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PÓLO: SANTOS
2007
RAFAEL SILVA DE SOUZA
Florentino da Silva.
PÓLO: SANTOS
2007
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 45
INTRODUÇÃO
atrelado a outra disciplina) com crianças que, segundo Jean Piaget (AZEVEDO,
http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/Pcn/pcns.aspx?cod=54, acessado em
Uma das razões pela qual escolhi esta faixa etária é que já defendi a etapa
de três a seis anos na Educação Infantil, que era um ideal meu desde a época em
que assumi aulas de Informática pela primeira vez, em dois mil, quando começara a
ou entusiasta.
comecei a perceber que muitos alunos tinham uma noção muito rudimentar do que
se tratava o tema. Em conversas informais com eles durante todos esses anos, a
todas as escolas de âmbito regional e talvez até nacional, tal qual os Parâmetros
Nacional Comum.
específicos):
educacionais legais.
quando precisarem dela para abordarem seus próprios conteúdos, tendo um ganho
de tempo.
alunos como um todo, uma vez que, havendo transferência de escola, não há
aula.
voltados à idade dos cinco aos dez anos. Haverá também outros materiais
implementada.
voltadas à faixa etária dos cinco aos dez anos, com idéias complementadas por
uma noção geral do que está nos documentos legais, tais como a Lei de Diretrizes e
Do artigo 32 da atual LDB, alterado pela lei 11.114/05 e retificado pela Lei
11.274/06 constam:
escolar, uma vez que a palavra “tecnologia” aparece no inciso II. A Informática, hoje
(GUIZZO, 2002, p. 15). Érico Marui Guizzo escreve que, segundo McLuhan, “as
novas relações criadas pela mídia eletrônica recriariam o mundo na forma de uma
„aldeia global‟”.
multimídia para o ensino”. Portanto, pode-se afirmar que a inclusão digital está
sendo considerada uma obrigatoriedade nas escolas brasileiras, pelo menos como
as formas possíveis para potencializar a sua inserção junto aos demais, visando
Pode-se interpretar que o texto defende que é preciso preparar o aluno para poder
estar inserido nessas novas relações entre conhecimento e trabalho impostas pela
15).
p. 64), coloca que temas inerentes à realidade local devem ser incorporados ao
tratamento mais específico e intenso, devem ser incluídos como temas básicos
currículo).
afirmação a seguir:
Parte Diversificada do Histórico Escolar dos alunos. Apesar da disciplina não ser
incorporada à Base Nacional Comum, pode ser totalmente atrelada aos seus ideais
a) a Vida Cidadã:
saúde, que podem vir a ser os alunos que estão hoje na escola (incentivados
saúde no futuro);
III. Vida Familiar e Social: muitas vezes, para haver contato com familiares,
por exemplo, faz-se necessário o uso de algum aparelho que permita tal
tornou mais viável, o que nem sempre acontece é que os manuais (ou sítios
b) as Áreas de Conhecimento:
VI. História: contextos podem ser divulgados com muito mais facilidade
através da mídia atual do que anteriormente, e o próprio aluno pode fazer isso
histórico junto a textos produzidos por ele mesmo, podendo fazer intercâmbio
próprias realidades);
compreendidos pelos alunos que um dia poderão fazer uso deles (ou optarem
fiéis da mesma religião podem entrar em contato uns com os outros e divulgar
10). Estes itens serão contemplados nos próximos capítulos e também no Apêndice
A.
em não adotar apenas uma visão teórico-metodológica como a única2 resposta para
(ibidem, p. 11):
São essas afirmações que dão certo significado para a implantação de uma
diversas aplicações.
1
Grifos dados pelo próprio autor.
2
Grifo dado pelo próprio autor.
16
suas próprias disciplinas, sem que estes precisem ensinar os alunos a manipularem
da manipulação do equipamento.
uso do computador, tal como podemos citar Valdemar Setzer (2001 apud SOUZA,
Infantil e obteve sucesso em sua pesquisa com crianças de três a seis anos, onde
3
Os setênios são a classificação dos níveis cognitivos segundo Steiner (SETZER, 2001, p. 98)
17
Marisa Lucena (2000) coloca que “já esgotamos pesquisas para saber se os
terem a necessidade de expor a sua idéia ao parceiro para que este concorde.
Claudia Maria Silva Patriarca (2003), em seu artigo, afirma que “mexer no
computador não é uma atividade danosa em si”. Segundo a autora, ele pode ajudar
nas lições de casa e tornar mais suportáveis as tardes chuvosas dentro de casa,
desde que seja bem utilizado e com limites rigorosos, tais quais a televisão. Ela diz
que “não deve ser usado por longos períodos, sob o risco de amplificar a ansiedade
infantil”.
preocupação compreensível com o uso do computador por crianças. Mas muito já foi
falado, pesquisado e feito mostrando que, bem orientado, o computador pode ser
que:
volumes produzidos para se trabalhar com cada uma das séries iniciais do Ensino
Para Jean Piaget, os alunos na idade delimitada por esta pesquisa estão na
próximos da consolidação deste. Para o psicólogo, nesta fase, a criança tem maior
preciso que a criança aprenda conceitos simples para poder iniciar a inserção de si
sua casa.
do fator cognitivo sobre o afetivo. Galvão diz que, segundo o psicólogo, neste
relação ao estágio cognitivo da criança. Certos detalhes podem ser mais bem
explorados a partir do Segundo ou Terceiro Ano, podendo haver apenas uma breve
introdução do assunto no Primeiro Ano, que já estará assimilada quando o tema for
fundamental para a interação do homem com o meio em que vive e distingue dois
Como, para ele, o pensamento verbal mediado pela linguagem vai ser
para tratar apenas dos termos da Informática, pois assim, será possível ter uma
20
maior certeza da exploração desses conceitos na sala de aula, não apenas como
uma possível transversalidade que pode até não vir a ocorrer, dependendo da
explorados nas aulas de Informática, cita-se Marcelo Bauer (ibidem, p. 10), que
acredita que saber lidar com as máquinas, sem se tornar escravo delas, é tão
Nelson Pretto (1999 apud SOUZA, 2006, p. 23) define como “analfabeto das
imagens” aquele que não sabe ler e se utilizar das imagens produzidas por meios
4
Grifo dado visando enfatizar este conceito.
21
aprendizagem.
não deixando que este se torne um brinquedo, com uma integração entre o meio
tais conhecimentos, fazendo uma interação teoria-prática e, assim, tendo como inter-
não deve ser forçada com um tema dentro da apostila que, muitas vezes, pode estar
fora do contexto da criança e da própria escola. Então, tal atividade pode ser mais
bem trabalhada se for elaborada pelos próprios educadores, portanto, não foi
5
Aqui, colocam-se todos os objetivos, incluindo Ensino Fundamental II – sexto ao nono ano.
22
elaboração de imagens;
trabalhos e pesquisas;
desta, organizando-a em quadros que sigam uma seqüência lógica para tal
exposição;
processamento, saída;
o Microondas: utilidade;
conteúdos:
da Informática;
o Computador: comunicação;
dentro do Ensino Fundamental I, mas introduzi-la, a fim de que possa ser mais
trabalhada ainda nos quatro anos seguintes, onde podem ser desenvolvidos novos
volumes (volume seis ao nove), fazendo uma preparação para um Ensino Técnico
Microsoft Office; portanto, ao instalar um, acabam por se instalar os outros também.
25
por haver certa disparidade entre um e outro, sendo trabalhados dois deles por
bimestre, no máximo.
3.1 VOLUME UM
O primeiro volume, voltado ao Primeiro Ano, foi todo escrito em caixa alta,
Por ser o primeiro volume, é interessante iniciar com a noção do que é a Informática
como telefone, televisão e aparelho de som, entre outros). Atrelado a tudo isto, o
Apesar de este ser um conceito inicial, foi preferido começar a apostila com a
explanação das ferramentas de desenho (do Microsoft Paint), por já terem sido
ser um conteúdo prático e lúdico ao mesmo tempo, o que pode contribuir para
televisão, é dada certa atenção ao satélite, que auxilia a transmissão de dados para
clicar-e-arrastar do mouse.
por ser um processador de textos com poucos recursos, mas de fácil visualização
pela criança.
O volume dois foi escrito em letra bastão, por se presumir que a criança já
verificar o que não foi realmente assimilado no ano anterior, para determinar a partir
criança possa começar a salvar as suas produções sozinha, o que estimula o senso
de responsabilidade sobre a sua criação e sobre o seu material, por exigir que ela
redes de computadores e a sua função básica, para explicar que a Internet é uma
28
rede. Como já se tinha introduzido a idéia de sítios eletrônicos, estes são revistos,
Tal qual o volume anterior, este também começa com o “Testando seus
do programa gráfico mapeado por bits (Microsoft Paint), com os dois únicos botões
que restavam: Seleção Livre e Seleção Retangular (ver Anexo II), que permitem o
segue a recomendação de Souza (ibidem, p. 51), para não haver confusões, como é
citado6:
Word), por já se ter uma noção geral dos botões que se apresentam em um
6
A criança relatada na citação possui de três a seis anos, e o termo “Segunda Série” refere-se ao
Terceiro ano do Ensino Fundamental, segundo a Lei 11.114/05.
29
possui muito mais recursos para se poder criar documentos mais elaborados.
variadas tarefas.
móveis que já fora trabalhada no programa gráfico vetorial a este programa também.
informação, que é o objetivo principal da criação deste material. Junto a este termo,
são revisadas as etapas de entrada, processamento e saída, todas de uma vez só,
perda de significado.
multiplicações e divisões nos cálculos realizados. Como os símbolos “x” e “†” têm
que ser substituídos por “*” e “/”, respectivamente, foi escolhido trabalhá-los no ano
seguinte à introdução, após a familiarização com a ferramenta. Para não ficar restrito
criança, também se trabalha neste volume com a formatação de células com cores
aluno não esquecer deste conceito e para ampliá-lo, trabalhando com as palavras
crítica do tipo de informação ao qual ela está sendo submetida toda vez que acessa
nível de abstração maior do que o possível por pessoas no nível operatório concreto
longo da História, numa escala de evolução tecnológica até chegar aos dias atuais.
exaustivo, colocando apenas as idéias principais de cada fato, que podem ser
pouco mais elaboradas para a produção de textos, com definições mais específicas
construção de textos.
desenvolvimento.
33
Esta pesquisa foi realizada numa escola que solicitou anonimato, no bairro
laboratório. No primeiro mês (fevereiro), não foi trabalhada a apostila, visto que
ainda não reconheciam muitas letras. Então, o trabalho foi mais focado nas
O trabalho citado no item 3.4 do Anexo I (“Pré”) é muito parecido com o que
Internet Explorer).
quase o ano inteiro por mim. Para fazer a criança se situar no texto, a estratégia foi
mostrar o parágrafo que iria ser lido e perguntar: “Com que letra começa essa
leitura para realizar comentários sobre o que foi lido, com uma rápida discussão
tínhamos visto na apostila na aula teórica anterior. Após fazer uma breve revisão,
parágrafo.
novamente para estes que acabaram de chegar, pedia que os alunos que já tinham
inclusive corrigir o colega caso este fizesse algo que não o levaria ao êxito.
adaptação para poderem entrar em sintonia com o material adotado, pois no ano
anterior, seguiram o plano traçado no Anexo I, item 3.4. Então, ficaram com uma
Quando o assunto era algo que exigia conhecimento prévio do ano anterior,
eu fazia uma pausa no conteúdo para poder fazer com que eles entendessem um
respeito ao novo programa de desenhar, por exigir conhecimentos que poderiam ter
próprio nome, mas sim textos, tais como uma receita de doce. Nos demais, a
programas já vistos.
fazia comentários a respeito e permitia que as crianças, uma de cada vez, fizessem
conceitos não aprendidos nos anos anteriores. A grande dificuldade deles esteve na
36
grande parte dos conteúdos e também com a leitura de textos nas aulas de
procederia. Alguns grupos pediam o meu aval para realizarem a tarefa desta ou
casos).
sempre um burburinho”. Esta classe foi o exemplo perfeito dessa afirmação. Eles se
empolgavam tanto no laboratório que, muitas vezes, eu precisei levantar o meu tom
de voz para que eles percebessem que eu precisava dar um recado, ou então,
quando estava com mais tempo de aula, esperar que eles baixassem a ansiedade
dificuldade de associar ambos. A estratégia adotada foi colocar todos (já que eram
poucos) próximos uns aos outros no laboratório, para que tentassem resolver as
o conceito e que fizessem por eles. Por fim, demoravam a realizar a tarefa, mas de
esperado dos alunos era que eles acabassem por não entender grande parte dos
conteúdos, mas o que aconteceu foi o contrário: a base adquirida por eles nas duas
séries anteriores (quando a Informática foi implantada na escola) foi suficiente para
trabalhados. Para cada resposta que eu dava a determinado aluno que questionava,
outra criança realizava uma nova pergunta totalmente relacionada com a do colega
se completavam.
O assunto que levou mais tempo para se concluir foi o das Apresentações
Eletrônicas, por ser um tema novo, o qual gerou insegurança para os alunos, que se
Levou mais aulas do que o planejado para se concluir, mas os assuntos posteriores
foram tão bem absorvidos por todos que acabou compensando o atraso causado por
esse conteúdo.
O Quinto Ano foi um ano de preparação para uma incerteza, pois a instituição
não possuía do Sexto Ano em diante. Não se sabia qual o conteúdo seria dado em
disciplinas). Então, foi dado ênfase aos conteúdos que poderiam permear os seus
estudos posteriores e, caso esses não existissem, que o nível em que parassem
Era uma turma bastante agitada, de difícil socialização. Então, propus, a cada
assunto, que formassem grupos com diferentes colegas, tendo eu mesmo que fazer
enquanto disciplina, a assimilação não foi grande problema para eles. Um tema que
com o acréscimo das potências, fórmulas e funções. Pode-se dizer que metade da
adquirir o conceito. Então, fiz com que os alunos realizassem as tarefas em duplas,
para que aqueles que compreenderam pudessem ajudar os que não estavam
do conceito.
Pode-se dizer que, de uma forma geral, as crianças se adaptaram muito bem
novamente para todos os alunos da classe, uma vez que, na semana seguinte à
introdução, ainda não tinham conseguido acomodar o que havia sido assimilado.
Os exercícios foram realizados sem grandes problemas pela maioria dos alunos.
todos.
Muitas hipóteses foram levantadas por parte das crianças, inclusive nos
assuntos que pareciam não ter relação nenhuma com computadores. Principalmente
no Quarto Ano, quando o assunto foi o telefone, houve perguntas inclusive de nível
tentar avançar no conteúdo (caso o nível cognitivo da turma permita), pois isso os
fará mais preparados para a vida que levarão fora das escolas.
41
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa permitiu perceber que existe uma forma efetiva de trabalhar a
muitos professores que não usam o computador, ou porque não o dominam, ou por
dizerem não gostar dele. Isto é tão comum que nem se precisa fazer levantamento
estatístico.
específica pode beneficiar não só o aluno, mas também o professor, que agilizará o
Em dois mil e seis, outra escola me chamara para dar Informática enquanto
“Como darei conta de todas as disciplinas com uma única aula semanal por turma”?
demissão um mês depois por este e outros motivos. Este comodismo de transferir a
Primeiro, pela sua carga horária semanal de uma aula por turma. Segundo, porque o
Com esse relato, pode-se perceber um caso de professores que evitam o uso
comprometer.
Aos educadores que não julgarem interessante a minha proposta, lembro que
aparelhos eletrônicos com uma destreza muito maior que eles. Se uma simples
criança, com toda a sua imaturidade cognitiva, consegue manipular tanto maquinário
sem se perder e com todo o cuidado necessário para o preservar, como um adulto,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros
BAUER, Marcelo. Informática – A revolução dos bytes. São Paulo: Ática, 2001. 80 p.
CHARLES, C. M. Piaget ao alcance dos professores. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1987. 61 p.
GUIZZO, Érico Marui. Internet: o que é, o que oferece, como conectar-se. São Paulo: Ática, 2002.
SOUZA, Rafael Silva de. Os benefícios da utilização do computador por crianças de três a seis
Plena) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras, Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE)
Sítios eletrônicos
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.172, de
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os arts. 6º, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
dezembro de 1996, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental,
com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Brasília: 16/05/2005.
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394,
LUCENA, Marisa. Nem toda criança gosta de computador. (2000) Site de Dicas.
PATRIARCA, Claudia Maria Silva. Tecnologia no Ensino Fundamental. (2003) MegaFile – Site
VEIGA, Marise Schmidt. Computador e Educação? Uma ótima combinação. In: BELLO, José Luiz
BIBLIOGRAFIA
Livros
ÁBILA FILHO, José, BUERGUER, Siegmundo et al. Moderno Dicionário Enciclopédico Brasileiro.
BAUER, Marcelo. Informática – A revolução dos bytes. São Paulo: Ática, 2001. 80 p.
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COBURN, Peter; KELMAN, Peter et al. Informática na Educação. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
GUIZZO, Érico Marui. Internet: o que é, o que oferece, como conectar-se. São Paulo: Ática, 2002.
SOUZA, Rafael Silva de. Os benefícios da utilização do computador por crianças de três a seis
Plena) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras, Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE)
SETZER, Valdemar W. Meios Eletrônicos e Educação – Uma visão alternativa. São Paulo:
Escrituras, 2001.
Sítios eletrônicos
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BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.172, de
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os arts. 6º, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
dezembro de 1996, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental,
com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Brasília: 16/05/2005.
___________. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394,
LUCENA, Marisa. Nem toda criança gosta de computador. (2000) Site de Dicas.
PATRIARCA, Claudia Maria Silva. Tecnologia no Ensino Fundamental. (2003) MegaFile – Site
VALENTE, José Armando. Análise dos diferentes tipos de software usados na educação.
VEIGA, Marise Schmidt. Computador e Educação? Uma ótima combinação. In: BELLO, José Luiz
APÊNDICE A – PLANEJAMENTOS
49
50
51
52
53
atividades dos alunos, além de que a criança refaz as suas estruturas mentais ao
tentar descobrir e dar sentido ao seu mundo, gerando assim uma aprendizagem
(dois mil e cinco e dois mil e seis) em classes de Educação Infantil (Jardim I – três a
quatro anos –, Jardim II – quatro a cinco anos – e Pré – cinco a seis anos) em uma
realização da pesquisa (ver Apêndice C)7. A abordagem utilizada com as turmas foi
No início do ano de dois mil e cinco, esta escola estava implantando o seu
por máquina, totalizando dez crianças por vez. Inicialmente, foi feito um trabalho,
cada qual com a sua função. Após tal familiarização, foi iniciado o trabalho no
7
O Apêndice C faz referência ao trabalho desenvolvido por Souza em dois mil e seis.
8
Faz referência ao mesmo trabalho citado na nota anterior.
55
comecei a observar o nível de coordenação motora fina de cada um, para poder
adquirir o domínio do mouse mais rapidamente que os seus colegas menores, como
já era de se esperar, pois tiveram muito mais exercícios em sala de aula com as
tempos variados, de criança para criança, mas dentro de uma mesma turma, a
diferença entre os alunos não foi tão acentuada assim. Na turma do Pré, até o mês
de abril, praticamente todos os alunos já conseguiam lidar com o mouse num nível
muito bom de coordenação; no Jardim II, este prazo se estendeu até a metade do
para a Educação Infantil (1998, p. 63), “ter uma imagem positiva de si, ampliando
respectivas funções;
CDs ou sítios eletrônicos ou então atividades lúdicas elaboradas por mim mesmo, no
Jardim II e mais ainda no Pré (ver Apêndice D) 9, devido à velocidade com a qual as
Anexo V) 10.
O segundo ano foi marcado pela troca de turmas e pela grande semelhança
do Pré deixou de ser objeto de estudo (devido ao fato dos alunos terem ingressado
pesquisa), dando lugar aos novos alunos do Jardim I, que não tiveram aulas de
Informática na turma anterior (na escola pesquisada, esta turma é o Maternal II). Os
alunos do novo Jardim I, que vieram em sua maioria sem os conceitos iniciais já
que aconteceu com estes foi o mesmo caso do ano anterior: tiveram uma evolução
mais rápida que as crianças do Jardim I. Também se pode atribuir este fato à
que desenvolve a coordenação motora fina e faz com que a criança apresente
9
O Apêndice D faz referência ao trabalho desenvolvido por Souza em dois mil e seis.
10
O Anexo V faz referência ao trabalho desenvolvido por Souza em dois mil e seis. Ver Anexo II.
57
elementos que eles identificavam nas peças. No mouse, a primeira resposta sempre
era “um fio comprido”, e a segunda, “tem botão”. Já o teclado tinha como percepção
inicial “muitos botões” e, quando questionados sobre o que tinha marcado nos
botões, eles respondiam “letrinhas e números”, muitas vezes associando com a letra
do próprio nome, apontando a tecla e dizendo que aquela era “a letra do seu nome”
teclas iniciais, o que faz com que o educador, para poder apresentá-las, necessite
se utilizar de outro recurso (descrito mais adiante). No caso do monitor, o que eles
percebiam era a grande semelhança com uma televisão, com a qual têm contato
ela pressione o botão esquerdo e fixe seus olhos na tela, para que possa ver o seu
risco sendo traçado. Neste momento, há um problema: a criança sabe que a sua
mão está sobre o mouse e pensa que tem que olhar para ele para que a sua mão o
tela. A memória deve ser testada em todas as aulas, pois enquanto a criança não
mouse, ela não conseguirá realizar nenhuma atividade no computador. Até pode
dizer oralmente o que se deve fazer, mas se ela tiver que realizar a tarefa,
fazer com que a criança queira tentar encontrar as figuras ocultas nas cartas, e o
aluno vai começar a questionar seu professor sobre como fazer isto caso não
menu de atalho pode aparecer na tela (pelo clique no botão direito com o dedo
médio), e o educador vai precisar pôr a sua mão sobre a da criança, segurando o
dedo médio dela para que, na hora que ela o forçar, ele não alcance o botão direito
do mouse. O educador deve fazer isto até que a criança perceba que aquele dedo
não deve pressionar o botão e consiga desenvolver auto-controle suficiente para não
dedos que ficam sobre o mouse, é hora de introduzir os desenhos para colorir,
visando aprimorar ainda mais a sua coordenação motora fina. O aluno vai precisar
levar o ponteiro do mouse até a cor que tanto quer, e o espaço para conseguir clicar
nela na Paleta de Cores é pequeno, o que vai fazer com que a criança necessite
ponta da cabeça da seta. Depois que ela conseguir isto, é interessante colocar
desenhos com pedaços cada vez menores para se colorir, para que ela consiga
59
entender qual parte do ponteiro é ponto ativo neste momento (no caso da ferramenta
Preencher com Cor, é uma ponta formada, na parte inferior, pela tinta que está
gradativamente, pois são dezesseis botões, o que, para uma criança desta idade, é
muita informação para ser apreendida de uma vez só. É interessante apresentar
primeiro a ferramenta Lápis, com a qual ela faz seus primeiros rabiscos, e a
Borracha, com a qual ela pode apagar um risco que fez. Algumas crianças gostam
de rabiscar a área de pintura toda, só para apagar tudo no fim e rabiscar tudo de
novo. Outras crianças, quando são questionadas sobre apagar o rabisco, na mesma
hora, dizem que não. Neste momento, o educador deve repensar o seu modo de
fazer a criança utilizar-se da Borracha. Pode ser que, naturalmente, numa outra
memória está se desenvolvendo), sem que a primeira tentativa – que pode ter sido
perceba onde fica a Paleta de Cores, para que comece a fazer os seus rabiscos em
exemplo: “que tal a gente fazer agora um monte de risco colorido?” É comum as
fechado com uma cor, a ferramenta Preencher com Cor, que cria um significado
60
localizadas as cores (pelo menos, aquelas com as quais o aluno mais se familiariza
há outras que fazem tudo de uma cor só, muitas vezes por preguiça de mudar de cor
educador esteja atento a estes detalhes, para não deixar a auto-estima da criança
baixar a tal ponto que ela não queira mais utilizar o computador, sentindo-se incapaz
de realizar a tarefa. Deve-se atentar mais a esta criança do que àquela que já se
necessário, colocando a mão por cima da dela, somente para dar uma precisão
maior de movimento, deixando que ela clique sozinha na cor desejada. Conversar
com a criança neste momento é importante, para que ela possa tomar a sua decisão
e entender que o educador está ali apenas para ajudar, mas que o desenho é dela.
Perguntar ao aluno que cor ele quer usar e questionar em que lugar se encontra
esta cor é uma parte importante para verificar se ele memorizou o nome das cores e
da memória para ver a evolução da criança no clique, pois ela vai ficando veloz no
jogo e começa a conseguir completar todas as cartas colocadas. Quando este jogo
tornou-se fácil para a maioria da classe – ou até mesmo todas as crianças –, inseri
exemplo, onde a criança clica na peça de roupa que quer colocar na Mônica,
clique simples (escolher cores da Paleta ou a ferramenta Preencher com Cor – pote
61
de tinta – ou ainda clicar no espaço para dar a ele uma cor) e clique-e-arraste (na
Para a criança, isto é um simples jogo, uma brincadeira, uma diversão, mas para o
educador, isto deve ser encarado como mais uma vitória no desenvolvimento infantil.
responsável pela classe nas outras atividades) e Retângulo, que exercitam bastante
comece a orientar a sua habilidade, antes sem precisão nenhuma (nos rabiscos
livres).
atividades diversas, como por exemplo, colorir um desenho, desta vez, com a
ferramenta Linha também podem ser bem explorados, sendo bem aceitos pela
ainda não adquirira algum conceito da etapa anterior, foi necessário fazer com que
ela o adquirisse, caso contrário, ficaria restrita no seu aprendizado. Novos jogos
operativo. Esta etapa foi marcada pela interação entre as ferramentas aprendidas.
trabalhar um desenho a colorir que possua “furos” por onde a tinta possa “escapar” e
colorir a área de pintura inteira, pedindo-se à criança que identifique esta falha no
criança, pedindo para que ela dê cor a um desenho, tomando por base as cores
usadas em outro desenho, sendo que estas cores não estão na Paleta. A única
forma de se conseguir utilizar a cor exigida é fazendo uso desta ferramenta (que tem
63
tela para poder fazer a cópia perfeita das cores utilizadas e, assim, aplicar o recurso
adequadamente. No meu caso, usei uma prateleira cheia de bichos de pelúcia como
modelo a ser seguido, só que existem certos bichos que possuem pedaços
pequenos demais para se pegar a cor. Então, a criança pode usar a ferramenta
Lupa para ampliar o desenho e, assim, facilitar a sua tarefa de escolher a cor e
Ferramenta Texto, o que mais tarde ajudará a criança a trabalhar com textos no
com os alunos, para que eles pudessem perceber que a Informática é muito mais do
presente na nossa sociedade, sendo difundida por outros meios, que não o
computador. Com isto, conseguiu-se aumentar o senso crítico das crianças sobre
como a informação pode ser simplesmente manipulada por qualquer ser humano e,
assim fazer com que não se acredite em qualquer idéia que venha a ser colocada na
mídia.
Com base nos dados coletados e descritos neste capítulo, pôde-se concluir
por cento dos casos. É impossível afirmar que o desenvolvimento delas tenha sido
64
Barra de Ferramentas, da Paleta de Cores e da Área de Pintura (ver Anexo V 11) para
coordenadas geográficas.
imitando uma folha de sulfite, por exemplo (ver Apêndices F e G) 12. Todos os
conceitos que foram trabalhados em sala de aula puderam ser aproveitados na aula
de Informática.
11
Ver Anexo II.
12
O Apêndice F e G fazem referência ao trabalho desenvolvido por Souza em dois mil e seis.
65
seu favor e em benefício da tarefa que tinham que cumprir. Conseguiram, inclusive,
sendo que os outros acabavam por concordar com a idéia por si próprios). Por
exemplo, comentaram que, assim como o satélite espalha a informação para vários
locais ao mesmo tempo, a televisão também o faz, ou seja, ela transmite a mesma
“novela” ou “notícia” (como dito por eles) para todo mundo. Concluíram também,
após algumas indagações, que “muitas pessoas vêem a mesma novela e acabam
Barra de ferramentas
Área de pintura
Paleta de cores
67
Lista de abreviações