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LIÇÃO 5

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 5ª LIÇÃO DO 2º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2018

ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E


EUTANÁSIA

Texto áureo

“O Senhor é o que tira a vida e a


dá; faz descer à sepultura e faz
tornar a subir dela.” (1 Sm 2.6)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Rm 13. 3-5; 1 Sm 2.
6,7; Jo 8. 3-5,7,10,11.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Chegamos na 5ª Lição, distintos leitores, pela infinita misericórdia de Deus!


Vamos estudar, nesta lição, assuntos de estrema importância para todo cristão que
quer entender melhor sua sociedade, bem como se relacionar com o próximo sem
desvalorizar ou desprezar os princípios exauridos das Sagradas Escrituras.

Abordaremos, assim, os seguintes assuntos: a Pena de Morte nas Escrituras;


Eutanásia: Conceitos e Implicações e a Vida Humana Pertence a Deus.

Portanto, tenham bons estudos!!!

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I – A PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS

1. No Antigo Testamento.

No Antigo Testamento o próprio Deus estabeleceu leis severas para


salvaguardar a vida humana de atrocidades vis, e o castigo para aquele que tirava a
vida de outra pessoa intencionalmente era a pena de morte (Gn 9.6; Êx 21.23).

Eis o que escreveu o Rev. Ewerton B. Tokashiki sobre este tema:

A Bíblia, como nossa única regra de fé e prática proíbe, ordena ou autoriza a pena
de morte? Mesmo numa leitura superficial do Antigo Testamento encontraremos a
ordenança de matar pessoas seguindo alguns critérios da lei civil de Israel
entregue por Deus a Moisés. Não há proibição contra a pena de morte na antiga
Aliança. Encontramos no Antigo Testamento o 6º mandamento “não matarás”.
Todavia, esta lei não significava a proibição de toda morte como sentença penal.
Pode-se perceber que a palavra hebraica rasah traduzida por “matar”, não
expressa a força e significado do verbo original, seria melhor vertê-la por “não
assassinarás”. Assim, deve-se considerar que a proibição do 6º mandamento é
contra o assassinato, ou a vingança pessoal, e não uma proibição da execução
penal de um criminoso pelo governo instituído por Deus.

E acrescenta:
Lemos algumas vezes no Antigo Testamento a ordenança de executar pessoas,
famílias, ou os habitantes de Canaã (Êx 21.23-24; Js 7.1-26; Dt 21.18-21). A pena
de morte foi socialmente sancionada por Deus nos casos de “assassinato
premeditado (Êx 21.12-14); sequestro (Êx 21.16; Dt 24.7); adultério (Lv 20.10-21;
Dt 22.22); incesto (Lv 20.11-12, 14); bestialidade (Êx 22.19; Lv 20.15-16);
desobediência aos pais (Dt 17.12; 21.18-21); ferir ou amaldiçoar os pais (Êx 21.15;
Lv 20.9; Pv 20.20; Mt 15.4; Mc 7.10); falsas profecias (Dt 13.1-10); blasfêmia (Lv
24.11-14; 16.23); profanação do sábado (Êx 35.2; Nm 15.32-36) e sacrifícios aos
falsos deuses (Êx 22.20).” A intenção da pena de morte no Antigo Testamento era
de frear pecados sociais de um povo que viveu mais de 400 anos como escravo,
influenciado pela cultura pecaminosa egípcia e sem uma referência clara da
justiça divina. Deus ordenou a pena de morte na Lei, porque Ele é o soberano
sobre tudo e sempre justo juiz em punir.

No entanto, Deus frequentemente demonstrava misericórdia quando a pena


de morte era dada (Ez 33.11-20). Certo resquício da graça – tal como as cidades de
refúgio (Nm 35. 9-34; Dt 4. 41-43; 19.1-3), em uma época que reinava a morte (Rm
5.14). Assim, depreende-se que Deus tomou medidas pesadas para preservar o seu
povo das infruências nefastas e hediondas de povos que não tinham misericórdia
com ninguém, antes matavam sem dó e piedade, para se reafirmarem como nações
poderosas e isso também valia para o seu povo, caso incorresse em práticas
semelhantes.
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2. No Novo Testamento.

De acordo com Gordon Haddon Clark, “a pena de morte é especificada tanto


no Antigo Testamento (Gn 9.6) como no Novo Testamento (Rm 13.4). Ela é
implicada em Gênesis 4.14 e aprovada em Atos 25.11. A pena capital é, portanto,
uma parte integral da ética cristã.” 1

Vemos, portanto, respaldo tanto no A.T como no N.T, no que diz respeito à
preservação da vida, a preocupação de Deus em proteger os inocentes das garras
perversas de pessoas que tinham em suas naturezas uma índole má, propensa ao
ódio e a destruição. Os tais são dignos de punição. Esta punição, contudo, não está
em nossas mãos, mas na Lei, isto é, no fazer justiça imparcialmente.

“A causa da condição tenebrosa de nosso mundo – as horríveis perversões e


a iniquidade desenfreada – está na rebelião das pessoas contra Deus”2 (Rm 1. 28-
32).

Neste texto de Romanos 1. 28-32, podemos destacar o seguinte:

a. Paulo reconhece que existiam crimes dignos de morte, Istoé, que existiam
pessoas “dignas de morte” dependendo dos atos praticados;

b. Paulo informa que não ofereceria resistência ao recebimento da pena de


morte.

c. Paulo, implicitamente, reconhece que alguma autoridade possuía o direito de


condenar alguém à morte.

Em Romanos 13.1 e versículos seguintes, temos que o conhecido trecho, que


especifica as obrigações do governo, coloca claramente a espada nas mãos do
Governo, como instrumento legítimo de punição. A colocação da espada nas mãos
do governo é para uma óbvia finalidade, que dispensa maiores explicações.

1
CLARC. Gordon Haddon. Essays on Ethics and Politics. Trinity Foundations, p. 10, 11.
2
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. Vol.2, 1ª Edição – CPAD, Rio de Janeiro,
2009.

3
Em 1 Pedro 2.13-14, assim está escrito: “...sujeitai-vos à toda ordenação
humana...”. Ora, sabemos que os governos recebem a autoridade das mãos de
Deus. Devemos clamar contra as injustiças, mas não recebemos sanção para
considera-los ilegítimos aplicadores da justiça, por mais distanciados que estejam de
Deus. Não recebemos sanção, de igual modo, para desobedecê-los, mesmo quando
são injustos (“... sujeitai-vos não somente aos bons e humanos, mas também aos
maus...”.1 Pedro 2.18), a não ser quando nos impelem a que desobedeçamos às
próprias determinações de Deus. Neste caso, devemos agir e responder como o
próprio Pedro em Atos 5.29: “Mais importa obedecer a Deus, do que aos homens”.

Deste modo, o Antigo Testamento prescreve a pena de morte e o Novo


Testamento reconhece-a, sem, no entanto, normatizá-la, deixando, neste caso, com
a justiça estabelecida em dada sociedade.

II – EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES

1. O conceito de eutanásia.

Historicamente falando a palavra Eutanásia foi criada no séc. XVII pelo


filósofo inglês Francis Bacon, quando prescreveu, na sua obra “Historia vitae et
mortis”,3 como tratamento mais adequado para as doenças incuráveis. Na sua
etimologia estão duas palavras gregas: “eu”, que significa bem ou boa, e “thanasia”,
equivalente à morte. Em sentido literal, a “eutanásia” significa “Boa Morte”, a morte
calma, a morte piedosa ou humanitária.

Segundo Lana (2003, p.2) em sua monografia “eutanásia - Ritos e


Controversas Médico-Legais”, esta autora definiu, basicamente, o sentido da
eutanásia como sendo o de uma boa ou bela morte, em sentido mais amplo, a
definiu como “ajuda para morrer”.

3
“História sobre a vida e a morte” – tradução feita do Latim pelo autor do comentário.

4
O renomado professor espanhol, Asúa (2003), em sua obra “Liberdade de
Amar e Direito de Morrer”, define a eutanásia como a “morte que alguém
proporciona a uma pessoa que padece de uma enfermidade incurável ou muito
penosa, e a que tende a extinguir a agonia demasiado cruel ou prolongada”.

Já na definição de Morselli (apud GOMES, 1969), a eutanásia é “aquela morte


que alguém da a outrem que sofre de uma enfermidade incurável, a seu próprio
requerimento, para abreviar a agonia muito grande e dolorosa”.

Cabe aqui salientar que, segundo SILVA:

“A eutanásia que os gregos conheceram, praticaram e da qual se tem


provas históricas é a que se chama “falsa eutanásia”, ou seja, a eutanásia
de fundamento e finalidade “puramente eugênico”. Em Atenas, em 400
a.c., Platão pregava no 3º livro de sua “República” o sacrifício de velhos,
fracos e inválidos, sob o argumento do fortalecimento de bem-estar e da
economia coletiva (SILVA, 2000).

Em Esparta, que era uma sociedade guerreira por excelência, era prática
comum lançar-se do monte Taígeto os nascituros que apresentassem defeitos
físicos.

Na Índia antiga, os doentes incuráveis, assim compreendidos aqueles


considerados inúteis em geral, eram atirados publicamente no Rio Ganges, depois
de obstruídas a boca e obstruídas a boca e as narinas com um pouco de barro.

Os celtas, além de matarem as crianças deformadas, eliminavam também os


idosos (seus próprios pais quando velhos e doentes), uma vez que os julgavam
desnecessários à sociedade, haja vista que os mesmos não contribuíam para o
enriquecimento da nação (ASÚA, 2003).

Portanto, ver-se que já os antigos tentavam “amenizar” o sofrimento com a


prática e o consentimento da “morte boa”. Será mesmo?

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2. As implicações da eutanásia

Como já vimos de maneira conceitual, a Eutanásia é a “boa morte ou morte


sem dor”. Como bem escreveu Norman L. Geisler4, “existem dois tipos básicos de
eutanásia: ativa e passiva. A primeira implica tirar a vida para evitar o sofrimento, e
a segunda apenas permiti a morte para evitar o sofrimento”.

No site: https://jus.com.br/artigos/23299/da-eutanasia-no-direito-comparado-e-
na-legislacao-brasileira, há um debate interessante sobre este tema, vejamos uma
parte.

“As pessoas que defendem a eutanásia pregam que há quadros


clínicos que são irreversíveis, onde prolongar o sofrimento do paciente não lhe trará
nenhum bem, nem irá melhorar sua qualidade de vida, apenas se prolongará o seu
sofrimento. Paganelli (1997, p. 5), apoia a eutanásia aduzindo que:

a) toda vida gravemente tolhida em suas manifestações por padecimento físico ou


moral carece de valor;

b) nessas hipóteses, pode acrescentar gravame injusto para a família e para a


sociedade, por exemplo, ocupando leitos hospitalares;

c) se a situação é irreversível, não há porque lutar contra o que as próprias forças da


ciência revelam-se imponentes;

d) o interessado tem direito à morte condigna;

e) os que admitem a forma eugênica ainda dizem que a mesma atenuaria, na vida
social, a proliferação das mazelas da população eliminada, evitando o “mau
exemplo” (no caso dos criminosos) e a propagação genética.

4
GEISLER, Norman L. ÉTICA CRISTÃ: Opções e Questões Contemporâneas. 2ª Ed. São Paulo,
Vida Nova, 2010.

6
Alguns outros fatores deveriam ser verificados para a realização da eutanásia
como, por exemplo, o consentimento do interessado ou de membro da família,
atestado médico acerca a inevitabilidade da morte, dentre outros.

Aqueles que se posicionam contra a eutanásia aduzem que a vida persegue


fins superiores a si, sendo, portanto, indisponível, e utilizam resumidamente os
seguintes argumentos, apontados por Nucci (2005, p. 494):

a) a santidade da vida humana, sob os aspectos religiosos e da convivência social;

b) a eutanásia voluntária abriria espaço para a involuntária;

c) poderia haver abuso de médicos e familiares, por interesses escusos;

d) pode ter havido erro no diagnóstico;

e) possibilidade de surgimento de novos medicamentos para combater o mal;

f) possibilidade de reações orgânicas do paciente (tidas como milagres) que


restabeleçam o enfermo.

Insta salientar que a grande preocupação dos partidários da eutanásia é


justamente tirar da morte o sofrimento e a dor e a grande crítica que é feita aos que
a rejeitam é que estes são desumanos, dispostos a sacrificar seres humanos no
altar de sistemas morais autoritários que valorizam mais princípios frios e restritivos
à autonomia das pessoas e a liberdade que as dignificam (MARTIN, 1993, p. 12).

Não há dúvidas de que existem elementos éticos de peso: o direito do doente


crônico ou terminal de ter a sua dor tratada e, quando possível, aliviada; a
preocupação de salvaguardar, ao máximo, a autonomia da pessoa e sua dignidade
na presença de enfermidades que provocam dependência progressiva e a perda de
controle sobre a vida e sobre as funções biológicas; e o próprio sentido que se dá ao
fim da vida e à morte (MARTIN, 1993, p. 12).

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Os não partidários da eutanásia aduzem que se a eutanásia é tão desejável
quanto seus defensores afirmam, porque há tanta resistência na ética médica e na
teologia moral em admiti-la? (MARTIN, 1993). E fundamentam a sua contrariedade à
eutanásia no fato de que esta elimina não apenas a dor e o sofrimento, mas também
elimina o portador da dor.

Em seu livro “A morte piedosa”, Morselli (1923) pontua acerca da fragilidade


que norteava o conceito de incurabilidade, considerando de pouco valor psicológico
e jurídico o consentimento e a piedade, repudiava a eutanásia, dizendo: “uma
humanidade verdadeiramente superior pensará em prevenir o delito e a
enfermidade, não em reprimi-lo com sangue, nem em curar a dor com a morte”
(NETO, 2003, p. 5.).

Del Vecchio (1926) escreveu um artigo sustentando o consentimento para


justificar o homicídio piedoso e em, 1928, publicou o livro “Morte Benéfica” (sob os
aspectos éticos, religiosos, sociais e jurídicos), circunscrevendo os limites da
eutanásia como:

[...] faculdade do agente eutanalista, diante dos casos sem cura e mediante
reiterado e indubitável pedido do agonizante, ou seja, aquele que, sob o pedido do
moribundo, abrevia a este os sofrimentos de uma agonia física e psíquica atroz,
executa uma ação que não constitui crime (SILVA, 2001, p. 11).

Licurzi (1934) defendeu, calorosamente, a eutanásia com argumentos lógicos,


em seu livro “O Direito de Matar (Da eutanásia à Pena de Morte)”. Demonstra
claramente em seu ponto de vista nestas palavras:

A última vitória da medicina – frente a sua impotência científica – quando é


impossível triunfar sobre o mal incurável, será adormecer o agonizante na tranquila
sonolência medicamentosa que leva ao letargo e à morte total, suavemente. Será
uma bem triste vitória, em verdade, porém, por seu conteúdo de altruísmo, sua
profunda generosidade humana, chega a adquirir o valor das vitórias espirituais de
uma religião (SILVA, 2001, p. 11).

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Asúa (2003), numa das mais importantes análises sobre o assunto, em sua
obra “Liberdade de amar e direito a morrer”, refuta a impunidade da eutanásia,
concordando, entretanto, com o perdão jurídico.

Faria (1954) não aceitava o homicídio eutanásico como assim asseverou ao


comentar o induzimento ao suicídio, após se pôr contra a eutanásia e eugenia: “seria
absurdo e ilógico admitir o direito de matar quando a vida é protegida pela lei”
(SILVA, 2000)

Bruno (1976), tecendo considerações acerca do consentimento do ofendido


afirma: “realmente se a lei incrimina o auxílio ao suicídio, com melhor razão punirá o
matador, mesmo quando atua com o consentimento da vítima”.

Noronha (1999), também se manifesta contrário à eutanásia, aduzindo que


não existe direito de matar, nem o de morrer, pois a vida tem função social. A missão
da ciência, não é exterminar, mas lutar contra o extermínio.

Lyra (1958), nos seus “Comentários ao Código Penal”, mostra-se contrário à


eutanásia argumentando, ironicamente: “amanhã, ao lado do homicídio piedoso,
viriam o contrabando piedoso, o rapto piedoso, o furto piedoso. Não dizem já os
ladrões que aliviam suas vítimas?”.

Menezes (1977) em seu livro “Direito de Matar”, coloca-se em posição


favorável à eutanásia, defendendo a isenção de pena daquele que mata sob os
auspícios da piedade ou consentimento. Discorda de, Asúa (2003), afirmando: “não
nos basta o perdão judicial, queremos que a lei declare expressamente a admissão
da eutanásia, que não seria um crime, mas, pelo contrário, um dever de
humanidade” (SILVA, 2000).

O presente trabalho suscita os aspectos prós e contra a eutanásia, mas


sempre se posicionando que a sua permissividade deve ser alcançada fundando-se,
principalmente, na dignidade da pessoa humana e na autonomia da vontade como
aspectos que quebram a limitação da indisponibilidade da vida.”

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Como vimos, o debate está longe de terminar, destarte, pensando como um
cristão, Geisler5, escreve: “Deus deve ser buscado em primeiro lugar por meio de
orações constantes feitas em favor da cura do enfermo. Quando o curso da doença
se tornar irreversível do ponto de vista médico, e não houver nenhuma intervenção
divina, é moralmente justificado para todos os esforços artificiais que visam a
prolongar o processo de morte.”

III – A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS

1. A fonte originária da vida.

As Sagradas Escrituras expressam vividamente que:

 Deus é a fonte da vida: “pois em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos
a luz”. (Sl 36.9); “O Senhor o guardará, e o conservará em vida; será abençoado
na terra; tu, Senhor não o entregarás à vontade dos seus inimigos” (Sl 41.2);

 Deus é quem dá a vida ao ser humano: “E formou o Senhor Deus o homem


do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-
se alma vivente”. (Gn 2.7);

 É Deus quem conserva a vida: “E agora eis que o Senhor, como falou, me
conservou em vida estes quarenta e cinco anos, desde o tempo em que o
Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e eis
que hoje tenho já oitenta e cinco anos” (Js 14.10); “O Senhor é a minha luz e
a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de
quem me recearei? “(Sl 27.1);

 A vida longa quem oferece (dá) é Deus: “Honra a teu pai e a tua mãe, para
que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.” (Êx
20.12); “Andareis em todo o caminho que vos ordenou a Senhor vosso Deus,
para que vivais e bem vos suceda, e prolongueis os vossos dias na terra que
haveis de possuir”; “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que
se multipliquem os anos da tua vida.”;

5
Apude.

10
 De Deus vem a sabedoria como fonte de vida: “Porque o que me achar achará a
vida, e alcançará o favor do Senhor”. (Pv 8.35).

Evidente e indubitavelmente, Deus é o mantenedor da vida. Em Atos dos


Apóstolos, capítulo 17 e versículo 25, o apóstolo Paulo assim declara: “nem
tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa;
pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”.
Comentando este versículo, John Stott6 declara: “Deus continua sustentando a vida
que Ele criou e deu às suas criaturas humanas”.

2. O caráter sagrado da vida.

Assim está escrito nas Sagradas Escrituras: “Ao homem, pedirei contas da
vida do homem” (Gn 9.5).
A vida, de fato, é um dom de Deus. E como dom (presente), ela é dada a todo
ser humano, cuja existência, dEle, obviamente, emana. O caráter sagrado da vida
diz respeito ao fato de que ninguém tem o direito ou o poder de transgredir o real e
expresso mandamento bíblico: “não matarás” (Heb. “não assassinarás”). Quando
Caim assassinou o seu irmão Abel (Gn 4.8), Deus o puniu, lembrando-lhe que o
sangue de seu irmão bradava da terra. (Gn 4. 10). Aqui está o caráter sagrado da
vida. Ninguém, pois, tem o direito de tirá-la.
Segundo o pensamento judaico a vida é extremamente preciosa e sagrada,
portanto não se podem tratar questões de vida e de morte de maneira leviana. Deus
estabelece claramente em sua Palavra: “Portanto, escolha a vida” (Deuteronômio 30.19).
Embora possuimos o poder de fazer uma escolha, Deus nos ordena a escolher a vida no
lugar da morte. Deus deseja que compreendamos isso, pois quer que todos optem pela
vida. Diariamente, em cada nova situação, devemos afirmar e fortalecer este compromisso.
Deste modo, como bem escreveu o comentarista da lição: “exterminar a vida
é uma afronta ao Príncipe da Vida” (At 3.15). Daí, a morte não pode ser buscada
como lenitivo ou alívio ao sofrimento. A Constituição Brasileira diz no “caput” do
artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

6
The Message of Acts. STOTT, John. Ed. Varsity Press, Inglaterra, 1990.

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do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes”. Assim, deve-se buscar a Integridade física e moral. A pessoa humana,
não pode ser torturada ou colocada no ridículo, nem ter sua vida tirada por outra
pessoa. Tal direito deve ser entendido como qualidade de vida. Mesmo a pessoa
enferma em estado terminal, tem todo o direito a buscar e ter todos os recursos
disponíveis para dirimir o seu sofrimento.
“Se toda vida pertence a Deus, a vida humana pertence-lhe supremamente”,
bem escreveu o Reverendo Derek Kidner.

CONCLUSÃO

Como se sabe tirar deliberadamente a vida de alguém é uma afronta contra


Deus. Ele ama cada pessoa; todos são criados à Sua imagem e semelhança. A
morte é um evento trágico, resultado do pecado no mundo (Romanos 6.23).

Portanto, somente Deus tem o direito de tirar a vida de um inocente. Tirar a


vida de alguém é se colocar como Deus (Jo 10.10)

Como bem expressam as palavras da primeira estrofe do Hino 07 da Harpa


Cristã:

Contra os males deste mundo,


Deus nos vale só;
Não há mal que Deus não cure,
Pois de nós tem dó.

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero,


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 27 de abril de 2018.

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