da técnica e orientados para o desenvolvimento das capacidades físicas. No
esporte, por causa das particularidades e da importância na prática, os métodos de
exercícios práticos desempenham um papel fundamental.
1. Método Contínuo
53
(I)
(V)
(I)
(V)
Método Contínuo Decrescente
Este exercício apresenta regressão na intensidade. Exemplo: inicia-se a corrida a 15 Km/h
e diminuindo 1 Km/h a cada 10 minutos, totalizando 50 minutos de atividade (Figura
3.3).
54
(I)
(V)
Método Contínuo Crescente/Decrescente
Neste método a intensidade é aumentada e em seguida diminuída de forma gradativa.
Exemplo: aumentar a velocidade de corrida 1 Km/h a cada 5 minutos durante 20 minutos,
com diminuição gradativa nos próximos 20 minutos (Figura 3.4).
(I)
(V)
(I)
(V)
55
(I)
(V)
Figura 3.7.
(I)
(V)
(I)
(V)
56
(I)
(V)
Método Contínuo Variável / Constante
Este método é caracterizado pela intensidade variável no início do treino, seguido de um
de uma intensidade constante (Figura 3.10).
(I)
(V)
(I)
(V)
57
(I)
(V)
2. Método Intervalado
O método intervalado pode ser dividido conforme a característica das cargas em:
(I)
(V)
58
(I)
(V)
(I)
(V)
(I)
(V)
59
(I)
(V)
(I)
(V)
3. Método de Repetição
O método de repetição pode ser utilizado para desenvolvimento da velocidade, resistência
anaeróbia, força máxima e força explosiva. A grande diferença entre o método
intervalado e de repetição é a intensidade do esforço e os intervalos de recuperação. As
características do método de repetição são apresentadas na tabela 3.5.
60
O método de jogo realiza-se não apenas através dos jogos habituais (voleibol, futebol,
basquetebol, etc.), mas é muito mais amplo pelos meios e formas de realização. Matveev
(1997) afirma que a principal característica do método consiste em desenvolver a
atividade locomotora do atleta. Platonov (2008) aponta que a aplicação deste método
garante alto grau de solicitação durante a realização das tarefas e está relacionada à
grande variabilidade das situações e à presença de diversas questões, físicas, técnicas,
táticas e psicológicas. No método de jogo, sempre há um confronto entre os participantes,
mas está subordinado ao desenvolvimento do exercício.
5. Método de Competição
Este método aplica-se com o objetivo de resolver diversas tarefas de preparação dos
atletas, assegurando a influência complexa sobre diferentes aspectos de preparação. Por
isso, o método de competição é de grande eficiência na etapa de aperfeiçoamento
esportivo.
6. Métodos Alternativos
61
62
63
64
65
Devemos antes de planejar uma periodização sermos capazes de responder três perguntas
básicas, as quais deverão nortear a comissão técnica na elaboração da mesma:
O que é periodização?
Porque periodizar o treinamento?
Quando periodizar o treinamento?
O que é periodização?
Você já viu alguma vez uma empresa ter sucesso á longo prazo somente contando a boa
vontade de seus funcionários? Pois bem as grandes empresas só conseguem se manter no
topo do sucesso graças ao planejamento, organização e estruturação da mesma, na área do
treinamento esportivo este mesmo conceito deve ser aplicado; devemos periodizar para
podermos conhecer nossos erros e acertos, e mais importante saber quais áreas acertamos
ou erramos mais, porém as avaliações deste processo devem ser periódicas e suas
interpretações devem ser pontuais concisas e precisas para que possamos tomar as
devidas decisões neste momento.
66
SÍNTESE HISTÓRICA
a. Pioneiros
O primeiro grupo, chamado por Manso et al (1996) de pioneiros, se caracteriza pelos
treinadores da Grécia Antiga, que transformavam meros homens sem técnicas em grandes
campeões através já de um treinamento planejado.
De acordo com Durántez apud Manso et al (1996) o treinamento grego daquela época já
era dividido em o que nós conhecemos hoje como ciclos (macrociclo, mesociclo,
microciclo). Durante esta época, os treinamentos eram divididos em tetras (planejamento
de quatro dias).
Com a aparição dos corredores profissionais durante o século XVIII, pode ser
considerado, segundo Manso et al (1996), como causa da de um novo empurrão aos
métodos de treinamento físico para o aumento de performance, porém somente no século
passado pode-se ter contato com as publicações realizadas neste período.
67
Principais características:
Longo período de treinamento (10 meses de sessões diárias chamadas de kataskeue)
Período de 1 mês para a preparação específica, mais intensa;
Início do planejamento do treinamento desportivo em ciclos (tetras).
Treinamento em 3 períodos:
Treinamento Geral: desenvolvimento das capacidades respiratórias e musculares;
Treinamento Preparatório: desenvolvimento da força e resistência com exercícios
variados;
Treinamento Especial: desenvolvimento da especificidade da modalidade
Abordagem de uma preparação global (“universalismo desportivo”).
Prática multidisciplinar (formação multidesportiva).
68
Matveev acreditava que a preparação geral era primordial para o rendimento esportivo,
onde a forma esportiva só poderia ser mantida por períodos de tempo muito curtos.
Os modelos tradicionais são modelos, segundo Manso et al (1996), antigos em sua
origem, porém ainda continuam sendo usados por grande número de treinadores nos dias
de hoje. Estes modelos foram criados para uma especialidade específica, não podendo ser
sempre adaptado a todos os desportos, estes modelos mostraram sucesso principalmente
em modalidades cíclicas como o atletismo.
69
Propõe forma ondulatória de carga com contínuas fases breves causadas por alterações
frequentes de intensidade e volume;
Busca de um nível ótimo (não o máximo) das capacidades biomotoras;
Aplicação de um modelo de adaptação biológica;
Utilização de altos volumes de treinamento;
Predominância do trabalho específico;
70
71
A tabela 4.1 apresenta a divisão das estruturas da planificação esportiva realizada por
diferentes autores.
Weineck (1989) afirma que “a preparação geral tem sentido apenas para elevar o estado
geral de preparação do atleta, que, por si, já esta elevada pelos anos de treinamento
realizados”. Por essa razão, segundo o autor, não se desencadeiam nos atletas os
processos adaptativos para a capacidade de conseguir mais resultados.
Segundo Gambetta (1990), “o modelo Matveev é válido somente para as primeiras fases
de treinamento, considerando-se que ao aumentar o nível de rendimento dos atletas deve-
se aumentar também a porcentagem de utilização dos meios de preparação específica”.
Bompa (1983), “argumenta que não existe, com os calendários competitivos atuais,
tempo disponível para a utilização de meios de preparação geral que não correspondem à
especificidade concreta do esporte...”.
72
73
Atualmente, depois de praticamente duas décadas de aplicação desse enfoque, ficou claro
que, ao mesmo tempo em que se consegue preparo suficiente para participar em várias
competições num só ano, o atleta experimenta também a acentuada diminuição das
chances de alcançar os melhores resultados nas principais competições e sofre com a
deterioração da qualidade da preparação e do nível dos resultados, além do aumento da
ocorrência de lesões (Platonov, 2008).
74
2- Estado de prontidão para atingir os melhores resultados, embora se baseie num elevado
nível de preparo, pressupõe um outro tipo de estrutura, caracterizada pela formação
bastante rápida dos componentes relacionados aos vários aspectos da preparação física,
técnico-tática, psicológica, organicamente relacionados a uma situação concreta, cuja
análise revela tanto os fatores internos determinantes da eficácia da atividade
competitiva, quanto os fatores externos, relacionados ás condições da competição.
75
O número de macrociclos que surgem num ano de treino ou época desportiva dá lugar a
uma classificação do tipo de periodização que se utiliza:
76
PP PC PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
PERIODIZAÇÃO DUPLA
Performance
PP 1 PC 1 PT PP2 PC2 PT
PP – Período preparatório
PC – período competitivo
PT – período transitório
77
PERIODIZAÇÃO TRIPLA
Performance
PP 1 PC 1 PP 2 C 2 PT PP 3 PC 3 PT
PP – Período preparatório
PC – período competitivo
PT – período transitório
PP PC PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
78
MACROCICLO
Período Competitivo Curto
Performance
PP PC PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
PERIODIZAÇÃO SIMPLES
PPG PPE PC PT
PPG – Período Preparatório Geral
Volume PPE – Período Preparatório Especial
PC – Período Competitivo
Intensidade PT – Período Transitório
Performance
(Matveiev, 1996)
79
PERIODIZAÇÃO SIMPLES
ATLETAS EM FORMAÇÃO (Ciclo Anual)
PG C PE C CP
PP PC PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
Volume PG – Período Geral
PE – Preparatório Especial
Intensidade R - Recuperativo
C – Competições (Ozolin, 1986)
CP – Competições Principais
Para atletas especializados, Ozolin (1986) propõe um ajuste nas curvas de volume e
intensidade. Aumentos significantes no volume e na intensidade durante a fase geral do
período preparatório, seguido e uma manutenção com pequena redução do volume e
aumento progressivo da intensidade. Durante o período competitivo o volume é reduzido
e a intensidade continua aumentando. No período transitório segue uma redução do
volume e da intensidade. Nesta proposta a curva da performance acompanha a curva da
intensidade.
PERIODIZAÇÃO SIMPLES
ATLETAS ESPECIALIZADOS
E D P
S I R
P R I
E N
C E C
I T I
A A P
L A
L
PG PE PCo R
PP PC PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
Volume PG – Período Geral
Intensidade PE – Preparatório Especial
PCo – Pré-Competitivo
Performance R - Recuperativo (Ozolin, 1986)
C – Competições
80
PERIODIZAÇÃO DUPLA
PARA ESPORTES COLETIVOS
PG PE PCo C1 PG PE C2 PE C3 R
PPI PCI PPII PCII PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
PG – Período Geral
Volume PE – Preparatório Especial
Intensidade PCo – Pré-Competitivo
Performance R - Recuperativo
C – Competições
PERIODIZAÇÃO TRIPLA
PARA ESPORTES COLETIVOS
PG PE C PG PE C PG PE C R
PPI PCI PPII PCII PPIII PCIII PT
PP – Período Preparatório
PC – Período Competitivo
PT – Período Transitório
Volume PG – Período Geral
PE – Preparatório Especial
Intensidade PCo – Pré-Competitivo
Performance R - Recuperativo
C – Competições
81
A preparação técnico-tática fica em segundo plano, isto não significa que não será dada
ênfase a preparação técnico-tática; neste momento será enfatizada a destreza e as
habilidades motoras.
Caso seja utilizado o modelo clássico de Matveev será enfatizado microciclos de choque
e ordinário intercalados com microciclos com características recuperativas ou de
manutenção.
82
Quanto à preparação técnica tem por objetivo a assimilação mais completa da técnica das
ações competitivas.
O Período Competitivo
Durante o período competitivo devem se criar condições para o aperfeiçoamento de
diversos fatores da preparação esportiva. A preparação dever ser integral e ocorre numa
sequência lógica de conteúdos distribuídos na etapa pré-competitiva e competitiva
propriamente dita.
Objetivos:
Manutenção das adaptações ocorridas no período de preparação. Manter a condição
física, técnica e tática obtida durante a fase de preparação,
A carga de treinamento deve ter o seu volume reduzido, mas com manutenção da alta da
intensidade,
A intensidade do treino parece ser o fator mais importante para a manutenção do
rendimento durante o período competitivo, em qualquer tipo de competição.
Foi demonstrado por Lopes (2002), não haver queda significativa (p <0,05) na potência
de membros inferiores em jogadores de futebol da categoria sub-20 (Tabela 5.4). Testes
de impulsão horizontal (SH) realizados antes e após 10 semanas de período competitivo.
83
O Período Transitório
O período transitório contribui para a recuperação completa do potencial de adaptação do
organismo e serve como elo entre os macrociclos.
84
Segundo (Rowbottom apud Garret e Kirkendall, 2003) os mesociclos são projetados para
serem ciclos discretos de treinamento, cada um incorporando um período intensivo
seguido de um período reduzido de recuperação e regeneração. É indicado para melhor
controle de carga de treino e análise do processo adaptativo que sejam realizadas ao final
de cada mesociclo. Estas avaliações permitirão controlar as respostas agudas e crônicas e
sua eficácia naquilo que foi proposto e treinado ao longo dos microciclos que
contemplavam o mesociclo.
Recomenda-se que um atleta comece um novo mesociclo recuperado total ou
parcialmente para que possa suportar as novas cargas do próximo mesociclo, para isso é
importante um microciclo de recuperação ou manutenção ao final de um mesociclo do
período de preparação (Rowbottom apud Garret e Kirkendall, 2003).
Organização do mesociclo
85
Mesociclo Estabilizador – tem como objetivo, após uma série de cargas crescentes,
estabilizá-las, permitindo assim, uma assimilação dessas pelo organismo. Estes
mesociclos podem ser aplicados durante períodos onde o atleta dispõe de pouco tempo
para treinar, e os níveis de aptidão precisam ser mantidos. Nos períodos de paralisação,
como as férias, estes ciclos de treinamento também são indicados e sua estrutura é
semelhante ao mesociclo de incorporação. O conteúdo neste mesociclo é de meios de
treinamentos especiais com cargas ótimas de treinamento.
86
Grande quantidade de trabalhos tem sido realizado ao longo dos anos para identificar os
efeitos do taper (polimento) e vários estudos tem relatado os efeitos positivos no
desempenho e nas variáveis fisiológicas.
Os estudos têm indicado que o volume de treinamento durante o período de taper deve ser
reduzido consideravelmente para ter um efeito benéfico após este período de treinamento,
Shepley et al (1992) em estudo com corredores de longa distância, que reduziram seu
volume em 62% durante 7 dias porém não melhoraram seu desempenho, já uma redução
de 90% no mesmo período resultou em um aumento de 22% no tempo de exaustão em
87
39
38
37
(kph)
36
35
34
0 1 2 3 4 5 6
Prova
Qual a Intensidade?
A frequência semanal é uma variável do treinamento que não pode ser esquecida, pois se
houver uma redução acentuada poderá comprometer os ganhos nas capacidades motoras
que foram enfatizadas ao longo do período preparatório sugere-se que a alta intensidade
alta seja mantida durante o período de taper.
88
Uma frequência semanal de treinamento pode ser mantida por volta de 80% em relação
ao período anterior ao taper (Mujika et al 2004; Padilla, 2003, Denadai e Grecco, 2005).
Tabela 6.1. Estrutura geral das cargas do mesociclo de acordo com as fases biológicas
para um ciclo de 28 dias.
Fases Biológicas Ciclo – 28 dias
Carga de
Treinamento
Menstrual Estabilizadora 1–3
Pós-menstrual Choque 4 – 12
Ovulatória Estabilizadora 13 – 14
Pós-ovulatória Choque 15 – 25
Pré-menstrual Recuperativa 26 – 28
89
R - Recuperativo
E - Estabilizador
O - Ordinário
C - Choque
A relação entre rendimento e a fase do ciclo estudado por Brooks-Gunn et al. (apud
Wells, 1993) mostra que 40 a 60% das atletas avaliadas não mostraram alterações de
rendimento e que 15 a 30% obtiveram seus piores resultados na fase pré-menstrual e
menstrual.
Estruturação do Mesociclo
Nos jogos esportivos, a construção dos mesociclos apresenta aspectos bem particulares. O
período competitivo prolongado, que pode atingir de oito a dez meses, exige um
planejamento com mesociclos de competição e microciclos de estrutura relativamente
padronizada, que reúnam tarefas dos mesociclos de desenvolvimento e controle, pré-
competição e competição. Mesociclos puramente de competição são planejados durante a
prática competitiva intensa. Casos como esses são encontrados, por exemplo, no futebol,
em competições que incluem a realização de dois jogos oficiais numa mesma semana
(Figura 6.9). Nessa situação, as sessões e a composição de cada um dos microciclos
90
Figura 6.9. Mesociclo com predominância de dois jogos semanais (adaptado de Platonov,
2008).
140
120
8
100
Tempo (min)
8 8
3
3 8 3
80 8
2 6 8 2 2
8 8 8 8
60 9 9 9
8
9 6
8
9 9
8
9
8 8
9
7 6 8 3 4 6
8 3 8
40 7 2 2 7 4 7
1 1 1 1
1 1 1
20 4 1 5 5
4 1 1
1
1 1 5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias
1- Treinamento técnico-tático
2- Velocidade
3- Força Explosiva
4- Força Máxima
5- Força de Resistência
6- Resistência de Velocidade
7- Resistência Aerobia
8- Flexibilidade
9- Jogos
91
160
140 8 8
8
8
120 3 3 8 8
6 3
Tempo (min)
7 8
100 2
8
2
8 3
2 6
8 8
80 3 7 6
7
8 2 4
8 8 6 8 3
60 2 9 9
4
9
8 8
9
7 6 8 6 3
1 1 8 1 8 2
40 2 1
7
7
1 1 1 1
1 1 1
20 4 1 5 5
4 1
1
5
1
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias
1- Treinamento técnico-tático
2- Velocidade
3- Força Explosiva
4- Força Máxima
5- Força de Resistência
6- Resistência de Velocidade
7- Resistência Aerobia
8- Flexibilidade
9- Jogos
O aumento da carga de treinamento deve ser progressivo, porém não interprete esta
abordagem como uma elevação uniforme e continua em cada sessão de treinamento por
meio de uma simples adição aritmética. Uma sessão de treinamento é insuficiente para
provocar modificações físicas ou psicológicas visíveis no atleta. Para que a adaptação
seja efetuada, é preciso planejar as sessões de treinamento com as mesmas características
em todo um microciclo, seguidas por outra elevação da carga de treinamento. As figuras
6.10 ilustram como a carga de treinamento aumenta em um mesociclo de 4 semanas.
Cada coluna representa uma modificação na carga de treinamento. A carga é elevada
gradualmente nos três primeiros microciclos, seguida de uma fase de decréscimo da
carga, o que auxilia o atleta em sua recuperação. O objetivo da regeneração é auxiliar o
atleta no efeito acumulativo das reservas fisiológicas, antes da elevação da carga de
treinamento.
92
Micro 1
CARGA
Micro 2
Micro 3
Micro 4
Esse modelo de carga pode ocupar a porção média do período preparatório, utilizando-se
a forma progressiva, na porção inicial dessa fase, para permitir uma elevação gradual da
carga. Isso facilita uma adaptação progressiva, que é importante quando se inicia um
novo planejamento anual.
93
Micro 1
CARGA
Micro 2
Micro 3
Micro 4
1o Passo – para prescrever o treinamento de saltos para cada atleta é necessário realizar
um teste para identificar a altura de salto adequada para que o atleta possa aumentar seus
ganhos ao longo dos treinos, para isso sugerimos a utilização de um teste de altura ideal
de queda (Drop Jump, Bosco 1992) que será descrito a seguir.
O teste é realizado sobre plintos de diferentes alturas (20, 40, 60, 80 e 100 cm) o atleta
realiza três saltos horizontais partindo de uma altura de 20 cm, descansa de 2 a 5 minutos
e logo após esta pausa o atleta continua o teste partindo de outras alturas subsequentes.
Através dos resultados dos testes em diferentes alturas de salto podemos traçar a altura
ideal de queda. O atleta deverá realizar 3 saltos para cada altura e será considerado para
analise somente o melhor das 3 tentativas.
2o Passo: calcular o volume de saltos que deve ser cumprido no macrociclo de três meses
para um jogador de voleibol que na última temporada realizou um volume total de 1960
saltos, realizando duas sessões de saltos na semana, sugere-se que na próxima temporada
o volume de saltos tenha aumento de mais 20% do total (adaptado de Manso, 1996).
94
4o Passo: dividir o volume teórico do macrociclo pela soma das porcentagens atribuídas a
cada mês.
7o Passo: dividir o volume mensal pela soma das percentagens atribuídas a cada semana.
95
3o Passo: dividir o volume teórico do macrociclo pela soma das porcentagens atribuídas a
cada mês.
96
6o Passo: dividir o volume mensal pela soma das percentagens atribuídas a cada semana.
7o Passo: multiplicar o valor encontrado pelas porcentagens atribuídas a cada semana (ver
passo 6o).
97
Os treinos para as provas de velocidade devem estar entre 95% a 100% do melhor, caso
as intensidades estejam abaixo destes percentuais, à resistência de velocidade será a
capacidade motora mais enfatizada e não a velocidade máxima.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 80% 60% 30%
3600 : 710 = 5
Fevereiro...... 5 x 40 = 200km
Março........... 5 x 50 = 250km
Abril............. 5 x 60 = 300km
Maio............. 5 x 70 = 350km
Junho............ 5 x 80 = 400km
Julho............. 5 x 90 = 450km
Agosto.......... 5 x 100 = 500km
Setembro...... 5 x 80 = 400km
Outubro........ 5 x 60 = 300km
Novembro.... 5 x 30 = 150km
98
6o Passo: dividir a quilometragem mensal pela soma das porcentagens atribuídas a cada
semana.
99
Organização do microciclo
No plano corrente devem surgir os programas detalhados de cada sessão de treino,
discriminando níveis de solicitação da carga e conteúdos. Assim, as informações contidas
no plano corrente descrevem:
100
1. Microciclos de Treinamento
Os microciclos de treinamento têm como tarefa principal criar um efeito adaptativo sumário,
elevando os níveis de aptidão e são subdivididos segundo o conteúdo predominante das cargas de
treinamento em: choque, ordinário, estabilizador e recuperativo (rever Capítulo 1).
100
80
% DE CARGA
60
40
20
0
SEG T ER QUA QUI SEX SAB DOM
101
100
80
% D E C ARGA
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
80
% DE CARGA
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
100
80
% DE CARGA
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
102
60
50
% DE CARGA
40
30
20
10
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
2. Microciclo de Controle
O microciclo de controle é composto por testes de controle ou competições de controle
como processo de avaliação. Este é planejado geralmente no final das etapas de treino e
visa avaliar a aptidão geral e traçar novas metas ou avaliar o comportamento em
competições. A Figura 7.7 demonstra um microciclo onde os controles são realizados na
terça e na quinta-feira. Caso o controle seja para avaliar a aptidão física, recomenda-se
distribuir os testes ao longo do microciclo de forma que a aplicação de um determinado
teste não influencie no resultado de outro (Tabela 7.1).
100
80
% DA CARGA
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
103
3. Microciclo Pré-Competitivo
O microciclo pré-competitivo é construído na dependência das condições de
aproximação das competições mais importantes, sendo incluído geralmente 5-10 dias das
mesmas. Neste microciclo será assegurada a recuperação, as cargas máximas não são
mais utilizadas, podendo ser orientado cargas altas com períodos de recuperação
completa.
4. Microciclo Competitivo
A principal tarefa do microciclo competitivo consiste em assegurar o estado
conseguido no período preparatório no decorrer das competições. A figura 7.8 apresenta
um modelo de microciclo com competição na quarta-feira e no sábado e a figura 7.9 um
modelo de microciclo com competição no sábado.
100
% DA CARGA
80
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
104
100
% DA CARGA
80
60
40
20
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
intensidade alternam-se
com estímulos de
recuperação completa.
105
A orientação das tarefas condiciona o tipo de efeito posterior e a duração dos processos
de recuperação. Algumas sessões atuam sobre áreas específicas do organismo e, por isso,
exigem muito de determinados sistemas funcionais. Outras possuem ação bastante ampla
e implicam no envolvimento de vários sistemas funcionais.
Figura 7.10. Efeito das sessões de carga recuperativa, estabilizadora, ordinária e choque.
Supercompensação
Carga 1 2 3 4
1- carga recuperativa
2- carga estabilizadora
3- carga ordinária
4- carga de choqque
106
Figura 7.11. Efeito do treinamento sobre a resistência aeróbia (RA), resistência anaeróbia
lática (RAN) e velocidade (V) em uma sessão para desenvolvimento da resistência
aeróbia.
1 2 3
RA
6 24 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Figura 7.12. Efeito do treinamento sobre a resistência aeróbia (RA), resistência anaeróbia lática (RAN) e velocidade (V) em uma
sessão para desenvolvimento da resistência anaeróbia.
3 1 2
RAN
6 24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia -RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
107
3 2 1
6 24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Figura 7.14. Efeito do treinamento sobre a força de resistência (FR), força explosiva (FE)
e força máxima (FM) em sessões com predominância na FM.
3 1 2
FM
6 24 48
1- Força Explosiva - FE
2- Força Máxima - FM
3- Força de Resistência - FR
108
3 2 1
FE
6 24 48
1- Força Explosiva - FE
2- Força Máxima - FM
3- Força de Resistência - FR
Figura 7.16. Efeito do treinamento sobre a força de resistência (FR), força explosiva (FE)
e força máxima (FM) em sessões com predominância na FR.
1 2 3
FR
6 24 72
1- Força Explosiva - FE
2- Força Máxima - FM
3- Força de Resistência - FR
109
3 1 2
6 24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Por outro lado, Platonov (2008) afirma que se o volume de cada parte for equivalente a
40 a 45% do volume em sessões similares, porém de orientação seletiva, o resultado é o
surgimento de um efeito imediato correspondente àquela provocada por cargas de choque
(Figura 7.15).
Figura 7.15. Efeito do treinamento após uma sessão de orientação complexa sequencial
para desenvolvimento da velocidade, resistência anaeróbia e resistência aeróbia (40-45%
do volume).
3 2 1
24 48 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
110
2 1 3
24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Figura 7.17. Efeito do treinamento após uma sessão de orientação complexa paralela para
desenvolvimento da resistência aeróbia e anaeróbia.
2 1 3
24 48 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
3 2 1
V V
6 24 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
21 3
V A
24 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Quando o atleta realiza uma sessão com carga de choque antes de se recuperar da fadiga
causada pela sessão anterior, com orientação preferencial diferente, não há agravamento
da fadiga, mas sim a diminuição de outro aspecto da capacidade de trabalho.
Os princípios da ação de duas sessões com orientação diferente manifestam-se também
na ação total de três sessões com cargas de choque. No entanto, pelo fato de as sessões
112
1 2 3
V AN A
24 36 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
113
A
A
6 24 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
V
V
6 24 72
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
114
V
A
24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
115
A
V
6 24 48
1- Velocidade - V
2- Resistência Anaeróbia - RAN
3- Resistência Aeróbia - RA
Estruturação do Microciclo
A estrutura dos microciclos é determinada pelas particularidades da modalidade
desportiva, pela etapa de preparação de muitos anos em que se encontra o atleta, pelo tipo
do microciclo e pelas características individuais do atleta. Esses fatores exercem
influência, em primeiro, sobre a grandeza total da carga dos microciclos, as sessões
predominantes, a composição dos meios e métodos, a grandeza da carga e as
particularidades da combinação das sessões. Por exemplo, para jovens atletas nos
microciclos de choque, pode ser planejada de uma a 3 sessões com cargas altas, enquanto
que para atletas de alto rendimento de quatro a seis.
Essa distribuição justifica-se pelo fato de que o crescimento do preparo de jovens atletas,
que se dedicam há poucos anos a tarefas, que se dedicam há poucos anos ao esporte e
ainda não estão adaptados ao treinamento intenso, é possibilitado, em grande parte, por
microciclos de tarefas de cargas médias e significativas. Para atletas treinados e altamente
qualificados, esse tipo de construção já não garante progressos. Por isso, é necessário
aumentar significativamente a carga total. A prática esportiva mostra microciclos de
choque em que são planejadas, diariamente, sessões com cargas de choque são uma das
formas mais eficazes de aumento do rendimento do treinamento durante o período
preparatório. No entanto, esses microciclos com regime de trabalho intenso só provocam
resultado esperado quando se estabelece um conjunto ideal de tarefas com diferentes
orientações (Platonov, 2008).
Juntamente com os microciclos de choque, são amplamente planejados microciclos de
manutenção e recuperação, com menor quantidade de sessões, menor volume de trabalho
e menor número de cargas ordinárias e de choque. A tabela 7.25 apresenta esquemas
típicos de microciclos na etapa especial do período preparatório para modalidades cíclicas
cujo trabalho dura de 45 min a 4 h.
116
A figura 7.25 ilustra como elevar a carga de treinamento durante o período preparatório
quando elemento de progressão é o numero de sessões de treinamento com cargas altas
(adaptado de Bompa, 2002).
100
90
80
70
% da Carga
60
50
40
30
20
10
0
Microciclo 1 Microciclo 2 Microciclo 3 Microciclo 4
117
120 100
90
100
80
70
80
60 Manhã (min)
Tarde (min)
60 50
Jogo
40 Carga (%)
40
30
20
20
10
0 0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
Figura 7.27. Microciclo competitivo para o futebol com dois jogos na semana (adaptado
de Platonov, 2008).
120 100
90
100
80
70
80
60 Manhã (min)
Tarde (min)
60 50
Jogo
40 Carga (%)
40
30
20
20
10
0 0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
118
Tabela 7.26. Microciclo competitivo com 1 jogo oficial (adaptado de Platonov, 2008).
Orientação da Tarefa Volume Parcial (min) Volume Total (min)
Segunda Tarde Preparação Técnica 60 60
Velocidade e Força Máxima 20
Manhã Resistência Anaeróbia 25 60
Terça Flexibilidade e Coordenação 15
Preparação Técnica 45
Tarde 70
Preparação Tática 25
Velocidade e Força Máxima 15
Resistência Anaeróbia 20
Manhã 70
Flexibilidade e Coordenação 15
Preparação Técnica 20
Quarta
Potência e Velocidade 15
Resistência Anaeróbia 20
Tarde 100
Preparação Técnica 20
Preparação Tática 45
Agilidade 15
Manhã Flexibilidade e Coordenação 15 60
Preparação Técnica 30
Quinta Velocidade 15
Resistência Anaeróbia 25
Tarde 120
Preparação Técnica 40
Preparação Tática 40
Flexibilidade e Coordenação 15
Manhã 50
Preparação Técnica 35
Força Máxima 15
Sexta
Agilidade 15
Tarde 70
Preparação Técnica 15
Preparação Tática 25
Sábado Tarde Preparação Técnica 360 360
Domingo Tarde Jogo Oficial 120 120
119
O tênis profissional tem algumas particularidades, pois existem competições durante todo
o ano. Além disso, a Copa Davis é uma competição onde o atleta é convocado para
representar o país. A competição dura apenas três dias e normalmente a convocação é
realizada de dez a quinze dias que antecedem os jogos. A figura 7.28 ilustra a distribuição
das cargas em um microciclo de quatorze dias (pré-competição e competição) na Copa
Davis 2004.
MICROCICLO COMPETITIVO
100
80
% CARGA
60
40
20
0
M
M
I
I
R
R
A
A
X
X
G
G
B
B
U
U
TE
TE
SE
SE
SA
SA
U
U
SE
SE
O
O
Q
Q
Q
Q
D
120
100
90
80
70
% da Carga
60
50
40
30
20
10
0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM SEG TER
121
122
Parte Preparatória
Na parte preparatória da sessão criam-se premissas para a atividade eficiente dos atletas
na parte básica da sessão, e o aquecimento é o procedimento mais apropriado. O
aquecimento foi definido por Weineck (1999) como medidas para preparação de um
estado psicofísico e coordenativo-cinestésico ideal, assim como prevenção de lesões.
Platonov (2008) define aquecimento como o conjunto de exercícios e procedimentos
especialmente selecionados para a preparação eficaz do organismo para o trabalho que
virá a seguir. Este tem a função de ajustar os sistemas funcionais para que o organismo
possa começar seu trabalho no alto de sua capacidade.
Elaboração do Aquecimento
123
A intensidade do aquecimento em geral deve ser moderada, e com meta nas solicitações
das exigências da modalidade em questão. Um aquecimento muito intenso e prolongado
poderia vir a prejudicar o atleta pelo aparecimento da fadiga, e por outro lado se o
aquecimento for incompleto, talvez o desempenho máximo no esporte não possa ser
obtido.
Podem ser utilizados exercícios de caráter tanto global quanto localizado, sendo que a
escolha deve ser feita com base na especificidade da modalidade esportiva e na
necessidade de utilizar meios cujo caráter aproxima-se ao máximo do caráter da atividade
que será realizada a seguir.
124
Quanto tempo dura o aquecimento? Nesse sentido Zakharov (1992) propõe que durante a
realização de exercícios a baixas temperaturas ambientais, o ritmo do aquecimento deve
ser mais lento e com maior duração. Já em temperaturas mais altas a duração do
aquecimento é reduzida (Tabela 8.1).
125
Entende-se então que a aplicação dos exercícios de alongamento pode ter dois objetivos,
conforme esquema abaixo:
ALONGAMENTO
126
Foram comparados o uso do alongamento estático com o dinâmico aplicado numa rotina
de aquecimento de 10 minutos e seus efeitos sobre testes de potência e agilidade (suttle
run, distância de arremesso acima da cabeça de medicine ball, 5 passos com salto).
Verificou-se um melhor rendimento nos scores após aquecimento com alongamento
dinâmico para todos os testes. Não houve diferença entre aquecimento com alongamento
estático e o não uso do alongamento para o arremesso de medicine ball e shuttle run, e o
alongamento estático foi associado com o melhor score de salto vertical (Tabela 8.2).
Tabela 8.2. Rendimento sobre cada variável baseada nas condições de aquecimento
(adaptado de McMillian et al, 2006).
Shuttle run T (seg) Arremesso medicine 5 saltos em distância
ball (m) (m)
Sem Aquecimento 9,77 9,47 9,51
Alongamento Estático 9,69 9,34 9,78+
Alongamento Dinâmico 9,56* 9,79* 10,06*
+
Diferença significante com o grupo sem aquecimento (p<0,01)
*Diferença significante com os grupos alongamento estático e sem aquecimento (p<0,01)
127
Atualmente com as grandes questões que tem envolvido o alongamento, estudos têm sido
desenvolvidos com alongamentos dinâmicos e específicos ao gesto desportivo.
A resposta para as questões realizadas foi que a flexibilidade aumentou para os grupos
que realizaram o alongamento balístico (dinâmico), estático e sprint comparados com o
controle (não realizaram nenhuma atividade) A Figura 8.1 mostra que a altura do salto
vertical não sofreu alterações pré e pós-aquecimento para nenhum dos grupos.
60 49,4
49,5 48,7 49 50,1 48,5
50 45,1 45,7
40
30
20
10
0
PRÉ PÓS
CONTROLE BALÍSTICO SPRINT ESTÁTICO
Unick et al (2005) não encontraram diferença na altura do salto vertical como resultado
do alongamento estático ou dinâmico. Segundo os autores, esse resultado sugere que o
128
Parte Principal
São menos eficazes sessões em que utilizam, por muito tempo, os mesmos meios,
inclusive quando estes são mais eficazes para o objetivo estabelecido. O que ocorre
nestes casos é a rápida adaptação do organismo aos meios utilizados, a diminuição do
crescimento do preparo e, posteriormente, a interrupção deste crescimento (Platonov,
2008).
O mesmo autor afirma que as sessões que utilizam meios variados de orientação única
serem altamente eficazes não significa excluir completamente, do processo de
treinamento, as tarefas cujo programa é repetitivo. Elas podem ser planejadas, por
exemplo, quando o objetivo é aperfeiçoar a capacidade de realizar determinado trabalho
de forma econômica ou aumentar o equilíbrio psicológico durante um trabalho monótono,
tenso e de longa duração, o que é muito importante para a manifestação da resistência
especializada durante a superação de distancias longas.
129
No que diz respeito ao conteúdo das sessões de treinamento, as sequências devem ser
baseados no estado do SNC e como isso pode afetar a aprendizagem ou a aquisição de
certas capacidades. A ordem sugerida de eventos é baseada nestes princípios (Bompa,
2004):
Primeiramente, os atletas devem ser expostos a rotinas de exercícios as quais tem como
objetivo a aprendizagem e/ou aperfeiçoamento dos elementos técnicos e táticos. A
aprendizagem é maior quando o SNC está descansado. Por outro lado, a incorporação da
habilidade de aquisição de rotinas, seguindo outras atividades, irá afetar a aprendizagem
simplesmente porque a memória é impedida pela fadiga.
Treinamento Concorrente
130
Observamos com a ilustração, que o treinamento nas modalidades que se encontram nos
extremos, tanto de intensidade como de volume (como o levantamento olímpico e a
maratona), parecem ser relativamente simples de serem caracterizados. Entretanto um
cenário muito mais complexo emerge nas modalidades que requerem combinações tanto
de força como de endurance, uma mistura de substratos energéticos e, consequentemente,
metabolismos envolvidos na ressíntese de ATP (Nader, 2006).
LEVANTAMENTO
DE PESO
? ?
FUTEBOL
? ?
BASQUETEBOL
ENDURANCE
? ?
MARATONA
10” 5´ >2H
ANAERÓBIO ALÁTICO ANAERÓBIO LÁTICO ANERÓBIO
131
Neural;
Disponibilidade de substratos energéticos;
Interconversão entre as isoformas de miosina de cadeia pesada (MHC);
Alterações nas vias de sinalização de síntese proteica.
Mecanismos neurais
Interconversões entre as isoformas MHC também têm sido consideradas como possível
mecanismo do treinamento associado à inibição do desenvolvimento da força (Nader,
2006).
A hipertrofia muscular ocorre com magnitudes maiores nas fibras de contração rápida do
que nas de contração lenta (Staron et al, 1990), e devido a isso, estímulos de treinamento
de endurance têm sido creditados como responsáveis pela redução da velocidade máxima
132
Ao nível molecular, parece haver uma explicação plausível para a interferência na força,
pois diferentes formas de exercício induzem às vias de sinalização intracelular que se
mostram antagonistas em seus respectivos mecanismos de sinalização de síntese proteica
(Nader, 2006).
Figura 8.6. Um modelo das vias de sinalização intracelular que mediam as adaptações do
músculo esquelético ao exercício (adaptado de Nader, 2006).
133
Enxergamos que essa prioridade por determinadas capacidades deve ocorrer, pois, a
formatação da maioria dos calendários esportivos atuais não possibilita aos técnicos e
preparadores físicos em tempo hábil e adequado para se trabalhar cada capacidade em
dias distintos, ocasionando o fato de diversas capacidades terem que ser desenvolvidas
numa mesma sessão.
A partir dessas questões extremamente polêmicas, vamos agora tentar buscar alternativas
para melhor elaborarmos essas sessões “concorrentes” (concorrentes nas adaptações),
com a finalidade de tentarmos anular, ou então diminuir as concorrências entre
sinalizações adaptativas promovidas pelo treinamento de diversas capacidades físicas na
mesma sessão.
Como vimos já visto neste mesmo capítulo, em muitos esportes com característica de
esforços intermitentes (esforços de alta intensidade intercalados por pausas de baixa
134
Ainda como visto em capítulos anteriores, uma explicação plausível para a interferência
na força, vem dos estudos das vias de sinalização intracelular que se mostram
antagonistas em seus respectivos mecanismos de síntese proteica. Quando treinamos a
força máxima, a Força Explosiva, a resistência de força hipertrófica ou a resistência de
força, e logo em seguida damos estímulos de endurance (resistência aeróbia), a ativação
da mTOR (cuja atividade é estimulada pelo treinamento de força) será inibida ou
atenuada pela ativação da AMPK (cuja atividade é estimulada pelo treinamento de
endurance), pois a ativação da AMPK pelo exercício do endurance, pode inibir a via de
sinalização de síntese de proteínas relacionadas ao desenvolvimento da força (Nader,
2006).
Ao treinarmos na mesma sessão força máxima e velocidade (ou) Força Explosiva, não
teremos concorrência entre estas capacidades, pois as adaptações metabólicas e
estruturais seguem o mesmo caminho, tanto o treinamento de força máxima e velocidade.
Estimulam a mTOR, contribuindo para uma maior síntese de proteínas estruturais, ou
seja, ambos os treinos caracterizam-se por alta intensidade, baixa incidência de micro
traumas, predomínio metabólico anaeróbio alático e baixa depleção de fosfocreatina que
é o principal substrato energético em ambos os treinamentos.
135
136
Quando os conteúdos das sessões apresentam exercícios com uma única orientação,
porém bem variados, os atletas manifestam maior capacidade de trabalho do que diante
de exercícios repetitivos. As sessões diversificadas agem de forma mais ampla sobre o
organismo, mobilizando funções diferentes, que determinam a manifestação das
respectivas qualidades: durante sessões compostas de programas variados, a capacidade
de trabalho do atleta mostra-se significativamente maior.
No entanto, o fato de as sessões que utilizam meios variados de orientação única serem
altamente eficazes não significa que devemos excluir completamente, do processo de
treinamento, as tarefas cujo programa é repetitivo. Elas podem ser planejadas, por
exemplo, quando o objetivo é aperfeiçoar a capacidade de realizar determinado trabalho
de forma econômica ou aumentar o equilíbrio psicológico durante um trabalho monótono,
tenso e de longa duração, o que é muito importante para a manifestação da resistência
especializada durante a superação de distâncias longas.
Nos atletas de pouca qualificação que se encontram nas etapas iniciais da preparação em
longo prazo, dever ser planejadas preferencialmente, sessões de orientação complexa,
com solução sequencial das tarefas. Essas tarefas, por sua motivação, exercem influência
sobre os aspectos psicológicos e funcionais do organismo e, ao mesmo tempo, consistem
em estímulos bastante eficazes para a evolução do atleta. No treinamento de jovens
atletas, a ampla utilização de sessões de orientação seletiva desencadeia uma série de
consequências negativas como excesso de fadiga metabólica e neural e, e exploração
excessiva das capacidades adaptativas do organismo (Platonov, 2002).
137
Parte Conclusiva
Durante esta parte são normalmente utilizados exercícios que auxiliam no retorno
progressivo a uma condição próxima ao repouso. Os mais utilizados são os exercícios
aeróbios em baixa intensidade (corrida, natação, ciclismo, etc.) relaxamento e o
alongamento. Da mesma forma que os questionamentos da aplicação dos exercícios de
alongamento como parte de um aquecimento são grandes, após o treinamento da força ele
também gera polêmica.
ALONGAMENTO
138
Deve-se ter cautela com a intensidade do alongamento com o músculo fadigado, pois este
não pode responder prontamente ao reflexo neuromuscular protetor. A redução da
ativação dos mecanismos proprioceptores musculo-tendíneos (Radin, 1987).
A forma de execução desses exercícios deve ser leve e contínuo, alternado com
massagem. (Bompa, 2005).
139
As condições climáticas: reconhecer a ação das trocas climáticas tem sobre o estado
funcional do organismo.
As leis biológicas
No aspecto biológico o processo de desenvolvimento da forma esportiva apresenta
diferentes fases, com base na teoria da Síndrome Geral de Adaptação (SGA) proposto por
H. Selye em 1936. Ele mostrou que, da ação de estímulos estressantes sobre o organismo,
podem resultar dois tipos de reação (Selye, 1982 apud Platonov, 2008):
Se o estímulo for extremamente forte ou sua ação for prolongada, acontecerá à fase final
da síndrome do estresse, a exaustão;
Se o estímulo não superar os limites das reservas adaptativas do organismo, haverá
mobilização e redistribuição das reservas energéticas e estruturais do organismo que
ativam o processo de adaptação específico.
Fase de Aquisição
A fase de aquisição tem como objetivo elevar todos os componentes relacionados
ao rendimento competitivo do atleta. Podemos dividi-la em duas fases:
140
Fase de Estabilização
Esta fase tem como objetivo reduzir o grau das reestruturações biológicas anteriores, o
que se manifesta na estabilização relativa dos índices esportivos a um nível elevado.
Fase de Perda
Durante esta fase é esperado que o rendimento de várias capacidades apresentem uma
queda recomenda-se uma redução da readaptação de determinados aspectos do nível de
treino, devido à extinção dos vínculos que unem os diversos elementos da forma
desportiva e a queda do organismo. Portanto seguimos uma regra: para avançar no
processo é necessário despojar-se da velha forma para adquirir uma nova.
141
Toda unidade deve estar relacionada com a anterior para criar condições favoráveis
resultados estáveis e progressivos alternância entre as cargas de trabalho e os intervalos
de recuperação aplicar uma nova carga após a completa recuperação do esforço anterior.
APLICAÇÃO PRÁTICA
O sistema proposto por Matveev descreve que a periodização do treino está ligada à
noção de dividir a forma desportiva em períodos de acordo com a SGA: preparatório,
competitivo e transitório.
Período Preparatório
Este período é aquele em que devem ser criadas e desenvolvidas as premissas necessárias
parra o aparecimento da forma esportiva. A duração do mesmo pode ser de 3,5 a 4 meses
para ciclos semestrais e 5 a 7 meses para ciclos anuais. O período preparatório divide-se
em duas etapas, geral e especial.
142
• Preparação Física
Nesta fase pode ser utilizado um conjunto extenso dos meios de treinamento.
Predominância de exercícios de influência múltipla, ou seja, exercícios que tenham um
ou mais objetivos. Tem-se uma maior liberdade na seleção de exercícios para desenvolver
a resistência geral e aperfeiçoamento geral da força. No entanto, a participação dos
exercícios competitivos geralmente é mínima, porém em esportes que tem suas provas
concentradas num período curto é inexistente.
143
144
Tabela 9.4. Modelo de microciclo semanal para esporte que requerem preferencialmente
de resistência (Matveev, 1997).
Dia do microciclo Orientação do treino Volume Intensidade
Preparação técnica
especial;
1 Média Alta
desenvolvimento da
velocidade
Desenvolvimento da
2 resistência de Alta ou Média Máxima ou Alta
velocidade, força geral
Descanso ativo ou treino
3 Media ou Baixa Baixa ou Média
complementar
Preparação técnica
especial e
4 Média Alta
desenvolvimento da
velocidade
Desenvolvimento da
5 força e resistência de Alta Alta ou Média
força
Desenvolvimento da
6 Máxima ou Alta Média
resistência geral
7 Descanso ativo
• Orientação do Treinamento
145
• Preparação Física
Na preparação física promover desenvolvimento das capacidades físicas que respondam
as exigências específicas do esporte escolhido, ou seja, preparação física especial. A
preparação física geral é utilizada apenas para a necessidade de manter o nível de treino
especial.
146
Período Competitivo
Orientação do Treino
O objetivo principal deste período é manter a forma esportiva ao longo das competições
importantes. Devem-se evitar reestruturações, pois, estas originam a perda da forma
esportiva limitando assim a possibilidade de êxito nas competições.
Preparação Física
Durante os treinamentos de predominância física, manter o nível máximo de preparação
especial durante este período. Promover a conservação do nível de treinamento geral
alcançado no período preparatório geral.
147
Período Transitório
148
MODELO DE BLOCO
149
4. Organização do treinamento
150
151
Este bloco normalmente tem duração de 12 semanas (porém irá depender do tempo
destinado para este bloco), no micro bloco A1 a ênfase do trabalho é destinada a circuitos
de fortalecimento geral preparando o aparelho locomotor, já no micro bloco A2 as cargas
de trabalho são destinadas ao aspecto neural, utilizando-se exercícios complexos, tais
como força máxima + potência ou força máxima + velocidade; no micro bloco A3 são
utilizados muitos exercícios de reatividade muscular, lembrando que as cargas de
trabalho continuam altas neste micro bloco.
Bloco B
O bloco B tem duração aproximada de 2 a 3 meses, porém tal duração irá depender do
tempo que antecede a competição e principalmente do tempo de pré-temporada que a
comissão técnica tem para preparar a equipe. Os volumes de trabalho neste bloco são
diminuídos em níveis ótimos, permitindo o aprimoramento das capacidades
determinantes do atleta, preparando para o bloco C.
Bloco C
152
Esta evidenciada na figura 10.2 que em função das maiores cargas de treinamento
aplicadas no bloco A, a capacidade funcional do atleta diminui consideravelmente.
Acreditamos que este conceito é o pilar deste modelo de treinamento. Observa-se também
que com a diminuição da carga de treinamento, com ênfase na redução do volume, a
performance é aumentada no bloco b e principalmente no bloco C. A figura 10.2 também
demonstra graficamente o macrociclo no modelo de bloco com uma ou mais competições
anuais.
153
MODELO SIMPLES
A B C
MODELO DUPLO
ETAPA 1 ETAPA 2
A B C A B C
MODELO TRIPLO
A B C A B C A B C
154
Provas de Potência
Devemos ter em mente que neste modelo de treinamento não se admite concorrências
entre as ênfases adaptativas das capacidades motoras, então se sugere que as cargas de
força sejam treinadas em momentos distintos das cargas de caráter aeróbio (resistência).
Podemos verificar Figura 10.4 diferentes exercícios de treinamento de força especial para
modalidades de potência. Nesta figura Verkhoshansky (1990) sugere não utilizar de
imediato o meio de maior eficácia (nesse caso a pliometria), uma vez que o organismo
deve estar preparado no plano funcional. Caso acontecesse o contrário, ou seja, se fosse
utilizado de imediato os meios e métodos com maior potencial, ocorreria uma
intensificação excessiva da carga, alternando o caminho das ênfases adaptativas.
e xe rc í c ios c om
c a rga a dic iona l
le ve
sa ltos profundos
155
c orrida e m a re ia
e xe rc í c ios
e spe c ia is de
c orrida e sa lto
c orrida e sa ltos
múltiplos
Provas de Fundo
156
MODELO DE TSCHIENE
Na década de 80 o professor Peter Tschiene surge com uma com nova proposta de
treinamento desportivo, com o objetivo de propor novas linhas e pressupostos para
delinear a periodização esportiva. Sua proposta surgiu como uma maneira alternativa ao
modelo proposto por Matveev. Tschiene propõe uma maior aproximação do treinamento
as características específicas das modalidades esportivas, uti lizando a própria competição
como meio de treinamento. Tschiene aplica um modelo de adaptação biológica do atleta
que se aproxima da teoria dos sistemas funcionais (Manso et al, 1996).
157
• Uma notável forma ondulatória de carga com contínuas fases breves causadas por
alterações frequentes e notáveis dos aspectos quantitativos e qualitativos do treinamento.
• Uso contínuo de uma elevada intensidade.
• Utilização predominante de trabalho específico
• Sistema controlado de competições para desenvolvimento e manutenção da forma
• Pequena diferença (20%) do volume nos períodos de preparação e competição
• Utilização de modelos de execução que se adaptem à competição.
100%
80%
Intensidade
Intervalo Profiláfico
Intervalo Profiláfico
Volume
PP 1 PC 1 PP 2 PC 2 PT
(Tshiene, 1985)
158
Características do atleta:
Atleta com 18 anos completos, com 10 anos de experiência com o treinamento da
modalidade e com resultados expressivos em competições nacionais. Ginasta com grande
potencial para aparelho solo.
Objetivo Geral
O objetivo geral foi desenvolver as capacidades físicas e as habilidades motoras especiais
para um atleta de 18 anos masculino de Ginástica Artística.
Objetivo Específico
Disputar e estar entre os três melhores colocados no Aparelho solo nos Campeonato
Estadual e Brasileiro de Ginástica Artística Masculino.
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992), modalidade é classificada como Complexa de Coordenação e
com recrutamento de fonte energética anaeróbica lática. Devido a grande exigência
estética e artística e sua duração de no máximo 2 minutos com intensidades próximas a
máximas.
Sistema de competição:
Segundo o Regulamento Técnico Específico da Confederação Brasileira Ginástica
(2012).
Para a categoria Juvenil foram realizadas duas competições:
• Campeonato Estadual;
• Campeonato Brasileiro.
Sendo que para o clube ou atleta participar do campeonato brasileiro é necessário que ele
participe do campeonato Estadual independente de sua classificação.
Estruturação do Macrociclo
159
Meses 1° 2° 3° 4°
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Períodos Preparatório Competitivo
Mesociclo 1 2 3 4
E
C S C C C P P P P
Microciclos O T O O O O H H CO C C C R C C C
160
161
162
Parte Final
Flexibilidade (espacatos de frente e lado, ombro e quadril) 3 x 30
segundos para cada posição com descanso de 1 minuto.
Domingo Descanso
163
164
Modalidade: CICLISMO
Características do atleta:
O atleta a ser treinado é especialista em Contra Relógio (40km) e encontra-se na fase de
especialização (BOMPA 2002). O mesmo possui 20 anos de idade, compete na categoria
sub-23, pedala há 4 anos mas treina há, somente, 2 anos. Já foi 9º colocado no Brasileiro
sub-23 em 2005 e 2º colocado na prova ciclística da Inconfidência na categoria sub-23
neste ano de 2006.
Objetivo Geral:
Desenvolver a resistência aeróbia, resistência anaeróbia e força de resistência.
Objetivo Específico:
Melhorar seu tempo de 5 a 10%
Classificação da Modalidade:
A modalidade é de caráter cíclico com grande manifestação da resistência aeróbia.
Sistema de competição:
O atleta participará de oito competições na temporada
165
SEMANAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
C
MICROS E O E O O C CO O C E C2 O E C3 R C4 R O O C5 E C C C E O O E C E CP CP
O
CONTROLES X X X X X X X
Resistência Aer/Ana 35 48 54 45 40 54 54 39 24
Força Resistência 12 12 0 0 0 0 0 0 0
Flexibilidade 9 9 4 4 4 4 4 3 3
Força Máxima 0 0 3 3 2 0 0 0 0
Potência 0 0 10 3 2 4 4 4 3
Volume Total (hs) 56 69 69 55 48 62 62 46 30
166
Preparatório Especial
Resistência Aeróbia – 1h40min (contínuo variável Z1 e Z2
Segunda Manhã
45 min, intervalado 4 x 4min Z3 + 30 seg Z4 com 8 min Z1)
Resistência Aeróbia – 3h (intervalado 4 x 8min Z3 pausa
Terça Manhã
6min Z1 + contínuo constante Z1 2hs)
Quarta Manhã Resistência Aeróbia – 2h contínuo constante Z1
Resistência Aeróbia – 3h (intervalado 4 x 8min Z3 pausa
Quinta Manhã
6min Z1 + contínuo constante Z1 2hs)
Sexta OFF
Sábado OFF
Domingo Manhã Resistência Aeróbia – 4h contínuo constante Z2
167
Modalidade: MARATONA
Características do atleta:
Atleta amador com 35 anos de idade com 10 anos de experiência em corrida (10000m e meia maratona) e 5 anos de
experiência na maratona.
Objetivo Geral:
Desenvolver a resistência aeróbia, resistência anaeróbia e resistência de força.
Objetivo Específico:
Completar a maratona para 3 horas
Classificação da Modalidade:
A modalidade é de caráter cíclico com grande manifestação da resistência aeróbia.
Sistema de competição:
A competição alvo será em novembro (Maratona de Nova York)
168
169
171
Características do Atleta:
Idade: 26 anos
Estatura: 1,65
Massa Corporal: 58 quilos
Categoria em que disputa: até 58 quilos
Nível: faixa preta 4º dan adulto de alto rendimento
Percentual de gordura: 6%
Experiência na Modalidade:
Atleta de nível internacional com 12 anos de experiência na modalidade.
Objetivos:
Melhorar através do treinamento periodizado, as capacidades físicas, técnica de
execução e estratégia de luta.
172
Estruturação do macrociclo
Tabela 12.1
Meses Dezembro Janeiro Fevereiro
Períodos Preparatório geral e especial Competitivo
Mesociclos Inicial Base de desenvolvimento Competitivo
Competições Comp.
Microciclos Co Est Or Co Ch Ch Ch R C Est Co Or
Microciclos lineares 1 2 3 4 5
Microciclos ondulatórios 6 7 8 9 10 11 12
Capacidades Análise qualitativa (ênfase adaptativa)
Resistência anaeróbia ++ ++ ++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++
Força máxima + + ++ ++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++
Resistência de força ++ ++ ++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++ +++
Potência + + ++ ++ ++ ++ +++ +++ +++ +++ +++ +++
Capacidades Análise quantitativa (número de sessões na semana)
Resistência anaeróbia 2 2 2 3 4 4 4 4 4 4 4 4
Força máxima 0 0 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Resistência de força 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Potência 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Sessões na semana 5 5 7 10 11 11 11 11 11 11 11 11
Avaliações
Composição corporal X X X
Força máxima X X X
Resistência de força X X X
Potência X X X
Flexibilidade X X X
Analise qualitativa: +++ : Muito importante; ++ : Importante; + : Pouco importante.
173
Período: Competitivo
Mesociclo: Competitivo
Microciclo: Competitivo
174
Características da Prova
Prova de 50m nado livre masculina, piscina olímpica, competição a ser disputada em dia
único em apenas um período (Campeonato Brasileiro). Modalidade fechada e cíclica.
Platonov; Bulatova (1993) descrevem a prova como prova de curta duração (21” a 23”).
Objetivo Geral:
Desenvolvimento da potência e velocidade.
Objetivo Específico:
Melhorar a marca individual.
Estruturação do Macrociclo
Resistência de
Força 3 3 2 1 1 1 2
F. Máxima 1 2 3 3 2 2 1
F. Explosiva 1 1 2 3 3 3 1
Velocidade 1 1 2 3 3 3 1
Técnica 1 2 3 3 3 3 1
Flexibilidade 2 2 1 1 1 1 1
R. Anaeróbia 3 3 2 1 1 1 2
Analise Qualitativa: 3: Muito importante; 2: Importante; 1: Pouco importante.
175
Força explosiva Treino em plataformas (plinto) salto em profundidade – (70cm) 5 saltos – 3 seqüências
6 saídas do bloco trabalhando – intervalo de 1 min
Res. Anaeróbia 8 tiros de 75m , intensidade: 80 a 85% do melhor tempo para esta distância; com pausa
passiva de 2 minutos entre cada tiro.
176
F. Máxima 3 séries de agachamento barra livre; 3 x 2RM. Intervalo de 4 mim entre as séries.
Flexibilidade Trabalho de FNP - específica para articulação glenoumeral e exercícios básicos para joelho,
quadril e tornozelo. 3 séries de insistências em 5 sequências com intervalo de 1’ entre as séries
Objetivo Geral:
Desenvolver a resistência aeróbia e anaeróbia, níveis funcionais de resistência de força e
força máxima, flexibilidade e coordenação.
Objetivo Específico:
Desenvolver a velocidade e suas diferentes manifestações (velocidade de reação,
antecipação, deslocamento e discriminativa), força explosiva.
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992) o tênis de campo é considerado uma modalidade individual
acíclica.
177
Obs.: As avaliações serão realizadas nas transições entre cada período do macrociclo.
178
Tabela 13.3 e 13.4 Microciclo de cada período do macro com suas respectivas sessões de
treinamento.
Resistência de força 10 exercícios; 3x12-20RM Pausa de 45 segundos entre
Segunda
séries e 2 a 3 minutos entre exercícios.
Exercícios coordenativos de corrida e saltos Pausa entre séries de saltos: 2
Terça
a 5 min.
Resistência de força
Quarta 10 exercícios; 3x15-20RM Pausa de 45 segundos entre séries e 2 a 3
minutos entre exercícios.
Exercícios coordenativos de corrida e saltos em alta intensidade
Quinta
Pausa entre séries de saltos: 2 a 5 min.
Resistência de força
Sexta 10 exercícios; 3x20-20RM Pausa de 45 segundos entre séries e 2 a 3
minutos entre exercícios.
Sábado OFF
Domingo OFF
179
180
A preparação física neste microciclo será inserida de acordo com a duração do jogo, nível
de stress da partida, caso o jogados perca seu jogo logo nas primeiras rodadas a
preparação assumirá um papel importante dentro do microciclo, visto que o atleta não
terá mais jogos ao longo da semana, mas vale ressaltar que a preparação física deverá ser
inserida como parte integrante dos treinos técnicos/táticos.
Tabela 13.7 Microciclo de cada período do macro com suas respectivas sessões de
treinamento.
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Jogo Jogo Jogo Jogo Jogo Jogo Jogo
Características do atleta:
Corredor de 400 metros rasos
Sexo masculino
17 anos
Fase de especialização profunda
Objetivo
No macro 1, o objetivo é estar preparado para a competição seletiva.
No macro 2, o objetivo é estar no auge de seu potencial para a competição principal.
181
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992), modalidade é classificada como modalidade
cíclica.
Sistema de competição:
Nesta categoria (menor), seguem 2 modelos:
Final direto, por tempo;
Semifinal, classificando os 8 melhores tempos para a final.
No Rio Grande do Sul a FAERGS (Federação Atlética do Estado do Rio Grande do Sul)
tem homologado como recorde para a prova dos 400 metros rasos, na categoria Menor
Masculino o tempo de 47’90”. Pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), o
recorde para esta mesma prova é de 47’24”. A título de conhecimento, o recorde Mundial
e Olímpico pertence ao americano Michael Johnson que em Atlanta, 1996 estabeleceu a
marca de 43’49”.
Estruturação do Macrociclo
Tabela 13.9 Macrociclo para atleta de 400 metros rasos (Macro 1)
Macrociclo para um atleta de 400 metros rasos (macro 1)
Períodos PP Geral PP Especial Competitivo
Meses Fevereiro Março Abril Maio Junho
Mesos Inicial Básico de Des. Desenvolvimento PC Competitivo
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1 17 1 1 2
0 1 2 3 4 5 6 8 9 0
C O O E O C C R C C C E C P E P C E C R
O R R S R H H E O H H S O R S R O S O E
N D D T D O O C N O O T N É T É M T M C
T I I A I Q Q U T Q Q A T A P A P U
R N N B N U U P R U U B R C B C E B E P
Micros O Á Á I Á E E E O E E I O O I O T I T E
L R R L R R L L L M L M I L I R
E I I I I A E I E P I P T I T A
O O Z O T Z E Z E I Z I T
A I A T A T V A V I
D V D I D I O D O V
O O O T O T O O
182
Competições C
C C C
Nº Sessões/Micro 4 6 7 7 6 8 8 3 6 8 8 5 6 5 4 5 4 4 4 2
T em min/Micro 4 6 7 7 6 8 8 2 6 8 8 5 6 5 4 5 44 4 4 2
4 6 7 7 6 8 8 2 6 8 8 5 6 5 4 5 0 4 4 2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nº Sessões/Meso 24 30 33 14 14
T em min/Meso 2640 2860 3630 1540 1540
Nº Sessões/Macro 115
T em min/Macro 12650
C= Competição.
T em min/Micro 4 8 8 6 8 8 8 2 4 5 6 6 5 5 4 5 3 3 4 4 4 4 4
4 8 8 6 8 8 8 2 4 5 6 6 5 5 4 5 3 3 4 4 4 4 4
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nº Sessões/Meso 20 36 22 14 14 16
T em mi/Meso 2200 400 2420 1540 1540 1320
Nº Sessões/Macro 126
T em min/Macro 13420
CP – Competição principal; CC – Competição de controle; Cs – Competição simulada
183
Técnica
10 x 10m
Skipping
10 x 10m
Anferseen
Folga Folga
Componentes Folga Folga Folga Folga Folga
do turno da
tarde
184
Res Ana L
10X200m
para 30”
intervalo
ativo
de 200m
trote.
Res Ana L
Técnica
(em alta 10X200m Folga Técnica
intensidade) Intensidade: (em alta
Componentes 90% do intensidade)
do turno da 10 x 10m melhor Folga Folga Folga
tarde Skipping tempo desta 10 x 10m
10 x 10m distância. dribbling
Anferseen Pausa 10 x 10m
passiva de 2 hopserlauf
a 4 minutos
entre cada
tiro.
185
Modalidade: Fisioculturismo
Características do atleta:
Estreante
Sexo masculino
23 anos
Fase de especialização profunda
Tempo de experiência com a modalidade: 2 anos
Objetivo
Ficar entre os cinco primeiros colocados no Campeonato Paulista da Categoria.
187
E C P P C
C C C C C C C C C C C CCC
S OO R O R O C C
O O H HH H O HHHH HHH
Microciclos T
X X X X
Controles
Avaliação Nutricional X X X X
e Composição X XX X X X X X X XX X X X X X X XXX
Corporal
Capacidades Análise Qualitativa
Res.Força 3
2 2 3 3
Hipertrófica
3 3 2 1
Força Máx. 1 1
Análise Quantitativa
Res.Força
1 2 2 2 0 3 3 3 1 6 6 2 10 10 10 6 0 10 10 10 2 8 8 4
Hipertrófica
Força Máx. 4 4 4 4 3 4 4 4 3 1 1 1 0 0 0 0 3 0 0 0 2 0 0 0
Total de tarefas no
5 6 6 6 3 7 7 7 4 7 7 3 10 10 10 6 0 10 10 10 2 8 8 4
microciclo
188
189
190
191
192
193
Modalidade: Futsal
Característica da Equipe:
Equipe categoria adulta
Objetivo Geral:
Aumentar a performance das capacidades físicas determinantes.
Objetivo Específico:
Vencer o campeonato metropolitano
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992) o futsal é considerado uma modalidade coletiva.
Segundo Monteiro et al (2004) a modalidade solicita de forma determinante a resistência
anaeróbia lática.
Sistema de competição:
O campeonato paulista será composto por duas chaves de 5 equipes com jogos de
ida e volta. Classificarão quatro equipes por chave onde será organizado um novo sistema
de classificação através de eliminatória simples (quartas de final, semifinal e final).
Estruturação do Macrociclo
194
E
C S C C C
Microciclos O O O T O O H H PC C C C C C C C C C C C
Competições Estadual Estadual Estadual
Avaliações X X
Period. Linear Força X X X X X X X X
Period. Ondulatória de Força x X X X X X X X X X X X
Tarefas Analise Qualitativa
Res. Anaeróbia 3 2 1 1 1
Velocidade 1 3 1 1 1
Res. de Força 3 1 2 2 2
Força Máxima 1 2 2 2 2
Potência 1 3 2 2 2
Flexibilidade 3 3 1 1 1
Técnico 3 2 1 1 1
Tático 1 3 3 3 3
Analise Quantitativa
CO O O EST CO O CH CH PC C C C C C C C C
Res. Anaeróbia 2 3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Velocidade 0 0 0 0 0 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Res. de Força 2 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Força Máxima 0 0 0 0 0 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Potência 0 0 0 0 0 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Flexibilidade 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Técnico 1 3 3 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Tático 0 0 0 1 1 3 3 3 2 3 3 3 3 2 2 2 2
Total de Tarefas por
microciclo 6 11 11 7 8 14 15 15 8 9 9 9 9 8 8 8 8
195
Período: Preparatório
Fase: Geral
Microciclo: Ordinário
196
Período: Competitivo
Fase: Competitiva
Microciclo: Competitivo
197
198
Características da Equipe: Fizeram parte deste estudo 16 atletas filiadas à FPB e CBB
com idades entre 12 e 13 anos, se encontravam na fase de formação esportiva ou
especialização inicial. O treinamento foi realizado 4 x semanais com duração entre 60 e
120 min por dia sendo 1 treino extra quadra (coordenativo) e 3 treinos com bola na
quadra.
Objetivo Geral: Preparação básica sobre a qual será construído o aperfeiçoamento das
capacidades especiais do basquete.
Análise da Modalidade
• Modalidade Intermitente: variabilidade de ritmo e intensidade na execução das
ações.
• Basicamente consideramos a seguinte ordem de importância para a modalidade:
1. Capacidades coordenativas;
2. Aspecto técnico (fundamentos específicos)
3. Força (no jogo: força rápida e força de resistência. Base: força máxima)
4. Resistência: mista (aeróbia e anaeróbia)
5. Velocidade: reação e acíclica
6. Aspecto tático;
7. Flexibilidade
Estruturação do Macrociclo
199
Mês Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setem bro Outubro Novem bro Dez
Sem anas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46
Período PERÍODO PREPARATÓRIO PERÍODO COMPETITIVO TRANS
Fase GERAL TRANS ESPECIAL PRÉ C COMPETITIVA TRANS
Mesociclo Inicial Desenvolv. I Desenvolv. II Desenvolv. III Recup. Contr. Desenv. IV Estabilizador Pré Com p Com petitivo Estab. C Recup
E O O O E O O E O O E C O C O E O O O O O E R R E O C O O C E O C E O E E C C E R E E C R R
Microciclo S R R R S R R S R R S H R H R S R R R R R S E E S R H R R H S R H S R S S H H S E S S H E E
T D D D T D D T D D T O D O D T D D D D D T C C T D O D D O T D O T D T T O O T C T T O C C
Avaliação \ Teste A T T A T T Psicóloga T Psicol.
Horas 5 5,5 6 7 5 7,5 9 7,5 7,5 7,5 7,5 8 7 8 8 7 7 7,5 7,5 5,5 8 7,5 2 2 6 7 9 9 8 8 8 7,5 9 8 8 7 7 6 7,5 6 5 5,5 7,5 10 5,0 4,0
Técnico XXX XXXX XXXX XXXX XXX XXXX XXXX XXX XXX XXX X XX
Tático / Cognitivo X X X X XX X XXX
Resist.Aeróbia X XXX XX XX X XX XX XX XX XX XX X XX
Resist. Anaeróbia X XX XX X XX XX XX XX XX XX X
Força Máxima X X
Força Rápida X XX XX X XX XX XX XX XX XX X
Força Resist. X XX XX X X X X X X X
Veloc.Reação XXX XXXX XXX XXX XX XXX XXX XX XX XX XX X
Veloc.Resist. X XX XX X XX XX XX XX XX XX
Veloc.Acíclica X XXX XXX XXX XX XXX XX XX XX XX XX
Flexibilidade XX XX X X X XX X X X X X X X
LEGENDAS
HORAS: 315 TRANS - Transitória PRÉ C - Pré Competitiva
Desenvolv. I, II, III, IV - Desenvolvimento I, II, III, IV Recup.-Recuperativo Pré Comp.- Pré Competitivo Estab. - Estabilizador
TREINOS:146 CHO - Choque ORD- Ordinário EST - Estabilizador REC - Recuperativo
JOGOS:20 A - Avaliação Médica e Antropométrica T-Testes Controle Psicol. - Psicóloga
X-Pouco Importante XX-Importante XXX-Muito Importante XXXX-Essencial
200
Modalidade: VOLEIBOL
SEMANAS 1 2 3 4 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
MICROS P P P P C C C C C C C C
O O E C O C R O C O C R
PROGRAMADOS C C C C o o o o o o o o
CONTROLE X X X X X
D. Específico Pré-
MESOCICLOS D. Básico D. Específico II Competitivo Competitivo
I Competitivo
R. AERÓBIA *** * * * * *
R. AN. LÁTICA * * * * * *
VELELOCIDADE ** * * * *
F. MÁXIMA *** ** * * * *
F. RESISTÊNCIA *** ** ** ** *
FLEX. PASSIVA ** * * * * *
FLEX. ATIVA * * * * *
202
203
Característica da Equipe:
Equipe categoria adulta
Objetivo Geral:
Aumentar a performance das capacidades físicas determinantes.
Objetivo Específico:
Classificar entre os quatro no campeonato estadual e entre os oito no campeonato
nacional.
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992) o Futebol é considerado uma modalidade coletiva.
Sistema de competição:
A equipe participará do campeonato estadual (fevereiro a maio) e campeonato
nacional (maio a dezembro). O sistema de classificação adotado no campeonato estadual
selecionara as quatro melhores equipes para realização da semifinal e fina. O campeonato
nacional o sistema de classificação é por pontos corridos e as oito melhores equipes
estarão classificadas para a Taça Libertadores da América.
204
Tarde
Treinamento técnico-tático – 40 min
Resistência Anaeróbia – Método de jogo – 8 vezes (3 x 3) campo reduzido; Intensidade
de Jogo
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Terça Manhã
Velocidade ( 30 tiros de 10m, com micro pausa de 30 seg. e macro pausa de 5 a 8
minutos;
Potência: 10 x 6 saltos múltiplos com barreiras de 70cm, pausa de 2 a 5 minutos entre
cada série.
Resistência Aeróbia – Corrida – Contínuo Variável - 40 min (na velocidade do limiar
anaeróbio)
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Tarde
Treinamento tático – 40 min
Resistência Anaeróbia – Método de jogo – 8 vezes (3 x 3) campo reduzido; Intensidade
de Jogo
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
205
Noite
Resistência de força– exercícios complementares (adutores e abdutores de coxa,
panturrilha, cadeira extensora e mesa flexora, abdominais e lombar) 3 x 15RM.
Treinamento técnico – 40 min
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 20 min
Quinta Manhã
Velocidade ( 30 tiros de 10m, com micro pausa de 30 seg. e macro pausa de 5 a 8
minutos;
Potência: 10 x 6 saltos múltiplos com barreiras de 70cm, pausa de 2 a 5 minutos entre
cada série.
Resistência Aeróbia – Corrida – Intervalado – 15 x 100m (5 x 20m) pausa 1 min
(Intensidade 20% acima do limiar anaeróbio)
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Tarde
Treinamento técnico-tático – 30 min
Resistência Anaeróbia – Método de jogo – 8 vezes (3 x 3) campo reduzido; Intensidade
de Jogo
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Sexta Manhã
Força Máxima – Musculação – Métodos: Agachamento e Leg Press 4 x 4RM (3 min
pausa)
Resistência Aeróbia – Coletivo – Método de Jogo – 40 min
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Tarde
Treinamento técnico - 30 min
Treinamento tático – 30 min
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 20 min
Sábado Potência: 10 x 6 saltos múltiplos com barreiras de 70cm, pausa de 2 a 5 minutos entre
cada série.
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Domingo Off
206
Tarde
Treinamento tático – 40 min
Resistência Anaeróbia – Método de jogo – 8 vezes (3 x 3) campo reduzido; Intensidade
de Jogo
Quarta Manhã
Velocidade (20 tiros de 10m, com micro pausa de 30 seg. e macro pausa de 5 a 8
minutos;
Potência: 6 x 6 saltos múltiplos com barreiras de 40cm, pausa de 2 a 5 minutos entre
cada série.
Treinamento técnico – 40 min
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Noite
Treinamento técnico-tático – 30 min
Resistência especial – Método de jogo – 30 min – Intensidade de Jogo
Flexibilidade – Alongamento – Passivo Estático – 10 min
Quinta Jogo Oficial
Sexta Tarde
Força Máxima – Musculação – Métodos: Agachamento e arremesso (3 min pausa)
Treinamento técnico - 30 min
Sábado OFF
Domingo Jogo Oficial
207
Característica da Equipe:
Equipe categoria adulta
Objetivo Geral:
Aumentar a performance das capacidades físicas determinantes.
Objetivo Específico:
Classificar entre os quatro no campeonato estadual e entre os oito no campeonato
nacional.
Classificação da Modalidade:
Segundo Zakharov (1992) o Handebol é considerado uma modalidade coletiva.
210
TERÇA FEIRA
- treino resistência de força
aquecimento/alongamento: 20 minutos
QUARTA FEIRA
- treino aeróbio
aquecimento: 10 minutos
QUINTA FEIRA
- treino resistência de força
aquecimento/alongamento: 20 minutos
SEXTA FEIRA
- treino aeróbio
aquecimento: 10 minutos
211
MICROCICLO 7 – PPE
SEGUNDA FEIRA
- treino resistência especial
aquecimento/alongamento: 20 minutos
Passe de medicine Ball de 3 kg, por 6 m, em grupos (de acordo com a quantidade
de material). 6 séries de 30 passes de peito, com 60” de pausa passiva entre as
séries
TERÇA FEIRA
- treino resistência de força hipertrófica
aquecimento/alongamento: 20 minutos
QUARTA FEIRA
- treino resistência especial
aquecimento: 10 minutos
QUINTA FEIRA
- treino resistência de força hipertrófica
aquecimento/alongamento: 20 minutos
212
SEXTA FEIRA
- treino resistência especial
aquecimento/alongamento: 20 minutos
Passe de medicine Ball de 1 kg, por 6 m, em grupos (de acordo com a quantidade
de material). 6 séries de 30 passes de ombro (sendo 20 passes com o braço
dominante e 10 com o braço não dominante, alternando em uma razão 2/1), com
60” de pausa passiva entre as séries
MICROCICLO 15 – PPC
SEGUNDA FEIRA
- treino polimento
movimentações defensivas específicas (para a posição que o jogador ocupar na
defesa) seguida por contra ataque. 12 estímulos com 3’ de pausa passiva
TERÇA FEIRA
- treino polimento
movimentações de retorno e balanço defensivo. 12, sendo 6 estímulos para o lado
esquerdo e 6 para o lado direito, com 3’ de pausa passiva entre cada estímulo
QUARTA FEIRA
- treino polimento
movimentações defensivas específicas (para a posição que o jogador ocupar na
defesa) seguida por contra ataque em duplas. 12 estímulos com 3’ de pausa
passiva
213
QUINTA FEIRA
- treino polimento
movimentações de retorno e balanço defensivo. 14, sendo 7 estímulos para o lado
esquerdo e 6 para o lado direito, com 3’ de pausa passiva entre cada estímulo
SEXTA FEIRA
- treino polimento
jogo formal. 4 tempos de 15 minutos, com 10’ de pausa passiva. Filmando a
partida e passando um feedback dos acertos e falhas dos jogadores
214
MODELO DE BLOCO
Modalidade: Futsal
Características da Equipe:
Equipe categoria principal
Participação em 2 campeonatos no primeiro semestre
Retornando das férias
Sistema de Competições:
1- Taça São Paulo – Finais em Abril
2- Campeonato Metropolitano – Finais em Julho
Estruturação do Macrociclo
215
SEMANA: 4
BLOCO: A MICROBLOCO: A 1
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; FLEX: FLEXIBILIDADE; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
217
SEMANA: 10
BLOCO: A MICROBLOCO: A2
2 a 5 min entre 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries
PAUSA
séries e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios
MUSCULAÇÃO/
MUSCULAÇÃO/ MUSCULAÇÃO MUSCULAÇÃO
MEIO MUSCULAÇÃO / MUSCULAÇÃO SALTOS
SALTOS
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
218
SEMANA: A3
BLOCO: A MICROBLOCO: A3
2 a 5 min entre 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries
PAUSA
séries e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios
MUSCULAÇÃO/
MUSCULAÇÃO/
MEIO SALTOS SALTOS SALTOS SALTOS SALTOS
SALTOS
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
219
SEMANA: 18
BLOCO: B MICROBLOCO: B
INTENSID Máxima
Máxima Máxima Máxima Máxima Máxima
ADE
Micro pausa de 20 a Micro pausa de 20 a Micro pausa de 20 a
30’’ entre cada tiro e 30’’ entre cada tiro e 30’’ entre cada tiro e
2 a 5 min entre 2 a 4 minutos entre 2 a 4 minutos entre
PAUSA macro pausa de 5 a 8 macro pausa de 5 a 8 macro pausa de 5 a 8
séries e exercícios cada jogo cada jogo
minutos entre cada minutos entre cada minutos entre cada
bloco bloco bloco
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
220
SEMANA: C
BLOCO: C MICROBLOCO: B
INTENSID
INTENSO LEVE LEVE MÁXIMA ---- MÁXIMA
ADE
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
221
Estruturação do Macrociclo
Nesta microbloco deve ser caracterizado por aplicação de cargas concentradas de força utilizando
exercícios preparatórios de caráter geral.
Nesta microbloco continua-se a utilizar a concentração das cargas de força porém com o incremento da
potencialização (treinamento complexo, ver capítulo III) unindo-se aos treinos técnicos de quadra.
Neste microbloco dá-se ênfase aos treinamentos de potência (força explosiva) por meio dos saltos
profundos.
No bloco B os estímulos devem ser especiais com ampla variação das ações motoras que se aproximam das
realizadas em competições, com exercícios na preparação física executados com bola e elementos técnicos
da modalidade. Não pode ser esquecido que neste momento a recuperação entre estímulos e treinos é
primordial, com utilização de baixo volume e alta intensidade em relação ás habilidades técnicas e táticas do
jogo.
A preparação física neste bloco será inserida de acordo com a duração do jogo, nível de stress da partida,
caso o jogador perca seu jogo logo nas primeiras rodadas a preparação assumirá um papel importante dentro
do microciclo, visto que o atleta não terá mais jogos ao longo da semana, mas vale ressaltar que a
preparação física deverá ser inserida como parte integrante dos treinos técnicos/táticos.
223
Neste microbloco A1 desenvolvido para corredores de fundo, tem como objetivo o desenvolvimento da
resistência de força, através de exercícios de coordenação, exercícios na sala de musculação e treinos
específicos de força em situações de aclive e declive em rampas.
Neste microbloco A2 desenvolvido para corredores de fundo, tem como objetivo o desenvolvimento da
força máxima, por meio de exercícios na sala de musculação e treinamento de resistência anaeróbia.
Neste microbloco A3 desenvolvido para corredores de fundo, tem como objetivo o desenvolvimento da
força explosiva, por meio de exercícios de saltos profundos e treinamento de resistência anaeróbia.
No bloco B para corredores de meio fundo, os objetivos estão voltados para os meios de preparação
específica que são dirigidos a desenvolver os ritmos de prova.
No bloco C para corredores de meio fundo, os objetivos estão voltados para desenvolver os ritmos de
prova.
225
A B C C C
Blocos C
Semanas 1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
7 8 24
Micro blocos A1 A2 A3 B C1 C2 C3 C4
Controle X X X X X
Competição X X X X
Analise Qualitativa
Res. Força 3 1 1 1 1
Força Máxima 1 3 2 1 1
Potência 1 1 3 1 1
Velocidade 1 1 1 3 1
Res. Velocidade 1 1 1 3 1
Flexibilidade 2 1 1 1 1
Técnico 3 3 3 1 1
Tático 1 1 1 3 3
Analise Quantitativa
Res. Força 6 6 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Força Máxima 0 0 5 5 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Potência 0 0 2 2 4 4 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Velocidade 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Res. Velocidade 0 0 0 0 0 0 3 3 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Flexibilidade 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Técnico 2 3 3 3 3 3 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Tático 0 0 0 0 0 0 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Grau de Importância: 3: Muito importante; 2: Importante; 1 : Pouco importante.
Bloco : A
Microbloco descrito: A1
226
Bloco : A
Microbloco descrito: A2
Distribuição das sessões ao longo do microbloco A2:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Força Máx. Força Máx. Força Força Máx.
Força Máx.
Técnico Máx. --------
Tarefas Técnico
Técnico
Técnico -------- -------- Técnico -------- --------
3
Exercícios
2 4
4 Exercícios, 3x4 2 Exercícios
Exercícios Exercícios
3x2 4 3x2 --------
Volume 3x4 3x2
passagens
--------
no circuito
227
Bloco : A
Microbloco descrito: A3
Bloco : B
Microbloco descrito: B
228
Bloco : C
Microbloco descrito: C
--------
-------- 1 hora 1hora -------- --------
Zona de
Máxima
Zonas de RM RM Moderada Leve -------- --------
Intensidade
Zona de
-------- Leve -------- -------- --------
A cada 10 A cada 10
30” entre
2´ a 5’entre 2´ a 5’entre minutos de minutos de
séries e
séries e séries e treino, treino, ----- -----
2´entre
Pausa exercícios exercícios pausa de 2 pausa de 2
exercícios
a3‘ a6‘
-------- -------- -------- ----- -----
Lento -------- ----- -----
229
Repetição Repetição
Estruturação do Macrociclo
230
BLOCO: A MICROBLOCO: A 1
REPETIÇÃO/ 3S
MÉTODO REPETIÇÃO / 3S REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; FLEX: FLEXIBILIDADE; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
231
SEMANA: 8
BLOCO: A MICROBLOCO: A2
2 a 5 min entre 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries
PAUSA 15’’
séries e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios
MUSCULAÇÃO/
MUSCULAÇÃO/ MUSCULAÇÃO
MEIO MUSCULAÇÃO / MUSCULAÇÃO SALTOS ALONGAMENTO
SALTOS
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
232
SEMANA: A3
BLOCO: A MICROBLOCO: A3
2 a 5 min entre 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries 2 a 5 min entre séries
PAUSA
séries e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios e exercícios
MUSCULAÇÃO/
MUSCULAÇÃO/
MEIO SALTOS SALTOS SALTOS SALTOS SALTOS
SALTOS
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
233
SEMANA: 18
BLOCO: B MICROBLOCO: B
DIAS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
F. MÁX. (M)
+ VEL.(M) VEL.(M)
POT (M)
TAREFAS TEC (COORD) + RES. VELOCIDADE + RES. VELOCIDADE
+ TEC (COORD) TEC (COORD)
VEL. (T)
5 X 15 (lançado)
3 X 250M 6 X 30(lançado) 2 X 120M
4 EXERCÍCIOS +
8 X 10 saltos profundos + + +
(3 X 2) 5 X 30
VOLUME de 100cm 2 X 200M 4 X 50 2 X 150M
+ +
+ + +
6 X 50M lançado 5 X 50
2 X 150M 5 X 80 2 X 250M
Zona de RM
Entre 85 e 90% do Entre 80 e 85% do
INTENSIDA +
Máxima Máxima melhor tempo para a Máxima melhor tempo para a
DE Intensidade máx.
distância distância
Micro pausa de 60 a
2 a 5 min entre Micro pausa de 60 120’’
120’’ entre cada tiro e
séries e exercícios 2 a 5 min entre séries e entre cada tiro e macro Entre tiros de 2 a 6’e Entre tiros de 2 a 6’e
PAUSA macro pausa de 5 a 8
+ exercícios pausa de 5 a 8 minutos entre séries de 8 a 15’. entre séries de 8 a 15’.
minutos entre cada
2 a 4’entre cada tido entre cada
bloco
MUSCULAÇÃO
MEIO + SALTOS CORRIDA CORRIDA CORRIDA CORRIDA
CORRIDA
MÉTODO REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
234
BLOCO: C MICROBLOCO: C
LEGENDA:
R.F = RESISTENCIA DE FORÇA; R.A = RESISTENCIA AEROBIA; COORD. = COORDENAÇÃO; M = MANHÃ; T = TARDE; N = NOITE; RM = REPETIÇÃO MÁXIMA; “ = SEGUNDOS
‘ = MINUTOS
235
Características:
236
-
Competição Superliga Superliga Superliga Superliga -
237
238
MACROCICLO 1
Na primeira semana será feito o primeiro ciclo de manutenção para a Copa São Paulo
nos dias 6, 7 e 8 (final do pico submáximo):
239
240
241
242
Na quarta semana será iniciado o primeiro ciclo desempenho máximo para a Salonpas
Cup (início do pico máximo):
OBS: Caso o Terceiro Grupo (Atletas da Seleção Brasileira Adulta) se una aos outros
dois, este grupo manterá o trabalho realizado na Seleção Brasileira.
Se não houver Campeonato Paulista será iniciado o quarto ciclo de aquisição para os
Jogos Abertos do Interior:
243
Na quarta semana será finalizado o segundo ciclo de desempenho máximo para os Jogos
Abertos do Interior (final do pico máximo)
Na primeira semana (e final da quinta semana de outubro) será iniciado o quarto (ou
quinto) ciclo de manutenção visando o Campeonato Paulista (volta ao pico
submáximo):
Ou
244
OBS: No final desse mesociclo seria ideal que fosse programado uma semana de folga
para as atletas para que um novo ciclo completo fosse iniciado visando a Superliga
2007/2008. A primeira transição da temporada.
OBS: Para esse grupo, que não teve o mesmo trabalho de adaptação, aquisição e
manutenção do desempenho esportivo e as mesmas folgas do primeiro e segundo grupo,
e que acima de tudo, vem de uma temporada somente com picos de desempenho
máximo, seria ideal que fosse ministrado uma semana de folga para que um novo ciclo
completo fosse iniciado visando a Superliga 2007/2008.
MACROCICLO 2
245
Futebol de Campo
246
Caracterização da equipe
Equipe de futebol profissional de alto rendimento, integrante da divisão de elite do
futebol nacional. Os atletas, em sua quase totalidade, com histórico de vida esportiva na
modalidade variando de aproximadamente 8 anos (os atletas jovens recém promovidos
da categoria juniores) até por volta de 18 anos (os atletas na faixa de 30 anos de idade)
de competições e treinamento sistematizado desde as categorias de base. Grupo de
aproximadamente 35 atletas. Alguns atletas com experiência internacional e passagens
pela seleção nacional. A tabela 1 apresenta as características do grupo a ser treinado.
Estruturação do Macrociclo
247
FORÇA MÁXIMA (Min) 39 38 78 116 116 156 156 156 156 156 156 156 156
FORÇA MÁXIMA (%) 5 5 10 15 15 20 20 20 20 20 20 20 20
FORÇA DE RESISTÊNCIA (Min) 194 156 116 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FORÇA DE RESISTÊNCIA (%) 25 20 15 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FORÇA EXPLOSIVA (Min) 38 38 38 38 78 116 116 116 116 156 156 156 156
FORÇA EXPLOSIVA (%) 5 5 5 5 10 15 15 15 15 20 20 20 20
VELOCIDADE (Min) 78 78 78 78 116 116 116 116 116 116 116 116 116
VELOCIDADE (%) 10 10 10 10 15 15 15 15 15 15 15 15 15
COORDENAÇÃO. (Min) 156 116 116 78 78 78 78 78 78 38 38 38 38
COORDENAÇÃO (%) 20 15 15 10 10 10 10 10 10 5 5 5 5
FLEXIBILIDADE (Min) 156 116 116 116 78 38 38 38 38 38 38 38 38
FLEXIBILIDADE (%) 20 15 15 15 10 5 5 5 5 5 5 5 5
TÉCNICO / TÁTICO (Min) 0 116 116 156 156 156 156 156 156 194 194 194 194
TÉCNICO / TÁTICO (%) 0 15 15 20 20 20 20 20 20 25 25 25 25
TOTAL (%) 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
248
FORÇA MÁXIMA (Min) 156 156 156 156 156 116 116 116 116 116 116 116 116
FORÇA MÁXIMA (%) 20 20 20 20 20 15 15 15 15 15 15 15 15
FORÇA DE RESISTÊNCIA (Min) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FORÇA DE RESISTÊNCIA (%) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FORÇA EXPLOSIVA (Min) 156 156 156 156 156 156 156 156 156 156 156 156 156
FORÇA EXPLOSIVA (%) 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
VELOCIDADE (Min) 116 116 116 116 116 116 116 116 116 116 116 116 116
VELOCIDADE (%) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
COORDENAÇÃO. (Min) 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
COORDENAÇÃO (%) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
FLEXIBILIDADE (Min) 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
FLEXIBILIDADE (%) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
TÉCNICO / TÁTICO (Min) 194 194 194 194 194 234 234 234 234 234 234 234 234
TÉCNICO / TÁTICO (%) 25 25 25 25 25 30 30 30 30 30 30 30 30
TOTAL (%) 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
249
*TREINO FÍSICO
*TREINO FÍSICO
#VELOCIDADE 20’
#LIMIAR ANAERÓBIO 5x1000 REC3’
*TREINO TÉCNICO-TÁTICO
40’
#COLETIVO 40’
Sexta-feira #RF (CAIXA DE AREIA) 20’
#ALONGAMENTOS 10’
12/01 #ALONGAMENTOS 10’
DURAÇÃO ~70’
DURAÇÃO ~70’
TREINO Ñ RELACIONADOS
Sexta-feira FM MUSCULAÇÃO 30’
INÍCIO CONCENTRAÇÃO P/ JOGO
16/03 TÉCNICO-TÁTICO
DURAÇÀO 40’
TREINO Ñ RELACIONADOS
Sábado VEL. 25’ JOGO
17/03 ALONGAMENTOS 8’ DURAÇÃO 90’
DURAÇÃO ~35’
251
Exemplo de objetivos do treinamento com seu atleta. Ex: Terminar a prova de 10km
entre 38’ a 40’.
252
Pode ser analisado também o tipo e o tempo destinado para cada mesociclo, onde
o mesmo terá como principais funções: adaptação, recuperação e ou manutenção das
capacidades físicas.
254
255
256
Res. Anaeróbia 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 1 2 3 2 1 3 3 3 2 1 3 2 2
Potência 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1
Flexibilidade 1 2 2 2 2 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total de Tarefas no
5 7 9 8 9 9 7 5 9 10 7 6 8 9 7 4 9 9 8 6 4 7 6 5
Microciclo
Distância semanal
20 25 30 30 40 40 30 25 40 45 30 25 40 45 30 20 45 50 40 30 25 30 25 20
em (Km)
Dias /
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
período
Composição
Resistência Resistência
Manhã corporal Potência Descanso
Aeróbia de força
+Flexibilidade
257
15° Passo: Descrever um microciclo de cada fase do macrociclo com suas respectivas
sessões de treinamento.
Nesse momento iremos descrever um microciclo de cada fase do macrociclo com suas
respectivas sessões de treinamento. Usaremos de exemplo o macrociclo de treinamento
(13° passo) para um corredor de fundo que possui como objetivo baixar o seu tempo de
prova na corrida de 10km.
258
259
Exemplo de objetivos do treinamento com seu atleta. Fechar a temporada entre os cem
primeiros colocados no ranking da ATP.
260
261
7o Passo: Definir as capacidades físicas dos atletas, onde as mesmas deverão ser
divididas em cada bloco.
Exemplo no Tênis de Campo
Capacidades físicas (Bloco A): Resistência de Força, Força máxima e Potência.
Capacidades físicas (Bloco B): Velocidade em ritmo de competição.
Capacidades físicas (Bloco C): Manutenção das capacidades físicas e maestria da Tática.
Velocidade Repetição
BLOCOS A B C C C C
262
263
264
265
266
267
268
269
270
271