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Introdução
Nutrigenômica é a integração da área de nutrição com a da biologia molecular, surgiu
no contexto pós-genoma humano (O Projeto Genoma Humano foi publicado em 2001,
designado para mapeamento completo do genoma humano, 25 – 30 mil genes, e mesmo assim
ainda não se sabe a função de boa parte de nossos genes). É sabido que a expressão gênica pode
ser alterada por fatores como uso de medicamentos, exercícios físicos, exposição ao ambiente,
entre outros, dos quais, destaca-se a alimentação. Conclui-se então a nutrigenômica, dedicada
a estudar a interação nutriente-gene.
A nutrigenômica é regulação da expressão gênica por nutrientes e compostos bioativos,
enquanto a nutrigenética é o impacto da variação genética na resposta à dieta.
Dada a importância da nutrição, a partir de evidências, recomendavam-se dietas para
combate e prevenção de DCNT, entretanto destaca-se que nem todos se beneficiavam de tais
dietas da mesma forma, uma vez que não se levou em conta diferenças individuais de respostas.
Assim, o objetivo da nutrigenômica é o estabelecimento de recomendações personalizadas, e
mais efetivas para os casos (para isso é necessário uma compreensão das características
genéticas do indivíduo).
Os princípios da nutrigenômica englobam: Dietas inadequadas representam fatores de
riscos para DCNT; Nutrientes e Compostos Bioativos, normalmente presentes em alimentos,
alteram a expressão gênica (por modificações pós traducionais ou epigenéticas) e/ou estrutura
do genoma; A influência da dieta na saúde depende da estrutura genética do indivíduo;
Determinados genes e suas variantes são regulados pela dieta e podem influenciar nas DCNT; A
nutrição personalizada baseada no estado nutricional e no genótipo podem otimizar a saúde e
prevenir DCNT.
Biologia Molecular
O controle da homeostase celular, frequentemente perdido nas DCNT, depende da
produção das diferentes proteínas nas quatidades e nos momentos adequados. Ou seja, para
que o equilíbrio seja mantido na célula, é necessário que a expressão gênica seja muito bem
regulada. Esse controle ocorre em diferentes pontos, tanto durante quanto após a transcrição.
Nutrientes e Compostos Bioativos
Nutrientes e compostos bioativos podem ser entendidos como sinais da dieta que, ao
serem detectados por sensores celulares, desencadearão alterações na expressão gênica, como
aumento ou redução da síntese de proteínas. Eles podem influenciar de forma direta ou indireta,
em nível transcricional ou pós-transcricional.
A ligação de nutrientes (como vitaminas e lipídeos) aos receptores nucleares/fatores de
transcrição resulta na indução da transcrição de genes e síntese de proteínas que influenciarão
o metabolismo, a absorção de nutrientes e processos celulares como proliferação, diferenciação
e apoptose, entre outros.
1. Forma direta: Agem diretamente no núcleo celular, ligando-se a fatores de transcrição
onde induzem ou inibem a transcrição do gene. Ex: Ácidos Graxos e Vitaminas (A e D).
· A vitamina D, entre outras ações, é responsável pelo aumento da absorção
intestinal de cálcio. Quando a concentração plasmática de cálcio é baixa o
calcitrol (forma ativa da vitamina) age no enterócito estimulando a absorção de
cálcio. No núcleo do enterócito o VDR forma um heterodímero com RXR, forma
inativada. Quando o calcitrol e o ácido retinóico ligam-se a eles, esses são
ativados, fazendo com que o DNA se altere iniciando a RNA-Polimerase que
inicia a transcrição do gene para a calbindina (proteína responsável pela
internalização do cálcio).
2. Forma indireta: Agem no citoplasma celular (às vezes até na membrana) interagindo
com receptores da membrana ou quinases que desencadearão uma ‘cascata’ de
indução ou inibição de proteínas citoplasmáticas que concluirá com ativação ou
inativação de um fator de transcrição. Ex: Resveratrol (Vinho Tinto), Catequinas (Chá
verde).
· A proteína ligadora do elemento regulado por esterol (SREBP) é uma família de
fatores de transcrição responsáveis pelo controle da síntese de colesterol e
ácidos graxos. Ela encontra-se à membrana do reticulo endoplasmático,
juntamente a proteína ativadora da clivagem de SREBP (SCAP). A SCAP funciona
como um sensor, quando as concentrações celulares de colesterol estão baixas
o complexo SREBP-SCAP migra para o complexo de Golgi, onde determinadas
proteases processarão SREBP, liberando sua forma ativa que se translocará para
o núcleo, onde se ligará ao gene HMGCoA redutase, principal enzima na
biossíntese do colesterol, induzindo à sua transcrição.
3. Ação Pós-Transcricional. Ex: Ferro e Carotenóides.
· Quando há muito ferro na célula este deve ser armazenado ligado à ferritina.
Como a célula já apresenta quantidades altas de ferro ela não fará
internalização de mais (ação da transferrina). Com pouco ferro na célula a IRP
(proteína reguladora de ferro) se ligam ao RNAm para o gene do receptor de
transferrina na região não traduzida posição 3’, estabilizando-o e fazendo o
receptor de transferrina ser mais expresso. Além disso, na baixa de ferro, as IRP
também se ligam ao RNAm do gene da ferritina, mas na posição 5’, impedindo
que a sequência seja traduzida (leitura é 5’->3’). Se Ferro estiver alto as IRP se
ligarão à ele, e não mais ao RNAm, permitindo que a sequência seja lida e
ferritina sintetizada.
Mecanismo de nutrição epigenomica pode modular aporte de grupamento metil como,
por exemplo, com a ingestão de menos Zn, Se ou B12; ou diminuindo a expressão da DNA metil
transferase; ou desacetilar histonas via modulação enzimática.
Metilação do DNA = compactação da cromatina (ácido fólico - um doador de grupo metila).
Acetilação de histonas = relaxamento da cromatina.
Polimorfismos e a Aterosclerose
A grande diferença entre genomas se deve, em grande parte, aos polimorfismos.
(polimorfismo atinge mais de 1% da população, menos que 1% denomina-se mutação). As
doenças são poligenéticas, muitas vezes um gene pode cobrir a deficiência causado pelo
polimorfismo ou mutação de outro. Nem todo polimorfismo é deletério, alguns são motivados
por evoluções de grupos, como o aumento de expressão de amilases em alguns.
Aterosclerose 1: Um dos genes responsáveis pela aterosclerose é o VCAM-1 (molécula
1 de adesão de célula vascular). No citoplasma a fosforilação de IkB faz este se desligar de NFkB,
este último vai para o núcleo ativar VCAM-1, induzindo sua transcrição. Assim pode-se dizer que
uma das vias alteradas da aterosclerose é a do NFkB, e uma abordagem nutrigenômica para
reduzir este risco seria o consumo de alimentos que contenham nutrientes ou compostos
bioativos capazes de inibir a expressão do gene VCAM-1. Um dos meios conhecidos é o
resveratrol (vinho tinto) capaz de inibir a fosforilação de IkB pela IKK, desta forma não ativando
NFkB e a expressão de VCAM-1 estaria inibida.
Aterosclerose 2/Dislipidemia: Parte do colesterol captado no enterócito é transportada
de volta para o lúmen intestinal via transportador G5 cassete de ligação de ATP (ABCG5). A
expressão deste gene é controlado pelo LXR que está complexado com RXR no núcleo, na forma
inativa, ligada à região promotora de ABCG5. À medida que o colesterol aumenta e entra na
célula ele é oxidado e no núcleo ativa a LXR, ativando a transcrição do gene. Um exemplo de
hipercolesteremia é um polimorfismo da variação da sequência de genes ABCG5.
Aterosclerose 3: A principal apolipoproteína da HDL é codificada pelo gene APOA1
apresenta um polimorfismo onde somente as mulheres respondem a dietas ricas em ácidos
graxos poli-insaturados (PUFA). Em mulheres com o polimorfismo o aumento do consumo de
PUFA aumentou a concentração de HDL.
Aterosclerose 4: Altas concentrações de triacilglireróis representam importante
fator de risco para aterosclerose. O gene para a lipase de lipoproteína (LPL) codifica enzima que
tem papel importante na depuração de quilomicron e VLDL, ela hidrolisa triacilglicerois e
possibilita a absorção de ácidos graxos (AG) pelos adipócitos. No núcleo destas células existe o
PPARγ, que é responsável pela transcrição da LPL, complexado com RXR inativando a transcrição
do gene em questão. Quando AG está em alta estes agem no núcleo ativando PPARγ que induz
a transcrição de LPL.
Ômega 3: induz a expressão de PPAR gama. Por isso, importante a ingestão de
níveis recomendados de ômega 3
Redução do Risco de Câncer
O consumo de carne vermelha submetidas a altas temperaturas vem sido associadas
com o aumento da incidência de câncer de cólon via benzopireno (carcinógeno). No núcleo do
colonócito ele pode induzir mutações em genes supressores de tumor. A via de defesa do
colonócito é a glutationa s-transferase, sua enzima de detoxificação, que conjuga molécula de
glutationa ao xenobiótico (cancerígeno no caso). Crucíferas, como a couve, são capazes de
induzir a expressão de gene para a glutationa S-transferase, via ação de seu composto bioativo,
o sufurano, que ativa o NFR2, que encontra-se normalmente inativado no plasma por estar
conjugado com um inibidor (KEAP). Mais especificamente o sufurano ativa uma quinase (JNK)
que fosforila NRF2, fazendo-o se desligar do inibidor, migrar para o núcleo, ligando no promotor,
induzindo a síntese de glutationa s-transferase.
Conclusão
Para que a nutrição individualizada seja aplicada deve-se percorrer um longo caminho
ainda, para quem sabe no futuro nos rótulos de alimentos possa-se incluir quantidade de
compostos bioativos. Mas isso não é suficiente, deve-se elucidar o mecanismo e as vias desses
compostos e avalia-los de forma global, o desafio é que cada composto bioativo pode atuar
sobre diferentes alvos moleculares tornando difícil sua caracterização na mudança de expressão
genica. Ainda deve-se estudar a diferença e particularidade genética de cada pessoa, para
entender as necessidades individuais e prevenir, em casos de pré-disponibilidade, as DCNT.
Para uma medida de aplicação em saúde pública deve-se estudar e analisar a
prevalência, dentre a população miscigenada brasileira, a prevalência e repercussão dos
diferentes polimorfismos, para que faça intervenções de caráter nutricional. Porém, este
método entra em confronto com costumes étnicos e religiosos, além do direito individual do
sigilo das informações contidas no genoma do indivíduo e proteção contra ações
discriminatórias (como preconceitos de ascendências).
A nutrigenômica é algo que está em seu início, mas prevê-se sua aplicabilidade em
menos de 50 anos, principalmente em pacientes acometidos de dislipidemias, que notoriamente
respondem de forma heterogêneas às recomendações nutricionais atuais e necessitam do
ajuste individualizado de suas dietas.
2) Fazer uma análise crítica dos testes genômicos no contexto de nutrigenoma.
Resposta na parte Conclusão.
Biomarcadores
Marcadores nutricionais: Medida bioquímica que indica a quantidade de nutriente
disponível para o tecido celular após absorção e metabolismo.
A IMPORTÂNCIA dessa medida é avaliar o estado nutricional de um grupo ou de um
indivíduo em relação a um determinado nutriente e, assim, poder fazer intervenções dietéticas
e programas de orientação alimentar. Além disso, produz menos erros quando comparada
apenas com o consumo alimentar. No entanto, é importante que esses biomarcadores sejam
aceitos mundialmente.
Para a escolha do biomarcador é necessário conhecer o mecanismo de excreção do
nutriente e o tipo de paciente(sexo, idade, etc), pois isso irá determinar o padrão de excreção
e a distribuição do nutriente nos tecidos.
só reforçando...BIOMARCADOR biológico: indicador biológico ou um derivado
metabólico que prediz a condição nutricional de um determinado nutriente.
CÁLCIO
Não existe biomarcador recomendado para medir cálcio.
Não se mede o Ca sérico, pois esse tende a se manter constante.
No entanto, níveis altos de Ca sérico indicam intoxicação por vitamina D.
ZINCO
A nível individual, não existe um biomarcador específico e sensível.
A nível populacional, o Zn no soro ou no plasma é uma medida útil para identificação
de deficiências desse nutriente em subgrupos.
Zn plasma, Zn urina, Zn cabelo e prevalência de nanismo.
SELÊNIO
Selênio no plasma
Selênio eritrocitário
GPx plasma e GPx eritrócito
Selenoproteína P
Concentração dos hormônios tireoidianos
6) Quais são os Biomarcadores para avaliar o estado nutricional do Fe e quais são suas
limitações?
Resposta em FERRO
INTERAÇÃO ANTICONCEPCIONAIS
As interferências podem ocorrer no processo de biotransformação do fármaco em
algum local ou devido ao estado nutricional do paciente. Neste último ressaltamos que o
consumo crônico de etanol prejudica, diminuindo a potência do anticoncepcional. Toranjas
potencializam a ação, causando efeitos adversos já descritos na bula, enquanto a erva de São
João aumenta a metabolização, fazendo o anticoncepcional perder seu efeito desejado. Temos
também a alteração do anticoncepcional no estado nutricional de vitaminas (A, C, B2, B6 e B12),
Ferro, Zinco e Cobre.
3) Falar do seminarios (as interações)
Resposta em Tudo Acima.
5. Quais os cuidados que devem ser tomados demais uma administração de solução
medicamentosa em uma nutrição enteral?
Para ferro: índices bioquímicos para identificar deficiência de ferro e sua magnitude.
Hemoglobina no sangue total: ponto de corte < 11g/L
Saturação de transferrina: ferro plasmático dividido pela TIBC (capacidade total de
ligação do ferro). A saturação de transferrina normal é de 35+/-15%. Valores abaixo de
16% levam a eritropoiese inadequada.
Ferritina sérica: índice sensível para reservas de Fe. Abaixo de 12 ug/L indica
deficiência de Fe.
A ferritina sérica é o teste mais sensível e mais específico para deficiência de ferro. Diminui
antes que a anemia e outras elevações ocorram; e nenhuma outra condição provoca nível
baixo. Após o início do tratamento com ferro oral, em poucos dias, a ferritina sérica retorna ao
intervalo de variação normal. Assim, a incapacidade de produzir nível de ferritina sérica
superior a 50 µg/L sugere não adesão ao tratamento ou perda continua de ferro. (3)
A ferritina sérica estará aumentada em pacientes com várias patologias hepáticas agudas e
crônicas, alcoolismo (diminui durante a abstinência), malignidade (como leucemia e doença de
Hodgkin), infecção e inflamação (Exemplo: artrite), hipertiroidismo, doença de Gaucher,
infarto agudo do miocárdio, entre outros. Também estará aumentada em anemias outras que
a deficiência de ferro (Tabela 3), como a megaloblástica, hemolítica, sideroblástica, talessemias
maior e menor, esferocitose e porfiria cutânea tardia. (3)
Protoporfirina eritrocitária: diminuição no suprimento de ferro aumenta precursor de
heme. Concentração > 70ug/dL ou > 1,24 umol/L -> deficiência de Fe
Receptores de transferrina no soro: sugerido como método sensível e específico. Com
o aumento das necessidades de Fe, aumenta a síntese do receptor. Vantagem: a
deficiência pode ser medida mais precocemente e não é afetada por infecções.
Hepcidina: reflete a homeostase do ferro.
3. Indivíduo ingere 600mg de selênio diariamente. Falar sobre isso usando RDA, EAR e UL
RDA: ingestão diária recomendada (A RDA para selênio em indivíduos de 19 a 50 anos é
0,055mg [55ug].)
EAR: necessidade média estimada
UL: níveis superiores de ingestão toleráveis (A UL para selênio em indivíduos de 19 a 50 anos é
0,4mg [400ug])
Se o indivíduo ingere 600 mg, está excedendo muito o UL, com alto risco de apresentar
eventos adversos à ingestão de altos níveis de selênio, podendo sofrer de sintomas como
queda de cabelo, pele seca e distúrbios gastrointestinais.
Se ingere 600ug, também está acima da UL e muito acima da RDA, aumentando a chance de
sofrer eventos adversos advindos do alto nível de ingestão deste nutriente.
RDA: recommended dietary allowance -> nível de ingestão diária suficiente para atender a
necessidade de determinado nutriente de quase todos os indivíduos saudáveis em um grupo
de acordo com idade e sexo. Serve para determinar meta de ingestão diária do nutriente por
indivíduos.
EAR: estimated average requirement -> nível de ingestão diária suficiente para atender a
necessidade de determinado nutriente de 50% dos indivíduos saudáveis em um grupo de
acordo com idade e sexo. É usado para calcular RDA
AI: adequate intake ->quando não há dados suficientes para suportar a EAR, usa-se AI.
É um valor de recomendação diária baseado em estimativas de ingestões observadas ou
determinadas experimentalmente em um grupo de indivíduos saudáveis, e que se assume
adequada.
UL: Tolerable Upper Intake Level ->valor mais alto de ingestão de um nutriente que
provavelmente não coloca o indivíduo em risco de efeitos adversos à saúde (não é nível
recomendado de ingestão).
1. Uma mulher grávida não faz o pré natal e tem seu bebê em casa. Ela não tomou ácido fólico
durante a gravidez.
a) Qual a consequência para o bebê de ela não ter tomado ácido fólico?
O ácido fólico tem um papel fundamental no processo da multiplicação celular, sendo,
portanto, imprescindível durante a gravidez. O folato interfere com o aumento dos eritócitos,
o alargamento do útero e o crescimento da placenta e do feto. A suplementação com folato
previne defeitos de fechamento do tubo neural como anencefalia e espinha bífida além de
lábio leporino e fenda palatina, malformações cardíacas e do trato gênito-urinário.
b) Qual a vitamina deveria ter sido dada ao recém-nascido imediatamente após o parto?
Justifique.
2. Uma mulher que tem hipoparatireoidismo está com baixa densidade mineral óssea. O
médico recomenda um suplemento mineral e que ela aumente a ingestão de leite e derivados.
Justificar a orientação do médico baseando-se na homeostase do Ca.
Hipoparatireoidismo é uma doença que ocorre quando o hormônio PTH – paratormônio – que
é produzido pelas glândulas paratireoides, não funciona ou não é mais produzido. O resultado
da falta desde hormônio é a queda dos níveis de cálcio no sangue. As principais complicações
do hipoparatireoidismo são as crises de falta de cálcio no sangue, que podem causar arritmias
graves e espasmos musculares. Além disso se a falta de cálcio é crônica, o osso perde cálcio e
se torna fraco, causando uma osteoporose severa.
Para reposição desta falta de calcio no sangue recomenda-se ingestão de vitamina D3 para
auxiliar absorção de calcio no TGI. E uma dieta rica em calcio, que pode ser através do leite ou
de outros alimentos como ameixa seca.
3. Fala um pouco sobre a importância da equipe multidisciplinar para a nutrição enteral e
parenteral e pergunta: quais as atribuições do farmacêutico no tratamento de um paciente
com nutrição parenteral e quais seriam as consequências para o paciente se o farmacêutico
não realizasse seus deveres.
A ligação das fibras aos ácidos biliares, diminuindo o poder de reabsorção desse colesterol.
Assim, as fibras são excretadas nas fezes, diminuindo a quantidade de ácidos biliares no ciclo
intestino-fígado.
1- A questão do ferro em vegetarianos. Implicações e como eles fazem pra manter essa dieta.
Vegetarianos não têm problemas com proteínas porque os derivados de animais são tão
protéicos quanto a carne. O perigo é que leite e ovos são pobres em minerais, especialmente
ferro, que é fundamental para a saúde – ele é usado para construir a hemoglobina, uma
molécula cuja função é carregar o oxigênio do pulmão para as células. Sem ferro, portanto, as
células podem morrer. Isso é a anemia.
É preciso comer muitos e variados vegetais, em especial soja, feijão, brócolis, couve, espinafre
– todos ricos em ferro. A quantidade é fundamental, porque o ferro dos vegetais é menos
absorvido pelo corpo que o de origem animal. Uma boa dica é acompanhar as refeições com
suco de laranja, já que a vitamina C ajuda na absorção do ferro. Outra fonte de ferro é a casca
de grãos como o arroz e o trigo. Por isso, eles devem ser sempre integrais.
2. Criança com sintomas de deficiência de vitamina A. falava que ela tinha desmamado cedo,
tinha uma dieta pobre em lipideos e em vitaminas. Discutir a situação.
3. Criança com hipoalbuminúria, com abdomen distendido, pele seca e descamada, dentre
outros sintomas. Dizia que a criaça tinha uma dieta baseada em mingau de amido de milho.
Discutir.
Kwashiorkor
É uma desordem alimentar ocasionada pela deficiência de proteínas na dieta. Ocorre
principalmente em pessoas que residem em áreas afetadas pela fome ou por deficiência de
suprimento alimentar. Filhos sem leite criam dieta com carboidrato
5. Quais foram as mudanças alimentares no BRA nos ultimos anos e discutir sobre as
implicações dessas mudanças.
C) AI (Adequate Intake): é também o valor médio de ingestão diária de um nutriente, mas que
ainda não existem evidências científicas suficientes para o estabelecimento de uma RDA/EAR.
02 - Explicar em que níveis podem ocorrer a interação entre alimentos e fármacos e que
cuidados devem ser tomados para minimizar tal interação.
Suco de toranja e fármacos metabolizados pelo citocromo p450, deve ter informações na bula
constando essas interações, equipe multidisciplinar para avaliação da dieta do paciente com os
fármacos que irá tomar, e mais estudos sobre essa interação fármaco e dieta. (nunca falar
alimento sempre dieta kkkk)
03 - Sobre nutrição enteral, pedia para explicar os cuidados que devem ser tomados.
Realizar raio x após a passagem da sonda, utilizar sondas flexiveis, utilizar sonda por 4
semanas, lavar sonda com 20 a 30 ml de água, elevação da cabeceira de cama 30º ,
administração por infusão contínua, cuidados com hiperglicemia e realimentação. (slides)
Relação entre a dieta e sua carga génetica, ou seja o estudo da regulação da expressão gênica
por micronutrientes e compostos bioativos
1- Por que alimentos de origem animal são considerados de alto valor nutricional e de origem
vegetal não?
2- Por que peixes frios são considerados alimentos funcionais? Para quais doenças seriam
indicados e possiveis mecanismos de ação.
"qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos
nutrientes tradicionais que ele contêm", como o Omega 3, que leva a Redução dos níveis de
colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
A ingestão de óleo de peixe em pacientes com doença cardíaca isquêmica e
hiperlipoproteinemia diminuiu os níveis séricos de fibrinogênio, a viscosidade plasmática e a
resistência vascular periférica total. Eles também atuam ajudando a manter a elasticidade da
parede das artérias, impedindo a coagulação do sangue, reduzindo a pressão sangüínea e
estabilizando a arritmia cardíaca. O seu principal efeito nas doenças coronárias é a redução da
produção de tromboxana A2, agregante plaquetário que favorece a trombose. Outra ação
destes compostos é a redução nos níveis de triacilgliceróis e da lipoproteína de densidade
muito baixa (VLDL), porém com aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL). O aumento
da LDL com redução da VLDL parece estar relacionado com a conversão da VLDL em LDL ou à
redução na atividade do receptor de LDL. O EPA e o DHA modulam a resposta inflamatória,
atuando na diminuição da transcrição de citocinas pró-inflamatórias e na expressão de
moléculas de adesão na superfície vascular. Este estudo propõe-se a revisar os principais
mecanismos envolvidos na prevenção de DCV pelos ácidos graxos n-3.(AU)
Evidências sugerem que uma dieta rica em fibras traz benefícios à manutenção da saúde,
redução de risco e tratamento de doenças crônicas como a obesidade, doenças
cardiovasculares, diverticulite e diabetes. As fibras são classificadas de acordo com a sua
solubilidade em solúveis e insolúveis, com efeitos fisiológicos distintos. As insolúveis são
responsáveis pelo aumento do bolo fecal e diminuição do tempo de trânsito intestinal. As
solúveis retardam o esvaziamento gástrico e a absorção de glicose diminuindo a glicemia pós-
prandial e reduzem o colesterol sérico devido à sua característica física de conferir viscosidade
ao conteúdo luminal. As beta-glucanas são fibras altamente viscosas e seu consumo está
relacionado à atenuação da resposta glicêmica e insulínica pós-prandial. A beta-glucana tem
efeito sobre a degradação do amido e sobre o carboidrato disponível e conseqüentemente,
sobre o índice glicêmico dos alimentos ingeridos. Recomenda-se sua ingestão com o objetivo de
modular a glicemia e a necessidade de insulina, no tratamento da obesidade, doenças
cardiovasculares e do diabetes
Entre as causas mais importantes destacam-se a ingestão deficiente de ferro na forma heme
devido ao baixo consumo de alimentos de origem animal e ao baixo nível socioeconômico, as
precárias condições de saneamento e a incidência de parasitoses, principalmente as que
provocam perdas sanguíneas crônicas
O Ministério da Saúde tornou obrigatória a fortificação das farinhas de milho e trigo com ferro
e ácido fólico, por serem alimentos de fácil acesso a população e não terem alterações de suas
características organolépticas no processo de fortificação, além de ser economicamente viável
ao país implantando-se, assim, o Programa Nacional de Combate à Anemia Carencial
Ferropriva aos grupos de risco que compreendem crianças de seis a 18 meses, gestantes e
mulheres no pós-parto.
(Adsorvem sais biliares, provendo sua excrecao e, portanto, induzindo sua produção para
compensar. Logo, o colesterol como precursor, será mais consumido. Além disso, a fibra retarda
o tempo de esvaziamento gástrico, aumentando a saciedade, o que de forma geral, reduz
ingestão de alimentos - colesterol. Por fim, estimula peristaltismo, aumenta bolo fecal e número
de evacuações, aumenta ainda mais a síntese de sais biliares e consumo de colesterol na
síntese.)
Fibra solúvel é aquela que está associada ao conteúdo celular das plantas, constituindo sua
forma de reserva ou de depósito. São representadas pelo amido, gomas e mucilagens
polissacarídeos de algas, pectinas e hemiceluloses. As fibras agem no retardamento do trânsito
no intestino delgado, modulação da motilidade intestinal, fornecimento de energia à mucosa
intestinal, aumento da massa, volume e consistência das fezes, diminuição do pH do cólon e
aumento da proteção contra infecções. E, ainda, retardam o esvaziamento gástrico, a absorção
da glicose e reduzem o colesterol sanguíneo. Esse último benefício tem sido verificado em
diversos estudos em humanos e animais.
Mecanismo de ação
Sabe-se que a fibra dietética tem efeito sobre o metabolismo lipídico, principalmente
no intestino delgado, podendo refletir diretamente sobre os níveis séricos de colesterol ou
indiretamente por meio dos níveis séricos das lipoproteínas. :Dentre os diversos mecanismos
para explicar a ação das fibras solúveis na redução das taxas de colesterol, pode-se citar
Alteração do metabolismo dos ácidos biliares
No intestino delgado, os produtos da degradação dos lipídios (colesterol e triglicerídeos)
e os ácidos biliares são retidos pelas fibras. Isto faz com que a excreção de ácidos biliares nas
fezes aumente e, por conseqüência, seja reduzida a quantidade desses ácidos que deveriam
chegar ao fígado por meio da circulação entero-hepática. Desse modo, os hepatócitos são
estimulados a sintetizar mais ácidos biliares primários a partir do colesterol, fazendo com que
suas concentrações séricas diminuam. Então, os sais biliares são impedidos de serem
reaproveitados resultando na diminuição da absorção do colesterol biliar, do colesterol
proveniente das dietas e de outros lipídeos por intermédio da interação formada pelas fibras
solúveis no intestino.
Viscosidade da fibra solúvel
As fibras solúveis são quase que totalmente fermentadas no cólon, produzindo altas
concentrações de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Esses elementos são os principais
promotores da motilidade do conteúdo fecal e regularizam o trânsito intestinal de forma suave.
No intestino, os AGCC funcionam como fonte de energia para a mucosa e formam uma camada
superficial suave ao longo dessa mucosa a qual funciona como barreira na absorção de alguns
nutrientes, atrasando o metabolismo essencialmente das gorduras e também dos açúcares.
3. Biodisponibilidade de Fe. Havia uma tabela com uma refeição sem ingestão de Fe. Em seguida,
tinha três opções de refeições e a pergunta era qual essas opções resultaria em maior
quantidade de Fe biodisponivel total em mg. Tinha a fórmula para calcular FeNHBio, mas no fim,
nas três opções dava EF>75, logo era tudo 8%. E dava tb que FeHBio=23%.
(Eu coloquei que a opção A que era farinha de milho e suco de laranja pq, apesar de não conter
FeHeme, o Fe total era 2,5 vezes maior e contribuiu mais com o FetotalBio - 0,2 mg. As outras
opções eram: B frango que tinha 1 mg de ferro total e C carne bovina e brócolis tb com
aproximadamente 1 mg de ferro total. No fim essas duas opções davam 0,12 mg mais ou menos
de FeTotalBio (FeH e FeNH). Achei meio pegadinha essa, pq estava induzida a achar que era a
de carne bovina, né?! Mas lembrei tb que as farinhas aqui no Brasil são fortificadas...sei lá! Tem
que fazer a conta mesmo.)
Xenical® (orlistate) está indicado para o tratamento a longo prazo de pacientes com sobrepeso
ou obesidade, incluindo pacientes com fatores de risco associados à obesidade, em conjunto
com uma dieta levemente hipocalórica. Xenical ® (orlistate) é eficaz no controle de peso a longo
prazo (perda de peso, manutenção do peso e prevenção da recuperação do peso perdido).
Xenical® (orlistate) proporciona melhora dos fatores de risco associados ao excesso de peso,
dentre eles: hipercolesterolemia, diabetes mellitus não insulino-dependente (do tipo 2),
intolerância à glicose, hiperinsulinemia, hipertensão, e proporciona também a redução da
gordura visceral.
Tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 com sobrepeso ou obesidade: Xenical® (orlistate),
em conjunto com uma dieta levemente hipocalórica, promove controle glicêmico adicional
quando utilizado em conjunto com agentes antidiabéticos orais e/ou insulina.
Efeitos adversos
Comuns:
Problemas gastrointestinais (91% dos casos)
Problemas renais
Diarréia ou Incontinência fecal
Esteatorreia (tipo de diarreia gordurosa que fica colada à cerâmica da sanita)
Dor abdominal
Flatulência
Redução dos níveis das vitaminas lipossoluveis (A, D, E e K).
Cefaléia
Também pode causar severos problemas no fígado.
(http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/PostmarketDrugSafetyInformationforPatientsandProvi
ders/ucm213038.htm)
5. Quais os cuidados que devem ser tomados demais uma administração de solução
medicamentosa em uma nutrição enteral?
(Desde a preparação: envase asséptico - ambiente e técnica -, prever interações
medicamentosas e fármaco-nutriente, solução homogênea - sem precipitação ou emulsão -,
viscosidade; até a administração: risco de aspiração que poderia levar a uma pneumonia,
contaminação por bactérias com interencia no quadro...dei uma enrolada básica! He he). Para
garantir que a sonda foi corretamente posicionada utiliza-se exame de raio x. (lembrando que
após adminstração podem sobrar resíduos de comprimidos, tomar o cuidado de lavar a sonda
com água quente.)
P2 Integral 2015
Medidas bioquímicas, que indicam a quantidade do nutriente disponível ao tecido celular após
sua absorção e metabolismo. Também pode ser utilizado como uma medida da mudança de
dieta em estudos de intervenção alimentar ou em novos regimes alimentares.Também
utilizados para validar questionários alimentares e para comparar diferentes metodologias
para avaliação do consumo alimentar. Produz menos erros na avaliação do estado nutricional
quando comparada por medidas apenas de consumo alimentar.
prova intercambistas
papel do farmaceutico na nutrição parenteral