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I ENCONTRO NORDESTINO DE PSICOLOGIA E COMUNHÃO

MESA REDONDA: COMUNHÃO ENTRE A PSICOLOGIA E OS DIVERSOS


SABERES

O DIÁLOGO ENTRE CULTURAS SOB O PRISMA DAS CIÊNCIAS


HUMANAS E SOCIAIS

Luan Gomes dos Santos de Oliveira1

RESUMO:
A necessidade de abertura e de profundidade da temática sobre o diálogo entre
culturas e suas implicações à religação dos saberes no contexto das ciências,
é um imperativo ético, político e epistemológico que se assume nesse ensaio. A
partir desse imperativo do diálogo inter-ciências e inter-culturas, proponho
quatro metatemas que podem possibilitar uma compreensão multidimensional
desse texto.
No primeiro metatema, abordarei a respeito das culturas (no plural) tomando
como aporte teórico Chiara Lubich, François Jullien e Basarab Nicolescu.
Associada a essa primeira reflexão, farei uso da bricolagem das noções
conceituais de antropologia do limite (em Cavaleri e Ricardo Peter), propondo a
concepção de translimite e de outro (Martin Buber). Por fim, sugiro um caminho
de integração e ultrapassagem dos limites com a ideia de Terra Pátria (Edgar
Morin).
No segundo metatema, objetivo pôr em relevo as ciências (no plural), assim
como as conexões entre os diversos saberes pelo auxílio do pensamento
complexo. Numa atitude de ampliar o diálogo entre as ciências e os saberes,
refletirei acerca das inundações (em Chiara Lubich), da ideia de fronteiras
borradas (Grecom) e de contaminação entre os domínios do conhececimento
(Vera Araújo).
No terceiro metatema, problematizarei ao que diz respeito ao diálogo com o
outro, sublinhando os limites da compreensão e a possibilidade de emergência
de uma ética da solidariedade. Elejo como base epistemológica David Bhom e
Chiara Lubich.
No quarto metatema, refletiremos sobre o ensinar a viver, o ensinar a dialogar,
o dispor-se a dialogar, o convívio entre os distintos domínios do conhecimento

1
Antropólogo e Assistente Social. Docente da Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFRN) e Doutorando em Educação
pela UFRN. Membro pesquisador do Grupo de Estudos da Complexidade – Grecom, e do
Grupo de Estudos Edgar Morin – Germen.
humano e práticas inter-profissionais. Como guias epistemológicos, estão
Edgard Carvalho, Eduardo Mourão Vasconcelos e Boris Cyrulnik.
Ao passo que escrevo esse ensaio aparentemente teórico, sou tomado pela
autocrítica e percebo que outro imperativo se ergue, o da reforma do
pensamento, como possibilidade de descolcamento, de nomadismo nas ideias.
Talvez essa seja uma das vias que permita a muitos homens e mulheres
romperem com os dogmatismos científicos, religiosos, para abrir culturas de
diálogo e enraizar uma humanidade nova, que não se encerra nos paradigmas
antigos, mas se reinventam por meio de inundações, que borram as fronteiras
do pensar, dos saberes, das ciências, das culturas. Portanto, o movimento de
diálogo é metamorfose, é como se esvaziar de si mesmo e ir ao encontro do
outro, para tornar-se um outro, mais aberto e mais enraizado na condição
humana que nos faz unos e múltiplos.

Palavras-Chaves: culturas; ciências; diálogo; práticas inter-profissionais.

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