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MÓRMON
DOUTRINA E
CONVÊNIOS
PÉROLA DE
GRANDE VALOR
O
LIVRO DE
MÓRMON
Outro Testamento de
Jesus Cristo
DOUTRINA E
CONVÊNIOS
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
A
PÉROLA DE
GRANDE VALOR
Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah, EUA
© 2015 by Intellectual Reserve, Inc.
All rights reserved
Printed in the United States of America 10/2015
English approval: 3/15
Translation approval: 3/15
Translation of the Book of Mormon, Doctrine and Covenants,
and Pearl of Great Price
Portuguese
ÍNDICE
Livro de Mórmon
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Depoimento de Três Testemunhas . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Depoimento de Oito Testemunhas . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Testemunho do Profeta Joseph Smith . . . . . . . . . . . . . . . x
Breve Explicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiv
1 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Jacó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Enos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Jarom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Ômni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Palavras de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Mosias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Alma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Helamã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 430
3 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 475
4 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 542
Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 547
Éter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 569
Morôni. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 605
Doutrina e Convênios
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Ordem Cronológica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Seções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Declarações Oficiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Pérola de Grande Valor
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Moisés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Abraão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Joseph Smith—Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Joseph Smith—História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Regras de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Apêndice
Guia para Estudo das Escrituras . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Mapas da História da Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217
Fotografias da História da Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . 227
ABREVIAÇÕES
Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah, EUA
Primeira edição em inglês publicada em
Palmyra, Nova York, EUA, em 1830
MÃO DE MÓRMON
EM PLACAS
EXTRAÍDO DAS PLACAS DE NÉFI
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Depoimento de Três Testemunhas . . . . . . . . . . . . ix
Depoimento de Oito Testemunhas . . . . . . . . . . . ix
Testemunho do Profeta Joseph Smith . . . . . . . . . . x
Breve Explicação . . . . . . . . . . . . . . . . . xiv
Ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xvii
1 Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Jacó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Enos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Jarom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .157
Ômni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .159
Palavras de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . .162
Mosias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Alma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Helamã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 430
3 Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .475
4 Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .542
Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .547
Éter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 569
Morôni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 605
Guia para Estudo das Escrituras . . . . . . . . . . . . 1
Cronologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217
Concordância dos Evangelhos . . . . . . . . . . . . 222
INTRODUÇÃO
S aibam todas as nações, tribos, línguas e povos a quem esta obra che-
gar, que nós, pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo,
vimos as placas que contêm este registro, que é um registro do povo de
Néfi e também dos lamanitas, seus irmãos, e também do povo de Jarede,
que veio da torre da qual se tem falado. E sabemos também que foram
traduzidas pelo dom e poder de Deus, porque assim nos foi declarado
por sua voz; sabemos, portanto, com certeza, que a obra é verdadeira.
E também testificamos que vimos as gravações feitas nas placas; e que
elas nos foram mostradas pelo poder de Deus e não do homem. E de-
claramos solenemente que um anjo de Deus desceu dos céus, trouxe-as
e colocou-as diante dos nossos olhos, de maneira que vimos as placas e
as gravações nelas feitas e sabemos que é pela graça de Deus, o Pai, e de
nosso Senhor Jesus Cristo que vimos e testificamos que estas coisas são
verdadeiras. E isto é maravilhoso aos nossos olhos. E a voz do Senhor
ordenou-nos que prestássemos testemunho disso; portanto, para obede-
cer aos mandamentos de Deus, prestamos testemunho dessas coisas. E
sabemos que, se formos fiéis a Cristo, livraremos nossas vestes do san-
gue de todos os homens, e seremos declarados sem mancha diante do
tribunal de Cristo, e habitaremos eternamente com ele nos céus. E hon-
ra seja ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo, que são um Deus. Amém.
Oliver Cowdery
David Whitmer
Martin Harris
Relato sobre Leí, sua mulher Saria e seus quatro filhos, que se chamavam
(a começar pelo mais velho) Lamã, Lemuel, Sam e Néfi. O Senhor avisa
Leí que saia da terra de Jerusalém, porque ele profetiza ao povo acerca
de sua iniquidade e eles procuram tirar-lhe a vida. Ele viaja durante três
dias através do deserto, com a sua família. Néfi toma os seus irmãos e
volta à terra de Jerusalém, em busca do registro dos judeus. O relato dos
seus sofrimentos. Tomam as filhas de Ismael para esposas. Tomam as
suas famílias e vão para o deserto. Seus sofrimentos e aflições no deserto.
Rota das suas viagens. Chegam às grandes águas. Rebelião dos irmãos
contra Néfi. Ele confunde-os e constrói um barco. Dão ao lugar o nome
de Abundância. Atravessam as grandes águas, indo para a terra da pro-
missão, e assim por diante. Isto, segundo o relato de Néfi; ou, em outras
palavras, eu, Néfi, escrevi este registro.
CAPÍTULO 1 grande conhecimento da bondade
e dos f mistérios de Deus, faço, por
Néfi inicia o registro de seu povo —
isso, um g registro de meus feitos
Em visão, Leí vê uma coluna de fogo
durante minha vida.
e lê um livro de profecias — Louva
2 Sim, faço um registro na a lín-
a Deus, prediz a vinda do Messias e
gua de meu pai, que consiste no
profetiza a destruição de Jerusalém —
conhecimento dos judeus e na
É perseguido pelos judeus. Aproxima-
língua dos egípcios.
damente 600 a.C.
3 E sei que o registro que faço é
b
bons c pais, recebi, portanto, próprias mãos e faço-o de acordo
alguma d instrução em todo o co- com o meu conhecimento.
nhecimento de meu pai; e ten- 4 Pois aconteceu no começo do
do passado muitas e aflições no a
primeiro ano do reinado de b Ze-
decurso de meus dias, fui, não dequias, rei de Judá (tendo meu
obstante, altamente favorecido pai, Leí, morado todos os seus
pelo Senhor em todos os meus dias em c Jerusalém); e apareceram
dias; sim, havendo adquirido um muitos d profetas, nesse mesmo
1 1 a GEE Néfi, Filho de Leí. g GEE Escrituras. apêndice.
b Prov. 22:1. 2 a Mos. 1:2–4; b 2 Crôn. 36:10;
c D&C 68:25, 28. Mórm. 9:32–33. Jer. 52:3–5;
GEE Pais. 3 a 1 Né. 14:30; Ômni 1:15.
d En. 1:1; Mos. 1:6; c 1 Crôn. 9:3.
Mos. 1:2–3. Ét. 5:1–3; d 2 Re. 17:13–15;
GEE Ensinar, Mestre. D&C 17:6. 2 Crôn. 36:15–16;
e GEE Adversidade. 4 a 598 a.C.; Jer. 7:25–26.
f GEE Mistérios de Deus. ver Cronologia no GEE Profeta.
1 NÉFI 1:5–15 2
ano, profetizando ao povo que 10 E viu também doze outros
a
tas que teu pai tenha visto a a ár- pretação do que vi — pois falei-
vore da qual falou? lhe como fala um homem, por-
5 E respondi: Sim, tu sabes que que vi que tinha a b forma de um
a
acredito em todas as palavras de homem; sabia, não obstante, que
meu pai. era o Espírito do Senhor; e ele fa-
6 E quando eu disse essas pala- lou-me como um homem fala a
vras, o Espírito bradou em alta outro homem.
voz, dizendo: Hosana ao Senhor, 12 E aconteceu que ele me disse:
o Deus Altíssimo, pois ele é Deus Olha! E olhei, para vê-lo, e não o
sobre toda a a Terra, sim, sobre vi, porque se havia retirado de
todas as coisas. E bendito és tu, minha presença.
Néfi, porque b acreditas no Filho 13 E aconteceu que olhei e vi
do Deus Altíssimo; verás, por- a grande cidade de Jerusalém e
tanto, as coisas que tens desejado. também outras cidades. E vi a
7 E eis que isto te será dado por cidade de Nazaré; e na cidade de
a
sinal: depois de haveres contem- a
Nazaré vi uma b virgem que era
plado a árvore que produziu o extremamente formosa e branca.
fruto do qual teu pai provou, con- 14 E aconteceu que vi os a céus
templarás também um homem se abrirem; e um anjo desceu e,
descendo do céu e tu o verás: e pondo-se na minha frente, disse:
depois de o haveres visto, b testi- Néfi, que vês tu?
ficarás que ele é o Filho de Deus. 15 E eu respondi: Uma virgem
8 E aconteceu que o Espírito me mais bela e formosa que todas as
disse: Olha! E eu olhei e vi uma outras virgens.
árvore; e era semelhante à a árvo- 16 E disse-me ele: Conheces tu a
re que meu pai tinha visto; e sua condescendência de Deus?
beleza era tão grande, sim, que 17 E disse-lhe eu: Sei que ele ama
excedia toda beleza, e sua b bran- seus filhos; não conheço, no en-
cura excedia a brancura da neve. tanto, o significado de todas as
9 E aconteceu que, tendo visto a coisas.
árvore, eu disse ao Espírito: Vejo 18 E disse-me ele: Eis que a a vir-
que me tens mostrado a árvore gem que vês é a b mãe do Filho de
que é mais a preciosa do que tudo. Deus, segundo a carne.
10 E perguntou-me ele: Que de- 19 E aconteceu que eu a vi ser
sejas tu? arrebatada no Espírito. E depois
4 a 1 Né. 8:10–12; 15:21–22. b GEE Testemunho. b Lc. 1:26–27; Al. 7:10.
5 a 1 Né. 2:16. 8 a 1 Né. 8:10. GEE Maria, Mãe de
6 a Êx. 9:29; 2 Né. 29:7; b 1 Né. 8:11. Jesus.
3 Né. 11:14; 9 a 1 Né. 11:22–25. 14 a Eze. 1:1; 1 Né. 1:8.
Mois. 6:44. 11 a Gên. 40:8. 18 a Isa. 7:14;
b GEE Crença, Crer. b Ét. 3:15–16. Lc. 1:34–35.
7 a GEE Sinal. 13 a Mt. 2:23. b Mos. 3:8.
23 1 NÉFI 11:20–31
de haver sido ela arrebatada no Olha e vê a condescendência de
a
a
Espírito por um certo espaço de Deus!
tempo, o anjo falou-me, dizen- 27 E eu olhei e a vi o Redentor do
do: Olha! mundo, de quem meu pai falara;
20 E eu olhei e tornei a ver a vir- e vi também o b profeta que prepa-
gem carregando uma a criança nos raria o caminho diante dele. E o
braços. Cordeiro de Deus aproximou-se e
21 E disse-me o anjo: Eis o a Cor- foi c batizado por ele; e depois que
deiro de Deus, sim, o b Filho do ele foi batizado, vi os céus se abri-
c
Pai Eterno! Sabes tu o significado rem e o Espírito Santo descer do
da d árvore que teu pai viu? céu e repousar sobre ele na forma
22 E respondi-lhe, dizendo: Sim, de uma d pomba.
é o a amor de Deus, que se derra- 28 E vi que ele saía ministrando
ma no coração dos filhos dos ho- entre o povo, em a poder e grande
mens; é, portanto, a mais desejá- glória; e as multidões reuniam-se
vel de todas as coisas. para ouvi-lo; e vi que o expulsa-
23 E falou-me, dizendo: Sim, e a vam do meio delas.
maior a alegria para a alma. 29 E também vi a doze outros se-
24 E depois destas palavras, dis- guindo-o. E aconteceu que foram
se-me: Olha! E olhando, vi o Filho arrebatados de minha presença,
de Deus a caminhando entre os no Espírito, e não os vi.
filhos dos homens; e vi muitos 30 E aconteceu que o anjo me
se prostrarem a seus pés e ado- falou novamente, dizendo: Olha!
rarem-no. E olhei e tornei a ver os céus se
25 E aconteceu que vi que a a bar- abrirem e a anjos descendo entre
ra de ferro que meu pai tinha visto os filhos dos homens; e ministra-
era a palavra de Deus, que con- ram entre eles.
duzia à fonte de b águas vivas, ou 31 E falou-me novamente, dizen-
seja, à c árvore da vida; águas essas do: Olha! E olhei, e vi o Cordeiro
que eram um símbolo do amor de de Deus caminhando entre os fi-
Deus; e também vi que a árvore lhos dos homens. E vi multidões
da vida era um símbolo do amor de pessoas doentes e afligidas com
de Deus. toda espécie de moléstias, e com
26 E o anjo disse-me outra vez: a
demônios e b espíritos imundos;
19 a Mt. 1:20. 24 a Lc. 4:14–21. c GEE Batismo, Batizar.
20 a Lc. 2:16. 25 a 1 Né. 8:19. d GEE Pomba, Sinal da.
21 a GEE Cordeiro de Deus. b GEE Águas Vivas. 28 a D&C 138:25–26.
b GEE Jesus Cristo. c Gên. 2:9; 29 a GEE Apóstolo.
c GEE Trindade — Deus, Al. 32:40–41; 30 a GEE Anjos.
o Pai. Mois. 4:28, 31. 31 a Mc. 5:15–20;
d 1 Né. 8:10; 26 a 1 Né. 11:16–33. Mos. 3:5–7.
Al. 5:62. 27 a 2 Né. 25:13. GEE Diabo.
GEE Árvore da Vida. b Mt. 11:10; b GEE Espírito —
22 a GEE Amor. 1 Né. 10:7–10; Espíritos maus.
23 a GEE Alegria. 2 Né. 31:4.
1 NÉFI 11:32–12:4 24
e o anjo falou e mostrou-me to- CAPÍTULO 12
das essas coisas. E foram c curadas
Néfi vê em visão a terra prometida;
pelo poder do Cordeiro de Deus; e
a retidão, iniquidade e queda de seus
os demônios e espíritos imundos
habitantes; a vinda do Cordeiro de
foram expulsos.
Deus no meio deles; como os Doze
32 E aconteceu que o anjo me
Discípulos e os Doze Apóstolos jul-
falou novamente, dizendo: Olha!
garão Israel; o estado repugnante e
E olhei e vi o Cordeiro de Deus
imundo daqueles que degeneram,
ser levado pelo povo; sim, o Filho
caindo na incredulidade. Aproxima-
do Deus Eterno foi a julgado pelo
damente 600–592 a.C.
mundo; e vi e testifico.
33 E eu, Néfi, vi que ele foi le- E aconteceu que o anjo me dis-
vantado na a cruz e b morto pelos se: Olha e vê tua semente e tam-
pecados do mundo. bém a semente de teus irmãos. E
34 E depois que ele foi morto, olhei e vi a a terra da promissão;
vi as multidões da Terra reunidas e vi multidões de pessoas, sim, e
para combater os apóstolos do pareciam tão numerosas quanto
Cordeiro, pois assim eram chama- as areias do mar.
dos os doze pelo anjo do Senhor. 2 E aconteceu que vi multidões
35 E a multidão da Terra estava reunidas para batalhar umas con-
reunida; e vi que todos estavam tra as outras; e vi a guerras e ru-
num grande e espaçoso a edifício, mores de guerras e grandes ma-
parecido com o edifício visto por tanças pela espada entre meu
meu pai. E o anjo do Senhor fa- povo.
lou-me novamente, dizendo: Eis 3 E aconteceu que vi muitas ge-
o mundo e sua sabedoria; sim, eis rações morrerem em guerras e
a casa de Israel, que se congregou contendas na terra; e vi muitas
para combater os doze apóstolos cidades, sim, tantas que não as
do Cordeiro. contei.
36 E aconteceu que vi e testifico 4 E aconteceu que vi uma a né-
que o grande e espaçoso edifício voa de b trevas sobre a face da
era o a orgulho do mundo; e ele terra da promissão; e vi relâm-
caiu e sua queda foi muito grande. pagos e ouvi trovões e terremo-
E o anjo do Senhor falou-me nova- tos e toda espécie de ruídos tu-
mente, dizendo: Assim será a des- multuosos; e vi que a terra e as
truição de todas as nações, tribos, rochas se fenderam; e vi mon-
línguas e povos que combaterem tanhas desmoronando; e vi que
os doze apóstolos do Cordeiro. as planícies da terra estavam
31 c GEE Curar, Curas. GEE Cruz. Promissão.
32 a Mc. 15:17–20. b GEE Expiação, Expiar. 2 a En. 1:24; Mórm. 8:7–8.
33 a Jo. 19:16–19; 35 a 1 Né. 8:26; 12:18. GEE Guerra.
Mos. 3:9–10; 36 a GEE Orgulho. 4 a Hel. 14:20–28.
3 Né. 27:14. 12 1 a GEE Terra da b 1 Né. 19:10.
25 1 NÉFI 12:5–17
rachadas e vi que muitas cidades suas vestimentas são branquea-
b
c
afundaram; e vi que muitas fo- das em seu sangue.
ram queimadas pelo fogo e vi 11 E disse-me o anjo: Olha! E
muitas que desmoronaram devi- olhei e vi a três gerações morrerem
do a terremotos. em retidão; e suas vestimentas
5 E aconteceu que depois de ver eram brancas como o Cordeiro
essas coisas, notei que o a vapor de de Deus. E disse-me o anjo: Estes
escuridão desaparecia da face da são os que foram branqueados no
terra; e eis que vi multidões que sangue do Cordeiro, por causa de
não haviam caído por causa dos sua fé nele.
grandes e terríveis julgamentos 12 E eu, Néfi, vi também muitos
do Senhor. da a quarta geração que morreram
6 E vi os céus abrirem-se e o em retidão.
a
Cordeiro de Deus descendo do 13 E aconteceu que vi as multi-
céu; e desceu e mostrou-se a eles. dões da Terra reunidas.
7 E também vi e testifico que o 14 E disse-me o anjo: Eis a tua
Espírito Santo desceu sobre a doze semente e também a semente de
outros e eles foram ordenados por teus irmãos.
Deus e escolhidos. 15 E aconteceu que olhei e vi o
8 E o anjo falou-me, dizendo: Eis povo de minha semente reunido
os doze discípulos do Cordeiro, em multidões a contra a semente
que foram escolhidos para minis- de meus irmãos; e estavam reuni-
trar entre tua semente. dos para batalhar.
9 E disse-me: Recordas-te dos 16 E o anjo falou-me, dizendo:
a
doze apóstolos do Cordeiro? Eis Eis a fonte de água a suja que teu
que eles são os que b julgarão as pai viu; sim, o b rio do qual ele
doze tribos de Israel; portanto, falou; e suas profundezas são as
os doze ministros de tua semente profundezas do c inferno.
serão julgados por eles, pois sois 17 E as a névoas de escuridão são
da casa de Israel. as tentações do diabo que b cegam
10 E estes a doze ministros que tu os olhos e endurecem o coração
vês julgarão a tua semente. E eis dos filhos dos homens, conduzin-
que são justos para sempre, pois do-os a c caminhos espaçosos para
por sua fé no Cordeiro de Deus que pereçam e se percam.
4 c 3 Né. 8:14. Mórm. 3:18–19. 15 a Mórm. 6.
5 a 3 Né. 8:20; 10:9. b Apoc. 7:14; 16 a GEE Imundície,
6 a 2 Né. 26:1, 9; Al. 5:21–27; 13:11–13; Imundo.
3 Né. 11:3–17. 3 Né. 27:19–20. b 1 Né. 8:13; 15:26–29.
7 a 3 Né. 12:1; 19:12–13. 11 a 2 Né. 26:9–10; c GEE Inferno.
9 a Lc. 6:13. 3 Né. 27:30–32. 17 a 1 Né. 8:23; 15:24;
b Mt. 19:28; 12 a Al. 45:10–12; D&C 10:20–32.
D&C 29:12. Hel. 13:5, 9–10; b GEE Apostasia.
GEE Juízo Final. 3 Né. 27:32; c Mt. 7:13–14.
10 a 3 Né. 27:27; 4 Né. 1:14–27.
1 NÉFI 12:18–13:5 26
18 E o grande e espaçoso edi- a
na incredulidade, tornaram-se um
fício que teu pai viu são as b fan- povo a escuro, b sujo e repulsivo,
tasias vãs e o c orgulho dos filhos cheio de c preguiça e todo tipo de
dos homens. E um grande e ter- abominações.
rível d abismo separa-os; sim, a
palavra da e justiça do Deus Eter- CAPÍTULO 13
no e do Messias, que é o Cordei-
Néfi vê em visão: A igreja do diabo
ro de Deus, de quem o Espírito
estabelecida entre os gentios, a des-
Santo testifica desde o princípio
coberta e colonização da América, a
do mundo até agora, e de agora
perda de muitas partes claras e pre-
para sempre.
ciosas da Bíblia, o estado resultante
19 E enquanto o anjo dizia estas
da apostasia dos gentios, a restaura-
palavras, olhei e vi que a semente
ção do evangelho, o aparecimento de
de meus irmãos combatia a minha
escrituras dos últimos dias e a edi-
semente, de acordo com a palavra
ficação de Sião. Aproximadamente
do anjo; e devido ao orgulho de
600–592 a.C.
minha semente e às a tentações do
diabo, vi que a semente de meus E aconteceu que o anjo me falou,
irmãos b venceu o povo da minha dizendo: Olha! E olhei e vi muitas
semente. nações e reinos.
20 E aconteceu que olhei e vi que 2 E disse-me o anjo: Que vês tu?
a semente de meus irmãos havia E eu respondi: Vejo muitas nações
vencido a minha semente; e es- e reinos.
palharam-se em multidões pela 3 E disse-me o anjo: Estas são
face da terra. as nações e os reinos dos gentios.
21 E vi-os reunidos em multi- 4 E aconteceu que vi entre as
dões; e vi a guerras e rumores de nações dos a gentios a formação
guerras entre eles; e em guerras de uma b grande igreja.
e rumores de guerras, vi muitas 5 E disse-me o anjo: Vê a forma-
gerações morrerem. ção de uma igreja que é a mais
22 E disse-me o anjo: Eis que abominável de todas as igrejas,
estes a degenerarão, caindo na in- que a mata os santos de Deus, sim,
credulidade. tortura-os e oprime-os e subjuga-
23 E aconteceu que vi que depois os com um b jugo de ferro e leva-os
de haverem degenerado, caindo ao cativeiro.
18 a 1 Né. 8:26; 11:35–36. Pal. Mórm. 1:1–2. c GEE Ociosidade,
b Jer. 7:24. 21 a Mórm. 8:8; Ocioso.
c GEE Orgulho. Morô. 1:2. 13 4 a GEE Gentios.
d Lc. 16:26; GEE Guerra. b 1 Né. 13:26, 34;
1 Né. 15:28–30. 22 a 1 Né. 15:13; 14:3, 9–17.
e GEE Justiça. 2 Né. 26:15. 5 a Apoc. 17:3–6;
19 a GEE Tentação, Tentar. 23 a 2 Né. 26:33. 1 Né. 14:13.
b Jar. 1:10; b 2 Né. 5:20–25. b Jer. 28:10–14.
27 1 NÉFI 13:6–20
6 E aconteceu que vi essa gran- a
eles saíram do cativeiro, atraves-
de e abominável igreja; e vi que o sando as muitas águas.
b
diabo era o seu fundador. 14 E aconteceu que vi muitas
7 E vi também a ouro e prata e a
multidões de gentios na b terra da
sedas e escarlatas e linho fina- promissão e vi que a ira de Deus
mente tecido e toda espécie de estava sobre a semente de meus
vestimentas preciosas; e vi muitas irmãos; e eles foram c dispersos
meretrizes. pelos gentios e foram feridos.
8 E falou-me o anjo, dizendo: Eis 15 E vi que o Espírito do Senhor
que o ouro e a prata e as sedas e estava sobre os gentios e eles pros-
as escarlatas e o linho finamente peraram e receberam a a terra por
tecido e as vestimentas preciosas herança; e vi que eram brancos,
e as meretrizes são os a desejos muito b belos e formosos, como
dessa grande e abominável igreja. era meu povo antes de ser c exter-
9 E também, pelo louvor do minado.
mundo, a destroem os santos de 16 E aconteceu que eu, Néfi, vi
Deus e também os escravizam. que os gentios que haviam saído
10 E aconteceu que olhei e vi do cativeiro humilharam-se dian-
muitas águas; e elas separavam te do Senhor; e o poder do Senhor
os gentios da semente de meus estava com a eles.
irmãos. 17 E eu vi que as pátrias-mães
11 E aconteceu que o anjo me dos gentios estavam reunidas so-
disse: Eis que a ira de Deus está bre as águas e também sobre a
sobre a semente de teus irmãos. terra, para batalhar contra eles.
12 E olhei e vi entre os gentios 18 E vi que o poder de Deus esta-
um homem que estava separado va com eles, e também que a ira de
da semente de meus irmãos pelas Deus estava sobre todos os que se
muitas águas; e vi que o a Espírito achavam reunidos para batalhar
de Deus desceu e inspirou o ho- contra eles.
mem; e indo esse homem pelas 19 E eu, Néfi, vi que os gentios
muitas águas, chegou até a semen- que haviam saído do cativeiro
te de meus irmãos que estava na foram a libertados das mãos de
terra da promissão. todas as outras nações, pelo po-
13 E aconteceu que vi o Espírito der de Deus.
de Deus inspirar outros gentios; e 20 E aconteceu que eu, Néfi, vi
6 a D&C 88:94. 12 a GEE Inspiração, de Israel.
GEE Diabo — Igreja do Inspirar. 15 a 2 Né. 10:19.
diabo. 14 a 2 Né. 1:11; b 2 Né. 5:21.
b 1 Né. 22:22–23. Mórm. 5:19–20. c Mórm. 6:17–22.
7 a Mórm. 8:36–38. b GEE Terra da 16 a D&C 101:80.
8 a Apoc. 18:10–24; Promissão. 19 a 2 Né. 10:10–14;
Mórm. 8:35–38. c 1 Né. 22:7–8. 3 Né. 21:4;
9 a Apoc. 13:4–7. GEE Israel — Dispersão Ét. 2:12.
1 NÉFI 13:21–29 28
que eles prosperaram na terra; e doze apóstolos do Cordeiro, vês a
vi um a livro que era levado en- formação daquela b grande e abo-
tre eles. minável c igreja que é mais abomi-
21 E perguntou-me o anjo: Sabes nável que todas as outras igrejas;
o significado do livro? pois eis que d tiraram do evange-
22 E eu respondi: Não sei. lho do Cordeiro muitas partes que
23 E ele disse: Eis que provém são e claras e sumamente preciosas;
da boca de um judeu. E eu, Néfi, e também muitos convênios do
vi o livro. E disse-me o anjo: O Senhor foram tirados.
a
livro que vês é um b registro dos 27 E fizeram tudo isso a fim de
c
judeus, que contém os convênios perverterem os caminhos retos
feitos pelo Senhor com a casa de do Senhor, a fim de cegarem os
Israel; e contém também muitas olhos e endurecerem o coração
das profecias dos santos profetas; dos filhos dos homens.
e é um registro semelhante às gra- 28 Vês, portanto, que depois de
vações encontradas nas d placas de haver o livro passado pelas mãos
latão, só que em menor número; da grande e abominável igreja,
não obstante, contém os convê- foram suprimidas muitas coisas
nios do Senhor com a casa de Is- claras e preciosas do livro, que é
rael, sendo, portanto, de grande o livro do Cordeiro de Deus.
valor para os gentios. 29 E depois que essas coisas cla-
24 E disse-me o anjo do Senhor: ras e preciosas foram suprimidas,
Viste que o livro procedeu da boca ele propagou-se por todas as na-
de um judeu; e ao proceder da ções dos gentios; e depois de ter-
boca de um judeu, continha a ple- se propagado por todas as nações
nitude do evangelho do Senhor, dos gentios, sim, mesmo do outro
de quem os doze apóstolos testi- lado das muitas águas que viste
ficam; e eles testificam de acordo com os gentios que saíram do ca-
com a verdade que está no Cor- tiveiro, vês que — por causa das
deiro de Deus. muitas coisas claras e preciosas
25 Estas coisas, portanto, são que foram suprimidas do livro,
transmitidas dos a judeus aos b gen- que eram claras ao entendimento
tios, em pureza, segundo a verda- dos filhos dos homens segundo
de que está em Deus. a clareza que existe no Cordei-
26 E depois de transmitidas dos ro de Deus — por causa dessas
judeus a aos gentios pela mão dos coisas que foram suprimidas do
20 a 1 Né. 14:23. D&C 3:16. cristã primitiva.
23 a 1 Né. 13:38; GEE Judeus. d Mórm. 8:33;
2 Né. 29:4–12. b GEE Gentios. Mois. 1:41.
b GEE Escrituras. 26 a Mt. 21:43. e 1 Né. 14:20–26;
c 2 Né. 3:12. b 1 Né. 13:4–6; 14:3, 9–17. RF 1:8.
d 1 Né. 5:10–13. c GEE Apostasia —
25 a 2 Né. 29:4–6; Apostasia da igreja
29 1 NÉFI 13:30–37
evangelho do Cordeiro, um gran- 34 E aconteceu que o anjo do Se-
de número tropeça, sim, de tal nhor me falou, dizendo: Eis que,
maneira que Satanás tem grande diz o Cordeiro de Deus, depois de
poder sobre eles. visitar os a remanescentes da casa
30 Vês, não obstante, os gentios de Israel — e esses remanescen-
que saíram do cativeiro e que fo- tes de quem falo são a semente
ram elevados pelo poder de Deus de teu pai — portanto, depois de
acima de todas as outras nações, visitá-los com julgamento e feri-
na face da terra, que é uma ter- los pela mão dos gentios; e depois
ra escolhida acima de todas as que os gentios b tropeçarem muito
outras terras, que é a terra que o por causa das partes claras e pre-
Senhor Deus prometeu a teu pai, ciosas do c evangelho do Cordeiro,
por convênio, que seria a a terra as quais foram retidas por aquela
de herança de seus descendentes; igreja abominável que é a mãe das
vês, portanto, que o Senhor Deus meretrizes, diz o Cordeiro — serei
não permitirá que os gentios des- misericordioso para com os gen-
truam completamente a b mescla tios, naquele dia, tanto que lhes
de tua semente que está entre os d
trarei pelo meu próprio poder
teus irmãos. muito do meu evangelho, que será
31 Nem permitirá ele que os gen- claro e precioso, diz o Cordeiro.
tios a destruam a semente de teus 35 Pois eis que, diz o Cordeiro:
irmãos. Eu me manifestarei a tua semente,
32 Tampouco permitirá o Senhor de modo que ela escreverá muitas
Deus que os gentios permaneçam coisas que lhe ensinarei, as quais
para sempre naquele horrível es- serão claras e preciosas; e depois
tado de cegueira, no qual tu vês que tua semente for destruída e
que estão, devido às passagens degenerar, caindo na incredulida-
claras e preciosas do evangelho de, assim como a semente de teus
do Cordeiro que foram suprimi- irmãos, eis que a estas coisas serão
das por aquela a igreja abominável, escondidas, para serem reveladas
cuja formação tu viste. aos gentios pelo dom e poder do
33 Diz, portanto, o Cordeiro de Cordeiro.
Deus: Serei misericordioso para 36 E nelas será escrito o meu
com os gentios, visitando os re- a
evangelho, diz o Cordeiro, e mi-
manescentes da casa de Israel com nha b rocha e minha salvação.
grande julgamento. 37 E a abençoados os que
30 a GEE Terra da 32 a GEE Diabo — Igreja do Evangelho.
Promissão. diabo. 35 a 2 Né. 27:6; 29:1–2.
b Al. 45:10–14. 34 a GEE José, Filho de Jacó. GEE Livro de Mórmon.
31 a 2 Né. 4:7; 10:18–19; b 1 Né. 14:1–3; 36 a 3 Né. 27:13–21.
Jacó 3:5–9; 2 Né. 26:20. b Hel. 5:12;
Hel. 15:12; c GEE Evangelho. 3 Né. 11:38–39.
3 Né. 16:8–9; d D&C 10:62. GEE Rocha.
Mórm. 5:20–21. GEE Restauração do 37 a D&C 21:9.
1 NÉFI 13:38–42 30
procurarem estabelecer a minha e preciosas que deles foram su-
b
Sião naquele dia, pois terão o primidas; e mostrarão a todas as
c
dom e o poder do Espírito Santo; tribos, línguas e povos que o Cor-
e se d perseverarem até o fim, serão deiro de Deus é o Filho do Pai
levantados no último dia e serão Eterno e o d Salvador do mundo;
salvos no e reino eterno do Cordei- e que todos os homens devem vir
ro; e aqueles que f proclamarem a a ele, pois do contrário não pode-
paz, sim, novas de grande alegria, rão ser salvos.
quão belos serão sobre os montes! 41 E devem vir de acordo com
38 E aconteceu que vi o remanes- as palavras proferidas pela boca
cente da semente de meus irmãos; do Cordeiro; e as palavras do Cor-
e também o a livro do Cordeiro deiro tornar-se-ão conhecidas nos
de Deus que procedera da boca registros de tua semente, assim
do judeu e que veio dos gentios como nos registros dos doze após-
b
para o remanescente da semente tolos do Cordeiro; portanto, am-
de meus irmãos. bos serão reunidos a num só; por-
39 E depois de haver chegado que há b um Deus e um c Pastor
a eles, vi outros a livros surgirem sobre toda a Terra.
pelo poder do Cordeiro, trazidos 42 E chegará o tempo em que ele
a eles pelos gentios, para b conven- se manifestará a todas as nações,
cer os gentios e os remanescen- tanto aos a judeus como aos gen-
tes da semente de meus irmãos tios; e depois de haver-se mani-
e também os judeus que estavam festado aos judeus e também aos
dispersos por toda a face da Terra, gentios, ele manifestar-se-á aos
de que os registros dos profetas e gentios e também aos judeus; e
dos doze apóstolos do Cordeiro os b últimos serão os primeiros e
são c verdadeiros. os c primeiros serão os últimos.
40 E falou-me o anjo, dizendo:
Estes a últimos registros que viste
CAPÍTULO 14
entre os gentios b confirmarão a
verdade dos c primeiros, que são Um anjo fala a Néfi das bênçãos e
dos doze apóstolos do Cordei- maldições que cairão sobre os gen-
ro, e divulgarão as coisas claras tios — Existem apenas duas igrejas:
37 b GEE Sião. 39 a GEE Escrituras — Mois. 1:6.
c GEE Dom do Espírito Profecias a respeito de 41 a Eze. 37:17.
Santo. escrituras futuras. b Deut. 6:4;
d 3 Né. 27:16. b Eze. 37:15–20; Jo. 17:21–23;
GEE Perseverar. 2 Né. 3:11–12. 2 Né. 31:21.
e GEE Glória Celestial. c 1 Né. 14:30. c GEE Bom Pastor.
f Isa. 52:7; 40 a 2 Né. 26:16–17; 29:12. 42 a D&C 90:8–9; 107:33;
Mos. 15:14–18; GEE Livro de Mórmon. 112:4.
3 Né. 20:40. b Mórm. 7:8–9. b Jacó 5:63.
38 a 1 Né. 13:23; c GEE Bíblia. c Lc. 13:30;
2 Né. 29:4–6. d Ver página de rosto do 1 Né. 15:13–20.
b Mórm. 5:15. Livro de Mórmon.
31 1 NÉFI 14:1–7
a Igreja do Cordeiro de Deus e a igre- completa destruição, diz o Cordei-
ja do diabo — Os santos de Deus ro de Deus; não a destruição da
em todas as nações são perseguidos alma, a menos que isso signifique
pela grande e abominável igreja — ser lançada naquele b inferno que
O Apóstolo João escreverá sobre o não tem fim.
fim do mundo. Aproximadamente 4 Pois eis que isto é segundo
600–592 a.C. o cativeiro do diabo e também
segundo a justiça de Deus para
E acontecerá que se os a gentios com todos os que cometerem
derem ouvidos ao Cordeiro de iniquidades e abominações pe-
Deus no dia em que ele se mani- rante ele.
festar a eles em palavras e tam- 5 E aconteceu que o anjo falou a
bém em b poder, verdadeiramente, mim, Néfi, dizendo: Viste que, se
para remover-lhes as c pedras de os gentios se arrependerem, será
tropeço — bom para eles; e conheces tam-
2 E não endurecerem o coração bém os convênios do Senhor com
contra o Cordeiro de Deus, serão a casa de Israel; e ouviste também
a
contados com a semente de teu que aquele que não se a arrepen-
pai; sim, serão contados com a der perecerá.
casa de Israel; e serão um povo 6 Portanto, a ai dos gentios, se
b
abençoado para sempre na terra endurecerem o coração contra o
da promissão; não mais serão es- Cordeiro de Deus!
cravizados. E a casa de Israel não 7 Pois vem o tempo, diz o Cor-
será mais confundida. deiro de Deus, em que farei uma
3 E aquele grande a abismo que a
obra grande e maravilhosa entre
foi cavado para eles por aque- os filhos dos homens, uma obra
la grande e abominável igreja, que será eterna, seja para um fim
fundada pelo diabo e seus filhos ou para outro — seja para con-
a fim de que ele pudesse levar vertê-los à paz e à b vida eterna,
para o inferno as almas dos ho- ou para entregá-los à dureza de
mens — sim, o grande abismo seu coração e à cegueira de sua
que foi cavado para a destrui- mente, até serem levados ao cati-
ção dos homens encher-se-á com veiro e também à destruição, tanto
aqueles que o cavaram, para sua física como espiritual, segundo o
14 1 a 3 Né. 16:6–13. 3 Né. 16:13; 21:6, 22; Arrependimento.
GEE Gentios. Abr. 2:9–11. 6 a 2 Né. 28:32.
b 1 Tess. 1:5; b 2 Né. 6:12; 10:8–14; 7 a Isa. 29:14;
1 Né. 14:14; 3 Né. 16:6–7; 20:27. 1 Né. 22:8;
Jacó 6:2–3. 3 a 1 Né. 22:14; 2 Né. 27:26; 29:1–2;
c Isa. 57:14; D&C 109:25. D&C 4:1.
1 Né. 13:29, 34; b GEE Condenação, GEE Restauração do
2 Né. 26:20. Condenar; Evangelho.
2 a Gál. 3:7, 29; Inferno. b GEE Vida eterna.
2 Né. 10:18–19; 5 a GEE Arrepender-se,
1 NÉFI 14:8–17 32
cativeiro do diabo, do qual tenho
c
domínio sobre a face da Terra era
falado. pequeno, devido à iniquidade da
8 E aconteceu que após ter dito grande prostituta que eu vi.
estas coisas, o anjo disse-me: Lem- 13 E aconteceu ter eu visto que a
bras-te dos a convênios do Pai com grande mãe de abominações con-
a casa de Israel? Respondi: Sim. gregou multidões na face de toda
9 E aconteceu que me disse: Olha a Terra, entre todas as nações dos
e vê aquela grande e abominável gentios, para a guerrear o Cordeiro
igreja, que é a mãe de abomina- de Deus.
ções, cujo fundador é o a diabo. 14 E aconteceu que eu, Néfi, vi
10 E disse-me ele: Eis que não há o poder do Cordeiro de Deus que
mais do que a duas igrejas; uma é descia sobre os santos da igreja do
a igreja do Cordeiro de Deus e a Cordeiro e sobre o povo do con-
b
outra, a igreja do diabo; portan- vênio do Senhor, que estava dis-
to, quem não pertence à igreja do perso sobre toda a face da Terra;
Cordeiro de Deus faz parte daque- e estavam armados com retidão e
la grande igreja, que é a mãe de com o a poder de Deus, em gran-
abominações; e ela é a c prostituta de glória.
de toda a Terra. 15 E aconteceu ter eu visto que a
11 E aconteceu que olhei e vi a ira de Deus se havia a derramado
prostituta de toda a Terra, que se sobre aquela grande e abominável
assentava sobre muitas a águas; e igreja, de modo que havia guerras
b
tinha domínio sobre toda a Ter- e rumores de guerras entre todas
ra, entre todas as nações, tribos, as b nações e tribos da Terra.
línguas e povos. 16 E quando começaram as guer-
12 E aconteceu que vi a igreja ras e rumores de a guerras em to-
do Cordeiro de Deus e seu nú- das as nações que pertenciam à
mero era a pequeno, por causa das mãe de abominações, o anjo falou-
iniquidades e abominações da me, dizendo: Eis que a ira de Deus
prostituta que se assentava sobre está sobre a mãe de meretrizes; e
muitas águas; não obstante, vi que eis que vês todas estas coisas —
a igreja do Cordeiro, que eram os 17 E quando chegar o a dia em
santos de Deus, estava também que a b ira de Deus for derramada
sobre b toda a face da Terra; e seu sobre a mãe de meretrizes, que é
7 c 2 Né. 2:26–29; 2 Né. 10:16. D&C 123:7–8.
Al. 12:9–11. 11 a Jer. 51:13; 14 a Jacó 6:2;
8 a GEE Convênio Apoc. 17:15. D&C 38:32–38.
Abraâmico. b D&C 35:11. 15 a D&C 1:13–14.
9 a 1 Né. 15:35; 12 a Mt. 7:14; b Mc. 13:8;
D&C 1:35. 3 Né. 14:14; D&C 87:6.
GEE Diabo. D&C 138:26. 16 a 1 Né. 22:13–14;
10 a 1 Né. 22:23. b D&C 90:11. Mórm. 8:30.
b 1 Né. 13:4–6, 26. 13 a Apoc. 17:1–6; 18:24; 17 a GEE Últimos Dias.
c Apoc. 17:5, 15; 1 Né. 13:5; b 1 Né. 22:15–16.
33 1 NÉFI 14:18–30
a grande e abominável igreja de apóstolo do Cordeiro de Deus que
toda a Terra, cujo fundador é o as a escrevesse.
diabo, então, naquele dia, a c obra 26 E tem havido também outros
do Pai começará, preparando o a quem o Senhor mostrou todas
caminho para o cumprimento dos as coisas e eles escreveram-nas;
d
convênios feitos com seu povo, e elas estão a seladas para serem
que é da casa de Israel. reveladas em sua pureza à casa
18 E aconteceu que o anjo me de Israel, no devido tempo do
falou, dizendo: Olha! Senhor, de acordo com a verdade
19 E olhei e vi um homem que que está no Cordeiro.
estava vestido com um manto 27 E eu, Néfi, ouvi e testifico que
branco. o nome do apóstolo do Cordeiro
20 E disse-me o anjo: Eis a um era a João, segundo a palavra do
dos doze apóstolos do Cordeiro. anjo.
21 Eis que ele verá e escreverá o 28 E eis que eu, Néfi, fui proibido
restante destas coisas; sim, e tam- de escrever o restante das coisas
bém muitas coisas já passadas. que vi e ouvi; por conseguinte, o
22 E ele escreverá também sobre que escrevi me é suficiente; e eu
o fim do mundo. escrevi apenas uma pequena parte
23 Portanto, as coisas que ele es- das coisas que vi.
crever são justas e verdadeiras; e 29 E testifico que vi as coisas que
eis que estão escritas no a livro que meu a pai viu; e o anjo do Senhor
viste saindo da boca do judeu; e deu-mas a conhecer.
quando saíram da boca do judeu, 30 E agora termino de falar sobre
ou quando o livro saiu da boca do as coisas que vi enquanto estava
judeu, as coisas nele escritas eram arrebatado no Espírito; e se todas
claras e puras e muito b preciosas e as coisas que vi não estão escritas,
de fácil compreensão para todos as que escrevi são a verdadeiras. E
os homens. assim é. Amém.
24 E eis que as coisas que esse
a
apóstolo do Cordeiro escreverá
CAPÍTULO 15
são muitas coisas que viste; e eis
que verás as restantes. A semente de Leí receberá dos gen-
25 Mas as coisas que vires de tios o evangelho nos últimos dias —
agora em diante, não escreverás; A coligação de Israel é comparada a
pois o Senhor Deus ordenou ao uma oliveira cujos ramos naturais
17 c 3 Né. 21:7, 20–29. 1 Né. 14:27. 26 a 2 Né. 27:6–23;
GEE Restauração do 23 a 1 Né. 13:20–24; Ét. 3:21–27; 4:4–7;
Evangelho. Mórm. 8:33. D&C 35:18;
d Mórm. 8:21, 41. b 1 Né. 13:28–32. JS—H 1:65.
GEE Convênio 24 a Ét. 4:16. 27 a Apoc. 1:1–3.
Abraâmico. 25 a Jo. 20:30–31; 29 a 1 Né. 8.
20 a Apoc. 1:1–3; Apoc. 1:19. 30 a 2 Né. 33:10–14.
1 NÉFI 15:1–13 34
serão enxertados novamente — Néfi meus irmãos, perguntando-lhes
interpreta a visão da árvore da vida e o motivo das discussões.
fala da justiça de Deus em separar os 7 E eles responderam: Eis que
iníquos dos justos. Aproximadamente não podemos compreender as pa-
600–592 a.C. lavras de nosso pai concernentes
aos ramos naturais da oliveira e
E aconteceu que depois de ha- também aos gentios.
ver sido arrebatado no Espírito e 8 E disse-lhes eu: Haveis a per-
visto todas essas coisas, eu, Néfi, guntado ao Senhor?
voltei à tenda de meu pai. 9 E eles responderam: Não per-
2 E aconteceu que vi meus ir- guntamos, porque o Senhor não
mãos e eles discutiam entre si nos dá a conhecer essas coisas.
quanto às coisas que meu pai lhes 10 Eis que eu lhes disse: Por que
dissera. não guardais os mandamentos do
3 Pois ele verdadeiramente lhes Senhor? Quereis perecer por cau-
dissera muitas coisas grandiosas sa da a dureza de vosso coração?
que eram de difícil a compreensão, 11 Não vos lembrais das coisas
a menos que se perguntasse ao que o Senhor disse? — Se não en-
Senhor; e como eram duros de co- durecerdes vosso coração e me
ração, não procuravam o Senhor a
pedirdes com fé, acreditando que
como deviam. recebereis, guardando diligente-
4 E então eu, Néfi, fiquei pesaro- mente os meus mandamentos,
so com a dureza de seu coração e certamente estas coisas vos serão
também por causa das coisas que dadas a conhecer.
tinha visto e sabia que haviam de 12 Eis que vos digo que a casa
acontecer inevitavelmente, por de Israel foi comparada a uma
causa da grande iniquidade dos oliveira pelo Espírito do Senhor
filhos dos homens. que estava em nosso pai; e eis que
5 E aconteceu que fiquei abati- não fomos nós desmembrados da
do por causa de minhas a aflições, casa de Israel e não somos nós um
pois considerava-as maiores que a
ramo da casa de Israel?
quaisquer outras, por causa da 13 E agora, o que nosso pai quer
b
destruição de meu povo; pois eu dizer sobre o enxerto dos ramos
vira a sua queda. naturais por meio da plenitude
6 E aconteceu que depois de ha- dos gentios é que, nos últimos
ver recuperado as a forças, falei a dias, quando nossos descendentes
15 3 a 1 Cor. 2:10–12; 8 a Mos. 26:13; D&C 18:18.
Al. 12:9–11. Al. 40:3. GEE Pedir.
5 a GEE Adversidade. GEE Oração. 12 a Gên. 49:22–26;
b En. 1:13; 10 a GEE Apostasia. 1 Né. 10:12–14; 19:24.
Mórm. 6:1. 11 a Tg. 1:5–6; GEE Leí, Pai de Néfi.
6 a Mois. 1:10; En. 1:15;
JS—H 1:20, 48. Morô. 7:26;
35 1 NÉFI 15:14–20
tiverem degenerado, caindo na
a
de Israel; serão enxertados, sendo
a
tuta de toda a Terra, entornar-se-á justos pelo seu poder, mesmo que
b
ces a grandeza de Deus; e ele con- sias; porque ele é cheio de c graça
sagrará tuas aflições para teu be- e verdade.
nefício. 7 Eis que ele se oferece em a sacri-
3 Tua alma será, portanto, aben- fício pelo pecado, cumprindo, as-
çoada e viverás em segurança com sim, todos os requisitos da lei para
teu irmão Néfi; e teus dias serão todos os quebrantados de cora-
empregados no serviço de teu ção e contritos de espírito; e para
Deus. Sei, portanto, que foste re- ninguém mais podem todos os
dimido por causa da retidão do b
requisitos da lei ser cumpridos.
teu Redentor, pois viste que ele 8 Portanto, quão importante é
virá na plenitude dos tempos para tornar estas coisas conhecidas dos
trazer salvação aos homens. habitantes da Terra, para que sai-
4 E a contemplaste a sua glória bam que nenhuma carne pode
em tua mocidade; és, portanto, tão habitar na presença de Deus a a
abençoado quanto o serão aqueles menos que seja por meio dos mé-
justos entre quem ele ministrará ritos e misericórdia e graça do
na carne; porque o Espírito é o Santo Messias, que dá a sua vida,
mesmo ontem, hoje e para sem- segundo a carne, e toma-a nova-
pre. E o caminho está preparado mente pelo poder do Espírito,
desde a queda do homem; e a sal- para poder efetuar a b ressurreição
vação é b gratuita. dos mortos, sendo ele o primeiro
5 E os homens são ensinados a ressuscitar.
suficientemente para a distingui- 9 Ele é, portanto, as primícias
rem o bem do mal. E a lei é dada para Deus, visto que a intercederá
aos homens. E pela lei nenhuma por todos os filhos dos homens; e
carne é b justificada; ou seja, pela os que nele crerem serão salvos.
lei os homens são c rejeitados. Sim, 10 E por causa da a intercessão
pela lei natural foram rejeitados feita por todos, todos os homens
e também pela lei espiritual são vão a Deus; portanto, se acharão
privados daquilo que é bom; e tor- em sua presença para serem b jul-
nam-se miseráveis para sempre. gados por ele, de acordo com a
6 Portanto, a a redenção nos vem verdade e c santidade que estão
4 a 2 Né. 11:3; 42:6–11; 8 a 2 Né. 25:20; 31:21;
Jacó 7:5. Hel. 14:15–18. Mos. 4:8; 5:8;
b GEE Graça. 6 a 1 Né. 10:6; Al. 38:9.
5 a Morô. 7:16. 2 Né. 25:20; b 1 Cor. 15:20;
b Rom. 3:20; Al. 12:22–25. Al. 7:12; 12:24–25;
2 Né. 25:23; GEE Plano de 42:23.
Al. 42:12–16. Redenção. GEE Ressurreição.
GEE Justificação, b GEE Messias. 9 a Isa. 53;
Justificar. c Jo. 1:14, 17; Mos. 14:12; 15:8–9.
c 1 Né. 10:6; Mois. 1:6. 10 a GEE Redentor.
2 Né. 9:6–38; 7 a GEE Expiação, Expiar. b GEE Juízo Final.
Al. 11:40–45; 12:16, 24; b Rom. 10:4. c GEE Santidade.
65 2 NÉFI 2:11–17
nele. Por conseguinte, todos os haverá castigo nem miséria. E se
requisitos da lei dada pelo Santo estas coisas não existem, não exis-
para a aplicação do castigo es- te Deus. E se b não existe Deus,
tipulado na lei, castigo esse que nós também não existimos nem a
está em oposição à lei estipulada Terra; pois não poderia ter havido
para a felicidade, para cumprir os criação nem para agir nem para
propósitos da d expiação — receber a ação; portanto, todas
11 Porque é necessário que haja as coisas inevitavelmente teriam
uma a oposição em todas as coisas. desaparecido.
Se assim não fosse, meu primogê- 14 E agora, meus filhos, digo-vos
nito no deserto, não haveria reti- estas coisas para vosso proveito
dão nem iniquidade, nem santi- e instrução; pois existe um Deus
dade nem miséria, nem bem nem e ele a criou todas as coisas, tanto
mal. Portanto, é preciso que to- os céus como a Terra e tudo o que
das as coisas sejam compostas em neles há, tanto as coisas que agem
uma; pois se fossem um só corpo, como as que b recebem a ação.
deveriam permanecer como mor- 15 E para conseguir seus eter-
tas, não tendo vida nem morte, nos a propósitos com relação ao
nem corrupção nem incorrupção, homem, depois de haver criado
nem felicidade nem miséria, nem nossos primeiros pais e os animais
sensibilidade nem insensibilidade. do campo e as aves do ar, enfim,
12 Portanto, teriam sido criadas todas as coisas criadas, era neces-
em vão; portanto, não haveria sária uma oposição; até mesmo
a
propósito na sua criação. Portan- o b fruto c proibido em oposição à
to, isso destruiria a sabedoria de d
árvore da vida, sendo um doce e
Deus e seus eternos propósitos, outro amargo.
assim como o poder e a miseri- 16 O Senhor Deus concedeu,
córdia e a b justiça de Deus. portanto, que o homem a agisse
13 E se disserdes que a não há lei, por si mesmo; e o homem não
direis também que não há peca- poderia agir por si mesmo a me-
do. E se disserdes que não há pe- nos que fosse b atraído por um ou
cado, direis também que não há por outro.
retidão. E não havendo retidão, 17 E eu, Leí, devo supor, pelo
não há felicidade. E não haven- que tenho lido, que um a anjo de
do retidão nem felicidade, não Deus, de acordo com o que está
10 d 2 Né. 9:7, 21–22, 26; b Al. 42:13. Mois. 3:17.
Al. 22:14; 33:22; 34:9. 14 a GEE Criação, Criar. d Gên. 2:9;
11 a D&C 29:39; 122:5–9. b D&C 93:30. 1 Né. 15:22, 36;
GEE Adversidade. 15 a Isa. 45:18; Al. 32:40.
12 a D&C 88:25–26. Al. 42:26; 16 a 2 Né. 10:23;
GEE Terra — Criada Mois. 1:31, 39. Al. 12:31.
para o homem. b Gên. 3:6; GEE Arbítrio.
b GEE Justiça. Al. 12:21–23. b D&C 29:39–40.
13 a 2 Né. 9:25. c Gên. 2:16–17; 17 a GEE Diabo.
2 NÉFI 2:18–26 66
escrito, caiu do céu; tornou-se,
b
a todos que estavam perdidos
d
terminado seus dias em retidão. velar estas coisas aos filhos dos
10 E depois que estas coisas ti- homens.
verem acontecido, uma rápida 15 Depois que os meus descen-
a
destruição advirá a meu povo; dentes e os descendentes de meus
pois apesar dos sofrimentos de irmãos houverem degenerado,
minha alma, eu a vi; sei, portanto, caindo na incredulidade, e sido
que acontecerá; e eles vendem-se afligidos pelos gentios, sim, de-
por nada; pois como recompensa pois que o Senhor Deus os hou-
de seu orgulho e de sua insen- ver cercado com o seu arraial, e
satez, hão de colher destruição; sitiado com baluartes, e levantado
pois já que cedem ao diabo e es- fortalezas contra eles; e depois de
colhem obras de trevas em lugar haverem sido lançados no pó até
de luz, devem, portanto, ir para deixarem de existir, as palavras
o b inferno. dos justos ainda serão escritas e as
11 Pois o Espírito do Senhor não orações dos fiéis, ouvidas; e todos
a
contenderá para sempre com o os que caíram na incredulidade
homem. E quando o Espírito ces- não serão esquecidos.
sa de contender com o homem, 16 Pois os que forem destruídos
advém rápida destruição; e isto a
falar-lhes-ão da terra e sua fala
me aflige a alma. será fraca desde o pó e a sua voz
12 E como falei a respeito de os será como a de um que tem um
a
judeus serem b convencidos de espírito familiar; pois o Senhor
que Jesus é o c verdadeiro Cristo, é Deus dar-lhe-á poder para sus-
necessário que os gentios também surrar a respeito deles, como se
sejam convencidos de que Jesus é fosse da terra; e sua fala sussur-
o Cristo, o Eterno Deus; rará desde o pó.
13 E de que se manifesta a todos 17 Pois assim diz o Senhor Deus:
os que nele creem, pelo poder do a
Escreverão as coisas que serão
a
Espírito Santo; sim, a toda na- feitas no meio deles e serão escri-
ção, tribo, língua e povo, fazendo tas e seladas num livro; e os que
grandes milagres, sinais e mara- tiverem degenerado, caindo na
vilhas no meio dos filhos dos ho- incredulidade, não as terão, por-
mens, de acordo com sua fé. que b procuram destruir as coisas
14 Mas eis que eu vos profetizo de Deus.
a respeito dos a últimos dias; sobre 18 Portanto, como os que foram
9 e Al. 45:10–12; Mórm. 5:14. Evangelho.
Hel. 13:9–10. GEE Judeus. 16 a Isa. 29:4;
10 a Al. 45:9–14; b 2 Né. 25:18. Morô. 10:27;
Mórm. 8:1–9. c Mórm. 3:21. Mois. 7:62.
b GEE Inferno. 13 a GEE Espírito Santo. GEE Livro de Mórmon.
11 a Ét. 2:15. 14 a GEE Últimos Dias. 17 a 2 Né. 29:12.
12 a 2 Né. 30:7; b GEE Restauração do b En. 1:14.
117 2 NÉFI 26:19–29
destruídos, foram destruídos ra- irmãos, eu vos digo que o Senhor
pidamente; e a multidão de seus Deus não trabalha em trevas.
terríveis será como o a restolho que 24 Ele nada faz que não seja em
desaparece — assim, pois, diz o benefício do mundo; porque a ama
Senhor Deus: Será num instante, o mundo a ponto de entregar sua
repentinamente. própria vida para atrair a si b todos
19 E acontecerá que os que de- os homens. Portanto, a ninguém
generarem, caindo na increduli- ordena que não participe de sua
dade, serão a afligidos pela mão salvação.
dos gentios. 25 Eis que clama ele a alguém,
20 E os gentios ensoberbecem-se dizendo: Afasta-te de mim? Eis
no a orgulho de seus olhos e b tro- que vos digo: Não; mas ele diz:
peçam por causa da sua grande a
Vinde a mim todos vós, extremos
c
pedra de tropeço, de modo que da Terra, b comprai leite e mel sem
constroem muitas d igrejas; não dinheiro e sem preço.
obstante, menosprezam o poder 26 Eis que mandou ele que al-
e os milagres de Deus e pregam guém saísse das sinagogas, ou
a si mesmos sua própria sabedo- melhor, das casas de adoração?
ria e seu próprio e conhecimento, Eis que vos digo: Não.
a fim de obter lucro e f oprimir os 27 Ordenou ele a alguém que
pobres. não participasse de sua a salva-
21 E há muitas igrejas edificadas ção? Eis que vos digo: Não; mas
que provocam a inveja e contendas b
deu-a gratuitamente a todos os
e malevolência. homens e ordenou a seu povo que
22 E há também a combinações persuadisse todos os homens a se
secretas, como nos tempos pas- c
arrependerem.
sados, segundo as combinações 28 Eis que ordenou o Senhor a
do diabo, pois ele é o fundador alguém que não participasse de
de todas estas coisas; sim, o fun- sua bondade? Eis que vos digo:
dador do homicídio e das obras Não; mas a todo homem tem tanto
de trevas; sim, e guia-os pelo pes- privilégio quanto qualquer outro
coço com um cordel de linho, até e nenhum é excluído.
amarrá-los para sempre com suas 29 Ele ordena que não haja a arti-
cordas fortes. manhas sacerdotais; pois eis que
23 Pois eis que, meus amados artimanha sacerdotal é o homem
18 a Mórm. 5:16–18. Mórm. 9:7–8. b Isa. 55:1–2.
19 a 3 Né. 16:8–9; 20:27–28. f Isa. 3:15; 2 Né. 13:15. 27 a GEE Salvação.
20 a GEE Orgulho. 21 a GEE Inveja. b Ef. 2:8; 2 Né. 25:23.
b 1 Né. 13:29, 34. 22 a GEE Combinações c GEE Arrepender-se,
GEE Apostasia. Secretas. Arrependimento.
c Eze. 14:4. 24 a Jo. 3:16. 28 a Rom. 2:11;
d 1 Né. 14:10; 22:23; b 3 Né. 27:14–15. 1 Né. 17:33–35.
Mórm. 8:28. 25 a Al. 5:33–35; 29 a GEE Artimanhas
e 2 Né. 9:28; 3 Né. 9:13–14. Sacerdotais.
2 NÉFI 26:30–27:3 118
pregar e estabelecer-se como uma quem quer que o procure, negro
luz para o mundo, a fim de obter e branco, escravo e livre, homem e
lucros e b louvor do mundo; não mulher; e lembra-se dos b pagãos;
procura, porém, o bem-estar de e c todos são iguais perante Deus,
Sião. tanto judeus como gentios.
30 Eis que o Senhor proibiu isto;
portanto, deu o Senhor Deus um CAPÍTULO 27
mandamento de que todos os
Trevas e apostasia cobrirão a Terra
homens tenham a caridade; e a
nos últimos dias — O Livro de Mór-
caridade é b amor. E se não têm
mon será revelado — Três testemu-
caridade, nada são. Portanto, se
nhas testificarão do livro — O ho-
tivessem caridade, não permiti-
mem instruído dirá que não pode ler
riam que o trabalhador de Sião
o livro selado — O Senhor fará uma
perecesse.
obra maravilhosa e um assombro —
31 Mas o trabalhador de a Sião
Comparar com Isaías 29. Aproxima-
trabalhará por Sião; porque, se
damente 559–545 a.C.
trabalhar por b dinheiro, perecerá.
32 E novamente o Senhor Deus Eis, porém, que nos a últimos dias,
a
ordenou que os homens não co- ou seja, nos dias dos gentios —
metam assassínio; que não min- sim, eis que todas as nações dos
tam; que não roubem; que não to- gentios e também dos judeus, tan-
mem o nome do Senhor seu Deus to os que vierem a esta terra como
em b vão; que não sintam inveja; os que estiverem em outras terras,
que não tenham malícia; que não sim, em todas as terras do mun-
disputem uns com os outros; que do, eis que estarão embriagados
não cometam libertinagem; e que de iniquidade e de toda espécie
não façam qualquer destas coisas, de abominações —
porque quem as fizer perecerá. 2 E quando esse dia chegar, serão
33 Pois nenhuma destas iniqui- visitados pelo Senhor dos Exérci-
dades vem do Senhor, porque ele tos com trovões e com terremo-
faz o que é bom para os filhos tos e com um grande estrondo
dos homens; e não faz coisa al- e com borrascas e com tempes-
guma que não seja clara para os tades e com a a chama de fogo
filhos dos homens; e convida to- devorador.
dos a virem a ele e a participarem 3 E todas as a nações que b lutarem
de sua bondade; e não a repudia contra Sião e que a mortificarem
29 b D&C 121:34–37. 32 a GEE Mandamentos de 27 1 a GEE Últimos Dias.
30 a Morô. 7:47–48. Deus. 2 a Isa. 24:6; 66:15–16;
GEE Caridade. b GEE Profanidade. Jacó 6:3;
b GEE Amor. 33 a At. 10:9–35, 44–45. 3 Né. 25:1.
31 a GEE Sião. b Al. 26:37. 3 a Isa. 29:7–8.
b Jacó 2:17–19; c Rom. 2:11; b 1 Né. 22:14.
D&C 11:7; 38:39. 1 Né. 17:35.
119 2 NÉFI 27:4–13
serão como o sonho de uma vi- abominações do povo. Portanto, o
são noturna; sim, acontecer-lhes-á livro não lhes será revelado.
como ao esfomeado que sonha e 9 O livro, porém, será entregue
eis que come, mas acorda e sua a um a homem, e ele entregará as
alma está vazia; ou como ao se- palavras do livro, que são as pa-
dento que sonha e eis que bebe, lavras dos que adormeceram no
mas acorda e eis que está fraco e pó; e ele entregá-las-á a um b outro;
sua alma tem apetite; sim, será 10 Mas não entregará as palavras
assim com a multidão de todas que estão seladas, nem entregará
as nações que lutarem contra o o livro. Porque o livro será selado
Monte Sião. pelo poder de Deus, e a revelação
4 Pois eis que todos vós, que pra- que foi selada será guardada no li-
ticais iniquidades, detende-vos e vro até o devido tempo do Senhor,
assombrai-vos, porque gritareis quando virão à luz; pois eis que
e clamareis; sim, estareis ébrios, revelam todas as coisas, desde a
mas não de vinho, e cambaleareis, fundação do mundo até o seu fim.
mas não com bebida forte. 11 E dia virá em que as palavras
5 Pois eis que o Senhor derra- do livro, que estavam seladas, se-
mou sobre vós um espírito de pro- rão lidas nos telhados das casas; e
fundo sono. Porque eis que haveis serão lidas pelo poder de Cristo;
fechado os vossos olhos, e haveis e serão a reveladas aos filhos dos
rejeitado os profetas; e ele vendou homens todas as coisas que ocor-
os vossos chefes e os videntes, por reram aos filhos dos homens e
causa da vossa iniquidade. que ocorrerão até o fim da Terra.
6 E acontecerá que o Senhor 12 Portanto, no dia em que o
Deus a vos revelará as palavras livro for entregue ao homem de
de um b livro e serão as palavras quem falei, o livro será escondi-
dos que adormeceram. do dos olhos do mundo para que
7 E eis que o livro estará a selado; ninguém o veja, exceto a três b tes-
e no livro haverá uma b revelação temunhas, além daquele a quem
de Deus, desde o princípio até o o livro será entregue; e vê-lo-ão
c
fim do mundo. pelo poder de Deus; e eles testifi-
8 Portanto, por causa das coisas carão a veracidade do livro e das
que estão a seladas, as coisas que coisas que ele contém.
estão seladas b não serão entre- 13 E ninguém mais o verá, se-
gues no dia da iniquidade e das não uns poucos, de acordo com
6 a Jar. 1:2; c Ét. 13:1–12. Mórm. 5:8;
Mórm. 5:12–13. 8 a Ét. 5:1. D&C 121:26–31.
b 2 Né. 26:16–17; 29:12. b 3 Né. 26:9–12; 12 a 2 Né. 11:3;
GEE Livro de Mórmon. Ét. 4:5–6. Ét. 5:2–4;
7 a Isa. 29:11–12; 9 a D&C 17:5–6. D&C 5:11, 15; 17:1.
Ét. 3:25–27; 4:4–7. b JS—H 1:64–65. b Deut. 19:15.
b Mos. 8:19. 11 a Lc. 12:3;
2 NÉFI 27:14–26 120
a vontade de Deus, para dar tes- minha própria obra; lerás, portan-
temunho de suas palavras aos to, as palavras que te darei.
filhos dos homens, pois o Senhor 21 Não a toques nas coisas que
Deus disse que as palavras dos estão seladas, pois manifestá-las-
fiéis falariam como se viessem ei no meu devido tempo; pois
a
dos mortos. mostrarei aos filhos dos homens
14 Portanto, o Senhor Deus re- que posso executar a minha pró-
velará as palavras do livro e, pela pria obra.
boca de tantas testemunhas quan- 22 Portanto, quando tiveres lido
tas achar necessário, estabelecerá as palavras que te ordenei e ob-
a sua palavra; e ai do que a rejeitar tido as a testemunhas que te pro-
a palavra de Deus! meti, selarás novamente o livro e
15 Mas eis que acontecerá que o escondê-lo-ás para mim, a fim de
Senhor Deus dirá àquele a quem que eu preserve as palavras que
entregar o livro: Toma estas pa- não leste, até que, em minha pró-
lavras que não estão seladas e pria sabedoria, julgue oportuno
entrega-as a um outro, para que revelar todas as coisas aos filhos
ele as possa mostrar ao instruído, dos homens.
dizendo: a Lê isto, suplico-te. E o 23 Porque eis que eu sou Deus;
instruído dirá: Traze-me o livro e sou um Deus de a milagres; e
para que eu o leia. mostrarei ao mundo que sou o
16 E dirão isto por causa da gló- b
mesmo ontem, hoje e para sem-
ria do mundo e para obter a lucro, pre; e não trabalho com os filhos
e não para a glória de Deus. dos homens a não ser de c acordo
17 E o homem dirá: Não posso com sua fé.
trazer o livro, porque está selado. 24 E acontecerá outra vez que
18 O instruído então dirá: Não o Senhor dirá àquele que há de
o posso ler. ler as palavras que lhe serão en-
19 Acontecerá, portanto, que o tregues:
Senhor Deus tornará a entregar o 25 a Pois que este povo se apro-
livro e as suas palavras ao que não xima de mim com a boca e com
é instruído; e o homem que não é os lábios me b honra, mas afastou
instruído dirá: Não sou instruído. de mim o coração, e o seu temor a
20 Então lhe dirá o Senhor Deus: mim é ensinado segundo os c pre-
Os instruídos não as lerão, porque ceitos dos homens —
as rejeitaram, e eu posso fazer a 26 Portanto, farei uma a obra
13 a 2 Né. 3:19–20; 33:13–15; Sacerdotais. 25 a Isa. 29:13.
Morô. 10:27. 21 a Ét. 5:1. b Mt. 15:8.
14 a 2 Né. 28:29–30; 22 a GEE Testemunhas do c 2 Né. 28:31.
Ét. 4:8. Livro de Mórmon. 26 a 1 Né. 22:8;
15 a Isa. 29:11–12; 23 a GEE Milagre. 2 Né. 29:1–2.
JS—H 1:65. b Heb. 13:8. GEE Restauração do
16 a GEE Artimanhas c Heb. 11; Ét. 12:7–22. Evangelho.
121 2 NÉFI 27:27–28:1
maravilhosa no meio deste povo, Senhor vive, eles verão que o a te-
sim, uma b obra maravilhosa e um mível será reduzido a nada e o es-
assombro, pois a sabedoria dos carnecedor, consumido; e todos os
seus sábios e instruídos perecerá, que procuram a iniquidade serão
e o entendimento dos seus pru- desarraigados;
dentes será escondido. 32 E os que tornam um homem
27 E a ai dos que procuram es- a
ofensor por causa de uma pala-
conder profundamente do Se- vra; e preparam uma armadilha
nhor os seus desígnios! E as suas ao que repreende à b porta e c põem
obras são feitas às escuras; e di- de lado o justo, sem motivo.
zem: Quem nos vê, e quem nos 33 Portanto, assim diz o Senhor
conhece? E também dizem: Cer- que redimiu Abraão, a respeito da
tamente a inversão que fazeis das casa de Jacó: Jacó não será enver-
coisas será considerada como a gonhado agora, nem o seu rosto
argila do b oleiro. Mas eis que eu empalidecerá.
lhes mostrarei, diz o Senhor dos 34 Mas quando ele a vir seus fi-
Exércitos, que conheço todas as lhos, obra das minhas mãos, no
suas obras. Pois a obra dirá do meio dele, eles santificarão o meu
artífice: Não foi ele que me fez? nome, e santificarão o Santo de
Ou seja, a coisa moldada dirá da- Jacó, e temerão o Deus de Israel.
quele que a moldou: Não tinha ele 35 Também os que a erraram em
entendimento? espírito virão a compreender; e
28 Mas eis que diz o Senhor dos os que murmuraram b aprenderão
Exércitos: Eu mostrarei aos filhos doutrina.
dos homens que dentro em breve
o Líbano se converterá em um CAPÍTULO 28
campo fértil; e o campo fértil será
Muitas falsas igrejas serão estabele-
apreciado como uma floresta.
cidas nos últimos dias — Ensinarão
29 a E naquele dia o surdo ouvirá
doutrinas falsas, vãs e tolas — Have-
as palavras do livro; e de dentro
rá grande apostasia por causa de fal-
da escuridão e das trevas verão
sos mestres — O diabo enfurecer-se-á
os olhos dos cegos.
no coração dos homens — Ensinará
30 E os a mansos também flores-
todo tipo de doutrinas falsas. Apro-
cerão, e o seu b regozijo estará no
ximadamente 559–545 a.C.
Senhor; e os pobres regozijar-se-
ão no Santo de Israel. E agora eis que, meus irmãos, eu
31 Porque tão certo como o vos falei conforme o Espírito me
26 b Isa. 29:14; Mansuetude. 34 a Isa. 29:23–24.
2 Né. 25:17. b D&C 101:36. 35 a 2 Né. 28:14;
27 a Isa. 29:15. 31 a Isa. 29:20. D&C 33:4.
b Jer. 18:6. 32 a Lc. 11:54. b Dan. 12:4.
29 a Isa. 29:18. b Amós 5:10.
30 a GEE Mansidão, Manso, c 2 Né. 28:16.
2 NÉFI 28:2–12 122
compeliu; sei, portanto, que isso um Deus de milagres; ele termi-
a
LIVRO DE JACÓ
IRMÃO DE NÉFI
e toda espécie de a minerais precio- sos irmãos sejam ricos como vós.
sos que se encontram em abun- 18 Mas antes de buscardes a ri-
dância nesta terra, que é uma b ter- quezas, buscai o b reino de Deus.
ra de promissão para vós e para 19 E depois de haverdes obtido
vossos descendentes. uma esperança em Cristo, conse-
13 E a mão da providência favo- guireis riquezas, se as procurar-
receu-vos mui agradavelmente, des; e procurá-las-eis com o fito
de modo que obtivestes muitas de a praticar o bem — de vestir
riquezas; e porque alguns de vós os nus e alimentar os famintos e
obtivestes mais abundantemente libertar os cativos e confortar os
do que vossos irmãos, enchestes doentes e aflitos.
o coração de a orgulho e andais 20 E agora, meus irmãos, falei-
com dura cerviz e cabeça levan- vos sobre o orgulho; e aqueles de
tada devido aos vossos custosos vós que afligistes o próximo e o
trajes; e perseguis vossos irmãos, perseguistes devido ao orgulho
porque supondes que sois melho- de vosso coração, por causa das
res do que eles. coisas que Deus vos deu, que di-
14 E agora, meus irmãos, supon- zeis disto?
des que Deus vos justifica nisto? 21 Não supondes que tais coisas
Eis que vos digo: Não. Ele, porém, são abomináveis àquele que criou
condena-vos; e se persistirdes nes- toda a carne? E para ele uma cria-
tas coisas, seus julgamentos cairão tura é tão preciosa como a outra. E
rapidamente sobre vós. toda a carne vem do pó; e a todos
15 Oh! Se ele vos mostrasse que criou para o mesmo fim, para que
vos pode traspassar e que, com guardassem seus a mandamentos
um relance de seu olhar, pode e glorificassem-no para sempre.
lançar-vos ao pó! 22 E agora cesso de falar-vos so-
16 Oh! Se ele vos livrasse desta bre esse orgulho. E se não tivesse
iniquidade e abominação! E oh! que vos falar sobre um crime ain-
Se escutásseis a palavra de seus da maior, meu coração regozijar-
mandamentos e não permitísseis se-ia imensamente por vós.
que o a orgulho de vosso coração 23 Mas a palavra de Deus me
vos destruísse a alma! oprime por causa de vossos cri-
17 Pensai em vossos irmãos mes maiores. Pois eis que assim
como em vós mesmos; e sede diz o Senhor: Este povo come-
amáveis para com todos e liberais ça a tornar-se iníquo; eles não
12 a 1 Né. 18:25; 16 a GEE Orgulho. 2 Né. 26:31; D&C 6:7.
Hel. 6:9–11; Ét. 10:23. 17 a GEE Bem-Estar; GEE Riquezas.
b 1 Né. 2:20. Esmolas. b Lc. 12:22–31.
GEE Terra da b 4 Né. 1:3. 19 a Mos. 4:26.
Promissão. 18 a 1 Re. 3:11–13; 21 a D&C 11:20;
13 a Mórm. 8:35–39. Mc. 10:17–27; Abr. 3:25–26.
JACÓ 2:24–35 138
entendem as escrituras, pois pro- circunstâncias meu povo dará ou-
curam desculpar-se por cometer vidos a estas coisas.
libertinagens, por causa das coisas 31 Porque eis que eu, o Senhor,
que foram escritas com referência vi a dor e ouvi o lamento das fi-
a Davi e seu filho Salomão. lhas de meu povo na terra de Je-
24 Eis que Davi e a Salomão real- rusalém; sim, e em todas as terras
mente tiveram muitas b esposas e de meu povo, por causa das ini-
concubinas, o que foi abominável quidades e abominações de seus
diante de mim, diz o Senhor. maridos.
25 Portanto, assim diz o Senhor: 32 E não permitirei, diz o Senhor
Tirei este povo da terra de Jeru- dos Exércitos, que o lamento das
salém pelo poder de meu braço, belas filhas deste povo que tirei
a fim de suscitar para mim um da terra de Jerusalém suba a mim
a
ramo justo do fruto dos lombos contra os homens de meu povo,
de José. diz o Senhor dos Exércitos.
26 Portanto, eu, o Senhor Deus, 33 Porque não levarão em cati-
não permitirei que este povo pro- veiro as filhas de meu povo, por
ceda como os antigos. causa de sua ternura, sem que eu
27 Portanto, meus irmãos, ouvi- os visite com uma terrível maldi-
me e atentai para a palavra do Se- ção, até mesmo destruição; por-
nhor: Pois nenhum homem dentre que eles não cometerão a liber-
vós terá mais que a uma esposa; e tinagens como os antigos, diz o
não terá concubina alguma. Senhor dos Exércitos.
28 Porque eu, o Senhor Deus, 34 E agora eis que, meus irmãos,
deleito-me na a castidade das mu- sabeis que estes mandamentos fo-
lheres. E as libertinagens são para ram dados a nosso pai, Leí; por-
mim abominação; assim diz o Se- tanto, já os conhecíeis; e caístes
nhor dos Exércitos. em grande condenação, porque
29 Portanto, este povo guarda- haveis feito estas coisas que não
rá os meus mandamentos, diz o devíeis ter feito.
Senhor dos Exércitos, ou a terra 35 Eis que haveis praticado
será a amaldiçoada por sua causa. a
maiores iniquidades que os la-
30 Porque se eu quiser susci- manitas, nossos irmãos. Haveis
tar a posteridade para mim, diz quebrantado o coração de vossas
o Senhor dos Exércitos, ordena- ternas esposas e perdido a con-
rei isso a meu povo; em outras fiança de vossos filhos, por causa
24 a 1 Re. 11:1; 2 Né. 3:5; 30 a Mal. 2:15;
Ne. 13:25–27. Al. 26:36. D&C 132:61–66.
b 1 Re. 11:1–3; GEE Leí, Pai de Néfi. 33 a GEE Imoralidade
Esd. 9:1–2; 27 a D&C 42:22; 49:16. Sexual;
D&C 132:38–39. GEE Casamento, Casar. Sensual, Sensualidade.
25 a Gên. 49:22–26; 28 a GEE Castidade. 35 a Jacó 3:5–7.
Amós 5:15; 29 a Ét. 2:8–12.
139 JACÓ 3:1–8
de vossos maus exemplos diante maldição, afligir-vos-ão até vos
deles; e os soluços do coração de- destruir.
les sobem a Deus contra vós. E por 4 E vem rapidamente o tempo
causa da severidade da palavra em que, a menos que vos arre-
de Deus, que desce contra vós, pendais, eles ocuparão a terra de
muitos corações pereceram, tras- vossa herança e o Senhor Deus
passados por profundas feridas. a
retirará os justos dentre vós.
5 Eis que os lamanitas, vossos ir-
CAPÍTULO 3 mãos, a quem odiais por causa de
sua imundície e da maldição que
Os puros de coração recebem a agra-
lhes caiu sobre a pele, são mais
dável palavra de Deus — A retidão
justos que vós; porque eles não
dos lamanitas excede a dos nefitas —
se a esqueceram do mandamento
Jacó adverte contra fornicação, lascí-
do Senhor, dado a nosso pai — de
via e todo pecado. Aproximadamente
que não deveriam ter mais que
544–421 a.C.
uma esposa nem concubina algu-
Mas eis que eu, Jacó, desejo falar ma; e que não deveriam cometer
a vós, que sois puros de coração. libertinagem.
Confiai em Deus com a mente 6 E agora eles se esforçam por
firme e orai a ele com grande fé; guardar este mandamento; por-
e ele consolar-vos-á nas aflições e tanto, por causa desse esforço em
defenderá vossa causa e enviará guardar este mandamento, o Se-
justiça sobre os que procuram a nhor Deus não os destruirá, mas
vossa destruição. será a misericordioso para com
2 Ó todos vós, que sois puros de eles; e um dia tornar-se-ão um
coração, levantai a cabeça e rece- povo abençoado.
bei a agradável palavra de Deus 7 Eis que os maridos a amam as
e banqueteai-vos com seu amor; esposas e as esposas amam os ma-
porque podereis fazê-lo para sem- ridos; e os maridos e as esposas
pre, se vossa mente for a firme. amam seus filhos; e sua incredu-
3 Mas ai, ai de vós, que não sois lidade e seu ódio para convosco
puros de coração, que estais hoje são consequência da iniquidade
a
imundos diante de Deus; porque, de seus pais; portanto, em que
a não ser que vos arrependais, a sois vós melhores do que eles aos
terra será amaldiçoada por vossa olhos de vosso grande Criador?
causa; e os lamanitas, que não são 8 Ó meus irmãos, temo que, a
imundos como vós, não obstante menos que vos arrependais de
b
amaldiçoados com uma dolorosa vossos pecados, a pele deles será
3 2 a Al. 57:26–27. 4 a Ômni 1:5–7, 12–13. 7 a GEE Amor;
3 a GEE Imundície, 5 a Jacó 2:35. Família.
Imundo. 6 a 2 Né. 4:3, 6–7;
b 1 Né. 12:23. Hel. 15:10–13.
JACÓ 3:9–4:3 140
mais branca do que a vossa, quan- escrita nestas placas; mas muitos
a
do fordes levados com eles peran- dos seus feitos estão registrados
te o trono de Deus. nas placas maiores e suas guerras
9 Portanto, eu vos dou um e suas contendas e os reinados de
mandamento, que é a palavra de seus reis.
Deus: que não mais os injurieis 14 Estas placas são chamadas
por sua pele escura nem os inju- placas de Jacó e foram feitas pela
rieis por causa de sua imundície; mão de Néfi. E termino estas pa-
mas deveis recordar vossa própria lavras.
imundície e lembrar-vos de que a
imundície deles lhes adveio por CAPÍTULO 4
causa de seus pais.
Todos os profetas adoravam o Pai
10 Portanto, vos lembrareis de
em nome de Cristo — A oferta que
vossos a filhos, de como lhes afli-
Abraão fez de Isaque foi à semelhança
gistes o coração por causa do
de Deus e Seu Unigênito — Os ho-
exemplo que lhes haveis dado; e
mens devem reconciliar-se com Deus
lembrai-vos também de que po-
por meio da expiação — Os judeus
deis, pela vossa imundície, levar
rejeitarão a pedra de fundamento.
vossos filhos à destruição; e seus
Aproximadamente 544–421 a.C.
pecados serão amontoados sobre
a vossa cabeça no último dia. Ora, então aconteceu que eu,
11 Ó meus irmãos, dai ouvidos Jacó, tendo ensinado muito meu
às minhas palavras; despertai a povo com palavras (e não posso
sensibilidade de vossa alma; sa- escrever senão poucas de minhas
cudi-vos, a fim de a acordardes do palavras, devido à dificuldade de
sono da morte; e livrai-vos das gravá-las em placas) e sabemos
penas do b inferno, para não vos que as coisas que escrevemos em
tornardes c anjos do diabo e serdes placas perdurarão;
jogados no lago de fogo e enxofre, 2 Tudo o que escrevermos, po-
que é a segunda d morte. rém, que não seja em placas, pe-
12 E então eu, Jacó, disse mui- recerá e desaparecerá; mas pode-
tas outras coisas ao povo de Néfi, mos escrever algumas palavras
admoestando-os contra a a forni- em placas, que darão a nossos
cação e a b lascívia e toda espécie filhos e também a nossos ama-
de pecado, mostrando-lhes suas dos irmãos um pequeno grau de
terríveis consequências. conhecimento sobre nós, ou seja,
13 E nem a centésima parte dos sobre seus pais —
feitos deste povo, que agora co- 3 Ora, nisto nos regozijamos; e
meça a ser numeroso, pode ser trabalhamos diligentemente para
10 a GEE Criança(s); c 2 Né. 9:8–9. Iniquidade, Iníquo.
Filho(s). d GEE Morte Espiritual. 13 a 1 Né. 19:1–4;
11 a Al. 5:6–9. 12 a GEE Fornicação. Jacó 1:1–4.
b GEE Inferno. b GEE Concupiscência;
141 JACÓ 4:4–9
gravar estas palavras em placas, uma esperança e nossa fé torna-
na esperança de que nossos ama- se inabalável, de sorte que pode-
dos irmãos e nossos filhos as rece- mos verdadeiramente c ordenar
bam com o coração agradecido e em d nome de Jesus e as próprias
as examinem, para que aprendam árvores ou as montanhas ou as
com alegria, e não com tristeza ondas do mar nos obedecem.
nem com desdém, o que se refere 7 Não obstante, o Senhor Deus
a seus antepassados. mostra-nos as nossas a fraquezas
4 Porque para este fim escreve- a fim de que saibamos que é por
mos estas coisas: para que tenham sua graça e sua grande condes-
conhecimento de que a sabíamos cendência para com os filhos dos
de Cristo e tínhamos esperança homens que temos poder para
em sua glória muitos séculos an- fazer estas coisas.
tes de sua vinda; e não somente 8 Eis que grandes e maravilho-
nós tínhamos esperança em sua sas são as obras do Senhor. Quão
glória, mas também todos os san- a
insondáveis são as profundezas
tos b profetas que viveram antes de seus b mistérios! E é impossível
de nós. ao homem descobrir todos os seus
5 Eis que eles acreditavam em caminhos. E nenhum homem c co-
Cristo e a adoravam o Pai em seu nhece seus d caminhos, a não ser
nome; e também nós adoramos o que lhe sejam revelados; portanto,
Pai em seu nome. E com este pro- irmãos, não desprezeis as revela-
pósito guardamos a b lei de Moi- ções de Deus.
sés, que a ele c guia nossa alma; e 9 Pois eis que foi pelo poder de
isso nos é atribuído como retidão, sua a palavra que o b homem apa-
assim como a Abraão no deserto, receu na face da Terra, Terra essa
a obediência às ordens de Deus de que foi criada pelo poder de sua
oferecer seu filho Isaque, o que é à palavra. Portanto, se pôde Deus
semelhança de Deus e seu d Filho falar e o mundo existir; e falar
Unigênito. e o homem ser criado, por que,
6 Portanto, estudamos os pro- pois, não há de poder comandar
fetas e temos muitas revelações e a c Terra ou a obra de suas mãos
o espírito de a profecia; e com to- na face da Terra, de acordo com
dos estes b testemunhos obtemos a sua vontade e prazer?
4 4 a GEE Jesus Cristo. d Gên. 22:1–14; GEE Mistérios de Deus.
b Lc. 24:25–27; Jacó 7:11; Jo. 3:16–18. c 1 Cor. 2:9–16;
Mos. 13:33–35; GEE Unigênito. Al. 26:21–22.
D&C 20:26. 6 a GEE Profecia, Profetizar. GEE Conhecimento.
5 a Mois. 5:8. b GEE Testemunha. d Isa. 55:8–9.
b 2 Né. 25:24; Jar. 1:11; c GEE Poder. 9 a Mórm. 9:17;
Mos. 13:27, 30; d At. 3:6–16; 3 Né. 8:1. Mois. 1:32.
Al. 25:15–16. 7 a Ét. 12:27. b GEE Criação, Criar;
GEE Lei de Moisés. 8 a Rom. 11:33–36. Homem, Homens.
c Gál. 3:24. b D&C 19:10; 76:114. c Hel. 12:8–17.
JACÓ 4:10–17 142
10 Portanto, irmãos, não tenteis claramente para a salvação de
c
dar a conselhos ao Senhor, mas, nossa alma. Mas eis que não so-
sim, recebei conselhos de sua mos as únicas testemunhas destas
mão. Pois eis que vós mesmos coisas, porque Deus também as
sabeis que ele aconselha com b sa- disse aos profetas da antiguidade.
bedoria e justiça e grande mise- 14 Mas eis que os judeus eram
ricórdia em todas as suas obras. um povo a obstinado e b despreza-
11 Portanto, amados irmãos, ram as palavras claras e mataram
reconciliai-vos com ele pela os profetas e procuraram coisas
a
expiação de Cristo, seu b Filho que não podiam compreender.
Unigênito; e podereis obter a c res- Portanto, devido a sua c cegueira,
surreição, de acordo com o poder cegueira que lhes adveio por olha-
da ressurreição que está em Cris- rem para além do marco, terão
to, e serdes apresentados como as que cair, pois Deus tirou-lhes a
d
primícias de Cristo a Deus, tendo sua clareza e entregou-lhes muitas
fé e havendo obtido esperança de coisas que d não podem entender,
glória nele, antes que se manifeste pois assim o desejaram. E porque
na carne. o desejaram, Deus o fez, para que
12 E agora, amados, não vos ad- tropecem.
mireis de que eu vos diga estas 15 E agora eu, Jacó, sou guiado
coisas; por que não a falar, pois, pelo Espírito a profetizar, pois
da expiação de Cristo e conseguir percebo, pela orientação do Es-
um perfeito conhecimento dele, pírito que está em mim, que, por
assim como um conhecimento da causa dos a tropeços dos judeus,
ressurreição e do mundo futuro? eles b rejeitarão a c pedra sobre a
13 Portanto, meus irmãos, quem qual poderiam edificar e ter fun-
quer que profetize, que o faça ao damento seguro.
alcance do entendimento humano, 16 Mas eis que, de acordo com
pois o a Espírito fala a verdade e as escrituras, essa a pedra virá a
não mente. Portanto, fala de coi- ser o grande e o último e o único
sas como realmente b são e de coi- b
fundamento seguro sobre o qual
sas como realmente serão; assim, os judeus poderão edificar.
estas coisas nos são manifestadas 17 E agora, meus amados, como
10 a 2 Né. 9:28–29; 13 a GEE Espírito Santo; d 2 Né. 25:1–2.
Al. 37:12, 37; Verdade. 15 a Isa. 8:13–15;
D&C 3:4, 13. b D&C 93:24. 1 Cor. 1:23;
b GEE Onisciente; c Al. 13:23. 2 Né. 18:13–15.
Sabedoria. 14 a Mt. 23:37–38; b 1 Né. 10:11.
11 a GEE Expiação, Expiar. 2 Né. 25:2. c GEE Pedra de Esquina;
b Heb. 5:9. b 2 Cor. 11:3; Rocha.
c GEE Ressurreição. 1 Né. 19:7; 16 a Salm. 118:22–23.
d Mos. 15:21–23; 18:9; 2 Né. 33:2. b Isa. 28:16;
Al. 40:16–21. c Isa. 44:18; Hel. 5:12.
12 a 2 Né. 25:26. Rom. 11:25.
143 JACÓ 4:18–5:10
é possível que eles, depois de ha- começava a definhar; e ele disse:
verem rejeitado o fundamento Podá-la-ei e cavarei ao seu redor
seguro, a construam sobre ele para e cuidarei dela, para que talvez
que venha a ser sua pedra de es- brotem novos e tenros ramos e
quina? ela não morra.
18 Eis que, meus amados irmãos, 5 E aconteceu que a podou e ca-
vos desvendarei este mistério, se vou ao seu redor e cuidou dela, de
a minha firmeza no Espírito não acordo com sua palavra.
for abalada de alguma forma e eu 6 E aconteceu que, passados
não tropeçar por causa de minha muitos dias, começaram a brotar
excessiva ansiedade por vós. ramos pequenos, novos e tenros;
mas eis que sua copa começou a
CAPÍTULO 5 morrer.
7 E aconteceu que o dono da vi-
Jacó cita Zenos com referência à ale-
nha viu isto e disse a seu servo:
goria das oliveiras boas e das oliveiras
Sentiria perder esta árvore; por-
bravas — Elas simbolizam Israel e os
tanto, arranca os ramos de uma
gentios — A dispersão e a coligação a
oliveira brava e traze-mos aqui;
de Israel são prefiguradas — Alusões
e arrancaremos os ramos princi-
feitas aos nefitas e lamanitas e a toda
pais, que estão começando a secar,
a casa de Israel — Os gentios serão
e lançá-los-emos no fogo para que
enxertados em Israel — No final, a
sejam queimados.
vinha será queimada. Aproximada-
8 E eis que, diz o Senhor da vi-
mente 544–421 a.C.
nha, tirarei muitos destes ramos
Eis que, meus irmãos, não vos novos e tenros e enxertá-los-ei
lembrais de haverdes lido as pa- onde me agradar; e mesmo que a
lavras do profeta a Zenos à casa de raiz desta árvore morra, poderei
Israel, quando disse: conservar o seu fruto para mim;
2 Ouve, ó casa de Israel, e escuta portanto, tomarei estes ramos no-
as minhas palavras, palavras de vos e tenros e enxertá-los-ei onde
um profeta do Senhor. me agradar.
3 Pois eis que assim diz o Se- 9 Tira os ramos da oliveira brava
nhor: Comparar-te-ei, ó casa de e enxerta-os no a lugar deles; e os
a
Israel, a uma boa b oliveira que que eu arranquei, lançarei no fogo
um homem cultivou em sua c vi- e queimarei, para que não obs-
nha; e ela cresceu e envelheceu e truam o terreno de minha vinha.
começou a d definhar. 10 E aconteceu que o servo do
4 E aconteceu que o dono da Senhor da vinha agiu de acordo
vinha viu que a sua oliveira com a palavra do Senhor da vinha
17 a Mt. 19:30; GEE Israel. GEE Vinha do Senhor.
D&C 29:30. b Rom. 11:17–24. d GEE Apostasia.
5 1 a GEE Zenos. GEE Oliveira. 7 a Rom. 11:17, 24.
3 a Eze. 36:8. c D&C 101:44. 9 a Rom. 1:13.
JACÓ 5:11–21 144
e enxertou os ramos da oliveira
a
haviam sido enxertados os ramos
brava. da oliveira brava; e ela havia bro-
11 E o Senhor da vinha fez com tado e começara a dar a frutos. E
que se cavasse ao redor dela e que ele viu que eram bons; e seus fru-
fosse podada e cuidada, dizendo tos eram semelhantes aos frutos
a seu servo: Sentiria perder esta naturais.
árvore; portanto, fiz isto para ver 18 E ele disse ao servo: Eis que
se posso conservar as suas raízes, os ramos da árvore brava absor-
a fim de que não morram e eu as veram a umidade da sua raiz, de
conserve para mim. modo que a sua raiz produziu
12 Portanto, vai; vigia a árvo- muita força; e por causa da gran-
re e cuida dela, segundo minhas de força da raiz, os ramos bravos
palavras. produziram frutos bons. Ora, se
13 E estes ramos a colocarei na não tivéssemos enxertado estes
parte mais baixa de minha vinha, ramos, a árvore teria morrido. E
onde me agradar; a ti não importa; agora, eis que conservarei muitos
e assim faço para poder conservar frutos dos que a árvore produziu;
para mim os ramos naturais da ár- e guardarei os seus frutos para
vore; e também a fim de guardar mim, para a estação.
os frutos para mim, para a esta- 19 E aconteceu que o Senhor da
ção; porque sentiria perder esta vinha disse ao servo: Vem, vamos
árvore e seus frutos. à parte mais baixa da vinha para
14 E aconteceu que o Senhor da ver se os ramos naturais também
vinha foi esconder os ramos na- deram muitos frutos, a fim de que
turais da boa oliveira nas par- eu possa guardá-los para mim,
tes mais baixas da vinha, alguns para a estação.
numa parte, outros noutra, de 20 E aconteceu que foram ao lu-
acordo com o seu prazer e von- gar onde o amo havia escondido
tade. os ramos naturais da árvore e ele
15 E aconteceu que se passou disse ao servo: Vê estes; e ele viu
muito tempo e o Senhor da vinha que o a primeiro dera muitos fru-
disse a seu servo: Vem, vamos à tos e viu também que eram bons.
vinha para trabalhar nela. E disse ao servo: Tira os frutos e
16 E aconteceu que o Senhor da guarda-os para a estação, a fim
vinha e também o servo desceram de que eu os preserve para mim;
à vinha para trabalhar. E aconte- pois eis que, disse ele, eu tenho
ceu que o servo disse a seu amo: cuidado dela todo este tempo e
Olha aqui; vê a árvore. ela produziu muitos frutos.
17 E aconteceu que o Senhor da 21 E aconteceu que o servo disse
vinha olhou e viu a árvore na qual a seu amo: Como vieste plantar
10 a GEE Gentios. 17 a Jo. 15:16.
13 a 1 Né. 10:12. 20 a Jacó 5:39.
145 JACÓ 5:22–32
aqui esta árvore ou este ramo da ramos que não produziram bons
árvore? Pois eis que este era o pe- a
frutos e lança-os no fogo.
daço mais improdutivo de toda a 27 Mas eis que o servo lhe disse:
terra de tua vinha. Podemo-la e cavemos ao redor
22 E o Senhor da vinha disse-lhe: dela e cuidemos dela um pouco
Não me dês conselhos. Eu sabia mais, para que talvez produza
que era um pedaço de terra im- bons frutos para ti, a fim de que
produtivo; por isso disse-te que possas guardá-los para a estação.
tratei da árvore todo este tempo; 28 E aconteceu que o Senhor da
e vês que produziu muitos frutos. vinha e o servo do Senhor da vi-
23 E aconteceu que o Senhor nha cuidaram de todos os frutos
da vinha disse a seu servo: Olha da vinha.
aqui; vê que também plantei ou- 29 E aconteceu que se passou
tro ramo da árvore; e tu sabes que muito tempo e o Senhor da vi-
este pedaço de terra era mais im- nha disse a seu a servo: Vem, des-
produtivo que o primeiro. Mas çamos à vinha para tornarmos a
olha a árvore. Tratei dela todo este trabalhar na vinha. Pois eis que o
tempo e ela produziu muitos fru- b
tempo se aproxima e o c fim logo
tos; ajunta-os, portanto, e guarda- virá; portanto, devo guardar fru-
os para a estação, a fim de que eu tos para mim, para a estação.
os preserve para mim. 30 E aconteceu que o Senhor da
24 E aconteceu que o Senhor da vinha e o servo desceram à vinha;
vinha tornou a dizer a seu ser- e foram até a árvore da qual ha-
vo: Olha aqui e vê também um viam tirado os ramos naturais e
outro a ramo que plantei; eis que onde haviam enxertado os ramos
também tratei dele e produziu bravos; e eis que toda a espécie de
frutos. frutos sobrecarregavam a árvore.
25 E disse ao servo: Olha aqui e 31 E aconteceu que o Senhor da
vê o último. Eis que este eu plan- vinha provou dos frutos, cada tipo
tei num pedaço de a terra fértil; e segundo seu número. E o Senhor
cuidei dele durante todo este tem- da vinha disse: Eis que durante
po e somente uma parte da árvore todo este tempo cuidamos desta
produziu frutos bons; e a b outra árvore e guardei para mim muitos
parte da árvore produziu frutos frutos, para a estação.
bravos; eis que eu tratei desta ár- 32 Mas eis que, desta vez, produ-
vore como das outras. ziu muitos frutos e a nenhum deles
26 E aconteceu que o Senhor da é bom. E eis que há toda espé-
vinha disse ao servo: Arranca os cie de frutos maus; e de nada me
24 a Eze. 17:22–24; 26 a Mt. 7:15–20; c 2 Né. 30:10;
Al. 16:17; Al. 5:36; Jacó 6:2.
3 Né. 15:21–24. D&C 97:7. 30 a GEE Apostasia.
25 a 1 Né. 2:20. 29 a D&C 101:55; 103:21. 32 a JS—H 1:19.
b 3 Né. 10:12–13. b GEE Últimos Dias.
JACÓ 5:33–45 146
servem, apesar de todo o nosso às partes mais baixas da vinha. E
trabalho; e agora sentiria perder aconteceu que viram que os frutos
esta árvore. dos ramos naturais também se ha-
33 E o Senhor da vinha disse ao viam corrompido; sim, o a primei-
servo: Que faremos por esta árvo- ro e o segundo e também o último;
re, a fim de novamente guardar e todos se haviam corrompido.
seus frutos bons para mim? 40 E os a frutos bravos do último
34 E o servo disse a seu amo: haviam sobrepujado a parte da
Olha, por teres enxertado ramos árvore que produzira frutos bons,
da oliveira brava, eles nutriram as tanto assim que o ramo havia se-
raízes, de modo que estão vivas e cado e morrido.
não morreram; vês, portanto, que 41 E aconteceu que o Senhor da
ainda estão boas. vinha chorou e disse ao servo:
35 E aconteceu que o Senhor da a
Que mais poderia ter eu feito
vinha disse a seu servo: De nada pela minha vinha?
me serve a árvore e suas raízes de 42 Eis que eu sabia que todos os
nada me servem enquanto produ- frutos da vinha, exceto estes, se
zir frutos maus. haviam corrompido. E agora estes,
36 Não obstante, sei que suas que produziam bons frutos, tam-
raízes estão boas e, para um pro- bém se corromperam; e agora to-
pósito meu, preservei-as; e por das as árvores de minha vinha não
causa de sua grande força, elas servem para nada, a não ser para
produziram até aqui, dos ramos serem cortadas e lançadas no fogo.
bravos, bons frutos. 43 E eis que esta última, cujo
37 Mas eis que os ramos bravos ramo secou, foi por mim plantada
cresceram e a superaram as raízes num pedaço de a terra fértil; sim,
da árvore; e por haverem os ramos aquele que para mim era melhor
bravos sobrepujado as raízes, ela do que todas as outras partes do
produziu muitos frutos maus; e terreno de minha vinha.
porque produziu muitos frutos 44 E tu viste que também cortei
maus, vês que começou a morrer; o que a obstruía este pedaço de
e logo estará madura, podendo terra, a fim de plantar esta árvore
ser lançada no fogo, a menos que em seu lugar.
façamos algo para preservá-la. 45 E tu viste que uma parte dela
38 E aconteceu que o Senhor da produziu bons frutos e uma parte
vinha disse a seu servo: Desça- dela produziu frutos bravos; e por
mos às partes mais baixas da vi- não ter eu arrancado seus ramos
nha, para ver se os ramos naturais e não os ter lançado no fogo, eis
também produziram frutos maus. que superaram o ramo bom, de
39 E aconteceu que desceram modo que ele secou.
37 a D&C 45:28–30. 40 a Mórm. 6:6–18. 43 a 2 Né. 1:5.
39 a Jacó 5:20, 23, 25. 41 a 2 Né. 26:24. 44 a Ét. 13:20–21.
147 JACÓ 5:46–55
46 E agora eis que, apesar de obstruam o terreno de minha vi-
todo o cuidado que tivemos com nha, porque fiz o que pude. Que
a minha vinha, as suas árvores mais poderia eu ter feito pela mi-
corromperam-se, de modo que nha vinha?
não produzem bons frutos; e estas 50 Mas eis que o servo disse ao
eu tinha esperança de conservar, Senhor da vinha: Poupa-a um
a fim de guardar seus frutos para pouco a mais.
mim, para a estação. Mas eis que 51 E o Senhor disse: Sim, pou-
elas se tornaram como a oliveira pá-la-ei um pouco mais, porque
brava e não servem para coisa al- sentiria perder as árvores de mi-
guma, a não ser para serem a cor- nha vinha.
tadas e lançadas no fogo; e sinto 52 Portanto, tomemos os a ramos
perdê-las. destas que plantei nas partes mais
47 O que mais, porém, pode- baixas da minha vinha e enxerte-
ria eu ter feito na minha vinha? mo-los na árvore da qual proce-
Por acaso deixou minha mão de deram; e arranquemos da árvore
cuidar dela? Não, eu cuidei dela os ramos que dão os frutos mais
e cavei ao seu redor e podei-a e amargos e enxertemos em seu lu-
adubei-a; e a estendi a mão quase gar os ramos naturais da árvore.
todo o dia e o b fim se aproxima. 53 E isso eu farei para que a ár-
E sinto cortar todas as árvores de vore não morra, a fim de, talvez,
minha vinha e lançá-las no fogo, preservar para mim suas raízes,
para que sejam queimadas. Quem para um propósito meu.
é que corrompeu a minha vinha? 54 E eis que as raízes dos ramos
48 E aconteceu que o servo disse naturais da árvore, que plantei
a seu amo: Não será a altura da onde me agradou, ainda estão
tua vinha? Não terão os ramos vivas; portanto, para que eu as
superado as raízes que são boas? preserve também para um pro-
E porque os ramos superaram as pósito meu, tomarei ramos desta
raízes, eis que eles cresceram mais árvore e enxertá-los-ei nelas. Sim,
depressa do que a força das raízes, a
enxertarei nelas os ramos da ár-
tomando força para si mesmos. vore original, para que também
Eis que, digo eu, não será esta a eu preserve as raízes para mim,
causa de se haverem corrompido a fim de que, quando estiverem
as árvores de tua vinha? bastante fortes, produzam talvez
49 E aconteceu que o Senhor da bons frutos para mim e eu ainda
vinha disse ao servo: Vamos, cor- tenha glória no fruto de minha
temos as árvores da vinha e lan- vinha.
cemo-las no fogo, para que não 55 E aconteceu que eles tiraram
46 a 3 Né. 27:11. b GEE Mundo — Fim do 52 a GEE Israel — Coligação
47 a 2 Né. 28:32; mundo. de Israel.
Jacó 6:4. 50 a Jacó 5:27. 54 a 1 Né. 15:12–16.
JACÓ 5:56–66 148
da árvore natural, que se tornara vinha, a fim de prepararmos o
brava, e enxertaram nas árvores meio pelo qual eu volte a obter o
naturais, que também se haviam fruto natural, fruto natural que é
tornado bravas. bom e mais precioso do que qual-
56 E eles também tiraram das quer outro fruto.
árvores naturais, que se haviam 62 Portanto, vamos trabalhar
tornado bravas, e enxertaram na esta última vez, com todo o afinco,
sua árvore original. pois eis que se aproxima o fim; e
57 E o Senhor da vinha disse ao será esta a última vez que podarei
servo: Não arranques os ramos minha vinha.
bravos das árvores, a não ser os 63 Enxertai os ramos; começai
que são muito amargos; e nelas pelos a últimos, para que sejam os
enxertarás conforme eu disse. primeiros e para que os primeiros
58 E cuidaremos novamente das sejam os últimos; e cavai ao redor
árvores da vinha e podaremos das árvores, tanto velhas como
seus ramos; e arrancaremos das novas, as primeiras e as últimas;
árvores os ramos amadurecidos e as últimas e as primeiras, para
e que devem morrer e lançá-los- que todas voltem a ser tratadas
emos no fogo. pela última vez.
59 E assim faço para que as raí- 64 Portanto, cavai ao redor delas
zes talvez se fortaleçam por causa e podai-as e adubai-as novamen-
de sua boa qualidade e para que, te, pela última vez, porque o fim
trocando os ramos, os bons pos- se aproxima. E se estes últimos
sam sobrepujar os maus. enxertos se desenvolverem e pro-
60 E porque conservei os ramos duzirem o fruto natural, então
naturais e suas raízes e voltei a preparareis o caminho para eles,
enxertar os ramos naturais em a fim de que cresçam.
sua árvore original; e conservei 65 E à medida que começarem a
as raízes da árvore original, para crescer, tirareis os ramos que pro-
que as árvores de minha vinha duzirem frutos amargos, segun-
talvez tornassem a produzir bons do a força e o tamanho dos bons;
a
frutos; e para que eu voltasse a e não a tirareis os maus todos de
regozijar-me com o fruto de mi- uma vez, para que as raízes não
nha vinha e talvez regozijar-me se tornem fortes demais para o
muito por ter preservado as raízes enxerto e o seu enxerto morra e eu
e os ramos do primeiro fruto — perca as árvores de minha vinha.
61 Vai, pois, e chama a servos, 66 Porque sentiria perder as ár-
para que b trabalhemos diligen- vores de minha vinha; portanto,
temente, com todo o afinco, na tirareis os maus, à medida que os
60 a Isa. 27:6. b D&C 39:11, 13, 17. 65 a D&C 86:6–7.
61 a Jacó 6:2; 63 a 1 Né. 13:42;
D&C 24:19. Ét. 13:10–12.
149 JACÓ 5:67–75
bons forem crescendo, para que obedeceram aos mandamentos
a raiz e a copa tenham a mesma do Senhor da vinha em todas as
força, até que os bons sobrepujem coisas.
os maus e os maus sejam cortados 73 E a vinha voltou a produzir o
e lançados no fogo, para que não fruto natural; e os ramos naturais
obstruam o terreno de minha vi- começaram a crescer e a desen-
nha; e assim varrerei os maus de volver-se muito; e os ramos bra-
minha vinha. vos começaram a ser arrancados
67 E os ramos da árvore natu- e lançados fora; e conservaram
ral tornarei a enxertar na árvore igualdade de força entre a raiz e
natural. a copa das árvores.
68 E os ramos da árvore natural 74 E assim trabalharam com toda
enxertarei nos ramos naturais da a diligência, segundo os manda-
árvore; e assim tornarei a juntá- mentos do Senhor da vinha, até os
los, para que produzam o fruto maus serem lançados para fora da
natural; e eles serão um. vinha e o Senhor ter preservado
69 E os maus serão a atirados para si as árvores que se haviam
fora, sim, fora de toda a terra de tornado novamente fruto natural;
minha vinha; pois eis que somente e tornaram-se como a um corpo e
esta vez podarei a minha vinha. os frutos eram iguais; e o Senhor
70 E aconteceu que o Senhor da da vinha conservara para si o fru-
vinha enviou seu a servo; e o servo to natural, que lhe fora muito pre-
fez como lhe ordenara o Senhor cioso desde o começo.
e trouxe outros servos; e eram 75 E aconteceu que quando o
b
poucos. Senhor da vinha viu que seu fru-
71 E o Senhor da vinha disse- to era bom e que sua vinha não
lhes: Ide a trabalhar na vinha com estava mais corrompida, chamou
todo o afinco, pois eis que esta é seus servos e disse-lhes: Eis que
a b última vez que trato de minha pela última vez cuidamos de mi-
vinha; porque o fim está próximo nha vinha e vedes que procedi
e o tempo rapidamente se aproxi- de acordo com a minha vontade;
ma; e se trabalhardes comigo, com e conservei o fruto natural, que é
afinco, tereis c alegria no fruto que bom, assim como o era no prin-
guardarei para mim, para o tempo cípio. E a benditos sois vós; pois
que logo virá. por terdes sido diligentes ao tra-
72 E aconteceu que os servos balhar comigo na minha vinha
foram e trabalharam com todo e por terdes guardado os meus
o afinco; e o Senhor da vinha mandamentos e tornado a trazer-
também trabalhou com eles; e me o b fruto natural, de modo que
69 a 1 Né. 22:15–17, 23; 71 a Mt. 21:28; c D&C 18:10–16.
2 Né. 30:9–10. Jacó 6:2–3; 74 a D&C 38:27.
70 a D&C 101:55; 103:21. D&C 33:3–4. 75 a 1 Né. 13:37.
b 1 Né. 14:12. b D&C 39:17; 43:28–30. b GEE Israel.
JACÓ 5:76–6:5 150
não está mais corrompida a minha profecia — que as coisas que esse
vinha e o mau foi lançado fora, eis profeta a Zenos disse referentes à
que vos regozijareis comigo por casa de Israel, comparando-a a
causa do fruto de minha vinha. uma oliveira boa, seguramente
76 Pois eis que por um a longo acontecerão.
tempo guardarei para mim o fru- 2 E o dia em que o Senhor tor-
to de minha vinha, para a estação nar a estender a mão pela segun-
que se aproxima rapidamente; e da vez para a recuperar seu povo,
pela última vez cuidei de minha será o dia, sim, a última vez em
vinha e podei-a e cavei ao redor que os b servos do Senhor irão,
dela e adubei-a; portanto, guar- com o seu c poder, d cuidar de sua
darei de seu fruto para mim por e
vinha e podá-la; e, depois disso,
muito tempo, de acordo com o logo virá o f fim.
que eu disse. 3 E quão abençoados são os que
77 E quando chegar o tempo em trabalharam diligentemente na
que frutos maus tornarem a apa- sua vinha! E quão amaldiçoados
recer em minha vinha, então fa- os que forem lançados fora, para
rei reunir os bons e os maus; e o seu próprio lugar! E o mundo
os bons guardarei para mim e os será a queimado com fogo.
maus lançarei no seu próprio lu- 4 E quão misericordioso é nos-
gar. E então virá o a tempo e o fim; so Deus para conosco, porque se
e farei com que minha vinha seja lembra da casa de a Israel, tanto
b
queimada com fogo. das raízes como dos ramos; e es-
tende-lhes as b mãos o dia inteiro;
CAPÍTULO 6 e eles são um povo c obstinado e
contestador; mas todos os que não
O Senhor recuperará Israel nos últi-
endurecerem o coração serão sal-
mos dias — O mundo será queima-
vos no reino de Deus.
do com fogo — Os homens devem
5 Portanto, meus amados ir-
seguir a Cristo para evitar o lago de
mãos, eu vos suplico, com pala-
fogo e enxofre. Aproximadamente
vras solenes, que vos arrependais
544–421 a.C.
e que vos a apegueis a Deus de
E agora eis que, meus ir- todo o coração, como ele se ape-
mãos, como vos disse que pro- ga a vós. E enquanto seu b braço
fetizaria, eis que esta é a minha de misericórdia estiver estendido
76 a 1 Né. 22:24–26. D&C 110:11. Jacó 5:77;
GEE Milênio. GEE Restauração do 3 Né. 25:1.
77 a Apoc. 20:2–10; Evangelho. 4 a 2 Sam. 7:24.
D&C 29:22–24; 43:29– b Jacó 5:61. b Jacó 5:47.
33; 88:110–116. c 1 Né. 14:14. c Mos. 13:29.
b GEE Mundo — Fim do d Jacó 5:71. 5 a GEE Unidade.
mundo. e GEE Vinha do Senhor. b Al. 5:33–34;
6 1 a Jacó 5:1. f 2 Né. 30:10. 3 Né. 9:14.
2 a 1 Né. 22:10–12; 3 a 2 Né. 27:2;
151 JACÓ 6:6–7:3
para vós, à luz do dia, não endu- estreita; e continuai no caminho
reçais o coração. apertado até obterdes a vida eter-
6 Sim, hoje, se quiserdes ouvir a na.
sua voz, não endureçais o coração; 12 Oh! Sede a sábios! Que mais
pois, por que desejais a morrer? poderei dizer?
7 Pois eis que após haverdes sido 13 Por fim, despeço-me de vós
nutridos pela boa palavra de Deus até encontrar-me convosco dian-
o dia inteiro, produzireis maus te do agradável tribunal de Deus,
frutos para serdes a cortados e lan- tribunal que causa aos iníquos
çados no fogo? a
terrível espanto e medo. Amém.
8 Eis que rejeitareis estas pala-
vras? Rejeitareis as palavras dos CAPÍTULO 7
profetas? E rejeitareis todas as
Serém nega a Cristo, contende com
palavras que foram ditas sobre
Jacó, exige um sinal e é ferido por
Cristo, depois de tantos haverem
Deus — Todos os profetas falaram
falado sobre ele? E negareis a boa
sobre Cristo e Sua Expiação — Os
palavra de Cristo e o poder de
nefitas viveram seus dias como erran-
Deus e o a dom do Espírito San-
tes, nascidos em meio a tribulações e
to? E sufocareis o Santo Espírito
odiados pelos lamanitas. Aproxima-
e desdenhareis o grande plano
damente 544–421 a.C.
de redenção que foi preparado
para vós? E então aconteceu que, passa-
9 Não sabeis que, se fizerdes es- dos alguns anos, apareceu entre
tas coisas, o poder da redenção e o povo de Néfi um homem cujo
da ressurreição, que está em Cris- nome era Serém.
to, vos levará, com vergonha e ter- 2 E aconteceu que ele começou
rível a culpa, ao b tribunal de Deus? a pregar ao povo e a declarar-lhes
10 E segundo o poder da a jus- que não haveria Cristo algum. E
tiça, pois a justiça não pode ser pregou muitas coisas que eram
negada, tereis que ir para o b lago lisonjeiras para o povo; e isto fez
de fogo e enxofre, cujas chamas a fim de destruir a doutrina de
são inextinguíveis e cuja fumaça Cristo.
ascende para todo o sempre; e o 3 E trabalhou diligentemente
lago de fogo e enxofre é c tormen- para desviar o coração do povo,
to sem d fim. tanto que conseguiu desviar
11 Ó, meus amados irmãos, ar- muitos corações; e sabendo que
rependei-vos e entrai pela a porta eu, Jacó, tinha fé no Cristo que
6 a Eze. 18:21–23. GEE Culpa. Condenar.
7 a Al. 5:51–52; b GEE Juízo Final. d D&C 19:10–12.
3 Né. 27:11–12. 10 a GEE Justiça. 11 a 2 Né. 9:41.
8 a GEE Dom do Espírito b 2 Né. 28:23. 12 a Mórm. 9:28.
Santo. GEE Inferno. 13 a Al. 40:14.
9 a Mos. 15:26. c GEE Condenação,
JACÓ 7:4–14 152
haveria de vir, procurou muito blasfêmia; pois nenhum homem
uma oportunidade para encon- sabe de tais coisas, porque b não
trar-se comigo. pode falar de coisas futuras. E
4 E ele era instruído, de modo desta maneira Serém contendia
que tinha perfeito conhecimento comigo.
da língua do povo; podia, portan- 8 Mas eis que o Senhor Deus me
to, usar de muita lisonja e muita derramou na alma o seu a Espírito,
eloquência, de acordo com o po- de maneira que eu o confundi em
der do diabo. todas as suas palavras.
5 E tinha esperança de afastar- 9 E disse-lhe: Negas o Cristo que
me da fé, não obstante as muitas virá? E ele disse: Se houvesse um
a
revelações e o muito que eu vira Cristo, eu não o negaria; sei, po-
com referência a estas coisas; por- rém, que não existe Cristo algum,
que eu verdadeiramente vira an- nem existiu, nem existirá.
jos e recebera o seu ministério. E 10 E disse-lhe eu: Crês nas escri-
também ouvira a voz do Senhor, turas? E ele disse: Sim.
verdadeiramente me falando de 11 E eu disse: Então não as en-
tempos em tempos; portanto, eu tendes, porque elas verdadeira-
não podia ser abalado. mente testificam de Cristo. Eis que
6 E aconteceu que ele veio a mim te digo que nenhum dos profetas
e desta maneira falou-me, dizen- escreveu nem a profetizou sem ter
do: Irmão Jacó, procurei muito falado sobre esse Cristo.
esta oportunidade de falar-te, por- 12 E isto não é tudo — foi-me
que ouvi e também sei que tens manifestado, porque eu vi e ouvi;
andado muito, pregando o que e foi-me também manifestado
chamas de evangelho, ou seja, a pelo a poder do Espírito Santo;
doutrina de Cristo. sei, portanto, que, se não houver
7 E tu tens desviado muitos des- expiação, toda a humanidade cer-
te povo, de maneira que perver- tamente se b perderá.
tem o caminho correto de Deus e 13 E aconteceu que ele me dis-
a
não guardam a lei de Moisés, que se: Mostra-me um a sinal, por esse
é o caminho correto; e convertes poder do Espírito Santo mediante
a lei de Moisés na adoração de o qual sabes tanto.
um ser que dizes que virá daqui 14 E eu disse-lhe: Quem sou eu
a muitos séculos. E agora eis que para tentar a Deus, a fim de mos-
eu, Serém, declaro-te que isso é trar-te um sinal do que tu sabes
7 5 a 2 Né. 11:3; 1 Né. 10:5; Espírito Santo.
Jacó 2:11. Jacó 4:4; b 2 Né. 2:21.
7 a Jacó 4:5. Mos. 13:33–35; 13 a Mt. 16:1–4;
b Al. 30:13. D&C 20:26. Al. 30:43–60.
8 a GEE Inspiração, GEE Jesus Cristo. GEE Sinal.
Inspirar. 12 a GEE Espírito Santo;
11 a Apoc. 19:10; Trindade — Deus, o
153 JACÓ 7:15–25
ser verdade? Não obstante, tu
a
muito medo de que a minha si-
negá-lo-ás, porque és do b diabo. tuação seja b terrível; mas a Deus
Contudo, não seja feita a minha confesso-me.
vontade; mas se Deus te ferir, que 20 E aconteceu que após ter dito
seja esse um sinal para ti de que estas palavras, nada mais pôde
ele tem poder tanto nos céus como dizer e a entregou o espírito.
na Terra; e também de que Cristo 21 E a multidão, tendo testemu-
virá. E seja feita a tua vontade, ó nhado que ele dissera estas coisas
Senhor, e não a minha. quando estava prestes a entregar o
15 E aconteceu que quando eu, espírito, ficou muito assombrada;
Jacó, disse estas palavras, o po- tanto que o poder de Deus desceu
der do Senhor desceu sobre ele, sobre eles e foram a dominados, de
de modo que ele caiu por terra. E modo que caíram por terra.
aconteceu que foi alimentado pelo 22 Ora, isso agradou a mim,
espaço de muitos dias. Jacó, pois havia-o pedido a meu
16 E aconteceu que ele disse ao Pai, que estava no céu; ele ouvira,
povo: Reuni-vos amanhã, porque pois, o meu clamor e respondera
vou morrer; portanto, desejo falar a minha oração.
ao povo antes de morrer. 23 E aconteceu que a paz e o
17 E aconteceu que no dia se- amor de Deus foram mais uma
guinte a multidão se reuniu; e vez restaurados entre o povo; e
ele falou-lhes claramente, negou eles a examinaram as escrituras e
as coisas que havia ensinado e não mais deram ouvidos às pala-
confessou o Cristo e o poder do vras desse homem iníquo.
Espírito Santo e o ministério de 24 E aconteceu que muitos meios
anjos. foram imaginados para a regenerar
18 E disse-lhes claramente que os lamanitas e reconduzi-los ao
havia sido a enganado pelo poder conhecimento da verdade; mas
do b diabo. E falou do inferno e da tudo foi em b vão, pois eles de-
eternidade e do castigo eterno. leitavam-se em c guerras e d der-
19 E disse: Temo haver cometi- ramamento de sangue e tinham
do o a pecado imperdoável, por- um e ódio eterno contra nós, seus
que menti a Deus; pois neguei irmãos. E procuravam continua-
o Cristo e disse que acreditava mente destruir-nos com o poder
nas escrituras; e elas verdadeira- de suas armas.
mente testificam dele. E por ha- 25 Portanto, o povo de Néfi se
ver assim mentido a Deus, tenho fortaleceu contra eles, com suas
14 a Al. 30:41–42. 19 a GEE Pecado 24 a En. 1:20.
b Al. 30:53. Imperdoável. b En. 1:14.
18 a Al. 30:53. b Mos. 15:26. c Mos. 10:11–18.
GEE Enganar, Engano, 20 a Jer. 28:15–17. d Jar. 1:6; Al. 26:23–25.
Fraude. 21 a Al. 19:6. e 2 Né. 5:1–3;
b GEE Diabo. 23 a Al. 17:2. Mos. 28:2.
JACÓ 7:26–ENOS 1:4 154
armas e com todo o seu poder, nascido em meio a tribulações
confiando no Deus e a rocha de sua num deserto e odiado por nossos
salvação; portanto, se tornaram, irmãos, o que causou guerras e
até aquele momento, vencedores contendas; assim, lamentamo-nos
de seus inimigos. até o fim de nossos dias.
26 E aconteceu que eu, Jacó, co- 27 E eu, Jacó, vi que logo deveria
mecei a envelhecer; e como o re- baixar à sepultura; portanto, dis-
gistro deste povo está sendo es- se ao meu filho a Enos: Toma estas
crito nas a outras placas de Néfi, placas. E transmiti-lhe as coisas
termino, portanto, este registro, que meu irmão Néfi me b ordena-
declarando que escrevi segundo ra; e Enos prometeu obediência
o melhor do meu conhecimento, às ordens. E termino meu registro
dizendo que o tempo passou para nestas placas, tendo escrito pouco;
nós e nossa b vida também passou e despeço-me do leitor, esperan-
como se fosse um sonho, sendo do que muitos de meus irmãos
nós um povo solitário e solene, possam ler as minhas palavras.
errante, expulso de Jerusalém, Irmãos, adeus.
LIVRO DE ENOS
Enos ora fervorosamente e obtém a preceitos e na admoestação do
d
LIVRO DE JAROM
Os nefitas cumprem a lei de Moisés, pouco; não escreverei, porém, a
aguardam a vinda de Cristo e pros- respeito de minhas profecias nem
peram na terra — Muitos profetas de minhas revelações. Pois, o que
esforçam-se por manter o povo no mais poderia eu escrever, além do
caminho da verdade. Aproximada- que meus pais escreveram? Não
mente 399–361 a.C. revelaram eles o plano de salva-
ção? Eu digo-vos que sim; e isto
LIVRO DE ÔMNI
Ômni, Amaron, Quêmis, Abinadom vida lutei muito com a espada
e Amaléqui, cada um, por sua vez, para impedir que meu povo, o
escreve os registros — Mosias desco- povo nefita, caísse nas mãos de
bre o povo de Zaraenla, que viera de seus inimigos, os lamanitas. Mas
Jerusalém nos dias de Zedequias — eis que eu próprio sou um homem
Mosias é proclamado rei — Os mu- iníquo e não guardei os estatutos e
lequitas haviam descoberto Coriân- os mandamentos do Senhor, como
tumr, o último dos jareditas — O rei deveria ter feito.
Benjamim sucede a Mosias — Os ho- 3 E aconteceu que se haviam
mens devem oferecer sua alma como passado duzentos e setenta e seis
dádiva a Cristo. Aproximadamente anos e tivemos muitas épocas de
323–130 a.C. paz; e tivemos muitas épocas de
guerras sérias e derramamento de
PALAVRAS DE MÓRMON
Mórmon resume as placas maiores de testemunhei quase toda a des-
Néfi — Ele põe as placas menores com truição de meu povo, os nefitas.
as outras placas — O rei Benjamim 2 E entrego estes registros nas
estabelece paz na terra. Aproximada- mãos de meu filho, a muitos sé-
mente 385 d.C. culos depois da vinda de Cris-
to; e suponho que ele testemu-
LIVRO DE MOSIAS
CAPÍTULO 1 preservadas por causa dos registros
gravados nas várias placas — Mosias
O rei Benjamim ensina a seus filhos o é escolhido rei e recebe a custódia dos
idioma e as profecias de seus pais — registros e de outras coisas. Aproxi-
Sua religião e civilização foram madamente 130–124 a.C.
11 b 2 Né. 25:18; 29:11; 2 Né. 5:14; 16 a En. 1:22.
33:11–15; Jacó 1:10; 17 a Al. 13:26.
3 Né. 27:23–27. Mos. 1:16; b Al. 17:2–3.
13 a Ômni 1:12. D&C 17:1. c Morô. 9:4;
b 1 Né. 4:9; 15 a GEE Anticristo. D&C 121:41–43.
165 MOSIAS 1:1–7
sas para vos dizer sobre o que os espíritos malignos que habitam
deverá acontecer. no coração dos filhos dos homens.
2 E as coisas que vos direi foram- 7 E eis que sofrerá a tentações
me dadas a conhecer por um a anjo e dores corporais, b fome, sede e
de Deus. E ele disse-me: Desperta; cansaço maiores do que o homem
e eu despertei e eis que ele estava pode c suportar sem morrer; eis
diante de mim. que sairá d sangue de cada um de
3 E ele disse-me: Desperta e ouve seus poros, tão grande será a sua
as palavras que te direi; pois eis e
angústia pelas iniquidades e abo-
que vim para anunciar-te as a boas minações de seu povo.
novas de grande alegria. 8 E ele chamar-se-á a Jesus Cristo,
4 Pois o Senhor ouviu tuas ora- o b Filho de Deus, o c Pai dos céus
ções e julgou tua retidão; e en- e da Terra, o Criador de todas as
viou-me para anunciar-te que coisas desde o princípio; e sua
podes regozijar-te e que podes d
mãe chamar-se-á e Maria.
anunciá-las a teu povo, a fim de 9 E eis que vem aos seus para
que eles também se encham de que a a salvação seja concedida aos
alegria. filhos dos homens pela b fé em seu
5 Pois eis que o tempo se apro- nome; e mesmo depois de tudo
xima e não está muito longe, em isso, considerá-lo-ão um homem
que, com poder, o a Senhor Onipo- e dirão que está c endemoninhado;
tente que reina, que era e é de toda e d açoitá-lo-ão e e crucificá-lo-ão.
a eternidade para toda a eternida- 10 E no a terceiro dia b ressuscita-
de, descerá dos céus no meio dos rá dentre os mortos; e eis que ele
filhos dos homens e habitará num c
julga o mundo; e eis que todas
b
tabernáculo de barro; e fará gran- estas coisas são feitas para que
des c milagres entre os homens, recaia um julgamento justo sobre
como curar os enfermos, levantar os filhos dos homens.
os mortos, fazer andar os coxos, 11 Pois eis também que seu
dar vista aos cegos, fazer ouvir a
sangue b expia os pecados dos
os surdos e curar toda espécie de que c caíram pela transgressão
enfermidades. de Adão, que morreram sem
3 2 a GEE Anjos. e Isa. 53:4–5. d Mc. 15:15.
3 a Lc. 2:10–11. 8 a GEE Trindade — Deus, e Lc. 18:33; 1 Né. 19:10;
5 a GEE Jeová. o Filho. 2 Né. 10:3.
b Mos. 7:27; Al. 7:9–13. b Al. 7:10. GEE Crucificação.
c Mt. 4:23–24; c Hel. 14:12; 3 Né. 9:15. 10 a Mt. 16:21; 2 Né. 25:13;
At. 2:22; 1 Né. 11:31. d Mt. 1:16; Hel. 14:20–27.
GEE Milagre. 1 Né. 11:14–21. b GEE Ressurreição.
6 a Mc. 1:32–34. e GEE Maria, Mãe de c GEE Julgar.
7 a GEE Tentação, Tentar. Jesus. 11 a GEE Sangue.
b Mt. 4:1–2. 9 a GEE Salvação. b GEE Expiação, Expiar.
c D&C 19:15–18. b GEE Fé. c GEE Queda de Adão
d Lc. 22:44. c Jo. 8:48. e Eva.
173 MOSIAS 3:12–19
conhecer a vontade de Deus acer- poderiam ser salvas; mas digo-vos
ca de si mesmos ou que pecaram que elas são b abençoadas; pois eis
por d ignorância. que como em Adão, ou seja, pela
12 Mas ai daquele que sabe que natureza, elas caem, assim tam-
se a rebela contra Deus! Porque bém o sangue de Cristo expia os
a nenhum desses será concedi- seus pecados.
da salvação, a não ser pelo arre- 17 E digo-vos ainda mais, que
pendimento e fé no b Senhor Jesus a
nenhum outro nome se dará, ne-
Cristo. nhum outro caminho ou meio
13 E o Senhor Deus enviou seus pelo qual a b salvação seja con-
santos profetas a todos os filhos cedida aos filhos dos homens, a
dos homens para declararem es- não ser em nome e pelo nome de
tas coisas a toda tribo, nação e lín- c
Cristo, o Senhor Onipotente.
gua, para que, assim, todo aquele 18 Pois eis que ele julga e seu jul-
que acreditar na vinda de Cristo gamento é justo; e a criança que
receba a a remissão de seus pe- morre ainda na infância não pe-
cados e regozije-se com grande rece; mas os homens bebem con-
alegria, b como se ele já tivesse denação para sua própria alma, a
vindo a eles. não ser que se humilhem e a tor-
14 Contudo, o Senhor Deus viu nem-se como criancinhas; e acre-
que seu povo era obstinado e deu- ditem que a salvação veio e vem
lhe uma lei, sim, a a lei de Moisés. e virá no sangue e pelo sangue
15 E mostrou a eles muitos si- b
expiatório de Cristo, o Senhor
nais e maravilhas e a símbolos e Onipotente.
figuras concernentes a sua vinda; 19 Porque o a homem natural é
e também os santos profetas lhes inimigo de Deus e tem-no sido
falaram sobre sua vinda; e, ape- desde a b queda de Adão e sê-lo-á
sar disso, endureceram o coração para sempre; a não ser que c ceda
e não compreenderam que a b lei ao influxo do d Santo Espírito e
de Moisés de nada serviria se não despoje-se do homem natural e
fosse pela expiação de seu sangue. torne-se e santo pela expiação de
16 E mesmo se fosse possível Cristo, o Senhor; e torne-se como
que as a criancinhas pecassem, não uma f criança, submisso, manso,
11 d 2 Né. 9:25–26. símbolos de Cristo. b Mos. 4:2; Hel. 5:9.
12 a Mos. 2:36–38; b Mos. 13:27–32. 19 a 1 Cor. 2:11–14;
Hel. 8:25. 16 a GEE Criança(s); Mos. 16:2–3.
GEE Rebeldia, Rebelião. Filho(s). GEE Homem Natural.
b GEE Senhor. b Morô. 8:8–9. b GEE Queda de Adão
13 a GEE Remissão de 17 a At. 4:10–12; e Eva.
Pecados. 2 Né. 31:21. c 2 Crôn. 30:8.
b 2 Né. 25:24–27; b GEE Salvação. d Morô. 10:4–5.
Jar. 1:11. c GEE Jesus Cristo — GEE Espírito Santo.
14 a GEE Lei de Moisés. Tomar sobre nós o e GEE Santo
15 a GEE Jesus Cristo — nome de Jesus Cristo. (substantivo).
Simbolismos ou 18 a Mt. 18:3. f 3 Né. 9:22.
MOSIAS 3:20–4:1 174
humilde, paciente, cheio de amor, presença do Senhor para um
disposto a submeter-se a tudo estado de b miséria e tormento
quanto o Senhor achar que lhe sem fim, de onde não poderão
deva infligir, assim como uma mais voltar; portanto, beberam
criança se submete a seu pai. condenação para suas próprias
20 E além disso, digo-vos que almas.
chegará o tempo em que o a co- 26 Beberam, portanto, do cálice
nhecimento de um Salvador se da ira de Deus, o qual a justiça
espalhará por b toda nação, tribo, não lhes poderia negar, como não
língua e povo. poderia negar que a Adão caísse
21 E eis que, quando chegar esse por haver participado do b fruto
tempo, ninguém será declarado proibido; portanto, a c misericórdia
a
inocente diante de Deus, salvo as nunca mais poderia reclamá-los.
criancinhas, a não ser por meio de 27 E o seu a tormento é como um
arrependimento e fé no nome do b
lago de fogo e enxofre, cujas cha-
Senhor Deus Onipotente. mas são inextinguíveis e cuja fu-
22 E mesmo nestes dias, depois maça ascende para sempre e sem-
de haveres ensinado aos de teu pre. Assim me ordenou o Senhor.
povo as coisas que o Senhor teu Amém.
Deus te ordenou, eles não mais
são considerados sem culpa à vis- CAPÍTULO 4
ta de Deus, a não ser que ajam
O rei Benjamim continua seu dis-
de acordo com as palavras que
curso — A salvação é concedida por
te disse.
causa da Expiação — Crede em Deus
23 E agora eu disse as palavras
para serdes salvos — Continuai fiéis
que o Senhor Deus me ordenou.
para conservardes a remissão de vos-
24 E assim diz o Senhor: Elas
sos pecados — Reparti vosso sustento
serão como resplandecente teste-
com os pobres — Fazei todas as coisas
munho contra os deste povo no
com sabedoria e ordem. Aproximada-
dia do julgamento; por elas serão
mente 124 a.C.
julgados, cada homem segundo
suas obras, sejam elas boas ou E então aconteceu que após ter
sejam más. dito as palavras que lhe haviam
25 E se forem más, eles serão sido transmitidas pelo anjo do Se-
condenados a uma a visão terrí- nhor, o rei Benjamim olhou para
vel de sua própria culpa e abo- a multidão ao redor e eis que ha-
minações, que os fará recuar da viam caído por terra, porque o
20 a D&C 3:16. b Mórm. 8:38. Misericordioso.
b GEE Obra Missionária. 26 a Mórm. 9:12. 27 a GEE Culpa.
21 a GEE Prestar Contas, b Gên. 3:1–12; b 2 Né. 9:16;
Responsabilidade, 2 Né. 2:15–19; Jacó 6:10;
Responsável. Al. 12:21–23. D&C 76:36.
25 a Al. 5:18; 12:14–15. c GEE Misericórdia,
175 MOSIAS 4:2–9
temor do Senhor se havia apo-
a
agora em vós a consciência de
derado deles. vossa nulidade, e de vosso estado
2 E haviam visto a si mesmos indigno e decaído —
em seu estado a carnal, b menos 6 Digo-vos que se haveis adqui-
ainda que o pó da Terra. E todos rido a conhecimento da bondade
clamaram a uma só voz, dizendo: de Deus e de seu incomparável
Oh! Tende misericórdia e aplicai poder e de sua sabedoria e de sua
o sangue c expiatório de Cristo, paciência e de sua longanimidade
para que recebamos o perdão de para com os filhos dos homens;
nossos pecados e nosso coração e também da b expiação que foi
seja purificado; porque cremos preparada desde a c fundação do
em Jesus Cristo, o Filho de Deus, mundo, a fim de que, por ela, a
que d criou o céu e a Terra e todas salvação possa vir para aquele
as coisas; que descerá entre os fi- que puser sua d confiança no Se-
lhos dos homens. nhor e guardar diligentemente
3 E aconteceu que depois de ha- seus mandamentos e perseverar
verem pronunciado essas pala- na fé até o fim da vida, quero di-
vras, o Espírito do Senhor des- zer, a vida do corpo mortal —
ceu sobre eles e encheram-se de 7 Eu digo que esse é o homem
alegria, havendo recebido a a re- que recebe a salvação, por meio da
missão de seus pecados e tendo expiação que foi preparada desde
paz de b consciência, por causa a fundação do mundo para toda a
da profunda c fé que tinham em humanidade que existiu, desde a
Jesus Cristo que haveria de vir, a
queda de Adão, ou que existe ou
de acordo com as palavras que o que existirá até o fim do mundo.
rei Benjamim lhes dissera. 8 E esse é o meio pelo qual é
4 E o rei Benjamim tornou a abrir concedida a salvação. E a não há
a boca e falou-lhes, dizendo: Meus qualquer outra salvação, a não ser
amigos e meus irmãos, minha esta que foi mencionada; tampou-
família e povo meu, quero nova- co há outras condições pelas quais
mente chamar a vossa atenção, o homem possa ser salvo, exceto
para que possais ouvir e enten- aquelas de que vos falei.
der o restante das palavras que 9 Acreditai em Deus; acreditai
vos direi. que ele existe e que criou todas
5 Pois eis que se o conhecimento as coisas, tanto no céu como na
da bondade de a Deus despertou Terra; acreditai que ele tem toda
4 1 a GEE Temor. b GEE Consciência. Hel. 12:1.
2 a GEE Carnal. c GEE Fé. GEE Confiança, Confiar.
b Hel. 12:7–8. 5 a Mois. 1:10. 7 a GEE Queda de Adão e
c Mos. 3:18; 6 a GEE Trindade. Eva.
Hel. 5:9. b GEE Expiação, Expiar. 8 a At. 4:12;
d GEE Criação, Criar. c Mos. 15:19. 2 Né. 31:21;
3 a GEE Remissão de d Salm. 36:7; Mos. 3:17.
Pecados. 2 Né. 22:2;
MOSIAS 4:10–16 176
a sabedoria e todo o poder, tanto
a
12 E eis que vos digo que, se
no céu como na Terra; acreditai fizerdes isso, sempre vos regozi-
que o homem não b compreende jareis e estareis cheios do a amor
todas as coisas que o Senhor pode de Deus e b conservareis sempre
compreender. a remissão de vossos pecados;
10 E novamente, acreditai que e crescereis no conhecimento da
vos deveis a arrepender de vossos glória daquele que vos criou, ou
pecados e abandoná-los e humi- seja, no conhecimento daquilo que
lhar-vos diante de Deus; e pedir é justo e verdadeiro.
com sinceridade de coração que 13 E não tereis desejo de ferir-
ele vos b perdoe; e agora, se c acre- vos uns aos outros, mas, sim, de
ditais em todas estas coisas, vede viver em a paz e dar a cada um de
que as d façais. acordo com o que lhe é devido.
11 E digo-vos novamente, como 14 E não permitireis que vossos
disse antes, que, como haveis ad- a
filhos andem famintos ou desnu-
quirido conhecimento da glória de dos; nem permitireis que transgri-
Deus, ou seja, se haveis conheci- dam as leis de Deus e b briguem
do sua bondade, a experimentado e disputem entre si e sirvam ao
seu amor e recebido a b remissão diabo, que é o mestre do pecado,
de vossos pecados, o que causa ou seja, que é o espírito mau de
tão grande alegria a vossa alma, quem nossos pais falaram, sendo
ainda assim quisera que vos lem- ele inimigo de toda retidão.
brásseis e sempre guardásseis na 15 a Ensiná-los-eis, porém, a b an-
memória a grandeza de Deus e darem nos caminhos da verdade
vossa própria c nulidade; e sua e da sobriedade; ensiná-los-eis a
d
bondade e longanimidade para c
amarem-se uns aos outros e a ser-
convosco, indignas criaturas; e virem-se uns aos outros.
que vos humilhásseis com a mais 16 E também, vós mesmos a so-
profunda e humildade, f invocando correreis os que necessitarem de
diariamente o nome do Senhor e vosso socorro; dareis de vossos
permanecendo firmes na fé na- bens aos necessitados e não permi-
quilo que está para vir e que foi tireis que o b mendigo vos peça em
anunciado pela boca do anjo. vão, afastando-o para que pereça.
9 a Rom. 11:33–34; d Êx. 34:6; Morô. 8:3. Contenda.
Jacó 4:8–13. e GEE Humildade, 15 a D&C 68:25–28;
b Isa. 55:9. Humilde, Humilhar. Mois. 6:58.
10 a GEE Arrepender-se, f GEE Oração. GEE Ensinar, Mestre.
Arrependimento. 12 a GEE Amor. b GEE Andar, Andar com
b D&C 61:2. b Mos. 4:26; Deus.
c Mt. 7:24–27. Al. 4:13–14; 5:26–35; c Mos. 18:21.
d 2 Né. 31:19–21. D&C 20:31–34. 16 a GEE Caridade;
11 a Al. 36:24–26. 13 a GEE Pacificador. Serviço.
b GEE Remissão de 14 a 1 Tim. 5:8; b Deut. 15:7–11;
Pecados. D&C 83:4. Prov. 21:13;
c Mois. 1:10. b GEE Contenção, Isa. 10:1–2.
177 MOSIAS 4:17–26
17 Talvez digais: O homem
a
não deveríeis repartir os vossos
a
mento, pelo que nos regozijamos Cristo, todos vós que haveis feito
com tão grande alegria. convênio com Deus de serdes obe-
5 E estamos dispostos a fazer dientes até o fim de vossa vida.
um a convênio com nosso Deus, de 9 E acontecerá que aquele que fi-
cumprir a sua vontade e obedecer zer isto se encontrará à mão direi-
a seus mandamentos em todas as ta de Deus, porque saberá o nome
coisas que ele nos ordenar, para o pelo qual é chamado; porque será
resto de nossos dias, a fim de que chamado pelo nome de Cristo.
não recaia sobre nós um tormento 10 E então acontecerá que aque-
b
sem fim, como foi anunciado pelo le que não tomar sobre si o nome
c
anjo, e não bebamos do cálice da de Cristo deverá ser chamado por
ira de Deus. algum a outro nome; portanto, se
6 Ora, estas eram as palavras que encontrará à b mão esquerda de
o rei Benjamim esperava deles; Deus.
e, portanto, lhes disse: Dissestes 11 E quisera que também vos
as palavras que eu desejava; e o lembrásseis de que esse é o a nome
convênio que fizestes é um con- que eu disse que vos daria e que
vênio justo. nunca seria apagado, a menos
7 E agora, por causa do convê- que o fosse devido a transgres-
nio que fizestes, sereis chamados são; portanto, tomai cuidado para
a
progênie de Cristo, filhos e filhas não transgredirdes, a fim de que
dele, porque eis que neste dia ele o nome não seja apagado de vos-
vos b gerou espiritualmente; pois so coração.
dizeis que vosso c coração se trans- 12 Digo-vos: Quisera que vos
formou pela fé em seu nome; por- lembrásseis de a conservar sempre
tanto, d nascestes dele e vos tornas- o nome escrito em vosso cora-
tes seus e filhos e suas filhas. ção, para que não vos encontreis à
8 E sob esse nome vós sois a li- mão esquerda de Deus, mas para
bertados e não há b qualquer outro que ouçais e conheçais a voz pela
nome por meio do qual podeis ser qual sereis chamados e também o
libertados. Não há qualquer outro nome pelo qual ele vos chamará.
c
nome pelo qual seja concedida a 13 Pois como a conhece um ho-
salvação; quisera, portanto, que mem o mestre a quem não serviu
5 a Mos. 18:10. GEE Nascer de Deus, Al. 46:15.
b Mos. 3:25–27. Nascer de Novo. 10 a Al. 5:38–39.
c Mos. 3:2. e D&C 11:30. b Mt. 25:33.
7 a Mos. 27:24–26; 8 a Rom. 6:18; 11 a Mos. 1:11–12.
Mois. 6:64–68. Gál. 5:1; GEE Jesus Cristo —
GEE Filhos e Filhas de Hel. 14:30. Tomar sobre nós o
Deus. b At. 4:10, 12; nome de Jesus Cristo.
b GEE Gerar. Al. 21:9. 12 a D&C 18:23–25.
c GEE Coração. c Mos. 26:18. 13 a Mos. 26:24–27.
d Mos. 15:10–11. d At. 11:26;
MOSIAS 5:14–6:7 180
e que lhe é estranho e que está 2 E aconteceu que não houve
longe dos pensamentos e desíg- uma só alma, exceto as crianci-
nios de seu coração? nhas, que não tivesse feito con-
14 E ainda, toma alguém um ju- vênio e tomado sobre si o nome
mento que pertence a seu vizinho de Cristo.
e guarda-o? Digo-vos que não; 3 E novamente aconteceu que,
nem mesmo permitirá que paste havendo o rei Benjamim dado
com os seus rebanhos, mas ele irá por terminadas todas estas coisas
afugentá-lo e expulsá-lo. Digo-vos e consagrado seu filho a Mosias
que o mesmo acontecerá convos- como chefe e rei de seu povo e
co, se não souberdes o nome pelo passado a ele todas as funções do
qual sois chamados. reino e também b designado sacer-
15 Portanto, quisera que fôsseis dotes para c ensinar o povo, para
firmes e inamovíveis, sobejando que assim todos pudessem ouvir
sempre em boas obras, para que e conhecer os mandamentos de
Cristo, o Senhor Deus Onipoten- Deus e para fazê-los lembrar-se
te, possa a selar-vos como seus, a do d juramento que haviam feito,
fim de que sejais levados ao céu despediu a multidão; e voltaram,
e tenhais salvação sem fim e vida cada um com sua família, para
eterna por meio da sabedoria e suas próprias casas.
poder e justiça e misericórdia da- 4 E a Mosias começou a reinar em
quele que b criou todas as coisas no lugar de seu pai. E começou a rei-
céu e na Terra, que é Deus acima nar no seu trigésimo ano de vida,
de tudo. Amém. havendo transcorrido, ao todo,
cerca de quatrocentos e setenta e
CAPÍTULO 6 seis anos desde o b tempo em que
Leí deixara Jerusalém.
O rei Benjamim registra os nomes
5 E o rei Benjamim viveu três
das pessoas e designa sacerdotes para
anos e morreu.
ensiná-las — Mosias reina como um
6 E aconteceu que o rei Mosias
rei justo. Aproximadamente 124–
andou nos caminhos do Senhor, e
121 a.C.
observou os seus juízos e os seus
E então o rei Benjamim achou estatutos; e guardou os seus man-
que seria conveniente, depois damentos em todas as coisas que
de ter acabado de falar ao povo, ele lhe ordenou.
a
anotar o nome de todos os que 7 E o rei Mosias fez com que
haviam feito convênio com Deus seu povo cultivasse a terra. E ele
de guardar seus mandamentos. próprio também cultivou a terra
15 a
GEE Chamado Al. 11:39. c Al. 4:7.
(Vocação) e Eleição; 6 1 a D&C 128:8. d Mos. 5:5–7.
Santificação. 3 a Mos. 1:10; 2:30. 4 a GEE Mosias, Filho do
b Col. 1:16; b GEE Ordenação, rei Benjamim.
Mos. 4:2; Ordenar. b 1 Né. 1:4.
181 MOSIAS 7:1–10
para que, assim, não se tornasse
a
Zaraenla; e ele era também o seu
uma carga para seu povo, a fim chefe;
de agir em todas as coisas como 4 E não sabiam que rumo tomar
seu pai havia feito. E não houve no deserto para subir à terra de
contendas entre seu povo pelo Leí-Néfi; portanto, vagaram pelo
espaço de três anos. deserto por muitos dias, sim, por
quarenta dias eles vagaram.
CAPÍTULO 7 5 E depois de terem vagado du-
rante quarenta dias, chegaram
Amon descobre a terra de Leí-Néfi,
a uma colina que fica ao norte
onde Lími é rei — O povo de Lími
da terra de a Silom e ali armaram
está sob o jugo dos lamanitas —
suas tendas.
Lími relata a história deles — Um
6 E Amon tomou três de seus ir-
profeta (Abinádi) testificara que
mãos — e seus nomes eram Ama-
Cristo é o Deus e Pai de todas as coi-
léqui, Helém e Hem — e desceram
sas — Aqueles que semeiam imun-
para a terra de a Néfi.
dície colhem vendaval; e aqueles
7 E eis que encontraram o rei do
que põem sua confiança no Senhor
povo que vivia na terra de Néfi e
serão libertados. Aproximadamente
na terra de Silom; e foram cerca-
121 a.C.
dos pela guarda do rei e foram
Ora, aconteceu que depois de ha- presos e amarrados e foram pos-
ver o rei Mosias tido paz contínua tos na prisão.
pelo espaço de três anos, desejou 8 E aconteceu que depois de ha-
saber sobre o povo que a subira verem permanecido dois dias na
para habitar na terra de Leí-Né- prisão, foram novamente levados
fi, ou seja, na cidade de Leí-Néfi; à presença do rei e desamarrados.
porque seu povo nada soubera E ficaram diante do rei e foi-lhes
deles desde a época em que ha- permitido, ou melhor, ordenado
viam deixado a terra de b Zaraenla; que respondessem às perguntas
portanto, importunavam-no com que ele lhes faria.
sua insistência. 9 E ele disse-lhes: Eis que sou
2 E aconteceu que o rei Mosias a
Lími, filho de Noé, que era filho
permitiu que dezesseis de seus de Zênife, que veio da terra de Za-
homens fortes subissem à terra de raenla para herdar esta terra, que
Leí-Néfi para inquirirem acerca de era a terra de seus pais; e que foi
seus irmãos. feito rei pela voz do povo.
3 E aconteceu que no dia seguin- 10 E agora desejo saber o moti-
te iniciaram a subir, tendo com vo pelo qual fostes tão corajosos
eles um certo Amon, homem for- a ponto de terdes chegado perto
te e poderoso, descendente de das muralhas da cidade, quando
7 a 2 Cor. 11:9. b Ômni 1:13. 6 a 2 Né. 5:8.
7 1 a Ômni 1:27–30. 5 a Mos. 9:6, 8, 14. 9 a Mos. 11:1.
MOSIAS 7:11–19 182
eu próprio me achava, com meus seremos seus escravos; porque é
guardas, fora da porta? melhor sermos escravos dos ne-
11 E então, por este motivo per- fitas do que pagarmos tributo ao
miti que fôsseis poupados, para rei dos lamanitas.
que eu vos pudesse interrogar, 16 E então o rei Lími ordenou a
pois do contrário eu teria feito seus guardas que não mais amar-
com que meus guardas vos matas- rassem Amon e seus irmãos, mas
sem. Tendes permissão para falar. fez com que fossem à colina que
12 E então, quando Amon viu se achava ao norte de Silom e
que tinha permissão para falar, trouxessem seus irmãos para a
adiantou-se e inclinou-se diante cidade, a fim de comerem e bebe-
do rei; e levantando-se novamen- rem e descansarem dos labores de
te, disse: Ó rei, sou muito grato a sua jornada; porque haviam sofri-
Deus, neste dia, por ainda estar do muitas coisas; haviam sofrido
vivo e ter permissão para falar; fome, sede e cansaço.
e procurarei expressar-me sem 17 E aconteceu que no dia se-
temor; guinte o rei Lími enviou uma pro-
13 Porque tenho certeza de que, clamação a todo o povo, para que
se soubésseis quem eu sou, não te- todos se reunissem no a templo e
ríeis permitido que eu fosse amar- ouvissem as palavras que lhes
rado. Porque eu sou Amon e sou iria dizer.
descendente de a Zaraenla; e vim 18 E aconteceu que quando es-
da terra de Zaraenla para inquirir tavam reunidos, falou-lhes desta
sobre nossos irmãos, a quem Zê- maneira, dizendo: Ó vós, povo
nife trouxe daquela terra. meu, levantai a cabeça e sede con-
14 E então aconteceu que após fortados; porque eis que o tempo
ter ouvido as palavras de Amon, está próximo, ou melhor, não mui-
Lími alegrou-se grandemente to distante, em que não estaremos
e disse: Agora tenho certeza de mais sujeitos a nossos inimigos,
que meus irmãos que se achavam apesar de nossas muitas lutas,
na terra de Zaraenla ainda estão que têm sido em vão; contudo,
vivos. E agora me regozijarei; e acredito que resta uma luta eficaz
amanhã farei com que meu povo a ser travada.
também se regozije. 19 Portanto, levantai a cabeça e
15 Pois eis que estamos sob o regozijai-vos e ponde vossa con-
jugo dos lamanitas e foi-nos a im- fiança em a Deus, naquele Deus
posto um tributo difícil de ser su- que foi o Deus de Abraão e Isa-
portado. E agora, eis que nossos que e Jacó; e também naquele
irmãos nos livrarão do cativeiro, Deus que b tirou os filhos de Israel
isto é, das mãos dos lamanitas, e da terra do Egito e fez com que
13 a Ômni 1:12–15. 17 a 2 Né. 5:16. b Êx. 12:40–41;
15 a Mos. 19:15. 19 a Êx. 3:6; 1 Né. 19:10. Al. 36:28.
183 MOSIAS 7:20–28
atravessassem o Mar Vermelho esta nossa aflição? Ora, eis que
em terra seca e alimentou-os com grande é a razão que temos para
c
maná para que não perecessem lamentar-nos.
no deserto; e muitas outras coisas 24 Sim, digo-vos que grandes
fez por eles. são as razões que temos para la-
20 E ainda mais, esse mesmo mentar-nos; pois eis que quantos
Deus a tirou nossos pais da terra de de nossos irmãos foram mortos e
Jerusalém e guardou e preservou seu sangue derramado em vão;
seu povo até agora; e eis que foi e tudo por causa de iniquidade.
por causa de nossas iniquidades 25 Porque se este povo não hou-
e abominações que ele nos levou vesse caído em transgressão, o
à escravidão. Senhor não teria permitido que
21 E vós todos sois testemunhas, esse grande mal lhes sobrevies-
neste dia, de que Zênife, que foi se. Eis, porém, que não quiseram
feito rei deste povo, estando a ex- dar ouvidos às suas palavras; mas
tremamente ansioso para herdar surgiram contendas entre eles, a
a terra de seus pais, foi então en- tal ponto que derramaram sangue
ganado pela astúcia e estratagema entre eles.
do rei Lamã, que fez um tratado 26 E eles mataram um a profeta
com o rei Zênife e deixou em suas do Senhor; sim, um homem es-
mãos a posse de uma parte da ter- colhido de Deus, que lhes havia
ra, ou seja, a cidade de Leí-Néfi falado de suas iniquidades e abo-
e a cidade de Silom e a terra dos minações e profetizado muitas
arredores — coisas que hão de acontecer, sim,
22 E tudo isto ele fez com o úni- até mesmo a vinda de Cristo.
co fim de a subjugar, ou seja, de 27 E porque ele lhes disse que
escravizar este povo. E eis que, Cristo era o a Deus, o Pai de todas
presentemente, pagamos ao rei as coisas; e que tomaria sobre si
dos lamanitas tributo equivalente a imagem de homem, que seria
à metade de nosso milho e nos- a b imagem segundo a qual o ho-
sa cevada e mesmo de todos os mem fora criado no princípio; ou,
nossos grãos de toda espécie; e a em outras palavras, ele disse que
metade do acréscimo de nossos o homem fora criado à imagem de
rebanhos e manadas; e mesmo a c
Deus e que Deus desceria entre
metade de tudo que temos ou que os filhos dos homens e tomaria
possuímos, o rei dos lamanitas sobre si carne e sangue e andaria
exige de nós, ou nossa vida. sobre a face da Terra —
23 E agora, não é doloroso ter 28 E então, por ter dito isso, ma-
de suportar isto? Não é grande taram-no; e muitas outras coisas
19 c Êx. 16:15, 35; 21 a Mos. 9:1–3. b Gên. 1:26–28;
Núm. 11:7–8; 22 a Mos. 10:18. Ét. 3:14–17;
Jos. 5:12. 26 a Mos. 17:12–20. D&C 20:17–18.
20 a 1 Né. 2:1–4. 27 a GEE Trindade. c Mos. 13:33–34; 15:1–4.
MOSIAS 7:29–8:7 184
fizeram que atraíram sobre si a ira E aconteceu que o rei Lími, de-
de Deus. Portanto, quem se admi- pois de haver acabado de falar a
ra de que estejam em cativeiro e seu povo, pois disse-lhes muitas
que sofram aflições? coisas, mas poucas são as que es-
29 Porque eis que o Senhor dis- crevi neste livro, tudo lhes contou
se: Não a socorrerei meu povo no sobre seus irmãos que estavam na
dia de sua transgressão, mas obs- terra de Zaraenla.
truirei seus caminhos para que 2 E fez com que Amon se apre-
não prosperem; e suas obras se- sentasse diante da multidão e con-
rão como pedra de tropeço dian- tasse tudo que havia acontecido a
te deles. seus irmãos, desde a ocasião em
30 E novamente ele diz: Se meu que Zênife deixara aquela terra
povo semear a imundície, b colherá até a época em que ele próprio
a palha no vendaval; e o seu efeito saíra de lá.
é veneno. 3 E ele também repetiu as últi-
31 E novamente ele diz: Se meu mas palavras que o rei Benjamim
povo semear imundície, colherá o lhes dirigira e explicou-as ao povo
a
vento oriental, que traz destrui- do rei Lími, para que entendessem
ção imediata. todas as palavras que ele dissera.
32 E agora eis que a promessa 4 E aconteceu que depois de ha-
do Senhor foi cumprida e fostes ver feito tudo isto, o rei Lími des-
feridos e afligidos. pediu a multidão e fez com que
33 Se vos a voltardes para o Se- cada um voltasse para sua pró-
nhor com todo o coração e colo- pria casa.
cardes vossa confiança nele e o 5 E aconteceu que fez com que as
servirdes com toda diligência de placas que continham o a registro
vossa mente, se assim fizerdes ele de seu povo, desde o tempo em
vos livrará do cativeiro, de acor- que haviam deixado a terra de
do com a sua própria vontade e Zaraenla, fossem levadas a Amon
prazer. para que ele as lesse.
6 Ora, assim que Amon leu o
registro, perguntou-lhe o rei se
CAPÍTULO 8
podia interpretar línguas; e Amon
Amon ensina o povo de Lími — Toma disse-lhe que não.
conhecimento das vinte e quatro pla- 7 E disse-lhe o rei: Estando pesa-
cas jareditas — Registros antigos roso com as aflições de meu povo,
podem ser traduzidos por videntes — fiz com que quarenta e três ho-
Nenhum dom é maior do que a vi- mens de meu povo saíssem pelo
dência. Aproximadamente 121 a.C. deserto para procurar a terra de
29 a 1 Sam. 12:15; Imundo. 31 a Jer. 18:17; Mos. 12:6.
2 Crôn. 24:20. b Gál. 6:7–8; D&C 6:33. 33 a Mórm. 9:6.
30 a GEE Imundície, GEE Ceifa, Colheita. 8 5 a Mos. 9–22.
185 MOSIAS 8:8–17
Zaraenla, a fim de rogar a nossos remanescentes do povo que foi
irmãos que nos livrassem do ca- destruído, do qual vieram estes
tiveiro. registros; ou talvez nos deem in-
8 E ficaram perdidos no deser- formações sobre o próprio povo
to pelo espaço de muitos dias; que foi destruído; e desejo saber
e apesar de sua diligência não a causa de sua destruição.
encontraram a terra de Zaraen- 13 Ora, Amon disse-lhe: Posso
la, mas voltaram para cá depois indicar-te com segurança, ó rei,
de terem viajado por uma região um homem capaz de a traduzir
entre muitas águas e descober- os registros; porque possui algo
to uma terra coberta de ossos de com que pode olhar e traduzir
homens e de animais e também todos os registros da antiguida-
coberta de ruínas de edifícios de de; e é um dom de Deus. E esses
todo tipo, tendo descoberto uma objetos são chamados b intérpretes
terra que havia sido habitada por e nenhum homem os pode olhar,
um povo tão numeroso quanto as a menos que lhe seja ordenado,
hostes de Israel. para que não procure o que não
9 E como testemunho de que as deve e pereça. E quem quer que
coisas que disseram são verda- receba ordem para olhá-los é cha-
deiras, trouxeram a vinte e quatro mado c vidente.
placas cobertas de gravações; e 14 E eis que o rei do povo que
elas são de ouro puro. está na terra de Zaraenla é o ho-
10 E eis que também trouxeram mem que recebeu ordem para fa-
a
couraças de grande tamanho; são zer estas coisas e que possui esse
de b latão e cobre e encontram-se grande dom de Deus.
em perfeito estado. 15 E o rei disse que um vidente
11 E ainda trouxeram espadas, é maior que um profeta.
cujos punhos se haviam estraga- 16 E Amon disse que um viden-
do e cujas lâminas estavam cor- te é também revelador e profeta;
roídas de ferrugem; e não há na e que não há dom maior que um
terra alguém capaz de interpretar homem possa ter, a não ser que
a língua, isto é, as gravações que possuísse o poder de Deus, que
estão nas placas. Foi por isso que ninguém pode possuir; contudo,
te perguntei: Podes traduzir? o homem pode receber grande
12 E torno a perguntar-te: Sa- poder de Deus.
bes de alguém que possa tra- 17 Um vidente, porém, pode sa-
duzir? Porque desejo que estes ber tanto de coisas passadas como
registros sejam traduzidos para de coisas futuras; e por meio de-
a nossa língua; pois talvez nos les todas as coisas serão revela-
possam dar informações sobre os das, ou seja, coisas secretas serão
9 a Ét. 1:1–2. b Ét. 10:23. b GEE Urim e Tumim.
10 a Ét. 15:15. 13 a Mos. 28:10–17. c GEE Vidente.
MOSIAS 8:18–9:2 186
manifestadas e coisas ocultas vi- libertados das mãos dos lama-
rão à luz; e darão a conhecer coi- nitas.
sas que não são conhecidas; e tam-
Abrange os capítulos 9 a 22.
bém manifestarão coisas que, de
outra maneira, não poderiam ser
conhecidas.
CAPÍTULO 9
18 Assim, Deus providenciou
um meio para que o homem, pela Zênife conduz um grupo de Zaraenla
fé, pudesse operar grandes mi- para ocupar a terra de Leí-Néfi — O
lagres; portanto, ele se torna um rei lamanita permite-lhes tomar posse
grande benefício para seus seme- da terra — Há guerra entre os lama-
lhantes. nitas e o povo de Zênife. Aproxima-
19 E então, quando Amon ter- damente 200–187 a.C.
minou de dizer essas palavras,
Eu, Zênife, havendo sido ensi-
o rei alegrou-se imensamente e
nado em todo o idioma dos nefi-
rendeu graças a Deus, dizendo:
tas e tendo tido conhecimento da
Sem dúvida estas placas contêm a
terra de Néfi, ou seja, da terra da
um a grande mistério e estes intér-
primeira herança de nossos pais;
pretes foram, sem dúvida, prepa-
e havendo sido enviado como
rados com o fim de revelar todos
espião entre os lamanitas, a fim
esses mistérios aos filhos dos ho-
de espionar suas forças para que
mens.
nosso exército pudesse cair so-
20 Oh! Quão maravilhosas são
bre eles e destruí-los — quando
as obras do Senhor e por quan-
vi, porém, o que havia de bom
to tempo ele é tolerante com seu
entre eles, não mais desejei a sua
povo! Sim, e quão cego e impe-
destruição.
netrável é o entendimento dos
2 Portanto, discuti com meus ir-
filhos dos homens, porque não
mãos no deserto, porque desejava
procuram sabedoria nem desejam
que nosso chefe fizesse um trata-
que a ela os governe!
do com eles; sendo ele, porém,
21 Sim, eles são como um reba-
um homem rigoroso e sanguiná-
nho selvagem que foge do pastor
rio, ordenou que eu fosse morto;
e se dispersa; e é perseguido e
mas fui salvo com derramamen-
devorado pelas feras da floresta.
to de muito sangue; porque pai
lutou contra pai, e irmão contra
Registro de Zênife — Um relato irmão, até que a maior parte de
sobre seu povo, desde a ocasião nosso exército foi destruída no
em que deixaram a terra de Za- deserto; e nós, os que escapamos,
raenla até a época em que foram voltamos à terra de Zaraenla para
19 a Ét. 3:21–28; 4:4–5. no hebraico e no grego. 9 1 a 2 Né. 5:5–8;
20 a IE Sabedoria, Prov. 9:1; Ômni 1:12.
substantivo feminino Mt. 11:19.
187 MOSIAS 9:3–15
contar às suas esposas e filhos o espécie de frutas; e começamos
que sucedera. a multiplicar-nos e a prosperar
3 Contudo, estando eu extrema- na terra.
mente zeloso em herdar a terra de 10 Ora, foi por astúcia e malícia,
nossos pais, reuni todos os que a fim de a levar meu povo ao cati-
desejavam subir para ocupar a veiro, que o rei Lamã cedeu a terra
terra e reiniciamos nossa jornada para que a ocupássemos.
pelo deserto, para subirmos à ter- 11 Portanto, aconteceu que de-
ra; mas fomos atingidos pela fome pois de havermos habitado a ter-
e por duras aflições, porque éra- ra pelo espaço de doze anos, o rei
mos vagarosos para lembrar-nos Lamã começou a ficar inquieto,
do Senhor nosso Deus. temendo que meu povo de algum
4 Não obstante, depois de haver- modo se tornasse forte na terra,
mos vagado por muitos dias no não podendo mais ser dominado
deserto, armamos nossas tendas nem escravizado.
no lugar em que nossos irmãos 12 Ora, eles eram um povo pre-
haviam sido mortos, que ficava guiçoso e a idólatra; portanto, de-
perto da terra de nossos pais. sejavam escravizar-nos, para po-
5 E aconteceu que retornei à ci- derem fartar-se com o trabalho de
dade com quatro de meus homens nossas mãos; sim, para poderem
para ver o rei, a fim de conhecer a banquetear-se com os rebanhos
disposição do rei e saber se pode- de nossos campos.
ria ir com meu povo tomar posse 13 Portanto, aconteceu que o rei
da terra em paz. Lamã começou a instigar o seu
6 E fui ver o rei e ele fez um acor- povo a lutar contra o meu povo;
do comigo para que eu ocupasse portanto, começou a haver guer-
a terra de Leí-Néfi e a terra de ras e contendas naquela terra.
Silom. 14 Pois no décimo terceiro ano
7 E também ordenou que seu de meu reinado na terra de Néfi,
povo saísse da terra; e eu e meu ao sul da terra de Silom, estando
povo nela entramos para ocupá- os de meu povo a dar de beber
la. e a apascentar seus rebanhos e a
8 E começamos a construir edi- cultivar suas terras, uma nume-
fícios e a reparar os muros da ci- rosa hoste de lamanitas caiu so-
dade, sim, os muros da cidade bre eles e começou a matá-los e a
de Leí-Néfi e da cidade de Silom. levar seus rebanhos e o milho de
9 E começamos a cultivar o solo, seus campos.
sim, com toda espécie de semen- 15 Sim, e aconteceu que todos
tes: com sementes de milho e de os que não foram apanhados fu-
trigo e de cevada e com neas e giram para a cidade de Néfi e pe-
com seum e com sementes de toda diram minha proteção.
10 a Mos. 7:21–22. 12 a En. 1:20. GEE Idolatria.
MOSIAS 9:16–10:7 188
16 E aconteceu que eu os armei se fabricassem armas de guerra de
com arcos e com flechas, com es- toda espécie, para que assim eu
padas e com cimitarras e com cla- tivesse armas para o meu povo
vas e com fundas e com toda espé- quando os lamanitas subissem no-
cie de armas que nos foi possível vamente para guerrear meu povo.
inventar; e eu e meu povo saímos 2 E coloquei guardas em vários
para batalhar contra os lamanitas. pontos da região, para que os
17 Sim, com a força do Senhor lamanitas não voltassem a nos
saímos para batalhar contra os surpreender e destruíssem-nos; e
lamanitas; porque eu e meu povo assim protegi meu povo e meus
clamamos fervorosamente ao Se- rebanhos e evitei que caíssem nas
nhor para que nos livrasse das mãos de nossos inimigos.
mãos de nossos inimigos, porque 3 E aconteceu que habitamos a
nos veio à lembrança a libertação terra de nossos pais por muitos
de nossos pais. anos, sim, pelo espaço de vinte e
18 E Deus a ouviu nossos clamo- dois anos.
res e respondeu a nossas orações; 4 E fiz com que os homens culti-
e avançamos com a sua força; sim, vassem o solo e plantassem toda
avançamos contra os lamanitas e, espécie de a grãos e frutas de todo
em um dia e uma noite, matamos tipo.
três mil e quarenta e três; matamo- 5 E fiz com que as mulheres
los até expulsá-los de nossa terra. fiassem e labutassem e traba-
19 E eu mesmo, com minhas lhassem e tecessem toda espécie
próprias mãos, ajudei a enterrar de linho fino; sim, e a tecidos de
seus mortos. E eis que, para nossa toda espécie para cobrir nossa
grande tristeza e lamentação, du- nudez; e assim prosperamos na
zentos e setenta e nove de nossos terra — assim tivemos paz contí-
irmãos foram mortos. nua na terra pelo espaço de vinte
e dois anos.
CAPÍTULO 10 6 E aconteceu que morreu o rei
a
Lamã e seu filho começou a rei-
Morre o rei Lamã — Seu povo é sel-
nar em seu lugar. E ele começou a
vagem e feroz e crê em falsas tradi-
incitar seu povo a rebelar-se con-
ções — Zênife e seu povo prevale-
tra meu povo; portanto, começa-
cem contra eles. Aproximadamente
ram a se preparar para a guerra e
187–160 a.C.
para lutar contra meu povo.
E aconteceu que novamente co- 7 Mas eu enviara meus espias a
meçamos a organizar o reino e vários lugares da terra de a Senlon,
novamente começamos a habitar para descobrir seus preparativos e
aquela terra em paz. E fiz com que assim poder proteger-me deles, a
18 a Mos. 29:20. 5 a Al. 1:29. 7 a Mos. 11:12.
10 4 a Mos. 9:9. 6 a Mos. 9:10–11; 24:3.
189 MOSIAS 10:8–16
fim de que não caíssem sobre meu na tradição de seus pais, que é
b
lião contra Deus, permanece em com as suas obras, sejam elas boas
seu estado decaído e o diabo tem ou sejam elas más —
todo poder sobre ele. Portanto, 11 Se forem boas, para a ressur-
permanece como se não tivesse reição da a vida eterna e felicidade;
havido b redenção, sendo inimigo e se forem más, para a ressurrei-
de Deus; e também o diabo é ini- ção da b condenação eterna, sendo
migo de Deus. entregues ao diabo que os domi-
6 E agora, falando-se de coisas nou, o que é condenação —
futuras a como se elas já houves- 12 Havendo seguido suas pró-
sem acontecido, se Cristo não ti- prias vontades e desejos carnais;
vesse vindo ao mundo, não pode- não havendo nunca procurado
ria ter havido redenção. o Senhor enquanto os braços de
7 E se Cristo não houvesse res- a
misericórdia lhes estavam esten-
suscitado dos mortos nem rom- didos, porque os braços de mise-
pido as ligaduras da morte, para ricórdia lhes foram estendidos e
que a sepultura não tivesse vitó- não os aceitaram; havendo sido
ria nem a aguilhão tivesse a mor- admoestados de suas iniquidades,
te, não poderia ter havido res- ainda assim não quiseram afastar-
surreição. se delas; e foi-lhes ordenado que
8 Há, porém, uma a ressurreição; se arrependessem e, contudo, não
portanto, a sepultura não tem vi- se arrependeram.
tória e o aguilhão da b morte é des- 13 E agora, não deveis tremer e
feito em Cristo. arrepender-vos de vossos pecados
9 Ele é a a luz e a vida do mundo; e lembrar-vos de que somente em
sim, uma luz sem fim, que nun- Cristo e por meio dele podereis
ca poderá ser obscurecida; sim, e ser salvos?
também uma vida que é infinita, 14 Portanto, se ensinais a a lei de
de modo que não pode mais ha- Moisés, ensinai também que ela é
ver morte. uma prefiguração das coisas que
10 Isto que é mortal se revestirá estão para vir —
de a imortalidade e isto que é cor- 15 Ensinai-lhes que a redenção
rupção se revestirá de incorrup- é alcançada por meio de Cristo, o
tibilidade; e serão b levados dian- Senhor, que é o próprio a Pai Eter-
te do tribunal de Deus, a fim de no. Amém.
5 b GEE Redenção, Mórm. 7:5. b GEE Condenação,
Redimido, Redimir. 9 a D&C 88:5–13. Condenar.
6 a Mos. 3:13. GEE Luz, Luz de Cristo. 12 a GEE Misericórdia,
7 a Ose. 13:14; 10 a Al. 40:2. Misericordioso.
Mos. 15:8, 20. GEE Imortal, 14 a GEE Lei de Moisés.
8 a Al. 42:15. Imortalidade. 15 a Mos. 3:8; 5:7;
GEE Ressurreição. b GEE Juízo Final. Ét. 3:14.
b Isa. 25:8; c Al. 41:3–6.
1 Cor. 15:54–55; 11 a GEE Vida eterna.
MOSIAS 17:1–13 204
CAPÍTULO 17 sacerdotes, fez com que o levas-
sem novamente a sua presença.
Alma crê nas palavras de Abinádi e
7 E disse-lhe: Abinádi, temos
escreve-as — Abinádi morre quei-
uma acusação contra ti e mereces
mado — Ele profetiza enfermidades
a morte.
e morte por fogo para seus assassinos.
8 Pois disseste que o próprio
Aproximadamente 148 a.C. a
Deus descerá entre os filhos dos
E então aconteceu que quando homens; e agora, por causa disto
Abinádi havia terminado estas pa- serás morto, salvo se te retratares
lavras, o rei ordenou a seus a sacer- de todas as palavras que disseste
dotes que o levassem e fizessem de mal, concernentes a mim e a
com que fosse morto. meu povo.
2 Mas havia entre eles um cujo 9 Então Abinádi respondeu-lhe:
nome era a Alma, sendo ele tam- Digo-vos que não me retratarei
bém descendente de Néfi. E era das palavras que disse concer-
jovem e b acreditou nas palavras nentes a este povo, pois são ver-
que Abinádi dissera, pois tinha dadeiras; e para que saibais que
conhecimento da iniquidade da são verdadeiras, consenti em cair
qual Abinádi os acusara; por- em vossas mãos.
tanto, começou a suplicar ao rei 10 Sim, e padecerei até mesmo
que ele não se irasse contra Abi- a morte, porém não me retratarei
nádi, mas que o deixasse partir de minhas palavras; e elas ser-
em paz. virão de testemunho contra vós.
3 O rei, porém, enfureceu-se ain- E se me matardes, derramareis
da mais e fez com que Alma fosse a
sangue inocente; e isto também
expulso do meio deles; e enviou servirá de testemunho contra vós
seus servos atrás dele para que o no último dia.
matassem. 11 E então o rei Noé estava a
4 Mas ele fugiu e escondeu-se, ponto de soltá-lo, porque temia
de modo que não o acharam. E suas palavras; porque temia que
tendo ficado escondido durante os julgamentos de Deus caíssem
muitos dias, a escreveu todas as sobre ele.
palavras que Abinádi dissera. 12 Mas os sacerdotes levantaram
5 E aconteceu que o rei ordenou suas vozes contra ele e começa-
a seus guardas que cercassem Abi- ram a acusá-lo, dizendo: Injuriou
nádi e prendessem-no; e amarra- o rei! Portanto, o rei encheu-se de
ram-no e jogaram-no na prisão. cólera contra ele e entregou-o para
6 E depois de três dias, haven- que o matassem.
do-se aconselhado com seus 13 E aconteceu que o levaram e
17 1 a Mos. 11:1, 5–6. b Mos. 26:15. 10 a Al. 60:13.
2 a Mos. 23:6, 9–10. 4 a GEE Escrituras.
GEE Alma, o Pai. 8 a Mos. 13:25, 33–34.
205 MOSIAS 17:14–18:4
amarraram-no e flagelaram-lhe a CAPÍTULO 18
pele com tochas, sim, até a morte.
Alma prega secretamente — Expõe
14 E então, quando as chamas
o convênio do batismo e batiza nas
começaram a queimá-lo, clamou
águas de Mórmon — Organiza a
a eles, dizendo:
Igreja de Cristo e ordena sacerdo-
15 Eis que, assim como haveis
tes — Eles trabalham para seu pró-
feito comigo, acontecerá que a
prio sustento e ensinam o povo —
vossa posteridade fará com que
Alma e seu povo fogem do rei Noé,
muitos sofram as dores que eu
indo para o deserto. Aproximada-
sofro, sim, as dores da a morte pelo
mente 147–145 a.C.
fogo; e isto porque eles acredi-
tam na salvação do Senhor seu E então aconteceu que Alma,
Deus. que havia fugido dos servos do
16 E acontecerá que sereis afligi- rei Noé, a arrependeu-se de seus
dos por toda espécie de moléstias, pecados e iniquidades; e andan-
por causa de vossas iniquidades. do secretamente entre o povo,
17 Sim, e sereis a feridos por to- começou a ensinar as palavras
dos os lados; e sereis acossados de Abinádi;
e dispersos aqui e acolá, assim 2 Sim, a respeito do que estava
como um rebanho selvagem é por acontecer e também da ressur-
acossado por animais selvagens reição dos mortos e da a redenção
e ferozes. do povo, que se realizariam pelo
18 E naquele dia sereis caçados e b
poder e sofrimentos e morte de
sereis presos por vossos inimigos Cristo e sua ressurreição e ascen-
e então sofrereis, como eu sofro, as são ao céu.
penas da a morte pelo fogo. 3 E ensinava a todos os que de-
19 Assim executa Deus a vingan- sejavam ouvir suas palavras. E
ça contra aqueles que destroem instruía-os secretamente, para que
seu povo. Ó Deus, recebe a mi- isso não chegasse ao conhecimen-
nha alma! to do rei. E muitos acreditaram em
20 E então, havendo Abinádi suas palavras.
pronunciado estas palavras, ele 4 E aconteceu que todos os que
caiu, tendo sofrido a morte pelo creram nele se dirigiram para um
fogo; sim, tendo sido morto por a
lugar chamado Mórmon, nome
não querer negar os mandamen- que fora dado pelo rei, ficando nas
tos de Deus, tendo selado a verda- fronteiras da terra que, em certas
de de suas palavras com a morte. épocas ou estações, era infestada
por animais selvagens.
15 a Mos. 13:9–10; 19 a GEE Vingança. b GEE Expiação, Expiar.
Al. 25:4–12. 18 1 a Mos. 23:9–10. 4 a Al. 5:3.
17 a Mos. 21:1–5, 13. 2 a GEE Redenção,
18 a Mos. 19:18–20. Redimido, Redimir.
MOSIAS 18:5–13 206
5 Ora, existia em Mórmon uma morte; para que sejais redimidos
fonte de água pura, onde Alma se por Deus e contados com os da
refugiava; e, próximo à água, ha- b
primeira ressurreição, para que
via um bosque de pequenas árvo- tenhais a c vida eterna —
res, onde se escondia ele, durante 10 Agora vos digo que, se for
o dia, das buscas do rei. esse o desejo de vosso coração, o
6 E aconteceu que todos os que vos impede de serdes a bati-
que acreditavam nele para ali zados em nome do Senhor, como
se dirigiam a fim de ouvir suas um testemunho, perante ele, de
palavras. que haveis feito b convênio com ele
7 E aconteceu que, passados de servi-lo e guardar seus manda-
muitos dias, um grande número mentos, para que ele possa derra-
havia-se reunido nas paragens mar seu Espírito com mais abun-
de Mórmon para ouvir as pala- dância sobre vós?
vras de Alma. Sim, todos os que 11 E quando ouviram estas pa-
acreditavam em suas palavras lavras, bateram palmas de alegria
estavam reunidos para ouvi-lo. e exclamaram: Esse é o desejo de
E ele a ensinou-os e pregou-lhes nosso coração.
arrependimento e redenção e fé 12 E então aconteceu que Alma
no Senhor. tomou a Helã, que era um dos pri-
8 E aconteceu que ele lhes dis- meiros, entrou na água e clamou,
se: Eis aqui as águas de Mórmon dizendo: Ó Senhor, derrama o teu
(pois assim eram chamadas); e Espírito sobre o teu servo, para
agora, sendo que a desejais entrar que possa fazer este trabalho com
no b rebanho de Deus e ser chama- santidade de coração!
dos seu povo; e sendo que estais 13 E havendo dito estas palavras,
c
dispostos a carregar os fardos o a Espírito do Senhor desceu sobre
uns dos outros, para que fiquem ele e ele disse: Helã, tendo b auto-
leves; ridade do Deus Todo-Poderoso,
9 Sim, e estais dispostos a chorar eu te c batizo como testemunho de
com os que choram; sim, e conso- que fizeste convênio de servi-lo
lar os que necessitam de consolo até que estejas morto quanto ao
e servir de a testemunhas de Deus corpo mortal; e que o Espírito do
em todos os momentos e em todas Senhor se derrame sobre ti; e que
as coisas e em todos os lugares em te conceda a vida eterna, por meio
que vos encontreis, mesmo até a da d redenção de Cristo, a quem
7 a Al. 5:11–13. Testificar. b RF 1:5.
8 a D&C 20:37. b Mos. 15:21–26. GEE Sacerdócio.
b GEE Igreja de Jesus c GEE Vida eterna. c 3 Né. 11:23–26;
Cristo. 10 a 2 Né. 31:17. D&C 20:72–74.
c GEE Compaixão. GEE Batismo, Batizar. d GEE Redenção,
9 a GEE Obra Missionária; b GEE Convênio. Redimido, Redimir.
Testemunha; 13 a GEE Espírito Santo.
207 MOSIAS 18:14–26
ele preparou desde a fundação e
declaradas pela boca dos santos
do mundo. profetas.
14 E havendo Alma pronuncia- 20 Sim, mandou-lhes que não
do estas palavras, ambos, Alma e a
pregassem senão arrependimen-
Helã, foram a sepultados na água; to e fé no Senhor, que redimira
e levantaram-se e saíram da água seu povo.
regozijando-se, estando cheios do 21 E mandou-lhes que não a con-
Espírito. tendessem entre si, mas que olhas-
15 E outra vez tomou Alma um sem para a frente com um b único
outro, entrou pela segunda vez na fito, tendo uma fé e um batismo,
água e batizou-o, como havia feito tendo os corações entrelaçados
com o primeiro, só que não sepul- em c unidade e amor uns para com
tou a si mesmo outra vez na água. os outros.
16 E desse modo batizou todos 22 Deste modo mandou que eles
os que haviam ido às paragens de pregassem. E tornaram-se, assim,
Mórmon; e eram cerca de duzen- a
filhos de Deus.
tas e quatro almas: sim, e foram 23 E mandou-lhes que observas-
a
batizados nas águas de Mórmon sem o dia do a sábado, que o santi-
e encheram-se da b graça de Deus. ficassem e que, também, todos os
17 E foram chamados a Igreja de dias rendessem graças ao Senhor
Deus, ou seja, Igreja de Cristo, seu Deus.
daquele tempo em diante. E acon- 24 E também mandou que os
teceu que todos os que eram bati- sacerdotes que ele ordenara a tra-
zados pelo poder e autoridade de balhassem com as próprias mãos
Deus eram somados a sua Igreja. para o seu sustento.
18 E aconteceu que Alma, tendo 25 E designou-se um dia de cada
a
autoridade de Deus, ordenou sa- semana no qual deveriam reunir-
cerdotes; sim, um sacerdote para se para ensinar o povo e a adorar
cada cinquenta pessoas ordenou ao Senhor seu Deus; e deveriam
ele, para pregar-lhes e b ensinar- também reunir-se tantas vezes
lhes sobre as coisas pertencentes quantas lhes fosse possível.
ao reino de Deus. 26 E os sacerdotes não deveriam
19 E mandou que não ensi- depender do povo para o seu sus-
nassem senão as coisas que ele tento; mas, pelo seu trabalho, re-
ensinara, as quais haviam sido ceberiam a a graça de Deus, a fim
13 e Mois. 4:2; 5:9. b GEE Ensinar, Mestre. Mois. 6:64–68.
14 a GEE Batismo, Batizar — 20 a D&C 15:6; 18:14–16. 23 a Mos. 13:16–19;
Batismo por imersão. 21 a 3 Né. 11:28–30. D&C 59:9–12.
16 a Mos. 25:18. GEE Contenção, 24 a At. 20:33–35;
b GEE Graça. Contenda. Mos. 27:3–5;
17 a 3 Né. 26:21; 27:3–8. b Mt. 6:22; Al. 1:26.
GEE Igreja de Jesus D&C 88:67–68. 25 a GEE Adorar.
Cristo. c GEE Unidade. 26 a GEE Graça.
18 a GEE Sacerdócio. 22 a Mos. 5:5–7;
MOSIAS 18:27–19:3 208
de fortalecer-se no Espírito, ten- não chegassem ao conhecimento
do b conhecimento de Deus para do rei.
ensinar com poder e autoridade 32 Mas eis que o rei, havendo
de Deus. descoberto um movimento en-
27 E novamente mandou Alma tre os de seu povo, enviou seus
que o povo da Igreja partilhasse servos para vigiá-los. Por conse-
seus bens, a cada um de acordo guinte, no dia em que se estavam
com o que tivesse; quem tives- reunindo para ouvir a palavra
se com mais abundância deveria do Senhor, foram denunciados
partilhar com mais abundância; ao rei.
daquele que tivesse pouco, pou- 33 E o rei disse que Alma estava
co seria requerido; e quem nada incitando as pessoas a rebelarem-
tivesse, a esse seria dado. se contra ele; portanto, enviou seu
28 E assim, de sua livre vontade exército para destruí-los.
e devido a seus bons desejos em 34 E aconteceu que Alma e o
relação a Deus, deveriam partilhar povo do Senhor foram a avisa-
seus bens com os sacerdotes ne- dos da vinda do exército do rei;
cessitados, sim, e com toda alma portanto, tomaram suas tendas
necessitada e nua. e suas famílias e partiram para o
29 E isso lhes disse ele, por or- deserto.
dem de Deus; e a andaram reta- 35 E eram aproximadamente
mente diante de Deus, b ajudando- quatrocentas e cinquenta almas.
se uns aos outros, tanto material
como espiritualmente, de acordo CAPÍTULO 19
com suas necessidades e carências.
Gideão procura matar o rei Noé — Os
30 E aconteceu que tudo isto se
lamanitas invadem aquela terra —
passou em Mórmon, sim, junto
O rei Noé morre queimado — Lími
às a águas de Mórmon, no bos-
governa como monarca tributário.
que que existia perto das águas
Aproximadamente 145–121 a.C.
de Mórmon; sim, as paragens de
Mórmon, as águas de Mórmon, E aconteceu que o exército do
o bosque de Mórmon, quão be- rei voltou, tendo procurado inu-
los são eles aos olhos dos que ali tilmente pelo povo do Senhor.
vieram a ter conhecimento de seu 2 Ora, eis que as forças do rei
Redentor; sim, e quão abençoados eram pequenas, tendo sido re-
são eles, porque lhe cantarão lou- duzidas; e começou a haver uma
vores para sempre! divisão entre o restante do povo.
31 E estas coisas foram feitas nas 3 E a parte menos numerosa co-
a
fronteiras daquela terra, para que meçou a fazer ameaças ao rei e
26 b GEE Conhecimento. 29 a
GEE Andar, Andar com 30 a Mos. 26:15.
27 a At. 2:44–45; Deus. 31 a Mos. 18:4.
4 Né. 1:3. b GEE Bem-Estar. 34 a Mos. 23:1.
209 MOSIAS 19:4–18
iniciou-se uma grande contenda 12 Muitos, porém, não quiseram
entre eles. abandoná-los, preferindo ficar
4 E havia entre eles um homem e morrer com eles. E os outros
cujo nome era Gideão, que, sen- deixaram as esposas e filhos e
do muito forte e inimigo do rei, fugiram.
desembainhou sua espada e ju- 13 E aconteceu que os que fica-
rou, em sua ira, que haveria de ram com as esposas e filhos fi-
matar o rei. zeram com que suas belas filhas
5 E aconteceu que lutou com o saíssem ao encontro dos lamanitas
rei; e quando viu que estava para e intercedessem por eles, para que
ser subjugado por ele, o rei fugiu e não os matassem.
correu e subiu à a torre que ficava 14 E aconteceu que os lamanitas
perto do templo. tiveram compaixão deles, porque
6 E Gideão perseguiu-o e estava a beleza das mulheres os cativou.
para subir à torre, a fim de matar 15 Portanto, os lamanitas lhes
o rei; e o rei lançou os olhos na pouparam a vida e levaram-nos
direção da terra de Senlon e eis cativos de volta para a terra de
que o exército dos lamanitas esta- Néfi, permitindo-lhes ocupar a
va dentro das fronteiras da terra. terra com a condição de entrega-
7 E então o rei clamou com toda rem o rei Noé nas mãos dos lama-
a angústia de sua alma, dizen- nitas, bem como as propriedades
do: Gideão, poupa-me, porque deles e até mesmo a metade de
os lamanitas estão sobre nós e tudo que possuíam, a metade de
destruir-nos-ão; sim, destruirão seu ouro e de sua prata e de todas
o meu povo. as suas coisas preciosas, como tri-
8 Ora, o rei não estava tão preo- buto a ser pago ao rei dos lamani-
cupado com o seu povo como com tas de ano em ano.
a própria vida; não obstante, Gi- 16 E um dos filhos do rei estava
deão poupou-lhe a vida. entre os que foram aprisionados;
9 E o rei ordenou ao povo que e seu nome era a Lími.
fugisse dos lamanitas e ele pró- 17 E Lími desejava que seu pai
prio saiu à frente deles; e fugiram não fosse morto; não obstante, sen-
para o deserto com suas mulheres do um homem justo, Lími não ig-
e seus filhos. norava as iniquidades de seu pai.
10 E aconteceu que os lamanitas 18 E aconteceu que Gideão en-
os perseguiram e alcançaram-nos viou homens ao deserto, secreta-
e começaram a matá-los. mente, para procurarem o rei e os
11 Ora, aconteceu que o rei orde- que estavam com ele. E aconteceu
nou a todos os homens que aban- que encontraram o povo no de-
donassem as esposas e filhos e serto, com exceção do rei e seus
fugissem dos lamanitas. sacerdotes.
19 5 a Mos. 11:12. 16 a Mos. 7:9.
MOSIAS 19:19–20:3 210
19 Ora, eles haviam jurado em 26 E também Lími, sendo filho
seu coração que voltariam à terra do rei e tendo-lhe sido conferido
de Néfi e que, se suas mulheres o reinado a pelo povo, fez jura-
e filhos houvessem sido mortos, mento ao rei dos lamanitas de
assim como os homens que com que seu povo lhe pagaria tribu-
eles haviam ficado, se vingariam to, sim, a metade de tudo quanto
e também pereceriam com eles. possuísse.
20 E o rei ordenou-lhes que não 27 E aconteceu que Lími come-
voltassem; e iraram-se contra o çou a estabelecer o reino e a esta-
rei e fizeram-no padecer a a morte belecer a paz entre seu povo.
pelo fogo. 28 E o rei dos lamanitas espa-
21 E estavam também para pren- lhou guardas pela terra, para nela
der os sacerdotes e tirar-lhes a manter o povo de Lími e evitar
vida, mas estes fugiram deles. que partissem para o deserto; e
22 E aconteceu que estavam para sustentava seus guardas com o
voltar à terra de Néfi, quando en- tributo que recebia dos nefitas.
contraram os homens de Gideão. 29 Ora, o rei Lími gozou de paz
E os homens de Gideão conta- contínua em seu reino pelo espa-
ram-lhes tudo o que havia acon- ço de dois anos, sendo que os la-
tecido às suas esposas e aos seus manitas não os molestaram nem
filhos; e que os lamanitas lhes ha- procuraram destruí-los.
viam permitido ocupar a terra se
pagassem, como tributo aos la- CAPÍTULO 20
manitas, metade de tudo quanto
Filhas dos lamanitas são raptadas
possuíssem.
pelos sacerdotes de Noé — Os lama-
23 E os do povo contaram aos
nitas fazem guerra contra Lími e seu
homens de Gideão que haviam
povo — Eles são repelidos e pacifica-
matado o rei e que seus sacerdo-
dos. Aproximadamente 145–123 a.C.
tes haviam fugido deles, deserto
adentro. Ora, havia um lugar em Senlon
24 E aconteceu que depois de onde as filhas dos lamanitas se
haverem terminado a cerimônia, reuniam para cantar e dançar e
voltaram para a terra de Néfi, re- divertir-se.
gozijando-se porque suas mu- 2 E aconteceu que, certo dia, um
lheres e filhos não haviam sido pequeno número delas reuniu-se
mortos; e contaram a Gideão o para cantar e dançar.
que haviam feito ao rei. 3 E os sacerdotes do rei Noé, ten-
25 E aconteceu que o rei dos la- do vergonha de voltar à cidade
manitas lhes fez um a juramento de Néfi, sim, e também temendo
de que seu povo não os mataria. que o povo os matasse, não se
20 a Mos. 17:13–19; 25 a Mos. 21:3.
Al. 25:11. 26 a Mos. 7:9.
211 MOSIAS 20:4–17
atreviam a voltar para junto das esposas e filhos; portanto, em-
esposas e filhos. pregaram todos os seus esforços
4 E tendo permanecido no de- e combateram como dragões.
serto e descoberto as filhas dos 12 E aconteceu que encontraram
lamanitas, ocultaram-se para ob- o rei dos lamanitas entre os mor-
servá-las. tos; ele, porém, não estava morto,
5 E quando havia somente algu- havendo sido ferido e deixado no
mas delas reunidas para dançar, chão, tão rápida fora a fuga de
saíram de seus esconderijos e ar- seu povo.
rebataram-nas e levaram-nas para 13 E recolheram-no e cuidaram
o deserto; sim, vinte e quatro das de seus ferimentos e levaram-no
filhas dos lamanitas foram carre- à presença de Lími, dizendo: Eis
gadas para o deserto. aqui o rei dos lamanitas que, ha-
6 E aconteceu que quando os la- vendo sido ferido, caiu entre os
manitas deram pela falta de suas mortos e eles o deixaram; e eis
filhas, iraram-se contra o povo de que o trouxemos a tua presença;
Lími, porque pensaram que fora e agora, matemo-lo.
o povo de Lími. 14 Lími, porém, disse-lhes: Não
7 Portanto, enviaram seus exér- o mateis, mas trazei-o aqui para
citos contra eles; sim, o próprio rei que eu o veja. E eles levaram-no.
marchou à frente de seu povo; e E perguntou-lhe Lími: Que moti-
subiram à terra de Néfi para des- vo tendes para vir batalhar contra
truir o povo de Lími. meu povo? Eis que meu povo não
8 Ora, Lími descobrira-os, do quebrou o a juramento que eu vos
alto da torre, sim, descobrira to- fiz; portanto, por que razão que-
dos os seus preparativos para a brastes o juramento que fizestes
guerra. Portanto, reuniu os de seu a meu povo?
povo e esperaram-nos embosca- 15 E o rei respondeu: Eu quebrei
dos nos campos e nos bosques. o juramento porque teu povo le-
9 E aconteceu que quando os vou as filhas de meu povo; por-
lamanitas chegaram, o povo de tanto, na minha ira fiz com que
Lími, saindo de seus esconderijos, meu povo viesse lutar contra o
atacou-os e começou a matá-los. teu povo.
10 E aconteceu que a batalha se 16 Ora, Lími nada ouvira sobre
tornou muito violenta, porque lu- esse assunto; consequentemen-
tavam como leões por sua presa. te disse: Procurarei entre meu
11 E aconteceu que o povo de povo e aquele que houver feito
Lími começou a repelir os lama- isso perecerá. Mandou, portanto,
nitas, apesar de seu número não que se efetuasse uma busca entre
chegar à metade do deles. Mas o povo.
a
lutavam pela vida e por suas 17 E quando a Gideão, que era
20 11 a Al. 43:45. 14 a Mos. 19:25–26. 17 a Mos. 19:4–8.
MOSIAS 20:18–21:3 212
capitão do rei, ouviu estas coisas, quilizou em relação ao povo e
dirigiu-se ao rei e disse: Rogo-te disse-lhes: Vamos ao encontro de
que te detenhas e não procedas a meu povo, sem armas; garanto-
uma busca entre este povo nem vos, sob juramento, que meu povo
faças contra ele esta acusação. não vos matará.
18 Pois não te lembras dos sa- 25 E aconteceu que seguiram o
cerdotes de teu pai, a quem este rei e, sem armas, foram ao encon-
povo procurou destruir? E não tro dos lamanitas. E aconteceu que
estão eles no deserto? Não seriam encontraram os lamanitas; e o rei
eles os que roubaram as filhas dos dos lamanitas curvou-se diante de-
lamanitas? les e intercedeu pelo povo de Lími.
19 E agora vai e dize ao rei es- 26 E quando os lamanitas viram
tas coisas, para que ele as repita que os homens de Lími estavam
aos de seu povo e tranquilize-os; desarmados, tiveram a compaixão
pois eis que já se estão preparando deles e tranquilizaram-se em re-
para vir contra nós; e eis, também, lação a eles e voltaram com o rei,
que somos poucos. em paz, para sua própria terra.
20 E eis que eles vêm com suas
numerosas hostes; e a menos que CAPÍTULO 21
o rei consiga apaziguá-los, pere-
O povo de Lími é ferido e derrotado
ceremos.
pelos lamanitas — Eles encontram
21 Pois não se estarão a cumprin-
Amon e são convertidos — Falam a
do as palavras que Abinádi pro-
Amon sobre as vinte e quatro placas
fetizou contra nós — e tudo isso
jareditas. Aproximadamente 122–
porque não quisemos ouvir as pa-
121 a.C.
lavras do Senhor nem abandonar
nossas iniquidades? E aconteceu que Lími e seu povo
22 E agora tranquilizemos o rei e voltaram para a cidade de Néfi e
cumpramos o juramento que lhe começaram a viver novamente em
fizemos, pois é melhor estar em paz na terra.
cativeiro do que perder a vida; 2 E aconteceu que, passados
portanto, cessemos o derrama- muitos dias, os lamanitas come-
mento de tanto sangue. çaram a irar-se novamente contra
23 E então Lími contou ao rei to- os nefitas e a atravessar as frontei-
das as coisas concernentes a seu ras da terra circunvizinha.
pai e aos a sacerdotes que haviam 3 Ora, não se atreviam a matá-
fugido para o deserto, atribuin- los por causa do juramento que
do a estes o rapto das filhas dos seu rei havia feito a Lími; no en-
lamanitas. tanto, batiam-lhes nas a faces e
24 E aconteceu que o rei se tran- exerciam autoridade sobre eles; e
21 a Mos. 12:1–8. 26 a GEE Compaixão.
23 a Mos. 19:21, 23. 21 3 a Mos. 12:2.
213 MOSIAS 21:4–17
começaram a pôr pesados fardos
b
lamanitas; e voltaram a guerrear,
sobre seus lombos e a conduzi-los mas foram rechaçados novamen-
como a um jumento mudo. te, sofrendo grandes perdas.
4 Sim, tudo isso aconteceu para 12 Sim, e ainda voltaram a guer-
que se cumprisse a palavra do rear uma terceira vez, sofrendo
Senhor. da mesma forma; e os que não
5 Ora, as aflições dos nefitas pereceram voltaram para a cida-
eram grandes e não havia meio de de Néfi.
de se livrarem das mãos dos lama- 13 E humilharam-se até o pó,
nitas, pois haviam sido cercados sujeitando-se ao jugo do cativei-
por eles de todos os lados. ro, sendo espancados e levados de
6 E aconteceu que os do povo um lado para outro e sobrecarre-
começaram a queixar-se ao rei por gados, de acordo com os desejos
causa de suas aflições e principia- de seus inimigos.
ram a ter desejo de fazer guerra 14 E a humilharam-se com a mais
aos lamanitas. E muito aborrece- profunda humildade e clamaram
ram o rei com suas queixas; por- fervorosamente a Deus; sim, cla-
tanto, ele permitiu que procedes- mavam todo o dia a seu Deus,
sem de acordo com seus desejos. para que os livrasse de suas afli-
7 E reuniram-se novamente e ções.
vestiram suas armaduras e saíram 15 E o Senhor mostrava-se a va-
contra os lamanitas para expulsá- garoso em ouvir-lhes as lamen-
los de sua terra. tações, por causa de suas iniqui-
8 E aconteceu que os lamanitas dades; não obstante, o Senhor
os venceram e rechaçaram e ma- ouviu-lhes os lamentos e começou
taram muitos deles. a abrandar o coração dos lama-
9 E houve muito a pranto e la- nitas, de modo que principiaram
mentações entre o povo de Lími, a aliviar-lhes a carga; contudo, o
chorando a viúva por seu marido, Senhor não julgou oportuno livrá-
o filho e a filha por seu pai e os los do cativeiro.
irmãos por seus irmãos. 16 E aconteceu que começaram,
10 Ora, havia muitas viúvas na aos poucos, a prosperar na terra;
terra e elas choravam muito, dia e começaram a cultivar grãos em
após dia, porque se havia apode- maior abundância e a criar reba-
rado delas um grande temor dos nhos e manadas para não sofre-
lamanitas. rem fome.
11 E aconteceu que seus contí- 17 Ora, havia um número mui-
nuos lamentos incitaram o restan- to maior de mulheres que de
te dos súditos de Lími contra os homens; portanto, o rei Lími
3 b Mos. 12:5. GEE Humildade, Mos. 11:23–25;
9 a Mos. 12:4. Humilde, Humilhar. D&C 101:7–9.
14 a Mos. 29:20. 15 a Prov. 15:29;
MOSIAS 21:18–29 214
ordenou a cada homem que di- a
de Noé, mandou prendê-los e
vidisse o seu sustento com as b viú- amarrá-los e jogá-los na a prisão.
vas e seus filhos, para que não pe- E houvessem eles sido os sacer-
recessem de fome; e isto fizeram dotes de Noé, ele teria mandado
por causa do grande número de matá-los.
homens que haviam sido mortos. 24 Contudo, quando descobriu
18 Ora, o povo de Lími conser- que não eram, mas que eram seus
vou-se o mais unido possível, irmãos e tinham vindo da terra
num só grupo, e protegeu seus de Zaraenla, encheu-se de gran-
grãos e seus rebanhos. de alegria.
19 E o próprio rei não ousa- 25 Ora, antes da chegada de
va sair das muralhas da cida- Amon o rei Lími enviara um a pe-
de, a não ser acompanhado de queno número de homens à b pro-
seus guardas, temendo cair, de cura da terra de Zaraenla; mas
alguma forma, nas mãos dos não a puderam encontrar e per-
lamanitas. deram-se no deserto.
20 E fez com que vigiassem a 26 Não obstante, encontraram
terra ao redor para ver se, de al- uma terra que havia sido habi-
gum modo, conseguiriam prender tada; sim, uma terra que estava
aqueles sacerdotes que haviam fu- coberta de a ossos secos; sim, uma
gido para o deserto, que haviam terra que havia sido habitada e
raptado as a filhas dos lamanitas destruída; e tendo suposto que
e feito cair sobre eles tão grande fosse a terra de Zaraenla, vol-
destruição. taram para a terra de Néfi, ha-
21 Pois desejavam prendê-los vendo chegado às suas frontei-
para castigá-los; porque haviam ras alguns dias antes da chegada
penetrado na terra de Néfi duran- de Amon;
te a noite e carregado seus grãos e 27 E levaram consigo um regis-
muitos de seus pertences precio- tro, o registro do povo cujos ossos
sos; ficaram, portanto, à espreita. haviam encontrado; e estava gra-
22 E aconteceu que não houve vado em placas de metal.
mais distúrbios entre os lamanitas 28 E então Lími novamente se
e o povo de Lími, até a época em encheu de alegria ao saber, pela
que a Amon e seus irmãos chega- boca de Amon, que o rei Mosias
ram à terra. tinha um a dom de Deus, mediante
23 E o rei, achando-se fora das o qual podia interpretar tais gra-
portas da cidade com sua guarda, vações; sim, e Amon também se
descobriu Amon e seus irmãos. E regozijou.
supondo que fossem os sacerdotes 29 Não obstante, Amon e os
17 a Mos. 4:16, 26. 23 a Hel. 5:21. 28 a Ômni 1:20–22;
b GEE Viúva. 25 a Mos. 8:7. Mos. 28:11–16.
20 a Mos. 20:5. b Mos. 7:14.
22 a Mos. 7:6–13. 26 a Mos. 8:8.
215 MOSIAS 21:30–22:2
irmãos encheram-se de tristeza 35 Desejavam ser batizados,
por haverem sido mortos tantos como prova e testemunho de que
de seus irmãos. estavam dispostos a servir a Deus
30 E também por terem, o rei de todo o coração; não obstante,
Noé e seus sacerdotes, feito com adiaram o momento; e um relato
que o povo cometesse tantos pe- de seu batismo será a feito mais
cados e iniquidades contra Deus; adiante.
e também lamentaram a a morte 36 Ora, toda a preocupação de
de Abinádi, assim como a b parti- Amon e de seu povo e do rei
da de Alma e dos que o haviam Lími e de seu povo era livrarem-
acompanhado, os quais haviam se das mãos dos lamanitas e do
formado uma igreja de Deus pela cativeiro.
força e poder de Deus e fé nas pa-
lavras que haviam sido proferidas CAPÍTULO 22
por Abinádi.
Feitos planos para o povo escapar
31 Sim, lamentaram sua partida,
do cativeiro lamanita — Os lama-
porque não sabiam para onde ha-
nitas são embebedados — O povo
viam fugido; e de bom grado se
escapa, volta a Zaraenla e submete-
teriam unido a eles, pois também
se ao rei Mosias. Aproximadamente
haviam feito um convênio com
121–120 a.C.
Deus de servi-lo e guardar seus
mandamentos. Ora, aconteceu que Amon e o
32 Ora, desde a chegada de rei Lími começaram a consultar
Amon o rei Lími e muitos de seu o povo sobre como poderiam li-
povo também haviam feito convê- vrar-se do cativeiro; e fizeram com
nio com Deus de servi-lo e guar- que todo o povo se reunisse; e
dar seus mandamentos. fizeram isso para ouvir a voz do
33 E aconteceu que o rei Lími e povo acerca do assunto.
muitos de seu povo desejavam 2 E aconteceu que não conse-
ser batizados; mas ninguém havia guiam descobrir um meio para
na terra que tivesse a autoridade livrarem-se do cativeiro, a não
de Deus. E Amon recusou-se a ser que tomassem suas mulheres
batizá-los, por considerar-se um e filhos e seus rebanhos e suas
servo indigno. manadas e suas tendas e partis-
34 Portanto, naquela época eles sem para o deserto; porque, sen-
não formaram uma igreja, espe- do os lamanitas tão numerosos,
rando pelo Espírito do Senhor. E era impossível ao povo de Lími
desejavam tornar-se como Alma lutar com eles, na esperança de
e seus irmãos, que haviam fugido poderem livrar-se do cativeiro
para o deserto. pela espada.
30 a Mos. 17:12–20. 33 a GEE Autoridade.
b Mos. 18:34–35. 35 a Mos. 25:17–18.
MOSIAS 22:3–16 216
3 Ora, aconteceu que Gideão se 10 E o rei Lími fez com que o
apresentou ao rei e disse-lhe: Ó povo reunisse seus rebanhos e
rei, até agora muitas vezes des- enviou o tributo de vinho aos
te ouvidos às minhas palavras, lamanitas; e também lhes en-
quando combatíamos nossos ir- viou mais vinho, como presente;
mãos, os lamanitas. e beberam abundantemente do
4 E agora, ó rei, se achas que não vinho que o rei Lími lhes havia
sou um servo inútil, ou melhor, enviado.
se até aqui de alguma forma des- 11 E aconteceu que os súditos do
te ouvidos às minhas palavras e rei Lími partiram durante a noite
elas foram de utilidade para ti, para o deserto com seus rebanhos
desejo também que escutes mi- e suas manadas; e eles contorna-
nhas palavras nesta ocasião; e se- ram a terra de Silom no deserto e
rei teu servo e livrarei este povo tomaram a direção da terra de Za-
do cativeiro. raenla, sendo guiados por Amon
5 E o rei deu-lhe licença para fa- e seus irmãos.
lar. E Gideão disse-lhe: 12 E levaram consigo para o
6 Eis que há uma passagem na deserto todo o seu ouro e prata
parte posterior da muralha, atrás e seus pertences preciosos que
da cidade. Os lamanitas, ou seja, podiam transportar e também
os guardas dos lamanitas, embe- suas provisões; e continuaram a
bedam-se à noite; enviemos, por- viagem.
tanto, uma proclamação a todo 13 E depois de muitos dias no
este povo, para que reúna seus deserto, chegaram à terra de Za-
rebanhos e manadas, a fim de raenla e juntaram-se ao povo de
conduzi-los ao deserto durante Mosias e tornaram-se seus sú-
a noite. ditos.
7 E eu irei, de acordo com tua 14 E aconteceu que Mosias os
ordem, pagar o último tributo de recebeu com alegria; e também re-
vinho aos lamanitas e eles ficarão cebeu seus a registros, assim como
embriagados; e sairemos pela pas- os b registros que haviam sido en-
sagem secreta, à esquerda de seu contrados pelo povo de Lími.
acampamento, quando estiverem 15 E então aconteceu que quan-
bêbados e adormecidos. do os lamanitas descobriram que
8 Assim partiremos com nossas o povo de Lími havia partido du-
mulheres e filhos, nossos reba- rante a noite, enviaram um exér-
nhos e manadas para o deserto; cito ao deserto para persegui-los;
e viajaremos contornando a terra 16 E depois de tê-los perseguido
de Silom. durante dois dias, já não puderam
9 E aconteceu que o rei deu ou- seguir-lhes os rastros; portanto,
vidos às palavras de Gideão. perderam-se no deserto.
22 14 a Mos. 8:5. b Mos. 8:9.
217 MOSIAS 23:1–13
Relato de Alma e do povo do fosse rei, porque era amado por
Senhor, que foram impelidos seu povo.
para o deserto pelo povo do 7 Mas ele disse-lhes: Eis que não
rei Noé. é aconselhável que tenhamos um
rei, pois assim diz o Senhor: a Não
Abrange os capítulos 23 e 24.
apreciareis uma carne mais que
outra, ou seja, nenhum homem
CAPÍTULO 23 se considerará melhor que ou-
tro; digo-vos, portanto, que não é
Alma recusa-se a ser rei — Ele serve
aconselhável que tenhais um rei.
como sumo sacerdote — O Senhor
8 Não obstante, se fosse pos-
castiga Seu povo e os lamanitas con-
sível ter sempre homens justos
quistam a terra de Helã — Amu-
como reis, seria bom que tivés-
lon, chefe dos iníquos sacerdotes do
seis um rei.
rei Noé, governa sujeito ao monarca
9 Mas lembrai-vos das a iniquida-
lamanita. Aproximadamente 145–
des do rei Noé e seus sacerdotes; e
121 a.C.
eu mesmo b caí numa armadilha e
Ora, Alma, tendo sido avisado fiz muitas coisas abomináveis aos
pelo Senhor de que os exércitos olhos do Senhor, o que me causou
do rei Noé cairiam sobre eles, penoso arrependimento.
avisou seu povo; portanto, reu- 10 Não obstante, depois de mui-
niram seus rebanhos e recolhe- tas a tribulações, o Senhor ouviu
ram seus cereais e partiram para meus clamores, e respondeu às
o deserto, adiante dos exércitos minhas orações, e fez de mim um
do rei Noé. instrumento nas suas mãos, para
2 E o Senhor fortaleceu-os, de levar b tantos de vós ao conheci-
modo que o povo do rei Noé não mento da sua verdade.
conseguiu alcançá-los para des- 11 Não obstante, não me vanglo-
truí-los. rio disso, porque sou indigno de
3 E fugiram durante oito dias, vangloriar-me.
deserto adentro. 12 E agora vos digo que haveis
4 E chegaram a uma terra, sim, sido oprimidos pelo rei Noé e ha-
uma terra muito bela e agradável, veis sido escravizados por ele e
uma terra de águas puras. seus sacerdotes; e eles vos con-
5 E armaram suas tendas e come- duziram à iniquidade; fostes, por-
çaram a cultivar o solo e a cons- tanto, amarrados com os a laços da
truir edifícios; sim, eram indus- iniquidade.
triosos e trabalhavam muito. 13 E agora, assim como haveis
6 E o povo desejava que Alma sido libertados desses laços pelo
23 7 a Mos. 27:3–5. b Mos. 17:1–4. 12 a 2 Né. 28:19–22.
9 a Prov. 16:12; 10 a D&C 58:4.
Mos. 11:1–15. b Mos. 18:35.
MOSIAS 23:14–28 218
poder de Deus, sim, das mãos do na terra de Helã; e construíram
rei Noé e seu povo e também dos uma cidade que chamaram cida-
laços da iniquidade, assim tam- de de Helã.
bém desejo que vos a conserveis 21 Não obstante, o Senhor julga
firmes nesta b liberdade que vos conveniente a castigar seu povo;
fez livres; e que em c ninguém con- sim, ele prova sua b paciência e
fieis para ser vosso rei. sua fé.
14 E também, que em ninguém 22 Entretanto, quem nele a confia
confieis para ser vosso a mestre ou será b elevado no último dia. E as-
ministro, a não ser que seja um sim foi com este povo.
homem de Deus, que ande em 23 Pois eis que vos mostrarei que
seus caminhos e guarde os man- eles foram reduzidos ao cativeiro
damentos. e ninguém poderia salvá-los, exce-
15 Assim Alma ensinou seu to o Senhor seu Deus, sim, o Deus
povo, a fim de que cada um de Abraão e Isaque e de Jacó.
a
amasse o próximo como a si mes- 24 E aconteceu que ele os liber-
mo, para que não houvesse b dis- tou e mostrou-lhes o seu grande
putas entre eles. poder; e grande foi a sua alegria.
16 E Alma foi o seu a sumo sacer- 25 Pois eis que aconteceu que,
dote, tendo sido ele o fundador da enquanto estavam na terra de
igreja deles. Helã, sim, na cidade de Helã, cul-
17 E aconteceu que ninguém re- tivando a terra dos arredores, eis
cebia a autoridade para pregar ou que um exército dos lamanitas se
ensinar, a não ser de Deus, por in- encontrava nas fronteiras da terra.
termédio de Alma. Ele, portanto, 26 E aconteceu que os irmãos de
consagrava todos os sacerdotes e Alma fugiram de seus campos e
todos os mestres; e ninguém era reuniram-se na cidade de Helã; e
consagrado a não ser que fosse ficaram muito atemorizados com
um homem justo. a chegada dos lamanitas.
18 Portanto, zelavam por seu 27 Alma, porém, adiantou-se e
povo e a edificavam-no com coisas pôs-se no meio deles, e exortou-
pertinentes à retidão. os a não temerem, mas a lembra-
19 E aconteceu que começaram rem-se do Senhor seu Deus, e ele
a prosperar muito na terra; e cha- libertá-los-ia.
maram à terra Helã. 28 Portanto, reprimiram os seus
20 E aconteceu que se multiplica- temores e começaram a clamar
ram e prosperaram grandemente ao Senhor para que abrandasse
13 a Gál. 5:1. 16 a Mos. 26:7. GEE Castigar, Castigo,
b GEE Liberdade, Livre. 17 a GEE Autoridade; Corrigir, Repreender.
c Mos. 29:13. Sacerdócio. b GEE Paciência.
14 a Mos. 18:18–22. 18 a 1 Tim. 4:6. 22 a GEE Confiança, Confiar.
15 a GEE Amor. 21 a Hel. 12:3; b 1 Né. 13:37.
b 3 Né. 11:28–29. D&C 98:21.
219 MOSIAS 23:29–24:2
o coração dos lamanitas, a fim de para a terra de Néfi, conceder-
que eles os poupassem, e às suas lhes-iam a vida e a liberdade.
mulheres, e aos seus filhos. 37 Depois que Alma lhes mos-
29 E aconteceu que o Senhor trou o caminho para a terra de
abrandou o coração dos lamani- Néfi, entretanto, os lamanitas não
tas. E Alma e seus irmãos foram cumpriram a promessa, mas es-
ao encontro deles e entregaram- palharam a guardas pela terra de
se em suas mãos; e os lamanitas Helã, com autoridade sobre Alma
tomaram posse da terra de Helã. e seus irmãos.
30 Ora, os exércitos dos lama- 38 E os demais foram para a ter-
nitas, que haviam perseguido o ra de Néfi; e uma parte deles vol-
povo do rei Lími, haviam fica- tou para a terra de Helã, levando
do perdidos no deserto durante consigo as esposas e filhos dos
muitos dias. guardas que haviam sido deixa-
31 E eis que haviam encontrado dos na terra.
aqueles sacerdotes do rei Noé, 39 E o rei dos lamanitas permitiu
num lugar a que deram o nome a Amulon que fosse rei e gover-
de Amulon; e eles haviam come- nante de seu povo, que estava na
çado a ocupar a terra de Amulon terra de Helã; não teria, porém,
e a cultivar o solo. o poder de fazer coisa alguma
32 Ora, o nome do chefe desses contrária à vontade do rei dos
sacerdotes era Amulon. lamanitas.
33 E aconteceu que Amulon fez
um apelo aos lamanitas; e enviou CAPÍTULO 24
também suas mulheres, que eram
Amulon persegue Alma e seu povo —
a
filhas dos lamanitas, para implo-
Se orarem, deverão ser mortos — O
rarem a seus irmãos que não ma-
Senhor faz com que seus fardos pa-
tassem seus maridos.
reçam leves — Livra-os do cativeiro
34 E os lamanitas tiveram a com-
e eles voltam para Zaraenla. Aproxi-
paixão de Amulon e de seus ir-
madamente 145–120 a.C.
mãos e não os mataram, por causa
de suas mulheres. E aconteceu que Amulon caiu
35 E Amulon e seus irmãos uni- nas graças do rei dos lamanitas;
ram-se aos lamanitas e estavam portanto, o rei dos lamanitas per-
viajando pelo deserto, à procura mitiu que ele e seus irmãos fossem
da terra de Néfi, quando desco- nomeados mestres de seu povo,
briram a terra de Helã, ocupada sim, do povo que se achava na
por Alma e seus irmãos. terra de Senlon e na terra de Silom
36 E aconteceu que os lamanitas e na terra de Amulon.
prometeram a Alma e seus irmãos 2 Porque os lamanitas haviam to-
que, se lhes indicassem o caminho mado posse de todas essas terras;
33 a Mos. 20:3–5. 34 a GEE Compaixão. 37 a Mos. 24:8–15.
MOSIAS 24:3–14 220
portanto, o rei dos lamanitas no- e sabia que ele havia sido um dos
a
meara reis para todas essas terras. sacerdotes do rei; e que fora ele
3 Ora, o nome do rei dos lama- que acreditara nas palavras de
nitas era Lamã, sendo chamado Abinádi e fora expulso da presen-
pelo nome de seu pai; e, portanto, ça do rei; estava, portanto, irado
era chamado rei Lamã. E era rei com ele; pois, embora sujeito ao
de um povo numeroso. rei Lamã, exercia autoridade so-
4 E nomeou mestres, dentre os bre eles e impunha-lhes b trabalhos
irmãos de Amulon, em cada terra e colocava capatazes sobre eles.
ocupada por seu povo; e assim o 10 E aconteceu que suas aflições
idioma de Néfi começou a ser en- eram tão grandes que começa-
sinado entre todos os lamanitas. ram a clamar fervorosamente
5 E eram amistosos uns com os a Deus.
outros; não obstante, não conhe- 11 E Amulon ordenou-lhes que
ciam a Deus; e os irmãos de Amu- parassem com seus clamores; e
lon nada lhes ensinaram concer- pôs guardas a vigiá-los, para que
nente ao Senhor seu Deus nem à fosse morto quem quer que en-
lei de Moisés; tampouco lhes en- contrassem clamando a Deus.
sinaram as palavras de Abinádi. 12 E Alma e seu povo não le-
6 Ensinaram-lhes, porém, que vantaram as vozes ao Senhor seu
deveriam escrever sua história e Deus, mas a ele a abriram o cora-
que poderiam escrever uns aos ção; e ele conhecia seus pensa-
outros. mentos.
7 E assim os lamanitas começa- 13 E aconteceu que a voz do Se-
ram a enriquecer e começaram a nhor lhes falou em suas aflições,
negociar uns com os outros e a dizendo: Levantai a cabeça e ten-
tornarem-se poderosos; e começa- de bom ânimo, porque sei do con-
ram a ser um povo astuto e sábio vênio que fizestes comigo; e farei
quanto à sabedoria do mundo; um convênio com o meu povo e
sim, um povo muito astuto, que libertá-lo-ei do cativeiro.
se deleitava com toda espécie de 14 E também aliviarei as cargas
iniquidades e pilhagens, exceto que são colocadas sobre vossos
entre seus próprios irmãos. ombros, de modo que não as po-
8 E então aconteceu que Amulon dereis sentir sobre vossas costas
começou a exercer a autoridade enquanto estiverdes no cativei-
sobre Alma e seus irmãos e co- ro; e isso eu farei para que sejais
meçou a persegui-lo e a fazer com minhas a testemunhas no futuro e
que seus filhos perseguissem os para que tenhais plena certeza de
filhos deles. que eu, o Senhor Deus, visito meu
9 Porque Amulon conhecia Alma povo nas suas b aflições.
24 8 a D&C 121:39. b Mos. 21:3–6. 14 a GEE Testemunha.
9 a Mos. 17:1–4; 23:9. 12 a GEE Oração. b GEE Adversidade.
221 MOSIAS 24:15–25:2
15 E aconteceu que as cargas cativeiro e ninguém os poderia
impostas a Alma e seus irmãos libertar, exceto o Senhor seu Deus.
se tornaram leves; sim, o Senhor 22 E renderam graças a Deus;
a
fortaleceu-os para que pudessem sim, todos os homens e todas as
carregar seus b fardos com facili- mulheres e todas as crianças que
dade; e submeteram-se de bom podiam falar levantaram as vozes
grado e com c paciência a toda a em louvor a seu Deus.
vontade do Senhor. 23 E então o Senhor disse a
16 E aconteceu que tão gran- Alma: Apressa-te e sai com teu
de era a sua fé e paciência, que povo desta terra, porque os lama-
a voz do Senhor tornou a falar- nitas acordaram e perseguem-te;
lhes, dizendo: Tende bom ânimo, portanto, sai desta terra e eu de-
porque amanhã vos libertarei do terei os lamanitas neste vale para
cativeiro. que não mais persigam este povo.
17 E ele disse a Alma: Irás à fren- 24 E aconteceu que saíram do
te deste povo e eu irei contigo e vale e reiniciaram sua jornada
libertarei este povo do a cativeiro. pelo deserto.
18 Ora, aconteceu que Alma e 25 E depois de haverem estado
seu povo reuniram os seus reba- doze dias no deserto, chegaram à
nhos e também seus cereais du- terra de Zaraenla; e o rei Mosias
rante a noite; sim, levaram a noite também os recebeu com alegria.
toda reunindo seus rebanhos.
19 E na manhã seguinte o Senhor CAPÍTULO 25
fez com que os lamanitas caíssem
Os do povo de Zaraenla (os mulequi-
num a profundo sono; sim, e todos
tas) tornam-se nefitas — Eles tomam
os seus capatazes permaneceram
conhecimento do povo de Alma e de
profundamente adormecidos.
Zênife — Alma batiza Lími e todo o
20 E Alma e seu povo partiram
seu povo — Mosias autoriza Alma a
para o deserto; e tendo viajado
organizar a Igreja de Deus. Aproxi-
durante o dia inteiro, armaram
madamente 120 a.C.
suas tendas num vale ao qual cha-
maram vale de Alma, porque ele E então o rei Mosias fez com que
os havia conduzido pelo deserto. todo o povo se reunisse.
21 Sim, e no vale de Alma ren- 2 Ora, não havia tantos dos fi-
deram a graças a Deus porque fora lhos de Néfi, ou seja, tantos dos
misericordioso para com eles e descendentes de Néfi quantos ha-
aliviara suas cargas e libertara-os via do a povo de Zaraenla, que era
do cativeiro; porque estavam no descendente de b Muleque, e dos
15 a Mt. 11:28–30. 17 a GEE Cativeiro. Agradecimento.
b Al. 31:38; 33:23. 19 a 1 Sam. 26:12. 25 2 a Ômni 1:13–19.
c D&C 54:10. 21 a GEE Ação de Graças, b Hel. 6:10.
GEE Paciência. Agradecido, GEE Muleque.
MOSIAS 25:3–16 222
que com ele haviam ido para o lamanitas e do cativeiro, eleva-
deserto. ram as vozes e renderam graças
3 E não havia tantos do povo de a Deus.
Néfi nem do povo de Zaraenla 11 E novamente, quando pensa-
como havia dos lamanitas; sim, não ram nos lamanitas, que eram seus
eram nem a metade em número. irmãos, e no estado de corrupção e
4 E todo o povo de Néfi estava pecado em que viviam, encheram-
reunido, assim como todo o povo se de a dor e angústia em relação
de Zaraenla; e achavam-se congre- ao bem-estar de suas b almas.
gados em dois grupos. 12 E aconteceu que aqueles que
5 E aconteceu que Mosias leu e eram filhos de Amulon e seus ir-
fez com que fossem lidos os regis- mãos, que haviam tomado as fi-
tros de Zênife a seu povo; sim, ele lhas dos lamanitas para esposas,
leu os registros do povo de Zêni- ficaram desgostosos com o proce-
fe, desde o tempo em que haviam dimento de seus pais e não qui-
deixado a terra de Zaraenla até seram mais levar o nome deles;
quando retornaram. consequentemente, adotaram o
6 E também leu o relato de Alma nome de Néfi, para que pudes-
e seus irmãos e de todas as suas sem ser chamados filhos de Néfi
aflições, desde o tempo em que e contados com os que eram cha-
haviam deixado a terra de Zaraen- mados nefitas.
la até quando retornaram. 13 E assim, todo o povo de Za-
7 E quando Mosias terminou a raenla foi a contado com os nefitas;
leitura dos registros, os de seu e isto porque o reino havia sido
povo, que haviam permanecido conferido somente aos descen-
na terra, ficaram assombrados e dentes de Néfi.
atônitos. 14 E aconteceu que quando aca-
8 Pois não sabiam o que pensar, bou de falar e ler para o povo,
porque, quando viram os que ha- Mosias pediu a Alma que tam-
viam sido a libertados do cativeiro, bém falasse.
encheram-se de grande alegria. 15 E Alma falou, estando o povo
9 E também, quando pensaram reunido em grandes grupos; e ele
em seus irmãos que haviam sido foi de grupo em grupo, pregando
mortos pelos lamanitas, enche- ao povo arrependimento e fé no
ram-se de tristeza e até mesmo Senhor.
derramaram lágrimas de dor. 16 E exortou o povo de Lími e
10 E também, quando pensaram seus irmãos, todos os que haviam
na solícita bondade de Deus e sido libertados do cativeiro, a lem-
no seu poder para libertar Alma brarem-se de que havia sido o Se-
e seus irmãos das mãos dos nhor quem os libertara.
8 a Mos. 22:11–13. Al. 13:27. almas.
11 a Mos. 28:3–4; b GEE Alma — Valor das 13 a Ômni 1:19.
223 MOSIAS 25:17–26:4
17 E aconteceu que depois de na terra de Zaraenla. E aconteceu
Alma haver ensinado muitas coi- que todos aqueles que desejavam
sas ao povo e acabado de falar- tomar sobre si o a nome de Cristo,
lhes, o rei Lími desejou ser bati- ou seja, de Deus, uniam-se às igre-
zado; e também todo o seu povo jas de Deus.
desejou ser batizado. 24 E eram chamados a povo de
18 Portanto, Alma entrou na Deus. E o Senhor derramou seu
água e batizou-os; sim, a batizou- Espírito sobre eles e foram aben-
os da mesma forma que batizara çoados e prosperaram na terra.
seus irmãos nas b águas de Mór-
mon; sim, e todos os que batizou CAPÍTULO 26
passaram a pertencer à igreja de
Muitos membros da Igreja são guia-
Deus; e isso por causa de sua cren-
dos ao pecado por incrédulos — Alma
ça nas palavras de Alma.
recebe a promessa de vida eterna —
19 E aconteceu que o rei Mo-
Aqueles que se arrependem e são ba-
sias permitiu que Alma organi-
tizados recebem perdão — Membros
zasse igrejas por toda a terra de
da Igreja, em pecado, que se arrepen-
Zaraenla; e deu-lhe a poder para
derem e se confessarem a Alma e ao
ordenar sacerdotes e mestres em
Senhor, serão perdoados; do contrário,
cada igreja.
serão excomungados. Aproximada-
20 Ora, isso foi feito porque ha-
mente 120–100 a.C.
via tanta gente, que não podiam
todos ser governados por um só Ora, aconteceu que havia muitos
mestre; nem podiam todos ouvir da nova geração que não podiam
a palavra de Deus numa só as- compreender as palavras do rei
sembleia. Benjamim, pois eram criancinhas
21 Portanto, reuniam-se em di- na época em que ele falara a seu
versos grupos, chamados igrejas, povo; e não acreditavam na tra-
tendo cada igreja seus sacerdotes dição de seus pais.
e mestres; e cada sacerdote pre- 2 Não acreditavam no que fora
gando a palavra segundo lhe era dito sobre a ressurreição dos mor-
comunicada pela boca de Alma. tos nem acreditavam no que se
22 E assim, não obstante existi- referia à vinda de Cristo.
rem muitas igrejas, elas eram to- 3 Ora, por causa de sua incredu-
das uma só igreja, sim, a a igreja de lidade não podiam a compreender
Deus; porque nada se pregava em a palavra de Deus; e seu coração
qualquer delas além de arrepen- estava endurecido.
dimento e fé em Deus. 4 E não queriam ser batizados
23 E existiam então sete igrejas nem desejavam unir-se à igreja.
18 a Mos. 21:35. 23 a GEE Jesus Cristo — 26 3 a GEE Compreensão,
b Mos. 18:8–17. Tomar sobre nós o Entendimento.
19 a GEE Sacerdócio. nome de Jesus Cristo.
22 a Mos. 18:17. 24 a GEE Convênio.
MOSIAS 26:5–18 224
E formavam um povo à parte, 11 E ele disse ao rei: Eis aqui
quanto a sua fé, e assim perma- muitos que trouxemos a tua pre-
neceram para sempre; sim, em sença, que são acusados por seus
seu estado a carnal e pecaminoso, irmãos; sim, e foram apanhados
porque não queriam invocar o cometendo várias iniquidades. E
Senhor seu Deus. eles não se arrependem de suas
5 Ora, no reinado de Mosias não iniquidades; portanto, trouxemo-
chegavam, em número, à metade los a tua presença, para que os jul-
do povo de Deus; mas, devido às gues de acordo com seus crimes.
a
dissensões entre os irmãos, tor- 12 Mas o rei Mosias disse a
naram-se mais numerosos. Alma: Eis que não os julgarei; a en-
6 Porque aconteceu que engana- trego-os, portanto, em tuas mãos
ram, com suas palavras lisonjei- para serem julgados.
ras, a muitos dos que pertenciam 13 E então o espírito de Alma
à igreja e fizeram com que come- tornou a perturbar-se. E dirigin-
tessem muitos pecados; tornou-se do-se ao Senhor, perguntou-lhe
necessário, portanto, que aqueles o que deveria fazer a respeito do
que cometiam pecados e que per- assunto, porque temia proceder
tenciam à igreja fossem a admoes- mal aos olhos do Senhor.
tados pela igreja. 14 E aconteceu que depois de
7 E aconteceu que eram levados haver derramado toda a sua alma
à presença dos sacerdotes e entre- a Deus, ouviu a voz do Senhor,
gues aos sacerdotes pelos mestres, dizendo:
sendo levados pelos sacerdotes 15 Abençoado és tu, Alma, e
à presença de Alma, que era o abençoados são os que foram ba-
a
sumo sacerdote. tizados nas a águas de Mórmon.
8 Ora, o rei Mosias dera a Alma Abençoado és por causa de tua
autoridade sobre a igreja. grande b fé tão-somente nas pala-
9 E aconteceu que Alma nada vras de meu servo Abinádi.
sabia sobre eles; mas muitas tes- 16 E abençoados são eles por
temunhas havia contra eles; sim, causa de sua grande fé tão-so-
muita gente se apresentava e tes- mente nas palavras que tu lhes
temunhava a respeito de suas ini- disseste.
quidades. 17 E abençoado és tu por haveres
10 Ora, nunca antes havia acon- organizado uma a igreja entre este
tecido coisa semelhante na igreja; povo; e eles serão estabelecidos e
portanto, o espírito de Alma per- eles serão o meu povo.
turbou-se e ele fez com que os le- 18 Sim, abençoado é este povo
vassem à presença do rei. que deseja tomar sobre si o meu
4 a GEE Homem Natural. GEE Advertência, 15 a Mos. 18:30.
5 a GEE Apostasia; Advertir, Prevenir. b Mos. 17:2.
Contenção, Contenda. 7 a Mos. 29:42. GEE Fé.
6 a Al. 5:57–58; 6:3. 12 a D&C 42:78–93. 17 a Mos. 25:19–24.
225 MOSIAS 26:19–31
nome; porque em meu nome se-
a
a segunda trombeta, então aque-
a
LIVRO DE ALMA
FILHO DE ALMA
não; ele antes permitiria que os ro, vez após vez, e tendo sido pro-
lamanitas a destruíssem todo o seu tegidos e preservados até agora; e
povo, chamado povo de Néfi, se prosperaram até se enriquecerem
fosse possível que eles b caíssem de todas as coisas —
em pecado e transgressão depois 23 E agora, eis que vos digo que
de haverem recebido tanta luz e se este povo, que recebeu tantas
tanto conhecimento do Senhor bênçãos da mão do Senhor, trans-
seu Deus; gredir contra a luz e o conheci-
20 Sim, depois de haverem sido mento que possui, eu vos digo
um povo altamente favorecido que, se isto acontecer, se eles caí-
pelo Senhor; sim, depois de ha- rem em transgressão, será muito
verem sido mais favorecidos do mais a tolerável para os lamanitas
que qualquer outra nação, tribo, do que para eles.
língua ou povo; depois de lhes te- 24 Pois eis que as a promessas do
rem a sido manifestadas, de acordo Senhor se estendem aos lamani-
com seus desejos e sua fé e ora- tas, mas não a vós, se transgredir-
ções, todas as coisas concernen- des; pois não prometeu expres-
tes ao que era, ao que é e ao que samente o Senhor e firmemente
há de vir; decretou que, se vos rebelardes
21 Havendo sido visitados pelo contra ele, sereis completamente
Espírito de Deus; havendo con- varridos da face da Terra?
versado com anjos e ouvido a voz 25 E por causa disso, para que
do Senhor e tendo o espírito de não sejais destruídos, o Senhor en-
profecia e o espírito de revelação; viou o seu anjo para visitar mui-
e também muitos dons, o dom de tos de seu povo, ordenando-lhes
falar em línguas e o dom de pre- que fossem clamar fortemente a
gar e o dom do Espírito Santo e o este povo, dizendo: a Arrependei-
dom de a traduzir; vos, porque o reino do céu está
22 Sim, e depois de haverem sido próximo;
a
libertados por Deus da terra de 26 E a não se passarão muitos
Jerusalém, pela mão do Senhor; dias até que o Filho de Deus ve-
tendo sido salvos da fome e de nha em sua glória; e sua glória
doenças e de todo tipo de enfer- será a glória do b Unigênito do Pai,
midades de toda espécie; e ten- cheio de c graça, equidade, e ver-
do sido fortalecidos em batalhas, dade, cheio de paciência, d mise-
para que não fossem destruídos; ricórdia e longanimidade, pronto
19 a 1 Né. 12:15, 19–20; 22 a 2 Né. 1:4. Hel. 5:32.
Al. 45:10–14. b Mos. 27:16. 26 a Al. 7:7.
b Al. 24:30. 23 a Mt. 11:22–24. b GEE Unigênito.
20 a GEE Revelação. 24 a 2 Né. 30:4–6; c GEE Graça.
21 a Ômni 1:20; D&C 3:20. d GEE Misericórdia,
Mos. 8:13–19; 28:11–17. 25 a Al. 7:9; Misericordioso.
265 ALMA 9:27–10:3
para ouvir o clamor do seu povo
e
33 Aconteceu, porém, que o Se-
e para responder às suas orações. nhor não permitiu, naquela opor-
27 E eis que virá para a redimir tunidade, que me agarrassem e
os que se b batizarem para o arre- lançassem na prisão.
pendimento, pela fé em seu nome. 34 E aconteceu que Amuleque,
28 Preparai, portanto, o cami- adiantando-se, também começou
nho do Senhor, pois aproxima-se a pregar-lhes. Ora, as a palavras de
o tempo em que todos os homens Amuleque não estão todas escri-
colherão uma recompensa de suas tas; não obstante, uma parte de
a
obras, de acordo com aquilo que suas palavras está escrita neste
tenham sido; se foram justas, b co- livro.
lherão a salvação de sua alma,
segundo o poder e a redenção CAPÍTULO 10
de Jesus Cristo; e se foram más,
Leí descendia de Manassés — Amu-
colherão a c condenação de sua
leque relata a ordem que recebera
alma, segundo o poder e cativei-
do anjo para cuidar de Alma — As
ro do diabo.
orações dos justos fazem com que o
29 Agora, eis que esta é a voz do
povo seja poupado — Advogados e
anjo, clamando ao povo.
juízes iníquos alicerçam a destruição
30 E agora, meus a amados ir-
do povo. Aproximadamente 82 a.C.
mãos, pois sois meus irmãos e
deveis ser amados, deveis pro- Ora, estas são as a palavras que
duzir obras dignas de arrependi- Amuleque pregou ao povo que
b
dos então à presença do rei, car- to pelos inimigos do rei; nem po-
regando os braços daqueles que dem eles dispersar os rebanhos do
haviam procurado matá-lo e que rei quando ele está conosco, gra-
haviam sido cortados pela espada ças a sua destreza e grande força;
de Amon; e foram levados ao rei sabemos, portanto, que ele é ami-
como testemunho das coisas que go do rei. E agora, ó rei, não acre-
haviam feito. ditamos que um homem tenha tão
grande poder, porque sabemos
CAPÍTULO 18 que ele não pode ser morto.
4 E então, quando o rei ouviu
O rei Lamôni supõe que Amon seja
estas palavras, disse-lhes: Agora
o Grande Espírito — Amon ensina o
sei que é o Grande Espírito; e veio
rei a respeito da criação, dos procedi-
nesta ocasião para preservar vos-
mentos de Deus para com os homens
sa vida, a fim de que eu não vos
e da redenção recebida por meio de a
mate como matei vossos irmãos.
Cristo — Lamôni crê e cai por terra,
Ora, este é o Grande Espírito de
como se estivesse morto. Aproxima-
quem falaram nossos pais.
damente 90 a.C.
5 Ora, esta era a tradição de La-
E aconteceu que o rei Lamôni môni, que ele havia recebido de seu
fez com que seus servos se apre- pai, de que existia um a Grande Es-
sentassem e testificassem todas pírito. Apesar de acreditarem num
as coisas que haviam visto con- Grande Espírito, pensavam que
cernentes ao assunto. tudo que fizessem estaria certo; não
2 E quando todos haviam testifi- obstante, começou Lamôni a temer
cado as coisas que presenciaram e muito, com medo de haver pro-
o rei inteirou-se da fidelidade de cedido mal ao matar seus servos;
Amon em defender seus rebanhos 6 Porque ele havia matado mui-
e também de seu grande poder tos deles por haverem seus irmãos
ao lutar contra os que haviam dispersado os rebanhos junto às
procurado matá-lo, ficou muito águas; e assim, por haverem seus
espantado e disse: Certamente rebanhos sido dispersados, foram
este é mais do que um homem. mortos.
Eis que não é este o Grande Espí- 7 Ora, era costume destes lama-
rito que envia tão grandes casti- nitas postarem-se perto das águas
gos a este povo por causa de seus de Sébus para dispersarem os re-
homicídios? banhos do povo e assim levarem
3 E responderam ao rei, dizendo: para suas terras muitos dos que
Se ele é o Grande Espírito ou um eram dispersos, pois entre eles
homem, não o sabemos; sabemos, esta era uma forma de furtar.
18 3 a Al. 17:34–38. 5 a Al. 19:25–27.
4 a Al. 17:28–31. GEE Trindade.
293 ALMA 18:8–20
8 E aconteceu que o rei Lamôni poderosos; e por isso disse-lhe:
perguntou a seus servos: Onde Rabana, o rei deseja que fiques.
está esse homem que tem tão 14 E Amon, voltando-se para o
grande poder? rei, disse-lhe: Que desejas que eu
9 E responderam-lhe: Eis que faça por ti, ó rei? E o rei não lhe
está tratando de teus cavalos. Ora, respondeu pelo espaço de uma
o rei havia ordenado a seus ser- hora, de acordo com a sua medi-
vos, antes da hora de dar de be- da de tempo, porque não sabia o
ber aos rebanhos, que lhe prepa- que lhe dizer.
rassem os cavalos e carros para 15 E aconteceu que Amon per-
conduzirem-no à terra de Néfi, guntou novamente: Que desejas de
porque na terra de Néfi fora de- mim? Mas o rei não lhe respondeu.
cretada uma grande festa pelo 16 E aconteceu que, estando
pai de Lamôni, que era o rei de cheio do Espírito de Deus, Amon
toda a terra. percebeu, portanto, os a pensa-
10 Ora, quando o rei Lamôni mentos do rei. E disse-lhe: Será
soube que Amon estava preparan- que é por teres ouvido que de-
do seus cavalos e carros, admirou- fendi teus servos e teus rebanhos
se ainda mais de sua fidelidade, e matei sete de seus irmãos com
dizendo: Certamente jamais hou- a funda e com a espada e cortei o
ve alguém entre todos os meus braço de outros, a fim de defender
servos que me tenha sido tão fiel os teus rebanhos e teus servos?
como este homem; porque ele se Eis que será esse o motivo de tua
lembra de executar todas as mi- admiração?
nhas ordens. 17 Digo-te: Por que te admiras
11 Ora, estou certo de que este tanto? Eis que sou um homem
é o Grande Espírito e desejaria e sou teu servo; portanto, tudo
que viesse a mim; porém não me quanto desejares, sendo justo, eu
atrevo. o farei.
12 E aconteceu que, tendo prepa- 18 Ora, quando o rei ouviu estas
rado os cavalos e os carros para o palavras tornou a maravilhar-se,
rei e seus servos, Amon se dirigiu porque percebeu que Amon podia
ao rei e viu que o semblante do a
discernir-lhe os pensamentos;
rei se havia modificado; portan- não obstante, o rei Lamôni abriu
to, estava para retirar-se de sua a boca e perguntou-lhe: Quem és
presença. tu? És tu aquele Grande Espírito
13 E um dos servos do rei dis- que b conhece todas as coisas?
se-lhe: Rabana, que, interpreta- 19 Amon respondeu-lhe e disse:
do, significa poderoso ou grande Não sou.
rei, pois consideravam seus reis 20 E disse o rei: Como conheces
16 a Al. 12:3. Dom de.
18 a GEE Discernimento, b GEE Trindade.
ALMA 18:21–36 294
os pensamentos de meu coração? ele criou todas as coisas que es-
Podes falar sem temor a respeito tão na Terra; mas não conheço
destas coisas; dize-me também os céus.
com que poder mataste e cortas- 30 E Amon disse-lhe: O céu é o
te o braço de meus irmãos que lugar onde Deus habita com todos
dispersaram os meus rebanhos — os seus santos anjos.
21 E então, se me explicares a 31 E o rei Lamôni perguntou-lhe:
respeito destas coisas, dar-te-ei Fica acima da Terra?
o que desejares; e se fosse neces- 32 E Amon disse: Sim, e ele ob-
sário, defender-te-ia com meus serva todos os filhos dos homens
exércitos; sei, porém, que és mais e conhece todos os seus a pensa-
poderoso que todos eles; não obs- mentos e intenções; porque por
tante, conceder-te-ei tudo que de- sua mão foram todos eles criados
sejares de mim. desde o princípio.
22 Ora, Amon, sendo sábio em- 33 E o rei Lamôni disse: Creio
bora inofensivo, disse a Lamôni: em todas estas coisas que disseste.
Escutarás minhas palavras, se eu Foste enviado por Deus?
te disser por que poder faço es- 34 Respondeu-lhe Amon: Eu sou
tas coisas? E isto é o que desejo um a homem; e o homem, no prin-
de ti. cípio, foi criado segundo a ima-
23 E o rei respondeu-lhe, dizen- gem de Deus; e seu Santo Espírito
do: Sim, acreditarei em todas as chamou-me para b ensinar estas
tuas palavras. E assim foi apanha- coisas a este povo, para que ve-
do com astúcia. nha a conhecer aquilo que é justo
24 E Amon começou a falar-lhe e verdadeiro;
com a ousadia, dizendo: Crês tu 35 E uma porção desse a Espí-
que existe um Deus? rito habita em mim, dando-me
25 E ele respondeu-lhe, dizendo: b
conhecimento e também poder
Não sei o que isso significa. segundo minha fé e desejos que
26 E disse-lhe então Amon: Crês estão em Deus.
tu que existe um Grande Espírito? 36 Ora, após ter dito estas pala-
27 E ele respondeu: Sim. vras, Amon principiou pela cria-
28 E disse-lhe Amon: Esse é ção do mundo e também a cria-
Deus. E disse-lhe mais: Crês tu ção de Adão; e contou-lhe todas
que esse Grande Espírito, que é as coisas concernentes à queda
Deus, criou todas as coisas que do homem, a explicando e mos-
estão nos céus e na Terra? trando os registros e as sagradas
29 E ele disse: Sim, eu creio que b
escrituras do povo, as quais os
24 a Al. 38:12. Ét. 3:13–16. b GEE Conhecimento.
32 a Amós 4:13; b GEE Ensinar, Mestre — 36 a Mos. 1:4;
3 Né. 28:6; Ensinar com o Espírito. Al. 22:12; 37:9.
D&C 6:16. 35 a GEE Inspiração, b GEE Escrituras.
34 a Mos. 7:27; Inspirar.
295 ALMA 18:37–19:5
profetas haviam declarado des-
c
pelo espaço de dois dias e duas
de a época em que seu pai, Leí, noites; e sua mulher e seus filhos
deixara Jerusalém. e suas filhas choraram por ele se-
37 E ele também lhes relatou (ao gundo o costume dos lamanitas,
rei e a seus servos) todas as via- lamentando grandemente a sua
gens de seus pais no deserto e to- perda.
dos os seus sofrimentos, causados
pela fome e pela sede, bem como CAPÍTULO 19
suas labutas e assim por diante.
Lamôni recebe a luz da vida eterna e
38 E ele também lhes falou sobre
vê o Redentor — Os de sua casa caem
as rebeliões de Lamã e Lemuel e
por terra, dominados pelo assombro,
dos filhos de Ismael, sim, relatou-
e alguns veem anjos — Amon é pre-
lhes todas as rebeliões; e explicou-
servado milagrosamente — Ele batiza
lhes todos os registros e escrituras,
muitos e estabelece uma igreja entre
desde o tempo em que Leí deixara
eles. Aproximadamente 90 a.C.
Jerusalém até aquela época.
39 Isto, porém, não é tudo; pois E aconteceu que, passados dois
explicou-lhes o a plano de reden- dias e duas noites, estavam a pon-
ção, que foi preparado desde a to de levar seu corpo e depositá-
fundação do mundo; e também lo em um sepulcro que haviam
fez que soubessem a respeito da feito com o propósito de enterrar
vinda de Cristo e deu-lhes a co- seus mortos.
nhecer todas as obras do Senhor. 2 Ora, a rainha, tendo ouvido
40 E aconteceu que após ter dito falar sobre a fama de Amon, man-
todas essas coisas e tê-las explica- dou, portanto, chamá-lo a sua
do ao rei, o rei acreditou em todas presença.
as suas palavras. 3 E aconteceu que Amon fez o
41 E começou a clamar ao Se- que lhe foi ordenado e procurou
nhor, dizendo: Ó Senhor, tem mi- a rainha e perguntou-lhe o que
sericórdia; a mesma abundante desejava que ele fizesse.
a
misericórdia que tiveste para com 4 E ela disse-lhe: Os servos de
o povo de Néfi, tem para comigo meu marido informaram-me que
e meu povo. és a profeta de um santo Deus e
42 E então, quando disse isto, que tens o poder de realizar gran-
caiu por terra como se estivesse des obras em seu nome;
morto. 5 Portanto, se assim é, desejo
43 E aconteceu que seus servos que entres e vejas meu marido,
o pegaram e carregaram-no para porque ele já está deitado em seu
junto de sua esposa e deitaram-no leito pelo espaço de dois dias e
na cama; e ele ficou como morto duas noites; e alguns dizem que
36 c At. 3:18–21. Redenção. Misericordioso.
39 a GEE Plano de 41 a GEE Misericórdia, 19 4 a GEE Profeta.
ALMA 19:6–14 296
ele não está morto, porém outros sejas por causa de tua grande a fé;
dizem que morreu e cheira mal, digo-te, mulher, que nunca houve
e que deveria ser sepultado; mas tão grande fé entre todo o povo
para mim ele não cheira mal. nefita.
6 Ora, isso era o que Amon de- 11 E aconteceu que ela velou
sejava, porque sabia que o rei La- junto à cama do marido daquele
môni estava sob o poder de Deus; momento até o dia seguinte, na
sabia que o escuro a véu da incre- hora estabelecida por Amon para
dulidade lhe estava sendo tirado que se levantasse.
da mente e que a b luz que lhe ilu- 12 E aconteceu que ele se le-
minava a mente, que era a luz da vantou, conforme as palavras de
glória de Deus, que era uma luz Amon; e, ao levantar-se, esten-
maravilhosa de sua bondade — deu a mão à mulher e disse-lhe:
sim, essa luz havia-lhe infundido Abençoado seja o nome de Deus
tanta alegria na alma, tendo-se e bendita és tu.
dissipado a nuvem de escuridão, 13 Porque tão certo como tu vi-
que a luz da vida eterna se lhe ha- ves, eis que vi meu Redentor; e ele
via acendido na alma; sim, sabia virá e a nascerá de uma b mulher e
que isto havia dominado o corpo redimirá toda a humanidade que
natural do rei e que ele fora arre- crê em seu nome. Ora, tendo dito
batado em Deus; estas palavras, transbordou-se-
7 Portanto, o que a rainha lhe lhe o coração e outra vez ele caiu
pediu era unicamente o que ele por terra, de alegria; e a rainha
desejava. Assim, entrou para ver também caiu por terra, dominada
o rei, como lhe havia pedido a rai- pelo Espírito.
nha; e vendo o rei, soube que ele 14 Ora, Amon, vendo que o Espí-
não estava morto. rito do Senhor se havia derrama-
8 Disse então à rainha: Ele não do de acordo com suas a orações,
está morto, mas dorme em Deus sobre os lamanitas, seus irmãos,
e amanhã se levantará outra vez; que haviam sido a causa de tanta
portanto, não o sepultes. dor entre os nefitas, ou melhor,
9 E disse-lhe Amon: Crês tu nis- entre todo o povo de Deus, devido
so? E ela disse-lhe: Não tive prova às suas iniquidades e suas b tradi-
alguma, a não ser a tua palavra e ções, caiu de joelhos e começou
a palavra de nossos servos; não a extravasar a alma em oração e
obstante, acredito que será como agradecimento a Deus pelo que
dizes. havia feito por seus irmãos; e foi
10 E disse-lhe Amon: Abençoada também dominado pela c alegria;
6 a 2 Cor. 4:3–4. 13 a
GEE Jesus Cristo — 14 a D&C 42:14.
GEE Véu. Profecias acerca do b Mos. 1:5.
b GEE Luz, Luz de Cristo. nascimento e da morte c GEE Alegria.
10 a Lc. 7:9. de Jesus Cristo.
GEE Fé. b 1 Né. 11:13–21.
297 ALMA 19:15–23
e assim, todos os três caíram por
d
como mortos; e também viram
terra. Amon e eis que era um nefita.
15 Ora, quando os servos do rei 19 E então começaram a murmu-
viram que eles haviam caído por rar entre si; alguns diziam que era
terra, também começaram a cla- um grande mal que havia caído
mar a Deus, porque o temor do sobre eles, ou seja, sobre o rei e
Senhor também se havia apode- sua casa, porque ele havia permi-
rado deles, pois foram a eles que tido que o nefita a permanecesse
se haviam apresentado perante na terra.
o rei e testificado a ele o grande 20 Outros, porém, os repreen-
poder de Amon. diam, dizendo: O rei trouxe este
16 E aconteceu que invocaram mal sobre sua casa porque ele ma-
o nome do Senhor com toda a tou seus servos, cujos rebanhos
força, até caírem todos por terra, haviam sido dispersos nas a águas
exceto uma das mulheres lama- de Sébus.
nitas, por nome Abis, que muitos 21 E eles também foram repreen-
anos antes se convertera ao Se- didos por aqueles homens que,
nhor graças a uma notável visão junto às águas de Sébus, haviam
de seu pai — a
dispersado os rebanhos que per-
17 Assim, tendo sido convertida tenciam ao rei; porque estavam
ao Senhor e jamais o tendo revela- indignados com Amon, por cau-
do, quando viu que todos os ser- sa do número de seus irmãos que
vos de Lamôni haviam caído por ele havia matado junto às águas
terra e que também se achavam de Sébus enquanto defendia os
prostrados por terra sua ama, a rebanhos do rei.
rainha, e o rei e Amon, soube que 22 Ora, um deles, cujo irmão
era o poder de Deus; e acreditan- havia sido a morto pela espada
do que esta oportunidade, infor- de Amon, estando muito irado
mando ao povo o que se passara contra Amon, desembainhou a
entre eles, que, contemplando esta espada e adiantou-se para fazê-la
cena, a seriam levados a acreditar cair sobre Amon e matá-lo; e ao
no poder de Deus, ela correu, por- levantar a espada para golpeá-lo,
tanto, de casa em casa, comuni- eis que caiu morto.
cando o sucedido ao povo. 23 Ora, vemos que Amon não
18 E começaram a reunir-se na podia ser morto, porque o a Senhor
casa do rei. E juntou-se uma mul- dissera a Mosias, seu pai: Poupá-
tidão que, admirada, viu que o rei lo-ei e acontecerá com ele segundo
e a rainha e seus servos estavam a tua fé — portanto, Mosias b con-
prostrados por terra e ali jaziam fiara-o ao Senhor.
14 d Al. 27:17. 19 a Al. 17:22–23. 22 a Al. 17:38.
15 a Al. 18:1–2. 20 a Al. 17:26; 18:7. 23 a Mos. 28:7; Al. 17:35.
17 a Mos. 27:14. 21 a Al. 17:27; 18:3. b GEE Confiança, Confiar.
ALMA 19:24–34 298
24 E aconteceu que quando a 29 E aconteceu que, tendo-se
multidão viu que o homem que adiantado, tomou a mão da rainha
levantara a espada para matar para ver se conseguia levantá-la
Amon havia caído morto, todos do chão; e assim que lhe tocou a
foram tomados pelo medo e não mão, ela levantou-se e clamou em
ousaram estender a mão para alta voz, dizendo: Oh! Abençoado
tocá-lo nem a qualquer dos que Jesus, que me salvou de um a infer-
haviam caído; e começaram no- no horrível! Ó Deus bendito, tem
vamente a maravilhar-se, ima- b
misericórdia deste povo!
ginando qual seria a causa desse 30 E tendo dito isso, juntou as
grande poder ou o que poderiam mãos, cheia de alegria, dizendo
significar todas essas coisas. muitas palavras que não foram
25 E aconteceu que muitos den- compreendidas; e tendo feito isso,
tre eles diziam que Amon era o tomou o rei Lamôni pela mão e
Grande Espírito; e outros diziam eis que ele se levantou e pôs-se
que ele havia sido enviado pelo de pé.
a
Grande Espírito; 31 E ele, vendo a contenda en-
26 Mas outros repreendiam a tre seu povo, imediatamente se
todos, dizendo que ele era um adiantou e começou a repreendê-
monstro enviado pelos nefitas los e a ensinar-lhes as a palavras
para atormentá-los. que ouvira da boca de Amon; e
27 E havia alguns que diziam ter todos os que deram ouvidos às
sido Amon enviado pelo Grande suas palavras creram e foram con-
Espírito para afligi-los por causa vertidos ao Senhor.
de suas iniquidades; e que era o 32 Mas houve muitos entre eles
Grande Espírito que sempre au- que não deram ouvidos às suas
xiliara os nefitas, que sempre os palavras; portanto, seguiram o
livrara de suas mãos; e diziam seu caminho.
que fora esse Grande Espírito que 33 E aconteceu que quando se
havia destruído tantos de seus ir- levantou, Amon também pregou
mãos, os lamanitas. a eles e assim também fizeram to-
28 E assim a disputa entre eles dos os servos de Lamôni; e todos
tornou-se muito acalorada. E en- disseram ao povo a mesma coi-
quanto estavam deste modo dis- sa — que seu coração havia sido
cutindo, a a serva que fizera com a
transformado; que não deseja-
que a multidão se reunisse, ven- vam mais praticar o b mal.
do as disputas que havia entre o 34 E eis que muitos declararam
povo, entristeceu-se muito, até as ao povo que haviam visto a anjos e
lágrimas. que com eles haviam conversado;
25 a Al. 18:2–5. Misericordioso. b Mos. 5:2; Al. 13:12.
28 a Al. 19:16. 31 a Al. 18:36–39. 34 a GEE Anjos.
29 a 1 Né. 14:3. 33 a GEE Nascer de Deus,
b GEE Misericórdia, Nascer de Novo.
299 ALMA 19:35–20:9
e, assim, relataram-lhes coisas de 3 Ora, aconteceu que quando
Deus e de sua retidão. ouviu isto, Amon disse a Lamôni:
35 E aconteceu que muitos deles Eis que meu irmão e meus com-
acreditaram em suas palavras; panheiros estão na prisão em
e todos os que acreditaram fo- Midôni e eu para lá irei a fim de
ram a batizados; e tornaram-se um libertá-los.
povo justo e organizaram uma 4 Então Lamôni disse a Amon:
igreja entre eles. Sei que com o a poder do Senhor
36 E assim começou a obra do podes realizar todas as coisas. Irei,
Senhor entre os lamanitas; deste porém, contigo à terra de Midôni,
modo o Senhor começou a derra- porque o rei da terra de Midô-
mar-lhes o seu Espírito; e vemos ni, cujo nome é Antiono, é meu
que o seu braço está estendido a amigo; portanto, irei à terra de
a
todos os povos que se arrepen- Midôni, a fim de agradar ao rei
dem e creem em seu nome. da terra e ele soltará teus irmãos
da b prisão. Então lhe perguntou
CAPÍTULO 20 Lamôni: Quem te informou que
teus irmãos estavam na prisão?
O Senhor envia Amon a Midôni para
5 E respondeu-lhe Amon: Nin-
libertar seus irmãos aprisionados —
guém me contou, a não ser Deus;
Amon e Lamôni encontram o pai
e ele disse-me — Vai libertar teus
de Lamôni, que é rei de toda aquela
irmãos, porque se acham na pri-
terra — Amon compele o velho rei a
são, na terra de Midôni.
aprovar a libertação de seus irmãos.
6 Ora, quando Lamôni ouviu
Aproximadamente 90 a.C.
isso, fez com que os servos apron-
E aconteceu que depois de ha- tassem seus a cavalos e seus carros.
verem eles organizado uma igreja 7 E disse a Amon: Vem, desce-
naquela terra, o rei Lamôni de- rei contigo à terra de Midôni e lá
sejou que Amon fosse com ele à suplicarei ao rei que liberte teus
terra de Néfi para apresentá-lo a irmãos da prisão.
seu pai. 8 E aconteceu que Amon e La-
2 E Amon ouviu a voz do Se- môni, quando para lá se dirigiam,
nhor, dizendo: Não subirás à ter- encontraram o pai de Lamôni, que
ra de Néfi, porque eis que o rei era rei a de toda a terra.
procurará tirar-te a vida; irás, 9 E eis que o pai de Lamôni lhe
porém, à terra de Midôni; porque perguntou: Por que não vieste à
eis que teu irmão Aarão e tam- a
festa naquele grande dia em que
bém Mulóqui e Amá se acham dei uma festa a meus filhos e a
na prisão. meu povo?
35 a GEE Batismo, Batizar. 20 4 a Al. 26:12. 8 a Al. 22:1.
36 a 2 Né. 26:33; b Al. 20:28–30. 9 a Al. 18:9.
Al. 5:33. 6 a Al. 18:9–10.
ALMA 20:10–24 300
10 E também lhe perguntou: 17 Mas Amon adiantou-se e dis-
Para onde vais com esse nefita, se-lhe: Eis que tu não matarás teu
que é um dos filhos de um a men- filho; não obstante, a melhor seria
tiroso? que ele morresse do que tu, por-
11 E aconteceu que Lamôni, te- que eis que ele se b arrependeu de
mendo ofendê-lo, explicou-lhe seus pecados; mas se tu caísses
para onde ia. agora, com tua ira, tua alma não
12 E contou-lhe também todos poderia ser salva.
os motivos de haver permanecido 18 E também é conveniente que
em seu próprio reino, não tendo te reprimas, porque, se a matasses
ido à festa que seu pai havia pre- teu filho, sendo ele um homem
parado. inocente, o seu sangue clamaria
13 E então, quando Lamôni ex- da terra ao Senhor seu Deus, para
plicou-lhe todas essas coisas, eis que a vingança caísse sobre ti; e
que, para seu espanto, indignou-se talvez perdesses tua b alma.
o pai contra ele, dizendo: Lamôni, 19 Ora, tendo dito Amon essas
tu vais libertar esses nefitas, que palavras, ele respondeu-lhe, di-
são filhos de um mentiroso. Eis zendo: Eu sei que, se matasse meu
que ele roubou nossos pais; e ago- filho, derramaria sangue inocen-
ra seus filhos estão entre nós, a fim te; porque foste tu que procuraste
de enganar-nos com suas astúcias destruí-lo.
e mentiras, para novamente nos 20 E estendeu a mão para ma-
despojar de nossas propriedades. tar Amon. Mas Amon resistiu a
14 Ora, o pai de Lamôni orde- seus golpes e feriu-lhe também
nou-lhe que matasse Amon com o braço, de modo que não pôde
a espada. E ordenou-lhe também mais usá-lo.
que não fosse à terra de Midôni, 21 Então o rei, vendo que Amon
mas que voltasse com ele à terra podia matá-lo, começou a supli-
de a Ismael. car-lhe que lhe poupasse a vida.
15 Lamôni, porém, disse-lhe: 22 Amon, porém, levantou a es-
Não matarei Amon nem voltarei pada e disse-lhe: Eis que te ma-
contigo à terra de Ismael, mas tarei, a menos que permitas que
irei à terra de Midôni libertar os meus irmãos sejam tirados da
irmãos de Amon, porque sei que prisão.
são homens justos e santos profe- 23 Então o rei, temendo perder a
tas do verdadeiro Deus. vida, disse: Se me poupares, con-
16 Ora, quando seu pai ouviu ceder-te-ei tudo que pedires, até
estas palavras, irou-se contra ele metade de meu reino.
e desembainhou a espada para 24 Ora, quando Amon viu que
derrubá-lo por terra. havia impressionado o velho rei
10 a Mos. 10:12–17. 17 a Al. 48:23. 18 a GEE Homicídio.
14 a Al. 17:19. b Al. 19:12–13. b D&C 42:18.
301 ALMA 20:25–30
como desejava, disse-lhe: Se per- da terra; portanto, os irmãos de
mitires que meus irmãos sejam Amon foram tirados da prisão.
libertados da prisão e também 29 E quando encontrou seus ir-
que Lamôni conserve seu reino; mãos, Amon ficou muito triste
e se não ficares aborrecido com porque eis que estavam nus e sua
ele, mas permitires que ele aja pele muito marcada, devido às
segundo sua própria vontade em fortes cordas com que estavam
a
tudo quanto determinar, então te atados. E também haviam sofrido
pouparei; do contrário ferir-te-ei fome, sede e toda espécie de afli-
até caíres por terra. ções; não obstante, haviam sido
25 Ora, quando Amon disse a
pacientes em todos os seus so-
essas palavras, o rei começou frimentos.
a regozijar-se por causa de sua 30 E aconteceu que haviam tido
vida. a infelicidade de cair nas mãos
26 E quando viu que Amon não de um povo mais duro e obsti-
desejava matá-lo e quando viu nado; portanto, não quiseram es-
também o grande amor que ele cutar-lhes as palavras, tendo-os
tinha por seu filho Lamôni, ficou expulsado e batido neles, tendo-
muito admirado e disse: Por teres os enxotado de casa em casa e
tu desejado somente que eu liber- de lugar em lugar, até chegarem
tasse teus irmãos e permitisse que à terra de Midôni; e ali foram
meu filho Lamôni conservasse o capturados e postos na prisão e
reino, eis que te concederei que amarrados com a fortes cordas; e
meu filho conserve o reino, de ficaram encarcerados por muitos
hoje em diante e para sempre; e dias, sendo libertados por Lamôni
eu não mais o governarei — e Amon.
27 E também te concederei que
teus irmãos sejam libertados da
Relato da prédica de Aarão e Mu-
prisão e tu e teus irmãos podereis
lóqui e seus irmãos aos lamanitas.
vir a mim em meu reino, porque
desejarei muito ver-te. Pois o rei Abrange os capítulos 21 a 25.
estava grandemente admirado
com as palavras que ele proferira
CAPÍTULO 21
e também com as palavras de seu
filho Lamôni; e a desejava, portan- Aarão ensina os amalequitas a respei-
to, aprendê-las. to de Cristo e Sua Expiação — Aa-
28 E aconteceu que Amon e La- rão e seus irmãos são aprisionados
môni continuaram sua viagem em Midôni — Após sua libertação,
para a terra de Midôni. E Lamô- eles ensinam nas sinagogas e fazem
ni achou graça aos olhos do rei muitos conversos — Lamôni concede
24 a Al. 21:21–22. Humilde, Humilhar. 30 a Al. 26:29.
27 a GEE Humildade, 29 a Al. 17:11.
ALMA 21:1–10 302
liberdade religiosa ao povo, na terra ele, dizendo: O que é que testifi-
de Ismael. Aproximadamente 90– caste? Viste tu um a anjo? Por que
77 a.C. é que os anjos não nos aparecem?
Eis que este povo não é tão bom
Ora, quando Amon e seus irmãos quanto teu povo?
se a separaram nas fronteiras da 6 Tu também dizes que, a menos
terra dos lamanitas, eis que Aa- que nos arrependamos, perecere-
rão seguiu viagem para a terra mos. Como conheces o pensamen-
que os lamanitas denominavam to e o intento de nosso coração?
Jerusalém, em memória da terra Como sabes que temos motivos
natal de seus pais; e ficava distan- para nos arrependermos? Como
te e confinava com as fronteiras sabes que não somos um povo
de Mórmon. justo? Eis que construímos san-
2 Ora, os lamanitas e os amale- tuários e reunimo-nos para ado-
quitas e o povo de a Amulon ha- rar a Deus. Nós cremos que Deus
viam construído uma grande ci- salvará todos os homens.
dade, que se chamava Jerusalém. 7 E então Aarão lhe disse: Crês tu
3 Ora, os lamanitas já eram, por que o Filho de Deus virá redimir
si mesmos, bastante obstinados; a humanidade de seus pecados?
porém os amalequitas e os amu- 8 E o homem respondeu-lhe:
lonitas eram-no ainda mais; con- Não acreditamos que saibas de
seguiram, portanto, fazer com tais coisas. Não acreditamos nes-
que os lamanitas endurecessem sas tradições tolas. Não acredita-
o coração, com que aumentassem mos que saibas de a coisas futuras
suas iniquidades e abominações. nem tampouco cremos que teus
4 E aconteceu que Aarão foi à pais ou nossos pais tivessem co-
cidade de Jerusalém e começou nhecimento das coisas de que fa-
primeiro a pregar aos amalequi- laram, daquilo que está para vir.
tas. E começou a pregar-lhes em 9 E Aarão começou a explicar-
suas sinagogas, porque haviam lhes as escrituras a respeito da
construído sinagogas segundo a vinda de Cristo, como também
a
ordem dos neores; porque mui- sobre a ressurreição dos mortos; e
tos dos amalequitas e amulonitas que a não poderia haver redenção
pertenciam à ordem dos neores. para a humanidade a não ser pela
5 Assim, quando Aarão entrou morte e sofrimentos de Cristo e a
em uma das suas sinagogas para b
expiação de seu sangue.
pregar ao povo e enquanto lhes fa- 10 E aconteceu que quando co-
lava, eis que se levantou um ama- meçou a expor-lhes essas coi-
lequita e começou a discutir com sas, ficaram zangados com ele e
21 1 a Al. 17:13, 17. 4 a Al. 1:2–15. 9 a Mos. 5:8;
2 a Mos. 24:1; 5 a Mos. 27:11–15. Al. 38:9.
Al. 25:4–9. 8 a Jacó 7:1–8. b GEE Expiação, Expiar.
303 ALMA 21:11–23
começaram a zombar dele; e não começou a abençoá-los de tal
quiseram dar ouvidos às palavras modo que levaram muitos ao
que ele proferia. conhecimento da verdade; sim,
11 Portanto, quando ele viu que e a convenceram muitos de seus
não dariam ouvidos às suas pala- pecados e de que as tradições de
vras, saiu da sinagoga e foi a uma seus pais não eram corretas.
aldeia que se chamava Ani-Ânti, 18 E aconteceu que Amon e La-
e ali encontrou Mulóqui pregan- môni voltaram da terra de Midôni
do-lhes a palavra; e também Amá para a terra de Ismael, que era a
e seus irmãos. E discutiam com terra de sua herança.
muitos sobre a palavra. 19 E o rei Lamôni não permitiu
12 E aconteceu que viram que o que Amon o servisse ou fosse seu
povo ia endurecer o coração; por- servo.
tanto, partiram e chegaram à terra 20 Mas fez com que se cons-
de Midôni. E pregaram a palavra truíssem sinagogas na terra de
a muitos; e poucos acreditaram Ismael e fez com que seu povo, ou
nas palavras que lhes foram en- seja, o povo governado por ele, se
sinadas. reunisse.
13 No entanto, Aarão e alguns 21 E regozijou-se neles e ensinou-
de seus irmãos foram apanhados lhes muitas coisas. E declarou-lhes
e encarcerados. Os restantes fu- também que eram um povo que
giram da terra de Midôni para as se achava sob sua autoridade e
regiões circunvizinhas. que eram um povo livre; livre da
14 E os que foram postos na opressão do rei, seu pai, porque seu
prisão a sofreram muito e foram pai lhe havia permitido governar o
libertados pela mão de Lamôni povo que estava na terra de Ismael
e Amon; e foram alimentados e e em toda a terra circunvizinha.
vestidos. 22 E declarou-lhes também que
15 E saíram novamente para pre- tinham a liberdade para adorar o
gar a palavra; e assim foram liber- Senhor seu Deus segundo seus de-
tados da prisão pela primeira vez; sejos, onde quer que estivessem,
e assim haviam sofrido. se a região ficasse sob a autorida-
16 E iam, assim, para onde os de do rei Lamôni.
guiava o a Espírito do Senhor, pre- 23 E Amon pregou ao povo do
gando a palavra de Deus em todas rei Lamôni; e aconteceu que lhes
as sinagogas dos amalequitas ou ensinou todas as coisas concer-
em todas as assembleias dos la- nentes à retidão. E exortava-os
manitas onde lhes era permitido diariamente, com toda a dili-
entrar. gência; e eles deram ouvidos à
17 E aconteceu que o Senhor sua palavra e eram zelosos no
14 a Al. 20:29. 17 a D&C 18:44. RF 1:11.
16 a Al. 22:1. 22 a D&C 134:1–4; GEE Liberdade, Livre.
ALMA 22:1–12 304
cumprimento dos mandamentos 4 E Aarão disse ao rei: Eis que o
do Senhor. Espírito do Senhor o chamou para
outro lugar; ele foi para a terra de
CAPÍTULO 22 Ismael a fim de ensinar o povo de
Lamôni.
Aarão ensina o pai de Lamôni a res-
5 Disse-lhes então o rei: O que é
peito da Criação, da Queda de Adão
isso que disseste sobre o Espírito
e do plano de redenção, por meio de
do Senhor? Eis que é isso que me
Cristo — O rei e toda a sua casa são
perturba.
convertidos — Explica-se a divisão da
6 E, também, o que é isso que
terra entre os nefitas e os lamanitas.
disse Amon: a Se vos arrepender-
Aproximadamente 90–77 a.C.
des, sereis salvos; e se não vos
Ora, como Amon estava conti- arrependerdes, sereis afastados
nuamente ensinando o povo de no último dia?
Lamôni, voltaremos à história de 7 E Aarão, respondendo-lhe, dis-
Aarão e seus irmãos; porque, ten- se: Crês tu que existe um Deus? E
do partido da terra de Midôni, ele o rei respondeu: Sei que os ama-
foi a guiado pelo Espírito à terra de lequitas dizem existir um Deus e
Néfi, até a casa do rei que gover- permiti-lhes construir santuários a
nava toda a terra, b exceto a terra fim de que se reunissem para ado-
de Ismael; e era o pai de Lamôni. rá-lo. E se agora dizes que existe
2 E aconteceu que, tendo entra- um Deus, eis que a acreditarei.
do no palácio do rei com os seus 8 E então, quando Aarão ouviu
irmãos e tendo-se inclinado dian- isso, alegrou-se-lhe o coração e ele
te do rei, disse-lhe: Eis, ó rei, que disse: Eis que, tão certo como tu
somos os irmãos de Amon, que vives, ó rei, existe um Deus.
a
livraste da prisão. 9 E disse o rei: É Deus aquele
3 E agora, ó rei, se nos poupa- a
Grande Espírito que tirou nossos
res a vida, seremos teus servos. E pais da terra de Jerusalém?
disse-lhes o rei: Levantai-vos, por- 10 E disse-lhe Aarão: Sim, ele é
que vos concederei a vida e não aquele Grande Espírito e a criou
permitirei que sejais meus servos; todas as coisas, tanto no céu como
insistirei, porém, em que me en- na Terra. Acreditas nisso?
sineis, porque minha mente ficou 11 E ele disse: Sim, acredito que
um tanto perturbada pela genero- o Grande Espírito criou todas as
sidade e grandeza das palavras de coisas e desejo que me ensines a
vosso irmão Amon; e desejo saber respeito de todas essas coisas; e
por que motivo não subiu ele de eu a acreditarei em tuas palavras.
Midôni convosco. 12 E aconteceu que Aarão,
22 1 a Al. 21:16–17. 6 a Al. 20:17–18. 10 a GEE Criação, Criar.
b Al. 21:21–22. 7 a D&C 46:13–14. 11 a GEE Crença, Crer.
2 a Al. 20:26. 9 a Al. 18:18–28.
305 ALMA 22:13–19
quando viu que o rei acredita- e receber o Espírito de Deus, a
ria em suas palavras, começou a fim de encher-me de júbilo e não
a
ler-lhe as escrituras, desde a cria- ser afastado no último dia? Eis
ção de Adão: como criou Deus o que, disse ele, renunciarei a c tudo
homem a sua própria imagem e quanto possuo; sim, abandonarei
que Deus lhe deu mandamentos; o meu reino para poder receber
e que, por causa da transgressão, essa grande alegria.
o homem caiu. 16 Mas disse-lhe Aarão: Se a de-
13 E Aarão explicou-lhe as escri- sejas isto, se te curvares diante de
turas, desde a a criação de Adão, Deus, sim, se te arrependeres de
expondo-lhe a queda do homem todos os teus pecados e te curva-
e seu estado carnal; e também o res diante de Deus e invocares o
b
plano de redenção que havia sido seu nome com fé, acreditando que
preparado c desde a fundação do receberás, então obterás a b espe-
mundo, por meio de Cristo, para rança que desejas.
todos os que acreditassem em seu 17 E aconteceu que quando Aa-
nome. rão proferiu estas palavras, o rei
14 E tendo o homem a caído, por a
curvou-se diante do Senhor, de
si mesmo nada podia b merecer; joelhos; sim, prostrou-se por ter-
mas os sofrimentos e a morte de ra e b clamou de todo o coração,
Cristo c expiam seus pecados por dizendo:
meio da fé e do arrependimento 18 Ó Deus, Aarão disse-me que
e assim por diante; e ele rompe existe um Deus e, se existe um
as ligaduras da morte, para que Deus e se tu és Deus, faze-mo sa-
a d sepultura não seja vitoriosa e ber; e abandonarei todos os meus
para que o aguilhão da morte seja pecados para conhecer-te, para
consumido na esperança de gló- que eu possa ser levantado dentre
ria; e Aarão explicou todas essas os mortos e salvo no último dia. E
coisas ao rei. quando o rei disse essas palavras,
15 E aconteceu que, tendo Aarão caiu como que ferido de morte.
explicado estas coisas ao rei, o 19 E aconteceu que seus servos
rei disse: a Que deverei fazer para correram para contar à rainha
conseguir essa vida eterna da qual tudo o que sucedera ao rei. E ela
falaste? Sim, que deverei fazer dirigiu-se para onde estava o rei;
para b nascer de Deus, arrancar e quando o viu caído como se es-
este espírito iníquo de meu peito tivesse morto e também Aarão
12 a 1 Né. 5:10–18; b 2 Né. 25:23; c Mt. 13:44–46; 19:16–22.
Al. 37:9. Al. 42:10–25. 16 a GEE Conversão,
13 a Gên. 1:26–28. c Al. 34:8–16. Converter.
b GEE Plano de GEE Expiação, Expiar. b Ét. 12:4.
Redenção. d Isa. 25:8; 17 a D&C 5:24.
c 2 Né. 9:18. 1 Cor. 15:55. b GEE Oração.
14 a GEE Queda de Adão 15 a At. 2:37.
e Eva. b Al. 5:14, 49.
ALMA 22:20–28 306
e seus irmãos ali parados como tal modo que toda a sua casa se
se fossem os causadores de sua b
converteu ao Senhor.
queda, irou-se contra eles e or- 24 Ora, reunira-se uma multi-
denou que seus servos, ou seja, dão, por causa das ordens da rai-
os servos do rei, os prendessem e nha; e começou a haver grandes
matassem. murmurações entre eles, por cau-
20 Ora, os servos haviam presen- sa de Aarão e seus irmãos.
ciado o motivo da queda do rei; 25 Mas o rei adiantou-se para o
portanto, não se atreviam a deitar meio deles e os ensinou. E tran-
as mãos em Aarão e seus irmãos; quilizaram-se em relação a Aarão
e intercederam à rainha, dizendo: e aos que com ele estavam.
Por que ordenas que matemos 26 E aconteceu que o rei, ven-
esses homens, quando eis que do que o povo se tranquilizara,
um deles é a mais poderoso que fez com que Aarão e seus irmãos
nós todos? Cairemos, portanto, fossem para o meio da multidão
diante deles. e pregassem-lhes a palavra.
21 Ora, quando a rainha viu o 27 E aconteceu que o rei enviou
temor de seus servos, começou uma a proclamação por toda a ter-
também a sentir grande temor de ra, a todo o seu povo que vivia
que algum mal lhe acontecesse. E em toda a sua terra, que vivia em
ordenou aos servos que fossem todas as regiões circunvizinhas,
chamar o povo, para que matas- terra que confinava com o mar a
sem Aarão e seus irmãos. leste e a oeste e que era dividida
22 Ora, quando Aarão viu a da terra de b Zaraenla por uma
determinação da rainha, ele, co- estreita faixa de deserto que se
nhecendo também a dureza de estendia do mar do leste ao mar
coração do povo, temeu que se do oeste e contornava a costa e as
reunisse uma multidão e que hou- fronteiras do deserto que ficava ao
vesse grande contenda e distúrbio norte, perto da terra de Zaraenla,
entre eles; estendeu, portanto, a através das fronteiras de Mânti,
mão e levantou o rei, dizendo- à cabeceira do rio Sidon, corren-
lhe: Levanta-te. E ele pôs-se em do de leste para oeste — e assim
pé, recuperando as forças. estavam os lamanitas separados
23 Ora, isso foi feito na presen- dos nefitas.
ça da rainha e de muitos dos ser- 28 Ora, os mais a indolentes dos
vos. E quando viram isso, ficaram lamanitas viviam no deserto e ha-
muito admirados e começaram a bitavam em tendas; e estavam es-
temer. E o rei adiantou-se e come- palhados pelo deserto a oeste, na
çou a a ensiná-los. E ensinou-os de terra de Néfi; sim, como também
20 a Al. 18:1–3. Pregar. 27 a Al. 23:1–4.
23 a GEE Ensinar, Mestre; b GEE Conversão, b Ômni 1:13–17.
Ministério, Ministro; Converter. 28 a 2 Né. 5:22–25.
307 ALMA 22:29–35
a oeste da terra de Zaraenla, bei- equivalente a um dia e meio de
rando a costa; e a oeste, na ter- viagem para um nefita. E assim, a
ra de Néfi, no local da primeira terra de Néfi e a terra de Zaraenla
herança de seus pais; e assim ao estavam quase que rodeadas por
longo da costa. água, havendo uma pequena b fai-
29 E também havia muitos la- xa de terra entre a terra do norte
manitas no leste, junto à costa, e a terra do sul.
para onde os nefitas os haviam 33 E aconteceu que os nefi-
impelido. Desse modo os nefitas tas haviam povoado a terra de
estavam quase rodeados pelos la- Abundância, desde o mar do les-
manitas; não obstante, os nefitas te até o mar do oeste; e assim os
haviam-se apoderado de todas nefitas, em sua sabedoria, com
as regiões do norte da terra, que seus guardas e seus exércitos,
beiravam o deserto, na cabeceira haviam confinado os lamani-
do rio Sidon, de leste a oeste do tas no sul, para que desse modo
lado do deserto; no norte, até che- não mais ocupassem as terras ao
gar à terra a que deram o nome de norte e não invadissem a terra
a
Abundância. do norte.
30 E confinava com a terra a que 34 Portanto, os lamanitas não
chamavam a Desolação, a qual es- podiam mais ter terras, a não ser
tava tão ao norte que adentrava na terra de Néfi e nos desertos
a terra que havia sido povoada a sua volta. Ora, nisto os nefitas
e destruída, de cujos b ossos já fa- foram prudentes — como os la-
lamos, que fora descoberta pelo manitas eram seus inimigos, não
povo de Zaraenla, tendo sido o lo- sofreriam ataques por todos os
cal de seu c primeiro desembarque. lados e teriam também um país
31 E dali subiram até o deser- onde se refugiar, segundo seus
to do sul. E assim foi que a terra desejos.
do norte se chamou a Desolação e 35 E agora eu, depois de haver
a terra do sul se chamou Abun- relatado isto, volto à história de
dância, sendo ela o deserto que é Amon e Aarão, Ômner e Hímni
cheio de todo tipo de animais sel- e seus irmãos.
vagens de toda espécie, uma parte
dos quais havia vindo da terra do
CAPÍTULO 23
norte à procura de alimento.
32 E assim, a a distância entre Proclamada a liberdade religiosa —
o mar do leste e o mar do oes- Convertidos os lamanitas de sete ter-
te, pela fronteira entre Abundân- ras e cidades — Eles autodenomi-
cia e a terra de Desolação, era o nam-se ânti-néfi-leítas e ficam livres
29 a Al. 52:9; 63:5. b Mos. 8:7–12; 28:11–19. 32 a Hel. 4:7.
30 a Al. 50:34; c Hel. 6:10. b Al. 50:34.
Mórm. 4:1–3. 31 a Hel. 3:5–6.
ALMA 23:1–7 308
da maldição — Os amalequitas e os roubar nem cometer adultério
amulonitas rejeitam a verdade. Apro- nem cometer qualquer tipo de
ximadamente 90–77 a.C. iniquidade.
4 E então aconteceu que, tendo
Eis que aconteceu que o rei dos o rei enviado essa proclamação,
lamanitas enviou uma a proclama- Aarão e seus irmãos foram de ci-
ção a todo o seu povo, para que dade em cidade, de uma casa de
não tocassem em Amon nem em adoração a outra, organizando
Aarão nem em Ômner nem em igrejas e consagrando sacerdotes
Hímni ou em qualquer de seus e mestres entre os lamanitas, por
irmãos que iriam pregar a palavra toda a terra, a fim de pregarem
de Deus, não importando onde e ensinarem a palavra de Deus
estivessem, em qualquer parte entre eles; e assim começaram a
de sua terra. lograr muito êxito.
2 Sim, enviou um decreto a seu 5 E milhares foram levados a
povo, que não deveriam deitar- conhecer o Senhor, sim, milhares
lhes as mãos para amarrá-los, nem foram levados a acreditar nas a tra-
colocá-los na prisão; nem deve- dições dos nefitas; e foram-lhes
riam cuspir neles nem espancá-los ensinados os b registros e as profe-
nem expulsá-los de suas sinago- cias que haviam sido transmitidos
gas nem açoitá-los; nem tampouco até o presente.
apedrejá-los, mas que eles tives- 6 E tão certo quanto o Senhor
sem livre acesso às suas casas, e vive, assim também quantos acre-
também aos seus templos, e aos ditaram, ou seja, quantos foram
seus santuários. levados a conhecer a verdade pe-
3 Para que assim pudessem ir las pregações de Amon e seus ir-
pregar a palavra segundo seus mãos, segundo o espírito de reve-
desejos, pois o rei havia-se con- lação e de profecia e o poder de
vertido ao Senhor, assim como Deus que fazia milagres por meio
toda a sua casa; enviou, portan- deles — sim, digo-vos que, assim
to, uma proclamação ao povo, como o Senhor vive, todos os la-
por toda a terra, a fim de que a manitas que acreditaram em suas
palavra de Deus não encontrasse pregações e foram a convertidos ao
obstrução, mas fosse levada a toda Senhor b nunca apostataram.
a terra, para que o povo se con- 7 Pois tornaram-se um povo jus-
vencesse das iníquas a tradições to e depuseram as armas de sua
de seus pais e se convencesse de rebelião, para não mais lutarem
que todos eram irmãos e que não contra Deus nem contra qualquer
deveriam matar nem pilhar nem de seus irmãos.
23 1 a Al. 22:27. b Al. 63:12. Converter.
3 a Al. 26:24. GEE Escrituras. b Al. 27:27.
5 a Al. 37:19. 6 a GEE Conversão,
309 ALMA 23:8–24:2
8 Ora, estes são os que se con-
a
escolher para distinguirem-se dos
verteram ao Senhor: outros.
9 Os lamanitas que estavam na 17 E aconteceu que escolheram
terra de Ismael; o nome de a ânti-néfi-leítas; e fo-
10 E também os lamanitas que ram chamados por esse nome e
estavam na terra de Midôni; não mais foram chamados de la-
11 E também os lamanitas que manitas.
estavam na cidade de Néfi; 18 E começaram a ser um povo
12 E também os lamanitas que se muito industrioso; sim, e fizeram-
achavam na terra de a Silom e que se amigos dos nefitas; portanto,
se achavam na terra de Senlon e estabeleceram relações com eles
na cidade de Lemuel e na cidade e a a maldição de Deus não mais
de Simnilom. os acompanhou.
13 E são esses os nomes das cida-
des dos lamanitas que foram a con- CAPÍTULO 24
vertidos ao Senhor; e são esses os
Os lamanitas avançam contra o povo
que depuseram as armas de sua
de Deus — Os ânti-néfi-leítas rego-
rebelião, sim, todas as suas armas
zijam-se em Cristo e são visitados
de guerra; e todos eram lamanitas.
por anjos — Eles preferem morrer
14 E os amalequitas não foram
a defenderem-se — Mais lamanitas
a
convertidos, exceto um; e ne-
são convertidos. Aproximadamente
nhum dos b amulonitas se conver-
90–77 a.C.
teu, mas endureceram o coração e
também o coração dos lamanitas E aconteceu que os amalequitas
daquela parte da terra em que e os amulonitas e os lamanitas
moravam; sim, e em todas as suas que estavam na terra de Amulon
aldeias e cidades. e também na terra de Helã; e os
15 Portanto, citamos todas as que estavam na terra de a Jerusa-
cidades dos lamanitas nas quais lém e, resumindo, em todas as
eles se arrependeram, vieram a terras circunvizinhas, que não se
conhecer a verdade e foram con- haviam convertido nem adotado
vertidos. o nome de b Ânti-Néfi-Leí, foram
16 E aconteceu então que o rei e instigados pelos amalequitas e pe-
os que foram convertidos deseja- los amulonitas a irarem-se contra
vam adotar um nome pelo qual seus irmãos.
se distinguissem de seus irmãos; 2 E seu ódio contra eles tornou-
o rei, portanto, consultou Aarão se muito intenso, a ponto de co-
e muitos de seus sacerdotes no meçarem a rebelar-se contra seu
tocante ao nome que deveriam rei e a não mais quererem que ele
8 a Al. 26:3, 31. b Mos. 23:31–39. 3 Né. 2:14–16.
12 a Mos. 22:8, 11. 17 a GEE Ânti-néfi-leítas. 24 1 a Al. 21:1.
13 a Al. 53:10. 18 a 1 Né. 2:23; b Al. 25:1, 13.
14 a Al. 24:29. 2 Né. 30:5–6;
ALMA 24:3–12 310
fosse seu rei; portanto, pegaram 8 E eis que agradeço a meu gran-
em armas contra o povo de Ânti- de Deus por ter-nos dado uma
Néfi-Leí. porção de seu Espírito, a fim de
3 Ora, o rei passou o reino a seu abrandar-nos o coração; assim,
filho, a quem deu o nome de Ân- estabelecemos relações com estes
ti-Néfi-Leí. irmãos, os nefitas.
4 E morreu o rei no mesmo ano 9 E eis que também agradeço
em que os lamanitas começaram a meu Deus que, por iniciarmos
os preparativos para guerrear o essas relações, nos tenhamos con-
povo de Deus. vencido de nossos a pecados e dos
5 Ora, quando Amon e seus ir- muitos homicídios que temos co-
mãos e todos os que haviam vin- metido.
do com ele viram os preparativos 10 E agradeço também a meu
dos lamanitas para destruírem Deus, sim, meu grande Deus, por
seus irmãos, dirigiram-se à terra haver-nos permitido que nos ar-
de Midiã e lá Amon encontrou rependêssemos dessas coisas e
todos os seus irmãos; e de lá se também por haver-nos a perdoado
dirigiram à terra de Ismael, para nossos inúmeros pecados e os as-
reunirem-se em a conselho com sassinatos que temos cometido; e
Lamôni e também com seu irmão, por ter-nos aliviado o coração da
Ânti-Néfi-Leí, a fim de decidirem b
culpa, pelos méritos de seu Filho.
o que deveriam fazer para defen- 11 E agora eis que, meus irmãos,
der-se dos lamanitas. visto que tudo o que pudemos fa-
6 Ora, não havia uma só alma, zer (pois éramos os mais perdidos
entre todo o povo que se conver- de todos os homens) foi arrepen-
tera ao Senhor, que quisesse pegar dermo-nos de todos os nossos pe-
em armas contra seus irmãos; não, cados e dos muitos assassinatos
não queriam nem mesmo fazer que tínhamos cometido e conse-
qualquer preparativo de guerra; guir que Deus os a tirasse de nosso
sim, e também seu rei lhes orde- coração, porque isto foi tudo que
nou que não o fizessem. pudemos fazer para arrepender-
7 Ora, estas são as palavras que mo-nos o suficiente perante Deus,
ele disse ao povo sobre o assunto: a fim de que ele nos tirasse nossa
Agradeço a meu Deus, meu ama- mancha —
do povo, que o nosso grande Deus 12 Ora, meus amados irmãos, já
em sua bondade tenha mandado que Deus nos tirou nossas man-
estes nossos irmãos, os nefitas, chas e nossas espadas tornaram-
pregarem a nós e convencerem- se brilhantes, não as manchemos
nos a respeito das a tradições de mais com o sangue de nossos
nossos iníquos pais. irmãos.
5 a Al. 27:4–13. 9 a D&C 18:44. b GEE Culpa.
7 a Mos. 1:5. 10 a Dan. 9:9. 11 a Isa. 53:4–6.
311 ALMA 24:13–19
13 Eis que eu vos digo: Guar- destruir-nos, eis que escondere-
demos nossas espadas, para que mos nossas espadas, sim, enter-
não se manchem com o sangue rá-las-emos nas profundidades
de nossos irmãos; porque, se no- da terra, para que se conservem
vamente as mancharmos, talvez brilhantes, como testemunho, no
não possam mais ser a lavadas pelo último dia, de que nunca as usa-
sangue do Filho de nosso grande mos; e se nossos irmãos nos des-
Deus, que será derramado para a truírem, eis que a iremos para nos-
expiação de nossos pecados. so Deus e seremos salvos.
14 E o grande Deus teve mise- 17 E então aconteceu que quan-
ricórdia de nós e deu-nos a co- do o rei acabou de dizer essas coi-
nhecer estas coisas, a fim de não sas, estando todo o povo reunido,
perecermos; sim, deu-nos a co- tomaram as espadas e todas as
nhecer de antemão essas coisas armas que eram usadas para der-
porque ama nossa a alma, bem ramar sangue humano e a enterra-
como ama nossos filhos; portanto, ram-nas profundamente na terra.
em sua misericórdia ele nos visita 18 E isso fizeram porque, a seu
por meio de seus anjos, para que ver, era um testemunho a Deus e
o b plano de salvação nos seja re- também aos homens de que a nun-
velado, assim como às gerações ca mais usariam armas para der-
futuras. ramar sangue humano; e assim
15 Oh! Quão misericordioso é fizeram, prometendo e b fazendo
nosso Deus! E agora, desde que convênio com Deus de que, an-
isso foi tudo o que pudemos fazer tes de derramar o sangue de seus
para que nossas manchas nos fos- irmãos, c sacrificariam a própria
sem tiradas e nossas espadas tor- vida; de que, ao invés de tirar de
nadas brilhantes, eis que vamos um irmão, lhe dariam; de que, ao
escondê-las, para que conservem invés de passar os dias em ociosi-
seu brilho como um testemunho a dade, trabalhariam muito com as
nosso Deus no último dia, ou seja, próprias mãos.
no dia em que formos levados a 19 E assim vemos que quando
sua presença a fim de sermos jul- esses lamanitas foram levados a
gados, de que não manchamos conhecer a verdade e nela acredi-
nossas espadas com o sangue de tar, mantiveram-se a firmes e pre-
nossos irmãos, desde que ele nos feriam sofrer até a morte a pecar;
revelou sua palavra e por ela pu- e assim vemos que enterraram
rificou-nos. suas armas de paz, ou melhor,
16 E agora, meus irmãos, se enterraram as armas de guerra
nossos irmãos procurarem em favor da paz.
13 a Apoc. 1:5. Redenção. b GEE Convênio.
14 a GEE Alma — Valor das 16 a Al. 40:11–15. c GEE Sacrifício.
almas. 17 a Hel. 15:9. 19 a GEE Fé.
b GEE Plano de 18 a Al. 53:11.
ALMA 24:20–30 312
20 E aconteceu que seus irmãos, e não as quiseram mais pegar,
os lamanitas, fizeram preparativos porque estavam compungidos
para a guerra e subiram à terra de pelos assassinatos que haviam
Néfi com o propósito de destruir cometido; e ajoelharam-se, assim
o rei e substituí-lo por outro; e como seus irmãos, confiando na
também de destruir o povo de clemência dos que tinham os bra-
Ânti-Néfi-Leí. ços levantados para matá-los.
21 Ora, quando o povo viu que 26 E aconteceu que, naquele dia,
os lamanitas vinham atacá-los, ao povo de Deus juntaram-se mais
saíram-lhes ao encontro e a pros- do que os que haviam sido mor-
traram-se por terra diante deles e tos; e os que foram mortos eram
começaram a invocar o nome do justos; não temos, portanto, ra-
Senhor; e estavam nessa atitude zão para duvidar de que foram
quando os lamanitas começaram a
salvos.
a atacá-los e a matá-los com a es- 27 E não havia um homem iní-
pada. quo entre os que foram mortos;
22 E assim, sem encontrarem mais de mil, porém, chegaram
resistência alguma, mataram mil ao conhecimento da verdade; e
e cinco deles; e sabemos que eles assim vemos que o Senhor traba-
são abençoados, porque foram lha de vários a modos para salvar
morar com seu Deus. seu povo.
23 Ora, quando os lamanitas vi- 28 Ora, a maior parte dos lama-
ram que seus irmãos não fugiam nitas que mataram tantos de seus
da espada nem se voltavam para irmãos era composta de amalequi-
a direita nem para a esquerda, tas e amulonitas, pertencendo em
mas que se deitavam e a morriam sua maioria à a ordem dos b neores.
e louvavam a Deus até mesmo no 29 Ora, entre os que se junta-
momento de serem abatidos pela ram ao povo do Senhor, a nenhum
espada — havia que fosse amalequita nem
24 Ora, quando os lamanitas vi- amulonita nem que fosse da or-
ram isso, a abstiveram-se de matá- dem de Neor, mas eram todos
los; e muitos houve que se senti- descendentes de Lamã e Lemuel.
ram b condoídos pelos seus irmãos 30 E assim podemos compreen-
que haviam caído pela espada, der claramente que, se depois de
porque se arrependeram do que haver sido a iluminado uma vez
haviam feito. pelo Espírito de Deus e ter tido
25 E aconteceu que arremessa- grande b conhecimento das coisas
ram ao chão suas armas de guerra referentes à retidão, um povo c cai
21 a Al. 27:3. 27 a Isa. 55:8–9; Al. 37:6–7. b Heb. 10:26;
23 a Al. 26:32. 28 a Al. 21:4. Al. 47:36.
24 a Al. 25:1. b Al. 1:15; 2:1, 20. c 2 Né. 31:14;
b GEE Compaixão. 29 a Al. 23:14. Al. 9:19.
26 a Apoc. 14:13. 30 a Mt. 12:45. GEE Apostasia.
313 ALMA 25:1–11
em pecado e transgressão, torna- usurpado o poder e a autoridade
se ainda mais endurecido e assim dos lamanitas, fizeram com que
seu estado se torna d pior do que muitos dos lamanitas a perecessem
se nunca tivesse conhecido essas pelo fogo, devido a sua crença —
coisas. 6 Porque muitos a deles, depois
de haverem sofrido grandes per-
CAPÍTULO 25 das e tantas aflições, começaram
a lembrar-se das b palavras que
Aumentam as agressões lamanitas —
Aarão e seus irmãos lhes haviam
A semente dos sacerdotes de Noé pe-
pregado em sua terra; portanto,
rece, conforme Abinádi profetizara —
começaram a descrer das c tradi-
Muitos lamanitas são convertidos
ções de seus pais e a acreditar no
e juntam-se ao povo de Ânti-Néfi-
Senhor e em que ele dera grande
Leí — Eles creem em Cristo e guar-
poder aos nefitas; e assim mui-
dam a lei de Moisés. Aproximada-
tos deles foram convertidos no
mente 90–77 a.C.
deserto.
E eis que então aconteceu que 7 E aconteceu que os governan-
aqueles lamanitas ficaram mais tes que eram remanescentes dos
zangados porque haviam mata- filhos de a Amulon fizeram com
do seus irmãos; portanto, juraram que fossem b mortos, sim, todos
vingança contra os nefitas e não os que acreditavam nessas coisas.
mais tentaram matar o povo de 8 Ora, esse martírio provocou
a
Ânti-Néfi-Leí naquela ocasião. a ira de muitos de seus irmãos e
2 Mas tomaram seus exércitos e começou a haver contendas no de-
atravessaram as fronteiras da ter- serto; e os lamanitas começaram
ra de Zaraenla e atacaram o povo a a perseguir os descendentes de
que estava na terra de Amonia e Amulon e seus irmãos e come-
a
destruíram-no. çaram a matá-los; e eles fugiram
3 E depois disso tiveram mui- para o deserto do leste.
tas batalhas contra os nefitas, nas 9 E eis que até hoje são perse-
quais foram rechaçados e mortos. guidos pelos lamanitas. Cumpri-
4 E entre os lamanitas que fo- ram-se, assim, as palavras de Abi-
ram mortos estava quase toda a nádi a respeito dos descendentes
a
descendência de Amulon e seus dos sacerdotes que o haviam feito
irmãos, que eram os sacerdotes de morrer pelo fogo.
Noé; e foram mortos pelas mãos 10 Porque ele lhes dissera: O que
dos nefitas. me a fizerdes será um símbolo de
5 E os remanescentes, tendo coisas que irão acontecer.
fugido para o deserto do leste e 11 E Abinádi foi o primeiro a
30 d 2 Ped. 2:20–21. 5 a Mos. 17:15. 7 a Al. 21:3; 24:1, 28–30.
25 1 a GEE Ânti-néfi-leítas. 6 a IE os lamanitas. b GEE Mártir, Martírio.
2 a Al. 8:16; 16:9. b Al. 21:9. 8 a Mos. 17:18.
4 a Mos. 23:35. c Al. 26:24. 10 a Mos. 13:10.
ALMA 25:12–26:1 314
sofrer a morte pelo fogo, por cau-
a
vinda de Cristo, considerando a
sa de sua crença em Deus; ora, isto lei mosaica um b símbolo de sua
foi o que quis dizer: que muitos vinda e acreditando que deviam
sofreriam morte pelo fogo, assim praticar aquelas cerimônias c exte-
como ele sofrera. riores até o tempo em que ele lhes
12 E ele dissera aos sacerdotes de fosse revelado.
Noé que seus descendentes fariam 16 Ora, eles não acreditavam que
com que muitos fossem mortos do a a salvação lhes viesse por meio
mesmo modo que ele; e que eles da b lei de Moisés; a lei de Moisés,
seriam dispersos e mortos, assim porém, serviu para fortalecer-lhes
como uma ovelha que não tem a fé em Cristo; e assim, por meio
pastor é perseguida e morta por da fé, mantinham a c esperança
animais ferozes; e agora, eis que da salvação eterna, confiando no
essas palavras se cumpriram, por- espírito de profecia que falava
que eles foram rechaçados pelos dessas coisas futuras.
lamanitas e foram perseguidos e 17 E então eis que Amon e Aa-
foram mortos. rão e Ômner e Hímni e seus ir-
13 E aconteceu que quando os mãos se regozijaram imensamente
lamanitas viram que não conse- pelo êxito obtido entre os lamani-
guiam sobrepujar os nefitas, vol- tas, vendo que o Senhor lhes ha-
taram para sua própria terra; e via concedido conforme as suas
muitos deles foram morar na terra a
orações e que ele havia também
de Ismael e na terra de Néfi, unin- cumprido sua palavra em cada
do-se ao povo de Deus, que era o pormenor.
povo de a Ânti-Néfi-Leí.
14 E eles também a enterraram CAPÍTULO 26
suas armas de guerra, segundo
Amon gloria-se no Senhor — Os fiéis
haviam feito seus irmãos; e come-
são fortalecidos pelo Senhor e recebem
çaram a ser um povo justo; e tri-
conhecimento — Pela fé os homens
lharam os caminhos do Senhor, e
podem trazer milhares de almas ao
procuraram guardar os seus man-
arrependimento — Deus tem todo o
damentos e os seus estatutos.
poder e compreende todas as coisas.
15 Sim, e guardaram a lei de
Aproximadamente 90–77 a.C.
Moisés; pois era necessário que
ainda guardassem a lei de Moisés, Ora, estas são as palavras que
porque não estava toda cumprida. Amon disse a seus irmãos: Meus
Mas, não obstante a a lei de Moi- irmãos e meus irmãos na fé, eis
sés, aguardavam ansiosamente a que vos digo que temos grandes
11 a Mos. 17:13. GEE Lei de Moisés. b 2 Né. 11:4.
13 a Al. 23:16–17. b Mos. 3:14–15; 16:14. c 1 Tess. 5:8–9.
14 a Al. 24:15; 26:32. c Mos. 13:29–32. 17 a Al. 17:9.
15 a Jacó 4:5; 16 a Mos. 12:31–37;
Jar. 1:11. 13:27–33.
315 ALMA 26:2–12
razões para nos regozijarmos; por- pelos ventos fortes para onde o
que poderíamos nós supor, quan- inimigo queira levá-los.
do a partimos da terra de Zaraen- 7 Mas eis que estão nas mãos
la, que Deus nos concederia tão do Senhor da a colheita e perten-
grandes bênçãos? cem-lhe; e ele b levantá-los-á no
2 E agora pergunto: Quais as último dia.
grandes bênçãos que ele nos con- 8 Bendito seja o nome de nosso
cedeu? Podeis dizer? Deus! a Cantemos em seu louvor,
3 Eis que respondo por vós; pois sim, demos b graças a seu santo
nossos irmãos, os lamanitas, es- nome, porque ele pratica a retidão
tavam em trevas, sim, no mais eternamente!
tenebroso abismo; a quantos de- 9 Pois se não tivéssemos saído
les, porém, foram levados a ver a da terra de Zaraenla, estes nossos
maravilhosa luz de Deus! E esta irmãos muito amados, que tanto
é a bênção que nos foi concedida: nos têm amado, achar-se-iam ain-
que fomos transformados em b ins- da atormentados pelo a ódio que
trumentos nas mãos de Deus, para nos tinham, sim, e teriam sido
realizar esta grande obra. também estranhos a Deus.
4 Eis que a milhares deles se rego- 10 E aconteceu que tendo Amon
zijam e foram trazidos ao rebanho pronunciado essas palavras, seu
de Deus. irmão Aarão censurou-o, dizen-
5 Eis que o a campo estava madu- do: Temo, Amon, que tua alegria
ro e abençoados sois por haverdes te leve à vanglória.
usado a b foice e segado com vigor; 11 Amon, porém, disse-lhe: Não
sim, haveis trabalhado o dia todo me a vanglorio de minha própria
e eis o número de vossos c feixes! E força nem de minha própria sa-
serão recolhidos aos celeiros, para bedoria; mas eis que minha b ale-
que não sejam desperdiçados. gria é completa, sim, meu coração
6 Sim, não serão abatidos pela transborda de alegria e regozijar-
tempestade no último dia; sim, me-ei em meu Deus.
nem perturbados pelos furacões; 12 Sim, sei que nada sou; quan-
mas quando vier a a tempestade, to a minha força, sou débil; por-
serão reunidos em seu lugar para tanto, não me a vangloriarei de
que a tempestade não os possa mim mesmo, mas gloriar-me-ei
atingir; sim, nem serão impelidos em meu Deus, porque com sua
26 1 a Mos. 28:9; c D&C 33:7–11; 75:2, 5. Agradecimento.
Al. 17:6–11. 6 a Hel. 5:12; 9 a Mos. 28:1–2.
3 a Al. 23:8–13. 3 Né. 14:24–27. 11 a 2 Cor. 7:14.
b 2 Cor. 4:5; 7 a GEE Ceifa, Colheita. b D&C 18:14–16.
Mos. 23:10. b Mos. 23:22; GEE Alegria.
4 a Al. 23:5. Al. 36:28. 12 a Jer. 9:24;
5 a Jo. 4:35–37; 8 a D&C 25:12. Al. 29:9.
D&C 4:4. b GEE Ação de
b Joel 3:13. Graças, Agradecido,
ALMA 26:13–22 316
b
força posso fazer todas as coisas; digo que não posso expressar nem
sim, eis que fizemos muitos mila- a mínima parte do que sinto.
gres nesta terra, pelo que louva- 17 Quem havia de supor que
remos o seu nome para sempre. nosso Deus seria tão misericor-
13 Eis que quantos milhares de dioso a ponto de resgatar-nos de
nossos irmãos ele livrou das penas nosso estado terrível, pecador e
do a inferno! E eles foram levados corrompido?
a b cantar o amor que redime e isto 18 Eis que saímos com ira e mui-
graças ao poder de sua palavra tas ameaças para a destruir a sua
que está em nós; não temos, por- igreja.
tanto, motivo para regozijar-nos? 19 Oh! Então por que não nos
14 Sim, temos motivos para entregou a uma terrível destrui-
louvá-lo para sempre, porque ção? Sim, por que não deixou que
ele é o Deus Altíssimo e livrou a espada de sua justiça caísse so-
nossos irmãos dos a grilhões do bre nós e nos condenasse ao de-
inferno. sespero eterno?
15 Sim, estavam envolvidos por 20 Oh! A minha alma quase se
trevas eternas e destruição, mas esvaece a este pensamento. Eis
eis que ele os trouxe a sua a luz que ele não exerceu sua justiça
eterna, sim, à salvação eterna; e sobre nós, mas em sua grande
estão envolvidos pela incompa- misericórdia fez-nos saltar esse
rável generosidade de seu amor; sempiterno a abismo da morte e
sim, e fomos instrumentos em miséria, para a salvação de nos-
suas mãos para realizar esta gran- sa alma.
de e maravilhosa obra. 21 E agora, meus irmãos, que
16 a Gloriemo-nos, portanto, sim, a
homem natural existe que conhe-
b
gloriar-nos-emos no Senhor; sim, ça essas coisas? Digo-vos que não
rejubilar-nos-emos, pois nossa ale- existe quem b conheça essas coisas,
gria é completa; sim, louvaremos a não ser o penitente.
nosso Deus para sempre. Quem 22 Sim, aquele que se a arrepende
poderá gloriar-se demasiadamen- e exercita a b fé, e faz boas obras, e
te no Senhor? Sim, quem poderá ora continuamente sem cessar — a
falar em demasia de seu grande esse é concedido conhecer os c mis-
poder e de sua c misericórdia e de térios de Deus; sim, a esse será
sua longanimidade para com os concedido revelar coisas nunca
filhos dos homens? Eis que vos antes reveladas; sim, a esse será
12 b Salm. 18:32–40; 1 Cor. 1:31. b 1 Cor. 2:9–16;
Filip. 4:13; b 2 Cor. 10:15–18; Jacó 4:8.
1 Né. 17:3. D&C 76:61. 22 a Al. 36:4–5.
13 a GEE Inferno. c Salm. 36:5–6. GEE Arrepender-se,
b Al. 5:26. 18 a Mos. 27:8–10. Arrependimento.
14 a Al. 12:11. 20 a 2 Né. 1:13; b GEE Fé.
15 a GEE Luz, Luz de Cristo. Hel. 3:29–30. c GEE Mistérios de Deus.
16 a Rom. 15:17; 21 a GEE Homem Natural.
317 ALMA 26:23–31
concedido levar milhares de al- para voltar, eis que o Senhor nos
mas ao arrependimento, assim a
confortou e disse: Ide para o meio
como a nós nos foi concedido le- de vossos irmãos, os lamanitas, e
var estes nossos irmãos ao arre- suportai com b paciência vossas
pendimento. c
aflições; e eu farei com que te-
23 E agora vos lembrais, meus nhais êxito.
irmãos, de que dissemos aos nos- 28 E agora, eis que viemos e per-
sos irmãos na terra de Zaraenla manecemos entre eles; e temos
que subiríamos à terra de Néfi, sido pacientes em nossos sofri-
a fim de pregar a nossos irmãos, mentos e padecido toda sorte de
os lamanitas, e eles com desprezo privações; sim, viajamos de casa
zombaram de nós? em casa, contando com a miseri-
24 Pois disseram-nos: Supondes córdia do mundo — não somen-
que podeis levar os lamanitas a te com a misericórdia do mundo,
conhecerem a verdade? Supondes mas com a misericórdia de Deus.
que podereis convencer os lama- 29 E entramos em suas casas e
nitas da incorreção das a tradições ensinamo-los; e ensinamo-los nas
de seus pais, quando são um povo ruas; sim, e ensinamo-los sobre os
b
obstinado, cujo coração se delei- montes; e também entramos em
ta no derramamento de sangue, seus templos e suas sinagogas e
cujos dias foram passados na mais ensinamo-los; e fomos rechaçados
vil iniquidade, cujas sendas têm e escarnecidos e cuspidos e esbo-
sido as sendas do transgressor feteados; e fomos apedrejados e
desde o início? Agora, lembrai- amarrados com fortes cordas e
vos, meus irmãos, de que foi deste lançados na prisão; e pelo poder
modo que falaram. e sabedoria de Deus, fomos nova-
25 E disseram mais: Peguemos mente postos em liberdade.
em armas contra eles para exter- 30 E padecemos toda espécie
miná-los da terra juntamente com de sofrimentos; e tudo isso para
suas iniquidades, para que não que talvez pudéssemos ser o ins-
nos invadam e exterminem. trumento de salvação de alguma
26 Eis, porém, meus amados ir- alma; e supúnhamos que nossa
mãos, que não viemos ao deserto a
alegria seria completa, se por-
com o propósito de destruir nos- ventura conseguíssemos ser ins-
sos irmãos, mas com o propósito trumento da salvação de alguns.
de talvez salvar a alma de alguns 31 Agora, eis que podemos olhar
deles. e ver os frutos de nosso trabalho;
27 Ora, quando nosso coração e são eles poucos? Eu vos digo:
se achava deprimido e estávamos Não, são a muitos; sim, e podemos
24 a Mos. 10:11–17. b GEE Paciência. 30 a D&C 18:15–16.
b Mos. 13:29. c Al. 20:29–30. 31 a Al. 23:8–13.
27 a Al. 17:9–11. GEE Adversidade.
ALMA 26:32–27:2 318
testemunhar a sinceridade deles nha redenção da eterna angústia.
por causa de seu amor a seus ir- Sim, bendito é o nome de meu
mãos e também a nós. Deus que se lembrou deste povo,
32 Pois eis que preferiram a sacri- que é um a ramo da árvore de Is-
ficar a própria vida a tirar a vida rael e que se havia perdido de
de seus inimigos; e b enterraram seu tronco numa terra estranha;
suas armas de guerra profunda- sim, digo eu, bendito seja o nome
mente no solo, por causa de seu de meu Deus que se lembrou
amor aos irmãos. de nós, b peregrinos numa terra
33 E agora, eis que vos digo: estranha.
Houve já tão grande amor em 37 Agora, meus irmãos, vemos
toda a terra? Eis que vos digo: que Deus se lembra de todos os
Não, não houve, nem mesmo en- a
povos, estejam na terra em que
tre os nefitas. estiverem; sim, ele conta o seu
34 Porque eis que pegariam em povo e suas entranhas de miseri-
armas contra seus irmãos; não se córdia cobrem toda a Terra. Ora,
deixariam matar. Quantos destes, esta é minha alegria e minha gran-
porém, sacrificaram a vida! E sa- de gratidão; sim, darei graças a
bemos que foram ter com Deus meu Deus para sempre. Amém.
por causa de seu amor e de seu
ódio ao pecado.
CAPÍTULO 27
35 Ora, não temos razão para
regozijar-nos? Sim, eu vos digo O Senhor manda Amon levar o povo
que, desde o começo do mundo, de Ânti-Néfi-Leí a um lugar segu-
nunca existiu alguém que tivesse ro — Ao encontrar Alma, a alegria
tão grandes razões para regozijar- de Amon exaure-lhe as forças — Os
se, como nós; sim, e minha alegria nefitas dão aos ânti-néfi-leítas a ter-
transborda, a ponto de gloriar-me ra de Jérson — Eles são chamados
em meu Deus; porque ele tem povo de Amon. Aproximadamente
todo o a poder, toda a sabedoria 90–77 a.C.
e todo o entendimento; ele b com-
preende todas as coisas e é um Ser Ora, aconteceu que quando os la-
c
misericordioso, que salva aqueles manitas que haviam ido guerrear
que se arrependem e acreditam os nefitas descobriram, depois de
em seu nome. haverem empregado muitos esfor-
36 Ora, se isso é vangloriar-se, ços para destruí-los, que era inútil
eu então me vanglorio; porque procurar destruí-los, retornaram
isso é minha vida e minha luz, à terra de Néfi.
meu júbilo, minha salvação e mi- 2 E aconteceu que os amalequitas,
32 a Al. 24:20–24. c GEE Misericórdia, b Jacó 7:26.
b Al. 24:15. Misericordioso. 37 a At. 10:34–35;
35 a GEE Poder. 36 a Gên. 49:22–26; 2 Né. 26:33.
b D&C 88:41. Jacó 2:25; 5:25.
319 ALMA 27:3–15
devido às suas perdas, ficaram seremos seus escravos até reparar-
muito irados. E quando viram mos os muitos homicídios e peca-
que não conseguiam vingar-se dos que cometemos contra eles.
dos nefitas, começaram a inci- 9 Mas Amon disse-lhe: É contra
tar o povo contra seus a irmãos, a lei de nossos irmãos, que foi es-
o povo de b Ânti-Néfi-Leí; por- tabelecida por meu pai, que haja
tanto, começaram novamente a a
escravos entre eles; desçamos,
destruí-los. portanto, e confiemos na miseri-
3 Ora, esse povo a outra vez se córdia de nossos irmãos.
recusou a pegar em armas e dei- 10 Disse-lhe, porém, o rei: Per-
xou-se matar, segundo o desejo guntai ao Senhor e, se ele disser
dos seus inimigos. que devemos ir, iremos; do con-
4 Ora, quando Amon e seus ir- trário, pereceremos na terra.
mãos viram essa obra de destrui- 11 E aconteceu que Amon foi e
ção dos que eles tanto amavam perguntou ao Senhor; e o Senhor
e daqueles que tanto os haviam disse-lhe:
amado — porque os tratavam 12 Tira este povo desta terra,
como anjos enviados por Deus para que não pereça; porque Sa-
para salvá-los da destruição eter- tanás tem grande poder sobre o
na — portanto, quando Amon e coração dos amalequitas, que in-
seus irmãos viram essa grande citam os lamanitas à ira contra
obra de destruição, foram toma- seus irmãos para matá-los. Sai,
dos de compaixão e a disseram portanto, desta terra; e abençoado
ao rei: é este povo nesta geração, porque
5 Reunamos este povo do Senhor o preservarei.
e desçamos à terra de Zaraenla, 13 E então aconteceu que Amon
onde estão nossos irmãos, os ne- foi e contou ao rei tudo o que o
fitas, e fujamos das mãos de nos- Senhor lhe dissera.
sos inimigos a fim de não sermos 14 E reuniram todo o seu povo,
destruídos. sim, todo o povo do Senhor, e
6 Mas disse-lhes o rei: Eis que os reuniram todos os seus rebanhos
nefitas nos destruirão, por causa e manadas e partiram da terra,
dos muitos assassinatos e pecados entrando no deserto que dividia a
que contra eles cometemos. terra de Néfi da terra de Zaraenla;
7 E Amon disse: Irei e consultarei e chegaram perto das fronteiras
o Senhor; e se ele nos disser que da terra.
desçamos até nossos irmãos, ireis? 15 E aconteceu que Amon lhes
8 E disse-lhe o rei: Sim, se o Se- disse: Eis que eu e meus irmãos
nhor nos disser que devemos ir, iremos à terra de Zaraenla e vós
desceremos até nossos irmãos e permanecereis aqui até voltarmos;
27 2 a Al. 43:11. GEE Ânti-néfi-leítas. 4 a Al. 24:5.
b Al. 25:1. 3 a Al. 24:21–26. 9 a Mos. 2:13; 29:32, 38, 40.
ALMA 27:16–26 320
e sondaremos o coração de nossos povo se manifestou, dizendo: Eis
irmãos, para vermos se desejam que cederemos a terra de Jérson,
que entreis em sua terra. que fica a leste, perto do mar, e
16 E aconteceu que quando que confina com a terra de Abun-
Amon se dirigia àquela terra, ele dância e fica ao sul da terra de
e seus irmãos encontraram Alma Abundância; e essa terra de Jérson
no a lugar já mencionado; e eis que é a terra que daremos a nossos ir-
foi um encontro muito alegre. mãos por herança.
17 Ora, a a alegria de Amon foi 23 E eis que localizaremos nos-
tão grande que transbordou; sim, sos exércitos entre a terra de Jér-
ele ficou tão enlevado na alegria son e a terra de Néfi, a fim de
de seu Deus, que se lhe b exau- protegermos nossos irmãos na
riram as forças e caiu por terra terra de Jérson; e isso fazemos
c
novamente. por nossos irmãos por causa de
18 Ora, não foi isso alegria extre- seu temor de empunhar armas
ma? Eis que essa é a alegria que contra seus irmãos, para que não
ninguém recebe, senão o verda- aconteça que cometam pecado;
deiro penitente e o que humilde- e esse grande temor resultou do
mente busca a felicidade. profundo arrependimento que
19 Ora, a alegria de Alma por sentiam por causa de seus inúme-
ter encontrado seus irmãos foi ros homicídios e de sua terrível
realmente grande, como também iniquidade.
a alegria de Aarão, de Ômner e 24 E agora, eis que faremos isso
Hímni; mas eis que sua alegria por nossos irmãos, para que pos-
não chegou ao ponto de superar- sam herdar a terra de Jérson; e
lhes as forças. protegê-los-emos de seus inimi-
20 E então aconteceu que Alma gos com nossos exércitos, com a
conduziu seus irmãos de volta à condição de nos entregarem uma
terra de Zaraenla, para sua pró- parte de seus bens, auxiliando-nos
pria casa. E foram contar ao a juiz a manter nossos exércitos.
supremo tudo o que lhes havia 25 Ora, aconteceu que Amon,
acontecido na terra de Néfi entre quando ouviu isso, voltou, acom-
seus irmãos, os lamanitas. panhado de Alma, ao deserto
21 E aconteceu que o juiz su- onde havia acampado o povo de
premo enviou uma proclamação Ânti-Néfi-Leí; e informou-os de
por toda a terra, desejando saber todas essas coisas. E Alma tam-
a voz do povo sobre a entrada de bém lhes relatou a sua a conversão,
seus irmãos, que eram o povo de com Amon e Aarão e seus irmãos.
Ânti-Néfi-Leí. 26 E aconteceu que isso foi mo-
22 E aconteceu que a voz do tivo de grande alegria para eles.
16 a Al. 17:1–4. b 1 Né. 1:7. 20 a Al. 4:16–18.
17 a GEE Alegria. c Al. 19:14. 25 a Mos. 27:10–24.
321 ALMA 27:27–28:5
E desceram à terra de Jérson e milhares são mortos — Os iníquos
tomaram posse da terra de Jérson são condenados a um estado de misé-
e foram chamados, pelos nefitas, ria interminável; os justos obtêm uma
povo de Amon; portanto, por esse felicidade sem fim. Aproximadamente
nome distinguiram-se dos outros 77–76 a.C.
para sempre.
27 E eles estavam com o povo E então aconteceu que depois
de Néfi e foram também contados que o povo de Amon se estabe-
com o povo que era da igreja de leceu na terra de a Jérson e uma
Deus. E também se distinguiram igreja foi também organizada na
por seu zelo para com Deus, as- terra de Jérson e os exércitos dos
sim como para com os homens, nefitas foram colocados em vários
porque eram perfeitamente a ho- lugares da terra de Jérson, sim,
nestos e justos em todas as coisas; em todas as fronteiras da terra de
e conservaram-se b firmes na sua Zaraenla; eis que os exércitos dos
fé em Cristo até o fim. lamanitas haviam seguido seus
28 E consideravam com grande irmãos ao deserto.
horror o derramamento do san- 2 E assim houve uma tremenda
gue de seus irmãos; e nunca mais batalha; sim, uma batalha como
puderam ser persuadidos a pegar ainda não se tinha visto entre
em armas contra seus irmãos; e todo o povo daquela terra, desde
nunca consideraram a morte com o tempo em que Leí havia deixado
qualquer grau de terror, graças a Jerusalém; sim, e dezenas de mi-
sua esperança e compreensão de lhares de lamanitas foram mortos
Cristo e da ressurreição; portanto, e dispersos.
para eles a morte foi tragada pela 3 Sim, e também houve uma ter-
vitória de Cristo sobre ela. rível matança entre o povo de
29 Portanto, preferiam a mais Néfi; não obstante, os lamanitas
terrível e afrontosa a morte que foram a rechaçados e dispersos e o
seus irmãos pudessem infligir- povo de Néfi retornou a sua terra.
lhes, a levantar sua espada ou 4 E eis que esse foi um tempo
cimitarra para feri-los. em que se ouviu grande pranto e
30 E assim eram um povo zelo- lamentações entre todo o povo de
so e amado, um povo altamente Néfi em toda a terra —
favorecido pelo Senhor. 5 Sim, o clamor de viúvas cho-
rando pelos maridos e também
de pais chorando pelos filhos e
CAPÍTULO 28
da filha pelo irmão, sim, do ir-
Os lamanitas são derrotados numa mão pelo pai; e assim o grito
tremenda batalha — Dezenas de de lamentação foi ouvido entre
27 a GEE Honestidade, b Al. 23:6. 28 1 a Al. 27:22; 30:1, 19.
Honesto. 29 a Al. 24:20–23. 3 a Al. 30:1.
ALMA 28:6–29:1 322
todos eles, lamentando a perda um estado de miséria sem fim,
de seus parentes que haviam sido segundo as promessas do Senhor.
mortos. 12 Enquanto muitos milhares
6 E seguramente esse foi um dia de outros, ainda que chorem sin-
tristíssimo; sim, um tempo de so- ceramente a perda de seus pa-
briedade e um tempo de muito rentes, alegram-se e exultam na
a
jejum e oração. esperança e até sabem, segundo
7 E assim terminou o décimo as a promessas do Senhor, que eles
quinto ano em que os juízes go- serão elevados para habitar à mão
vernaram o povo de Néfi. direita de Deus, num estado de
8 E este é o relato de Amon e felicidade sem fim.
seus irmãos, de suas viagens na 13 Vemos, assim, quão grande é
terra de Néfi, seus sofrimentos na a a desigualdade entre os homens
terra, suas dores e suas aflições e por causa do pecado e da trans-
sua a incomensurável alegria; e a gressão e do poder do diabo, que
acolhida e segurança dos irmãos provém dos astutos b planos por
na terra de Jérson. E agora possa ele engendrados para enredar o
o Senhor, o Redentor de todos os coração dos homens.
homens, abençoar-lhes a alma 14 E assim vemos a grande ne-
para sempre. cessidade que o homem tem de
9 E este é o relato das guerras e trabalhar com diligência nas a vi-
contendas entre os nefitas e tam- nhas do Senhor; e assim vemos
bém das guerras entre nefitas e a grande causa da tristeza, como
lamanitas; e terminou o décimo também da alegria — tristeza de-
quinto ano do governo dos juízes. vido à morte e destruição dos ho-
10 E do primeiro ao décimo mens; e alegria por causa da b luz
quinto ano houve a destruição vivificante de Cristo.
de muitos milhares de vidas; sim,
houve um terrível derramamento CAPÍTULO 29
de sangue.
Alma deseja proclamar arrependi-
11 E os corpos de muitos milha-
mento com zelo angélico — O Senhor
res jazem debaixo da terra, en-
concede mestres a todas as nações —
quanto outros milhares se estão
Alma gloria-se na obra do Senhor e
a
putrefazendo, amontoados sobre
no sucesso de Amon e seus irmãos.
a face da Terra; sim, e muitos mi-
Aproximadamente 76 a.C.
lhares b choram a perda de seus pa-
rentes, porque têm motivos para Oh! eu quisera ser um anjo e
temer que estejam condenados a poder realizar o desejo de meu
6 a Al. 30:2. D&C 42:45–46. 14 a GEE Vinha do Senhor.
8 a Al. 27:16–19. 12 a Al. 11:41. b GEE Luz, Luz de Cristo.
11 a Al. 16:11. 13 a 1 Né. 17:35.
b Al. 48:23; b 2 Né. 9:28.
323 ALMA 29:2–11
coração de ir e falar com a trom- mais do que o trabalho para o
beta de Deus, com uma voz que qual fui chamado?
estremecesse a terra, e proclamar 7 Por que desejaria eu ser um
arrependimento a todos os povos! anjo, poder falar a todos os con-
2 Sim, declararia a todas as al- fins da Terra?
mas, com voz como a do trovão, 8 Porque eis que o Senhor conce-
o arrependimento e o plano de de a a todas as nações que ensinem
redenção, para que se arrependes- a sua palavra em sua própria na-
sem e a viessem ao nosso Deus, a ção e b língua, sim, em sabedoria,
fim de não haver mais tristeza em tudo o que ele c acha que devem
toda a face da Terra. receber; vemos, portanto, que o
3 Mas eis que sou um homem e Senhor aconselha com sabedo-
peco em meu desejo; porque de- ria, segundo o que é justo e ver-
veria contentar-me com as coisas dadeiro.
que o Senhor me concedeu. 9 Sei o que o Senhor me ordenou
4 Não deveria perturbar com e nisso me glorio. Não me glorio
os meus desejos o firme decre- de mim mesmo, mas glorio-me
to de um Deus justo, porque sei naquilo que o Senhor me ordenou;
que ele concede aos homens se- sim, e esta é a minha a glória, que
gundo os seus a desejos, sejam es- talvez possa ser um instrumento
tes para a morte ou para a vida; nas mãos de Deus para trazer al-
sim, sei que ele concede aos ho- guma alma ao arrependimento; e
mens, sim, dá-lhes decretos inal- esta é a minha alegria.
teráveis segundo seus b desejos, 10 E eis que quando vejo muitos
sejam eles para salvação ou para de meus irmãos verdadeiramen-
destruição. te penitentes e vindo ao Senhor
5 Sim, e que o bem e o mal se seu Deus, minha alma enche-se
apresentam a todos os homens; e de alegria; lembro-me então do
aquele que não distingue o bem a
que o Senhor fez por mim, sim,
do mal não é culpado, mas aquele ouviu minha oração; sim, então
que a distingue o bem do mal, a ele me lembro de seu misericordioso
será dado segundo seus desejos, braço, que se estendeu para mim.
deseje ele o bem ou o mal, a vida 11 Sim, e lembro-me também do
ou a morte, a alegria ou o remorso cativeiro de meus pais; porque sei
de b consciência. seguramente que o a Senhor os li-
6 Ora, uma vez que sei estas coi- vrou do cativeiro e assim estabe-
sas, por que desejaria executar leceu a sua igreja; sim, o Senhor
29 2 a Ômni 1:26; GEE Discernimento, 9 a Al. 26:12.
3 Né. 21:20. Dom de. 10 a Mos. 27:11–31.
4 a Salm. 37:4. b GEE Consciência. 11 a Mos. 24:16–21;
b GEE Arbítrio. 8 a 2 Né. 29:12. Al. 5:3–5.
5 a 2 Né. 2:18, 26; b D&C 90:11.
Morô. 7:15–19. c Al. 12:9–11.
ALMA 29:12–30:3 324
Deus, o Deus de Abraão, o Deus CAPÍTULO 30
de Isaque e o Deus de Jacó livrou-
Corior, o anticristo, ridiculariza Cris-
os do cativeiro.
to, a expiação e o espírito de profe-
12 Sim, lembro-me sempre do
cia — Ele ensina que não existe Deus
cativeiro de meus pais; e o mesmo
nem queda do homem nem penali-
Deus que os a livrou das mãos dos
dade para o pecado nem Cristo —
egípcios livrou-os do cativeiro.
Alma testifica que Cristo virá e que
13 Sim, e aquele mesmo Deus
todas as coisas indicam que existe um
estabeleceu sua igreja entre eles;
Deus — Corior exige um sinal e fica
sim, e aquele mesmo Deus cha-
mudo — O diabo havia aparecido a
mou-me com um santo chama-
Corior como um anjo e ensinara-lhe o
do para pregar a palavra a este
que dizer — Corior é pisado e morre.
povo; e permitiu que eu alcanças-
Aproximadamente 76–74 a.C.
se grande êxito, com o que muito
me a regozijo. Eis então que aconteceu que após
14 Mas não me regozijo somente o a povo de Amon se estabelecer
com o meu sucesso, porém minha na terra de Jérson, sim, e também
alegria é maior por causa do a su- depois que os lamanitas foram
cesso de meus irmãos que subi- b
expulsos da terra e seus mortos
ram à terra de Néfi. enterrados pelo povo da terra —
15 Eis que trabalharam muito e 2 Ora, seus mortos não foram
colheram muitos frutos; e quão contados, devido ao grande nú-
grande será a sua recompensa! mero deles; nem foram contados
16 Ora, quando penso no êxito os mortos dos nefitas — mas acon-
desses meus irmãos, minha alma teceu que depois de haverem en-
enleva-se tanto que parece sepa- terrado seus mortos e também
rar-se do corpo, tão grande é mi- depois de alguns dias de jejum e
nha alegria. pranto e oração (e foi durante o
17 E agora possa Deus conce- décimo sexto ano em que os juí-
der a esses meus irmãos que se zes governaram o povo de Néfi),
assentem no reino de Deus; sim, começou a haver paz contínua em
e também todos os que são os toda a terra.
frutos de seus trabalhos, para 3 Sim, e o povo empenhava-se
que não saiam mais e louvem- em guardar os mandamentos do
no para sempre. E conceda Deus Senhor; e observavam estritamen-
que aconteça segundo minhas te as a ordenanças de Deus, segun-
palavras, de acordo com o que do a lei de Moisés, porque haviam
disse. Amém. sido ensinados a b guardar a lei de
Moisés, até que fosse cumprida.
12 a Êx. 14:30–31. 30 1 a Al. 27:25–26. 3 a GEE Lei de Moisés.
13 a D&C 18:14–16. GEE Ânti-néfi-leítas. b 2 Né. 25:24–27;
14 a Al. 17:1–4. b Al. 28:1–3. Al. 25:15.
325 ALMA 30:4–16
4 E assim não houve distúrbios homens deveriam ser julgados
entre o povo durante todo o dé- segundo seus crimes. Não obs-
cimo sexto ano em que os juízes tante, nenhuma lei havia contra a
governaram o povo de Néfi. crença de um homem; portanto, o
5 E aconteceu que no princípio homem somente era castigado pe-
do décimo sétimo ano do governo los crimes que cometia; portanto,
dos juízes houve paz contínua. todos se achavam em a igualdade
6 Aconteceu, porém, que no final de condições.
do décimo sétimo ano apareceu 12 E esse anticristo, cujo nome
um homem na terra de Zaraenla; era Corior (sobre quem a lei não
e ele era um a anticristo, pois co- tinha poder algum), começou a
meçou a pregar ao povo contra as pregar ao povo que nenhum Cris-
profecias que haviam sido profe- to haveria; e pregava da seguinte
ridas pelos profetas, relativas à maneira, dizendo:
vinda de Cristo. 13 Ó vós, que estais presos a
7 Ora, não havia lei alguma con- uma louca e vã esperança, por
tra a a crença de um homem, por- que vos submeteis a semelhantes
que era expressamente contrário loucuras? Por que esperais por um
aos mandamentos de Deus que se Cristo? Porque nenhum homem
decretasse uma lei que deixasse pode saber de qualquer coisa que
os homens em desigualdade de esteja por acontecer.
condições. 14 Eis que essas coisas a que cha-
8 Pois assim dizem as escrituras: mais profecias, que dizeis have-
a
Escolhei hoje a quem servireis. rem sido transmitidas por santos
9 Ora, se um homem desejasse profetas, eis que não passam de
servir a Deus, era seu privilégio, tradições tolas de vossos pais.
ou melhor, se ele acreditasse em 15 Como podeis ter certeza de-
Deus, era seu privilégio servi-lo; las? Eis que não podeis saber de
se nele não acreditasse, porém, coisas que não a vedes; não po-
não havia lei que o punisse. deis, portanto, saber que haverá
10 Se cometesse um assassínio, um Cristo.
entretanto, era castigado com a 16 Olhais adiante e dizeis que
a
morte; e se roubasse, também vedes a remissão de vossos pe-
era castigado; e se furtasse, tam- cados. Mas eis que isso é efeito
bém era castigado; e se cometesse de uma mente desvairada; e esse
adultério, também era castigado; transtorno de vossa mente é resul-
sim, por todas essas iniquidades tado das tradições de vossos pais,
eles eram punidos. que vos induzem a acreditar em
11 Porque havia uma lei que os coisas que não são verdadeiras.
6 a GEE Anticristo. GEE Arbítrio. 15 a Ét. 12:5–6.
7 a Al. 1:17. 10 a GEE Pena de Morte.
8 a Jos. 24:15. 11 a Mos. 29:32.
ALMA 30:17–27 326
17 E disse-lhes muitas outras coi- pervertendo os caminhos do Se-
sas semelhantes, afirmando-lhes nhor? Por que ensinas a este povo
que não poderia haver expiação que não haverá Cristo e interrom-
para os pecados dos homens, mas pes seu regozijo? Por que falas
que o quinhão de cada um nesta contra todas as profecias dos san-
vida dependia de sua conduta; tos profetas?
portanto, cada homem prospe- 23 Ora, o nome desse sumo sa-
rava segundo sua aptidão e cada cerdote era Gidona. E Corior res-
homem conquistava segundo sua pondeu-lhe: Porque eu não ensino
força; e nada que o homem fizesse as tolas tradições de vossos pais,
seria crime. e porque não ensino este povo a
18 E assim lhes pregava, des- submeter-se às tolas ordenanças
viando o coração de muitos, fa- e cerimônias impostas por sacer-
zendo com que levantassem a dotes antigos para usurparem o
cabeça em sua iniquidade; sim, poder e exercerem autoridade so-
induzindo muitas mulheres e tam- bre eles, a fim de conservá-los em
bém homens a cometerem devas- ignorância, para que não levan-
sidão, dizendo-lhes que quando o tem a cabeça, mas se submetam
homem morria, tudo se acabava. às vossas palavras.
19 Ora, esse homem também 24 Dizeis que este povo é um
foi à terra de Jérson a fim de pre- povo livre. Eis que eu digo que es-
gar essas coisas no meio do povo tão no cativeiro. Dizeis que essas
de Amon, que antes havia sido o antigas profecias são verdadeiras.
povo dos lamanitas. Eis que vos digo que não sabeis
20 Mas eis que eles eram mais se são verdadeiras.
prudentes que muitos dos nefitas, 25 Dizeis que este povo é culpa-
porque o prenderam e amarra- do e decaído, por causa da trans-
ram-no e levaram-no à presença gressão de um pai. Eis que digo
de Amon, que era sumo sacerdote que um filho não é culpado por
daquele povo. causa de seus pais.
21 E aconteceu que ele fez com 26 E dizeis também que Cristo
que o levassem para fora da ter- virá. Mas eis que vos digo que
ra. E ele foi para a terra de Gi- não sabeis se haverá um Cristo. E
deão e começou também a pre- dizeis também que ele será morto
gar-lhes; e não obteve muito pelos a pecados do mundo —
sucesso, pois foi preso e amarra- 27 E assim induzis este povo a
do e levado à presença do sumo acreditar nas tolas tradições de
sacerdote e também do juiz su- vossos pais e segundo vossos
premo da terra. próprios desejos, conservando-
22 E aconteceu que o sumo sa- os submissos, como se estives-
cerdote lhe disse: Por que andas sem no cativeiro, para assim vos
26 a Isa. 53:4–7.
327 ALMA 30:28–38
saciardes com o trabalho de suas e mestres, acusando-os de des-
mãos, de modo que não se atre- viarem o povo, segundo as tolas
vem a levantar a vista destemida- tradições de seus pais, para sacia-
mente nem a usufruir seus direi- rem-se com o trabalho do povo.
tos e privilégios. 32 Disse-lhe então Alma: Tu
28 Sim, não se atrevem a fazer sabes que não nos saciamos com
uso do que lhes pertence, a fim o trabalho deste povo; porque
de não ofenderem seus sacerdo- eis que tenho trabalhado desde
tes que os subjugam segundo seus o começo do governo dos juí-
desejos e fizeram-nos acreditar, zes até agora com minhas pró-
pelas suas tradições e seus sonhos prias mãos para o meu sustento,
e seus caprichos e suas visões e apesar de minhas inúmeras via-
seus pretensos mistérios que, se gens por toda a terra, a fim de
não procederem de acordo com pregar a palavra de Deus a meu
suas palavras, ofenderão algum povo.
ser desconhecido que dizem ser 33 E não obstante os muitos tra-
Deus — um ser que nunca foi vis- balhos que fiz na igreja, nunca re-
to nem conhecido, que nunca exis- cebi um a senine que fosse por meu
tiu nem existirá. trabalho; nem tampouco qualquer
29 Ora, quando o sumo sacerdo- de meus irmãos, a não ser na ca-
te e o juiz supremo viram a dureza deira de juiz; e então recebemos
de seu coração, sim, quando vi- apenas o estipulado por lei pelo
ram que ele injuriaria até mesmo nosso tempo.
Deus, não quiseram responder 34 E agora, se nada recebemos
às suas palavras, mas mandaram pelos nossos trabalhos na igreja,
amarrá-lo; e entregaram-no nas que proveito temos em trabalhar
mãos dos oficiais e enviaram-no na igreja, a não ser divulgar a ver-
à terra de Zaraenla, para ser leva- dade, a fim de nos regozijarmos
do à presença de Alma, e do juiz com a a alegria de nossos irmãos?
supremo que era governador de 35 Então, por que dizes tu que
toda a terra. pregamos a este povo para obter
30 E aconteceu que quando foi lucro, quando tu próprio sabes
levado à presença de Alma e do que nada recebemos? E agora,
juiz supremo, ele continuou a por- acreditas que é porque engana-
tar-se do mesmo modo que na mos este povo que há tanta alegria
terra de Gideão; sim, continuou em seu coração?
a a blasfemar. 36 E Corior respondeu-lhe: Sim.
31 E falou, usando palavras 37 Perguntou-lhe então Alma:
cada vez mais a exaltadas diante Acreditas que exista um Deus?
de Alma; e insultou os sacerdotes 38 E ele respondeu: Não.
30 a GEE Blasfemar, 31 a Hel. 13:22. 34 a GEE Alegria.
Blasfêmia. 33 a Al. 11:3.
ALMA 30:39–48 328
39 Disse-lhe então Alma: Nega- profetas? As escrituras estão dian-
rás outra vez que exista um Deus e te de ti, sim, e b todas as coisas
negarás também o Cristo? Pois eis mostram que existe um Deus; sim,
que te digo que sei que existe um até mesmo a c Terra e tudo que
Deus e também que o Cristo virá. existe sobre a sua face, sim, e seu
40 E agora, que provas tens de d
movimento, sim, e também todos
que a Deus não existe ou de que os e planetas que se movem em sua
o Cristo não virá? Afirmo-te que ordem regular testemunham que
nenhuma tens, a não ser a tua pró- existe um Criador Supremo.
pria palavra. 45 E, contudo, andas desviando
41 Eis, porém, que tenho todas o coração deste povo, testifican-
as coisas como a testemunho de do-lhe que Deus não existe? E
que estas coisas são verdadei- queres ainda negar todos esses
ras; e tu também tens todas as testemunhos? E ele disse: Sim, eu
coisas como testemunho de que negarei, a menos que tu me mos-
são verdadeiras; e irás negá-las? tres um sinal.
Acreditas que essas coisas sejam 46 E aconteceu que Alma lhe dis-
verdadeiras? se: Eis que estou aflito pela dure-
42 Eis que eu sei que tu acredi- za de teu coração; sim, por ainda
tas, mas estás possuído por um resistires ao espírito da verdade,
espírito mentiroso e afastaste o o que poderá destruir-te a alma.
Espírito de Deus, de maneira que 47 Mas eis que é a melhor perde-
não tem lugar em ti; mas o diabo res tua alma do que seres o instru-
tem poder sobre ti e te conduz, mento da destruição de muitas
inventando subterfúgios para des- almas, por tuas mentiras e por
truir os filhos de Deus. tuas palavras lisonjeiras; portan-
43 E então disse Corior a Alma: to, se negares novamente, eis que
Se me mostrares um a sinal que me Deus te ferirá, de modo que fica-
convença de que existe um Deus, rás mudo, para que nunca mais
sim, se me mostrares que ele tem abras a boca nem enganes este
poder, eu então me convencerei povo.
da veracidade de tuas palavras. 48 Disse-lhe então Corior: Não
44 Mas disse-lhe Alma: Tu já ti- nego a existência de um Deus,
veste muitos sinais; queres ainda mas não acredito que exista um
tentar a teu Deus? Queres ainda Deus; e digo também que não sa-
que te mostre um sinal, quando bes que existe um Deus e, a me-
tens o testemunho de a todos estes nos que me mostres um sinal, não
irmãos, assim como o dos santos acreditarei.
40 a Salm. 14:1. GEE Sinal. c Jó 12:7–10.
41 a GEE Testemunha. 44 a Mos. 13:33–34. d Hel. 12:11–15.
43 a Jacó 7:13–21; b Salm. 19:1; e Mois. 6:63.
D&C 46:8–9. D&C 88:47. 47 a 1 Né. 4:13.
329 ALMA 30:49–59
49 Disse-lhe então Alma: Isto te essa razão opus-me à verdade,
darei por sinal: tu a ficarás mudo, até trazer sobre mim esta grande
de acordo com minhas palavras; maldição.
e afirmo que em nome de Deus 54 Ora, tendo dito isso, suplicou
ficarás mudo, de modo que não a Alma que orasse a Deus, pedin-
mais falarás. do que a maldição lhe fosse tirada.
50 Ora, quando Alma pronun- 55 Alma, porém, disse-lhe: Se
ciou estas palavras, Corior ficou esta maldição te fosse tirada, tu
mudo, não podendo mais falar, novamente perverterias o cora-
conforme as palavras de Alma. ção deste povo; portanto, faça-se
51 E então, quando viu isso, o contigo de acordo com a vontade
juiz supremo estendeu a mão e do Senhor.
escreveu a Corior: Estás conven- 56 E aconteceu que a maldição
cido do poder de Deus? Em quem não foi tirada de Corior; mas ele
desejavas que Alma mostrasse foi expulso e ia de casa em casa,
seu sinal? Quiseras que tivesse mendigando alimento.
afligido a outros para dar-te um 57 Ora, a notícia do que havia
sinal? Eis que ele te deu um sinal; sucedido a Corior foi imediata-
e agora continuarás a duvidar? mente anunciada em toda a terra;
52 E Corior, estendendo a mão, sim, o juiz supremo enviou uma
escreveu: Sei que estou mudo, proclamação a todo o povo da
porque não posso falar; e sei que terra, declarando aos que haviam
nada, a não ser o poder de Deus, acreditado nas palavras de Co-
poderia fazer-me isto; sim, e eu rior que deveriam arrepender-se
sempre a soube que existia um rapidamente, para que o mesmo
Deus. castigo não lhes sobreviesse.
53 Mas eis que o diabo me a en- 58 E aconteceu que todos se con-
ganou, porque me b apareceu na venceram da iniquidade de Co-
forma de um anjo e disse-me: Vai rior; portanto, todos se converte-
e regenera este povo, porque to- ram novamente ao Senhor e isso
dos se perderam, seguindo um pôs fim à iniquidade pregada por
Deus desconhecido. E ele disse- Corior. E Corior ia de casa em
me: Deus c não existe; sim, e en- casa mendigando comida para
sinou-me o que eu deveria dizer. seu sustento.
E eu ensinei as suas palavras; e 59 E aconteceu que, ao andar no
ensinei-as porque eram agradá- meio do povo, sim, um povo que
veis à d mente carnal; e ensinei- se havia separado dos nefitas e
as até obter muito êxito, tanto tomado o nome de zoramitas, sen-
assim que eu realmente acredi- do guiados por um homem cujo
tei que eram verdadeiras; e por nome era Zorã — e ao andar no
49 a 2 Crôn. 13:20. 53 a Jacó 7:14. c Salm. 10:4.
52 a Al. 30:42. b 2 Cor. 11:14; 2 Né. 9:9. d GEE Carnal.
ALMA 30:60–31:7 330
meio deles, eis que foi atropelado por causa da separação dos zora-
e pisoteado até a morte. mitas e nefitas.
60 E assim vemos o fim da- 3 Ora, os zoramitas haviam-se
quele que perverte os caminhos reunido numa terra a que deram
do Senhor; e assim vemos tam- o nome de Antiônum, que ficava
bém que o a diabo não b ampara- a leste da terra de Zaraenla, que
rá seus filhos no último dia, mas quase fazia fronteira com o mar,
arrasta-os rapidamente para o que ficava ao sul da terra de Jér-
c
inferno. son, que também se limitava com
o deserto sul, o qual estava cheio
CAPÍTULO 31 de lamanitas.
4 Ora, os nefitas temiam muito
Alma chefia uma missão para recupe-
que os zoramitas se aliassem aos
rar os zoramitas apóstatas — Os zo-
lamanitas e que isso pudesse cau-
ramitas negam a Cristo, creem num
sar grande perda aos nefitas.
falso conceito de eleição e adoram
5 Ora, como a a pregação da b pa-
com orações preestabelecidas — Os
lavra exercia uma grande influên-
missionários ficam cheios do Santo
cia sobre o povo, c levando-o a pra-
Espírito — Suas aflições são sobrepu-
ticar o que era justo — sim, surtia
jadas pela alegria em Cristo. Aproxi-
um efeito mais poderoso sobre a
madamente 74 a.C.
mente do povo do que a espada
Ora, aconteceu que depois do ou qualquer outra coisa que lhe
fim de Corior, tendo Alma rece- houvesse acontecido — Alma,
bido notícia de que os zoramitas portanto, pensou que seria acon-
estavam pervertendo os cami- selhável pôr à prova a virtude da
nhos do Senhor e de que Zorã, que palavra de Deus.
era seu chefe, estava induzindo 6 Tomou, portanto, Amon e Aa-
o coração do povo a a curvar-se rão e Ômner e deixou Hímni na
diante de b ídolos mudos, seu co- igreja de Zaraenla; mas levou con-
ração começou a c afligir-se nova- sigo os três primeiros e também
mente por causa da iniquidade Amuleque e Zeezrom, que esta-
do povo. vam em Meleque; e levou também
2 Porque foi motivo de grande dois de seus filhos.
a
dor para Alma saber da iniquida- 7 Ora, não levou consigo o mais
de no meio de seu povo; portanto, velho de seus filhos, cujo nome
seu coração se entristeceu muito era a Helamã; e os nomes dos
60 a GEE Diabo. GEE Idolatria. b Heb. 4:12;
b Al. 3:26–27; 5:41–42; c Al. 35:15. Jacó 2:8;
D&C 29:45. 2 a Mos. 28:3; Al. 36:26.
c GEE Inferno. 3 Né. 17:14; c Jar. 1:11–12;
31 1 a Êx. 20:5; Mois. 7:41. D&C 11:2.
Mos. 13:13. 5 a En. 1:23; Al. 4:19. 7 a GEE Helamã, Filho de
b 2 Né. 9:37. GEE Pregar. Alma.
331 ALMA 31:8–20
filhos que levou eram Siblon e adorar devia subir nessa plata-
a
LIVRO DE HELAMÃ
Relato sobre os nefitas. Suas guerras, contendas e dissensões. E também
as profecias de muitos santos profetas antes da vinda de Cristo, segundo
os registros de Helamã, que era filho de Helamã, e também segundo os
registros de seus filhos até a vinda de Cristo. Muitos lamanitas são con-
vertidos. Relato de sua conversão. Relato da retidão dos lamanitas e das
iniquidades e abominações dos nefitas, segundo o registro de Helamã e
seus filhos, até a vinda de Cristo, relato esse chamado Livro de Helamã.
CAPÍTULO 1 entre o povo: Paorã, Paânqui e
Pacumêni.
Paorã II torna-se juiz supremo e é
4 Ora, estes não são todos os fi-
assassinado por Quiscúmen — Pa-
lhos de Paorã (porque ele tinha
cumêni ocupa a cadeira de juiz —
muitos), mas são os que dispu-
Coriântumr lidera os exércitos la-
taram a cadeira de juiz; portan-
manitas, toma Zaraenla e mata
to, causaram três divisões entre
Pacumêni — Moronia derrota os
o povo.
lamanitas e recupera Zaraenla; Co-
5 Não obstante, aconteceu que
riântumr é morto. Aproximadamente
Paorã foi eleito, pela a voz do
52–50 a.C.
povo, juiz supremo e governa-
vosso desejo, e eis que ele estava cisos de coração; e vós, cegos, e
morto, de acordo com as palavras vós, povo b obstinado! Por quanto
de Néfi. tempo pensais que o Senhor vos-
16 E então aconteceu que os juí- so Deus vos permitirá seguir por
zes explicaram a questão ao povo essa senda de pecado?
e acusaram Néfi, dizendo: Eis que 22 Oh! Deveríeis começar a ui-
sabemos que este Néfi deve ter var e a a lamentar-vos por causa
combinado com alguém para ma- da grande destruição que agora
tar o juiz e depois contar-nos, a mesmo vos espera, a não ser que
fim de converter-nos a sua fé, para vos arrependais.
ser considerado como um grande 23 Eis que afirmais que eu cons-
homem, escolhido por Deus, e um pirei com um homem para que
profeta. ele assassinasse Seezorã, nosso
17 E agora eis que denunciare- juiz supremo. Eis que vos digo,
mos este homem e ele confessará porém, que fazeis isto porque vos
sua culpa e revelar-nos-á o verda- testifiquei a respeito do aconte-
deiro assassino do juiz. cido, a fim de que o soubésseis;
18 E aconteceu que os cinco fo- sim, como prova de que eu tinha
ram postos em liberdade no dia conhecimento das iniquidades
do funeral. Não obstante, eles re- e abominações que existem no
preenderam os juízes pelas pala- meio de vós.
vras que haviam proferido contra 24 E porque fiz isso, dizeis que
Néfi, discutindo com eles, um a conspirei com um homem para
um, a ponto de confundi-los. que praticasse o crime; sim, por
19 Não obstante, eles fizeram vos haver dado esse sinal estais
com que Néfi fosse preso e amar- irados comigo e pretendeis tirar-
rado e conduzido perante a mul- me a vida.
tidão; e começaram a interrogá-lo 25 E agora, eis que vos darei ou-
de diferentes maneiras, esperando tro sinal, para ver se, com isto,
que caísse em contradição para procurareis destruir-me.
poderem condená-lo à morte — 26 Eis que vos digo: Ide à casa
20 Dizendo-lhe: Tu és cúmplice; de Seântum, a irmão de Seezorã, e
quem é o homem que cometeu perguntai-lhe —
este crime? Dize-nos agora e ad- 27 Néfi, o pretenso profeta, que
mite tua culpa. Eis aqui dinheiro; profetiza tanto mal a respeito des-
e também te concederemos a vida, te povo, conspirou contigo para
se nos contares e admitires a alian- que matasses Seezorã, teu irmão?
ça que fizeste com ele. 28 E eis que ele vos responde-
21 Mas Néfi respondeu-lhes: Ó rá: Não.
21 a At. 7:51. 22 a Mos. 7:24.
b GEE Rebeldia, Rebelião. 26 a Hel. 8:27.
457 HELAMÃ 9:29–10:2
29 E perguntar-lhe-eis: Assassi- assassino, de modo que os cinco
naste teu irmão? foram postos em liberdade, assim
30 E ele, dominado pelo medo, como Néfi.
não saberá o que dizer. E eis que 39 E houve alguns nefitas que
ele negará; e fingirá estar muito acreditaram nas palavras de Néfi;
surpreso; não obstante, declarar- e também houve alguns que acre-
se-á inocente. ditaram por causa do testemunho
31 Mas eis que o examinareis e dos cinco, porque eles se haviam
encontrareis sangue na barra de convertido enquanto estavam na
seu manto. prisão.
32 E quando virdes isso, direis: 40 E então alguns dentre o povo
De onde provém este sangue? disseram que Néfi era profeta.
Não sabemos que é o sangue de 41 E outros disseram: Eis que ele
teu irmão? é um deus, pois se não fosse um
33 E ele então estremecerá e em- deus não poderia saber todas as
palidecerá, como se fosse a hora coisas. Pois eis que nos declarou
de sua morte. os pensamentos de nosso coração
34 E então direis: Em vista des- e também nos disse muitas coisas;
se medo e dessa palidez de teu e até mesmo nos fez conhecer o
semblante, eis que sabemos que verdadeiro assassino de nosso
és culpado. juiz supremo.
35 E então maior será o seu
medo; e então ele confessará e CAPÍTULO 10
não mais negará ter cometido esse
O Senhor confere a Néfi o poder se-
crime.
lador — É-lhe outorgado o poder de
36 E então ele vos dirá que eu,
ligar e desligar no céu e na Terra —
Néfi, nada sei a respeito do acon-
Ele ordena ao povo que se arrependa
tecido, salvo se me tiver sido re-
para não perecer — O Espírito leva-o
velado pelo poder de Deus. E en-
de multidão a multidão. Aproxima-
tão sabereis que sou um homem
damente 21–20 a.C.
honesto e que vos fui enviado
por Deus. E aconteceu que surgiu entre o
37 E aconteceu que fizeram o povo uma divisão, de modo que
que Néfi lhes dissera. E eis que se apartaram uns para um lado e
as palavras que ele dissera eram outros para outro; e seguiram seus
verdadeiras, pois de acordo com caminhos, deixando Néfi, que se
as palavras, ele negou; e também, achava no meio deles, sozinho.
de acordo com as palavras, con- 2 E aconteceu que Néfi tomou o
fessou. caminho de sua casa, a refletindo
38 E foi levado a provar que sobre as coisas que o Senhor lhe
ele próprio era o verdadeiro revelara.
10 2 a GEE Ponderar.
HELAMÃ 10:3–15 458
3 E aconteceu que enquanto as- no céu; e assim terás poder entre
sim meditava — estando extre- este povo.
mamente desanimado em virtude 8 E assim, se disseres a este tem-
das iniquidades do povo nefita, plo que se fenda ao meio, será
suas secretas obras de trevas e feito.
seus assassinatos e suas pilhagens 9 E se disseres a esta a montanha:
e toda sorte de maldades — acon- Desmorona e torna-te plana, as-
teceu que enquanto assim medita- sim se fará.
va em seu coração, eis que ouviu 10 E eis que se disseres que Deus
uma voz, dizendo: ferirá este povo, assim acontecerá.
4 Bem-aventurado és tu, Néfi, 11 E agora, eis que te ordeno
pelas coisas que tens feito; pois que vás declarar a este povo que
observei que foste a infatigável o Senhor Deus, que é o Todo-Po-
em pregar a este povo as palavras deroso, assim diz: A não ser que
que te dei. E não o temeste nem vos arrependais, sereis feridos até
te preocupaste com tua b própria a a destruição.
vida, mas procuraste conhecer a 12 E eis que então aconteceu que
minha c vontade e cumprir meus quando o Senhor disse estas pa-
mandamentos. lavras a Néfi, ele se deteve e não
5 E agora, por teres feito isso seguiu para sua casa, mas voltou
com tanta perseverança, eis que te para as multidões que estavam
abençoarei para sempre e te farei espalhadas pela face daquela terra
poderoso em palavras e ações, em e principiou a proclamar-lhes as
fé e em obras; sim, para que a todas palavras que o Senhor lhe dissera
as coisas se realizem segundo tua a respeito de sua destruição, caso
b
palavra, pois c nada pedirás que não se arrependessem.
seja contrário à minha vontade. 13 Ora, eis que, apesar do grande
6 Eis que tu és Néfi e eu sou milagre que Néfi realizara, anun-
Deus. Eis que te declaro, na pre- ciando-lhes a morte do juiz supre-
sença de meus anjos, que terás mo, eles endureceram o coração
poder sobre este povo e ferirás a e não deram ouvidos às palavras
terra com a fome e com pestilência do Senhor.
e destruição, segundo a iniquida- 14 Portanto, Néfi declarou-lhes a
de deste povo. palavra do Senhor, dizendo: A não
7 Eis que te dou poder para que ser que vos arrependais — assim
tudo quanto a ligares na Terra seja diz o Senhor — sereis feridos até
ligado no céu e tudo quanto des- a destruição.
ligares na Terra seja desligado 15 E aconteceu que após lhes ter
4 a GEE Diligência. b En. 1:12. GEE Selamento, Selar.
b GEE Sacrifício. c 2 Né. 4:35; 9 a Mt. 17:20; Jacó 4:6;
c 3 Né. 11:11. D&C 46:30. Mórm. 8:24;
5 a 3 Né. 18:20; 6 a Hel. 11:4–18. Ét. 12:30.
D&C 88:63–65. 7 a Mt. 16:19. 11 a Hel. 5:2.
459 HELAMÃ 10:16–11:7
Néfi declarado a palavra, eis que guerras por toda a terra entre todo
continuaram a endurecer o cora- o povo de Néfi.
ção e não deram ouvidos às suas 2 E era esse a bando secreto de
palavras; assim, injuriaram-no, e ladrões que realizava essa obra
procuraram deitar as mãos nele, de destruição e iniquidade. E essa
a fim de aprisioná-lo. guerra prolongou-se por todo
16 Mas eis que o poder de Deus aquele ano e continuou durante
estava com ele; e não puderam o septuagésimo terceiro ano.
agarrá-lo, a fim de pô-lo na pri- 3 E aconteceu que, nesse ano,
são, porque ele foi arrebatado pelo Néfi clamou ao Senhor, dizendo:
Espírito e levado do meio deles. 4 Ó Senhor, não permitas que
17 E aconteceu que assim foi ele este povo seja destruído pela es-
levado pelo Espírito, de multidão pada! Antes, ó Senhor, deixa que
em multidão, pregando a palavra haja a fome na terra para neles des-
de Deus até havê-la anunciado pertar a lembrança do Senhor seu
a todos ou tê-la espalhado entre Deus; e talvez se arrependam e
todo o povo. voltem-se para ti.
18 E aconteceu que não quiseram 5 E assim foi feito, segundo as
dar ouvidos às suas palavras; e palavras de Néfi. E houve muita
começaram a surgir contendas, de fome na terra entre todo o povo
modo que se dividiram e come- de Néfi. E assim, no septuagési-
çaram a matar-se uns aos outros mo quarto ano, continuou a haver
pela espada. fome e cessou a obra de destrui-
19 E assim terminou o septua- ção pela espada; agravou-se, po-
gésimo primeiro ano em que os rém, pela fome.
juízes governaram o povo de Néfi. 6 E essa obra de destruição pros-
seguiu também no septuagésimo
CAPÍTULO 11 quinto ano. Pois a terra foi ferida,
de modo que secou e não produ-
Néfi persuade o Senhor a substituir
ziu grãos na época de grãos; e
a guerra pela fome — Muitos pere-
toda a terra foi ferida, tanto entre
cem — Eles arrependem-se e Néfi
os lamanitas quanto entre os nefi-
suplica ao Senhor que faça cho-
tas, de modo que foram atingidos
ver — Néfi e Leí recebem muitas re-
de tal forma que pereceram aos
velações — Os ladrões de Gadiânton
milhares nas partes mais iníquas
tornam-se fortes na terra. Aproxima-
da terra.
damente 20–6 a.C.
7 E aconteceu que o povo viu
E então aconteceu que, no sep- que estava prestes a perecer de
tuagésimo segundo ano do gover- fome e começou a a lembrar-se
no dos juízes, as discórdias au- do Senhor seu Deus; e começou
mentaram de tal forma que houve a lembrar-se das palavras de Néfi.
11 2 a Hel. 6:18–24; 11:25–26. 4 a 1 Re. 17:1; Hel. 10:6. 7 a Hel. 12:3.
HELAMÃ 11:8–20 460
8 E o povo começou a suplicar a destruição pela espada; e eu sei
aos juízes supremos e aos che- que me ouvirás também agora,
fes que dissessem a Néfi: Eis que pois disseste: Se o povo se arre-
sabemos que és um homem de pender, poupá-lo-ei.
Deus; implora, pois, ao Senhor 15 Sim, ó Senhor, e vês que eles
nosso Deus que afaste de nós se arrependeram, em virtude da
esta fome, a fim de que não se fome e da pestilência e da destrui-
cumpram todas as a palavras que ção que lhes sobrevieram.
disseste a respeito de nossa des- 16 E agora, ó Senhor, não desvia-
truição. rás tua ira para novamente ver se
9 E aconteceu que os juízes fala- eles te servirão? E se assim for, ó
ram com Néfi, transmitindo-lhe o Senhor, poderás abençoá-los se-
desejo do povo. E aconteceu que gundo as palavras que disseste.
quando Néfi viu que o povo se 17 E aconteceu que no septuagé-
havia arrependido e humilhado, simo sexto ano o Senhor desviou
cobrindo-se de saco, clamou no- sua ira do povo e fez a chover so-
vamente ao Senhor, dizendo: bre a terra, de modo que a terra
10 Ó Senhor, eis que este povo se produziu seus frutos na época de
arrepende; e eles baniram o ban- frutos. E aconteceu que produziu
do de Gadiânton do meio deles, grãos na época de grãos.
de modo que foram extintos; e 18 E eis que o povo se regozijou
esconderam seus planos secretos e glorificou a Deus e toda a face
na terra. da terra encheu-se de alegria; e
11 Agora, ó Senhor, aparta deles não mais procuraram destruir
tua ira por causa de sua humilda- Néfi, mas consideraram-no como
de; e apazigua tua ira com a des- um a grande profeta e homem de
truição daqueles homens iníquos Deus, de quem havia recebido
que já destruíste. grande poder e autoridade.
12 Ó Senhor, desvia tua ira, sim, 19 E eis que Leí, seu irmão, não
tua ardente ira, e faze com que ficava nem um a pouco atrás dele
cesse a fome nesta terra. nas coisas pertinentes à retidão.
13 Ó Senhor, escuta-me e faze 20 E assim aconteceu que o povo
com que seja feito de acordo com de Néfi começou novamente a
minhas palavras; e faze a chover prosperar na terra e começou a
sobre a face da terra, para que ela edificar os lugares desolados e
produza seus frutos e seus grãos, começou a multiplicar-se e a es-
na época de grãos. palhar-se, até cobrir toda a face
14 Ó Senhor, ouviste a minhas da terra, tanto ao norte quanto
palavras quando eu disse: Deixa ao sul, do mar do oeste até o mar
que haja fome, a fim de que cesse do leste.
8 a Hel. 10:11–14. 14 a Hel. 11:4. 18 a Hel. 10:5–11.
13 a 1 Re. 18:1, 41–46. 17 a Deut. 11:13–17. 19 a Hel. 5:36–44.
461 HELAMÃ 11:21–31
21 E aconteceu que o septuagési- pilhagens; e fugiam depois para
mo sexto ano terminou em paz. E as montanhas e para o deserto e
o septuagésimo sétimo ano come- lugares secretos, ocultando-se a
çou em paz; e a a igreja espalhou- fim de não serem descobertos,
se pela face de toda a terra; e a crescendo diariamente em nú-
maior parte do povo, tanto nefi- mero, pois havia dissidentes que
tas quanto lamanitas, pertencia à a eles se uniam.
igreja; e houve muita paz na terra; 26 E assim, com o tempo, sim, no
e assim terminou o septuagésimo espaço de poucos anos, transfor-
sétimo ano. maram-se em um bando conside-
22 E também tiveram paz no rável de ladrões; e eles encontra-
septuagésimo oitavo ano, com ram todos os planos secretos de
exceção de algumas disputas re- Gadiânton; e assim se tornaram
lativas a pontos de doutrina que ladrões de Gadiânton.
haviam sido estabelecidos pelos 27 Ora, eis que esses ladrões
profetas. causaram grandes estragos, sim,
23 E no septuagésimo nono ano grande destruição entre o povo
começaram a surgir muitas con- de Néfi, como também entre os
tendas. Aconteceu, porém, que lamanitas.
Néfi, Leí e muitos de seus irmãos 28 E aconteceu que se tornou ne-
que conheciam os verdadeiros cessário pôr termo a essa obra de
pontos da doutrina, recebendo destruição; por conseguinte, um
diariamente muitas a revelações, exército de homens fortes foi en-
pregaram ao povo, de modo que viado ao deserto e às montanhas
puseram fim às suas contendas para procurar esse bando de la-
nesse mesmo ano. drões e exterminá-los.
24 E aconteceu que no octogési- 29 Mas eis que nesse mesmo ano
mo ano em que os juízes gover- foram forçados a recuar para suas
naram o povo de Néfi, um certo próprias terras. E assim terminou
número de dissidentes do povo o octogésimo ano em que os juízes
de Néfi, que alguns anos antes governaram o povo de Néfi.
haviam passado para o lado dos 30 E aconteceu que no começo
lamanitas e tomado o nome de do octogésimo primeiro ano tor-
lamanitas, e também um certo naram a lutar contra esse bando
número de legítimos descenden- de ladrões e mataram muitos; e
tes de lamanitas, incitados à ira eles também sofreram pesadas
por eles, isto é, pelos dissidentes, perdas.
principiaram uma guerra contra 31 E novamente foram obrigados
seus irmãos. a voltar do deserto e das monta-
25 E cometiam assassinatos e nhas para suas próprias terras, em
21 a GEE Igreja de Jesus 23 a Al. 26:22;
Cristo. D&C 107:19.
HELAMÃ 11:32–12:3 462
virtude do excessivo número de CAPÍTULO 12
ladrões que infestavam as mon-
Os homens são instáveis, insensatos
tanhas e o deserto.
e rápidos na prática do mal — O Se-
32 E aconteceu que assim ter-
nhor castiga Seu povo — A nulidade
minou esse ano. E os ladrões au-
dos homens é comparada com o poder
mentavam constantemente e tor-
de Deus — No dia do julgamento
navam-se cada vez mais fortes,
os homens alcançarão vida eterna
a ponto de desafiarem todos os
ou condenação eterna. Aproximada-
exércitos dos nefitas e também
mente 6 a.C.
dos lamanitas; e causaram gran-
de pavor ao povo de toda a face E assim podemos ver quão falso
da terra. e também quão inconstante é o
33 Sim, porque atacaram muitas coração dos filhos dos homens;
partes da terra e causaram gran- sim, podemos ver como o Senhor,
de destruição; sim, muitos foram na grandeza de sua infinita bon-
mortos e outros foram levados dade, abençoa e faz a prosperar os
presos para o deserto, sim, e prin- que colocam nele a sua b confiança.
cipalmente suas mulheres e filhos. 2 Sim, e vemos que é justamen-
34 Ora, essa grande calamidade te quando ele faz prosperar seu
que sobreveio ao povo, por causa povo, sim, aumentando seus cam-
de sua iniquidade, fez com que se pos, seu gado e seus rebanhos e
lembrassem do Senhor seu Deus. ouro e prata e toda sorte de coisas
35 E assim terminou o octogé- preciosas de todo tipo e de todo
simo primeiro ano do governo estilo, preservando-lhes a vida e
dos juízes. livrando-os das mãos de seus ini-
36 E no octogésimo segundo ano migos, abrandando o coração dos
o povo principiou novamente a se inimigos para que não lhes façam
a
esquecer do Senhor seu Deus. E guerra; sim, e, em resumo, fazen-
no octogésimo terceiro ano come- do tudo para o bem e a felicidade
çaram a ficar extremamente iní- de seu povo; sim, então é quando
quos. E no octogésimo quarto ano a
endurecem o coração, esquecen-
não melhoraram o seu proceder. do-se do Senhor seu Deus e b pi-
37 E aconteceu que no octogési- sando o Santíssimo — sim, e isto
mo quinto ano se tornaram mais e em virtude de seu conforto e de
mais orgulhosos e iníquos; e assim sua enorme prosperidade.
estavam novamente amadurecen- 3 E assim vemos que se o Se-
do para a destruição. nhor não a castiga seu povo com
38 E assim terminou o octogési- numerosas aflições, sim, se não o
mo quinto ano. fere com morte e com terror e com
36 a Al. 46:8. 2 Né. 22:2; b Al. 5:53;
12 1 a 2 Crôn. 26:5; Mos. 4:6. 3 Né. 28:35.
Salm. 1:2–3. GEE Confiança, Confiar. 3 a Mos. 23:21;
b Salm. 36:7–8; 2 a GEE Apostasia. D&C 98:21; 101:8.
463 HELAMÃ 12:4–18
fome e com toda sorte de pestilên- tremem e estremecem as colinas
a
TERCEIRO NÉFI
LIVRO DE NÉFI
FILHO DE NÉFI, QUE ERA FILHO DE HELAMÃ
E Helamã era filho de Helamã, que era filho de Alma, que era filho de
Alma, descendente de Néfi, que era filho de Leí, que saiu de Jerusalém
no primeiro ano do reinado de Zedequias, rei de Judá.
18 a Al. 30:12–13. b Ét. 12:5–6, 19.
20 a GEE Tradições. 22 a GEE Vaidade, Vão.
3 NÉFI 1:1–11 476
CAPÍTULO 1 milagres começaram a ser realiza-
dos entre o povo.
Néfi, filho de Helamã, deixa a terra
5 Alguns, porém, começaram a
e seu filho Néfi encarrega-se dos re-
alegar que o prazo estabelecido
gistros — Embora haja abundância
para o cumprimento das palavras
de sinais e maravilhas, os iníquos a
proferidas por Samuel, o lamani-
planejam matar os justos — Chega
ta, já se havia esgotado.
a noite do nascimento de Cristo —
6 E começaram a ridicularizar
É dado o sinal e surge uma nova es-
seus irmãos, dizendo: Eis que a
trela — Aumentam as mentiras e os
hora já é passada e as palavras de
enganos e os ladrões de Gadiânton
Samuel não se cumpriram; portan-
matam muita gente. Aproximada-
to, vossa alegria e vossa fé concer-
mente 1–4 d.C.
nentes a isso foram inúteis.
reis galardão algum de vosso Pai nosso que estás nos céus, santifi-
que está no céu. cado seja o teu nome.
2 Quando, pois, derdes esmolas, 10 Seja feita a tua vontade assim
não toqueis trombeta diante de na Terra como no céu.
vós, como fazem os hipócritas nas 11 E perdoa-nos as nossas dívi-
sinagogas e nas ruas, para serem das, assim como nós perdoamos
a
glorificados pelos homens. Em aos nossos devedores.
verdade vos digo que já recebe- 12 E a não nos induzas à tentação,
ram o seu galardão. mas livra-nos do mal.
3 Mas quando tu deres esmola, 13 Pois teu é o reino e o poder
não saiba a tua mão esquerda o e a glória, para sempre. Amém.
que faz a direita; 14 Pois se aos homens a per-
4 Para que tuas esmolas sejam doardes as suas ofensas, vos-
dadas em segredo; e teu Pai, que so Pai Celestial também vos
vê em segredo, recompensar-te-á perdoará.
abertamente. 15 Mas se aos homens não per-
5 E quando a orares, não faças doardes as suas ofensas, tampou-
como os hipócritas, que se com- co vosso Pai vos perdoará as vos-
prazem em orar em pé nas sinago- sas ofensas.
gas e nas esquinas das ruas para 16 Ademais, quando a jejuar-
serem vistos pelos homens. Em des, não sejais como os hipócri-
verdade vos digo que eles já re- tas, porque eles desfiguram o
ceberam o seu galardão. rosto para que aos homens pa-
6 Mas tu, quando orares, entra reça que jejuam. Em verdade
no teu aposento e, quando tiveres vos digo que já receberam o seu
fechado a tua porta, ora a teu Pai galardão.
que está em oculto; e teu Pai, que 17 Tu, porém, quando jejuares,
vê em oculto, recompensar-te-á unge a cabeça e lava o rosto.
abertamente. 18 A fim de que não pareça aos
7 Vós, porém, quando orardes, homens que jejuas, mas a teu Pai,
não useis de vãs repetições como que está em a oculto; e teu Pai, que
os gentios, que pensam que por vê em oculto, recompensar-te-á
muito falarem serão ouvidos. abertamente.
8 Não sejais, pois, semelhantes 19 Não entesoureis para vós te-
a eles, porque vosso Pai a sabe o souros na Terra, onde a traça e a
que vos é necessário antes que ferrugem consomem e onde os
vós lho peçais. ladrões minam e roubam.
2 a D&C 121:34–35. c GEE Trindade — Deus, D&C 64:9.
5 a GEE Oração. o Pai. GEE Perdoar.
8 a D&C 84:83. 12 a TJS Mt. 6:14 (Apêndice 16 a Isa. 58:5–7.
9 a Mt. 6:9–13. da Bíblia). GEE Jejuar, Jejum.
b GEE Oração. 14 a Mos. 26:30–31; 18 a D&C 38:7.
3 NÉFI 13:20–34 508
20 Mas ajuntai tesouros nos
a
vosso Pai Celestial as alimenta.
céus, onde nem a traça nem a Não sois vós muito melhores do
ferrugem consomem e onde os que elas?
ladrões não minam nem roubam. 27 Qual de vós, por preocupar-
21 Pois onde estiver o vosso te- se, pode acrescentar um côvado a
souro, ali estará também o vosso sua estatura?
coração. 28 E por que vos preocupais com
22 A a luz do corpo são os olhos; os vestidos? Atentai para os lírios
se, pois, teus olhos forem bons, do campo, como eles crescem; eles
todo o teu corpo será cheio de luz; não trabalham nem fiam;
23 Se, porém, teus olhos forem 29 E digo-vos, contudo, que nem
maus, todo o teu corpo será cheio mesmo Salomão, em toda a sua
de trevas. Se, pois, a luz que em glória, vestiu-se como um deles.
ti há são trevas, quão grandes são 30 Portanto, se Deus assim veste
essas trevas! a erva do campo que hoje existe e
24 Ninguém pode a servir a dois amanhã é lançada ao forno, tam-
senhores; porque ou há de odiar bém vestirá a vós, se vossa fé não
um e amar o outro ou há de ape- for pequena.
gar-se a um e desprezar o outro. 31 Portanto, não vos preocupeis,
Não podeis servir a Deus e a Ma- dizendo: Que comeremos ou que
mom. beberemos ou com que nos ves-
25 E então aconteceu que após tiremos?
ter dito estas palavras, Jesus olhou 32 Porque vosso Pai Celestial
para os doze que havia escolhi- sabe que necessitais de todas es-
do e disse-lhes: Lembrai-vos das tas coisas.
palavras que eu disse. Porque eis 33 Mas buscai primeiro o a reino
que sois vós os que eu escolhi de Deus e a sua retidão; e todas
para a ministrar entre este povo. estas coisas vos serão acrescen-
Portanto, eu vos digo: b Não vos tadas.
preocupeis quanto a vossa vida, 34 Portanto, não vos preocupeis
pelo que havereis de comer ou com o dia de amanhã, porque o
pelo que havereis de beber; nem dia de amanhã se preocupará com
quanto ao vosso corpo, pelo que suas próprias coisas. Basta a cada
havereis de vestir. Não é a vida dia o seu mal.
mais do que alimento e o corpo
mais do que vestido?
CAPÍTULO 14
26 Olhai as aves do céu, pois
não semeiam nem segam nem Jesus ordena: Não julgueis; pedi
ajuntam em celeiros; contudo, a Deus; acautelai-vos dos falsos
20 a Hel. 5:8; 8:25. 25 a
GEE Ministério, D&C 84:79–85.
22 a D&C 88:67. Ministro. 33 a Lc. 12:31.
24 a 1 Sam. 7:3. b Al. 31:37–38;
509 3 NÉFI 14:1–18
profetas — Ele promete salvação recebe; e o que busca, encontra; e
àqueles que fazem a vontade do Pai — ao que bate, será aberto.
Comparar com Mateus 7. Aproxima- 9 E qual dentre vós é o homem
damente 34 d.C. que, pedindo-lhe pão o seu filho,
dar-lhe-á uma pedra?
E então aconteceu que após ter 10 Ou se lhe pedir um peixe, dar-
dito estas palavras, Jesus de novo lhe-á uma serpente?
se voltou para a multidão e, tor- 11 Se vós, pois, sendo maus, sa-
nando a abrir a boca, disse-lhes: beis dar boas dádivas aos vossos
Em verdade, em verdade vos filhos, quanto mais vosso Pai que
digo: a Não julgueis, para que não está no céu não dará boas coisas
sejais julgados. aos que lhe pedirem?
2 a Porque com o juízo com que 12 Portanto, tudo o que vós que-
julgardes sereis julgados, e com reis que os homens vos façam, a fa-
a medida com que medirdes vos zei-o também a eles, porque esta
hão de medir a vós. é a lei e os profetas.
3 E por que reparas no argueiro 13 Entrai pela a porta estreita;
que está no olho do teu irmão, porque larga é a porta, e b espaçoso
mas não atentas para a trave que o caminho que conduz à destrui-
está no teu olho? ção, e muitos são os que entram
4 Ou, como dirás a teu irmão: por ela;
Deixa-me tirar o argueiro do teu 14 Porque estreita é a a porta e
olho — e eis que tens uma trave b
apertado é o caminho que con-
no teu próprio olho? duz à vida; e c poucos são os que
5 Hipócrita, tira primeiro a a tra- a encontram.
ve do teu olho; e então enxergarás 15 Acautelai-vos dos a falsos pro-
claramente para tirar o argueiro fetas que vêm até vós vestidos
do olho do teu irmão. como ovelhas, mas interiormente
6 Não deis o que é a santo aos são lobos vorazes.
cães nem lanceis aos porcos as 16 Por seus frutos os conhe-
vossas pérolas, para que não as cereis. Colhem os homens uvas
pisem com os pés e, voltando-se, dos espinheiros ou figos dos
vos despedacem. abrolhos?
7 a Pedi e dar-se-vos-á; buscai 17 Assim, toda boa árvore pro-
e encontrareis; batei e ser-vos-á duz bons frutos; mas uma árvore
aberto. má produz frutos maus.
8 Porque todo aquele que pede, 18 Uma boa árvore não pode dar
14 1 a TJS Mt. 7:1–2 7 a 3 Né. 27:29. 14 a 2 Né. 9:41; 31:9, 17–18;
(Apêndice da Bíblia); GEE Oração. D&C 22.
Jo. 7:24. 12 a GEE Compaixão. b 1 Né. 8:20.
2 a Mórm. 8:19. 13 a Lc. 13:24; c 1 Né. 14:12.
5 a Jo. 8:3–11. 3 Né. 27:33. 15 a Jer. 23:21–32;
6 a GEE Santo (adjetivo). b D&C 132:25. 2 Né. 28:9, 12, 15.
3 NÉFI 14:19–15:4 510
maus frutos nem uma árvore má casa; e ela caiu, e foi grande a sua
dar frutos bons. queda.
19 Toda árvore que a não dá bom
fruto é cortada e lançada ao fogo. CAPÍTULO 15
20 Assim, pelos seus a frutos os
Jesus anuncia que a lei de Moisés se
conhecereis.
cumpriu Nele — Os nefitas são as ou-
21 Nem todo o que me diz: Se-
tras ovelhas de quem Ele falou em Je-
nhor, Senhor, entrará no reino do
rusalém — Por causa da iniquidade,
céu, mas aquele que faz a vontade
o povo do Senhor, em Jerusalém, não
de meu Pai que está no céu.
sabe das ovelhas dispersas de Israel.
22 Muitos me a dirão naquele dia:
Aproximadamente 34 d.C.
Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome e em teu nome E então aconteceu que após ter
não expulsamos demônios e em dito essas palavras, Jesus olhou
teu nome não fizemos muitas ma- para a multidão ao seu redor e
ravilhas? disse: Eis que ouvistes as coisas
23 E então lhes direi: Nunca vos que ensinei antes de subir para
a
conheci; b apartai-vos de mim, vós meu Pai; portanto, todo aquele
que praticais a iniquidade. que se lembrar destas minhas pa-
24 Todo aquele, pois, que ouve lavras e a praticá-las, b levantá-lo-ei
estas minhas palavras e as prati- no último dia.
ca, eu o compararei a um homem 2 E aconteceu que após ter dito
prudente que edificou sua casa essas palavras, Jesus percebeu
sobre uma a rocha. que, entre eles, havia alguns que
25 E desceu a a chuva e chegaram se haviam maravilhado e pergun-
as enchentes e sopraram os ventos tavam-se o que desejava ele com
e combateram aquela casa; e ela respeito à a lei de Moisés; porque
b
não caiu, porque estava edificada não compreendiam a afirmação
sobre uma rocha. de que as coisas antigas haviam
26 E todo aquele que ouve estas passado e todas as coisas haviam-
minhas palavras e não as cumpre se tornado novas.
será comparado a um homem im- 3 E ele disse-lhes: Não vos mara-
prudente que edificou a sua casa vilheis por ter eu declarado que as
sobre a a areia — coisas antigas passaram e todas as
27 E desceu a chuva, e chega- coisas tornaram-se novas.
ram as enchentes, e sopraram 4 E eis que vos digo que a a lei
os ventos, e combateram aquela dada a Moisés foi cumprida.
19 a Mt. 3:10; 23 a Mos. 5:13; 26:24–27. 15 1 a Tg. 1:22.
Al. 5:36–41; b Lc. 13:27. b 1 Né. 13:37;
D&C 97:7. 24 a GEE Rocha. D&C 5:35.
20 a Lc. 6:43–45; 25 a Al. 26:6; Hel. 5:12. 2 a GEE Lei de Moisés.
Morô. 7:5. b Prov. 12:7. 4 a Mos. 13:27–31;
22 a Al. 5:17. 26 a 3 Né. 11:40. 3 Né. 9:17–20.
511 3 NÉFI 15:5–21
5 Eis que eu sou aquele que deu
a
que é um remanescente da casa
a lei e eu sou aquele que fez con- de a José.
vênio com meu povo, Israel; por- 13 E eis que esta é a a terra de
tanto, a lei se cumpre em mim, vossa herança; e o Pai vo-la deu.
porque eu vim para b cumprir a 14 E jamais me deu o Pai man-
lei; consequentemente, ela tem damento de que eu o a dissesse a
um fim. vossos irmãos de Jerusalém.
6 Eis que a não destruo os profe- 15 Nem jamais me deu o Pai
tas, porque todos os que não se mandamento de que eu lhes fa-
cumpriram em mim, em verdade lasse a respeito das a outras tribos
vos digo, serão todos cumpridos. da casa de Israel, que o Pai condu-
7 E porque vos disse que as coi- ziu para fora daquela terra.
sas antigas passaram, não anulo o 16 Somente isto me ordenou o
que foi dito a respeito das coisas Pai que lhes dissesse:
que estão para vir. 17 Que tenho outras ovelhas que
8 Porque eis que o a convênio não são deste aprisco; também
que fiz com meu povo ainda não devo conduzir estas e elas ouvirão
se cumpriu completamente; mas a minha voz e haverá um rebanho
a lei que foi dada a Moisés tem o e um a pastor.
seu termo em mim. 18 E agora, por causa de sua obs-
9 Eis que eu sou a a lei e a b luz. tinação e incredulidade, a não com-
Confiai em mim e perseverai até preenderam minha palavra; por-
o fim e c vivereis; porque àquele tanto, o Pai me ordenou que nada
que d perseverar até o fim, darei mais lhes dissesse a respeito disto.
vida eterna. 19 Mas em verdade vos digo que
10 Eis que vos dei os a manda- o Pai me ordenou e eu vos digo
mentos; portanto, guardai meus que fostes separados deles em vir-
mandamentos. E esta é a lei e os tude da iniquidade deles; portan-
profetas, porque eles em verdade to, é por causa de sua iniquidade
b
testificaram de mim. que eles não sabem de vós.
11 E então aconteceu que de- 20 E em verdade vos digo outra
pois de haver proferido essas pa- vez que as outras tribos foram
lavras, Jesus disse aos doze que deles separadas pelo Pai; e é por
escolhera: causa de sua iniquidade que delas
12 Vós sois meus discípulos; nada sabem.
e sois uma luz para este povo, 21 E em verdade vos digo que
5 a 1 Cor. 10:1–4; b GEE Luz, Luz de Cristo. 13 a 1 Né. 18:22–23.
3 Né. 11:14. c Jo. 11:25; 14 a 3 Né. 5:20.
GEE Jeová. D&C 84:44. 15 a 3 Né. 16:1–4.
b Al. 34:13. d GEE Perseverar. GEE Israel — Dez tribos
6 a 3 Né. 23:1–5. 10 a 3 Né. 12:20. perdidas.
8 a 3 Né. 5:24–26. b Mos. 13:33. 17 a GEE Bom Pastor.
9 a 2 Né. 26:1. 12 a GEE José, Filho de Jacó. 18 a D&C 10:59.
3 NÉFI 15:22–16:5 512
sois aqueles de quem falei: Tenho que não são desta terra nem da
também a outras ovelhas que não terra de Jerusalém nem de qual-
são deste aprisco; também devo quer das partes daquela terra cir-
conduzir estas e elas ouvirão a cunvizinha, onde estive exercendo
minha voz e haverá um rebanho meu ministério.
e um pastor. 2 Porque esses a quem me refiro
22 E não me compreenderam, ainda não ouviram a minha voz;
porque pensaram que eu me re- nem a eles me manifestei pessoal-
feria aos a gentios; porque não mente em qualquer tempo.
compreenderam que os gentios 3 Mas recebi mandamento do Pai
seriam b convertidos por meio de de ir até a eles e de que ouçam a
sua pregação. minha voz e sejam contados com
23 E não me compreenderam minhas ovelhas, para que haja um
quando eu disse que elas ouvi- rebanho e um pastor; portanto, a
riam a minha voz; nem me com- eles me manifestarei.
preenderam quando disse que os 4 E ordeno-vos que escrevais
a
gentios jamais ouviriam a minha estas a palavras depois que eu me
voz — que a eles não me mani- for, a fim de que, se meu povo em
festaria, a não ser pelo b Espírito Jerusalém — aqueles que me vi-
Santo. ram e estiveram comigo durante
24 Mas eis que vós ouvistes a meu ministério — não pedir ao
a
minha voz e me vistes; e sois mi- Pai em meu nome para saber a
nhas ovelhas e sois contados com respeito de vós por meio do Es-
os que o Pai me b deu. pírito Santo, como também a res-
peito das outras tribos das quais
CAPÍTULO 16 nada sabem, que essas palavras
que ireis escrever sejam preser-
Jesus visitará outras das ovelhas per-
vadas e transmitidas aos b gentios,
didas de Israel — Nos últimos dias o
para que, por meio da plenitude
evangelho será levado aos gentios e,
dos gentios, o restante da poste-
depois, à casa de Israel — O povo do
ridade deles, que será espalhada
Senhor verá olho a olho quando Ele
sobre a face da Terra por causa de
trouxer novamente Sião. Aproxima-
sua incredulidade, possa ser reu-
damente 34 d.C.
nida, ou seja, venha a c conhecer-
E em verdade, em verdade vos me a mim, seu Redentor.
digo que tenho a outras ovelhas 5 Então os a reunirei das quatro
21 a Jo. 10:14–16. 3 Né. 16:1–5. 4 a GEE Escrituras.
22 a GEE Gentios. b Jo. 6:37; b 1 Né. 10:14;
b At. 10:34–48. D&C 27:14. 3 Né. 21:6.
23 a Mt. 15:24. 16 1 a 3 Né. 15:15. c Eze. 20:42–44;
b 1 Né. 10:11. GEE Israel — Dez 3 Né. 20:13.
GEE Espírito Santo. tribos perdidas. 5 a GEE Israel — Coligação
24 a Al. 5:38; 3 a 3 Né. 17:4. de Israel.
513 3 NÉFI 16:6–15
partes da Terra; e então cumpri- meu evangelho e a exaltarem-se
rei o b convênio que o Pai fez com por causa do orgulho de seu co-
todo o povo da c casa de Israel. ração sobre todas as nações e so-
6 E bem-aventurados são os bre todo o povo de toda a Terra;
a
gentios por sua fé em mim por e estiverem cheios de toda sorte
meio do b Espírito Santo, o qual de mentiras e de enganos e de in-
lhes testifica de mim e do Pai. júrias; e toda sorte de hipocrisia e
7 Eis que por causa de sua fé em homícidios e b artimanhas sacerdo-
mim, diz o Pai, e por causa de vos- tais e libertinagens e abominações
sa incredulidade, ó casa de Israel, secretas; e se fizerem todas estas
a verdade chegará aos gentios nos coisas e rejeitarem a plenitude
a
últimos dias, para que a plenitu- do meu evangelho, eis que, diz o
de destas coisas lhes seja dada a Pai, retirarei a plenitude do meu
conhecer. evangelho dentre eles.
8 Mas ai dos gentios incrédulos, 11 E então me a lembrarei do con-
diz o Pai — porque vieram sobre vênio que fiz com meu povo, ó
a face desta terra e a dispersaram casa de Israel, e levar-lhes-ei meu
o meu povo, que é da casa de Is- evangelho.
rael; e meu povo, que é da casa de 12 E mostrar-te-ei, ó casa de Is-
Israel, foi b expulso do meio deles rael, que os gentios não terão po-
e pisado por eles. der sobre ti; lembrar-me-ei, po-
9 E por causa da misericórdia do rém, de meu convênio contigo,
Pai para com os gentios e também ó casa de Israel, e terás a conheci-
dos julgamentos do Pai sobre meu mento da plenitude do meu evan-
povo, que é da casa de Israel, em gelho.
verdade, em verdade vos digo 13 Mas se os gentios se arrepen-
que, depois de tudo isto — e eu fiz derem e voltarem a mim, diz o
com que meu povo, que é da casa Pai, eis que serão a contados com
de Israel, fosse ferido e afligido e os de meu povo, ó casa de Israel.
a
morto e expulso do meio deles; e 14 E não permitirei que meu
fosse por eles odiado e se tornasse povo, que é da casa de Israel, ande
objeto de escárnio e opróbrio — no meio deles e pise-os, diz o Pai.
10 E assim ordena o Pai que eu 15 Mas se eles não se voltarem
vos diga: No dia em que os gen- para mim e não derem ouvidos à
tios pecarem contra meu evan- minha voz, permitir-lhes-ei, sim,
gelho e rejeitarem a plenitude do permitirei que meu povo, ó casa
5 b 3 Né. 5:24–26. 7 a GEE Restauração do 11 a 3 Né. 21:1–11;
c 1 Né. 22:9; Evangelho. Mórm. 5:20.
3 Né. 21:26–29. 8 a 1 Né. 13:14; 12 a Hel. 15:12–13.
6 a 1 Né. 13:30–42; Mórm. 5:9, 15. 13 a Gál. 3:7, 29;
2 Né. 30:3. b 3 Né. 20:27–29. 1 Né. 15:13–17;
b 2 Né. 32:5; 9 a Amós 9:1–4. 2 Né. 10:18;
3 Né. 11:32, 35–36. 10 a Mórm. 8:35–41. 3 Né. 30:2;
GEE Espírito Santo. b 2 Né. 26:29. Abr. 2:9–11.
3 NÉFI 16:16–17:7 514
de Israel, ande no meio deles e depois de haver proferido estas
a
pise-os; e serão como o sal que palavras, Jesus novamente olhou
perdeu o seu sabor e então para para a multidão que o rodeava e
mais nada serve, senão para ser disse-lhes: Eis que meu a tempo
jogado fora e ser pisado pelos pés está próximo.
do meu povo, ó casa de Israel. 2 Percebo que sois fracos, que
16 Em verdade, em verdade vos não podeis a compreender todas
digo que assim o Pai me orde- as palavras que o Pai me ordenou
nou — que a este povo eu desse que vos dissesse nesta ocasião.
esta terra por herança. 3 Portanto, ide para vossas ca-
17 E então serão cumpridas as sas, a meditai sobre as coisas que
a
palavras do profeta Isaías, que eu disse e pedi ao Pai, em meu
dizem: nome, que as possais entender; e
18 a Tuas b sentinelas alçarão a b
preparai a mente para c amanhã
voz; juntamente cantarão, por- e eu virei a vós outra vez.
que verão olho a olho quando o 4 Mas agora a vou para o Pai e
Senhor fizer com que Sião volte. vou também me b manifestar às
19 Exultai e juntamente cantai, c
tribos perdidas de Israel, porque
lugares desolados de Jerusalém; não estão perdidas para o Pai,
porque o Senhor consolou o seu pois ele sabe para onde as levou.
povo e remiu a Jerusalém. 5 E aconteceu que depois de as-
20 O Senhor desnudou seu santo sim haver falado, Jesus olhou no-
braço perante os olhos de todas as vamente para a multidão que o
nações; e todos os confins da Terra cercava e viu que estavam em
verão a salvação de Deus. lágrimas e olhavam-no fixamen-
te, como se quisessem pedir-lhe
CAPÍTULO 17 que permanecesse um pouco mais
com eles.
Jesus instrui o povo a ponderar Suas
6 E ele disse-lhes: Eis que minhas
palavras e orar por entendimento —
entranhas estão cheias de a com-
Ele cura os doentes — Ora pelo povo,
paixão por vós.
usando uma linguagem que não pode
7 Tendes enfermos entre vós?
ser escrita — Anjos ministram entre
Trazei-os aqui. Há entre vós coxos
os pequeninos, que são circundados
ou cegos ou aleijados ou mutila-
por fogo. Aproximadamente 34 d.C.
dos ou leprosos ou atrofiados ou
Eis que então aconteceu que surdos ou pessoas que estejam
15 a Miq. 5:8–15; GEE Atalaia, Sentinela, b D&C 132:3.
3 Né. 20:16–19; Vigiar. c 3 Né. 19:2.
21:12–21; 17 1 a IE retornar ao Pai. Ver 4 a 3 Né. 18:39.
D&C 87:5. vers. 4. b 3 Né. 16:1–3.
17 a 3 Né. 20:11–12. 2 a Jo. 16:12; c GEE Israel — Dez tribos
18 a Isa. 52:8–10. D&C 78:17–18. perdidas.
b Eze. 33:1–7. 3 a GEE Ponderar. 6 a GEE Compaixão.
515 3 NÉFI 17:8–19
aflitas de algum modo? Trazei-os multidão que se a ajoelhasse no
aqui e eu os curarei, porque tenho chão.
compaixão de vós; minhas entra- 14 E aconteceu que depois de se
nhas estão cheias de misericórdia. terem todos ajoelhado no chão, Je-
8 Pois percebo que estais desejo- sus gemeu em seu íntimo e disse:
sos de que eu vos mostre o que fiz Pai, estou a angustiado em virtude
por vossos irmãos em Jerusalém; da iniquidade do povo da casa
pois vejo que vossa a fé é b suficien- de Israel.
te para que eu vos cure. 15 E depois de haver proferi-
9 E aconteceu que depois de ele do estas palavras, ele também se
haver assim falado, toda a mul- ajoelhou e eis que orou ao Pai; e
tidão, de comum acordo, adian- as coisas que disse em sua oração
tou-se com seus doentes e seus não podem ser escritas e a multi-
aflitos e seus coxos; e com seus dão que o ouviu deu testemunho.
cegos e com seus mudos e com 16 E desta forma testemunham:
todos aqueles que estavam aflitos Os a olhos jamais viram e os ou-
de qualquer forma; e ele a curou a vidos jamais ouviram, até agora,
todos, à medida que foram con- coisas tão grandes e maravilhosas
duzidos a sua presença. como as que vimos e ouvimos
10 E todos eles, tanto os que ha- Jesus dizer ao Pai;
viam sido curados como os que 17 E não há a língua que possa
eram sãos, prostraram-se a seus expressar nem homem que possa
pés e adoraram-no; e todos os escrever nem pode o coração dos
que puderam, dentre a multidão, homens conceber coisas tão gran-
a
beijaram-lhe os pés, de modo que des e maravilhosas como as que
os banharam com suas lágrimas. vimos e ouvimos Jesus dizer; e
11 E aconteceu que ele ordenou ninguém pode calcular a extraor-
que as a criancinhas fossem leva- dinária alegria que nos encheu a
das a sua presença. alma na ocasião em que o vimos
12 Levaram, pois, suas crianci- orar por nós ao Pai.
nhas e colocaram-nas no chão, 18 E aconteceu que após haver
ao redor dele; e Jesus ficou no terminado a sua oração ao Pai,
meio; e a multidão cedeu espaço Jesus se levantou; mas tão gran-
até que todas as crianças fossem de era o a júbilo da multidão, que
levadas a ele. ficaram prostrados.
13 E aconteceu que após todas 19 E aconteceu que Jesus lhes
elas terem sido levadas — e Jesus falou e ordenou-lhes que se le-
estava no meio — ele ordenou à vantassem.
8 a Lc. 18:42. 10 a Lc. 7:38. 16 a Isa. 64:4;
b 2 Né. 27:23; 11 a Mt. 19:13–14; 1 Cor. 2:9;
Ét. 12:12. 3 Né. 26:14, 16. D&C 76:10, 114–119.
9 a Mos. 3:5; 13 a Lc. 22:41; At. 20:36. 17 a 2 Cor. 12:4.
3 Né. 26:15. 14 a Mois. 7:41. 18 a GEE Alegria.
3 NÉFI 17:20–18:8 516
20 E levantaram-se do chão e ele discípulos é dado poder para conferir
disse-lhes: Bem-aventurados sois o Espírito Santo. Aproximadamente
por causa de vossa fé. E agora, eis 34 d.C.
que é completa a minha alegria.
21 E depois de haver proferi- E aconteceu que Jesus ordenou
do estas palavras, ele a chorou e aos seus discípulos que lhe trou-
a multidão testificou isso; e pe- xessem a pão e vinho.
gou as criancinhas, uma a uma, 2 E enquanto foram buscar o pão
e b abençoou-as e orou por elas e o vinho, ele ordenou à multidão
ao Pai. que sentasse no chão.
22 E depois de haver feito isso, 3 E quando os discípulos che-
chorou de novo; garam com a pão e vinho, Jesus
23 E dirigindo-se à multidão, tomou do pão e partiu-o e aben-
disse-lhes: Olhai para vossas çoou-o; e deu a seus discípulos e
criancinhas. mandou que comessem.
24 E ao olharem, lançaram o 4 E quando eles acabaram de co-
olhar ao céu e viram os céus aber- mer e achavam-se fartos, mandou
tos e anjos descendo dos céus, que dessem à multidão.
como se estivessem no meio de 5 E depois que a multidão comeu
fogo; e eles desceram e a cercaram e fartou-se, disse ele aos discípu-
aqueles pequeninos e eles foram los: Eis que um dentre vós será
rodeados por fogo; e os anjos mi- ordenado e a ele eu darei poder
nistraram entre eles. para a partir o pão e abençoá-lo
25 E a multidão viu, ouviu e deu e distribuí-lo ao povo de minha
testemunho; e sabem que seu tes- igreja, a todos os que crerem e
temunho é verdadeiro, porque forem batizados em meu nome.
todos viram e ouviram, cada ho- 6 E sempre procurareis fazer isto
mem por si mesmo; e eram cer- tal como eu fiz, da mesma forma
ca de duas mil e quinhentas al- que eu parti o pão, abençoei-o e
mas, entre homens, mulheres e dei-o a vós.
crianças. 7 E isto fareis em a lembrança de
meu corpo, o qual vos mostrei. E
será um testemunho ao Pai de que
CAPÍTULO 18
vos lembrais sempre de mim. E se
Jesus institui o sacramento entre os lembrardes sempre de mim, tereis
nefitas — É-lhes ordenado orar sem- meu Espírito convosco.
pre em Seu nome — Os que indig- 8 E aconteceu que depois de ha-
namente comem Sua carne e bebem ver proferido estas palavras, orde-
Seu sangue são condenados — Aos nou aos discípulos que tomassem
21 a Jo. 11:35. 18 1 a Mt. 26:26–28. 7 a Morô. 4:3.
b Mc. 10:14–16. 3 a GEE Sacramento.
24 a Hel. 5:23–24, 43–45. 5 a Morô. 4.
517 3 NÉFI 18:9–21
do vinho do cálice, bebessem-no do inferno já estão abertas para
e dessem-no também à multidão recebê-los.
para bebê-lo. 14 Portanto, bem-aventurados
9 E aconteceu que eles assim pro- sois se guardardes meus manda-
cederam e beberam dele e farta- mentos, que o Pai me ordenou
ram-se; e deram à multidão e eles que vos desse.
beberam e fartaram-se. 15 Em verdade, em verdade vos
10 E depois de haverem os discí- digo que deveis vigiar e a orar
pulos feito isso, Jesus disse-lhes: sempre, para que não sejais ten-
Bem-aventurados sois por isto tados pelo diabo e levados cativos
que fizestes, porque isto cumpre por ele.
meus mandamentos e testifica ao 16 E da mesma forma que orei
Pai que tendes o desejo de fazer o entre vós, assim orareis na minha
que vos ordenei. igreja entre o meu povo que se
11 E isto fareis sempre a todos arrepende e é batizado em meu
os que se arrependerem e forem nome. Eis que eu sou a a luz; eu
batizados em meu nome; e o fa- dei-vos o b exemplo.
reis em lembrança do meu sangue 17 E aconteceu que depois de ha-
que derramei por vós, a fim de ver dirigido estas palavras a seus
que testifiqueis ao Pai que sem- discípulos, Jesus voltou-se para a
pre vos lembrais de mim. E se vos multidão e disse:
lembrardes sempre de mim, tereis 18 Eis que em verdade, em ver-
o meu Espírito convosco. dade vos digo que deveis vigiar e
12 E dou-vos um mandamento orar sempre para não cairdes em
de que façais estas coisas. E fazen- tentação; porque a Satanás deseja
do sempre estas coisas, abençoa- ter-vos para vos peneirar como
dos sois, porque estais edificados trigo.
sobre a minha a rocha. 19 Portanto, deveis sempre orar
13 Mas todos aqueles dentre ao Pai em meu nome.
vós que fizerem mais ou me- 20 E a tudo quanto pedirdes ao
nos do que isto não estão edifi- Pai em meu nome, que seja justo,
cados sobre a minha rocha, mas acreditando que recebereis, eis
edificados sobre um alicerce de que vos será dado.
areia; e quando as chuvas des- 21 a Orai ao Pai no seio de vossa
cerem e as inundações chegarem família, sempre em meu nome,
e os ventos soprarem e baterem a fim de que vossas mulheres e
contra eles, a cairão; e as b portas vossos filhos sejam abençoados.
12 a GEE Rocha. b GEE Jesus Cristo — 20 a Mt. 21:22;
13 a GEE Apostasia. Exemplo de Jesus Hel. 10:5;
b 3 Né. 11:39. Cristo. Morô. 7:26;
15 a Al. 34:17–27. 18 a Lc. 22:31; D&C 88:63–65.
GEE Oração. 2 Né. 2:17–18; 21 a Al. 34:21.
16 a GEE Luz, Luz de Cristo. D&C 10:22–27.
3 NÉFI 18:22–32 518
22 E eis que vos reunireis com mandamento que vos dou: não
frequência; e a ninguém proibi- permitireis, sabendo-o, que al-
reis que se chegue a vós quando guém a participe b indignamente
vos reunirdes, mas permitireis da minha carne e do meu sangue
que se cheguem a vós e não lhes quando os administrardes.
proibireis. 29 Porque todo aquele que come
23 Mas a orareis por eles e não os e bebe da minha carne e do meu
expulsareis; e se acontecer que se a
sangue b indignamente, come e
cheguem a vós frequentemente, bebe condenação para sua alma;
orareis por eles ao Pai, em meu portanto, se souberdes que um
nome. homem é indigno de comer e be-
24 Portanto, levantai vossa a luz ber da minha carne e do meu san-
para que brilhe perante o mundo. gue, vós lho proibireis.
Eis que eu sou a b luz que levanta- 30 Não obstante, não o a expul-
reis — aquilo que me vistes fazer. sareis de vosso meio, mas ensiná-
Eis que vistes que eu orei ao Pai; e lo-eis e rogareis por ele ao Pai em
vós todos o testemunhastes. meu nome; e se ele se arrepender
25 E vistes que eu mandei que e for batizado em meu nome, vós
a
nenhum de vós se afastasse, mas então o recebereis e administrar-
ordenei que viésseis a mim para lhe-eis da minha carne e do meu
que vísseis e b sentísseis; e da mes- sangue.
ma forma fareis ao mundo; e todo 31 Mas se ele não se arrepen-
aquele que quebrar este manda- der, não será contado com o meu
mento ficará sujeito a cair em ten- povo, a fim de não destruir meu
tação. povo; porque eis que conheço a mi-
26 E então aconteceu que depois nhas ovelhas e elas estão conta-
de haver proferido estas palavras, das.
Jesus novamente voltou os olhos 32 Não obstante, não o expulsa-
para os discípulos que havia es- reis de vossas sinagogas nem de
colhido e disse-lhes: vossos lugares de adoração, pois
27 Eis que em verdade, em ver- junto a esses deveis continuar a
dade vos digo que vos dou ou- ministrar; porque não sabeis se
tro mandamento; e depois devo eles irão voltar e arrepender-se e
ir para o a Pai, a fim de cumprir vir a mim com toda a sincerida-
b
outros mandamentos que ele me de de coração e eu irei a curá-los;
deu. e sereis vós o meio de levar-lhes
28 E agora, eis que este é o salvação.
23 a 3 Né. 18:30. o Pai. b D&C 46:4.
24 a Mt. 5:16. b 3 Né. 16:1–3. 30 a D&C 46:3.
b Mos. 16:9. 28 a 1 Cor. 11:27–30. 31 a Jo. 10:14; Al. 5:38;
25 a Al. 5:33. b Mórm. 9:29. 3 Né. 15:24.
b 3 Né. 11:14–17. 29 a GEE Sacramento; 32 a 3 Né. 9:13–14;
27 a GEE Trindade — Deus, Sangue. D&C 112:13.
519 3 NÉFI 18:33–19:4
33 Portanto, conservai na lem- CAPÍTULO 19
brança estas palavras que eu vos
Os doze discípulos ministram entre
disse, a fim de que não incorrais
o povo e oram para receber o Espí-
em a condenação; porque ai da-
rito Santo — Os discípulos são ba-
quele que for condenado pelo Pai.
tizados, recebem o Espírito Santo e
34 E dou-vos estes mandamen-
o ministério de anjos — Jesus ora,
tos em virtude das disputas havi-
usando palavras que não podem ser
das entre vós. E bem-aventurados
escritas — Ele testifica sobre a fé su-
sereis se não houver a disputas
mamente grande desses nefitas. Apro-
entre vós.
ximadamente 34 d.C.
35 E agora vou para o Pai, por-
que convém que eu vá para o Pai, E então aconteceu que depois de
a
por amor a vós. haver Jesus subido ao céu, a mul-
36 E aconteceu que depois de tidão dispersou-se e cada homem,
haver proferido estas palavras, acompanhado de sua mulher e de
Jesus tocou com a a mão os b dis- seus filhos, voltou para sua casa.
cípulos que escolhera, um a um, 2 E imediatamente se espalhou
até ter tocado todos; e falava-lhes entre o povo, ainda antes do anoi-
enquanto os tocava. tecer, a notícia de que a multidão
37 E a multidão não ouviu as vira Jesus e de que ele ministrara
palavras que ele disse, portanto, entre eles; e de que também apa-
não deram testemunho. Os discí- receria à multidão no dia seguinte.
pulos, porém, testificaram que ele 3 Sim, e mesmo durante toda a
lhes deu a poder para conferirem o noite espalhou-se a notícia con-
b
Espírito Santo. E mostrar-vos-ei cernente a Jesus; e a tal ponto se
mais adiante que esse testemunho espalhou que houve muitos, sim,
é verdadeiro. grande foi o número dos que labu-
38 E aconteceu que depois de taram afanosamente toda aquela
Jesus haver tocado a todos, apa- noite, a fim de poderem estar, na
receu uma a nuvem e cobriu a mul- manhã seguinte, no lugar onde
tidão, de modo que eles não po- Jesus apareceria à multidão.
diam ver Jesus. 4 E aconteceu que na manhã se-
39 E enquanto estavam assim guinte, quando a multidão estava
cobertos, ele partiu do meio deles reunida, eis que Néfi e seu irmão,
e subiu aos céus. E os discípulos a quem ele levantara dos mortos e
viram e testificaram que ele nova- cujo nome era Timóteo, e também
mente subiu aos céus. seu filho, cujo nome era Jonas, e
também Matôni e Matonia, seu
33 a GEE Condenação, Morô. 7:27–28; 3 Né. 19:4.
Condenar. D&C 29:5. 37 a GEE Poder.
34 a 3 Né. 11:28–30. 36 a GEE Mãos, Imposição b GEE Dom do Espírito
35 a 1 Jo. 2:1; de. Santo.
2 Né. 2:9; b 1 Né. 12:7; 38 a Êx. 19:9, 16.
3 NÉFI 19:5–22 520
irmão; e Cumen e Cumenôni e da água, o Espírito Santo desceu
Jeremias e Semnon e Jonas e Ze- sobre eles e ficaram cheios do b Es-
dequias e Isaías — ora, estes eram pírito Santo e fogo.
os nomes dos discípulos que Je- 14 E eis que eles foram a envoltos,
sus escolhera — e aconteceu que como que por fogo; e o fogo des-
se adiantaram e puseram-se no ceu dos céus e a multidão teste-
meio da multidão. munhou-o e testificou-o; e desce-
5 E eis que a multidão era tão ram anjos dos céus e ministraram
grande que eles fizeram com que entre eles.
fosse separada em doze grupos. 15 E aconteceu que enquanto os
6 E os doze ensinaram a multi- anjos ministraram entre os dis-
dão; e eis que fizeram com que a cípulos, eis que Jesus se pôs no
multidão se ajoelhasse por terra e meio deles e instruiu-os e minis-
orasse ao Pai em nome de Jesus. trou entre eles.
7 E os discípulos também ora- 16 E aconteceu que ele falou à
ram ao Pai em nome de Jesus. E multidão, ordenando-lhes que
aconteceu que se levantaram e se ajoelhassem novamente e que
ministraram entre o povo. se ajoelhassem também os seus
8 E depois de haverem ensinado discípulos.
aquelas mesmas palavras que Je- 17 E aconteceu que depois de se
sus dissera — em nada variando terem todos ajoelhado, ordenou a
das palavras que Jesus proferi- seus discípulos que orassem.
ra — eis que se ajoelharam nova- 18 E eis que eles começaram a
mente e oraram ao Pai em nome orar; e oraram a Jesus, chaman-
de Jesus. do-o seu Senhor e seu Deus.
9 E oraram por aquilo que mais 19 E aconteceu que Jesus se afas-
desejavam; e desejavam que o tou um pouco do meio deles e,
a
Espírito Santo lhes fosse dado. inclinando-se até a terra, disse:
10 E depois de haverem assim 20 Pai, graças te dou por teres
orado, desceram às margens conferido o Espírito Santo a es-
da água, acompanhados pela tes que escolhi; e é por causa de
multidão. sua crença em mim que os escolhi
11 E aconteceu que Néfi entrou dentre o mundo.
a
na água e foi batizado. 21 Pai, rogo-te que dês o Espírito
12 E ele saiu da água e começou Santo a todos os que crerem em
a batizar. E batizou todos aqueles suas palavras.
que Jesus escolhera. 22 Pai, deste-lhes o Espírito San-
13 E aconteceu que depois de to- to porque creem em mim; e vês
dos terem sido a batizados e saído que creem em mim, porque os
19 9 a 3 Né. 9:20. b 3 Né. 12:2; Santo.
11 a 3 Né. 11:23. Mórm. 7:10. 14 a Hel. 5:23–24, 43–45;
13 a GEE Batismo, Batizar. GEE Dom do Espírito 3 Né. 17:24.
521 3 NÉFI 19:23–35
ouves; e eles oram a mim; e oram sejam purificados em mim pela fé
a mim porque estou com eles. em suas palavras, assim como eles
23 E agora, Pai, rogo-te por eles são purificados em mim.
e também por todos os que cre- 29 Pai, não rogo pelo mundo,
rem em suas palavras, para que mas por aqueles que tu me deste
creiam em mim a fim de que eu a
do mundo por causa de sua fé,
esteja neles, a como tu, Pai, estás para que sejam purificados em
em mim, para que sejamos b um. mim e para que eu esteja neles,
24 E aconteceu que depois de como tu, Pai, estás em mim, para
haver assim orado ao Pai, Jesus que sejamos um, para que eu seja
aproximou-se dos discípulos e glorificado neles.
eis que continuavam orando a 30 E depois de haver proferido
ele, sem cessar; e não a repetiam estas palavras, Jesus voltou no-
muitas palavras, porque lhes era vamente para junto de seus dis-
manifestado o que deviam b dizer cípulos; e eis que oravam a ele
e estavam cheios de anelo. firmemente e sem cessar; e nova-
25 E aconteceu que Jesus os mente lhes sorriu; e eis que esta-
abençoou enquanto oravam a ele; vam a brancos como Jesus.
e seu rosto sorriu-lhes e a luz de 31 E aconteceu que ele tornou a
seu a semblante iluminou-os; e eis afastar-se um pouco e orou ao Pai;
que se tornaram b brancos como o 32 E a língua não pode exprimir
semblante e as vestes de Jesus; e as palavras com que ele orou nem
eis que sua brancura excedia toda podem ser a escritas pelo homem
brancura, sim, não poderia haver as palavras com que ele orou.
coisa alguma na Terra tão branca 33 E a multidão ouviu e dá teste-
como sua brancura. munho; e abriu-se-lhes o coração
26 E disse-lhes Jesus: Continuai e compreenderam, no coração, as
a orar; e não cessaram de orar. palavras com que ele orou.
27 E tornando a afastar-se um 34 Não obstante, tão extraordi-
pouco deles, Jesus inclinou-se até nárias e maravilhosas foram as
a terra; e orou novamente ao Pai, palavras com que ele orou, que
dizendo: não podem ser escritas nem po-
28 Pai, dou-te graças por teres dem ser a proferidas pelo homem.
a
purificado aqueles a quem esco- 35 E aconteceu que quando aca-
lhi por causa de sua fé; e rogo por bou de orar, Jesus voltou nova-
eles e também por aqueles que mente para os discípulos e dis-
crerem em suas palavras, para que se-lhes: Tão grande a fé eu nunca
23 a 3 Né. 9:15. b GEE Transfiguração — 29 a Jo. 17:6.
b Jo. 17:21–23. Seres transfigurados. 30 a Mt. 17:2.
GEE Unidade. 28 a Morô. 7:48; 32 a D&C 76:116.
24 a Mt. 6:7. D&C 50:28–29; 34 a 2 Cor. 12:4;
b D&C 46:30. 88:74–75. 3 Né. 17:17.
25 a Núm. 6:23–27. GEE Pureza, Puro. 35 a GEE Fé.
3 NÉFI 19:36–20:13 522
vi entre todos os judeus; por isso para beber e ordenou que dessem
não lhes pude mostrar tão gran- à multidão.
des milagres, por causa de sua 6 Ora, nem os discípulos nem
b
incredulidade. a multidão haviam levado a pão
36 Em verdade vos digo que ne- ou vinho;
nhum deles viu coisas tão gran- 7 Mas ele verdadeiramente lhes
diosas como as que vistes nem a
deu pão para comer e vinho para
ouviu coisas tão grandiosas como beber.
as que ouvistes. 8 E disse-lhes: Aquele que a come
este pão, come do meu corpo para
CAPÍTULO 20 a sua alma; e aquele que bebe des-
te vinho, bebe do meu sangue
Jesus milagrosamente provê pão e
para a sua alma; e sua alma nun-
vinho e torna a administrar o sacra-
ca terá fome nem sede, mas ficará
mento ao povo — Os remanescentes
satisfeita.
de Jacó conhecerão o Senhor seu Deus
9 Ora, depois de toda a multidão
e herdarão as Américas — Jesus é o
ter comido e bebido, eis que fica-
profeta semelhante a Moisés e os ne-
ram cheios do Espírito; e clama-
fitas são filhos dos profetas — Outros
ram a uma só voz e deram glória
do povo do Senhor serão reunidos em
a Jesus, a quem viram e ouviram.
Jerusalém. Aproximadamente 34 d.C.
10 E aconteceu que depois de to-
E aconteceu que ele ordenou à dos terem dado glória a Jesus, ele
multidão e também a seus discí- disse-lhes: Eis que agora cumpro
pulos que cessassem de orar. E o mandamento que o Pai me deu,
ordenou que não cessassem de concernente a este povo, que é um
a
orar em seu coração. remanescente da casa de Israel.
2 E ordenou-lhes que se levan- 11 Vós vos lembrais de que eu
tassem e ficassem de pé. E levan- vos falei e disse que quando as
taram-se e ficaram de pé. a
palavras de b Isaías fossem cum-
3 E aconteceu que ele novamen- pridas — eis que elas estão escri-
te partiu o pão e abençoou-o e tas e vós as tendes perante vós;
deu-o aos discípulos, para que portanto, examinai-as —
comessem. 12 Em verdade, em verdade vos
4 E depois de haverem comido, digo que quando elas forem cum-
ordenou-lhes que partissem o pão pridas, cumprir-se-á então o a con-
e dessem-no à multidão. vênio que o Pai fez com seu povo,
5 E depois de terem dado à mul- ó casa de Israel.
tidão, ele também lhes deu vinho 13 E então os a remanescentes que
35 b Mt. 13:58. 7 a Jo. 6:9–14. b 2 Né. 25:1–5;
GEE Incredulidade. 8 a Jo. 6:50–58; Mórm. 8:23.
20 1 a 2 Né. 32:9; 3 Né. 18:7. 12 a 3 Né. 15:7–8.
Mos. 24:12. GEE Sacramento. 13 a 3 Né. 16:11–12; 21:2–7.
6 a Mt. 14:19–21. 11 a 3 Né. 16:17–20; 23:1–3.
523 3 NÉFI 20:14–25
estiverem dispersos pela face da
b
bens, ao Senhor de toda a Terra.
Terra serão c reunidos do leste e E eis que eu sou aquele que o faz.
do oeste, do sul e do norte; e te- 20 E acontecerá, diz o Pai, que a
rão d conhecimento do Senhor seu a
espada de minha justiça penderá
Deus que os redimiu. sobre eles nesse dia; e a não ser
14 E o Pai ordenou-me que vos que se arrependam, ela cairá sobre
desse esta a terra por herança. eles, diz o Pai, sim, sobre todas as
15 E digo-vos que se os gentios nações dos gentios.
não se a arrependerem depois da 21 E acontecerá que eu estabele-
bênção que receberão após have- cerei meu a povo, ó casa de Israel!
rem dispersado meu povo — 22 E eis que estabelecerei este
16 Então vós, que sois um rema- povo nesta terra, em cumprimen-
nescente da casa de Jacó, ireis para to ao a convênio que fiz com Jacó,
o meio deles; e estareis no meio vosso pai, e será uma b Nova Jeru-
deles, que serão muitos; e sereis salém. E os poderes dos céus esta-
entre eles como o leão entre os rão no meio deste povo, sim, até
animais da floresta ou como um c
eu estarei no meio de vós.
filho de a leão entre os rebanhos 23 Eis que eu sou aquele de
de ovelhas que, se passa no meio, quem Moisés falou, dizendo: O
b
pisa-as e despedaça-as e ninguém Senhor vosso Deus levantará para
as pode livrar. vós, dentre vossos irmãos, a um
17 Tua mão será levantada con- profeta semelhante a mim; ouvi-
tra teus adversários e todos os lo-eis em todas as coisas que ele
teus inimigos serão dizimados. vos disser. E acontecerá que toda
18 E eu a reunirei meu povo como alma que não quiser ouvir esse
um homem reúne seus feixes na profeta será afastada do meio do
eira. povo.
19 Pois farei meu povo, com 24 Em verdade vos digo, sim, e
quem o Pai fez convênio, sim, fa- a
todos os profetas, desde Samuel
rei de ferro os teus a chifres e farei e os que vieram depois, todos os
de bronze os teus cascos; e esmiu- que falaram, deram testemunho
çarás muitos povos; e o seu ganho de mim.
eu consagrarei ao Senhor e, seus 25 E eis que vós sois os filhos dos
13 b GEE Israel — Dispersão 3 Né. 16:14–15; 21:12. GEE Nova Jerusalém.
de Israel. 18 a
Miq. 4:12. c Isa. 59:20–21;
c GEE Israel — Coligação 19 a
Miq. 4:13. Mal. 3:1;
de Israel. 20 a
3 Né. 29:4. 3 Né. 24:1.
d 3 Né. 16:4–5. 21 a
3 Né. 16:8–15. 23 a Deut. 18:15–19;
14 a GEE Terra da 22 a
Gên. 49:22–26; At. 3:22–23;
Promissão. D&C 57:2–3. 1 Né. 22:20–21.
15 a 3 Né. 16:10–14. b Isa. 2:2–5; 24 a At. 3:24–26;
16 a Mórm. 5:24; 3 Né. 21:23–24; 1 Né. 10:5;
D&C 19:27. Ét. 13:1–12; Jacó 7:11.
b Miq. 5:8–9; D&C 84:2–4.
3 NÉFI 20:26–37 524
profetas; e vós sois da casa de Is- em meu próprio e devido tempo,
rael; e vós sois do a convênio que que novamente lhes daria a c terra
o Pai fez com vossos antepassa- de seus pais como herança, a qual
dos, dizendo a Abraão: E b em tua é a terra de d Jerusalém, terra que
semente serão benditas todas as lhes foi prometida para sempre,
famílias da Terra. diz o Pai.
26 O Pai ressuscitou-me para vir 30 E eis que chegará o dia em
primeiramente a vós e enviou-me que a plenitude do meu evange-
para abençoar-vos, a desviando lho lhes será pregada.
cada um de vós de vossas iniqui- 31 E a crerão em mim, que eu sou
dades; e isto porque sois os filhos Jesus Cristo, o Filho de Deus; e
do convênio — orarão ao Pai em meu nome.
27 E depois que tiverdes sido 32 Então suas a sentinelas alçarão
abençoados, então o Pai cumprirá a voz e juntamente cantarão; por-
o convênio que fez com Abraão, que verão olho a olho.
dizendo: a Em tua semente serão 33 Então o Pai os reunirá no-
benditas todas as famílias da Ter- vamente e dar-lhes-á Jerusalém
ra — com o derramamento do Es- como terra de sua herança.
pírito Santo sobre os gentios, por 34 Então, rejubilar-se-ão — a Can-
meu intermédio, bênção essa que tai juntamente, lugares desolados
fará com que os b gentios se tor- de Jerusalém; porque o Pai conso-
nem mais fortes que todos, a pon- lou o seu povo, remiu a Jerusalém!
to de dispersarem o meu povo, ó 35 O Pai desnudou seu santo
casa de Israel. braço perante os olhos de todas
28 E eles serão como um a açoi- as nações; e todos os confins da
te para o povo desta terra. Não Terra verão a salvação do Pai; e o
obstante, quando tiverem rece- Pai e eu somos um.
bido a plenitude do meu evan- 36 E então acontecerá o que está
gelho, se então endurecerem o escrito: a Desperta, desperta outra
coração contra mim, farei com vez, veste-te da tua fortaleza, ó
que suas iniquidades lhes caiam Sião; veste-te dos teus vestidos
sobre a própria cabeça, diz formosos, ó Jerusalém, cidade
o Pai. santa; porque nunca mais entra-
29 E a lembrar-me-ei do convênio rá em ti nem incircunciso nem
que fiz com meu povo; e com eles imundo!
fiz o convênio de que os b reuniria 37 Sacode-te do pó; levanta-te e
25 a GEE Convênio 28 a 3 Né. 16:8–9. 32 a Isa. 52:8;
Abraâmico. 29 a Isa. 44:21; 3 Né. 16:18–20.
b Gên. 12:1–3; 22:18. 3 Né. 16:11–12. GEE Atalaia, Sentinela,
26 a Prov. 16:6. b GEE Israel — Coligação Vigiar.
27 a Gál. 3:8; de Israel. 34 a Isa. 52:9.
2 Né. 29:14; c Amós 9:14–15. 36 a Isa. 52:1–3;
Abr. 2:9. d GEE Jerusalém. D&C 113:7–10.
b 3 Né. 16:6–7. 31 a 3 Né. 5:21–26; 21:26–29. GEE Sião.
525 3 NÉFI 20:38–21:2
assenta-te, ó Jerusalém: solta-te lhes foi anunciado, verão; e aquilo
das ligaduras de teu pescoço, ó que não ouviram, considerarão.
cativa filha de Sião. 46 Em verdade, em verdade vos
38 Pois assim diz o Senhor: Por digo que todas essas coisas segu-
nada vos vendestes e sem dinhei- ramente hão de acontecer, assim
ro sereis resgatados. como o Pai me ordenou. Então
39 Em verdade, em verdade vos este convênio que o Pai fez com
digo que meu povo conhecerá seu povo será cumprido; e então
meu nome; sim, naquele dia sa- a
Jerusalém será novamente habi-
berão que eu sou o que fala. tada por meu povo e será a terra
40 E então eles dirão: a Quão be- de sua herança.
los são sobre os montes os pés do
que anuncia boas novas, que b pro- CAPÍTULO 21
clama a paz, que anuncia o bem,
Israel será reunida quando o Livro
que proclama a salvação; que diz
de Mórmon aparecer — Os gentios
a Sião: O teu Deus reina!
serão estabelecidos na América como
41 E então um grito soará: a Re-
um povo livre — Eles serão salvos se
tirai-vos, retirai-vos, saí daí, não
crerem e obedecerem; caso contrário,
toqueis em coisa b imunda; saí do
serão afastados e destruídos — Israel
meio dela; c purificai-vos, os que
construirá a Nova Jerusalém e as tri-
levais os vasos do Senhor!
bos perdidas retornarão. Aproxima-
42 Porque a não saireis apressa-
damente 34 d.C.
damente nem vos ireis fugindo;
pois o Senhor irá diante de vós Em verdade vos digo que vos dou
e o Deus de Israel será a vossa um sinal, a fim de que saibais a
retaguarda. a
hora em que estas coisas estarão
43 Eis que o meu servo operará prestes a suceder — quando, de
com prudência; será exaltado e sua longa dispersão, reunirei meu
louvado e posto nas alturas. povo, ó casa de Israel, e estabele-
44 Como pasmaram muitos cerei novamente no meio deles
à vista de ti — seu parecer es- minha Sião.
tava tão desfigurado, mais do 2 E eis que isto é o que vos darei
que qualquer homem; e sua fi- por sinal — pois em verdade vos
gura, mais do que os filhos dos digo que quando estas coisas que
homens — vos declaro e que declararei daqui
45 Assim a borrifará muitas na- por diante, por mim mesmo e pelo
ções; os reis fecharão a boca por poder do Espírito Santo que vos
causa dele, porque aquilo que não será dado pelo Pai, forem levadas
40 a Isa. 52:7; 1 Né. 13:37. 45 a Isa. 52:15.
Naum 1:15; 41 a Isa. 52:11–15. 46 a Ét. 13:5, 11.
Mos. 15:13–18; b GEE Limpo e Imundo. 21 1 a GEE Últimos Dias.
D&C 128:19. c D&C 133:5.
b Mc. 13:10; 42 a 3 Né. 21:29.
3 NÉFI 21:3–11 526
ao conhecimento dos gentios para de que sejam contados com meu
b
seus pais, maiores até do que as sas em b comum entre eles e todos
que ele revelara ao povo; e soltou- procediam justamente uns com
lhes a língua a fim de que pudes- os outros.
sem expressar-se. 20 E aconteceu que faziam to-
15 E aconteceu que depois de ha- das as coisas como Jesus lhes or-
ver ascendido ao céu — a segunda denara.
vez que se havia mostrado a eles 21 E os que eram batizados em
e voltado ao Pai, depois de haver nome de Jesus, eram chamados a
a
curado todos os seus doentes e a
igreja de Cristo.
seus coxos e aberto os olhos dos
cegos e os ouvidos dos surdos; e CAPÍTULO 27
feito toda sorte de curas no meio
Jesus ordena que a Igreja seja cha-
deles e levantado um homem den-
mada por Seu nome — Sua missão
tre os mortos e ter demonstrado
e o sacrifício expiatório constituem o
seu poder a eles e ascendido ao
Seu evangelho — Os homens rece-
Pai —
bem ordem de se arrependerem e de
16 Eis que, na manhã seguin-
serem batizados, para que o Espírito
te, aconteceu que a multidão se
Santo os santifique — Eles devem
reuniu e o povo viu e ouviu es-
ser como Jesus é. Aproximadamente
sas crianças; sim, até a crianças de
34–35 d.C.
colo abriram a boca e proferiram
coisas maravilhosas; e as palavras E aconteceu que quando os dis-
por elas proferidas a ninguém foi cípulos de Jesus estavam viajando
permitido escrever. e pregando as coisas que haviam
17 E aconteceu que os a discípu- ouvido e visto e estavam batizan-
los que Jesus escolhera começa- do em nome de Jesus, aconteceu
ram, daí em diante, a b batizar e que os discípulos se reuniram,
a ensinar todos os que a eles se a
unidos em fervorosa oração e
chegavam; e todos os que foram b
jejum.
batizados em nome de Jesus fica- 2 E Jesus novamente a apareceu
ram cheios do Espírito Santo. a eles, porque oravam ao Pai em
18 E muitos deles viram e ouvi- seu nome; e Jesus pôs-se no meio
ram coisas inexprimíveis que a não deles, dizendo-lhes: Que desejais
é lícito escrever. que eu vos dê?
19 E ensinaram e ministraram 3 E eles responderam-lhe:
15 a 3 Né. 17:9. 19 a 4 Né. 1:3. b Al. 6:6.
GEE Curar, Curas; b GEE Consagrar, Lei da GEE Jejuar, Jejum.
Milagre. Consagração. 2 a 3 Né. 26:13.
16 a Mt. 11:25. 21 a Mos. 18:17. GEE Jesus Cristo —
17 a 3 Né. 19:4–13. GEE Igreja de Jesus Aparições de Cristo
b 4 Né. 1:1. Cristo. após sua morte.
18 a 3 Né. 26:11. 27 1 a D&C 29:6.
535 3 NÉFI 27:4–14
Senhor, desejamos que nos digas portanto, tudo o que invocardes,
o nome que devemos dar a esta invocai em meu nome; portanto,
igreja, porque há controvérsias quando invocardes o Pai em favor
entre o povo a respeito deste as- da igreja, se o fizerdes em meu
sunto. nome, o Pai vos ouvirá;
4 E o Senhor disse-lhes: Em ver- 10 E se acontecer de a igreja estar
dade, em verdade vos digo: Por edificada sobre o meu evangelho,
que é que o povo murmura e dis- então o Pai manifestará nela as
cute sobre este assunto? suas próprias obras.
5 Não leram as escrituras, que 11 Todavia, se não estiver edi-
dizem que deveis tomar sobre vós ficada sobre o meu evangelho,
o a nome de Cristo, que é o meu mas edificada sobre as obras dos
nome? Porque por esse nome se- homens ou sobre as obras do dia-
reis chamados no último dia. bo, em verdade vos digo que te-
6 E todo aquele que tomar sobre rão alegria em suas obras por um
si o meu nome e a perseverar até tempo, porque logo chegará o fim;
o fim, será salvo no último dia. e eles serão a cortados e lançados
7 Portanto, tudo quanto fizerdes, no fogo, de onde não há retorno.
vós o fareis em meu nome; por 12 Porque suas obras os a se-
conseguinte chamareis a igreja guem, pois por causa de suas
pelo meu nome; e invocareis o obras é que são cortados; portan-
Pai em meu nome, a fim de que to, lembrai-vos das coisas que
ele abençoe a igreja por minha vos disse.
causa. 13 Eis que vos dei o meu a evan-
8 E como será a a minha b igreja, gelho e este é o evangelho que vos
se não tiver o meu nome? Porque dei — que vim ao mundo para fa-
se uma igreja for chamada pelo zer a b vontade de meu Pai, porque
nome de Moisés, então será a igre- meu Pai me enviou.
ja de Moisés; ou se for chamada 14 E meu Pai enviou-me para
pelo nome de um homem, então que eu fosse a levantado na cruz;
será a igreja de um homem; mas e depois que eu fosse levantado
se for chamada pelo meu nome, na cruz, pudesse b atrair a mim
então será a minha igreja, desde todos os homens, a fim de que,
que estejam edificados sobre o assim como fui levantado pelos
meu evangelho. homens, assim sejam os homens
9 Em verdade vos digo que estais levantados pelo Pai, para com-
edificados sobre o meu evangelho; parecerem perante mim a fim de
5 a GEE Jesus Cristo — Cristo — Cabeça da GEE Evangelho.
Tomar sobre nós o Igreja. b Jo. 6:38–39.
nome de Jesus Cristo. 11 a Al. 5:52. 14 a 1 Né. 11:32–33;
6 a 3 Né. 15:9. 12 a Apoc. 14:13; Mois. 7:55.
8 a D&C 115:4. D&C 59:2. b Jo. 6:44; 2 Né. 9:5;
b GEE Jesus 13 a D&C 76:40–42. D&C 27:18.
3 NÉFI 27:15–27 536
serem julgados por suas obras,
c
batizados em meu nome, a fim de
b
QUARTO NÉFI
LIVRO DE NÉFI
QUE É FILHO DE NÉFI — UM DOS DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO
comum; portanto, não havia ricos viam tomado o seu lugar; portan-
nem pobres nem escravos nem li- to, essas cidades não puderam ser
vres, mas eram todos livres e par- reedificadas.
ticipantes do dom celestial. 10 E então aconteceu que o povo
4 E aconteceu que o trigésimo de Néfi se fortaleceu e multipli-
sétimo ano também se passou; e cou-se com grande rapidez, tor-
continuava a reinar paz na terra. nando-se um povo muito a formo-
5 E obras grandes e maravilho- so e agradável.
sas eram feitas pelos discípulos de 11 E casavam-se e davam-se em
Jesus, de modo que a curavam os casamento e eram abençoados se-
enfermos, levantavam os mortos gundo a multidão das promessas
e faziam andar os coxos, davam que o Senhor lhes fizera.
visão aos cegos e faziam os sur- 12 E já não se guiavam pelos a ri-
dos ouvirem; e realizavam toda tos e ordenanças da b lei de Moisés,
sorte de b milagres entre os filhos mas observavam os mandamentos
dos homens e nenhum milagre que haviam recebido do seu Se-
operavam que não fosse em nome nhor e seu Deus, continuando a
de Jesus. c
jejuar e a orar e a reunir-se amiú-
6 E assim se passou o trigésimo de, para orar e ouvir a palavra do
oitavo ano, bem como o trigésimo Senhor.
nono e o quadragésimo primeiro e 13 E aconteceu que não havia
o quadragésimo segundo, sim, até contendas entre todo o povo, em
que se passaram quarenta e nove toda a terra; e grandes milagres
anos e também o quinquagésimo eram realizados entre os discípu-
primeiro e o quinquagésimo se- los de Jesus.
gundo, sim, até que se passaram 14 E aconteceu que se passou o
cinquenta e nove anos. septuagésimo primeiro ano e tam-
7 E o Senhor fê-los prosperar bém o septuagésimo segundo ano;
grandemente na terra; sim, tanto sim, em resumo, tinha-se passado
que novamente construíram cida- até o septuagésimo nono ano; sim,
des no lugar das que haviam sido até mesmo cem anos tinham-se
queimadas. passado; e os discípulos que Jesus
8 Sim, reconstruíram até mesmo escolhera haviam todos ido para o
a grande a cidade de Zaraenla. a
paraíso de Deus, com exceção dos
9 Muitas cidades, porém, haviam b
três que deveriam permanecer; e
1 3 a At. 4:32; 8 a 3 Né. 8:8. D&C 88:76–77.
3 Né. 26:19. 9 a 3 Né. 9:4, 7. 14 a GEE Paraíso.
GEE Consagrar, Lei da 10 a
Mórm. 9:6. b 3 Né. 28:3–9.
Consagração. 12 a
2 Né. 25:30; GEE Seres
5 a GEE Curar, Curas. 3 Né. 15:2–8. Transladados.
b Jo. 14:12. b GEE Lei de Moisés.
GEE Milagre. c Morô. 6:5;
4 NÉFI 1:15–26 544
outros discípulos tinham sido or-
c d
terra, a não ser por uma pequena
denados para substituir aqueles; e parte do povo que se revoltara
também muitos daquela geração contra a igreja, tendo adotado o
haviam morrido. nome de lamanitas; assim come-
15 E aconteceu que a não havia çou novamente a haver lamanitas
contendas na terra, em virtude na terra.
do amor a Deus que existia no 21 E aconteceu que Amós tam-
coração do povo. bém morreu (e já se tinham pas-
16 E a não havia invejas nem dis- sado cento e noventa e quatro
putas nem tumultos nem b liberti- anos da vinda de Cristo) e seu fi-
nagens nem mentiras nem assas- lho Amós escreveu o registro em
sinatos nem qualquer espécie de seu lugar; e também escreveu nas
lascívia; e certamente não pode- placas de Néfi e no livro de Néfi,
ria haver c povo mais feliz entre que é este livro.
todos os povos criados pela mão 22 E aconteceu que duzentos
de Deus. anos se tinham passado; e a se-
17 Não havia ladrões nem as- gunda geração também havia
sassinos; nem havia lamanitas morrido toda, com exceção de
nem qualquer espécie de itas, mas alguns poucos.
eram a um, os filhos de Cristo e 23 E agora eu, Mórmon, quise-
herdeiros do reino de Deus. ra que soubésseis que o povo se
18 E quão abençoados eram havia multiplicado de tal forma
eles! Porque o Senhor os aben- que se achava espalhado por toda
çoou em tudo que fizeram; sim, a face da terra; e havia-se tornado
foram abençoados e prosperaram imensamente rico, em virtude de
até haverem decorrido cento e dez sua prosperidade em Cristo.
anos. E a primeira geração depois 24 Ora, nesse ano duzentos e
de Cristo tinha morrido; e não um, alguns deles começaram a
havia contendas em toda a terra. tornar-se a orgulhosos, trajando
19 E aconteceu que Néfi, aque- roupas caras e usando toda sorte
le que fez este último registro (e de pérolas finas e de coisas luxuo-
escreveu-o nas a placas de Néfi), sas do mundo.
morreu e seu filho Amós conti- 25 E dessa época em diante não
nuou o registro em seu lugar; e mais tiveram seus bens e suas
escreveu-o também nas placas posses em a comum.
de Néfi. 26 E começaram a dividir-se em
20 E escreveu-o por oitenta e classes; e começaram a organizar
quatro anos; e havia ainda paz na a
igrejas para si mesmos, a fim de
14 c GEE Discípulo. b GEE Concupiscência. 19 a GEE Placas.
d GEE Ordenação, c Mos. 2:41; Al. 50:23. 24 a GEE Orgulho.
Ordenar. GEE Alegria. 25 a 4 Né. 1:3.
15 a GEE Paz. 17 a Jo. 17:21. 26 a 1 Né. 22:23; 2 Né. 28:3;
16 a GEE Unidade. GEE Sião. Mórm. 8:32–38.
545 4 NÉFI 1:27–37
obter lucros, e principiaram a
b
coração e procurou matá-los, as-
renegar a verdadeira igreja de sim como em Jerusalém os judeus
Cristo. procuraram matar Jesus, segundo
27 E aconteceu que depois de sua palavra.
se haverem passado duzentos e 32 E eram atirados em a fornalhas
dez anos, existiam muitas igrejas b
ardentes e saíam ilesos.
na terra; sim, havia muitas igre- 33 E eram atirados também em
jas que professavam conhecer o a
covas de animais selvagens e
Cristo, a negando, não obstante, a brincavam com os animais sel-
maior parte de seu evangelho, de vagens da mesma forma que uma
tal modo que toleravam toda sorte criança brinca com um cordeiro; e
de iniquidades e administravam saíam ilesos do meio deles.
o que era sagrado àqueles a quem 34 Não obstante, o povo endure-
isso fora b proibido por causa de ceu o coração, porque era instiga-
sua indignidade. do por muitos sacerdotes e falsos
28 E essa a igreja multiplicou-se profetas a construir muitas igrejas
grandemente, por causa da iniqui- e a praticar toda sorte de iniqui-
dade e do poder de Satanás que se dades. E eles a atacavam o povo de
apoderou do coração deles. Jesus; mas o povo de Jesus não re-
29 E havia também outra igreja vidava os ataques. E assim foram
que negava Cristo; e eles a per- degenerando na incredulidade e
seguiam a verdadeira igreja de na iniquidade, de ano para ano,
Cristo, em virtude da humildade até que transcorreram duzentos
de seus adeptos e de sua crença e trinta anos.
em Cristo; e desprezavam-nos por 35 E então aconteceu que nesse
causa dos muitos milagres que ano, sim, no ducentésimo trigé-
eram feitos entre eles. simo primeiro ano, houve uma
30 Portanto, exerciam poder e grande divisão entre o povo.
autoridade sobre os discípulos 36 E aconteceu que nesse ano
de Jesus que permaneceram com surgiu um povo que recebeu o
eles e atiravam-nos na a prisão; nome de nefitas e eles eram ver-
mas pelo poder da palavra de dadeiros crentes em Cristo; e ha-
Deus, que estava neles, as pri- via entre eles os que os lamanitas
sões rachavam-se ao meio e eles chamavam de jacobitas e josefitas
saíam, fazendo grandes milagres e zoramitas.
entre o povo. 37 Portanto, os verdadeiros cren-
31 Não obstante todos esses tes em Cristo e os verdadeiros
milagres, o povo endureceu o adoradores de Cristo (entre os
26 b D&C 10:56. 28 a GEE Diabo — Igreja do 32 a 3 Né. 28:21.
GEE Artimanhas diabo. b Dan. 3:26–27.
Sacerdotais. 29 a GEE Perseguição, 33 a 3 Né. 28:22.
27 a GEE Apostasia. Perseguir. 34 a 3 Né. 12:39;
b 3 Né. 18:28–29. 30 a 3 Né. 28:19–20. D&C 98:23–27.
4 NÉFI 1:38–49 546
quais se achavam aqueles três a
43 E também o povo que era cha-
discípulos que deviam perma- mado de povo de Néfi começou
necer) eram chamados nefitas e a tornar-se orgulhoso, em virtu-
jacobitas e josefitas e zoramitas. de de suas grandes riquezas; e
38 E aconteceu que os que se re- tornaram-se vaidosos como seus
cusavam a obedecer ao evangelho irmãos, os lamanitas.
eram chamados de lamanitas e 44 E a partir daí, os discípulos
lemuelitas e ismaelitas; estes não começaram a sofrer pelos a peca-
degeneraram na incredulidade, dos do mundo.
mas a rebelaram-se intencional- 45 E aconteceu que depois de
mente contra o evangelho de Cris- passados trezentos anos, tanto
to; e ensinaram aos filhos que não os nefitas como os lamanitas se
deveriam crer, assim como seus haviam tornado extremamente
pais, que degeneraram desde o iníquos.
princípio. 46 E aconteceu que os ladrões de
39 E isto ocorreu por causa das Gadiânton se espalharam por toda
iniquidades e abominações de a superfície da terra; e ninguém
seus pais, como no princípio. E havia que fosse justo, a não ser
foram a ensinados a odiar os filhos os discípulos de Jesus. E acumu-
de Deus, assim como os lamanitas lavam ouro e prata em abundân-
foram ensinados a odiar os filhos cia, entregando-se a toda sorte de
de Néfi, desde o princípio. comércio.
40 E aconteceu que duzentos e 47 E aconteceu que, passados tre-
quarenta e quatro anos se haviam zentos e cinco anos (e o povo con-
passado e esta era a situação do tinuava iníquo), morreu Amós; e
povo. E a parte mais iníqua do seu irmão, Amaron, escreveu os
povo fortaleceu-se, vindo a ser registros em seu lugar.
muito mais numerosa que o povo 48 E aconteceu que, passados
de Deus. trezentos e vinte anos, Amaron,
41 E continuaram a construir compelido pelo Espírito Santo,
igrejas para si próprios e adorna- escondeu os registros que eram
vam-nas com toda sorte de objetos sagrados — sim, todos os a regis-
preciosos. E assim se passaram tros sagrados que tinham sido
duzentos e cinquenta anos e tam- transmitidos de geração em ge-
bém duzentos e sessenta. ração, os quais eram sagrados —
42 E aconteceu que a parte iní- até o tricentésimo vigésimo ano
qua do povo começou a restabele- depois da vinda de Cristo.
cer os juramentos e a combinações 49 E ocultou-os para o Senhor,
secretas de Gadiânton. a fim de que pudessem a chegar
37 a 3 Né. 28:6–7; 39 a Mos. 10:17. 44 a 3 Né. 28:9.
Mórm. 8:10–11. 42 a GEE Combinações 48 a Hel. 3:13, 15–16.
38 a GEE Rebeldia, Rebelião. Secretas. 49 a En. 1:13.
547 MÓRMON 1:1–11
novamente ao remanescente da e promessas do Senhor. E assim
casa de Jacó, segundo as profecias termina o registro de Amaron.
LIVRO DE MÓRMON
CAPÍTULO 1 placas de Néfi, deixando as res-
a
LIVRO DE ÉTER
Registro dos jareditas, tirado das vinte e quatro placas encontradas pelo povo
de Lími nos dias do Rei Mosias.
duzem a mim — a fonte de toda que tiveste pelos filhos dos ho-
retidão. mens é caridade; portanto, a não
29 E eu, Morôni, tendo ouvido ser que os homens tenham cari-
estas palavras, senti-me confor- dade, não poderão herdar o lu-
tado e disse: Ó Senhor, seja feita gar que preparaste nas mansões
a tua justa vontade, pois sei que de teu Pai.
ages para com os filhos dos ho- 35 Portanto, sei, pelo que dis-
mens de acordo com sua fé. seste, que se os gentios não tive-
30 Pois o irmão de Jarede disse à rem caridade em relação a nossa
montanha Zerim: a Move-te! e ela fraqueza, prová-los-ás e tirarás o
foi movida. E se ele não tivesse seu a talento, sim, mesmo aquele
tido fé, ela não se teria movido; que receberam, e dá-lo-ás aos que
portanto, tu ages depois que os tiverem mais fartamente.
homens têm fé. 36 E aconteceu que eu orei ao Se-
31 Pois assim te manifestaste a nhor a fim de que ele desse a gra-
teus discípulos; porque depois ça aos gentios, para que tenham
que eles tiveram a fé e falaram em caridade.
teu nome, tu te mostraste a eles 37 E aconteceu que o Senhor me
com grande poder. disse: Se eles não têm caridade, a
32 E também me lembro de que ti isso não importa; tu tens sido
tu disseste haver preparado para fiel; portanto, tuas vestes se tor-
o homem uma casa, sim, entre as narão a limpas. E porque viste a
a
mansões de teu Pai, na qual o tua b fraqueza, serás fortalecido até
homem pode ter uma b esperança que te sentes no lugar que prepa-
mais excelente; portanto, o ho- rei nas mansões de meu Pai.
mem deve ter esperança; caso con- 38 E agora eu, Morôni, despeço-
trário não poderá receber uma he- me dos gentios, sim, e também
rança no lugar que tu preparaste. de meus irmãos a quem amo, até
33 E novamente me lembro de que nos encontremos perante o
que tu disseste ter a amado o mun- a
tribunal de Cristo, onde todos
do a ponto de dar a tua vida pelo os homens saberão que minhas
mundo para tomá-la de novo, a b
vestes não estão manchadas com
fim de preparar um lugar para os o vosso sangue.
filhos dos homens. 39 E então sabereis que a vi Jesus
28 a 1 Cor. 13; D&C 72:4; 98:18. 36 a GEE Graça.
Morô. 7:39–47. b GEE Esperança. 37 a D&C 38:42; 88:74–75;
30 a Mt. 17:20; 33 a Jo. 3:16–17. 135:4–5.
Jacó 4:6; 34 a Morô. 7:47. b Ét. 12:27.
Hel. 10:6, 9. GEE Amor; 38 a GEE Jesus Cristo — Juiz.
GEE Poder. Caridade. b Jacó 1:19.
31 a GEE Fé. 35 a Mt. 25:14–30. 39 a GEE Jesus Cristo —
32 a Jo. 14:2; GEE Dom; Aparições de Cristo
En. 1:27; Talento. após sua morte.
597 ÉTER 12:40–13:7
e que ele falou comigo face a face;b
escolhida entre todas as outras,
e que me falou com evidente hu- uma terra escolhida do Senhor.
mildade, como um homem fala Portanto, o Senhor deseja que o
com outro, em minha própria lín- b
sirvam todos os homens que nela
gua, a respeito destas coisas. habitarem.
40 E apenas algumas delas escre- 3 E que ela era o lugar da a Nova
vi, por causa de minha deficiência Jerusalém, que b desceria do céu,
na escrita. e o sagrado santuário do Senhor.
41 E agora vos exorto a que a bus- 4 Eis que Éter viu os dias de
queis esse Jesus sobre quem os Cristo e falou a respeito de uma
profetas e apóstolos escreveram, a a
Nova Jerusalém nesta terra.
fim de que a graça de Deus, o Pai, 5 E falou também a respeito da
e também do Senhor Jesus Cristo casa de Israel e da a Jerusalém de
e do Espírito Santo, que dá b teste- onde b Leí viria, que, depois de
munho deles, esteja e permaneça destruída, seria reedificada, uma
em vós eternamente. Amém. cidade santa para o Senhor; por-
tanto, ela não poderia ser uma
CAPÍTULO 13 Nova Jerusalém, porque já havia
existido na antiguidade; mas seria
Éter fala de uma Nova Jerusalém a ser
reconstruída e tornar-se-ia uma
construída na América pela semente c
cidade sagrada do Senhor; e seria
de José — Ele profetiza, é expulso,
edificada para a casa de Israel —
escreve a história jaredita e prediz a
6 E que uma a Nova Jerusalém
destruição dos jareditas — A guerra
seria construída nesta terra para
assola toda a terra.
os remanescentes da semente de
E agora eu, Morôni, prossigo, a b
José, para o que houve um c mo-
fim de acabar meu registro a res- delo.
peito da destruição do povo sobre 7 Porque como José levou seu
o qual tenho escrito. pai para a terra do a Egito, de
2 Porque eis que rejeitaram to- modo que ele lá morreu, da mes-
das as palavras de Éter; porque ma forma o Senhor tirou da terra
ele verdadeiramente lhes falou de de Jerusalém um remanescente da
todas as coisas, desde a origem do semente de José para usar de mi-
homem; e que depois de haverem sericórdia com a descendência de
as águas a recuado da face des- José, a fim de que b não perecesse,
ta terra, ela tornou-se uma terra assim como fora misericordioso
39 b Gên. 32:30; Êx. 33:11. b Apoc. 3:12; 21:2. 84:2–5;
41 a D&C 88:63; 101:38. 4 a GEE Sião. RF 1:10.
b 3 Né. 11:32. 5 a GEE Jerusalém. b GEE José, Filho de Jacó.
13 2 a Gên. 7:11–24; 8:3. b 1 Né. 1:18–20. c Al. 46:24.
b Ét. 2:8. c Apoc. 21:10; GEE Simbolismo.
3 a 3 Né. 20:22; 21:23–24. 3 Né. 20:29–36. 7 a Gên. 46:2–7; 47:6.
GEE Nova Jerusalém. 6 a D&C 42:9; 45:66–67; b 2 Né. 3:5.
ÉTER 13:8–17 598
para com o pai de José, a fim de que diz que há os que foram pri- a
por sua infinita a bondade e b graça, nha causa, de modo que sobre elas
te conserve constante na fé em seu não tem poder; e a lei da f circunci-
nome até o fim. são foi abolida por minha causa.
4 E agora, meu filho, falo-te a 9 E desta maneira o Espírito San-
respeito de uma coisa que me afli- to manifestou-me a palavra de
ge extremamente; pois aflige-me Deus; portanto, meu amado filho,
que surjam a disputas no meio de sei que é um sério escárnio peran-
vós. te Deus batizar criancinhas.
5 Pois, se eu soube a verdade, 10 Eis que te digo que isto deve-
tem havido disputas no meio de rás ensinar — arrependimento e
vós relativas ao batismo de vossas batismo aos que são a responsáveis
criancinhas. e capazes de cometer pecados;
6 E agora, meu filho, desejo que sim, ensina aos pais que devem
vos esforceis muito para que esse arrepender-se e ser batizados e
grave erro seja removido de vosso tornar-se humildes como as suas
meio; porque é com essa intenção b
criancinhas; e serão todos salvos
que escrevo esta epístola. com suas criancinhas.
7 Pois imediatamente após saber 11 E suas a criancinhas não neces-
destas coisas sobre vós, inquiri sitam de arrependimento nem de
o Senhor a respeito do assunto. batismo. Eis que batismo é para
E pelo poder do Espírito Santo arrependimento, a fim de que se
veio a mim a a palavra do Senhor, cumpram os mandamentos para
dizendo: a b remissão de pecados.
8 Ouve as palavras de Cristo, 12 As a criancinhas, porém, estão
teu Redentor, teu Senhor e teu vivas em Cristo desde a funda-
Deus. Eis que vim ao mundo, não ção do mundo; se não for assim,
para chamar os justos, mas os pe- Deus é um Deus parcial e também
cadores, ao arrependimento; os um Deus variável, que faz b acep-
a
sãos não necessitam de médico, ção de pessoas; porque quan-
mas sim os que estão doentes; tas criancinhas morreram sem
portanto, as b criancinhas são c sãs, batismo!
por serem incapazes de cometer 13 Portanto, se as criancinhas
d
pecado; portanto, a maldição de não podiam ser salvas sem
3 a Mos. 4:11. GEE Queda de Adão 11 a GEE Batismo, Batizar —
b GEE Graça. e Eva. Requisitos do batismo;
4 a 3 Né. 11:22, 28; 18:34. f Gên. 17:10–11. Criança(s);
7 a GEE Palavra de Deus. GEE Circuncisão. Filho(s).
8 a Mc. 2:17. 10 a GEE Prestar Contas, b GEE Remissão de
b Mc. 10:13–16. Responsabilidade, Pecados.
c Mos. 3:16; Responsável. 12 a D&C 29:46–47; 93:38.
D&C 74:7. b GEE Criança(s); b Ef. 6:9;
d GEE Pecado. Humildade, Humilde, 2 Né. 26:33;
e 2 Né. 2:25–27. Humilhar. D&C 38:16.
MORÔNI 8:14–24 614
batismo, devem ter ido para um 19 E as criancinhas não podem
a
FIM
DOUTRINA E
CON VÊNIOS
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Ordem Cronológica . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Seções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Declarações Oficiais . . . . . . . . . . . . . . . 335
I N T RODUÇ ÃO
TESTEMUNHO DOS
DOZE APÓSTOLOS QUANTO À VERACIDADE DO
LIVRO DE DOUTRINA E CONVÊNIOS
O Depoimento das Testemunhas quanto ao Livro dos Mandamentos do
Senhor, mandamentos esses que Ele deu a Sua Igreja por intermédio de
Joseph Smith, Jr., que foi designado pela voz da Igreja para tal propósito:
Nós, portanto, desejamos testemunhar a toda a humanidade, a
toda criatura sobre a face da Terra, que o Senhor testificou a nossa
alma, por meio do Espírito Santo que se derramou sobre nós, que
esses mandamentos foram dados por inspiração de Deus, que são
úteis para todos os homens e que são realmente verdadeiros.
Introdução viii
Prestamos este testemunho ao mundo com a ajuda do Senhor;
e é por meio da graça de Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, que
nos é concedido o privilégio de prestar este testemunho ao mundo,
em que muito nos rejubilamos, orando sempre ao Senhor para que
os filhos dos homens se beneficiem dele.
Os nomes dos Doze eram:
Thomas B. Marsh Orson Hyde William Smith
David W. Patten William E. McLellin Orson Pratt
Brigham Young Parley P. Pratt John F. Boynton
Heber C. Kimball Luke S. Johnson Lyman E. Johnson
Em edições posteriores de Doutrina e Convênios, foram acrescentadas
outras revelações ou assuntos oficiais conforme recebidos e aceitos por
assembleias ou conferências competentes da Igreja. Na edição de 1876,
preparada pelo Élder Orson Pratt, sob a direção de Brigham Young, as
revelações foram organizadas em ordem cronológica e foram providen-
ciados novos cabeçalhos com introduções históricas.
A partir da edição de 1835, foi também incluída uma série de sete
lições teológicas intituladas Lectures on Faith (Dissertações sobre a Fé).
Essas lições haviam sido preparadas para uso na Escola dos Profetas
em Kirtland, Estado de Ohio, de 1834 a 1835. Embora de utilidade como
doutrina e instruções, essas dissertações foram excluídas de Doutrina
e Convênios a partir da edição de 1921, porque não foram dadas nem
apresentadas como revelações a toda a Igreja.
Na edição de 1981 de Doutrina e Convênios em inglês, três documentos
foram incluídos pela primeira vez. São as seções 137 e 138, que estabelecem
os fundamentos para a salvação dos mortos; e a Declaração Oficial 2, a
qual anuncia que todos os homens que são membros dignos da Igreja
podem ser ordenados ao Sacerdócio, sem se levar em conta a raça ou a cor.
Em cada nova edição de Doutrina e Convênios, foram corrigidos erros
do passado e acrescentadas novas informações, particularmente na parte
histórica dos cabeçalhos das seções. A presente edição dá uma melhor
definição de datas e nomes de lugares, além de fazer outras correções.
Essas mudanças foram feitas para fazer com que o material esteja em
conformidade com a informação história mais precisa. Outros aspectos
especiais desta última edição incluem mapas revisados que mostram os
locais geográficos principais onde as revelações foram recebidas, além
de novas fotografias de locais históricos da Igreja, referências cruzadas,
cabeçalhos de seções e resumos de assuntos, tudo isso com o propósito de
auxiliar os leitores a entenderem e a se regozijarem com a mensagem do
Senhor, conforme apresentada em Doutrina e Convênios. A informação
para os cabeçalhos das seções foi extraída das seguintes publicações em
inglês: História Manuscrita da Igreja, History of the Church (coletivamente
mencionadas nos cabeçalhos como a história de Joseph Smith) e Joseph
Smith Papers.
ORDEM CRONOLÓGICA DO CONTEÚDO
SEÇÃO 1
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em 1º de
novembro de 1831, durante uma conferência especial de élderes da
Igreja, realizada em Hiram, Ohio. Muitas revelações haviam sido
recebidas do Senhor antes dessa data e sua compilação para serem
publicadas em forma de livro foi um dos principais assuntos aprova-
dos na conferência. Esta seção constitui o prefácio do Senhor às dou-
trinas, aos convênios e aos mandamentos dados nesta dispensação.
1–7, A voz de advertência dirige-se a haverá olho que não veja nem ou-
todos os povos; 8–16, Apostasia e ini- vido que não ouça nem c coração
quidade precedem a Segunda Vinda; que não seja penetrado.
17–23, Joseph Smith chamado para 3 E os a rebeldes serão afligidos
restaurar na Terra as verdades e os com muita tristeza, porque suas
poderes do Senhor; 24–33, O Livro de iniquidades serão b proclamadas
Mórmon é trazido à luz e a verdadei- em cima dos telhados e seus feitos
ra Igreja é estabelecida; 34–36, A paz secretos serão revelados.
será tirada da Terra; 37–39, Examinai 4 E a a voz de advertência irá a
estes mandamentos. todos os povos pela boca de meus
discípulos, que escolhi nestes b úl-
neles decretei, neles será b cum- Senhor nem a voz de seus servos
prido. nem c atenderem às palavras dos
8 E em verdade vos digo que profetas e apóstolos serão d afas-
àqueles que saírem para levar es- tados do meio do povo;
tas novas aos habitantes da Terra 15 Pois a desviaram-se de minhas
será dado poder para a selar, tanto b
ordenanças e c quebraram meu
na Terra como nos céus, os incré- d
convênio eterno.
dulos e b rebeldes; 16 Não a buscam o Senhor para
9 Sim, em verdade, selá-los para estabelecer sua retidão, mas todo
o dia em que a a ira de Deus se homem anda em seu b próprio c ca-
derramar sem medida sobre os minho e segundo a d imagem de
b
iníquos — seu próprio deus, cuja imagem
10 Para o a dia em que o Senhor é à semelhança do mundo e cuja
vier b recompensar cada homem de substância é a de um ídolo que e en-
acordo com suas c obras e d medir velhece e perecerá em f Babilônia,
cada homem com a mesma me- sim, Babilônia, a grande, que cairá.
dida com que ele houver medido 17 Portanto, eu, o Senhor, co-
seu próximo. nhecendo as calamidades que ad-
11 Portanto, a voz do Senhor che- viriam aos a habitantes da Terra,
ga aos confins da Terra, para que chamei meu servo Joseph Smith
ouçam os que quiserem ouvir: Júnior e falei-lhe do céu e dei-lhe
12 Preparai-vos, preparai-vos mandamentos;
para o que está para vir, porque o 18 E também a outros dei manda-
Senhor está perto; mentos de proclamar estas coisas
13 E a a ira do Senhor está acesa e ao mundo; e tudo isso para que se
sua b espada está lavada nos céus e cumprisse o que foi escrito pelos
sobre os habitantes da Terra cairá. profetas —
14 E o a braço do Senhor será re- 19 As a coisas fracas do mundo
velado; e chegará o dia em que virão e abaterão as poderosas e
7 b D&C 1:38. 13 a D&C 63:6. 16 a Mt. 6:33.
8 a GEE Selamento, Selar. b Eze. 21:3; b Isa. 53:6.
b GEE Rebeldia, Rebelião. D&C 35:14. c D&C 82:6.
9 a Apoc. 19:15–16; 14 a Isa. 53:1. d Êx. 20:4;
1 Né. 22:16–17. b 2 Né. 9:31; 3 Né. 21:17.
b Mos. 16:2; Mos. 26:28. GEE Idolatria.
JS—M 1:31, 55. c D&C 11:2. e Isa. 50:9.
10 a GEE Segunda Vinda de d At. 3:23; f D&C 64:24; 133:14.
Jesus Cristo. Al. 50:20; GEE Babel, Babilônia;
b Eze. 7:4; D&C 50:8; 56:3. Mundanismo.
D&C 56:19. 15 a Jos. 23:16; 17 a Isa. 24:1–6.
GEE Jesus Cristo — Juiz. Isa. 24:5. 19 a At. 4:13;
c Prov. 24:12; b GEE Ordenanças. 1 Cor. 1:27;
Al. 9:28; 41:2–5; c GEE Apostasia. D&C 35:13; 133:58–59.
D&C 6:33. d GEE Novo e Eterno GEE Mansidão, Manso,
d Mt. 7:2. Convênio. Mansuetude.
3 Doutrina e Convênios 1:20–33
fortes, para que o homem não fortalecidos e abençoados do alto
aconselhe seu próximo nem b con- e recebessem b conhecimento de
fie no braço de carne — tempos em tempos.
20 Que todo homem, porém, 29 Sim, e para que meu servo
a
fale em nome de Deus, o Senhor, Joseph Smith Júnior depois de ha-
sim, o Salvador do mundo; ver recebido o registro dos nefitas,
21 Para que a fé também aumen- tivesse poder para traduzir, pela
te na Terra; misericórdia de Deus, pelo poder
22 Para que o meu eterno a con- de Deus, o a Livro de Mórmon.
vênio seja estabelecido; 30 E também para que aqueles
23 Para que a plenitude do meu a quem foram dados estes man-
a
evangelho seja b proclamada pelos damentos tivessem a poder para
c
fracos e pelos simples aos confins estabelecer o alicerce desta b igreja
da Terra e perante reis e gover- e tirá-la da obscuridade e das c tre-
nantes. vas, a única d igreja verdadeira e
24 Eis que eu sou Deus e disse-o; viva na face de toda a Terra, com
estes a mandamentos são meus e a qual eu, o Senhor, me e deleito,
foram dados a meus servos em sua falando à igreja coletiva e não in-
fraqueza, conforme a sua manei- dividualmente —
ra de b falar, para que alcançassem 31 Pois eu, o Senhor, não posso
c
entendimento. encarar o a pecado com o mínimo
25 E se errassem, isso fosse re- grau de tolerância;
velado; 32 Entretanto, aquele que se ar-
26 E se buscassem a sabedoria, repender e cumprir os manda-
fossem instruídos; mentos do Senhor será a perdoado;
27 E se pecassem, fossem a re- 33 E aquele que a não se arre-
preendidos, para que se b arrepen- pender, dele será b tirada até a luz
dessem; que recebeu, pois o meu c Espíri-
28 E se fossem a humildes, fossem to não d contenderá para sempre
19 b 2 Né. 28:31. 26 a Tg. 1:5; c GEE Trevas Espirituais.
GEE Confiança, Confiar. D&C 42:68. d Ef. 4:5, 11–14.
20 a GEE Testificar. GEE Sabedoria. GEE Igreja Verdadeira,
22 a D&C 39:11. 27 a GEE Castigar, Castigo, Sinais da.
GEE Convênio; Corrigir, Repreender. e D&C 38:10.
Novo e Eterno b GEE Arrepender-se, 31 a Al. 45:16; D&C 24:2.
Convênio. Arrependimento. GEE Pecado.
23 a GEE Evangelho. 28 a GEE Humildade, 32 a D&C 58:42–43.
b GEE Obra Missionária. Humilde, Humilhar. GEE Perdoar.
c 1 Cor. 1:26–29. b GEE Conhecimento. 33 a Mos. 26:32.
24 a 2 Né. 33:10–11; 29 a GEE Livro de Mórmon. b Al. 24:30;
Morô. 10:27–28. 30 a D&C 1:4–5, 17–18. D&C 60:2–3.
b 2 Né. 31:3; b GEE Igreja de Jesus c GEE Espírito Santo.
Ét. 12:39. Cristo dos Santos dos d Gên. 6:3;
c D&C 50:12. Últimos Dias, A; 2 Né. 26:11;
GEE Compreensão, Restauração do Mórm. 5:16;
Entendimento. Evangelho. Ét. 2:15; Morô. 9:4.
Doutrina e Convênios 1:34–39 4
com o homem, diz o Senhor dos 37 Examinai estes mandamen-
a
SEÇÃO 2
Extrato da história de Joseph Smith, contendo as palavras do anjo
Morôni a Joseph Smith, o Profeta, quando este se achava na casa de
seu pai em Manchester, Nova York, na noite de 21 de setembro de
1823. Morôni foi o último de uma longa série de historiadores que
escreveram o registro hoje conhecido no mundo como o Livro de
Mórmon. (Comparar com Malaquias 4:5–6; também seções 27:9;
110:13–16 e 128:18.)
34 a Mt. 28:19; b GEE Jesus Cristo — b D&C 101:64.
D&C 1:2; 42:58. Reinado de Cristo no c Deut. 18:18;
35 a Deut. 10:17; milênio. D&C 18:33–38; 21:5.
At. 10:34; c Zac. 2:10–11; GEE Revelação;
Morô. 8:12; D&C 29:11; 84:118–119. Voz.
D&C 38:16. d GEE Julgar. d GEE Profeta.
b GEE Últimos Dias. e GEE Mundo. e GEE Apoio aos Líderes
c D&C 87:1–2. 37 a GEE Escrituras. da Igreja;
GEE Paz; b D&C 58:31; 62:6; 82:10. Autoridade.
Sinais dos Tempos. 38 a 2 Re. 10:10; 39 a 1 Jo. 5:6;
d GEE Diabo. Mt. 5:18; 24:35; D&C 20:27; 42:17.
36 a GEE Santo 2 Né. 9:16; b GEE Verdade.
(substantivo). JS—M 1:35.
5 Doutrina e Convênios 2:1–3:4
1, Elias, o profeta, revelará o sacerdó- 2 E a ele plantará no coração dos
cio; 2–3, Plantam-se as promessas dos filhos as b promessas feitas aos
pais no coração dos filhos. pais, e o coração dos filhos vol-
tar-se-á para seus pais.
Eis que vos revelarei o Sacerdócio 3 Se assim não fosse, toda a Terra
pela mão de a Elias, o profeta, antes seria completamente devastada na
da vinda do b grande e terrível dia sua vinda.
do Senhor.
SEÇÃO 3
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvânia,
em julho de 1828, referente à perda de 116 páginas do manuscrito
traduzido da primeira parte do Livro de Mórmon, chamada Livro de
Leí. O Profeta havia permitido, com relutância, que essas páginas
passassem de sua custódia à de Martin Harris, que servira por pouco
tempo como escrevente na tradução do Livro de Mórmon. A revelação
foi dada por meio do Urim e Tumim. (Ver seção 10.)
1–4, O caminho do Senhor é um cír- portanto, as suas veredas são re-
culo eterno; 5–15, Joseph Smith pre- tas e o seu b caminho é um círculo
cisa arrepender-se ou perderá o dom eterno.
de traduzir; 16–20, O Livro de Mór- 3 Lembra-te, lembra-te de que
mon é trazido à luz para salvar a se- não é a a obra de Deus que se frus-
mente de Leí. tra, mas a obra dos homens;
4 Pois embora um homem tenha
As a obras e os desígnios e os pro- muitas revelações e tenha poder
pósitos de Deus não podem ser para realizar muitas obras gran-
frustrados nem podem se dissipar. diosas, contudo, se ele se a van-
2 Porque a Deus não anda por gloriar da própria força e ignorar
veredas tortuosas, nem se volta os b conselhos de Deus e seguir
para a direita ou para a esquerda, os ditames da própria vontade e
nem se desvia daquilo que disse; de seus desejos c carnais, cairá e
2 1 a Mal. 4:5–6; Mortos; D&C 10:43.
3 Né. 25:5–6; Selamento, Selar. 4 a D&C 84:73.
D&C 110:13–15; 128:17; 3 1 a Salm. 8:3–9; GEE Orgulho.
JS—H 1:38–39. D&C 10:43. b Jacó 4:10;
GEE Chaves do 2 a Al. 7:20. Al. 37:37.
Sacerdócio; GEE Trindade. GEE Aconselhar,
Elias, o Profeta. b 1 Né. 10:18–19; Conselho;
b D&C 34:6–9; 43:17–26. D&C 35:1. Mandamentos de
2 a D&C 27:9; 98:16–17. 3 a At. 5:38–39; Deus.
b GEE Salvação para os Mórm. 8:22; c GEE Carnal.
Doutrina e Convênios 3:5–18 6
trará sobre si a vingança de um
d
11 A não ser que faças isso, serás
Deus justo. abandonado e tornar-te-ás como
5 Eis que essas coisas te foram os outros homens e não mais te-
confiadas, mas quão rigorosos fo- rás o dom.
ram os mandamentos que recebes- 12 E quando entregaste aquilo
te; e lembra-te também das pro- que Deus te deu visão e poder
messas que te foram feitas, caso para a traduzir, entregaste o que
não os transgredisses. era sagrado nas mãos de um b ho-
6 E eis que mui frequentemente mem iníquo,
a
transgrediste os mandamentos e 13 Que ignorou os conselhos de
as leis de Deus e seguiste as b per- Deus e quebrou as mais sagradas
suasões dos homens! promessas feitas perante Deus; e
7 Pois eis que não devias ter a te- confiou no próprio discernimen-
mido mais aos homens do que a to e a vangloriou-se da própria sa-
Deus. Embora os homens ignorem bedoria.
os conselhos de Deus e b despre- 14 E essa é a razão pela qual per-
zem suas palavras — deste os teus privilégios por certo
8 Ainda assim, tu deverias ter tempo —
sido fiel e ele teria estendido o 15 Porque permitiste que o con-
braço, amparando-te contra todos selho de teu a orientador fosse pi-
os a dardos inflamados do b adver- sado desde o princípio.
sário; e teria permanecido con- 16 Apesar disso, minha obra
tigo em todos os momentos de avançará, pois como o conheci-
c
angústia. mento sobre um a Salvador veio
9 Eis que tu és Joseph e foste es- ao mundo pelo b testemunho dos
colhido para fazer a obra do Se- judeus, da mesma forma o c co-
nhor, mas por causa de transgres- nhecimento sobre um Salvador
são, se não ficares atento, cairás. chegará ao meu povo —
10 Lembra-te, porém, de que 17 E aos a nefitas e aos jacobitas
Deus é misericordioso; portanto, e aos josefitas e aos zoramitas,
arrepende-te do que fizeste con- pelo testemunho de seus ante-
trário ao mandamento que te dei passados —
e és ainda escolhido; e és chamado 18 E esse a testemunho chegará
à obra outra vez; ao conhecimento dos b lamanitas
4 d GEE Vingança. b Lev. 26:42–43; 13 a GEE Orgulho.
6 a D&C 5:21; 1 Né. 19:7; 15 a IE o Senhor.
JS—H 1:28–29. Jacó 4:8–10. 16 a GEE Salvador.
b D&C 45:29; 46:7. 8 a Ef. 6:16; b 1 Né. 13:23–25;
7 a Salm. 27:1; 1 Né. 15:24; 2 Né. 29:4–6.
Lc. 9:26; D&C 27:17. c Mos. 3:20.
D&C 122:9. b GEE Diabo. 17 a 2 Né. 5:8–9.
GEE Coragem, c Al. 38:5. 18 a GEE Livro de Mórmon.
Corajoso; 12 a D&C 1:29; 5:4. b 2 Né. 5:14;
Temor. b D&C 10:6–8. En. 1:13–18.
7 Doutrina e Convênios 3:19– 4:5
e dos lemuelitas e dos ismaeli- cumprissem as c promessas do Se-
tas, que c degeneraram na incre- nhor a seu povo;
dulidade devido à iniquidade 20 E para que os a lamanitas ti-
de seus antepassados, a quem o vessem conhecimento de seus
Senhor permitiu que d destruís- antepassados e conhecessem as
sem seus irmãos, os nefitas, por promessas do Senhor e b cressem
causa de suas iniquidades e abo- no evangelho e c confiassem nos
minações. méritos de Jesus Cristo e fossem
19 E para este a fim específico as d
glorificados pela fé em seu nome;
b
placas que contêm esses registros e para que, pelo seu arrependi-
foram preservadas — para que se mento, fossem salvos. Amém.
SEÇÃO 4
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu pai,
Joseph Smith Sênior, em Harmony, Pensilvânia, em fevereiro de 1829.
1–4, O serviço devotado salva os mi- apresenteis d sem culpa perante
nistros do Senhor; 5–6, Qualificam-se Deus no último dia.
para o ministério por meio de atributos 3 Portanto, se tendes desejo de
divinos; 7, É preciso buscar as coisas servir a Deus, sois a chamados ao
de Deus. trabalho;
4 Porque eis que o a campo já
Agora eis que uma a obra mara- está branco para a b ceifa; e eis que
vilhosa está para iniciar-se entre aquele que lança a sua foice com
os filhos dos homens. vigor faz c reserva, de modo que
2 Portanto, ó vós que embarcais não perece, mas traz salvação a
no a serviço de Deus, vede que o sua alma;
b
sirvais de todo o c coração, po- 5 E a fé, b esperança, c caridade
der, mente e força, para que vos e d amor, com os e olhos fitos na
18 c 2 Né. 26:15–16. D&C 6:1; 18:44. GEE Chamado,
d Mórm. 8:2–3. GEE Restauração do Chamado por Deus,
19 a 1 Né. 9:3, 5. Evangelho. Chamar.
b GEE Placas de Ouro. 2 a GEE Serviço. 4 a Jo. 4:35;
c 3 Né. 5:14–15; b Jos. 22:5; Al. 26:3–5;
D&C 10:46–50. 1 Sam. 7:3; D&C 11:3; 33:3, 7.
20 a 2 Né. 30:3–6; D&C 20:19; 76:5. b GEE Ceifa, Colheita.
D&C 28:8; 49:24. c GEE Coração; c 1 Tim. 6:19.
b Mórm. 3:19–21. Mente. 5 a GEE Fé.
c 2 Né. 31:19; d 1 Cor. 1:8; b GEE Esperança.
Morô. 6:4. Jacó 1:19; c GEE Caridade.
d Morô. 7:26, 38. 3 Né. 27:20. d GEE Amor.
4 1 a Isa. 29:14; 3 a D&C 11:4, 15; 36:5; e Salm. 141:8; Mt. 6:22;
1 Né. 14:7; 22:8; 63:57. Mórm. 8:15.
Doutrina e Convênios 4:6–5:7 8
glória de Deus, qualificam-no
f
fraternal, da piedade, da caridade,
para o trabalho. da c humildade, da d diligência.
6 Lembrai-vos da fé, da a virtu- 7 a Pedi e recebereis; batei e ser-
de, do conhecimento, da tempe- vos-á aberto. Amém.
rança, da b paciência, da bondade
SEÇÃO 5
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Har-
mony, Pensilvânia, em março de 1829, por solicitação de Martin
Harris.
1–10, Esta geração receberá a palavra 3 E fiz com que estabelecesses
do Senhor por intermédio de Joseph um convênio comigo de que não
Smith; 11–18, Três testemunhas tes- as mostrarias a não ser às a pessoas
tificarão sobre o Livro de Mórmon; a quem eu te ordenasse; e não tens
19–20, A palavra do Senhor será con- b
poder sobre elas, a não ser que eu
firmada, como nos tempos antigos; to conceda.
21–35, Martin Harris poderá arre- 4 E tens um dom para traduzir
pender-se e ser uma das testemunhas. as placas; e este é o primeiro dom
que te conferi; e ordenei-te que
Eis que te digo que como o meu não afirmasses ter qualquer outro
servo a Martin Harris desejou rece- dom, até que meu propósito fos-
ber de minhas mãos um testemu- se cumprido nisso; porque não te
nho de que tu, meu servo Joseph concederei outro dom até que isto
Smith Júnior, possuis as b placas so- esteja terminado.
bre as quais testemunhaste e que 5 Em verdade eu te digo que aos
afirmaste teres recebido de mim; habitantes da Terra sobrevirão
2 E agora, eis que isto lhe dirás: desgraças, se a não derem ouvidos
Aquele que te falou, disse: Eu, o às minhas palavras;
Senhor, sou Deus e dei estas coi- 6 Pois futuramente serás a orde-
sas a ti, meu servo Joseph Smith nado e sairás levando minhas b pa-
Júnior, e ordenei-te que fosses a tes- lavras aos filhos dos homens.
temunha destas coisas; 7 Eis que, se não quiserem
5 f GEE Glória. JS—H 1:61. páginas introdutórias
6 a GEE Virtude. b GEE Placas de Ouro. do Livro de Mórmon.
b GEE Paciência. 2 a GEE Testemunha. b 2 Né. 3:11.
c GEE Humildade, 3 a 2 Né. 27:13. Ver 5 a Jer. 26:4–5; Al. 5:37–38;
Humilde, Humilhar. também “ D&C 1:14.
d GEE Diligência. Depoimento de Três 6 a D&C 20:2–3.
7 a Mt. 7:7–8; 2 Né. 32:4. Testemunhas” e GEE Ordenação,
GEE Oração. “Depoimento de Oito Ordenar.
5 1 a D&C 5:23–24; Testemunhas” nas b 2 Né. 29:7.
9 Doutrina e Convênios 5:8–20
a
acreditar em minhas palavras, neste momento em que minha
não crerão em ti, meu servo Jo- b
igreja começa a surgir e a sair do
seph, ainda que te fosse possível deserto — brilhante como a c lua e
mostrar-lhes todas essas coisas formosa como o sol e terrível como
que te confiei. um exército com estandartes.
8 Oh! esta geração a incrédula e 15 E enviarei o depoimento de
b
obstinada — minha ira está acesa três a testemunhas de minha pa-
contra ela. lavra.
9 Eis que em verdade eu te digo: 16 E eis que a visitarei com a b ma-
a
Reservei as coisas que te confiei, nifestação de meu c Espírito aque-
meu servo Joseph, para um sábio les que d crerem em minhas pala-
propósito meu, que será revelado vras e eles de mim e nascerão, sim,
às gerações futuras; da água e do Espírito —
10 Esta geração, porém, receberá 17 E tu deves esperar ainda um
minha palavra por teu intermédio; pouco mais, porque ainda não
11 E ao teu testemunho serão foste a ordenado —
acrescentados os a testemunhos de 18 E o testemunho delas também
três de meus servos, que chamarei irá a condenar esta geração, se con-
e ordenarei, a quem mostrarei es- tra elas endurecer o coração;
sas coisas; e serão enviados com 19 Porque haverá um a flagelo
minhas palavras, dadas por teu assolador entre os habitantes da
intermédio. Terra e continuará a derramar-se
12 Sim, saberão com certeza que de tempos em tempos, se eles não
essas coisas são verdadeiras, por- se b arrependerem, até que a Ter-
que dos céus lhas declararei. ra fique c vazia e seus habitantes
13 Dar-lhes-ei poder para ve- sejam consumidos e totalmente
rem e considerarem essas coisas destruídos pelo resplendor da mi-
como são; nha d vinda.
14 E a a ninguém mais desta ge- 20 Eis que te digo estas coisas,
ração concederei este poder para assim como também a falei ao povo
receber esse mesmo testemunho acerca da destruição de Jerusalém;
7 a Lc. 16:27–31; 15 a D&C 17. D&C 20:13–15.
D&C 63:7–12. GEE Testemunhas do 19 a D&C 29:8; 35:11;
8 a GEE Incredulidade. Livro de Mórmon. 43:17–27.
b Mórm. 8:33. 16 a Ét. 4:11. GEE Sinais dos
GEE Orgulho. b 1 Né. 2:16. Tempos;
9 a Al. 37:18. c D&C 8:1–3. Últimos Dias.
11 a 2 Né. 27:12; d GEE Espírito Santo. b GEE Arrepender-se,
Ét. 5:3–4; e GEE Batismo, Batizar; Arrependimento.
D&C 17:1–5. Dom do Espírito c Isa. 24:1, 5–6.
14 a 2 Né. 27:13. Santo; d Isa. 66:15–16;
b GEE Igreja de Jesus Nascer de Deus, D&C 133:41.
Cristo; Nascer de Novo. GEE Segunda Vinda de
Restauração do 17 a GEE Autoridade; Jesus Cristo.
Evangelho. Ordenação, Ordenar. 20 a 1 Né. 1:18;
c D&C 105:31; 109:73. 18 a 1 Né. 14:7; 2 Né. 25:9.
Doutrina e Convênios 5:21–34 10
e minha palavra será confirmada
b
27 Mas se negar isso, quebrará
agora, como tem sido confirmada o convênio que fez anteriormente
até aqui. comigo e eis que será condenado.
21 E agora te ordeno, meu servo 28 E agora, a não ser que se hu-
Joseph, que te arrependas e andes milhe e reconheça perante mim os
mais retamente diante de mim; e seus erros e faça convênio comigo
que não cedas mais às persuasões de que guardará meus manda-
dos homens; mentos e exerça fé em mim, eis
22 E que sejas firme na a obediên- que lhe digo que não verá essas
cia aos mandamentos que te dei; coisas, porque não lhe permitirei
e se fizeres isto, eis que te conce- ver as coisas de que falei.
do vida eterna, mesmo que sejas 29 E se for esse o caso, eu te or-
b
morto. deno, meu servo Joseph, que lhe
23 E agora também te falo, meu digas que nada mais faça nem me
servo Joseph, com respeito ao a ho- importune mais a respeito deste
mem que deseja o testemunho — assunto.
24 Eis que lhe digo que ele se 30 E se for esse o caso, eis que
exalta a si mesmo e não se humi- te digo, Joseph: Quando tiveres
lha suficientemente perante mim; traduzido mais algumas páginas,
mas se prostrar-se perante mim e para por uns tempos, até que eu te
humilhar-se em fervorosa oração ordene novamente; então poderás
e fé, com o coração sincero, então voltar a traduzir.
permitirei que a veja as coisas que 31 E a não ser que faças isso, eis
deseja ver. que não terás mais dom e tomarei
25 E então ele dirá ao povo desta as coisas que te confiei.
geração: Eis que vi as coisas que 32 E agora, porque antevejo em-
o Senhor mostrou a Joseph Smith boscadas para te destruírem, sim,
Júnior e a sei, sem dúvida, que são antevejo que se meu servo Martin
verdadeiras, porque as vi; pois fo- Harris não se humilhar e não re-
ram-me mostradas pelo poder de ceber de minha mão um testemu-
Deus e não dos homens. nho, cairá em transgressão;
26 E eu, o Senhor, ordeno a meu 33 E há muitos que estão à es-
servo Martin Harris que não lhes preita para a eliminar-te da face
diga nada mais a respeito destas da Terra; e por isso, para que teus
coisas, exceto: Vi-as e foram-me dias se prolonguem, dei-te estes
mostradas pelo poder de Deus; e mandamentos.
estas são as palavras que deverá 34 Sim, por essa razão eu disse:
dizer. Para e espera até que eu te ordene;
20 b D&C 1:38. D&C 6:30; 135. introdutórias do Livro
22 a GEE Obedecer, 23 a D&C 5:1. de Mórmon.
Obediência, 24 a Ver “Depoimento de 25 a Ét. 5:3.
Obediente. Três Testemunhas” 33 a D&C 10:6; 38:13, 28.
b Al. 60:13; nas páginas
11 Doutrina e Convênios 5:35–6:8
e a providenciarei meios para rea- de meus mandamentos, serás b ele-
lizares as coisas que te ordenei. vado no último dia. Amém.
35 E se fores a fiel na observância
SEÇÃO 6
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery em Har-
mony, Pensilvânia, em abril de 1829. Oliver Cowdery iniciou seus
trabalhos como escrevente na tradução do Livro de Mórmon em 7 de
abril de 1829. Ele já havia recebido uma manifestação divina, atestan-
do a veracidade do testemunho de Joseph com respeito às placas nas
quais estava gravada a história do Livro de Mórmon. Joseph inquiriu
o Senhor por intermédio do Urim e Tumim e recebeu esta resposta.
1–6, Os que trabalham no campo do para a ceifa; portanto, quem dese-
Senhor alcançam a salvação; 7–13, ja ceifar que lance a sua foice com
Não há dom maior que o dom da salva- vigor e ceife enquanto durar o dia,
ção; 14–27, O testemunho da verdade a fim de entesourar para sua alma
é dado pelo poder do Espírito; 28–37, salvação eterna no reino de Deus.
Confiai em Cristo e fazei o bem con- 4 Sim, aquele que a lança sua foice
tinuamente. e ceifa é chamado por Deus.
5 Portanto, se me a pedires, rece-
Uma grande e a maravilhosa obra berás; se bateres, ser-te-á aberto.
está para iniciar-se entre os filhos 6 Agora, como me pediste, eis
dos homens. que te digo: Guarda meus man-
2 Eis que eu sou Deus; atenta damentos e a procura trazer à luz
para a minha a palavra, que é viva e estabelecer a causa de b Sião;
e poderosa, mais b penetrante que 7 Não a busque b riquezas, mas
uma espada de dois gumes, que c
sabedoria, e eis que os d mistérios
penetra até dividir as juntas e me- de Deus te serão revelados e então
dulas; portanto, atenta para as mi- serás enriquecido. Eis que é rico
nhas palavras. aquele que tem a e vida eterna.
3 Eis que o a campo já está branco 8 Em verdade, em verdade te
34 a 1 Né. 3:7. Apoc. 1:16; 7 a Al. 39:14;
35 a Êx. 15:26; D&C 27:1. D&C 68:31.
D&C 11:20. b Hel. 3:29; D&C 33:1. b 1 Re. 3:10–13;
b Jo. 6:39–40; 3 a Jo. 4:35; Mt. 19:23;
1 Tess. 4:17; D&C 31:4; 33:3; 101:64. Jacó 2:18–19.
3 Né. 15:1; 4 a Apoc. 14:15–19; GEE Mundanismo;
D&C 9:14; 17:8; Al. 26:5; Riquezas.
75:16, 22. D&C 11:3–4, 27. c GEE Sabedoria.
6 1 a Isa. 29:14; 5 a Mt. 7:7–8. d D&C 42:61, 65.
D&C 4; 18:44. 6 a 1 Né. 13:37. GEE Mistérios de Deus.
2 a Heb. 4:12; b GEE Sião. e D&C 14:7.
Doutrina e Convênios 6:9–20 12
digo: Aquilo que desejares de mim 14 Em verdade, em verdade te
ser-te-á concedido; e se o dese- digo: Bem-aventurado és pelo que
jares, serás o instrumento para fizeste; porque me a procuraste e
que se faça muito de bom nesta eis que, tantas vezes quantas in-
geração. quiriste, recebeste instruções de
9 Não pregues coisa alguma a meu Espírito. Se assim não fora,
esta geração, a não ser a arrependi- não terias chegado ao lugar onde
mento; guarda meus mandamen- agora estás.
tos e ajuda a trazer à luz minha 15 Eis que tu sabes que me inqui-
obra, de acordo com meus manda- riste e que te iluminei a a mente; e
mentos; e serás abençoado. agora te digo estas coisas para que
10 Eis que tens um dom e aben- saibas que foste iluminado pelo
çoado és por causa de teu dom. Espírito da verdade;
Lembra-te de que ele é a sagrado 16 Sim, digo-te para que saibas
e que vem do alto — que ninguém há, a não ser Deus,
11 E se a perguntares, conhece- que a conheça teus pensamentos e
rás b mistérios que são grandes e os intentos de teu b coração.
maravilhosos; portanto, exerce- 17 Digo-te estas coisas como um
rás teu c dom para que desvendes testemunho a ti de que as pala-
mistérios, para que leves muitos a vras, ou seja, a obra que estás es-
conhecerem a verdade, sim, para crevendo é a verdadeira.
d
convencê-los do erro de seus ca- 18 Portanto, sê a diligente; b apoia
minhos. fielmente meu servo Joseph em qual-
12 Não dês a conhecer teu dom, quer circunstância difícil em que se
a não ser àqueles que são de tua encontrar por causa da palavra.
fé. Não trates com leviandade as 19 Admoesta-o a respeito de suas
a
coisas sagradas. faltas e aceita suas admoestações.
13 Se fizeres o bem, sim, e te Sê paciente; sê sóbrio; sê tempe-
a
conservares b fiel até o c fim, serás rante; tem paciência, fé, esperança
salvo no reino de Deus, o que é o e caridade.
maior de todos os dons de Deus; 20 Eis que tu és Oliver e falei con-
porque não há dom maior que o tigo por causa de teus desejos; por-
da d salvação. tanto, a entesoura estas palavras
9 a Al. 29:9; Dons do Espírito. 15 a GEE Mente.
D&C 15:6; 18:14–15; d Tg. 5:20; 16 a 1 Crôn. 28:9; Mt. 12:25;
34:6. Al. 62:45; Heb. 4:12;
GEE Arrepender-se, D&C 18:44. Mos. 24:12;
Arrependimento; 12 a Mt. 7:6. 3 Né. 28:6.
Obra Missionária. 13 a 1 Né. 15:24. GEE Onisciente.
10 a D&C 63:64. b Mos. 2:41; b 1 Re. 8:39.
11 a D&C 102:23; Ét. 4:19; 17 a D&C 18:2.
JS—H 1:18, 26. D&C 51:19; 63:47. 18 a GEE Diligência.
b Mt. 11:25; 13:10–11; c GEE Perseverar. b D&C 124:95–96.
Al. 12:9. d GEE Salvação. 20 a Ét. 3:21;
c GEE Dom; 14 a GEE Oração. D&C 84:85.
13 Doutrina e Convênios 6:21–32
no coração. Sê fiel e diligente na tens bons desejos — um desejo
observância dos mandamentos de de acumular para ti tesouros no
Deus e envolver-te-ei nos braços céu — então auxilia a trazer à luz,
de meu amor. com teu dom, as partes de minhas
21 Eis que eu sou Jesus Cristo, o a
escrituras que foram escondidas
a
Filho de Deus. Sou o mesmo que por causa de iniquidade.
vim para os b meus e os meus não 28 E agora eis que te concedo,
me receberam. Eu sou a c luz que e também a meu servo Joseph,
resplandece nas d trevas e as trevas as chaves desse dom, que trará
não a compreendem. à luz esse ministério; e pela boca
22 Em verdade, em verdade eu de duas ou três a testemunhas toda
te digo: Se desejas mais um teste- palavra será estabelecida.
munho, volve tua mente para a 29 Em verdade, em verdade vos
noite em que clamaste a mim em digo: Se rejeitarem minhas pala-
teu coração a fim de a saberes a res- vras e esta parte de meu evange-
peito da veracidade destas coisas. lho e ministério, bem-aventurados
23 Não dei a paz a tua mente sereis, porque não poderão fazer
quanto ao assunto? Que maior a vós mais do que fizeram a mim.
b
testemunho podes ter que o de 30 E mesmo se vos a fizerem o que
Deus? fizeram a mim, bem-aventurados
24 E agora, eis que recebeste um sereis, pois b habitareis comigo em
testemunho; porque, se eu te dis- c
glória.
se coisas que homem algum sabe, 31 Mas se não a rejeitarem minhas
não recebeste um testemunho? palavras, as quais serão estabele-
25 E eis que te concedo o dom, cidas pelo b testemunho que será
se de mim o desejas, de a traduzir, dado, bem-aventurados serão e,
sim, como meu servo Joseph. então, tereis regozijo no fruto dos
26 Em verdade, em verdade te vossos labores.
digo que existem a registros que 32 Em verdade, em verdade vos
contêm muito de meu evangelho, digo, como disse a meus discípu-
os quais foram retidos por causa los: Onde dois ou três estiverem
da b iniquidade do povo; a
reunidos em meu nome, tratando
27 E agora te ordeno que, se de alguma coisa, eis que ali estarei
21 a GEE Jesus Cristo. b 1 Jo. 5:9; 2 Cor. 13:1;
b Jo. 1:10–12; D&C 18:2. 2 Né. 27:12–14;
At. 3:13–17; 25 a Mos. 8:13; D&C 128:3.
3 Né. 9:16; D&C 5:4; 9:1–5, 10. 30 a D&C 5:22; 135.
D&C 45:8. 26 a D&C 8:1; 9:2. GEE Mártir, Martírio.
c Jo. 1:5; GEE Escrituras — b Apoc. 3:21.
D&C 10:58. Profecias a respeito de c GEE Glória.
GEE Luz, Luz de Cristo. escrituras futuras. 31 a 3 Né. 16:10–14;
d GEE Trevas Espirituais. b GEE Iniquidade, D&C 20:8–15.
22 a GEE Discernimento, Iníquo. b GEE Testemunho.
Dom de. 27 a D&C 35:20. 32 a Mt. 18:19–20.
23 a GEE Paz. 28 a Deut. 19:15; GEE Unidade.
Doutrina e Convênios 6:33–7:4 14
no meio deles — assim também
b
35 Eis que eu não vos condeno;
estou no meio de vós. segui vossos caminhos e a não pe-
33 Não tenhais a receio de prati- queis mais; executai com serieda-
car o bem, meus filhos, pois o que de a obra que vos ordenei.
b
semeardes, isso colhereis; portan- 36 a Buscai-me em cada pensa-
to, se semeardes o bem, colhereis mento; não duvideis, não temais.
o bem como vossa recompensa. 37 a Vede as feridas que me per-
34 Portanto, não temais, pequeno furaram o lado e também as mar-
rebanho; fazei o bem; deixai que a cas dos b cravos em minhas mãos e
Terra e o inferno se unam contra pés; sede fiéis, guardai meus man-
vós, pois se estiverdes estabeleci- damentos e c herdareis o d reino do
dos sobre minha a rocha, eles não céu. Amém.
poderão prevalecer.
SEÇÃO 7
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery em Har-
mony, Pensilvânia, em abril de 1829, quando por meio do Urim e
Tumim inquiriram se João, o discípulo amado, permanecera na car-
ne ou morrera. A revelação é a versão traduzida do registro feito em
pergaminho por João e escondido por ele mesmo.
1–3, João, o Amado, viverá até que poder sobre a a morte, para que eu
o Senhor venha; 4–8, Pedro, Tiago e viva e traga almas a ti.
João possuem as chaves do evangelho. 3 E o Senhor disse-me: Em ver-
dade, em verdade te digo: Visto
E O Senhor disse-me: a João, meu que o desejaste, a permanecerás
amado, o que b desejas? Pois se pe- até que eu venha em minha b gló-
dires o que desejas, ser-te-á con- ria e c profetizarás perante nações,
cedido. tribos, línguas e povos.
2 E eu disse-lhe: Senhor, dá-me 4 E por esse motivo o Senhor
32 b D&C 29:5; 38:7. Mois. 7:53. 7 1 a GEE João, Filho de
33 a GEE Coragem, GEE Rocha. Zebedeu.
Corajoso. 35 a Jo. 8:3–11. b 3 Né. 28:1–10.
b Gál. 6:7–8; 36 a Isa. 45:22; 2 a Lc. 9:27.
Mos. 7:30–31; D&C 43:34. GEE Morte Física.
Al. 9:28; 37 a GEE Jesus Cristo — 3 a Jo. 21:20–23.
D&C 1:10. Aparições de Cristo GEE Seres
34 a Salm. 71:3; após sua morte. Transladados.
Mt. 7:24–25; b GEE Crucificação. b GEE Glória;
1 Cor. 10:1–4; c Mt. 5:3, 10; Segunda Vinda de
Hel. 5:12; 3 Né. 12:3, 10. Jesus Cristo.
D&C 10:69; 18:4, 17; d GEE Reino de Deus ou c Apoc. 10:11
33:13; Reino dos Céus.
15 Doutrina e Convênios 7:5–8:3
disse a Pedro: Se eu quero que ele fogo flamejante e um anjo a minis-
fique até que eu venha, que te im- trador; ele ministrará em favor da-
porta a ti? Pois ele pediu-me que queles que serão os b herdeiros da
pudesse trazer almas a mim, mas salvação e habitam a c Terra.
tu me pediste para ir rapidamente 7 E farei com que ministres junto
ter comigo em meu a reino. a ele e a teu irmão Tiago; e a vós
5 Digo-te, Pedro, que esse foi um três darei este poder e as a chaves
bom desejo; mas o meu amado de- deste ministério até que eu venha.
sejou fazer mais, ou seja, uma obra 8 Em verdade vos digo que am-
ainda maior entre os homens do bos recebereis conforme vossos
que aquilo que fez antes. desejos, pois ambos vos a regozijais
6 Sim, ele se propôs a uma obra naquilo que desejastes.
maior; portanto, torná-lo-ei como
SEÇÃO 8
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery em Harmony, Pensilvânia, em abril de 1829. Durante a
tradução do Livro de Mórmon, Oliver, que continuava como escre-
vente quando o profeta ditava, desejou receber o dom da tradução. O
Senhor deu esta revelação em resposta a sua súplica.
1–5, As revelações são dadas pelo po- honesto, crendo que receberás co-
der do Espírito Santo; 6–12, O co- nhecimento concernente a grava-
nhecimento dos mistérios de Deus e o ções de velhos d registros que são
poder para traduzir registros antigos antigos, os quais contêm aquelas
vêm-nos pela fé. partes de minhas escrituras das
quais se falou pela e manifestação
a
Oliver Cowdery, em verdade de meu Espírito.
em verdade eu te digo que, tão 2 Sim, eis que eu te a falarei em
certamente quanto vive o Senhor, tua mente e em teu b coração, pelo
que é teu Deus e teu Redentor, c
Espírito Santo que virá sobre ti e
tão certamente receberás b conhe- que habitará em teu coração.
cimento de todas as coisas que 3 Ora, eis que este é o espírito de
c
pedires com fé, com um coração revelação; eis que este é o espírito
. 4 a GEE Reino de Deus ou JS—H 1:72. d D&C 6:26–27; 9:2.
Reino dos Céus. GEE Chaves do e D&C 5:16.
6 a D&C 130:5. Sacerdócio. 2 a D&C 9:7–9.
b D&C 76:86–88. 8 a GEE Alegria. GEE Revelação.
c Jo. 10:8–11; 8 1 a JS—H 1:66. b GEE Coração.
D&C 77:14. GEE Cowdery, Oliver. c GEE Espírito Santo.
7 a Mt. 16:19; b GEE Conhecimento.
At. 15:7; c GEE Oração.
Doutrina e Convênios 8:4–9:2 16
pelo qual Moisés conduziu os fi- tuas mãos e farás obras maravi-
lhos de Israel através do a Mar Ver- lhosas; e nenhum poder será capaz
melho, em terra seca. de tirá-lo de tuas mãos, porque é
4 Portanto, este é teu dom; usa-o a obra de Deus.
e serás abençoado, porque te livra- 9 E, portanto, qualquer coisa que
rá das mãos de teus inimigos, ao pedires que eu te diga por esse
passo que, se assim não fosse, eles meio conceder-te-ei e receberás
te matariam e levariam tua alma conhecimento a respeito dela.
à destruição. 10 Lembra-te de que sem a fé
5 Oh! Lembra-te destas a pala- nada podes fazer; portanto, pede
vras e guarda meus mandamen- com fé. Não trates essas coisas
tos. Lembra-te, este é teu dom. levianamente; não b peças o que
6 Agora, este não é teu único não deves.
dom; porque tens outro dom, que 11 Pede que te seja concedido
é o dom de Aarão; eis que esse conhecer os mistérios de Deus
dom tem manifestado muitas coi- e que possas a traduzir e receber
sas a ti; conhecimento de todos os regis-
7 Eis que nenhum outro poder tros antigos que foram ocultos e
existe, a não ser o poder de Deus, que são sagrados; e ser-te-á feito
que faça com que esse dom de Aa- segundo a tua fé.
rão esteja contigo. 12 Eis que fui eu quem o disse; e
8 Portanto, não duvides, porque eu sou o mesmo que te falou desde
é o dom de Deus; e tê-lo-ás em o princípio. Amém.
SEÇÃO 9
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery em Harmony, Pensilvânia, em abril de 1829. Oliver é ad-
moestado a ser paciente e a contentar-se, naquela época, em escrever
as palavras ditadas pelo tradutor, em vez de tentar traduzir.
1–6, Outros registros antigos ainda es- me havias pedido e começado ou-
tão para ser traduzidos; 7–14, O Livro tra vez a b escrever para meu servo
de Mórmon é traduzido por estudo e Joseph Smith Júnior desejo que
por confirmação espiritual. assim continues até que tenhas
terminado este registro que con-
Eis que eu te digo, meu filho, que fiei a ele.
por não teres a traduzido conforme 2 E então, eis que te concederei
3 a Êx. 14:13–22; GEE Mar Vermelho. 11 a D&C 9:1, 10.
Deut. 11:4; 5 a Deut. 11:18–19. 9 1 a D&C 8:1, 11.
1 Né. 4:2; 10 a GEE Fé. b JS—H 1:67.
Mos. 7:19. b D&C 88:63–65.
17 Doutrina e Convênios 9:3–14
poder para ajudares a traduzir 9 Mas se não estiver certo, não
a
outros b registros que tenho. terás tais sentimentos; terás, po-
3 Sê paciente, meu filho, porque rém, um a estupor de pensamento
isto é segundo minha sabedoria e que te fará esquecer o que estiver
não convém que traduzas neste errado; portanto, não podes escre-
momento. ver aquilo que é sagrado a não ser
4 Eis que o trabalho para o qual que te seja concedido por mim.
és chamado é escrever para meu 10 Ora, se tivesses sabido disto,
servo Joseph. poderias ter a traduzido; contudo,
5 E eis que foi por não teres conti- não convém que traduzas agora.
nuado como no princípio, quando 11 Eis que era conveniente quan-
começaste a traduzir, que tirei esse do começaste, mas a temeste e a
privilégio de ti. hora passou; e agora não convém.
6 Não a murmures, meu filho, 12 Pois não vês que, para com-
porque foi segundo minha sabedo- pensar, dei força suficiente a meu
ria que agi contigo dessa maneira. servo a Joseph? E a nenhum de vós
7 Eis que não compreendeste; condenei.
supuseste que eu o concederia a 13 Faze isto que te ordenei e
ti, quando nada fizeste a não ser prosperarás. Sê fiel e não cedas a
pedir-me. a
tentação alguma.
8 Mas eis que eu te digo que de- 14 Permanece firme no a trabalho
ves a estudá-lo bem em tua men- para o qual te b chamei e nem um
te; depois me deves b perguntar se fio de cabelo de tua cabeça se per-
está certo e, se estiver certo, farei derá; e serás c elevado no último
c
arder dentro de ti o teu d peito; dia. Amém.
portanto, e sentirás que está certo.
SEÇÃO 10
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvânia,
aproximadamente em abril de 1829, embora algumas partes possam
ter sido recebidas já no verão de 1828. Nela o Senhor informa Joseph
2 a Alusão a outras b D&C 6:26; 8:1. 10 a D&C 8:11.
traduções, incluindo 6 a GEE Murmurar. 11 a GEE Temor.
a Tradução de Joseph 8 a GEE Ponderar. 12 a D&C 18:8.
Smith da Bíblia e o b GEE Oração. 13 a GEE Tentação, Tentar.
Livro de Abraão, em c Lc. 24:32. 14 a 1 Cor. 16:13.
que Oliver Cowdery d GEE Inspiração, b GEE Chamado,
trabalhou como Inspirar; Chamado por Deus,
escriba. Testemunho. Chamar.
GEE Tradução de e D&C 8:2–3. c Al. 13:29;
Joseph Smith (TJS). 9 a D&C 10:2. D&C 17:8.
Doutrina e Convênios 10:1–10 18
sobre alterações feitas por homens iníquos nas 116 páginas do manus-
crito extraídas da tradução do Livro de Leí, no Livro de Mórmon. Es-
sas páginas manuscritas haviam sido perdidas enquanto em poder de
Martin Harris, a quem elas haviam sido temporariamente confiadas.
(Ver cabeçalho da seção 3.) O desígnio iníquo consistia em aguardar a
retradução da matéria contida naquelas páginas roubadas e então mos-
trar as discrepâncias criadas pelas alterações, desacreditando, assim,
o tradutor. Mostra-se no Livro de Mórmon que esse propósito iníquo
havia sido concebido pelo maligno e era conhecido pelo Senhor, até
mesmo enquanto Mórmon, o antigo historiador nefita, fazia o resumo
das placas acumuladas. (Ver Palavras de Mórmon 1:3–7.)
1–26, Satanás incita homens iníquos as tuas b forças e os meios conce-
a oporem-se à obra do Senhor; 27–33, didos para que te seja possível
Ele procura destruir a alma dos ho- traduzir; mas sê c diligente até
mens; 34–52, O evangelho deve chegar o fim.
aos lamanitas e a todas as nações por 5 a Ora sempre, para que saias
meio do Livro de Mórmon; 53–63, O vencedor; sim, para que venças
Senhor estabelecerá Sua Igreja e Seu Satanás e escapes das mãos dos
evangelho entre os homens; 64–70, servos de Satanás, que apoiam o
Ele reunirá em Sua Igreja os que se trabalho dele.
arrependerem e salvará os obedientes. 6 Eis que tentaram a destruir-te;
sim, até o b homem em quem con-
Agora, eis que te digo que por- fiaste procurou destruir-te.
que entregaste esses escritos, que 7 E por isso eu disse que ele é um
recebeste poder para traduzir por homem iníquo, porque procurou
meio do a Urim e Tumim, nas mãos tirar as coisas que te foram confia-
de um b homem iníquo, tu os per- das; e também procurou destruir
deste. teu dom.
2 E ao mesmo tempo perdeste 8 E porque entregaste os escritos
também o teu dom, escurecendo- em suas mãos, eis que homens iní-
se a tua a mente. quos os tiraram de ti.
3 Não obstante, agora te é a resti- 9 Portanto, os entregaste, sim,
tuído; portanto, sê fiel e continua, aquilo que era sagrado, à iniqui-
até terminares, o restante do tra- dade.
balho de tradução como iniciaste. 10 E eis que a Satanás os incitou
4 Não corras mais a depressa nem em seus corações a alterarem as
trabalhes mais do que te permitam palavras que fizeste escrever, ou
10 1 a GEE Urim e Tumim. b Êx. 18:13–26. 6 a D&C 5:32–33; 38:13.
b D&C 3:1–15. c Mt. 10:22. b D&C 5:1–2.
2 a GEE Mente. GEE Diligência. 10 a GEE Diabo.
3 a D&C 3:10. 5 a 3 Né. 18:15–21.
4 a Mos. 4:27. GEE Oração.
19 Doutrina e Convênios 10:11–27
seja, que tu traduziste e que saí- e também a obra; e faremos isso
ram de tuas mãos. para que no final não sejamos en-
11 E eis que te digo que, porque vergonhados e para que obtenha-
alteraram as palavras, leem dife- mos a glória do mundo.
rentemente do que traduziste e 20 Em verdade, em verdade eu
fizeste escrever; te digo que Satanás exerce grande
12 E dessa forma o diabo pro- poder sobre seus corações e a inci-
curou armar um plano astuto a ta-os à b iniquidade, contra aquilo
fim de destruir esta obra; que é bom;
13 Pois ele incitou-os em seus 21 E seus corações são a corruptos
corações a fazerem isso para que, e cheios de b iniquidade e abomina-
mentindo, possam dizer que te ções; e c amam as d trevas mais que
a
apanharam nas palavras que fin- a luz, porque suas e ações são más;
giste traduzir. portanto, não recorrerão a mim.
14 Em verdade eu te digo que 22 a Satanás incita-os a fim de
não permitirei que Satanás rea- b
conduzir suas almas à destruição.
lize seus desígnios iníquos com 23 E assim fez um plano astuto,
relação a isto. pensando destruir a obra de Deus;
15 Pois eis que os incitou em seus mas eu exigirei isso de suas mãos
corações a te persuadirem a tentar e tornar-se-á em vergonha e con-
o Senhor teu Deus, pedindo para denação para eles no dia do a juízo.
traduzi-las outra vez. 24 Sim, ele incita-lhes os corações
16 E então, eis que dizem e pen- a irarem-se contra esta obra.
sam no coração — Veremos se 25 Sim, diz-lhes: Enganai e ficai
Deus lhe deu poder para traduzir; à espreita para apanhar, a fim de
se assim for, dar-lhe-á novamente; destruir; pois eis que nisso não há
17 E se Deus lhe der poder outra dano. E assim os lisonjeia e diz-
vez ou se ele traduzir de novo, ou lhes que não é pecado a mentir a
seja, se escrever as mesmas pala- fim de apanhar um homem em
vras, eis que nós as temos conosco mentira para destruí-lo.
e as alteramos; 26 E assim os lisonjeia e a conduz,
18 Portanto, não coincidirão; e até arrastar suas almas para o b in-
diremos que mentiu em suas pala- ferno; e assim os faz cair em suas
vras e que ele não tem dom algum próprias c armadilhas.
e que não possui qualquer poder; 27 E assim vai de cima para
19 Portanto, nós o destruiremos baixo e a de cá para lá na Terra,
13 a Jer. 5:26. GEE Trevas Espirituais. Al. 10:17;
20 a 2 Né. 28:20–22. e Jo. 3:18–21; Mois. 4:4.
b GEE Pecado. D&C 29:45. GEE Mentir, Mentiroso.
21 a D&C 112:23–24. 22 a 2 Né. 2:17–18. 26 a GEE Apostasia.
b GEE Iniquidade, b GEE Tentação, Tentar. b GEE Inferno.
Iníquo. 23 a Hel. 8:25; c Prov. 29:5–6;
c Mois. 5:13–18. D&C 121:23–25. 1 Né. 14:3.
d Mos. 15:26. 25 a 2 Né. 2:18; 28:8–9; 27 a Jó 1:7.
Doutrina e Convênios 10:28– 41 20
procurando destruir a alma dos
b
coisas, não a reveles ao mundo
homens. até que termines o trabalho de
28 Em verdade, em verdade eu te tradução.
digo: Ai daquele que mente para 35 Não te maravilhes de que eu
a
enganar, porque supõe que outro te tenha dito: Aqui há sabedoria,
minta para enganar, pois esse não não a reveles ao mundo — porque
está isento da b justiça de Deus. eu disse: Não a reveles ao mundo,
29 Ora, eis que eles alteraram es- para que sejas preservado.
tas palavras porque Satanás lhes 36 Eis que não digo que não a
disse: Ele enganou-vos — e assim reveles aos justos;
os lisonjeia e leva-os a praticarem 37 Mas como nem sempre podes
iniquidades, a fim de fazer com julgar os a justos, ou seja, como
que a tentes o Senhor teu Deus. nem sempre podes discernir os
30 Eis que te digo que não de- iníquos dos justos, digo-te: Man-
verás tornar a traduzir aquelas tém b silêncio até que me pareça
palavras que saíram de tuas mãos; conveniente dar a conhecer ao
31 Pois eis que não levarão a efei- mundo todas as coisas concernen-
to seus desígnios iníquos de men- tes ao assunto.
tir sobre aquelas palavras. Pois 38 E agora, em verdade eu te
eis que, se escreveres as mesmas digo que um relato daquelas a coi-
palavras, dirão que mentiste e que sas que escreveste e que saíram de
fingiste traduzir, mas que te con- tuas mãos está gravado nas b pla-
tradisseste. cas de Néfi;
32 E eis que publicarão isso e 39 Sim; e lembra-te de que na-
Satanás endurecerá o coração das queles escritos se mencionava que
pessoas a fim de enfurecê-las con- um relato mais minucioso des-
tra ti, para que não creiam em mi- tas coisas fora feito nas placas
nhas palavras. de Néfi.
33 Assim a Satanás pensa anu- 40 E agora, porque o relato que
lar teu testemunho nesta geração, está gravado nas placas de Néfi é
para que a obra não venha à luz mais minucioso quanto às coisas
nesta geração. que, segundo minha sabedoria, eu
34 Mas eis que aqui há sabedo- levaria ao conhecimento do povo
ria; e porque te revelo a sabedoria e neste relato —
te dou mandamentos sobre o que 41 Traduzirás, portanto, o que
deves fazer com relação a estas está gravado nas a placas de Néfi,
27 b 2 Né. 28:19–23; 34 a GEE Sabedoria. 116 páginas perdidas
D&C 76:28–29. 37 a Mt. 23:28. havia sido traduzido
28 a GEE Enganar, Engano, b Êx. 14:14. de uma parte das
Fraude. 38 a No prefácio da placas chamada
b Rom. 2:3. primeira edição do “Livro de Leí.”
GEE Justiça. Livro de Mórmon, b GEE Placas.
29 a Mt. 4:7. o Profeta explicou 41 a Pal. Mórm. 1:3–7.
33 a GEE Diabo. que o conteúdo das
21 Doutrina e Convênios 10:42–56
até chegares ao reinado do rei Ben- tornado lamanitas por causa de
jamim, ou até a parte que tradu- suas dissensões.
ziste, que está contigo; 49 Ora, isto não é tudo — a fé
42 E eis que o publicarás como expressa em suas orações era que
registro de Néfi; e assim confun- esse evangelho também se torna-
direi os que alteraram minhas pa- ria conhecido caso outras nações
lavras. ocupassem esta terra;
43 Não permitirei que eles des- 50 E assim deixaram uma bênção
truam minha obra; sim, mostrar- sobre esta terra em suas orações,
lhes-ei que minha sabedoria é para que todo aquele que cresse
maior do que a astúcia do diabo. neste evangelho, nesta terra, ti-
44 Eis que eles têm somente uma vesse vida eterna;
parte, ou seja, um resumo do re- 51 Sim, que ele ficasse ao alcan-
lato de Néfi. ce de todos, qualquer que fosse a
45 Eis que há muitas coisas gra- nação, tribo, língua ou povo a que
vadas nas placas de Néfi que lan- pertencessem.
çam maior luz sobre meu evan- 52 E agora eis que, de acordo
gelho; portanto, segundo minha com a fé expressa em suas orações,
sabedoria, deves traduzir essa pri- levarei esta parte de meu evange-
meira parte das gravações de Néfi lho ao conhecimento de meu povo.
e incluí-la nesta obra. Eis que não a levo para destruir
46 E eis que todo o restante des- aquilo que receberam, mas para
te a trabalho contém todas as par- edificá-lo.
tes de meu b evangelho que meus 53 E por isso eu disse: Se os desta
santos profetas, sim, e também geração não endurecerem o cora-
meus discípulos c pediram, em ção, estabelecerei minha igreja
suas orações, que fossem dadas entre eles.
a este povo. 54 Ora, não digo isto para des-
47 E eu disse-lhes que lhes seria truir minha igreja, mas digo isto
a
concedido de acordo com a b fé para edificar minha igreja.
expressa em suas orações; 55 Portanto, todos os que perten-
48 Sim, e esta era a fé que ti- cem a minha igreja não precisam
nham — que meu evangelho, o a
temer, porque b herdarão o c reino
qual lhes dei para que pregassem dos céus.
em seus dias, chegaria a seus ir- 56 Mas os que não me a temem
mãos, os a lamanitas, e também nem guardam meus mandamen-
a todos os que se houvessem tos, mas edificam b igrejas para si
46 a GEE Livro de Mórmon. D&C 3:19–20. c GEE Reino de Deus ou
b GEE Evangelho. b GEE Fé. Reino dos Céus.
c En. 1:12–18; 48 a Morô. 10:1–5; 56 a Ecles. 12:13–14.
Mórm. 8:24–26; D&C 109:65–66. b GEE Diabo — Igreja
9:34–37. 55 a GEE Temor. do diabo.
47 a 3 Né. 5:13–15; b Mt. 5:10.
Doutrina e Convênios 10:57–70 22
mesmos a fim de obter lucro, sim,c
tanta contenda; sim, Satanás inci-
a
SEÇÃO 11
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu irmão
Hyrum Smith, em Harmony, Pensilvânia, em maio de 1829. Esta
revelação foi recebida por meio do Urim e Tumim, em resposta à sú-
plica e à pergunta de Joseph. A história de Joseph Smith sugere que
esta revelação foi recebida após a restauração do Sacerdócio Aarônico.
1–6, Os que trabalham na vinha irão 4 Sim, aquele que lança sua a foice
alcançar salvação; 7–14, Busca sa- e ceifa é chamado por Deus.
bedoria, proclama arrependimento, 5 Portanto, se me a pedires, rece-
confia no Espírito; 15–22, Guarda os berás; se bateres, ser-te-á aberto.
mandamentos e estuda a palavra do 6 Agora, como pediste, eis que te
Senhor; 23–27, Não negues o espíri- digo: Guarda meus mandamentos
to de revelação e de profecia; 28–30, e procura trazer à luz e estabelecer
Os que recebem a Cristo tornam-se os a causa de a Sião.
filhos de Deus. 7 Não busques a riquezas, mas
b
sabedoria; e eis que os mistérios
a
Uma grande e maravilhosa obra de Deus te serão revelados e en-
está para iniciar-se entre os filhos tão serás enriquecido. Eis que é
dos homens. rico aquele que tem a vida eterna.
2 Eis que eu sou Deus; a aten- 8 Em verdade, em verdade eu
ta para a minha b palavra, que é te digo que aquilo que desejares
viva e c poderosa, mais d penetrante de mim ser-te-á concedido; e se
que uma espada de dois gumes, o desejares, serás o instrumento
que penetra até dividir as juntas para que se faça muito de bom
e medulas; portanto, atenta para nesta geração.
a minha palavra. 9 a Não pregues a esta geração
3 Eis que o campo já está a branco coisa alguma a não ser b arrepen-
para a ceifa; portanto, quem deseja dimento. Guarda meus manda-
ceifar que lance a foice com vigor mentos e ajuda a trazer à luz a
e ceife enquanto durar o dia, a fim minha obra, c de acordo com meus
de b entesourar para sua alma a mandamentos; e serás abençoado.
c
salvação eterna no reino de Deus. 10 Eis que tens um a dom, ou
11 1 a Isa. 29:14; 3 a D&C 12:3. 7 a 1 Re. 3:11–13;
D&C 4. b Lc. 18:22; 2 Né. 26:31;
GEE Restauração do Hel. 5:8. Jacó 2:17–19;
Evangelho. c 1 Tim. 6:19. D&C 38:39.
2 a 1 Né. 15:23–25; 4 a Apoc. 14:15; b GEE Sabedoria.
D&C 1:14; 84:43–45. D&C 14:3–4. 9 a D&C 19:21–22.
b Heb. 4:12. 5 a GEE Oração. b GEE Arrepender-se,
c Al. 4:19; 31:5. 6 a Isa. 52:7–8; Arrependimento.
d Hel. 3:29–30; D&C 66:11. c D&C 105:5.
D&C 6:2. GEE Sião. 10 a D&C 46:8–12.
Doutrina e Convênios 11:11–23 24
melhor, terás um dom se me pe- de acordo com teus desejos, sim,
dires com fé, com um b coração sin- de acordo com tua fé.
cero, crendo no poder de Jesus ou 18 Guarda meus mandamentos;
em meu poder que fala a ti; mantém silêncio; recorre ao meu
11 Pois eis que sou eu quem fala; Espírito;
eis que eu sou a a luz que resplan- 19 Sim, a apega-te a mim de todo
dece nas trevas e pelo meu b poder o coração a fim de ajudares a tra-
dou-te estas palavras. zer à luz as coisas de que se tem
12 E agora, em verdade, em ver- falado — sim, a tradução de minha
dade eu te digo: Põe tua a confiança obra; sê paciente até que a realizes.
naquele b Espírito que leva a fazer 20 Eis que esta é a tua obra:
o bem — sim, a agir justamente, a
Guardar meus mandamentos,
a c andar em d humildade, a e jul- sim, com todo teu poder, mente
gar com retidão; e esse é o meu e força.
Espírito. 21 Não procures pregar minha
13 Em verdade, em verdade eu palavra, mas primeiro procura
te digo: Dar-te-ei do meu Espíri- a
obter minha palavra e então tua
to, o qual a iluminará tua b mente língua será desatada; e então, se
e encher-te-á a alma de c alegria; o desejares, terás meu Espírito e
14 E então saberás, ou seja, por minha palavra, sim, o poder de
esse meio saberás todas as coisas, Deus para convencer os homens.
relativas à a retidão, que desejares 22 Mas por enquanto mantém si-
de mim, com fé, acreditando em lêncio; estuda a minha palavra, que
mim que receberás. foi pregada aos filhos dos homens,
15 Eis que te digo que não pre- e b estuda também c minha palavra
cisas supor teres sido chamado a que será pregada aos filhos dos
pregar até que sejas a chamado. homens, ou seja, que está agora
16 Espera um pouco mais até sendo traduzida, sim, até que te-
que tenhas minha palavra, minha nhas obtido tudo o que d concede-
a
rocha, minha igreja e meu evan- rei aos filhos dos homens nesta
gelho, a fim de que conheças in- geração; e então a isto todas as
dubitavelmente minha doutrina. coisas serão acrescentadas.
17 E então, eis que te será feito 23 Eis que tu és a Hyrum, meu
10 b Lc. 8:15. Al. 41:14–15. D&C 98:11.
11 a GEE Luz, Luz de Cristo. 13 a D&C 76:12. 20 a GEE Obedecer,
b GEE Poder. b GEE Mente. Obediência,
12 a D&C 84:116. c GEE Alegria. Obediente.
GEE Confiança, Confiar. 14 a GEE Retidão. 21 a Al. 17:2–3;
b Rom. 8:1–9; 15 a RF 1:5. D&C 84:85.
1 Jo. 4:1–6. GEE Autoridade; 22 a IE a Bíblia.
c GEE Andar, Andar com Chamado, Chamado b GEE Escrituras — Valor
Deus. por Deus, Chamar. das escrituras.
d GEE Humildade, 16 a D&C 6:34. c IE o Livro de Mórmon.
Humilde, Humilhar. GEE Rocha. d Al. 29:8.
e Mt. 7:1–5; 19 a Jacó 6:5; 23 a JS—H 1:4.
25 Doutrina e Convênios 11:24–12:3
filho; b busca o reino de Deus e to- têm desejos bons e a lançaram sua
das as coisas serão acrescentadas foice para ceifar.
de acordo com aquilo que é justo. 28 Eis que eu sou a Jesus Cristo,
24 a Edifica sobre minha rocha, o Filho de Deus. Eu sou a vida e
que é meu b evangelho; a b luz do mundo.
25 Não negues o espírito de a re- 29 Eu sou o mesmo que vim aos
velação nem o espírito de b profe- meus e os meus não me recebe-
cia, porque ai daquele que nega ram;
essas coisas; 30 Mas em verdade, em verda-
26 Portanto, a entesoura essas coi- de eu te digo que a todos os que
sas em teu coração até o momento me receberem darei a poder para
em que, segundo minha sabedo- se tornarem b filhos de Deus, sim,
ria, saias a pregar. àqueles que crerem em meu nome.
27 Eis que falo a todos os que Amém.
SEÇÃO 12
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Joseph
Knight Sênior, em Harmony, Pensilvânia, em maio de 1829. Joseph
Knight acreditava nas declarações de Joseph Smith quanto a estar
de posse das placas do Livro de Mórmon e quanto ao trabalho de tra-
dução em curso; e, várias vezes, dera apoio material a Joseph Smith
e a seu escriba, o que lhes permitira continuar traduzindo. A pedido
de Joseph Knight, o Profeta inquiriu o Senhor e recebeu a revelação.
1–6, Os que trabalham na vinha irão uma espada de dois gumes, que
alcançar salvação; 7–9, Todos os que penetra até dividir as juntas e me-
desejem e sejam qualificados podem dulas; portanto, atenta para a mi-
ajudar na obra do Senhor. nha palavra.
3 Eis que o campo já está bran-
Uma obra grande e maravilhosa
a
co para a ceifa; portanto, quem
está para iniciar-se entre os filhos deseja ceifar lance a foice com
dos homens. vigor e ceife enquanto durar o
2 Eis que eu sou Deus; atenta dia, a fim de entesourar para sua
para a minha palavra, que é viva alma a salvação eterna no reino
e poderosa, mais penetrante que de Deus.
23 b Mt. 6:33. 26 a Deut. 11:18; b GEE Filhos e Filhas
24 a Mt. 7:24–27. D&C 6:20; 43:34; de Deus.
b GEE Evangelho. JS—M 1:37. 12 1 a Ver em D&C 11:1–6
25 a GEE Revelação. 27 a GEE Obra Missionária. referências
b Apoc. 19:10. 28 a GEE Jesus Cristo. remissivas
GEE Profecia, b GEE Luz, Luz de Cristo. semelhantes.
Profetizar. 30 a Jo. 1:12.
Doutrina e Convênios 12:4–13:1 26
4 Sim, aquele que lançar sua foice 8 E ninguém pode participar des-
e ceifar será chamado por Deus. ta obra, a menos que seja a humilde
5 Portanto, se me pedires, rece- e cheio de b amor, tendo c fé, d espe-
berás; se bateres, ser-te-á aberto. rança e e caridade, sendo tempe-
6 Agora, como pediste, eis que te rante em todas as coisas, em tudo
digo: Guarda meus mandamentos o que lhe for confiado.
e procura trazer à luz e estabelecer 9 Eis que eu sou a luz e a vida
a causa de Sião. do mundo, que diz estas pala-
7 Eis que falo a ti e também a to- vras; portanto, escuta com toda a
dos os que têm o desejo de trazer tua força e então serás chamado.
à luz e estabelecer esta obra; Amém.
SEÇÃO 13
Extrato da história de Joseph Smith, que relata a ordenação do Profe-
ta e de Oliver Cowdery ao Sacerdócio Aarônico, perto de Harmony,
Pensilvânia, em 15 de maio de 1829. A ordenação foi feita pelas mãos
de um anjo que se anunciou como João, o mesmo que é chamado João
Batista no Novo Testamento. O anjo explicou que estava agindo sob
a direção de Pedro, Tiago e João, os Apóstolos antigos que possuíam
as chaves do sacerdócio maior, o qual era chamado Sacerdócio de
Melquisedeque. Foi feita a Joseph e a Oliver a promessa de que, no
devido tempo, esse sacerdócio maior lhes seria conferido. (Ver seção
27:7–8, 12.)
Anunciadas as chaves e os poderes do evangelho do d arrependimento
Sacerdócio Aarônico. e do e batismo por imersão para
remissão de pecados; e ele nun-
A vós, meus conservos, em nome ca mais será tirado da Terra, até
do Messias, eu a confiro o b Sacer- que os f filhos de Levi tornem a
dócio de Aarão, que possui as cha- fazer, em g retidão, uma oferta
ves do ministério de c anjos e do ao Senhor.
8 a GEE Humildade, b D&C 27:8; 84:18–34. a restauração do
Humilde, Humilhar. GEE Sacerdócio Sacerdócio Aarônico
b GEE Amor. Aarônico. ao final de Joseph
c GEE Fé. c GEE Anjos. Smith — História.
d GEE Esperança. d GEE Arrepender-se, Deut. 10:8;
e GEE Caridade. Arrependimento. 1 Crôn. 6:48;
13 1 a JS—H 1:68–75. e GEE Batismo, Batizar. D&C 128:24.
GEE Ordenação, f Ver o relato de Oliver g GEE Retidão.
Ordenar. Cowdery sobre
27 Doutrina e Convênios 14:1–9
SEÇÃO 14
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David
Whitmer, em Fayette, Nova York, em junho de 1829. A família Whit-
mer tornara-se profundamente interessada na tradução do Livro de
Mórmon. O Profeta fixou residência na casa de Peter Whitmer Sênior,
onde permaneceu até que o trabalho de tradução se completasse e se
assegurassem os direitos autorais do livro que seria publicado. Três
dos filhos de Whitmer, tendo recebido testemunho da autenticidade
da obra, tornaram-se profundamente preocupados quanto a suas obri-
gações individuais. Esta revelação e as duas seguintes (seções 15 e
16) foram dadas em resposta a uma pergunta feita por meio do Urim
e Tumim. David Whitmer tornou-se mais tarde uma das Três Teste-
munhas do Livro de Mórmon.
1–6, Os que trabalham na vinha irão 4 Sim, aquele que lançar sua foice
alcançar salvação; 7–8, A vida eterna e ceifar será chamado por Deus.
é o maior dos dons de Deus; 9–11, 5 Portanto, se me pedires, rece-
Cristo criou os céus e a Terra. berás; se bateres, ser-te-á aberto.
6 Procura trazer à luz e estabe-
Uma obra grande e maravilhosa
a
lecer minha Sião. Guarda meus
está para iniciar-se entre os filhos mandamentos em todas as coisas.
dos homens. 7 E se a guardares meus manda-
2 Eis que eu sou Deus; atenta mentos e b perseverares até o fim,
para a minha palavra, que é viva terás c vida eterna, que é o maior
e poderosa, mais penetrante que de todos os dons de Deus.
uma espada de dois gumes, que 8 E acontecerá que, se pedires ao
penetra até dividir as juntas e me- Pai em meu nome, com fé, acredi-
dulas; portanto, atenta para a mi- tando, receberás o a Espírito Santo,
nha palavra. o qual inspira o que dizer, para
3 Eis que o campo já está branco que sirvas de b testemunha das coi-
para a ceifa; portanto, quem deseja sas que irás c ouvir e ver; e também
ceifar que lance a foice com vigor para que proclames o arrependi-
e ceife enquanto durar o dia, a mento a esta geração.
fim de entesourar para sua alma a 9 Eis que eu sou a Jesus Cristo, o
salvação eterna no reino de Deus. b
Filho do c Deus vivo, que d criou os
14 1 a Ver em D&C 11:1–6 GEE Vida eterna. 9 a Mos. 4:2;
referências remissivas 8 a GEE Espírito Santo. D&C 76:20–24.
semelhantes. b Mos. 18:8–10. b Rom. 1:4.
7 a Lev. 26:3–12; Jo. 15:10; GEE Testemunha. c Dan. 6:26; Al. 7:6;
Mos. 2:22, 41; c Ver “Depoimento de D&C 20:19.
D&C 58:2. Três Testemunhas” nas d Jo. 1:1–3, 14; 3 Né. 9:15;
b GEE Perseverar. páginas introdutórias D&C 45:1.
c 2 Né. 31:20; D&C 6:13. do Livro de Mórmon. GEE Criação, Criar.
Doutrina e Convênios 14:10–15:6 28
céus e a Terra, uma luz que não
e f
11 E eis que tu és David e és cha-
pode ser escondida nas g trevas; mado para ajudar; se fizeres isso
10 Portanto, devo levar a a pleni- e fores fiel, serás abençoado tanto
tude do meu evangelho dos b gen- espiritual como materialmente e
tios à casa de Israel. grande será teu galardão. Amém.
SEÇÃO 15
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John
Whitmer, em Fayette, Nova York, em junho de 1829 (ver também o
cabeçalho da seção 14). A mensagem é impressionantemente pessoal,
porque o Senhor fala sobre algo que somente John Whitmer e Ele sa-
biam. John Whitmer tornou-se mais tarde uma das Oito Testemunhas
do Livro de Mórmon.
1–2, O braço do Senhor está sobre toda 4 Pois muitas vezes desejaste sa-
a Terra; 3–6, Pregar o evangelho e ber de mim o que seria de maior
salvar almas é a coisa de maior valor. valor para ti.
5 Eis que abençoado és por isso
Escuta, meu servo John, e dá ou- e por teres declarado minhas pa-
vidos às palavras de Jesus Cristo, lavras, que te dei de acordo com
teu Senhor e teu Redentor. meus mandamentos.
2 Pois eis que te falo com clareza 6 E agora, eis que eu te digo que
e com a poder, pois meu braço está a coisa de maior valor para ti será
sobre toda a Terra. a
declarar arrependimento a este
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum povo, a fim de trazeres almas a
homem sabe, a não ser eu e tu mim e b descansares com elas no
somente — c
reino de meu d Pai. Amém.
SEÇÃO 16
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Peter
Whitmer Júnior em Fayette, Nova York, em junho de 1829 (ver tam-
bém o cabeçalho da seção 14). Peter Whitmer Júnior tornou-se mais
tarde uma das Oito Testemunhas do Livro de Mórmon.
9 e Abr. 4:12, 24–25. JS—H 1:34. b GEE Descansar,
f 2 Sam. 22:29. b GEE Gentios. Descanso.
GEE Luz, Luz de 15 2 a Hel. 3:29–30. c GEE Reino de Deus ou
Cristo. GEE Poder. Reino dos Céus.
g GEE Trevas Espirituais. 6 a D&C 18:15–16. d GEE Pai Celestial.
10 a D&C 20:8–9; GEE Obra Missionária.
29 Doutrina e Convênios 16:2–17:1
1–2, O braço do Senhor está sobre toda 4 Pois muitas vezes desejaste sa-
a Terra; 3–6, Pregar o evangelho e ber de mim o que seria de maior
salvar almas é a coisa de maior valor. valor para ti.
5 Eis que abençoado és por isso
Escuta, meu servo Peter, e dá ou-
a
e por teres declarado minhas pa-
vidos às palavras de Jesus Cristo, lavras, que te dei de acordo com
teu Senhor e teu Redentor. meus mandamentos.
2 Pois eis que te falo com clareza 6 E agora, eis que te digo que a
e com poder, pois meu braço está coisa de maior valor para ti será
sobre toda a Terra. declarar arrependimento a este
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum povo, a fim de trazeres almas a
homem sabe, a não ser eu e tu mim e descansares com elas no
somente — reino de meu Pai. Amém.
SEÇÃO 17
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, em Fayette, Nova York,
em junho de 1829, antes que eles tivessem visto as placas gravadas
que continham o registro do Livro de Mórmon. Joseph e seu escriba,
Oliver Cowdery, ficaram sabendo, pela tradução das placas do Livro
de Mórmon, que três testemunhas especiais seriam designadas. (Ver
Éter 5:2–4; também 2 Néfi 11:3; 27:12.) Oliver Cowdery, David
Whitmer e Martin Harris foram movidos por um desejo inspirado
de serem as três testemunhas especiais. O Profeta inquiriu o Senhor
e esta revelação foi dada em resposta, por meio do Urim e Tumim.
1–4, Pela fé, as Três Testemunhas ve- o fizerdes de todo o coração, a ve-
rão as placas e outros objetos sagrados; reis as b placas e também o peito-
5–9, Cristo presta testemunho da di- ral, a c espada de Labão, o d Urim
vindade do Livro de Mórmon. e Tumim, que foram dados ao e ir-
mão de Jarede no monte quan-
Eis que vos digo que devereis do ele falou com o Senhor f face a
confiar em minha palavra e, se face; e os g guias milagrosos que
16 1 a Ver em D&C 15 Testemunhas” nas Jacó 1:10;
referências remissivas páginas introdutórias Mos. 1:16.
semelhantes. do Livro de Mórmon. d GEE Urim e Tumim.
17 1 a 2 Né. 27:12; b Mórm. 6:6; e Ét. 3.
Ét. 5:2–4; JS—H 1:52. f Gên. 32:30; Êx. 33:11;
D&C 5:15. GEE Placas. Mois. 1:2.
Ver também “ c 1 Né. 4:8–9; g 1 Né. 16:10, 16, 26–29;
Depoimento de Três 2 Né. 5:14; Al. 37:38–47.
Doutrina e Convênios 17:2–18:2 30
foram dados a Leí enquanto esta- 6 E ele traduziu o livro, sim,
a
SEÇÃO 18
Revelação a Joseph Smith, o Profeta, Oliver Cowdery e David Whit-
mer, dada em Fayette, Nova York, em junho de 1829. De acordo com
o Profeta, esta revelação deu a conhecer “o chamado dos doze após-
tolos nestes últimos dias e também as instruções relativas à edifica-
ção da Igreja.”
1–5, As escrituras mostram como edi- Doze; 40–47, Para alcançar salvação,
ficar a Igreja; 6–8, O mundo está ama- os homens precisam arrepender-se, ser
durecendo em iniquidade; 9–16, O va- batizados e guardar os mandamentos.
lor das almas é grande; 17–25, A fim
de alcançar a salvação, os homens pre- Agora, eis que por causa daquilo
cisam tomar sobre si o nome de Cristo; que tu, meu servo Oliver Cow-
26–36, Revelados o chamado e a mis- dery, desejaste saber de mim, di-
são dos Doze; 37–39, Oliver Cowdery go-te estas palavras:
e David Whitmer devem procurar os 2 Eis que te manifestei por meu
1 h 1 Né. 2:5. 3 Né. 26:7–10. c 1 Né. 13:37;
3 a GEE Testemunha; 8 a Mt. 16:18; 3 Né. 27:14–15, 22;
Testificar. 3 Né. 11:39; D&C 9:14.
6 a GEE Livro de Mórmon. D&C 10:69. 9 a GEE Senhor.
b 2 Né. 27:22; b GEE Graça.
31 Doutrina e Convênios 18:3–15
Espírito, em muitas ocasiões, que meus mandamentos, será c aben-
as coisas que escreveste são a ver- çoado com vida eterna; e seu nome
dadeiras; portanto, sabes que são é d Joseph.
verdadeiras. 9 E agora, Oliver Cowdery, diri-
3 E se tu sabes que são verda- jo-me a ti e também a David Whit-
deiras, eis que te dou um manda- mer, por meio de mandamento;
mento de que confies nas coisas pois eis que ordeno a todos os
que estão a escritas; homens de todos os lugares que
4 Porque nelas estão escritas to- se arrependam; e falo a vós como
das as coisas concernentes ao ali- falei a Paulo, meu a apóstolo, por-
cerce de minha igreja, meu a evan- que sois chamados pelo mesmo
gelho e minha b rocha. chamado que ele.
5 Portanto, se edificares a mi- 10 Lembrai-vos de que o a valor
nha igreja sobre o alicerce de meu das b almas é grande à vista de
evangelho e minha rocha, as por- Deus;
tas do inferno não prevalecerão 11 Pois eis que o Senhor vosso
contra ti. a
Redentor sofreu a b morte na car-
6 Eis que o a mundo está amadu- ne; portanto, c sofreu a d dor de to-
recendo em iniquidade; e é neces- dos os homens, para que todos
sário que os filhos dos homens, os homens se arrependessem e
tanto os b gentios como a casa de viessem a ele.
Israel, sejam levados ao arrepen- 12 E a ressuscitou dentre os mor-
dimento. tos, para trazer a si todos os ho-
7 E assim, como foste a batizado mens, sob condição de b arrepen-
pelas mãos de meu servo Joseph dimento.
Smith Júnior, de acordo com aqui- 13 E quão grande é sua a alegria
lo que lhe ordenei, ele cumpriu pela alma que se arrepende!
aquilo que lhe ordenei. 14 Portanto, sois chamados para
8 E agora não te maravilhes de a
clamar arrependimento a este
que eu o tenha chamado por um povo.
propósito meu, propósito esse que 15 E, se trabalhardes todos os
me é conhecido; portanto, se ele vossos dias clamando arrependi-
for a diligente na b observância de mento a este povo e trouxerdes
18 2 a D&C 6:15–17. Obediente. Redimido, Redimir.
3 a D&C 98:11. c GEE Abençoado, d Isa. 53:4–5.
GEE Escrituras — Abençoar, Bênção. GEE Expiação, Expiar.
Valor das escrituras. d 2 Né. 3:14–15. 12 a GEE Ressurreição.
4 a GEE Evangelho. GEE Smith, Joseph, Jr. b D&C 19:4–18.
b GEE Rocha. 9 a Rom. 1:1. GEE Arrepender-se,
6 a GEE Mundo. 10 a GEE Alma — Valor Arrependimento.
b GEE Gentios. das almas. 13 a Lc. 15:7.
7 a JS—H 1:70–71. b GEE Alma. 14 a Al. 29:1–2;
8 a GEE Diligência. 11 a GEE Redentor. D&C 34:5–6; 63:57.
b GEE Obedecer, b GEE Crucificação.
Obediência, c GEE Redenção,
Doutrina e Convênios 18:16–31 32
a mim mesmo que seja uma só qualquer outro nome pelo qual o
a
alma, quão grande será vossa ale- homem possa ser salvo;
gria com ela no reino de meu Pai! 24 Portanto, todos os homens de-
16 E agora, se vossa alegria é vem tomar sobre si o nome que é
grande com uma só alma que ti- dado pelo Pai, pois por esse nome
verdes trazido a mim no a reino de serão chamados no último dia;
meu Pai, quão grande será vossa 25 Portanto, se não sabem o
b
alegria se me c trouxerdes muitas a
nome pelo qual são chamados,
almas! não podem ter lugar no b reino de
17 Eis que tendes diante de vós meu Pai.
meu evangelho e minha rocha e 26 E agora, eis que há outros cha-
minha a salvação. mados para declararem o meu
18 a Pedi ao Pai em meu b nome evangelho, tanto aos a gentios
com fé, acreditando que recebe- como aos judeus;
reis, e tereis o Espírito Santo, que 27 Sim, doze; e os a Doze serão
manifesta todas as coisas que são meus discípulos e tomarão sobre si
c
convenientes aos filhos dos ho- o meu nome; e os Doze são aque-
mens. les que desejam, de todo coração,
19 E se não tendes a fé, b esperan- tomar sobre si o meu b nome.
ça e c caridade, nada podeis fazer. 28 E se desejam, de todo coração,
20 a Não contendais com igreja tomar sobre si o meu nome, são
alguma, a menos que seja a b igre- chamados para ir a todo o a mun-
ja do diabo. do, pregar meu b evangelho a c toda
21 Tomai sobre vós o a nome de criatura.
Cristo e b falai a verdade com c se- 29 E são eles os ordenados por
riedade. mim para a batizar em meu nome,
22 E todos os que se arrepende- de acordo com o que está escrito;
rem e forem a batizados em meu 30 E tendes diante de vós o que
nome, que é Jesus Cristo, e b per- está escrito; portanto, deveis fazer
severarem até o fim, serão salvos. de acordo com as palavras que es-
23 Eis que Jesus Cristo é o a nome tão escritas.
dado pelo Pai; e não é dado 31 E agora falo a vós, os a Doze:
15 a GEE Alma — Valor das c GEE Caridade. Mos. 3:17;
almas. 20 a 2 Tim. 2:23–24; Hel. 3:28–29.
16 a GEE Reino de Deus ou 3 Né. 11:29–30. 25 a Mos. 5:9–14.
Reino dos Céus. b GEE Diabo — Igreja do b GEE Glória Celestial.
b Al. 26:11. diabo. 26 a D&C 90:8–9; 112:4.
GEE Alegria. 21 a 2 Né. 31:13; 27 a GEE Apóstolo.
c GEE Obra Missionária. Mos. 5:8; 3 Né. 27:5; b D&C 27:12.
17 a GEE Salvação. D&C 20:37. 28 a Mc. 16:15–16.
18 a GEE Oração. b D&C 100:5–8. b GEE Evangelho.
b Jo. 15:16. c Rom. 12:3. c D&C 1:2; 42:58.
c D&C 88:63–65. 22 a GEE Batismo, Batizar. 29 a 3 Né. 11:21–28;
19 a GEE Fé. b GEE Perseverar. D&C 20:72–74.
b GEE Esperança. 23 a Mal. 1:11; At. 4:12; 31 a D&C 107:23–35.
33 Doutrina e Convênios 18:32– 47
Eis que a minha graça vos basta; 39 E quando os tiverdes encon-
deveis andar retamente perante trado, revelareis estas coisas a eles.
mim e não pecar. 40 E prostar-vos-eis e a adorareis
32 E eis que sois aqueles ordena- o Pai em meu nome.
dos por mim para a ordenar sacer- 41 É preciso que pregueis ao
dotes e mestres; para declarar meu mundo, dizendo: Deveis arrepen-
evangelho, b de acordo com o po- der-vos e ser batizados em nome
der do Espírito Santo que está em de Jesus Cristo;
vós e de acordo com os c chamados 42 Porque todos os homens de-
e dons de Deus aos homens; vem arrepender-se e ser batizados;
33 E eu, Jesus Cristo, vosso Se- e não só homens, mas mulheres e
nhor e vosso Deus, disse-o. crianças que tiverem alcançado a
34 Estas a palavras não são de idade da a responsabilidade.
homens nem de um homem, mas 43 E agora, depois de terdes re-
são minhas; portanto, vós testi- cebido isto, deveis guardar meus
ficareis que são minhas e não de a
mandamentos em todas as coisas;
um homem; 44 E por vossas mãos realizarei
35 Pois é a minha a voz que vo-las uma obra a maravilhosa entre os
diz; pois vos são dadas pelo meu filhos dos homens para b conven-
Espírito; e pelo meu poder vós as cer a muitos de seus pecados, para
podeis ler uns para os outros; e se que se arrependam e se aproxi-
não fosse pelo meu poder, não as mem do reino de meu Pai.
poderíeis ter; 45 Portanto, as bênçãos que vos
36 Portanto, podeis a testificar dou estão a acima de todas as coi-
que ouvistes a minha voz e conhe- sas.
ceis as minhas palavras. 46 E depois de terdes recebido
37 E agora, eis que eu dou a ti, isto, se a não guardardes meus
Oliver Cowdery, e também a ti, mandamentos, não podereis ser
David Whitmer, o encargo de pro- salvos no reino de meu Pai.
curar os Doze, que terão os desejos 47 Eis que eu, Jesus Cristo, vosso
que mencionei; Senhor e vosso Deus e vosso Re-
38 E por seus desejos e suas dentor, pelo poder de meu Espí-
a
obras conhecê-los-eis. rito, disse-o. Amém.
32 a Morô. 3; 35 a D&C 1:38. GEE Voz. Responsável.
D&C 20:60; 107:58. 36 a GEE Testificar. 43 a GEE Mandamentos de
GEE Ordenação, 38 a GEE Obras. Deus.
Ordenar. 40 a GEE Adorar. 44 a Isa. 29:14;
b 2 Ped. 1:21; 42 a D&C 20:71; D&C 4:1.
D&C 68:3–4. 29:47; 68:27. b Al. 36:12–19; 62:45.
c D&C 20:27. GEE Prestar Contas, 45 a D&C 84:35–38.
34 a GEE Escrituras. Responsabilidade, 46 a D&C 82:3.
Doutrina e Convênios 19:1–10 34
SEÇÃO 19
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, em Manchester, Nova
York, provavelmente no verão de 1829. Em sua história, o Profeta a
introduz como “um mandamento de Deus e não do homem, a Martin
Harris, dado por aquele que é Eterno.”
1–3, Cristo tem todo o poder; 4–5, To- a
arrepender-se ou b sofrer, pois eu,
dos os homens devem arrepender-se ou Deus, sou c infinito.
sofrer; 6–12, Castigo eterno é castigo 5 Portanto, não a revogarei os jul-
de Deus; 13–20, Cristo sofreu por to- gamentos que pronunciar, mas
dos, para que não tenham que sofrer, sobrevirão desgraça, pranto, b la-
caso se arrependam; 21–28, Prega o mentação e ranger de dentes, sim,
evangelho de arrependimento; 29–41, àqueles que se acharem à minha
Anuncia boas novas. c
esquerda.
6 Contudo, a não está escrito que
Eu sou o a Alfa e o Ômega, b Cristo, não haverá fim para esse tormento,
o Senhor; sim, eu sou ele, o princí- mas está escrito b tormento infinito.
pio e o fim, o Redentor do mundo. 7 Também, está escrito a conde-
2 Eu, tendo cumprido e a consu- nação eterna; portanto, está mais
mado a vontade daquele a quem explícito do que outras escrituras,
pertenço, ou seja, o Pai, a meu a fim de influenciar o coração dos
respeito — tendo feito isso para filhos dos homens inteiramente
b
sujeitar a mim todas as coisas — para a glória de meu nome.
3 Retendo todo o a poder, até para 8 Explicar-vos-ei, portanto, este
b
destruir Satanás e suas obras no mistério, porque vos convém conhe-
c
fim do mundo; e no último gran- cê-lo, assim como meus apóstolos.
de dia do juízo, que pronunciarei 9 Falo a vós que fostes escolhi-
sobre seus habitantes, d julgando a dos com referência a este assunto,
cada homem de acordo com suas como se fôsseis um, para que en-
e
obras e as ações que houver pra- treis em meu a descanso.
ticado. 10 Pois eis que o a mistério da
4 E certamente todo homem deve divindade, quão grande é! Pois
19 1 a Apoc. 1:8, 11; 1 Né. 22:26; b Mt. 13:42.
3 Né. 9:18; D&C 88:111–115. c Mt. 25:41–43.
D&C 35:1; 61:1. c GEE Mundo — Fim do 6 a D&C 76:105–106;
GEE Alfa e Ômega. mundo. 138:59.
b GEE Jesus Cristo. d GEE Juízo Final. b D&C 76:33, 44–45.
2 a Jo. 17:4; e GEE Obras. 7 a Hel. 12:25–26;
3 Né. 11:11. 4 a GEE Arrepender-se, D&C 29:44.
b Filip. 3:21. Arrependimento. 9 a GEE Descansar,
3 a GEE Poder. b Lc. 13:3; Hel. 14:19. Descanso.
b Isa. 14:12–17; c Mois. 1:3. 10 a Jacó 4:8;
1 Jo. 3:8; 5 a D&C 56:4; 58:32. D&C 76:114–116.
35 Doutrina e Convênios 19:11–25
eis que eu sou infinito e o castigo por todos os poros; e sofresse, tan-
que é dado pela minha mão é cas- to no corpo como no espírito — e
tigo infinito, pois b Infinito é meu desejasse a não ter de beber a amar-
nome. Portanto — ga taça e recuar —
11 a Castigo eterno é castigo de 19 Todavia, glória seja para o Pai;
Deus. eu bebi e a terminei meus prepara-
12 Castigo infinito é castigo de tivos para os filhos dos homens.
Deus. 20 Assim, ordeno outra vez que
13 Portanto, ordeno que te arre- te arrependas, para que eu não te
pendas e guardes os a mandamen- humilhe com minha onipotência;
tos que recebeste pela mão de Jo- e que a confesses teus pecados para
seph Smith Júnior em meu nome; que não sofras esses castigos dos
14 E é pela minha onipotência quais falei, os quais experimen-
que os recebeste; taste em pequeníssima, sim, em
15 Portanto, ordeno que te arre- ínfima proporção, quando retirei
pendas — arrepende-te, para que meu Espírito.
eu não te fira com a vara de mi- 21 E ordeno-te que nada a pre-
nha boca e com minha ira e com gues a não ser arrependimento; e
minha cólera e teus a sofrimentos b
não mostres estas coisas ao mun-
sejam dolorosos — quão dolorosos do até que me pareça prudente.
tu não sabes, quão intensos tu não 22 Porque agora não podem a to-
sabes, sim, quão difíceis de supor- lerar carne, devem receber b leite;
tar tu não sabes. portanto, não deverão conhecer
16 Pois eis que eu, Deus, a sofri estas coisas, para que não pereçam.
essas coisas por todos, para que 23 Aprende de mim e ouve mi-
b
não precisem sofrer caso se c ar- nhas palavras; a anda na b mansi-
rependam; dão de meu Espírito e terás c paz
17 Mas se não se arrependerem, em mim.
terão que a sofrer assim como eu 24 Eu sou a Jesus Cristo; vim pela
sofri; vontade do Pai, e cumpro a sua
18 Sofrimento que fez com que vontade.
eu, Deus, o mais grandioso de to- 25 E também te ordeno que não
dos, tremesse de dor e sangrasse a
cobices a b mulher de teu próximo;
10 b Mois. 1:3; 7:35. 17 a D&C 29:17. b Heb. 5:11–14;
GEE Infinito. 18 a Lc. 22:42–44. D&C 50:40.
11 a Mt. 25:46. 19 a Jo. 17:4; 19:30. 23 a Morô. 7:3–4.
13 a D&C 5:2; 10:6–7; 17. 20 a Núm. 5:6–7; b GEE Mansidão, Manso,
15 a Al. 36:11–19. Mos. 26:29; Mansuetude.
16 a Al. 11:40–41. D&C 58:43; 64:7. c GEE Paz.
GEE Expiação, Expiar. GEE Confessar, 24 a GEE Jesus Cristo.
b GEE Misericórdia, Confissão. 25 a GEE Cobiçar.
Misericordioso. 21 a D&C 11:9. b Êx. 20:17;
c GEE Remissão de b JS—H 1:42. 1 Cor. 7:2–4.
Pecados. 22 a D&C 78:17–18. GEE Adultério.
Doutrina e Convênios 19:26–39 36
nem procures tirar a vida de teu 32 Eis que este é um grande e o
próximo. último a mandamento que te darei
26 E também te ordeno que não quanto a este assunto; pois isto
te apegues a tua propriedade, mas bastará para tua jornada diária,
oferece-a liberalmente para a im- até o fim de tua vida.
pressão do Livro de Mórmon, que 33 E sofrimento terás se despre-
contém a a verdade e a palavra de zares estes a conselhos, sim, em
Deus — verdade a destruição de ti mesmo
27 Que é minha palavra aos a gen- e de tua propriedade.
tios; para que logo seja levado aos 34 a Dá uma porção de teus bens,
b
judeus, de quem os lamanitas são sim, parte de tuas terras e de tudo,
c
remanescentes, para que creiam exceto o sustento de tua família.
no evangelho e não mais esperem 35 Paga a a dívida b contraída com
que venha um d Messias já vindo. o impressor. Livra-te da c servidão.
28 E também te ordeno que a ores 36 a Deixa tua casa e teu lar, ex-
b
em voz alta, assim como em teu ceto quando desejares ver tua fa-
coração; sim, perante o mundo, mília;
como também em segredo; em 37 E a fala abertamente a todos;
público, assim como em particular. sim, prega, exorta, declara a b ver-
29 E a proclamarás boas novas; dade em alta voz e com tom de
sim, anuncia-as sobre as monta- regozijo, clamando: Hosana, ho-
nhas e todos os lugares elevados sana, bendito seja o nome do Se-
e a todo povo que te seja permi- nhor Deus!
tido ver. 38 a Ora sempre e b derramarei
30 E assim farás com toda hu- meu Espírito sobre ti e grande
mildade, a confiando em mim, não será tua bênção — sim, até maior
ofendendo ofensores. do que se obtivesses tesouros da
31 E de a dogmas não falarás, mas Terra e corruptibilidade na mes-
declararás arrependimento e b fé no ma medida.
Salvador e c remissão de pecados 39 Eis que podes ler isto sem te
d
por batismo e por e fogo, sim, pelo regozijares e encheres de alegria
f
Espírito Santo. o coração?
26 a GEE Verdade. Confiar. 35 a GEE Dívida.
27 a GEE Gentios. 31 a 2 Tim. 2:23–24. b IE pagar a publicação
b GEE Judeus. b GEE Fé. da primeira edição do
c Ômni 1:14–19; c GEE Remissão de Livro de Mórmon.
Mos. 25:2–4; Pecados. c Prov. 22:7.
Hel. 8:21; d GEE Batismo, Batizar. 36 a Mt. 19:29.
3 Né. 2:12–16. e Mt. 3:11. 37 a D&C 58:47; 68:8; 71:7.
d GEE Messias. f GEE Dom do Espírito b D&C 75:4.
28 a 1 Tim. 2:8. Santo. 38 a Lc. 18:1;
GEE Oração. 32 a D&C 58:26–29. 2 Né. 32:9;
b D&C 20:47, 51; 23:6. 33 a GEE Mandamentos D&C 10:5.
29 a GEE Obra Missionária. de Deus. b Prov. 1:23;
30 a GEE Confiança, 34 a At. 4:34–35. At. 2:17.
37 Doutrina e Convênios 19:40–20:4
40 Ou podes tu continuar a andar e conduzires-te sabiamente pe-
como um guia cego? rante mim? Sim, b vem a mim, teu
41 Ou podes ser a humilde e dócil Salvador. Amém.
SEÇÃO 20
Revelação sobre a organização e o governo da Igreja, dada por inter-
médio de Joseph Smith, o Profeta, em Fayette, Nova York, ou perto
dali. Partes desta revelação podem ter sido dadas já no verão de 1829.
A revelação completa, conhecida na época como Regras e Convênios,
foi provavelmente registrada pouco depois de 6 de abril de 1830 (o dia
em que a Igreja foi organizada). O Profeta escreveu: “Recebemos dele
[Jesus Cristo] o seguinte, pelo espírito de profecia e de revelação, o que
não apenas nos forneceu muitas informações, mas também nos indicou
o dia exato em que, segundo a sua vontade e mandamento, deveríamos
iniciar a organizar a sua Igreja mais uma vez aqui na Terra.”
1–16, O Livro de Mórmon prova a tendo a Igreja sido devidamente
divindade da obra dos últimos dias; c
organizada e estabelecida em
17–28, Confirmadas as doutrinas da conformidade com as leis de nos-
criação, queda, expiação e batismo; so país, pela vontade e manda-
29–37, Estabelecidas as leis que go- mentos de Deus, no quarto mês
vernam o arrependimento, a justifica- e no sexto dia do mês que é cha-
ção, a santificação e o batismo; 38–67, mado abril —
Resumidos os deveres dos élderes, sa- 2 Mandamentos esses dados a Jo-
cerdotes, mestres e diáconos; 68–74, seph Smith Júnior que foi a chama-
Revelados os deveres dos membros, a do por Deus e ordenado b apóstolo
bênção de crianças e o modo de batizar; de Jesus Cristo para ser o primeiro
75–84, Dadas as orações sacramentais c
élder desta igreja;
e as regras que governam os membros 3 E a Oliver Cowdery, que foi
da Igreja. também chamado por Deus como
apóstolo de Jesus Cristo para ser
O a surgimento da b Igreja de o segundo élder desta igreja e or-
Cristo nestes últimos dias, sen- denado sob sua mão;
do mil oitocentos e trinta anos 4 E isso de acordo com a graça
depois da vinda de nosso Senhor de nosso Senhor e Salvador Jesus
e Salvador Jesus Cristo na carne, Cristo, a quem toda a glória
41 a GEE Humildade, GEE Igreja, Nome da; 2 a GEE Autoridade;
Humilde, Humilhar. Igreja de Jesus Cristo Chamado, Chamado
b Mt. 11:28–30. dos Santos dos por Deus, Chamar.
20 1 a JS—H 1:2. Últimos Dias, A. b GEE Apóstolo.
b 3 Né. 27:1–8. c D&C 21:3. c GEE Élder (Ancião).
Doutrina e Convênios 20:5–18 38
seja dada, agora e para sempre. nesta época e nesta geração, assim
Amém. como em gerações passadas;
5 Depois de haver sido verda- 12 Mostrando assim que ele é o
deiramente manifestado a este a
mesmo Deus ontem, hoje e para
primeiro élder que ele recebera sempre. Amém.
a remissão de seus pecados, ele 13 Portanto, tendo tão grandes
outra vez se a emaranhou nas vai- testemunhas, por elas será julga-
dades do mundo; do o mundo, tantos quantos daqui
6 Mas depois de arrepender-se em diante tiverem conhecimento
e humilhar-se sinceramente, pela desta obra.
fé, Deus abençoou-o por meio de 14 E os que a receberem com fé e
um santo a anjo cujo b semblante agirem a retamente receberão uma
era como relâmpago e cujas vestes b
coroa de vida eterna;
eram mais puras e brancas do que 15 Mas para aqueles que endu-
qualquer outra brancura; recerem o coração em a increduli-
7 E deu-lhe mandamentos que o dade e a rejeitarem, isso se tornará
inspiraram; em sua própria condenação —
8 E deu-lhe poder do alto, pe- 16 Porque o Senhor Deus o disse;
los a meios que haviam antes sido e nós, os élderes da igreja, ouvi-
preparados, para traduzir o Livro mos e testemunhamos as palavras
de Mórmon; da gloriosa Majestade nas alturas,
9 Que contém um registro de a quem seja glória para todo o
um povo decaído e a a plenitude sempre. Amém.
do b evangelho de Jesus Cristo aos 17 Por estas coisas a sabemos que
gentios e também aos judeus; há um b Deus no céu, que é infinito
10 O qual foi dado por inspira- e eterno, de eternidade a eterni-
ção e é confirmado a a outros pelo dade, o mesmo Deus imutável, o
ministério de anjos, sendo por eles criador do céu e da Terra e de tudo
b
proclamado ao mundo — o que neles há;
11 Provando ao mundo que as 18 E que ele a criou o homem,
santas escrituras são a verdadeiras homem e mulher, a sua própria
e que Deus b inspira os homens e b
imagem e conforme a sua seme-
chama-os para sua c santa obra, lhança os criou;
5 a JS—H 1:28–29. Testemunhas” nas 14 a GEE Retidão.
6 a JS—H 1:30–35. páginas introdutórias b GEE Exaltação;
GEE Anjos. do Livro de Mórmon. Vida eterna.
b Mt. 28:2–3. 11 a GEE Escrituras — Valor 15 a GEE Incredulidade.
8 a GEE Urim e Tumim. das escrituras. 17 a D&C 76:22–23.
9 a JS—H 1:34. b GEE Inspiração, b Jos. 2:11.
b GEE Evangelho. Inspirar. GEE Trindade.
10 a Morô. 7:29–32; c GEE Santo (adjetivo). 18 a GEE Criação, Criar.
D&C 5:11. 12 a Heb. 13:8; b Gên. 1:26–27;
b Ver “Depoimento de 1 Né. 10:18–19; Mos. 7:27;
Três Testemunhas” e Mórm. 9:9–10; Ét. 3:14–17.
“Depoimento de Oito D&C 35:1; 38:1–4.
39 Doutrina e Convênios 20:19–31
19 E deu-lhes mandamentos de creram nas palavras dos b santos
que deveriam a amá-lo e b servi-lo, profetas, os quais falaram segun-
o único Deus vivo e verdadeiro; do foram inspirados pelo c dom do
e que ele seria o único ser a quem Espírito Santo, que verdadeira-
deveriam c adorar. mente d testemunharam a respeito
20 Mas, pela transgressão dessas dele em todas as coisas, tivessem
santas leis, o homem tornou-se vida eterna,
a
sensual e b diabólico e um c ho- 27 Como também os que viriam
mem decaído. depois e creriam nos a dons e cha-
21 Portanto, o Deus Todo-Po- mados de Deus pelo Espírito San-
deroso deu seu a Filho Unigênito, to, que b presta testemunho do Pai
como está escrito nessas escrituras e do Filho;
que por ele foram dadas. 28 E o Pai, o Filho e o Espírito
22 Sofreu a tentações, mas não Santo são a um Deus, infinito e
lhes deu atenção. eterno, sem fim. Amém.
23 Foi a crucificado, morreu e 29 E sabemos que todos os ho-
b
ressuscitou no terceiro dia; mens precisam a arrepender-se e
24 E a subiu ao céu, para assentar- crer no nome de Jesus Cristo e
se à direita do b Pai a fim de reinar adorar ao Pai em seu nome e per-
em onipotência, de acordo com a severar com b fé em seu nome até
vontade do Pai; o fim; do contrário não podem ser
25 Para que todos os que a cres- c
salvos no reino de Deus.
sem e fossem batizados em seu 30 E sabemos que a a justifica-
santo nome e b perseverassem com ção pela b graça de nosso Senhor
fé, até o fim, fossem salvos — e Salvador Jesus Cristo é justa e
26 Não somente os que creram verdadeira;
após sua vinda na carne, no a meri- 31 E sabemos também que a
diano dos tempos, mas todos, des- a
santificação pela graça de nosso
de o princípio, sim, todos os que Senhor e Salvador Jesus Cristo é
existiram antes de sua vinda, que justa e verdadeira, para todos os
19 a Deut. 11:1; b GEE Pai Celestial; b D&C 42:17.
Mt. 22:37; Trindade — Deus, 28 a Jo. 17:20–22;
Morô. 10:32; o Pai. 3 Né. 11:27, 36.
D&C 59:5–6. 25 a D&C 35:2; 38:4; 45:5, 8; GEE Trindade.
b Deut. 6:13–15. 68:9; 76:51–53. 29 a GEE Arrepender-se,
GEE Serviço. b GEE Perseverar. Arrependimento.
c GEE Adorar. 26 a D&C 39:1–3. b GEE Fé.
20 a GEE Sensual, b Jacó 4:4; 7:11; c GEE Plano de
Sensualidade. Mos. 13:33. Redenção;
b GEE Diabo. c Mois. 5:58. Salvação.
c GEE Homem Natural. GEE Espírito Santo. 30 a GEE Justificação,
21 a GEE Unigênito. d GEE Jesus Cristo — Justificar.
22 a Mt. 4:1–11; 27:40. Profecias acerca do b GEE Graça.
23 a GEE Crucificação. nascimento e da morte 31 a GEE Santificação.
b GEE Ressurreição. de Jesus Cristo.
24 a GEE Ascensão. 27 a D&C 18:32.
Doutrina e Convênios 20:32– 45 40
que amam e servem a Deus com seus pecados e estão dispostos a
todo o seu b poder, mente e força. tomar sobre si o c nome de Jesus
32 Mas existe também a possibi- Cristo, tendo o d firme propósito
lidade de que um homem a caia da de servi-lo até o fim; e realmente
graça e aparte-se do Deus vivo; manifestarem por suas e obras que
33 Portanto, que a igreja esteja receberam o Espírito de Cristo
atenta e ore sempre para não cair para a f remissão de seus pecados,
em a tentação; serão recebidos pelo batismo na
34 Sim, até os santificados este- sua igreja.
jam também atentos. 38 O dever dos élderes, sacerdotes,
35 E sabemos que estas coisas mestres, diáconos e membros da igreja
são verdadeiras e estão de acor- de Cristo: Um a apóstolo é um élder
do com as revelações de João, não e b batizar é seu chamado;
a
aumentando nem diminuindo as 39 E a ordenar outros élderes, sa-
profecias de seu livro, as santas cerdotes, mestres e diáconos;
b
escrituras ou as revelações de 40 E a administrar o pão e o vi-
Deus que serão dadas daqui em nho — os emblemas da carne e
diante pelo dom e poder do Espí- sangue de Cristo —
rito Santo, pela c voz de Deus ou 41 E a confirmar os que são ba-
pelo ministério de anjos. tizados na igreja, pela imposição
36 E o Senhor Deus disse-o; e de b mãos para o batismo de fogo e
honra, poder e glória sejam dados do c Espírito Santo, de acordo com
a seu santo nome, agora e para as escrituras;
sempre. Amém. 42 E ensinar, explicar, exortar,
37 E também, por meio de manda- batizar e zelar pela igreja;
mento à igreja com respeito ao modo 43 E confirmar a igreja, impon-
de batizar: Todos aqueles que se do as mãos e conferindo o Espí-
humilharem perante Deus e dese- rito Santo;
jarem ser a batizados e se apresen- 44 E dirigir todas as reuniões.
tarem com o b coração quebrantado 45 Os élderes devem a dirigir as
e o espírito contrito; e testifica- reuniões conforme guiados pelo Es-
rem à igreja que verdadeiramen- pírito Santo, de acordo com os man-
te se arrependeram de todos os damentos e revelações de Deus.
31 b Deut. 6:5; c Mos. 5:7–9; 18:8–10. 39 a Morô. 3;
Morô. 10:32. GEE Jesus Cristo — D&C 107:58.
32 a GEE Apostasia; Tomar sobre nós o 40 a GEE Sacramento.
Rebeldia, Rebelião. nome de Jesus Cristo. 41 a D&C 33:11, 14–15; 55:3.
33 a GEE Tentação, Tentar. d GEE Perseverar. b GEE Mãos, Imposição
35 a Apoc. 22:18–19. e Tg. 2:18. de.
b GEE Escrituras. GEE Obras. c GEE Dom do Espírito
c D&C 18:33–36. f GEE Remissão de Santo.
37 a GEE Batismo, Batizar. Pecados. 45 a Morô. 6:9;
b GEE Coração 38 a GEE Apóstolo. D&C 46:2.
Quebrantado. b 3 Né. 11:21–22.
41 Doutrina e Convênios 20:46–64
46 O dever do a sacerdote é pre- 56 E ele deve dirigir as reuniões,
gar, b ensinar, explicar, exortar, ba- na ausência do élder ou sacerdo-
tizar e administrar o sacramento. te —
47 E visitar a casa de todos os 57 E deve ser auxiliado sempre,
membros, exortando-os a a ora- em todos os seus deveres na igre-
rem b em voz alta e em segredo e ja, pelos a diáconos, se a ocasião
a cumprirem todas as obrigações o exigir.
c
familiares. 58 Mas nem os mestres nem os
48 E ele pode também a ordenar diáconos têm autoridade para ba-
outros sacerdotes, mestres e diá- tizar, administrar o sacramento ou
conos. impor as mãos;
49 E deve dirigir as reuniões 59 Devem, contudo, admoestar,
quando não houver um élder pre- explicar, exortar e ensinar e convi-
sente; dar todos a virem a Cristo.
50 Mas quando houver um élder 60 Todo a élder, sacerdote, mestre
presente, deve somente pregar, ou diácono deve ser ordenado de
ensinar, explicar, exortar e batizar. acordo com os dons e b chamados
51 E visitar a casa de todos os que de Deus receber; e deve ser
membros, exortando-os a orarem ordenado pelo poder do Espíri-
em voz alta e em segredo e a cum- to Santo, que está naquele que o
prirem todas as obrigações fami- ordena.
liares. 61 Os diversos élderes que com-
52 Em todos esses deveres o sa- põem esta igreja de Cristo devem
cerdote deve a assistir o élder, se a reunir-se em conferência de três
ocasião o exigir. em três meses ou de tempos em
53 O dever do a mestre é b zelar tempos, conforme determinado
sempre pela igreja, estar com os ou designado nessas conferências;
membros e fortalecê-los; 62 E essas conferências devem
54 E certificar-se que não haja ini- tratar qualquer assunto da igreja
quidade na igreja nem a aspereza que necessite ser tratado na oca-
entre uns e outros nem mentiras, sião.
maledicências ou b calúnias; 63 Os élderes devem receber suas
55 E certificar-se que a igreja se licenças de outros élderes, pelo
reúna amiúde e também certificar- a
voto da igreja a que pertencem
se que todos os membros cum- ou das conferências.
pram seus deveres. 64 Todo sacerdote, mestre ou
46 a D&C 84:111; 107:61. Ordenar. 57 a GEE Diácono.
GEE Sacerdote, 52 a D&C 107:14. 60 a GEE Élder (Ancião).
Sacerdócio Aarônico. 53 a GEE Mestre, Sacerdócio b GEE Chamado,
b GEE Ensinar, Mestre. Aarônico. Chamado por Deus,
47 a 1 Tim. 2:8. b GEE Atalaia, Sentinela, Chamar.
b D&C 19:28. Vigiar. 63 a GEE Comum Acordo.
c GEE Família. 54 a 1 Tess. 5:11–13.
48 a GEE Ordenação, b GEE Maledicência.
Doutrina e Convênios 20:65–73 42
diácono que é ordenado por um o sacramento e serem confirma-
c
sacerdote pode receber dele, no dos pela imposição das d mãos dos
momento, um a certificado que, élderes, a fim de que todas as coi-
quando apresentado a um élder, sas sejam feitas em ordem.
lhe dará direito a uma licença, a 69 E os membros manifestarão
qual o autorizará a cumprir os perante a igreja e também peran-
deveres de seu chamado; ou ele te os élderes, por conduta e lin-
pode receber essa licença da con- guagem piedosas, que são dignos
ferência. dela, a fim de que haja a obras e fé
65 Nenhuma pessoa deve ser a or- segundo as santas escrituras —
denada para qualquer ofício nesta andando em b santidade perante
igreja, onde houver um ramo devi- o Senhor.
damente organizado, sem o b voto 70 Todo membro da igreja de
daquela igreja; Cristo que tiver filhos deverá tra-
66 Mas os élderes presidentes, os zê-los aos élderes diante da igre-
bispos viajantes, os sumos conse- ja, os quais lhes devem impor as
lheiros, os sumos sacerdotes e os mãos em nome de Jesus Cristo,
élderes têm o privilégio de fazer a
abençoando-os em nome dele.
ordenações onde não houver ramo 71 Ninguém pode ser recebido
da igreja em que se possa convocar na igreja de Cristo a não ser que
uma votação. tenha alcançado a idade da a res-
67 Todo presidente do sumo sa- ponsabilidade perante Deus e seja
cerdócio (ou élder presidente), capaz de b arrepender-se.
a
bispo, sumo conselheiro e b sumo 72 O a batismo deve ser adminis-
sacerdote deve ser ordenado sob trado da seguinte maneira, a todos
a direção de um c sumo conselho os que se arrependem:
ou conferência geral. 73 A pessoa que foi chamada
68 O a dever dos membros depois de por Deus e tem autoridade de
terem sido recebidos pelo batismo: Os Jesus Cristo para batizar des-
élderes ou os sacerdotes devem cerá à água com aquele que se
ter tempo suficiente para expli- apresentou para o batismo e
car todas as coisas concernentes à dirá, chamando-o pelo nome:
igreja de Cristo, para que eles as Tendo sido comissionado por
b
compreendam antes de tomarem Jesus Cristo, eu te batizo em
64 a D&C 20:84; 52:41. Entendimento. 68:25–27.
65 a GEE Ordenação, c GEE Sacramento. GEE Batismo, Batizar —
Ordenar. d GEE Mãos, Imposição Requisitos do batismo;
b D&C 26:2. de. Prestar Contas,
GEE Comum Acordo. 69 a Tg. 2:14–17. Responsabilidade,
67 a GEE Bispo. b GEE Santidade. Responsável.
b GEE Sumo Sacerdote. 70 a GEE Abençoado, b GEE Arrepender-se,
c GEE Sumo Conselho. Abençoar, Bênção — Arrependimento.
68 a GEE Dever. Bênção de crianças. 72 a 3 Né. 11:22–28.
b GEE Compreensão, 71 a D&C 18:42; 29:47;
43 Doutrina e Convênios 20:74–84
nome do Pai e do Filho e do Es- eles foi derramado, e testifiquem a
pírito Santo. Amém. ti, ó Deus, Pai Eterno, que sempre
74 Então a imergirá a pessoa na se lembram dele, para que possam
água e depois sairão da água. ter consigo o seu Espírito. Amém.
75 É conveniente que a igreja se 80 Qualquer membro da igreja
reúna amiúde para a partilhar do de Cristo que transgredir ou for
pão e do vinho, em b lembrança do surpreendido em alguma ofen-
Senhor Jesus; sa será tratado como indicam as
76 E o élder ou o sacerdote ad- escrituras.
ministrá-los-á; e desta a maneira 81 Será dever das diversas igrejas
deverá administrá-los: Ajoelhar- que compõem a igreja de Cristo
se-á com a igreja e invocará o Pai mandar um ou mais de seus mes-
em solene oração, dizendo: tres para assistirem às diversas
77 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro- conferências realizadas pelos él-
gamos em nome de teu Filho, Jesus deres da igreja,
Cristo, que abençoes e santifiques 82 Com uma lista dos a nomes
este a pão para as almas de todos dos diversos membros que se ti-
os que partilharem dele, para que verem afiliado à igreja desde a úl-
o comam em lembrança do corpo tima conferência; ou enviá-la pela
de teu Filho e b testifiquem a ti, ó mão de algum sacerdote, para que
Deus, Pai Eterno, que desejam c to- uma lista regular de todos os no-
mar sobre si o nome de teu Filho mes de toda a igreja seja conserva-
e recordá-lo sempre e d guardar os da num livro por um dos élderes,
mandamentos que ele lhes deu, o qual será designado pelos outros
para que possam ter sempre con- élderes de tempos em tempos;
sigo o seu e Espírito. Amém. 83 E também para que, se alguém
78 A a maneira de administrar o tiver sido a expulso da igreja, seu
vinho: Ele também tomará o b cá- nome seja riscado do registro ge-
lice e dirá: ral de nomes.
79 Ó Deus, Pai Eterno, nós te 84 Todos os membros que se mu-
rogamos em nome de teu Filho, dam da igreja onde residem e vão
Jesus Cristo, que abençoes e san- para uma igreja onde não são co-
tifiques este a vinho para as almas nhecidos podem levar uma carta
de todos os que beberem dele, atestando que são membros regu-
para que o façam em lembrança lares e dignos, atestado esse que
do sangue de teu Filho, que por poderá ser assinado por qualquer
74 a GEE Batismo, Batizar — D&C 20:37. b Lc. 22:20.
Batismo por imersão. c Mos. 5:8–12. 79 a D&C 27:2–4.
75 a At. 20:7. d GEE Obedecer, 82 a Morô. 6:4.
b GEE Sacramento. Obediência, 83 a Êx. 32:33;
76 a Morô. 4. Obediente. Al. 5:57;
77 a Lc. 22:19. e Jo. 14:16. Morô. 6:7.
b Mos. 18:8–10; 78 a Morô. 5. GEE Excomunhão.
Doutrina e Convênios 21:1–6 44
élder ou sacerdote, caso a pessoa pode ainda ser assinada pelos
que vá receber a carta conheça mestres ou diáconos da igreja.
pessoalmente o élder ou sacerdote;
SEÇÃO 21
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Fayette, Nova York, em
6 de abril de 1830. Esta revelação foi dada quando da organização da
Igreja, na data mencionada, na residência de Peter Whitmer Sênior.
Participaram seis homens que haviam sido anteriormente batizados.
Por voto unânime, essas pessoas expressaram seu desejo e determi-
nação de organizarem-se de acordo com o mandamento de Deus. (Ver
seção 20.) Eles votaram também a favor de aceitar e apoiar Joseph
Smith Júnior e Oliver Cowdery como oficiais presidentes da Igreja.
Pela imposição de mãos, Joseph então ordenou Oliver élder da Igreja;
e Oliver ordenou Joseph da mesma forma. Após a administração do
sacramento, Joseph e Oliver impuseram as mãos sobre os participan-
tes, individualmente, para conferir-lhes o Espírito Santo e confirmar
cada um como membro da Igreja.
1–3, Joseph Smith é chamado para ser 3 a Igreja essa b organizada e esta-
vidente, tradutor, profeta, apóstolo e belecida no ano de mil oitocentos e
élder; 4–8, Sua palavra guiará a causa trinta de vosso Senhor, no quarto
de Sião; 9–12, Os santos acreditarão mês e no sexto dia do mês que é
nas palavras dele, quando falar por chamado abril.
meio do Consolador. 4 Portanto, vós, ou seja, a igreja,
dareis ouvidos a todas as a pala-
Eis que um a registro será escrito vras e mandamentos que ele vos
entre vós; e nele serás chamado transmitir à medida que ele os
b
vidente, tradutor, profeta, c após- receber, andando em toda b santi-
tolo de Jesus Cristo, élder da igreja dade diante de mim;
pela vontade de Deus, o Pai, e pela 5 Pois suas a palavras recebereis
graça de vosso Senhor Jesus Cristo, como de minha própria boca, com
2 Sendo a inspirado pelo Espírito toda paciência e fé.
Santo a lançar o alicerce dela e edi- 6 Porque, assim fazendo, as a por-
ficá-la para a santíssima fé. tas do inferno não prevalecerão
21 1 a D&C 47:1; 69:3–8; 3 a GEE Igreja de Jesus 5 a D&C 1:38.
85:1. Cristo dos Santos dos GEE Apoio aos
b GEE Vidente. Últimos Dias, A. Líderes da Igreja;
c GEE Apóstolo. b D&C 20:1. Profeta.
2 a GEE Inspiração, 4 a GEE Escrituras. 6 a Mt. 16:18;
Inspirar. b GEE Santidade. D&C 10:69.
45 Doutrina e Convênios 21:7–22:2
contra vós; sim, e o Senhor Deus que lhe são dadas por meu inter-
afastará de vós os poderes das médio, pelo c Consolador, o qual
b
trevas e fará c tremerem os céus d
manifesta que Jesus foi e crucifica-
para o vosso bem e para a d glória do por homens f pecadores, pelos
de seu nome. pecados do g mundo, sim, para a
7 Pois assim diz o Senhor Deus: remissão de pecados do h coração
Inspirei-o a promover a causa de contrito.
a
Sião com grande poder voltado 10 Portanto, é-me conveniente
para o bem; e conheço sua dili- que ele seja a ordenado por ti, Oli-
gência e ouvi suas orações. ver Cowdery, meu apóstolo;
8 Sim, vi seu pranto por Sião e fa- 11 Sendo esta uma ordenança
rei com que já não se lamente por para ti, que és um élder sob a mão
ela; pois chegados são os dias de dele, sendo ele o a primeiro para ti,
seu regozijo pela a remissão de seus para que sejas um élder desta igre-
pecados e pelas manifestações de ja de Cristo, que leva meu nome —
minhas bênçãos sobre suas obras. 12 E o primeiro pregador desta
9 Pois eis que a abençoarei todos igreja, para a igreja e perante o
os que trabalharem em minha b vi- mundo, sim, e perante os gentios;
nha com uma grandiosa bênção e sim, isto diz o Senhor Deus, tam-
eles acreditarão nas palavras dele, bém aos a judeus. Amém.
SEÇÃO 22
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Man-
chester, Nova York, em 16 de abril de 1830. Esta revelação foi dada à
Igreja por causa de alguns que já haviam sido batizados e desejavam
unir-se à Igreja sem novo batismo.
1, O batismo é um novo e eterno con- convênios antigos fiz eu com que
a
SEÇÃO 23
Uma série de cinco revelações dadas por intermédio de Joseph Smith,
o Profeta, em Manchester, Nova York, em abril de 1830, a Oliver
Cowdery, Hyrum Smith, Samuel H. Smith, Joseph Smith Sênior e
Joseph Knight Sênior. Como resultado do desejo sincero, das cinco
pessoas mencionadas, de saber quais os seus respectivos deveres, o
Profeta consultou o Senhor e recebeu uma revelação para cada pessoa.
1–7, Estes primeiros discípulos são para exortar e a fortalecer a igre-
chamados para pregar, exortar e for- ja continuamente. Portanto, teu
talecer a Igreja. dever será para com a igreja eter-
namente; e isto por causa de tua
Eis que te digo algumas palavras, família. Amém.
Oliver. Eis que abençoado és e 4 Eis que te digo algumas pala-
não estás sob condenação algu- vras, a Samuel; pois também não
ma. Acautela-te, porém, contra o estás sob condenação alguma e
a
orgulho, para que não caias em teu chamado é para exortar e for-
b
tentação. talecer a igreja; e ainda não foste
2 Dá a conhecer teu chamado à chamado para pregar ao mundo.
igreja e também ao mundo; e teu Amém.
coração será aberto para pregar a 5 Eis que te digo algumas pala-
verdade de agora em diante e para vras, Joseph; pois também não es-
sempre. Amém. tás sob condenação alguma e teu
3 Eis que te digo algumas pala- chamado também é para exortar e
vras, Hyrum; pois também não fortalecer a igreja; e esse será o teu
estás sob condenação alguma e dever de agora em diante e para
teu coração está aberto e tua lín- sempre. Amém.
gua desatada; e teu chamado é 6 Eis que te declaro, Joseph
2 a Gál. 2:16. 2 Né. 9:41; 31:9, 17–18; 23 1 a GEE Orgulho.
GEE Lei de Moisés. 3 Né. 14:13–14. b GEE Tentação, Tentar.
b Morô. 8:23–26. GEE Batismo, Batizar. 3 a D&C 81:4–5; 108:7.
4 a Mt. 7:13–14; Lc. 13:24; b Jacó 4:10. 4 a JS—H 1:4.
47 Doutrina e Convênios 23:7–24:7
Knight, por estas palavras, que de- 7 E eis que é teu dever a unir-te
ves tomar tua a cruz e, ao tomá-la, à igreja verdadeira e fazer com
deves b orar c vocalmente perante o que tuas palavras sejam continua-
mundo, assim como em segredo e mente de exortação, para que re-
no seio de tua família e entre teus cebas a recompensa do trabalha-
amigos e em todos os locais. dor. Amém.
SEÇÃO 24
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery, em
Harmony, Pensilvânia, em julho de 1830. Embora menos de quatro
meses houvessem decorrido desde a organização da Igreja, a perse-
guição tornara-se intensa e os líderes tiveram que buscar segurança,
escondendo-se parte do tempo. As três revelações seguintes foram
dadas nesta ocasião a fim de fortalecê-los, encorajá-los e instruí-los.
1–9, Joseph Smith é chamado para tra- os teres protegido, vai depressa
duzir, pregar e explicar as escrituras; à igreja que está em b Colesville,
10–12, Oliver Cowdery é chamado Fayette e Manchester e eles c sus-
para pregar o evangelho; 13–19, Re- tentar-te-ão; e abençoá-los-ei tanto
velada a lei relativa a milagres, maldi- espiritual como materialmente;
ções, sacudir o pó dos pés e não levar 4 Mas, caso não te recebam, en-
bolsa nem alforje. viarei sobre eles maldição em vez
de bênção.
Eis que foste chamado e escolhido 5 E continuarás a invocar a Deus
para escrever o Livro de Mórmon em meu nome e a escrever as coi-
e para meu ministério; e livrei-te sas que te serão dadas pelo a Con-
de tuas aflições e aconselhei-te, solador e a explicar todas as escri-
pelo que tens sido livrado de to- turas à igreja.
dos os teus inimigos e dos poderes 6 E no momento preciso ser-te-á
de Satanás e das trevas! dado o que hás de a dizer e escre-
2 Contudo, não tens desculpa ver; e eles deverão ouvir; caso con-
para tuas a transgressões; portanto, trário, enviar-lhes-ei maldição em
vai e não peques mais. vez de bênção.
3 a Magnifica teu ofício; e após 7 Pois tu a servirás exclusivamen-
haveres semeado teus campos e te a Sião; e nisto terás força.
6 a Mt. 10:38; 24 2 a D&C 1:31–32. Mt. 10:19–20;
3 Né. 12:30. 3 a Jacó 1:19; 2:2. Lc. 12:11–12;
b GEE Oração. b D&C 26:1; 37:2. Hel. 5:18–19;
c D&C 20:47, 51. c D&C 70:12. D&C 84:85; 100:5–8;
7 a GEE Batismo, Batizar — 5 a GEE Consolador. Mois. 6:32.
Essencial. 6 a Êx. 4:12; 7 a GEE Serviço.
Doutrina e Convênios 24:8–19 48
8 Sê paciente nas aflições, pois
a b
não ser que vos sejam pedidas por
terás muitas; c suporta-as, contu- aqueles que as desejarem, a fim
do, pois eis que estou contigo até de que se cumpram as escrituras;
o d fim dos teus dias. pois agireis de acordo com o que
9 E nas obras terrenas não terás está escrito.
força, porque teu chamado não é 15 E onde quer que a entrardes e
esse. Dedica-te a teu a chamado e não vos receberem em meu nome,
terás com o que magnificar teu deixareis maldição em vez de
ofício e explicar todas as escritu- bênção, sacudindo o b pó de vos-
ras e continuar impondo as mãos sos pés, em testemunho contra
e confirmando as igrejas. eles e limpando os pés pelo ca-
10 E teu irmão Oliver continua- minho.
rá levando meu nome diante do 16 E acontecerá que a quem vos
mundo e da igreja. E não deverá deitar as mãos com violência, or-
supor que possa falar em dema- denareis que seja afligido em meu
sia sobre a minha causa; e eis que nome; e eis que, de acordo com
estou com ele até o fim. vossas palavras, eu o ferirei em
11 Em mim terá glória e não em meu próprio e devido tempo.
si mesmo, seja em fraqueza ou em 17 E quem contra ti comparecer
força, em cativeiro ou liberdade. perante a lei, pela lei será amal-
12 E em todos os tempos e em to- diçoado.
dos os locais abrirá a boca e a anun- 18 E não levarás a bolsa nem al-
ciará meu evangelho como com a forje nem bordões nem duas tú-
voz de uma b trombeta, tanto de nicas, porque a igreja te dará, no
dia como à noite. E dar-lhe-ei uma momento exato, a comida e o ves-
força que não é conhecida entre tuário e os sapatos e o dinheiro e o
os homens. alforje de que necessitares.
13 Não soliciteis a milagres a não 19 Pois tu és chamado para a po-
ser que eu vos b ordene, exceto dar vigorosamente a minha vi-
para c expulsar d demônios, e curar nha, sim, pela última vez; sim,
os enfermos e contra f serpentes e também todos aqueles a quem
venenosas e contra venenos mor- b
ordenaste; e eles seguirão estas
tíferos; normas. Amém.
14 E a estas coisas não fareis, a
8 a GEE Paciência. c Mc. 16:17. Lc. 10:11;
b GEE Adversidade. d GEE Espírito — D&C 60:15;
c GEE Perseverar. Espíritos maus. 75:19–22; 99:4–5.
d Mt. 28:20. e GEE Curar, Curas. 18 a Mt. 10:9–10;
9 a GEE Mordomia, f At. 28:3–9; Lc. 10:4;
Mordomo. D&C 84:71–72; D&C 84:78–79.
12 a GEE Pregar. 124:98–99. 19 a Jacó 5:61–74;
b D&C 34:6. 14 a GEE Bênção dos D&C 39:17; 71:4.
13 a GEE Milagre; Doentes. b GEE Ordenação,
Sinal. 15 a Mt. 10:11–15. Ordenar.
b 1 Né. 17:50. b Mc. 6:11;
49 Doutrina e Convênios 25:1–9
SEÇÃO 25
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Har-
mony, Pensilvânia, em julho de 1830 (ver o cabeçalho da seção 24).
Esta revelação manifesta a vontade do Senhor a Emma Smith, mu-
lher do Profeta.
1–6, Emma Smith, uma mulher elei- considero sábio para um tempo
ta, é chamada para ajudar e consolar o futuro.
marido; 7–11, Ela também é chamada 5 O dever de teu chamado será
para escrever, explicar as escrituras e a
confortar meu servo Joseph Smith
selecionar hinos; 12–14, O canto dos Júnior, teu marido, em suas afli-
justos é uma prece ao Senhor; 15–16, ções, com palavras consoladoras,
Os princípios de obediência contidos com espírito de mansidão.
nesta revelação aplicam-se a todos. 6 E quando ele viajar, irás com
ele; e servir-lhe-ás de escreven-
Escuta a voz do Senhor teu Deus, te enquanto não houver quem o
enquanto me dirijo a ti, Emma faça, para que eu possa enviar o
Smith, minha filha; pois em ver- meu servo Oliver Cowdery aonde
dade eu te digo: Todos os que a re- eu desejar.
cebem meu evangelho são filhos e 7 E serás a ordenada sob suas
filhas em meu b reino. mãos para explicar as escrituras
2 Dou-te uma revelação com res- e exortar a igreja, conforme te for
peito à minha vontade; e se fores revelado pelo meu Espírito.
fiel e a andares nos caminhos da 8 Pois ele imporá as a mãos sobre
b
virtude perante mim, preservar- ti e receberás o Espírito Santo e teu
te-ei a vida, e receberás uma c he- tempo será dedicado a escrever e
rança em Sião. a aprender muito.
3 Eis que teus a pecados te são 9 E não precisas temer, porque
perdoados e és uma mulher eleita, teu marido te apoiará na igreja;
a quem b chamei. pois seu a chamado é para benefí-
4 Não murmures por causa das cio deles, a fim de que lhes sejam
coisas que não viste, porque fo- b
reveladas todas as coisas que eu
ram ocultas a ti e ao mundo, o que desejar, de acordo com sua fé.
25 1 a Jo. 1:12. 101:18. 8 a GEE Mãos, Imposição
GEE Filhos e Filhas de GEE Sião. de.
Deus. 3 a Mt. 9:2. 9 a GEE Chamado,
b GEE Reino de Deus ou b GEE Chamado, Chamado por Deus,
Reino dos Céus. Chamado por Deus, Chamar;
2 a GEE Andar, Andar Chamar. Profeta.
com Deus. 5 a GEE Compaixão. b GEE Profecia,
b GEE Virtude. 7 a OU designado. Profetizar;
c D&C 52:42; 64:30; GEE Designação. Revelação.
Doutrina e Convênios 25:10–26:2 50
10 E em verdade eu te digo que alegra-te e apega-te aos convê-
deverás deixar as a coisas deste nios que fizeste.
b
mundo e c buscar as coisas de um 14 Continua em espírito de
melhor. a
mansidão, acautelando-te con-
11 E também te será concedido tra o b orgulho. Que tua alma se
fazer uma seleção de a hinos sacros deleite em teu marido e na glória
para serem usados em minha igre- que sobre ele virá.
ja conforme te for dado, o que me 15 Guarda meus mandamentos
é agradável. continuamente e receberás uma
12 Porque minha alma se delei- a
coroa de b retidão. E, a não ser que
ta com o a canto do b coração; sim, faças isso, onde estou não c pode-
o canto dos justos é uma prece a rás vir.
mim e será respondido com uma 16 E em verdade, em verdade eu
bênção sobre sua cabeça. te digo que esta é a minha a voz
13 Portanto, rejubila-te e para todos. Amém.
SEÇÃO 26
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cowdery e a John
Whitmer, em Harmony, Pensilvânia, em julho de 1830 (ver cabeça-
lho da seção 24).
1, Eles são instruídos a estudar as es- terra, como é requerido, até depois
crituras e a pregar; 2, Confirmada a de irdes ao oeste a fim de realizar
lei do comum acordo. a próxima conferência; então vos
será dado saber o que fareis.
Eis que vos digo que devereis de- 2 E todas as coisas serão feitas
dicar vosso tempo ao a estudo das de a comum acordo na igreja, por
escrituras e à pregação e à confir- meio de muita oração e fé, pois
mação da igreja em b Colesville; e todas as coisas recebereis pela fé.
à realização de vossos labores na Amém.
10 a GEE Cobiçar; 14 a GEE Mansidão, Manso, 26 1 a GEE Escrituras —
Riquezas. Mansuetude. Valor das escrituras.
b GEE Mundanismo. b GEE Orgulho. b D&C 24:3; 37:2.
c Ét. 12:4. 15 a GEE Coroa; 2 a 1 Sam. 8:7;
11 a GEE Hino. Exaltação. Mos. 29:26.
12 a 1 Crôn. 16:9. b GEE Retidão. GEE Comum Acordo.
GEE Cantar. c Jo. 7:34.
b GEE Coração. 16 a D&C 1:38.
51 Doutrina e Convênios 27:1–8
SEÇÃO 27
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvâ-
nia, em agosto de 1830. Em preparação para um serviço religioso em
que o sacramento do pão e do vinho seria administrado, Joseph saiu à
procura de vinho. Encontrou um mensageiro celestial e recebeu esta
revelação, parte da qual foi escrita na ocasião; o restante foi escrito
no mês de setembro seguinte. Agora se usa água em vez de vinho nos
serviços sacramentais da Igreja.
1–4, Indicados os emblemas a serem 5 Eis que nisto há sabedoria; por-
usados na distribuição do sacramento; tanto, não vos maravilheis, porque
5–14, Cristo e Seus servos de todas as virá a hora em que, na Terra, a be-
dispensações participarão do sacra- berei do fruto da vide convosco e
mento; 15–18, Revesti-vos de toda a com b Morôni, a quem enviei para
armadura de Deus. vos revelar o Livro de Mórmon,
que contém a plenitude do meu
Ouvi a voz de Jesus Cristo, vos- evangelho eterno, e a quem con-
so Senhor, vosso Deus e vosso fiei as chaves do registro da c vara
Redentor, cuja palavra é a viva e de Efraim;
poderosa. 6 E também com a Elias, a quem
2 Pois eis que vos digo que não confiei as chaves para restaurar
importa o que se come ou o que se todas as coisas mencionadas pela
bebe ao participar do a sacramen- boca de todos os santos profetas,
to, se o fizerdes com os olhos fitos desde o princípio do mundo, con-
na minha b glória — lembrando cernentes aos últimos dias;
perante o Pai o meu corpo, que 7 E também João, o filho de Zaca-
foi sacrificado por vós, e o meu rias, Zacarias esse que ele a (Elias)
c
sangue, que foi derramado para visitou, dando-lhe a promessa de
a d remissão de vossos pecados. um filho que se chamaria b João
3 Portanto, um mandamento vos e que seria cheio do espírito de
dou, que não compreis vinho nem Elias;
bebida forte de vossos inimigos; 8 E esse João enviei a vós, meus
4 Portanto, nenhum tomareis, a servos Joseph Smith Júnior e Oli-
não ser que seja novo, feito por ver Cowdery, para ordenar-vos
vós, sim, neste reino de meu Pai ao primeiro a sacerdócio que re-
que será edificado na Terra. cebestes, a fim de que fôsseis
27 1 a Hel. 3:29; 5 a Mt. 26:29; 6 a GEE Elias.
D&C 6:2. Mc. 14:25; 7 a Lc. 1:17–19.
2 a GEE Sacramento. Lc. 22:18. b Lc. 1:13;
b GEE Glória. b JS—H 1:30–34. D&C 84:27–28.
c GEE Sangue. c Eze. 37:16. 8 a D&C 13.
d GEE Remissão de GEE Efraim — Vara de GEE Sacerdócio
Pecados. Efraim ou vara de José. Aarônico.
Doutrina e Convênios 27:9–18 52
chamados e ordenados como
b
estão no céu como as que estão
foi c Aarão; na Terra;
9 E também a Elias, o profeta, a 14 E também com todos os que,
quem confiei as chaves do poder do mundo, o Pai me a deu.
de b conversão do coração dos pais 15 Portanto, alegrai-vos e rejubi-
aos filhos e do coração dos filhos lai-vos e cingi os lombos e tomai
aos pais, para que toda a Terra não sobre vós toda a minha a armadu-
fosse ferida com maldição; ra, para que possais resistir no dia
10 E também com José e Jacó e mau, havendo feito tudo, a fim de
Isaque e Abraão, vossos pais, por b
subsistirdes.
meio de quem as a promessas per- 16 Estai, pois, firmes, tendo a cin-
manecem; gidos os lombos com a b verdade,
11 E também com Miguel, ou tendo vestida a c couraça da d reti-
seja, a Adão, o pai de todos, o prín- dão e calçados os pés com a pre-
cipe de todos, o ancião de dias; paração do evangelho da e paz,
12 E também com Pedro e Tiago o qual, para vos confiar, enviei
e João, que vos enviei, por inter- meus f anjos;
médio de quem vos a ordenei e 17 Tomando o escudo da fé com
confirmei para serdes b apóstolos o qual podereis apagar todos os
e c testemunhas especiais de meu a
dardos inflamados dos iníquos;
nome e para portardes as chaves 18 E tomai o capacete da salvação
de vosso ministério e das mesmas e a espada de meu Espírito, que
coisas que a eles revelei; derramarei sobre vós, e minha pa-
13 A quem a confiei as b chaves lavra, que vos revelo; e concordai
de meu reino e uma c dispensa- acerca de todas as coisas que me
ção do d evangelho para os e últi- pedirdes; e sede fiéis até que eu
mos tempos; e para a f plenitude venha e sereis a arrebatados, para
dos tempos, quando reunirei em que onde eu estiver estejais vós
g
uma todas as coisas, tanto as que b
também. Amém.
8 b GEE Ordenação, Melquisedeque. D&C 50:41–42; 84:63.
Ordenar. b GEE Apóstolo. 15 a Rom. 13:12;
c Êx. 28:1–3, 41; c At. 1:8. Ef. 6:11–18.
D&C 107:13. 13 a Mt. 16:19. b Mal. 3:2; D&C 87:8.
9 a 1 Re. 17:1–22; b GEE Chaves do 16 a Isa. 11:5.
2 Re. 1–2; Sacerdócio. b GEE Verdade.
D&C 2; 110:13–16; c GEE Dispensação. c Isa. 59:17.
JS—H 1:38–39. d GEE Evangelho. d GEE Retidão.
GEE Elias, o Profeta. e Jacó 5:71; e 2 Né. 19:6.
b GEE Genealogia. D&C 43:28–30. f D&C 128:19–21.
10 a GEE Convênio f Ef. 1:9–10; 17 a 1 Né. 15:24;
Abraâmico. D&C 112:30; 124:41. D&C 3:8.
11 a GEE Adão. g D&C 84:100. 18 a 1 Né. 13:37;
12 a JS—H 1:72. 14 a Jo. 6:37; 17:9, 11; D&C 17:8.
GEE Sacerdócio de 3 Né. 15:24; b Jo. 14:3.
53 Doutrina e Convênios 28:1–9
SEÇÃO 28
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery, em Fayette, Nova York, em setembro de 1830. Hiram Page,
um membro da Igreja, possuía uma certa pedra e afirmava estar re-
cebendo revelações por meio dela a respeito da edificação de Sião e da
ordem da Igreja. Vários membros haviam sido enganados por essas ale-
gações e até Oliver Cowdery fora erroneamente influenciado por elas.
Pouco antes da data marcada para uma conferência, o Profeta inqui-
riu fervorosamente o Senhor sobre o assunto e recebeu esta revelação.
1–7, Joseph Smith possui as chaves fores levado pelo Consolador a
dos mistérios e somente ele recebe re- a
falar ou a ensinar, por meio de
velações para a Igreja; 8–10, Oliver mandamento à igreja, poderás
Cowdery deverá pregar aos lamanitas; fazê-lo.
11–16, Satanás engana Hiram Page e 5 Não deverás, porém, escrever
dá-lhe revelações falsas. por meio de mandamento, mas
segundo a sabedoria;
Eis que te digo, a Oliver, que te será 6 E não darás ordens àquele que
concedido ser ouvido pela igreja está acima de ti e à frente da igreja;
em todas as coisas que lhes b ensi- 7 Pois dei a ele as a chaves dos
nares por meio do c Consolador, a b
mistérios e as revelações que es-
respeito das revelações e dos man- tão seladas, até que lhes designe
damentos que dei. outro em seu lugar.
2 Mas eis que em verdade, em 8 E agora, eis que eu te digo que
verdade eu te digo: a Ninguém será irás aos a lamanitas para pregar-
designado para receber manda- lhes meu b evangelho; e se aceita-
mentos e revelações nesta igreja, rem os teus ensinamentos, estabe-
a não ser meu servo b Joseph Smith lecerás entre eles a minha igreja; e
Júnior porque ele as recebe como receberás revelações, mas não as
Moisés. escreverás como mandamentos.
3 E tu serás obediente às coisas 9 E agora, eis que te digo que não
que eu lhe der, tal como a Aarão, foi revelado e nenhum homem
para declarar fielmente à igreja, sabe onde será construída a a cida-
com poder e b autoridade, os man- de de b Sião, mas será revelado mais
damentos e as revelações. tarde. Eis que te digo que será nas
4 E se em toda e qualquer ocasião fronteiras, próximo aos lamanitas.
28 1 a D&C 20:3. GEE Smith, Joseph, Jr. b GEE Mistérios de Deus.
b GEE Ensinar, 3 a GEE Aarão, Irmão de 8 a 2 Né. 3:18–22;
Mestre — Ensinar Moisés. D&C 30:5–6; 32:1–3.
com o Espírito. b GEE Autoridade. b D&C 3:19–20.
c GEE Consolador. 4 a Êx. 4:12–16; 9 a D&C 57:1–3.
2 a D&C 35:17–18; 43:4. D&C 24:5–6. b D&C 52:42–43.
b 2 Né. 3:14–20. 7 a D&C 64:5; 84:19. GEE Sião.
Doutrina e Convênios 28:10–29:3 54
10 Não deverás deixar este local 13 Pois todas as coisas na igre-
até depois da conferência; e meu ja devem ser feitas em ordem e
servo Joseph será designado, pela de a comum acordo e pela oração
voz da conferência, para presidi- da fé.
la; e o que ele te disser, falarás. 14 E ajudarás a resolver todas es-
11 E também, deverás procurar sas coisas, de acordo com os con-
teu irmão Hiram Page, em a parti- vênios da igreja, antes de iniciares
cular, e dizer-lhe que as coisas que tua viagem entre os lamanitas.
ele escreveu por meio daquela pe- 15 E desde o momento em que
dra não procedem de mim; e que partires até regressares, ser-te-á
b
Satanás o c iludiu; a
indicado o que fazer.
12 Pois eis que essas coisas não 16 E deverás abrir a boca em to-
lhe foram designadas e a ninguém das as ocasiões, declarando meu
desta igreja será designada qual- evangelho em tom de regozijo.
quer coisa contrária aos convênios Amém.
da igreja.
SEÇÃO 29
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na pre-
sença de seis élderes, em Fayette, Nova York, em setembro de 1830.
Esta revelação foi recebida alguns dias antes da conferência iniciada
em 27 de setembro de 1830.
1–8, Cristo reúne Seus eleitos; 9–11, Dai ouvidos à voz de Jesus Cris-
Sua vinda inaugura o Milênio; 12–13, to, vosso Redentor, o Grande a Eu
Os Doze julgarão toda a Israel; 14–21, Sou, cujo braço de b misericórdia
Sinais, pragas e desolações precederão c
expiou vossos pecados;
a Segunda Vinda; 22–28, A última 2 Que a ajuntará seu povo, assim
ressurreição e o julgamento final se- como a galinha ajunta sob as asas
guir-se-ão ao Milênio; 29–35, Todas seus pintinhos, sim, tantos quan-
as coisas são espirituais para o Senhor; tos atenderem à minha voz e se
36–39, O diabo e suas hostes foram b
humilharem perante mim e in-
expulsos do céu para tentar o homem; vocarem-me em fervorosa oração.
40–45, A queda e a expiação trazem a 3 Eis que em verdade, em ver-
salvação; 46–50, As criancinhas são dade vos digo que neste mo-
redimidas por meio da expiação. mento vossos pecados vos são
11 a Mt. 18:15. 29 1 a GEE EU SOU. 3 Né. 10:4–6.
b Apoc. 20:10. b GEE Misericórdia, b GEE Humildade,
c D&C 43:5–7. Misericordioso. Humilde, Humilhar.
13 a GEE Comum Acordo. c GEE Expiação, Expiar.
15 a 2 Né. 32:3, 5. 2 a Mt. 23:37;
55 Doutrina e Convênios 29:4–12
a
perdoados e por isso recebeis es- 9 Porque a hora está próxima
tas coisas; mas lembrai-vos de não e logo vem o dia em que a Terra
mais pecar para que não vos so- estará madura; e todos os a sober-
brevenham perigos. bos e os que praticam iniquidade
4 Em verdade vos digo que sois serão como o b restolho; e c queimá-
escolhidos dentre os do mundo los-ei, diz o Senhor dos Exércitos,
para declarardes meu evangelho para que não haja iniquidade so-
com som de regozijo, com a a voz bre a Terra;
como de uma trombeta. 10 Porque a hora está próxima
5 Rejubilai-vos e alegrai-vos, por- e aquilo que foi a dito por meus
que estou no a meio de vós e sou apóstolos deve ser cumprido; pois
vosso b advogado junto ao Pai; e como disseram, assim há de acon-
é de seu agrado dar-vos o c reino. tecer;
6 E, como está escrito: Tudo o 11 Pois revelar-me-ei do céu com
que a pedirdes com b fé, estando poder e grande glória, com todas
c
unidos em oração, de acordo com as suas a hostes, e em b retidão ha-
minhas ordens, recebereis. bitarei com os homens na Terra
7 E vós sois chamados para efe- por c mil anos; e os iníquos não
tuardes a a reunião de meus b elei- permanecerão.
tos; pois os meus eleitos c ouvem 12 E também em verdade, em
a minha voz e não endurecem o verdade vos digo que foi procla-
d
coração. mado em firme decreto, pela von-
8 Portanto, o Pai decretou que tade do Pai, que os meus a apósto-
serão a reunidos em um mesmo los, os Doze que estiveram comigo
local na face desta terra, a fim de em meu ministério em Jerusalém,
b
preparar-lhes o coração e para postar-se-ão à minha direita, no
que estejam prontos em todas as dia da minha vinda em um pilar
coisas para o dia em que c tribula- de b fogo, estando trajados com
ções e desolações forem enviadas mantos de retidão, com coroas na
sobre os iníquos. cabeça, em c glória como eu estou,
3 a GEE Perdoar. b Mc. 13:20; D&C 84:34. GEE Terra —
4 a Al. 29:1–2; GEE Eleitos. Purificação da Terra.
D&C 19:37; 30:9. c Al. 5:37–41. 10 a GEE Segunda Vinda de
5 a Mt. 18:20; d GEE Coração. Jesus Cristo.
D&C 6:32; 38:7; 8 a D&C 45:64–66; 57:1. 11 a JS—M 1:37.
88:62–63. b D&C 58:6–9; 78:7. b GEE Retidão.
b GEE Advogado. c D&C 5:19; 43:17–27. c GEE Jesus Cristo —
c GEE Reino de Deus ou 9 a 2 Né. 20:33; Reinado de Cristo no
Reino dos Céus. 3 Né. 25:1. milênio;
6 a Mt. 21:22; GEE Orgulho. Milênio.
Jo. 14:13. b Naum 1:10; Mal. 4:1; 12 a GEE Apóstolo.
b Mc. 11:24. 1 Né. 22:15, 23; b Isa. 66:15–16;
c 3 Né. 27:1–2; JS—H 1:37. D&C 130:7; 133:41.
D&C 84:1. c D&C 45:57; 63:34, 54; c GEE Glória;
7 a GEE Israel — Coligação 64:24; 88:94; 101:23–25; Jesus Cristo — Glória
de Israel. 133:64. de Jesus Cristo.
Doutrina e Convênios 29:13–23 56
para julgar toda a casa de Israel,
d
18 Portanto, eu, o Senhor Deus,
sim, todos os que me amaram e mandarei moscas sobre a face da
guardaram os meus mandamen- Terra, as quais se apoderarão de
tos; e ninguém mais. seus habitantes, comer-lhes-ão
13 Pois uma a trombeta soará lon- a carne e farão com que neles se
ga e estrondosamente, sim, como criem bicheiras;
no Monte Sinai; e toda a Terra es- 19 E a língua deles será refreada
tremecerá e eles b surgirão — sim, para que não a falem contra mim; e
os c mortos que morreram em mim, sua carne desprender-se-á dos os-
para receber a d coroa de retidão e sos e seus olhos cairão das órbitas;
serem vestidos, e assim como eu, a 20 E acontecerá que as a bestas
fim de estarem comigo, para que da floresta e as aves do céu os de-
sejamos um. vorarão.
14 Mas eis que vos digo que, an- 21 E a grande e a abominável
tes que venha esse grande a dia, o igreja, que é a b prostituta de toda
b
sol escurecerá e a lua tornar-se-á a Terra, será abatida por c fogo
em sangue e as estrelas cairão do devorador, como foi dito pela
céu e haverá maiores c sinais acima boca de Ezequiel, o profeta que
no céu e embaixo na Terra. falou destas coisas, as quais não
15 E haverá choro e a gemidos se cumpriram, mas, tão certa-
entre as hostes dos homens; mente como eu vivo, d cumprir-
16 E será enviada uma grande se-ão, porque não hão de reinar
a
chuva de pedras para destruir as abominações.
colheitas da Terra. 22 E também em verdade, em
17 E acontecerá, por causa da verdade vos digo que quando ter-
iniquidade do mundo, que eu me minarem os a mil anos e os homens
a
vingarei dos b ímpios, pois não se novamente começarem a negar
arrependerão; porque o cálice de seu Deus, então pouparei a Terra,
minha indignação está repleto e mas por b pouco tempo;
eis que meu c sangue não os pu- 23 E virá o a fim; e os céus e a Ter-
rificará se eles não me ouvirem. ra serão consumidos e b passarão; e
12 d Mt. 19:28; Lc. 22:30; 16 a Eze. 38:22; diabo.
1 Né. 12:9; Apoc. 11:19; 16:21. b Apoc. 19:2.
Mórm. 3:18–19. 17 a Apoc. 16:7–11; c Joel 1:19–20; 2:3;
13 a D&C 43:18; 45:45. 2 Né. 30:10; D&C 97:25–26.
b D&C 76:50. JS—M 1:53–55. GEE Terra —
c D&C 88:97; 133:56. GEE Vingança. Purificação da Terra.
d GEE Coroa; Exaltação. b GEE Iniquidade, d D&C 1:38.
e D&C 76:94–95; Iníquo. 22 a GEE Milênio.
84:35–39. c 1 Jo. 1:7; Al. 11:40–41; b Apoc. 20:3;
14 a GEE Segunda Vinda de D&C 19:16–18. D&C 43:30–31;
Jesus Cristo. 19 a Zac. 14:12. 88:110–111.
b Joel 2:10; JS—M 1:33. 20 a Isa. 18:6; Eze. 39:17; 23 a Mt. 24:14.
c GEE Sinais dos Tempos. Apoc. 19:17–18. GEE Mundo — Fim
15 a Mt. 13:42. 21 a GEE Diabo — Igreja do do mundo.
57 Doutrina e Convênios 29:24–35
haverá um novo céu e uma c nova aos homens não são dados todos
Terra. os meus juízos; e assim como
24 Pois todas as coisas velhas as palavras saíram de minha
a
passarão e todas as coisas tornar- boca, assim serão cumpridas,
se-ão novas, sim, o céu e a Terra para que os a primeiros sejam os
e toda a sua plenitude, tanto ho- últimos e para que os últimos
mens como animais, as aves do sejam os primeiros em todas as
céu e os peixes do mar; coisas que eu criei pela palavra
25 E nem um único a fio de cabelo de meu poder, que é o poder de
nem argueiro serão perdidos, pois meu Espírito.
são obra de minhas mãos. 31 Pois pelo poder de meu Espí-
26 Mas eis que em verdade vos rito a criei-as; sim, todas as coisas,
digo: Antes que passe a Terra, tanto b espirituais como físicas —
a
Miguel, meu b arcanjo, soará sua 32 Primeiro as a espirituais, de-
c
trombeta e então todos os mortos pois as físicas, o que é o começo de
d
despertarão, pois suas sepulturas minha obra; e também, primeiro
serão abertas e eles e surgirão — as físicas e depois as espirituais, o
sim, todos. que é o fim de minha obra —
27 E os a justos serão reunidos à 33 Falando-vos para que com-
minha b direita para a vida eterna; preendais naturalmente; mas para
e os iníquos à minha esquerda en- mim mesmo, minhas obras não
vergonhar-me-ei de reivindicar têm a fim nem começo; mas isto
perante o Pai; vos é dado para que compreen-
28 Portanto, eu lhes direi: a Apar- dais, pois me perguntastes de co-
tai-vos de mim, malditos, para o mum acordo.
b
fogo eterno, preparado para o 34 Portanto, em verdade vos
c
diabo e seus anjos. digo que todas as coisas são es-
29 E agora, eis que vos digo que pirituais para mim e em tempo
nunca, em tempo algum, declarei algum vos dei uma lei que fos-
de minha própria boca que eles se terrena; nem a homem algum
voltariam, pois a onde eu estou nem aos filhos dos homens nem
eles não podem vir, porque não a Adão, vosso pai, a quem criei.
têm poder. 35 Eis que lhe permiti que fos-
30 Lembrai-vos, porém, de que se seu próprio a árbitro; e dei-lhe
23 b Mt. 24:35; d GEE Imortal, 29 a Jo. 7:34;
JS—M 1:35. Imortalidade; D&C 76:112.
c GEE Terra — Estado Ressurreição. 30 a Mt. 19:30;
final da Terra. e Jo. 5:28–29. 1 Né. 13:42.
24 a Apoc. 21:1–4. 27 a GEE Retidão. 31 a GEE Criação, Criar.
25 a Al. 40:23. b Mt. 25:33. b Mois. 3:4–5.
26 a GEE Adão; GEE Juízo Final. 32 a GEE Criação Espiritual.
Miguel. 28 a Mt. 25:41; D&C 29:41. 33 a Salm. 111:7–8;
b GEE Arcanjo. b D&C 43:33. Mois. 1:4.
c 1 Cor. 15:52–55. c GEE Diabo. 35 a GEE Arbítrio.
Doutrina e Convênios 29:36– 44 58
mandamentos, mas nenhum man- mandamento, pelo que se tornou
damento terreno lhe dei, porque b
sujeito à vontade do diabo porque
meus b mandamentos são espiri- cedeu à tentação.
tuais; eles não são naturais nem 41 Portanto, eu, o Senhor Deus,
físicos nem carnais nem sensuais. fiz com que ele fosse a expulso do
36 E aconteceu que Adão, sendo Jardim do b Éden, de minha pre-
tentado pelo diabo — pois eis que sença, por causa de sua trans-
o a diabo existiu antes de Adão, gressão, na qual ele se tornou c es-
pois b rebelou-se contra mim, di- piritualmente morto, o que é a
zendo: Dá-me a tua c honra, a qual primeira morte, a mesma morte
é o meu d poder; e também uma que é a última d morte, a morte
e
terça parte das f hostes do céu ele espiritual, que será pronunciada
afastou de mim por causa do g ar- sobre os iníquos quando eu disser:
bítrio que possuíam; Apartai-vos, e malditos.
37 E eles foram lançados abaixo 42 Mas eis que vos digo que eu,
e assim surgiram o a diabo e seus o Senhor Deus, permiti a Adão e
b
anjos; sua semente que não sofressem a
38 E eis que há um local prepa- a
morte física até que eu, o Senhor
rado para eles desde o princípio Deus, mandasse b anjos para pre-
e esse local é o a inferno. gar-lhes o c arrependimento e a
39 E é necessário que o diabo d
redenção por meio da fé no nome
a
tente os filhos dos homens, ou de meu e Filho Unigênito.
eles não poderiam ser seus pró- 43 E assim eu, o Senhor Deus,
prios árbitros; porque, se nunca determinei para o homem os dias
tivessem o b amargo, não poderiam de sua a provação — para que por
conhecer o doce — sua morte natural ele fosse b levan-
40 Portanto, aconteceu que o dia- tado em c imortalidade para a d vida
bo tentou Adão e ele comeu do eterna, sim, todos os que cressem;
a
fruto proibido e transgrediu o 44 E os que não cressem, para a
35 b GEE Mandamentos de Mois. 7:26. e D&C 29:27–28;
Deus. GEE Anjos. 76:31–39.
36 a D&C 76:25–26; 38 a GEE Inferno. 42 a 2 Né. 2:21.
Mois. 4:1–4. 39 a Mois. 4:3–4. GEE Morte Física.
b GEE Conselho nos GEE Tentação, Tentar. b Al. 12:28–30.
Céus. b Mois. 6:55. c GEE Arrepender-se,
c GEE Honra, Honrar. 40 a Gên. 3:6; Arrependimento.
d Isa. 14:12–14; Mois. 4:7–13. d GEE Redenção,
D&C 76:28–29. b 2 Né. 10:24; Redimido, Redimir.
e Apoc. 12:3–4. Mos. 16:3–5; e Mois. 5:6–8.
f D&C 38:1; 45:1. Al. 5:41–42. 43 a Al. 12:24; 42:10.
GEE Vida Pré-mortal. 41 a GEE Queda de Adão b GEE Ressurreição.
g GEE Arbítrio. e Eva. c Mois. 1:39.
37 a GEE Diabo. b GEE Éden. GEE Imortal,
b 2 Ped. 2:4; c GEE Morte Espiritual. Imortalidade.
Jud. 1:6; d Al. 40:26. d GEE Vida eterna.
59 Doutrina e Convênios 29:45–30:2
a
condenação eterna, pois não po- que comecem a se tornar b respon-
dem ser redimidos de sua queda sáveis perante mim;
espiritual porque não se arrepen- 48 Pois a elas é concedido de
dem; acordo com a minha vontade, se-
45 Pois eles amam as trevas mais gundo o que me apraz, para que
que a luz e suas a ações são iníquas grandes coisas sejam requeridas
e eles recebem seu b salário daquele das mãos de seus a pais.
a quem decidem obedecer. 49 E outra vez vos digo: a quem,
46 Mas eis que vos digo que as possuindo conhecimento, não or-
a
criancinhas são b redimidas desde denei que se arrependesse?
a fundação do mundo, por meio 50 E quanto ao que não possui
de meu Unigênito; a
entendimento, cabe-me agir de
47 Portanto, não podem pecar, acordo com o que está escrito. E
porque a Satanás não é dado po- agora nada mais vos declaro neste
der para a tentar criancinhas até momento. Amém.
SEÇÃO 30
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David
Whitmer, Peter Whitmer Júnior e John Whitmer, em Fayette, Nova
York, em setembro de 1830, após a conferência de três dias realizada
em Fayette, mas antes que os élderes da Igreja se houvessem separa-
do. Inicialmente, este material foi publicado como sendo três revela-
ções; foi reunido em uma seção pelo Profeta, para a edição de 1835
de Doutrina e Convênios.
1–4, David Whitmer é repreendido Eis que te digo, a David, que b te-
por deixar de servir diligentemente; meste os homens e não c confiaste
5–8, Peter Whitmer Júnior deverá em mim para receber forças, como
acompanhar Oliver Cowdery em uma devias.
missão junto aos lamanitas; 9–11, 2 Mas tua mente tem estado mais
John Whitmer é chamado para pregar nas coisas a terrenas do que nas coi-
o evangelho. sas que vêm de mim, teu Criador,
44 a D&C 19:7–12. D&C 93:38. 48 a D&C 68:25.
GEE Condenação, GEE Criança(s). 50 a D&C 137:7–10.
Condenar. b D&C 74:7. GEE Compreensão,
45 a Jo. 3:18–20; GEE Redenção, Entendimento.
D&C 93:31–32. Redimido, Redimir. 30 1 a GEE Whitmer, David.
b Mos. 2:32–33; 47 a GEE Tentação, Tentar. b At. 5:29.
Al. 3:26–27; 5:41–42; b GEE Prestar Contas, c 2 Crôn. 16:7–9.
30:60. Responsabilidade, 2 a D&C 25:10.
46 a Morô. 8:8, 12; Responsável.
Doutrina e Convênios 30:3–11 60
e no ministério para o qual foste poder para edificar minha igreja a
SEÇÃO 31
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Tho-
mas B. Marsh, em setembro de 1830. Naquela ocasião acabara de
realizar-se uma conferência da igreja (Ver cabeçalho da seção 30).
Thomas B. Marsh fora batizado em data anterior, nesse mesmo mês,
e havia sido ordenado élder da igreja antes de ser dada esta revelação.
3 a GEE Ponderar. Conselho; 7 a D&C 20:2–3.
4 a GEE Ministério, Apoio aos Líderes da 9 a D&C 15:6.
Ministro; Igreja. b D&C 33:2.
Serviço. 6 a GEE Igreja de Jesus 11 a GEE Coragem,
5 a GEE Whitmer, Peter, Jr. Cristo dos Santos dos Corajoso;
b D&C 32:1–3. Últimos Dias, A. Temor.
c D&C 11:15. b D&C 3:20; 49:24. b Isa. 51:7.
d GEE Aconselhar, GEE Lamanitas. c Mt. 28:19–20.
61 Doutrina e Convênios 31:1–13
1–6, Thomas B. Marsh é chamado para salário. Portanto, a tua família vi-
pregar o evangelho e o bem-estar de verá.
sua família é-lhe assegurado; 7–13, 6 Eis que em verdade te digo:
Ele é aconselhado a ser paciente, orar Deixa-os só por pouco tempo para
sempre e seguir o Consolador. declarares minha palavra e prepa-
rar-lhes-ei um lugar.
Thomas, meu filho, bem-aventu-
a
7 Sim, a abrirei o coração do povo
rado és tu por causa de tua fé em e eles te receberão. E pelas tuas
minha obra. mãos estabelecerei uma igreja;
2 Eis que tens tido muitas afli- 8 E tu os a fortalecerás e os pre-
ções por causa de tua família; en- pararás para o dia em que serão
tretanto abençoarei a ti e a tua reunidos.
família, sim, teus pequeninos; e 9 Sê a paciente nas b aflições, não
dia virá em que eles acreditarão e injuries os que te injuriarem. Go-
conhecerão a verdade e serão um verna tua c casa com mansidão e
contigo na minha igreja. sê firme.
3 Eleva o coração e regozija-te, 10 Eis que te digo que serás como
pois é chegada a hora de tua mis- um médico para a Igreja, mas não
são; e tua língua será desatada e para o mundo, pois não te rece-
anunciarás a boas novas de grande berão.
alegria a esta geração. 11 Vai aonde quer que eu deseje e
4 a Anunciarás as coisas que fo- ser-te-á indicado pelo a Consolador
ram reveladas a meu servo Joseph o que fazer e aonde ir.
Smith Júnior. Daqui em diante 12 a Ora sempre, para não caíres
começarás a pregar, sim, a ceifar em b tentação e não perderes tua
o campo que já está b branco para recompensa.
ser queimado. 13 Sê a fiel até o fim e eis que es-
5 Portanto, a lança a foice com tou b contigo. Estas palavras não
toda a tua alma e teus pecados são de um homem nem de ho-
te são b perdoados; e haverá mui- mens, mas de mim, Jesus Cristo,
tos c feixes sobre tuas costas, por- teu Redentor, pela c vontade do
que o d trabalhador é digno de seu Pai. Amém.
31 1 a GEE Marsh, c D&C 79:3. dos pais.
Thomas B. d Lc. 10:3–11; 11 a GEE Consolador;
3 a Isa. 52:7; D&C 75:24. Espírito Santo.
Lc. 2:10–11; 7 a GEE Conversão, 12 a 3 Né. 18:17–21.
Mos. 3:3–5. Converter. GEE Oração.
4 a Mos. 18:19; 8 a D&C 81:5; 108:7. b GEE Tentação, Tentar.
D&C 42:12; 52:36. 9 a GEE Paciência. 13 a GEE Perseverar.
b D&C 4:4–6. b GEE Adversidade. b Mt. 28:20.
5 a Apoc. 14:15. c GEE Família — c GEE Jesus Cristo —
b GEE Perdoar. Responsabilidade Autoridade.
Doutrina e Convênios 32:1–5 62
SEÇÃO 32
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Par-
ley P. Pratt e Ziba Peterson, em Manchester, Nova York, no início
de outubro de 1830. Os élderes tinham grande interesse e aspirações
em relação aos lamanitas, de cujas bênçãos preditas a Igreja tivera
conhecimento pelo Livro de Mórmon. Em consequência, suplicou-se
que o Senhor indicasse a Sua vontade quanto aos élderes serem ou
não enviados naquela ocasião às tribos indígenas que viviam no oes-
te. Seguiu-se esta revelação.
1–3, Parley P. Pratt e Ziba Peterson com meus servos Oliver Cowdery
são chamados para pregar aos lama- e Peter Whitmer Júnior.
nitas e acompanhar Oliver Cowdery 3 E a Ziba Peterson também irá
e Peter Whitmer Júnior; 4–5, Eles com eles; e eu mesmo irei com
devem orar pedindo compreensão das eles e estarei em seu b meio; e eu
escrituras. sou seu c advogado junto ao Pai e
nada prevalecerá contra eles.
E agora, concernente a meu servo 4 E darão a ouvidos ao que está
Parley P. Pratt, eis que lhe digo
a
escrito, sem reivindicar qualquer
que, tão certamente como eu vivo, outra b revelação; e deverão orar
desejo que ele proclame meu evan- sempre para que eu c torne d com-
gelho e b aprenda de mim e seja preensível o que está escrito.
manso e humilde de coração. 5 E eles darão ouvidos a estas
2 E o que lhe designei é que a vá palavras sem frivolidade; e aben-
ao deserto, entre os b lamanitas, çoá-los-ei. Amém.
SEÇÃO 33
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Ezra
Thayre e Northrop Sweet, em Fayette, Nova York, em outubro de
1830. Ao introduzir esta revelação, a história do Profeta afirma que
“o Senhor (. . .) está sempre pronto a instruir os que diligentemente
buscam com fé.”
1–4, São chamados trabalhadores para primeira hora; 5–6, A Igreja é estabe-
proclamar o evangelho na décima lecida e os eleitos deverão ser reunidos;
32 1 a GEE Pratt, Parley 3 a D&C 58:60. D&C 84:43–44.
Parker. b Mt. 18:20; b D&C 28:2.
b Mt. 11:28–30. D&C 6:32; 38:7. c JS—H 1:74.
2 a D&C 28:8; 30:5. c GEE Advogado. d GEE Compreensão,
b D&C 3:18–20. 4 a 1 Né. 15:25; Entendimento.
63 Doutrina e Convênios 33:1–12
7–10, Arrependei-vos, pois o reino do 5 E em verdade, em verdade vos
céu está próximo; 11–15, A Igreja é digo que a estabeleci esta b igreja e
edificada sobre a rocha do evangelho; a chamei do deserto.
16–18, Preparai-vos para a vinda do 6 E da mesma forma a reunirei
Esposo. meus eleitos dos b quatro cantos
da Terra, sim, todos os que crerem
Eis que vos digo, meus servos em mim e atenderem à minha voz.
Ezra e Northrop: Abri os ouvidos 7 Sim, em verdade, em verdade
e atendei à voz do Senhor vosso vos digo que o campo já está bran-
Deus, cuja a palavra é viva e po- co para a ceifa; portanto, lançai
derosa, mais penetrante que uma vossas foices e ceifai com todo o
espada de dois gumes, que pene- poder, mente e força.
tra até dividir as juntas e medu- 8 a Abri vossa boca e ela encher-
las, alma e espírito; e discerne os se-á e tornar-vos-eis como b Néfi de
pensamentos e as b intenções do outrora, que viajou de Jerusalém
coração. pelo deserto.
2 Pois em verdade, em verdade 9 Sim, abri vossa boca e não vos
vos digo que sois chamados para caleis; e haverá muitos a feixes so-
elevar a voz como com o a som de bre vossas costas, pois eis que es-
uma trombeta, a fim de declarar tou convosco.
meu evangelho a uma geração 10 Sim, abri vossa boca e ela en-
corrompida e perversa. cher-se-á, dizendo: a Arrependei-
3 Pois eis que o a campo já está vos, arrependei-vos e preparai o
branco para a ceifa; e é a b décima caminho do Senhor e endireitai
primeira hora e a c última vez que suas veredas; pois o reino do céu
chamarei trabalhadores para a está próximo;
minha vinha. 11 Sim, arrependei-vos e sede
4 E minha a vinha b corrompeu-se a
batizados, cada um de vós, para
inteiramente; e não há quem prati- a remissão de vossos pecados; sim,
que o c bem, a não ser alguns; e eles sede batizados com água e então
d
erram em muitos casos por causa virá o batismo do fogo e do Espí-
das e artimanhas sacerdotais, tendo rito Santo.
todos a mente corrupta. 12 Eis que em verdade, em
33 1 a Heb. 4:12; b 2 Né. 28:2–14; Evangelho.
Hel. 3:29–30. Mórm. 8:28–41. 6 a GEE Israel — Coligação
b Al. 18:32; c Rom. 3:12; de Israel.
D&C 6:16. D&C 35:12. b 1 Né. 19:15–17.
2 a Isa. 58:1. d 2 Né. 28:14. 8 a D&C 88:81.
3 a Jo. 4:35; e GEE Artimanhas b 2 Né. 1:26–28.
D&C 4:4; 12:3; 14:3. Sacerdotais. 9 a Salm. 126:6;
b Mt. 20:1–16. 5 a GEE Igreja de Jesus Al. 26:3–5;
c Jacó 5:71; Cristo dos Santos dos D&C 75:5.
D&C 43:28. Últimos Dias, A. 10 a Mt. 3:1–3.
4 a GEE Vinha do Senhor. b GEE Restauração do 11 a GEE Batismo, Batizar.
Doutrina e Convênios 33:13–34:3 64
verdade vos digo: Este é o meu conceder-lhes-ei o dom do Es-
c
a
evangelho; e lembrai-vos de que pírito Santo.
eles terão fé em mim ou de modo 16 E o Livro de Mórmon e as
algum poderão ser salvos; santas a escrituras são dadas por
13 E sobre esta a rocha edificarei mim para vossa b instrução; e o
a minha igreja; sim, sobre esta ro- poder de meu Espírito c vivifica
cha estais edificados e, se perseve- todas as coisas.
rardes, as b portas do inferno não 17 Portanto, sede fiéis, orando
prevalecerão contra vós. sempre, mantendo vossas lâmpa-
14 E lembrar-vos-eis das a regras das preparadas e acesas e tendo
e convênios da igreja para obser- convosco óleo, para que estejais
vá-los. prontos na vinda do a Esposo —
15 E os que tiverem fé a con- 18 Porque eis que em verdade,
firmareis na minha igreja, em verdade vos digo que depressa
pela imposição das b mãos, e a
venho. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 34
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Orson
Pratt, em Fayette, Nova York, em 4 de novembro de 1830. Na oca-
sião, o irmão Pratt tinha dezenove anos de idade. Convertera-se e
fora batizado logo que ouvira, seis semanas antes, seu irmão mais
velho, Parley P. Pratt, pregar o evangelho restaurado. Esta revelação
foi recebida na casa de Peter Whitmer Sênior.
1–4, Os fiéis tornam-se filhos de Deus Senhor Deus, Jesus Cristo, teu
por meio da Expiação; 5–9, A pregação Redentor;
do evangelho prepara o caminho para a 2 A a luz e a vida do mundo, uma
Segunda Vinda; 10–12, Profecias são luz que resplandece nas trevas e as
dadas pelo poder do Espírito Santo. trevas não a compreendem;
3 Aquele que a amou o mundo
Meu filho a Orson, escuta, ouve de tal maneira que b deu a pró-
e considera o que te direi eu, o pria vida para que todos os que
12 a 3 Né. 27:13–22. c GEE Dom do Espírito Jesus Cristo.
13 a GEE Rocha. Santo. 34 1 a GEE Pratt, Orson.
b Mt. 16:16–19; 16 a GEE Escrituras. 2 a Jo. 1:1–5.
D&C 10:69–70. b 2 Tim. 3:16. GEE Luz, Luz de Cristo.
14 a IE D&C 20 (ver o c Jo. 6:63. 3 a Jo. 3:16; 15:13.
cabeçalho da seção 20). 17 a Mt. 25:1–13. GEE Amor.
D&C 42:13. GEE Esposo. b GEE Expiação, Expiar;
15 a D&C 20:41. 18 a Apoc. 22:20. Redenção, Redimido,
b GEE Mãos, Imposição de. GEE Segunda Vinda de Redimir; Redentor.
65 Doutrina e Convênios 34:4–12
cressem pudessem tornar-se os da minha vinda, porque todas as
c
filhos de Deus. Portanto, tu és nações b estremecerão.
meu filho; 9 Mas antes que venha esse gran-
4 E a bem-aventurado és porque de dia, o sol escurecerá e a lua
creste; tornar-se-á em sangue; e as estre-
5 E mais bem-aventurado és por- las recusarão seu brilho e algu-
que foste a chamado por mim para mas cairão; e grandes destruições
pregar meu evangelho — aguardam os iníquos.
6 Para elevar a tua voz como que 10 Portanto, eleva a tua voz e
com o som de uma trombeta, lon- a
não te cales, porque o Senhor
ga e estrondosamente, e a clamar Deus falou; portanto, profetiza e
arrependimento a uma geração ser-te-á dado pelo b poder do Es-
corrompida e perversa, prepa- pírito Santo.
rando o caminho do Senhor para 11 E se fores fiel, eis que estou
a sua b segunda vinda. contigo até a minha vinda —
7 Pois eis que em verdade, em 12 E em verdade, em verdade eu
verdade eu te digo: Aproxima-se o te digo: Depressa venho. Eu sou
a
tempo em que virei em uma b nu- teu Senhor e teu Redentor. Assim
vem, com poder e grande glória. seja. Amém.
8 E será um a grande dia ao tempo
SEÇÃO 35
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Fayette,
Nova York, ou perto dali, em 7 de dezembro de 1830. Nessa época o
Profeta ocupava-se, quase que diariamente, em fazer uma tradução
da Bíblia. A tradução fora iniciada em junho de 1830 e tanto Oliver
Cowdery como John Whitmer haviam servido como escreventes. Uma
vez que haviam sido chamados para outros deveres, Sidney Rigdon
foi, por designação divina, chamado para servir como escrevente do
profeta nessa obra. (Ver o versículo 20.) Como prefácio do registro
desta revelação, a história de Joseph Smith declara: “Em dezembro,
Sidney Rigdon veio [de Ohio] para inquirir o Senhor e com ele veio
3 c Jo. 1:9–12; Chamar. D&C 43:17–26.
Rom. 8:14, 16–17; 6 a D&C 6:9. GEE Segunda Vinda de
Mois. 6:64–68. b GEE Segunda Vinda de Jesus Cristo.
GEE Filhos e Filhas de Jesus Cristo. b Isa. 64:2.
Deus. 7 a Apoc. 1:3. 10 a Isa. 58:1.
4 a Jo. 20:29. b Lc. 21:27. b 2 Ped. 1:21.
5 a GEE Chamado, 8 a Joel 2:11;
Chamado por Deus, Mal. 4:5;
Doutrina e Convênios 35:1–10 66
Edward Partridge. (. . .) Logo após a chegada desses dois irmãos,
assim disse o Senhor.”
1–2, Como os homens podem tornar-se grandes coisas. Eis que foste en-
filhos de Deus; 3–7, Sidney Rigdon é viado, assim como a João, para pre-
chamado para batizar e conferir o Es- parar o caminho diante de mim
pírito Santo; 8–12, Operam-se sinais e diante de b Elias, o profeta, que
e milagres pela fé; 13–16, Os servos deveria vir e tu não o sabias.
do Senhor debulharão as nações pelo 5 Tu batizaste com água para o
poder do Espírito; 17–19, Joseph Smith arrependimento, mas eles não a re-
possui as chaves dos mistérios; 20–21, ceberam o Espírito Santo;
Os eleitos suportarão o dia da vinda 6 Mas agora, dou-te o manda-
do Senhor; 22–27, Israel será salvo. mento de a batizar com água e eles
receberão o b Espírito Santo pela
Ouvi a voz do a Senhor vosso imposição das c mãos, assim como
Deus, sim, o b Alfa e o Ômega, o os apóstolos da antiguidade.
princípio e o fim, cujo c caminho é 7 E acontecerá que uma grande
um círculo eterno, o d mesmo hoje, obra se realizará na terra, sim, en-
ontem e para sempre. tre os a gentios, pois sua loucura e
2 Eu sou Jesus Cristo, o Filho suas abominações serão manifes-
de Deus, que foi a crucificado pe- tadas aos olhos de todo o povo.
los pecados do mundo, sim, de 8 Pois eu sou Deus e meu bra-
todos os que b crerem em meu ço não está a encolhido; e mostra-
nome, para que se tornem c filhos rei b milagres, c sinais e maravilhas
de Deus, sim, d um em mim, como a todos os que d crerem em meu
eu sou e um no Pai, como o Pai é nome.
um em mim, para que sejamos 9 E os que pedirem em meu
um. nome, com a fé, b expulsarão c demô-
3 Eis que em verdade, em verda- nios; d curarão doentes; farão com
de digo a meu servo Sidney: Tenho que cegos vejam e surdos ouçam
olhado para ti e tuas obras. Ouvi e mudos falem e coxos andem.
tuas orações e preparei-te para 10 E rapidamente se aproxima o
uma obra maior. tempo em que se mostrarão gran-
4 Bendito és porque farás des coisas aos filhos dos homens;
35 1 a GEE Senhor. GEE Unidade. c GEE Mãos, Imposição
b Apoc. 1:8. e GEE Trindade. de.
GEE Alfa e Ômega. 4 a Mal. 3:1; Mt. 11:10; 7 a GEE Gentios.
c 1 Né. 10:19; D&C 3:2. 1 Né. 11:27; 8 a Isa. 50:2; 59:1.
d Heb. 13:8; D&C 84:27–28. b GEE Milagre.
D&C 38:1–4; 39:1–3. b 3 Né. 25:5–6; c GEE Sinal.
2 a GEE Crucificação. D&C 2:1; 110:13–15. d GEE Crença, Crer.
b D&C 20:25; 45:5, 8. 5 a At. 19:1–6. 9 a GEE Fé.
c GEE Filhos e Filhas de 6 a GEE Batismo, Batizar. b Mc. 16:17.
Deus. b GEE Dom do Espírito c Mc. 1:21–45.
d Jo. 17:20–23. Santo. d GEE Curar, Curas.
67 Doutrina e Convênios 35:11–21
11 Mas a sem fé nada será mos- a
figueira, pois já se aproxima o ve-
trado, exceto b desolações sobre rão.
c
Babilônia, a mesma que fez com 17 E enviei a a plenitude do meu
que todas as nações bebessem do evangelho pela mão de meu servo
vinho da ira de sua d fornicação. b
Joseph; e na fraqueza abençoei-o;
12 E a não há quem faça o bem, 18 E dei-lhe as a chaves do misté-
exceto os que estão prontos para rio das coisas que foram b seladas,
receber a plenitude do meu sim, das que existiram desde a
evangelho, que enviei a esta ge- c
fundação do mundo e das que vi-
ração. rão, a partir de agora até a ocasião
13 Portanto, recorro às a coisas de minha vinda, se ele permanecer
fracas do mundo, aos que são b in- em mim; e, se não, porei outro em
doutos e desprezados, para que seu lugar.
debulhem as nações pelo poder 19 Portanto, vela por ele para que
do meu Espírito; sua fé não desfaleça; e isso será
14 E o braço deles será o meu dado pelo a Consolador, o b Espíri-
braço e serei seu a escudo e seu to Santo, que sabe todas as coisas.
broquel e cingir-lhes-ei os lombos 20 E dou-te um mandamento —
e eles lutarão virilmente por mim; que a escrevas por ele; e as escritu-
e seus b inimigos estarão sob seus ras serão dadas tal como se acham
pés; e deixarei c cair a espada em em meu próprio seio, para salva-
seu favor e pelo d fogo de minha ção de meus b eleitos;
indignação preservá-los-ei. 21 Pois hão de ouvir a minha
15 E aos a pobres e b mansos será a
voz e ver-me e não estarão ador-
pregado o evangelho; e eles esta- mecidos, podendo b suportar o dia
rão c esperando a hora de minha de minha c vinda; porque estarão
vinda, pois está d próxima — purificados, assim como eu sou
16 E aprenderão a parábola da d
puro.
11 a D&C 63:11–12. c 2 Ped. 3:10–13; 19 a Jo. 14:16, 26; 15:26.
b D&C 5:19–20. D&C 39:23; 45:39; GEE Consolador.
c GEE Babel, Babilônia. Mois. 7:62. b GEE Espírito Santo.
d Apoc. 18:2–4. d D&C 63:53. 20 a O Profeta estava, nessa
12 a Rom. 3:10–12; 16 a Mt. 24:32; ocasião, ocupado com
D&C 33:4; 38:10–11; D&C 45:36–38; uma tradução revelada
84:49. JS—M 1:38. da Bíblia, tendo Sidney
13 a 1 Cor. 1:27; GEE Sinais dos Tempos. Rigdon sido chamado
D&C 1:19–23; 124:1. 17 a D&C 42:12. como escriba.
b At. 4:13. b D&C 135:3. b GEE Eleitos.
14 a 2 Sam. 22:2–3. 18 a D&C 84:19. 21 a Joel 2:11;
b D&C 98:34–38. b Dan. 12:9; D&C 43:17–25; 88:90;
c D&C 1:13–14. Mt. 13:35; 133:50–51.
d D&C 128:24. 2 Né. 27:10–11; b Mal. 3:2–3.
15 a Mt. 11:5. Ét. 4:4–7; c GEE Segunda Vinda
b GEE Mansidão, Manso, JS—H 1:65. de Jesus Cristo.
Mansuetude. c D&C 128:18. d GEE Pureza, Puro.
Doutrina e Convênios 35:22–36:3 68
22 E agora te digo: Permanece
a
bem; e Satanás há de tremer e Sião
c
SEÇÃO 36
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Edward
Partridge, perto de Fayette, Nova York, em 9 de dezembro de 1830
(ver o cabeçalho da seção 35). A história do Profeta Joseph Smith diz
que Edward Partridge “era um modelo de piedade e um dos grandes
homens do Senhor.”
1–3, O Senhor impõe a Sua mão sobre meu evangelho como com a voz
Edward Partridge pela mão de Sidney de uma trombeta.
Rigdon; 4–8, Todo homem que receber 2 E imporei sobre ti minha a mão,
o evangelho e o sacerdócio deve ser pela mão de meu servo Sidney
chamado para sair a pregar. Rigdon, e tu receberás meu Espíri-
to, o Espírito Santo, o b Consolador,
Assim diz o Senhor Deus, o a Po- que te ensinará as coisas c pacíficas
deroso de Israel: Eis que te digo, do reino;
meu servo b Edward, que bendito 3 E anunciá-las-ás em alta voz,
és tu e teus pecados te são perdoa- dizendo: Hosana, bendito seja o
dos; e és chamado para pregar o nome do Deus Altíssimo.
22 a D&C 100:9–11. 25 a GEE Israel. 36 1 a GEE Jeová;
23 a IE sempre que Sidney b Isa. 45:17; Jesus Cristo.
Rigdon não estivesse 1 Né. 19:15–16; 22:12. b D&C 41:9–11.
ocupado escrevendo. c GEE Chaves do 2 a GEE Mãos, Imposição
b IE as escrituras. Sacerdócio. de.
24 a D&C 103:7. 26 a Lc. 21:28. b GEE Consolador;
b D&C 21:6. 27 a GEE Reino de Deus ou Espírito Santo.
c 1 Né. 22:26. Reino dos Céus. c D&C 42:61.
d GEE Alegria. b Apoc. 22:20.
69 Doutrina e Convênios 36:4–37:4
4 E agora te dou este chamado e perversa e saí do fogo, odiando
mandamento, concernente a todos até mesmo as b vestes manchadas
os homens: com a carne.
5 Que todos os que se apresenta- 7 E esse mandamento será dado
rem a meus servos Sidney Rigdon aos élderes de minha igreja, para
e Joseph Smith Júnior abraçan- que todo homem que o abrace com
do este chamado e mandamento, sinceridade de coração seja orde-
sejam a ordenados e enviados a nado e enviado como eu disse.
b
pregar o evangelho eterno entre 8 Eu sou Jesus Cristo, o Filho de
as nações — Deus; portanto, cinge os teus lom-
6 Clamando arrependimento e bos e de repente eu virei ao meu
dizendo: a Salvai-vos desta geração a
templo. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 37
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, perto
de Fayette, Nova York, em dezembro de 1830. Dado aqui o primeiro
mandamento relativo a uma reunião nesta dispensação.
1–4, Os santos são chamados para especialmente em a Colesville; pois
reunir-se no Ohio. eis que eles oram a mim com mui-
ta fé.
Eis que vos digo que não me con- 3 E também um mandamento
vém a traduzirdes mais até irdes dou à igreja, que me convém que
para o Ohio; e isto por causa do se reúnam a no Ohio, em prepara-
inimigo e para o vosso bem. ção para quando a eles regressar
2 E outra vez vos digo que não meu servo Oliver Cowdery.
devereis ir até que tenhais pre- 4 Eis que nisto há sabedoria; e
gado meu evangelho naquela re- que todo homem a escolha por si
gião e fortalecido a igreja onde mesmo até que eu venha. Assim
quer que ela se encontre e mais seja. Amém.
SEÇÃO 38
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Fayette, Nova York, em 2 de janeiro de 1831. Naquela ocasião
realizava-se uma conferência da Igreja.
5 a D&C 63:57. b Jud. 1:23. 2 a D&C 24:3; 26:1.
GEE Ordenação, 8 a Mal. 3:1. 3 a IE o Estado de Ohio.
Ordenar. 37 1 a IE a tradução da D&C 38:31–32.
b GEE Pregar. Bíblia já em 4 a GEE Arbítrio.
6 a At. 2:40. andamento.
Doutrina e Convênios 38:1–11 70
1–6, Cristo criou todas as coisas; 7– que todos os que creram em meu
b
SEÇÃO 39
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a James
Covel, em Fayette, Nova York, em 5 de janeiro de 1831. James Covel,
que fora ministro metodista por aproximadamente quarenta anos, fez
convênio com o Senhor de que obedeceria a qualquer mandamento
que o Senhor lhe desse por intermédio de Joseph, o Profeta.
1–4, Os santos têm poder para torna- Escuta e dá ouvidos à voz da-
rem-se filhos de Deus; 5–6, Receber o quele que é de toda a a eternidade
evangelho é receber Cristo; 7–14, Ja- a toda a eternidade, o Grande b Eu
mes Covel recebe a ordem de ser bati- Sou, sim, Jesus Cristo —
zado e trabalhar na vinha do Senhor; 2 A a luz e a vida do mundo; uma
15–21, Os servos do Senhor devem luz que resplandece nas trevas e as
pregar o evangelho antes da Segun- trevas não a compreendem;
da Vinda; 22–24, Os que recebem o 3 O mesmo que vim aos meus no
evangelho serão reunidos nesta vida a
meridiano dos tempos e os meus
e na eternidade. não me receberam;
4 Mas a todos os que me
38 a GEE Investidura, 40 a 1 Cor. 4:12. 38:1–4.
Investir. 41 a GEE Pregar. b Êx. 3:14.
39 a Jacó 2:17–19; b GEE Advertência, GEE Jeová.
D&C 11:7. Advertir, Prevenir. 2 a GEE Luz, Luz de
b Ageu 2:8. 42 a Isa. 52:11. Cristo.
c GEE Orgulho. 39 1 a Heb. 13:8; 3 a D&C 20:26;
d Morô. 8:27. D&C 20:12; 35:1; Mois. 6:57, 62.
Doutrina e Convênios 39:5–17 74
receberam dei poder para torna- 11 E se fazes isto, preparei-te
rem-se meus a filhos; e também, a para um trabalho maior. Tu pre-
todos os que me receberem darei garás a plenitude do meu evange-
poder para tornarem-se meus fi- lho, o qual enviei nestes últimos
lhos. dias, o convênio que enviei para
5 E em verdade, em verdade eu a
recuperar meu povo, que é da
te digo: Aquele que recebe o meu casa de Israel.
evangelho, a mim me a recebe; e o 12 E acontecerá que o poder a des-
que não recebe o meu evangelho, cansará sobre ti; terás grande fé e
não me recebe a mim. eu estarei contigo e irei adiante
6 E este é o meu a evangelho: Ar- de tua face.
rependimento e batismo na água; 13 Tu és chamado para a trabalhar
e depois o b batismo do fogo e do em minha vinha e para edificar
Espírito Santo, sim, o Consolador, minha igreja e para b trazer Sião à
o qual manifesta todas as coisas e luz, para que se regozije sobre os
c
ensina as coisas pacíficas do reino. montes e c floresça.
7 E agora, eis que te digo, meu 14 Eis que em verdade, em ver-
servo a James: Tenho observado dade te digo que não és chamado
tuas obras e conheço-te. para ir às terras do leste, mas és
8 E em verdade eu te digo: Teu chamado a fim de ir para o Ohio.
coração é agora reto diante de 15 E sendo que meu povo há de
mim; e eis que sobre tua cabeça reunir-se no Ohio, reservei-lhes
conferi grandes bênçãos; uma a bênção que não é conhecida
9 Entretanto conheceste gran- entre os filhos dos homens e que
des tristezas, porque me rejeitaste será derramada sobre suas cabe-
muitas vezes por causa do orgulho ças. E de lá homens sairão para
e dos cuidados do a mundo. b
todas as c nações.
10 Mas eis que chegados são os 16 Eis que em verdade, em ver-
dias de tua libertação, se atende- dade te digo que o povo em Ohio
res à minha voz, que te diz: Le- clama a mim com grande fé, cren-
vanta-te e sê a batizado e lava teus do que deterei meu julgamento de
pecados, invocando meu nome; e sobre as nações; mas não posso
receberás o meu Espírito e uma negar minha palavra.
bênção maior do que todas as que 17 Portanto, aplica-te com vigor
jamais conheceste. e chama trabalhadores fiéis para
4 a Jo. 1:12. Nascer de Deus, 12 a
2 Cor. 12:9.
GEE Filhos e Filhas Nascer de Novo. 13 a
Mt. 20:1–16.
de Deus. c D&C 42:61. b Isa. 52:8.
5 a Jo. 13:20. 7 a D&C 40:1. c D&C 117:7.
6 a GEE Arrepender-se, 9 a Mt. 13:22. 15 a
D&C 38:32; 95:8;
Arrependimento; 10 a D&C 40. 110:8–10.
Batismo, Batizar; GEE Batismo, Batizar. b D&C 1:2.
Evangelho. 11 a GEE Israel — Coligação c GEE Obra Missionária.
b GEE Espírito Santo; de Israel.
75 Doutrina e Convênios 39:18– 40:3
minha vinha, a fim de que seja 21 Porque o tempo se aproxima;
a
podada pela última vez. o a dia ou a hora ninguém b sabe,
18 E quando se arrependerem mas certamente virá.
e aceitarem a plenitude do meu 22 E o que recebe estas coisas, a
evangelho e tornarem-se santifi- mim me recebe; e eles serão reu-
cados, deterei meu a julgamento. nidos comigo nesta vida e na eter-
19 Portanto, prossegue, claman- nidade.
do em alta voz, dizendo: O reino 23 E também acontecerá que so-
dos céus está próximo; clamando: bre todos os que batizares com
Hosana! Bendito seja o nome do água imporás as a mãos; e eles re-
Deus Altíssimo. ceberão o b dom do Espírito Santo
20 Segue batizando com água, e estarão c aguardando os sinais da
preparando o caminho diante da minha d vinda e conhecer-me-ão.
minha face, para a hora de minha 24 Eis que depressa venho. As-
a
vinda; sim seja. Amém.
SEÇÃO 40
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Sidney Rigdon, em Fa-
yette, Nova York, em 6 de janeiro de 1831. Precedendo o registro des-
ta revelação, a história do Profeta diz: “Tendo James Covel rejeitado
a palavra do Senhor e regressado a seus antigos princípios e a sua
gente, o Senhor deu a mim e a Sidney Rigdon a seguinte revelação”
(ver a seção 39).
1–3, O medo da perseguição e os cui- 2 E ele a recebeu a palavra com
dados do mundo causam rejeição ao alegria, mas imediatamente Sata-
evangelho. nás o tentou; e o temor da b perse-
guição e os cuidados do mundo
Eis que em verdade vos digo que fizeram-no c rejeitar a palavra.
o coração de meu servo a James 3 Portanto, quebrou meu convê-
Covel era reto diante de mim, pois nio e cabe a mim fazer com ele o
fizera comigo convênio de que que me parecer melhor. Amém.
obedeceria à minha palavra.
17 a Jacó 5:61–75; b JS—M 1:40. d 2 Ped. 3:10–14.
D&C 24:19. 23 a GEE Mãos, Imposição 40 1 a D&C 39:7–11.
18 a GEE Jesus Cristo — de. 2 a Mc. 4:16–19.
Juiz. b GEE Dom do Espírito b Mt. 13:20–22.
20 a GEE Segunda Vinda de Santo. GEE Perseguição,
Jesus Cristo. c Apoc. 3:3; Perseguir.
21 a Mt. 24:36. D&C 35:15; 45:39–44. c GEE Apostasia.
Doutrina e Convênios 41:1–8 76
SEÇÃO 41
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja,
em Kirtland, Ohio, em 4 de fevereiro de 1831. Esta revelação instrui o
Profeta e os líderes da Igreja a orar para receber a “lei” de Deus (ver a
seção 42). Joseph Smith havia acabado de chegar a Kirtland, vindo de
Nova York, quando Leman Copley, um membro da Igreja da vizinha
cidade de Thompson, Ohio, “solicitou que o Irmão Joseph e Sidney
[Rigdon] (. . .) morassem com ele, e ele lhes daria moradia e provisões.”
A revelação seguinte esclarece onde Joseph e Sidney deveriam morar
e também chama Edward Partridge como o primeiro bispo da Igreja.
1–3, Os élderes dirigirão a Igreja pelo como governar minha igreja e
espírito de revelação; 4–6, Os verda- como ter todas as coisas em or-
deiros discípulos receberão e guar- dem perante mim.
darão a lei do Senhor; 7–12, Edward 4 E serei vosso a governante
Partridge é designado bispo da Igreja. quando eu b vier e eis que depres-
sa venho; e fareis com que minha
Escutai e dai ouvidos, ó vós, meu lei seja guardada.
povo, diz o Senhor e vosso Deus, 5 Aquele que a recebe a minha
vós, que me deleito em a abençoar lei e a b pratica é meu discípulo; e
com as maiores de todas as bên- aquele que diz que a recebe e não
çãos, vós que me dais ouvidos; e a pratica, esse não é meu discípu-
vós, que não me ouvis e que b pro- lo e será c expulso de vosso meio;
fessastes meu nome, c amaldiçoa- 6 Pois não é certo que as coisas
rei com a mais pesada de todas as que pertencem aos filhos do reino
maldições. sejam dadas aos que não são dig-
2 Escutai, ó élderes da minha nos, ou aos a cães; ou que as b pé-
igreja a quem chamei: Eis que vos rolas sejam lançadas aos porcos.
dou o mandamento de vos reunir- 7 E também, é certo que meu
des para chegardes a um a acordo servo Joseph Smith Júnior mande
quanto à minha palavra; construir uma a casa onde morar e
3 E pela oração de vossa fé rece- b
traduzir.
bereis minha a lei, para que saibais 8 E também é certo que meu
41 1 a GEE Abençoado, D&C 45:59. c D&C 50:8–9.
Abençoar, Bênção. GEE Jesus Cristo — GEE Excomunhão.
b Deut. 11:26–28; Reinado de Cristo no 6 a Mt. 15:26.
1 Né. 2:23. milênio. b Mt. 7:6.
c D&C 56:1–4; b GEE Segunda Vinda de 7 a D&C 42:71.
112:24–26. Jesus Cristo. b IE traduzir a Bíblia.
2 a GEE Unidade. 5 a Mt. 7:24. D&C 45:60–61.
3 a D&C 42. b Tg. 1:22–25;
4 a Zac. 14:9; D&C 42:60.
77 Doutrina e Convênios 41:9– 42:12
servo Sidney Rigdon viva como nas minhas leis no dia em que eu
bem lhe pareça, contanto que as der.
guarde meus mandamentos. 11 E isso porque seu coração é
9 E também chamei meu servo puro perante mim, pois ele é se-
a
Edward Partridge; e dou o man- melhante a a Natanael dos tempos
damento de que seja designado antigos, em quem não havia b dolo.
pela voz da igreja e ordenado b bis- 12 Estas palavras são dadas a vós
po da igreja; e que deixe seu negó- e são puras diante de mim; por-
cio e c empregue todo o seu tempo tanto, tende cuidado com o modo
no serviço da igreja; como as tratais, porque vossas al-
10 Para cuidar de todas as coi- mas responderão por elas no dia
sas, conforme lhe for designado do juízo. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 42
Revelação dada em duas partes por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em Kirtland, Ohio, em 9 e 23 de fevereiro de 1831. A primei-
ra parte, que consiste dos versículo 1 a 72, foi recebida na presença
de doze élderes e em cumprimento da promessa anteriormente feita
pelo Senhor de que a “lei” seria dada em Ohio (ver seção 38:32.) A
segunda parte consiste dos versículos 73 ao 93. O Profeta define esta
revelação como a que “contém a lei da Igreja.”
1–10, Os élderes são chamados para fé; 53–60, As escrituras governam a
pregar o evangelho, batizar conversos Igreja e devem ser proclamadas ao
e edificar a Igreja; 11–12, Precisam ser mundo; 61–69, O local da Nova Je-
chamados e ordenados e devem ensi- rusalém e os mistérios do reino serão
nar os princípios do evangelho que revelados; 70–73, As propriedades
se encontram nas escrituras; 13–17, consagradas devem ser usadas para
Devem ensinar e profetizar pelo poder sustentar os oficiais da Igreja; 74–93,
do Espírito; 18–29, Ordena-se que os Estabelecidas leis regendo a fornicação,
santos não matem, roubem, mintam, o adultério, o assassinato, o roubo e a
cobicem, cometam adultério nem falem confissão de pecados.
mal dos outros; 30–39, Estabelecidas
leis regendo a consagração de proprie- Escutai, ó vós, élderes de minha
dades; 40–42, Condenados o orgulho e igreja, que vos reunistes em meu
a indolência; 43–52, Os doentes devem nome, sim, Jesus Cristo, o Filho do
ser curados por meio de bênçãos e pela Deus vivo, o Salvador do mundo;
9 a D&C 36:1. GEE Bispo. b GEE Dolo.
b D&C 72:9–12; c D&C 51.
107:68–75. 11 a Jo. 1:47.
Doutrina e Convênios 42:2–13 78
porquanto credes em meu nome medida que encontrardes pessoas
e guardais meus mandamentos. que vos aceitem, estabelecereis
2 Outra vez vos digo: Escutai e minha igreja em cada região —
dai ouvidos e obedecei à a lei que 9 Até que venha o tempo em que
vos darei. vos seja revelado do alto, quando
3 Pois em verdade eu digo: Como a a cidade de b Nova Jerusalém será
vos reunistes de acordo com o preparada a fim de que sejais c reu-
a
mandamento que vos dei e es- nidos em um, para serdes o meu
tais de acordo no b tocante a isto d
povo; e eu serei o vosso Deus.
e invocaste o Pai em meu nome, 10 E também vos digo que meu
assim recebereis. servo a Edward Partridge ocupará
4 Eis que em verdade vos digo: o cargo para o qual o designei; e
Dou-vos este primeiro manda- acontecerá que, se ele transgredir,
mento de que devereis ir em meu b
outro será designado em seu lu-
nome, cada um de vós, exceto gar. Assim seja. Amém.
meus servos Joseph Smith Júnior 11 E também vos digo que a nin-
e Sidney Rigdon. guém será permitido sair a a pre-
5 E dou-lhes o mandamento de gar meu evangelho ou estabelecer
que deverão ir por pouco tempo; e minha igreja, a não ser que tenha
pelo poder do a Espírito ser-lhes-á sido b ordenado por alguém que
dado saber quando regressar. tenha c autoridade; e que a igre-
6 Ireis no poder do meu Espírito, ja saiba que tem autoridade e foi
pregando meu evangelho, de a dois apropriadamente ordenado pelos
em dois, em meu nome, elevando dirigentes da igreja.
vossas vozes como com o som de 12 E também os a élderes, sacer-
uma trombeta, declarando minha dotes e mestres desta igreja b ensi-
palavra como anjos de Deus. narão os princípios de meu evan-
7 E saireis batizando com água gelho que estão na c Bíblia e no
e dizendo: Arrependei-vos, arre- d
Livro de Mórmon, no qual se acha
pendei-vos, pois o reino dos céus a plenitude do e evangelho.
está próximo. 13 E observarão os a convênios e
8 E, partindo deste local, entra- regras da igreja e cumpri-los-ão
reis nas regiões do lado oeste; e à e estes serão seus ensinamentos,
42 2 a D&C 58:23. GEE Nova Jerusalém. Sacerdócio.
GEE Lei. c GEE Israel — Coligação 12 a GEE Élder (Ancião).
3 a D&C 38:32. de Israel. b Mos. 18:19–20;
b Mt. 18:19. d Zac. 8:8. D&C 52:9, 36.
5 a GEE Espírito Santo. 10 a D&C 41:9–11; 124:19. GEE Ensinar, Mestre.
6 a Mc. 6:7. b D&C 64:40. c GEE Bíblia.
GEE Obra Missionária. 11 a GEE Pregar. d GEE Escrituras — Valor
9 a D&C 57:1–2. b GEE Chamado, das escrituras;
b Ét. 13:2–11; Chamado por Deus, Livro de Mórmon.
D&C 45:66–71; Chamar; e GEE Evangelho.
84:2–5; Ordenação, Ordenar. 13 a IE D&C 20 (ver o
Mois. 7:62; RF 1:10. c GEE Autoridade; cabeçalho da seção 20).
79 Doutrina e Convênios 42:14–31
conforme forem dirigidos pelo mulher para a a cobiçar negará a
Espírito. fé e não terá o Espírito; e se não se
14 E o Espírito ser-vos-á dado arrepender, será expulso.
pela a oração da fé; e se não rece- 24 Não cometerás a adultério; e
berdes o b Espírito, não ensinareis. o que cometer adultério e não se
15 E tudo isto fareis como vos arrepender será expulso.
ordenei com respeito ao vosso en- 25 Mas o que haja cometido adul-
sino, até que seja dada a plenitude tério e se a arrepender de todo o
de minhas a escrituras. coração e abandoná-lo e não mais
16 E ao elevardes vossa voz pelo o cometer, b perdoarás;
a
Consolador, falareis e profetiza- 26 Mas, se o fizer a outra vez, não
reis como me parecer melhor; será perdoado, mas será expulso.
17 Porque eis que o Consolador 27 Não a falarás mal de teu pró-
conhece todas as coisas e presta ximo nem lhe farás mal algum.
testemunho do Pai e do Filho. 28 Sabes que as minhas leis com
18 E agora, eis que falo à igreja. respeito a estas coisas são da-
Não a matarás; e o que b matar não das nas minhas escrituras; o que
terá perdão neste mundo nem no pecar e não se arrepender será
mundo vindouro. a
expulso.
19 E outra vez, digo: Não ma- 29 Se me a amares, b servir-me-ás
tarás; mas o que matar a morrerá. e c guardarás todos os meus man-
20 Não a furtarás; o que furtar e damentos.
não se arrepender será expulso. 30 E eis que te lembrarás dos a po-
21 Não a mentirás; o que mentir bres e b consagrarás de tuas pro-
e não se arrepender será expulso. priedades, para c sustento deles,
22 a Amarás tua esposa de todo aquilo que tiveres para lhes dar,
o teu coração e a ela te b apegarás com um convênio e uma promes-
e a nenhuma outra. sa que não poderão ser violados.
23 E aquele que olhar uma 31 E se a deres de teus bens aos
14 a D&C 63:64. 20 a GEE Roubar, Roubo. 26 a 2 Ped. 2:20–22;
GEE Oração. 21 a GEE Honestidade, D&C 82:7.
b GEE Ensinar, Mestre — Honesto; 27 a GEE Mexerico.
Ensinar com o Mentir, Mentiroso. 28 a GEE Excomunhão.
Espírito; 22 a GEE Amor; 29 a Jo. 14:15, 21.
Espírito Santo. Casamento, Casar. b GEE Serviço.
15 a D&C 42:56–58. b Gên. 2:23–24; c GEE Obedecer,
16 a 1 Cor. 2:10–14; Ef. 5:25, 28–33. Obediência,
D&C 68:2–4. 23 a Mt. 5:28; Obediente.
GEE Consolador. 3 Né. 12:28; 30 a Mos. 4:16–26;
18 a Êx. 20:13–17; D&C 63:16. Al. 1:27.
Mt. 5:21–37; GEE Concupiscência. GEE Pobres.
2 Né. 9:35; 24 a GEE Adultério. b GEE Consagrar, Lei da
Mos. 13:21–24; 25 a GEE Arrepender-se, Consagração.
3 Né. 12:21–37. Arrependimento. c GEE Bem-Estar.
b GEE Homicídio. b Jo. 8:3–11. 31 a Mos. 2:17.
19 a GEE Pena de Morte. GEE Perdoar. GEE Esmolas.
Doutrina e Convênios 42:32– 41 80
pobres, a mim o farás; e eles se-
b
aos pobres e necessitados, segun-
rão entregues ao c bispo de minha do designação do sumo conselho
igreja e seus conselheiros, dois da igreja e do bispo e seu conselho;
dos élderes ou sumos sacerdotes 35 E para comprar terras para
que ele indicar ou tiver indicado benefício da igreja e para cons-
e d designado para esse propósito. truir casas de adoração e edificar
32 E acontecerá que, uma vez a a Nova Jerusalém que será depois
entregues ao bispo de minha igre- revelada —
ja e depois de haver ele recebido 36 Para que meu povo do con-
esses testemunhos concernentes vênio esteja reunido como um no
à a consagração das propriedades dia em que eu a vier ao meu b tem-
de minha igreja, de modo que elas plo. E isto farei para a salvação de
não possam ser tomadas da igreja, meu povo.
conforme os meus mandamen- 37 E acontecerá que o que pecar e
tos, todo homem será b responsá- não se arrepender será a expulso da
vel perante mim, um c mordomo igreja e não receberá de volta o que
de seus próprios bens ou do que houver b consagrado aos pobres e
tiver recebido por consagração, necessitados de minha igreja, ou,
aquilo que for suficiente para si em outras palavras, a mim —
e sua d família. 38 Porque quando o a fazeis ao
33 E também, se houver proprie- menor destes, a mim o fazeis.
dades nas mãos da igreja ou de 39 Pois acontecerá que o que eu
qualquer de seus membros após disse pela boca de meus profetas
esta primeira consagração, mais será cumprido; pois consagrarei
do que o necessário para seu sus- das riquezas daqueles que abra-
tento, o que for um a resíduo a ser çam meu evangelho entre os gen-
consagrado ao bispo será conser- tios aos pobres de meu povo, que
vado para que, de tempos em tem- são da casa de Israel.
pos, seja dado aos que não têm, a 40 E também, que não haja a or-
fim de que todo homem necessita- gulho em teu coração; sejam sim-
do possa ser amplamente suprido ples todas as tuas b vestes e sua
e receba de acordo com suas ne- beleza, a beleza da obra de tuas
cessidades. próprias mãos;
34 Portanto, o restante será guar- 41 E sejam todas as coisas feitas
dado em meu armazém para dar com limpeza diante de mim.
31 b GEE Pobres. Mordomo. GEE Excomunhão.
c GEE Bispo. d D&C 51:3. b GEE Consagrar, Lei da
d GEE Designação. 33 a D&C 42:55; 51:13; Consagração.
32 a D&C 51:4. 119:1–3. 38 a Mt. 25:34–40.
b D&C 72:3–11. 35 a GEE Nova Jerusalém; GEE Bem-Estar;
GEE Prestar Contas, Sião. Caridade.
Responsabilidade, 36 a D&C 36:8. 40 a Prov. 16:5.
Responsável. b Mal. 3:1. GEE Orgulho.
c GEE Mordomia, 37 a D&C 41:5; 50:8–9. b GEE Recato.
81 Doutrina e Convênios 42:42–59
42 Não serás a ocioso; porque o 50 Aquele que tiver fé para ou-
ocioso não comerá o pão nem usa- vir, ouvirá.
rá as vestes do trabalhador. 51 O coxo que tiver fé para sal-
43 E os que entre vós estiverem tar, saltará.
a
doentes e não tiverem fé para ser 52 E aqueles que não têm fé para
curados, mas acreditarem, serão fazer estas coisas, mas acreditam
alimentados com todo carinho, em mim, têm poder para torna-
com ervas e comidas leves; e não rem-se meus a filhos; e se não de-
pela mão de um inimigo. sobedecerem às minhas leis, tu
44 E os élderes da igreja, dois ou b
suportarás as suas enfermidades.
mais, serão chamados e orarão 53 Permanecerás firme no local
por eles, impondo-lhes as a mãos de tua a mordomia.
em meu nome; e se morrerem, 54 Não tomarás a vestimenta de
b
morrerão em mim; e se viverem, teu irmão; pagarás pelo que rece-
viverão em mim. beres de teu irmão.
45 Juntos a vivereis em b amor, 55 E se a receberes mais do que o
de modo que c chorareis a per- necessário para teu sustento, en-
da dos que morrerem; e mais tregá-lo-ás a meu b armazém, para
especialmente dos que não têm que todas as coisas sejam feitas de
d
esperança de uma ressurreição acordo com o que eu disse.
gloriosa. 56 Pedirás e minhas a escrituras
46 E acontecerá que aqueles que serão dadas como determinei e
morrerem em mim não provarão serão b preservadas em segurança;
a a morte, porque lhes será b doce; 57 E convém que guardes silên-
47 E os que não morrem em mim, cio a respeito delas e não as ensi-
ai deles, porque amarga é sua mor- nes até que as tenhas recebido em
te. sua totalidade.
48 E também acontecerá que 58 E dou-te o mandamento de
aquele que tiver a fé em mim para que então as ensines a todos os
ser b curado e não estiver c designa- homens; pois elas serão ensinadas
do para morrer, será curado. a a todas as nações, tribos, línguas
49 Aquele que tiver fé para ver, e povos.
verá. 59 Tomarás as coisas que
42 a D&C 68:30–32. c Al. 28:11–12. 52 a GEE Filhos e Filhas de
GEE Ociosidade, d 1 Cor. 15:19–22. Deus.
Ocioso. GEE Esperança. b Rom. 15:1.
43 a GEE Doença, Doente. 46 a GEE Morte Física. GEE Confraternizar.
44 a GEE Bênção dos b Apoc. 14:13. 53 a GEE Mordomia,
Doentes; 48 a D&C 46:19. Mordomo.
Mãos, Imposição de. GEE Fé. 55 a D&C 82:17–19; 119:1–3.
b Rom. 14:8; b GEE Curar, Curas. b D&C 42:34; 51:13.
Apoc. 14:13; c Ecles. 3:1–2; 56 a D&C 45:60–61.
D&C 63:49. At. 17:26; b GEE Escrituras — Valor
45 a 1 Jo. 4:16, 20–21. Heb. 9:27; das escrituras.
b GEE Amor. D&C 122:9. 58 a D&C 1:2.
Doutrina e Convênios 42:60–73 82
recebeste, que te foram dadas em a
convênios da igreja, os quais se-
minhas escrituras como lei, para rão suficientes para vos estabele-
que sejam a lei que governará mi- cerdes, tanto aqui como na Nova
nha igreja; Jerusalém.
60 E o que assim a fizer será salvo; 68 Portanto, aquele que tem fal-
e o que não o fizer será b condena- ta de a sabedoria peça-a a mim; e
do, caso continue. dar-lhe-ei liberalmente e não o
61 Se pedires, receberás a revela- lançarei em rosto.
ção sobre revelação, b conhecimen- 69 Alegrai-vos e regozijai-vos,
to sobre conhecimento, para que porque a vós foi dado o a reino; ou,
conheças os c mistérios e as coisas em outras palavras, as b chaves da
d
pacíficas — aquilo que traz e ale- igreja. Assim seja. Amém.
gria, que traz vida eterna. 70 Os a sacerdotes e os b mestres
62 Pedirás e ser-te-á revelado, em terão suas c mordomias, assim
meu próprio e devido tempo, onde como os membros.
a a Nova Jerusalém será construída. 71 E as famílias dos élderes ou
63 E eis que acontecerá que meus dos sumos sacerdotes designados
servos serão enviados ao leste e ao para ajudar o bispo, como conse-
oeste, ao norte e ao sul. lheiros em todas as coisas, recebe-
64 E mesmo agora, os que forem rão seu sustento da propriedade
para o leste ensinem aqueles que a
consagrada ao bispo para benefí-
se converterem a fugir para o a oes- cio dos pobres e para outros pro-
te; e isto em consequência do que pósitos, como mencionado antes;
sucederá na Terra e de b combina- 72 Ou receberão uma justa remu-
ções secretas. neração por todos os seus serviços,
65 Eis que observarás todas estas seja uma mordomia ou outra coi-
coisas e grande será tua recompen- sa — conforme o que os conselhei-
sa; porque a vós é dado conhecer ros e o bispo considerem melhor
os mistérios do reino, mas ao mun- ou decidam.
do não é dado conhecê-los. 73 E o bispo também receberá
66 Observareis as leis que tendes seu sustento ou uma justa remu-
recebido e sereis fiéis. neração por todos os seus serviços
67 E no futuro recebereis na igreja.
60 a D&C 41:5. GEE Mistérios de Deus. b Mt. 16:19;
GEE Obedecer, d D&C 39:6. D&C 65:2.
Obediência, e GEE Alegria. GEE Chaves do
Obediente. 62 a D&C 57:1–5. Sacerdócio.
b Mois. 5:15. 64 a D&C 45:64. 70 a GEE Sacerdote,
GEE Condenação, b GEE Combinações Sacerdócio Aarônico.
Condenar. Secretas. b GEE Mestre, Sacerdócio
61 a GEE Revelação. 67 a D&C 82:11–15. Aarônico.
b Abr. 1:2. 68 a Tg. 1:5. c GEE Mordomia,
GEE Conhecimento; GEE Sabedoria. Mordomo.
Testemunho. 69 a GEE Reino de Deus ou 71 a GEE Consagrar, Lei da
c D&C 63:23. Reino dos Céus. Consagração.
83 Doutrina e Convênios 42:74–90
74 Eis que em verdade vos digo élderes da igreja; e toda palavra
que quaisquer pessoas entre vós contra ele ou ela será confirmada
que tenham repudiado o cônjuge por duas testemunhas da igreja
por causa de a fornicação, ou, em e não do inimigo; mas se houver
outras palavras, se com toda a hu- mais de duas testemunhas, será
mildade testificarem diante de vós melhor.
ser esse o caso, não as expulsareis 81 Não obstante, a pessoa será
de vosso meio; condenada pela boca de duas tes-
75 Mas se descobrirdes que uma temunhas; e os élderes apresen-
pessoa abandonou o cônjuge por tarão o caso diante da igreja e a
causa de a adultério e é ela mes- igreja levantará a mão contra ela,
ma a culpada e seu cônjuge vive, para que seja julgada de acordo
essa pessoa será b expulsa de vos- com a lei de Deus.
so meio. 82 E se for possível, é necessá-
76 E também vos digo que deve- rio que o bispo esteja presente
reis ser a diligentes e cuidadosos também.
em vossas investigações, para que 83 E assim fareis em todos os ca-
não recebais tais pessoas entre vós, sos que vos forem apresentados.
se forem casadas; 84 E se um homem ou uma mu-
77 E se não forem casadas, de- lher roubar, será entregue à lei
verão arrepender-se de todos os do país.
pecados; caso contrário, não as 85 E se ele ou ela a furtar, será en-
recebereis. tregue à lei do país.
78 E também, toda pessoa que 86 E se ele ou ela a mentir, será
pertencer a esta igreja de Cristo entregue à lei do país.
esforçar-se-á para guardar todos 87 E se ele ou ela cometer qual-
os mandamentos e convênios da quer iniquidade, será entregue à
igreja. lei, sim, à lei de Deus.
79 E acontecerá que, se qualquer 88 E se teu a irmão ou tua irmã
dentre vós a matar, será entregue te b ofender, aparta-te com ele ou
para ser julgado de acordo com as ela a sós; e se ele ou ela c confessar,
leis do país; pois lembrai-vos de reconciliar-vos-eis.
que ele não terá perdão; e o caso 89 Mas se ele ou ela não confes-
será provado de acordo com as sar, ele ou ela será por ti entregue
leis do país. à igreja, não aos membros, mas
80 E se qualquer pessoa, homem aos élderes. E isso será feito numa
ou mulher, cometer adultério, será reunião e não perante o mundo.
julgada diante de dois ou mais 90 E se teu irmão ou tua irmã
74 a GEE Fornicação; Vigiar. Mentir, Mentiroso.
Imoralidade Sexual. 79 a GEE Homicídio. 88 a GEE Irmã(s), Irmão(s).
75 a GEE Adultério. 85 a GEE Roubar, Roubo. b Mt. 18:15–17.
b GEE Excomunhão. 86 a GEE Honestidade, c GEE Confessar,
76 a GEE Atalaia, Sentinela, Honesto; Confissão.
Doutrina e Convênios 42:91– 43:5 84
ofender a muitos, ele ou ela será segredo, será repreendido em se-
a
repreendido diante de muitos. gredo, para que tenha oportuni-
91 E se alguém ofender publica- dade de confessar em segredo a
mente, será repreendido publica- quem quer que tenha ofendido e
mente, para que se envergonhe. E a Deus, para que a igreja não fale
se não confessar, será entregue à com reprovação a seu respeito.
lei de Deus. 93 E assim agireis em todas as
92 Se alguém ofender em coisas.
SEÇÃO 43
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em fevereiro de 1831. Alguns membros da Igreja
estavam, nessa época, sendo perturbados por alguns que falsamente
afirmavam ser reveladores. O Profeta inquiriu o Senhor e recebeu
esta comunicação dirigida aos élderes da Igreja. A primeira parte tra-
ta de assuntos ligados ao governo da Igreja; a última parte contém
uma advertência que os élderes devem transmitir às nações da Terra.
1–7, Revelações e mandamentos são minha igreja, por meio daquele
dados somente por meio da pessoa que designei para receber b man-
designada; 8–14, Os santos são santi- damentos e revelações de minha
ficados agindo com toda santidade pe- mão.
rante o Senhor; 15–22, Os élderes são 3 E isto sabereis com certeza —
enviados para clamar arrependimento que não há qualquer outro desig-
e preparar os homens para o grande dia nado para receber mandamentos
do Senhor; 23–28, O Senhor chama e revelações para vós, até que ele
os homens por Sua própria voz e por seja levado, se ele a permanecer
meio das forças da natureza; 29–35, em mim.
Virá o Milênio e o tempo em que Sa- 4 Mas em verdade, em verdade
tanás será amarrado. vos digo que a nenhum outro será
designado para receber esse dom,
Escutai, ó élderes de minha igre- a menos que seja por meio dele;
ja, e dai ouvidos às palavras que pois, se esse dom for dele tirado,
vos direi. ele não terá poder, a não ser para
2 Pois eis que em verdade, em designar outro em seu lugar.
verdade vos digo que recebestes 5 E isto vos será por lei: Não
um mandamento como a lei para recebereis os ensinamentos de
90 a GEE Castigar, Castigo, b GEE Mandamentos de 3 a Jo. 15:4.
Corrigir, Repreender. Deus; 4 a D&C 28:2–3.
43 2 a D&C 42. Revelação.
85 Doutrina e Convênios 43:6–18
qualquer pessoa que os apresen- 11 Purgai a a iniquidade que exis-
te a vós como revelações ou como te entre vós; santificai-vos peran-
mandamentos. te mim;
6 E isto vos dou para que não se- 12 E, se desejais as glórias do
jais a enganados, para que saibais reino, designai meu servo Joseph
que não vêm de mim. Smith Júnior, e a sustentai-o peran-
7 Pois em verdade vos digo que te mim pela oração da fé.
aquele que for a ordenado por mim 13 E também vos digo que, se
entrará pela b porta e deverá ser or- desejais os a mistérios do reino, for-
denado como eu antes vos disse, necei-lhe alimento, roupas e tudo
para ensinar as revelações que re- o mais de que ele necessitar para
cebestes e que recebereis por meio fazer o trabalho que lhe ordenei;
daquele que designei. 14 E se assim não fizerdes, ele
8 E agora, eis que vos dou o man- permanecerá com aqueles que o
damento de que, quando estiver- receberam, a fim de que para mim
des congregados, deveis a instruir- mesmo eu reserve um povo a puro
vos e edificar-vos uns aos outros, diante de mim.
para que saibais como agir e como 15 E também eu digo: Escutai, ó
dirigir minha igreja, como proce- élderes de minha igreja, a quem
der com respeito aos pontos de designei: Não sois enviados para
minha lei e dos mandamentos que serdes ensinados, mas para a ensi-
dei. nardes aos filhos dos homens as
9 E assim vos tornareis instruí- coisas que pus em vossas mãos
dos na lei de minha igreja; e sereis pelo poder de meu b Espírito;
a
santificados por meio daquilo que 16 Sereis a ensinados do alto.
recebestes e fareis convênio de que b
Santificai-vos e sereis c investi-
agireis em toda a santidade diante dos de poder, para que ensineis
de mim — como falei.
10 Para que, se assim fizerdes, 17 Escutai, pois eis que o a grande
glória seja a acrescentada ao rei- b
dia do Senhor está perto.
no que recebestes. Se assim não 18 Pois aproxima-se o dia em que
fizerdes, até o que recebestes vos dos céus o Senhor fará ressoar a
será b tirado. sua a voz; os céus b estremecerão e
6 a D&C 46:7. b Mc. 4:25. b GEE Santificação.
GEE Enganar, Engano, 11 a GEE Pecado. c Lc. 24:49;
Fraude. 12 a GEE Apoio aos Líderes D&C 38:32; 95:8–9;
7 a GEE Ordenação, da Igreja. 110:8–10.
Ordenar. 13 a GEE Mistérios de Deus. 17 a Mal. 4:5;
b Mt. 7:13–14; 14 a GEE Pureza, Puro. D&C 2:1; 34:6–9.
2 Né. 9:41; 31:9, 17–18; 15 a GEE Obra Missionária. b D&C 29:8.
3 Né. 14:13–14; b GEE Ensinar, Mestre — GEE Segunda Vinda de
D&C 22. Ensinar com o Jesus Cristo.
8 a D&C 88:77. Espírito. 18 a Joel 2:11; D&C 133:50.
9 a GEE Santificação. 16 a GEE Inspiração, b Joel 2:10; 3:16;
10 a Al. 12:10. Inspirar. D&C 45:48.
Doutrina e Convênios 43:19–29 86
a Terra tremerá; e a trombeta de
c d
Escutai, ó nações da Terra, e ouvi
Deus soará longa e fortemente e as palavras do Deus que vos criou.
dirá às nações adormecidas: Vós, 24 Ó vós, nações da Terra, quan-
santos, e levantai-vos e vivei; vós, tas vezes eu quis ajuntar-vos como
pecadores, f permanecei e g dormi a a galinha ajunta seus pintos de-
até que eu volte a chamar-vos. baixo das asas, mas vós b não o
19 Portanto, cingi vossos lombos quisestes!
para que não sejais achados entre 25 Quantas vezes vos a chamei
os iníquos. pela boca de meus b servos e pelo
20 Elevai a voz sem cessar. Cha- c
ministério de anjos e por minha
mai as nações ao arrependimento, própria voz; e pela voz de trovões
tanto velhos como jovens, tanto e pela voz de relâmpagos e pela
servos como livres, dizendo: Pre- voz da tempestade; e pela voz dos
parai-vos para o grande dia do terremotos e grandes chuvas de
Senhor; pedra; e pela voz da d fome e pes-
21 Pois se eu, que sou homem, tilências de toda espécie; e pelo
elevo a minha voz e vos convido grande som de uma trombeta e
ao arrependimento e vós me de- pela voz do julgamento e pela voz
testais, o que direis quando vier o da e misericórdia, todo o dia; e pela
dia em que os a trovões ecoarem a voz da glória e honra e das rique-
sua voz desde os confins da Terra, zas da vida eterna quis salvar-vos
falando aos ouvidos de todos os com salvação f eterna, mas vós não
que vivem, dizendo: Arrependei- o quisestes!
vos e preparai-vos para o grande 26 Eis que chegado é o dia em
dia do Senhor? que está cheio o cálice da ira de
22 Sim, e quando os relâmpagos minha indignação.
resplandecerem desde o oriente 27 Eis que em verdade vos digo
até o ocidente e manifestarem a que estas são as palavras do Se-
sua voz a todos os que vivem e nhor vosso Deus.
fizerem zumbir os ouvidos de to- 28 Portanto, trabalhai, a traba-
dos os que ouvem, dizendo estas lhai na minha vinha pela última
palavras: Arrependei-vos, porque vez — pela última vez chamai os
é chegado o grande dia do Senhor? habitantes da Terra.
23 E também, dos céus o Senhor 29 Pois em meu próprio e de-
fará ressoar a sua voz, dizendo: vido tempo a virei à Terra com
18 c D&C 88:87. b GEE Rebeldia, Rebelião. Misericordioso.
d D&C 29:13; 45:45. 25 a Hel. 12:2–4. f GEE Imortal,
e GEE Ressurreição. b Mt. 23:34. Imortalidade;
f D&C 76:85; 88:100–101. GEE Profeta. Salvação; Vida eterna.
g Mórm. 9:13–14. c D&C 7:6; 130:4–5. 28 a Jacó 5:71;
21 a 2 Né. 27:2; d Jer. 24:10; Amós 4:6; D&C 33:3.
D&C 88:90. D&C 87:6; GEE Vinha do Senhor.
24 a Mt. 23:37; JS—M 1:29. 29 a GEE Segunda Vinda de
3 Né. 10:4–6. e GEE Misericórdia, Jesus Cristo.
87 Doutrina e Convênios 43:30– 44:4
julgamento e o meu povo será re- inextinguível, e seu fim, homem
dimido e reinará comigo na Terra. algum na Terra sabe nem nunca
30 Pois o grande a Milênio, do saberá, até que compareçam pe-
qual falei pela boca de meus ser- rante mim em b julgamento.
vos, virá. 34 Escutai estas palavras. Eis que
31 Pois a Satanás será b amarrado eu sou Jesus Cristo, o a Salvador
e, quando for libertado, reinará do mundo. b Entesourai estas coi-
apenas por c pouco tempo e então sas em vosso coração; e que as
virá o d fim da Terra. verdades c solenes da eternidade
32 E aquele que viver em a retidão d
repousem em vossa e mente.
será b transformado num piscar de 35 Sede a sóbrios. Guardai todos
olhos e a Terra passará como se os meus mandamentos. Assim
fosse por fogo. seja. Amém.
33 E os iníquos irão para o a fogo
SEÇÃO 44
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Kirtland, Ohio, em fins de fevereiro de 1831. Cumprindo os requisitos
aqui estabelecidos, a Igreja marcou uma conferência para o princípio
do mês de junho seguinte.
1–3, Os élderes devem reunir-se em 2 E acontecerá que, se forem fiéis
conferência; 4–6, Devem organizar-se e exercerem fé em mim, derrama-
de acordo com as leis do país e cuidar rei meu a Espírito sobre eles no dia
dos pobres. em que se congregarem.
3 E acontecerá que irão às regiões
Eis que assim diz o Senhor a vós, circunvizinhas e a pregarão arre-
meus servos: É-me conveniente pendimento ao povo.
que os élderes de minha igreja 4 E muitos serão a convertidos, de
sejam convocados, do leste e do maneira que obtereis poder para
oeste, do norte e do sul, por carta vos organizar b conforme as leis
ou algum outro meio. do homem;
30 a GEE Milênio. 32 a GEE Retidão. d GEE Ponderar.
31 a 1 Né. 22:26. b 1 Cor. 15:51–52; e GEE Mente.
GEE Diabo. D&C 63:51; 101:31. 35 a Rom. 12:3;
b D&C 45:55; 84:100; GEE Ressurreição. D&C 18:21.
88:110. 33 a Mt. 3:12. 44 2 a At. 2:17.
c Apoc. 20:3; b GEE Jesus Cristo — 3 a GEE Pregar.
Jacó 5:77; Juiz. 4 a GEE Conversão,
D&C 29:22. 34 a GEE Salvador. Converter.
d GEE Mundo — Fim do b JS—M 1:37. b D&C 98:5–7.
mundo. c D&C 84:61; 100:7–8.
Doutrina e Convênios 44:5– 45:2 88
5 Para que vossos inimigos não
a
6 Eis que vos digo que deveis
tenham poder sobre vós e sejais visitar os pobres e os necessitados
a
SEÇÃO 45
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja,
em Kirtland, Ohio, em 7 de março de 1831. Prefaciando o registro
desta revelação, a história de Joseph Smith declara que “neste perío-
do da Igreja (. . .) muitos relatos falsos (. . .) e histórias tolas foram
publicados (. . .) e circularam, (. . .) para impedir que as pessoas in-
vestigassem a obra ou abraçassem a fé. (. . .) Mas para alegria dos
santos, (. . .) recebi o seguinte.”
1–5, Cristo é nosso advogado junto ao Novo Testamento, por meio da qual
Pai; 6–10, O evangelho é um mensa- importantes informações tornar-se-
geiro para preparar o caminho dian- iam conhecidas; 63–75, Ordena-se
te do Senhor; 11–15, Enoque e seus que os santos se reúnam e construam
Irmãos foram recebidos pelo Senhor; a Nova Jerusalém, para onde acorre-
16–23, Cristo revelou os sinais da rão pessoas de todas as nações.
Sua vinda como dados no Monte das
Oliveiras; 24–38, O evangelho será Escutai, ó povo de minha a igreja,
restaurado, cumprir-se-ão os tempos a quem foi dado o b reino; escutai e
dos gentios e uma enfermidade deso- dai ouvidos àquele que estabele-
ladora cobrirá a terra; 39–47, Sinais, ceu os fundamentos da Terra, que
maravilhas e a Ressurreição acom- c
fez os céus e todas as suas hostes,
panharão a Segunda Vinda; 48–53, e por quem foram feitas todas as
Cristo aparecerá sobre o Monte das coisas que vivem e se movem e
Oliveiras e os judeus verão as feri- têm seu ser.
das em Suas mãos e em Seus pés; 2 E também digo: Escutai a mi-
54–59, O Senhor reinará durante nha voz, para que a a morte não
o Milênio; 60–62, O Profeta recebe vos surpreenda; na b hora que me-
instrução para iniciar a tradução do nos esperais o verão terá passado,
5 a 2 Né. 4:33. Cristo. GEE Criação, Criar.
6 a Tg. 1:27. b D&C 50:35. 2 a Al. 34:33–35.
GEE Bem-Estar; c Jer. 14:22; b Mt. 24:44.
Compaixão. 3 Né. 9:15;
45 1 a GEE Igreja de Jesus D&C 14:9.
89 Doutrina e Convênios 45:3–13
a c colheita estará terminada e vos- se tornarem os c filhos de Deus; e
sa alma não estará salva. aos que d creram em meu nome,
3 Ouvi aquele que é o a advogado dei poder para alcançarem a e vida
junto ao Pai, que está pleiteando eterna.
vossa causa perante ele — 9 E assim também mandei ao
4 Dizendo: Pai, contempla os a so- mundo meu a eterno b convênio,
frimentos e a morte daquele que para ser uma luz para o mundo,
não cometeu b pecado, em quem para ser um c modelo para meu
te rejubilaste; contempla o sangue povo e para que os d gentios o pro-
de teu Filho, que foi derramado, curem; e para ser um e mensageiro
o sangue daquele que deste para diante de minha face e preparar o
que fosses c glorificado; caminho diante de mim.
5 Portanto, Pai, poupa estes 10 Portanto, entrai nele; e com
meus irmãos que a creem em meu aquele que vier eu arrazoarei,
nome, para que venham a mim e como fiz com os homens em dias
tenham b vida eterna. passados; e mostrar-vos-ei meu
6 Escutai, ó povo da minha igre- a
forte argumento.
ja, e vós, élderes, juntos escutai e 11 Portanto, juntos escutai e dei-
ouvi a minha voz durante o tempo xai-me mostrar-vos minha sabe-
que se chama a hoje; e não endure- doria — a sabedoria daquele que
çais o coração; dizeis ser o Deus de a Enoque e de
7 Pois em verdade vos digo que seus irmãos,
eu sou o a Alfa e o Ômega, o prin- 12 Que foram a apartados da Ter-
cípio e o fim, a luz e a vida do ra e recebidos em mim — uma
mundo — uma b luz que resplan- b
cidade reservada até que venha
dece nas trevas e as trevas não a o dia da retidão — dia procurado
compreendem. por todos os homens santos e não
8 Eu vim aos meus e os meus encontrado devido a iniquidades
não me receberam; mas a todos os e abominações;
que me receberam dei a poder para 13 E eles confessaram ser a estra-
realizar muitos b milagres e para nhos e peregrinos na Terra;
2 c Jer. 8:20; D&C 19:1. d Isa. 42:6;
D&C 56:16. b Jo. 1:5. 2 Né. 10:9–18.
GEE Ceifa, Colheita. 8 a Mt. 10:1. e Mal. 3:1.
3 a D&C 62:1. GEE Poder. 10 a Isa. 41:21;
GEE Advogado. b GEE Milagre. D&C 50:10–12.
4 a D&C 19:18–19. c GEE Filhos e Filhas de 11 a Mois. 7:69.
GEE Expiação, Expiar. Deus. 12 a TJS Gên. 14:30–34
b Heb. 4:15. d GEE Crença, Crer; Fé. (Apêndice da Bíblia);
c Jo. 12:28. e D&C 14:7. D&C 38:4;
5 a D&C 20:25; 35:2; 38:4. 9 a GEE Novo e Eterno Mois. 7:21.
b Jo. 3:16. Convênio. b Mois. 7:62–64.
6 a Heb. 3:13; b Jer. 31:31–34; GEE Sião.
D&C 64:23–25. Mórm. 5:20. 13 a Heb. 11:13;
7 a Apoc. 1:8; 21:6; c 2 Né. 29:2. 1 Ped. 2:11.
Doutrina e Convênios 45:14–29 90
14 Mas receberam a promessa a
será derribado, de modo que não
de que o encontrariam e o veriam ficará pedra sobre pedra.
na carne. 21 E acontecerá que esta geração
15 Portanto, escutai e arrazoarei de judeus não passará sem que se
convosco; e falar-vos-ei e profeti- cumpram todas as desolações de
zarei como fiz com os homens em que vos falei em relação a eles.
dias passados. 22 Dizeis saber que o a fim do
16 E mostrá-lo-ei claramente, mundo virá; dizeis também saber
como a meus discípulos o a mos- que os céus e a Terra passarão;
trei quando estive diante deles 23 E com isto dizeis a verdade,
na carne e falei-lhes, dizendo: porque assim é; mas estas coisas
Como me tendes perguntado so- de que vos falei não passarão até
bre os b sinais da minha vinda, que tudo se cumpra.
no dia em que, nas nuvens dos 24 E isto vos disse concernente a
céus, eu vier em minha glória Jerusalém; e quando vier aquele
para cumprir as promessas que dia, um remanescente será a dis-
fiz a vossos pais, perso entre todas as nações;
17 Pois uma vez que tendes con- 25 Mas serão a reunidos outra vez;
siderado como aprisionamento o contudo, permanecerão até que os
longo tempo em que vosso a espíri- tempos dos b gentios se cumpram.
to esteve b ausente de vosso corpo, 26 E a naqueles dias se ouvirá de
mostrar-vos-ei como virá o dia da b
guerras e rumores de guerras e
redenção e também a c restauração toda a Terra estará em comoção e
de Israel d disperso. o coração dos homens c falhará; e
18 E agora vedes este templo si- dirão que Cristo d retarda sua vin-
tuado em Jerusalém, que chamais da até o fim da Terra.
casa de Deus; e vossos inimigos 27 E o amor dos homens esfria-
dizem que essa casa jamais cairá. rá e a iniquidade será abundante.
19 Mas em verdade vos digo que 28 E quando os tempos dos a gen-
desolação virá sobre esta geração tios chegarem, uma b luz resplan-
como um ladrão na noite; e este decerá entre aqueles que se assen-
povo será destruído e dispersado tam em trevas; e será a plenitude
por entre todas as nações. do meu evangelho;
20 E este templo que agora vedes 29 Mas eles não a a recebem,
14 a Heb. 11:8–13; d 1 Né. 10:12–14. 26 a GEE Últimos Dias.
Mois. 7:63. GEE Israel — Dispersão b D&C 87;
16 a Mt. 24; Lc. 21:7–36; de Israel. JS—M 1:23.
JS—M 1. 22 a GEE Mundo — Fim do c Lc. 21:26.
b GEE Segunda Vinda de mundo. d 2 Ped. 3:3–10.
Jesus Cristo. 24 a 2 Né. 25:15. 28 a 1 Né. 15:13.
17 a D&C 138:50. 25 a Ne. 1:9; Isa. 11:12–14; b GEE Luz, Luz de Cristo;
b GEE Espírito. 1 Né. 22:10–12; Restauração do
c GEE Israel — Coligação 2 Né. 21:12–14. Evangelho.
de Israel. b Lc. 21:24. 29 a Jo. 1:5.
91 Doutrina e Convênios 45:30– 45
porque não percebem a luz e des- 37 Olhais e vedes as a figueiras e
viam de mim o b coração por causa com vossos olhos as contemplais;
dos c preceitos dos homens. e quando começam a brotar e suas
30 E nessa geração se cumprirá folhas estão ainda tenras, dizeis
o tempo dos gentios. que o verão está próximo;
31 E haverá homens nessa gera- 38 Assim também será no dia
ção que não passarão até que ve- em que eles virem todas essas coi-
jam uma a praga terrível; pois uma sas; então saberão que a hora está
doença desoladora cobrirá a terra. próxima.
32 Mas os meus discípulos a per- 39 E acontecerá que aquele que
manecerão em lugares santos e me a teme estará b esperando que
não serão movidos; mas, entre venha o grande c dia do Senhor,
os iníquos, homens levantarão sim, os d sinais da vinda do e Filho
a voz e b amaldiçoarão a Deus e do Homem.
morrerão. 40 E verão sinais e maravilhas,
33 E haverá a terremotos também pois serão mostrados em cima nos
em diversos lugares e muitas de- céus e embaixo na Terra.
solações; e ainda assim os homens 41 E verão sangue e a fogo e va-
endurecerão o coração contra mim pores de fumaça.
e levantarão a b espada uns contra 42 E antes que venha o dia do
os outros e matar-se-ão uns aos Senhor, o a sol se escurecerá, a lua
outros. tornar-se-á em sangue e as estrelas
34 E quando eu, o Senhor, disse cairão do céu.
estas palavras aos meus discípu- 43 E o remanescente será reunido
los, eles se perturbaram. neste local;
35 E disse-lhes: Não vos a pertur- 44 E então me procurarão, e eis
beis, porque, quando todas estas que virei; e ver-me-ão nas nuvens
coisas acontecerem, sabereis que do céu, revestido de poder e gran-
as promessas que vos foram feitas de a glória, com todos os santos
serão cumpridas. anjos; e quem não me b procurar
36 E quando começar a raiar a será rejeitado.
luz, será para eles como uma pa- 45 Mas antes que desça o bra-
rábola que vos mostrarei — ço do Senhor, um anjo soará sua
29 b Mt. 15:8–9. Lc. 21:29–31. Jesus Cristo.
c D&C 3:6–8; 46:7; 39 a D&C 10:55–56. d GEE Sinais dos Tempos.
JS—H 1:19. GEE Obedecer, e GEE Filho do Homem.
31 a D&C 5:19–20; 97:22– Obediência, 41 a D&C 29:21; 97:25–26.
25. Obediente; 42 a Joel 2:10;
32 a D&C 101:21–22, 64. Temor — Temor de Apoc. 6:12;
b Apoc. 16:11, 21. Deus. D&C 88:87; 133:49.
33 a D&C 43:18; 88:87–90. b 2 Ped. 3:10–13; 44 a GEE Jesus Cristo —
b D&C 63:33. D&C 35:15–16; Glória de Jesus Cristo.
35 a Mt. 24:6. Mois. 7:62. b Mt. 24:43–51;
37 a Mc. 13:28; c GEE Segunda Vinda de Mc. 13:32–37.
Doutrina e Convênios 45:46–58 92
a
trombeta e os santos que dormi- o Senhor, pois dir-lhes-ei: Estas
ram b ressurgirão para encontrar- são as feridas com que fui a ferido
me nas c nuvens. na casa de meus amigos. Eu sou
46 Portanto, se dormistes em aquele que foi levantado. Eu sou
a
paz, bem-aventurados sois; por- Jesus, que foi b crucificado. Eu sou
que como agora me vedes e sabeis o Filho de Deus.
que eu sou, assim também b vireis 53 E então eles a prantearão por
a mim e vossa alma c viverá e vos- causa de suas iniquidades; e la-
sa redenção será aperfeiçoada; e mentar-se-ão por terem persegui-
os santos ressurgirão dos quatro do o seu b rei.
cantos da Terra. 54 E então as nações a pagãs serão
47 Então o a braço do Senhor des- redimidas e os que não conhece-
cerá sobre as nações. ram lei alguma tomarão parte na
48 E então o Senhor assentará o primeira b ressurreição; e ser-lhes-á
pé sobre este a monte e ele será fen- c
tolerável.
dido pelo meio; e a Terra b tremerá 55 E a Satanás será b amarrado,
e vacilará de um lado para outro para que não tenha lugar no cora-
e os céus também c estremecerão. ção dos filhos dos homens.
49 E o Senhor fará soar a sua voz 56 E nesse a dia, quando eu vier
e todos os confins da Terra ouvi- em minha glória, cumprir-se-á a
la-ão; e as nações da Terra a pran- parábola de que falei, concernente
tearão e os que riram verão sua às dez b virgens.
insensatez. 57 Pois aqueles que são pruden-
50 E calamidade cobrirá o des- tes e tiverem recebido a a verdade
denhador e o escarnecedor será e tomado o Santo Espírito por seu
consumido; e os que tiverem pro- b
guia e não tiverem sido c engana-
curado a iniquidade serão corta- dos — em verdade vos digo que
dos e lançados no fogo. não serão cortados e lançados no
51 E então os a judeus irão b olhar d
fogo, mas suportarão o dia.
para mim e dizer: Que feridas são 58 E a a Terra ser-lhes-á dada
essas em tuas mãos e em teus pés? por b herança e multiplicar-se-ão
52 Então saberão que eu sou e tornar-se-ão fortes; e seus filhos
45 a D&C 29:13; 43:18. 51 a GEE Judeus. D&C 43:31; 88:110.
b D&C 88:96–97. b Zac. 12:10. 56 a GEE Segunda Vinda de
GEE Ressurreição. 52 a Zac. 13:6. Jesus Cristo.
c 1 Tess. 4:16–17. b GEE Crucificação. b Mt. 25:1–13;
46 a Al. 40:12. 53 a Apoc. 1:7. D&C 63:54.
b Isa. 55:3. b Lc. 23:38; 57 a GEE Verdade.
c GEE Vida eterna. Jo. 19:3, 14–15. b GEE Espírito Santo.
47 a D&C 1:12–16. 54 a Eze. 36:23; 39:21. c JS—M 1:37.
48 a Zac. 14:4. b GEE Ressurreição. d D&C 29:7–9; 63:34;
b D&C 43:18; 88:87. c D&C 75:22. 64:23–24;
c Joel 3:16; 55 a GEE Diabo. 101:22–25.
D&C 49:23. b Apoc. 20:2; 58 a GEE Milênio.
49 a D&C 87:6. 1 Né. 22:26; b Mt. 5:5.
93 Doutrina e Convênios 45:59–72
crescerão sem pecado para a d sal-
c
herança que mais tarde vos será
vação. designada.
59 Porque o Senhor estará em 66 E ela será chamada a a Nova Je-
seu a meio e sua glória estará so- rusalém, uma b terra de c paz, uma
bre eles; e ele será seu rei e seu cidade de d refúgio, um lugar se-
b
legislador. guro para os santos do Deus Al-
60 E agora, eis que vos digo que tíssimo;
nada mais vos será dado saber 67 E a a glória do Senhor ali estará
concernente a este capítulo, até e o terror do Senhor também ali
que o a Novo Testamento seja tra- estará, tanto que os iníquos não
duzido; e nele todas estas coisas virão a ela; e será chamada Sião.
serão dadas a conhecer; 68 E acontecerá entre os iníquos
61 Portanto, agora vos permito que todo homem que não tomar
traduzi-lo, para que estejais pre- sua espada contra seu próximo
parados para as coisas que hão terá que fugir para Sião, por se-
de vir. gurança.
62 Pois em verdade vos digo que 69 E a reunir-se-ão nela, de todas
grandes coisas vos esperam; as nações debaixo dos céus; e se-
63 Ouvis falar de a guerras em rão o único povo que não estará
terras estrangeiras; mas eis que em guerra entre si.
vos digo que estão próximas, sim, 70 E entre os iníquos dir-se-á:
às vossas portas; e daqui a não Não subamos para lutar contra
muitos anos ouvireis falar de guer- Sião, porque os habitantes de Sião
ras nas vossas próprias terras. são terríveis; portanto, não pode-
64 Portanto, eu, o Senhor, disse: mos resistir.
Saí das terras do a leste, reuni-vos, 71 E acontecerá que os justos se-
ó élderes de minha igreja; ide para rão reunidos dentre todas as na-
as regiões do oeste, chamai os ha- ções e virão a Sião cantando com
bitantes ao arrependimento e, à cânticos de eterna alegria.
medida que eles se arrependerem, 72 E agora vos digo: Não deixeis
estabelecei igrejas para mim. que estas coisas se espalhem pelo
65 E com um só coração e com mundo até que me seja conve-
um só pensamento, ajuntai vos- niente, para que realizeis esta obra
sas riquezas para a comprar uma aos olhos do povo e aos olhos de
58 c D&C 63:51; 101:29–31. 64 a D&C 42:64. D&C 115:6.
d GEE Salvação. 65 a D&C 63:27. 67 a D&C 64:41–43;
59 a D&C 29:11; 104:59. 66 a Ét. 13:5–6; 97:15–18.
b Gên. 49:10; Mois. 7:62; GEE Jesus Cristo —
Zac. 14:9; RF 1:10. Glória de Jesus Cristo.
D&C 38:21–22. GEE Nova Jerusalém; 69 a Deut. 30:3;
60 a GEE Tradução de Sião. Jer. 32:37–39;
Joseph Smith (TJS). b D&C 57:1–3. D&C 33:6.
63 a D&C 38:29; 87:1–5; c GEE Paz.
130:12. d Isa. 4:6;
Doutrina e Convênios 45:73– 46:5 94
vossos inimigos, para que eles não serão tomados de temor e perma-
saibam de vossas obras até que te- necerão afastados e estremecerão.
nhais realizado o que vos mandei; 75 E todas as nações temerão
73 Para que, quando o souberem, por causa do terror do Senhor e
reflitam sobre estas coisas. do poder de sua força. Assim seja.
74 Pois quando o Senhor apare- Amém.
cer, será tão a terrível para eles que
SEÇÃO 46
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja
em Kirtland, Ohio, em 8 de março de 1831. Nos primeiros tempos
da Igreja, ainda não havia sido elaborado um sistema uniforme para
dirigir os serviços da Igreja. Entretanto, havia-se generalizado o
costume de admitir somente membros e pesquisadores sinceros às
reuniões sacramentais e outras assembleias da Igreja. Esta revelação
expressa a vontade do Senhor concernente à regulamentação e dire-
ção das reuniões, assim como a Sua orientação a respeito de buscar
e discernir os dons do Espírito.
1–2, Os élderes devem dirigir as reu- ordenado aos a élderes da minha
niões conforme inspirados pelo San- igreja, desde o princípio — e sem-
to Espírito; 3–6, Os que buscam a pre o será — b dirigirem todas as
verdade não devem ser excluídos das reuniões conforme inspirados e
reuniões sacramentais; 7–12, Pedi a guiados pelo Santo Espírito.
Deus e buscai os dons do Espírito; 3 Não obstante, tendes ordem de
13–26, Enumeram-se alguns desses jamais a excluir quem quer que seja
dons; 27–33, Aos líderes da Igreja é de vossas reuniões públicas, que
dado poder para discernir os dons do são realizadas diante do mundo.
Espírito. 4 Tendes ordem também de não
excluir de vossas reuniões sacra-
Escutai, ó povo da minha igreja; mentais ninguém que pertença à
pois, em verdade vos digo, que a
igreja; não obstante, se alguém
estas coisas foram declaradas para tiver transgredido, que não b par-
vosso a proveito e instrução. ticipe do sacramento até que haja
2 Mas não obstante as coisas uma reconciliação.
que estão escritas, sempre foi 5 E também vos digo que não
74 a Sof. 2:11. D&C 20:45. Cristo.
46 1 a 2 Tim. 3:16–17. 3 a 3 Né. 18:22–25. b 3 Né. 18:26–32.
2 a Al. 6:1. GEE Confraternizar. GEE Sacramento.
b Morô. 6:9; 4 a GEE Igreja de Jesus
95 Doutrina e Convênios 46:6–16
deveis excluir de vossas reuniões que procuram assim fazer; para
sacramentais quem quer que es- que sejam beneficiados todos os
teja sinceramente procurando o que buscam ou que me pedem
reino — digo isto com respeito aos e que pedem não um a sinal para
que não são da igreja. b
satisfazer suas concupiscências.
6 E torno a dizer-vos, com res- 10 E também em verdade vos
peito às vossas a reuniões de con- digo: Quisera que sempre vos lem-
firmação, que se houver alguém brásseis e sempre retivésseis em
que não for da igreja, mas estiver vossa a mente o que são esses b dons
sinceramente procurando o reino, dados à igreja.
não o excluireis. 11 Pois a todos não são dados to-
7 Tendes ordem, porém, de em dos os dons; pois há muitos dons
todas as coisas a pedir a Deus, que e a a cada homem é dado um dom
dá liberalmente; e aquilo que o Es- pelo Espírito de Deus.
pírito vos testificar, assim quisera 12 A alguns é dado um, a ou-
eu que fizésseis em toda b santida- tros é dado outro, para que desse
de de coração, andando retamente modo todos sejam beneficiados.
perante mim, c refletindo sobre o 13 A alguns é dado a saber, pelo
resultado da vossa salvação, fa- Espírito Santo, que Jesus Cristo é o
zendo todas as coisas com ora- Filho de Deus e que foi crucificado
ção e d ação de graças, para que pelos pecados do mundo.
não sejais e seduzidos por espíritos 14 A outros é dado a crer nas pala-
malignos, ou pelas doutrinas de vras deles, para que tenham tam-
f
demônios, ou por g mandamentos bém vida eterna se permanece-
de homens; porque alguns são de rem fiéis.
homens e outros, de demônios; 15 E também o Espírito Santo faz
8 Portanto, acautelai-vos para saber a alguns as a diferenças de
que não vos enganem; e, para que administração, conforme for agra-
não sejais enganados, a procurai dável ao mesmo Senhor, segundo
com zelo os melhores dons, lem- desejar o Senhor, que molda suas
brando sempre por que são dados; misericórdias às condições dos
9 Pois em verdade vos digo: Eles filhos dos homens.
são dados em benefício daqueles 16 E também a alguns é dado
que me amam e guardam todos perceber, pelo Espírito Santo, se as
os meus mandamentos e daqueles diversidades de operações são de
6 a IE para confirmação GEE Ação de Graças, b Tg. 4:3.
das pessoas Agradecido, 10 a GEE Mente.
recém-batizadas. Agradecimento. b 1 Cor. 14:12.
7 a Tg. 1:5–6; e 1 Tim. 4:1–4; GEE Dons do Espírito.
D&C 88:63. D&C 43:5–7. 11 a 1 Cor. 12:4–11.
b GEE Santidade. f GEE Diabo. 13 a GEE Testemunho.
c GEE Ponderar. g D&C 3:6–7; 45:29. 14 a 3 Né. 12:2.
d Salm. 100; 8 a 1 Cor. 12:31. GEE Crença, Crer.
Al. 34:38. 9 a GEE Sinal. 15 a Morô. 10:8.
Doutrina e Convênios 46:17–33 96
Deus, para que as manifestações 27 E ao bispo da igreja e àqueles
a
SEÇÃO 47
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 8 de março de 1831. John Whitmer, que já havia servido
como secretário do Profeta, inicialmente hesitou quando foi convidado
17 a Morô. 10:9. 24 a GEE Línguas, Dom das. c 2 Né. 4:35.
GEE Sabedoria. 26 a Morô. 10:8–19. 32 a 1 Crôn. 16:8–15;
18 a GEE Conhecimento. b GEE Filhos e Filhas de 1 Tess. 1:2;
19 a D&C 42:48–52. Deus. Al. 37:37;
GEE Fé. 27 a GEE Bispo. D&C 59:7, 21.
20 a GEE Curar, Curas. b GEE Discernimento, GEE Ação de Graças,
21 a GEE Milagre. Dom de. Agradecido,
22 a GEE Profecia, 28 a D&C 88:64–65. Agradecimento.
Profetizar. 30 a D&C 50:29. 33 a GEE Virtude.
23 a Mois. 1:13–15. b GEE Espírito Santo. b GEE Santidade.
97 Doutrina e Convênios 47:1– 48:4
a servir como historiador e registrador da Igreja, em substituição a
Oliver Cowdery. Ele escreveu: “Eu preferiria não fazê-lo, mas entendo
que a vontade do Senhor deve ser cumprida e se Ele assim o desejar,
meu anseio é que ele o manifeste por intermédio de Joseph, o Viden-
te.” Depois que Joseph Smith recebeu esta revelação, John Whitmer
aceitou a função que lhe fora designada e nela serviu.
1–4, John Whitmer é designado para digo que ele também poderá ele-
registrar a história da Igreja e ser o var a sua voz nas reuniões, sempre
escrevente do Profeta. que for conveniente.
3 E também te digo que ele será
Eis que me é conveniente que meu encarregado de continuamente
servo John escreva e conserve uma fazer o registro e escrever a histó-
a
história regular e assista-te, meu ria da igreja; pois Oliver Cowdery
servo Joseph, na transcrição de to- designei para outro ofício.
das as coisas que te serão dadas, 4 Portanto, se for fiel, ser-lhe-á
até que ele seja chamado para ou- dado pelo a Consolador escrever
tros deveres. estas coisas. Assim seja. Amém.
2 Ademais, em verdade eu te
SEÇÃO 48
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 10 de março de 1831. O Profeta havia inquirido
o Senhor com respeito à maneira de proceder quanto à aquisição de
terras para o estabelecimento dos santos. Esse era um assunto im-
portante, em vista da migração de membros da Igreja vindos do les-
te dos Estados Unidos, em obediência à ordem do Senhor de que se
deveriam reunir em Ohio. (Ver seções 37:1–3; 45:64.)
1–3, Os santos de Ohio devem repar- 2 E se possuirdes terras, a reparti-
tir suas terras com os irmãos; 4–6, Os reis com os irmãos do leste;
santos devem comprar terras, cons- 3 E se não possuirdes terras, que
truir uma cidade e seguir os conselhos eles comprem, por enquanto, nas
dos oficiais que os presidem. regiões circunvizinhas, como lhes
parecer bem, pois é necessário que
É necessário que, por enquanto, por agora tenham lugares para
permaneçais em vossas moradias, morar.
como convenha à vossa condição. 4 É necessário que economizeis
47 1 a D&C 69:2–8; 85:1–2. Espírito Santo.
4 a GEE Consolador; 48 2 a GEE Bem-Estar.
Doutrina e Convênios 48:5–6 98
todo o dinheiro que puderdes e 6 E eles serão designados para
que obtenhais em retidão tudo o comprar as terras e iniciar a cons-
que puderdes, para que, no devi- trução do alicerce da a cidade; e
do tempo, tenhais condições de então começareis a reunir-vos com
a
comprar terras para uma herança, vossa família, cada homem de
b
sim, para a cidade. acordo com sua b família, de acor-
5 O local não será ainda revela- do com suas condições e conforme
do; mas depois que vossos irmãos lhe for designado pela presidência
vierem do leste, deverão ser de- e pelo bispo da igreja, segundo as
signados a alguns homens e a eles leis e os mandamentos que rece-
será dado b saber o local, ou seja, bestes e que recebereis daqui em
ser-lhes-á revelado. diante. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 49
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Sidney
Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley, em Kirtland, Ohio, em 7
de maio de 1831. Leman Copley havia abraçado o evangelho, mas
ainda se apegava a alguns ensinamentos dos Shakers (United Socie-
ty of Believers in Christ’s Second Appearing [Sociedade Unida dos
Crentes na Segunda Aparição de Cristo]), organização à qual per-
tencera anteriormente. Algumas das crenças dos Shakers eram que
a Segunda Vinda de Cristo já ocorrera e que Ele havia aparecido na
forma de uma mulher, Ann Lee. Eles não consideravam essencial o
batismo com água. Eles rejeitavam o casamento e acreditavam numa
vida totalmente celibatária. Alguns Shakers também proibiam que
se comesse carne. No prefácio desta revelação, a história de Joseph
Smith diz: “A fim de ter um entendimento mais perfeito do assunto,
inquiri o Senhor e recebi o seguinte.” A revelação refuta alguns dos
conceitos básicos do grupo Shaker. Os irmãos acima citados levaram
uma cópia da revelação à comunidade Shaker (perto de Cleveland,
Ohio) e leram-na para eles em sua totalidade, mas foi rejeitada.
1–7, O dia e a hora da vinda de Cristo 15–16, O casamento é decretado por
permanecerão incógnitos até que Ele Deus; 17–21, É aprovado que se coma
venha; 8–14, Os homens devem arre- carne; 22–28, Sião prosperará e os la-
pender-se, crer no evangelho e obede- manitas florescerão como a rosa, antes
cer às ordenanças para obter salvação; da Segunda Vinda.
4 a D&C 57:4–5. 5 a D&C 57:6–8. b D&C 51:3.
b D&C 42:35–36; b D&C 57:1–3.
45:65–67. 6 a GEE Nova Jerusalém.
99 Doutrina e Convênios 49:1–12
Escutai minha palavra, meus ser- de sua c glória tomou ele o seu po-
vos Sidney e Parley e Leman; pois der; e agora reina nos céus e rei-
eis que em verdade vos digo que nará até que desça à Terra, para
vos dou o mandamento de irdes pôr d debaixo de seus pés todos
a
pregar aos Shakers o meu evan- os inimigos, tempo esse que está
gelho que recebestes, da forma próximo —
como o recebestes. 7 Eu, o Senhor Deus, disse-o; mas
2 Eis que vos digo que eles dese- a hora e o a dia nenhum homem
jam conhecer a verdade em parte, sabe, nem os anjos nos céus; nem
mas não toda, pois não são a retos o saberão até que ele venha.
diante de mim e precisam arre- 8 Portanto, eu desejo que todos
pender-se. os homens se arrependam, porque
3 Portanto, meus servos Sidney todos estão debaixo do a pecado,
e Parley, envio-vos a pregar-lhes exceto aqueles que reservei para
o evangelho. mim, homens b santos dos quais
4 E meu servo Leman será orde- não sabeis.
nado para esse trabalho a fim de 9 Digo-vos, pois, que vos enviei o
arrazoar com eles, não conforme meu a convênio eterno, aquele que
o que recebeu deles, mas confor- existiu desde o princípio.
me o que lhe será a ensinado por 10 E aquilo que prometi, eu cum-
vós, meus servos; e, fazendo isso, pri; e as a nações da Terra a isso se
abençoá-lo-ei; caso contrário, ele b
curvarão; e se não o fizerem por
não prosperará. si mesmas, serão abatidas, porque
5 Assim diz o Senhor; pois eu sou aquele que agora a si mesmo se
Deus e a enviei meu Filho Unigê- exalta, será c humilhado pela força.
nito ao mundo para a b redenção 11 Portanto, dou-vos mandamen-
do mundo; e decretei que aque- to de vos a dirigirdes a esse povo e
le que o recebesse seria salvo e dizer, como meu apóstolo da an-
aquele que não o recebesse seria tiguidade, cujo nome era Pedro:
c
condenado — 12 Crede no nome do Senhor Je-
6 E fizeram ao a Filho do Homem sus, que esteve na Terra e que virá,
o que quiseram; e na mão b direita o princípio e o fim;
49 1 a GEE Pregar. 6 a GEE Filho do Homem. b Heb. 13:2;
2 a At. 8:21. b At. 7:55–56; 3 Né. 28:25–29.
4 a GEE Evangelho; D&C 76:20–23. 9 a Gên. 17:7;
Verdade. c GEE Jesus Cristo — D&C 66:2.
5 a Jo. 3:16–17; Glória de Jesus Cristo. GEE Novo e Eterno
D&C 132:24. d 1 Cor. 15:25; Convênio.
GEE Jesus Cristo — D&C 76:61. 10 a Zac. 2:11;
Autoridade. 7 a Mt. 24:36; D&C 45:66–69;
b GEE Redenção, Mc. 13:32–37; 97:18–21.
Redimido, Redimir; Apoc. 16:15; b Isa. 60:14.
Redentor. D&C 133:11. c Mt. 23:12.
c GEE Condenação, 8 a Gál. 3:22; 11 a GEE Obra Missionária.
Condenar. Mos. 16:3–5.
Doutrina e Convênios 49:13–26 100
13 Arrependei-vos e sede batiza-
a
20 Mas não foi determinado que
dos em nome de Jesus Cristo, para a
possuísse um homem mais do
a remissão de pecados, de acordo que o outro; portanto, o b mundo
com o santo mandamento; se acha em pecado.
14 E todo o que isto fizer recebe- 21 E ai do homem que a derrama
rá o a dom do Espírito Santo, pela sangue ou desperdiça carne sem
imposição das b mãos dos élderes necessidade.
da igreja. 22 E também, em verdade vos
15 E também, em verdade vos digo que o Filho do Homem não
digo que aquele que a proíbe o ca- a
virá na forma de uma mulher
samento não é aprovado por Deus, nem na de um homem viajando
porque o b casamento foi instituído pela terra.
por Deus para o homem. 23 Portanto, não vos deixeis a en-
16 Portanto, é legítimo que ele ganar, mas continuai firmes, à b es-
tenha uma a esposa e os dois serão pera de que os céus sejam sacudi-
b
uma só carne; e tudo isto para dos e a Terra trema e cambaleie
que a c Terra cumpra o fim de sua como um homem embriagado;
criação; e os c vales sejam elevados e as
17 E para que se encha com a d
montanhas sejam rebaixadas e os
medida do homem, de acordo com lugares acidentados sejam aplai-
sua a criação b antes que o mundo nados — e tudo isso quando o anjo
fosse feito. soar sua e trombeta.
18 E todo o que manda que se 24 Mas antes que venha o grande
abstenha de a carne, que o homem dia do Senhor, a Jacó prosperará no
dela não faça uso, não é autoriza- deserto e os lamanitas b florescerão
do por Deus; como a rosa.
19 Porque eis que as a bestas do 25 Sião a florescerá nos b outeiros
campo e as aves do ar e aquilo que e nas montanhas regozijar-se-á;
provém da terra foram estabele- e será reunida no lugar que de-
cidos para uso do homem, para signei.
alimento e para vestuário e a fim 26 Eis que vos digo: Ide, como
de que ele tenha em abundância. vos mandei; arrependei-vos de
13 a 3 Né. 27:19–20. 17 a Mois. 3:4–5. b 2 Ped. 3:12;
14 a GEE Dom do Espírito GEE Criação, Criar. D&C 45:39.
Santo. b GEE Vida Pré-mortal. c Isa. 40:4; D&C 109:74.
b GEE Mãos, Imposição 18 a Gên. 9:3; 1 Tim. 4:1–3. d Miq. 1:3–4.
de. 19 a D&C 89:10–13. e Mt. 24:29–31.
15 a 1 Tim. 4:1–3. 20 a At. 4:32; 24 a 3 Né. 5:21–26.
b Gên. 2:18, 24; D&C 51:3; 70:14; 78:6. b Isa. 35:1;
1 Cor. 11:11. b GEE Mundanismo. 2 Né. 30:5–6;
GEE Casamento, Casar. 21 a TJS Gên. 9:10–15 3 Né. 21:22–25;
16 a Jacó 2:27–30. (Apêndice da Bíblia). D&C 3:20; 109:65.
b Gên. 2:24; Mt. 19:5–6. 22 a GEE Segunda Vinda de 25 a D&C 35:24.
c GEE Terra — Criada Jesus Cristo. b Gên. 49:26;
para o homem. 23 a Mt. 24:4–5. 2 Né. 12:2–3.
101 Doutrina e Convênios 49:27–50:6
todos os vossos pecados; a pedi no b meio de vós e não sereis c con-
e recebereis; batei e ser-vos-á fundidos.
aberto. 28 Eis que eu sou Jesus Cristo
27 Eis que eu irei adiante de vós e a depressa venho. Assim seja.
e serei vossa a retaguarda; e estarei Amém.
SEÇÃO 50
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 9 de maio de 1831. A história de Joseph Smith
afirma que alguns dos élderes não entendiam as manifestações de di-
ferentes espíritos espalhados pela Terra e que esta revelação foi dada
em resposta a sua indagação especial sobre o assunto. Os chamados
fenômenos espirituais não eram raros entre os membros, alguns dos
quais afirmavam estar recebendo visões e revelações.
1–5, Muitos espíritos falsos estão es- aos espíritos que estão espalhados
palhados pela Terra; 6–9, Ai dos hipó- pela Terra.
critas e dos que são expulsos da Igre- 2 Eis que em verdade vos digo
ja; 10–14, Os élderes devem pregar o que há muitos espíritos que são
evangelho pelo Espírito; 15–22, Tanto a
espíritos falsos, os quais saí-
os pregadores quanto os ouvintes pre- ram pela Terra enganando o
cisam ser iluminados pelo Espírito; mundo.
23–25, Aquilo que não edifica não é 3 E a Satanás também vos pro-
de Deus; 26–28, Os fiéis são possui- curou enganar a fim de derrotar-
dores de todas as coisas; 29–36, As vos.
preces dos purificados são respondi- 4 Eis que eu, o Senhor, vos tenho
das; 37–46, Cristo é o Bom Pastor e a observado e tenho visto abomi-
Pedra de Israel. nações na igreja que a professa o
meu nome.
Escutai, ó élderes da minha igre- 5 Mas bem-aventurados os que
ja, e dai ouvidos à voz do Deus são fiéis e a perseveram, seja na
vivo; e atentai para as palavras de vida ou na morte, porque herda-
sabedoria que vos serão dadas, se- rão a vida eterna.
gundo o que haveis perguntado e 6 Mas ai daqueles que são a en-
concordado com relação à igreja e ganadores e hipócritas, porque
26 a D&C 88:63. 50 2 a D&C 129. Cristo — Tomar sobre
27 a Isa. 52:12. GEE Espírito — nós o nome de Jesus
b 3 Né. 20:22. Espíritos maus. Cristo.
c 1 Ped. 2:6; 3 a Lc. 22:31; 5 a GEE Perseverar.
D&C 84:116. 3 Né. 18:18. 6 a GEE Enganar, Engano,
28 a D&C 1:12. 4 a GEE Jesus Fraude.
Doutrina e Convênios 50:7–22 102
assim diz o Senhor: Levá-los-ei a que foi enviado para ensinar a
julgamento. verdade.
7 Eis que em verdade vos digo 15 E então recebestes a espíritos
que há entre vós a hipócritas que que não pudestes compreender e
enganaram alguns, o que deu b po- os recebestes como se fossem de
der ao c adversário; mas eis que Deus; e nisto estais justificados?
d
esses serão resgatados; 16 Eis que vós mesmos responde-
8 Mas os hipócritas serão detecta- reis a esta pergunta; não obstante,
dos e serão a afastados, seja na vida serei misericordioso para convos-
ou na morte, como eu desejar; e co; aquele dentre vós que for fraco,
ai dos que são cortados da minha no futuro será tornado a forte.
igreja, porque os mesmos foram 17 Em verdade vos digo: Aquele
vencidos pelo mundo. que é ordenado por mim e envia-
9 Portanto, que todo homem fi- do para a pregar a palavra da ver-
que atento para que não faça o dade pelo Consolador, no Espírito
que não for verdadeiro e reto pe- da verdade, prega-a pelo b Espírito
rante mim. da verdade ou de alguma outra
10 E agora vinde, diz o Senhor, forma?
pelo Espírito, aos élderes de sua 18 E se for de alguma outra for-
igreja; e juntos a arrazoemos para ma, não é de Deus.
que compreendais; 19 E também, aquele que recebe a
11 Arrazoemos assim como um palavra da verdade, recebe-a pelo
homem arrazoa com outro, face Espírito da verdade ou de alguma
a face. outra forma?
12 Ora, quando um homem arra- 20 Se for de alguma outra forma,
zoa, é compreendido pelo homem, não é de Deus.
porque arrazoa como um homem; 21 Então como é que não podeis
assim também eu, o Senhor, arra- compreender e saber que aquele
zoarei convosco para que a com- que recebe a palavra pelo Espírito
preendais. da verdade recebe-a como é pre-
13 Portanto, eu, o Senhor, faço- gada pelo Espírito da verdade?
vos esta pergunta: Para que fostes 22 Portanto, aquele que prega e
a
ordenados? aquele que recebe se compreen-
14 Para pregar meu evangelho dem um ao outro e ambos são
pelo a Espírito, sim, o b Consolador a
edificados e juntos se b regozijam.
7 a Mt. 23:13–15; Al. 34:28. 12 a D&C 1:24. Dom de.
b GEE Diabo. 13 a GEE Ordenação, 16 a Ét. 12:23–27.
c Mos. 27:8–9. Ordenar. 17 a GEE Obra Missionária;
d IE os que foram 14 a D&C 43:15. Pregar.
enganados. GEE Ensinar, Mestre — b D&C 6:15.
8 a D&C 1:14; 56:3; 64:35. Ensinar com o GEE Espírito Santo;
GEE Excomunhão. Espírito. Verdade.
10 a Isa. 1:18; b GEE Consolador. 22 a 1 Cor. 14:26.
D&C 45:10. 15 a GEE Discernimento, b Jo. 4:36.
103 Doutrina e Convênios 50:23–37
23 E aquilo que não edifica não 31 Portanto, acontecerá que, se
é de Deus e é a trevas. virdes manifestado um a espírito
24 Aquilo que é de Deus é a luz; e que não podeis compreender e não
aquele que recebe luz e b persevera conhecerdes esse espírito, pergun-
em Deus recebe c mais luz; e essa tareis ao Pai em nome de Jesus;
luz se torna mais e mais brilhante, e se ele não vos der a conhecer,
até o dia perfeito. então sabereis que não é de Deus.
25 E também em verdade vos 32 E ser-vos-á dado a poder sobre
digo e digo para que conheçais a esse espírito; e proclamareis contra
a
verdade, para que afugenteis as esse espírito, em alta voz, que ele
trevas do meio de vós; não é de Deus —
26 Aquele que é ordenado por 33 Não com acusações a injurio-
Deus e enviado, esse é designado sas, para que não sejais vencidos,
para ser o a maior, não obstante ser nem com b jactância ou regozijo,
o menor e o b servo de todos. para que não sejais por ele apa-
27 Portanto, ele é a possuidor de nhados.
todas as coisas; porque todas as 34 Aquele que recebe de Deus,
coisas lhe são sujeitas, tanto na reconheça que é de Deus; e que
Terra como no céu, a vida e a luz, o se regozije por Deus considerá-lo
Espírito e o b poder, enviados pela digno de receber.
vontade do Pai, por meio de Jesus 35 E dando ouvidos e fazendo
Cristo, seu Filho. essas coisas que recebestes e que
28 Mas nenhum homem é pos- mais adiante recebereis — e o
suidor de todas as coisas, a menos a
reino vos é dado pelo Pai, assim
que seja a purificado e b lavado de como o b poder para vencer todas
todo pecado. as coisas que não são por ele or-
29 E se fordes purificados e lava- denadas —
dos de todo pecado, a pedireis ao 36 E eis que em verdade vos
Pai o que quer que desejardes, em digo: Bem-aventurados sois vós
nome de Jesus, e será feito. que estais agora ouvindo estas
30 Mas sabei isto: Ser-vos-á in- minhas palavras da boca de meu
dicado o que devereis pedir; e ao servo, porque vossos pecados vos
serdes designados como a cabeça, são a perdoados.
os espíritos ser-vos-ão sujeitos. 37 Que meu servo Joseph
23 a GEE Trevas Espirituais. 27 a D&C 76:5–10, 53–60; 31 a 1 Jo. 4:1.
24 a 1 Jo. 2:8–11; 84:34–41. GEE Espírito —
Morô. 7:14–19; b GEE Poder. Espíritos maus.
D&C 84:45–47; 88:49. 28 a 3 Né. 19:28–29; 32 a Mt. 10:1.
GEE Luz, Luz de Cristo. D&C 88:74–75. 33 a Jud. 1:9.
b Jo. 15:4–5, 10. GEE Pureza, Puro; b D&C 84:67, 73.
c 2 Né. 28:30. Santificação. 35 a GEE Reino de Deus ou
25 a Jo. 8:32. b 1 Jo. 1:7–9. Reino dos Céus.
26 a Mt. 23:11. 29 a Hel. 10:5; D&C 46:30. b 1 Jo. 4:4; D&C 63:20, 47.
b Mc. 10:42–45. GEE Oração. 36 a D&C 58:42–43.
GEE Serviço. 30 a GEE Autoridade. GEE Perdoar.
Doutrina e Convênios 50:38–50:46 104
Wakefield, em quem me compra- 41 Não temais, filhinhos, por-
a b
zo, e meu servo a Parley P. Pratt que sois meus e eu c venci o mun-
visitem as igrejas e fortaleçam-nas do; e fazeis parte daqueles que
com palavras de b exortação; meu Pai me d deu;
38 E também meu servo John 42 E nenhum dos que meu Pai
Corrill ou todos os meus servos me deu se a perderá.
que forem ordenados a esse ofí- 43 E o Pai e eu somos a um. Eu
cio; e que trabalhem na a vinha e estou no Pai e o Pai em mim; e
que nenhum homem os impeça de sendo que me recebestes, estais
fazer aquilo que lhes designei — em mim e eu em vós.
39 Portanto, nisto meu servo a Ed- 44 Portanto, estou em vosso meio
ward Partridge não é justificado; e sou o a bom pastor e a b pedra de
contudo, que se arrependa e será Israel. Aquele que edificar sobre
perdoado. esta c rocha d jamais cairá.
40 Eis que vós sois criancinhas e 45 E vem o dia em que ouvireis a
não podeis a suportar todas as coi- minha voz e me a vereis, e sabereis
sas agora; é preciso que b cresçais que eu sou.
em c graça e no conhecimento da 46 a Vigiai, portanto, para que es-
d
verdade. tejais b prontos. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 51
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Thomp-
son, Ohio, em 20 de maio de 1831. Nessa época, os santos que estavam
emigrando dos estados do leste começaram a chegar a Ohio e tornou-se
necessário tomar providências definidas para seu estabelecimento. Como
isto cabia particularmente ao ofício do bispo, o Bispo Edward Partridge
solicitou instruções sobre o assunto e o Profeta inquiriu o Senhor.
1–8, Edward Partridge é designado agir com honestidade e receber partes
para regulamentar as mordomias e iguais; 13–15, Devem ter um armazém
propriedades; 9–12, Os santos devem do bispo e organizar as propriedades
37 a GEE Pratt, Parley b GEE Filhos e Filhas de GEE Bom Pastor.
Parker. Deus. b Gên. 49:24;
b D&C 97:3–5. c Jo. 16:33. 1 Ped. 2:4–8.
38 a GEE Vinha do Senhor. d Jo. 10:27–29; 17:2; GEE Pedra de Esquina.
39 a GEE Partridge, Edward. 3 Né. 15:24; c 1 Cor. 10:1–4.
40 a 3 Né. 17:2–3; D&C 27:14; 84:63. GEE Jesus Cristo;
D&C 78:17–18. 42 a Jo. 17:12; Rocha.
b 1 Cor. 3:2–3; 3 Né. 27:30–31. d Hel. 5:12.
D&C 19:22–23. 43 a Jo. 17:20–23; 45 a D&C 67:10–13.
c GEE Graça. 3 Né. 11:35–36. 46 a GEE Atalaia, Sentinela,
d GEE Verdade. GEE Trindade. Vigiar.
41 a 1 Jo. 4:18. 44 a Jo. 10:14–15. b Al. 34:32–33.
105 Doutrina e Convênios 51:2–12
de acordo com a lei do Senhor; 16–20, considerado digno de pertencer
Ohio deve ser um lugar provisório de à igreja, não terá poder para re-
reunião. clamar a porção que consagrou
ao bispo para os pobres e necessi-
Escutai-me, diz o Senhor vosso tados da igreja; portanto, ele não
Deus, e falarei a meu servo a Ed- conservará a dádiva, mas terá di-
ward Partridge e dar-lhe-ei ins- reito somente à porção que tenha
truções; porque é necessário que recebido por documento.
receba instruções sobre como or- 6 E assim todas as coisas serão
ganizar este povo. asseguradas, de a acordo com as
2 Porque é necessário que sejam b
leis do país.
organizados de acordo com mi- 7 E aquilo que pertencer a este
nhas a leis; caso contrário, serão povo seja a ele designado.
cortados. 8 E quanto ao a dinheiro deixado
3 Portanto, que meu servo Ed- para este povo: Que se designe um
ward Partridge e aqueles que ele agente para este povo a fim de,
escolheu, com os quais me com- com o b dinheiro, prover alimento
prazo, designem a este povo suas e vestuário, segundo as necessi-
porções, a igualmente a cada ho- dades deste povo.
mem, de acordo com sua família 9 E que todo homem negocie
e de acordo com suas condições a
honestamente e seja igual entre
e suas carências e b necessidades. este povo e receba igualmente,
4 E que meu servo Edward Par- para que sejais b um, assim como
tridge, quando designar a um vos ordenei.
homem sua porção, dê-lhe um 10 E que aquilo que pertencer a
documento que lhe assegure sua este povo não seja dele tirado e
porção, para que a conserve, sim, dado ao de a outra igreja.
esse direito e essa herança na igre- 11 Portanto, se outra igreja rece-
ja, até que transgrida e não seja ber dinheiro desta igreja, deverá
considerado digno de pertencer pagar-lhe conforme o que com-
a ela, pela voz da igreja, de acor- binarem;
do com as leis e os a convênios da 12 E isto será feito por intermé-
igreja. dio do bispo ou do agente, que
5 E se transgredir e não for será designado pela a voz da igreja.
51 1 a GEE Partridge, chamada de Regras b D&C 104:15–18.
Edward. e Convênios da Igreja 9 a GEE Honestidade,
2 a D&C 42:30–39; 105:5. de Cristo. Honesto.
GEE Consagrar, Lei da D&C 33:14; 42:13. b D&C 38:27.
Consagração. GEE Convênio. GEE Unidade.
3 a D&C 49:20. 6 a 1 Ped. 2:13; 10 a IE outro ramo da
b At. 2:44–45; D&C 98:5–7. Igreja, não outra
4 Né. 1:2–3. b D&C 58:21–22. denominação.
4 a IE a seção 20 é 8 a D&C 84:104. 12 a GEE Comum Acordo.
Doutrina e Convênios 51:13–52:20 106
13 E também, que o bispo desig- de outra forma e ordene-lhes que
ne um a armazém para esta igreja; partam daqui;
e que todas as coisas, tanto em 17 E a hora e o dia não lhes são
dinheiro como em mantimentos, indicados; portanto, que vivam
que ultrapassem as b necessida- nesta terra como se aqui fossem
des deste povo, conservem-se nas permanecer anos; e isso lhes re-
mãos do bispo. verterá para o bem.
14 E que ele também reserve o 18 Eis que isso será a um exemplo
necessário para suas próprias ne- para meu servo Edward Partridge
cessidades e para as necessidades em outros lugares, em todas as
de sua família, já que estará tratan- igrejas.
do deste negócio. 19 E quem for um a mordomo fiel,
15 E assim concedo a este povo justo e sábio, entrará no b gozo do
o privilégio de organizar-se de seu Senhor e herdará a vida eterna.
acordo com minhas a leis. 20 Em verdade vos digo: Eu sou
16 E consagro-lhes a esta terra Jesus Cristo, que depressa a vem,
por um certo tempo, até que eu, o em uma b hora que não pensais.
Senhor, proveja a sua subsistência Assim seja. Amém.
SEÇÃO 52
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes
da Igreja em Kirtland, Ohio, em 6 de junho de 1831. Uma conferência
fora realizada em Kirtland, iniciando-se no dia 3 e terminando no dia
6 de junho. Nessa conferência foram feitas as primeiras ordenações
específicas ao ofício de sumo sacerdote e discerniram-se e repreende-
ram-se certas manifestações de espíritos falsos e enganadores.
1–2, Decide-se que a conferência se- 22–44, Vários élderes são designados
guinte será realizada no Estado de para pregar o evangelho enquanto via-
Missouri; 3–8, Designados certos jam ao Missouri para a conferência.
élderes para viajar juntos; 9–11, Os
élderes devem ensinar o que os após- Eis que assim diz o Senhor aos
tolos e profetas escreveram; 12–21, élderes que a chamou e escolheu
Os que são iluminados pelo Espírito nestes últimos dias pela voz de
produzem frutos de louvor e sabedoria; seu Espírito —
13 a D&C 42:55. Ohio. 20 a Apoc. 22:6–16.
GEE Armazém. 18 a IE modelo. b Mt. 24:44.
b D&C 42:33–34, 55; 19 a Mt. 24:45–47. 52 1 a GEE Chamado,
82:17–19. GEE Mordomia, Chamado por Deus,
15 a D&C 51:2. Mordomo. Chamar.
16 a IE Área de Kirtland, b GEE Alegria.
107 Doutrina e Convênios 52:2–17
2 Dizendo: Eu, o Senhor, dar- b
profetas e apóstolos e o que lhes
vos-ei a conhecer o que desejo for ensinado pelo c Consolador por
que façais deste momento até a meio da oração da fé.
próxima conferência, que se rea- 10 Que vão de a dois em dois e
lizará em Missouri, na a terra que assim preguem pelo caminho em
b
consagrarei a meu povo, o qual é todas as congregações, batizando
um c remanescente de Jacó, e aos com b água e impondo as c mãos
que são herdeiros de acordo com quando saírem da água.
o d convênio. 11 Pois assim diz o Senhor: Abre-
3 Portanto, em verdade vos digo: viarei minha obra em a retidão,
Que meus servos Joseph Smith Jú- pois dias virão em que enviarei
nior e Sidney Rigdon viajem logo julgamento para alcançar a vitória.
que possam fazer os preparativos 12 E que meu servo Lyman Wi-
para deixar seus lares, indo para ght se acautele, pois Satanás deseja
a terra de Missouri. a
peneirá-lo como palha.
4 E se me forem fiéis, ser-lhes-á 13 E eis que aquele que for a fiel
dado saber o que deverão fazer; será feito governante de muitas
5 E também, se me forem fiéis, coisas.
ser-lhes-á dada a conhecer a a terra 14 E também eu vos darei um
de vossa herança. modelo em todas as coisas, para
6 E se não forem fiéis, serão afas- que não sejais enganados; porque
tados como eu desejar, como me Satanás está solto na terra, enga-
parecer bem. nando as nações —
7 E também em verdade vos 15 Portanto, aquele que ora, cujo
digo: Que meus servos Lyman espírito é a contrito, esse é b aceito
Wight e John Corrill viajem rapi- por mim, se obedecer às minhas
damente; c
ordenanças.
8 E também que meu servo John 16 Aquele que fala, cujo espírito
Murdock e meu servo Hyrum é contrito, cuja linguagem é mansa
Smith viajem para o mesmo lu- e edifica, esse é de Deus, se obede-
gar, via Detroit. cer às minhas ordenanças.
9 E partam de lá pregando a 17 E também aquele que estreme-
palavra pelo caminho, dizendo ce sob o meu poder será a fortale-
a
nada mais do que escreveram os cido e produzirá frutos de louvor
2 a D&C 57:1–3. GEE Escrituras. 11 a Rom. 9:28.
b D&C 58:57; 84:3–4. c GEE Consolador; 12 a Lc. 22:31;
c Salm. 135:4; Ensinar, Mestre — 3 Né. 18:17–18.
3 Né. 5:21–26. Ensinar com o 13 a Mt. 25:23;
d Abr. 2:6–11. Espírito; D&C 132:53.
GEE Convênio Espírito Santo. 15 a GEE Coração
Abraâmico. 10 a Mc. 6:7; Quebrantado.
5 a D&C 57:1–3. D&C 61:35. b D&C 97:8.
9 a Mos. 18:19–20. b Jo. 1:26. c GEE Ordenanças.
b D&C 42:12; 52:36. c At. 8:14–17. 17 a D&C 66:8; 133:58.
Doutrina e Convênios 52:18–37 108
e sabedoria, de acordo com as
b
viajem para essa mesma terra e
revelações e verdades que vos dei. preguem pelo caminho.
18 E também aquele que é venci- 28 Que meus servos Edson Ful-
do e não a produz frutos, de acordo ler e Jacob Scott também façam
com este modelo, não é meu. sua viagem.
19 Portanto, por este modelo 29 Que meus servos Levi W.
a
discernireis os espíritos em to- Hancock e Zebedee Coltrin tam-
dos os casos debaixo dos céus. bém façam sua viagem.
20 E chegados são os dias; de 30 Que meus servos Reynolds
acordo com a fé dos homens, ser- Cahoon e Samuel H. Smith tam-
lhes-á a feito. bém façam sua viagem.
21 Eis que este mandamento é 31 Que meus servos Wheeler Bal-
dado a todos os élderes que es- dwin e William Carter também
colhi. façam sua viagem.
22 E também em verdade vos 32 E que meus servos a Newel
digo: Que meus servos a Thomas B. Knight e Selah J. Griffin sejam am-
Marsh e Ezra Thayre também via- bos ordenados e também viajem.
jem para essa mesma terra, pre- 33 Sim, em verdade eu digo: Que
gando a palavra pelo caminho. todos esses viajem para um lugar,
23 E também que meus servos seguindo caminhos diversos; e
Isaac Morley e Ezra Booth viajem que um homem não construa so-
para essa mesma terra, também bre o a alicerce de outro nem viaje
pregando a palavra pelo caminho. seguindo suas pegadas.
24 E também que meus servos 34 Aquele que for fiel será guar-
a
Edward Partridge e Martin Har- dado e abençoado com muitos
ris viajem com meus servos Sid- a
frutos.
ney Rigdon e Joseph Smith Júnior. 35 E também vos digo: Que meus
25 Que meus servos David Whit- servos Joseph Wakefield e Solo-
mer e Harvey Whitlock também mon Humphrey viajem para as
viajem para essa mesma terra e terras do leste;
preguem pelo caminho. 36 Que trabalhem com suas fa-
26 E que meus servos a Parley P. mílias, nada mais a declarando do
Pratt e b Orson Pratt viajem para que os profetas e apóstolos, as
essa mesma terra e preguem pelo coisas que b viram e ouviram e em
caminho. que firmemente c creem, para que
27 E que meus servos Solomon se cumpram as profecias.
Hancock e Simeon Carter também 37 Em consequência de
17 b GEE Sabedoria. 24 a GEE Partridge, 34 a Jo. 15:16;
18 a Mt. 3:10. Edward. D&C 18:15–16.
19 a GEE Discernimento, 26 a GEE Pratt, Parley 36 a Mos. 18:19–20;
Dom de. Parker. D&C 52:9.
20 a Mt. 8:5–13. b GEE Pratt, Orson. b Jo. 3:11.
22 a D&C 56:5. 32 a D&C 56:6–7. c GEE Crença, Crer.
GEE Marsh, Thomas B. 33 a Rom. 15:20.
109 Doutrina e Convênios 52:38–53:2
transgressão, aquilo que foi confe- 41 E também que meus servos Jo-
rido a Heman Basset seja dele a ti- seph Smith Júnior, Sidney Rigdon
rado e conferido a Simonds Ryder. e Edward Partridge levem consigo
38 E também em verdade vos uma a recomendação da igreja. E
digo: Que Jared Carter seja a or- que também seja obtida uma para
denado sacerdote e que também meu servo Oliver Cowdery.
George James seja ordenado b sa- 42 E assim, como eu disse, se
cerdote. fordes fiéis vos reunireis para vos
39 Que os élderes restantes a ve- regozijardes na terra de a Missouri,
lem pelas igrejas e preguem a pa- que é a terra de vossa b herança,
lavra nas regiões circunvizinhas; que é, no presente, a terra de vos-
e que trabalhem com as próprias sos inimigos.
mãos, a fim de que não se pratique 43 Mas eis que eu, o Senhor,
b
idolatria nem iniquidade. apressarei a construção da cida-
40 E em todas as coisas lembrai- de a seu tempo e coroarei os fiéis
vos dos a pobres e b necessitados, com a alegria e com regozijo.
dos doentes e dos aflitos, porque 44 Eis que eu sou Jesus Cristo,
aquele que não faz estas coisas não o Filho de Deus, e a elevá-los-ei
é meu discípulo. no último dia. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 53
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Alger-
non Sidney Gilbert, em Kirtland, Ohio, em 8 de junho de 1831. A
pedido de Sidney Gilbert, o Profeta inquiriu o Senhor com respeito
ao trabalho e designação do irmão Gilbert na Igreja.
1–3, O chamado e eleição de Sidney saber, pelo Senhor teu Deus, con-
Gilbert na Igreja é ser ordenado élder; cernente a teu chamado e a eleição
4–7, Deve também servir como agente na igreja que eu, o Senhor, levantei
do bispo. nestes últimos dias.
2 Eis que eu, o Senhor, que fui
Eis que eu te digo, meu servo Sid- a
crucificado pelos pecados do
ney Gilbert, que ouvi tuas orações; mundo, te dou o mandamento
e pediste-me que te fosse dado de que b renuncies ao mundo.
37 a Mt. 25:25–30. GEE Pobres. 53 1 a GEE Chamado
38 a D&C 79:1. b GEE Bem-Estar. (Vocação) e Eleição;
b GEE Sacerdote, 41 a D&C 20:64. Eleição;
Sacerdócio Aarônico. 42 a GEE Sião. Eleitos.
39 a Al. 6:1. b D&C 25:2; 57:1–3. 2 a GEE Crucificação.
b GEE Idolatria. 43 a GEE Alegria. b GEE Mundanismo;
40 a D&C 104:15–18. 44 a D&C 88:96–98. Mundo.
Doutrina e Convênios 53:3–54:3 110
3 Toma sobre ti minha ordena- digo: Viajarás com meus servos
ção, sim, a de élder, para pregares Joseph Smith Júnior e Sidney Rig-
fé e arrependimento e a remissão don.
de pecados, de acordo com minha 6 Eis que estas são as primei-
palavra, e o recebimento do Espíri- ras ordenanças que receberás; e o
to Santo pela imposição de b mãos; restante será conhecido em uma
4 E também para seres um a agen- época futura, de acordo com teu
te nesta igreja no lugar que for trabalho na minha vinha.
designado pelo bispo, de acordo 7 E também quisera eu que
com os mandamentos que serão aprendesses que somente é salvo
dados daqui em diante. aquele que a persevera até o fim.
5 E também em verdade eu te Assim seja. Amém.
SEÇÃO 54
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Newel
Knight, em Kirtland, Ohio, em 10 de junho de 1831. Os membros da
Igreja que residiam em Thompson, Ohio, achavam-se divididos quan-
to a questões referentes à consagração de propriedades. O egoísmo e
a avareza eram evidentes. Após a sua missão entre os Shakers (ver
o cabeçalho da seção 49), Leman Copley havia quebrado o convênio
de consagrar a sua grande fazenda como um local de herança para
os santos que chegavam de Colesville, Nova York. Como consequên-
cia, Newel Knight (líder dos membros que moravam em Thompson)
e outros élderes haviam procurado o Profeta, perguntando-lhe como
proceder. O Profeta inquiriu o Senhor e recebeu esta revelação, a qual
ordena aos membros em Thompson que deixem a fazenda de Leman
Copley e que viajem para o Missouri.
1–6, Os santos devem guardar o con- 2 Eis que em verdade, em verda-
vênio do evangelho para obter mise- de eu te digo, meu servo Newel
ricórdia; 7–10, Devem ser pacientes Knight, que permaneças firme no
na tribulação. ofício para o qual te designei.
3 E se teus irmãos desejam esca-
Eis que assim diz o Senhor, o a Alfa par de seus inimigos, que se arre-
e o Ômega, o princípio e o fim, pendam de todos os seus pecados
aquele que foi b crucificado pelos e se tornem verdadeiramente a hu-
pecados do mundo: mildes e contritos perante mim.
3 a GEE Remissão de 4 a D&C 57:6, 8–10, GEE Alfa e Ômega.
Pecados. 14–15; 84:113. b GEE Crucificação.
b GEE Mãos, Imposição 7 a GEE Perseverar. 3 a GEE Humildade,
de. 54 1 a Apoc. 1:8; D&C 19:1. Humilde, Humilhar.
111 Doutrina e Convênios 54:4–55:2
4 E como o a convênio que fize- 8 E assim viajareis para as re-
ram comigo foi quebrado, tornou- giões do oeste, para a terra de
se b nulo e sem efeito. a
Missouri, até às fronteiras dos
5 E ai daquele por meio de quem lamanitas.
ocorre esta a ofensa, pois seria me- 9 E depois que tiverdes termi-
lhor para ele que se tivesse afoga- nado a viagem, eis que vos digo:
do nas profundezas do mar. Procurai um a meio de vida à ma-
6 Mas bem-aventurados são os neira dos homens, até que eu vos
que guardaram o convênio e ob- prepare um lugar.
servaram o mandamento, porque 10 E também sede a pacientes nas
obterão a misericórdia. tribulações até que eu b venha; e eis
7 Portanto, agora fugi da ter- que depressa venho e o meu ga-
ra, para que vossos inimigos não lardão está comigo; e aqueles que
caiam sobre vós; e empreendei cedo me c buscaram encontrarão
vossa viagem e designai a quem d
descanso para sua alma. Assim
desejardes para ser vosso líder e seja. Amém.
pagar dinheiros por vós.
SEÇÃO 55
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a William W.
Phelps, em Kirtland, Ohio, em 14 de junho de 1831. William W. Phelps,
que era tipógrafo, acabara de chegar a Kirtland com a família e o Pro-
feta procurou o Senhor para obter informações a seu respeito.
1–3, William W. Phelps é chamado servo William, sim, o Senhor de
e escolhido para ser batizado, ser or- toda a a Terra: Foste chamado e es-
denado élder e pregar o evangelho; 4, colhido; e depois que tiveres sido
Também deve escrever livros para as b
batizado com água e se o fizeres
crianças das escolas da Igreja; 5–6, com os olhos fitos unicamente na
Deve viajar para o Estado de Missouri, minha glória, terás a remissão de
que será a área de suas tarefas. teus pecados e receberás o Santo
Espírito pela imposição de c mãos;
Eis que assim te diz o Senhor, meu 2 E então serás ordenado pela
4 a D&C 42:30–39. 10 a GEE Paciência. 55 1 a Deut. 10:14;
GEE Consagrar, Lei da b Apoc. 22:12. 1 Né. 11:6;
Consagração. GEE Segunda Vinda de 2 Né. 29:7.
b D&C 58:32–33. Jesus Cristo. b GEE Batismo,
5 a Mt. 18:6–7. c Prov. 8:17. Batizar.
6 a GEE Misericórdia, GEE Oração. c GEE Mãos,
Misericordioso. d Mt. 11:28–30. Imposição de.
8 a D&C 52:42. GEE Descansar, 2 a GEE Remissão de
9 a 1 Tess. 4:11. Descanso. Pecados.
Doutrina e Convênios 55:3–56:2 112
mão de meu servo Joseph Smith as criancinhas também recebam
Júnior para ser um élder desta instrução diante de mim, como
igreja, para pregar o arrependi- me é agradável.
mento e a a remissão de pecados 5 E também em verdade eu te
por meio do batismo, em nome de digo que, por esse motivo, farás
Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. tua viagem com meus servos Jo-
3 E terás poder para conferir o seph Smith Júnior e Sidney Rig-
Santo Espírito a todos sobre quem don, a fim de que te a estabeleças
impuseres tuas mãos, se estiverem na terra de tua herança para faze-
contritos perante mim. res esse trabalho.
4 E também serás ordenado para 6 E também que meu servo Jo-
assistir meu servo Oliver Cowdery seph Coe viaje com eles. O restante
na tarefa de imprimir e de sele- será dado a conhecer mais tarde,
cionar e escrever a livros para as de acordo com a minha vontade.
escolas desta igreja, a fim de que Amém.
SEÇÃO 56
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 15 de junho de 1831. Esta revelação é uma re-
preensão a Ezra Thayre por não obedecer a uma revelação anterior (o
“mandamento” mencionado no versículo 8), que Joseph Smith havia
recebido para ele e que instruía Thayre a respeito dos seus deveres na
fazenda de Frederick G. Williams, onde residia. A seguinte revelação
também revoga o chamado de Thayre para viajar ao Missouri com
Thomas B. Marsh (ver a seção 52:22).
1–2, Os santos devem tomar sua cruz Escutai, ó povo, vós que a profes-
e seguir o Senhor para alcançar a sal- sais meu nome, diz o Senhor vosso
vação; 3–13, O Senhor ordena e re- Deus; pois eis que minha cólera
voga e os desobedientes são afastados; está acesa contra os rebeldes e eles
14–17, Ai dos ricos que não ajudam conhecerão meu braço e minha
os pobres e ai dos pobres cujo coração indignação no dia da b visitação e
não está quebrantado; 18–20, Bendi- da ira sobre as nações.
tos os pobres que são puros de coração, 2 E aquele que não tomar sua
porque eles herdarão a Terra. a
cruz e me b seguir e guardar meus
mandamentos não será salvo.
4 a D&C 88:118; 109:7, 14. D&C 1:13–14; 124:10. Morô. 7:11.
5 a Amós 9:15. 2 a Lc. 14:27. GEE JesusCristo —
56 1 a D&C 41:1. b 1 Ped. 2:21; Exemplo de Jesus
b Isa. 10:3–4; Mórm. 9:2; 2 Né. 31:10–13; Cristo.
113 Doutrina e Convênios 56:3–16
3 Eis que eu, o Senhor, ordeno; terra, ele ainda será designado
e aquele que não a obedecer será para ir à terra de Missouri;
b
cortado em meu próprio e devido 10 Caso contrário, ele receberá
tempo, depois que eu tiver ordena- o dinheiro que pagou e deverá
do e o mandamento for quebrado. deixar o lugar e será a afastado de
4 Portanto, eu, o Senhor, ordeno minha igreja, diz o Senhor Deus
e a revogo, como me parece bem; dos Exércitos;
e tudo isso recairá sobre a cabeça 11 E ainda que passem o céu e a
dos b rebeldes, diz o Senhor. Terra, estas palavras não a passa-
5 Portanto, revogo o manda- rão, mas serão cumpridas.
mento que foi dado a meus servos 12 E se meu servo Joseph Smith
a
Thomas B. Marsh e Ezra Thayre e Júnior precisar pagar o dinheiro,
dou um novo mandamento, a meu eis que eu, o Senhor, devolvê-lo-
servo Thomas, de empreender ra- ei a ele na terra de Missouri, para
pidamente sua viagem à terra de que aqueles de quem ele receber
Missouri; e meu servo Selah J. Gri- sejam recompensados novamente
ffin irá também com ele. de acordo com o que fizerem;
6 Pois eis que eu revogo o man- 13 Pois, de acordo com o que fi-
damento que foi dado a meus zerem, receberão, sim, em terras
servos Selah J. Griffin e Newel para sua herança.
Knight, em consequência da obs- 14 Eis que assim diz o Senhor a
tinação de meu povo que está em meu povo: Tendes muitas coisas
Thompson e de suas rebeliões. para fazer e muito do que vos ar-
7 Portanto, que meu servo Newel repender; pois eis que os vossos
Knight permaneça com eles; e to- pecados subiram a mim, e não
dos os que forem contritos peran- são perdoados, porque procurais
te mim e quiserem ir, poderão ir, a
aconselhar à vossa própria ma-
sendo por ele guiados à terra que neira.
designei. 15 E vosso coração não está satis-
8 E também em verdade vos digo feito. E não obedeceis à verdade,
que meu servo Ezra Thayre deve mas tendes a prazer na iniquidade.
arrepender-se de seu a orgulho e de 16 Ai de vós, homens a ricos, que
seu egoísmo e obedecer ao man- não b compartilhais vossos bens
damento anterior que lhe dei com com os c pobres, pois vossas d rique-
respeito ao lugar em que vive. zas irão corromper-vos a alma; e
9 E se assim fizer, uma vez que esta será vossa lamentação no dia
não serão efetuadas divisões na da visitação e do julgamento e da
3 a GEE Obedecer, 8 a GEE Orgulho. b GEE Esmolas.
Obediência, Obediente. 10 a GEE Excomunhão. c Prov. 14:31;
b D&C 1:14–16; 50:8. 11 a 2 Né. 9:16. Al. 5:55–56.
4 a D&C 58:31–33. 14 a Jacó 4:10. GEE Pobres.
b GEE Rebeldia, Rebelião. 15 a Al. 41:10; 3 Né. 27:11. d Tg. 5:3.
5 a GEE Marsh, Thomas B. 16 a Jer. 17:11; 2 Né. 9:30.
Doutrina e Convênios 56:17–57:2 114
indignação: Passada é a colheita,
e
cujo coração está quebrantado e
b
SEÇÃO 57
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 20 de julho de 1831. De confor-
midade com o mandamento do Senhor de ir ao Missouri, onde Ele
revelaria “a terra de vossa herança” (seção 52), os élderes haviam
viajado de Ohio até a fronteira oeste do Missouri. Joseph Smith con-
templou o estado dos lamanitas e exclamou: “Quando florescerá o
deserto como a rosa? Quando será Sião edificada em sua glória e onde
estará teu Templo, ao qual concorrerão todas as nações nos últimos
dias?” Em seguida, recebeu esta revelação.
1–3, Independence, Missouri, é o local Escutai, ó élderes de minha igre-
para a Cidade de Sião e para o templo; ja, diz o Senhor vosso Deus, vós,
4–7, Os santos devem comprar terras que de acordo com meus manda-
e receber heranças nessa região; 8–16, mentos vos haveis reunido nesta
Sidney Gilbert deve montar uma loja, terra, que é a terra de a Missouri,
William W. Phelps, ser tipógrafo e b
terra que designei e c consagrei
Oliver Cowdery, preparar material para a d reunião dos santos.
para publicação. 2 Portanto, esta é a terra da
16 e Jer. 8:20; 3 Né. 12:3. D&C 1:10.
Al. 34:33–35; GEE Pobres. 20 a Mt. 5:5;
D&C 45:2. b GEE Coração D&C 45:56–58.
17 a Mos. 4:24–27; Quebrantado. 57 1 a D&C 52:42.
D&C 42:42; 68:30–32. c GEE Reino de Deus ou b D&C 29:7–8; 45:64–66.
b GEE Cobiçar. Reino dos Céus. c D&C 61:17.
18 a Mt. 5:3, 8; d GEE Terra. d GEE Israel —
Lc. 6:20; 19 a Apoc. 22:12; Coligação de Israel.
115 Doutrina e Convênios 57:3–13
promissão e o a local para a cida- digo: Que meu servo Sidney Gil-
de de b Sião. bert se estabeleça neste lugar e
3 E assim diz o Senhor vosso monte uma loja para vender mer-
Deus: Se desejais receber sabe- cadorias sem fraude, a fim de ob-
doria, eis aqui sabedoria. Eis que ter dinheiro para comprar terras
o lugar que é agora chamado In- para o bem dos santos e a fim de
dependence é o lugar central; e obter tudo o que os discípulos ne-
um local para o a templo se acha a cessitarem para estabelecer-se em
oeste, num terreno não longe do sua herança.
tribunal. 9 E que também meu servo Sid
4 Portanto, é sábio que os santos ney Gilbert obtenha uma licen-
a
comprem a terra e também todas ça — eis que aqui há sabedoria e
as áreas do oeste até a linha que aquele que ler que compreenda —
passa diretamente entre b judeus para que também possa enviar
e gentios; mercadorias ao povo, por inter-
5 E também toda a área que con- médio daqueles que ele desejar
fina com os prados, na medida que como empregados;
meus discípulos puderem a com- 10 E assim abastecer meus san-
prar terras. Eis que isto é sabe- tos a fim de que meu evangelho
doria: Que eles a b obtenham para possa ser pregado aos que estão
herança eterna. nas a trevas e na região e b sombra
6 E que meu servo Sidney Gil- da morte.
bert permaneça no ofício para o 11 E também em verdade vos
qual o designei, a fim de receber digo: Que meu servo a William W.
dinheiro, ser o a agente da igreja, Phelps se estabeleça neste lugar
comprar terras em todas as regiões como b impressor da igreja.
circunvizinhas, desde que isso se 12 E se o mundo receber seus
faça em retidão e como a prudên- escritos — eis que aqui há sabe-
cia ditar. doria — que obtenha o que pu-
7 E que meu servo a Edward Par- der obter em retidão, para o bem
tridge ocupe o cargo para o qual dos santos.
o designei e b divida entre os san- 13 E que meu servo a Oliver Cow-
tos a herança, como eu ordenei; e dery o assista, sim, como ordenei,
também os que ele nomeou para em qualquer lugar que eu lhe de-
assisti-lo. signar, a fim de copiar, corrigir e
8 E também em verdade vos selecionar, para que todas as coisas
2 a D&C 28:9; 42:9, 62. 5 a D&C 58:49, 51; Mt. 4:16.
b GEE Sião. 101:68–74. GEE Trevas Espirituais.
3 a D&C 58:57; 97:15–17. b D&C 56:20. b Salm. 23:4.
4 a D&C 48:4. 6 a D&C 53. 11 a GEE Phelps,
b IE judeus aqui se refere 7 a D&C 58:24. William W.
aos lamanitas e gentios, GEE Partridge, Edward. b D&C 58:37, 40–41.
aos colonizadores b D&C 41:9–11; 58:14–18. 13 a GEE Cowdery, Oliver.
brancos. 10 a Isa. 9:2;
Doutrina e Convênios 57:14–58:3 116
sejam feitas corretamente perante reunião: Que o bispo e o agente
mim, como for confirmado pelo façam preparativos para as famí-
Espírito por intermédio dele. lias que receberam ordem de vir
14 E assim, que aqueles que men- para esta terra, o mais depressa
cionei se estabeleçam na terra de possível; e estabeleçam-nas em
Sião com suas famílias, o mais de- sua herança.
pressa possível, para fazerem as 16 E aos demais élderes e mem-
coisas de acordo com o que falei. bros, outras instruções serão da-
15 E agora, com respeito à das mais tarde. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 58
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 1º de agosto de 1831. Anterior-
mente, no primeiro domingo depois da chegada do Profeta e da co-
mitiva ao Condado de Jackson, Missouri, um serviço religioso tinha
sido realizado e dois membros haviam sido recebidos por meio do ba-
tismo. Durante aquela semana, chegaram, junto com outros, alguns
santos de Colesville, do ramo de Thompson. (Ver seção 54.) Muitos
estavam ansiosos para conhecer a vontade do Senhor a seu respeito
no novo local de reunião.
1–5, Os que suportarem tribulações Escutai, ó élderes de minha igre-
serão coroados de glória; 6–12, Os ja, e dai ouvidos à minha palavra,
santos devem preparar-se para as e aprendei de mim a minha von-
bodas do Cordeiro e a ceia do Senhor; tade concernente a vós, e tam-
13–18, Os bispos são juízes em Israel; bém a a esta terra para a qual vos
19–23, Os santos devem obedecer às enviei.
leis do país; 24–29, Os homens de- 2 Pois em verdade vos digo:
vem usar seu livre-arbítrio para fa- Bem-aventurado é o que a guarda
zer o bem; 30–33, O Senhor ordena meus mandamentos, seja na vida
e revoga; 34–43, Para arrependerem- ou na b morte; e o que é c fiel nas
se, os homens precisam confessar e d
tribulações recebe maior recom-
abandonar seus pecados; 44–58, Os pensa no reino do céu.
santos devem comprar sua herança 3 Por agora não podeis, com vos-
e congregar-se em Missouri; 59–65, sos olhos naturais, ver o desígnio
O evangelho deve ser pregado a toda de vosso a Deus com respeito às
criatura. coisas que virão mais tarde nem
58 1 a D&C 57:1–8. b 1 Ped. 4:6. d GEE Adversidade.
2 a Mos. 2:22. c 2 Tess. 1:4. 3 a GEE Trindade.
117 Doutrina e Convênios 58:4–20
a b glória que se seguirá depois de poder; então o pobre, o coxo e o
muitas tribulações. cego e o surdo virão às a bodas do
4 Pois após muitas a tribulações Cordeiro e participarão da b ceia do
vêm as b bênçãos. Portanto, vem Senhor, preparada para o grande
o dia em que sereis c coroados de dia que virá.
muita d glória; ainda não é chegada 12 Eis que eu, o Senhor, o disse.
a hora, mas está próxima. 13 E para que o a testemunho saia
5 Lembrai-vos disto, que eu de Sião, sim, da boca da cidade da
vos digo de antemão, para que o herança de Deus —
a
guardeis no coração e recebais o 14 Sim, por essa razão mandei-
que se seguirá. vos aqui e escolhi meu servo a Ed-
6 Eis que em verdade vos digo, ward Partridge e designei-lhe sua
que por este motivo vos enviei — missão nesta terra.
para que fôsseis obedientes e para 15 Mas se ele não se arrepender
que vosso coração estivesse a pre- de seus pecados, que são incredu-
parado para prestar b testemunho lidade e cegueira de coração, que
das coisas que estão para vir; se acautele para não a cair.
7 E também para que tivésseis a 16 Eis que lhe é dada sua missão
honra de estabelecer o alicerce e de e não será dada outra vez.
testificar quanto à terra na qual a 17 E quem tem essa missão é de-
a
Sião de Deus será edificada; signado para ser a juiz em Israel,
8 E também para que um ban- como nos tempos antigos, para
quete de coisas gordas fosse pre- dividir as terras da herança de
parado para os a pobres; sim, um Deus entre seus b filhos;
banquete de coisas gordas, de vi- 18 E para julgar seu povo pelo
nho b puro bem refinado, para que testemunho dos justos e com a as-
a Terra saiba que a boca dos pro- sistência de seus conselheiros, de
fetas não falhará; acordo com as leis do reino, que
9 Sim, uma ceia da casa do Se- são dadas pelos a profetas de Deus.
nhor, bem preparada, para a qual 19 Pois em verdade vos digo: Mi-
todas as nações serão convidadas. nha lei será observada nesta terra.
10 Primeiro o rico e o instruído, 20 Que ninguém se julgue go-
o sábio e o nobre; vernante; mas que governe Deus
11 E depois vem o dia do meu o que julga, de acordo com sua
3 b GEE Glória. 5 a Deut. 11:18–19. 13 a Miq. 4:2.
4 a Salm. 30:5; 6 a D&C 29:8. 14 a GEE Partridge, Edward.
D&C 101:2–7; b GEE Testemunho. 15 a 1 Cor. 10:12.
103:11–14; 109:76. 7 a GEE Sião. 17 a D&C 107:72–74.
b GEE Abençoado, 8 a GEE Pobres. GEE Bispo.
Abençoar, Bênção. b Isa. 25:6. b GEE Filhos e Filhas de
c GEE Coroa; 11 a
Mt. 22:1–14; Deus.
Exaltação. Apoc. 19:9; 18 a GEE Profeta.
d Rom. 8:17–18; D&C 65:3.
D&C 136:31. b Lc. 14:16–24.
Doutrina e Convênios 58:21–36 118
própria vontade ou, em outras muitas coisas de sua livre e es-
palavras, o que aconselha ou se pontânea vontade e realizar mui-
assenta na cadeira de juiz. ta retidão.
21 Que ninguém quebre as a leis 28 Pois neles está o poder e nisso
do país, porque o que guarda as são seus próprios a árbitros. E se os
leis de Deus não tem necessidade homens fizerem o bem, de modo
de quebrar as leis do país. algum perderão sua recompensa.
22 Portanto, sujeitai-vos aos 29 Mas o que nada faz até que
poderes existentes até que reine seja mandado e recebe um man-
a
aquele cujo direito é reinar; e sub- damento com o coração duvido-
jugue todos os inimigos sob seus so e guarda-o com indolência, é
pés. a
condenado.
23 Eis que as a leis que recebestes 30 Quem sou eu que a fiz o ho-
de minha mão são as leis da igreja mem, diz o Senhor, para conside-
e, como tal, considerá-las-eis. Eis rar inocente o que não obedece aos
que aqui há sabedoria. meus mandamentos?
24 E agora, como falei a respeito 31 Quem sou eu, diz o Senhor,
de meu servo Edward Partridge, para a prometer e não cumprir?
esta terra é a terra de sua residên- 32 Eu mando, e os homens não
cia e dos que ele nomeou como obedecem; a revogo, e eles não re-
seus conselheiros; e também a ter- cebem a bênção.
ra da residência daquele a quem 33 Depois dizem em seu coração:
designei para cuidar de meu a ar- Esta não é a obra do Senhor, por-
mazém; que suas promessas não se cum-
25 Portanto, que tragam suas prem. Mas ai deles, porque sua
famílias para esta terra, como de- recompensa os espreita a de baixo
cidirem entre eles e mim. e não de cima.
26 Pois eis que não é conveniente 34 E agora eu vos dou mais ins-
que em todas as coisas eu man- truções com respeito a esta terra.
de; pois o que é compelido em 35 Considero conveniente que
todas as coisas é servo a indolente meu servo Martin Harris dê o
e não sábio; portanto, não recebe exemplo à igreja, a entregando seu
recompensa. dinheiro ao bispo da igreja.
27 Em verdade eu digo: Os ho- 36 E também esta é uma lei
mens devem a ocupar-se zelosa- para todo homem que vier para
mente numa boa causa e fazer esta terra a fim de receber uma
21 a Lc. 20:22–26; 24 a D&C 51:13; 70:7–11. Condenar.
D&C 98:4–10; 26 a Mt. 24:45–51; 30 a Isa. 45:9–10;
RF 1:12. D&C 107:99–100. Hel. 12:6.
GEE Governo. 27 a GEE Diligência; 31 a D&C 1:37–38; 82:10.
22 a GEE Jesus Cristo; Obras. 32 a D&C 56:3–4.
Messias; Milênio. 28 a GEE Arbítrio. 33 a D&C 29:45.
23 a GEE Lei. 29 a GEE Condenação, 35 a D&C 42:30–32.
119 Doutrina e Convênios 58:37–51
herança; e ele fará com seu dinhei- sua herança nesta terra, a não ser
ro o que a lei determinar. que o desejem pela oração da fé e
37 E é prudente também que se segundo o que lhes for designado
comprem terras em Independence pelo Senhor.
para o armazém e também para a 45 Pois eis que dos confins da
a
tipografia. Terra a reunirão os povos.
38 E outras instruções com res- 46 Portanto, congregai-vos; e os
peito ao meu servo Martin Harris que não forem designados para
ser-lhe-ão dadas pelo Espírito, permanecer nesta terra, que pre-
para que ele receba sua herança guem o evangelho nas regiões cir-
como lhe aprouver; cunvizinhas; e depois disso, que
39 E que se arrependa de seus regressem a seus lares.
pecados, pois procura o a louvor 47 Que preguem pelo caminho e
do mundo. a
prestem testemunho da verdade
40 E também que meu servo em todos os lugares, chamando ao
a
William W. Phelps ocupe o car- arrependimento os ricos, os nobres
go para o qual o designei e receba e os plebeus e os pobres.
sua herança na terra; 48 E que edifiquem a igrejas, se
41 E também ele precisa arrepen- os habitantes da Terra se arrepen-
der-se porque eu, o Senhor, não derem.
estou satisfeito com ele, pois pro- 49 E que pela voz da igreja seja
cura sobressair-se e não é suficien- nomeado um agente para a igreja
temente humilde perante mim. de Ohio, a fim de receber dinheiro
42 Eis que aquele que se a arre- para a compra de terras em a Sião.
pendeu de seus pecados é b per- 50 E dou ao meu servo, Sidney
doado e eu, o Senhor, deles não Rigdon, o mandamento de fazer
mais me c lembro. por a escrito uma descrição da terra
43 Desta maneira sabereis se um de Sião e uma exposição da von-
homem se arrepende de seus pe- tade de Deus, como lhe for mani-
cados — eis que ele os a confessará festada pelo Espírito;
e b abandonará. 51 E uma epístola e uma subs-
44 E agora, em verdade falo a crição, para serem apresentadas
respeito dos demais élderes de a todas as igrejas com o fim de
minha igreja; não chegará, por obter dinheiro para ser entregue
muitos anos, a hora de receberem nas mãos do bispo ou do agente,
37 a D&C 57:11–12. b Isa. 1:18. 45 a Deut. 33:17.
39 a 2 Né. 26:29; GEE Perdoar. GEE Israel — Coligação
D&C 121:34–37. c Isa. 43:25. de Israel.
40 a GEE Phelps, 43 a D&C 19:20; 64:7. 47 a D&C 68:8.
William W. GEE Confessar, 48 a IE ramos da Igreja.
42 a GEE Arrepender-se, Confissão. 49 a GEE Sião.
Arrependimento. b D&C 82:7. 50 a D&C 63:55–56.
Doutrina e Convênios 58:52–65 120
como lhe parecer melhor ou como Cowdery com eles, para concluí-
determinar, com o propósito de rem o restante da obra que lhes
comprar terras para herança dos designei em sua própria terra; e o
filhos de Deus. restante, como for a determinado
52 Pois eis que em verdade vos pelas conferências.
digo que o Senhor deseja que os 59 E que nenhum homem regres-
discípulos e os filhos dos homens se desta terra sem a testificar pelo
abram o coração para comprar caminho aquilo que sabe e em que
toda esta região o mais depressa seguramente acredita.
possível. 60 E que seja tirado de Ziba Pe-
53 Eis que aqui há sabedoria. terson o que lhe foi conferido; e
Que façam isto; do contrário não que ele permaneça como mem-
receberão qualquer a herança, a bro da igreja e trabalhe com as
não ser por derramamento de san- próprias mãos, juntamente com
gue. os irmãos, até que seja suficiente-
54 E também, quando se obtive- mente a castigado por todos os seus
rem terras, que se envie trabalha- pecados, pois ele não os confessa
dores de toda classe a esta terra, a e pensa escondê-los.
fim de trabalharem para os santos 61 Que os demais élderes desta
de Deus. igreja, que estão vindo para esta
55 Que todas essas coisas sejam terra, alguns dos quais são extre-
feitas em ordem; e que os privilé- mamente abençoados, também
gios das terras sejam anunciados realizem uma conferência nesta
de tempos em tempos pelo bispo terra.
ou pelo agente da igreja. 62 E que meu servo Edward Par-
56 E que o trabalho da reunião tridge dirija a conferência que será
não seja feito às pressas nem fu- realizada por eles.
gindo, mas seja feito conforme 63 E que também regressem pre-
aconselharem os élderes da igreja gando o evangelho pelo caminho,
nas conferências, de acordo com o testificando quanto às coisas que
conhecimento que eles receberem lhes forem reveladas.
de tempos em tempos. 64 Pois, em verdade, o som de-
57 E que meu servo Sidney Rig- verá partir deste lugar para todo
don consagre e dedique ao Senhor o mundo e para os confins da Ter-
esta terra e o local para o a templo. ra — o evangelho deverá ser a pre-
58 E que se convoque uma confe- gado a toda criatura; e b sinais se-
rência; e que depois os meus ser- guirão os que crerem.
vos Sidney Rigdon e Joseph Smith 65 E eis que o Filho do Homem
Júnior regressem; e também Oliver a
vem. Amém.
53 a D&C 63:27–31. 59 a GEE Testemunho. b GEE Sinal.
57 a D&C 57:3; 84:3–5, 31; 60 a GEE Castigar, Castigo, 65 a GEE Segunda Vinda
97:10–17. Corrigir, Repreender. de Jesus Cristo.
58 a GEE Comum Acordo. 64 a GEE Pregar.
121 Doutrina e Convênios 59:1–8
SEÇÃO 59
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 7 de agosto de 1831. Precedendo
esta revelação, a terra foi consagrada, conforme o Senhor ordenara,
e o local do futuro templo foi dedicado. No dia em que esta revelação
foi recebida, Polly Knight, a mulher de Joseph Knight Sênior, faleceu,
sendo ela o primeiro membro da Igreja a morrer em Sião. Os primei-
ros membros classificaram esta revelação como “instrução aos santos
sobre como guardar o dia do Senhor e como jejuar e orar.”
1–4, Os santos fiéis de Sião serão evangelho; pois receberão como
abençoados; 5–8, Devem amar e ser- recompensa as coisas boas da ter-
vir ao Senhor e guardar Seus manda- ra e ela produzirá com sua a força.
mentos; 9–19, Santificando o dia do 4 E também serão coroados com
Senhor, os santos serão abençoados bênçãos do alto, sim, e com man-
material e espiritualmente; 20–24, damentos, não poucos, e com a re-
Promete-se aos justos paz nesse mun- velações em seu tempo — aqueles
do e vida eterna no mundo vindouro. que são b fiéis e c diligentes perante
mim.
Eis que, diz o Senhor, bem-aven- 5 Portanto, dou-lhes um manda-
turados são os que subiram a esta mento que diz assim: a Amarás o
terra com os a olhos fitos na minha Senhor teu Deus de todo o teu b co-
glória, de acordo com meus man- ração, de todo o teu poder, mente
damentos. e força; e em nome de Jesus Cristo
2 Porque os que viverem a her- c
servi-lo-ás.
darão a Terra e os que b morrerem 6 Amarás o teu a próximo como
descansarão de todos os seus la- a ti mesmo. Não b furtarás nem
bores e suas obras segui-los-ão; e cometerás c adultério nem d ma-
nas c mansões de meu Pai, que lhes tarás nem farás coisa alguma se-
preparei, receberão uma d coroa. melhante.
3 Sim, bem-aventurados aque- 7 a Agradecerás ao Senhor teu
les cujos pés estão sobre a terra Deus em todas as coisas.
de Sião, que obedeceram a meu 8 Oferecerás um a sacrifício ao
59 1 a Mt. 6:22–24; 3 a Gên. 4:12; Mois. 5:37. c GEE Serviço.
D&C 88:67. 4 a D&C 42:61; 76:7; 98:12; 6 a GEE Confraternizar.
2 a Mt. 5:5; 121:26–29. b GEE Roubar, Roubo.
D&C 63:20, 48–49. GEE Revelação. c GEE Adultério.
b Apoc. 14:13. b GEE Dignidade, Digno. d GEE Homicídio.
GEE Morte Física; c GEE Diligência. 7 a Salm. 92:1; Al. 37:37;
Paraíso. 5 a Deut. 11:1; Mt. 22:37; D&C 46:32.
c GEE Coroa; Exaltação. Morô. 10:32; GEE Ação de Graças,
d Jo. 14:2; D&C 20:19. Agradecido,
D&C 72:4; 76:111; GEE Amor. Agradecimento.
81:6; 98:18. b GEE Coração. 8 a GEE Sacrifício.
Doutrina e Convênios 59:9–22 122
Senhor teu Deus em retidão, sim,
b
16 Em verdade eu digo que, se
um coração quebrantado e um es- isso fizerdes, a plenitude da Terra
pírito c contrito. será vossa, as feras do campo e as
9 E para que mais plenamente aves do céu e aquilo que sobe nas
te conserves a limpo das manchas árvores e anda na terra;
do mundo, irás à casa de oração 17 Sim, e as ervas e as coisas boas
e oferecerás teus sacramentos no que provêm da terra, sejam para
meu b dia santificado; alimento ou para vestuário ou
10 Porque em verdade esse é um para casas ou para estábulos ou
dia designado para descansares de para pomares ou para hortas ou
teus labores e a prestares tua devo- para vinhas;
ção ao Altíssimo; 18 Sim, todas as coisas que pro-
11 Contudo, teus votos serão ofe- vêm da a terra, em sua estação,
recidos em retidão todos os dias e são feitas para o benefício e uso
em todos os momentos; do homem, tanto para agradar
12 Lembra-te, porém, de que aos olhos como para alegrar o
no dia do Senhor oferecerás tuas coração;
a
oblações e teus sacramentos ao Al- 19 Sim, para servir de alimento
tíssimo, b confessando teus pecados e para vestuário, para o paladar e
a teus irmãos e perante o Senhor. o olfato, para fortalecer o corpo e
13 E nesse dia não farás qualquer avivar a alma.
outra coisa; seja teu alimento pre- 20 E agrada a Deus ter dado ao
parado com singeleza de coração homem todas essas coisas; pois
para que teu a jejum seja perfeito, para esse fim foram feitas, para
ou, em outras palavras, para que serem usadas com discernimen-
tua b alegria seja completa. to, não com excesso nem por ex-
14 Em verdade, isto é jejum e torsão.
oração, ou, em outras palavras, 21 E em nada a ofende o homem
regozijo e oração. a Deus ou contra ninguém está
15 E se fizerdes estas coisas com acesa sua ira, a não ser contra os
a
ação de graças, com o b coração e que não b confessam sua mão em
o semblante c alegres, sem muito todas as coisas e não obedecem a
d
riso porque isso é pecado, mas seus mandamentos.
com o coração feliz e o semblante 22 Eis que isto está de acordo
alegre — com a lei e os profetas; portanto,
8 b GEE Retidão. bens, a serviço de Agradecimento.
c GEE Coração Deus e do próximo. b Êx. 25:2;
Quebrantado. GEE Sacrifício. D&C 64:34.
9 a Tg. 1:27. b GEE Confessar, c Prov. 17:22.
b GEE Dia do Sábado Confissão. d D&C 88:69.
(Dia de Descanso). 13 a GEE Jejuar, Jejum. 18 a GEE Terra.
10 a GEE Adorar. b GEE Alegria. 21 a GEE Ofender.
12 a IE ofertas, sejam de 15 a GEE Ação de Graças, b Jó 1:21.
tempo, talentos ou Agradecido,
123 Doutrina e Convênios 59:23–60:7
não me importuneis mais a respei- mundo e d vida eterna no mundo
to deste assunto. vindouro.
23 Aprendei que aquele que pra- 24 Eu, o Senhor, disse-o e o Es-
tica as obras da a retidão receberá pírito testifica. Amém.
sua b recompensa, sim, c paz neste
SEÇÃO 60
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Inde-
pendence, Condado de Jackson, Missouri, em 8 de agosto de 1831.
Nessa ocasião, os élderes que haviam viajado ao Condado de Jackson
e participado da dedicação da terra e do local do templo desejavam
saber o que deveriam fazer.
1–9, Os élderes devem pregar o evan- 4 Porque eu, o Senhor, governo
gelho nas congregações dos iníquos; em cima nos céus e entre os a exér-
10–14, Não devem desperdiçar seu citos da Terra; e no dia em que eu
tempo nem enterrar seus talentos; reunir minhas b joias, todos os ho-
15–17, Podem lavar os pés como tes- mens saberão o que é que revela
temunho contra os que rejeitarem o o poder de Deus.
evangelho. 5 Mas em verdade falar-vos-ei a
respeito de vossa viagem à terra
Eis que assim diz o Senhor aos de onde viestes. Que seja feita ou
élderes de sua igreja, que deverão comprada uma embarcação, como
regressar rapidamente à terra de vos parecer melhor, a mim não im-
onde vieram: Eis que me agrada porta, e viajai rapidamente para o
terdes vindo até aqui; lugar chamado St. Louis.
2 Com alguns, porém, não es- 6 E que, de lá, meus servos Sid-
tou satisfeito, porque não abrem ney Rigdon, Joseph Smith Júnior
a a boca; mas b escondem o talento e Oliver Cowdery viajem para
que lhes dei, por causa do c temor Cincinnati;
aos homens. Ai desses, porque 7 E que nesse lugar levantem a
contra eles está acesa a minha ira. voz e proclamem minha palavra
3 E acontecerá que, se não forem em alta voz, sem ira nem dúvi-
mais fiéis a mim, deles será a tirado da, levantando mãos santas so-
até aquilo que têm. bre eles. Porque posso tornar-vos
23 a GEE Retidão. 60 2 a Ef. 6:19–20. D&C 1:33.
b GEE Abençoado, b Lc. 8:16, 18. 4 a Al. 43:50.
Abençoar, Bênção. c Mt. 25:14–30. b Isa. 62:3;
c Mt. 11:28–30. GEE Temor — Temor Zac. 9:16;
GEE Paz. do homem. Mal. 3:17;
d D&C 14:7. 3 a Mc. 4:25; D&C 101:3.
Doutrina e Convênios 60:8–17 124
santos e vossos pecados vos são
a
mandamento: Não desperdiça-
a
perdoados.
b
rás teu tempo nem enterrarás teu
8 E que os demais partam de b
talento, de modo que não seja
St. Louis, de dois em dois, e pre- conhecido.
guem a palavra, sem pressa, entre 14 E depois que tiveres vindo à
as congregações dos iníquos, até terra de Sião e proclamado minha
regressarem às igrejas de onde palavra, regressarás rapidamente,
vieram. proclamando minha palavra entre
9 E tudo isso para o bem das igre- as congregações dos iníquos, sem
jas; com esse intento enviei-os. pressa, sem a ira nem contendas.
10 E que meu servo a Edward 15 E sacode o a pó de teus pés
Partridge destine uma parte do contra os que não te receberem,
dinheiro que lhe dei a meus élde- não em sua presença, para não
res que têm ordem de regressar; provocá-los, mas em segredo; e
11 E aquele que puder, que o res- lava teus pés, como testemunho
titua por meio do agente; e o que contra eles no dia do juízo.
não puder, dele não se exigirá. 16 Eis que isto vos é suficiente e é
12 E agora falo dos outros que a vontade daquele que vos enviou.
hão de vir para esta terra. 17 E pela boca de meu servo Jo-
13 Eis que eles foram enviados seph Smith Júnior saber-se-á a
para pregar meu evangelho en- respeito de Sidney Rigdon e Oli-
tre as congregações dos iníquos; ver Cowdery. Quanto ao restante,
portanto, dou-lhes o seguinte mais tarde. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 61
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem
do rio Missouri, em McIlwaine’s Bend, em 12 de agosto de 1831. Em
sua viagem de volta a Kirtland, o Profeta e dez élderes tinham desci-
do o rio Missouri em canoas. No terceiro dia de viagem, enfrentaram
muitos perigos. O Élder William W. Phelps, em uma visão à luz do dia,
viu o destruidor movendo-se com poder sobre a superfície das águas.
1–12, O Senhor decretou muitas 23–29, Alguns têm poder para co-
destruições sobre as águas; 13–22, mandar as águas; 30–35, Os élderes
João amaldiçoou as águas e o des- devem viajar de dois em dois para
truidor move-se pela sua superfície; pregar o evangelho; 36–39, Devem
7 a GEE Santidade. Ocioso. Lc. 9:5;
b GEE Perdoar. b Mt. 25:24–30; At. 13:51;
10 a GEE Partridge, Edward. D&C 82:18. D&C 24:15; 75:20;
13 a D&C 42:42. 14 a Prov. 14:29. 84:92.
GEE Ociosidade, 15 a Mt. 10:14;
125 Doutrina e Convênios 61:1–14
preparar-se para a vinda do Filho meu servo Sidney Gilbert e meu
do Homem. servo a William W. Phelps se apres-
sem na sua incumbência e missão.
Vede e escutai a voz daquele que 8 Contudo, eu não podia permi-
tem todo o a poder, que é de eter- tir que partísseis até que tivésseis
nidade em eternidade, sim, o b Alfa sido a repreendidos por todos os
e o Ômega, o princípio e o fim. vossos pecados, a fim de que fôs-
2 Eis que em verdade assim vos seis um, para que não perecêsseis
diz o Senhor, ó élderes de minha em b iniquidade;
igreja, que estais reunidos neste 9 Mas agora, em verdade eu
lugar e cujos pecados vos são ago- digo: É minha vontade que par-
ra perdoados, pois eu, o Senhor, tais. Portanto, que meus servos Si-
a
perdoo pecados e sou b miseri- dney Gilbert e William W. Phelps
cordioso para com aqueles que tomem seus antigos companhei-
c
confessam seus pecados com o ros e viajem rapidamente, para
coração humilde; que cumpram sua missão; e pela
3 Mas, em verdade vos digo que fé vencerão;
não é necessário que todo este gru- 10 E se forem fiéis, serão pre-
po de meus élderes se mova rapi- servados; e eu, o Senhor, estarei
damente sobre as águas, enquanto com eles.
os habitantes, em ambos os lados, 11 E que os demais levem as rou-
perecem na incredulidade. pas de que necessitarem.
4 Contudo, permiti-o, para que 12 Que meu servo Sidney Gil-
pudésseis testificar; eis que há bert leve consigo o que não for
muitos perigos sobre as águas e indispensável, conforme deter-
mais especialmente daqui para minardes.
a frente; 13 E agora eis que, para vosso
5 Porque eu, o Senhor, em minha a
bem, vos dei um b mandamento
ira decretei muitas destruições so- concernente a estas coisas; e eu, o
bre as águas; sim, e especialmente Senhor, arrazoarei convosco como
sobre estas águas. com os homens na antiguidade.
6 Contudo, toda carne está em 14 Eis que eu, o Senhor, no prin-
minha mão; e o que dentre vós cípio abençoei as a águas; nos úl-
for fiel não perecerá por meio das timos dias, porém, pela boca de
águas. meu servo João, b amaldiçoei as
7 Portanto, é conveniente que águas.
61 1 a GEE Poder. c GEE Confessar, b GEE Iniquidade, Iníquo.
b GEE Alfa e Ômega. Confissão. 13 a D&C 21:6.
2 a Mos. 4:10–11. 7 a GEE Phelps, b GEE Mandamentos de
GEE Perdoar. William W. Deus.
b GEE Misericórdia, 8 a GEE Castigar, Castigo, 14 a Gên. 1:20.
Misericordioso. Corrigir, Repreender. b Apoc. 8:8–11.
Doutrina e Convênios 61:15–31 126
15 Portanto, dias virão em que Smith Júnior e Oliver Cowdery:
carne alguma estará segura sobre Que não venham mais sobre as
as águas. águas, a não ser que seja pelo ca-
16 E dias virão em que se dirá nal, quando viajarem para suas
que ninguém poderá subir à terra casas; ou, em outras palavras, não
de Sião sobre as águas, a não ser o deverão viajar sobre as águas, a
que for reto de coração. não ser pelo canal.
17 E como eu, o Senhor, no prin- 24 Eis que eu, o Senhor, deter-
cípio a amaldiçoei a terra, assim minei a meus santos a maneira de
nos últimos dias abençoei-a, em viajar; e eis que esta é a maneira:
seu tempo, para uso de meus san- que após saírem do canal viajem
tos, a fim de que partilhem de sua por terra, sendo que lhes foi or-
gordura. denado que subam para a terra
18 E agora vos dou um manda- de Sião;
mento — e o que digo a um digo a 25 E farão como os filhos de Is-
todos — de que antecipadamente rael, a armando suas tendas pelo
aviseis vossos irmãos a respeito caminho.
destas águas, a fim de que, ao via- 26 E eis que dareis este manda-
jarem sobre elas, não falhe a sua fé mento a todos os vossos irmãos.
e sejam apanhados em armadilhas; 27 Contudo, àquele a quem é
19 Eu, o Senhor, decretei e o des- dado a poder para comandar as
truidor move-se sobre sua superfí- águas, a ele é dado, pelo Espírito,
cie; e não revogo o decreto. conhecer todos os seus caminhos;
20 Eu, o Senhor, estava irado con- 28 Portanto, que faça como o Es-
vosco ontem, mas hoje minha ira pírito do Deus vivo lhe ordenar,
desviou-se. seja na terra ou sobre as águas,
21 Portanto, que aqueles de conforme eu desejar daqui em
quem falei viajem apressadamen- diante.
te; novamente vos digo: Que via- 29 E a vós é dado o curso para
jem apressadamente. os santos, ou seja, o caminho pelo
22 E depois de pouco tempo não qual os santos do acampamento
me importa como viajem, se por do Senhor deverão viajar.
água, se por terra, desde que cum- 30 E também em verdade vos
pram sua missão; que se faça de digo: Meus servos Sidney Rigdon,
acordo com o que lhes for reve- Joseph Smith Júnior e Oliver Cow-
lado, segundo seu parecer daqui dery não deverão abrir a boca nas
em diante. congregações dos iníquos, até que
23 E agora, concernente a meus cheguem a Cincinnati;
servos Sidney Rigdon, Joseph 31 E nesse lugar elevarão a sua
17 a Mois. 4:23. 27 a GEE Poder;
25 a Núm. 9:18. Sacerdócio.
127 Doutrina e Convênios 61:32–62:1
voz a Deus contra esse povo, sim, Smith, com quem me comprazo,
àquele cuja ira está acesa contra não devem ser separados até que
suas iniquidades, um povo que voltem para casa; e isto para um
está quase a amadurecido para a sábio propósito meu.
destruição. 36 E agora, em verdade vos digo
32 E de lá seguirão rumo às con- e o que digo a um digo a todos:
gregações de seus irmãos, porque Tende bom ânimo, a filhinhos; pois
suas obras são agora mais neces- estou no vosso b meio e não vos
sárias entre eles do que nas con- c
desamparei;
gregações dos iníquos. 37 E sendo que vos humilhastes
33 E agora, concernente aos de- perante mim, as bênçãos do a reino
mais, que viajem e a declarem a são vossas.
palavra entre as congregações dos 38 Cingi vossos lombos e a vigiai
iníquos, como lhes é manifestada; e sede sóbrios, esperando a vinda
34 E se assim fizerem, a purifica- do Filho do Homem, pois ele virá
rão suas vestes e ficarão imacula- numa hora em que não pensais.
dos perante mim. 39 a Orai sempre para não en-
35 E que viajem juntos, ou de trardes em b tentação, para que
a
dois em dois, como lhes parecer suporteis o dia de sua vinda, seja
melhor, mas o meu servo Reynolds na vida ou na morte. Assim seja.
Cahoon e o meu servo Samuel H. Amém.
SEÇÃO 62
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem
do rio Missouri, em Chariton, Missouri, em 13 de agosto de 1831.
Nesse dia, o Profeta e seu grupo, que viajavam de Independence para
Kirtland, encontraram vários élderes que estavam a caminho da terra
de Sião e, após alegres saudações, o Profeta recebeu esta revelação.
1–3, Os testemunhos são registrados Eis que, escutai, ó élderes de mi-
nos céus; 4–9, Os élderes devem via- nha igreja, diz o Senhor vosso
jar e pregar de acordo com seu dis- Deus, sim, Jesus Cristo, vosso a ad-
cernimento e conforme orientação do vogado, que conhece as fraquezas
Espírito. dos homens e sabe como b socorrer
os que são c tentados.
31 a Al. 37:31; Hel. 13:14; 36 a Jo. 13:33. 39 a GEE Oração.
D&C 101:11. b Mt. 18:20. b GEE Tentação, Tentar.
33 a GEE Pregar; c Isa. 41:15–17; 62 1 a D&C 45:3–4.
Testificar. 1 Né. 21:14–15. GEE Advogado.
34 a 2 Né. 9:44; Jacó 2:2; 37 a D&C 50:35. b Heb. 2:18;
Mos. 2:28. 38 a GEE Atalaia, Sentinela, Al. 7:12.
35 a GEE Obra Missionária. Vigiar. c GEE Tentação, Tentar.
Doutrina e Convênios 62:2–9 128
2 E em verdade meus olhos estão 6 Eis que eu, o Senhor, vos reuni
sobre os que ainda não subiram para que se cumprisse a promessa
à terra de Sião; portanto, vossa de que aqueles de vós que fossem
missão ainda não está completa. fiéis seriam preservados e juntos
3 Não obstante, bem-aventura- se regozijariam na terra de Mis-
dos sois, porque o a testemunho souri. Eu, o Senhor, prometo aos
que prestastes está b registrado no fiéis e não posso a mentir.
céu para ser visto pelos anjos; e 7 Eu, o Senhor, estou de acordo,
eles se regozijam por vós e vossos se qualquer de vós desejar viajar
c
pecados vos são perdoados. a cavalo ou em mulas ou em car-
4 E agora continuai vossa via- roças, que receba essa bênção, se
gem. Reuni-vos na terra de a Sião; a receber da mão do Senhor com
realizai uma reunião e rejubilai- um coração a grato em todas as
vos juntos e oferecei um sacra- coisas.
mento ao Altíssimo. 8 Essas coisas vos são dadas para
5 E então podereis regressar para que as façais com discernimento
testificar, sim, todos juntos ou de e conforme as orientações do Es-
dois em dois, como vos parecer pírito.
melhor, a mim não importa; so- 9 Eis que vosso é o a reino. E eis
mente sede fiéis e a anunciai alegres que eu estou sempre b com os fiéis.
novas aos habitantes da Terra ou Assim seja. Amém.
entre as congregações dos iníquos.
SEÇÃO 63
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 30 de agosto de 1831. O Profeta, Sidney Rigdon e Oliver
Cowdery haviam chegado a Kirtland em 27 de agosto, após sua visita ao
Missouri. A história de Joseph Smith descreve esta revelação: “Nesses
dias iniciais da Igreja havia um grande desejo de obter-se a palavra do
Senhor sobre todos os assuntos que, de alguma forma, diziam respeito
à nossa salvação; e como a terra de Sião era então a mais importante
questão material em vista, pedi mais informações ao Senhor sobre a
reunião dos santos, a compra da terra e outros assuntos.”
1–6, Um dia de ira virá sobre os iní- Os adúlteros de coração negarão a fé e
quos; 7–12, Sinais virão pela fé; 13–19, serão lançados no lago de fogo; 20, Os
3 a Lc. 12:8–9. 4 a D&C 57:1–2. Agradecido,
GEE Testemunho. 5 a GEE Obra Missionária. Agradecimento.
b GEE Livro da Vida. 6 a Ét. 3:12. 9 a D&C 61:37.
c D&C 84:61. 7 a GEE Ação de Graças, b Mt. 28:20.
129 Doutrina e Convênios 63:1–14
fiéis receberão uma herança na Terra que os rebeldes temam e estreme-
transfigurada; 21, Um relato comple- çam; e que os incrédulos fechem
to dos eventos ocorridos no Monte da os lábios, pois o a dia da ira cai-
Transfiguração ainda não foi revela- rá sobre eles como um b furacão;
do; 22–23, Os obedientes recebem os e toda carne c saberá que eu sou
mistérios do reino; 24–31, Devem ser Deus.
compradas heranças em Sião; 32–35, 7 E o que busca sinais verá a si-
O Senhor decreta guerras e os iníquos nais, mas não para a salvação.
destroem os iníquos; 36–48, Os santos 8 Em verdade vos digo: Há en-
devem reunir-se em Sião e dar dinheiro tre vós quem busque sinais e tem
para construí-la; 49–54, Asseguram- havido desde o princípio.
se bênçãos aos fiéis na Segunda Vinda, 9 Mas eis que a fé não vem por
na Ressurreição e durante o Milênio; sinais, mas sinais seguem os que
55–58, Este é um dia de advertência; creem.
59–66, O nome do Senhor é tomado 10 Sim, sinais vêm pela a fé, não
em vão por aqueles que o usam sem pela vontade do homem nem
autoridade. como lhes agrada, mas pela von-
tade de Deus.
Escutai, ó povo, e abri o coração 11 Sim, sinais vêm pela fé, para
e de longe ouvi; e escutai, vós que produzir obras grandiosas, pois
vos chamais povo do Senhor; e sem a fé homem algum agrada a
ouvi a palavra do Senhor e a sua Deus; e Deus não se agrada da-
vontade a respeito de vós. quele com quem está irado; por-
2 Sim, em verdade digo: Ouvi a tanto, a esses não mostra qualquer
palavra daquele cuja ira está acesa sinal, a não ser com b ira, para sua
contra os iníquos e os a rebeldes; c
condenação.
3 O qual toma a quem deseja 12 Portanto, eu, o Senhor, não
a
tomar e preserva a vida daqueles me agrado daqueles de vós que
que deseja preservar; têm procurado sinais e maravilhas
4 Que constrói conforme seu de- para alcançar a fé e não em benefí-
sejo e prazer; e destrói quando cio dos homens para minha glória.
lhe apraz e pode lançar a alma 13 Contudo, dou mandamentos e
ao inferno. muitos se afastaram de meus man-
5 Eis que eu, o Senhor, faço ouvir damentos e não os guardaram.
a minha voz, e ela será obedecida. 14 Houve entre vós a adúlteros
6 Portanto, em verdade eu digo: e adúlteras; alguns deles se afas-
Que os iníquos prestem atenção e taram de vós e outros, que mais
63 2 a GEE Rebeldia, b Jer. 30:23. 11 a Heb. 11:6.
Rebelião. c Isa. 49:26. b D&C 35:11.
3 a GEE Morte Física. 7 a D&C 46:9. c D&C 88:65.
6 a GEE Justiça; GEE Sinal. 14 a D&C 42:24–25.
Segunda Vinda de 10 a Morô. 7:37.
Jesus Cristo. GEE Fé.
Doutrina e Convênios 63:15–27 130
tarde serão revelados, permane- transfiguração, receberá uma he- b
44 Eis que estas coisas estão em os velhos morrerão, mas não dor-
suas mãos; que ele aja com sabe- mirão no pó; antes, serão c transfor-
doria. mados num piscar de olhos.
45 Em verdade eu digo: Que seja 52 Portanto, por esse motivo pre-
ele ordenado agente dos discípu- garam os apóstolos ao mundo a
los que ficarem e que seja ordena- ressurreição dos mortos.
do com esse poder; 53 Estas são as coisas que deveis
46 E que agora visite depressa procurar; e, falando à maneira do
as igrejas com meu servo Oliver Senhor, elas agora estão a próximas
Cowdery, expondo-lhes estas coi- e num tempo futuro, sim, no dia
sas. Eis que esta é a minha vonta- da vinda do Filho do Homem.
de — obter dinheiro como orientei. 54 E até aquela hora haverá a vir-
47 Aquele que for a fiel e perse- gens néscias entre as prudentes; e
verar, vencerá o mundo. naquela hora haverá uma separa-
48 Aquele que enviar tesouros ção total dos justos e dos iníquos; e
à terra de Sião receberá uma a he- naquele dia mandarei meus anjos
rança neste mundo e também uma para b arrancar os iníquos e arre-
recompensa no mundo vindouro; messá-los no fogo inextinguível.
e suas obras segui-lo-ão. 55 E agora, eis que em verdade
49 Sim, e bem-aventurados os vos digo: Eu, o Senhor, não estou
que a morrerem no Senhor, daqui satisfeito com meu servo a Sidney
em diante, pois quando o Senhor Rigdon; ele b exaltou-se a si mes-
vier e as coisas velhas b passarem mo em seu coração e não recebeu
e todas as coisas se tornarem no- conselho, mas ofendeu o Espírito;
vas, eles se c levantarão dentre os 56 Portanto, o que a escreveu não
mortos e não mais d morrerão; e é aceitável ao Senhor e ele deve-
na cidade santa receberão uma rá fazê-lo de novo; e se o Senhor
herança perante o Senhor. não o aceitar, eis que ele não mais
50 E o que estiver vivo quando o permanecerá no cargo para o qual
Senhor vier e tiver guardado a fé, o designei.
a
bem-aventurado será; contudo, 57 E também em verdade vos
é-lhe designado b morrer na idade digo: a Aqueles que em seu cora-
do homem. ção e com humildade desejarem
47 a Mos. 2:41; D&C 6:13. GEE Imortal, D&C 43:32.
48 a D&C 101:18. Imortalidade. 53 a D&C 35:15.
49 a Apoc. 14:13; 50 a GEE Abençoado, 54 a Mt. 25:1–13;
D&C 42:44–47. Abençoar, Bênção. D&C 45:56–59.
b 2 Cor. 5:17. b GEE Morte Física. b Mos. 16:2.
c GEE Ressurreição. 51 a GEE Milênio. 55 a GEE Rigdon, Sidney.
d Apoc. 21:4; b Isa. 65:20–22; b GEE Orgulho.
Al. 11:45; D&C 45:58; 101:29–31. 56 a D&C 58:50.
D&C 88:116. c 1 Cor. 15:51–52; 57 a D&C 4:3–6.
133 Doutrina e Convênios 63:58–66
chamar os pecadores ao arrepen-
b
63 Portanto, que a igreja se ar-
dimento, sejam ordenados com rependa de seus pecados e eu, o
esse poder. Senhor, possuí-los-ei; do contrário,
58 Pois este é um dia de adver- serão cortados.
tência e não de muitas palavras. 64 Lembrai-vos de que aquilo
Pois eu, o Senhor, não serei escar- que vem de cima é a sagrado e deve
necido nos últimos dias. ser b mencionado com cuidado e
59 Eis que eu sou de cima e meu por indução do Espírito; e nisto
poder jaz abaixo. Eu estou sobre não há condenação alguma e rece-
tudo e em tudo e através de tudo bereis o Espírito c por meio de ora-
e a penetro todas as coisas; e vem ção; portanto, sem isto permanece
o dia em que todas as coisas me a condenação.
serão sujeitas. 65 Que meus servos Joseph
60 Eis que sou o a Alfa e o Ômega, Smith Júnior e Sidney Rigdon pro-
sim, Jesus Cristo. curem para si uma casa, como fo-
61 Portanto, que todos os ho- rem instruídos pelo Espírito por
mens se acautelem de como to- meio de a oração.
mam meu a nome em seus lábios — 66 Estas coisas devem ser ven-
62 Pois eis que em verdade eu cidas pela paciência, para que re-
digo que muitos há que estão cebam um a peso eterno de b glória
sob esta condenação, que usam mais excelente; de outra maneira,
o nome do Senhor e usam-no em receberão uma condenação maior.
vão, não tendo autoridade. Amém.
SEÇÃO 64
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes
da Igreja, em Kirtland, Ohio, em 11 de setembro de 1831. O Profeta
preparava-se para mudar-se para Hiram, Ohio, a fim de retomar seu
trabalho na tradução da Bíblia, que havia sido posto de lado enquanto
ele se encontrava no Missouri. Um grupo de irmãos que recebera or-
dem de ir para Sião (Missouri) preparava-se zelosamente para partir
em outubro. Nessa época muito atarefada, foi recebida esta revelação.
1–11, Ordena-se que os santos se per- Os que não se arrependerem serão le-
doem uns aos outros, para que não per- vados perante a Igreja; 23–25, O que
maneça neles o pecado maior; 12–22, paga o dízimo não será queimado na
57 b D&C 18:14–15. 60 a GEE Alfa e Ômega. 65 a GEE Oração.
GEE Advertência, 61 a GEE Profanidade. 66 a 2 Cor. 4:17.
Advertir, Prevenir; 64 a GEE Santo (adjetivo). b Rom. 8:18;
Obra Missionária. b GEE Reverência. D&C 58:4;
59 a 1 Cor. 2:10. c D&C 42:14. 136:31.
Doutrina e Convênios 64:1–14 134
vinda do Senhor; 26–32, Adverte-se 8 Meus discípulos, nos dias an-
aos santos que não tenham dívidas; tigos, procuraram a pretextos uns
33–36, Os rebeldes serão expulsos de contra os outros e em seu coração
Sião; 37–40, A Igreja julgará as na- não se perdoaram; e por esse mal
ções; 41–43, Sião florescerá. foram afligidos e severamente b re-
preendidos.
Eis que assim vos diz o Senhor 9 Portanto, digo-vos que vos de-
vosso Deus: Ó élderes da minha veis a perdoar uns aos outros; pois
igreja, atendei e ouvi, e recebei a aquele que não b perdoa a seu ir-
minha vontade concernente a vós. mão suas ofensas está em conde-
2 Pois em verdade vos digo: De- nação diante do Senhor; pois nele
sejo que a vençais o mundo; por- permanece o pecado maior.
tanto, terei b compaixão de vós. 10 Eu, o Senhor, a perdoarei a
3 Há entre vós aqueles que peca- quem desejo perdoar, mas de vós
ram; mas em verdade eu digo que, é exigido que b perdoeis a todos
por esta vez, para minha a glória e os homens.
para a salvação das almas, b per- 11 E devíeis dizer em vosso cora-
doei-vos vossos pecados. ção: Que a julgue Deus entre mim e
4 Serei misericordioso convosco, ti e te recompense de acordo com
pois a vós dei o reino. teus b feitos.
5 E as a chaves dos mistérios do 12 E aquele que não se arrepen-
reino não serão tiradas de meu der de seus pecados e não os con-
servo Joseph Smith Júnior pelos fessar, trareis perante a a igreja e
meios que designei, enquanto ele fareis com ele conforme vos dizem
viver, caso ele obedeça às minhas as escrituras, seja por mandamen-
b
ordenanças. to ou por revelação.
6 Há os que, sem razão, procura- 13 E isso fareis para que Deus seja
ram falhas nele; glorificado — não porque não os
7 Contudo, ele pecou; mas em perdoais, não tendo compaixão,
verdade vos digo: Eu, o Senhor, mas para que sejais justificados aos
a
perdoo os pecados daqueles que olhos da lei, para que não ofendais
b
confessam seus pecados perante aquele que é vosso legislador.
mim e pedem perdão, se não pe- 14 Em verdade eu vos digo: Por
caram para c morte. esse motivo fareis estas coisas.
64 2 a 1 Jo. 5:4. b Núm. 5:6–7; D&C 82:1.
b GEE Compaixão. D&C 19:20; 58:43. b Mt. 6:14–15;
3 a Mois. 1:39. GEE Confessar, Ef. 4:32.
b Isa. 43:25. Confissão. 10 a Êx. 33:19;
5 a D&C 28:7; 84:19. c D&C 76:31–37. Al. 39:6;
GEE Chaves do 8 a GEE Contenção, D&C 56:14.
Sacerdócio. Contenda. b Mos. 26:29–31.
b GEE Ordenanças. b GEE Castigar, Castigo, 11 a 1 Sam. 24:12.
7 a GEE Perdoar; Corrigir, Repreender. b 2 Tim. 4:14.
Remissão de Pecados. 9 a Mc. 11:25–26; 12 a D&C 42:80–93.
135 Doutrina e Convênios 64:15–26
15 Eis que eu, o Senhor, estava 21 Não desejo que meu servo
zangado com aquele que foi meu Frederick G. Williams venda sua
servo, Ezra Booth, e também com fazenda, porque eu, o Senhor, de-
meu servo Isaac Morley, porque sejo manter na terra de Kirtland
não guardaram a lei nem o man- uma posição firme pelo espaço de
damento; cinco anos, nos quais não derru-
16 Em seu coração procuraram barei os iníquos, a fim de, assim,
o mal e eu, o Senhor, retive meu poder salvar alguns.
Espírito. a Condenaram como mau 22 E depois disso eu, o Senhor,
aquilo em que não havia mal; con- não considerarei a culpado qual-
tudo, perdoei meu servo Isaac quer que vá à terra de Sião com
Morley. o coração aberto; pois eu, o Se-
17 E também meu servo a Edward nhor, exijo o b coração dos filhos
Partridge — eis que ele pecou e dos homens.
b
Satanás procura destruir-lhe a 23 Eis que o tempo presente se
alma; mas quando estas coisas se chama a hoje até a b vinda do Filho
lhes tornarem conhecidas e eles do Homem e, em verdade, é um
se arrependerem do mal, serão dia de c sacrifício e um dia para o
perdoados. dízimo de meu povo; pois aquele
18 E agora, em verdade eu digo que paga o d dízimo não será e quei-
que me é conveniente que meu mado na sua vinda.
servo Sidney Gilbert, dentro de 24 Porque depois de hoje vem a
algumas semanas, retorne a seus a
queima — falando à maneira do
negócios e a sua função de agente Senhor — pois, em verdade eu
na terra de Sião; digo, que amanhã todos os b so-
19 E aquilo que viu e ouviu seja berbos e os que praticam iniquida-
dado a conhecer a meus discípu- de serão como o restolho; e quei-
los, para que não pereçam. E por má-los-ei, pois sou o Senhor dos
essa razão disse eu estas coisas. Exércitos, e não pouparei quem
20 E também vos digo que, para permanecer em c Babilônia.
que meu servo Isaac Morley não 25 Portanto, se credes em mim,
seja a tentado além do que lhe seja trabalhareis enquanto é hoje.
possível suportar e aconselhe erra- 26 E não é conveniente que meus
damente, em vosso prejuízo, orde- servos a Newel K. Whitney e Sid-
nei que sua fazenda fosse vendida. ney Gilbert vendam sua b loja e os
16 a 2 Né. 15:20; D&C 121:16. Jesus Cristo. Terra — Purificação da
17 a GEE Partridge, Edward. c GEE Sacrifício. Terra.
b GEE Diabo. d Mal. 3:10–11. b Mal. 3:15;
20 a GEE Tentação, Tentar. GEE Dízimos. 2 Né. 12:12; 23:11.
22 a GEE Culpa. e Mal. 4:1; 3 Né. 25:1; GEE Orgulho.
b Êx. 35:5; JS—H 1:37. c D&C 1:16.
D&C 59:15; 64:34. 24 a Isa. 66:15–16. GEE Babel, Babilônia.
23 a D&C 45:6; 64:24–25. GEE Mundo — Fim do 26 a GEE Whitney, Newel K.
b GEE Segunda Vinda de mundo; b D&C 57:8.
Doutrina e Convênios 64:27– 43 136
bens que aqui possuem, porque comerão do bem da terra de Sião
isso não é prudente até que o res- nestes últimos dias.
tante da igreja que aqui se encon- 35 E os a rebeldes serão b cortados
tra suba para a terra de Sião. da terra de Sião e afastados e não
27 Eis que as minhas leis dizem, herdarão a terra.
ou seja, proíbem contrair a dívidas 36 Pois em verdade eu digo que
com os vossos inimigos; os rebeldes não são do sangue
28 Mas eis que em tempo algum de a Efraim; portanto, serão ex-
se diz que o Senhor não poderá to- tirpados.
mar quando quiser e pagar como 37 Eis que eu, o Senhor, fiz mi-
lhe aprouver. nha igreja, nestes últimos dias, se-
29 Portanto, como sois agentes, melhante a um juiz sentado sobre
estais a serviço do Senhor; e tudo o um monte ou um lugar alto para
que fazeis de acordo com a vonta- julgar as nações.
de do Senhor é negócio do Senhor. 38 Pois acontecerá que os habi-
30 E ele escolheu-vos para su- tantes de Sião a julgarão todas as
prirdes a seus santos nestes últi- coisas pertinentes a Sião.
mos dias, a fim de que obtenham 39 E por eles pôr-se-ão à prova
uma a herança na terra de Sião. os mentirosos e hipócritas e co-
31 E eis que eu, o Senhor, vos nhecer-se-ão os que não forem
declaro — e minhas a palavras são a
apóstolos e profetas.
certas e não b falharão — que eles 40 E até o a bispo, que é um b juiz,
irão obtê-la. e seus conselheiros, se não forem
32 Todas as coisas, porém, deve- fiéis em suas c mordomias, serão
rão realizar-se a seu tempo. condenados; e d outros serão pos-
33 Portanto, não vos a canseis de tos em seu lugar.
fazer o bem, porque estais lançan- 41 Pois eis que vos digo que a Sião
do o alicerce de uma grande obra. florescerá e a b glória do Senhor es-
E de b pequenas coisas provém tará sobre ela;
aquilo que é grande. 42 E será um a estandarte para o
34 Eis que o Senhor a requer o povo e a ela virão de todas as na-
b
coração e uma mente solícita; e ções debaixo do céu.
os que são solícitos e c obedientes 43 E chegará o dia em que as
27 a GEE Dívida. GEE Coração. GEE Apóstolo.
30 a D&C 63:48. c Isa. 1:19. 40 a GEE Bispo.
31 a Mc. 13:31; GEE Obedecer, b D&C 58:17; 107:72–74.
2 Né. 31:15; Obediência, c GEE Mordomia,
D&C 1:37–38. Obediente. Mordomo.
b D&C 76:3. 35 a GEE Rebeldia, Rebelião. d D&C 107:99–100.
33 a Gál. 6:9. b D&C 41:5; 50:8–9; 56:3. 41 a GEE Sião.
b D&C 123:16. GEE Excomunhão. b D&C 45:67; 84:4–5;
34 a Miq. 6:8. 36 a Deut. 33:16–17. 97:15–20.
b Deut. 32:46; 38 a Isa. 2:3–4; GEE Glória.
Jos. 22:5; D&C 133:21. 42 a GEE Estandarte.
Mórm. 9:27. 39 a Apoc. 2:2.
137 Doutrina e Convênios 65:1–6
nações da Terra a estremecerão por seus homens terríveis. O Senhor
causa dela e temerão por causa de disse-o. Amém.
SEÇÃO 65
Revelação a respeito de oração, dada por intermédio de Joseph Smith,
o Profeta, em Hiram, Ohio, em 30 de outubro de 1831.
1–2, As chaves do reino de Deus são a a ceia do Cordeiro, aprontai-vos
conferidas ao homem na Terra; a cau- para o b Esposo.
sa do evangelho triunfará; 3–6, No 4 Orai ao Senhor, invocai seu
milênio, o reino do céu virá unir-se santo nome, divulgai suas obras
ao reino de Deus na Terra. maravilhosas entre o povo.
5 Invocai o Senhor, para que seu
Escutai e ouvi uma voz como a de reino siga pela Terra e seus habi-
alguém enviado do alto, que é for- tantes recebam-no e estejam pre-
te e poderoso, cujas idas chegam parados para os dias que virão,
aos confins da Terra, sim, cuja voz nos quais o Filho do Homem a des-
se dirige aos homens: a Preparai cerá no céu, b revestido do esplen-
o caminho do Senhor, endireitai dor de sua c glória, para encontrar
suas veredas. o d reino de Deus que está estabe-
2 As a chaves do b reino de Deus lecido na Terra.
foram confiadas ao homem na 6 Portanto, que o a reino de Deus
Terra, e dali rolará o evangelho vá avante para que venha o b rei-
até os confins da Terra, como a no dos céus, a fim de que tu, ó
c
pedra cortada da montanha, Deus, sejas glorificado no céu e
sem mãos, rolará até d encher toda na Terra; que teus inimigos sejam
a Terra. subjugados; pois c tua é a honra, o
3 Sim, uma voz clamando: Prepa- poder e a glória para todo o sem-
rai o caminho do Senhor, preparai pre. Amém.
43 a Isa. 60:14; c Dan. 2:34–45. 5 a Mt. 24:30.
D&C 97:19–20. d Salm. 72:19. b Salm. 93:1.
65 1 a Isa. 40:3; Mt. 3:3; GEE Daniel — Livro de c GEE Glória.
Jo. 1:23. Daniel; d Dan. 2:44.
2 a Mt. 16:19; Últimos Dias. 6 a GEE Reino de Deus ou
D&C 42:69. 3 a Mt. 22:1–14; Reino dos Céus.
GEE Chaves do Apoc. 19:9; b Apoc. 11:15.
Sacerdócio. D&C 58:11. c 1 Crôn. 29:11;
b D&C 90:1–5. b GEE Esposo. Mt. 6:13.
Doutrina e Convênios 66:1–9 138
SEÇÃO 66
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hi-
ram, Ohio, em 29 de outubro de 1831. William E. McLellin havia
rogado ao Senhor em segredo que fizesse saber ao Profeta a resposta a
cinco questões, as quais não eram de conhecimento de Joseph Smith.
Atendendo o pedido de McLellin, o Profeta inquiriu o Senhor e re-
cebeu esta revelação.
1–4, O convênio eterno é a plenitu- Senhor, pois o Senhor irá a mos-
de do evangelho; 5–8, Os élderes de- trá-las a ti.
vem pregar, testificar e arrazoar com o 4 E agora, em verdade eu, o Se-
povo; 9–13, O trabalho fiel no minis- nhor, mostrar-te-ei o que desejo
tério garante a herança da vida eterna. em relação a ti, ou seja, qual é a
minha vontade em relação a ti.
Eis que assim diz o Senhor a meu 5 Eis que em verdade eu te digo,
servo William E. McLellin: Bem- que é a minha vontade que a pro-
aventurado és, visto que te afastas- clames o meu evangelho de terra
te de tuas iniquidades e recebeste em terra e de cidade em cidade,
minhas verdades, diz o Senhor teu sim, nas regiões circunvizinhas
Redentor, o Salvador do mundo, onde ainda não tiver sido pro-
sim, de todos os que a creem em clamado.
meu nome. 6 Não te detenhas muitos dias
2 Em verdade eu te digo: Bem- neste lugar; não subas ainda à ter-
aventurado és tu por receberes ra de Sião; mas o que puderes en-
meu a convênio eterno, sim, a ple- viar, envia; também, não penses
nitude do meu evangelho, enviado em tua propriedade.
aos filhos dos homens para que 7 a Vai às terras do leste, presta
tenham b vida e tornem-se parti- b
testemunho em todos os lugares,
cipantes das glórias que serão re- a todo o povo e em suas sinagogas,
veladas nos últimos dias, como foi arrazoando com o povo.
escrito pelos profetas e apóstolos 8 Que meu servo Samuel H.
da antiguidade. Smith vá contigo; não o abandones
3 Em verdade eu te digo, meu e dá-lhe tuas instruções; e o que for
servo William, que estás limpo, fiel se tornará a forte em todo lugar;
mas não de todo; arrepende-te, e eu, o Senhor, irei convosco.
portanto, das coisas que não são 9 Impõe as a mãos sobre os
agradáveis a minha vista, diz o doentes e b recuperar-se-ão. Não
66 1 a Jo. 1:12. 3 a Jacó 4:7; Ét. 12:27. 9 a GEE Bênção dos
GEE Crença, Crer. 5 a Mc. 16:15. Doentes;
2 a GEE Novo e Eterno 7 a D&C 75:6. Mãos, Imposição de.
Convênio. b GEE Testemunho. b Mt. 9:18.
b Jo. 10:10; 3 Né. 5:13. 8 a D&C 52:17; 133:58. GEE Curar, Curas.
139 Doutrina e Convênios 66:10–67:2
regresses até que eu, o Senhor, carás teu ofício e impelirás mui-
te ordene. Sê paciente na aflição. ta gente a b Sião com c cânticos de
c
Pede e receberás; bate e ser-te-á eterna alegria sobre suas cabeças.
aberto. 12 a Persevera nestas coisas até
10 Procura não te embaraçar. o fim e terás uma b coroa de vida
Abandona toda iniquidade. Não eterna à direita de meu Pai, que é
cometas a adultério — tentação que cheio de graça e verdade.
te tem afligido. 13 Em verdade, assim diz o Se-
11 a Obedece a estas palavras, pois nhor teu a Deus, teu Redentor, sim,
são verdadeiras e fiéis; e magnifi- Jesus Cristo. Amém.
SEÇÃO 67
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, no começo de novembro de 1831. Naquela ocasião realizava-se
uma conferência especial e a publicação das revelações já recebidas do
Senhor por meio do Profeta foi considerada e aprovada (ver cabeçalho
da seção 1). William W. Phelps havia recentemente estabelecido a grá-
fica da Igreja em Independence, Missouri. Na conferência, decidiu-se
publicar as revelações no Book of Commandments (Livro de Manda-
mentos) e imprimir 10.000 cópias (o que foi posteriormente reduzido
para 3.000 cópias, por causa de dificuldades não previstas). Muitos
dos irmãos prestaram testemunho solene de que as revelações então
compiladas para publicação eram realmente verdadeiras, segundo o
testemunho do Espírito Santo que se derramara sobre eles. A histó-
ria de Joseph Smith registra que depois que a revelação conhecida
como seção 1 fora recebida, haviam surgido alguns comentários sobre
a linguagem usada nas revelações. Seguiu-se a presente revelação.
1–3, O Senhor ouve as orações de Eis aqui, escutai, ó a élderes da mi-
Seus élderes e zela por eles; 4–9, Ele nha igreja que vos reunistes, cujas
desafia a pessoa mais sábia a duplicar orações ouvi e cujo coração conhe-
a menor de Suas revelações; 10–14, ço e cujos desejos subiram a mim.
Os élderes fiéis serão vivificados pelo 2 Olhai! Meus a olhos estão so-
Espírito e verão a face de Deus. bre vós e os céus e a Terra estão
em minhas mãos; e as riquezas
9 c Tg. 1:5. GEE Cantar. 13 a GEE Trindade — Deus,
10 a GEE Adultério. 12 a 2 Tim. 3:14–15; o Filho.
11 a D&C 35:24. 2 Né. 31:20. 67 1 a GEE Élder (Ancião).
b D&C 11:6. b Isa. 62:3; 2 a Salm. 34:15.
c Isa. 35:10; Mt. 25:21;
D&C 45:71. 1 Ped. 5:4.
Doutrina e Convênios 67:3–14 140
da eternidade são minhas e pos- 9 Pois sabeis que nenhuma ini-
so dá-las. quidade há neles e o que é a justo
3 Esforçastes-vos para crer que vem do alto, do Pai das b luzes.
receberíeis a bênção que vos fora 10 E também em verdade vos
oferecida; mas eis que em verda- digo que é vosso privilégio e uma
de vos digo que havia a temores promessa faço a vós que fostes or-
em vosso coração e, em verda- denados para este ministério que,
de, esta é a razão por que não a se vos despirdes de a invejas e b te-
recebestes. mores e vos c humilhardes perante
4 E agora eu, o Senhor, vos dou mim, pois não sois suficientemen-
um a testemunho da veracidade te humildes, o d véu será rompido
desses mandamentos que estão e e ver-me-eis e sabereis que eu
diante de vós. sou — não com a mente carnal
5 Vossos olhos têm estado sobre nem natural, mas com a espiritual.
meu servo Joseph Smith Júnior, 11 Pois em tempo algum, na car-
e sua a linguagem e suas imper- ne, o a homem viu Deus, a não ser
feições vós conheceis e em vosso vivificado pelo Espírito de Deus.
coração tendes procurado conhe- 12 Nem pode a homem natural al-
cimento para exprimir-vos em me- gum suportar a presença de Deus;
lhor linguagem do que ele; isto nem segundo a mente carnal.
também sabeis. 13 Não podeis suportar a presen-
6 Ora, no Livro de Mandamentos ça de Deus agora nem o ministério
procurai o menor deles e escolhei de anjos; portanto, continuai a pa-
o mais a sábio dentre vós; cientemente até que sejais b aper-
7 Ou, se houver entre vós alguém feiçoados.
que produza um semelhante, en- 14 Não volteis atrás em vossos
tão sereis justificados em dizer pensamentos; e quando fordes
que não sabeis se são verdadeiros; a
dignos, em meu próprio e devi-
8 Mas se não conseguirdes pro- do tempo, vereis e sabereis aquilo
duzir um semelhante, estareis sob que vos foi conferido pelas mãos
condenação se não a testificardes de meu servo Joseph Smith Júnior.
serem eles verdadeiros. Amém.
3 a GEE Temor. 10 a GEE Ciúme. da Bíblia);
4 a GEE Testemunho; b GEE Temor. D&C 84:19–22;
Verdade. c GEE Humildade, Mois. 1:11, 14.
5 a D&C 1:24. Humilde, Humilhar. 12 a Mos. 3:19.
6 a 2 Né. 9:28–29, 42. d GEE Véu. GEE Homem Natural.
8 a GEE Testemunha. e D&C 88:68; 93:1; 97:16. 13 a Rom. 2:7.
9 a Morô. 7:15–18. 11 a TJS Êx. 33:20, 23 GEE Paciência.
b Tg. 1:17; (Apêndice da Bíblia); b Mt. 5:48;
D&C 50:24; 84:45; Jo. 1:18; 6:46; 3 Né. 12:48.
88:49. TJS 1 Jo. 4:12 (Apêndice 14 a GEE Dignidade, Digno.
141 Doutrina e Convênios 68:1–8
SEÇÃO 68
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 1º de novembro de 1831, em resposta à oração de que a men-
te do Senhor fosse manifestada com respeito a Orson Hyde, Luke S.
Johnson, Lyman E. Johnson e William E. McLellin. Embora parte
desta revelação tenha sido dirigida a esses quatro homens, muito do
conteúdo se refere a toda a Igreja. Esta revelação foi ampliada sob a
orientação de Joseph Smith, quando foi publicada na edição de 1835
de Doutrina e Convênios.
1–5, As palavras dos élderes, quando 3 E este é o padrão para eles: Que
movidos pelo Espírito Santo, são es- falem como forem movidos pelo
a
SEÇÃO 69
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 11 de novembro de 1831. A compilação de revelações desti-
nadas a uma pronta publicação havia sido aprovada durante a confe-
rência especial de 1º e 2 de novembro. Em 3 de novembro, acrescentou-
se a revelação que aqui aparece como seção 133, mais tarde chamada
de Apêndice. Oliver Cowdery havia sido previamente designado para
levar o manuscrito das revelações e mandamentos compilados a Inde-
pendence, Missouri, a fim de ser impresso. Ele também deveria levar
consigo o dinheiro das contribuições feitas para a edificação da Igreja
em Missouri. Esta revelação instrui John Whitmer a acompanhar Oli-
ver Cowdery e também orienta Whitmer a viajar e a coletar material
histórico, em seu chamado como historiador e registrador da Igreja.
1–2, John Whitmer deve acompanhar observar e souber referentes à
Oliver Cowdery ao Missouri; 3–8, minha igreja;
Ele também deve pregar e compilar, 4 E também que receba a conse-
registrar e escrever informações his- lhos e auxílio de meu servo Oliver
tóricas. Cowdery e outros.
5 E também meus servos que
Escutai-me, diz o Senhor vosso estão no exterior deverão enviar
Deus, para o bem de meu servo os relatórios de suas a mordomias
a
Oliver Cowdery. Não é prudente à terra de Sião;
que lhe sejam confiados os manda- 6 Pois a terra de Sião será um
mentos e o dinheiro que ele levará centro e um lugar para receber e
para a terra de Sião, a não ser que fazer todas estas coisas.
vá com ele alguém que seja ver- 7 Contudo, que meu servo John
dadeiro e fiel. Whitmer viaje muitas vezes de lu-
2 Portanto, eu, o Senhor, desejo gar em lugar, de igreja em igreja,
que meu servo a John Whitmer vá para que, mais facilmente, obtenha
com meu servo Oliver Cowdery; conhecimento —
3 E também que continue a es- 8 Pregando e expondo, escre-
crever, e a registar a a história de vendo, copiando, selecionando e
todas as coisas importantes que obtendo todas as coisas que serão
34 a Apoc. 22:6. 69 1 a GEE Cowdery, Oliver. Conselho.
b D&C 20:35; 93:24–25. 2 a GEE Whitmer, John. 5 a GEE Mordomia,
35 a GEE Alfa e Ômega. 3 a D&C 47:1–3; 85:1. Mordomo.
b D&C 1:12. 4 a GEE Aconselhar,
145 Doutrina e Convênios 70:1–7
para o bem da igreja e para as ge- geração em geração, para todo o
rações vindouras que crescerão na sempre. Amém.
terra de a Sião, para possuí-la de
SEÇÃO 70
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, no dia 12 de novembro de 1831. A história do Pro-
feta afirma que foram realizadas quatro conferências especiais, do
dia 1º ao dia 12 de novembro. Na última dessas assembleias, consi-
derou-se a grande importância das revelações que mais tarde seriam
publicadas como Book of Commandments (Livro de Mandamentos) e
posteriormente como Doutrina e Convênios. Esta revelação foi dada
após a conferência ter votado que as revelações eram “valiosas para a
Igreja como as riquezas de toda a Terra.” A história de Joseph Smith
refere-se às revelações como “o alicerce da Igreja nestes últimos dias
e um benefício para o mundo, mostrando que as chaves dos mistérios
do reino de nosso Salvador foram novamente confiadas ao homem.”
1–5, São designados mordomos para mandamento; portanto, escutai e
publicarem as revelações; 6–13, Os ouvi, pois assim lhes diz o Senhor:
que trabalham em coisas espirituais 3 Eu, o Senhor, indiquei-os e or-
são dignos de seu salário; 14–18, Os denei-os para serem os a mordo-
santos devem ser iguais nas coisas mos responsáveis pelas revelações
materiais. e mandamentos que lhes dei e que
lhes darei mais adiante;
Vede e escutai, ó habitantes de 4 E um relatório dessa mordomia
Sião, e todos vós, povo de minha deles exigirei no dia do juízo.
igreja, que estais longe, e ouvi a 5 Portanto, designei-os, e este é o
palavra do Senhor, que dou a meu seu ofício na igreja de Deus, para
servo Joseph Smith Júnior; e tam- administrar essas coisas e o que a
bém a meu servo Martin Harris e elas se refere, sim, os seus ganhos.
também a meu servo Oliver Cow- 6 Portanto, dou-lhes o manda-
dery e também a meu servo John mento de não transmitirem estas
Whitmer e também a meu servo coisas à igreja nem ao mundo;
Sidney Rigdon e também a meu 7 Contudo, se receberem mais
servo William W. Phelps, como que o necessário para suas neces-
mandamento. sidades e carências, entregarão ao
2 Porque lhes dou um meu a armazém;
8 a GEE Sião. D&C 72:20.
70 3 a 1 Cor. 4:1; 7 a D&C 72:9–10.
Doutrina e Convênios 70:8–18 146
8 E os ganhos serão consagrados 14 Contudo, nas coisas materiais
aos habitantes de Sião e às suas sereis a iguais e disto não reclama-
gerações, caso se tornem a herdei- reis; caso contrário, será retida a
ros de acordo com as leis do reino. profusão das manifestações do
9 Eis que isto é o que o Senhor Espírito.
requer de todo homem em sua 15 Agora, dou este a mandamento
a
mordomia, segundo o que eu, o a meus servos para seu benefício
Senhor, designei ou designarei no enquanto permanecerem, como
futuro a qualquer homem. manifestação de minhas bênçãos
10 E eis que ninguém que per- sobre sua cabeça e como recom-
tence à igreja do Deus vivo está pensa por sua b diligência e para
isento desta lei; sua segurança;
11 Sim, nem o bispo nem o a agen- 16 Para alimento e para a vesti-
te que guarda o armazém do Se- menta; para herança; para mora-
nhor nem aquele a quem for de- dias e para terras, em quaisquer
signada uma mordomia de coisas circunstâncias em que eu, o Se-
materiais. nhor, os colocar, e aonde quer que
12 Aquele que for designado eu, o Senhor, os enviar.
para administrar as coisas espiri- 17 Pois eles foram fiéis sobre
tuais é a digno de seu salário, assim a
muitas coisas e agiram bem, uma
como o são aqueles a quem forem vez que não pecaram.
dadas mordomias para adminis- 18 Eis que eu, o Senhor, sou a mi-
trar as coisas materiais; sericordioso e abençoá-los-ei; e
13 Sim, mais profusamente, pro- eles entrarão no gozo destas coi-
fusão essa que lhes é multiplicada sas. Assim seja. Amém.
por meio das manifestações do
Espírito.
SEÇÃO 71
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hi-
ram, Ohio, em 1º de dezembro de 1831. O Profeta continuara a tra-
duzir a Bíblia, tendo Sidney Rigdon por escriba, até receberem esta
revelação, quando a tradução foi temporariamente interrompida para
poderem cumprir as instruções dadas aqui. Os irmãos deveriam sair
para pregar, a fim de abrandar a hostilidade surgida contra a Igreja, em
consequência de cartas escritas por Ezra Booth, que havia apostatado.
8 a D&C 38:20. 14 a D&C 49:20. 16 a D&C 59:16–20.
9 a GEE Mordomia, GEE Consagrar, Lei da 17 a Mt. 25:21–23.
Mordomo. Consagração. 18 a GEE Misericórdia,
11 a D&C 57:6. 15 a Deut. 10:12–13. Misericordioso.
12 a Lc. 10:7. b GEE Diligência.
147 Doutrina e Convênios 71:1–11
1–4, Joseph Smith e Sidney Rigdon caminho para os mandamentos e
são enviados para pregar o evangelho; revelações que hão de vir.
5–11, Os inimigos dos santos serão 5 Ora, eis que isto é sabedoria;
confundidos. aquele que ler, que a compreenda
e também b receba;
Eis que assim vos diz o Senhor, 6 Pois ao que recebe será dado
meus servos Joseph Smith Júnior mais a abundantemente, sim, po-
e a Sidney Rigdon, que em verdade der.
é chegada a hora em que me é ne- 7 Portanto, a confundi vossos ini-
cessário e conveniente que abrais a migos; convidai-os para b debater
boca para b proclamar meu evange- convosco, tanto em público como
lho e as coisas do reino, expondo em particular; e, se fordes fiéis, a
seus c mistérios pelas escrituras, vergonha deles será manifestada.
conforme a porção do Espírito e 8 Portanto, que exponham eles
do poder que vos será dada, sim, seus fortes argumentos contra o
segundo a minha vontade. Senhor.
2 Em verdade vos digo: Pregai 9 Em verdade, assim vos diz o
por algum tempo ao mundo, nas Senhor: a Arma alguma que se for-
regiões circunvizinhas e também me contra vós prosperará;
na igreja, até que vos seja indi- 10 E se contra vós algum homem
cado. erguer a voz, em meu próprio e
3 Em verdade esta é uma missão devido tempo será confundido.
temporária que vos dou. 11 Portanto, guardai os meus
4 Portanto, trabalhai na mi- mandamentos; eles são verdadei-
nha vinha. Chamai os habitantes ros e fiéis. Assim seja. Amém.
da Terra e testificai e preparai o
SEÇÃO 72
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 4 de dezembro de 1831. Vários élderes e membros
reuniram-se para aprender os seus deveres e ser mais edificados nos
ensinamentos da Igreja. Esta seção é uma compilação de três revelações
recebidas no mesmo dia. Os versículos 1 a 8 informam do chamado
de Newel K. Whitney como bispo. Ele foi chamado e ordenado nessa
ocasião, após o que os versículos 9 a 23 foram recebidos, fornecendo
71 1 a GEE Rigdon, Sidney. Entendimento. b D&C 63:37; 68:8–9.
b GEE Obra Missionária. b Al. 12:9–11. 9 a Isa. 54:17.
c D&C 42:61, 65. 6 a Mt. 13:12.
5 a GEE Compreensão, 7 a Mois. 7:13–17.
Doutrina e Convênios 72:1–14 148
mais informações quanto às responsabilidades de um bispo. Depois
disso, os versículos 24 a 26 foram dados, fornecendo instruções com
respeito à coligação em Sião.
1–8, Os élderes devem prestar con- para serem entregues ao bispo
tas de sua mordomia ao bispo; 9–15, de Sião.
O bispo mantém o armazém e cuida 7 E conhecer-se-á o dever do a bis-
dos pobres e necessitados; 16–26, Os po pelos mandamentos que foram
bispos devem fornecer certificados da dados e pela voz da conferência.
dignidade dos élderes. 8 E agora, em verdade vos digo:
Meu servo a Newel K. Whitney é o
Escutai e dai ouvidos à voz do homem que será designado e orde-
Senhor, ó vós que vos reunistes, nado para esse poder. Esta é a von-
que sois os a sumos sacerdotes de tade do Senhor vosso Deus, vosso
minha igreja, a quem foram dados Redentor. Assim seja. Amém.
o b reino e o poder. 9 A palavra do Senhor, como
2 Pois em verdade assim diz o acréscimo à lei dada, revelando o
Senhor: É-me conveniente que se dever do bispo que foi ordenado
designe, para vós ou dentre vós, para a igreja nesta parte da vinha,
um a bispo para a igreja desta parte que em verdade é esta —
da vinha do Senhor. 10 Manter o a armazém do Se-
3 E em verdade nisto procedestes nhor; receber os fundos da igreja
sabiamente, pois o Senhor requer nesta parte da vinha;
que todo a mordomo preste b con- 11 Receber o relatório dos élderes
tas de sua c mordomia, tanto nesta como antes foi mandado, e a prover
vida como na eternidade. às suas necessidades; eles pagarão
4 Pois o que nesta vida for fiel e o que receberem, se tiverem com
a
prudente será considerado digno o que pagar;
de herdar as b mansões preparadas 12 Para que isto também seja
para ele por meu Pai. consagrado para o bem da igreja,
5 Em verdade vos digo: Os élde- para os pobres e necessitados.
res de minha igreja nesta parte de 13 E aquele que a não puder pa-
minha a vinha prestarão contas de gar apresentará uma conta ao bis-
sua mordomia ao bispo que por po de Sião, que pagará a dívida
mim será designado nesta parte com aquilo que o Senhor lhe puser
de minha vinha. nas mãos.
6 Registrar-se-ão estas coisas 14 E as obras dos fiéis que
72 1 a D&C 68:14–19. b D&C 42:32; 104:11–13. 58:17–18; 107:87–88.
b GEE Reino de Deus ou c Lc. 19:11–27. 8 a GEE Whitney, Newel K.
Reino dos Céus. 4 a Mt. 24:45–47. 10 a D&C 70:7–11; 78:3.
2 a GEE Bispo. b D&C 59:2. GEE Armazém.
3 a GEE Mordomia, 5 a GEE Vinha do Senhor. 11 a D&C 75:24.
Mordomo. 7 a D&C 42:31; 46:27; 13 a GEE Pobres.
149 Doutrina e Convênios 72:15–26
trabalham em coisas espirituais, designados como mordomos dos
na administração do evangelho e a
assuntos literários de minha igre-
das coisas do reino na igreja e no ja tenham o direito de, em todas
mundo, responderão pela dívida as coisas, pedir a assistência do
junto ao bispo de Sião; bispo ou bispos —
15 Assim o pagamento sairá da 21 Para que as a revelações sejam
igreja, pois, de acordo com a a lei, publicadas e cheguem aos confins
o homem que vem para Sião deve da Terra; para que também obte-
depositar todas as coisas junto ao nham fundos que beneficiem a
bispo de Sião. igreja em todas as coisas;
16 E agora, em verdade vos digo 22 Para que também sejam apro-
que, como todo élder desta parte vados em todas as coisas e sejam
da vinha deve dar contas de sua considerados mordomos pruden-
mordomia ao bispo desta parte tes.
da vinha — 23 E agora, eis que isto será um
17 Um a certificado do juiz ou exemplo para todos os ramos da
bispo desta parte da vinha ao bis- minha igreja, em qualquer terra
po de Sião torna aceitável todo que forem estabelecidos. E agora
homem e satisfaz todas as coisas, termino minhas palavras. Amém.
para que ele receba uma heran- 24 Algumas palavras acrescen-
ça e para que seja recebido como tadas às leis do reino, concernen-
b
mordomo prudente e como tra- tes aos membros da igreja — os
balhador fiel; que forem a designados pelo Santo
18 Caso contrário, não será aceito Espírito para subirem a Sião e os
pelo bispo de Sião. que tiverem o privilégio de subir
19 E agora, em verdade vos digo a Sião:
que todo élder que prestar con- 25 Que levem ao bispo um certi-
tas ao bispo da igreja nesta parte ficado de três élderes da igreja ou
da vinha seja recomendado pela um certificado do bispo;
igreja ou igrejas em que trabalhar, 26 Caso contrário, o que subir à
para que ele e seus relatórios se- terra de Sião não será considerado
jam aprovados em todas as coisas. mordomo prudente. Isto também
20 E também que meus servos é um exemplo. Amém.
SEÇÃO 73
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Hiram, Ohio, em 10 de janeiro de 1832. O Profeta e Sidney vinham
15 a D&C 42:30–31. b D&C 42:32. 24 a GEE Chamado,
GEE Consagrar, Lei da 20 a D&C 70:3–5. Chamado por Deus,
Consagração. 21 a GEE Doutrina e Chamar.
17 a D&C 20:64, 84. Convênios.
Doutrina e Convênios 73:1–74:2 150
pregando desde o começo de dezembro do ano anterior, e isso muito
contribuiu para diminuir a hostilidade surgida contra a Igreja. (Ver
o cabeçalho da seção 71.)
1–2, Os élderes devem continuar a vos digo, meus servos Joseph
pregar; 3–6, Joseph Smith e Sidney Smith Júnior e Sidney Rigdon,
Rigdon devem continuar a traduzir que é a preciso b traduzir outra vez;
a Bíblia até que seja terminada. 4 E, se for prático, pregar nas
regiões circunvizinhas até a con-
Pois em verdade assim diz o Se- ferência; e, depois disso, é preciso
nhor: É-me conveniente que a eles continuar o trabalho da tradução
continuem pregando o evangelho até que esteja terminado.
e exortando as igrejas das regiões 5 E que isto sirva de modelo para
circunvizinhas até a conferência; os élderes, até que se receba mais
2 E então, eis que lhes serão in- conhecimento, como está escrito.
dicadas pela a voz da conferência 6 Agora não vos dou mais nesta
suas diversas missões. ocasião. a Cingi vossos lombos e
3 Ora, diz o Senhor: Em verdade sede sóbrios. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 74
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, no Condado de Wayne,
Nova York, em 1830. Mesmo antes da organização da Igreja, haviam
surgido perguntas a respeito do modo correto de batizar, o que levou
o Profeta a buscar respostas sobre o assunto. A história de Joseph
Smith registra que esta revelação é uma explicação de 1 Coríntios
7:14, uma escritura que era frequentemente usada para justificar o
batismo de criancinhas.
1–5, Paulo aconselha a Igreja de sua descrente é santificada pelo ma-
época a não guardar a lei de Moisés; rido; de outra sorte, os seus filhos
6–7, As criancinhas são santas e san- seriam imundos; mas agora são
tificadas por meio da Expiação. santos.
2 Ora, nos dias dos apóstolos,
Pois o marido a descrente é san- observava-se a lei da circuncisão
tificado pela mulher, e a mulher entre todos os judeus que não
73 1 a IE os outros que ordem, anteriormente, b D&C 45:60–61; 76:15.
estavam em missão; de interromper a GEE Tradução de
ver D&C 57–68. tradução da Bíblia Joseph Smith (TJS).
2 a D&C 20:63. para pregar o 6 a 1 Ped. 1:13.
3 a IE Joseph e Sidney evangelho. 74 1 a 1 Cor. 7:14–19.
haviam recebido D&C 71:2.
151 Doutrina e Convênios 74:3–75:2
acreditavam no evangelho de Je- 5 Portanto, por esta razão, o
sus Cristo. apóstolo escreveu à igreja, dan-
3 E aconteceu que surgiu uma do-lhes um mandamento, não do
grande a contenda entre o povo, Senhor, mas de si mesmo, de que
concernente à lei da b circunci- um crente não devia a unir-se a um
são, porque o marido descrente descrente; a não ser que se abolisse
se achava desejoso de que seus entre eles a b lei de Moisés,
filhos fossem circuncidados e se 6 Para que seus filhos não fossem
tornassem sujeitos à c lei de Moisés, circuncidados; e que se abolisse a
lei essa que fora cumprida. tradição que dizia serem as crian-
4 E aconteceu que os filhos, ten- cinhas imundas; pois assim era
do sido criados na sujeição à lei entre os judeus;
de Moisés, deram ouvidos às a tra- 7 Mas as a criancinhas são b san-
dições de seus pais e não acredi- tas, sendo c santificadas por meio
taram no evangelho de Cristo; e da d expiação de Jesus Cristo; e é
nisso tornaram-se impuros. isto que as escrituras significam.
SEÇÃO 75
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Amherst, Ohio, em 25 de janeiro de 1832. Esta seção inclui duas
revelações separadas (a primeira nos versículos 1 a 22 e a segunda
nos versículos 23 a 36), dadas no mesmo dia. A ocasião era uma con-
ferência na qual Joseph Smith foi apoiado e ordenado Presidente do
Sumo Sacerdócio. Alguns élderes desejavam saber mais a respeito de
seus deveres imediatos. Seguiram-se estas revelações.
1–5, Os élderes fiéis que pregam o Em verdade, em verdade vos digo,
evangelho ganharão a vida eterna; eu que falo pela a voz de meu Espí-
6–12, Orai para receberdes o Consola- rito, sim, o b Alfa e o Ômega, vosso
dor, que ensina todas as coisas; 13–22, Senhor e vosso Deus:
Os élderes julgarão os que rejeitarem 2 Escutai, ó vós que destes vos-
sua mensagem; 23–36, As famílias sos nomes para sair proclamando
dos missionários devem receber aju- meu evangelho e para a podar a
da da Igreja. minha b vinha.
3 a At. 15:1–35; religiões diferentes. d GEE Expiação, Expiar.
Gál. 2:1–5. b 2 Né. 25:24–27. 75 1 a GEE Revelação.
b GEE Circuncisão. 7 a Morô. 8:8–15; b Apoc. 1:8.
c GEE Lei de Moisés. D&C 29:46–47; 137:10. GEE Alfa e Ômega.
4 a GEE Tradições. b GEE Santo (adjetivo). 2 a Jacó 5:62.
5 a GEE Casamento, c GEE Salvação — b GEE Vinha do Senhor.
Casar — Casamento Salvação das
entre pessoas de criancinhas.
Doutrina e Convênios 75:3–20 152
3 Eis que eu vos digo ser a minha Senhor vosso Deus concernente
vontade irdes sem demora e não a vós. Assim seja. Amém.
serdes a ociosos, mas trabalhardes 13 E também, em verdade assim
com toda a força — diz o Senhor: Que meu servo a Or-
4 Levantando vossas vozes como son Hyde e meu servo b Samuel H.
que com o som de uma trombeta, Smith viajem para as regiões do
a
proclamando a b verdade confor- leste e proclamem as coisas que
me as revelações e mandamentos lhes ordenei; e se forem fiéis, eis
que vos dei. que estarei c com eles até o fim.
5 E assim, se fordes fiéis, sereis 14 E também, em verdade eu
carregados com muitos a molhos e digo a meu servo Lyman Johnson
b
coroados com c honra e d glória e e a meu servo a Orson Pratt que
e
imortalidade e f vida eterna. deverão viajar para as regiões do
6 Portanto, em verdade eu digo leste; e eis que também estarei com
a meu servo William E. McLellin eles até o fim.
que a revogo o encargo que lhe dei 15 E também digo a meu servo
de ir às regiões do leste; Asa Dodds e a meu servo Calves
7 E dou-lhe um novo encargo e Wilson, que deverão viajar para as
um novo mandamento, no qual regiões do oeste e proclamar meu
eu, o Senhor, o a castigo pelas evangelho, como lhes ordenei.
b
murmurações de seu coração; 16 E aquele que for fiel vencerá
8 E ele pecou; contudo, eu o per- todas as coisas e será a elevado no
doo e digo-lhe também: Vai às re- último dia.
giões do sul. 17 E também, digo a meu servo
9 E que meu servo Luke Johnson Major N. Ashley e a meu servo
vá com ele e proclamem as coisas Burr Riggs que também viajem
que lhes ordenei — para as regiões do sul.
10 Invocando o nome do Senhor 18 Sim, que todos esses viajem,
pelo a Consolador, que lhes ensina- como lhes ordenei, indo de casa
rá todas as coisas que lhes forem em casa, de povoado em povoado
convenientes — e de cidade em cidade.
11 a Orando sempre para não des- 19 E em qualquer casa que en-
falecerem; e se assim fizerem, es- trardes e fordes recebidos, deixai
tarei com eles até o fim. nessa casa vossa bênção.
12 Eis que esta é a vontade do 20 E de qualquer casa em que
3 a GEE Ociosidade, e GEE Imortal, GEE Consolador.
Ocioso. Imortalidade. 11 a 2 Né. 32:9.
4 a GEE Obra Missionária. f GEE Vida eterna. 13 a GEE Hyde, Orson.
b D&C 19:37. 6 a D&C 66. b GEE Smith, Samuel H.
5 a Salm. 126:6; 7 a GEE Castigar, Castigo, c Mt. 28:19–20.
Al. 26:5. Corrigir, Repreender. 14 a GEE Pratt, Orson.
b GEE Coroa. b GEE Murmurar; 16 a D&C 5:35.
c GEE Honra, Honrar. Pensamentos.
d GEE Glória. 10 a Jo. 14:26.
153 Doutrina e Convênios 75:21–36
entrardes e não fordes recebidos, 27 Que peçam, e receberão; ba-
saireis rapidamente e a sacudireis tam, e ser-lhes-á aberto; e ser-
o pó de vossos pés, como testemu- lhes-á dado a conhecer do alto,
nho contra eles. pelo a Consolador, aonde deve-
21 E encher-vos-eis de a regozijo rão ir.
e de alegria; e sabei que no dia do 28 E também, em verdade vos
julgamento sereis b juízes daquela digo que todo homem que for
casa e condená-la-eis; obrigado a a manter sua própria
22 E será mais tolerável para o b
família, que a mantenha; e de
pagão, no dia do juízo, do que modo algum perderá sua coroa;
para aquela casa; portanto, a cingi e que trabalhe na igreja.
os vossos lombos e sede fiéis; e 29 Que todo homem seja a dili-
vencereis todas as coisas, e sereis gente em todas as coisas. E o b ocio-
elevados no último dia. Assim so não terá lugar na igreja, a não
seja. Amém. ser que se arrependa e melhore o
23 E também assim vos diz o Se- seu proceder.
nhor, ó élderes da minha igreja, 30 Portanto, que meu servo Si-
que destes vossos nomes a fim de meon Carter e meu servo Emer
conhecerdes a sua vontade concer- Harris sejam unidos no ministério;
nente a vós — 31 E também meu servo Ezra
24 Eis que vos digo que é de- Thayre e meu servo a Thomas B.
ver da igreja ajudar a sustentar, e Marsh;
também sustentar, as famílias dos 32 Também meu servo Hyrum
que são chamados e precisam ser Smith e meu servo Reynolds Ca-
enviados pelo mundo para procla- hoon;
mar o evangelho ao mundo. 33 E também meu servo Daniel
25 Portanto, eu, o Senhor, vos Stanton e meu servo Seymour
dou este mandamento: Obtende Brunson;
lugar para vossa família, visto que 34 E também meu servo Sylves-
os vossos irmãos estão dispostos ter Smith e meu servo Gideon Car-
a abrir o coração. ter;
26 E todos os que puderem obter 35 E também meu servo Ruggles
lugares para sua família e auxílio Eames e meu servo Stephen Bur-
da igreja para ela, que não deixem nett;
de ir pelo mundo, seja para o leste 36 E também meu servo Micah B.
ou para o oeste, para o norte ou Welton e também meu servo Eden
para o sul. Smith. Assim seja. Amém.
20 a Mt. 10:14; D&C 27:15–18. b GEE Família.
Lc. 10:11–12; 27 a 2 Né. 32:5; 29 a GEE Diligência.
D&C 24:15; 60:15. D&C 8:2. b GEE Ociosidade,
21 a Mt. 5:11–12. GEE Espírito Santo. Ocioso.
b GEE Julgar. 28 a 1 Tim. 5:8; 31 a GEE Marsh, Thomas B.
22 a Ef. 6:14; D&C 83:2.
Doutrina e Convênios 76:1–5 154
SEÇÃO 76
Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram,
Ohio, em 16 de fevereiro de 1832. Prefaciando o registro desta visão,
a história de Joseph Smith afirma: “Ao retornar da conferência de
Amherst, retomei a tradução das escrituras. De várias revelações que
haviam sido recebidas, ficou evidente que muitos pontos importan-
tes relativos à salvação do homem haviam sido retirados da Bíblia,
ou perdidos antes de sua compilação. Parecia evidente, pelas verda-
des que restaram, que se Deus recompensa cada um de acordo com
as obras realizadas na carne, o termo ‘Céu’, significando a morada
eterna dos santos, deve incluir mais do que um reino. Assim, (. . .)
enquanto traduzíamos o Evangelho de João, eu e o Élder Rigdon ti-
vemos a seguinte visão.” Ao mesmo tempo em que esta visão foi re-
cebida, o Profeta estava traduzindo João 5:29.
1–4, O Senhor é Deus; 5–10, Os mis- Ouvi, ó céus, e dai ouvidos, ó
a
SEÇÃO 77
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Hiram, Ohio, por
volta de março de 1832. A história de Joseph Smith diz: “Em rela-
ção à tradução das Escrituras, recebi a seguinte explicação sobre o
Apocalipse de João.”
1–4, Os animais têm espíritos e ha- na Terra; 11, O selamento dos
bitarão em felicidade eterna; 5–7, 144.000; 12–14, Cristo virá no iní-
Esta Terra tem uma existência física cio do sétimo milênio; 15, Dois pro-
de 7.000 anos; 8–10, Vários anjos fetas serão levantados para a nação
restauram o evangelho e ministram judaica.
110 a Filip. 2:9–11; 112 a D&C 29:29. 115 a 2 Cor. 12:4.
Mos. 27:31. b Apoc. 21:23–27. 116 a 3 Né. 17:15–17; 19:32–
111 a Apoc. 20:12–13. 114 a Apoc. 15:3; 34.
GEE Obras. Mórm. 9:16–18; b 1 Cor. 2:10–12.
b Jo. 14:2; Mois. 1:3–5.
D&C 59:2; 81:6. b Jacó 4:8.
163 Doutrina e Convênios 77:1–8
Pergunta. O que é o a mar de vi- cheios de conhecimento; e suas
dro de que fala João no Apocalip- asas representam b poder para mo-
se, capítulo 4, versículo 6? ver-se, para agir, etc.
Resposta. É a b Terra em seu esta- 5 P. O que devemos entender
do santificado, imortal e c eterno. pelos vinte e quatro a anciãos de
2 P. O que devemos entender pe- que fala João?
los quatro animais mencionados R. Devemos entender que esses
no mesmo versículo? anciãos vistos por João eram an-
R. São expressões a figurativas ciãos que haviam sido b fiéis no
empregadas por João, o Revelador, trabalho do ministério e haviam
para descrever o b céu, o c paraíso morrido; que pertenciam às c sete
de Deus, a d felicidade do homem igrejas e estavam então no paraí-
e dos animais e dos répteis e das so de Deus.
aves do ar; o que é espiritual sen- 6 P. O que devemos entender
do à semelhança daquilo que é pelo livro visto por João, que esta-
material; e aquilo que é material, va a selado por fora com sete selos?
à semelhança do que é espiritual; R. Devemos entender que ele
o e espírito do homem à semelhan- contém a vontade, os b mistérios
ça de sua pessoa, como também o e as obras de Deus revelados;
espírito do f animal e de todas as as coisas ocultas de sua admi-
outras criaturas que Deus criou. nistração, concernentes a esta
3 P. Os quatro animais limitam-se c
Terra durante os sete mil anos
aos próprios animais ou represen- de sua duração, ou seja, de sua
tam classes ou ordens? existência física.
R. Limitam-se a quatro animais, 7 P. O que devemos entender
individualmente, os quais foram pelos sete selos com que o livro
mostrados a João para representar estava selado?
a glória das classes dos seres na R. Devemos entender que o pri-
ordem ou a esfera de criação que meiro selo contém as coisas dos
lhes foi destinada, no gozo de sua a
primeiros mil anos, assim como
b
felicidade eterna. o segundo as coisas dos mil anos
4 P. O que devemos entender seguintes e assim por diante, até
pelos olhos e asas dos animais? o sétimo.
R. Seus olhos representam luz 8 P. O que devemos entender
e a conhecimento, isto é, eles são pelos quatro anjos de que fala o
77 1 a D&C 130:6–9. e Ét. 3:15–16; 5 a Apoc. 4:4, 10.
b D&C 88:17–20, 25–26. Abr. 5:7–8. b Apoc. 14:4–5.
c GEE Glória Celestial; GEE Espírito. c Apoc. 1:4.
Terra — Estado final f Mois. 3:19. 6 a Apoc. 5:1.
da Terra. 3 a D&C 93:30; b GEE Mistérios de Deus.
2 a GEE Simbolismo. Mois. 3:9. c GEE Terra.
b GEE Céu. b D&C 93:33–34. 7 a D&C 88:108–110.
c GEE Paraíso. 4 a GEE Conhecimento.
d GEE Alegria. b GEE Poder.
Doutrina e Convênios 77:9–12 164
capítulo sete, versículo um do 11 P. O que devemos entender
Apocalipse? pelo selamento dos a cento e qua-
R. Devemos entender que eles renta e quatro mil de todas as tri-
são quatro anjos enviados da pre- bos de Israel — doze mil de cada
sença de Deus, a quem foi dado tribo?
poder sobre as quatro partes da R. Devemos entender que os que
Terra para poupar a vida e para são selados são b sumos sacerdo-
destruir; estes são os que têm o tes, ordenados na santa ordem de
a
evangelho eterno para entregá-lo Deus para administrar o evange-
a toda nação, tribo, língua e povo; lho eterno; pois eles são os que são
tendo poder para cerrar os céus, ordenados de cada nação, tribo,
selar para a vida ou lançar às b re- língua e povo pelos anjos a quem
giões das trevas. é dado poder sobre as nações da
9 P. O que devemos entender Terra, a fim de trazerem à igreja
pelo anjo que subia do Oriente, do c Primogênito todos os que de-
no capítulo 7, versículo 2 do Apo- sejarem vir.
calipse? 12 P. O que devemos entender
R. Devemos entender que o anjo pelo toque das a trombetas mencio-
que subia do Oriente é aquele a nado no capítulo 8 do Apocalipse?
quem é dado o selo do Deus vivo R. Devemos entender que, assim
sobre as doze tribos de a Israel; como Deus fez o mundo em seis
portanto, ele clama aos quatro dias e no sétimo dia terminou sua
anjos que têm o evangelho eter- obra, b santificando-o, e também
no, dizendo: Não danifiqueis a do c pó da terra formou o homem,
Terra nem o mar nem as árvores, assim também, no princípio do
até que tenhamos selado os servos sétimo milênio, o Senhor Deus
do nosso Deus na b testa. E, se vós d
santificará a Terra e consumará
aceitardes, este é c Elias, que havia a salvação do homem e e julgará
de vir para reunir as tribos de Is- todas as coisas e f redimirá todas
rael e d restaurar todas as coisas. as coisas, exceto aquelas que ele
10 P. Quando se cumprirão as não pôs sob o seu poder, quando
coisas mencionadas neste capí- terá selado todas as coisas, até o
tulo? fim de todas as coisas; e o toque
R. Cumprir-se-ão no a sexto mi- das trombetas dos sete anjos é a
lênio, ou seja, na abertura do sex- preparação e a consumação de
to selo. sua obra, no princípio do sétimo
8 a Apoc. 14:6–7. 10 a Apoc. 6:12–17. Mos. 13:16–19;
b Mt. 8:11–12; 22:1–14; 11 a Apoc. 14:3–5. Mois. 3:1–3; Abr. 5:1–3.
D&C 133:71–73. b GEE Sumo Sacerdote. c Gên. 2:7.
9 a Apoc. 7:4–8. c D&C 76:51–70. d D&C 88:17–20.
b Eze. 9:4. GEE Primogênito. e GEE Jesus Cristo —
c GEE Elias. 12 a Apoc. 8:2. Juiz.
d GEE Restauração do b Gên. 2:1–3; f GEE Redenção,
Evangelho. Êx. 20:11; 31:12–17; Redimido, Redimir.
165 Doutrina e Convênios 77:13–78:1
milênio — a preparação do cami- ele b reunir as tribos de Israel; eis
nho antes do tempo de sua vinda. que este é Elias, o qual, como está
13 P. Quando se cumprirão as escrito, deve vir c restaurar todas
coisas escritas no capítulo 9 do as coisas.
Apocalipse? 15 P. O que se deve entender pe-
R. Cumprir-se-ão depois da aber- las duas a testemunhas, no capítulo
tura do sétimo selo, antes da vinda 11 do Apocalipse?
de Cristo. R. São dois profetas que serão le-
14 P. O que devemos entender vantados para a b nação judaica nos
pelo livrinho que João a comeu, c
últimos dias, na época da d restau-
como mencionado no capítulo 10 ração, para profetizar aos judeus
de Apocalipse? depois que tiverem sido reunidos
R. Devemos entender que era e tiverem construído a cidade de
uma missão e uma ordem para Jerusalém na e terra de seus pais.
SEÇÃO 78
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 1º de março de 1832. Naquele dia, o Profeta e outros líderes
se haviam reunido para tratar de assuntos da Igreja. Esta revelação
originalmente instruiu o Profeta, Sidney Rigdon e Newel K. Whit-
ney a viajarem para o Missouri e a organizarem os empreendimentos
comerciais e editoriais da Igreja, com a criação de uma “firma” que
supervisionasse esses esforços, gerando fundos para o estabelecimen-
to de Sião e para o benefício dos pobres. Essa firma, conhecida como
a Firma Unida, foi organizada em abril de 1832 e dissolvida em 1834
(ver a seção 82). Algum tempo após a sua dissolução, sob a direção de
Joseph Smith, a frase “os assuntos do armazém para os pobres” subs-
tituiu “estabelecimento comercial e de publicações” na revelação, e a
palavra “ordem” substituiu a palavra “firma.”
1–4, Os santos devem organizar e es- direção do Santo (Cristo); 17–22, Bem-
tabelecer um armazém; 5–12, O uso aventurados os fiéis, pois herdarão
prudente de suas propriedades levará todas as coisas.
à salvação; 13–14, A Igreja deve ser
independente dos poderes terrenos; O Senhor falou a Joseph Smith
15–16, Miguel (Adão) serve sob a Júnior dizendo: Escutai-me, diz
14 a Eze. 2:9–10; 3:1–4; c Mt. 17:11. d GEE Restauração do
Apoc. 10:10. 15 a Apoc. 11:1–14. Evangelho.
b GEE Israel — Coligação b GEE Judeus. e Amós 9:14–15.
de Israel. c GEE Últimos Dias.
Doutrina e Convênios 78:2–14 166
o Senhor vosso Deus, vós que fazendo as coisas que eu mandei
c
SEÇÃO 79
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 12 de março de 1832.
1–4, Jared Carter é chamado para pre- Carter torne a ir às regiões do les-
gar o evangelho por meio do Conso- te, de lugar em lugar, e de cidade
lador. em cidade, no poder da a ordena-
ção com o qual foi ordenado, pro-
Em verdade eu te digo que é a mi- clamando boas novas de grande
nha vontade que meu servo Jared alegria, sim, o evangelho eterno.
15 a GEE Coroa; b D&C 112:10. 21 a D&C 76:53–54.
Exaltação. c GEE Vida eterna. b D&C 88:96–98.
b Apoc. 5:10; 19 a Mos. 2:20–21. 22 a D&C 72:3–4.
D&C 76:56–60; 132:19. GEE Ação de Graças, b GEE Mordomia,
c GEE Adão-ondi-Amã. Agradecido, Mordomo.
16 a D&C 27:11; 107:54–55. Agradecimento. c D&C 84:38.
GEE Adão. b Mt. 19:29. 79 1 a D&C 52:38.
18 a Jo. 16:12; 3 Né. 17:2–3; 20 a D&C 95:17. GEE Ordenação,
D&C 50:40. b 1 Tess. 4:17. Ordenar.
Doutrina e Convênios 79:2–80:5 168
2 E enviarei sobre ele o Conso-
a
4 Portanto, alegra teu coração,
lador, que lhe ensinará a verdade meu servo Jared Carter, e não a te-
e o caminho que deverá seguir; mas, diz teu Senhor, sim, Jesus
3 E se for fiel, tornarei a coroá-lo Cristo. Amém.
com molhos.
SEÇÃO 80
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Stephen
Burnett, em Hiram, Ohio, em 7 de março de 1832.
1–5, Stephen Burnett e Eden Smith 3 Portanto, ide e pregai meu
são chamados para pregar onde quer evangelho, seja para o norte ou
que desejarem. para o sul, para o leste ou para o
oeste, não importa, porque não
Em verdade, assim diz o Senhor a vos podeis enganar.
ti, meu servo Stephen Burnett: Sai, 4 Portanto, declarai as coisas que
sai pelo mundo e a prega o evan- ouvistes e em que verdadeiramen-
gelho a toda criatura que esteja ao te acreditais e a sabeis ser verda-
alcance da tua voz. deiras.
2 E já que desejas um compa- 5 Eis que esta é a vontade daque-
nheiro, dar-te-ei meu servo Eden le que vos a chamou, vosso Reden-
Smith. tor, sim, Jesus Cristo. Amém.
SEÇÃO 81
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 15 de março de 1832. Frederick G. Williams é chamado para
ser sumo sacerdote e conselheiro na Presidência do Sumo Sacerdó-
cio. Os registros históricos mostram que, quando esta revelação foi
recebida, em março de 1832, ela chamava Jesse Gause para o cargo
de conselheiro de Joseph Smith na Presidência. Entretanto, quando
deixou de agir de maneira condizente com sua designação, o chama-
do foi transferido para Frederick G. Williams. A revelação (datada
de março de 1832) deve ser considerada como um passo em direção
à organização formal da Primeira Presidência, chamando especifi-
camente para o cargo de conselheiro naquele grupo e explicando a
dignidade da designação. O irmão Gause serviu por um tempo, mas
2 a Jo. 14:26. 80 1 a Mc. 16:15. Chamado por Deus,
GEE Consolador. 4 a GEE Testemunho. Chamar.
4 a D&C 68:5–6. 5 a GEE Chamado,
169 Doutrina e Convênios 81:1–7
foi excomungado da Igreja em dezembro de 1832. O irmão Williams
foi ordenado para esse cargo em 18 de março de 1833.
1–2, A Primeira Presidência sempre com oração constante, em voz alta
possui as chaves do reino; 3–7; Se e em teu coração, em público e em
Frederick G. Williams for fiel em seu particular, também em teu minis-
ministério, terá vida eterna. tério, proclamando o evangelho na
terra dos vivos e entre teus irmãos.
Em verdade, em verdade te digo, 4 Assim agindo, farás o maior
meu servo Frederick G. Williams: dos bens a teus semelhantes e pro-
Atende à voz daquele que fala, moverás a a glória daquele que é
à palavra do Senhor teu Deus, e teu Senhor.
ouve o chamado para o qual és 5 Portanto, sê fiel; ocupa o cargo
chamado, ou seja, o de a sumo sa- para o qual te designei; a socorre
cerdote na minha igreja e conse- os fracos, ergue as mãos que pen-
lheiro de meu servo Joseph Smith dem e b fortalece os joelhos c enfra-
Júnior; quecidos.
2 A quem dei as a chaves do rei- 6 E se fores fiel até o fim, terás
no, as quais pertencem sempre à uma coroa de a imortalidade e
b
presidência do sumo sacerdócio; b
vida eterna nas c mansões que eu
3 Portanto, em verdade reconhe- preparei na casa de meu Pai.
ço-o e abençoá-lo-ei, como tam- 7 Eis que estas são as palavras
bém a ti, se fores fiel no conselho, do Alfa e do Ômega, sim, Jesus
no cargo para o qual te designei, Cristo. Amém.
SEÇÃO 82
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Independence, Conda-
do de Jackson, Missouri, em 26 de abril de 1832. Naquela ocasião,
realizava-se um conselho de sumo sacerdotes e élderes da Igreja. No
conselho, Joseph Smith foi apoiado como Presidente do Sumo Sacer-
dócio, cargo para o qual havia sido anteriormente ordenado em uma
conferência de sumos sacerdotes, élderes e membros, em Amherst,
Ohio, em 25 de janeiro de 1832 (ver o cabeçalho da seção 75.) Esta
revelação repete instruções dadas em uma revelação anterior (seção 78)
81 1 a GEE Sumo Sacerdote. 4 a Mois. 1:39. b GEE Exaltação;
2 a GEE Chaves do 5 a Mos. 4:15–16. Vida eterna.
Sacerdócio. b D&C 108:7. c Jo. 14:2–3;
b D&C 107:8–9, 22. c Isa. 35:3. D&C 59:2; 106:8.
GEE Primeira 6 a GEE Imortal,
Presidência. Imortalidade.
Doutrina e Convênios 82:1–10 170
de se estabelecer uma firma — conhecida como a Firma Unida (sob
a direção de Joseph Smith, o termo “ordem” mais tarde substituiu a
palavra “firma”) — para conduzir os empreendimentos comerciais
e editoriais da Igreja.
1–4, Onde muito se dá, muito se re- transgressores; e b justiça e julga-
quer; 5–7, A escuridão reina no mun- mento são a penalidade afixada
do; 8–13, O Senhor está obrigado pela minha lei.
quando fazemos o que Ele diz; 14–18, 5 Portanto, o que digo a um digo
Sião deve aumentar em beleza e santi- a todos: a Vigiai, porque o b adver-
dade; 19–24, Todo homem deve buscar sário espalha seus domínios, e as
o interesse de seu próximo. c
trevas reinam;
6 E a ira de Deus está acesa con-
Em verdade, em verdade vos digo, tra os habitantes da Terra; e nin-
meus servos, que como vos tendes guém faz o bem, pois todos se
a
perdoado uns aos outros vossas desviaram do a caminho.
ofensas, assim também eu, o Se- 7 E agora, em verdade vos digo:
nhor, vos perdoo. Eu, o Senhor, não vos atribuirei
2 Contudo, há entre vós alguns a
pecado algum; segui vossos ca-
que pecaram muito; sim, a todos minhos e não pequeis mais; mas
vós pecastes; mas em verdade à alma que pecar b retornarão os
vos digo: Acautelai-vos daqui em pecados passados, diz o Senhor
diante; abstende-vos do pecado vosso Deus.
para que dolorosos julgamentos 8 E também vos digo: Dou-vos
não vos caiam sobre a cabeça. um a novo mandamento para que
3 Porque a quem a muito é dado, compreendais a minha vontade
muito é b exigido; e o que c pecar concernente a vós;
contra a d luz maior receberá a con- 9 Ou, em outras palavras, dou-
denação maior. vos instruções sobre como a agirdes
4 Invocais meu nome pedindo perante mim, a fim de que isso se
a
revelações e eu vo-las dou; e se transforme em vossa salvação.
não guardais minhas palavras, 10 Eu, o Senhor, estou a obrigado
as quais vos dou, vós vos tornais quando fazeis o que eu digo; mas
82 1 a Mt. 6:14–15; Pecado. 7 a GEE Pecado.
D&C 64:9–11. d Jo. 15:22–24. b D&C 1:32–33; 58:43.
2 a Rom. 3:23. GEE Luz, Luz de Cristo. 8 a Jo. 13:34.
3 a Lc. 12:48; 4 a GEE Revelação. 9 a D&C 43:8.
Tg. 4:17. b GEE Justiça. 10 a Jos. 23:14;
GEE Prestar Contas, 5 a GEE Atalaia, Sentinela, 1 Re. 8:23;
Responsabilidade, Vigiar. D&C 1:38; 130:20–21.
Responsável. b GEE Diabo. GEE Abençoado,
b GEE Mordomia, c GEE Trevas Espirituais. Abençoar, Bênção;
Mordomo. 6 a Rom. 3:12; Obedecer, Obediência,
c GEE Apostasia; D&C 1:16. Obediente.
171 Doutrina e Convênios 82:11–23
quando não o fazeis, não tendes 17 E deveis ser a iguais, ou, em
promessa alguma. outras palavras, deveis ter os mes-
11 Portanto, em verdade vos digo mos direitos sobre as proprieda-
que é preciso que meus servos Ed- des, para o benefício da admi-
ward Patridge e Newel K. Whit- nistração dos negócios de vossas
ney, A. Sidney Gilbert e Sidney mordomias, cada homem de acor-
Rigdon e meu servo Joseph Smith do com seus anseios e necessida-
e John Whitmer e Oliver Cowdery des, desde que seus anseios sejam
e W. W. Phelps e Martin Harris se justos —
a
unam, em vossas diversas mordo- 18 E tudo isso para o benefício da
mias, por um vínculo e convênio igreja do Deus vivo, para que todo
que não se desfaça por transgres- homem desenvolva seus a talentos,
são sem que isso cause julgamento para que todo homem adquira ou-
imediato — tros talentos, sim, até cem vezes
12 Para dirigir os negócios dos mais, para que sejam lançados no
pobres e todas as coisas que dizem b
armazém do Senhor a fim de se
respeito ao bispado, tanto na terra tornarem propriedade comum de
de Sião como na de Kirtland; toda a igreja —
13 Pois consagrei a terra de 19 Todo homem procurando os
Kirtland, no meu próprio e de- interesses de seu próximo e fazen-
vido tempo, para benefício dos do todas as coisas com os a olhos
santos do Altíssimo e como uma fitos na glória de Deus.
a
estaca de Sião. 20 Esta a ordem designei como
14 Pois Sião deve crescer em be- ordem eterna para vós e para vos-
leza e em santidade; suas frontei- sos sucessores, desde que não pe-
ras devem ser expandidas; suas queis.
estacas devem ser fortalecidas; 21 E a alma que pecar contra esse
sim, em verdade vos digo: a Sião convênio e contra ele endurecer
deve erguer-se e vestir suas b for- o coração será tratada de acordo
mosas vestes. com as leis da minha igreja e será
15 Portanto, dou-vos este man- entregue às a bofetadas de Satanás
damento de que vos unais por até o dia da redenção.
meio deste convênio; e isto será 22 E agora, em verdade vos digo
feito de acordo com as leis do Se- e nisto há sabedoria: Granjeai ami-
nhor. gos com as riquezas da iniquidade
16 Eis que isto também me é sá- e eles não vos destruirão.
bio, para o vosso bem. 23 Deixai o julgamento somente
11 a D&C 78:3–7, 11–15. GEE Consagrar, Lei da 119:1–3.
13 a Isa. 33:20; 54:2. Consagração. GEE Armazém.
GEE Estaca. 18 a Mt. 25:14–30; 19 a D&C 88:67.
14 a GEE Sião. D&C 60:13. GEE Olho(s).
b Isa. 52:1; GEE Dom; 20 a GEE Ordem Unida.
D&C 113:7–8. Dons do Espírito. 21 a D&C 104:8–10.
17 a D&C 51:3. b D&C 42:30–34, 55;
Doutrina e Convênios 82:24–83:6 172
para mim, porque ele é meu e eu 24 Pois o reino é vosso e sê-lo-á
a
a
recompensarei. A paz seja con- para sempre, se não abandonar-
vosco; convosco continuem mi- des vossa perseverança. Assim
nhas bênçãos. seja. Amém.
SEÇÃO 83
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Inde-
pendence, Missouri, em 30 de abril de 1832. Esta revelação foi rece-
bida quando o Profeta estava reunido em conselho com seus irmãos.
1–4, As mulheres e as crianças têm o 3 E se não for fiel, não terá parti-
direito de receber de seus maridos e de cipação na igreja; contudo, poderá
seus pais o seu sustento; 5–6, As viú- permanecer em sua herança, de
vas e os órfãos têm o direito de receber acordo com as leis do país.
da Igreja o seu sustento. 4 Todos os a filhos têm o direito
de receber de seus pais o seu sus-
Em verdade assim diz o Senhor, tento até alcançarem a maioridade.
como acréscimo às leis da igreja 5 E depois disso, eles têm direito
concernentes às mulheres e crian- de recorrer à igreja ou, em outras
ças que pertencem à igreja e que palavras, ao a armazém do Senhor,
a
perderam seus maridos ou pais: caso seus pais não tenham com o
2 A mulher tem o a direito de re- que lhes dar herança.
ceber do seu marido o seu susten- 6 E o armazém deverá ser man-
to, até que o seu marido lhe seja tido pelas consagrações da igreja;
tirado; e se não for considerada e prover-se-á a subsistência das
transgressora, terá participação a
viúvas e dos órfãos, como tam-
na igreja. bém dos b pobres. Amém.
SEÇÃO 84
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 22 e 23 de setembro de 1832. Durante o mês de
setembro, os élderes começaram a voltar das missões nos estados do
leste e a relatar seus trabalhos. Enquanto estavam juntos nessa alegre
23 a Rom. 12:19; 83 1 a Tg. 1:27. b Mos. 4:16–26;
Mórm. 3:15. 2 a 1 Tim. 5:8. Hel. 4:11–13;
24 a Lc. 12:32; 4 a Mos. 4:14. D&C 42:30–39.
D&C 64:3–5. 5 a D&C 78:3. GEE Pobres.
GEE Reino de Deus ou GEE Armazém.
Reino dos Céus. 6 a GEE Viúva.
173 Doutrina e Convênios 84:1–7
ocasião, foi recebida a seguinte comunicação. O Profeta chamou-a de
revelação sobre o sacerdócio.
1–5, A Nova Jerusalém e o templo se- respeito a sua igreja, estabelecida
rão construídos no Estado de Missou- nos últimos dias, para a a restaura-
ri; 6–17, Dá-se a linha do sacerdócio, ção de seu povo, como falou pela
de Moisés a Adão; 18–25, O sacerdó- boca de seus b profetas; e para a
cio maior contém a chave do conheci- reunião de seus c santos no d Monte
mento de Deus; 26–32, O sacerdócio Sião, que será a cidade de e Nova
menor contém a chave do ministério Jerusalém.
de anjos e do evangelho preparatório; 3 Cidade essa que será construí-
33–44, Os homens ganham vida eter- da a partir do terreno do a templo,
na por meio do juramento e convênio designado pelo dedo do Senhor,
do sacerdócio; 45–53, O Espírito de nas fronteiras ocidentais do Estado
Cristo ilumina os homens e o mundo de Missouri e dedicado pela mão
encontra-se em pecado; 54–61, Os de Joseph Smith Júnior e outros
santos devem testificar a respeito das de quem o Senhor se agradava.
coisas que receberam; 62–76, Devem 4 Em verdade esta é a palavra do
pregar o evangelho e sinais suceder-se- Senhor: Que a cidade de a Nova
ão; 77–91, Os élderes deverão sair sem Jerusalém seja construída pela
bolsa nem alforje e o Senhor cuidará reunião dos santos, a partir des-
de suas necessidades; 92–97, Pragas te lugar, sim, o local do b templo,
e maldições aguardam os que rejeitam templo esse que será erigido nesta
o evangelho; 98–102, Dá-se o novo geração.
cântico da redenção de Sião; 103–110, 5 Pois em verdade esta geração
Que cada homem ocupe seu cargo toda não passará sem que seja cons-
e trabalhe em seu próprio chamado; truída uma casa para o Senhor; e
111–120, Os servos do Senhor devem uma nuvem descansará sobre ela,
anunciar a abominação da desolação nuvem essa que será a a glória do
dos últimos dias. Senhor, que encherá a casa.
6 E os filhos de Moisés, de acor-
Uma revelação de Jesus Cristo a do com o Santo Sacerdócio que
seu servo Joseph Smith Júnior e ele recebeu sob as a mãos de b Jetro,
seis élderes, ao unirem o coração seu sogro;
e a erguerem a voz ao céu. 7 E Jetro recebeu-o sob as mãos
2 Sim, a palavra do Senhor com de Calebe;
84 1 a GEE Oração. Apoc. 14:1; 4 a GEE Nova Jerusalém.
2 a GEE Israel — D&C 76:66; 84:32; b GEE Templo, A Casa do
Coligação de Israel. 133:18, 56. Senhor.
b At. 3:19–21. e Ét. 13:2–11; 5 a D&C 45:67; 64:41–43;
c GEE Santo D&C 42:8–9; 45:66–67; 97:15–20; 109:12, 37.
(substantivo). RF 1:10. 6 a GEE Mãos, Imposição
d Isa. 2:2–5; GEE Nova Jerusalém. de.
Heb. 12:22; 3 a D&C 57:3. b GEE Jetro.
Doutrina e Convênios 84:8–24 174
8 E Calebe recebeu-o sob as mãos que também continua e permane- c
SEÇÃO 85
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 de novembro de 1832. Esta seção é um trecho
de uma carta do Profeta a William W. Phelps, que estava morando
em Independence, Missouri. Ela responde perguntas sobre os santos
que se haviam mudado para Sião, mas que não haviam cumprido o
mandamento de consagrar as suas propriedades, e por isso não haviam
recebido a sua herança de acordo com a ordem estabelecida na Igreja.
1–5, Devem-se receber as heranças em queima, tenham seus nomes re-
Sião por meio de consagração; 6–12, gistrados com o povo de Deus.
Alguém poderoso e forte dará aos san- 4 Não se conservará sua genea-
tos sua herança em Sião. logia nem se encontrará nos regis-
tros ou na história da igreja.
É dever do secretário do Senhor, 5 Seus nomes não serão encon-
a quem ele designou, conservar trados, nem os nomes dos pais
uma história e um a registro geral nem os nomes dos filhos escritos
da igreja de todas as coisas que no a livro da lei de Deus, diz o Se-
ocorrem em Sião; e de todos os nhor dos Exércitos.
que b consagram propriedades e 6 Assim diz a a voz mansa e deli-
legalmente recebem heranças do cada, que sussurra através de to-
bispo; das as coisas e b penetra todas as
2 E também seu modo de vida, coisas e muitas vezes faz com que
sua fé e obras; assim como dos meus ossos estremeçam enquanto
apóstatas que apostatarem depois se manifesta, dizendo:
de haver recebido suas heranças. 7 E acontecerá que eu, o Senhor
3 É contrário à vontade e ao man- Deus, enviarei alguém poderoso
damento de Deus que os que não e forte, tendo na mão o cetro do
recebem sua herança por a con- poder, revestido de luz como um
sagração, de acordo com sua lei, manto, cuja boca proferirá pala-
dada por ele para cobrar os b dízi- vras, palavras eternas, ao passo
mos de seu povo a fim de prepa- que suas entranhas serão uma fon-
rá-los para o dia da c vingança e te de verdade, para pôr em ordem
119 a D&C 1:12, 35–36; 85 1 a D&C 21:1; 47:1; 69:3–6. D&C 97:25–26.
29:9–11; 45:59. b D&C 42:30–35. 5 a GEE Livro da Vida.
GEE Segunda Vinda de 3 a GEE Consagrar, Lei da 6 a 1 Re. 19:11–12;
Jesus Cristo. Consagração. Hel. 5:30–31;
b GEE Milênio. b GEE Dízimos. 3 Né. 11:3–7.
120 a GEE Alfa e Ômega. c Mal. 3:10–11, 17; b Heb. 4:12.
183 Doutrina e Convênios 85:8–86:3
a casa de Deus e repartir por sorte 10 Estas coisas não as digo de
as heranças dos santos, cujos no- mim mesmo; portanto, como fala
mes estejam registrados no livro o Senhor, assim ele cumprirá.
da lei de Deus com os nomes de 11 E aqueles que são do sacerdó-
seus pais e de seus filhos; cio maior, cujos nomes não estão
8 Enquanto o homem que foi escritos no a livro da lei, ou que
chamado por Deus e designado, b
apostataram, ou que foram c eli-
que estende a mão para firmar a minados da igreja, assim como o
a
arca de Deus, cairá pela flecha sacerdócio menor ou os membros,
da morte como uma árvore que naquele dia não encontrarão uma
é atingida pela flecha vívida do herança entre os santos do Altís-
relâmpago. simo;
9 E todos aqueles que não se 12 Portanto, a eles será feito
acharem inscritos no a livro de re- como aos filhos do sacerdote,
cordações não terão herança algu- como registrado no capítulo dois,
ma naquele dia, mas serão feitos versículos sessenta e um e sessenta
em pedaços e sua porção lhes será e dois de Esdras.
designada entre incrédulos, onde
há b choro e ranger de dentes.
SEÇÃO 86
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de dezembro de 1832. Esta revelação foi recebi-
da enquanto o Profeta revisava o manuscrito da tradução da Bíblia.
1–7, O Senhor explica o significado da que o campo era o mundo; e os
parábola do trigo e do joio; 8–11, Ele apóstolos eram os semeadores das
explica a bênção do sacerdócio para sementes;
os que são herdeiros legais segundo 3 E depois de terem adormecido,
a carne. a grande perseguidora da igreja, a
apóstata, a prostituta, sim, a Babilô-
Em verdade, assim diz o Senhor nia, que faz com que todas as na-
a vós, meus servos, em relação à ções bebam de seu cálice, em cujos
a
parábola do trigo e do joio: corações o inimigo, sim, Satanás,
2 Eis que em verdade vos digo assenta-se para reinar — eis que
8 a 2 Sam. 6:6–7; GEE Livro de c GEE Excomunhão.
1 Crôn. 13:9–10. Recordações. 86 1 a Mt. 13:6–43;
GEE Arca da Aliança. b D&C 19:5. D&C 101:64–67.
9 a 3 Né. 24:16; 11 a GEE Livro da Vida. 3 a Apoc. 17:1–9.
Mois. 6:5–6. b GEE Apostasia. GEE Babel, Babilônia.
Doutrina e Convênios 86:4–11 184
ele semeia o joio; portanto, o joio e o campo estará pronto para ser
sufoca o trigo e impele a b igreja queimado.
para o deserto. 8 Portanto, assim diz o Senhor
4 Mas eis que nos a últimos dias, a vós, com quem o a sacerdócio
sim, agora, enquanto o Senhor continuou através da linhagem
está começando a trazer à luz a de vossos pais —
palavra e a haste está brotando e 9 Porque sois a herdeiros legais
está ainda tenra — segundo a carne e fostes b escon-
5 Eis que em verdade vos digo: didos do mundo com Cristo, em
Os a anjos estão clamando ao Se- Deus —
nhor dia e noite, pois estão pron- 10 Portanto, a vossa vida e o sa-
tos e esperando para ser enviados cerdócio permaneceram; e é neces-
a b ceifar os campos; sário que permaneçam por meio
6 Diz-lhes, porém, o Senhor: Não de vós e de vossa linhagem, até
arranqueis o joio enquanto a folha a a restauração de todas as coisas
estiver ainda tenra (pois em verda- proferidas pela boca de todos os
de vossa fé é fraca), para que não santos profetas desde o princípio
destruais também o trigo. do mundo.
7 Portanto, deixai que o trigo 11 Portanto, bem-aventurados
e o joio cresçam juntos até que sois se continuais em minha bon-
a colheita esteja completamente dade, uma a luz para os gentios;
amadurecida; então colhereis pri- e por meio deste sacerdócio, um
meiramente o trigo dentre o joio salvador para meu povo, b Israel.
e, depois da colheita do trigo, eis O Senhor disse-o. Amém.
que o joio será amarrado em feixes
SEÇÃO 87
Revelação e profecia sobre guerra, dada por intermédio de Joseph
Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, ou perto dali, em 25 de dezem-
bro de 1832. Naquela ocasião, predominavam nos Estados Unidos
as disputas a respeito da escravidão e da anulação de tarifas federais
por parte da Carolina do Sul. A história de Joseph Smith diz que “as
evidências de problemas entre as nações” estavam se tornando “mais
visíveis” para o Profeta “do que haviam estado antes, desde que a
Igreja iniciou a sua jornada para fora do deserto.”
3 b Apoc. 12:6, 14. Melquisedeque. GEE Restauração do
4 a GEE Últimos Dias. 9 a Abr. 2:9–11. Evangelho.
5 a D&C 38:12. GEE Convênio 11 a Isa. 49:6.
b GEE Ceifa, Colheita. Abraâmico. b D&C 109:59–67.
8 a D&C 113:8. b Isa. 49:2–3.
GEE Sacerdócio de 10 a At. 3:19–21.
185 Doutrina e Convênios 87:1–8
1–4, Prevista a guerra entre os esta- serão organizados e treinados para
dos do norte e os estados do sul; 5–8, a guerra.
Grandes calamidades sobrevirão a to- 5 E acontecerá também que os
dos os habitantes da Terra. remanescentes dos que ficarem
na terra se organizarão e se tor-
Em verdade, assim diz o Senhor narão muito zangados; e afligirão
em relação às guerras que logo os gentios com dolorosa aflição.
ocorrerão, a começar pela rebelião 6 E assim, pela espada e por der-
da a Carolina do Sul que, por fim, ramamento de sangue, os habi-
terminará com a morte e sofrimen- tantes da Terra a lamentar-se-ão; e
to de muitas almas; com b fome e pragas e terremotos
2 E chegará o tempo em que a e também com o trovão do céu e
a
guerra se derramará sobre to- o violento e vívido relâmpago, os
das as nações, começando desse habitantes da Terra sentirão a ira,
lugar. a indignação e a mão c castigadora
3 Pois eis que os estados do sul se de um Deus Todo-Poderoso, até
dividirão contra os estados do nor- que a destruição decretada ponha
te e os estados do sul recorrerão a um d fim total a todas as nações;
outras nações, mesmo à nação da 7 Para que o clamor dos santos
Grã-Bretanha, como é chamada, e e do a sangue dos santos cesse de
eles também recorrerão a outras subir da Terra aos ouvidos do Se-
nações a fim de se defenderem nhor de b Sabaote, pedindo que
contra outras nações; e então a sejam vingados de seus inimigos.
a
guerra se derramará sobre todas 8 Portanto, a permanecei em lu-
as nações. gares santos e não sejais movidos
4 E acontecerá, depois de muitos até que venha o dia do Senhor;
dias, que a escravos se levanta- pois eis que b depressa vem, diz o
rão contra seus senhores, os quais Senhor. Amém.
SEÇÃO 88
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 e 28 de dezembro de 1832 e em 3 de janeiro
de 1833. O Profeta a chamou de “ ‘folha de oliveira’ (. . .) tirada da
Árvore do Paraíso, a mensagem de paz do Senhor para nós.” A reve-
lação foi dada depois que os sumo sacerdotes, em uma conferência,
87 1 a D&C 130:12–13. 6 a D&C 29:14–21; 45:49. 7 a Ét. 8:22–24.
2 a Joel 3:9–16; b JS—M 1:29. b Tg. 5:4;
Mt. 24:6–7; c GEE Castigar, Castigo, D&C 88:2; 95:7.
D&C 45:26, 63; 63:33. Corrigir, Repreender. 8 a Mt. 24:15;
3 a D&C 45:68–69. d GEE Mundo — Fim do D&C 45:32; 101:21–22.
4 a D&C 134:12. mundo. b Apoc. 3:11.
Doutrina e Convênios 88:1–6 186
oraram “separadamente e vocalmente para que o Senhor revelasse a
sua vontade a nós com respeito à edificação de Sião.”
1–5, Os santos fiéis recebem aque- Escola dos Profetas, inclusive a orde-
le Consolador, que é a promessa de nança de lava-pés.
vida eterna; 6–13, Todas as coisas são
controladas e governadas pela Luz de Em verdade assim vos diz o Se-
Cristo; 14–16, A Ressurreição vem nhor, a vós que vos reunistes para
por meio da Redenção; 17–31, A obe- saber a sua vontade quanto a vós:
diência à lei celestial, terrestre ou te- 2 Eis que isto é agradável a vos-
lestial prepara os homens para os rei- so Senhor e os anjos a regozijam-
nos e glórias respectivos; 32–35, Os se por vossa causa; as b esmolas
que desejarem permanecer no pecado de vossas orações subiram aos
continuarão imundos; 36–41, Todos os ouvidos do Senhor de c Sabaote e
reinos são governados por lei; 42–45, estão registradas no d livro de no-
Deus deu uma lei para todas as coisas; mes dos santificados, sim, os do
46–50, O homem compreenderá até o mundo celestial.
próprio Deus; 51–61, A parábola do 3 Portanto, agora vos envio ou-
homem que enviou seus servos para o tro a Consolador, sim, a vós, meus
campo e depois os visitou, um por um; amigos, para que habite em vosso
62–73, Aproximai-vos do Senhor e ve- coração, sim, o b Santo Espírito da
reis a Sua face; 74–80, Santificai-vos e promessa; esse outro Consolador
ensinai-vos uns aos outros as doutri- é o mesmo que prometi a meus
nas do reino; 81–85, Todo homem que discípulos, como registrado no
tiver sido advertido deverá advertir testemunho de João.
seu próximo; 86–94, Sinais, convul- 4 Esse Consolador é a promessa
são dos elementos e anjos preparam de a vida eterna que vos faço, sim,
o caminho para a vinda do Senhor; a b glória do reino celestial;
95–102, Trombetas de anjos chamam 5 Cuja glória é a da igreja do a Pri-
os mortos na sua ordem; 103–116, mogênito, sim, de Deus, o mais
Trombetas de anjos proclamam a res- santo de todos, por intermédio de
tauração do evangelho, a queda de Jesus Cristo, seu Filho —
Babilônia e a batalha do grande Deus; 6 a Aquele que subiu ao alto,
117–126, Buscai conhecimento, esta- como também b desceu abaixo
belecei uma casa de Deus (um templo) de todas as coisas, no sentido de
e revesti-vos do vínculo da caridade; que c compreendeu todas as coisas,
127–141, É estabelecida a ordem da para que fosse em tudo e através
88 2 a Lc. 15:10. 3 a Jo. 14:16. 5 a GEE Primogênito.
b At. 10:1–4. b D&C 76:53. 6 a GEE Jesus Cristo.
GEE Oração. GEE Santo Espírito da b D&C 122:8.
c Tg. 5:4; Promessa. GEE Expiação, Expiar.
D&C 95:7. 4 a D&C 14:7. c GEE Onisciente.
d GEE Livro da Vida. b GEE Glória Celestial.
187 Doutrina e Convênios 88:7–21
de todas as coisas, a d luz da ver- 14 Ora, em verdade vos digo que
dade; por meio da a redenção que foi fei-
7 Verdade essa que brilha. Essa ta por vós realiza-se a ressurreição
é a a luz de Cristo. Como também dos mortos.
ele está no sol e é a luz do sol e o 15 E o a espírito e o b corpo são a
poder pelo qual foi b feito. c
alma do homem.
8 Como também ele está na lua e 16 E a a ressurreição dos mortos
é a luz da lua e o poder pelo qual é a redenção da alma.
foi feita; 17 E a redenção da alma reali-
9 Como também a luz das es- za-se por meio daquele que vivi-
trelas e o poder pelo qual foram fica todas as coisas, em cujo seio
feitas; está decretado que os a pobres e
10 E também a Terra e seu poder, os b mansos da c Terra a herdarão.
sim, a Terra sobre a qual a estais. 18 Portanto, é necessário que seja
11 E a luz que brilha, que vos santificada de toda a iniquidade, a
ilumina, vem por meio daquele fim de ser preparada para a a gló-
que ilumina vossos olhos; e é a ria celestial;
mesma luz que vivifica vosso a en- 19 Pois após ter cumprido o pro-
tendimento; pósito de sua criação, será coroada
12 a Luz essa que procede da com a glória, sim, com a presença
presença de Deus para b encher a de Deus, o Pai;
imensidade do espaço — 20 Para que os corpos que forem
13 A luz que está em a todas as do reino celestial a possuam-na
coisas, que dá b vida a todas as para todo o sempre; porque com
coisas, que é a c lei pela qual to- esse b intento foi feita e criada e
das as coisas são governadas, sim, com esse intento são eles c santi-
o poder de Deus, que se assenta ficados.
em seu trono, que está no seio da 21 E os que não forem santifica-
eternidade, que está no meio de dos por meio da lei que vos dei,
todas as coisas. sim, a lei de Cristo, herdarão outro
6 d D&C 93:2, 8–39. c Jó 38; 17 a GEE Pobres.
GEE Luz, Luz de Cristo; D&C 88:36–38. b GEE Mansidão, Manso,
Verdade. GEE Lei. Mansuetude.
7 a Morô. 7:15–19; 14 a GEE Expiação, Expiar; c GEE Terra — Estado
D&C 84:45. Plano de Redenção. final da Terra.
b Gên. 1:16. 15 a GEE Espírito; 18 a GEE Glória Celestial.
GEE Criação, Criar. Homem, Homens — 19 a D&C 130:7–9.
10 a Mois. 2:1. O homem, filho 20 a D&C 38:20.
11 a GEE Compreensão, espiritual do Pai b Mois. 1:39.
Entendimento. Celestial. GEE Homem,
12 a GEE Luz, Luz de Cristo. b GEE Corpo. Homens — Seu
b Jer. 23:24. c Gên. 2:7. potencial de se tornar
13 a Col. 1:16–17. GEE Alma. como o Pai Celestial.
b Deut. 30:20; 16 a Al. 11:42. c GEE Santificação.
D&C 10:70. GEE Ressurreição.
Doutrina e Convênios 88:22–35 188
reino, sim, um reino terrestre ou a
glória será a glória pela qual vos-
um reino telestial. so corpo é b vivificado.
22 Porque aquele que não con- 29 Vós, que fordes vivificados
segue viver a a lei de um reino ce- por uma porção da a glória celes-
lestial não consegue suportar uma tial, recebereis sua plenitude.
glória celestial. 30 E aqueles que forem vivifi-
23 E aquele que não consegue cados por uma porção da a glória
viver a lei de um reino terrestre terrestre receberão sua plenitude.
não consegue suportar uma a gló- 31 E também aqueles que forem
ria terrestre. vivificados por uma porção da
24 E aquele que não consegue a
glória telestial receberão sua ple-
viver a lei de um reino telestial nitude.
não consegue suportar uma a gló- 32 E os que restarem também
ria telestial; portanto, não é digno serão a vivificados; contudo, re-
de um reino de glória. Portanto, gressarão a seu próprio lugar para
deve permanecer num reino que usufruir aquilo que estiverem b dis-
não seja um reino de glória. postos a receber, porque não esta-
25 E também, em verdade vos vam dispostos a usufruir aquilo
digo que a a Terra vive a lei de um que poderiam ter recebido.
reino celestial, porque cumpre o 33 Pois de que vale a um homem
propósito de sua criação e não ser-lhe conferida uma dádiva e
transgride a lei — não a receber? Eis que ele não se
26 Portanto, será a santificada; regozija no que lhe foi dado nem
sim, embora vá b morrer, tornará se regozija naquele que faz a doa-
a ser vivificada e suportará o po- ção.
der pelo qual será vivificada; e os 34 E também, em verdade vos
c
justos d herdá-la-ão. digo que o que é governado pela
27 Pois, apesar de morrerem, lei é também preservado pela lei
também tornarão a a levantar-se, e é por ela aperfeiçoado e a santi-
um b corpo espiritual. ficado.
28 Aqueles que forem de um es- 35 Aquilo que a transgride uma
pírito celestial receberão o mesmo lei e não obedece à lei, mas pro-
corpo que era um corpo natural; cura tornar-se uma lei para si
sim, recebereis vosso corpo e vossa mesmo e prefere permanecer no
22 a D&C 105:5. d Mt. 5:5; tornar como o Pai
23 a GEE Glória Terrestre. D&C 45:58; 59:2; 63:49. Celestial.
24 a GEE Glória Telestial. 27 a GEE Ressurreição. 30 a GEE Glória Terrestre.
25 a GEE Terra. b 1 Cor. 15:44. 31 a GEE Glória Telestial.
26 a GEE Terra — Estado 28 a GEE Juízo Final. 32 a Al. 11:41–45.
final da Terra. b D&C 43:32; 63:51; b GEE Arbítrio.
b GEE Mundo — Fim do 101:31. 34 a GEE Santificação.
mundo. 29 a GEE Glória Celestial; 35 a GEE Rebeldia,
c 2 Ped. 3:11–14. Homem, Homens — Rebelião.
GEE Retidão. Seu potencial de se
189 Doutrina e Convênios 88:36– 47
pecado, nele permanecendo intei- coisas e em todas as coisas e atra-
ramente, não pode ser santifica- vés de todas as coisas e ao redor
do por lei nem por b misericórdia, de todas as coisas; e todas as coisas
c
justiça ou julgamento. Portanto, existem por ele e dele, sim, Deus,
permanece d imundo ainda. para todo o sempre.
36 A todos os reinos se deu uma 42 E também, em verdade vos
lei; digo: Ele deu uma lei para todas
37 E há muitos a reinos; pois não as coisas, pela qual se movem em
existe espaço em que não haja rei- seu a tempo e em suas estações;
no; e não existe reino em que não 43 E seus cursos são fixos, sim,
haja espaço, seja um reino maior os cursos dos céus e da Terra, que
ou um reino menor. abrangem a Terra e todos os pla-
38 E a todo reino é dada uma netas.
a
lei; e toda lei também tem certos 44 E transmitem a luz uns aos
limites e condições. outros em seu tempo e em suas
39 Todos os seres que não se con- estações, em seus minutos, em
formam a essas a condições não são suas horas, em seus dias, em suas
b
justificados. semanas, em seus meses e em seus
40 Pois a a inteligência apega-se à anos — e tudo isto é b um ano para
inteligência; a b sabedoria recebe a Deus, mas não para o homem.
sabedoria; a c verdade abraça a ver- 45 A Terra gira em suas asas e o
dade; a d virtude ama a virtude; a a
sol dá sua luz de dia e a lua dá
e
luz se apega à luz; a misericórdia sua luz à noite e as estrelas tam-
se f compadece da misericórdia e bém dão sua luz, ao girarem em
reclama o que é seu; a justiça se- suas asas, em sua glória, no meio
gue seu curso e reclama o que é do b poder de Deus.
seu; o julgamento vai ante a face 46 A que compararei estes reinos,
daquele que se assenta no trono e para que compreendais?
governa e executa todas as coisas. 47 Eis que todos estes são reinos;
41 Ele a compreende todas as coi- e qualquer homem que tiver visto
sas e todas as coisas estão diante um deles, ou o menor deles, a viu
dele e todas as coisas estão ao seu Deus movendo-se em sua majes-
redor; e ele está acima de todas as tade e poder.
35 b GEE Misericórdia, Justificar. 42 a Dan. 2:20–22;
Misericordioso. 40 a GEE Inteligência(s). Abr. 3:4–19.
c GEE Justiça. b GEE Sabedoria. 44 a GEE Luz, Luz de Cristo.
d Apoc. 22:11; c GEE Verdade. b Salm. 90:4;
1 Né. 15:33–35; d GEE Virtude. 2 Ped. 3:8.
2 Né. 9:16; e GEE Luz, Luz de Cristo. 45 a Gên. 1:16;
Al. 7:21. f GEE Compaixão. Abr. 4:16.
37 a D&C 78:15. 41 a 1 Jo. 3:20; 1 Né. 9:6; b D&C 88:7–13.
38 a D&C 88:13. 2 Né. 9:20; 47 a Al. 30:44;
39 a D&C 130:20–21. D&C 38:1–3. Mois. 1:27–28; 6:63;
b GEE Justificação, GEE Onisciente. Abr. 3:21.
Doutrina e Convênios 88:48–64 190
48 Digo-vos: Ele viu-o; entretan- segundo e o terceiro e o quarto
to, aquele que veio para os a seus e assim por diante, até o décimo
não foi compreendido. segundo.
49 A a luz brilha nas trevas e as 58 E assim todos eles receberam
trevas não a compreendem; con- a luz do semblante de seu senhor,
tudo, dia virá em que b compreen- cada homem em sua hora e em seu
dereis até o próprio Deus, sendo tempo e em sua estação —
vivificados nele e por ele. 59 Começando pelo primeiro e
50 Então sabereis que me vistes, assim por diante, até o a último;
que eu sou e que sou a verdadeira e do último ao primeiro e do pri-
luz que está em vós e que vós es- meiro ao último;
tais em mim; caso contrário, não 60 Cada homem em sua própria
poderíeis prosperar. ordem até que sua hora termi-
51 Eis que compararei estes rei- nasse, de acordo com o que seu
nos a um homem que tem um senhor lhe ordenara, para que seu
campo e que a ele enviou seus senhor fosse nele glorificado e ele
servos para nele cavar. em seu senhor, a fim de que todos
52 E disse ao primeiro: Vai e tra- fossem glorificados.
balha no campo; e na primeira 61 Portanto, a esta parábola com-
hora procurar-te-ei e contemplarás pararei todos estes reinos e seus
a alegria de meu semblante. a
habitantes — cada reino em sua
53 E disse ao segundo: Vai tam- hora e em seu tempo e em sua
bém para o campo e, na segunda estação, de acordo com o decreto
hora, visitar-te-ei com a alegria de de Deus.
meu semblante. 62 E também, em verdade vos
54 E também ao terceiro disse: digo, meus a amigos: Deixo-vos
Visitar-te-ei; estas palavras para que b ponde-
55 E ao quarto e assim por dian- reis em vosso coração com este
te, até o décimo segundo. mandamento que vos dou de que
56 E o senhor do campo foi até me c invoqueis enquanto estou per-
o primeiro na primeira hora e to —
permaneceu com ele toda aquela 63 a Achegai-vos a mim e ache-
hora; e ele alegrou-se com a luz do gar-me-ei a vós; b procurai-me dili-
semblante de seu senhor. gentemente e c achar-me-eis; pedi e
57 E então apartou-se do pri- recebereis; batei e ser-vos-á aberto.
meiro a fim de visitar também o 64 Tudo o que a pedirdes ao Pai
48 a Jo. 1:11; 59 a Mt. 20:1–16. Tg. 4:8;
3 Né. 9:16; 61 a D&C 76:24. Apoc. 3:20.
D&C 39:1–4. 62 a D&C 84:63; 93:45. b 1 Crôn. 28:9;
49 a D&C 6:21; 50:23–24; b GEE Ponderar. Ét. 12:41;
84:45–47. c Isa. 55:6; Tg. 1:5; D&C 101:38.
b Jo. 17:3; D&C 46:7. c D&C 4:7; 49:26.
D&C 93:1, 28. 63 a Zac. 1:3; 64 a GEE Oração.
191 Doutrina e Convênios 88:65–76
em meu nome vos será dado, se lugar e convocai uma assembleia
for para vosso b bem; solene, sim, daqueles que são os
65 E se pedirdes alguma coisa primeiros trabalhadores deste úl-
que não seja para o vosso a bem, timo reino.
tornar-se-á em vossa b condenação. 71 E que aqueles a quem a adver-
66 Eis que o que ouvis é como a tiram em suas viagens invoquem
a
voz de alguém clamando no de- o Senhor e ponderem por algum
serto — no deserto, porque não o tempo, em seu coração, a adver-
podeis ver — a minha voz, porque tência que receberam.
a minha voz é b Espírito; o meu Es- 72 Eis que cuidarei de vossos
pírito é verdade; a c verdade per- rebanhos e levantarei élderes e
siste e não tem fim; e se estiver em enviá-los-ei a eles.
vós, prosperará. 73 Eis que apressarei minha obra
67 E se vossos olhos estiverem a seu tempo.
a
fitos em minha b glória, todo o 74 E dou a vós, que sois os pri-
vosso corpo se encherá de luz e em meiros a trabalhadores deste últi-
vós não haverá trevas; e o corpo mo reino, um mandamento de que
que é cheio de luz c compreende vos reunais e vos organizeis e vos
todas as coisas. prepareis e vos b santifiqueis; sim,
68 Portanto, a santificai-vos, purificai o coração e c lavai as mãos
para que vossa b mente concen- e os pés perante mim, para que eu
tre-se em Deus; e dias virão em vos torne d limpos;
que o c vereis, porque ele vos des- 75 Para que eu testifique a vos-
vendará sua face; e será em seu so a Pai e vosso Deus e meu Deus,
próprio tempo e a seu próprio que estais limpos do sangue desta
modo e de acordo com sua pró- geração iníqua; para que, quando
pria vontade. eu desejar, cumpra esta promessa,
69 Lembrai-vos da grande e úl- esta grande e última promessa
tima promessa que vos fiz; recha- que vos fiz;
çai vossos pensamentos a ociosos 76 Também vos dou um man-
e vossos b risos excessivos. damento de que continueis em
70 Permanecei, permanecei neste a
oração e b jejum a partir de agora.
64 b D&C 18:18; 46:28–30. c Prov. 28:5; 74 a Mt. 20:1, 16.
65 a Tg. 4:3. D&C 93:28. b Lev. 20:7–8;
b D&C 63:7–11. GEE Discernimento, 3 Né. 19:28–29;
66 a Isa. 40:3; Dom de. D&C 50:28–29; 133:62.
1 Né. 17:13; 68 a GEE Santificação. c GEE Limpo e Imundo.
Al. 5:37–38; b GEE Mente. d Ét. 12:37.
D&C 128:20. c D&C 67:10–13; 93:1; 75 a GEE Homem,
b GEE Espírito Santo; 97:15–17. Homens — O homem,
Luz, Luz de Cristo. 69 a Mt. 12:36; filho espiritual do Pai
c GEE Verdade. Mos. 4:29–30; Celestial;
67 a Mt. 6:22; Al. 12:14. Pai Celestial;
Lc. 11:34–36; b D&C 59:15; 88:121. Trindade — Deus, o Pai.
D&C 82:19. 71 a GEE Advertência, 76 a GEE Oração.
b Jo. 7:18. Advertir, Prevenir. b GEE Jejuar, Jejum.
Doutrina e Convênios 88:77–87 192
77 E dou-vos um mandamento 83 Aquele que cedo me buscar
a b
b
riso, todas as vossas c concupis- outras palavras, os que são chama-
cências, todo d orgulho e frivolida- dos para o ministério da igreja, a
de e todas as vossas ações iníquas. começar pelos sumos sacerdotes,
122 Dentre vós designai um pro- até os diáconos —
fessor e não falem todos ao mes- 128 E esta será a ordem da casa
mo tempo; mas cada um fale a da presidência da escola: Aquele
seu tempo e todos ouçam suas que for designado para presiden-
palavras, para que quando todos te ou professor deverá estar em
houverem falado, todos sejam edi- seu lugar, na casa que lhe será
ficados por todos, para que todos preparada.
tenham privilégios iguais. 129 Portanto, será o primeiro
123 Vede que vos a ameis uns aos na casa de Deus, num lugar em
outros; cessai de ser b cobiçosos; que a congregação da casa pos-
aprendei a repartir uns com os sa ouvir-lhe as palavras atenta e
outros, como requer o evangelho. distintamente, sem que ele tenha
124 Cessai de ser a ociosos; cessai de falar alto.
de ser impuros; cessai de b achar 130 E quando ele entrar na casa
faltas uns nos outros; cessai de de Deus, pois deverá ser o primei-
dormir mais do que o necessário; ro a chegar — eis que isto é belo,
recolhei-vos cedo, para que não para que ele sirva de exemplo —
vos canseis; levantai-vos cedo, 131 Que se a ofereça a si mesmo
para que vosso corpo e vossa men- em oração, de joelhos perante
te sejam fortalecidos. Deus, em sinal ou lembrança do
125 E sobretudo, como que com convênio eterno.
um manto, revesti-vos do vínculo 132 E quando alguém entrar de-
da a caridade, que é o vínculo da pois dele, que o professor se levan-
perfeição e b paz. te e, com mãos elevadas aos céus,
126 a Orai sempre, para que não sim, diretamente, saúde seu irmão
desfaleçais, até que eu b venha. Eis ou irmãos com estas palavras:
que depressa venho e vos recebe- 133 És irmão ou sois irmãos?
rei para mim mesmo. Amém. Saúdo-vos em nome do Senhor
127 E também, a ordem da casa Jesus Cristo, em sinal ou lembran-
preparada para a presidência da ça do convênio eterno, convênio
a
escola dos profetas, estabelecida esse no qual vos recebo na a fra-
para sua instrução em todas as ternidade, com a determinação
coisas que lhes convém, sim, para fixa, inamovível e imutável de ser
121 b D&C 59:15; 88:69. Ocioso. b D&C 1:12.
c GEE Carnal. b D&C 64:7–10. 127 a GEE Escola dos
d GEE Orgulho. GEE Maledicência. Profetas.
123 a GEE Amor. 125 a GEE Caridade. b GEE Oficial, Ofício.
b GEE Cobiçar. b GEE Paz. 131 a GEE Adorar.
124 a GEE Ociosidade, 126 a GEE Oração. 133 a GEE Confraternizar.
197 Doutrina e Convênios 88:134–89:1
vosso amigo e b irmão pela graça graças, como o Espírito vos leva-
de Deus, nos laços do amor, para rá a dizer em tudo o que fizerdes
caminhar em todos os manda- na casa do Senhor, na escola dos
mentos de Deus, imaculado, com profetas, para que ela se torne um
ação de graças, para todo o sem- santuário, um tabernáculo do San-
pre. Amém. to Espírito para vossa a edificação.
134 E o que for considerado in- 138 E a ninguém recebereis en-
digno desta saudação não terá tre vós nessa escola, a não ser que
lugar entre vós; porque não per- esteja limpo do a sangue desta ge-
mitireis que minha casa seja por ração;
ele a contaminada. 139 E ele será recebido pela or-
135 E aquele que entrar e for fiel denança do a lava-pés, pois para
perante mim e for um irmão, ou esse fim foi instituída a ordenança
se forem irmãos, saudarão o pre- do lava-pés.
sidente ou professor com mãos 140 E também, a ordenança do
elevadas ao céu, com essa mesma lava-pés deve ser administrada
oração e convênio, ou dizendo pelo presidente, ou seja, o élder
Amém em sinal de acordo. presidente da igreja.
136 Eis que em verdade vos digo: 141 Deverá começar com oração;
Isto vos é um exemplo de sauda- e depois de a participar do pão e do
ção na casa de Deus, na escola dos vinho, ele deverá cingir-se de acor-
profetas. do com o b modelo dado no décimo
137 E sois chamados para fazer terceiro capítulo do testemunho de
isso por meio de oração e ação de João concernente a mim. Amém.
SEÇÃO 89
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 de fevereiro de 1833. O fato de os irmãos
daquela época mascarem tabaco em suas reuniões levou o Profeta a
ponderar sobre o assunto; por conseguinte, ele inquiriu o Senhor a
respeito disto. O resultado foi esta revelação, conhecida como a Pa-
lavra de Sabedoria.
1–9, Condena-se o uso de vinho, be- lei do evangelho, incluindo-se a Pala-
bidas fortes, tabaco e bebidas quentes; vra de Sabedoria, proporciona bênçãos
10–17, Indicam-se para uso dos ho- físicas e espirituais.
mens e dos animais as ervas, frutas,
carnes e grãos; 18–21, A obediência à Uma a Palavra de Sabedoria,
133 b GEE Irmã(s), Irmão(s). 139 a GEE Lavado, 89 1 a GEE Palavra de
134 a D&C 97:15–17; 110:7–8. Lavamento, Lavar. Sabedoria.
137 a D&C 50:21–24. 141 a GEE Sacramento.
138 a D&C 88:74–75, 84–85. b Jo. 13:4–17.
Doutrina e Convênios 89:2–15 198
para o benefício do conselho de são para o ventre, mas para lavar
sumos sacerdotes, reunido em vosso corpo.
Kirtland, e da igreja e também 8 E também tabaco não é para o
dos santos de Sião — a
corpo nem para o ventre e não é
2 Para ser enviada como sauda- bom para o homem, mas é uma
ção; não como mandamento ou erva para machucaduras e todo
coerção, mas como revelação e gado doente, a qual se deve usar
palavra de sabedoria, manifestan- com discernimento e habilidade.
do a ordem e a a vontade de Deus 9 E também bebidas quentes não
quanto à salvação física de todos são para o corpo nem para o ventre.
os santos nos últimos dias — 10 E também em verdade vos
3 Dada como princípio com a pro- digo: Todas as a ervas salutares
messa, adaptada à capacidade dos indicou Deus para a constituição,
fracos e do mais fraco de todos natureza e uso do homem —
os b santos, que são ou podem ser 11 Toda erva em sua estação e
chamados santos. toda fruta em sua estação; todas
4 Eis que, em verdade, assim vos essas para serem usadas com pru-
diz o Senhor: Devido a a maldades dência e a ação de graças.
e desígnios que existem e virão 12 Sim, também a a carne de b ani-
a existir no coração de b homens mais e a das aves do ar, eu, o Se-
conspiradores nos últimos dias, eu nhor, indiquei para uso do homem,
vos c adverti e previno-vos, dando- com gratidão; contudo, devem ser
vos esta palavra de sabedoria por usadas c moderadamente;
revelação — 13 Agrada-me que não sejam
5 Eis que não é bom nem acei- usadas a não ser no inverno ou em
tável aos olhos de vosso Pai que tempos de frio ou de fome.
alguém entre vós tome a vinho ou 14 Todos os a grãos são indicados
bebida forte, exceto quando vos para uso do homem e dos animais,
reunis para oferecer vossos sacra- para ser o esteio da vida, não só
mentos perante ele. para o homem, mas também para
6 E eis que deve ser vinho, sim, os animais do campo e as aves do
a
vinho puro de uva da videira, de céu e todos os animais selvagens
vossa própria fabricação. que correm ou rastejam na terra;
7 E também a bebidas fortes não 15 E estes fez Deus para uso do
2 a D&C 29:34. c GEE Advertência, D&C 59:17–20.
GEE Mandamentos de Advertir, Prevenir. 11 a GEE Ação de Graças,
Deus. 5 a Lev. 10:9–11; Agradecido,
3 a D&C 89:18–21. Isa. 5:11–12; Agradecimento.
b GEE Santo 1 Cor. 6:10. 12 a Gên. 9:3;
(substantivo). 6 a D&C 27:1–4. Lev. 11:1–8.
4 a GEE Enganar, Engano, 7 a Prov. 20:1; 23:29–35. b 1 Tim. 4:3–4;
Fraude. 8 a 1 Cor. 3:16–17. D&C 49:18–21.
b GEE Combinações GEE Corpo. c D&C 59:20.
Secretas. 10 a IE plantas. Gên. 1:29; 14 a Dan. 1:6–20.
199 Doutrina e Convênios 89:16–90:3
homem apenas em épocas de es- 18 E todos os santos que se lem-
cassez ou fome excessiva. brarem de guardar e fazer estas
16 Todos os grãos são bons para coisas, obedecendo aos manda-
alimento do homem, como tam- mentos, receberão a saúde para o
bém o fruto da videira; aquilo que umbigo e medula para os ossos;
produz fruto, seja na terra ou aci- 19 E encontrarão a sabedoria e
ma da terra — grandes tesouros de b conhecimen-
17 Contudo, o trigo para o ho- to, sim, tesouros ocultos;
mem e o milho para o boi e a aveia 20 E a correrão e não se cansarão;
para o cavalo e o centeio para as e caminharão e não desfalecerão.
aves e os porcos e para todos os 21 E eu, o Senhor, faço-lhes uma
animais do campo; e a cevada para a
promessa de que o anjo destrui-
todos os animais úteis e para be- dor b passará por eles, como os
bidas suaves, como também ou- filhos de Israel, e não os matará.
tros grãos. Amém.
SEÇÃO 90
Revelação a Joseph Smith, o Profeta, dada em Kirtland, Ohio, em 8 de
março de 1833. Esta revelação é um passo adicional no estabelecimento
da Primeira Presidência (ver cabeçalho da seção 81); como resultado,
os conselheiros mencionados foram ordenados em 18 de março de 1833.
1–5, As chaves do reino são con- Assim diz o Senhor: Em verdade,
feridas a Joseph Smith e, por meio em verdade te digo, meu filho, que
dele, à Igreja; 6–7, Sidney Rigdon teus pecados te são a perdoados,
e Frederick G. Williams devem ser- de acordo com teu pedido, pois
vir na Primeira Presidência; 8–11, tuas orações e as orações de teus
Deve-se pregar o evangelho às na- irmãos subiram a meus ouvidos.
ções de Israel, aos gentios e aos 2 Portanto, serás abençoado, da-
judeus, cada homem ouvindo-o em qui em diante, tu que possuis as
sua própria língua; 12–18, Joseph a
chaves do reino que te foram da-
Smith e seus conselheiros devem das; b reino esse que está surgindo
pôr em ordem a Igreja; 19–37, Vá- pela última vez.
rias pessoas são aconselhadas pelo 3 Em verdade te digo: As cha-
Senhor a andar retamente e a servir ves deste reino jamais te serão
em Seu reino. tomadas, enquanto estiveres no
18 a Prov. 3:8. 21 a D&C 84:80. Sacerdócio.
19 a GEE Sabedoria. b Êx. 12:23, 29. b GEE Reino de Deus ou
b GEE Conhecimento; 90 1 a GEE Perdoar. Reino dos Céus.
Testemunho. 2 a D&C 65:2.
20 a Isa. 40:31. GEE Chaves do
Doutrina e Convênios 90:4–15 200
mundo; tampouco no mundo vin- chegue aos confins da Terra, pri- a
SEÇÃO 91
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 9 de março de 1833. Nessa época, o Profeta fazia a tradu-
ção do Velho Testamento. Tendo chegado à parte dos antigos escritos
chamados Apócrifos, ele consultou o Senhor e recebeu esta instrução.
1–3, Os Apócrifos estão, na maior acréscimos feitos pelas mãos de
parte, traduzidos corretamente, mas homens.
contêm muitos acréscimos feitos pe- 3 Em verdade vos digo que não
las mãos de homens, que não são ver- é necessário que se traduzam os
dadeiros; 4–6, Beneficiam os que são Apócrifos.
iluminados pelo Espírito. 4 Portanto, aquele que os ler que
a
compreenda, pois o Espírito ma-
Em verdade, assim vos diz o Se- nifesta a verdade;
nhor com referência aos a Apócri- 5 E aquele que for iluminado pelo
fos: Há muitas coisas neles que a
Espírito se beneficiará com eles;
são verdadeiras e estão, na maior 6 E aquele que não receber pelo
parte, traduzidas corretamente. Espírito não poderá ser beneficia-
2 Há muitas coisas neles que do. Portanto, não é necessário que
não são verdadeiras, que são sejam traduzidos. Amém.
32 a D&C 107:91–92. Corrigir, Repreender. 4 a GEE Compreensão,
35 a D&C 66:1; 75:6–9. c GEE Pureza, Puro. Entendimento.
36 a GEE Sião. 91 1 a GEE Apócrifos, 5 a GEE Espírito Santo;
b GEE Castigar, Castigo, Livros. Inspiração, Inspirar.
203 Doutrina e Convênios 92:1–93:1
SEÇÃO 92
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, em 15
de março de 1833. A revelação instrui Frederick G. Williams, que
pouco tempo antes havia sido designado conselheiro de Joseph Smith,
com respeito aos seus deveres na Firma Unida (ver os cabeçalhos das
seções 78 e 82).
1–2, O Senhor dá um mandamento que o recebais na ordem. O que
referente à admissão na ordem unida. digo a um digo a todos.
2 E também te digo, meu servo
Em verdade assim diz o Senhor: Frederick G. Williams: Serás um
Dou à a ordem unida, organizada membro ativo nessa ordem; e se
conforme o mandamento previa- fores fiel na obediência a todos
mente dado, uma revelação e man- os mandamentos anteriores, serás
damento, com referência a meu abençoado para sempre. Amém.
servo Frederick G. Williams, de
SEÇÃO 93
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de maio de 1833.
1–5, Todos os que forem fiéis verão o plenitude da alegria na Ressurreição;
Senhor; 6–18, João prestou testemu- 36–37, A glória de Deus é inteligên-
nho de que o Filho de Deus recebeu cia; 38–40, As crianças são inocentes
graça por graça até receber a plenitude perante Deus por causa da redenção
da glória do Pai; 19–20, Os homens de Cristo; 41–53, Ordena-se que os
fiéis que avançarem de graça em graça irmãos da liderança ponham ordem
também receberão de Sua plenitude; em suas famílias.
21–22, Os que são gerados por meio
de Cristo são a Igreja do Primogê- Em verdade, assim diz o Senhor:
nito; 23–28, Cristo recebeu a pleni- Acontecerá que toda alma que
tude de toda a verdade e o homem, a
abandonar os seus pecados e vier
pela obediência, pode fazer o mesmo; a mim, e b invocar o meu nome, e
29–32, O homem estava, no princí- c
obedecer à minha voz, e guardar
pio, com Deus; 33–35, Os elementos os meus mandamentos d verá a
são eternos e o homem pode receber a minha e face e saberá que eu sou;
92 1 a D&C 82:11, 15–21. b Joel 2:32. D&C 38:7–8; 67:10–12;
GEE Ordem Unida. c GEE Obedecer, 88:68; 101:23; 130:3.
93 1 a GEE Arrepender-se, Obediência, GEE Consolador.
Arrependimento; Obediente. e TJS 1 Jo. 4:12 (Apêndice
Dignidade, Digno. d Êx. 33:11; da Bíblia).
Doutrina e Convênios 93:2–17 204
2 E que eu sou a verdadeira luz a
ele; todas as coisas foram feitas
que ilumina todo homem que vem por ele e por meio dele e dele.
ao mundo; 11 E eu, João, testifico que con-
3 E que eu estou a no Pai e o Pai templei sua glória, como a glória
em mim; e o Pai e eu somos um — do Unigênito do Pai, cheio de gra-
4 O Pai, a porque me b deu de sua ça e verdade, sim, o Espírito da
plenitude, e o Filho, porque estive verdade, que veio e habitou na
no mundo e fiz da c carne meu ta- carne e habitou entre nós.
bernáculo e habitei entre os filhos 12 E eu, João, vi que no princípio
dos homens. ele não recebeu da a plenitude, mas
5 E estive no mundo e recebi de recebeu b graça por graça;
meu Pai; e as a obras dele foram 13 E a princípio não recebeu da
claramente manifestadas. plenitude, mas continuou de a gra-
6 E a João viu e testificou a pleni- ça em graça, até receber a pleni-
tude de minha b glória; e a pleni- tude;
tude do c testemunho de João será 14 E assim foi chamado de a Filho
revelada posteriormente. de Deus, porque não recebeu da
7 E ele testificou, dizendo: Vi sua plenitude no princípio.
glória, que ele era no a princípio, 15 E eu, a João, testifico e eis que
antes de o mundo existir; se abriram os céus e o b Espírito
8 Portanto, no princípio era o Santo desceu sobre ele, na forma
a
Verbo, pois ele era o Verbo, sim, de uma c pomba, e pousou nele;
o mensageiro da salvação — e do céu ouviu-se uma voz que
9 A a luz e o b Redentor do mundo; dizia: Este é meu d Filho amado.
o Espírito da verdade, que veio ao 16 E eu, João, testifico que ele re-
mundo, porque o mundo foi feito cebeu a plenitude da glória do Pai;
por ele e nele estava a vida dos ho- 17 E recebeu a todo o b poder, tan-
mens e a luz dos homens. to nos céus como na Terra; e a gló-
10 Os mundos foram a feitos por ria do c Pai estava com ele, porque
ele; os homens foram feitos por ele habitava nele.
2 a Jo. 1:4–9; b GEE Jesus Cristo — D&C 6:21.
D&C 14:9; 84:45–47; Glória de Jesus Cristo. GEE Trindade —
88:6–7. c Jo. 20:30–31. Deus, o Filho.
GEE Luz, Luz de Cristo. 7 a Jo. 1:1–3, 14; 17:5; 15 a Jo. 1:29–34.
3 a Jo. 10:25–38; 17:20–23; D&C 76:39. b GEE Espírito Santo.
D&C 50:43–45. 8 a GEE Jeová; c GEE Pomba, Sinal da.
4 a Mos. 15:1–7. Jesus Cristo. d Mt. 3:16–17.
b GEE Jesus Cristo — 9 a GEE Luz, Luz de Cristo. 17 a Mt. 28:18;
Autoridade. b GEE Redentor. Jo. 17:2;
c Lc. 1:26–35; 2:4–14; 10 a Heb. 1:1–3; D&C 76:24; 1 Ped. 3:22.
3 Né. 1:12–14; Mois. 1:31–33. b GEE Jesus Cristo —
Ét. 3:14–16. 12 a Filip. 2:6–11. Autoridade;
5 a Jo. 5:36; 10:25; b Jo. 1:16–17. Poder.
14:10–12. 13 a Lc. 2:52. c GEE Trindade —
6 a Jo. 1:34. 14 a Lc. 1:31–35; Deus, o Pai.
205 Doutrina e Convênios 93:18–31
18 E acontecerá que, se fordes ser iníquo que é um b mentiroso
fiéis, recebereis a plenitude do desde o princípio.
testemunho de João. 26 O Espírito da a verdade é de
19 E dou-vos estas palavras, para Deus. Eu sou o Espírito da verda-
compreenderdes e saberdes como de e João prestou testemunho de
a
adorar e saberdes o que adorais, mim, dizendo: Ele recebeu a ple-
para que venhais ao Pai em meu nitude da verdade, sim, de toda
nome e, no devido tempo, recebais verdade;
de sua plenitude. 27 E homem algum recebe a a ple-
20 Porque, se guardardes meus nitude a não ser que guarde seus
a
mandamentos, recebereis de sua mandamentos.
b
plenitude e sereis c glorificados em 28 Aquele que a guarda seus man-
mim como eu o sou no Pai; por- damentos recebe verdade e b luz,
tanto, digo-vos: Recebereis d graça até ser glorificado na verdade e
por graça. c
conhecer todas as coisas.
21 E agora, em verdade vos digo: 29 O homem também estava no
Eu estava no a princípio com o Pai a
princípio com Deus. A b inteligên-
e sou o b Primogênito; cia, ou seja, a luz da verdade, não
22 E todos os que são gerados foi criada nem feita nem verdadei-
por meu intermédio são a partici- ramente pode sê-lo.
pantes da mesma b glória e são a 30 Toda verdade é independente
igreja do Primogênito. para a agir por si mesma na esfe-
23 Vós também no princípio es- ra em que Deus a colocou, como
táveis a com o Pai; aquilo que é Es- também toda inteligência; caso
pírito, sim, o Espírito da verdade; contrário, não há existência.
24 E a a verdade é o b conhecimen- 31 Eis que isto é o a livre-arbítrio
to das coisas como são, como fo- do homem e isto é a condenação do
ram e como serão; homem; porque aquilo que foi desde
25 E o que for a mais ou menos o princípio lhes é b claramente ma-
do que isto é o espírito daquele nifestado e eles não recebem a luz.
19 a Jo. 4:21–26; 17:3; b GEE Primogênito. 28 a GEE Obedecer,
At. 17:22–25. 22 a 1 Ped. 5:1; Obediência,
GEE Adorar. D&C 133:57. Obediente.
20 a D&C 50:28. b GEE Glória Celestial. b D&C 50:24; 84:45.
b Jo. 1:16; 23 a GEE Homem, GEE Luz, Luz de Cristo.
D&C 84:36–39. Homens — O homem, c Jo. 17:3;
c Jo. 17:4–5, 22. filho espiritual do Pai D&C 88:49, 67.
GEE Homem, Celestial. 29 a Abr. 3:18.
Homens — Seu 24 a GEE Verdade. GEE Homem, Homens;
potencial de se tornar b GEE Conhecimento. Vida Pré-mortal.
como o Pai Celestial. 25 a D&C 20:35. b GEE Inteligência(s).
d GEE Graça. b Jo. 8:44; 2 Né. 2:18; 30 a 2 Né. 2:13–27.
21 a Jo. 1:1–2; Mois. 4:4. 31 a GEE Arbítrio.
1 Ped. 1:19–20; 26 a Jo. 14:6. b Deut. 30:11–14;
Mois. 4:2. 27 a GEE Perfeito. D&C 84:23–24.
Doutrina e Convênios 93:32– 45 206
32 E todo homem cujo espírito a luz e a verdade dos filhos dos
não recebe a a luz está sob conde- homens pela desobediência e por
nação. causa da b tradição de seus pais.
33 Pois o homem é a espírito. Os 40 Eu, porém, ordenei que criás-
b
elementos são eternos, e espíri- seis vossos a filhos em luz e ver-
to e elemento, inseparavelmente dade.
ligados, recebem a plenitude da 41 Mas em verdade, meu servo
alegria; Frederick G. Williams, digo-te:
34 E, quando a separados, não Continuas sob esta condenação;
pode o homem receber a plenitu- 42 Não a ensinaste luz e verdade
de da b alegria. a teus filhos, segundo os manda-
35 Os a elementos são o taberná- mentos; e aquele ser maligno ain-
culo de Deus; sim, o homem é o da tem poder sobre ti, sendo essa
tabernáculo de Deus, ou melhor, a causa de tua aflição.
b
templos; e qualquer templo que 43 E agora te dou um manda-
for profanado, Deus destruirá esse mento: Se quiseres ser liberta-
templo. do, terás que pôr em a ordem tua
36 A a glória de Deus é b inteligên- própria casa, porque há muitas
cia ou, em outras palavras, c luz e coisas que não estão certas em
verdade. tua casa.
37 A luz e a verdade rejeitam o 44 Em verdade eu digo a meu
ser a maligno. servo Sidney Rigdon que, em al-
38 Todo espírito de homem era gumas coisas, ele não guardou os
a
inocente no princípio; e Deus, mandamentos concernentes a seus
tendo b redimido o homem da filhos; portanto, que primeiro po-
c
queda, os homens tornaram-se nha em ordem sua casa.
outra vez, em sua infância, d ino- 45 Em verdade eu digo a meu
centes perante Deus. servo Joseph Smith Júnior ou, em
39 E vem o ser maligno e a tira outras palavras, chamar-vos-ei de
32 a GEE Luz, Luz de Cristo; b D&C 130:18–19; GEE Salvação —
Verdade. Abr. 3:19. Salvação das
33 a D&C 77:2; GEE Inteligência(s). criancinhas.
Abr. 5:7–8. c D&C 88:6–13. 39 a Mt. 13:18–19;
GEE Homem, 37 a Mois. 1:12–16. 2 Cor. 4:3–4;
Homens — O homem, GEE Diabo. Al. 12:9–11.
filho espiritual do Pai 38 a GEE Inocência, b Eze. 20:18–19;
Celestial. Inocente. Al. 3:8.
b D&C 131:7–8; 138:17. b Mos. 27:24–26; GEE Tradições.
GEE Ressurreição. Mois. 5:9; 40 a GEE Família —
34 a 2 Né. 9:8–10. RF 1:3. Responsabilidade dos
b GEE Alegria. GEE Redenção, pais.
35 a D&C 130:22. Redimido, Redimir. 42 a 1 Sam. 3:11–13;
b 1 Cor. 3:16–17. c GEE Queda de Adão D&C 68:25–31.
36 a GEE Glória; e Eva. 43 a 1 Tim. 3:4–5.
Jesus Cristo — Glória d Morô. 8:8, 12, 22;
de Jesus Cristo. D&C 29:46–47.
207 Doutrina e Convênios 93:46–53
amigos, porque sois meus amigos
a
caso contrário serão removidos de
e tereis uma herança comigo — seu a lugar.
46 Chamei-vos de a servos por 51 Agora vos digo, meus amigos:
causa do mundo e vós sois seus Que meu servo Sidney Rigdon
servos por minha causa — faça sua viagem rapidamente e
47 E agora, em verdade eu te proclame também o a ano aceitável
digo, Joseph Smith Júnior: Tu não do Senhor e o evangelho de salva-
guardaste os mandamentos e ne- ção, conforme as palavras que eu
cessário é que sejas a repreendido lhe inspirar; e pela oração unâni-
perante o Senhor. me de vossa fé, sustentá-lo-ei.
48 A tua a família precisa arrepen- 52 E que meus servos Joseph
der-se e abandonar certas coisas, e Smith Júnior e Frederick G. Wil-
prestar mais atenção às tuas pala- liams também se apressem; e ser-
vras; caso contrário, será removida lhes-á dado de acordo com a ora-
de seu lugar. ção da fé; e se guardardes minhas
49 O que digo a um digo a to- palavras, não sereis confundidos
dos; a orai sempre, para que o ser neste mundo nem no mundo vin-
maligno não tenha poder em vós douro.
e não vos remova de vosso lugar. 53 E em verdade vos digo que é
5 0 Ta m b é m o m e u s e r v o a minha vontade que vos apresseis
Newel K. Whitney, bispo da minha em a traduzir as minhas escrituras,
igreja, precisa ser castigado e pôr e em b obter um c conhecimento de
em ordem sua família; e fazer com história, e de países, e de reinos, de
que sejam mais diligentes e inte- leis de Deus e do homem; e tudo
ressados em casa e orem sempre; isso para a salvação de Sião. Amém.
SEÇÃO 94
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 2 de agosto de 1833. Hyrum Smith, Reynolds
Cahoon e Jared Carter são designados como comitê de construção
da Igreja.
1–9, O Senhor dá um mandamento Deve-se construir uma tipografia;
referente à construção de uma casa 13–17, Designam-se certas heranças.
para o trabalho da Presidência; 10–12,
45 a D&C 84:63; 88:62. Corrigir, Repreender. 51 a Lc. 4:19.
46 a Lev. 25:55; 48 a GEE Família — 53 a GEE Tradução de
1 Né. 21:3–8. Responsabilidade dos Joseph Smith (TJS).
GEE Serviço. filhos. b D&C 88:76–80, 118.
47 a D&C 95:1–2. 49 a 3 Né. 18:15–21. c GEE Conhecimento.
GEE Castigar, Castigo, 50 a D&C 64:40.
Doutrina e Convênios 94:1–17 208
E também, em verdade vos digo, estará lá; e minha presença lá não
meus a amigos: Um mandamento entrará.
vos dou, de que comeceis a proje- 10 E também, em verdade vos
tar e preparar o início e o alicerce digo: O segundo terreno no sul
da cidade da b estaca de Sião, aqui ser-me-á dedicado para a cons-
na terra de Kirtland, começando trução de uma casa para mim, a
pela minha casa. fim de a imprimir-se a b tradução
2 E eis que isso deverá ser fei- de minhas escrituras e todas as
to de acordo com o a modelo que coisas que eu vos ordenar.
vos dei. 11 E terá cinquenta e cinco pés
3 E que o primeiro terreno no de largura por sessenta e cinco
sul me seja consagrado para a de comprimento, na área interna;
construção de uma casa para a e haverá um andar inferior e um
presidência, para o trabalho da andar superior.
presidência de receber revela- 12 E esta casa será inteiramente
ções; e para o trabalho do minis- dedicada ao Senhor desde seu ali-
tério da a presidência, em todas cerce, para o trabalho de impres-
as coisas concernentes à igreja são, em todas as coisas que eu vos
e reino. ordenar; para ser santa, imacula-
4 Em verdade vos digo que de- da, segundo o modelo de todas as
verá medir cinquenta e cinco pés coisas, que vos será dado.
de largura por sessenta e cinco 13 E no terceiro terreno meu ser-
de comprimento, na área interna. vo Hyrum Smith receberá sua he-
5 E haverá um andar inferior e rança.
um andar superior, de acordo com 14 E no primeiro terreno e no
o modelo que vos será dado. segundo terreno, no norte, meus
6 E será dedicada ao Senhor des- servos Reynolds Cahoon e Jared
de seu alicerce, segundo a ordem Carter receberão suas heranças —
do sacerdócio, segundo o modelo 15 Para que façam o trabalho
que vos será dado posteriormente. que lhes designei, de serem o co-
7 E será inteiramente dedicada mitê responsável pela construção
ao Senhor para o trabalho da pre- de minhas casas, de acordo com
sidência. o mandamento que eu, o Senhor
8 E não permitireis que qualquer Deus, vos dei.
a
coisa impura entre nela; e minha 16 Estas duas casas não deverão
b
glória lá estará e minha presença ser construídas até que eu vos dê
lá estará. um mandamento concernente a elas.
9 Mas se alguma a coisa impu- 17 E agora nada mais vos dou
ra nela entrar, minha glória não neste momento. Amém.
94 1 a D&C 93:45. 8 a Lc. 19:45–46; 9 a D&C 97:15–17.
b GEE Estaca. D&C 109:16–20. 10 a D&C 104:58–59.
2 a D&C 52:14–15. b 1 Re. 8:10–11. b GEE Tradução de
3 a D&C 107:9, 22. GEE Glória. Joseph Smith (TJS).
209 Doutrina e Convênios 95:1–9
SEÇÃO 95
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 1º de junho de 1833. Esta revelação é uma conti-
nuação das instruções divinas para se construir uma casa de adoração
e ensino, a casa do Senhor (ver seção 88:119–136).
1–6, Os santos são repreendidos por pela última vez, para que eu exe-
não terem construído a casa do Senhor; cute meu b estranho ato, para que
7–10, O Senhor deseja usar a Sua casa eu c derrame o meu espírito sobre
para investir o Seu povo de poder do toda carne —
alto; 11–17, Deve-se dedicar a casa como 5 Mas eis que em verdade vos
local de adoração e escola dos Apóstolos. digo que há muitos entre vós que
chamei e foram ordenados, mas
Em verdade assim diz o Senhor a poucos deles são a escolhidos.
vós, a quem amo; e a quem amo 6 Os que não são escolhidos pe-
também a castigo, para que seus caram gravemente, pois andam
pecados sejam b perdoados, pois em a trevas ao meio-dia.
com o castigo preparo um meio 7 E por essa razão vos dei o man-
para c livrá-los da d tentação em damento de convocardes uma a as-
todas as coisas; e eu vos amo — sembleia solene, para que vossos
2 É necessário, portanto, que se- b
jejuns e vosso pranto subam aos
jais castigados e repreendidos pe- ouvidos do Senhor de c Sabaote
rante minha face; que, por interpretação, significa o
3 Porque pecastes contra mim d
criador do primeiro dia, o princí-
com um grave pecado, não tendo pio e o fim.
considerado, em todas as coisas, 8 Sim, em verdade vos digo: Dei-
o grande mandamento que vos vos o mandamento de construir-
dei concernente à construção de des uma casa, onde tenciono a in-
minha a casa; vestir os que escolhi com poder
4 Para a preparação com a qual do alto;
tenciono preparar meus apósto- 9 Pois essa é a a promessa do
los para a podarem minha vinha Pai a vós; portanto, ordeno que
95 1 a Deut. 11:1–8; do Senhor. GEE Eleição.
Prov. 13:18; 4 a Jacó 5:61–75; 6 a GEE Trevas
Heb. 12:5–11; D&C 24:19; 33:3–4. Espirituais.
Hel. 15:3; GEE Vinha do Senhor. 7 a D&C 88:70, 74–82,
D&C 101:4–5; 105:6. b Isa. 28:21; 117–120.
GEE Castigar, Castigo, D&C 101:95. b GEE Jejuar, Jejum.
Corrigir, Repreender. c Prov. 1:23; Joel 2:28; c GEE Jeová.
b GEE Perdoar. D&C 19:38. d GEE Criação, Criar.
c 1 Cor. 10:13. GEE Dons do Espírito; 8 a D&C 38:32; 39:15;
d GEE Tentação, Tentar. Espírito Santo. 43:16; 110:9–10.
3 a Ageu 1:7–11; 5 a Mt. 20:16; GEE Investidura,
D&C 88:119. D&C 105:35–37; Investir.
GEE Templo, A Casa 121:34–40. 9 a Lc. 24:49.
Doutrina e Convênios 95:10–17 210
permaneçais, sim, como ordenei 14 Portanto, que seja construída
a meus apóstolos de Jerusalém. segundo a maneira que mostrarei
10 Contudo, meus servos peca- a três de vós, a quem indicareis e
ram com um gravíssimo pecado; ordenareis com esse poder.
e surgiram a contendas na b escola 15 E medirá cinquenta e cinco
dos profetas, o que me foi muito pés de largura por sessenta e cinco
penoso, diz vosso Senhor; por- de comprimento, na área interna.
tanto, enviei-os para serem cas- 16 E que o andar inferior da área
tigados. interna seja dedicado a mim para
11 Em verdade vos digo: É meu oferta de vossos sacramentos e
desejo que construais uma casa. para vossas pregações e vossos
Se guardardes meus mandamen- jejuns e vossas orações e a a oferta
tos, tereis poder para construí-la. de vossos desejos mais santos a
12 Se não a guardardes meus mim, diz vosso Senhor.
mandamentos, o b amor do Pai não 17 E que a parte superior da área
continuará convosco; portanto, interna seja dedicada a mim como
andareis em trevas. a escola de meus apóstolos, diz o
13 Ora, eis aqui sabedoria e a Filho a Amã; ou, em outras pala-
mente do Senhor: Que a casa seja vras, Alfus; ou, em outras pala-
construída, não segundo a maneira vras, Omegus; sim, Jesus Cristo,
do mundo, pois não desejo que vi- vosso b Senhor. Amém.
vais segundo a maneira do mundo;
SEÇÃO 96
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, mostrando a organiza-
ção da cidade ou estaca de Sião em Kirtland, Ohio, em 4 de junho
de 1833, como exemplo para os santos de Kirtland. Naquela ocasião
realizava-se uma conferência de sumos sacerdotes e o assunto prin-
cipal a ser tratado era o que fazer com algumas terras, conhecidas
como a fazenda French, de propriedade da Igreja, perto de Kirtland.
Uma vez que a conferência não chegara a um acordo sobre quem iria
encarregar-se da fazenda, todos concordaram em inquirir o Senhor
a respeito do assunto.
1, Deve-se fortalecer a estaca Kirtland Johnson deve ser membro da ordem
de Sião; 2–5, O bispo deve dividir as unida.
heranças entre os santos; 6–9, John
10 a
GEE Contenção, Profetas. 16 a D&C 59:9–14.
Contenda. 12 a Jo. 15:10. 17 a D&C 78:20.
b GEE Escola dos b 1 Jo. 2:10, 15. b GEE Senhor.
211 Doutrina e Convênios 96:1–9
Eis que vos digo: Aqui há sabe- aos filhos dos homens, com o pro-
doria, para que saibais como agir pósito de abrandar-lhes o cora-
em relação a esse assunto, pois ção para o vosso bem. Assim seja.
me convém que esta a estaca, que Amém.
estabeleci para o vigor de Sião, se 6 E também em verdade vos digo
fortaleça. que me é sábio e conveniente que
2 Portanto, que meu servo meu servo John Johnson, cuja ofer-
Newel K. Whitney se encarregue ta aceitei e cujas orações ouvi, a
do lugar que haveis mencionado, quem dou a promessa de vida
no qual pretendo construir minha eterna se guardar meus manda-
casa santa. mentos de agora em diante —
3 E também, que seja dividida 7 Porque ele é descendente de
em lotes, com prudência, para o a
José e participante das bênçãos
benefício daqueles que buscam da promessa feita a seus pais —
heranças, como for determinado 8 Em verdade vos digo que me é
por vós em conselho. conveniente que ele se torne mem-
4 Portanto, não deixeis de cuidar bro da ordem, a fim de que ajude
deste assunto e da porção que é a levar minha palavra aos filhos
necessária para beneficiar a mi- dos homens.
nha a ordem, com o objetivo de 9 Portanto, ordená-lo-eis para
levar minha palavra aos filhos essa bênção; e ele procurará zelo-
dos homens. samente liquidar os encargos que
5 Pois eis que em verdade vos pesam sobre a casa mencionada
digo: Isto é o que mais me con- por vós, para que nela possa mo-
vém, que minha palavra chegue rar. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 97
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 2 de agosto de 1833. Esta revelação trata par-
ticularmente dos assuntos dos santos de Sião, Condado de Jackson,
Missouri, em resposta ao pedido de informações do Profeta ao Senhor.
Os membros da Igreja do Missouri estavam sendo ferrenhamente
perseguidos nessa época e, em 23 de julho de 1833, foram forçados a
assinar um acordo para partirem do Condado de Jackson.
1–2, Muitos dos santos de Sião (Con- na escola de Sião; 6–9, Os que obser-
dado de Jackson, Missouri) são aben- vam seus convênios são aceitos pelo
çoados por sua fidelidade; 3–5, Par- Senhor; 10–17, Deve-se construir
ley P. Pratt é elogiado por seu trabalho uma casa em Sião, na qual os puros
96 1 a Isa. 33:20; 54:2. 4 a D&C 78:3–4. 7 a GEE José, Filho de Jacó.
GEE Estaca. GEE Ordem Unida.
Doutrina e Convênios 97:1–12 212
de coração verão a Deus; 18–21, Sião 6 E para com o restante da es-
é o puro de coração; 22–28, Sião esca- cola eu, o Senhor, estou disposto
pará do flagelo do Senhor, se for fiel. a mostrar misericórdia; contudo,
existem alguns que precisam ser
Em verdade vos digo, meus ami- a
repreendidos e suas obras tornar-
gos: Falo-vos com a minha voz, se-ão conhecidas.
sim, a voz de meu Espírito, a fim 7 Está posto o a machado à raiz
de mostrar-vos a minha vontade das árvores; e toda árvore que não
relativa a vossos irmãos da terra produzir bons b frutos será cortada
de a Sião, muitos dos quais são e lançada no fogo. Eu, o Senhor,
verdadeiramente humildes e pro- disse-o.
curam zelosamente adquirir sabe- 8 Em verdade vos digo: Todos
doria e encontrar a verdade. os que, dentre eles, souberem que
2 Em verdade, em verdade vos seu a coração é b honesto e está que-
digo: Bem-aventurados são eles, brantado e seu espírito, contrito; e
porque vencerão; pois eu, o Se- que estiverem c dispostos a obser-
nhor, mostro misericórdia a todos var seus convênios por meio de
os a mansos e a todos os que eu d
sacríficio — sim, todo sacrifício
quiser, para que eu seja justifica- que eu, o Senhor, ordenar — esses
do quando os levar a julgamento. serão e aceitos por mim.
3 Eis que vos digo, concernente 9 Pois eu, o Senhor, farei com
à a escola de Sião: Eu, o Senhor, es- que produzam como uma árvore
tou satisfeito por haver uma escola muito frutífera, plantada em terra
em Sião; e também com meu servo fértil junto a um riacho de água
b
Parley P. Pratt, pois ele permane- pura, que produz muitos frutos
ce em mim. preciosos.
4 E enquanto perseverar em 10 Em verdade vos digo que é
mim, continuará a presidir a es- meu desejo que a mim se cons-
cola da terra de Sião, até que eu trua uma a casa na terra de Sião,
lhe dê outros mandamentos. conforme o b modelo que vos dei.
5 E abençoá-lo-ei com uma mul- 11 Sim, que se construa rapida-
tiplicidade de bênçãos ao expor mente, com o dízimo de meu povo.
todas as escrituras e mistérios para 12 Eis que este é o a dízimo e o
a edificação da escola e da igreja sacrifício que eu, o Senhor, exijo
em Sião. de suas mãos — que a mim se
97 1 a GEE Sião. Corrigir, Repreender. Honesto.
2 a Mt. 5:5; 7 a Mt. 3:10. c D&C 64:34.
Mos. 3:19. b Lc. 6:43–45; d GEE Sacrifício.
3 a GEE Escola dos Al. 5:36, 52; e D&C 52:15; 132:50.
Profetas. 3 Né. 14:15–20. 10 a D&C 57:3; 88:119;
b GEE Pratt, Parley 8 a GEE Coração 124:51.
Parker. Quebrantado. b D&C 115:14–16.
6 a GEE Castigar, Castigo, b GEE Honestidade, 12 a GEE Dízimos.
213 Doutrina e Convênios 97:13–26
construa uma b casa para a salva- gloriosa, muito grandiosa e mui-
ção de Sião — to terrível.
13 Como um lugar de a ação de 19 E as a nações da Terra honrá-
graças para todos os santos e um la-ão e dirão: Certamente b Sião é a
lugar de instrução para todos cidade do nosso Deus e certamen-
aqueles que forem chamados ao te Sião não pode cair nem ser re-
trabalho do ministério, em todos movida de seu lugar, porque Deus
os seus diversos chamados e ofí- lá está e a mão do Senhor ali está;
cios; 20 E ele jurou, pelo poder de sua
14 Para que sejam aperfeiçoados força, ser a sua salvação e sua a tor-
no a entendimento de seu minis- re alta.
tério, em teoria, em princípio e 21 Portanto, em verdade, assim
em doutrina, em todas as coisas diz o Senhor: Que Sião se regozi-
concernentes ao b reino de Deus je, pois isto é a Sião — os puros
na Terra, cujas c chaves vos foram de coração; portanto, que Sião
conferidas. se regozije enquanto se lamentam
15 E se meu povo me construir todos os iníquos.
uma casa em nome do Senhor e 22 Pois eis que a a vingança vem
não permitir que nela entre qual- rapidamente sobre os ímpios,
quer a coisa impura, de modo que como um furacão; e quem dela
não seja profanada, minha b glória escapará?
descansará sobre ela; 23 O a açoite do Senhor passa-
16 Sim, e minha a presença lá es- rá de noite e de dia e seu rumor
tará, porque entrarei nela; e todos afligirá todos os povos; sim, não
os b puros de coração que nela en- cessará até que venha o Senhor.
trarem verão a Deus. 24 Porque a indignação do Se-
17 Mas se for profanada, não en- nhor está acesa contra as abomi-
trarei nela e minha glória lá não nações deles e todas as suas obras
estará; porque não entrarei em iníquas.
templos impuros. 25 Não obstante, Sião a escapará
18 E agora, eis que, se fizer estas se procurar fazer todas as coisas
coisas, Sião a prosperará e espar- que lhe ordenei.
ramar-se-á e tornar-se-á muito 26 Mas se não procurar fazer
12 b GEE Templo, A Casa do 15 a D&C 94:9; 109:20–21. b GEE Nova Jerusalém.
Senhor. b Ageu 2:7; 20 a 2 Sam. 22:3.
13 a GEE Ação de Graças, D&C 84:5. 21 a Mois. 7:18.
Agradecido, 16 a D&C 110:1–10. GEE Pureza, Puro;
Agradecimento. b Mt. 5:8; Sião.
14 a GEE Compreensão, D&C 67:10–13; 88:68. 22 a GEE Vingança.
Entendimento. GEE Pureza, Puro. 23 a Isa. 28:14–19;
b GEE Reino de Deus ou 18 a D&C 90:24; 100:15. D&C 45:31.
Reino dos Céus. 19 a Isa. 60:14; 25 a 2 Né. 6:13–18;
c GEE Chaves do Zac. 2:10–12; D&C 63:34;
Sacerdócio. D&C 45:66–70; 49:10. JS—M 1:20.
Doutrina e Convênios 97:27–98:2 214
todas as coisas que eu lhe orde- aceitei sua oferta; e se não mais
nei, a visitá-la-ei de acordo com pecar, a nenhuma destas coisas lhe
todas as suas obras, com aflição sobrevirá;
dolorosa, com b pestilência, com 28 E a abençoá-la-ei com bênçãos
pragas, com a espada, com c vin- e multiplicarei sobre ela e sobre
gança, com d fogo devorador. suas gerações uma multiplicidade
27 Contudo, que lhe seja lido esta de bênçãos para todo o sempre,
vez aos ouvidos que eu, o Senhor, diz o Senhor vosso Deus. Amém.
SEÇÃO 98
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de agosto de 1833. Esta revelação foi dada em
consequência da perseguição aos santos no Missouri. O crescente es-
tabelecimento de membros da Igreja no Missouri incomodou alguns
outros colonos, que se sentiram ameaçados pelo número dos santos,
pela influência política e econômica e pelas diferenças culturais e reli-
giosas. Em julho de 1833, uma turba destruiu propriedades da Igreja,
cobriu de alcatrão e penas dois membros da Igreja e exigiu que os san-
tos deixassem o Condado de Jackson. Embora algumas notícias sobre
os problemas em Missouri tivessem, sem dúvida alguma, chegado ao
Profeta em Kirtland (a cerca de 1.450 quilômetros de distância), ele
só poderia ter tido conhecimento da seriedade da situação, naquela
data, por meio de revelação.
1–3, As aflições dos santos são para o e aflições impostas a Seu povo; 33–38,
seu bem; 4–8, Os santos devem apoiar A guerra é justificada apenas quando
a lei constitucional do país; 9–10, De- o Senhor a ordena; 39–48, Os santos
vem ser apoiados homens honestos, devem perdoar seus inimigos, os quais,
prudentes e bons para o governo se- caso se arrependam, escaparão à vin-
cular; 11–15, Os que perderem a vida gança do Senhor.
na causa do Senhor terão vida eterna;
16–18, Renunciai à guerra e proclamai Em verdade vos digo, meus ami-
a paz; 19–22, Os santos de Kirtland gos: a Não temais; que se console
são repreendidos e ordena-se que se ar- vosso coração; sim, regozijai-vos
rependam; 23–32, O Senhor revela as sempre e em tudo dai b graças;
Suas leis com respeito às perseguições 2 a Esperando pacientemente no
26 a D&C 84:54–59. 27 a Eze. 18:27. Agradecido,
b Lc. 21:10–13. 28 a GEE Abençoado, Agradecimento.
c Mal. 4:1–3; Abençoar, Bênção. 2 a Salm. 27:14;
3 Né. 21:20–21. 98 1 a D&C 68:6. Isa. 30:18–19;
d Joel 1:15–20. b GEE Ação de Graças, D&C 133:45.
215 Doutrina e Convênios 98:3–16
Senhor, porque vossas orações 9 Mas quando os a iníquos gover-
chegaram aos ouvidos do Senhor nam, o povo pranteia.
de Sabaote e estão registradas com 10 Deve-se, portanto, procurar
este selo e testamento — o Senhor diligentemente a homens honestos
jurou e decretou que serão aten- e homens sábios; e homens bons
didas. e homens sábios devereis apoiar;
3 Portanto, ele vos faz essa pro- pois o que for menos do que isto
messa, com um convênio imutável provém do mal.
de que serão cumpridas; e todas as 11 E dou-vos o mandamento de
coisas que vos tiverem a afligido re- renunciardes a todo mal e vos ape-
verterão para o vosso bem e para a gardes a todo o bem e viverdes
glória do meu nome, diz o Senhor. por toda a palavra que sai da boca
4 E agora, em verdade vos digo de Deus.
com respeito às leis do país: É a 12 Pois ele a dará ao fiel linha so-
minha vontade que o meu povo bre linha, preceito sobre preceito;
procure fazer todas as coisas que e com isso vos b testarei e provarei.
eu lhe mandar. 13 E quem a perder a vida na mi-
5 E a a lei do país, que for b cons- nha causa, por amor a meu nome,
titucional, que apoiar o princípio tornará a encontrá-la, sim, a vida
da liberdade na observância de eterna.
direitos e privilégios, pertencerá 14 Portanto, não a temais os vos-
a toda a humanidade e será justi- sos inimigos, pois decretei em meu
ficável perante mim. coração, diz o Senhor, que vos
6 Portanto, eu, o Senhor, vos jus- b
provarei em todas as coisas, para
tifico, vós e vossos irmãos de mi- ver se permanecereis no meu con-
nha igreja, no apoio à lei que é a vênio, mesmo até a c morte, para
lei constitucional do país; que sejais considerados dignos.
7 E quanto às leis dos homens, 15 Porque se não permanecerdes
o que for mais ou menos do que em meu convênio, não sereis dig-
isso provém do mal. nos de mim.
8 Eu, o Senhor Deus, a liberto-vos; 16 Portanto, a renunciai à b guerra
portanto, sois verdadeiramente e proclamai a c paz; e procurai dili-
livres. E a lei também vos liberta. gentemente d voltar o coração dos
3 a D&C 122:7. 10 a GEE Honestidade, 14 a Ne. 4:14;
GEE Adversidade. Honesto. D&C 122:9.
5 a 1 Ped. 2:13–14; 11 a Deut. 8:3; Mt. 4:4; b D&C 124:55.
D&C 58:21; 134:5. D&C 84:43–44. c Apoc. 2:10;
b D&C 101:77–80; 109:54. 12 a Isa. 28:10; D&C 136:31, 39.
GEE Constituição; D&C 42:61. 16 a Al. 48:14.
Liberdade, Livre. b Abr. 3:25–26. GEE Pacificador.
8 a Jo. 8:32; 2 Cor. 3:17. 13 a Lc. 9:24; b GEE Guerra.
GEE Arbítrio; D&C 101:35–38; c GEE Paz.
Liberdade, Livre. 103:27–28. d Mal. 4:5–6;
9 a Prov. 29:2. GEE Mártir, Martírio. D&C 2:1–2.
Doutrina e Convênios 98:17–30 216
filhos para os seus pais e o coração uma vez, e suportardes isso pa-
dos pais para os filhos; cientemente, e não os injuriardes
17 E também o coração dos a ju- nem procurardes vingança, sereis
deus para os profetas e os profetas recompensados;
para os judeus; para que eu não 24 Mas se não suportardes isso
venha e fira toda a Terra com uma pacientemente, será considerado
maldição e toda carne seja consu- uma a medida justa contra vós.
mida diante de mim. 25 E também, se vosso inimigo
18 Não se inquiete vosso cora- vos ferir a segunda vez e não in-
ção, pois na casa de meu Pai há juriardes vosso inimigo e supor-
a
muitas moradas e preparar-vos- tardes isso pacientemente, vossa
ei um lugar; e onde meu Pai e eu recompensa será centuplicada.
estivermos, ali estareis também. 26 E também, se ele vos ferir a
19 Eis que eu, o Senhor, não es- terceira vez e suportardes isso a pa-
tou satisfeito com muitos da igreja cientemente, vossa recompensa
de Kirtland; será quatro vezes duplicada;
20 Porque não abandonam seus 27 E estes três testemunhos le-
pecados nem seus caminhos iní- vantar-se-ão contra vosso inimigo,
quos, o orgulho de seu coração, se ele não se arrepender; e não se-
nem sua cobiça nem todas as suas rão anulados.
coisas detestáveis; e não observam 28 E agora, em verdade vos digo:
as palavras de sabedoria e vida Se esse inimigo escapar à minha
eterna que lhes dei. vingança, de modo que não seja
21 Em verdade vos digo que eu, levado a julgamento perante mim,
o Senhor, os a castigarei e farei o então o a advertireis em meu nome,
que me aprouver, se eles não se para que não mais vos ataque,
arrependerem e observarem todas nem vossa família, nem mesmo os
as coisas que eu lhes disse. filhos de vossos filhos até a tercei-
22 E também vos digo: Se a fizer- ra e a quarta geração.
des o que vos ordeno, eu, o Se- 29 E então, se ele vos atacar, vós,
nhor, desviarei de vós toda ira e vossos filhos ou os filhos de vos-
indignação; e as b portas do inferno sos filhos até a terceira e a quarta
não prevalecerão contra vós. geração, entregá-lo-ei em vossas
23 Agora, falo-vos com respeito mãos;
às vossas famílias: Se os homens 30 E então, se o poupardes, sereis
vos a ferirem ou às vossas famílias recompensados por vossa retidão;
17 a GEE Judeus. 22 a GEE Obedecer, GEE Perseguição,
18 a Jo. 14:2; Obediência, Perseguir.
D&C 59:2; 76:111; 81:6. Obediente. 24 a Mt. 7:1–2.
21 a Mos. 23:21; b Mt. 16:17–18; 26 a GEE Paciência.
Hel. 12:3. D&C 33:12–13. 28 a GEE Advertência,
GEE Castigar, Castigo, 23 a Lc. 6:29; Advertir, Prevenir.
Corrigir, Repreender. Al. 43:46–47.
217 Doutrina e Convênios 98:31– 45
e também vossos filhos e os filhos até que se tivessem vingado de to-
de vossos filhos até a terceira e a dos os seus inimigos até a terceira
quarta geração. e a quarta geração.
31 Contudo, vosso inimigo está 38 Eis que isto é um exemplo
em vossas mãos; e se o recom- para todos, diz o Senhor vosso
pensardes de acordo com suas Deus, de justificativa perante mim.
obras, estareis justificados; e se 39 E também, em verdade vos
ele procurou tirar-vos a vida e digo: Se depois de vosso inimigo
vossa vida estiver em perigo por vos ter atacado a primeira vez ele
causa dele, vosso inimigo encon- se arrepender e implorar vosso
tra-se em vossas mãos e estais perdão, perdoá-lo-eis e já não usa-
justificados. reis isso como testemunho contra
32 Eis que essa é a lei que dei a vosso inimigo —
meu servo Néfi e a vossos a pais, 40 E assim por diante, até a se-
José e Jacó e Isaque e Abraão, e a gunda e a terceira vez; e tantas
todos os meus antigos profetas e vezes quantas vosso inimigo se
apóstolos. arrepender das ofensas com que
33 E também, esta é a a lei que vos tiver ofendido, a perdoá-lo-eis,
dei a meus antigos: Que não saís- até setenta vezes sete.
sem para batalhar contra nenhu- 41 E se vos ofender e não se ar-
ma nação, tribo, língua ou povo, repender a primeira vez, mesmo
a não ser que eu, o Senhor, lhes assim o perdoareis.
ordenasse. 42 E se vos ofender a segunda
34 E se qualquer nação, língua vez e não se arrepender, mesmo
ou povo declarasse guerra contra assim o perdoareis.
eles, deveriam primeiro mostrar 43 E se vos ofender a terceira
um estandarte de a paz a esse povo, vez e não se arrepender, também
nação ou língua; o perdoareis.
35 E se esse povo não aceitasse a 44 Mas se vos ofender a quarta
oferta de paz, nem a segunda nem vez, não o perdoareis, mas tra-
a terceira vez, eles deveriam levar reis esses testemunhos diante do
esses testemunhos ao Senhor; Senhor; e não serão anulados até
36 Então eu, o Senhor, lhes daria que ele se tenha arrependido e vos
um mandamento e justificaria os recompensado quatro vezes mais
que saíssem para batalhar contra de todas as coisas com que vos ti-
essa nação, língua ou povo. ver ofendido.
37 E eu, o Senhor, a lutaria suas 45 E se fizer isso, perdoá-lo-eis
batalhas e as batalhas de seus fi- de todo o coração; e se ele não fi-
lhos e as dos filhos de seus filhos, zer isso, eu, o Senhor, me a vingarei
32 a D&C 27:10. 34 a D&C 105:38–41. D&C 64:9–11.
33 a Deut. 20:10; 37 a Jos. 23:10; Isa. 49:25. GEE Perdoar.
Al. 48:14–16. 40 a Mt. 18:21–22; 45 a Mórm. 8:20.
Doutrina e Convênios 98:46–99:5 218
por vós de vosso inimigo cem ve- quádruplo todas as ofensas com
zes mais; que tiverem ofendido, ou com que
46 E sobre seus filhos e sobre os seus pais ou os pais de seus pais
filhos dos filhos de todos os que tiverem ofendido, então vossa in-
me odeiam, até a a terceira e a quar- dignação findará;
ta geração. 48 E a a vingança já não cairá so-
47 Mas se os filhos se arrepende- bre eles, diz o Senhor vosso Deus,
rem, ou os filhos dos filhos, e se e suas ofensas jamais serão apre-
a
voltarem para o Senhor seu Deus sentadas como testemunho contra
de todo o coração e com todo o po- eles perante o Senhor. Amém.
der, mente e força, e repararem ao
SEÇÃO 99
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John
Murdock, em 29 de agosto de 1832, em Hiram, Ohio. Por mais de
um ano, John Murdock tinha se dedicado a pregar o evangelho, en-
quanto seus filhos — órfãos de mãe após a morte de sua esposa, Julia
Clapp, em abril de 1831 — moraram com outras famílias em Ohio.
1–8, John Murdock é chamado para minha palavra em b demostração
proclamar o evangelho; e os que recebe- de meu Santo Espírito.
rem John Murdock receberão o Senhor 3 E quem te recebe a como uma
e obterão misericórdia. criancinha, recebe meu b reino; e
bem-aventurados são eles, pois
Eis que assim diz o Senhor a meu obterão c misericórdia.
servo John Murdock: Tu és cha- 4 E quem te rejeitar, será a rejei-
mado para ir às regiões do leste, tado por meu Pai e sua casa; e
de casa em casa, de povoado em limparás teus b pés nos lugares se-
povoado e de cidade em cida- cretos ao longo do caminho, como
de, a fim de proclamar o evan- testemunho contra eles.
gelho eterno a seus habitantes, 5 E eis que depressa a venho para
em meio a a perseguições e ini- b
julgar, para convencer a todos
quidades. de suas ações iníquas cometidas
2 E quem te a recebe, a mim me contra mim, conforme está escrito
recebe; e terás poder para declarar sobre mim no livro.
46 a Deut. 5:9–10. 2 a Mt. 10:40. Misericordioso.
47 a Mos. 7:33; b 1 Cor. 2:4–5. 4 a Jo. 12:44–50.
Mórm. 9:6. 3 a Mt. 18:1–6. b D&C 75:19–22.
48 a Eze. 18:19–23. b GEE Reino de Deus ou 5 a D&C 1:11–14.
99 1 a GEE Perseguição, Reino dos Céus. b Jud. 1:14–15.
Perseguir. c GEE Misericórdia, GEE Jesus Cristo — Juiz.
219 Doutrina e Convênios 99:6–100:9
6 E agora em verdade eu te digo: desejares de mim, poderás subir
Não convém ires até que tenhas também para a boa terra, a fim de
tomado providências a respeito de possuir tua herança.
teus filhos e sejam eles enviados 8 Caso contrário, continuarás a
bondosamente ao bispo de Sião. pregar meu evangelho a até seres
7 E depois de alguns anos, se o levado. Amém.
SEÇÃO 100
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Perrysburg, Nova York, em 12 de outubro de 1833. Os dois irmãos,
tendo ficado longe da família por vários dias, estavam um tanto preo-
cupados com elas.
1–4, Joseph e Sidney devem pregar o 4 Portanto, eu, o Senhor, permiti
evangelho para a salvação de almas; que viésseis a este lugar; porque
5–8, Ser-lhes-á dado na hora exata o assim me era conveniente para a
que deverão dizer; 9–12, Sidney será a
salvação de almas.
um porta-voz e Joseph, um revelador; 5 Portanto, em verdade vos digo:
e será vigoroso em seu testemunho; Clamai a este povo; a expressai os
13–17, O Senhor levantará um povo pensamentos que eu vos puser no
puro e os obedientes serão salvos. coração e não sereis confundidos
diante dos homens;
Em verdade, assim vos diz o Se- 6 Pois naquela mesma hora, sim,
nhor, meus amigos a Sidney e b Jo- naquele mesmo momento, ser-
seph: Vossas famílias estão bem; vos-á a dado o que dizer.
encontram-se em minhas mãos 7 Mas um mandamento vos dou,
e eu lhes farei o que me parecer de que tudo o que a declarardes
bem; pois em mim todo o poder declarareis em meu nome, com so-
existe. lenidade de coração, com espírito
2 Portanto, segui-me e dai ou- de b mansidão em todas as coisas.
vidos ao conselho que vos darei. 8 E prometo-vos que, se fizer-
3 Eis que tenho muita gente neste des isso, derramar-se-á o a Espírito
lugar, nas regiões circunvizinhas; Santo testificando todas as coisas
e uma porta eficaz abrir-se-á nas que disserdes.
regiões circunvizinhas nesta re- 9 E convém a mim, meu servo
gião leste. Sidney, que sejas um a porta-voz
8 a Mt. 19:29. D&C 68:3–4. Mansuetude.
100 1 a GEE Rigdon, Sidney. 6 a Mt. 10:19–20; 8 a 2 Né. 33:1–4.
b GEE Smith, Joseph, Jr. D&C 84:85. 9 a Êx. 4:14–16;
4 a GEE Salvação. 7 a D&C 84:61. 2 Né. 3:17–18;
5 a Hel. 5:18; b GEE Mansidão, Manso, D&C 124:103–104.
Doutrina e Convênios 100:10–17 220
para este povo; sim, em verdade a Sião. Sião será redimida, em-
a b
SEÇÃO 101
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, em 16
e 17 de dezembro de 1833. Nessa ocasião, os santos que se haviam
reunido no Missouri sofriam grandes perseguições. Foram expulsos
de suas casas, no Condado de Jackson, por turbas; alguns dos san-
tos tentaram estabelecer-se nos Condados de Van Buren, Lafayette e
Ray, mas a perseguição os acompanhou. O corpo principal da Igreja
achava-se, nessa época, no Condado de Clay, Missouri. Eram muitas
as ameaças de morte contra pessoas da Igreja. Os santos no Condado
de Jackson haviam perdido mobília, roupas, animais e outros bens
pessoais; e muitas de suas lavouras haviam sido destruídas.
1–8, Os santos são repreendidos e Sião e suas estacas serão estabeleci-
afligidos por causa de suas trans- das; 22–31, Explica-se a natureza da
gressões; 9–15, A indignação do Se- vida durante o Milênio; 32–42, Nes-
nhor cairá sobre as nações, mas Seu sa época os santos serão abençoados
povo será reunido e consolado; 16–21, e recompensados; 43–62, A parábola
10 a GEE Testificar. b D&C 84:99; 105:9–10, D&C 90:24; 105:40.
11 a Al. 17:2–3. 31, 37. 16 a GEE Pureza, Puro.
b D&C 124:125. 14 a GEE Hyde, Orson. 17 a Joel 2:32;
13 a GEE Sião. 15 a Rom. 8:28; Al. 38:4–5.
221 Doutrina e Convênios 101:1–12
do nobre e das oliveiras significa os e cobiça entre eles; portanto, com
problemas e a redenção final de Sião; essas coisas, corromperam suas
63–75, Os santos devem continuar heranças.
a reunir-se; 76–80, O Senhor esta- 7 Foram vagarosos em a atender
beleceu a Constituição dos Estados à voz do Senhor seu Deus; por-
Unidos; 81–101, Os santos devem tanto, o Senhor seu Deus é vaga-
pleitear compensação das injustiças roso em atender às suas orações,
sofridas, como na parábola da mulher em responder-lhes no dia de suas
e do juiz injusto. tribulações.
8 No dia de sua paz, trataram
Em verdade eu te digo, em relação com leviandade meus conselhos;
a teus irmãos que foram afligidos, mas, no dia de suas a tribulações,
a
perseguidos e b expulsos da terra b
buscaram-me por necessidade.
de sua herança — 9 Em verdade eu te digo: Apesar
2 Eu, o Senhor, permiti que lhes de seus pecados, minhas entra-
sobreviessem a aflições que os afli- nhas estão cheias de a compaixão
giram em consequência de suas por eles. Não os b expulsarei total-
b
transgressões; mente; e no dia da c ira, lembrar-
3 Contudo, possuí-los-ei e serão me-ei da misericórdia.
a
meus no dia em que eu vier para 10 Eu jurei e decretei, num man-
reunir minhas joias. damento que vos dei anteriormen-
4 Portanto, é necessário que se- te, que deixaria cair a a espada de
jam a corrigidos e provados, assim minha indignação em favor de
b
como Abraão, a quem foi ordena- meu povo; e assim como eu disse,
do oferecer o único filho. acontecerá.
5 Pois todos os que não querem 11 Minha indignação logo se der-
suportar a correção, mas a negam- ramará sem medida sobre todas as
me, não podem ser b santificados. nações; e isso farei quando estiver
6 Eis que eu te digo: Havia de- a
cheio o cálice de sua iniquidade.
sarmonias e a contendas e b inve- 12 E nesse dia, todo aquele que
jas e disputas e c concupiscência se achar de a atalaia, ou, em outras
101 1 a GEE Perseguição, b Gên. 22:1–14; 8 a Hel. 12:3.
Perseguir. Jacó 4:5. b At. 17:27;
b D&C 103:1–2, 11; GEE Abraão. Al. 32:5–16.
109:47. 5 a Mt. 10:32–33; 9 a GEE Compaixão;
2 a D&C 58:3–4. Rom. 1:16; Misericórdia,
b Mos. 7:29–30; 2 Né. 31:14. Misericordioso.
D&C 103:4; 105:2–10. b GEE Santificação. b Jer. 30:11.
3 a Isa. 62:3; 6 a GEE Contenção, c D&C 98:21–22.
Mal. 3:17; Contenda. 10 a D&C 1:13–14.
D&C 60:4. b GEE Inveja. 11 a Hel. 13:14;
4 a D&C 95:1–2; 136:31. c GEE Concupiscência. Ét. 2:9–11.
GEE Castigar, 7 a Isa. 59:2; 12 a GEE Atalaia, Sentinela,
Castigo, Corrigir, Mos. 11:22–25; 21:15; Vigiar.
Repreender. Al. 5:38.
Doutrina e Convênios 101:13–26 222
palavras, todo o meu Israel, será haja mais lugar para eles; e então
salvo. lhes designarei outros lugares
13 E os que foram dispersos se- que tenho e serão chamados a es-
rão a reunidos. tacas, para as cortinas ou a força
14 E todos os que a prantearam de Sião.
serão consolados. 22 Eis que é meu desejo que to-
15 E todos os que deram a a vida dos os que invocam meu nome e
pelo meu nome serão coroados. me adoram, de acordo com meu
16 Portanto, que se console vosso evangelho eterno, se a reúnam e
coração no que diz respeito a Sião; b
permaneçam em lugares santos;
pois toda carne está em minhas 23 E preparem-se para a revela-
a
mãos; aquietai-vos e b sabei que ção que virá quando o a véu que
eu sou Deus. cobre meu templo, em meu ta-
17 a Sião não será removida de bernáculo, que oculta a Terra, for
seu lugar, apesar de seus filhos retirado; e toda carne juntamente
estarem dispersos. me b verá.
18 Os que permanecerem e forem 24 E toda coisa a corruptível,
puros de coração retornarão para seja do homem ou dos animais
suas a heranças, eles e seus filhos, do campo ou das aves do céu ou
com b cânticos de eterna alegria, dos peixes do mar, que habita na
para c edificar os lugares desolados face da Terra, será b consumida;
de Sião — 25 E também o que for de ele-
19 E todas estas coisas para que mentos a derreter-se-á com calor
os profetas se cumpram. fervente; e todas as coisas tornar-
20 E eis que não há outro a lu- se-ão b novas, para que meu conhe-
gar designado além daquele que cimento e minha c glória habitem
designei; nem haverá outro lu- em toda a Terra.
gar designado além daquele que 26 E nesse dia, a a inimizade do
designei para a reunião de meus homem e a inimizade das bestas,
santos — sim, a inimizade de toda carne
21 Até chegar o dia em que não terá b fim de diante de minha face.
13 a Deut. 30:3–6; c Amós 9:13–15; Jesus Cristo.
1 Né. 10:14. D&C 84:2–5; 24 a D&C 29:24.
GEE Israel — Coligação 103:11. b Sof. 1:2–3;
de Israel. 20 a D&C 57:1–4. Mal. 4:1;
14 a Mt. 5:4. 21 a D&C 82:13–14; D&C 88:94;
15 a Mt. 10:39. 115:6, 17–18. JS—H 1:37.
GEE Mártir, Martírio. GEE Estaca. 25 a Amós 9:5;
16 a Mois. 6:32. 22 a GEE Israel — Coligação 2 Ped. 3:10–14.
b Êx. 14:13–14; de Israel. GEE Terra —
Salm. 46:10. b Mt. 24:15; Purificação da Terra.
17 a GEE Sião. D&C 45:32; 115:6. b Apoc. 21:5.
18 a D&C 103:11–14. 23 a GEE Véu. c GEE Milênio.
b Isa. 35:10; b Isa. 40:5; 26 a Isa. 11:6–9.
D&C 45:71. D&C 38:8; 93:1. GEE Inimizade.
GEE Cantar. GEE Segunda Vinda de b GEE Paz.
223 Doutrina e Convênios 101:27– 43
27 E nesse dia, qualquer coi- 36 Portanto, não temais nem mes-
sa que o homem pedir, ser-lhe-á mo a a morte; porque neste mundo
dada; vossa alegria não é completa, mas
28 E nesse dia a Satanás não terá em mim vossa b alegria é completa.
poder para tentar homem algum. 37 Portanto, não vos preocupeis
29 E não haverá a pranto, porque com o corpo nem com a vida do
não haverá morte. corpo; mas preocupai-vos com a
30 Nesse dia uma a criança não a
alma e com a vida da alma.
morrerá antes de envelhecer; e 38 E a buscai sempre a face do
sua vida será como a idade de Senhor para que, em b paciência,
uma árvore. possuais vossa alma; e tereis vida
31 E quando morrer, não dormi- eterna.
rá, isto é, na terra, mas será a trans- 39 Quando os homens são cha-
formada num piscar de olhos e mados ao meu a evangelho eterno
será b arrebatada; e seu descanso e fazem um convênio eterno, são
será glorioso. considerados como o b sal da Terra
32 Sim, em verdade vos digo: e o sabor dos homens;
No a dia em que o Senhor vier, ele 40 São chamados para ser o sa-
b
revelará todas as coisas — bor dos homens; portanto, se esse
33 Coisas passadas e a coisas ocul- sal da Terra perder seu sabor, eis
tas que nenhum homem conheceu, que, daí em diante, para nada mais
coisas da Terra pelas quais foi feita presta senão para se lançar fora e
e seu propósito e seu fim — ser pisado pelos homens.
34 Coisas muito preciosas, coisas 41 Eis que aqui há sabedoria no
que estão no alto e coisas que estão tocante aos filhos de Sião, sim,
em baixo, coisas que estão dentro muitos, mas não todos; eles foram
da terra e sobre a terra e nos céus. considerados transgressores, por-
35 E todos os que sofrerem a per- tanto, precisam ser a corrigidos —
seguição pelo meu nome e perse- 42 Aquele que a si mesmo se
verarem com fé, ainda que lhes a
exaltar será humilhado; e aquele
seja requerido dar a vida por mi- que a si mesmo se b humilhar será
nha b causa, participarão de toda exaltado.
esta glória. 43 E agora vos narrarei uma
28 a Apoc. 20:2–3; 33 a GEE Mistérios de Deus. Convênio.
1 Né. 22:26; 35 a D&C 63:20. b Mt. 5:13;
D&C 88:110. GEE Perseguição, D&C 103:10.
29 a Apoc. 21:4. Perseguir. 41 a GEE Castigar, Castigo,
30 a Isa. 65:20–22; b D&C 98:13. Corrigir, Repreender.
D&C 63:51. 36 a GEE Morte Física. 42 a Oba. 1:3–4;
31 a 1 Cor. 15:52; b GEE Alegria. Lc. 14:11;
D&C 43:32. 37 a GEE Alma. Hel. 4:12–13.
b 1 Tess. 4:16–17. 38 a 2 Crôn. 7:14; b Lc. 18:14.
32 a D&C 29:11. D&C 93:1. GEE Humildade,
GEE Milênio. b GEE Paciência. Humilde, Humilhar.
b D&C 121:26–28. 39 a GEE Novo e Eterno
Doutrina e Convênios 101:44–57 224
parábola, para que conheçais a inimigo e derrubou a sebe; e osa
jam feitas a seu tempo, mas não às próprios pecados no dia do c juízo.
a
pressas; e preparai todas as coisas 79 Portanto, não é certo que ho-
com antecedência. mem algum seja escravo de outro.
73 E que sejam designados ho- 80 E com esse propósito esta-
mens honrados, sim, homens pru- beleci a a Constituição deste país,
dentes; e enviai-os para compra- pelas mãos de homens prudentes
rem essas terras. que levantei para esse propósito; e
74 E se as igrejas da região leste, redimi a terra pelo b derramamento
quando forem organizadas, derem de sangue.
ouvidos a esse conselho, poderão 81 Ora, a que compararei os fi-
comprar terras e reunir-se nelas; e lhos de Sião? Compará-los-ei à
desta forma estabelecer Sião. a
parábola da mulher e do juiz in-
75 Já há uma reserva suficiente, justo, porque os homens devem
sim, em abundância, para redimir b
orar sempre e não desfalecer, a
Sião e estabelecer os seus lugares qual diz —
desolados, a fim de que já não se- 82 Havia, numa cidade, um juiz
jam abatidos, caso as igrejas que que não temia a Deus nem respei-
levam o meu nome estejam a dis- tava os homens.
postas a atender à minha voz. 83 E havia naquela cidade uma
76 E também vos digo: É a mi- viúva e ela procurou-o, dizendo:
nha vontade que aqueles que fo- Vinga-me de meu adversário.
ram dispersos por seus inimigos 84 E por algum tempo ele não o
continuem a exigir compensação fez, mas depois disse consigo: Ain-
e redenção das mãos daqueles da que não tema a Deus nem res-
que foram colocados como go- peite os homens, contudo, como
vernantes e que têm autoridade esta viúva me importuna, vingá-
sobre vós — la-ei para que não me importune
77 De acordo com as leis e a vindo aqui continuamente.
a
constituição do povo, que permiti 85 Assim compararei os filhos
fossem estabelecidas e que devem de Sião.
ser mantidas para os b direitos e a 86 Que insistam aos pés do juiz;
proteção de toda carne, segundo 87 E se ele não lhes der ouvidos,
princípios justos e santos; que insistam aos pés do gover-
78 Para que todo homem aja, em nador;
doutrina e princípio relativos ao 88 E se o governador não lhes der
futuro, de acordo com o a arbítrio ouvidos, que insistam aos pés do
moral que lhe dei, para que todo presidente;
72 a Isa. 52:10–12. b GEE Prestar Contas, D&C 98:5–6.
75 a Al. 5:37–39. Responsabilidade, GEE Constituição.
77 a GEE Governo. Responsável. b 1 Né. 13:13–19.
b GEE Liberdade, Livre. c GEE Juízo Final. 81 a Lc. 18:1–8.
78 a GEE Arbítrio. 80 a 2 Né. 1:7–9; b GEE Oração.
227 Doutrina e Convênios 101:89–101
89 E se o presidente não lhes der discirnam os retos dos iníquos,
b
SEÇÃO 102
Ata da organização do primeiro sumo conselho da Igreja, em Kirtland,
Ohio, em 17 de fevereiro de 1834. A ata original foi registrada pelos
89 a Isa. 45:15; 124:8. b Mal. 3:18.
D&C 121:1, 4; 123:6. 92 a GEE Misericórdia, GEE Discernimento,
90 a GEE Mordomia, Misericordioso. Dom de.
Mordomo. 93 a Rom. 1:18–21. 96 a GEE Armazém.
b Apoc. 21:8. 94 a Isa. 52:15; 97 a D&C 103:4; 112:25–26;
GEE Incredulidade. 3 Né. 20:45; 21:8. 125:2.
91 a Mt. 25:30; 95 a Isa. 28:21; 101 a Isa. 65:21–22.
D&C 19:5; 29:15–17; D&C 95:4. GEE Milênio.
Doutrina e Convênios 102:1–8 228
Élderes Oliver Cowdery e Orson Hyde. O Profeta revisou a ata no
dia seguinte, e no dia subsequente a ata corrigida foi unanimemente
aceita pelo sumo conselho como “um formato e uma constituição do
sumo conselho” da Igreja. Os versículos 30 a 32, referentes ao Conse-
lho dos Doze Apóstolos, foram acrescentados em 1835, sob a direção
de Joseph Smith, quando esta seção foi preparada para publicação em
Doutrina e Convênios.
1–8, É designado um sumo conselho Hyde, Sylvester Smith e Luke Jo-
para resolver as dificuldades impor- hnson, sumos sacerdotes, foram
tantes que surgissem na Igreja; 9–18, escolhidos pelo voto unânime do
Estabelecem-se procedimentos para conselho para formar um conselho
exame de casos; 19–23, O presiden- permanente na igreja.
te do conselho transmite a decisão; 4 Aos conselheiros acima men-
24–34, Estabelece-se o procedimento cionados perguntou-se então se
de apelação. aceitavam a designação e se agi-
riam nesse chamado de acordo
Neste dia reuniu-se um conselho com a lei do céu, ao que todos res-
geral de vinte e quatro sumos sa- ponderam que aceitavam a desig-
cerdotes na casa de Joseph Smith nação e que agiriam no chamado
Júnior, por revelação, e procedeu de acordo com a graça de Deus a
à organização do a sumo conselho eles conferida.
da igreja de Cristo, o qual consis- 5 O número dos que compunham
tiria em doze sumos sacerdotes e o conselho, que em nome da igre-
um ou três presidentes, conforme ja e pela igreja votaram para a
o caso exigisse. escolha dos conselheiros acima
2 O sumo conselho foi designado mencionados, era quarenta e três,
por revelação com o propósito de como se segue: nove sumos sacer-
resolver as dificuldades importan- dotes, dezessete élderes, quatro
tes que surgissem na igreja e que sacerdotes e treze membros.
não pudessem ser resolvidas pela 6 Votou-se: Que o sumo conse-
igreja ou pelo a conselho do bispo lho não tem poder para agir sem a
a contento dos interessados. presença de sete dos conselheiros
3 Joseph Smith Júnior, Sidney acima mencionados ou seus suces-
Rigdon e Frederick G. Williams sores devidamente designados.
foram aceitos como presidentes 7 Estes sete terão poder para de-
pelo voto do conselho; e Joseph signar outros sumos sacerdotes
Smith Sênior, John Smith, Joseph que considerarem dignos e capa-
Coe, John Johnson, Martin Harris, zes de agir em lugar de conselhei-
John S. Carter, Jared Carter, Oliver ros ausentes.
Cowdery, Samuel H. Smith, Orson 8 Votou-se: Que quando ocorrer
102 1 a GEE Sumo Conselho. 2 a D&C 107:72–74.
229 Doutrina e Convênios 102:9–19
uma vaga por morte, remoção do o número um e assim por diante
cargo devido a transgressão ou até o número doze.
mudança para fora dos limites 13 Sempre que este conselho se
do governo desta igreja de qual- reunir para decidir qualquer caso,
quer um dos conselheiros acima os doze conselheiros deverão con-
mencionados, a vaga será preen- siderar se é um caso difícil ou não;
chida por indicação do presiden- se não for, apenas dois conselhei-
te ou presidentes e sancionada ros falarão sobre ele, de acordo
pelo voto de um conselho geral com a forma descrita acima.
de sumos sacerdotes, reunidos 14 Mas se acharem que é difícil,
com esse fim para agir em nome designar-se-ão quatro; e se mais
da igreja. difícil ainda, seis; mas em caso
9 O presidente da igreja, que é algum serão designados mais que
também o presidente do conselho, seis para falar.
é designado por a revelação e b re- 15 O acusado, em todos os casos,
conhecido em sua administração tem direito ao apoio da metade do
pela voz da igreja. conselho, para evitarem-se insul-
10 E está de acordo com a dig- tos ou injustiças.
nidade de seu chamado presidir 16 E os conselheiros designa-
o conselho da igreja, tendo ele dos para falar perante o conselho
o privilégio de ser assistido por devem apresentar o caso após o
outros dois presidentes, designa- exame das evidências, em sua ver-
dos do mesmo modo que ele foi dadeira luz; e todo homem deverá
designado. falar com equidade e a justiça.
11 E em caso de ausência de um 17 Os conselheiros que sortearem
ou de ambos os que tiverem sido os números pares, isto é, 2, 4, 6, 8,
designados para assisti-lo, ele terá 10 e 12 são os que deverão defen-
poder para presidir o conselho der o acusado e evitar insultos e
sem um assistente; e em caso de injustiças.
ele próprio estar ausente, os ou- 18 Em todos os casos, o acusa-
tros presidentes, ambos ou um dor e o acusado terão o privilégio
deles, terão poder para presidir de falar por si mesmos diante do
em seu lugar. conselho, depois que as evidências
12 Quando um sumo conselho tiverem sido ouvidas e os conse-
da igreja de Cristo for devidamen- lheiros designados para falar so-
te organizado, de acordo com o bre o caso tiverem terminado seus
modelo precedente, será dever comentários.
dos doze conselheiros, sorteando 19 Depois que as evidências fo-
números, decidir qual dos doze rem ouvidas e os conselheiros,
falará primeiro, começando com o acusador e o acusado tiverem
9 a GEE Revelação. da Igreja.
b GEE Apoio aos Líderes 16 a GEE Justiça.
Doutrina e Convênios 102:20–32 230
falado, o presidente apresentará enviar imediatamente uma cópia
uma decisão segundo a compreen- da ata, com um relatório comple-
são que tiver do caso e pedirá aos to dos testemunhos apresentados,
doze conselheiros que a sancio- acompanhando suas decisões, ao
nem com seu voto. sumo conselho da sede da Primei-
20 Mas se os outros conselheiros ra Presidência da Igreja.
que não tiverem falado, ou qual- 27 Se ambas as partes, ou uma
quer um deles, depois de ouvir delas, não estiverem satisfeitas
imparcialmente as evidências e os com a decisão do conselho, po-
argumentos, descobrirem um erro derão apelar ao sumo conselho
na decisão do presidente, poderão da sede da Primeira Presidência
manifestá-lo e o caso terá nova da Igreja e ter uma nova audiên-
audiência. cia, quando o caso será tratado de
21 E se, depois de outra cuida- acordo com o primeiro modelo
dosa audiência, alguma luz for escrito, como se tal decisão não
adicionada ao caso, a decisão será tivesse sido tomada.
alterada de acordo com essa luz. 28 Este conselho de sumos sacer-
22 Se nenhuma luz, porém, for dotes em outros locais só deverá
adicionada, a primeira decisão ser convocado nos casos mais a di-
prevalecerá, tendo a maioria do fíceis relacionados a assuntos da
conselho poder para determiná-la. igreja; e nenhum caso comum ou
23 Em caso de dificuldade com trivial será suficiente para convo-
respeito a a doutrina ou princípio, car tal conselho.
se não houver material escrito su- 29 Os sumos sacerdotes viajan-
ficiente para tornar claro o caso na tes ou residentes em outros locais
mente do conselho, o presidente têm poder para decidir se é ou não
poderá consultar e obter a vontade necessário convocar um conselho.
do Senhor por b revelação. 30 Há uma distinção entre o
24 Os sumos sacerdotes, quando sumo conselho ou os sumos sa-
estiverem fora, terão poder para cerdotes viajantes que estiverem
convocar e organizar um conselho fora e o a sumo conselho viajante
segundo o modelo acima, para re- composto dos doze b apóstolos, em
solver dificuldades quando ambas suas decisões.
as partes, ou uma delas, solicitarem. 31 Da decisão do primeiro po-
25 E esse conselho de sumos sa- de-se apelar; mas da decisão do
cerdotes terá poder para designar último, não.
um de seus próprios membros 32 O último pode apenas ser cha-
para presidir tal conselho interi- mado a juízo pelas autoridades
namente. gerais da igreja em caso de trans-
26 Será dever desse conselho gressão.
23 a Núm. 9:8. 28 a D&C 107:78. b GEE Apóstolo.
b GEE Revelação. 30 a D&C 107:23–24, 35–38.
231 Doutrina e Convênios 102:33–103:4
33 Resolveu-se: Que o presidente o seguinte: 1, Oliver Cowdery;
ou presidentes da sede da Primei- 2, Joseph Coe; 3, Samuel H.
ra Presidência da Igreja terão po- Smith; 4, Luke Johnson; 5, John S.
der para determinar se qualquer Carter; 6, Sylvester Smith; 7, John
desses casos em que haja apela- Johnson; 8, Orson Hyde; 9, Jared
ção tem direito a nova audiência, Carter; 10, Joseph Smith Sênior;
depois de examinar a apelação e 11, John Smith; 12, Martin Harris.
as evidências e declarações que o Depois da oração, encerrou-se a
acompanham. conferência.
34 Os doze conselheiros en- Oliver Cowdery,
tão lançaram a sorte ou votos Orson Hyde,
para determinar quem deveria Secretários
falar primeiro e o resultado foi
SEÇÃO 103
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 24 de fevereiro de 1834. Esta revelação foi recebida após a
chegada de Parley P. Pratt e Lyman Wight a Kirtland, que haviam vin-
do do Missouri para conversar com o Profeta a respeito da ajuda aos
santos e da devolução de suas terras no Condado de Jackson.
1–4, Por que o Senhor permitiu que saibais a agir no desempenho de
os santos do Condado de Jackson fos- vossos deveres referentes à salva-
sem perseguidos; 5–10, Os santos ção e b redenção de vossos irmãos
prevalecerão se guardarem os man- que foram dispersos na terra de
damentos; 11–20, A redenção de Sião Sião;
virá por meio de poder e o Senhor irá 2 Tendo sido a expulsos e feri-
adiante de Seu povo; 21–28, Os san- dos pelas mãos de meus inimigos,
tos devem reunir-se em Sião e os que sobre quem derramarei minha
perderem a vida tornarão a achá-la; ira sem medida, em meu próprio
29–40, Chamam-se vários irmãos para tempo.
organizarem o Acampamento de Sião 3 Pois até agora os tenho tolera-
e para irem a Sião; promete-se-lhes a do, para que a enchessem a medida
vitória, se forem fiéis. de suas iniquidades, para que se
enchesse o seu cálice;
Em verdade vos digo, meus ami- 4 E para que os que chamam a
gos: Eis que vos darei uma reve- si próprios pelo meu nome fos-
lação e mandamento, para que sem a castigados por algum tempo
103 1 a D&C 43:8. 3 a Al. 14:10–11; 60:13. Corrigir, Repreender.
b D&C 101:43–62. 4 a D&C 95:1.
2 a D&C 101:1; 109:47. GEE Castigar, Castigo,
Doutrina e Convênios 103:5–19 232
com um castigo severo e doloroso, 11 Mas em verdade vos digo:
por não terem, de forma alguma, Decretei que vossos irmãos que
b
atendido aos preceitos e manda- foram dispersos retornem às a ter-
mentos que lhes dei. ras de sua herança e edifiquem os
5 Mas em verdade vos digo que lugares desolados de Sião.
decretei um decreto que meu povo 12 Pois, após a muita tribulação,
executará se atender, de agora em como vos disse num mandamento
diante, aos a conselhos que eu, o anterior, vem a bênção.
Senhor seu Deus, lhe darei. 13 Eis que esta é a bênção que
6 Eis que, porque o decretei, eles vos prometi depois de vossas tri-
começarão a prevalecer contra bulações e das tribulações de vos-
meus inimigos a partir deste exa- sos irmãos — vossa redenção e a
to momento. redenção de vossos irmãos, sim,
7 E tendo o cuidado de a cumprir sua volta à terra de Sião, para que
todas as palavras que eu, o Senhor se estabeleçam a fim de não mais
seu Deus, lhes disser, jamais deixa- serem derrubados.
rão de prevalecer, até que os b rei- 14 Contudo, se profanarem suas
nos do mundo sejam subjugados heranças, serão derrubados; por-
sob meus pés e a Terra seja c dada que não os pouparei se desonra-
aos d santos a fim de que a e pos- rem suas heranças.
suam para todo o sempre. 15 Eis que vos digo que a reden-
8 Mas se não a guardarem meus ção de Sião precisa vir por poder;
mandamentos e não tiverem o cui- 16 Portanto, suscitarei um ho-
dado de cumprir todas as palavras mem para meu povo, que o guia-
minhas, os reinos do mundo pre- rá como a Moisés guiou os filhos
valecerão contra eles. de Israel.
9 Pois foram designados para 17 Pois sois os filhos de Israel e
serem uma a luz para o mundo e da a semente de Abraão; e necessá-
salvadores de homens; rio é que sejais tirados da escravi-
10 E se não forem salvadores de dão por meio de poder e com um
homens, serão como o a sal que braço estendido.
perdeu o sabor e, daí em diante, 18 E assim como vossos pais fo-
para nada mais presta senão para ram guiados no princípio, assim
ser lançado fora e pisado pelos será a redenção de Sião.
homens. 19 Portanto, que não desfaleça
4 b D&C 101:2; 105:2–6. d GEE Santo 12 a Apoc. 7:13–14;
5 a GEE Aconselhar, (substantivo). D&C 58:4; 112:13.
Conselho. e D&C 38:20. 16 a Êx. 3:2–10;
7 a D&C 35:24. 8 a Mos. 1:13; D&C 107:91–92.
GEE Obedecer, D&C 82:10. GEE Moisés.
Obediência, 9 a 1 Né. 21:6. 17 a GEE Abraão — Semente
Obediente. 10 a Mt. 5:13–16; de Abraão;
b Dan. 2:44. D&C 101:39–40. Convênio Abraâmico.
c Dan. 7:27. 11 a D&C 101:18.
233 Doutrina e Convênios 103:20–32
vosso coração, pois não vos digo 26 E minha presença estará con-
como disse a vossos pais: Meu vosco quando me a vingardes
a
anjo irá adiante de vós, mas não de meus inimigos, até a tercei-
minha b presença. ra e quarta geração dos que me
20 Mas digo-vos: Meus a anjos odeiam.
irão adiante de vós e também mi- 27 Que nenhum homem tenha
nha presença; e, dentro de algum medo de perder sua vida por mi-
tempo, b possuireis a boa terra. nha causa; porque aquele que
21 Em verdade, em verdade vos a
perder a vida por minha causa
digo que meu servo Joseph Smith tornará a achá-la.
Júnior, é o a homem a quem com- 28 E aquele que não estiver dis-
parei o servo com quem falou o posto a perder a vida por minha
Senhor da b vinha, na parábola que causa não é meu discípulo.
vos dei. 29 É a minha vontade que meu
22 Portanto, que meu servo Jo- servo a Sidney Rigdon eleve a
seph Smith Júnior diga à a força sua voz nas congregações das
de minha casa, meus jovens e os regiões do leste, preparando as
homens de meia idade: Reuni- igrejas para guardarem os man-
vos na terra de Sião, na terra que damentos que lhes dei concer-
comprei com dinheiro que me foi nentes à restauração e à reden-
consagrado. ção de Sião.
23 E que todas as igrejas enviem 30 É a minha vontade que meu
homens prudentes com o dinhei- servo a Parley P. Pratt e meu servo
ro arrecadado, a fim de a comprar Lyman Wight não regressem à ter-
terras, como lhes ordenei. ra de seus irmãos até que hajam
24 E se meus inimigos vos ata- conseguido grupos para subirem
carem para vos expulsarem de à terra de Sião, em número de dez
minha boa a terra, que consagrei ou de vinte ou de cinquenta ou de
para ser a terra de Sião, e também cem, até atingir os quinhentos da
de vossas próprias terras, após b
força de minha casa.
estes testemunhos que trouxestes 31 Eis que essa é a minha vonta-
perante mim contra eles, amaldi- de; pedi e recebereis; mas os ho-
çoá-los-eis; mens a nem sempre fazem a minha
25 E quem amaldiçoardes, eu vontade.
amaldiçoarei; e vingar-me-eis de 32 Portanto, se não conse-
meus inimigos. guirdes quinhentos, procurai
19 a GEE Anjos. 105:16, 29–30. Lc. 9:24;
b D&C 84:18–24. 23 a D&C 42:35–36; 57:5–7; D&C 98:13–15; 124:54.
20 a Êx. 14:19–20. 58:49–51; 101:68–74. 29 a GEE Rigdon, Sidney.
b D&C 100:13. 24 a D&C 29:7–8; 45:64–66; 30 a GEE Pratt, Parley
21 a D&C 101:55–58. 57:1–2. Parker.
b GEE Vinha do Senhor. 26 a D&C 97:22. b D&C 101:55.
22 a D&C 35:13–14; 27 a Mt. 10:39; 31 a D&C 82:10.
Doutrina e Convênios 103:33– 40 234
diligentemente para que, talvez, 36 Toda vitória e toda glória ser-
consigais trezentos. vos-ão manifestadas por meio de
33 E se não conseguirdes trezen- vossa a diligência, fidelidade e
tos, procurai diligentemente para b
orações de fé.
que, talvez, consigais cem. 37 Que meu servo Parley P. Pratt
34 Mas em verdade vos digo: Um viaje com meu servo Joseph Smith
mandamento vos dou, de que não Júnior.
subais à terra de Sião até que te- 38 Que meu servo Lyman
nhais conseguido cem da força de Wight viaje com meu servo Sid-
minha casa para subirem convosco ney Rigdon.
à terra de Sião. 39 Que meu servo Hyrum Smith
35 Portanto, como vos disse, pedi viaje com meu servo Frederick G.
e recebereis; orai fervorosamente Williams.
para que, talvez, meu servo Joseph 40 Que meu servo Orson Hyde
Smith Júnior possa ir convosco, a viaje com meu servo Orson Pratt,
fim de presidir no meio de meu para onde quer que meu servo
povo e organizar meu reino na Joseph Smith Júnior os aconselhe,
terra a consagrada e estabelecer os para cumprimento destes man-
filhos de Sião sobre as leis e man- damentos que vos dei; e deixai o
damentos que vos foram e que vos restante em minhas mãos. Assim
serão dados. seja. Amém.
SEÇÃO 104
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, ou
perto dali, em 23 de abril de 1834, a respeito da Firma Unida (ver
os cabeçalhos das seções 78 e 82). Na ocasião, provavelmente acon-
tecia uma reunião de conselho dos membros da Firma Unida, onde
se discutiam as necessidades temporais prementes da Igreja. Numa
reunião anterior da firma, em 10 de abril, havia-se decidido que a
organização fosse desfeita. Esta revelação determina que, em vez
disso, a firma seja reorganizada; as suas propriedades deveriam ser
divididas entre os membros da firma como suas mordomias. Sob a
direção de Joseph Smith, a expressão “Firma Unida” foi mais tarde
substituida por “Ordem Unida” na revelação.
1–10, Os santos que transgredirem a Sua maneira; 17–18, A lei do evan-
a ordem unida serão amaldiçoados; gelho rege a assistência aos pobres;
11–16, O Senhor supre a Seus santos 19–46, Designam-se as mordomias
35 a D&C 84:31. 36 a GEE Diligência. b D&C 104:79–82.
235 Doutrina e Convênios 104:1–13
e bênçãos de vários irmãos; 47–53, A considerado transgressor, ou, em
ordem unida em Kirtland e a ordem outras palavras, quebrar o con-
em Sião devem operar separadamen- vênio com que estais comprome-
te; 54–66, Estabelece-se a tesouraria tidos, será amaldiçoado na vida e
do Senhor para a impressão das es- será pisado por quem eu desejar;
crituras; 67–77, A tesouraria geral 6 Pois eu, o Senhor, não serei a es-
da ordem unida deve operar com base carnecido quanto a estas coisas —
no comum acordo; 78–86, Os que es- 7 E tudo isso para que os ino-
tiverem na ordem unida devem pagar centes dentre vós não sejam con-
todas as suas dívidas e o Senhor livrá- denados com os injustos; e para
los-á da servidão econômica. que os culpados dentre vós não
escapem; porque eu, o Senhor,
Em verdade vos digo, meus ami- vos prometi uma a coroa de glória
gos: Dou-vos um conselho e um à minha direita.
mandamento concernente a todas 8 Portanto, se fordes considera-
as propriedades que pertencem dos transgressores, não podereis
à ordem que mandei organizar e escapar à minha ira nesta vida.
estabelecer, a fim de ser uma a or- 9 Se fordes a expulsos por trans-
dem unida e uma ordem eterna gressão, não podereis escapar às
para o benefício de minha igreja b
bofetadas de c Satanás até o dia
e para a salvação dos homens até da redenção.
que eu venha — 10 E agora vos dou poder, a
2 Com a promessa imutável e partir deste exato momento, caso
inalterável de que, se fossem fiéis, qualquer homem dentre vós, que
aqueles que mandei seriam aben- pertença à ordem, seja considera-
çoados com uma multiplicidade do transgressor e não se arrependa
de bênçãos; do mal, para entregá-lo às bofeta-
3 Mas, por não terem sido fiéis, das de Satanás; e ele não terá po-
estavam às portas da maldição. der para vos a causar mal.
4 Contudo, sendo que alguns 11 Isto é minha sabedoria; por-
de meus servos não guardaram tanto, dou-vos o mandamento de
o mandamento, mas quebraram que vos organizeis e designeis a
o convênio por a cobiça e com pa- todo homem sua a mordomia;
lavras falsas, amaldiçoei-os com 12 Para que todo homem me
uma maldição severa e dolorosa. preste contas da mordomia que
5 Porque eu, o Senhor, decretei lhe for designada.
em meu coração que, se qualquer 13 Porque é conveniente que
homem que pertencer à ordem for eu, o Senhor, faça cada homem
104 1 a D&C 78:3–15. D&C 76:56. 10 a D&C 109:25–27.
GEE Ordem Unida. GEE Glória. 11 a D&C 42:32.
4 a GEE Cobiçar. 9 a GEE Excomunhão. GEE Mordomia,
6 a Gál. 6:7–9. b D&C 82:21. Mordomo.
7 a Isa. 62:3; c GEE Diabo.
Doutrina e Convênios 104:14–28 236
a
responsável como mordomo de b
trabalhando na minha vinha, de
bênçãos terrenas, que fiz e prepa- acordo com a minha vontade,
rei para as minhas criaturas. quando eu lhe ordenar.
14 Eu, o Senhor, estendi os céus 21 E que todas as coisas sejam
e a formei a Terra, b obra de minhas feitas de acordo com o conselho
mãos; e todas as coisas que neles da ordem e pelo consentimento ou
há são minhas. voto unânime da ordem radicada
15 E é meu propósito suprir a na terra de Kirtland.
meus santos, pois todas as coisas 22 E esta mordomia e bênção,
são minhas. eu, o Senhor, confiro a meu ser-
16 Mas é necessário que seja fei- vo Sidney Rigdon como bênção
to a meu a modo; e eis que este é o para ele e para sua semente de-
modo que eu, o Senhor, decretei pois dele.
para suprir meus santos, para que 23 E multiplicarei suas bênçãos
os b pobres sejam aumentados na- se for humilde perante mim.
quilo que os ricos são diminuídos. 24 E também, que a meu servo
17 Pois a a Terra está repleta e há Martin Harris e a sua semente de-
bastante e de sobra; sim, preparei pois dele seja designado, como sua
todas as coisas e permiti que os mordomia, o terreno que meu ser-
filhos dos homens fossem seus vo John Johnson obteve em troca
próprios b árbitros. de sua herança anterior;
18 Portanto, se algum homem to- 25 E, se ele for fiel, multiplicarei
mar da a abundância que fiz e não suas bênçãos e as de sua semente
repartir sua porção com os b pobres depois dele.
e os necessitados, de acordo com 26 E que meu servo Martin Har-
a c lei de meu evangelho, ele, com ris dedique seu dinheiro à pro-
os iníquos, erguerá seus olhos no clamação de minhas palavras, de
d
inferno, estando em tormento. acordo com o que meu servo Jo-
19 E agora, em verdade vos digo, seph Smith Júnior instruir.
com respeito às propriedades da 27 E também, que meu servo Fre-
a
ordem: derick G. Williams receba o lugar
20 Que a meu servo Sidney Rig- em que agora reside.
don sejam designados o lugar em 28 E que meu servo Oliver Cow-
que agora reside, e o terreno do dery receba o terreno vizinho à
curtume como a sua mordomia, casa designada para ser a tipo-
para seu sustento enquanto estiver grafia, que é o lote número um; e
13 a GEE Prestar Contas, GEE Bem-Estar. Tg. 2:15–16.
Responsabilidade, b 1 Sam. 2:7–8; b D&C 42:30.
Responsável. Lc. 1:51–53; c Prov. 14:21;
b D&C 72:3–5, 16–22. D&C 88:17. Mos. 4:26;
14 a Isa. 42:5; 45:12. 17 a D&C 59:16–20. D&C 52:40.
GEE Criação, Criar. GEE Terra. d Lc. 16:20–31.
b Salm. 19:1; 24:1. b GEE Arbítrio. 19 a GEE Ordem Unida.
16 a D&C 105:5. 18 a Lc. 3:11;
237 Doutrina e Convênios 104:29– 43
também o terreno em que reside 38 E, se for fiel, derramarei sobre
seu pai. ele uma multiplicidade de bên-
29 E que meus servos Freder çãos.
ick G. Williams e Oliver Cowdery 39 E também que a meu servo
recebam a tipografia e todas as a
Newel K. Whitney sejam desig-
coisas pertencentes a ela. nadas as casas e o terreno onde
30 E esta é a mordomia que lhes agora reside e o terreno e o edifí-
será designada. cio em que se encontra o estabele-
31 E, se forem fiéis, eis que os cimento mercantil, assim como o
abençoarei e multiplicarei suas lote da esquina ao sul do estabe-
bênçãos. lecimento mercantil e também o
32 E esse é o princípio da mor- terreno onde está situada a fábrica
domia que lhes designei — para de potassa.
eles e para sua semente depois 40 E tudo isto designei como a
deles. mordomia de meu servo Newel K.
33 E, se forem fiéis, multiplicarei Whitney, como uma bênção para
suas bênçãos e as de sua semente ele e sua semente depois dele, em
depois deles, sim, uma multipli- benefício do estabelecimento mer-
cidade de bênçãos. cantil da minha ordem, que esta-
34 E também que meu servo John beleci para ser minha estaca na
Johnson receba a casa em que re- terra de Kirtland.
side e a herança — tudo, exceto a 41 Sim, em verdade esta é a mor-
terra reservada para a a construção domia que designei para meu ser-
de minhas casas, que pertence vo N. K. Whitney, sim, todo este
a essa herança, e os terrenos de- estabelecimento mercantil, para
signados para meu servo Oliver ele e seu a agente e sua semente
Cowdery. depois dele.
35 E, se for fiel, multiplicarei suas 42 E, se for fiel na obediência aos
bênçãos. mandamentos que lhe dei, multi-
36 E é a minha vontade que ele plicarei suas bênçãos e as de sua
venda os terrenos demarcados semente depois dele, sim, uma
para a edificação da cidade dos multiplicidade de bênçãos.
meus santos, conforme lhe for 43 E também, que seja designado
dado saber pela a voz do Espírito, a meu servo Joseph Smith Júnior o
e segundo o conselho da ordem, terreno que foi demarcado para a
e pelo voto da ordem. construção de minha casa, o qual
37 E esse é o princípio da mor- mede quarenta varas de compri-
domia que lhe designei, como mento por doze de largura, assim
bênção para ele e sua semente como a herança onde agora reside
depois dele. seu pai;
34 a D&C 94:3, 10. 39 a GEE Whitney, Newel K.
36 a GEE Revelação. 41 a D&C 84:112–113.
Doutrina e Convênios 104:44–59 238
44 E esse é o princípio da mordo- convênios por transgressão, co-
a b
SEÇÃO 105
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, no rio
Fishing, Missouri, em 22 de junho de 1834. Sob a liderança do Profe-
ta, os santos de Ohio e de outras regiões marcharam para o Missouri
em uma expedição, mais tarde conhecida como Acampamento de Sião.
Seu propósito era escoltar os santos expulsos do Missouri de volta às
77 a D&C 107:99–100. Humilde, Humilhar. 82 a Lc. 14:11;
78 a D&C 42:54. b GEE Diligência. D&C 67:10.
b GEE Dívida. 80 a Tg. 5:15. b D&C 103:36.
79 a GEE Humildade, 81 a GEE Espírito Santo.
241 Doutrina e Convênios 105:1–10
suas terras no Condado de Jackson. Os moradores do Missouri, que
haviam anteriormente perseguido os santos, temiam uma retaliação
por parte do Acampamento de Sião e preventivamente atacaram al-
guns santos que viviam no Condado de Clay, Missouri. Depois que o
governador do Missouri retirou a sua promessa de apoiar os santos,
Joseph Smith recebeu esta revelação.
1–5, Sião será construída em obediên- pobres e aflitos dentre eles, como
cia à lei celestial; 6–13, A redenção convém a santos;
de Sião é protelada por algum tempo; 4 E não estão a unidos segundo
14–19, O Senhor lutará as batalhas de a união exigida pela lei do reino
Sião; 20–26, Os santos devem ser pru- celestial;
dentes e não se vangloriar de grandes 5 E a Sião não pode ser edificada a
obras quando se reúnem; 27–30, De- b
não ser pelos princípios da c lei do
vem ser compradas terras em Jackson reino celestial; de outra forma, não
e nos condados vizinhos; 31–34, Os posso recebê-la para mim mesmo.
élderes devem receber uma investi- 6 E meu povo precisa ser a corri-
dura na casa do Senhor, em Kirtland; gido até aprender b obediência, ain-
35–37, Os santos que são chamados e da que seja pelas coisas que sofre.
escolhidos serão santificados; 38–41, 7 Não falo sobre os que são de-
Os santos devem levantar um estan- signados para conduzir meu povo,
darte de paz para o mundo. que são os a primeiros élderes de
minha igreja, porque não estão
Em verdade vos digo, a vós que todos sob esta condenação;
vos reunistes a fim de conhecer a 8 Mas falo sobre minhas igrejas
minha vontade relativa à a reden- em outros lugares. Muitos há que
ção de meu povo aflito — dirão: Onde está o Deus deles? Eis
2 Eis que vos digo: Se não fosse que ele os livrará em tempos de di-
por suas a transgressões, o meu ficuldade ou não subiremos a Sião
povo, falando a respeito da igreja e guardaremos nosso dinheiro.
e não de indivíduos, já poderia ter 9 Portanto, em consequência das
sido redimido. a
transgressões de meu povo, é
3 Mas eis que não aprenderam a conveniente para mim que meus
ser obedientes às coisas que exigi élderes esperem um pouco a re-
de suas mãos, mas estão cheios denção de Sião —
de toda sorte de maldades e não 10 Para que estejam preparados e
a
repartem seu sustento com os para que meu povo seja ensinado
105 1 a D&C 100:13. 4 a D&C 78:3–7. Corrigir, Repreender.
2 a D&C 104:4–5, 52. 5 a GEE Sião. b GEE Obedecer,
3 a At. 5:1–11; b D&C 104:15–16. Obediência,
D&C 42:30. c D&C 88:22. Obediente.
GEE Consagrar, Lei 6 a D&C 95:1–2. 7 a D&C 20:2–3.
da Consagração. GEE Castigar, Castigo, 9 a D&C 103:4.
Doutrina e Convênios 105:11–24 242
mais perfeitamente e tenha expe- 17 Mas a força da minha casa não
riência e conheça mais perfeita- deu ouvidos às minhas palavras.
mente os seus a deveres e as coisas 18 Mas, sendo que há alguns que
que exijo de suas mãos. deram ouvidos às minhas pala-
11 E isso não poderá acontecer vras, preparei uma bênção e uma
até que meus a élderes sejam b in- a
investidura para eles, caso con-
vestidos de poder do alto. tinuem fiéis.
12 Pois eis que preparei uma 19 Ouvi suas orações e aceitarei
grande investidura e bênção para sua oferta; a mim convém que se-
a
derramar sobre eles, se forem fiéis jam trazidos até aqui para uma
e perseverarem em humildade prova de sua a fé.
diante de mim. 20 E agora, em verdade vos digo:
13 Portanto, é conveniente para Dou-vos o mandamento de que
mim que meus élderes esperem al- todos os que subiram até aqui e
gum tempo pela redenção de Sião. puderem permanecer nas regiões
14 Porque eis que não exijo de circunvizinhas, que o façam;
suas mãos que lutem as batalhas 21 E os que não puderem ficar,
de Sião; porque, como disse num que têm famílias no leste, que per-
mandamento anterior, assim tam- maneçam por algum tempo, con-
bém farei — a lutarei vossas bata- forme o que meu servo Joseph
lhas. lhes indicar;
15 Eis que enviei o a destruidor 22 Pois aconselhá-lo-ei quanto a
para destruir e assolar meus inimi- esse assunto e todas as coisas que
gos; e em poucos anos já não exis- ele lhes declarar serão cumpridas.
tirão para profanar minha herança 23 E que todo o meu povo que
e b blasfemar meu nome nas terras habita as regiões circunvizinhas
que c consagrei para a reunião de seja muito fiel e fervoroso e hu-
meus santos. milde perante mim; e não revelem
16 Eis que mandei meu servo as coisas que lhes revelei, até que
Joseph Smith Júnior dizer à a força me pareça prudente que sejam
de minha casa, sim, meus guerrei- reveladas.
ros, meus jovens e os homens de 24 Não faleis de julgamentos
meia-idade, que se reunissem para nem vos a vanglorieis da fé ou de
a redenção de meu povo e derru- obras grandiosas, mas reuni-vos
bassem as torres de meus inimigos prudentemente, tanto quanto pos-
e dispersassem seus b atalaias; sível numa determinada região,
10 a GEE Dever. Isa. 49:25; 16 a D&C 101:55; 103:22, 30.
11 a GEE Élder (Ancião). D&C 98:37. b GEE Atalaia, Sentinela,
b D&C 38:32; 95:8. 15 a D&C 1:13–14. Vigiar.
GEE Investidura, b D&C 112:24–26. 18 a D&C 110:8–10.
Investir. GEE Blasfemar, 19 a GEE Fé.
12 a D&C 110. Blasfêmia. 24 a D&C 84:73.
14 a Jos. 10:12–14; c D&C 84:3–4; 103:35. GEE Orgulho.
243 Doutrina e Convênios 105:25–35
considerando os sentimentos do inocentes os a exércitos de Israel
povo; por tomarem posse de suas pró-
25 E eis que vos concederei favor prias terras, as quais compraram
e graça a seus olhos, para que des- previamente com seu dinheiro; e
fruteis a paz e segurança enquan- por derrubarem as torres de meus
to dizeis ao povo: Praticai juízo e inimigos que nelas se encontrarem
justiça para conosco, de acordo e por dispersarem suas sentine-
com a lei, e reparai os agravos que las e por me b vingarem de meus
sofremos. inimigos até a terceira e quarta
26 Ora, eis que vos digo, meus geração daqueles que me odeiam.
amigos: Deste modo encontrareis 31 Mas, primeiro, que meu exér-
favor aos olhos do povo, até que o cito se torne muito numeroso e
a
exército de Israel se torne muito que se a santifique perante mim,
numeroso. para que se torne belo como o sol
27 E de tempos em tempos e claro como a b lua; e que seus
abrandarei o coração do povo, estandartes sejam terríveis para
como abrandei o coração do a Fa- todas as nações;
raó, até que meu servo Joseph 32 Que os reinos deste mundo
Smith Júnior e meus élderes, a sejam constrangidos a reconhecer
quem designei, tenham tempo que o reino de Sião é, realmen-
para reunir a força de minha te, o a reino de nosso Deus e seu
casa; Cristo; portanto, b sujeitemo-nos
28 E tenham enviado a homens às suas leis.
prudentes para cumprir o que 33 Em verdade vos digo: É-me
ordenei concernente à b compra conveniente que os primeiros él-
de todas as terras que se possam deres de minha igreja recebam
comprar no Condado de Jackson, sua a investidura do alto em minha
bem como nos condados vizinhos. casa, que mandei fosse construí-
29 Pois é a minha vontade que se da para o meu nome na terra de
comprem essas terras e que, de- Kirtland.
pois de compradas, meus santos 34 E que os mandamentos que
as possuam de acordo com as a leis dei com respeito a Sião e sua a lei
de consagração que dei. sejam executados e cumpridos
30 E depois que essas terras após sua redenção.
forem compradas, considerarei 35 Houve um dia de a chamado,
25 a GEE Paz. 30 a D&C 35:13–14; 101:55; b GEE Governo.
26 a Joel 2:11. 103:22, 26. 33 a D&C 95:8–9.
27 a Gên. 47:1–12. b D&C 97:22. GEE Investidura,
28 a D&C 101:73. 31 a GEE Santificação. Investir.
b D&C 42:35–36. b Cant. 6:10; 34 a IE D&C 42 é conhecida
29 a D&C 42:30. D&C 5:14; 109:73. como a “Lei.”
GEE Consagrar, Lei da 32 a Apoc. 11:15. 35 a GEE Chamado,
Consagração; GEE Reino de Deus ou Chamado por Deus,
Ordem Unida. Reino dos Céus. Chamar.
Doutrina e Convênios 105:36–106:5 244
mas chegada é a hora para um dia vos afligiu, mas também a todos
de escolha; e que se escolham os os povos;
que forem b dignos. 39 E erguei um a estandarte de
36 E será manifestado a meu ser- b
paz e proclamai a paz aos con-
vo, pela voz do Espírito, quem fins da Terra;
são os a escolhidos; e eles serão 40 E fazei propostas de paz àque-
b
santificados; les que vos afligiram, segundo a
37 E, caso sigam o a conselho que voz do Espírito que está em vós;
recebem, terão poder, depois de e a todas as coisas reverterão para
muitos dias, para realizar todas as o vosso bem.
coisas concernentes a Sião. 41 Portanto, sede fiéis; e eis que
38 E também vos digo: Fazei um a
eu estarei convosco até o fim. As-
apelo de paz, não só ao povo que sim seja. Amém.
SEÇÃO 106
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 25 de novembro de 1834. Esta revelação é dirigi-
da a Warren A. Cowdery, um irmão mais velho de Oliver Cowdery.
1–3, Warren A. Cowdery é chamado não apenas onde mora, mas nos
como oficial presidente local; 4–5, A condados vizinhos;
Segunda Vinda não surpreenderá os 3 E devote todo seu tempo a este
filhos da luz como um ladrão; 6–8, elevado e santo chamado que ago-
Grandes bênçãos acompanharão o ser- ra lhe dou, a buscando zelosamen-
viço fiel na Igreja. te o b reino do céu e sua retidão;
e todas as coisas necessárias lhe
É a minha vontade que meu servo serão acrescentadas, pois digno é
Warren A. Cowdery seja desig- o c obreiro de seu salário.
nado e ordenado sumo sacerdote 4 E também, em verdade vos
presidente da minha igreja, na digo: A a vinda do Senhor b apro-
terra de a Freedom e nas regiões xima-se e surpreenderá o mundo
circunvizinhas; como um c ladrão na noite —
2 E pregue meu evangelho eter- 5 Portanto, cingi os vossos lom-
no e erga a voz e advirta o povo, bos, para que sejais os filhos da
35 b GEE Dignidade, Digno. b GEE Paz. 3 a Mt. 6:33.
36 a D&C 95:5. 40 a Rom. 8:28; b GEE Reino de Deus ou
GEE Escolher, D&C 90:24; 100:15. Reino dos Céus.
Escolhido (verbo). 41 a Mt. 28:19–20. c Mt. 10:10;
b GEE Santificação. 106 1 a IE a cidade de D&C 31:5.
37 a GEE Aconselhar, Freedom, Estado 4 a Tg. 5:8.
Conselho. de Nova York, e b GEE Últimos Dias.
39 a GEE Estandarte. cercanias. c 1 Tess. 5:2.
245 Doutrina e Convênios 106:6–107:1
luz; e esse dia não vos b surpreen-
a
dele; e, não obstante a a vaidade
derá como um ladrão. de seu coração, elevá-lo-ei, caso
6 E também, em verdade eu vos se humilhe perante mim.
digo: Houve alegria no céu quan- 8 E conceder-lhe-ei a graça e con-
do meu servo Warren se curvou fiança para sustentar-se; e se ele
diante de meu cetro e se afastou continuar sendo uma testemunha
das artimanhas dos homens; fiel e uma luz para a igreja, prepa-
7 Portanto, abençoado é meu ser- rei-lhe uma coroa nas b mansões de
vo Warren, pois terei misericórdia meu Pai. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 107
Revelação sobre o sacerdócio, dada por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em Kirtland, Ohio, por volta de abril de 1835. Embora esta
seção tenha sido registrada em 1835, os registros históricos afirmam
que a maioria dos versículos de 60 a 100 contêm uma revelação dada
por intermédio de Joseph Smith, em 11 de novembro de 1831. Esta
seção foi associada com a organização do Quórum dos Doze, em fe-
vereiro e março de 1835. O Profeta provavelmente apresentou-a na
presença daqueles que se preparavam para partir em 3 de maio de
1835, em sua primeira viagem como quórum.
1–6, Há dois sacerdócios: o de Mel- com retidão; 39–52, Declara-se a or-
quisedeque e o Aarônico; 7–12, Os dem patriarcal de Adão a Noé; 53–57,
portadores do Sacerdócio de Melquise- Os santos antigos reuniram-se em
deque têm poder para oficiar em todos Adão-ondi-Amã e o Senhor apareceu-
os ofícios da Igreja; 13–17, O bispado lhes; 58–67, Os Doze devem organizar
preside o Sacerdócio Aarônico, que os oficiais da Igreja; 68–76, Os bispos
administra as ordenanças exteriores; servem como juízes comuns em Israel;
18–20, O Sacerdócio de Melquisede- 77–84, A Primeira Presidência e os
que possui as chaves de todas as bên- Doze constituem o mais alto conselho
çãos espirituais; o Sacerdócio Aarôni- da Igreja; 85–100, Os presidentes do
co possui as chaves do ministério de sacerdócio governam seus respectivos
anjos; 21–38, A Primeira Presidência, quóruns.
os Doze e os Setenta constituem os
quóruns presidentes, cujas decisões Há, na igreja, dois sacerdócios,
devem ser tomadas unanimemente e a saber: o de a Melquisedeque e o
5 a GEE Luz, Luz de Cristo. b Jo. 14:2; 107 1 a GEE Sacerdócio de
b Apoc. 16:15. Ét. 12:32–34; Melquisedeque.
7 a GEE Vaidade, Vão. D&C 59:2; 76:111; 81:6;
8 a GEE Graça. 98:18.
Doutrina e Convênios 107:2–16 246
Aarônico, que inclui o Sacerdócio
b
10 Os sumos sacerdotes segun-
a
SEÇÃO 108
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 26 de dezembro de 1835. Esta seção foi recebida
a pedido de Lyman Sherman, que anteriormente fora ordenado se-
tenta e que procurara o Profeta pedindo uma revelação que lhe desse
a conhecer seus deveres.
1–3, Lyman Sherman é perdoado 4 Espera pacientemente até que
de seus pecados; 4–5, Ele deve ser meus servos convoquem a a assem-
contado entre os élderes que diri- bleia solene; então serás lembrado
gem a Igreja; 6–8, É chamado para com os primeiros de meus élderes
pregar o evangelho e fortalecer seus e receberás o direito, por ordena-
irmãos. ção, com o restante de meus élde-
res por mim escolhidos.
Em verdade, assim te diz o Senhor, 5 Eis que essa é a a promessa do
meu servo Lyman: Perdoados são Pai a ti, se continuares fiel.
os teus pecados, porque obedeces- 6 E cumprir-se-á sobre ti, no
te à minha voz e vieste aqui esta dia em que receberes o direito
manhã para receber conselhos da- de a pregar meu evangelho onde
quele que designei. eu te enviar e a partir desse mo-
2 Portanto, que se a tranquilize a mento.
tua alma com respeito à tua posi- 7 Portanto, a fortalece os teus ir-
ção espiritual e não mais resistas mãos em todas as tuas conversas,
à minha voz. em todas as tuas orações, em todas
3 E levanta-te e sê mais cuidado- as tuas exortações, e em todos os
so daqui em diante na observância teus feitos.
das promessas que fizeste e fazes; 8 E eis que eu estou contigo para
e serás abençoado com bênçãos abençoar-te e a livrar-te para sem-
sumamente grandes. pre. Amém.
99 b GEE Diligência. b GEE Dignidade, Digno. 5 a D&C 82:10.
100 a D&C 58:26–29. 108 2 a GEE Descansar, 6 a GEE Obra Missionária.
GEE Ociosidade, Descanso. 7 a Lc. 22:31–32.
Ocioso. 4 a D&C 109:6–10. 8 a 2 Né. 9:19.
Doutrina e Convênios 109:1–8 254
SEÇÃO 109
Oração oferecida na dedicação do templo de Kirtland, Ohio, em 27 de
março de 1836. Segundo a declaração escrita do Profeta, esta oração
foi-lhe dada por revelação.
1–5, O Templo de Kirtland foi cons- 4 E agora te pedimos, Pai Santo,
truído para que o Filho do Homem em nome de Jesus Cristo, o Filho
tenha um lugar para manifestar-se; de teu seio, em cujo nome apenas
6–21, Deve ser um lugar de oração, se pode administrar a salvação
jejum, fé, aprendizagem, glória e or- aos filhos dos homens; rogamos-
dem; e uma casa de Deus; 22–33, Que te, ó Senhor, que aceites esta a casa,
se confundam os que são impenitentes b
obra de nossas mãos, de teus ser-
e se opõem ao povo do Senhor; 34–42, vos, que nos mandaste construir.
Que os santos saiam com poder para 5 Pois sabes que fizemos esta
reunir os justos em Sião; 43–53, Que obra em meio a grandes tribula-
os santos sejam poupados das coisas ções; e, em nossa pobreza, demos
terríveis que serão derramadas sobre de nossos bens para a construção
os iníquos nos últimos dias; 54–58, de uma a casa a teu nome, a fim
Que as nações e povos e igrejas sejam de que o Filho do Homem tives-
preparados para o evangelho; 59–67, se um lugar onde se manifestar a
Que sejam redimidos os judeus, os seu povo.
lamanitas e todo Israel; 68–80, Que 6 E como disseste em uma a reve-
os santos sejam coroados com glória e lação que nos foi dada, chaman-
honra e ganhem salvação eterna. do-nos de teus amigos, dizendo:
Convocai vossa assembleia solene,
Graças sejam dadas a teu nome,
a
como vos ordenei;
ó Senhor Deus de Israel, que cum- 7 E como todos não têm fé, bus-
pres os b convênios e mostras mi- cai diligentemente e ensinai-vos
sericórdia aos teus servos que an- uns aos outros palavras de sabe-
dam retamente perante ti de todo doria; sim, nos melhores livros
o coração — buscai palavras de sabedoria; pro-
2 Tu, que mandaste teus servos curai conhecimento, sim, pelo es-
a
construírem uma casa ao teu tudo e também pela fé;
nome neste lugar [Kirtland]. 8 Organizai-vos; preparai todas
3 E agora vês, ó Senhor, que teus as coisas necessárias e estabelecei
servos agiram de acordo com teu uma casa, sim, uma casa de ora-
mandamento. ção, uma casa de jejum, uma casa
109 1 a Al. 37:37; b Dan. 9:4. Senhor.
D&C 46:32. GEE Convênio. b 2 Né. 5:16.
GEE Ação de Graças, 2 a D&C 88:119. 5 a D&C 124:27–28.
Agradecido, 4 a 1 Re. 9:3. 6 a D&C 88:117–120.
Agradecimento. GEE Templo, A Casa do
255 Doutrina e Convênios 109:9–23
de fé, uma casa de aprendizado, estudo e também pela fé, como
uma casa de glória, uma casa de disseste;
ordem, uma casa de Deus; 15 E que cresçam em ti e recebam
9 Para que nela entreis em nome a plenitude do Espírito Santo e or-
do Senhor; para que dela saiais em ganizem-se de acordo com as tuas
nome do Senhor; para que todas as leis e preparem-se para obter todas
vossas saudações sejam em nome as coisas necessárias;
do Senhor, com mãos elevadas ao 16 E que esta casa seja uma casa
Altíssimo — de oração, uma casa de jejum, uma
10 E agora, Pai Santo, pedimos-te casa de fé, uma casa de glória e de
que nos assistas, a nós, teu povo, Deus, sim, tua casa;
com tua graça, na convocação de 17 Que todas as entradas de teu
nossa assembleia solene, a fim de povo nesta casa sejam em nome
que seja feita para tua honra e para do Senhor;
tua divina aceitação; 18 Que todas as suas saídas desta
11 E de uma forma que sejamos casa sejam em nome do Senhor;
considerados dignos, a teus olhos, 19 E que todas as suas sauda-
de assegurar o cumprimento das ções sejam em nome do Senhor,
a
promessas que fizeste a nós, teu com mãos santas elevadas ao Al-
povo, nas revelações que nos fo- tíssimo;
ram dadas; 20 E que não se permita que
12 Para que tua a glória descan- qualquer a coisa imunda entre em
se sobre teu povo e sobre esta tua tua casa para profaná-la;
casa que agora dedicamos a ti, 21 E quando teu povo transgre-
para que seja santificada e consa- dir, quem quer que seja, que se ar-
grada como santa; e para que tua rependa rapidamente e volte para
santa presença esteja continua- ti e encontre favor a teus olhos e
mente nesta casa; que lhe sejam restituídas as bên-
13 E para que todas as pessoas çãos que tu ordenaste que fossem
que atravessarem o umbral da derramadas sobre os que te a reve-
casa do Senhor sintam o teu po- renciassem em tua casa.
der e sintam-se compelidos a re- 22 E rogamos-te, Pai Santo, que
conhecer que tu a santificaste e teus servos saiam desta casa arma-
que ela é a tua casa, um lugar de dos de teu poder; e que teu nome
tua santidade. esteja sobre eles e tua glória ao
14 E permite, Pai Santo, que a redor deles e que teus a anjos os
todos os que adorarem nesta casa guardem;
sejam ensinadas palavras de sabe- 23 E que deste lugar levem novas
doria dos melhores livros; e que sumamente grandes e gloriosas
procurem conhecimento, sim, pelo aos a confins da Terra, em verdade
11 a D&C 38:32; 20 a D&C 94:8–9; 97:15–17. 23 a D&C 1:2.
105:11–12, 18, 33. 21 a GEE Reverência.
12 a GEE Glória. 22 a GEE Anjos.
Doutrina e Convênios 109:24–38 256
para que saibam que esta é tua pela saraiva e pelos julgamentos
a
obra e que estendeste a mão para que enviarás sobre eles, em tua ira,
cumprir o que disseste pela boca para que tenham fim as b mentiras
dos profetas, concernente aos úl- e calúnias contra o teu povo.
timos dias. 31 Porque sabes, ó Senhor, que
24 Rogamos-te, Pai Santo, que teus servos são inocentes peran-
estabeleças o povo que adorará te ti ao prestarem testemunho de
e honrosamente terá um nome e teu nome, pelo qual têm sofrido
uma posição nesta tua casa por to- estas coisas.
das as gerações e pela eternidade; 32 Portanto, te imploramos uma
25 Que arma alguma a formada completa e total libertação deste
contra eles prospere; que o que a
jugo;
cavar uma b cova para eles, nela 33 Retira-o, ó Senhor; retira-o
caia ele mesmo; do pescoço de teus servos pelo
26 Que nenhuma combinação teu poder, para que nos ergamos
iníqua tenha poder para levantar- no meio desta geração e façamos
se e a prevalecer contra teu povo, tua obra.
sobre quem se colocará teu b nome 34 Ó Jeová, tem misericórdia des-
nesta casa; te povo e, como todos os homens
27 E se algum povo se erguer a
pecam, perdoa as transgressões
contra este povo, que tua ira se de teu povo; e que sejam apagadas
acenda contra ele; para sempre.
28 E se ferir este povo, tu o feri- 35 Que a a unção de teus minis-
rás; batalharás por teu povo como tros seja selada sobre eles com
o fizeste nos dias de batalha, para poder do alto.
que sejam libertados das mãos de 36 Que se cumpra neles, como
todos os seus inimigos. naqueles no dia de Pentecostes;
29 Rogamos-te, Pai Santo, que que se derrame o dom das a lín-
confundas e surpreendas e tragas guas sobre teu povo, sim, b línguas
vergonha e confusão a todos os repartidas como que de fogo, e sua
que espalharam relatos mentirosos interpretação.
por toda parte sobre teu servo ou 37 E que tua casa se encha, como
servos, caso não se arrependam com um vento veemente e impe-
quando o evangelho eterno for tuoso, de tua a glória.
proclamado a seus ouvidos; 38 Põe sobre teus servos o a tes-
30 E que todas as suas obras se- temunho do convênio, para que,
jam reduzidas a nada e varridas quando saírem para proclamar tua
25 a Isa. 54:17. Mos. 12:6; 35 a GEE Unção, Ungir.
b Prov. 26:27; D&C 29:16. 36 a GEE Línguas, Dom das.
1 Né. 14:3; 22:14. b 3 Né. 21:19–21. b At. 2:1–3.
26 a D&C 98:22. 32 a GEE Jugo. 37 a D&C 84:5; 109:12.
b 1 Re. 8:29. 34 a Rom. 3:23; 5:12. GEE Glória.
30 a Isa. 28:17; GEE Pecado. 38 a GEE Testemunho.
257 Doutrina e Convênios 109:39–50
palavra, b selem a lei e preparem o Seja feita a tua vontade, ó Senhor,
coração de teus santos para todos e não a nossa.
esses julgamentos que estás pres- 45 Sabemos que disseste, pela
tes a enviar, em tua ira, sobre os boca de teus profetas, coisas terrí-
habitantes da c Terra, por causa de veis concernentes aos iníquos nos
suas transgressões, a fim de que a
últimos dias — que derramarás
teu povo não desfaleça no dia da teus julgamentos sem medida;
angústia. 46 Portanto, ó Senhor, livra teu
39 E em qualquer cidade que povo da calamidade dos iníquos;
teus servos entrarem, e o povo permite a teus servos que selem a
dessa cidade aceitar o seu teste- lei e liguem o testemunho, a fim
munho, concede a tua paz e a tua de que estejam preparados para o
salvação a essa cidade; para que dia da queima.
eles reúnam os justos dessa cida- 47 Pedimos-te, Pai Santo, que te
de, a fim de que venham a a Sião lembres daqueles que foram ex-
ou às suas estacas, os lugares de- pulsos pelos habitantes do Con-
signados por ti, com cânticos de dado de Jackson, Missouri, das
eterna alegria; terras de sua herança; e retira, ó
40 E até que isso se realize, não Senhor, o jugo da aflição que sobre
permitas que teus julgamentos eles foi posto.
caiam sobre essa cidade. 48 Tu sabes, ó Senhor, que eles
41 E em qualquer cidade que têm sido grandemente oprimidos
teus servos entrarem e o povo des- e afligidos por homens iníquos;
sa cidade não aceitar seu testemu- e nosso coração a transborda de
nho e teus servos exortarem-nos tristeza por causa de suas peno-
a que se salvem desta geração re- sas cargas.
belde, que se faça a essa cidade de 49 Ó Senhor, a até quando permi-
acordo com aquilo que disseste tirás que este povo suporte essa
pela boca de teus profetas. aflição e que os clamores de seus
42 Mas livra, ó Jeová, nós te im- inocentes ascendam a teus ouvi-
ploramos, teus servos de suas dos e que seu b sangue suba a ti
mãos e limpa-os de seu sangue. como testemunho, sem mostrares
43 Ó Senhor, não nos deleitamos teu testemunho em seu favor?
com a destruição de nossos seme- 50 Tem a misericórdia, ó Senhor,
lhantes; suas a almas são preciosas da turba iníqua que expulsou o
a teus olhos; teu povo; que eles cessem de sa-
44 Mas tua palavra tem que se quear, que se arrependam de seus
cumprir. Ajuda teus servos a dize- pecados se lhes for possível arre-
rem, com o auxílio de tua a graça: pender-se;
38 b Isa. 8:16; D&C 1:8. 43 a GEE Alma. 49 a Salm. 13:1–2.
c GEE Terra — 44 a GEE Graça. b GEE Mártir, Martírio.
Purificação da Terra. 45 a GEE Últimos Dias. 50 a GEE Misericórdia,
39 a Isa. 35:10. 48 a GEE Compaixão. Misericordioso.
Doutrina e Convênios 109:51–65 258
51 Mas se não o fizerem, desnu- Terra saibam que nós, teus servos,
da teu braço, ó Senhor, e a redime a
ouvimos a tua voz e que tu nos
aquilo que estabeleceste como Sião enviaste;
para teu povo. 58 Que dentre todos esses, teus
52 E se não puder ser de outro servos, os filhos de Jacó, reúnam
modo, para que a causa de teu os justos para construírem uma
povo não fracasse perante ti, que cidade santa a teu nome, como
tua ira se acenda e tua indignação lhes ordenaste.
caia sobre eles, para que sejam ani- 59 Rogamos-te que estabeleças
quilados, tanto raízes como ramos, outras a estacas para Sião além des-
de debaixo do céu; ta, para que a b reunião de teu povo
53 Mas caso se arrependam, és prossiga em grande poder e ma-
clemente e misericordioso e des- jestade, a fim de que tua obra se
viarás tua ira quando contempla- c
abrevie em retidão.
res a face de teu Ungido. 60 Agora, ó Senhor, estas pala-
54 Tem misericórdia, ó Senhor, vras proferimos diante de ti a res-
de todas as nações da Terra; tem peito das revelações e mandamen-
misericórdia dos governantes de tos que nos deste, a nós que somos
nosso país; que os princípios que identificados com os a gentios.
foram tão honrosa e nobremente 61 Mas sabes que tens um grande
defendidos por nossos pais, ou amor pelos filhos de Jacó, os quais
seja, a a Constituição de nosso país, por longo tempo têm estado dis-
sejam estabelecidos para sempre. persos pelas montanhas, em um
55 Lembra-te dos reis, dos prín- dia nublado e de escuridão.
cipes, dos nobres e dos grandes 62 Rogamos-te, portanto, que
da Terra e de todos os povos e das tenhas misericórdia dos filhos de
igrejas, de todos os pobres, dos ne- Jacó, para que a Jerusalém, desta
cessitados e dos aflitos da Terra; hora em diante, comece a redi-
56 Que se abrande o coração mir-se;
deles quando teus servos saírem 63 E o jugo da servidão comece a
de tua casa, ó Jeová, para pres- retirar-se da casa de a Davi;
tar testemunho de teu nome; que 64 E os filhos de a Judá comecem
seus preconceitos cedam diante a regressar às b terras que deste a
da a verdade e teu povo obtenha Abraão, seu pai.
favor aos olhos de todos; 65 E faças com que os a rema-
57 Para que todos os confins da nescentes de Jacó, que foram
51 a D&C 100:13; 105:2. de Israel. GEE Judá.
54 a 1 Ped. 2:13–15; c Mt. 24:22. b Gên. 17:1–8.
D&C 98:5–7; 101:77, 80. 60 a 1 Né. 13:1–32; 15:13–18. GEE Terra da
GEE Constituição. 62 a 3 Né. 20:29. Promissão.
56 a GEE Verdade. GEE Jerusalém. 65 a 2 Né. 30:3;
57 a D&C 20:16; 76:22–24. 63 a GEE Davi. Al. 46:23–24;
59 a Isa. 54:2. 64 a Zac. 12:6–9; Mal. 3:4; 3 Né. 20:15–21;
b GEE Israel — Coligação D&C 133:13, 35. D&C 19:27.
259 Doutrina e Convênios 109:66–76
amaldiçoados e feridos por causa presidentes de tua igreja, que tua
de suas transgressões, b conver- mão direita os exalte com todas
tam-se de sua condição indômita as suas famílias e seus parentes
e selvagem à plenitude do evan- próximos; que se perpetuem seus
gelho eterno; nomes e que se conservem na lem-
66 Que deponham suas armas de brança eternamente, de geração
carnificina e cessem suas rebeliões. em geração.
67 E que todos os remanescentes 72 Lembra-te de toda a tua igreja,
dispersos de a Israel, que foram ó Senhor, com todas as suas famí-
impelidos para os confins da Ter- lias e todos os seus parentes próxi-
ra, conheçam a verdade, creiam mos, com todos os seus enfermos
no Messias e sejam redimidos da e aflitos, com todos os pobres e
opressão e regozijem-se perante ti. mansos da Terra; para que o a rei-
68 Ó Senhor, lembra-te de teu no que estabeleceste sem mãos se
servo Joseph Smith Júnior e de transforme em uma grande mon-
todas as suas aflições e persegui- tanha e encha toda a Terra;
ções — como ele fez a convênio 73 Que tua igreja saia do deserto
com b Jeová e um voto a ti, ó Pode- da escuridão e resplandeça formo-
roso Deus de Jacó — e dos man- sa como a a lua, brilhante como o
damentos que lhe deste; e de que sol e terrível como um exército
sinceramente se tem esforçado com estandartes;
para fazer a tua vontade. 74 E adorne-se como uma noiva
69 Tem misericórdia, ó Senhor, para o dia em que desvendares os
de sua esposa e filhos; para que céus e fizeres com que os montes
sejam exaltados em tua presença a
escoem em tua presença e os b va-
e preservados por tua mão pro- les se exaltem e os lugares aciden-
tetora. tados se aplainem, a fim de que
70 Tem misericórdia de todos os tua glória encha a Terra;
seus parentes próximos, que seus 75 Para que, quando a trombeta
preconceitos sejam derrubados e soar para os mortos, sejamos a ar-
varridos como que por uma inun- rebatados na nuvem para encon-
dação; que se convertam e sejam trar-te e estejamos com o Senhor
redimidos com Israel e saibam que para sempre;
tu és Deus. 76 Que nossas vestes sejam pu-
71 Lembra-te, ó Senhor, dos ras, que nos trajemos com a mantos
presidentes, sim, de todos os de retidão, com palmas em nossas
65 b 2 Né. 30:6; 68 a GEE Convênio. 74 a D&C 133:21–22, 40.
3 Né. 21:20–22. b GEE Jeová. b Isa. 40:4; Lc. 3:5;
GEE Conversão, 72 a Dan. 2:44–45; D&C 49:23.
Converter. D&C 65:2. 75 a 1 Tess. 4:17.
67 a GEE Israel — Coligação 73 a Cant. 6:10; 76 a Apoc. 7:13–15;
de Israel. D&C 5:14; 105:31. 2 Né. 9:14.
Doutrina e Convênios 109:77–110:3 260
mãos e coroas de glória em nossa
b
casa a ti, obra de nossas mãos, que
cabeça; e colhamos c alegria eterna construímos ao teu nome;
por todos os nossos d sofrimentos. 79 E também esta igreja, para que
77 Ó Senhor Deus Todo-Pode- se ponha sobre ela o teu nome. E
roso, ouve estas nossas súplicas ajuda-nos, pelo poder de teu Es-
e responde-nos do céu, tua santa pírito, para que misturemos nossa
habitação, onde te assentas entro- voz aos brilhantes e resplandes-
nizado, com a glória, honra, poder, centes a serafins que cercam teu
majestade, força, domínio, verda- trono com aclamações de louvor,
de, justiça, juízo, misericórdia e cantando: Hosana a Deus e ao
plenitude infinita, de eternidade b
Cordeiro!
em eternidade. 80 E que estes, teus ungidos,
78 Ó ouve, ó ouve, ó ouve-nos, a
vistam-se de salvação e teus san-
ó Senhor! E responde a estas sú- tos gritem de alegria. Amém e
plicas e aceita a dedicação desta Amém.
SEÇÃO 110
Visões manifestadas a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery,
no templo de Kirtland, Ohio, em 3 de abril de 1836. Naquela ocasião,
realizava-se uma reunião dominical. A história de Joseph Smith re-
gistra: “À tarde, ajudei os outros presidentes na distribuição da Ceia
do Senhor à Igreja, recebendo-a dos Doze, que tiveram o privilégio
de oficiar à mesa sagrada hoje. Após realizar esse serviço para meus
irmãos, retirei-me para o púlpito e, estando as cortinas abaixadas,
curvei-me com Oliver Cowdery em solene e silenciosa oração. Após
orarmos, a seguinte visão foi-nos dada.”
1–10, O Senhor Jeová aparece em Retirou-se o a véu de nossa men-
glória e aceita o Templo de Kirtland te e abriram-se os b olhos de nosso
como Sua casa; 11–12, Moisés e entendimento.
Elias aparecem, um de cada vez, e 2 Vimos o Senhor de pé no para-
transmitem suas chaves e dispen- peito do púlpito, diante de nós; e
sações; 13–16, Elias, o profeta, vol- sob seus pés havia um calçamen-
ta e entrega as chaves de sua dis- to de ouro puro, da cor de âmbar.
pensação, conforme prometido por 3 Os seus a olhos eram como uma
Malaquias. labareda de fogo; os cabelos de
76 b
GEE Coroa; 77 a GEE Glória. 110 1 a GEE Véu.
Exaltação. 79 a Isa. 6:1–2. b D&C 76:12, 19;
c GEE Alegria. b GEE Cordeiro 136:32; 138:11.
d Heb. 12:1–11; de Deus. 3 a Apoc. 1:14.
D&C 58:4. 80 a Salm. 132:16.
261 Doutrina e Convênios 110:4–14
sua cabeça eram brancos como a da b investidura com que os meus
pura neve; o seu b semblante res- servos foram investidos nesta
plandecia mais do que o brilho do casa.
sol; e a sua c voz era como o ruído 10 E a fama desta casa espalhar-
de muitas águas, sim, a voz de se-á por terras estrangeiras; e este
d
Jeová, que dizia: é o princípio da bênção que será
4 Eu sou o a primeiro e o últi- a
derramada sobre a cabeça de meu
mo; sou o que b vive, sou o que foi povo. Assim seja. Amém.
morto; eu sou vosso o c advogado 11 Depois de encerrar-se esta a vi-
junto ao Pai. são, os céus tornaram-se a abrir e
5 Eis que a perdoados vos são b
Moisés apareceu diante de nós e
vossos pecados; estais limpos conferiu-nos as c chaves para d co-
diante de mim; portanto, erguei ligar Israel das quatro partes da
a cabeça e regozijai-vos. Terra e trazer as dez tribos da ter-
6 Que se regozije o coração de ra do e norte.
vossos irmãos e o coração de todo 12 Depois disto, a Elias apareceu
o meu povo, que com sua força e conferiu-nos a b dispensação do
a
construiu esta casa ao meu nome. c
evangelho de Abraão, dizendo
7 Pois eis que a aceitei esta b casa, que em nós e em nossa semente
e meu nome aqui estará; e mani- todas as gerações depois de nós
festar-me-ei a meu povo com mi- seriam abençoadas.
sericórdia nesta casa. 13 Concluída essa visão, outra
8 Sim, a aparecerei aos meus ser- grande e gloriosa visão abriu-se
vos e falar-lhes-ei com a minha para nós; pois a Elias, o profeta,
própria voz, se o meu povo guar- que fora b levado ao céu sem expe-
dar os meus mandamentos e não rimentar a morte, apareceu diante
b
profanar esta casa c santa. de nós e disse:
9 Sim, o coração de milhares e 14 Eis que é chegado plenamen-
dezenas de milhares grandemente te o tempo proferido pela boca
se regozijará, em consequência das de Malaquias — testificando que
a
bênçãos que serão derramadas e ele [Elias, o profeta] seria enviado
3 b Apoc. 1:16; JS—H 1:17. b D&C 97:15–17. D&C 29:7.
c Eze. 43:2; c GEE Santo (adjetivo). GEE Israel — Coligação
Apoc. 1:15; 9 a Gên. 12:1–3; de Israel.
D&C 133:21–22. D&C 39:15; e D&C 133:26–32.
d GEE Jeová. Abr. 2:8–11. GEE Israel — Dez tribos
4 a GEE Primogênito. b D&C 95:8. perdidas.
b Deut. 5:24. GEE Investidura, 12 a GEE Elias.
c GEE Advogado. Investir. b GEE Dispensação.
5 a GEE Perdoar. 10 a D&C 105:12. c Gál. 3:6–29.
6 a D&C 109:4–5. 11 a GEE Visão. GEE Convênio
7 a 2 Crôn. 7:16. b Mt. 17:3. Abraâmico.
b GEE Templo, A Casa c GEE Chaves do 13 a GEE Elias, o Profeta.
do Senhor. Sacerdócio. b GEE Seres
8 a D&C 50:45. d Jacó 6:2; Transladados.
Doutrina e Convênios 110:15–111:8 262
antes que viesse o grande e terrí- 16 Portanto, as chaves desta dis-
vel dia do Senhor — pensação são confiadas às vossas
15 Para a voltar o coração dos pais mãos; e assim sabereis que o gran-
para os filhos e os filhos para os de e terrível a dia do Senhor está
pais, a fim de que a Terra toda não perto, sim, às portas.
seja ferida com uma maldição —
SEÇÃO 111
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Salém,
Massachusetts, em 6 de agosto de 1836. Nessa ocasião os líderes da
Igreja estavam muito endividados devido a seu trabalho no ministério.
Ao ouvirem que uma grande quantia de dinheiro estaria a sua dis-
posição em Salém, o Profeta, Sidney Rigdon, Hyrum Smith e Oliver
Cowdery viajaram de Kirtland, Ohio, para lá, a fim de investigar essa
notícia e de pregar o evangelho. Os irmãos resolveram vários negócios
da Igreja e pregaram um pouco. Quando se tornou evidente que não
haveria dinheiro algum, eles retornaram a Kirtland. Vários fatores
importantes relacionados refletem-se nas palavras desta revelação.
1–5, O Senhor atende às necessidades 4 E acontecerá que, no devi-
materiais de Seus servos; 6–11, Ele do tempo, porei esta cidade em
será misericordioso com Sião e pro- vossas mãos para que tenhais
videnciará todas as coisas para o bem poder sobre ela, de modo que
de Seus servos. não descubram vossos planos
secretos; e sua riqueza no que
Eu, o Senhor vosso Deus, não es- diz respeito a ouro e prata será
tou descontente com vossa via- vossa.
gem, apesar de vossa insensatez. 5 Não vos preocupeis com vossas
2 Tenho muitos tesouros para vós a
dívidas, porque vos darei poder
nesta cidade, para o benefício de para pagá-las.
Sião, e muita gente, nesta cidade, 6 Não vos preocupeis com Sião,
que reunirei no devido tempo para porque serei misericordioso com
o benefício de Sião, por intermé- ela.
dio de vós. 7 Permanecei neste lugar e nas
3 Convém, portanto, que traveis regiões circunvizinhas;
conhecimento com homens desta 8 E o lugar onde é a minha von-
cidade, como fordes guiados e tade que permaneçais, principal-
como vos for indicado. mente, ser-vos-á indicado pela
15 a JS—H 1:38–39. Salvação para os 16 a GEE Últimos Dias.
GEE Genealogia; Mortos. 111 5 a D&C 64:27–29.
263 Doutrina e Convênios 111:9–112:4
paz e poder de meu Espírito, que
a
11 Portanto, sede a prudentes
fluirá para vós. como as serpentes, mas sem pe-
9 Esse local podereis alugar. E cado; e ordenarei todas as coisas
indagai diligentemente a respei- para o vosso b bem, tão depressa
to dos habitantes mais antigos e quanto fordes capazes de recebê-
fundadores desta cidade; las. Amém.
10 Pois há mais de um tesouro
para vós nesta cidade.
SEÇÃO 112
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Tho-
mas B. Marsh, em Kirtland, Ohio, em 23 de julho de 1837, com res-
peito aos Doze Apóstolos do Cordeiro. Esta revelação foi recebida no
dia em que os Élderes Heber C. Kimball e Orson Hyde pregaram o
evangelho pela primeira vez na Inglaterra. Nessa ocasião, Thomas B.
Marsh era o presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.
1–10, Os Doze enviarão o evangelho e ordenados para prestar testemu-
farão soar a voz de advertência a todas nho de meu nome e b enviá-lo a
as nações e povos; 11–15, Tomarão sua todas as nações, tribos, línguas e
cruz, seguirão Jesus e apascentarão povos pela instrumentalidade de
Suas ovelhas; 16–20, Os que rece- meus servos.
bem a Primeira Presidência recebem 2 Em verdade eu te digo: Havia
o Senhor; 21–29, As trevas cobrem a algumas coisas em teu coração e
Terra e somente os que acreditam e são contigo com as quais eu, o Senhor,
batizados serão salvos; 30–34, A Pri- não estava contente.
meira Presidência e os Doze possuem 3 Contudo, sendo que te a humi-
as chaves da dispensação da plenitude lhaste, serás exaltado; portanto,
dos tempos. todos os teus pecados são per-
doados.
Em verdade, assim diz o Senhor 4 Que teu coração tenha bom
a ti, meu servo Thomas: Ouvi a
ânimo perante minha face; e pres-
tuas orações; e tuas esmolas su- tarás testemunho de meu nome,
biram como um a memorial diante não só aos b gentios como também
de mim, em favor daqueles teus aos c judeus; e enviarás minha pa-
irmãos que foram escolhidos e lavra aos confins da Terra.
8 a D&C 27:16. GEE Paz. 112 1 a At. 10:4. 4 a Mt. 9:2;
11 a Mt. 10:16. b D&C 18:28. Jo. 16:33.
b Rom. 8:28; 3 a Mt. 23:12; b D&C 18:6; 90:8–9.
D&C 90:24; 100:15. Lc. 14:11. c D&C 19:27.
Doutrina e Convênios 112:5–17 264
5 Contende, portanto, toda ma-
a
a ti mesmo; e que sobeje teu amor
nhã; e dia após dia emite a tua por todos os homens e por todos
b
voz de advertência; e quando os que amam meu nome.
vier a noite, não permitas que os 12 E ora por teus irmãos dos
habitantes da Terra adormeçam Doze. Admoesta-os severamen-
por causa de tuas palavras. te por causa de meu nome e que
6 Que se conheça tua morada sejam admoestados por todos os
em Sião e a não removas tua casa; seus pecados; e, perante mim, sê
porque eu, o Senhor, tenho uma fiel a meu a nome.
grande obra para fazeres, procla- 13 E depois de suas a tentações
mando meu nome entre os filhos e muitas b tribulações, eis que eu,
dos homens. o Senhor, procurá-los-ei; e se não
7 Portanto, a cinge os teus lombos endurecerem o coração e não enri-
para o trabalho. Que se calcem jecerem a cerviz contra mim, serão
também os teus pés, pois foste c
convertidos e curá-los-ei.
escolhido e o teu caminho fica 14 Ora, digo a ti, e o que digo a ti
entre as montanhas e entre mui- digo a todos os Doze: Erguei-vos e
tas nações. cingi vossos lombos; tomai vossa
8 E por tua palavra muitos sober- a
cruz, segui-me e b apascentai mi-
bos serão a humilhados e por tua nhas ovelhas.
palavra muitos humildes serão 15 Não vos exalteis; não vos a re-
exaltados. beleis contra meu servo Joseph;
9 A tua voz será uma repreensão pois, em verdade vos digo, que
para o transgressor; e diante de estou com ele e minha mão estará
tua repreensão, que a língua do sobre ele; e as b chaves que lhe dei,
caluniador cesse sua perversidade. como também a vós, não serão ti-
10 Sê a humilde; e o Senhor teu radas dele até que eu venha.
Deus te conduzirá pela mão, e te 16 Em verdade eu te digo, meu
dará resposta às tuas orações. servo Thomas: És o homem que
11 Conheço teu coração e ouvi escolhi para possuir as chaves de
tuas orações a respeito de teus ir- meu reino, no que diz respeito
mãos. Não sejas parcial em rela- aos Doze, entre todas as nações —
ção a eles, a amando-os mais que 17 A fim de que sejas meu ser-
muitos outros, mas ama-os como vo, para abrir a porta do reino em
5 a Jud. 1:3. 12 a GEE Jesus Cristo — 14 a Mt. 16:24;
b D&C 1:4–5. Tomar sobre nós o TJS Mt. 16:25–26
6 a Salm. 125:1. nome de Jesus Cristo. (Apêndice da Bíblia);
7 a Ef. 6:13–17. 13 a GEE Tentação, Tentar. Lc. 9:23.
8 a GEE Humildade, b Jo. 16:33; b Jo. 21:15–17.
Humilde, Humilhar. Apoc. 7:13–14; 15 a GEE Rebeldia, Rebelião.
10 a Prov. 18:12. D&C 58:3–4. b D&C 28:7.
11 a Mt. 5:43–48. c 3 Né. 18:32. GEE Chaves do
GEE Amor; GEE Conversão, Sacerdócio.
Caridade. Converter.
265 Doutrina e Convênios 112:18–30
todos os lugares em que o meu e toda carne b corrompeu-se diante
servo Joseph e meu servo a Sid- de minha face.
ney e meu servo b Hyrum não pu- 24 Eis que a a vingança cairá ra-
derem ir; pidamente sobre os habitantes
18 Porque sobre eles, por algum da Terra, um dia de ira, um dia
tempo, depositei o fardo de todas de queima, um dia de desolação,
as igrejas. de b pranto, de luto e de lamenta-
19 Portanto, aonde quer que eles ção; e, como uma tormenta, cairá
te mandarem, vai, e estarei conti- sobre toda a face da Terra, diz o
go; e em todo lugar que proclama- Senhor.
res meu nome, uma a porta eficaz 25 E sobre minha casa a principia-
ser-te-á aberta, para que recebam rá e de minha casa espalhar-se-á,
minha palavra. diz o Senhor;
20 Quem a recebe minha palavra, 26 Primeiro entre os de vós, diz
a mim me recebe; e quem me re- o Senhor, que a professaram co-
cebe, recebe aqueles que enviei, a nhecer meu nome e não me b co-
Primeira Presidência, a quem te nheceram; e c blasfemaram contra
dei como conselheiros por causa mim no meio da minha casa, diz
de meu nome. o Senhor.
21 E digo-te também que todos 27 Portanto, vede que não vos
os que enviares em meu nome preocupeis com os negócios da
pela voz de teus irmãos, os a Doze, minha igreja neste lugar, diz o
devidamente recomendados e b au- Senhor.
torizados por ti, terão poder para 28 Mas a purificai o coração dian-
abrir a porta de meu reino a toda te de mim; e depois b ide por todo
nação a que os enviares — o mundo e pregai meu evangelho
22 Caso eles se humilhem pe- a toda criatura que não o tiver re-
rante mim, e obedeçam à minha cebido;
palavra, e a deem ouvidos à voz 29 E o que a crer e for b batizado
de meu Espírito. será salvo; e o que não crer e não
23 Em verdade, em verdade eu for batizado será c condenado.
te digo: a Trevas cobrem a Terra e 30 Pois a vós, os a Doze, e àqueles
densa escuridão a mente do povo; que forem convosco designados
17 a GEE Rigdon, Sidney. Miq. 3:6; Mos. 26:24–27;
b GEE Smith, Hyrum. D&C 38:11. 3 Né. 14:21–23.
19 a 1 Cor. 16:9; GEE Apostasia — c GEE Blasfemar,
D&C 118:3. Apostasia da igreja Blasfêmia.
20 a D&C 84:35–38. cristã primitiva. 28 a GEE Pureza, Puro.
21 a D&C 107:34–35. b D&C 10:20–23. b Mc. 16:15–16.
b GEE Autoridade. 24 a GEE Vingança. 29 a Mórm. 9:22–23;
22 a GEE Atender, Dar b D&C 124:8. D&C 20:25–26.
ouvidos; 25 a 1 Ped. 4:17–18. b GEE Batismo, Batizar.
Obedecer, Obediência, 26 a Mt. 7:21–23; c GEE Condenação,
Obediente. D&C 41:1; 56:1. Condenar.
23 a Isa. 60:2; b Lc. 6:46; 30 a GEE Apóstolo.
Doutrina e Convênios 112:31–113:6 266
para ser vossos conselheiros e vos- antepassados e, finalmente, envia-
sos líderes, a b Primeira Presidên- das do céu a vós.
cia, é dado o poder deste sacer- 33 Em verdade vos digo: Vede
dócio para os últimos dias e pela quão grandioso é vosso chama-
última vez, dias esses que abran- do. a Purificai o coração e vossas
gem a c dispensação da plenitude vestes, para que o sangue desta
dos tempos, geração não seja b requerido de
31 Poder que possuís juntamente vossas mãos.
com todos os que receberam uma 34 Sede fiéis até que eu venha,
dispensação em qualquer tempo, pois depressa a venho; e meu galar-
desde o começo da criação; dão está comigo para recompensar
32 Pois em verdade vos digo: As cada homem de acordo com suas
a
chaves da dispensação que rece- b
obras. Eu sou o Alfa e o Ômega.
bestes foram b transmitidas pelos Amém.
SEÇÃO 113
Respostas a certas perguntas sobre os escritos de Isaías, dadas por
Joseph Smith, o Profeta, em Far West, Missouri, ou perto dali, em
março de 1838.
1–6, Identificam-se o Tronco de Jessé, 11 de Isaías, que brotaria do Tron-
o rebento que dele brotaria e a raiz co de Jessé?
de Jessé; 7–10, Os remanescentes 4 Eis que assim diz o Senhor: É
dispersos de Sião têm direito ao sa- um servo nas mãos de Cristo, que
cerdócio e são chamados para voltar em parte é descendente de Jessé
ao Senhor. assim como de a Efraim, ou seja,
da casa de José, a quem foi dado
Quem é o Tronco de a Jessé men- muito b poder.
cionado nos versículos 1, 2, 3, 4 e 5 O que é a raiz de Jessé men-
5 do capítulo 11 de Isaías? cionada no versículo 10 do capí-
2 Em verdade, assim diz o Se- tulo 11?
nhor: É Cristo. 6 Eis que assim diz o Senhor: É
3 O que é o rebento mencionado um descendente de Jessé, assim
no primeiro versículo do capítulo como de José, a quem por direito
30 b GEE Primeira Sacerdócio. 113 1 a GEE Jessé.
Presidência. b Abr. 1:2–3. 4 a Gên. 41:50–52;
c Ef. 1:10; 33 a
Jacó 1:19. D&C 133:30–34.
D&C 27:13; 124:40–42. b D&C 72:3. GEE Efraim.
GEE Dispensação. 34 a
Apoc. 22:7, 12; b GEE Poder.
32 a D&C 110:11–16. D&C 49:28; 54:10.
GEE Chaves do b GEE Obras.
267 Doutrina e Convênios 113:7–114:2
pertencem o sacerdócio e as a cha- direito por linhagem; também,
c
ves do reino, posto por b estandarte para voltar ao poder que perdera.
e para a c coligação de meu povo 9 O que devemos entender por
nos últimos dias. Sião soltando-se das cadeias de
7 Perguntas de Elias Higbee: seu pescoço, no versículo 2?
Qual o significado da ordem dada 10 Devemos entender que os re-
no primeiro versículo do capítu- manescentes a dispersos são exor-
lo 52 de Isaías, que diz: Veste-te tados a b regressar ao Senhor, de
da tua fortaleza, ó Sião — e a que quem se afastaram; se o fizerem,
povo se referia Isaías? o Senhor promete que lhes falará
8 Referia-se àqueles a quem Deus ou lhes dará revelações. Ver os
chamaria nos últimos dias, que versículos 6, 7 e 8. As cadeias de
possuiriam o poder do sacerdócio seu pescoço são as maldições de
para fazer a Sião voltar e efetuar a Deus sobre ela, ou seja, os rema-
redenção de Israel; e vestir a sua nescentes de Israel em sua disper-
b
fortaleza é vestir-se da autoridade são entre os gentios.
do sacerdócio, à qual ela, Sião, tem
SEÇÃO 114
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 11 de abril de 1838.
1–2, Os cargos da Igreja ocupados por mim, na próxima primavera, em
aqueles que não são fiéis serão dados companhia de outros, sim, doze
a outros. incluindo ele próprio, para tes-
tificar meu nome e levar alegres
Em verdade assim diz o Senhor: novas a todo o mundo.
É prudente que meu servo Da- 2 Pois em verdade assim diz o
vid W. Patten resolva todos os Senhor: Visto que há entre vós al-
seus negócios logo que possível guns que negam meu nome, ou-
e disponha de sua mercadoria a tros serão a postos em seu b lugar
fim de realizar uma missão para e receberão seu bispado. Amém.
6 a GEE Chaves do Sa- ção de Israel. são de Israel.
cerdócio. 8 a GEE Sião. b Ose. 3:4–5;
b D&C 45:9. b D&C 82:14. 2 Né. 6:11.
GEE Estandarte. c GEE Primogenitura. 114 2 a D&C 118:1, 6.
c GEE Israel — Coliga- 10 a GEE Israel — Disper- b D&C 64:40.
Doutrina e Convênios 115:1–10 268
SEÇÃO 115
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 26 de abril de 1838, informando a vontade do
Senhor concernente ao desenvolvimento do lugar e à construção da
casa do Senhor. Esta revelação é dirigida aos oficiais presidentes e
aos membros da Igreja.
1–4, O Senhor dá a Sua igreja o nome chamada nos últimos dias, sim, b A
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias; 5–6, Sião e suas dos Últimos Dias.
estacas são lugares de defesa e refúgio 5 Em verdade eu digo a vós to-
para os santos; 7–16, Ordena-se aos dos: a Erguei-vos e brilhai, para
santos que construam uma casa do que vossa luz seja um b estandarte
Senhor em Far West; 17–19, Joseph para as nações;
Smith possui as chaves do reino de 6 E para que a a reunião na terra
Deus na Terra. de b Sião e em suas c estacas seja
uma defesa e um d refúgio contra
Em verdade, assim vos diz o Se- a tempestade e contra a ira, quan-
nhor, meu servo a Joseph Smith Jú- do for e derramada, sem mistura,
nior e também meu servo b Sidney sobre toda a Terra.
Rigdon e também meu servo c Hy- 7 Que a cidade de Far West seja
rum Smith e vossos conselheiros uma terra a santa e consagrada a
que são e serão designados daqui mim; e será chamada santíssima,
em diante; pois o chão em que vos encontrais
2 E também a ti, meu servo a Ed- é santo.
ward Partridge, e a teus conse- 8 Portanto, eu vos ordeno a que
lheiros; me construais uma casa, para a
3 E também a meus servos fiéis reunião de meus santos, a fim de
do sumo conselho de minha Igreja que eles me b adorem.
em Sião, pois assim será chamada, 9 E que se inicie essa obra e um
e a todos os élderes e ao povo de alicerce e o trabalho preparatório
minha Igreja de Jesus Cristo dos neste próximo verão;
Santos dos Últimos Dias, disper- 10 E que o início seja em qua-
sos por todo o mundo; tro de julho próximo; e, daí em
4 Pois assim será a minha a igreja diante, que meu povo trabalhe
115 1 a GEE Smith, Joseph, Jr. dos Últimos Dias, A. GEE Estaca.
b GEE Rigdon, Sidney. 5 a Isa. 60:1–3. d Isa. 25:1, 4;
c GEE Smith, Hyrum. b Isa. 11:12. D&C 45:66–71.
2 a GEE Partridge, Ed- GEE Estandarte. e Apoc. 14:10;
ward. 6 a GEE Israel — Coliga- D&C 1:13–14.
4 a 3 Né. 27:4–8. ção de Israel. 7 a GEE Santo (adjetivo).
b GEE Igreja de Jesus b GEE Sião. 8 a D&C 88:119; 95:8.
Cristo dos Santos c D&C 101:21. b GEE Adorar.
269 Doutrina e Convênios 115:11–116:1
diligentemente na construção de 16 Mas se meu povo a construir
uma casa a meu nome; de acordo com o modelo que mos-
11 E que daqui a a um ano, a par- trarei a sua presidência, sim, meu
tir deste dia, recomecem a colocar servo Joseph e seus conselheiros,
o alicerce da minha b casa. então a aceitarei das mãos de meu
12 Assim, que deste tempo em povo.
diante trabalhem diligentemente 17 E também, em verdade vos
até que esteja terminada, desde a digo que é a minha vontade que a
pedra angular até o teto, até que cidade de Far West seja edificada
nada reste inacabado. depressa pela reunião de meus
13 Em verdade vos digo: Que meu santos;
servo Joseph e meu servo Sidney e 18 E também que outros lugares
meu servo Hyrum não contraiam sejam designados para a estacas
mais dívidas por causa da constru- nas regiões circunvizinhas, como
ção de uma casa a meu nome; forem indicados a meu servo Jo-
14 Mas que se construa uma casa seph, de tempos em tempos.
a meu nome, conforme o a modelo 19 Pois eis que eu estarei com ele
que lhes mostrarei. e santificá-lo-ei perante o povo;
15 E se meu povo não a construir pois a ele dei as a chaves deste
de acordo com o modelo que eu reino e ministério. Assim seja.
mostrar a sua presidência, não a Amém.
aceitarei de suas mãos.
SEÇÃO 116
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, perto da Balsa de Wight,
em um lugar chamado Spring Hill, no Condado de Daviess, Missou-
ri, em 19 de maio de 1838.
O Senhor chama Spring Hill de onde o c Ancião de Dias se assenta-
Adão-ondi-Amã, porque, disse
a
rá, como mencionado por Daniel,
ele, é o lugar ao qual b Adão virá o profeta.
para visitar seu povo, ou melhor,
SEÇÃO 117
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
11 a D&C 118:5. 18 a D&C 101:21. 116 1 a D&C 78:15.
b D&C 124:45–54. GEE Estaca. GEE Adão-ondi-Amã.
14 a Heb. 8:5; 19 a GEE Chaves do b GEE Adão.
D&C 97:10. Sacerdócio. c Dan. 7:13–14, 22.
Doutrina e Convênios 117:1–12 270
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, concernente aos deveres
imediatos de William Marks, Newel K. Whitney e Oliver Granger.
1–9, Os servos do Senhor não deve- minhas mãos o a destino de todos
riam cobiçar coisas materiais, pois “o os exércitos das nações da Terra?
que é propriedade para o Senhor?”; 7 Portanto, não farei eu com que
10–16, Eles devem renunciar à pe- a
lugares solitários brotem e flores-
quenez de alma e seus sacrifícios serão çam e produzam em abundância?
sagrados para o Senhor. diz o Senhor.
8 Não há lugar suficiente nas
Em verdade, assim diz o Senhor a montanhas de a Adão-ondi-Amã
meu servo William Marks e tam- e nas planícies de Olaa b Sineá, ou
bém a meu servo Newel K. Whit- seja, a c terra onde Adão habitou,
ney: Que resolvam seus negócios de modo que cobiçais aquilo que
rapidamente e partam da terra de é apenas uma gota e negligenciais
Kirtland antes que eu, o Senhor, assuntos de maior importância?
torne a enviar neve sobre a terra. 9 Portanto, subi à terra de meu
2 Que acordem e se ergam e pros- povo, ou seja, Sião.
sigam e não se demorem, porque 10 Que meu servo William Marks
eu, o Senhor, o ordeno. seja a fiel sobre poucas coisas e será
3 Portanto, caso se demorem, não governante de muitas. Que presi-
será bom para eles. da no meio de meu povo, na cida-
4 Que se arrependam de todos de de Far West, e que seja abençoa-
os seus pecados e de todas as suas do com as bênçãos de meu povo.
cobiças perante mim, diz o Senhor; 11 Que meu servo Newel K.
pois o que é a propriedade para Whitney se envergonhe do bando
mim? diz o Senhor. dos a nicolaítas e de todas as suas
5 Que as propriedades de b
abominações secretas e de toda
Kirtland sejam dadas em paga- a sua pequenez de alma perante
mento de a dívidas, diz o Senhor. mim, diz o Senhor, e suba à terra
Deixai-as ir, diz o Senhor, e o que de Adão-ondi-Amã e seja um
restar, que fique em vossas mãos, c
bispo para meu povo, diz o
diz o Senhor. Senhor, não no nome, mas em
6 Pois não pertencem a mim as ações, diz o Senhor.
aves do céu e também os peixes do 12 E também vos digo: Lembro-
mar e os animais das montanhas? me de meu servo a Oliver Gran-
Não fiz eu a Terra? Não tenho em ger; eis que em verdade lhe digo
117 4 a D&C 104:14. GEE Adão-ondi-Amã. c GEE Bispo.
5 a D&C 104:78. b Abr. 3:13. 12 a IE o representante
6 a At. 17:26; c GEE Éden. deixado pelo Profeta
1 Né. 17:36–39. 10 a Mt. 25:23. para resolver seus
7 a Isa. 35:1; 11 a Apoc. 2:6, 15. negócios em Kirtland.
D&C 49:24–25. b GEE Combinações
8 a D&C 116. Secretas.
271 Doutrina e Convênios 117:13–118:6
que seu nome será conservado em 15 Portanto, que nenhum homem
lembrança sagrada de geração em despreze meu servo Oliver Gran-
geração, para todo o sempre, diz ger, mas que as bênçãos de meu
o Senhor. povo estejam com ele para todo
13 Portanto, que pleiteie since- o sempre.
ramente a redenção da Primeira 16 E também, em verdade vos
Presidência da minha igreja, diz o digo: Que todos os meus servos
Senhor; e, quando ele cair, torna- da terra de Kirtland se lembrem
rá a erguer-se, pois seu a sacrifício do Senhor seu Deus e também da
ser-me-á mais sagrado que seu minha casa; e conservem e preser-
crescimento, diz o Senhor. vem sua santidade; e derrubem os
14 Portanto, que suba depressa à cambistas no meu próprio e de-
terra de Sião; e no devido tempo vido tempo, diz o Senhor. Assim
se fará comerciante ao meu nome, seja. Amém.
diz o Senhor, para benefício de
meu povo.
SEÇÃO 118
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte sú-
plica: “Mostra-nos a tua vontade, ó Senhor, concernente aos Doze.”
1–3, O Senhor suprirá as famílias dos com mansidão e a humildade, e
Doze; 4–6, Preenchem-se as vagas b
longanimidade, eu, o Senhor, pro-
nos Doze. meto-lhes que suprirei às suas
famílias; e uma porta eficaz ser-
Em verdade assim diz o Senhor: lhes-á aberta daí em diante.
Realize-se uma conferência ime- 4 E na próxima primavera, saiam
diatamente; organizem-se os Doze; para atravessar as grandes águas
e designem-se homens para a tomar e ali promulgar meu evangelho
o lugar daqueles que caíram. em sua plenitude e prestar teste-
2 Que meu servo a Thomas per- munho de meu nome.
maneça durante um tempo na ter- 5 Que se despeçam de meus san-
ra de Sião para publicar minha tos da cidade de Far West, no dia
palavra. vinte e seis de abril próximo, no
3 Que os restantes continuem local onde será construída a minha
a pregar a partir de então; e se o casa, diz o Senhor.
fizerem com o coração submisso, 6 Que meu servo John Taylor e
13 a GEE Sacrifício. 2 a GEE Marsh, Thomas B. Humilde, Humilhar.
118 1 a At. 1:13, 16–17, 22–26. 3 a GEE Humildade, b GEE Perseverar.
Doutrina e Convênios 119:2–119:5 272
também meu servo John E. Page e tomar o lugar daqueles que caíram
também meu servo Wilford Woo- e sejam oficialmente notificados de
druff e também meu servo Willard sua designação.
Richards sejam designados para
SEÇÃO 119
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte súplica:
“Ó Senhor! Mostra aos teus servos quanto requeres dos bens de teu
povo como dízimo.” A lei do dízimo, como é compreendida hoje, não
havia sido dada à Igreja antes desta revelação. O termo dízimo, na
oração acima citada e em revelações anteriores (64:23; 85:3; 97:11),
referia-se não exatamente à décima parte, mas a todas as ofertas vo-
luntárias ou contribuições para os fundos da Igreja. O Senhor dera
anteriormente à Igreja a lei de consagração e mordomia de bens, aceita
pelos membros (principalmente os élderes dirigentes) por meio de um
convênio que deveria ser eterno. Por muitos terem deixado de obe-
decer a esse convênio, o Senhor revogou-o por um tempo e deu, em
seu lugar, a lei do dízimo para toda a Igreja. O Profeta perguntou ao
Senhor quanto Ele requeria dos bens deles para propósitos sagrados.
A resposta foi esta revelação.
1–5, Os santos devem pagar o exce- 3 E esse será o início do a dízimo
dente de seus bens e depois dar, como de meu povo.
dízimo, a décima parte de seus ganhos 4 E depois disso, os que assim ti-
anualmente; 6–7, Esse procedimento verem pagado o dízimo pagarão a
santificará a terra de Sião. décima parte de toda a sua renda
anual; e isto será uma lei perma-
Em verdade assim diz o Senhor: nente para eles, para meu santo
Exijo que todos os seus bens a exce- sacerdócio, diz o Senhor.
dentes sejam entregues nas mãos 5 Em verdade vos digo: Aconte-
do bispo da minha igreja em Sião, cerá que todos os que se reunirem
2 Para a construção de minha na terra de a Sião darão seus bens
a
casa e para a colocação do alicer- excedentes como dízimo e obser-
ce de Sião e para o sacerdócio; e varão esta lei; caso contrário, não
para as dívidas da Presidência de serão considerados dignos de ha-
minha Igreja. bitar entre vós.
119 1 a D&C 42:33–34, 55; 3 a Mal. 3:8–12; 5 a D&C 57:2–3.
51:13; 82:17–19. D&C 64:23.
2 a D&C 115:8. GEE Dízimos.
273 Doutrina e Convênios 119:6–121:2
6 E digo-vos: Se meu povo não para que seja santíssima, eis que
observar esta lei para santificá- em verdade vos digo: Ela não será
la e, por esta lei, não santificar para vós uma terra de Sião.
a terra de a Sião para mim, a fim 7 E isto será um modelo para
de que nela sejam guardados os todas as a estacas de Sião. Assim
meus estatutos e os meus juízos, seja. Amém.
SEÇÃO 120
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, tornando conhecida a dispo-
sição dos bens dados como dízimo, conforme indicado na revelação
anterior, a seção 119.
Em verdade assim diz o Senhor: e seu conselho e de meu sumo
Chegado é o tempo em que a sua conselho; e por minha própria
distribuição será feita por um con- voz a eles, diz o Senhor. Assim
selho composto da Primeira Presi- seja. Amém.
dência de minha Igreja e do bispo
SEÇÃO 121
Oração e profecias escritas por Joseph Smith, o Profeta, em uma epís-
tola à Igreja, enquanto prisioneiro na cadeia de Liberty, Missouri,
datadas de 20 de março de 1839. O Profeta e vários companheiros
estavam na prisão havia meses. Suas solicitações e seus apelos, di-
rigidos aos representantes dos poderes executivo e judiciário, não
haviam resultado em alívio para eles.
1–6, O Profeta suplica ao Senhor em valentemente; 33–40, Porque muitos
favor dos santos que estão sofrendo; são chamados e poucos escolhidos;
7–10, O Senhor transmite-lhe paz; 11– 41–46, O sacerdócio deve ser usado
17, Amaldiçoados são os que levantam apenas em retidão.
falsas acusações de transgressão contra
o povo do Senhor; 18–25, Não terão Ó Deus, onde estás? E onde está
direito ao sacerdócio e serão amaldi- o pavilhão que cobre teu a escon-
çoados; 26–32, Prometem-se glorio- derijo?
sas revelações aos que perseverarem 2 a Até quando tua mão será
6 a GEE Sião. 120 1 a IE dízimo. 102:1–2.
7 a GEE Estaca. 121 1 a Salm. 13:1–2; 2 a Hab. 1:2.
Doutrina e Convênios 121:3–16 274
retida e teu olho, sim, teu olho 9 Teus amigos apoiam-te e tor-
a
SEÇÃO 122
A palavra do Senhor a Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na
cadeia de Liberty, Missouri. Esta seção é um extrato de uma epístola à
Igreja, datada de 20 de março de 1839 (ver o cabeçalho da seção 121).
1–4, Os confins da Terra indagarão zombarão de ti e o inferno se en-
a respeito do nome de Joseph Smith; furecerá contra ti;
5–7, Todos os seus riscos e dores lhe 2 Enquanto os puros de coração
servirão de experiência e serão para e os prudentes e os nobres e os
o seu bem; 8–9, O Filho do Homem virtuosos procurarão a conselho
desceu abaixo de todos eles. e autoridade e bênçãos sob tuas
mãos constantemente.
Os confins da Terra indagarão 3 E teu povo nunca se voltará con-
a respeito de teu a nome e tolos tra ti pelo testemunho de traidores.
41 a 1 Ped. 5:1–3. b GEE Amor; 46 a GEE Espírito Santo.
b 2 Cor. 6:4–6. Caridade. b Dan. 7:13–14.
42 a Tg. 3:17. 45 a GEE Virtude. 122 1 a JS—H 1:33.
b GEE Dolo. b GEE Pensamentos. 2 a GEE Aconselhar,
43 a GEE Castigar, Castigo, c Deut. 32:1–2; Conselho.
Corrigir, Repreender. D&C 128:19.
Doutrina e Convênios 122:4–9 278
4 E embora a influência deles te teus inimigos te rondarem como
lance em dificuldades, e em grades a
lobos procurando o sangue do
e paredes, considerar-te-ão com cordeiro;
honra; e a dentro em pouco, a tua 7 E se fores lançado na cova ou
voz será mais terrível no meio de nas mãos de assassinos, e rece-
teus inimigos do que o b leão feroz, beres sentença de morte; se fores
por causa da tua retidão; e o teu lançado no a abismo; se vagas enca-
Deus estará ao teu lado para todo peladas conspirarem contra ti; se
o sempre. ventos furiosos se tornarem o teu
5 Se te for requerido sofrer tribu- inimigo; se os céus se cobrirem de
lações; se te encontrares em perigo escuridão, e todos os elementos se
entre os falsos irmãos; se te encon- unirem para obstruir o caminho;
trares em perigo entre salteadores; e acima de tudo, se as próprias
se te encontrares em perigo na ter- mandíbulas do b inferno escanca-
ra ou no mar; rarem a boca para tragar-te, sabe,
6 Se fores acusado de toda sorte meu filho, que todas essas coisas
de falsidades; se os teus inimigos te servirão de c experiência, e serão
caírem sobre ti; se eles te arranca- para o teu bem.
rem do convívio de teu pai e mãe 8 O a Filho do Homem b desceu
e irmãos e irmãs; e se com uma abaixo de todas elas. És tu maior
espada desembainhada os teus do que ele?
inimigos te arrancarem do seio 9 Portanto, persevera em teu ca-
de tua esposa e de tua prole; e teu minho e o sacerdócio a permanece-
filho mais velho, embora com ape- rá contigo; pois os b limites deles
nas seis anos de idade, agarrar-se estão determinados e não podem
às tuas vestes e disser: Meu pai, ultrapassá-los. Teus c dias são co-
meu pai, por que não podes ficar nhecidos e teus anos não serão
conosco? Ó meu pai, o que os ho- diminuídos; portanto, d não temas
mens vão fazer contigo? e se então o que o homem possa fazer, pois
ele for arrancado de ti pela espada, Deus estará contigo para todo o
e fores arrastado para a prisão, e sempre.
SEÇÃO 123
Deveres dos santos com relação aos seus perseguidores, como regis-
trado por Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na cadeia de
4 a D&C 121:7–8. Heb. 12:10–11; c D&C 121:25.
b 3 Né. 20:16–21; 21:12. 2 Né. 2:11. d Ne. 4:14;
6 a Lc. 10:3. 8 a GEE Filho do Homem. Salm. 56:4; 118:6;
7 a Jon. 2:3–6. b Heb. 2:9, 17–18; Prov. 3:5–6;
b 2 Sam. 22:5–7; D&C 76:107; 88:6. Isa. 51:7; Lc. 12:4–5;
JS—H 1:15–16. 9 a D&C 90:3. 2 Né. 8:7;
c 2 Cor. 4:17; b At. 17:26. D&C 3:7; 98:14.
279 Doutrina e Convênios 123:1–8
Liberty, Missouri. Esta seção é um extrato de uma epístola à Igreja,
datada de 20 de março de 1839 (ver o cabeçalho da seção 121).
1–6, Os santos devem compilar e pub- assassinas que têm sido praticadas
licar um relato de seus sofrimentos e contra este povo —
perseguições; 7–10, O mesmo espírito 6 Para que não somente as pu-
que estabeleceu as falsas crenças tam- bliquemos para todo o mundo,
bém leva à perseguição dos santos; mas apresentemo-las aos chefes
11–17, Muitas pessoas, dentre todas do governo em todo seu aspecto
as seitas, ainda receberão a verdade. tenebroso e infernal, como a últi-
ma tentativa requerida de nós por
E também sugeriríamos, para vos- nosso Pai Celestial a fim de poder-
sa consideração, a conveniência mos reivindicar, plena e totalmen-
de todos os santos compilarem te, a promessa que o chamará de
o que souberem a respeito de to- seu a esconderijo; e também para
dos os fatos e sofrimentos e maus que não se deixe à nação qualquer
tratos a eles infligidos pelo povo desculpa antes de ele enviar o po-
deste Estado; der de seu braço forte.
2 E também de todos os bens e 7 É uma obrigação imperiosa
do montante dos prejuízos sofri- que temos para com Deus e para
dos, tanto em relação ao caráter com os anjos, com quem seremos
e a danos pessoais, como a bens levados a estar; e também com
materiais; relação a nós mesmos, a nossas
3 E também os nomes de todas mulheres e filhos, que foram obri-
as pessoas que tomaram parte em gados a se curvar por causa de an-
sua opressão, até onde se possa gústias, tristezas e preocupações,
consegui-los e descobri-los. sob a mais execrável mão do as-
4 E talvez possa ser designado sassinato, da tirania e da opressão,
um comitê para descobrir essas apoiada, instigada e sustentada
coisas e ouvir declarações e de- pela influência desse espírito que
poimentos; e também para reunir tão fortemente fixou as crenças
as publicações difamatórias em dos pais, que herdaram mentiras,
circulação; no coração dos filhos; e encheu
5 E tudo o que for publicado em o mundo de confusão e está-se
revistas e em enciclopédias; e to- tornando cada vez mais forte e é
das as histórias difamatórias pu- agora a própria essência de toda
blicadas e as que estão sendo es- corrupção; e toda a a Terra geme
critas e por quem; e para mostrar sob o peso de sua iniquidade.
toda a sucessão de velhacarias 8 É um a jugo de ferro, é um laço
diabólicas e imposições nefandas e forte; são as próprias algemas e
123 6 a D&C 101:89; 121:1, 4. 7 a Mois. 7:48–49. 8 a GEE Jugo.
Doutrina e Convênios 123:9–17 280
correntes e cadeias e grilhões do da verdade por não saber onde
b
inferno. encontrá-la —
9 Portanto, é uma obrigação im- 13 Portanto, devemos consumir
periosa que temos, não só para e esgotar nossa vida para trazer
com nossas próprias mulheres e à luz todas as a coisas ocultas das
filhos, mas para com as viúvas trevas, até onde as conheçamos; e
e os órfãos, cujos maridos e pais elas são verdadeiramente manifes-
foram a assassinados sob sua mão tadas do céu —
de ferro; 14 Dessas devemos, portanto,
10 Atos esses, tenebrosos e di- cuidar com grande diligência.
famadores, suficientes para fazer 15 Que nenhum homem as consi-
com que o próprio inferno estre- dere coisas pequenas; porque mui-
meça, aterrorizado e pálido; e com to há no futuro, com relação aos
que tremam e fiquem paralisadas santos, que depende dessas coisas.
as mãos do próprio diabo. 16 Sabeis, irmãos, que um navio
11 E é também uma obrigação muito grande é a beneficiado sobre-
imperiosa que temos para com maneira por um pequeno leme,
toda a geração que está surgin- durante uma tempestade, sendo
do e para com todos os puros de mantido na direção do vento e
coração — das ondas.
12 Pois ainda existe muita gen- 17 Portanto, amados irmãos, fa-
te na Terra, em todas as seitas, çamos a alegremente todas as coisas
partidos e denominações, que é que estiverem a nosso alcance; e
a
cegada pela astúcia sutil dos ho- depois aguardemos, com extrema
mens que ficam à espreita para segurança, para ver a b salvação de
enganar, e que só está afastada Deus e a revelação de seu braço.
SEÇÃO 124
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Illinois, em
19 de janeiro de 1841. Devido às crescentes perseguições e aos atos
ilícitos praticados contra eles por oficiais públicos, os santos foram
obrigados a deixar o Missouri. A ordem de extermínio expedida por
Lilburn W. Boggs, governador do Missouri, datada de 27 de outubro
de 1838, não lhes deixara outra alternativa. Em 1841, quando esta
revelação foi dada, os santos haviam construído a cidade de Nauvoo,
que ocupava a área do antigo povoado de Commerce, Illinois, e ali
fora estabelecida a sede da Igreja.
9 a D&C 98:13; 124:54. b 1 Né. 8:21–23. D&C 64:33.
12 a Col. 2:8; 13 a 1 Cor. 4:5. 17 a D&C 59:15.
D&C 76:75. 16 a Tg. 3:4; Al. 37:6–7; b Êx. 14:13.
281 Doutrina e Convênios 124:1–8
1–14, É ordenado que Joseph Smith digo-te que és agora chamado
faça uma proclamação solene do evan- para fazer imediatamente uma
gelho ao presidente do Estados Unidos, proclamação solene de meu evan-
aos governadores e aos governantes de gelho e desta a estaca que estabe-
todas as nações; 15–21, Hyrum Smith, leci para ser uma pedra angular
David W. Patten, Joseph Smith Sênior de Sião, a qual será polida com
e outros, dentre os vivos e os mortos, um refinamento semelhante ao
são abençoados por sua integridade e de um palácio.
virtudes; 22–28, É ordenado que os 3 Esta proclamação será feita a
santos construam uma casa para rece- todos os a reis do mundo, aos qua-
ber os viajantes, bem como um templo tro cantos da Terra, ao ilustre pre-
em Nauvoo; 29–36, Os batismos pelos sidente eleito e aos nobres gover-
mortos devem ser realizados nos tem- nadores da nação em que vives e
plos; 37–44, O povo do Senhor sempre a todas as nações espalhadas pela
constrói templos para a realização das face da Terra.
santas ordenanças; 45–55, Os santos 4 Que seja escrita com espírito de
são dispensados de construir o tem- a
mansidão e pelo poder do Espíri-
plo no Condado de Jackson por causa to Santo que estará em ti quando
da opressão de seus inimigos; 56–83, a escreveres;
São dadas instruções para a cons- 5 Pois pelo Espírito Santo ser-te-á
trução da Casa de Nauvoo; 84–96, dado conhecer a minha vontade
Hyrum Smith é chamado para ser o com relação a esses reis e auto-
patriarca, receber as chaves e ocupar ridades, até mesmo o que lhes
o lugar de Oliver Cowdery; 97–122, sobrevirá em uma época futura.
William Law e outros são aconselha- 6 Pois eis que estou prestes a
dos em seus trabalhos; 123–145, São conclamá-los para darem ouvidos
nomeados oficiais gerais e locais; e são à luz e à glória de Sião, porque
estabelecidos sua filiação e seus deveres chegado é o tempo determinado
nos quóruns. para favorecê-la.
7 Conclama-os, portanto, com
Em verdade, assim te diz o Se- uma proclamação vigorosa e com
nhor, meu servo Joseph Smith: teu testemunho, sem os temer,
Estou satisfeito com tua oferta e porque eles são como a a erva e
teus reconhecimentos; pois para toda sua glória como a flor da erva
esse fim te levantei, para mostrar que logo cai, para que não se lhes
minha sabedoria por meio das deixe também qualquer descul-
a
coisas fracas da Terra. pa —
2 Tuas orações são aceitáveis pe- 8 E para que eu os visite no dia
rante mim; e, em resposta a elas, da visitação, quando eu tirar o véu
124 1 a 1 Cor. 1:26–28; Mt. 10:18; 7 a Salm. 103:15–16;
D&C 1:19; 35:13. D&C 1:23. Isa. 40:6–8;
2 a GEE Estaca. 4 a GEE Mansidão, Man- 1 Ped. 1:24–25.
3 a Salm. 119:46; so, Mansuetude.
Doutrina e Convênios 124:9–19 282
que me cobre a face, para designar digo: Bem-aventurado é meu servo
a porção do opressor entre os hi- a
Hyrum Smith; pois eu, o Senhor,
pócritas, onde há a ranger de den- amo-o pela b integridade do seu
tes, caso rejeitem meus servos e coração e porque ele ama o que é
meu testemunho que lhes revelei. correto a meus olhos, diz o Senhor.
9 E também os visitarei e abran- 16 Também que meu servo
darei o coração de muitos deles John C. Bennett te auxilie em teu
para o vosso bem, para que en- trabalho de enviar minha pala-
contreis graça aos olhos deles, para vra aos reis e povos da Terra; e
que venham à a luz da verdade e os permaneça a teu lado, meu servo
gentios, à exaltação ou, em outras Joseph Smith, na hora da aflição;
palavras, ao enaltecimento de Sião. e sua recompensa não falhará, se
10 Pois o dia de minha visitação ele receber a conselho.
depressa vem, numa a hora que 17 E por seu amor ele será gran-
não imaginais; e onde estará a se- de, pois será meu se isso fizer, diz
gurança de meu povo e o refúgio o Senhor. Vi a obra que ele fez, a
para os que dele restarem? qual aceito se ele continuar; e co-
11 Despertai, ó reis da Terra! Vin- roá-lo-ei com bênçãos e grande
de, ó vinde com vosso ouro e vos- glória.
sa prata, em auxílio de meu povo, 18 E também te digo que é a mi-
à casa das filhas de Sião. nha vontade que meu servo Ly-
12 E também, em verdade eu te man Wight continue pregando
digo: Que meu servo Robert B. em favor de Sião, com espírito de
Thompson te ajude a escrever essa mansidão, confessando-me peran-
proclamação, pois estou satisfeito te o mundo; e sustentá-lo-ei como
com ele e que esteja contigo; sobre a asas de águias; e ele obte-
13 Que ele, portanto, atenda a teu rá glória e honra para si e para o
conselho e abençoá-lo-ei com uma meu nome.
multiplicidade de bênçãos; que 19 Para que, quando terminar
seja fiel e verdadeiro em todas as sua obra, eu o receba para mim,
coisas a partir de agora; e ele será como recebi meu servo a David
grande aos meus olhos; Patten, que está comigo neste mo-
14 Que se lembre, porém, de que mento, e também meu servo b Ed-
de suas mãos requererei sua a mor- ward Partridge e também meu ser-
domia. vo idoso c Joseph Smith Sênior, que
15 E também, em verdade eu te se assenta à direita d de Abraão;
8 a Mt. 8:12; 14 a GEE Mordomia, Isa. 40:31.
Al. 40:13; Mordomo. 19 a D&C 124:130.
D&C 101:91; 112:24. 15 a GEE Smith, Hyrum. GEE Patten, David W.
9 a Isa. 60:1–4. b GEE Integridade. b GEE Partridge, Edward.
GEE Luz, Luz de Cristo. 16 a GEE Aconselhar, c GEE Smith, Joseph,
10 a Mt. 24:44; Conselho. Sênior.
JS—M 1:48. 18 a Êx. 19:4; d D&C 137:5.
283 Doutrina e Convênios 124:20–30
e bem-aventurado e santo é ele, 24 Esta casa será uma habitação
porque é meu. saudável se for construída ao meu
20 E também, em verdade eu te nome e se o dirigente que para ela
digo: Em meu servo George Mil- for designado não permitir que
ler não há a dolo — pode-se confiar seja profanada. Será santa; caso
nele por causa da integridade de contrário, o Senhor teu Deus nela
seu coração; e pelo amor que ele não habitará.
tem ao meu testemunho, eu, o Se- 25 E também, em verdade vos
nhor, amo-o. digo: Que todos os meus santos
21 Portanto, digo-te: Selo sobre venham de longe.
sua cabeça o ofício de um a bispa- 26 E enviai mensageiros rápidos,
do, como com meu servo Edward sim, mensageiros escolhidos, e di-
Partridge, para que receba as con- zei-lhes: Vinde com todo o vosso
sagrações de minha casa, para que ouro e vossa prata e vossas pedras
confira bênçãos aos pobres que preciosas e com todas as vossas
existem entre meu povo, diz o antiguidades; e todos os que ti-
Senhor. Que nenhum homem des- verem conhecimento de antigui-
preze meu servo George, porque dades e estiverem dispostos a vir,
ele me honrará. que venham e tragam o álamo e a
22 Que meu servo George e meu faia e o pinheiro, junto com todas
servo Lyman e meu servo John as árvores preciosas da Terra;
Snider e outros edifiquem uma 27 E com ferro, com cobre e com
a
casa a meu nome, uma casa como latão; e com zinco e com todas as
meu servo Joseph irá lhes mos- vossas coisas preciosas da Terra; e
trar, no local que ele também lhes construí uma a casa ao meu nome,
mostrar. para que nela b habite o Altíssimo.
23 E será uma casa de hospeda- 28 Porque não há na Terra um
gem, uma casa onde os viajantes lugar a que ele possa vir e a res-
possam vir de longe para se hos- taurar aquilo que perdestes, ou
pedar; portanto, que seja uma boa seja, aquilo que ele tirou, sim, a
casa, digna de toda aceitação, para plenitude do sacerdócio.
que o a viajante cansado encontre 29 Porque não existe na Terra
saúde e segurança enquanto re- uma a fonte batismal onde eles, os
flete sobre a palavra do Senhor e meus santos, possam ser b batiza-
sobre a b pedra angular que desig- dos pelos que estão mortos —
nei para Sião. 30 Pois essa ordenança pertence
20 a GEE Dolo. 27 a D&C 109:5. 29 a D&C 128:13.
21 a D&C 41:9. GEE Templo, A Casa do b 1 Cor. 15:29;
GEE Bispo. Senhor. D&C 127:6; 138:33.
22 a D&C 124:56–60. b Êx. 25:8; GEE Batismo, Batizar —
23 a Deut. 31:12; D&C 97:15–17. Batismo pelos mortos;
Mt. 25:35, 38. 28 a GEE Restauração do Salvação para os
b D&C 124:2. Evangelho. Mortos.
Doutrina e Convênios 124:31–39 284
à minha casa, e não me pode ser 36 Porque se decretou que em
aceitável, a não ser em dias de Sião e em suas estacas e em Jeru-
penúria, quando não puderdes salém, lugares esses que designei
construir-me uma casa. como a refúgio, estarão os lugares
31 Ordeno-vos, porém, a todos para os vossos batismos pelos vos-
vós, meus santos, a construirdes- sos mortos.
me uma casa; e concedo-vos um 37 E também, em verdade vos
tempo suficiente para me cons- digo: Como me serão aceitáveis
truirdes uma casa; e, durante esse vossas a abluções, se não as fizer-
tempo, vossos batismos ser-me-ão des em uma casa construída ao
aceitáveis. meu nome?
32 Mas eis que, findo esse prazo, 38 Pois, por essa razão, mandei
os vossos batismos pelos vossos Moisés construir um a tabernáculo
mortos não me serão aceitáveis; que deveriam carregar consigo
e se não fizerdes essas coisas, até pelo deserto; e construir uma b casa
o final do prazo, sereis rejeitados na terra da promissão para que
como igreja com vossos mortos, se revelassem as ordenanças que
diz o Senhor vosso Deus. estiveram ocultas desde antes da
33 Pois em verdade vos digo que, fundação do mundo.
depois de terdes tido tempo sufi- 39 Portanto, em verdade vos
ciente para construir-me uma casa, digo, que vossas a unções e vossas
onde deverá ser feita a ordenança abluções; e vossos b batismos pe-
do batismo pelos mortos e para os los mortos; e vossas c assembleias
quais a mesma foi instituída des- solenes e memoriais dos vossos
de antes da fundação do mundo, d
sacrifícios feitos pelos filhos de
os vossos batismos pelos vossos Levi por vós; e os vossos oráculos
mortos não poderão ser aceitos nos e lugares santíssimos, onde re-
por mim; cebeis conhecimento; e os vossos
34 Pois nela são conferidas as estatutos e juízos, para o início das
a
chaves do santo sacerdócio, para revelações e do alicerce de Sião, e
que recebais honra e glória. para a glória, honra, e investidu-
35 E desse tempo em diante, vos- ra de todos os seus munícipes são
sos batismos pelos mortos rea- prescritos pela ordenança de mi-
lizados pelos que se encontram nha casa santa, a qual meu povo
espalhados em outras partes não sempre recebe ordem de construir
me serão aceitáveis, diz o Senhor. a meu santo nome.
31 a D&C 97:10. 38 a Êx. 25:1–9; 33:7. Ordenança vicária.
34 a D&C 110:14–16. GEE Tabernáculo. c D&C 88:117.
GEE Chaves do b GEE Templo, A Casa do d D&C 13; 84:31; 128:24;
Sacerdócio. Senhor. JS—H 1:69.
36 a Isa. 4:5–6. 39 a Êx. 29:7. e Eze. 41:4;
37 a GEE Lavado, GEE Unção, Ungir. D&C 45:32; 87:8;
Lavamento, Lavar. b GEE Ordenanças — 101:22.
285 Doutrina e Convênios 124:40–51
40 E em verdade vos digo: Que fizerdes as coisas que eu disser,
essa casa seja construída ao meu não observarei o a juramento que
nome, a fim de que nela eu revele vos faço nem cumprirei as pro-
minhas ordenanças a meu povo; messas que esperais de minhas
41 Pois digno-me a revelar à mi- mãos, diz o Senhor.
nha igreja coisas que têm sido 48 Pois a em vez de bênçãos, vós,
mantidas b ocultas desde antes da com vossas obras, trazeis maldi-
fundação do mundo, coisas perti- ções, ira, indignação e julgamentos
nentes à dispensação da c plenitude sobre a própria cabeça, com vossa
dos tempos. insensatez e com as abominações
42 E a eu mostrarei a meu servo que cometeis perante mim, diz o
Joseph todas as coisas relativas a Senhor.
essa casa e a seu sacerdócio, as- 49 Em verdade, em verdade vos
sim como o lugar onde será cons- digo que quando eu dou um man-
truída. damento a qualquer dos filhos
43 E construí-la-eis no lugar em dos homens de fazer um trabalho
que planejastes, porque esse é o ao meu nome e esses filhos dos
local que escolhi para sua cons- homens usam toda a sua força e
trução. tudo o que têm para realizar esse
44 Se trabalhardes com toda a trabalho e não deixam de ser a di-
vossa força, consagrarei esse local ligentes; e são atacados por seus
para que se torne a santo. inimigos e impedidos de realizar
45 E se meu povo der ouvidos à esse trabalho, eis que me convém
minha voz, e à voz de meus a ser- já não b requerer das mãos desses
vos que designei para guiar meu filhos dos homens o trabalho, mas
povo, eis que, em verdade vos aceitar suas ofertas.
digo, não serão removidos do seu 50 E a iniquidade e a transgres-
lugar. são das minhas santas leis e man-
46 Mas se não derem ouvidos damentos farei a recair sobre a ca-
à minha voz, nem à voz desses beça daqueles que impediram o
homens que designei, não serão meu trabalho, até a terceira e quar-
abençoados, porque profanam o ta b geração, enquanto c não se ar-
meu solo santo, e as minhas santas rependerem e me odiarem, diz o
ordenanças, e os estatutos, e as mi- Senhor Deus.
nhas santas palavras que lhes dou. 51 Portanto, por essa razão acei-
47 E acontecerá que, se construir- tei as ofertas daqueles a quem or-
des uma casa ao meu nome e não denei construir uma cidade e uma
41 a RF 1:9. 45 a D&C 1:38. 50 a Mos. 12:1.
b D&C 121:26–32. GEE Profeta. b Deut. 5:9;
c Ef. 1:9–10; 47 a GEE Juramento. D&C 98:46–47.
D&C 27:13; 112:30. 48 a Deut. 28:15. c GEE Arrepender-se,
42 a D&C 95:14–17. 49 a GEE Diligência. Arrependimento.
44 a GEE Santo (adjetivo). b D&C 56:4; 137:9. 51 a D&C 115:11.
Doutrina e Convênios 124:52–63 286
casa ao meu nome, no Condado
a b
Joseph e a sua casa tenham lugar
de Jackson, Missouri, no que fo- nela, de geração em geração.
ram impedidos por seus inimigos, 57 Pois fiz essa unção sobre sua
diz o Senhor vosso Deus. cabeça a fim de que a bênção dele
52 E farei sobrevirem a julgamen- também esteja sobre a cabeça de
tos, ira e indignação, pranto e an- sua posteridade depois dele.
gústia e ranger de dentes sobre a 58 E como eu disse a a Abraão,
cabeça deles até a terceira e quarta concernente às famílias da Terra,
geração, enquanto me odiarem e assim também digo a meu servo
não se arrependerem, diz o Senhor Joseph: Em ti e em tua b semente
vosso Deus. as famílias da Terra serão aben-
53 E isso dou-vos como exemplo, çoadas.
para vossa consolação com res- 59 Portanto, que meu servo Jo-
peito a todos os que foram man- seph e sua semente depois dele te-
dados fazer um trabalho e foram nham lugar nessa casa, de geração
impedidos pelas mãos de inimi- em geração, para todo o sempre,
gos e por opressão, diz o Senhor diz o Senhor.
vosso Deus. 60 E que o nome dessa casa seja
54 Pois eu sou o Senhor vosso Casa de Nauvoo; e que seja uma
Deus e salvarei todos os vossos habitação agradável para o ho-
irmãos, que eram a puros de cora- mem e um lugar de descanso para
ção e foram b mortos na terra de o viajante fatigado, para que ele
Missouri, diz o Senhor. contemple a glória de Sião e a gló-
55 E também, em verdade vos ria desta que é sua pedra angular;
digo: Torno a ordenar-vos que 61 Para que receba também con-
construais uma a casa ao meu selho daqueles que coloquei como
nome, sim, neste lugar, para que a
plantas de renome e como b senti-
me b proveis serdes fiéis em todas nelas sobre seus muros.
as coisas que eu vos mandar, para 62 Eis que em verdade vos digo:
que eu vos abençoe e vos coroe de Que meu servo George Miller e
honra, imortalidade e vida eterna. meu servo Lyman Wight e meu
56 E agora vos digo, concernente servo John Snider e meu servo
à minha a hospedaria que vos or- Peter Haws se organizem e esco-
denei construir para alojamento lham um deles para presidente de
de viajantes: Que seja construída seu quórum, com o propósito de
ao meu nome e seja chamada pelo construir essa casa.
meu nome; e que o meu servo 63 E deverão formular um
51 b GEE Condado de 55 a D&C 127:4. b D&C 110:12.
Jackson, Missouri b Abr. 3:25. GEE Convênio
(EUA). 56 a D&C 124:22–24. Abraâmico.
52 a D&C 121:11–23. 58 a Gên. 12:3; 22:18; 61 a Isa. 61:3; Eze. 34:29.
54 a GEE Pureza, Puro. Abr. 2:11. b GEE Atalaia, Sentinela,
b D&C 98:13; 103:27–28. GEE Abraão. Vigiar.
287 Doutrina e Convênios 124:64–75
estatuto que lhes permita ven- Peter Haws receberem qualquer
der ações para a construção des- capital, em dinheiro ou em pro-
sa casa. priedades equivalentes ao valor
64 E não deverão receber me- real do dinheiro, não deverão des-
nos de cinquenta dólares por ação tinar qualquer parte desse capital
dessa casa; e ser-lhes-á permiti- a outro fim, a não ser o dessa casa.
do aceitar até quinze mil dólares 71 E se destinarem qualquer par-
de uma mesma pessoa por ações te desse dinheiro a outro fim, que
dessa casa. não essa casa, sem o consentimen-
65 Mas não lhes será permitido to do acionista, e não pagarem
receber, de uma mesma pessoa, quatro vezes o valor do capital
mais de quinze mil dólares de ca- que destinarem a outro uso, serão
pital. amaldiçoados e removidos de seu
66 E não lhes será permitido acei- lugar, diz o Senhor Deus; porque
tar, de uma mesma pessoa, menos eu, o Senhor, sou Deus e não serei
de cinquenta dólares por uma ação a
escarnecido em qualquer dessas
dessa casa. coisas.
67 E não lhes será permitido re- 72 Em verdade vos digo: Que
ceber um homem como acionista meu servo Joseph compre ações
dessa casa, a não ser que ele pa- de suas mãos para a construção
gue suas ações no momento em dessa casa, como lhe parecer bem;
que as receber; mas meu servo Joseph não pode
68 E receberá ações dessa casa comprar mais de quinze mil dóla-
em proporção à quantia que en- res em ações dessa casa, nem me-
tregar em suas mãos; mas, se nada nos de cinquenta dólares; nem o
lhes pagar, não receberá ação al- pode qualquer outro homem, diz
guma dessa casa. o Senhor.
69 E se alguém lhes entregar di- 73 E também há outros que de-
nheiro, será para compra de ações sejam conhecer a minha vontade
dessa casa, para si e sua posteri- a respeito deles, pois pediram-me.
dade depois dele, de geração em 74 Portanto, eu vos digo, em rela-
geração, enquanto ele e seus her- ção a meu servo Vinson Knight: Se
deiros retiverem essas ações e não ele quiser fazer a minha vontade,
as venderem nem transferirem por que adquira ações dessa casa para
sua livre vontade e ação, se dese- si e sua posteridade depois dele,
jais fazer a minha vontade, diz o de geração em geração.
Senhor vosso Deus. 75 E que erga a voz, longa e
70 E também em verdade vos estrondosamente, no meio do
digo: Se meu servo George Miller povo, a rogando pelos pobres e
e meu servo Lyman Wight e meu necessitados; e que não fraqueje
servo John Snider e meu servo nem se lhe desfaleça o coração;
71 a Gál. 6:7. 75 a Prov. 31:9.
Doutrina e Convênios 124:76–88 288
e aceitarei suas ofertas, pois não
b
si e sua semente depois dele, de
serão para mim como as ofertas geração em geração.
de Caim; pois ele será meu, diz 82 Que meu servo William Law
o Senhor. invista capital nessa casa, para si
76 Que sua família se regozije e e a sua semente depois dele, de
que o coração deles se afaste da geração em geração.
aflição, pois eu o escolhi e ungi 83 Se ele desejar fazer a minha
e ele será honrado no meio de vontade, que não leve a sua fa-
sua casa, pois perdoarei todos mília às terras do leste, sim, a
os seus pecados, diz o Senhor. Kirtland; contudo, eu, o Senhor,
Amém. edificarei Kirtland, mas eu, o Se-
77 Em verdade vos digo: Que nhor, tenho um flagelo preparado
meu servo Hyrum invista capital para os seus habitantes.
nessa casa como lhe parecer bem, 84 E quanto a meu servo Almon
para si e sua posteridade depois Babbit: Há muitas coisas que não
dele, de geração em geração. me agradam; eis que ele aspira a
78 Que meu servo Isaac Galland estabelecer seu próprio conselho,
invista capital nessa casa; pois eu, em vez do conselho que decretei,
o Senhor, amo-o pelo serviço que sim, o da Presidência de minha
tem prestado e perdoarei todos os Igreja; e estabelece um a bezerro
seus pecados; portanto, que seus de ouro para meu povo adorar.
direitos nessa casa sejam lembra- 85 Que não se a vá deste lugar ho-
dos, de geração em geração. mem algum que aqui haja vindo
79 Que meu servo Isaac Galland na tentativa de obedecer a meus
seja designado entre vós e seja mandamentos.
ordenado e abençoado por meu 86 Se viverem aqui, que vivam
servo William Marks, a fim de ir em mim; e se morrerem, que mor-
com meu servo Hyrum realizar ram em mim; pois a descansarão
o trabalho que meu servo Joseph de todos os seus labores aqui e
lhes indicar; e serão grandemente continuarão suas obras.
abençoados. 87 Portanto, que meu servo Wil-
80 Que meu servo William liam deposite sua confiança em
Marks invista capital nessa casa, mim e não tema com respeito a
como lhe parecer bem, para si e sua família, por causa da enfer-
sua posteridade, de geração em midade que grassa na região. Se
geração. me a amais, guardai meus manda-
81 Que meu servo Henry G. mentos; e a enfermidade da região
Sherwood invista capital nessa b
redundará em glória para vós.
casa, como lhe parecer bem, para 88 Que meu servo William vá
75 b Gên. 4:4–5; 86 a Apoc. 14:13. 87 a Jo. 14:15.
Mois. 5:18–28. GEE Descansar, b D&C 121:8;
84 a Êx. 32:2–4. Descanso; 122:7.
85 a Lc. 9:62. Paraíso.
289 Doutrina e Convênios 124:89–97
proclamar meu evangelho eter- 93 Para que quem ele abençoar
no em alta voz e com grande ale- seja abençoado; e quem ele a amal-
gria, conforme inspirado por meu diçoar seja amaldiçoado; para
a
Espírito, aos habitantes de War- que tudo que b ligar na Terra seja
saw e também aos habitantes de ligado nos céus e tudo que ele
Carthage e também aos habitan- desligar na Terra seja desligado
tes de Burlington e também aos nos céus.
habitantes de Madison; e espere, 94 E deste momento em diante,
paciente e diligentemente, mais designo-o profeta, a vidente e reve-
instruções em minha conferência lador da minha igreja, como meu
geral, diz o Senhor. servo Joseph;
89 Se ele desejar fazer a minha 95 Para que também proceda de
vontade, que daqui em diante acordo com meu servo Joseph e
atenda ao conselho de meu servo que receba conselho de meu ser-
Joseph, e com seus bens apoie a vo Joseph, o qual lhe mostrará as
a
causa dos pobres, e publique b a a
chaves pelas quais poderá pe-
nova tradução da minha santa pa- dir e receber e ser coroado com a
lavra para os habitantes da Terra. mesma bênção e glória e honra e
90 E se assim fizer, a abençoá-lo-ei sacerdócio e dons do sacerdócio,
com uma multiplicidade de bên- que antes foram colocados sobre a
çãos; e ele não será abandonado, cabeça daquele que era meu servo,
nem a sua semente será vista b su- b
Oliver Cowdery;
plicando pão. 96 Que meu servo Hyrum testi-
91 E também, em verdade vos fique as coisas que eu lhe mostrar,
digo: Que meu servo William seja para que seu nome seja lembrado
designado, ordenado e ungido com honra, de geração em gera-
conselheiro de meu servo Joseph, ção, para todo o sempre.
em lugar de meu servo Hyrum, 97 Que meu servo William Law
para que meu servo Hyrum ocupe também receba as chaves pelas
o ofício de Sacerdócio e a Patriarca, quais poderá pedir e receber bên-
que por seu pai lhe foi designado çãos; que seja a humilde perante
por bênção e também por direito; mim e sem b dolo; e receberá meu
92 Que de agora em diante re- Espírito, sim, o c Consolador, que
tenha as chaves das a bênçãos pa- lhe manifestará a verdade de todas
triarcais sobre a cabeça de todo o as coisas e mostrar-lhe-á, na hora
meu povo, exata, o que deverá dizer.
88 a GEE Trindade — Deus, 91 a D&C 107:39–40. 94 a D&C 107:91–92.
o Espírito Santo. GEE Patriarca, GEE Vidente.
89 a D&C 78:3. Patriarcal. 95 a D&C 6:28.
b IE Tradução de Joseph 92 a GEE Bênçãos b GEE Cowdery, Oliver.
Smith da Bíblia. Patriarcais. 97 a GEE Humildade,
90 a GEE Abençoado, 93 a D&C 132:45–47. Humilde, Humilhar.
Abençoar, Bênção. b Mt. 16:19. b GEE Dolo.
b Salm. 37:25. GEE Selamento, Selar. c GEE Consolador.
Doutrina e Convênios 124:98–112 290
98 E estes sinais segui-lo-ão:
a
curarei para que fique são; e ele
Curará os doentes, expulsará de-
b
tornará a erguer a voz nas monta-
mônios e será protegido contra nhas e será um a porta-voz diante
os que desejam dar-lhe veneno de minha face.
mortífero; 105 Que venha e estabeleça sua
99 E será conduzido por veredas família perto da residência de meu
onde as a serpentes venenosas não servo Joseph.
lhe poderão ferir o calcanhar e ele- 106 E em todas as suas viagens,
var-se-á, na b imaginação de seus que erga a voz como com o som
pensamentos, como que sobre asas de uma trombeta e advirta os ha-
de águias. bitantes da Terra que fujam da ira
100 E se eu desejar que ele levan- que virá.
te os mortos, que ele não retenha 107 Que ele ajude meu servo Jo-
a sua voz. seph e que também meu servo
101 Portanto, que meu servo Wil- William Law ajude meu servo Jo-
liam clame em alta voz e não se seph a fazer uma a proclamação so-
detenha, com alegria e regozijo e lene aos reis da Terra, assim como
com hosanas àquele que se assenta vos disse antes.
no trono para todo o sempre, diz 108 Se meu servo Sidney desejar
o Senhor vosso Deus. fazer a minha vontade, que não
102 Eis que vos digo: Tenho uma leve a sua família para as a regiões
missão reservada para meu servo do leste, mas que mude de casa,
William e para meu servo Hyrum assim como eu disse.
e para eles somente; e que meu 109 Eis que não é a minha von-
servo Joseph permaneça em casa, tade que ele procure encontrar se-
porque precisam dele. O rema- gurança e refúgio fora da cidade
nescente mostrar-vos-ei depois. que vos indiquei, sim, a cidade de
Assim seja. Amém. a
Nauvoo.
103 E também, em verdade vos 110 Em verdade vos digo: Mes-
digo: Se meu servo a Sidney desejar mo agora, se ele atender à minha
servir-me e ser conselheiro de meu voz, tudo lhe irá bem. Assim seja.
servo Joseph, que se levante e ve- Amém.
nha ocupar o cargo de seu chama- 111 E também, em verdade vos
do; e que se humilhe perante mim. digo: Que meu servo Amos Davies
104 E se me oferecer uma ofer- compre ações das mãos daqueles
ta aceitável e reconhecimentos e que designei para construir uma
permanecer com meu povo, eis hospedaria, sim, a Casa de Nauvoo.
que eu, o Senhor vosso Deus, o 112 Que faça isso se quiser ter
98 a Mc. 16:17–18. Isa. 40:31. 107 a D&C 124:2–4.
GEE Dons do Espírito. 103 a GEE Rigdon, Sidney. 108 a D&C 124:82–83.
b GEE Curar, Curas. 104 a Êx. 4:14–16; 109 a GEE Nauvoo, Illinois
99 a D&C 84:71–73. 2 Né. 3:17–18; (EUA).
b Êx. 19:4; D&C 100:9–11.
291 Doutrina e Convênios 124:113–124
participação; e que dê ouvidos aos 119 E também, em verdade vos
conselhos de meu servo Joseph e digo: Que nenhum homem compre
trabalhe com suas próprias mãos ações do quórum da Casa de Nau-
a fim de conquistar a confiança voo, a menos que creia no Livro
dos homens. de Mórmon e nas revelações que
113 E quando tiver dado provas vos dei, diz o Senhor vosso Deus;
de fidelidade em todas as coisas 120 Porque o que é a mais ou me-
que lhe forem confiadas, sim, mes- nos do que isso provém do mal e
mo que sejam poucas, será feito será acompanhado de maldições
a
governante sobre muitas; e não de bênçãos, diz o Senhor
114 Portanto, que se a humilhe vosso Deus. Assim seja. Amém.
para ser exaltado. Assim seja. 121 E também, em verdade vos
Amém. digo: Que o quórum da Casa de
115 E também, em verdade vos Nauvoo receba um salário justo
digo: Se o meu servo Robert D. por todos os serviços que pres-
Foster deseja obedecer à minha tarem na construção da Casa de
voz, que construa uma casa para o Nauvoo; e que seu salário seja de-
meu servo Joseph, de acordo com cidido entre eles quanto ao valor.
o contrato que fez com ele, pois a 122 E que todo homem que com-
porta ser-lhe-á aberta de tempos prar ações contribua proporcional-
em tempos. mente para o salário deles, caso
116 E que se arrependa de toda seja necessário para seu sustento,
sua insensatez e revista-se de a ca- diz o Senhor; do contrário, seus
ridade; e cesse de praticar o mal e serviços serão pagos com ações
abandone todas as suas palavras dessa casa. Assim seja. Amém.
ásperas; 123 Em verdade vos digo: Agora
117 E compre ações do quórum vos indico os a oficiais pertencen-
da Casa de Nauvoo, para si e sua tes a meu sacerdócio, para que
posteridade depois dele, de gera- tenhais suas b chaves, sim, desse
ção em geração. Sacerdócio que é segundo a ordem
118 E dê ouvidos aos conselhos de c Melquisedeque, que é segundo
de meus servos Joseph e Hyrum a ordem de meu Filho Unigênito.
e William Law e às autoridades 124 Primeiro dou-vos Hyrum
que escolhi para estabelecerem Smith como vosso a patriarca, para
o alicerce de Sião; e tudo lhe irá portar as bênçãos de b selamen-
bem para todo o sempre. Assim to de minha igreja, sim, o Santo
seja. Amém. Espírito da c promessa pelo qual
113 a Mt. 25:14–30. D&C 98:7. 124 a
GEE Patriarca,
114 a Mt. 23:12; 123 a
GEE Oficial, Ofício. Patriarcal.
D&C 101:42. b GEE Chaves do b GEE Selamento, Selar.
116 a Col. 3:14. Sacerdócio. c D&C 76:53; 88:3–4.
GEE Caridade. c GEE Sacerdócio de GEE Santo Espírito da
120 a Mt. 5:37; Melquisedeque. Promessa.
Doutrina e Convênios 124:125–137 292
sois selados para o dia da reden-
d
Charles C. Rich, Thomas Gro-
ção, a fim de que não chegueis a ver, Newel Knight, David Dort,
cair, não obstante a e hora de ten- Dunbar Wilson — Seymour Brun-
tação que vos sobrevier. son tomei para mim; ninguém
125 Dou-vos meu servo Joseph lhe tirará o sacerdócio, mas outro
como élder presidente de toda a poderá ser designado ao mesmo
minha igreja, e para ser tradutor, sacerdócio em seu lugar; e em ver-
revelador, a vidente e profeta. dade vos digo: Que seja meu servo
126 Dou-lhe como conselheiros Aaron Johnson ordenado para esse
meu servo Sidney Rigdon e meu chamado em seu lugar — David
servo William Law, para consti- Fullmer, Alpheus Cutler, William
tuírem um quórum e Primeira Huntington.
Presidência, a fim de receberem os 133 E também vos dou Don C.
a
oráculos para toda a igreja. Smith como presidente de um
127 Dou-vos meu servo a Bri- quórum de sumos sacerdotes;
gham Young como presidente do 134 Ordenança essa instituída
conselho viajante dos Doze; com o propósito de qualificar os
128 a Conselho esse que tem as que serão designados presidentes,
chaves para abrir a autoridade ou seja, servos locais de diferentes
de meu reino nos quatro cantos a
estacas espalhadas fora daqui;
da Terra e, depois, b enviar minha 135 E poderão também viajar se
palavra a toda criatura. o desejarem, mas são ordenados
129 São eles: Heber C. Kimball, presidentes locais; este é o ofí-
Parley P. Pratt, Orson Pratt, Orson cio de seu chamado, diz o Senhor
Hyde, William Smith, John Taylor, vosso Deus.
John E. Page, Wilford Woodruff, 136 Dou-lhe Amasa Lyman e
Willard Richards, George A. Noah Packard como conselhei-
Smith; ros, para presidirem o quórum de
130 a David Patten b tomei para sumos sacerdotes de minha igreja,
mim; eis que seu sacerdócio nin- diz o Senhor.
guém lho tirará; mas, em verdade 137 E também vos digo: Dou-
vos digo, outro poderá ser desig- vos John A. Hicks, Samuel Wil-
nado para o mesmo chamado. liams e Jesse Baker, cujo sacerdó-
131 E também vos digo: Dou-vos cio deverá presidir o quórum de
um a sumo conselho, como pedra a
élderes, quórum esse instituído
angular de Sião — para que eles sejam ministros lo-
132 A saber: Samuel Bent, Hen- cais; no entanto poderão viajar,
ry G. Sherwood, George W. Harris, não obstante serem ordenados
124 d Ef. 4:30. 127 a GEE Young, Brigham. 131 a GEE Sumo Conselho.
e Apoc. 3:10. 128 a GEE Apóstolo. 134 a GEE Estaca.
125 a D&C 21:1. b Mc. 16:15. 137 a D&C 107:11–12, 89–90.
GEE Vidente. 130 a GEE Patten, David W. GEE Élder (Ancião);
126 a D&C 90:4–5. b D&C 124:19. Quórum.
293 Doutrina e Convênios 124:138–125:2
ministros locais de minha igreja, e Shadrach Roundy, se ele aceitar,
diz o Senhor. para presidir o a bispado; instru-
138 E também vos dou Joseph ções sobre o dito bispado encon-
Young, Josiah Butterfield, Daniel tram-se no livro de b Doutrina e
Miles, Henry Herriman, Zera Pul- Convênios.
sipher, Levy Hancock, James Fos- 142 E também vos digo: Samuel
ter, para que eles presidam o quó- Rolfe e seus conselheiros como
rum de a setentas; sacerdotes e o presidente dos mes-
139 Esse quórum é instituído tres e seus conselheiros e também
para que eles sejam élderes via- o presidente dos diáconos e seus
jantes, a fim de prestarem teste- conselheiros e também o presiden-
munho de meu nome em todo o te da estaca e seus conselheiros.
mundo, aonde quer que o sumo 143 Os ofícios acima eu vos dei,
conselho viajante, os meus após- assim como suas chaves, para au-
tolos, os envie para preparar um xílio e governo, para a obra do
caminho diante da minha face. ministério e o a aperfeiçoamento
140 A diferença entre esse quó- de meus santos.
rum e o quórum de élderes é que 144 E dou-vos o mandamento de
um deverá viajar constantemente preencherdes todos esses cargos e
e o outro deverá presidir as igrejas a
aprovardes ou desaprovardes, na
de tempos em tempos; um tem a minha conferência geral, os nomes
responsabilidade de presidir de que mencionei;
tempos em tempos e o outro não 145 E de preparardes acomoda-
tem responsabilidade de presidir, ções para todos esses cargos em
diz o Senhor vosso Deus. minha casa, quando a construirdes
141 E também vos digo: Dou-vos ao meu nome, diz o Senhor vosso
Vinson Knight, Samuel H. Smith Deus. Assim seja. Amém.
SEÇÃO 125
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nau-
voo, Illinois, em março de 1841, concernente aos santos do Territó-
rio de Iowa.
1–4, Os santos devem construir ci- concernente aos santos do Terri-
dades e reunir-se nas estacas de Sião. tório de Iowa?
2 Em verdade, assim diz o Se-
Qual é a vontade do Senhor nhor: Eu vos digo que se aqueles
138 a GEE Setenta. Convênios. GEE Comum Acordo.
141 a D&C 68:14; 107:15. 143 a Ef. 4:11–14.
b GEE Doutrina e 144 a D&C 26:2.
Doutrina e Convênios 125:3–126:3 294
que tomam sobre si o meu nome
a
3 Que construam uma cidade
e esforçam-se para ser os meus ao meu nome na terra em frente à
santos desejarem fazer a minha cidade de Nauvoo; e que lhe seja
vontade e guardar os meus man- dado o nome de a Zaraenla.
damentos concernentes a eles, que 4 E que todos os que vierem do
se reúnam nos lugares que eu lhes leste e do oeste e do norte e do sul,
designar por meio de meu servo que desejem ali habitar, recebam
Joseph, e construam cidades ao sua herança nela, assim como na
meu nome, a fim de se prepararem cidade de a Nashville, ou na cidade
para aquilo que está reservado de Nauvoo e em todas as b estacas
para uma época futura. que designei, diz o Senhor.
SEÇÃO 126
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na casa de
Brigham Young, em Nauvoo, Illinois, em 9 de julho de 1841. Nessa
ocasião, Brigham Young era presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.
1–3, Brigham Young é elogiado por 2 Tenho visto teu a trabalho e tua
seu trabalho e dispensado de futuras lida nas viagens que fizeste pelo
viagens para o exterior. meu nome.
3 Ordeno-te, portanto, que envies
Querido e bem-amado irmão a Bri- minha palavra ao exterior e zeles
gham Young, em verdade assim te especialmente por tua a família,
diz o Senhor: Meu servo Brigham, de agora em diante e para sem-
não mais se requer de ti que dei- pre. Amém.
xes tua família como em tempos
passados, porque tua oferta me é
aceitável.
SEÇÃO 127
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, aos santos dos últimos dias, com
instruções sobre o batismo pelos mortos, datada de 1º de setembro de
1842, em Nauvoo, Illinois.
125 2 a GEE Jesus Cristo — 4 a IE Nashville, Brigham.
Tomar sobre nós Condado de Lee, 2 a GEE Obras.
o nome de Jesus Estado de Iowa. 3 a GEE Família.
Cristo. b GEE Estaca.
3 a GEE Zaraenla. 126 1 a GEE Young,
295 Doutrina e Convênios 127:1– 4
1–4, Joseph Smith gloria-se na perse- vida; e a causa parece-me um mis-
guição e nas aflições; 5–12, Devem ser tério, a menos que eu tenha sido
feitos registros relativos aos batismos c
ordenado desde antes da funda-
pelos mortos. ção do mundo para algum pro-
pósito bom ou mau, como pre-
Tendo o Senhor me revelado es- ferirdes chamá-lo. Julgai por vós
tarem os meus inimigos outra vez mesmos. Deus conhece todas essas
à minha procura, tanto em Mis- coisas, sejam boas ou más. Contu-
souri como neste Estado; e sendo do, estou habituado a nadar em
que me perseguem sem a motivo e águas profundas. Isso tudo se tor-
não têm a menor sombra ou apa- nou uma segunda natureza para
rência de justiça ou direito a seu mim; e, como Paulo, glorio-me
favor na formulação de processos na d tribulação; pois até este dia o
contra mim; e sendo as suas pre- Deus de meus pais livrou-me de
tensões todas baseadas na mais todas elas e livrar-me-á daqui em
tenebrosa falsidade, achei con- diante; pois eis que triunfarei so-
veniente e sábio abandonar o lu- bre todos os meus inimigos, por-
gar por certo tempo, para minha que o Senhor Deus o disse.
própria segurança e a segurança 3 Regozijem-se, portanto, todos
deste povo. Quero dizer a todos os santos e alegrem-se muito; por-
com quem tenho relações comer- que o a Deus de Israel é o seu Deus
ciais, que encarreguei agentes e e ele derramará uma justa recom-
secretários para cuidar de todos os pensa sobre a cabeça de todos os
meus negócios de maneira correta seus opressores.
e precisa, pagando todas as mi- 4 E também, em verdade assim
nhas dívidas a tempo, vendendo diz o Senhor: Que a obra de meu
propriedades ou de outra forma, a
templo e todas as obras que vos
conforme o caso exigir ou as cir- designei continuem sem cessar;
cunstâncias permitirem. Quando e que vossa b diligência e vossa
eu souber que a tempestade pas- perseverança e paciência e vossos
sou completamente, então voltarei trabalhos se redobrem; e de modo
para o meio de vós. algum perdereis vossa recompen-
2 E quanto aos a perigos que de sa, diz o Senhor dos Exércitos. E
mim é requerido passar, parecem- se vos c perseguirem, assim perse-
me coisa pequena, pois a b inveja guiram eles os profetas e homens
e a ira dos homens têm-me acom- justos antes de vós. Para tudo isso
panhado todos os dias de minha há uma recompensa no céu.
127 1 a Jó 2:3; Perseguir. 3 a 3 Né. 11:12–14.
Mt. 5:10–12; b GEE Inveja. 4 a D&C 124:55.
1 Ped. 2:20–23. c GEE Preordenação. b GEE Diligência.
2 a Salm. 23. d 2 Cor. 6:4–5. c GEE Perseguição,
GEE Perseguição, GEE Adversidade. Perseguir.
Doutrina e Convênios 127:5–12 296
5 E também vos falo com relação de geração em geração, diz o Se-
ao a batismo por vossos b mortos. nhor dos Exércitos.
6 Em verdade, assim vos diz o 10 Quero dizer a todos os santos
Senhor a respeito de vossos mor- que desejei, com grande desejo,
tos: Quando um de vós for a batiza- falar-lhes do púlpito no domingo
do por vossos mortos, que haja um próximo sobre o assunto do ba-
b
registrador e que ele seja teste- tismo pelos mortos. Mas estando
munha ocular de vossos batismos; fora de meu alcance fazê-lo, escre-
que ouça com seus ouvidos para verei a palavra do Senhor, de tem-
testificar a verdade, diz o Senhor; pos em tempos, sobre o assunto;
7 Para que todos os vossos re- e enviá-la-ei pelo correio, assim
gistros sejam a registrados no céu; como muitas outras coisas.
para que tudo o que b ligardes na 11 Agora termino minha carta,
Terra seja ligado no céu; tudo o por falta de tempo; pois o inimigo
que desligardes na Terra seja des- está alerta e, como disse o Salva-
ligado no céu; dor, o a príncipe deste mundo vem,
8 Pois estou prestes a a restaurar mas nada tem comigo.
na Terra muitas coisas relativas 12 Eis que minha oração a Deus
ao b sacerdócio, diz o Senhor dos é para que todos vós sejais salvos.
Exércitos. E subscrevo-me, vosso servo no
9 E também que todos os a regis- Senhor, profeta e a vidente de A
tros sejam conservados em ordem, Igreja de Jesus Cristo dos Santos
para que sejam postos nos arqui- dos Últimos Dias.
vos de meu santo templo, a fim de Joseph Smith.
serem conservados na lembrança,
SEÇÃO 128
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias, contendo mais instruções a respeito do batismo
pelos mortos, datada de 6 de setembro de 1842, em Nauvoo, Illinois.
1–5, Registradores locais e gerais de- validade e serão registrados tanto na
vem certificar os batismos realizados Terra como no céu; 10–14, A fonte
pelos mortos; 6–9, Seus registros terão batismal é à semelhança da sepultura;
5 a GEE Batismo, Batizar — 7 a GEE Livro da Vida. 11 a Jo. 14:30;
Batismo pelos mortos. b GEE Selamento, Selar. TJS Jo. 14:30 (Apêndice
b GEE Salvação para os 8 a GEE Restauração do da Bíblia).
Mortos. Evangelho. GEE Diabo.
6 a 1 Cor. 15:29; b GEE Sacerdócio de 12 a D&C 124:125.
D&C 128:13, 18. Melquisedeque. GEE Vidente.
b D&C 128:2–4, 7. 9 a D&C 128:24.
297 Doutrina e Convênios 128:1–5
15–17, Elias, o profeta, restaurou o po- minucioso e exato ao anotar to-
der relativo ao batismo pelos mortos; dos os procedimentos, afirmando
18–21, Restauram-se todas as chaves, em seu registro que viu com seus
poderes e autoridades de dispensações olhos e ouviu com seus ouvidos,
passadas; 22–25, Proclamam-se glo- dando a data, os nomes e assim
riosas e alegres novas para os vivos e por diante; e a história de toda a
para os mortos. transação, indicando três indiví-
duos que estiverem presentes, se
Como afirmei na carta a vós diri- houver alguém presente, que pos-
gida antes de deixar minha casa, sam, em qualquer ocasião em que
que vos escreveria de tempos em forem chamados, certificar quanto
tempos para informar-vos sobre ao mesmo, para que, pela boca de
vários assuntos, retomo agora a duas ou três a testemunhas toda
questão do a batismo pelos mortos, palavra seja confirmada.
pois esse assunto parece ocupar- 4 E que haja um registrador ge-
me o pensamento e impor-se a ral, a quem esses outros registros
meus sentimentos mais do que possam ser entregues, acompa-
qualquer outro desde que meus nhados de certificados com assi-
inimigos começaram a me per- naturas, atestando ser verdadeiro
seguir. o registro que fizeram. Então o
2 Eu vos escrevi algumas pala- registrador geral da igreja incluirá
vras de revelação concernentes a o registro no livro geral da igreja,
um registrador. Vieram-me mais juntamente com os certificados e
algumas ideias com relação a esse todas as testemunhas presentes, e
assunto, que agora dou a conhe- com sua própria declaração de que
cer. Isto é, declarei em minha car- realmente acredita serem verda-
ta anterior que deveria haver um deiras as afirmações e os registros,
a
registrador, que fosse testemunha a julgar pelo conhecimento do ca-
ocular e ouvisse com seus ouvi- ráter geral daqueles homens e sua
dos, para fazer um registro da ver- designação pela igreja. E, quan-
dade perante o Senhor. do isso for feito no livro geral da
3 Agora, com relação a esse as- igreja, o registro será tão santo e
sunto, seria muito difícil para um confirmará a ordenança, como se
mesmo registrador estar presente ele tivesse visto com seus próprios
todas as vezes e tratar de todos olhos e ouvido com seus próprios
os assuntos. Para evitar essa di- ouvidos e feito um registro do
ficuldade, pode-se designar um mesmo no livro geral da igreja.
registrador bem qualificado, em 5 Talvez penseis que essa ordem
cada ala da cidade, para fazer das coisas seja muito minuciosa;
atas precisas; e que ele seja muito mas quero dizer-vos que é apenas
128 1 a GEE Batismo, Bati- mortos. 3 a GEE Testemunha.
zar — Batismo pelos 2 a D&C 127:6.
Doutrina e Convênios 128:6–9 298
em resposta à vontade de Deus, 8 Agora, a natureza desta orde-
segundo a ordenança e preparação nança consiste no a poder do sa-
que o Senhor ordenou e preparou cerdócio, pela revelação de Jesus
antes da fundação do mundo para Cristo, no qual se concede que
a a salvação dos que morressem tudo o que b ligardes na Terra será
sem b conhecimento do evangelho. ligado no céu e tudo o que desli-
6 E ainda mais, quero que vos gardes na Terra será desligado no
lembreis de que João, o Revela- céu. Ou, em outras palavras, sob
dor, estava meditando sobre esse outro ponto de vista de tradução,
mesmo assunto, em relação aos tudo o que registrardes na Terra
mortos, quando declarou confor- será registrado no céu e tudo o que
me encontrareis registrado em não registrardes na Terra não será
Apocalipse 20:12 — E vi os mor- registrado no céu; pois pelos livros
tos, grandes e pequenos, que estavam serão julgados os vossos mortos,
diante de Deus; e abriram-se os livros; segundo suas próprias obras, quer
e abriu-se outro livro, que é o da vida; tenham eles mesmos cuidado das
e os mortos foram julgados pelas coi- c
ordenanças em pessoa, quer por
sas que estavam escritas nos livros, meio de seus agentes, segundo
segundo as suas obras. a ordenança que Deus preparou
7 Descobrireis, nessa citação, que para sua d salvação desde antes da
se abriram os livros; e abriu-se fundação do mundo, segundo os
um outro livro, que era o a livro registros que fizeram concernentes
da vida; mas os mortos foram jul- a seus mortos.
gados pelas coisas que estavam 9 A alguns a doutrina de que
escritas nos livros, segundo suas falamos poderá parecer muito ar-
obras; consequentemente, os livros rojada — um poder que registra
mencionados devem ser os livros ou liga na Terra e liga nos céus.
que continham o registro de suas Contudo, em todas as épocas do
obras; e referem-se aos b registros mundo, sempre que o Senhor deu
feitos na Terra. E o livro que era o uma a dispensação do sacerdócio
livro da vida é o registro que se faz a qualquer homem ou grupo de
no céu; o princípio, portanto, con- homens, por revelação real, esse
corda exatamente com a doutrina poder sempre foi dado. Por isso,
que vos é ordenada na revelação tudo o que esses homens fizeram
contida na carta que vos escrevi com b autoridade em nome do Se-
antes de deixar minha casa — para nhor e fizeram-no verdadeira e
que todos os vossos registros se- fielmente, conservando um re-
jam registrados no céu. gistro fiel e adequado do mesmo,
5 a GEE Salvação para os GEE Livro da Vida. c GEE Ordenanças.
Mortos. b D&C 21:1. d GEE Salvação para os
b 1 Ped. 4:6. 8 a GEE Poder; Mortos.
7 a Apoc. 20:12; Sacerdócio. 9 a GEE Dispensação.
D&C 127:6–7. b GEE Selamento, Selar. b GEE Autoridade.
299 Doutrina e Convênios 128:10–15
tornou-se lei na Terra e nos céus ordenança para estabelecer uma
e, de acordo com os decretos do relação com a ordenança do ba-
grande c Jeová, não podia ser re- tismo pelos mortos, sendo à se-
vogado. Esta é uma palavra fiel. melhança dos mortos.
Quem a pode ouvir? 13 Por conseguinte, instituiu-se
10 E também existe um prece- a a fonte batismal como b símbolo
dente em Mateus 16:18, 19: Pois da sepultura e ordenou-se que
também eu te digo que tu és Pedro, fosse colocada abaixo do lugar
e sobre esta pedra edificarei a minha onde os vivos costumam reunir-
igreja, e as portas do inferno não pre- se, para representar os vivos e os
valecerão contra ela; e eu te darei as mortos a fim de que cada coisa te-
chaves do reino dos céus; e tudo o que nha sua semelhança e concordem
ligares na Terra será ligado nos céus, uma com a outra — Aquilo que é
e tudo o que desligares na Terra será terreno conforme o que é celestial,
desligado nos céus. como declarou Paulo em 1 Corín-
11 Agora, o grande e importante tios 15:46, 47 e 48:
segredo deste assunto e o summum 14 Mas não é primeiro o espiritual,
bonum de toda a questão que se senão o natural; depois o espiritual.
nos apresenta consiste em obte- O primeiro homem, da Terra, é terre-
rem-se os poderes do Santo Sacer- no; o segundo homem, o Senhor, é do
dócio. Aquele a quem forem dadas céu. Qual o terreno, tais são também
essas a chaves não terá dificuldade os terrestres; e, qual o celestial, tais
em obter um conhecimento dos também os celestiais. E com a mes-
fatos relativos à b salvação dos fi- ma precisão com que se fazem os
lhos dos homens, tanto os mortos registros da Terra relativos a vos-
como os vivos. sos mortos, que são feitos com
12 Nisto há a glória e b honra precisão, fazem-se os registros do
e c imortalidade e vida eterna: céu. Este, portanto, é o poder de
A ordenança do batismo pela a
selar e ligar e, em certo sentido
água, ou melhor, ser d imerso na da palavra, as b chaves do reino,
água para conformar-se à seme- que consistem na chave do c co-
lhança dos mortos, para que um nhecimento.
princípio concorde com o ou- 15 E agora, meus amados irmãos
tro; ser imerso na água e sair da e irmãs, eu vos asseguro que estes
água assemelha-se à ressurreição princípios referentes aos mortos
dos mortos ao saírem da sepul- e aos vivos não podem ser negli-
tura; por isso instituiu-se essa genciados no que tange a nossa
9 c GEE Jeová. c GEE Imortal, 14 a GEE Selamento, Selar.
11 a GEE Chaves do Imortalidade. b GEE Chaves do
Sacerdócio. d GEE Batismo, Batizar — Sacerdócio.
b GEE Salvação. Batismo por imersão. c TJS Lc. 11:53
12 a GEE Glória. 13 a D&C 124:29. (Apêndice da Bíblia).
b GEE Honra, Honrar. b GEE Simbolismo.
Doutrina e Convênios 128:16–19 300
salvação. Porque a sua salvação
a
ao meu propósito. É suficiente
é necessária e essencial a nossa saber, neste caso, que a Terra será
salvação, como diz Paulo com res- ferida com maldição, a menos que
peito aos pais — que eles, sem nós, exista um b elo de ligação de um
não podem ser b aperfeiçoados — ou outro tipo entre os pais e os
nem podemos nós, sem nossos filhos, sobre um assunto ou ou-
mortos, ser aperfeiçoados. tro — e qual é esse assunto? É o
16 E agora, com relação ao ba- c
batismo pelos mortos. Pois nós,
tismo pelos mortos, apresentarei sem eles, não podemos ser aperfei-
outra citação de Paulo, em 1 Co- çoados; nem podem eles, sem nós,
ríntios 15:29: Doutra maneira, que ser aperfeiçoados. Nem podem
farão os que se batizam pelos mor- eles nem podemos nós ser aper-
tos, se absolutamente os mortos não feiçoados sem os que morreram
ressuscitam? Porque se batizam eles no evangelho; pois é necessário,
então pelos mortos? na introdução da d dispensação
17 E também, com relação a essa da plenitude dos tempos, dispen-
citação, mencionarei outra, tira- sação essa que está começando a
da de um dos profetas que tinha introduzir-se, que uma total, com-
os olhos fitos na a restauração do pleta e perfeita união e fusão de
sacerdócio, nas glórias a serem dispensações e chaves e poderes e
reveladas nos últimos dias e, de glórias ocorram e sejam reveladas
modo especial, no mais glorioso desde os dias de Adão até o tem-
de todos os assuntos pertencen- po atual. E não somente isso, mas
tes ao evangelho eterno, ou seja, as coisas que nunca se revelaram
o batismo pelos mortos; pois Ma- desde a e fundação do mundo, mas
laquias diz, no último capítulo, que se conservaram ocultas aos sá-
versículos cinco e seis: Eis que eu bios e prudentes, serão reveladas
vos enviarei o profeta b Elias, antes a f crianças e recém-nascidos nesta
que venha o grande e terrível dia do dispensação, que é a da plenitude
Senhor; e ele converterá o coração dos dos tempos.
pais aos filhos, e o coração dos filhos 19 Agora, o que ouvimos no
a seus pais; para que eu não venha, e evangelho que recebemos? Uma
fira a terra com maldição. voz de alegria! Uma voz de mi-
18 Eu poderia ter feito uma a tra- sericórdia do céu; e uma voz de
dução mais clara, mas é suficiente- a
verdade saindo da Terra; alegres
mente clara como está, para servir novas para os mortos; uma voz de
15 a GEE Salvação para os D&C 2; 110:13–16. 127:6–7.
Mortos. GEE Elias,o Profeta. d GEE Dispensação.
b Heb. 11:40. 18 a JS—H 1:36–39. e D&C 35:18.
GEE Perfeito. b GEE Genealogia; f Mt. 11:25;
17 a GEE Restauração do Ordenanças — Lc. 10:21;
Evangelho. Ordenança vicária. Al. 32:23.
b 3 Né. 25:5–6; c D&C 124:28–30; 19 a Salm. 85:10–11.
301 Doutrina e Convênios 128:20–23
alegria para os vivos e os mortos; diversos, durante todas as viagens
boas b novas de grande alegria. e tribulações desta Igreja de Je-
Quão formosos são sobre os mon- sus Cristo dos Santos dos Últimos
tes os c pés daqueles que anunciam Dias! E a voz de Miguel, o arcanjo,
alegres novas de coisas boas e que e a voz de b Gabriel e de c Rafael e
dizem a Sião: Eis que teu Deus rei- de diversos d anjos, de Miguel, ou
na! Como o d orvalho de Carmelo, seja, e Adão, até o tempo atual, to-
assim descerá sobre eles o conhe- dos anunciando sua f dispensação,
cimento de Deus! seus direitos, suas chaves, suas
20 E também, o que ouvimos? honras, sua majestade e glória e
Alegres novas de a Cumora! b Mo- o poder de seu sacerdócio; dando
rôni, um anjo do céu, anunciando linha sobre linha, g preceito sobre
o cumprimento dos profetas — o preceito; um pouco aqui, um pou-
c
livro a ser revelado. A voz do Se- co ali; dando-nos consolação pela
nhor no ermo de d Fayette, Conda- proclamação do que está para vir,
do de Sêneca, anunciando as três confirmando nossa h esperança!
testemunhas que e testificariam 22 Irmãos, não prosseguiremos
quanto ao livro! A voz de f Miguel em tão grande causa? Ide avante
às margens do Susquehanna, iden- e não para trás. Coragem, irmãos;
tificando o diabo quando apare- e avante, avante para a vitória!
ceu como um anjo de g luz! A voz Regozije-se vosso coração e mui-
de h Pedro, Tiago e João no ermo to se alegre. Prorrompa a Terra
entre Harmony, Condado de Sus- em a canto. Entoem os mortos hi-
quehanna, e Colesville, Condado nos de eterno louvor ao Rei b Ema-
de Broome, no rio Susquehanna, nuel, que estabeleceu, antes da
declarando-se possuidores das fundação do mundo, aquilo que
i
chaves do reino e da dispensação nos permitiria c redimi-los de sua
da plenitude dos tempos! d
prisão; pois os prisioneiros serão
21 E também, a voz de Deus no libertados.
quarto do velho a Pai Whitmer, 23 Que as a montanhas gritem de
em Fayette, Condado de Sêneca; alegria e todos vós, vales, clamai
e em várias ocasiões e em lugares em alta voz; e todos vós, mares e
19 b Lc. 2:10. d GEE Fayette, Nova York d GEE Anjos.
c Isa. 52:7–10; (EUA). e D&C 107:53–56.
Mos. 15:13–18; e D&C 17:1–3. f GEE Dispensação.
3 Né. 20:40. f D&C 27:11. g Isa. 28:10.
d Deut. 32:2; GEE Adão. h GEE Esperança.
D&C 121:45. g 2 Cor. 11:14. 22 a Isa. 49:13.
20 a JS—H 1:51–52. h D&C 27:12. b Isa. 7:14; Al. 5:50.
GEE Cumora, Monte. i GEE Chaves do GEE Emanuel.
b GEE Morôni, Filho de Sacerdócio. c GEE Redenção,
Mórmon. 21 a IE Peter Whitmer Redimido, Redimir.
c Isa. 29:4, 11–14; Sênior. d Isa. 24:22;
2 Né. 27:6–29. b GEE Gabriel. D&C 76:72–74.
GEE Livro de Mórmon. c GEE Rafael. 23 a Isa. 44:23.
Doutrina e Convênios 128:24–129:2 302
terras secas, contai as maravilhas lavandeiros; e assentar-se-á
de vosso Eterno Rei! E vós, rios e como um d fundidor e purifica-
riachos e ribeiros, fluí com alegria. dor de prata e purificará os filhos
Que as matas e todas as árvores do de e Levi e refiná-los-á como ouro
campo louvem ao Senhor; e vós, e como prata, para que façam ao
b
pedras sólidas, chorai de alegria! Senhor uma f oferta em retidão.
E que o sol, a lua e as c estrelas da Que nós, portanto, como igreja
manhã cantem juntas e que to- e como povo e como santos dos
dos os filhos de Deus gritem de últimos dias, façamos ao Senhor
alegria. E que as criações eternas uma oferta em retidão; e apre-
proclamem seu nome para todo sentemos em seu templo santo,
o sempre. E torno a dizer: Quão quando estiver terminado, um
gloriosa é a voz que ouvimos do livro contendo os g registros de
céu, proclamando a nossos ou- nossos mortos, que seja digno
vidos glória e salvação e honra e de toda aceitação.
d
imortalidade e e vida eterna; rei- 25 Irmãos, tenho muitas coisas
nos, principados e poderes! para vos dizer sobre o assunto;
24 Eis que o grande a dia do mas terminarei por agora e con-
Senhor está perto; e quem b su- tinuarei em outra ocasião. Subs-
portará o dia de sua vinda e crevo-me, como sempre, vosso
quem subsistirá quando ele apa- humilde servo e amigo fiel.
recer? Pois ele é como o c fogo Joseph Smith.
do ourives e como o sabão dos
SEÇÃO 129
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Illinois,
em 9 de fevereiro de 1843, dando a conhecer três importantes chaves
por meio das quais se pode distinguir a verdadeira natureza dos es-
píritos e anjos ministradores.
1–3, No céu existem corpos ressurretos No a céu existem duas espécies de
e corpos espirituais; 4–9, Dão-se as seres, a saber: b Anjos, que são pes-
chaves pelas quais se podem identifi- soas c ressuscitadas e que têm um
car mensageiros procedentes do outro corpo de carne e ossos —
lado do véu. 2 Por exemplo, Jesus disse:
23 b Lc. 19:40. b Mal. 3:1–3. f D&C 84:31.
c Jó 38:7. c 3 Né. 24:2–3. GEE Oferta.
d GEE Imortal, GEE Terra — g D&C 127:9.
Imortalidade. Purificação da Terra. GEE Genealogia.
e GEE Vida eterna. d Zac. 13:9. 129 1 a GEE Céu.
24 a GEE Segunda Vinda de e Deut. 10:8; b GEE Anjos.
Jesus Cristo. D&C 13; 124:39. c GEE Ressurreição.
303 Doutrina e Convênios 129:3–130:4
Apalpai-me e vede, pois um espírito sua glória, porque essa é a única
não tem a carne nem ossos, como vedes maneira em que pode aparecer —
que eu tenho. 7 Pedi-lhe que vos dê a mão e ele
3 Segundo: Os a espíritos de b ho- não se moverá, porque é contrário
mens justos tornados perfeitos, à ordem do céu que um homem
aqueles que não ressuscitaram, justo engane; mas ele ainda assim
mas herdam a mesma glória. transmitirá sua mensagem.
4 Quando aparecer um mensa- 8 Se for o a diabo fazendo-se de
geiro dizendo ter uma mensagem anjo de luz, quando pedirdes que
de Deus, oferecei-lhe a mão e pe- vos dê a mão, oferecer-vos-á a
di-lhe que a aperte. mão e não sentireis coisa alguma;
5 Se for um anjo, ele o fará e sen- podereis, portanto, identificá-lo.
tireis sua mão. 9 Essas são três importantes cha-
6 Se for o espírito de um homem ves pelas quais podereis saber se
justo tornado perfeito, ele virá em uma ministração provém de Deus.
SEÇÃO 130
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Illinois,
em 2 de abril de 1843.
1–3, O Pai e o Filho podem aparecer vê-lo-emos como é. Veremos que é
pessoalmente aos homens; 4–7, Os um b homem como nós.
anjos residem em uma esfera celestial; 2 E que a mesma sociabilidade
8–9, A Terra celestial será um grande que existe entre nós, aqui, existi-
Urim e Tumim; 10–11, É dada uma rá entre nós lá, só que será acom-
pedra branca a todos os que entram panhada de a glória eterna, gló-
no mundo celestial; 12–17, É ocultada ria essa que não experimentamos
do Profeta a hora da Segunda Vinda; agora.
18–19, A inteligência adquirida nesta 3 João 14:23 — A aparição do a Pai
vida ressurge conosco na Ressurrei- e do b Filho, nesse versículo, é uma
ção; 20–21, Todas as bênçãos advêm c
aparição pessoal; e a ideia de que
da obediência à lei; 22–23, O Pai e o o Pai e o Filho d habitam no coração
Filho têm um corpo de carne e ossos. do homem é uma velha concepção
sectária e é falsa.
Quando o Salvador se a manifestar, 4 Em resposta à pergunta — Não
2 a Lc. 24:39. Morô. 7:48. b GEE Trindade — Deus,
3 a GEE Espírito. GEE Segunda Vinda de o Filho.
b Heb. 12:23; Jesus Cristo. c D&C 93:1.
D&C 76:69. b Lc. 24:36–40. d D&C 130:22.
8 a 2 Cor. 11:14; 2 a GEE Glória Celestial. GEE Trindade.
2 Né. 9:9. 3 a GEE Trindade — Deus,
130 1 a 1 Jo. 3:2; o Pai.
Doutrina e Convênios 130:5–17 304
é calculado o tempo de Deus,
a
11 E é dada uma pedra branca a
a
o tempo dos anjos, o tempo dos cada um dos que entram no reino
profetas e o tempo dos homens celestial, na qual está escrito um
de acordo com o planeta em que novo b nome que ninguém conhe-
habitam? ce, a não ser aquele que o recebe.
5 Respondo: Sim. Mas os únicos O novo nome é a palavra-chave.
a
anjos que ministram nesta Terra 12 Profetizo, em nome do Se-
são os que pertencem ou que per- nhor Deus, que o princípio das
tenceram a ela. a
dificuldades que causarão muito
6 Os anjos não habitam em um derramamento de sangue antes da
planeta como esta Terra; vinda do Filho do Homem será na
7 Mas habitam na presença de b
Carolina do Sul.
Deus, em um globo semelhante 13 Provavelmente surgirá por
a um a mar de vidro e b fogo, onde causa da questão dos escravos.
todas as coisas passadas, presen- Isto me foi declarado por uma
tes e futuras manifestam-se para voz, enquanto eu orava fervoro-
sua glória; e estão continuamente samente sobre o assunto, em 25
diante do Senhor. de dezembro de 1832.
8 O lugar onde Deus habita é um 14 Certa vez eu estava orando
grande a Urim e Tumim. fervorosamente para saber o tem-
9 Esta a Terra, em seu estado san- po da a vinda do Filho do Homem,
tificado e imortal, será transfor- quando ouvi uma voz dizer o se-
mada como em cristal e será um guinte:
Urim e Tumim para os seus habi- 15 Joseph, meu filho, se viveres
tantes, pelo qual todas as coisas até a idade de oitenta e cinco anos,
pertencentes a um reino inferior verás a face do Filho do Homem;
ou a todos os reinos de uma ordem portanto, que isto seja suficiente
inferior manifestar-se-ão àqueles e não me importunes mais com
que nela habitam; e esta Terra será esse assunto.
de Cristo. 16 Assim fiquei sem poder deci-
10 Então a pedra branca, mencio- dir se essa vinda se referia ao iní-
nada em Apocalipse 2:17, tornar- cio do milênio ou a alguma apari-
se-á um Urim e Tumim para toda ção prévia, ou ainda, se eu haveria
pessoa que receber uma; e por ela de morrer e assim ver-lhe a face.
tornar-se-ão conhecidas as coisas 17 Creio que a vinda do Filho
pertencentes a uma ordem supe- do Homem não será antes desse
rior de reinos; tempo.
4 a 2 Ped. 3:8; b Isa. 33:14. b Isa. 62:2.
Abr. 3:4–10; ver 8 a GEE Urim e Tumim. 12 a D&C 38:29; 45:63.
também Abr., fac. 2, 9 a D&C 77:1. b D&C 87:1–5.
fig. 1. GEE Terra — Estado 14 a GEE Segunda Vinda de
5 a GEE Anjos. final da Terra. Jesus Cristo.
7 a Apoc. 4:6; 15:2. 11 a Apoc. 2:17.
305 Doutrina e Convênios 130:18–131:5
18 Qualquer princípio de a inteli- bênção de Deus, é por obediên-
gência que alcançarmos nesta vida cia à lei na qual ela se baseia.
surgirá conosco na b ressurreição. 22 O a Pai tem um b corpo de car-
19 E se nesta vida uma pessoa, ne e ossos tão tangível como o do
por sua a diligência e b obediência, homem; o Filho também; mas o
adquirir mais c conhecimento e c
Espírito Santo não tem um corpo
inteligência do que outra, ela terá de carne e ossos, mas é um perso-
tanto mais d vantagem no mundo nagem de Espírito. Se assim não
futuro. fora, o Espírito Santo não poderia
20 Há uma a lei, irrevogavelmente habitar em nós.
decretada no céu b antes da funda- 23 Um homem pode receber o
ção deste mundo, na qual todas as a
Espírito Santo e esse pode des-
c
bênçãos se baseiam — cer sobre ele e não permanecer
21 E quando recebemos uma com ele.
SEÇÃO 131
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Illinois,
em 16 e 17 de maio de 1843.
1–4, O casamento celestial é essencial à 3 E se não o fizer, não poderá
exaltação no mais alto céu; 5–6, Como obtê-lo.
os homens são selados para a vida eter- 4 Poderá entrar em outro, mas
na; 7–8, Todo espírito é matéria. esse será o fim de seu reino; ele
não poderá ter a descendência.
Na a glória celestial há três céus 5 (17 de maio de 1843) A pa-
ou graus; lavra mais segura de a profecia
2 E para obter o mais a elevado, significa um homem saber, por
um homem precisa entrar nesta revelação e pelo espírito de pro-
ordem do sacerdócio [que signi- fecia, que está b selado para a
fica o b novo e eterno convênio do c
vida eterna pelo poder do San-
casamento]; to Sacerdócio.
18 a GEE Inteligência(s). GEE Abençoado, Casar — O novo e
b GEE Ressurreição. Abençoar, Bênção. eterno convênio do
19 a GEE Conhecimento. 22 a GEE Trindade. casamento.
b GEE Diligência. b At. 17:29. 4 a D&C 132:16–17.
c GEE Obedecer, c GEE Espírito Santo. 5 a 2 Ped. 1:19.
Obediência, 23 a GEE Dom do Espírito GEE Chamado
Obediente. Santo. (Vocação) e Eleição.
d Al. 12:9–11. 131 1 a D&C 76:70. b D&C 68:12; 88:4.
20 a D&C 82:10. GEE Glória Celestial. GEE Selamento, Selar.
b GEE Vida Pré-mortal. 2 a D&C 132:5–21. c GEE Vida eterna.
c Deut. 11:26–28; GEE Exaltação.
D&C 132:5. b GEE Casamento,
Doutrina e Convênios 131:6–132:4 306
6 É impossível ao homem ser e só pode ser discernido por olhos
salvo em b ignorância.
a
mais b puros;
7 Não existe algo como matéria 8 Não podemos vê-lo; mas quan-
imaterial. Todo a espírito é maté- do nosso corpo for purificado,
ria, mas é mais refinado ou puro veremos que ele é todo matéria.
SEÇÃO 132
Revelação dada intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo,
Illinois, registrada em 12 de julho de 1843, com relação ao novo e
eterno convênio, incluindo a eternidade do convênio do casamento e
também o princípio do casamento plural. Embora a revelação tenha
sido registrada em 1843, as evidências indicam que alguns dos prin-
cípios envolvidos nesta revelação eram do conhecimento do Profeta
já em 1831. Ver a Declaração Oficial 1.
1–6, A salvação é obtida por meio do a ti, meu servo Joseph, já que te
novo e eterno convênio; 7–14, São es- dirigiste a mim para saber e com-
tabelecidos os termos e as condições preender como eu, o Senhor, justi-
desse convênio; 15–20, O casamento fiquei meus servos Abraão, Isaque
celestial e a continuação da unidade e Jacó; assim como Moisés, Davi
familiar possibilitam aos homens tor- e Salomão, meus servos, no que
narem-se deuses; 21–25, O caminho diz respeito ao princípio e dou-
estreito e apertado conduz a vidas eter- trina de terem muitas a esposas e
nas; 26–27, É dada a lei concernente concubinas —
à blasfêmia contra o Espírito Santo; 2 Eis que eu sou o Senhor teu
28–39, São prometidas descendência Deus e responder-te-ei no tocante
eterna e exaltação aos profetas e san- a esse assunto.
tos de todas as épocas; 40–47, Joseph 3 Portanto, a prepara o teu co-
Smith recebe o poder de ligar e selar ração para receber as instruções
na Terra e no céu; 48–50, O Senhor que estou prestes a dar-te e para
sela sobre ele sua exaltação; 51–57, obedecer a elas; porque todos a
Emma Smith é aconselhada a ser fiel e quem esta lei é revelada devem
leal; 58–66, São estabelecidas leis que obedecê-la.
regem o casamento plural. 4 Pois eis que eu te revelo um
novo e eterno a convênio; e se não
Em verdade, assim diz o Senhor cumprires esse convênio, então
6 a GEE Salvação. Mois. 1:11. plural.
b D&C 107:99–100. 132 1 a D&C 132:34, 37–39. 3 a D&C 29:8; 58:6; 78:7.
7 a GEE Espírito. GEE Casamento, 4 a GEE Convênio.
b D&C 76:12; 97:16; Casar — Casamento
307 Doutrina e Convênios 132:5–13
serás b condenado, porque nin- que um, na Terra, ao mesmo tem-
guém pode c rejeitar esse convê- po, a quem esse poder e as f chaves
nio e ter permissão de entrar em desse sacerdócio são conferidas)
minha glória. não terão eficácia, virtude ou vigor
5 Pois todos os que receberem algum na ressurreição dos mortos
uma a bênção de minhas mãos obe- nem depois dela; porque todos os
decerão à b lei que foi designada contratos que não são realizados
para essa bênção e suas condições, com esse propósito têm fim quan-
como instituídas desde antes da do os homens morrem.
fundação do mundo. 8 Eis que minha casa é uma casa
6 E quanto ao a novo e eterno con- de ordem, diz o Senhor Deus, e
vênio, foi instituído para a pleni- não uma casa de confusão.
tude de minha b glória; e aquele 9 Aceitarei eu uma a oferta, diz
que recebe sua plenitude deve o Senhor, que não seja feita em
cumprir a lei e cumpri-la-á; caso meu nome?
contrário, será condenado, diz o 10 Ou receberei de vossas mãos
Senhor Deus. aquilo que não a determinei?
7 E em verdade eu te digo que 11 E determinarei algo, diz o Se-
estas são as a condições dessa lei: nhor, a menos que seja por lei,
Todos os convênios, contratos, como eu e meu Pai a estabelece-
vínculos, compromissos, b jura- mos para vós antes da fundação
mentos, votos, práticas, ligações, do mundo?
associações ou expectativas que 12 Eu sou o Senhor vosso Deus;
não forem feitos nem acertados e dou-vos este mandamento: Nin-
nem c selados pelo d Santo Espírito guém a virá ao Pai senão por mim
da promessa, tanto para esta vida ou pela minha palavra, a qual é a
como para toda a eternidade, por minha lei, diz o Senhor.
meio daquele que foi ungido e isso 13 E tudo que existe no mundo,
também de maneira muito sagra- quer seja ordenado por homens,
da, por e revelação e mandamento, por tronos ou principados ou po-
por meio de meu ungido, a quem deres ou coisas de renome, sejam
designei na Terra para possuir esse quais forem, que não for por mim
poder (e designei meu servo Jo- nem pela minha palavra, diz o Se-
seph para possuir esse poder nos nhor, será derrubado e a não per-
últimos dias — e nunca há mais manecerá depois que os homens
4 b GEE Condenação, GEE Glória Celestial. 9 a Morô. 7:5–6.
Condenar. 7 a D&C 88:38–39. GEE Sacrifício.
c D&C 131:1–4. b GEE Juramento. 10 a Lev. 22:20–25;
5 a D&C 130:20–21. c GEE Selamento, Selar. Mois. 5:19–23.
b GEE Lei. d GEE Santo Espírito da 11 a D&C 132:5.
6 a D&C 66:2. Promessa. 12 a Jo. 14:6.
GEE Novo e Eterno e GEE Revelação. 13 a 3 Né. 27:10–11.
Convênio. f GEE Chaves do
b D&C 76:70, 92–96. Sacerdócio.
Doutrina e Convênios 132:14–19 308
morrerem; nem na ressurreição digo: Se um homem se casar com
nem depois da ressurreição, diz uma mulher e fizer um convê-
o Senhor vosso Deus. nio com ela para esta vida e para
14 Pois todas as coisas que per- toda a eternidade; e se esse con-
manecem são por mim; e todas as vênio não for feito por mim nem
coisas que não são por mim serão por minha palavra, que é a minha
abaladas e destruídas. lei, e não for selado pelo Santo
15 Portanto, se um homem se a ca- Espírito da promessa, por meio
sar com uma mulher no mundo e daquele que ungi e designei com
não se casar com ela por meu in- esse poder, não será válido nem
termédio nem por minha palavra; estará em vigor quando se encon-
e fizer convênio com ela enquanto trarem fora do mundo, porque
estiver no mundo e ela com ele, não foram unidos por mim nem
seu convênio e casamento não por minha palavra, diz o Senhor;
terão valor quando morrerem e quando estiverem fora do mundo
quando estiverem fora do mun- não será aceito lá, porque não po-
do; portanto, não estarão ligados derão passar pelos anjos e pelos
por lei alguma quando estiverem deuses designados para ali estar;
fora do mundo. não podem, portanto, herdar mi-
16 Portanto, quando estão fora nha glória; pois minha casa é uma
do mundo não se casam nem são casa de ordem, diz o Senhor Deus.
dados em a casamento, mas são 19 E também, em verdade vos
designados b anjos no céu, anjos digo: Se um homem se casar com
esses que são servos ministrado- uma mulher pela minha palavra,
res, para ministrar em favor da- que é a minha lei, e pelo a novo e
queles que são dignos de um peso eterno convênio e for b selado pelo
muito maior, imensurável e eterno Santo Espírito da c promessa por
de glória. aquele que foi ungido, a quem
17 Porque esses anjos não guar- conferi esse poder e as d chaves
daram minha lei; portanto, não desse sacerdócio e for dito a eles:
podem crescer, mas permanecem Surgireis na primeira ressurreição;
separados e solteiros, sem exalta- e, se for depois da primeira ressur-
ção, no seu estado de salvação, por reição, na próxima ressurreição; e
toda a eternidade; e daí em diante herdareis e tronos, reinos, principa-
não são deuses, mas anjos de Deus dos e poderes, domínios, todas as
para todo o sempre. alturas e profundidades — então
18 E também, em verdade vos será escrito no f Livro da Vida do
15 a GEE Casamento, Casar. Casar — O novo e Sacerdócio.
16 a Mt. 22:23–33; eterno convênio do e Êx. 19:5–6;
Mc. 12:18–25; casamento. Apoc. 5:10; 20:6;
Lc. 20:27–36. b GEE Selamento, Selar. D&C 76:56; 78:15, 18.
b GEE Anjos. c D&C 76:52–53; 88:3–4. f GEE Livro da Vida.
19 a GEE Casamento, d GEE Chaves do
309 Doutrina e Convênios 132:20–27
Cordeiro que ele não cometerá 23 Mas se me receberdes no mun-
assassinato, derramando sangue do, então me conhecereis e rece-
inocente; e se guardarem meu con- bereis vossa exaltação; para que,
vênio e não cometerem assassina- a
onde eu estiver, estejais vós tam-
to, derramando sangue inocente, bém.
ser-lhes-á feito de acordo com to- 24 Isto é o significado de a vidas
das as coisas que meu servo disse, eternas: Conhecer o único sábio e
nesta vida e por toda a eternidade; verdadeiro Deus e Jesus Cristo, a
e estará em pleno vigor quando quem ele b enviou. Eu sou ele. Re-
estiverem fora do mundo; e pas- cebei, portanto, minha lei.
sarão pelos anjos e pelos deuses 25 a Larga é a porta e espaçoso
ali colocados, rumo a sua g exal- o caminho que conduz às b mor-
tação e glória em todas as coisas, tes; e muitos há que entram por
conforme selado sobre sua cabeça; ela, porque não me c recebem nem
glória essa que será uma plenitude guardam minha lei.
e uma continuação das sementes 26 Em verdade, em verdade vos
para todo o sempre. digo: Se um homem se casar com
20 Então serão deuses, pois não uma mulher de acordo com mi-
terão fim; portanto, serão de eter- nha palavra e eles forem selados
nidade em eternidade, porque con- pelo a Santo Espírito da promes-
tinuarão; então serão colocados sa, segundo o meu preceito, e ele
sobre tudo, porque todas as coisas ou ela cometer qualquer pecado
lhes serão sujeitas. Então serão ou transgressão contra o novo e
a
deuses, porque terão b todo o po- eterno convênio e toda sorte de
der e os anjos lhes serão sujeitos. blasfêmias; e se eles não b come-
21 Em verdade, em verdade vos terem assassinato, derramando
digo: A não ser que a guardeis mi- sangue inocente, ainda surgirão
nha lei, não obtereis esta glória. na primeira ressurreição e en-
22 Pois a estreita é a porta e aper- trarão para sua exaltação; mas
tado o b caminho que leva à exalta- serão destruídos na carne e c en-
ção e à continuação das c vidas, e tregues às bofetadas de d Satanás
poucos há que o encontram, por- até o dia da redenção, diz o Se-
que no mundo não me recebeis nhor Deus.
nem me conheceis. 27 A a blasfêmia contra o Espírito
19 g GEE Exaltação. 2 Né. 33:9; 3 Né. 14:13–15.
20 a Mt. 25:21; Hel. 3:29–30. b GEE Morte Espiritual.
D&C 29:12–13; 132:37. b Mt. 7:13–14, 23; c Jo. 5:43.
GEE Homem, 2 Né. 9:41; 31:17–21. 26 a GEE Santo Espírito da
Homens — Seu c D&C 132:30–31. Promessa.
potencial de se tornar 23 a Jo. 14:2–3. b Al. 39:5–6.
como o Pai Celestial. 24 a Jo. 17:3. c D&C 82:21; 104:9–10.
b D&C 50:26–29; 76:94– GEE Vida eterna. d GEE Diabo.
95; 84:35–39. b Jo. 3:16–17; 27 a GEE Blasfemar,
21 a GEE Lei. D&C 49:5. Blasfêmia;
22 a Lc. 13:24; 25 a Mt. 7:13–14; Pecado Imperdoável.
Doutrina e Convênios 132:28–37 310
Santo, que não será perdoada no
b
grãos de areia na praia, não po-
mundo nem fora do mundo, é deríeis enumerar.
cometer assassinato derramando 31 Esta promessa é vossa tam-
sangue inocente e consentir em bém, porque sois de a Abraão e a
minha morte depois de terdes re- promessa foi feita a Abraão; e por
cebido meu novo e eterno convê- essa lei continuam as obras de
nio, diz o Senhor Deus; e aquele meu Pai, nas quais ele se glorifica.
que não guarda esta lei, de modo 32 Ide, portanto, e fazei as a obras
algum poderá entrar para a minha de Abraão; guardai minha lei e
glória, mas será c condenado, diz sereis salvos.
o Senhor. 33 Mas se não guardardes mi-
28 Eu sou o Senhor teu Deus e nha lei, não podereis receber a
dar-te-ei a lei de meu santo sacer- promessa de meu Pai, que ele fez
dócio, conforme ordenado por a Abraão.
mim e meu Pai antes que o mun- 34 Deus deu a a ordem a Abraão
do existisse. e b Sara entregou-lhe c Agar como
29 a Abraão recebeu todas as coi- esposa. E por que ela o fez? Porque
sas que recebeu, por revelação e essa era a lei; e de Agar descendeu
mandamento, pela minha pala- muita gente. Isso, portanto, foi
vra, diz o Senhor; e entrou para para o cumprimento, entre outras
sua exaltação e assenta-se em seu coisas, das promessas.
trono. 35 Estava Abraão, portanto, sob
30 Abraão recebeu a promessas condenação? Em verdade vos digo
relativas a sua semente e ao fru- que não; porque eu, o Senhor, a dei-
to de seus b lombos — dos quais lhe essa ordem.
tu provéns, meu servo Joseph — 36 Foi a ordenado a Abraão que
promessas que haviam de conti- sacrificasse seu filho b Isaque; não
nuar enquanto eles estivessem no obstante, estava escrito: Não c ma-
mundo; e quanto a Abraão e sua tarás. Abraão, contudo, não se ne-
semente, haviam de continuar gou e isso lhe foi imputado por
fora do mundo; tanto no mun- d
retidão.
do como fora do mundo conti- 37 Abraão recebeu a concubinas e
nuariam tão inumeráveis quanto elas geraram-lhe filhos; e isso lhe
as c estrelas; ou, se contásseis os foi atribuído como sendo retidão,
27 b Mt. 12:31–32; Convênio Abraâmico. 35 a Jacó 2:24–30.
Heb. 6:4–6; b 2 Né. 3:6–16. 36 a Gên. 22:2–12.
D&C 76:31–35. c Gên. 15:5; 22:17. b GEE Isaque.
GEE Filhos de Perdição. 31 a D&C 86:8–11; 110:12. c Êx. 20:13.
c GEE Condenação, 32 a Jo. 8:39; d Jacó 4:5.
Condenar. Al. 5:22–24. GEE Retidão.
29 a GEE Abraão. 34 a Gên. 16:1–3. 37 a IE outras esposas.
30 a Gên. 12:1–3; 13:16. b GEE Sara. Gên. 25:5–6.
GEE Abraão — Semente c Gên. 25:12–18.
de Abraão; GEE Hagar.
311 Doutrina e Convênios 132:38– 45
porque elas lhe foram dadas e ele coisas. Pede o que desejares e ser-
obedeceu à minha lei; como tam- te-á dado de acordo com minha
bém Isaque e b Jacó nada mais fi- palavra.
zeram do que aquilo que lhes fora 41 E sendo que me indagaste a
ordenado; e porque nada mais fize- respeito do adultério, em verda-
ram do que as coisas que lhes foram de, em verdade eu te digo: Se um
ordenadas, entraram para a sua homem receber uma esposa pelo
c
exaltação, de acordo com as pro- novo e eterno convênio e ela esti-
messas; e assentam-se em tronos, ver com outro homem que eu não
e não são anjos, mas são deuses. lhe houver designado pela santa
38 a Davi também recebeu b mui- unção, ela terá cometido adultério
tas esposas e concubinas, assim e será destruída.
como Salomão e Moisés, meus 42 Se ela não tiver entrado no
servos; e também muitos outros novo e eterno convênio e estiver
de meus servos, desde o princípio com outro homem, terá a cometido
da criação até agora; e em nada adultério.
pecaram, a não ser nas coisas que 43 E se o seu marido estiver com
não receberam de mim. outra mulher, estando sob a voto,
39 As esposas e concubinas de terá quebrado seu voto e cometi-
Davi foram-lhe a dadas por mim, do adultério.
pela mão de Natã, meu servo, e 44 E se ela não tiver cometido
outros profetas que possuíam as adultério, mas for inocente e não
b
chaves desse poder; e em nenhu- tiver quebrado seu voto e o sou-
ma dessas coisas pecou ele contra ber e eu o revelar a ti, meu servo
mim, a não ser no caso de c Urias Joseph, então terás poder, pelo
e sua mulher; e, portanto, caiu poder de meu santo sacerdócio,
de sua exaltação e recebeu sua para tomá-la e dá-la a um que não
porção; e não as herdará fora do haja cometido adultério, mas te-
mundo, porque as d dei a outro, nha sido a fiel; pois ele será feito
diz o Senhor. governante de muitos.
40 Eu sou o Senhor teu Deus e 45 Porque te conferi as a chaves
dei a ti, meu servo Joseph, uma e poderes do sacerdócio, pelo
designação; e a restauro todas as qual b restauro todas as coisas; e
37 b Gên. 30:1–4; 2 Sam. 5:13; GEE Restauração do
D&C 133:55. 1 Re. 11:1–3. Evangelho.
GEE Jacó, Filho de 39 a 2 Sam. 12:7–8. 42 a D&C 42:22–26.
Isaque. b GEE Chaves do 43 a GEE Casamento, Casar;
c GEE Exaltação; Sacerdócio. Convênio.
Homem, Homens — c 2 Sam. 11:4, 27; 12:9; 44 a GEE Castidade.
Seu potencial de se 1 Re. 15:5. 45 a GEE Chaves do
tornar como o Pai GEE Adultério; Sacerdócio.
Celestial. Homicídio. b At. 3:21; D&C 86:10.
38 a GEE Davi. d Jer. 8:10. GEE Restauração do
b 1 Sam. 25:42–43; 40 a JS—H 1:33. Evangelho.
Doutrina e Convênios 132:46–54 312
faço-te saber todas as coisas no sacrifícios e perdoarei todos os
a
SEÇÃO 133
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hi-
ram, Ohio, em 3 de novembro de 1831. Prefaciando esta revelação, a
história de Joseph Smith diz: “Nessa ocasião havia muitas coisas que
os élderes desejavam saber com respeito à pregação do evangelho aos
habitantes da Terra e com respeito à coligação; e a fim de andar pela
verdadeira luz e ser instruído do alto, em 3 de novembro de 1831 in-
quiri o Senhor e recebi a seguinte importante revelação.” Esta seção
foi inicialmente acrescentada ao livro de Doutrina e Convênios como
apêndice e mais tarde recebeu um número como seção.
1–6, É ordenado que os santos se pre- e as tribos perdidas de Israel retorna-
parem para a Segunda Vinda; 7–16, É rão; 36–40, O evangelho foi restaurado
ordenado que todos os homens fujam por intermédio de Joseph Smith para
de Babilônia, venham para Sião e pre- ser pregado em todo o mundo; 41–51,
parem-se para o grande dia do Senhor; O Senhor descerá com vingança sobre
17–35, Ele aparecerá no Monte Sião, os os iníquos; 52–56, Será o ano de Seus
continentes tornar-se-ão uma só terra redimidos; 57–74, O evangelho será
63 b Mois. 1:39.
315 Doutrina e Convênios 133:1–12
pregado para salvar os santos e para a 7 Sim, em verdade torno a di-
destruição dos iníquos. zer-vos que chegada é a hora em
que a voz do Senhor se dirige
Escutai, ó povo da minha igreja, a vós: Deixai Babilônia; a reuni-
diz o Senhor vosso Deus, e ouvi vos dentre as nações, dos b quatro
a voz do Senhor no que concerne ventos, de um extremo do céu
a vós — até o outro.
2 O Senhor, que subitamente 8 a Enviai os élderes de minha
a
virá ao seu templo; o Senhor, que igreja às nações longínquas; às
descerá sobre o mundo com mal- b
ilhas do mar; enviai-os às nações
dição, para b julgar; sim, sobre to- estrangeiras; clamai a todas as
das as nações que se esqueceram nações, primeiro aos c gentios e
de Deus e sobre todos os ímpios depois aos d judeus.
dentre vós. 9 E eis que este será seu clamor
3 Pois ele a desnudará o santo e a voz do Senhor a todo o povo:
braço aos olhos de todas as nações Ide à terra de Sião, para que as
e todos os confins da Terra verão fronteiras de meu povo se expan-
a b salvação de seu Deus. dam e suas a estacas se fortaleçam
4 Portanto, preparai-vos, prepa- e para que b Sião se estenda pelas
rai-vos, ó meu povo; santificai- regiões circunvizinhas.
vos; reuni-vos, ó povo da minha 10 Sim, que o clamor alcance to-
igreja, na terra de Sião; todos vós dos os povos: Despertai e erguei-
a quem não foi ordenado que per- vos e saí ao encontro do a Esposo;
manecessem. eis que o Esposo vem; saí para
5 Deixai a Babilônia. Sede b pu- encontrá-lo. Preparai-vos para o
ros, vós que portais os vasos do b
grande dia do Senhor.
Senhor. 11 a Vigiai, portanto, porque b não
6 Convocai vossas assembleias sabeis o dia nem a hora.
solenes e a falai frequentemente 12 Portanto, os que estiverem
uns aos outros. E que todo homem no a meio dos gentios, fujam para
invoque o nome do Senhor. b
Sião.
133 2 a Mal. 3:1; D&C 36:8. 3 Né. 20:41; d GEE Judeus.
b D&C 1:36. D&C 38:42. 9 a Isa. 54:2.
GEE Jesus Cristo — GEE Pureza, Puro. GEE Estaca.
Juiz. 6 a Mal. 3:16–18. b GEE Sião.
3 a Isa. 52:10. 7 a D&C 29:8. 10 a Mt. 25:6;
b Isa. 12:2; 52:10. GEE Israel — Coligação D&C 33:17–18;
GEE Plano de Reden- de Israel. 45:54–59.
ção; b Zac. 2:6–7; GEE Esposo.
Salvação. Mc. 13:27. b D&C 1:12–14.
5 a Al. 5:57; 8 a GEE Obra Missionária. 11 a Mc. 13:32–37;
D&C 1:16. b Isa. 11:11; JS—M 1:46, 48.
GEE Babel, Babilônia; 1 Né. 22:4; b D&C 49:7.
Mundanismo. 2 Né. 10:8, 20. 12 a D&C 38:31, 42.
b 2 Tim. 2:21; c GEE Gentios. b GEE Sião.
Doutrina e Convênios 133:13–26 316
13 E os que forem de Judá fujam
a
19 Portanto, preparai-vos para
para b Jerusalém, para as c monta- a a vinda do b Esposo; saí, saí para
nhas da d casa do Senhor. encontrá-lo.
14 Saí dentre as nações, sim, de 20 Pois eis que ele a estará de pé
Babilônia, do meio da iniquidade, sobre o Monte das Oliveiras e so-
que é a Babilônia espiritual. bre o grandioso oceano, sim, o
15 Mas em verdade assim diz o grande abismo, e sobre as ilhas do
Senhor: Que vossa fuga não seja mar e sobre a terra de Sião.
às a pressas, mas que se preparem 21 E a sua voz a sairá de b Sião e
todas as coisas com antecedência; ele falará de Jerusalém; e ouvir-
e o que for b não olhe para trás, se-á a sua voz entre todo o povo;
para que não lhe sobrevenha uma 22 E será uma voz como a a voz
destruição repentina. de muitas águas e como a voz de
16 Escutai e ouvi, ó habitantes da um grande b trovão, que c abaterá
Terra. a Escutai juntos, vós, élderes as montanhas; e não se acharão
da minha igreja, e ouvi a voz do os vales.
Senhor; porque ele clama a todos 23 Ele ordenará ao grande abis-
os homens e ordena que todos os mo e este será empurrado para os
homens, em todas as partes, se países do norte e as a ilhas se tor-
b
arrependam. narão uma só terra;
17 Pois eis que o Senhor Deus 24 E a terra de a Jerusalém e a ter-
a
enviou o anjo clamando no meio ra de Sião voltarão para seu pró-
do céu, dizendo: Preparai o ca- prio lugar; e a Terra será como era
minho do Senhor e b endireitai as antes de sua b divisão.
suas veredas, porque a hora de sua 25 E o Senhor, sim, o Salvador,
c
vinda está próxima — permanecerá no meio de seu povo
18 Quando o a Cordeiro aparecer e a reinará sobre toda a carne.
no b Monte Sião e, com ele, c cento 26 E aqueles que estiverem nos
e quarenta e quatro mil, tendo o a
países do norte serão lembrados
nome de seu Pai escrito na testa. pelo Senhor; e os seus profetas
13 a GEE Judá. b D&C 84:2. c Juí. 5:5;
b GEE Jerusalém. c Apoc. 7:1–4. Isa. 40:4; 64:1;
c Isa. 2:1–3; Eze. 38:8. 19 a Mt. 25:1–13; Apoc. 16:20;
d Salm. 122. D&C 33:17–18; 88:92. D&C 49:23; 109:74.
15 a Isa. 52:10–12; GEE Segunda Vinda de 23 a Apoc. 6:14.
D&C 58:56. Jesus Cristo. 24 a GEE Jerusalém.
b Gên. 19:17, 26; b GEE Esposo. b Gên. 10:25.
Lc. 9:62. 20 a Zac. 14:4; GEE Terra — Divisão
16 a D&C 1:1–6. D&C 45:48–53. da Terra.
b GEE Arrepender-se, 21 a Joel 3:16; 25 a GEE Jesus Cristo —
Arrependimento. Amós 1:2. Reinado de Cristo no
17 a D&C 13; 27:7–8; 88:92. b Isa. 2:2–4. milênio.
b Isa. 40:3–5. 22 a Eze. 43:2; Apoc. 1:15; 26 a Jer. 16:14–15;
c Mal. 3:1. D&C 110:3. D&C 110:11.
18 a Apoc. 14:1. b Salm. 77:18; GEE Israel — Dez tribos
GEE Cordeiro de Deus. Apoc. 14:2. perdidas.
317 Doutrina e Convênios 133:27– 43
ouvirão a sua voz e não mais se Senhor, para que estas coisas se-
conterão; e ferirão as pedras e o jam conhecidas entre vós, ó habi-
gelo se derreterá diante deles. tantes da Terra: Enviei meu a anjo
27 E erguer-se-á uma a estrada no voando pelo meio do céu, com o
meio do grande abismo. b
evangelho eterno, e ele apareceu
28 Seus inimigos tornar-se-ão a alguns e entregou-o ao homem
uma presa para eles; e aparecerá a muitos que habitam
29 E nos a desertos estéreis surgi- na Terra.
rão poços de água viva; e o solo 37 E este a evangelho será b prega-
ressequido já não será uma terra do a c toda nação e tribo e língua
sedenta. e povo.
30 E trarão seus ricos tesouros 38 E os servos de Deus irão avan-
para os filhos de a Efraim, meus te, dizendo em alta voz: Temei a
servos. Deus e dai-lhe glória, porque che-
31 E as extremidades dos a outei- gada é a hora de seu julgamento;
ros eternos estremecerão em sua 39 E a adorai aquele que fez o céu
presença. e a Terra e o mar e as fontes das
32 E lá cairão e serão coroados de águas —
glória, sim, em Sião, pelas mãos 40 Clamando ao nome do Se-
dos servos do Senhor, os filhos nhor dia e noite, dizendo: Oh! Que
de Efraim. a
fendas os céus; que desças; que
33 E encher-se-ão de a cânticos de os montes se escoem diante de
alegria eterna. tua face!
34 Eis que essa é a bênção do 41 E isso se cumprirá sobre sua
Deus Eterno sobre as a tribos de cabeça; pois a presença do Senhor
Israel e a mais rica bênção sobre será como o fogo de fundição que
a cabeça de b Efraim e seus com- queima e como o fogo que faz a fer-
panheiros. ver as águas.
35 E também os da tribo de 42 Ó Senhor, tu descerás para
a
Judá, após sua dor, serão santifi- tornar conhecido teu nome a teus
cados em b santidade perante o Se- adversários; e todas as nações tre-
nhor, para habitar em sua presença merão em tua presença —
dia e noite, para todo o sempre. 43 Quando fizeres coisas terrí-
36 E agora, em verdade diz o veis, coisas que eles não esperam;
27 a Isa. 11:15–16; tribos de Israel. Evangelho.
2 Né. 21:16. b Gên. 48:14–20; 37 a GEE Evangelho.
29 a Isa. 35:6–7. 1 Crôn. 5:1–2; b GEE Obra Missionária;
30 a Zac. 10:7–12. Ét. 13:7–10. Pregar.
GEE Efraim — Tribo de 35 a GEE Judá — Tribo de c D&C 42:58.
Efraim. Judá. 39 a GEE Adorar.
31 a Gên. 49:26. b GEE Santidade. 40 a Isa. 64:1–2.
33 a Isa. 35:10; 51:11; 36 a Apoc. 14:6–7; 41 a Jó 41:31.
D&C 66:11. D&C 20:5–12.
34 a GEE Israel — Doze b GEE Restauração do
Doutrina e Convênios 133:44–56 318
44 Sim, quando desceres e as 51 E esmaguei-os no meu furor
montanhas se escoarem em tua e pisei-os em minha ira e seu san-
presença, a encontrarás aquele que gue a salpiquei em minhas vestes e
se regozija e pratica retidão, que manchei toda a minha vestidura;
se lembra de ti em teus caminhos. pois esse era o dia da vingança
45 Pois desde o princípio do que estava em meu coração.
mundo homem algum ouviu nem 52 E agora, chegado é o ano de
percebeu pelo ouvido, nem olho meus remidos; e eles mencionarão
algum viu, ó Deus, além de ti, a bondade amorosa de seu Senhor
quão grandiosas são as coisas que e tudo que ele lhes conferiu de
a
preparaste para aquele que b es- acordo com sua benignidade e de
pera por ti. acordo com sua bondade amorosa,
46 E dir-se-á: a Quem é este que para todo o sempre.
b
vem de Deus, no céu, com vestes 53 Em todas as suas a aflições ele
tingidas; sim, das regiões desco- afligiu-se. E o anjo de sua presença
nhecidas, vestido com seu traje salvou-os; e, em seu b amor e em
glorioso, andando na grandiosi- sua piedade c redimiu-os e susten-
dade de sua força? tou-os e carregou-os em todos os
47 E ele dirá: Eu sou o que fala dias da antiguidade;
com retidão, que tem poder para 54 Sim, e também a Enoque e os
salvar. que estavam com ele; os profetas
48 E o Senhor estará vestido de que existiram antes dele; e tam-
a
vermelho e suas vestes serão como bém b Noé e os que existiram antes
a do que pisa no lagar de vinho. dele; e também c Moisés e os que
49 E tão grandiosa será a glória existiram antes dele;
de sua presença, que o a sol escon- 55 E de Moisés a Elias, o profeta,
derá a face de vergonha e a lua e de Elias a João, os quais estavam
reterá sua luz e as estrelas serão com Cristo em sua a ressurreição; e
arremessadas de seus lugares. os santos apóstolos, com Abraão,
50 E ouvir-se-á a sua voz: Eu so- Isaque e Jacó, estarão na presença
zinho a pisei no lagar e sobre todos do Cordeiro.
os povos trouxe julgamento; e nin- 56 E as a sepulturas dos b san-
guém estava comigo; tos serão c abertas; e surgirão,
44 a 1 Tess. 4:15–18. (Apêndice da Bíblia); Redimido, Redimir.
45 a Isa. 64:4; 1 Cor. 2:9. Mos. 3:7; 54 a GEE Enoque.
b Lam. 3:25; D&C 19:18. b GEE Noé, Patriarca
2 Né. 6:7, 13. 49 a Isa. 13:10; 24:23; Bíblico.
46 a Isa. 63:1–2. D&C 45:42; 88:87. c GEE Moisés.
b GEE Segunda Vinda de 50 a Isa. 63:2–3; 55 a GEE Ressurreição.
Jesus Cristo. D&C 76:107; 88:106. 56 a D&C 29:13.
48 a Gên. 49:11–12; 51 a Lev. 8:30. b GEE Santo
Lc. 22:44; 53 a Isa. 63:4–9. (substantivo).
Apoc. 19:11–15; b GEE Caridade. c D&C 45:45–46;
TJS Apoc. 19:15 c GEE Redenção, 88:96–97.
319 Doutrina e Convênios 133:57–67
pondo-se à d direita do Cordeiro vontade do Senhor, que reina so-
quando ele aparecer no e Monte bre toda a carne.
Sião e na cidade santa, a f Nova 62 E ao que se a arrepende e se
Jerusalém; e entoarão o g canto do b
santifica diante do Senhor será
h
Cordeiro, noite e dia, para todo dada a c vida eterna.
o sempre. 63 E sobre os que não a dão ou-
57 E por essa razão, para que os vidos à voz do Senhor cumprir-
homens se tornassem participan- se-á o que foi escrito pelo profeta
tes das a glórias que seriam revela- Moisés, que disse que eles seriam
das, o Senhor enviou a plenitude b
afastados dentre o povo.
do seu b evangelho, o seu convênio 64 E também o que foi escrito
eterno, arrazoando com clareza e pelo profeta a Malaquias: Porque
simplicidade — eis que aquele b dia vem c ardendo
58 A fim de preparar os fracos como fornalha; todos os soberbos
para as coisas que advirão à Terra, e todos os que cometem impie-
como também para o trabalho do dade serão como a palha; e o dia
Senhor, no dia em que os a fracos que está para vir os abrasará, diz
confundirem os sábios e o b peque- o Senhor dos Exércitos, de sor-
no se tornar uma nação poderosa te que lhes não deixará nem raiz
e c dois puserem em fuga dezenas nem ramo.
de milhares. 65 Portanto, esta será a resposta
59 E com as coisas fracas do do Senhor a eles:
mundo o Senhor a açoitará as na- 66 No dia em que vim aos meus,
ções pelo poder de seu Espírito. nenhum de vós me a recebeu e fos-
60 E por esse motivo deram-se tes expulsos.
estes mandamentos; ordenou-se 67 Quando tornei a chamar, ne-
que fossem escondidos do mun- nhum de vós me respondeu; con-
do no dia em que foram dados, tudo, meu a braço não se encolheu
mas agora devem ser a enviados a de modo algum, de maneira que
b
toda carne — eu não pudesse remir, nem meu
61 E isto segundo a mente e a b
poder para livrar.
56 d Mt. 25:33–34. 59 a Miq. 4:11–13. JS—H 1:40.
e Isa. 24:23; Apoc. 14:1; 60 a D&C 104:58–59. 64 a Mal. 4:1.
D&C 76:66; b D&C 1:2. GEE Malaquias.
84:2, 98–102. 62 a GEE Arrepender-se, b JS—H 1:36–37.
f GEE Nova Jerusalém. Arrependimento. c Isa. 66:15–16;
g Apoc. 15:3; b D&C 88:74. 1 Né. 22:15;
D&C 84:98–102. GEE Santificação. 3 Né. 25:1;
h GEE Cordeiro de Deus. c GEE Vida eterna. D&C 29:9; 64:24.
57 a GEE Graus de Glória. 63 a GEE Atender, Dar GEE Terra —
b GEE Evangelho. ouvidos. Purificação da Terra.
58 a Mt. 11:25; 1 Cor. 1:27; b At. 3:22–23; 66 a Jo. 1:11.
Al. 32:23; 37:6–7. 1 Né. 22:20–21; 67 a 2 Né. 28:32.
b Isa. 60:22. 3 Né. 20:23; 21:11; b Isa. 50:2;
c Deut. 32:29–30. D&C 1:14; 2 Né. 7:2.
Doutrina e Convênios 133:68–134:2 320
68 Eis que, com minha repreen- chamei; não crestes em meus ser-
são, a seco o mar. Transformo os vos, e quando vos foram a envia-
rios em deserto; seus peixes chei- dos, não os recebestes.
ram mal e morrem de sede. 72 Portanto, a selaram o testemu-
69 Visto de escuridão os céus e nho e ligaram a lei; e fostes entre-
faço de saco sua vestidura. gues às trevas.
70 E a isso recebereis de minha 73 Estes irão para as trevas exte-
mão — em tormento jazereis. riores, onde há a choro e pranto e
71 Eis que não haverá quem ranger de dentes.
vos livre; pois não obedecestes à 74 Eis que o Senhor vosso Deus
minha voz quando dos céus vos o disse. Amém.
SEÇÃO 134
Declaração de crença relativa a governos e leis em geral, adotada por
unanimidade de votos na assembleia geral da Igreja, realizada em
Kirtland, Ohio, em 17 de agosto de 1835. Muitos santos reuniram-se
para examinar o conteúdo proposto para a primeira edição de Dou-
trina e Convênios. Naquela ocasião, deu-se o seguinte preâmbulo a
esta declaração: “Para que nossa crença com respeito aos governos
da Terra e às leis em geral não seja interpretada nem compreendida
erroneamente, achamos conveniente apresentar, ao final deste volu-
me, nossa opinião concernente ao assunto.”
1–4, Os governos devem preservar a benefício do homem; e que ele
liberdade de consciência e de adoração; considera os homens b responsá-
5–8, Todos os homens devem apoiar veis por seus atos em relação aos
seus governos e mostrar respeito e mesmos, tanto na formulação de
deferência à lei; 9–10, Sociedades re- leis como em sua execução, para
ligiosas não devem exercer poderes o bem e segurança da sociedade.
civis; 11–12, Justificam-se os homens 2 Cremos que nenhum gover-
quando defendem a si mesmos e de- no pode existir em paz a não ser
fendem seus bens. que tais leis sejam feitas e manti-
das invioladas, de modo a garan-
Nós cremos que os a governos tir a todo indivíduo o a livre exer-
foram instituídos por Deus em cício de b consciência, o direito e
68 a Êx. 14:21; 73 a Mt. 8:11–12; RF 1:12.
Jos. 3:14–17. Lc. 13:28; b GEE PrestarContas,
70 a Isa. 50:11. D&C 19:5. Responsabilidade,
71 a 2 Crôn. 36:15–16; GEE Inferno; Responsável.
Jer. 44:4–5. Trevas Espirituais. 2 a GEE Arbítrio.
72 a Isa. 8:16–20. 134 1 a D&C 98:4–7; b GEE Consciência.
321 Doutrina e Convênios 134:3–8
domínio de propriedade e a c pro- os governos têm o direito de esta-
teção da vida. belecer leis que, a seu ver, sejam
3 Cremos que todos os governos mais adequadas para assegurar
requerem necessariamente a re- os interesses públicos; ao mesmo
presentantes e magistrados civis tempo, contudo, mantendo sa-
para executar suas leis; e devem- grada a liberdade de consciência.
se procurar e apoiar pessoas para 6 Cremos que todo homem deve
administrar a lei com equidade e ser respeitado em sua posição,
justiça, pela voz do povo, caso se governantes e magistrados como
trate de uma república, ou pela tais, sendo nomeados para prote-
vontade do soberano. ção dos inocentes e punição dos
4 Cremos que a religião foi insti- culpados; e que todos os homens
tuída por Deus; e que os homens devem respeito e deferência às
são responsáveis perante ele e so- a
leis visto que, sem elas, a paz e
mente ele, por seu exercício, a me- a harmonia seriam suplantadas
nos que suas opiniões religiosas pela anarquia e pelo terror; as leis
os levem a infringir os direitos e humanas foram instituídas com
a liberdade de outrem; não cre- o propósito expresso de regular
mos, porém, que as leis humanas nossos interesses como indivíduos
tenham o direito de interferir na e nações, entre um homem e ou-
prescrição de regras de a adoração tro; e as leis divinas foram dadas
para oprimir a consciência dos pelo céu, para prescrever regras
homens nem de ditar formas de sobre assuntos espirituais, para
devoção pública ou particular; cre- fé e adoração, devendo o homem
mos que o magistrado civil deve dar contas de ambas a seu Criador.
reprimir o crime, mas jamais con- 7 Cremos que governantes, es-
trolar consciências; deve castigar tados e governos têm o direito e
delitos, mas nunca suprimir a li- a responsabilidade de promulgar
berdade da alma. leis para a proteção de todos os ci-
5 Cremos que todos os homens dadãos no livre exercício de suas
têm a responsabilidade de suster e crenças religiosas; mas não cremos
apoiar o governo do lugar em que terem eles o direito, por justiça, de
residem, desde que protegidos em privar os cidadãos desse privilégio
seus direitos inerentes e inalie- nem de rejeitá-los por suas opi-
náveis pelas leis de tal governo; niões, enquanto mostrarem con-
e que o motim e a a rebelião são sideração e reverência pelas leis e
inadequados a todo cidadão assim suas opiniões religiosas não incen-
protegido e devem ser punidos tivarem motins nem conspirações.
convenientemente; e que todos 8 Cremos que a perpetração de
2 c D&C 42:18–19. RF 1:11. GEE Rebeldia, Rebelião.
3 a D&C 98:8–10. GEE Adorar. 6 a D&C 58:21;
4 a Al. 21:21–22; 5 a RF 1:12. 88:34.
Doutrina e Convênios 134:9–12 322
um crime deve ser punida de
a
apenas, excomungá-los de sua
a
SEÇÃO 135
Anúncio do martírio de Joseph Smith, o Profeta, e de seu irmão, Hy-
rum Smith, o Patriarca, em Carthage, Illinois, em 27 de junho de
1844. Este documento foi incluído no final da edição de 1844 de Dou-
trina e Convênios, que estava quase pronta para publicação quando
Joseph e Hyrum foram assassinados.
SEÇÃO 136
A palavra e a vontade do Senhor dada por meio do Presidente
Brigham Young, em Winter Quarters, o acampamento de Israel, na
nação Omaha, na margem ocidental do rio Missouri, perto de Coun-
cil Bluffs, Iowa.
1–16, Como o acampamento de Israel 3 Que se organizem as compa-
deve ser organizado para a viagem nhias com capitães de a centenas,
rumo ao oeste; 17–27, É ordenado capitães de cinquenta e capitães
que os santos vivam de acordo com de dez, com um presidente e seus
vários padrões do evangelho; 28–33, dois conselheiros à frente, sob a
Os santos devem cantar, dançar, orar direção dos Doze b Apóstolos.
e adquirir sabedoria; 34–42, Profetas 4 E este será nosso a convênio:
são assassinados para que sejam re- b
Caminharemos de acordo com
verenciados e os iníquos, condenados. todas as c ordenanças do Senhor.
5 Que cada companhia providen-
A Palavra e a Vontade do Senhor cie todas as parelhas, carroções,
quanto ao Acampamento de Israel provisões, roupas e outras coisas
em suas viagens para o oeste: que puderem, necessárias para a
2 Que todo o povo de a A Igreja viagem.
de Jesus Cristo dos Santos dos 6 Quando as companhias estive-
Últimos Dias e aqueles que com rem organizadas, que dediquem
eles viajam se organizem em com- toda a sua força aos preparativos,
panhias, fazendo o convênio e para os que deverão ficar para trás.
a promessa de guardar todos os 7 Que cada companhia, com
mandamentos e estatutos do Se- seus capitães e presidentes, de-
nhor nosso Deus. cida quantos irão na próxima
7 a Apoc. 6:9. 3 a Êx. 18:21–26. Deus.
136 2 a GEE Igreja de Jesus b GEE Apóstolo. c GEE Ordenanças.
Cristo dos Santos 4 a GEE Convênio.
dos Últimos Dias, A. b GEE Andar, Andar com
Doutrina e Convênios 136:8–22 326
primavera; depois escolha um 13 E que meus servos Orson Pratt
número suficiente de homens de e Wilford Woodruff organizem
boa constituição física e peritos, a uma companhia.
fim de levar parelhas, sementes e 14 Também que meus servos
implementos agrícolas e que irão, Amasa Lyman e George A. Smith
como pioneiros, preparar o plantio organizem uma companhia.
da primavera. 15 E designem presidentes e ca-
8 Que cada companhia assuma pitães de centenas e de cinquenta
a responsabilidade, proporcional e de dez.
ao valor de seus bens, de levar os 16 E que meus servos que foram
a
pobres, as b viúvas, os c órfãos e as designados ensinem isto, a minha
famílias daqueles que entraram vontade, aos santos, a fim de que
para o exército, a fim de que os estejam prontos para ir a uma ter-
clamores das viúvas e dos órfãos ra de paz.
não cheguem ao ouvidos do Se- 17 Segui vosso caminho e fa-
nhor contra este povo. zei o que eu vos disse; e não te-
9 Que cada companhia prepare mais vossos inimigos, porque eles
casas e campos para o cultivo de não terão poder para deter minha
grãos, em benefício dos que, por obra.
agora, ficarem para trás; e esta é 18 Sião será a redimida em meu
a vontade do Senhor concernente próprio e devido tempo.
a seu povo. 19 E se qualquer homem pro-
10 Que cada homem use toda a curar elevar-se e não buscar meu
sua influência e seus bens para a
conselho, não terá poder algum;
levar este povo ao lugar onde o e sua insensatez será manifestada.
Senhor estabelecerá uma a estaca 20 Buscai; e a cumpri todas as
de Sião. promessas que fizestes uns aos
11 E se fizerdes isto com o co- outros; e b não cobiceis o que per-
ração puro, com toda fidelidade, tence a vosso irmão.
sereis a abençoados; sereis aben- 21 a Guardai-vos do pecado de
çoados em vossos rebanhos e em tomar o nome do Senhor em vão,
vossas manadas e em vossos cam- pois eu sou o Senhor vosso Deus,
pos e em vossas casas e em vossas sim, o b Deus de vossos pais, o
famílias. Deus de Abraão e de Isaque e de
12 Que meus servos Ezra T. Ben- Jacó.
son e Erastus Snow organizem 22 a Eu sou aquele que tirou os
uma companhia. filhos de Israel da terra do Egito; e
8 a GEE Pobres. Abençoar, Bênção. b GEE Cobiçar.
b GEE Viúva. 18 a D&C 100:13. 21 a GEE Profanidade.
c Tg. 1:27; 3 Né. 24:5. 19 a GEE Aconselhar, b Êx. 3:6; 1 Né. 19:10.
10 a GEE Estaca. Conselho. 22 a Êx. 13:18; Jer. 2:5–7;
11 a Deut. 28:1–14. 20 a GEE Honestidade, 1 Né. 5:15; Al. 36:28.
GEE Abençoado, Honesto. GEE Jeová.
327 Doutrina e Convênios 136:23–36
meu braço estende-se nos últimos mãos e executarei a minha von-
dias, para b salvar meu povo Israel. tade concernente a eles.
23 Cessai de a contender uns com 31 Meu povo deve ser a provado
os outros; cessai de falar b mal uns em todas as coisas a fim de prepa-
dos outros. rar-se para receber a b glória que te-
24 Cessai a a embriaguez; e que nho para ele, sim, a glória de Sião;
vossas palavras contribuam para e quem não suporta c correção não
vossa b edificação mútua. é digno do meu reino.
25 Se tomares algo emprestado 32 Que o que for ignorante ad-
de teu próximo, devolverás o que quira a sabedoria, b humilhando-se
a
tomaste emprestado; e se não pu- e invocando o Senhor seu Deus a
deres pagar, então dize imediata- fim de que seus olhos sejam aber-
mente a teu próximo, para que ele tos para que ele veja e seus ouvi-
não te condene. dos, abertos para que ele ouça;
26 E se achares algo que teu pró- 33 Pois meu a Espírito é envia-
ximo a perdeu, farás uma busca do ao mundo a fim de iluminar
cuidadosa até lho devolveres. os humildes e contritos e para a
27 Preservarás a diligentemente condenação dos ímpios.
o que possuis, para que sejas um 34 Vossos irmãos vos rejeita-
b
mordomo prudente; pois é dádi- ram — vós e vosso testemunho,
va gratuita do Senhor teu Deus e sim, a nação que vos a expulsou;
tu és seu mordomo. 35 E agora vem o dia da sua ca-
28 Se estiveres alegre, louva ao lamidade, sim, os dias de tristeza,
Senhor com a cânticos, com músi- como uma mulher em dores de
ca, com dança, e com b orações de parto; e a tristeza deles será gran-
louvor e c ação de graças. de, a menos que se arrependam
29 Se estiveres a angustiado, invo- depressa, sim, muito depressa.
ca o Senhor teu Deus com súplicas 36 Porque eles mataram os profe-
a fim de que tua alma se b regozije. tas e os que lhes foram enviados; e
30 Não temas os teus inimigos, derramaram sangue inocente, que
porque eles estão nas minhas da terra clama contra eles.
22 b Jer. 30:10; Honestidade, Honesto. b GEE Alegria.
Eze. 20:33–34; 26 a Lev. 6:4; 31 a D&C 101:4.
D&C 38:33. Deut. 22:3. GEE Adversidade.
23 a 3 Né. 11:29–30. 27 a GEE Diligência. b Rom. 8:18;
GEE Contenção, b GEE Mordomia, D&C 58:3–4.
Contenda. Mordomo. GEE Glória.
b D&C 20:54. 28 a GEE Cantar. c GEE Castigar, Castigo,
GEE Maledicência. b GEE Oração. Corrigir, Repreender.
24 a GEE Palavra de c 2 Crôn. 5:13; 32 a GEE Sabedoria.
Sabedoria. D&C 59:15–16. b GEE Humildade,
b D&C 108:7. GEE Ação de Graças, Humilde, Humilhar.
25 a Salm. 37:21; Agradecido, 33 a GEE Espírito Santo.
Mos. 4:28. Agradecimento. 34 a GEE Perseguição,
GEE Dívida; 29 a 2 Sam. 22:7. Perseguir.
Doutrina e Convênios 136:37–137:3 328
37 Portanto, não vos maravilheis preciso que ele selasse o seu tes-
a b
destas coisas, pois ainda não sois temunho com o próprio c sangue,
a
puros; ainda não podeis suportar para que ele fosse honrado e os
minha glória; mas contemplá-la- iníquos fossem condenados.
eis se fordes fiéis na obediência 40 Não vos livrei de vossos a ini-
a todas as palavras que vos b dei, migos, deixando uma testemunha
dos dias de Adão a Abraão, de do meu nome?
Abraão a Moisés, de Moisés a Je- 41 Agora, pois, escutai, ó povo
sus e seus apóstolos, e de Jesus e da minha a igreja; e vós, élderes,
seus apóstolos a Joseph Smith, ao ouvi juntos; vós recebestes meu
qual chamei por meio de meus b
reino.
c
anjos, meus servos ministradores, 42 Sede diligentes na obediên-
e pela minha própria voz desde cia a todos os meus mandamen-
os céus, para realizar minha obra; tos, para que não vos sobreve-
38 Cujo alicerce ele estabeleceu; nham julgamentos e vossa fé não
e foi fiel e tomei-o para mim. vos falhe e vossos inimigos triun-
39 Muitos se têm maravilhado fem. Assim, nada mais por agora.
por causa de sua morte; mas era Amém e amém.
SEÇÃO 137
Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, no templo de Kirtland, Ohio,
em 21 de janeiro de 1836. Naquela ocasião, administravam-se orde-
nanças em preparação para a dedicação do templo.
1–6, O Profeta vê seu irmão Alvin no Deus e sua glória, no c corpo ou
reino celestial; 7–9, Revela-se a dou- fora do corpo, não posso dizer.
trina de salvação para os mortos; 10, 2 Vi a incomparável beleza da
Todas as crianças são salvas no reino a
porta por onde entrarão os her-
celestial. deiros desse reino, que se asse-
melhava a b chamas de fogo cir-
Abriram-se os a céus sobre nós e culantes;
contemplei o b reino celestial de 3 Também o a refulgente trono de
37 a GEE Pureza, Puro. 40 a Êx. 23:22; c 2 Cor. 12:2–4;
b Hel. 8:18. D&C 8:4; 105:15. 1 Né. 11:1;
c Apoc. 14:6; 41 a GEE Igreja de Jesus Mois. 1:11.
D&C 110:11–16; Cristo. 2 a 2 Né. 9:41; 31:17.
128:19–21; b Dan. 7:27. b Êx. 24:17;
JS—H 1:30–47. 137 1 a At. 7:55–56; Isa. 33:14–15;
39 a Mos. 17:20; 1 Né. 1:8; Hel. 5:23;
D&C 135:3. Hel. 5:45–49; D&C 130:7.
b GEE Testemunho. JS—H 1:43. 3 a Isa. 6:1;
c GEE Mártir, Martírio. b GEE Glória Celestial. Eze. 1:26–28.
329 Doutrina e Convênios 137:4–10
Deus, no qual estavam sentados o evangelho, que o teriam recebido
b
Pai e o c Filho. caso tivessem tido permissão de
4 Vi as belas ruas desse reino, aqui permanecer, serão c herdeiros
que pareciam ser pavimentadas do d reino celestial de Deus;
de a ouro. 8 Também, todos os que morre-
5 Vi o Pai a Adão e b Abraão; e rem daqui em diante sem conheci-
meu c pai e minha d mãe; meu ir- mento dele, que o a teriam recebido
mão e Alvin, que há muito dorme; de todo o coração, serão herdeiros
6 E maravilhei-me de que ele desse reino;
houvesse recebido uma a herança 9 Pois eu, o Senhor, a julgarei
naquele reino, visto que partira todos os homens segundo suas
desta vida antes que o Senhor co- b
obras, segundo o c desejo de seu
meçasse a coligar Israel pela b se- coração.
gunda vez; e não fora c batizado 10 E vi também que todas as
para a remissão de pecados. crianças que morrem antes de che-
7 Assim veio a mim a a voz do Se- gar à a idade da responsabilidade
nhor, dizendo: Todos os que mor- são b salvas no reino celestial.
reram b sem conhecimento deste
SEÇÃO 138
Visão dada ao Presidente Joseph F. Smith, em Salt Lake City, Utah, em
3 de outubro de 1918. Em seu discurso de abertura na 89ª Conferên-
cia Geral Semestral da Igreja, em 4 de outubro de 1918, o Presidente
Smith declarou haver recebido várias comunicações divinas nos meses
anteriores. Uma delas, relativa à visita do Salvador aos espíritos dos
mortos enquanto Seu corpo estava na sepultura, o Presidente Smith
recebera no dia anterior. Foi escrita imediatamente após o término da
conferência. Em 31 de outubro de 1918, foi submetida aos conselheiros
3 b GEE Trindade — Deus, Mortos. Mos. 15:24.
o Pai. b Isa. 11:11; c D&C 76:50–70.
c GEE Trindade — Deus, 1 Né. 22:10–12; d GEE Glória Celestial.
o Filho. Jacó 6:2. 8 a Al. 18:32; D&C 6:16.
4 a Apoc. 21:21; GEE Israel — Coligação 9 a Apoc. 20:12–13.
D&C 110:2. de Israel. GEE Juízo Final.
5 a GEE Adão. c Jo. 3:3–5; 2 Né. 9:23; b GEE Obras.
b D&C 132:29. Ét. 4:18–19; c D&C 64:34.
GEE Abraão. D&C 76:50–52; 84:74. GEE Coração.
c D&C 124:19. GEE Batismo, Batizar. 10 a GEE Prestar Contas,
GEE Smith, Joseph, 7 a Hel. 5:30. Responsabilidade,
Sênior. GEE Revelação. Responsável.
d GEE Smith, Lucy Mack. b TJS 1 Ped. 4:6 b GEE Salvação —
e JS—H 1:4. (Apêndice da Bíblia); Salvação das
6 a GEE Salvação para os 2 Né. 9:25–26; criancinhas.
Doutrina e Convênios 138:1–11 330
na Primeira Presidência, ao Conselho dos Doze e ao Patriarca, sendo
unanimemente aceita por eles.
1–10, O Presidente Joseph F. Smith os escritos do apóstolo Pedro aos
medita a respeito dos escritos de Pedro santos da antiguidade espalhados
e da visita de nosso Senhor ao mun- por a Ponto, Galácia, Capadócia e
do dos espíritos; 11–24, O Presidente outras partes da Ásia Menor, onde
Smith vê os mortos justos reunidos no o evangelho fora pregado após a
paraíso e o ministério de Cristo entre crucificação do Senhor.
eles; 25–37, Ele vê como a pregação 6 Abri a Bíblia e li os capítulos
do evangelho foi organizada entre os três e quatro da primeira epísto-
espíritos; 38–52, Vê o Pai Adão, Eva e la de Pedro e, ao ler, fiquei muito
muitos dos santos profetas, no mundo impressionado, mais do que ha-
dos espíritos, que consideravam o esta- via ficado antes, com as seguintes
do de seu espírito antes de sua ressur- passagens:
reição como um cativeiro; 53–60, Os 7 “Porque também Cristo pa-
mortos justos desta época continuam deceu uma vez pelos pecados, o
seus labores no mundo dos espíritos. justo pelos injustos, para levar-nos
a Deus; mortificado, na verdade,
Em três de outubro do ano de mil na carne, mas vivificado pelo Es-
novecentos e dezoito, sentei-me pírito;
em meus aposentos a meditando 8 No qual também foi, e pregou
sobre as escrituras; aos espíritos em a prisão;
2 E refletindo sobre o grande 9 Os quais noutro tempo foram
a
sacrifício expiatório que foi feito rebeldes, quando a longanimidade
pelo Filho de Deus, para a b reden- de Deus esperava nos dias de Noé,
ção do mundo; enquanto se preparava a arca; na
3 E o grande e maravilhoso qual poucas (isto é, oito) almas
a
amor manifestado pelo Pai e o se salvaram pela água.” (1 Pedro
Filho na vinda do b Redentor ao 3:18–20)
mundo; 10 “Porque por isto foi pregado
4 Para que, por meio de sua a ex- o evangelho também aos mortos,
piação e pela b obediência aos prin- para que, na verdade, fossem jul-
cípios do evangelho, a humanida- gados segundo os homens na car-
de fosse salva. ne, mas vivessem segundo Deus
5 Enquanto estava assim ocupa- em espírito.” (1 Pedro 4:6)
do, minha mente voltou-se para 11 Enquanto refletia sobre essas
138 1 a GEE Ponderar. 3 a Jo. 3:16. Obediência,
2 a Mt. 20:28. GEE Amor. Obediente.
GEE Expiação, b GEE Redentor. 5 a 1 Ped. 1:1.
Expiar. 4 a RF 1:3. 8 a Isa. 61:1;
b GEE Plano de b Mt. 7:21. Lc. 4:18;
Redenção. GEE Obedecer, D&C 76:73–74; 88:99.
331 Doutrina e Convênios 138:12–22
coisas que estão a escritas, os b olhos 17 Seu pó adormecido seria a res-
de meu entendimento foram aber- taurado em sua perfeita forma,
tos e o Espírito do Senhor c repou- cada b osso a seu osso, e os tendões
sou sobre mim e vi as hostes dos e a carne sobre eles, o c espírito e o
d
mortos, tanto pequenos como corpo reunidos para nunca mais
grandes. se separarem, a fim de receberem
12 E achava-se reunido em um só a plenitude da d alegria.
lugar um grupo incontável dos es- 18 Enquanto essa vasta multidão
píritos dos a justos, que foram b fiéis esperava e conversava, regozijan-
no testemunho de Jesus enquanto do-se pela hora de sua libertação
viveram na mortalidade; das cadeias da morte, o Filho de
13 E que ofereceram a sacrifício Deus apareceu, anunciando a a li-
à semelhança do grande sacrifí- berdade aos cativos que tinham
cio do Filho de Deus e b sofreram sido fiéis;
tribulações em nome de seu Re- 19 E ali a pregou-lhes o b evan-
dentor. gelho eterno, a doutrina da res-
14 Todos esses haviam partido surreição e a redenção do gênero
da vida mortal com a firme a espe- humano da c queda e dos pecados
rança de uma gloriosa b ressurrei- individuais, desde que houvesse
ção por meio da c graça de Deus, d
arrependimento.
o d Pai, e seu e Filho Unigênito, Je- 20 Aos a iníquos, porém, não se
sus Cristo. dirigiu; e entre os ímpios e os im-
15 Vi que estavam cheios de a jú- penitentes, que se b corromperam
bilo e alegria e regozijavam-se jun- enquanto estavam na carne, a sua
tos porque se aproximava o dia de voz não se fez ouvir;
sua libertação. 21 Nem os rebeldes, que rejei-
16 Estavam reunidos, aguardan- taram os testemunhos e as ad-
do a chegada do Filho de Deus ao vertências dos profetas antigos,
a
mundo dos espíritos para decla- contemplaram sua presença ou
rar sua redenção das b ligaduras olharam sua face.
da morte. 22 Onde estavam esses, reinava
11 a GEE Escrituras — Valor b GEE Ressurreição. d GEE Alegria.
das escrituras. c GEE Graça. 18 a Isa. 61:1.
b Ef. 1:18; d GEE Trindade — Deus, GEE Salvação para os
D&C 76:10, 12, 19. o Pai. Mortos.
c Isa. 11:2. e GEE Unigênito. 19 a D&C 76:72–74.
d GEE Espírito. 15 a Isa. 51:11; b GEE Evangelho.
12 a D&C 76:69–70. Al. 40:12. c GEE Queda de Adão e
b D&C 6:13; 51:19; 16 a Lc. 23:43; Eva.
76:51–53. Al. 40:11–12. d GEE Arrepender-se,
13 a GEE Sacrifício. GEE Paraíso. Arrependimento.
b Mt. 5:10–12. b Mórm. 9:13. 20 a Al. 40:13–14.
14 a Ét. 12:4; 17 a 2 Né. 9:10–13. GEE Inferno;
Morô. 7:3, 40–44. b Eze. 37:1–14. Iniquidade, Iníquo.
GEE Esperança. c D&C 93:33–34. b 1 Né. 10:21.
Doutrina e Convênios 138:23–32 332
a escuridão, mas entre os justos
a
sido rebeldes quando a longani-
havia b paz; midade de Deus esperava nos dias
23 E os santos regozijaram-se de Noé — e de como fora possível
em sua a redenção e dobraram os Cristo pregar àqueles espíritos e
b
joelhos e reconheceram o Filho realizar o trabalho necessário entre
de Deus como seu Redentor e Li- eles em tão pouco tempo.
bertador da morte e das c cadeias 29 E enquanto refletia, meus
do inferno. olhos foram abertos e meu en-
24 Seus semblantes brilhavam e tendimento a vivificado; e percebi
a a resplandecência da presença do que o Senhor não se dirigira em
Senhor repousou sobre eles e b can- pessoa aos iníquos e aos rebeldes
taram louvores a seu santo nome. que haviam rejeitado a verdade, a
25 Maravilhei-me, porque sabia fim de ensiná-los;
que o Salvador dedicara cerca de 30 Mas eis que, dentre os justos,
três anos ao seu ministério entre organizou suas forças e designou
os judeus e os da casa de Israel, mensageiros, revestidos de a po-
procurando ensinar-lhes o evan- der e autoridade, e comissionou-
gelho eterno e chamá-los ao arre- os para levar a luz do evangelho
pendimento; aos que estavam nas b trevas, sim,
26 E contudo, não obstante suas a c todos os espíritos dos homens;
grandes obras e milagres e a pro- e assim foi o evangelho pregado
clamação da verdade com grande aos mortos.
a
poder e autoridade, foram pou- 31 E os mensageiros escolhidos
cos os que deram ouvidos à sua foram anunciar o a dia aceitável do
voz e que se regozijaram em sua Senhor e proclamar b liberdade aos
presença e receberam salvação de cativos que estavam presos, sim,
suas mãos. a todos os que se arrependessem
27 Mas seu ministério entre os de seus pecados e recebessem o
que estavam mortos foi limitado ao evangelho.
a
curto período compreendido entre 32 Desse modo foi pregado o
a crucificação e sua ressurreição; evangelho àqueles que haviam
28 E refleti sobre as palavras de a
morrido em seus pecados, sem
Pedro — quando disse que o Filho b
conhecimento da verdade ou em
de Deus pregara aos espíritos em transgressão, tendo rejeitado os
prisão que noutro tempo haviam profetas.
22 a GEE Trevas Espirituais. Isa. 60:19; b GEE Trevas Espirituais.
b GEE Paz. Apoc. 22:5; c D&C 1:2.
23 a GEE Plano de JS—H 1:17. 31 a Isa. 61:2;
Redenção. GEE Luz, Luz de Cristo. Lc. 4:17–19.
b Rom. 14:11; b GEE Cantar. b GEE Liberdade, Livre.
Mos. 27:31. 26 a 1 Né. 11:28. 32 a Jo. 8:21–24.
c 2 Né. 1:13; 27 a Mc. 8:31. b D&C 128:5.
Al. 12:11. 29 a D&C 76:12. GEE Conhecimento.
24 a Salm. 104:1–2; 30 a Lc. 24:49.
333 Doutrina e Convênios 138:33– 43
33 A esses foi ensinada a a fé em 38 Entre os grandes e poderosos
Deus, o arrependimento do peca- que estavam reunidos nessa vasta
do, o b batismo vicário para c remis- congregação dos justos encontra-
são de pecados, o d dom do Espíri- va-se o Pai a Adão, o Ancião de
to Santo pela imposição de mãos. Dias e pai de todos,
34 E todos os outros princípios 39 E nossa gloriosa Mãe a Eva,
do evangelho que precisavam sa- com muitas de suas filhas fiéis que
ber a fim de qualificarem-se para viveram através das eras e ado-
ser a julgados segundo os homens raram o Deus verdadeiro e vivo.
na carne, mas viver segundo Deus 40 a Abel, o primeiro b mártir, es-
no espírito. tava lá; e seu irmão c Sete, um dos
35 E desse modo soube-se entre poderosos, que era a d imagem ex-
os mortos, tanto pequenos como pressa de seu pai, Adão.
grandes, os injustos como também 41 a Noé, que advertira acerca do
os fiéis, que se efetuara redenção dilúvio; b Sem, o grande c sumo sa-
por meio do a sacrifício do Filho de cerdote; d Abraão, o pai dos fiéis;
Deus na b cruz. e
Isaque, f Jacó e g Moisés, o grande
36 Foi dessa forma que se sou- legislador de Israel;
be que nosso Redentor passara o 42 E a Isaías, que anunciou, por
tempo de sua visita ao mundo dos profecia, que o Redentor fora un-
espíritos instruindo e preparando gido para curar os contritos de
os espíritos fiéis dos a profetas que coração, proclamar liberdade aos
haviam testificado dele na carne; b
cativos e a abertura da c prisão aos
37 Para que levassem a mensa- presos, também estavam lá.
gem de redenção a todos os mor- 43 Além desses, a Ezequiel, a
tos a quem ele não poderia pregar quem foi mostrado em visão o
pessoalmente por causa de sua a re- grande vale de b ossos secos, que
beldia e transgressões, a fim de que seriam revestidos de carne a fim
eles, pelo ministério de seus servos, de ressurgirem na c ressurreição
também ouvissem suas palavras. dos mortos como almas viventes;
33 a RF 1:4. 36 a D&C 138:57. d Gên. 17:1–8.
GEE Fé. 37 a D&C 138:20. GEE Abraão.
b GEE Batismo, Batizar — GEE Rebeldia, e Gên. 21:1–5.
Batismo pelos mortos; Rebelião. GEE Isaque.
Ordenanças — 38 a GEE Adão. f Gên. 35:9–15.
Ordenança vicária. 39 a Mois. 4:26. GEE Jacó, Filho de
c GEE Remissão de GEE Eva. Isaque.
Pecados. 40 a GEE Abel. g GEE Moisés.
d GEE Dom do Espírito b GEE Mártir, Martírio. 42 a GEE Isaías.
Santo. c GEE Sete. b Isa. 61:1–2.
34 a GEE Juízo Final. d Gên. 5:3; c GEE Inferno.
35 a Al. 34:9–16. Mois. 6:10. 43 a GEE Ezequiel.
GEE Expiação, Expiar; 41 a GEE Noé, Patriarca b Eze. 37:1–14.
Sacrifício. Bíblico. c GEE Ressurreição.
b GEE Crucificação; b GEE Sem.
Cruz. c GEE Sumo Sacerdote.
Doutrina e Convênios 138:44–55 334
44 Daniel, que previu e predis-
a
50 Porque os mortos considera-
se o estabelecimento do b reino de vam o longo tempo em que seu
Deus nos últimos dias, para nunca a
espírito estava ausente do corpo
mais ser destruído nem entregue como uma b escravidão.
a outro povo; 51 Esses o Senhor ensinou e deu-
45 a Elias, que estava com Moisés lhes a poder para levantarem-se,
no Monte da b Transfiguração; depois que ele ressuscitasse dos
46 E a Malaquias, o profeta que mortos, e entrarem no reino de seu
testificou a vinda de b Elias, o pro- Pai, para que lá fossem coroados
feta — de quem também Morô- com b imortalidade e c vida eterna,
ni falou ao profeta Joseph Smith, 52 E continuassem dali em diante
declarando que ele viria antes do o seu trabalho, como fora prome-
grande e terrível c dia do Senhor — tido pelo Senhor, e se tornassem
também estavam lá. participantes de todas as a bên-
47 O profeta Elias deveria plan- çãos reservadas para aqueles que
tar no a coração dos filhos as pro- o amam.
messas feitas a seus pais, 53 O Profeta Joseph Smith e
48 Prenunciando a grande a obra meu pai, Hyrum Smith, Brigham
a ser realizada nos b templos do Young, John Taylor, Wilford
Senhor na c dispensação da pleni- Woodruff e outros espíritos pre-
tude dos tempos, para a redenção ciosos que foram a reservados para
dos mortos e o d selamento dos fi- nascer na plenitude dos tempos
lhos aos pais, a fim de que a Ter- a fim de participar no estabele-
ra toda não fosse ferida com uma cimento dos b alicerces da grande
maldição e totalmente destruída obra dos últimos dias,
na sua vinda. 54 Incluindo a construção de
49 Todos esses e muitos mais, até templos e a realização, neles, de
os a profetas que habitaram entre ordenanças para a redenção dos
os nefitas e testificaram a vinda do a
mortos, também estavam no
Filho de Deus, misturavam-se à mundo dos espíritos.
grande assembleia e aguardavam 55 Observei que também esta-
sua libertação, vam entre os grandes e a nobres
44 a GEE Daniel. 47 a D&C 128:17. Al. 40:19–21.
b Dan. 2:44–45. 48 a GEE Salvação para os b GEE Imortal,
GEE Reino de Deus ou Mortos. Imortalidade.
Reino dos Céus. b GEE Templo, A Casa do c D&C 29:43.
45 a GEE Elias. Senhor. GEE Vida eterna.
b GEE Transfiguração. c GEE Dispensação. 52 a Isa. 64:4;
46 a Mal. 4:5–6; d GEE Família — Família 1 Cor. 2:9;
JS—H 1:36–39. eterna; D&C 14:7.
GEE Malaquias. Selamento, Selar. 53 a GEE Preordenação.
b D&C 110:13–15. 49 a Hel. 8:19–22. b D&C 64:33.
GEE Elias, o Profeta. 50 a GEE Espírito. 54 a GEE Ordenanças —
c GEE Segunda Vinda de b D&C 45:17. Ordenança vicária.
Jesus Cristo. 51 a 1 Cor. 6:14; 55 a Abr. 3:22–24.
335 Doutrina e Convênios 138:56–DECLARAÇÃO OFICIAL 1
que foram b escolhidos no prin- servidão do pecado no grande
cípio para serem governantes na mundo dos espíritos dos mortos.
Igreja de Deus. 58 Os mortos que se arrepende-
56 Mesmo antes de nascerem, rem serão a redimidos por meio
eles, com muitos outros, recebe- da obediência às b ordenanças da
ram suas primeiras lições no mun- Casa de Deus,
do dos espíritos e foram a prepara- 59 E depois de terem cumprido
dos para nascer no devido b tempo a pena por suas transgressões e
do Senhor, a fim de trabalharem de serem a purificados, receberão
em sua c vinha para a salvação da uma recompensa de acordo com
alma dos homens. suas b obras, porque são herdeiros
57 Vi que os a élderes fiéis desta da salvação.
dispensação, quando deixam a 60 Assim me foi revelada a visão
vida mortal, continuam seus la- da redenção dos mortos e presto
bores na pregação do evangelho testemunho; e sei que esse teste-
do arrependimento e da redenção, munho é a verdadeiro, mediante a
por meio do sacrifício do Filho bênção de nosso Senhor e Salvador
Unigênito de Deus, entre aque- Jesus Cristo. Assim seja. Amém.
les que estão nas b trevas e sob a
55 b GEE Preordenação. GEE Vinha do Senhor. b GEE Ordenanças.
56 a Jó 38:4–7; 57 a GEE Élder (Ancião). 59 a Al. 5:17–22.
Al. 13:3–7. b GEE Inferno. GEE Perdoar.
b At. 17:24–27. 58 a GEE Redenção, b GEE Obras.
c Jacó 6:2–3. Redimido, Redimir. 60 a GEE Verdade.
DECLARAÇÃO OFICIAL 1
A Bíblia e o Livro de Mórmon ensinam que a monogamia é o padrão
de Deus para o casamento, a menos que Ele declare algo diferente (ver
2 Samuel 12:7–8 e Jacó 2:27, 30). A partir de uma revelação ao Pro-
feta Joseph Smith, a prática do casamento plural foi instituída entre
os membros da Igreja no início da década de 1840 (ver seção 132).
Entre as décadas de 1860 e de 1880, o governo dos Estados Unidos
aprovou leis que tornaram ilegal essa prática religiosa. Mais tarde,
essas leis foram sancionadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
Após receber uma revelação, o Presidente Wilford Woodruff emitiu o
seguinte Manifesto, que foi aceito pela Igreja como oficial e obrigatório
em 6 de outubro de 1890. Isso levou ao fim da prática do casamento
plural na Igreja.
DECLARAÇÃO OFICIAL 1 336
A Quem Interessar Possa:
Notícias da imprensa, provenientes de Salt Lake City foram ampla-
mente divulgadas com propósitos políticos, declarando que a Comis-
são de Utah, em seu recente relatório ao Ministro do Interior, alega que
ainda se realizam casamentos plurais e que quarenta ou mais casamen-
tos dessa ordem foram celebrados em Utah desde junho passado ou
durante o último ano; e também que em discursos públicos os líderes
da Igreja ensinaram, incentivaram e estimularam a continuação da
prática da poligamia —
Eu, portanto, como presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, pela presente e da maneira mais solene de-
claro serem falsas tais acusações. Nós não estamos ensinando poliga-
mia, ou seja, casamento plural, nem permitindo que qualquer pessoa
adote tal prática; e nego que quarenta ou qualquer outro número de
casamentos plurais tenham sido celebrados durante esse período em
nossos templos ou em qualquer outro lugar do Território.
Relatou-se um caso em que as partes declaram ter sido o casamento
realizado na Casa de Investiduras, em Salt Lake City na primavera de
1889, mas não consegui descobrir quem realizou a cerimônia; o que
quer que tenha sido feito nesta questão, foi sem meu conhecimento.
Em consequência dessa alegada ocorrência, a Casa de Investiduras foi,
por ordem minha, demolida sem demora.
Sendo que o Congresso promulgou leis proibindo o casamento plu-
ral, leis essas que foram pronunciadas constitucionais pelo tribunal de
última instância, eu aqui declaro minha intenção de submeter-me
a essas leis e de usar minha influência junto aos membros da Igreja
que presido, para que eles façam o mesmo.
Nada há em meus ensinamentos à Igreja nem nos de meus compa-
nheiros, durante o tempo especificado, que se possa razoavelmente
interpretar como imposição da poligamia ou estímulo a ela; e quando
algum élder da Igreja usou palavras que pareciam transmitir tal ensi-
namento, foi prontamente repreendido. E agora declaro publicamente
que meu conselho aos santos dos últimos dias é que se abstenham de
celebrar casamentos proibidos pelas leis do país.
Wilford Woodruff
Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.
337 DECLARAÇÃO OFICIAL 1
O Presidente Lorenzo Snow apresentou o seguinte:
“Reconhecendo Wilford Woodruff como Presidente de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e atualmente o único homem
na Terra a possuir as chaves das ordenanças de selamento, proponho
que o consideremos plenamente autorizado, em virtude de sua posi-
ção, a expedir o Manifesto que foi lido em nossa presença, datado de
24 de setembro de 1890; e que, como Igreja reunida em Conferência
Geral, aceitemos sua declaração concernente aos casamentos plurais
como oficial e obrigatória.”
Não importa quem viva ou quem morra, ou quem seja chamado para conduzir esta
Igreja — eles têm que conduzi-la pela inspiração do Deus Todo-Poderoso. Se assim não
fizerem, de forma alguma o conseguirão. (. . .)
Ultimamente tenho recebido algumas revelações, que considero muito importantes, e
relatar-vos-ei o que o Senhor me disse. Consideremos o que chamamos de manifesto. (. . .)
O Senhor pediu-me que fizesse uma pergunta aos santos dos últimos dias, afirman-
do também que, se acatarem o que eu lhes disser e responderem, pelo Espírito e poder
de Deus, à pergunta feita a eles, todos responderão da mesma forma e todos crerão da
mesma forma em relação a este assunto.
A pergunta é: Qual o melhor caminho a ser seguido pelos santos dos últimos dias —
continuar tentando a prática do casamento plural, contrariando as leis do país e enfren-
tando a oposição de sessenta milhões de pessoas, sofrendo o confisco e perda de todos
os templos e a interrupção de todas as ordenanças neles realizadas tanto para os vivos
como para os mortos, além da prisão da Primeira Presidência e dos Doze, bem como
de chefes de família da Igreja, e também o confisco de propriedades particulares dos
membros (o que acarretaria a interrupção dessa prática); ou então, após fazer e sofrer
o que fizemos e sofremos por termos aderido a esse princípio, abandonar tal prática e
submeter-nos à lei, dessa forma permitindo que os Profetas, Apóstolos e pais de família
permaneçam em seus lares, de modo a poderem instruir o povo e cuidar dos assuntos
da Igreja, deixando também os templos nas mãos dos santos a fim de realizarem as
ordenanças do Evangelho tanto para os vivos como para os mortos?
O Senhor mostrou-me, por meio de visão e revelação, exatamente o que ocorreria se
não abandonássemos essa prática. Se não a tivéssemos abandonado, esses homens do
DECLARAÇÃO OFICIAL 1 – 2 338
Templo de Logan (. . .) não teriam qualquer utilidade; pois as ordenanças seriam inter-
rompidas em toda a terra de Sião. Reinaria confusão em Israel e muitos homens seriam
encarcerados. O problema afetaria toda a Igreja e seríamos obrigados a abandonar a
prática. A pergunta agora é se essa prática deveria ser interrompida dessa forma ou da
forma que o Senhor nos manifestou, deixando livres nossos Profetas e Apóstolos, bem
como os pais de família, e deixando os templos nas mãos do povo para que os mortos
sejam redimidos. Muitos já foram libertados da prisão do mundo espiritual por este
povo; e o trabalho deve continuar ou parar? Esta é a pergunta que faço aos santos dos
últimos dias. Tendes que julgar por vós mesmos. Desejo que respondais por vós mes-
mos. Não responderei a ela; mas digo-vos que essa seria exatamente a situação em que
nós, como povo, nos encontraríamos, caso não tivéssemos agido como agimos.
(. . .) Vi exatamente o que aconteceria se algo não tivesse sido feito. Venho sentindo
esse espírito há muito tempo. Desejo, porém, dizer-vos isto: Eu teria deixado que os
templos nos escapassem das mãos; teria ido eu próprio para a prisão e permitido que
isso acontecesse a muitos de vós, não tivesse o Deus do céu me ordenado fazer o que
fiz; e quando chegou a hora em que isso me foi ordenado, tudo ficou claro para mim.
Dirigi-me ao Senhor e escrevi o que Ele ordenou que eu escrevesse. (. . .)
Deixo-vos isto para que pondereis a respeito. O Senhor está trabalhando conosco.
(Conferência da Estaca Cache, Logan, Utah, domingo, 1º de novembro de 1891. Publi-
cado no Deseret Weekly, 14 de novembro de 1891.)
Agora vos direi o que me foi manifestado e a participação do Filho de Deus nisto.
(. . .) Tudo isso teria sucedido, assim como o Deus Todo-Poderoso vive, caso o mani-
festo não tivesse sido dado. Portanto, o Filho de Deus sentiu que isto deveria ser apre-
sentado à Igreja e ao mundo para propósitos que Ele conhecia. O Senhor decretara o
estabelecimento de Sião. Decretara a conclusão deste templo. Decretara que a salvação
dos vivos e dos mortos fosse oferecida nestes vales entre as montanhas. E o Deus To-
do-Poderoso decretou que o Diabo não frustraria isso. Se o compreenderdes, essa é a
chave para isso. (De um discurso proferido na sexta sessão dedicatória do Templo de
Salt Lake, abril de 1893. Transcrição dos Serviços Dedicatórios, Arquivos, Departamento
Histórico da Igreja, Salt Lake City, Utah.)
DECLARAÇÃO OFICIAL 2
O Livro de Mórmon ensina que “todos são iguais perante Deus,” o
que inclui “negro e branco, escravo e livre, homem e mulher” (2 Néfi
26:33). Ao longo da história da Igreja, pessoas de todas as raças e
etnias, em muitos países, têm sido batizadas e têm vivido na condi-
ção de membros fiéis da Igreja. Durante o tempo de vida de Joseph
Smith, alguns homens negros membros da Igreja foram ordenados ao
sacerdócio. No começo de sua história, os líderes da Igreja cessaram de
conferir o sacerdócio a homens negros de descendência africana. Os
registros da Igreja não contêm informações claras referentes à origem
dessa prática. Os líderes da Igreja acreditavam que seria necessária
uma revelação de Deus para que a prática fosse alterada, e buscaram
orientação fervorosamente. A revelação veio ao Presidente da Igreja,
339 DECLARAÇÃO OFICIAL 2
Spencer W. Kimball, e foi confirmada a outros líderes da Igreja no
Templo de Salt Lake, em 1º de junho de 1978. Com a revelação, foram
removidas todas as restrições, no tocante à raça, que anteriormente
diziam respeito ao sacerdócio.
8 de junho de 1978
A todos os oficiais do sacerdócio, gerais e locais, de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todo o mundo:
Caros Irmãos:
Ao testemunharmos a expansão da obra do Senhor na Terra, sentimo-
nos gratos por terem os povos de muitas nações aceitado a mensagem
do evangelho restaurado, filiando-se à Igreja em número cada vez maior.
Isso despertou em nós o desejo de conceder a todos os membros dignos
da Igreja todos os privilégios e bênçãos que o evangelho proporciona.
Cônscios das promessas feitas pelos profetas e presidentes da Igre-
ja que nos precederam, de que, a um dado momento no plano eterno
de Deus, todos os nossos irmãos dignos receberiam o sacerdócio; e
testemunhando a fidelidade daqueles que haviam sido impedidos de
recebê-lo, imploramos longa e fervorosamente por esses nossos fiéis
irmãos, passando muitas horas na Sala Superior do Templo, a suplicar
a orientação divina do Senhor.
Ele ouviu nossas orações e, por revelação, confirmou que era che-
gado o dia, há muito prometido, em que todo homem da Igreja fiel e
digno poderia receber o santo sacerdócio, com o poder para exercer sua
DECLARAÇÃO OFICIAL 2 340
autoridade divina e usufruir, com seus entes queridos, todas as bênçãos
que dele provêm, incluindo-se as bênçãos do templo. Portanto, todos
os homens dignos da Igreja podem ser ordenados ao sacerdócio, inde-
pendentemente de sua raça ou cor. Instruímos os líderes do sacerdócio
a seguirem a diretriz de, cuidadosamente, entrevistar todos os candi-
datos à ordenação, seja ao Sacerdócio Aarônico ou ao de Melquisede-
que, para verificar se atendem aos padrões de dignidade estabelecidos.
Declaramos solenemente que o Senhor deu agora a conhecer a sua
vontade para bênção de todos os seus filhos, em toda a Terra, que aten-
derem à voz de seus servos autorizados, e se prepararem para receber
todas as bênçãos do evangelho.
Sinceramente,
Spencer W. Kimball
N. Eldon Tanner
Marion G. Romney
A Primeira Presidência
Reconhecendo Spencer W. Kimball como profeta, vidente e revelador
e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
é proposto que nós, como assembleia constituinte, aceitemos esta re-
velação como a palavra e a vontade do Senhor. Todos a favor manifes-
tem-se, levantando o braço direito. Quem se opuser, pelo mesmo sinal.
O voto para apoiar a moção foi unânime e afirmativo.
Salt Lake City, Utah, 30 de setembro de 1978.
A
PÉROLA DE
GRANDE VALOR
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Moisés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Abraão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Fac-símile 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Fac-símile 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Fac-símile 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Joseph Smith—Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Joseph Smith—História . . . . . . . . . . . . . . . 53
Regras de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
INTRODUÇÃO
LIVRO DE MOISÉS
Extrato da tradução da Bíblia, como revelada a Joseph Smith, o Profeta, en-
tre junho de 1830 e fevereiro de 1831.
CAPÍTULO 1 de dias ou fim de anos; e não é
(Junho de 1830) isso infinito?
4 E eis que tu és meu filho; por-
Deus revela-Se a Moisés — Moisés
tanto, a olha e mostrar-te-ei as
é transfigurado — Ele é confronta-
obras de minhas b mãos; mas não
do por Satanás — Moisés vê muitos
todas, porque minhas c obras não
mundos habitados — Mundos sem
têm d fim nem tampouco minhas
número foram criados pelo Filho — e
palavras, porque jamais cessam.
A obra e a glória de Deus é levar a
5 Portanto, nenhum homem
efeito a imortalidade e a vida eterna
pode contemplar todas as obras
do homem.
minhas sem contemplar toda a
Explicação
Fig. 1. O anjo do Senhor.
Fig. 2. Abraão amarrado sobre um altar.
Fig. 3. O sacerdote idólatra de Elquena tentando oferecer Abraão em sacrifício.
Fig. 4. O altar de sacrifício dos sacerdotes idólatras diante dos deuses de Elquena,
Libna, Mamacra, Corás e Faraó.
Fig. 5. O deus idólatra de Elquena.
Fig. 6. O deus idólatra de Libna.
Fig. 7. O deus idólatra de Mamacra.
Fig. 8. O deus idólatra de Corás.
Fig. 9. O deus idólatra do Faraó.
Fig. 10. Abraão no Egito.
Fig. 11. Desenhado para representar os pilares do céu, como os entendiam os egípcios.
Fig. 12. Rauqueeian, que significa expansão, ou seja, o firmamento sobre nossa cabeça;
mas neste caso, em relação a este assunto, os egípcios davam-lhe o sentido de Saumau,
estar no alto, ou seja, os céus, que corresponde à palavra hebraica Saumaieem.
LIVRO DE ABRAÃO
TRADUZIDO DO PAPIRO POR JOSEPH SMITH
Explicação
Fig. 1. Abraão sentado no trono do Faraó, por cortesia do rei, com uma coroa na cabe-
ça representando o Sacerdócio como emblema da grande Presidência no Céu; na mão
leva o cetro de justiça e juízo.
Fig. 2. O rei Faraó, cujo nome é dado nos caracteres acima de sua cabeça.
Fig. 3. Significa Abraão no Egito, como aparece também na Figura 10 do Fac-símile
número 1.
Fig. 4. Príncipe de Faraó, Rei do Egito, como escrito acima da mão.
Fig. 5. Sulem, um dos principais servos do rei, como representado pelos caracteres
acima de sua mão.
Fig. 6. Olinla, escravo pertencente ao príncipe.
Abraão está arrazoando sobre os princípios da astronomia na corte do rei.
Abraão 5:8–21 48
da vida; e o homem tornou-se o homem, porque não é bom que
uma d alma vivente. o homem esteja só; portanto, for-
8 E os Deuses plantaram um jar- maremos uma adjutora adequada
dim no a Éden, na parte oriental, e para ele.
ali colocaram o homem, cujo es- 15 E os Deuses fizeram um sono
pírito tinham posto no corpo que profundo cair sobre a Adão e ele
haviam formado. dormiu; e eles tomaram de uma
9 E da terra fizeram os Deuses de suas costelas e fecharam a car-
brotar toda árvore que é agradá- ne em seu lugar;
vel à vista e boa para alimento; 16 E da costela que os Deuses
também a a árvore da vida no meio haviam tirado do homem, eles
do jardim, e a árvore do conheci- formaram uma a mulher e leva-
mento do bem e do mal. ram-na para o homem.
10 Havia um rio que saía do 17 E Adão disse: Esta era osso de
Éden, para regar o jardim; e dali meus ossos e carne de minha car-
se dividia e se tornava em quatro ne; agora ela será chamada Mu-
braços. lher, porque foi tirada do homem;
11 E os Deuses tomaram o ho- 18 Portanto, deixará o homem
mem e puseram-no no Jardim do seu pai e sua mãe e a apegar-se-á
Éden, para cultivá-lo e guardá-lo. a sua mulher; e eles serão b uma
12 E os Deuses ordenaram ao ho- carne.
mem, dizendo: De toda árvore do 19 E estavam ambos nus, o ho-
jardim podes comer livremente, mem e sua mulher, e não se en-
13 Mas da árvore do conheci- vergonhavam.
mento do bem e do mal não co- 20 E da terra os Deuses forma-
merás; porque no tempo em que ram toda besta do campo e toda
dela comeres, certamente mor- ave do ar; e levaram-nas a Adão
rerás. Ora eu, Abraão, vi que era para ver como as chamaria; e o
segundo o a tempo do Senhor, que que Adão chamasse cada criatura
era segundo o tempo de b Colobe; vivente, tal seria seu nome.
porque até então os Deuses não 21 E Adão deu nome a todo o
tinham dado a Adão a maneira gado, às aves do ar, a toda besta
de calcular seu tempo. do campo; e para Adão foi en-
14 E os Deuses disseram: Faça- contrada uma adjutora própria
mos uma adjutora adequada para para ele.
7 d GEE Alma. b Abr. 3:2–4. 18 a D&C 42:22; 49:15–16.
8 a GEE Éden. GEE Colobe. b GEE Casamento, Casar.
9 a GEE Árvore da Vida. 15 a GEE Adão.
13 a 2 Ped. 3:8. 16 a GEE Eva.
JOSEPH SMITH—MATEUS
Parte da tradução da Bíblia como revelada a Joseph Smith, o Profeta, em
1831: Mateus 23:39 e o capítulo 24.
Jesus prediz a iminente destruição de assentado no Monte das Oliveiras,
Jerusalém — Ele fala também sobre a chegaram-se a ele os seus discípu-
Segunda Vinda do Filho do Homem los, em particular, dizendo: Di-
e a destruição dos iníquos. ze-nos quando serão essas coisas
que disseste a respeito da des-
C
a
REMOS em b Deus, o Pai 5 Cremos que um homem deve
Eterno, e em Seu c Filho, ser a chamado por Deus, por b pro-
Jesus Cristo, e no d Espírito Santo. fecia, e pela imposição de c mãos,
2 Cremos que os homens serão por quem possua d autoridade,
punidos por seus a próprios pe- para e pregar o Evangelho e admi-
cados e não pela b transgressão nistrar as suas f ordenanças.
de Adão. 6 Cremos na mesma a organiza-
3 Cremos que, por meio da ção que existia na Igreja Primiti-
a
Expiação de Cristo, toda a hu- va, isto é, b apóstolos, c profetas,
manidade pode ser b salva, pela d
pastores, mestres, e evangelistas,
c
obediência às d leis e ordenanças etc.
do e Evangelho. 7 Cremos no a dom de b línguas,
4 Cremos que os primeiros prin- c
profecia, d revelação, e visões, f cura,
cípios e a ordenanças do Evangelho g
interpretação de línguas, etc.
são: primeiro, b Fé no Senhor Jesus 8 Cremos ser a a Bíblia a b palavra
Cristo; segundo, c Arrependimen- de Deus, desde que esteja tradu-
to; terceiro, d Batismo por imer- zida c corretamente; também cre-
são para a e remissão de pecados; mos ser o d Livro de Mórmon a
quarto, Imposição de f mãos para o palavra de Deus.
g
dom do Espírito Santo. 9 Cremos em tudo o que Deus
1 1 a GEE Crença, Crer. d GEE Lei. 6 a GEE Igreja Verdadeira,
b GEE Trindade — Deus, e GEE Evangelho. Sinais da —
o Pai. 4 a GEE Ordenanças. Organização da Igreja.
c GEE Jesus Cristo; b GEE Fé. b GEE Apóstolo.
Trindade — Deus, o c GEE Arrepender-se, c GEE Profeta.
Filho. Arrependimento. d GEE Bispo.
d GEE Espírito Santo; d GEE Batismo, Batizar. e GEE Evangelista;
Trindade — Deus, o e GEE Remissão de Patriarca, Patriarcal.
Espírito Santo. Pecados. 7 a GEE Dons do Espírito.
2 a Deut. 24:16; f GEE Mãos, Imposição b GEE Línguas, Dom das.
Eze. 18:19–20. de. c GEE Profecia, Profetizar.
GEE Arbítrio; g GEE Dom do Espírito d GEE Revelação.
Prestar Contas, Santo. e GEE Visão.
Responsabilidade, 5 a GEE Chamado, f GEE Curar, Curas.
Responsável. Chamado por Deus, g 1 Cor. 12:10;
b GEE Queda de Adão Chamar. Mórm. 9:7–8.
e Eva. b GEE Profecia, Profetizar. 8 a GEE Bíblia.
3 a GEE Expiação, Expiar. c GEE Mãos, Imposição b GEE Palavra de Deus.
b Mos. 27:24–26; de. c 1 Né. 13:20–40;
Mois. 5:9. d GEE Autoridade; 14:20–26.
GEE Salvação. Sacerdócio. d GEE Livro de Mórmon.
c GEE Obedecer, e GEE Pregar.
Obediência, Obediente. f Al. 13:8–16.
71 Regras de Fé 1:10–13
a
revelou, em tudo o que Ele reve- 12 Cremos na submissão a reis,
la agora, e cremos que Ele ainda presidentes, governantes, e ma-
b
revelará muitas coisas grandiosas gistrados; na obediência, honra,
e importantes relativas ao Reino e manutenção da a lei.
de Deus. 13 Cremos em ser a honestos,
10 Cremos na a coligação literal verdadeiros, b castos, benevolen-
de Israel e na restauração das b Dez tes, virtuosos, e em c fazer o bem
Tribos; que c Sião (a Nova Jerusa- a todos os homens; na realidade,
lém) será construída no continente podemos dizer que seguimos a
americano; que Cristo d reinará d
admoestação de Paulo: Cremos
pessoalmente na Terra; e que a em todas as coisas, confiamos
Terra será e renovada e receberá a em todas as coisas, suportamos
sua f glória g paradisíaca. muitas coisas e e esperamos ter a
11 Pretendemos o a privilégio de capacidade de tudo f suportar. Se
adorar a Deus Todo-Poderoso de houver qualquer coisa g virtuosa,
acordo com os b ditames de nossa amável, de boa fama ou louvável,
própria c consciência; e concede- nós a procuraremos.
mos a todos os homens o mesmo Joseph Smith.
privilégio, deixando-os d adorar
como, onde, ou o que desejarem.
9 a GEE Revelação. GEE Nova Jerusalém; c GEE Consciência.
b Amós 3:7; Sião. d GEE Adorar.
D&C 121:26–33. d GEE Milênio. 12 a D&C 58:21–23.
GEE Escrituras — e GEE Terra — GEE Lei.
Profecias a respeito de Purificação da Terra. 13 a GEE Honestidade,
escrituras futuras. f IE um estado Honesto;
10 a Isa. 49:20–22; 60:4; semelhante ao do Integridade.
1 Né. 19:16–17. Jardim do Éden; b GEE Castidade.
GEE Israel — Coligação Isa. 11:6–9; 35; 51:1–3; c GEE Serviço.
de Israel. 65:17–25; d Filip. 4:8.
b GEE Israel — Dez tribos Eze. 36:35. e GEE Esperança.
perdidas. GEE Paraíso. f GEE Perseverar.
c Ét. 13:2–11; g GEE Glória. g GEE Recato;
D&C 45:66–67; 84:2–5; 11 a D&C 134:1–11. Virtude.
Mois. 7:18. b GEE Arbítrio.
APÊNDICE
O Guia para Estudo das Escrituras explica doutrinas, princípios, povos e lugares
que se destacam e que são encontrados na Bíblia Sagrada, no Livro de Mórmon,
em Doutrina e Convênios e na Pérola de Grande Valor. Para cada verbete, ele forne-
ce também referências básicas das escrituras para estudo. Este Guia será de ajuda no
estudo das escrituras, tanto individual como em família. Ele pode ajudar a responder
perguntas sobre o evangelho, a estudar temas das escrituras, a preparar discursos e
aulas e a aumentar o seu conhecimento e testemunho do evangelho.
O diagrama a seguir ilustra um exemplo de tópico do Guia para Estudo das Escrituras:
Árvore da Vida. Ver também Éden Ascensão. Ver também Jesus Cristo;
Segunda Vinda de Jesus Cristo
Árvore no Jardim do Éden e paraíso de
Deus (Gên. 2:9; Apoc. 2:7). No sonho de A partida formal do Salvador, quan-
Leí, a árvore da vida representa o amor do deixou esta Terra, 40 dias após a Sua
de Deus e é considerado o maior de to- Ressurreição. A Ascensão ocorreu num
dos os dons de Deus (1 Né. 8; 11:21–22, ponto do Monte das Oliveiras, na presen-
25; 15:36). ça dos discípulos (Mc. 16:19; Lc. 24:51).
Naquela ocasião, dois anjos do céu testi-
Querubins e uma espada flamejan- ficaram que no futuro o Senhor haveria
te guardavam o caminho da árvore da de retornar “como para o céu o vistes
vida, Gên. 3:24 (Al. 12:21–23; 42:2–6). ir” (At. 1:9–12).
João viu a árvore da vida, e as folhas
tinham poder de cura para as nações, Aser. Ver também Israel; Jacó, Filho de
Apoc. 22:2. Isaque
Leí viu a árvore da vida, 1 Né. 8:10–35. No Velho Testamento, filho de Jacó e
Néfi viu a árvore que seu pai havia vis- Zilpa, serva de Lia (Gên. 30:12–13).
to, 1 Né. 11:8–9. A barra de ferro con-
Tribo de Aser: Jacó abençoou Aser (Gên.
duz à árvore da vida, 1 Né. 11:25 (1 Né.
49:20) e Moisés, os descendentes de Aser
15:22–24). Um horrível abismo separava
(Deut. 33:1, 24–29). Estes descenden-
os iníquos da árvore da vida, 1 Né. 15:28,
tes eram chamados “varões de valor”
36. Era necessário que houvesse um fruto
(1 Crôn. 7:40).
proibido em oposição à árvore da vida,
2 Né. 2:15. Vinde a mim e participareis Assassinato. Ver Homicídio
do fruto da árvore da vida, Al. 5:34,
62. Se tivesse sido possível que nossos Assíria
primeiros pais comessem da árvore da Antigo império que, juntamente com
vida, ter-se-iam tornado eternamente a sua rival Babilônia, dominou grande
miseráveis, Al. 12:26. Se não cultivardes parte das nações da Síria e Palestina,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Atalaia, Sentinela, Vigiar 20
durante a maior parte da época do Velho 1:1. Todo aquele que dá ouvidos à voz do
Testamento. Mesmo sendo os assírios Espírito é iluminado e vem ao Pai, D&C
um poder importante desde meados 84:46–47. Foram vagarosos em atender à
do século 12 a.C. até o final do século voz do Senhor; portanto, ele é vagaroso
7 a.C., eles jamais conseguiram estabe- em atender a suas orações, D&C 101:7–9.
lecer um sistema político estável. Eles Os que não atendem aos mandamentos
dominavam pelo terror, esmagando os são castigados, D&C 103:4 (Mois. 4:4).
seus inimigos pelo fogo e pela espada,
Atos dos Apóstolos. Ver também
ou enfraquecendo-os por meio da depor-
Lucas
tação de grandes porções da população
para outras partes do seu império. Os Este livro é a segunda parte da obra es-
povos que eram submetidos ao domínio crita por Lucas a Teófilo. A primeira parte
assírio lutavam constantemente contra é conhecida como o Evangelho Segundo
o império. (Ver 2 Re. 18–19; 2 Crôn. 32; Lucas. Os capítulos 1–12 registram algu-
Isa. 7:17–20; 10; 19; 37.) mas das principais atividades missioná-
rias dos Doze Apóstolos, sob a direção
Atalaia, Sentinela, Vigiar. Ver de Pedro, imediatamente após a morte
também Advertência, Advertir, e ressurreição do Salvador. Os capítulos
Prevenir 13–28 retratam algumas das viagens e a
Pessoa que vela, vigia e obedece e que obra missionária do Apóstolo Paulo.
está pronta e preparada. Em sentido re- Autoridade. Ver também Chamado,
ligioso, atalaias são líderes chamados Chamado por Deus, Chamar;
pelos representantes do Senhor para Chaves do Sacerdócio; Ordenação,
encarregarem-se especificamente do Ordenar; Poder; Sacerdócio
bem-estar de outras pessoas. Os que são
Permissão concedida a homens na ter-
chamados como líderes têm a responsa-
ra, chamados ou ordenados para agir por
bilidade especial de também ser atalaias
Deus, o Pai, e em nome dele ou de Jesus
para o resto do mundo.
Cristo, ao realizarem a obra de Deus.
Eu te dei por atalaia, Eze. 3:17–21. Ata-
Eu te enviei, Êx. 3:12–15. Falarás tudo
laias que erguem a voz de advertência
o que eu te mandar, Êx. 7:2.
salvam suas próprias almas, Eze. 33:7–9.
Jesus deu autoridade aos doze discí-
Vigiai, pois, porque não sabeis a que
pulos, Mt. 10:1. Não me escolhestes vós
hora há de vir o vosso Senhor, Mt. 24:42–
a mim, mas eu vos escolhi a vós e vos
43 (Mt. 25:13; Mc. 13:35–37; D&C 133:10– nomeei, Jo. 15:16.
11). Vigiai e orai, para que não entreis Néfi e Leí pregaram com grande auto-
em tentação, Mt. 26:41 (3 Né. 18:15, 18). ridade, Hel. 5:18. Néfi, filho de Helamã,
O Senhor colocou atalaias na vinha, era um homem de Deus, de quem havia
D&C 101:44–58. recebido grande poder e autoridade, Hel.
Atender, Dar ouvidos. Ver também 11:18 (3 Né. 7:17). Jesus deu poder e au-
Obedecer, Obediência, Obediente; toridade aos doze nefitas, 3 Né. 12:1–2.
Ouvido, Ouvir Joseph Smith foi chamado por Deus e
ordenado, D&C 20:2. Ninguém pregará
Ouvir a voz e ensinamentos do Se- meu evangelho ou estabelecerá minha
nhor, prestando atenção e obedecendo. igreja, a não ser que tenha sido ordenado
Atender é melhor do que a gordura de e que a igreja saiba que tem autoridade,
carneiros do sacrifício, 1 Sam. 15:20–23. D&C 42:11. Os élderes devem pregar o
Os justos que derem ouvidos às pala- evangelho, agindo pela autoridade, D&C
vras dos profetas não perecerão, 2 Né. 68:8. O Sacerdócio de Melquisedeque
26:8. possui autoridade para administrar em
Escutai, ó povo da minha Igreja, D&C assuntos espirituais, D&C 107:8, 18–19.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
21 Barnabé
O que é feito pela autoridade divina se Babel, Babilônia. Ver também Mundo;
torna lei, D&C 128:9. Nabucodonosor
Todo o que pregar ou administrar em Capital da Babilônia.
nome de Deus deve ser chamado por ele Babel foi fundada por Ninrode, ten-
pelos que têm autoridade, RF 1:5. do sido uma das cidades mais antigas
Autoridades Gerais. Ver Apóstolo; da Mesopotâmia ou de Sinear (Gên.
Bispo Presidente; Primeira 10:8–10). O Senhor confundiu a língua
Presidência; Setenta na época em que o povo estava cons-
truindo a torre de Babel (Gên. 11:1–9;
Avarento, Avareza Ét. 1:3–5, 33–35). Mais tarde, Babilônia
Aquele que tem avareza, que é sórdida tornou-se a capital de Nabucodonosor.
e excessivamente apegado ao dinheiro. Ele construiu uma cidade enorme, da
qual ainda existem as ruínas. Babilônia
O que odeia a avareza prolongará os
tornou-se uma cidade muito iníqua e, a
seus dias, Prov. 28:16.
partir de então, passou a simbolizar a
Acautelai-vos da avareza, Lc. 12:15
iniquidade do mundo.
(Lc. 12:15–21). Avareza é idolatria, Col.
3:5. O bispo não deve ser avarento, Fugi do meio de Babilônia, Jer. 51:6.
1 Tim. 3:2–3. Nos últimos dias haverá Babilônia será estabelecida, e cairá,
homens avarentos, 2 Tim. 3:1–2. Sejam Apoc. 17–18.
vossos costumes sem avareza, Heb. 13:5. Babilônia será destruída, 2 Né. 25:15.
Tendo o coração exercitado na avareza, Babilônia cairá, D&C 1:16. Não pou-
2 Ped. 2:14. parei quem permanecer em Babilônia,
D&C 64:24. Deixai Babilônia, D&C 133:5,
Azeite. Ver Óleo 7, 14.
Balaão
Baal. Ver também Idolatria Profeta do Velho Testamento a quem
Um deus-sol masculino, adorado prin- foi pedido com insistência que amaldi-
cipalmente na Fenícia (1 Re. 16:31), mas çoasse Israel em troca de dinheiro. O Se-
que também era adorado de diferentes nhor ordenou-lhe que não amaldiçoasse
maneiras em diversos lugares: pelos Israel (Núm. 22–24).
moabitas, como Baal-Peor (Núm. 25:1–3), A jumenta de Balaão recusou-se a
em Siquém, como Baal-Berite (Juí. 8:33; prosseguir, porque um anjo estava no
9:4), em Ecrom, como Baal-Zebu (2 Re. caminho, Núm. 22:22–35.
1:2). Baal provavelmente é o mesmo Bel
da Babilônia e Zeus da Grécia. A pala- Bálsamo de Gileade
vra Baal expressa o relacionamento entre Resina aromática ou especiaria usada
um senhor e seu escravo. Era geralmen- para curar feridas (Gên. 43:11; Jer. 8:22;
te representado por um touro. Astarote 46:11; 51:8). Na época do Velho Testa-
era a deusa que costumava ser adorada mento, era tão abundante em Gileade o
juntamente com Baal. arbusto do qual se extraía a resina para
Baal às vezes era combinado com ou- a fabricação do bálsamo que ele passou
tro nome ou palavra para indicar uma a ser conhecido como “bálsamo de Gi-
ligação com Baal, tal como um lugar leade” (Gên. 37:25; Eze. 27:17).
onde era adorado ou uma pessoa com
atributos semelhantes aos de Baal. Poste- Barnabé
riormente, quando Baal veio a ter signifi- Nome dado a José, um levita natural
cados sumamente iníquos, foi substituí- de Chipre, que vendeu suas proprie-
do, em nomes compostos, pela palavra dades e deu aos apóstolos o dinheiro
Bosete, que significa “vergonha.” proveniente da venda (At. 4:36–37). Não
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Barrabás 22
era um dos apóstolos originais, mas foi ordenança introdutória do evangelho,
apóstolo no tempo de Paulo (At. 14:4, 14) sendo necessária para que a pessoa se
e fez várias viagens missionárias (At. torne membro de A Igreja de Jesus Cristo
11:22–30; 12:25; 13–15; 1 Cor. 9:6; Gál. 2:1, dos Santos dos Últimos Dias. É precedi-
9; Col. 4:10). do pela fé em Jesus Cristo e pelo arrepen-
dimento. Para que seja completo, deve
Barrabás
ser seguido do recebimento do dom do
Nome do preso que soltaram em lu- Espírito Santo (2 Né. 31:13–14). O batismo
gar de Jesus no dia da crucificação. pela água e pelo Espírito é necessário
Era um amotinado, assassino e ladrão. para que a pessoa possa entrar no rei-
(Mt. 27:16–26; Mc. 15:6–15; Lc. 23:18–25; no celestial. Adão foi o primeiro a ser
Jo. 18:40.) batizado (Mois. 6:64–65). Jesus também
foi batizado para cumprir toda a justiça
Bartolomeu. Ver também Natanael
e para mostrar o caminho a toda a hu-
No Novo Testamento, um dos apósto- manidade (Mt. 3:13–17; 2 Né. 31:5–12).
los originais de Jesus Cristo. (Mt. 10:2–4.) Por nem todos terem a oportunidade
Batalha nos Céus. Ver também de aceitar o evangelho na mortalidade,
Conselho nos Céus; Vida Pré-mortal o Senhor autorizou que se realizassem,
por meio de procuradores, batismos pe-
Conflito travado entre os filhos espiri- los mortos. Assim sendo, os que aceitam
tuais de Deus na vida pré-mortal. o evangelho no mundo espiritual po-
Satanás foi expulso dos céus e lançado dem qualificar-se para entrar no reino
na Terra, Apoc. 12:4, 7–9. de Deus.
O diabo e a terça parte das hostes Essencial: Deixa por agora, porque as-
dos céus foram lançados abaixo, D&C sim nos convém cumprir toda a justiça,
29:36–37. Lúcifer rebelou-se contra o Fi- Mt. 3:15. Vindo Jesus foi batizado por
lho Unigênito, D&C 76:25–26. João, Mc. 1:9. Os fariseus e os doutores
Satanás queria para si a glória do Pai e da lei rejeitaram o conselho de Deus, não
procurava destruir o arbítrio do homem, tendo sido batizados, Lc. 7:30. Aquele
Mois. 4:1–4 (Isa. 14:12–15; Abr. 3:27–28). que não nascer da água e do Espírito,
Os que seguem a Deus guardam seu
não pode entrar no reino de Deus, Jo.
primeiro estado, vêm à Terra e recebem
3:5. Arrependei-vos, e cada um de vós
um corpo, Abr. 3:26.
seja batizado, At. 2:38.
Bate-Seba. Ver também Davi E ordena a todos que sejam batizados
em seu nome, 2 Né. 9:23–24. Os homens
Esposa de Urias; posteriormente, es-
devem seguir a Cristo, ser batizados,
posa de Davi e mãe de Salomão. O rei
receber o Espírito Santo e perseverar
Davi cometeu adultério com ela e tam-
até o fim, para serem salvos, 2 Né. 31. A
bém fez com que o marido dela fosse
doutrina de Cristo é que os homens de-
morto em batalha. (2 Sam. 11), pecado
vem crer e ser batizados, 3 Né. 11:20–40.
que teve consequências eternas para
Aqueles que não acreditarem em vos-
Davi (D&C 132:39).
sas palavras e não forem batizados na
Batismo, Batizar. Ver também Batismo água em meu nome, serão condenados,
de Criancinhas; Espírito Santo; D&C 84:74.
Nascer de Deus, Nascer de Novo; Deus explicou a Adão por que são ne-
Ordenanças cessários o arrependimento e o batismo,
A palavra usada no texto grego ori- Mois. 6:52–60.
ginal significa “mergulhar” ou “imer- Batismo por imersão: Jesus sendo bati-
gir.” O batismo por imersão na água, zado, saiu logo da água, Mt. 3:16 (Mc.
por alguém que tenha autoridade, é a 1:10). João batizava em Enom porque
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
23 Batismo de Criancinhas
havia ali muitas águas, Jo. 3:23. Filipe Oliver Cowdery a autoridade para bati-
e o eunuco desceram à água, At. 8:38. zar, JS—H 1:68–69.
Fomos sepultados com ele pelo batismo, Requisitos do batismo: Arrependei-vos,
Rom. 6:4 (Col. 2:12). arrependei-vos, e sede batizados em
Segui vosso Senhor e Salvador à água, nome de meu Filho amado, 2 Né. 31:11.
2 Né. 31:13. Alma, Helã, e outros foram Deveis arrepender-vos e nascer de novo,
mergulhados na água, Mos. 18:12–16. Al. 7:14. Tende cuidado para que não
E então os imergireis na água, 3 Né. sejais batizados indignamente, Mórm.
11:25–26. 9:29. Ensina aos pais que devem arre-
Explicada a maneira correta de bati- pender-se e ser batizados, e tornar-se
zar, D&C 20:72–74. Foram batizados na humildes, Morô. 8:10.
semelhança de seu sepultamento, sendo Requisitos para os que desejarem ba-
sepultados na água em seu nome, D&C tizar-se, D&C 20:37. As crianças serão
76:50–51. batizadas para remissão de pecados
Adão foi mergulhado na água e ti- quando chegarem aos oito anos de ida-
rado da água, Mois. 6:64. Cremos no de, D&C 68:25, 27.
batismo por imersão para remissão de Convênio feito por meio do batismo: Ha-
pecados, RF 1:4. veis feito convênio com ele de servi-lo
Batismo para remissão de pecados: Le- e guardar os seus mandamentos, Mos.
vanta-te, e batiza-te, e lava os teus pe- 18:8–10, 13.
cados, At. 22:16. Os que se arrependerem e tomarem
E virá então a remissão de vossos pe- sobre si o nome de Jesus Cristo, com o
cados, pelo fogo e pelo Espírito Santo, firme propósito de servi-lo, serão rece-
2 Né. 31:17. Vinde, pois, e sede batizados bidos por batismo na Igreja, D&C 20:37.
por causa do arrependimento, a fim de Batismo pelos mortos: Que farão os que
serdes lavados de vossos pecados, Al. se batizam pelos mortos, 1 Cor. 15:29.
7:14. Bem-aventurados são os que cre- São realizados batismos pelos mortos
rem e forem batizados, pois receberão a para remissão de pecados, D&C 124:29;
remissão de seus pecados, 3 Né. 12:1–2. 127:5–9; 128:1; 138:33.
Declararás arrependimento e fé no Não batizar criancinhas: É uma abomi-
Salvador e remissão de pecados por ba- nação perante Deus batizar as crianci-
tismo, D&C 19:31. nhas, Morô. 8:4–23.
Cremos no batismo por imersão para As crianças serão batizadas quando
remissão de pecados, RF 1:4. alcançarem os oito anos de idade, D&C
68:27. Todas as crianças que morrem
Com a devida autoridade: Ide, ensinai
antes de chegar à idade da responsa-
todas as nações, batizando-as em nome
bilidade são salvas no reino celestial,
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,
D&C 137:10.
Mt. 28:19 (D&C 68:8).
Lími e muitos de seu povo desejavam Batismo de Criancinhas. Ver
ser batizados, mas não havia ninguém na também Batismo, Batizar—Não
Terra que tivesse a autoridade de Deus, batizar criancinhas; Criança(s);
Mos. 21:33. Dou-te o poder para batizar, Prestar Contas, Responsabilidade,
3 Né. 11:19–21. Responsável; Salvação—Salvação
O Sacerdócio de Aarão possui as cha- das criancinhas
ves do batismo por imersão para remis- A prática desnecessária de batizar
são de pecados, D&C 13. São eles os or- bebês e crianças abaixo da idade da res-
denados por mim para batizar em meu ponsabilidade, que é oito anos. O Senhor
nome, D&C 18:29. condena o batismo de criancinhas (Morô.
João Batista deu a Joseph Smith e a 8:10–21). As crianças nascem inocentes e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Batista 24
sem pecado. Satanás não tem poder para O processo e o meio de cuidar das
tentá-las até que se tornem responsáveis necessidades espirituais e materiais das
(D&C 29:46–47), assim, não precisam se pessoas.
arrepender ou ser batizadas. As crianças Livremente abrirás a tua mão para o
devem ser batizadas aos oito anos de teu irmão, para o teu necessitado e para
idade (D&C 68:25–27). o teu pobre na tua terra, Deut. 15:11. O
Batista. Ver João Batista que dá ao pobre não terá necessidade,
Prov. 28:27. Porventura não é este o je-
Beatitudes. Ver também Abençoado, jum que escolhi? Que repartas o teu pão
Abençoar, Bênção; Sermão da com o faminto e recolhas em tua casa os
Montanha pobres, Isa. 58:6–7.
Série de ensinamentos dados por Jesus Tive fome e destes-me de comer; era
no Sermão da Montanha, que descrevem estrangeiro, e hospedastes-me. Quando
um caráter refinado e espiritual (Mt. o fizestes a um destes meus pequeninos
5:3–12; Lc. 6:20–23). As Beatitudes estão irmãos, a mim o fizestes, Mt. 25:35–40.
de tal maneira estruturadas que cada Repartireis vossos bens com aque-
uma se baseia na anterior. Um registro le que deles necessitar, Mos. 4:16–26.
mais abrangente e acurado das beatitu- Ajudaram-se uns aos outros material
des acha-se em 3 Né. 12. e espiritualmente, de acordo com suas
necessidades e carências, Mos. 18:29.
Beber, Bêbado. Ver Palavra de Foi-lhes ordenado que se reunissem em
Sabedoria jejum e oração pelo bem-estar daque-
les que não conheciam a Deus, Al. 6:6.
Bebidas Alcoólicas. Ver Palavra de
Orai pelo vosso bem-estar, assim como
Sabedoria
pelo de todos os que vos rodeiam, Al.
Belém 34:27–28. Tinham todas as coisas em
Pequena cidade situada a cerca de oito comum, 4 Né. 1:3.
quilômetros ao sul de Jerusalém. Em Eis que tu te lembrarás dos pobres,
hebraico, o nome Belém significa “casa D&C 42:30–31. Deveis visitar os pobres
de pão”; é também chamada de Efrata, e os necessitados, D&C 44:6. Em todas
que quer dizer “frutífera.” Jesus Cristo as coisas lembrai-vos dos pobres e neces-
nasceu em Belém (Miq. 5:2; Mt. 2:1–8). É sitados, D&C 52:40. Ai de vós, homens
o lugar onde foi sepultada Raquel (Gên. ricos, que não compartilhais vossos bens
35:19; 48:7). com os pobres, e ai de vós, homens po-
bres, que não estais satisfeitos e que não
Rute e Boaz viveram em Belém, Rut. trabalhais, D&C 56:16–17.
1:22. Davi vivia em Belém e ali Samuel o Em Sião não havia pobres, Mois. 7:18.
ungiu, 1 Sam. 16:1–13; 17:12, 15; 20:6, 28.
Herodes mandou matar os meninos Bênção. Ver Abençoado, Abençoar,
pequenos de Belém, Mt. 2:16. Bênção
Belsazar. Ver também Babel, Babilônia Bênção dos Doentes. Ver também
No Velho Testamento, o último rei Curar, Curas; Mãos, Imposição de;
da Babilônia antes de Ciro conquistá- Óleo; Sacerdócio; Unção, Ungir
la; filho e sucessor de Nabucodonosor Bênção dada aos enfermos por porta-
(Dan. 5:1–2). dores do Sacerdócio de Melquisedeque,
incluindo o uso do óleo consagrado.
Bem-Aventuranças. Ver Beatitudes
Impõe-lhe a tua mão, Mt. 9:18. Jesus
Bem-Estar. Ver também Armazém; impôs as mãos sobre alguns enfermos e
Esmolas; Jejuar, Jejum; Oferta; curou-os, Mc. 6:5. Os apóstolos de Cristo
Pobres; Serviço ungiram muitos enfermos com óleo, e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
25 Bíblia
os curaram, Mc. 6:13. Os élderes devem filho, Mosias, Mos. 1:9–18. Seu povo
ungir e curar os doentes, Tg. 5:14–15. reuniu-se para ouvir seu discurso final,
Não deveis curar os enfermos, a não Mos. 2:1–8. Dirigiu-se a seu povo, Mos.
ser que vos peçam os que o desejarem, 2:9–4:30. Seu povo fez um convênio com
D&C 24:13–14. Os élderes imporão as o Senhor, Mos. 5–6.
mãos sobre o doente, D&C 42:44. Impõe
as mãos sobre os doentes e recuperar-se- Betânia
ão, D&C 66:9. Aldeia em que Jesus Cristo passou a
última semana de Sua vida mortal (Mt.
Bênçãos Patriarcais. Ver também 21:17; Mc. 11:11). Situada na encosta su-
Evangelista; Pai Terreno; Patriarca, deste do Monte das Oliveiras, Betânia era
Patriarcal o lugar de residência de Lázaro, Maria e
Bênçãos concedidas aos membros dig- Marta (Jo. 11:1–46; 12:1).
nos da Igreja pelos patriarcas designa-
dos. A bênção patriarcal contém conse- Betel
lhos do Senhor à pessoa que a recebe e Em hebraico, significa “casa de Deus”
declara a linhagem a que ela pertence na e é um dos lugares mais sagrados de
casa de Israel. Um pai pode dar bênçãos Israel. Está situada a cerca de dezesseis
especiais aos familiares, na qualidade quilômetros ao norte de Jerusalém. Ali
de patriarca de sua família, mas estas Abraão construiu o seu altar, logo após
não são registradas nem arquivadas a sua chegada a Canaã (Gên. 12:8; 13:3).
pela Igreja. Nesse local Jacó teve a visão de uma es-
Israel estendeu a sua mão direita, e a cada que tocava os céus (Gên. 28:10–19).
pôs sobre a cabeça de Efraim, Gên. 48:14. Também era um lugar sagrado no tempo
Jacó abençoou a seus filhos e à semente de Samuel (1 Sam. 7:16; 10:3).
deles, Gên. 49. Betsabá. Ver Bate-Seba
Leí abençoou a sua posteridade, 2 Né.
4:3–11. Bíblia. Ver também Apócrifos, Livros;
Cânone; Efraim—Vara de Efraim ou
Benjamim, Filho de Jacó. Ver também vara de José; Escrituras; Judá—Vara
Israel; Jacó, Filho de Isaque de Judá; Novo Testamento; Velho
No Velho Testamento, o segundo filho Testamento
de Jacó e Raquel (Gên. 35:16–20). Coleção de escritos hebraicos e cris-
A tribo de Benjamim: Jacó abençoou tãos que contém revelações divinas. A
Benjamim (Gên. 49:27). Os descendentes palavra Bíblia significa “os livros.” A Bí-
de Benjamim eram uma raça guerreira. blia é obra de muitos profetas e autores
Dois importantes benjamitas foram Saul, inspirados, que agiram sob a influência
o primeiro rei de Israel (1 Sam. 9:1–2), e do Espírito Santo (2 Ped. 1:21).
Paulo, o apóstolo do Novo Testamento A Bíblia cristã tem duas partes, mais
(Rom. 11:1). conhecidas como Velho e Novo Testa-
mentos. O Velho Testamento consiste
Benjamim, Pai de Mosias. Ver
nos livros de escritura usados entre os
também Mosias, Filho do rei
judeus da Palestina durante o minis-
Benjamim
tério terreno do Senhor. O Novo Tes-
Profeta e rei do Livro de Mórmon tamento contém escritos pertencentes
(Mos. 1–6) ao período apostólico, considerados tão
Enfrentou sérios problemas para es- sagrados quanto as escrituras judaicas
tabelecer a paz no país, Ômni 1:23–25 e com a mesma autoridade. Os livros
(Pal. Mórm. 1:12–18). Ensinou a seus fi- do Velho Testamento são extraídos de
lhos, Mos. 1:1–8. Conferiu o reino a seu uma literatura nacional que abrange
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Bíblia, Tradução de Joseph Smith 26
muitos séculos e foram escritos quase Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus,
inteiramente em hebraico, ao passo que desde que esteja traduzida corretamen-
os livros do Novo Testamento são obra te, RF 1:8.
de uma única geração e foram escritos
principalmente em grego. Bíblia, Tradução de Joseph Smith.
No Velho Testamento, a palavra testa- Ver Tradução de Joseph Smith (TJS)
mento representa um vocábulo hebraico Bispo. Ver também Sacerdócio
que significa “convênio.” O Velho Con- Aarônico
vênio é a lei dada a Moisés quando Is-
rael rejeitou a plenitude do evangelho, Significa “guardião” e indica um ofício
conhecida pelo povo de Deus desde o ou posição de responsabilidade. O ofício
começo da mortalidade. O Novo Con- de bispo pertence ao Sacerdócio Aarô-
vênio é o evangelho conforme ensinado nico e é recebido por ordenação (D&C
por Jesus Cristo. 20:67; 107:87–88). O bispo é o juiz comum
Na Bíblia hebraica (o Velho Testamen- em Israel (D&C 107:72, 74).
to), os livros estavam divididos em três O Espírito Santo vos constituiu bispos,
grupos: a Lei, os Profetas e os Escritos. At. 20:28. Definidos os requisitos para os
Na Bíblia usada pelo mundo cristão, os bispos, 1 Tim. 3:1–7 (Tit. 1:7).
livros estão ordenados de acordo com o O bispo deve ser ordenado, D&C 20:67.
assunto de que tratam, como históricos, Edward Partridge devia servir como
poéticos e proféticos. bispo na Igreja, D&C 41:9. Ao bispo será
Os livros do Novo Testamento geral- dado discernir os dons espirituais, D&C
mente se encontram na seguinte ordem: 46:27, 29. Um sumo sacerdote pode ofi-
os quatro Evangelhos e Atos; as epístolas ciar no ofício de bispo, D&C 68:14, 19
de Paulo; as epístolas gerais de Tiago,
(D&C 107:17). Um bispo é nomeado pelo
Pedro, João e Judas; e o Apocalipse ou
Senhor, D&C 72. O bispo deve cuidar
Revelação de João.
dos pobres, D&C 84:112. O bispo deve
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
administrar todas as coisas materiais,
dos Últimos Dias reverencia e respeita
D&C 107:68. O bispo é o presidente do
a Bíblia; afirma também que o Senhor
Sacerdócio Aarônico, D&C 107:87–88.
continua a dar revelação adicional por
meio de Seus profetas nos últimos dias, Bispo Presidente
a qual apoia e confirma os relatos bíbli-
Autoridade Geral na Igreja, respon-
cos dos procedimentos de Deus com a
sável pelo bem-estar material da Igre-
humanidade.
ja (D&C 107:68). O Bispo Presidente e
A vara de Judá (a Bíblia) e a vara de seus conselheiros, que também são Au-
José (o Livro de Mórmon) se tornarão toridades Gerais, presidem o Sacerdó-
uma na mão do Senhor, Eze. 37:15–20. cio Aarônico da Igreja (D&C 68:16–17;
A veracidade da Bíblia será estabe- 107:76, 87–88).
lecida por escrituras modernas, 1 Né.
13:38–40. A Bíblia será complementada Edward Partridge seria ordenado bis-
pelo Livro de Mórmon para confundir po, D&C 41:9. Os bispos devem ser cha-
as falsas doutrinas, 2 Né. 3:12. Uma Bí- mados e designados pela Primeira Presi-
blia, uma Bíblia! Temos uma Bíblia, 2 Né. dência, D&C 68:14–15. Os descendentes
29:3–10. Os que acreditarem na Bíblia, literais de Aarão, se forem os primogêni-
também acreditarão no Livro de Mór- tos, têm o direito de presidir, caso sejam
mon, Mórm. 7:8–10. chamados, designados e ordenados pela
Os élderes ensinarão os princípios de Primeira Presidência, D&C 68:16, 18–20.
meu evangelho que estão na Bíblia e no Só pode ser julgado perante a Primeira
Livro de Mórmon, D&C 42:12. Presidência, D&C 68:22–24 (D&C 107:82).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
27 Calebe
Blasfemar, Blasfêmia. Ver também um rebanho e um pastor, 3 Né. 15:21
Pecado Imperdoável; Profanidade (Jo. 10:16).
Falar desrespeitosa ou irreverente- Bosque Sagrado. Ver Primeira Visão
mente de Deus ou de coisas sagradas.
Jesus foi acusado diversas vezes pelos
judeus de blasfemar, por ter Ele afirmado Cadeia de Carthage (EUA). Ver
que tinha o direito de perdoar pecados também Smith, Hyrum; Smith,
(Mt. 9:2–3; Lc. 5:20–21), por intitular-Se Joseph, Jr.
o Filho de Deus (Jo. 10:22–36; 19:7) e por Joseph Smith e seu irmão Hyrum fo-
afirmar que eles O veriam assentado à ram assassinados por uma turba, em 27
direita do Poder e vindo sobre as nuvens de junho de 1844, na cadeia de Cartha-
do céu (Mt. 26:64–65). Tais acusações se- ge, Illinois, Estados Unidos da América
riam verídicas não fosse Ele realmente (D&C 135).
o que dizia ser. A acusação apresenta-
da contra Ele pelas falsas testemunhas Cadeia de Liberty, Missouri (EUA).
no julgamento perante o Sinédrio (Mt. Ver também Smith, Joseph, Jr.
26:59–61) foi a de blasfemar contra o tem- Pequena prisão na qual o Profeta Jo-
plo de Deus. A blasfêmia contra o Espí- seph Smith e outros líderes foram injus-
rito Santo, que é negar a Cristo após ter tamente aprisionados de novembro de
recebido um perfeito conhecimento Dele, 1838 a abril de 1839. Foi nessa circuns-
é o pecado imperdoável (Mt. 12:31–32; tância penosa que Joseph recebeu certas
Mc. 3:28–29; D&C 132:27). revelações, fez profecias e foi inspirado
Aquele que blasfemar o nome do Se- a escrever uma carta importante aos
nhor morrerá, Lev. 24:11–16. santos, trechos da qual se encontram
Os inimigos do Senhor não blasfema- em D&C 121–123.
rão o seu nome, D&C 105:15. Vingança
Caifás. Ver também Anás; Saduceus
cairá sobre os que blasfemam contra o
Senhor, D&C 112:24–26. No Novo Testamento, um sumo sa-
cerdote e genro de Anás. Caifás tomou
Boaz. Ver também Rute parte ativa na oposição feita a Jesus e aos
Marido de Rute (Rut. 4:9–10); bisavô Seus discípulos (Mt. 26:3–4; Jo. 11:47–51;
de Davi, rei de Israel (Rut. 4:13–17); e 18:13–14).
antepassado de Cristo, o Rei dos Reis
(Lc. 3:32). Caim. Ver também Abel; Adão;
Combinações Secretas; Homicídio
Bom Pastor. Ver também Jesus Cristo Filho de Adão e Eva que matou Abel,
Jesus Cristo é o Bom Pastor. Simboli- seu irmão mais moço (Gên. 4:1–16).
camente, os Seus seguidores são como Sua oferta foi rejeitada pelo Senhor,
ovelhas que Jesus apascenta. Gên. 4:3–7 (Mois. 5:5–8, 18–26). Matou
O Senhor é o meu pastor, Salm. 23:1. seu irmão Abel, Gên. 4:8–14 (Mois. 5:32–
Como pastor apascentará o seu rebanho, 37). O Senhor pôs uma maldição e um
Isa. 40:11. Assim buscarei as minhas ove- sinal em Caim, Gên. 4:15 (Mois. 5:37–41).
lhas, Eze. 34:12. Adão e Eva tiveram muitos filhos e
Eu sou o bom Pastor, Jo. 10:14–15. Je- filhas antes de Caim, Mois. 5:1–3, 16–17.
sus é o grande pastor das ovelhas, Heb. Amou Satanás mais que a Deus, Mois.
13:20. 5:13, 18. Fez um acordo ímpio com Sata-
Ele conta suas ovelhas e elas o co- nás, Mois. 5:29–31.
nhecem, 1 Né. 22:25. O Bom Pastor vos
chama em seu próprio nome, o qual é Calebe
o nome de Cristo, Al. 5:38, 60. Haverá Um dos homens enviados por Moisés
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Calúnias 28
para espionar a terra de Canaã, no se- terra usada para cultivo ou pasto. Fre-
gundo ano após o Êxodo. Somente ele quentemente simboliza o mundo e seus
e Josué trouxeram um relato verdadei- habitantes.
ro daquela terra (Núm. 13:6, 30; 14:6– O campo é o mundo, Mt. 13:38. O rei-
38). De todos os que partiram do Egito, no dos céus é semelhante a um tesouro
apenas eles sobreviveram aos quarenta escondido num campo, Mt. 13:44.
anos no deserto (Núm. 26:65; 32:12; Deut. Vi um campo largo e espaçoso, 1 Né.
1:36) e entraram em Canaã (Jos. 14:6–14; 8:9, 20. O campo estava maduro, Al. 26:5.
15:13–19). O campo já está branco para a ceifa,
Calúnias. Ver Maledicência D&C 4:4 (D&C 6:3; 11:3; 12:3; 14:3; 31:4;
33:3, 7). O campo era o mundo, D&C
Calvário. Ver Gólgota 86:1–2. Compararei estes reinos a um
homem que tem um campo, D&C 88:51.
Caminho. Ver também Andar, Andar
com Deus; Jesus Cristo Canaã, Cananeus
O caminho ou a direção que uma pes- Nos tempos do Velho Testamento, o
soa segue. Jesus disse que Ele era o ca- quarto filho de Cão (Gên. 9:22; 10:1, 6) e
minho (Jo. 14:4–6). neto de Noé. O termo cananeu refere-se
Guarda os mandamentos do Senhor a alguém da terra onde Canaã original-
para andar nos seus caminhos, Deut. mente vivia e também aos seus descen-
8:6. Instrui o menino no caminho em dentes. Também eram chamados de ca-
que deve andar, Prov. 22:6 (2 Né. 4:5). O naneus os povos que habitavam as terras
Senhor disse que os seus caminhos são baixas ao longo da costa mediterrânea da
mais altos do que os nossos caminhos, Palestina. Esse nome era às vezes usado
Isa. 55:8–9. para descrever todos os habitantes não-
Estreita é a porta e apertado o cami- israelitas da região a oeste do Jordão, a
nho que leva à vida, Mt. 7:13–14 (3 Né. quem os gregos chamavam de fenícios.
14:13–14; 27:33; D&C 132:22, 25). Disse-lhe Cânone. Ver também Bíblia; Doutrina
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e e Convênios; Escrituras; Livro de
a vida, Jo. 14:6. Mórmon; Pérola de Grande Valor
O Senhor não dá ordens sem antes
preparar o caminho para que seus filhos Uma coleção de livros declarados au-
as cumpram, 1 Né. 3:7 (1 Né. 9:6; 17:3, 13). tênticos e reconhecidos como sagrados.
O caminho para o homem é estreito e Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
não há qualquer outra passagem, a não Últimos Dias, os livros canônicos são
ser pela porta, 2 Né. 9:41. Estais livres chamados de obras-padrão e incluem o
para agir por vós mesmos; para escolher Velho e o Novo Testamentos, o Livro de
o caminho da morte eterna ou da vida Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola
eterna, 2 Né. 10:23. Este é o caminho e de Grande Valor.
não há nenhum outro caminho ou nome, Cantar. Ver também Hino; Música
pelo qual o homem possa salvar-se, 2 Né.
31:21 (Mos. 3:17; Al. 38:9; Hel. 5:9). Pela Adorar e louvar a Deus com cânticos.
dádiva de seu Filho, Deus preparou um Cantai ao Senhor, 1 Crôn. 16:23–36
caminho melhor, Ét. 12:11 (1 Cor. 12:31). (Salm. 96). Cantai ao Senhor, e dai gra-
Todo homem anda em seu próprio ças, Salm. 30:4. Celebrai com júbilo ao
caminho, D&C 1:16. Senhor, Salm. 100:1.
Tendo cantado o hino, saíram para o
Campo. Ver também Mundo; Vinha do monte das Oliveiras, Mt. 26:30.
Senhor O Espírito Santo levava-os a cantar,
Nas escrituras, é uma extensão de Morô. 6:9.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
29 Carne
O canto dos justos é uma prece a mim, 10:20–21). Morôni expõe os ensinamen-
D&C 25:12. Se estiveres alegre, louva ao tos de Mórmon sobre a fé, a esperança
Senhor com cânticos, D&C 136:28. e a caridade, Morô. 7.
A caridade qualifica os homens para a
Cantares de Salomão obra do Senhor, D&C 4:5–6 (D&C 12:8).
Livro do Velho Testamento. O Profe- Revesti-vos com o vínculo da caridade,
ta Joseph Smith ensinou que Cantares D&C 88:125. Que tuas entranhas sejam
de Salomão não é um escrito inspirado. cheias de caridade, D&C 121:45.
Cão. Ver também Noé, Patriarca Carnal. Ver também Homem Natural;
Bíblico Queda de Adão e Eva; Sensual,
No Velho Testamento, o terceiro filho Sensualidade
de Noé (Gên. 5:32; 6:10; Mois. 8:12, 27). O que não é espiritual; especificamen-
Noé, seus filhos e respectivas famílias te, o termo pode ser usado com o signifi-
entraram na arca, Gên. 7:13. Canaã, filho cado de mortal e natural (D&C 67:10) ou
de Cão, foi amaldiçoado, Gên. 9:18–25. com o de mundano, luxurioso e sensual
O governo de Cão era patriarcal e ele (Mos. 16:10–12).
foi abençoado com as bênçãos da Terra A mente carnal é morte, 2 Né. 9:39. O
e com sabedoria, mas não com o sacer- diabo pacificará os homens em segu-
dócio, Abr. 1:21–27. A mulher de Cão, rança carnal, 2 Né. 28:21. Haviam vis-
Egitus, era descendente de Caim; os to a si próprios, em seu estado carnal,
filhos da filha deles, Egitus, estabele- Mos. 4:2. Quem persiste em sua própria
ceram-se no Egito, Abr. 1:23, 25 (Salm. natureza carnal, permanece em seu es-
105:23; 106:21–22). tado decaído, Mos. 16:5. Todos devem
nascer de Deus, ser mudados de seu
Caridade. Ver também Amor;
estado carnal e decaído para um estado
Bem-Estar; Compaixão; Serviço
de retidão, Mos. 27:25. A humanidade
O puro amor de Cristo (Morô. 7:47), havia-se tornado carnal, sensual e dia-
o amor que Cristo tem pelos filhos dos bólica, Al. 42:10.
homens e que estes devem ter uns pelos Os que seguem a sua própria vontade
outros (2 Né. 26:30; 33:7–9; Ét. 12:33–34); e desejos carnais cairão, D&C 3:4. O ho-
a espécie de amor mais sublime, nobre mem não pode ver a Deus com a mente
e forte, não apenas afeição. Em algumas carnal, D&C 67:10–12.
versões da Bíblia, a palavra caridade foi Os homens começaram a ser carnais,
substituída pela palavra amor. sensuais e diabólicos, Mois. 5:13; 6:49.
A ciência incha, mas o amor edifica,
Carne. Ver também Carnal; Corpo;
1 Cor. 8:1. A caridade, ou amor puro é a
Homem Natural; Mortal,
suprema excelência que a tudo supera,
Mortalidade
1 Cor. 13. O fim do mandamento é a ca-
ridade de um coração puro, 1 Tim. 1:5. A palavra carne tem diversas conota-
Acrescentai ao amor fraternal caridade, ções: (1) o tecido macio de que é feito o
2 Ped. 1:7. corpo do homem, dos animais, das aves
O Senhor ordenou que todos os ho- e dos peixes; (2) a mortalidade; ou (3) a
mens tenham caridade, 2 Né. 26:30 natureza física ou carnal do homem.
(Morô. 7:44–47). Procurai ter fé, espe- Tecido do corpo: Os animais serão para
rança e caridade, Al. 7:24. O amor que vosso mantimento, Gên. 9:3. Não se deve
o Senhor tem pelos homens é caridade, matar animais desnecessariamente, TJS,
Ét. 12:33–34. Sem caridade, os homens Gên. 9:10–11 (D&C 49:21).
não poderão morar no lugar preparado Os animais e aves são destinados ao
nas mansões do Pai, Ét. 12:34 (Morô. homem para comida e vestuário, D&C
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Casa (Lar) 30
49:18–19 (D&C 59:16–20). Devemos comer apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
pouca carne, D&C 89:12–15. uma carne, Gên. 2:24 (Mt. 19:5; Abr. 5:18).
Mortalidade: Jesus é o unigênito do Pai O que Deus ajuntou não o separe o
na mortalidade, Jo. 1:14 (Mos. 15:1–3). homem, Mt. 19:6 (Mc. 10:9). Nos últimos
Adão tornou-se a primeira carne, dias alguns apostatarão da fé, proibindo
Mois. 3:7. o casamento, 1 Tim. 4:1–3. O casamento
é venerado, Heb. 13:4.
Natureza carnal do homem: Maldito o O Senhor ordenou aos filhos de Leí
homem que faz da carne o seu braço, que se casassem com as filhas de Ismael,
Jer. 17:5. 1 Né. 7:1, 5 (1 Né. 16:7–8).
O espírito está pronto, mas a carne é Deus criou a Adão e Eva para serem
fraca, Mc. 14:38. A concupiscência da marido e mulher, Mois. 3:7, 18, 21–25.
carne não é do Pai, 1 Jo. 2:16.
Néfi entristeceu-se por causa de sua O novo e eterno convênio do casamento:
carne e iniquidades, 2 Né. 4:17–18, 34. O casamento realizado sob a lei do evan-
Reconciliai-vos com Deus, não com a gelho e do santo sacerdócio é para a vida
vontade do diabo e da carne, 2 Né. 10:24. mortal e também para a eternidade. Os
homens e mulheres dignos, assim sela-
Casa (Lar). Ver também Família dos em matrimônio no templo, podem
O lar deve ser o centro das atividades, continuar a ser marido e mulher por
tanto familiares quanto do evangelho. toda a eternidade.
O homem ficará livre na sua casa para Jesus ensinou a lei do casamento, Lc.
alegrar a sua mulher, Deut. 24:5. 20:27–36. Não é o homem sem a mulher,
Mandou-o para sua casa, Mc. 8:26. nem a mulher sem o homem, no Senhor,
Os filhos aprendam primeiro a exercer 1 Cor. 11:11. O marido e a mulher são co-
piedade para com a sua própria família, herdeiros da graça da vida, 1 Ped. 3:7.
1 Tim. 5:4. As mulheres sejam modera- Tudo quanto ligares na Terra será liga-
das, castas, boas donas de casa, Tit. 2:5. do no céu, Hel. 10:7 (Mt. 16:19).
Ide para vossas casas, meditai sobre as Para obter o grau mais elevado do rei-
coisas por mim ditas, 3 Né. 17:2–3. Fa- no celestial, o homem precisa entrar no
lei ao povo, exortando-o a combater em novo e eterno convênio do casamento,
defesa de suas mulheres, filhos, casas e D&C 131:1–4. Se um homem não se ca-
lares, Mórm. 2:23. sar por meu intermédio seu convênio e
Ordena-se aos pais serem mais dili- casamento não terá valor quando morre-
gentes e atentos em casa, D&C 93:43–44, rem, D&C 132:15. Se um homem se casar
48–50. com uma mulher pela minha palavra e
pelo novo e eterno convênio e for selado
Casa de Israel. Ver Israel pelo Santo Espírito da promessa, estará
Casa do Senhor. Ver Templo, A Casa em pleno vigor quando estiverem fora
do Senhor do mundo, D&C 132:19.
Casamento entre pessoas de religiões dife-
Casamento, Casar. Ver também rentes: O matrimônio entre um homem
Divórcio; Família e uma mulher de diferentes crenças e
Convênio ou contrato legítimo entre costumes religiosos.
um homem e uma mulher, tornando-os Não tomarás para meu filho mulher
marido e mulher. O casamento é orde- das filhas dos cananeus, Gên. 24:3. Se
nado por Deus (D&C 49:15). Jacó tomar mulher das filhas de Hete,
Não é bom que o homem esteja para que me será a vida, Gên. 27:46 (Gên.
só, Gên. 2:18 (Mois. 3:18). O homem 28:1–2). Os israelitas não deviam casar-se
com cananeus, Deut. 7:3–4. Os israelitas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
31 Castigar, Castigo, Corrigir, Repreender
casaram-se com cananeus, adoraram fal- Casamento no Templo. Ver
sos deuses, e foram amaldiçoados, Juí. Casamento, Casar
3:1–8. As mulheres de Salomão fizeram
Casamento Plural. Ver Casamento,
com que o coração dele se voltasse à ado-
Casar—Casamento plural
ração de falsos deuses, 1 Re. 11:1–6. Não
daríamos as nossas filhas aos povos da Castidade. Ver também Adultério;
Terra, nem tomaríamos as filhas deles Fornicação; Sensual, Sensualidade;
para os nossos filhos, Ne. 10:30. Virtude
Não vos prendais em jugo desigual
A pureza sexual dos homens e das
com os infiéis, 2 Cor. 6:14. mulheres.
O Senhor colocou uma marca nos la-
manitas, para que os nefitas com eles não José resistiu à sedução da mulher de
se misturassem, acreditando em falsas Potifar, Gên. 39:7–21 (D&C 42:24; 59:6).
tradições, Al. 3:6–10. Não adulterarás, Êx. 20:14. A mulher
Se um homem não se casar por meu virtuosa é a coroa do seu marido, Prov.
intermédio, seu convênio e casamen- 12:4 (Prov. 31:10).
to não terá valor quando morrerem, Ou não sabeis que o vosso corpo é o
D&C 132:15. templo do Espírito Santo, 1 Cor. 6:18–19.
Os filhos dos homens tomaram-nas Sê o exemplo na pureza, 1 Tim. 4:12.
para esposas, segundo sua escolha, Nada que é impuro pode habitar com
Mois. 8:13–15. Deus, 1 Né. 10:21. Porque eu, o Senhor
Deus, deleito-me na castidade das mu-
Casamento plural: O casamento de um lheres, Jacó 2:28. O pecado sexual é uma
homem com duas ou mais esposas vivas. abominação, Al. 39:1–13. A castidade e a
É lícito o homem ter só uma esposa, a virtude são mais preciosas sobre todas
menos que, por meio de revelação, o Se- as coisas, Morô. 9:9.
nhor dê um mandamento em contrário Cremos em ser castos, RF 1:13.
(Jacó 2:27–30). Por revelação, o casamento
plural foi praticado na época do Velho Castigar, Castigo, Corrigir,
Testamento e no período inicial da Igreja Repreender. Ver também
restaurada, sob a direção do profeta que Adversidade
detinha as chaves do sacerdócio (D&C Correção ou disciplina aplicada a in-
132:34–40, 45). Não é mais praticado na divíduos ou a grupos de pessoas com o
Igreja (DO 1); atualmente, ter mais de fim de ajudá-los a aperfeiçoarem-se ou
uma esposa é incompatível com a con- a fortalecerem-se.
dição de membro de A Igreja de Jesus Não desprezes o castigo do Todo-Po-
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. deroso, Jó 5:17 (Prov. 3:11). Bem-aventu-
Sarai deu Hagar a Abraão por esposa, rado é o homem a quem tu castigas, ó
Gên. 16:1–11. Jacó recebeu a Leia, Ra- Senhor, Salm. 94:12.
quel e suas servas como esposas, Gên. Toda a escritura é proveitosa para
29:21–28 (Gên. 30:4, 9, 26). Se um homem redarguir, para corrigir, 2 Tim. 3:16. O
tomar outra mulher por esposa, não di- Senhor corrige aqueles a quem ama,
minuirá o mantimento da primeira, Êx. Heb. 12:5–11.
21:10. Davi e suas duas esposas subiram O Senhor julga sábio castigar a seu
para Hebrom, 2 Sam. 2:1–2. povo, Mos. 23:21–22. Se o Senhor não
Abraão, Isaque e Jacó nada mais fize- castiga seu povo, dele não se lembram,
ram do que as coisas que lhes foram or- Hel. 12:3. Falou o Senhor com o irmão de
denadas ao terem mais de uma esposa, Jarede, repreendendo-o, Ét. 2:14.
D&C 132:37. Davi e Salomão em nada Foram repreendidos para que se arre-
pecaram, a não ser naquilo que não re- pendessem, D&C 1:27. A quem amo tam-
ceberam do Senhor, D&C 132:38–39. bém castigo para que seus pecados sejam
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Cativeiro 32
perdoados, D&C 95:1. Todos os que não Celibato. Ver Casamento, Casar
querem suportar a correção não podem
ser santificados, D&C 101:2–5. Meu povo Centurião
precisa ser corrigido até aprender obe- Oficial do exército romano no coman-
diência, D&C 105:6. Quem não supor- do de uma companhia que tinha entre
ta correção não é digno do meu reino, cinquenta e cem homens. Tal companhia
D&C 136:31. formava a sexagésima parte de uma
legião romana. (Ver Mt. 8:5; Lc. 23:47;
Cativeiro. Ver também Liberdade,
At. 10:1–8).
Livre
Estar em servidão física ou espiritual. César
Por causa de sua iniquidade, os da Título pelo qual eram conhecidos al-
casa de Israel foram levados ao cativei- guns imperadores romanos. É usado nas
ro, Eze. 39:23. escrituras como símbolo do governo ou
O que leva em cativeiro, em cativeiro poder do mundo.
irá, Apoc. 13:10. Dai a César o que é de César, Mt. 22:21
Os iníquos serão levados ao cativeiro
(Mc. 12:17; Lc. 20:25; D&C 63:26).
do diabo, 1 Né. 14:4, 7. Os homens são
livres para escolher a liberdade e a vida Céu. Ver também Glória Celestial;
eterna, ou o cativeiro e a morte, 2 Né. Paraíso; Reino de Deus ou Reino
2:27. A vontade da carne dá ao espírito dos Céus
do diabo o poder de escravizar, 2 Né.
O termo céu tem dois significados bá-
2:29. Haveis suficientemente conserva-
sicos nas escrituras: (1) É o lugar onde
do na lembrança o cativeiro de vossos
Deus vive e a futura morada eterna dos
pais, Al. 5:5–6. Os que endurecerem o
coração serão escravizados pelo diabo, santos (Gên. 28:12; Salm. 11:4; Mt. 6:9). (2)
Al. 12:11. Deveis vigiar e orar sempre, É a expansão ao redor da Terra (Gên. 1:1,
para que não sejais tentados pelo diabo 17; Êx. 24:10). É óbvio que o céu não é o
e dele não vos torneis cativos, 3 Né. 18:15. paraíso, o qual é a habitação temporária
dos espíritos fiéis daqueles que viveram
Ceia do Senhor. Ver Sacramento e morreram nesta Terra. Jesus visitou o
Ceifa, Colheita paraíso após a Sua morte na cruz, mas
no terceiro dia informou a Maria que
As escrituras às vezes usam a pala- Ele ainda não havia estado com o Pai
vra ceifa figurativamente, referindo-se
(Lc. 23:39–44; Jo. 20:17; D&C 138:11–37).
a trazer pessoas para a Igreja, que é o
reino de Deus na Terra; ou a uma época Quando vejo os teus céus, obra dos
de julgamento, como a Segunda Vinda teus dedos, Salm. 8:3. Pela palavra do
de Jesus Cristo. Senhor foram feitos os céus, Salm. 33:6.
Passou a ceifa, findou o verão, e nós Como caíste do céu, ó estrela da manhã,
não estamos salvos, Jer. 8:20 (D&C 56:16). Isa. 14:12 (2 Né. 24:12). Os céus se enrola-
A seara é realmente grande, mas pou- ram como um livro, Isa. 34:4. Eis que eu
cos os ceifeiros, Mt. 9:37. A ceifa é o fim crio céus novos e nova Terra, Isa. 65:17.
do mundo, Mt. 13:39. Tudo o que o ho- Deus abrirá as janelas do céu, Mal. 3:10.
mem semear, isso também ceifará, Gál. Pai nosso que estás nos céus, santifi-
6:7–9 (D&C 6:33). cado seja o teu nome, Mt. 6:9 (3 Né. 13:9).
O campo já está branco para a ceifa, Paulo foi arrebatado até o terceiro céu,
D&C 4:4. A colheita estará terminada e 2 Cor. 12:2. Fez-se silêncio no céu, Apoc.
vossa alma não estará salva, D&C 45:2. 8:1 (D&C 88:95–98).
É chegado o tempo da ceifa e minha pa- Se eles se conservarem fiéis até o fim,
lavra precisa cumprir-se, D&C 101:64. serão recebidos no céu, Mos. 2:41. Para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
33 Chaves do Sacerdócio
que sejais filhos de vosso Pai que está O homem deve ser chamado por Deus,
nos céus, 3 Né. 12:45. RF 1:5.
No dia em que, nas nuvens do céu, eu
Chamado (Vocação) e Eleição. Ver
vier, D&C 45:16. Elias, o profeta, foi le-
também Eleição
vado ao céu sem experimentar a morte,
D&C 110:13. Os direitos do sacerdócio Os fiéis seguidores de Cristo podem
são ligados com os poderes dos céus, ser contados entre os eleitos que obtêm
D&C 121:36. No céu existem duas es- a certeza de exaltação. Esta vocação e
pécies de seres, D&C 129:1. eleição começa com o arrependimento
e batismo, e se torna completa se “pros-
Sião foi arrebatada ao céu, Mois. 7:23.
seguirdes, banqueteando-vos com a
Chamado, Chamado por Deus, palavra de Cristo, e perseverando até
Chamar. Ver também Autoridade; o fim” (2 Né. 31:19–20). As escrituras
Escolher, Escolhido (verbo); chamam esse processo de “fazer firme
Escolhido (adjetivo ou substantivo); vossa vocação e eleição” (2 Ped. 1:4–11;
Mordomia, Mordomo; Ordenação, D&C 131:5–6).
Ordenar E vós me sereis um reino sacerdotal,
Ser chamado por Deus é receber uma Êx. 19:5–6 (Apoc. 1:6).
designação ou convite Dele ou dos lí- Por vos ter Deus elegido desde o prin-
cípio para a salvação, 2 Tess. 2:13. Pro-
deres devidamente autorizados de Sua
curai fazer cada vez mais firme a vossa
Igreja para servi-Lo de uma forma par-
vocação e eleição, 2 Ped. 1:10.
ticular.
O Senhor possa selar-vos como seus,
E sobre ele pôs as suas mãos, e lhe deu Mos. 5:15. Faço convênio de que terás a
mandamentos, Núm. 27:23. Às nações te vida eterna, Mos. 26:20.
dei por profeta, Jer. 1:5. Os fiéis portadores do sacerdócio se
Escolhi a vós e vos nomeei, Jo. 15:16. tornam a Igreja e o reino e os eleitos de
Paulo foi chamado para apóstolo, Rom. Deus, D&C 84:33–34. A palavra mais
1:1. Ninguém toma para si esta honra, segura de profecia significa um homem
senão o que é chamado por Deus, Heb. saber que está selado para vida eterna,
5:4. Jesus foi chamado por Deus sumo D&C 131:5–6. Selo sobre ti tua exaltação,
sacerdote segundo a ordem de Melqui- D&C 132:49.
sedeque, Heb. 5:10. Chaves do Sacerdócio. Ver também
Fui chamado para pregar a palavra de Dispensação; Primeira Presidência;
Deus, segundo o espírito de revelação e Sacerdócio
profecia, Al. 8:24. Sacerdotes foram cha-
As chaves são o direito de presidên-
mados e preparados desde a fundação
cia, ou o poder conferido por Deus ao
do mundo, Al. 13:3.
homem para dirigir, controlar e gover-
Se tendes desejo de servir a Deus sois
nar o sacerdócio de Deus na Terra. Os
chamados, D&C 4:3. Permanece firme portadores do sacerdócio chamados
no trabalho para o qual te chamei, D&C para posições de presidência recebem
9:14. Não precisas supor teres sido cha- chaves das mãos dos que têm autoridade
mado a pregar até que sejas chamado, sobre eles. Os portadores do sacerdócio
D&C 11:15. Os élderes são chamados só exercem o seu sacerdócio dentro dos
para efetuar a reunião dos eleitos, D&C limites definidos por aqueles que têm as
29:7. A ninguém será permitido pregar chaves. O Presidente da Igreja é a única
meu evangelho ou estabelecer minha pessoa na Terra que tem todas as cha-
igreja, a não ser que tenha sido ordena- ves do sacerdócio e que está autorizada
do, D&C 42:11. Muitos são chamados, a exercê-las plenamente (D&C 107:65–67,
mas poucos são escolhidos, D&C 121:34. 91–92; 132:7).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Circuncisão 34
Pedro recebeu as chaves do reino, Ciúme. Ver também Inveja; Zelo,
Mt. 16:19. Zeloso
Miguel (Adão) recebeu as chaves da Conforme é usada nas escrituras, a
salvação sob a direção de Jesus Cris- palavra ciúme significa invejar alguém
to, D&C 78:16. As chaves do reino per- ou pensar que outra pessoa vá levar
tencem sempre à Primeira Presidência, vantagem; suspeitar.
D&C 81:2. O Sacerdócio de Melquisede-
Furioso é o ciúme do marido, Prov.
que possui as chaves dos mistérios do
6:32–35.
conhecimento de Deus, D&C 84:19. Os
Aquis começou a sentir ciúme de seu
Doze Apóstolos têm chaves especiais,
filho, Ét. 9:7.
D&C 107:35; 112:16, 32; 124:128. Joseph
Smith e Oliver Cowdery receberam as Cizânia. Ver Joio
chaves da coligação de Israel, do evan-
gelho de Abraão e dos poderes seladores, Cobiçar. Ver também Concupiscência;
D&C 110:11–16. A Primeira Presidência Inveja
e os Doze possuem as chaves da dispen- Desejar ardente e indevidamente al-
sação da plenitude dos tempos, D&C guma coisa ou alguém.
112:30–34. Os oficiais do sacerdócio pos- Não cobiçarás, Êx. 20:17 (Deut. 5:21;
suem chaves, D&C 124:123. Aquele que Mos. 13:24; D&C 19:25). Não cobices no
possui chaves pode obter conhecimento, teu coração a sua formosura, Prov. 6:25.
D&C 128:11. Cobiçam as propriedades e as roubam,
O Sacerdócio Aarônico possui as cha- Miq. 2:2.
ves do ministério de anjos, do evangelho Qualquer que atentar numa mulher
do arrependimento e do batismo, JS—H para a cobiçar cometeu adultério, Mt.
1:69 (D&C 13). 5:28 (3 Né. 12:28). A lei diz: Não cobiça-
rás, Rom. 7:7.
Circuncisão. Ver também Convênio
Labão viu as nossas riquezas e cobi-
Abraâmico
çou-as, 1 Né. 3:25. Não sigas a cobiça dos
Sinal do convênio abraâmico para os teus olhos, Al. 39:3–4, 9.
homens israelitas durante as dispensa- Aquele que olhar uma mulher para a
ções do Velho Testamento (Gên. 17:10–11, cobiçar negará a fé, D&C 42:23. Cessai
23–27; TJS, Gên. 17:11 [Apêndice da Bí- de todos os vossos desejos de cobiça,
blia]). A circuncisão era realizada cortan- D&C 88:121. Cessai de ser cobiçosos,
do-se a carne do prepúcio dos meninos e D&C 88:123. Não cobiceis o que pertence
também dos adultos. Os que a recebiam a vosso irmão, D&C 136:20.
desfrutavam os privilégios e aceitavam
as responsabilidades do convênio. A Cólera. Ver Ira
circuncisão, como sinal do convênio, foi Coligação de Israel. Ver Israel—
abolida pela missão de Cristo (Morô. 8:8; Coligação de Israel
D&C 74:3–7).
Colobe
Ciro
A estrela que está mais perto do trono
No Velho Testamento, rei da Pérsia de Deus (Abr. 3:2–3, 9).
que cumpriu a profecia de Isaías (2 Crôn.
Abraão viu Colobe e as estrelas, Abr.
36:22–23; Isa. 44:28; 45:1), permitindo que
3:2–18. O tempo do Senhor é de acor-
os judeus retornassem a Jerusalém e
do com o cálculo de Colobe, Abr. 3:4, 9
reconstruíssem o templo, dando assim
(Abr. 5:13).
um fim parcial ao cativeiro babilônico.
A profecia de Isaías foi feita cerca de 180 Colossenses, Epístola aos. Ver
anos antes do decreto real. também Epístolas Paulinas; Paulo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
35 Comportamento Homossexual
Livro do Novo Testamento. Origi- dos profetas, por causa de sua sociedade
nalmente era uma epístola escrita pelo secreta, Ét. 11:22.
Apóstolo Paulo aos colossenses, após ter Desde os dias de Caim havia uma
ele sido visitado por Epafras, o evange- combinação secreta, Mois. 5:51.
lista da Igreja em Colossos (Col. 1:7–8).
Compaixão. Ver também Amor;
Epafras disse a Paulo que os colossen-
Caridade; Misericórdia,
ses estavam cometendo um grave erro, Misericordioso
pois pensavam ser melhores do que os
outros por observarem cuidadosamente Nas escrituras, a compaixão significa,
certas ordenanças exteriores (Col. 2:16), literalmente, “sofrer com outrem.” Tam-
absterem-se de certos prazeres físicos bém quer dizer demonstrar simpatia,
piedade e misericórdia por outra pessoa.
e adorarem anjos (Col. 2:18). Essas prá-
ticas levaram os colossenses a crer que Jesus moveu-se de compaixão, Mt. 9:36
estavam sendo santificados. Julgavam (Mt. 20:34; Mc. 1:41; Lc. 7:13). Um certo
também eles que entendiam os misté- samaritano moveu-se de compaixão por
rios do universo melhor que os outros ele, Lc. 10:33. Sede compassivos, aman-
membros da Igreja. Em sua carta, Paulo do-vos fraternalmente, 1 Ped. 3:8.
censurou-os, ensinando que a redenção Cristo está cheio de compaixão para
é obtida somente através de Cristo e que com os filhos dos homens, Mos. 15:9.
devemos ser sábios e servi-Lo. Minhas entranhas estão cheias de com-
O capítulo 1 é a saudação de Paulo paixão por vós, 3 Né. 17:6.
Joseph Smith orou suplicando a com-
aos colossenses. Os capítulos 2 e 3 são
paixão do Senhor, D&C 121:3–5.
doutrinários e contêm declarações a res-
peito de Cristo como o Redentor, sobre Compelir, Constranger. Ver também
o perigo da falsa adoração e sobre a im- Espírito Santo
portância da Ressurreição. O capítulo 4 Ser vigorosamente instado a fazer ou
ensina que os santos devem ser sábios não fazer alguma coisa, especialmente
em todas as coisas. pela influência e poder do Espírito Santo.
Combinações Secretas. Ver também O meu espírito me constrange, Jó
Caim; Ladrões de Gadiânton 32:18.
Organização de pessoas unidas por O amor de Cristo nos constrange,
2 Cor. 5:14.
juramentos de levar adiante os maus
O Espírito constrangeu-me a matar
propósitos do grupo.
Labão, 1 Né. 4:10. O Espírito me cons-
O pai das mentiras incita os filhos trange, Al. 14:11. Amaron, compelido
dos homens a combinações secretas, pelo Espírito Santo, escondeu os regis-
2 Né. 9:9. Devo destruir as obras se- tros, 4 Né. 1:48.
cretas das trevas, 2 Né. 10:15. Caíram Aquilo que vem de cima deve ser men-
os julgamentos de Deus sobre os que cionado por indução do Espírito, D&C
trabalhavam em combinações secretas, 63:64.
Al. 37:30. Gadiânton veio a ser causador
da quase completa destruição do povo Comportamento Homossexual.
de Néfi, Hel. 2:4–13. Satanás incitou Ver também Adultério; Sensual,
Sensualidade
o coração do povo a fazer juramentos
e convênios secretos, Hel. 6:21–31. O Ligação sexual de indivíduos do mes-
Senhor não opera por combinações se- mo sexo. Deus proíbe esse tipo de ativi-
cretas, Ét. 8:19. Nações que sustentarem dade sexual.
combinações secretas serão destruídas, Traze-os fora a nós, para que os co-
Ét. 8:22–23. Rejeitaram todas as palavras nheçamos, Gên. 19:1–11 (Mois. 5:51–53).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Compreensão, Entendimento 36
Com homem não te deitarás; abomina- Comum Acordo. Ver também Apoio
ção é, Lev. 18:22 (Lev. 20:13). Não have- aos Líderes da Igreja; Igreja de Jesus
rá sodomita dentre os filhos de Israel, Cristo
Deut. 23:17. Publicam os seus pecados Princípio pelo qual os membros da
como Sodoma: não os dissimulam, Isa. Igreja apoiam os que são chamados a
3:9 (2 Né. 13:9). servir na Igreja, bem como outras deci-
Os varões se inflamaram em sua sen- sões que requerem seu apoio, o qual é
sualidade uns para com os outros, Rom. geralmente demonstrado levantando-se
1:27. Os sodomitas não herdarão o reino o braço direito.
de Deus, 1 Cor. 6:9–10. A lei não é feita Jesus Cristo é o cabeça da Sua Igreja.
para o justo, mas para os sodomitas, Pela inspiração do Espírito Santo Ele di-
1 Tim. 1:9–10. Os que se corromperam, rige os líderes da Igreja em importantes
indo após outra carne, foram postos ações e decisões. Não obstante, todos
por exemplo, sofrendo a pena do fogo os membros têm o direito e o privilégio
eterno, Jud. 1:7. de apoiar ou não as ações e decisões de
seus líderes.
Compreensão, Entendimento. Ver O povo respondeu a uma voz, Êx. 24:3
também Conhecimento; Sabedoria; (Núm. 27:18–19).
Verdade Os apóstolos e presbíteros se reuniram
Obter conhecimento ou perceber o concordemente, At. 15:25.
significado de uma verdade, inclusive Nenhuma pessoa deve ser ordenada
sua aplicação à vida. sem o voto da igreja, D&C 20:65–66. E
todas as coisas serão feitas de comum
Não te estribes no teu próprio enten-
acordo, D&C 26:2 (D&C 28:13). Que todas
dimento, Prov. 3:5. Com tudo o que pos-
as coisas sejam feitas pelo consentimento
suis adquire o entendimento, Prov. 4:7. unânime, D&C 104:21.
Jesus falou por parábolas e alguns
não entenderam, Mt. 13:12–17. O Senhor Comunhão. Ver Sacramento
abriu-lhes o entendimento, Lc. 24:45.
Concupiscência. Ver também Cobiçar;
Se não compreenderdes estas palavras, Sensual, Sensualidade
será porque não pedis, 2 Né. 32:4 (3 Né.
17:3). Os registros foram preservados Desejo desmedido e incorreto de bens
ou prazeres materiais.
para que pudéssemos ler e entender,
Mos. 1:2–5. Por causa de sua increduli- Não reine, portanto, o pecado em vos-
dade não podiam compreender a pala- so corpo mortal, para lhe obedecerdes
vra de Deus, Mos. 26:3. Eram homens em suas concupiscências, Rom. 6:12.
de grande entendimento, Al. 17:2–3. A Amontoarão para si doutores conforme
palavra começa a iluminar o meu enten- as suas próprias concupiscências, 2 Tim.
4:3–4. Peço-vos que vos abstenhais das
dimento, Al. 32:28.
concupiscências carnais, 1 Ped. 2:11. Não
Juntos arrazoemos para que com-
vivais mais segundo as concupiscências
preendais, D&C 50:10–12, 19–23. Os pais
dos homens, mas segundo a vontade de
devem ensinar os filhos a compreende-
Deus, 1 Ped. 4:2. A concupiscência da
rem, D&C 68:25. As obras e os mistérios carne, a concupiscência dos olhos não
de Deus só podem ser compreendidos são de Deus, 1 Jo. 2:16.
pelo Espírito Santo, D&C 76:114–116.
Satanás procura desviar o coração dos Condado de Jackson, Missouri
homens para que não compreendam, (EUA). Ver também Nova Jerusalém
D&C 78:10. A Luz de Cristo vivifica nos- Lugar de coligação dos santos nos últi-
so entendimento, D&C 88:11. mos dias, isto é, o lugar central onde eles
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
37 Confiança, Confiar
estabelecerão a Nova Jerusalém (D&C do novo e eterno convênio, cumprirá a
57–58; 82; 101:69–71; 105:28). lei, ou será condenado, D&C 132:6.
Condenação, Condenar. Ver também Confessar, Confissão. Ver também
Diabo; Filhos de Perdição; Inferno; Arrepender-se, Arrependimento;
Juízo Final; Julgar; Morte Espiritual Perdoar
A condição em que o progresso de As escrituras empregam a palavra
uma pessoa é interrompido e o acesso à confissão pelo menos de duas maneiras.
presença de Deus e à Sua glória é nega- Em um sentido confessar significa ter
do. Há vários graus de condenação. To- fé em alguma coisa, como por exemplo,
dos os que não alcançarem a plenitude confessar que Jesus é o Cristo (Mt. 10:32;
da exaltação celestial ficarão, de certa Rom. 10:9; 1 Jo. 4:1–3; D&C 88:104).
maneira, limitados em seu progresso Num outro sentido, confessar é admi-
e em seus privilégios e, nesse sentido, tir a própria culpa, como na confissão
serão condenados. de pecados. É o dever de todas as pes-
soas confessar todos os seus pecados
O Senhor condenará o homem de per- ao Senhor e obter o Seu perdão (D&C
versas imaginações, Prov. 12:2. 58:42–43). Quando necessário, os peca-
Ai de vós hipócritas! por isso sofrereis dos devem ser confessados à pessoa ou
mais rigoroso juízo, Mt. 23:14. Qualquer às pessoas contra quem pecamos. Os
que blasfemar contra o Espírito Santo, pecados graves devem ser confessados
será réu do eterno juízo, Mc. 3:29. Os a um oficial da Igreja (na maioria dos
que fizeram o mal para a ressurreição casos, ao bispo).
da condenação, Jo. 5:29 (3 Né. 26:5). O
Confessará aquilo em que pecou,
que come e bebe indignamente, come
Lev. 5:5. Confessarão a sua iniquidade,
e bebe para sua própria condenação,
Lev. 26:40–42. Glória ao Senhor Deus
1 Cor. 11:29 (3 Né. 18:28–29). Somos re- de Israel, e faze confissão perante ele,
preendidos pelo Senhor para não sermos Jos. 7:19.
condenados com o mundo, 1 Cor. 11:32. As pessoas eram batizadas no rio
O que não se arrepender, não for ba- Jordão, confessando os seus pecados,
tizado, nem perseverar até o fim, será Mt. 3:5–6.
condenado, 2 Né. 9:24 (Mc. 16:16; Ét. 4:18; O transgressor que confessar seus pe-
D&C 68:9; 84:74). Nossas palavras, obras cados será perdoado, Mos. 26:29.
e pensamentos nos condenarão, Al. 12:14. Que confesses teus pecados, para que
Por conhecer e não cumprir, as pessoas não sofras os castigos, D&C 19:20. O
incorrem em condenação, Hel. 14:19. pecador confessará os seus pecados e
Os ímpios seriam mais miseráveis ha- os abandonará, D&C 58:43. O Senhor
bitando com Deus do que com as almas é misericordioso para com aqueles que
condenadas, no inferno, Mórm. 9:4. Se confessam seus pecados com o coração
deixarmos de trabalhar, estaremos sob humilde, D&C 61:2. O Senhor perdoa
condenação, Morô. 9:6. os pecados daqueles que os confessam
O que nada faz até que seja mandado, e pedem perdão, D&C 64:7.
é condenado, D&C 58:29. Aquele que não
Confiança, Confiar. Ver também
perdoa a seu irmão, está em condenação
Crença, Crer; Fé
diante do Senhor, D&C 64:9. O que pecar
contra a luz maior, receberá a condena- Acreditar ou depositar confiança em
ção maior, D&C 82:3. A igreja toda está alguém ou em algo. Em assuntos espi-
sob condenação até que se arrependam e rituais, confiar inclui depender de Deus
se lembrem do Livro de Mórmon, D&C e de Seu Espírito.
84:54–57. Aquele que recebe a plenitude Ainda que ele me mate, nele esperarei,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Confirmação 38
Jó 13:15. É melhor confiar no Senhor Conhecimento. Ver também
do que confiar no homem, Salm. 118:8. Compreensão, Entendimento;
Confia no Senhor de todo o teu coração, Sabedoria; Verdade
Prov. 3:5. O Senhor será a tua esperança, Entendimento e compreensão, espe-
Prov. 3:26. Deus livrou a seus servos que cialmente da verdade, conforme ensina-
confiaram nele, Dan. 3:19–28. da ou confirmada pelo Espírito.
Quando Cristo se manifestar tenha- O Senhor é o Deus da sabedoria,
mos confiança, 1 Jo. 2:28. 1 Sam. 2:3. O Senhor é perfeito em co-
Confiei em ti e em ti confiarei sempre, nhecimento, Jó 37:16. O temor do Senhor
2 Né. 4:34. Os nefitas iníquos tinham é o princípio da ciência, Prov. 1:7. Retém
perdido a confiança de seus filhos, Jacó as suas palavras o que possui o conhe-
2:35. Regozijai-vos e ponde vossa con- cimento, Prov. 17:27. A Terra se encherá
fiança em Deus, Mos. 7:19. Quem con- do conhecimento do Senhor, Isa. 11:9
fia no Senhor será elevado no último (2 Né. 21:9; 30:15).
dia, Mos. 23:22. Aquele que confiar em Tirastes a chave da ciência, Lc. 11:52.
Deus será auxiliado em seus sofrimen- O amor de Cristo excede todo o entendi-
tos, Al. 36:3, 27. mento, Ef. 3:19. Acrescentai à vossa fé a
Não confieis no braço de carne, D&C virtude, e à virtude a ciência, 2 Ped. 1:5.
1:19. Põe tua confiança naquele Espíri- Néfi possuía grande conhecimento
to que leva a fazer o bem, D&C 11:12. da bondade de Deus, 1 Né. 1:1. Quando
Que confie em mim e não será confun- tiverem conhecimento do seu Redentor
dido, D&C 84:116. Então tua confian- serão coligados, 2 Né. 6:11. Os justos te-
ça se fortalecerá na presença de Deus, rão um conhecimento perfeito de sua
D&C 121:45. justiça, 2 Né. 9:14. O Espírito dá conhe-
cimento, Al. 18:35. Vosso conhecimento
Confirmação. Ver Mãos, Imposição é perfeito nisto, Al. 32:34. Os lamanitas
de serão levados ao verdadeiro conheci-
mento de seu Redentor, Hel. 15:13. Po-
Confraternizar. Ver também Amor;
deis perfeitamente saber que é de Deus,
Unidade Morô. 7:15–17.
Para os santos dos últimos dias, con- Os santos encontrarão grandes te-
fraternizar significa oferecer amizade, souros de conhecimento, D&C 89:19. O
servir, elevar e fortalecer os outros. conhecimento puro grandemente ex-
Amarás o teu próximo como a ti mes- pande a alma, D&C 121:42. Aquele que
mo, Lev. 19:18 (Mt. 19:19; D&C 59:6). possui as chaves do sacerdócio não terá
Quando te converteres, confirma teus dificuldade em obter um conhecimento
dos fatos, D&C 128:11. Quem adquirir
irmãos, Lc. 22:32. Conhecerão que sois
conhecimento nesta vida terá mais van-
meus discípulos, se vos amardes uns
tagem no mundo futuro, D&C 130:19.
aos outros, Jo. 13:35. Apascenta os meus
É impossível ser salvo em ignorância,
cordeiros, Jo. 21:15–17. Eles rogaram a
D&C 131:6.
graça de participar deste serviço para
os santos, 2 Cor. 8:1–5. Consagrar, Lei da Consagração. Ver
Os nefitas e lamanitas confraterniza- também Ordem Unida; Reino de
ram-se, Hel. 6:3. Deus ou Reino dos Céus
Que todo homem estime a seu irmão Dedicar-(se), santificar-(se), alcançar
como a si mesmo, D&C 38:24–25. Se não a retidão. A lei de consagração é um
sois um, não sois meus, D&C 38:27. Eu princípio divino pelo qual os homens
vos recebo na fraternidade de ser vosso e mulheres dedicam voluntariamente
amigo e irmão, D&C 88:133. seu tempo, talentos e bens materiais
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
39 Consolador
para o estabelecimento e edificação do Os nefitas se encheram de alegria, tendo
reino de Deus. paz de consciência, Mos. 4:3. Zeezrom
Consagrai hoje as vossas mãos ao Se- sentiu-se atormentado pela consciência
nhor, Êx. 32:29. de sua própria culpa, Al. 14:6. É-nos
Os que criam tinham todas as coisas dado segundo o nosso desejo a alegria
em comum, At. 2:44–45. ou o remorso de consciência, Al. 29:5.
E tinham todas as coisas em comum; Uma pena e uma lei justa para trazer o
portanto, não havia ricos nem pobres, remorso de consciência, Al. 42:18. O Es-
4 Né. 1:3. pírito de Cristo é concedido a todos os
O Senhor explicou os princípios da homens, para que eles possam conhecer
consagração, D&C 42:30–39 (D&C 51:2– o que é bom e o que é mau, Morô. 7:16.
19; 58:35–36). Um homem não devia pos- Todo indivíduo deve ter o livre exer-
suir mais do que o outro, D&C 49:20. cício de consciência, D&C 134:2. Tenho
Todo homem recebia uma porção igual a consciência limpa, D&C 135:4.
de acordo com sua família, D&C 51:3. Pretendemos o privilégio de adorar a
Foi estabelecida uma ordem para que Deus de acordo com os ditames de nossa
os santos pudessem ser iguais nos vín- consciência, RF 1:11.
culos das coisas celestiais e terrenas, Conselho dos Doze. Ver Apóstolo
D&C 78:4–5. Todo homem devia ter os
mesmos direitos de acordo com seus an- Conselho nos Céus. Ver também
seios e necessidades, D&C 82:17–19. Sião Batalha nos Céus; Plano de
não pode ser edificada a não ser pelos Redenção; Vida Pré-mortal
princípios da lei celestial, D&C 105:5. A ocasião, na vida pré-mortal, em que
O povo de Enoque era uno de coração o Pai apresentou o Seu plano aos Seus
e vontade e vivia em retidão; e não havia filhos espirituais que viriam a esta Terra.
pobres entre eles, Mois. 7:18. Os filhos de Deus rejubilavam, Jó
Consciência. Ver também Luz, Luz de 38:4–7. Acima das estrelas de Deus exal-
Cristo tarei o meu trono, Isa. 14:12–13.
E houve batalha no céu, Apoc. 12:7–11.
A íntima percepção do que é certo e
Antes de nascerem eles receberam
errado, proveniente da luz de Cristo,
suas primeiras lições no mundo dos es-
conferida a todos os homens (Morô. 7:16).
píritos, D&C 138:56.
Nascemos com a capacidade natural de
Satanás rebelou-se na vida pré-mortal,
distinguir o bem do mal, em virtude da
Mois. 4:1–4. Inteligências foram orga-
Luz de Cristo que é concedida a todos
nizadas antes de o mundo existir, Abr.
(D&C 84:46). Esta faculdade é chamada
3:22. Os Deuses aconselharam-se entre
de consciência e é o que nos torna seres
si, Abr. 4:26. Os Deuses terminaram a
responsáveis. Como as demais facul-
obra que deliberaram fazer, Abr. 5:2.
dades, nossa consciência pode ser in-
sensibilizada pelo pecado ou pelo uso Consolador. Ver também Espírito
indevido. Santo; Jesus Cristo
Os escribas e fariseus convenceram-se As escrituras falam de dois Conso-
por suas próprias consciências, Jo. 8:9. ladores. O primeiro é o Espírito Santo
A consciência também dá testemunho, (Jo. 14:26–27; Morô. 8:26; D&C 21:9; 42:17;
Rom. 2:14–15. Os mentirosos têm a cons- 90:11). O Segundo Consolador é o Senhor
ciência cauterizada, 1 Tim. 4:2. Jesus Cristo (Jo. 14:18, 21, 23). Quando
Os homens são ensinados suficien- alguém obtiver o Segundo Consolador,
temente para distinguir o bem do mal, Jesus Cristo lhe aparecerá de tempos em
2 Né. 2:5. O rei Benjamim tinha uma tempos, revelar-lhe-á o Pai e instruí-lo-a
consciência limpa ante Deus, Mos. 2:15. face a face (D&C 130:3).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Constituição 40
Constituição. Ver também Governo; a finalidade de planejar o número de
Lei filhos de um casal.
Em Doutrina e Convênios, “a Cons- Frutificai e multiplicai-vos, e enchei
tituição” refere-se à Constituição dos a Terra, Gên. 1:28 (Mois. 2:28). Os filhos
Estados Unidos da América, que foi são herança do Senhor, Salm. 127:3–5.
divinamente inspirada a fim de prepa- A família de Leí deveria levantar pos-
rar o caminho para a Restauração do teridade ao Senhor, 1 Né. 7:1.
evangelho. O casamento foi instituído por Deus
para o homem, D&C 49:15–17. Os que fo-
A lei constitucional deve ser apoiada,
rem exaltados receberão uma plenitude
D&C 98:5–6. O Senhor fez com que a
e uma continuação das sementes para
Constituição fosse estabelecida, D&C
todo o sempre, D&C 132:19, 63.
101:77, 80.
Convênio. Ver também Convênio
Constranger. Ver Compelir, Abraâmico; Juramento; Juramento
Constranger e Convênio do Sacerdócio; Novo e
Contenção, Contenda. Ver também Eterno Convênio
Rebeldia, Rebelião Acordo entre Deus e o homem, mas
Discórdia, argumentações e dispu- eles não estão em nível de igualdade no
tas. A contenda, especialmente entre os acordo. Deus estipula as condições do
membros da Igreja do Senhor ou entre convênio e os homens concordam em
os integrantes de uma família, não é fazer o que Ele lhes pede que façam.
Deus então promete aos homens certas
agradável ao Senhor.
bênçãos pela sua obediência.
Não haja contenda entre mim e ti, Os princípios e as ordenanças são
Gên. 13:8. Da soberba só provém a con- recebidos mediante convênio. Os mem-
tenda, Prov. 13:10. bros da Igreja que fazem tais convênios
Se algum tiver queixa contra outro, prometem honrá-los. Por exemplo, no
perdoar como Cristo perdoou, Col. 3:13. batismo os membros fazem um convênio
Não entrar em questões loucas e conten- com o Senhor e renovam esse convênio
das, Tit. 3:9. participando do sacramento. Eles fazem
O Senhor ordenou que os homens outros convênios no templo. O povo do
não disputem uns com os outros, 2 Né. Senhor é um povo que faz convênios
26:32. Não permitireis que vossos filhos e todos são grandemente abençoados
disputem entre si, Mos. 4:14. Alma or- ao cumprirem os seus convênios com
denou que os membros da Igreja não o Senhor.
contendessem entre si, Mos. 18:21. Sa- Contigo estabelecerei o meu convênio,
tanás espalha rumores e discórdias, Gên. 6:18. Se guardardes o meu convê-
Hel. 16:22. O diabo é o pai da discórdia nio, então sereis a minha proprieda-
e leva a cólera ao coração dos homens, de peculiar, Êx. 19:5. Não farás aliança
para contenderem uns com os outros, alguma com os seus deuses, Êx. 23:32.
3 Né. 11:29 (Mos. 23:15). Guardarão o sábado por convênio per-
Estabelecer o meu evangelho, para que pétuo, Êx. 31:16. Nunca invalidarei o
não haja tanta contenda, D&C 10:62–64. meu convênio convosco, Juí. 2:1. Meus
Cessai de contender uns com os outros, santos, que fizeram comigo um convênio
D&C 136:23. com sacrifícios, Salm. 50:5 (D&C 97:8).
Lembrar-se do seu santo convênio, Lc.
Controle da Natalidade. Ver também 1:72 (D&C 90:24).
Casamento, Casar; Família O poder de Deus desceu sobre o povo
Limitar ou impedir a concepção, com do convênio do Senhor, 1 Né. 14:14. O
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
41 Conversão, Converter
convênio feito com Abraão será cum- Conversão, Converter. Ver também
prido nos últimos dias, 1 Né. 15:18 (3 Né. Discípulo; Nascer de Deus, Nascer
16:5, 11–12; 21:7; Mórm. 9:37). O povo do de Novo
rei Benjamim queria fazer um convênio
Mudar as crenças, os sentimentos e a
com Deus, de servi-lo até morrer, Mos.
vida para aceitar e cumprir a vontade de
5:5. O batismo é um testemunho de que
Deus (At. 3:19).
o homem fez convênio com Deus de ser-
A conversão inclui a decisão conscien-
vi-Lo, Mos. 18:13. Em virtude de serdes
te de renunciar à forma de ser anterior
os filhos do convênio, 3 Né. 20:25–26. Os
anjos cumprem e realizam a obra dos e de mudar, a fim de tornar-se um dis-
convênios que o Pai fez, Morô. 7:29–31. cípulo de Cristo. O arrependimento, o
O derramamento do sangue de Cristo é batismo para a remissão dos pecados,
o convênio, Morô. 10:33. o recebimento do Espírito Santo pela
Toda pessoa que pertencer a esta Igre- imposição das mãos e a contínua fé no
ja de Cristo esforçar-se-á para guardar Senhor Jesus Cristo tornam completa a
todos os convênios, D&C 42:78. Bem- conversão. O homem natural transfor-
aventurados são os que guardaram o mar-se-á em uma nova criatura, santifi-
convênio, D&C 54:6. Aquele que que- cada e pura, nascida de novo em Cristo
brar esse convênio perderá seu cargo e Jesus (2 Cor. 5:17; Mos. 3:19).
a condição de membro da Igreja, D&C As pessoas devem converter-se e tor-
78:11–12. Todos que recebem o sacerdó- nar-se como meninos, Mt. 18:3 (Mos.
cio, recebem esse juramento e convênio, 3:19). Quando te converteres, confirma
D&C 84:39–40. Estão dispostos a obser-
teus irmãos, Lc. 22:32. Os que de bom
var seus convênios por meio de sacrifí-
grado receberam a palavra foram ba-
cio, D&C 97:8. O convênio do casamento
tizados, At. 2:37–41. Aquele que fizer
pode ser eterno, D&C 132. Este será o
converter do erro de seu caminho um
nosso convênio: Caminharemos de acor-
pecador, salvará uma alma, Tg. 5:20.
do com todas as ordenanças, D&C 136:4.
A conversão de Enos, En. 1:2–5. As pa-
Convênio Abraâmico. Ver também lavras do rei Benjamim efetuaram uma
Abraão; Circuncisão; Convênio grande mudança no povo, Mos. 5:2 (Al.
Abraão recebeu o evangelho, foi orde- 5:12–14). A humanidade tem que nascer
nado ao sacerdócio maior (D&C 84:14; outra vez, sim, nascer de Deus, Mos.
Abr. 2:11) e fez o convênio do casamento 27:25. A conversão de Alma e dos filhos
celestial, que é o convênio da exaltação de Mosias, Mos. 27:33–35. A conversão
(D&C 131:1–4; 132:19, 29). Abraão rece- do pai de Lamôni, Al. 22:15–18. Pelo
beu a promessa de que todas as bênçãos poder e pela palavra de Deus o povo
desses convênios seriam oferecidas a sua havia sido convertido ao Senhor, Al.
posteridade mortal (D&C 132:29–31; Abr. 53:10. O arrependimento transforma o
2:6–11). Juntos, esses convênios e promes- coração, Hel. 15:7. Todos os que se con-
sas são chamados de convênio abraâmi- verteram testemunharam que tinham
co. A restauração deste convênio foi a sido visitados pelo poder do Espírito
Restauração do evangelho nos últimos de Deus, 3 Né. 7:21. Em virtude de sua
dias, pois por meio dele todas as nações
fé em Cristo na época da conversão, eles
da Terra são abençoadas (Gál. 3:8–9, 29;
foram batizados com fogo e com o Espí-
D&C 110:12; 124:58; Abr. 2:10–11).
rito Santo, 3 Né. 9:20.
Convênio Eterno. Ver Convênio; Eles irão e pregarão arrependimento e
Novo e Eterno Convênio muitos serão convertidos, D&C 44:3–4.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Coração 42
Coração. Ver também Coração um coração quebrantado e um espírito
Quebrantado; Nascer de Deus, contrito, 3 Né. 9:20 (D&C 59:8). Somente
Nascer de Novo os que vinham com um coração quebran-
O símbolo da disposição e vontade do tado e um espírito contrito eram recebi-
homem e, figurativamente, a fonte de to- dos para batismo, Morô. 6:2.
das as emoções e sentimentos. Jesus foi crucificado para a remissão
de pecados do coração contrito, D&C
Amarás o Senhor teu Deus de todo o
21:9. Aquele cujo espírito é contrito é
teu coração, Deut. 6:5 (Deut. 6:3–7; Mt.
aceito, D&C 52:15. É prometido o San-
22:37; Lc. 10:27; D&C 59:5). O Senhor tem
to Espírito aos que estiverem contritos,
buscado um homem segundo o seu co-
D&C 55:3. Meu Espírito é enviado para
ração, 1 Sam. 13:14. O homem vê o que
iluminar os humildes e contritos, D&C
está diante dos olhos, porém o Senhor
136:33.
olha para o coração, 1 Sam. 16:7. O que é
limpo de mãos e puro de coração subirá Coragem, Corajoso. Ver também Fé;
ao monte do Senhor e será abençoado, Temor
Salm. 24:3–5 (2 Né. 25:16). Como o ho-
Não ter receio, não sentir temor, espe-
mem imaginou em seu coração, assim
cialmente de fazer o que é certo.
é ele, Prov. 23:7. Elias, o profeta, con-
verterá o coração dos pais aos filhos, e Sede fortes e corajosos; não temais,
o coração dos filhos a seus pais, Mal. Deut. 31:6 (Jos. 1:6–7).
4:5–6 (Lc. 1:17; D&C 2:2; 110:14–15; 138:47; Deus não nos deu o espírito de temor,
JS—H 1:38–39). 2 Tim. 1:7.
Bem-aventurados os limpos de cora- Os filhos de Helamã eram muito va-
ção, Mt. 5:8 (3 Né. 12:8). O homem fala lentes e corajosos, Al. 53:20–21. Nunca
do que há de bom ou de mau em seu antes havia visto tão grande coragem,
coração, Lc. 6:45. Al. 56:45. Seu coração encheu-se de co-
Seguir o Filho com verdadeiro pro- ragem quando soube, Al. 62:1.
pósito de coração, 2 Né. 31:13. Haveis Coragem, irmãos; e avante, avante
nascido espiritualmente de Deus e ex- para a vitória, D&C 128:22.
perimentado essa poderosa mudança
Cordeiro de Deus. Ver também
em vossos corações, Al. 5:14. Oferecer
Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
como sacrifício ao Senhor um coração
Páscoa
quebrantado e um espírito contrito, 3 Né.
9:20 (3 Né. 12:19; Ét. 4:15; Morô. 6:2). Um dos nomes dados ao Salvador e
Eu te falarei em tua mente e em teu que se refere ao fato de Jesus ter-se ofe-
coração pelo Espírito Santo, D&C 8:2. recido como sacrifício em nosso favor.
Como um cordeiro foi levado ao ma-
Coração Quebrantado. Ver também
tadouro, Isa. 53:7 (Mos. 14:7).
Arrepender-se, Arrependimento;
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pe-
Coração; Humildade, Humilde,
cado do mundo, Jo. 1:29 (Al. 7:14). Fostes
Humilhar; Mansidão, Manso,
resgatados com o precioso sangue de
Mansuetude; Sacrifício
Cristo, como de um cordeiro imacula-
Ter um coração quebrantado é ser do, 1 Ped. 1:18–20. Digno é o Cordeiro,
humilde, contrito, arrependido e man- que foi morto, Apoc. 5:12. Venceremos a
so — isto é, receptivo à vontade de Deus. Satanás pelo sangue do Cordeiro, Apoc.
Habito com o contrito e abatido de 12:11.
espírito, Isa. 57:15. Estes são os que foram purificados
Cristo ofereceu-se por todos os que- pelo sangue do Cordeiro, por causa de
brantados de coração e contritos de espí- sua fé nele, 1 Né. 12:11. O Cordeiro de
rito, 2 Né. 2:7. Oferecereis como sacrifício Deus é o Filho do Pai Eterno e o Salvador
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
43 Coroa
do mundo, 1 Né. 13:40 (1 Né. 11:21). Cla- conselho de Paulo para que todos per-
mai vigorosamente ao Pai, em nome de maneçam firmes na fé.
Jesus, para que talvez possais ser lim- Segunda Epístola aos Coríntios: O capí-
pos pelo sangue do Cordeiro, Mórm. tulo 1 contém a saudação de Paulo e uma
9:6 (Apoc. 7:14; Al. 34:36). mensagem de conforto. O capítulo 2 traz
O Filho do Homem é o Cordeiro morto conselhos pessoais a Tito. Os capítulos
desde a fundação do mundo, Mois. 7:47. 3 a 7 tratam do poder do evangelho na
Coriânton. Ver também Alma, Filho vida dos santos e de seus líderes. Nos
de Alma capítulos 8 e 9, aconselha-se os santos a
contribuirem alegremente aos pobres.
No Livro de Mórmon, filho de Alma,
Nos capítulos 10 a 12, Paulo atesta a sua
o filho.
própria posição como apóstolo. O capí-
Foi pregar aos zoramitas, Al. 31:7. tulo 13 é uma admoestação aos santos
Abandonou o ministério para ir atrás para que sejam perfeitos.
de uma meretriz, Al. 39:3. Alma o ins-
truiu a respeito da condição da existên- Corior. Ver também Anticristo
cia após a morte, a ressurreição, e a ex- No Livro de Mórmon, um anticristo
piação, Al. 39–42. Foi chamado de novo que exigiu um sinal para provar o poder
a pregar, Al. 42:31. Foi ao país do norte de Deus; o Senhor fez com que Corior
em um navio, Al. 63:10. ficasse mudo (Al. 30:6–60).
Coriântumr. Ver também Jareditas Cornélio. Ver também Centurião;
No Livro de Mórmon, rei dos Jareditas Gentios; Pedro
e último sobrevivente daquela nação. Um centurião de Cesareia, batizado
Foi descoberto pelo povo de Zaraen- por Pedro (At. 10). Provavelmente foi o
la, Ômni 1:21. Foi rei de toda a terra, Ét. primeiro gentio a filiar-se à Igreja sem
12:1–2. Capturado por Sarede e libertado primeiro converter-se ao judaísmo. O
por seus filhos, Ét. 13:23–24. Lutou contra batismo de Cornélio e sua família abriu
vários inimigos, Ét. 13:28–14:31. Arrepen- o caminho para a pregação do evange-
deu-se, Ét. 15:3. Lutou sua batalha final lho aos gentios. Pedro, o apóstolo prin-
contra Siz, Ét. 15:15–32. cipal, que possuía as chaves do reino de
Deus na Terra naquela época, dirigiu
Coríntios, Epístola aos. Ver também essa pregação.
Epístolas Paulinas; Paulo
Dois livros do Novo Testamento. Ori- Coroa. Ver também Vida eterna
ginalmente eram cartas escritas por Ornamento circular usado na cabeça
Paulo aos santos de Corinto, a fim de pelos governantes. Pode ser um símbolo
corrigir desentendimentos entre eles. de poder celestial, domínio e divindade.
Os coríntios viviam em uma sociedade Os que perseverarem até o fim e guarda-
moralmente iníqua. rem os mandamentos de Deus receberão
Primeira Epístola aos Coríntios: O capí- uma coroa de vida eterna. (Ver D&C
tulo 1 contém a saudação de Paulo e a 20:14; Mois. 7:56; JS—M 1:1.)
sua admoestação para que os santos se- A coroa da justiça me está guardada,
jam unidos. Os capítulos 2 a 6 trazem a 2 Tim. 4:8. Alcançareis a incorruptível
censura de Paulo a algumas faltas dos coroa de glória, 1 Ped. 5:4.
santos de Corinto. Os capítulos 7 a 12 Os mortos que morrem no Senhor re-
têm as respostas de Paulo a algumas ceberão uma coroa de justiça, D&C 29:13.
perguntas. Os capítulos 13 a 15 dizem Eles receberão uma coroa nas mansões
respeito à castidade, aos dons espirituais de meu Pai, D&C 59:2. O Senhor prepara
e à Ressurreição. O capítulo 16 contém o os santos para que recebam a coroa para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Corpo 44
eles preparada, D&C 78:15. O Senhor Cowdery, Oliver
prometeu a seus santos uma coroa de Segundo élder da Igreja restaurada e
glória a sua direita, D&C 104:7. uma das Três Testemunhas da origem di-
Corpo. Ver também Alma; Mortal, vina e veracidade do Livro de Mórmon.
Mortalidade; Morte Física; Ele serviu como escrevente enquanto
Ressurreição Joseph Smith traduzia o Livro de Mór-
mon das placas de ouro (JS—H 1:66–68).
A estrutura mortal e física de carne e
ossos criada à imagem de Deus, que é Recebeu um testemunho da veraci-
dade da tradução do Livro de Mórmon,
combinada com o espírito para consti-
D&C 6:17, 22–24. Foi ordenado por João
tuir uma pessoa viva. O corpo físico de
Batista, D&C 13 (D&C 27:8; JS—H 1:68–
todos, homens e mulheres, será reuni-
73, ver nota do versículo 71). Depois de
do eternamente com o seu espírito na
terdes alcançado fé e visto com os pró-
Ressurreição. As escrituras às vezes
prios olhos, testificareis que os vistes,
chamam de alma o corpo unido com o
D&C 17:3, 5. Eis que te manifestei por
espírito (Gên. 2:7; D&C 88:15; Mois. 3:7,
meu Espírito que as coisas que escreveste
9, 19; Abr. 5:7).
são verdadeiras, D&C 18:2. Foi indicado
Formou o Senhor Deus o homem do e ordenado para ser um dos mordomos
pó da Terra, Gên. 2:7 (Mois. 3:7). responsáveis pelas revelações, D&C
Apalpai-me e vede; pois um espírito 70:3. Recebeu as chaves do sacerdócio
não tem carne nem ossos, Lc. 24:39. Sub- com Joseph Smith, D&C 110.
jugo o meu corpo, e o reduzo à servidão,
1 Cor. 9:27. Há corpo animal, há também Crença, Crer. Ver também Confiança,
corpo espiritual, 1 Cor. 15:44. O corpo Confiar; Fé; Incredulidade; Jesus
sem o espírito está morto, Tg. 2:26. Cristo
O corpo mortal será levantado num Ter fé em alguém ou aceitar algo como
corpo imortal, Al. 11:43–45. Todas as verdadeiro. Para ser salva no reino de
partes do corpo serão restauradas, Deus, a pessoa precisa arrepender-se e
Al. 41:2. Jesus mostrou seu corpo res- crer em Jesus Cristo (D&C 20:29).
suscitado aos nefitas, 3 Né. 10:18–19; Crede no Senhor vosso Deus, crede
11:13–15. nos seus profetas, 2 Crôn. 20:20. Daniel
O Pai possui um corpo de carne e os- saiu ileso da cova dos leões porque acre-
sos tão tangível como o do homem; o ditava em Deus, Dan. 6:23.
Filho também, D&C 130:22. Como creste te seja feito, Mt. 8:13.
Deus criou o homem e a mulher à Tudo o que pedirdes na oração, crendo,
imagem de seu próprio corpo, Mois. o recebereis, Mt. 21:22. Não temas, crê
6:9 (Gên. 9:6). somente, Mc. 5:36. Tudo é possível ao
que crê, Mc. 9:23–24. Quem crer e for
Couraça. Ver também Armadura batizado será salvo, Mc. 16:16 (2 Né. 2:9;
Parte frontal da roupa protetora ou 3 Né. 11:33–35). Todo aquele que crê no
armadura do soldado. Em sentido sim- Filho terá a vida eterna, Jo. 3:16, 18, 36 (Jo.
bólico, os santos devem estar vestidos 5:24; D&C 10:50). Temos crido e conheci-
com uma couraça de justiça para pro- do que tu és o Cristo, Jo. 6:69. Quem crê
tegerem-se do mal (Isa. 59:17; Ef. 6:14). em mim, ainda que esteja morto, viverá,
Jo. 11:25–26. Nós, os que temos crido,
Côvado entramos em repouso, Heb. 4:3. Creia-
Unidade de medida de comprimento, mos em Jesus Cristo e amemos uns aos
comum entre os antigos hebreus. Origi- outros, 1 Jo. 3:23.
nalmente era a distância entre o cotovelo O Messias não destruirá nenhum dos
e a ponta dos dedos (de 45,7 a 55,88 cm). que nele crerem, 2 Né. 6:14. Os judeus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
45 Criança(s)
serão perseguidos até serem persuadi- mundos por intermédio de seu Filho,
dos a acreditar em Cristo, 2 Né. 25:16. Se Heb. 1:2.
acreditais em todas estas coisas, procurai O homem foi criado no princípio, Mos.
fazê-las, Mos. 4:10. O Filho tomará sobre 7:27. Eu criei os céus, a Terra e todas as
si as transgressões daqueles que acredi- coisas, 3 Né. 9:15 (Mórm. 9:11, 17). Todos
tarem em seu nome, Al. 11:40. Bendito é os homens foram criados, no início, a
aquele que acredita na palavra de Deus minha própria imagem, Ét. 3:15.
sem ser compelido, Al. 32:16. Mesmo que Jesus Cristo criou os céus e a Terra,
não tenhais mais que o desejo de acredi- D&C 14:9. Ele criou o homem, homem
tar, fazei com que esse desejo opere em e mulher, a sua própria imagem, D&C
vós, Al. 32:27. Se acreditardes no nome 20:18.
de Cristo, vós vos arrependereis dos vos- Mundos incontáveis criei, Mois. 1:33.
sos pecados, Hel. 14:13. Todo aquele que Por meio de meu Unigênito criei o céu,
crê em Cristo, crê também no Pai, 3 Né. Mois. 2:1. Eu, o Senhor Deus, criei espiri-
tualmente todas as coisas antes que elas
11:35. Nunca houve um homem cren-
existissem fisicamente na face da Terra,
te no Senhor como o irmão de Jarede,
Mois. 3:5. Milhões de terras como esta
Ét. 3:15. Tudo o que persuade a crer em
não seria sequer o princípio do número
Cristo é enviado pelo poder de Cristo,
de tuas criações, Mois. 7:30. Os Deuses
Morô. 7:16–17.
organizaram e formaram os céus e a
Aqueles que creem nas palavras do Terra, Abr. 4:1.
Senhor terão uma manifestação do Es-
pírito, D&C 5:16. Todos os que crerem Criação Espiritual. Ver também
no nome do Senhor se tornarão filhos Criação, Criar; Homem, Homens
de Deus, D&C 11:30 (Jo. 1:12). A alguns O Senhor criou todas as coisas espi-
é dado crer nas palavras dos outros, ritualmente antes que Ele as criasse fi-
D&C 46:14. Sinais seguirão os que cre- sicamente (Mois. 3:5).
rem, D&C 58:64 (D&C 63:7–12). O Senhor fez todas as plantas antes
Os que creem, se arrependem e são que elas existissem na Terra, Gên. 2:4–6
batizados receberão o Espírito Santo, (Abr. 5:5).
Mois. 6:52. Pelo poder do meu Espírito criei todas
Criação, Criar. Ver também Criação as coisas, primeiro espirituais, segundo
Espiritual; Dia do Sábado (Dia de as materiais, D&C 29:31–32. Aquilo que
Descanso); Jesus Cristo; Princípio; é material é à semelhança do que é espi-
ritual, D&C 77:2.
Terra
Fiz o mundo e os homens antes que
Organizar. Deus, trabalhando por existissem na carne, Mois. 6:51.
meio de Seu Filho, Jesus Cristo, orga-
nizou os elementos da natureza para Criador. Ver Criação, Criar; Jesus
formar os céus e a terra. O Pai Celestial Cristo
e Jesus Cristo criaram o homem à Sua Criança(s). Ver também Abençoado,
imagem (Mois. 2:26–27). Abençoar, Bênção—Bênção de
No princípio criou Deus os céus e crianças; Batismo de Criancinhas;
a Terra, Gên. 1:1. Façamos o homem a Expiação, Expiar; Família; Filho(s);
nossa imagem, Gên. 1:26 (Mois. 2:26–27; Prestar Contas, Responsabilidade,
Abr. 4:26). Responsável; Salvação—Salvação
Todas as coisas foram feitas por das criancinhas
ele, Jo. 1:3, 10. Nele foram criadas to- Pessoa muito jovem, alguém que
das as coisas que há nos céus, Col. ainda não alcançou a puberdade. Os
1:16 (Mos. 3:8; Hel. 14:12). Deus fez os pais e mães devem instruir seus filhos
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Cristãos 46
a obedecerem à vontade de Deus. As Primeiro livro de Crônicas: Os capítulos
criancinhas não têm pecado até alcança- 1–9 contêm genealogias, desde Adão até
rem a idade da responsabilidade (Morô. Saul. O capítulo 10 registra a morte de
8:22; D&C 68:27). Saul. Os capítulos 11 e 12 retratam os
Instrui ao menino no caminho em que eventos relativos ao reinado de Davi. Os
deve andar, Prov. 22:6. capítulos 23–27 esclarecem que Salomão
Aquele que se tornar humilde como se tornou rei e que foram designados os
este menino, esse é o maior, Mt. 18:1–4. deveres dos levitas. O capítulo 28 explica
Deixai os meninos, e não os estorveis de que Davi ordenou a Salomão que cons-
vir a mim, Mt. 19:14. truísse um templo. O capítulo 29 registra
Despojar-se do homem natural e tor- a morte de Davi.
nar-se como criança, Mos. 3:19; 27:25–26. Segundo livro de Crônicas: Os capítu-
As criancinhas têm a vida eterna, Mos. los 1–9 relatam os eventos relacionados
15:25. Jesus tomou das criancinhas e as com o reinado de Salomão. Os capítu-
abençoou, 3 Né. 17:21. As criancinhas los 10–12 falam do reinado de Roboão,
não precisam de arrependimento ou filho de Salomão, época em que o reino
batismo, Morô. 8:8–24. unido de Israel foi dividido em reino
As criancinhas são redimidas desde do norte e reino do sul. Os capítulos
a fundação do mundo, por meio de meu 13–36 descrevem o governo de vários
Unigênito, D&C 29:46–47. As crianci- reis até que Nabucodonosor capturou
nhas são santas por meio da expiação o reino de Judá. O livro termina com
de Cristo, D&C 74:7. As criancinhas o decreto de Ciro permitindo que os
que morrem antes de chegar à idade da filhos cativos de Judá voltassem para
responsabilidade são salvas no reino Jerusalém.
celestial, D&C 137:10.
Cronologia
Cristãos. Ver também Discípulo; Santo Ver Cronologia no apêndice
(substantivo)
Crucificação. Ver também Cruz;
Nome dado aos que creem em Jesus
Expiação, Expiar; Gólgota; Jesus
Cristo. Embora esse termo seja comu-
Cristo
mente usado em todo o mundo, o Senhor
chamou os verdadeiros seguidores de Forma romana de execução, comum
Cristo de santos (At. 9:13, 32, 41; 1 Cor. durante a época do Novo Testamento,
1:2; D&C 115:4). na qual se causava a morte da pessoa
amarrando ou pregando-lhe as mãos e
Os discípulos foram chamados de
os pés numa cruz. Geralmente era apli-
cristãos, At. 11:26. Mas, se padece como
cada apenas a escravos ou aos crimino-
cristão, não se envergonhe, 1 Ped. 4:16.
sos mais vis. A crucificação frequente-
Por causa do convênio sereis chama-
mente era precedida por açoitamento
dos progênie de Cristo, Mos. 5:7. Os ver-
(Mc. 15:15). O condenado geralmente
dadeiros crentes eram chamados cristãos
carregava a cruz até o local de execução
pelos que não pertenciam à Igreja, Al.
(Jo. 19:16–17). Suas roupas costumavam
46:13–16.
ser confiscadas pelos soldados que exe-
Cristo. Ver Jesus Cristo cutavam a sentença (Mt. 27:35). A cruz
era fincada na terra, de modo que os pés
Crônicas do condenado ficassem a apenas 30 ou
Dois livros do Velho Testamento. Eles 60 centímetros acima do solo. A cruz era
fornecem um breve relato histórico dos vigiada por soldados até que o crucifica-
eventos desde a Criação até o decreto de do morresse, o que às vezes demorava
Ciro permitindo o retorno dos judeus a até três dias (Jo. 19:31–37).
Jerusalém. Jesus foi crucificado porque um grupo
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47 Cumora, Monte
de incrédulos acusou-O falsamente de cruz e assentou-se à destra do trono de
sedição contra César e de blasfêmia, por- Deus, Heb. 12:2.
que Ele disse que era o Filho de Deus. Ele foi levantado na cruz e morto pelos
Puseram sobre Jesus uma veste de púr- pecados do mundo, 1 Né. 11:33. Os que
pura (Jo. 19:2), uma coroa de espinhos e tiverem suportado as cruzes do mundo
O insultaram de muitas outras formas herdarão o reino de Deus, 2 Né. 9:18. O
(Mt. 26:67; Mc. 14:65). Pai enviou-me para que eu fosse levan-
Os iníquos transpassarão as mãos e tado na cruz, 3 Né. 27:14–15.
os pés do Messias, Salm. 22:11–18. Como Aquele que não tomar sua cruz e me
um cordeiro foi levado ao matadouro, seguir e guardar meus mandamentos
Isa. 53:7. não será salvo, D&C 56:2.
Jesus predisse a sua crucificação, Mt. Viu o Filho do Homem levantado na
20:18–19. Descrita a crucificação de Jesus, cruz, Mois. 7:55.
Mt. 27:22–50 (Mc. 15:22–37; Lc. 23:26–46;
Cúbito. Ver Côvado
Jo. 19:17–30).
Néfi viu em visão a crucificação do Culpa. Ver também Arrepender-se,
Cordeiro de Deus, 1 Né. 11:33. Néfi falou Arrependimento
sobre os sofrimentos e a crucificação de
A condição de quem errou, ou o re-
Cristo, 1 Né. 19:9–14. Jacó falou acerca do
morso e pesar que devem acompanhar
ministério e da crucificação do Santo de
o pecado.
Israel, 2 Né. 6:9. Tempestades, terremo-
tos, incêndios e furacões na América Porquanto pecou e ficou culpado, Lev.
confirmaram a crucificação de Cristo 6:1–6.
em Jerusalém, 3 Né. 8. Qualquer que partilhar indignamente
Eu sou Jesus, que foi crucificado, D&C do sacramento é culpado do corpo e do
45:51–52. O ministério de Cristo entre os sangue de Jesus, 1 Cor. 11:27.
espíritos em prisão foi limitado ao pe- Os culpados consideram a verdade
ríodo compreendido entre sua morte e dura, 1 Né. 16:2. Teremos um conheci-
ressurreição, D&C 138:27. mento perfeito de todas as nossas culpas,
2 Né. 9:14. Minha culpa foi apagada, En.
Cruz. Ver também Crucificação; 1:6. Um castigo foi fixado para trazer o
Expiação, Expiar; Gólgota; Jesus remorso de consciência, Al. 42:18. Dei-
Cristo; Sacramento xe teus pecados te preocuparem, com
Estrutura de madeira sobre a qual Je- aquela preocupação que te levará ao
sus Cristo foi crucificado (Mc. 15:20–26). arrependimento, Al. 42:29.
Muitos no mundo atual consideram-na Alguns de vós sois culpados perante
um símbolo da Crucificação e do sa- mim, mas serei misericordioso, D&C
crifício expiatório de Cristo; todavia, 38:14.
o Senhor estabeleceu os Seus próprios
símbolos para a Sua Crucificação e o Seu Cumora, Monte. Ver também Livro
sacrifício — o pão e a água do sacramen- de Mórmon; Morôni, Filho de
to (Mt. 26:26–28; D&C 20:40, 75–79). Nas Mórmon; Smith, Joseph, Jr.
escrituras, aqueles que tomam sobre si a Pequena colina situada no oeste do
sua cruz são os que amam a Jesus Cristo Estado de Nova York, Estados Unidos da
de tal maneira que negam a si mesmos a América. Ali, um antigo profeta chama-
iniquidade, todos os desejos mundanos do Morôni escondeu as placas de ouro
e guardam os Seus mandamentos (TJS, contendo alguns registros das nações
Mt. 16:25–26 [Apêndice da Bíblia]). nefita e jaredita. Em 1827 Joseph Smith
Tome a sua cruz, e siga-me, Mc. 8:34 foi instruído pelo anjo Morôni, já res-
(3 Né. 12:30; D&C 23:6). Jesus suportou a suscitado, a ir a esse monte para pegar
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Curar, Curas 48
as placas e traduzir parte delas. Essa 33:22. Ao estabelecer-se em Canaã, a tri-
tradução é o Livro de Mórmon. bo de Dã recebeu como herança um pe-
Os nefitas se reuniram em Cumora, daço de terra pequeno, porém fértil (Jos.
Mórm. 6:2–4. Cumora era uma terra 19:40–48). Eles tiveram muita dificuldade
dotada de muitas águas, Mórm. 6:4. para se protegerem contra os amorreus
Mórmon ocultou os registros no monte (Juí. 1:34) e os filisteus (Juí. 13:2, 25; 18:1).
Cumora, Mórm. 6:6. Todo o povo, com Em virtude disso os danitas se mudaram
exceção de vinte e quatro pessoas, foi para o norte da Palestina (Juí. 18), toma-
morto em Cumora, Mórm. 6:11. ram a cidade de Laís e denominaram-na
Ouvimos alegres novas de Cumora, cidade de Dã. Esta cidade é conhecida
D&C 128:20. como a fronteira norte da Palestina, que
Joseph Smith retirou as placas do se estendia “desde Dã até Berseba.”
Monte Cumora, JS—H 1:42, 50–54, 59. Dalila. Ver também Filisteus; Sansão
Curar, Curas. Ver também Bênção dos Mulher filisteia, no Velho Testamen-
Doentes; Unção, Ungir to, que enganou e traiu Sansão (Juí. 16).
Fazer sarar ou fazer com que uma pes- Damasco
soa fique sadia, tanto física como espiri-
Antiga cidade da Síria.
tualmente. As escrituras trazem muitos
Damasco acha-se situada numa fér-
exemplos de curas milagrosas feitas pelo
til planície, à margem do deserto, sen-
Senhor e por Seus servos.
do bem irrigada pelo rio Barada. Ela é
Eu sou o Senhor que sara, Êx. 15:26. mencionada com frequência nas escri-
Naamã mergulhou no rio Jordão sete turas (começando em Gên. 14:15). Paulo
vezes e foi curado, 2 Re. 5:1–14. O Senhor dirigia-se a Damasco quando o Senhor
disse a Ezequias: Eis que eu te sararei, ressuscitado lhe apareceu (At. 9:1–27;
2 Re. 20:1–5 (2 Crôn. 32:24; Isa. 38:1–5). 22:5–16; 26:12–20).
Pelas suas pisaduras fomos sarados, Isa.
53:5 (Mos. 14:5). Daniel
Jesus curou todas as enfermidades, Personagem principal do livro de Da-
Mt. 4:23 (Mt. 9:35). Deu-lhes poder para niel, no Velho Testamento; um profeta de
curarem toda a enfermidade, Mt. 10:1. Deus e homem de grande fé.
Ele enviou-me para curar os quebran- Nada se sabe a respeito de seus pro-
tados de coração, Lc. 4:18. genitores, embora pareça haver sido
Elas foram curadas pelo poder do de linhagem real (Dan. 1:3). Foi levado
Cordeiro de Deus, 1 Né. 11:31. Se crês cativo para a Babilônia, onde recebeu o
na redenção de Cristo podes ser curado, nome de Beltessazar (Dan. 1:6–7). Daniel
Al. 15:8. Ele os curou a todos, 3 Né. 17:9. e três outros jovens cativos recusaram
Aquele que tiver fé em mim para ser a comida do rei por motivos religiosos
curado, será curado, D&C 42:48. Em meu (Dan. 1:8–16).
nome curarão os enfermos, D&C 84:68. Daniel conquistou os favores de Na-
Cremos no dom de cura, RF 1:7. bucodonosor e de Dario, devido ao seu
poder de interpretar sonhos (Dan. 2; 4;
6). Ele também leu e interpretou a escri-
Dã. Ver também Israel; Jacó, Filho de ta na parede (Dan. 5). Os seus inimigos
Isaque conspiraram contra ele e por isso foi lan-
No Velho Testamento, filho de Jacó çado numa cova de leões, mas o Senhor
e Bilha, serva de Raquel (Gên. 30:5–6). preservou-lhe a vida (Dan. 6).
A tribo de Dã: Para conhecer a bênção Livro de Daniel: O livro tem duas di-
que Jacó deu a Dã, ver Gên. 49:16–18. A visões: os capítulos 1–6 contêm his-
bênção de Moisés à tribo de Dã, ver Deut. tórias a respeito de Daniel e seus três
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49 Declaração Oficial 1
companheiros; os capítulos 7–12, suas Apesar dessas calamidades, o reinado
visões proféticas. O livro ensina a impor- de Davi foi o mais brilhante da história
tância de ser fiel a Deus e ilustra como israelita, pois (1) uniu as tribos em uma
o Senhor abençoa os justos. só nação, (2) assegurou a posse incon-
Uma das principais contribuições do testável do país, (3) baseou o governo
livro é a interpretação do sonho do rei na religião verdadeira, de modo que a
Nabucodonosor, no qual o reino de Deus vontade de Deus era a lei de Israel. Por
nos últimos dias é representado por uma essas razões, o reinado de Davi mais tar-
pedra cortada de uma montanha. A pe- de foi considerado como a época de ouro
dra rolará até encher toda a Terra (Dan. da nação e um protótipo da era mais
2; ver também D&C 65:2). gloriosa que o povo esperava, quan-
Dario. Ver também Babel, Babilônia do o Messias viesse (Isa. 16:5; Jer. 23:5;
Eze. 37:24–28).
No Velho Testamento, rei dos medos A vida de Davi ilustra a necessidade
que reinou na Babilônia após a morte de de todos perseverarem em retidão até
Belsazar (Dan. 5:31; 6:9, 25–28; 9:1; 11:1).
o fim. Quando jovem, Davi foi consi-
Davi. Ver também Bate-Seba; Salmo derado um homem “segundo o cora-
ção” do Senhor (1 Sam. 13:14); quando
Rei da antiga Israel, no Velho Testa-
mento. adulto, falou pelo Espírito e recebeu
Davi era filho de Jessé, da tribo de muitas revelações. Não obstante, pa-
Judá. Ele foi um jovem corajoso que ma- gou um elevado preço por sua deso-
tou um leão, um urso e o gigante filisteu, bediência aos mandamentos de Deus
Golias (1 Sam. 17). Davi foi escolhido (D&C 132:39).
e ungido para ser rei de Israel. Assim Débora
como Saul, em sua vida adulta ele foi cul-
pado de crimes graves, mas, ao contrário No Velho Testamento, uma profetiza
daquele, foi capaz de sentir verdadeira que julgou Israel e incitou Baraque con-
contrição. Assim, ele conseguiu obter o tra os cananeus (Juí. 4). O cântico de Dé-
perdão, exceto no caso do assassinato de bora e Baraque comemorou a libertação
Urias (D&C 132:39). A sua vida pode ser de Israel da servidão (Juí. 5).
dividida em quatro partes: (1) em Belém, Declaração Oficial 1. Ver também
onde era pastor (1 Sam. 16–17); (2) na cor- Casamento, Casar—Casamento
te do rei Saul (1 Sam. 18:1–19:18); (3) como plural; Manifesto; Woodruff,
fugitivo (1 Sam. 19:18–31:13; 2 Sam. 1); (4) Wilford
como rei de Judá, em Hebrom (2 Sam.
2–4) e mais tarde como rei de toda a Is- Inserida nas páginais finais de Dou-
rael (2 Sam. 5–24; 1 Re. 1:1–2:11). trina e Convênios, a primeira parte da
O pecado de adultério de Davi com Declaração Oficial 1 é também conhecida
Batseba foi seguido de uma série de como o Manifesto. Ela foi emitida pelo
infortúnios que marcaram seus últi- Presidente Wilford Woodruff e apre-
mos vinte anos de vida. A nação, de sentada aos membros da Igreja numa
um modo geral, prosperou durante o Conferência Geral em 6 de outubro de
seu reinado, mas Davi sofreu as conse- 1890. Com início em 1862 e durante os
quências de seus pecados. Houve rixas 25 anos seguintes, diversas leis tornaram
constantes na família, que, no caso dos o casamento plural ilegal nos Estados
filhos Absalão e Adonias, terminaram Unidos da América. O Senhor mostrou
em franca rebeldia. Tais incidentes foram a Wilford Woodruff, em visão e revela-
o cumprimento da declaração de Natã, o ção, o que aconteceria se os santos não
profeta, a Davi, por causa de seu pecado cessassem a prática do casamento plural.
(2 Sam. 12:7–13). O Manifesto anunciou formalmente que
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Declaração Oficial 2 50
os casamentos plurais não estavam mais com elas no reino do meu Pai, D&C 15:6
sendo realizados. (D&C 16:6). Os que morrerem descansa-
rão de todos os seus labores, D&C 59:2
Declaração Oficial 2. Ver também
(Apoc. 14:13). O descanso do Senhor é
Kimball, Spencer W.; Sacerdócio
a plenitude de sua glória, D&C 84:24.
Declaração doutrinária que indica
quem pode portar o sacerdócio de Deus Deseret. Ver também Jareditas
e que se acha agora impressa nas últi- No Livro de Mórmon, uma palavra
mas páginas de Doutrina e Convênios. jaredita que significa “abelha de mel”
No começo de junho de 1978, o Senhor (Ét. 2:3).
revelou ao Presidente Spencer W. Kim-
ball que o sacerdócio deveria ser con- Designação. Ver também Chamado,
cedido a todos os membros dignos da Chamado por Deus, Chamar; Mãos,
Igreja do sexo masculino. Isso fez com Imposição de
que o sacerdócio ficasse ao alcance de Ser escolhido e consagrado para pro-
todos os homens dignos e as bênçãos do pósitos sagrados. Essa nomeação é para
templo, ao alcance de todos os membros prestar um serviço específico dentro da
dignos, sem distinção de raça ou cor. Em organização da Igreja e é feita pela im-
30 de setembro de 1978 esta declaração posição de mãos de alguém que tenha a
foi apresentada à conferência geral da devida autoridade. Apenas aqueles que
Igreja e unanimemente aceita. presidem os quóruns do sacerdócio re-
Deidade. Ver Trindade cebem chaves quando são designados.
As pessoas designadas para outros car-
Descansar, Descanso. Ver também gos que não o de presidente de um quó-
Dia do Sábado (Dia de Descanso); rum do sacerdócio podem receber uma
Paz bênção do sacerdócio, mas nenhuma
Desfrutar paz e liberdade das preo- chave do sacerdócio é conferida com
cupações e dos tumultos. O Senhor pro- essa bênção.
meteu tal descanso aos Seus fiéis segui-
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
dores durante esta vida. Ele também
a obra, At. 13:2–3.
preparou-lhes um lugar de descanso
Outros bispos serão designados, D&C
na vida futura.
68:14. O bispo, juiz comum, será designa-
Irá a minha presença contigo para te do para esse ministério, D&C 107:17, 74.
fazer descansar, Êx. 33:14. Um homem deve ser chamado por
Vinde a mim, todos os que estais can- Deus, por profecia e pela imposição de
sados, e eu vos aliviarei, Mt. 11:28–29. mãos, RF 1:5.
Trabalhamos diligentemente para o
povo entrar em seu descanso, Jacó 1:7 Desprezar, Desprezo. Ver Odiar,
(Heb. 4:1–11). Todo aquele que se ar- Ódio
repender entrará no descanso do Se-
nhor, Al. 12:34. Muitos foram purifica- Destruidor. Ver também Diabo
dos e entraram no descanso do Senhor, Satanás é o destruidor.
Al. 13:12–16. Paraíso é um estado de O Senhor não deixará o destruidor
descanso, Al. 40:12 (Al. 60:13). Nada entrar em vossas casas, Êx. 12:23.
entra em seu descanso sem que tenha O destruidor move-se sobre a super-
lavado suas vestes em meu sangue, fície das águas, D&C 61:19. O atalaia
3 Né. 27:19. poderia ter salvado a minha vinha do
A coisa de maior valor para ti será de- destruidor, D&C 101:51–54.
clarar arrependimento a este povo, a fim
de trazeres almas a mim e descansares Deus. Ver Trindade
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
51 Diabo
Deuteronômio. Ver também Dez Tribos. Ver Israel
Pentateuco
Diabo. Ver também Anticristo;
O quinto livro do Velho Testamento. Destruidor; Espírito—Espíritos
O livro Deuteronômio contém os três maus; Filhos de Perdição; Inferno;
últimos discursos que Moisés proferiu Lúcifer
nas planícies de Moabe, pouco antes de
ser transladado. O primeiro discurso Satanás. O diabo é inimigo de toda
(capítulos 1–4) é introdutório. O segundo a justiça e dos que buscam cumprir a
(capítulos 5–26) consiste em duas partes: vontade de Deus. Ele é literalmente um
(1) os capítulos 5–11 — os Dez Manda- filho espiritual de Deus e outrora foi um
mentos e uma explicação prática deles; anjo com autoridade na presença do Pai
e (2) os capítulos 12–26 — um código de Celestial (Isa. 14:12; 2 Né. 2:17). Entre-
leis que constituem o núcleo de todo tanto, na vida pré-mortal ele se rebelou
o livro. O terceiro discurso (capítulos e persuadiu uma terça parte dos filhos
27–30) é uma solene renovação do con- espirituais do Pai a se revoltarem contra
vênio entre Israel e Deus e a declaração ele (D&C 29:36; Mois. 4:1–4; Abr. 3:27–28).
das bênçãos que a obediência proporcio- Eles foram expulsos dos céus e foi-lhes
na e das maldições que acompanham a negada a oportunidade de obterem cor-
rebeldia. Os capítulos 31–34 descrevem pos mortais e viverem as experiências da
a entrega da lei aos levitas, o cântico de mortalidade; serão eternamente conde-
Moisés e derradeira bênção, bem como nados. Desde a época em que o diabo foi
sua partida. expulso do céu, ele tem procurado cons-
tantemente enganar toda a humanidade
Dever. Ver também Obedecer, e afastá-la da obra de Deus, para que se
Obediência, Obediente
torne tão miserável como ele próprio
Nas escrituras, uma tarefa, designação (Apoc. 12:9; 2 Né. 2:27; 9:8–9).
ou responsabilidade, geralmente con-
Jesus repreendeu o demônio, Mt. 17:18.
ferida pelo Senhor ou por Seus servos.
O fogo eterno está preparado para o
Guarda os seus mandamentos; porque diabo e seus anjos, Mt. 25:41. Resisti ao
este é o dever de todo o homem, Ecles. diabo, e ele fugirá de vós, Tg. 4:7.
12:13. O que é que o Senhor pede de ti, Os iníquos serão levados ao cativeiro
senão que pratiques a justiça, Miq. 6:8. do diabo, 1 Né. 14:7. O diabo é o pai de
Mais importa obedecer a Deus do que todas as mentiras, 2 Né. 2:18 (Mois. 4:4).
aos homens, At. 5:29. O diabo procura tornar todos os homens
Foram atingidos por duras aflições tão miseráveis como ele próprio, 2 Né.
para que se lembrassem de seus deve- 2:27. Se a carne não mais se levantasse,
res, Mos. 1:17. nossos espíritos estariam à mercê do
Descritos os deveres dos élderes, diabo, 2 Né. 9:8–9. O diabo enfurecerá,
sacerdotes, mestres e diáconos, D&C pacificará e lisonjeará, 2 Né. 28:20–23.
20:38–67. Os portadores do sacerdócio O que é mau vem do diabo, Ômni 1:25
devem cumprir todas as obrigações fa-
(Al. 5:40; Morô. 7:12, 17). Cuidai de que
miliares, D&C 20:47, 51. Descritos os de-
não surjam contendas entre vós nem vos
veres dos membros após o batismo, D&C
inclineis a obedecer ao espírito maligno,
20:68–69. Meus élderes devem esperar
Mos. 2:32. Se não sois as ovelhas do bom
um pouco para que o povo conheça mais
pastor, o diabo é o vosso pastor, Al. 5:38–
perfeitamente os seus deveres, D&C
39. O diabo não amparará seus filhos,
105:9–10. Que todo homem aprenda seu
Al. 30:60. Orai continuamente, para não
dever, D&C 107:99–100.
serdes levados pelas tentações do diabo,
Dez Mandamentos. Ver Al. 34:39 (3 Né. 18:15, 18). Construamos
Mandamentos, Os Dez nossos alicerces sobre o Redentor, para
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Diácono 52
que a violenta tempestade do diabo não membros da Igreja guardavam o último
tenha poder sobre nós, Hel. 5:12. O diabo dia da semana como o Sábado judaico,
é o autor de todo pecado, Hel. 6:26–31. conforme o faziam os judeus. Depois
O diabo procurou armar um plano da Ressurreição, os membros da Igreja,
astuto, D&C 10:12. É necessário que o quer judeus quer gentios, guardavam
diabo tente os filhos dos homens, ou o primeiro dia da semana (o dia do Se-
eles não poderiam ser seus próprios nhor) para lembrar a Ressurreição do
árbitros, D&C 29:39. Adão se tornou su- Senhor. A Igreja hoje continua a guardar
jeito à vontade do diabo porque cedeu à um dia por semana como o dia sagrado
tentação, D&C 29:40. Os filhos de perdi- de descanso, no qual adoramos a Deus
ção reinarão com o diabo e seus anjos na e descansamos dos labores do mundo.
eternidade, D&C 76:32–33, 44. O diabo O dia de descanso lembra às pessoas
será amarrado por mil anos, D&C 88:110 a necessidade de alimento espiritual e o
(Apoc. 20:2). O ser maligno tira a luz e a dever de obedecer a Deus. Quando uma
verdade, D&C 93:39. nação se descuida da observância do dia
Satanás não guardou seu primeiro de descanso, todos os aspectos de sua
estado, Abr. 3:28. vida são afetados e sua vida religiosa
Igreja do diabo: Toda organização iní- decai (Ne. 13:15–18; Jer. 17:21–27).
qua e mundana da Terra, que corrompe Deus descansou no sétimo dia, Gên.
o evangelho puro e perfeito e luta contra 2:1–3. Os filhos de Israel não colhiam
o Cordeiro de Deus. maná no dia de descanso, Êx. 16:22–30.
O diabo fundou a grande e abomi- Lembra-te do dia do sábado para o san-
nável igreja, 1 Né. 13:6 (1 Né. 14:9). Há tificar, Êx. 20:8–11 (Mos. 13:16–19). O sá-
somente duas igrejas: uma do Cordeiro bado foi dado como um sinal entre Deus
de Deus e a outra do diabo, 1 Né. 14:10 e o homem, Êx. 31:12–17 (Eze. 20:12, 20).
(Al. 5:39). Não devemos comprar nem vender no
Não contendais com igreja alguma, sábado, Ne. 10:31. Chama o sábado de-
a menos que seja a igreja do diabo, leitoso, honrando o Senhor e não fazen-
D&C 18:20. A grande e abominável igre- do a tua própria vontade, Isa. 58:13–14.
ja será abatida, D&C 29:21. O sábado foi feito para o homem e não
Diácono. Ver também Sacerdócio o homem para o sábado, Mc. 2:23–28. O
Aarônico filho do homem é o Senhor do sábado,
Lc. 6:1–10. Jesus ensinou em uma sina-
Um chamado para servir na Igreja,
goga e curou no sábado, Lc. 13:10–14.
no tempo do Apóstolo Paulo (Filip. 1:1;
Os nefitas santificaram o sábado, Jar.
1 Tim. 3:8–13) e um ofício no Sacerdó-
1:5. Guarda o dia do sábado para o san-
cio Aarônico (D&C 20:38, 57–59; 84:30,
tificares, Mos. 18:23.
111; 107:85).
Oferecerás sacramentos no meu dia
Dia do Sábado (Dia de Descanso). santificado, D&C 59:9–13. Os habitan-
Ver também Criação, Criar; tes de Sião observarão o dia do Senhor,
Descansar, Descanso D&C 68:29.
Dia sagrado, reservado a cada semana Eu, Deus, descansei no sétimo dia de
para descanso e adoração. Depois que toda minha obra, Mois. 3:1–3 (Gên. 2:1–3;
Deus criou todas as coisas, Ele descan- Abr. 5:1–3).
sou no sétimo dia e ordenou que fosse Dia do Senhor. Ver Dia do Sábado
separado um dia a cada semana para (Dia de Descanso); Juízo Final;
descanso e para ajudar as pessoas a se Segunda Vinda de Jesus Cristo
lembrarem Dele (Êx. 20:8–11).
Antes da Ressurreição de Cristo, os Difamação. Ver Maledicência
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
53 Discernimento, Dom de
Dignidade, Digno. Ver também a Terra para desfazer toda a carne, Gên.
Justo(s); Retidão 6:17 (Mois. 7:34, 43, 50–52; 8:17, 30). Vie-
Ser pessoalmente reto e ser aprovado ram sobre a Terra as águas do dilúvio,
diante de Deus e de Seus servos desig- Gên. 7:10. Deus colocou um arco nas
nados. nuvens como sinal do convênio, Gên.
9:9–17.
Quem não toma a sua cruz não é digno
de mim, Mt. 10:38. Digno é o obreiro de Depois que as águas recuaram, as
seu salário, Lc. 10:7 (D&C 31:5). Américas tornaram-se uma terra esco-
Esforçai-vos por fazer todas as coisas lhida, Ét. 13:2.
com dignidade, Mórm. 9:29. Não eram Os ímpios perecerão nos dilúvios,
batizados a menos que se mostrassem Mois. 7:38; 8:24.
dignos, Morô. 6:1. Dinheiro. Ver também Dízimos;
Aquele que for preguiçoso não será Esmolas; Mundanismo; Riquezas
considerado digno de permanecer, D&C
107:100. Quem não suporta correção não Moedas, cédulas, cheques ou qualquer
é digno do meu reino, D&C 136:31. O sa- coisa que as pessoas usem para pagar
cerdócio foi estendido a todos os mem- bens e serviços. Às vezes é usado como
bros dignos do sexo masculino, DO 2. símbolo do materialismo.
Monte das Oliveiras. Ver Oliveiras, Mórmon, Livro de. Ver Livro de
Monte das Mórmon
Monte Sinai. Ver também Lei de Mórmon, Profeta Nefita. Ver também
Moisés; Moisés Livro de Mórmon
Montanha da Península do Sinai perto No livro de Mórmon, profeta nefita,
da qual Moisés e os israelitas acamparam general militar e mantenedor de regis-
três meses depois do seu êxodo do Egito; tros. Mórmon viveu aproximadamente
é também chamada de Monte Horebe entre 311 e 385 d.C. (Mórm. 1:2, 6; 6:5–6;
(Êx. 3:1). Ali Deus deu a Sua lei para a 8:2–3). Ele foi um líder militar durante
casa de Israel por intermédio de Moisés; a maior parte de sua vida, desde os 15
ali também foi construído o tabernáculo anos de idade (Mórm. 2:1–2; 3:8–12; 5:1;
(Êx. 19:2; 20:18; 24:12; 32:15). 8:2–3). Amaron instruiu Mórmon a pre-
parar-se a fim de cuidar dos registros e
Moralidade. Ver Adultério; da gravação nos mesmos (Mórm. 1:2–5;
Castidade; Fornicação; Imoralidade 2:17–18). Após registrar a história de
Sexual sua própria época, Mórmon resumiu
as placas maiores de Néfi nas placas de
Mordomia, Mordomo. Ver também Mórmon. Mais tarde ele transferiu esse
Chamado, Chamado por Deus, registro sagrado a seu filho, Morôni.
Chamar Essas placas faziam parte dos registros
Aquele que toma conta dos assuntos dos quais Joseph Smith traduziu o Livro
ou da propriedade de outra pessoa é um de Mórmon.
mordomo. Aquilo de que o mordomo Palavras de Mórmon: Um pequeno livro
cuida é chamado de mordomia. Todas do Livro de Mórmon. Entre as últimas
as coisas na Terra pertencem ao Senhor palavras de Amaléqui, no livro de Ômni,
e nós somos Seus mordomos. Somos e as primeiras do livro de Mosias, Mór-
responsáveis perante o Senhor, mas po- mon, que resumiu todos os registros,
demos prestar contas de nossa mordo- fez esta pequena inserção. (Ver “Breve
mia aos representantes autorizados de Análise do Livro de Mórmon,” no come-
Deus. Quando recebemos do Senhor ou ço do Livro de Mórmon.)
de Seus servos autorizados um chamado Livro de Mórmon: Um livro separado
para servir, essa mordomia pode incluir dentro do volume de escrituras conhe-
tanto assuntos espirituais quanto tem- cido como Livro de Mórmon. Os capí-
porais (D&C 29:34). tulos 1–2 falam de Amaron, um profeta
Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te dos nefitas, dizendo a Mórmon quando
colocarei, Mt. 25:14–23. A qualquer que e onde obteria as placas. Fala também
muito for dado, muito se lhe pedirá, Lc. do início de grandes guerras e dos três
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mórmon(s) 136
nefitas que foram retirados por causa Morôni, Filho de Mórmon. Ver
da iniquidade do povo. Os capítulos também Livro de Mórmon; Mórmon,
3–4 contam que Mórmon proclamou o Profeta Nefita
arrependimento ao povo, mas este havia Último profeta nefita do Livro de Mór-
endurecido o coração e jamais fora tão mon (aprox. 421 d.C.). Pouco antes de
grande a iniquidade em Israel. Os capí- morrer, Mórmon entregou o registro his-
tulos 5–6 registram as batalhas finais tórico, chamado de placas de Mórmon, a
entre nefitas e lamanitas. Mórmon foi seu filho, Morôni (Pal. Mórm. 1:1). Mo-
morto junto com a maior parte da nação rôni terminou de compilar as placas de
nefita. No capítulo 7, Mórmon, antes de Mórmon. Ele acrescentou os capítulos 8
morrer, chamou o seu povo — daquela e 9 ao livro de Mórmon (Mórm. 8:1). Ele
época e do futuro — ao arrependimento. resumiu e incluiu o livro de Éter (Ét.
Os capítulos 8–9 contam que no final res- 1:1–2) e acrescentou o seu próprio livro,
tou com vida somente Morôni, filho de chamado de livro de Morôni (Morô. 1).
Mórmon. Este registrou as derradeiras Morôni selou as placas e escondeu-as
cenas de morte e carnificina, inclusive no monte Cumora (Mórm. 8:14; Morô.
a destruição do povo nefita, e escreveu 10:2). Em 1823 Morôni foi enviado, como
uma mensagem às gerações futuras e aos ser ressuscitado, para revelar o Livro
futuros leitores desse registro. de Mórmon a Joseph Smith (D&C 27:5;
JS—H 1:30–42, 45). De 1823 a 1827 ele
Mórmon(s). Ver também Igreja de
instruiu o jovem profeta todos os anos
Jesus Cristo; Igreja de Jesus Cristo
(JS—H 1:54) e finalmente entregou-lhe
dos Santos dos Últimos Dias, A
as placas em 1827 (JS—H 1:59). Após
O apelido Mórmon foi criado por pes- completar a tradução, Joseph Smith de-
soas que não pertenciam à Igreja para volveu as placas a Morôni.
referirem-se aos membros de A Igreja
Livro de Morôni: É o último do Livro
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
de Mórmon e foi escrito por Morôni, o
Dias. O nome provém de um sagrado
último profeta nefita. Os capítulos 1–3
livro de escrituras compilado pelo an-
contam a destruição final dos nefitas e
tigo profeta Mórmon, intitulado Livro
instruem sobre como conferir o Espírito
de Mórmon. O nome dado pelo Senhor,
Santo e o sacerdócio. Os capítulos 4–5
pelo qual os membros da Igreja devem
mostram a maneira exata de adminis-
ser conhecidos, é “Santos.” O nome cor-
trar o sacramento. O capítulo 6 explica
reto da Igreja é A Igreja de Jesus Cristo
a obra da Igreja. Os capítulos 7–8 são
dos Santos dos Últimos Dias. sermões sobre os primeiros princípios
Morôni, Capitão. Ver também do evangelho, incluindo ensinamentos
Estandarte da Liberdade de Mórmon acerca da fé, esperança e ca-
ridade e a maneira de discernir o bem
No Livro de Mórmon, um justo co-
do mal (Morô. 7); e ainda a explicação
mandante militar nefita que viveu apro-
de Mórmon de que as criancinhas estão
ximadamente no ano 100 a.C.
vivas em Cristo e não precisam de ba-
Morôni foi nomeado capitão-chefe dos tismo (Morô. 8). O capítulo 9 descreve a
exércitos nefitas, Al. 43:16–17. Inspirou os depravação da nação nefita. O capítulo
soldados nefitas a lutarem por sua liber- 10 é a mensagem final de Morôni e en-
dade, Al. 43:48–50. Fez um estandarte da sina como saber da veracidade do Livro
liberdade de um pedaço da sua túnica, de Mórmon (Morô. 10:3–5).
Al. 46:12–13. Era um homem de Deus, Al.
48:11–18. Ficou irado contra o governo Moronia, Filho do Capitão Moroni
devido à sua indiferença a respeito da No Livro de Mórmon, um justo co-
liberdade do país, Al. 59:13. mandante nefita (aprox. 60 a.C.).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
137 Morte Espiritual
Morôni entregou o comando dos exér- A morte espiritual foi introduzida no
citos a seu filho, Moronia, Al. 62:43. Re- mundo pela Queda de Adão (Mois. 6:48).
tomou a cidade de Zaraenla, Hel. 1:33. Os mortais cujos pensamentos, palavras
Levou os nefitas ao arrependimento e e obras são iníquos estão espiritualmen-
recuperou o controle sobre a metade das te mortos, enquanto ainda permanecem
terras, Hel. 4:14–20. vivos na Terra (1 Tim. 5:6). Pela Expiação
de Jesus Cristo e a obediência aos princí-
Mortal, Mortalidade. Ver também
pios e ordenanças do evangelho, homens
Corpo; Morte Física; Mundo; Queda
e mulheres podem tornar-se limpos do
de Adão e Eva
pecado e vencer a morte espiritual.
Mortalidade é o período de tempo A morte espiritual também pode ocor-
compreendido entre o nascimento e a rer após a morte do corpo físico. Tanto os
morte física. Esse período às vezes é seres ressuscitados como o diabo e seus
chamado de segundo estado. anjos serão julgados. Os que se tiverem
Porque no dia em que dela comeres, rebelado conscientemente contra a luz e
certamente morrerás, Gên. 2:16–17 (Mois. verdade do evangelho sofrerão a morte
3:16–17). Na morte o espírito retornará espiritual que às vezes é chamada de
a Deus, e o corpo ao pó da Terra, Ecles. segunda morte (Al. 12:16; Hel. 14:16–19;
12:7 (Gên. 3:19; Mois. 4:25). D&C 76:36–38).
Não reine o pecado em vosso cor- Os malfeitores serão desarraigados,
po mortal, Rom. 6:12. Este corpo mor- Salm. 37:9.
tal deve revestir-se de imortalida- A inclinação da carne é morte, Rom.
de, 1 Cor. 15:53 (En. 1:27; Mos. 16:10; 8:6 (2 Né. 9:39). As concupiscências sub-
Mórm. 6:21). mergem os homens na perdição e ruína,
O estado do homem tornou-se um es- 1 Tim. 6:9. O pecado gera a morte, Tg.
tado de provação, 2 Né. 2:21 (Al. 12:24; 1:15. O que vencer não receberá dano da
42:10). Adão caiu para que os homens segunda morte, Apoc. 2:11. Sobre estes
existissem, 2 Né. 2:25. Olhais para o fu- não tem poder a segunda morte, Apoc.
turo e vêdes este corpo mortal levantado 20:6, 12–14. Os ímpios terão a sua parte
em imortalidade, Al. 5:15. Esta vida é o no lago que arde com fogo e enxofre;
tempo para o homem preparar-se para o que é a segunda morte, Apoc. 21:8
seu encontro com Deus, Al. 34:32. (D&C 63:17–18).
Não temais a morte, porque neste Os homens são livres para escolher
mundo vossa alegria não é completa, a liberdade e a vida eterna, ou o cati-
D&C 101:36. veiro e a morte, 2 Né. 2:27 (2 Né. 10:23;
Os que guardarem seu segundo estado Al. 29:5; Hel. 14:30–31). Deus preparou
terão glória, Abr. 3:26. um caminho para escaparmos da mor-
Morte, Segunda. Ver Morte te e inferno, 2 Né. 9:10. Livrai-vos das
Espiritual penas do inferno para não sofrerdes
a segunda morte, Jacó 3:11. O homem
Morte Espiritual. Ver também natural é inimigo de Deus, Mos. 3:19.
Condenação, Condenar; Diabo; Possa o Senhor conceder-vos o arre-
Filhos de Perdição; Inferno; Queda pendimento e não sofrerdes a segunda
de Adão e Eva; Salvação morte, Al. 13:30. Alma esteve rodeado
A separação de Deus e de Sua influên- com as eternas correntes da morte, Al.
cia; morrer no tocante às coisas que per- 36:18. Os iníquos morrerão quanto às coi-
tencem à retidão. Lúcifer e um terço sas pertinentes à retidão, Al. 40:26 (Al.
das hostes celestiais sofreram a morte 12:16). A Queda atraiu sobre toda a hu-
espiritual ao serem expulsos dos céus manidade uma morte espiritual, Al. 42:9
(D&C 29:36–37). (Hel. 14:16–18).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Morte Física 138
Quando Adão caiu, morreu espiritual- vinte e quatro placas de ouro contendo
mente, D&C 29:40–41, 44. os registros dos jareditas (Mos. 28:17).
Morte Física. Ver também Mortal, Livro de Mosias: Um livro do Livro de
Mortalidade; Queda de Adão e Eva; Mórmon. Os capítulos 1–6 contêm o vi-
Ressurreição; Salvação goroso sermão do Rei Benjamim a seu
povo. O Espírito do Senhor tocou-lhes o
A separação entre corpo e espírito. A
coração e o povo converteu-se, não mais
Queda trouxe a mortalidade e a morte à
Terra (2 Né. 2:22; Mois. 6:48). A Expiação sentindo vontade de praticar o mal. Os
de Jesus Cristo venceu a morte, para que capítulos 7–8 falam de um grupo de
todos possam ressuscitar (1 Cor. 15:21– nefitas que tinha ido viver na terra dos
23). A ressurreição é um dom gratuito lamanitas. Foi enviado um grupo de
concedido a todos, quer tenham feito o resgate para procurá-los. Amon, líder do
bem ou o mal nesta vida (Al. 11:42–44). grupo, encontrou-os e soube das prova-
Cada pessoa sofre apenas uma morte ções que passaram sob a opressão lama-
física, visto que, após a ressurreição, nita. Os capítulos 9–24 descrevem essa
nossos corpos não podem mais morrer opressão e como seus líderes — Zênife,
(Al. 11:45). Noé e Lími — viveram sob o jugo dos la-
manitas. Ali também se acha registrado
Toda a carne expiraria e o homem
o martírio de um profeta chamado Abi-
voltaria para o pó, Jó 34:15. Preciosa é à
vista do Senhor a morte dos seus santos, nádi. Alma foi convertido no julgamento
Salm. 116:15. O pó volte à terra, e o espí- de Abinádi. Os capítulos 25–28 contam
rito volte a Deus, Ecles. 12:7. como o filho de Alma e os quatro filhos
A morte veio por um homem, 1 Cor. do Rei Mosias se converteram. No ca-
15:21. O Salvador tem as chaves da morte pítulo 29 o rei Mosias recomendou que
e do inferno, Apoc. 1:18. Não haverá mais um sistema de juízes substituísse o de
morte, nem pranto, Apoc. 21:4. reis. Alma, filho de Alma, foi nomeado
A morte tem efeito sobre todos os o primeiro juiz supremo.
homens, 2 Né. 9:6, 11 (Al. 12:24). Nun- Mosias, Filhos de. Ver também Aarão,
ca tiveram temor da morte, Al. 27:28. Filho de Mosias; Amon, Filho de
Alma explicou o estado da alma entre a
Mosias; Hímni; Mosias, Filho do rei
morte e a ressurreição, Al. 40:11.
Benjamim; Ômner
Os que morrerem em mim não pro-
varão esta morte, D&C 42:46. Os que No Livro de Mórmon, os quatro fi-
não estiverem designados para morrer, lhos do rei Mosias que se converteram
serão curados, D&C 42:48. Decretei que após aparecer-lhes um anjo que os cha-
vos provarei em todas as coisas, mesmo mou ao arrependimento. Seus nomes
até à morte, D&C 98:14. eram: Amon, Aarão, Ômner e Hímni
Em pó te tornarás, Mois. 4:25. Adão (Mos. 27:34). Eles passaram quatorze
caiu, e pela sua queda veio a morte, anos pregando com êxito o evangelho
Mois. 6:48. aos lamanitas. O registro do ministério
deles entre aquele povo encontra-se no
Mortos, Salvação para os. Ver livro de Alma, capítulos 17–26.
Salvação para os Mortos
Em outros tempos eles tinham sido
Mosias, Filho do rei Benjamim. Ver incrédulos e haviam procurado des-
também Benjamim, Pai de Mosias; truir a Igreja, Mos. 27:8–10 (Al. 36:6).
Mosias, Filhos de Foram repreendidos por um anjo e se
Rei justo e profeta nefita, no Livro de arrependeram, Mos. 27:11–12, 18–20.
Mórmon. Mosias seguiu o bom exem- Obtiveram permissão de pregar aos la-
plo de seu pai (Mos. 6:4–7). Traduziu as manitas, Mos. 28:1–7.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
139 Mundo
Mosias, Pai do Rei Benjamim. Ver Mundanismo. Ver também Dinheiro;
também Benjamim, Pai de Mosias; Orgulho; Riquezas; Vaidade, Vão
Zaraenla Desejos e esforços iníquos para ob-
No Livro de Mórmon, profeta nefita ter riquezas e bens materiais, acom-
que se tornou rei do povo de Zaraenla. panhados do abandono das coisas
Mosias foi avisado de que deveria fu- espirituais.
gir do país de Néfi, Ômni 1:12. Desco- Que aproveita ao homem, se ganhar
briu o povo de Zaraenla, Ômni 1:14–15. o mundo inteiro, e perder a sua alma,
Fez com que o povo de Zaraenla apren- Mt. 16:26.
desse seu idioma, Ômni 1:18. Procla- O povo voltava seu coração para as
mado rei dos povos unidos, Ômni 1:19. coisas vãs do mundo, Al. 4:8 (Al. 31:27).
Após sua morte Benjamim, seu filho, Deixar as coisas deste mundo, D&C
reinou em seu lugar, Ômni 1:23. 25:10. Seu coração está fixo nas coisas
Muleque. Ver também Zedequias deste mundo, D&C 121:35.
No Velho Testamento, filho do rei Ze- Mundo. Ver também Babel, Babilônia;
dequias (aprox. 589 a.C.). A Bíblia afirma Mortal, Mortalidade; Terra
que todos os filhos de Zedequias foram
A Terra; lugar de provação para os
mortos (2 Re. 25:7), mas o Livro de Mór-
mon esclarece que Muleque sobreviveu homens mortais. Em sentido figurado
(Hel. 8:21). as pessoas que não obedecem aos man-
damentos de Deus.
Zaraenla era descendente de Muleque,
Mos. 25:2. O povo de Muleque juntou-se Existência terrena: No mundo tereis
aos nefitas, Mos. 25:13. O Senhor condu- aflições, Jo. 16:33.
ziu Muleque à terra do norte, Hel. 6:10. Não temais a morte; pois neste
Todos os filhos de Zedequias foram mor- mundo vossa alegria não é completa,
tos, exceto Muleque, Hel. 8:21. D&C 101:36.
Pessoas que não obedecem aos mandamen-
Mulher, Mulheres. Ver também
Homem, Homens; Irmã(s), Irmão(s) tos: Visitarei sobre o mundo a maldade,
Isa. 13:11 (2 Né. 23:11).
Pessoa adulta do sexo feminino; filha Se o mundo vos odeia, sabei que, pri-
de Deus. O termo Mulher é geralmente meiro do que a vós, me odiou a mim,
usado nas escrituras como título de res-
Jo. 15:18–19.
peito (Jo. 19:26; Al. 19:10).
O grande e espaçoso edifício era o or-
Deus criou macho e fêmea, Gên. 1:27 gulho do mundo, 1 Né. 11:36.
(Mois. 2:27; 6:9; Abr. 4:27). O valor da O mundo está amadurecendo em ini-
mulher virtuosa excede o de rubis, Prov. quidade, D&C 18:6. Conserva-te lim-
31:10–31. po das manchas do mundo, D&C 59:9.
A mulher é a glória do homem, 1 Cor. Aquele que for fiel e perseverar, vencerá
11:7. Nem o homem é sem a mulher, nem o mundo, D&C 63:47. Não desejo que
a mulher é sem o homem, no Senhor, vivais segundo a maneira do mundo,
1 Cor. 11:11. Que as mulheres se ataviem
D&C 95:13.
em traje modesto, 1 Tim. 2:9–10.
Eu, o Senhor Deus, deleito-me na cas- Fim do mundo: Crio nova Terra e não
tidade das mulheres, Jacó 2:28. haverá lembranças das coisas passadas,
Eis que teus pecados te são per- Isa. 65:17 (Apoc. 21:1; RF 1:10).
doados e és uma mulher eleita, D&C Na consumação do mundo, o joio será
25:3. As mulheres têm o direito de re- colhido e queimado no fogo, Mt. 13:40,
ceber de seus maridos o sustento, 49 (Mal. 4:1; Jacó 6:3).
D&C 83:2. Farei com que minha vinha seja
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mundo Espiritual 140
queimada com fogo, Jacó 5:77 (D&C com cânticos, com música, e com dança,
64:23–24). D&C 136:28.
O Senhor destruirá Satanás e suas
obras no fim do mundo, D&C 19:3. A
Terra morrerá, mas será vivificada outra Naamã. Ver também Eliseu
vez, D&C 88:25–26. No Velho Testamento, capitão de um
O Senhor mostrou a Enoque o fim do exército da Síria, que contraiu lepra.
mundo, Mois. 7:67. Movido pela fé de uma serva israelita
Mundo Espiritual. Ver Inferno; ele foi a Israel ver o profeta Eliseu. Naa-
Paraíso; Vida Pré-mortal mã foi curado da lepra humilhando-se
e banhando-se sete vezes no rio Jordão,
Murmurar. Ver também Rebeldia, como o profeta Eliseu ordenara (2 Re.
Rebelião 5:1–19; Lc. 4:27).
Resmungar, reclamar e queixar-se dos
Nabucodonosor. Ver também Babel,
desígnios, planos ou servos de Deus.
Babilônia; Daniel
O povo murmurou contra Moisés, Êx.
15:23–16:3. No Velho Testamento, rei da Babilônia
Os judeus murmuravam cont ra (604–561 a.C.) que conquistou Judá (2 Re.
Jesus, Jo. 6:41. 24:1–4) e sitiou Jerusalém (2 Re. 24:10–11).
Lamã e Lemuel murmuravam con- Foi ordenado ao profeta Leí que fugisse
tra muitas coisas, 1 Né. 2:11–12 (1 Né. de Jerusalém cerca do ano 600 a.C., para
3:31; 17:17). evitar ser levado cativo para a Babilônia
Não murmures por causa das coisas (1 Né. 1:4–13) quando Nabucodonosor
que não viste, D&C 25:4. para lá levou o rei Zedequias e o povo
de Judá (2 Re. 25:1, 8–16, 20–22). Daniel
Música. Ver também Cantar; Hino
interpretou os sonhos de Nabucodono-
Melodias e ritmos cantados e tocados sor (Dan. 2; 4).
desde os primeiros tempos bíblicos,
para expressar alegria, louvor e ado- Naftali. Ver também Israel; Jacó, Filho
ração (2 Sam. 6:5). A música pode ser de Isaque
uma forma de oração. Os salmos prova- O sexto dos doze filhos de Jacó e
velmente eram cantados com melodias o segundo de Bilha, serva de Raquel
simples e acompanhados por instrumen- (Gên. 30:7–8). Naftali teve quatro filhos
tos musicais. (1 Crôn. 7:13).
Miriã, irmã de Aarão e Moisés, to-
Tribo de Naftali: A bênção de Jacó so-
mou um tamboril e ela e as mulheres
bre Naftáli acha-se registrada em Gên.
dançaram, Êx. 15:20. Os levitas cantores
49:21 e a bênção de Moisés sobre a tribo,
estavam com címbalos e harpas e com
eles cento e vinte sacerdotes tocavam as em Deut. 33:23.
trombetas, 2 Crôn. 5:12. Nascer de Deus, Nascer de Novo. Ver
Jesus e os Doze cantaram um hino também Batismo, Batizar; Conversão,
após a Última Ceia, Mt. 26:30. Ensinan- Converter; Filhos de Cristo; Filhos
do-vos e admoestando-vos uns aos ou- e Filhas de Deus; Gerar; Homem
tros com salmos, hinos e cânticos espi-
Natural
rituais, Col. 3:16.
Haveis sentido o desejo de cantar o O novo nascimento ocorre quando o
cântico do amor que redime, Al. 5:26. Espírito do Senhor realiza uma poderosa
A alma de Deus se deleita com o can- mudança no coração da pessoa, de modo
to do coração; sim, o canto dos justos é que ela já não deseja praticar o mal, mas
uma prece, D&C 25:12. Louva ao Senhor sim fazer as coisas de Deus.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
141 Nazaré
Um espírito novo porei dentro deles, Galileia que registrou suas profecias
Eze. 11:19 (Eze. 18:31; 36:26). entre 642 e 606 a.C.
Os que creram no nome de Cristo nas- Livro de Naum: O capítulo 1 fala que a
ceram de novo, não do sangue, mas de Terra será queimada na Segunda Vinda
Deus, Jo. 1:12–13. Aquele que não nascer e menciona a misericórdia e o poder do
da água e do Espírito, não pode entrar Senhor. O capítulo 2 prediz a destruição
no reino de Deus, Jo. 3:3–7. Podemos ser de Nínive, um evento que preconiza o
gerados de novo pela palavra de Deus, que acontecerá nos últimos dias. O ca-
1 Ped. 1:3–23. Qualquer que é nascido de pítulo 3 continua a profetizar a terrível
Deus não continua em pecado, TJS, 1 Jo. destruição de Nínive.
3:9. Todo aquele que é nascido de Deus
Nauvoo, Illinois (EUA)
vence o mundo, 1 Jo. 5:4.
Os que nascem de Cristo fazem convê- Cidade fundada pelos santos dos úl-
nio com Deus, Mos. 3:19; 5:2–7. Todos têm timos dias em 1839, no estado de Illi-
que nascer de novo, sim, nascer de Deus, nois (EUA). Acha-se situada à margem
Mos. 27:25–26 (Al. 5:49). Haveis nascido do Rio Mississipi, aproximadamente a
espiritualmente de Deus, Al. 5:12–19. 320 quilômetros da cidade de St. Louis,
Se não nascerdes de novo, não podereis rio acima.
herdar o reino dos céus, Al. 7:14. Por causa das perseguições no estado
Aqueles que creem nas minhas pa- de Missouri, os santos mudaram-se a 320
lavras nascerão de mim, da água e do quilômetros na direção nordeste, do ou-
tro lado do Rio Mississipi, já no estado
Espírito, D&C 5:16.
de Illinois, onde encontraram condições
Tereis de nascer de novo no reino do
mais favoráveis. Com o tempo, os san-
céu, Mois. 6:59.
tos compraram terrenos perto da cidade
Natã. Ver também Davi ainda pouco desenvolvida de Commer-
ce. Essas terras eram praticamente um
Profeta do Velho Testamento, da épo-
ermo pantanoso, com algumas poucas
ca do rei Davi. Quando Davi se ofereceu
construções rudimentares. Os santos
para construir o templo do Senhor, o Se-
drenaram a terra e ali estabeleceram os
nhor instruiu Natã a dizer a Davi que ele
seus lares. Joseph Smith mudou-se com
não devia construí-lo. Natã repreendeu sua família para uma pequena cabana
Davi por causar a morte de Urias, um de de troncos. O nome de Commerce foi
seus guerreiros, e por tomar como espo- mudado para Nauvoo, palavra derivada
sa a mulher de Urias, Batseba (2 Sam. do hebraico, que significa “bela.”
12:1–15; D&C 132:38–39). Zadoque e Natã Diversas seções de Doutrina e Convê-
ungiram rei a Salomão, filho de Davi nios foram registradas em Nauvoo (D&C
(1 Re. 1:38–39, 45). 124–129; 132; 135). Os santos receberam a
Natanael. Ver também Bartolomeu ordem de construir um templo em Nau-
voo (D&C 124:26–27). Eles construíram
No Novo Testamento, apóstolo de o templo e organizaram estacas de Sião,
Cristo e amigo de Filipe (Jo. 1:45–51). antes de serem expulsos de seus lares em
Era natural de Caná, na Galileia (Jo. 1846. Em consequência dessa persegui-
21:2). Cristo afirmou que Natanael era ção, os santos abandonaram aquele lugar
um israelita sem dolo (Jo. 1:47). Acredi- e empreenderam a marcha para o oeste.
ta-se que ele e Bartolomeu eram a mes-
ma pessoa (Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc. 6:14; Nazaré. Ver também Jesus Cristo
Jo. 1:43–45). Uma aldeia nas montanhas, a oeste do
Mar da Galileia. Nazaré foi o primeiro
Naum lar de Jesus (Mt. 2:23). Jesus ensinou na
No Velho Testamento, profeta da sinagoga de Nazaré e declarou que Ele
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Neemias 142
cumpriu a profecia de Isaías 61:1–2 (Mt. possuía uma fé inabalável na palavra de
13:54–58; Mc. 6:1–6; Lc. 4:16–30). Deus (1 Né. 3:7) e tornou-se um grande
profeta, mantenedor de registros e líder
Neemias de seu povo.
No Velho Testamento, nobre israelita Foi obediente e orou com fé, 1 Né.
na Babilônia (talvez levita ou da tribo 2:16. Retornou a Jerusalém para obter
de Judá) que tinha o cargo de copeiro as placas de latão, 1 Né. 3–4. Voltou a
na corte de Artaxerxes, de quem rece- Jerusalém a fim de trazer a família de
beu a incumbência real, autorizando-o Ismael para o deserto, 1 Né. 7. Recebeu
a reconstruir as muralhas de Jerusalém. a mesma visão que Leí, 1 Né. 10:17–22;
Livro de Neemias: Este livro é uma con- 11. Viu em visão o futuro de seu povo e
tinuação do livro de Esdras. Ele contém a restauração do evangelho, 1 Né. 12–13.
um relato do progresso e das dificulda- Interpretou a visão da árvore da vida,
des do trabalho em Jerusalém após os 1 Né. 15:21–36. Quebrou seu arco, mas
judeus retornarem do cativeiro babilô- em virtude de sua fé conseguiu obter
nico. Os capítulos 1–7 relatam a primeira alimento, 1 Né. 16:18–32. Construiu um
visita de Neemias a Jerusalém e a recons- barco e viajou à terra da promissão, 1 Né.
trução dos muros da cidade a despeito 17–18. Os nefitas e lamanitas se separa-
da grande oposição. Os capítulos 8–10 ram, 2 Né. 5. Prestou o seu testemunho
descrevem as reformas religiosas e so- final, 2 Né. 33.
ciais que Neemias tentou implantar. Os Livro de 1 Néfi: Os capítulos 1–18:8 tra-
capítulos 11–13 fornecem uma lista dos tam principalmente da partida do profe-
nomes daqueles que eram dignos e dão ta Leí e de sua família de Jerusalém. Eles
um relato da dedicação do muro. Os ver- viajaram por desertos áridos até chegar
sículos 4–31 do capítulo 13 registram a ao mar. Em 1 Né. 18:9–23 é registrada a
segunda visita de Neemias a Jerusalém viagem deles à terra prometida, con-
depois de ausentar-se por doze anos. forme guiados pelo Senhor, apesar da
rebelião de Lamã e Lemuel. Nos capítu-
Néfi, Filho de Helamã. Ver também
los 19–22, fala-se do objetivo de Néfi ao
Helamã, Filho de Helamã; Leí,
manter registros (1 Né. 6; 19:18) — o de
Missionário Nefita
persuadir todos a se recordarem do Se-
No Livro de Mórmon, grande profeta nhor seu Redentor. Ele citou Isaías (1 Né.
e missionário nefita. 20 e 21) e interpretou as mensagens de
Era o filho mais velho de Helamã, Isaías, com a esperança de que todos
Hel. 3:21. Foi nomeado juiz supremo, viessem a conhecer Jesus Cristo como
Hel. 3:37. Ele e seu irmão Leí conver- o seu Salvador e Redentor (1 Né. 22:12).
teram muitos lamanitas ao evangelho, Livro de 2 Néfi: Os capítulos 1–4 con-
Hel. 5:18–19. Foi envolto como que por têm alguns dos últimos ensinamentos e
fogo e libertado da prisão, Hel. 5:20–52. profecias transmitidos por Leí antes de
Orou da torre de seu jardim, Hel. 7:6–10. morrer, inclusive as bênçãos a seus filhos
Revelou o assassinato do juiz supremo, e aos descendentes deles. O capítulo 5
Hel. 8:25–28; 9:1–38. Recebeu grande explica por que os nefitas se separaram
poder do Senhor, Hel. 10:3–11. Pediu ao dos lamanitas. Os nefitas construíram
Senhor que mandasse fome, e mais tarde um templo, ensinaram a lei de Moisés
que ela terminasse, Hel. 11:3–18. e fizeram registros. Os capítulos 6–10
trazem as palavras de Jacó, irmão mais
Néfi, Filho de Leí. Ver também Leí, jovem de Néfi. Ele fez um retrospecto da
Pai de Néfi; Nefitas história de Judá e algumas profecias so-
No Livro de Mórmon, um filho jus- bre o Messias, algumas das quais foram
to de Leí e Saria (1 Né. 1:1–4; 2:5). Néfi extraídas dos escritos do profeta Isaías.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
143 Nefitas
Nos capítulos 11–33 Néfi registrou o seu na Terra até a Sua Segunda Vinda (3 Né.
testemunho de Cristo, o testemunho de 28:4–9), ministraram ao povo. Néfi trans-
Jacó, profecias sobre os últimos dias e mitiu o registro ao seu filho Amós. Os
diversos capítulos do livro de Isaías, do versículos 19–47 são o registro do mi-
Velho Testamento. nistério de Amós (84 anos) e o de seu
Placas de Néfi: Ver Placas filho Amós (112 anos). Em 201 d.C. o
orgulho começou a causar problemas
Néfi, Filho de Néfi, Filho de entre o povo, que se dividiu em classes
Helamã. Ver também Discípulo; e começou a fundar igrejas para obter
Néfi, Filho de Helamã lucro (4 Né. 1:24–34).
No Livro de Mórmon, um dos doze Os versículos finais de 4 Néfi mos-
discípulos nefitas escolhidos por Jesus tram que o povo havia retornado à ini-
Cristo ressuscitado (3 Né. 1:2–3; 19:4). quidade (4 Né. 1:35–49). No ano 305 d.C.
Esse profeta orou fervorosamente ao morreu Amós, filho de Amós, e seu ir-
Senhor em favor de seu povo. Néfi ou- mão Amaron escondeu todos os regis-
viu a voz do Senhor (3 Né. 1:11–14) e tros sagrados, por motivo de segurança.
também foi visitado por anjos; expulsou Mais tarde Amaron confiou os anais a
demônios, levantou seu irmão dentre os Mórmon, que registrou muitos eventos
mortos e prestou um testemunho irrefu- ocorridos durante o seu tempo de vida e
tável (3 Né. 7:15–19; 19:4). Néfi manteve depois os resumiu (Mórm. 1:2–4).
os registros de seu povo (3 Né. 1:2–3).
Nefitas. Ver também Lamanitas; Livro
Livro de 3 Néfi: Livro escrito por Néfi, de Mórmon; Néfi, Filho de Leí
filho de Néfi, no Livro de Mórmon. Os
capítulos 1–10 mostram o cumprimento Um grupo de pessoas no Livro de
das profecias sobre a vinda do Senhor. Mórmon, muitas das quais eram des-
Foi dado o sinal do nascimento de Cris- cendentes do profeta Néfi, filho de Leí.
to; o povo arrependeu-se; porém depois Separaram-se dos lamanitas e, de modo
voltou à iniquidade. Finalmente, fura- geral, eram mais justos que estes. Entre-
cões, terremotos, tempestades violentas tanto, com o tempo, foram destruídos pe-
e grande destruição assinalaram a morte los lamanitas, por causa da iniquidade.
de Cristo. Os capítulos 11–28 registram Os nefitas separaram-se dos lama-
a vinda de Cristo às Américas. Essa é a nitas, 2 Né. 5:5–17. Os que não eram
parte central do livro de 3 Néfi. Muitas lamanitas eram nefitas, Jacó 1:13. Os
das palavras de Cristo são semelhantes nefitas eram movidos por uma causa
aos Seus sermões registrados na Bíblia melhor, Al. 43:6–9, 45. Os nefitas nunca
(por exemplo, Mt. 5–7 e 3 Né. 12–14). Os tinham sido mais felizes do que nos dias
capítulos 29–30 são as palavras de Mór- de Morôni, Al. 50:23. Os nefitas foram
mon às nações dos últimos dias. poupados em virtude das orações dos
Livro de 4 Néfi: Este livro tem apenas justos, Al. 62:40. Os nefitas começaram
49 versículos, todos em um só capítulo; a cair em incredulidade, Hel. 6:34–35.
entretanto, abrangem quase 300 anos da Jesus ensinou e ministrou entre os ne-
história nefita (34–321 d.C.). Diversas ge- fitas, 3 Né. 11:1–28:12. Todo o povo foi
rações de autores, inclusive Néfi, contri- convertido ao Senhor e tinham todas as
buíram para os registros. Os versículos coisas em comum, 4 Né. 1:2–3. Não havia
1–19 esclarecem que após a visita do contendas, o amor de Deus existia nos
Senhor ressuscitado, todos os nefitas e corações, e eles eram o povo mais feliz,
lamanitas converteram-se ao evangelho. 4 Né. 1:15–16. Os nefitas começaram a
Reinaram a paz, o amor e a harmonia. ser orgulhosos e vaidosos, 4 Né. 1:43.
Os três discípulos nefitas, aos quais o Houve carnificina e o derramamen-
Senhor permitiu que permanecessem to de sangue por toda a face da Terra,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Neor 144
Mórm. 2:8. Aumentou a iniquidade dos Jon. 1:1–2 (Jon. 3:1–4). O povo de Nínive
nefitas e Mórmon recusou-se a liderá-los, se arrependeu, Jon. 3:5–10.
Mórm. 3:9–11. Todos os nefitas, exceto Cristo usou perante os judeus a cidade
vinte e quatro, foram mortos, Mórm. de Nínive como um exemplo de arrepen-
6:7–15. Todos os nefitas que não negas- dimento, Mt. 12:41.
sem a Cristo eram mortos, Morô. 1:2.
Os nefitas foram destruídos por cau- Noé, Filho de Zênife
sa de suas iniquidades e abominações, Um rei iníquo do Livro de Mórmon,
D&C 3:18. Precavei-vos contra o orgu- que governou um grupo de nefitas na
lho, para que não vos torneis como os terra de Néfi.
nefitas, D&C 38:39. Noé cometeu muitos pecados, Mos.
Neor. Ver também Anticristo; 11:1–15. Mandou que matassem o profe-
Artimanhas Sacerdotais ta Abinádi, Mos. 13:1 (Mos. 17:1, 5–20).
Morreu queimado, Mos. 19:20.
Homem perverso do Livro de Mór-
mon. Neor foi um dos primeiros a utili- Noé, Patriarca Bíblico. Ver também
zar as artimanhas sacerdotais entre os Arca; Arco-Íris; Dilúvio no Tempo
nefitas. Após ensinar doutrinas falsas e de Noé; Gabriel
matar Gideão, Neor foi executado por No Velho Testamento, o filho de La-
seus crimes (Al. 1). Os seguidores de meque e o décimo patriarca a partir de
Neor continuaram suas práticas e ensi- Adão (Gên. 5:29–32). Ele testificou de
namentos iníquos por muito tempo após Cristo e pregou o arrependimento a uma
a morte dele. geração iníqua. Quando o povo rejeitou
Alma e Amuleque foram presos por a sua mensagem, Deus ordenou-lhe que
um juiz, que pertencia à ordem de Neor, construísse uma arca para abrigar a sua
Al. 14:14–18. Eram da seita de Neor os família e todas as espécies de animais
que haviam sido mortos, Al. 16:11. Eram quando a Terra fosse inundada para
muitos os que pertenciam à ordem dos destruir os iníquos (Gên. 6:13–22; Mois.
neores, Al. 21:4. A maior parte dos que 8:16–30). O Profeta Joseph Smith ensi-
mataram seus irmãos pertencia à ordem nou que Noé é o anjo Gabriel e que ele
dos neores, Al. 24:28. vem logo após Adão como detentor das
chaves da salvação.
Nicodemos. Ver também Fariseus
Ele e seus filhos Jafé, Sem e Cão e res-
No Novo Testamento, líder justo dos
pectivas esposas foram salvos do dilúvio
judeus (provavelmente membro do si-
ao construírem uma arca por ordem de
nédrio) e fariseu (Jo. 3:1).
Deus, Gên. 6–8 (Heb. 11:7; 1 Ped. 3:20). O
Falou com Jesus à noite, Jo. 3:1–21. Senhor renovou com Noé o convênio que
Defendeu Cristo perante os fariseus, Jo. havia feito com Enoque, Gên. 9:1–17 (TJS,
7:50–53. Levou ervas aromáticas para Gên. 9:15, 21–25; Mois. 7:49–52).
sepultar Jesus, Jo. 19:39–40. Noé foi ordenado ao sacerdócio por
Nínive. Ver também Assíria; Jonas Matusalém, aos dez anos de idade, D&C
107:52.
No Velho Testamento, capital da As- Os homens tentaram tirar-lhe a vida,
síria e, durante 200 anos, um grande mas ele foi salvo pelo poder de Deus,
centro comercial na margem oriental do Mois. 8:18. Ele tornou-se um pregador
rio Tigre. Foi tomada em 606 a.C. com a da retidão e ensinou o evangelho de Je-
queda do império da Assíria. sus Cristo, Mois. 8:19, 23–24 (2 Ped. 2:5).
Senaqueribe, rei da Assíria, vivia em
Nínive, 2 Re. 19:36. Jonas foi enviado a Noemi. Ver também Rute
chamar a cidade ao arrependimento, No Velho Testamento, uma mulher
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
145 Novo Testamento
digna, esposa de Elimeleque (Rut. 1–4). Joseph Smith. Ele contém ordenanças
Elimeleque e Noemi levaram sua famí- sagradas administradas pela autoridade
lia para Moabe, procurando escapar da do sacerdócio — como o batismo e o ca-
fome. Depois que o marido e os dois samento no templo — que proporcionam
filhos morreram, Noemi voltou para ao homem a salvação, a imortalidade e
Belém com sua nora, Rute. a vida eterna. Quando as pessoas acei-
tam o evangelho e prometem guardar os
Nome da Igreja. Ver Igreja, Nome da;
mandamentos de Deus, Ele se compro-
Igreja de Jesus Cristo dos Santos
mete a dar-lhes as bênçãos de Seu novo
dos Últimos Dias, A
e eterno convênio.
Nova Jerusalém. Ver também Sião Estabelecerei o meu convênio entre
Lugar onde os santos se reunirão e em mim e ti, Gên. 17:7. Terá o convênio do
que Cristo reinará pessoalmente durante sacerdócio eterno, Núm. 25:13. O povo
o Milênio. Sião (a Nova Jerusalém) será mudou os estatutos e quebrou a aliança
construída no continente americano, a eterna, Isa. 24:5 (D&C 1:15). Convos-
Terra será renovada e receberá a sua gló- co farei um convênio eterno, Isa. 55:3
ria paradisíaca (RF 1:10). A Nova Jerusa- (Jer. 32:40). Será um eterno convênio,
lém também se refere a uma cidade santa Eze. 37:26.
que descerá do céu no início do milênio. O Senhor fez um novo convênio, e
De Sião sairá a lei, Miq. 4:2. o velho se acabou, Heb. 8:13. Jesus é o
O nome da cidade de Deus é a nova mediador da Nova Aliança, Heb. 12:24
Jerusalém, Apoc. 3:12. João viu a cidade (D&C 76:69).
santa, a Nova Jerusalém, Apoc. 21:1–5. Este é um convênio novo e eterno,
Estabelecerei este povo nesta Terra, e D&C 22:1. Também mandei ao mundo
será uma Nova Jerusalém, 3 Né. 20:22. meu eterno convênio, D&C 45:9 (D&C
Uma Nova Jerusalém seria construída 49:9). O Senhor enviou a plenitude do
na América, Ét. 13:3–6, 10. evangelho, seu convênio eterno, D&C
A cidade de Nova Jerusalém será pre- 66:2 (D&C 133:57). Para obter o grau
parada, D&C 42:9, 35, 62–69. Os santos mais elevado do reino celestial o ho-
devem-se reunir e construir a Nova Jeru- mem precisa entrar no novo e eterno
salém, D&C 45:63–75. A Nova Jerusalém convênio do casamento, D&C 131:1–2.
será construída no Missouri, D&C 84:1–5 Um novo e eterno convênio foi instituí-
(D&C 57:1–3). O Cordeiro se porá de pé do para a plenitude da glória do Senhor,
sobre o Monte Sião, e na cidade santa, a D&C 132:6, 19.
Nova Jerusalém, D&C 133:56.
Novo Testamento. Ver também Bíblia;
Meu tabernáculo se chamará Sião,
Escrituras
uma Nova Jerusalém, Mois. 7:62.
Coleção de escritos inspirados (origi-
Novo e Eterno Convênio. Ver também nalmente em grego) a respeito da vida e
Convênio do ministério de Jesus Cristo, dos após-
É a plenitude do evangelho de Jesus tolos e de outros discípulos do Salva-
Cristo (D&C 66:2). É considerado novo dor. O Novo Testamento divide-se do
toda vez que é revelado novamente após seguinte modo: os Evangelhos, os Atos
um período de apostasia. É eterno por dos Apóstolos, as epístolas de Paulo, as
ser o convênio de Deus desfrutado em epístolas gerais e o livro de Apocalipse.
todas as dispensações do evangelho em Os quatro evangelhos — os livros de
que o povo esteve disposto a recebê-lo. Mateus, Marcos, Lucas e João — são rela-
O novo e eterno convênio foi uma vez tos da vida de Cristo. O livro de Atos re-
mais revelado aos homens na Terra por gistra a história da Igreja e dos apóstolos,
Jesus Cristo, por intermédio do Profeta especialmente as viagens missionárias
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Números 146
de Paulo após a morte de Cristo. As Rute e pai de Jessé, que veio a ser pai do
epístolas de Paulo instruem os líderes e rei Davi (Rut. 4:13–17, 21–22).
membros da Igreja. As outras cartas fo-
Obedecer, Obediência, Obediente.
ram escritas por outros apóstolos e for-
Ver também Abençoado, Abençoar,
necem conselhos adicionais aos santos
Bênção; Alegria; Andar, Andar com
da época. O Livro de Apocalipse, escrito
Deus; Atender, Dar ouvidos; Lei;
pelo apóstolo João, em sua maior parte
Mandamentos de Deus
é constituído de profecias relativas aos
últimos dias. No sentido espiritual, obedecer é fazer
a vontade de Deus.
Números. Ver também Pentateuco
Noé fez conforme a tudo o que Deus
O quarto livro do Velho Testamento. lhe mandou, Gên. 6:22. Abraão obede-
Moisés escreveu o livro de Números. O ceu ao Senhor, Gên. 22:15–18. Tudo o
livro de Números relata a história da jor- que o Senhor tem falado faremos, Êx.
nada de Israel do Monte Sinai às planí- 24:7. Ouve pois, ó Israel, e atenta que os
cies de Moabe, nas fronteiras de Canaã. guardes, Deut. 6:1–3. Amando ao Se-
Uma das lições importantes que ele nos nhor, dando ouvidos à sua voz, Deut.
ensina é que o povo de Deus deve andar 30:20. Obedecer é melhor do que sacrifi-
pela fé e confiar em Suas promessas, se car, 1 Sam. 15:22. Teme a Deus e guarda
quiser continuar a ser bem sucedido. Ele os seus mandamentos, Ecles. 12:13–14.
relata os castigos de Deus sobre Israel Nem todos entrarão no reino dos céus,
por causa da desobediência e fornece senão aquele que faz a vontade do Pai,
informações sobre as leis israelitas. O Mt. 7:21 (3 Né. 14:21). Se alguém quiser
livro tem esse nome por conter os núme- fazer a vontade de Deus, pela mesma
ros de um recenseamento (Núm. 1–2; 26). doutrina conhecerá se ela é de Deus, Jo.
Os capítulos 1–10 contam os prepara- 7:17. Mais importa obedecer a Deus do
tivos de Israel para partir do Sinai. Os que aos homens, At. 5:29. Filhos, sede
capítulos 11–14 descrevem a jornada dos obedientes a vossos pais, Ef. 6:1 (Col.
israelitas, os espias enviados a Canaã e a 3:20).
recusa de Israel de entrar na terra prome- Eu irei e cumprirei as ordens do Se-
tida. Os capítulos 15–19 registram várias nhor, 1 Né. 3:7. Obedeci, portanto, à voz
leis e eventos históricos. Os capítulos do Espírito, 1 Né. 4:6–18. Se os filhos dos
20–36 relatam a história do último ano homens seguirem os mandamentos de
que o povo viveu no deserto. Deus, ele os alimenta, 1 Né. 17:3. Cuida-
do para que não vos inclineis ao espírito
maligno, Mos. 2:32–33, 37 (D&C 29:45).
Obadias
Os homens recebem sua recompensa de
No Velho Testamento, um profeta que acordo com o espírito a quem obedecem,
predisse a destruição de Edom. Profeti- Al. 3:26–27.
zou, possivelmente, durante o reinado Os homens devem fazer muitas coisas
de Jorão (848–844 a.C.) ou na época da de sua livre e espontânea vontade, D&C
invasão babilônica em 586 a.C. 58:26–29. Em nada ofende o homem a
Livro de Obadias: Livro do Velho Tes- Deus, a não ser os que não confessam a
tamento, que tem apenas um capítulo. mão dele em todas as coisas, e não obe-
Nele Obadias escreveu sobre a queda decem a seus mandamentos, D&C 59:21.
de Edom e profetizou que se levantarão Eu, o Senhor, estou obrigado quando
salvadores no monte Sião. fazeis o que eu digo, D&C 82:10. Toda
alma que obedecer à minha voz, verá a
Obede. Ver também Boaz; Rute minha face e saberá que eu sou, D&C
No Velho Testamento, filho de Boaz e 93:1. O povo precisa ser corrigido até
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
147 Odiar, Ódio
aprender obediência, D&C 105:6. Quan- Obras
do recebemos uma bênção de Deus, é por Ações de uma pessoa, quer sejam boas
obediência à lei na qual ela se baseia, ou más. Toda pessoa será julgada por
D&C 130:21. suas próprias obras.
Adão foi obediente, Mois. 5:5. E assim
Deus pagará ao homem conforme a
os provaremos para ver se farão todas
sua obra, Prov. 24:12.
as coisas que o Senhor seu Deus lhes
Assim resplandeça a vossa luz diante
mandar, Abr. 3:25.
dos homens, para que vejam as vossas
Obra Missionária. Ver também boas obras, Mt. 5:16 (3 Né. 12:16). Aquele
Evangelho; Pregar que faz a vontade de meu Pai entrará no
Difundir o evangelho de Jesus Cristo reino dos céus, Mt. 7:21. A fé sem obras
por palavra e por exemplo. é morta, Tg. 2:14–26.
Serão julgados por suas próprias
Quão suaves são sobre os montes os obras, 1 Né. 15:32 (Mos. 3:24). Sabemos
pés do que anuncia a salvação, Isa. 52:7. que é pela graça que somos salvos, de-
Procurarei pelas minhas ovelhas, e as pois de tudo o que pudermos fazer, 2 Né.
buscarei, Eze. 34:11. 25:23. Ensina-os a nunca se cansarem
Pregai o evangelho a toda a criatu- de boas obras, Al. 37:34. É imprescin-
ra, Mc. 16:15 (Mórm. 9:22). Os campos dível que os homens sejam julgados
estão brancos para a ceifa, Jo. 4:35. E de acordo com suas obras, Al. 41:3. Por
como pregarão, se não forem enviados, suas obras os conhecereis, Morô. 7:5
Rom. 10:15. (D&C 18:38).
Devemos ensinar com toda diligência Eu, o Senhor, julgarei todos os homens
a palavra de Deus, Jacó 1:19. O Senhor segundo suas obras, D&C 137:9.
concede a todas as nações que ensinem
a sua palavra, Al. 29:8. Obras-Padrão. Ver Cânone
Para que o evangelho seja proclamado Ociosidade, Ocioso
pelos fracos e simples, D&C 1:23. Uma
obra maravilhosa está para iniciar-se, Inatividade; pessoa que não se envolve
D&C 4:1. Se trabalhardes todos os vossos em obras de justiça e retidão.
dias, e trouxerdes a mim uma só alma, Se alguém não quiser trabalhar, não
grande será a vossa alegria, D&C 18:15. coma também, 2 Tess. 3:10.
Os meus eleitos ouvem a minha voz e Tornaram-se um povo preguiçoso,
não endurecem o coração, D&C 29:7. De cheio de maldade, 2 Né. 5:24. Procura
dois em dois ireis pregando meu evan- fugir da ociosidade, Al. 38:12.
gelho, D&C 42:6. O som deverá partir O ocioso não comerá o pão do traba-
deste lugar, D&C 58:64. Que abrais a lhador, D&C 42:42. Ai de vós que não
boca para proclamar meu evangelho, trabalhais com as próprias mãos, D&C
D&C 71:1. Proclamando a verdade con- 56:17. Os homens devem ocupar-se ze-
forme as revelações e mandamentos, losamente numa boa causa, D&C 58:27.
D&C 75:4. Todo aquele que for adverti- Cessai de ser ociosos, D&C 88:124.
do deverá advertir seu próximo, D&C
Odiar, Ódio. Ver também Amor;
88:81 (D&C 38:40–41). O Senhor provi-
Inimizade; Vingança
denciará pelas famílias dos que pregam
o evangelho, D&C 118:3. Os servos de O ódio é uma forte aversão a alguém
Deus irão avante proclamando o evange- ou alguma coisa.
lho, D&C 133:38. Os élderes fiéis, quan- Eu, Deus, visito a maldade dos pais
do deixam a vida mortal, continuam nos filhos daqueles que me odeiam, Êx.
seus labores na pregação do evangelho, 20:5. Estas seis coisas o Senhor odeia,
D&C 138:57. Prov. 6:16. O homem insensato despreza
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Ofender 148
a sua mãe, Prov. 15:20. Era despreza- Reconcilia-te primeiro com teu ir-
do, e o mais indigno entre os homens, mão, e depois apresenta a tua oferta,
Isa. 53:3. Mt. 5:23–24.
Fazei bem aos que vos odeiam, Mt. Ofertai toda a vossa alma, como dá-
5:44. Ou há de odiar um e amar o outro, diva, a Cristo, Ômni 1:26. Se um ho-
Mt. 6:24. E odiados de todos sereis por mem oferecer uma dádiva sem verda-
causa de meu nome, Mt. 10:22. Aquele deira intenção, nada lhe aproveitará,
que faz o mal odeia a luz, Jo. 3:20. Nin- Morô. 7:6.
guém despreze a tua mocidade, 1 Tim. O Sacerdócio Aarônico jamais será
4:12. retirado até que os filhos de Levi façam
Porque, sendo ricos, desprezam as outra vez, em retidão, uma oferta ao Se-
revelações de Deus, 2 Né. 9:30. Não des- nhor, D&C 13. No dia do Senhor ofere-
prezeis as revelações de Deus, Jacó 4:8. cerás tuas oblações e teus sacramentos
Tinham ódio eterno contra nós, Jacó 7:24. ao Altíssimo, D&C 59:12. Como Igreja e
Embora os homens ignorem os con- povo, façamos ao Senhor uma oferta em
selhos de Deus e desprezem suas pala- retidão, D&C 128:24.
vras, D&C 3:7.
Odiado e perseguido por dizer que eu Oficial, Ofício. Ver também
tivera uma visão, JS—H 1:25. Ordenação, Ordenar; Sacerdócio
Ofender Cargo de autoridade ou responsabi-
lidade em uma organização. Nas escri-
Violar uma lei divina, pecar, causar
turas essas palavras são frequentemente
constrangimento ou magoar; também
usadas para representar um cargo de
desagradar ou aborrecer alguém.
autoridade no sacerdócio; também po-
O irmão ofendido é mais difícil de dem significar os deveres relativos a um
conquistar do que uma cidade forte, cargo ou referir-se à pessoa que o exerce.
Prov. 18:19.
Procuro sempre ter uma consciência Nem todos os membros têm a mesma
sem ofensa, tanto para com Deus como operação, Rom. 12:4.
para com os homens, At. 24:16. Magnificamos o nosso ofício para o
Se teu irmão ou irmã te ofender e con- Senhor, Jacó 1:19. Melquisedeque re-
fessar reconciliar-vos-eis, D&C 42:88. cebeu o ofício do sumo sacerdócio, Al.
Em nada ofende o homem a Deus, a não 13:18. O ofício do ministério dos anjos é
ser os que não confessam sua mão em chamar os homens ao arrependimento,
todas as coisas, e não obedecem a seus Morô. 7:31.
mandamentos, D&C 59:21. Nenhuma pessoa deve ser ordenada
para qualquer ofício nesta Igreja, sem
Oferta. Ver também Bem-Estar; o voto da Igreja, D&C 20:65. Que todo
Dízimos; Esmolas; Jejuar, Jejum; homem ocupe seu próprio ofício, D&C
Sacrifício 84:109. Há presidentes, ou oficiais que
Uma dádiva ao Senhor. No Velho Tes- procedem, designados dentre os que são
tamento a palavra geralmente é usada ordenados aos diversos cargos desses
referindo-se a sacrifícios ou holocaus- dois sacerdócios, D&C 107:21. Descritos
tos. A Igreja, hoje em dia, usa as ofertas os deveres dos que presidem sobre os
de jejum e outros donativos voluntários ofícios dos quóruns do sacerdócio, D&C
(inclusive de tempo, aptidões, talentos e 107:85–98. Que todo homem aprenda seu
recursos) para ajudar os pobres e tam- dever, e a agir no ofício para o qual for
bém para outras causas nobres. designado, D&C 107:99–100. Agora vos
Todavia vós me roubais nos dízimos indico os oficiais do meu sacerdócio,
e ofertas, Mal. 3:8–10. D&C 124:123.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
149 Ômni
Óleo. Ver também Bênção dos se abriram e nossos entendimentos se
Doentes; Oliveira; Unção, Ungir iluminaram, D&C 76:12. A luz vem por
Quando as escrituras mencionam a meio daquele que ilumina vossos olhos,
palavra óleo, geralmente se referem ao D&C 88:11. Se vossos olhos estiverem
óleo de oliva. Desde os tempos do Velho fitos em minha glória, os vossos corpos
Testamento o óleo de oliva tem sido usa- se encherão de luz, D&C 88:67.
do nas cerimônias do tabernáculo e do Oliveira. Ver também Israel; Óleo
templo para unções, como combustível
nas lâmpadas e como alimento. O óleo Árvore comum em Israel e importan-
de oliva às vezes é usado como símbolo te produto agrícola nas terras bíblicas.
de pureza e do Espírito Santo e sua in- É cultivada por sua madeira, seus fru-
fluência (1 Sam. 10:1, 6; 16:13; Isa. 61:1–3). tos e óleo. A oliveira é frequentemente
usada nas escrituras, representando a
O sacerdote porá óleo na ponta da ore- casa de Israel.
lha direita, Lev. 14:28–29. Enviou-me o
Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, A casa de Israel é comparada a uma
1 Sam. 15:1. A botija de azeite da viúva oliveira, cujos ramos seriam arrancados
não ficou vazia, 1 Re. 17:10–16. Unges a e espalhados, 1 Né. 10:12 (1 Né. 15:12). O
minha cabeça com óleo, Salm. 23:5. Senhor comparou Israel a uma oliveira
Ungiam muitos enfermos com óleo, brava, Jacó 5–6.
Mc. 6:13. Chame os presbíteros (élderes) Joseph Smith chamou a revelação da
da Igreja, e orem sobre ele, Tg. 5:13–15. seção 88 de a “Folha de Oliveira”, D&C
Tendo preparadas e acesas as vossas 88 cabeçalho. Um nobre disse a seus
lâmpadas, D&C 33:17 (Mt. 25:1–13). servos que fossem à vinha e plantassem
doze oliveiras, D&C 101:43–62.
Olho(s)
Oliveiras, Monte das. Ver também
Nas escrituras, o olho é frequentemen-
Getsêmani
te usado como símbolo da habilidade
do homem de receber a luz de Deus. Uma colina a leste do Vale de Cedrom,
Em sentido simbólico, o olho da pessoa a leste de Jerusalém. Em suas encostas
também demonstra sua condição es- ocidentais, perto da base, fica o jardim
piritual e o entendimento que tem das do Getsêmani. Betfagé e Betânia ficam
coisas de Deus. no topo da encosta oriental. Esse mon-
te foi o local de muitos acontecimentos
O mandamento do Senhor é puro, e
bíblicos (Mt. 24:3) e será também um lu-
alumia os olhos, Salm. 19:8. Os tolos têm
gar importante nos acontecimentos dos
olhos mas não veem, Jer. 5:21 (Mc. 8:18).
últimos dias (Zac. 14:3–5; D&C 45:48–54;
A candeia do corpo são os olhos, Mt.
133:20).
6:22 (Lc. 11:34; 3 Né. 13:22; D&C 88:67).
Bem-aventurados os vossos olhos, por- Ômega. Ver Alfa e Ômega; Jesus
que veem, Mt. 13:16. Os olhos do vos- Cristo
so entendimento serão iluminados,
Ef. 1:17–18. Ômner. Ver também Mosias, Filho do
Ai dos que são sábios a seus próprios rei Benjamim; Mosias, Filhos de
olhos, 2 Né. 15:21 (Isa. 5:21). Começaram No Livro de Mórmon, um dos filhos
a jejuar e a orar a fim de que os olhos do rei Mosias. Ômner foi com seus ir-
pudessem abrir-se, Mos. 27:22. Satanás mãos pregar aos lamanitas (Mos. 27:8–11,
cegou-lhes os olhos, 3 Né. 2:2. Ninguém 34–37; 28:1–9).
terá poder para trazer à luz o Livro de
Mórmon se não tiver os olhos fitos na Ômni
glória de Deus, Mórm. 8:15. No Livro de Mórmon, um nefita man-
Pelo poder do Espírito nossos olhos tenedor de registros, que escreveu nos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Onipotente 150
anais aproximadamente em 361 a.C. (Jar. Deus conceder-nos o que pedimos (3 Né.
1:15; Ômni 1:1–3). 18:20). Algumas orações deixam de ser
Livro de Ômni: Livro traduzido das respondidas porque de forma alguma
placas menores de Néfi, no Livro de representam a vontade de Cristo, mas,
Mórmon. Ele tem apenas um capítulo, sim, emanam do egoísmo humano (Tg.
o qual relata as guerras entre nefitas 4:3; D&C 46:9). Realmente, se pedirmos
e lamanitas. Ômni escreveu apenas os ao Senhor coisas indignas, será para a
três primeiros versículos do livro. As nossa condenação (D&C 88:65).
placas foram então passadas sucessiva- Então se começou a invocar o nome
mente a Amaron, Quêmis, Abinadom do Senhor, Gên. 4:26. No lugar do altar
e finalmente a Amaléqui. Este, por sua Abraão invocou o nome do Senhor, Gên.
vez, entregou-as ao rei Benjamim, rei de 13:4. O servo de Abraão orou pedindo
Zaraenla. auxílio para encontrar uma esposa para
Onipotente. Ver também Trindade Isaque, Gên. 24:10–19. Longe de mim que
eu peque contra o Senhor, deixando de
O atributo divino de possuir todo o
orar por vós, 1 Sam. 12:23. O Senhor es-
poder (Gên. 18:14; Al. 26:35; D&C 19:1–3).
cutará a oração dos justos, Prov. 15:29.
Onipresente. Ver também Trindade E me achareis quando me buscardes de
A capacidade que tem Deus de estar todo o vosso coração, Jer. 29:12–13.
presente em toda parte por meio de Seu Orai pelos que vos maltratam, Mt. 5:44
espírito (Salm. 139:7–12; D&C 88:7–13, 41). (Lc. 6:28; 3 Né. 12:44). Ora a teu pai que
está em oculto, Mt. 6:5–8 (3 Né. 13:5–8).
Onisciente. Ver também Trindade Portanto, vós orareis assim, Mt. 6:9–13
O atributo divino de possuir todo o (Lc. 11:2; 3 Né. 13:9). Pedi e dar-se-vos-á,
conhecimento (Mt. 6:8; 2 Né. 2:24). Mt. 7:7 (3 Né. 14:7; D&C 4:7; 6:5; 66:9). Je-
sus subiu ao monte para orar à parte, Mt.
Oposição. Ver Adversidade 14:23. Vigiai e orai, para que não entreis
Oração. Ver também Adorar; Amém; em tentação, Mt. 26:41 (Mc. 14:38; 3 Né.
Pedir; Ponderar 18:15–18; D&C 31:12). Peça-a, porém, com
fé, não duvidando, Tg. 1:5–6 (D&C 42:68;
Comunicação reverente com Deus
46:7). A oração feita por um justo pode
durante a qual a pessoa agradece e pede
bênçãos. As orações são dirigidas a nos- muito, Tg. 5:16.
so Pai Celestial em nome de Jesus Cristo Se désseis ouvidos ao Espírito que
e podem ser feitas em voz alta ou em ensina o homem a orar, 2 Né. 32:8–9.
silêncio. Os pensamentos também po- Dirigi-lhe uma fervorosa oração, En.
dem ser uma oração, se forem dirigidos 1:4. Jejuei e orei durante muitos dias,
a Deus. O cântico dos justos pode ser Al. 5:45–46 (Al. 26:22). Haviam-se de-
uma oração a Deus (D&C 25:12). votado a muita oração e jejum, Al. 17:3.
O propósito da oração não é o de alte- Não vos recordais do que Zenos disse
rar a vontade de Deus, mas de obtermos a respeito da oração ou da adoração,
para nós mesmos e para os outros as bên- Al. 33:3. Humilhai-vos e continuai em
çãos que Deus já está disposto a conce- oração, Al. 34:18–27. Aconselha-te com
der, mas que devemos pedir para obter. o Senhor em tudo que fizeres, Al. 37:37.
Oramos ao Pai em nome de Cristo Deveis sempre orar ao Pai em meu nome,
(Jo. 14:13–14; 16:23–24). Podemos real- 3 Né. 18:19–20. Orai no seio de vossa
mente orar em nome de Cristo se os família, 3 Né. 18:21. Jesus orou ao Pai,
nossos desejos forem os dele (Jo. 15:7; 3 Né. 19:31–34 (Jo. 17; 3 Né. 18:16). Orde-
D&C 46:30). Se assim for, pediremos o nou que não cessassem de orar em seus
que é correto, sendo então possível a corações, 3 Né. 20:1. Se um homem ora
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
151 Ordenanças
sem verdadeiro intento de coração, de ofício. Para usar a autoridade na Igreja
nada lhe aproveita, Morô. 7:6–9. do Senhor a pessoa deve ser chamada
Não peças o que não deves pedir, por Deus, por profecia e pela imposição
D&C 8:10. Ora sempre, para que saias de mãos por quem possua autoridade
vencedor, D&C 10:5. Ordeno que deve- (RF 1:5). Embora a pessoa receba auto-
rás orar, tanto oralmente como em teu ridade na ordenação, só pode exercê-la
coração, D&C 19:28. O Espírito ser-vos-á sob a direção dos que possuem as chaves
dado pela oração da fé, D&C 42:14. Irás daquela autoridade.
à casa de oração e oferecerás teus sacra- Às nações te dei por profeta, Jer. 1:5.
mentos, D&C 59:9 (Mt. 21:13). Os pais Não me escolhestes vós a mim, mas eu
devem ensinar seus filhos a orar, D&C vos escolhi a vós, e vos nomeei, Jo. 15:16.
68:28. O Senhor seu Deus é vagaroso Alma, tendo autoridade de Deus, or-
em atender a suas orações, D&C 101:7– denou sacerdotes, Mos. 18:18. Os ho-
8 (Mos. 21:15). Sê humilde; e o Senhor
mens são ordenados ao sumo sacerdócio
teu Deus responderá a tuas orações,
com uma santa ordenança, Al. 13:1–9.
D&C 112:10.
Jesus chamou e ordenou doze discí-
Adão foi ordenado a invocar a Deus
pulos, 3 Né. 12:1. Os élderes ordenam
em nome do Filho, Mois. 5:8. O Pai e o
sacerdotes e mestres pela imposição de
Filho apareceram a Joseph Smith em
mãos, Morô. 3.
resposta a suas orações, JS—H 1:11–20.
Deves esperar ainda um pouco mais
Oração do Senhor, A. Ver Pai Nosso, porque ainda não foste ordenado, D&C
O 5:17. Joseph Smith foi ordenado apóstolo
de Jesus Cristo, D&C 20:2 (D&C 27:12).
Ordem Unida. Ver também Consagrar, Nenhuma pessoa deve ser ordenada sem
Lei da Consagração o voto da Igreja, D&C 20:65. A ninguém
Organização através da qual os santos, será permitido pregar o meu evangelho,
no início da Igreja restaurada, procura- a não ser que tenha sido ordenado por
vam viver a lei da consagração. Os mem- alguém com autoridade, D&C 42:11. Os
bros compartilhavam as propriedades, élderes são ordenados a pregar o meu
os bens e os lucros e recebiam de acordo evangelho, D&C 50:13–18. É dever dos
com suas carências e necessidades (D&C Doze ordenar e organizar todos os ou-
51:3; 78:1–15; 104). tros oficiais da Igreja, D&C 107:58.
Nas coisas materiais vós devereis ser Busquei as bênçãos dos pais e o di-
iguais, D&C 70:14. Os santos deveriam reito ao qual eu deveria ser ordenado,
organizar-se para ser iguais em todas as Abr. 1:2. Joseph Smith e Oliver Cowdery
coisas, D&C 78:3–11 (D&C 82:17–20). O ordenaram um ao outro ao Sacerdócio
Senhor deu à ordem unida uma revela- Aarônico, JS—H 1:68–72.
ção e um mandamento, D&C 92:1. John
Ordenanças. Ver também Genealogia;
Johnson deveria tornar-se membro da
Salvação; Salvação para os Mortos;
ordem unida, D&C 96:6–9. O Senhor deu
Selamento, Selar; Templo, A Casa
instruções gerais para o funcionamento
do Senhor
da ordem unida, D&C 104. Meu povo
não está unido segundo a união exigida Rituais e cerimônias sagradas. As or-
pela lei do reino celestial, D&C 105:1–13. denanças consistem em ações de signi-
ficado espiritual. Também podem ser as
Ordenação, Ordenar. Ver também leis e os estatutos de Deus.
Autoridade; Chamado, Chamado As ordenanças na Igreja incluem
por Deus, Chamar; Mãos, Imposição a bênção dos doentes (Tg. 5:14–15), a
de; Oficial, Ofício; Sacerdócio bênção do sacramento (D&C 20:77,
Designar ou conferir autoridade ou 79), o batismo por imersão (Mt. 3:16;
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Orgulho 152
D&C 20:72–74), a bênção de crianças e a arrogância são características típicas
(D&C 20:70), a concessão do Espírito do orgulhoso.
Santo (D&C 20:68; 33:15), do sacerdócio Guarda-te para que se não eleve o teu
(D&C 84:6–16; 107:41–52), as ordenanças coração e não te esqueças do Senhor,
do templo (D&C 124:39) e o casamento no Deut. 8:11–14. A soberba e a arrogância
novo e eterno convênio (D&C 132:19–20). aborreço, Prov. 8:13 (Prov. 6:16–17). A
Declara-lhes os estatutos e as leis, Êx. soberba precede a ruína, Prov. 16:18. O
18:20. Para que andem nos meus estatu- dia do Senhor será contra o soberbo, Isa.
tos, e guardem os meus juízos, Eze. 11:20. 2:11–12 (2 Né. 12:11–12). A soberba do teu
O povo observava estritamente as coração te enganou, Oba. 1:3. Os sober-
ordenanças de Deus, Al. 30:3. Que nos bos serão como palha, Mal. 4:1 (1 Né.
aproveita termos guardado as suas or- 22:15; 3 Né. 25:1; D&C 29:9).
denanças, 3 Né. 24:13–14. O que a si mesmo se exaltar será hu-
Aquele que ora contrito, é aceito por milhado, Mt. 23:12 (D&C 101:42). Deus
mim, se obedecer às minhas ordenanças, resiste aos soberbos, 1 Ped. 5:5.
D&C 52:14–19. O grande e espaçoso edifício era o
orgulho do mundo, 1 Né. 11:36 (1 Né.
Toda a humanidade pode ser salva
12:18). Quando são instruídos pensam
por obediência às leis e às ordenanças
que são sábios, 2 Né. 9:28–29. Enchestes
do Evangelho, RF 1:3.
o coração de orgulho, Jacó 2:13, 16 (Al.
Ordenança vicária: Ordenança religiosa 4:8–12). Estais despidos de orgulho, Al.
realizada por uma pessoa viva em favor 5:28. O excessivo orgulho se apoderou
de outra falecida. Tais ordenanças rea- do coração do povo, Hel. 3:33–36. Quão
lizam-se atualmente nos templos, po- rápidos são os filhos dos homens em se
rém tornam-se válidas somente quando exaltar em seu orgulho, Hel. 12:4–5. O
aqueles por quem são realizadas as acei- orgulho desta nação será sua destruição,
tam, guardam os convênios relativos a Morô. 8:27.
elas e são selados pelo Santo Espírito da Precavei-vos contra o orgulho, para
Promessa. Hoje em dia essas ordenanças que não vos torneis como os nefitas,
só são realizadas nos templos. D&C 38:39. Cessai de todo vosso orgu-
Que farão os que se batizam pelos lho e frivolidade, D&C 88:121.
mortos, se absolutamente os mortos não Oseias
ressuscitam, 1 Cor. 15:29.
Profeta do Velho Testamento que
Os batismos pelos mortos devem ser profetizou no reino de Israel do norte
realizados nos templos, D&C 124:29–36. durante a última parte do reinado de
Os espíritos no mundo espiritual foram Jeroboão II. Ele viveu numa época de
ensinados a respeito do batismo vicá- decadência e ruína nacional, em virtude
rio para a remissão dos pecados, D&C do pecado de Israel.
138:29–34.
Livro de Oseias: O tema básico do livro
Orgulho. Ver também Dinheiro; é o amor de Deus pelo Seu povo. Todos
Humildade, Humilde, Humilhar; os Seus castigos foram infligidos com
Mundanismo; Riquezas; Vaidade, amor e a restauração de Israel será tam-
Vão bém por causa do Seu amor (Ose. 2:19;
14:4). Em contraste, Oseias descreve a
Falta de humildade ou de mansidão. O
traição e a infidelidade de Israel. Ape-
orgulho coloca as pessoas em oposição
sar disso, o Senhor pode ver no futuro a
recíproca ou contra Deus. O orgulho-
redenção final de Israel (Ose. 11:12–14:9).
so coloca-se acima dos outros e segue
a sua própria vontade, em vez da de Ouvido, Ouvir. Ver também Atender,
Deus. A vaidade, a inveja, a impiedade Dar ouvidos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
153 Pais
Nas escrituras o ouvido e o sentido paciência porque o Senhor estava con-
da audição frequentemente são usados tigo, Al. 38:4–5.
como símbolo de nossa capacidade de Continuai pacientemente até que sejais
escutar e entender as coisas de Deus. aperfeiçoados, D&C 67:13.
O Senhor despertará um profeta como Pacificador. Ver também Paz
eu; e a ele ouvireis, Deut. 18:15. Têm
Pessoa que promove ou estabelece a
ouvidos, mas não ouvem, Salm. 115:6.
paz (Mt. 5:9; 3 Né. 12:9). Um pacificador
O Senhor desperta-me o ouvido para
também pode ser aquele que proclama
que ouça, Isa. 50:4–5 (2 Né. 7:4–5). Não
o evangelho (Mos. 15:11–18).
demos ouvidos aos teus servos, os pro-
fetas, Dan. 9:6. Pai Celestial. Ver também Trindade
Quem tem ouvidos para ouvir ouça, O Pai dos espíritos de toda a humani-
Mt. 11:15. Ouviram de mau grado com dade (Salm. 82:6; Mt. 5:48; Jo. 10:34; Rom.
seus ouvidos, Mt. 13:15 (Mois. 6:27). O 8:16–17; Gál. 4:7; 1 Jo. 3:2). Jesus é o Seu
olho não viu, e o ouvido não ouviu as Filho Unigênito na carne. Ordenou-se
coisas que Deus preparou para os que ao homem que obedecesse e prestasse
o amam, 1 Cor. 2:9 (D&C 76:10). reverência ao Pai e que orasse a Ele em
O diabo sussurra-lhes aos ouvidos, nome de Jesus.
2 Né. 28:22. Que abrais os ouvidos para Se perdoardes aos homens, também
ouvir, Mos. 2:9 (3 Né. 11:5). Se não ou- vosso Pai Celestial vos perdoará, Mt.
vis a voz do Bom Pastor, não sois suas 6:14 (Mt. 18:35; 3 Né. 13:14). Vosso Pai
ovelhas, Al. 5:38 (Hel. 7:18). Fui chamado Celestial bem sabe que necessitais de
muitas vezes e não quis ouvir, Al. 10:6. todas estas coisas, Mt. 6:26–33 (3 Né.
Ouve minhas palavras, Al. 36:1 (Al. 38:1; 13:26–33). Quanto mais dará o Pai Ce-
D&C 58:1). lestial o Espírito Santo àqueles que lho
Não há ouvido que não ouça, D&C 1:2. pedirem, Lc. 11:11–13. Bendito o Deus e
Os ouvidos são abertos pela humildade Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Ef. 1:3.
e oração, D&C 136:32. Estamos eternamente em dívida com
Paciência. Ver também Mansidão, nosso Pai Celestial, Mos. 2:34. Cristo
Manso, Mansuetude; Perseverar glorificou o nome do Pai, Ét. 12:8.
Os santos devem testificar acerca de
Tranquila resignação; a capacidade de suas perseguições antes que o Pai saia do
suportar aflições, insultos ou injúrias seu esconderijo, D&C 123:1–3, 6.
sem reclamação nem represália. Recebemos grandes e gloriosas bên-
Descansa no Senhor, e espera nele, çãos de nosso Pai Celestial, JS—H 1:73.
Salm. 37:7–8. O longânimo é grande em
Pai Eterno. Ver Pai Celestial;
entendimento, Prov. 14:29.
Trindade
Na vossa paciência possuí as vossas
almas, Lc. 21:19. Temos esperança pela Pai Nosso, O. Ver também Oração
paciência e consolação das escrituras, A oração que o Salvador proferiu em
Rom. 15:4. Mas sejais imitadores dos que favor dos Seus discípulos e que serve
pela fé e paciência herdam as promessas, de modelo para toda oração (Mt. 6:9–13;
Heb. 6:12–15. Tenha a paciência a sua 3 Né. 13:9–13).
obra perfeita, para que sejais perfeitos e
completos, Tg. 1:2–4. Ouvistes qual foi a Pais. Ver também Mãe; Pai Terreno
paciência de Jó, Tg. 5:11. Pais e mães. Marido e mulher dig-
Submeteram-se de bom grado e com nos, que foram devidamente selados
paciência a todas as vontades do Se- em casamento em um templo de Deus,
nhor, Mos. 24:15. Suportaste tudo com poderão desempenhar o seu papel como
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Pai Terreno 154
pais por toda a eternidade. “Os pais têm Ele ordenou-me que fosse contar a
o sagrado dever de criar os filhos com meu pai a visão e os mandamentos que
amor e retidão, atender às suas necessi- havia recebido, JS—H 1:49.
dades físicas e espirituais, ensiná-los a
Palavra de Deus. Ver também
amar e servir uns aos outros, guardar
Escrituras; Mandamentos de Deus;
os mandamentos de Deus e ser cidadãos
Revelação
cumpridores da lei, onde quer que mo-
rem” (Liahona [International Magazine], Instruções, mandamentos ou uma
June 1996, “The Family: A Proclamation mensagem de Deus. Os filhos de Deus
to the World”). podem receber a Sua palavra diretamen-
te, por revelação, por meio do Espírito
Filhos, sede obedientes a vossos pais,
ou de Seus servos escolhidos (D&C 1:38).
Ef. 6:1–3 (Col. 3:20).
Adão e Eva foram nossos primeiros De tudo o que sai da boca do Senhor
pais, 1 Né. 5:11. A maldição recaia sobre viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4; D&C
a cabeça de vossos pais, 2 Né. 4:6. Ensina 84:43–44). Lâmpada para os meus pés é
aos pais que devem arrepender-se e ser tua palavra, e luz para o meu caminho,
batizados, Morô. 8:10. Salm. 119:105.
Aos pais é ordenado que ensinem o Todos foram cheios do Espírito Santo,
evangelho a seus filhos, D&C 68:25. e anunciavam com ousadia a palavra de
Todos os filhos têm o direito de receber Deus, At. 4:31–33.
de seus pais o seu sustento, D&C 83:4. A barra de ferro era a palavra de Deus
Os pecados dos pais não podem recair que conduzia à árvore da vida, 1 Né.
sobre a cabeça dos filhos, Mois. 6:54. 11:25 (1 Né. 15:23–25). Havíeis perdido
a sensibilidade de modo que não pu-
Pai Terreno. Ver também Bênçãos destes perceber suas palavras, 1 Né.
Patriarcais; Família; Pais; Patriarca, 17:45–46. Ai do que rejeitar a palavra
Patriarcal de Deus, 2 Né. 27:14 (2 Né. 28:29; Ét. 4:8).
Título sagrado concedido ao homem Prossegui com firmeza, banquetean-
que gerou ou adotou legalmente uma do-vos com a palavra de Cristo, 2 Né.
criança. 31:20 (2 Né. 32:3). Por causa de sua in-
credulidade não podiam compreender
Honra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 a palavra de Deus, Mos. 26:3 (Al. 12:10).
(Deut. 5:16; Mt. 19:19; Mos. 13:20). O pai Haviam examinado diligentemente as
repreende o filho a quem quer bem, escrituras para conhecer a palavra de
Prov. 3:12. Deus, Al. 17:2. Seria aconselhável pôr à
Pais, não provoqueis a ira a vossos prova a virtude da palavra de Deus, Al.
filhos, Ef. 6:1–4. 31:5. Alma comparou a palavra de Deus
Fui instruído sobre alguma coisa de a uma semente, Al. 32:28–43.
todo o conhecimento de meu pai, 1 Né. E tudo que disserem, quando movidos
1:1. Meu pai era um homem justo, pois pelo Espírito Santo, será a palavra do Se-
me instruiu, En. 1:1. Alma orou por seu nhor, D&C 68:4. Vivereis de toda palavra
filho, Mos. 27:14. Alma deu mandamen- que sai da boca de Deus, D&C 84:44–45.
tos a seus filhos, Al. 36–42. Helamã deu O que entesourar minha palavra não
a seus filhos os nomes de seus ances- será enganado, JS—M 1:37.
trais, Hel. 5:5–12. Mórmon sempre se
lembrava de seu filho em suas orações, Palavra de Sabedoria
Morô. 8:2–3. Lei de saúde revelada pelo Senhor
Para que grandes coisas sejam reque- para benefício físico e espiritual dos
ridas de seus pais, D&C 29:48. Todo santos (D&C 89) Ela ficou comumente
homem tem a obrigação de manter sua conhecida como a Palavra de Sabedoria.
própria família, D&C 75:28. O Senhor sempre ensinou princípios de
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155 Páscoa
saúde aos Seus seguidores. O Senhor re- princípio espiritual. Na parábola com-
velou a Joseph Smith quais tipos de ali- para-se um objeto ou acontecimento
mentos podem ser ingeridos e quais de- comum a uma verdade e o significado
vem ser evitados, juntamente com uma ou mensagem implícita da parábola ge-
promessa de bênçãos físicas e espirituais ralmente se acha oculta aos ouvintes que
pela obediência à Palavra de Sabedoria. não estiverem espiritualmente prepara-
Vinho nem bebida forte não bebereis, dos para recebê-la (Mt. 13:10–17).
Lev. 10:9. O vinho é escarnecedor, e a Jesus ensinou frequentemente por
bebida forte é alvoroçadora, Prov. 20:1. parábolas. Para uma lista das Suas pa-
rábolas mais importantes, ver a Con-
A bebida forte será amarga para os que
cordância dos Evangelhos no apêndice.
beberem, Isa. 24:9. Daniel não quis con-
taminar-se com o manjar nem com o Paraíso. Ver também Céu
vinho do rei, Dan. 1:8. A parte do mundo espiritual em que
Se alguém destruir o templo de Deus, os espíritos dos justos que partiram des-
Deus o destruirá, 1 Cor. 3:16–17. Os bê- ta vida aguardam a ressurreição do cor-
bados não herdarão o Reino de Deus, po. É um estado de felicidade e paz.
1 Cor. 6:10 (Gál. 5:21). As escrituras também usam o termo
Aquele que proíbe o uso da carne pelo paraíso referindo-se ao mundo dos espí-
homem não é autorizado por Deus, D&C ritos (Lc. 23:43), ao reino celestial (2 Cor.
49:18–21. Todas as coisas que provêm da 12:4) e à condição glorificada da Terra no
terra são para serem usadas com dis- milênio (RF 1:10).
cernimento, sem excesso, D&C 59:20. O
Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da
Senhor aconselhou os santos a não usa-
árvore da vida, que está no meio do pa-
rem vinho, bebidas fortes, tabaco e bebi-
raíso de Deus, Apoc. 2:7.
das quentes, D&C 89:1–9. Ervas, frutas,
O paraíso de Deus deverá libertar os
carne e grãos são para uso do homem e
espíritos dos justos, 2 Né. 9:13. Os espíri-
dos animais, D&C 89:10–17. A obediên-
tos dos justos são recebidos num estado
cia à Palavra de Sabedoria traz bênçãos
de felicidade, que é chamado paraíso, Al.
temporais e espirituais, D&C 89:18–21.
40:11–12. Todos os discípulos de Jesus
Pão da Vida. Ver também Jesus Cristo; haviam ido para o paraíso de Deus, com
Sacramento exceção de três, 4 Né. 1:14. Logo descan-
sarei no paraíso de Deus, Morô. 10:34.
Jesus Cristo é o Pão da Vida. O pão do
Cristo ministrou aos espíritos dos jus-
sacramento representa simbolicamente
tos no paraíso, D&C 138.
o corpo de Cristo.
Eu sou o pão da vida, Jo. 6:33–58. Partridge, Edward
Comereis e bebereis do pão e da água Membro e líder da Igreja em seu início,
da vida, Al. 5:34. Come-se o pão em me- após a restauração nestes últimos tem-
mória do corpo de Cristo, 3 Né. 18:5–7. pos. Edward Partridge serviu como pri-
O pão é um emblema da carne de Cris- meiro bispo da Igreja, (D&C 36; 41:9–11;
to, D&C 20:40, 77 (Morô. 4). 42:10; 51:1–18; 115; 124:19).
Paorã Páscoa. Ver também Cordeiro de Deus;
No Livro de Mórmon, o terceiro juiz Última Ceia
supremo nefita (Al. 50:39–40; 51:1–7; A Festa da Páscoa foi instituída para
59–62). ajudar os filhos de Israel a se lembra-
rem da época em que o anjo destrui-
Parábola dor passou por suas casas e libertou-os
Uma história simples usada para dos egípcios (Êx. 12:21–28; 13:14–15). Os
ilustrar e ensinar uma verdade ou um cordeiros sem mancha, cujo sangue foi
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Páscoa da Ressurreição 156
usado como sinal para salvar Israel na evangélicos, D&C 107:39. Meu servo Hy-
antiguidade, são um símbolo de Jesus rum, para que ocupe o ofício do Sacerdó-
Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sacrifí- cio e Patriarca, D&C 124:91–92, 124; 135:1.
cio redimiu toda a humanidade. Pais: Jacó abençoou a seus filhos e aos
Esta é a ordenança da páscoa, Êx. descendentes deles, Gên. 49:1–28.
12:43. Seja-me lícito dizer-vos livremente
Jesus e seus apóstolos guardaram a acerca do patriarca Davi, At. 2:29.
páscoa na Última Ceia, Mt. 26:17–29 Leí aconselhou e abençoou a sua pos-
(Marcos 14:12–25). Eis o Cordeiro de teridade, 2 Né. 4:3–11.
Deus, que tira o pecado do mundo, Jo. Tornei-me um herdeiro legítimo, por-
1:29, 36. Nossa páscoa, que é Cristo, já tando o direito que pertencia aos pais,
foi sacrificada por nós, 1 Cor. 5:7. So- Abr. 1:2–4.
mos redimidos com o sangue de Cris-
Patten, David W.
to, como de um cordeiro imaculado,
1 Ped. 1:18–19. Membro do Quórum dos Doze Após-
Para que tenhais fé no Cordeiro de tolos, no início da dispensação dos úl-
Deus, que tira os pecados do mundo, timos dias. David Patten foi o primeiro
Al. 7:14. mártir da Igreja restaurada, sendo morto
Os santos que guardam a Palavra de na batalha do rio Crooked, no Missou-
Sabedoria serão preservados como os ri, em 1838.
filhos de Israel, D&C 89:21. Chamado a liquidar os seus negócios
O Cordeiro, morto desde a fundação e a realizar uma missão, D&C 114:1. Foi
do mundo, Mois. 7:47. levado para o Senhor, D&C 124:19, 130.
Páscoa da Ressurreição. Ver Jesus Paulo. Ver também Epístolas Paulinas
Cristo; Ressurreição Apóstolo do Novo Testamento. Seu
Pastor. Ver também Bom Pastor; Jesus nome em hebraico era Saulo, nome pelo
Cristo qual foi conhecido até começar a sua
missão aos gentios. Anteriormente ha-
Simbolicamente, pessoa que cuida dos via perseguido a Igreja, mas conver-
filhos do Senhor. teu-se à verdade após ter uma visão de
O Senhor é meu pastor, Salm. 23:1. Os Jesus Cristo. Paulo fez três viagens mis-
pastores devem apascentar as ovelhas, sionárias principais e escreveu muitas
Eze. 34:2–3. epístolas aos santos. Quatorze destas
cartas hoje fazem parte do Novo Tes-
Patriarca, Patriarcal. Ver também tamento. No final de seu ministério foi
Bênçãos Patriarcais; Evangelista; levado preso a Roma, onde foi morto,
Pai Terreno; Sacerdócio de provavelmente na primavera no ano
Melquisedeque 65 d.C.
As escrituras falam de dois tipos de Consentiu no apedrejamento de Es-
patriarcas: (1) ofício do Sacerdócio de têvão, At. 7:57–8:1. Perseguiu os santos,
Melquisedeque, recebido por ordena- At. 8:3. Viajava para Damasco quando
ção, às vezes chamado de evangelista; lhe apareceu Jesus, At. 9:1–9. Foi batiza-
(2) pais de família. Os patriarcas orde- do por Ananias, At. 9:10–18. Após pas-
nados concedem bênçãos especiais aos sar algum tempo na Arábia, retornou a
membros dignos da Igreja. Damasco para pregar, At. 9:19–25 (Gál.
Patriarcas ordenados: Ele mesmo deu 1:17). Três anos após a sua conversão,
uns para profetas, e outros para evan- voltou a Jerusalém, At. 9:26–30 (Gál. 1:18–
gelistas, Ef. 4:11 (RF 1:6). 19). Realizou três viagens missionárias,
É dever dos Doze ordenar ministros pregando o evangelho e organizando
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157 Pecado Imperdoável
ramos da Igreja em várias partes do Aquele que pratica as obras da retidão
Império Romano, At. 13:1–14:26; 15:36– receberá paz, D&C 59:23. Revesti-vos do
18:22; 18:23–21:15. Retornando a Jerusa- vínculo da caridade, que é o vínculo da
lém após a terceira missão, foi preso e perfeição e paz, D&C 88:125. Meu filho,
enviado a Cesareia, At. 21:7–23:35. Ficou paz seja com tua alma, D&C 121:7.
preso em Cesareia durante dois anos, Achando que havia maior paz, bus-
At. 24:1–26:32. Foi enviado a Roma, para quei as bênçãos dos pais, Abr. 1:2.
ser julgado, e naufragou no caminho,
At. 27:1–28:11. Pecado. Ver também Abominação,
Abominável; Ímpio; Imundície,
Paz. Ver também Descansar, Descanso; Imundo; Iniquidade, Iníquo;
Milênio; Pacificador Injustiça, Injusto; Ofender; Rebeldia,
Nas escrituras a paz pode significar Rebelião
tanto a ausência de conflito e tumulto Desobediência intencional aos man-
como a calma e a serenidade interior, damentos de Deus.
provenientes do Espírito que Deus con-
O que encobre as suas transgressões
cede aos Seus santos fiéis.
nunca prosperará, Prov. 28:13. Ainda que
Ausência de conf lito e tumulto: Ele vossos pecados sejam como a escarlata,
faz cessar as guerras, Salm. 46:9. eles se tornarão brancos como a neve,
Nem aprenderão mais a guerrear, Isa. 1:18. Os pecadores morrerão, e os
Isa. 2:4. justos serão salvos, Eze. 18.
Tende paz com todos os homens, O Cordeiro de Deus tira os pecados do
não vos vingueis a vós mesmos, Rom. mundo, Jo. 1:29. Batiza-te, e lava os teus
12:18–21. pecados, At. 22:16. O salário do pecado
Continuava a reinar a paz na Terra, é a morte, Rom. 6:23. Aquele que sabe
4 Né. 1:4, 15–20. fazer o bem e não o faz, comete pecado,
Renunciai à guerra e proclamai a paz, Tg. 4:17.
D&C 98:16. Erguei um estandarte de paz, Far-me-ás tremer à vista do pecado,
D&C 105:39. 2 Né. 4:31. Ai de todos os que morrem
A paz que Deus concede aos obedientes: em pecado, 2 Né. 9:38. Só viam o pecado
O Salvador será chamado Príncipe da com horror, Al. 13:12. Não penses que
Paz, Isa. 9:6. Os ímpios não têm paz, serás restaurado do pecado para a feli-
Isa. 48:22. cidade, Al. 41:9–10. O Senhor não pode
Apareceu uma multidão dos exércitos encarar o pecado com o mínimo grau
celestiais, louvando a Deus, e dizendo: de tolerância, Al. 45:16 (D&C 1:31). As
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, criancinhas são incapazes de cometer
Lc. 2:13–14. Deixo-vos a paz, Jo. 14:27. A pecados, Morô. 8:8.
paz de Deus, que excede todo o enten- Para arrepender-se, os homens têm
dimento, Filip. 4:7. de confessar e abandonar seus pecados,
O povo do rei Benjamim recebeu D&C 58:42–43. O pecado maior perma-
paz de consciência, Mos. 4:3. Quão be- nece naquele que não perdoa, D&C 64:9.
los são sobre os montes os pés do que Aquele que peca contra a luz maior, re-
anuncia boas novas, Mos. 15:14–18 (Isa. ceberá a condenação maior, D&C 82:3.
52:7). Alma clamou ao Senhor e encon- À alma que pecar retornarão os pecados
trou a paz, Al. 38:8. O espírito dos jus- passados, D&C 82:7. Quando tentamos
tos será recebido num estado de paz, encobrir nossos pecados, os céus se afas-
Al. 40:12. tam, D&C 121:37.
Não dei paz à tua mente quanto ao
assunto, D&C 6:23. Anda na mansidão Pecado Imperdoável. Ver também
de meu Espírito e terás paz, D&C 19:23. Blasfemar, Blasfêmia; Espírito
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Pedir 158
Santo; Filhos de Perdição; Cristo é chamado de a principal pedra
Homicídio de esquina (Ef. 2:20).
O pecado de negar o Espírito Santo, A pedra que os edificadores rejeita-
pecado que não pode ser perdoado. ram tornou-se cabeça da esquina, Salm.
A blasfêmia contra o Espírito não será 118:22 (Mt. 21:42–44; Mc. 12:10; Lc. 20:17;
perdoada aos homens, Mt. 12:31–32 (Mc. At. 4:10–12).
3:29; Lc. 12:10). É impossível que os que Os judeus rejeitaram a pedra de es-
se fizeram participantes do Espírito San- quina, Jacó 4:15–17.
to sejam outra vez renovados para arre-
Pedro
pendimento, Heb. 6:4–6. Se pecarmos
voluntariamente, depois de termos re- No Novo Testamento, Pedro era co-
cebido o conhecimento da verdade, já nhecido originalmente como Simeão
não resta mais sacrifício pelos pecados, ou Simão (2 Ped. 1:1), um pescador de
Heb. 10:26. Betsaida que vivia com a sua esposa em
Se negares o Espírito Santo, e tive- Cafarnaum. Jesus curou a mãe da esposa
res consciência de que o negas, prati- de Pedro (Mc. 1:29–31). Junto com An-
cas um pecado imperdoável, Al. 39:5–6 dré, seu irmão, Pedro foi chamado para
(Jacó 7:19). ser um discípulo de Jesus Cristo (Mt.
Não há perdão para eles, tendo negado 4:18–22; Mc. 1:16–18; Lc. 5:1–11). O seu
o Filho Unigênito, tendo-o crucificado nome em aramaico, Cefas, que significa
dentro de si, D&C 76:30–35. A blasfê- “vidente” ou “pedra,” foi-lhe dado pelo
mia contra o Espírito Santo, que não terá Senhor (Jo. 1:40–42; TJS, Jo. 1:42 [Apên-
perdão, consiste em matar derraman- dice da Bíblia]). Embora o Novo Testa-
do sangue inocente, depois de terdes mento mencione algumas das fraquezas
recebido meu novo e eterno convênio, humanas de Pedro, também indica que
D&C 132:26–27. ele as venceu e que se fortaleceu por sua
Pedir. Ver também Oração fé em Jesus Cristo.
Pedro confessou que Jesus era o Cristo
Indagar, perguntar ou suplicar a Deus
e o Filho de Deus (Jo. 6:68–69) e o Senhor
um favor especial.
escolheu-o para portar as chaves do rei-
Pedi, e dar-se-vos-á, Mt. 7:7. E se al- no na Terra (Mt. 16:13–19). No Monte da
gum de vós tem falta de sabedoria, pe- Transfiguração, Pedro viu o Salvador
ça-a a Deus, Tg. 1:5 (JS—H 1:7–20). transfigurado, bem como Moisés e Elias,
Se pedirdes com fé, 1 Né. 15:11. Estas o profeta (Mt. 17:1–9).
palavras, se não as puderdes compreen-
Pedro foi o principal dos apóstolos de
der, será porque não pedis, 2 Né. 32:4. Pe-
sua época. Após a morte, Ressurreição e
dindo com sinceridade de coração, Mos.
Ascensão do Salvador ele convocou uma
4:10. Deus vos concede toda a coisa justa
reunião da Igreja e conduziu o processo
que pedis com fé, Mos. 4:21. Perguntai
de chamado de um apóstolo para substi-
a Deus se estas coisas são verdadeiras,
Morô. 10:4. tuir Judas Iscariotes (At. 1:15–26). Pedro
Eles amam as trevas mais que a luz, e João curaram um homem que era coxo
portanto, não recorrerão a mim, D&C de nascença (At. 3:1–16) e foram milagro-
10:21. Tendes ordem, porém, de em to- samente libertados da prisão (At. 5:11–29;
das as coisas pedir a Deus, D&C 46:7. 12:1–19). Por meio do ministério de Pedro
o evangelho foi pela primeira vez aberto
Pedra de Esquina. Ver também Jesus aos gentios (At. 10–11). Nos últimos dias,
Cristo Pedro, comTiago e João, desceram dos
A pedra principal que forma a esqui- céus e conferiram o Sacerdócio de Mel-
na do alicerce de uma edificação. Jesus quisedeque e as chaves correspondentes
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
159 Pensamentos
a Joseph Smith e a Oliver Cowdery (D&C Al. 1:13–14. Aquele que assassinasse
27:12–13; 128:20). seria punido com a morte, Al. 1:18. A
Primeira epístola de Pedro: A primeira lei requer a vida daquele que cometeu
epístola foi escrita da “Babilônia” (pro- o assassinato, Al. 34:12.
vavelmente Roma) e dirigida aos santos Mas o que matar morrerá, D&C 42:19.
da região agora conhecida como Ásia Pensamentos. Ver também Arbítrio;
Menor, logo depois que Nero começou Ponderar
a perseguir os cristãos.
No capítulo 1 Pedro fala do papel Ideias, conceitos e imagens concebidos
preordenado de Cristo como Redentor. na mente de uma pessoa. A capacidade
Os capítulos 2–3 explicam que Jesus é a de pensar é um dom de Deus e somos
pedra de esquina da Igreja, que os san- livres para decidir como usar essa capa-
tos possuem um sacerdócio real e que cidade. Nossa maneira de pensar afeta
Cristo pregou aos espíritos em prisão. muito nossas atitudes e nosso comporta-
Os capítulos 4–5 esclarecem por que mento, assim como nossa condição após
o evangelho foi pregado aos mortos a morte. Pensamentos íntegros levam à
e que os élderes devem apascentar o salvação, assim como pensamentos iní-
rebanho. quos levam à condenação.
Segunda epístola de Pedro: O capítulo 1 O Senhor entende todas as imagi-
exorta os santos a fazerem cada vez mais nações dos pensamentos, 1 Crôn. 28:9.
firmes a sua vocação e eleição. O capítu- Como imaginou na sua alma, assim é,
lo 2 previne contra os falsos mestres. O Prov. 23:7. Os meus pensamentos não
capítulo 3 refere-se aos últimos dias e à são os vossos pensamentos, Isa. 55:7–9.
Segunda Vinda de Cristo. Jesus, porém, conhecendo os seus pen-
samentos, Mt. 12:25 (Lc. 5:22; 6:8). Do
Peitoral. Ver também Couraça; Urim interior do coração dos homens saem os
e Tumim maus pensamentos, Mc. 7:20–23. Leva
Ornamento de vestuário usado pelo cativo todo o entendimento à obediên-
sumo sacerdote na lei mosaica (Êx. 28:13– cia de Cristo, 2 Cor. 10:5. Tudo o que é
30; 39:8–21). Era feito de linho e tinha en- verdadeiro, honesto, puro, ou amável,
gastadas 12 pedras preciosas. Às vezes nisso pensai, Filip. 4:8.
é mencionado em conexão com o Urim Lembrai-vos de que ter mente carnal
e Tumim (D&C 17:1; JS—H 1:35, 42, 52). é morte e ter mente espiritual é vida
eterna, 2 Né. 9:39. Se não tomardes cui-
Pelegue dado convosco mesmos, com vossos
No Velho Testamento, filho de Éber e pensamentos, perecereis, Mos. 4:30.
trineto de Sem. Em seus dias foi repar- Nossos pensamentos nos condenarão,
tida a Terra (Gên. 10:22–25). Al. 12:14.
Ninguém há, a não ser Deus, que co-
Pena de Morte. Ver também
nheça teus pensamentos e os intentos
Homicídio
de teu coração, D&C 6:16 (D&C 33:1).
Castigo com a morte por um crime Buscai-me em cada pensamento, D&C
cometido, especialmente o homicídio. 6:36. Entesourai sempre em vossa mente
Quem derramar o sangue do homem, as palavras de vida, D&C 84:85. Rechaçai
pelo homem o seu sangue será derrama- vossos pensamentos ociosos, D&C 88:69.
do, Gên. 9:6 (TJS, Gên. 9:12–13). Certa- Os pensamentos dos homens serão reve-
mente o homicida morrerá, Núm. 35:16. lados, D&C 88:109. Que a virtude ador-
Homicidas que matam deliberada- ne teus pensamentos incessantemente,
mente morrerão, 2 Né. 9:35. Estás con- D&C 121:45.
denado à morte, de acordo com a lei, Deus viu que os pensamentos de todo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Pentateuco 160
homem eram continuamente maus, a transgressão, Núm. 14:18. Ainda que
Mois. 8:22. os vossos pecados sejam como a escar-
lata, eles se tornarão brancos como a
Pentateuco. Ver também
neve, Isa. 1:18.
Deuteronômio; Êxodo; Gênesis;
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim
Levítico; Moisés; Números; Velho
como nós perdoamos aos nossos devedo-
Testamento
res, Mt. 6:12 (Lc. 11:4; 3 Né. 13:11). O Filho
Nome dado aos primeiros cinco livros do homem tem autoridade para perdoar
do Velho Testamento — Gênesis, Êxodo, pecados, Mt. 9:6 (Mt. 18:35; Mc. 2:10; Lc.
Levítico, Números e Deuteronômio. Os 5:20–24). Até quantas vezes pecará meu
judeus chamam estes livros de Torá ou irmão contra mim, e eu lhe perdoarei,
Lei de Israel. Foram escritos por Moisés Mt. 18:21–22 (D&C 98:40). Qualquer que
(1 Né. 5:10–11). blasfemar contra o Espírito Santo, nunca
Pentecostes. Ver também Lei de obterá perdão, Mc. 3:29 (Al. 39:6). Se teu
Moisés irmão pecar contra ti e se arrepender,
perdoa-lhe, Lc. 17:3. Pai perdoa-lhes,
Como parte da lei de Moisés, a Festa
porque não sabem o que fazem, Lc. 23:34.
de Pentecostes, ou seja, das Primícias,
Exortei-os a orar pedindo perdão,
era realizada cinquenta dias após a Festa
1 Né. 7:21. Aplicar o sangue expiatório
da Páscoa (Lev. 23:16). A Festa de Pente-
de Cristo, para que recebamos o perdão
costes comemorava a colheita e no Velho
de nossos pecados, Mos. 4:2. Se con-
Testamento é chamada de Festa da Co-
fessar seus pecados diante de ti e de
lheita ou Festa das Semanas. Era esta a
mim, e se arrepender, a ele perdoarás,
festa que estava sendo celebrada quan-
Mos. 26:29–31.
do em Jerusalém os apóstolos ficaram
Aquele que se arrepender e cumprir
cheios do Espírito Santo e falaram em
os mandamentos do Senhor, será per-
línguas (At. 2; D&C 109:36–37).
doado, D&C 1:32. Lança a foice e teus
Perdição. Ver Filhos de Perdição pecados te são perdoados, D&C 31:5
(D&C 84:61). Aquele que se arrependeu
Perdoar. Ver também Arrepender-se,
de seus pecados, é perdoado, e eu, o Se-
Arrependimento; Confessar,
nhor, deles não mais me lembro, D&C
Confissão; Expiação, Expiar;
58:42. Perdoarei a quem desejo perdoar,
Remissão de Pecados
mas de vós é exigido que perdoeis a to-
Nas escrituras, perdoar geralmente dos os homens, D&C 64:10. Como vos
significa uma de duas coisas: (1) Quan- tendes perdoado uns aos outros vossas
do Deus perdoa os homens, Ele cancela ofensas, assim também eu, o Senhor, vos
ou afasta a punição exigida pelo pe- perdoo, D&C 82:1. A quem amo também
cado. Por meio da Expiação de Cristo, castigo, para que seus pecados sejam
o perdão dos pecados está ao alcance perdoados, D&C 95:1.
de todos os que se arrependem, exceto Eis que te perdoei tua transgressão,
dos que forem culpados de assassinato Mois. 6:53.
ou do pecado imperdoável contra o Es-
pírito Santo. (2) Quando as pessoas se Perfeito
perdoam mutamente, elas tratam umas Completo, inteiro e plenamente desen-
às outras com amor cristão e não guar- volvido; totalmente íntegro. Perfeito tam-
dam ressentimento contra quem as tenha bém pode significar isento de pecado ou
ofendido (Mt. 5:43–45; 6:12–15; Lc. 17:3–4; maldade. Somente Cristo foi totalmente
1 Né. 7:19–21). perfeito. Os verdadeiros seguidores de
O Senhor é longânimo, e grande em Cristo podem tornar-se perfeitos por
beneficência, que perdoa a iniquidade e meio de Sua graça e Expiação.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
161 Perseverar
Seja o vosso coração perfeito para com de Abraão; (3) um trecho da história da
o Senhor, 1 Re. 8:61. Igreja, escrita pelo Profeta em 1838, cha-
Sede vós, pois, perfeitos, como é per- mado Joseph Smith—História; e (4) as
feito o vosso Pai que está nos céus, Mt. Regras de Fé, que são treze declarações
5:48 (3 Né. 12:48). Se alguém não trope- da crença e doutrina da Igreja.
ça em palavra, o tal homem é perfeito,
Tg. 3:2. Perseguição, Perseguir. Ver também
A fé não é ter um perfeito conheci- Adversidade
mento das coisas, Al. 32:21, 26. A ex- Causar angústia ou padecimento a
piação foi feita para que Deus seja um outros por causa de suas crenças ou
Deus perfeito, Al. 42:15. Morôni era um condição social; molestar ou oprimir.
homem de uma perfeita compreensão, Bem-aventurados os que sofrem per-
Al. 48:11–13, 17–18. O Espírito de Cristo seguição por causa da justiça, Mt. 5:10
é concedido a todos os homens para que (3 Né. 12:10). Orai pelos que vos maltra-
possam julgar com um conhecimento tam e vos perseguem, Mt. 5:44 (3 Né.
perfeito se algo é de Deus ou do diabo, 12:44).
Morô. 7:15–17. Vinde a Cristo, sede per- Porque sendo ricos perseguem os
feitos nele, Morô. 10:32. mansos, 2 Né. 9:30 (2 Né. 28:12–13). Os
Continuai pacientemente até que se- justos que esperam em Cristo, apesar de
jais aperfeiçoados, D&C 67:13. São ho- toda perseguição não perecerão, 2 Né.
mens justos, aperfeiçoados por meio de 26:8.
Jesus, D&C 76:69. Os ofícios na Igreja Todas essas coisas te servirão de ex-
são para o aperfeiçoamento dos santos, periência, D&C 122:7.
D&C 124:143 (Ef. 4:11–13). Os vivos não
podem ser perfeitos sem seus mortos, Perseverar. Ver também Adversidade;
D&C 128:15, 18. Paciência; Tentação, Tentar
Noé era um homem justo e perfeito Permanecer firme no compromisso
em sua geração, Mois. 8:27. de ser fiel aos mandamentos de Deus,
Pérola de Grande Valor. Ver também apesar das tentações, da oposição e da
Cânone; Escrituras; Smith, Joseph, adversidade.
Jr. Aquele que perseverar até o fim será
O reino de Deus na Terra é compara- salvo, Mt. 10:22 (Mc. 13:13). Mas não têm
do a uma “pérola de grande valor” (Mt. raiz em si mesmos, antes são tempo-
13:45–46). rãos, Mc. 4:17. Esperando com paciência,
A Pérola de Grande Valor é também o Abraão alcançou a promessa, Heb. 6:15.
nome dado a um dos quatro volumes de Se perseverarem até o fim, serão le-
escritura chamados de “obras-padrão” vantados no último dia, 1 Né. 13:37. Se
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos fordes obedientes aos mandamentos
dos Últimos Dias. A primeira edição da até o fim, sereis salvos, 1 Né. 22:31 (Al.
Pérola de Grande Valor (em inglês) foi 5:13). Se prosseguirdes com firmeza,
publicada em 1851 e continha algumas banqueteando-vos com a palavra de
escrituras que agora se encontram em Cristo, e perseverando até o fim, tereis
Doutrina e Convênios. As edições pu- vida eterna, 2 Né. 31:20 (3 Né. 15:9; D&C
blicadas desde 1902 contêm (1) trechos 14:7). Todo aquele que tomar sobre si o
da tradução feita por Joseph Smith, do meu nome e perseverar até o fim, será
Gênesis, o livro de Moisés, e do capítu- salvo, 3 Né. 27:6.
lo 24 de Mateus, denominado Joseph Aquele que é da minha Igreja e nela
Smith—Mateus; (2) a tradução de Jo- persevera até o fim, esse estabelecerei
seph Smith de alguns papiros egípcios sobre minha rocha, D&C 10:69. O que
por ele obtidos em 1835, chamada livro permanecer na fé, vencerá o mundo,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Phelps, William W 162
D&C 63:20, 47. Todos os tronos e do- Joseph Smith traduziu e publicou uma
mínios serão revelados e concedidos a parte dessas placas. A tradução é cha-
todos os que tiverem perseverado va- mada de o Livro de Mórmon. (Para mais
lentemente por causa do Evangelho de informações, ver “Introdução” e “O Tes-
Jesus Cristo, D&C 121:29. temunho do Profeta Joseph Smith,” no
Livro de Mórmon.)
Phelps, William W.
Membro e líder dos primeiros tem- Plano de Redenção. Ver também
pos da Igreja, depois que ela foi restau- Evangelho; Expiação, Expiar; Jesus
rada em 1830. O Senhor chamou Wil- Cristo; Queda de Adão e Eva;
liam Phelps para ser impressor da Igreja Salvação
(D&C 57:11; 58:40; 70:1). A plenitude do evangelho de Jesus
Pilatos, Pôncio Cristo, cujo propósito é levar a efeito
a imortalidade e a vida eterna do ho-
Governante romano da Judeia, de 26–
mem. Ele inclui a Criação, a Queda e a
36 d.C. (Lc. 3:1). Ele odiava o povo judeu
Expiação, juntamente com todas as leis,
e sua religião, tendo mandado matar al-
ordenanças e doutrinas dadas por Deus.
guns galileus (Lc. 13:1). Jesus foi acusado
Esse plano torna possível que toda a hu-
e condenado à crucificação diante de Pi-
manidade seja exaltada e viva para sem-
latos (Mt. 27:2, 11–26, 58–66; Mc. 15; Lc.
23; Jo. 18:28–19:38). pre com Deus (2 Né. 2; 9). As escrituras
também se referem a esse plano como o
Placas. Ver também Livro de Mórmon; plano de salvação, o plano de felicidade
Placas de Ouro e o plano de misericórdia.
Antigamente alguns povos escreviam Ele foi ferido pelas nossas transgres-
sua história e seus registros em placas de sões, Isa. 53:5 (Mos. 14:5).
metal, como foi o caso do Livro de Mór- Nenhum outro nome há debaixo do
mon. Para mais informações, ver “Breve céu pelo qual o homem possa ser salvo,
Explicação sobre o Livro de Mórmon,” At. 4:12. Assim como todos morrem em
nas páginas introdutórias do Livro de Adão, assim também todos serão vivifi-
Mórmon. cados em Cristo, 1 Cor. 15:22. Pela graça
Placas de Latão. Ver também Placas sois salvos por meio da fé, Ef. 2:8 (2 Né.
25:23). Deus nos prometeu a vida eter-
Registros dos judeus, desde o come-
na antes que o mundo existisse, Tit. 1:2.
ço até o ano 600 a.C., os quais conti-
Jesus é a causa da eterna salvação, Heb.
nham muitos escritos dos profetas (1 Né.
5:8–9. O plano de redenção foi estendido
5:10–16). Esse registro era guardado por
aos mortos, 1 Ped. 3:18–20; 4:6 (D&C 138).
Labão, um dos anciãos de Jerusalém.
A morte cumpre o plano misericor-
Quando estava com sua família no de-
serto, Leí mandou os filhos voltarem a dioso do grande Criador, 2 Né. 9:6. Quão
Jerusalém, a fim de obterem estas pla- grande é o plano de nosso Deus, 2 Né.
cas (1 Né. 3–4). (Para mais informações, 9:13. O plano de redenção proporciona
ver “Breve Explicação sobre o Livro de a ressurreição e a remissão dos pecados,
Mórmon,” que se encontra no início do Al. 12:25–34. Aarão ensinou o plano de
Livro de Mórmon.) redenção ao pai de Lamôni, Al. 22:12–14.
Amuleque explicou o plano de salvação,
Placas de Ouro. Ver também Livro de Al. 34:8–16. Alma explicou o plano de
Mórmon; Placas salvação, Al. 42:5–26, 31.
Registro escrito em placas de ouro. As doutrinas concernentes à Criação,
Ele relata a história de duas grandes à Queda, à Expiação e ao batismo são
civilizações do continente americano. confirmadas nas revelações modernas,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
163 Poder
D&C 20:17–29. O plano foi ordenado an- os que se humilham sem serem compeli-
tes da fundação do mundo, D&C 128:22. dos pela pobreza, Al. 32:4–6, 12–16. Bem-
Esta é minha obra e minha glória: le- aventurados os pobres em espírito que
var a efeito a imortalidade e vida eterna vêm a mim, 3 Né. 12:3 (Mt. 5:3).
do homem, Mois. 1:39. Este é o plano de O evangelho será pregado aos pobres
salvação para todos os homens, Mois. e mansos, D&C 35:15.
6:52–62. E assim os provaremos, Abr.
3:22–26. Poder. Ver também Autoridade;
Sacerdócio
Plano de Salvação. Ver Plano de
Capacidade de fazer alguma coisa. Ter
Redenção
poder sobre algo ou alguém é ter a capa-
Pobres. Ver também Bem-Estar; cidade de controlar ou comandar aquela
Esmolas; Humildade, Humilde, pessoa ou coisa. Nas escrituras o poder
Humilhar; Jejuar, Jejum; Oferta geralmente é associado ao poder de Deus
Nas escrituras o termo pobre refere-se ou dos céus. Acha-se estreitamente re-
a (1) pessoas que não dispõem de bens lacionado à autoridade do sacerdócio,
materiais, como alimento, vestuário e que é a permissão ou direito de agir em
abrigo, ou (2) pessoas humildes e sem nome de Deus.
orgulho. Para isto te mantive, para mostrar
Pobres de bens materiais: Não fecharás a o meu poder, Êx. 9:16. Deus é minha
tua mão a teu irmão que for pobre, Deut. fortaleza e a minha força, 2 Sam. 22:33.
15:7. Os ímpios, na sua arrogância, per- Não detenhas o bem estando na tua
seguem o pobre, Salm. 10:2. O que dá ao mão poder fazê-lo, Prov. 3:27. Decerto
pobre não terá necessidade, Prov. 28:27. eu sou cheio de força do Espírito do Se-
Recolhas em casa os pobres, Isa. 58:6–7. nhor, Miq. 3:8.
Se queres ser perfeito, dá tudo o que É-me dado todo o poder no céu e na
tens aos pobres, Mt. 19:21 (Mc. 10:21; Terra, Mt. 28:18. E admiravam a sua
Lc. 18:22). Não escolheu Deus os pobres doutrina porque a sua palavra era com
deste mundo, Tg. 2:5. autoridade, Lc. 4:32. Ficai na cidade até
Porque sendo ricos desprezam os po- que do alto sejais revestidos de poder,
bres, 2 Né. 9:30. Para reter a remissão de Lc. 24:49. A todos quantos o receberam,
vossos pecados, quisera que repartísseis deu-lhes o poder para serem filhos de
vossos bens com os pobres, Mos. 4:26. Deus, Jo. 1:12 (D&C 11:30). Recebereis a
Eles repartiam os seus bens com os po- virtude (poder) do Espírito Santo, que há
bres, Al. 1:27. Se negardes ao necessitado, de vir sobre vós, At. 1:8. Não há poder
vossas orações serão em vão, Al. 34:28. senão o de Deus, Rom. 13:1. Estais guar-
Os nefitas tinham todas as coisas em dados na virtude (poder) de Deus para
comum; não havia ricos nem pobres, a salvação, mediante a fé, 1 Ped. 1:3–5.
4 Né. 1:3. Estou cheio do poder de Deus, 1 Né.
Eis que te lembrarás dos pobres, D&C 17:48. Também foi manifestado pelo
42:30 (D&C 52:40). Ai de vós, homens po- poder do Espírito Santo, Jacó 7:12. O
bres, cujo coração não está quebrantado, homem pode receber grande poder de
D&C 56:17–18. Os pobres virão às bodas Deus, Mos. 8:16. Ensinavam com poder e
do Cordeiro, D&C 58:6–11. O bispo deve autoridade de Deus, Al. 17:2–3. Néfi exer-
buscar os pobres, D&C 84:112. A lei do ceu seu ministério com grande poder e
evangelho governa o cuidado com os autoridade, 3 Né. 7:15–20 (3 Né. 11:19–22).
pobres, D&C 104:17–18. Embora um homem tenha poder para
Nã o h av i a p o b r e s e nt r e e l e s, realizar muitas obras grandiosas, se ele
Mois. 7:18. se vangloriar da própria força, cairá,
Pobres em espírito: Mais abençoados são D&C 3:4. Em cada pessoa está o poder
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Poligamia 164
para fazer o bem, D&C 58:27–28. Nas or- Reflita sobre as coisas que recebeste,
denanças do Sacerdócio de Melquisede- D&C 30:3. Enquanto meditávamos sobre
que manifesta-se o poder de divindade, essas coisas, o Senhor tocou os olhos do
D&C 84:19–22. Os direitos do sacerdócio nosso entendimento, D&C 76:19. Sentei-
são inseparavelmente ligados aos pode- me em meus aposentos meditando sobre
res do céu, D&C 121:34–46. as escrituras, D&C 138:1–11.
Eis que te conduzirei pela minha mão, Refleti repetidas vezes sobre ela, JS—
e meu poder estará sobre ti, Abr. 1:18. H 1:12.
Poligamia. Ver Casamento, Casar— Pornografia. Ver Adultério;
Casamento plural Castidade; Fornicação
Pomba, Sinal da. Ver também Espírito Pratt, Orson
Santo
Um dos primeiros Doze Apóstolos
Sinal predeterminado pelo qual João
chamados após a Restauração da Igreja
Batista reconheceria o Messias (Jo. 1:32–
nos tempos modernos (D&C 124:128–
34). Joseph Smith ensinou que o sinal da
129). Ele era membro da Igreja havia
pomba foi instituído antes da criação do
mundo, como um testemunho do Espíri- apenas seis semanas quando o Senhor
to Santo; assim sendo, o diabo não pode lhe deu uma revelação por intermédio
apresentar-se no sinal da pomba. de Joseph Smith (D&C 34). Orson Pratt
também foi missionário da Igreja (D&C
O Espírito de Deus desceu como uma
52:26; 75:14) e serviu como historiador da
pomba, Mt. 3:16.
Igreja por muitos anos.
Depois que Jesus foi batizado, o Es-
pírito Santo desceu em forma de uma Pratt, Parley Parker
pomba, 1 Né. 11:27.
Irmão mais velho de Orson Pratt e
Eu, João, testifico e eis que se abriram
um dos primeiros Doze Apóstolos cha-
os céus e o Espírito Santo desceu sobre
ele, na forma duma pomba, D&C 93:15. mados após a Restauração da Igreja nos
tempos modernos (D&C 124:128–129).
Ponderar. Ver também Oração; Parley Pratt foi chamado no primeiro
Revelação dos vários esforços missionários, quan-
Meditar e refletir profundamente, do o Senhor lhe deu uma revelação por
geralmente sobre as escrituras e outras meio de Joseph Smith, em outubro de
coisas divinas. Quando combinado com 1830 (D&C 32; 50:37).
a oração, a ponderação a respeito das
Predestinação. Ver Preordenação
coisas de Deus pode produzir revelação
e entendimento. Pregar. Ver também Evangelho; Obra
Maria guardava todas estas coisas em Missionária
seu coração, Lc. 2:19. Transmitir uma mensagem que traga
Enquanto refletia, fui arrebatado pelo maior compreensão de um princípio ou
Espírito do Senhor, 1 Né. 11:1. Meu cora- doutrina do evangelho.
ção medita sobre as escrituras, 2 Né. 4:15.
Néfi dirigiu-se a sua casa, meditando so- O Senhor me ungiu, para pregar boas
bre as coisas que o Senhor lhe revelara, novas aos humildes, Isa. 61:1 (Lc. 4:16–
Hel. 10:2–3. Ide para vossas casas, me- 21). Levanta-te, vai a Nínive, e prega
ditai sobre estas coisas por mim faladas, contra ela, Jon. 3:2–10.
3 Né. 17:3. Exorto-vos a vos lembrardes Desde então começou Jesus a pregar,
da grande misericórdia que tem tido o Mt. 4:17. Ide por todo o mundo, pregai
Senhor, e a meditardes em vossos cora- o evangelho a toda criatura, Mc. 16:15.
ções, Morô. 10:3. Pregamos a Cristo crucificado, 1 Cor.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
165 Prestar Contas, Responsabilidade, Responsável
1:22–24. Ele foi e pregou aos espíritos 107:91–92) e os membros da Igreja devem
em prisão, 1 Ped. 3:19. chamar o profeta da Igreja pelo título de
Nada havia, exceto pregações incitan- “Presidente” (D&C 107:65). Ele é a única
do-os continuamente a manterem-se no pessoa na Terra autorizada a exercer to-
temor do Senhor, En. 1:23. Mandou-lhes das as chaves do sacerdócio.
que não pregassem senão arrependimen- Os líderes dos quóruns do sacerdócio
to e fé no Senhor, Mos. 18:20. A prédica e de outras organizações da Igreja tam-
da palavra fazia com que o povo tivesse bém têm o título de presidente.
uma grande tendência a fazer o que era O Senhor deu as chaves do reino a Jo-
justo, Al. 31:5. seph Smith, D&C 81:1–2. Três presiden-
Não precisas supor teres sido cha- tes formam um quórum da Presidência
mado a pregar até que sejas chamado, da Igreja, D&C 107:21–24. Presidentes
D&C 11:15. A ninguém será permitido foram ordenados segundo a ordem de
sair a pregar, a não ser que tenha sido Melquisedeque, D&C 107:29. Descritos
ordenado, D&C 42:11. Este evangelho os deveres dos presidentes dos diáconos,
será pregado a toda nação, D&C 133:37. dos mestres, dos sacerdotes e dos élde-
Assim o Evangelho começou a ser res, D&C 107:85–89 (D&C 124:136–138,
pregado desde o princípio, Mois. 5:58. 142). São sete os presidentes que pre-
Preordenação. Ver também Vida sidem todos os outros Setenta, D&C
Pré-mortal 107:93–95. Designados presidentes de
estaca, D&C 124:133–135.
Ordenação pré-mortal feita por Deus
aos Seus valentes filhos espirituais, para Prestar Contas, Responsabilidade,
que cumprissem missões específicas du- Responsável. Ver também Arbítrio
rante a sua vida terrena. O Senhor declarou que todas as pes-
Deus pôs os termos dos povos, Deut. soas são responsáveis por suas ideias,
32:8. Antes que te formasse no ventre te decisões, atitudes, desejos e ações.
ordenei por profeta, Jer. 1:5. A idade da responsabilidade é a em
Deus determinou os tempos já dan- que as crianças são consideradas respon-
tes ordenados, At. 17:26. Porque os que sáveis por suas próprias ações e capazes
dantes conheceu, também os predesti- de pecar e de arrepender-se.
nou, Rom. 8:28–30. Deus nos elegeu nele Julgarei a cada um conforme os seus
antes da fundação do mundo, Ef. 1:3–4. caminhos, Eze. 18:30.
Jesus Cristo foi preordenado para ser
De toda a palavra ociosa que os ho-
o Redentor, 1 Ped. 1:19–20 (Apoc. 13:8).
mens disserem hão de dar conta, Mt.
Eles foram chamados e preparados
12:36. Dá contas da tua mordomia, Lc.
desde a fundação do mundo, Al. 13:1–9.
16:2. Cada um de nós dará conta de si
Observei os grandes e nobres que
mesmo a Deus, Rom. 14:12. Os mor-
foram escolhidos no princípio, D&C
tos serão julgados segundo suas obras,
138:55–56.
Apoc. 20:12.
Meu Filho Amado e meu Escolhido
Nossas palavras, nossas obras e nossos
desde o princípio, Mois. 4:2. Abraão
pensamentos nos condenarão, Al. 12:14.
foi escolhido antes de nascer, Abr. 3:23.
Seremos nossos próprios juízes para fa-
Presidência. Ver Primeira Presidência zer o bem ou o mal, Al. 41:7. Sois livres
para agir por vós mesmos, Hel. 14:29–31.
Presidente. Ver também Primeira Deverás ensinar arrependimento e batis-
Presidência; Profeta mo aos que são responsáveis, Morô. 8:10.
Título do oficial presidente de uma Todos devem arrepender-se e ser ba-
organização. O Presidente da Igreja é tizados, os que tiverem alcançado a ida-
profeta, vidente e revelador (D&C 21:1; de da responsabilidade, D&C 18:42.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Primeira Presidência 166
A Satanás não é dado poder para ten- existentes na Terra, pois estavam todas
tar as criancinhas, até que comecem a erradas (JS—H 1:15–20). Essa experiên-
se tornar responsáveis perante mim, cia sagrada desencadeou uma série de
D&C 29:46–47. As criancinhas deverão acontecimentos que culminaram com a
ser batizadas quando tiverem oito anos Restauração do evangelho e da verda-
de idade, D&C 68:27. Todo homem será deira Igreja de Cristo.
responsável por seus próprios pecados
no dia do juízo, D&C 101:78. Primeiros Princípios do
É dado aos homens distinguir o bem Evangelho. Ver Arrepender-se,
do mal; de modo que são seus próprios Arrependimento; Batismo, Batizar;
árbitros, Mois. 6:56. Os homens serão Espírito Santo; Fé
punidos por seus próprios pecados, RF PrimíciasOs frutos da primeira co-
1:2. lheita da temporada. Na época do Ve-
lho Testamento, eles eram oferecidos ao
Primeira Presidência. Ver também Senhor (Lev. 23:9–20). Jesus Cristo foi as
Chaves do Sacerdócio; Presidente; primícias para Deus, por ter Ele sido o
Revelação primeiro a ressuscitar (1 Cor. 15:20, 23;
O Presidente da Igreja e seus conse- 2 Né. 2:9). Aqueles que aceitam o evan-
lheiros. Eles são um quórum de três su- gelho e perseveram fielmente até o fim
mos sacerdotes e presidem toda a Igreja. são, simbolicamente, as primícias, pois
A Primeira Presidência possui todas as pertencem a Deus.
chaves do sacerdócio. Aqueles que seguem o Cordeiro para
As chaves do reino pertencem sempre onde quer que vai são como primícias
à Presidência do Sumo Sacerdócio, D&C para Deus, Apoc. 14:4.
81:2. A Presidência do Sumo Sacerdócio Os que descerão com Cristo primeiro
tem o direito de oficiar em todos os ofí- são as primícias, D&C 88:98.
cios, D&C 107:9, 22. Quem me recebe,
recebe a Primeira Presidência, D&C Primogênito. Ver também Jesus
112:20, 30. A Primeira Presidência deve Cristo; Primogenitura
receber oráculos (revelações) para toda No tempo dos antigos patriarcas o fi-
a Igreja, D&C 124:126. lho primogênito recebia a primogenitu-
ra (Gên. 43:33) e assim herdava o direito
Primeira Visão. Ver também de ser o chefe da família quando o pai
Restauração do Evangelho; Smith, falecia. Para assumir tal responsabili-
Joseph, Jr. dade o primogênito tinha que ser dig-
A aparição de Deus, o Pai, e de Seu no (1 Crôn. 5:1–2); e podia perdê-la por
Filho, Jesus Cristo, ao Profeta Joseph causa de iniquidade.
Smith em um bosque. Sob a lei mosaica, o filho primogê-
Na primavera de 1820, Joseph Smith nito era considerado como pertencen-
Jr. tinha quatorze anos de idade. Ele te a Deus. O primogênito recebia uma
vivia com a sua família no povoado porção dupla na partilha das posses de
de Palmyra, Nova York. Perto de sua seu pai (Deut. 21:17). Morrendo o pai,
casa, no lado oeste, havia um bosque era ele o responsável pelo cuidado da
de grandes árvores. Joseph para lá se mãe e irmãs.
dirigiu a fim de orar a Deus para saber O primogênito macho dos animais
qual igreja era a correta. Ao ler a Bíblia, também pertencia a Deus. Os animais
ele teve a forte impressão de que deve- limpos eram usados para os sacrifícios,
ria buscar essa resposta de Deus (Tg. ao passo que os imundos podiam ser
1:5–6). Em resposta à sua oração, o Pai e resgatados, vendidos ou mortos (Êx.
o Filho apareceram-lhe e disseram que 13:2, 11–13; 34:19–20; Lev. 27:11–13, 26–27).
não se filiasse a nenhuma das igrejas O primogênito simbolizava Jesus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
167 Profanidade
Cristo e Seu ministério terreno, lem- Às vezes, Jesus Cristo é chamado de o
brando ao povo que o grande Messias Princípio.
haveria de vir (Mois. 5:4–8; 6:63). No princípio criou Deus os céus e a
Jesus foi o primogênito dos filhos es- Terra, Gên. 1:1 (Mois. 2:1).
pirituais de nosso Pai Celestial, o uni- No princípio era o Verbo, Jo. 1:1.
gênito do Pai na carne e o primeiro a Sou Alfa e Ômega, o princípio e o fim,
se levantar dos mortos na Ressurreição
3 Né. 9:18.
(Col. 1:13–18). Os santos fiéis se tornam
Cristo é o princípio e o fim, D&C 19:1.
membros da Igreja do Primogênito na
O convênio novo e eterno existiu desde o
eternidade (D&C 93:21–22).
princípio, D&C 22:1. O homem estava no
O primogênito de teus filhos me darás, princípio com Deus, D&C 93:23, 29. Espí-
Êx. 22:29. Santifiquei para mim todo o ritos grandes e nobres foram escolhidos
primogênito de Israel, Núm. 3:13. no princípio para serem governantes na
Ele seja o primogênito entre muitos ir- Igreja, D&C 138:55.
mãos, Rom. 8:29. Outra vez introduz no Meu Unigênito estava comigo desde
mundo o primogênito, Heb. 1:6. o princípio, Mois. 2:26.
Estes são a Igreja do Primogênito,
D&C 76:54, 94. Doutrina, verdade ou lei básica: Os pri-
Isto me foi conferido pelos pais, mes- meiros princípios do evangelho são fé
mo o direito do primogênito, Abr. 1:3. no Senhor Jesus Cristo e arrependimen-
to (RF 1:4).
Primogenitura. Ver também
Os élderes, sacerdotes e mestres ensi-
Convênio; Primogênito
narão os princípios de meu evangelho
O direito de herança que pertence que estão nas escrituras, D&C 42:12.
ao filho primogênito. Em sentido mais Que sejais instruídos mais perfeitamente
amplo, a primogenitura inclui todo ou em princípio, em doutrina, em todas as
qualquer direito de herança transmitido coisas, D&C 88:78 (D&C 97:14). Para que
a uma pessoa ao nascer em certa família todo homem aja, em doutrina e princí-
ou cultura. pio, de acordo com o arbítrio moral que
Vende-me hoje a tua primogenitura, lhe dei, D&C 101:78. Qualquer princípio
Gên. 25:29–34 (Gên. 27:36). O primogê- de inteligência que alcançarmos nesta
nito assentou-se segundo a sua primoge- vida, surgirá conosco na ressurreição,
nitura, Gên. 43:33. E pôs a Efraim diante D&C 130:18–19.
de Manassés, Gên. 48:14–20 (Jer. 31:9). A
primogenitura foi de José, 1 Crôn. 5:2. Prisão Espiritual. Ver Inferno
Esaú vendeu o seu direito de primo- Profanidade. Ver também Blasfemar,
genitura, Heb. 12:16. Blasfêmia
Sois herdeiros legais, D&C 86:9. Sião
tem direito ao sacerdócio por linhagem, Desrespeito ou desprezo pelas coisas
D&C 113:8 (Abr. 2:9–11). sagradas; especialmente a falta de reve-
rência pelo nome de Deus.
Princípio. Ver também Criação, Criar; Não tomarás o nome do Senhor teu
Evangelho; Jesus Cristo; Vida
Deus em vão, Êx. 20:7 (2 Né. 26:32; Mos.
Pré-mortal
13:15; D&C 136:21). Por que profanamos
Esta palavra tem dois significados o convênio de nossos pais, Mal. 2:10.
distintos no contexto do evangelho: (1) De toda a palavra ociosa que os ho-
época anterior à vida mortal; (2) doutri- mens disserem hão de dar conta no dia
na, verdade ou lei básica. do juízo, Mt. 12:34–37. De uma mesma
Época anterior à vida mortal: O termo boca procede bênção e maldição. Não
geralmente se refere à vida pré-mortal. convém que isto se faça assim, Tg. 3:10.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Profano 168
Nossas palavras nos condenarão, Al. aos homens a vontade e a verdadeira na-
12:14 (Mos. 4:30). tureza de Deus, além de demonstrar o
Todos os homens se acautelem de significado de Seus procedimentos para
como tomam meu nome em seus lá- com eles. O profeta denuncia o pecado e
bios, D&C 63:61–62. prediz as suas consequências. Ele é um
pregador da retidão. Em certas ocasiões
Profano. Ver Ímpio
o profeta pode ser inspirado a predizer
Profecia, Profetizar. Ver também o futuro em benefício da humanidade.
Profeta; Profetisa; Revelação; A sua responsabilidade principal, entre-
Vidente tanto, é prestar testemunho de Cristo. O
Uma profecia consiste de palavras ou Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
escritos inspirados, recebidos por meio dos Santos dos Últimos Dias é o profeta
de revelação do Espírito Santo. O teste- de Deus na Terra atualmente. Os mem-
munho de Jesus é o espírito de profecia bros da Primeira Presidência e do Quó-
(Apoc. 19:10). Uma profecia pode dizer rum dos Doze Apóstolos são apoiados
respeito ao passado, ao presente ou ao como profetas, videntes e reveladores.
futuro. Quando alguém profetiza, fala Oxalá que todo o povo do Senhor fosse
ou escreve o que Deus quer que saiba, profeta, Núm. 11:29. Se entre vós houver
seja para seu próprio benefício ou para profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me
o dos outros. As pessoas podem rece- farei conhecer, Núm. 12:6. O Senhor
ber profecias ou revelações para sua admoestou Israel por meio de todos os
própria vida. profetas, 2 Re. 17:13 (2 Crôn. 36:15–16;
Oxalá que todo o povo do Senhor fosse Jer. 7:25). Às nações te dei por profeta,
profeta, Núm. 11:29. Vossos filhos e fi- Jer. 1:5, 7. O Senhor revela o seu segredo
lhas profetizarão, Joel 2:28 (At. 2:17–18). aos seus servos, os profetas, Amós 3:7.
O Senhor revela o seu segredo aos seus Como falou pela boca dos seus san-
servos, os profetas, Amós 3:7. tos profetas, Lc. 1:70 (At. 3:21). Todos os
Nenhuma profecia de Escritura é de profetas deram testemunho de Cristo,
particular interpretação, 2 Ped. 1:20. At. 10:43. Deus pôs profetas na Igreja,
Os nefitas tiveram muitas revelações e 1 Cor. 12:28 (Ef. 4:11). A Igreja é edifica-
o espírito de profecia, Jacó 4:6, 13. Alma da sobre o fundamento de apóstolos e
e Amuleque conheciam as intenções de profetas, Ef. 2:19–20.
Zeezrom pelo espírito de profecia, Al.
O povo recusou as palavras dos pro-
12:7. Ai daquele que diz que o Senhor
fetas, 1 Né. 3:17–18 (2 Né. 26:3). Pelo Es-
já não obra por meio de profecia, 3 Né.
pírito são reveladas aos profetas todas
29:6. Examinai as profecias de Isaías,
as coisas, 1 Né. 22:1–2. Cristo veio aos
Mórm. 8:23.
nefitas para cumprir todas as coisas que
As profecias serão todas cumpridas,
foram anunciadas pelos santos profetas,
D&C 1:37–38.
Um homem deve ser chamado por 3 Né. 1:13 (D&C 42:39).
Deus, por profecia, RF 1:5. Aqueles que não atenderem às pa-
lavras dos profetas serão afastados do
Profeta. Ver também Presidente; meio do povo, D&C 1:14. Os que cre-
Profecia, Profetizar; Revelação; rem nas palavras dos profetas têm a
Vidente vida eterna, D&C 20:26. As palavras do
Pessoa chamada por Deus e que fala profeta recebereis como de minha pró-
em nome Dele. Como mensageiro de pria boca, D&C 21:4–6. As revelações e
Deus, o profeta recebe mandamentos, mandamentos para a Igreja só são dados
profecias e revelações do Senhor. Cabe a àquele que é designado, D&C 43:1–7. O
ele a responsabilidade de dar a conhecer dever do Presidente é presidir toda a
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
169 Queda de Adão e Eva
Igreja, e ser semelhante a Moisés, ser torna-se pura quando os seus pensa-
profeta, D&C 107:91–92. mentos e ações são limpos em todos os
Cremos em profetas, RF 1:6. sentidos. Quem pecou pode purificar-se
pela fé em Jesus Cristo, arrependendo-se
Profetisa. Ver também Profecia, e recebendo as ordenanças do evangelho.
Profetizar
Aquele que é limpo de mãos e puro de
Mulher que recebeu um testemunho coração receberá as bênçãos do Senhor,
de Jesus e que tem o espírito de revela- Salm. 24:3–5. Purificai-vos, os que le-
ção. Uma profetisa não possui o sacer- vais os vasos do Senhor, Isa. 52:11 (D&C
dócio nem suas chaves. Embora poucas 133:4–5).
mulheres nas escrituras sejam chama- Bem-aventurados os puros de coração,
das de profetisas, muitas foram as que Mt. 5:8 (3 Né. 12:8). Tudo o que é puro,
profetizaram, como Rebeca, Ana, Isabel nisso pensai, Filip. 4:8 (RF 1:13).
e Maria. Ó todos vós que sois puros de coração,
Miriã foi chamada de profetisa, Êx. levantai as cabeças e recebei a agradável
15:20. Débora foi chamada de profetisa, palavra de Deus, Jacó 3:2–3. Podereis na-
Juí. 4:4. Hulda foi chamada de profetisa, quele dia olhar para Deus com um cora-
2 Re. 22:14 (2 Crôn. 34:22). ção puro e mãos limpas, Al. 5:19. Sendo
Ana foi chamada de profetisa, Lc. 2:36. puros e sem mancha perante Deus, só
viam o pecado com horror, Al. 13:12. Ser
Provérbio
purificados como Cristo é puro, Morô.
Adágio, ditado, máxima ou conse- 7:48 (Mórm. 9:6).
lho moral Cristo reservará para si um povo puro,
Livro de Provérbios: Um livro do Velho D&C 43:14. O Senhor ordenou que fosse
Testamento contendo muitas parábolas, construída uma casa em Sião onde os
adágios e poemas, alguns dos quais fo- puros vissem a Deus, D&C 97:10–17. Isto
ram escritos por Salomão. O livro de é Sião — o puro de coração, D&C 97:21.
Provérbios é frequentemente citado no
Novo Testamento.
Queda de Adão e Eva. Ver também
Os capítulos 1–9 contêm uma explica-
Adão; Eva; Expiação, Expiar;
ção do que é a verdadeira sabedoria. Os
Homem Natural; Jesus Cristo;
capítulos 10–24 trazem uma coleção de
Mortal, Mortalidade; Morte
provérbios acerca das maneiras corretas
Espiritual; Morte Física; Plano de
e incorretas de viver. Os capítulos 25–29
Redenção; Redenção, Redimido,
apresentam os provérbios de Salomão
Redimir
registrados pelos homens de Ezequias,
rei de Judá. Os capítulos 30–31 descre- Processo pelo qual a humanidade se
vem a mulher virtuosa. tornou mortal nesta Terra. Ao comerem
do fruto proibido, Adão e Eva tornaram-
Publicano. Ver também Império se mortais, isto é, sujeitos ao pecado e à
Romano morte. Adão tornou-se a “primeira car-
Na antiga Roma, coletor de impostos ne” sobre a Terra (Mois. 3:7), significan-
para o governo. Os judeus geralmente do que Adão e Eva foram as primeiras
odiavam os publicanos. Alguns deles criaturas viventes a se tornarem mortais.
aceitaram prontamente o evangelho (Mt. Quando Adão e Eva caíram, todas as
9:9–10; Lc. 19:2–8). coisas na Terra também caíram e torna-
ram-se mortais. As revelações modernas
Pureza, Puro. Ver também Limpo e esclarecem que a Queda é uma bênção
Imundo; Santificação e que Adão e Eva devem ser honrados
Ser livre de pecado ou culpa. A pessoa como os primeiros pais da humanidade.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Querubins 170
A Queda foi um passo necessário para Gên. 3:24 (Al. 12:21–29; 42:2–3; Mois.
o progresso do homem. Sabendo Deus 4:31). No propiciatório foram colocadas
que a queda aconteceria, Ele preparou duas imagens de querubins, Êx. 25:18,
na vida pré-mortal um Salvador. Jesus 22 (1 Re. 6:23–28; Heb. 9:5). São mencio-
Cristo veio no meridiano dos tempos nados querubins nas visões de Ezequiel,
para expiar a Queda de Adão e também Eze. 10; 11:22.
os pecados individuais do homem, sob
Quiscúmen. Ver também Ladrões de
condição de arrependimento.
Gadiânton
Porque no dia em que dela comeres,
No Livro de Mórmon, líder de um
certamente morrerás, Gên. 2:17 (Mois.
grupo de homens iníquos, mais tarde
3:17). Ela tomou de seu fruto, e comeu,
conhecidos como ladrões de Gadiânton
Gên. 3:6 (Mois. 4:12).
(Hel. 1:9–12; 2).
Assim como todos morrem em Adão,
assim também todos serão vivificados Quórum. Ver também Sacerdócio
em Cristo, 1 Cor. 15:22. A palavra quórum pode ser usada de
Toda a humanidade se encontrava duas maneiras: (1) Um grupo específico
num estado decaído, 1 Né. 10:6. O ca- de homens portadores do mesmo ofício
minho está preparado desde a queda do no sacerdócio. (2) Uma maioria, ou seja,
homem, 2 Né. 2:4. Depois de Adão e Eva o número mínimo de membros de um
terem comido do fruto proibido, foram grupo do sacerdócio que deve estar pre-
expulsos do Jardim do Éden, 2 Né. 2:19. sente a uma reunião, a fim de tomar de-
Adão caiu para que os homens existis- cisões com respeito a assuntos da Igreja
sem, 2 Né. 2:15–26. O homem natural é (D&C 107:28).
inimigo de Deus e tem-no sido desde a
queda de Adão, Mos. 3:19. Aarão ensinou Descritos os quóruns da Primeira Pre-
ao pai de Lamôni a respeito da queda, sidência, dos Doze e dos Setenta e o re-
Al. 22:12–14. Deverá haver uma expia- lacionamento entre eles, D&C 107:22–26,
ção, do contrário todos estão decaídos 33–34 (D&C 124:126–128). As decisões
e perdidos, Al. 34:9. Nossos primeiros desses quóruns devem ser unânimes,
pais foram banidos tanto física como D&C 107:27. As decisões desses quó-
espiritualmente da presença do Senhor, runs serão feitas em toda justiça, D&C
Al. 42:2–15 (Hel. 14:16). Por causa da que- 107:30–32. Descritos os deveres dos pre-
da nossa natureza tornou-se má, Ét. 3:2. sidentes de quóruns do sacerdócio, D&C
Pela transgressão dessas santas leis, 107:85–96. O quórum de élderes é insti-
o homem tornou-se decaído, D&C 20:20 tuído para ministros locais, D&C 124:137.
(D&C 29:34–44).
O Senhor disse a Adão que assim Rafael. Ver também Anjos
como havia caído, podia ser redimido,
Anjo do Senhor que participou da res-
Mois. 5:9–12. Por causa da transgressão
tauração de todas as coisas (D&C 128:21).
vem a queda, Mois. 6:59. Os homens
serão punidos por seus próprios peca- Rameumpton
dos, RF 1:2. No Livro de Mórmon, um púlpito
Querubins elevado no qual oravam os zoramitas,
apóstatas nefitas (Al. 31:8–14, 21).
Figuras que representam seres celes-
tiais, cuja forma exata se desconhece. Raquel. Ver também Jacó, Filho de
Os querubins foram designados para Isaque
guardar lugares sagrados. No Velho Testamento, uma das es-
O Senhor pôs querubins para guardar posas de Jacó (Gên. 29–31; 35). Ela era
o caminho que levava à árvore da vida, também a mãe de José e de Benjamim.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
171 Redentor
Realistas Redenção, Plano de. Ver Plano de
No Livro de Mórmon, grupo de pes- Redenção
soas que pretendia derrubar o governo Redenção, Redimido, Redimir. Ver
dos nefitas (Al. 51:1–8). também Expiação, Expiar; Jesus
Cristo; Morte Espiritual; Morte
Rebeca. Ver também Isaque
Física; Queda de Adão e Eva;
Esposa de Isaque, patriarca do Velho Salvação
Testamento (Gên. 24–27). Era mãe de
Libertar, comprar ou resgatar, como,
Esaú e Jacó (Gên. 25:23–26).
por exemplo, livrar uma pessoa do ca-
Rebeldia, Rebelião. Ver também tiveiro mediante pagamento. A redenção
Apostasia; Diabo; Murmurar; refere-se à Expiação de Jesus Cristo e à
Pecado libertação do pecado. A Expiação de Je-
sus redime toda a humanidade da morte
Desafiar ou opor-se ao Senhor, inclusi-
física. Por meio da Sua Expiação, aqueles
ve recusando-se a seguir os Seus líderes que têm fé Nele e que se arrependem são
escolhidos e desobedecendo consciente- também redimidos da morte espiritual.
mente aos Seus mandamentos.
Porque eu te remi, Isa. 44:22. Eu os res-
Não sejais rebeldes contra o Senhor, gatarei da morte, Ose. 13:14 (Salm. 49:15).
Núm. 14:9. O rebelde não busca senão Temos a redenção pelo sangue de Cris-
o mal, Prov. 17:11. Ai dos filhos rebel- to, Ef. 1:7, 14 (Heb. 9:11–15; 1 Ped. 1:18–19;
des, Isa. 30:1. Al. 5:21; Hel. 5:9–12).
O Senhor não redime os que se rebe- O Senhor redimiu a minha alma do in-
lam contra ele e morrem em seus peca- ferno, 2 Né. 1:15. A redenção só é obtida
dos, Mos. 15:26. Os amlicitas rebelaram- por intermédio do Santo Messias, 2 Né.
se abertamente contra Deus, Al. 3:18–19. 2:6–7, 26 (Mos. 15:26–27; 26:26). Canta-
Os rebeldes serão afligidos com mui- ram o amor que redime, Al. 5:9 (Al. 5:26;
ta tristeza, D&C 1:3. A cólera do Senhor 26:13). Os iníquos permanecerão como se
está acesa contra os rebeldes, D&C 56:1 não tivesse havido redenção, Al. 11:40–41
(D&C 63:1–6). (Al. 34:16; 42:13; Hel. 14:16–18). Jesus Cris-
Satanás rebelou-se contra Deus, to proporcionou a redenção do mundo,
Mois. 4:3. Mórm. 7:5–7. O poder da redenção atua
sobre todos os que não têm lei, Morô.
Recato. Ver também Humildade, 8:22 (D&C 45:54).
Humilde, Humilhar Os que não creem não podem ser re-
Comportamento ou aparência hu- dimidos de sua queda espiritual, D&C
milde, moderada e decente. A pessoa 29:44. Desde a fundação do mundo as
recatada evita o exagero e a ostentação. criancinhas estão redimidas, D&C 29:46.
O Senhor redimiu seu povo, D&C 84:99.
Deus fez túnicas de peles para Adão
Joseph F. Smith viu em visão a redenção
e Eva e os vestiu, Gên. 3:21 (Mois. 4:27).
dos mortos, D&C 138.
As mulheres se ataviem em traje ho- Adão e Eva se regozijaram por sua
nesto, 1 Tim. 2:9. Ensinem as novas a redenção, Mois. 5:9–11.
serem moderadas, castas, boas donas
de casa, Tito 2:5. Redentor. Ver também Jesus Cristo;
Muitos encheram os corações de orgu- Salvador
lho devido aos custosos trajes, Jacó 2:13. Jesus Cristo é o grande Redentor da
Sejam simples todas as tuas vestes, humanidade, pois Ele, com a Sua Ex-
D&C 42:40. piação, pagou o preço pelos pecados da
Cremos em ser castos e virtuosos, humanidade e tornou possível a ressur-
RF 1:13. reição de todas as pessoas.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Regras de Fé 172
Eu sei que o meu Redentor vive, Jó Treze pontos básicos de crença defen-
19:25. Eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu didos pelos membros de A Igreja de Je-
Redentor é o Santo de Israel, Isa. 41:14 sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
(Isa. 43:14; 48:17; 54:5; 59:20). Eu sou o Joseph Smith escreveu-as primeira-
Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, mente em uma carta dirigida a John
Isa. 49:26 (Isa. 60:16). Wentworth, editor do jornal Chicago
Chamarás o seu nome Jesus, porque Democrat, que desejava saber em que os
ele salvará o seu povo dos seus pecados, membros da Igreja acreditavam. Esse
Mt. 1:21. O Filho do Homem veio para documento tornou-se conhecido como
dar a sua vida em resgate de muitos, a Carta Wentworth e foi publicado no
Mt. 20:28 (1 Tim. 2:5–6). O Senhor Deus periódico Times and Seasons, em março
de Israel visitou e remiu o seu povo, Lc. de 1842. Em 10 de outubro de 1880, as
1:68. Fomos reconciliados com Deus pela Regras de Fé foram formalmente aceitas
morte de seu filho, Rom. 5:10. Jesus Cris- como escritura pelo voto dos membros
to se deu a si mesmo por nós, para nos da Igreja e passaram a fazer parte da
remir de toda a iniquidade, Tit. 2:13–14. Pérola de Grande Valor.
Jesus Cristo em seu sangue nos lavou dos
nossos pecados, Apoc. 1:5. Reino de Deus ou Reino dos Céus.
A redenção só é obtida por intermé- Ver também Glória Celestial; Igreja
dio do Santo Messias, 2 Né. 2:6–7, 26. de Jesus Cristo
O Filho tomou sobre si a iniquidade e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
transgressões dos homens, redimiu-os dos Últimos Dias é o reino de Deus na
e satisfez as exigências da justiça, Mos. Terra (D&C 65). O propósito da Igreja é
15:6–9, 18–27. Cristo virá para redimir os preparar os seus membros para viverem
que se batizarem para o arrependimento, eternamente no reino celestial ou reino
Al. 9:26–27. E virá ao mundo para redi- do céu. Entretanto, as escrituras às ve-
mir seu povo, Al. 11:40–41. A redenção zes chamam a Igreja de reino do céu,
advém-nos por meio do arrependimento, significando com isto que ela é o reino
Al. 42:13–26. Jesus Cristo vem redimir do céu na Terra.
o mundo, Hel. 5:9–12. Cristo redimiu Embora a Igreja de Jesus Cristo dos
a humanidade da morte física e da es- Santos dos Últimos Dias seja o reino de
piritual, Hel. 14:12–17. A redenção vem Deus na Terra, por ora esse reino acha-se
por Cristo, 3 Né. 9:17. Sou aquele que foi limitado a um reino eclesiástico. Duran-
preparado desde a fundação do mundo te o milênio, o reino de Deus governará
para redimir meu povo, Ét. 3:14. tanto eclesiástica como politicamente.
O Senhor vosso Redentor sofreu a
O Senhor é Rei eterno, Salm. 10:16
morte na carne, D&C 18:11. Cristo sofreu
(Salm. 11:4). O Deus do céu levantará
por todos os que se arrependerem, D&C
um reino que não será jamais destruído,
19:1, 16–20. As criancinhas estão redimi-
Dan. 2:44 (D&C 138:44).
das por meio de meu Unigênito, D&C
Arrependei-vos, porque é chegado o
29:46. Para a redenção do mundo enviei
reino dos céus, Mt. 3:2 (Mt. 4:17). Venha
meu Filho Unigênito, D&C 49:5. Cristo
o teu reino, seja feita a tua vontade na
é a luz e o Redentor do mundo, D&C
Terra, Mt. 6:10. Buscai primeiro o reino
93:8–9. Joseph F. Smith recebeu uma vi-
de Deus, Mt. 6:33 (3 Né. 13:33). Eu te da-
são da redenção dos mortos, D&C 138.
rei as chaves do reino, Mt. 16:19. Vinde,
Cremos que por meio da expiação
possuí por herança o reino que vos está
de Cristo, toda a humanidade pode ser
preparado, Mt. 25:34. Até quando eu
salva, RF 1:3.
partilhar do sacramento convosco no
Regras de Fé. Ver também Pérola de reino de meu Pai, Mt. 26:26–29. Vereis
Grande Valor; Smith, Joseph, Jr. todos os profetas no reino de Deus, Lc.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
173 Remissão de Pecados
13:28. Os injustos não hão de herdar o Segundo livro dos Reis: Os capítulos
reino de Deus, 1 Cor. 6:9. A carne e o 1:1–2:11 continuam a contar a vida de
sangue não podem herdar o reino de Elias, o profeta, inclusive a sua ascensão
Deus, 1 Cor. 15:50. ao céu em um carro de fogo. Os capítulos
Antes de buscardes as riquezas, bus- 2–9 tratam do ministério de grande fé e
cai o reino de Deus, Jacó 2:18. Nada poder de Eliseu. O capítulo 10 fala do rei
impuro pode herdar o reino dos céus, Jeú e de como ele destruiu a casa de Aca-
Al. 11:37. be e os sacerdotes de Baal. Os capítulos
A fim de descansares com elas no rei- 11–13 descrevem o reinado justo de Joás
no de meu Pai, D&C 15:6. A vós foi dado e a morte de Eliseu. Nos capítulos 14–17
o reino ou as chaves da Igreja, D&C 42:69 faz-se menção a vários reis que reinaram
(D&C 65:2). Que o reino de Deus vá avan- em Israel e em Judá, com frequência
te para que venha o reino dos céus, D&C em iniquidade. O capítulo 15 relata a
65:5–6. As chaves deste reino jamais te conquista das dez tribos de Israel pelos
serão tomadas, D&C 90:3. Quem te re- assírios. Nos capítulos 18–20 conta-se a
cebe como uma criancinha, recebe meu vida digna de Ezequias, rei de Judá, e do
reino, D&C 99:3. Assim será a minha profeta Isaías. Os capítulos 21–23 falam
Igreja chamada nos últimos dias, sim, dos reis Manassés e Josias. Segundo a
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos tradição, Manassés foi o responsável
Últimos Dias, D&C 115:4. Abriram-se pelo martírio de Isaías. Josias foi um
os céus sobre nós e contemplei o reino rei justo que restabeleceu a lei entre os
celestial de Deus, D&C 137:1–4. judeus. Os capítulos 24–25 registram o
cativeiro na Babilônia.
Reis
Dois livros do Velho Testamento. Eles Remissão de Pecados. Ver também
relatam a história de Israel desde a re- Arrepender-se, Arrependimento;
belião de Adonias, o quarto filho do Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
Rei Davi (cerca de 1015 a.C.), até o cati- Perdoar
veiro final de Judá (aproximadamente O perdão das faltas sob condição de
586 a.C.). Eles incluem toda a história do arrependimento. A remissão dos peca-
reino do norte (as dez tribos de Israel), dos torna-se possível pela Expiação de
desde a cisão até o tempo em que os as- Jesus Cristo. A pessoa obtém a remissão
sírios os levaram cativos para os países de seus pecados se tiver fé em Cristo, se
do norte. Ver também a Cronologia no arrepender de seus pecados, receber as
apêndice. ordenanças do batismo e da imposição
Primeiro livro dos Reis: O capítulo 1 das mãos para o dom do Espírito Santo
descreve os dias finais da vida do Rei e obedecer aos mandamentos de Deus
Davi. Os capítulos 2–11 registram a vida (RF 1:3–4).
de Salomão. Os capítulos 12–16 falam de Ainda que os vossos pecados sejam
Roboão e Jeroboão, sucessores imediatos como a escarlata, eles se tornarão bran-
de Salomão. Jeroboão provocou a divisão cos como a neve, Isa. 1:16–18.
do reino de Israel. Também são mencio- Isto é o meu sangue, derramado por
nados outros reis. Os capítulos 17–21 muitos, para remissão dos pecados, Mt.
trazem relatos de partes do ministério 26:28 (Heb. 9:22–28; D&C 27:2). Arrepen-
de Elias, o profeta, quando admoestou dei-vos, e cada um de vós seja batizado
Acabe, rei de Israel. O capítulo 22 relata para perdão dos pecados, At. 2:38 (Lc.
uma guerra contra a Síria, na qual Aca- 3:3; D&C 107:20). Os que crerem em Je-
be e Josafá, rei de Judá, juntaram suas sus receberão a remissão dos pecados,
forças. O profeta Mica profetizou contra At. 10:43 (Mos. 3:13).
estes dois reis. Cristo é a fonte onde devem procurar
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Repreender 174
a remissão de seus pecados, 2 Né. 25:26. a humanidade (Al. 11:40–45; 40; 3 Né.
Para reter a remissão dos pecados de- 11:1–17; D&C 76; Mois. 7:62).
vemos cuidar dos pobres e necessita- As pessoas não ressuscitarão todas
dos, Mos. 4:11–12, 26. Todo aquele que para a mesma glória (1 Cor. 15:39–42;
se arrepender terá direito à misericór- D&C 76:89–98), nem serão todas ressus-
dia para a remissão de seus pecados, citadas na mesma época (1 Cor. 15:22–23;
Al. 12:34. O cumprimento dos man- Al. 40:8; D&C 76:64–65, 85; 88:96–102).
damentos traz remissão dos pecados, Muitos santos ressuscitaram após a Res-
Morô. 8:25. surreição de Cristo (Mt. 27:52). Os justos
O Sacerdócio Aarônico possui as cha- serão ressuscitados antes dos ímpios e
ves do batismo por imersão para remis- ressurgirão na Primeira Ressurreição
são de pecados, D&C 13 (D&C 84:64, (1 Tess. 4:16); os pecadores que não se
74; RF 1:4). Eu, o Senhor, não mais me arrependerem ressurgirão na última
lembro de seus pecados, D&C 58:42–43 ressurreição (Apoc. 20:5–13; D&C 76:85).
(Eze. 18:21–22). A esses foi ensinado o Depois de consumida a minha pele,
batismo vicário para remissão de peca- ainda em minha carne verei a Deus,
dos, D&C 138:33. Jó 19:26 (Mois. 5:10). Abrirei as vossas
Repreender. Ver Castigar, Castigo, sepulturas, e vos farei sair, Eze. 37:12.
Corrigir, Repreender Abriram-se os sepulcros e muitos cor-
pos foram ressuscitados, Mt. 27:52–53
Responsabilidade, Idade da. (3 Né. 23:9). Ressuscitou o Senhor, Lc.
Ver Batismo, Batizar—Não 24:34. Um espírito não tem carne nem os-
batizar criancinhas; Batismo de sos, como vedes que eu tenho, Lc. 24:39.
Criancinhas; Criança(s); Prestar Eu sou a ressurreição e a vida, Jo. 11:25.
Contas, Responsabilidade, Os doze apóstolos ensinaram e testifi-
Responsável caram que Jesus havia ressuscitado, At.
1:21–22 (At. 2:32; 3:15; 4:33). Todos serão
Ressurreição. Ver também Corpo; vivificados em Cristo, 1 Cor. 15:1–22. Os
Espírito; Expiação, Expiar; Imortal, que morreram em Cristo ressuscitarão
Imortalidade; Jesus Cristo; Morte primeiro, 1 Tess. 4:16. Bem-aventurado e
Física santo aquele que tem parte na primeira
A reunião do corpo espiritual com ressurreição, Apoc. 20:6.
o corpo físico, de carne e ossos, após a Cristo dá sua vida, e toma-a nova-
morte. Depois da ressurreição, o espírito mente para efetuar a ressurreição dos
e o corpo jamais se separarão e a pessoa mortos, 2 Né. 2:8 (Mos. 13:35; 15:20; Al.
será imortal. Todos os que nascem na 33:22; 40:3; Hel. 14:15). Sem a ressurrei-
Terra serão ressuscitados porque Jesus ção estaríamos sujeitos a Satanás, 2 Né.
Cristo venceu a morte (1 Cor. 15:20–22). 9:6–9. A ressurreição será concedida a
Jesus Cristo foi a primeira pessoa que todos os homens, 2 Né. 9:22. Abinádi
ressuscitou nesta Terra (At. 26:23; Col. ensinou sobre a primeira ressurreição,
1:18; Apoc. 1:5). O Novo Testamento for- Mos. 15:21–26. Os perversos permanece-
nece amplas evidências de que Jesus le- rão como se não tivesse havido redenção,
vantou-se com o Seu corpo físico: o Seu sendo-lhes apenas afrouxadas as cadeias
sepulcro ficou vazio, Ele comeu peixe e da morte, Al. 11:41–45. Alma explicou o
mel, Ele tinha um corpo de carne e os- estado das almas entre a morte e a res-
sos, as pessoas tocaram Nele e os anjos surreição, Al. 40:6, 11–24.
disseram que Ele havia ressuscitado (Mc. Na vinda do Senhor, os mortos que
16:1–6; Lc. 24:1–12, 36–43; Jo. 20:1–18). As morreram em Cristo se levantarão, D&C
revelações modernas confirmam a reali- 29:13 (D&C 45:45–46; 88:97–98; 133:56).
dade da Ressurreição de Cristo e de toda Chorareis a perda especialmente dos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
175 Retidão
que não têm esperança de uma ressur- 12:2). Deus fará uma obra maravilhosa e
reição gloriosa, D&C 42:45. Os que não um assombro, Isa. 29:14 (2 Né. 25:17–18;
conheceram lei alguma tomarão parte D&C 4:1). Deus levantará um reino que
na primeira ressurreição, D&C 45:54. jamais será destruído, Dan. 2:44.
Eles se levantarão dentre os mortos e Elias, o profeta, virá, e restaurará todas
não mais morrerão, D&C 63:49. A res- as coisas, Mt. 17:11 (Mc. 9:12; D&C 77:14).
surreição dos mortos é a redenção da Virão os tempos da restauração de tudo,
alma, D&C 88:14–16. Espírito e elemen- At. 3:21 (D&C 27:6). Na dispensação da
to, inseparavelmente ligados, recebem plenitude dos tempos Deus congregará
a plenitude da alegria, D&C 93:33. An- todas as coisas em Cristo, Ef. 1:10. Vi ou-
jos que têm corpos de carne e ossos, tro anjo voar pelo meio do céu e tinha
são pessoas ressuscitadas, D&C 129:1. o evangelho eterno para o proclamar,
Qualquer princípio de inteligência que Apoc. 14:6.
alcançarmos nesta vida, surgirá conosco A plenitude do evangelho chegará
na ressurreição, D&C 130:18–19. aos gentios, 1 Né. 15:13–18. Os judeus
serão restituídos à verdadeira Igreja,
Restauração, Restituição. Ver também
2 Né. 9:2. Nos últimos dias a verdade
Restauração do Evangelho
chegará, 3 Né. 16:7.
O restabelecimento de uma coisa ou A vós eu confiro o Sacerdócio de Aa-
de uma condição que foi retirada ou rão, D&C 13 (JS—H 1:69). Confiei as
perdida. chaves do reino para os últimos dias,
O espírito e o corpo serão novamen- D&C 27:6, 13–14 (D&C 128:19–21). Para
te reunidos em sua perfeita forma, Al. reunir as tribos de Israel e restaurar to-
11:43–44. Restauração é restituir o mal das as coisas, D&C 77:9. Confiadas as
ao mal, a justiça à justiça, Al. 41:10–15. chaves desta dispensação, D&C 110:16
Cremos na restauração das Dez Tribos (D&C 65:2). Conferido o sacerdócio na
e que a Terra será renovada e receberá dispensação da plenitude dos tempos,
sua glória paradisíaca, RF 1:10 (D&C D&C 112:30.
133:23–24). Vi dois Personagens, JS—H 1:17. Eu
vos revelarei o sacerdócio pela mão de
Restauração do Evangelho. Ver Elias, o profeta, JS—H 1:38 (Mal. 4:5–6).
também Apostasia; Dispensação;
Evangelho; Smith, Joseph, Jr. Retidão. Ver também Andar, Andar
O restabelecimento sobre a Terra, por com Deus; Dignidade, Digno;
parte de Deus, das verdades e ordenan- Injustiça, Injusto; Integridade;
ças de Seu evangelho. O evangelho de Justiça; Justo(s); Mandamentos de
Jesus Cristo foi retirado da Terra por Deus
causa da apostasia que ocorreu após Qualidade do que é justo, santo, vir-
o ministério terreno dos Apóstolos de tuoso, íntegro; obedecer aos mandamen-
Cristo. Essa apostasia tornou necessá- tos de Deus; evitar o pecado.
ria a Restauração do evangelho. Por Satanás não tem poder sobre os cora-
meio de visões, ministrações de anjos ções do povo, porque vivem em retidão,
e revelações aos homens na Terra, Deus 1 Né. 22:26. Se não há retidão, não há
restaurou o evangelho. A Restauração felicidade, 2 Né. 2:13. Todos os homens
começou com o Profeta Joseph Smith devem ser mudados a um estado de re-
(JS—H 1; D&C 128:20–21) e tem continua- tidão, Mos. 27:25–26. Buscastes a felici-
do até hoje por intermédio do trabalho dade na iniquidade, o que é contrário à
dos profetas vivos do Senhor. natureza da retidão, Hel. 13:38.
A casa do Senhor será estabelecida no Estai, pois, firmes, tendo vestida a
cume dos montes, Isa. 2:2 (Miq. 4:2; 2 Né. couraça da retidão, D&C 27:16 (Ef. 6:14).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Reuel 176
Aquele que pratica as obras da retidão alguma, sem ter revelado o seu segredo
receberá paz neste mundo e vida eterna aos seus servos, os profetas, Amós 3:7.
no mundo vindouro, D&C 59:23. Os po- Bem-aventurado és tu, Simão Barjo-
deres do céu não podem ser controlados nas, porque to não revelou a carne e o
a não ser de acordo com os princípios da sangue, mas meu Pai, Mt. 16:15–19. O
retidão, D&C 121:36. Espírito vos guiará em toda a verdade,
O povo de Sião vivia em retidão, Mois. e vos anunciará o que há de vir, Jo. 16:13.
7:18. Abraão foi um seguidor da retidão, Se algum de vós tem falta de sabedoria,
Abr. 1:2. peça-a Deus, Tg. 1:5.
Todas as coisas serão reveladas, 2 Né.
Reuel. Ver Jetro
27:11. Darei aos filhos dos homens linha
Revelação. Ver também Espírito Santo; sobre linha, 2 Né. 28:30. Nada haverá se-
Inspiração, Inspirar; Luz, Luz de creto que não seja revelado, 2 Né. 30:17.
Cristo; Palavra de Deus; Profecia, O Espírito Santo vos mostrará todas as
Profetizar; Sonho; Visão; Voz coisas que deveis fazer, 2 Né. 32:5. Ne-
nhum homem conhece os caminhos de
Comunicação de Deus aos Seus filhos
Deus, a não ser que lhe sejam revelados,
aqui na Terra. A revelação pode vir pela
Jacó 4:8. Alma jejuou e orou para receber
Luz de Cristo e pelo Espírito Santo por
revelação, Al. 5:46. Ao justo será permiti-
meio de inspiração, visões, sonhos ou
do revelar coisas nunca antes reveladas,
visitas de anjos. A revelação proporcio-
Al. 26:22. Aquele que nega estas coisas
na orientação que pode levar os fiéis à
não conhece o evangelho de Jesus Cristo
salvação eterna no reino celestial.
e não leu as escrituras, Mórm. 9:7–8. Não
O Senhor revela a Sua obra aos Seus
recebereis testemunho senão depois da
profetas e confirma aos crentes que as
prova de vossa fé, Ét. 12:6.
revelações concedidas aos profetas são
A minha palavra será toda cumpri-
verdadeiras (Amós 3:7). Por meio de re-
da, D&C 1:38. Não dei paz à tua mente
velação o Senhor fornece orientação in-
quanto ao assunto, D&C 6:22–23. Falarei
dividual a toda pessoa que a busca, que
em tua mente e em teu coração, D&C
tem fé, que se arrepende e que obedece
8:2–3. Se estiver certo, farei arder dentro
ao evangelho de Jesus Cristo. “O Espírito
de ti o teu peito, D&C 9:8. Não negues o
Santo é um revelador,” disse o Profeta
espírito de revelação, D&C 11:25. Os que
Joseph Smith, e “ninguém pode receber
pedirem, receberão revelação sobre re-
o Espírito Santo sem receber revelações.”
velação, D&C 42:61. Tudo que disserem,
Na Igreja do Senhor os membros que
quando movidos pelo Espírito Santo,
formam a Primeira Presidência e o Quó-
será a voz do Senhor, D&C 68:4. Deus
rum dos Doze Apóstolos são profetas,
vos dará conhecimento, D&C 121:26.
videntes e reveladores para a Igreja e
Joseph Smith viu o Pai e o Filho, JS—H
para o mundo. O Presidente da Igreja
1:17. Cremos em tudo o que Deus revelou
é a única pessoa, entre todos eles, auto-
e ainda revelará, RF 1:7, 9.
rizada pelo Senhor a receber revelação
para a Igreja (D&C 28:2–7). Entretanto, Revelação de João. Ver Apocalipse do
todos podem receber revelação pessoal Apóstolo João
para o seu próprio benefício.
Reverência. Ver também Honra,
De tudo o que sai da boca do Senhor
Honrar; Temor
viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4; D&C
98:11). O Senhor fala numa voz mansa e Profundo respeito pelas coisas sagra-
delicada, 1 Re. 19:12. Não havendo visão, das; veneração.
o povo fica desenfreado, Prov. 29:18. Cer- O Senhor ordenou a Moisés que tirasse
tamente o Senhor Deus não fará coisa os sapatos, pois o lugar em que estava
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
177 Roboão
era terra santa, Êx. 3:4–5. Deus deve ser materiais. O Senhor aconselhou os san-
temido e reverenciado, Salm. 89:7. tos a não buscarem as riquezas terrenas,
Sirvamos a Deus com reverência e exceto para fazer o bem. Eles não devem
piedade, Heb. 12:28. dar maior importância às riquezas do
Morôni inclinou-se até o solo e orou mundo do que à busca do reino de Deus,
fervorosamente, Al. 46:13. A multidão onde se acham as riquezas da eternidade
caiu por terra e adorou a Cristo, 3 Né. (Jacó 2:18–19).
11:12–19.
Se ele prostrar-se perante mim, D&C Se as vossas riquezas aumentam, não
5:24. Todas as coisas curvam-se em hu- ponhais nelas o coração, Salm. 62:10. Não
milde reverência diante do trono de aproveitam as riquezas no dia da ira,
Deus, D&C 76:93. Vossa mente escure- Prov. 11:4. Aquele que confia nas suas
ceu-se porque tratastes com leviandade riquezas cairá, Prov. 11:28. Mais digno
as coisas que recebestes, D&C 84:54–57. de ser escolhido é o bom nome do que
Todo joelho se dobrará e toda língua as muitas riquezas, Prov. 22:1.
confessará, D&C 88:104. Por respeito ou Quão dificilmente entrarão no rei-
reverência ao nome do Ser Supremo, a no de Deus os que têm riquezas, Mc.
igreja deu a esse sacerdócio o nome de 10:23 (Lc. 18:24–25). O amor ao dinhei-
Melquisedeque, D&C 107:4. Bênçãos se- ro é a raiz de toda a espécie de males,
rão derramadas sobre os que reverencia- 1 Tim. 6:10.
rem ao Senhor em sua casa, D&C 109:21. Ai dos ricos que desprezam os pobres
Rigdon, Sidney e cujos tesouros são seu deus, 2 Né. 9:30.
Os ricos justos não tinham posto o co-
Um dos primeiros conversos e líder
ração nas riquezas e eram liberais com
da Igreja restaurada na década de 1830
todos, Al. 1:30. O povo começou a se tor-
e começo da de 1840. Sidney Rigdon
nar orgulhoso por causa das riquezas,
serviu durante algum tempo como Pri-
meiro Conselheiro de Joseph Smith na Al. 4:6–8. O povo começou a dividir-
Primeira Presidência da Igreja (D&C 35; se em classes, segundo suas riquezas,
58:50, 57; 63:55–56; 76:11–12, 19–23; 90:6; 3 Né. 6:12.
93:44; 100:9–11; 124:126). Mais tarde ele Não busque as riquezas mas sabe-
apostatou e foi excomungado em setem- doria, D&C 6:7 (Al. 39:14; D&C 11:7).
bro de 1844. As riquezas da Terra são de Deus para
dar, mas precavei-vos contra o orgulho,
Rio Jordão D&C 38:39.
O Rio Jordão estende-se desde o mar Riquezas da eternidade: Ajuntai tesouros
da Galileia até o Mar Morto. Tem 160
no céu, Mt. 6:19–21.
quilômetros de extensão e é formado
Quantas vezes vos chamei pelas ri-
por diversas nascentes que descem do
quezas da vida eterna, D&C 43:25. As
monte Hermon. É o rio mais importan-
riquezas da eternidade são minhas e
te de Israel.
Dois dos acontecimentos mais im- posso dá-las, D&C 67:2 (D&C 78:18).
portantes relacionados a esse rio são a Roboão. Ver também Salomão
separação das águas, feita pelo Senhor,
para a passagem de Israel (Jos. 3:14–17) No Velho Testamento, filho e suces-
e o batismo de Jesus Cristo (Mt. 3:13–17; sor do rei Salomão. Reinou em Jerusa-
1 Né. 10:9). lém durante dezessete anos (1 Re. 11:43;
14:21, 31). Durante seu reinado o reino
Riquezas. Ver também Dinheiro; foi dividido em Reino de Israel, no norte,
Orgulho e Reino de Judá, no sul (1 Re. 11:31–36;
Fortuna ou abundância de bens 12:19–20). Roboão ficou como rei de Judá.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Rocha 178
Rocha. Ver também Evangelho; Jesus considerava muito perigosa. Se esca-
Cristo; Revelação passe com vida, esperava depois visitar
Em sentido figurado, Jesus Cristo e o Roma. A epístola destinava-se, em parte,
Seu evangelho, que são um firme alicerce a preparar a Igreja de lá para recebê-lo
e sustentáculo (D&C 11:24; 33:12–13). A quando chegasse. Pode-se considerar
palavra rocha também pode referir-se à também essa epístola como uma decla-
revelação, por meio da qual Deus torna ração sobre certas doutrinas acerca das
conhecido o Seu evangelho ao homem quais houvera controvérsia e que Paulo
(Mt. 16:15–18). considerava como finalmente resolvidas.
No capítulo 1 encontra-se a saudação
Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, de Paulo aos romanos. Nos capítulos
Deut. 32:4. O Senhor é o meu rochedo, 2–11 há várias declarações sobre a dou-
nele confiarei, 2 Sam. 22:2–3. Uma pe- trina da fé, das obras e da graça. Nos
dra foi cortada, sem mãos, Dan. 2:34–35. capítulos 12–16 são detalhados ensina-
Estava edificada sobre a rocha, Mt. mentos práticos sobre o amor, o dever e
7:25 (3 Né. 14:25). Jesus Cristo é a pedra a santidade.
que foi rejeitada, At. 4:10–11. A pedra era
Cristo, 1 Cor. 10:1–4 (Êx. 17:6). Roubar, Roubo
O que está edificado sobre a rocha re- Tomar algo de alguém de modo deso-
cebe a verdade com júbilo, 2 Né. 28:28. Os nesto ou ilegal. O Senhor sempre orde-
judeus rejeitarão a pedra (Cristo) sobre nou aos Seus filhos que não roubassem
a qual poderiam edificar, Jacó 4:15–17. (Êx. 20:15; Mt. 19:18; 2 Né. 26:32; Mos.
É sobre a rocha de nosso Redentor que 13:22; D&C 59:6).
devemos construir o nosso alicerce, Hel.
5:12. Os que edificam sobre as doutrinas Ajuntai tesouros no céu, onde os la-
de Cristo, edificam sobre a sua rocha e drões não roubam, Mt. 6:19–21.
não cairão quando vierem as inunda- As derrotas dos nefitas aconteceram
ções, 3 Né. 11:39–40 (Mt. 7:24–27; 3 Né. por causa do orgulho, das riquezas, dos
18:12–13). Um homem prudente edificou furtos e dos roubos, Hel. 4:12.
sua casa sobre a rocha, 3 Né. 14:24. O que furtar e não se arrepender será
Se estiverdes estabelecidos sobre mi- expulso, D&C 42:20. Os que rouba-
nha rocha, a Terra e o inferno não po- rem serão entregues à lei do país, D&C
derão prevalecer, D&C 6:34. Aquele que 42:84–85.
edificar sobre esta rocha jamais cairá, Rúben. Ver também Israel; Jacó, Filho
D&C 50:44. de Isaque
Eu sou o Messias, o Rei de Sião, a Ro-
No Velho Testamento, filho mais ve-
cha do Céu, Mois. 7:53.
lho de Jacó e Lia (Gên. 29:32; 37:21–22,
Roma. Ver também Império Romano 29; 42:22, 37). Embora Rúben fosse o
No Novo Testamento, capital do Im- primogênito, perdeu a primogenitura
pério Romano, localizada às margens do por causa do pecado (Gên. 35:22; 49:3–4).
Rio Tibre, na Itália (At. 18:2; 19:21; 23:11). Tribo de Rúben: A bênção de Jacó a Rú-
Paulo pregou o evangelho em Roma, ben acha-se em Gên. 49:3 e em Deut. 33:6.
quando era prisioneiro do governo ro- O número de descendentes da tribo foi
mano (At. 28:14–31; Rom. 1:7, 15–16). diminuindo gradualmente, e embora ela
continuasse a existir, tornou-se politica-
Romanos, Epístola aos. Ver também mente menos importante. O direito de
Epístolas Paulinas; Paulo primogenitura de Rúben passou a José
No Novo Testamento, carta escrita e seus filhos, por ser este o primogêni-
por Paulo aos santos de Roma. Ele pre- to de Raquel, a segunda esposa de Jacó
tendia fazer uma visita a Jerusalém, que (1 Crôn. 5:1–2).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
179 Sacerdócio
Rumores. Ver também Maledicência; Deu Deus a Salomão sabedoria, 1 Re.
Mexerico 4:29–30. A sabedoria é coisa principal;
Satanás espalha rumores e conten- adquire, pois, a sabedoria, Prov. 4:7. O
das — às vezes parcialmente baseados que adquire entendimento ama a sua
na verdade — para fazer com que as alma, Prov. 19:8.
pessoas se voltem contra Deus e contra Jesus crescia em sabedoria, Lc. 2:40,
tudo o que é bom (Hel. 16:22; JS—H 1:1). 52. Se algum de vós tem falta de sabe-
Um dos sinais da Segunda Vinda de Je- doria, peça-a a Deus, Tg. 1:5 (D&C 42:68;
sus Cristo é que as pessoas ouvirão de JS—H 1:11).
guerras e rumores de guerras (Mt. 24:6; Eis que vos digo estas coisas para que
D&C 45:26; JS—M 1:23). aprendais sabedoria, Mos. 2:17. Aprende
sabedoria em tua mocidade, Al. 37:35.
Rute. Ver também Boaz Os santos encontrarão sabedoria e
No Velho Testamento, a nora moabita grandes tesouros de conhecimento, D&C
de Noemi e Elimeleque, que eram israeli- 89:19. Que o que for ignorante se humi-
tas. Depois da morte de seu marido, Rute lhe e invoque o Senhor, e assim adquira
casou-se com Boaz, parente de Noemi. sabedoria, D&C 136:32.
O filho deles, Obede, foi o antepassado
de Davi e de Cristo. A história de Rute Sacerdócio. Ver também Autoridade;
ilustra de forma bela a conversão ao re- Chaves do Sacerdócio; Juramento
banho de Israel de uma mulher que não e Convênio do Sacerdócio;
era israelita. Rute abandonou seu antigo Ordenação, Ordenar; Poder;
deus e sua vida anterior para unir-se à Sacerdócio Aarônico; Sacerdócio de
família da fé e servir ao Deus de Israel Melquisedeque
(Rute 1:16). Autoridade e poder concedidos por
Livro de Rute: O capítulo 1 descreve a Deus ao homem para agir em todas as
vida de Elimeleque e de sua família em coisas relacionadas com a salvação da
Moabe. Depois da morte de seus res- humanidade (D&C 50:26–27). Os mem-
pectivos maridos, Noemi e Rute foram bros da Igreja do sexo masculino, que
para Belém. O capítulo 2 explica que são portadores do sacerdócio, são or-
Rute recolheu espigas nos campos de ganizados em quóruns e autorizados
Boaz. O capítulo 3 conta como Noemi a realizar ordenanças e exercer certas
instruiu Rute a ir à eira e a deitar-se aos funções administrativas na Igreja.
pés de Boaz. O capítulo 4 é a história do Sua unção lhes será por sacerdócio
casamento de Rute com Boaz. Eles tive- eterno, Êx. 40:15 (Núm. 25:13).
ram um filho, Obede, de cuja linhagem Eu vos nomeei, Jo. 15:16. Sois edifica-
vieram Davi e Jesus Cristo. dos casa espiritual e sacerdócio santo,
1 Ped. 2:5. Sois a geração eleita, o sacer-
Sábado. Ver Dia do Sábado (Dia de dócio real, 1 Ped. 2:9 (Êx. 19:6).
Descanso) Os homens são chamados como sumos
sacerdotes por causa de sua grande fé
Sabedoria. Ver também Compreensão, e boas obras, Al. 13:1–12. Dou-te poder
Entendimento; Conhecimento; para batizar, 3 Né. 11:21. Tereis poder
Verdade para conferir o Espírito Santo, Morô. 2:2.
A capacidade ou dom de Deus de sa- Eis que vos revelarei o Sacerdócio pela
ber julgar corretamente. Adquire-se sa- mão de Elias, o profeta, D&C 2:1 (JS—H
bedoria pela experiência e pelo estudo 1:38). Confirmou o Senhor um sacerdó-
e seguindo os conselhos de Deus. Sem cio sobre Aarão e sua semente, D&C
a ajuda de Deus o homem não tem sa- 84:18. Esse sacerdócio maior administra
bedoria verdadeira (2 Né. 9:28; 27:26). o evangelho, D&C 84:19. Tirou Moisés
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sacerdócio, Chaves do 180
do meio deles, como também o Santo Rio Susquehanna, perto de Harmony,
Sacerdócio, D&C 84:25. Descrição do ju- Pensilvânia (D&C 13; JS—H 1:68–73).
ramento e convênio do sacerdócio, D&C E ele terá o convênio do sacerdócio
84:33–42. O sacerdócio continuou através eterno, Núm. 25:13. O Senhor purificará
da linhagem de vossos pais, D&C 86:8. os filhos de Levi e os afinará, Mal. 3:3
Há, na igreja, dois sacerdócios, D&C (3 Né. 24:3).
107:1. O primeiro sacerdócio é o Santo Ninguém toma para si esta honra,
Sacerdócio segundo a Ordem do Filho
Heb. 5:4. A perfeição não vem pelo Sa-
de Deus, D&C 107:2–4. Os direitos do
cerdócio Levítico, Heb. 7:11.
sacerdócio são inseparavelmente liga-
Este sacerdócio nunca mais será tirado
dos com os poderes do céu, D&C 121:36.
da Terra, até que os filhos de Levi tornem
Nenhum poder ou influência pode ou
a fazer, em retidão, uma oferta, D&C
deve ser mantido em virtude do sacer-
13. Joseph Smith e Oliver Cowdery fo-
dócio a não ser com persuasão e amor
ram ordenados ao Sacerdócio Aarônico,
não fingido, D&C 121:41. Todo homem
D&C 27:8. O sacerdócio menor contém a
da Igreja fiel e digno poderia receber o
santo sacerdócio, DO 2. chave do ministério de anjos, D&C 84:26
Cremos que um homem deve ser cha- (D&C 13). Há dois sacerdócios, a saber:
mado por Deus, RF 1:5. o de Melquisedeque e o Aarônico, D&C
107:1. O segundo sacerdócio chama-se
Sacerdócio, Chaves do. Ver Chaves Sacerdócio de Aarão, D&C 107:13.
do Sacerdócio
Sacerdócio de Melquisedeque.
Sacerdócio, Ordenação. Ver Ver também Élder (Ancião);
Ordenação, Ordenar Melquisedeque; Sacerdócio
Sacerdócio Aarônico. Ver também O Sacerdócio de Melquisedeque é o
Aarão, Irmão de Moisés; Lei de sacerdócio mais elevado ou maior; o Sa-
Moisés; Sacerdócio cerdócio Aarônico é o sacerdócio menor.
O sacerdócio menor (Heb. 7:11–12; O Sacerdócio de Melquisedeque inclui as
D&C 107:13–14). Seus ofícios são: bis- chaves das bênçãos espirituais da Igreja.
po, sacerdote, mestre e diácono (D&C Por meio das ordenanças do sacerdócio
84:30; 107:10, 14–15, 87–88). Antigamen- maior manifesta-se aos homens o poder
te, sob a lei de Moisés, havia sumos sa- da divindade (D&C 84:18–25; 107:18–21).
cerdotes, sacerdotes e levitas. Como os Adão foi o primeiro a quem Deus reve-
antigos israelitas se rebelaram contra lou o Sacerdócio de Melquisedeque e os
Deus, Moisés e o santo sacerdócio fo- patriarcas e profetas de todas as dispen-
ram retirados dentre eles e o sacerdócio sações possuíam esta autoridade (D&C
menor permaneceu. Eles se haviam re- 84:6–17). A princípio chamava-se o Santo
cusado a ser santificados e a receber o Sacerdócio, segundo a Ordem do Filho
Sacerdócio de Melquisedeque e as suas de Deus, porém mais tarde passou a ser
ordenanças. (Ver D&C 84:23–26.) O Sa- conhecido como Sacerdócio de Melqui-
cerdócio Aarônico encarrega-se das or- sedeque (D&C 107:2–4).
denanças temporais e exteriores da lei Quando os filhos de Israel não conse-
e do evangelho (1 Crôn. 23:27–32; D&C guiram viver à altura dos privilégios e
84:26–27; 107:20). Ele possui as chaves convênios do Sacerdócio de Melquisede-
do ministério de anjos, do evangelho do que, o Senhor retirou a lei maior e deu-
arrependimento e do batismo (D&C 13). lhes o sacerdócio menor e uma lei menor
O Sacerdócio Aarônico foi restaurado na (D&C 84:23–26). Eles eram chamados
Terra, nesta dispensação, em 15 de maio de Sacerdócio Aarônico e lei de Moisés.
de 1829. João Batista o conferiu a Joseph Quando Jesus veio à Terra, Ele restituiu o
Smith e Oliver Cowdery, às margens do Sacerdócio de Melquisedeque aos judeus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
181 Sacramento
e começou a estabelecer a Igreja entre Sacerdote, Sacerdócio Aarônico.
eles. Entretanto, o sacerdócio e a Igreja Ver também Aarão, Irmão de
foram novamente perdidos por causa da Moisés; Sacerdócio Aarônico; Sumo
apostasia, sendo posteriormente restau- Sacerdote
rados por meio de Joseph Smith Jr. (D&C Ofício no Sacerdócio Aarônico. An-
27:12–13; 128:20; JS—H 1:73). tigamente era o mais elevado ofício no
O Sacerdócio de Melquisedeque Sacerdócio Levítico, recebido apenas
abrange os ofícios de élder, sumo sa- por Aarão e seus descendentes. Quando
cerdote, patriarca, Setenta e Apóstolo Cristo cumpriu a lei mosaica, foi remo-
(D&C 107). O Sacerdócio de Melqui- vida essa restrição.
sedeque sempre fará parte do reino de Descritos os deveres de um sacerdo-
Deus na Terra. te na Igreja restaurada, D&C 20:46–52.
O Presidente de A Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias é o pre- Sacerdote, Sacerdócio de
sidente do sacerdócio maior, ou seja, de Melquisedeque. Ver também
Melquisedeque e ele é detentor de todas Sacerdócio de Melquisedeque;
as chaves pertencentes ao reino de Deus Sumo Sacerdote
na Terra. O chamado de Presidente é Pessoa que realiza cerimônias reli-
exercido somente por um homem ao giosas para outros e que são dirigidas
mesmo tempo e ele é a única pessoa na a Deus. Frequentemente nas escrituras
Terra autorizada a exercer todas as cha- os sacerdotes são sumos sacerdotes se-
ves do sacerdócio (D&C 107:64–67; 132:7). gundo a ordem de Melquisedeque (Al.
13:2). Aqueles que recebem a plenitude
Cristo será um sacerdote eterno, se- da glória de Deus após a Ressurreição
gundo a ordem de Melquisedeque, tornam-se sacerdotes e reis no mundo
Salm. 110:4 (Heb. 5:6, 10; 7:11). celestial.
O Sacerdócio de Melquisedeque ad-
Melquisedeque foi um sacerdote do
ministra o evangelho, Heb. 7 (D&C
Deus Altíssimo, Gên. 14:18. És um sacer-
84:18–25).
dote eterno, segundo a ordem de Melqui-
Melquisedeque, tendo muita fé, rece-
sedeque, Salm. 110:4 (Heb. 5:6; 7:17, 21).
beu o ofício de sumo sacerdote, Al. 13:18. Cristo nos fez reis e sacerdotes para
O Sacerdócio de Melquisedeque foi Deus, seu Pai, Apoc. 1:6 (Apoc. 5:10; 20:6).
conferido a Joseph Smith e a Oliver Cow- Quisera que vos lembrásseis de que
dery, D&C 27:12–13 (JS—H 1:72). Este sa- o Senhor Deus ordenou sacerdotes se-
cerdócio é recebido com um juramento gundo a sua santa ordem, Al. 13:1–20.
e convênio, D&C 84:33–42. Há duas di- Os que irão ressurgir na ressurreição
visões ou categorias principais, o Sacer- dos justos são sacerdotes e reis, D&C
dócio de Melquisedeque e o Sacerdócio 76:50, 55–60.
Aarônico, D&C 107:6. O Sacerdócio de
Melquisedeque tem o direito de admi- Sacramento. Ver também Águas Vivas;
nistrar nos assuntos espirituais, D&C Batismo, Batizar; Cruz; Expiação,
Expiar; Jesus Cristo; Pão da Vida;
107:8–18. Moisés, Elias e Elias, o profe-
Sacrifício; Última Ceia
ta, conferiam a Joseph Smith e a Oliver
Cowdery as chaves do sacerdócio, D&C Para os santos dos últimos dias, a pa-
110:11–16. Agora vos indico os oficiais lavra sacramento refere-se à ordenança
pertencentes a meu sacerdócio, para de tomar o pão e a água em memória
que tenhais suas chaves, D&C 124:123. do sacrifício expiatório de Cristo. O pão
partido representa o Seu corpo quebran-
Sacerdócio Levítico. Ver Sacerdócio tado; a água representa o sangue que Ele
Aarônico derramou para expiar os nossos pecados
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sacrifício 182
(1 Cor. 11:23–25; D&C 27:2). Quando os bênçãos obtidas por meio do sacrifício
membros dignos da Igreja tomam o sa- são maiores do que aquilo a que se re-
cramento, eles prometem tomar sobre nuncia.
si o nome de Cristo, lembrar-se sempre Depois que Adão e Eva foram expul-
Dele e guardar os Seus mandamentos. sos do Jardim do Éden, o Senhor deu-
Nesta ordenança os membros da Igreja lhes a lei do sacrifício. Essa lei consistia
renovam os seus convênios batismais. no oferecimento dos primogênitos de
Na Última Ceia, Jesus explicou a or- seus rebanhos e simbolizava o futuro
denança do sacramento enquanto Ele sacrifício do Unigênito de Deus (Mois.
comia com os Doze Apóstolos (Mt. 26:17– 5:4–8). Esta prática continuou até a morte
28; Lc. 22:1–20). de Jesus Cristo, a qual pôs fim ao sacrifí-
cio de animais como ordenança do evan-
Jesus tomou o pão e o abençoou e o
gelho (Al. 34:13–14). Na Igreja de hoje os
partiu; depois tomou o cálice e deu gra-
membros participam do sacramento do
ças, Mt. 26:26–28 (Mc. 14:22–24; Lc. 22:19– pão e da água em memória do sacrifício
20). Quem come a minha carne e bebe o de Jesus Cristo. Também é pedido aos
meu sangue tem a vida eterna, Jo. 6:54. membros da Igreja, hoje, que ofereçam
O que come e bebe indignamente come o sacrifício de um coração quebrantado
e bebe para a sua própria condenação, e um espírito contrito (3 Né. 9:19–22), o
1 Cor. 11:29 (3 Né. 18:29). que significa que devem ser humildes,
Jesus instruiu seus doze apóstolos ter o espírito de arrependimento e estar
nefitas a respeito do sacramento, 3 Né. dispostos a obedecer aos mandamentos
18:1–11. Jesus instruiu esses discípulos de Deus.
a proibirem pessoas indignas de parti-
Abraão amarrou seu filho Isaque e
ciparem do sacramento, 3 Né. 18:28–29
o colocou no altar, Gên. 22:1–18 (Jacó
(Mórm. 9:29). São ensinadas as orações
4:5). Sacrificarás os teus holocaustos, Êx.
sacramentais, Morô. 4–5 (D&C 20:75–79). 20:24. Os animais a serem sacrificados
O sacramento deve ser adminis- devem ser sem defeitos, Deut. 15:19–21.
trado por um sacerdote ou élder, O obedecer é melhor do que o sacrificar,
D&C 20:46, 76. Mestres e diáconos não 1 Sam. 15:22.
têm autoridade para administrar o sa- Amar é mais do que todos os holo-
cramento, D&C 20:58. Outros líquidos caustos e sacrifícios, Mc. 12:32–33. Somos
que não o vinho podem ser usados para santificados pelo sacrifício de Cristo,
o sacramento, D&C 27:1–4. Heb. 10:10–14.
Sacrifício. Ver também Coração Cristo se oferece em sacrifício pelo
Quebrantado; Expiação, Expiar; pecado, 2 Né. 2:6–7. Aquele grande e
último sacrifício será o Filho de Deus,
Jesus Cristo; Sacramento; Sangue
sim, infinito e eterno, Al. 34:8–14. Não
Em tempos antigos sacrifício signi- oferecereis mais holocaustos; sacrificai
ficava tornar alguma coisa ou alguém a Deus um coração quebrantado e um
santo. Atualmente significa renunciar a espírito contrito, 3 Né. 9:19–20 (Salm.
algo ou sofrer a perda de coisas terrenas 51:16–17; D&C 59:8).
pelo Senhor e Seu reino. Os membros da Hoje é um dia de sacrifício, D&C 64:23
Igreja do Senhor devem estar dispostos (D&C 97:12). Todos os que estiverem
a sacrificar todas as coisas pelo Senhor. dispostos a observar seus convênios
Joseph Smith ensinou que “uma religião por meio de sacrifício são aceitos pelo
que não requeira o sacrifício de todas as Senhor, D&C 97:8. Joseph Smith viu os
coisas nunca tem poder suficiente para espíritos dos justos, que haviam ofereci-
produzir a fé necessária para a vida e do sacrifícios à semelhança do sacrifício
a salvação.” Na perspectiva eterna, as do Salvador, D&C 138:13. Se efetuara
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
183 Salomão
redenção por meio do sacrifício do Filho semelhante à uma palavra hebraica que
de Deus na cruz, D&C 138:35. significa “paz.”
Sadraque. Ver também Daniel Melquisedeque, rei de Salém, trouxe
pão e vinho, Gên. 14:18.
No Velho Testamento, Sadraque, Me-
Melquisedeque, rei de Salém, era sa-
saque e Abede-Nego eram três jovens
cerdote do Deus altíssimo, Heb. 7:1–2.
israelitas que, junto com Daniel, foram
Melquisedeque era rei da terra de Sa-
levados ao palácio de Nabucodonosor,
lém, Al. 13:17–18.
rei de Babilônia. O nome hebreu de Sa-
draque era Hananias. Os quatro jovens Salmo. Ver também Davi; Música
recusaram-se a contaminar-se com a
Poema ou hino inspirado.
carne e o vinho do rei (Dan. 1). Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego foram jogados, Livro de Salmos: Livro do Velho Testa-
por ordem do rei, em uma fornalha ar- mento contendo uma coleção de salmos,
dente, mas foram preservados milagro- muitos dos quais falam de Cristo. O li-
samente (Dan. 3). vro de Salmos é muito citado no Novo
Testamento.
Saduceus. Ver também Judeus Davi foi o autor de muitos dos Salmos,
Grupo pequeno, porém politicamente os quais foram escritos como louvores
poderoso, entre os judeus. Eles eram tal- a Deus. Muitos deles eram acompanha-
vez melhor conhecidos por sua crença na dos de música.
rígida obediência à letra da lei mosaica
e por rejeitarem a realidade dos espíri- Salomão. Ver também Bate-Seba; Davi
tos e dos anjos e também as doutrinas No Velho Testamento, filho de Davi e
da Ressurreição e da vida eterna (Mc. Batseba (2 Sam. 12:24). Salomão foi du-
12:18–27; At. 4:1–3; 23:7–8). rante algum tempo rei de Israel.
Sagrado. Ver Santidade; Santo Davi designa Salomão rei, 1 Re. 1:11–
(adjetivo) 53. Davi ordena a Salomão que ande
nos caminhos do Senhor, 1 Re. 2:1–9. O
Sal Senhor prometeu-lhe um coração en-
Usado como importante conservante tendido, 1 Re. 3:5–15. Julgou duas mu-
de alimentos no mundo antigo; era con- lheres que reclamavam ser a mãe de
siderado como essencial à vida. um mesmo menino e determinou quem
A mulher de Ló ficou convertida numa era a verdadeira mãe da criança, 1 Re.
estátua de sal, Gên. 19:26. 3:16–28. Compôs provérbios e cânticos,
Vós sois o sal da Terra, Mt. 5:13 (Lc. 1 Re. 4:32. Construiu um templo, 1 Re.
14:34; 3 Né. 12:13). 6; 7:13–51. Dedicou o templo, 1 Re. 8.
O povo do convênio de Deus é consi- Foi visitado pela rainha de Sabá, 1 Re.
derado o sal da Terra, D&C 101:39–40. 10:1–13. Salomão casou-se com mulheres
Se os santos não forem salvadores de não israelitas e estas perverteram seu
homens serão como o sal que perdeu o coração para a adoração de falsos deu-
sabor, D&C 103:9–10. ses, 1 Re. 11:1–8. O Senhor indignou-se
contra Salomão, 1 Re. 11:9–13. Morreu,
Salém. Ver também Jerusalém; 1 Re. 11:43. Davi profetizou a glória do
Melquisedeque reino de Salomão, Salm. 72.
Cidade do Velho Testamento, gover- Salomão recebeu muitas esposas
nada por Melquisedeque. É possível e concubinas, mas algumas não fo-
que estivesse localizada onde está a Je- ram recebidas do Senhor, D&C 132:38
rusalém de hoje. O nome Salém é muito (Jacó 2:24).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Salvação 184
Salvação. Ver também Exaltação; outra vez, em sua infância, inocentes,
Expiação, Expiar; Graça; Jesus D&C 93:38. Todas as crianças que mor-
Cristo; Morte Espiritual; Morte rem antes de chegar à idade da respon-
Física; Plano de Redenção; sabilidade são salvas no reino celestial,
Redenção, Redimido, Redimir D&C 137:10.
Ser salvo tanto da morte física quan- As crianças são limpas desde a fun-
to da espiritual. Todas as pessoas se- dação do mundo, Mois. 6:54.
rão salvas da morte física pela graça de Salvação, Plano de. Ver Plano de
Deus, por meio da morte e Ressurreição Redenção
de Jesus Cristo. Toda pessoa também
pode ser salva da morte espiritual pela Salvação de Crianças. Ver Criança(s);
graça de Deus, mediante a fé em Jesus Salvação—Salvação das criancinhas
Cristo. Essa fé é manifestada numa vida
de obediência às leis e às ordenanças do Salvação para os Mortos. Ver também
evangelho, e de serviço a Cristo. Genealogia; Livro de Recordações;
Plano de Redenção; Salvação
O Senhor é minha luz e minha salva-
ção, Salm. 27:1. Só ele é minha rocha e Oportunidade de membros da Igreja
minha salvação, Salm. 62:2. Nascerá o vivos e dignos realizarem nos templos
sol da justiça, e salvação trará debaixo as ordenanças salvadoras do evangelho
das suas asas, Mal. 4:2. por aqueles que morreram sem recebê-
O evangelho é o poder de Deus para las. O evangelho é ensinado aos mortos
salvação, Rom. 1:16 (D&C 68:4). Operai no mundo espiritual e eles podem acei-
a vossa salvação com temor, Filip. 2:12. tar as ordenanças realizadas por eles
Deus vos elegeu para salvação em san- aqui na Terra.
tificação, 2 Tess. 2:13. Os membros fiéis da Igreja pesqui-
A salvação é gratuita, 2 Né. 2:4. sam e preparam histórias da família
Não há dom maior que o dom da sal- para determinar os nomes e datas de
vação, D&C 6:13. nascimento de seus antepassados, a fim
Jesus Cristo é o único nome median- de que as ordenanças salvadoras sejam
te o qual virá a salvação, Mois. 6:52 (At. feitas por eles.
4:10–12). Cremos que, por meio da expia- Dizei aos presos: Saí, Isa. 49:9 (Isa.
ção de Cristo, toda a humanidade pode 24:22; 1 Né. 21:9). O Senhor enviou-me a
ser salva, RF 1:3. proclamar liberdade aos cativos, Isa. 61:1
Salvação das criancinhas: Se não vos fi- (Lc. 4:18). Ele converterá o coração dos
zerdes como meninos, de modo algum pais aos filhos, Mal. 4:5–6 (3 Né. 25:5–6;
entrareis no reino dos céus, Mt. 18:3. D&C 110:13–16).
As criancinhas também têm a vida Os mortos ouvirão a voz do Filho de
eterna, Mos. 15:25. O batismo de crian- Deus, Jo. 5:25. Por que se batizam eles
cinhas é uma abominação, e as crianci- então pelos mortos, 1 Cor. 15:29. Cristo
nhas estão vivas em Cristo por causa da pregou aos espíritos em prisão, 1 Ped.
Expiação, Morô. 8:8–24. 3:18–20. Por isto foi pregado o evangelho
As criancinhas são redimidas por também aos mortos, 1 Ped. 4:6.
meio do Unigênito; a Satanás não é dado O Filho visitou os espíritos em prisão,
poder para tentá-las, D&C 29:46–47. O D&C 76:73. Então virá a redenção da-
evangelho deve ser ensinado às crian- queles que receberam sua parte naquela
ças pelos pais e elas devem ser batiza- prisão, D&C 88:99. Não existe na Terra
das quando tiverem oito anos, D&C uma fonte batismal onde os meus santos
68:25–28. As criancinhas são santifica- possam ser batizados pelos que estão
das por meio da expiação de Jesus Cris- mortos, D&C 124:29. Todos os que mor-
to, D&C 74:7. Os homens tornaram-se rem sem o conhecimento do evangelho
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
185 Samuel, Profeta do Velho Testamento
e que o teriam recebido serão herdeiros e santo que decidiu seguir ao Senhor
do reino celestial, D&C 137:7–10. O Filho (1 Né. 2:17; 2 Né. 5:5–6; Al. 3:6).
de Deus apareceu, anunciando a liber-
dade aos cativos que tinham sido fiéis, Samaria. Ver também Samaritanos
D&C 138:18. No Velho Testamento, a capital do rei-
Saíram quantos espíritos estavam em no do norte de Israel (1 Reis 16:23–24).
prisão, Mois. 7:57. Devido a sua posição estratégica no alto
de um monte, os assírios só puderam
Salvador. Ver também Jesus Cristo capturá-la depois de um cerco de três
Aquele que salva. Jesus Cristo, por anos (2 Reis 17:5–6). Herodes recons-
meio de Sua Expiação, ofereceu redenção truiu-a e chamou-a Sebaste. Na época do
e salvação a toda a humanidade. “Salva- Novo Testamento, Samaria era o nome
dor” é um nome e título de Jesus Cristo. de todo o distrito central da Palestina a
O Senhor é a minha luz e a minha oeste do Jordão.
salvação, Salm. 27:1 (Êx. 15:1–2; 2 Sam.
Samaritanos. Ver também Samaria
22:2–3). Eu sou o Senhor, e fora de mim
não há Salvador, Isa. 43:11 (D&C 76:1). Povo bíblico que vivia em Samaria
E chamarás o seu nome Jesus; porque depois que os assírios levaram cativo o
ele salvará o povo dos seus pecados, Mt. reino do norte. Os samaritanos tinham
1:21. Nasceu-vos hoje o Salvador, que é sangue israelita e sangue gentio. Sua
Cristo, o Senhor, Lc. 2:11. Deus amou o religião era uma mistura de crenças e
mundo de tal maneira que deu seu Filho práticas judaicas e pagãs. A parábola do
Unigênito para salvação de todo aquele Bom Samaritano, encontrada em Lucas
que nele crê, Jo. 3:16–17. Não há nenhum 10:25–37, mostra o ódio que os judeus
outro nome além de Cristo pelo qual os tinham aos samaritanos por terem eles
homens possam ser salvos, At. 4:10–12 apostatado da religião israelita. O Se-
(2 Né. 25:20; Mos. 3:17; 5:8; D&C 18:23; nhor orientou os Apóstolos para que
Mois. 6:52). Dos céus esperamos o Sal- pregassem o evangelho aos samaritanos
vador, o Senhor Jesus Cristo, Filip. 3:20. (At. 1:6–8). Filipe pregou com sucesso o
O Pai enviou seu Filho para Salvador do evangelho de Cristo ao povo de Sama-
mundo, 1 Jo. 4:14. ria e realizou muitos milagres entre eles
O Senhor levantaria um Messias, um (At. 8:5–39).
Salvador do mundo, 1 Né. 10:4. O Cor-
Samuel, o Lamanita
deiro de Deus é o Salvador do mundo,
1 Né. 13:40. O conhecimento de um Sal- Profeta lamanita do Livro de Mórmon
vador se espalhará por toda nação, tribo, enviado pelo Senhor para ensinar e ad-
língua e povo, Mos. 3:20. Cristo teve de vertir os nefitas pouco antes do nasci-
morrer para que a salvação pudesse vir, mento do Salvador. Samuel profetizou
Hel. 14:15–16. a respeito dos sinais relativos ao nasci-
A justificação e a santificação por meio mento e morte de Jesus Cristo e sobre a
do Salvador são justas e verdadeiras, destruição dos nefitas (Hel. 13–16).
D&C 20:30–31. Eu sou Jesus Cristo, o
Samuel, Profeta do Velho
Salvador do mundo, D&C 43:34.
Testamento
Meu Unigênito é o Salvador, Mois.
1:6. Todos os que cressem no Filho e se Filho de Elcana e Ana, Samuel nas-
arrependessem de seus pecados seriam ceu em resposta às orações de sua mãe
salvos, Mois. 5:15. (1 Sam. 1). Quando criança, foi deixado
aos cuidados de Eli, sumo sacerdote do
Sam. Ver também Leí, Pai de Néfi tabernáculo em Siló (1 Sam. 2:11; 3:1). O
No Livro de Mórmon, terceiro filho Senhor chamou Samuel em tenra idade
de Leí (1 Né. 2:5). Foi um homem justo para ser profeta (1 Sam. 3). Depois da
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sangue 186
morte de Eli, Samuel tornou-se o grande Sangue. Ver também Expiação, Expiar;
profeta e Juiz de Israel e restaurou a lei, Jesus Cristo; Sacrifício
a ordem e a adoração religiosa regular Considerado tanto pelos israelitas an-
no país (1 Sam. 4:15–18; 7:3–17). tigos como por muitas culturas atuais
Em 1 Sam. 28:5–20 há um relato em como a fonte da vida ou energia vital de
que Samuel é chamado, depois de mor- toda a carne. Na época do Velho Testa-
to, pela feiticeira de Endor, a pedido do mento o Senhor proibiu Israel de usar o
Rei Saul. Isso não poderia ter sido uma sangue como alimento (Lev. 3:17; 7:26–27;
visão de Deus, porque uma feiticeira ou 17:10–14).
qualquer outro médium não pode for- O poder expiatório do sacrifício acha-
çar um profeta a aparecer a pedido seu. va-se no sangue, pois ele era considera-
Primeiro e segundo livros de Samuel: Em do essencial à vida. O sacrifício de ani-
mais no Velho Testamento simbolizava
algumas bíblias, os livros 1 e 2 Samuel
o grande sacrifício que realizaria Jesus
constituem um livro único. Em outras,
Cristo (Lev. 17:11; Mois. 5:5–7). O sangue
constituem dois livros. Os livros abran-
expiatório de Jesus Cristo purifica o que
gem um período de aproximadamente
se arrepende de seus pecados (1 Jo. 1:7).
130 anos, desde o nascimento de Samuel
até pouco antes da morte do Rei Davi. Seu suor tornou-se em grandes gotas
de sangue, Lc. 22:44. Somos santificados
Primeiro livro de Samuel: Os capítulos pelo derramamento do sangue de Cristo,
1–3 descrevem como o Senhor amaldi- Heb. 10:1–22.
çoou e puniu a família de Eli e chamou Sairá sangue de cada um de seus po-
Samuel como sumo sacerdote e juiz. Os ros, Mos. 3:7 (D&C 19:18).
capítulos 4–6 contam como a arca do O sangue do Senhor foi derramado
convênio caiu nas mãos dos filisteus. para a remissão dos pecados, D&C 27:2.
Os capítulos 7–8 registram as advertên- Jesus efetuou uma expiação perfeita pelo
cias de Samuel com relação a ter falsos derramamento de seu próprio sangue,
deuses e um rei iníquo. Os capítulos D&C 76:69.
9–15 descrevem a coroação de Saul e Pelo sangue sois santificados, Mois.
seu reinado. Os capítulos 16–31 contam 6:60.
a história de Davi e de como obteve o
Sansão
poder — Samuel ungiu Davi, que havia
matado Golias. Saul odiava Davi, mas No Velho Testamento, o décimo se-
Davi recusou-se a matar Saul, embora gundo “juiz” de Israel. Era conhecido
tivesse a oportunidade de fazê-lo. por sua grande força física, mas não de-
monstrou sabedoria em algumas de suas
Segundo livro de Samuel: O livro contém ações e decisões morais (Juí. 13:24–16:31).
os pormenores do reinado de Davi como
rei de Judá e, depois, de toda Israel. Os Santidade. Ver também Pureza, Puro;
capítulos 1–4 mostram a longa luta entre Santificação; Santo (adjetivo)
os seguidores de Davi, depois de haver Perfeição espiritual e moral. A san-
sido coroado por Judá, e os seguidores tidade indica pureza de coração e de
de Saul. Os capítulos 5–10 contam que propósito.
Davi chegou a ser poderoso sobre mui- Os membros devem manifestar que
tas terras. Os capítulos 11–21 mostram o são dignos da Igreja, andando em san-
declínio da força espiritual de Davi por tidade perante o Senhor, D&C 20:69. A
causa de seus pecados e a rebelião em casa do Senhor é um lugar de santidade,
sua própria família. Os capítulos 22–24 D&C 109:13.
descrevem os esforços de Davi para re- Homem de Santidade é um dos nomes
conciliar-se com o Senhor. de Deus, Mois. 6:57 (Mois. 7:35).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
187 Santo de Israel, O
Santificação. Ver também Expiação, Cristo, Mos. 3:19. Que andeis conforme
Expiar; Jesus Cristo; Justificação, a santa ordem de Deus, Al. 7:22 (Al.
Justificar 13:11–12). Três discípulos foram santifi-
O processo para que a pessoa fique cados na carne e tornados santos, 3 Né.
livre do pecado e se torne pura, limpa 28:1–9, 36–39.
e santa, por meio da Expiação de Jesus Não trates com leviandade as coisas
Cristo (Mois. 6:59–60). sagradas, D&C 6:12. Não podes escre-
Deus vos elegeu para a salvação em ver aquilo que é sagrado a não ser que
santificação do Espírito, 2 Tess. 2:13. So- te seja concedido por mim, D&C 9:9.
mos santificados pela oblação do corpo Fareis convênio de que agireis em toda
de Jesus, Heb. 10:10. Jesus padeceu para a santidade, D&C 43:9. Meus discípulos
santificar o povo pelo seu próprio san- permanecerão em lugares santos, D&C
gue, Heb. 13:12. 45:32. Aquilo que vem do alto é sagrado,
Sumos sacerdotes foram santificados D&C 63:64. As criancinhas são santas,
e suas vestimentas foram branqueadas D&C 74:7. Consagrarei esse local para
pelo sangue do Cordeiro, Al. 13:10–12. que se torne santo, D&C 124:44.
Aqueles que entregaram a Deus seus O Senhor reunirá seus eleitos numa
corações obtiveram a santificação, Hel. Cidade Santa, Mois. 7:62.
3:33–35. Arrependei-vos a fim de que
sejais santificados recebendo o Espírito Santo (substantivo). Ver também
Santo, 3 Né. 27:20. Cristãos; Igreja de Jesus Cristo;
A santificação pela graça de Jesus Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Cristo é justa e verdadeira, D&C 20:31. dos Últimos Dias, A
Jesus veio para santificar o mundo, D&C Membro fiel da Igreja de Jesus Cristo.
76:41. Santificai-vos, para que vossa men-
te concentre-se em Deus, D&C 88:68. Congregai os meus santos, Salm. 50:5.
Saulo fez muito mal aos santos de Je-
Santo (adjetivo). Ver também Pureza, rusalém, At. 9:1–21. Pedro veio também
Puro; Santidade; Santificação aos santos que habitavam em Lida, At.
Sagrado, de caráter divino ou espi- 9:32. Graça e paz a todos os que estão
ritual e moralmente puro. O oposto de em Roma, chamados santos, Rom. 1:7.
santo é comum ou profano. Sois concidadãos dos santos, Ef. 2:19–21.
E vós me sereis um reino sacerdotal Vi a Igreja do Cordeiro, que eram os
e o povo santo, Êx. 19:5–6 (1 Ped. 2:9). O santos de Deus, 1 Né. 14:12. O homem
Senhor ordenou a Israel: vós vos santi- natural é inimigo de Deus, a não ser que
ficareis e sereis santos, Lev. 11:44–45. se torne santo pela expiação de Cristo,
Aqueles que são limpos de mãos e puros Mos. 3:19.
de coração estarão no seu lugar santo, Eu, o Senhor, abençoei a Terra para
Salm. 24:3–4. A meu povo ensinarão uso de meus santos, D&C 61:17. Sata-
a distinguir entre o santo e o profano, nás fez guerra contra os santos de Deus,
Eze. 44:23. D&C 76:28–29. Trabalhai diligentemen-
Deus nos chamou com uma santa vo- te para preparar os santos para a hora
cação, 2 Tim. 1:8–9. Desde a meninice do julgamento que está para vir, D&C
sabes as sagradas letras, 2 Tim. 3:15. Os 88:84–85. Os santos devem repartir seu
homens santos de Deus falaram inspi- sustento com os pobres e aflitos, D&C
rados pelo Espírito Santo, 2 Ped. 1:21. 105:3. Os ofícios acima eu vos dei, para a
Todos os homens serão julgados de obra do ministério e o aperfeiçoamento
acordo com a verdade e santidade que de meus santos, D&C 124:143 (Ef. 4:12).
está em Deus, 2 Né. 2:10. O homem na-
tural torna-se santo pela expiação de Santo de Israel, O. Ver Jesus Cristo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Santo dos Santos 188
Santo dos Santos. Ver também muito orgulhoso e foi desobediente a
Tabernáculo; Templo, A Casa do Deus (1 Sam. 9–31).
Senhor
Saulo de Tarso. Ver Paulo
O recinto mais sagrado do tabernáculo
de Moisés e, mais tarde, do templo. O Sega. Ver Ceifa, Colheita
Santo dos Santos é também chamado de Segunda Vinda de Jesus Cristo. Ver
“lugar santíssimo” (Êx. 26:33–34). também Armagedom; Gogue; Jesus
Santo Espírito. Ver Espírito Santo Cristo; Magogue; Sinais dos Tempos
No início do Milênio Cristo voltará
Santo Espírito da Promessa. Ver
à Terra. Esse acontecimento marcará o
também Espírito Santo fim da provação mortal desta Terra. Os
O Espírito Santo é o Santo Espírito iníquos serão tirados da Terra e os justos
da promessa (Atos 2:33). Ele confirma e serão levados em uma nuvem enquanto
torna aceitáveis a Deus as ações, orde- a Terra for purificada. Embora ninguém
nanças e convênios justos dos homens. saiba exatamente quando Cristo virá
O Santo Espírito da promessa testifica ao pela segunda vez, Ele deu-nos sinais
Pai que as ordenanças salvadoras foram que devemos observar e que indicam a
adequadamente realizadas e mantidos aproximação do tempo (Mt. 24; JS—M 1).
os convênios inerentes a elas. Eu sei que o meu Redentor por fim se
Os que são selados pelo Santo Espírito levantará sobre a Terra, Jó 19:25. Dian-
da promessa recebem tudo o que o Pai te de mim se dobrará todo o joelho, e
tem, D&C 76:51–60 (Ef. 1:13–14). Para jurará toda a língua, Isa. 45:23 (D&C
serem válidos após esta vida, todos os 88:104). O Filho do Homem vinha com
convênios e realizações devem ser se- as nuvens dos céus, Dan. 7:13 (Mt. 26:64;
lados pelo Santo Espírito da promessa, Lc. 21:25–28). Olharão para mim, a quem
D&C 132:7, 18–19, 26. traspassaram, Zac. 12:10. Alguém dirá:
Que feridas são essas nas tuas mãos,
Sara. Ver também Abraão Zac. 13:6 (D&C 45:51). Quem suportará
No Velho Testamento, primeira esposa o dia de sua vinda? Porque ele será como
de Abraão. Na velhice deu à luz Isaque o fogo do ourives, Mal. 3:2 (3 Né. 24:2;
(Gên. 18:9–15; 21:2). D&C 128:24).
O Filho do Homem virá na glória de
Sarar. Ver Curar, Curas; Doença, seu Pai, Mt. 16:27 (Mt. 25:31). Daquele dia
Doente e hora ninguém sabe, mas unicamente
Saria. Ver também Leí, Pai de Néfi meu Pai, Mt. 24:36 (D&C 49:7; JS—M
1:38–48). Esse Jesus há de vir assim como
No Livro de Mórmon, esposa de Leí para o céu o vistes ir, At. 1:11. Porque o
(1 Né. 5:1–8; 8:14–16; 18:19) e mãe de mesmo Senhor descerá do céu, 1 Tess.
Lamã, Lemuel, Sam, Néfi, Jacó, José e 4:16. O dia do Senhor virá como o ladrão
também de algumas filhas (1 Né. 2:5; de noite, 2 Ped. 3:10. É vindo o Senhor
2 Né. 5:6). com milhares de seus santos, Jud. 1:14.
Eis que vem com as nuvens e todo olho
Satanás. Ver Diabo
o verá, Apoc. 1:7.
Saúde. Ver Palavra de Sabedoria Jesus levantar-se-á para julgar o mun-
do, 3 Né. 27:14–18.
Saul, Rei de Israel Preparai-vos, preparai-vos, pois o Se-
No Velho Testamento, primeiro rei de nhor está perto, D&C 1:12. Do céu eu
Israel antes da divisão. Embora fosse me revelarei com poder, e habitarei na
justo no início de seu reinado, tornou-se Terra por mil anos, D&C 29:9–12. Eleva
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
189 Senhor
a tua voz e clama o arrependimento, que não forem selados pelo Santo Es-
preparando o caminho do Senhor para pírito da promessa têm fim quando os
a sua segunda vinda, D&C 34:5–12. Eu homens morrem, D&C 132:7. A grande
sou Jesus Cristo e de repente eu virei obra a ser realizada nos templos abran-
ao meu templo, D&C 36:8 (D&C 133:2). ge o selamento dos filhos aos pais, D&C
Logo vem o dia em que me vereis e sa- 138:47–48.
bereis que Eu sou, D&C 38:8. Aquele que
Sem. Ver também Noé, Patriarca
me teme estará esperando pelos sinais da
Bíblico
vinda do Filho do Homem, D&C 45:39.
A face do Senhor será revelada, D&C No Velho Testamento, filho justo de
88:95. O grande e terrível dia do Senhor Noé e, de acordo com a tradição, o an-
está perto, D&C 110:16. Quando o Sal- tepassado dos povos semitas, incluindo
vador se manifestar vê-lo-emos como é, os árabes, hebreus, babilônios, sírios, fe-
D&C 130:1. O Salvador permanecerá no nícios e assírios (Gên. 5:29–32; 6:10; 7:13;
meio de seu povo e reinará, D&C 133:25. 9:26; 10:21–32; Mois. 8:12). Nas revelações
Quem é este que com vestidos tingi- dos últimos dias Sem é chamado de “o
dos vem de Deus no céu, D&C 133:46 grande sumo sacerdote” (D&C 138:41).
(Isa. 63:1). Semblante
Segundo Consolador. Ver A aparência geral do rosto, o qual
Consolador costuma refletir o estado de ânimo e a
condição espiritual da pessoa.
Segundo Estado. Ver Mortal,
Mortalidade O parecer do seu rosto testifica con-
tra eles, Isa. 3:9. Então se mudou o sem-
Selamento, Selar. Ver também Elias, o blante do rei, e os seus pensamentos o
Profeta; Ordenanças; Sacerdócio turbaram, Dan. 5:6.
Tornar válidas no céu as ordenanças E o seu aspecto era como um relâm-
realizadas pela autoridade do sacerdó- pago, Mt. 28:3. Seu rosto era como o sol,
cio na Terra. As ordenanças são seladas Apoc. 1:16.
quando recebem a aprovação do Santo Haveis recebido a imagem de Deus em
Espírito da Promessa, que é o Espírito vossos semblantes, Al. 5:14, 19. Amon viu
Santo. que o semblante do rei se havia modifi-
cado, Al. 18:12.
Tudo o que ligares na Terra será liga- Jejuar e orar com um coração feliz e
do nos céus, Mt. 16:19 (Mt. 18:18; D&C o semblante alegre, D&C 59:14–15. Seu
124:93; 132:46). Fostes selados com o Es- semblante resplandecia mais do que o
pírito Santo da promessa, Ef. 1:13. brilho do sol, D&C 110:3.
Dou-te poder para que tudo quan-
to ligares na Terra seja ligado no céu, Semente de Abraão. Ver Abraão—
Hel. 10:7. Semente de Abraão
A eles será dado poder para selar, tan-
Senhor. Ver também Jesus Cristo;
to na Terra como nos céus, D&C 1:8. Os
Trindade
que estão na glória celestial são selados
pelo Santo Espírito da promessa, D&C Título de profundo respeito e honra
76:50–70. Elias, o profeta, põe as chaves dado a Deus, o Pai, e ao Salvador, Jesus
do poder selador nas mãos de Joseph Cristo. O título refere-se à posição Deles
Smith, D&C 110:13–16. Este é o poder como senhores supremos e amorosos de
de selar e ligar, D&C 128:14. A palavra todas as Suas criações.
mais segura de profecia significa um ho- Nada é difícil para o Senhor, Gên.
mem saber que está selado para a vida 18:14. O Senhor falou a Moisés cara a
eterna, D&C 131:5. Todos os convênios cara, Êx. 33:11. Amarás o Senhor teu
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Senhor dos Exércitos 190
Deus, Deut. 6:5 (Mt. 22:37; Mc. 12:30). prazeres físicos ilícitos, especialmente
Porém eu e minha casa serviremos ao inclinação à imoralidade sexual.
Senhor, Jos. 24:15. O Senhor é meu pas- A mulher de seu senhor pôs os olhos
tor, Salm. 23:1. O Senhor é forte e pode- em José, Gên. 39:7.
roso, poderoso na guerra, Salm. 24:8. O Qualquer que atentar numa mulher
Senhor Jeová é a minha força, Isa. 12:2 para a cobiçar, cometeu adultério, Mt.
(2 Né. 22:2). Eu sou o Senhor, e o teu Sal- 5:28 (3 Né. 12:28). Abstende-vos das con-
vador, e o teu Redentor, Isa. 60:16. cupiscências carnais, que combatem con-
Ao Senhor teu Deus adorarás, Mt. 4:10 tra a alma, 1 Ped. 2:11. A concupiscência
(Lc. 4:8). Quão grandes coisas o Senhor da carne e concupiscência dos olhos não
fez, Mc. 5:19. Há um só Senhor, Jesus são do Pai, 1 Jo. 2:16.
Cristo, 1 Cor. 8:6. Há um só Senhor, uma Não sigas a cobiça dos teus olhos,
só fé, um só batismo, Ef. 4:5. O mesmo Al. 39:9.
Senhor descerá do céu, 1 Tess. 4:16. Pela transgressão dessas santas leis, o
Eu irei e cumprirei as ordens do Se- homem tornou-se sensual, D&C 20:20. Se
nhor, 1 Né. 3:7. Com justiça julgará o alguém em seu coração cometer adulté-
Senhor Deus aos pobres, 2 Né. 30:9. O rio, não terá o Espírito, D&C 63:16. Ces-
Senhor Deus, o Deus de Abraão, livrou sai de todas as vossas concupiscências,
os israelitas do cativeiro, Al. 29:11. Nada D&C 88:121.
os salvará, a não ser o arrependimento Os homens começaram a ser carnais,
e a fé no Senhor, Hel. 13:6 (Mos. 3:12). sensuais e diabólicos, Mois. 5:13 (Mos.
Dá ouvidos às palavras de Jesus Cristo, 16:3; Mois. 6:49).
teu Senhor, D&C 15:1. Buscai sempre a
face do Senhor, D&C 101:38. O Senhor Sentinela. Ver Atalaia, Sentinela,
estará vestido de vermelho na segunda Vigiar
vinda, D&C 133:48 (Isa. 63:1–4). Sentir. Ver também Espírito Santo
Abraão falou com o Senhor face a face,
Abr. 3:11. Cremos que o primeiro princí- Perceber os influxos do Espírito.
pio do evangelho é a fé no Senhor Jesus Havíeis perdido a sensibilidade, de
Cristo, RF 1:4. modo que não pudestes perceber suas
palavras, 1 Né. 17:45. Quando lhe sen-
Senhor dos Exércitos. Ver também tirdes os efeitos começareis a dizer que
Jesus Cristo esta é uma boa semente, Al. 32:28.
Outro nome de Jesus Cristo, que rei- Portanto, sentirás que está certo,
na sobre as hostes (exércitos) celestiais D&C 9:8. E todas as pessoas que entra-
e terrenas e lidera os justos contra o mal rem na casa do Senhor sintam o teu po-
(D&C 29:9; 121:23). der, D&C 109:13.
O Senhor dos Exércitos é o Rei da Gló- Sepulcro, Sepultura. Ver também
ria, Salm. 24:10. Ressurreição
O Deus de Israel é o Senhor dos Exér-
citos, 1 Né. 20:2. Local de sepultamento do corpo mor-
Meu Espírito não contenderá sempre tal. Por causa da Expiação, todos ressus-
com o homem, diz o Senhor dos Exérci- citarão dos sepulcros.
tos, D&C 1:33. Após a ressurreição de Cristo, abri-
ram-se os sepulcros e muitos corpos
Sensual, Sensualidade. Ver também foram ressuscitados, Mt. 27:52–53 (3 Né.
Adultério; Castidade; Cobiçar; 23:9–13).
Concupiscência; Fornicação; A sepultura deverá libertar seus mor-
Imoralidade Sexual tos, 2 Né. 9:11–13.
Propensão ou preferência pelos Os que tiverem dormido em sua
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
191 Serviço
sepultura, se levantarão, D&C 88:97– do relato de Mateus partes importantes
98. A fonte batismal é um símbolo da do sermão.
sepultura, D&C 128:12–13.
Serpente de Bronze. Ver também
Serém. Ver também Anticristo Jesus Cristo; Moisés
No Livro de Mórmon, homem que Uma serpente de metal feita por Moi-
negou a Cristo e pediu um sinal (Jacó sés, por odem de Deus, para curar os is-
7:1–20). raelitas que haviam sido mordidos por
serpentes ardentes (cobras venenosas)
Seres Transladados no deserto (Núm. 21:8–9). Esse símbolo
Pessoas que são transformadas, de da serpente de bronze foi colocado em
modo que não experimentam a dor nem um mastro e “levantado (. . .) a fim de
a morte até o momento de sua ressurrei- que todo aquele que o olhasse, vivesse”
ção para a imortalidade. (Al. 33:19–22). O Senhor referiu-se à ser-
Andou Enoque com Deus; e não se viu pente sendo levantada no deserto como
mais; porquanto Deus para si o tomou, um símbolo de que Ele próprio seria le-
Gên. 5:24 (Heb. 11:5; D&C 107:48–49). vantado na cruz (Jo. 3:14–15). A revela-
Ninguém tem sabido até hoje a sepul- ção dos últimos dias confirma o relato
tura de Moisés, Deut. 34:5–6 (Al. 45:19). do episódio das serpentes ardentes e de
Elias, o profeta, subiu ao céu num rede- como as pessoas foram curadas (1 Né.
moinho, 2 Re. 2:11. 17:41; 2 Né. 25:20; Hel. 8:14–15).
Se eu quero que ele fique até que eu Serviço. Ver também Amor; Bem-Estar
venha, que te importa a ti, Jo. 21:22–23
(D&C 7:1–3). Atenção dispensada ou trabalho feito
Nunca provareis a morte, 3 Né. 28:7. para o benefício de Deus e do próximo.
Para que não provassem a morte, hou- Ao servirmos aos outros, também ser-
ve uma transformação em seus corpos, vimos a Deus.
3 Né. 28:38 (4 Né. 1:14; Mórm. 8:10–11). Escolhei hoje a quem sirvais, Jos. 24:15.
João, o Amado, viverá até que o Se- Quando fizestes a um destes meus pe-
nhor venha, D&C 7. Sou aquele que queninos irmãos, a mim o fizestes, Mt.
arrebatou a Sião de Enoque para meu 25:35–45. Apresentai os vossos corpos
próprio seio, D&C 38:4 (Mois. 7:21, 31, em sacrifício vivo, que é o vosso culto
69). Enoque e seus irmãos são uma ci- racional, Rom. 12:1. Servi-vos uns aos
dade reservada até que venha o dia da outros pela caridade, Gál. 5:13.
retidão, D&C 45:11–12. Elias, o profeta, Teus dias serão empregados no serviço
foi levado ao céu sem experimentar a de Deus, 2 Né. 2:3. Quando estais a ser-
morte, D&C 110:13. viço de vosso próximo, estais somente a
O Espírito Santo desceu sobre muitos e serviço de vosso Deus, Mos. 2:17. Todos
eles foram arrebatados a Sião, Mois. 7:27. os que habitassem essa Terra da promis-
são deveriam servir a Deus ou seriam
Sermão da Montanha. Ver também varridos, Ét. 2:8–12.
Beatitudes; Jesus Cristo Aqueles que embarcam no serviço de
Discurso feito pelo Senhor Jesus Cristo Deus devem servir de todo o coração,
aos Seus discípulos, que estavam prestes D&C 4:2. O Senhor deu mandamentos
a partir em missão (Mt. 5–7; Lc. 6:20–49). aos homens, de que deveriam amá-lo e
O Senhor deu o sermão logo após o cha- servi-lo, D&C 20:18–19. Em nome de Je-
mado dos Doze. sus Cristo servirás a Deus, D&C 59:5. Eu,
O Sermão é esclarecido na tradução o Senhor, me deleito em honrar aqueles
da Bíblia feita por Joseph Smith e em um que me servem, D&C 76:5.
sermão semelhante, registrado em 3 Néfi Adora a Deus, porque só a ele servi-
12–14, o qual mostra que se perderam rás, Mois. 1:15.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sete 192
Sete. Ver também Adão Jackson, no estado de Missouri (EUA),
No Velho Testamento, filho justo de onde as tribos de Israel se reunirão (D&C
Adão e Eva. 103:11–22; 133:18). Os santos são aconse-
lhados a edificar Sião, não importa em
Sete foi um homem perfeito e asse- que parte do mundo vivam.
melhava-se exatamente a seu pai, D&C
107:42–43 (Gên. 5:3). Sete estava entre os A cidade de Davi era chamada Sião,
poderosos no mundo espiritual, D&C 1 Re. 8:1. De Sião sairá a lei, Isa. 2:2–3
138:40. (Miq. 4:2; 2 Né. 12:2–3). Virá um Redentor
Deus revelou-se a Sete, Mois. 6:1–3, a Sião, Isa. 59:20. Eu vos tomarei, a um de
8–14. uma cidade, e a dois de uma geração, e
vos levarei a Sião, Jer. 3:14. No monte de
Setenta. Ver também Apóstolo; Sião e em Jerusalém haverá livramento,
Sacerdócio de Melquisedeque Joel 2:32 (Oba. 1:17).
Um ofício ao qual os homens são or- Abençoados os que procurarem es-
denados no Sacerdócio de Melquisede- tabelecer a minha Sião, 1 Né. 13:37. As
que. Atualmente os quóruns dos Setenta filhas de Sião são altivas, 2 Né. 13:16
incluem Autoridades Gerais e Setentas (Isa. 3:16). Ai do que repousa em Sião,
de Área. Os Setenta servem em nome do 2 Né. 28:19–25.
Senhor, sob a orientação da Primeira Pre- Procura trazer à luz e estabelecer a
sidência e do Quórum dos Doze Após- causa de Sião, D&C 6:6 (D&C 11:6). Ins-
tolos (ver D&C 107:34). Eles dedicam o pirei-o a promover a causa de Sião com
seu tempo integralmente ao ministério. grande poder voltado para o bem, D&C
21:7. A Nova Jerusalém será chamada
O Senhor designou outros setenta,
Sião, D&C 45:66–67. Independence, Mis-
Lc. 10:1.
souri, é o local para a cidade de Sião,
Os Setenta são chamados para pregar
D&C 57:1–3. Há um flagelo e julgamento
o evangelho e ser testemunhas especiais
a derramar-se sobre os filhos de Sião até
de Jesus Cristo, D&C 107:25–26. Sob
que se arrependam, D&C 84:58.
a direção dos Doze, os Setenta agirão
O Senhor chamou seu povo Sião, por-
em nome do Senhor, para edificação
que eram unos de coração e vontade,
da Igreja e para a regularização dos
Mois. 7:18–19. Sião (a Nova Jerusalém)
seus negócios em todas as nações, D&C
será construída no continente america-
107:34. Escolhei outros setenta, mesmo
no, RF 1:10.
sete vezes setenta, se o trabalho o exigir,
D&C 107:93–97. O quórum de setentas Siblon. Ver também Alma, Filho de
é instituído para que eles sejam élderes Alma
viajantes, os quais devem prestar teste- No Livro de Mórmon, um dos filhos
munho de meu nome em todo o mundo, de Alma, o filho. Siblon pregou o evan-
D&C 124:138–139. gelho aos zoramitas e foi perseguido
Sião. Ver também Enoque; Nova por sua retidão. O Senhor livrou-o des-
Jerusalém sa perseguição devido a sua fidelidade
e paciência (Al. 38). Siblon também cui-
Os puros de coração (D&C 97:21). Sião
dou dos registros nefitas durante algum
também significa o lugar onde os puros
tempo (Al. 63:1–2, 11–13).
de coração vivem. A cidade construída
por Enoque e seu povo e que foi, poste- Simão, o Zelote
riormente, levada aos céus por causa da No Novo Testamento, um dos Doze
retidão de seus habitantes, chamava-se Apóstolos originais de Jesus Cristo (Mt.
Sião (D&C 38:4; Mois. 7:18–21, 69). Nos 10:2–4).
últimos dias uma cidade chamada Sião
será construída perto do Condado de Simão Pedro. Ver Pedro
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
193 Sinais dos Tempos
Simbolismo mesinha para leitura e assentos para os
Usar algo como semelhança ou re- frequentadores.
presentação de uma outra coisa. Nas Um conselho local de anciãos (élderes)
escrituras o simbolismo utiliza um ob- administrava cada sinagoga. Eles deci-
diam quem deveria ser admitido e quem
jeto, uma circunstância ou um aconte-
deveria ser expulso (João 9:22; 12:42). O
cimento conhecido para representar um
oficial mais importante era o príncipe
princípio ou ensinamento do evangelho.
da sinagoga (Marcos 5:22; Lucas 13:14)
Por exemplo, o profeta Alma, do Livro
Ele era geralmente um escriba, cuidava
de Mórmon, usou uma semente para do edifício e supervisionava os serviços.
representar a palavra de Deus (Al. 32). Um ajudante cuidava das tarefas buro-
Nas escrituras os profetas usaram o cráticas (Lucas 4:20).
simbolismo para ensinar a respeito de Havia uma sinagoga em cada cidade
Jesus Cristo. Alguns desses símbolos em que os judeus viviam, tanto na Pales-
incluem cerimônias e ordenanças (Mois. tina como fora dela. Isso foi uma grande
6:63), sacrifícios (Heb. 9:11–15; Mois. ajuda na proclamação do evangelho de
5:7–8), o sacramento (TJS, Mc. 14:20–24 Jesus Cristo, porque os primeiros mis-
[Apêndice da Bíblia]; Lc. 22:13–20) e o sionários cristãos geralmente tinham
batismo (Rom. 6:1–6; D&C 128:12–13). consentimento para falar nas sinagogas
Muitos nomes bíblicos são simbólicos. (At. 13:5, 14; 14:1; 17:1, 10; 18:4). Essa mes-
A cerimônia do tabernáculo, no Velho ma prática existia entre os missionários
Testamento, e a lei de Moisés represen- na época do Livro de Mórmon (Al. 16:13;
tavam verdades eternas (Heb. 8–10; Mos. 21:4–5; 32:1) assim como entre os pri-
13:29–32; Al. 25:15; Hel. 8:14–15). Para ou- meiros missionários desta dispensação
tros exemplos, ver Mateus 5:13–16; João (D&C 66:7; 68:1).
3:14–15; Jacó 4:5; Alma 37:38–45.
Sinais da Igreja Verdadeira. Ver
Simeão. Ver também Israel; Jacó, Filho Igreja Verdadeira, Sinais da
de Isaque Sinais do Nascimento e da Morte
No Velho Testamento, segundo filho de Jesus Cristo. Ver também Jesus
de Jacó e de sua esposa Lia (Gên. 29:33; Cristo
35:23; Êx. 1:2). Juntou-se a Levi no mas- Acontecimentos que acompanharam
sacre dos siquemitas (Gên. 34:25–31). A o nascimento e a morte de Jesus Cristo.
profecia de Jacó em relação a Simeão
Nascimento: Uma virgem conceberá
pode ser encontrada em Gên. 49:5–7.
e dará à luz um filho, Isa. 7:14. De Be-
Tribo de Simeão: Os descendentes de lém sairá o que será Senhor em Israel,
Simeão geralmente viviam com a tribo Miq. 5:2.
de Judá e dentro das fronteiras do reino Samuel, o lamanita, prediz um dia,
de Judá (Jos. 19:1–9; 1 Crôn. 4:24–33). A uma noite, e um dia de luz; uma nova
tribo de Simeão uniu-se a Judá na ba- estrela e muitos sinais, Hel. 14:2–6. Os
talha contra os cananitas (Juí. 1:3, 17). sinais foram cumpridos, 3 Né. 1:15–21.
Posteriormente também se juntaram aos Morte: Samuel, o lamanita, profetizou
exércitos de Davi (1 Crôn. 12:25). escuridão, trovões e relâmpagos e tremor
de terra, Hel. 14:20–27. Os sinais foram
Sinagoga. Ver também Judeus
cumpridos, 3 Né. 8:5–23.
Local de reuniões para fins religio-
sos. Nos tempos do Novo Testamento a Sinais dos Tempos. Ver também
mobília geralmente era simples, consis- Segunda Vinda de Jesus Cristo;
tindo de uma arca que continha os rolos Sinal; Últimos Dias
da lei e outros escritos sagrados, uma Acontecimentos ou experiências que
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sinal 194
Deus proporciona às pessoas, para mos- Terra, D&C 112:23–24. O Senhor manda
trar que aconteceu ou logo irá acontecer que os santos se preparem para a Segun-
algo importante na Sua obra. Foi profeti- da Vinda, D&C 133.
zado que nos últimos dias haverá muitos
sinais da Segunda Vinda do Salvador. Sinal. Ver também Igreja Verdadeira,
Esses sinais permitem que as pessoas Sinais da; Milagre; Sinais dos
fiéis reconheçam o plano de Deus, sejam Tempos
advertidas e se preparem. Acontecimento ou experiência que as
Firmar-se-á o monte da casa do Se- pessoas consideram como evidência ou
nhor no cume dos montes, Isa. 2:2–3. prova de alguma coisa. Um sinal é geral-
O Senhor arvorará um estandarte para mente uma manifestação milagrosa de
reunir Israel, Isa. 5:26 (2 Né. 15:26–30). Deus. Satanás também tem poder para
O sol se escurecerá e a lua não fará res- mostrar sinais sob certas condições. Os
plandecer a sua luz, Isa. 13:10 (Joel 3:15; santos devem buscar os dons do Espí-
D&C 29:14). Os homens transgridem as rito, mas não devem buscar sinais para
leis e quebram a aliança eterna, Isa. 24:5. satisfazer a curiosidade nem para apoiar
Os nefitas falarão como uma voz des- a fé. Ao contrário, o Senhor dará sinais
de o pó, Isa. 29:4 (2 Né. 27). Israel será aos que crerem quando Ele julgar con-
reunida com poder, Isa. 49:22–23 (1 Né. veniente (D&C 58:64).
21:22–23; 3 Né. 20–21). Deus levantará O mesmo Senhor vos dará um sinal,
um reino que não será jamais destruído, Isa. 7:14 (2 Né. 17:14). Deus opera sinais e
Dan. 2:44 (D&C 65:2). Guerra, sonhos maravilhas no céu e na terra, Dan. 6:27.
e visões precederão a Segunda Vinda, Uma geração má e adúltera pede um
Joel 2. Ajuntarei todas as nações para a sinal, Mt. 12:39 (Mt. 16:4; Lc. 11:29). E es-
peleja contra Jerusalém, Zac. 14:2 (Eze. tes sinais seguirão aos que crerem, Mc.
38–39). Aquele dia vem ardendo como 16:17 (Mórm. 9:24; Ét. 4:18; D&C 84:65).
forno, Mal. 4:1 (3 Né. 25:1; D&C 133:64; Serém pediu um sinal, Jacó 7:13–20.
JS—H 1:37). Corior exige um sinal, Al. 30:48–60. Se
Grandes calamidades precederão a nos mostrardes um sinal, acreditaremos,
Segunda Vinda, Mt. 24 (JS—M 1). Paulo Al. 32:17. A maior parte do povo acredi-
descreveu a apostasia e tempos trabalho- tou nos sinais e maravilhas, 3 Né. 1:22.
sos nos últimos dias, 2 Tim. 3–4. Dois O povo esqueceu os sinais e maravi-
profetas serão mortos e ressuscitados em lhas, 3 Né. 2:1. Não recebereis testemu-
Jerusalém, Apoc. 11 (D&C 77:15). O evan- nho senão depois da prova de vossa fé,
gelho será restaurado nos últimos dias Ét. 12:6.
pelo ministério dos anjos, Apoc. 14:6–7 Não soliciteis milagres a não ser que
(D&C 13; 27; 110:11–16; 128:8–24). Babilô- eu vos ordene, D&C 24:13. A fé não vem
nia será estabelecida e cairá, Apoc. 17–18. por sinais, mas sinais seguem os que
Israel será reunida com poder, 1 Né. creem, D&C 63:7–11.
21:13–26 (Isa. 49:13–26; 3 Né. 20–21). Este Nesses dias surgirão também falsos
é um sinal, a fim de que saibais a hora, cristos e falsos profetas, e farão tão gran-
3 Né. 21:1. O Livro de Mórmon aparecerá des sinais e prodígios, JS—M 1:22.
pelo poder de Deus, Mórm. 8.
Os lamanitas florescerão, D&C 49:24– Sinédrio. Ver também Judeus
25. O iníquo matará o iníquo, D&C Senado judaico e também a mais alta
63:32–35 (Apoc. 9). A guerra se derra- corte judaica para assuntos tanto civis
mará sobre todas as nações, D&C 87:2. como eclesiásticos. O sinédrio era com-
Sinais, convulsão de elementos e anjos posto de 71 membros escolhidos entre
preparam o caminho para a vinda do os príncipes dos sacerdotes, escribas e
Senhor, D&C 88:86–94. Trevas cobrirão a anciãos. Nas escrituras é muitas vezes
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
195 Smith, Joseph, Jr
chamado de conselho ou concílio (Mt. O profeta escolhido para restaurar
26:59; Mc. 14:55; At. 5:34). a verdadeira Igreja de Jesus Cristo na
Terra. Joseph Smith nasceu no estado de
Siz. Ver também Jareditas
Vermont, nos Estados Unidos da Amé-
Líder militar jaredita, do Livro de rica, e viveu de 1805 a 1844.
Mórmon. Morreu no final da grande ba- Em 1820, Deus, o Pai, e Jesus Cristo
talha que destruiu toda a nação jaredita apareceram a Joseph e ele ficou sabendo
(Ét. 14:17–15:31). que nenhuma das igrejas da Terra era
Smith, Emma Hale. Ver também verdadeira (JS—H 1:1–20). Posterior-
Smith, Joseph, Jr. mente foi visitado pelo anjo Morôni, que
revelou o lugar onde estavam escondi-
Esposa do profeta Joseph Smith. O Se- das as placas de ouro que continham o
nhor ordenou a Emma que fizesse uma registro de povos antigos do continente
seleção de hinos para a Igreja. Ela tam- americano (JS—H 1:29–54).
bém serviu como primeira presidente Joseph Smith traduziu as placas de
da Sociedade de Socorro. ouro e, em 1830, publicou-as com o títu-
Foi dada revelação concernente à lo de Livro de Mórmon (JS—H 1:66–67,
vontade do Senhor para Emma Smith, 75). Em 1829 ele recebeu a autoridade
D&C 25. O Senhor aconselhou Emma do sacerdócio, das mãos de João Batista
Smith com respeito ao casamento, D&C e de Pedro, Tiago e João (D&C 13; 27:12;
132:51–56. 128:20; JS—H 1:68–70).
De acordo com a orientação de Deus,
Smith, Hyrum. Ver também Smith,
em 6 de abril de 1830 Joseph e vários
Joseph, Jr.
outros organizaram a Igreja de Jesus
Irmão mais velho e amigo fiel de Jo- Cristo restaurada (D&C 20:1–4). Sob a
seph Smith. Hyrum nasceu a 9 de feve- liderança de Joseph a Igreja cresceu no
reiro de 1800. Serviu como assistente de Canadá, Inglaterra e no leste dos Estados
Joseph na presidência da Igreja, tendo Unidos, especialmente em Ohio, Mis-
sido também o segundo Patriarca da souri e Illinois. Uma forte perseguição
Igreja. Em 27 de junho de 1844 tornou- acompanhava Joseph e os santos onde
se mártir junto com Joseph, na prisão quer que se estabelecessem. Em 27 de
de Carthage. junho de 1844, Joseph e seu irmão Hy-
Deus revelou instruções para Hyrum rum foram assassinados em Carthage,
por intermédio de seu irmão Joseph, Illinois, nos Estados Unidos da América.
D&C 11; 23:3. Bem-aventurado é o meu José, o filho de Jacó, profetizou a res-
servo Hyrum Smith, pela integridade
peito de Joseph Smith, 2 Né. 3:6–15.
do seu coração, D&C 124:15. Foi orde-
Conhecendo as calamidades que ad-
nado a Hyrum que assumisse o cargo
viriam o Senhor chamou seu servo Jo-
de patriarca da Igreja, D&C 124:91–96,
seph Smith, D&C 1:17 (D&C 19:13). Jo-
124. Joseph e Hyrum foram mortos na
seph Smith foi ordenado apóstolo de
prisão de Carthage, D&C 135. Hyrum e
Jesus Cristo e primeiro élder desta Igreja,
outros espíritos escolhidos foram reser-
D&C 20:2. Joseph foi ordenado apóstolo
vados para nascerem na plenitude dos
por Pedro, Tiago e João, D&C 27:12. Jo-
tempos, D&C 138:53.
seph e Sidney Rigdon testificaram que
Smith, Joseph, Jr. Ver também viram o Unigênito do Pai, D&C 76:23.
Doutrina e Convênios; Livro de Com Oliver Cowdery, Joseph Smith viu o
Mórmon; Pérola de Grande Valor; Senhor em visão, D&C 110:1–4. O Senhor
Primeira Visão; Restauração do chamou Joseph para ser élder presiden-
Evangelho; Tradução de Joseph te, tradutor, revelador, vidente e profeta,
Smith (TJS) D&C 124:125. Joseph Smith, com exceção
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Smith, Joseph, Sênior 196
apenas de Jesus, fez mais pela salvação Smith, Lucy Mack. Ver também
dos homens neste mundo do que qual- Smith, Joseph, Jr.; Smith, Joseph,
quer outro homem, D&C 135:3. Sênior
Escrituras trazidas à luz pelo Profeta Jo- Mãe do Profeta Joseph Smith e espo-
seph Smith: Joseph traduziu partes das sa de Joseph Smith Sênior (JS—H 1:4, 7,
placas de ouro que lhe foram entregues 20). Ele nasceu em 8 de julho de 1776, e
pelo anjo Morôni e essa tradução foi morreu em 5 de maio de 1856.
publicada em 1830 com o título de Livro
O profeta Joseph Smith viu sua mãe
de Mórmon. Também recebeu muitas
em visão do reino celestial, D&C 137:5.
revelações do Senhor, estabelecendo as
doutrinas básicas e a organização da Smith, Samuel H. Ver também Smith,
Igreja. Muitas dessas revelações foram Joseph, Jr.
compiladas naquilo que é agora conhe- Irmão mais novo do profeta Joseph
cido como Doutrina e Convênios. Tam-
Smith (JS—H 1:4). Samuel nasceu em
bém foi responsável pelo surgimento da
1808 e morreu em 1844. Foi uma das
Pérola de Grande Valor, contendo tra-
Oito Testemunhas do Livro de Mórmon
dução inspirada de alguns dos escritos
e um dos primeiros missionários a servir
de Moisés, Abraão e Mateus, trechos de
na Igreja restaurada (D&C 23:4; 52:30;
sua história pessoal e testemunho e tre-
61:33–35; 66:7–8; 75:13).
ze declarações da doutrina e das crenças
defendidas pela Igreja. Sodoma. Ver também Gomorra
Smith, Joseph, Sênior. Ver também No Velho Testamento, cidade iníqua
Smith, Joseph, Jr.; Smith, Lucy Mack que foi destruída pelo Senhor (Gên.
Pai do profeta Joseph Smith. Nasceu 19:12–29).
em 12 de julho de 1771. Ele casou-se com Sofonias
Lucy Mack e tiveram nove filhos (JS—H
Profeta do Velho Testamento que vi-
1:4). Joseph tornou-se um crente fiel na
Restauração dos últimos dias, tendo sido veu durante o reinado de Josias (639–
também o primeiro Patriarca da Igreja. 608 a.C.).
Ele faleceu em 14 de setembro de 1840. Livro de Sofonias: O capítulo 1 fala de
Deus revelou instruções para ele por um dia futuro que será cheio de indig-
intermédio de seu filho Joseph, D&C 4; nação e angústia. O capítulo 2 admoes-
23:5. Que meu servo idoso continue com ta o povo de Israel a buscar a justiça e a
sua família, D&C 90:20. Meu servo idoso mansidão. O capítulo 3 fala da Segunda
Joseph Smith Sênior se assenta à direita Vinda, quando todas as nações estarão
de Abraão, D&C 124:19. Joseph Smith Jr. reunidas para a batalha. O Senhor, no
viu seu pai em uma visão do reino ce- entanto, reinará no meio delas.
lestial, D&C 137:5. Sonho. Ver também Revelação
Um anjo ordenou a Joseph Smith Jr.
que contasse a seu pai a visão que havia Um dos meios pelos quais Deus revela
tido, JS—H 1:49–50. a Sua vontade aos homens e às mulhe-
res na Terra. Entretanto, nem todos os
Smith, Joseph F. sonhos são revelações. Os sonhos ins-
Sexto Presidente da Igreja; filho úni- pirados são resultado da fé.
co de Hyrum e Mary Fielding Smith. E sonhou: e eis que uma escada to-
Ele nasceu em 13 de novembro de 1838, cava nos céus, Gên. 28:12. E sonhou
e morreu em 19 de novembro de 1918. também José um sonho, Gên. 37:5. O
Joseph F. Smith teve uma visão da re- Senhor falará com ele em sonhos, Núm.
denção dos mortos, D&C 138. 12:6. Teve Nabucodonosor uns sonhos,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
197 Tabernáculo
Dan. 2:1–3. Os velhos terão sonhos, Joel presidente do Sacerdócio Aarônico, sob
2:28 (At. 2:17). a lei de Moisés.
O Senhor apareceu-lhe num sonho, O primeiro sentido aplica-se a Jesus
Mt. 1:20 (Mt. 2:19). Cristo como o grande Sumo Sacerdote.
Leí escreveu muitas coisas que viu Adão e todos os patriarcas eram tam-
em sonhos, 1 Né. 1:16. Leí tem uma vi- bém sumos sacerdotes. Atualmente três
são, 1 Né. 8. sumos sacerdotes presidentes formam a
Presidência da Igreja e presidem todos
Sono os outros portadores do sacerdócio e
Estado de descanso no qual a pes- membros da Igreja. Hoje em dia outros
soa está inerte e inconsciente. O Senhor homens dignos são ordenados sumos
aconselhou os Seus santos a não dor- sacerdotes, conforme necessário, em
mirem mais do que o necessário (D&C toda a Igreja. Sumos sacerdotes podem
88:124). O sono pode ser um símbolo da ser chamados, designados e ordenados
morte espiritual (1 Cor. 11:30; 2 Né. 1:13) como bispos (D&C 68:19; 107:69–71).
ou da morte física (Mórm. 9:13). No segundo sentido, sob a lei mosaica,
o oficial presidente do Sacerdócio Aarô-
Sortes nico era chamado de sumo sacerdote.
Meio de se fazer uma escolha ou eli- Esse ofício era hereditário, transmitindo-
minar várias possibilidades, geralmente se através do primogênito da família de
escolhendo um pedaço de papel ou de Aarão, tendo ele próprio sido o primeiro
madeira dentre muitos. A isso se chama sumo sacerdote da ordem de Aarão (Êx.
lançar sortes. 28–29; Lev. 8; D&C 84:18).
O s mapas a seguir podem ajudá-lo a entender melhor a história do início de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e as escrituras reveladas por intermédio do Profeta Joseph
Smith e seus sucessores. O conhecimento dos aspectos geográficos dos lugares mencionados nas
escrituras possibilita uma melhor compreensão dos acontecimentos nelas relatados.
2
4
1
3
N
➢
A seguir está a legenda para a compreensão dos diversos símbolos e tipos de letra usados nos mapas.
Além disso, cada mapa pode ter explicações dos símbolos adicionais nele contidos.
■ O quadrado de cor Palmyra Este tipo de letra é usado
laranja representa um para cidades e povoados.
edifício, um ponto co NOVA YORK Este tipo de letra é
mercial ou algum outro usado para divisões
aspecto da cidade. políticas menores, tais
● O ponto vermelho re como regiões, estados e
presenta uma cidade ou territórios dos Estados
povoado. Unidos.
Oceano Atlântico Este tipo de letra é CANADÁ Este tipo de letra é usado
usado para indicar locais para divisões políticas
geográficos, tais como mais amplas como
lagos, rios, montanhas, nações, países e conti
desertos e vales. nentes.
Mapas da História da Igreja 218
N
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CANADÁ
1
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ESTADOS UNIDOS
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Rio Del
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o JERSEY Cidade de Nova York
Ri
4
Oceano
Atlântico
Quilômetros
Filadélfia 0 50 100 150 200
1. Topsfield O local de nascimento de Joseph Smith 6. Sharon Joseph Smith Júnior nasceu aqui em 23
Sênior, nascido em 12 de julho de 1771. de dezembro de 1805 (ver JS—H 1:3).
2. Gilsum Lucy Mack nasceu aqui em 8 de julho 7. Lebanon A família Smith morou no Distrito de
de 1775. Lebanon de 1811 a 1813, período em que Joseph
3. Tunbridge Joseph Smith Sênior e Lucy Mack Smith Jr. foi submetido a uma série de operações
casaram-se aqui em 24 de janeiro de 1796. na perna.
4. Whitingham Local de nascimento de Brigham 8. Norwich A família Smith morou aqui de 1814
Young, nascido em 1º de junho de 1801. a 1816, antes de mudar-se para Palmyra.
5. Harmony Emma Hale nasceu no Distrito de 9. Palmyra A família Smith mudou-se para cá em
Harmony em 10 de julho de 1804. 1816 (ver JS—H 1:3).
219 Mapas da História da Igreja
N
➢
6
Fazenda de PA L M Y R A
Martin Harris
M A C E D O N ( D I S T R I T O )
1
( D I S T R I T O )
Vila de
Palmyra
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Riacho Hathawa
Fazenda de
Casa de Troncos de Joseph Smith, Sr.
Joseph Smith, Sr. 1
2 CONDADO DE WAYNE
Bosque Casa de
CONDADO DE WAYNE Sagrado 3 CONDADO DE ONTÁRIO
4 Madeira de
Joseph Smith,
CONDADO DE ONTÁRIO Sr.
3
Estrada Fox
Estrada Canandaigua
M A N C H E S T E R
( D I S T R I T O )
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Monte
Cumora
5
Quilômetros
0 1 2
1. Casa de Troncos de Joseph Smith Sênior O 5. Monte Cumora Aqui, o anjo Moroni entregou
anjo Morôni apareceu a Joseph Smith em um ao Profeta Joseph Smith as placas de ouro em
quarto do andar superior desta casa, em 21– 22 de setembro de 1827 (ver JS—H 1:50–54,
22 de setembro de 1823 (ver JS—H 1:29–47). 59).
2. Fazenda de Joseph Smith Sênior Esta fazen 6. Fazenda de Martin Harris Esta fazenda foi
da de 40 hectares foi cultivada pela família hipotecada e parte de sua área foi vendida
Smith de 1820 a 1829. para o custeio da impressão do Livro de Mór
3. Bosque Sagrado A Primeira Visão de Joseph mon.
Smith Júnior ocorreu num bosque da fazenda 7. Gráfica de E. B. Grandin 5.000 exemplares
da família Smith, no início da primavera de do Livro de Mórmon foram impressos aqui
1820 (ver JS—H 1:11–20). 1829–1830.
4. Casa de Madeira de Joseph Smith Sr. Esta 8. Riacho Hathaway Neste riacho, frequente
casa começou a ser construída em 1822 por mente chamado de Riacho Torto pelos anti
Alvin Smith e foi ocupada pela família Smith gos moradores, foram realizados alguns dos
de 1825 a 1829. primeiros batismos da Igreja.
A B C D E F G H
Toronto
10
N Lago Lago Ontário
Huron 1
7
➢
Canal Erie Rochester
5
Palmyra
Buffalo Mendon 4
OHIO 8 4
Quilômetros
0 50 100 150 200
1. Bainbridge Sul Joseph Smith Júnior e Emma organizada aqui em 6 de abril de 1830 (ver migraram pelo Canal Erie e pelo Lago Erie
Hale casaram-se aqui em 18 de janeiro de D&C 20–21). para Kirtland, Ohio, em abril e maio de 1831.
3. A região de Nova York, Pensilvânia e Ohio dos EUA
Distrito de Colesville, em 1830. 6. Kirtland Os missionários que haviam sido Joseph Smith da Bíblia (TJS). As revelações
enviados para pregar aos lamanitas pararam recebidas neste local foram: D&C 1; 65–71;
3. Casa de Joseph Smith Júnior em Harmony aqui, em 1830, e batizaram Sidney Rigdon e
Grande parte da tradução do Livro de Mór 73; 76–77; 79–81; 99; 133.
mon foi realizada aqui. O sacerdócio foi res outros moradores da região de Kirtland. Foi
taurado próximo daqui em 1829 (ver D&C a sede da Igreja entre 1831 e 1838. O primeiro 9. Amherst Joseph Smith foi apoiado Presidente
13; 128:20; JS—H 1:71–72). templo desta dispensação foi construído em do Sumo Sacerdócio em 25 de janeiro de 1832
Kirtland e dedicado em 27 de março de 1836 (ver D&C 75).
4. Fayette As Três Testemunhas viram as placas (ver D&C 109).
de ouro e o anjo Morôni aqui (D&C 17). A 10. Toronto Casa de John Taylor, terceiro Presi
tradução do Livro de Mórmon foi terminada 7. Canal Erie Os três ramos da Igreja em Nova dente da Igreja, e de Mary Fielding Smith,
220
neste local em junho de 1829. A Igreja foi York (Colesville, Fayette e Manchester) esposa de Hyrum Smith.
221 Mapas da História da Igreja
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Rua Cowdery
Casa de
Joseph 3
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Armazém de Joseph
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Cemitério
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Templo de Kirtland
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Rua Whitney 6
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Banco
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Rua Joseph
Casa de
Hyrum Smith
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Metros
rad e
a
0 150 300
1. Casa de Newel K. Whitney Joseph e Emma mora Aqui, a tradução do livro de Abraão foi concluída
ram aqui durante várias semanas, logo após a sua e Joseph recebeu várias revelações.
mudança para Kirtland em 1831. Joseph recebeu 6. Gráfica As Lectures on Faith foram apresentadas neste
diversas revelações neste local. edifício. Os Doze Apóstolos e o Primeiro Quórum
2. Fazenda de Isaac Morley Joseph e Emma Smith dos Setenta foram chamados e ordenados aqui. O
moraram aqui de março a setembro de 1831. Os livro Doutrina e Convênios (primeira edição), o
primeiros sumos sacerdotes foram ordenados neste Livro de Mórmon (segunda edição), os periódicos
local. Joseph trabalhou na Tradução de Joseph Smith The Evening and the Morning Star, Latter-Day Saints
da Bíblia (TJS). Messenger and Advocate e os primeiros exemplares
do Elders’ Journal foram impressos aqui.
3. Armazém de Newel K. Whitney A Primeira Presi
dência da Igreja recebeu as chaves do reino aqui. A 7. Templo de Kirtland Esse templo foi o primeiro
Escola dos Profetas reuniu-se neste local durante o in desta dispensação. Jesus Cristo apareceu e aceitou
verno de 1833. A TJS estava em processo de conclusão o templo. Moisés, Elias, o profeta e Elias apareceram
aqui em 1833. Joseph e Emma viveram aqui de 1832 e restauraram certas chaves do sacerdócio (ver D&C
a 1833. Joseph recebeu muitas revelações neste local. 110). A Escola dos Profetas também se reunia aqui.
Revelações recebidas aqui: D&C 109–110; 137.
4. Hotel Johnson O hotel abrigou a primeira gráfica
Kirtland Em 17 de Agosto de 1835, o livro de Dou
de Kirtland. O periódico The Evening and the Mor- trina e Convênios foi adotado como escritura. As
ning Star foi impresso aqui depois da destruição revelações recebidas em Kirtland incluem: D&C
da máquina impressora no Condado de Jackson, 41–50; 52–56; 63–64; 72; 78; 84–98; 101–104; 106–110;
Missouri. Os Doze Apóstolos partiram daqui para 112; 134; e 137. A seção 104 designa certas proprie
as suas primeiras missões em 4 de maio de 1835. dades a serem dadas como mordomia aos membros
5. Casa de Joseph Smith Júnior Joseph e Emma mora da Igreja que faziam parte da ordem unida (ver os
ram aqui desde o final de 1833 até o início de 1838. versículos 19–46).
A B C D E F G H
8
Winter Quarters 9
(Acampamento de Council Bluffs IOWA 1
N Inverno) (Kanesville)
Monte Pisgah
Montrose Nauvoo
➢
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McIlwaine 4
5. A Região de Missouri, Illinois e Iowa dos EUA
1 St. Louis
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CONDADO DE R Quilômetros
JACKSON 0 50 100 150 200
1. Independence Identificada como o lugar central de 4. Adão-ondi-Amã O Senhor identificou esse local no a investidura e o selamento de casais. Neste local,
Sião (ver D&C 57:3). O terreno para um templo foi alto Missouri como o lugar onde acontecerá uma a Sociedade de Socorro foi organizada em 1842. As
Mapas da História da Igreja
dedicado em 3 de agosto de 1831. Os santos foram grande reunião no futuro, quando Jesus Cristo vier revelações recebidas aqui incluem D&C 124–129.
expulsos do Condado de Jackson em 1833. para encontrar-se com Adão e a sua posteridade justa 7. Carthage Aqui, o Profeta Joseph Smith e seu irmão,
2. Rio Fishing Joseph Smith e o Acampamento de Sião (ver D&C 78:15; 107:53–57; 116).
Hyrum, foram mortos em 27 de junho de 1844 (ver
viajaram de Kirtland, Ohio, a Missouri em 1834 para 5. Cadeia de Liberty Aqui, Joseph Smith e outros foram D&C 135).
reintegrar os santos do Condado de Jackson em suas injustamente encarcerados de dezembro de 1838
terras. D&C 105 foi revelada às margens deste rio. até abril de 1839. Em meio a tempos difíceis para 8. Winter Quarters O maior assentamento temporário
a Igreja, Joseph clamou ao Senhor por orientação e dos santos (1846–1848) a caminho do Vale do Lago
3. Far West Esse foi o maior assentamento Mórmon
recebeu as seções 121–123 de D&C. Salgado. O Acampamento de Israel foi organizado
em Missouri. O terreno para um templo foi dedi
cado neste local (ver D&C 115). Aqui, em 8 de julho 6. Nauvoo Localizada junto ao rio Mississipi, esta para a jornada rumo ao Oeste (ver D&C 136).
de 1838, o Quórum dos Doze Apóstolos recebeu o região foi o lugar de reunião para os santos, de 1839 9. Council Bluffs (Kanesville) A Primeira Presidência
chamado do Senhor para servir missão nas Ilhas até 1846. Aqui, foi construído um templo e tiveram foi apoiada aqui em 27 de dezembro de 1847, com
222
Britânicas (ver D&C 118). início ordenanças tais como o batismo pelos mortos, Brigham Young como Presidente.
A B C D E F G H
TERRITÓRIO DE
223
CANADÁ NOVA
TERRITÓRIO YORK
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Cidade de Nova York
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e Forte Laramie
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Norte IOWA PENSILVÂNIA
Bridger 4 de fevereiro de 1846
Winter Quarters 2
(Acampamento Kirtland Início da viagem do
Council
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de 1846
➢
Santa Fé dia n
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6. O Movimento da Igreja para o Oeste
13 10 TERRITÓRIO
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Missão San INDÍGENA Legenda
Luis Rey ila
Rio G
12 Rota do Batalhão Mórmon
San Diego Tucson 4
Rio Pecos
Rota dos santos para o oeste
Quilômetros Rota do navio Brooklyn
0 150 300 450 600
1. Fayette O Profeta Joseph Smith partiu de Fayette para 5. Far West Um refúgio foi estabelecido aqui para os santos, 11. Pueblo Três destacamentos enfermos do Batalhão Mórmon
Kirtland, Ohio, em janeiro de 1831. Os três ramos de Nova de 1836–1838. Foi a sede da Igreja em 1838. Em 1838–1839, foram enviados a Pueblo para se recuperarem, onde passa
York (Fayette, Colesville e Manchester) seguiram em abril os santos foram forçados a fugir para Illinois. ram o inverno de 1846–1847 com os santos de Mississippi.
e maio de 1831, sob a ordem do Senhor de se reunirem 6. Nauvoo A sede da Igreja de 1839 a 1846. Após o martírio Esses grupos entraram no Vale do Lago Salgado em julho
Mapas da História da Igreja
(ver D&C 37–38). do Profeta e de seu irmão, Hyrum, os santos foram para de 1847.
2. Kirtland A sede da Igreja foi primeiramente em Kirtland, o oeste. 12. San Diego O Batalhão Mórmon concluiu aqui a sua mar
de 1831 a 1838. 7. Council Bluffs Os pioneiros chegaram aqui em junho de cha de 3.200 quilômetros, em 29 de janeiro de 1847.
3. Independence O Senhor identificou Independence (no 1846. Os integrantes do Batalhão Mórmon partiram em 13. Los Angeles O Batalhão Mórmon foi dispensado aqui em
Condado de Jackson, Missouri) como o lugar central de 21 de julho de 1846, sob a liderança de James Allen. 16 de julho de 1847.
Sião em julho de 1831 (ver D&C 57:3). As turbas forçaram 8. Winter Quarters Importante assentamento temporário, de 14. Sacramento Alguns dos integrantes dispensados do ba
os santos a deixar o Condado de Jackson em novembro de 1846 a 1848. A companhia de vanguarda, sob a direção do talhão trabalharam aqui e em Sutter’s Mill mais a leste,
1833. Presidente Brigham Young, partiu para o Oeste em abril junto ao rio American. Eles estavam presentes quando foi
4. Liberty Os santos do Condado de Jackson reuniram-se no de 1847. encontrado ouro em janeiro de 1848.
Condado de Clay, de 1833 a 1836, quando foi novamente 9. Forte Leavenworth O Batalhão Mórmon foi equipado aqui 15. Salt Lake City Sede da Igreja desde 1847 até o presente.
exigido que partissem. O Profeta Joseph Smith e cinco ou antes de iniciar a marcha para o Oeste em agosto de 1846. Brigham Young chegou ao Vale do Lago Salgado em 24
tros foram injustamente encarcerados aqui de dezembro de julho de 1847.
de 1838 até abril de 1839. 10. Santa Fé Philip Cooke comandou o Batalhão Mórmon,
que partiu daqui em 19 de outubro de 1846.
1
7. Mapa-Mundi
EUROPA
AMÉRICA
DO NORTE ÁSIA
AMÉRICA
CENTRAL
ÁFRICA
Oceano AMÉRICA DO
Pacífico SUL Oceano
Índico
3
AUSTRÁLIA
Sul Sul
N
4
➢
ANTÁRTIDA
224
A B C D E F G H
225 MAPAS DA HISTÓRIA DA IGREJA Índice
E stas fotografias de importantes lugares da história da Igreja mostram as terras por onde
os primeiros santos dos últimos dias andaram, onde os profetas modernos viveram e
ensinaram, e onde muitos acontecimentos das escrituras ocorreram.
Visão Geral
O mapa abaixo mostra a localização das fotografias desta seção. Nas páginas a seguir,
cada fotografia numerada está acompanhada de uma breve descrição do cenário corres-
pondente. Importantes acontecimentos das escrituras ocorridos naquela região são então
citados, juntamente com as referências das escrituras, a fim de que se possa saber onde
ler mais a respeito desses acontecimentos.
N NOVA YORK
4
➢
6
1 3
2 5
7
8 9 PENSILVÂNIA
18 13 14
OHIO
15 16
17
10
ILLINOIS
11
12
MISSOURI
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 228
1. Bosque Sagrado
Apontando na direção norte, esta fotografia Sagrado estão situados no lado superior es-
mostra o Monte Cumora, em Manchester, querdo da fotografia.
Nova York. O monte vai do canto inferior
Acontecimentos importantes: A família do Pro-
direito da fotografia até pouco acima da
feta Joseph Smith viveu nesta região na época
metade, em direção à parte superior da foto.
da Primeira Visão (JS—H 1:3). Em 421 d.C.,
O monumento branco que pode ser visto no
lado norte do monte é uma homenagem ao Morôni enterrou no Monte Cumora um con-
anjo Morôni e ao surgimento do Livro de junto de placas de ouro contendo a história sa-
Mórmon. O Monte Cumora está localizado grada de seu povo (Pal. Mórm. 1:1–11; Mórm.
a cerca de 5 quilômetros a sudeste do Bosque 6:6; Morô. 10:1–2). Esse mesmo Morôni disse a
Sagrado. Na parte superior da fotografia, Joseph Smith onde encontrar as placas no monte.
está a Vila de Palmyra, a 6,5 quilômetros Morôni as entregou a ele em 1827 (D&C 27:5;
de distância. A fazenda Smith e o Bosque 128:20; JS—H 1:33–35, 51–54, 59).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 230
3. Casa de Troncos de Joseph Smith Sr.
Réplica da casa de Joseph Smith Sênior, cons- Acontecimentos importantes: O Profeta Joseph
truída no local da casa de troncos original, Smith estudou a Bíblia nesta casa, em sua
próximo a Palmyra, Nova York. A família intensa busca para descobrir qual igreja es-
Smith construiu a casa de troncos de dois tava certa (JS—H 1:11–13). Morôni apareceu
andares pouco depois de sua chegada a Pal- a Joseph e falou-lhe a respeito das placas do
myra. A família viveu aqui de 1819 a 1825. Livro de Mórmon (JS—H 1:30–47).
231 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
4. Prensa e Gráfica de Grandin
Esta fotografia mostra o rio Susquehanna, no Joseph e Oliver Cowdery desejaram saber mais
Distrito de Harmony, Pensilvânia. a respeito do batismo e foram até um local no
bosque próximo daqui, para orar ao Senhor so-
Acontecimentos importantes: Joseph Smith Jú-
bre o assunto. Em resposta a essa oração, João
nior veio inicialmente a Harmony em 1825
Batista apareceu, em 15 de maio de 1829 (JS—H
para procurar emprego. Ele e seu pai hospeda-
1:66–74; D&C 13). Ele conferiu o Sacerdócio Aa-
ram-se aqui na casa de Isaac Hale, onde Joseph rônico a Joseph e Oliver. Eles foram então até o
encontrou-se pela primeira vez com Emma rio e batizaram um ao outro para a remissão de
Hale, sua futura esposa (JS—H 1:56–57). Jo- pecados. Joseph e Oliver foram então orienta-
seph e Emma casaram-se em 18 de janeiro de dos por João Batista a ordenarem um ao outro
1827. O Profeta recebeu as placas de ouro em no Sacerdócio Aarônico. Pouco tempo depois,
22 de setembro de 1827, em Manchester, Nova Pedro, Tiago e João apareceram em algum lu-
York, e logo depois mudou-se com Emma para gar entre Harmony e Colesville, e conferiram o
Harmony, onde ele começou a traduzir as pla- Sacerdócio de Melquisedeque a Joseph e Oliver
cas. Durante a tradução do Livro de Mórmon, (D&C 27:12–13; 128:20).
233 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
6. Local da Casa de Peter Whitmer Sênior
A casa de John e Alice Johnson estava situada de várias pessoas, em 16 de fevereiro de 1832
em Hiram, Ohio. Este quarto está no segun- (D&C 76). Nesta casa, o Profeta Joseph também
do andar. trabalhou na Tradução de Joseph Smith da Bíblia
Acontecimentos importantes: O Profeta Joseph (TJS). No noite de 24 de março de 1832, enquanto
Smith e sua esposa, Emma, moraram nesta Joseph e Emma moravam aqui, uma turba de
casa. Joseph e Sidney Rigdon receberam a ma- apóstatas e anti-mórmons espancaram Joseph e
ravilhosa visão dos graus de glória na presença Sidney e os cobriram de piche e penas.
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 236
9. Templo de Kirtland
O Templo de Kirtland está localizado em como o local onde Ele revelaria a Sua pala-
Kirtland, Ohio. vra ao Seu povo (D&C 110:1–10). Após essa
aparição, Joseph Smith e Oliver Cowdery
Acontecimentos importantes: O Templo de
receberam a visita de Moisés, Elias, e Elias,
Kirtland foi o primeiro templo construído
o profeta, os quais lhes conferiram certas
nesta dispensação (D&C 88:119; 95). Neste chaves do sacerdócio e lhes transmitiram im-
templo, Joseph Smith teve uma visão do reino portantes informações (D&C 110:11–16). Este
celestial (D&C 137). Foi dedicado em 27 de templo foi usado pelos santos por aproxima-
março de 1836 (D&C 109). Em 3 de abril de damente dois anos, antes de serem forçados
1836, o Salvador apareceu e aceitou o templo a fugir de Kirtland por causa da perseguição.
237 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
10. Adão-ondi-Amã
Com vista para o sul no vale de Adão-ondi- cerca de 500 a 1.000 santos dos últimos dias.
Amã, um sereno e lindo vale localizado no Os santos abandonaram este assentamento
noroeste de Missouri, próximo à comunida- quando foram expulsos de Missouri. Antes
de de Gallatin. da Segunda Vinda de Cristo em glória, Adão
Acontecimentos importantes: Três anos antes e a sua posteridade justa, que inclui santos
de morrer, Adão convocou a sua posteridade de todas as dispensações, serão novamente
justa neste vale e concedeu-lhes a sua última reunidos neste vale para encontrar-se com
bênção (D&C 107:53–56). Em 1838, Adão-on- o Salvador (Dan. 7:9–10, 13–14; D&C 27;
di-Amã foi o local de um assentamento de 107:53–57; 116).
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11. Local do Templo de Far West
O assentamento de Far West, Missouri, tor- 1838–1839, os santos dos últimos dias fo-
nou-se a morada de 3.000 a 5.000 santos que ram expulsos de Far West e de outros locais
buscavam refúgio da perseguição sofrida de Missouri e se estabeleceram em Illinois.
nos Condados de Jackson e Clay. Em 1838, Acontecimentos importantes: Dedicou-se um
o Senhor ordenou aos santos que construís- local para o templo, e foram colocadas as
sem um templo aqui (ver D&C 115:7–8). A pedras de esquina. Foram recebidas sete re-
perseguição das turbas impediu que eles o velações publicadas em Doutrina e Convênios
fizessem. Em 31 de outubro daquele ano, (seções 113–115; 117–120). Joseph F. Smith,
o Profeta Joseph Smith e outros líderes da sexto Presidente da Igreja, nasceu em 13 de
Igreja foram presos e, após um julgamento novembro de 1838, em Far West. Far West
sumário em Richmond, foram aprisionados foi por pouco tempo a sede da Igreja, sob a
na Cadeia de Liberty. Durante o inverno de liderança do Profeta Joseph Smith.
239 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
12. Cadeia de Liberty
A cadeia de Liberty, Missouri, por volta de recinto com pouca claridade e escassa prote-
1878. Joseph Smith e cinco outros irmãos ção contra o rigoroso inverno.
da Igreja foram injustamente aprisionados
Acontecimento importante: O Profeta Joseph,
dentro de suas paredes de 1,2 metros de es-
pessura, de 1º de dezembro de 1838 até 6 de ao rogar pelos milhares de santos dos últimos
abril de 1839. (Sidney foi libertado no final dias que estavam sendo expulsos de Mis-
de fevereiro.) Confinados no andar inferior souri, recebeu uma resposta à sua oração, a
ou no calabouço do edifício, eles dormiam qual ele transcreveu em uma carta que enviou
no chão frio de pedra, coberto de palha, num aos santos exilados (D&C 121–123).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 240
13. Mansão de Nauvoo
Esta reconstrução da loja e escritório de Jo- Acontecimentos importantes: Antes que o tem-
seph Smith Júnior está localizada em Nau- plo fosse terminado, o quarto superior da
voo, Illinois. Foi um dos mais importantes loja era usado como uma sala de ordenanças,
edifícios da Igreja durante o período de Nau- onde as primeiras investiduras completas fo-
voo. Não apenas funcionava como armazém ram conferidas. Em 17 de março de 1842, o
geral, mas tornou-se também um centro de Profeta Joseph Smith organizou as mulheres
atividades sociais, econômicas, políticas e da Igreja por meio da Sociedade de Socorro.
religiosas. Joseph Smith manteve um escri-
tório no segundo andar.
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15. Templo de Nauvoo
O Templo de Nauvoo original foi construído e Wilford Woodruff, do Quórum dos Doze, e
em pedra calcária de cor branca-acinzentada, aproximadamente mais 20 pessoas dedicaram
de origem local. O edifício tinha 39 metros essa casa ao Senhor. O templo foi abandonado
de comprimento por 27 metros de largura. em setembro, quando os membros da Igreja
O topo da torre ficava a 48 metros acima do remanescentes foram expulsos de Nauvoo; as
nível do solo. Os membros da Igreja fizeram turbas então profanaram o edifício sagrado.
enormes sacrifícios para construir este belo O interior foi destruído pelo fogo em outu-
templo, cuja obra teve início em 1841. Al- bro de 1848. O templo reconstruído (que se
guma pessoas trabalharam durante meses vê aqui), uma reprodução fiel do original, foi
na construção do edifício; outras fizeram dedicado pelo Presidente Gordon B. Hinckley
sacrifício doando dinheiro. Embora não to- em 27–30 de junho de 2002.
talmente concluído, o templo ficava lotado
de pessoas que vinham em busca das orde- Acontecimentos importantes: Uma conferência
nanças, durante os meses que antecederam geral foi realizada na sala de assembleia do
a sua fuga para o Oeste. Embora muitos dos templo em 5 de outubro de 1845. O trabalho
santos tenham deixado Nauvoo no início da de investiduras teve início em 10 de dezembro
primavera de 1846, sob a ameaça da violência de 1845 e continuou até 7 de fevereiro de 1846.
das turbas, um grupo especial ficou para trás Mais de 5.500 santos dos últimos dias rece-
para completar a construção do templo. Em beram a sua investidura, e foram realizados
30 de abril de 1846, os Élderes Orson Hyde muitos batismos pelos mortos e selamentos.
243 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
16. Cadeia de Carthage