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DIRETRIZES PARA PROJETOS DE PCH
Eletrobrás
7.4 PLANEJAMENTO DA CONSTRUÇÃO E Concluída a execução das estruturas de
MONTAGEM barramento, fecham-se as adufas/galerias e inicia-se
a operação de enchimento do reservatório.
O estudos de planejamento da construção e
montagem, incluindo os estudos de logística de • Sítios em Vales Encaixados
implantação da obra, deverão ser realizados de
forma detalhada para o arranjo final do projeto, No caso dos vales encaixados, a diferença
visando estabelecer o Cronograma de Implantação básica é que, na primeira fase, o rio é desviado por
do empreendimento. túneis escavados em uma das margens.

Esses estudos deverão considerar: • Sítios em Vales Medianamente Encaixados

- o desvio do rio e a seqüência construtiva; No caso dos vales medianamente encaixados,


na primeira fase, o rio poderá ser desviado por
- a implantação do canteiro e do acampamento; galerias de concreto, ou por tubulações, construídas
em uma das margens.
- os esquemas de montagem;
b) Estudos Básicos
- as estradas de acesso.
b.1 Estudos Topográficos
7.4.1 DESVIO DO RIO E SEQÜÊNCIA CONSTRUTIVA
Os estudos topográficos abrangem,
Apresentam-se a seguir, de forma resumida, basicamente, os aspectos relacionados
alguns aspectos principais, gerais, do projeto de anteriormente.
desvio do rio.
b.2 Estudos Hidrológicos
a) Esquemas de Desvio
Os estudos hidrológicos abrangem a
Os esquemas de desvio do rio variam em caracterização dos períodos úmidos e secos, e a
função dos aspectos topográficos, hidrológicos e determinação da descarga de projeto do desvio e
geológico-geotécnicos do sítio da PCH. dos riscos a serem assumidos em cada fase de
desvio.
Normalmente, o desvio é realizado em duas
fases. Para cada caso, os estudos devem ser A determinação da descarga de desvio deverá
elaborados detalhadamente. ser feita segundo a metodologia descrita no item 6.3.

• Sítios em Vales Abertos Os riscos inerentes para cada fase de desvio


do rio, em função do tempo de recorrência da cheia
Na primeira fase, após a construção da de projeto do desvio, deverão ser estimados pela
ensecadeira, com o rio escoando em sua calha fórmula a seguir:
natural ou em canal escavado em uma das margens,
executam-se partes das estruturas do vertedouro, n
 1
dos muros, da casa de força e da barragem, na r = 1 − 1 − 
 T , onde:
margem oposta.

Na segunda fase, após a construção das r probabilidade ou risco de ocorrência, pelo


ensecadeiras de montante e jusante, com o rio menos uma vez, no tempo T, da cheia de
escoando pelas adufas/galerias sob o vertedouro ou projeto adotada;
sob a barragem, por exemplo, conclui-se a execução
T tempo de recorrência (anos); e
da casa de força, do vertedouro e da barragem.
PROJETO DAS OBRAS CIVIS E DOS EQUIPAMENTOS - Planejamento da Construção e Montagem
n tempo de duração da fase de desvio (anos). do empreendimento envolve atividades típicas de
planejamento da construção descritas a seguir, que
Para PCH, o tempo de recorrência será podem variar em função da frota de equipamentos
considerado igual a 10 anos. Durante os estudos, de cada empreiteiro.
esse valor poderá, se julgado necessário, ser
alterado em função das características de cada - Determinação da produtividade de execução dos
aproveitamento, da localização e do tempo de principais serviços das obras civis no tempo,
duração de cada obra. considerando o regime hidrológico da bacia, ou
seja, os períodos secos e chuvosos.
Cabe observar que a fixação dos riscos a
serem assumidos durante as fases de desvio afetará - Estudos de balanceamento dos diversos materiais,
diretamente os volumes das ensecadeiras. Quanto origem e destino.
menor o risco ( T >10 anos), maiores serão os
volumes das ensecadeiras, o que condicionará o - Estudos de logística de implantação da obra da
dimensionamento da frota de equipamentos PCH que abrangem a identificação das
necessária para a execução das mesmas. Esses procedências e o fluxo de todos os materiais de
riscos deverão ser avaliados criteriosamente construção necessários, tais como cimento, aço e
visando-se otimizar o dimensionamento dos madeira, bem como produtos e equipamentos a
equipamentos de construção. serem trazidos para a obra e lá manuseados,
utilizados ou processados. Além disso, esses
b.3 Estudos Geológico-Geotécnicos estudos deverão incluir o dimensionamento da
mão-de-obra de diversas categorias a ser utilizada
Os estudos geológico-geotécnicos básicos na construção, o planejamento do canteiro de
abrangem: obras (civil e eletromecânico e do acampamento),
os esquemas de acesso à obra, o fornecimento de
- a determinação da s condições das fundações, energia elétrica à obra, a facilidade de
como, por exemplo, a identificação da existência telecomunicações e a produção local de materiais
de materiais aluvionares que precisam ser e de alimentos.
removidos para assentar as ensecadeiras, seja
com equipamentos convencionais de c) Dimensionamento das Obras de Desvio
terraplanagem ou por dragagem;
O dimensionamento das obras necessárias ao
- a verificação da disponibilidade de materiais desvio do rio, canais, galerias e túneis deverá ser
naturais de construção e da necessidade de realizado segundo as metodologias apresentadas no
materiais processados, em quantidade e com as ítem 7.1.
características necessárias para a execução das
ensecadeiras. As áreas de empréstimo (jazidas) de 7.4.2 CANTEIRO E ACAMPAMENTO
solos e de pedreiras deverão ser caracterizadas
com precisão. Poderão ser necessários, por a) Canteiro
exemplo, blocos de rocha de dimensões
consideráveis para execução do fechamento do rio No local de implantação da obra, deverá ser
em todas as fases de desvio e para proteção das prevista uma área destinada ao canteiro, a qual
ensecadeiras. A possibilidade de obtenção desses deverá abrigar as instalações industriais, pátios
blocos poderá ser condicionada pelos aspectos diversos, oficinas, depósitos, escritórios e demais
geológicos do maciço rochoso no local. instalações necessárias para apoio aos diversos
trabalhos.
b.4 Planejamento da Construção
O planejamento da área do canteiro é de
A elaboração do Cronograma de Implantação responsabilidade do empreiteiro civil. No entanto,
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apresentam-se a seguir algumas recomendações, as - pátio de armação;
quais deverão ser observadas na estimativa da área
necessária. - pátio de pré-moldados (eventual);

A área deverá estar situada o mais próximo da - pátios de estocagem e de pré-montagem;


obra e, preferencialmente, deverá situar-se em
terreno plano, em cota mais elevada que o futuro - instalação de ar comprimido;
nível d’água do reservatório.
- oficina mecânica.
Toda e qualquer intervenção no local deverá
Toda os estabelecimentos deverão ter,
ser planejada, tentando-se minimizar a degradação
obrigatoriamente, instalações hidráulico-sanitárias. O
da natureza. O projeto de instalação do canteiro
efluente não poderá ser lançado diretamente no rio,
deverá prever a urbanização integral da área e após
devendo ser conduzido para sumidouros ou fossas
a conclusão da obra, toda a área deverá ser
sépticas.
recuperada, de acordo com as exigências
ambientais.
O canteiro deverá ter uma sinalização simples
que facilite a localização e o trânsito e evite
A localização dos diversos equipamentos deve
acidentes. Toda a área deverá ser drenada
ser tal que reduza os deslocamentos dentro do
convenientemente.
canteiro, desde os locais de jazidas e estocagem até
os locais de aplicação.
O acesso à área deverá ser controlado e só
deverá ser permitido às pessoas envolvidas
De um modo geral, o canteiro de obras deverá
diretamente com a obra.
prever as seguintes instalações:

As estradas de serviço deverão ser


- reservatório de água potável;
encascalhadas, ou revestidas com brita, visando-se
- reservatório de água industrial; manter a trafegabilidade durante todo o ano. Deve-
se prever a rega das mesmas, visando-se evitar
- escritórios diversos e depósitos; nuvens de poeira causadas pelo tráfego prejudiciais
a uma boa visibilidade.
- almoxarifados específicos;
b) Acampamento
- refeitório;
Deverá ser prevista, também, uma área para o
- posto de saúde/enfermaria; acampamento, próxima a obra, que deverá
apresentar condições de abrigar o pessoal envolvido
- estacionamentos; na obra que não se conseguir alojar aproveitando a
infra-estrutura local.
- subestação de energia do canteiro;
O dimensionamento do pessoal a ser
- central de britagem e de concreto; mobilizado para a obra, deverá ser elaborado com
base nos histogramas de produção e nos índices de
- áreas para pilhas de estoque de agregados;
produtividade de execução dos principais serviços:
limpeza, escavação e tratamento das fundações,
- depósito de cimento;
produção industrial de concretos diversos, execução
- pátio de tubulação; de aterros compactados e montagens dos
equipamentos principais.
- pátio de carpintaria;
No acampamento deverão ser previstos os
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seguintes equipamentos: dormitórios (containers), ser analisada a viabilidade de utilizarem-se, na
instalações sanitárias completas e áreas de lazer. O montagem e desmontagem das peças mais
refeitório deverá ser o mesmo do canteiro. pesadas, os guindastes móveis sobre rodas, ao
invés de equipamentos fixos (ponte rolante).
Todos os aspectos ambientais e legais
associados deverão ser considerados na seleção do Se a PCH estiver localizada próximo a alguma
local para o acampamento e em sua utilização. localidade onde existam esses equipamentos
móveis para alugar, essa possibilidade deverá ser
analisada técnica e economicamente.

7.4.3 ESQUEMAS DE MONTAGEM A utilização de talhas elétricas deverá,


também, ser considerada, ao invés de pórticos fixos,
Os esquemas de montagem dos equipamentos para movimentação das comportas ensecadeiras da
eletromecânicos principais das PCHs (turbina e tomada d’água e do tubo de sucção.
gerador) serão variáveis em função do tipo e porte
desses equipamentos e das particularidades de Finalmente, cabe registrar que deverá ser
cada fabricante. ainda considerada a alternativa de aumentar o
número de elementos das comportas ensecadeiras,
Portanto, não cabe tentar estabelecer, nestas visando-se reduzir o peso unitário dos mesmos e
Diretrizes, qualquer critério específico sobre os permitir a adoção das talhas.
esquemas de montagem desses equipamentos.
7.4.4 ESTRADAS DE ACESSO
Apresentam-se a seguir, apenas, algumas
considerações gerais sobre esses esquemas, que O acesso ao local da obra é, evidentemente,
deverão ser analisados caso a caso, uma vez que um aspecto importante, que deve ser
poderão significar economia para os obrigatoriamente considerado em todas as fases do
empreendimentos das PCHs. projeto de qualquer empreendimento dessa natureza
(dos estudos de inventário à licitação do projeto
Na elaboração dos estudos e projetos, deve-se executivo).
pesquisar, principalmente através de consultas aos
fabricantes, os esquemas de montagem dos Na fase de estudos preliminares e nos estudos
equipamentos, visando subsidiar o dimensionamento de planejamento da construção, como citado
da área destinada à montagem no interior da usina. anteriormente, o acesso ao local é identificado a
partir das rotas de transporte nacional e regional,
Equipamentos de pequeno porte vêm da considerando as malhas rodoviária e ferroviária,
fábrica, normalmente, pré-montados ou montados. incluindo a capacidade das obras de arte das rotas.
Esse detalhe, muitas vezes, possibilitará a redução Considera-se, adicionalmente, a existência de
do tamanho da área de montagem no interior da acessos aéreo e fluvial.
usina ou mesmo eliminá-la. Em outros casos, a área
de montagem interna poderá ser substituída por Nos estudos finais, deve-se ter uma avaliação
outra menor, externa e temporária. precisa das condições de acesso ao local da PCH,
incluindo projeto e custos, com vistas à
Esses aspectos, evidentemente, poderão licitação/contratação desse serviço. A estrada de
significar economia que, em função do porte do acesso poderá ser executada independentemente
empreendimento, pode ser significativa. da obra principal.

Por outro lado, deve-se registrar que a peça Cabe registrar que, em função do porte da
mais pesada condicionará o projeto da ponte rolante PCH, a necessidade de construção de acesso muito
da casa de força. Nos projetos das PCHs, deverá longo, mesmo que em nível de estrada de serviço,
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poderá implicar em ônus significativo para o
orçamento global do empreendimento.

A prática em projetos dessa natureza tem


mostrado que, normalmente, é considerada, apenas,
a melhoria de acessos secundários existentes,
incluindo o reforço de suas obras de arte.

Esses acessos secundários devem ser


levantados em detalhes, com vista à elaboração dos
projetos de melhoria e de reforços. As
características geométricas dos acessos, largura e
rampas, deverão atender às maiores dimensões e
pesos dos equipamentos, fornecidos pelos
fabricantes, que deverão ser transportados para a
obra.

Os critérios de projeto e detalhes típicos


desses acessos rodoviários são encontrados nos
álbuns de projetos do DNER - Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem, ou do DER -
Departamento Estadual de Estradas de Rodagem de
cada Estado, não cabendo transcrevê-los nestas
Diretrizes.

É importante lembrar, ainda, que a estrada de


acesso, ao local da obra da PCH, deve ter condições
de tráfego durante o ano todo, incluindo o período
chuvoso. Os pontos críticos, identificados ao longo
do traçado, devem, pelo menos, ser
convenientemente drenados e protegidos com
cascalho.

Finalmente, deve-se ressaltar que deverão ser


levantados e equacionados adequadamente os
problemas de interferências desses acessos com os
meios físico, biótico e antrópico da região.
Providências no sentido de minimizar, compensar ou
até mesmo, se possível, eliminar os impactos
negativos deverão ser tomadas em tempo hábil.

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