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1. Para responderes a cada um dos itens, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação
correta.
Escreve, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.2. A demonstração e a fundamentação das ideias sobre a cidade de Santiago de Compostela como
local de peregrinação permitem inserir o texto acabado de ler no género
(A) da apreciação crítica.
(B) da exposição sobre um tema.
(C) da notícia.
(D) do documentário.
1.3. Relativamente ao argumento apresentado pelo movimento New Age acerca da cidade de
Santiago de Compostela como local de peregrinação, a autora
1.4. A conjunção “ou” empregada na frase “ou com um local de devoção” (l.10) tem um valor de
(A) adição.
(B) explicação.
(C) alternância.
(D) oposição.
1.6. A frase “ que começam a surgir na Idade Média” (ll. 12-13) é uma oração
(A) subordinada adjetiva relativa explicativa.
(B) subordinada substantiva completiva.
(C) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(D) subordinada adverbial consecutiva.
1.7. O constituinte “comprovado pelas escavações arqueológicas” da frase “mas o passado mais
distante, comprovado pelas escavações arqueológicas, está bem vivo para os peregrinos New Age ou
místicos.” (ll.17-19) desempenha a função sintática de
(A) modificador do nome apositivo.
(B) modificador do grupo verbal.
(C) complemento oblíquo.
(D) modificador do nome restritivo.
2.3. Identifique o referente do pronome pessoal na frase “criar uma lenda que o integre no
catolicismo.” (l. 6)
SOLUÇÕES
1.1 A
1.2 B
1.3 D
1.4 C
1.5 D
1.6 C
1.7 A
TEXTO 2
Em princípio, discutir é bom. No seu sentido original, discutir é debater, analisar factos e
argumentos, para se chegar, se não à verdade, pelo menos à clarificação das dificuldades das
posições ou opiniões.
Neste sentido, discutir é um exercício fundamental da vida de todos os dias e das relações
entre as pessoas. Por mais semelhanças e proximidades que tenhamos com alguém, há sempre
aspetos de uma qualquer questão que não partilhamos, há sempre uma outra perspetiva que
podemos descobrir e mostrar, há sempre um detalhe que nos chamou a atenção e que, invisível à
perceção do outro, pode ser estimulante de analisar. Na prática, discutir, mesmo que não seja a
maior das desgraças relacionais, costuma estar longe disto e resulta, por regra, bastante
desagradável. Por quaisquer razões que carecem ser esclarecidas e ponderadas longamente, parece
que não sabemos discutir. Parece que não conseguimos expressar diferentes pontos de vista sem
alterar a voz, franzir o sobrolho ou tamborilar os dedos num claro gesto de impaciência. Parece que
conseguimos, com excessiva facilidade, transformar a mais inócua diferença de opinião numa imensa
distância de formas de ver o mundo, e que isso cava distâncias definitivas entre as pessoas.
Embora discutir faça parte do nosso quotidiano, consideramos que sai da esfera do conversar
simpático e ameno e que exige de nós um desgaste de energia que uns parecem sempre prontos a
despender e, outros, inversamente, evitam como se pudessem, por isso, ficar exauridos.
Os que gostam de discutir aproveitam qualquer detalhe, qualquer imprecisão, qualquer frase
inacabada para bramir argumentos, infelizmente, a maior parte das vezes atirados como se fossem
insultos, e como se aquilo que assumem como sendo um erro fosse assunto de lesa-majestade. Os
que não gostam de discutir, também por regra, escusam-se a confrontos de opinião, olham para o
lado, falam de outro assunto ou ficam calados como ser não soubessem ou não tivessem nada a
dizer. Valendo o que vale, não há dúvida que treinar desde sempre as competências da discussão e
da argumentação, é uma boa forma de promover a autoestima e, curiosamente, a democracia.
8. valor conclusivo
9. predicativo do sujeito
10. derivada por sufixação
GRUPO II
SENTIMENTO DE CULPA PODE ESTAR POR TRÁS DE BONS LÍDERES
São Paulo — Individualmente, a culpa pesa. Mas, acredite se quiser, este tipo de
sentimento pode ser benéfico para a sua carreira. De acordo com uma pesquisa da
Universidade de Stanford, os profissionais que tendem a sentir-se culpados possuem
potencial para serem bons líderes.
5
«Pessoas com uma tendência à culpa possuem normalmente um forte sentido de
responsabilidade para com os outros. E esta responsabilidade faz as outras pessoas vê-los como
líderes», disse Becky Schaum-berg, uma das autoras da pesquisa, ao site de notícias da escola de
10 negócios de Stanford.
Os autores do estudo chegaram a esta conclusão após observarem o comportamento de
grupos de cerca de cinco pessoas que não se conheciam. Depois de aplicarem um teste de
personalidade (que indicava traços como tendência à culpa, vergonha e extroversão), os cientistas
15
atribuíram duas tarefas a cada um dos grupos.
Após concluírem as atividades, os participantes tinham de avaliar cada um dos elementos
da equipa segundo características de liderança, como liderar a discussão e assumir a
20 responsabilidade da tarefa.
Os participantes que, no teste de personalidade, apresentaram maior tendência à culpa
receberam as melhores notas, segundo os outros membros do grupo. Mas não é só isso.
Tiveram também mais pontos até do que as pessoas extrovertidas, que tendem a ser
apontadas como líderes.
Noutro estudo, a equipa comprovou que os estudantes de MBA que tendiam mais à culpa
25 também eram avaliados como bons líderes pelos seus antigos chefes, colegas e clientes.
Além disso, de acordo com outro levantamento dos autores do estudo, entre os gestores
com este traço de personalidade parecia haver uma maior probabilidade de apoiar demissões
para manter os lucros da empresa. «Estas pessoas comportar-se-iam de maneira a responderem
30 às expectativas da organização», disse a autora.
Culpa x Responsabilidade
A culpa por si só, contudo, não é o que transforma profissionais em bons chefes, afirma o
consultor organizacional Eduardo Ferraz. «Quem é muito responsável sente-se no dever de
fazer. Quando alguém é responsável e cumpre, tem a sensação de dever cumprido. Quando
alguém é responsável e não cumpre, sente culpa», diz o especialista.
Sentir culpa, contudo, não é o mesmo que sentir vergonha dos seus erros, aponta o estudo.
As pessoas que se sentem culpadas pelas suas ações, geralmente, encaram a situação de
frente e tentam retificar os seus erros. Já aqueles que apenas se envergonham, tendem a
esconder os erros e a fugir das consequências.
De acordo com Ferraz, as pessoas com este tipo de tendência a assumirem a culpa,
geralmente, são mais meticulosas e organizadas; por serem responsáveis, preocupam-se mais
com as pessoas e com os prazos», afirma.
Segundo o primeiro parágrafo do texto, a pesquisa levada a cabo pela Universidade de Stanford
(A) confirma intuições do senso comum, mostrando a importância do sentimento de culpa
na nossa vida profissional.
(B) contradiz determinadas conceções do senso comum, provando que o sentimento de
culpa pode ser bom para a nossa vida profissional.
(C) é surpreendente, porque mostra que os bons líderes conseguem anular o sentimento
de culpa.
(D) é surpreendente, pois mostra que a culpa é sempre um sentimento benéfico na nossa
vida emocional.
Existe uma relação entre culpa e liderança, segundo Becky Schaumberg, uma vez que
(A) a culpabilidade se traduz num maior sentido de responsabilidade.
(B) os bons líderes conseguem eliminar o sentimento de culpabilidade.
(C) liderança e responsabilidade não se coadunam com sentimentos de culpa.
(D) as pessoas responsáveis controlam melhor o sentimento de culpa.
No estudo desenvolvido em Stanford,
(A) as pessoas com tendência à culpa mostraram-se incapazes de assumir
responsabilidade.
(B) as pessoas extrovertidas receberam melhores classificações na avaliação das
capacidades de liderança.
(C) as pessoas menos extrovertidas e com tendência à culpa foram avaliadas como menos
responsáveis.
(D) as pessoas com tendência à culpa receberam melhores classificações na avaliação das
capacidades de liderança.
Segundo o mesmo estudo, pessoas com tendência a sentirem culpa
(A) são incapazes de defender o afastamento de outras pessoas.
(B) não conseguem tomar determinadas decisões, porque sentem pena dos outros.
(C) conseguem agir de modo a defender os interesses da organização onde trabalham.
(D) defendem, muitas vezes, posições que não vão ao encontro dos interesses da
organização onde trabalham.
Segundo Eduardo Ferraz, sentir culpa
(A) é uma condição suficiente para ser um bom líder.
(B) pode ajudar uma pessoa a ser um bom líder, aliando-se ao seu sentido de
responsabilidade.
(C) é um traço que os bons líderes conseguem evitar, porque são responsáveis.
(D) pode ajudar uma pessoa a ser um bom líder, impedindo-a de errar.
Relativamente à vergonha, a culpa é
(A) um sentimento relativamente semelhante, mas mais importante na gestão das
relações sociais.
(B) um sentimento diferente, na medida em que pressupõe a incapacidade de corrigir
problemas.
(C) um sentimento mais complexo, traduzindo-se no medo de assumir erros e problemas.
(D) um sentimento diferente, refletindo-se na capacidade de enfrentar problemas.
Ser meticuloso e organizado é uma característica de pessoas
(A) que evidenciam sentimentos de culpa.
(B) com tendência à vergonha.
(C) que gostam de trabalhar com outros.
(D) que conseguem controlar melhor os seus sentimentos de culpa.
Relativamente aos termos «empresa» e «organização» (linha 20), é correto afirmar que
(A) existe, entre eles, uma relação de hiponímia/hiperonímia.
(B) existe, entre eles, uma relação de holonímia/meronímia.
(C) existe, entre eles, uma relação de meronímia/holonímia.
(D) pertencem ao mesmo campo semântico.
Tratando-se de um artigo de divulgação científica, o texto evidencia a preocupação de
(A) explicar pormenorizadamente os estudos efetuados, entrevistando-se vários
intervenientes.
(B) comprovar as afirmações apresentadas, indicando números e estatísticas.
(C) corroborar os dados apresentados, incluindo notas de rodapé.
(D) comprovar afirmações apresentadas, citando especialistas e pessoas envolvidas nos
estudos desenvolvidos.
O texto apresentado pode enquadrar-se no género
(A) narrativo.
(B) descritivo.
(C) expositivo.
(D) argumentativo.
2.
CRIADOS DE QUARTO
A máxima segundo a qual ninguém é um herói para o seu criado de quarto aplica-se com
toda a pro-priedade na relação entre os portugueses e o país onde nasceram. Somos
desconfiados quanto a Portugal, céticos, maledicentes, intriguistas, não é fácil a um português
5 elogiar Portugal, e eu sofro também dessa inibição. Conhecemos o país demasiado bem, de
muito perto, há muitos anos, sabemos os defeitos todos, as vergonhas, portamo-nos como
velhos cônjuges que deixaram de ter interesse ou mistério um para o outro.
E, no entanto, ciclotímicos, somos capazes de grandes euforias e de grandes depressões,
10 súbitas e às vezes inesperadas, amamos e odiamos isto com uma volatilidade perigosa. Enquanto
habitantes de um país exíguo, entendemos que é no estrangeiro, no vasto mundo, que
provamos aquilo que valemos. E seguimos com atenção as provas desportivas em que nos
saímos bem, os nossos atletas famosos, os prémios de literatura ou cinema, o reconhecimento
15 dos arquitetos, o sucesso dos músicos, os atores portugueses que vingaram em Hollywood,
bem como todo e qualquer «lusodescendente» ganhador que nos acrescente, por osmose,
alguma segurança e algum prestígio.
Isto não é fácil de perceber. Mas nós percebemo-nos mal. Um país antiquíssimo, com
20
unidade territo-rial, linguística, cultural, não devia estar, como nós sempre estamos, a
interrogar a nossa identidade. Temos uma «hiperidentidade», como escreveu um dos nossos
principais pensadores, mas sendo «híper» é também frágil, e não arrogante. Daí que o
patriotismo vá e venha, as pessoas sofisticadas consideram-no pouco sofisti-cado, e toda a gente
25
percebe que os nossos grandes motivos de orgulho enquanto nação aconteceram há
quinhentos anos, facto tão inegável quanto inegavelmente melancólico.
Por isso, perante um estrangeiro, tendemos a elogiar Portugal, por aquilo que ele tem de
melhor inde-pendentemente das nossas virtudes ou da nossa intervenção. As praias, o clima, a
luz, as serras são o maior triunfo português. Depois, timidamente, começaremos a falar de
castelos ou gastronomia, com medo que nos comparem com alguém, com o vizinho do lado,
por exemplo, bem mais faustoso. Em última análise, citamos a nossa «simpatia». A nossa
simplicidade, cordialidade, afabilidade.
Características que praticamos mais notoriamente com os estrangeiros do que uns com
os outros, diga-se de passagem. Até porque é a vossa opinião que define a nossa autoestima.
PEDRO MEXIA, Portugal vale a pena, Lisboa, Oficina do Livro, 2012, pp. 234-235.
3. Para responder a cada um dos itens, de 1.1 a 1.10, selecione a opção correta. Escreva, na folha de
respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.
A máxima apresentada no primeiro período do texto permite corroborar a ideia de que os portugueses
(A) conhecem bem o seu país, elogiando-o frequentemente.
(B) não conhecem verdadeiramente o seu país, apesar de o criticarem frequentemente.
(C) conhecem muito bem o seu país e costumam criticá-lo.
(D) são incapazes de encontrar defeitos no seu país, devido à relação afetiva que mantêm com o
país onde nasceram.
No último período do primeiro parágrafo, o autor compara a relação entre um cidadão e o seu país com
uma
(A) relação entre dois melhores amigos.
(B) relação entre duas pessoas que se odeiam.
(C) relação de amizade.
(D) relação matrimonial.
A utilização do termo «volatilidade» (linha 8) dá ênfase
(A) ao facto de a relação entre os portugueses e Portugal ser marcada pela presença de emoções
contraditórias.
(B) ao ódio que os portugueses sentem pelo país onde nasceram.
(C) ao facto de os portugueses serem profundamente interessados pelo seu país.
(D) à coerência emocional que caracteriza a relação entre os portugueses e o seu país.
Um antónimo de «exíguo» (linha 9) é
(A) vasto.
(B) limitado.
(C) singular.
(D) curioso.
O «estrangeiro», na perspetiva dos portugueses, é
(A) um espaço onde sentimos saudades de Portugal.
(B) o espaço onde nos afirmamos no plano desportivo e cultural.
(C) sinónimo de avanço civilizacional.
(D) o espaço onde nos confrontamos com a nossa insignificância no plano cultural.
Relativamente ao modo como nos conhecemos, enquanto portugueses, o autor do texto considera que
(A) estamos plenamente seguros da nossa identidade, evidenciando, por vezes, alguma altivez.
(B) estamos seguros e orgulhosos da nossa identidade.
(C) temos uma identidade muito frágil.
(D) a nossa identidade é forte, evidenciando, simultaneamente, sinais de debilidade.
O autor do texto considera que existe alguma melancolia relacionada com a forma como vivemos o nosso
patriotismo, uma vez que
(A) os nossos motivos de orgulho estão historicamente circunscritos.
(B) os nossos motivos de orgulho são produtos da imaginação.
(C) não temos quaisquer motivos de orgulho.
(D) não encontramos, quer no presente quer na História, motivos de exultação.
GRUPO II
Lê, com atenção, o texto que se segue.
Payassu, o Verbo do Pai Grande (caderno de criação do espetáculo), Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde
(texto adaptado e com supressões)
SOLUÇÃO
1.1. a); 1.2. d); 1.3. a); 1.4. c); 1.5. b); 1.6. b); 1.7. a).
2.1. “No espetáculo Payassu, fazemos uso das tecnologias de manipulação de imagem, para
promover a interação de figuras projetadas com o discurso de Vieira.”
2.2. “Como o texto de Vieira é muito rico e profuso, na gestão dos recursos narrativos, quer plásticos
quer cénicos, evitámos a mera ilustração do sermão e a coincidência de signos, especialmente os
concorrentes com as imagens sugeridas pelo texto.”
2.3. “(…) concentra a ação dramática do ator, que constrói alguma dessas personagens, no exercício
da pregação (…).”
GRUPO II
Lê, agora, o seguinte texto.
O planeta poderá, em breve, tornar-se um lugar pouco recomendável para viver. Seremos mais, mas
as nossas vidas serão mais difíceis, mesmo com a ajuda da tecnologia. Portugal sairá a ganhar, se
souber aproveitar uma nova potência chamada África.
O mundo está a mudar. E mudará ainda mais até 2025. Em muitos aspetos, ficará irreconhecível.
Exemplos? O Ocidente entrará em declínio, a idade da reforma estender-se-á para além dos 70 anos,
África será o continente mais jovem e populoso, o México destronará
a China no mercado global e esta pode, até, atravessar uma recessão.
Um cenário por vezes apocalíptico é o que resulta da análise das tendências mundiais para 2025
traçadas pelo think-tank global Business Policy Council (GBPC), da consultora internacional A.T.
Kearney.
Dirigido pelo historiador e jornalista Martin Walker, o estudo, a que a Visão teve acesso, levanta-nos
a dúvida de saber se, em 2025, o mundo será um lugar melhor para viver. À primeira vista, a resposta
é negativa.
A crise financeira de 2008 tarda a dar tréguas, os países ocidentais estão em recessão ou registam
crescimentos anémicos, os preços das matérias-primas não param de subir, os recursos naturais
escasseiam e as alterações climáticas ameaçam o ecossistema.
Mas Walker, o autor do estudo, acredita que estamos a tempo de evitar o pior: “O mundo poderá ser
um lugar melhor, se alguma tecnologia mais recente vier a ser adotada”. Apesar das dificuldades que
se anteveem para 2025, o autor do estudo não hesita em escolher a Europa como a melhor região
para viver, “desde que a idade da reforma seja atrasada e o sistema de pensões e as universidades
reformados”. (…)
1. Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao
sentido do texto.
1.1. No segmento textual “pouco recomendável para viver “(linhas 1-2), a palavra sublinhada
introduzuma oração subordinada adverbial…
a) final.
b) consecutiva.
c) concessiva.
d) condicional.
1.2. O conector sublinhado na frase “as nossas vidas serão mais difíceis, mesmo com a ajuda da
tecnologia.” (linhas 2-3) introduz no discurso uma ideia que…
a) é uma consequência da anteriormente expressa.
b) é a causa da anteriormente expressa.
c) funciona como concessão à ideia anteriormente expressa.
d) é impossível de realizar.
1.3. Na frase “Em muitos aspetos, ficará irreconhecível.” (linhas …), a palavra sublinhada
desempenha a função sintática de…
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) predicativo do complemento direto.
d) predicativo do sujeito.
1.4. O constituinte destacado em “e esta pode, até, atravessar uma recessão” (linha ..) pode ser
substituído por...
a) desenvolvimento.
b) progresso.
c) retrocesso.
d) aumento.
1.5. O adjetivo sublinhado em “África será o continente mais jovem...” (linha ..) encontra-se no
grau...
a) normal.
b) comparativo de superioridade.
c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo relativo de superioridade.
1.6. O segmento sublinhado em “Dirigido pelo historiador e jornalista Martin Walker, o estudo…”
(linha ..) desempenha a função sintática de...
a) sujeito.
b) complemento agente da passiva.
c) complemento direto.
d) complemento indireto.
1.7. A utilização das aspas em “O mundo poderá ser um lugar melhor, se alguma tecnologia mais
recente vier a ser adotada.” (linhas …) justifica-se por se tratar…
a) de uma frase em discurso direto.
b) da opinião da autora do texto.
c) da previsão de um acontecimento.
d) de uma frase condicional.
SOLUÇÃO - GRUPO II
1.1. a); 1.2. c); 1.3. d); 1.4. c); 1.5. d); 1.6. b); 1.7. a). 2.1. e); 2.2. c) 2.3. b); 2.4. a); 2.5. g).
Grupo II
1.7. A palavra sublinhada na frase “que limitará” (linha 16) retoma o referente...
a) “um condicionalismo” (linha 16).
b) “A fraqueza numérica” (linhas 15-16).
c) “burguesia” (linha 16).
d) “A fraqueza numérica da burguesia” (linhas 15-16).
SOLUÇÃO - GRUPO II
1.1. b); 1.2. d); 1.3. c); 1.4. a); 1.5. d); 1.6. c); 1.7. a).
GRUPO II
Leia atentamente o texto a seguir transcrito.
Nesta época de pré-eleições, tornou-se normal, no nosso país, que as principais figuras dos partidos
políticos, designadamente dos partidos com maiores aspirações eleitorais, venham a público
defender as suas bandeiras e zurzir os seus adversários, utilizando uma linguagem e uma
desonestidade intelectual não permitidas às outras áreas de intervenção.
5 É tolerado, por todos, incluindo os diretamente visados, ser-se indelicado e soez, propalar mentiras,
usar métricas erradas, inventar e distorcer factos, fazer promessas inverosímeis, caluniar, difamar.
Vale tudo, neste submundo de politiquice, desde que o objetivo seja ganhar algum voto. É, por isso,
que os políticos estão socialmente desconsiderados quase todos e desacreditados muitos e que a
política é uma área não atrativa para o cidadão comum. A imagem negativa da política e da
10 envolvência das campanhas e pré-campanhas eleitorais, com toda a panóplia de truques e ardis
baixos dirigidos aos eleitores incautos, é tão óbvia que se tornou inquestionável. É por tudo isto que
acho de muito, muito mau gosto, a utilização de cartazes com a imagem de inocentes crianças a
colocarem questões políticas aos pais e avós. Penso que isto ultrapassa todos os limites admissíveis,
é a exploração vergonhosa dos sentimentos familiares, de ternura filial, da confiança natural que os
15 filhos têm dos seus pais…É uma tentativa inqualificável – que devemos repudiar vivamente – da
colagem da politiquice e da mesquinhez aos mais puros sentimentos. É ainda um aproveitamento
intolerável das imagens da pureza e da inocência por aqueles que transformaram a política em
imundice. Tenham vergonha! Se não se querem dar ao respeito, respeitem, pelo menos, as crianças,
os filhos e os sentimentos que elas e eles representam. Não vão por esse caminho. Por amor de
Deus, não emporcalhem tudo…
20
Diário de Notícias, 2002
1. Para cada um dos itens que se seguem, escreva na sua folha de resposta, a letra
correspondente à alternativa correta, de acordo com o sentido do texto. (5 pontos cada
item).
1.1. Na opinião do autor “o submundo da politiquice” (l.8) significa:
a) A política.
b) O submundo da política.
c) O desvirtuamento do objetivo essencial da política.
d) Os políticos de uma forma geral.
1.2. Escolha o sinónimo mais adequado ao vocábulo “incautos” (l. 12)
a) Desprevenidos.
b) Preocupados.
c) Esclarecidos.
d) Críticos.
1.3. A desacreditação dos políticos deve-se:
a) À ambição desmedida dos profissionais da política.
b) À linguagem obscena utilizada pelos políticos.
c) À mentira.
d) Ao desinteresse dos cidadãos.
1.4. Na frase “É ainda um aproveitamento intolerável das imagens da pureza e da inocência”
(linha 18), a expressão sublinhada tem a função sintática de:
a) Sujeito.
b) Complemento direto.
c) Complemento agente da passiva.
d) Predicativo do sujeito.
1.5. Na frase “venham a público defender”(linhas 2 e 3), a forma verbal está:
a) Pretérito Perfeito simples do Indicativo.
b) Pretérito Perfeito Simples do Conjuntivo.
c) Presente do Conjuntivo.
d) Imperativo.
1.6. Na frase “Nesta época de pré-eleições, tornou-se normal, no nosso país, que as principais
figuras dos partidos políticos, designadamente dos partidos com maiores aspirações
eleitorais, venham a público defender as suas bandeiras”(linhas 1/2/3), a oração
subordinada é:
a) Substantiva completiva.
b) Adjetiva relativa restritiva.
c) Adjetiva relativa explicativa.
d) Adverbial concessiva.
GRUPO II
Camões viveu a fase terminal da expansão portuguesa e, depois, a da decadência e do
desmoronamento político do seu país. (...) Mas, ao mesmo tempo, Camões viveu um período
intelectual singular da história sociocultural, económica e política de Portugal, da Europa e do
Mundo.
(...) Com as navegações, os homens acabavam de adquirir novas dimensões, muitas vezes
contraditórias, para o pensamento, e novos horizontes, muitas vezes alucinantes, para a sua
errância, o que tornava possível a mistura de vontade e audácia, especulação e riqueza, viagem e
perigo, livre-arbítrio e fatalismo. Tudo isso os levava a viver dramaticamente uma época em que os
mais esclarecidos viam a aventura portuguesa como uma forma de expansão europeia sob o
denominador comum que lhes era possível conceber: a propagação da fé cristã. (...)
A ideologia dominante, consciente do alcance universal das descobertas portuguesas e comparando-
as às narrativas fabulosas dos feitos heroicos da antiguidade clássica, concluía pela superioridade das
expedições modernas e aspirava a vê-las cantadas sob o modelo clássico da epopeia, dimensão que
faltava ainda à glória que tais feitos mereciam e que poderia fazê-la valer em toda a parte. A viagem
de Bartolomeu Dias (passagem do Cabo da Boa Esperança, em 1488), quatro anos antes de Colombo
e muito mais do que a jornada deste, abriu novas perspetivas para a revolução da noção de espaço
planetário, podendo, por isso, ser justamente considerada o limiar de uma nova era. Dez anos
depois, a viagem de Vasco da Gama (1497/98) tinha sido a que mais radicalmente contribuíra para a
transformação da civilização europeia e da História do Mundo. E houvera ainda, ao longo de décadas,
muitas outras viagens portuguesas da maior importância. Mas faltava ainda a dimensão da
glorificação pela criação artística, relativamente aos feitos de que provinha tão grande
transformação (...) e que haviam gerado tão grande massa de informações acumuladas sobre os
descobrimentos portugueses, informações essas que todos, príncipes, homens políticos e de ciência,
eclesiásticos e intelectuais, aventureiros, viajantes, marinheiros, piratas, diplomatas e espiões,
buscavam avidamente na Europa.
Vasco Graça Moura, «Camões e os Descobrimentos», in Oceanos, n.º 10, Abril, 1992 (adaptado)
Selecione, em cada um dos itens de 1 a 7, a única opção que permite obter uma afirmação adequada
ao sentido do texto. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção
correta.
C B CB C B A
(a) Com o conector «Mas» (linha 2), o enunciador introduz uma relação de contraste.
(b) Ao usar o pronome átono «os» (linha 8), o enunciador retoma um referente expresso na primeira
linha do parágrafo.
(c) Ao usar parênteses (linha 15), o enunciador clarifica a referência de uma expressão nominal.
(d) Ao mencionar a viagem de Bartolomeu Dias, a de Vasco da Gama e outras viagens portuguesas,
nas linhas 15 a 20, o enunciador fundamenta a ideia exposta no segundo parágrafo do texto.
(e) Com o advérbio «avidamente» (linha 25),o enunciador introduz um modificador do predicado
GRUPO II
Leia atentamente o texto a seguir transcrito.
Aviso à navegação de todos os tradutores: este pode ser o próximo ofício em vias de extinção a
somar a muitos outros que a informática veio ameaçar ou extinguir.
O alerta como seria inevitável veio de lá do Atlântico, de um dos grupos de investigação da
Microsoft. Trata-se de uma forma de fazer ruir a Torre de Babel, desta vez desde a origem, a própria
5 voz humana.
A equipa liderada por Mark Soong concebeu um software tradutor que consegue verter a fala do
utilizador a partir da sua língua para um conjunto de (até agora) vinte e seis idiomas.
Mas a novidade não é só esta. Basta que o emissor fale e o aparelho informático que estiver dotado
deste programa reproduz a sua própria voz na língua pretendida.
10 Os tradutores (humanos) podem, por isso, começar a suspirar de angústia. Até porque é evidente
que este princípio pode ter – mantendo as metáforas marítimas – um mar de aplicações.
Exemplos?» Para um viajante que só domina uma língua, fazemos o reconhecimento do discurso
seguido de tradução», explica Soong à revista especializada Techonology Review. As habilidades não
se ficam por aqui. Uma outra capacidade do software pode ser adaptada a telemóveis com sistemas
15 de navegação, por exemplo. A voz original em inglês pode ler e traduzir placas de sinalização – como
o aparelho devidamente apontado para elas, evidentemente – noutra língua e mesmo noutro
alfabeto. O sistema já “domina” o mandarim, por exemplo. (…)
O desenvolvimento destes sistemas não é novo. Mesmo esta aplicação tem uma variante já testada
com sucesso na Universidade da Califórnia do Sul como forma de traduzir as palavras dos pacientes
20 ou de médicos estrangeiros nos hospitais norte-americanos.
Este software ainda está em fase de desenvolvimento, mas procura dar resposta às situações cada
vez mais vulgares de os dois intervenientes de uma consulta não dominarem o mesmo idioma. Mas
aqui o tom e as inflexões de voz têm outra importância: «A palavra é apenas uma parte do que a
pessoa quer dizer», explica o coordenador do grupo. A próxima é, por isso, captar até as expressões
da voz…
Tabu, 16 de março de 2012
2. Para cada um dos itens que se seguem, escreva na sua folha de resposta, a letra
correspondente à alternativa correta, de acordo com o sentido do texto. (5 pontos cada item).
2.1. A expressão metafórica “um mar de aplicações” (linha 11) significa que o novo software:
a) Vai ter imenso sucesso.
b) Vai poder ser utilizado em muitas situações.
c) Vai ser aplicado apenas na tradução de mandarim.
d) Já é aplicado em hospitais americanos.
2.2. Este novo equipamento vai prejudicar:
a) Os tradutores do lado de lá do Atlântico.
b) Os tradutores do lado de cá do Atlântico.
c) Os tradutores de todo o mundo.
d) Os tradutores informáticos.
2.3. A palavra “só” (linha 8) pertence à classe:
a) Das conjunções.
b) Dos adjetivos.
c) Das preposições.
d) Dos advérbios.
2.4. Na frase “A voz original em inglês pode ler…” (linha 15) o verbo poder é:
a) Um verbo principal.
b) Um verbo copulativo.
c) Um verbo auxiliar.
d) Um verbo transitivo.
2.5. O vocábulo “elas” (linha16) tem como antecedente:
a) “metáforas marítimas”.
b) “aplicações”.
c) “habilidades”.
d) “placas de sinalização”.
2.6. A forma verbal “dominarem” (linha 22) encontra-se no:
a) Presente do conjuntivo.
b) Futuro do Conjuntivo.
c) Infinitivo pessoal.
d) Presente do Indicativo.
2.7. O conector da frase “Mas aqui o tom e as inflexões de voz têm outra importância” (linhas
22/23) tem um valor de:
a) Adição.
b) Afirmação.
c) Oposição.
d) Intensidade.
1 B/ 2 C / 3 D /4 C / 5 D /6 C / 7 A
1.1. Adjetiva relativa restritiva.
1.2. “a fala do utilizador a partir da sua língua para um conjunto de (até agora) vinte e seis
idiomas.”.
1.3. Valor conclusivo.
GRUPO II
O Rei D. Sebastião pode ter sido vítima de pedofilia quando tinha nove anos. Esta tese é sustentada
por Harold Johnson, historiador da Universidade da Virgínia e autor da investigação “Um pedófilo no
palácio: ou o abuso sexual de El-Rei D. Sebastião de Portugal”, publicada no livro “Dois Estudos
Polémicos”.
Neto do Rei D. João III, D. Sebastião cresceu sem pais: a mãe teve de o deixar aos três meses para ir
para Castela, a mando do irmão, Filipe II; o pai morreu dezoito dias antes de ele nascer. O tio-avô,
cardeal D. Henrique, inquisidor-geral do reino, escolheu para tutor do futuro Rei o padre jesuíta Luís
Gonçalves da Câmara, descrito pelos cronistas como “gago”, “feio” e “cego de um olho”.
D. Sebastião contraiu gonorreia antes dos dez anos, altura em que passou a expelir regularmente
fluidos seminais (poderiam ser confundidos com as ejaculações noturnas, mas era demasiado novo).
O facto de se tratar de uma doença sexualmente transmissível, leva o historiador Harold Johnson a
apontar vários indícios de que o Monarca sofreu abusos sexuais do sacerdote.
A cegueira, de que Luís Gonçalves da Câmara padecia, é uma das consequências possíveis da
gonorreia. Um aio do Rei avisou, por carta, a avó de D. Sebastião (a Rainha D. Catarina de Áustria) de
que o padre jesuíta já conhecia a “natureza” do rapaz e de que rapidamente passaria a controlar a
sua mente, uma escolha de palavras que deixa subentendido que já teria abusado do Rei. Em 1566, a
Rainha Catarina afastou o jesuíta da corte, o que é mais um indício de que suspeitava da relação do
padre com o neto.
Esta tese tem sido praticamente ignorada pelos biógrafos de D. Sebastião em Portugal, o que o
investigador americano justifica com a repressão salazarista e também por ser politicamente
incorreta.
Durante a juventude, D. Sebastião evitou sempre contactos com mulheres e fugiu a qualquer ideia de
casamento. Mas manteve vários encontros com homens, relatam os cronistas da época, citados por
Fernando Bruquetas de Castro, no livro “Reis que Amaram como Rainhas”. À noite, ia procurar
parceiros numa mata em Sintra ou junto ao Tejo na margem sul, para onde se deslocava de barco
com o seu pajem. E foi surpreendido uma vez por populares num bosque em Almeirim, abraçado a
um escravo negro que tinha fugido do seu patrão – para se justificar, o Rei contou-lhes que pensava
tratar-se de um javali e só descobriu que era uma pessoa quando estavam a “lutar”.
In Revista Sábado
Proposta de correção
Alterações Climáticas
Todos somos responsáveis As mudanças climáticas são a maior ameaça ambiental do século XXI, com
consequências profundas e transversais a várias áreas da sociedade: económica, social e ambiental.
Todos nós, sem exceção, estamos a ser afetados por esta questão: cidadãos comuns, empresas,
governos, economias e, mais importante de todos, a natureza. Mudanças climáticas sempre foram
registadas ao longo dos milhares de anos que o planeta Terra tem. O problema prende-se com o
facto de, no último século, o ritmo entre estas variações climáticas ter sofrido uma forte aceleração e
a tendência é que tome proporções ainda mais caóticas se não forem tomadas medidas. A ocorrência
de ondas de calor e secas são fenómenos cada vez mais frequentes, e as consequentes perdas
agrícolas representam uma ameaça real para as economias mundiais. No cerne destas mudanças
estão os chamados gases de efeito estufa, cujas emissões têm sofrido um aumento acentuado. O
CO2 (dióxido de carbono) é o principal gás negativo desses designados de efeito estufa, e são
consequência direta do uso/queima de combustíveis fósseis como o carbono, o petróleo e o gás com
fins de produção energética. É, por isso, imprescindível reduzir as emissões deste tipo de gases.
Como? Eliminando, progressivamente, o uso massivo dos combustíveis fósseis, substituindo-os pelas
energias renováveis, fomentando a poupança de energia e eficiência energética. A atividade humana
foi apontada, em 2007, por cientistas especializados nesta área e reunidos sob o Painel
Intergovernamental de Alterações Climáticas, como sendo a principal causa destas mudanças do
clima. Ao mantermos uma atitude inerte e apática perante esta questão, corremos o risco de sermos
expostos a eventos climáticos extremos e imprevisíveis (como os que têm vindo a ser noticiados nos
últimos tempos) e com efeitos nefastos para todo o mundo! A temperatura, no século passado,
registou um acréscimo de 0,76ºC. A previsão é que no presente suba entre 1,1 a 6,4ºC, dependendo
das medidas mitigadoras que sejam encetadas. Este incremento da temperatura média tida como
normal em mais 2ºC pode induzir respostas céleres, imprevistas e não-lineares que podem
desencadear danos irreversíveis nos ecossistemas terrestres.
SOLUÇÕES
1-b 2-c 3-a 4-b 5-d 6-c 7-b 8-c 9-a 10-a 11-c 12-d 13-c 14-a 15-b 16-d 17-c 18-b 19-a 20-c
Adolescente diz ao Governo dos EUA como poupar 370 milhões de dólares
SuvirMirchandani, 14 anos, tem uma solução de poupança para os Estados Unidos que pode atingir
anualmente os 370 milhões de dólares (269 milhões de euros). Basta que as autoridades
governamentais e federais do país alterem o tipo de letra que usam nos seus documentos impressos.
Tudo se resume à quantidade de tinta para impressoras que se gasta sempre que se imprime um
documento. Mirchandani, aluno do liceu de Dorseyville, perto de Pittsburg, chegou a essa conclusão
quando imprimia trabalhos escolares e fez um cálculo de quanto se gastava em tinta. O que era
apenas uma curiosidade pessoal tornou-se um projeto de investigação, que levou a uma feira de
ciências na sua escola. Mas foi desafiado a ir mais longe pelos professores. Através do software
APFill, que permite gastar menos tinta e toner nas impressoras, o jovem tentou determinar quanta
tinta era gasta quando se escrevia as letras e, t, a, o e r, as mais usadas. Para isso analisou quatro
tipos de letra – Century Gothic, ComicSans, Garamond e Times New Roman. Em seguida aumentou o
tamanho das letras, imprimiu-as, recortou-as e pesou-as. Ao fim de três ensaios, desenhou um
gráfico sobre a quantidade de tinta usada por cada tipo de letra. Feitas as contas, Mirchandani
concluiu que era o Garamond que permitia menos gastos e que se fosse trocado pelo Times New
Roman, que vem com a maioria dos processadores de texto, podia conseguir-se uma poupança de
milhares de dólares. “A tinta é duas vezes mais dispendiosa do que um perfume francês em volume”,
comparou o jovem em declarações à CNN. Tendo como amostra a sua própria escola, Mirchandani
garantiu que era possível poupar 21 mil dólares (15 mil euros), se se fizesse a mudança tipográfica.
Se essa solução fosse alargada ao Governo e aos serviços administrativos norte-americanos, os
custos seriam reduzidos em 370 milhões anuais. A proposta de Mirchandani ainda não teve uma
reação oficial, mas, à CNN, o gestor do departamento de impressões do Governo federal,
GarySomerset, considerou-a “notável”. O adolescente está entusiasmado, mas admite que será difícil
executar o seu projeto. “Reconheço que é difícil alterar o comportamento de alguém. Essa é a parte
mais complicada”, disse à mesma estação de televisão norte-americana. Mas Mirchandani não
pretende desistir: “Iria sem dúvida adorar assistir a algumas mudanças e ficaria feliz em ir o mais
longe possível para tornar essas mudanças possíveis.”
1. Para que a coesão textual seja garantida, a expressão “Basta que” (l. 2)exige um verbo no
a) presente do indicativo.
b) presente do conjuntivo.
c) pretérito imperfeito do conjuntivo.
d) infinitivo.
2. Atenta na frase “Tudo se resume à quantidade de tinta para impressoras que se gasta sempre que
se imprime um documento. “ (ll. 4-5) e assinala a alínea correta:
a) A palavra “que”, nas duas vezes em que aparece, pertence à mesma classe.
b) A palavra “para” é uma preposição.
c) O pronome “se” desempenha a função sintática de complemento direto.
d) Na frase existe uma oração subordinada adverbial causal.
3. O verbo “chegar” (l. 6), quanto à subclasse, trata-se de um verbo
a) copulativo.
b) transitivo direto.
c) intransitivo.
d) transitivo indireto.
4. A palavra “sua” (l. 9) representa um mecanismo de coesão.
a) Elipse.
b) Correferente não anafórico.
c) Catáfora.
d) Anáfora.
5. A expressão “pelos professores” (l. 10) desempenha a função sintática de
a) complementodireto.
b) modificador do grupo verbal.
c) complemento agente da passiva.
d) predicativo do sujeito.
6. No complexo verbal “era gasta” (l. 13), além do verbo principal, deparamo-nos com um verbo
auxiliar
a) da passiva.
b) dos tempos compostos.
c) aspetual.
d) modal.
7. No enunciado “Para isso analisou quatro tipos de letra – Century Gothic, ComicSans, Garamond e
Times New Roman.” (ll. 14-15) deparamo-nos com que tipo de relação entre as palavras sulinhadas?
a) Sinonímia e antonímia.
b) Meronímia e holonímia.
c) Hiperonímia e hiponímia.
d) Paronímia.
8. Com o recurso ao pronome pessoal “as” (l. 15), o autor recorre a que mecanismo de coesão?
a) Pronominalização.
b) Catáfora.
c) Elipse.
d) Substituição lexical.
9. Classifica a coordenação que une as orações do enunciado “Em seguida aumentou o tamanho das
letras, imprimiu-as, recortou-as“ (l. 15):
a) Coordenação copulativa.
b) Coordenação sindética.
c) Coordenação assindética.
d) Coordenação conclusiva.
10.Classifica as orações sublinhadas em “Feitas as contas, Mirchandani concluiu que era o Garamond
que permitia menos gastos e que se fosse trocado pelo Times New Roman, que vem com a maioria
dos processadores de texto, podia conseguir-se uma poupança de milhares de dólares.“ (ll. 17-19)
pela ordem na qual surgem:
a) Oração coordenada; oração subordinada substantiva completiva; oração subordinada adverbial
condicional; oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
b) Oração subordinante; oração subordinada substantiva completiva; oração subordinada adverbial
condicional; oração coordenada.
c) Oração coordenada copulativa; oração subordinada substantiva relativa sem antecedente; oração
subordinada adverbial causal; oração subordinada substantiva completiva.
d) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva; oração coordenada disjuntiva; oração subordinada
adverbial concessiva; oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
11.O adjetivo “dispendiosa” (l. 20) encontra-se no grau
a) normal.
b) comparativo de superioridade.
c) comparativo de igualdade.
d) superlativo relativo de superioridade.
12.A palavra “francês” (l. 20) é um adjetivo
a) qualificativo.
b) numeral.
c) de frase.
d) relacional.
13.No enunciado “A proposta de Mirchandani ainda não teve uma reação oficial, mas, à CNN, o
gestor do departamento de impressões do Governo federal, GarySomerset, considerou-a
“notável”.”(ll. 25- 26), identifica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada:
a) Vocativo.
b) Modificador do grupo verbal.
c) Modificador apositivo do nome.
d) Sujeito.
14. Relê o enunciado que se segue e identifica a função sintática exercida pela palavra sublinhada: “A
proposta de Mirchandani ainda não teve uma reação oficial, mas, à CNN, o gestor do departamento
de impressões do Governo federal, GarySomerset, considerou-a “notável”.” (ll. 25-26).
a) Complemento direto.
b) Predicativo do complemento direto.
c) Modificador do grupo verbal.
d) Complemento oblíquo.
15.Quanto ao processo de formação de palavras, “CNN” (l. 25) é
a) uma sigla.
b) um acrónimo.
c) uma truncação.
d) uma amálgama.
16.O verbo “considerar” (l. 26) pertence à subclasse dos verbos
a) intransitivos.
b) copulativos. C
) transitivos diretos.
d) transitivos predicativos.
17.Na frase “Essa é a parte mais complicada”, disse à mesma estação de televisão norte-americana.”
(ll. 28-29), que função sintática é desempenhada pelo enunciado sublinhado?
a) Complemento direto.
b) Complemento oblíquo.
c) Complemento indireto.
d) Predicativo do sujeito.
18. A conjunção “mas” (l. 29) possui valor
a) explicativo.
b) aditivo.
c) conclusivo.
d) contrastivo.
19.A forma verbal “Iria” (l. 29) encontra-se no
a) condicional.
b) pretérito mais-que-perfeito.
c) pretérito imperfeito do conjuntivo.
d) imperativo.
20.A última oração do texto classifica-se como oração subordinada adverbial
a) causal.
b) final.
c) concessiva.
d) consecutiva.
CORREÇÃO:
1-b 2-b 3-d 4-d 5-c 6-a 7-c 8-a 9-c 10-a 11-b 12-d 13-c 14-b 15-a 16-d 17-c 18-d 19-a 20-b
Insufláveis, balões, peluches, carros e anões fazem a festa que tantos fãs esperam há meses A
chegada ao palco é feita através de uma língua escorrega e a diversão arranca pouco depois. Miley
Cyrus, vestida - ou despida - maioritariamente pelo estilista Roberto Cavalli, poupa-se a pouco em
palco. Depois de interromper a tournée mundial por motivo de doença, voltou em força. Na O2
Arena, em Londres, o espectáculo incluiu anões e mulheres gigantes, bailarinas de todas as formas,
raças e estilos. Aos 21 anos, a antiga estrela da Disney, com o alter-ego Hannah Montana, quer
divertir e divertir- se, e nada melhor do que uma tournée de sucesso por todo o mundo. No
alinhamento dos concertos, além das músicas do novo álbum, e com o encore a servir os pratos mais
quentes - ‘Wrecking Ball', ‘We Can't Stop' e ‘Party in the USA' encerraram a festa em Londres - faz
uma incursão por êxitos como ‘Why'd you Only Call me When you're High', dos Artic Monkeys,
‘When you Go', de Bob Dylan, ‘Summertime Sadness', de Lana del Rey, ou ‘Jolene', de Dolly Parton.
Os concertos da norte-americana têm espalhado a polémica um pouco por todos os destinos em que
a Bangerz tour passa. Também para Portugal a classificação do concerto é para maiores de seis anos,
mas os adultos que acompanham poderão não gostar do que a polémica cantora tem preparado.
CORREÇÃO:
1-b 2-c 3-b 4-d 5-d 6-a 7-c 8-a 9-d 10-c 11-b 12-c 13-a 14-a 15-d
“(…) se o Guadiana foi já cenário [de] (…) disputas bélicas, também foi testemunha de uniões
bucólicas entre Portugal e Espanha. Sempre que os dois reinos decidiam algum desposório régio,
certo e sabido que o ponto de encontro era na fronteira, perto da confluência entre o rio Caia e o
Guadiana. Por regra, as comitivas de entrega e receção encontravam-se à beira deste rio e a infanta,
espanhola ou portuguesa, ficava então em posse do nobre que a levaria. O seu protocolo foi alterado
no início de 1728, quando os dois países se quiseram unir em duplos laços matrimoniais, num evento
que ficou conhecido pela “troca das princesas”. Com efeito, em vez de se enviar a infanta portuguesa
para Madrid, de modo a casar com o futuro rei espanhol Fernando VI, e receber em Lisboa a princesa
castelhana para desposar o futuro rei D. José, fez-se o casório em Caia, com o Guadiana e numerosa
comitiva a assistir. E com pompa e circunstância — além de muito dinheiro gasto. De facto, para se
celebrar os casamentos, fizeram-se dois palácios em madeira, em ambas as margens, concebidos
pelos mais distintos arquitetos de cada país. No caso de Portugal, foram incumbidos desta tarefa o
bávaro João Frederico Ludovice, arquiteto do convento de Mafra, e pelo romano António Canevari, o
primeiro diretor das obras do aqueduto das Águas Livres, na região de Lisboa. Haveriam de se
desentender e foram substituídos por um engenheiro militar português.”
Soluções:
1.c 2.b 3.c 4.a 5.b 6.d 7.a 8.d 9.a 10.d