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Ora, leitor amigo: um tapa na bunda “humilha” ou “ridiculariza” a criança? Quem vai
definir isso? O que significa exatamente “humilhar”? Ou o que quer dizer, com
precisão, “ridicularizar”? Ninguém sabe. Qualquer mãe, qualquer pai, qualquer pessoa
encarregada da educação de uma criança estarão à mercê do juízo subjetivo do
Conselho Tutelar ou de quem fizer a denúncia.
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A coisa para por aí? Não! A nova lei institui um verdadeiro regime persecutório. Vejam
o Artigo 245. Se uma pessoa que exerce função pública deixar de comunicar às
autoridades casos de que tenha conhecimento, poderá ser punida com multa de até 20
salários mínimos — ou o dobro se for considerado reincidente.
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Há algum funcionário público morando no seu prédio, leitor amigo? Se o seu moleque
lhe der um chute na canela ou jogar pela janela o gatinho de estimação da irmã mais
nova, não ouse dar um tapa da bunda dele. Limite-se a dizer: “O papai te ama. E a
Xuxa também”.
Só para registro: nunca encostei um dedo nas minhas filhas. Oponho-me a qualquer
forma de castigo físico, embora tenha levado, sim, alguns safanões da minha mãe —
alguns deles, vejo hoje, até que merecidos. Não me fizeram mal nenhum. Não sou
fumante, por exemplo, por falta de algumas chineladas no traseiro quando ela
descobria os cigarros escondidos. Queriam o quê? Que ela me viesse com um tratado
contra o câncer? As leis que temos são suficientes para punir pais violentos, sem que o
estado se meta dessa forma estúpida nas famílias. A questão é de educação, ora bolas!
Até porque cabe uma pergunta óbvia: se a proposta é que os pais eduquem seus filhos,
ao invés de puni-los, por que o pai-estado opta por punir os adultos, em vez de educá-
los? O estado recorre, assim, à palmada para punir a palmada???
Essa lei tem a idade mental do “Xou da Xuxa” e a idade moral do stalinismo e do
fascismo.
14/12/2011
às 20:27
Projeto de Lula, é? Fico aqui pensando: terá sido a falta de palmadas que levou Lulinha
a criar a Gamecorp? Ou palmadas terão faltado antes, no pai do rapaz? Naquele filme
micado, a mãe de Lula protege o filho da surra do pai alcoólatra. Agora o Brasil tem de
pagar o pato porque o presidente, parece, teve um pai ausente e violento — ao menos
é o que ele diz —, o que o impediu de ter superego. Essa última constatação não é
parte das minhas ironias, não! Isso é uma verdade psicanalítica. Consultem um
especialista.
Agora vem a segunda parte da minha tese: sabem quem Lula elegeu para pai? Sabem
quem é o Laio deste Édipo de Garanhuns com registro distorcido? FHC!!! Lula só
consegue se entender inteiro se matar FHC, o que ele faz todo dia, tentando eliminá-lo
da história. A falta de superego explica essa vaidade desmesurada e esse complexo de
Deus. Mas deixo essa mente fascinante para mais tarde.
Volto agora ao projeto. Pais que imponham hoje um castigo cruel aos filhos já são
punidos. Se, a despeito das punições previstas, o espancamento ou maltrato
acontecem, estamos diante da evidência de que a lei não os intimida. É uma questão
de lógica: se o sujeito não teme a lei que proíbe o mais, não vai temer a lei que proíbe
o menos.
Logo, a lei de Lula, que estatiza os nossos filhos, busca punir os pais do tapa eventual,
às vezes necessário, para coibir um comportamento inconveniente. O Babalorixá
propôs uma lei que deixa os violentos, psicopatas ou bandidos onde sempre estiveram
e que passa a punir as pessoas normais. A rigor, é o mesmo mecanismo mental
estúpido que resultou naquele referendo sobre o desarmamento. Queria proibir a
venda de armas legais — geralmente comprada por cidadãos de bem. Ocorre que o
problema do Brasil eram e são as armas ilegais, da bandidagem. Bem, nesse caso, o
Estado não podia fazer nada… Quem é Lula para dizer como devemos criar os nossos
filhos? As leis existentes já são suficientes para punir os violentos.
Tenho duas filhas, 13 e 15 anos, e meu blog é público. Elas podem me ler. Nunca lhes
dei nem uma palmada sequer. Uma vez ou outra, raras, cheguei no “quase”. Eu
apanhei dos meus pais uma vez ou outra. Tenho 48 anos já. Não sou de um tempo em
que a criança era uma majestade intocável, candidata a pequeno terrorista doméstica
— e, depois, do convívio social. Às vezes, eu sabia bem por que estava tomando uns
petelecos; noutras, achava uma tremenda injustiça. Aprendi, também ali, a distinguir
o justo do injusto? É possível.
Se me fosse dado aconselhar, diria: “Façam como faço; evitem até mesmo a palmada;
tentem a conversa e outras formas de punição”. Mas isso é uma decisão que, nos
limites das leis já existentes, só cabe às famílias. O estado não tem de se meter nessa
relação. Daqui a pouco, uma dessas senhoras ensandecidas, metidas a dizer como
devemos cuidar dos nossos lares, também vai querer se meter na alimentação das
nossas crianças — idiotas que somos, precisamos de especialistas e ONGs para cuidar
até disso. Alguém vai propor punir os pais porque os filhos ou são muito magros ou
são obesos.
Lula ainda não diz como devemos fazer sexo, mas já andou nos aconselhando, por
esses dias, sobre como devemos tratar desse assunto com nossos filhos. Considerando
umas confissões que ele fez à revista Playboy em 1978, que reproduzo abaixo, acho
que dispenso o professor.
“Um moleque, naquele tempo [sua infância], com 10, 12 anos, já tinha
experiência sexual com animais… A gente fazia muito mais sacanagem do que a
molecada faz hoje. O mundo era mais livre.”
Lula não me parece um bom professor na educação dos filhos ou na educação sexual.
Que fique longe das nossas famílias. Já seria um ganho para a República se ele
controlasse a dele.
PS: Nos comentários, se possível, ignorem a questão zoológica. O que está em debate é
até onde o estado pode se meter nas nossas vidas.
Acordo
A votação ocorreria nesta terça-feira, mas foi adiada por falta de quórum. Segundo
informações da Agência Câmara, o texto foi votado depois de um acordo entre a
relatora, Teresa Surita (PMDB-RR), a bancada evangélica e a Secretaria dos Direitos
Humanos. Havia divergências sobre a substituição da expressão “castigos corporais”,
prevista da proposta original, por “agressão física”, como queriam os evangélicos. De
acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a
expressão “castigo corporal” interferia na educação dos filhos.
Para a presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), o texto original não
fere a autoridade da família. “Não há na comissão qualquer tipo de dúvida ou qualquer
polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”, afirma a deputada. “O que há na
Casa são alguns segmentos que acham que esse projeto pode ferir a autoridade da
família. Nós queremos convencê-los de que não.” A relatora avaliou que as expressões
são muito próximas, mas ela optou no final por “castigo físico”. “Quando se fala
castigo físico fica mais pedagógico”, disse.
Voltei
Vocês repararam como o Brasil está se tornando um país engraçado? Quando se
conclui que há armas em excesso no país, tenta-se fazer uma lei para proibir A VENDA
LEGAL DE ARMAS!!! Quando querem proteger as criancinhas, DECIDEM PROTEGÊ-
LAS DOS PRÓPRIOS PAIS. E olhem que não faltam crianças abandonadas nas ruas,
sujeitas a todas as violências. O Estatuto da Criança e do Adolescente já serve pra
proteger a criança da violência doméstica. Eu não defendo palmada, é evidente! Mas
palmada não é espancamento. A rigor, as famílias modernas tendem a ser é
permissivas demais. Amanhã, alguém pode achar desumano que os pais, como castigo,
proíbam a criança de sair do seu quarto porque, sei lá, ela resolveu fazer cocô na sala
de visitas.
14/12/2011
às 19:54
29/01/2011
às 18:40
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Links
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10. http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-estatizacao-das-criancas-o-pt-quer-
punir-os-pais-decentes-ja-que-nao-ha-o-que-fazer-com-os-indecentes/
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12. http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/comissao-da-camara-decide-estatizar-
os-%e2%80%9cfilhos-do-brasil%e2%80%9d/
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reducao-da-maioridade-penal-lei-da-palmada-e-bingos/
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