Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Página 1 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
PORTUGUÊS – PROFA. RAFAELA FREITAS
ESTUDO DA BANCA
Algumas considerações!
Meus queridos alunos, a partir de
análise do perfil da banca IBFC, podemos
fazer algumas considerações sobre o tipo de
abordagem que encontramos nas provas de português que ela organiza:
- O IBFC gosta de interpretação de textos de textos literários;
- A banca gosta mesmo da escritora Martha Medeiros! Ela é de Porto Alegre e
escreve lindas crônicas. Vale à pena buscar textos dela e ler nas suas horas de lazer!!
- Leiam crônicas de vários autores, como Fernando Sabino, pois a organizadora
tem predileção por esse gênero textual;
- As questões de interpretação costumam ser bastante rasas, sem muitas
inferências;
- Quem está se preparando para concursos organizados pela IBFC deve focar
bastante no estudo da sintaxe e da morfologia, pois irá encontrar provas eminentimente
gramatcais;
- Nas poucas questões de 2017 que temos, podemos perceber o mesmo estilo dos
anos anteriores, ou seja, faça todas as questões quanto conseguir de provas IBFC dos
anos de 2014, 2015 e 2016.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Página 2 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Continua tudo igual. Observe:
1) Terminadas em ENS não
levam acento: hifens, polens.
fácil, táxi, tênis,
2) Usa-se indiferentemente
Se terminadas em: hífen, próton,
agudo ou circunflexo se
R, X, N, L, I, IS, álbum(ns), vírus,
houver variação de pronúncia:
UM, UNS, US, PS, caráter, látex,
sêmen, fêmur (Brasil) ou
Paroxítonas Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; bíceps, ímã,
sémen, fémur (Portugal).
ditongo oral, órfãs, bênção,
3) Não ponha acento nos
seguido ou não de órfãos, cárie,
prefixos paroxítonos que
S árduos, pólen,
terminam em R nem nos que
éden.
terminam em I: inter-
helênico, super-homem, anti-
herói, semi-internato.
Continua tudo igual. Observe:
1. terminadas em I, IS, U, US
não levam acento: tatu,
Se terminadas em: vatapá, igarapé, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se
Oxítonas A, AS, E, ES, O, avô, avós, refém, indiferentemente agudo ou
OS, EM, ENS parabéns circunflexo se houver variação
de pronúncia: bebê, purê
(Brasil); bebé, puré
(Portugal).
Continua tudo igual. Atente
Monossílabos
terminados em A, vá, pás, pé, mês, para os acentos nos verbos
tônicos (são
AS, E, ES, O,OS pó, pôs com formas oxítonas: adorá-
oxítonas também)
lo, debatê-lo, etc.
1. Se o i e u forem seguidos de
s, a regra se mantém:
balaústre, egoísmo, baús,
jacuís.
2. Não se acentuam i e u se
depois vier 'nh': rainha,
saída, saúde, tainha, moinho.
Í e Ú em Í e Ú levam acento
miúdo, aí, 3.Esta regra é nova: nas
palavras se estiverem
Araújo, Esaú, paroxítonas, o i e u não serão
oxítonas e sozinhos na sílaba
Luís, Itaú, baús, mais acentuados se vierem
paroxítonas (hiato)
Piauí depois de um ditongo: baiuca,
bocaiuva, feiura, saiinha (saia
pequena), cheiinho (cheio).
4. Mas, se, nas oxítonas,
mesmo com ditongo, o i e u
estiverem no final, haverá
acento: tuiuiú, Piauí, teiú.
Ditongos abertos Esta regra desapareceu (para
em palavras EI, OI palavras paroxítonas).
paroxítonas Escreve-se agora: ideia,
Página 3 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
colmeia, celuloide, boia.
Observe: há casos em que a
palavra se enquadrará em
outra regra de acentuação.
Por exemplo: contêiner, Méier,
destróier serão acentuados
porque terminam em R.
Continua tudo igual (mas,
Ditongos abertos papéis, herói,
cuidado: somente para
em palavras ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) heróis, troféu,
palavras oxítonas com uma ou
oxítonas céu, mói (moer)
mais sílabas).
arguir e redarguir
Esta regra desapareceu. Os
usavam acento
verbos arguir e redarguir
agudo em algumas
Verbos arguir e perderam o acento agudo em
pessoas do
redarguir (agora várias formas (rizotônicas): eu
indicativo, do
sem trema) arguo (fale: ar-gú-o, mas não
subjuntivo e do
acentue); ele argui (fale: ar-
imperativo
gúi), mas não acentue.
afirmativo.
Esta regra sofreu alteração.
aguar enxaguar, Observe: Quando o verbo
averiguar, admitir duas pronúncias
apaziguar, diferentes, usando a ou i
delinquir, obliquar tônicos, aí acentuamos estas
Verbos usavam acento vogais: eu águo, eles águam e
terminados em agudo em algumas enxáguam a roupa (a tônico);
guar, quar e quir pessoas do eu delínquo, eles delínquem (í
indicativo, do tônico). Se a tônica, na
subjuntivo e do pronúncia, cair sobre o u, ele
imperativo não será acentuado: Eu
afirmativo. averiguo (diga averi-gú-o,
mas não acentue) o caso.
Esta regra desapareceu. Agora
vôo, zôo, enjôo,
ôo, êe se escreve: zoo, perdoo,
vêem
veem, magoo, voo.
na terceira pessoa
Continua tudo igual. Ele vem
do plural do eles têm, eles
Verbos ter e vir aqui; eles vêm aqui. Eles têm
presente do vêm
sede; ela tem sede.
indicativo
na terceira pessoa
do singular leva ele obtém,
Derivados de ter
acento agudo; na detém, mantém;
e vir (obter, Continua tudo igual.
terceira pessoa do eles obtêm,
manter, intervir)
plural do presente detêm, mantêm
levam circunflexo
Acento Esta regra desapareceu,
diferencial exceto para os verbos: PODER
Página 4 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
(diferença entre passado e
presente. Ele não pôde ir
ontem, mas pode ir hoje. PÔR
(diferença com a preposição
por): Vamos por um caminho
novo, então vamos pôr
casacos; TER e VIR e seus
compostos (ver acima).
Observe: 1) Perdem o acento
as palavras compostas com o
verbo PARAR: Para-raios,
para-choque. 2) FÔRMA (de
bolo): O acento será opcional;
se possível, deve-se evitá-lo:
Eis aqui a forma para pudim,
cuja forma de pagamento é
parcelada.
MORFOLOGIA
Página 5 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Ex.: Ela veio à nossa casa.
INVARIÁVEIS:
Principais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Página 6 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
O estudo dos verbos é de extrema importância. A aula em estudo trouxe aquilo
que é essencial para um candidato a concurso público. Digo essencial, pois o estudo da
morfologia do verbo como classe gramatical não termina com esta aula, é um assunto
com variações imensas, com muitos aspectos diferentes.
Os verbos podem ser regulares ou irregulares, isso vai depender da variação que
pode sofrer em seu radical.
Pela conjugação verbal, os verbos podem ser ainda defectivos (não conjugados
em todos os tempos e modos), abundantes (mais de uma forma da mesma
conjugação) ou anômalos (não seguem nenhuma regularidade).
Com relação aos modos verbais, vimos que um verbo pode estar no:
- Indicativo: modo da certeza!
- Subjuntivo: modo da hipótese!
- Imperativo: modo do pedido, da ordem, da súplica!
Página 7 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
* Mais-que-perfeito: ação em passado remoto.
- Presente: ação no momento/tempo da fala.
- Futuro:
* do presente: futuro simples.
* do pretérito: que sofreu alguma impossibilidade no passado.
TERMOS DA ORAÇÃO
O estudo do período simples é o estudo dos termos que compõem uma oração.
Separados em essencias, aqueles que não podem faltar para que a oração tenha
sentido, e acessórios, agregam sentido, mas não são obrigatórios na oração. São eles:
Página 8 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
• Objeto Indireto
• Complemento Nominal
• Agente da Passiva
B) Termos Acessórios:
• Adjunto Adverbial
• Adjunto Adnominal
• Aposto
Exemplos:
Roubaram a mulher do Rui. (verbo na 3ª pessoa do plural)
Vive-se bem em Brasília. (verbo na 3ª pessoa do singular + se)
Nem sempre se está feliz (verbo na 3ª pessoa do singular + se)
Precisa-se de balconistas (verbo na 3ª pessoa do singular + se)
Página 9 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Os verbos que fazem sujeito indeterminado com SE (índice de
indeterminação do sujeito) são Verbos Transitivos INDIRETOs, verbos de
ligação ou verbos intransitivos!
ATENÇÃO: com verbo transitivo direto não se faz sujeito indeterminado, mas voz
passiva sintética:
5) Oração sem Sujeito: não existe sujeito na oração, nem explícito, nem
implícito.
TRANSITIVIDADE VERBAL
Página 10 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Trata-se da parte da sintaxe que estuda a maneira como os verbos comportam-se
nas orações. A melhor maneira de iniciar uma análise sintática é justamente pelo verbo.
Temos que identificar que tipo de verbo temos (significativo ou de ligação), buscar o
sujeito e, caso seja um verbo significativo, logo vamos perceber se pede ou não um
complemento. Vamos às análises!
Todo verbo significativo é o centro das atenções! Ele é assim denominado porque
traz a significação para a frase, sendo o núcleo do predicado. Apenas esse tipo de verbo
possui transitividade.
Não existe OD que complete um VTI, da mesma forma, pela lógica, não
existe OI que complete um VTD!!
Página 11 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
5) Ofereci um doce à criança.
VTDI OD OI
MACETE!!
Para saber se um verbo é Transitivo Direto ou Indireto, sem erro, faça o seguinte:
O menino comprou o livro.
Comprou o quê? O livro!
O menino conheceu o padrasto.
Conheceu quem? O padrasto!
O quê? Sempre
Quem? VTD
Qualquer outra pergunta indicará tratar-se de um VTI! Faça o teste com outros
verbos!
Fique esperto! O verbo de ligação é fraco, serve apenas para ligar o sujeito ao seu
predicativo, não é núcleo e NÃO tem transitividade, ou seja, NÃO PEDE
COMPLEMENTO!!! O verbo de ligação indica apenas o estado em que o sujeito se
encontra, seja ele permanente ou momentâneo.
Página 12 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Os alunos permaneceram calados
Os alunos = sujeito
Permaneceram = verbo de ligação (estado momentâneo)
Calados = predicativo do sujeito
1) Ofenderam a mim.
A preposição “a” foi exigida pelo pronome “mim”, caso contrário ficaria assim:
ofenderam mim!
Aos ricos, nada lhes devo (Não devo nada aos ricos)
O.I. O.I. pleonástico
Página 13 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
COMPLEMENTO NOMINAL – tem a função de completar nomes: substantivos,
adjetivos ou advérbios. Vem sempre com preposição.
ADJUNTO ADNOMINAL
Página 14 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
AGENTE DA PASSIVA
Pratica a ação expressa pelo verbo na voz passiva (com preposição DE ou POR)
ADJUNTO ADVERBIAL
APOSTO
• Tipos de Aposto:
Página 15 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
c) Resumitivo (recapitulativo): Poder, dinheiro, glória, nada o seduzia
mais.
e) Especificativo (denominativo):
O presidente Vargas cometeu suicídio.
A cidade de Curitiba é muito jovem.
VOCATIVO
VOZES DO VERBO
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, pode
ser classificada em:
Página 16 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Agente da passiva: professores.
A voz passiva só pode ser formada a partir de um verbo transitivo direto (VTD
e VTDI), tanto na forma analítica quanto na sintética!
Página 17 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
PRONOME APASSIVADOR
O PERÍODO COMPOSTO
Página 18 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Orações coordenadas:
Conjunções Locuções
Coordenativas Coordenativas
Não só…mas
Aditivas E, nem, também também/como
também, Tanto…como,
nem...nem
Apesar disso , no
Adversativas Mas, porém, todavia, entanto, ainda assim,
contudo não obstante, de outra
sorte
Alternativas Ou Ou…ou, já…já,
ora…ora, quer…quer,
seja…seja, seja…ou
Conclusivas Logo, pois (posposta Por conseguinte, por
ao verbo), portanto, consequência, por isso
assim
Explicativas que, porque,
porquanto, pois
(anteposta ao verbo).
Orações subordinadas:
Página 19 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Conjunções
subordinativas
Completivas/Integrantes Que, se.
Conjunções Locuções
subordinativas subordinativas
adverbiais adverbiais
Temporais Quando, enquanto, Até que, à medida que,
apenas, mal, que (= antes que, logo que,
desde que) sempre que, assim
que, desde que, …
Finais Que (= para que) Para que, a fim de que,
…
Causais Porque, pois, porquanto, Pois que, já que, visto
como, que (= porque) que, por isso que, por
isso mesmo que, …
Comparativas Como, conforme, Assim como, bem
consoante, segundo, que como, que nem,
mais…do que,
tão…como, tal qual, …
Consecutivas Que (antecedido de tal, De maneira que, de
tanto, de tal maneira, de sorte que, de modo
tal modo, tão) que, …
Concessivas Embora, conquanto, que Apesar de que, ainda
que, posto que, se
bem que, mesmo que,
por mais que, …
Condicionais Se, caso (= se) A menos que, contanto
que, desde que, no
caso de que, salvo se,
excepto se, sem que,
…
• Substantivas:
Página 20 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
A oração “de que todos os colaboradores...” é subordinada substantiva
objetiva indireta, ou seja, funciona como complemento indireto do verbo
“necessitar”, da oração principal/subordinante.
• Adjetivas:
Restritiva:
Os bolos que estavam estragados foram para o lixo.
Apenas os bolos estragados foram para o lixo.
Sempre SEM vírgulas.
Explicativa:
Os bolos, que estavam estragados, foram para o lixo.
Todos os bolos estavam estragados e foram para o lixo.
Sempre COM vírgulas.
• Adverbiais:
1. Temporais:
Fico em casa enquanto estiver doente.
Subordinante Subordinada adverbial temporal
Página 21 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
2. Finais
Estudo para ser bom aluno.
Subordinante Subordinada adverbial final
3. Causais
Estudo porque quero passar de ano.
Subordinante Subordinada adverbial causal
4. Comparativas
Ele come como se não comesse há um ano.
Subordinante Subordinada adverbial comparativa
5. Consecutivas
Ele comeu tanto que ficou maldisposto.
Subordinante Subordinada adverbial consecutiva
(Causa) (consequência)
6. Concessivas
Ele comeu muito embora não tivesse fome.
Subordinante Subordinada adverbial concessiva
(contradição)
7. Condicionais
Ele comeria se tivesse fome.
Subordinante Subordinada adverbial condicional
Orações reduzidas:
. de infinitivo (o verbo encontra-se no infinitivo)
. de gerúndio (o verbo encontra-se no gerúndio)
. de particípio (o verbo encontra-se no particípio passado)
Página 22 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
b) Antes de verbo:
Estava a dançar na pista.
Passara a dedicar-se mais aos estudos.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Diga a sua mãe que ligarei mais tarde (à sua mãe).
Oferecemos gratidão a nossa professora (ou à nossa professora).
Abraço,
Rafaela Freitas
Contatos:
Fórum de dúvidas.
E-mail: contato@rofessorarafaelafreitas.com
Facebook, Instagram e Youtube: Palavreando com Rafa Freitas
Página 24 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
RACIOCÍNIO LÓGICO – PROF. ARTHUR LIMA
Não são proposições: exclamações, perguntas, ordens e pedidos (imperativo), frases sem
verbo (nem são orações!), sentenças abertas.
Sentença aberta: oração declarativa que possua uma variável cujo valor precisa ser conhecido
para permitir sua valoração lógica.
Proposição composta: proposições simples unidas por um conectivo que exprima uma
operação lógica (conjunção, disjunção simples ou exclusiva, condicional, bicondicional).
Negações: possuem sempre valores lógicos opostos (tabelas-verdade opostas). Para negar
uma proposição, pergunte-se: “o que é o mínimo que preciso fazer para provar que o autor
desta proposição está mentindo?”. Esta será a negação.
Tautologia: proposição que é sempre V. Para constatar, basta montar sua tabela-verdade. Se
for sempre F contradição; se variar entre V e F contingência.
Página 25 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Condições: em uma condicional pq, dizemos que p é condição suficiente para q, e q é
condição necessária para p. Na bicondicional pq, p é condição necessária e suficiente para q,
e vice-versa.
Argumento válido: é aquele onde a conclusão é V sempre que todas as premissas forem V.
Se a conclusão puder ser F enquanto as premissas forem todas V, então não se trata de uma
conclusão válida para o argumento. Para testar a validade:
Página 26 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Sequências lógicas; sequências numéricas, progressão aritmética,
progressão geométrica
PROGRESSÃO ARITMÉTICA PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG)
(PA)
O termo seguinte é igual ao anterior somado de O termo seguinte é igual ao anterior multiplicado por um
um valor constante (razão) valor constante (razão)
an a1 r (n 1)
an a1 q n 1
Termo “n” = 1º termo + razão x (posição “n” –
Termo “n” = 1º termo x razão elevada a “n-1”
1)
n (a1 an ) a1 (q n 1)
Sn Sn
2 q 1
Soma dos “n” primeiros = n x (1º termo + termo Soma dos “n” primeiros = 1º termo x (razão eleva a “n” –
“n”) / 2 1) / (razão – 1)
Página 27 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
ou seja,
n(A ou B) = n(A) + n(B) – n(A e B)
Total de elementos da união = soma dos conjuntos – intersecções dois a dois + intersecção dos três
ou seja,
* em questões com 4 conjuntos, busque informações que já permitam desenhar alguns conjuntos
separados de outros! Não os desenhe totalmente entrelaçados. Resolva utilizando diagramas, e não
fórmulas.
Fim de curso. Faça uma EXCELENTE PROVA! E já aproveito para informar que, assim
que eu tiver acesso à prova, farei a correção de todas as questões em um artigo no
site do Estratégia Concursos!
www.estrategiaconcursos.com
.br
Página 29 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS
PROF. TIAGO ZANOLLA
Página 30 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Destinado a encargos de chefia, de
assessoramento, de secretariado e de apoio,
cometidos transitoriamente a servidores
ativos.
Não tem estabilidade na função.
Formas de Provimento
Provimento é o ato administrativo que preenche o cargo público. São de dois tipos:
Originária – Ocorre quando não há relação jurídica entre o ente da administração e o
servidor. É o ingresso no serviço público. A única forma originária é o ato de nomeação.
Todos os demais são derivados.
Derivada – Ocorre quando já existe vínculo jurídico anterior. Utilizada para a
movimentação na carreira do servidor.
FORMA O QUE É
Investidura
Nomeação - chamamento pra a posse.
Página 31 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Posse - é o ato que completa a investidura em cargo público e órgão colegiado. Não
haverá posse nos casos de promoção e reintegração.
Exercício - é o desempenho das atribuições do cargo público ou da função gratificada.
Da Nomeação
Nos termos da Lei n. 6123/68, são três as formas de nomeação:
CARÁTER QUANDO
Posse
Posse é o ato que completa a investidura em cargo público e órgão colegiado. Não
haverá posse nos casos de promoção e reintegração.
TERMO DE POSSE - Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo
funcionário, constará o compromisso de fiel cumprimento dos deveres e atribuições.
DECLARAÇÃO DO PATRIMÔNIO - O funcionário declarará, para que figurem no termo de
posse, os bens e valores que constituem seu patrimônio e que não exerce função pública
de acumulação proibida.
POSSE POR PROCURAÇÃO - É facultada a posse por procuração, quando o nomeado
estiver ausente do Estado e, em casos especiais, a juízo da autoridade competente
Do Exercício
Exercício é o desempenho das atribuições do cargo público ou da função gratificada.
Página 32 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Art. 33. O exercício do cargo terá início no prazo de trinta dias a contar:
I - da data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração:
II - da data da posse, nos demais casos.
Parágrafo único. A requerimento do interessado e a juízo do titular da Secretaria em que for lotado
o funcionário, o prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado por trinta dias.
Posse x Exercício
Não
Ato O que é Prazo Prorrogação
comparecimento
Aceitação
30
POSSE Expressas das Até 180 dias Renúncia ao direito
dias
atribuições
Perda do cargo
Desempenho 30
EXERCÍCIO 30 dias salvo por força
das Atribuições dias
maior
Estágio Probatório
Estágio Probatório é o período inicial, de 03 (três) anos de efetivo exercício, do servidor
público nomeado para provimento de cargo efetivo em virtude de aprovação em
concurso público e, tem por objeto, além da obtenção da estabilidade, aferir a aptidão
para ao exercício do cargo, mediante a apuração dos seguintes requisitos (IDEA):
I – Idoneidade moral
D – disciplina
E – eficiência
A - assiduidade
Estabilidade
O funcionário habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento
efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 03 (três) anos de efetivo
exercício.
A avaliação de desempenho constitui condição para aquisição da estabilidade e tem
como finalidade avaliar a capacidade e a aptidão do funcionário para o exercício do
cargo.
Página 33 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Esquematizando o ato complexo de investidura
Licenças
II para tratamento de
Até 24 meses Com vencimentos
saúde
Com vencimento
Até 03 meses
integral
III por motivo de doença Metade do
Até 24 meses Até 01 ano
em pessoa da família vencimento
Entre o 13º ao
Sem vencimento
24º mês
IV por motivo de
Até 180 dias Com vencimentos
gestação
Página 34 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Licença-Prêmio
LICENÇA-PRÊMIO - 06 meses a cada 10 anos de efetivo exercício;
REMUNERAÇÃO – A do mês que completar o decênio;
Página 35 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Até 01 ano Metade do vencimento
www.estrategiaconcursos.com
.br
• O “marido” precisa ser funcionário público (civil ou militar);
• A remoção do marido precisa ser de ofício;
• Pelo prazo do encargo do marido (renovada a cada 02 anos);
• Para mandato eletivo vale para marido também.
Da Responsabilidade
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e
administrativamente.
Penas Disciplinares
São penas disciplinares:
I repreensão;
II multa;
III suspensão;
IV destituição de função;
V demissão;
VI cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo único. A enumeração constante deste artigo não exclui a advertência verbal
por negligência ou falta funcional outra a que se tiver de impor penalidade mais grave.
SIM
SIM
Governador SIM SIM SIM SIM SIM SIM (privativamen-
(privativamente)
e)
Secretário
de Estado e
SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Chefe de
Órgãos
SIM
Diretor de
SIM SIM SIM (Até 8
Repartição
dias)
Página 37 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Chefe de
SIM
Serviço
Prescrição
01 ano Faltas sujeitas à pena de repreensão
02 anos Faltas sujeitas à pena de suspensão
Faltas sujeitas às penas de destituição de função,
05 anos demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.
Defesa:
Página 38 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Rito Procedimento Administrativo
Página 39 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE – PROF. ROSENVAL JÚNIOR
Conservação
AMBIENTAL
Justiça Crescimento
SOCIAL ECONÔMICO
Página 40 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ A3P
Página 41 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ Resolução nº 201/2015
Página 42 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
As unidades ou núcleos socioambientais deverão ter caráter PERMANENTE para
o planejamento, implementação, monitoramento de metas anuais e avaliação de
indicadores de desempenho.
As unidades ou núcleos socioambientais deverão fomentar ações que
estimulem:
I – o aperfeiçoamento contínuo da qualidade do gasto público;
II – o uso sustentável de recursos naturais e bens públicos;
III – a redução do impacto NEGATIVO das atividades do órgão no meio ambiente
com a adequada gestão dos resíduos gerados;
IV – a promoção das contratações sustentáveis;
V – a gestão sustentável de documentos, em conjunto com a unidade responsável;
VI – a sensibilização e capacitação do corpo funcional, força de trabalho
auxiliar e de outras partes interessadas; e
VII – a qualidade de vida no ambiente de trabalho, em conjunto com a unidade
responsável.
Página 43 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
CNJ
DPJ
➢ Decreto nº 7.746/2012.
Página 44 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade,
da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento
objetivo e dos que lhes são correlatos.
Institui a Comissão
Interministerial de
Sustentabilidade na
Administração Pública
(CISAP)
Página 45 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
O artigo 9º, do Decreto nº 7.746/12, institui a Comissão Interministerial de
Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP, de natureza CONSULTIVA
e caráter PERMANENTE, VINCULADA à Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação, com a finalidade de propor a implementação de critérios, práticas e ações
de logística sustentável no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional e das empresas estatais dependentes.
Bizu do Prof. Rosenval:
CisaP -> C de Consultiva e P de Permanente!
Página 46 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
A participação na CISAP é considerada prestaçÃO de serviço público
relevante, NÃO remunerada.
natureza consultiva
CISAP
caráter permanente
vinculada à Secretaria de
Logística e Tecnologia da
Informação
Página 47 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o
funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-
estar humanos;
III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus
precursores na atmosfera numa área específica e num período
determinado;
Bizu do Prof. Rosenval: emissÃO= liberaçÃO
IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de
efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa;
DICA: Lembrem-se de uma indústria.
V - gases de efeito estufa (GEE): constituintes gasosos, naturais ou
antrópicos que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação
infravermelha;
VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos
e naturais;
VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam
o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como
a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de
efeito estufa e aumentem os sumidouros;
VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou
indiretamente atribuída à ATIVIDADE HUMANA que altere a
composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada
pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos
comparáveis;
IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da
atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de
efeito estufa; e
Bizu do Prof. Rosenval: SUMIdouro = SUMIr com o gás! ;-)
Uma floresta é um sumidouro!
X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um
sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação e
Página 48 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está
exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os
quais a variabilidade climática e os eventos extremos.
Página 49 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Bizu: F Red COMI COMI COMI. É só lembrar do jogador Fred. O cara é fominha
e come muita bola! F Red COMI COMI COMI. ;-)
Definições
Página 50 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Área contaminada: local onde há contaminação causada pela
disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou
resíduos;
Área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela
disposição NÃO sejam identificáveis ou individualizáveis;
Bizu do Rosenval: Filho feio NÃO tem pai! A área órfã contaminada
é uma área “feia” cujo o responsável “o pai” não é identificável!
Ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o
desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos,
o processo produtivo, o consumo e a disposição final;
Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição;
Bizu: A coleta é SELETIVA!!! Ela separa antes (previamente)
Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que
garantam à sociedade informações e participação nos processos de
formulação, implementação e avaliação das políticas públicas
relacionadas aos resíduos sólidos;
Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos
que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a
recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e do SUASA,
entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de
rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar
os impactos ambientais adversos;
Bizu do Rosenval: ReJEITO NÃO tem JEITO vai para o ATERRO!!!
Página 51 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de
direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de
suas atividades, nelas incluído o consumo;
Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas,
direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de
acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou
com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta
Lei;
Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas
para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar
as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com
controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em
outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada;
Bizu: É o contrário da Logística Direta, por isso chama-se
REVERSA. Os resíduos sólidos voltam para o setor empresarial.
Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo
de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais
gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a
qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações
futuras;
Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que
envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou
biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos,
Página 52 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA;
Bizu: Reciclar é voltar para o ciclo. Tem transformação, alteração!
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, NÃO apresentem
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente
adequada;
Bizu do Prof. Rosenval: ReJEITO NÃO tem JEITO vai para o
ATERRO!!!
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação
final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos
estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou
exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis
em face da melhor tecnologia disponível;
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos:
conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume
de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos
causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo
de vida dos produtos, nos termos desta Lei;
Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos SEM
sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA;
Bizu do Rosenval: ReutilizaçÃO NÃO tem transformaÇÃO!!!
Página 53 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º, da Lei nº 11.445, de
2007. De acordo com a Lei nº 11.445, de 2007, o serviço público de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas
seguintes atividades: I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos;
II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, inclusive
por compostagem, e de disposição final dos resíduos; III - de varrição,
capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros
eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.
Página 54 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
ATENÇÃO!!! Ler os Art. 7o (objetivos) e 8o (instrumentos). As Bancas misturam objetivos,
instrumentos na prova!
Também vale a pena dar uma lida na classificação de Resíduos Sólidos que está no artigo
13.
Página 55 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ UNIÃO
✓ MMA
✓ VIGÊNCIA POR PRAZO INDETERMINADO
✓ HORIZONTE DE 20 ANOS
✓ ATUALIZAÇÃO A CADA 4 ANOS
Logística Reversa
Página 56 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
PROIBIÇÕES
Página 57 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
PROF. RICARDO TORQUES
Estatuto da Pessoa com Deficiência
Disposições Iniciais
FINALIDADE: Assegurar e promover os direitos fundamentais das pessoas com deficiência, à luz da
Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, que foram
internalizados em nosso ordenamento como normas constitucionais.
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.
LIMITAÇÕES: critérios:
Espécies de barreiras:
Página 58 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
ACESSIBILIDADE: é todo e qualquer instrumento capaz de viabilizar a inclusão da pessoa com
deficiência em igualdade de condições com as demais pessoas.
BARREIRAS: são entraves existentes na sociedade que limite ou impeça o acesso a todas as
pessoas em igualdade de condições.
ADAPTAÇÃO RAZOÁVEL: constitui ajuste necessário e adequado que não acarrete ônus
desproporcional e indevido.
ACOMPANHANTE: é quem está com a pessoa com deficiência, podendo ser, ou não, o atendente
pessoal.
ATENDENTE PESSOAL: Quem presta auxílio à pessoa com deficiência, de forma temporária
ou permanente, remunerada ou não, mas não pode ser aquele que exerce profissão
regulamentada.
CONCEITO DE DISCRIMINAÇÃO: toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão,
que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações
razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.
Igualdade
Não discriminação
exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas
sobre reprodução e planejamento familiar;
Página 59 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
DEVERES:
• Do Estado
• Da sociedade
• Da família
A pessoa com deficiência não é obrigada a fruir das ações afirmativas disponíveis.
ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
prestação de socorro
disponibilização de recursos
recebimento de IR
tramitação processual
Direito ao Trabalho
REGRAS GERAIS
Página 60 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
conceitos:
INCLUSÃO NO TRABALHO
Conceito: a inclusão ocorrerá por intermédio da eliminação das barreiras que impedem o
exercício dos direitos trabalhistas por todas as pessoas em condições de igualdade.
▪ prioridade no atendimento
▪ provisão de suporte individualizados (recursos de tecnologia assistiva, agente facilitador e
apoio no ambiente de trabalho)
▪ respeito ao perfil vocacional e ao interesse
▪ aconselhamento e apoio aos empregadores
▪ avaliações periódicas
▪ articulação intersetorial
▪ participação de organizações da sociedade civil
Habilitação/reabilitação X inclusão
Página 61 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
2% das vagas de estacionamento (ou pelo menos 1) devem ser reservadas às pessoas com deficiência
(bem localizada, próxima ao local de acesso e devidamente sinalizada).
10% da frota de táxis deve ser acessível, vedando-se a cobrança de tarifa diferenciada.
1 a cada 20 veículos de empresas de locação de carros devem ser acessíveis com, pelo menos, câmbio
automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos manuais de freio e embreagem.
Acessibilidade
CONCEITO: direito que garante à pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida o acesso a bens
e serviços em condições de igualdade em relação às demais pessoas.
DESENHO UNIVERSAL: instrumento que garante acessibilidade, por intermédio da criação de produtos
e bens plenamente acessíveis a todos. Constitui regra e, quando não passível de ser observada, exige
adaptação razoável.
POLÍTICA PÚBLICA – DESENHO UNIVERSAL: compete ao Poder Público desenvolver políticas para o
fomento, o desenvolvimento e a fiscalização da utilização de bens e produtos segundo as regras de
desenho universal.
DEVEM SER ACESSÍVEIS: construções (edifícios públicos ou privados de uso coletivo), reformas,
ampliações e mudanças no uso de edificações abertas ao púbico ou privadas de uso coletivo.
DEVE SER ACESSÍVEL O RECEBIMENTO DE contas, boletos, recibos, extratos, cobrança e tributos.
SITES DE INTERNET: os sites de empresas privadas e de órgãos públicos devem ser acessíveis
(não está incluído no rol sites de pessoas naturais).
LAN HOUSES: pelo menos 10% acessível (ou 1 equipamento quando o cálculo der inferior a
um computador)
Página 62 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
POLÍTICA PÚBLICA: cabe ao poder público, diretamente ou em parceria com organizações da
sociedade civil, promover a capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes
e de profissionais habilitados em Braille, audiodescrição, estenotipia e legendagem.
Não se enquadram mais no conceito de absolutamente incapazes do Código Civil, seja essa
deficiência temporária ou permanente.
A Justiça Eleitoral deve se organizar a fim de viabilizar a participação de pessoas com deficiência
no processo eleitoral. Inclusive, quanto ao exercício do voto, deve permitir que o deficiente vote
com auxílio de terceiro (pessoa de sua confiança).
Acesso à justiça
DISPOSIÇÕES GERAIS
O acesso à pessoa com deficiência não se restringe às partes (autores e réus), mas abrange a
todos que, de certo modo, tenham contato com o Poder Judiciário (terceiros, advogados, MP, DP,
magistrados, intérpretes, conciliadores, mediadores, peritos etc.).
Capacitação dos servidores públicos que atuam no Poder Judiciário, no Ministério Público, em
órgãos de segurança pública e sistema penitenciário.
À pessoa com deficiência que estiver cumprindo medida restritiva de liberdade deve ser
assegurada acessibilidade.
A pessoa com deficiência é plenamente capaz (não é mais considerada absolutamente incapaz
na redação originária do art. 3º, do NCPC).
Instrumento de auxílio do qual a pessoa com deficiência poderá se valer para tomar decisões,
nomeando-se, pelo menos, duas pessoas de confiança para auxiliá-la na prática de atos civis.
Características da Curatela:
Página 63 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
• protetiva;
• extraordinário;
• proporcional às necessidades e às circunstâncias do caso concreto.
Depende de decisão judicial fundamentada.
Abrange:
• direito ao corpo;
• direito à sexualidade;
• direito ao matrimônio;
• direito à privacidade;
• direito à educação;
• direito à saúde;
• direito ao trabalho;
• direito ao voto; e
• emissão de documentos oficiais.
CURATELA
Redução tópica da capacidade civil da pessoa com deficiência com a finalidade de protegê-la
para a prática de atos patrimoniais.
CURADORIA ANTECIPADA
prévia oitiva do MP
CAUSA DE AUMENTO DE PENA (1/3): vítima estar sob cuidado ou sob responsabilidade do
agente.
Página 64 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
APROPRIAR-SE DE OU DESVIAR BENS, PROVENTOS, PENSÃO, BENEFÍCIOS, REMUNERAÇÃO OU
QUALQUER OUTRO RENDIMENTO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
CAUSA DE AUMENTO DE PENA (1/3): se cometido por tutor, curador, síndico, liquidatório,
inventariante, testamenteiro, depositário judicial ou por aquele que se apropriou em razão do
ofício ou profissão.
* inclui quem não prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado por
lei ou mandado.
Página 65 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
• direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Conceitos:
BARREIRAS
Comunicações e na
Barreira na expressão ou recebimento de mensagens.
informação.
Página 66 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
prioridade em atendimentos de proteção e socorro;
prioridade em atendimentos em serviços públicos em geral;
prioridade na disponibilização de recursos para promoção de políticas voltadas aos deficientes;
prioridade para acesso à informação por intermédio de recursos acessíveis;
prioridade na tramitação em relação aos procedimentos judiciais.
Página 67 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO CIVIL – PROFA. ALINE BAPTISTA SANTIAGO
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO –
LINDB.
RESUMO DA AULA 00
LINDB
Contém normas que tratam de normas em geral. Não disciplina só o Direito Civil, mas,
também, outros ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na
legislação específica.
LICC LINDB
VIGÊNCIA
1
Flávio Tartuce. Manual de Direito Civil. Volume único. 7ª ed, 2017.
Página 68 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
O art. 2° da LINDB relaciona vigência ao aspecto temporal da lei, a qual, no período
(de vigência) tem vigor.
Vigor e Vigência designam qualidades diferentes:
VACATIO LEGIS
Esse intervalo temporal entre a data da publicação e o início de vigência da lei é a
VACATIO LEGIS. Quando a lei entra em vigor na data de sua publicação é lei sem
VACATIO LEGIS.
Lei com INTERVALO TEMPORAL = vacatio legis
Lei sem INTERVALO TEMPORAL = sem vacatio legis
A lei, no período de vacatio legis, ainda não tem obrigatoriedade nem eficácia, embora
já exista no ordenamento jurídico.
Página 69 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Esquematizando o art. 1°, parágrafos 3° e 4º da LINDB:
Como você viu, no caso de alterações de leis, duas situações bem distintas podem
ocorrer, mas ambas envolverão todos os dispositivos da lei se a republicação for
total.
Situação 1: A lei está dentro do vacatio legis, ou seja, ainda não está em vigor.
Situação 2: A lei já está em vigor, já passou o prazo de vacatio legis.
CONTAGEM DO PRAZO
Incluir a data da publicação e o último dia do prazo, a lei entrará em vigor no dia
subsequente.
REVOGAÇÃO DA LEI
A revogação nada mais é que tornar sem efeito uma norma ou parte dela. A lei ou,
então, parte dela deixa de ter vigência, cessa a sua obrigatoriedade.
Expressa
Quanto à forma de
sua execução
Tácita
Revogação
Parcial
Quanto à sua
extensão
Total
Página 70 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
As bancas costumam cobrar em prova a definição de Derrogação e Ab-rogação. Não vá
errar isto! Revogação parcial é derrogação. Revogação total é ab-rogação.
MACETE: TOTALAB
se assim o fizer.
Expressamente
Página 71 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Somente ocorrerá
REPRISTINAÇÃO (Lei
“A” voltará a valer) se
a Lei “C” assim dispuser expressamente. Não há repristinação automática.
ANTINOMIA JURÍDICA
Dá-se a antinomia jurídica quando existem duas normas conflitantes sem que se
possa saber qual delas deverá ser utilizada no caso concreto.
Três critérios devem ser levados em conta para a solução dos conflitos:
Critério Cronológico Critério da Especialidade Critério Hierárquico
Ainda, a antinomia pode ser classificada em: antinomia real e antinomia aparente.
OBRIGATORIEDADE DA LEI
O princípio da obrigatoriedade da norma aplicado em relação às pessoas (ou da não
ignorância de lei vigente) é objeto do art. 3º:
LINDB: Art.3°. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Página 72 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Os métodos de interpretação mais cobrados em prova são os seguintes:
MEIOS DE INTEGRAÇÃO
O juiz não pode eximir-se de proferir decisão sob o pretexto de que a lei é omissa,
devendo utilizar-se dos meios de integração da norma (analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito).
Estes meios deverão ser utilizados na ordem prevista na norma – ordem hierárquica
– qual seja: ¹Analogia, ²Costumes e ³Princípios Gerais do Direito.
Página 73 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
PESSOAS NATURAIS.
RESUMO DA AULA 01
PESSOAS NATURAIS
A personalidade da Pessoa Natural começa do nascimento com vida, ou seja,
mesmo o recém-nascido, embora não possa exercer pessoalmente os atos da vida civil,
já é sujeito de direitos e obrigações (tem capacidade de direito ou de gozo –
inerente a todo ser humano).
Nascituro é o feto, que está dentro do ventre da mãe e que ainda vai nascer. Ele não
possui personalidade jurídica material, mas a lei assegura seus direitos desde a
concepção. O nascituro possui o que se chama de personalidade jurídica formal.
CAPACIDADE
Vimos que a pessoa natural é o ser humano, que ao nascer com vida, adquire
personalidade civil, considerado, então, como sujeito de direitos e obrigações.
Como a capacidade é limitada, para termos a medida da personalidade se faz
necessário distinguir essa capacidade. Ela pode ser de duas espécies: a primeira,
denominada ¹de gozo ou de direito, que é aquela oriunda da personalidade, e que é
Página 74 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
inerente à pessoa; e a segunda, denominada ²de fato ou de exercício, que é a
capacidade de exercer estes direitos por si só na vida civil.
INCAPACIDADE
Incapacidade é a restrição legal para determinados atos da vida civil. Todas as
incapacidades estão previstas em lei, neste sentido temos que falar que a
capacidade da pessoa natural é a regra, sendo a incapacidade a exceção.
O instituto da incapacidade visa proteger os que são portadores de uma deficiência
jurídica apreciável. A proteção jurídica dos incapazes realiza-se por meio da
representação ou assistência.
EMANCIPAÇÃO
Página 75 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
A emancipação pode ser Voluntária, quando se dá por concessão de dos pais (art.
5º inciso I, primeira parte); Judicial, quando por sentença do juiz (art. 5º inciso I,
segunda parte); e pode ser Legal que é quando a incapacidade cessa por expressa
determinação da lei (art. 5º incisos II, III, IV e V).
Irrenunciáveis Imprescritíveis
Página 76 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Caso um direito de personalidade esteja sendo ameaçado ou lesado, a pessoa poderá
exigir que cesse a ameaça ou lesão e reclamar perdas e danos, sem prejuízos de
outras sanções.
DIREITO AO NOME
O nome também é um dos direitos de personalidade e está, portanto, protegido por lei.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Salvo se 1.Autorizadas
ou
2.Necessárias 2.1 a Administração da justiça
ou
2.2 a Manutenção da ordem pública
Página 77 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
A divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa
Sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
DA AUSÊNCIA
Não basta a simples não presença para configurar a ausência. É necessária a falta
de notícia do ausente, de modo que haja dúvidas quanto a sua existência bem como
a declaração judicial desse estado. O elemento “incerteza jurídica” será
complementado pela sentença do juiz. Deste modo, temos o art. 22 do CC:
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e
nomear-lhe-á curador.
3. Da sucessão definitiva
Página 78 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
A pessoa desapareceu de seu domicílio e dela não se tem notícia
também se
declarará a ausência
declarará a
e nomeará
ausência e se
CURADOR
nomeará curador
PESSOAS JURÍDICAS.
RESUMO DA AULA 02
PESSOAS JURÍDICAS
É importante que você saiba identificar e distinguir as pessoas jurídicas de direito
público e as pessoas jurídicas de direito privado (é um ponto recorrente em provas).
Página 79 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que
se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este
artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Página 80 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Lembre-se também das figuras despersonalizadas (que não possuem
personalidade jurídica própria), tais como a família; a massa falida; o espólio; o
condomínio; a herança jacente ou vacante. Em geral, estes grupos possuem capacidade
processual e também possuem legitimidade ativa e passiva para demandar e ser
demandado em ações na justiça.
Página 81 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas.
FATOS JURÍDICOS.
RESUMO DA AULA 03
FATO JURÍDICO
É todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.
Fato Jurídico Natural (ou em sentido estrito), que é aquele que independe da
vontade humana. Os Fatos naturais se subdividem em originários (exemplos: o
nascimento, a morte2, a maioridade, o decurso do tempo, a frutificação das
plantas) ou extraordinários (a exemplo do caso fortuito, ou força maior3, das
tempestades e dos terremotos que ocasionem danos às pessoas).
Fato Jurídico Humano, que será decorrência de um Ato humano. (exemplos:
reconhecimento da paternidade, um contrato, uma doação)
Silêncio de uma das partes - entende-se que ocorreu anuência, quando as
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária declaração expressa de
vontade (manifestação tácita da vontade, silêncio como manifestação de vontade).
Acontecimento Natural
Lembre-se que ambos
(fato jurídico em stricto sensu) precisam ter efeitos
Fato Jurídico jurídicos, ou seja,
repercussão no direito, para
Acontecimento Humano - Ato jurídico
serem fato jurídico.
(Ato Humano)
NEGÓCIO JURÍDICO
É o ato que tem como consequência efeitos jurídicos desejados pelas partes. É ato
negocial. Estará presente a autonomia privada. O contrato é o principal exemplo de
um negócio jurídico.
Na interpretação dos negócios jurídicos, importa mais a intenção das partes do que
o sentido literal da linguagem, porém, quando os negócios jurídicos forem benéficos
ou consistirem em renúncia, deverão ser interpretados restritivamente.
2 Tanto o nascimento quanto a morte são acontecimentos naturais. Fatos jurídicos que serão inscritos no registro
público.
3 Segundo Orlando Gomes, Introdução ao Direito Civil: “caso fortuito, ou força maior, é todo fato necessário, a cujos
efeitos não é possível resistir”. Como requisitos necessários, temos: a inevitabilidade (requisito objetivo) e a
ausência de culpa (requisito subjetivo).
Página 82 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Os negócios jurídicos sinalagmáticos são aqueles em que há reciprocidade de
direitos e obrigações.
o Negócio Jurídico
Informações Importantes:
✓A validade do negócio jurídico requer forma prescrita ou não defesa em lei (em regra,
a forma é livre).
✓A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando
a lei expressamente a exigir.
Inter vivos: As consequências jurídicas ocorrem durante a vida dos interessados (ex.:
doação (estipulada em vida), troca, mandato, compra e venda, locação).
Mortis causa: Regulam relações após a morte do sujeito, do declarante (ex.:
testamento, legado).
Página 83 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Oneroso: Implica mútua transmissão. Os sujeitos visam, reciprocamente, a obter
vantagens para si ou para outrem (ex. compra e venda, contratos em geral).
Neutros: São aqueles em que não há uma atribuição patrimonial determinada, não
podendo ser enquadrados como gratuitos ou onerosos. Como por exemplo a instituição
de bem de família e cláusula de incomunicabilidade de bens de um cônjuge para o
outro.
Bifrontes: São os negócios jurídicos que podem ser onerosos ou gratuitos a critério
das partes, como o mútuo, o mandato e o depósito (que são espécies de contratos
previstos no Código Civil).
Além da declaração de vontade, são três, então, os fatores a serem analisados, quais
sejam: o ¹agente (as pessoas envolvidas), o ²objeto (aquilo que está em questão) e
a ³forma (que conste da lei ou, então, nela não esteja proibida).
Declaração de vontade
Gerais (comuns a
Elementos todos os negócios
essencias, jurídicos) relacionados Agente capaz
requisitos de a:
validade e por
consequência de
existência Objeto lícito, possível, determinado ou determinavel
Particulares
(de cada negócio
jurídico) relacionados à forma, que poderá ser diferente para
cada ato, desde que não contrarie o art. 104, III.
Página 84 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva
mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Reserva mental é uma declaração não querida em seu conteúdo, tendo por
objetivo enganar o destinatário, sendo que a vontade declarada não coincide com
a vontade real do declarante.
a vontade das
partes
evento futuro
A condição possui como elementos:
(futuridade)
evento incerto
(incerteza)
Página 85 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Negócio Nulo Negócio Anulável
(nulidade absoluta) (nulidade relativa)
Página 86 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
1.celebrado por Pessoa Absolutamente Incapaz
8. SIMULAÇÃO
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I – por incapacidade relativa do agente;
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores.
1.incapacidade relativa
2.erro
3.dolo
4.coação
5.estado de perigo
6.lesão
Página 87 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
ERRO:
Erro de direito - Exemplo: "A" adquire de "B" o lote "X" do Recanto Azul, ignorando
que lei municipal proibia loteamento naquela localidade.
Erro sobre o objeto principal da declaração - Exemplo: Se um contratante supõe
estar adquirindo um lote de terreno de excelente localização, quando, na verdade, está
comprando um situado em péssimo local.
Erro substancial sobre a qualidade essencial do objeto - Exemplo: "A" pensa
adquirir uma joia de prata, que, na verdade, é de aço.
Falso motivo - só vicia quando expresso como razão determinante.
Se houver a informação quanto à possibilidade de retificação trata-se de Erro de
cálculo.
DOLO:
Dolo - Exemplo: Se alguém fizer seguro de vida, omitindo moléstia grave, e vier a
falecer poucos meses depois, havendo prova da intenção de prejudicar a seguradora e
beneficiar seus sucessores (Provoca, de maneira intencional, o erro de outra pessoa).
Dolo de terceiro - Se A (comprador) adquire por influência de C (aqui está o terceiro),
que o convence de algo, sem que B (vendedor), ouvindo tal disparate, alerte A. negócio
é suscetível de anulação.
Dolo acidental - Exemplo: leva a vítima a realizar o ato negocial, porém, não afetando
sua declaração de vontade, nem influindo diretamente na realização daquele ato, que
seria praticado independentemente do emprego de artifício astucioso.
“Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma delas o pode alegar para
reclamar indenização”.
Página 88 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
ESTADO DE PERIGO: estado de necessidade - risco pessoal (“perigo à vida”).
Exemplo: "A", tendo seu filho "B" sido sequestrado, paga vultosa soma de resgate. Para
tanto "A" teve de vender obras de arte a preço inferior ao do mercado a "C". Essa venda
poderá ser anulada desde que "C", aproveitando-se da situação, tenha conhecimento
da grave circunstância em que "B", filho de "A". Outro exemplo: Alguém que vier a
vender um imóvel fora do valor mercadológico, para poder pagar uma cirurgia urgente.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA:
PRESCRIÇÃO (Regra de prazo): A partir do momento que um direito é violado, o
titular deste direito pode agir juridicamente para garanti-lo, isto é o que chamamos
pretensão (a pretensão à ação).
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Página 89 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Prescrição Decadência
perde-se o direito à ação para pleiteá-lo e, perde-se o próprio direito material, por não se
portanto, não se consegue exercer o direito ter utilizado tempestivamente da via judicial
material adequada para pleiteá-lo
As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que impedem que seu curso
inicie, por estarem fundadas no status da pessoa individual ou familiar, atendendo
razões de confiança, parentesco, amizade e motivos de ordem moral.
A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários estende-se aos
demais credores, se a obrigação for também indivisível.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO:
Procuramos sempre orientar aos alunos para que procurem memorizar as causas
que interrompem a prescrição. Como em prova normalmente é necessário saber se
estamos diante de uma causa de interrupção ou se estamos diante de uma causa de
impedimento ou suspensão, fica mais fácil de garantir um acerto.
Das Causas que Interrompem a Prescrição
Página 90 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Observe que a interrupção da prescrição sempre será provocada e somente poderá
ocorrer uma vez:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I- por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a
promover no prazo e na forma da lei processual;
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica
aos demais coobrigados.
§1°. A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§2°. A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os
outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
§3°. A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
Importante!
✓A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita;
✓Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes;
✓A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição;
✓O juiz pode alegar de ofício a prescrição se favorecer o absolutamente incapaz;
✓A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor;
✓Há casos de impedimentos, suspensão e interrupção da prescrição;
✓O prazo geral de prescrição, aplicável quando não houver prazo especial, é de 10
anos;
Página 91 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓A prescrição atinge direitos dotados de pretensão, enquanto que a decadência atinge
direitos potestativos;
✓Não se aplicam à decadência as normas que interrompem a prescrição, salvo
disposição legal em contrário;
✓Não terá direito à repetição do indébito o devedor que saldar dívida prescrita;
✓A prescrição não corre na pendência de condição suspensiva;
✓Conforme a jurisprudência do STJ, em se tratando de ação de indenização, o início da
fluência do prazo prescricional ocorre com o conhecimento da violação ou da lesão ao
direito da vítima.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo,
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio
jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo
para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Importante!
✓Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
✓É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
✓Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Página 92 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
O ato ilícito, embora também decorra da vontade do agente, produz efeito jurídico
involuntário, gera obrigação de reparar o dano.
1.Ação
Violar direito e
Negligência Imprudência
causar dano a
alguém
2.Omissão
Voluntária
Página 93 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
que iria acontecer e mesmo assim praticasse a conduta, estaria agindo com dolo e não
com culpa.
São elementos necessários a configuração do ato ilícito:
³Nexo de causalidade entre:
¹Violação de direito ²Ocorrência do dano
Casos de exclusão de ilicitude: são os atos lesivos que não são considerados
ilícitos.
Há, então, três casos excepcionais que não constituem atos ilícitos apesar de causarem
lesões aos direitos de outrem, isto ocorre porque a própria norma jurídica lhes retira
a qualificação de ilícito.
Informação: Não constitui ato ilícito a destruição de coisa alheia ou a lesão a pessoa a
fim de remover perigo iminente.
Mas lembre-se de que, em regra, todo aquele que causar dano a outrem fica
obrigado a repará-lo.
RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil dirige-se à restauração de um equilíbrio moral e patrimonial
desfeito. É a perda ou a diminuição verificada no patrimônio do lesado ou o dano moral
que desencadeiam a reação legal, movida pela ilicitude da ação do autor, pela lesão ou
pelo risco.
Página 94 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
O dano causa desequilíbrio
Para que uma pessoa seja responsabilizada civilmente e assim surja o dever de
indenizar, três4 são os pressupostos5 que devem estar presentes, quais sejam:
Fato lesivo voluntário ou conduta humana, causado pelo agente por ação ou
omissão, que ocasione dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
Ocorrência de um dano, seja ele ¹patrimonial (material) ou ²moral
(extrapatrimonial). Não pode haver responsabilidade civil sem a existência de um
dano, é também necessário que exista prova, real e concreta, desta lesão.
Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. É uma ligação
virtual entre a ação e o dano resultante.
FORMAS DE RESPONSABILIDADE:
Responsabilidade extracontratual ou aquiliana. (está relacionada ao ilícito civil)
Responsabilidade contratual. (está relacionada ao inadimplemento de obrigação –
o não cumprimento de obrigações) Exemplo: Se um escritor, culposamente ou não,
não entregar ao editor, no prazo estipulado no contrato, a obra prometida.
QUANTO AO FUNDAMENTO:
Responsabilidade Subjetiva – Depende de culpa do agente.
Responsabilidade Objetiva - independe de culpa. Exemplo: O empregador ou
comitente, por ato lesivo de seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício de
trabalho que lhes competir ou em razão dele, responsabiliza-se objetivamente pela
reparação civil, pouco importando que se demonstre que não concorreu para o prejuízo
4
Existe divergência entre os doutrinadores sobre quais são os pressupostos do dever de indenizar.
Alguns acrescentam aos três – a conduta, o nexo e o dano - a culpa genérica ou lato sensu. Nós optamos
por explicar a culpa em separado, por uma questão didática, mas vale o esclarecimento.
5
Vocês também poderão encontrar estes pressupostos como elementos da responsabilidade civil.
Página 95 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
por culpa ou negligência de sua parte. (responsabilidade objetiva por fato de terceiro –
não precisa demonstrar a concorrência de culpa)
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz.
Página 96 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Informação: A responsabilidade, fundada no risco, consiste na obrigação de
indenizar o dano produzido por atividade exercida no interesse do agente e sob
seu controle, sem que haja qualquer indagação sobre o comportamento do
lesante.
Outras informações:
Há responsabilidade objetiva e solidária do empregador pelos erros e enganos
de seus prepostos para evitar que ele possa exonerar-se dela, provando que não houve
culpa in eligendo ou in vigilando.
O empregador responde, por exemplo, por incêndio provocado por empregado ao
consertar canalização de água, enquanto atendia a cliente seu.
O empregador tem ação regressiva contra empregado para reaver o que pagou ao
lesado, por ato lesivo culposo praticado durante o exercício do trabalho. (se houver
culpa do empregado)
Os empresários e as pessoas jurídicas respondem pelos danos causados pelos
produtos postos em circulação.
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as
empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos
postos em circulação.
Página 97 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. RICARDO TORQUES
Jurisdição e Ação
JURISDIÇÃO É PODER, FUNÇÃO E ATIVIDADE:
• JURISDIÇÃO COMO PODER - Poder Estatal de interferir na esfera jurídica dos jurisdicionados.
• JURISDIÇÃO COMO FUNÇÃO - Encargo atribuído pela CF ao Poder Judiciário (em regra).
• JURISDIÇÃO COMO ATIVIDADE - Conjunto de atos praticados pelos agentes estatais
investidos de jurisdição.
CARACTERÍSTICAS:
a) Caráter substitutivo - caracteriza-se a jurisdição por substituir a vontade da parte pela vontade
da Lei aplicada ao caso concreto, como forma de colocar fim ao conflito.
b) Lide – caracteriza-se a jurisdição por atuar quando há um conflito de interesses em decorrência
de uma pretensão resistida.
c) Inércia – caracteriza-se a jurisdição por ficar subordinada à provocação pela parte (princípio da
demanda); e
d) Definitividade – caracteriza-se a jurisdição por decidir o conflito de interesses de forma
incontestável, definitiva e imutável.
EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
autônomos: transação, reconhecimento jurídico do pedido, renúncia.
heterônomo: tribunais administrativos e arbitragem.
Sem necessidade de maior aprofundamento, é relevante ter em mente alguns conceitos:
AUTOTUTELA: Solução de conflitos pelo uso da força, por intermédio do qual a parte vencedora
sacrifica o interesse da outra.
CONCILIAÇÃO: Solução de conflitos pela vontade das partes, por intermédio da conciliação
(transação), da submissão ou da renúncia.
MEDIAÇÃO: Solução de conflitos fundada no exercício da vontade das partes, sem a existência
de um sacrifício de interesses, mas na investigação das causas que levaram ao conflito, com a
finalidade de assegurar o real interesse de ambas as partes.
ARBITRAGEM: Solução de conflitos por intermédio da nomeação consensual (prévia ou
posterior ao conflito) de árbitros que tenham a confiança das partes para a solução do conflito de
interesses. Essa solução decorre da imposição da decisão pelo terceiro (árbitro),
independentemente da vontade das partes.
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS: A solução de questões por tribunais administrativos também
é considerada como um equivalente jurisdicional para parte da doutrina. São exemplos o CADE
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e o CARF (Conselho Administrativo da Receita
Federal).
PRINCÍPIO
Princípio da investidura: necessidade de que a jurisdição seja exercida pela pessoa
legitimamente investida na função jurisdicional.
Princípio da territorialidade: apenas poderá ser exercida a jurisdição dentro dos limites
territoriais brasileiros, em razão da soberania do nosso Estado.
Princípio da indelegabilidade: a) externa; e b) interna.
Pela perspectiva externa, o princípio da indelegabilidade remete à ideia de que o Poder
Judiciário não poderá outorgar a sua competência a outros poderes. Dito de forma
simples, não pode o Poder Judiciário delegar a atribuição de julgar os processos aos poderes
Executivo ou Legislativo.
Página 98 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
Pela perspectiva interna, o princípio da indelegabilidade entende que a jurisdição é fixada por
intermédio de um conjunto de normas gerais, abstratas e impessoais, não sendo admissível
a delegação da competência para julgar de um Juiz para outro.
Princípio da inevitabilidade: o princípio da inevitabilidade impõe às partes a vinculação ao
processo e a sujeição à decisão judicial.
1º momento: vinculação das partes ao processo judicial.
2ª momento: estado de sujeição ante a vinculação automática.
Princípio da inafastabilidade: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça de lesão a direito.
1º aspecto: relação entre contencioso judicial e administrativo.
2º aspecto: acesso à ordem jurídica justa.
Princípio do juiz natural: ninguém será julgado a não ser pela autoridade competente.
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
EM RELAÇÃO AO OBJETO DA DEMANDA
- Jurisdição Penal - matéria penal
- Jurisdição Civil - todas as matérias não penais (conceito amplo e subsidiário)
EM RELAÇÃO AO ÓRGÃO JURISDICIONAL
- Jurisdição Inferior - enfrenta a demanda do início (originariamente)
- Jurisdição Superior - enfrenta a demanda, em regra, na esfera recursal
EM RELAÇÃO À MATÉRIA
- Jurisdição Especial - Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar
- Comum - Demais “Justiças” (engloba a Justiça Estadual Comum e Federal)
EM RAZÃO DA LITIGIOSIDADE
- Jurisdição Contenciosa: caracterizada pelo conflito de interesses
- Jurisdição Voluntária: caracterizada pelo controle jurisdicional de interesses privados.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
- obrigatória
- caráter inquisitivo
- possibilidade de decidir por equidade ou até mesmo contrariamente às partes
- atuação do MP como fiscal da ordem jurídica
Página 99 de 221
www.estrategiaconcursos.com
.br
São partes, embora não estejam atuando em
AUSÊNCIA DE PARTE.
posições antagônicas.
AÇÃO
Teorias da ação
TEORIA IMANENTISTA
- direito material em movimento
- direito de ação contra o adversário
- processo é mero procedimento
TEORIA CONCRETA DA AÇÃO
- ação é direito contra o Estado (para obter uma tutela favorável) e contra o adversário (para obter o
direito material)
- condicionado ao direito material
- direito potestativo
TEORIA ABSTRATA DO DIREITO DE AÇÃO
- direito a um pronunciamento do Estado
- direito de ação existe ainda que sem o direito material
- não há condição da ação ou sentença terminativa por carência da ação
- interesse e legitimidade são assuntos de mérito
TEORIA ECLÉTICA
- direito de ação condicionado (interesse e legitimidade)
- carência da ação forma apenas coisa julgada formal
- condição da ação é matéria de ordem pública analisável a qualquer momento
- direito de petição é incondicionado
TEORIA DA ASSERÇÃO
- distinção entre direito material e direito de ação
- direito de ação condicionado à legitimidade e interesse
- avaliação das condições da ação à vista das afirmações do demandante em cognição sumária, que pode
levar à carência da ação (avaliação das condições d ação "in status assertionis".
- avaliação do interesse e legitimidade como matéria de mérito que pode conduzir à rejeição do pedido
INTERESSE E LEGITIMIDADE
www.estrategiaconcursos.com
.br
Essa cognição é prévia, é sumária e exercida in status assertionis (em asserção). Superada a
cognição sumária, se o magistrado decidir pela citação da parte ré, preclui a possibilidade da
sentença terminativa pela não caracterização de interesse e legitimidade.
Interesse:
➢ necessário toda vez que o autor não tiver outro meio para obter o bem da vida pretendido, a
não ser por intermédio do Poder Judiciário.
➢ adequado se, em razão dos pedidos deduzidos, o processo for apto a resolver o conflito de
interesses.
Legitimidade: pertinência subjetiva da ação, ou seja, refere-se à titularidade para promover ativa
ou passivamente a ação.
LEGITIMAÇÃO
➢ ordinária - a parte pleiteia direito próprio
➢ extraordinária - a parte pleiteia direito alheio, quando expressamente autorizado pelo
ordenamento.
A legitimação extraordinária aplica-se apenas ao processo judicial individual.
Legitimação extraordinária não se confunde com substituição processual. Ocorre substituição sempre
que uma das partes é retirada da relação processual para dar lugar a outra parte, o que não ocorre na
legitimação extraordinária.
Legitimação extraordinária não se confunde com a legitimação ad processum, ou seja, a capacidade
para estar em Juízo.
Ainda em relação à legitimação extraordinária, cumpre observar que o substituto detém, em regra,
todos os poderes inerentes à ação, como a capacidade de alegar, de postular e de produzir provas etc.
Contudo, não poderá: a) fazer depoimento pessoal; b) praticar atos de disposição do direito material do
titular do direito, como renunciar ou reconhecer o pedido e transicionar. Para esses atos é necessária a
anuência expressa do substituído.
ELEMENTOS DA AÇÃO:
➢ parte
➢ pedido
➢ causa de pedir
Partes
➢ Parte processual: aquela que está em uma relação jurídica processual, que exerce o contraditório,
atua com parcialidade e pode sofrer consequências com a decisão.
➢ Parte material: é o sujeito da relação jurídica discutida em Juízo, podendo (legitimação ordinária)
ou não (legitimação extraordinária) ser parte processual.
Causa de pedir
➢ causa de pedir remota (ou fática)- constitui a descrição do fato que deu origem a lide
➢ causa de pedir próxima (ou jurídica)
o é o próprio direito, aplicado a partir da descrição fática
o envolve a concretização da norma, conferindo substância ao pedido do autor
Teoria da Individuação X Teoria da Substanciação
➢ TEORIA DA INDIVIDUAÇÃO: a) causa de pedir composta tão somente pela relação jurídica
afirmada pelo autor; b) caráter meramente histórico.
➢ TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO: a) causa de pedir formada apenas pelos fatos jurídicos narrados
pelo autor; b) aplicada ao Direito Processual Civil brasileiro.
Pedido: objeto da ação, consiste na pretensão do autor que é levada ao Estado-Juiz, que irá prestar a
tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
➢ pedido imediato: a) aspecto processual; b) espécie de tutela jurisdicional.
➢ pedido mediato: a) aspecto material; b) bem da vida
ESPÉCIES DE AÇÃO
Classificação segundo a natureza da relação jurídica discutida: real e pessoal
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ ação real: envolve relação jurídica de direito real
➢ ação pessoal: envolve relação jurídica de direito pessoal
Classificação segundo o objeto do pedido mediato: mobiliária e imobiliária
➢ ação mobiliária: envolve bens móveis.
➢ ação imobiliária: envolve bens imóveis.
Classificação segundo o tipo de tutela jurisdicional: conhecimento, cautelar e executiva
(ações sincréticas)
➢ ação de conhecimento - certificação de direito
➢ ação de execução - efetivação de direito
➢ ação cautelar - proteger a efetivação de um direito
Classificação de conhecimento: condenatórias, constitutivas e declaratórias
➢ ação condenatória: aquela em que se afirma a titularidade de um direito a uma prestação e pela
qual se busca a certificação e a efetivação desse mesmo direito, com a condenação do réu ao
cumprimento da prestação devida.
➢ ações constitutivas: aquela que tem por objetivo obter uma certificação e efetivação de um direito
potestativo.
➢ ações declaratórias: aquela que tem o objetivo de certificar a existência, a inexistência ou o modo
de ser de uma relação jurídica.
Além das classificações acima, dois outros conceitos são importantes:
a) ação executiva em sentido amplo: é aquela pela qual se afirma um direito e se busca a
efetivação e a certificação desse direito por intermédio de medidas de coerção direta.
b) ação mandamental: é aquela pela qual se afirma um direito e se busca a efetivação e a
certificação desse direito por intermédio de medidas de coerção indireta.
Competência Interna
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, RESSALVADO
às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA - registro ou distribuição da petição
➢ regra - fixada, decorre a perpetuação da competência
➢ exceção
o supressão do órgão judiciário
o alteração da competência absoluta
Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, SALVO quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas
normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização
judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
competência de foro X competência do Juízo
www.estrategiaconcursos.com
.br
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA COMPETÊNCIA DERIVADA
CRITÉRIOS
➢ Objetivo: a) em razão da matéria; b) em razão da pessoa; e c) em razão do valor.
➢ Funcional
➢ Territorial
COMPETÊNCIA OBJETIVA
competência em razão da pessoa (que leva em consideração o elemento partes)
competência em razão da matéria (que leva em consideração a causa de pedir)
competência em razão do valor da causa (que leva em consideração o pedido)
CRITÉRIO TERRITORIAL
Servirão para definir, dentro da competência da justiça comum estadual ou federal, onde a
demanda será proposta.
CRITÉRIO FUNCIONAL
competência originária e recursal;
competência de acordo com a fase do processo (cognição, cautelar ou execução);
competência em razão de assunção de competência, instituto próprio do NCPC, que está
previsto no art. 947;
competência decorrente de arguição de inconstitucionalidade em controle difuso, disciplinada
no NPCP, no art. 948.
JUSTIÇAS CÍVEIS
Justiça Eleitoral: a definição da competência da Justiça Eleitoral é feita pela causa de pedir (os
fundamentos de fato e de direito), abrangendo o que envolver o sufrágio (eleições, plebiscito e
referendos) e questões político-partidárias.
Justiça do Trabalho: novamente com base na causa de pedir, será da competência da Justiça do
Trabalho os processos que envolverem as relações de trabalho.
JUSTIÇA FEDERAL: a competência da Justiça Federal é assentada em dois elementos da ação: em
razão das partes no processo ou em razão da causa de pedir.
PARTE: ações que tenha como parte a União, autarquias federais e empresas públicas federais.
Quatro exceções:
matéria trabalhista (por exemplo, reclamatória trabalhista contra a Caixa Econômica);
matéria eleitoral (por exemplo, autuação irregular efetuada pelo Correios no bojo de
processo eleitoral cível);
falência e recuperação judicial; e
www.estrategiaconcursos.com
.br
acidente de trabalho típico, quando o INSS é parte.
JUSTIÇA COMUM
A competência da justiça estadual é determinada por exclusão. Se não for da competência das “justiças
especiais” ou da Justiça Federal, será atribuída ao poder judiciário comum estadual.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL NO NCPC
Ações de direito pessoal ou direito real sobre bens móveis
REGRA - foro do domicílio do réu
ESPECIFICIDADES:
➢ mais de um domicílio - qualquer um deles
➢ domicílio incerto ou desconhecido - onde for encontrado OU domicílio do autor
➢ não tiver domicílio ou residência no Brasil - domicílio do autor
➢ 2 réus com domicílios diferentes - qualquer deles, à escolha do autor
Execuções Fiscais
➢ foro de domicílio do réu;
➢ no de sua residência; ou
➢ no do lugar onde for encontrado.
Ações fundadas em direito real sobre imóveis DEVEM SER AJUIZADAS NO FORO DA SITUAÇAO
DA COISA
➢ competência relativa (EXCEÇÃO) - domicílio do réu ou foro de eleição
➢ competência absoluta (REGRA) - direito de propriedade, de vizinhança, de servidão, de divisão e
demarcação de terras e de nunciação de obra nova; E
Ações relativas à sucessão causa mortis
1ª regra: o último domicílio do falecido;
2ª regra: se não tiver domicílio certo, será o local da situação dos bens imóveis;
3ª regra: se tiver bens em domicílios em vários locais, poderá ser ajuizado em qualquer foro;
4ª regra: se não tiver domicílio, nem bens imóveis, a ação poderá ser ajuizada em qualquer local
dos bens móveis do espólio.
Ação contra réu Ausente - foro do seu último domicílio
Ações contra incapaz - foro do domicílio do representante ou do assistente.
Competência para julgar ações envolvendo a união, os estados-membros e o distrito federal
➢ Se os entes públicos forem autores - domicílio do réu
➢ Se os entes públicos forem réus: a) foro do domicílio; b) no local do ato ou fato; c) no foro da
situação da coisa; ou d) Distrito Federal.
Ação de divórcio separação, anulação de casamento e reconhecimento de união estável
1º - domicílio do responsável pelo incapaz (que coincide, em regra, com o domicílio do incapaz);
2º - não havendo, último domicílio do casal; e
3º - se residirem em domicílios distintos do domicílio do casal, a competência será do foro do domicílio
do réu.
Ação de alimentos: de domicílio ou residência do alimentando.
Ação em que a ré for pessoa jurídica: foro do lugar onde está a sede.
Ação relativa às obrigações que a pessoa jurídica contraiu: local onde está a agência ou sucursal.
Ação contra ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica: local onde exerce suas
atividades.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Ação em que se lhe exigir o cumprimento: local onde a obrigação deve ser satisfeita.
Ação que verse sobre direito previsto o estatuto: local de residência do idoso.
Ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício: local da serventia notarial ou de
registro.
Ação de reparação de dano ou cujo réu administrador ou gestor de negócios alheios: foro do
lugar do ato ou do fato.
Ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive
aeronaves: foro do domicílio do autor do local do fato.
MÉTODO PARA IDENTIFICAR O JUÍZO COMPETENTE
a) verificar se a justiça brasileira é competente para julgar as causas (arts. 21 a 23 do NCPC);
b) se for, investigar se é caso de competência originária de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico
(Senado Federal – art. 52, I e II, da CF; Câmara dos Deputados – art. 51, da CF; Assembleia Legislativa
estadual para julgar governador de Estado)
c) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral, trabalhista ou militar) ou justiça
comum;
d) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal (arts. 108 e 109, da CF), pois,
não sendo, será residualmente da estadual;
e) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente, segundo os critérios do CPC
(competência absoluta e relativa, material, funcional, valor da causa e territorial); f) determinado o foro
competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema do CPC (prevenção, p. ex.) das
normas de organização judiciária.
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
um Juiz que não era originariamente competente passará a ser
isso somente é possível quando se tratar de competência relativa
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA:
supressão do órgão judiciário (art. 43, do NCPC);
alteração da competência absoluta (art. 43, do NCPC);
conexão (art. 55, do NCPC) e continência (arts. 56 e 67, ambos do NCPC);
A conexão ocorre quando forem comuns o pedido ou a causa de pedir.
➢ Hipóteses
o Identidade da relação material, ainda que o pedido ou a causa de pedir não sejam
idênticos, porém, semelhantes.
o Execuções fundadas no mesmo título executivo.
➢ Consequência
o Reunião, exceto se um processo já estiver sido julgado.
Na continência, há identidade entre as partes, causa de pedir, mas o pedido de uma é mais
amplo que o da outra.
E qual será o Juiz competente para julgar as ações conexas ou contingentes? O juízo
prevento, ou seja, define-se a competência pela propositura da ação, no momento em que houver
registro ou distribuição da petição inicial.
incidente de deslocamento de competência (art. 109, §5º, da CF);
foro de eleição
➢ A regra deve constar de instrumento escrito e se referir expressamente a determinado negócio
jurídico específico
➢ O foro contratual se transmite aos herdeiros e sucessores das partes contratantes
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ Se abusiva a cláusula de eleição de foro, poderá ser reputada ineficaz pelo magistrado, com
determinação de remessa dos Autos ao foro de domicílio do réu.
➢ Se não declarada abusiva pelo magistrado de ofício, cabe à parte alegar a abusividade na
contestação, sob pena de preclusão.
➢ Ocorre também a modificação da competência por intermédio do foro de eleição. Para eleição do
foro devem ser observadas algumas regras que constam do art. 63, do NCPC.
INCOMPETÊNCIA
NÃO pode ser alterada por vontade das As partes têm a prerrogativa de eleger o
partes. foro.
NÃO pode ser alterada por conexão ou Pode ser modificada por conexão ou
continência. continência.
Se houver violação à regra de competência absoluta, são preservados os atos decisórios, pois,
embora não haja competência, há jurisdição, e os atos são preservados até a análise ser feita
pelo juiz efetivamente competente.
Partes e procuradores
● CAPACIDADES
• capacidade para ser parte
• capacidade para estar em juízo
• capacidade postulatória
● CAPACIDADE DE SER PARTE (também conhecida como capacidade processual ou judiciária) remete
ao conceito de capacidade civil.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO (de capacidade processual em sentido estrito, ou legitimatio ad
processum) refere-se ao modo como se exerce a ação e a defesa no curso do processo em relação à
prática de atos processuais.
TODA pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em
juízo.
O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
A curadoria do incapaz será determinada em duas situações:
a) quando o incapaz não possuir representante ou assistente; ou
b) quando os interesses do incapaz colidirem com os interesses do representante ou do
assistente.
O NCPC prevê a designação de curador especial para o réu preso revel e para aqueles que
foram citados por edital ou por hora certa.
União AGU
espólio inventariante
sociedade e associações sem personalidade pessoa que for responsável pela administração dos
jurídica bens
Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual
o espólio seja parte.
A sociedade ou a associação sem personalidade jurídica NÃO poderá opor a irregularidade
de sua constituição quando demandada.
O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber
citação para qualquer processo.
● CAPACIDADES PROCESSUAIS (OU POSTULATÓRIA): atributo para que determinada pessoa
possa praticar validamente atos processuais.
Atributo conferido ao advogado regular perante a OAB e, em situações específicas, à própria parte.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz
suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
➢ Se o autor não regularizar a incapacidade processual ou a irregularidade de representação, o
processo será extinto sem julgamento do mérito.
➢ Se o réu não regularizar a incapacidade processual ou a irregularidade de representação, ele será
revel no processo, considerando-se que se recusou a manifestar-se validamente no processo.
➢ Se for terceiro interessado no processo, poderá ser excluído ou considerado revel.
Na fase recursal
➢ NÃO conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
➢ Determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
● LEGITIMAÇÃO PARA AGIR
Para encerrar a primeira parte, é importante deixar claro que as capacidades que estudamos acima não
se confundem com a legitimação.
A pessoa, pela simples existência, tem capacidade de ser parte. Digamos que seja plenamente capaz,
não esteja presa e tenha sido citada regularmente, logo, terá também capacidade de estar em Juízo.
Vamos supor, ainda, que essa pessoa tenha constituído advogado de forma regular, que juntou a
documentação nos autos de forma que não há qualquer vício da capacidade postulatória. Na situação
acima, ainda que atendidas as regras relativas à capacidade, pode ocorrer de a parte não ter legitimação
para agir sozinha no processo.
São situações, portanto, que, para além da capacidade, exige-se que duas ou mais pessoa atuem juntas
no processo ou, pelo menos, que ambas as partes (com capacidade de ser parte, de estar em juízo e
postulatória) sejam intimadas.
Essas situações envolvem a denominada legitimação para agir, que está disciplinada nos arts. 73 e 74,
do NCPC.
Conforme o art. 73, os cônjuges somente poderão propor ações que envolvam os bens do casal
conjuntamente. Do mesmo modo, quando demandados em lide que envolva bens do casal, ambos os
cônjuges devem ser citados.
Antes de iniciar, é importante registrar que as regras que veremos abaixo aplicam-se tanto aos cônjuges
(casado por intermédio de contrato solene) como àqueles que convivem em união estável, conforme
expõe o §3º do art. 73:
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.
O caput do art. 73 estabelece que os cônjuges somente terão legitimidade para agir se estiverem
juntos nas ações que envolvam direito real imobiliário, a não ser que o casamento se dê em
regime de bens de separação absoluta.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse
sobre direito real imobiliário, SALVO quando casados sob o regime de separação absoluta
de bens.
Deste modo, cabe destacar que não é necessário formar litisconsórcio no polo ativo, basta o
consentimento do cônjuge. Dito de outra forma, a parte poderá agir sozinha desde que tenha obtido o
consentimento do outro cônjuge e isso reste provado no processo.
De acordo com a doutrina6:
Não é caso de litisconsórcio necessário. Trata-se de norma que tem o objetivo de integrar a
capacidade processual ativa do cônjuge demandante. Dado consentimento inequívoco, somente o
cônjuge que ingressa com a ação é parte ativa; o que outorgou o consentimento não é parte na
causa. Nada impede, porém, a formação do litisconsórcio ativo, que é facultativo.
Para fins de prova...
6
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil, 18ª edição, Bahia. Editora Jus Podvim, 2016,
2016, p. 324.
www.estrategiaconcursos.com
.br
LEGITIMAÇÃO PARA AGIR DOS CÔNJUGES
Quando demandados:
devem ser citados quando envolver ação
sobre direito real imobiliário, exceto se
casados em regime de separação total de
bens.
Ambos os cônjuges deverão,
necessariamente, ser citados nas seguintes
Para propor ação: hipóteses:
devem ingressar juntos quando envolver Ação que envolva fatos relacionados a
ação sobre direito real imobiliário, exceto se o ambos os cônjuges.
regime de bens for de separação total. Ação referente à dívida contraída por um
dos cônjuges a bem de família.
Ação que tenha por objeto o
reconhecimento, a constituição ou a extinção
de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os
cônjuges.
Por exemplo, ação hipotecária em face de
bens do casal.
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor, ou do réu, SOMENTE é indispensável nas
hipóteses de composse ou de ato praticado por ambos.
A ação de suprimento de vontade de um dos cônjuges poderá ser proposta em duas situações:
➢ negativa de um dos cônjuges sem justo motivo; e
➢ quando for impossível o cônjuge conceder o consentimento.
● DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES
Constitui dever das partes:
• expor fatos conforme a verdade
• não formular pretensão destituída de fundamento
• não produzir provas inúteis/desnecessárias
• informar e atualizar endereços
• cumprir as decisões judiciais e não criar embaraços
• não praticar inovação ilegal no estado de fato ou de bem ou direito litigioso
● ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA x LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA
• O dano é ao Poder Judiciário.
• Multa de até 20% do valor da causa ou multiplicada por até 10 salários mínimos, caso seja
irrisório/inestimável o valor da causa.
• hipóteses: a) não cumprir decisões jurisdicionais; b) criar embaraços à efetivação do processo; e
c) inovação ilegal no estado de fato de bem litigiosos.
• revertido para o fundo de modernização do Poder Judiciário
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
• O dano é à parte contrária.
www.estrategiaconcursos.com
.br
• Multa de 1 a 10% do valor da causa ou multiplicada por até 10 salários mínimos, caso seja
irrisório/inestimável o valor da causa.
• hipóteses: a) contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; b) alterar a verdade; c) objetivo
ilegal; d) resistência injustificada; e) proceder de modo temerário; f) provocar incidente
manifestamente infundado; e g) recurso manifestamente protelatório.
• revertido para a parte que sofreu o dano
● DESPESAS, DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DAS MULTAS
Despesas:
• REGRA DE PAGAMENTO: parte que for vencida na ação.
• SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA: se ambas as partes forem vencedores e vencidos, as despesas serão
distribuídas proporcionalmente, exceto quando houver sucumbência mínima de uma das partes,
hipótese em que a parte que sucumbiu em praticamente todo o objeto da ação será responsável
pela integralidade das despesas do processo.
• LITISCONSÓRCIO: proporcionalmente a seus quinhões.
• ADIANTAMENTO: as despesas devem ser adiantadas pela parte que der causa ao gasto, exceto
se esse requerimento for determinado pelo Juiz ou requerido pelo Ministério Público quando atuar
na condição de fiscal da ordem jurídica, hipótese em que as despesas serão adiantadas pela parte
autora.
• ABRANGÊNCIA: custas dos atos do processo, indenização para viagem, remuneração do
assistente técnico e diária de testemunha.
• JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas pelos
interessados.
• JUÍZOS DIVISÓRIOS: se não houver litígio, serão rateadas as despesas proporcionalmente aos
seus respectivos quinhões.
• ADIANTAMENTO DE DESPESAS REQUERIDOS PELA FAZENDA, MP E DP: há o pagamento apenas
ao final do processo. No caso de perícia, elas serão realizadas por entidades públicas ou
adiantadas pelos cofres públicos, se houver previsão orçamentária.
• ATOS ADIADOS OU REPETIÇÃO NECESSÁRIA: as despesas extras decorrentes serão pagas por
quem der causa.
• ADIANTAMENTO DE ASSISTENTE TÉCNICO: compete à parte que indicou.
• PERÍCIA: será adiantado pela parte que requereu e, quando determinada pelo magistrado ou
requerido por ambas as partes, o custo do adiantamento será dividido.
• ASSISTENTE: condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido
no processo.
Honorário do advogado
• REGRA: o vencido será o responsável pelo pagamento dos honorários.
• SÃO DEVIDOS DE FORMA CUMULATIVA: sentença de mérito, reconvenção, cumprimento
(provisório ou definitivo), execução (resistida ou não) e recursos.
• CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO PERCENTUAL DE HONORÁRIOS: a) zelo profissional; b) lugar
da prestação dos serviços; c) natureza e importância da causa; e d) trabalho realizado e tempo
dedicado.
• PERCENTUAIS MÍNIMOS E MÁXIMOS: 10 e 20% do valor da condenação, do proveito econômico
obtido com a ação ou sobre o valor da causa.
• AÇÃO DE VALOR INESTIMÁVEL/IRRISÓRIO: caberá ao juiz arbitrar, segundo critérios utilizados
para aferir os percentuais.
www.estrategiaconcursos.com
.br
• AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA PESSOA POR ATO ILÍCITO: para o cálculo do montante da
condenação, consideram-se os valores já devidos (prestações vencidas) e as primeiras 12
parcelas vincendas.
• PERDA DO OBJETO DA AÇÃO: responde pelos honorários a parte que deu causa à perda do objeto.
• HONORÁRIOS EM RECURSO: caberá ao Tribunal majorar o valor dos honorários, levando em
consideração os percentuais máximos (em regra, de 10 a 20%).
• CUMULATIVIDADE: os honorários são cumulativos com multas e outras sanções aplicáveis.
• NATUREZA JURÍDICA DA VERBA: caráter alimentar com preferência creditória.
• PAGAMENTO: o advogado pode requerer que o pagamento seja feito diretamente à sociedade de
advogados e, caso não fixado o valor em sentença, poderá ingressar com ação autônoma para
definição do valor e pagamento.
• JUROS MORATÓRIOS: contam do trânsito em julgado.
• ATUAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA: são devidos, do mesmo modo, os honorários do advogado.
Regras específicas aplicáveis às despesas e aos honorários advocatícios
• CAUÇÃO DO ESTRANGEIRO RESIDENTE, QUANDO FOR PARTE AUTORA: em regra, será exigido
para fazer frente às despesas e aos honorários de advogado. Não se exige caução: a) em
face de acordo ou tratado internacional, os Estados signatários dispensarem a exigência; b)
nas ações de execução de título extrajudicial e no cumprimento de sentenças; e c) nas
ações de reconvenção.
• LITISCONSORTES: havendo vários autores ou réus vencidos, responderão proporcionalmente
pelas despesas e pelos honorários.
• DESISTÊNCIA, DENÚNCIA e RECONHECIMENTO DO PEDIDO: serão pagos pela parte que desistiu,
renunciou ou reconheceu. Se houver vários, calcula-se o valor proporcionalmente.
• RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO E CUMPRIMENTO: são reduzidos os honorários
pela metade (não se aplica às despesas).
• TRANSAÇÃO: as partes podem estipular quem pagará despesas processuais e, se nada disserem,
será dividido.
• SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO: somente poderá ser proposta nova ação se pago ou
depositado o valor referente às despesas e aos honorários.
• SUCUMBÊNCIA MÍNIMA: honorários e despesas serão devidos na integralidade pela parte que
sucumbir em praticamente todo o objeto da demanda.
● PROCURADORES
A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados
do Brasil.
É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.
Situações nas quais é admitida, excepcionalmente, a atuação sem mandato de procuração:
➢ atuação em causa própria (art. 103, parágrafo único, do NCPC);
➢ para evitar preclusão, decadência ou prescrição; e
➢ para praticar ato considerado urgente.
PROCURAÇÃO
www.estrategiaconcursos.com
.br
confessar
reconhecer a procedência do pedido
transigir
desistir
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação
receber
dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração
de hipossuficiência econômica.
www.estrategiaconcursos.com
.br
O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
● PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA - o juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe VEDADO conhecer questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
● RESPONSABILIDADE CIVIL DO MAGISTRADO
• agir com dolo ou fraude no desempenho de suas funções; e
• recursar, omitir ou retardar providência que deveria ordenar de ofício quando o pedido não for
apreciado no prazo de 10 dias.
● IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO
Circunstâncias objetivas:
mandatário da parte, perito, membro do MP ou
testemunha.
decidiu no feito em outro grau de jurisdição
Circunstâncias subjetivas:
advogado, defensor ou membro do MP (+
amigo íntimo ou inimigo da parte ou advogado.
cônjuge/companheiro ou parente até 3º)
receber presentes de pessoa com interesse na
cônjuge/companheiro ou parente até 3º for
causa.
parte no processo.
aconselhar ou subsidiar as despesas do
sócio ou membro de direção ou de
processo (após iniciado o processo).
administração de PJ parte no processo.
credor ou devedor da parte
herdeiro presuntivo, donatário ou empregador
(cônjuge/companheiro ou parente até 3º).
relação de emprego ou prestador de serviços de
interessado no julgamento do processo.
instituição parte no processo.
cônjuge/companheiro ou parente até 3º for
advogado ou atue no escritório.
promover ação contra parte ou advogado.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO (arts. 144/5)
• aplica-se
• magistrado
• MP
• auxiliares de justiça
• sujeitos imparciais do processo
• não aplica
• testemunha
www.estrategiaconcursos.com
.br
Petição (prazo de 15 dias a contar
do conhecimento do fato)
encerra-se o
fixa-se o momento a partir incidente
atos urgentes serão do qual o juiz não poderia
praticados pelo atuar se estiver impedido
substituto legal ou suspeito, com decreto
de nulidade dos atos
afetados
recurso
www.estrategiaconcursos.com
.br
● AUXILIARES DA JUSTIÇA
• chefe de secretaria e oficial de justiça
• perito
• depositário e administrador
• intérprete e tradutor
• conciliadores e mediadores judiciais
Escrivão ou chefe de secretaria e oficial de justiça
• É a estrutura mínima de uma unidade funcional judiciária, que se denomina de cartório ou de
secretaria.
Atribuições do escrivão/chefe de secretaria:
• Redação de ofícios, de mandados, de cartas precatórias e demais atos.
• Efetivar as ordens judiciais.
• Atuar nas audiências.
• Guarda e responsabilidade dos autos dos processos.
São exceções à guarda dos autos:
a) conclusão (com o juiz para despacho, decisão ou julgamento);
b) vistas (advogado, defensor público, membro do Ministério Público ou Fazenda Pública);
c) remessa ao contador ou repartidor; e
d) remessa a outro juízo por modificação da competência.
• Fornecimento de certidões.
• Prática de atos meramente ordinatórios.
ordem de publicação e efetivação
• cronológica
• preferência
• atos declarados urgentes
• preferências legais
Incumbe ao oficial de justiça:
• Executar as ordens determinadas pelo magistrado, com devolução posterior do mandado.
• Auxiliar no exercício do poder de polícia pelo magistrado.
• Certificar proposta de conciliação.
Responsabilização civil do chefe de secretaria e do oficial de justiça
• recusa cumprir atribuições no prazo legal ou fixado pelo juiz
• prática de ato nulo com dolo ou culpa
Perito
• Auxiliar ocasional que atuará apenas quando necessária a produção de prova técnica.
• Para a definição do perito temos dois modos:
1º - formação de cadastro de órgãos
2º - na hipótese de não haver perito inscrito para a localidade no cadastro, o magistrado
poderá nomear livremente profissional ou órgão técnico ou científico para realização da perícia.
• PRAZO PARA ESCUSA
www.estrategiaconcursos.com
.br
• 15 dias
• a contar da intimação OU
• do fato, se derivado de causa superveniente
• RESPONSABILIZAÇÃO DO PERITO
• se agir com dolo ou culpa e prestar informações inverídicas
• responsabilidade civil pelos danos causados
• inabilitação para outras perícias pelo prazo de 2 a 5 anos
• comunicação ao órgão de classe para medidas cabíveis
Depositário e Administrador
• responsável pela guarda e manutenção;
• receberá contraprestação e ressarcimento de despesas;
• admite-se a nomeação de prepostos para auxiliá-lo;
• se, por dolo ou culpa, causar prejuízo, deve indenizar e perde a contraprestação, mas terá direito
ao ressarcimento de despesas;
• depositário infiel sofre responsabilização civil, penal e sanção por ato atentatório à dignidade da
justiça (na forma do art. 77, do NCPC).
O depositário ou administrador é uma figura comum no processo civil. Sempre que houver apreensão
judicial de bens, o juiz poderá nomeá-los para a guarda e conservação. Embora não seja objeto do
estudo da aula de hoje, é possível que o próprio executado ou o demandado assuma a guarda dos bens.
Pergunta-se:
Intérprete e Tradutor
• ATUAÇÕES:
o Para traduzir documento escrito em língua estrangeira;
o Para traduzir depoimentos colhidos em língua estrangeira dos depoentes que não
conhecerem o idioma nacional; e
o Para realizar interpretação simultânea dos depoimentos quando a parte ou a testemunha
se comunique por intermédio de LIBRAS.
• NÃO PODEM ATUAR COMO INTÉRPRETES OU TRADUTORES
o caso se enquadrem nas hipóteses de impedimento (art. 144) ou de suspeição (art. 145)
o se não tiver a livre administração dos bens
o se for arrolado como testemunha ou se atuar como perito no processo
o se estiver inabilitado para o exercício da profissão, em face de sentença penal
condenatória, pelo período que durar os efeitos da pena
Conciliadores e Mediadores Judiciais
• O conciliador atua preferencialmente em casos em que não haja vínculo entre as partes,
podendo sugerir solução (sem intimidar ou constranger).
• O mediador atua preferencialmente em casos em que haja vínculo entre as partes, atuando
como facilitador para que as partes identifiquem a solução consensual.
• Princípios: a) imparcialidade; b) autonomia da vontade; c) confidencialidade; d) oralidade; e)
informalidade; f) decisão informada.
www.estrategiaconcursos.com
.br
• Aos conciliadores e mediadores: a) aplicam-se as regras de impedimento e de suspeição; b)
advogado não pode atuar como conciliador ou mediador perante o juízo que atua como
procurador; c) uma vez atuado como conciliador ou mediador da parte não pode ser assessor,
representante ou procurador das partes pelo prazo de 1 ano; d) gera exclusão por até 180
dias: i) agir com dolo ou culpa; ii) violar dever de confidencialidade; e iii) atuar embora
impedido ou suspeito.
• Atividade, em regra, remunerada, exceto: a) trabalho voluntário; b) mínimo exigido das
câmaras privadas para gratuidade da justiça; c) servidores públicos mediadores e
conciliadores, cuja remuneração se dá por intermédio dos cofres públicos.
• As partes podem escolher entre mediadores e conciliadores: a) pessoas naturais cadastradas;
b) câmaras privadas; ou c) servidores, se houver.
• A fim de subsidiar a escolha são divulgados (ao menos anualmente): a) número de processos
que atuou; b) desempenho; e c) áreas de atuação.
Calendário Procedimental
● CONCEITO: técnica processual voltada para a gestão eficiente do tempo no processo, NO QUAL o juiz
e as partes, em regime de diálogo, podem acertar datas para a realização dos atos processuais.
Possibilidade de as partes e o juiz fixarem calendário para a prática dos atos processuais.
Dispensa a obrigatoriedade de intimação para os atos previstos no calendário.
Regra de efetividade e celeridade processual, que implica a desburocratização do processo e segurança
jurídica.
Somente é possível alterar a data do calendário previamente fixado, em situações excepcionais e
mediante justificativa.
Atos processuais
● FORMA: diz respeito à forma como o ato se exterioriza;
● TEMPO: diz respeito ao momento em que o ato é praticado;
●LUGAR: diz respeito ao espaço físico em que o ato é realizado.
www.estrategiaconcursos.com
.br
excepcionalmente, devem ser praticados na forma legalmente prevista; e
ainda que realizado irregularmente, se o ato atingir a finalidade, restará convalidado.
● Os atos processuais são, EM REGRA, públicos.
EXCEÇÕES
• Interesse público ou interesse social;
• Ações sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
• Intimidade com sede constitucional;
• Cláusula de confidencialidade em juízo arbitral.
Nas hipóteses de exceções: acessam-se os autos apenas as partes e os respectivos procuradores;
e o terceiro juridicamente interessado terá acesso apenas ao dispositivo da sentença e, se for o caso,
do inventário e da partilha.
● ATOS DAS PARTES
produção de efeitos de forma imediata.
consequências:
• a irretratabilidade, uma vez que os efeitos são imediatos; e
• a preclusão consumativa, uma vez que a prática do ato pela parte exaure a prerrogativa de fazê-
lo.
Veda-se o uso de cotas marginais e interlineares. O juiz mandará riscar e multará a parte em ½ salário
mínimo.
● PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
O juiz pratica atos materiais (presidência da audiência) e pronunciamentos judiciais.
A SENTENÇA e a decisão que colocam fim à fase de conhecimento, extingue a execução ou o que
for previsto como sentença em procedimento especial.
A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA constitui decisão que resolve incidente sem pôr fim ao processo.
O DESPACHO envolve pronunciamentos judiciais sem caráter decisório.
O ACÓRDÃO constitui decisão que põe fim à fase de conhecimento, que extingue a execução e que
resolve incidentes no processo no âmbito dos tribunais.
● ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA
São responsáveis pelo protocolo, registro, distribuição (se houver) e autuação.
Todos as peças e documentos devem ser numerados e rubricados, inclusive termos, vistas e conclusão.
Admite-se o uso de formas abreviadas (taquigrafia e estenotipia) para o registro de atos processuais.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● São considerados FERIADOS os dias declarados em lei, sábados, domingos e dias sem expediente
forense.
Prazos
● CONCEITO: lapsos temporais que existem entre dois termos (termo inicial, dies a quo, e termo final,
dies ad quem) dentro dos quais se prevê a oportunidade para uma ação ou omissão.
● CLASSIFICAÇÃO
a) pela sua origem: legais, judiciais ou convencionais.
b) quanto às consequências de seu descumprimento: próprios ou impróprio, que se subdividem-se
em ordinário ou anômalo.
c) quanto à exclusividade do destinatário: comum ou particulares.
A classificação entre prazos dilatórios e peremptórios não faz mais sentido no NCPC.
● PRAZO SUBSIDIÁRIO E PRAZO PARA COMPARECIMENTO
INTIMAÇÃO PARA COMPARECIMENTO (antecedência mínima): 48 horas
PRAZO SUBSIDIÁRIO: 5 dias
● ATO PROCESSUAL PREMATURO: será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo
inicial do prazo.
● CONTAGEM DOS PRAZOS
Os prazos são contados apenas de segunda a sexta-feira. Essa modalidade de contagem não se
aplica a prazos materiais.
Haverá a suspensão do prazo em sábados, domingos, feriados e em dias sem expediente forense.
Haverá suspensão dos prazos entre os dias 20/dez a 20/jan. E não haverá audiência ou sessão de
julgamento.
Haverá suspensão do prazo por obstáculo criado pela parte ou pela suspensão do processo (art. 313,
do CPC).
Haverá suspensão do prazo quando houver instituição de programa de autocomposição pelo Poder
Judiciário.
Haverá prorrogação do prazo, por até 2 meses, quando se tratar de unidade judiciária de difícil acesso.
Haverá prorrogação do prazo em situação de calamidade, podendo ultrapassar os 2 meses, a depender
da situação concreta.
Os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
A citação, a notificação ou a intimação podem ocorrer de diversas formas no processo. Em razão disso,
temos momentos distintos para que o prazo se inicie:
www.estrategiaconcursos.com
.br
Pelos Correios Juntada aos Autos do Aviso de Recebimento.
Por edital Dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo Juiz.
● RENÚNCIA DO PRAZO
somente é possível a renúncia quando se tratar de prazo estabelecido exclusivamente a seu favor.
deve renunciar de modo expresso, com petição nos autos.
● PRAZOS DO JUIZ
DESPACHOS: 5 dias
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: 10 dias
SENTENÇA: 30 dias
● PRAZOS DOS SERVIDORES
REMETER OS AUTOS CONCLUSOS: 1 dia
EXECUTAR: 5 dias
● PRAZOS EM CASO DE LITISCONSÓRCIO (por procuradores diferentes, de escritórios distintos)
para todas as manifestações;
para qualquer juízo ou tribunal; e
independe de requerimento da parte.
● VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E DAS PENALIDADES
em relação aos servidores públicos: instauração de processo administrativo.
em relação às partes no processo:
1 – preclusão; e
2 – no caso de excesso de prazo na carga dos autos:
perda do direito de vista fora do cartório. Dito de outro modo, a parte não poderá retirar os
autos físicos em carga.
multa no valor de ½ salário mínimo.
comunicação ao órgão de classe para apuração disciplinar (por exemplo, OAB, Conselho Superior
do Ministério Público, entre outros).
em relação aos magistrados:
representação à corregedoria do tribunal respectivo; e
representação ao CNJ.
www.estrategiaconcursos.com
.br
procedimento da representação:
1º – ajuizamento da representação (corregedoria ou CNJ);
2º - oitiva prévia do Juiz;
3º - verificação se é caso de arquivamento limitar;
4º - instauração do procedimento;
5º - intimação do representado (no caso, o juiz supostamente incorreu em excesso de prazo)
para se manifestar no prazo de 15 dias;
6º - adoção das medidas administrativas cabíveis no prazo de 48 horas;
7º - determinação para que o juiz pratique o ato processual que gerou a representação no prazo
de 10 dias;
8º - não praticado o ato no prazo de 10 dias, será determinado que o substituto o faça em 10
dias.
• regra;
• não pode ser utilizada: ações de estado, ação contra incapaz, contra pessoa jurídica de
direito público, contra pessoa que reside em local não atendido pelos Correios ou
quando o autor requerer, justificadamente, outra modalidade;
• requisitos da carta: cópia da inicial e do despacho/decisão do juiz, referência ao prazo
para a resposta, endereço do juízo e indicação do cartório; e
• será encaminhada por aviso de recebimento; e
• considera-se citação pessoal.
• feita subsidiariamente;
• hipóteses: desconhecido ou incerto o citando, ignorado, incerto e inacessível o
domicílio/residência do citando e nos casos expressos em lei.
www.estrategiaconcursos.com
.br
• requisitos do edital: circunstâncias que o autorizam, publicação na internet (Tribunal e
CNJ) e certidão nos autos, prazo de 20 a 60 dias e advertência de nomeação de curador
caso o réu seja revel.
• multa: ao autor que, dolosamente, provocar a citação por edital quando conhecido ou
acessível o endereço (reverte a multa em favor do citando)
● FORMAÇÃO
● SUSPENSÃO
conceito: suspensão do curso do procedimento, a paralisação da marcha processual, com o veto a que
se pratiquem atos processuais.
hipóteses:
• Suspende-se o processo quando houver morte ou perda da capacidade processual das partes, do
representante legal ou do advogado.
• Suspende-se o processo por convenção das partes (máximo de 6 meses, podendo ser
sucessivamente convencionado).
• Suspende-se o processo por questões preliminares, por, no máximo, 1 ano (verificação de fato
ou produção de provas).
Quando a análise de processo civil depender de averiguação de fato delituoso, ou seja, de conduta
apurada no âmbito criminal, é possível a suspensão do processo para aguardar a decisão da Justiça
Criminal.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● EXTINÇÃO: a sentença extingue o processo, com ou sem resolução de mérito. No caso de a decisão
se dar sem análise de mérito, dada a norma fundamental que impõe o dever de o magistrado perseguir
uma solução integral de mérito, é necessário que se intime a parte prejudicada para que, se possível,
possa corrigir o vício.
Procedimento Comum
● INTRODUÇÃO
Fases do processo:
d) decisória - sentença; e
● Petição Inicial
Efeitos:
1º EFEITO: prevenção
Requisitos:
www.estrategiaconcursos.com
.br
E se não estiverem todos presentes? SERÁ DETERMINADA A EMENDA OU A COMPLEMENTAÇÃO DA
PETIÇÃO INICIAL
• HIPÓTESES
• PRAZO
• 15 dias
Espécies
pedido implícito: aquele que, embora não explicitado no instrumento da postulação, compõe o objeto
litigioso do processo (mérito) em razão de determinação legal. Mesmo que a parte não peça, deve o
magistrado examiná-lo e decidi-lo. São pedidos implícitos:
➢ juros legais;
➢ ressarcimento de despesas processuais e honorários de sucumbência; e
➢ correção monetária.
Pedido em obrigação indivisível: aquele que NÃO participou do processo receberá sua parte, deduzidas
as despesas na proporção de seu crédito.
Modificação do pedido:
● ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO
Indeferimento:
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ sem julgamento de mérito:
Inépcia da petição inicial: a) faltar pedido ou causa de pedir; b) pedido indeterminado
(exceto se for caso legal de pedido genérico); c) falta de lógica entre narração e conclusão;
e d) pedidos incompatíveis
Manifestamente ilegítima
Não manter endereço atualizado quando atuar em causa própria ou não proceder à
emenda.
Pedido contrário a acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos.
Se a petição inicial não for indeferida e se, eventualmente, não for caso de improcedência liminar,
com ou sem resolução de mérito, o juiz designará audiência de conciliação e mediação com antecedência
mínima de 30 dias, devendo ser citado o réu com, pelo menos, 20 dias de antecedência.
● RESPOSTAS DO RÉU
O RÉU PODE:
www.estrategiaconcursos.com
.br
• ser revel.
Contestação
• CONCEITO
• EXCEÇÕES
• CONCEITO
• o réu deve atacar ponto a ponto, sob pena de presunção do alegado pelo autor.
• perempção
• litispendência
• coisa julgada
• conexão
• convenção de arbitragem
www.estrategiaconcursos.com
.br
• indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça
Forma e prazo
• Os requisitos da contestação são semelhantes aos da petição inicial. Deve conter, portanto, nome
e prenome das partes, sem necessidade de qualificação, pois já fora feita na inicial. Deve conter,
ainda, endereçamento ao juízo da causa, documentos indispensáveis, requerimento de provas,
apresentação dos fatos e fundamentos jurídicos da defesa.
• O prazo para contestar é de 15 dias (úteis). REGRAS DE CONTAGEM:
1ª REGRA: houve audiência de conciliação e mediação.
2ª REGRA: não houve audiência porque o réu peticionou informando que não deseja
participar da sessão de conciliação e de mediação.
Nos casos em que o direito não admitir composição, o réu será citado na forma
tradicional, por carta ou por mandato, situação em que o prazo irá iniciar a partir
da juntada aos Autos do mandato de citação.
Reconvenção
• A reconvenção é uma ação inversa, em que o demandado propõe contra a parte autora um pedido
próprio, que irá ampliar o objeto da demanda.
• a reconvenção deve ter:
o conexão com a ação principal; ou
o com o fundamento da defesa.
• Segundo a doutrina, são requisitos para a reconvenção:
o Existência de uma causa pendente;
o Apresentação da reconvenção no prazo da contestação;
o O juízo da causa principal deve ser também competente para analisar a reconvenção;
o Os procedimentos da ação e da reconvenção devem ser compatíveis, uma vez que são
processados conjuntamente; e
o Há necessidade de identificação de conexão ou correlação com os fundamentos da defesa.
Audiência de instrução e julgamento
● FASES: abertura > tentativa de conciliação > instrução > debates > decisão > documentação.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Tentativa de Conciliação: realizada independentemente da existência de outras tentativas de solução
consensual do conflito.
DEBATES
REGRA: 20 minutos, na seguinte ordem: a) autor; b) réu; e c) MP (se houver).
PRORROGAÇÃO: 10 minutos (a critério do juiz).
QUANDO HOUVER LITISCONSORTES OU TERCEIRO INTERVENIENTE: 30 minutos para ambos que
será dividido de forma igual (15 para cada), salvo convenção em sentido diverso.
QUESTÕES COMPLEXAS: memoriais escritos no prazo de 15 dias (prazos sucessivos).
● DEMAIS REGRAS
poder de polícia pelo magistrado (manutenção da ordem e do decoro, determinação para retirada em
caso de comportamento inconveniente, possibilidade de requisição policial, tratamento com urbanidade
e registro em ata dos requerimentos).
adiamento da audiência:
1º - convenção das partes;
2º - não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença;
3º - atraso injustificado superior a 30 minutos.
Provas
● DUAS GRANDES PARTES: teoria geral e provas em espécie.
● CONCEITO: a prova constitui um instrumento para a formação do convencimento do juiz
sobre os fatos que são objeto da atuação jurisdicional.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● PRINCÍPIO DO CONVENCIMENTO MOTIVADO E DA COMUNHÃO DA PROVA
O primeiro deles é o princípio do convencimento motivado, que destaca o sistema da persuasão
racional do juiz, ao conferir ao magistrado liberdade para apreciar a prova.
O segundo é o princípio da comunhão das provas, segundo o qual entende-se que as provas
produzidas no processo são compartilhadas entre as partes envolvidas, embora seja dirigida
principalmente ao magistrado para que ele possa formar a convicção e proferir a sentença de forma
fundamentada.
● PROVAS EMPRESTADAS
conceito: transporte da prova do primeiro para o segundo processo a fim de que sejam utilizadas
como provas documentais.
requisitos:
a) produção regular no processo de origem;
b) observância do contraditório no processo de origem;
c) observância do contraditório no processo de destino.
A admissão da prova emprestada é faculdade do juiz;
O magistrado é livre para apreciar a prova emprestada, atribuindo fundamentadamente o valor que
entender razoável;
Deve ser observado o contraditório antes da decisão que admite a prova emprestada.
● DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA
regra estática de distribuição [regra de sentença]
• o autor deve provar o fato constitutivo
• o réu deve provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
regra dinâmica de distribuição [regra de instrução]
• pelo magistrado (ope judicis) quando há:
o impossibilidade de quem deveria provar
o dificuldade de acesso à prova por quem deveria provar
o facilidade de acesso pela outra parte
• por convenção das partes (convencional), exceto se extremamente difícil ou impossível o acesso
à prova pela outra parte; ou tratar-se de direito indisponível
• lei específica prever regra do ônus (inversão ope legis)
● FATOS QUE NÃO DEPENDEM DE PROVA
Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como verdadeiros no
processo.
Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária.
Fatos admitidos no processo como incontroversos.
Fatos em cujo favor milita presunção legal de veracidade.
● DEMAIS DISPOSITIVOS GERAIS DE PROVA
compete à parte provar teor e vigência de
• direito municipal
• direito estadual
• direito estrangeiro
• direito consuetudinário
www.estrategiaconcursos.com
.br
Produção Antecipada da Prova
● Hipótese de cabimento: a) IMPOSSIBILIDADE ou DIFICULDADE PARA REALIZAÇÃO POSTERIOR; b)
POSSIBILIDADE DE AUTOCOMPOSIÇÃO ou OUTRA SOLUÇÃO DO CONFLITO; e c) conhecimento do fato
possa JUSTIFICAR OU EVITAR A AÇÃO.
● A COMPETÊNCIA para a ação de produção de provas antecipada é: a) juiz do foro do local em que deve
ser produzida a prova ou o foro do domicílio do réu.
● A ação de produção antecipada de provas NÃO PREVINE a ação decorrente em que a prova produzida
antecipadamente possa ser utilizada.
● NÃO será admitido recurso, EXCETO no caso de indeferimento TOTAL do requerimento originário de
produção antecipada de provas.
● Deve constar da petição de prova antecipada a: a) indicação da razão que justifica o pedido; b)
indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova.
● Realizada a prova, os autos permanecerão em cartório para que os interessados possam extrair cópia
ou certidão pelo período de 1 mês, após, os autos serão entregues ao promovente da ação.
CONCEITO DOUTRINÁRIO DE SENTENÇA: ato jurídico do qual decorre uma norma jurídica
individualizada, ou simplesmente norma individual, que se diferencia das demais normas jurídicas (leis,
por exemplo) em razão da possibilidade de tornar-se indiscutível pela coisa julgada.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ partes - capacidade processual, capacidade postulatória e legitimidade "ad
causam"
o objetivos
▪ intrínsecos - respeito ao formalismo processual
▪ extrínsecos: a) negativos - inexistência de perempção, litispendência, coisa
julgada ou convenção de arbitragem; e b) positivo - interesse de agir.
▪ AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE PROCESSUAL.
▪ DESISTÊNCIA DA AÇÃO.
▪ INTRANSMISSIBILIDADE DA AÇÃO.
▪ DEMAIS CASOS PRESCRITOS NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL.
PEREMPÇÃO
➢ três abandonos da causa (deixar de dar andamento ao processo por mais de 30 dias quando
lhe competia dar andamento ou cumprir diligências determinadas pelo juiz).
➢ implica a impossibilidade de discutir o mesmo objeto contra as mesmas partes
➢ não impede que o objeto seja utilizado como matéria de defesa
SENTENÇA DEFINITIVA - HIPÓTESES
sentença infra petita - ocorre quando o juiz não aprecia um dos pedidos formulados (esquece)
sentença extra petita - ocorre quando o juiz aprecia um pedido fora daquilo que foi demandado
(inventa)
sentença ultra petita - ocorre quando o juiz decide para além daquilo que foi demandado (ultra)
Coisa Julgada
formal: preclusão temporal que não permite mais a discussão daquele processo
material: qualidade da sentença que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita
a recurso
A sentença de mérito tem força de lei nos limites daquilo que foi decido e em relação às questões
expressamente decididas pelo juiz. Assim, é possível que tenhamos questões que dizem respeito ao
mérito de determinado processo, mas que não foram decididas expressamente e, em razão disso, não
são qualificadas pela coisa julgada material.
Apenas fará coisa julgada material aquilo que constar do dispositivo da sentença.
COISA JULGADA
www.estrategiaconcursos.com
.br
• FAZ - o dispositivo, inclusive as questões prejudiciais, se necessárias para o julgamento do mérito,
com efetivo contraditório e competente o magistrado (em razão da matéria e da pessoa)
• NÃO FAZEM
• motivos
• PRECLUSÃO
• Lógica - perda da prerrogativa de praticar ato processual pela prática de ato incompatível
Restauração de Autos
juiz de ofício
a requerimento da parte
a requerimento do MP
PETIÇÃO INICIAL
juntada de documentos: certidões, cópias de peças e informações que possam auxiliar na recuperação
das informações.
não concordar, concordar parcialmente ou não se manifestar (procedimento comum para que o juiz
possa avaliar o que aconteceu com os autos)
concordar (exibir os documentos que eventualmente possua e que possam propiciar a restauração do
procedimento)
PROVAS JÁ PRODUZIDAS
Haverá também, se for o caso, a realização de nova perícia que deve ser efetuada preferencialmente
com o mesmo perito; e
www.estrategiaconcursos.com
.br
Se necessário, os documentos serão reconstituídos.
pelas custas
pelos honorários
Execução
Princípios
PRINCÍPIO DA NULLA EXECUTIO SINE TITULO: não existe execução sem título executivo.
PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO PARA O DEVEDOR: quando, por mais de um meio igualmente
vantajoso para o credor, for possível efetuar a execução, deverá ser feita pelo meio menos gravoso ao
executado.
PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS: o juiz poderá adotar as medidas que
entender necessárias para o bem do cumprimento da execução.
Disposições Gerais
ordenar o comparecimento;
www.estrategiaconcursos.com
.br
Hipóteses
• Fraude à execução.
• Oposição maliciosa à execução, empregando ardis e meios artificiosos.
• Dificultar ou embaraçar a realização da penhora.
• Resistência injustificada às ordens judiciais.
• Não indicar os bens passíveis de penhora e valores ou não exigir prova de propriedade quando
intimado pelo Juiz para fazê-lo.
Consequência: multa revertida para o exequente não superior a 20%, calculado sobre o valor
atualizado do débito.
Legitimidade
● LEGITIMIDADE ATIVA
● LEGITIMIDADE PASSIVA
derivado ou superveniente:
b) cessão de débito
c) fiador
responsável tributário
mesmo executado;
igualdade de procedimento.
www.estrategiaconcursos.com
.br
● INTERVENÇÃO DE TERCEIRO: admite-se o incidente de desconsideração de personalidade jurídica.
Competência
foro de eleição
Requisitos
em obrigações bilaterais, o credor somente poderá exigir do devedor quando cumprir com a sua parte.
ROL TAXATIVO:
4) Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado
por tribunal.
5) Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele
garantido por caução.
9) Certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei.
www.estrategiaconcursos.com
.br
11) Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e
demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei.
12) Todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO PROCESSUAL PENAL – PROF. RENAN ARAÚJO
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
Princípio da inércia
O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria em violação da sua
imparcialidade. Este princípio fundamenta diversas disposições do sistema processual
penal brasileiro, como aquela que impede que o Juiz julgue um fato não contido na
www.estrategiaconcursos.com
.br
denúncia, que caracteriza o princípio da congruência (ou correlação) entre a sentença
e a inicial acusatória.
OBS.: Isso não impede que o Juiz determine a realização de diligências que entender
necessárias (produção de provas, por exemplo) para elucidar questão relevante para o
deslinde do processo (em razão do princípio da busca pela verdade real ou material,
não da verdade formal).
www.estrategiaconcursos.com
.br
OBS.: O STF decidiu, recentemente, que o cumprimento da pena pode se iniciar com
a mera condenação em segunda instância por um órgão colegiado (TJ, TRF,
etc.), relativizando o princípio da presunção de inocência (HC 126292/SP, rel. Min. Teori
Zavascki, 17.2.2016).
Desse princípio decorre que o ônus da prova cabe ao acusador. O réu é, desde o
começo, inocente, até que o acusador prove sua culpa.
Pontos importantes:
➢ A existência de prisões provisórias (prisões decretadas no curso do processo) não
ofende a presunção de inocência
➢ Processos criminais em curso e inquéritos policiais em face do acusado NÃO
podem ser considerados maus antecedentes (nem circunstâncias judiciais
desfavoráveis) – Súmula 442 do STJ
➢ Não se exige sentença transitada em julgado (pelo novo crime) para que o
condenado sofra regressão de regime (pela prática de novo crime)
➢ Não se exige sentença transitada em julgado (pelo novo crime) para que haja
revogação da suspensão condicional do processo.
Princípio da publicidade
Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicas, ou seja, de acesso livre a
qualquer do povo.
Essa publicidade NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a intimidade
das partes ou interesse público exigir (publicidade restrita). Pode ser restringida
apenas às partes e seus procuradores, ou somente a estes.
Impossibilidade de restrição da publicidade aos procuradores das partes.
www.estrategiaconcursos.com
.br
As decisões judiciais devem estar sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. Não
está expresso na Constituição.
EXCEÇÃO: Casos de competência originária do STF, ações nas quais não cabe recurso
da decisão de mérito.
Princípio do non bis in idem – Ninguém pode ser punido duplamente pelo mesmo
fato. Ninguém poderá, sequer, ser processado duas vezes pelo mesmo fato. Não se
pode, ainda, utilizar o mesmo fato, condição ou circunstância duas vezes (como
qualificadora e como agravante, por ex.).
Conceito - Ramo do Direito que tem por finalidade a aplicação, no caso concreto, da
Lei Penal outrora violada.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Fontes – Origem do direito processual penal. Podem ser:
➢ Fontes formais (ou de cognição) – Meio pelo qual a norma é lançada no
mundo jurídico. Podem ser imediatas (também chamadas de diretas ou
primárias) mediatas (também chamadas de indiretas, secundárias ou supletivas).
▪ IMEDIATAS – São as fontes principais, aquelas que devem ser aplicadas
primordialmente (Constituição, Leis, tratados e convenções
internacionais). Basicamente, portanto, os diplomas normativos
nacionais e internacionais7.
▪ MEDIATAS – São aplicáveis quando há lacuna, ausência de regulamentação
pelas fontes formais imediatas (costumes, analogia e princípios gerais
do Direito).
➢ Fontes materiais (ou de produção) – É o órgão, ente, entidade ou Instituição
responsável pela produção da norma processual penal. No Brasil, em regra, é a
União, podendo os Estados legislarem sobre questões específicas.
7Há quem inclua também, dentre as fontes imediatas, as SÚMULAS VINCULANTES, pois são verdadeiras normas de
aplicação vinculada. Lembrando que a jurisprudência e a Doutrina não são consideradas, majoritariamente, como
FONTES do Direito Processual Penal, pois representam, apenas, formas de interpretação do Direito Processual Penal.
www.estrategiaconcursos.com
.br
(titularidade PERSONALÍSSIMA O direito de queixa não passa aos
do sucessores (nem pode ser
ofendido) exercido pelo representante legal).
SUBSIDIÁRIA DA Quando há INÉRCIA do MP, o
PÚBLICA ofendido passa a ter legitimidade
para ajuizar a queixa-crime
subsidiária. Essa legitimidade dura
por seis meses, e neste período,
tanto o MP quanto o ofendido
podem ajuizar ação penal
(legitimidade concorrente).
CARACTERÍSTICAS
• A ação penal pública (tanto a incondicionada quanto à condicionada) é de
titularidade exclusiva do MP e goza das seguintes características:
▪ Obrigatoriedade
▪ Oficialidade
▪ Indisponibilidade
▪ Divisibilidade
• A ação penal privada é de titularidade do ofendido e goza das seguintes
características:
▪ Indivisibilidade
▪ Oportunidade
▪ Disponibilidade
▪ Deve ser ajuizada dentro de seis meses (contados da data em que foi
conhecida a autoria do delito), sob pena de decadência do direito de
queixa.
1. RENÚNCIA
• Antes do ajuizamento da ação
• Expressa ou tácita (Com relação à renúncia tácita, decorrente da não inclusão
de algum dos infratores na ação penal, o STJ firmou entendimento no sentido
de que a omissão do querelante deve ter sido VOLUNTÁRIA, ou seja, ele deve
ter, de fato, querido não processar o infrator).
• Oferecida a um dos infratores a todos se estende
• Não depende de aceitação pelos infratores (ato unilateral)
2. PERDÃO
www.estrategiaconcursos.com
.br
• Depois do ajuizamento da ação
• Expresso ou tácito
• Processual ou extraprocessual
• Oferecido a um dos infratores a todos se estende
• Depende de aceitação pelos infratores (ato BILATERAL)
• Se um dos infratores não aceitar, isso não prejudica o direito dos demais
3. PEREMPÇÃO
• Penalidade ao querelante pela negligência na condução do processo
• Cabível quando:
➢ O querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos
➢ Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo
➢ O querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
ato do processo a que deva estar presente
➢ O querelante deixar de formular o pedido de condenação nas
alegações finais
➢ Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
DISPOSIÇÕES IMPORTANTES
• Quando se tratar de crime de ação penal pública, e o MP nada fizer no prazo
legal de oferecimento da denúncia (inércia do MP), o ofendido, ou quem lhe
represente, poderá ajuizar ação penal privada subsidiária da pública, tendo
essa legitimidade um prazo de validade de seis meses, a contar do dia seguinte
em que termina o prazo para manifestação do MP (consolidando sua inércia).
OBS.: Não é cabível a ação penal privada subsidiária se o MP requer o
arquivamento ou requer a realização de novas diligências (neste caso não há
inércia).
www.estrategiaconcursos.com
.br
• A justa causa é a existência de elementos de prova mínimos, aptos a justificar
a demanda penal (STJ).
SUJEITOS PROCESSUAIS
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ
ESPÉCIE HIPÓTESES OBSERVAÇÕES
IMPEDIMENTO ▪ Tiver funcionado seu cônjuge ou OBS.: Presunção
parente, consanguíneo ou afim, em
absoluta de
linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, como
parcialidade. Rol
defensor ou advogado, órgão taxativo.
do Ministério Público, OBS.: Juiz tem o
autoridade policial, auxiliar da dever de se
justiça ou perito. declarar
▪ O próprio Juiz houver impedido, não
desempenhado qualquer dessas podendo atuar no
funções (anteriores) ou servido
processo. Se não o
como testemunha.
▪ O próprio Juiz tiver atuado como fizer, qualquer das
juiz de outra instância, partes poderá
pronunciando-se, de fato ou de arguir seu
direito, sobre a questão. impedimento.
▪ O próprio Juiz ou seu cônjuge ou OBS.: Doutrina vê
parente, consanguíneo ou afim em como ato
linha reta ou colateral até o
inexistente.
terceiro grau, inclusive, for parte
Jurisprudência vê
ou diretamente interessado no
feito. como nulidade
absoluta.
SUSPEIÇÃO ▪ Se for amigo íntimo ou inimigo OBS.: Presunção
capital de qualquer das partes.
relativa de
▪ Se o Juiz, seu cônjuge, ascendente
ou descendente, estiver
imparcialidade do
respondendo a processo por Juiz.
fato análogo, sobre cujo caráter OBS.: Juiz não está
criminoso haja controvérsia. obrigado a se
▪ Se o Juiz, seu cônjuge, ou parente, declarar suspeito.
consanguíneo, ou afim, até o
terceiro grau, inclusive, sustentar OBS.: A suspeição
demanda ou responder a não pode ser
processo que tenha de ser declarada, nem
julgado por qualquer das reconhecida,
partes. quando a parte
▪ Se o Juiz tiver aconselhado criar o motivo para
qualquer das partes.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Se o Juiz for credor ou devedor, alega-la
tutor ou curador, de qualquer (propositalmente).
das partes.
▪ Se o Juiz for sócio, acionista ou
OBS.:
administrador de sociedade Jurisprudência vê
interessada no processo. como nulidade
relativa
(controvérsia na
Doutrina).
OBS.: Aplicam-se aos serventuários e funcionários da Justiça as prescrições sobre
suspeição dos Juízes.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Conceito – É órgão responsável por desempenhar as funções do Estado-acusador
no processo. Pode atuar de duas formas:
▪ Como autor da ação (ação penal pública)
▪ Como fiscal da Lei
Suspeição e impedimento
Mesmas hipóteses de suspeição e impedimento previstas para os Juízes, no que for
cabível. Além disso, não poderão atuar nos processos em que o juiz ou qualquer das
partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau, inclusive.
OBS.: O fato de o membro do MP ter atuado na fase investigatória não gera suspeição
ou impedimento (verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ).
ACUSADO
▪ Aquele que figura no polo passivo da ação penal
▪ A identificação do acusado deve ser feita da forma mais ampla possível. A
impossibilidade de identificação do acusado por seu nome civil, contudo, não
impede o prosseguimento da ação, quando CERTA a identidade física.
▪ Deve comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e, caso
não compareça a algum ato que não possa ser realizado sem ele, o Juiz poderá
determinar sua condução à força – Divergência doutrinária quanto à
constitucionalidade desta previsão.
Direitos do acusado:
▪ Não produzir prova contra si mesmo
▪ Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente
▪ Direito ao contraditório e à ampla defesa
▪ Direito à entrevista prévia e reservada com seu defensor
DEFENSOR DO ACUSADO
A presença do defensor no processo criminal é obrigatória, e decorre do princípio da
ampla defesa (defesa técnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente.
www.estrategiaconcursos.com
.br
SÚMULA 523 DO STF
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE
ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE
PREJUÍZO PARA O RÉU.
OBS.: Doutrina entende que o Judiciário pode reconhecer a deficiência da defesa
técnica, ex officio.
Acusado não nomeia defensor – Juiz nomeará um para atuar em seu favor. Se
não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo que lhe for
nomeado.
Acusado poderá, posteriormente, desconstituir o advogado nomeado pelo Juiz
e constituir outro, de sua confiança? Sim.
Defensor nomeado pode recusar atuação? Somente em caso de motivo relevante.
Defensor nomeado pode abandonar a causa? Sim, por motivo imperioso, mas deve
comunicar previamente ao Juiz.
Defensor constituído precisa apresentar procuração? Em regra, sim, salvo
quando o acusado o indicar em seu interrogatório (procuração apud acta).
Impossibilidade de atuação – Não podem atuar como defensor do acusado os
parentes do Juiz (mesmas hipóteses do art. 252, I do CPP).
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
Conceito – Trata-se da figura do ofendido (ou seu representante legal) ou seus
sucessores, que poderão atuar na ação penal pública como assistentes do MP (não
serão autores da ação penal).
Características:
▪ Deve ocorrer durante o processo – Entre o recebimento da denúncia e o
trânsito em julgado
▪ Deve o requerente estar assistido por profissional habilitado (advogado ou
defensor público)
▪ MP deve ser previamente ouvido
▪ Decisão de deferimento ou indeferimento do pedido é IRRECORRÍVEL (Cabe
MS, caso indeferido o requerimento).
OBS.: O corréu (aquele que também é acusado) não pode atuar como assistente da
acusação (em relação aos outros réus). Contudo, pode recorrer da sentença que
absolve os demais réus.
Assistente pode
Propor meios de prova
Requerer perguntas às testemunhas
Aditar os articulados
Participar do debate oral
Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio
Requerer a decretação da prisão preventiva
Requerer o desaforamento
www.estrategiaconcursos.com
.br
Indicar assistente técnico
AUXILIARES DA JUSTIÇA
Os peritos e intérpretes devem ser imparciais, pois não possuem interesse na causa.
Estende-se aos peritos (e aos intérpretes) as mesmas regras de suspeição dos
Juízes.
Vedações ao exercício da função de perito
Não podem exercer a função:
▪ Aqueles que estiverem sujeitos à interdição de direito
▪ Aqueles que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado
anteriormente sobre o objeto da perícia
▪ Os analfabetos e os menores de 21 anos – Atualmente, com a maioridade
civil aos 18 anos, esse dispositivo deve ser adaptado à nova maioridade
civil. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei, deve ser marcado como
correta a idade de 21 anos.
Observações:
▪ Nomeação do perito é ato privativo do Juiz
▪ As partes não podem intervir na nomeação
▪ Perito não pode recusar a nomeação, salvo se provar motivo relevante
▪ Perito que faltar com suas obrigações pode ser multado
▪ Perito pode ser conduzido à força caso não compareça a algum ato para o qual
foi intimado
ATOS PROCESSUAIS
• Atos das partes
• Atos do Juiz (atos jurisdicionais)
www.estrategiaconcursos.com
.br
OBS.: Em alguns casos, mesmo diante do descumprimento da forma estabelecida em
lei, alguns atos processuais podem não ter sua nulidade decretada, desde que o ato
alcance sua finalidade sem causar prejuízo às partes. - Princípio do
“prejuízo”, ou do “pas de nullité sans grief” (Não há nulidade sem prejuízo).
Assim, busca-se conservar o ato que alcançou sua finalidade sem causar prejuízo
(princípio da conservação).
OBS.2: A própria parte que deu causa à nulidade não pode invocá-la, ainda que lhe
tenha causado prejuízo. Trata-se do princípio do “venire contra factum proprium”.
Renovação e retificação - Caso não tenha sido sanada a nulidade, os atos serão
renovados ou retificados.
Princípio da causalidade - A nulidade de um ato importa, ainda, na nulidade de todos
os atos que dele DIRETAMENTE dependam ou sejam consequência. O Juiz, ao declarar
a nulidade, deve determinar a quais atos ela se estende
PRAZOS PROCESSUAIS
• Os prazos processuais são contínuos
• Não se interrompem em férias, domingos e feriados
• O início não pode se dar em dia não útil
• Se o último dia for não útil, será prorrogado o prazo até o dia útil seguinte
• O prazo se inicia no dia útil seguinte ao marco inicial (exclui-se o dia do começo)
OBS.: Isto só ocorre com os chamados PRAZOS PROCESSUAIS. Os prazos que,
embora presentes no CPP, sejam considerados prazos MATERIAIS (referentes ao
próprio Direito Material em si, o que às vezes é difícil de diferenciar) são computados
de maneira diversa, incluindo-se o dia do começo.
Qual o marco inicial da contagem do prazo? O momento em que a parte toma
ciência da decisão que determina a prática do ato. Esse momento da ciência pode se
dar através:
• De intimação.
• De audiência na qual a parte seja cientificada do ato.
• Do dia em que a parte manifestar ciência do ato nos autos.
www.estrategiaconcursos.com
.br
OBS.: Juízes também possuem prazo para a prática de seus atos. Porém, o
descumprimento dos prazos pelo Juiz não acarreta a impossibilidade de sua prática
posteriormente, pois não existe “preclusão pro judicato”.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ REJEITAR A DENÚNCIA OU QUEIXA. Quando? Quando entender que:
(a)Está presente uma das hipóteses do art. 395 do CPP não percebidas
antes de mandar notificar o acusado; ou
(b) Em razão das alegações do acusado, entender que não houve crime
ou que a ação é improcedente.
Tópicos importantes
• Ausência de notificação para apresentação de defesa preliminar – Sempre
necessária. Ausência gera Nulidade relativa (STF).
OBS.: STJ - Se a ação penal foi ajuizada após um procedimento
administrativo prévio no qual o acusado teve oportunidade de se
defender, não há nulidade, mas mera irregularidade.
• Funcionário público que possua foro especial por prerrogativa de função
– Se o acusado possui foro por prerrogativa de função, não se aplica o rito
previsto no CPP, aplicando-se o rito previsto na Lei 8.038/90 (Processo nos
Tribunais).
• Ação penal instruída com inquérito policial – O STJ possui entendimento
sumulado (súmula 330) no sentido de que, caso a ação penal seja instruída
inquérito policial é desnecessária a notificação para a apresentação de
resposta preliminar. STF não adota este posicionamento.
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO ADMINISTRATIVO – PROF. ERICK ALVES
➢ Regime jurídico-administrativo: sistema que dá identidade ao Direito Administrativo, caracterizado por dois princípios
básicos:
▪ Supremacia do interesse público: prerrogativas e privilégios da Administração Pública (ex: poder de polícia; poder de
modificar unilateralmente contratos etc.).
▪ Indisponibilidade do interesse público: restrições impostas pela lei à Administração (ex: necessidade de realizar
concurso público e licitação; restrições à alienação de bens públicos).
▪ Atos devem ser praticados tendo em vista o interesse público, e não os interesses pessoais
do agente ou de terceiros.
▪ Três aspectos: isonomia, finalidade pública e não promoção pessoal.
Impessoalidade ▪ Ex: concurso público e licitação.
▪ Proíbe nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido.
▪ Permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato.
▪ Ato pode ser anulado, por desvio de finalidade.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ A Administração deve dar transparência a seus atos.
▪ Permite o controle da legalidade e da moralidade dos atos administrativos.
▪ Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou
ao interesse social.
▪ Publicidade (diversos meios) ≠ Publicação (divulgação em órgãos oficiais).
Publicidade
▪ Publicidade não é considerada elemento de formação do ato administrativo, e sim requisito
de eficácia.
▪ O ato não publicado permanece válido, mas sem produzir efeitos perante terceiros.
▪ STF permite a divulgação do nome, do cargo e da remuneração dos servidores públicos,
mas não do CPF, da identidade e do endereço, como medida de segurança.
Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins (aferida pelos padrões do homem médio)
Contraditório e Deve haver em todos os processos administrativos, punitivos (acusados) e não punitivos
ampla defesa (litigantes).
Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser mediante
Autotutela provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais). Os atos não
podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé.
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ Centralização: o Estado executa as tarefas diretamente, por intermédio da Administração Direta.
➢ Descentralização: distribui funções para outra pessoa, física ou jurídica. Não há hierarquia.
▪ Por serviços, funcional, técnica ou por outorga: transfere a titularidade e a execução. Depende de lei. Prazo
indeterminado. Controle finalístico (ex: criação de entidades da Adm. Indireta).
▪ Por colaboração ou delegação: transfere apenas a execução. Pode ser por contrato ou ato unilateral. Prazo: determ.
(contrato); indeterm. (ato). Controle amplo e rígido (ex: concessão ou autorização).
▪ Territorial ou geográfica: transfere competências administrativas genéricas para entidade geograficamente delimitada (ex:
Territórios Federais).
➢ Desconcentração: a entidade se desmembra em órgãos, organizados em hierarquia. É técnica administrativa para melhorar
o desempenho. Só uma pessoa jurídica. Ocorre na Adm. Direta e na Indireta.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA: conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (U, E, DF, M), aos quais foi atribuída
a competência para o exercício de atividades administrativas, de forma centralizada.
Órgãos Públicos: não possuem capacidade processual, exceto órgãos autônomos e independentes para mandado de segurança
na defesa de suas prerrogativas e competências.
Quanto à atuação ▪ Órgãos singulares ou unipessoais: decisões tomadas por uma só pessoa.
funcional ▪ Órgãos colegiados ou pluripessoais: decisões conjuntas.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: entidades administrativas vinculadas à Adm. Direta para o exercício de atividades de forma
descentralizada.
Supervisão Ministerial ou Tutela: verifica os resultados das entidades descentralizadas, a harmonização de suas atividades com a
política do Governo, a eficiência de sua gestão e a manutenção de sua autonomia. Depende de previsão em lei (tutela ordinária),
podendo extrapolar a lei em caso de problemas graves.
AUTARQUIAS:
▪ Criação e extinção: diretamente por lei.
▪ Objeto: atividades típicas de Estado, sem fins lucrativos. “Serviços públicos personalizados.”
▪ Regime jurídico: direito público.
▪ Prerrogativas: prazos processuais especiais; prescrição quinquenal; precatórios; inscrição de seus créditos em
dívida ativa; imunidade tributária; não sujeição à falência.
▪ Classificação: geográfica ou territorial; de serviço ou institucional; fundacionais; corporativas ou associativas
e outras.
▪ Autarquias de regime especial: maior autonomia que as demais. Estabilidade dos dirigentes (ex: agências
reguladoras)
▪ Patrimônio: bens públicos (impenhorabilidade, imprescritibilidade e restrições à alienação).
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Pessoal: regime jurídico único (igual ao da Adm. Direta).
▪ Foro judicial: Justiça Federal (federais) e Justiça Estadual (estaduais e municipais)
FUNDAÇÕES:
▪ Criação e extinção: diretamente por lei (se de dir. público); autorizada por lei, mais registro (se de dir. privado)
▪ Objeto: atividades que beneficiam a coletividade, sem fins lucrativos. “Patrimônio personalizado”.
▪ Regime jurídico: direito público ou privado.
▪ Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de dir. público); imunidade tributária (dir. público ou privado).
▪ Patrimônio: bens públicos (se de dir. público); bens privados, sendo que os bens empregados na prestação de serviços públicos
possuem prerrogativas de bens públicos (se de dir. privado).
▪ Pessoal: regime jurídico único (se de dir. público); regime jurídico único ou celetista – divergência doutrinária (se de dir. privado).
▪ Controle do Ministério Público: MP Federal, independentemente de sede (fundações públicas federais); MP dos Estados ou
MPDFT, de acordo com a sede (fundações públicas e privadas).
▪ Foro judicial: igual às autarquias (se de dir. público); p/ doutrina, Justiça Estadual (se de dir. privado); p/ jurisprudência, Justiça
Federal (se de dir. privado federal).
▪ Outras: contratos das fundações de dir. privado são regidos pela Lei de Licitações.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS:
▪ Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes federados (U, E, DF e M), com a finalidade de cooperação federativa
(realização de objetivos de interesse comum).
▪ Diferem-se dos convênios, pois estes são despersonificados.
▪ Não pode haver consórcio constituído unicamente pela União e Municípios. Deve haver participação do Estado.
▪ Também não pode haver consórcio público celebrado entre um Estado e Município de outro Estado.
▪ Requisitos formais: (i) subscrição prévia do protocolo de intenções; (ii) ratificação do protocolo por lei.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Personalidade jurídica:
✓ de direito público: associação pública - > integra a Adm. Indireta dos entes consorciados.
✓ de direito privado: associação civil (pessoal regido pela CLT, mas deve realizar concurso público)
▪ Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:
✓ firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza;
✓ receber auxílios, contribuições e subvenções;
✓ promover desapropriações e instituir servidões administrativas.
✓ arrecadar tarifas.
✓ ser contratado mediante dispensa de licitação pela Adm. direta ou indireta dos entes consorciados.
▪ Contrato de rateio: instrumento pelo qual os entes se comprometem a fornecer recursos financeiros ao consórcio.
▪ Contrato de programa: firmado com um dos consorciados, para que este assuma a obrigação de prestar serviços por meio
de seus próprios órgãos.
▪ Representante legal: eleito dentre os Chefes do Poder Executivo dos entes consorciados.
▪ O consórcio público está sujeito à fiscalização do Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder
Executivo representante legal do consórcio.
AGÊNCIAS REGULADORAS:
▪ Não é uma qualificação. São autarquias sob regime especial (não há obrigatoriedade).
▪ São entidades da Administração Indireta.
▪ Dois tipos: (i) as que exercem poder de polícia (ex: Anvisa); (ii) as que regulam atividades delegadas à iniciativa
privada, mediante concessão, permissão ou autorização (ex: ANATEL, ANELL).
▪ Exercem função típica de Estado: função regulatória.
▪ Podem editar normas, exercer fiscalização sobre as empresas concessionárias, revisar e fixar tarifas, aplicar
sanções, solucionar conflitos entre as empresas e os clientes e solucionar reclamações dos consumidores.
▪ Possuem poder normativo amplo, em assuntos de natureza técnica, mas não podem inovar na ordem jurídica
com a edição de atos normativos primários e regulamentos autônomos.
▪ Servidores se submetem ao regime estatutário.
▪ Dirigentes escolhidos pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal.
▪ Há previsão de quarentena dos ex-dirigentes (4 meses), período no qual não podem assumir cargos nas
empresas do setor regulado.
▪ Os dirigentes possuem mandato fixo, só podendo perder o cargo em caso de renúncia, condenação judicial
transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar (a lei de cada agência pode prever outras formas).
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Algumas agências devem celebrar contrato de gestão com o Ministério supervisor.
▪ Prerrogativa para aplicar sanções àqueles que, submetidos à disciplina interna da Adm.,
cometem infrações (servidores e particulares com vínculo contratual com a Adm.).
Poder
disciplinar ▪ Não se confunde com o poder punitivo do Estado (exercido pelo Poder Judiciário para
punir infrações de natureza civil e penal – ex: atos de improbidade).
▪ Admite discricionariedade (gradação e escolha da penalidade).
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Poder inerente ao Chefe do Executivo para editar decretos.
▪ Atos normativos são editados por outras autoridades e órgãos com base no poder normativo.
▪ Decreto de execução: dar fiel execução às leis administrativas; não pode ser delegado; atos de
caráter geral e abstrato.
▪ Atos normativos secundários: não podem inovar o ordenamento jurídico.
Poder ▪ Decreto autônomo: não precisa de lei prévia; apenas para (i) organizar a Adm. Pública, sem
regulamentar aumento de despesa ou criação/extinção de órgãos ou (ii) extinção de cargos públicos vagos.
Pode ser delegado.
▪ O Congresso Nacional pode sustar atos normativos do Executivo que exorbitem do poder
regulamentar.
▪ Controle judicial: em caso de conflito com a lei que regulamenta, não cabe ADI (esta, apenas
para atos normativos autônomos que ofendem diretamente a Constituição).
www.estrategiaconcursos.com
.br
ABUSO DE PODER:
ATOS ADMINISTRATIVOS: praticados por todos os Poderes, quando exercem função administrativa.
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ ATRIBUTOS:
▪ Presunção de legitimidade: presume-se que o ato foi praticado conforme a lei.
▪ Presunção de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela Adm são verdadeiros.
▪ Permite que os atos produzam efeitos de imediato, ainda que apresentem vícios aparentes.
Presunção
de ▪ O administrado terá que se submeter ao ato, até que ele seja invalidado.
legitimidade ▪ Presunção relativa (admite prova em contrário).
▪ Inverte o ônus da prova (o administrado é que deve provar o erro da Administração)
▪ Presente em todos os atos administrativos.
▪ Certos atos administrativos podem ser executados pela própria Administração, sem
necessidade de intervenção judicial.
▪ Desdobra-se em:
✓ Exigibilidade: coerção indireta (ex: aplicação de multas);
✓ Executoriedade: coerção direta (ex: demolição de obra irregular)
Autoexecutoriedade
▪ Está presente apenas quando:
✓ expressamente prevista em lei (ex: poder de polícia; penalidades disciplinares).
✓ tratar-se de medida urgente.
▪ Não está presente quando envolve o patrimônio do particular (ex: cobrança de multa
não paga; desconto de indenização ao erário nos vencimentos do servidor).
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ ELEMENTOS:
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Efeitos jurídicos imediatos do ato administrativo.
▪ Identifica-se com o conteúdo do ato (demissão, autorização para edificar, desapropriação etc).
▪ Deve ser lícito, possível, certo e moral.
Objeto ▪ Objeto acidental: encargo/modo (ônus imposto ao destinatário do ato), termo (início e fim da
eficácia do ato) e condição (suspensiva e resolutiva).
▪ Vícios de objeto: quando é proibido, impossível, imoral e incerto (insanável, ato deve ser
anulado).
VINCULAÇÃO e DISCRICIONARIEDADE:
➢ Poder Judiciário não aprecia o mérito administrativo: caso a Administração ultrapasse os limites da discricionariedade, o
Judiciário poderá anular o ato (jamais convalidar), sem que isso caracterize controle de mérito; uma vez rompidos os
limites da lei, o controle passa a ser de legalidade.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
▪ Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não deixando
Quanto ao liberdade de ação para a Administração.
grau de
▪ Atos discricionários: a Administração tem liberdade de ação dentro de determinados
liberdade
parâmetros previamente definidos em lei.
Quanto à ▪ Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de remoção de servidor.
situação de ▪ Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas contratadas, editais de
terceiros licitação, atos normativos etc.
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Atos simples: decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ex:
despacho de um chefe de seção, decisões de conselhos administrativos.
▪ Atos complexos: decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas,
Quanto à provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex: aposentadoria de servidor
formação de estatutário, portarias conjuntas.
vontade
▪ Atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de
um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). Ex: autorização que
depende de visto.
▪ Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício.
▪ Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo inexistente, ato com
Quanto aos objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de finalidade.
requisitos de
▪ Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e de forma (regra).
validade
▪ Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em verdade, não chega a
entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento essencial. Ex: usurpador de função.
➢ Atos normativos
▪ Possuem efeitos gerais e abstratos, atingindo todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica (não têm
destinatários determinados). Correspondem aos “atos gerais”.
▪ Não podem inovar o ordenamento jurídico (ao contrário das leis).
▪ São atos administrativos apenas em sentido formal (e não em sentido material).
▪ Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou ação judicial ordinária; devem ser
impugnados por ação direta de inconstitucionalidade.
▪ Exemplos: regulamentos, portarias, circulares, instruções normativas.
www.estrategiaconcursos.com
.br
➢ Atos ordinatórios
▪ São os atos com efeitos internos, endereçados aos servidores públicos, que visam a disciplinar o funcionamento da
Administração e a conduta funcional de seus agentes.
▪ Possuem fundamento no poder hierárquico; de regra, não atingem os particulares em geral.
▪ São inferiores em hierarquia aos atos normativos.
▪ Exemplos: portarias de delegação de competência, circulares internas, ordens de serviço, avisos.
➢ Atos negociais
▪ São aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do administrado.
▪ Representam a anuência prévia da Administração para o particular realizar determinada atividade de interesse dele, ou
exercer determinado direito (“atos de consentimento”).
▪ Não cabe falar em imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais.
▪ Licença:
o Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular exercer direitos subjetivos.
o Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir). Admite apenas cassação (vício na execução) ou
anulação (vício na origem). Pode gerar direito a indenização ao particular, caso ele não tenha dado causa à invalidação
da licença.
▪ Autorização:
o Ato administrativo discricionário e precário. Permite ao particular exercer atividades materiais, prestar serviços públicos
ou utilizar bem público.
o Pode ser revogada a qualquer tempo pela Administração, em regra, sem a necessidade de pagar indenização ao
interessado.
▪ Permissão: ato administrativo discricionário e precário. Enquanto ato administrativo, refere-se apenas ao uso de bem
público; em caso de delegação de serviços públicos, a permissão deve ser formalizada mediante um “contrato de adesão”,
precedido de licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo).
▪ Outros exemplos: admissão, aprovação e homologação.
➢ Atos enunciativos
▪ São aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente (ex: certidões e atestados) ou que emitem uma opinião
para preparar outro ato de caráter decisório (pareceres).
▪ A rigor, não constituírem uma manifestação de vontade da Administração; por isso, são considerados meros atos da
Administração (são atos administrativos apenas em sentido formal, mas não material).
▪ Exemplos: certidão (cópia fiel de informações registradas em livros ou banco de dados); atestado (declaração sobre fato que
não consta em livro ou arquivo), parecer (pode ser obrigatório ou facultativo e, em alguns casos, pode ter efeito vinculante);
apostila (averbação para corrigir ou atualizar dados).
➢ Atos punitivos
▪ Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas.
▪ Podem ser de ordem interna (ex: penalidades disciplinares a servidores públicos) ou externa (sanções aplicadas a
particulares).
www.estrategiaconcursos.com
.br
EXTINÇÃO E CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Igualdade de condições entre todos os licitantes.
Igualdade ▪ Veda imposição de marcas, exceto para padronização (tecnicamente justificável).
(competitividade) ▪ Exceções: empate em igualdade de condições; licitações sustentáveis, medidas de compensação, ME e
EPP.
▪ Margem de preferência: pode adquirir produtos nacionais até 25% mais caros; pode
Desenvolvimento ser estendida para países do Mercosul; revisão periódica a cada 5 anos; capacidade de
nacional produção não pode ser inferior à demandada.
sustentável ▪ Bens e serviços de informática e automação.
▪ Sistemas de TI e de comunicação estratégicos
Modalidades:
Modalidade CONCORRÊNCIA TOMADA DE PREÇOS CONVITE
Aberto a qualquer licitante. ▪ Licitante cadastrado; ▪ Licitantes convidados (cadastrados
▪ Licitante que atender as ou não), no mínimo 3.
Participantes condições para cadastro até 3 ▪ Licitantes cadastrados que
dias antes. manifestarem interesse até 24
horas antes.
Habilitação Fase de habilitação Prévia (registros cadastrais) Prévia (registros cadastrais)
▪ Obras, serviços e compras Obras e serviços de engenharia Obras e serviços de engenharia até R$
de qualquer valor. até R$ 1,5 milhão. 150 mil.
▪ Compra e alienação de Compras e serviços até Compras e serviços até R$ 80 mil.
imóveis. R$ 650 mil.
Objeto
▪ Concessão de direito real
de uso.
▪ Concessão de serviços.
▪ Registro de preços.
Mínimo de 3 membros, pelo Mínimo de 3 membros, pelo Pode ser um único servidor
Comissão
menos 2 servidores efetivos menos 2 servidores efetivos (pequenas unidades, pessoal exíguo)
➢ Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante instituição de remuneração ou prêmios.
➢ Leilão: alienação de bens pelo tipo maior lance ou oferta.
➢ Consulta: utilizada por agências reguladoras
Tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance ou oferta.
Fases da licitação: abertura do processo administrativo -> elaboração do instrumento convocatório -> publicidade ->
recebimento e julgamento das propostas -> homologação -> adjudicação.
▪ Julgamento das propostas: abertura dos envelopes de habilitação (envelope “A”) -> concessão de prazo para recurso aos
inabilitados -> devolução dos envelopes de propostas de preço (envelope “B”) fechados aos inabilitados, após o prazo de
recurso ou sua decisão -> abertura dos envelopes de proposta de preços dos habilitados -> julgamento e classificação.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Publicidade do instrumento convocatório:
Impugnação de edital:
▪ Cidadão: até 5 dias úteis antes da licitação.
▪ Licitante: até 2 dias úteis antes da licitação
Alienação de bens:
▪ Interesse público.
▪ Avaliação prévia.
▪ Licitação pública (dispensada nas hipóteses do art. 17):
✓ Imóveis: em regra por concorrência (salvo se o imóvel é derivado de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento, quando poderá ser por leilão ou concorrência).
✓ Móveis: em regra por leilão (> R$ 650 mil haverá concorrência).
▪ Autorização legislativa: apenas se o imóvel por da administração direta, autárquica ou fundacional (não para EP e SEM).
www.estrategiaconcursos.com
.br
Recursos administrativos:
Efeito suspensivo sempre:
▪ habilitação ou inabilitação do licitante;
▪ julgamento das propostas;
Recurso sentido estrito Efeito suspensivo facultativo:
(5 dias úteis ou 2 nos convites) ▪ anulação ou revogação da licitação;
▪ registro cadastral;
▪ rescisão unilateral do contrato pela Administração;
▪ advertência, suspensão temporária ou multa
Representação Quando não couber recurso hierárquico.
Pedido de reconsideração Declaração de inidoneidade
(10 dias úteis) Dirigido ao Ministro de Estado, Secretário Estadual ou Municipal.
CLÁUSULAS EXORBITANTES
▪ Por modificação do projeto ou das especificações;
Alteração ▪ Por acréscimo ou diminuição de seu objeto, em até 25% (ou até 50% de acréscimo em caso
unilateral de reforma de edifícios ou equipamentos).
▪ Somente cláusulas de execução -> não pode alterar o equilíbrio econômico-financeiro.
▪ Advertência
▪ Multa
Aplicação de
▪ Suspensão temporária de participação em licitação e de contratar, por até dois anos.
sanções
▪ Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração enquanto
perdurarem os motivos da punição ou até a reabilitação, no mínimo após dois anos.
▪ Poderá ser exigida garantia do contratado, até 5% do valor do contrato (até 10% em
contrato de grande vulto com alta complexidade).
Exigência de ▪ Deve haver previsão expressa no instrumento convocatório.
garantia ▪ Modalidades de garantia (opção do contratado): caução em dinheiro ou títulos da dívida
pública; seguro garantia; fiança bancária.
▪ Não se confunde com garantia da proposta (até 1% do valor estimado do objeto).
Fiscalização ▪ Realizada por representante designado, permitida a contratação de terceiros para auxílio.
pela ▪ Poderá determinar o que for necessário à regularização dos problemas observados ou, se
Administração as decisões ultrapassarem sua competência, solicitá-las a seus superiores.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Restrições à ▪ Somente após 90 dias de atraso é que o contratado pode demandar a rescisão do contrato
oposição da administrativo ou, ainda, paralisar a execução dos serviços, após notificação prévia.
exceção do ▪ Em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, o
contrato não particular não poderá opor a exceção do contrato não cumprido mesmo diante de atraso de
cumprido pagamento superior a 90 dias.
EXTINÇÃO DO CONTRATO
▪ Naturalmente, por cumprimento do objeto ou término do prazo.
▪ Impossibilidade material ou jurídica.
▪ Anulação (ex tunc): dever de indenizar o contratado, exceto de este tiver contribuído para a ilegalidade.
▪ Rescisão (ex nunc): unilateral, amigável ou judicial
AGENTES PÚBLICOS
▪ Agentes políticos: elaboram políticas públicas e dirigem a Adm; atuam com liberdade funcional (ex: chefes do Executivo,
ministros e secretários, membros do Legislativo, juízes, membros do MP e do TCU).
▪ Agentes administrativos: exercem atividades administrativas (ex: servidores públicos, empregados públicos e agentes
temporários).
▪ Agentes honoríficos: prestam serviços relevantes ao Estado; em regra, não recebem remuneração (ex: mesários e júri).
▪ Agentes delegados: particulares que atuam em colaboração com o Poder Público; podem ser pessoas jurídicas (ex:
concessionárias de serviços públicos, tabeliães, leiloeiros).
▪ Agentes credenciados: representam a Administração em atividade específica (ex: pessoas de renome).
▪ Agentes de fato: pessoas investidas na função pública de forma emergencial (necessários) ou irregular (putativos). Seus atos
devem ser convalidados (teoria da aparência).
NORMAS CONSTITUCIONAIS:
CARGOS PÚBLICOS EMPREGOS PÚBLICOS
▪ Provimento efetivo (concurso público) ou em ▪ Provimento mediante concurso público.
comissão (livre nomeação e exoneração). ▪ Ocupados por empregados públicos.
▪ Ocupados por servidores públicos. ▪ Regime jurídico celetista.
▪ Regime jurídico estatuário. ▪ Órgãos e entidades de direito privado (EP, SEM e
▪ Órgãos e entidades de direito público (adm. fundações de direito privado).
direta, autarquias e fundações públicas) -> RJU
www.estrategiaconcursos.com
.br
▪ Podem participar brasileiros e estrangeiros (estes, na forma da lei);
▪ Obrigatório para cargos e empregos efetivos.
▪ Pode ser de provas ou de provas e títulos.
▪ Exceções: cargos em comissão; contratações temporárias, agentes comunitários de saúde.
▪ Prazo de validade: até dois anos, prorrogável uma vez por igual período.
▪ Restrições só por lei (idade, altura, sexo), desde que observe proporcionalidade com as
atribuições do cargo.
Concurso
▪ Verificação, em regra, no ato da posse, exceto: (i) 3 anos de atividade jurídica p/ juiz e MP; e (ii)
público
limite máximo de idade nas polícias -> a verificação ocorre na inscrição do concurso;
▪ Até 20% das vagas para portadores de deficiência (mínimo de 5%); e 20% para negros (caso
haja 3 ou mais vagas).
▪ Candidatos aprovados dentro das vagas previstas no edital têm direito à nomeação.
▪ A cláusula de barreira é permitida.
▪ Não pode haver remarcação de provas de aptidão física, exceto para gestantes.
▪ O Judiciário não aprecia o mérito das questões, mas apenas sua compatibilidade com o edital.
▪ Os casos excepcionais devem estar previstos em lei; o prazo de contratação deve ser
predeterminado; a necessidade deve ser temporária; e o interesse público deve ser
Contratações excepcional.
temporárias ▪ Pode ser feita sem concurso público, mediante processo seletivo simplificado.
▪ Os agentes temporários exercem função pública, mas não ocupam cargo, nem emprego
público -> firmam contrato de direito público com a Administração.
www.estrategiaconcursos.com
.br
SISTEMA REMUNERATÓRIO DOS AGENTES PÚBLICOS:
▪ Vencimentos (vencimento básico + vantagens) -> servidores públicos (empregados é salário).
▪ Subsídios (parcela única) -> agentes políticos, AGU, PGFN, defensores públicos, polícias e bombeiros; facultativo para
servidores organizados em carreira.
▪ Assegurada revisão geral anual (aumento impróprio).
➢ Teto remuneratório:
▪ Inclui todas as vantagens, exceto de natureza indenizatória.
▪ EP e SEM apenas se receberem recursos da fazenda pública para custeio ou pagamento de pessoal.
➢ Mandatos eletivos:
▪ Federal, estadual ou distrital: afastado do cargo e recebe remuneração do cargo eletivo;
▪ Prefeito: afastado do cargo e pode optar pela remuneração;
▪ Vereador: pode acumular e receber ambas as remunerações, desde que haja compatibilidade de horários.
➢ Requisitos para estabilidade (servidores estatutários efetivos; não se aplica aos empregados públicos):
▪ Investidura em cargo efetivo, mediante prévia aprovação em concurso público;
▪ Três anos de efetivo exercício no cargo;
▪ Aprovação em avaliação especial de desempenho.
O servidor estável só perderá o cargo se for condenado em processo judicial ou administrativo ou, ainda, como última solução
para adequar os gastos de pessoal aos limites da LRF.
www.estrategiaconcursos.com
.br
CONTROLE ADMINISTRATIVO:
Hierárquico = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc. Anulação refere-se
a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a controle de mérito: revogam-se atos
inconvenientes ou inoportunos.
Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)
▪ Direito de petição:
✓ Representação: denúncia de irregularidades à Administração;
✓ Reclamação administrativa: contra atos da Adm. que afetem os direitos do administrado;
✓ Pedido de reconsideração: solicitação de reexame de um ato administrativo pela mesma autoridade que o
editou;
✓ Recurso hierárquico próprio: pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior à
que proferiu o ato;
✓ Recurso hierárquico impróprio: dirigido à autoridade que não se insere na mesma estrutura hierárquica do
agente que proferiu o ato. Só quando houver previsão em lei.
CONTROLE JUDICIAL:
Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do Legislativo e do
próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente provocado. Controle a posteriori
(regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mérito do ato administrativo apenas em caso de
ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas não revogar o ato.
▪ Contra ato ou omissão que importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data.
▪ Contra ato ou omissão de autoridade pública, ou de particular no exercício de funções públicas.
▪ O ato ou omissão deve importar ilegalidade ou abuso de poder
Mandado de ▪ É sempre uma ação de natureza civil
segurança ▪ Pode ser repressivo ou preventivo
▪ Prazo: 120 dias contados da ciência do ato impugnado.
▪ Não poderá ser utilizado: contra lei em tese; contra atos de gestão comercial; decisão judicial
transitada em julgado; atos internos; ato do qual caiba recurso com efeito suspensivo; substituto
da ação de cobrança.
▪ Legitimados:
✓ Partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
✓ Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
Mandado de em funcionamento há pelo menos um ano.
segurança
▪ Não é necessária autorização expressa dos associados.
coletivo
▪ Pode ser impetrado para defender parte dos associados.
▪ Não beneficia o impetrante de MS individual que tenha o mesmo objeto, a menos que
haja desistência da ação individual no prazo de 30 dias da impetração da ação coletiva.
www.estrategiaconcursos.com
.br
CONTROLE LEGISLATIVO:
Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem orçamentária primária dos recursos.
www.estrategiaconcursos.com
.br
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
▪ Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos.
Sujeitos
▪ Terceiro, que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver
ativos
participação de agente público).
➢ Sanções:
• Natureza administrativa, civil e política.
o Administrativa: perda da função pública, proibição de contratar com o Poder Público;
o Civil: indisponibilidade de bens, ressarcimento ao erário, multa civil;
o Política: suspensão dos direitos políticos.
• NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que apresenta denúncia sabidamente infundada).
• Independe da ocorrência de dano ao erário (exceto quanto à pena de ressarcimento) ou da aprovação ou rejeição das
contas pelo Tribunal de Contas.
• Exige comprovação de dolo (enriquecimento ilícito e violação dos princípios) e dolo ou culpa (prejuízo ao erário).
➢ Declaração de bens: obrigatória para a posse ou exercício. Quem deixar de entregar ou falsificar fica sujeito à pena de
demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
➢ Prescrição:
• Cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
• Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei específica para
faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
• Cinco anos contados da data da prestação de contas, no caso de entidades privadas beneficiárias de recursos públicos ou
de cujo patrimônio ou receita anual o Poder Público contribua com menos de 50%.
• Ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis.
www.estrategiaconcursos.com
.br
• Que importam enriquecimento ilícito: auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
indevida, direta ou indireta, em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade pública. Exemplos:
o Receber propina; utilizar bem ou servidor público em proveito próprio; adquirir bens
em valor desproporcional à própria renda.
• Que causam prejuízo ao erário: qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres de órgão ou entidade pública. Exemplos:
Atos de o Permitir ou concorrer que se utilize bens ou dinheiro público sem observar a lei;
improbidade aquisição de bens pela Adm. Pública fora das condições de mercado; frustrar a licitude
administrativa de licitação; realizar despesa pública de forma irregular.
• Decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício tributário ou financeiro:
qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou
tributário contrário ao que dispõe a legislação do ISS (alíquota mínima de 2%).
• Que atentam contra os princípios da Administração Pública: qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, bem
como outros princípios da Adm. Pública. Exemplos:
o Praticar ato visando fim proibido ou diverso daquele previsto em lei; revelar
informação sigilosa; deixar de prestar contas; frustrar a licitude de concurso público.
Proibição de contratar
com o Poder Público ou
Por 10 anos Por 5 anos - Por 3 anos
receber benefícios
fiscais
www.estrategiaconcursos.com
.br
Responsabilidade objetiva: a responsabilidade do Estado independe da comprovação de culpa. Basta existir o dano, o fato do
serviço e o nexo causal entre eles:
▪ Teoria do risco administrativo: admite excludentes -> aplicada como regra
▪ Teoria do risco integral: não admite excludentes -> apenas casos excepcionais: danos nucleares, ambientais e ataques
terroristas a aeronaves brasileiras.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO: ART. 37, §6º DA CF
▪ Consiste na obrigação de o Estado reparar danos (morais e materiais) causados a terceiros.
▪ É sempre de natureza civil e extracontratual.
▪ Resulta de condutas dos agentes públicos comissivas ou omissivas, lícitas ou ilícitas.
▪ Agentes devem atuar na condição de agentes públicos.
A responsabilidade do Estado é objetiva: o Estado responde pelos danos causados por seus agentes independentemente
de culpa.
A responsabilidade do agente é subjetiva: agente responde ao Estado, em ação regressiva, só se agir com dolo ou culpa.
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
▪ Culpa exclusiva da vítima (em caso de culpa concorrente, a responsabilidade é atenuada, proporcionalmente);
▪ Caso fortuito e força maior;
▪ Evento exclusivo de terceiros, inclusive multidões;
O ônus da prova é da Administração!
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Execução a cargo de particular contratado -> responsabilidade civil subjetiva do contratado
SERVIÇOS PÚBLICOS
Elementos da definição:
▪ Subjetivo: o sujeito é o Estado (Poder Público), que presta direta ou indiretamente.
▪ Objetivo: atividades de interesse coletivo (nem sempre, ex: loterias).
▪ Formal: o regime jurídico é de direito público (mas quando prestado por concessionárias ou permissionárias o regime
predominante é de direito privado – regime híbrido).
Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de polícia; intervenção
na propriedade privada; obras públicas.
Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de delegação. São
atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando desempenhadas pelo Estado é que se sujeitam
ao regime de direito público.
Formas de prestação:
▪ Prestação direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta.
▪ Prestação indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder Público, é atribuída a
sua mera execução.
Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da predominância do interesse.
▪ União: interesse nacional. Rol taxativo. Ex: defesa nacional, serviço postal, energia, transporte ferroviária, e rodoviário
interestadual e internacional.
▪ Municípios: interesse local. Rol exemplificativo. Ex: transporte coletivo, serviço funerário.
▪ Estados: interesse regional. Serviços residuais. Ex: transporte intermunicipal; gás canalizado.
▪ Distrito Federal: serviços estaduais e municipais.
▪ Comum: rol taxativo. Serviços prestados de forma paralela, sem subordinação.
CLASSIFICAÇÕES
Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex: segurança nacional.
Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex: energia, telefonia.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex: energia, escola pública.
Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex: saúde, educação.
DELEGAÇÃO
Concessão Permissão Autorização
Celebração com pessoa jurídica ou Celebração com pessoa física ou Celebração com pessoa física ou
consórcio de empresas. jurídica. jurídica.
Não é cabível revogação do A lei prevê a revogabilidade Pode ser revogado, sem
contrato. unilateral do contrato pelo poder indenização ao particular.
concedente.
Permissão de serviço público = contrato administrativo
Permissão de uso de bem público = ato administrativo
CONCESSÃO E PERMISSÃO
Serviço público adequado: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação
e modicidade das tarifas.
✓ Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
✓ Após prévio aviso, quando:
Serviço pode
▪ motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
ser paralisado
manutenção periódica e reparos preventivos); e
▪ por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade;
www.estrategiaconcursos.com
.br
Prazo: deve ser determinado (a lei não prevê prazos mínimos e máximos).
Transferência de encargos:
▪ Contratação com terceiros (não depende de autorização)
▪ Subconcessão (parcial; licitação na modalidade concorrência; sub-rogação)
▪ Transferência de concessão (total; anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Transferência de controle societário (anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Assunção do controle ou da administração temporária pelos financiadores
Política tarifária: poder concedente homologa reajustes e promove a revisão.
INTERVENÇÃO:
➢ Provisória, por decreto, para assegurar serviço público adequado. Prazo: 30 dias para instaurar processo administrativo e
mais 180 dias para conclusão do procedimento (máximo 210 dias).
➢ Após a intervenção a concessão será extinta; ou a administração será devolvida à concessionária.
EXTINÇÃO:
➢ Termo contratual: término do prazo do contrato.
➢ Encampação: por interesse público, com indenização prévia e autorização legislativa.
➢ Caducidade: por inadimplência do contratado, com indenização posterior e sem autorização legislativa.
➢ Rescisão: por iniciativa da concessionária, após decisão judicial.
➢ Anulação: por ilegalidade ou ilegitimidade no contrato ou na licitação; decretada pelo poder concedente ou pelo Judiciário,
se provocado.
➢ Falência ou extinção da concessionária (ou falecimento/incapacidade o titular, no caso de empresa individual).
Em todas as hipóteses há indenização das parcelas não amortizadas dos bens reversíveis.
www.estrategiaconcursos.com
.br
DIREITO CONSTITUCIONAL
PROF. RICARDO VALE, NÁDIA CAROLINA E DIEGO CERQUEIRA
Considerações Iniciais
Olá amigos, tudo bem?
Eu, a Prof. Nádia Carolina e Prof. Ricardo Vale preparamos um material bem especial,
com pontos fundamentais que devem ser revistos nessa reta final! Espero que gostem.
:)
www.estrategiaconcursos.com
.br
inconstitucionalidade; suas disposições não são de reprodução obrigatória
pelas Constituições Estaduais.
b) Parte dogmática: é o texto constitucional propriamente dito, que prevê os
direitos e deveres criados pelo poder constituinte. Trata-se do corpo
permanente. Pode ser modificado pelo poder constituinte derivado, mediante
emenda constitucional.
c) Parte transitória: visa integrar a ordem jurídica antiga à nova, quando do
advento de uma nova Constituição, garantindo a segurança jurídica. Suas
normas são formalmente constitucionais. Pode ser modificada por reforma
constitucional e sofrer controle de constitucionalidade das leis.
www.estrategiaconcursos.com
.br
As leis complementares podem tratar de tema reservado às leis ordinárias. Esse
entendimento deriva da ótica do “quem pode mais, pode menos”. Caso isso ocorra, a
lei complementar será considerada materialmente ordinária; essa lei complementar
poderá, então, ser revogada ou modificada por simples lei ordinária;
As leis ordinárias não podem tratar de tema reservado às leis complementares.
Caso isso ocorra, estaremos diante de um caso de inconstitucionalidade formal
(nomodinâmica).
Os regimentos dos tribunais do Poder Judiciário são considerados normas
primárias, equiparados hierarquicamente às leis ordinárias. Ex: resoluções do CNMP e
do CNJ;
Os regimentos das Casas Legislativas (Senado e Câmara dos Deputados), por
constituírem resoluções legislativas, também são considerados normas primárias,
equiparados às leis ordinárias.
www.estrategiaconcursos.com
.br
1.6) Aplicabilidade das normas constitucionais:
Para fins de revisão, vale uma atenção extra nos julgados do STF!!!!
É legítima a união homoafetiva como entidade familiar, em razão do princípio
da dignidade da pessoa humana, da liberdade, segurança jurídica e do direito à
busca pela felicidade
Não ofende o direito à vida e a dignidade da pessoa humana a pesquisa com
células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por
fertilização “in vitro” e não utilizados neste procedimento.
Não é possível, por violar o princípio da dignidade da pessoa humana, a
submissão compulsória do pai ao exame de DNA na ação de investigação de
paternidade.
www.estrategiaconcursos.com
.br
dispondo que “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
c) Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil: Art. 3º,
CRFB/88: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o
desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Esses verbos formam a sigla “Conga Erra Pro”,
que serve de memorização. Pense em um rapaz,
de apelido CONGA, que tem como OBJETIVO não
ERRAr na PROva:
2. DIREITOS FUNDAMENTAIS
2.1) As gerações de direitos:
a) Primeira Geração: buscam restringir a ação do Estado sobre o indivíduo.
São as liberdades negativas. Ex: Direito de propriedade, locomoção, associação
e o de reunião.
b) Segunda geração: são os direitos que envolvem prestações positivas do
Estado aos indivíduos (políticas e serviços públicos) e, em sua maioria,
caracterizam-se por ser normas programáticas. São as chamadas de liberdades
positivas. São os direitos econômicos, sociais e culturais. Ex: direito à educação,
saúde, trabalho.
c) Terceira geração: Também chamados de direitos transindividuais ou
supraindividuais. Aqui, o valor-fonte é a solidariedade, a fraternidade. São os
direitos difusos e os coletivos. Ex: direito do consumidor, ao meio-ambiente
ecologicamente equilibrado e o direito ao desenvolvimento.
www.estrategiaconcursos.com
.br
2.4) Teoria dos “limites dos limites”: A lei pode impor restrições aos direitos
fundamentais, mas há um núcleo essencial que precisa ser protegido, que não pode
ser objeto de violações. Deve-se observar o princípio da proporcionalidade,
(adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito).
2.5) Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais: extensão da aplicação dos
direitos fundamentais também às relações entre particulares. Tem-se a chamada
“eficácia horizontal” ou “efeito externo”.
2.6) Pontos importantes do art. 5º + Jurisprudência:
✓ Direito do Estrangeiro: STF: os direitos fundamentais abrangem qualquer
pessoa que se encontre em território nacional, ainda que seja estrangeiro não
residente no país.
✓ Direito à vida:
a) Gravidez de feto anencéfalo: entende a Corte pela garantia do direito à
gestante de “submeter-se a antecipação terapêutica de parto na hipótese de
gravidez de feto anencéfalo, previamente diagnosticada por profissional habilitado,
sem estar compelida a apresentar autorização judicial ou qualquer outra forma de
permissão do Estado”.
b) Células-tronco: não ofende o direito à vida nem a dignidade da pessoa
humana, a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias,
obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não
utilizados neste procedimento.
✓ Direito à Igualdade:
a) Cotas raciais: STF considera constitucional as ações afirmativas,
como a reserva de vagas em universidades públicas para negros e índios.
Na mesma linha, o programa concessivo de bolsa de estudos em
universidades privadas para alunos de renda familiar de pequena monta,
com quotas para negros, pardos, indígenas e portadores de necessidades
especiais.
b) Igualdade material X princípio da razoabilidade: só a lei ou a
própria Constituição podem determinar discriminações entre as pessoas.
Os atos infralegais (Ex: edital de concurso) não podem determinar tais
limitações sem que haja previsão legal.
- A realização da igualdade material não proíbe que a lei crie discriminações,
desde que estas obedeçam ao princípio da razoabilidade. Ex: Concurso para
agente penitenciário de prisão feminina restrito a mulheres e a adoção de
critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e
masculino da Aeronáutica.
✓ Direito à Liberdade de expressão:
a) Vedação ao anonimato: o STF entende que as denúncias anônimas
jamais poderão ser a causa única de exercício de atividade punitiva pelo
Estado. As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de
persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se apenas em peças apócrifas
ou em escritos anônimos.
www.estrategiaconcursos.com
.br
b) Descriminalização das drogas: o STF considerou inconstitucional
qualquer interpretação do Código Penal que possa ensejar a criminalização
da defesa da legalização das drogas, inclusive através de manifestações e
eventos públicos. (“marcha da maconha”). Muito cuidado! O que se
entendeu constitucional foi o direito manifestar-se a favor ou não sobre a
legalização.
c) Diploma de jornalismo: o STF considerou que a exigência de diploma de
jornalismo e de registro profissional no Ministério do Trabalho não são
condições para o exercício da profissão de jornalista.
✓ Escusa de consciência e crença religiosa:
a) “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei”. É norma de eficácia contida. Consequência:
perda de direitos políticos, na forma do art. 15, IV, CRFB/88.
✓ Intimidade/ Privacidade:
a) “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação”.
b) Entendimentos do STF:
As pessoas jurídicas poderão ser indenizadas por dano moral;
Para que haja condenação por dano moral, não é necessária ofensa à
reputação do indivíduo;
Não se pode coagir suposto pai a realizar exame de DNA;
A privacidade dos agentes políticos é relativa, uma vez que estes
devem à sociedade as contas da atuação desenvolvida
São admitidas as biografias não-autorizadas;
A quebra de sigilo bancário pode ser determinada por ordem judicial ou
por CPI.
As autoridades fiscais poderão requisitar informações às
instituições financeiras
O Ministério Público pode determinar a quebra do sigilo bancário de
conta da titularidade de ente público ou no âmbito de procedimento
administrativo que vise à defesa do patrimônio público (quando houver
envolvimento de dinheiros ou verbas públicas).
✓ Inviolabilidade domiciliar:
a) “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial”.
b) Entendimentos do STF:
Conceito de casa (segundo STF): é qualquer compartimento habitado;
aposento ocupado de habitação coletiva; e qualquer compartimento
www.estrategiaconcursos.com
.br
privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade pessoal. Alcança também escritórios profissionais,
consultórios médicos e odontológicos, trailers, barcos e aposentos de
habitação coletiva (hotel). Não estão abrangidos pelo conceito de casa
os bares e restaurantes.
Embora os escritórios estejam abrangidos pelo conceito de “casa”, não
se pode invocar a inviolabilidade de domicílio como escudo para a
prática de atos ilícitos em seu interior. É válida ordem judicial que
autoriza o ingresso de autoridade policial no estabelecimento
profissional, inclusive durante a noite, para instalar equipamentos de
captação de som (“escuta”).
✓ Sigilo das comunicações:
a) “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins
de investigação criminal ou instrução processual penal”
b) Entendimentos do STF:
A interceptação telefônica somente pode ser determinada pelo
Poder Judiciário, para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal. A quebra do sigilo telefônico pode ser determinada
pelo Poder Judiciário ou por CPI.
Lei ou decisão judicial também podem estabelecer hipóteses de
interceptação das correspondências e das comunicações telegráficas e
de dados, sempre que a norma constitucional esteja sendo usada para
acobertar a prática de ilícitos.
É lícita a prova obtida por policial a partir da verificação, no celular de
indivíduo preso em flagrante delito, dos registros das últimas ligações
telefônicas. A proteção constitucional, afinal, é concedida à
comunicação dos dados (e não aos dados em si).
É válida a prova de um crime descoberto acidentalmente durante a
escuta telefônica autorizada judicialmente para apuração de crime
diverso”.
Apesar de o advogado ter seu sigilo profissional resguardado para o
exercício de suas funções, tal direito não pode servir como escudo para
a prática de atividades ilícitas, pois nenhum direito é absoluto. O
simples fato de ser advogado não pode conferir, ao indivíduo,
imunidade na prática de delitos no exercício de sua profissão.
✓ Liberdade de trabalho:
a) “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer” (eficácia contida)
b) Entendimentos do STF:
Exigência vale apenas quando houver potencial lesivo na atividade. A
atividade de músico, por exemplo, prescinde de controle. É
www.estrategiaconcursos.com
.br
manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de
expressão.
É constitucional o exame da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB). Para a Corte, o exercício da advocacia traz um risco coletivo,
cabendo ao Estado limitar o acesso à profissão e o respectivo exercício.
Nesse sentido, o exame de suficiência discutido seria compatível com o
juízo de proporcionalidade e não alcançaria o núcleo essencial da
liberdade de ofício.
É inconstitucional a exigência de diploma para o exercício da profissão
de jornalista.
✓ Direito de reunião:
a) Deverá ter fins pacíficos, e apresentar ausência de armas;
b) Deverá ser realizada em locais abertos ao público;
c) Não poderá frustrar outra reunião convocada anteriormente para o
mesmo local;
d) Desnecessidade de autorização;
e) Necessidade de prévio aviso à autoridade competente.
f) O direito de reunião é protegido por Mandado de Segurança, e não por
habeas corpus.
✓ Direito de associação:
•A liberdade de associação para fins lícitos é ampla, independente de
✓ Direito de propriedade:
a) É norma constitucional de eficácia contida e, portanto, está sujeita à
atuação restritiva por parte do Poder Público.
b) Se a propriedade estiver cumprindo a sua função social, só poderá haver
desapropriação com base na tutela do interesse público: “necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social”. A indenização, será
mediante prévia e justa indenização em dinheiro, exceto:
▪ Desapropriação para fins de reforma agrária;
▪ Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu
sua função social;
▪ Desapropriação confiscatória.
✓ Requisição Administrativa:
www.estrategiaconcursos.com
.br
a) “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano”;
b) Para o STF, não é possível, devido ao nosso modelo federativo, que um
ente político requisite administrativamente bens, serviços e pessoal de
outro. Tal prática ofenderia o pacto federativo, e, além disso, o art. 5o,
XXV, CF.
✓ Direito à informação:
a) “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado’’;
b) DETALHE!!!! No caso de lesão ao direito à informação, o remédio a ser
usado é o Mandado de Segurança. Não é o habeas data! Isso porque
se busca garantir o acesso a informações de interesse particular do
requerente, ou de interesse coletivo ou geral, e não referentes à sua
pessoa (que seria a hipótese de habeas data).
c) STF: é constitucional lei que determine a divulgação da remuneração de
servidores na Internet.
✓ Direito à inafastabilidade de jurisdição:
a) “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito”;
b) Temos no Brasil o sistema inglês de jurisdição; apenas o Poder Judiciário
faz coisa julgada material. Exceções: (prévio esgotamento da via
administrativa): Habeas data; Controvérsias desportivas e
Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela
Administração Pública.
c) Súmula Vinculante no 28: “É inconstitucional a exigência de depósito
prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”.
✓ Extradição:
www.estrategiaconcursos.com
.br
b) “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios
e recursos a ela inerentes”;
c) Súmulas vinculantes importantes:
Súmula Vinculante nº. 5: “A falta de defesa técnica por advogado no
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”
Súmula vinculante nº. 14: É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa".
Súmula Vinculante nº. 21: É inconstitucional a exigência de depósito
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de
recurso administrativo’.’
Súmula vinculantes 28: É inconstitucional a exigência de depósito
prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
www.estrategiaconcursos.com
.br
4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão durante prisão
ilegal. Se a prisão foi ilegal, todas as provas obtidas a partir dela
também o serão.
✓ Depositário Infiel: Cobrança literal da CRFB/88: não haverá prisão civil por dívida,
salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel;
No entanto, o entendimento atual do STF é o de que a única prisão
civil por dívida admitida no ordenamento jurídico brasileiro é a
resultante do inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia.
Súmula Vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil do depositário
infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
✓ Habeas Corpus:
www.estrategiaconcursos.com
.br
a) “conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder”;
b) Finalidade: proteger a liberdade de locomoção. Pode ser preventivo ou
repressivo. E também pode ser impetrado qualquer pessoa física ou
jurídica, nacional ou estrangeira. Mas, PJ pode impetrar habeas
corpus, mas sempre a favor de pessoa física.
c) Não há necessidade de advogado.
d) É isento de custas (ação gratuita).
e) Jurisprudência importante:
Não cabe “habeas corpus” para impugnar decisões do STF (Plenário ou
Turmas). Não é cabível habeas corpus, inclusive, contra decisão
monocrática proferida por Ministro do STF.
Não cabe “habeas corpus” quando já extinta a pena privativa de
liberdade. (Súmula STF nº 695)
Não cabe “habeas corpus” para discutir o mérito de punições
disciplinares militares (art. 142, § 2º, CF). Somente para discutir a
legalidade (Ex: competência do agente; concessão de ampla defesa).
✓ Mandado de Segurança:
a) “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por “habeas corpus” ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”
b) Características: ação residual (rito sumário especial); visa proteger
direito líquido e certo não amparado por HC e HD. (não cabe dilação
probatória- a prova é pré-constituída); Prazo decadencial de 120 dias.
c) Não há condenação ao pagamento dos honorários advocatícios (ônus de
sucumbência).
d) Jurisprudência importante:
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada
em julgado;
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, exceto se
produtora de efeitos concretos;
Súmula nº. 429/STF “a existência de recurso administrativo com
efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança
contra omissão de autoridade”.
e) MS Coletivo: Trata-se de hipótese de substituição processual. Pode
ser impetrado por partido político com representação no Congresso
Nacional e organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
www.estrategiaconcursos.com
.br
defesa dos interesses de seus membros ou associados; (este último
requisito é para as associações, cuidado)
✓ Mandado de injunção:
a) “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania”
b) Combater as chamadas “omissões inconstitucionais”. É aplicável
diante da falta de regulamentação de normas constitucional de eficácia
limitada.
c) É possível MI coletivo – Lei. 13.300/2016; Legitimados – os mesmos do
MS + Ministério Público + Defensoria Pública.
d) Jurisprudência importante:
Não cabe mandado de injunção se...
✓ Habeas Data:
a) “conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b)
para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo”
b) Características:
Garantir acesso a informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
Retificação de dados, constantes de banco de dados de caráter
público, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo.
www.estrategiaconcursos.com
.br
para anotação nos assentamentos do interessado, de
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas
justificável que esteja sob pendência judicial ou amigável. (Lei no
9.507/97)
O “habeas data” é ação gratuita. No entanto, é imprescindível a
assistência advocatícia para que essa ação seja impetrada
c) Jurisprudência importante:
O “habeas data” não pode ser usado para que se tenha acesso a
banco de dados de caráter privado.
STF: “habeas data é a garantia constitucional adequada para a
obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados concernentes ao
pagamento de tributos constantes de sistemas informatizados de
apoio à arrecadação dos órgãos administração fazendária dos entes
estatais”.
✓ Ação Popular:
a) “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência”
b) Características:
É ajuizada pelo cidadão;
Visa a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.
2.7) Direitos Sociais: são os direitos de 2 geração; implicam ao Estado uma
“obrigação de fazer”, de ofertar prestações positivas visando concretizar a igualdade
material e possibilitar melhores condições de vida aos indivíduos.
✓ Art. 6, CF/88:
▪ Alimentação, moradia e transporta foram objeto de Emendas
Constitucionais. Não estavam previstos originalmente. O transporte,
por exemplo, veio com a EC no 90/2015.
▪ Em relação ao rol instituído pelo Constituinte no art. 6º, o STF
entende que se trata de rol exemplificativo8, pois há outros
direitos sociais espalhados ao longo da CF/88.
✓ Princípios. A “concretização dos direitos sociais”:
a) Cláusula da reserva do possível: o Estado deve efetivar os direitos
sociais apenas “na medida do financeiramente possível”. A teoria serve para
determinar os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a dar efetividade
8
STF, ADI nº 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 02.06.2005.
www.estrategiaconcursos.com
.br
aos direitos sociais. Agora, o Estado deve comprovar objetivamente a
ausência de recursos orçamentários suficientes.
b) Mínimo existencial: é uma limitação à cláusula da reserva do possível,
pois o Estado deve garantir uma proteção social mínima aos indivíduos. Só
poderá ser alegada pelo Poder Público como argumento para a não
concretização de direitos sociais uma vez que tenha sido assegurado o
mínimo existencial pelo Estado. A garantia do mínimo existencial é uma
obrigação inafastável do Estado.
c) Vedação ao Retrocesso: a proteção social de que a efetivação dos
direitos fundamentais não venha a ser suprimidos pelo Estado.
d) Jurisprudência importante:
STF - a Administração Pública pode ser obrigada, por decisão do Poder
Judiciário, a manter estoque mínimo de medicamento utilizado no
combate a doença grave.
STJ - o juiz pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas como forma de garantir o fornecimento de medicamentos
pelo Poder Público.
2.8) Direitos Políticos: são aqueles que garantem a participação do povo na
condução da vida política nacional.
✓ Regime Político: O Brasil adota a democracia semidireta. A CF/88 prevê
formas de exercício do poder político diretamente pelo povo: i) plebiscito;
ii) referendo e; iii) iniciativa popular de leis.
✓ Sufrágio: É o direito de votar (capacidade eleitoral ativa) e de ser
votado (capacidade eleitoral passiva). No Brasil, o sufrágio é universal.
✓ Voto: é o instrumento para exercício do sufrágio. No Brasil, o voto é
direto, secreto, universal, periódico, obrigatório e com valor igual para
todos.
✓ Capacidade eleitoral ativa:
ALISTAMENTO E VOTO
OBRIGATÓRIOS •PARA MAIORES DE 18 ANOS
•PARA ANALFABETOS;
ALISTAMENTO E VOTO
FACULTATIVOS •MAIORES DE SETENTA ANOS;
•MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE
DEZOITO ANOS.
•PARA OS ESTRANGEIROS
ALISTAMENTO E VOTO VEDADOS •DURANTE O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO,
PARA OS CONSCRITOS.
www.estrategiaconcursos.com
.br
obrigados à comprovação de quitação do serviço militar para poderem
se alistar.
✓ Inelegibilidades:
www.estrategiaconcursos.com
.br
- São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, dos Chefes do Poder
Executivo ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao
pleito. Ex: Diego é Governador de BA. Seus filhos e cônjuge não poderão se
candidatar a nenhum cargo eletivo dentro de BA.
- Situação excepcional: A inelegibilidade reflexa não se aplica caso o
parente/cônjuge já fosse titular de mandato eletivo e estivesse se
candidatando à reeleição. Ex: Ricardo (filho de Diego) é eleito prefeito de Belo
Horizonte. Depois, Diego se elege Governador. Ricardo poderá disputar a
reeleição para Prefeito? Pode, pois já era titular de mandato eletivo. Não será
afetado pela inelegibilidade reflexa!
CASO TENHA
MENOS DE 10 DEVERÁ AFASTAR-SE DA
ANOS DE ATIVIDADE.
O MILITAR SERVIÇO
ALISTÁVEL É
ELEGÍVEL
ATENDIDAS AS
SEGUINTES SERÁ AGREGADO PELA
CONDIÇÕES... CASO TENHA AUTORIDADE SUPERIOR E,
MAIS DE 10 SE ELEITO, PASSARÁ
ANOS DE AUTOMATICAMENTE, NO
SERVIÇO ATO DA DIPLOMAÇÃO,
PARA A INATIVIDADE.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Hipóteses de suspensão de Direitos Políticos: - Incapacidade civil
absoluta; - Condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos; improbidade administrativa.
3. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
3.1) Elementos constitutivos do Estado:
Povo
• É a dimensão pessoal do Estado; são os seus nacionais.
Território
• É a dimensão física sobre a qual o Estado exerce seus poderes; é o domínio espacial
(material) onde vigora uma determinada ordem jurídica estatal.
Governo
• É a dimensão política; o Governo deve ser soberano, ou seja, sua vontade não se
subordina a nenhum outro poder, seja no plano interno ou no plano internacional
ATENCÃO!!! art. 1º, caput, que a “República Federativa do Brasil é formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”.
www.estrategiaconcursos.com
.br
3.4) A federação brasileira: Art. 18, da CF/88, “a organização político-administrativa
da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Cuidado!!! Os
Territórios não são entes federativos; portanto, não possuem autonomia política.
Soberania
• É atributo apenas da República Federativa do Brasil, do Estado federal em
seu conjunto. A União é quem representa a RFB no plano internacional
(art. 21, I), mas possui apenas autonomia, jamais soberania.
3.5) Estados:
www.estrategiaconcursos.com
.br
3.6) Distrito Federal: Possui natureza híbrida, pois não é considerado nem estado
nem município. O STF afirma que se trata ente federativo com autonomia parcialmente
tutelada pela União.
✓ A auto-organização: Lei Orgânica, votada em dois turnos com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição (art. 32,
“caput”, CF/88).
✓ Autolegislação: são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios (CF, art. 32, §1º e 147). Mas não são todas. Há exceções.
(Ex: competência para dispor sobre sua organização judiciária, que é privativa da União (art.
22, XVII, CF).
Datalhe!!!!: o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art. 32,
“caput”, CF/88).
3.7) Municípios:
✓ Auto-organização: Lei Orgânica votada em dois turnos com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado.
✓ Não há Poder Judiciário.
✓ Iniciativa popular (art. 29, XIII, CF/88): manifestação de, pelo menos, 5%
do eleitorado.
✓ Formação e estrutura: Art. 18, § 4o, CF - A criação, a incorporação, a fusão e
o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei.
3.8) Repartição de competências:
✓ Princípio da predominância do interesse: a União - matérias de
predominância do interesse geral (nacional); Estados - matérias de interesse
regional; e aos Municípios, caberão as matérias de interesse local.
Atenção extra: fixação do horário de funcionamento de agências
bancárias: como está em jogo o sistema financeiro nacional, o interesse
é geral e, portanto, a competência é da União. Já a fixação do horário de
funcionamento de estabelecimentos comerciais é de interesse é local dos
Municípios.
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Princípio da subsidiariedade: sempre que for possível, as questões devem
ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais próximo da tomada de
decisões. Guardem isso com carinho! ☺ Como exemplo, citamos as
competências para dispor sobre transporte.
A exploração do transporte municipal é matéria de competência dos
Municípios; transporte intermunicipal é dos Estados; transporte
rodoviário interestadual e internacional de passageiros é competência da
União.
✓ Competências da União: edita as normas gerais e os Estados e DF
complementam a legislação federal, no que couber. Caso a União não edite as
normas gerais, Estados e Distrito Federal exercerão competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
Competências exclusivas da União: art. 21, CF. São de natureza
administrativa ou material e indelegáveis.
Jurisprudências STF:
- A competência legislativa concorrente do estado-membro para dispor sobre
educação e ensino (CF/88, art. 24, IX) autoriza a fixação, por lei estadual,
do número máximo de alunos em sala de aula. Assim, não há violação à
competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da
educação nacional.
❖ É inconstitucional lei estadual que estabeleça a obrigatoriedade de utilização, pelas
agências bancárias, de equipamento que atesta a autenticidade de cédulas
❖ É constitucional a atribuição de monopólio do serviço postal à Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos
❖ É constitucional a Lei da Anistia (crimes durante a época da ditadura). Trata-se de
competência da União; já a concessão de anistia para infrações administrativas de
servidores públicos estaduais é competência dos Estados.
❖ Súmula Vinculante nº 2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou
distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e
loterias”.
❖ Súmula Vinculante nº. 39: segundo a qual “compete privativamente à União legislar
sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal”.
❖ Súmula Vinculante nº 46: “a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência
legislativa privativa da União”.
Competências privativas da União: art. 22, CF. São de natureza legislativa
e delegáveis aos Estados e ao Distrito Federal.
Competências comuns: art. 23, CF. São competências de natureza
administrativa (material).
Competência legislativa concorrente: art. 24, CF. É atribuída à União, aos
Estados e ao Distrito Federal (os Municípios não foram contemplados!).
A regra do art. 24, I e II despenca em
prova (rs). Vamos levar o seguinte
mnemônico para prova: “PUFETO”
Penitenciário – Urbanístico – Financeiro –
Econômico – Tributário - Orçamento
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Competências dos Estados e do Distrito Federal: remanescente ou
residual. Exceção: há uma competência residual que foi atribuída à União, É a
competência para instituir impostos residuais. Obs: Algumas competências
estão expressas na CF (Ex: art. 25, § 2o; art. 25, § 3o e art. 125, CF).
✓ Competências do Distrito Federal: em regra, as competências legislativas,
administrativas e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CF, art.
32, §1o). Exceções: competência dos Estados para organizar e manter seu
Poder Judiciário, Ministério Público, polícia civil, polícia militar e corpo de
bombeiros militar é da União.
✓ Competências do Municípios:
Legislativa: a Exclusiva é para legislar sobre assuntos de interesse local
(CF, art. 30, I); a Suplementar é para suplementar a legislação federal ou
estadual, no que couber (CF, art. 30, II).
Administrativa: é aquela, atribuída pela CF/88, para que eles tratem de
assunto local.
O Município é competente para fixar o horário de
funcionamento de estabelecimento comercial (Súmula
Vinculante nº 38, STF). Esse entendimento também abrange
drogarias, farmácias...
A fixação do horário de funcionamento das agências
bancárias, por estar relacionado ao sistema financeiro
nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios.
O Município é competente para legislar sobre limite de
tempo de espera em fila dos usuários dos serviços prestados
pelos cartórios localizados no seu respectivo território, sem
que isso represente ofensa à competência privativa da União
para legislar sobre registros públicos.
É constitucional lei estadual que concede “meia
passagem” aos estudantes nos transportes coletivos
intermunicipais. Já no caso de serviço de transporte local, a
competência para dispor a respeito é da legislação
municipal.
É inconstitucional lei municipal que obriga ao uso de
cinto de segurança e proíbe transporte de menores de 10
anos no banco dianteiro dos veículos, por ofender à
competência privativa da União Federal para legislar sobre
trânsito (CF, art. 22, XI).
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal
que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do
mesmo ramo em determinada área. (Súmula Vinculante nº
49).
www.estrategiaconcursos.com
.br
4. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
4.1) Princípios:
✓ Explícitos: Art. 37 – “LIMPE” – Legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.
✓ Implícitos: controle judicial dos atos administrativos (art. 5º, XXXV); Princípio
da autotutela (súmula 473 STF); segurança jurídica (art. 2º Lei. 9.784/99);
princípio da motivação; proporcionalidade e razoabilidade; e princípio da
continuidade do serviço público (art. 37, VII, CRFB/88).
4.2) Acesso a Cargos Públicos: o art. 37, inciso I, CF/88: “os cargos, empregos e
funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”.
✓ Jurisprudência do STF:
Súmula Vinculante nº. 44 (STF): "Só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público".
“A exigência de experiência profissional prevista apenas em edital
importa em ofensa constitucional”.
“A fixação do limite de idade via edital não tem o condão de suprir a
exigência constitucional de que tal requisito seja estabelecido por lei”.
Súmula nº. 683 (STF): “O limite de idade para a inscrição em concurso
público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando
possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido”. (Inclusive foi objeto do XXII Exame de Ordem).
“Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas
com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que
viole valores constitucionais”9
www.estrategiaconcursos.com
.br
edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou
expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade
de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a
ser demonstrada de forma cabal pelo candidato”.
Funções de confiança e
Funções de confiança Cargos em comissão
cargos em comissão
Podem ser preenchidos por
pessoas com ingresso sem
Destinam-se concurso público. Entretanto, a
Ocupadas exclusivamente
exclusivamente às Lei deve estabelecer percentuais
por servidores ocupantes
atribuições de direção, mínimo de vagas a serem
de cargo efetivo preenchidas por servidores de
chefia e assessoramento.
carreira, que ingressaram
mediante concurso
✓ Direito de greve (art.37, VII): o direito de greve será exercido nos termos e
nos limites estabelecidos em lei específica. (Eficácia limitada).
www.estrategiaconcursos.com
.br
Teto Cargos
Subsídio dos Ministros do STF Todos, em qualquer esfera da Federação
Subsídio do Prefeito Todos os cargos municipais
Subsídio do Governador Todos os cargos do Executivo estadual
Subsídio dos deputados estaduais e
Todos os cargos do Legislativo estadual
distritais
Teto obrigatório para os servidores do
Subsídio dos desembargadores do
Judiciário estadual (exceto juízes, por
Tribunal de Justiça
determinação do STF*)
Subsídio dos desembargadores do Teto facultativo para os Estados e Distrito
Tribunal de Justiça (até 90,25% do Federal (não se aplica a deputados estaduais e
subsídio dos Ministros do STF) a distritais, nem a vereadores)
www.estrategiaconcursos.com
.br
4.10) Improbidade Administrativa: Os atos de improbidade administrativa
resultarão em: i) perda do cargo público; ii) suspensão dos direitos políticos; iii)
indisponibilidade dos bens e; iv) ressarcimento ao erário.
5. PODER EXECUTIVO
5.1) Investidura e posse do Presidente:
✓ Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, CF/88);
✓ Possuir alistamento eleitoral;
✓ Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
✓ Ter mais de 35 anos. Destaque-se que essa idade deve ser comprovada
na data da posse;
✓ Não se enquadrar em nenhuma das inelegibilidades previstas na
Constituição;
✓ Possuir filiação partidária.
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Crime de responsabilidade: Se for condenado ele perderá o cargo e ficará
inabilitado por 8 anos para o exercício de função pública. (art. 52, parágrafo
único, CRFB/88)
✓ Vacância do PR e Vice:
NOS DOIS ELEIÇÃO DIRETA NOVENTA
PRIMEIROS ANOS DIAS DEPOIS DE ABERTA A
VACÂNCIA DOS DO MANDATO... ÚLTIMA VAGA
CARGOS DE
PRESIDENTE E ELEIÇÃO INDIRETA, PELO
VICE-PRESIDENTE NOS DOIS ÚLTIMOS
CONGRESSO NACIONAL,
ANOS DO
TRINTA DIAS APÓS ABERTA A
MANDATO...
ÚLTIMA VAGA
www.estrategiaconcursos.com
.br
Compete ao Congresso Nacional julgar as contas do Presidente da
República, com parecer prévio do TCU.
Caso o Presidente da República não preste contas ao Congresso Nacional
nesse prazo de sessenta dias, a Câmara dos Deputados procederá à
tomada de contas do Presidente da República;
www.estrategiaconcursos.com
.br
1) Nos crimes comuns, o Presidente ficará
suspenso de suas funções desde o
recebimento da denúncia ou queixa-crime
pelo STF.
6. PODER LEGISLATIVO
6.1) Poder Político: é uno e indivisível, tendo como titular o povo, que o exerce por
meio de seus representantes ou, diretamente, nos termos da Constituição. Temos aqui
a soberania popular. A organização do Estado deve levar em consideração o princípio
da separação de poderes.
www.estrategiaconcursos.com
.br
HIPÓTESES
DE SESSÃO
CONJUNTA
ELABORAR O REG.
COMUM E RECEBER O
DELEGAR AO
REGULAR A COMPROMISSO CONHECER DO DISCUTIR E
PRESIDENTE
CRIAÇÃO DE DO PRESIDENTE VETO E SOBRE VOTAR A LEI
PODERES PARA
SERVIÇOS E DO VICE DA ELE DELIBERAR ORÇAMENTÁRIA
LEGISLAR
COMUNS ÀS DUAS REPÚBLICA
CASAS
www.estrategiaconcursos.com
.br
6.4) Mesa do Congresso Nacional:
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Poderes da CPI:
Convocar particulares e autoridades públicas para depor (exceto membros
do Poder Judiciário para prestar depoimento no exercício da função
jurisdicional);
Realização de perícias e exames necessários à dilação probatória;
Determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do
investigado.
✓ Vedações:
Decretar prisões, exceto em flagrante delito;
Determinar a aplicação de medidas cautelares;
Proibir ou restringir a assistência jurídica aos investigados;
Determinar a anulação de atos do Poder Executivo;
Determinar a quebra do sigilo judicial;
Determinar a interceptação telefônica, por ser esse ato reservado à
competência jurisdicional;
Determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos;
Apreciar atos de natureza jurisdicional.
www.estrategiaconcursos.com
.br
O julgamento das contas do
O Senado Federal tem a iniciativa
Presidente compete ao
privativa para apresentar projeto
Congresso (art.49, IX). Mas é
de lei que fixa a remuneração de
competência do TCU apreciar as
seus servidores (art. 52, XIII)
contas do PR, devendo ser
prestada as contas ao Congresso,
anualmente, até 60 dias após a
abertura da sessão legislativa
• Que infringir qualquer das proibições do art. A perda do mandato dependerá de juízo do
54 da Constituição; Plenário da Casa Legislativa (decisão
• Cujo procedimento for declarado política)
incompatível com o decoro parlamentar;
• Que sofrer condenação criminal em sentença
transitada em julgado10.
• Que deixar de comparecer, em cada sessão A perda será declarada pela Mesa da Casa
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Legislativa, de ofício ou mediante
provocação de qualquer de seus membros,
www.estrategiaconcursos.com
.br
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por ou de partido político representado no
esta autorizada; Congresso Nacional, assegurada ampla
• Que perder ou tiver suspensos os direitos defesa.
políticos;
• Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos
casos previstos na Constituição.
7. PODER JUDICIÁRIO
7.1) Estrutura do Poder Judiciário: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o
Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC nº 45, de
2004), II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído
pela EC nº. 92, de 2016) III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os
Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e
Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios.
www.estrategiaconcursos.com
.br
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei;
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.
✓ Estatuto da Magistratura: lei complementar, de iniciativa do STF.
✓ “Quinto constitucional”: é para se obter o número de vagas destinadas a
membros do Ministério Público e da Advocacia nos TRF’s e TJ’s.
Membros do MP: deverão ter mais de 10 (dez) anos de carreira.
Advogados: deverão ter notório saber jurídico e reputação ilibada, além
de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional.
Os órgãos de representação de classe farão a indicação de pessoas que
cumpram esses requisitos, mediante lista sêxtupla. Recebidas as
indicações, o Tribunal formará uma lista tríplice, que será enviada ao
Poder Executivo, que, nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de
seus integrantes.
A EC nº 45/2004 estabeleceu que a regra do “quinto constitucional”
também se aplica ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e aos Tribunais
Regionais do Trabalho (TRT`s).
O STF não observa a regra do “quinto constitucional”. O Presidente da
República tem total liberdade para indicar os Ministros do STF.
TSE, TRE`s e STM não observam o “quinto constitucional”.
Há polêmica doutrinária quanto à aplicação da regra do “quinto
constitucional” ao STJ. Na composição desse Tribunal, 1/3 dos membros
serão representantes da Advocacia e do Ministério Público. Em nosso
entendimento, pelo fato de o número de representantes dessas
instituições não ser 1/5, não se aplica a regra do “quinto constitucional”.
Se um quinto dos membros de um Tribunal não resultar em um número
inteiro: fazer o arredondamento para cima.
STF: a recusa do nome de uma ou de todas as pessoas indicadas na lista
sêxtupla é plenamente possível. O que o Tribunal não poderá fazer é
substituir os nomes da lista sêxtupla por outros.
7.3) Conselho Nacional de Justiça: é o órgão de controle interno do Poder
Judiciário, possuindo atribuições de caráter exclusivamente administrativo. Não exerce
função jurisdicional.
✓ Composição: é presidido pelo Presidente do STF independentemente de
qualquer indicação ou nomeação. Demais membros serão nomeados pelo PR,
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. O
Ministro do STJ exercerá a função de Ministro-Corregedor.
✓ Competências:
Exercer o controle interno do Poder Judiciário; controle administrativo,
financeiro e disciplinar da magistratura.
As Resoluções do CNJ são dotadas dos atributos da generalidade,
abstração e impessoalidade.
Apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
www.estrategiaconcursos.com
.br
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.
(Não poderá o CNJ examinar os efeitos de ato de conteúdo jurisdicional
emanado do Poder Judiciário).
CNJ apenas examina a legalidade de atos administrativos, sendo-lhe
vedado examinar a constitucionalidade desses mesmos atos.
Competência correicional e disciplinar. (receber e conhecer das
reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário).
Aperfeiçoar o sistema judiciário brasileiro, promovendo maior eficiência e
transparência na prestação jurisdicional
7.4) Supremo Tribunal Federal: é o órgão de cúpula da organização judiciária
brasileira. Composição: 11 (onze) Ministros, escolhidos dentre cidadãos com + 35 anos
< 65 anos de idade; de notável saber jurídico e reputação ilibada.
✓ Requisitos Constitucionais:
Requisito administrativo: ser indicado pelo Presidente da República e
obter, posteriormente, aprovação, após sabatina, pela maioria absoluta
do Senado Federal;
Requisito civil: ter mais de 35 e menos de 65 anos;
Requisito político: estar em pleno gozo dos direitos políticos;
Requisito jurídico: ser brasileiro nato;
Requisito moral: possuir reputação ilibada.
www.estrategiaconcursos.com
.br
sujeito à
mesma jurisdição em uma única instância;
a ação em que todos os membros da magistratura sejam
direta ou
indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do
tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente
interessados;
os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
Mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas,
do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio
Supremo Tribunal Federal;
As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional
do Ministério Público.
Autoridade Crime Crime de Responsabilidade
Comum
Presidente da República STF Senado
Vice-Presidente da República STF Senado
Deputados Federais e STF -
Senadores
Ministros do STF STF Senado
Procurador-Geral da República STF Senado
Ministros de Estado STF STF (se o crime for conexo com
o do Presidente, será o Senado)
Comandantes do Exército, STF STF (se o crime for conexo com
Marinha e Aeronáutica o do Presidente, será o Senado)
Ministros dos Tribunais STF STF
Superiores (STJ, TST, TSE e
STM)
Ministros do TCU STF STF
Chefes de missão diplomática STF STF
✓ Recurso Ordinário:
Habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
Crime político. (Processar e julgar os crimes políticos é dos juízes federais
(art. 109, IV). Mas, da decisão caberá recurso ordinário ao STF)
www.estrategiaconcursos.com
.br
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
7.5) Superior Tribunal de Justiça: “guardião” da unidade do Direito federal,
buscando uniformizar a interpretação da legislação federal. É um órgão de convergência
e superposição, composto de, no mínimo, 33 Ministros.
✓ Nomeação:
•1/3 dos membros devem ser nomeados dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais (TRF`s).
A)
•1/3 dos membros devem ser nomeados dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça (TJ`s)
B)
•1/3 dos membros devem ser nomeados, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério
Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente. Assim, 1/6 dos membros
C) são representantes da Advocacia e 1/6 do Ministério Público.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art.
102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos
Revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
Reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de
suas decisões;
Conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou
entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito
Federal, ou entre as deste e da União
Mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou
indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça
Federal
Homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias
✓ Recurso Ordinário:
Habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;
Mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;
As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.
✓ Recurso Especial: objetivo é uniformizar a interpretação da
legislação federal. Requisitos: prequestionamento; causa recorrida deve ter
sido apreciada por TRF ou TJ; controvérsia de direito federal.
www.estrategiaconcursos.com
.br
✓ Composição: no mínimo, 7 (sete) juízes, recrutados, quando possível, na
respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com + 30 (trinta) < 65 (sessenta e cinco) anos:
1/5 (um quinto) dentre advogados com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com
mais de dez anos de carreira;
4/5 (quatro quintos), mediante promoção de juízes federais com
mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento,
alternadamente.
www.estrategiaconcursos.com
.br
Os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
Os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar;
•Vitaliciedade
Garantias dos •Inamovibilidade
membros do MP
•Irredutibilidade dos subsídios
Considerações Finais
Pessoal, chegamos ao fim! :)
Confesso que fizemos uma revisão cheia de detalhes. Muito densa realmente. Mas,
temos tópicos fundamentais que podem ser abordados em prova. Fiquem ligados!!
Desejamos a todos uma excelente prova. Aproveitem os últimos dias para reforço dos
pontos críticos. ☺
www.estrategiaconcursos.com
.br