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LIVRO DE

MÓRMON
DOUTRINA E
CONVÊNIOS
PÉROLA DE
GRANDE VALOR
O
LIVRO DE
MÓRMON
Outro Testamento de
Jesus Cristo

DOUTRINA E
CONVÊNIOS
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

A
PÉROLA DE
GRANDE VALOR

Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah, EUA
© 2015 by Intellectual Reserve, Inc.
All rights reserved
Printed in the United States of America 10/2015
English approval: 3/15
Translation approval: 3/15
Translation of the Book of Mormon, Doctrine and Covenants,
and Pearl of Great Price
Portuguese
ÍNDICE

Livro de Mórmon
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Depoimento de Três Testemunhas   . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Depoimento de Oito Testemunhas  . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Testemunho do Profeta Joseph Smith . . . . . . . . . . . . . . . x
Breve Explicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  xiv
1 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  1
2 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Jacó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  133
Enos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  154
Jarom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  157
Ômni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  159
Palavras de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  162
Mosias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  164
Alma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  236
Helamã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  430
3 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  475
4 Néfi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  542
Mórmon   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  547
Éter   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  569
Morôni. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  605
Doutrina e Convênios
Introdução   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Ordem Cronológica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Seções   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   1
Declarações Oficiais   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  335
Pérola de Grande Valor
Introdução   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  v
Moisés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  1
Abraão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Joseph Smith—Mateus     . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Joseph Smith—História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Regras de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Apêndice
Guia para Estudo das Escrituras . . . . . . . . . . . . . . . . .  1
Mapas da História da Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . .  217
Fotografias da História da Igreja . . . . . . . . . . . . . . . .  227
ABREVIAÇÕES

Velho Testamento Naum Naum Livro de Mórmon


Gên. Gênesis Hab. Habacuque 1 Né. 1 Néfi
Êx. Êxodo Sof. Sofonias 2 Né. 2 Néfi
Lev. Levítico Ageu Ageu Jacó Jacó
Núm. Números Zac. Zacarias En. Enos
Deut. Deuteronômio Mal. Malaquias Jar. Jarom
Jos. Josué Ômni Ômni
Juí. Juízes Novo Testamento Pal. Mórm. Palavras de
Rut. Rute Mt. Mateus Mórmon
1 Sam. 1 Samuel Mc. Marcos Mos. Mosias
2 Sam. 2 Samuel Lc. Lucas Al. Alma
1 Re. 1 Reis Jo. João Hel. Helamã
2 Re. 2 Reis At. Atos 3 Né. 3 Néfi
1 Crôn. 1 Crônicas Rom. Romanos 4 Né. 4 Néfi
2 Crôn. 2 Crônicas 1 Cor. 1 Coríntios Mórm. Mórmon
Esd. Esdras 2 Cor. 2 Coríntios Ét. Éter
Ne. Neemias Gál. Gálatas Morô. Morôni
Est. Ester Ef. Efésios
Jó Jó Filip. Filipenses Doutrina e Convênios
Salm. Salmos Col. Colossenses D&C
Doutrina e
Prov. Provérbios 1 Tess. 1 Tessalonicenses Convênios
Ecles. Eclesiastes 2 Tess. 2 Tessalonicenses DO Declaração
Cant. Cantares de 1 Tim. 1 Timóteo Oficial
Salomão 2 Tim. 2 Timóteo
Isa. Isaías Tit. Tito Pérola de Grande Valor
Jer. Jeremias Fil. Filemom Mois. Moisés
Lam. Lamentações Heb. Hebreus Abr. Abraão
Eze. Ezequiel Tg. Tiago JS—M Joseph Smith—
Dan. Daniel 1 Ped. 1 Pedro Mateus
Ose. Oseias 2 Ped. 2 Pedro JS—H Joseph Smith—
Joel Joel 1 Jo. 1 João História
Amós Amós 2 Jo. 2 João RF Regras de Fé
Oba. Obadias 3 Jo. 3 João
Jon. Jonas Jud. Judas
Miq. Miqueias Apoc. Apocalipse

Outras Abreviações e Explicações


tjs Tradução de Joseph Smith
gee Guia para Estudo das Escrituras
heb Tradução alternativa do hebraico
gr Tradução alternativa do grego
ie Explicação de expressões idiomáticas e fraseado difícil de entender
ou Palavras alternativas que esclarecem o significado de uma expressão arcaica
Itálicos no texto bíblico. De acordo com o formato tradicional, os itálicos nos versículos da
Bíblia indicam palavras que não são encontradas no texto original (hebraico, aramaico ou
grego), mas que foram acrescentadas para esclarecimento na tradução.
O
LIVRO DE MÓRMON
Outro Testamento de
Jesus Cristo

Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah, EUA
Primeira edição em inglês publicada em
Palmyra, Nova York, EUA, em 1830

© 1997, 2015 by Intellectual Reserve, Inc.


All rights reserved
Printed in the United States of America 10/2015
English approval: 3/15
Translation approval: 3/15
Translation of the Book of Mormon
Portuguese
O
LIVRO DE MÓRMON
RELATO ESCRITO PELA

MÃO DE MÓRMON
EM PLACAS
EXTRAÍDO DAS PLACAS DE NÉFI

É, portanto, um resumo do registro do povo de Néfi e também dos la-


manitas — Escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa de
Israel; e também aos judeus e aos gentios — Escrito por mandamento
e também pelo espírito de profecia e de revelação — Escrito e selado
e escondido para o Senhor, a fim de que não fosse destruído — Para
ser revelado pelo dom e poder de Deus, a fim de ser interpretado —
Selado pela mão de Morôni e escondido para o Senhor a fim de ser
apresentado, no devido tempo, por intermédio dos gentios — Para ser
interpretado pelo dom de Deus.
Contém ainda um resumo extraído do Livro de Éter, que é um
registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o Senhor con-
fundiu a língua do povo, quando este construía uma torre para chegar
ao céu — Destina-se a mostrar aos remanescentes da casa de Israel as
grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e para que
possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que não foram rejei-
tados para sempre — E também para convencer os judeus e os gentios
de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as
nações — E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis,
portanto, as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha
no tribunal de Cristo.

TRADUÇÃO ORIGINAL DAS PLACAS, PARA O INGLÊS, FEITA


POR JOSEPH SMITH, JR.
ÍNDICE

Introdução .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   vii
Depoimento de Três Testemunhas .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . ix
Depoimento de Oito Testemunhas  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  ix
Testemunho do Profeta Joseph Smith  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   x
Breve Explicação .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   xiv
Ilustrações .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  xvii
1 Néfi  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   1
2 Néfi  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  . 60
Jacó  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  133
Enos .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  154
Jarom  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .157
Ômni  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .159
Palavras de Mórmon .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .162
Mosias  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  164
Alma .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  236
Helamã .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  430
3 Néfi  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .475
4 Néfi  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .542
Mórmon  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .547
Éter  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  569
Morôni .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  605
Guia para Estudo das Escrituras .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   1
Cronologia .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  217
Concordância dos Evangelhos .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  222
INTRODUÇÃO

O Livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas compará-


vel à Bíblia. É um registro da comunicação de Deus com antigos
habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno.
O livro foi escrito por muitos profetas antigos, pelo espírito de profe-
cia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro, foram citadas
e resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon. O registro
contém um relato de duas grandes civilizações. Uma veio de Jerusalém
no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas
como nefitas e lamanitas. A outra veio muito antes, quando o Senhor
confundiu as línguas na Torre de Babel. Esse grupo é conhecido como
jareditas. Milhares de anos depois, foram todos destruídos, exceto os
lamanitas, que estão entre os antepassados dos índios americanos.
O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon
é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após
a Sua ressurreição. O livro expõe as doutrinas do evangelho, delineia o
plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar
paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro.
Depois de terminar os seus escritos, Mórmon entregou o relato a
seu filho Morôni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as
placas no Monte Cumora. Em 21 de setembro de 1823, o mesmo Mo-
rôni, então um ser ressurreto e glorificado, apareceu ao Profeta Joseph
Smith e instruiu-o a respeito do antigo registro e da tradução que seria
feita para o inglês.
No devido tempo as placas foram entregues a Joseph Smith, que as
traduziu pelo dom e poder de Deus. Hoje o registro se acha publicado
em diversas línguas, como testemunho novo e adicional de que Jesus
Cristo é o Filho do Deus vivo e de que todos os que se achegarem a Ele
e obedecerem às leis e ordenanças do Seu evangelho poderão ser salvos.
Com respeito a esse registro o Profeta Joseph Smith declarou: “Eu
disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos
os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que se-
guindo seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do que
seguindo os de qualquer outro livro.”
O Senhor providenciou para que, além de Joseph Smith, mais onze
pessoas vissem as placas de ouro e fossem testemunhas especiais da
veracidade e divindade do Livro de Mórmon. Seus testemunhos es-
critos estão aqui incluídos como “Depoimento de Três Testemunhas”
e “Depoimento de Oito Testemunhas.”
Convidamos todos os homens de toda parte a lerem o Livro de
INTRODUÇÃO viii
Mórmon, ponderarem no coração a mensagem que ele contém e de-
pois perguntarem a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se o livro é
verdadeiro. Os que assim fizerem e perguntarem com fé obterão, pelo
poder do Espírito Santo, um testemunho de sua veracidade e divin-
dade. (Ver Morôni 10:3–5.)
Os que obtiverem do Santo Espírito esse divino testemunho sabe-
rão, pelo mesmo poder, que Jesus Cristo é o Salvador do mundo, que
Joseph Smith é o Seu revelador e profeta nestes últimos dias e que A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o reino do Senhor
restabelecido na Terra, em preparação para a Segunda Vinda do Messias.
DEPOIMENTO DE TRÊS TESTEMUNHAS

S aibam todas as nações, tribos, línguas e povos a quem esta obra che-
gar, que nós, pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo,
vimos as placas que contêm este registro, que é um registro do povo de
Néfi e também dos lamanitas, seus irmãos, e também do povo de Jarede,
que veio da torre da qual se tem falado. E sabemos também que foram
traduzidas pelo dom e poder de Deus, porque assim nos foi declarado
por sua voz; sabemos, portanto, com certeza, que a obra é verdadeira.
E também testificamos que vimos as gravações feitas nas placas; e que
elas nos foram mostradas pelo poder de Deus e não do homem. E de-
claramos solenemente que um anjo de Deus desceu dos céus, trouxe-as
e colocou-as diante dos nossos olhos, de maneira que vimos as placas e
as gravações nelas feitas e sabemos que é pela graça de Deus, o Pai, e de
nosso Senhor Jesus Cristo que vimos e testificamos que estas coisas são
verdadeiras. E isto é maravilhoso aos nossos olhos. E a voz do Senhor
ordenou-nos que prestássemos testemunho disso; portanto, para obede-
cer aos mandamentos de Deus, prestamos testemunho dessas coisas. E
sabemos que, se formos fiéis a Cristo, livraremos nossas vestes do san-
gue de todos os homens, e seremos declarados sem mancha diante do
tribunal de Cristo, e habitaremos eternamente com ele nos céus. E hon-
ra seja ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo, que são um Deus. Amém.
Oliver Cowdery
David Whitmer
Martin Harris

DEPOIMENTO DE OITO TESTEMUNHAS

S aibam todas as nações, tribos, línguas e povos a quem esta obra


chegar, que Joseph Smith, Jr., o tradutor desta obra, mostrou-nos as
placas mencionadas, que têm a aparência de ouro; e que manuseamos
tantas páginas quantas o dito Smith traduziu; e que também vimos as
gravações que elas contêm, as quais nos parecem ser uma obra anti-
ga e de execução esmerada. E isto testemunhamos solenemente: que
o dito Smith nos mostrou as placas, pois nós as vimos e seguramos; e
sabemos com certeza que o dito Smith possui as placas de que falamos.
E damos nossos nomes ao mundo para testificarmos ao mundo o que
vimos. E não mentimos, Deus sendo testemunha disso.
Christian Whitmer Hiram Page
Jacob Whitmer Joseph Smith, Sênior
Peter Whitmer, Jr. Hyrum Smith
John Whitmer Samuel H. Smith
TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH

A s palavras do próprio Profeta Joseph Smith sobre o aparecimento


do Livro de Mórmon são:
“Na noite de (. . .) vinte e um de setembro (. . .) (1823) (. . .) recorri à
oração e à súplica ao Deus Todo-Poderoso. (. . .)
Enquanto estava assim suplicando a Deus, descobri uma luz sur-
gindo no meu quarto, a qual continuou a aumentar até o aposento
ficar mais iluminado do que ao meio-dia; imediatamente apareceu ao
lado de minha cama um personagem em pé, no ar, pois seus pés não
tocavam o solo.
Ele vestia uma túnica solta, da mais rara brancura. Era uma brancura
que excedia a qualquer coisa terrena que eu já vira; nem acredito que
qualquer coisa terrena possa parecer tão extraordinariamente branca e
brilhante. Tinha as mãos desnudas e os braços também, um pouco aci-
ma do pulso; os pés também estavam desnudos, bem como as pernas,
um pouco acima dos tornozelos. A cabeça e o pescoço também estavam
nus. Verifiquei que ele não usava outra roupa além dessa túnica, pois
estava aberta, de modo que eu lhe podia ver o peito.
Não somente a sua túnica era muito branca, mas toda a sua pessoa
era indescritivelmente gloriosa e o seu semblante era verdadeiramente
como o relâmpago. O quarto estava muito claro, mas não tão lumino-
so como ao redor de sua pessoa. No momento em que o vi, tive medo;
mas o medo logo desapareceu.
Ele chamou-me pelo nome, e disse-me que era um mensageiro en-
viado a mim da presença de Deus, e que seu nome era Morôni; que
Deus tinha uma obra a ser executada por mim; e que o meu nome seria
considerado bom e mau entre todas as nações, tribos e línguas, ou que
entre todos os povos se falaria bem e mal de meu nome.
Disse-me ele que havia um livro escondido, escrito em placas de
ouro, que continha um relato dos antigos habitantes deste continente,
assim como de sua origem e procedência. Disse também que o livro
continha a plenitude do evangelho eterno, tal como fora entregue pelo
Salvador aos antigos habitantes.
Disse também ele que havia duas pedras em aros de prata — e es-
sas pedras, presas a um peitoral, constituíam o que é chamado Urim
e Tumim — depositadas com as placas; e que a posse e o uso dessas
pedras era o que constituía os ‘videntes’ nos tempos antigos; e que
Deus as tinha preparado para serem usadas na tradução do livro. (. . .)
Disse-me ainda ele que quando eu recebesse as placas sobre as quais
xi TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH
ele havia falado — porquanto o tempo em que elas deveriam ser ob-
tidas ainda não se cumprira — a ninguém deveria mostrá-las; nem o
peitoral com o Urim e Tumim, salvo àqueles a quem me fosse ordenado
mostrá-los; e se eu o fizesse, seria destruído. Enquanto falava comigo a
respeito das placas, minha mente abriu-se de tal modo que visualizei o
lugar em que estavam depositadas, e isto tão clara e nitidamente que
reconheci o local quando o visitei.
Após essa comunicação vi a luz do quarto começar a concentrar-se
imediatamente ao redor do personagem que estivera falando comigo,
e assim continuou até o quarto voltar à escuridão, exceto ao redor dele;
e imediatamente vi como se fora um conduto, que levava até o céu, e
ele ascendeu até desaparecer completamente, e o quarto voltou ao es-
tado em que estava antes de essa luz celestial aparecer.
Fiquei meditando sobre a singularidade da cena, grandemente ma-
ravilhado com o que me dissera o extraordinário mensageiro, quando,
em meio à minha meditação, descobri subitamente que meu quarto
começava novamente a ser iluminado e imediatamente vi o mesmo
mensageiro celestial outra vez ao lado da minha cama.
Relatou-me novamente, sem a mínima alteração, as mesmas coisas
que me dissera na primeira visita; a seguir me informou de grandes
julgamentos que recairiam sobre a Terra, com grandes desolações
causadas pela fome, espada e pestilência; e que esses dolorosos julga-
mentos recairiam sobre a Terra nesta geração. Tendo-me comunicado
estas coisas, novamente ascendeu, como fizera antes.
Naquele momento, tão profundas eram as impressões causadas
em minha mente, que perdi o sono por completo, atônito com o que
havia visto e ouvido. Mas qual não foi a minha surpresa quando vi
novamente o mesmo mensageiro ao lado da minha cama, e ouvi-o re-
petir as mesmas coisas que me dissera antes; e também advertiu-me,
informando-me que Satanás procuraria tentar-me (em consequência
da pobreza da família de meu pai) a obter as placas com o fim de enri-
quecer-me. Proibiu-me isso, dizendo que eu não deveria ter qualquer
outro objetivo em vista, ao receber as placas, a não ser o de glorificar a
Deus; e que eu não deveria ser influenciado por qualquer outro moti-
vo, senão o de edificar o seu reino; caso contrário, não as poderia obter.
Após essa terceira visita ele ascendeu ao céu, como antes; e outra
vez fiquei meditando sobre a estranheza do que acabara de acontecer;
quase imediatamente após o mensageiro celestial ter ascendido pela
terceira vez, o galo cantou e vi que o dia se aproximava, de modo que
as entrevistas deviam ter durado toda aquela noite.
TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH xii
Pouco depois me levantei e, como de costume, fui cuidar dos afaze-
res do dia; mas ao tentar trabalhar como normalmente fazia, senti-me
tão exausto que não consegui. Meu pai, que trabalhava perto de mim,
percebeu que eu não estava bem, e disse-me que fosse para casa. Saí
com essa intenção, mas ao tentar atravessar a cerca do campo onde
estávamos, faltaram-me as forças por completo, e caí inerte ao solo,
ficando completamente inconsciente durante algum tempo.
A primeira coisa de que me lembro é uma voz chamando-me pelo
nome. Olhei para cima e vi o mesmo mensageiro acima de minha ca-
beça, cercado de luz como antes. Repetiu-me tudo o que havia relatado
na noite anterior e ordenou-me que fosse contar ao meu pai a visão e
os mandamentos que havia recebido.
Obedeci, voltando para onde estava meu pai, no campo, e relatei-lhe
todo o ocorrido. Ele respondeu-me que aquilo era obra de Deus e dis-
se-me que fizesse o que o mensageiro ordenara. Deixei o campo, e fui
até o local onde o mensageiro dissera estarem depositadas as placas;
e devido à nitidez da visão que tivera, referente ao local, reconheci-o
no instante em que lá cheguei.
Próximo à vila de Manchester, no Condado de Ontário, Estado de
Nova York, existe uma colina de considerável tamanho, sendo a mais
alta da redondeza. No lado oeste dessa colina, não muito distante do
cume, sob uma pedra de considerável tamanho, estavam as placas,
depositadas em uma caixa de pedra. No meio, na parte superior, essa
pedra era grossa e arredondada; era, porém, mais fina na direção das
extremidades, de modo que a parte central ficava visível acima do solo,
mas as bordas em toda a volta estavam cobertas de terra.
Tendo removido a terra, arranjei uma alavanca, introduzi-a sob a
borda da pedra e consegui levantá-la com um pequeno esforço. Olhei
e lá realmente vi as placas, o Urim e Tumim, e o peitoral, como afir-
mara o mensageiro. A caixa na qual se encontravam era formada de
pedras unidas por uma espécie de cimento. No fundo da caixa havia
duas pedras colocadas transversalmente, e sobre estas estavam as pla-
cas e as outras coisas.
Fiz uma tentativa de retirá-las, mas fui proibido pelo mensageiro, que
outra vez me informou ainda não ter chegado o momento de retirá-las,
dizendo que esse momento não chegaria a não ser quatro anos após
aquela data. Disse-me que eu deveria voltar àquele local precisamente
um ano mais tarde, e que lá ele se encontraria comigo, devendo eu con-
tinuar a assim proceder até que chegasse o tempo de receber as placas.
De acordo com o que me fora ordenado, voltei lá ao fim de cada ano
xiii TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH
e todas as vezes encontrei o mesmo mensageiro. Em cada uma das en-
trevistas recebi dele instruções e conhecimento com respeito ao que o
Senhor ia fazer, e à maneira pela qual o seu reino deveria ser conduzi-
do nos últimos dias. (. . .)
Finalmente chegou a época de receber as placas, o Urim e Tumim,
e o peitoral. No dia vinte e dois de setembro de mil oitocentos e vinte
e sete, tendo ido, como de costume, ao fim de mais um ano, ao local
onde estavam depositados, o mesmo mensageiro celestial entregou-
os a mim, com a advertência de que eu seria responsável por eles; que
se eu os deixasse extraviar por algum descuido ou negligência, seria
cortado; mas que se eu empregasse todos os esforços para preservá-
los até que ele, o mensageiro, os reclamasse, eles seriam protegidos.
Logo verifiquei a razão de tão severas recomendações para que os
guardasse em segurança, e por que o mensageiro dissera que quando
eu tivesse realizado o que me fora ordenado, ele viria buscá-los. Pois
tão logo se soube que estavam em meu poder, foram empregados os
mais tenazes esforços para tirá-los de mim. Todos os estratagemas pos-
síveis foram usados com esse propósito. A perseguição tornou-se mais
amarga e severa que antes, e multidões mantinham-se continuamente
alertas para tirá-los de mim, se possível. Mas pela sabedoria de Deus,
eles continuaram seguros nas minhas mãos até que cumpri, por meio
deles, o que me fora requerido. Quando o mensageiro os reclamou, de
acordo com o combinado, entreguei-os a ele, que os tem sob sua guarda
até esta data, dois de maio de mil oitocentos e trinta e oito.”
Para a história completa, ver Joseph Smith—História, na Pérola de
Grande Valor.
O registro antigo, assim retirado da terra como a voz de um povo
falando do pó, e traduzido para a linguagem moderna pelo dom e po-
der de Deus, conforme atestado por afirmação Divina, foi publicado
pela primeira vez ao mundo, em inglês, no ano de 1830, como The
Book of Mormon.
BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE O LIVRO DE MÓRMON

O Livro de Mórmon é um registro sagrado de povos da América


antiga e foi gravado em placas de metal. As fontes das quais este
registro foi compilado incluem o seguinte:
1. As Placas de Néfi, que eram de dois tipos: as placas menores e as
placas maiores. As primeiras eram mais particularmente dedi-
cadas a assuntos espirituais e ao ministério e aos ensinamentos
dos profetas, enquanto que as últimas continham, em sua maior
parte, a história secular dos povos em questão (1 Néfi 9:2–4). Des-
de o tempo de Mosias, entretanto, as placas maiores passaram
também a incluir assuntos de grande importância espiritual.
2. As Placas de Mórmon, que contêm um resumo das placas maiores
de Néfi, feito por Mórmon, com diversos comentários. Estas pla-
cas também contêm a continuação da história escrita por Mórmon
e adições feitas por seu filho Morôni.
3. As Placas de Éter, que contêm a história dos jareditas. Este regis-
tro foi resumido por Morôni, que inseriu comentários próprios
e incorporou o registro à história geral, sob o título de “Livro de
Éter.”
4. As Placas de Latão, trazidas de Jerusalém pelo povo de Leí em
600 a.C. Estas placas continham “os cinco livros de Moisés (. . .)
e também o registro dos judeus, desde o princípio até o começo
do reinado de Zedequias, rei de Judá; e também as profecias dos
santos profetas” (1 Néfi 5:11–13). Muitas citações de Isaías e de
outros profetas bíblicos e não-bíblicos, que se encontram nestas
placas, aparecem no Livro de Mórmon.
O Livro de Mórmon contém quinze partes ou divisões principais
que, com exceção de uma, são chamadas livros, usualmente designa-
dos pelo nome de seu autor principal. A primeira parte (os primeiros
seis livros, terminando em Ômni) é uma tradução das placas menores
de Néfi. Entre os livros de Ômni e Mosias há uma inserção chamada
Palavras de Mórmon. Essa inserção liga o registro gravado nas placas
menores ao resumo das placas maiores, feito por Mórmon.
A parte mais longa, de Mosias até o fim do capítulo 7 de Mórmon, é
a tradução do resumo das placas maiores de Néfi, feito por Mórmon.
A parte final, do capítulo 8 de Mórmon ao fim do volume, foi gravada
por Morôni, filho de Mórmon, o qual, após terminar o registro da vida
de seu pai, fez um resumo do registro jaredita (chamado livro de Éter) e
posteriormente adicionou as partes conhecidas como livro de Morôni.
Por volta do ano 421 d.C., Morôni, o último dos profetas-historiadores
xv BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE O LIVRO DE MÓRMON
nefitas, selou o registro sagrado e ocultou-o para o Senhor, para ser
trazido à luz nos últimos dias, como foi predito pela voz de Deus por
meio dos Seus profetas antigos. Em 1823 d.C., esse mesmo Morôni,
então um personagem ressurreto, visitou o Profeta Joseph Smith e
subsequentemente lhe entregou as placas gravadas.
Com respeito a esta edição: A página de título original, que está imedia-
tamente antes da página do índice, foi extraída das placas e faz parte
do texto sagrado. Introduções escritas com fonte não-grifada, como as
que estão em 1 Néfi e logo antes do capítulo 9 de Mosias, também são
parte do texto sagrado. Introduções em itálico, como as que ocorrem
nos cabeçalhos dos capítulos, não são originais do texto, mas sim au-
xílios de estudo acrescentados para a conveniência do leitor.
Nas edições anteriores do Livro de Mórmon publicadas em inglês,
perpetuaram-se alguns pequenos erros. Esta edição contém as correções
consideradas apropriadas para que o material esteja em concordância
com os manuscritos originais, assim como com as primeiras edições
publicadas pelo Profeta Joseph Smith.
ILUSTRAÇÕES
O Senhor Jesus Cristo
Pintura de Heinrich Hofmann
O Profeta Joseph Smith
Pintura de Alvin Gittins
Ver “Testemunho do Profeta Joseph Smith,” páginas x–xiii
Leí encontra a Liahona
Pintura de Arnold Friberg
Ver 1 Néfi 16, páginas 37–40
Leí e seu povo chegam à terra da promissão
Pintura de Arnold Friberg
Ver 1 Néfi 18, páginas 46–49
Alma batiza nas Águas de Mórmon
Pintura de Arnold Friberg
Ver Mosias 18, páginas 205–208
Samuel, o lamanita, profetiza
Pintura de Arnold Friberg
Ver Helamã 16, páginas 473–475
Jesus Cristo visita as Américas
Pintura de John Scott
Ver 3 Néfi 11, páginas 500–503
Morôni enterra os registros nefitas
Pintura de Tom Lovell
Ver Mórmon 8, páginas 561–565
PRIMEIRO LIVRO DE NÉFI
SEU GOVERNO E MINISTÉRIO

Relato sobre Leí, sua mulher Saria e seus quatro filhos, que se chamavam
(a começar pelo mais velho) Lamã, Lemuel, Sam e Néfi. O Senhor avisa
Leí que saia da terra de Jerusalém, porque ele profetiza ao povo acerca
de sua iniquidade e eles procuram tirar-lhe a vida. Ele viaja durante três
dias através do deserto, com a sua família. Néfi toma os seus irmãos e
volta à terra de Jerusalém, em busca do registro dos judeus. O relato dos
seus sofrimentos. Tomam as filhas de Ismael para esposas. Tomam as
suas famílias e vão para o deserto. Seus sofrimentos e aflições no deserto.
Rota das suas viagens. Chegam às grandes águas. Rebelião dos irmãos
contra Néfi. Ele confunde-os e constrói um barco. Dão ao lugar o nome
de Abundância. Atravessam as grandes águas, indo para a terra da pro-
missão, e assim por diante. Isto, segundo o relato de Néfi; ou, em outras
palavras, eu, Néfi, escrevi este registro.
CAPÍTULO 1 grande conhecimento da bondade
e dos f mistérios de Deus, faço, por
Néfi inicia o registro de seu povo —
isso, um g registro de meus feitos
Em visão, Leí vê uma coluna de fogo
durante minha vida.
e lê um livro de profecias — Louva
2 Sim, faço um registro na a lín-
a Deus, prediz a vinda do Messias e
gua de meu pai, que consiste no
profetiza a destruição de Jerusalém —
conhecimento dos judeus e na
É perseguido pelos judeus. Aproxima-
língua dos egípcios.
damente 600 a.C.
3 E sei que o registro que faço é

E U, a Néfi, tendo nascido de verdadeiro; e faço-o com minhas


a 

b 
bons c pais, recebi, portanto, próprias mãos e faço-o de acordo
alguma d instrução em todo o co- com o meu conhecimento.
nhecimento de meu pai; e ten- 4 Pois aconteceu no começo do
do passado muitas e aflições no a 
primeiro ano do reinado de b Ze-
decurso de meus dias, fui, não dequias, rei de Judá (tendo meu
obstante, altamente favorecido pai, Leí, morado todos os seus
pelo Senhor em todos os meus dias em c Jerusalém); e apareceram
dias; sim, havendo adquirido um muitos d profetas, nesse mesmo
1 1 a GEE Néfi, Filho de Leí. g GEE Escrituras. apêndice.
b Prov. 22:1. 2 a Mos. 1:2–4; b 2 Crôn. 36:10;
c D&C 68:25, 28. Mórm. 9:32–33. Jer. 52:3–5;
GEE Pais. 3 a 1 Né. 14:30; Ômni 1:15.
d En. 1:1; Mos. 1:6; c 1 Crôn. 9:3.
Mos. 1:2–3. Ét. 5:1–3; d 2 Re. 17:13–15;
GEE Ensinar, Mestre. D&C 17:6. 2 Crôn. 36:15–16;
e GEE Adversidade. 4 a 598 a.C.; Jer. 7:25–26.
f GEE Mistérios de Deus. ver Cronologia no GEE Profeta.
1 NÉFI 1:5–15 2
ano, profetizando ao povo que 10 E viu também doze outros
a 

todos deveriam arrepender-se ou que o seguiam; e seu brilho exce-


a grande cidade de e Jerusalém dia ao das estrelas no firmamento.
precisaria ser destruída. 11 E eles desceram e andaram
5 Portanto, aconteceu que meu pela face da Terra; e o primeiro
pai, a Leí, enquanto seguia seu ca- veio e colocou-se diante de meu
minho, orou ao Senhor, sim, de pai; e deu-lhe um a livro e orde-
todo o b coração, em favor de seu nou-lhe que o lesse.
povo. 12 E aconteceu que, enquanto
6 E aconteceu que enquanto ele lia, ele ficou cheio do a Espírito
orava ao Senhor, apareceu uma do Senhor.
a 
coluna de fogo que permaneceu 13 E ele leu, dizendo: Ai, ai de
sobre uma rocha, diante dele; e Jerusalém, pois vi tuas a abomi-
foi muito o que ele viu e ouviu; nações! Sim, e meu pai leu mui-
e tremeu e estremeceu intensa- tas coisas concernentes a b Jeru-
mente por causa das coisas que salém — que ela seria destruída,
viu e ouviu. assim como seus habitantes; mui-
7 E aconteceu que ele retornou tos morreriam pela espada e mui-
para sua casa em Jerusalém e jo- tos seriam c levados cativos para a
gou-se sobre a cama, a dominado Babilônia.
pelo Espírito e pelas coisas que 14 E aconteceu que depois de ter
vira. lido e visto muitas coisas grandes
8 E estando desta maneira do- e maravilhosas, meu pai prorrom-
minado pelo Espírito, foi arreba- peu em exclamações ao Senhor,
tado em uma a visão e viu os b céus tais como: Grandes e maravilho-
abertos e pensou ter visto Deus sas são as tuas obras, ó Senhor
sentado em seu trono, rodeado Deus Todo-Poderoso! Alto nos
por inumeráveis multidões de an- céus está o teu trono; e teu poder e
jos, na atitude de cantar e louvar bondade e misericórdia estendem-
a seu Deus. se sobre todos os habitantes da
9 E aconteceu que ele viu Um Terra; e porque és misericordio-
que descia do meio do céu; e viu so, não permitirás que pereçam
que o seu a resplendor era maior aqueles que a vierem a ti.
que o do sol ao meio-dia. 15 E era desta maneira que meu
4 e Jer. 26:18; 2 Né. 1:4; JS—H 1:20. 12 a D&C 6:15.
Hel. 8:20. 8 a 1 Né. 5:4. 13 a 2 Re. 24:18–20;
5 a GEE Leí, Pai de Néfi. GEE Visão. 2 Crôn. 36:14.
b Tg. 5:16. b Eze. 1:1; At. 7:55–56; b 2 Re. 23:27; 24:2;
6 a Êx. 13:21; 1 Né. 11:14; Jer. 13:13–14;
Hel. 5:24, 43; Hel. 5:45–49; 2 Né. 1:4.
D&C 29:12; D&C 137:1. c 2 Re. 20:17–18;
JS—H 1:16. 9 a JS—H 1:16–17. 2 Né. 25:10;
7 a Dan. 10:8; 1 Né. 17:47; 10 a GEE Apóstolo. Ômni 1:15.
Mois. 1:9–10; 11 a Eze. 2:9. 14 a Al. 5:33–36; 3 Né. 9:14.
3 1 NÉFI 1:16–2:2
pai falava, ao louvar ao seu Deus; as coisas que havia lido no livro
pois sua alma regozijava-se e todo manifestavam claramente a vin-
o seu coração estava cheio por da de um b Messias, e também a
causa das coisas que vira, sim, redenção do mundo.
que o Senhor lhe havia mostrado. 20 E quando ouviram estas coi-
16 E agora eu, Néfi, não faço um sas, os judeus iraram-se contra ele;
relato completo das coisas que sim, como haviam feito com os
meu pai escreveu, pois ele escre- profetas antigos, a quem tinham
veu muitas coisas que viu em vi- a 
expulsado e apedrejado e mata-
sões e em sonhos; e também escre- do; e procuraram também tirar-
veu muitas coisas que a profetizou lhe a vida. E eis, porém, que eu,
e disse a seus filhos, das quais não Néfi, vos mostrarei que as ternas
farei um relato completo. b 
misericórdias do Senhor estão so-
17 Farei, porém, um relato dos bre todos aqueles que ele escolheu
meus feitos em meus dias. Eis que por causa de sua fé, para torná-los
escrevo um a resumo do registro fortes com o poder de libertação.
de meu pai nas placas que fiz com
minhas próprias mãos; então, de- CAPÍTULO 2
pois de haver resumido o b regis-
Leí leva a família para o deserto jun-
tro de meu pai, farei um relato de
to ao Mar Vermelho — Abandonam
minha própria vida.
seus bens — Leí oferece um sacrifício
18 Portanto, quero que saibais
ao Senhor e ensina os filhos a guarda-
que, depois de o Senhor ter mos-
rem os mandamentos — Lamã e Le-
trado a meu pai, Leí, tantas coisas
muel murmuram contra o pai — Néfi
maravilhosas, sim, referentes à
é obediente e ora com fé; o Senhor fala
a 
destruição de Jerusalém, eis que
com ele e escolhe-o para governar os
este se dirigiu ao povo e começou
irmãos. Aproximadamente 600 a.C.
a b profetizar e a declarar as coisas
que vira e ouvira. Pois eis que aconteceu ter o Se-
19 E aconteceu que os judeus nhor falado a meu pai, sim, num
a 
escarneceram dele pelas coisas sonho, dizendo: Bendito és tu, Leí,
que testificava a respeito deles; pelas coisas que fizeste; e porque
pois verdadeiramente testificava foste fiel e declaraste a este povo
a respeito de suas iniquidades e as coisas que te ordenei, eis que
abominações; e testificava que as procuram a tirar-te a vida.
coisas que vira e ouvira, e também 2  E aconteceu que o Senhor
16 a 1 Né. 7:1. D&C 5:20. 20 a Hel. 13:24–26.
17 a 1 Né. 9:2–5. b GEE Profecia, Profetizar. b Al. 34:38;
b 1 Né. 6:1–3; 19:1–6; 19 a 2 Crôn. 36:15–16; D&C 46:15.
2 Né. 5:29–33; Jer. 25:4; GEE Misericórdia,
D&C 10:38–46. 1 Né. 2:13; 7:14. Misericordioso.
18 a 2 Né. 25:9–10; b GEE Messias. 2 1 a 1 Né. 7:14.
1 NÉFI 2:3–13 4
a 
ordenou a meu pai, num sonho, b 
9 E quando meu pai viu que
que c partisse com a família para as águas do rio desaguavam na
o deserto. fonte do Mar Vermelho, falou a
3 E aconteceu que ele foi a obe- Lamã, dizendo: Oh! Tu poderias
diente à palavra do Senhor; fez, ser como este rio, continuamen-
portanto, o que o Senhor lhe te correndo para a fonte de toda
ordenara. retidão!
4 E aconteceu que ele partiu para 10 E também disse a Lemuel:
o deserto. E deixou sua casa e a Oh! Tu poderias ser como este
terra de sua herança e seu ouro e vale, firme, constante e imutável
sua prata e suas coisas preciosas; em guardar os mandamentos do
e nada levou consigo, a não ser Senhor!
sua família e provisões e tendas; 11 Ora, isto ele disse por causa
e a partiu para o deserto. da obstinação de Lamã e Lemuel;
5 E desceu pelos limites perto da porque eis que a murmuravam a
costa do a Mar Vermelho; e viajou respeito de muitas coisas contra
pelo deserto, do lado mais pró- seu b pai, que ele era um c visioná-
ximo do Mar Vermelho; e viajou rio e os havia tirado da terra de
pelo deserto com sua família, que Jerusalém, fazendo-os deixar a
consistia em minha mãe, Saria, e terra de sua herança e seu ouro e
meus irmãos mais velhos, b Lamã, sua prata e suas coisas preciosas,
Lemuel e Sam. para morrerem no deserto. E di-
6 E aconteceu que depois de ha- ziam que ele havia feito isso por
ver viajado três dias pelo deserto, causa das loucas fantasias de seu
ele armou sua tenda num a vale, à coração.
margem de um rio de águas. 12 E assim Lamã e Lemuel, sen-
7 E aconteceu que construiu um do os mais velhos, murmuravam
a 
altar de b pedras e fez uma ofer- contra o seu pai. E murmuravam
ta ao Senhor e rendeu c graças ao por a desconhecerem a maneira
Senhor nosso Deus. de proceder daquele Deus que os
8 E aconteceu que deu ao rio, havia criado.
que desaguava no Mar Vermelho, 13  Nem acreditavam que Je-
o nome de Lamã; e o vale ficava rusalém, aquela grande cidade,
nas margens, perto de sua desem- pudesse ser a destruída confor-
bocadura. me as palavras dos profetas. E
2 a 1 Né. 5:8; 17:44. D&C 17:1. Graças, Agradecido,
b GEE Sonho. b GEE Lamã. Agradecimento.
c Gên. 12:1; 6 a 1 Né. 9:1. 11 a 1 Né. 17:17.
2 Né. 10:20; 7 a Gên. 12:7–8; GEE Murmurar.
Ét. 1:42; Abr. 2:3. Êx. 24:4; b Prov. 20:20.
3 a GEE Obedecer, Abr. 2:17. c 1 Né. 5:2–4.
Obediência, Obediente. b Êx. 20:25; 12 a Mois. 4:6.
4 a 1 Né. 10:4; 19:8. Deut. 27:5–6. 13 a Jer. 13:14;
5 a 1 Né. 16:14; c GEE Ação de 1 Né. 1:13.
5 1 NÉFI 2:14–24
assemelhavam-se aos judeus que me falou, dizendo: Bendito és tu,
estavam em Jerusalém, que pro- Néfi, por causa de tua a fé, porque
curavam tirar a vida de meu pai. me procuraste diligentemente,
14 E aconteceu que meu pai lhes com humildade de coração.
falou no vale de Lemuel, com a po- 20 E se guardares meus manda-
der, estando cheio do Espírito, até mentos, a prosperarás e serás con-
b 
tremerem diante dele; e confun- duzido a uma b terra de promissão;
diu-os, de modo que não ousaram sim, uma terra que preparei para
falar contra ele; portanto, fizeram ti; sim, uma terra escolhida acima
o que ele lhes ordenou. de todas as outras terras.
15  E habitou meu pai numa 21 E se teus irmãos se rebelarem
tenda. contra ti, serão a afastados da pre-
16 E aconteceu que eu, Néfi, sença do Senhor.
sendo muito jovem, embora de 22 E se guardares meus manda-
grande estatura, e tendo também mentos, serás feito a governante e
grande desejo de saber dos a misté- mestre de teus irmãos.
rios de Deus, clamei, portanto, ao 23 Pois eis que no dia em que
Senhor; e eis que ele me b visitou e se rebelarem contra mim, eu os
c 
enterneceu meu coração, de ma- a 
amaldiçoarei com dolorosa mal-
neira que d acreditei em todas as dição e não terão poder sobre a
palavras que meu e pai dissera; por tua semente, a menos que ela tam-
esta razão não me revoltei contra bém se rebele contra mim.
ele, como meus irmãos. 24 E se acontecer que ela se re-
17 E falei a Sam, contando-lhe as bele contra mim, eles serão um
coisas que o Senhor me havia ma- a 
flagelo para teus descendentes,
nifestado por meio de seu Santo a fim de b levá-los aos caminhos
Espírito. E aconteceu que ele acre- da lembrança.
ditou em minhas palavras.
18 Mas eis que Lamã e Lemuel
CAPÍTULO 3
não quiseram dar ouvidos às mi-
nhas palavras; e a aflito pela du- Os filhos de Leí retornam a Jerusa-
reza de seu coração, roguei ao lém para obter as placas de latão —
Senhor por eles. Labão recusa-se a entregar as pla-
19 E aconteceu que o Senhor cas — Néfi exorta e encoraja seus
14 a GEE Poder. Profeta. Promissão.
b 1 Né. 17:45. 18 a Al. 31:24; 21 a 2 Né. 5:20–24;
16 a GEE Mistérios de Deus. 3 Né. 7:16. Al. 9:13–15; 38:1.
b Salm. 8:4; 19 a 1 Né. 7:12; 15:11. 22 a Gên. 37:8–11;
Al. 17:10; 20 a Jos. 1:7; 1 Né. 3:29.
D&C 5:16. 1 Né. 4:14; 23 a Deut. 11:28;
GEE Revelação. Mos. 1:7. 1 Né. 12:22–23;
c 1 Re. 18:37; b Deut. 33:13–16; D&C 41:1.
Al. 5:7. 1 Né. 5:5; 7:13; 24 a Jos. 23:13;
d 1 Né. 11:5. Mois. 7:17–18. Juí. 2:22–23.
e GEE Pai Terreno; GEE Terra da b 2 Né. 5:25.
1 NÉFI 3:1–15 6
irmãos — Labão rouba-lhes os bens preparar um caminho pelo qual
c 

e tenta matá-los — Lamã e Lemuel suas ordens possam ser cumpri-


agridem Néfi e Sam e são reprova- das.
dos por um anjo. Aproximadamente 8 E aconteceu que quando meu
600–592 a.C. pai ouviu estas palavras, rejubi-
lou-se, porque compreendeu que
E aconteceu que eu, Néfi, depois o Senhor me havia abençoado.
de haver falado com o Senhor, vol- 9 E eu, Néfi, e meus irmãos em-
tei à tenda de meu pai. preendemos a viagem pelo deser-
2 E aconteceu que ele me falou, to com nossas tendas, para subir-
dizendo: Eis que sonhei um a so- mos à terra de Jerusalém.
nho, no qual o Senhor me ordenou 10 E aconteceu que, tendo subi-
que tu e teus irmãos voltásseis a do à terra de Jerusalém, eu e meus
Jerusalém. irmãos pusemo-nos a deliberar.
3 Pois eis que Labão possui o re- 11 E a lançamos sortes, para ver
gistro dos judeus e também uma qual de nós iria à casa de Labão.
a 
genealogia de meus antepassa- E aconteceu que a sorte caiu sobre
dos; e eles estão gravados em pla- Lamã; e Lamã foi à casa de Labão
cas de latão. e falou com ele, enquanto estava
4 Ordenou-me o Senhor, portan- sentado em sua casa.
to, que tu e teus irmãos fôsseis à 12 E pediu a Labão os registros
casa de Labão buscar os regis- que estavam gravados nas placas
tros e os trouxésseis aqui para o de latão, que continham a a genea-
deserto. logia de meu pai.
5 E agora, eis que teus irmãos 13 E eis que Labão se irou e ex-
murmuram, dizendo que lhes pulsou-o de sua presença; e re-
pedi uma coisa difícil; eis, porém, cusou-se a dar-lhe os registros.
que não sou eu quem o pede, mas Portanto, disse-lhe: Eis que tu és
é uma ordem do Senhor. um ladrão e vou matar-te.
6 Vai, portanto, meu filho, e serás 14 Lamã, porém, fugiu de sua
favorecido pelo Senhor, porque presença e contou-nos o que La-
a 
não murmuraste. bão havia feito. E começamos a
7 E aconteceu que eu, Néfi, dis- afligir-nos grandemente e meus
se a meu pai: Eu a irei e cumprirei irmãos estavam prestes a voltar
as ordens do Senhor, porque sei para junto de meu pai no deserto.
que o Senhor nunca dá b ordens 15 Mas eis que eu lhes disse: As-
aos filhos dos homens sem antes sim como vive o Senhor e vivemos
3 2 a GEE Sonho. GEE Fé; Filip. 4:13;
3 a 1 Né. 5:14. Obedecer, Obediência, 1 Né. 17:3, 50;
6 a GEE Apoio aos Líderes Obediente. D&C 5:34.
da Igreja. b GEE Mandamentos de 11 a Ne. 10:34;
7 a 1 Sam. 17:32; Deus. At. 1:26.
1 Re. 17:11–15. c Gên. 18:14; 12 a 1 Né. 3:3; 5:14.
7 1 NÉFI 3:16–29
nós, não desceremos para o de- terra de nossa herança e recolhe-
serto onde está nosso pai até ha- mos nosso a ouro e nossa prata e
vermos cumprido o que o Senhor nossas coisas preciosas.
nos ordenou. 23 E depois de havermos reu-
16 Sejamos, portanto, fiéis aos nido essas coisas, subimos nova-
mandamentos do Senhor; desça- mente à casa de Labão.
mos, pois, à terra da a herança de 24 E aconteceu que entramos na
nosso pai, porque ele deixou ouro casa de Labão e pedimos-lhe que
e prata e toda espécie de riquezas. nos entregasse os registros que
E tudo isso ele fez por causa dos estavam gravados nas a placas de
b 
mandamentos do Senhor. latão, pelos quais lhe daríamos
17 Porque ele sabia que Jerusa- nosso ouro e nossa prata e todas
lém deveria ser a destruída por as nossas coisas preciosas.
causa da iniquidade do povo. 25 E aconteceu que quando La-
18 Pois eis que a rejeitaram as bão viu que nossos bens eram
palavras dos profetas. Portanto, muitos, a cobiçou-os, de modo que
se meu pai permanecesse na terra nos pôs para fora e enviou seus
depois de haver recebido b ordem servos para nos matarem, a fim
de fugir, eis que pereceria tam- de apoderar-se de nossos bens.
bém. Assim, foi necessário que 26 E aconteceu que fugimos dos
fugisse da terra. servos de Labão e fomos obriga-
19 E eis que é sábio para Deus dos a abandonar nossos bens; e
que obtenhamos esses a registros, eles caíram nas mãos de Labão.
para que preservemos para nos- 27 E aconteceu que fugimos para
sos filhos o idioma de nossos pais. o deserto e os servos de Labão não
20 E também para que lhes a pre- nos alcançaram; e escondemo-nos
servemos as palavras que foram na cavidade de uma rocha.
proferidas pela boca de todos os 28 E aconteceu que Lamã se en-
santos profetas, as quais lhes fo- fureceu comigo e também com
ram dadas pelo Espírito e poder meu pai; e também Lemuel, por-
de Deus desde o começo do mun- que deu ouvidos às palavras de
do, até o tempo presente. Lamã. Lamã e Lemuel usaram,
21 E aconteceu que, com essas portanto, de a expressões rudes
palavras, persuadi meus irmãos para conosco, seus irmãos mais
a permanecerem fiéis aos man- jovens; e açoitaram-nos com uma
damentos de Deus. vara.
22 E aconteceu que descemos à 29 E aconteceu que enquanto nos
16 a 1 Né. 2:4. b 1 Né. 16:8. 22 a 1 Né. 2:4.
b 1 Né. 2:2; 4:34. 19 a Ômni 1:17; 24 a 1 Né. 3:3.
17 a 2 Crôn. 36:16–20; Mos. 1:2–6. 25 a GEE Cobiçar.
Jer. 39:1–9; 20 a GEE Escrituras — As 28 a 1 Né. 17:17–18.
1 Né. 1:13. escrituras devem ser
18 a GEE Rebeldia, Rebelião. preservadas.
1 NÉFI 3:30–4:7 8
açoitavam com uma vara, apare- e seus cinquenta, sim, ou mesmo
ceu um a anjo do Senhor que, pon- suas dezenas de milhares?
do-se à frente deles, lhes disse: 2 Subamos, portanto; sejamos
Por que açoitais vosso irmão mais a 
fortes como b Moisés; porque ele
jovem com uma vara? Não sabeis por certo falou às águas do c Mar
que o Senhor o escolheu para ser Vermelho e elas dividiram-se para
vosso b governante, devido a vos- um e outro lado; e nossos pais
sa iniquidade? Eis que tornareis saíram do cativeiro passando
a subir a Jerusalém e o Senhor sobre terra seca; e foram segui-
entregará Labão em vossas mãos. dos pelos exércitos de Faraó, que
30 E depois de nos haver falado, se afogaram nas águas do Mar
o a anjo partiu. Vermelho.
31 E depois que o anjo partiu, 3 Agora, eis que sabeis que isso é
Lamã e Lemuel começaram no- verdade; e sabeis também que um
vamente a a murmurar, dizendo: a 
anjo vos falou; como, pois, podeis
Como é possível que o Senhor duvidar? Subamos; o Senhor tem
entregue Labão em nossas mãos? poder para livrar-nos, como livrou
Eis que ele é um homem poderoso nossos pais; e para destruir Labão,
e pode comandar cinquenta, sim, como destruiu os egípcios.
ele pode mesmo matar cinquenta; 4 Ora, depois de haver eu dito
por que não a nós? estas palavras, ainda estavam ir-
ritados e continuaram a murmu-
CAPÍTULO 4 rar; não obstante, seguiram-me
até chegarmos às muralhas de
Néfi mata Labão por ordem do Se-
Jerusalém.
nhor e depois se apodera das placas
5 E era noite; e eu fiz com que se
de latão por meio de um estratage-
escondessem fora das muralhas. E
ma — Zorã decide unir-se à família
depois de se haverem eles escon-
de Leí no deserto. Aproximadamente
dido, eu, Néfi, penetrei sorratei-
600–592 a.C.
ramente na cidade e dirigi-me à
E aconteceu que falei a meus casa de Labão.
irmãos, dizendo: Subamos nova- 6 E fui a conduzido pelo Espírito,
mente a Jerusalém e sejamos a fiéis não b sabendo de antemão o que
aos mandamentos do Senhor; pois deveria fazer.
eis que ele é mais poderoso que 7 Não obstante, segui em fren-
toda a terra. Então, por que não há te e, chegando perto da casa de
de ser b mais poderoso que Labão Labão, vi um homem que havia
29 a 1 Né. 4:3; 7:10. Corajoso; 1 Né. 17:26;
GEE Anjos. Fé. Mos. 7:19.
b 1 Né. 2:22. b 1 Né. 7:11–12. 3 a 1 Né. 3:29–31; 7:10.
30 a 1 Né. 16:38. 2 a Deut. 11:8. 6 a GEE Espírito Santo;
31 a GEE Murmurar. b GEE Moisés. Inspiração, Inspirar.
4 1 a GEE Coragem, c Êx. 14:21; b Heb. 11:8.
9 1 NÉFI 4:8–21
caído no chão, diante de mim, os meus mandamentos, c prospe-
b 

porque estava bêbado de vinho. rará na d terra da promissão.


8 E aproximando-me dele, vi que 15 Sim, e pensei também que eles
era Labão. não poderiam guardar os man-
9 E vi a sua a espada e tirei-a da damentos do Senhor, segundo a
bainha; e o punho era de ouro lei de Moisés, a menos que tives-
puro, trabalhado de modo admi- sem a lei.
rável; e vi que sua lâmina era do 16 Sabia também que a a lei es-
mais precioso aço. tava gravada nas placas de latão.
10 E aconteceu que fui a compe- 17 E também sabia que o Senhor
lido pelo Espírito a matar Labão; havia entregado Labão em minhas
mas disse em meu coração: Nun- mãos por este motivo — para que
ca fiz correr sangue humano. E eu pudesse obter os registros, de
contive-me; e desejei não ter de acordo com os seus mandamentos.
matá-lo. 18 Obedeci, portanto, à voz do
11 E o Espírito disse-me outra Espírito e peguei Labão pelos ca-
vez: Eis que o a Senhor o entre- belos e cortei-lhe a cabeça com sua
gou em tuas mãos. Sim, e eu sa- própria a espada.
bia também que ele procurara 19 E depois de ter-lhe cortado a
tirar-me a vida e que não daria cabeça com sua própria espada,
ouvidos aos mandamentos do tirei-lhe as vestimentas e coloquei-
Senhor; e também se b apoderara as sobre o meu próprio corpo; sim,
de nossos bens. cada uma delas; e cingi meus lom-
12 E aconteceu que o Espírito bos com a sua armadura.
me disse outra vez: Mata-o, pois o 20 E depois de haver feito isso,
Senhor entregou-o em tuas mãos. dirigi-me ao tesouro de Labão. E
13 Eis que o Senhor a mata os b iní- quando me dirigia ao tesouro de
quos, para que sejam cumpridos Labão, eis que vi o a servo de La-
seus justos desígnios. c Melhor é bão que guardava as chaves do
que pereça um homem do que tesouro. E, com a voz de Labão,
uma nação degenere e pereça na ordenei-lhe que me seguisse ao
incredulidade. tesouro.
14 E então quando eu, Néfi, ouvi 21 E ele supôs que eu fosse seu
estas palavras, lembrei-me das pa- amo Labão, porque viu as vesti-
lavras que o Senhor me dissera no mentas e também a espada que
deserto: a Se a tua semente guardar eu levava à cintura.
9 a 2 Né. 5:14; b GEE Iniquidade, Iníquo. c 1 Né. 2:20.
D&C 17:1. c Al. 30:47. d 1 Né. 17:13–14;
10 a Al. 14:11. 14 a Ômni 1:6; Jacó 2:12.
11 a 1 Sam. 17:41–49. Mos. 2:22; 16 a GEE Lei de Moisés.
b 1 Né. 3:26. Ét. 2:7–12. 18 a 1 Sam. 17:51.
13 a 1 Né. 17:33–38; b GEE Mandamentos de 20 a 2 Né. 1:30.
D&C 98:31–32. Deus.
1 NÉFI 4:22–38 10
22 E falou-me a respeito dos an- havendo também recebido muita
ciãos dos judeus, pois sabia que a 
força do Senhor, lancei-me sobre
seu amo, Labão, havia estado com o servo de Labão e segurei-o, para
eles durante a noite. que não fugisse.
23 E eu falei-lhe como se fora 32 E aconteceu que eu lhe disse
Labão. que, se ouvisse minhas palavras,
24 E disse-lhe também que eu assim como o Senhor vive e vivo
levaria as gravações que estavam eu, se ouvisse minhas palavras,
nas a placas de latão a meus irmãos poupar-lhe-íamos a vida.
mais velhos, que estavam fora das 33 E disse-lhe, sob a juramento,
muralhas. que não precisava temer; que se-
25 E também ordenei-lhe que ria um homem livre como nós, se
me seguisse. descesse conosco ao deserto.
26 E supondo ele que eu me re- 34 E também lhe disse: Certa-
ferisse aos irmãos da igreja e que mente o Senhor nos a ordenou que
eu verdadeiramente fosse Labão, procedêssemos assim; e não se-
a quem eu havia matado, seguiu- remos diligentes em guardar os
me. mandamentos do Senhor? Se qui-
27 E falou-me muitas vezes sobre seres, portanto, descer ao deser-
os anciãos dos judeus, enquanto to, ao encontro de meu pai, terás
eu me dirigia para meus irmãos lugar conosco.
que estavam fora das muralhas. 35 E aconteceu que a Zorã criou
28 E aconteceu que quando me coragem com minhas palavras.
viu, Lamã ficou com muito medo Ora, Zorã era o nome do servo;
e também Lemuel e Sam. E fugi- e ele prometeu que desceria para
ram de mim, porque pensaram o deserto até o lugar onde estava
que eu fosse Labão e que ele me nosso pai. Sim, e jurou também
houvesse matado; e que procuras- que permaneceria conosco daque-
se também tirar-lhes a vida. le momento em diante.
29 E aconteceu que os chamei e 36 Ora, desejávamos que ele per-
eles me ouviram; portanto, para- manecesse conosco para que os
ram de fugir de mim. judeus não soubessem de nossa
30 E aconteceu que quando o fuga para o deserto, com receio
servo de Labão viu meus irmãos, de que nos perseguissem para
pôs-se a tremer e estava para fu- destruir-nos.
gir de mim e voltar para a cidade 37 E aconteceu que quando Zorã
de Jerusalém. nos fez o a juramento, nossos te-
31 E agora eu, Néfi, sendo um mores cessaram a seu respeito.
homem de grande estatura e 38 E aconteceu que tomamos as
24 a 1 Né. 3:12, 19–24; 33 a GEE Juramento. GEE Zorã, Zoramitas.
5:10–22. 34 a 1 Né. 2:2; 3:16. 37 a Jos. 9:1–21;
31 a Mos. 9:17; 35 a 1 Né. 16:7; Ecles. 5:4.
Al. 56:56. 2 Né. 5:5–6. GEE Juramento.
11 1 NÉFI 5:1–10
placas de latão e o servo de La- permanecido em Jerusalém e pe-
bão e partimos para o deserto; e recido com meus irmãos.
viajamos até a tenda de nosso pai. 5 Eis que obtive, porém, uma
a 
terra de promissão, pelo que me
CAPÍTULO 5 regozijo; sim, e b sei que o Senhor
livrará meus filhos das mãos de
Saria queixa-se de Leí — Ambos se
Labão e no-los devolverá no de-
regozijam com o retorno de seus fi-
serto.
lhos — Eles oferecem sacrifícios —
6 E com essas palavras meu pai,
As placas de latão contêm escritos
Leí, confortava minha mãe, Saria,
de Moisés e dos profetas — As placas
a nosso respeito, enquanto viajá-
identificam Leí como descendente de
vamos pelo deserto para a terra
José — Leí profetiza a respeito de sua
de Jerusalém a fim de obtermos
semente e da preservação das placas.
o registro dos judeus.
Aproximadamente 600–592 a.C.
7 E quando voltamos à tenda
E aconteceu que depois de ha- de meu pai, eis que sua alegria
vermos descido para o deserto até foi completa e minha mãe ficou
nosso pai, eis que ele se encheu confortada.
de alegria; e minha mãe, a Saria, 8 E ela falou, dizendo: Agora
também se alegrou muito, pois sei com certeza que o Senhor a or-
verdadeiramente havia pranteado denou a meu marido que fugis-
por nossa causa. se para o deserto; sim, e tenho
2 Pois ela pensara que havíamos também certeza de que o Senhor
perecido no deserto e queixara-se protegeu meus filhos e livrou-os
também de meu pai, acusando-o das mãos de Labão; e deu-lhes o
de visionário, dizendo: Eis que tu poder de b executarem o que o Se-
nos tiraste da terra de nossa he- nhor lhes havia ordenado. E desse
rança e meus filhos já não existem; modo ela falou.
e nós pereceremos no deserto. 9 E aconteceu que se regozijaram
3 E era desse modo que minha muito e ofereceram a sacrifícios e
mãe se queixava de meu pai. holocaustos ao Senhor; e rende-
4 E aconteceu que meu pai lhe ram b graças ao Deus de Israel.
respondeu, dizendo: Sei que sou 10 E depois de haverem rendido
um a visionário, pois se não hou- graças ao Deus de Israel, meu pai,
vesse visto as coisas de Deus Leí, tomou os registros que esta-
numa b visão não teria conheci- vam gravados nas a placas de latão
do a bondade de Deus, mas teria e examinou-os desde o princípio.
5 1 a GEE Saria. Promissão. GEE Lei de Moisés.
4 a 1 Né. 2:11. b GEE Fé. b GEE Ação de
b 1 Né. 1:8–13. 8 a 1 Né. 2:2. Graças, Agradecido,
GEE Visão. b 1 Né. 3:7. Agradecimento.
5 a 1 Né. 2:20; 18:8, 22–23. 9 a Mos. 2:3; 10 a 1 Né. 4:24, 38; 13:23.
GEE Terra da 3 Né. 9:19–20. GEE Placas de Latão.
1 NÉFI 5:11–22 12
11 E viu que continham os cinco antepassados haviam mantido os
a 
livros de Moisés, que faziam um registros.
relato da criação do mundo e tam- 17 E então, quando meu pai viu
bém de Adão e Eva, que foram os todas essas coisas, encheu-se do
nossos primeiros pais. Espírito e começou a profetizar
12 E também um a registro dos sobre seus descendentes —
judeus, desde o princípio até o 18  Que essas placas de latão
começo do reinado de Zedequias, iriam a todas as nações, tribos,
rei de Judá. línguas e povos que fossem de
13 E também as profecias dos sua descendência.
santos profetas, desde o princípio 19 Disse também que as placas
até o começo do reinado de a Zede- de latão a jamais seriam destruí-
quias; e também muitas profecias das ou escurecidas pelo tempo.
que foram proferidas pela boca de E profetizou muitas coisas sobre
b 
Jeremias. sua semente.
14 E aconteceu que meu pai, Leí, 20 E aconteceu que até então
também descobriu nas a placas de meu pai e eu havíamos guardado
latão uma genealogia de seus pais; os mandamentos que o Senhor
soube, portanto, que ele descendia nos dera.
de b José, sim, aquele mesmo José 21 E havíamos obtido os regis-
que era filho de c Jacó e que fora tros que o Senhor nos ordenara e
d 
vendido no Egito e que fora e pre- os havíamos examinado e visto
servado pela mão do Senhor para que eram de grande valor; sim, de
que pudesse preservar seu pai, tão grande a valor que poderíamos
Jacó, e toda a sua casa, evitando b 
preservar os mandamentos do
que morressem de fome. Senhor para nossos filhos.
15 E foram também a tirados do 22 Era, pois, sábio para o Senhor
cativeiro e da terra do Egito pelo que os levássemos conosco en-
mesmo Deus que os havia pre- quanto viajávamos pelo deserto
servado. rumo à terra da promissão.
16 E assim meu pai, Leí, desco-
briu a genealogia de seus pais.
CAPÍTULO 6
Labão também era descendente
de a José, razão por que ele e seus Néfi escreve sobre as coisas de
11 a 1 Né. 19:23. 14 a 1 Né. 3:3, 12. Amós 3:1–2;
GEE Pentateuco. GEE Placas de Latão. 1 Né. 17:23–31;
12 a 1 Crôn. 9:1. b 2 Né. 3:4; D&C 103:16–18; 136:22.
GEE Escrituras. Al. 10:3. 16 a 1 Né. 6:2.
13 a 2 Re. 24:18; GEE José, Filho de Jacó. 19 a Al. 37:4–5.
Jer. 37:1. c GEE Jacó, Filho de 21 a GEE Escrituras — Valor
b Esd. 1:1; Isaque. das escrituras.
Jer. 36:17–32; d Gên. 37:29–36. b 2 Né. 25:26.
1 Né. 7:14; e Gên. 45:4–5.
Hel. 8:20. 15 a Êx. 13:17–18;
13 1 NÉFI 6:1–7:4
Deus — O propósito de Néfi é per- CAPÍTULO 7
suadir os homens a virem ao Deus de
Os filhos de Leí retornam a Jerusalém
Abraão e serem salvos. Aproximada-
e pedem a Ismael e sua família que
mente 600–592 a.C.
os acompanhem em sua viagem —
Lamã e outros rebelam-se — Néfi
E agora eu, Néfi, não menciono
exorta seus irmãos a terem fé no Se-
a genealogia de meus pais a nes-
nhor — Eles amarram-no com cor-
ta parte de meu registro; nem a
das e planejam sua destruição — Ele
mencionarei uma vez sequer nas
é libertado pelo poder da fé — Seus
b 
placas que estou escrevendo, por-
irmãos pedem perdão — Leí e seu
que está no registro que foi feito
grupo oferecem sacrifício e holocaus-
por meu c pai; não a escreverei,
tos. Aproximadamente 600–592 a.C.
portanto, nesta obra.
2 Basta-me dizer que somos des- E agora quisera que soubésseis
cendentes de a José. que depois de meu pai, Leí, haver
3 E não é importante que eu seja terminado de a profetizar acerca
meticuloso, fazendo um relato de seus descendentes, aconteceu
completo de todas as coisas de que o Senhor lhe falou outra vez,
meu pai, pois elas não podem ser dizendo que ele, Leí, não deveria
escritas a nestas placas, porque ne- levar sua família sozinha para o
cessito do espaço para escrever as deserto; mas que seus filhos de-
coisas de Deus. veriam tomar b filhas para c espo-
4 Pois tudo o que desejo é a per- sas, a fim de suscitarem descen-
suadir os homens a b virem ao dência para o Senhor na terra da
Deus de Abraão, e o Deus de Isa- promissão.
que, e o Deus de Jacó, e serem 2 E aconteceu que o Senhor lhe
salvos. a 
ordenou que eu, Néfi, e meus
5 Não escrevo, portanto, as coi- irmãos retornássemos à terra de
sas que a agradam ao mundo, mas Jerusalém e trouxéssemos Ismael
as que agradam a Deus e aos que e sua família para o deserto.
não são do mundo. 3 E aconteceu que eu, Néfi, via-
6 Ordenarei, portanto, a meus jei a novamente com meus irmãos
descendentes que não ocupem pelo deserto, para subirmos a
estas placas com as coisas que Jerusalém.
não são de valor para os filhos 4 E aconteceu que subimos à
dos homens. casa de Ismael e obtivemos favor
aos olhos de Ismael, de maneira
6 1 a 2 Né. 4:14–15. Ômni 1:30. Pal. Mórm. 1:4.
b 1 Né. 9:2. 4 a Jo. 20:30–31. Ver 7 1 a 1 Né. 5:17–19.
c 1 Né. 1:16–17; 19:1–6. página de rosto do b 1 Né. 16:7.
2 a 1 Né. 5:14–16. Livro de Mórmon. c GEE Casamento, Casar.
3 a Jacó 7:27; b 2 Né. 9:41, 45, 51. 2 a 1 Né. 16:7–8.
Jar. 1:2, 14; 5 a 1 Tess. 2:4; 3 a 1 Né. 3:2–3.
1 NÉFI 7:5–16 14
que lhe transmitimos as palavras também que obtivéssemos o
do Senhor. registro?
5 E aconteceu que o Senhor en- 12 Sim, e como é que vos ha-
terneceu o coração de Ismael e veis esquecido de que o Senhor
também de sua casa de tal ma- é capaz de fazer todas as a coisas
neira que eles desceram conosco segundo a sua vontade, para os
ao deserto, à tenda de nosso pai. filhos dos homens, se nele exer-
6 E aconteceu que durante a via- cerem b fé? Sejamos-lhe, portan-
gem pelo deserto, eis que Lamã to, fiéis.
e Lemuel e duas das filhas de Is- 13 E se a ele formos fiéis, obte-
mael e os dois a filhos de Ismael e remos a a terra da promissão; e sa-
suas famílias se revoltaram contra bereis, em alguma época futura,
nós; sim, contra mim, Néfi, e Sam; que a palavra do Senhor quanto
e contra o pai deles, Ismael, e sua à b destruição de Jerusalém será
mulher e suas três outras filhas. cumprida; porque todas as coi-
7 E aconteceu que durante essa sas que o Senhor disse, quanto à
revolta, quiseram eles voltar para destruição de Jerusalém, devem
a terra de Jerusalém. ser cumpridas.
8 E agora eu, Néfi, a aflito com 14 Pois eis que o Espírito do Se-
a dureza de seu coração, falei, nhor logo cessará de lutar com
portanto, a Lamã e Lemuel, di- eles; pois eis que eles a rejeitaram
zendo: Eis que sois meus irmãos os profetas e lançaram b Jeremias
mais velhos; e como é que sois na prisão. E procuraram tirar a
tão duros de coração e tão cegos c 
vida de meu pai, a ponto de fa-
de entendimento que necessitais zerem-no sair da terra.
que eu, vosso irmão mais novo, 15 Agora, eis que vos digo que,
vos fale, sim, e seja um exemplo se voltardes a Jerusalém, tam-
para vós? bém perecereis com eles. E agora,
9 Como é que não haveis dado se for vossa escolha, subi à terra
ouvidos à palavra do Senhor? e lembrai-vos das palavras que
10 Como é que a esquecestes que vos digo: Se fordes, também pe-
vistes um anjo do Senhor? recereis; pois assim o Espírito do
11 Sim, e como é que haveis es- Senhor me compele a falar-vos.
quecido as grandes coisas que o 16 E aconteceu que quando eu,
Senhor fez por nós, a livrando-nos Néfi, disse essas palavras a meus
das mãos de Labão e permitindo irmãos, eles se zangaram comigo.
6 a 2 Né. 4:10. Al. 26:12. Ômni 1:15;
8 a Al. 31:2; b 1 Né. 3:7; 15:11. Hel. 8:20–21.
Mois. 7:41. 13 a 1 Né. 2:20. 14 a Eze. 5:6;
10 a Deut. 4:9; GEE Terra da 1 Né. 1:18–20; 2:13.
1 Né. 3:29; 4:3. Promissão. GEE Rebeldia, Rebelião.
11 a 1 Né. 4. b 2 Re. 25:1–21; b Jer. 37:15–21.
12 a 1 Né. 17:50; 2 Né. 6:8; 25:10; c 1 Né. 2:1.
15 1 NÉFI 7:17–8:3
E aconteceu que eles me agarra- ao Senhor seu Deus que os per-
ram, pois eis que estavam muito doasse. E aconteceu que eles as-
irados, e a ataram-me com cordas, sim o fizeram. E depois de have-
pois pretendiam tirar-me a vida, rem orado ao Senhor, reiniciamos
deixando-me no deserto para que a viagem para a tenda de nosso
eu fosse devorado por animais pai.
selvagens. 22 E aconteceu que chegamos à
17 Mas aconteceu que eu orei tenda de nosso pai. E quando eu
ao Senhor, dizendo: Ó Senhor, de e meus irmãos e toda a casa de
acordo com minha fé em ti, livra- Ismael chegamos à tenda de meu
me das mãos de meus irmãos; pai, eles renderam a graças ao Se-
sim, dá-me forças para a romper nhor seu Deus; e ofereceram-lhe
estas cordas com que estou amar- b 
sacrifícios e holocaustos.
rado.
18 E aconteceu que quando eu CAPÍTULO 8
disse estas palavras, eis que as
Leí tem uma visão da árvore da
cordas se soltaram de minhas
vida — Come de seu fruto e deseja
mãos e pés; e pus-me de pé dian-
que sua família faça o mesmo — Vê
te de meus irmãos e tornei a fa-
uma barra de ferro, um caminho es-
lar-lhes.
treito e apertado e a névoa de escuri-
19 E aconteceu que eles se zan-
dão que encobre os homens — Saria,
garam comigo novamente e pro-
Néfi e Sam comem do fruto, porém
curaram agarrar-me; mas eis que
Lamã e Lemuel recusam-no. Apro-
uma das a filhas de Ismael, sim, e
ximadamente 600–592 a.C.
também sua mãe e um dos filhos
de Ismael imploraram a meus ir- E aconteceu que havíamos jun-
mãos de tal modo que lhes abran- tado todo tipo de sementes de
daram o coração; e eles não mais toda espécie, tanto de grãos de
tentaram tirar-me a vida. toda espécie quanto de sementes
20 E aconteceu que ficaram tão de frutas de toda espécie.
pesarosos por causa de sua mal- 2 E aconteceu que durante a per-
dade que se curvaram diante de manência de meu pai no deserto,
mim e suplicaram que eu lhes ele nos falou, dizendo: Eis que
perdoasse o que haviam feito con- a 
sonhei um sonho ou, em outras
tra mim. palavras, tive uma b visão.
21 E aconteceu que eu lhes a per- 3 E eis que, pelas coisas que vi,
doei sinceramente tudo o que ha- tenho motivo para alegrar-me
viam feito e exortei-os a pedirem no Senhor por causa de a Néfi e
16 a 1 Né. 18:11–15. Graças, Agradecido, b 1 Né. 10:17.
17 a Al. 14:26–28. Agradecimento. GEE Visão.
19 a 1 Né. 16:7. b 1 Né. 5:9. 3 a 1 Né. 8:14–18.
21 a GEE Perdoar. 8 2 a GEE Revelação;
22 a GEE Ação de Sonho.
1 NÉFI 8:4–19 16
também de Sam, pois tenho moti- ele encheu-me a alma de imensa
vos para acreditar que eles e tam- a 
alegria; portanto, comecei a b de-
bém muitos de seus descendentes sejar que dele também comesse
serão salvos. minha família; porque sabia que
4 Mas eis, a Lamã e Lemuel, que era mais c desejável que qualquer
eu temo excessivamente por vós; outro fruto.
pois eis que em meu sonho julguei 13 E ao olhar em redor para ver
ver um deserto escuro e triste. se acaso descobriria também mi-
5 E aconteceu que vi um homem nha família, vi um a rio de água; e
e ele estava vestido com um a man- ele passava perto da árvore cujo
to branco; e ele pôs-se na minha fruto eu estava comendo.
frente. 14 E olhei para ver de onde vi-
6 E aconteceu que me falou e or- nha; e vi que sua nascente estava
denou-me que o seguisse. próxima; e junto a ela estavam
7 E aconteceu que enquanto o vossa mãe, Saria, Sam e Néfi; eles
seguia, vi que eu estava num es- permaneciam ali, como se não
curo e triste deserto. soubessem para onde ir.
8 E depois de haver caminhado 15 E aconteceu que eu lhes ace-
pelo espaço de muitas horas na es- nei e também lhes disse, em alta
curidão, comecei a orar ao Senhor voz, que fossem ter comigo e co-
para que tivesse a compaixão de messem do fruto, que era mais de-
mim segundo sua terna e infinita sejável que qualquer outro fruto.
misericórdia. 16 E aconteceu que indo eles
9 E aconteceu que depois de orar ter comigo, comeram também do
ao Senhor, vi um a campo largo e fruto.
espaçoso. 17 E aconteceu que eu desejava
10 E aconteceu que vi uma a ár- que Lamã e Lemuel também co-
vore cujo b fruto era desejável para messem do fruto; portanto, olhei
fazer uma pessoa feliz. em direção à nascente do rio, a
11 E aconteceu que me aproxi- fim de ver se acaso os encontraria.
mei e comi de seu a fruto; e vi que 18 E aconteceu que eu os vi, mas
era o mais doce de todos os que eles a não quiseram ir ter comigo
já havia provado. Sim, e vi que o e comer do fruto.
fruto era branco, excedendo toda 19 E vi uma a barra de ferro que
b 
brancura que eu já vira. se estendia pela barranca do rio
12 E enquanto eu comia do fruto, e ia até a árvore onde eu estava.
4 a 1 Né. 8:35–36. GEE Árvore da Vida. 15:26–29.
5 a JS—H 1:30–32. b Al. 32:41–43. 18 a 2 Né. 5:20–25.
8 a GEE Misericórdia, 11 a Al. 5:34. 19 a Salm. 2:9;
Misericordioso. b 1 Né. 11:8. Apoc. 12:5;
9 a Mt. 13:38. 12 a GEE Alegria. TJS Apoc. 19:15
10 a Gên. 2:9; b Al. 36:24. (Apêndice da Bíblia);
Apoc. 2:7; 22:2; c 1 Né. 15:36. 1 Né. 8:30; 11:25;
1 Né. 11:4, 8–25. 13 a 1 Né. 12:16–18; 15:23–24.
17 1 NÉFI 8:20–33
20 E vi também um caminho edifício; e ele parecia estar no ar,
estreito e apertado, que acompa-
a 
bem acima da terra.
nhava a barra de ferro até a árvore 27 E estava cheio de gente, tanto
onde eu estava; e passava também velhos como jovens, tanto homens
pela nascente do rio, indo até um como mulheres; e suas vestimen-
b 
campo grande e espaçoso que tas eram muito finas; e sua a atitu-
parecia um mundo. de era de escárnio e apontavam
21 E vi inumeráveis multidões o dedo para aqueles que haviam
de pessoas, muitas delas se em- chegado e comiam do fruto.
purrando para alcançar o a cami- 28 E os que haviam a experimen-
nho que conduzia à árvore junto tado do fruto ficaram b envergo-
à qual eu me achava. nhados, por causa dos que zom-
22 E aconteceu que elas come- bavam deles, e c desviaram-se por
çaram a andar pelo caminho que caminhos proibidos e perderam-
conduzia à árvore. se.
23 E aconteceu que se levantou 29 E agora eu, Néfi, não mencio-
uma a névoa de escuridão, sim, no a todas as palavras de meu pai.
uma névoa de escuridão tão den- 30 Para escrever sucintamen-
sa que os que haviam iniciado o te, porém, eis que viu ele outras
caminho se extraviaram dele e, multidões que avançavam com
sem rumo, perderam-se. esforço; e chegavam e agarravam-
24 E aconteceu que vi outros se à extremidade da a barra de fer-
avançando com esforço; e che- ro; e avançavam, continuamente
garam e conseguiram segurar a agarradas à barra de ferro, até
extremidade da barra de ferro; e que chegaram; e prostraram-se e
empurraram-se através da névoa comeram do fruto da árvore.
de escuridão, apegados à barra de 31 E também viu outras a multi-
ferro, até que chegaram e come- dões tateando em direção àquele
ram do a fruto da árvore. grande e espaçoso edifício.
25 E depois de haverem comido 32 E aconteceu que muitos se
do fruto da árvore, olharam em afogaram nas profundezas do a rio;
redor como se estivessem a enver- e muitos outros desapareceram de
gonhados. sua vista, vagando por caminhos
26 E eu também olhei em re- desconhecidos.
dor e vi, na outra margem do rio 33 E grande era a multidão que
de água, um grande e a espaçoso entrou naquele estranho edifício.
20 a Mt. 7:14; 2 Tim. 1:8; Lc. 8:11–15;
2 Né. 31:17–20. Al. 46:21; Jo. 12:42–43.
b Mt. 13:38. Mórm. 8:38. c GEE Apostasia.
21 a GEE Caminho. 26 a 1 Né. 11:35–36; 12:18. 29 a 1 Né. 1:16–17.
23 a 1 Né. 12:17; 15:24. 27 a GEE Orgulho. 30 a 1 Né. 15:23–24.
24 a 1 Né. 8:10–12. 28 a 2 Ped. 2:19–22. 31 a Mt. 7:13.
25 a Rom. 1:16; b Mc. 4:14–20; 8:38; 32 a 1 Né. 15:26–29.
1 NÉFI 8:34–9:5 18
E depois de haverem entrado no menores tratam principalmente de
edifício, apontavam-me com o coisas sagradas. Aproximadamente
dedo, a zombando de mim e dos 600–592 a.C.
que também comiam do fruto;
nós, porém, não lhes demos aten- E todas estas coisas meu pai viu
ção. e ouviu e disse enquanto vivia
34 Estas são as palavras de meu numa tenda, no a vale de Lemuel;
pai: Todos os que deram a atenção e também muitas outras mais que
a eles se haviam perdido. não podem ser escritas nestas pla-
35 E a Lamã e Lemuel não come- cas.
ram do fruto, disse meu pai. 2 E agora, conforme falei sobre
36 E aconteceu que depois de estas placas, eis que elas não são
haver proferido todas as palavras as placas nas quais faço um rela-
de seu sonho ou visão, que foram to completo da história de meu
muitas, ele nos disse que, por cau- povo; pois dei o nome de Néfi às
sa dessas coisas que vira numa a 
placas nas quais faço um relato
visão, temia muito por Lamã e completo de meu povo; elas são,
Lemuel; sim, temia que fossem portanto, chamadas de placas de
expulsos da presença do Senhor. Néfi, segundo meu próprio nome;
37 E exortou-os então, com todo e estas placas também são chama-
o sentimento de um terno a pai, a das de placas de Néfi.
darem ouvidos às suas palavras, 3 Não obstante, recebi um man-
para que talvez o Senhor tivesse damento do Senhor para fazer
misericórdia deles e não os expul- estas placas, com o a fim especial
sasse; sim, meu pai pregou a eles. de deixar gravado um relato do
38 E depois de haver-lhes pre- b 
ministério de meu povo.
gado e profetizado muitas coisas, 4 Nas outras placas deve ser gra-
ordenou-lhes que seguissem os vado um relato do governo dos
mandamentos do Senhor; e ces- reis e das guerras e contendas de
sou de falar-lhes. meu povo; estas placas tratam,
portanto, na sua maior parte, do
ministério, enquanto as a outras
CAPÍTULO 9
placas tratam principalmente do
Néfi faz dois conjuntos de regis- governo dos reis e das guerras e
tros  — Cada um é chamado de contendas de meu povo.
placas de Néfi — As placas maio- 5 Ordenou-me, portanto, o Se-
res contêm uma história secular; as nhor que fizesse estas placas para
33 a GEE Perseguição, Pais. D&C 10:38–40.
Perseguir. 9 1 a 1 Né. 2:4–6, 8, 14–15; GEE Placas.
34 a Êx. 23:2. 16:6. 3 a D&C 3:19.
35 a 1 Né. 8:17–18; 2 a 1 Né. 19:2, 4; b 1 Né. 6:3.
2 Né. 5:19–24. Jacó 3:13–14; 4 a Jacó 1:2–4;
37 a GEE Família; Pal. Mórm. 1:2–11; Pal. Mórm. 1:10.
19 1 NÉFI 9:6–10:7
um sábio propósito seu, o qual
a 
tendo meu pai terminado de re-
me é desconhecido. latar o seu a sonho e também de
6 Mas o Senhor a conhece todas exortá-los a toda diligência, falou-
as coisas, desde o começo; portan- lhes sobre os judeus —
to, ele prepara um caminho para 3 Que depois que eles houves-
realizar todas as suas obras entre sem sido destruídos, sim, aquela
os filhos dos homens; pois eis que grande cidade de a Jerusalém, e
ele tem todo o b poder para fazer muitos b levados cativos para a
cumprir todas as suas palavras. E c 
Babilônia, na época fixada pelo
assim é. Amém. Senhor eles d retornariam, sim, e
seriam até tirados do cativeiro; e
CAPÍTULO 10 que depois que houvessem vol-
tado do cativeiro, ocupariam no-
Leí prediz o cativeiro na Babilônia —
vamente a terra de sua herança.
Fala da vinda, entre os judeus, de um
4 Sim, a seiscentos anos depois de
Messias, um Salvador, um Reden-
meu pai ter deixado Jerusalém, o
tor — Fala também da vinda daquele
Senhor Deus levantaria um b pro-
que batizaria o Cordeiro de Deus —
feta entre os judeus — um c Mes-
Leí fala da morte e ressurreição do
sias, ou, em outras palavras, um
Messias — Compara a dispersão e
Salvador do mundo.
a coligação de Israel a uma olivei-
5 E ele também falou, referindo-
ra — Néfi fala do Filho de Deus, do
se aos profetas, do grande núme-
dom do Espírito Santo e da necessi-
ro que havia a testemunhado estas
dade de retidão. Aproximadamente
coisas concernentes a esse Messias
600–592 a.C.
de que ele havia falado, ou seja,
E agora eu, Néfi, continuo a fazer esse Redentor do mundo.
nestas placas um relato de meus
a 
6 Portanto, toda a humanidade
feitos, de meu governo e minis- se encontrava num estado de per-
tério; portanto, para continuar o dição e a queda; e assim continua-
relato, necessito dizer algo sobre ria, a não ser que confiasse nesse
as coisas de meu pai e também de Redentor.
meus irmãos. 7 E falou também sobre um a pro-
2 Pois eis que aconteceu que, feta que viria antes do Messias,
5 a 1 Né. 19:3; 3 a Est. 2:6; 2 Né. 6:8; 2 Né. 25:19; 3 Né. 1:1.
Pal. Mórm. 1:7; Hel. 8:20–21. b 1 Né. 22:20–21.
Al. 37:2, 12, 14. b 587 a.C.; ver c GEE Messias.
6 a 2 Né. 9:20; Cronologia no 5 a Jacó 7:11;
D&C 38:2; apêndice. Mos. 13:33;
Mois. 1:6, 35. 2 Né. 25:10. Hel. 8:19–24;
GEE Onisciente. c Eze. 24:2; 1 Né. 1:13; 3 Né. 20:23–24.
b Mt. 28:18. Ômni 1:15. 6 a GEE Queda de Adão
10 1 a 1 Né. 9:1–5; 19:1–6; d Jer. 29:10; e Eva.
Jacó 1:1–4. 2 Né. 6:8–9. 7 a 1 Né. 11:27;
2 a 1 Né. 8. 4 a 1 Né. 19:8; 2 Né. 31:4.
1 NÉFI 10:8–17 20
a fim de preparar o caminho do comparados à oliveira cujos ra-
a 

Senhor — mos seriam arrancados e b espa-


8 Sim, ele iria clamar no deserto: lhados pela face da Terra.
a 
Preparai o caminho do Senhor e 13 Disse, portanto, que era ne-
endireitai as suas veredas, pois há cessário que fôssemos conduzidos
entre vós um que não conheceis e todos juntos à a terra da promis-
ele é mais poderoso do que eu, a são, para que se cumprisse a pa-
quem não sou digno de desatar a lavra do Senhor de que seríamos
correia das alparcas. E muito falou dispersos por toda a face da Terra.
meu pai a respeito disto. 14 E depois que a casa de Israel
9 E disse meu pai que ele batiza- houvesse sido dispersa, ela se-
ria em a Betabara, além do Jordão; ria novamente a reunida; ou, em
e também disse que ele b batizaria suma, depois que os b gentios ti-
com água; que ele batizaria o Mes- vessem recebido a plenitude do
sias com água. evangelho, os ramos naturais da
10 E depois de haver batizado o c 
oliveira, ou melhor, os remanes-
Messias com água, ele reconhece- centes da casa de Israel, seriam
ria e testificaria haver batizado o enxertados, ou seja, viriam a co-
a 
Cordeiro de Deus que iria tirar nhecer o verdadeiro Messias, seu
os pecados do mundo. Senhor e seu Redentor.
11 E aconteceu que após ter dito 15 E com essas palavras meu
essas palavras, meu pai falou a pai profetizou e falou a meus ir-
meus irmãos sobre o evangelho mãos; e também muitas coisas
que seria pregado aos judeus e mais, as quais não escrevo neste
também sobre a a queda dos ju- livro, pois escrevi em meu a outro
deus na b incredulidade. E depois livro todas as coisas que julguei
de haverem matado o Messias que convenientes.
haveria de vir e depois de haver 16 E todas essas coisas das quais
sido c morto, ele d ressuscitaria den- falei aconteceram enquanto meu
tre os mortos e manifestar-se-ia pai vivia em uma tenda, no vale
aos gentios pelo e Espírito Santo. de Lemuel.
12 Sim, e meu pai falou muito 17 E aconteceu que eu, Néfi, de-
sobre os gentios e também sobre pois de ouvir todas as a palavras
a casa de Israel, que eles seriam de meu pai referentes às coisas
8 a Isa. 40:3; e GEE Espírito Santo. 13 a 1 Né. 2:20.
Mt. 3:1–3. 12 a Gên. 49:22–26; GEE Terra da
9 a Jo. 1:28. 1 Né. 15:12; Promissão.
b GEE João Batista. 2 Né. 3:4–5; 14 a GEE Israel — Coligação
10 a GEE Cordeiro de Deus. Jacó 5; 6:1–7. de Israel.
11 a Jacó 4:14–18. GEE Oliveira; b 1 Né. 13:42;
b Mórm. 5:14. Vinha do Senhor. D&C 14:10.
c GEE Crucificação; b 1 Né. 22:3–8. c Jacó 5:8, 52, 54, 60, 68.
Jesus Cristo. GEE Israel — Dispersão 15 a 1 Né. 1:16–17.
d GEE Ressurreição. de Israel. 17 a En. 1:3; Al. 36:17.
21 1 NÉFI 10:18–11:3
que ele vira numa visão, como
b 
diante do tribunal de Deus; e nada
também as coisas que dissera com que é impuro pode habitar com
o poder do Espírito Santo, poder Deus; sereis, portanto, afastados
que ele recebeu pela fé no Filho para sempre.
de Deus — e o Filho de Deus era 22 E o Espírito Santo dá-me au-
o c Messias que deveria vir — eu, toridade para proclamar estas coi-
Néfi, também desejei ver e ouvir sas e não as reter.
e conhecer essas coisas pelo poder
do d Espírito Santo, que é o dom CAPÍTULO 11
concedido por Deus a todos os
Néfi vê o Espírito do Senhor e a ár-
que o procuram e diligentemente,
vore da vida é-lhe mostrada em vi-
tanto em tempos f passados como
são — Ele vê a mãe do Filho de Deus
no tempo em que se manifestará
e aprende sobre a condescendência de
aos filhos dos homens.
Deus — Vê o batismo, ministério e
18 Pois ele é o a mesmo ontem,
crucificação do Cordeiro de Deus —
hoje e para sempre; e o caminho
Vê também o chamado e ministé-
está preparado para todos os ho-
rio dos Doze Apóstolos do Cordeiro.
mens desde a fundação do mun-
Aproximadamente 600–592 a.C.
do, caso se arrependam e venham
a ele. Pois aconteceu que depois de ha-
19 Pois aquele que procurar di- ver eu desejado saber as coisas
ligentemente, achará; e os a misté- que meu pai tinha visto e acredi-
rios de Deus ser-lhe-ão desvenda- tando que o Senhor teria poder
dos pelo poder do b Espírito Santo, de torná-las conhecidas a mim,
tanto agora como no passado e enquanto estava eu sentado, a pon-
tanto no passado como no futuro; derando em meu coração, fui b ar-
portanto, o c curso do Senhor é um rebatado pelo Espírito do Senhor,
círculo eterno. sim, a uma c montanha muito alta
20 Lembra-te, portanto, ó ho- que eu nunca vira e sobre a qual
mem, de que por todas as tuas nunca havia posto os pés.
obras serás levado a a julgamento. 2 E o Espírito perguntou-me:
21 Portanto, se haveis procurado Que desejas tu?
fazer o mal nos dias de vossa a pro- 3 E eu respondi: Desejo ver as
vação, sereis declarados b impuros coisas que meu pai a viu.
17 b 1 Né. 8:2. b GEE Espírito Santo. Mois. 6:57.
c GEE Messias. c Al. 7:20; 11 1 a D&C 76:19.
d GEE Espírito Santo. D&C 3:2; 35:1. GEE Ponderar.
e Morô. 10:4–5, 7, 19. 20 a Ecles. 12:14; b 2 Cor. 12:1–4;
f D&C 20:26. 2 Né. 9:46. Apoc. 21:10;
18 a Heb. 13:8; GEE Juízo Final. 2 Né. 4:25;
Mórm. 9:9; 21 a Al. 34:32–35. Mois. 1:1.
D&C 20:12. b 1 Cor. 6:9–10; c Deut. 10:1;
GEE Trindade. 3 Né. 27:19; Ét. 3:1.
19 a GEE Mistérios de Deus. D&C 76:50–62; 3 a 1 Né. 8:2–34.
1 NÉFI 11:4–19 22
4 E o Espírito disse-me: Acredi- 11 E disse-lhe eu: Saber a inter-
a 

tas que teu pai tenha visto a a ár- pretação do que vi — pois falei-
vore da qual falou? lhe como fala um homem, por-
5 E respondi: Sim, tu sabes que que vi que tinha a b forma de um
a 
acredito em todas as palavras de homem; sabia, não obstante, que
meu pai. era o Espírito do Senhor; e ele fa-
6 E quando eu disse essas pala- lou-me como um homem fala a
vras, o Espírito bradou em alta outro homem.
voz, dizendo: Hosana ao Senhor, 12 E aconteceu que ele me disse:
o Deus Altíssimo, pois ele é Deus Olha! E olhei, para vê-lo, e não o
sobre toda a a Terra, sim, sobre vi, porque se havia retirado de
todas as coisas. E bendito és tu, minha presença.
Néfi, porque b acreditas no Filho 13 E aconteceu que olhei e vi
do Deus Altíssimo; verás, por- a grande cidade de Jerusalém e
tanto, as coisas que tens desejado. também outras cidades. E vi a
7 E eis que isto te será dado por cidade de Nazaré; e na cidade de
a 
sinal: depois de haveres contem- a 
Nazaré vi uma b virgem que era
plado a árvore que produziu o extremamente formosa e branca.
fruto do qual teu pai provou, con- 14 E aconteceu que vi os a céus
templarás também um homem se abrirem; e um anjo desceu e,
descendo do céu e tu o verás: e pondo-se na minha frente, disse:
depois de o haveres visto, b testi- Néfi, que vês tu?
ficarás que ele é o Filho de Deus. 15 E eu respondi: Uma virgem
8 E aconteceu que o Espírito me mais bela e formosa que todas as
disse: Olha! E eu olhei e vi uma outras virgens.
árvore; e era semelhante à a árvo- 16 E disse-me ele: Conheces tu a
re que meu pai tinha visto; e sua condescendência de Deus?
beleza era tão grande, sim, que 17 E disse-lhe eu: Sei que ele ama
excedia toda beleza, e sua b bran- seus filhos; não conheço, no en-
cura excedia a brancura da neve. tanto, o significado de todas as
9 E aconteceu que, tendo visto a coisas.
árvore, eu disse ao Espírito: Vejo 18 E disse-me ele: Eis que a a vir-
que me tens mostrado a árvore gem que vês é a b mãe do Filho de
que é mais a preciosa do que tudo. Deus, segundo a carne.
10 E perguntou-me ele: Que de- 19 E aconteceu que eu a vi ser
sejas tu? arrebatada no Espírito. E depois
4 a 1 Né. 8:10–12; 15:21–22. b GEE Testemunho. b Lc. 1:26–27; Al. 7:10.
5 a 1 Né. 2:16. 8 a 1 Né. 8:10. GEE Maria, Mãe de
6 a Êx. 9:29; 2 Né. 29:7; b 1 Né. 8:11. Jesus.
3 Né. 11:14; 9 a 1 Né. 11:22–25. 14 a Eze. 1:1; 1 Né. 1:8.
Mois. 6:44. 11 a Gên. 40:8. 18 a Isa. 7:14;
b GEE Crença, Crer. b Ét. 3:15–16. Lc. 1:34–35.
7 a GEE Sinal. 13 a Mt. 2:23. b Mos. 3:8.
23 1 NÉFI 11:20–31
de haver sido ela arrebatada no Olha e vê a condescendência de
a 

a 
Espírito por um certo espaço de Deus!
tempo, o anjo falou-me, dizen- 27 E eu olhei e a vi o Redentor do
do: Olha! mundo, de quem meu pai falara;
20 E eu olhei e tornei a ver a vir- e vi também o b profeta que prepa-
gem carregando uma a criança nos raria o caminho diante dele. E o
braços. Cordeiro de Deus aproximou-se e
21 E disse-me o anjo: Eis o a Cor- foi c batizado por ele; e depois que
deiro de Deus, sim, o b Filho do ele foi batizado, vi os céus se abri-
c 
Pai Eterno! Sabes tu o significado rem e o Espírito Santo descer do
da d árvore que teu pai viu? céu e repousar sobre ele na forma
22 E respondi-lhe, dizendo: Sim, de uma d pomba.
é o a amor de Deus, que se derra- 28 E vi que ele saía ministrando
ma no coração dos filhos dos ho- entre o povo, em a poder e grande
mens; é, portanto, a mais desejá- glória; e as multidões reuniam-se
vel de todas as coisas. para ouvi-lo; e vi que o expulsa-
23 E falou-me, dizendo: Sim, e a vam do meio delas.
maior a alegria para a alma. 29 E também vi a doze outros se-
24 E depois destas palavras, dis- guindo-o. E aconteceu que foram
se-me: Olha! E olhando, vi o Filho arrebatados de minha presença,
de Deus a caminhando entre os no Espírito, e não os vi.
filhos dos homens; e vi muitos 30 E aconteceu que o anjo me
se prostrarem a seus pés e ado- falou novamente, dizendo: Olha!
rarem-no. E olhei e tornei a ver os céus se
25 E aconteceu que vi que a a bar- abrirem e a anjos descendo entre
ra de ferro que meu pai tinha visto os filhos dos homens; e ministra-
era a palavra de Deus, que con- ram entre eles.
duzia à fonte de b águas vivas, ou 31 E falou-me novamente, dizen-
seja, à c árvore da vida; águas essas do: Olha! E olhei, e vi o Cordeiro
que eram um símbolo do amor de de Deus caminhando entre os fi-
Deus; e também vi que a árvore lhos dos homens. E vi multidões
da vida era um símbolo do amor de pessoas doentes e afligidas com
de Deus. toda espécie de moléstias, e com
26 E o anjo disse-me outra vez: a 
demônios e b espíritos imundos;
19 a Mt. 1:20. 24 a Lc. 4:14–21. c GEE Batismo, Batizar.
20 a Lc. 2:16. 25 a 1 Né. 8:19. d GEE Pomba, Sinal da.
21 a GEE Cordeiro de Deus. b GEE Águas Vivas. 28 a D&C 138:25–26.
b GEE Jesus Cristo. c Gên. 2:9; 29 a GEE Apóstolo.
c GEE Trindade — Deus, Al. 32:40–41; 30 a GEE Anjos.
o Pai. Mois. 4:28, 31. 31 a Mc. 5:15–20;
d 1 Né. 8:10; 26 a 1 Né. 11:16–33. Mos. 3:5–7.
Al. 5:62. 27 a 2 Né. 25:13. GEE Diabo.
GEE Árvore da Vida. b Mt. 11:10; b GEE Espírito —
22 a GEE Amor. 1 Né. 10:7–10; Espíritos maus.
23 a GEE Alegria. 2 Né. 31:4.
1 NÉFI 11:32–12:4 24
e o anjo falou e mostrou-me to- CAPÍTULO 12
das essas coisas. E foram c curadas
Néfi vê em visão a terra prometida;
pelo poder do Cordeiro de Deus; e
a retidão, iniquidade e queda de seus
os demônios e espíritos imundos
habitantes; a vinda do Cordeiro de
foram expulsos.
Deus no meio deles; como os Doze
32 E aconteceu que o anjo me
Discípulos e os Doze Apóstolos jul-
falou novamente, dizendo: Olha!
garão Israel; o estado repugnante e
E olhei e vi o Cordeiro de Deus
imundo daqueles que degeneram,
ser levado pelo povo; sim, o Filho
caindo na incredulidade. Aproxima-
do Deus Eterno foi a julgado pelo
damente 600–592 a.C.
mundo; e vi e testifico.
33 E eu, Néfi, vi que ele foi le- E aconteceu que o anjo me dis-
vantado na a cruz e b morto pelos se: Olha e vê tua semente e tam-
pecados do mundo. bém a semente de teus irmãos. E
34 E depois que ele foi morto, olhei e vi a a terra da promissão;
vi as multidões da Terra reunidas e vi multidões de pessoas, sim, e
para combater os apóstolos do pareciam tão numerosas quanto
Cordeiro, pois assim eram chama- as areias do mar.
dos os doze pelo anjo do Senhor. 2 E aconteceu que vi multidões
35 E a multidão da Terra estava reunidas para batalhar umas con-
reunida; e vi que todos estavam tra as outras; e vi a guerras e ru-
num grande e espaçoso a edifício, mores de guerras e grandes ma-
parecido com o edifício visto por tanças pela espada entre meu
meu pai. E o anjo do Senhor fa- povo.
lou-me novamente, dizendo: Eis 3 E aconteceu que vi muitas ge-
o mundo e sua sabedoria; sim, eis rações morrerem em guerras e
a casa de Israel, que se congregou contendas na terra; e vi muitas
para combater os doze apóstolos cidades, sim, tantas que não as
do Cordeiro. contei.
36 E aconteceu que vi e testifico 4 E aconteceu que vi uma a né-
que o grande e espaçoso edifício voa de b trevas sobre a face da
era o a orgulho do mundo; e ele terra da promissão; e vi relâm-
caiu e sua queda foi muito grande. pagos e ouvi trovões e terremo-
E o anjo do Senhor falou-me nova- tos e toda espécie de ruídos tu-
mente, dizendo: Assim será a des- multuosos; e vi que a terra e as
truição de todas as nações, tribos, rochas se fenderam; e vi mon-
línguas e povos que combaterem tanhas desmoronando; e vi que
os doze apóstolos do Cordeiro. as planícies da terra estavam
31 c GEE Curar, Curas. GEE Cruz. Promissão.
32 a Mc. 15:17–20. b GEE Expiação, Expiar. 2 a En. 1:24; Mórm. 8:7–8.
33 a Jo. 19:16–19; 35 a 1 Né. 8:26; 12:18. GEE Guerra.
Mos. 3:9–10; 36 a GEE Orgulho. 4 a Hel. 14:20–28.
3 Né. 27:14. 12 1 a GEE Terra da b 1 Né. 19:10.
25 1 NÉFI 12:5–17
rachadas e vi que muitas cidades suas vestimentas são branquea-
b 

c 
afundaram; e vi que muitas fo- das em seu sangue.
ram queimadas pelo fogo e vi 11 E disse-me o anjo: Olha! E
muitas que desmoronaram devi- olhei e vi a três gerações morrerem
do a terremotos. em retidão; e suas vestimentas
5 E aconteceu que depois de ver eram brancas como o Cordeiro
essas coisas, notei que o a vapor de de Deus. E disse-me o anjo: Estes
escuridão desaparecia da face da são os que foram branqueados no
terra; e eis que vi multidões que sangue do Cordeiro, por causa de
não haviam caído por causa dos sua fé nele.
grandes e terríveis julgamentos 12 E eu, Néfi, vi também muitos
do Senhor. da a quarta geração que morreram
6 E vi os céus abrirem-se e o em retidão.
a 
Cordeiro de Deus descendo do 13 E aconteceu que vi as multi-
céu; e desceu e mostrou-se a eles. dões da Terra reunidas.
7 E também vi e testifico que o 14 E disse-me o anjo: Eis a tua
Espírito Santo desceu sobre a doze semente e também a semente de
outros e eles foram ordenados por teus irmãos.
Deus e escolhidos. 15 E aconteceu que olhei e vi o
8 E o anjo falou-me, dizendo: Eis povo de minha semente reunido
os doze discípulos do Cordeiro, em multidões a contra a semente
que foram escolhidos para minis- de meus irmãos; e estavam reuni-
trar entre tua semente. dos para batalhar.
9 E disse-me: Recordas-te dos 16 E o anjo falou-me, dizendo:
a 
doze apóstolos do Cordeiro? Eis Eis a fonte de água a suja que teu
que eles são os que b julgarão as pai viu; sim, o b rio do qual ele
doze tribos de Israel; portanto, falou; e suas profundezas são as
os doze ministros de tua semente profundezas do c inferno.
serão julgados por eles, pois sois 17 E as a névoas de escuridão são
da casa de Israel. as tentações do diabo que b cegam
10 E estes a doze ministros que tu os olhos e endurecem o coração
vês julgarão a tua semente. E eis dos filhos dos homens, conduzin-
que são justos para sempre, pois do-os a c caminhos espaçosos para
por sua fé no Cordeiro de Deus que pereçam e se percam.
4 c 3 Né. 8:14. Mórm. 3:18–19. 15 a Mórm. 6.
5 a 3 Né. 8:20; 10:9. b Apoc. 7:14; 16 a GEE Imundície,
6 a 2 Né. 26:1, 9; Al. 5:21–27; 13:11–13; Imundo.
3 Né. 11:3–17. 3 Né. 27:19–20. b 1 Né. 8:13; 15:26–29.
7 a 3 Né. 12:1; 19:12–13. 11 a 2 Né. 26:9–10; c GEE Inferno.
9 a Lc. 6:13. 3 Né. 27:30–32. 17 a 1 Né. 8:23; 15:24;
b Mt. 19:28; 12 a Al. 45:10–12; D&C 10:20–32.
D&C 29:12. Hel. 13:5, 9–10; b GEE Apostasia.
GEE Juízo Final. 3 Né. 27:32; c Mt. 7:13–14.
10 a 3 Né. 27:27; 4 Né. 1:14–27.
1 NÉFI 12:18–13:5 26
18 E o grande e espaçoso edi- a 
na incredulidade, tornaram-se um
fício que teu pai viu são as b fan- povo a escuro, b sujo e repulsivo,
tasias vãs e o c orgulho dos filhos cheio de c preguiça e todo tipo de
dos homens. E um grande e ter- abominações.
rível d abismo separa-os; sim, a
palavra da e justiça do Deus Eter- CAPÍTULO 13
no e do Messias, que é o Cordei-
Néfi vê em visão: A igreja do diabo
ro de Deus, de quem o Espírito
estabelecida entre os gentios, a des-
Santo testifica desde o princípio
coberta e colonização da América, a
do mundo até agora, e de agora
perda de muitas partes claras e pre-
para sempre.
ciosas da Bíblia, o estado resultante
19 E enquanto o anjo dizia estas
da apostasia dos gentios, a restaura-
palavras, olhei e vi que a semente
ção do evangelho, o aparecimento de
de meus irmãos combatia a minha
escrituras dos últimos dias e a edi-
semente, de acordo com a palavra
ficação de Sião. Aproximadamente
do anjo; e devido ao orgulho de
600–592 a.C.
minha semente e às a tentações do
diabo, vi que a semente de meus E aconteceu que o anjo me falou,
irmãos b venceu o povo da minha dizendo: Olha! E olhei e vi muitas
semente. nações e reinos.
20 E aconteceu que olhei e vi que 2 E disse-me o anjo: Que vês tu?
a semente de meus irmãos havia E eu respondi: Vejo muitas nações
vencido a minha semente; e es- e reinos.
palharam-se em multidões pela 3 E disse-me o anjo: Estas são
face da terra. as nações e os reinos dos gentios.
21 E vi-os reunidos em multi- 4 E aconteceu que vi entre as
dões; e vi a guerras e rumores de nações dos a gentios a formação
guerras entre eles; e em guerras de uma b grande igreja.
e rumores de guerras, vi muitas 5 E disse-me o anjo: Vê a forma-
gerações morrerem. ção de uma igreja que é a mais
22 E disse-me o anjo: Eis que abominável de todas as igrejas,
estes a degenerarão, caindo na in- que a mata os santos de Deus, sim,
credulidade. tortura-os e oprime-os e subjuga-
23 E aconteceu que vi que depois os com um b jugo de ferro e leva-os
de haverem degenerado, caindo ao cativeiro.
18 a 1 Né. 8:26; 11:35–36. Pal. Mórm. 1:1–2. c GEE Ociosidade,
b Jer. 7:24. 21 a Mórm. 8:8; Ocioso.
c GEE Orgulho. Morô. 1:2. 13 4 a GEE Gentios.
d Lc. 16:26; GEE Guerra. b 1 Né. 13:26, 34;
1 Né. 15:28–30. 22 a 1 Né. 15:13; 14:3, 9–17.
e GEE Justiça. 2 Né. 26:15. 5 a Apoc. 17:3–6;
19 a GEE Tentação, Tentar. 23 a 2 Né. 26:33. 1 Né. 14:13.
b Jar. 1:10; b 2 Né. 5:20–25. b Jer. 28:10–14.
27 1 NÉFI 13:6–20
6 E aconteceu que vi essa gran- a 
eles saíram do cativeiro, atraves-
de e abominável igreja; e vi que o sando as muitas águas.
b 
diabo era o seu fundador. 14 E aconteceu que vi muitas
7 E vi também a ouro e prata e a 
multidões de gentios na b terra da
sedas e escarlatas e linho fina- promissão e vi que a ira de Deus
mente tecido e toda espécie de estava sobre a semente de meus
vestimentas preciosas; e vi muitas irmãos; e eles foram c dispersos
meretrizes. pelos gentios e foram feridos.
8 E falou-me o anjo, dizendo: Eis 15 E vi que o Espírito do Senhor
que o ouro e a prata e as sedas e estava sobre os gentios e eles pros-
as escarlatas e o linho finamente peraram e receberam a a terra por
tecido e as vestimentas preciosas herança; e vi que eram brancos,
e as meretrizes são os a desejos muito b belos e formosos, como
dessa grande e abominável igreja. era meu povo antes de ser c exter-
9  E também, pelo louvor do minado.
mundo, a destroem os santos de 16 E aconteceu que eu, Néfi, vi
Deus e também os escravizam. que os gentios que haviam saído
10 E aconteceu que olhei e vi do cativeiro humilharam-se dian-
muitas águas; e elas separavam te do Senhor; e o poder do Senhor
os gentios da semente de meus estava com a eles.
irmãos. 17 E eu vi que as pátrias-mães
11 E aconteceu que o anjo me dos gentios estavam reunidas so-
disse: Eis que a ira de Deus está bre as águas e também sobre a
sobre a semente de teus irmãos. terra, para batalhar contra eles.
12 E olhei e vi entre os gentios 18 E vi que o poder de Deus esta-
um homem que estava separado va com eles, e também que a ira de
da semente de meus irmãos pelas Deus estava sobre todos os que se
muitas águas; e vi que o a Espírito achavam reunidos para batalhar
de Deus desceu e inspirou o ho- contra eles.
mem; e indo esse homem pelas 19 E eu, Néfi, vi que os gentios
muitas águas, chegou até a semen- que haviam saído do cativeiro
te de meus irmãos que estava na foram a libertados das mãos de
terra da promissão. todas as outras nações, pelo po-
13 E aconteceu que vi o Espírito der de Deus.
de Deus inspirar outros gentios; e 20 E aconteceu que eu, Néfi, vi
6 a D&C 88:94. 12 a GEE Inspiração, de Israel.
GEE Diabo — Igreja do Inspirar. 15 a 2 Né. 10:19.
diabo. 14 a 2 Né. 1:11; b 2 Né. 5:21.
b 1 Né. 22:22–23. Mórm. 5:19–20. c Mórm. 6:17–22.
7 a Mórm. 8:36–38. b GEE Terra da 16 a D&C 101:80.
8 a Apoc. 18:10–24; Promissão. 19 a 2 Né. 10:10–14;
Mórm. 8:35–38. c 1 Né. 22:7–8. 3 Né. 21:4;
9 a Apoc. 13:4–7. GEE Israel — Dispersão Ét. 2:12.
1 NÉFI 13:21–29 28
que eles prosperaram na terra; e doze apóstolos do Cordeiro, vês a
vi um a livro que era levado en- formação daquela b grande e abo-
tre eles. minável c igreja que é mais abomi-
21 E perguntou-me o anjo: Sabes nável que todas as outras igrejas;
o significado do livro? pois eis que d tiraram do evange-
22 E eu respondi: Não sei. lho do Cordeiro muitas partes que
23 E ele disse: Eis que provém são e claras e sumamente preciosas;
da boca de um judeu. E eu, Néfi, e também muitos convênios do
vi o livro. E disse-me o anjo: O Senhor foram tirados.
a 
livro que vês é um b registro dos 27 E fizeram tudo isso a fim de
c 
judeus, que contém os convênios perverterem os caminhos retos
feitos pelo Senhor com a casa de do Senhor, a fim de cegarem os
Israel; e contém também muitas olhos e endurecerem o coração
das profecias dos santos profetas; dos filhos dos homens.
e é um registro semelhante às gra- 28 Vês, portanto, que depois de
vações encontradas nas d placas de haver o livro passado pelas mãos
latão, só que em menor número; da grande e abominável igreja,
não obstante, contém os convê- foram suprimidas muitas coisas
nios do Senhor com a casa de Is- claras e preciosas do livro, que é
rael, sendo, portanto, de grande o livro do Cordeiro de Deus.
valor para os gentios. 29 E depois que essas coisas cla-
24 E disse-me o anjo do Senhor: ras e preciosas foram suprimidas,
Viste que o livro procedeu da boca ele propagou-se por todas as na-
de um judeu; e ao proceder da ções dos gentios; e depois de ter-
boca de um judeu, continha a ple- se propagado por todas as nações
nitude do evangelho do Senhor, dos gentios, sim, mesmo do outro
de quem os doze apóstolos testi- lado das muitas águas que viste
ficam; e eles testificam de acordo com os gentios que saíram do ca-
com a verdade que está no Cor- tiveiro, vês que — por causa das
deiro de Deus. muitas coisas claras e preciosas
25 Estas coisas, portanto, são que foram suprimidas do livro,
transmitidas dos a judeus aos b gen- que eram claras ao entendimento
tios, em pureza, segundo a verda- dos filhos dos homens segundo
de que está em Deus. a clareza que existe no Cordei-
26 E depois de transmitidas dos ro de Deus — por causa dessas
judeus a aos gentios pela mão dos coisas que foram suprimidas do
20 a 1 Né. 14:23. D&C 3:16. cristã primitiva.
23 a 1 Né. 13:38; GEE Judeus. d Mórm. 8:33;
2 Né. 29:4–12. b GEE Gentios. Mois. 1:41.
b GEE Escrituras. 26 a Mt. 21:43. e 1 Né. 14:20–26;
c 2 Né. 3:12. b 1 Né. 13:4–6; 14:3, 9–17. RF 1:8.
d 1 Né. 5:10–13. c GEE Apostasia —
25 a 2 Né. 29:4–6; Apostasia da igreja
29 1 NÉFI 13:30–37
evangelho do Cordeiro, um gran- 34 E aconteceu que o anjo do Se-
de número tropeça, sim, de tal nhor me falou, dizendo: Eis que,
maneira que Satanás tem grande diz o Cordeiro de Deus, depois de
poder sobre eles. visitar os a remanescentes da casa
30 Vês, não obstante, os gentios de Israel — e esses remanescen-
que saíram do cativeiro e que fo- tes de quem falo são a semente
ram elevados pelo poder de Deus de teu pai — portanto, depois de
acima de todas as outras nações, visitá-los com julgamento e feri-
na face da terra, que é uma ter- los pela mão dos gentios; e depois
ra escolhida acima de todas as que os gentios b tropeçarem muito
outras terras, que é a terra que o por causa das partes claras e pre-
Senhor Deus prometeu a teu pai, ciosas do c evangelho do Cordeiro,
por convênio, que seria a a terra as quais foram retidas por aquela
de herança de seus descendentes; igreja abominável que é a mãe das
vês, portanto, que o Senhor Deus meretrizes, diz o Cordeiro — serei
não permitirá que os gentios des- misericordioso para com os gen-
truam completamente a b mescla tios, naquele dia, tanto que lhes
de tua semente que está entre os d 
trarei pelo meu próprio poder
teus irmãos. muito do meu evangelho, que será
31 Nem permitirá ele que os gen- claro e precioso, diz o Cordeiro.
tios a destruam a semente de teus 35 Pois eis que, diz o Cordeiro:
irmãos. Eu me manifestarei a tua semente,
32 Tampouco permitirá o Senhor de modo que ela escreverá muitas
Deus que os gentios permaneçam coisas que lhe ensinarei, as quais
para sempre naquele horrível es- serão claras e preciosas; e depois
tado de cegueira, no qual tu vês que tua semente for destruída e
que estão, devido às passagens degenerar, caindo na incredulida-
claras e preciosas do evangelho de, assim como a semente de teus
do Cordeiro que foram suprimi- irmãos, eis que a estas coisas serão
das por aquela a igreja abominável, escondidas, para serem reveladas
cuja formação tu viste. aos gentios pelo dom e poder do
33 Diz, portanto, o Cordeiro de Cordeiro.
Deus: Serei misericordioso para 36 E nelas será escrito o meu
com os gentios, visitando os re- a 
evangelho, diz o Cordeiro, e mi-
manescentes da casa de Israel com nha b rocha e minha salvação.
grande julgamento. 37  E a abençoados os que
30 a GEE Terra da 32 a GEE Diabo — Igreja do Evangelho.
Promissão. diabo. 35 a 2 Né. 27:6; 29:1–2.
b Al. 45:10–14. 34 a GEE José, Filho de Jacó. GEE Livro de Mórmon.
31 a 2 Né. 4:7; 10:18–19; b 1 Né. 14:1–3; 36 a 3 Né. 27:13–21.
Jacó 3:5–9; 2 Né. 26:20. b Hel. 5:12;
Hel. 15:12; c GEE Evangelho. 3 Né. 11:38–39.
3 Né. 16:8–9; d D&C 10:62. GEE Rocha.
Mórm. 5:20–21. GEE Restauração do 37 a D&C 21:9.
1 NÉFI 13:38–42 30
procurarem estabelecer a minha e preciosas que deles foram su-
b 
Sião naquele dia, pois terão o primidas; e mostrarão a todas as
c 
dom e o poder do Espírito Santo; tribos, línguas e povos que o Cor-
e se d perseverarem até o fim, serão deiro de Deus é o Filho do Pai
levantados no último dia e serão Eterno e o d Salvador do mundo;
salvos no e reino eterno do Cordei- e que todos os homens devem vir
ro; e aqueles que f proclamarem a a ele, pois do contrário não pode-
paz, sim, novas de grande alegria, rão ser salvos.
quão belos serão sobre os montes! 41 E devem vir de acordo com
38 E aconteceu que vi o remanes- as palavras proferidas pela boca
cente da semente de meus irmãos; do Cordeiro; e as palavras do Cor-
e também o a livro do Cordeiro deiro tornar-se-ão conhecidas nos
de Deus que procedera da boca registros de tua semente, assim
do judeu e que veio dos gentios como nos registros dos doze após-
b 
para o remanescente da semente tolos do Cordeiro; portanto, am-
de meus irmãos. bos serão reunidos a num só; por-
39 E depois de haver chegado que há b um Deus e um c Pastor
a eles, vi outros a livros surgirem sobre toda a Terra.
pelo poder do Cordeiro, trazidos 42 E chegará o tempo em que ele
a eles pelos gentios, para b conven- se manifestará a todas as nações,
cer os gentios e os remanescen- tanto aos a judeus como aos gen-
tes da semente de meus irmãos tios; e depois de haver-se mani-
e também os judeus que estavam festado aos judeus e também aos
dispersos por toda a face da Terra, gentios, ele manifestar-se-á aos
de que os registros dos profetas e gentios e também aos judeus; e
dos doze apóstolos do Cordeiro os b últimos serão os primeiros e
são c verdadeiros. os c primeiros serão os últimos.
40 E falou-me o anjo, dizendo:
Estes a últimos registros que viste
CAPÍTULO 14
entre os gentios b confirmarão a
verdade dos c primeiros, que são Um anjo fala a Néfi das bênçãos e
dos doze apóstolos do Cordei- maldições que cairão sobre os gen-
ro, e divulgarão as coisas claras tios — Existem apenas duas igrejas:
37 b GEE Sião. 39 a GEE Escrituras — Mois. 1:6.
c GEE Dom do Espírito Profecias a respeito de 41 a Eze. 37:17.
Santo. escrituras futuras. b Deut. 6:4;
d 3 Né. 27:16. b Eze. 37:15–20; Jo. 17:21–23;
GEE Perseverar. 2 Né. 3:11–12. 2 Né. 31:21.
e GEE Glória Celestial. c 1 Né. 14:30. c GEE Bom Pastor.
f Isa. 52:7; 40 a 2 Né. 26:16–17; 29:12. 42 a D&C 90:8–9; 107:33;
Mos. 15:14–18; GEE Livro de Mórmon. 112:4.
3 Né. 20:40. b Mórm. 7:8–9. b Jacó 5:63.
38 a 1 Né. 13:23; c GEE Bíblia. c Lc. 13:30;
2 Né. 29:4–6. d Ver página de rosto do 1 Né. 15:13–20.
b Mórm. 5:15. Livro de Mórmon.
31 1 NÉFI 14:1–7
a Igreja do Cordeiro de Deus e a igre- completa destruição, diz o Cordei-
ja do diabo — Os santos de Deus ro de Deus; não a destruição da
em todas as nações são perseguidos alma, a menos que isso signifique
pela grande e abominável igreja — ser lançada naquele b inferno que
O Apóstolo João escreverá sobre o não tem fim.
fim do mundo. Aproximadamente 4 Pois eis que isto é segundo
600–592 a.C. o cativeiro do diabo e também
segundo a justiça de Deus para
E acontecerá que se os a gentios com todos os que cometerem
derem ouvidos ao Cordeiro de iniquidades e abominações pe-
Deus no dia em que ele se mani- rante ele.
festar a eles em palavras e tam- 5 E aconteceu que o anjo falou a
bém em b poder, verdadeiramente, mim, Néfi, dizendo: Viste que, se
para remover-lhes as c pedras de os gentios se arrependerem, será
tropeço — bom para eles; e conheces tam-
2 E não endurecerem o coração bém os convênios do Senhor com
contra o Cordeiro de Deus, serão a casa de Israel; e ouviste também
a 
contados com a semente de teu que aquele que não se a arrepen-
pai; sim, serão contados com a der perecerá.
casa de Israel; e serão um povo 6 Portanto, a ai dos gentios, se
b 
abençoado para sempre na terra endurecerem o coração contra o
da promissão; não mais serão es- Cordeiro de Deus!
cravizados. E a casa de Israel não 7 Pois vem o tempo, diz o Cor-
será mais confundida. deiro de Deus, em que farei uma
3 E aquele grande a abismo que a 
obra grande e maravilhosa entre
foi cavado para eles por aque- os filhos dos homens, uma obra
la grande e abominável igreja, que será eterna, seja para um fim
fundada pelo diabo e seus filhos ou para outro — seja para con-
a fim de que ele pudesse levar vertê-los à paz e à b vida eterna,
para o inferno as almas dos ho- ou para entregá-los à dureza de
mens — sim, o grande abismo seu coração e à cegueira de sua
que foi cavado para a destrui- mente, até serem levados ao cati-
ção dos homens encher-se-á com veiro e também à destruição, tanto
aqueles que o cavaram, para sua física como espiritual, segundo o
14 1 a 3 Né. 16:6–13. 3 Né. 16:13; 21:6, 22; Arrependimento.
GEE Gentios. Abr. 2:9–11. 6 a 2 Né. 28:32.
b 1 Tess. 1:5; b 2 Né. 6:12; 10:8–14; 7 a Isa. 29:14;
1 Né. 14:14; 3 Né. 16:6–7; 20:27. 1 Né. 22:8;
Jacó 6:2–3. 3 a 1 Né. 22:14; 2 Né. 27:26; 29:1–2;
c Isa. 57:14; D&C 109:25. D&C 4:1.
1 Né. 13:29, 34; b GEE Condenação, GEE Restauração do
2 Né. 26:20. Condenar; Evangelho.
2 a Gál. 3:7, 29; Inferno. b GEE Vida eterna.
2 Né. 10:18–19; 5 a GEE Arrepender-se,
1 NÉFI 14:8–17 32
cativeiro do diabo, do qual tenho
c 
domínio sobre a face da Terra era
falado. pequeno, devido à iniquidade da
8 E aconteceu que após ter dito grande prostituta que eu vi.
estas coisas, o anjo disse-me: Lem- 13 E aconteceu ter eu visto que a
bras-te dos a convênios do Pai com grande mãe de abominações con-
a casa de Israel? Respondi: Sim. gregou multidões na face de toda
9 E aconteceu que me disse: Olha a Terra, entre todas as nações dos
e vê aquela grande e abominável gentios, para a guerrear o Cordeiro
igreja, que é a mãe de abomina- de Deus.
ções, cujo fundador é o a diabo. 14 E aconteceu que eu, Néfi, vi
10 E disse-me ele: Eis que não há o poder do Cordeiro de Deus que
mais do que a duas igrejas; uma é descia sobre os santos da igreja do
a igreja do Cordeiro de Deus e a Cordeiro e sobre o povo do con-
b 
outra, a igreja do diabo; portan- vênio do Senhor, que estava dis-
to, quem não pertence à igreja do perso sobre toda a face da Terra;
Cordeiro de Deus faz parte daque- e estavam armados com retidão e
la grande igreja, que é a mãe de com o a poder de Deus, em gran-
abominações; e ela é a c prostituta de glória.
de toda a Terra. 15 E aconteceu ter eu visto que a
11 E aconteceu que olhei e vi a ira de Deus se havia a derramado
prostituta de toda a Terra, que se sobre aquela grande e abominável
assentava sobre muitas a águas; e igreja, de modo que havia guerras
b 
tinha domínio sobre toda a Ter- e rumores de guerras entre todas
ra, entre todas as nações, tribos, as b nações e tribos da Terra.
línguas e povos. 16 E quando começaram as guer-
12 E aconteceu que vi a igreja ras e rumores de a guerras em to-
do Cordeiro de Deus e seu nú- das as nações que pertenciam à
mero era a pequeno, por causa das mãe de abominações, o anjo falou-
iniquidades e abominações da me, dizendo: Eis que a ira de Deus
prostituta que se assentava sobre está sobre a mãe de meretrizes; e
muitas águas; não obstante, vi que eis que vês todas estas coisas —
a igreja do Cordeiro, que eram os 17 E quando chegar o a dia em
santos de Deus, estava também que a b ira de Deus for derramada
sobre b toda a face da Terra; e seu sobre a mãe de meretrizes, que é
7 c 2 Né. 2:26–29; 2 Né. 10:16. D&C 123:7–8.
Al. 12:9–11. 11 a Jer. 51:13; 14 a Jacó 6:2;
8 a GEE Convênio Apoc. 17:15. D&C 38:32–38.
Abraâmico. b D&C 35:11. 15 a D&C 1:13–14.
9 a 1 Né. 15:35; 12 a Mt. 7:14; b Mc. 13:8;
D&C 1:35. 3 Né. 14:14; D&C 87:6.
GEE Diabo. D&C 138:26. 16 a 1 Né. 22:13–14;
10 a 1 Né. 22:23. b D&C 90:11. Mórm. 8:30.
b 1 Né. 13:4–6, 26. 13 a Apoc. 17:1–6; 18:24; 17 a GEE Últimos Dias.
c Apoc. 17:5, 15; 1 Né. 13:5; b 1 Né. 22:15–16.
33 1 NÉFI 14:18–30
a grande e abominável igreja de apóstolo do Cordeiro de Deus que
toda a Terra, cujo fundador é o as a escrevesse.
diabo, então, naquele dia, a c obra 26 E tem havido também outros
do Pai começará, preparando o a quem o Senhor mostrou todas
caminho para o cumprimento dos as coisas e eles escreveram-nas;
d 
convênios feitos com seu povo, e elas estão a seladas para serem
que é da casa de Israel. reveladas em sua pureza à casa
18 E aconteceu que o anjo me de Israel, no devido tempo do
falou, dizendo: Olha! Senhor, de acordo com a verdade
19 E olhei e vi um homem que que está no Cordeiro.
estava vestido com um manto 27 E eu, Néfi, ouvi e testifico que
branco. o nome do apóstolo do Cordeiro
20 E disse-me o anjo: Eis a um era a João, segundo a palavra do
dos doze apóstolos do Cordeiro. anjo.
21 Eis que ele verá e escreverá o 28 E eis que eu, Néfi, fui proibido
restante destas coisas; sim, e tam- de escrever o restante das coisas
bém muitas coisas já passadas. que vi e ouvi; por conseguinte, o
22 E ele escreverá também sobre que escrevi me é suficiente; e eu
o fim do mundo. escrevi apenas uma pequena parte
23 Portanto, as coisas que ele es- das coisas que vi.
crever são justas e verdadeiras; e 29 E testifico que vi as coisas que
eis que estão escritas no a livro que meu a pai viu; e o anjo do Senhor
viste saindo da boca do judeu; e deu-mas a conhecer.
quando saíram da boca do judeu, 30 E agora termino de falar sobre
ou quando o livro saiu da boca do as coisas que vi enquanto estava
judeu, as coisas nele escritas eram arrebatado no Espírito; e se todas
claras e puras e muito b preciosas e as coisas que vi não estão escritas,
de fácil compreensão para todos as que escrevi são a verdadeiras. E
os homens. assim é. Amém.
24 E eis que as coisas que esse
a 
apóstolo do Cordeiro escreverá
CAPÍTULO 15
são muitas coisas que viste; e eis
que verás as restantes. A semente de Leí receberá dos gen-
25 Mas as coisas que vires de tios o evangelho nos últimos dias —
agora em diante, não escreverás; A coligação de Israel é comparada a
pois o Senhor Deus ordenou ao uma oliveira cujos ramos naturais
17 c 3 Né. 21:7, 20–29. 1 Né. 14:27. 26 a 2 Né. 27:6–23;
GEE Restauração do 23 a 1 Né. 13:20–24; Ét. 3:21–27; 4:4–7;
Evangelho. Mórm. 8:33. D&C 35:18;
d Mórm. 8:21, 41. b 1 Né. 13:28–32. JS—H 1:65.
GEE Convênio 24 a Ét. 4:16. 27 a Apoc. 1:1–3.
Abraâmico. 25 a Jo. 20:30–31; 29 a 1 Né. 8.
20 a Apoc. 1:1–3; Apoc. 1:19. 30 a 2 Né. 33:10–14.
1 NÉFI 15:1–13 34
serão enxertados novamente — Néfi meus irmãos, perguntando-lhes
interpreta a visão da árvore da vida e o motivo das discussões.
fala da justiça de Deus em separar os 7 E eles responderam: Eis que
iníquos dos justos. Aproximadamente não podemos compreender as pa-
600–592 a.C. lavras de nosso pai concernentes
aos ramos naturais da oliveira e
E aconteceu que depois de ha- também aos gentios.
ver sido arrebatado no Espírito e 8 E disse-lhes eu: Haveis a per-
visto todas essas coisas, eu, Néfi, guntado ao Senhor?
voltei à tenda de meu pai. 9 E eles responderam: Não per-
2 E aconteceu que vi meus ir- guntamos, porque o Senhor não
mãos e eles discutiam entre si nos dá a conhecer essas coisas.
quanto às coisas que meu pai lhes 10 Eis que eu lhes disse: Por que
dissera. não guardais os mandamentos do
3 Pois ele verdadeiramente lhes Senhor? Quereis perecer por cau-
dissera muitas coisas grandiosas sa da a dureza de vosso coração?
que eram de difícil a compreensão, 11 Não vos lembrais das coisas
a menos que se perguntasse ao que o Senhor disse? — Se não en-
Senhor; e como eram duros de co- durecerdes vosso coração e me
ração, não procuravam o Senhor a 
pedirdes com fé, acreditando que
como deviam. recebereis, guardando diligente-
4 E então eu, Néfi, fiquei pesaro- mente os meus mandamentos,
so com a dureza de seu coração e certamente estas coisas vos serão
também por causa das coisas que dadas a conhecer.
tinha visto e sabia que haviam de 12 Eis que vos digo que a casa
acontecer inevitavelmente, por de Israel foi comparada a uma
causa da grande iniquidade dos oliveira pelo Espírito do Senhor
filhos dos homens. que estava em nosso pai; e eis que
5 E aconteceu que fiquei abati- não fomos nós desmembrados da
do por causa de minhas a aflições, casa de Israel e não somos nós um
pois considerava-as maiores que a 
ramo da casa de Israel?
quaisquer outras, por causa da 13 E agora, o que nosso pai quer
b 
destruição de meu povo; pois eu dizer sobre o enxerto dos ramos
vira a sua queda. naturais por meio da plenitude
6 E aconteceu que depois de ha- dos gentios é que, nos últimos
ver recuperado as a forças, falei a dias, quando nossos descendentes
15 3 a 1 Cor. 2:10–12; 8 a Mos. 26:13; D&C 18:18.
Al. 12:9–11. Al. 40:3. GEE Pedir.
5 a GEE Adversidade. GEE Oração. 12 a Gên. 49:22–26;
b En. 1:13; 10 a GEE Apostasia. 1 Né. 10:12–14; 19:24.
Mórm. 6:1. 11 a Tg. 1:5–6; GEE Leí, Pai de Néfi.
6 a Mois. 1:10; En. 1:15;
JS—H 1:20, 48. Morô. 7:26;
35 1 NÉFI 15:14–20
tiverem degenerado, caindo na
a 
de Israel; serão enxertados, sendo
a 

incredulidade, sim, pelo espaço um ramo natural da oliveira, na


de muitos anos e por muitas ge- oliveira verdadeira.
rações depois que o b Messias se 17 E isto é o que nosso pai quer
manifestar em pessoa aos filhos dizer; e ele quer dizer que isto não
dos homens, então a plenitude acontecerá senão depois de have-
do c evangelho do Messias chega- rem sido dispersos pelos gentios;
rá aos d gentios; e dos gentios, aos e ele quer dizer que isto se dará
remanescentes de nossos descen- por meio dos gentios, para que o
dentes — Senhor mostre aos gentios o seu
14 E naquele dia os remanes- poder; porquanto será a rejeitado
centes da nossa a semente virão a pelos judeus, ou seja, pela casa
saber que são da casa de Israel e de Israel.
que são o povo do b convênio do 18 Nosso pai não falou, portanto,
Senhor; e então saberão e chega- apenas de nossos descendentes,
rão ao c conhecimento dos seus mas também de toda a casa de Is-
antepassados, e também ao conhe- rael, indicando o convênio que ha-
cimento do Redentor e do evan- veria de ser cumprido nos últimos
gelho que foi por ele ministrado dias, convênio esse que o Senhor
a seus pais. Portanto, virão a co- fez com nosso pai Abraão, dizen-
nhecer seu Redentor e os pontos do: Em tua a semente serão ben-
essenciais de sua doutrina, para ditas todas as famílias da Terra.
que saibam como chegar a ele e 19 E aconteceu que eu, Néfi, fa-
ser salvos. lei-lhes muito sobre estas coisas;
15 E então, naquele dia, não se sim, falei-lhes sobre a a restauração
regozijarão e não darão graças dos judeus nos últimos dias.
ao seu eterno Deus, sua a rocha e 20 E repeti-lhes as palavras de
sua salvação? Sim, naquele dia a 
Isaías, que falou sobre a res-
não receberão vigor e alimento tauração dos judeus, ou seja, da
da verdadeira b videira? Sim, não casa de Israel; e depois de sua
virão eles para o verdadeiro reba- restauração, não serão mais con-
nho de Deus? fundidos nem dispersos. E acon-
16 Eis que vos digo: Sim; eles se- teceu que disse muitas palavras
rão lembrados outra vez pela casa a meus irmãos, de modo que se
13 a 1 Né. 12:22–23; Abraâmico. 16 a Jacó 5:60–68.
2 Né. 26:15. c 2 Né. 3:12; 30:5; 17 a GEE Crucificação.
b GEE Messias. Mórm. 7:1, 9–10; 18 a Gên. 12:1–3;
c GEE Evangelho. D&C 3:16–20. Ver Abr. 2:6–11.
d 1 Né. 13:42; 22:5–10; também 19 a 1 Né. 19:15.
D&C 14:10. página de rosto do GEE Israel — Coligação
GEE Gentios. Livro de Mórmon. de Israel.
14 a 2 Né. 10:2; 15 a GEE Rocha. 20 a 1 Né. 19:23.
3 Né. 5:21–26; 21:4–7. b Gên. 49:11;
b GEE Convênio Jo. 15:1.
1 NÉFI 15:21–33 36
tranquilizaram e humilharam-se
b 
e sua mente estava tão absorvida
perante o Senhor. com outras coisas, que não obser-
21 E aconteceu que me falaram vou a imundície da água.
novamente, dizendo: O que sig- 28 E disse-lhes que era um hor-
nifica isso que nosso pai viu num rível a abismo que separava os iní-
sonho? O que significa a a árvore quos da árvore da vida e também
que ele viu? dos santos de Deus.
22 E disse-lhes: Era uma repre- 29 E disse-lhes que era uma re-
sentação da a árvore da vida. presentação daquele horrível a in-
23 E disseram-me: O que signifi- ferno que o anjo me dissera estar
ca a a barra de ferro que nosso pai preparado para os iníquos.
viu, que levava à árvore? 30 E disse-lhes que nosso pai
24 E eu disse-lhes que era a a pa- também viu que a a justiça de Deus
lavra de Deus; e todos os que des- separava os iníquos dos justos; e
sem ouvidos à palavra de Deus e que seu resplendor era como uma
a ela se b apegassem, jamais pere- chama de fogo que sobe eterna-
ceriam; nem as c tentações nem os mente para Deus e não tem fim.
d 
dardos inflamados do e adversário 31 E disseram-me: Significa isso
poderiam dominá-los até a ce- o tormento do corpo nos dias de
gueira, para levá-los à destruição. a 
provação, ou significa o estado
25 Portanto, eu, Néfi, exortei-os final da alma depois da b morte do
a a darem ouvidos à palavra do corpo físico, ou refere-se às coisas
Senhor; sim, exortei-os com toda que são terrenas?
a energia de minha alma e com 32 E aconteceu que eu lhes disse
todas as faculdades que possuía, a que era uma representação tan-
darem ouvidos à palavra de Deus to de coisas físicas como espiri-
e a lembrarem-se de guardar seus tuais; pois chegaria o dia em que
mandamentos, sempre, em todas seriam julgados por suas a obras,
as coisas. sim, mesmo as obras feitas pelo
26 E disseram-me: O que sig- corpo físico nos seus dias de pro-
nifica o a rio de água que nosso vação.
pai viu? 33 Se a morrerem, portanto, em
27 E respondi-lhes que a a água iniquidade, serão também b rejei-
que meu pai viu era b imundície; tados quanto às coisas espirituais
20 b 1 Né. 16:5, 24, 39. d Ef. 6:16; 2 Né. 1:13.
21 a 1 Né. 8:10–12. D&C 3:8; 27:17. 29 a GEE Inferno.
22 a 1 Né. 11:4, 25; e GEE Diabo. 30 a GEE Justiça.
Mois. 3:9. 25 a D&C 11:2; 32:4; 31 a Al. 12:24; 42:10;
23 a 1 Né. 8:19–24. 84:43–44. Hel. 13:38.
24 a GEE Palavra de Deus. 26 a 1 Né. 8:13. b Al. 40:6, 11–14.
b 1 Né. 8:30; 27 a 1 Né. 12:16. 32 a GEE Obras.
2 Né. 31:20. b GEE Imundície, 33 a Mos. 15:26;
c 1 Né. 8:23. Imundo. Morô. 10:26.
GEE Tentação, Tentar. 28 a Lc. 16:26; 1 Né. 12:18; b Al. 12:12–16; 40:26.
37 1 NÉFI 15:34–16:3
que se referem à retidão; portan- CAPÍTULO 16
to, deverão ser levados perante
Os iníquos consideram a verdade
Deus para serem c julgados por
dura — Os filhos de Leí casam-se
suas d obras; e se suas obras ti-
com as filhas de Ismael — A Liaho-
verem sido imundas, eles serão
na guia-lhes o curso no deserto —
e 
imundos; e se forem imundos,
Mensagens do Senhor são escritas
não poderão f habitar o reino de
na Liahona de tempos em tempos —
Deus; se o habitassem, o reino de
Ismael morre; sua família murmura
Deus seria também imundo.
por causa das aflições. Aproximada-
34 Mas eis que eu vos digo que
mente 600–592 a.C.
o reino de Deus não é a imundo e
que nenhuma coisa impura pode E aconteceu que após ter eu,
entrar no reino de Deus; é, portan- Néfi, acabado de falar a meus ir-
to, necessário que haja um lugar mãos, eis que eles me disseram:
de imundície preparado para o Tu nos tens declarado coisas du-
que é imundo. ras, mais do que somos capazes
35 E há um lugar preparado, de suportar.
sim, aquele horrível a inferno 2 E aconteceu que eu lhes disse
do qual falei, cujo fundador é o que sabia haver falado coisas du-
b 
diabo. Portanto, o estado final ras contra os iníquos, de acordo
da alma dos homens é habitar com a verdade; e justifiquei os
o reino de Deus ou ser lançada justos e testifiquei que eles se-
fora por causa da c justiça da qual riam exaltados no último dia; e os
falei. a 
culpados consideram, portanto,
36 Os iníquos, portanto, serão a b verdade dura, porque c penetra-
apartados dos justos e também lhes até o âmago.
daquela a árvore da vida, cujo fru- 3 E agora, meus irmãos, se fôs-
to é mais precioso e mais b dese- seis justos e estivésseis dispostos
jável que todos os frutos; sim, é a ouvir a verdade e a segui-la, a
a c maior de todas as d dádivas de fim de a andar retamente dian-
Deus. E assim falei a meus irmãos. te de Deus, não iríeis murmurar
Amém. por causa da verdade e afirmar:
Tu dizes coisas duras contra nós.
33 c GEE Juízo Final. GEE Inferno. 2 Né. 33:5;
d 3 Né. 27:23–27. b 1 Né. 14:9; En. 1:23;
e 2 Né. 9:16; D&C 1:35. Hel. 14:10.
D&C 88:35. c GEE Justiça. GEE Culpa.
f Salm. 15; 24:3–4; 36 a Gên. 2:9; b Prov. 15:10;
Al. 11:37; 2 Né. 2:15. 2 Né. 1:26; 9:40;
D&C 76:50–70; b 1 Né. 8:10–12; Hel. 13:24–26.
Mois. 6:57. Al. 32:42. c At. 5:33;
34 a GEE Imundície, c D&C 6:13. Mos. 13:7.
Imundo. d D&C 14:7. 3 a D&C 5:21.
35 a 2 Né. 9:19; GEE Vida eterna. GEE Andar, Andar com
Mos. 26:27. 16 2 a Jo. 3:20; Deus.
1 NÉFI 16:4–17 38
4 E aconteceu que eu, Néfi, com 11 E aconteceu que reunimos
toda a diligência exortei meus todas as coisas que deveríamos
irmãos a guardarem os manda- levar para o deserto e todo o res-
mentos do Senhor. tante das provisões que o Senhor
5 E aconteceu que eles se a humi- nos dera; e juntamos sementes de
lharam diante do Senhor, de modo toda espécie a fim de levarmos
que me alegrei e tive grande es- para o deserto.
perança de que viessem a seguir 12 E aconteceu que tomamos
os caminhos da retidão. nossas tendas e partimos para o
6 Ora, todas essas coisas foram deserto, atravessando o rio Lamã.
ditas e feitas enquanto meu pai 13 E aconteceu que viajamos
vivia numa tenda, no vale que ele pelo espaço de quatro dias, na
chamara Lemuel. direção aproximada sul-sudes-
7 E aconteceu que eu, Néfi, to- te; e novamente armamos nossas
mei para a esposa uma das b filhas tendas e demos ao lugar o nome
de Ismael; e meus irmãos também de Sazer.
tomaram para esposas as filhas 14 E aconteceu que tomamos
de Ismael; e c Zorã também tomou nossos arcos e nossas flechas e
para esposa a filha mais velha de saímos pelo deserto, à procura de
Ismael. caça para nossas famílias; e de-
8 E assim cumpriu meu pai to- pois de havermos obtido a caça,
dos os mandamentos que o Se- voltamos outra vez para junto de
nhor lhe dera. E eu, Néfi, também nossas famílias no deserto, no lu-
fui extremamente abençoado pelo gar chamado Sazer. E saímos no-
Senhor. vamente pelo deserto, seguindo
9 E aconteceu que durante a noi- na mesma direção, mantendo-nos
te a voz do Senhor falou a meu nas partes mais férteis do deser-
pai e ordenou-lhe que, no dia se- to, que acompanhavam os limites
guinte, prosseguisse viagem pelo próximos ao a Mar Vermelho.
deserto. 15 E aconteceu que viajamos
10 E aconteceu que meu pai se pelo espaço de muitos dias, ca-
levantou pela manhã e, saindo à çando pelo caminho com nossos
porta da tenda, notou, com gran- arcos e nossas flechas, nossas pe-
de espanto, que havia no chão dras e nossas fundas.
uma a esfera esmeradamente tra- 16 E seguimos a a direção indica-
balhada; e era feita de latão puro. da pela esfera, que nos levou aos
E no seu interior havia duas agu- lugares mais férteis do deserto.
lhas; e uma delas indicava-nos o 17 E depois de havermos viaja-
caminho a seguir no deserto. do pelo espaço de muitos dias,
5 a 1 Né. 16:24, 39; 18:4. 2 Né. 5:5–6. 16 a 1 Né. 16:10, 16, 26;
7 a GEE Casamento, Casar. 10 a Al. 37:38–46. 18:12;
b 1 Né. 7:1. GEE Liahona. Al. 37:38–46.
c 1 Né. 4:35; 14 a D&C 17:1.
39 1 NÉFI 16:18–29
armamos nossas tendas por al- 23 E aconteceu que eu, Néfi, fiz
gum tempo, a fim de novamente um arco de madeira e, de uma
descansar e obter alimento para vara reta, fiz uma flecha; portan-
nossas famílias. to, me armei de um arco e flecha,
18 E aconteceu que quando eu, uma funda e pedras. E perguntei
Néfi, saí para caçar, eis que que- a meu a pai: Aonde deverei ir para
brei meu arco, que era feito de obter alimento?
a 
aço puro; e tendo quebrado meu 24 E aconteceu que ele a pergun-
arco, eis que meus irmãos se zan- tou ao Senhor, porque eles se ha-
garam comigo por causa da perda viam humilhado por causa das
de meu arco, porque não conse- minhas palavras; porque eu lhes
guimos alimento. dissera muitas coisas com toda a
19 E aconteceu que voltamos energia de minha alma.
sem alimento para junto de nos- 25 E aconteceu que meu pai ou-
sas famílias; e estando todos eles viu a voz do Senhor; e ele foi real-
bastante fatigados por causa da mente a repreendido por ter mur-
viagem, sofreram muito com a murado contra o Senhor, de tal
falta de alimento. forma que mergulhou em pro-
20 E aconteceu que Lamã e Le- fundo pesar.
muel e os filhos de Ismael começa- 26 E aconteceu que a voz do Se-
ram a murmurar muito por causa nhor lhe disse: Olha a esfera e vê
de seus sofrimentos e aflições no as coisas que estão escritas.
deserto; e meu pai também come- 27 E aconteceu que quando meu
çou a murmurar contra o Senhor pai viu as coisas que estavam es-
seu Deus; sim, e estavam todos critas na esfera, temeu e tremeu
extremamente aflitos, a ponto de muito; e também meus irmãos e
murmurarem contra o Senhor. os filhos de Ismael e nossas mu-
21 Ora, aconteceu que eu, Néfi, lheres.
fiquei aflito, juntamente com meus 28 E aconteceu que eu, Néfi, vi
irmãos, pela perda de meu arco; os ponteiros que estavam na es-
e tendo os seus arcos perdido a fera e eles moviam-se conforme a
elasticidade, as coisas tornaram- a 
fé e a diligência e a atenção que
se muito difíceis, sim, tanto que lhes dávamos.
não podíamos conseguir alimento. 29 E havia também sobre eles
22 E aconteceu que eu, Néfi, fa- uma escrita nova que era simples
lei muito a meus irmãos, porque de ser lida e dava-nos a entendi-
tornaram a endurecer o coração, mento sobre os caminhos do Se-
a ponto de a queixarem-se do nhor; e era escrita e mudada de
Senhor seu Deus. tempos em tempos, de acordo
18 a 2 Sam. 22:35. 24 a GEE Oração. 28 a Al. 37:40.
22 a Êx. 16:8; Núm. 11:1. 25 a Ét. 2:14. GEE Fé.
23 a Êx. 20:12; GEE Castigar, Castigo, 29 a GEE Compreensão,
Mos. 13:20. Corrigir, Repreender. Entendimento.
1 NÉFI 16:30–39 40
com nossa fé e a atenção que lhe sofrido muitas aflições, fome, sede
dávamos. E assim vemos que, por e cansaço; e depois de todos estes
meio de b pequenos recursos, pode sofrimentos, vamos certamente
o Senhor realizar grandes coisas. perecer de fome no deserto.
30 E aconteceu que eu, Néfi, me 36 E assim murmuravam contra
dirigi ao cume da montanha, de meu pai e também contra mim; e
acordo com as direções dadas na desejavam voltar para Jerusalém.
esfera. 37 E Lamã disse a Lemuel e tam-
31 E aconteceu que matei ani- bém aos filhos de Ismael: a Mate-
mais selvagens e, desse modo, ob- mos nosso pai e também nosso
tive alimento para nossas famílias. irmão Néfi, que se arvorou em
32 E aconteceu que voltei para nosso b chefe e mestre, apesar de
nossas tendas, levando os animais sermos seus irmãos mais velhos.
que havia matado; e então, quan- 38 Agora, diz que o Senhor con-
do viram que eu havia obtido ali- versou com ele e também que a an-
mento, grande foi sua alegria. E jos o instruíram. Eis, porém, que
aconteceu que se humilharam pe- sabemos que ele mente para nós; e
rante o Senhor e renderam-lhe conta-nos essas coisas e faz muitas
graças. coisas com astúcia, a fim de en-
33 E aconteceu que reiniciamos ganar-nos, pensando que talvez
nossa viagem, tomando aproxi- consiga levar-nos para algum es-
madamente o mesmo rumo do tranho deserto; e depois de levar-
princípio; e depois de havermos nos, pensa fazer-se rei e governar-
viajado pelo espaço de muitos nos, fazendo conosco o que lhe
dias, armamos novamente nos- aprouver. E desta maneira meu
sas tendas a fim de pararmos por irmão Lamã incitava à ira.
algum tempo. 39 E aconteceu que o Senhor
34 E aconteceu que a Ismael mor- estava conosco, sim, a voz do
reu e foi enterrado no lugar cha- Senhor disse-lhes muitas pala-
mado Naom. vras, a repreendendo-os muito; e
35 E aconteceu que as filhas de depois de haverem sido repreen-
Ismael choraram muito a perda didos pela voz do Senhor, abran-
de seu pai e suas a aflições no de- daram a sua ira e arrependeram-
serto; e murmuraram contra meu se de seus pecados, de modo que
pai por havê-las tirado da ter- o Senhor tornou a abençoar-
ra de Jerusalém, dizendo: Nosso nos com alimento, para que não
pai está morto; sim, e temos va- morrêssemos.
gado muito pelo deserto e temos
29 b 2 Re. 5:13; Tg. 3:4; 35 a GEE Adversidade. 1 Né. 2:22; 18:10.
Al. 37:6–7, 41; 37 a 1 Né. 17:44. 38 a 1 Né. 3:30–31; 4:3.
D&C 123:16. GEE Homicídio. 39 a GEE Castigar, Castigo,
34 a 1 Né. 7:2–6. b Gên. 37:9–11; Corrigir, Repreender.
41 1 NÉFI 17:1–10
CAPÍTULO 17 5 E chegamos à terra a que de-
mos o nome de Abundância, por
Néfi é instruído a construir um na-
causa das muitas frutas e também
vio — Seus irmãos opõem-se a ele —
do mel silvestre; e todas essas coi-
Ele exorta-os, recontando a história
sas foram preparadas pelo Senhor,
dos procedimentos de Deus para com
a fim de que não perecêssemos.
Israel — Néfi enche-se do poder de
E vimos o mar, ao qual demos o
Deus — Seus irmãos são proibidos
nome de Irreântum, que significa
de tocá-lo, para não definharem como
muitas águas.
uma cana seca. Aproximadamente
6 E aconteceu que armamos nos-
592–591 a.C.
sas tendas perto da costa e, ape-
E aconteceu que reiniciamos a sar de havermos sofrido muitas
jornada pelo deserto e, dali em a 
aflições e dificuldades, sim, tan-
diante, viajamos na direção apro- tas que não podemos escrevê-
ximada do leste. E viajamos e pas- las todas, ficamos imensamente
samos por muitas aflições no de- contentes quando chegamos à
serto; e nossas mulheres tiveram costa; e demos ao lugar o nome
filhos no deserto. de Abundância, devido às suas
2 E tão grandes foram as bênçãos muitas frutas.
do Senhor que, enquanto vivemos 7 E aconteceu que depois de es-
de carne a crua no deserto, nossas tar eu, Néfi, pelo espaço de mui-
mulheres tiveram bastante leite tos dias na terra de Abundância,
para seus filhos e eram fortes, sim, ouvi a voz do Senhor, dizendo:
tanto quanto os homens; e come- Levanta-te e vai à montanha. E
çaram a suportar as viagens sem aconteceu que me levantei e subi
murmurar. à montanha e clamei ao Senhor.
3 E assim vemos que os manda- 8 E aconteceu que o Senhor me
mentos de Deus devem ser cum- falou, dizendo: Tu construirás um
pridos. E se os filhos dos homens navio da a maneira que eu te mos-
a 
guardam os mandamentos de trarei, a fim de que eu leve o teu
Deus, ele alimenta-os e fortalece- povo através destas águas.
os e dá-lhes meios pelos quais po- 9 E eu disse: Senhor, aonde irei
derão cumprir as coisas que lhes a fim de encontrar minério para
ordenou; portanto, ele nos b deu os fundir e fazer ferramentas, com o
meios de sobrevivermos enquanto fito de construir o navio do modo
permanecíamos no deserto. que tu me mostraste?
4 E permanecemos no deserto 10 E aconteceu que o Senhor me
pelo espaço de muitos anos, sim, disse onde eu encontraria minério
oito anos no deserto. para fazer ferramentas.
17 2 a 1 Né. 17:12. GEE Obedecer, 6 a 2 Né. 4:20.
3 a Mos. 2:41; Obediência, Obediente. 8 a 1 Né. 18:2.
Al. 26:12. b 1 Né. 3:7.
1 NÉFI 17:11–21 42
11 E aconteceu que eu, Néfi, fiz irmão é um tolo, pois pensa que
um fole de peles de animais para poderá construir um navio; sim,
avivar o fogo; e depois de haver e pensa também que poderá atra-
feito o fole para avivar o fogo, bati vessar estas grandes águas.
duas pedras, uma contra a outra, 18 E assim meus irmãos se quei-
para fazer fogo. xavam de mim e não tinham von-
12 Pois até então o Senhor não tade de trabalhar, pois não acredi-
nos havia permitido fazer muito tavam que eu pudesse construir
fogo, enquanto viajávamos pelo um navio nem acreditavam que
deserto, pois disse: Farei com que eu havia sido instruído pelo Se-
vossos alimentos se tornem sabo- nhor.
rosos, para que não vos seja pre- 19 E aconteceu que eu, Néfi, fi-
ciso a cozinhá-los. quei muito pesaroso por causa da
13 E serei também vossa luz no dureza de seu coração; e então,
deserto; e a prepararei o caminho a quando viram que eu começava
vossa frente, se guardardes meus a ficar pesaroso, alegraram-se em
mandamentos; portanto, se guar- seu coração, de maneira que se
dardes meus mandamentos, sereis a 
rejubilaram, dizendo: Sabíamos
conduzidos à terra da b promissão; que não poderias construir um
e c sabereis que sois conduzidos navio, pois sabíamos que não ti-
por mim. nhas juízo; não podes, portanto,
14 Sim, e disse também o Senhor: realizar uma obra tão grandiosa.
Depois de haverdes chegado à ter- 20 E tu és como nosso pai, que
ra da promissão, a sabereis que eu, é levado pelas tolas a fantasias de
o Senhor, sou b Deus; e que eu, o seu coração; sim, ele tirou-nos da
Senhor, vos salvei da destruição; terra de Jerusalém e temos vagado
sim, que vos tirei da terra de Je- no deserto por todos esses anos;
rusalém. e nossas mulheres têm trabalha-
15 Portanto, eu, Néfi, esforcei- do, ainda que grávidas; e tiveram
me em guardar os mandamentos filhos no deserto e suportaram
do Senhor e exortei meus irmãos todas as coisas, exceto a morte.
a serem fiéis e diligentes. E teria sido melhor que tivessem
16 E aconteceu que fiz ferra- morrido antes de deixar Jerusa-
mentas com o metal que fundi da lém, do que suportar todas essas
rocha. aflições.
17 E quando meus irmãos viram 21 Eis que temos padecido du-
que eu estava prestes a a construir rante todos estes anos no deserto,
um navio, começaram a murmu- quando poderíamos ter usufruí-
rar contra mim, dizendo: Nosso do nossos bens e a terra de nossa
12 a 1 Né. 17:2. c Êx. 6:7. 17 a 1 Né. 18:1–6.
13 a Al. 37:38–39. 14 a 2 Né. 1:4. 19 a GEE Perseguição,
b 1 Né. 2:20; GEE Testemunho. Perseguir.
Jacó 2:12. b D&C 5:2. 20 a 1 Né. 2:11.
43 1 NÉFI 17:22–31
herança; sim, e poderíamos ter Senhor ordenou a a Moisés que
sido felizes. fizesse esse grande trabalho; e
22 E sabemos que o povo que sabeis que, por sua b palavra, as
estava na terra de Jerusalém era águas do Mar Vermelho dividi-
um povo a justo, porque guardava ram-se para um e para outro lado;
os estatutos e os juízos do Senhor e passaram em terra seca.
e todos os seus mandamentos, de 27 Sabeis, porém, que os egípcios
acordo com a lei de Moisés; sabe- que formavam os exércitos do Fa-
mos, portanto, que eles são um raó afogaram-se no Mar Vermelho.
povo justo e nosso pai julgou-os 28 E sabeis também que eles fo-
e tirou-nos de lá, porque demos ram alimentados com a maná no
ouvidos às palavras dele; sim, e deserto.
nosso irmão é semelhante a ele. E 29 Sim, e também sabeis que
dessa maneira meus irmãos mur- Moisés, por sua palavra, de acor-
muravam e queixavam-se de nós. do com o poder de Deus que es-
23 E aconteceu que eu, Néfi, lhes tava nele, a feriu a rocha da qual
falei, dizendo: Credes vós que jorrou água, para que os filhos de
nossos pais, que eram os filhos Israel matassem a sede.
de Israel, teriam sido tirados das 30 E, não obstante serem eles
mãos dos egípcios se não tives- guiados, indo o Senhor seu Deus,
sem dado ouvidos às palavras seu Redentor, diante deles, condu-
do Senhor? zindo-os durante o dia e dando-
24 Sim, e supondes vós que eles lhes luz durante a noite e fazendo
poderiam ter saído do cativeiro, por eles tudo o que era a necessário
se o Senhor não houvesse orde- a um homem receber, endurece-
nado a Moisés que os a tirasse do ram o coração e cegaram a mente
cativeiro? e b ultrajaram Moisés e o Deus vivo
25 Ora, sabeis que os filhos de e verdadeiro.
Israel estavam no a cativeiro e sa- 31 E aconteceu que, de acordo
beis que eram oprimidos com b ta- com sua palavra, ele os a destruiu
refas difíceis de suportar; sabeis, e, de acordo com sua palavra,
portanto, que deve ter sido uma b 
guiou-os; e, de acordo com sua
coisa boa para eles haverem sido palavra, fez tudo por eles; e nada
libertados do cativeiro. foi feito que não fosse por meio
26 Ora, sabeis também que o de sua palavra.
22 a 1 Né. 1:13. Hel. 8:11; D&C 8:3; 1 Né. 20:21.
24 a Êx. 3:2–10; Mois. 1:25. 30 a D&C 18:18; 88:64–65.
1 Né. 19:10; 28 a Êx. 16:4, 14–15, 35; b Êx. 32:8;
2 Né. 3:9; 25:20. Núm. 11:7–8; Núm. 14:2–3;
25 a Gên. 15:13–14. Deut. 8:3; Eze. 20:13–16;
b Êx. 1:11; 2:11. Mos. 7:19. D&C 84:23–25.
26 a At. 7:22–39. 29 a Êx. 17:6; 31 a Núm. 26:65.
b Êx. 14:21–31; Núm. 20:11; b 1 Né. 5:15;
1 Né. 4:2; Mos. 7:19; Deut. 8:15; D&C 103:16–18.
1 NÉFI 17:32–42 44
32 E depois de haverem atraves- e criou seus filhos para que a ha-
sado o rio Jordão, ele tornou-os bitassem.
poderosos, para que a expulsassem 37 E ele a levanta uma nação justa
os filhos da terra, sim, para que e destrói as nações dos iníquos.
os dispersassem até a destruição. 38 E conduz os justos a a terras
33 E agora supondes que os fi- ricas e b destrói os iníquos e amal-
lhos desta terra, que estavam na diçoa a terra por causa deles.
terra da promissão, que foram ex- 39 Ele governa nas alturas dos
pulsos por nossos pais, supondes céus, porque é seu trono; e esta
vós que eram justos? Eis que vos Terra é o a escabelo de seus pés.
digo: Não. 40 E ele ama os que o tomam por
34 Pensais que nossos pais te- seu Deus. Eis que amou nossos
riam sido mais favorecidos do que pais e fez a convênios com eles,
eles, se eles tivessem sido justos? sim, com Abraão, b Isaque e c Jacó;
Eu vos digo: Não. e lembrou-se dos convênios que
35 Eis que o Senhor considera fez; portanto, tirou-os da terra
toda a carne igualmente; aque- do d Egito.
le que é b justo é c favorecido por 41 E afligiu-os no deserto com
Deus. Eis, porém, que esse povo sua vara, porque a endureceram o
havia rejeitado toda palavra de coração do mesmo modo que vós;
Deus e amadurecido em iniqui- e o Senhor afligiu-os por causa
dade; e a plenitude da ira de de sua iniquidade. Enviou-lhes
Deus estava sobre eles. E o Se- b 
serpentes voadoras ardentes e,
nhor amaldiçoou a terra para eles depois de mordidos, preparou um
e abençoou-a para nossos pais; meio para que fossem c curados; e
sim, amaldiçoou-a para a des- o que tinham a fazer era olhar; e
truição deles e abençoou-a para por causa da d simplicidade do mé-
que nossos pais obtivessem poder todo, ou seja, da facilidade dele,
sobre ela. houve muitos que pereceram.
36  Eis que o Senhor a criou a 42 E endureceram o coração de
b 
Terra para que fosse c habitada; tempos em tempos e a ultrajaram
32 a Núm. 33:52–53; Abr. 3:24–25. D&C 27:10.
Jos. 24:8. 37 a Prov. 14:34; c Gên. 28:1–5.
35 a At. 10:15, 34; 1 Né. 4:13; d Deut. 4:37.
Rom. 2:11; Ét. 2:10; 41 a 2 Re. 17:7–23.
2 Né. 26:23–33. D&C 117:6. b Núm. 21:4–9;
b Salm. 55:22; 38 a GEE Terra da Deut. 8:15;
1 Né. 22:17. Promissão. Al. 33:18–22.
c 1 Sam. 2:30; b Lev. 20:22. c Jo. 3:13–15;
Salm. 97:10; 145:20; 39 a Isa. 66:1; 2 Né. 25:20.
Al. 13:4; D&C 38:17; d Al. 37:44–47;
D&C 82:10. Abr. 2:7. Hel. 8:15.
36 a GEE Criação, Criar. 40 a GEE Convênio 42 a Núm. 14:1–12.
b GEE Terra. Abraâmico. GEE Rebeldia, Rebelião.
c Isa. 45:18; b Gên. 21:12;
45 1 NÉFI 17:43–50
b 
Moisés e também Deus; não obs- que, por sua palavra, pode fa-
tante, sabeis que foram conduzi- zer com que os lugares acidenta-
dos à terra da promissão por seu dos sejam aplainados e os lugares
incomparável poder. planos sejam fragmentados. Oh!
43 E então, depois de todas estas então, como podeis ter o coração
coisas, chegou o tempo em que tão duro?
se tornaram iníquos, sim, quase 47 Eis que minha alma está des-
totalmente; e não sei se neste dia pedaçada por vossa causa e meu
não estão para serem destruídos; coração sofre; temo que sejais re-
pois sei que certamente virá o dia jeitados para sempre. Eis que es-
em que serão destruídos, exce- tou a cheio do Espírito de Deus,
to poucos que serão levados em de modo que meu corpo b não tem
cativeiro. forças.
44 Assim, a ordenou o Senhor a 48 E então aconteceu que, depois
meu pai que partisse para o de- de eu ter dito estas palavras, ira-
serto; e os judeus também pro- ram-se contra mim e tiveram de-
curaram tirar-lhe a vida; sim, e sejo de lançar-me nas profundezas
b 
vós também procurastes tirar-lhe do mar; e quando se aproximaram
a vida. Sois, portanto, assassinos para deitar-me as mãos, falei-lhes,
em vosso coração e sois como eles. dizendo: Em nome do Deus Todo-
45  Sois a rápidos em cometer Poderoso, ordeno-vos que não
iniquidades, porém vagarosos me a toqueis, porque estou cheio
em lembrar-vos do Senhor vos- do b poder de Deus a ponto de
so Deus. Haveis visto um b anjo consumir-me a carne; e quem me
que vos falou; sim, haveis ouvido deitar as mãos c definhará como
sua voz de tempos em tempos; e uma cana seca e será como nada
ele vos falou numa voz mansa e diante do poder de Deus, porque
delicada, mas havíeis c perdido a Deus o ferirá.
sensibilidade, de modo que não 49 E aconteceu que eu, Néfi, lhes
pudestes perceber suas palavras; disse que não mais deveriam mur-
portanto, falou-vos ele com voz murar contra seu pai nem deve-
de trovão, o que fez tremer a ter- riam recusar-me o seu trabalho,
ra como se fosse partir-se em pe- pois Deus havia ordenado que eu
daços. construísse um navio.
46 E sabeis também que, pelo 50 E disse-lhes: a Se Deus me ti-
a 
poder de sua palavra todo-po- vesse ordenado que fizesse todas
derosa, ele pode fazer com que a as coisas, poderia fazê-las. Se ele
Terra deixe de existir; sim, e sabeis me ordenasse que dissesse a esta
42 b D&C 84:23–24. c Ef. 4:19. b 2 Né. 1:26–27.
44 a 1 Né. 2:1–2. 46 a Hel. 12:6–18. GEE Poder.
b 1 Né. 16:37. 47 a Miq. 3:8. c 1 Re. 13:4–7.
45 a Mos. 13:29. b 1 Né. 19:20. 50 a Filip. 4:13;
b 1 Né. 4:3. 48 a Mos. 13:3. 1 Né. 3:7.
1 NÉFI 17:51–18:3 46
água: Converte-te em terra, ela irmão mais jovem; adorai, pois,
se converteria; e se eu o dissesse, ao Senhor vosso Deus e honrai
assim seria feito. vosso pai e vossa mãe, para que
51 Ora, se o Senhor possui tão os vossos b dias sejam prolongados
grande poder e fez tantos mila- na terra que o Senhor vosso Deus
gres entre os filhos dos homens, vos dará.
por que não pode a ensinar-me a
construir um navio? CAPÍTULO 18
52 E aconteceu que eu, Néfi, dis-
O navio é terminado — Mencionado
se muitas coisas a meus irmãos, de
o nascimento de Jacó e o de José — O
modo que ficaram confundidos e
grupo embarca para a terra da pro-
não puderam contender comigo;
missão — Os filhos de Ismael e suas
nem se atreveram a deitar-me as
esposas unem-se em leviandades e
mãos nem a tocar-me com os de-
rebelião — Néfi é amarrado e o na-
dos por muitos dias. Ora, não se
vio retrocede, devido a uma terrível
atreveram a fazer isso para não
tempestade — Néfi é libertado e, por
definharem diante de mim, tão
causa de sua oração, a tempestade ces-
poderoso era o a Espírito de Deus;
sa — O povo chega à terra da promis-
e assim agiu sobre eles.
são. Aproximadamente 591–589 a.C.
53 E aconteceu que o Senhor me
disse: Estende outra vez a mão E aconteceu que adoraram ao
para teus irmãos e eles não de- Senhor e acompanharam-me; e
finharão diante de ti, mas eu os lavramos madeiras de modo es-
sacudirei, diz o Senhor, e isto farei merado. E o Senhor mostrou-me,
para que saibam que sou o Senhor de tempos em tempos, de que
seu Deus. maneira eu deveria trabalhar as
54 E aconteceu que eu estendi a madeiras do navio.
mão para meus irmãos e eles não 2 Ora, eu, Néfi, não trabalhei a
definharam diante de mim; mas madeira pelo método que os ho-
o Senhor sacudiu-os, de acordo mens conheciam nem construí o
com o que dissera. navio pelo método dos homens;
55 E então eles disseram: Temos mas construí-o pelo método que
certeza de que o Senhor está con- o Senhor me havia mostrado;
tigo, pois sabemos que foi o po- não foi, portanto, igual ao dos
der do Senhor que nos sacudiu. homens.
E prostraram-se diante de mim 3 E eu, Néfi, ia frequentemente à
e estavam prestes a a adorar-me, montanha e a orava frequentemen-
mas eu não o permiti, dizendo: te ao Senhor; por isso o Senhor me
Eu sou vosso irmão, sim, vosso b 
mostrou grandes coisas.
51 a Gên. 6:14–16; 55 a At. 14:11–15. 18 3 a GEE Oração.
1 Né. 18:1. b Êx. 20:12; b GEE Revelação.
52 a GEE Espírito Santo. Mos. 13:20.
47 1 NÉFI 18:4–13
4 E aconteceu que depois de ha- muitos dias, eis que meus irmãos,
ver terminado o navio de acordo os filhos de Ismael e também suas
com a palavra do Senhor, meus esposas começaram a ficar alegres
irmãos viram que estava bom e a tal ponto que começaram a dan-
que o trabalho fora muito bem çar e a cantar e a falar com muita
executado; tornaram a a humilhar- vulgaridade, sim, esquecendo-se
se, portanto, diante do Senhor. mesmo do poder que os havia
5 E aconteceu que meu pai ouviu conduzido até ali; sim, tornaram-
a voz do Senhor, ordenando que se muito vulgares.
nos levantássemos e entrássemos 10 E eu, Néfi, comecei a temer
no navio. muito que o Senhor se irasse con-
6 E aconteceu que, no dia seguin- tra nós e ferisse-nos por causa
te, depois de havermos prepara- de nossa iniquidade e fôssemos
do todas as coisas, muitas fru- tragados pelas profundezas do
tas e a carne do deserto e mel em mar; portanto, eu, Néfi, comecei a
abundância e provisões de acordo falar-lhes com muita sobriedade;
com o que nos havia ordenado o mas eis que eles se a zangaram co-
Senhor, fomos para o navio com migo, dizendo: Não admitiremos
todas as nossas cargas e nossas que nosso irmão mais jovem nos
sementes e com tudo o que ha- b 
governe.
víamos trazido conosco, cada um 11 E aconteceu que Lamã e Le-
de acordo com sua idade; portan- muel me seguraram e ataram-me
to, entramos todos no navio com com cordas e trataram-me rude-
nossas mulheres e nossos filhos. mente; não obstante, o Senhor
7 Ora, meu pai havia gerado dois a 
permitiu-o a fim de mostrar seu
filhos no deserto; o mais velho poder, até que se cumprissem as
chamava-se a Jacó e o mais novo, palavras que dissera sobre os iní-
b 
José. quos.
8 E aconteceu que depois de ha- 12 E aconteceu que depois de me
vermos todos entrado no navio haverem amarrado de tal modo
com as provisões e as coisas que que não podia mexer-me, a a bús-
tínhamos ordem de levar, puse- sola que fora preparada pelo
mo-nos ao a mar e fomos levados Senhor parou de funcionar.
pelo vento rumo à b terra da pro- 13 Não sabiam, portanto, para
missão. onde deveriam dirigir o navio,
9 E depois de havermos sido le- pois levantou-se uma grande
vados pelo vento pelo espaço de tempestade, sim, uma grande e
4 a 1 Né. 16:5. GEE Terra da 11 a Al. 14:11.
6 a 1 Né. 17:2. Promissão. 12 a 1 Né. 16:10, 16, 26;
7 a 2 Né. 2:1. 10 a 1 Né. 17:17–55. 2 Né. 5:12;
b 2 Né. 3:1. b Gên. 37:9–11; Al. 37:38–47;
8 a 2 Né. 10:20. 1 Né. 16:37–38; D&C 17:1.
b 1 Né. 2:20. 2 Né. 1:25–27.
1 NÉFI 18:14–23 48
terrível tormenta que nos fez re- a 
quase ao ponto de serem levados
troceder sobre as águas pelo es- desta vida para se encontrarem
paço de três dias; e eles começa- com seu Deus; sim, seus cabelos
ram a ter muito medo de que nos brancos estavam prestes a descer
afogássemos; não obstante, não ao pó; sim, estavam prestes a ser
me soltaram. lançados na sepultura das águas,
14 E no quarto dia depois que por causa de seu pesar.
começamos a retroceder, a tem- 19 E Jacó e também José, sendo
pestade piorou muito. jovens e tendo necessidade de
15 E aconteceu que estávamos muito alimento, sofreram por cau-
para ser tragados pelas profunde- sa das aflições de sua mãe; nem
zas do mar. E depois de havermos a 
minha mulher, com suas lágri-
retrocedido pelo espaço de quatro mas e súplicas, nem meus filhos
dias, meus irmãos começaram a haviam conseguido abrandar o
a 
ver que os juízos de Deus esta- coração de meus irmãos, para que
vam sobre eles e que morreriam, me soltassem.
caso não se arrependessem de 20 E nada, a não ser o poder de
suas iniquidades; foram, portanto, Deus que ameaçava destruí-los,
ter comigo e soltaram-me as cor- conseguiu abrandar-lhes o cora-
das dos pulsos e eis que estavam ção; portanto, quando viram que
muito inchados; e também meus estavam para ser tragados pelas
tornozelos estavam muito incha- profundezas do mar, arrepende-
dos e doloridos. ram-se do que haviam feito e sol-
16 Não obstante, voltei-me para taram-me.
Deus e a louvei-o todo o dia; e não 21 E aconteceu que depois de me
murmurei contra o Senhor por haverem soltado, eis que tomei a
causa de minhas aflições. bússola e ela funcionou como eu
17 Ora, meu pai, Leí, dissera- queria. E aconteceu que orei ao
lhes muitas coisas, bem como aos Senhor; e depois de haver orado,
filhos de a Ismael; mas eis que eles os ventos cessaram, a tempestade
proferiam ameaças contra quem parou e houve grande calmaria.
me defendesse; e meus pais, sen- 22 E aconteceu que eu, Néfi, di-
do muito idosos e tendo sofrido rigi o navio e navegamos nova-
muito por causa de seus filhos, mente rumo à terra da promissão.
adoeceram, sim, a ponto de terem 23 E aconteceu que depois de
que ficar de cama. havermos navegado pelo espaço
18 Por causa de sua dor e do de muitos dias, chegamos à a terra
seu grande pesar e das iniquida- da promissão; e descemos à ter-
des de meus irmãos, chegaram ra e assentamos nossas tendas;
13 a Mos. 1:17. 17 a 1 Né. 7:4–20. Promissão.
15 a Hel. 12:3. 19 a 1 Né. 7:19; 16:7.
16 a Al. 36:28. 23 a GEE Terra da
49 1 NÉFI 18:24–19:5
e chamamo-la de terra da pro- pelo deserto e as profecias de meu
missão. pai; e gravei também muitas de
24 E aconteceu que começamos minhas próprias profecias.
a cultivar a terra e a plantar se- 2 E eu não sabia, quando as fiz,
mentes; sim, semeamos na terra que o Senhor me mandaria fazer
todas as sementes que havíamos a 
estas placas; portanto, o registro
trazido da terra de Jerusalém. E de meu pai e a genealogia de seus
aconteceu que elas cresceram ex- pais e a maior parte dos aconteci-
traordinariamente; fomos, portan- mentos no deserto estão gravados
to, abençoados com abundância. nas primeiras placas de que falei;
25 E aconteceu que enquanto portanto, as coisas que acontece-
viajávamos pelo deserto da terra ram antes de eu fazer b estas pla-
da promissão, descobrimos que cas são, na verdade, mencionadas
havia animais de toda espécie nas mais detalhadamente nas primei-
florestas: vacas e bois e jumentos ras placas.
e cavalos e cabras e cabras-mon- 3 E depois de haver feito estas
tesas; e toda espécie de animais placas conforme me fora ordena-
selvagens úteis ao homem. En- do, eu, Néfi, recebi ordem de que
contramos também toda espécie a 
nestas placas fossem escritas as
de minérios, tanto de ouro quanto partes mais claras e preciosas do
de prata e de cobre. ministério e das profecias; e de
que as coisas escritas fossem guar-
CAPÍTULO 19 dadas para instrução de meu povo
que iria ocupar a terra e também
Néfi faz placas de metal e registra a
para outros b sábios propósitos co-
história de seu povo — O Deus de
nhecidos do Senhor.
Israel virá seiscentos anos depois de
4 Portanto, eu, Néfi, fiz nas ou-
Leí haver saído de Jerusalém — Néfi
tras placas um registro que relata,
fala dos sofrimentos e da crucificação
ou melhor, faz um relato maior
de Cristo — Os judeus serão despre-
das guerras e contendas e des-
zados e dispersos até os últimos dias,
truições de meu povo. E fiz isso e
quando retornarão ao Senhor. Apro-
ordenei a meu povo o que deve-
ximadamente 588–570 a.C.
ria fazer depois de minha morte;
E aconteceu que recebi ordem e que essas placas deveriam ser
do Senhor, portanto, fiz placas de transmitidas de uma geração a
metal para nelas gravar o registro outra ou de um profeta a outro,
de meu povo. E nas a placas que até novas ordens do Senhor.
fiz gravei o registro de meu b pai, 5 E mais adiante descreverei
assim como de nossas jornadas como a fiz estas placas; e, por ora,
19 1 a GEE Placas. 3 a Jacó 1:1–4; 3:13–14; D&C 3:19–20; 10:1–51.
b 1 Né. 1:16–17; 6:1–3. 4:1–4. 5 a 2 Né. 5:28–33.
2 a 2 Né. 5:30. b 1 Né. 9:4–5;
b 1 Né. 9:1–5. Pal. Mórm. 1:7;
1 NÉFI 19:6–11 50
eis que prossigo conforme o que sem valor; portanto, o açoitam,
disse; e faço isto a fim de que se- e ele suporta-o; e ferem-no, e ele
jam b preservadas as coisas mais suporta-o. Sim, a cospem nele, e ele
sagradas, para conhecimento de suporta-o, por causa de sua amo-
meu povo. rosa bondade e longanimidade
6 Não obstante, nada escrevo nas para com os filhos dos homens.
placas, salvo o que considero a sa- 10 E o a Deus de nossos pais que
grado. E agora, se erro, também os foram b tirados do cativeiro no
antigos erraram; não que outros Egito e que também foram pre-
homens me sirvam de desculpa, servados por ele no deserto, sim,
mas por causa da b fraqueza que o c Deus de Abraão e de Isaque
há em mim, segundo a carne, que- e o Deus de Jacó, como homem,
ro desculpar-me. d 
entregar-se-á, de acordo com as
7 Pois as coisas que uns con- palavras do anjo, nas mãos de iní-
sideram de grande valor, tanto quos para ser e levantado, de acor-
para o corpo como para a alma, do com as palavras de f Zenoque;
outros a não lhes dão valor e pi- e para ser g crucificado, de acordo
soteiam-nas; sim, até mesmo o com as palavras de Neum; e para
próprio Deus de Israel é b pisotea- ser enterrado num h sepulcro, de
do pelos homens; digo pisoteado, acordo com as palavras de i Ze-
mas deveria usar outros termos — nos sobre os três dias de j trevas
não lhe dão valor algum e não que seriam um sinal de sua morte
escutam a voz de seus conselhos. aos que habitam as ilhas do mar,
8 E eis que ele a vem, segundo as mais especialmente aos da l casa
palavras do anjo, b seiscentos anos de Israel.
depois de meu pai haver saído de 11 Porque assim falou o profeta:
Jerusalém. O Senhor Deus certamente a visi-
9 E o mundo, devido à iniqui- tará toda a casa de Israel naquele
dade, julgá-lo-á como uma coisa dia, uns com sua voz, por causa
5 b GEE Escrituras — As 9 a Isa. 50:5–6; GEE Escrituras —
escrituras devem ser Mt. 27:30. Escrituras perdidas;
preservadas. 10 a 2 Né. 26:12; Zenoque.
6 a Ver página de rosto do Mos. 7:27; 27:30–31; g 2 Né. 6:9;
Livro de Mórmon. Al. 11:38–39; Mos. 3:9.
GEE Santo (adjetivo). 3 Né. 11:14–15. GEE Crucificação.
b Mórm. 8:13–17; b Êx. 3:2–10; 6:6; h Mt. 27:60;
Ét. 12:23–28. 1 Né. 5:15; Lc. 23:53;
7 a 2 Né. 33:2; D&C 136:22. 2 Né. 25:13.
Jacó 4:14. c Gên. 32:9; Mos. 7:19; i Jacó 6:1; Hel. 15:11.
b GEE Rebeldia, Rebelião. D&C 136:21. GEE Zenos.
8 a GEE Jesus Cristo — GEE Jeová. j 1 Né. 12:4–5;
Profecias acerca do d GEE Expiação, Expiar. Hel. 14:20, 27;
nascimento e da morte e 3 Né. 27:14. 3 Né. 8:3, 19–23; 10:9.
de Jesus Cristo. f Al. 33:15; 34:7; l 3 Né. 16:1–4.
b 1 Né. 10:4; Hel. 8:19–20; 11 a 3 Né. 9;
2 Né. 25:19. 3 Né. 10:15–16. D&C 5:16.
51 1 NÉFI 19:12–21
de sua retidão, para sua gran- recordará dos convênios feitos
b 

de alegria e salvação; e outros com seus pais.


com os b trovões e os relâmpagos 16 Sim, então se lembrará das
de seu poder, com tempestades, a 
ilhas do mar; sim, e b reunirei todo
com fogo, com fumaça e vapor o povo que é da casa de Israel, diz
de c trevas, com o abrir-se da d ter- o Senhor, segundo as palavras do
ra e com e montanhas que serão profeta Zenos, dos quatro cantos
elevadas. da Terra.
12 E a todas estas coisas certa- 17 Sim, e toda a Terra a verá a
mente se darão, diz o profeta b Ze- salvação do Senhor, diz o profeta;
nos. E partir-se-ão as c rochas da todas as nações, tribos, línguas e
Terra e, por causa dos gemidos da povos serão abençoados.
Terra, muitos dos reis das ilhas do 18 E eu, Néfi, escrevi estas coisas
mar serão inspirados pelo Espíri- a meu povo para ver se conseguia
to de Deus a exclamar: O Deus da persuadi-lo a lembrar-se do Se-
natureza sofre! nhor seu Redentor.
13 E quanto àqueles que estão 19 E falo, portanto, a toda a casa
em Jerusalém, diz o profeta, se- de Israel, se acontecer que ela re-
rão a açoitados por todos os povos, ceba a estas coisas.
porque b crucificam o Deus de Is- 20 Pois eis que se comove o meu
rael e desviam o coração, rejeitan- espírito pelos que ficaram em Je-
do sinais e maravilhas e o poder e rusalém, o que me aflige tanto que
glória do Deus de Israel. se me debilitam todas as juntas;
14 E por terem desviado o cora- pois se o Senhor não houvesse
ção, diz o profeta, e a desprezado o sido misericordioso, mostrando-
Santo de Israel, vagarão na carne me o que lhes iria acontecer, como
e perecerão; e tornar-se-ão objeto fez com os antigos profetas, eu
de b escárnio e c opróbrio e serão também teria perecido.
odiados por todas as nações. 21 E ele certamente mostrou aos
15 Não obstante, quando chegar antigos a profetas todas as coi-
o dia, diz o profeta, em que eles sas a eles b concernentes; e tam-
a 
não mais voltarem o coração con- bém mostrou a muitos as coisas
tra o Santo de Israel, então ele se concernentes a nós; precisamos,
11 b Hel. 14:20–27; 14 a Isa. 53:3–6; b Isa. 49:20–22.
3 Né. 8:5–23. Mos. 14:3–6. GEE Israel — Coligação
c Lc. 23:44–45; b GEE Judeus. de Israel.
3 Né. 8:19–20. c Deut. 28:37; 17 a Isa. 40:4–5.
d 2 Né. 26:5. 1 Re. 9:7; 19 a En. 1:16;
e 3 Né. 8:10. 3 Né. 16:9. Mórm. 5:12; 7:9–10.
12 a Hel. 14:20–28. 15 a 1 Né. 22:11–12. 21 a 2 Re. 17:13;
b Jacó 5:1. b GEE Convênio Amós 3:7.
c Mt. 27:51. Abraâmico. GEE Profeta.
13 a Lc. 23:27–30. 16 a 1 Né. 22:4; b 3 Né. 10:16–17.
b 2 Né. 10:3. 2 Né. 10:21.
1 NÉFI 19:22–20:6 52
portanto, conhecer as coisas a eles Babilônia — Comparar com Isaías
concernentes, pois estão escritas 48. Aproximadamente 588–570 a.C.
nas placas de latão.
22 Ora, aconteceu que eu, Néfi, Escuta e ouve isto, ó casa de Jacó,
ensinei estas coisas a meus ir- que é chamada pelo nome de Is-
mãos; e aconteceu que li para eles rael, que saiu das águas de Judá,
muitas coisas que estavam grava- ou seja, das águas do a batismo,
das nas a placas de latão, para que que jura pelo nome do Senhor e
soubessem o que o Senhor havia que faz menção do Deus de Israel;
feito em outras terras entre os po- contudo, não jura nem em verda-
vos antigos. de nem em retidão.
23 E li-lhes muitas coisas que 2 Não obstante, toma o nome da
estavam escritas nos a livros de a 
cidade santa, mas não se b apoia
Moisés; mas, para melhor persua- no Deus de Israel, que é o Senhor
di-los a acreditar no Senhor, seu dos Exércitos; sim, o Senhor dos
Redentor, eu li o que foi escrito Exércitos é o seu nome.
pelo profeta b Isaías, pois c apliquei 3 Eis que anunciei as a primeiras
todas as escrituras a nós, para nos- coisas desde o princípio; e elas
so d proveito e instrução. saíram de minha boca e mostrei-
24 Falei-lhes, portanto, dizendo: as. Mostrei-as apressuradamente.
Escutai as palavras do profeta, 4 E assim o fiz por saber que a és
vós, que sois um remanescente da obstinado, que a tua cerviz é um
casa de Israel, um a ramo que foi nervo de ferro, e a tua testa, de
arrancado; escutai as palavras do bronze;
profeta, que foram escritas para 5 E desde o início tenho-te de-
toda a casa de Israel, e aplicai-as clarado; antes que acontecessem,
a vós mesmos, para que tenhais eu tas mostrei; e mostrei-as por
esperança, assim como vossos ir- temor de que viesses a dizer: Meu
mãos, de quem fostes separados; a 
ídolo fez estas coisas e a minha
e assim escreveu o profeta. imagem de escultura e a minha
imagem de fundição ordenou-as.
6 Viste e ouviste tudo isto; e não
CAPÍTULO 20
o anunciarás? E que desde ago-
O Senhor revela Seus propósitos ra te tenho mostrado coisas no-
a Israel — Israel foi escolhida na vas, sim, coisas ocultas; e não as
fornalha da aflição e deve sair da sabias.
22 a 1 Né. 22:1. c GEE Escrituras — 2 a Isa. 52:1.
23 a Êx. 17:14; Valor das escrituras. GEE Jerusalém.
1 Né. 5:11; d 2 Né. 4:15. b IE confia.
Mois. 1:40–41. 24 a Gên. 49:22–26; 3 a Isa. 46:9–10.
b 1 Né. 15:20; 1 Né. 15:12; 4 a IE Israel.
2 Né. 25:4–6; 2 Né. 3:4–5. 5 a GEE Idolatria.
3 Né. 23:1. 20 1 a GEE Batismo, Batizar.
53 1 NÉFI 20:7–20
7 Elas são criadas agora e não qual declarou por meio deles; e
desde o princípio; nem antes do executará a sua vontade em b Ba-
dia em que as ouviste te foram de- bilônia, e o seu braço cairá sobre
claradas, para que não dissesses: os caldeus.
Eis que eu as sabia. 15 Diz também o Senhor: Eu,
8 Sim, e não ouviste; sim, não o Senhor, sim, eu falei; sim, eu o
conheceste; sim, tampouco desde chamei para anunciar, eu o trouxe,
aquela época foi aberto o teu ou- e ele fará próspero o seu caminho.
vido; porque eu sabia que agirias 16 Achegai-vos a mim; não falei
muito perfidamente e que foste em a segredo; desde o princípio,
chamado de a transgressor desde desde o tempo em que foi anun-
o ventre. ciado, eu falei; e o Senhor Deus e
9 Não obstante, por causa do o seu Espírito enviaram-me.
meu a nome retardarei a minha 17 E assim diz o Senhor, o teu
ira e, por causa do meu louvor, a 
Redentor, o Santo de Israel: Eu
conter-me-ei, para não te destruir. o enviei; o Senhor teu Deus, que
10 Pois eis que te purifiquei e te ensina o que é útil, que te b guia
te escolhi na fornalha da a aflição. pelo caminho que deves seguir,
11 Por minha causa, sim, por mi- fez essas coisas.
nha própria causa farei isso, pois 18 Oh! se tivesses dado ouvidos
não permitirei que o meu a nome aos meus a mandamentos — então
seja profanado e b não darei a mi- a tua paz teria sido como um rio
nha glória a outrem. e a tua retidão, como as ondas
12 Dá-me ouvidos, ó Jacó, e Is- do mar.
rael, a quem chamei; pois eu sou 19 A tua a semente também teria
ele; eu sou o a primeiro e eu sou sido como a areia; os frutos das
também o último. tuas entranhas, como o seu cas-
13 A minha mão a fundou tam- calho; o seu nome não teria sido
bém a Terra e a minha mão direita apagado nem eliminado da minha
mediu os céus. Chamo-os, e jun- presença.
tamente aparecem. 20  a Deixai Babilônia, fugi dos
14 Reuni-vos todos e escutai: caldeus e anunciai com voz de
Quem, dentre eles, declarou-lhes júbilo, proclamai isto, falai até os
essas coisas? O Senhor o amou; confins da Terra; dizei: O Senhor
sim, e a cumprirá a sua palavra, a redimiu Jacó, seu b servo.
8 a Salm. 58:3. GEE Alfa e Ômega; b GEE Inspiração,
9 a 1 Sam. 12:22; Primogênito. Inspirar;
Salm. 23:3; 13 a Salm. 102:25. Revelação.
1 Jo. 2:12. GEE Criação, Criar. 18 a Ecles. 8:5.
10 a GEE Adversidade. 14 a 1 Re. 8:56; 19 a Gên. 22:15–19;
11 a Jer. 44:26. D&C 64:31; 76:3. Ose. 1:10.
b Isa. 42:8; b GEE Babel, Babilônia. 20 a Jer. 51:6;
Mois. 4:1–4. 16 a Isa. 45:19. D&C 133:5–14.
12 a Apoc. 1:17; 22:13. 17 a GEE Redentor. b Isa. 44:1–2, 21.
1 NÉFI 20:21–21:8 54
21 E eles não tiveram sede; ele
a 
3 E disse-me: Tu és meu servo, ó
a 

os conduziu através dos desertos; Israel, em quem serei glorificado.


fez-lhes jorrar água da b rocha; fen- 4 Eu disse: Trabalhei em vão;
deu também a rocha, e as águas despendi a minha força em vão e
jorraram. sem proveito; certamente o meu
22 E apesar de haver feito tudo julgamento está com o Senhor, e
isso e ainda mais, não há a paz o meu trabalho, com o meu Deus.
para os iníquos, diz o Senhor. 5 E agora, diz o Senhor — que
me a formou desde o ventre para
CAPÍTULO 21 ser seu servo, para trazer-lhe no-
vamente Jacó — mesmo que Israel
O Messias será uma luz para os
não esteja reunido, serei glorifica-
gentios e libertará os prisionei-
do perante os olhos do Senhor, e
ros — Israel será reunida com po-
o meu Deus será a minha força.
der nos últimos dias — Reis serão
6 E ele disse: Pouco é que se-
seus aios — Comparar com Isaías
jas o meu servo, para levantar
49. Aproximadamente 588–570 a.C.
as a tribos de Jacó e restaurar os
E outra vez: Escutai, ó vós, casa preservados de Israel. E dar-te-
de Israel, todos vós que fostes se- ei também por b luz aos c gentios,
parados e expulsos por causa da para seres a minha salvação até
iniquidade dos pastores de meu os confins da Terra.
povo; sim, todos vós que estais 7 Assim diz o Senhor, o Reden-
separados, que estais dispersos tor de Israel, o seu Santo, àquele
no estrangeiro, que sois de meu a quem os homens desprezam,
povo, ó casa de Israel. Escutai-me, a quem as nações abominam, ao
ó a ilhas, e dai ouvidos, ó povos servo de governantes: Por causa
b 
longínquos; o Senhor chamou- do Senhor, que é fiel, reis verão e
me desde o ventre; desde as en- levantar-se-ão, príncipes também
tranhas de minha mãe fez menção adorarão.
ao meu nome. 8 Assim diz o Senhor: Na ocasião
2 E ele fez a minha boca como propícia vos ouvi, ó ilhas do mar,
uma espada afiada; escondeu-me e no dia da salvação vos ajudei;
na sombra da sua mão e fez-me e eu vos preservarei e dar-vos-
como uma flecha polida; escon- ei a meu servo por convênio do
deu-me na sua aljava; povo, para estabelecer a terra e
21 a Isa. 41:17–20. 2 Né. 10:20–22. tribos de Israel.
b Êx. 17:6; b D&C 1:1. b D&C 103:8–10;
Núm. 20:11; 3 a Lev. 25:55; Abr. 2:10–11.
1 Né. 17:29; Isa. 41:8; c 3 Né. 21:11.
2 Né. 25:20. D&C 93:45–46. 8 a 2 Né. 3:6–15;
22 a GEE Paz. 5 a Isa. 44:24. 3 Né. 21:8–11;
21 1 a 1 Né. 22:4; 6 a GEE Israel — Doze Mórm. 8:16, 25.
55 1 NÉFI 21:9–22
para fazer herdar as desoladas 16 Eis que te tenho gravada nas
herdades. palmas de minhas mãos; os teus
a 

9 Para dizeres aos a presos: Saí! E muros estão continuamente dian-


aos que estão na b escuridão: Mos- te de mim.
trai-vos! Eles serão alimentados 17 Teus filhos precipitar-se-ão
nos caminhos, e os seus c pastos contra os teus destruidores, e os
serão em todos os lugares altos. que te a assolaram fugirão de ti.
10 Não terão fome nem sede, 18 Alça os teus olhos ao redor
nem o calor nem o sol os afligirão; e olha; todos estes se a ajuntam
pois aquele que tem misericórdia e virão a ti. E como vivo, diz o
deles os conduzirá, sim, junto aos Senhor, de todos eles te vestirás,
mananciais das águas guiá-los-á. como com um adorno; e te cingi-
11 E farei de todas as minhas rás deles como uma noiva.
montanhas um caminho, e as mi- 19 Porque os teus desertos e os
nhas a veredas serão exaltadas. teus lugares solitários e a terra da
12 E então, ó casa de Israel, eis tua destruição serão ainda ago-
que a estes virão de longe; e eis ra bem pequenos por causa dos
que estes, do norte e do ocidente; habitantes; e os que te tragaram
e estes, da terra de Sinim. estarão longe.
13  a Cantai, ó céus; e alegra-te, 20 Os filhos que tiveres, depois
ó Terra, pois estabelecer-se-ão os de haveres perdido o primeiro, di-
pés dos que estão no oriente; can- rão novamente aos teus ouvidos:
tai, ó montanhas, pois eles não O lugar é muito estreito para mim;
mais serão feridos; porque o Se- dá-me lugar para habitar.
nhor consolou o seu povo e dos 21  a Dirás, pois, no teu coração:
seus aflitos compadecer-se-á. Quem me concebeu estes, saben-
14 Mas eis que Sião disse: O Se- do que eu havia perdido os meus
nhor abandonou-me e o meu Se- filhos e que estou b solitária, cativa
nhor esqueceu-se de mim — ele, e errante de um para outro lado?
porém, mostrará que não é assim. E quem criou estes? Eis que fui
15 Pois pode uma a mulher se deixada sozinha; e estes, onde
esquecer tanto do seu filho que estavam?
está amamentando, que não sinta 22 Assim diz o Senhor Deus: Eis
compaixão do filho do seu ventre? que levantarei a minha mão para
Sim, pode b esquecer; eu, porém, os a gentios e levantarei o meu b es-
não te esquecerei, ó casa de Israel. tandarte para o povo; e eles trarão
9 a GEE Salvação para os 13 a Isa. 44:23. 18 a Miq. 4:11–13.
Mortos. 15 a GEE Mulher, Mulheres. 21 a IE Sião.
b 2 Né. 3:5. b Isa. 41:17; b Isa. 54:1;
c Eze. 34:14. Al. 46:8; Gál. 4:27.
11 a Isa. 62:10; D&C 61:36. 22 a Isa. 66:18–20.
D&C 133:23–32. 16 a Zac. 13:6. b Isa. 11:12; 18:3.
12 a Isa. 43:5–6. 17 a 3 Né. 21:12–20.
1 NÉFI 21:23–22:4 56
os teus filhos nos seus braços e as
c 
será destruído e Satanás será amarra-
tuas filhas serão carregadas nos do. Aproximadamente 588–570 a.C.
seus ombros.
23 E a reis serão os teus b aios, e as E então aconteceu que depois de
suas rainhas serão as tuas amas; e haver eu, Néfi, lido estas coisas
inclinar-se-ão diante de ti, com o que estavam gravadas nas a pla-
rosto para o solo, e lamberão o pó cas de latão, meus irmãos vieram
dos teus pés, e saberás que eu sou a mim e perguntaram-me: O que
o Senhor; pois não serão envergo- significam estas coisas que haveis
nhados os que c confiam em mim. lido? Deverão ser compreendidas
24 Tirar-se-á, pois, a presa dos conforme as coisas espirituais,
fortes ou libertar-se-ão os a cativos que acontecem segundo o espírito
legítimos? e não a carne?
25 Assim, porém, diz o Senhor: 2 E eu, Néfi, disse-lhes: Eis que
Até os cativos serão tirados dos elas foram a manifestadas ao pro-
fortes e a presa do terrível será feta pela voz do Espírito; porque
liberta; porque contenderei com pelo b Espírito são reveladas aos
os que contenderem contigo e sal- c 
profetas todas as coisas que acon-
varei os teus filhos. tecerão aos filhos dos homens se-
26 a Alimentarei os teus opresso- gundo a carne.
res com a sua própria carne; serão 3 Portanto, as coisas que li são
embriagados com o seu próprio relativas tanto às coisas a terrenas
sangue, como se fosse vinho doce; como às espirituais. Pois parece
e toda carne b saberá que eu, o Se- que a casa de Israel, mais cedo
nhor, sou o teu Salvador e o teu ou mais tarde, será b dispersa so-
Redentor, o c Poderoso de Jacó. bre toda a face da Terra e também
entre todas as nações.
4 E eis que existem muitos que já
CAPÍTULO 22
são desconhecidos daqueles que
Israel será disperso sobre toda a face estão em Jerusalém. Sim, a maior
da Terra — Os gentios cuidarão de parte de todas as a tribos foi b le-
Israel e alimentá-lo-ão com o evan- vada embora; e estão dispersas
gelho nos últimos dias — Israel será aqui e ali, pelas c ilhas do mar; e
coligado e salvo e os iníquos queima- nenhum de nós sabe onde estão,
rão como restolho — O reino do diabo salvo que foram levadas.
22 c 1 Né. 22:8; b Mos. 11:22. b 1 Né. 10:12–14;
2 Né. 10:8–9. c GEE Jeová. 2 Né. 25:14–16.
23 a Isa. 60:16. 22 1 a 1 Né. 19:22; GEE Israel —
b 1 Né. 22:6. 2 Né. 4:2. Dispersão de Israel.
c 2 Né. 6:13; 2 a 2 Ped. 1:19–21. 4 a GEE Israel — Dez tribos
D&C 98:2; b GEE Espírito Santo. perdidas.
133:10–11, 45. c GEE Profecia, b 2 Né. 10:22.
24 a 1 Né. 21:25. Profetizar. c 1 Né. 21:1;
26 a 1 Né. 22:13–14. 3 a D&C 29:31–34. 2 Né. 10:8, 20.
57 1 NÉFI 22:5–13
5 E desde que foram levadas, dentes haverem sido dispersos, o
estas coisas foram profetizadas Senhor Deus fará uma a obra ma-
a respeito delas e também a res- ravilhosa entre os b gentios, que
peito de todos os que, de ago- será de grande c valor para nossos
ra em diante, forem dispersos e descendentes; é como se fossem,
confundidos por causa do Santo portanto, alimentados pelos gen-
de Israel; porque endurecerão o tios e carregados em seus braços
coração contra ele; serão, portan- e sobre seus ombros.
to, dispersos por todas as nações 9 E será também de a valor para
e a odiados por todos os homens. os gentios; e não somente para os
6 Não obstante, depois de ha- gentios, mas b para toda a c casa de
verem sido a alimentados pelos Israel, porque dará a conhecer os
b 
gentios e de o Senhor ter esten- d 
convênios do Pai dos céus com
dido a mão sobre os gentios, pon- Abraão, quando disse: Em tua
do-os como estandarte; e de seus e 
semente serão f benditas todas as
c 
filhos terem sido carregados em famílias da Terra.
seus braços e suas filhas terem 10 E agora, meus irmãos, quero
sido carregadas sobre seus om- que saibais que todas as famílias
bros, eis que estas coisas de que da Terra não poderão ser abençoa-
se fala são literais; pois assim são das, a menos que ele a desnude o
os convênios do Senhor com os braço aos olhos das nações.
nossos pais; e isto se refere a nós, 11 O Senhor Deus, portanto, des-
nos dias vindouros, e também a nudará o braço aos olhos de todas
todos os nossos irmãos que são as nações ao fazer chegar seus
da casa de Israel. convênios e seu evangelho aos
7 E significa que tempo virá em que são da casa de Israel.
que, depois de toda a casa de Is- 12 Ele, portanto, tornará a tirá-
rael haver sido dispersa e con- los do cativeiro e serão a reunidos
fundida, o Senhor Deus levantará nas terras de sua herança; e serão
entre os a gentios uma nação pode- tirados da b obscuridade e das tre-
rosa, sim, sobre a face desta terra; vas e saberão que o c Senhor é seu
e nossos descendentes serão por d 
Salvador e seu Redentor, o e Po-
eles b dispersos. deroso de Israel.
8 E depois de nossos descen- 13 E o sangue daquela grande e
5 a 1 Né. 19:14. Evangelho. Abraâmico.
6 a 1 Né. 21:23. b 2 Né. 10:10–11; f Gên. 12:2–3;
b GEE Gentios. 3 Né. 16:4–7; 3 Né. 20:27;
c 1 Né. 15:13. Mórm. 5:19. Abr. 2:9–11.
7 a 3 Né. 20:27. c 1 Né. 15:13–18; 10 a Isa. 52:10.
b 1 Né. 13:12–14; 3 Né. 5:21–26; 21:7. 12 a GEE Israel — Coligação
2 Né. 1:11. 9 a 1 Né. 14:1–5. de Israel.
8 a Isa. 29:14; b 2 Né. 30:1–7. b GEE Trevas Espirituais.
1 Né. 14:7; c 2 Né. 29:13–14. c 2 Né. 6:10–11.
2 Né. 27:26. d Deut. 4:31. d GEE Salvador.
GEE Restauração do e GEE Convênio e GEE Jeová.
1 NÉFI 22:14–21 58
a 
abominável igreja, que é a prosti- 17 Portanto, ele preservará os
a 

tuta de toda a Terra, entornar-se-á justos pelo seu poder, mesmo que
b 

sobre as suas cabeças, porque b lu- venha a plenitude de sua ira e os


tarão entre si; e a espada de c suas justos tenham de ser preservados
mãos cairá sobre as suas cabeças com a destruição dos seus inimi-
e embriagar-se-ão com o próprio gos pelo fogo. Os justos, portanto,
sangue. não precisam temer, porque assim
14 E todas as a nações que te fi- diz o profeta: Eles serão salvos,
zerem guerra, ó casa de Israel, ainda que seja por fogo.
voltar-se-ão umas contra as ou- 18 Eis que vos digo, meus ir-
tras e b cairão no abismo que abri- mãos, que estas coisas acontecerão
ram para apanhar na armadilha brevemente; sim, haverá sangue e
o povo do Senhor. E todos os que fogo e vapores de fumaça; e é pre-
c 
lutarem contra Sião serão destruí- ciso que seja na face desta Terra;
dos; e aquela grande prostituta e isto acontecerá aos homens de
que perverteu os caminhos retos acordo com a carne, se eles endu-
do Senhor, sim, aquela grande e recerem o coração contra o Santo
abominável igreja cairá por d terra de Israel.
e grande será a sua queda. 19 Porque eis que os justos não
15 Pois eis que, diz o profeta, perecerão; pois certamente tempo
aproxima-se rapidamente o tempo virá em que hão de ser afastados
em que Satanás não terá mais po- todos os que lutarem contra Sião.
der sobre o coração dos filhos dos 20 E o Senhor certamente pre-
homens; pois logo virá o dia em parará um caminho para o seu
que todos os orgulhosos e aque- povo, em cumprimento das pala-
les que praticam iniquidade serão vras de Moisés, quando disse: O
como a restolho; e dia virá em que Senhor vosso Deus levantar-vos-á
serão b queimados. um a profeta semelhante a mim;
16 Pois aproxima-se o dia em e ouvi-lo-eis em tudo o que ele
que a plenitude da a ira de Deus vos disser. E acontecerá que to-
será derramada sobre todos os dos aqueles que não escutarem o
filhos dos homens; porque ele profeta serão b afastados do povo.
não permitirá que os iníquos des- 21 E agora eu, Néfi, declaro-vos
truam os justos. que esse a profeta de quem Moisés
13 a GEE Diabo — Igreja do 15 a Isa. 5:23–24; 16 a 1 Né. 14:17.
diabo. Naum 1:10; 17 a 2 Né. 30:10;
b 1 Né. 14:3, 15–17. Mal. 4:1; Mois. 7:61.
c 1 Né. 21:26. 2 Né. 15:24; 26:4–6; b 1 Né. 17:33–40.
14 a Lc. 21:10. D&C 64:23–24; 133:64. 20 a Jo. 4:19; 7:40.
b Isa. 60:12; b Salm. 21:9; b D&C 133:63.
1 Né. 14:3; 3 Né. 25:1; 21 a Deut. 18:15, 18;
D&C 109:25. D&C 29:9. At. 3:20–23;
c 2 Né. 10:13; 27:3. GEE Terra — 1 Né. 10:4;
d Isa. 25:12. Purificação da Terra. 3 Né. 20:23.
59 1 NÉFI 22:22–31
falou era o Santo de Israel; ele, quatro cantos da Terra; e ele conta
portanto, b julgará com retidão. suas ovelhas e elas conhecem-no e
22 E os justos não devem temer, haverá um rebanho e um b pastor;
pois são os que não serão confun- e alimentará suas ovelhas e nele
didos. É o reino do diabo, porém, serão c apascentadas.
que será estabelecido entre os fi- 26 E por causa da retidão de
lhos dos homens, reino esse que seu povo, a Satanás não tem po-
é estabelecido entre os que estão der; portanto, não pode ser solto
na carne — pelo espaço de b muitos anos; pois
23 Pois rapidamente chegará o não tem poder sobre o coração do
tempo em que todas as a igrejas povo, porque vivem em retidão e
que foram estabelecidas para ob- o Santo de Israel c reina.
ter riquezas; e todas aquelas que 27 E eis que agora eu, Néfi, digo-
foram estabelecidas para obter po- vos que todas estas coisas aconte-
der sobre a carne; e as que foram cerão de acordo com a carne.
estabelecidas para se tornarem 28 Mas eis que todas as nações,
b 
populares aos olhos do mundo; tribos, línguas e povos habitarão
e aquelas que procuram a con- em segurança no Santo de Israel,
cupiscência da carne e as coisas caso se a arrependam.
do mundo e praticam toda sorte 29 E agora eu, Néfi, termino,
de iniquidade; sim, enfim todas porque não me atrevo a falar mais
aquelas que pertencem ao reino sobre estas coisas por enquanto.
do diabo são as que devem temer 30 Portanto, meus irmãos, quise-
e c tremer e estremecer; estas são ra que considerásseis verdadeiras
as que serão abatidas até o pó; es- as coisas que foram escritas nas
tas são as que serão d consumidas a 
placas de latão; e elas testificam
como restolho; e isto de acordo que o homem deve ser obediente
com a palavra do profeta. aos mandamentos de Deus.
24 E rapidamente se aproxima 31 Não deveis, portanto, supor
o tempo em que os justos serão que eu e meu pai fomos os únicos
levados como a bezerros do ceva- a testificá-las e a ensiná-las. Por-
douro; e o Santo de Israel reina- tanto, se fordes obedientes aos
rá em domínio e força e poder e a 
mandamentos e perseverardes
grande glória. até o fim, sereis salvos no último
25 E ele a reúne seus filhos dos dia. E assim é. Amém.
21 b Salm. 98:9; Mois. 6:57. 3 Né. 25:2. b Jacó 5:76.
23 a 1 Né. 14:10; 25 a GEE Israel — Coligação c GEE Milênio.
2 Né. 26:20. de Israel. 28 a GEE Arrepender-se,
GEE Artimanhas b GEE Bom Pastor. Arrependimento;
Sacerdotais. c Salm. 23. Perdoar.
b Lc. 6:26; Al. 1:3. 26 a Apoc. 20:2; Al. 48:17; 30 a 2 Né. 4:2.
c 2 Né. 28:19. D&C 43:31; 45:55; 31 a Mt. 19:17.
d 2 Né. 26:6. 88:110; 101:28. GEE Mandamentos de
24 a Amós 6:4; Mal. 4:2; GEE Diabo. Deus.
SEGUNDO LIVRO DE NÉFI
Um relato da morte de Leí. Os irmãos de Néfi rebelam-se contra ele. O
Senhor adverte a Néfi que parta para o deserto. Suas viagens no deserto
e outros relatos.
CAPÍTULO 1 5 Mas, disse ele, não obstante
nossas aflições, recebemos uma
Leí profetiza acerca de uma terra de a 
terra de promissão, uma terra
liberdade — Sua semente será dis- b 
escolhida acima de todas as ou-
persa e ferida se rejeitar o Santo de
tras; uma terra que, segundo o
Israel — Ele exorta os filhos a vesti-
convênio que o Senhor fez comi-
rem a armadura da retidão. Aproxi-
go, será uma terra para a heran-
madamente 588–570 a.C.
ça de minha posteridade. Sim, o

E ENTÃO aconteceu que depois


de eu, Néfi, haver acabado de
ensinar meus irmãos, nosso a pai,
Senhor concedeu esta terra por
c 
convênio a mim e a meus filhos
para sempre; e também a todos os
Leí, também lhes disse muitas que forem tirados de outros países
coisas e narrou-lhes as grandiosas pela mão do Senhor.
coisas que o Senhor fizera por eles 6 Portanto, eu, Leí, profetizo, de
ao tirá-los da terra de Jerusalém. acordo com o Espírito que opera
2 E falou-lhes de suas a rebeliões em mim, que a ninguém virá a esta
quando estavam sobre as águas e terra a menos que seja trazido
da misericórdia de Deus, salvan- pela mão do Senhor.
do-lhes a vida para que não fos- 7 Portanto, esta a terra é consa-
sem tragados pelo mar. grada àqueles que ele trouxer. E
3 E falou-lhes também sobre a se acontecer que o sirvam de acor-
terra da promissão que haviam do com os mandamentos que ele
alcançado — quão misericordio- deu, será uma terra de b liberdade
so o Senhor havia sido, avisan- para eles; portanto, jamais serão
do-nos para fugirmos da terra de reduzidos à escravidão; se o fo-
Jerusalém. rem, será por causa de iniquidade;
4 Pois eis que, disse ele, tive uma porque se houver muita iniquida-
a 
visão, pela qual sei que b Jerusa- de, a terra será c amaldiçoada por
lém foi destruída; e se houvésse- causa deles; mas para os justos
mos permanecido em Jerusalém será abençoada para sempre.
teríamos também c perecido. 8 E eis que é prudente que esta
1 1 a GEE Patriarca, Hel. 8:20. 7 a Mos. 29:32;
Patriarcal. c Al. 9:22. Al. 46:10, 20.
2 a 1 Né. 18:9–20. 5 a GEE Terra da b 2 Né. 10:11.
4 a GEE Visão. Promissão. GEE Liberdade, Livre.
b 2 Re. 24:14–15; b Ét. 2:9–10. c Al. 45:10–14, 16;
Jer. 44:2; c GEE Convênio. Mórm. 1:17;
1 Né. 1:4; 6 a 2 Né. 10:22. Ét. 2:8–12.
61 2 NÉFI 1:9–15
terra não chegue ainda ao conhe- rejeitarem o Santo de Israel, o ver-
cimento de outras nações; pois eis dadeiro a Messias, seu Redentor e
que muitas nações ocupariam to- seu Deus, eis que sobre eles re-
talmente a terra, de modo que não cairão os julgamentos daquele
haveria lugar para uma herança. que é justo.
9 Portanto, eu, Leí, obtive uma 11 Sim, ele trará a outras nações
promessa de que a se aqueles que até eles e dar-lhes-á poder; e ti-
o Senhor tirar de Jerusalém guar- rar-lhes-á as terras de sua posse e
darem seus mandamentos, b pros- fará com que sejam b dispersados
perarão na face desta terra; e per- e feridos.
manecerão ignorados de todas 12 Sim, de geração em geração
as outras nações, a fim de que haverá a derramamento de sangue
ocupem esta terra para si pró- e grandes calamidades entre eles;
prios. E se c guardarem seus man- portanto, meus filhos, quisera que
damentos, serão abençoados na vos lembrásseis, sim, quisera que
face desta terra e não haverá nin- désseis ouvidos às minhas pala-
guém para molestá-los nem para vras.
tirar a terra de sua herança; e habi- 13 Oh! Quisera que acordásseis;
tarão em segurança para sempre. que acordásseis de um profundo
10 Mas eis que quando chegar sono, sim, do sono do a inferno, e
o tempo em que degenerarem, sacudísseis as pavorosas b corren-
caindo na incredulidade, depois tes que vos prendem, que são as
de haverem recebido tão grandes correntes que prendem os filhos
bênçãos das mãos do Senhor — dos homens, de modo que são le-
tendo conhecimento da criação vados cativos ao eterno c abismo
da Terra e de todos os homens, da miséria e da dor.
conhecendo as grandes e mara- 14 Despertai! e levantai-vos do
vilhosas obras do Senhor desde pó e ouvi as palavras de um a pai
a criação do mundo; tendo re- trêmulo, cujos membros logo po-
cebido o poder de fazer todas as reis na fria e silenciosa b sepultu-
coisas pela fé; possuindo todos ra da qual nenhum viajante pode
os mandamentos desde o prin- retornar; uns dias mais e irei pelo
cípio e tendo sido trazidos para c 
caminho de toda a Terra.
esta preciosa terra de promissão 15 Mas eis que o Senhor a redi-
pela sua infinita bondade — eis miu a minha alma do inferno; eu
que digo: se chegar o dia em que contemplei a sua glória e estarei
9 a 2 Né. 4:4; Mórm. 5:19–20. 14 a GEE Pais.
Al. 9:13. b 1 Né. 22:7. b GEE Morte Física.
b Deut. 29:9. 12 a Mórm. 1:11–19; 4:11. c Jos. 23:14.
c GEE Obedecer, 13 a GEE Inferno. 15 a Al. 36:28.
Obediência, Obediente. b Al. 12:9–11. GEE Expiação, Expiar.
10 a GEE Messias. c 1 Né. 15:28–30;
11 a 1 Né. 13:12–20; Hel. 3:29–30.
2 NÉFI 1:16–25 62
eternamente envolvido pelos bra-
b 
coração possa deixar este mundo
ços de seu c amor. com alegria por vossa causa, para
16 E desejo que vos lembreis de que eu não vá para a sepultura
observar os a estatutos e os juízos com pesar e dor, levantai-vos do
do Senhor; eis que isto tem sido a pó, meus filhos, e sede a homens e
preocupação de minha alma des- determinados em b um só pensa-
de o princípio. mento e um só coração, unidos em
17 Meu coração tem-se enchido todas as coisas, para não cairdes
de pesar, de tempos em tempos, em cativeiro;
pois tenho temido que, pela du- 22 Para que não sejais amaldi-
reza de vosso coração, o Senhor çoados com uma terrível maldi-
vosso Deus vos visite na pleni- ção; e também para não incor-
tude de sua a ira, de modo que rerdes no desagrado de um Deus
sejais b condenados e destruídos a 
justo, trazendo sobre vós a des-
para sempre; truição, sim, a eterna destruição,
18 Ou que vos advenha uma tanto da alma como do corpo.
maldição pelo espaço de a muitas 23 Despertai, meus filhos, cingi
gerações; e sejais visitados pela a a armadura da retidão. Sacudi as
espada e pela fome e sejais odia- correntes com que estais amarra-
dos e conduzidos de acordo com dos e saí da obscuridade e levan-
a vontade e cativeiro do b diabo. tai-vos do pó.
19 Oh! meus filhos, que estas 24 Não vos rebeleis mais contra
coisas não vos sucedam, mas que vosso irmão, cujas visões têm sido
sejais um povo escolhido e a favo- gloriosas e que tem guardado os
recido pelo Senhor. Porém seja fei- mandamentos desde quando dei-
ta a vontade dele, porque seus b ca- xamos Jerusalém; e que foi um
minhos são retidão para sempre. instrumento nas mãos de Deus,
20 E ele disse: a Se guardardes ao trazer-nos para a terra da pro-
meus b mandamentos, c prospera- missão; porque, se não fosse por
reis na terra; mas se não guardar- ele, teríamos perecido de a fome
des meus mandamentos, sereis no deserto; não obstante, tentastes
afastados de minha presença. b 
tirar-lhe a vida, sim, e ele pade-
21  E agora, para que minha ceu muito por vossa causa.
alma se regozije convosco e meu 25 E eu tremo e temo excessiva-
15 b Jacó 6:5; 18 a 1 Né. 12:20–23. Joel 2:23–26.
Al. 5:33; b GEE Diabo. c Salm. 67:6;
3 Né. 9:14. 19 a GEE Escolher, Escolhido Mos. 2:21–25.
c Rom. 8:39. (verbo); 21 a 1 Sam. 4:9;
GEE Amor. Escolhido (adjetivo ou 1 Re. 2:2.
16 a Deut. 4:5–8; substantivo). b Mois. 7:18.
2 Né. 5:10–11. b Ose. 14:9. 22 a D&C 3:4.
17 a 2 Né. 5:21–24; 20 a Jar. 1:9; Mos. 1:6–7; 23 a Ef. 6:11–17.
Al. 3:6–19. Al. 9:13–14. 24 a 1 Né. 16:32.
b Mos. 12:8. b Lev. 26:3–14; b 1 Né. 16:37.
63 2 NÉFI 1:26–2:2
mente que, por vossa causa, ele sim, a minha bênção, e ela recairá
venha a sofrer de novo; pois eis sobre ele.
que o haveis acusado de tentar 30 E agora, Zorã, falo a ti: Eis
exercer a autoridade e poder so- que tu és o a servo de Labão; não
bre vós; eu sei, porém, que ele obstante, foste trazido da terra
não procurou poder nem auto- de Jerusalém e sei que és um ver-
ridade sobre vós, mas procurou dadeiro amigo de meu filho Néfi
a glória de Deus e o vosso bem- para sempre.
estar eterno. 31 Como tens, portanto, sido fiel,
26 E por ele ter-vos falado cla- teus descendentes serão aben-
ramente, haveis murmurado. çoados a com os dele, para que
Dizeis que ele foi a severo; dizeis prosperem por muito tempo na
que se enfureceu convosco. Eis, face desta terra; e nada, a não ser
porém, que sua severidade era a sua iniquidade, prejudicará ou
a severidade do poder da pala- perturbará sua prosperidade para
vra de Deus que estava nele; e sempre na face desta terra.
o que chamais ira era a verdade 32 Portanto, o Senhor consagrou
segundo se acha em Deus, a qual esta terra para a segurança de tua
ele não pôde refrear, tendo-vos descendência com a descendência
mostrado corajosamente vossas de meu filho, se guardardes os
iniquidades. seus mandamentos.
27 E é necessário que o a poder
de Deus esteja com ele para que CAPÍTULO 2
obedeçais ao seu comando. Eis,
A redenção vem-nos por intermédio
porém, que não foi ele, mas sim
do Santo Messias — A liberdade de
o b Espírito do Senhor que estava
escolha (livre-arbítrio) é essencial
nele que lhe c abriu a boca para
para a existência e para o progres-
falar, de maneira que não podia
so — Adão caiu para que os homens
fechá-la.
existissem — Os homens são livres
28 E agora, meu filho Lamã e
para escolher a liberdade e a vida eter-
também Lemuel e Sam; e tam-
na. Aproximadamente 588–570 a.C.
bém vós, meus filhos, que sois fi-
lhos de Ismael, eis que se derdes E agora, Jacó, falo a ti: Tu és meu
ouvidos à voz de Néfi, não pere- primogênito nos dias de minha
a 

cereis. E se o escutardes, eu vos tribulação no deserto. E eis que


deixo uma a bênção, sim, minha na tua infância sofreste aflições e
primeira bênção. muito pesar por causa da rudeza
29 Mas se não o escutardes, re- de teus irmãos.
tirarei minha a primeira bênção, 2  Não obstante, Jacó, meu
25 a Gên. 37:9–11. 27 a 1 Né. 17:48. 29 a Abr. 1:3.
26 a Prov. 15:10; b D&C 121:43. 30 a 1 Né. 4:20, 35.
1 Né. 16:2; Morô. 9:4; c D&C 33:8. 31 a 2 Né. 5:6.
D&C 121:41–43. 28 a GEE Primogenitura. 2 1 a 1 Né. 18:7.
2 NÉFI 2:3–10 64
primogênito no deserto, conhe- por intermédio do Santo Mes- b 

ces a grandeza de Deus; e ele con- sias; porque ele é cheio de c graça
sagrará tuas aflições para teu be- e verdade.
nefício. 7 Eis que ele se oferece em a sacri-
3 Tua alma será, portanto, aben- fício pelo pecado, cumprindo, as-
çoada e viverás em segurança com sim, todos os requisitos da lei para
teu irmão Néfi; e teus dias serão todos os quebrantados de cora-
empregados no serviço de teu ção e contritos de espírito; e para
Deus. Sei, portanto, que foste re- ninguém mais podem todos os
dimido por causa da retidão do b 
requisitos da lei ser cumpridos.
teu Redentor, pois viste que ele 8 Portanto, quão importante é
virá na plenitude dos tempos para tornar estas coisas conhecidas dos
trazer salvação aos homens. habitantes da Terra, para que sai-
4 E a contemplaste a sua glória bam que nenhuma carne pode
em tua mocidade; és, portanto, tão habitar na presença de Deus a a
abençoado quanto o serão aqueles menos que seja por meio dos mé-
justos entre quem ele ministrará ritos e misericórdia e graça do
na carne; porque o Espírito é o Santo Messias, que dá a sua vida,
mesmo ontem, hoje e para sem- segundo a carne, e toma-a nova-
pre. E o caminho está preparado mente pelo poder do Espírito,
desde a queda do homem; e a sal- para poder efetuar a b ressurreição
vação é b gratuita. dos mortos, sendo ele o primeiro
5 E os homens são ensinados a ressuscitar.
suficientemente para a distingui- 9 Ele é, portanto, as primícias
rem o bem do mal. E a lei é dada para Deus, visto que a intercederá
aos homens. E pela lei nenhuma por todos os filhos dos homens; e
carne é b justificada; ou seja, pela os que nele crerem serão salvos.
lei os homens são c rejeitados. Sim, 10 E por causa da a intercessão
pela lei natural foram rejeitados feita por todos, todos os homens
e também pela lei espiritual são vão a Deus; portanto, se acharão
privados daquilo que é bom; e tor- em sua presença para serem b jul-
nam-se miseráveis para sempre. gados por ele, de acordo com a
6 Portanto, a a redenção nos vem verdade e c santidade que estão
4 a 2 Né. 11:3; 42:6–11; 8 a 2 Né. 25:20; 31:21;
Jacó 7:5. Hel. 14:15–18. Mos. 4:8; 5:8;
b GEE Graça. 6 a 1 Né. 10:6; Al. 38:9.
5 a Morô. 7:16. 2 Né. 25:20; b 1 Cor. 15:20;
b Rom. 3:20; Al. 12:22–25. Al. 7:12; 12:24–25;
2 Né. 25:23; GEE Plano de 42:23.
Al. 42:12–16. Redenção. GEE Ressurreição.
GEE Justificação, b GEE Messias. 9 a Isa. 53;
Justificar. c Jo. 1:14, 17; Mos. 14:12; 15:8–9.
c 1 Né. 10:6; Mois. 1:6. 10 a GEE Redentor.
2 Né. 9:6–38; 7 a GEE Expiação, Expiar. b GEE Juízo Final.
Al. 11:40–45; 12:16, 24; b Rom. 10:4. c GEE Santidade.
65 2 NÉFI 2:11–17
nele. Por conseguinte, todos os haverá castigo nem miséria. E se
requisitos da lei dada pelo Santo estas coisas não existem, não exis-
para a aplicação do castigo es- te Deus. E se b não existe Deus,
tipulado na lei, castigo esse que nós também não existimos nem a
está em oposição à lei estipulada Terra; pois não poderia ter havido
para a felicidade, para cumprir os criação nem para agir nem para
propósitos da d expiação — receber a ação; portanto, todas
11 Porque é necessário que haja as coisas inevitavelmente teriam
uma a oposição em todas as coisas. desaparecido.
Se assim não fosse, meu primogê- 14 E agora, meus filhos, digo-vos
nito no deserto, não haveria reti- estas coisas para vosso proveito
dão nem iniquidade, nem santi- e instrução; pois existe um Deus
dade nem miséria, nem bem nem e ele a criou todas as coisas, tanto
mal. Portanto, é preciso que to- os céus como a Terra e tudo o que
das as coisas sejam compostas em neles há, tanto as coisas que agem
uma; pois se fossem um só corpo, como as que b recebem a ação.
deveriam permanecer como mor- 15 E para conseguir seus eter-
tas, não tendo vida nem morte, nos a propósitos com relação ao
nem corrupção nem incorrupção, homem, depois de haver criado
nem felicidade nem miséria, nem nossos primeiros pais e os animais
sensibilidade nem insensibilidade. do campo e as aves do ar, enfim,
12 Portanto, teriam sido criadas todas as coisas criadas, era neces-
em vão; portanto, não haveria sária uma oposição; até mesmo
a 
propósito na sua criação. Portan- o b fruto c proibido em oposição à
to, isso destruiria a sabedoria de d 
árvore da vida, sendo um doce e
Deus e seus eternos propósitos, outro amargo.
assim como o poder e a miseri- 16 O Senhor Deus concedeu,
córdia e a b justiça de Deus. portanto, que o homem a agisse
13 E se disserdes que a não há lei, por si mesmo; e o homem não
direis também que não há peca- poderia agir por si mesmo a me-
do. E se disserdes que não há pe- nos que fosse b atraído por um ou
cado, direis também que não há por outro.
retidão. E não havendo retidão, 17 E eu, Leí, devo supor, pelo
não há felicidade. E não haven- que tenho lido, que um a anjo de
do retidão nem felicidade, não Deus, de acordo com o que está
10 d 2 Né. 9:7, 21–22, 26; b Al. 42:13. Mois. 3:17.
Al. 22:14; 33:22; 34:9. 14 a GEE Criação, Criar. d Gên. 2:9;
11 a D&C 29:39; 122:5–9. b D&C 93:30. 1 Né. 15:22, 36;
GEE Adversidade. 15 a Isa. 45:18; Al. 32:40.
12 a D&C 88:25–26. Al. 42:26; 16 a 2 Né. 10:23;
GEE Terra — Criada Mois. 1:31, 39. Al. 12:31.
para o homem. b Gên. 3:6; GEE Arbítrio.
b GEE Justiça. Al. 12:21–23. b D&C 29:39–40.
13 a 2 Né. 9:25. c Gên. 2:16–17; 17 a GEE Diabo.
2 NÉFI 2:18–26 66
escrito, caiu do céu; tornou-se,
b 
a todos que estavam perdidos
d 

portanto, um diabo, tendo pro- por causa da transgressão de seus


curado o que era mau perante pais.
Deus. 22 E então, eis que se Adão não
18 E por haver caído do céu, houvesse transgredido, não teria
tendo-se tornado miserável para caído, mas permanecido no jardim
sempre, a procurou também a mi- do Éden. E todas as coisas que fo-
séria de toda a humanidade. Por- ram criadas deveriam ter perma-
tanto, aquela velha serpente, que necido no mesmo estado em que
é o diabo, o pai de todas as b men- estavam depois de haverem sido
tiras, disse a c Eva: Come do fru- criadas; e deveriam permanecer
to proibido e não morrerás, mas para sempre e não ter fim.
serás como Deus, d conhecendo o 23 E não teriam tido a filhos; por-
bem e o mal. tanto, teriam permanecido num
19 E depois de Adão e Eva have- estado de inocência, não sentindo
rem a comido do fruto proibido, fo- alegria por não conhecerem a mi-
ram expulsos do jardim do b Éden séria; não fazendo o bem por não
para cultivar a terra. conhecerem o pecado.
20 E tiveram filhos, sim, a a famí- 24 Mas eis que todas as coisas
lia de toda a Terra. foram feitas segundo a sabedoria
21 E os dias dos filhos dos a ho- daquele que tudo a conhece.
mens foram prolongados de acor- 25  a Adão b caiu para que os ho-
do com a vontade de Deus, para mens c existissem; e os homens
que se b arrependessem enquanto existem para que tenham d alegria.
estivessem na carne; portanto, o 26 E o a Messias vem na plenitu-
seu estado se tornou um estado de dos tempos para b redimir da
de c provação e o seu tempo foi queda os filhos dos homens. E
prolongado, de acordo com os porque são redimidos da queda
mandamentos dados pelo Senhor tornaram-se c livres para sempre,
Deus aos filhos dos homens. Pois distinguindo o bem do mal; para
ele ordenou que todos os homens agirem por si mesmos e não para
se arrependessem; pois mostrou receberem a ação, salvo se for pelo
17 b Isa. 14:12; 2 Né. 9:8; b GEE Éden. b Mois. 6:48.
Mois. 4:3–4; 20 a D&C 138:38–39. GEE Queda de Adão
Abr. 3:27–28. 21 a Al. 12:24; e Eva.
18 a 2 Né. 28:19–23; Mois. 4:23–25. c GEE Mortal,
3 Né. 18:18; b Al. 34:32. Mortalidade.
D&C 10:22–27. GEE Arrepender-se, d Mois. 5:10.
b 2 Né. 28:8; Mois. 4:4. Arrependimento. GEE Alegria;
c GEE Eva. c GEE Mortal, Homem, Homens.
d Gên. 3:5; Al. 29:5; Mortalidade. 26 a GEE Messias.
Morô. 7:15–19. d Jacó 7:12. b GEE Plano de
19 a Al. 12:31. 23 a Mois. 5:11. Redenção.
GEE Queda de Adão 24 a GEE Trindade. c Al. 42:27;
e Eva. 25 a GEE Adão. Hel. 14:30.
67 2 NÉFI 2:27–3:5
castigo da lei no grande e último
d 
CAPÍTULO 3
dia, segundo os mandamentos
José, no Egito, viu os nefitas em vi-
dados por Deus.
são — Ele profetizou sobre Joseph
27 Portanto, os homens são a li-
Smith, o vidente dos últimos dias;
vres segundo a carne; e todas as
sobre Moisés, que libertaria Israel;
coisas de que necessitam lhes são
e sobre o aparecimento do Livro de
dadas. E são livres para b esco-
Mórmon. Aproximadamente 588–
lher a liberdade e a c vida eterna
570 a.C.
por meio do grande Mediador de
todos os homens, ou para esco- E agora falo a ti, José, meu filho
lherem o cativeiro e a morte, de a 
mais jovem. Nasceste no deserto
acordo com o cativeiro e o poder de minhas aflições; sim, nos dias
do diabo; pois ele procura tornar de minhas maiores angústias tua
todos os homens tão miseráveis mãe deu-te à luz.
como ele próprio. 2 Se guardares os mandamentos
28 E agora, meus filhos, gostaria do Santo de Israel, possa o Senhor
que confiásseis no grande a Me- também te consagrar esta a terra,
diador e désseis ouvidos aos seus que é uma terra muito preciosa,
grandes mandamentos; e que fôs- para tua herança e herança de teus
seis fiéis às suas palavras e esco- descendentes, juntamente com
lhêsseis a vida eterna, conforme teus irmãos e para a tua segurança
a vontade do seu Santo Espírito; para sempre.
29 E que não escolhêsseis a mor- 3 E agora, meu filho mais jovem,
te eterna, conforme a vontade da José, a quem eu trouxe do deserto
carne e o mal que nela há, que dá de minhas aflições, que o Senhor
ao espírito do diabo poder para te abençoe para sempre, pois teus
a 
escravizar, para levar-vos ao b in- descendentes não serão comple-
ferno, a fim de reinar sobre vós em tamente a destruídos.
seu próprio reino. 4 Pois eis que tu és o fruto de
30 Disse-vos estas poucas pala- meus lombos; e eu sou um des-
vras, meus filhos, nos últimos dias cendente de a José, que foi levado
de minha provação; e eu escolhi a b 
cativo para o Egito. E grandes
boa parte, de acordo com as pala- foram os convênios que o Senhor
vras do profeta. E não tenho ou- fez com José.
tro objetivo que não seja o eterno 5 Portanto, José verdadeiramen-
bem-estar de vossa alma. Amém. te a viu nossos dias. E obteve a
26 d GEE Lei. Al. 12:11. 4 a Gên. 39:1–2; 45:4;
27 a Gál. 5:1; b GEE Inferno. 49:22–26;
Mois. 6:56. 3 1 a 1 Né. 18:7. 1 Né. 5:14–16.
b GEE Arbítrio. 2 a 1 Né. 2:20. b Gên. 37:29–36.
c GEE Vida eterna. GEE Terra da 5 a TJS Gên. 50:24–38
28 a GEE Mediador. Promissão. (Apêndice da Bíblia);
29 a Rom. 6:16–18; 3 a 2 Né. 9:53. 2 Né. 4:1–2.
2 NÉFI 3:6–14 68
promessa do Senhor de que do Moisés, o qual eu disse que sus-
a 

fruto de seus lombos o Senhor citaria para vós a fim de b libertar


Deus levantaria um b ramo c justo meu povo, ó casa de Israel.
para a casa de Israel; não o Mes- 10 E suscitarei Moisés para tirar
sias, mas um ramo que seria ar- teu povo da terra do Egito.
rancado e, não obstante, seria lem- 11 Suscitarei, porém, um viden-
brado nos convênios do Senhor te do fruto de teus lombos e a ele
de que o d Messias lhes seria ma- darei a poder para revelar minha
nifestado nos últimos dias, com o palavra à semente de teus lom-
espírito de poder, a fim de tirá-los bos — não somente para revelar
das trevas para a luz — sim, das a minha palavra, diz o Senhor,
e 
trevas ocultas e do cativeiro para mas para convencê-los da minha
a liberdade. palavra, que já lhes terá sido de-
6 Porque José verdadeiramente clarada.
testificou, dizendo: O Senhor meu 12 Portanto, o fruto de teus lom-
Deus levantará um a vidente, que bos a escreverá; e o fruto dos lom-
será um vidente escolhido para o bos de b Judá c escreverá; e aquilo
fruto de meus b lombos. que for escrito pelo fruto de teus
7 Sim, José verdadeiramente dis- lombos e também o que for escri-
se: Assim me diz o Senhor: Um to pelo fruto dos lombos de Judá
a 
vidente escolhido levantarei eu serão unidos, d confundindo falsas
do fruto de teus lombos. E goza- doutrinas e apaziguando conten-
rá de grande estima entre o fruto das e estabelecendo paz entre o
de teus lombos. A ele ordenarei fruto de teus lombos; e e levando-
que faça um trabalho para seus os nos últimos dias a f conhecerem
irmãos, o fruto de teus lombos, seus pais e também meus convê-
que lhes será de grande benefício, nios, diz o Senhor.
levando-os a conhecer os convê- 13 E da fraqueza será tornado
nios que fiz com teus pais. forte, no dia em que minha obra
8 E dar-lhe-ei o mandamento de começar entre todo o meu povo
não fazer a qualquer outro traba- para restaurar-te, ó Casa de Israel,
lho, exceto o que eu lhe ordenar. diz o Senhor.
E fá-lo-ei grande a meus olhos, 14 E assim profetizou José, di-
porque fará o meu trabalho. zendo: Eis que o Senhor aben-
9  E ele será grande como çoará esse vidente; e aqueles que
5 b Gên. 49:22–26; GEE Vidente. b 1 Né. 13:23–29.
1 Né. 15:12; 19:24. b D&C 132:30. c GEE Bíblia.
GEE Vinha do Senhor. 7 a GEE Smith, Joseph, Jr. d Eze. 37:15–20;
c Jacó 2:25. 8 a D&C 24:7, 9. 1 Né. 13:38–41;
d 2 Né. 6:14; 9 a Mois. 1:41. 2 Né. 29:8; 33:10–11.
D&C 3:16–20. b Êx. 3:7–10; e Morô. 1:4.
e Isa. 42:16. 1 Né. 17:24. f 1 Né. 15:14;
6 a 3 Né. 21:8–11; 11 a D&C 5:3–4. 2 Né. 30:5;
Mórm. 8:16. 12 a GEE Livro de Mórmon. Mórm. 7:1, 5, 9–10.
69 2 NÉFI 3:15–24
procurarem destruí-lo serão con- em minha sabedoria, julgar con-
fundidos, porque esta promessa veniente que cheguem ao fruto
que obtive do Senhor para o fruto de teus lombos. E será como se
de meus lombos será cumprida. o a fruto de teus lombos lhes cla-
Eis que estou certo do cumpri- masse b desde o pó; porque lhes
mento desta promessa. conheço a fé.
15 E seu a nome será igual ao meu 20 E a clamarão desde o pó; sim,
e será chamado pelo b nome de seu clamarão arrependimento a seus
pai. E ele será semelhante a mim; irmãos, até mesmo depois de mui-
porque aquilo que o Senhor fizer tas gerações se haverem passado.
através de sua mão, pelo poder E acontecerá que seu clamor será
do Senhor, levará meu povo à ouvido, sim, de acordo com a sim-
salvação. plicidade de suas palavras.
16 Sim, desse modo profetizou 21 Por causa de sua fé, suas a pa-
José: Certo estou disto, como es- lavras sairão de minha boca para
tou certo da promessa de Moisés; os seus irmãos, que são o fruto de
porque o Senhor me disse: a Pre- teus lombos; e à fraqueza de suas
servarei tua semente para sempre. palavras eu darei força, em sua
17 E o Senhor disse: Suscitarei fé, para que sejam lembrados os
um Moisés; e dar-lhe-ei poder convênios que fiz com teus pais.
numa vara; e dar-lhe-ei habilida- 22 E agora eis que, meu filho
de para escrever. Contudo, não José, desse modo a profetizou meu
lhe soltarei a língua para que fale pai de antigamente.
muito, porque não o farei pode- 23  Portanto, por causa deste
roso no falar. a Escrever-lhe-ei, po- convênio és abençoado; porque
rém, a minha lei pelo dedo de mi- tua semente não será destruída,
nha própria mão; e preparar-lhe-ei pois darão ouvidos às palavras
um b porta-voz. do livro.
18 E o Senhor também me disse: 24 E levantar-se-á entre eles um
Eu suscitarei um para o fruto de poderoso que praticará o bem,
teus lombos e para ele prepararei tanto em palavras como em obras,
um porta-voz. E eis que eu o fa- sendo um instrumento nas mãos
rei escrever o relato do fruto dos de Deus, com fé extraordinária
teus lombos para o fruto de teus para operar grandes maravilhas e
lombos; e o porta-voz dos teus fazer o que é grandioso aos olhos
lombos anunciá-lo-á. de Deus, a fim de levar muita res-
19 E as palavras que ele irá es- tauração à casa de Israel e à se-
crever serão as palavras que eu, mente de teus irmãos.
15 a D&C 18:8. b Êx. 4:16. Morô. 10:27.
b JS—H 1:3. 19 a D&C 28:8. 20 a 2 Né. 26:16;
16 a Gên. 45:1–8. b Isa. 29:4; Mórm. 8:23.
17 a Deut. 10:2, 4; 2 Né. 27:13; 33:13; 21 a 2 Né. 29:2.
Mois. 2:1. Mórm. 9:30; 22 a 2 Né. 3:5.
2 NÉFI 3:25–4:10 70
25 E agora, bendito és tu, José. prosperareis na terra; e se não
Eis que tu és pequeno; ouve, pois, guardardes meus mandamentos,
as palavras de teu irmão Néfi e sereis afastados de minha pre-
ser-te-á feito de acordo com as sença.
palavras que proferi. Lembra-te 5 Mas eis que eu, meus filhos e
das palavras de teu pai moribun- minhas filhas, não posso descer
do. Amém. à sepultura sem vos deixar uma
a 
bênção; pois eu sei que se fordes
CAPÍTULO 4 criados no b caminho que deveis
seguir, não vos afastareis dele.
Leí aconselha e abençoa sua posteri-
6 Portanto, se fordes amaldiçoa-
dade — Morre e é sepultado — Néfi
dos, eis que eu vos deixo a minha
gloria-se na bondade de Deus — Néfi
bênção, para que a maldição vos
deposita sua confiança no Senhor
seja tirada e recaia sobre a a cabeça
para sempre. Aproximadamente 588–
de vossos pais.
570 a.C.
7 Portanto, devido a minha bên-
E agora eu, Néfi, falo sobre as ção, o Senhor Deus a não permitirá
profecias mencionadas por meu que pereçais; e será eternamente
pai, referentes a a José que foi le- b 
misericordioso para convosco e
vado para o Egito. vossos descendentes.
2 Pois eis que ele realmente pro- 8 E aconteceu que depois de meu
fetizou sobre todos os seus des- pai ter acabado de falar aos filhos
cendentes. E não há muitas a pro- e filhas de Lamã, fez com que os
fecias maiores do que as que ele filhos e filhas de Lemuel fossem
escreveu. E ele profetizou sobre levados a sua presença.
nós e nossas futuras gerações; e 9  E falou-lhes, dizendo: Eis,
elas estão escritas nas placas de meus filhos e minhas filhas, que
latão. sois os filhos e as filhas de meu
3 Então, depois de meu pai ter segundo filho; eis que vos deixo
acabado de falar sobre as profe- a mesma bênção que deixei aos
cias de José, chamou os filhos e filhos e filhas de Lamã; portanto,
filhas de Lamã e disse-lhes: Eis, não sereis completamente destruí-
meus filhos e minhas filhas que dos, mas no fim vossa posteridade
sois filhos e filhas de meu a primo- será abençoada.
gênito, quisera que désseis ouvi- 10 E aconteceu que depois de
dos às minhas palavras. meu pai lhes haver falado, diri-
4 Pois o Senhor Deus disse: a Se giu-se aos filhos de a Ismael, sim,
guardardes meus mandamentos, a todos os de sua casa.
4 1 a Gên. 39:1–2. Patriarcais. b 1 Né. 13:31;
2 a 2 Né. 3:5. b Prov. 22:6. 2 Né. 10:18–19;
3 a GEE Primogênito. 6 a D&C 68:25–29. Jacó 3:5–9;
4 a 2 Né. 1:9. 7 a 2 Né. 30:3–6; Hel. 15:12–13.
5 a GEE Bênçãos D&C 3:17–18. 10 a 1 Né. 7:6.
71 2 NÉFI 4:11–24
11 E depois de lhes falar, dirigiu- para instrução e proveito de
c 

se a Sam, dizendo: Bendito és tu e meus filhos.


tua posteridade, pois herdarás a 16 Eis que minha a alma se deleita
terra como teu irmão Néfi. E tua nas coisas do Senhor; e meu b co-
semente será contada com a se- ração medita continuamente nas
mente dele; e tu serás como teu ir- coisas que vi e ouvi.
mão e teus descendentes como os 17 Não obstante, apesar da gran-
descendentes dele; e serás aben- de a bondade do Senhor, mostran-
çoado durante todos os teus dias. do-me suas grandes e maravilho-
12 E aconteceu que depois de sas obras, meu coração exclama:
meu pai, Leí, ter falado a toda a Oh! Que homem b miserável sou!
sua casa, segundo os sentimentos Sim, meu coração se entristece por
de seu coração e o Espírito do Se- causa de minha carne; minha alma
nhor que estava nele, envelheceu. se angustia por causa de minhas
E aconteceu que morreu e foi se- iniquidades.
pultado. 18 Estou cercado por causa das
13 E aconteceu que poucos dias tentações e pecados que tão facil-
depois de sua morte, Lamã e Le- mente me a envolvem!
muel e os filhos de Ismael enfu- 19 E quando desejo alegrar-me,
receram-se comigo, por causa das meu coração geme por causa de
admoestações do Senhor. meus pecados; não obstante, sei
14 Porque eu, Néfi, fui compe- em quem confiei.
lido a falar-lhes de acordo com 20  Meu Deus tem sido meu
sua palavra; porque eu lhes dis- apoio; guiou-me através de mi-
sera muitas coisas e também meu nhas aflições no deserto e salvou-
pai, antes de sua morte; e muitas me das águas do grande abismo.
dessas palavras estão escritas nas 21 Encheu-me com seu a amor até
minhas a outras placas; porque consumir-me a carne.
uma parte com mais história está 22 Confundiu meus a inimigos,
escrita nas minhas outras placas. fazendo-os tremer diante de mim.
15 E a nestas escrevo as coisas de 23 Eis que ele ouviu meu clamor
minha alma e muitas das escritu- durante o dia e deu-me conheci-
ras que estão gravadas nas placas mento por meio de a visões duran-
de latão. Porque minha alma se te a noite.
deleita nas escrituras e meu co- 24 Durante o dia eu ousadamen-
ração nelas b medita e escreve-as te lhe dirigi fervorosa a oração;
14 a 1 Né. 1:16–17; 9:4. Agradecimento. Al. 7:15.
15 a 1 Né. 6:4–6. b GEE Coração. 21 a GEE Amor.
b GEE Escrituras; 17 a 2 Né. 9:10; 22 a 1 Né. 17:52.
Ponderar. D&C 86:11. 23 a GEE Visão.
c 1 Né. 19:23. b Rom. 7:24. 24 a Tg. 5:16;
16 a GEE Ação de 18 a Rom. 7:21–23; 1 Né. 2:16.
Graças, Agradecido, Heb. 12:1;
2 NÉFI 4:25–34 72
sim, elevei a minha voz; e anjos 30 Regozija-te, ó meu coração; e
desceram e serviram-me. clama ao Senhor, dizendo: Ó Se-
25 E sobre as asas de seu Espíri- nhor, eu te louvarei para sempre!
to meu corpo foi a arrebatado até Sim, minha alma regozijar-se-á
montanhas muito altas. E meus em ti, meu Deus e a rocha de mi-
olhos contemplaram grandes coi- nha salvação.
sas, sim, demasiadamente gran- 31 Ó Senhor, redimirás minha
des para o homem; fui, portanto, alma? Livrar-me-ás das mãos de
proibido de escrevê-las. meus inimigos? Far-me-ás tremer
26 Oh! Então se vi coisas tão à vista do a pecado?
grandes e se o Senhor, em sua con- 32 Que as portas do inferno es-
descendência para com os filhos tejam constantemente fechadas
dos homens, visitou os homens diante de mim, porque meu a co-
com tanta misericórdia, a por que, ração está quebrantado e contrito
pois, deveria meu coração chorar o meu espírito. Ó Senhor, não me
e minha alma padecer no vale da feches as portas da tua retidão,
tristeza e minha carne definhar para que eu b ande na senda do
e minhas forças diminuírem por vale baixo, para que eu seja firme
causa de minhas aflições? no caminho plano.
27 E por que eu a cederia ao pe- 33 Ó Senhor, rodeia-me com o
cado por causa de minha carne? manto da tua retidão! Ó Senhor,
Sim, por que sucumbiria a b tenta- prepara um caminho para a mi-
ções, para que o maligno tivesse nha fuga diante de meus inimi-
lugar em meu coração a fim de gos! Endireita a minha vereda
destruir minha c paz e afligir mi- diante de mim. Não ponhas em
nha alma? Por que estou irado por meu caminho uma pedra de tro-
causa de meu inimigo? peço, mas limpa-o e não obstruas
28 Desperta, minha alma! Não te o meu caminho, mas sim os cami-
deixes abater pelo pecado. Rego- nhos de meus inimigos.
zija-te, ó meu coração, e não dês 34 Ó Senhor, confiei em ti e em ti
mais lugar ao a inimigo de minha a 
confiarei sempre. Não porei minha
alma. b 
confiança no braço de carne, pois
29 Não te ires outra vez por cau- sei que aquele que c confia no braço
sa de meus inimigos. Não enfra- de carne é maldito. Sim, maldito é
queças minhas forças por causa aquele que confia no homem, ou
de minhas aflições. seja, que faz da carne o seu braço.
25 a 1 Né. 11:1; 30 a 1 Cor. 3:11. Deus.
Mois. 1:1–2. GEE Rocha. 34 a GEE Confiança, Confiar.
26 a Salm. 43:5. 31 a Rom. 12:9; b Salm. 44:6–8.
27 a Rom. 6:13. Al. 13:12. c Jer. 17:5;
b GEE Tentação, Tentar. 32 a GEE Coração Mórm. 3:9; 4:8.
c GEE Paz. Quebrantado.
28 a GEE Diabo. b GEE Andar, Andar com
73 2 NÉFI 4:35–5:10
35 Sim, sei que Deus dará com 4 Ora, não escrevo nestas placas
liberalidade ao que pedir. Sim,
a 
tudo quanto murmuraram contra
meu Deus dar-me-á se eu não b pe- mim. Basta-me dizer que procura-
dir c impropriamente; portanto, ram tirar-me a vida.
levantarei a minha voz a ti; sim, 5 E aconteceu que o Senhor me
clamarei a ti, meu Deus, d rocha a 
advertiu para que eu, b Néfi, me
de minha retidão. Eis que a mi- afastasse deles e fugisse para o
nha voz eternamente ascenderá deserto, com todos os que quises-
a ti, minha rocha e meu Eterno sem seguir-me.
Deus. Amém. 6 Portanto, aconteceu que eu,
Néfi, levei comigo minha família,
CAPÍTULO 5 assim como a Zorã e sua família; e
Sam, meu irmão mais velho, e sua
Os nefitas separam-se dos lamanitas,
família; e Jacó e José, meus irmãos
guardam a lei de Moisés e constroem
mais jovens, e também minhas ir-
um templo — Por causa de sua incre-
mãs e todos os que me quiseram
dulidade, os lamanitas são afastados
acompanhar. E todos os que me
da presença do Senhor e tornam-se
quiseram acompanhar foram os
um flagelo para os nefitas. Aproxi-
que acreditavam nas b advertên-
madamente 588–559 a.C.
cias e revelações de Deus; por-
Eis que aconteceu que eu, Néfi, tanto, deram ouvidos às minhas
muito clamei ao Senhor meu Deus palavras.
por causa da a ira de meus irmãos. 7 E tomamos nossas tendas e
2 Mas eis que a sua ira contra tudo o que nos foi possível e via-
mim aumentou a tal ponto que jamos no deserto pelo espaço de
procuraram tirar-me a vida. muitos dias. E depois de termos
3  Sim, murmuravam contra viajado pelo espaço de muitos
mim, dizendo: Nosso irmão mais dias, armamos nossas tendas.
jovem pensa em a exercer domí- 8 E meu povo quis dar ao lugar
nio sobre nós; e tivemos muitas o nome de a Néfi; portanto, nós o
aflições por sua causa; portanto, chamamos Néfi.
matemo-lo agora, para que não 9 E todos os que estavam comigo
nos aflija mais com suas palavras. decidiram chamar-se a si mesmos
Pois eis que não permitiremos que o a povo de Néfi.
ele seja nosso chefe; pois compete 10 E esforçamo-nos por guardar
a nós, que somos os irmãos mais os juízos e os estatutos e os man-
velhos, governar este povo. damentos do Senhor em todas as
35 a Tg. 1:5. Mos. 10:14–15. b GEE Advertência,
b GEE Oração. 5 a GEE Inspiração, Advertir, Prevenir.
c Hel. 10:5. Inspirar. 8 a Ômni 1:12, 27;
d Deut. 32:4. b Mos. 10:13. Mos. 9:1–4; 28:1.
5 1 a 2 Né. 4:13–14. 6 a 1 Né. 4:35; 16:7; 9 a Jacó 1:13–14.
3 a 1 Né. 16:37–38; 2 Né. 1:30–32.
2 NÉFI 5:11–20 74
coisas, de acordo com a lei de a 
16 E eu, Néfi, construí um tem- a 

Moisés. plo; e construí-o conforme o mo-


11 E o Senhor estava conosco; e delo do b templo de Salomão, só
prosperamos muito, porque plan- não tendo sido construído com
tamos sementes e nossas colheitas tantas coisas c preciosas, porque
foram novamente abundantes. elas não existiam naquela terra;
E começamos a criar rebanhos portanto, não podia ele ser cons-
e manadas e animais de toda truído como o templo de Salomão.
espécie. O tipo de sua construção, porém,
12 E eu, Néfi, também havia tra- era igual ao do templo de Salo-
zido os registros que estavam gra- mão; e sua execução era conside-
vados nas a placas de latão; e tam- ravelmente esmerada.
bém a b esfera, ou seja, a c bússola 17 E aconteceu que eu, Néfi, fiz
que fora preparada para meu pai com que meu povo fosse a indus-
pela mão do Senhor, segundo o trioso e trabalhasse com as mãos.
que está escrito. 18 E aconteceu que eles dese-
13 E aconteceu que começamos javam que eu fosse seu a rei. Eu,
a prosperar muito e a multiplicar- Néfi, não desejava, porém, que
nos na terra. eles tivessem um rei; não obstan-
14 E eu, Néfi, tomei a a espada de te, fiz por eles tudo quanto estava
Labão; e com esse modelo fiz mui- em meu poder.
tas espadas, a fim de que o povo 19 E eis que as palavras do Se-
que agora se denominava b lama- nhor com referência a meus ir-
nita não caísse sobre nós para nos mãos foram cumpridas, quando
destruir; porque eu conhecia seu lhes disse que eu seria seu a chefe
ódio para comigo e meus filhos e seu b mestre. Portanto, eu havia
e os que eram chamados o meu sido seu chefe e mestre, de acordo
povo. com os mandamentos do Senhor,
15 E ensinei meu povo a cons- até o momento em que procura-
truir edifícios e a trabalhar em ram tirar-me a vida.
toda espécie de madeira e de a fer- 20 A palavra do Senhor, portan-
ro e de cobre e de latão e de aço e to, foi cumprida quando me fa-
de ouro e de prata e de minerais lou, dizendo: Se a deixarem de dar
preciosos, que existiam em grande ouvidos às tuas palavras, serão
abundância. afastados da presença do Senhor.
10 a 2 Né. 11:4. 14 a 1 Né. 4:9; c D&C 124:26–27.
GEE Lei de Moisés. Jacó 1:10; 17 a Gên. 3:19;
12 a Mos. 1:3–4. Pal. Mórm. 1:13. D&C 42:42.
GEE Placas. b GEE Lamanitas. 18 a Jacó 1:9, 11.
b Mos. 1:16. 15 a Ét. 10:23. 19 a 1 Né. 2:22.
c 1 Né. 16:10, 16, 26; 16 a GEE Templo, A Casa do b GEE Ensinar, Mestre.
18:12, 21; Senhor. 20 a 2 Né. 2:21.
Al. 37:38–47; b 1 Re. 6;
D&C 17:1. 2 Crôn. 3.
75 2 NÉFI 5:21–34
E eis que foram afastados de sua
b 
sacerdotes e mestres na terra de
presença. meu povo.
21 E ele fez cair a a maldição so- 27 E aconteceu que vivemos se-
bre eles, sim, uma dolorosa maldi- gundo o padrão da felicidade.
ção, por causa de sua iniquidade. 28 E haviam-se passado trinta
Pois eis que haviam endurecido anos desde que deixáramos Je-
o coração contra ele de tal modo rusalém.
que se tornaram como uma pedra; 29 E eu, Néfi, havia feito os re-
e como eram brancos, notavel- gistros de meu povo, até então,
mente formosos e b agradáveis, a nas minhas placas.
fim de que não fossem atraentes 30 E aconteceu que o Senhor
para meu povo o Senhor Deus Deus me disse: Faze a outras pla-
fez com que sua c pele se tornasse cas; e gravarás nelas muitas coisas
escura. que são boas a meus olhos, para
22 E assim diz o Senhor Deus: proveito de teu povo.
Eu farei com que sejam a repug- 31 Portanto, eu, Néfi, para ser
nantes a teu povo, a menos que se obediente aos mandamentos do
arrependam de suas iniquidades. Senhor, fiz a estas placas nas quais
23 E amaldiçoada será a semente gravei estas coisas.
daquele que se a misturar com a 32 E gravei as coisas que são
semente deles; porque será amal- agradáveis a Deus. E se meu povo
diçoada com igual maldição. E o estiver satisfeito com as coisas de
Senhor assim disse, e assim foi. Deus, estará satisfeito com o que
24 E por causa da maldição que gravei nestas placas.
caiu sobre eles, tornaram-se um 33 E se meu povo desejar conhe-
povo a preguiçoso, cheio de mal- cer a parte mais específica da his-
dade e astúcia e procuravam ani- tória de meu povo, deverá exami-
mais de caça no deserto. nar minhas outras placas.
25 E o Senhor Deus disse-me: Eles 34 E basta-me dizer que se ha-
serão um castigo para teus des- viam passado quarenta anos e já
cendentes, a fim de fazer com que havíamos tido guerras e conten-
se lembrem de mim; e se não se das com nossos irmãos.
lembrarem de mim e não derem
ouvidos às minhas palavras, casti-
CAPÍTULO 6
gá-los-ão até que sejam destruídos.
26 E aconteceu que eu, Néfi, Jacó relata novamente a história
a 
consagrei Jacó e José como judaica: O cativeiro babilônico e o
20 b Al. 9:14. 22 a 1 Né. 12:23. Ocioso.
21 a GEE Amaldiçoar, 23 a GEE Casamento, 26 a Jacó 1:18–19;
Maldições. Casar — Casamento Mos. 23:17.
b 4 Né. 1:10. entre pessoas de 30 a 1 Né. 19:1–6.
c 2 Né. 26:33; religiões diferentes. 31 a GEE Placas.
3 Né. 2:14–16. 24 a GEE Ociosidade,
2 NÉFI 6:1–10 76
retorno; o ministério e a crucificação ler são as que Isaías disse a respei-
do Santo de Israel; a ajuda recebida to de toda a casa de Israel; portan-
dos gentios e a restauração dos judeus to, elas se aplicam a vós, pois sois
nos últimos dias, quando acredita- da casa de Israel. E há muitas coi-
rem no Messias. Aproximadamente sas que foram ditas por Isaías que
559–545 a.C. vos podem ser aplicadas, porque
sois da casa de Israel.
As palavras de Jacó, irmão de 6 E agora, estas são as palavras:
Néfi, dirigidas ao povo de Néfi: a 
Assim diz o Senhor Deus: Eis que
2 Eis que, meus queridos irmãos, levantarei a mão para os gentios
eu, Jacó, tendo sido chamado por e erguerei meu b estandarte para o
Deus e ordenado conforme sua povo; e eles trarão teus filhos em
santa ordem; e tendo sido con- seus braços e tuas filhas serão car-
sagrado por meu irmão Néfi, a regadas em seus ombros.
quem tendes por a rei ou protetor 7 E reis serão teus aios e suas rai-
e de quem dependeis para vossa nhas serão tuas amas; inclinar-se-
segurança, eis que sabeis que vos ão diante de ti com o rosto para a
disse muitas coisas. terra e lamberão o pó de teus pés;
3 Não obstante, falo-vos nova- e tu saberás que eu sou o Senhor;
mente, pois desejo o bem-estar de pois não se envergonharão os que
vossa alma. Sim, minha ansiedade me a aguardarem.
por vós é grande e vós sabeis que 8 E agora eu, Jacó, quero falar
sempre tem sido. Porque vos tenho acerca destas palavras. Pois eis
exortado com toda a diligência e te- que o Senhor me fez ver que aque-
nho-vos transmitido as palavras de les que estavam em a Jerusalém,
meu pai; e tenho-vos falado sobre de onde viemos, foram mortos ou
todas as coisas que foram escritas b 
levados para o cativeiro.
desde a criação do mundo. 9 Não obstante, o Senhor fez-me
4 E agora, eis que quero falar-vos ver que eles a tornarão a voltar. E
sobre as coisas presentes e futuras; também me fez ver que o Senhor
ler-vos-ei, portanto, as palavras Deus, o Santo de Israel, manifes-
de a Isaías. E estas são as palavras tar-se-á a eles na carne; e depois
que meu irmão desejou que eu de ter-se manifestado, eles o açoi-
vos dissesse. E falo-vos para vosso tarão e b crucificarão, segundo as
bem, a fim de que aprendais e glo- palavras que o anjo me disse.
rifiqueis o nome de vosso Deus. 10 E depois que tiverem endure-
5 E agora, as palavras que vou cido o coração e a cerviz contra o
6 2 a Jacó 1:9, 11. 8 a Est. 2:6; 1 Né. 7:13; de Israel.
4 a 3 Né. 23:1. 2 Né. 25:10; 9 a 1 Né. 10:3.
6 a Isa. 49:22–23. Ômni 1:15; b 1 Né. 19:10, 13;
b GEE Estandarte. Hel. 8:20–21. Mos. 3:9;
7 a D&C 133:45; b 2 Re. 24:10–16; 25:1–12. 3 Né. 11:14–15.
Mois. 1:6. GEE Israel — Dispersão GEE Crucificação.
77 2 NÉFI 6:11–18
Santo de Israel, eis que os julga-a 
o aguardam, pois ainda esperam
b 

mentos do Santo de Israel recairão a vinda do Messias.


sobre eles. E dia virá em que serão 14 E eis que, de acordo com as
feridos e afligidos. palavras do profeta, o Messias co-
11 Portanto, depois de haverem meçará a resgatá-los pela a segun-
sido levados de um lado para ou- da vez; portanto, se b manifestará
tro, pois assim diz o anjo, muitos a eles com poder e grande glória,
serão afligidos na carne e não lhes para a c destruição de seus inimi-
será permitido perecer, por causa gos, no dia em que acreditarem
das orações dos fiéis; serão disper- nele; e não destruirá nenhum dos
sos e feridos e odiados; não obs- que nele crerem.
tante, o Senhor terá misericórdia 15 E os que nele não acredita-
deles, para que a quando tiverem rem serão a destruídos, tanto por
b 
conhecimento do seu Redentor, b 
fogo como por tempestade; e por
sejam novamente c coligados nas tremores de terra e por derrama-
terras de sua herança. mento de sangue e por c pestes e
12 E abençoados são os a gentios por fome. E saberão que o Senhor
sobre quem o profeta escreveu; é Deus, o Santo de Israel.
pois eis que caso se arrependam 16 a Será, pois, tirada a presa aos
e não lutem contra Sião e não se fortes, ou serão libertos os b cativos
unam àquela grande e b abomi- legítimos?
nável igreja, serão salvos; pois o 17 Mas assim diz o Senhor: Até
Senhor Deus cumprirá os c convê- os a cativos serão tirados dos fortes
nios que fez com seus filhos; e por e a presa do terrível será libertada;
esse motivo escreveu o profeta pois o b Deus Poderoso c libertará o
estas coisas. povo do convênio. Pois assim diz
13  Portanto, os que lutarem o Senhor: Eu lutarei contra os que
contra Sião e contra o povo do lutarem contra ti —
convênio do Senhor lamberão o 18 E com sua própria carne ali-
pó de seus pés; e o povo do Se- mentarei os que te oprimem e se-
nhor não se a envergonhará, pois rão embebedados com o próprio
o povo do Senhor são aqueles que sangue, como sendo vinho doce;
10 a Mt. 27:24–25. Abraâmico. GEE Últimos Dias.
11 a 1 Né. 22:11–12; 13 a 3 Né. 22:4. b Jacó 6:3.
2 Né. 9:2. b Isa. 40:31; c D&C 97:22–26.
b Ose. 3:5. 1 Né. 21:23; 16 a Isa. 49:24–26.
c GEE Israel — Coligação D&C 133:45. b IE povo do convênio
de Israel. 14 a Isa. 11:11; do Senhor, como
12 a 1 Né. 14:1–2; 2 Né. 25:17; 29:1. mencionado no
2 Né. 10:9–10. b 2 Né. 3:5. versículo 17.
b GEE Diabo — Igreja do c 1 Né. 22:13–14. 17 a 1 Né. 21:25.
diabo. 15 a 2 Né. 10:16; 28:15; b GEE Jeová.
c GEE Convênio 3 Né. 16:8. c 2 Re. 17:39.
2 NÉFI 7:1–10 78
e toda a carne saberá que eu, o e ponho-lhes um saco por co-
b 

Senhor, sou teu Salvador e teu bertura.


a 
Redentor, o b Poderoso de Jacó. 4 O Senhor Deus concedeu-me
a a língua dos instruídos, para que
CAPÍTULO 7 eu soubesse dizer no seu tempo
uma palavra a ti, ó casa de Israel.
Jacó continua a ler em Isaías: Isaías
Quando estais cansados, ele des-
fala em linguagem messiânica — O
perta todas as manhãs. Ele des-
Messias terá a língua dos instruí-
perta-me o ouvido, para que ouça
dos — Ele oferecerá as Suas costas
como o instruído.
aos açoitadores — Não será confundi-
5 O Senhor Deus abriu-me os
do — Comparar com Isaías 50. Apro- a 
ouvidos, e não fui rebelde nem
ximadamente 559–545 a.C.
retrocedi.
Sim, pois assim diz o Senhor: Re- 6 Ofereci as costas aos a açoita-
pudiei-te eu ou expulsei-te para dores e as faces aos que me arran-
sempre? Pois assim diz o Senhor: cavam os cabelos. Não escondi a
Onde está o libelo do divórcio de face da humilhação nem dos que
tua mãe? Para quem te apartei ou me cuspiam.
a qual de meus credores te vendi? 7 Pois o Senhor Deus me aju-
Sim, a quem te vendi eu? Eis que dará; portanto, não serei confun-
por vossas iniquidades vos a ven- dido. Por isso, coloquei o rosto
destes e por vossas transgressões como uma pedra, e sei que não
é a vossa mãe repudiada. serei envergonhado.
2 Porque quando vim, não ha- 8 E o Senhor está perto e justi-
via ninguém; quando a chamei, fica-me. Quem contenderá comi-
ninguém respondeu. Ó casa de go? Compareçamos juntamente.
Israel, tanto se encolheu a minha Quem é o meu adversário? Que
mão que já não possa remir ou já ele se chegue a mim, e eu o ferirei
não há em mim força para livrar? com a força da minha boca.
Eis que com a minha repreensão 9 Pois o Senhor Deus me aju-
faço secar o b mar, torno os seus dará; e todos os que me a conde-
c 
rios em desertos e faço com que narem, eis que todos, como ves-
cheirem mal os seus d peixes, por- tidos, envelhecerão e a traça os
que secaram as águas e morrem comerá.
de sede. 10 Quem há entre vós que tema
3 Eu visto os céus de a negridão ao Senhor, que obedeça à a voz de
18 a GEE Redentor. b Êx. 14:21; 4 a Lc. 2:46–47.
b Gên. 49:24; Salm. 106:9; 5 a D&C 58:1.
Isa. 60:16. D&C 133:68–69. 6 a Mt. 27:26;
7 1 a GEE Apostasia. c Jos. 3:15–16. 2 Né. 9:5.
2 a Prov. 1:24–25; d Êx. 7:21. 9 a Rom. 8:31.
Isa. 65:12; 3 a Êx. 10:21. 10 a D&C 1:38.
Al. 5:37. b Apoc. 6:12.
79 2 NÉFI 7:11–8:11
seu servo, que ande em trevas e 5 Perto está a minha retidão, foi
não tenha luz? enviada a minha a salvação, e o
11 Eis que todos vós, que acen- meu braço julgará os povos; as
deis fogo e vos cingis com faís- b 
ilhas hão de aguardar-me e no
cas, andais na luz do a vosso fogo meu braço confiarão.
e entre as faíscas que acendestes. 6 Levantai os olhos para os céus
Isto tereis de minha mão — em e olhai para a Terra embaixo, por-
tormento jazereis. que os a céus b desaparecerão como
a fumaça, e a Terra c envelhecerá
CAPÍTULO 8 como um vestido, e os seus mora-
dores morrerão semelhantemen-
Jacó continua a ler em Isaías: Nos
te; mas a minha salvação durará
últimos dias o Senhor consolará Sião
para sempre, e a minha retidão
e coligará Israel — Os remidos virão
não será abolida.
a Sião, em meio a grande alegria —
7 Ouvi-me, vós que conheceis a
Comparar com Isaías 51 e 52:1–2.
retidão, povo em cujo coração eu
Aproximadamente 559–545 a.C.
escrevi a minha lei; não a temais
Ouvi-me, vós que seguis a retidão; as censuras dos homens nem vos
olhai para a a rocha de onde fostes atemorizeis pelas suas injúrias.
talhados e para o buraco do poço 8 Porque a traça os roerá como a
de onde fostes cavados. um vestido, e o verme comê-los-á
2 Olhai para Abraão, vosso a pai, como à lã. Minha retidão, porém,
e para b Sara, que vos deu à luz; durará para sempre e a minha
porque sendo ele só, chamei-o e salvação, de geração em geração.
abençoei-o. 9 Desperta, desperta! Veste-te de
3 Porque o Senhor consolará a 
força, ó braço do Senhor! Desper-
a 
Sião; consolará todos os seus lu- ta, como nos dias passados. Não
gares assolados e fará o seu b de- és tu aquele que cortou a Raabe e
serto como Éden e o seu ermo feriu o dragão?
como jardim do Senhor; regozijo 10 Não és tu aquele que secou o
e contentamento achar-se-ão nele, mar, as águas do grande abismo?
ação de graças e voz de melodia. Que fez, do fundo do mar, um
4 Atendei-me, povo meu, e dai- a 
caminho para que passassem os
me ouvidos, nação minha, porque remidos?
de mim sairá uma a lei, e farei do 11 Assim voltarão os a resgata-
meu juízo uma b luz para o povo. dos do Senhor e virão a Sião com
11 a Juí. 17:6. doutrina. Isa. 2:3. c HEB deteriorar.
8 1 a GEE Rocha. GEE Evangelho. 7 a Salm. 56:4, 11;
2 a Gên. 17:1–8; b GEE Luz, Luz de Cristo. D&C 122:9.
D&C 132:49. 5 a GEE Salvação. 9 a D&C 113:7–8.
b Gên. 24:36. b 2 Né. 10:20. 10 a Isa. 35:8.
3 a GEE Sião. 6 a 2 Ped. 3:10. 11 a GEE Redenção,
b Isa. 35:1–2, 6–7. b HEB ser disperso. Redimido, Redimir.
4 a OU ensinamentos, Salm. 102:25–27.
2 NÉFI 8:12–25 80
cânticos; e perpétua alegria e san-
b 
nenhum há que a guie; e de todos
tidade haverá sobre sua cabeça; os filhos que criou, nenhum que
e alcançarão regozijo e alegria; a a tome pela mão.
tristeza e o c pranto fugirão. 19 Estes dois a filhos que vieram
12  a Eu sou ele; sim, sou aquele a ti terão compaixão de ti — tua
que vos consola; quem, pois, és tu, desolação e destruição e a fome e
para que b temas o homem, que é a espada — e com quem te con-
mortal, ou o filho do homem, que solarei?
se tornará em c erva? 20 Teus filhos desmaiaram, exce-
13 E a esqueces-te do Senhor, teu to esses dois; jazem nas entradas
criador, que estendeu os céus e de todas as ruas; como boi selva-
estabeleceu os alicerces da Terra; gem numa rede, cheios estão da
e temes continuamente, todos os cólera do Senhor, da repreensão
dias, por causa da fúria do opres- do teu Deus.
sor, como se ele estivesse pronto 21 Portanto, agora, ó aflita e a em-
para destruir? E onde está a fúria briagada, mas não de vinho, ouve
do opressor? isto:
14 O exilado cativo apressa-se 22 Assim diz o teu Senhor: o Se-
para ser libertado, a fim de não nhor e teu Deus a pleiteia a causa
morrer no poço e para que não de seu povo; eis que eu tomo das
lhe falte o pão. tuas mãos o cálice da vacilação,
15  Mas eu sou o Senhor teu a borra do cálice do meu furor;
Deus, cujas a ondas rugiram. Se- nunca mais dele beberás.
nhor dos Exércitos é o meu nome. 23 Mas a pô-lo-ei nas mãos dos
16 E coloquei as minhas pala- que te entristecem, que dizem à
vras na tua boca e te cobri com a tua alma: Abaixa-te, para que pas-
sombra da minha mão, a fim de semos por cima — e tu colocaste o
plantar os céus, estabelecer os ali- teu corpo como chão e como rua
cerces da Terra e dizer a Sião: Eis aos que passaram por cima.
que tu és o meu a povo. 24 a Desperta, desperta, veste-te
17 Desperta! Desperta! Levan- da tua b fortaleza, ó c Sião! Veste-
ta-te, ó Jerusalém, que bebeste da te dos teus vestidos formosos, ó
mão do Senhor o a cálice da sua Jerusalém, cidade santa! Porque
b 
cólera; tu bebeste até a borra o d 
nunca mais entrará em ti nem
cálice da vacilação. incircunciso nem impuro.
18 De todos os filhos que teve, 25 Sacode o pó, a levanta-te e
11 b Isa. 35:10. 16 a 2 Né. 3:9; 29:14. 24 a Isa. 52:1–2.
c Apoc. 21:4. 17 a Isa. 29:9; b D&C 113:7–8.
12 a D&C 133:47; 136:22. Jer. 25:15. c GEE Sião.
b Jer. 1:8. b Lc. 21:24. d Joel 3:17.
c Isa. 40:6–8; 19 a Apoc. 11:3. 25 a IE Levantar-se do
1 Ped. 1:24. 21 a 2 Né. 27:4. pó e sentar-se com
13 a Jer. 23:27. 22 a Jer. 50:34. dignidade, sendo
15 a 1 Né. 4:2. 23 a Zac. 12:9. redimida no final.
81 2 NÉFI 9:1–7
toma assento, ó Jerusalém! Solta- eu vos digo estas coisas a fim de
te das b cadeias de teu pescoço, ó alegrar-vos e para que a levanteis
cativa filha de Sião! a cabeça para sempre, por causa
das bênçãos que o Senhor Deus
CAPÍTULO 9 conferirá a vossos filhos.
4 Pois sei que muitos de vós ha-
Jacó explica que os judeus serão co-
veis investigado muito para co-
ligados em todas as suas terras de
nhecer as coisas que estão para
promissão — A expiação resgata o
vir; e sei, portanto, que não ig-
homem da queda — Os corpos dos
norais que nossa carne deverá
mortos sairão da sepultura e seus es-
definhar e morrer; não obstante,
píritos, do inferno e do paraíso — Eles
veremos a Deus em nosso a corpo.
serão julgados — A expiação salva da
5 Sim, eu sei que sabeis que ele
morte, do inferno, do diabo e do tor-
se manifestará na carne aos que
mento eterno — Os justos serão sal-
habitam Jerusalém, de onde vie-
vos no reino de Deus — Declaradas
mos; porque é necessário que seja
as penalidades para os pecados — O
entre eles; porque é requerido do
Santo de Israel é o guardião da por-
grande a Criador que se sujeite ao
ta. Aproximadamente 559–545 a.C.
homem na carne e morra por b to-
E agora, meus amados irmãos, eu dos os homens, para que todos
vos li estas coisas para que tenhais possam tornar-se-lhe sujeitos.
conhecimento dos a convênios que 6 Pois assim como a morte tem
o Senhor fez com toda a casa de efeito sobre todos os homens, para
Israel — que seja cumprido o a plano mi-
2 Que ele tem falado aos judeus sericordioso do grande Criador,
pela boca de seus santos profetas, deve existir um poder de b ressur-
desde o começo, de geração em reição e a ressurreição deve vir ao
geração, até que chegue o tem- homem em razão da c queda; e a
po em que serão a restituídos à queda veio em razão da transgres-
verdadeira igreja e rebanho de são; e porque os homens se torna-
Deus, quando serão b coligados ram decaídos, foram d afastados da
nas c terras de sua herança e esta- presença do Senhor.
belecidos em todas as suas terras 7 Portanto, é necessário que haja
de promissão. uma a expiação b infinita — porque
3 Eis que, meus amados irmãos, se a expiação não fosse infinita,
25 b D&C 113:9–10. GEE Terra da Promissão. 2 Né. 26:24;
9 1 a GEE Convênio 3 a TJS Salm. 24:7–10 3 Né. 27:14–15.
Abraâmico. (Apêndice da Bíblia). 6 a GEE Plano de Redenção.
2 a 2 Né. 6:11. 4 a Jó 19:26; b GEE Ressurreição.
GEE Restauração do Al. 11:41–45; 42:23; c GEE Queda de Adão
Evangelho. Hel. 14:15; e Eva.
b GEE Israel — Coligação Mórm. 9:13. d 2 Né. 2:5.
de Israel. 5 a GEE Criação, Criar. 7 a GEE Expiação, Expiar.
c 2 Né. 10:7–8. b Jo. 12:32; b Al. 34:10.
2 NÉFI 9:8–13 82
esta corrupção não poderia reves- um caminho para nossa fuga das
tir-se de incorrupção. Portanto, o garras desse terrível monstro, sim,
c 
primeiro julgamento que recaiu aquele monstro, a morte e b inferno,
sobre o homem deveria ter d dura- que eu chamo morte do corpo e
do eternamente. E se assim fosse, também morte do espírito.
esta carne teria que apodrecer 11 E por causa do caminho de
e desfazer-se em sua mãe-terra, a 
libertação de nosso Deus, o San-
para não mais se levantar. to de Israel, essa b morte da qual
8 Oh! A a sabedoria de Deus, sua falei, que é a física, libertará seus
b 
misericórdia e c graça! Pois eis que mortos; essa morte é a sepultura.
se a d carne não mais se levantasse, 12 E essa a morte da qual falei,
nossos espíritos estariam à mercê que é a morte espiritual, libertará
daquele anjo que e caiu da presen- seus mortos; e essa morte espiri-
ça do Eterno Deus e tornou-se o tual é o b inferno; portanto, morte
f 
diabo, para não mais se levantar. e inferno deverão libertar seus
9 E nosso espírito deveria tornar- mortos; e o inferno deverá libertar
se como ele e nós nos tornaríamos seus espíritos cativos e a sepultu-
diabos, a anjos de um diabo, a fim ra deverá libertar seus corpos ca-
de sermos b afastados da presença tivos; e o corpo e o c espírito dos
de nosso Deus e permanecermos homens serão d restituídos um ao
com o pai das c mentiras, em mi- outro; e é pelo poder da ressurrei-
séria, como ele mesmo; sim, como ção do Santo de Israel.
aquele ser que d enganou nossos 13 Oh! Quão grande é o a plano
primeiros pais, que se e transfor- de nosso Deus! Porque, por outro
mou quase em um f anjo de luz lado, o b paraíso de Deus deverá
e incita os filhos dos homens a libertar os espíritos dos justos, e
g 
combinações secretas de crimes a sepultura, libertar os corpos dos
e de toda sorte de obras secretas justos; e o espírito e o corpo serão
das trevas. c 
reunidos novamente e todos os
10 Oh! Quão grande é a bonda- homens tornar-se-ão incorrup-
de de nosso Deus, que prepara tíveis e d imortais e serão almas
7 c Mos. 16:4–5; f GEE Diabo. Al. 42:6–15.
Al. 42:6, 9, 14. 9 a Jacó 3:11; b GEE Inferno.
d Mos. 15:19. Al. 5:25, 39. 11 a GEE Libertador.
8 a Jó 12:13; b Apoc. 12:7–9. b GEE Morte Física.
Abr. 3:21. c GEE Mentir, Mentiroso. 12 a GEE Morte Espiritual.
GEE Sabedoria. d Gên. 3:1–13; b D&C 76:81–85.
b GEE Misericórdia, Mos. 16:3; c GEE Espírito.
Misericordioso. Mois. 4:5–19. d GEE Ressurreição.
c GEE Graça. e 2 Cor. 11:14; 13 a GEE Plano de Redenção.
d D&C 93:33–34. Al. 30:53. b D&C 138:14–19.
e Isa. 14:12; f D&C 129:8. GEE Paraíso.
2 Né. 2:17–18; g GEE Combinações c Al. 11:43.
Mois. 4:3–4; Secretas. d GEE Imortal,
Abr. 3:27–28. 10 a Mos. 16:7–8; Imortalidade.
83 2 NÉFI 9:14–21
viventes, tendo um perfeito co-e  f 
chama ascende para todo o sem-
nhecimento, como nós na carne, pre e não tem fim.
com a diferença de que o nosso 17 Oh! A grandiosidade e a a jus-
conhecimento será perfeito. tiça de nosso Deus! Porque ele
14 Teremos, portanto, um a co- executa todas as suas palavras, e
nhecimento perfeito de todas as elas saíram-lhe da boca; e a sua
nossas b culpas, e nossa impureza, lei deve ser cumprida.
e nossa c nudez; e os justos terão 18 Mas eis que os justos, os a san-
um conhecimento perfeito de sua tos do Santo de Israel, os que ti-
alegria, e sua d retidão, estando verem acreditado no Santo de Is-
e 
vestidos com f pureza, sim, com rael, os que tiverem suportado as
o g manto da retidão. b 
cruzes do mundo e desprezado a
15 E acontecerá que quando to- sua vergonha, c herdarão o d reino
dos os homens tiverem passa- de Deus, que foi preparado para
do desta primeira morte para a eles e desde a fundação do mundo;
vida, tornando-se imortais, deve- e sua alegria será completa para
rão comparecer ante o a tribunal f 
sempre.
do Santo de Israel; e virá então o 19 Oh! Quão grande é a miseri-
b 
julgamento e serão julgados de córdia de nosso Deus, o Santo de
acordo com o santo julgamento Israel! Porque a liberta seus santos
de Deus. daquele b horrível monstro, o dia-
16 E certamente, como vive o Se- bo, e da morte e do c inferno e da-
nhor, pois o Senhor Deus disse-o quele lago de fogo e enxofre que
e é sua eterna a palavra, a qual não é tormento sem fim.
pode b passar, os justos ainda serão 20 Oh! Quão grande é a a san-
justos e os c imundos ainda serão tidade de nosso Deus! Pois ele
d 
imundos; portanto, os imundos b 
conhece todas as coisas e não há
são o e diabo e seus anjos; e irão nada que não conheça.
para o f fogo eterno para eles pre- 21 E ele vem ao mundo para a sal-
parado; e seu tormento é como var todos os homens, se eles de-
um g lago de fogo e enxofre, cuja rem ouvidos à sua voz; pois eis
13 e GEE Perfeito. Mois. 1:4. 18 a GEE Santo
f D&C 130:18–19. b D&C 56:11. (substantivo).
14 a Mos. 3:25; c GEE Imundície, b Lc. 14:27.
Al. 5:18. Imundo. c D&C 45:58; 84:38.
b GEE Culpa. d 1 Né. 15:33–35; d GEE Exaltação.
c Mórm. 9:5. Al. 7:21; e Al. 13:3.
d GEE Retidão. Mórm. 9:14; f GEE Vida eterna.
e Prov. 31:25. D&C 88:35. 19 a D&C 108:8.
f GEE Pureza, Puro. e GEE Diabo. b 1 Né. 15:35.
g D&C 109:76. f Mos. 27:28. c GEE Inferno.
15 a GEE Juízo Final. g Apoc. 21:8; 20 a GEE Santidade.
b Salm. 19:9; 2 Né. 28:23; b Al. 26:35;
2 Né. 30:9. D&C 63:17. D&C 38:2.
16 a 1 Re. 8:56; D&C 1:38; 17 a GEE Justiça. 21 a GEE Salvação.
2 NÉFI 9:22–30 84
que ele sofre as dores dos ho-
b 
26 Pois a expiação satisfaz as
a 

mens, sim, as dores de toda cria- exigências de sua b justiça sobre


tura vivente, tanto homens como todos a quem c não foi dada a d lei,
mulheres e crianças, que perten- sendo assim libertados daquele
cem à família de c Adão. horrível monstro, morte e infer-
22 E ele sofre isto para que todos no, e do diabo e do lago de fogo
os homens ressuscitem, para que e enxofre que é tormento sem fim;
todos compareçam diante dele no e são restituídos àquele Deus que
grande dia do julgamento. lhes deu e alento, que é o Santo de
23 E ordena a todos os homens Israel.
que se a arrependam e sejam b ba- 27 Mas ai daquele a quem foi
tizados em seu nome, tendo per- dada a a lei, sim, que tem todos os
feita fé no Santo de Israel, pois do mandamentos de Deus, como nós,
contrário não poderão ser salvos e que os transgride e desperdiça
no reino de Deus. os dias de sua provação; porque
24 E se não se arrependerem, o seu estado é terrível.
não acreditarem em seu a nome, 28 Oh! Quão astuto é o a plano do
não forem batizados em seu nome maligno! Oh! A b vaidade e a fra-
nem b perseverarem até o fim, se- queza e a insensatez dos homens!
rão c condenados, pois o Senhor Quando são c instruídos pensam
Deus, o Santo de Israel, disse-o. que são d sábios e não dão ouvidos
25 Ele deu, portanto, uma a lei; aos e conselhos de Deus, pondo-os
e onde b nenhuma lei é dada não de lado, supondo que sabem por
há castigo; e onde não há castigo si mesmos; portanto, a sua sabe-
não há condenação; e onde não doria é insensatez e não lhes traz
há condenação as misericórdias proveito. E eles perecerão.
do Santo de Israel têm poder so- 29  Mas é bom ser instruído,
bre eles, por causa da expiação; quando se a dá ouvidos aos b con-
porque são libertados pelo po- selhos de Deus.
der dele. 30 Ai, porém, dos a ricos que são
21 b D&C 18:11; 19:18. GEE Prestar Contas, c Lc. 16:15;
c GEE Adão. Responsabilidade, 2 Né. 26:20; 28:4, 15.
23 a GEE Arrepender-se, Responsável. d Prov. 14:6;
Arrependimento. 26 a 2 Né. 2:10; Jer. 8:8–9;
b GEE Batismo, Batizar. Al. 34:15–16. Rom. 1:22.
24 a GEE Jesus Cristo — GEE Expiação, Expiar. GEE Orgulho;
Tomar sobre nós o b GEE Justiça. Sabedoria.
nome de Jesus Cristo. c Mos. 3:11. e Al. 37:12.
b GEE Perseverar. d Mos. 15:24; GEE Aconselhar,
c GEE Condenação, D&C 137:7. Conselho.
Condenar. e Gên. 2:7; 29 a 2 Né. 28:26.
25 a Tg. 4:17. D&C 93:33; b Jacó 4:10.
GEE Lei. Abr. 5:7. 30 a Lc. 12:34;
b Rom. 4:15; 27 a Lc. 12:47–48. 1 Tim. 6:10;
2 Né. 2:13; 28 a Al. 28:13. D&C 56:16.
Al. 42:12–24. b GEE Vaidade, Vão.
85 2 NÉFI 9:31–41
ricos das coisas do mundo! Por- lembrai-vos de quão terrível é pe-
que, sendo ricos, desprezam os car contra o Santo Deus e também
b 
pobres e perseguem os mansos; quão terrível é sucumbir às ten-
e seu coração está em seus tesou- tações daquele ser a astuto. Lem-
ros; portanto, os seus tesouros são brai-vos de que ter b mente carnal
seu deus. E eis que seus tesouros é c morte e ter mente espiritual é
também perecerão com eles. d 
vida e eterna.
31 E ai dos surdos, que não que- 40 Ó, meus amados irmãos, ouvi
rem a ouvir; porque perecerão! minhas palavras. Lembrai-vos
32 Ai dos cegos, que não querem da grandeza do Santo de Israel.
ver, porque também perecerão. Não digais que falei coisas du-
33 Ai dos incircuncisos de co- ras contra vós, porque, se assim
ração, porque o conhecimento o fizerdes, ultrajareis a a verdade;
de suas iniquidades feri-los-á no porque disse as palavras de vos-
último dia. so Criador. Sei que as palavras da
34 Ai do a mentiroso, porque será verdade são b duras contra toda
lançado no b inferno. impureza, mas os justos não as
35 Ai do homicida, que a mata temem, porque amam a verdade
deliberadamente, porque b mor- e não se abalam.
rerá. 41 Ó, meus amados irmãos, a vin-
36 Ai dos que praticam a prosti- de, pois, ao Senhor, o Santo. Lem-
tuição, porque serão lançados no brai-vos de que seus caminhos são
inferno. justos. Eis que o b caminho para o
37 Sim, ai dos que a adoram ído- homem é c estreito, mas segue em
los, porque o diabo de todos os linha reta adiante dele; e o guar-
diabos neles se deleita. dião da d porta é o Santo de Israel;
38 E enfim, ai de todos os que e ele ali não usa servo algum, e
morrem em seus pecados; porque não há qualquer outra passagem a
a 
voltarão a Deus e verão sua face não ser pela porta; porque ele não
e permanecerão em seus pecados. pode ser enganado, pois Senhor
39  Ó, meus amados irmãos, Deus é o seu nome.
30 b GEE Pobres. 36 a 3 Né. 12:27–29. 2 Né. 28:28; 33:5.
31 a Eze. 33:30–33; GEE Castidade. 41 a 1 Né. 6:4;
Mt. 11:15; 37 a GEE Idolatria. Jacó 1:7;
Mos. 26:28; 38 a Al. 40:11, 13. Ômni 1:26;
D&C 1:2, 11, 14; 39 a 2 Né. 28:20–22; 32:8; Morô. 10:30–32.
Mois. 6:27. Mos. 2:32; 4:14; b 2 Né. 31:17–21;
34 a Prov. 19:9. Al. 30:53. Al. 37:46;
GEE Honestidade, b Rom. 8:6. D&C 132:22, 25.
Honesto; GEE Carnal. c Lc. 13:24;
Mentir, Mentiroso. c GEE Morte Espiritual. 2 Né. 33:9;
b GEE Inferno. d Prov. 11:19. Hel. 3:29–30.
35 a Êx. 20:13; e GEE Vida eterna. d 2 Né. 31:9, 17–18;
Mos. 13:21. 40 a GEE Verdade. 3 Né. 14:13–14;
b GEE Pena de Morte. b 1 Né. 16:2; D&C 43:7; 137:2.
2 NÉFI 9:42–50 86
42 E a quem quer que bata, ele 46 Preparai a vossa alma para
abrirá; e os a sábios e os instruídos aquele glorioso dia, quando a a jus-
e os ricos que são b orgulhosos de tiça será administrada aos justos,
seu conhecimento e de sua sabe- sim, o dia do b julgamento, a fim
doria e de suas riquezas — sim, de que não vos encolhais com ter-
estes são os que ele despreza; e a rível medo; para que não vos lem-
menos que se despojem de todas breis claramente de vossa horrível
estas coisas e considerem-se c in- c 
culpa, e não sejais compelidos a
sensatos diante de Deus e d humi- exclamar: Santos, santos são os
lhem-se profundamente, ele não teus julgamentos, ó Senhor Deus
lhes abrirá. d 
Todo-Poderoso — mas conheço a
43 As coisas dos sábios e dos minha culpa; transgredi a tua lei,
prudentes, porém, ser-lhes-ão e as minhas transgressões são mi-
a 
ocultas para sempre — sim, aque- nhas; e o diabo dominou-me, de
la felicidade que está preparada modo que sou uma presa de sua
para os santos. terrível miséria.
44 Ó, meus amados irmãos, lem- 47 Mas eis, meus irmãos, con-
brai-vos de minhas palavras. Eis vém que eu vos acorde para a
que tiro minhas vestimentas e terrível realidade destas coisas?
sacudo-as diante de vós; rogo ao Atormentaria eu a vossa alma, se
Deus de minha salvação que me vossa mente fosse pura? Seria eu
olhe com seus olhos que a tudo claro para convosco, com a clareza
veem; e sabereis portanto, no últi- da verdade, se estivésseis livres
mo dia, quando todos os homens do pecado?
serão julgados por suas obras, 48 Eis que, se fôsseis santos,
que o Deus de Israel testemunhou eu vos falaria de santidade; mas
que b sacudi vossas iniquidades de como não sois santos e me consi-
minha alma e que me apresento derais um mestre, é preciso que
limpo ante ele e estou c livre de eu vos a ensine as consequências
vosso sangue. do b pecado.
45 Ó, meus amados irmãos, afas- 49 Eis que minha alma tem aver-
tai-vos de vossos pecados; sacudi são ao pecado e meu coração se
as a correntes daquele que vos quer deleita na retidão; e a louvarei o
amarrar firmemente; vinde ao santo nome de meu Deus.
Deus que é a b rocha de vossa sal- 50 Vinde, meus irmãos, todos os
vação. que tendes sede, vinde às a águas;
42 a Mt. 11:25. c Jacó 2:2; d 1 Né. 1:14;
b GEE Orgulho. Mos. 2:28. Mois. 2:1.
c 1 Cor. 3:18–21. 45 a 2 Né. 28:22; 48 a Al. 37:32.
d GEE Humildade, Al. 36:18. b GEE Pecado.
Humilde, Humilhar. b GEE Rocha. 49 a 1 Né. 18:16.
43 a 1 Cor. 2:9–16. 46 a GEE Justiça. 50 a GEE Águas Vivas.
44 a Jacó 2:10. b GEE Juízo Final.
b Jacó 1:19. c Mos. 3:25.
87 2 NÉFI 9:51–10:3
e aquele que não tem dinheiro ve- dir-vos-ei o restante de minhas
nha comprar e comer; sim, vinde palavras. Amém.
comprar vinho e leite, sem b di-
nheiro e sem preço. CAPÍTULO 10
51 Portanto, não despendais di-
Jacó explica que os judeus crucificarão
nheiro naquilo que não tem va-
o seu Deus — Eles serão dispersos
lor, nem vosso a trabalho naquilo
até começarem a acreditar Nele — A
que não pode satisfazer. Ouvi-me
América será uma terra de liberdade,
atentamente e lembrai-vos das pa-
onde nenhum rei governará — Re-
lavras que disse; e vinde ao Santo
conciliai-vos com Deus e alcançai sal-
de Israel e b fartai-vos daquilo que
vação por meio de Sua graça. Apro-
não perece nem pode ser corrom-
ximadamente 559–545 a.C.
pido; e deixai que vossa alma se
deleite na abundância. E agora, meus amados irmãos,
52 Portanto, meus amados ir- eu, Jacó, torno a falar-vos sobre
mãos, lembrai-vos das palavras esse a ramo justo que já citei.
de vosso Deus; orai a ele continua- 2 Pois eis que as a promessas que
mente durante o dia e dai a gra- obtivemos são promessas segun-
ças ao seu santo nome durante a do a carne; portanto, como me foi
noite. Deixai que vosso coração mostrado, muitos de nossos filhos
se regozije. perecerão na carne por causa da
53  E vede quão grandes são incredulidade; não obstante, Deus
os a convênios do Senhor e quão terá misericórdia de muitos; e nos-
grande é a sua condescendência sos filhos serão resgatados, para
para com os filhos dos homens; que obtenham aquilo que lhes
e por causa de sua grandeza e dará o verdadeiro conhecimento
de sua graça e b misericórdia, ele de seu Redentor.
prometeu-nos que nossa semen- 3 Portanto, como vos disse, é
te não seria totalmente destruída, necessário que Cristo — pois na
segundo a carne, mas que a pre- noite passada o a anjo informou-
servaria; e em futuras gerações me que esse seria o seu nome —
tornar-se-ia um c ramo justo para b 
venha aos judeus, aos que são a
a casa de Israel. parte mais iníqua do mundo, e
54 E agora, meus irmãos, quisera eles o c crucificarão — pois assim
falar-vos mais; amanhã, porém, deseja nosso Deus; e nenhuma
50 b Al. 42:27. Misericordioso. Morô. 7:22.
51 a Isa. 55:1–2. c GEE Vinha do Senhor. b GEE Jesus Cristo —
b 2 Né. 31:20; 32:3; 10 1 a 1 Né. 15:12–16; Profecias acerca do
3 Né. 12:6. 2 Né. 3:5; nascimento e da morte
52 a GEE Ação de Jacó 5:43–45. de Jesus Cristo.
Graças, Agradecido, 2 a 1 Né. 22:8; c 1 Né. 11:33;
Agradecimento. 3 Né. 5:21–26; 21:4–7. Mos. 3:9;
53 a GEE Convênio. 3 a 2 Né. 25:19; D&C 45:52–53.
b GEE Misericórdia, Jacó 7:5;
2 NÉFI 10:4–16 88
outra nação na Terra crucificaria
d 
seus aios e suas rainhas tornar-se-
seu e Deus. ão amas; portanto, grandes são as
4 Porque caso seus grandes a mi- b 
promessas do Senhor aos gentios,
lagres se dessem em outras na- pois ele assim o disse, e quem po-
ções, elas se arrependeriam e sa- derá contestar?
beriam ser ele o seu Deus. 10 Mas eis que esta terra, disse
5 Mas por causa de a artimanhas Deus, será uma terra de tua he-
sacerdotais e de iniquidades, os rança e os a gentios serão aben-
de Jerusalém endurecerão a cer- çoados nela.
viz contra ele, para que seja cru- 11 E esta terra será uma terra
cificado. de a liberdade para os gentios e
6 Portanto, devido às iniquida- não haverá b reis nesta terra que
des deles, recairão sobre eles des- tenham poder sobre os gentios.
truições, fome, pestes e derrama- 12 E eu fortificarei esta terra con-
mento de sangue; e os que não tra todas as outras nações.
forem destruídos serão a dispersos 13 E quem a lutar contra Sião b pe-
por todas as nações. recerá, diz Deus.
7 Mas eis que assim diz o a Se- 14 Pois quem levantar um rei
nhor Deus: b Quando chegar o dia contra mim perecerá, porque eu,
em que acreditarem em mim, que o Senhor, o a rei dos céus, serei seu
eu sou Cristo, fiz eu convênio com rei e serei para sempre uma b luz
seus pais de que, na Terra, serão para aqueles que ouvem minhas
restituídos na carne às terras de palavras.
sua herança. 15 Portanto, por este motivo,
8 E acontecerá que serão a coliga- a fim de que sejam cumpridos
dos de sua longa dispersão, desde os a convênios que fiz com os fi-
as b ilhas do mar e dos quatro can- lhos dos homens, que cumpri-
tos da Terra; e as nações dos gen- rei enquanto estiverem na carne,
tios serão grandes a meus olhos, devo destruir as b obras secretas
diz Deus, por c levá-los às terras das c trevas e os assassinatos e as
de sua herança. abominações.
9 a Sim, os reis dos gentios serão 16 Portanto, quem lutar contra
3 d Lc. 23:20–24. de Israel. b Isa. 60:12.
e 1 Né. 19:10. b 1 Né. 22:4; 14 a Al. 5:50;
4 a GEE Milagre. 2 Né. 10:20–22; D&C 38:21–22;
5 a Lc. 22:2. D&C 133:8. 128:22–23;
GEE Artimanhas c 1 Né. 22:8. Mois. 7:53.
Sacerdotais. 9 a Isa. 49:22–23. b GEE Luz, Luz de Cristo.
6 a 1 Né. 19:13–14. b 1 Né. 22:8–9; 15 a GEE Convênio.
GEE Israel — Dispersão D&C 3:19–20. b Hel. 3:23.
de Israel. 10 a 2 Né. 6:12. GEE Combinações
7 a GEE Senhor. 11 a GEE Liberdade, Livre. Secretas.
b 2 Né. 25:16–17. b Mos. 29:31–32. c GEE Trevas Espirituais.
8 a GEE Israel — Coligação 13 a 1 Né. 22:14, 19.
89 2 NÉFI 10:17–24
Sião, seja judeu ou gentio, escra-
a 
lado o pecado e não inclinemos a
vo ou livre, homem ou mulher, cabeça, pois não fomos rejeitados;
perecerá; pois b estes são os que não obstante, fomos a expulsos da
constituem a prostituta de toda a terra de nossa herança; fomos,
Terra; porque c os que d não estão porém, conduzidos a uma b terra
comigo estão e contra mim, diz melhor, pois o Senhor fez do mar
nosso Deus. nosso c caminho e estamos em uma
17 Pois a cumprirei as promessas d 
ilha do mar.
que fiz aos filhos dos homens, as 21 Mas grandes são as promes-
quais cumprirei enquanto estive- sas do Senhor aos que estão nas
rem na carne. a 
ilhas do mar; portanto, como é
18 Portanto, meus amados ir- dito ilhas, deve haver outras além
mãos, assim diz nosso Deus: Afli- desta e elas são também habitadas
girei a vossa posteridade pela mão por nossos irmãos.
dos gentios; não obstante, abran- 22 Porque eis que de tempos em
darei o coração dos a gentios, para tempos o Senhor Deus a levou al-
que sejam como um pai para eles; guns da casa de Israel, segundo a
portanto, os gentios serão b aben- sua vontade e prazer. E agora, eis
çoados e c contados com os da casa que o Senhor se recorda de todos
de Israel. os que foram separados; portanto,
19 a Consagrarei, pois, esta terra recorda-se de nós também.
para sempre a vossa semente e aos 23 Animai-vos, portanto, e lem-
que forem contados com a vossa brai-vos de que sois a livres para
semente, para que seja a terra de b 
agir por vós mesmos — para c es-
sua herança; porque é uma terra colher o caminho da morte eterna
escolhida, diz-me Deus, acima ou o caminho da vida eterna.
de todas as outras terras; desejo, 24  Portanto, reconciliai-vos,
portanto, que todos os que nela meus amados irmãos, com a von-
habitarem me adorem, diz Deus. tade de Deus e não com a vontade
20 E agora, meus amados ir- do diabo e da carne; e lembrai-
mãos, vendo que nosso miseri- vos, depois de vos reconciliardes
cordioso Deus nos deu tão grande com Deus, de que é somente na
conhecimento sobre estas coisas, graça e pela a graça de Deus que
lembremo-nos dele e deixemos de sois b salvos.
16 a GEE Sião. b Ef. 3:6. Promissão.
b 1 Né. 13:4–5. c Gál. 3:7, 29; c 1 Né. 18:5–23.
c 1 Né. 14:10. 1 Né. 14:1–2; d Isa. 11:10–12.
d 1 Né. 22:13–23; 3 Né. 16:13; 21:6, 22; 21 a 1 Né. 19:15–16; 22:4.
2 Né. 28:15–32; 30:2; 22 a 1 Né. 22:4.
3 Né. 16:8–15; Ét. 2:9. Abr. 2:9–11. 23 a GEE Arbítrio.
e Mt. 12:30. 19 a 2 Né. 3:2. b 2 Né. 2:16.
17 a D&C 1:38. 20 a 1 Né. 2:1–4. c Deut. 30:19.
18 a Lc. 13:28–30; b 1 Né. 2:20. 24 a GEE Graça.
D&C 45:7–30. GEE Terra da b GEE Salvação.
2 NÉFI 10:25–11:8 90
25 Possa Deus, portanto, levan- mais testemunhas e ele comprova
tar-vos da morte pelo poder da todas as suas palavras.
ressurreição e também da morte 4 Eis que minha alma se regozija
eterna, pelo poder da a expiação, em a provar ao meu povo a vera-
a fim de que sejais recebidos no cidade da b vinda de Cristo; pois
eterno reino de Deus para louvá- para esse fim foi dada a c lei de
lo pela graça divina. Amém. Moisés; e todas as coisas que fo-
ram dadas por Deus aos homens,
CAPÍTULO 11 desde o começo do mundo, são
símbolos dele.
Jacó viu seu Redentor — A lei de
5 E minha alma também se de-
Moisés simboliza Cristo e confirma
leita nos a convênios que o Senhor
que Ele virá. Aproximadamente 559–
fez com nossos pais; sim, minha
545 a.C.
alma deleita-se na sua graça e na
E então a Jacó disse muitas coisas sua justiça e poder e misericórdia
mais ao meu povo naquela oca- no grande e eterno plano de liber-
sião; não obstante, somente estas tação da morte.
coisas fiz com que fossem b escri- 6 E minha alma deleita-se em
tas, pois o que escrevi me basta. comprovar a meu povo que, a sem
2 E agora eu, Néfi, escrevo mais a vinda de Cristo, todos os ho-
das palavras de a Isaías, porque mens pereceriam.
minha alma se deleita em suas 7 Porque se a não há Cristo, não
palavras. Pois aplicarei suas pa- há Deus; e se não há Deus, não
lavras a meu povo e enviá-las-ei a existimos, porque não poderia
todos os meus filhos, pois ele ver- ter havido b criação. Há entretanto
dadeiramente viu meu b Redentor, um Deus e ele é Cristo; e virá na
assim como eu o vi. plenitude de seu próprio tempo.
3 E meu irmão Jacó também o 8 E agora escrevo algumas das
a 
viu como eu o vi; portanto, en- palavras de Isaías, para que aque-
viarei as suas palavras aos meus les de meu povo que virem essas
filhos, para provar-lhes que as palavras alegrem o coração e re-
minhas palavras são verdadeiras. gozijem-se por todos os homens.
Portanto, pelas palavras de b três, Ora, estas são as palavras e po-
disse Deus, estabelecerei a minha deis aplicá-las a vós e a todos os
palavra. Não obstante, Deus envia homens.
25 a GEE Expiação, Expiar. b 2 Né. 27:12; Ét. 12:19.
11 1 a 2 Né. 6:1–10. Ét. 5:2–4; c 2 Né. 5:10.
b 2 Né. 31:1. D&C 5:11. 5 a GEE Convênio
2 a 3 Né. 23:1. 4 a 2 Né. 31:2. Abraâmico.
b GEE Redentor. b Jacó 4:5; 6 a Mos. 3:15.
3 a 2 Né. 2:3; Jar. 1:11; 7 a 2 Né. 2:13.
Jacó 7:5. Al. 25:15–16; b GEE Criação, Criar.
91 2 NÉFI 12:1–12
CAPÍTULO 12 pois vós todos vos a desviastes,
cada um para seus caminhos iní-
Isaías vê o templo dos últimos dias,
quos.
a coligação de Israel e o julgamento e
6 Portanto, tu, ó Senhor, desam-
a paz do milênio — Os orgulhosos e
paraste o teu povo, a casa de Jacó;
iníquos serão humilhados na segun-
porque a estão cheios de costu-
da vinda — Comparar com Isaías 2.
mes do oriente e dão ouvidos aos
Aproximadamente 559–545 a.C.
adivinhos como os b filisteus; e
A a visão de b Isaías, filho de Amós, c 
associam-se com os filhos de es-
a respeito de Judá e de Jerusalém: tranhos.
2 E acontecerá nos últimos dias, 7 Sua terra também está cheia de
quando o a monte da b casa do Se- prata e ouro, não têm fim os seus
nhor for estabelecido no cume tesouros; também está cheia a sua
dos c montes e se exalçar acima terra de cavalos e os seus carros
dos outeiros e concorrerem a ele não têm fim.
todas as nações. 8 Também está cheia a sua ter-
3 E irão muitos povos e dirão: ra de a ídolos; adoram a obra das
Vinde, subamos ao monte do Se- suas mãos, aquilo que fabricaram
nhor, à casa do Deus de Jacó; e ele os seus dedos.
nos ensinará os seus caminhos, 9 E o malvado não se a inclina e o
e a andaremos nas suas veredas; grande não se humilha; portanto,
porque de Sião sairá a b lei, e de não o perdoes.
Jerusalém, a palavra do Senhor. 10 Ó iníquos, entrai na rocha e
4 E ele a julgará as nações e re- a 
escondei-vos no pó, porque o te-
preenderá muitos povos; e con- mor do Senhor e a glória da sua
verterão as suas espadas em majestade vos ferirão.
enxadas e as suas lanças em foi- 11 E acontecerá que os olhares
ces — não levantará espada na- altivos dos homens serão humi-
ção contra nação nem aprenderão lhados e a altivez dos varões será
mais a guerrear. abatida; e só o Senhor será exalta-
5 Vinde, ó casa de Jacó, e ande- do naquele dia.
mos na luz do Senhor; sim, vinde, 12 Pois o a dia do Senhor dos
12 1 a HEB khazah significa 2 a Joel 3:17. 6 a IE estão cheios de
“prever.” Isto quer di- GEE Sião. ensinamentos e crenças
zer que Isaías recebeu b GEE Templo, A Casa do estrangeiras.
sua mensagem por Senhor. Salm. 106:35.
meio de uma visão c D&C 49:25. b GEE Filisteus.
dada pelo Senhor. 3 a GEE Andar, Andar com c HEB dão-se as mãos ou
b Isaías capítulos 2–14 Deus. fazem convênios com.
são citados das placas b HEB ensinamentos 8 a GEE Idolatria.
de latão de Néfi em ou doutrina. 9 a IE perante Deus; ao
2 Néfi 12–24; há GEE Evangelho. contrário, adora ídolos.
algumas diferenças no 4 a 2 Né. 21:2–9. 10 a Al. 12:14.
texto, que devem ser 5 a 2 Né. 28:14; 12 a GEE Segunda Vinda de
observadas. Mos. 14:6; Al. 5:37. Jesus Cristo.
2 NÉFI 12:13–13:5 92
Exércitos logo virá a todas as na- rochas e pelos cumes dos penhas-
ções; sim, a todas; sim, ao b sober- cos, porque o temor do Senhor
bo e altivo e a todo o que se exalta; virá sobre eles; e a majestade da
e ele será humilhado. sua glória feri-los-á quando ele
13 Sim, e o dia do Senhor virá a se levantar para sacudir terrivel-
todos os cedros do Líbano, porque mente a terra.
são altos e imponentes; e a todos 22  a Afastai-vos do homem cujo
os carvalhos de Basã. fôlego está no seu nariz; pois em
14 E a todos os montes altos e que deve ele ser estimado?
a todos os outeiros; e a todas as
nações que se exaltam e a todos CAPÍTULO 13
os povos.
Judá e Jerusalém serão punidas por
15 E a toda torre alta e a todo
sua desobediência — O Senhor plei-
muro reforçado.
teia por Seu povo e julga-o — As
16 E a todos os navios do a mar
filhas de Sião são amaldiçoadas e
e a todos os navios de Társis e a
atormentadas por seu mundanis-
todos os cenários agradáveis.
mo — Comparar com Isaías 3. Apro-
17 E a altivez do homem será
ximadamente 559–545 a.C.
abatida, humilhada será a sua so-
berba; e só o Senhor será exaltado Pois eis que o Senhor, o Senhor
a 
naquele dia. dos Exércitos, tira de Jerusalém
18 E os ídolos ele totalmente e de Judá o suporte e o sustento,
abolirá. todo o sustento de pão e todo o
19 E meter-se-ão nos buracos das suporte de água —
rochas e nas cavernas da terra, 2 O valente e o guerreiro, o juiz e
porque o temor do Senhor virá o profeta e o prudente e o ancião;
sobre eles; e a glória da sua ma- 3 O capitão de cinquenta e o ho-
jestade feri-los-á quando ele se le- mem respeitável; e o conselheiro
vantar para sacudir terrivelmente e o artífice astuto e o orador elo-
a terra. quente.
20 Naquele dia um homem a lan- 4 E dar-lhes-ei meninos por prín-
çará às toupeiras e aos morcegos cipes, e crianças dominarão sobre
os seus ídolos de prata e os seus eles.
ídolos de ouro, que fez para ele 5 E o povo será oprimido, uns
próprio adorar; pelos outros e cada um pelo seu
21 Para entrar pelas fendas das próximo; a criança comportar-se-á
12 b Mal. 4:1; tem uma frase que a Senhor em glória.
2 Né. 23:11; grega não tem; 2 Né. 20 a HEB expulsar.
D&C 64:24. 12:16, porém, contém 22 a IE cessai de depender
16 a A versão grega ambas. do homem mortal;
(Septuaginta) tem uma Salm. 48:7; ele tem pouco poder,
frase que a hebraica Eze. 27:25. comparado com Deus.
não tem, e a hebraica 17 a IE dia da vinda do Mois. 1:10.
93 2 NÉFI 13:6–20
altivamente com o ancião; e o vil, são crianças; e mulheres os go-
com o honrado. vernam. Ó povo meu, os que te
6 Quando alguém for ter com a 
guiam te enganam e destroem o
seu irmão, da casa de seu pai, curso das tuas veredas.
dizendo: Tu tens roupa, sê nos- 13  O Senhor levanta-se para
so governante e não deixes a 
pleitear e sai a julgar os povos.
que esta a ruína venha sob a tua 14 O Senhor entrará em juízo
mão — com os anciãos do seu povo e com
7 Naquele dia jurará, dizendo: os seus a príncipes; pois b devoras-
Eu não serei um a curador, pois tes a c vinha e o d despojo do e pobre
em minha casa não há pão nem em vossas casas.
roupa; não me coloqueis como 15 Que pretendeis? Afligis o meu
governante do povo. povo e moeis as faces do pobre,
8 Pois Jerusalém foi a destruída diz o Senhor Deus dos Exércitos.
e Judá b caiu; porque a sua língua 16 Diz ainda mais o Senhor: Por-
e as suas obras foram contrárias que as filhas de Sião são altivas e
ao Senhor, para provocar os olhos andam com o pescoço erguido e
da sua glória. têm olhares impudentes, cami-
9 A aparência do seu rosto tes- nham com a passos afetados e ti-
tifica contra eles e declara que o lintando com os pés —
seu pecado é como a Sodoma, e 17 Portanto, o Senhor ferirá com
eles não podem escondê-lo. Ai da sarna o alto da cabeça das filhas
sua alma, porque deram o mal em de Sião e o Senhor porá a a desco-
recompensa a si próprios! berto as suas partes secretas.
10 Dizei aos justos que tudo lhes 18 Naquele dia tirará o Senhor
vai a bem; porque comerão do fru- a ostentação dos seus tilintantes
to das suas obras. ornamentos e as a coifas e os b ador-
11 Ai dos ímpios, porque perece- nos redondos como a lua;
rão; porque de suas próprias mãos 19 As correntes, os braceletes e
receberão a recompensa! os a xales;
12 Os opressores do meu povo 20 Os toucados e os enfeites das
13 6 a Isa. 3:6. D&C 45:3–5. que significa
7 a HEB uma pessoa que 14 a HEB governantes ou “envergonhá-las.”
faz curativos; i.e., não chefes. 18 a Possivelmente
posso resolver vossos b HEB consumir ou redes de cabelo.
problemas. queimar. Os estudiosos nem
8 a Jer. 9:11. c Isa. 5:7. sempre concordam
b Lam. 1:3. d IE ganho ilícito. sobre a natureza dos
9 a Gên. 19:1, 4–7, 24–25. e 2 Né. 28:12–13. adornos femininos
GEE Comportamento 16 a IE caminhar com mencionados nos vers.
Homossexual. passos rápidos e 18–23.
10 a Deut. 12:28. curtos, de modo b IE adornos com
12 a Isa. 9:16. afetado. o formato de lua
13 a HEB contender. 17 a HEB expor; crescente.
Miq. 6:2; expressão idiomática 19 a HEB véus.
2 NÉFI 13:21–14:6 94
pernas e os diademas e as caixi- será belo e glorioso; o fruto da ter-
nhas de perfume e os brincos; ra será excelente e formoso para
21 Os anéis e as joias do nariz; os que escaparem de Israel.
22 Os vestidos de festa e os man- 3 E acontecerá que aqueles que
tos e as toucas e os grampos de ficarem em Sião e os que perma-
encrespar; necerem em Jerusalém serão cha-
23 Os a espelhos e o linho fino e mados santos. Todos os que esti-
os capuzes e os véus. verem inscritos entre os vivos em
24 E acontecerá que em lugar de Jerusalém —
perfume haverá mau cheiro; e em 4  a Quando o Senhor tiver b la-
lugar de cinto, uma a rotura; e em vado a imundície das filhas de
lugar de cabelos bem penteados, Sião e limpado o sangue de Jeru-
calvície; e em lugar de b corpete, salém do meio dela, com o espí-
um envoltório de saco; c queima- rito de justiça e com o espírito de
dura em lugar de formosura. c 
ardor.
25 Teus varões cairão sob a es- 5 E criará o Senhor, sobre toda a
pada e teus valentes na guerra. habitação do monte Sião e sobre
26 E as suas portas lamentarão e as suas congregações, uma a nu-
prantearão; e ela se assentará no vem e uma fumaça de dia e o res-
chão, desolada. plendor de um fogo chamejante à
noite; porque sobre toda a glória
CAPÍTULO 14 de Sião haverá uma defesa.
6 E haverá um tabernáculo por
Sião e suas filhas serão redimidas e
sombra contra o calor do dia e
purificadas no dia do milênio — Com-
por a refúgio e esconderijo contra
parar com Isaías 4. Aproximadamente
a tempestade e a chuva.
559–545 a.C.
E naquele dia sete mulheres lan-
CAPÍTULO 15
çarão mão de um homem, dizen-
do: Nós comeremos nosso próprio A vinha do Senhor (Israel) tornar-
pão e vestir-nos-emos com nos- se-á desolada e Seu povo será disper-
sos próprios vestidos; tão somen- so — Aflições virão sobre eles em sua
te queremos ser chamadas pelo apostasia e dispersão — O Senhor
teu nome, para desfazer o nosso levantará um estandarte e coligará
a 
opróbrio. Israel — Comparar com Isaías 5.
2 Naquele dia o a ramo do Senhor Aproximadamente 559–545 a.C.
23 a OU vestimentas 14 1 a IE o estigma de não ter Terra.
transparentes. casado e não ter filhos. b GEE Lavado,
24 a HEB andrajos. 2 a Isa. 60:21; Lavamento, Lavar.
b OU manto. 2 Né. 3:5; c Mal. 3:2–3; 4:1.
c OU marcar com ferro Jacó 2:25. 5 a Êx. 13:21.
em brasa (marca da 4 a IE Quando o Senhor 6 a Isa. 25:4;
escravidão). tiver purificado a D&C 115:6.
95 2 NÉFI 15:1–15
E então cantarei ao meu bem- eis aqui opressão; retidão, mas eis
amado o a cântico do meu amado aqui um clamor.
a respeito da sua vinha. O meu 8 Ai dos que ajuntam a casa a casa
bem-amado tem uma vinha num até que não possa haver nenhum
outeiro muito fértil. lugar, para b ficarem sozinhos no
2 E cercou-a e limpou-a das pe- meio da terra!
dras e nela plantou excelente a vi- 9 Aos meus ouvidos disse o Se-
deira; e edificou no meio dela uma nhor dos Exércitos: Em verda-
torre e também construiu nela um de, muitas casas ficarão desertas;
lagar; e esperava que desse uvas, e grandes e belas cidades, sem
mas deu uvas bravas. moradores.
3 E agora, ó habitantes de Jeru- 10 Sim, dez acres de vinha darão
salém e homens de Judá, julgai, um a bato; e um ômer de semente
eu vos peço, entre mim e a mi- dará um efa.
nha vinha. 11 Ai dos que se levantam pela
4 Que mais poderia ser feito à manhã para a procurar bebida for-
minha vinha, que eu não lhe te- te; e continuam até à noite e o b vi-
nha feito? Entretanto quando es- nho os inflama!
perei que desse uvas, produziu 12 E a harpa, e o alaúde, o tam-
uvas bravas. boril, e pífaro, e vinho há nos seus
5 Agora, pois, eu vos farei saber banquetes; mas eles não a olham
o que hei de fazer à minha vi- para o trabalho do Senhor, nem
nha — a Tirarei a sua sebe e servirá consideram as obras das suas
de pasto; derribarei a sua parede mãos.
e será pisada; 13 Portanto, o meu povo foi le-
6 E torná-la-ei em deserto; não vado para o cativeiro por falta de
será podada nem cavada, mas a 
conhecimento; e os seus nobres
crescerão nela a sarças e espinhei- estão famintos, e a sua multidão
ros; e às nuvens darei ordem para está com sede.
que b não derramem chuva sobre 14 Por isso o inferno alargou-se e
ela. abriu a boca desmesuradamente;
7 Porque a a vinha do Senhor dos e a glória deles e a sua multidão e
Exércitos é a casa de Israel e os a sua pompa e os que se deleitam
homens de Judá são a planta dos a ele baixarão.
seus deleites; e esperou b juízo, e 15 Então o plebeu será abatido;
15 1 a IE O profeta compõe 6 a Isa. 7:23; 32:13. dos pobres.
uma canção ou b Jer. 3:3. 10 a Eze. 45:10–11.
parábola poética sobre 7 a GEE Vinha do Senhor. 11 a Prov. 23:30–32.
uma vinha, mostrando b OU justiça. b GEE Palavra de
a misericórdia de 8 a Miq. 2:1–2. Sabedoria.
Deus e a indiferença b IE deixados sozinhos. 12 a Salm. 28:5.
de Israel. Os ricos proprietários 13 a Ose. 4:6.
2 a Jer. 2:21. de terra absorvem as GEE Conhecimento.
5 a Salm. 80:12. pequenas propriedades
2 NÉFI 15:16–29 96
e o poderoso será humilhado, e 24 Portanto, assim como o fogo a 

os olhos dos altivos serão humi- devora o b restolho, e a chama


lhados. consome a c palha, será a sua raiz
16 Mas o Senhor dos Exércitos podridão, e as suas flores se es-
será exaltado em a juízo e Deus, vaecerão como pó; porquanto re-
que é Santo, será santificado em jeitaram a lei do Senhor dos Exér-
retidão. citos, e d desprezaram a palavra do
17 Então os cordeiros pastarão Santo de Israel.
segundo o seu costume; e os luga- 25 Por isso acendeu-se a a ira do
res desolados dos gordos, comê- Senhor contra o seu povo e esten-
los-ão os estranhos. deu contra ele a sua mão e feriu-o;
18 Ai dos que puxam pela ini- e as montanhas tremeram e os
quidade com cordas de a vaidade seus cadáveres foram despedaça-
e pelo pecado, b como se fosse com dos no meio das ruas. Com tudo
uma corda de carro! isso não voltou atrás a sua ira,
19  Que dizem: Avie-se ele e mas ainda está alçada a sua mão.
a 
apresse a sua obra, para que a 26 E ele arvorará um a estandarte
b 
vejamos; e aproxime-se e venha o ante as nações longínquas e b as-
conselho do Santo de Israel, para sobiar-lhes-á desde os confins da
que o conheçamos. Terra; e eis que c virão apressada-
20 Ai dos que ao mal a chamam mente; não haverá entre eles can-
bem, e ao bem, mal; que fazem da sados nem claudicantes.
b 
escuridão luz, e da luz, escuri- 27 Ninguém toscanejará nem
dão; e fazem do amargo doce, e dormirá; não se lhe desatará o
do doce, amargo! cinto dos seus lombos, nem se
21 Ai dos que são a sábios aos lhe quebrará a correia dos seus
seus próprios olhos, e prudentes sapatos.
à sua própria vista! 28 As suas flechas serão agudas,
22 Ai dos que são poderosos e todos os seus arcos, retesados; e
para beber vinho e valentes para os cascos dos seus cavalos serão
misturar bebida forte; contados como pederneira, e as
23 Que justificam o ímpio por suas rodas, como um redemoinho.
recompensa e a tiram ao justo a O seu rugido será como o do leão.
sua retidão! 29 Rugirão como filhos de a leão;
16 a GEE Jesus Cristo — Juiz. b 1 Jo. 1:6. c Lc. 3:17; Mos. 7:29–31.
18 a GEE Vaidade, Vão. 21 a Prov. 3:5–7; d 2 Sam. 12:7–9.
b IE Estão atados a seus 2 Né. 28:15. 25 a D&C 63:32;
pecados como animais 23 a IE privam-no de seus Mois. 6:27.
a suas cargas. direitos legais. 26 a GEE Estandarte.
19 a Jer. 17:15. 24 a Oba. 1:18; Mal. 4:1–2; b IE, sinal para a
b IE Eles não acreditarão 2 Né. 20:17. coligação.
no Messias até que O b Joel 2:5; Isa. 7:18; 2 Né. 29:2.
vejam. 1 Né. 22:15, 23; c GEE Israel — Coligação
20 a Morô. 7:14, 18; 2 Né. 26:4, 6; de Israel.
D&C 64:16; 121:16. D&C 64:23–24; 133:64. 29 a 3 Né. 21:12–13.
97 2 NÉFI 15:30–16:12
sim, rugirão e arrebatarão a presa homem de lábios impuros e habi-
e levá-la-ão em segurança; e não to no meio de um povo de impu-
haverá quem a livre. ros lábios; pois os meus olhos vi-
30 E bramarão contra eles na- ram o Rei, o Senhor dos Exércitos.
quele dia, como o bramido do 6 Então um dos serafins voou
mar; e se olharem para a terra, eis para mim, trazendo na mão uma
trevas e pesar; e a luz escurecer- a 
brasa viva que tirara do altar com
se-á nos céus. uma tenaz;
7 E com ela tocou-me a boca e
CAPÍTULO 16 disse: Eis que isto tocou os teus lá-
bios; e a tua a iniquidade foi tirada
Isaías vê o Senhor — Os pecados de
e purgado o teu pecado.
Isaías são perdoados — Ele é cha-
8 E também ouvi a voz do Se-
mado para profetizar — Profetiza a
nhor, que dizia: A quem enviarei
rejeição dos ensinamentos de Cristo
e quem há de ir por nós? Então
pelos judeus — Um remanescente
disse eu: Eis-me aqui, envia-me
retornará — Comparar com Isaías
a mim.
6. Aproximadamente 559–545 a.C.
9 E disse ele: Vai e dize a este
No a ano em que morreu o rei povo — Ouvi bem, mas não en-
Uzias, eu vi também o Senhor tenderam; e vede bem, mas não
assentado sobre um alto e subli- perceberam.
me trono; e a cauda do seu manto 10  Engorda o coração deste
enchia o templo. povo, endurece-lhe os ouvidos e
2 Os a serafins estavam acima do fecha-lhe os olhos — não venha
trono; cada um tinha seis asas; ele a ver com os seus olhos e a ou-
com duas cobriam o rosto, com vir com os seus ouvidos e enten-
duas cobriam os pés e com duas der com o seu coração e conver-
voavam. ter-se e ser curado.
3 E clamavam uns aos outros, 11 Então disse eu: Senhor, até
dizendo: Santo, santo, santo é o quando? E ele disse: Até que se
Senhor dos Exércitos; toda a Terra assolem as cidades e fiquem sem
está cheia da sua glória. habitantes; e nas casas não fique
4 E os a umbrais da porta move- morador, e a terra seja totalmente
ram-se com a voz daquele que desolada.
clamava, e a casa encheu-se de 12 E o Senhor tenha a afastado
fumaça. para longe os homens, porque
5 Então disse eu: Ai de mim, pois haverá grande desolação no meio
estou a perdido! Porque sou um da terra.
16 1 a IE cerca de 750 a.C. estava oprimido pela purificação.
2 a GEE Querubins. consciência de seus 7 a GEE Remissão de
4 a HEB tremeram os pecados e dos de seu Pecados.
alicerces das soleiras. povo. 10 a Mt. 13:14–15.
5 a HEB afastado; i.e., 6 a IE símbolo de 12 a 2 Re. 17:18, 20.
2 NÉFI 16:13–17:14 98
13 Mas haverá ainda uma déci- pedaços de tição fumegantes, por
ma parte, e eles voltarão e serão causa do ardor da ira de Rezim
devorados, como uma azinheira e com a Síria e do filho de Remalias.
como um carvalho que, depois de 5 Porquanto a Síria, Efraim e o
desfolharem, ainda conservam em filho de Remalias tiveram contra
si a sua substância; assim, a santa ti maligno conselho, dizendo:
semente será a a substância deles. 6 Subamos contra Judá e ator-
mentemo-la; a repartamo-la entre
CAPÍTULO 17 nós e ponhamos um rei no meio
dela, o filho de Tabeal.
Efraim e a Síria fazem guerra contra
7 Assim diz o Senhor Deus: Isso
Judá — Cristo nascerá de uma vir-
não subsistirá nem tampouco
gem — Comparar com Isaías 7. Apro-
acontecerá.
ximadamente 559–545 a.C.
8 Pois a cabeça da Síria é Damas-
E aconteceu nos dias de Acaz, co e a cabeça de Damasco, Rezim;
filho de Jotão, filho de Uzias, rei e dentro de sessenta e cinco anos
de Judá, que Rezim, rei da Síria, Efraim será quebrantado e deixará
e Peca, filho de Remalias, rei de de ser um povo.
Israel, subiram a Jerusalém para 9 E a cabeça de Efraim é Samaria
pelejar contra ela, mas não pude- e a cabeça de Samaria é o filho de
ram prevalecer contra ela. Remalias. Se a não crerdes, certa-
2 E deram aviso à casa de Davi, mente não ficareis firmes.
dizendo: A Síria fez aliança com 10 E o Senhor falou novamente
a 
Efraim. E moveu-se-lhe o coração a Acaz, dizendo:
e o coração do seu povo, como 11 Pede ao Senhor teu Deus um
se movem as árvores do bosque a 
sinal; pede-o embaixo nas pro-
com o vento. fundezas ou em cima nas alturas.
3 Então disse o Senhor a Isaías: 12 Acaz, porém, disse: Não o
Ide agora, tu e teu filho, a Sear- pedirei nem a tentarei o Senhor.
Jasube, ao encontro de Acaz, ao 13 E ele disse: Ouvi agora, ó casa
fim do canal do tanque superior, de Davi: É pouco para vós afadi-
na estrada do campo do pisoeiro. gardes os homens; ainda afadiga-
4 E dize-lhe: Acautela-te e aquie- reis também o meu Deus?
ta-te; a não temas nem se desani- 14 Portanto, o próprio Senhor
me o teu coração por esses dois vos dará um sinal: Eis que uma
13 a IE Como uma árvore norte foi chamada poder de fogo àqueles
que, embora suas pelo nome de Efraim, dois reis.
folhas estejam a principal tribo do 6 a HEB dividamo-la.
espalhadas, ainda norte. 9 a 2 Crôn. 20:20.
possui vida e o 3 a HEB O remanescente 11 a GEE Sinal.
potencial de produzir retornará. 12 a IE testar, experimentar
sementes. 4 a IE Não te alarmes com ou provar.
17 2 a IE Toda a Israel do o ataque; resta pouco
99 2 NÉFI 17:15–18:3
virgem conceberá e dará à luz um
a 
comerá todo aquele que restar na
filho; e b Emanuel será o seu nome. terra.
15 Manteiga e mel comerá, para 23 E acontecerá naquele dia que
que saiba rejeitar o mal e escolher todo lugar em que havia mil vides
o bem. do valor de mil moedas de prata
16  Pois antes que o a menino será para sarças e espinheiros.
saiba rejeitar o mal e escolher o 24 Com arcos e flechas entrar-
bem, a terra de que te enfadas será se-á ali, porque as sarças e os es-
abandonada por seus b dois reis. pinheiros cobrirão toda a terra.
17 O Senhor fará a vir sobre ti e 25 E em todos os montes que
sobre o teu povo e sobre a casa de forem cavados com enxadas não
teu pai, pelo rei da Assíria, dias entrará o temor das sarças e dos
que nunca vieram, desde o dia em espinheiros; mas servirão para
que b Efraim se separou de Judá. pasto de bois e para serem pisa-
18 E acontecerá que naquele dia dos pelo a gado miúdo.
a 
assobiará o Senhor para a mos-
ca que está nas extremidades do CAPÍTULO 18
Egito e para a abelha que está na
Cristo será como uma pedra de trope-
terra da Assíria;
ço e uma rocha de escândalo — Con-
19 E virão e pousarão todas nos
sultai o Senhor, não adivinhos — Vol-
vales desertos e nas fendas das
tai-vos para a lei e o testemunho, para
rochas e sobre todos os espinhos
orientação — Comparar com Isaías
e sobre todos os arbustos.
8. Aproximadamente 559–545 a.C.
20 No mesmo dia a rapará o Se-
nhor com uma navalha alugada Disse-me também o Senhor: Toma
por aqueles que estão além do um grande rolo e escreve nele com
rio, pelo b rei da Assíria, a cabeça uma pena, concernente a a Maer-
e o pelo dos pés; e também rapa- Salal-Hás-Baz.
rá a barba. 2 E tomei comigo fiéis a teste-
21 E acontecerá naquele dia que munhas para escrever ao sacer-
um homem a alimentará uma no- dote Urias e a Zacarias, filho de
vilha e duas ovelhas. Jeberequias.
22 E acontecerá que, por causa 3 E fui ter com a a profetisa e ela
da abundância do leite que elas concebeu e deu à luz um filho; e o
hão de dar, ele comerá mantei- Senhor disse-me: Põe-lhe o nome
ga; porquanto manteiga e mel de Maer-Salal-Hás-Baz.
14 a GEE Virgem. Isa. 5:26. restarão.
b HEB Deus está conosco. 20 a IE A terra será 25 a HEB ovelhas ou bodes.
GEE Emanuel. despovoada por um 18 1 a HEB Para ir rápido ao
16 a 2 Né. 18:4. invasor estrangeiro. despojo, ele apressa a
b 2 Re. 15:30; 16:9. b 2 Re. 16:5–9. presa.
17 a 2 Crôn. 28:19–21. 21 a IE Apenas alguns 2 a GEE Testemunha.
b 1 Re. 12:16–19. sobreviventes 3 a IE sua esposa.
18 a IE dar sinal, convocar. auto-suficientes
2 NÉFI 18:4–18 100
4 Pois eis que antes que o meni- a 
e ela não subsistirá, porque Deus
a 

no b saiba dizer meu pai e minha está conosco.


mãe, serão levadas as riquezas de 11 Porque assim o Senhor me
Damasco e os c despojos de Sama- falou com mão forte e instruiu-
ria ao rei da Assíria. me a não andar no caminho deste
5 E o Senhor falou novamente povo, dizendo:
comigo, dizendo: 12 Não chameis a conspiração
6 Porquanto este povo despre- a tudo quanto este povo chama
za as águas de a Siloé, que correm conspiração; e não participeis de
brandamente; e alegra-se com b Re- seu temor nem tenhais medo.
zim e com o filho de Remalias. 13 Santificai o Senhor dos Exér-
7 Então, eis que o Senhor fará vir citos; e a seja ele o vosso temor e
a 
sobre eles as águas do rio, fortes seja ele o vosso assombro.
e caudalosas, isto é, sobre o rei 14 E ele será por a santuário; mas
da Assíria com toda a sua glória; servirá de b pedra de tropeço e de
e subirá acima de todos os seus rocha de escândalo às duas casas
leitos e transbordará por todas as de Israel; de laço e rede aos mo-
suas ribanceiras. radores de Jerusalém.
8 E a passará por Judá; ele trans- 15 E muitos dentre eles a tropeça-
bordará e inundará e chegará até rão e cairão; e serão quebrantados
o pescoço; e a extensão das suas e enlaçados e presos.
asas encherá a largura da tua ter- 16 Ligai o testemunho, selai a a lei
ra, ó b Emanuel. entre os meus discípulos.
9 a Uni-vos, ó povos, e sereis fei- 17 E esperarei o Senhor, que a es-
tos em pedaços; e dai ouvidos, conde o rosto da casa de Jacó; e a
todos vós, de países distantes; ele aguardarei.
cingi-vos e sereis feitos em peda- 18 Eis que eu e os filhos que me
ços; cingi-vos e sereis feitos em deu o Senhor aqui estamos como
pedaços. a 
sinais e maravilhas, em Israel, da
10 Tomai juntamente conselho, e parte do Senhor dos Exércitos que
ele será dissipado; dizei a palavra, habita no monte Sião.
4 a 2 Né. 17:16. Emanuel) será 16 a HEB ensinamentos,
b Isa. 8:4. poupada. doutrina.
c 2 Re. 15:29. Salm. 46:7. GEE Evangelho.
6 a Gên. 49:10; 12 a IE Judá não dependerá 17 a Isa. 54:8.
TJS Gên. 50:24 de combinações 18 a IE Os nomes de
(Apêndice da Bíblia). secretas com outros Isaías e de seus
b Isa. 7:1. para sua segurança. filhos significam:
7 a IE primeiramente sobre 13 a IE Sede reverentes “Jeová salva”;
a Israel do norte. e humildes perante “O remanescente
8 a IE Assíria também Deus. retornará”; e “Para ir
penetrará em Judá. 14 a Eze. 11:15–21. rápido ao despojo, ele
b GEE Emanuel. b 1 Ped. 2:4–8; apressa a presa.”
9 a IE Fazer alianças. Jacó 4:14–15. 2 Né. 17:3; 18:3.
10 a IE Judá (terra de 15 a Mt. 21:42–44.
101 2 NÉFI 18:19–19:7
19 E quando vos disserem: Con- depois afligiu mais severamente,
sultai os a adivinhos e os b encan- pelo caminho do Mar Vermelho,
tadores que chilreiam e murmu- além do Jordão, na Galileia das
ram entre dentes — c não deve nações.
um povo consultar o seu Deus, 2 O povo que andava nas a trevas
para que os vivos ouçam d os viu uma grande luz; sobre os que
mortos? habitavam na região da sombra da
20 À lei e ao testemunho; e se morte a luz resplandeceu.
a 
eles não falarem segundo esta pa- 3 Tu multiplicaste a nação e a au-
lavra, é porque não há neles luz. mentaste a alegria — eles se ale-
21 E a passarão por ela duramen- gram perante ti como se alegram
te oprimidos e famintos; e acon- na ceifa e como os homens exul-
tecerá que, tendo fome, se enfu- tam quando repartem os despojos.
recerão e amaldiçoarão a seu rei 4 Porque tu quebraste o jugo que
e a seu Deus e olharão para cima. pesava sobre ele e a vara de seu
22 E olharão para a Terra e con- ombro, o bastão do seu opressor.
templarão tribulações e trevas, 5 Pois toda peleja dos guerrei-
obscuridade de angústia; e serão ros se faz com ruídos confusos e
arrastados às trevas. vestimentas roladas em sangue,
mas esta será com queimadura e
CAPÍTULO 19 combustível de fogo.
6 Pois um a menino nos nasceu,
Isaías fala messianicamente — O
um filho se nos deu; e o b gover-
povo que andava em trevas verá uma
no estará sobre os seus ombros;
grande luz — Um menino nos nas-
e o seu nome será: Maravilhoso,
ceu — Ele será o Príncipe da Paz e
Conselheiro, c Poderoso Deus, d Pai
reinará no trono de Davi — Compa-
Eterno, Príncipe da e Paz.
rar com Isaías 9. Aproximadamente
7 O aumento de a governo e de
559–545 a.C.
paz b não terá fim sobre o trono
Não obstante, o entenebrecimen- de Davi, e sobre o seu reino para
to não será tal como o foi em sua organizá-lo, e estabelecê-lo com
aflição, quando no princípio ele juízo e com justiça desde agora,
afligiu ligeiramente a a terra de e para sempre. O zelo do Senhor
Zebulom e a terra de Naftali, e dos Exércitos fará isso.
19 a Lev. 20:6. cativeiro porque não 6 a Isa. 7:14;
b IE feiticeiros, adivinhos. daria ouvidos. Lc. 2:11.
c 1 Sam. 28:6–20. 19 1 a Mt. 4:12–16. b Mt. 28:18.
d OU em nome dos. 2 a A “obscuridade” e as c Tit. 2:13–14.
20 a IE os médiuns “trevas” eram apos- d Al. 11:38–39, 44.
espíritas (também nos tasia e cativeiro; “a e Jo. 14:27.
vers. 21–22). grande luz” é Cristo. 7 a GEE Governo.
21 a IE Israel seria levada ao 3 a Isa. 9:3. b Dan. 2:44.
2 NÉFI 19:8–20:2 102
8 O Senhor enviou a sua palavra aplacou a sua ira, mas ainda está
a Jacó, e ela caiu sobre a Israel. estendida a sua c mão.
9 E todo o povo o saberá, até 18  Pois a iniquidade queima
mesmo Efraim e os habitantes de como fogo; devorará as sarças e
Samaria, que dizem com soberba os espinheiros e atear-se-á nos
e altivez de coração: emaranhados das florestas; e eles
10 Os tijolos caíram, mas com ascenderão como a subida da fu-
pedras lavradas edificaremos; cor- maça.
taram-se os sicômoros, mas por 19 Pela ira do Senhor dos Exér-
cedros substituí-los-emos. citos a terra será escurecida e o
11 Portanto, o Senhor levantará povo será como combustível de
contra ele os adversários de a Re- fogo; a nenhum homem poupará
zim e reunirá os seus inimigos. seu irmão.
12 Pela frente, os sírios, e por 20 Arrebatará à sua direita e terá
trás, os filisteus; e a devorarão Is- fome; a comerá à sua esquerda e
rael com a boca escancarada. Com não se fartará; cada um comerá a
tudo isso não se aplacou a sua carne do próprio braço —
b 
ira, mas ainda está estendida a 21 a Manassés, b Efraim; e Efraim,
sua mão. Manassés; eles juntos serão con-
13 Porque o povo a não se volta tra c Judá. Com tudo isto não se
para quem o fere nem busca o Se- lhe aplacou a ira, mas ainda está
nhor dos Exércitos. estendida a sua mão.
14 Portanto, o Senhor cortará de
Israel a cabeça e a cauda, o ramo CAPÍTULO 20
e o junco, num dia.
A destruição da Assíria é um sím-
15 O ancião é a cabeça, e o profe-
bolo da destruição dos iníquos na
ta que ensina falsidades é a cauda.
Segunda Vinda — Poucas pessoas
16 Pois os guias deste povo fa-
restarão após o retorno do Senhor —
zem-no errar, e os que por eles são
Os remanescentes de Jacó retornarão
guiados são destruídos.
naquele dia — Comparar com Isaías
17 Pelo que o Senhor não se re-
10. Aproximadamente 559–545 a.C.
gozijará com os seus jovens e não
se a compadecerá de seus órfãos e Ai dos que decretam leis injustas
viúvas; porque são todos hipócri- e que escrevem perversidades por
tas e malfazejos e toda boca pro- eles prescritas;
fere b tolices. Com tudo isto não se 2  Para apartar do a juízo os
8 a IE A mensagem 12 a 2 Re. 17:6, 18. 19 a Miq. 7:2–6.
profética que segue b Isa. 5:25; 10:4. 20 a Deut. 28:53–57.
(vers. 8–21) foi 13 a Amós 4:6–12. 21 a GEE Manassés.
uma advertência às 17 a GEE Misericórdia, b GEE Efraim.
dez tribos do norte Misericordioso. c GEE Judá.
chamadas Israel. b 2 Né. 9:28–29. 20 2 a OU justiça.
11 a 2 Re. 16:5–9. c Jacó 5:47; 6:4.
103 2 NÉFI 20:3–16
necessitados e tirar o direito aos melhores do que as de Jerusalém
pobres de meu povo; para que as e de Samaria;
b 
viúvas sejam sua presa e para 11 Como fiz a Samaria e aos seus
roubarem os órfãos! ídolos, não o farei igualmente a
3 E o que fareis vós no dia da a vi- Jerusalém e aos seus ídolos?
sitação e na desolação que há de 12 Portanto, há de acontecer que,
vir de longe? A quem recorrereis havendo o Senhor terminado toda
para obter socorro e onde deixa- a sua obra no monte Sião e em Je-
reis a vossa glória? rusalém, castigarei o a fruto do ar-
4 Sem mim, eles se abaterão en- rogante coração do rei da b Assíria
tre os presos e cairão entre os mor- e a glória da sua altivez.
tos. Com tudo isto a sua ira não se 13  Pois a ele diz: Com a for-
aplacou, mas ainda está estendida ça da minha mão e com a mi-
a sua mão. nha sabedoria fiz essas coisas;
5 Ó assírio, vara da minha ira, porque sou prudente; e removi
e a a sua indignação é o cajado na as fronteiras dos povos e rou-
sua mão. bei os seus tesouros e, como ho-
6 Enviá-lo-ei a contra uma nação mem valente, derrubei os seus
hipócrita e contra o povo do meu habitantes.
furor dar-lhe-ei ordem para que 14 E a minha mão achou as ri-
lhe tome os despojos e roube-lhe quezas dos povos como a um ni-
a presa e ponha-o para ser pisado, nho; e como se ajuntam os ovos
como a lama das ruas. abandonados, assim ajuntei eu
7 Não obstante, tal não é o seu toda a Terra; e não houve quem
desígnio nem o seu coração assim movesse a asa ou abrisse a boca
o imagina; mas em seu coração ou piasse.
pensa destruir e desarraigar não 15 a Gloriar-se-á o b machado con-
poucas nações. tra quem corta com ele? Engran-
8 Pois diz: Não são reis todos os decer-se-á a serra contra quem
meus príncipes? puxa por ela? Como se a vara se
9 Não é Calno como Carquêmis? movesse contra os que a levantam
Não é Hamate como Arpade? Não ou o bordão se levantasse como se
é Samaria como Damasco? não fora lenho!
10 Assim como a a minha mão 16 Portanto, o Senhor, o Senhor
fundou os reinos dos ídolos, dos Exércitos, enviará magreza
cujas imagens de escultura eram entre os seus gordos; e debaixo
2 b GEE Viúva. b Sof. 2:13. (por exemplo, o rei
3 a IE castigo. 13 a IE o rei da Assíria da Assíria) prosperar
5 a Isa. 10:5. (vers. 13–14). contra Deus?
6 a IE contra Israel. 15 a Todas as metáforas b IE Pode o rei prosperar
10 a IE a mão do rei da destes versículos fazem contra Deus?
Assíria (vers. 10–11). a mesma pergunta:
12 a IE jactância orgulhosa. Pode um homem
2 NÉFI 20:17–32 104
da sua glória ele acenderá uma
a 
Deus dos Exércitos: Ó povo meu,
chama, como chama de fogo. que habitas em Sião, não temas o
17 E a luz de Israel virá a ser assírio; ele te ferirá com uma vara
como fogo e o seu Santo como e contra ti levantará o seu bordão
labareda; e abrasarão e consumi- a 
à maneira do Egito;
rão os seus espinheiros e as suas 25 Pois daqui a bem pouco a in-
sarças num dia. dignação cessará; e a minha ira,
18 E a consumirá a glória da sua na sua destruição.
floresta e do seu campo fértil, tan- 26 E o Senhor dos Exércitos le-
to alma como corpo; e será como vantará contra ele um flagelo,
quando desmaia um porta-es- como a matança de a Midiã junto
tandarte. à rocha de Orebe; e como a sua
19 E o a resto das árvores da sua vara estava sobre o mar, assim
floresta será tão pouco que um também a levantará à maneira
menino as poderá contar. do Egito.
20 E acontecerá a naquele dia que 27 E acontecerá naquele dia que
os remanescentes de Israel e os a sua a carga será tirada do teu om-
da b casa de Jacó que escaparem bro, e do teu pescoço, o seu jugo;
nunca mais se c apoiarão no que os e o jugo será despedaçado por
feriu, mas apoiar-se-ão, em verda- causa da b unção.
de, no Senhor, o Santo de Israel. 28 a Ele chegou a Aiate, já passou
21 Os a remanescentes retorna- para Migrom; em Micmás deixou
rão, sim, os remanescentes de as suas carruagens.
Jacó, ao Deus forte. 29 Ultrapassaram o caminho;
22 Porque embora o teu povo, alojaram-se em Geba; Ramá teme;
Israel, seja como a areia do mar, Gibeá de Saul fugiu.
ainda assim um remanescente 30 Alça a voz, ó filha de Galim!
dele retornará; a a destruição de- Faze-a ouvir até Laís, ó pobre
cretada b transbordará de retidão. Anatote!
23 Pois o Senhor Deus dos Exér- 31 Madmena foi removida; os
citos a fará uma destruição, deter- habitantes de Gebim unem-se
minada em toda a terra. para fugir.
24 Portanto, assim diz o Senhor 32 Ainda permanecerá ele nesse
16 a IE o rei da Assíria GEE Mundo — Fim do Juí. 7:25.
(também vers. 17–19). mundo. 27 a Isa. 14:25.
18 a IE Assíria desaparecerá b IE Mesmo quando b GEE Ungido, O.
completamente. há castigo, existe 28 a IE Descrito o progresso
19 a IE os remanescentes do misericórdia. dos exércitos
exército da Assíria. 23 a IE levará a efeito a Assírios em direção
20 a IE últimos dias. destruição decretada. a Jerusalém; depois
b Amós 9:8–9. 24 a IE como fizeram os (vers. 33–34) é descrita
c IE dependerão de. Egípcios em tempos figurativamente a ação
21 a Isa. 11:11–12. passados. Êx. 1:13–14. do Senhor contra eles.
22 a D&C 63:34. 26 a Gên. 25:1–2;
105 2 NÉFI 20:33–21:11
dia em Nobe; levantará a mão 4 Julgará, porém, com a retidão os
contra o monte da filha de Sião, pobres e b repreenderá com equi-
o outeiro de Jerusalém. dade em favor dos c mansos da
33 Eis que o Senhor, o Senhor Terra; e ferirá a Terra com a vara
dos Exércitos, decepará o galho da sua boca, e com o sopro dos
com violência; e os de a alta esta- seus lábios matará o iníquo.
tura serão cortados e os altivos 5 E a retidão será o cinto dos
serão humilhados. seus lombos; e a fidelidade, o cin-
34 E cortará com ferro os emara- to dos seus a rins.
nhados das florestas, e o Líbano 6 Também morará o lobo com o
cairá pela mão de um poderoso. cordeiro; e o leopardo deitar-se-á
com o cabrito; e o bezerro e o filho
CAPÍTULO 21 do leão e a ovelha andarão juntos;
e um menino pequeno guiá-los-á.
O Tronco de Jessé (Cristo) julgará
7 E a vaca e a ursa pastarão, e
com retidão — O conhecimento de
seus filhos juntos se deitarão; e
Deus cobrirá a Terra no milênio — O
o leão comerá palha como o boi.
Senhor levantará um estandarte e co-
8 E brincará a criança de peito
ligará Israel — Comparar com Isaías
na toca da a áspide, e o desma-
11. Aproximadamente 559–545 a.C.
mado meterá a mão na cova do
E sairá uma a vara do b tronco de b 
basilisco.
Jessé e das suas raízes um ramo
c 
9  a Não ferirão nem destruirão
crescerá. em todo o meu santo monte, por-
2 E repousará sobre ele o a Espí- que a Terra estará cheia de b conhe-
rito do Senhor, o espírito de sabe- cimento do Senhor, como as águas
doria e entendimento, o espírito cobrem o mar.
de conselho e de fortaleza, o espí- 10 E a naquele dia haverá uma
rito de conhecimento e de temor b 
raiz de Jessé, que estará posta
ao Senhor; por estandarte do povo; os c gen-
3 E fá-lo-á rápido de entendi- tios d buscá-la-ão, e o seu repouso
mento no temor do Senhor; e não será glorioso.
a 
julgará segundo a vista dos seus 11  E acontecerá naquele dia
olhos, nem repreenderá segundo que o Senhor tornará a estender
o ouvir dos seus ouvidos. pela a segunda vez a mão para
33 a Hel. 4:12–13. 2 a Isa. 61:1–3. venenosa.
21 1 a D&C 113:3–4. 3 a Jo. 7:24. 9 a Isa. 2:4.
b D&C 113:1–2. 4 a Salm. 72:2–4; GEE Milênio.
c Jessé é o pai de Davi; Mos. 29:12. b D&C 101:32–33; 130:9.
faz-se ainda referência b HEB decidir. 10 a IE os últimos dias.
à linha genealógica c GEE Mansidão, Manso, JS—H 1:40.
real na qual nasceria Mansuetude. b Rom. 15:12;
Jesus. 5 a OU cintura. D&C 113:5–6.
Miq. 5:2; 8 a pequena cobra c D&C 45:9–10.
Heb. 7:14. venenosa do Egito. d OU a ele.
GEE Jessé. b uma outra serpente 11 a 2 Né. 6:14; 25:17; 29:1.
2 NÉFI 21:12–22:6 106
recuperar os remanescentes do CAPÍTULO 22
seu povo que restarem da Assíria
Nos dias do milênio todos os homens
e do Egito e de Patros e de Cuse;
louvarão ao Senhor — Ele habitará
e de Elão e de Sinar e de Hamate
entre eles — Comparar com Isaías
e das ilhas do mar.
12. Aproximadamente 559–545 a.C.
12 E levantará um a estandarte
para as nações e ajuntará os b des- E dirás naquele dia: Ó Senhor, eu
terrados de Israel; e os dispersos te louvarei; porque, ainda que te
de Judá c coligará desde os quatro iraste contra mim, a tua ira reti-
cantos da Terra. rou-se, e tu me consolaste.
13 Cessará também a a inveja de 2 Eis que Deus é a minha salva-
Efraim, e os adversários de Judá ção; eu a confiarei e não temerei;
serão desarraigados; b Efraim não porque o Senhor b Jeová é a minha
invejará a c Judá, e Judá não afligi- força e o meu cântico; tornou-se
rá a Efraim. também a minha salvação.
14 a Voarão, porém, sobre os om- 3 Portanto, com alegria tirareis
bros dos filisteus em direção ao a 
águas das fontes da salvação.
ocidente; juntos despojarão os do 4 E direis naquele dia: a Louvai
oriente; sobre Edom e Moabe po- ao Senhor, invocai o seu nome,
rão as mãos, e os filhos de Amom tornai manifestos os seus feitos
obedecer-lhes-ão. entre os povos, dizei quão excelso
15 E o Senhor a destruirá total- é o seu nome.
mente o braço de mar do Egito 5 a Cantai ao Senhor, porque fez
e, com seu vento forte, move- coisas grandiosas; isto é conheci-
rá a mão sobre o rio e feri-lo-á do em toda a Terra.
nas sete correntes e fará com 6 a Clama e brada, ó habitante de
que os homens o atravessem Sião, porque grande é o Santo de
a seco. Israel no meio de ti.
16 E haverá uma a estrada para
os remanescentes do seu povo que
CAPÍTULO 23
restarem da Assíria, como suce-
deu a Israel no dia em que subiu A destruição de Babilônia é um
da terra do Egito. símbolo da destruição na Segunda
12 a GEE Estandarte. os eventos de 1 Re. D&C 133:27.
b 3 Né. 15:15; 16:1–4. 12:16–20). Nos últimos 22 2 a Mos. 4:6; Hel. 12:1.
c Ne. 1:9; dias essa inimizade b Êx. 15:2;
1 Né. 22:10–12; desaparecerá. Salm. 83:18.
D&C 45:24–25. Eze. 37:16–22. GEE Jeová.
GEE Israel — Coligação GEE Inveja. 3 a GEE Águas Vivas.
de Israel. c GEE Judá. 4 a GEE Ação de
13 a Jer. 3:18. 14 a IE atacar as encostas Graças, Agradecido,
b As tribos lideradas ocidentais que eram Agradecimento.
por Judá e Efraim território filisteu. 5 a D&C 136:28.
eram historicamente 15 a Zac. 10:11. 6 a Isa. 54:1;
adversárias (após 16 a Isa. 35:8; Sof. 3:14.
107 2 NÉFI 23:1–15
Vinda — Será um dia de ira e vin- deles dores e angústias; cada um
gança — Babilônia (o mundo) cairá se espantará com o outro; os seus
para sempre — Comparar com Isaías rostos serão como chamas.
13. Aproximadamente 559–545 a.C. 9 Eis que o dia aflitivo do Senhor
vem, tanto com furor como com
O a peso de b Babilônia que Isaías, ira ardente, para pôr a Terra em
filho de Amós, viu. desolação; e a destruirá os seus
2 Alçai uma a bandeira sobre o pecadores.
monte alto; levantai a voz para 10 Porque as estrelas dos céus e
eles, b acenai-lhes com a mão a as suas constelações não darão a
fim de que entrem pelas portas sua luz; o a sol escurecer-se-á ao
dos nobres. nascer, e a lua não fará resplan-
3 Eu dei ordem aos meus a santi- decer a sua luz.
ficados e também chamei os meus 11 E a castigarei o mundo por
valentes, pois minha ira não está causa do mal; e os ímpios, pela
sobre os que exultam com a mi- sua iniquidade; farei cessar a ar-
nha majestade. rogância do b orgulhoso e abaterei
4 O estrondo da multidão nas a soberba do terrível.
montanhas é como o de um gran- 12 Farei com que um a homem
de povo, um tumultuoso ruído seja mais precioso que o ouro puro
dos a reinos de nações b congrega- e mais que o lingote de ouro de
das. O Senhor dos Exércitos passa Ofir.
em revista o exército de guerra. 13 Portanto, farei estremecer os
5 Vêm de uma terra distante, céus; e a Terra a mover-se-á do
desde a extremidade do céu, sim, seu lugar, na fúria do Senhor dos
o Senhor e as armas de sua indig- Exércitos e no dia da sua arden-
nação, para destruir toda a terra. te ira.
6 Uivai, porque o dia do Senhor 14 E será como a a corça que foge
está perto; virá como uma destrui- e como a ovelha que ninguém re-
ção do Todo-Poderoso. colhe; e cada um voltará para o
7 Portanto, todas as mãos se de- seu próprio povo e cada um fugirá
bilitarão e o coração de todos os para a sua própria terra.
homens se desanimará. 15 Todo o que for orgulhoso será
8 E terão medo; apoderar-se-ão traspassado; sim, e todo o que
23 1 a IE uma mensagem de GEE Babel, Babilônia. 10 a GEE Mundo — Fim do
condenação. 2 a OU Estandarte. mundo.
b A histórica destruição GEE Estandarte. 11 a Mal. 4:1.
da íniqua Babilônia, b IE acenai com a mão, b D&C 64:24.
profetizada em Isa. dai um sinal. 12 a Isa. 4:1–4.
13 e 14, é apresentada 3 a IE Santos. 13 a GEE Terra — Estado
como símbolo da 4 a Zac. 14:2–3. final da Terra.
destruição final de b Zac. 12:3. 14 a IE cervo perseguido.
todo o mundo iníquo. 9 a GEE Terra —
D&C 133:5, 7, 14. Purificação da Terra.
2 NÉFI 23:16–24:4 108
se juntar aos iníquos cairá pela misericordioso com meu povo,
espada. mas os iníquos perecerão.
16 Suas crianças também serão
despedaçadas perante os seus CAPÍTULO 24
olhos; as suas casas serão saquea-
Israel será coligada e desfrutará o
das, e as suas mulheres, violadas.
descanso do milênio — Lúcifer foi
17 Eis que incitarei contra eles
expulso do céu por rebelião — Israel
os medos, que não farão caso de
triunfará sobre Babilônia (o mun-
prata e ouro nem se deleitarão
do)  — Comparar com Isaías 14.
neles.
Aproximadamente 559–545 a.C.
18 Seus arcos também despeda-
çarão os jovens; e eles não se com- Porque o Senhor se compadece-
padecerão do fruto do ventre; seus rá de Jacó e, ainda assim, a elegerá
olhos não pouparão as crianças. Israel e pô-los-á na sua própria
19 E Babilônia, a glória dos rei- terra; e ajuntar-se-ão com eles os
nos, a a beleza da magnificência b 
estranhos e apegar-se-ão à casa
dos caldeus, será como quan- de Jacó.
do Deus destruiu b Sodoma e 2  a E o povo tomá-los-á e levá-
Gomorra. los-á ao seu lugar; sim, desde os
20 Nunca será a habitada nem confins da Terra; e voltarão para
servirá de moradia, de geração as suas b terras de promissão. E
em geração; nem o árabe armará a casa de Israel possuí-las-á, e a
ali a sua tenda nem os pastores terra do Senhor será para c servos
terão ali os seus apriscos. e servas; e cativarão aqueles que
21 As a feras do deserto, porém, os cativaram, e dominarão os seus
repousarão ali; e as suas casas en- opressores.
cher-se-ão de lúgubres animais; e 3 E acontecerá que naquele dia
ali habitarão as corujas e os b sáti- o Senhor te dará a descanso da
ros ali dançarão. tua tristeza e do teu temor e da
22 E os animais selvagens das dura servidão pela qual te fize-
ilhas gritarão nas suas a casas ram servir.
desoladas; e b dragões, nos seus 4 E acontecerá naquele dia que
palácios deleitosos; e perto está proferirás este dito contra o rei
o seu tempo, e os seus dias não de a Babilônia e dirás: Como ces-
se prolongarão. Pois destruí-la- sou o opressor, acabou a cidade
ei rapidamente; sim, pois serei dourada!
19 a IE vaidade. demônios. ajudarão Israel.
b Gên. 19:24–25; 22 a HEB palácios. b GEE Terra da
Deut. 29:23; b HEB (talvez) chacais Promissão.
2 Né. 13:9. ou cães selvagens. c Isa. 60:14.
20 a Jer. 50:3, 39–40. 24 1 a Zac. 1:17. 3 a Jos. 1:13;
21 a Isa. 34:14–15. b Isa. 60:3–5, 10. D&C 84:24.
b HEB bodes ou 2 a IE outras nações 4 a GEE Babel, Babilônia.
109 2 NÉFI 24:5–21
5 O Senhor quebrou o bastão Eu subirei ao céu, acima das es-
a 

dos iníquos, os cetros dos gover- trelas de Deus exaltarei o meu


nantes. trono; no monte da congregação
6 Aquele que feriu o povo com também me assentarei, nos lados
furor, com um golpe incessante, do b norte.
aquele que com ira dominou as 14 Subirei acima das alturas das
nações é perseguido, e ninguém nuvens; serei semelhante ao Al-
impede. tíssimo.
7 A Terra toda repousa e está 15 Contudo, serás precipitado no
quieta; eles rompem em a cânticos. inferno, para os lados do a abismo.
8 Sim, as a faias se alegram em 16 Os que te virem te a contem-
ti e também os cedros do Líbano, plarão e considerar-te-ão e dirão:
dizendo: Desde que tu b caíste, ne- É este o homem que fez estre-
nhum lenhador subiu contra nós. mecer a Terra e que fez tremer
9 O a inferno desde a sua profun- reinos?
didade turba-se por ti, para sair 17 E que fez do mundo um de-
ao teu encontro na tua vinda; ele serto, e destruiu as suas cidades, e
desperta por ti os b mortos, sim, não abriu a casa dos seus cativos?
todos os príncipes da Terra, e fez 18 Todos os reis das nações, sim,
levantar dos seus tronos todos os todos eles, repousam em glória,
reis das nações. cada um deles na a sua própria
10  Todos falarão e dir-te-ão: casa.
Também ficaste fraco como nós? 19 Tu, porém, és lançado da tua
Também te tornaste semelhante sepultura como um a ramo abomi-
a nós? nável e como o remanescente dos
11 A tua pompa é baixada à se- que são mortos, atravessados à
pultura; o som dos teus alaúdes espada, que descem às b pedras do
não é ouvido; os vermes espa- abismo como uma carcaça pisada.
lham-se debaixo de ti e cobrem-te. 20 Com eles não te reunirás na
12 a Como caíste do céu, ó b Lúci- sepultura, porque destruíste a tua
fer, filho da manhã! Foste lança- terra e mataste o teu povo; a a des-
do por terra, tu, que debilitavas cendência dos b malfeitores nunca
as nações! será reconhecida.
13 Pois disseste em teu coração: 21 Preparai a matança para os
7 a Isa. 55:12. mencionado como 16 a HEB olharão para
8 a HEB cipreste. Lúcifer, senhor de ti com os olhos
b IE na morte. toda a iniquidade. semicerrados.
9 a GEE Inferno. GEE Diabo; 18 a IE o túmulo de sua
b IE espíritos que Lúcifer. família.
deixaram o corpo. 13 a Mois. 4:1–4. 19 a IE um ramo rejeitado,
12 a D&C 76:26. b IE a morada dos deuses cortado e lançado fora.
b HEB estrela da manhã, segundo a crença b IE fundo.
filho da Alva. O babilônica. 20 a Salm. 21:10–11; 37:28.
soberano do mundo Salm. 48:2. b GEE Iniquidade, Iníquo.
iníquo (Babilônia) é 15 a 1 Né. 14:3.
2 NÉFI 24:22–25:1 110
seus filhos, por causa da iniqui- a 
toda, porque está quebrada a vara
dade de seus pais, para que não que te feria; pois da raiz da cobra
se levantem, nem possuam a ter- sairá um basilisco, e o seu fruto
ra nem encham a face do mundo será uma serpente voadora fla-
de cidades. mejante.
22 Pois levantar-me-ei contra 30 E os primogênitos dos pobres
eles, diz o Senhor dos Exércitos, comerão, e os necessitados repou-
e desarraigarei de Babilônia o sarão seguros; e matarei de fome
a 
nome e os remanescentes e o fi- a tua raiz, e ele destruirá os teus
lho e o b neto, diz o Senhor. remanescentes.
23 E também a reduzirei a a pos- 31 Uiva, ó porta! Grita, ó cida-
sessão de garças e a lagoas de de! Tu, Palestina toda, estás dis-
água; e varrê-la-ei com a vassou- solvida! Pois do norte vem uma
ra da destruição, diz o Senhor dos fumaça, e ninguém ficará solitário
Exércitos. no tempo que lhe foi designado.
24 O Senhor dos Exércitos jurou, 32 Que responderão, pois, os
dizendo: Como pensei, assim há mensageiros das nações? Que o
de suceder; como determinei, as- Senhor fundou a Sião, e que os b po-
sim será — bres do seu povo c confiarão nela.
25 Que o a assírio trarei à minha
terra, e nas b minhas montanhas o CAPÍTULO 25
pisarei; então o seu c jugo se apar-
Néfi deleita-se na clareza — As pro-
tará deles, e a sua carga apartar-
fecias de Isaías serão entendidas nos
se-á dos seus ombros.
últimos dias — Os judeus retornarão
26  a Este é o propósito que foi
de Babilônia, crucificarão o Messias
determinado sobre toda a Terra;
e serão dispersos e afligidos — Eles
e esta é a mão que está estendida
serão resgatados quando acreditarem
sobre todas as nações.
no Messias — Ele, primeiramente,
27 Pois o Senhor dos Exércitos
virá 600 anos após Leí haver saído de
determinou; e quem invalidará? E
Jerusalém — Os nefitas guardam a
a sua mão está estendida; e quem
lei de Moisés e creem em Cristo, que
a fará voltar atrás?
é o Santo de Israel. Aproximadamente
28 No a ano em que morreu o rei
559–545 a.C.
b 
Acaz, foi dada a sentença.
29 Não te alegres tu, Palestina Agora eu, Néfi, digo algo sobre
21 a Êx. 20:5. Isa. 37:33–38. essa mensagem de
22 a Prov. 10:7. b IE as montanhas de condenação a respeito
b Jó 18:19. Judá e Israel. dos filisteus, enquanto
23 a Isa. 34:11–15. c Isa. 10:27. Judá estaria segura.
25 a O assunto muda para 26 a IE Todas as nações b 2 Re. 16:20.
o ataque e derrota do mundo serão 32 a GEE Sião.
da Assíria em Judá, destruídas. b Sof. 3:12.
701 a.C. (vers. 24–27). 28 a IE Cerca de 720 a.C. c OU buscar refúgio nela.
2 Re. 19:32–37; foi profetizada
111 2 NÉFI 25:2–8
as palavras que escrevi, que foram vim de Jerusalém e meus olhos
proferidas pela boca de Isaías. viram as coisas dos b judeus, e sei
Pois eis que Isaías disse mui- que os judeus compreendem as
tas coisas que, para muitos de coisas dos profetas, e não há outro
meu povo, eram de a difícil com- povo que, como eles, compreen-
preensão; porque não conhecem da as coisas que foram ditas aos
o modo de profetizar dos judeus. judeus, a não ser que sejam ensi-
2 Porque eu, Néfi, não lhes en- nados à maneira das coisas dos
sinei muitas coisas sobre os cos- judeus.
tumes dos judeus; porque suas 6 Mas eis que eu, Néfi, não en-
a 
obras eram obras de trevas e seus sinei meus filhos à maneira dos
feitos eram abominações. judeus; mas eis que eu próprio
3 Portanto, escrevo a meu povo, residi em Jerusalém; conheço, por-
a todos os que no futuro rece- tanto, as regiões circunvizinhas; e
berem estas coisas que escrevo, fiz menção a meus filhos dos juí-
para que conheçam os juízos de zos de Deus que se a deram entre
Deus, que eles caem sobre todas os judeus, de acordo com tudo o
as nações segundo a palavra que que disse Isaías; e eu não os es-
ele proferiu. crevo.
4 Portanto, ouvi, ó povo meu, 7 Mas eis que continuo com a
que sois da casa de Israel, e es- minha própria profecia, de acordo
cutai minhas palavras; pois ainda com a minha a clareza, na qual sei
que as palavras de Isaías não vos que nenhum homem pode errar;
sejam claras, são, não obstante, não obstante, nos dias em que se
claras a todos os que estão cheios cumprirem as profecias de Isaías,
do a espírito de b profecia. Faço-vos, os homens certamente saberão,
porém, uma profecia, segundo o quando elas se realizarem.
espírito que está em mim; portan- 8 Elas são, portanto, de a valor
to, profetizarei de acordo com a para os filhos dos homens; e aos
c 
clareza que está em mim desde que supõem que elas não o sejam,
o tempo em que deixei Jerusalém falarei particularmente e limitarei
com meu pai; porque eis que mi- as palavras a b meu povo; pois sei
nha alma se deleita em esclarecer que lhes serão de grande valor nos
o meu povo, para que aprenda. c 
últimos dias; porque naquele dia
5 Sim, e minha alma deleita-se as entenderão; portanto, as escrevi
nas palavras de a Isaías, porque para o seu bem.
25 1 a 2 Né. 25:5–6. 5 a 1 Né. 19:23; 8 a GEE Escrituras — Valor
2 a 2 Re. 17:13–20. 3 Né. 23:1. das escrituras.
4 a GEE Espírito Santo. b GEE Judeus. b En. 1:13–16;
b GEE Profecia, 6 a 2 Né. 6:8; Mórm. 5:12–15;
Profetizar. Hel. 8:20–21. D&C 3:16–20.
c 2 Né. 31:3; 33:5–6; 7 a 2 Né. 32:7; c GEE Últimos Dias.
Jacó 4:13. Al. 13:23.
2 NÉFI 25:9–16 112
9 E do mesmo modo que uma b 
sepultura pelo espaço de três c 

geração foi a destruída entre os dias, d levantar-se-á dentre os mor-


judeus por causa de iniquidade, tos, com poder de cura em suas
foram eles destruídos de geração asas; e todos os que crerem em
em geração, de acordo com suas seu nome serão salvos no reino
iniquidades; e nunca qualquer de Deus. Minha alma deleita-se,
deles foi destruído sem que isso portanto, em profetizar sobre ele,
lhe fosse b predito pelos profetas pois e vi os seus dias e meu coração
do Senhor. magnifica seu santo nome.
10 Portanto, foram avisados da 14 E eis que acontecerá que, de-
destruição que cairia sobre eles, pois de haver o a Messias ressus-
imediatamente depois de meu citado dos mortos e haver-se ma-
pai deixar Jerusalém; não obs- nifestado a seu povo, a todos os
tante, endureceram o coração e, que acreditarem em seu nome,
de acordo com a minha profecia, eis que Jerusalém será b destruí-
foram a destruídos, salvo aqueles da novamente; pois ai dos que
b 
levados cativos para a Babilônia. lutarem contra Deus e o povo de
11 E agora isto digo eu, por cau- sua igreja!
sa do espírito que está em mim. E 15 Portanto, os a judeus serão
não obstante terem sido eles leva- b 
dispersos por todas as nações;
dos, retornarão e ocuparão a ter- sim, e também c Babilônia será
ra de Jerusalém; serão, portanto, destruída; portanto, outras nações
a 
restituídos à terra de sua herança. dispersarão os judeus.
12 Mas eis que terão guerras e 16 E depois de haverem sido
rumores de guerras; e quando dispersos e de o Senhor Deus os
chegar o dia em que o a Unigêni- ter castigado pela mão de outros
to do Pai, sim, o Pai dos céus e da povos pelo espaço de muitas gera-
Terra manifestar-se a eles na car- ções, sim, de geração em geração,
ne, eis que o rejeitarão por causa até serem persuadidos a a acreditar
de suas iniquidades e da dureza em Cristo, o Filho de Deus, e na
de seu coração e da dureza de expiação, que é infinita para toda
sua cerviz. a humanidade — e quando che-
13 Eis que eles o a crucificarão; gar o dia em que eles acreditarem
e depois de permanecer numa em Cristo, adorarem o Pai em seu
9 a Jer. 39:4–10; 11 a Esd. 1:1–4; 14 a GEE Messias.
Mt. 23:37–38. Jer. 24:5–7. b Lc. 21:24;
b Amós 3:7; 12 a GEE Unigênito. JS—M 1:1–18.
1 Né. 1:13. 13 a Lc. 23:33. 15 a GEE Judeus.
10 a 1 Né. 7:13; b Jo. 19:41–42; b Ne. 1:8–9;
2 Né. 6:8; 1 Né. 19:10. 2 Né. 10:6.
Ômni 1:15; c Lc. 24:6–7; c GEE Babel, Babilônia.
Hel. 8:20–21. Mos. 3:10. 16 a 2 Né. 10:6–9; 30:7;
b 2 Re. 24:14; d GEE Ressurreição. Mórm. 5:14.
Jer. 52:3–16. e 1 Né. 11:13–34.
113 2 NÉFI 25:17–22
nome, com o coração puro e mãos profetas e também com a palavra
limpas; e não mais esperarem por do c anjo de Deus, seu nome será
outro Messias, então virá o dia em Jesus Cristo, o Filho de Deus.
que será essencial que eles acredi- 20 E agora, meus irmãos, falei
tem nestas coisas. com clareza, de modo que não po-
17 E o Senhor estenderá a mão deis errar. E como vive o Senhor
pela segunda vez, a fim de a res- Deus que a tirou Israel da terra do
gatar seu povo de seu estado de- Egito e deu a Moisés poder para
caído e de perdição. Portanto, fará b 
curar as nações depois de have-
uma b obra maravilhosa e um as- rem sido mordidas por serpentes
sombro no meio dos filhos dos venenosas, se olhassem para uma
homens. c 
serpente que ele levantou dian-
18 Portanto, ele irá revelar-lhes te delas; e também lhe deu poder
suas a palavras, pelas quais serão para golpear a d rocha, a fim de
b 
julgados no último dia, porque que jorrasse água; sim, eis que vos
elas serão dadas com o propó- digo que, assim como estas coisas
sito de c convencê-los do verda- são verdadeiras e como o Senhor
deiro Messias que foi rejeitado Deus vive, não há outro e nome
por eles; e para convencê-los de dado debaixo do céu mediante
que não precisam mais esperar o qual o homem possa ser salvo,
que venha um Messias, porque a não ser o deste Jesus Cristo do
outro não virá, a menos que seja qual falei.
um d falso Messias que engane o 21 Portanto, por causa disto pro-
povo; porque só há um Messias meteu-me o Senhor Deus que es-
mencionado pelos profetas e esse tas coisas que a escrevo serão guar-
Messias é aquele que será rejeita- dadas e preservadas e passadas
do pelos judeus. a meus descendentes, de geração
19 Pois de acordo com as pala- em geração, para que seja cumpri-
vras dos profetas, o a Messias virá da a promessa feita a José de que
b 
seiscentos anos depois da época seus descendentes jamais b pere-
em que meu pai deixou Jerusalém; ceriam enquanto a Terra durasse.
e de acordo com as palavras dos 22  Portanto, estas coisas
17 a 2 Né. 21:11–12; 29:1. nascimento e da morte Núm. 20:11;
GEE Restauração do de Jesus Cristo. 1 Né. 17:29; 20:21.
Evangelho. b 1 Né. 10:4; e Ose. 13:4;
b Isa. 29:14; 3 Né. 1:1, 13. At. 4:10–12;
2 Né. 27:26; c 2 Né. 10:3. Mos. 5:8;
3 Né. 28:31–33. 20 a Êx. 3:7–10; Mois. 6:52.
18 a 2 Né. 29:11–12; 1 Né. 17:24, 31; 19:10. GEE Salvador.
33:11, 14–15. b Jo. 3:14; 21 a 2 Né. 27:6–14.
b GEE Juízo Final. 1 Né. 17:41. b Amós 5:15;
c 2 Né. 26:12–13. c Núm. 21:8–9; 2 Né. 3:16;
d GEE Anticristo. Al. 33:19; Al. 46:24–27.
19 a GEE Jesus Cristo — Hel. 8:14–15.
Profecias acerca do d Êx. 17:6;
2 NÉFI 25:23–30 114
passarão de geração a geração, para que nossos filhos saibam que
enquanto durar a Terra; e isto de a lei é morta; e sabendo que ela é
acordo com a vontade e prazer de morta, esperem por aquela vida
Deus; e as nações que as tiverem que está em Cristo, e saibam para
em seu poder serão a julgadas por que fim foi dada a lei. E para que,
elas, segundo as palavras que es- depois de ser cumprida a lei em
tão escritas. Cristo, não endureçam o coração
23 Pois trabalhamos diligente- contra ele quando a lei tiver de
mente para escrever, a fim de a per- ser abolida.
suadir nossos filhos e também 28 E agora, meu povo, eis que
nossos irmãos a acreditarem em sois um povo de a dura cerviz; por
Cristo e a reconciliarem-se com isso falei-vos claramente, para que
Deus; pois sabemos que é pela não vos equivoqueis. E as pala-
b 
graça que somos salvos, depois vras que falei servirão de b teste-
de tudo o que pudermos c fazer. munho contra vós; porque são su-
24 E não obstante acreditarmos ficientes para c ensinar a qualquer
em Cristo, a guardamos a lei de homem o caminho reto; porque o
Moisés e esperamos firmemente caminho reto é acreditar em Cris-
em Cristo, até que a lei seja cum- to e não o negar, porque, negan-
prida. do-o, negais também os profetas e
25 Pois com esta finalidade a a lei a lei.
foi dada; portanto, a lei tornou-se 29 E agora, eis que vos digo que
b 
morta para nós, e somos vivifica- o caminho reto é acreditar em
dos em Cristo por causa de nossa Cristo e não o negar; e Cristo é o
fé; contudo, guardamos a lei por Santo de Israel; deveis, portanto,
causa dos mandamentos. inclinar-vos diante dele e adorá-lo
26 E a falamos de Cristo, regozi- com todo o vosso a poder, mente e
jamo-nos em Cristo, pregamos a força e com toda a vossa alma; e se
Cristo, b profetizamos de Cristo e assim o fizerdes, de modo algum
escrevemos de acordo com nossas sereis rejeitados.
profecias, para que nossos c filhos 30 E enquanto for necessário,
saibam em que fonte procurar a deveis cumprir os ritos e a orde-
d 
remissão de seus pecados. nanças de Deus, até que a lei que
27 Portanto, falamos sobre a lei, foi dada a Moisés seja cumprida.
22 a 2 Né. 29:11; 33:10–15; c Tg. 2:14–26. Filho(s).
3 Né. 27:23–27. GEE Obras. d GEE Remissão de
23 a GEE Criança(s). 24 a Jacó 4:4–5. Pecados.
b Rom. 3:23–24; 25 a GEE Lei de Moisés. 28 a Mos. 3:14.
2 Né. 2:4–10; b Rom. 7:4–6. b GEE Testemunho.
Mos. 13:32; 26 a Jacó 4:12; Jar. 1:11; c 2 Né. 33:10.
Al. 42:12–16; Mos. 3:13. 29 a Deut. 6:5;
D&C 138:4. b Lc. 10:23–24. Mc. 12:29–31.
GEE Graça. c GEE Criança(s); 30 a GEE Ordenanças.
115 2 NÉFI 26:1–9
CAPÍTULO 26 o Senhor dos Exércitos, porque
serão como restolho.
Cristo exercerá seu ministério entre
5 E os que matam os profetas e
os nefitas — Néfi prevê a destruição
os santos serão a tragados pelas
de seu povo — Eles falarão desde o
profundezas da terra, diz o Se-
pó — Os gentios edificarão falsas
nhor dos Exércitos; e b montanhas
igrejas e farão combinações secre-
cobri-los-ão e redemoinhos hão de
tas — O Senhor proíbe aos homens o
carregá-los e edifícios cairão sobre
uso de artimanhas sacerdotais. Apro-
eles, despedaçando-os e reduzin-
ximadamente 559–545 a.C.
do-os a pó.
E depois de haver Cristo a ressus- 6 E serão visitados por trovões
citado dentre os mortos, b apare- e relâmpagos e terremotos e toda
cerá a vós, meus filhos e meus espécie de destruição, porque o
amados irmãos; e as palavras que fogo da ira do Senhor estará aceso
ele vos disser serão a c lei que de- contra eles e serão como restolho;
vereis cumprir. e o dia que há de vir os consumi-
2 Pois eis que em verdade vos rá, diz o Senhor dos Exércitos.
digo: Vi que muitas gerações se 7 Oh! A dor e a angústia de mi-
hão de passar e haverá grandes nha alma pela perda daqueles de
guerras e contendas entre meu meu povo que serão mortos! Pois
povo. eu, Néfi, vi essa perda e ela quase
3 E depois que o Messias vier, me consome na presença do Se-
meu povo receberá a sinais de nhor; devo, porém, clamar ao meu
seu b nascimento e também de Deus: Teus caminhos são a justos.
sua morte e ressurreição; e aque- 8 Mas eis que os justos, que dão
le dia será grande e terrível para ouvidos às palavras dos profetas
os iníquos, porque perecerão; e e não os matam, mas que esperam
perecem porque expulsam os pro- em Cristo com firmeza os sinais
fetas e os santos e apedrejam-nos que serão dados, apesar de toda
e matam; portanto, o clamor do a 
perseguição — eis que esses são
c 
sangue dos santos subirá da terra os que b não perecerão.
a Deus, contra eles. 9 Mas o Filho da Retidão a apa-
4 Portanto, todos os orgulhosos recer-lhes-á e b curá-los-á; e eles
e os que praticam iniquidade se- terão c paz com ele, até que d três
rão a queimados naquele dia, diz gerações se tenham passado e
26 1 a 3 Né. 11:1–12. c Gên. 4:10; Perseguir.
b 1 Né. 11:7; 12:6. 2 Né. 28:10; b 3 Né. 10:12–13.
c 3 Né. 15:2–10. Mórm. 8:27. 9 a 3 Né. 11:8–15.
3 a 1 Né. 12:4–6. 4 a 3 Né. 8:14–24; 9:3, 9. b 3 Né. 17:7–9.
GEE Sinal. 5 a 1 Né. 19:11; c 4 Né. 1:1–4.
b GEE Jesus Cristo — 3 Né. 10:14. d 1 Né. 12:11–12;
Profecias acerca do b 3 Né. 8:10; 9:5–8. 3 Né. 27:30–32.
nascimento e da morte 7 a GEE Justiça.
de Jesus Cristo. 8 a GEE Perseguição,
2 NÉFI 26:10–18 116
muitos da quarta geração hajam
e 
os dias em que o Senhor Deus re- b 

terminado seus dias em retidão. velar estas coisas aos filhos dos
10 E depois que estas coisas ti- homens.
verem acontecido, uma rápida 15 Depois que os meus descen-
a 
destruição advirá a meu povo; dentes e os descendentes de meus
pois apesar dos sofrimentos de irmãos houverem degenerado,
minha alma, eu a vi; sei, portanto, caindo na incredulidade, e sido
que acontecerá; e eles vendem-se afligidos pelos gentios, sim, de-
por nada; pois como recompensa pois que o Senhor Deus os hou-
de seu orgulho e de sua insen- ver cercado com o seu arraial, e
satez, hão de colher destruição; sitiado com baluartes, e levantado
pois já que cedem ao diabo e es- fortalezas contra eles; e depois de
colhem obras de trevas em lugar haverem sido lançados no pó até
de luz, devem, portanto, ir para deixarem de existir, as palavras
o b inferno. dos justos ainda serão escritas e as
11 Pois o Espírito do Senhor não orações dos fiéis, ouvidas; e todos
a 
contenderá para sempre com o os que caíram na incredulidade
homem. E quando o Espírito ces- não serão esquecidos.
sa de contender com o homem, 16 Pois os que forem destruídos
advém rápida destruição; e isto a 
falar-lhes-ão da terra e sua fala
me aflige a alma. será fraca desde o pó e a sua voz
12 E como falei a respeito de os será como a de um que tem um
a 
judeus serem b convencidos de espírito familiar; pois o Senhor
que Jesus é o c verdadeiro Cristo, é Deus dar-lhe-á poder para sus-
necessário que os gentios também surrar a respeito deles, como se
sejam convencidos de que Jesus é fosse da terra; e sua fala sussur-
o Cristo, o Eterno Deus; rará desde o pó.
13 E de que se manifesta a todos 17 Pois assim diz o Senhor Deus:
os que nele creem, pelo poder do a 
Escreverão as coisas que serão
a 
Espírito Santo; sim, a toda na- feitas no meio deles e serão escri-
ção, tribo, língua e povo, fazendo tas e seladas num livro; e os que
grandes milagres, sinais e mara- tiverem degenerado, caindo na
vilhas no meio dos filhos dos ho- incredulidade, não as terão, por-
mens, de acordo com sua fé. que b procuram destruir as coisas
14 Mas eis que eu vos profetizo de Deus.
a respeito dos a últimos dias; sobre 18 Portanto, como os que foram
9 e Al. 45:10–12; Mórm. 5:14. Evangelho.
Hel. 13:9–10. GEE Judeus. 16 a Isa. 29:4;
10 a Al. 45:9–14; b 2 Né. 25:18. Morô. 10:27;
Mórm. 8:1–9. c Mórm. 3:21. Mois. 7:62.
b GEE Inferno. 13 a GEE Espírito Santo. GEE Livro de Mórmon.
11 a Ét. 2:15. 14 a GEE Últimos Dias. 17 a 2 Né. 29:12.
12 a 2 Né. 30:7; b GEE Restauração do b En. 1:14.
117 2 NÉFI 26:19–29
destruídos, foram destruídos ra- irmãos, eu vos digo que o Senhor
pidamente; e a multidão de seus Deus não trabalha em trevas.
terríveis será como o a restolho que 24 Ele nada faz que não seja em
desaparece — assim, pois, diz o benefício do mundo; porque a ama
Senhor Deus: Será num instante, o mundo a ponto de entregar sua
repentinamente. própria vida para atrair a si b todos
19 E acontecerá que os que de- os homens. Portanto, a ninguém
generarem, caindo na increduli- ordena que não participe de sua
dade, serão a afligidos pela mão salvação.
dos gentios. 25 Eis que clama ele a alguém,
20 E os gentios ensoberbecem-se dizendo: Afasta-te de mim? Eis
no a orgulho de seus olhos e b tro- que vos digo: Não; mas ele diz:
peçam por causa da sua grande a 
Vinde a mim todos vós, extremos
c 
pedra de tropeço, de modo que da Terra, b comprai leite e mel sem
constroem muitas d igrejas; não dinheiro e sem preço.
obstante, menosprezam o poder 26 Eis que mandou ele que al-
e os milagres de Deus e pregam guém saísse das sinagogas, ou
a si mesmos sua própria sabedo- melhor, das casas de adoração?
ria e seu próprio e conhecimento, Eis que vos digo: Não.
a fim de obter lucro e f oprimir os 27 Ordenou ele a alguém que
pobres. não participasse de sua a salva-
21 E há muitas igrejas edificadas ção? Eis que vos digo: Não; mas
que provocam a inveja e contendas b 
deu-a gratuitamente a todos os
e malevolência. homens e ordenou a seu povo que
22 E há também a combinações persuadisse todos os homens a se
secretas, como nos tempos pas- c 
arrependerem.
sados, segundo as combinações 28 Eis que ordenou o Senhor a
do diabo, pois ele é o fundador alguém que não participasse de
de todas estas coisas; sim, o fun- sua bondade? Eis que vos digo:
dador do homicídio e das obras Não; mas a todo homem tem tanto
de trevas; sim, e guia-os pelo pes- privilégio quanto qualquer outro
coço com um cordel de linho, até e nenhum é excluído.
amarrá-los para sempre com suas 29 Ele ordena que não haja a arti-
cordas fortes. manhas sacerdotais; pois eis que
23 Pois eis que, meus amados artimanha sacerdotal é o homem
18 a Mórm. 5:16–18. Mórm. 9:7–8. b Isa. 55:1–2.
19 a 3 Né. 16:8–9; 20:27–28. f Isa. 3:15; 2 Né. 13:15. 27 a GEE Salvação.
20 a GEE Orgulho. 21 a GEE Inveja. b Ef. 2:8; 2 Né. 25:23.
b 1 Né. 13:29, 34. 22 a GEE Combinações c GEE Arrepender-se,
GEE Apostasia. Secretas. Arrependimento.
c Eze. 14:4. 24 a Jo. 3:16. 28 a Rom. 2:11;
d 1 Né. 14:10; 22:23; b 3 Né. 27:14–15. 1 Né. 17:33–35.
Mórm. 8:28. 25 a Al. 5:33–35; 29 a GEE Artimanhas
e 2 Né. 9:28; 3 Né. 9:13–14. Sacerdotais.
2 NÉFI 26:30–27:3 118
pregar e estabelecer-se como uma quem quer que o procure, negro
luz para o mundo, a fim de obter e branco, escravo e livre, homem e
lucros e b louvor do mundo; não mulher; e lembra-se dos b pagãos;
procura, porém, o bem-estar de e c todos são iguais perante Deus,
Sião. tanto judeus como gentios.
30 Eis que o Senhor proibiu isto;
portanto, deu o Senhor Deus um CAPÍTULO 27
mandamento de que todos os
Trevas e apostasia cobrirão a Terra
homens tenham a caridade; e a
nos últimos dias — O Livro de Mór-
caridade é b amor. E se não têm
mon será revelado — Três testemu-
caridade, nada são. Portanto, se
nhas testificarão do livro — O ho-
tivessem caridade, não permiti-
mem instruído dirá que não pode ler
riam que o trabalhador de Sião
o livro selado — O Senhor fará uma
perecesse.
obra maravilhosa e um assombro —
31 Mas o trabalhador de a Sião
Comparar com Isaías 29. Aproxima-
trabalhará por Sião; porque, se
damente 559–545 a.C.
trabalhar por b dinheiro, perecerá.
32 E novamente o Senhor Deus Eis, porém, que nos a últimos dias,
a 
ordenou que os homens não co- ou seja, nos dias dos gentios —
metam assassínio; que não min- sim, eis que todas as nações dos
tam; que não roubem; que não to- gentios e também dos judeus, tan-
mem o nome do Senhor seu Deus to os que vierem a esta terra como
em b vão; que não sintam inveja; os que estiverem em outras terras,
que não tenham malícia; que não sim, em todas as terras do mun-
disputem uns com os outros; que do, eis que estarão embriagados
não cometam libertinagem; e que de iniquidade e de toda espécie
não façam qualquer destas coisas, de abominações —
porque quem as fizer perecerá. 2 E quando esse dia chegar, serão
33 Pois nenhuma destas iniqui- visitados pelo Senhor dos Exérci-
dades vem do Senhor, porque ele tos com trovões e com terremo-
faz o que é bom para os filhos tos e com um grande estrondo
dos homens; e não faz coisa al- e com borrascas e com tempes-
guma que não seja clara para os tades e com a a chama de fogo
filhos dos homens; e convida to- devorador.
dos a virem a ele e a participarem 3 E todas as a nações que b lutarem
de sua bondade; e não a repudia contra Sião e que a mortificarem
29 b D&C 121:34–37. 32 a GEE Mandamentos de 27 1 a GEE Últimos Dias.
30 a Morô. 7:47–48. Deus. 2 a Isa. 24:6; 66:15–16;
GEE Caridade. b GEE Profanidade. Jacó 6:3;
b GEE Amor. 33 a At. 10:9–35, 44–45. 3 Né. 25:1.
31 a GEE Sião. b Al. 26:37. 3 a Isa. 29:7–8.
b Jacó 2:17–19; c Rom. 2:11; b 1 Né. 22:14.
D&C 11:7; 38:39. 1 Né. 17:35.
119 2 NÉFI 27:4–13
serão como o sonho de uma vi- abominações do povo. Portanto, o
são noturna; sim, acontecer-lhes-á livro não lhes será revelado.
como ao esfomeado que sonha e 9 O livro, porém, será entregue
eis que come, mas acorda e sua a um a homem, e ele entregará as
alma está vazia; ou como ao se- palavras do livro, que são as pa-
dento que sonha e eis que bebe, lavras dos que adormeceram no
mas acorda e eis que está fraco e pó; e ele entregá-las-á a um b outro;
sua alma tem apetite; sim, será 10 Mas não entregará as palavras
assim com a multidão de todas que estão seladas, nem entregará
as nações que lutarem contra o o livro. Porque o livro será selado
Monte Sião. pelo poder de Deus, e a revelação
4 Pois eis que todos vós, que pra- que foi selada será guardada no li-
ticais iniquidades, detende-vos e vro até o devido tempo do Senhor,
assombrai-vos, porque gritareis quando virão à luz; pois eis que
e clamareis; sim, estareis ébrios, revelam todas as coisas, desde a
mas não de vinho, e cambaleareis, fundação do mundo até o seu fim.
mas não com bebida forte. 11 E dia virá em que as palavras
5 Pois eis que o Senhor derra- do livro, que estavam seladas, se-
mou sobre vós um espírito de pro- rão lidas nos telhados das casas; e
fundo sono. Porque eis que haveis serão lidas pelo poder de Cristo;
fechado os vossos olhos, e haveis e serão a reveladas aos filhos dos
rejeitado os profetas; e ele vendou homens todas as coisas que ocor-
os vossos chefes e os videntes, por reram aos filhos dos homens e
causa da vossa iniquidade. que ocorrerão até o fim da Terra.
6  E acontecerá que o Senhor 12 Portanto, no dia em que o
Deus a vos revelará as palavras livro for entregue ao homem de
de um b livro e serão as palavras quem falei, o livro será escondi-
dos que adormeceram. do dos olhos do mundo para que
7 E eis que o livro estará a selado; ninguém o veja, exceto a três b tes-
e no livro haverá uma b revelação temunhas, além daquele a quem
de Deus, desde o princípio até o o livro será entregue; e vê-lo-ão
c 
fim do mundo. pelo poder de Deus; e eles testifi-
8 Portanto, por causa das coisas carão a veracidade do livro e das
que estão a seladas, as coisas que coisas que ele contém.
estão seladas b não serão entre- 13 E ninguém mais o verá, se-
gues no dia da iniquidade e das não uns poucos, de acordo com
6 a Jar. 1:2; c Ét. 13:1–12. Mórm. 5:8;
Mórm. 5:12–13. 8 a Ét. 5:1. D&C 121:26–31.
b 2 Né. 26:16–17; 29:12. b 3 Né. 26:9–12; 12 a 2 Né. 11:3;
GEE Livro de Mórmon. Ét. 4:5–6. Ét. 5:2–4;
7 a Isa. 29:11–12; 9 a D&C 17:5–6. D&C 5:11, 15; 17:1.
Ét. 3:25–27; 4:4–7. b JS—H 1:64–65. b Deut. 19:15.
b Mos. 8:19. 11 a Lc. 12:3;
2 NÉFI 27:14–26 120
a vontade de Deus, para dar tes- minha própria obra; lerás, portan-
temunho de suas palavras aos to, as palavras que te darei.
filhos dos homens, pois o Senhor 21 Não a toques nas coisas que
Deus disse que as palavras dos estão seladas, pois manifestá-las-
fiéis falariam como se viessem ei no meu devido tempo; pois
a 
dos mortos. mostrarei aos filhos dos homens
14 Portanto, o Senhor Deus re- que posso executar a minha pró-
velará as palavras do livro e, pela pria obra.
boca de tantas testemunhas quan- 22 Portanto, quando tiveres lido
tas achar necessário, estabelecerá as palavras que te ordenei e ob-
a sua palavra; e ai do que a rejeitar tido as a testemunhas que te pro-
a palavra de Deus! meti, selarás novamente o livro e
15 Mas eis que acontecerá que o escondê-lo-ás para mim, a fim de
Senhor Deus dirá àquele a quem que eu preserve as palavras que
entregar o livro: Toma estas pa- não leste, até que, em minha pró-
lavras que não estão seladas e pria sabedoria, julgue oportuno
entrega-as a um outro, para que revelar todas as coisas aos filhos
ele as possa mostrar ao instruído, dos homens.
dizendo: a Lê isto, suplico-te. E o 23 Porque eis que eu sou Deus;
instruído dirá: Traze-me o livro e sou um Deus de a milagres; e
para que eu o leia. mostrarei ao mundo que sou o
16 E dirão isto por causa da gló- b 
mesmo ontem, hoje e para sem-
ria do mundo e para obter a lucro, pre; e não trabalho com os filhos
e não para a glória de Deus. dos homens a não ser de c acordo
17 E o homem dirá: Não posso com sua fé.
trazer o livro, porque está selado. 24 E acontecerá outra vez que
18 O instruído então dirá: Não o Senhor dirá àquele que há de
o posso ler. ler as palavras que lhe serão en-
19 Acontecerá, portanto, que o tregues:
Senhor Deus tornará a entregar o 25  a Pois que este povo se apro-
livro e as suas palavras ao que não xima de mim com a boca e com
é instruído; e o homem que não é os lábios me b honra, mas afastou
instruído dirá: Não sou instruído. de mim o coração, e o seu temor a
20 Então lhe dirá o Senhor Deus: mim é ensinado segundo os c pre-
Os instruídos não as lerão, porque ceitos dos homens —
as rejeitaram, e eu posso fazer a 26  Portanto, farei uma a obra
13 a 2 Né. 3:19–20; 33:13–15; Sacerdotais. 25 a Isa. 29:13.
Morô. 10:27. 21 a Ét. 5:1. b Mt. 15:8.
14 a 2 Né. 28:29–30; 22 a GEE Testemunhas do c 2 Né. 28:31.
Ét. 4:8. Livro de Mórmon. 26 a 1 Né. 22:8;
15 a Isa. 29:11–12; 23 a GEE Milagre. 2 Né. 29:1–2.
JS—H 1:65. b Heb. 13:8. GEE Restauração do
16 a GEE Artimanhas c Heb. 11; Ét. 12:7–22. Evangelho.
121 2 NÉFI 27:27–28:1
maravilhosa no meio deste povo, Senhor vive, eles verão que o a te-
sim, uma b obra maravilhosa e um mível será reduzido a nada e o es-
assombro, pois a sabedoria dos carnecedor, consumido; e todos os
seus sábios e instruídos perecerá, que procuram a iniquidade serão
e o entendimento dos seus pru- desarraigados;
dentes será escondido. 32 E os que tornam um homem
27 E a ai dos que procuram es- a 
ofensor por causa de uma pala-
conder profundamente do Se- vra; e preparam uma armadilha
nhor os seus desígnios! E as suas ao que repreende à b porta e c põem
obras são feitas às escuras; e di- de lado o justo, sem motivo.
zem: Quem nos vê, e quem nos 33 Portanto, assim diz o Senhor
conhece? E também dizem: Cer- que redimiu Abraão, a respeito da
tamente a inversão que fazeis das casa de Jacó: Jacó não será enver-
coisas será considerada como a gonhado agora, nem o seu rosto
argila do b oleiro. Mas eis que eu empalidecerá.
lhes mostrarei, diz o Senhor dos 34 Mas quando ele a vir seus fi-
Exércitos, que conheço todas as lhos, obra das minhas mãos, no
suas obras. Pois a obra dirá do meio dele, eles santificarão o meu
artífice: Não foi ele que me fez? nome, e santificarão o Santo de
Ou seja, a coisa moldada dirá da- Jacó, e temerão o Deus de Israel.
quele que a moldou: Não tinha ele 35 Também os que a erraram em
entendimento? espírito virão a compreender; e
28 Mas eis que diz o Senhor dos os que murmuraram b aprenderão
Exércitos: Eu mostrarei aos filhos doutrina.
dos homens que dentro em breve
o Líbano se converterá em um CAPÍTULO 28
campo fértil; e o campo fértil será
Muitas falsas igrejas serão estabele-
apreciado como uma floresta.
cidas nos últimos dias — Ensinarão
29 a E naquele dia o surdo ouvirá
doutrinas falsas, vãs e tolas — Have-
as palavras do livro; e de dentro
rá grande apostasia por causa de fal-
da escuridão e das trevas verão
sos mestres — O diabo enfurecer-se-á
os olhos dos cegos.
no coração dos homens — Ensinará
30 E os a mansos também flores-
todo tipo de doutrinas falsas. Apro-
cerão, e o seu b regozijo estará no
ximadamente 559–545 a.C.
Senhor; e os pobres regozijar-se-
ão no Santo de Israel. E agora eis que, meus irmãos, eu
31  Porque tão certo como o vos falei conforme o Espírito me
26 b Isa. 29:14; Mansuetude. 34 a Isa. 29:23–24.
2 Né. 25:17. b D&C 101:36. 35 a 2 Né. 28:14;
27 a Isa. 29:15. 31 a Isa. 29:20. D&C 33:4.
b Jer. 18:6. 32 a Lc. 11:54. b Dan. 12:4.
29 a Isa. 29:18. b Amós 5:10.
30 a GEE Mansidão, Manso, c 2 Né. 28:16.
2 NÉFI 28:2–12 122
compeliu; sei, portanto, que isso um Deus de milagres; ele termi-
a 

certamente acontecerá. nou a sua obra.


2 E as coisas que forem escritas, 7 Sim, e haverá muitos que di-
procedentes do a livro, serão de rão: a Comei, bebei e alegrai-vos,
grande b valor para os filhos dos porque amanhã morreremos; e
homens e principalmente para tudo nos irá bem.
nossa posteridade, que é um re- 8 E muitos também dirão: Co-
manescente da casa de Israel. mei, bebei e diverti-vos; não obs-
3 Pois acontecerá nesse dia que tante, temei a Deus — ele a jus-
as a igrejas que forem estabeleci- tificará a prática de pequenos
das, mas não para o Senhor, di- pecados; sim, b menti um pouco,
rão umas às outras: Eis que eu, aproveitai-vos de alguém por
eu sou a do Senhor! E as outras causa de suas palavras, abri uma
dirão: Eu, eu sou a do Senhor! E c 
cova para o vosso vizinho; não há
assim dirão todos os que estabe- mal nisso. E fazei todas estas coi-
lecerem igrejas, mas não para o sas, porque amanhã morreremos;
Senhor — e se acontecer de sermos culpa-
4 E contenderão umas com as dos, Deus nos castigará com uns
outras; e seus sacerdotes conten- poucos açoites e, ao fim, seremos
derão uns com os outros e ensi- salvos no reino de Deus.
narão com o seu a saber e negarão 9 Sim, e haverá muitos que en-
o Espírito Santo, o qual inspira o sinarão desta maneira a doutrinas
que dizer. falsas, vãs e b tolas; e encherão o
5 E a negam o b poder de Deus, o coração de orgulho e procurarão
Santo de Israel, e dizem ao povo: esconder profundamente do Se-
Escutai-nos e ouvi os nossos pre- nhor os seus desígnios secretos;
ceitos, pois eis que hoje c não há e farão as suas obras às escuras.
Deus, porque o Senhor e Reden- 10 E o a sangue dos santos clama-
tor acabou a sua obra e deu o seu rá contra eles, desde a terra.
poder aos homens; 11 Sim, todos saíram do a cami-
6 Escutai, pois, os meus precei- nho; eles b corromperam-se.
tos; se disserem que há um mila- 12  Por causa do a orgulho e
gre feito pela mão do Senhor, não por causa de falsos mestres e
acrediteis, porque hoje não é ele falsas doutrinas, suas igrejas
28 2 a GEE Livro de Mórmon. 6 a Mórm. 8:26; 9:15–26. Hel. 13:29.
b 1 Né. 13:34–42; 22:9; 7 a 1 Cor. 15:32; 10 a Apoc. 6:9–11;
3 Né. 21:6. Al. 30:17–18. 2 Né. 26:3;
3 a 1 Cor. 1:10–13; 8 a Mórm. 8:31. Mórm. 8:27;
1 Né. 22:23; b D&C 10:25; Ét. 8:22–24;
4 Né. 1:25–29; Mois. 4:4. D&C 87:7.
Mórm. 8:28, 32–38. GEE Mentir, Mentiroso. 11 a Hel. 6:31.
4 a 2 Né. 9:28. c Prov. 26:27; b Mórm. 8:28–41;
5 a 2 Né. 26:20. 1 Né. 14:3. D&C 33:4.
b 2 Tim. 3:5. 9 a Mt. 15:9. 12 a Prov. 28:25.
c Al. 30:28. b Eze. 13:3;
123 2 NÉFI 28:13–22
corromperam-se e suas igrejas completamente amadurecidos na
b 

exaltaram-se; porque estão incha- iniquidade perecerão.


dos de orgulho. 17 Mas eis que se os habitantes
13 a Roubam os b pobres por causa da Terra se arrependerem de suas
de seus belos santuários; roubam iniquidades e abominações, não
os pobres por causa de suas ricas serão destruídos, diz o Senhor
vestimentas; e perseguem os man- dos Exércitos.
sos e os de coração contrito, por- 18 Mas eis que aquela grande e
que estão inchados de c orgulho. abominável igreja, a a prostituta
14 Têm a a cerviz dura e a cabe- de toda a Terra, por terra deverá
ça levantada; sim, e por causa de b 
cair e grande será a sua queda.
seu orgulho e iniquidades e abo- 19  Porque o reino do diabo
minações e libertinagens, b des- deve a estremecer e os que a ele
viaram-se todos, exceto alguns pertencem devem ser movidos
poucos, que são os humildes se- ao arrependimento, ou o b diabo
guidores de Cristo; não obstante, agarrá-los-á com suas eternas c cor-
são guiados de tal maneira que rentes e serão incitados à cólera e
erram em muitas coisas, porque perecerão;
são ensinados pelos preceitos dos 20 Pois eis que nesse dia ele se
homens. a 
enfurecerá no coração dos filhos
15 Oh! Os a sábios e os instruí- dos homens e incitá-los-á a ira-
dos e os ricos, que se incham de rem-se contra o que é bom.
b 
orgulho; e todos os que pregam 21 E a outros a pacificará e aca-
falsas doutrinas e todos os que co- lentará com segurança carnal, de
metem libertinagens e pervertem modo que dirão: Tudo vai bem em
o caminho reto do Senhor! c Ai, ai, Sião; sim, Sião prospera. Tudo vai
ai deles, diz o Senhor Deus Todo- bem — e assim o b diabo engana
Poderoso, porque serão lançados suas almas e os conduz cuidado-
no inferno! samente ao inferno.
16 Ai dos que a afastam de si os 22 E eis que a outros ele lisonjeia,
justos, sem motivo; e injuriam o dizendo-lhes que não há a inferno;
que é bom, dizendo que não tem e diz: Eu não sou o diabo, porque
valor! Porque chegará o dia em ele não existe — e assim lhes sus-
que o Senhor Deus visitará ra- surra aos ouvidos até agarrá-los
pidamente os habitantes da Ter- com suas terríveis b correntes, das
ra; e nesse dia, os que estiverem quais não há libertação.
13 a Eze. 34:8. c 3 Né. 29:5. c Al. 12:11.
b Hel. 4:12. 16 a Isa. 29:21. 20 a D&C 10:20–27.
c Al. 5:53. b Ét. 2:9–10. 21 a Mórm. 8:31.
14 a Prov. 21:4. 18 a Apoc. 19:2. b 2 Né. 9:39.
b Isa. 53:6. b 1 Né. 14:3, 17. 22 a GEE Inferno.
15 a Prov. 3:5–7. 19 a 1 Né. 22:23. b Al. 36:18.
b GEE Orgulho. b Al. 34:35.
2 NÉFI 28:23–29:1 124
23 Sim, são agarrados pela mor- que dão ouvidos aos meus precei-
te e pelo inferno; e a morte e o tos e escutam os meus conselhos,
inferno e o diabo e todos os que porque obterão b sabedoria; pois
assim foram dominados deverão a quem c recebe darei d mais; e dos
apresentar-se diante do trono de que disserem: Temos o suficien-
Deus e ser a julgados de acordo te, destes será tirado até mesmo
com suas obras; daí deverão ir o que tiverem.
para o lugar preparado para eles, 31 Maldito é aquele que a confia
um b lago de fogo e enxofre que é no homem ou faz da carne o seu
tormento sem fim. braço ou dá ouvidos aos precei-
24 Portanto, ai do que está sos- tos dos homens, a menos que seus
segado em Sião! preceitos sejam dados pelo poder
25 Ai do que clama: Tudo vai do Espírito Santo.
bem! 32 a Ai dos gentios, diz o Senhor
26 Sim, ai do que a dá ouvidos Deus dos Exércitos! Pois apesar
aos preceitos dos homens e nega de eu estender o braço sobre eles,
o poder de Deus e o dom do Es- dia após dia, eles me negarão;
pírito Santo! não obstante, serei misericordioso
27 Sim, ai do que diz: Recebemos para com eles, diz o Senhor Deus,
e a não necessitamos mais! caso se arrependam e venham a
28 E por fim, ai de todos os que mim; pois o meu b braço está es-
tremem e estão a irados por causa tendido o dia todo, diz o Senhor
da verdade de Deus! Pois eis que Deus dos Exércitos.
o que está edificado sobre a b rocha
recebe-a com júbilo; e o que está CAPÍTULO 29
edificado sobre um fundamento
Muitos gentios rejeitarão o Livro de
de areia treme de medo de cair.
Mórmon — Eles dirão: Não necessi-
29 Ai do que disser: Recebemos
tamos de outra Bíblia — O Senhor
a palavra de Deus e a não b necessi-
fala a muitas nações — Ele julgará o
tamos de mais palavras de Deus,
mundo pelos livros que serão escri-
porque temos o bastante!
tos. Aproximadamente 559–545 a.C.
30 Pois eis que assim diz o Se-
nhor Deus: Darei aos filhos dos Eis, porém, que haverá muitos —
homens linha sobre linha, a precei- no dia em que eu começar a fa-
to sobre preceito, um pouco aqui zer uma a obra maravilhosa no
e um pouco ali; e abençoados os meio deles, a fim de recordar os
23 a GEE Jesus Cristo — Juiz; GEE Rocha. d Al. 12:10;
Juízo Final. 29 a 2 Né. 27:14; D&C 50:24.
b 2 Né. 9:16, 19, 26. Ét. 4:8. 31 a D&C 1:19–20.
26 a 2 Né. 9:29. b 2 Né. 29:3–10. 32 a 1 Né. 14:6.
27 a Al. 12:10–11. 30 a Isa. 28:9–13; b Jacó 5:47; 6:4.
28 a 2 Né. 9:40; 33:5. D&C 98:12. 29 1 a 2 Né. 27:26.
GEE Rebeldia, Rebelião. b GEE Sabedoria. GEE Restauração do
b Mt. 7:24–27. c Lc. 8:18. Evangelho.
125 2 NÉFI 29:2–9
convênios que fiz com os filhos
b 
povo do convênio? Não, mas os
dos homens; e para que eu esten- amaldiçoastes e a odiastes e não
da a mão pela c segunda vez a fim haveis procurado recuperá-los.
de recuperar o meu povo, que é Eis, porém, que farei voltar todas
da casa de Israel; estas coisas sobre vossa cabeça;
2 E também para que eu me lem- porque eu, o Senhor, não me es-
bre das promessas que fiz a ti, queci do meu povo.
Néfi, e também a teu pai, de que 6 Tu, néscio, que dirás: Uma a Bí-
me lembraria da tua semente; e de blia, temos uma Bíblia e não ne-
que as a palavras da tua semente cessitamos de mais Bíblia! Teríeis
sairiam de minha boca para a tua obtido uma Bíblia, se não fosse
semente; e minhas palavras b silva- pelos judeus?
rão até os confins da Terra como 7 Não sabeis que há mais de uma
um c estandarte para o meu povo, nação? Não sabeis que eu, o Se-
que é da casa de Israel; nhor vosso Deus, a criei todos os
3 E porque minhas palavras hão homens e que me lembro dos que
de silvar — muitos dos gentios estão nas b ilhas do mar? E que
clamarão: Uma a Bíblia, uma Bí- governo nas alturas dos céus e
blia! Temos uma Bíblia e não pode embaixo, na Terra; e revelo minha
haver qualquer outra Bíblia. palavra aos filhos dos homens,
4 Mas assim diz o Senhor Deus: sim, a todas as nações da Terra?
Ó tolos! Eles terão uma Bíblia e 8 Por que murmurais por re-
virá dos a judeus, meu antigo povo ceberdes mais palavras minhas?
do convênio. E que agradecimen- Não sabeis que o depoimento de
to dão aos judeus pela b Bíblia que a 
duas nações é um b testemunho
recebem deles? Sim, que preten- a vós de que eu sou Deus, de que
dem dizer com isto os gentios? me recordo tanto de uma como
Lembram-se eles dos sofrimentos de outra nação? Portanto, digo
e dos labores e das aflições dos as mesmas palavras, tanto a uma
judeus e de sua diligência para nação como a outra. E quando as
comigo em levar a salvação aos duas c nações caminharem juntas,
gentios? os testemunhos das duas nações
5 Ó vós, gentios, vós vos lem- também caminharão juntos.
brastes dos judeus, meu antigo 9 E isso eu faço para provar a
1 b GEE Convênio c 1 Né. 21:22. 6 a 1 Né. 13:38.
Abraâmico. GEE Estandarte. 7 a GEE Criação, Criar.
c 2 Né. 6:14; 21:11–12; 3 a 1 Né. 13:23–25. b 1 Né. 22:4.
25:17. GEE Bíblia; 8 a Eze. 37:15–20;
GEE Israel — Coligação Livro de Mórmon. 1 Né. 13:38–41;
de Israel. 4 a D&C 3:16. 2 Né. 3:12.
2 a 2 Né. 3:18–21. GEE Judeus. b Mt. 18:16.
b Isa. 5:26; b GEE Judá — Vara de GEE Testemunha.
2 Né. 15:26; Judá. c Ose. 1:11.
Morô. 10:28. 5 a 3 Né. 29:8.
2 NÉFI 29:10–30:1 126
muitos que sou o mesmo ontem,
a 
terão as palavras dos nefitas e os
hoje, e para sempre; e que pronun- nefitas terão as palavras dos ju-
cio as minhas palavras segundo a deus; e os nefitas e os judeus terão
minha própria vontade. E porque as palavras das b tribos perdidas
eu disse uma b palavra não deveis de Israel; e as tribos perdidas de
supor que não possa dizer outras; Israel terão as palavras dos nefitas
pois o meu trabalho ainda não e dos judeus.
está terminado, nem estará até o 14 E acontecerá que o meu povo,
fim do homem, nem depois disso que é da a casa de Israel, será reu-
para sempre. nido nas terras de suas posses-
10 Portanto, porque tendes uma sões; e minha palavra também
Bíblia não deveis supor que ela será reunida em b uma. E mostrarei
contenha todas as a palavras mi- aos que combatem a minha pala-
nhas; nem deveis supor que eu vra e o meu povo, que é da c casa
não fiz com que se escrevesse de Israel, que eu sou Deus e que
mais. fiz d convênio com Abraão de que
11 Pois eu ordeno a a todos os me lembraria e para sempre de sua
homens, tanto no leste como no f 
semente.
oeste, tanto no norte como no sul e
nas ilhas do mar, que b escrevam as CAPÍTULO 30
palavras que lhes digo; pois pelos
Os gentios convertidos serão contados
c 
livros que forem escritos d julgarei
com o povo do convênio — Muitos
o mundo, cada homem de acordo
lamanitas e judeus acreditarão na
com as suas obras, conforme o que
palavra e tornar-se-ão agradáveis —
está escrito.
Israel será restaurada e os iníquos,
12 Pois eis que falarei aos a ju-
destruídos. Aproximadamente 559–
deus e eles escreverão; e também
545 a.C.
falarei aos nefitas e eles b escreve-
rão; e falarei também às outras E eis que agora, meus amados
tribos da casa de Israel, que levei irmãos, desejo falar-vos; pois eu,
para longe, e elas escreverão; e Néfi, não vos permitirei supor que
também falarei a c todas as nações sois mais justos do que o serão os
da Terra e elas escreverão. gentios. Porque eis que, a não ser
13 E acontecerá que os a judeus que guardeis os mandamentos de
9 a Heb. 13:8. GEE Juízo Final. c 1 Né. 22:8–9.
b GEE Revelação. 12 a 1 Né. 13:23–29. d Gên. 12:1–3;
10 a GEE Escrituras — b 1 Né. 13:38–42; 1 Né. 17:40;
Profecias a respeito de 2 Né. 26:17. 3 Né. 20:27;
escrituras futuras. c 2 Né. 26:33. Abr. 2:9.
11 a Al. 29:8. 13 a Mórm. 5:12–14. GEE Convênio
b 2 Tim. 3:16. b GEE Israel — Dez tribos Abraâmico.
c GEE Livro da Vida. perdidas. e Gên. 17:7.
d 2 Né. 25:22; 14 a Jer. 3:17–18. f D&C 132:30.
33:11, 14–15. b Eze. 37:16–17.
127 2 NÉFI 30:2–12
Deus, vós todos perecereis igual- saberão que é uma bênção que
mente; e por causa das palavras lhes vem da mão de Deus; e de
que foram ditas, não deveis supor seus olhos começarão a cair as es-
que os gentios serão totalmente camas da escuridão; e antes que se
destruídos. passem muitas gerações, tornar-
2 Pois eis que vos digo que to- se-ão um povo puro e a agradável.
dos os gentios que se arrepende- 7 E acontecerá que os a judeus
rem serão o povo do a convênio que estiverem dispersos também
do Senhor; e todos os b judeus que b 
começarão a acreditar em Cristo;
não se arrependerem serão lança- e começarão a coligar-se na face
dos fora, porque o Senhor não faz da terra; e todos os que acredita-
convênios a não ser com os que rem em Cristo também se torna-
se c arrependem e acreditam em rão um povo agradável.
seu Filho, que é o Santo de Israel. 8  E acontecerá que o Senhor
3 E agora desejo profetizar algu- Deus começará a sua obra entre
ma coisa mais sobre os judeus e todas as nações, tribos, línguas e
os gentios. Porque depois que o povos, para efetuar a restauração
livro do qual falei for revelado e de seu povo na Terra.
for escrito para os gentios e selado 9 E com retidão a julgará o b Se-
novamente para o Senhor, muitos nhor Deus os pobres e reprovará
a 
acreditarão nas palavras que es- com equidade pelos c mansos da
tão escritas; e b eles levá-las-ão aos Terra. E ferirá a Terra com a vara
remanescentes de nossa semente. de sua boca; e com o sopro de seus
4 E então os remanescentes de lábios matará os ímpios.
nossa semente terão conhecimen- 10 Pois rapidamente chegará o
to de nós, de como saímos de Je- a 
tempo em que o Senhor Deus fará
rusalém; e de que eles são descen- uma grande b divisão entre o povo
dentes dos judeus. e destruirá os iníquos; e c poupará
5 E o evangelho de Jesus Cristo seu povo, sim, ainda que tenha
será proclamado a a eles; portanto, que d destruir os iníquos com fogo.
o b conhecimento sobre seus pais 11 E a a retidão será o cinto de
lhes c será restituído, como tam- seus lombos e a fidelidade, o cinto
bém o conhecimento sobre Jesus de seus rins.
Cristo, que seus pais possuíam. 12 a E então o lobo morará com o
6 E então se regozijarão; porque cordeiro; e o leopardo deitar-se-á
30 2 a Gál. 3:26–29. Mórm. 7:1, 9–10. 10 a GEE Últimos Dias.
b Mt. 8:10–13. c D&C 3:20. b D&C 63:53–54.
GEE Judeus. 6 a D&C 49:24; 109:65. c Mois. 7:61.
c GEE Arrepender-se, 7 a 2 Né. 29:13–14. d 1 Né. 22:15–17, 23.
Arrependimento. b 2 Né. 25:16–17. GEE Terra —
3 a 3 Né. 16:6–7. 9 a 2 Né. 9:15. Purificação da Terra.
b 1 Né. 22:8–9. b Isa. 11:4–9. 11 a Isa. 11:5–9.
5 a 3 Né. 21:3–7, 24–26. c GEE Mansidão, Manso, 12 a Isa. 65:25.
b 1 Né. 15:14; 2 Né. 3:12; Mansuetude. GEE Milênio.
2 NÉFI 30:13–31:5 128
com o cabrito; e o bezerro e o filho salvos — Arrependimento e batismo
do leão e o cevado, juntos; e uma são a porta para o caminho estreito e
criancinha guiá-los-á. apertado — A vida eterna é concedida
13 E a vaca e a ursa pastarão; àqueles que guardam os mandamen-
suas crias juntas se deitarão; e o tos após o batismo. Aproximadamente
leão comerá palha como o boi. 559–545 a.C.
14 E a criança de peito brincará
no covil da áspide e o desmamado E agora, meus amados irmãos,
meterá a mão na cova do basilisco. eu, Néfi, cesso de a profetizar-vos.
15 Não ferirão nem destruirão E não posso escrever senão umas
em todo o meu santo monte, por- poucas coisas que sei com certeza
que a Terra se encherá do conhe- que acontecerão nem posso escre-
cimento do Senhor como as águas ver senão algumas das palavras
cobrem o mar. de meu irmão Jacó.
16 Portanto, as coisas de a todas 2 Portanto, as coisas que escrevi
as nações se tornarão conhecidas; me bastam, exceto algumas pou-
sim, todas as coisas serão dadas a cas palavras que devo dizer sobre
b 
conhecer aos filhos dos homens. a a doutrina de Cristo; portanto,
17 Nada haverá secreto que não vos falarei claramente, de acordo
seja a revelado; não haverá obra te- com a clareza de meu profetizar.
nebrosa que não venha à luz; nada 3 Porque minha alma se deleita
haverá selado na face da Terra que na clareza, pois é desta maneira
não seja descerrado. que o Senhor Deus faz suas obras
18 Portanto, todas as coisas que entre os filhos dos homens. Pois
foram reveladas aos filhos dos ho- o Senhor Deus dá a luz ao enten-
mens serão reveladas naquele dia; dimento; porque fala aos homens
e Satanás já a não terá poder sobre de acordo com sua b língua, para
o coração dos filhos dos homens, que compreendam.
por um longo tempo. E agora, 4 Portanto, quisera que vos lem-
meus amados irmãos, ponho fim brásseis do que vos falei sobre
às minhas palavras. aquele a profeta que o Senhor me
mostrou, o qual batizará o b Cor-
deiro de Deus que tirará os peca-
CAPÍTULO 31
dos do mundo.
Néfi diz por que Cristo foi batizado — 5 E agora, se o Cordeiro de Deus,
Os homens devem seguir a Cristo, sendo santo, terá necessidade de
ser batizados, receber o Espírito San- ser a batizado com água para cum-
to e perseverar até o fim para serem prir toda a retidão, quanto mais
16 a D&C 101:32–35; 31 1 a 2 Né. 25:1–4. 4 a 1 Né. 10:7; 11:27.
121:28–29. 2 a 2 Né. 11:6–7. GEE João Batista.
b Ét. 4:6–7. 3 a GEE Luz, Luz de b GEE Cordeiro de Deus.
17 a D&C 1:2–3. Cristo. 5 a Mt. 3:11–17.
18 a Apoc. 20:1–3; Ét. 8:26. b D&C 1:24. GEE Batismo, Batizar.
129 2 NÉFI 31:6–14
necessidade não teremos nós, sen- do Filho, dizendo: Àquele que
do impuros, de sermos batizados, for batizado em meu nome o Pai
sim, com água! a 
dará o Espírito Santo, como a
6 E agora vos pergunto, meus mim; b segui-me, pois; e fazei as
amados irmãos, como foi que o coisas que me vistes fazer.
Cordeiro de Deus cumpriu toda 13 Portanto, meus amados ir-
a retidão, sendo batizado com mãos, sei que, se seguirdes o Fi-
água? lho com todo o coração, agindo
7 Não sabeis que ele era santo? sem hipocrisia e sem dolo dian-
Mas, embora sendo santo, mos- te de Deus, mas com verdadeira
tra aos filhos dos homens que, intenção, arrependendo-vos de
segundo a carne, se humilha ante vossos pecados, testemunhando
o Pai e testifica-lhe que lhe será ao Pai que estais dispostos a to-
a 
obediente na observância de seus mar sobre vós o nome de Cristo
mandamentos. pelo a batismo — sim, seguindo
8 Portanto, depois de ter sido ba- vosso Senhor e vosso Salvador à
tizado com água, o Espírito San- água, segundo a sua palavra, eis
to desceu sobre ele na a forma de que então recebereis o Espírito
uma b pomba. Santo; sim, então vem o b batismo
9 E novamente isto mostra aos de fogo e do Espírito Santo; e en-
filhos dos homens quão estreito tão podereis falar na c língua de
é o caminho e quão apertada é a anjos e render louvores ao Santo
a 
porta pela qual deverão entrar, de Israel.
tendo-lhes ele dado o exemplo. 14 Eis, porém, meus amados ir-
10 E disse aos filhos dos homens: mãos, que assim veio a mim a voz
a 
Segui-me. Portanto, meus ama- do Filho, dizendo: Depois de vos
dos irmãos, poderemos nós b se- arrependerdes de vossos pecados
guir a Jesus se não estivermos e de testificardes ao Pai que estais
dispostos a guardar os manda- dispostos a guardar meus man-
mentos do Pai? damentos pelo batismo de água;
11 E disse o Pai: Arrependei- e de haverdes recebido o batismo
vos, arrependei-vos e sede ba- de fogo e do Espírito Santo e de
tizados em nome do meu Filho poderdes falar em uma língua
Amado. nova, sim, na língua de anjos; se
12 E também veio a mim a voz depois disso me a negardes, teria
7 a Jo. 5:30. b Morô. 7:11; Fogo.
GEE Obedecer, D&C 56:2. c 2 Né. 32:2–3.
Obediência, Obediente. 12 a GEE Dom do Espírito 14 a Mt. 10:32–33;
8 a 1 Né. 11:27. Santo. Al. 24:30;
b GEE Pomba, Sinal da. b Lc. 9:57–62; D&C 101:1–5.
9 a 2 Né. 9:41; Jo. 12:26. GEE Pecado
3 Né. 14:13–14; 13 a Gál. 3:26–27. Imperdoável.
D&C 22:4. b GEE Dom do Espírito
10 a Mt. 4:19; 8:22; 9:9. Santo;
2 NÉFI 31:15–21 130
sido melhor para vós que não me
b 
que, se entrásseis pelo caminho,
houvésseis conhecido. receberíeis.
15 E ouvi a voz do Pai, dizendo: 19 E agora, meus amados ir-
Sim, as palavras do meu Ama- mãos, depois de haverdes entra-
do são verdadeiras e fiéis. Quem do neste caminho estreito e aper-
perseverar até o fim, esse será tado, eu perguntaria se tudo terá
salvo. sido a feito. Eis que vos digo: Não;
16 E agora, meus amados ir- porque não haveríeis chegado até
mãos, sei por isso que, a menos esse ponto se não fosse pela pala-
que o homem a persevere até o vra de Cristo, com b fé inabalável
fim, seguindo o b exemplo do Fi- nele, c confiando plenamente nos
lho do Deus vivo, não poderá méritos daquele que é poderoso
ser salvo. para salvar.
17 Portanto, fazei as coisas que 20 Deveis, pois, a prosseguir com
eu vos disse ter visto vosso Senhor firmeza em Cristo, tendo um per-
e Redentor fazer; porque por esta feito esplendor de b esperança e
razão me foram mostradas, para c 
amor a Deus e a todos os homens.
que possais conhecer a porta pela Portanto, se assim prosseguirdes,
qual deveis entrar. Porque a por- banqueteando-vos com a palavra
ta pela qual deveis entrar é o ar- de Cristo, e d perseverardes até o
rependimento e o a batismo com fim, eis que assim diz o Pai: Tereis
água; e vem, então, a b remissão de vida eterna.
vossos pecados pelo fogo e pelo 21 E agora, meus amados ir-
Espírito Santo. mãos, eis que este é o a caminho;
18 E estareis então no a caminho e b não há qualquer outro caminho
b 
estreito e apertado que conduz à ou c nome debaixo do céu pelo
vida eterna; sim, havereis entra- qual o homem possa ser salvo no
do pela porta; havereis procedido reino de Deus. E agora, eis que
segundo os mandamentos do Pai esta é a d doutrina de Cristo e a
e do Filho; e havereis recebido o única e verdadeira doutrina do
Espírito Santo, que dá c testemu- e 
Pai e do Filho e do Espírito San-
nho do Pai e do Filho em cumpri- to, que são f um Deus, sem fim.
mento da promessa que vos fez de Amém.
14 b 2 Ped. 2:21. b 1 Né. 8:20. Al. 37:46;
16 a Al. 5:13; 38:2; c At. 5:29–32. D&C 132:22, 25.
D&C 20:29. 19 a Mos. 4:10. b Mos. 3:17.
b GEE Jesus Cristo — b GEE Fé. c GEE Jesus Cristo —
Exemplo de Jesus c D&C 3:20. Tomar sobre nós o
Cristo. 20 a GEE Andar, Andar com nome de Jesus Cristo.
17 a Mos. 18:10. Deus. d Mt. 7:28;
GEE Batismo, Batizar. b GEE Esperança. Jo. 7:16–17.
b GEE Remissão de c GEE Amor. e GEE Trindade.
Pecados. d GEE Perseverar. f 3 Né. 11:27, 35–36.
18 a Prov. 4:18. 21 a At. 4:10–12; GEE Unidade.
GEE Caminho. 2 Né. 9:41;
131 2 NÉFI 32:1–9
CAPÍTULO 32 vos mostrará todas as coisas que
deveis fazer.
Anjos falam pelo poder do Espírito
6 Eis que esta é a doutrina de
Santo — Os homens devem orar e
Cristo e nenhuma doutrina mais
obter do Espírito Santo conhecimento
será dada até depois de ele se a ma-
para si mesmos. Aproximadamente
nifestar a vós na carne. E quando
559–545 a.C.
ele se manifestar na carne, deve-
E agora eis que, meus amados reis fazer as coisas que ele vos
irmãos, suponho que meditais em disser.
vosso coração sobre o que deveis 7 E agora eu, Néfi, não posso
fazer, depois de haverdes entra- dizer mais; o Espírito encerra a
do pelo caminho. Mas por que minha fala e só me resta lamentar
ponderais sobre estas coisas em a a incredulidade e a iniquidade e
vosso coração? a ignorância e a obstinação dos
2 Não vos lembrais de que eu homens; porque não procuram
vos disse que depois de haver- conhecimento nem compreendem
des a recebido o Espírito Santo po- grande conhecimento, quando
deríeis falar a b língua de anjos? lhe é dado com b clareza, sim, tão
E então, como poderíeis falar a claramente quanto o podem ser
língua de anjos se não fosse pelo as palavras.
Espírito Santo? 8 E agora, meus amados irmãos,
3 Os a anjos falam pelo poder do percebo que ainda meditais em
Espírito Santo; falam, portanto, vosso coração; e é-me doloroso
as palavras de Cristo. Por isto eu falar-vos sobre isso. Porque, se
vos disse: b Banqueteai-vos com as désseis ouvidos ao Espírito que
palavras de Cristo; pois eis que as ensina o homem a a orar, saberíeis
palavras de Cristo vos dirão todas que deveis orar; porque o b espírito
as coisas que deveis fazer. mau não ensina o homem a orar,
4 Portanto, agora que vos disse mas ensina-lhe que não deve orar.
estas palavras, se não as puder- 9 Mas eis que vos digo que de-
des compreender será porque não veis a orar sempre e não desfalecer;
a 
pedis nem bateis; de modo que e nada deveis fazer para o Senhor
não sereis levados para a luz, mas sem antes orar ao Pai, em b nome
perecereis na escuridão. de Cristo, para que ele consagre
5 Pois eis que vos digo novamen- para vós a vossa ação, a fim de
te que, se entrardes pelo caminho que a vossa ação seja para o c bem-
e receberdes o Espírito Santo, ele estar de vossa alma.
32 2 a 3 Né. 9:20. 7 a GEE Incredulidade. 9 a 3 Né. 20:1;
b 2 Né. 31:13. b 2 Né. 31:2–3; D&C 75:11.
3 a GEE Anjos. Jacó 4:13. b Mois. 5:8.
b Jer. 15:16. 8 a GEE Oração. c Al. 34:27.
4 a GEE Pedir. b Mos. 4:14.
6 a 3 Né. 11:8. GEE Diabo.
2 NÉFI 33:1–9 132
CAPÍTULO 33 consagrará minhas orações para
o bem de meu povo. E as palavras
As palavras de Néfi são verdadei-
que escrevi em fraqueza tornar-
ras — Elas testificam de Cristo —
se-ão a fortes para eles; porque os
Aqueles que creem em Cristo cre- b 
persuadem a fazer o bem; fazem
rão nas palavras de Néfi, as quais
com que saibam a respeito de seus
serão como uma testemunha dian-
pais; e falam de Jesus, persuadin-
te do tribunal. Aproximadamente
do-os a acreditar nele e a perseve-
559–545 a.C.
rar até o fim, que é vida c eterna.
E agora eu, Néfi, não posso es- 5 E falam a asperamente contra
crever todas as coisas que foram o pecado, segundo a b clareza da
ensinadas a meu povo; nem sou verdade; portanto, nenhum ho-
a 
poderoso no escrever como o sou mem se zangará com as palavras
no falar; porque quando um ho- que escrevi, a não ser que ele seja
mem b fala pelo poder do Espírito do espírito do diabo.
Santo, o poder do Espírito Santo 6 Glorio-me na clareza; glorio-
leva as suas palavras ao coração me na verdade; glorio-me em meu
dos filhos dos homens. Jesus, pois a redimiu minha alma
2 Mas eis que muitos há que a en- do inferno.
durecem o coração contra o Santo 7 Tenho a caridade para com meu
Espírito, de modo que neles não povo e grande fé em Cristo de
encontra espaço; portanto, lan- que encontrarei muitas almas sem
çam fora muitas coisas que estão mancha no seu tribunal.
escritas e consideram-nas sem 8 Tenho caridade para com os
importância. a 
judeus — digo judeus, porque
3 Mas eu, Néfi, escrevi o que me refiro àqueles de onde vim.
escrevi e considero-o de grande 9 Tenho também caridade para
a 
valor, especialmente para o meu com os a gentios; mas eis que não
povo. Porque b oro por eles conti- posso ter esperança por nenhum
nuamente durante o dia e meus deles, a não ser que se b reconci-
olhos molham meu travesseiro liem com Cristo e entrem pela
durante a noite por causa deles; porta c apertada e d andem no ca-
e clamo a meu Deus com fé e sei minho e estreito, que leva à vida, e
que ele ouvirá o meu clamor. continuem no caminho até o fim
4  E sei que o Senhor Deus do dia de provação.
33 1 a Ét. 12:23–24. c GEE Vida eterna. 9 a GEE Gentios.
b D&C 100:7–8. 5 a 1 Né. 16:1–3; b GEE Expiação, Expiar.
2 a Hel. 6:35–36. 2 Né. 9:40. c 2 Né. 9:41.
3 a GEE Escrituras — b 2 Né. 31:3; d GEE Andar, Andar com
Valor das escrituras. Jacó 4:13. Deus.
b En. 1:9–12; 6 a GEE Redenção, e Hel. 3:29–30;
Pal. Mórm. 1:8. Redimido, Redimir. D&C 132:22.
4 a Ét. 12:26–27. 7 a GEE Caridade.
b Morô. 7:13. 8 a GEE Judeus.
133 2 NÉFI 33:10–JACÓ 1:1
10 E agora, meus amados ir- senão todos, sejamos salvos no
mãos, e também judeus e todos seu a reino no grande e último dia.
vós, confins da Terra, dai ouvidos 13 E agora, meus amados ir-
a estas palavras e a acreditai em mãos, todos os que são da casa
Cristo; e se não acreditardes nes- de Israel e todos vós, confins da
tas palavras, acreditai em Cristo. E Terra, falo-vos com a voz de quem
se acreditardes em Cristo, acredi- a 
clama do pó: Adeus, até que che-
tareis nestas b palavras, porque são gue aquele grande dia.
as c palavras de Cristo e ele deu-as 14 E vós outros, que não quereis
a mim; e elas d ensinam a todos os participar da bondade de Deus
homens que devem fazer o bem. nem respeitar as a palavras dos
11 E se elas não são as palavras judeus nem tampouco minhas
de Cristo, julgai vós — porque no b 
palavras nem as que sairão da
último dia Cristo vos mostrará, boca do Cordeiro de Deus, eis que
com a poder e grande glória, que vos dou um eterno adeus, porque
são suas palavras; e vós e eu esta- estas palavras vos c condenarão no
remos face a face ante o seu b tribu- último dia.
nal e sabereis que ele me mandou 15 Porque o que eu selo na Ter-
escrever estas coisas, apesar de ra será apresentado contra vós
minha fraqueza. no a tribunal; porque assim me
12 E oro ao Pai, em nome de ordenou o Senhor e devo obede-
Cristo, para que muitos de nós, cer. Amém.

LIVRO DE JACÓ
IRMÃO DE NÉFI

As palavras de sua pregação a seus irmãos. Ele confunde um homem que


procura destruir a doutrina de Cristo. Algumas palavras sobre a história
do povo de Néfi.
CAPÍTULO 1 entre os nefitas. Aproximadamente
544–421 a.C.
Jacó e José procuram persuadir os
homens a crerem em Cristo e a guar-
darem Seus mandamentos — Néfi
morre  — A iniquidade prevalece
P OIS eis que aconteceu que cin-
quenta e cinco anos se passa-
ram desde a época em que Leí
10 a GEE Crença, Crer. b Apoc. 20:12; b GEE Livro de Mórmon.
b GEE Livro de Mórmon. Morô. 10:34. c 2 Né. 29:11;
c Morô. 10:27–29. 12 a GEE Glória Celestial. Ét. 4:8–10.
d 2 Né. 25:28. 13 a Isa. 29:4; 15 a Pal. Mórm. 1:11.
11 a Ét. 5:4; 2 Né. 26:16.
Morô. 7:35. 14 a GEE Bíblia.
JACÓ 1:2–10 134
deixara Jerusalém; e Néfi deu a a 
Cristo e de seu reino que have-
mim, a Jacó, um b mandamento ria de vir.
concernente às c placas menores, 7 Portanto, trabalhamos diligen-
nas quais estão gravadas estas temente entre os de nosso povo,
coisas. a fim de persuadi-los a a virem a
2 E ele ordenou a mim, Jacó, que Cristo e participarem da bondade
escrevesse nestas placas algumas de Deus, para entrarem em seu
das coisas que eu considerasse b 
descanso, a fim de que, de ne-
muito preciosas; que eu não tra- nhum modo, ele jurasse em sua
tasse, a não ser ligeiramente, da ira que não c entrariam, como na
história deste povo, que é chama- d 
provocação, nos dias de tentação,
do povo de Néfi. enquanto os filhos de Israel esta-
3 Porque ele disse que a história vam no e deserto.
de seu povo deveria ser gravada 8 Portanto, prouvera a Deus que
nas suas outras placas e que eu pudéssemos persuadir todos os
deveria guardar estas placas e homens a não se a rebelarem con-
transmiti-las a meus descenden- tra Deus, a não o b provocarem
tes, de geração em geração. à ira, mas que todos os homens
4 E se houvesse prédicas sagra- acreditassem em Cristo e conside-
das ou grandes revelações ou rassem sua morte e carregassem
profecias, deveria eu gravar seus sua c cruz e suportassem a ver-
pontos principais nestas placas e gonha do mundo; portanto, eu,
escrever sobre elas tanto quanto Jacó, tomo a meu cargo cumprir o
fosse possível, por amor a Cristo mandamento de meu irmão Néfi.
e para o bem de nosso povo. 9 Ora, Néfi começou a envelhe-
5 Pois em virtude de nossa fé e cer e viu que logo a morreria; por-
grande ansiedade, verdadeira- tanto, b ungiu um homem para ser
mente nos haviam sido revela- rei e governador de seu povo, de
das as coisas que a aconteceriam acordo com os governos dos c reis.
a nosso povo. 10 O povo amava Néfi profun-
6 E tivemos também muitas re- damente, por ter sido seu grande
velações e o espírito de muita protetor, ter empunhado a a es-
profecia; sabíamos, portanto, de pada de Labão em sua defesa e
1 1 a GEE Jacó, Filho de Leí. c Núm. 14:23; Lc. 14:27.
b Jacó 7:27. Deut. 1:35–37; 9 a 2 Né. 1:14.
c 2 Né. 5:28–33; D&C 84:23–25. b GEE Unção, Ungir.
Jacó 3:13–14. d Heb. 3:8. c 2 Né. 6:2;
GEE Placas. e Núm. 26:65; Jar. 1:7.
5 a 1 Né. 12. 1 Né. 17:23–31. 10 a 1 Né. 4:9;
6 a 1 Né. 10:4–11; 19:8–14. 8 a GEE Rebeldia, Rebelião. 2 Né. 5:14;
7 a 2 Né. 9:41; b 1 Né. 17:30; Pal. Mórm. 1:13;
Ômni 1:26; Al. 12:36–37; Mos. 1:16;
Morô. 10:32. Hel. 7:18. D&C 17:1.
b GEE Descansar, c TJS Mt. 16:25–26
Descanso. (Apêndice da Bíblia);
135 JACÓ 1:11–19
trabalhado todos os seus dias por prata e começaram a ser um tanto
seu bem-estar — orgulhosos.
11 Portanto, o povo queria que a 17 Portanto, eu, Jacó, disse-lhes
memória de seu nome fosse con- estas palavras enquanto os ensi-
servada e que todos os que go- nava no a templo, tendo primei-
vernassem em seu lugar fossem ramente recebido essa b missão
chamados, pelo povo, de Néfi se- do Senhor.
gundo, Néfi terceiro e assim por 18 Porque eu, Jacó, e meu irmão
diante, de acordo com os gover- José havíamos sido a consagrados
nos dos reis; e assim foram cha- sacerdotes e mestres deste povo
mados pelo povo, fosse qual fosse pela mão de Néfi.
seu nome. 19 E nós magnificamos o nosso
12 E aconteceu que Néfi morreu. a 
ofício para o Senhor, tomando
13 Ora, aqueles que não eram sobre nós a b responsabilidade de
a 
lamanitas eram b nefitas; não obs- responder pelos pecados do povo
tante, eram chamados de nefitas, se não lhes ensinássemos com di-
jacobitas, josefitas, c zoramitas, la- ligência a palavra de Deus; assim,
manitas, lemuelitas e ismaelitas. trabalhando com toda a nossa
14 Mas eu, Jacó, daqui por diante força, seu c sangue não mancha-
não os mencionarei por esses no- ria nossas vestimentas; caso con-
mes, mas a chamarei de lamanitas trário, o seu sangue cairia sobre
aos que procuram destruir o povo nossas vestimentas e não sería-
de Néfi; e aos que são amigos de mos declarados sem mancha no
Néfi eu chamarei de b nefitas, ou último dia.
seja, o c povo de Néfi, segundo os
governos dos reis.
CAPÍTULO 2
15 E então aconteceu que o povo
de Néfi, sob o governo do segun- Jacó denuncia o amor às riquezas, o
do rei, começou a endurecer o co- orgulho e a falta de castidade — Os
ração, permitindo-se, de certa for- homens podem procurar obter rique-
ma, práticas iníquas, assim como zas para ajudar seus semelhantes —
Davi, na antiguidade, que deseja- O Senhor ordena que nenhum homem
ra ter muitas a esposas e concubi- entre os nefitas tenha mais do que
nas; e também Salomão, seu filho. uma esposa — O Senhor deleita-se
16 Sim, e eles também come- na castidade das mulheres. Aproxi-
çaram a procurar muito ouro e madamente 544–421 a.C.
13 a En. 1:13; c 2 Né. 5:9. Chamar.
D&C 3:18. 15 a D&C 132:38–39. 18 a 2 Né. 5:26.
b GEE Nefitas. 17 a 2 Né. 5:16. 19 a GEE Oficial, Ofício.
c 1 Né. 4:35; GEE Templo, A Casa do b D&C 107:99–100.
4 Né. 1:36–37. Senhor. GEE Mordomia,
14 a Mos. 25:12; Al. 2:11. b GEE Chamado, Mordomo.
b 2 Né. 4:11. Chamado por Deus, c 2 Né. 9:44.
JACÓ 2:1–12 136
As palavras que Jacó, irmão de muitos têm sentimentos suma-
Néfi, dirigiu ao povo de Néfi de- mente ternos e b castos e delicados
pois da morte de Néfi: perante Deus, o que é agradável
2 Agora, meus amados irmãos, a Deus;
eu, Jacó, de acordo com a respon- 8 E suponho que eles tenham
sabilidade que tenho para com vindo aqui para ouvir a agradável
Deus de magnificar meu ofício a 
palavra de Deus, sim, a palavra
com sobriedade e para livrar mi- que cura a alma ferida.
nhas vestimentas de vossos peca- 9 Portanto, pesa-me a alma por
dos, venho hoje ao templo para ser compelido, por causa do es-
declarar-vos a palavra de Deus. trito mandamento que recebi de
3 E vós mesmos sabeis que, até Deus, a admoestar-vos segundo
aqui, eu tenho sido diligente no vossos crimes, a aumentar as fe-
exercício de meu chamado; hoje, ridas dos que já estão feridos, em
porém, sinto-me curvado sob o vez de consolá-los e curar-lhes as
peso de um desejo e ansiedade feridas; e os que não foram feri-
muito maiores pelo bem-estar de dos, em vez de se banquetearem
vossa alma do que senti até agora. com a palavra agradável de Deus,
4 Pois eis que até agora tendes têm a alma traspassada e a deli-
sido obedientes à palavra do Se- cada mente ferida por punhais.
nhor, a qual eu vos tenho dado. 10 Mas, não obstante a magnitu-
5 Ouvi-me, porém, e sabei que, de da tarefa, devo agir segundo os
com o auxílio do onipotente Cria- a 
mandamentos estritos de Deus
dor dos céus e da Terra, posso e falar-vos de vossas maldades e
falar-vos a respeito de vossos abominações na presença dos pu-
a 
pensamentos, de como estais ros de coração e daqueles de cora-
começando a cometer pecado, ção quebrantado, sob o olhar b pe-
pecado esse que me parece mui- netrante do Deus Todo-Poderoso.
to abominável, sim, e abominável 11 Portanto, devo dizer-vos a
a Deus. verdade, de acordo com a a clareza
6 Sim, entristece-me a alma e da palavra de Deus. Pois eis que,
faz-me encolher de vergonha ante tendo eu inquirido o Senhor, as-
meu Criador ter que vos testemu- sim me veio a palavra, dizendo:
nhar sobre a maldade de vosso Jacó, vai ao templo amanhã e de-
coração. clara a esse povo a palavra que
7 E também me entristece ter que te darei.
usar uma linguagem a tão forte 12  E agora eis que, meus ir-
a vosso respeito perante vossas mãos, esta é a palavra que vos
mulheres e vossos filhos, quando declaro: que muitos de vós haveis
2 5 a Al. 12:3; D&C 6:16. b GEE Virtude. Deus.
GEE Trindade. 8 a Al. 31:5. b 2 Né. 9:44.
7 a D&C 121:43. 10 a GEE Mandamentos de 11 a 2 Né. 25:4; 31:2–3.
137 JACÓ 2:13–23
começado a procurar ouro e prata com vossos bens, para que b vos-
a 

e toda espécie de a minerais precio- sos irmãos sejam ricos como vós.
sos que se encontram em abun- 18 Mas antes de buscardes a ri-
dância nesta terra, que é uma b ter- quezas, buscai o b reino de Deus.
ra de promissão para vós e para 19 E depois de haverdes obtido
vossos descendentes. uma esperança em Cristo, conse-
13 E a mão da providência favo- guireis riquezas, se as procurar-
receu-vos mui agradavelmente, des; e procurá-las-eis com o fito
de modo que obtivestes muitas de a praticar o bem — de vestir
riquezas; e porque alguns de vós os nus e alimentar os famintos e
obtivestes mais abundantemente libertar os cativos e confortar os
do que vossos irmãos, enchestes doentes e aflitos.
o coração de a orgulho e andais 20 E agora, meus irmãos, falei-
com dura cerviz e cabeça levan- vos sobre o orgulho; e aqueles de
tada devido aos vossos custosos vós que afligistes o próximo e o
trajes; e perseguis vossos irmãos, perseguistes devido ao orgulho
porque supondes que sois melho- de vosso coração, por causa das
res do que eles. coisas que Deus vos deu, que di-
14 E agora, meus irmãos, supon- zeis disto?
des que Deus vos justifica nisto? 21 Não supondes que tais coisas
Eis que vos digo: Não. Ele, porém, são abomináveis àquele que criou
condena-vos; e se persistirdes nes- toda a carne? E para ele uma cria-
tas coisas, seus julgamentos cairão tura é tão preciosa como a outra. E
rapidamente sobre vós. toda a carne vem do pó; e a todos
15 Oh! Se ele vos mostrasse que criou para o mesmo fim, para que
vos pode traspassar e que, com guardassem seus a mandamentos
um relance de seu olhar, pode e glorificassem-no para sempre.
lançar-vos ao pó! 22 E agora cesso de falar-vos so-
16 Oh! Se ele vos livrasse desta bre esse orgulho. E se não tivesse
iniquidade e abominação! E oh! que vos falar sobre um crime ain-
Se escutásseis a palavra de seus da maior, meu coração regozijar-
mandamentos e não permitísseis se-ia imensamente por vós.
que o a orgulho de vosso coração 23 Mas a palavra de Deus me
vos destruísse a alma! oprime por causa de vossos cri-
17  Pensai em vossos irmãos mes maiores. Pois eis que assim
como em vós mesmos; e sede diz o Senhor: Este povo come-
amáveis para com todos e liberais ça a tornar-se iníquo; eles não
12 a 1 Né. 18:25; 16 a GEE Orgulho. 2 Né. 26:31; D&C 6:7.
Hel. 6:9–11; Ét. 10:23. 17 a GEE Bem-Estar; GEE Riquezas.
b 1 Né. 2:20. Esmolas. b Lc. 12:22–31.
GEE Terra da b 4 Né. 1:3. 19 a Mos. 4:26.
Promissão. 18 a 1 Re. 3:11–13; 21 a D&C 11:20;
13 a Mórm. 8:35–39. Mc. 10:17–27; Abr. 3:25–26.
JACÓ 2:24–35 138
entendem as escrituras, pois pro- circunstâncias meu povo dará ou-
curam desculpar-se por cometer vidos a estas coisas.
libertinagens, por causa das coisas 31 Porque eis que eu, o Senhor,
que foram escritas com referência vi a dor e ouvi o lamento das fi-
a Davi e seu filho Salomão. lhas de meu povo na terra de Je-
24 Eis que Davi e a Salomão real- rusalém; sim, e em todas as terras
mente tiveram muitas b esposas e de meu povo, por causa das ini-
concubinas, o que foi abominável quidades e abominações de seus
diante de mim, diz o Senhor. maridos.
25 Portanto, assim diz o Senhor: 32 E não permitirei, diz o Senhor
Tirei este povo da terra de Jeru- dos Exércitos, que o lamento das
salém pelo poder de meu braço, belas filhas deste povo que tirei
a fim de suscitar para mim um da terra de Jerusalém suba a mim
a 
ramo justo do fruto dos lombos contra os homens de meu povo,
de José. diz o Senhor dos Exércitos.
26 Portanto, eu, o Senhor Deus, 33 Porque não levarão em cati-
não permitirei que este povo pro- veiro as filhas de meu povo, por
ceda como os antigos. causa de sua ternura, sem que eu
27 Portanto, meus irmãos, ouvi- os visite com uma terrível maldi-
me e atentai para a palavra do Se- ção, até mesmo destruição; por-
nhor: Pois nenhum homem dentre que eles não cometerão a liber-
vós terá mais que a uma esposa; e tinagens como os antigos, diz o
não terá concubina alguma. Senhor dos Exércitos.
28 Porque eu, o Senhor Deus, 34 E agora eis que, meus irmãos,
deleito-me na a castidade das mu- sabeis que estes mandamentos fo-
lheres. E as libertinagens são para ram dados a nosso pai, Leí; por-
mim abominação; assim diz o Se- tanto, já os conhecíeis; e caístes
nhor dos Exércitos. em grande condenação, porque
29 Portanto, este povo guarda- haveis feito estas coisas que não
rá os meus mandamentos, diz o devíeis ter feito.
Senhor dos Exércitos, ou a terra 35  Eis que haveis praticado
será a amaldiçoada por sua causa. a 
maiores iniquidades que os la-
30 Porque se eu quiser susci- manitas, nossos irmãos. Haveis
tar a posteridade para mim, diz quebrantado o coração de vossas
o Senhor dos Exércitos, ordena- ternas esposas e perdido a con-
rei isso a meu povo; em outras fiança de vossos filhos, por causa
24 a 1 Re. 11:1; 2 Né. 3:5; 30 a Mal. 2:15;
Ne. 13:25–27. Al. 26:36. D&C 132:61–66.
b 1 Re. 11:1–3; GEE Leí, Pai de Néfi. 33 a GEE Imoralidade
Esd. 9:1–2; 27 a D&C 42:22; 49:16. Sexual;
D&C 132:38–39. GEE Casamento, Casar. Sensual, Sensualidade.
25 a Gên. 49:22–26; 28 a GEE Castidade. 35 a Jacó 3:5–7.
Amós 5:15; 29 a Ét. 2:8–12.
139 JACÓ 3:1–8
de vossos maus exemplos diante maldição, afligir-vos-ão até vos
deles; e os soluços do coração de- destruir.
les sobem a Deus contra vós. E por 4 E vem rapidamente o tempo
causa da severidade da palavra em que, a menos que vos arre-
de Deus, que desce contra vós, pendais, eles ocuparão a terra de
muitos corações pereceram, tras- vossa herança e o Senhor Deus
passados por profundas feridas. a 
retirará os justos dentre vós.
5 Eis que os lamanitas, vossos ir-
CAPÍTULO 3 mãos, a quem odiais por causa de
sua imundície e da maldição que
Os puros de coração recebem a agra-
lhes caiu sobre a pele, são mais
dável palavra de Deus — A retidão
justos que vós; porque eles não
dos lamanitas excede a dos nefitas —
se a esqueceram do mandamento
Jacó adverte contra fornicação, lascí-
do Senhor, dado a nosso pai — de
via e todo pecado. Aproximadamente
que não deveriam ter mais que
544–421 a.C.
uma esposa nem concubina algu-
Mas eis que eu, Jacó, desejo falar ma; e que não deveriam cometer
a vós, que sois puros de coração. libertinagem.
Confiai em Deus com a mente 6 E agora eles se esforçam por
firme e orai a ele com grande fé; guardar este mandamento; por-
e ele consolar-vos-á nas aflições e tanto, por causa desse esforço em
defenderá vossa causa e enviará guardar este mandamento, o Se-
justiça sobre os que procuram a nhor Deus não os destruirá, mas
vossa destruição. será a misericordioso para com
2 Ó todos vós, que sois puros de eles; e um dia tornar-se-ão um
coração, levantai a cabeça e rece- povo abençoado.
bei a agradável palavra de Deus 7 Eis que os maridos a amam as
e banqueteai-vos com seu amor; esposas e as esposas amam os ma-
porque podereis fazê-lo para sem- ridos; e os maridos e as esposas
pre, se vossa mente for a firme. amam seus filhos; e sua incredu-
3 Mas ai, ai de vós, que não sois lidade e seu ódio para convosco
puros de coração, que estais hoje são consequência da iniquidade
a 
imundos diante de Deus; porque, de seus pais; portanto, em que
a não ser que vos arrependais, a sois vós melhores do que eles aos
terra será amaldiçoada por vossa olhos de vosso grande Criador?
causa; e os lamanitas, que não são 8 Ó meus irmãos, temo que, a
imundos como vós, não obstante menos que vos arrependais de
b 
amaldiçoados com uma dolorosa vossos pecados, a pele deles será
3 2 a Al. 57:26–27. 4 a Ômni 1:5–7, 12–13. 7 a GEE Amor;
3 a GEE Imundície, 5 a Jacó 2:35. Família.
Imundo. 6 a 2 Né. 4:3, 6–7;
b 1 Né. 12:23. Hel. 15:10–13.
JACÓ 3:9–4:3 140
mais branca do que a vossa, quan- escrita nestas placas; mas muitos
a 

do fordes levados com eles peran- dos seus feitos estão registrados
te o trono de Deus. nas placas maiores e suas guerras
9  Portanto, eu vos dou um e suas contendas e os reinados de
mandamento, que é a palavra de seus reis.
Deus: que não mais os injurieis 14 Estas placas são chamadas
por sua pele escura nem os inju- placas de Jacó e foram feitas pela
rieis por causa de sua imundície; mão de Néfi. E termino estas pa-
mas deveis recordar vossa própria lavras.
imundície e lembrar-vos de que a
imundície deles lhes adveio por CAPÍTULO 4
causa de seus pais.
Todos os profetas adoravam o Pai
10 Portanto, vos lembrareis de
em nome de Cristo — A oferta que
vossos a filhos, de como lhes afli-
Abraão fez de Isaque foi à semelhança
gistes o coração por causa do
de Deus e Seu Unigênito — Os ho-
exemplo que lhes haveis dado; e
mens devem reconciliar-se com Deus
lembrai-vos também de que po-
por meio da expiação — Os judeus
deis, pela vossa imundície, levar
rejeitarão a pedra de fundamento.
vossos filhos à destruição; e seus
Aproximadamente 544–421 a.C.
pecados serão amontoados sobre
a vossa cabeça no último dia. Ora, então aconteceu que eu,
11 Ó meus irmãos, dai ouvidos Jacó, tendo ensinado muito meu
às minhas palavras; despertai a povo com palavras (e não posso
sensibilidade de vossa alma; sa- escrever senão poucas de minhas
cudi-vos, a fim de a acordardes do palavras, devido à dificuldade de
sono da morte; e livrai-vos das gravá-las em placas) e sabemos
penas do b inferno, para não vos que as coisas que escrevemos em
tornardes c anjos do diabo e serdes placas perdurarão;
jogados no lago de fogo e enxofre, 2 Tudo o que escrevermos, po-
que é a segunda d morte. rém, que não seja em placas, pe-
12 E então eu, Jacó, disse mui- recerá e desaparecerá; mas pode-
tas outras coisas ao povo de Néfi, mos escrever algumas palavras
admoestando-os contra a a forni- em placas, que darão a nossos
cação e a b lascívia e toda espécie filhos e também a nossos ama-
de pecado, mostrando-lhes suas dos irmãos um pequeno grau de
terríveis consequências. conhecimento sobre nós, ou seja,
13 E nem a centésima parte dos sobre seus pais —
feitos deste povo, que agora co- 3 Ora, nisto nos regozijamos; e
meça a ser numeroso, pode ser trabalhamos diligentemente para
10 a GEE Criança(s); c 2 Né. 9:8–9. Iniquidade, Iníquo.
Filho(s). d GEE Morte Espiritual. 13 a 1 Né. 19:1–4;
11 a Al. 5:6–9. 12 a GEE Fornicação. Jacó 1:1–4.
b GEE Inferno. b GEE Concupiscência;
141 JACÓ 4:4–9
gravar estas palavras em placas, uma esperança e nossa fé torna-
na esperança de que nossos ama- se inabalável, de sorte que pode-
dos irmãos e nossos filhos as rece- mos verdadeiramente c ordenar
bam com o coração agradecido e em d nome de Jesus e as próprias
as examinem, para que aprendam árvores ou as montanhas ou as
com alegria, e não com tristeza ondas do mar nos obedecem.
nem com desdém, o que se refere 7 Não obstante, o Senhor Deus
a seus antepassados. mostra-nos as nossas a fraquezas
4 Porque para este fim escreve- a fim de que saibamos que é por
mos estas coisas: para que tenham sua graça e sua grande condes-
conhecimento de que a sabíamos cendência para com os filhos dos
de Cristo e tínhamos esperança homens que temos poder para
em sua glória muitos séculos an- fazer estas coisas.
tes de sua vinda; e não somente 8 Eis que grandes e maravilho-
nós tínhamos esperança em sua sas são as obras do Senhor. Quão
glória, mas também todos os san- a 
insondáveis são as profundezas
tos b profetas que viveram antes de seus b mistérios! E é impossível
de nós. ao homem descobrir todos os seus
5 Eis que eles acreditavam em caminhos. E nenhum homem c co-
Cristo e a adoravam o Pai em seu nhece seus d caminhos, a não ser
nome; e também nós adoramos o que lhe sejam revelados; portanto,
Pai em seu nome. E com este pro- irmãos, não desprezeis as revela-
pósito guardamos a b lei de Moi- ções de Deus.
sés, que a ele c guia nossa alma; e 9 Pois eis que foi pelo poder de
isso nos é atribuído como retidão, sua a palavra que o b homem apa-
assim como a Abraão no deserto, receu na face da Terra, Terra essa
a obediência às ordens de Deus de que foi criada pelo poder de sua
oferecer seu filho Isaque, o que é à palavra. Portanto, se pôde Deus
semelhança de Deus e seu d Filho falar e o mundo existir; e falar
Unigênito. e o homem ser criado, por que,
6 Portanto, estudamos os pro- pois, não há de poder comandar
fetas e temos muitas revelações e a c Terra ou a obra de suas mãos
o espírito de a profecia; e com to- na face da Terra, de acordo com
dos estes b testemunhos obtemos a sua vontade e prazer?
4 4 a GEE Jesus Cristo. d Gên. 22:1–14; GEE Mistérios de Deus.
b Lc. 24:25–27; Jacó 7:11; Jo. 3:16–18. c 1 Cor. 2:9–16;
Mos. 13:33–35; GEE Unigênito. Al. 26:21–22.
D&C 20:26. 6 a GEE Profecia, Profetizar. GEE Conhecimento.
5 a Mois. 5:8. b GEE Testemunha. d Isa. 55:8–9.
b 2 Né. 25:24; Jar. 1:11; c GEE Poder. 9 a Mórm. 9:17;
Mos. 13:27, 30; d At. 3:6–16; 3 Né. 8:1. Mois. 1:32.
Al. 25:15–16. 7 a Ét. 12:27. b GEE Criação, Criar;
GEE Lei de Moisés. 8 a Rom. 11:33–36. Homem, Homens.
c Gál. 3:24. b D&C 19:10; 76:114. c Hel. 12:8–17.
JACÓ 4:10–17 142
10 Portanto, irmãos, não tenteis claramente para a salvação de
c 

dar a conselhos ao Senhor, mas, nossa alma. Mas eis que não so-
sim, recebei conselhos de sua mos as únicas testemunhas destas
mão. Pois eis que vós mesmos coisas, porque Deus também as
sabeis que ele aconselha com b sa- disse aos profetas da antiguidade.
bedoria e justiça e grande mise- 14 Mas eis que os judeus eram
ricórdia em todas as suas obras. um povo a obstinado e b despreza-
11  Portanto, amados irmãos, ram as palavras claras e mataram
reconciliai-vos com ele pela os profetas e procuraram coisas
a 
expiação de Cristo, seu b Filho que não podiam compreender.
Unigênito; e podereis obter a c res- Portanto, devido a sua c cegueira,
surreição, de acordo com o poder cegueira que lhes adveio por olha-
da ressurreição que está em Cris- rem para além do marco, terão
to, e serdes apresentados como as que cair, pois Deus tirou-lhes a
d 
primícias de Cristo a Deus, tendo sua clareza e entregou-lhes muitas
fé e havendo obtido esperança de coisas que d não podem entender,
glória nele, antes que se manifeste pois assim o desejaram. E porque
na carne. o desejaram, Deus o fez, para que
12 E agora, amados, não vos ad- tropecem.
mireis de que eu vos diga estas 15 E agora eu, Jacó, sou guiado
coisas; por que não a falar, pois, pelo Espírito a profetizar, pois
da expiação de Cristo e conseguir percebo, pela orientação do Es-
um perfeito conhecimento dele, pírito que está em mim, que, por
assim como um conhecimento da causa dos a tropeços dos judeus,
ressurreição e do mundo futuro? eles b rejeitarão a c pedra sobre a
13 Portanto, meus irmãos, quem qual poderiam edificar e ter fun-
quer que profetize, que o faça ao damento seguro.
alcance do entendimento humano, 16 Mas eis que, de acordo com
pois o a Espírito fala a verdade e as escrituras, essa a pedra virá a
não mente. Portanto, fala de coi- ser o grande e o último e o único
sas como realmente b são e de coi- b 
fundamento seguro sobre o qual
sas como realmente serão; assim, os judeus poderão edificar.
estas coisas nos são manifestadas 17 E agora, meus amados, como
10 a 2 Né. 9:28–29; 13 a GEE Espírito Santo; d 2 Né. 25:1–2.
Al. 37:12, 37; Verdade. 15 a Isa. 8:13–15;
D&C 3:4, 13. b D&C 93:24. 1 Cor. 1:23;
b GEE Onisciente; c Al. 13:23. 2 Né. 18:13–15.
Sabedoria. 14 a Mt. 23:37–38; b 1 Né. 10:11.
11 a GEE Expiação, Expiar. 2 Né. 25:2. c GEE Pedra de Esquina;
b Heb. 5:9. b 2 Cor. 11:3; Rocha.
c GEE Ressurreição. 1 Né. 19:7; 16 a Salm. 118:22–23.
d Mos. 15:21–23; 18:9; 2 Né. 33:2. b Isa. 28:16;
Al. 40:16–21. c Isa. 44:18; Hel. 5:12.
12 a 2 Né. 25:26. Rom. 11:25.
143 JACÓ 4:18–5:10
é possível que eles, depois de ha- começava a definhar; e ele disse:
verem rejeitado o fundamento Podá-la-ei e cavarei ao seu redor
seguro, a construam sobre ele para e cuidarei dela, para que talvez
que venha a ser sua pedra de es- brotem novos e tenros ramos e
quina? ela não morra.
18 Eis que, meus amados irmãos, 5 E aconteceu que a podou e ca-
vos desvendarei este mistério, se vou ao seu redor e cuidou dela, de
a minha firmeza no Espírito não acordo com sua palavra.
for abalada de alguma forma e eu 6  E aconteceu que, passados
não tropeçar por causa de minha muitos dias, começaram a brotar
excessiva ansiedade por vós. ramos pequenos, novos e tenros;
mas eis que sua copa começou a
CAPÍTULO 5 morrer.
7 E aconteceu que o dono da vi-
Jacó cita Zenos com referência à ale-
nha viu isto e disse a seu servo:
goria das oliveiras boas e das oliveiras
Sentiria perder esta árvore; por-
bravas — Elas simbolizam Israel e os
tanto, arranca os ramos de uma
gentios — A dispersão e a coligação a 
oliveira brava e traze-mos aqui;
de Israel são prefiguradas — Alusões
e arrancaremos os ramos princi-
feitas aos nefitas e lamanitas e a toda
pais, que estão começando a secar,
a casa de Israel — Os gentios serão
e lançá-los-emos no fogo para que
enxertados em Israel — No final, a
sejam queimados.
vinha será queimada. Aproximada-
8 E eis que, diz o Senhor da vi-
mente 544–421 a.C.
nha, tirarei muitos destes ramos
Eis que, meus irmãos, não vos novos e tenros e enxertá-los-ei
lembrais de haverdes lido as pa- onde me agradar; e mesmo que a
lavras do profeta a Zenos à casa de raiz desta árvore morra, poderei
Israel, quando disse: conservar o seu fruto para mim;
2 Ouve, ó casa de Israel, e escuta portanto, tomarei estes ramos no-
as minhas palavras, palavras de vos e tenros e enxertá-los-ei onde
um profeta do Senhor. me agradar.
3 Pois eis que assim diz o Se- 9 Tira os ramos da oliveira brava
nhor: Comparar-te-ei, ó casa de e enxerta-os no a lugar deles; e os
a 
Israel, a uma boa b oliveira que que eu arranquei, lançarei no fogo
um homem cultivou em sua c vi- e queimarei, para que não obs-
nha; e ela cresceu e envelheceu e truam o terreno de minha vinha.
começou a d definhar. 10 E aconteceu que o servo do
4 E aconteceu que o dono da Senhor da vinha agiu de acordo
vinha viu que a sua oliveira com a palavra do Senhor da vinha
17 a Mt. 19:30; GEE Israel. GEE Vinha do Senhor.
D&C 29:30. b Rom. 11:17–24. d GEE Apostasia.
5 1 a GEE Zenos. GEE Oliveira. 7 a Rom. 11:17, 24.
3 a Eze. 36:8. c D&C 101:44. 9 a Rom. 1:13.
JACÓ 5:11–21 144
e enxertou os ramos da oliveira
a 
haviam sido enxertados os ramos
brava. da oliveira brava; e ela havia bro-
11 E o Senhor da vinha fez com tado e começara a dar a frutos. E
que se cavasse ao redor dela e que ele viu que eram bons; e seus fru-
fosse podada e cuidada, dizendo tos eram semelhantes aos frutos
a seu servo: Sentiria perder esta naturais.
árvore; portanto, fiz isto para ver 18 E ele disse ao servo: Eis que
se posso conservar as suas raízes, os ramos da árvore brava absor-
a fim de que não morram e eu as veram a umidade da sua raiz, de
conserve para mim. modo que a sua raiz produziu
12 Portanto, vai; vigia a árvo- muita força; e por causa da gran-
re e cuida dela, segundo minhas de força da raiz, os ramos bravos
palavras. produziram frutos bons. Ora, se
13 E estes ramos a colocarei na não tivéssemos enxertado estes
parte mais baixa de minha vinha, ramos, a árvore teria morrido. E
onde me agradar; a ti não importa; agora, eis que conservarei muitos
e assim faço para poder conservar frutos dos que a árvore produziu;
para mim os ramos naturais da ár- e guardarei os seus frutos para
vore; e também a fim de guardar mim, para a estação.
os frutos para mim, para a esta- 19 E aconteceu que o Senhor da
ção; porque sentiria perder esta vinha disse ao servo: Vem, vamos
árvore e seus frutos. à parte mais baixa da vinha para
14 E aconteceu que o Senhor da ver se os ramos naturais também
vinha foi esconder os ramos na- deram muitos frutos, a fim de que
turais da boa oliveira nas par- eu possa guardá-los para mim,
tes mais baixas da vinha, alguns para a estação.
numa parte, outros noutra, de 20 E aconteceu que foram ao lu-
acordo com o seu prazer e von- gar onde o amo havia escondido
tade. os ramos naturais da árvore e ele
15 E aconteceu que se passou disse ao servo: Vê estes; e ele viu
muito tempo e o Senhor da vinha que o a primeiro dera muitos fru-
disse a seu servo: Vem, vamos à tos e viu também que eram bons.
vinha para trabalhar nela. E disse ao servo: Tira os frutos e
16 E aconteceu que o Senhor da guarda-os para a estação, a fim
vinha e também o servo desceram de que eu os preserve para mim;
à vinha para trabalhar. E aconte- pois eis que, disse ele, eu tenho
ceu que o servo disse a seu amo: cuidado dela todo este tempo e
Olha aqui; vê a árvore. ela produziu muitos frutos.
17 E aconteceu que o Senhor da 21 E aconteceu que o servo disse
vinha olhou e viu a árvore na qual a seu amo: Como vieste plantar
10 a GEE Gentios. 17 a Jo. 15:16.
13 a 1 Né. 10:12. 20 a Jacó 5:39.
145 JACÓ 5:22–32
aqui esta árvore ou este ramo da ramos que não produziram bons
árvore? Pois eis que este era o pe- a 
frutos e lança-os no fogo.
daço mais improdutivo de toda a 27 Mas eis que o servo lhe disse:
terra de tua vinha. Podemo-la e cavemos ao redor
22 E o Senhor da vinha disse-lhe: dela e cuidemos dela um pouco
Não me dês conselhos. Eu sabia mais, para que talvez produza
que era um pedaço de terra im- bons frutos para ti, a fim de que
produtivo; por isso disse-te que possas guardá-los para a estação.
tratei da árvore todo este tempo; 28 E aconteceu que o Senhor da
e vês que produziu muitos frutos. vinha e o servo do Senhor da vi-
23 E aconteceu que o Senhor nha cuidaram de todos os frutos
da vinha disse a seu servo: Olha da vinha.
aqui; vê que também plantei ou- 29 E aconteceu que se passou
tro ramo da árvore; e tu sabes que muito tempo e o Senhor da vi-
este pedaço de terra era mais im- nha disse a seu a servo: Vem, des-
produtivo que o primeiro. Mas çamos à vinha para tornarmos a
olha a árvore. Tratei dela todo este trabalhar na vinha. Pois eis que o
tempo e ela produziu muitos fru- b 
tempo se aproxima e o c fim logo
tos; ajunta-os, portanto, e guarda- virá; portanto, devo guardar fru-
os para a estação, a fim de que eu tos para mim, para a estação.
os preserve para mim. 30 E aconteceu que o Senhor da
24 E aconteceu que o Senhor da vinha e o servo desceram à vinha;
vinha tornou a dizer a seu ser- e foram até a árvore da qual ha-
vo: Olha aqui e vê também um viam tirado os ramos naturais e
outro a ramo que plantei; eis que onde haviam enxertado os ramos
também tratei dele e produziu bravos; e eis que toda a espécie de
frutos. frutos sobrecarregavam a árvore.
25 E disse ao servo: Olha aqui e 31 E aconteceu que o Senhor da
vê o último. Eis que este eu plan- vinha provou dos frutos, cada tipo
tei num pedaço de a terra fértil; e segundo seu número. E o Senhor
cuidei dele durante todo este tem- da vinha disse: Eis que durante
po e somente uma parte da árvore todo este tempo cuidamos desta
produziu frutos bons; e a b outra árvore e guardei para mim muitos
parte da árvore produziu frutos frutos, para a estação.
bravos; eis que eu tratei desta ár- 32 Mas eis que, desta vez, produ-
vore como das outras. ziu muitos frutos e a nenhum deles
26 E aconteceu que o Senhor da é bom. E eis que há toda espé-
vinha disse ao servo: Arranca os cie de frutos maus; e de nada me
24 a Eze. 17:22–24; 26 a Mt. 7:15–20; c 2 Né. 30:10;
Al. 16:17; Al. 5:36; Jacó 6:2.
3 Né. 15:21–24. D&C 97:7. 30 a GEE Apostasia.
25 a 1 Né. 2:20. 29 a D&C 101:55; 103:21. 32 a JS—H 1:19.
b 3 Né. 10:12–13. b GEE Últimos Dias.
JACÓ 5:33–45 146
servem, apesar de todo o nosso às partes mais baixas da vinha. E
trabalho; e agora sentiria perder aconteceu que viram que os frutos
esta árvore. dos ramos naturais também se ha-
33 E o Senhor da vinha disse ao viam corrompido; sim, o a primei-
servo: Que faremos por esta árvo- ro e o segundo e também o último;
re, a fim de novamente guardar e todos se haviam corrompido.
seus frutos bons para mim? 40 E os a frutos bravos do último
34 E o servo disse a seu amo: haviam sobrepujado a parte da
Olha, por teres enxertado ramos árvore que produzira frutos bons,
da oliveira brava, eles nutriram as tanto assim que o ramo havia se-
raízes, de modo que estão vivas e cado e morrido.
não morreram; vês, portanto, que 41 E aconteceu que o Senhor da
ainda estão boas. vinha chorou e disse ao servo:
35 E aconteceu que o Senhor da a 
Que mais poderia ter eu feito
vinha disse a seu servo: De nada pela minha vinha?
me serve a árvore e suas raízes de 42 Eis que eu sabia que todos os
nada me servem enquanto produ- frutos da vinha, exceto estes, se
zir frutos maus. haviam corrompido. E agora estes,
36 Não obstante, sei que suas que produziam bons frutos, tam-
raízes estão boas e, para um pro- bém se corromperam; e agora to-
pósito meu, preservei-as; e por das as árvores de minha vinha não
causa de sua grande força, elas servem para nada, a não ser para
produziram até aqui, dos ramos serem cortadas e lançadas no fogo.
bravos, bons frutos. 43 E eis que esta última, cujo
37 Mas eis que os ramos bravos ramo secou, foi por mim plantada
cresceram e a superaram as raízes num pedaço de a terra fértil; sim,
da árvore; e por haverem os ramos aquele que para mim era melhor
bravos sobrepujado as raízes, ela do que todas as outras partes do
produziu muitos frutos maus; e terreno de minha vinha.
porque produziu muitos frutos 44 E tu viste que também cortei
maus, vês que começou a morrer; o que a obstruía este pedaço de
e logo estará madura, podendo terra, a fim de plantar esta árvore
ser lançada no fogo, a menos que em seu lugar.
façamos algo para preservá-la. 45 E tu viste que uma parte dela
38 E aconteceu que o Senhor da produziu bons frutos e uma parte
vinha disse a seu servo: Desça- dela produziu frutos bravos; e por
mos às partes mais baixas da vi- não ter eu arrancado seus ramos
nha, para ver se os ramos naturais e não os ter lançado no fogo, eis
também produziram frutos maus. que superaram o ramo bom, de
39 E aconteceu que desceram modo que ele secou.
37 a D&C 45:28–30. 40 a Mórm. 6:6–18. 43 a 2 Né. 1:5.
39 a Jacó 5:20, 23, 25. 41 a 2 Né. 26:24. 44 a Ét. 13:20–21.
147 JACÓ 5:46–55
46 E agora eis que, apesar de obstruam o terreno de minha vi-
todo o cuidado que tivemos com nha, porque fiz o que pude. Que
a minha vinha, as suas árvores mais poderia eu ter feito pela mi-
corromperam-se, de modo que nha vinha?
não produzem bons frutos; e estas 50 Mas eis que o servo disse ao
eu tinha esperança de conservar, Senhor da vinha: Poupa-a um
a fim de guardar seus frutos para pouco a mais.
mim, para a estação. Mas eis que 51 E o Senhor disse: Sim, pou-
elas se tornaram como a oliveira pá-la-ei um pouco mais, porque
brava e não servem para coisa al- sentiria perder as árvores de mi-
guma, a não ser para serem a cor- nha vinha.
tadas e lançadas no fogo; e sinto 52 Portanto, tomemos os a ramos
perdê-las. destas que plantei nas partes mais
47 O que mais, porém, pode- baixas da minha vinha e enxerte-
ria eu ter feito na minha vinha? mo-los na árvore da qual proce-
Por acaso deixou minha mão de deram; e arranquemos da árvore
cuidar dela? Não, eu cuidei dela os ramos que dão os frutos mais
e cavei ao seu redor e podei-a e amargos e enxertemos em seu lu-
adubei-a; e a estendi a mão quase gar os ramos naturais da árvore.
todo o dia e o b fim se aproxima. 53 E isso eu farei para que a ár-
E sinto cortar todas as árvores de vore não morra, a fim de, talvez,
minha vinha e lançá-las no fogo, preservar para mim suas raízes,
para que sejam queimadas. Quem para um propósito meu.
é que corrompeu a minha vinha? 54 E eis que as raízes dos ramos
48 E aconteceu que o servo disse naturais da árvore, que plantei
a seu amo: Não será a altura da onde me agradou, ainda estão
tua vinha? Não terão os ramos vivas; portanto, para que eu as
superado as raízes que são boas? preserve também para um pro-
E porque os ramos superaram as pósito meu, tomarei ramos desta
raízes, eis que eles cresceram mais árvore e enxertá-los-ei nelas. Sim,
depressa do que a força das raízes, a 
enxertarei nelas os ramos da ár-
tomando força para si mesmos. vore original, para que também
Eis que, digo eu, não será esta a eu preserve as raízes para mim,
causa de se haverem corrompido a fim de que, quando estiverem
as árvores de tua vinha? bastante fortes, produzam talvez
49 E aconteceu que o Senhor da bons frutos para mim e eu ainda
vinha disse ao servo: Vamos, cor- tenha glória no fruto de minha
temos as árvores da vinha e lan- vinha.
cemo-las no fogo, para que não 55 E aconteceu que eles tiraram
46 a 3 Né. 27:11. b GEE Mundo — Fim do 52 a GEE Israel — Coligação
47 a 2 Né. 28:32; mundo. de Israel.
Jacó 6:4. 50 a Jacó 5:27. 54 a 1 Né. 15:12–16.
JACÓ 5:56–66 148
da árvore natural, que se tornara vinha, a fim de prepararmos o
brava, e enxertaram nas árvores meio pelo qual eu volte a obter o
naturais, que também se haviam fruto natural, fruto natural que é
tornado bravas. bom e mais precioso do que qual-
56 E eles também tiraram das quer outro fruto.
árvores naturais, que se haviam 62 Portanto, vamos trabalhar
tornado bravas, e enxertaram na esta última vez, com todo o afinco,
sua árvore original. pois eis que se aproxima o fim; e
57 E o Senhor da vinha disse ao será esta a última vez que podarei
servo: Não arranques os ramos minha vinha.
bravos das árvores, a não ser os 63 Enxertai os ramos; começai
que são muito amargos; e nelas pelos a últimos, para que sejam os
enxertarás conforme eu disse. primeiros e para que os primeiros
58 E cuidaremos novamente das sejam os últimos; e cavai ao redor
árvores da vinha e podaremos das árvores, tanto velhas como
seus ramos; e arrancaremos das novas, as primeiras e as últimas;
árvores os ramos amadurecidos e as últimas e as primeiras, para
e que devem morrer e lançá-los- que todas voltem a ser tratadas
emos no fogo. pela última vez.
59 E assim faço para que as raí- 64 Portanto, cavai ao redor delas
zes talvez se fortaleçam por causa e podai-as e adubai-as novamen-
de sua boa qualidade e para que, te, pela última vez, porque o fim
trocando os ramos, os bons pos- se aproxima. E se estes últimos
sam sobrepujar os maus. enxertos se desenvolverem e pro-
60 E porque conservei os ramos duzirem o fruto natural, então
naturais e suas raízes e voltei a preparareis o caminho para eles,
enxertar os ramos naturais em a fim de que cresçam.
sua árvore original; e conservei 65 E à medida que começarem a
as raízes da árvore original, para crescer, tirareis os ramos que pro-
que as árvores de minha vinha duzirem frutos amargos, segun-
talvez tornassem a produzir bons do a força e o tamanho dos bons;
a 
frutos; e para que eu voltasse a e não a tirareis os maus todos de
regozijar-me com o fruto de mi- uma vez, para que as raízes não
nha vinha e talvez regozijar-me se tornem fortes demais para o
muito por ter preservado as raízes enxerto e o seu enxerto morra e eu
e os ramos do primeiro fruto — perca as árvores de minha vinha.
61 Vai, pois, e chama a servos, 66 Porque sentiria perder as ár-
para que b trabalhemos diligen- vores de minha vinha; portanto,
temente, com todo o afinco, na tirareis os maus, à medida que os
60 a Isa. 27:6. b D&C 39:11, 13, 17. 65 a D&C 86:6–7.
61 a Jacó 6:2; 63 a 1 Né. 13:42;
D&C 24:19. Ét. 13:10–12.
149 JACÓ 5:67–75
bons forem crescendo, para que obedeceram aos mandamentos
a raiz e a copa tenham a mesma do Senhor da vinha em todas as
força, até que os bons sobrepujem coisas.
os maus e os maus sejam cortados 73 E a vinha voltou a produzir o
e lançados no fogo, para que não fruto natural; e os ramos naturais
obstruam o terreno de minha vi- começaram a crescer e a desen-
nha; e assim varrerei os maus de volver-se muito; e os ramos bra-
minha vinha. vos começaram a ser arrancados
67 E os ramos da árvore natu- e lançados fora; e conservaram
ral tornarei a enxertar na árvore igualdade de força entre a raiz e
natural. a copa das árvores.
68 E os ramos da árvore natural 74 E assim trabalharam com toda
enxertarei nos ramos naturais da a diligência, segundo os manda-
árvore; e assim tornarei a juntá- mentos do Senhor da vinha, até os
los, para que produzam o fruto maus serem lançados para fora da
natural; e eles serão um. vinha e o Senhor ter preservado
69 E os maus serão a atirados para si as árvores que se haviam
fora, sim, fora de toda a terra de tornado novamente fruto natural;
minha vinha; pois eis que somente e tornaram-se como a um corpo e
esta vez podarei a minha vinha. os frutos eram iguais; e o Senhor
70 E aconteceu que o Senhor da da vinha conservara para si o fru-
vinha enviou seu a servo; e o servo to natural, que lhe fora muito pre-
fez como lhe ordenara o Senhor cioso desde o começo.
e trouxe outros servos; e eram 75 E aconteceu que quando o
b 
poucos. Senhor da vinha viu que seu fru-
71 E o Senhor da vinha disse- to era bom e que sua vinha não
lhes: Ide a trabalhar na vinha com estava mais corrompida, chamou
todo o afinco, pois eis que esta é seus servos e disse-lhes: Eis que
a b última vez que trato de minha pela última vez cuidamos de mi-
vinha; porque o fim está próximo nha vinha e vedes que procedi
e o tempo rapidamente se aproxi- de acordo com a minha vontade;
ma; e se trabalhardes comigo, com e conservei o fruto natural, que é
afinco, tereis c alegria no fruto que bom, assim como o era no prin-
guardarei para mim, para o tempo cípio. E a benditos sois vós; pois
que logo virá. por terdes sido diligentes ao tra-
72 E aconteceu que os servos balhar comigo na minha vinha
foram e trabalharam com todo e por terdes guardado os meus
o afinco; e o Senhor da vinha mandamentos e tornado a trazer-
também trabalhou com eles; e me o b fruto natural, de modo que
69 a 1 Né. 22:15–17, 23; 71 a Mt. 21:28; c D&C 18:10–16.
2 Né. 30:9–10. Jacó 6:2–3; 74 a D&C 38:27.
70 a D&C 101:55; 103:21. D&C 33:3–4. 75 a 1 Né. 13:37.
b 1 Né. 14:12. b D&C 39:17; 43:28–30. b GEE Israel.
JACÓ 5:76–6:5 150
não está mais corrompida a minha profecia — que as coisas que esse
vinha e o mau foi lançado fora, eis profeta a Zenos disse referentes à
que vos regozijareis comigo por casa de Israel, comparando-a a
causa do fruto de minha vinha. uma oliveira boa, seguramente
76 Pois eis que por um a longo acontecerão.
tempo guardarei para mim o fru- 2 E o dia em que o Senhor tor-
to de minha vinha, para a estação nar a estender a mão pela segun-
que se aproxima rapidamente; e da vez para a recuperar seu povo,
pela última vez cuidei de minha será o dia, sim, a última vez em
vinha e podei-a e cavei ao redor que os b servos do Senhor irão,
dela e adubei-a; portanto, guar- com o seu c poder, d cuidar de sua
darei de seu fruto para mim por e 
vinha e podá-la; e, depois disso,
muito tempo, de acordo com o logo virá o f fim.
que eu disse. 3 E quão abençoados são os que
77 E quando chegar o tempo em trabalharam diligentemente na
que frutos maus tornarem a apa- sua vinha! E quão amaldiçoados
recer em minha vinha, então fa- os que forem lançados fora, para
rei reunir os bons e os maus; e o seu próprio lugar! E o mundo
os bons guardarei para mim e os será a queimado com fogo.
maus lançarei no seu próprio lu- 4 E quão misericordioso é nos-
gar. E então virá o a tempo e o fim; so Deus para conosco, porque se
e farei com que minha vinha seja lembra da casa de a Israel, tanto
b 
queimada com fogo. das raízes como dos ramos; e es-
tende-lhes as b mãos o dia inteiro;
CAPÍTULO 6 e eles são um povo c obstinado e
contestador; mas todos os que não
O Senhor recuperará Israel nos últi-
endurecerem o coração serão sal-
mos dias — O mundo será queima-
vos no reino de Deus.
do com fogo — Os homens devem
5  Portanto, meus amados ir-
seguir a Cristo para evitar o lago de
mãos, eu vos suplico, com pala-
fogo e enxofre. Aproximadamente
vras solenes, que vos arrependais
544–421 a.C.
e que vos a apegueis a Deus de
E agora eis que, meus ir- todo o coração, como ele se ape-
mãos, como vos disse que pro- ga a vós. E enquanto seu b braço
fetizaria, eis que esta é a minha de misericórdia estiver estendido
76 a 1 Né. 22:24–26. D&C 110:11. Jacó 5:77;
GEE Milênio. GEE Restauração do 3 Né. 25:1.
77 a Apoc. 20:2–10; Evangelho. 4 a 2 Sam. 7:24.
D&C 29:22–24; 43:29– b Jacó 5:61. b Jacó 5:47.
33; 88:110–116. c 1 Né. 14:14. c Mos. 13:29.
b GEE Mundo — Fim do d Jacó 5:71. 5 a GEE Unidade.
mundo. e GEE Vinha do Senhor. b Al. 5:33–34;
6 1 a Jacó 5:1. f 2 Né. 30:10. 3 Né. 9:14.
2 a 1 Né. 22:10–12; 3 a 2 Né. 27:2;
151 JACÓ 6:6–7:3
para vós, à luz do dia, não endu- estreita; e continuai no caminho
reçais o coração. apertado até obterdes a vida eter-
6 Sim, hoje, se quiserdes ouvir a na.
sua voz, não endureçais o coração; 12 Oh! Sede a sábios! Que mais
pois, por que desejais a morrer? poderei dizer?
7 Pois eis que após haverdes sido 13 Por fim, despeço-me de vós
nutridos pela boa palavra de Deus até encontrar-me convosco dian-
o dia inteiro, produzireis maus te do agradável tribunal de Deus,
frutos para serdes a cortados e lan- tribunal que causa aos iníquos
çados no fogo? a 
terrível espanto e medo. Amém.
8 Eis que rejeitareis estas pala-
vras? Rejeitareis as palavras dos CAPÍTULO 7
profetas? E rejeitareis todas as
Serém nega a Cristo, contende com
palavras que foram ditas sobre
Jacó, exige um sinal e é ferido por
Cristo, depois de tantos haverem
Deus — Todos os profetas falaram
falado sobre ele? E negareis a boa
sobre Cristo e Sua Expiação — Os
palavra de Cristo e o poder de
nefitas viveram seus dias como erran-
Deus e o a dom do Espírito San-
tes, nascidos em meio a tribulações e
to? E sufocareis o Santo Espírito
odiados pelos lamanitas. Aproxima-
e desdenhareis o grande plano
damente 544–421 a.C.
de redenção que foi preparado
para vós? E então aconteceu que, passa-
9 Não sabeis que, se fizerdes es- dos alguns anos, apareceu entre
tas coisas, o poder da redenção e o povo de Néfi um homem cujo
da ressurreição, que está em Cris- nome era Serém.
to, vos levará, com vergonha e ter- 2 E aconteceu que ele começou
rível a culpa, ao b tribunal de Deus? a pregar ao povo e a declarar-lhes
10 E segundo o poder da a jus- que não haveria Cristo algum. E
tiça, pois a justiça não pode ser pregou muitas coisas que eram
negada, tereis que ir para o b lago lisonjeiras para o povo; e isto fez
de fogo e enxofre, cujas chamas a fim de destruir a doutrina de
são inextinguíveis e cuja fumaça Cristo.
ascende para todo o sempre; e o 3 E trabalhou diligentemente
lago de fogo e enxofre é c tormen- para desviar o coração do povo,
to sem d fim. tanto que conseguiu desviar
11 Ó, meus amados irmãos, ar- muitos corações; e sabendo que
rependei-vos e entrai pela a porta eu, Jacó, tinha fé no Cristo que
6 a Eze. 18:21–23. GEE Culpa. Condenar.
7 a Al. 5:51–52; b GEE Juízo Final. d D&C 19:10–12.
3 Né. 27:11–12. 10 a GEE Justiça. 11 a 2 Né. 9:41.
8 a GEE Dom do Espírito b 2 Né. 28:23. 12 a Mórm. 9:28.
Santo. GEE Inferno. 13 a Al. 40:14.
9 a Mos. 15:26. c GEE Condenação,
JACÓ 7:4–14 152
haveria de vir, procurou muito blasfêmia; pois nenhum homem
uma oportunidade para encon- sabe de tais coisas, porque b não
trar-se comigo. pode falar de coisas futuras. E
4 E ele era instruído, de modo desta maneira Serém contendia
que tinha perfeito conhecimento comigo.
da língua do povo; podia, portan- 8 Mas eis que o Senhor Deus me
to, usar de muita lisonja e muita derramou na alma o seu a Espírito,
eloquência, de acordo com o po- de maneira que eu o confundi em
der do diabo. todas as suas palavras.
5 E tinha esperança de afastar- 9 E disse-lhe: Negas o Cristo que
me da fé, não obstante as muitas virá? E ele disse: Se houvesse um
a 
revelações e o muito que eu vira Cristo, eu não o negaria; sei, po-
com referência a estas coisas; por- rém, que não existe Cristo algum,
que eu verdadeiramente vira an- nem existiu, nem existirá.
jos e recebera o seu ministério. E 10 E disse-lhe eu: Crês nas escri-
também ouvira a voz do Senhor, turas? E ele disse: Sim.
verdadeiramente me falando de 11 E eu disse: Então não as en-
tempos em tempos; portanto, eu tendes, porque elas verdadeira-
não podia ser abalado. mente testificam de Cristo. Eis que
6 E aconteceu que ele veio a mim te digo que nenhum dos profetas
e desta maneira falou-me, dizen- escreveu nem a profetizou sem ter
do: Irmão Jacó, procurei muito falado sobre esse Cristo.
esta oportunidade de falar-te, por- 12 E isto não é tudo — foi-me
que ouvi e também sei que tens manifestado, porque eu vi e ouvi;
andado muito, pregando o que e foi-me também manifestado
chamas de evangelho, ou seja, a pelo a poder do Espírito Santo;
doutrina de Cristo. sei, portanto, que, se não houver
7 E tu tens desviado muitos des- expiação, toda a humanidade cer-
te povo, de maneira que perver- tamente se b perderá.
tem o caminho correto de Deus e 13 E aconteceu que ele me dis-
a 
não guardam a lei de Moisés, que se: Mostra-me um a sinal, por esse
é o caminho correto; e convertes poder do Espírito Santo mediante
a lei de Moisés na adoração de o qual sabes tanto.
um ser que dizes que virá daqui 14 E eu disse-lhe: Quem sou eu
a muitos séculos. E agora eis que para tentar a Deus, a fim de mos-
eu, Serém, declaro-te que isso é trar-te um sinal do que tu sabes
7 5 a 2 Né. 11:3; 1 Né. 10:5; Espírito Santo.
Jacó 2:11. Jacó 4:4; b 2 Né. 2:21.
7 a Jacó 4:5. Mos. 13:33–35; 13 a Mt. 16:1–4;
b Al. 30:13. D&C 20:26. Al. 30:43–60.
8 a GEE Inspiração, GEE Jesus Cristo. GEE Sinal.
Inspirar. 12 a GEE Espírito Santo;
11 a Apoc. 19:10; Trindade — Deus, o
153 JACÓ 7:15–25
ser verdade? Não obstante, tu
a 
muito medo de que a minha si-
negá-lo-ás, porque és do b diabo. tuação seja b terrível; mas a Deus
Contudo, não seja feita a minha confesso-me.
vontade; mas se Deus te ferir, que 20 E aconteceu que após ter dito
seja esse um sinal para ti de que estas palavras, nada mais pôde
ele tem poder tanto nos céus como dizer e a entregou o espírito.
na Terra; e também de que Cristo 21 E a multidão, tendo testemu-
virá. E seja feita a tua vontade, ó nhado que ele dissera estas coisas
Senhor, e não a minha. quando estava prestes a entregar o
15 E aconteceu que quando eu, espírito, ficou muito assombrada;
Jacó, disse estas palavras, o po- tanto que o poder de Deus desceu
der do Senhor desceu sobre ele, sobre eles e foram a dominados, de
de modo que ele caiu por terra. E modo que caíram por terra.
aconteceu que foi alimentado pelo 22  Ora, isso agradou a mim,
espaço de muitos dias. Jacó, pois havia-o pedido a meu
16 E aconteceu que ele disse ao Pai, que estava no céu; ele ouvira,
povo: Reuni-vos amanhã, porque pois, o meu clamor e respondera
vou morrer; portanto, desejo falar a minha oração.
ao povo antes de morrer. 23 E aconteceu que a paz e o
17 E aconteceu que no dia se- amor de Deus foram mais uma
guinte a multidão se reuniu; e vez restaurados entre o povo; e
ele falou-lhes claramente, negou eles a examinaram as escrituras e
as coisas que havia ensinado e não mais deram ouvidos às pala-
confessou o Cristo e o poder do vras desse homem iníquo.
Espírito Santo e o ministério de 24 E aconteceu que muitos meios
anjos. foram imaginados para a regenerar
18 E disse-lhes claramente que os lamanitas e reconduzi-los ao
havia sido a enganado pelo poder conhecimento da verdade; mas
do b diabo. E falou do inferno e da tudo foi em b vão, pois eles de-
eternidade e do castigo eterno. leitavam-se em c guerras e d der-
19 E disse: Temo haver cometi- ramamento de sangue e tinham
do o a pecado imperdoável, por- um e ódio eterno contra nós, seus
que menti a Deus; pois neguei irmãos. E procuravam continua-
o Cristo e disse que acreditava mente destruir-nos com o poder
nas escrituras; e elas verdadeira- de suas armas.
mente testificam dele. E por ha- 25 Portanto, o povo de Néfi se
ver assim mentido a Deus, tenho fortaleceu contra eles, com suas
14 a Al. 30:41–42. 19 a GEE Pecado 24 a En. 1:20.
b Al. 30:53. Imperdoável. b En. 1:14.
18 a Al. 30:53. b Mos. 15:26. c Mos. 10:11–18.
GEE Enganar, Engano, 20 a Jer. 28:15–17. d Jar. 1:6; Al. 26:23–25.
Fraude. 21 a Al. 19:6. e 2 Né. 5:1–3;
b GEE Diabo. 23 a Al. 17:2. Mos. 28:2.
JACÓ 7:26–ENOS 1:4 154
armas e com todo o seu poder, nascido em meio a tribulações
confiando no Deus e a rocha de sua num deserto e odiado por nossos
salvação; portanto, se tornaram, irmãos, o que causou guerras e
até aquele momento, vencedores contendas; assim, lamentamo-nos
de seus inimigos. até o fim de nossos dias.
26 E aconteceu que eu, Jacó, co- 27 E eu, Jacó, vi que logo deveria
mecei a envelhecer; e como o re- baixar à sepultura; portanto, dis-
gistro deste povo está sendo es- se ao meu filho a Enos: Toma estas
crito nas a outras placas de Néfi, placas. E transmiti-lhe as coisas
termino, portanto, este registro, que meu irmão Néfi me b ordena-
declarando que escrevi segundo ra; e Enos prometeu obediência
o melhor do meu conhecimento, às ordens. E termino meu registro
dizendo que o tempo passou para nestas placas, tendo escrito pouco;
nós e nossa b vida também passou e despeço-me do leitor, esperan-
como se fosse um sonho, sendo do que muitos de meus irmãos
nós um povo solitário e solene, possam ler as minhas palavras.
errante, expulso de Jerusalém, Irmãos, adeus.

LIVRO DE ENOS
Enos ora fervorosamente e obtém a preceitos e na admoestação do
d 

remissão de seus pecados — A voz do Senhor — e bendito seja o nome


Senhor vem-lhe à mente, prometendo de meu Deus por isso —
salvação para os lamanitas num dia 2 E relatar-vos-ei a a luta que tra-
futuro — Os nefitas procuram regene- vei perante Deus antes de receber
rar os lamanitas — Enos regozija-se a b remissão de meus pecados.
em seu Redentor. Aproximadamente 3 Eis que saí para caçar animais
420 a.C. nas florestas; e as palavras que
frequentemente ouvira de meu

E IS que aconteceu que eu, a Enos,


sabia que meu b pai era um
homem justo — pois c instruiu-
pai sobre a vida eterna e a a ale-
gria dos santos b penetraram-me
profundamente o coração.
me em seu idioma e também nos 4 E minha alma ficou a faminta; e
25 a GEE Rocha. [Enos] GEE Arrepender-se,
26 a 1 Né. 19:1–6; 1 1 a GEE Enos, Filho de Arrependimento.
Jar. 1:14–15. Jacó. b GEE Remissão de
GEE Placas. b 2 Né. 2:2–4. Pecados.
b Tg. 4:14. c 1 Né. 1:1–2. 3 a GEE Alegria.
27 a En. 1:1. d Ef. 6:4. b 1 Né. 10:17–19;
b Jacó 1:1–4. 2 a Gên. 32:24–32; Al. 36:17–21.
Al. 8:10. 4 a 2 Né. 9:51; 3 Né. 12:6.
155 ENOS 1:5–14
ajoelhei-me ante o meu Criador e
b 
senão por causa de iniquidade;
clamei-lhe, em fervorosa c oração e portanto, visitarei teus irmãos,
súplica, por minha própria alma; conforme disse; e suas transgres-
e clamei o dia inteiro; sim, e de- sões, com pesar, farei recair sobre
pois de ter anoitecido, continuei suas cabeças.
a elevar a minha voz até que ela 11 E depois que eu, Enos, ouvi
chegou aos céus. estas palavras, minha fé no Se-
5  E ouvi uma a voz, dizendo: nhor começou a tornar-se ina-
Enos, perdoados são os teus pe- balável; e roguei-lhe com muito
cados e tu serás abençoado. empenho por meus irmãos, os
6 E eu, Enos, sabia que Deus não lamanitas.
podia mentir; portanto, a minha 12 E aconteceu que após ter a ora-
culpa foi apagada. do e me empenhado com toda a
7 E eu disse: Senhor, como isso diligência, o Senhor disse-me: Por
aconteceu? causa de tua fé conceder-te-ei de
8 E ele respondeu-me: Por cau- acordo com teus b desejos.
sa da tua a fé em Cristo, a quem 13 E então, eis que isto era o que
nunca ouviste nem viste antes. E eu desejava dele — que se acaso
muitos anos hão de passar antes o meu povo, o povo nefita, caís-
que ele se manifeste na carne; por- se em transgressão e de algum
tanto, vai, tua fé te b salvou. modo fosse a destruído e os lama-
9 Ora, aconteceu que após ter nitas não fossem destruídos, que
ouvido estas palavras, comecei o Senhor Deus b preservasse um
a a desejar o bem-estar de meus registro de meu povo, os nefi-
irmãos, os nefitas; portanto, b im- tas; mesmo que fosse pelo poder
plorei a Deus por eles com toda de seu santo braço, que ele pu-
a minha alma. desse ser c revelado aos lamanitas
10 E enquanto estava assim lu- em alguma época futura, para
tando no espírito, eis que a voz que talvez fossem d conduzidos à
do Senhor me veio outra vez à salvação —
a 
mente, dizendo: Visitarei teus 14 Pois até agora nossos esforços
irmãos segundo a sua diligência para levá-los de volta à verdadei-
em guardar meus mandamen- ra fé têm sido a vãos. E juraram
tos. b Dei-lhes esta terra e é uma em sua ira que, se fosse possí-
terra santa; e c não a amaldiçoarei vel, b destruiriam nossos registros
4 b GEE Reverência. Pal. Mórm. 1:8; 1 Né. 7:12; Hel. 10:5.
c GEE Oração. Al. 34:26–27. 13 a Mórm. 6:1, 6.
5 a GEE Revelação. 10 a GEE Inspiração, b Pal. Mórm. 1:6–11;
8 a Ét. 3:12–13. Inspirar; Al. 37:2.
GEE Fé. Mente. c Al. 37:19; Ét. 12:22;
b Mt. 9:22. b 1 Né. 2:20. D&C 3:18.
9 a 1 Né. 8:12; c Ét. 2:7–12. d Al. 9:17.
Al. 36:24. 12 a Mórm. 5:21; 9:36. 14 a Jacó 7:24.
b 2 Né. 33:3; b Salm. 37:4; b Mórm. 6:6.
ENOS 1:15–23 156
juntamente conosco; e também um povo sanguinário, cheio de
b 

todas as tradições de nossos pais. c 


idolatria e imundície, alimen-
15 Portanto, sabendo eu que o tando-se de animais predadores,
Senhor Deus podia a conservar habitando em tendas e vagando
nossos registros, a ele clamei con- pelo deserto, com uma curta fai-
tinuamente, porque me dissera: xa de pele ao redor dos lombos
Tudo quanto pedires com fé, acre- e a cabeça rapada; sua habilida-
ditando que receberás em nome de consistia no manejo do d arco
de Cristo, tu receberás. e da cimitarra e do machado. E
16 E eu tinha fé e roguei ao Se- muitos deles não comiam senão
nhor que a preservasse os b regis- carne crua; e procuravam conti-
tros; e ele fez convênio comigo nuamente destruir-nos.
de que os c revelaria aos lamanitas 21 E aconteceu que o povo de
em seu próprio e devido tempo. Néfi cultivou a terra e a produziu
17 E eu, Enos, estava certo de toda espécie de grãos e de frutas;
que aconteceria de acordo com criou rebanhos de reses e reba-
o convênio que ele fizera; minha nhos de todo tipo de gado de toda
alma, portanto, ficou tranquila. espécie; e cabras e cabras monte-
18 E disse-me o Senhor: Teus ses e também muitos cavalos.
pais também me fizeram o mes- 22 E houve muitíssimos a profe-
mo pedido; e ser-lhes-á feito de tas entre nós e o povo era b obsti-
acordo com sua fé, pois sua fé era nado e duro de compreensão.
igual a tua. 23 E nada havia, exceto muitos
19 E aconteceu que eu, Enos, an- a 
dissabores, b pregações e profecias
dei no meio do povo de Néfi, pro- de guerras; e contendas e des-
fetizando as coisas que estavam truições que continuamente os
por acontecer e testemunhando c 
faziam lembrar da morte e da
as coisas que havia ouvido e visto. duração da eternidade e dos jul-
20 E testifico que o povo de Néfi gamentos e poder de Deus e todas
procurou diligentemente recon- estas coisas — levando-os a man-
duzir os lamanitas à verdadeira terem-se d continuamente no temor
fé em Deus. Nossos a esforços, po- do Senhor. E digo que nada, salvo
rém, foram vãos; seu ódio era im- estas coisas e grande franqueza no
placável e eles eram guiados por falar, evitaria que se precipitas-
sua natureza iníqua, de modo que sem rapidamente na destruição.
se tornaram selvagens e ferozes e E assim escrevo a respeito deles.
15 a GEE Escrituras — As 20 a Morô. 9:6. b Jar. 1:3.
escrituras devem ser b Jar. 1:6. 23 a 1 Né. 16:2;
preservadas. c Mos. 9:12. 2 Né. 33:5.
16 a 3 Né. 5:13–15; GEE Idolatria. b GEE Pregar.
D&C 3:19–20; 10:46–50. d Mos. 10:8. c Hel. 12:3.
b GEE Livro de Mórmon. 21 a Mos. 9:9. d Jar. 1:12;
c 2 Né. 27:6. 22 a Pal. Mórm. 1:16–18. Al. 31:5.
157 ENOS 1:24–JAROM 1:3
24 E presenciei guerras entre os durante todos os meus dias e nis-
nefitas e lamanitas no curso de so me tenho regozijado mais do
meus dias. que nas coisas do mundo.
25 E aconteceu que comecei a 27 E logo irei para o lugar de
envelhecer; e haviam decorrido meu a descanso, que é com meu
cento e setenta e nove anos da Redentor, pois sei que nele des-
época em que nosso pai, Leí, a dei- cansarei. E regozijo-me no dia em
xara Jerusalém. que meu b corpo mortal revestir-se
26 E vi que logo deveria descer de c imortalidade e apresentar-se
à sepultura, tendo sido inspira- diante dele; então verei a sua face
do pelo poder de Deus a pregar com prazer e ele me dirá: Vem a
e profetizar a este povo e decla- mim, ó bendito; há um lugar pre-
rar a palavra segundo a verdade parado para ti nas d mansões de
que está em Cristo. E declarei-a meu Pai. Amém.

LIVRO DE JAROM
Os nefitas cumprem a lei de Moisés, pouco; não escreverei, porém, a
aguardam a vinda de Cristo e pros- respeito de minhas profecias nem
peram na terra — Muitos profetas de minhas revelações. Pois, o que
esforçam-se por manter o povo no mais poderia eu escrever, além do
caminho da verdade. Aproximada- que meus pais escreveram? Não
mente 399–361 a.C. revelaram eles o plano de salva-
ção? Eu digo-vos que sim; e isto

A GORA eis que eu, Jarom,


 escrevo algumas palavras se-
gundo o mandamento de meu pai,
me basta.
3 Eis que é necessário que muito
se faça entre os deste povo, por
Enos, para que nossa a genealogia causa da dureza de seu coração
seja conservada. e da surdez de seus ouvidos e da
2 E como a estas placas são b pe- cegueira de sua mente e de sua
quenas e estas coisas são c escritas a 
obstinação; não obstante, Deus
com o fim de beneficiar nossos é sumamente misericordioso para
irmãos, os d lamanitas, necessário com eles e ainda não os b varreu da
é, portanto, que eu escreva um face da terra.
25 a 1 Né. 2:2–4. d Jo. 14:2–3; b 1 Né. 6.
27 a GEE Descansar, Ét. 12:32–34; c GEE Escrituras — Valor
Descanso. D&C 72:4; 98:18. das escrituras.
b GEE Mortal, d 2 Né. 27:6;
Mortalidade. [Jarom] Mórm. 5:12.
c GEE Imortal, 1 1 a 1 Né. 3:12; 5:14. 3 a En. 1:22–23.
Imortalidade. 2 a Jacó 3:14; Ômni 1:1. b Ét. 2:8–10.
JAROM 1:4–11 158
4 E há muitos de nós que rece- face da terra e tornamo-nos imen-
bem muitas a revelações, porque samente ricos em ouro e em prata
nem todos são obstinados. E todos e em coisas preciosas; e em exce-
os que não são obstinados e têm lentes trabalhos de madeira, em
fé b comungam com o Santo Espí- edifícios e em maquinaria; e tam-
rito, que se manifesta aos filhos bém em ferro e cobre e bronze e
dos homens de acordo com sua fé. aço, fazendo todo tipo de ferra-
5 E então, eis que duzentos anos mentas de toda espécie para cul-
se haviam passado e o povo de tivar o solo; e a armas de guerra —
Néfi tornara-se forte na terra. Es- sim, a flecha pontiaguda e a aljava
forçavam-se por a guardar a lei e o dardo e a lança e todos os pre-
de Moisés e santificar o b sábado parativos para a guerra.
do Senhor. E não eram c profanos 9 E estando assim preparados
nem d blasfemavam. E as leis da para enfrentar os lamanitas, eles
terra eram extremamente severas. não prevaleceram contra nós.
6 E estavam espalhados sobre Confirmou-se, porém, a palavra
grande parte da face da terra, do Senhor, dita aos nossos pais: Se
assim como os lamanitas. Estes guardardes meus mandamentos,
eram muito mais numerosos que prosperareis na terra.
os nefitas; e deleitavam-se em a ho- 10 E aconteceu que os profetas
micídios e bebiam o sangue de do Senhor advertiram o povo
animais. de Néfi, conforme a palavra de
7 E aconteceu que eles vieram Deus, de que, se não guardassem
muitas vezes contra nós, os ne- os mandamentos, mas caíssem em
fitas, para combater-nos. Nossos transgressão, seriam a eliminados
a 
reis e nossos chefes, porém, eram da face da terra.
homens poderosos na fé do Se- 11 Portanto, os profetas e os sa-
nhor; e ensinavam ao povo os ca- cerdotes e os mestres trabalharam
minhos do Senhor; portanto, resis- com afã, exortando pacientemen-
timos aos lamanitas e varremo-los te o povo à diligência; ensinando
de b nossas terras; e começamos a a a lei de Moisés e o motivo pelo
fortificar nossas cidades ou quais- qual foi dada; persuadindo o povo
quer que fossem os lugares de a b esperar pelo Messias e a crer na
nossa herança. sua vinda, c como se ele já tivesse
8 E multiplicamo-nos considera- vindo. E desta maneira ensinaram
velmente e espalhamo-nos sobre a o povo.
4 a Al. 26:22; Hel. 11:23; (Dia de Descanso). 10 a 1 Né. 12:19–20;
D&C 107:18–19. c GEE Profanidade. Ômni 1:5.
GEE Revelação. d GEE Blasfemar, 11 a Jacó 4:5;
b GEE Espírito Santo. Blasfêmia. Al. 25:15–16.
5 a 2 Né. 25:24; 6 a Jacó 7:24; En. 1:20. b 2 Né. 11:4;
Al. 34:13–14. 7 a Jacó 1:9, 11, 15. Ét. 12:18–19.
b Êx. 35:2. b Pal. Mórm. 1:14. c 2 Né. 25:24–27;
GEE Dia do Sábado 8 a Mos. 10:8. Mos. 3:13; 16:6.
159 JAROM 1:12–ÔMNI 1:3
12 E aconteceu que, procedendo Eis, porém, meus irmãos, que po-
assim, evitaram que fossem a eli- deis recorrer às a outras placas de
minados da face da terra; porque Néfi; porque eis que nelas estão
lhes b tocaram o coração com a gravados os registros de nossas
palavra, exortando-os continua- guerras, segundo os escritos dos
mente ao arrependimento. reis, ou os que eles fizeram com
13 E aconteceu que se haviam que se escrevesse.
passado duzentos e trinta e oito 15 E entrego estas placas nas
anos — com guerras e contendas mãos de meu filho Ômni, para
e dissensões durante grande parte que se encarregue delas confor-
do tempo. me os a mandamentos de meus
14 E eu, Jarom, não escrevo mais, pais.
porque as placas são pequenas.

LIVRO DE ÔMNI
Ômni, Amaron, Quêmis, Abinadom vida lutei muito com a espada
e Amaléqui, cada um, por sua vez, para impedir que meu povo, o
escreve os registros — Mosias desco- povo nefita, caísse nas mãos de
bre o povo de Zaraenla, que viera de seus inimigos, os lamanitas. Mas
Jerusalém nos dias de Zedequias — eis que eu próprio sou um homem
Mosias é proclamado rei — Os mu- iníquo e não guardei os estatutos e
lequitas haviam descoberto Coriân- os mandamentos do Senhor, como
tumr, o último dos jareditas — O rei deveria ter feito.
Benjamim sucede a Mosias — Os ho- 3 E aconteceu que se haviam
mens devem oferecer sua alma como passado duzentos e setenta e seis
dádiva a Cristo. Aproximadamente anos e tivemos muitas épocas de
323–130 a.C. paz; e tivemos muitas épocas de
guerras sérias e derramamento de

E IS que aconteceu que eu,


Ômni, sendo ordenado por
meu pai, Jarom, a escrever algo
sangue. Sim, em resumo, haviam-
se passado duzentos e oitenta e
dois anos; e eu havia guardado
nestas placas, a fim de conservar estas placas segundo os a manda-
a nossa genealogia — mentos de meus pais; e confiei-
2 Desejei, portanto, que soubés- as a meu filho Amaron. E aqui
seis que durante o curso de minha termino.
12 a Ét. 2:10. 15 a Jacó 1:1–4. 1 3 a Jacó 1:1–4;
b Al. 31:5. Jar. 1:15.
14 a 1 Né. 9:2–4. [Ômni]
ÔMNI 1:4–14 160
4 E agora eu, Amaron, as poucas minha própria espada, tirei a vida
coisas que escrevo, faço-o no livro de muitos dos lamanitas, em de-
de meu pai. fesa de meus irmãos.
5 E aconteceu que trezentos e 11 E eis que o registro deste povo
vinte anos se haviam passado e a está gravado em placas, guarda-
parte mais iníqua dos nefitas ha- das pelos reis de geração em ge-
via sido a destruída. ração; e não conheço revelação
6 Porque o Senhor não permiti- alguma ou profecia que não tenha
ria, depois de havê-los tirado da sido escrita; portanto, aquilo que
terra de Jerusalém e de havê-los é requerido está escrito. E com
guardado e impedido que caíssem isto, concluo.
nas mãos de seus inimigos, sim, 12 Eis que eu sou Amaléqui, filho
não permitiria que deixassem de de Abinadom. Eis que vos direi
ser confirmadas as palavras que algo sobre Mosias, que foi pro-
falara a nossos pais, quando dis- clamado rei da terra de Zaraenla;
se: Se não guardardes os meus pois eis que, tendo ele sido avi-
mandamentos, não prosperareis sado pelo Senhor de que deve-
na terra. ria fugir da terra de a Néfi para o
7 Portanto, o Senhor visitou-os deserto, b levando consigo todos
com grande julgamento; não obs- os que quisessem ouvir a voz do
tante, preservou os justos e livrou- Senhor —
os das mãos de seus inimigos, 13 Aconteceu que ele fez como
para que não perecessem. o Senhor lhe havia ordenado. E
8 E aconteceu que entreguei as todos os que deram ouvidos à
placas a meu irmão Quêmis. voz do Senhor partiram da terra
9 Agora eu, Quêmis, o pouco que para o deserto; e foram guiados
escrevo faço-o no mesmo livro que por muitas prédicas e profecias.
meu irmão; pois eis que vi as últi- E foram continuamente admoes-
mas coisas que ele escreveu, o que tados pela palavra de Deus; e fo-
fez de seu próprio punho; e ele ram conduzidos pelo poder de
escreveu-as no dia em que me en- seu braço através do deserto, até
tregou as placas. E desta maneira descerem à terra que é chamada
escrevemos os registros, conforme terra de Zaraenla.
nos foi ordenado por nossos pais. 14 E eles descobriram um povo
E assim termino. que era chamado povo de Zaraen-
10 Eis que eu, Abinadom, sou la. E o povo de a Zaraenla regozi-
filho de Quêmis. E aconteceu que jou-se grandemente; e também Za-
eu presenciei muitas guerras e raenla se regozijou grandemente,
contendas entre meu povo, os ne- porque o Senhor enviara o povo
fitas, e os lamanitas; e eu, com de Mosias com as b placas de latão
5 a Jar. 1:9–10. b Jacó 3:4. b 1 Né. 3:3, 19–20;
12 a 2 Né. 5:6–9. 14 a GEE Zaraenla. 5:10–22.
161 ÔMNI 1:15–25
que continham os registros dos grande pedra com gravações; e
judeus. ele a interpretou as gravações pelo
15 E aconteceu que Mosias des- dom e poder de Deus.
cobriu que o a povo de Zaraenla 21 E relatavam a história de um
saíra de Jerusalém na época em certo a Coriântumr e a matança de
que b Zedequias, rei de Judá, fora seu povo. E Coriântumr fora des-
levado cativo para a Babilônia. coberto pelo povo de Zaraenla; e
16 E eles viajaram pelo deserto habitara com eles pelo espaço de
e foram guiados pela mão do Se- nove luas.
nhor, através das grandes águas, 22 Continham também algumas
à terra onde Mosias os encontrou; palavras a respeito de seus pais.
e ali viveram desde aquele tempo. E seus primeiros pais tinham vin-
17 E na ocasião em que Mosias do da a torre, na ocasião em que o
os encontrou, haviam-se tornado Senhor b confundira a língua do
numerosos em extremo. Não obs- povo; e a severidade do Senhor
tante, haviam tido muitas guerras caíra sobre eles, de acordo com
e sérias contendas e, de tempos seus juízos, que são justos; e seus
em tempos, haviam caído pela c 
ossos estão espalhados na terra
espada. E seu idioma corrompe- do norte.
ra-se; e nenhum a registro tinham 23 Eis que eu, Amaléqui, nasci
trazido consigo; e negavam a exis- nos dias de Mosias; e vivi para
tência de seu Criador; e nem Mo- ver a sua morte; e a Benjamim, seu
sias nem seu povo podiam enten- filho, reina em seu lugar.
dê-los. 24 E eis que presenciei, nos dias
18 Mas aconteceu que Mosias do rei Benjamim, uma séria guer-
fez com que seu idioma lhes fosse ra e muito derramamento de san-
ensinado. E aconteceu que depois gue entre nefitas e lamanitas. Mas
de haverem aprendido o idioma eis que os nefitas obtiveram uma
de Mosias, Zaraenla apresentou a grande vantagem sobre os lama-
genealogia de seus pais segundo nitas; sim, de sorte que o rei Ben-
sua memória; e ela foi escrita, mas jamim os expulsou da terra de
não nestas placas. Zaraenla.
19 E aconteceu que o povo de 25 E aconteceu que comecei a
Zaraenla e o de Mosias se a uniram envelhecer; e não tendo descen-
e b Mosias foi proclamado seu rei. dentes e sabendo ser o rei a Benja-
20 E aconteceu que, durante os mim um homem justo diante do
dias de Mosias, levaram-lhe uma Senhor, b entregar-lhe-ei, portanto,
15 a Mos. 25:2. 20 a Mos. 8:13–19. Mos. 28:17; Ét. 1:33.
b Jer. 39:1–10; GEE Vidente. c Mos. 8:8.
Hel. 8:21. 21 a Ét. 12:1. 23 a Pal. Mórm. 1:3.
17 a Mos. 1:2–6. GEE Coriântumr. 25 a Pal. Mórm. 1:17–18;
19 a Mos. 25:13. 22 a Ét. 1:1–5. Mos. 29:13.
b Ômni 1:12. b Gên. 11:6–9; b Pal. Mórm. 1:10.
ÔMNI 1:26–PALAVRAS DE MÓRMON 1:2 162
estas placas, exortando todos os deserto para voltar à terra de Néfi;
homens a virem a Deus, o Santo pois muitos havia que desejavam
de Israel, e a acreditarem em pro- possuir a terra de sua herança.
fecias e em revelações e no minis- 28 Portanto, subiram para o de-
tério de anjos; e no dom de lín- serto. E seu chefe, sendo um ho-
guas e no dom de interpretação de mem forte e poderoso e obstinado,
línguas e em todas as coisas que provocou uma desavença entre
são c boas; pois nada há, que seja eles; e foram todos a mortos no
bom, que não venha do Senhor; e deserto, exceto cinquenta, que
o que é mau vem do diabo. voltaram para a terra de Zaraenla.
26 E agora, meus queridos ir- 29 E aconteceu que eles também
mãos, quisera que a viésseis a Cris- levaram outros consigo, em nú-
to, que é o Santo de Israel, e par- mero considerável, e tornaram
ticipásseis de sua salvação e do a empreender uma viagem pelo
poder de sua redenção. Sim, vinde deserto.
a ele e b ofertai-lhe toda a vossa 30 E eu, Amaléqui, tinha um ir-
alma, como c dádiva; e continuai mão que também foi com eles; e
em d jejum e oração, perseveran- deles não mais ouvi falar. E estou
do até o fim; e assim como vive o prestes a descer à sepultura e a es-
Senhor, sereis salvos. tas placas estão repletas. E aqui
27 E agora quisera dizer algo so- ponho fim a minha narração.
bre um certo grupo que subiu ao

PALAVRAS DE MÓRMON
Mórmon resume as placas maiores de testemunhei quase toda a des-
Néfi — Ele põe as placas menores com truição de meu povo, os nefitas.
as outras placas — O rei Benjamim 2 E entrego estes registros nas
estabelece paz na terra. Aproximada- mãos de meu filho, a muitos sé-
mente 385 d.C. culos depois da vinda de Cris-
to; e suponho que ele testemu-

E AGORA eu, a Mórmon, estan-


do para entregar nas mãos
de meu filho Morôni o regis-
nhará a destruição total de meu
povo. Queira Deus, porém, que
ele sobreviva, para que possa es-
tro que estive fazendo, eis que crever algo concernente a eles e
25 c Al. 5:40; b GEE Sacrifício. [Palavras de Mórmon]
Ét. 4:12; c 3 Né. 9:20. 1 1 a 3 Né. 5:9–12;
Morô. 7:15–17. d GEE Jejuar, Jejum. Mórm. 1:1–4; 8:1, 4–5.
26 a Jacó 1:7; 28 a Mos. 9:1–4. GEE Mórmon, Profeta
Al. 29:2; 30 a 1 Né. 6. Nefita.
Morô. 10:32. 2 a Mórm. 6:5–6.
163 PALAVRAS DE MÓRMON 1:3–11
algo concernente a Cristo, para são preciosas; e sei que serão pre-
que algum dia talvez lhes seja de ciosas para meus irmãos.
b 
proveito. 7 E faço isto com um a sábio pro-
3  E agora digo alguma coisa pósito; pois assim me é sussurra-
acerca do que escrevi; porque, do, segundo o Espírito do Senhor
depois de haver feito um a resumo que está em mim. E agora, eu não
das b placas de Néfi até o gover- sei todas as coisas, mas o Senhor
no deste rei Benjamim de quem b 
sabe todas as coisas que hão de
Amaléqui falou, examinei os c re- acontecer; portanto, ele atua em
gistros que haviam sido entregues mim, para que eu faça segundo a
em minhas mãos e encontrei estas sua vontade.
placas, que continham este peque- 8 E minha a oração a Deus é refe-
no relato dos profetas, de Jacó até rente a meus irmãos, para que vol-
o governo deste rei d Benjamim, tem a ter conhecimento de Deus,
e também muitas das palavras sim, da redenção de Cristo; para
de Néfi. que tornem a ser um povo b agra-
4 E as coisas que estão nestas dável.
placas me são a agradáveis, por 9 E agora eu, Mórmon, procedo
causa das profecias sobre a vinda à conclusão de meu registro, que
de Cristo; e meus pais sabem que tiro das placas de Néfi; e faço-o
muitas delas se cumpriram; sim, e segundo o conhecimento e a com-
eu também sei que todas as coisas preensão que Deus me deu.
que foram profetizadas sobre nós, 10 Então aconteceu que depois
até este dia, se cumpriram; e que de Amaléqui haver a entregado
todas as que vão além deste dia estas placas nas mãos do rei Ben-
certamente se cumprirão — jamim, este tomou-as e pôs jun-
5 Escolhi, portanto, a estas coisas tamente com as b outras placas
para terminar meu registro sobre que continham registros que os
elas e este restante de meu registro c 
reis haviam transmitido, de ge-
tirarei das b placas de Néfi; e não ração em geração, até os dias do
posso escrever nem a c centésima rei Benjamim.
parte das coisas de meu povo. 11 E foram passadas, desde o
6 Mas eis que tomarei estas pla- rei Benjamim, de geração em ge-
cas que contêm estas profecias e ração, até chegarem às a minhas
revelações e pô-las-ei com o res- mãos. E eu, Mórmon, rogo a Deus
tante de meu registro, porque me que sejam preservadas de agora
2 b D&C 3:16–20. mencionadas no 8 a 2 Né. 33:3–4;
3 a D&C 10:44. versículo 4. En. 1:11–12.
b D&C 10:38–40. b 1 Né. 9:2. b 2 Né. 30:6.
c Mos. 1:6; Hel. 3:13–15; c 3 Né. 5:8–11; 26:6–12. 10 a Ômni 1:25, 30.
Mórm. 4:23. 7 a 1 Né. 9:5; 19:3; b 1 Né. 9:4.
d Ômni 1:23. D&C 3:12–20; c Jar. 1:14.
4 a 1 Né. 6:5. 10:1–19, 30–47. 11 a 3 Né. 5:8–12;
5 a IE coisas do seu agrado, b GEE Onisciente. Mórm. 1:1–5.
PALAVRAS DE MÓRMON 1:12–18 164
em diante. E sei que serão pre- terem sido castigados de acordo
servadas, porque grandes coisas com seus crimes;
estão escritas nelas, pelas quais 16 E depois de ter havido fal-
meu povo e seus irmãos serão sos profetas e falsos pregadores e
b 
julgados no grande e último dia, mestres entre o povo e todos estes
segundo a palavra de Deus que terem sido castigados de acordo
está escrita. com seus crimes; e depois de ter
12 E agora, a respeito deste rei havido muitas contendas e muitos
Benjamim — houve algumas con- terem passado para o lado dos la-
tendas entre seu próprio povo. manitas, eis que aconteceu que o
13 E aconteceu também que os rei Benjamim, com o auxílio dos
exércitos dos lamanitas desceram santos a profetas que havia entre
da a terra de Néfi para guerrear seu povo —
seu povo. Eis, porém, que o rei 17 Pois eis que o rei Benjamim
Benjamim reuniu seus exércitos e era um a santo homem e governou
fez-lhes frente; e combateu com a seu povo com retidão; e havia
força de seu próprio braço, com a muitos homens santos na terra e
b 
espada de Labão. eles pregavam a palavra de Deus
14 E com a força do Senhor lu- com b poder e com autoridade; e
taram contra seus inimigos, até eram muito c severos, por causa da
matarem muitos milhares de la- obstinação do povo —
manitas. E aconteceu que luta- 18 Portanto, com o auxílio deles
ram contra os lamanitas até os e também dos profetas, o rei Ben-
expulsarem de todas as terras de jamim, trabalhando com todas as
sua herança. forças de seu corpo e a faculdade
15 E aconteceu que depois de de toda a sua alma, mais uma vez
ter havido falsos a Cristos e suas estabeleceu a paz naquela terra.
bocas terem sido caladas e eles

LIVRO DE MOSIAS
CAPÍTULO 1 preservadas por causa dos registros
gravados nas várias placas — Mosias
O rei Benjamim ensina a seus filhos o é escolhido rei e recebe a custódia dos
idioma e as profecias de seus pais — registros e de outras coisas. Aproxi-
Sua religião e civilização foram madamente 130–124 a.C.
11 b 2 Né. 25:18; 29:11; 2 Né. 5:14; 16 a En. 1:22.
33:11–15; Jacó 1:10; 17 a Al. 13:26.
3 Né. 27:23–27. Mos. 1:16; b Al. 17:2–3.
13 a Ômni 1:12. D&C 17:1. c Morô. 9:4;
b 1 Né. 4:9; 15 a GEE Anticristo. D&C 121:41–43.
165 MOSIAS 1:1–7

E ENTÃO não houve mais con-


tendas em toda a a terra de Za-
raenla, entre todo o povo que per-
seus filhos, para que assim eles
pudessem ensiná-las a seus filhos,
cumprindo desta forma os man-
tencia ao rei Benjamim, de modo damentos de Deus até o presente.
que o rei Benjamim gozou de paz 5 Digo-vos, meus filhos, que se
contínua todo o restante de seus não fosse por estas coisas que fo-
dias. ram guardadas e a preservadas
2 E aconteceu que ele tinha três pela mão de Deus para que pu-
filhos; e dera-lhes os nomes de déssemos b ler e compreender os
Mosias e Helorum e Helamã. E fez seus c mistérios e ter seus manda-
com que fossem a instruídos em mentos sempre diante dos olhos,
todo o b idioma de seus pais, para até mesmo nossos pais teriam de-
que assim se tornassem homens generado, caindo na incredulida-
de entendimento; e para que sou- de; e teríamos sido como nossos
bessem das profecias que haviam irmãos, os lamanitas, que nada
sido feitas pela boca de seus pais sabem a respeito destas coisas ou
e que lhes foram entregues pela nem sequer nelas creem quando
mão do Senhor. lhes são ensinadas, por causa das
3 E ele também os ensinou sobre d 
tradições de seus pais, que não
os registros que estavam grava- são corretas.
dos nas placas de latão, dizen- 6 Ó meus filhos, quisera que vos
do: Meus filhos, quisera que vos lembrásseis de que estas palavras
lembrásseis de que, se não fosse são verdadeiras e também de que
por estas a placas que contêm estes estes registros são a verdadeiros. E
registros e estes mandamentos, te- eis que também as placas de Néfi,
ríamos permanecido em b ignorân- que contêm os registros e as pala-
cia até o presente, não conhecendo vras de nossos pais desde o tempo
os mistérios de Deus. em que deixaram Jerusalém até
4 Porque não teria sido possí- agora, são verdadeiras; e podemos
vel a nosso pai, Leí, lembrar-se saber da veracidade delas porque
de todas estas coisas para ensi- as temos diante dos olhos.
ná-las a seus filhos, se não fosse 7 E agora, meus filhos, quisera
pelo auxílio destas placas; pois que vos lembrásseis de a examiná-
tendo ele sido instruído no a idio- las diligentemente, para que de-
ma dos egípcios podia, portanto, las vos beneficieis; e quisera que
ler estas gravações e ensiná-las a b 
guardásseis os mandamentos de
1 1 a Ômni 1:13. 5 a GEE Escrituras — As 2 Né. 33:10–11;
2 a Mos. 4:14–15; escrituras devem ser Morô. 10:27.
D&C 68:25, 28. preservadas. 7 a GEE Escrituras.
b Mórm. 9:32. b Deut. 6:6–8. b Mos. 2:22;
3 a GEE Placas. c GEE Mistérios de Deus. Al. 50:20–22.
b Al. 37:8–9. d Mos. 10:11–17.
4 a JS—H 1:64. 6 a 1 Né. 1:3;
MOSIAS 1:8–17 166
Deus para que prospereis na ter-
c 
se este povo altamente favorecido
ra, segundo as d promessas que o pelo Senhor cair em a transgres-
Senhor fez a nossos pais. são e tornar-se um povo iníquo e
8 E muitas coisas mais o rei Ben- adúltero, o Senhor os abandonará,
jamim ensinou a seus filhos, as para que assim se tornem b fracos
quais não estão escritas neste livro. como seus irmãos; e ele não mais
9 E aconteceu que depois de ha- os c preservará com seu incompa-
ver ensinado seus filhos, o rei Ben- rável e maravilhoso poder, como
jamim envelheceu e viu que muito até agora preservou nossos pais.
em breve seguiria pelo caminho 14 Porque te digo que se ele não
de toda a Terra; portanto, julgou houvesse estendido o braço para
ser oportuno conferir o reino a um preservar nossos pais, eles teriam
de seus filhos. caído nas mãos dos lamanitas,
10 Portanto, ele fez com que Mo- tornando-se vítimas de seu ódio.
sias fosse levado a sua presença; 15 E aconteceu que depois de
e estas são as palavras que ele lhe haver o rei Benjamim terminado
falou, dizendo: Meu filho, quise- de dizer estas palavras a seu filho,
ra que fizesses uma proclamação encarregou-o de todos os assun-
por toda esta terra, entre todo este tos do reino.
povo, ou melhor, o a povo de Za- 16 Além disso, também o encar-
raenla e o povo de Mosias que regou dos registros que estavam
habita esta terra, para que se reú- gravados nas a placas de latão;
nam; porque amanhã proclamarei e também das placas de Néfi; e
a este meu povo, de viva voz, que também da b espada de Labão e
tu és b rei e governante deste povo da c esfera ou guia que conduziu
que o Senhor nosso Deus nos deu. nossos pais pelo deserto, que fora
11 E ademais, darei a este povo preparada pela mão do Senhor
um a nome, para que assim sejam para que assim fossem dirigidos,
distinguidos de todos os povos cada um segundo o cuidado e
que o Senhor Deus trouxe da ter- atenção que lhe davam.
ra de Jerusalém; e isto faço por- 17 Portanto, como foram infiéis,
que tem sido um povo diligente não prosperaram nem progredi-
na obediência aos mandamentos ram em sua jornada, mas foram
do Senhor. a 
impelidos para trás e incorreram
12 E dou-lhes um nome que ja- no desagrado de Deus; e foram,
mais será apagado, salvo em caso portanto, atingidos pela fome e
de a transgressão. duras aflições, para que se lem-
13 Sim, e ainda mais, digo-te que brassem de seus deveres.
7 c Salm. 122:6; 1 Né. 2:20. 12 a GEE Pecado. b 1 Né. 4:8–19;
d Al. 9:12–14. 13 a Heb. 6:4–6. Pal. Mórm. 1:13;
10 a Ômni 1:14. b Hel. 4:24–26. D&C 17:1.
b Mos. 2:30. c D&C 103:8–10. c 1 Né. 16:10.
11 a Mos. 5:8–12. 16 a Mos. 1:3. 17 a 1 Né. 18:12–13.
167 MOSIAS 1:18–2:8
18 E então aconteceu que Mosias para serem seus b mestres e tam-
foi e fez como seu pai lhe orde- bém um homem justo para ser
nara; e conclamou todo o povo seu rei, o qual estabelecera a paz
que estava na terra de Zaraenla a na c terra de Zaraenla e ensinara-
reunir-se para ir ao templo ouvir lhes a d guardar os mandamen-
as palavras que seu pai lhes diria. tos de Deus, a fim de que se re-
gozijassem e se enchessem de
CAPÍTULO 2 e 
amor para com Deus e todos os
homens.
O rei Benjamim fala a seu povo —
5 E aconteceu que quando su-
Relata a equidade, justiça e espiritua-
biram ao templo armaram suas
lidade de seu reinado — Aconselha o
tendas nos arredores, cada ho-
povo a servir a seu Rei Celestial —
mem conforme sua a família, que
Aqueles que se rebelarem contra Deus
consistia na esposa e nos filhos e
sofrerão angústia semelhante a um
nas filhas; e nos filhos e nas filhas
fogo inextinguível. Aproximadamen-
destes, do mais velho ao mais jo-
te 124 a.C.
vem, cada família separada uma
E aconteceu que após Mosias da outra.
haver feito o que seu pai lhe or- 6 E armaram suas tendas ao re-
denara e haver feito uma procla- dor do templo, cada homem com
mação por toda a terra, o povo a porta de sua a tenda voltada para
congregou-se por toda a terra, a o templo, a fim de que pudessem
fim de subir ao templo para ouvir permanecer nas suas tendas e ou-
as palavras que o rei Benjamim vir as palavras que o rei Benjamim
lhes diria. lhes diria;
2 E eram tantos, que não foram 7 Por ser a multidão tão grande
contados; porque eles se haviam que o rei Benjamim não poderia
multiplicado muito, tornando-se ensinar a todos dentro dos muros
numerosos na terra. do templo, ele fez construir uma
3 E também tomaram das a pri- torre, para que assim seu povo
mícias de seus rebanhos, para ofe- pudesse ouvir as palavras que
recerem b sacrifícios e c holocaustos lhes diria.
d 
segundo a lei de Moisés. 8 E aconteceu que, da torre, ele
4 E também, para poderem dar começou a falar a seu povo; e nem
graças ao Senhor seu Deus, que todos podiam ouvir-lhe as pala-
os tirara da terra de Jerusalém e vras, por causa do tamanho da
livrara-os das mãos de seus ini- multidão; portanto, fez com que
migos; e a nomeara homens justos suas palavras fossem escritas e
2 3 a Gên. 4:4. 4 a GEE Chamado, c Ômni 1:12–15.
b GEE Sacrifício. Chamado por Deus, d Jo. 15:10.
c 1 Né. 5:9. Chamar. e GEE Amor.
d 2 Né. 25:24; b Mos. 18:18–22. 5 a GEE Família.
Al. 30:3; 34:13–14. GEE Ensinar, Mestre. 6 a Êx. 33:8–10.
MOSIAS 2:9–17 168
enviadas àqueles que se achavam nem prata nem qualquer tipo de
fora do alcance de sua voz, para riqueza;
que também recebessem suas pa- 13 Nem permiti que fôsseis con-
lavras. finados em calabouços nem que
9 E estas são as palavras que ele escravizásseis uns aos outros nem
a 
disse e fez com que fossem escri- que assassinásseis nem pilhásseis
tas, dizendo: Meus irmãos, todos nem roubásseis nem cometêsseis
que vos haveis reunido, vós que adultério; nem permiti que come-
podeis ouvir as palavras que hoje têsseis qualquer tipo de iniquida-
vos direi; pois não ordenei que de, mas ensinei-vos que devíeis
viésseis aqui para b ouvir leviana- guardar os mandamentos do Se-
mente as palavras que direi, mas nhor em todas as coisas que ele
para que me c escuteis e abrais os vos ordenou —
ouvidos para ouvir e o d coração 14 E eu mesmo tenho a trabalha-
para entender e vossa e mente para do com minhas próprias mãos, a
que os f mistérios de Deus vos se- fim de vos servir; e para que não
jam revelados. sejais sobrecarregados com im-
10 Não ordenei que subísseis postos e não recaiam sobre vós
aqui para que me a temêsseis ou coisas difíceis de suportar — e vós
para que pensásseis que eu, por mesmos sois testemunhas, neste
mim mesmo, seja mais que um dia, de todas estas coisas que falei.
homem mortal. 15 Contudo, meus irmãos, não
11 Mas sou como vós mesmos, fiz estas coisas todas para van-
sujeito a toda sorte de enfermida- gloriar-me nem conto estas coisas
des do corpo e da mente; contu- para assim poder acusar-vos; mas
do, fui escolhido por este povo e digo-vos estas coisas para que
consagrado por meu pai; e a mão saibais que hoje posso responder
do Senhor permitiu que eu fosse ante Deus com uma a consciência
governante e rei deste povo; e fui limpa.
guardado e preservado por seu in- 16 Eis que vos digo, ao afirmar-
comparável poder para servir-vos vos haver empregado meus dias
com todo o poder, mente e força a vosso serviço, que não é meu
que o Senhor me concedeu. desejo vangloriar-me, porque só
12 E digo-vos que como me foi estive a serviço de Deus.
permitido empregar meus dias a 17 E eis que vos digo estas coi-
vosso serviço até este momento e sas para que aprendais a sabedo-
não tentei obter de vós nem a ouro ria; para que saibais que, quando
9 a Mos. 8:3. 3 Né. 19:33. 14 a 1 Cor. 9:18.
b D&C 6:12. e GEE Mente. 15 a GEE Consciência.
c GEE Atender, Dar f GEE Mistérios de Deus. 17 a GEE Sabedoria.
ouvidos. 10 a GEE Temor.
d Mos. 12:27; 12 a At. 20:33–34.
169 MOSIAS 2:18–27
estais a serviço de vosso próxi-
b  c 
mandamentos; e ele prometeu-vos
mo, estais somente a serviço de que, se a guardásseis seus b manda-
vosso Deus. mentos, prosperaríeis na terra; e
18 Eis que me haveis chamado ele nunca se c desvia do que dis-
vosso rei; e se eu, a quem chamais se; portanto, se d guardardes seus
vosso rei, trabalho para vos a ser- mandamentos, ele vos abençoará
vir, não deveis vós trabalhar para e far-vos-á prosperar.
vos servirdes uns aos outros? 23 Ora! em primeiro lugar ele
19 E eis também que se eu, a vos criou e concedeu-vos a vida,
quem chamais vosso rei, que pas- pelo que lhe sois devedores.
sou os seus dias a vosso serviço e, 24 E, em segundo lugar, ele re-
contudo, esteve a serviço de Deus, quer que façais conforme vos or-
mereço algum agradecimento de denou; e se o fizerdes, ele ime-
vós, oh! quanto deveis a agradecer diatamente vos a abençoará; e,
a vosso Rei celestial! portanto, ter-vos-á pago. E vós
20 Digo-vos, meus irmãos, que ainda lhe sereis devedores e o sois
se renderdes todas as graças e e sê-lo-eis para sempre; portanto,
a 
louvores, com todo o poder de de que vos podeis vangloriar?
vossa alma, àquele b Deus que vos 25 E agora vos pergunto: Po-
criou e guardou e preservou e fez deis dizer algo de vós mesmos?
com que vos regozijásseis e vos Respondo-vos: Não. Não podeis
concedeu viverdes em paz uns dizer que sois nem mesmo como
com os outros — o pó da Terra; no entanto, fostes
21 Digo-vos que se servirdes ao a 
criados do b pó da Terra; mas eis
que vos criou desde o princípio que o pó pertence àquele que vos
e vos está preservando dia a dia, criou.
dando-vos alento para que pos- 26 E eu, mesmo eu, a quem cha-
sais viver, mover-vos e agir se- mais vosso rei, não sou melhor do
gundo vossa própria a vontade; que vós, porque eu também sou
e até vos apoiando de momento do pó. E vedes que estou velho e
a momento — digo-vos que se o prestes a entregar este corpo mor-
servirdes com toda a alma, ainda tal a sua mãe terra.
assim sereis b servos inúteis. 27 Portanto, como disse que vos
22 E eis que tudo que ele re- havia servido, a andando com a
quer de vós é que guardeis seus consciência limpa diante de Deus,
17 b Mt. 25:40; 20 a 1 Né. 18:16. d D&C 14:7; 58:2–3.
Tg. 1:27; b GEE Trindade. 24 a GEE Abençoado,
D&C 42:29–31. 21 a GEE Arbítrio. Abençoar, Bênção.
GEE Serviço. b Lc. 17:7–10. 25 a GEE Criação, Criar.
c GEE Irmã(s), Irmão(s). 22 a Lev. 25:18–19; b Gên. 3:19;
18 a Mt. 20:26–27. 2 Né. 1:9. Jacó 2:21.
19 a GEE Ação de b GEE Mandamentos de 27 a GEE Andar, Andar com
Graças, Agradecido, Deus. Deus.
Agradecimento. c D&C 3:1–2.
MOSIAS 2:28–36 170
assim vos fiz reunir nesta ocasião, na terra e vossos inimigos não
para que eu possa ser declarado terão poder sobre vós.
inocente e para que vosso b sangue 32 Cuidado, porém, ó meu povo,
não recaia sobre mim quando me para que não surjam a contendas
apresentar para ser julgado por entre vós nem vos inclineis a obe-
Deus pelas coisas que ele me or- decer ao espírito maligno, do qual
denou, concernentes a vós. meu pai, Mosias, falou.
28 E digo que vos fiz reunir para 33 Mas eis que há uma conde-
poder a livrar minhas vestimentas nação decretada para o que se
de vosso sangue, nesta ocasião em inclina a obedecer a esse espírito;
que estou para descer a minha se- porque o que se inclina a obede-
pultura, a fim de que eu desça em cer-lhe e permanece e morre em
paz e meu b espírito imortal possa seus pecados, bebe a condenação
juntar-se aos c coros excelsos, can- para a própria alma; porque re-
tando louvores a um justo Deus. cebe por salário um castigo b eter-
29 E ademais, digo-vos que vos no, havendo transgredido a lei de
fiz reunir para declarar-vos que Deus contra seu próprio conheci-
não posso mais ser vosso mestre mento.
nem vosso rei; 34 Digo-vos que ninguém há en-
30 Porque, mesmo agora, todo o tre vós, à exceção de vossas crian-
meu corpo treme muito enquan- cinhas, que não foram ensinadas
to me esforço para vos falar; mas sobre estas coisas, que não saiba
o Senhor Deus me sustém e per- que sois eternamente devedores
mitiu-me que vos falasse; e orde- a vosso Pai Celestial e que deveis
nou-me que vos declarasse hoje entregar-lhe tudo o que tendes e
que meu filho Mosias é vosso rei sois; e que não haja sido instruí-
e governante. do concernente aos registros que
31 E agora, meus irmãos, quisera contêm as profecias pronunciadas
que agísseis como tendes feito até pelos santos profetas até a época
aqui. Assim como tendes guar- em que nosso pai, Leí, deixou Je-
dado os meus mandamentos e rusalém;
também os mandamentos de meu 35 E também, tudo o que tem
pai e tendes prosperado e fostes sido dito por nossos pais até ago-
livrados de cair nas mãos de vos- ra. E eis que também eles disse-
sos inimigos, de igual maneira, ram o que lhes foi ordenado pelo
se guardardes os mandamentos Senhor; portanto, são justos e ver-
de meu filho, ou seja, os manda- dadeiros.
mentos de Deus que por ele vos 36 E agora eu vos digo, meus
serão transmitidos, prosperareis irmãos, que depois de haverdes
27 b Jacó 1:19. c Mórm. 7:7. Condenar.
28 a Jacó 2:2. 32 a 3 Né. 11:29–30. b D&C 19:6, 10–12.
b GEE Espírito. 33 a GEE Condenação,
171 MOSIAS 2:37–3:1
conhecido todas estas coisas e palavras, pois falei-vos claramen-
elas vos haverem sido ensinadas, te para que pudésseis compreen-
se transgredirdes e fordes contra der, oro para que vos a lembreis
aquilo que tem sido falado, de da terrível situação daqueles que
modo que vos afasteis do Espírito caíram em transgressão.
do Senhor e não tenha ele lugar 41 E ainda mais, quisera que
em vós para guiar-vos pelas ve- considerásseis o estado abençoa-
redas da sabedoria, a fim de que do e a feliz daqueles que guardam
sejais abençoados, favorecidos e os mandamentos de Deus. Pois eis
preservados — que são b abençoados em todas as
37 Digo-vos que o homem que coisas, tanto materiais como espi-
faz isto se a rebela abertamente rituais; e se eles se conservarem
contra Deus; portanto, se inclina c 
fiéis até o fim, serão recebidos
a obedecer ao espírito maligno e no d céu, para que assim possam
torna-se inimigo de toda retidão; habitar com Deus em um estado
por isso o Senhor não tem lugar de felicidade sem fim. Oh! Lem-
nele, pois ele não habita em b tem- brai-vos, lembrai-vos de que estas
plos impuros. coisas são verdadeiras, porque o
38 Portanto, se tal homem não se Senhor Deus as disse.
a 
arrepende e permanece e morre
inimigo de Deus, as exigências da CAPÍTULO 3
divina b justiça despertam-lhe a
O rei Benjamim continua seu discur-
alma imortal para um vivo senti-
so — O Senhor Onipotente ministra-
mento de sua própria c culpa, que
rá entre os homens num tabernáculo
o leva a recuar diante da presença
de barro — De todos os seus poros
do Senhor e enche-lhe o peito de
sairá sangue quando Ele expiar os
culpa e dor e angústia, como um
pecados do mundo — Seu nome é o
fogo inextinguível cuja chama se
único pelo qual se alcança a salva-
eleva para todo o sempre.
ção — Os homens podem despojar-se
39 E digo-vos que a a misericór-
do homem natural e tornar-se santos,
dia não tem direitos sobre esse
por meio da Expiação — O tormento
homem; portanto, sua condena-
dos iníquos será como um lago de fogo
ção final é padecer um tormento
e enxofre. Aproximadamente 124 a.C.
sem fim.
40 Oh! todos vós, anciãos, e tam- E quero chamar a vossa atenção
bém vós, jovens, e vós, crianci- mais uma vez, meus irmãos, por-
nhas, que podeis entender minhas que ainda tenho algo mais para
37 a Mos. 3:12; b GEE Justiça. 41 a 4 Né. 1:15–18.
Hel. 8:24–25. c GEE Culpa. GEE Alegria.
GEE Rebeldia, Rebelião. 39 a Al. 34:8–9, 15–16. b GEE Abençoado,
b Al. 7:21. GEE Misericórdia, Abençoar, Bênção.
38 a GEE Arrepender-se, Misericordioso. c D&C 6:13.
Arrependimento. 40 a Al. 5:18. d GEE Céu.
MOSIAS 3:2–11 172
vos dizer; pois eis que tenho coi- 6 E expulsará demônios, ou seja,
a 

sas para vos dizer sobre o que os espíritos malignos que habitam
deverá acontecer. no coração dos filhos dos homens.
2 E as coisas que vos direi foram- 7 E eis que sofrerá a tentações
me dadas a conhecer por um a anjo e dores corporais, b fome, sede e
de Deus. E ele disse-me: Desperta; cansaço maiores do que o homem
e eu despertei e eis que ele estava pode c suportar sem morrer; eis
diante de mim. que sairá d sangue de cada um de
3 E ele disse-me: Desperta e ouve seus poros, tão grande será a sua
as palavras que te direi; pois eis e 
angústia pelas iniquidades e abo-
que vim para anunciar-te as a boas minações de seu povo.
novas de grande alegria. 8 E ele chamar-se-á a Jesus Cristo,
4 Pois o Senhor ouviu tuas ora- o b Filho de Deus, o c Pai dos céus
ções e julgou tua retidão; e en- e da Terra, o Criador de todas as
viou-me para anunciar-te que coisas desde o princípio; e sua
podes regozijar-te e que podes d 
mãe chamar-se-á e Maria.
anunciá-las a teu povo, a fim de 9 E eis que vem aos seus para
que eles também se encham de que a a salvação seja concedida aos
alegria. filhos dos homens pela b fé em seu
5 Pois eis que o tempo se apro- nome; e mesmo depois de tudo
xima e não está muito longe, em isso, considerá-lo-ão um homem
que, com poder, o a Senhor Onipo- e dirão que está c endemoninhado;
tente que reina, que era e é de toda e d açoitá-lo-ão e e crucificá-lo-ão.
a eternidade para toda a eternida- 10 E no a terceiro dia b ressuscita-
de, descerá dos céus no meio dos rá dentre os mortos; e eis que ele
filhos dos homens e habitará num c 
julga o mundo; e eis que todas
b 
tabernáculo de barro; e fará gran- estas coisas são feitas para que
des c milagres entre os homens, recaia um julgamento justo sobre
como curar os enfermos, levantar os filhos dos homens.
os mortos, fazer andar os coxos, 11  Pois eis também que seu
dar vista aos cegos, fazer ouvir a 
sangue b expia os pecados dos
os surdos e curar toda espécie de que c caíram pela transgressão
enfermidades. de Adão, que morreram sem
3 2 a GEE Anjos. e Isa. 53:4–5. d Mc. 15:15.
3 a Lc. 2:10–11. 8 a GEE Trindade — Deus, e Lc. 18:33; 1 Né. 19:10;
5 a GEE Jeová. o Filho. 2 Né. 10:3.
b Mos. 7:27; Al. 7:9–13. b Al. 7:10. GEE Crucificação.
c Mt. 4:23–24; c Hel. 14:12; 3 Né. 9:15. 10 a Mt. 16:21; 2 Né. 25:13;
At. 2:22; 1 Né. 11:31. d Mt. 1:16; Hel. 14:20–27.
GEE Milagre. 1 Né. 11:14–21. b GEE Ressurreição.
6 a Mc. 1:32–34. e GEE Maria, Mãe de c GEE Julgar.
7 a GEE Tentação, Tentar. Jesus. 11 a GEE Sangue.
b Mt. 4:1–2. 9 a GEE Salvação. b GEE Expiação, Expiar.
c D&C 19:15–18. b GEE Fé. c GEE Queda de Adão
d Lc. 22:44. c Jo. 8:48. e Eva.
173 MOSIAS 3:12–19
conhecer a vontade de Deus acer- poderiam ser salvas; mas digo-vos
ca de si mesmos ou que pecaram que elas são b abençoadas; pois eis
por d ignorância. que como em Adão, ou seja, pela
12 Mas ai daquele que sabe que natureza, elas caem, assim tam-
se a rebela contra Deus! Porque bém o sangue de Cristo expia os
a nenhum desses será concedi- seus pecados.
da salvação, a não ser pelo arre- 17 E digo-vos ainda mais, que
pendimento e fé no b Senhor Jesus a 
nenhum outro nome se dará, ne-
Cristo. nhum outro caminho ou meio
13 E o Senhor Deus enviou seus pelo qual a b salvação seja con-
santos profetas a todos os filhos cedida aos filhos dos homens, a
dos homens para declararem es- não ser em nome e pelo nome de
tas coisas a toda tribo, nação e lín- c 
Cristo, o Senhor Onipotente.
gua, para que, assim, todo aquele 18 Pois eis que ele julga e seu jul-
que acreditar na vinda de Cristo gamento é justo; e a criança que
receba a a remissão de seus pe- morre ainda na infância não pe-
cados e regozije-se com grande rece; mas os homens bebem con-
alegria, b como se ele já tivesse denação para sua própria alma, a
vindo a eles. não ser que se humilhem e a tor-
14 Contudo, o Senhor Deus viu nem-se como criancinhas; e acre-
que seu povo era obstinado e deu- ditem que a salvação veio e vem
lhe uma lei, sim, a a lei de Moisés. e virá no sangue e pelo sangue
15 E mostrou a eles muitos si- b 
expiatório de Cristo, o Senhor
nais e maravilhas e a símbolos e Onipotente.
figuras concernentes a sua vinda; 19 Porque o a homem natural é
e também os santos profetas lhes inimigo de Deus e tem-no sido
falaram sobre sua vinda; e, ape- desde a b queda de Adão e sê-lo-á
sar disso, endureceram o coração para sempre; a não ser que c ceda
e não compreenderam que a b lei ao influxo do d Santo Espírito e
de Moisés de nada serviria se não despoje-se do homem natural e
fosse pela expiação de seu sangue. torne-se e santo pela expiação de
16 E mesmo se fosse possível Cristo, o Senhor; e torne-se como
que as a criancinhas pecassem, não uma f criança, submisso, manso,
11 d 2 Né. 9:25–26. símbolos de Cristo. b Mos. 4:2; Hel. 5:9.
12 a Mos. 2:36–38; b Mos. 13:27–32. 19 a 1 Cor. 2:11–14;
Hel. 8:25. 16 a GEE Criança(s); Mos. 16:2–3.
GEE Rebeldia, Rebelião. Filho(s). GEE Homem Natural.
b GEE Senhor. b Morô. 8:8–9. b GEE Queda de Adão
13 a GEE Remissão de 17 a At. 4:10–12; e Eva.
Pecados. 2 Né. 31:21. c 2 Crôn. 30:8.
b 2 Né. 25:24–27; b GEE Salvação. d Morô. 10:4–5.
Jar. 1:11. c GEE Jesus Cristo — GEE Espírito Santo.
14 a GEE Lei de Moisés. Tomar sobre nós o e GEE Santo
15 a GEE Jesus Cristo — nome de Jesus Cristo. (substantivo).
Simbolismos ou 18 a Mt. 18:3. f 3 Né. 9:22.
MOSIAS 3:20–4:1 174
humilde, paciente, cheio de amor, presença do Senhor para um
disposto a submeter-se a tudo estado de b miséria e tormento
quanto o Senhor achar que lhe sem fim, de onde não poderão
deva infligir, assim como uma mais voltar; portanto, beberam
criança se submete a seu pai. condenação para suas próprias
20 E além disso, digo-vos que almas.
chegará o tempo em que o a co- 26 Beberam, portanto, do cálice
nhecimento de um Salvador se da ira de Deus, o qual a justiça
espalhará por b toda nação, tribo, não lhes poderia negar, como não
língua e povo. poderia negar que a Adão caísse
21 E eis que, quando chegar esse por haver participado do b fruto
tempo, ninguém será declarado proibido; portanto, a c misericórdia
a 
inocente diante de Deus, salvo as nunca mais poderia reclamá-los.
criancinhas, a não ser por meio de 27 E o seu a tormento é como um
arrependimento e fé no nome do b 
lago de fogo e enxofre, cujas cha-
Senhor Deus Onipotente. mas são inextinguíveis e cuja fu-
22 E mesmo nestes dias, depois maça ascende para sempre e sem-
de haveres ensinado aos de teu pre. Assim me ordenou o Senhor.
povo as coisas que o Senhor teu Amém.
Deus te ordenou, eles não mais
são considerados sem culpa à vis- CAPÍTULO 4
ta de Deus, a não ser que ajam
O rei Benjamim continua seu dis-
de acordo com as palavras que
curso — A salvação é concedida por
te disse.
causa da Expiação — Crede em Deus
23 E agora eu disse as palavras
para serdes salvos — Continuai fiéis
que o Senhor Deus me ordenou.
para conservardes a remissão de vos-
24 E assim diz o Senhor: Elas
sos pecados — Reparti vosso sustento
serão como resplandecente teste-
com os pobres — Fazei todas as coisas
munho contra os deste povo no
com sabedoria e ordem. Aproximada-
dia do julgamento; por elas serão
mente 124 a.C.
julgados, cada homem segundo
suas obras, sejam elas boas ou E então aconteceu que após ter
sejam más. dito as palavras que lhe haviam
25 E se forem más, eles serão sido transmitidas pelo anjo do Se-
condenados a uma a visão terrí- nhor, o rei Benjamim olhou para
vel de sua própria culpa e abo- a multidão ao redor e eis que ha-
minações, que os fará recuar da viam caído por terra, porque o
20 a D&C 3:16. b Mórm. 8:38. Misericordioso.
b GEE Obra Missionária. 26 a Mórm. 9:12. 27 a GEE Culpa.
21 a GEE Prestar Contas, b Gên. 3:1–12; b 2 Né. 9:16;
Responsabilidade, 2 Né. 2:15–19; Jacó 6:10;
Responsável. Al. 12:21–23. D&C 76:36.
25 a Al. 5:18; 12:14–15. c GEE Misericórdia,
175 MOSIAS 4:2–9
temor do Senhor se havia apo-
a 
agora em vós a consciência de
derado deles. vossa nulidade, e de vosso estado
2 E haviam visto a si mesmos indigno e decaído —
em seu estado a carnal, b menos 6 Digo-vos que se haveis adqui-
ainda que o pó da Terra. E todos rido a conhecimento da bondade
clamaram a uma só voz, dizendo: de Deus e de seu incomparável
Oh! Tende misericórdia e aplicai poder e de sua sabedoria e de sua
o sangue c expiatório de Cristo, paciência e de sua longanimidade
para que recebamos o perdão de para com os filhos dos homens;
nossos pecados e nosso coração e também da b expiação que foi
seja purificado; porque cremos preparada desde a c fundação do
em Jesus Cristo, o Filho de Deus, mundo, a fim de que, por ela, a
que d criou o céu e a Terra e todas salvação possa vir para aquele
as coisas; que descerá entre os fi- que puser sua d confiança no Se-
lhos dos homens. nhor e guardar diligentemente
3 E aconteceu que depois de ha- seus mandamentos e perseverar
verem pronunciado essas pala- na fé até o fim da vida, quero di-
vras, o Espírito do Senhor des- zer, a vida do corpo mortal —
ceu sobre eles e encheram-se de 7 Eu digo que esse é o homem
alegria, havendo recebido a a re- que recebe a salvação, por meio da
missão de seus pecados e tendo expiação que foi preparada desde
paz de b consciência, por causa a fundação do mundo para toda a
da profunda c fé que tinham em humanidade que existiu, desde a
Jesus Cristo que haveria de vir, a 
queda de Adão, ou que existe ou
de acordo com as palavras que o que existirá até o fim do mundo.
rei Benjamim lhes dissera. 8 E esse é o meio pelo qual é
4 E o rei Benjamim tornou a abrir concedida a salvação. E a não há
a boca e falou-lhes, dizendo: Meus qualquer outra salvação, a não ser
amigos e meus irmãos, minha esta que foi mencionada; tampou-
família e povo meu, quero nova- co há outras condições pelas quais
mente chamar a vossa atenção, o homem possa ser salvo, exceto
para que possais ouvir e enten- aquelas de que vos falei.
der o restante das palavras que 9 Acreditai em Deus; acreditai
vos direi. que ele existe e que criou todas
5 Pois eis que se o conhecimento as coisas, tanto no céu como na
da bondade de a Deus despertou Terra; acreditai que ele tem toda
4 1 a GEE Temor. b GEE Consciência. Hel. 12:1.
2 a GEE Carnal. c GEE Fé. GEE Confiança, Confiar.
b Hel. 12:7–8. 5 a Mois. 1:10. 7 a GEE Queda de Adão e
c Mos. 3:18; 6 a GEE Trindade. Eva.
Hel. 5:9. b GEE Expiação, Expiar. 8 a At. 4:12;
d GEE Criação, Criar. c Mos. 15:19. 2 Né. 31:21;
3 a GEE Remissão de d Salm. 36:7; Mos. 3:17.
Pecados. 2 Né. 22:2;
MOSIAS 4:10–16 176
a sabedoria e todo o poder, tanto
a 
12 E eis que vos digo que, se
no céu como na Terra; acreditai fizerdes isso, sempre vos regozi-
que o homem não b compreende jareis e estareis cheios do a amor
todas as coisas que o Senhor pode de Deus e b conservareis sempre
compreender. a remissão de vossos pecados;
10 E novamente, acreditai que e crescereis no conhecimento da
vos deveis a arrepender de vossos glória daquele que vos criou, ou
pecados e abandoná-los e humi- seja, no conhecimento daquilo que
lhar-vos diante de Deus; e pedir é justo e verdadeiro.
com sinceridade de coração que 13 E não tereis desejo de ferir-
ele vos b perdoe; e agora, se c acre- vos uns aos outros, mas, sim, de
ditais em todas estas coisas, vede viver em a paz e dar a cada um de
que as d façais. acordo com o que lhe é devido.
11 E digo-vos novamente, como 14 E não permitireis que vossos
disse antes, que, como haveis ad- a 
filhos andem famintos ou desnu-
quirido conhecimento da glória de dos; nem permitireis que transgri-
Deus, ou seja, se haveis conheci- dam as leis de Deus e b briguem
do sua bondade, a experimentado e disputem entre si e sirvam ao
seu amor e recebido a b remissão diabo, que é o mestre do pecado,
de vossos pecados, o que causa ou seja, que é o espírito mau de
tão grande alegria a vossa alma, quem nossos pais falaram, sendo
ainda assim quisera que vos lem- ele inimigo de toda retidão.
brásseis e sempre guardásseis na 15 a Ensiná-los-eis, porém, a b an-
memória a grandeza de Deus e darem nos caminhos da verdade
vossa própria c nulidade; e sua e da sobriedade; ensiná-los-eis a
d 
bondade e longanimidade para c 
amarem-se uns aos outros e a ser-
convosco, indignas criaturas; e virem-se uns aos outros.
que vos humilhásseis com a mais 16 E também, vós mesmos a so-
profunda e humildade, f invocando correreis os que necessitarem de
diariamente o nome do Senhor e vosso socorro; dareis de vossos
permanecendo firmes na fé na- bens aos necessitados e não permi-
quilo que está para vir e que foi tireis que o b mendigo vos peça em
anunciado pela boca do anjo. vão, afastando-o para que pereça.
9 a Rom. 11:33–34; d Êx. 34:6; Morô. 8:3. Contenda.
Jacó 4:8–13. e GEE Humildade, 15 a D&C 68:25–28;
b Isa. 55:9. Humilde, Humilhar. Mois. 6:58.
10 a GEE Arrepender-se, f GEE Oração. GEE Ensinar, Mestre.
Arrependimento. 12 a GEE Amor. b GEE Andar, Andar com
b D&C 61:2. b Mos. 4:26; Deus.
c Mt. 7:24–27. Al. 4:13–14; 5:26–35; c Mos. 18:21.
d 2 Né. 31:19–21. D&C 20:31–34. 16 a GEE Caridade;
11 a Al. 36:24–26. 13 a GEE Pacificador. Serviço.
b GEE Remissão de 14 a 1 Tim. 5:8; b Deut. 15:7–11;
Pecados. D&C 83:4. Prov. 21:13;
c Mois. 1:10. b GEE Contenção, Isa. 10:1–2.
177 MOSIAS 4:17–26
17  Talvez digais: O homem
a 
não deveríeis repartir os vossos
a 

trouxe sobre si sua miséria; por- bens uns com os outros!


tanto, deterei minha mão e não lhe 22 E se a julgais o homem que
darei do meu sustento nem repar- pede de vossos bens para não pe-
tirei com ele meus bens a fim de recer e o condenais, quanto mais
que ele não padeça, porque seus justa será a vossa condenação por
castigos são justos. b 
reterdes vossos bens, que não per-
18 Digo, porém, ó homem, que tencem a vós, mas a Deus, a quem
quem faz isto tem grande necessi- também vossa vida pertence; e,
dade de arrepender-se; e a menos contudo, nada pedis nem vos ar-
que se arrependa do que fez, pe- rependeis daquilo que haveis feito.
rece para sempre e não tem lugar 23 Digo-vos: Ai de tal homem,
no reino de Deus. porque os seus bens perecerão
19 Pois eis que não somos todos com ele! E agora digo estas coisas
mendigos? Não dependemos to- aos que são a ricos no que toca às
dos do mesmo Ser, sim, de Deus, coisas deste mundo.
para obter todos os bens que te- 24 E novamente digo aos pobres,
mos, tanto alimentos como ves- vós que não tendes e, ainda assim,
timentas e ouro e prata e todas tendes o suficiente para passar
as riquezas de toda espécie que de um dia para outro; refiro-me
possuímos? a todos vós, que negais ao men-
20 E eis que, mesmo agora, ha- digo porque não tendes; quisera
veis invocado seu nome e suplica- que dissésseis em vosso coração:
do a remissão de vossos pecados. Não dou porque não tenho, mas
E permitiu ele que pedísseis em se tivesse, a daria.
vão? Não; ele derramou sobre vós 25 E agora, se dizeis isto em vos-
o seu Espírito e fez com que se en- so coração, não sois culpados; do
chesse de a alegria o vosso coração contrário, sois a condenados e vos-
e fez com que se fechasse a vossa sa condenação será justa, porque
boca para que não vos pudésseis cobiçais aquilo que não haveis
exprimir, tão grande era a vossa recebido.
alegria. 26 E agora, por causa das coi-
21 Ora, se Deus, que vos criou, sas que vos disse — isto é, para
de quem depende vossa vida e conservardes a remissão de vos-
tudo o que tendes e sois, conce- sos pecados, dia a dia, a fim de
de-vos todas as coisas justas que que a andeis sem culpa diante de
pedis com fé, acreditando que re- Deus — quisera que b repartísseis
cebereis, oh! então, quanto mais vossos bens com os c pobres, cada
17 a Prov. 17:5. b 1 Jo. 3:17. Deus.
20 a GEE Alegria. 23 a D&C 56:16. b Jacó 2:17–19.
21 a GEE Bem-Estar; 24 a Mc. 12:44. c Zac. 7:10;
Serviço. 25 a D&C 56:17. Al. 1:27.
22 a Mt. 7:1–2; Jo. 7:24. 26 a GEE Andar, Andar com GEE Esmolas.
MOSIAS 4:27–5:4 178
um de acordo com o que possui, o fim de vossa vida, perecereis. E
d 
alimentando os famintos, vestin- agora, ó homem, lembra-te e não
do os nus, visitando os doentes e pereças.
aliviando-lhes os sofrimentos, tan-
to espiritual como materialmente, CAPÍTULO 5
conforme as carências deles.
Os santos tornam-se filhos e filhas de
27 E vede que todas estas coisas
Cristo por meio da fé — Passam a ser
sejam feitas com sabedoria e or-
chamados pelo nome de Cristo — O
dem; porque não se exige que o
rei Benjamim exorta-os a serem firmes
homem corra a mais rapidamente
e imutáveis nas boas obras. Aproxi-
do que suas forças o permitam.
madamente 124 a.C.
E, novamente, é necessário que
ele seja diligente, para que assim E então aconteceu que, tendo o
possa ganhar o galardão; portan- rei Benjamim assim falado a seu
to, todas as coisas devem ser feitas povo, mandou investigar se seu
em ordem. povo acreditara nas palavras que
28 E quisera que vos lembrásseis lhe dissera.
de que qualquer de vós que pedir 2 E todos clamaram a uma só
emprestado a seu vizinho deverá voz, dizendo: Sim, acreditamos
devolver aquilo que tomou em- em todas as palavras que nos dis-
prestado, de acordo com o que seste e também sabemos que são
combinou; pois do contrário co- certas e verdadeiras, por causa
meterá pecado e fará, talvez, com do Espírito do Senhor Onipotente
que seu vizinho também cometa que efetuou em nós, ou melhor,
pecado. em nosso coração, uma vigorosa
29 E finalmente, não vos posso a 
mudança, de modo que não te-
dizer todas as coisas pelas quais mos mais disposição para praticar
podeis cometer pecado; porque há o b mal, mas, sim, de fazer o bem
vários modos e meios, tantos que continuamente.
não os posso enumerar. 3 E também nós mesmos, pela
30 Isto, porém, posso dizer-vos: infinita bondade de Deus e ma-
se não a tomardes cuidado com vós nifestações de seu Espírito, temos
mesmos e vossos b pensamentos e grandes visões do que está por
vossas c palavras e vossas obras; e acontecer e, se fosse convenien-
se não observardes os mandamen- te, poderíamos profetizar sobre
tos de Deus nem continuardes todas as coisas.
tendo fé no que ouvistes concer- 4 E foi a fé que tivemos nas coi-
nente à vinda de nosso Senhor, até sas que nosso rei nos disse que
26 d Isa. 58:10–11; Vigiar. 5 2 a Al. 5:14.
D&C 104:17–18. b Mc. 7:18–23. GEE Nascer de Deus,
27 a D&C 10:4. GEE Pensamentos. Nascer de Novo.
30 a Al. 12:14. c Mt. 15:18–20. b Al. 19:33.
GEE Atalaia, Sentinela, GEE Profanidade.
179 MOSIAS 5:5–13
nos levou a este grande conheci- tomásseis sobre vós o nome de
d 

mento, pelo que nos regozijamos Cristo, todos vós que haveis feito
com tão grande alegria. convênio com Deus de serdes obe-
5 E estamos dispostos a fazer dientes até o fim de vossa vida.
um a convênio com nosso Deus, de 9 E acontecerá que aquele que fi-
cumprir a sua vontade e obedecer zer isto se encontrará à mão direi-
a seus mandamentos em todas as ta de Deus, porque saberá o nome
coisas que ele nos ordenar, para o pelo qual é chamado; porque será
resto de nossos dias, a fim de que chamado pelo nome de Cristo.
não recaia sobre nós um tormento 10 E então acontecerá que aque-
b 
sem fim, como foi anunciado pelo le que não tomar sobre si o nome
c 
anjo, e não bebamos do cálice da de Cristo deverá ser chamado por
ira de Deus. algum a outro nome; portanto, se
6 Ora, estas eram as palavras que encontrará à b mão esquerda de
o rei Benjamim esperava deles; Deus.
e, portanto, lhes disse: Dissestes 11 E quisera que também vos
as palavras que eu desejava; e o lembrásseis de que esse é o a nome
convênio que fizestes é um con- que eu disse que vos daria e que
vênio justo. nunca seria apagado, a menos
7 E agora, por causa do convê- que o fosse devido a transgres-
nio que fizestes, sereis chamados são; portanto, tomai cuidado para
a 
progênie de Cristo, filhos e filhas não transgredirdes, a fim de que
dele, porque eis que neste dia ele o nome não seja apagado de vos-
vos b gerou espiritualmente; pois so coração.
dizeis que vosso c coração se trans- 12 Digo-vos: Quisera que vos
formou pela fé em seu nome; por- lembrásseis de a conservar sempre
tanto, d nascestes dele e vos tornas- o nome escrito em vosso cora-
tes seus e filhos e suas filhas. ção, para que não vos encontreis à
8 E sob esse nome vós sois a li- mão esquerda de Deus, mas para
bertados e não há b qualquer outro que ouçais e conheçais a voz pela
nome por meio do qual podeis ser qual sereis chamados e também o
libertados. Não há qualquer outro nome pelo qual ele vos chamará.
c 
nome pelo qual seja concedida a 13 Pois como a conhece um ho-
salvação; quisera, portanto, que mem o mestre a quem não serviu
5 a Mos. 18:10. GEE Nascer de Deus, Al. 46:15.
b Mos. 3:25–27. Nascer de Novo. 10 a Al. 5:38–39.
c Mos. 3:2. e D&C 11:30. b Mt. 25:33.
7 a Mos. 27:24–26; 8 a Rom. 6:18; 11 a Mos. 1:11–12.
Mois. 6:64–68. Gál. 5:1; GEE Jesus Cristo —
GEE Filhos e Filhas de Hel. 14:30. Tomar sobre nós o
Deus. b At. 4:10, 12; nome de Jesus Cristo.
b GEE Gerar. Al. 21:9. 12 a D&C 18:23–25.
c GEE Coração. c Mos. 26:18. 13 a Mos. 26:24–27.
d Mos. 15:10–11. d At. 11:26;
MOSIAS 5:14–6:7 180
e que lhe é estranho e que está 2 E aconteceu que não houve
longe dos pensamentos e desíg- uma só alma, exceto as crianci-
nios de seu coração? nhas, que não tivesse feito con-
14 E ainda, toma alguém um ju- vênio e tomado sobre si o nome
mento que pertence a seu vizinho de Cristo.
e guarda-o? Digo-vos que não; 3 E novamente aconteceu que,
nem mesmo permitirá que paste havendo o rei Benjamim dado
com os seus rebanhos, mas ele irá por terminadas todas estas coisas
afugentá-lo e expulsá-lo. Digo-vos e consagrado seu filho a Mosias
que o mesmo acontecerá convos- como chefe e rei de seu povo e
co, se não souberdes o nome pelo passado a ele todas as funções do
qual sois chamados. reino e também b designado sacer-
15 Portanto, quisera que fôsseis dotes para c ensinar o povo, para
firmes e inamovíveis, sobejando que assim todos pudessem ouvir
sempre em boas obras, para que e conhecer os mandamentos de
Cristo, o Senhor Deus Onipoten- Deus e para fazê-los lembrar-se
te, possa a selar-vos como seus, a do d juramento que haviam feito,
fim de que sejais levados ao céu despediu a multidão; e voltaram,
e tenhais salvação sem fim e vida cada um com sua família, para
eterna por meio da sabedoria e suas próprias casas.
poder e justiça e misericórdia da- 4 E a Mosias começou a reinar em
quele que b criou todas as coisas no lugar de seu pai. E começou a rei-
céu e na Terra, que é Deus acima nar no seu trigésimo ano de vida,
de tudo. Amém. havendo transcorrido, ao todo,
cerca de quatrocentos e setenta e
CAPÍTULO 6 seis anos desde o b tempo em que
Leí deixara Jerusalém.
O rei Benjamim registra os nomes
5 E o rei Benjamim viveu três
das pessoas e designa sacerdotes para
anos e morreu.
ensiná-las — Mosias reina como um
6 E aconteceu que o rei Mosias
rei justo. Aproximadamente 124–
andou nos caminhos do Senhor, e
121 a.C.
observou os seus juízos e os seus
E então o rei Benjamim achou estatutos; e guardou os seus man-
que seria conveniente, depois damentos em todas as coisas que
de ter acabado de falar ao povo, ele lhe ordenou.
a 
anotar o nome de todos os que 7 E o rei Mosias fez com que
haviam feito convênio com Deus seu povo cultivasse a terra. E ele
de guardar seus mandamentos. próprio também cultivou a terra
15 a
GEE Chamado Al. 11:39. c Al. 4:7.
(Vocação) e Eleição; 6 1 a D&C 128:8. d Mos. 5:5–7.
Santificação. 3 a Mos. 1:10; 2:30. 4 a GEE Mosias, Filho do
b Col. 1:16; b GEE Ordenação, rei Benjamim.
Mos. 4:2; Ordenar. b 1 Né. 1:4.
181 MOSIAS 7:1–10
para que, assim, não se tornasse
a 
Zaraenla; e ele era também o seu
uma carga para seu povo, a fim chefe;
de agir em todas as coisas como 4 E não sabiam que rumo tomar
seu pai havia feito. E não houve no deserto para subir à terra de
contendas entre seu povo pelo Leí-Néfi; portanto, vagaram pelo
espaço de três anos. deserto por muitos dias, sim, por
quarenta dias eles vagaram.
CAPÍTULO 7 5 E depois de terem vagado du-
rante quarenta dias, chegaram
Amon descobre a terra de Leí-Néfi,
a uma colina que fica ao norte
onde Lími é rei — O povo de Lími
da terra de a Silom e ali armaram
está sob o jugo dos lamanitas —
suas tendas.
Lími relata a história deles — Um
6 E Amon tomou três de seus ir-
profeta (Abinádi) testificara que
mãos — e seus nomes eram Ama-
Cristo é o Deus e Pai de todas as coi-
léqui, Helém e Hem — e desceram
sas — Aqueles que semeiam imun-
para a terra de a Néfi.
dície colhem vendaval; e aqueles
7 E eis que encontraram o rei do
que põem sua confiança no Senhor
povo que vivia na terra de Néfi e
serão libertados. Aproximadamente
na terra de Silom; e foram cerca-
121 a.C.
dos pela guarda do rei e foram
Ora, aconteceu que depois de ha- presos e amarrados e foram pos-
ver o rei Mosias tido paz contínua tos na prisão.
pelo espaço de três anos, desejou 8 E aconteceu que depois de ha-
saber sobre o povo que a subira verem permanecido dois dias na
para habitar na terra de Leí-Né- prisão, foram novamente levados
fi, ou seja, na cidade de Leí-Néfi; à presença do rei e desamarrados.
porque seu povo nada soubera E ficaram diante do rei e foi-lhes
deles desde a época em que ha- permitido, ou melhor, ordenado
viam deixado a terra de b Zaraenla; que respondessem às perguntas
portanto, importunavam-no com que ele lhes faria.
sua insistência. 9 E ele disse-lhes: Eis que sou
2 E aconteceu que o rei Mosias a 
Lími, filho de Noé, que era filho
permitiu que dezesseis de seus de Zênife, que veio da terra de Za-
homens fortes subissem à terra de raenla para herdar esta terra, que
Leí-Néfi para inquirirem acerca de era a terra de seus pais; e que foi
seus irmãos. feito rei pela voz do povo.
3 E aconteceu que no dia seguin- 10 E agora desejo saber o moti-
te iniciaram a subir, tendo com vo pelo qual fostes tão corajosos
eles um certo Amon, homem for- a ponto de terdes chegado perto
te e poderoso, descendente de das muralhas da cidade, quando
7 a 2 Cor. 11:9. b Ômni 1:13. 6 a 2 Né. 5:8.
7 1 a Ômni 1:27–30. 5 a Mos. 9:6, 8, 14. 9 a Mos. 11:1.
MOSIAS 7:11–19 182
eu próprio me achava, com meus seremos seus escravos; porque é
guardas, fora da porta? melhor sermos escravos dos ne-
11 E então, por este motivo per- fitas do que pagarmos tributo ao
miti que fôsseis poupados, para rei dos lamanitas.
que eu vos pudesse interrogar, 16 E então o rei Lími ordenou a
pois do contrário eu teria feito seus guardas que não mais amar-
com que meus guardas vos matas- rassem Amon e seus irmãos, mas
sem. Tendes permissão para falar. fez com que fossem à colina que
12 E então, quando Amon viu se achava ao norte de Silom e
que tinha permissão para falar, trouxessem seus irmãos para a
adiantou-se e inclinou-se diante cidade, a fim de comerem e bebe-
do rei; e levantando-se novamen- rem e descansarem dos labores de
te, disse: Ó rei, sou muito grato a sua jornada; porque haviam sofri-
Deus, neste dia, por ainda estar do muitas coisas; haviam sofrido
vivo e ter permissão para falar; fome, sede e cansaço.
e procurarei expressar-me sem 17 E aconteceu que no dia se-
temor; guinte o rei Lími enviou uma pro-
13 Porque tenho certeza de que, clamação a todo o povo, para que
se soubésseis quem eu sou, não te- todos se reunissem no a templo e
ríeis permitido que eu fosse amar- ouvissem as palavras que lhes
rado. Porque eu sou Amon e sou iria dizer.
descendente de a Zaraenla; e vim 18 E aconteceu que quando es-
da terra de Zaraenla para inquirir tavam reunidos, falou-lhes desta
sobre nossos irmãos, a quem Zê- maneira, dizendo: Ó vós, povo
nife trouxe daquela terra. meu, levantai a cabeça e sede con-
14 E então aconteceu que após fortados; porque eis que o tempo
ter ouvido as palavras de Amon, está próximo, ou melhor, não mui-
Lími alegrou-se grandemente to distante, em que não estaremos
e disse: Agora tenho certeza de mais sujeitos a nossos inimigos,
que meus irmãos que se achavam apesar de nossas muitas lutas,
na terra de Zaraenla ainda estão que têm sido em vão; contudo,
vivos. E agora me regozijarei; e acredito que resta uma luta eficaz
amanhã farei com que meu povo a ser travada.
também se regozije. 19 Portanto, levantai a cabeça e
15 Pois eis que estamos sob o regozijai-vos e ponde vossa con-
jugo dos lamanitas e foi-nos a im- fiança em a Deus, naquele Deus
posto um tributo difícil de ser su- que foi o Deus de Abraão e Isa-
portado. E agora, eis que nossos que e Jacó; e também naquele
irmãos nos livrarão do cativeiro, Deus que b tirou os filhos de Israel
isto é, das mãos dos lamanitas, e da terra do Egito e fez com que
13 a Ômni 1:12–15. 17 a 2 Né. 5:16. b Êx. 12:40–41;
15 a Mos. 19:15. 19 a Êx. 3:6; 1 Né. 19:10. Al. 36:28.
183 MOSIAS 7:20–28
atravessassem o Mar Vermelho esta nossa aflição? Ora, eis que
em terra seca e alimentou-os com grande é a razão que temos para
c 
maná para que não perecessem lamentar-nos.
no deserto; e muitas outras coisas 24 Sim, digo-vos que grandes
fez por eles. são as razões que temos para la-
20 E ainda mais, esse mesmo mentar-nos; pois eis que quantos
Deus a tirou nossos pais da terra de de nossos irmãos foram mortos e
Jerusalém e guardou e preservou seu sangue derramado em vão;
seu povo até agora; e eis que foi e tudo por causa de iniquidade.
por causa de nossas iniquidades 25 Porque se este povo não hou-
e abominações que ele nos levou vesse caído em transgressão, o
à escravidão. Senhor não teria permitido que
21 E vós todos sois testemunhas, esse grande mal lhes sobrevies-
neste dia, de que Zênife, que foi se. Eis, porém, que não quiseram
feito rei deste povo, estando a ex- dar ouvidos às suas palavras; mas
tremamente ansioso para herdar surgiram contendas entre eles, a
a terra de seus pais, foi então en- tal ponto que derramaram sangue
ganado pela astúcia e estratagema entre eles.
do rei Lamã, que fez um tratado 26 E eles mataram um a profeta
com o rei Zênife e deixou em suas do Senhor; sim, um homem es-
mãos a posse de uma parte da ter- colhido de Deus, que lhes havia
ra, ou seja, a cidade de Leí-Néfi falado de suas iniquidades e abo-
e a cidade de Silom e a terra dos minações e profetizado muitas
arredores — coisas que hão de acontecer, sim,
22 E tudo isto ele fez com o úni- até mesmo a vinda de Cristo.
co fim de a subjugar, ou seja, de 27 E porque ele lhes disse que
escravizar este povo. E eis que, Cristo era o a Deus, o Pai de todas
presentemente, pagamos ao rei as coisas; e que tomaria sobre si
dos lamanitas tributo equivalente a imagem de homem, que seria
à metade de nosso milho e nos- a b imagem segundo a qual o ho-
sa cevada e mesmo de todos os mem fora criado no princípio; ou,
nossos grãos de toda espécie; e a em outras palavras, ele disse que
metade do acréscimo de nossos o homem fora criado à imagem de
rebanhos e manadas; e mesmo a c 
Deus e que Deus desceria entre
metade de tudo que temos ou que os filhos dos homens e tomaria
possuímos, o rei dos lamanitas sobre si carne e sangue e andaria
exige de nós, ou nossa vida. sobre a face da Terra —
23 E agora, não é doloroso ter 28 E então, por ter dito isso, ma-
de suportar isto? Não é grande taram-no; e muitas outras coisas
19 c Êx. 16:15, 35; 21 a Mos. 9:1–3. b Gên. 1:26–28;
Núm. 11:7–8; 22 a Mos. 10:18. Ét. 3:14–17;
Jos. 5:12. 26 a Mos. 17:12–20. D&C 20:17–18.
20 a 1 Né. 2:1–4. 27 a GEE Trindade. c Mos. 13:33–34; 15:1–4.
MOSIAS 7:29–8:7 184
fizeram que atraíram sobre si a ira E aconteceu que o rei Lími, de-
de Deus. Portanto, quem se admi- pois de haver acabado de falar a
ra de que estejam em cativeiro e seu povo, pois disse-lhes muitas
que sofram aflições? coisas, mas poucas são as que es-
29 Porque eis que o Senhor dis- crevi neste livro, tudo lhes contou
se: Não a socorrerei meu povo no sobre seus irmãos que estavam na
dia de sua transgressão, mas obs- terra de Zaraenla.
truirei seus caminhos para que 2 E fez com que Amon se apre-
não prosperem; e suas obras se- sentasse diante da multidão e con-
rão como pedra de tropeço dian- tasse tudo que havia acontecido a
te deles. seus irmãos, desde a ocasião em
30 E novamente ele diz: Se meu que Zênife deixara aquela terra
povo semear a imundície, b colherá até a época em que ele próprio
a palha no vendaval; e o seu efeito saíra de lá.
é veneno. 3 E ele também repetiu as últi-
31 E novamente ele diz: Se meu mas palavras que o rei Benjamim
povo semear imundície, colherá o lhes dirigira e explicou-as ao povo
a 
vento oriental, que traz destrui- do rei Lími, para que entendessem
ção imediata. todas as palavras que ele dissera.
32 E agora eis que a promessa 4 E aconteceu que depois de ha-
do Senhor foi cumprida e fostes ver feito tudo isto, o rei Lími des-
feridos e afligidos. pediu a multidão e fez com que
33 Se vos a voltardes para o Se- cada um voltasse para sua pró-
nhor com todo o coração e colo- pria casa.
cardes vossa confiança nele e o 5 E aconteceu que fez com que as
servirdes com toda diligência de placas que continham o a registro
vossa mente, se assim fizerdes ele de seu povo, desde o tempo em
vos livrará do cativeiro, de acor- que haviam deixado a terra de
do com a sua própria vontade e Zaraenla, fossem levadas a Amon
prazer. para que ele as lesse.
6 Ora, assim que Amon leu o
registro, perguntou-lhe o rei se
CAPÍTULO 8
podia interpretar línguas; e Amon
Amon ensina o povo de Lími — Toma disse-lhe que não.
conhecimento das vinte e quatro pla- 7 E disse-lhe o rei: Estando pesa-
cas jareditas — Registros antigos roso com as aflições de meu povo,
podem ser traduzidos por videntes — fiz com que quarenta e três ho-
Nenhum dom é maior do que a vi- mens de meu povo saíssem pelo
dência. Aproximadamente 121 a.C. deserto para procurar a terra de
29 a 1 Sam. 12:15; Imundo. 31 a Jer. 18:17; Mos. 12:6.
2 Crôn. 24:20. b Gál. 6:7–8; D&C 6:33. 33 a Mórm. 9:6.
30 a GEE Imundície, GEE Ceifa, Colheita. 8 5 a Mos. 9–22.
185 MOSIAS 8:8–17
Zaraenla, a fim de rogar a nossos remanescentes do povo que foi
irmãos que nos livrassem do ca- destruído, do qual vieram estes
tiveiro. registros; ou talvez nos deem in-
8 E ficaram perdidos no deser- formações sobre o próprio povo
to pelo espaço de muitos dias; que foi destruído; e desejo saber
e apesar de sua diligência não a causa de sua destruição.
encontraram a terra de Zaraen- 13 Ora, Amon disse-lhe: Posso
la, mas voltaram para cá depois indicar-te com segurança, ó rei,
de terem viajado por uma região um homem capaz de a traduzir
entre muitas águas e descober- os registros; porque possui algo
to uma terra coberta de ossos de com que pode olhar e traduzir
homens e de animais e também todos os registros da antiguida-
coberta de ruínas de edifícios de de; e é um dom de Deus. E esses
todo tipo, tendo descoberto uma objetos são chamados b intérpretes
terra que havia sido habitada por e nenhum homem os pode olhar,
um povo tão numeroso quanto as a menos que lhe seja ordenado,
hostes de Israel. para que não procure o que não
9 E como testemunho de que as deve e pereça. E quem quer que
coisas que disseram são verda- receba ordem para olhá-los é cha-
deiras, trouxeram a vinte e quatro mado c vidente.
placas cobertas de gravações; e 14 E eis que o rei do povo que
elas são de ouro puro. está na terra de Zaraenla é o ho-
10 E eis que também trouxeram mem que recebeu ordem para fa-
a 
couraças de grande tamanho; são zer estas coisas e que possui esse
de b latão e cobre e encontram-se grande dom de Deus.
em perfeito estado. 15 E o rei disse que um vidente
11 E ainda trouxeram espadas, é maior que um profeta.
cujos punhos se haviam estraga- 16 E Amon disse que um viden-
do e cujas lâminas estavam cor- te é também revelador e profeta;
roídas de ferrugem; e não há na e que não há dom maior que um
terra alguém capaz de interpretar homem possa ter, a não ser que
a língua, isto é, as gravações que possuísse o poder de Deus, que
estão nas placas. Foi por isso que ninguém pode possuir; contudo,
te perguntei: Podes traduzir? o homem pode receber grande
12 E torno a perguntar-te: Sa- poder de Deus.
bes de alguém que possa tra- 17 Um vidente, porém, pode sa-
duzir? Porque desejo que estes ber tanto de coisas passadas como
registros sejam traduzidos para de coisas futuras; e por meio de-
a nossa língua; pois talvez nos les todas as coisas serão revela-
possam dar informações sobre os das, ou seja, coisas secretas serão
9 a Ét. 1:1–2. b Ét. 10:23. b GEE Urim e Tumim.
10 a Ét. 15:15. 13 a Mos. 28:10–17. c GEE Vidente.
MOSIAS 8:18–9:2 186
manifestadas e coisas ocultas vi- libertados das mãos dos lama-
rão à luz; e darão a conhecer coi- nitas.
sas que não são conhecidas; e tam-
Abrange os capítulos 9 a 22.
bém manifestarão coisas que, de
outra maneira, não poderiam ser
conhecidas.
CAPÍTULO 9
18 Assim, Deus providenciou
um meio para que o homem, pela Zênife conduz um grupo de Zaraenla
fé, pudesse operar grandes mi- para ocupar a terra de Leí-Néfi — O
lagres; portanto, ele se torna um rei lamanita permite-lhes tomar posse
grande benefício para seus seme- da terra — Há guerra entre os lama-
lhantes. nitas e o povo de Zênife. Aproxima-
19 E então, quando Amon ter- damente 200–187 a.C.
minou de dizer essas palavras,
Eu, Zênife, havendo sido ensi-
o rei alegrou-se imensamente e
nado em todo o idioma dos nefi-
rendeu graças a Deus, dizendo:
tas e tendo tido conhecimento da
Sem dúvida estas placas contêm a 
terra de Néfi, ou seja, da terra da
um a grande mistério e estes intér-
primeira herança de nossos pais;
pretes foram, sem dúvida, prepa-
e havendo sido enviado como
rados com o fim de revelar todos
espião entre os lamanitas, a fim
esses mistérios aos filhos dos ho-
de espionar suas forças para que
mens.
nosso exército pudesse cair so-
20 Oh! Quão maravilhosas são
bre eles e destruí-los — quando
as obras do Senhor e por quan-
vi, porém, o que havia de bom
to tempo ele é tolerante com seu
entre eles, não mais desejei a sua
povo! Sim, e quão cego e impe-
destruição.
netrável é o entendimento dos
2 Portanto, discuti com meus ir-
filhos dos homens, porque não
mãos no deserto, porque desejava
procuram sabedoria nem desejam
que nosso chefe fizesse um trata-
que a ela os governe!
do com eles; sendo ele, porém,
21 Sim, eles são como um reba-
um homem rigoroso e sanguiná-
nho selvagem que foge do pastor
rio, ordenou que eu fosse morto;
e se dispersa; e é perseguido e
mas fui salvo com derramamen-
devorado pelas feras da floresta.
to de muito sangue; porque pai
lutou contra pai, e irmão contra
Registro de Zênife — Um relato irmão, até que a maior parte de
sobre seu povo, desde a ocasião nosso exército foi destruída no
em que deixaram a terra de Za- deserto; e nós, os que escapamos,
raenla até a época em que foram voltamos à terra de Zaraenla para
19 a Ét. 3:21–28; 4:4–5. no hebraico e no grego. 9 1 a 2 Né. 5:5–8;
20 a IE Sabedoria, Prov. 9:1; Ômni 1:12.
substantivo feminino Mt. 11:19.
187 MOSIAS 9:3–15
contar às suas esposas e filhos o espécie de frutas; e começamos
que sucedera. a multiplicar-nos e a prosperar
3 Contudo, estando eu extrema- na terra.
mente zeloso em herdar a terra de 10 Ora, foi por astúcia e malícia,
nossos pais, reuni todos os que a fim de a levar meu povo ao cati-
desejavam subir para ocupar a veiro, que o rei Lamã cedeu a terra
terra e reiniciamos nossa jornada para que a ocupássemos.
pelo deserto, para subirmos à ter- 11 Portanto, aconteceu que de-
ra; mas fomos atingidos pela fome pois de havermos habitado a ter-
e por duras aflições, porque éra- ra pelo espaço de doze anos, o rei
mos vagarosos para lembrar-nos Lamã começou a ficar inquieto,
do Senhor nosso Deus. temendo que meu povo de algum
4 Não obstante, depois de haver- modo se tornasse forte na terra,
mos vagado por muitos dias no não podendo mais ser dominado
deserto, armamos nossas tendas nem escravizado.
no lugar em que nossos irmãos 12 Ora, eles eram um povo pre-
haviam sido mortos, que ficava guiçoso e a idólatra; portanto, de-
perto da terra de nossos pais. sejavam escravizar-nos, para po-
5 E aconteceu que retornei à ci- derem fartar-se com o trabalho de
dade com quatro de meus homens nossas mãos; sim, para poderem
para ver o rei, a fim de conhecer a banquetear-se com os rebanhos
disposição do rei e saber se pode- de nossos campos.
ria ir com meu povo tomar posse 13 Portanto, aconteceu que o rei
da terra em paz. Lamã começou a instigar o seu
6 E fui ver o rei e ele fez um acor- povo a lutar contra o meu povo;
do comigo para que eu ocupasse portanto, começou a haver guer-
a terra de Leí-Néfi e a terra de ras e contendas naquela terra.
Silom. 14 Pois no décimo terceiro ano
7 E também ordenou que seu de meu reinado na terra de Néfi,
povo saísse da terra; e eu e meu ao sul da terra de Silom, estando
povo nela entramos para ocupá- os de meu povo a dar de beber
la. e a apascentar seus rebanhos e a
8 E começamos a construir edi- cultivar suas terras, uma nume-
fícios e a reparar os muros da ci- rosa hoste de lamanitas caiu so-
dade, sim, os muros da cidade bre eles e começou a matá-los e a
de Leí-Néfi e da cidade de Silom. levar seus rebanhos e o milho de
9 E começamos a cultivar o solo, seus campos.
sim, com toda espécie de semen- 15 Sim, e aconteceu que todos
tes: com sementes de milho e de os que não foram apanhados fu-
trigo e de cevada e com neas e giram para a cidade de Néfi e pe-
com seum e com sementes de toda diram minha proteção.
10 a Mos. 7:21–22. 12 a En. 1:20. GEE Idolatria.
MOSIAS 9:16–10:7 188
16 E aconteceu que eu os armei se fabricassem armas de guerra de
com arcos e com flechas, com es- toda espécie, para que assim eu
padas e com cimitarras e com cla- tivesse armas para o meu povo
vas e com fundas e com toda espé- quando os lamanitas subissem no-
cie de armas que nos foi possível vamente para guerrear meu povo.
inventar; e eu e meu povo saímos 2 E coloquei guardas em vários
para batalhar contra os lamanitas. pontos da região, para que os
17 Sim, com a força do Senhor lamanitas não voltassem a nos
saímos para batalhar contra os surpreender e destruíssem-nos; e
lamanitas; porque eu e meu povo assim protegi meu povo e meus
clamamos fervorosamente ao Se- rebanhos e evitei que caíssem nas
nhor para que nos livrasse das mãos de nossos inimigos.
mãos de nossos inimigos, porque 3 E aconteceu que habitamos a
nos veio à lembrança a libertação terra de nossos pais por muitos
de nossos pais. anos, sim, pelo espaço de vinte e
18 E Deus a ouviu nossos clamo- dois anos.
res e respondeu a nossas orações; 4 E fiz com que os homens culti-
e avançamos com a sua força; sim, vassem o solo e plantassem toda
avançamos contra os lamanitas e, espécie de a grãos e frutas de todo
em um dia e uma noite, matamos tipo.
três mil e quarenta e três; matamo- 5 E fiz com que as mulheres
los até expulsá-los de nossa terra. fiassem e labutassem e traba-
19 E eu mesmo, com minhas lhassem e tecessem toda espécie
próprias mãos, ajudei a enterrar de linho fino; sim, e a tecidos de
seus mortos. E eis que, para nossa toda espécie para cobrir nossa
grande tristeza e lamentação, du- nudez; e assim prosperamos na
zentos e setenta e nove de nossos terra — assim tivemos paz contí-
irmãos foram mortos. nua na terra pelo espaço de vinte
e dois anos.
CAPÍTULO 10 6 E aconteceu que morreu o rei
a 
Lamã e seu filho começou a rei-
Morre o rei Lamã — Seu povo é sel-
nar em seu lugar. E ele começou a
vagem e feroz e crê em falsas tradi-
incitar seu povo a rebelar-se con-
ções — Zênife e seu povo prevale-
tra meu povo; portanto, começa-
cem contra eles. Aproximadamente
ram a se preparar para a guerra e
187–160 a.C.
para lutar contra meu povo.
E aconteceu que novamente co- 7 Mas eu enviara meus espias a
meçamos a organizar o reino e vários lugares da terra de a Senlon,
novamente começamos a habitar para descobrir seus preparativos e
aquela terra em paz. E fiz com que assim poder proteger-me deles, a
18 a Mos. 29:20. 5 a Al. 1:29. 7 a Mos. 11:12.
10 4 a Mos. 9:9. 6 a Mos. 9:10–11; 24:3.
189 MOSIAS 10:8–16
fim de que não caíssem sobre meu na tradição de seus pais, que é
b 

povo e destruíssem-no. esta — Acreditavam que haviam


8 E aconteceu que eles vieram sido expulsos da terra de Jeru-
pelo norte da terra de Silom com salém por causa da iniquidade
suas numerosas hostes, homens de seus pais e que haviam sido
a 
armados com b arcos e com fle- injustiçados por seus irmãos no
chas e com espadas e com cimitar- deserto; e que também haviam
ras e com pedras e com fundas; e sido injustiçados enquanto atra-
tinham a cabeça rapada, de modo vessavam o mar;
que se mostravam desnudas; e es- 13 E também que haviam sido
tavam cingidos com um cinturão injustiçados na terra de sua a pri-
de couro ao redor dos lombos. meira herança, depois de have-
9 E aconteceu que fiz com que as rem atravessado o mar; e tudo
mulheres e crianças de meu povo isto porque Néfi havia sido mais
se escondessem no deserto; e fiz fiel na obediência aos mandamen-
também com que todos os meus tos do Senhor — Portanto, ele foi
homens idosos que pudessem pe- b 
favorecido pelo Senhor, pois o
gar em armas e também todos os Senhor ouviu suas orações e aten-
meus jovens que pudessem pe- deu-as; e ele tomou o comando da
gar em armas se reunissem para jornada no deserto.
batalhar contra os lamanitas; e 14 E seus irmãos enfureceram-se
coloquei-os em suas fileiras, cada com ele porque a não compreen-
homem segundo sua idade. diam a maneira de proceder do
10 E aconteceu que subimos para Senhor; também se b enfureceram
batalhar contra os lamanitas; e eu, com ele sobre as águas, porque
até eu, apesar da minha avança- endureceram o coração contra o
da idade, fui batalhar contra os Senhor.
lamanitas. E aconteceu que, com 15 E também se enfureceram
a a força do Senhor, subimos para com ele quando chegaram à ter-
batalhar. ra da promissão, porque diziam
11 Ora, os lamanitas nada sa- que ele tirara de suas mãos o
biam a respeito do Senhor nem a 
governo do povo; e procuraram
da força do Senhor; confiavam, matá-lo.
portanto, em sua própria força. 16 E também se enfureceram
Contudo, eram um povo forte com ele porque partiu para o de-
quanto à força dos homens. serto, como o Senhor lhe orde-
12 Eram um povo a selvagem, nara, e levou os a registros que
feroz e sanguinário, acreditando estavam gravados nas placas de
8 a Jar. 1:8. 12 a Al. 17:14. 14 a 1 Né. 15:7–11.
b Al. 3:4–5. b 2 Né. 5:1–3. b 1 Né. 18:10–11.
10 a GEE Confiança, 13 a 1 Né. 18:23. 15 a 2 Né. 5:3.
Confiar. b 1 Né. 17:35. 16 a 2 Né. 5:12.
MOSIAS 10:17–11:5 190
latão; porque diziam que ele os CAPÍTULO 11
havia b roubado.
O rei Noé governa iniquamente —
17 E assim ensinaram a seus fi-
Deleita-se numa vida devassa com
lhos que deveriam odiá-los e que
suas esposas e concubinas — Abi-
deveriam assassiná-los e que de-
nádi profetiza que o povo cairá em
veriam roubá-los e saqueá-los,
cativeiro — O rei Noé procura ti-
fazendo todo o possível para des-
rar-lhe a vida. Aproximadamente
truí-los; eles têm, portanto, um
160–150 a.C.
ódio eterno contra os filhos de
Néfi. E então aconteceu que Zênife
18 Por este motivo o rei Lamã, conferiu o reino a Noé, um de seus
com sua astúcia e malícia enga- filhos; portanto, Noé começou a
nadora e suas belas promessas, reinar em seu lugar; e ele não se-
enganou-me para que eu subisse guiu os caminhos de seu pai.
com meu povo a esta terra, a fim 2 Pois eis que não guardou os
de que eles o destruíssem; sim, mandamentos de Deus, mas se-
e temos sofrido todos estes anos guiu os desejos de seu próprio
na terra. coração. E teve muitas esposas e
19 E agora eu, Zênife, depois de a 
concubinas. E b levou o seu povo
dizer aos de meu povo todas estas a cometer pecados e a fazer o que
coisas a respeito dos lamanitas, es- era abominável aos olhos do Se-
timulei-os a batalhar com todas as nhor. Sim, e cometeram c liberti-
suas forças, confiando no Senhor; nagens e todo tipo de iniquidade.
portanto, lutamos com eles corpo 3 E estabeleceu um imposto de
a corpo. um quinto de tudo quanto pos-
20 E aconteceu que tornamos a suíam; a quinta parte de seu ouro
expulsá-los de nossa terra e mata- e de sua prata e a quinta parte de
mo-los numa grande carnificina, seu a zife e de seu cobre e de seu
tantos que não os contamos. latão e de seu ferro; e a quinta
21 E aconteceu que voltamos parte de seus rebanhos; e tam-
para nossa própria terra e meu bém a quinta parte de todos os
povo começou novamente a cui- seus grãos.
dar de seus rebanhos e a cultivar 4 E tomava tudo isto para sus-
suas terras. tentar a si mesmo e às suas espo-
22 E agora eu, estando velho, sas e suas concubinas; e também
conferi o reino a um de meus fi- seus sacerdotes, as esposas e as
lhos; portanto, nada mais digo. concubinas deles; assim, havia
E que o Senhor abençoe o meu modificado os negócios do reino.
povo. Amém. 5  Pois destituiu todos os
16 b Al. 20:10, 13. c 2 Né. 28:15. verbo — “revestir” ou
11 2 a Jacó 3:5. 3 a HEB palavras “laminar com metal.”
b 1 Re. 14:15–16; relacionadas:
Mos. 29:31. adjetivo — “brilhante”;
191 MOSIAS 11:6–17
sacerdotes que haviam sido consa- braços enquanto falavam a seu
grados por seu pai e em seu lugar povo palavras falsas e vãs.
consagrou novos, os quais tinham 12 E aconteceu que ele construiu
o coração cheio de orgulho. uma a torre perto do templo; sim,
6 Sim, e desta maneira eram sus- uma torre muito alta, tão alta que
tentados, em sua indolência e em ele, do seu topo, podia ver a ter-
sua idolatria e em suas libertina- ra de Silom e também a terra de
gens, pelos tributos que o rei Noé Senlon, que estava em poder dos
impusera a seu povo; assim, o lamanitas; e podia ver até mesmo
povo trabalhava muito para sus- toda a região circunvizinha.
tentar a iniquidade. 13  E aconteceu que mandou
7 Sim, e eles também se torna- construir muitos edifícios na ter-
ram idólatras, porque foram en- ra de Silom; e fez com que se cons-
ganados pelas palavras vãs e li- truísse uma grande torre na colina
sonjeiras do rei e dos sacerdotes; que ficava ao norte da terra de
pois diziam-lhes coisas lisonjeiras. Silom, onde os filhos de Néfi se
8 E aconteceu que o rei Noé cons- haviam refugiado na ocasião em
truiu muitos edifícios elegantes e que fugiram da terra; e isso fez
espaçosos; e ornamentou-os com com as riquezas que obteve com
belos trabalhos de madeira e com os impostos de seu povo.
toda espécie de coisas preciosas 14 E aconteceu que entregou o
de ouro e de prata e de ferro e de coração às suas riquezas, e pas-
latão e de zife e de cobre; sava o tempo numa vida de-
9 E também construiu para si vassa com suas esposas e suas
mesmo um espaçoso palácio com concubinas; e também seus sacer-
um trono no centro, tudo feito dotes passavam seu tempo com
de madeira nobre e ornamen- meretrizes.
tado com ouro e prata e coisas 15 E aconteceu que plantou vi-
preciosas. nhas pela terra; e construiu laga-
10 E também fez com que seus res e fez vinho em abundância; e
artífices executassem toda espécie tornou-se, portanto, um a bebedor
de obras finas, de madeira fina e de vinho, assim como seu povo.
de cobre e de latão, dentro das 16 E aconteceu que os lamani-
paredes do templo. tas começaram a investir contra
11 E os assentos reservados aos o seu povo, atacando pequenos
sumos sacerdotes, que ficavam grupos, e a matá-los em seus cam-
acima de todos os outros assen- pos e enquanto cuidavam de seus
tos, ele ornamentou com ouro rebanhos.
puro; e fez construir um para- 17 E o rei Noé espalhou guar-
peito a sua frente, para que pu- das pela terra, para contê-los;
dessem descansar o corpo e os não enviou, porém, um número
12 a Mos. 19:5–6. 15 a GEE Palavra de Sabedoria.
MOSIAS 11:18–28 192
suficiente, e os lamanitas caíram nas mãos de seus inimigos; sim, e
sobre eles e mataram-nos e leva- cairão em a cativeiro; e serão afli-
ram muitos de seus rebanhos para gidos pela mão de seus inimigos.
fora da terra; assim os lamanitas 22 E acontecerá que saberão que
começaram a destruí-los e a exer- eu sou o Senhor seu Deus e sou
cer seu ódio contra eles. um Deus a zeloso, castigando as
18 E aconteceu que o rei Noé iniquidades de meu povo.
enviou seus exércitos contra eles 23 E acontecerá que se este povo
e eles foram rechaçados, ou me- não se arrepender e não se voltar
lhor, fizeram com que retrocedes- para o Senhor seu Deus, cairá em
sem por algum tempo; voltaram, cativeiro; e ninguém os livrará, a
portanto, regozijando-se por seus não ser o Senhor, o Deus Todo-
despojos. Poderoso.
19 E então, por causa desta gran- 24 Sim, e acontecerá que quando
de vitória, encheram o coração de clamarem a mim, serei a vagaroso
orgulho; vangloriaram-se da pró- em ouvir seus clamores; sim, e
pria força, dizendo que cinquenta permitirei que sejam feridos por
dos seus podiam com milhares de seus inimigos.
lamanitas; e assim se a vangloria- 25 E a menos que se arrependam
vam e deleitavam-se com sangue com saco e cinzas e clamem vee-
e com o derramamento do sangue mentemente ao Senhor seu Deus,
de seus irmãos; e isto por causa não a ouvirei suas orações nem os
da iniquidade de seu rei e de seus livrarei de suas aflições; e assim
sacerdotes. diz o Senhor e assim me ordenou.
20 E aconteceu que existia entre 26 Ora, aconteceu que quando
eles um homem cujo nome era Abinádi lhes disse estas palavras,
a 
Abinádi; e ele começou a profe- enfureceram-se com ele e procura-
tizar no meio deles, dizendo: Eis ram tirar-lhe a vida; mas o Senhor
que assim diz o Senhor e assim livrou-o das mãos deles.
me ordenou, dizendo: Vai e dize a 27 Ora, quando o rei Noé soube
este povo: Assim diz o Senhor — das palavras que Abinádi dissera
Ai deste povo! Porque vi suas ao povo, também ficou irado; e
abominações e sua iniquidade e disse: Quem é Abinádi, para que
suas fornicações; e a não ser que eu e meu povo sejamos julgados
se arrependam, visitá-los-ei com por ele, ou a quem é o Senhor, para
minha ira. trazer sobre o meu povo tão gran-
21 E a menos que se arrepen- de aflição?
dam e voltem-se para o Senhor 28 Ordeno-vos trazer-me Abi-
seu Deus, eis que eu os entregarei nádi para que eu o mate, porque
19 a D&C 3:4. 21:13–15; 23:21–23. 24 a Miq. 3:4;
GEE Orgulho. 22 a Êx. 20:5; Mos. 21:15.
20 a GEE Abinádi. Deut. 6:15; 25 a Isa. 1:15; 59:2.
21 a Mos. 12:2; 20:21; Mos. 13:13. 27 a Êx. 5:2; Mos. 12:13.
193 MOSIAS 11:29–12:8
disse estas coisas para incitar meu Senhor disse-me: Estende a mão
povo à ira, uns contra os outros, e e profetiza, dizendo: Assim diz o
para causar contendas entre meu Senhor: Acontecerá que esta ge-
povo; portanto, eu o matarei. ração, por causa de suas iniqui-
29 Ora, os olhos do povo esta- dades, cairá em a cativeiro e será
vam a cegos; portanto, b endurece- ferida na b face; sim, e será recha-
ram o coração contra as palavras çada pelos homens e será morta;
de Abinádi e, a partir daquele e os abutres do ar e os cães, sim,
momento, procuraram prendê-lo. e os animais selvagens devorar-
E o rei Noé endureceu o coração lhe-ão a carne.
contra a palavra do Senhor e não 3 E acontecerá que a a vida do
se arrependeu de suas más obras. rei Noé valerá tanto quanto uma
vestimenta numa b fornalha quen-
CAPÍTULO 12 te; pois ele saberá que eu sou o
Senhor.
Abinádi é aprisionado por profetizar
4 E acontecerá que ferirei este
a destruição do povo e a morte do rei
meu povo com grandes aflições,
Noé — Os falsos sacerdotes citam as
sim, com fome e com a peste; e
escrituras e alegam guardar a lei de
farei com que b uive o dia inteiro.
Moisés — Abinádi começa a ensinar-
5 Sim, e farei com que a cargas pe-
lhes os Dez Mandamentos. Aproxi-
sadas sejam amarradas sobre seus
madamente 148 a.C.
lombos; e eles serão conduzidos
E aconteceu que, passados dois como um jumento mudo.
anos, Abinádi voltou para o meio 6 E acontecerá que enviarei gra-
deles disfarçado, de modo que nizo entre eles, que os ferirá; e
não o reconheceram, e começou a também serão feridos com o a ven-
profetizar entre eles, dizendo: As- to oriental; e b insetos também in-
sim me ordenou o Senhor, dizen- festarão suas terras e devorarão
do: Abinádi, vai e profetiza a este seus grãos.
meu povo, porque endureceram 7 E serão feridos com uma gran-
o coração contra as minhas pala- de peste — e tudo isto farei por
vras; eles não se arrependeram de causa de suas a iniquidades e abo-
suas más obras; portanto, a visitá- minações.
los-ei com minha ira, sim, com 8 E acontecerá que, a menos que
minha furiosa ira visitá-los-ei em se arrependam, eu os a destruirei
suas iniquidades e abominações. completamente da face da Terra;
2  Sim, ai desta geração! E o contudo, deixarão um b registro
29 a Mois. 4:4. b Mos. 21:3–4. 6 a Jer. 18:17;
b Al. 33:20; 3 a Mos. 12:10. Mos. 7:31.
Ét. 11:13. b Mos. 19:20. b Êx. 10:1–12.
12 1 a Isa. 65:6. 4 a D&C 97:26. 7 a D&C 3:18.
2 a Mos. 11:21; 20:21; b Mos. 21:9–10. 8 a Al. 45:9–14.
21:13–15; 23:21–23. 5 a Mos. 21:3. b Mórm. 8:14–16.
MOSIAS 12:9–21 194
atrás de si, o qual preservarei mentiu a teu respeito e profetizou
para outras nações que vierem a em vão.
ocupar a terra; sim, e até isto eu 15 E eis que somos fortes e não
farei para mostrar a outras na- seremos escravizados nem sere-
ções as iniquidades deste povo. E mos aprisionados por nossos ini-
muitas coisas profetizou Abinádi migos; sim, e prosperaste nesta
contra esse povo. terra e continuarás a prosperar.
9 E aconteceu que se zangaram 16 Eis que aqui está o homem;
com ele; e prenderam-no e leva- nós o entregamos em tuas mãos;
ram-no amarrado perante o rei e podes fazer com ele o que bem
disseram ao rei: Eis que te trouxe- entenderes.
mos um homem que profetizou 17 E aconteceu que o rei Noé
infortúnios concernentes a teu mandou que pusessem Abiná-
povo e disse que Deus o destruirá. di na prisão; e ordenou aos a sa-
10 E ele também profetiza infor- cerdotes que se reunissem para
túnios concernentes a tua vida e formarem com ele um conse-
diz que tua vida será semelhante lho e resolverem o que fazer
a uma vestimenta numa fornalha com ele.
de fogo. 18 E aconteceu que disseram ao
11 E diz ainda que serás como rei: Traze-o aqui, para que o inter-
um talo, como um talo seco do roguemos; e o rei ordenou que o
campo, que é pisado pelos ani- levassem à presença deles.
mais e calcado com os pés. 19 E começaram a interrogá-lo,
12 E acrescentou que tu serás com o fim de fazê-lo cair em con-
como a flor do cardo que, quando tradição, para assim terem de que
está plenamente desabrochada, se acusá-lo; ele, porém, respondeu-
o vento sopra, é levada pela face lhes arrojadamente e fez frente a
da terra. E alega que o Senhor o todas as suas perguntas, sim para
disse. E afirma que tudo isso re- espanto deles; pois a fez frente a
cairá sobre ti, a menos que te ar- eles em todas as suas perguntas
rependas; e isto por causa de tua e confundiu-os em todas as suas
iniquidade. palavras.
13 E agora, ó rei, que grande mal 20 E aconteceu que um deles lhe
fizeste ou que grandes pecados disse: Que significam as palavras
cometeu o teu povo, para que se- que foram escritas e ensinadas por
jamos condenados por Deus ou nossos pais e que dizem:
julgados por este homem? 21 a Quão belos são sobre os mon-
14 E agora, ó rei, eis que so- tes os pés do que anuncia boas
mos inocentes e tu, ó rei, não novas, que proclama a paz, que
pecaste; portanto, este homem anuncia o bem, que proclama a
17 a Mos. 11:11. 21 a Isa. 52:7–10;
19 a D&C 100:5–6. Naum 1:15.
195 MOSIAS 12:22–37
salvação; que diz a Sião: O teu gastais vossa energia com mere-
Deus reina! trizes, sim, e fazeis com que este
22 Tuas sentinelas levantarão a povo cometa pecados, dando mo-
voz; em uníssono cantarão; por- tivo ao Senhor para enviar-me,
que verão olho a olho quando o a fim de profetizar contra este
Senhor trouxer novamente Sião; povo, sim, um grande mal contra
23 Exultai de alegria! Cantai em este povo?
coro, ó lugares desolados de Jeru- 30 Não sabeis que digo a verda-
salém! Pois o Senhor confortou de? Sim, sabeis que digo a ver-
seu povo, ele redimiu Jerusalém; dade e deveríeis tremer diante
24 O Senhor desnudou seu santo de Deus.
a 
braço aos olhos de todas as na- 31 E acontecerá que sereis feri-
ções e todos os confins da Terra dos por vossas iniquidades, pois
verão a salvação de nosso Deus? haveis dito que ensinais a lei de
25 Disse-lhes então Abinádi: Sois Moisés. E que sabeis vós sobre a
vós a sacerdotes e alegais ensinar lei de Moisés? a Traz a lei de Moi-
este povo e entender o espírito de sés a salvação? Que dizeis vós?
profecia e, não obstante, desejais 32 E responderam-lhe, dizendo
que eu vos explique o que signi- que a salvação era obtida pela lei
ficam estas coisas? de Moisés.
26 Digo-vos: Ai de vós por per- 33 Abinádi, porém, disse-lhes:
verterdes os caminhos do Senhor! Sei que, se guardardes os man-
Pois, se entendeis estas coisas, não damentos de Deus, sereis salvos;
as haveis ensinado; portanto, ha- sim, se guardardes os mandamen-
veis pervertido os caminhos do tos que o Senhor entregou a Moi-
Senhor. sés no monte a Sinai, dizendo:
27 Não haveis aplicado vosso 34  a Eu sou o Senhor teu Deus
coração para a compreender; por- que te b tirei da terra do Egito, da
tanto, não haveis sido sábios. O casa da servidão.
que, pois, ensinais a este povo? 35 Não terás a outro Deus diante
28 E eles disseram: Ensinamos a de mim.
lei de Moisés. 36 Não farás para ti imagem de
29 E ele tornou a dizer-lhes: Se escultura, nem alguma semelhan-
ensinais a a lei de Moisés, por que ça do que há em cima nos céus
não a guardais? Por que pondes nem embaixo na Terra.
vosso coração nas riquezas? Por 37 E disse-lhes Abinádi: Haveis
que cometeis b libertinagens e vós feito tudo isto? Digo-vos que
24 a 1 Né. 22:11. 31 a Mos. 3:15; 13:27–32; 1 Né. 17:40;
25 a Mos. 11:5. Al. 25:16. Mos. 7:19.
27 a GEE Compreensão, 33 a Êx. 19:9, 16–20; 35 a Ose. 13:4.
Entendimento. Mos. 13:5. GEE Idolatria.
29 a GEE Lei de Moisés. 34 a Êx. 20:2–4.
b GEE Adultério. b Êx. 12:51;
MOSIAS 13:1–12 196
não, não haveis. E haveis ensi-
a 
se atreveu a deitar-lhe as mãos,
nado a este povo que deve fazer porque o Espírito do Senhor esta-
todas estas coisas? Digo-vos que va sobre ele; e seu rosto a resplan-
não, não haveis. decia com extraordinário brilho,
como o de Moisés no monte Sinai
CAPÍTULO 13 enquanto falava com o Senhor.
6 E falou com o a poder e a auto-
Abinádi é protegido pelo poder divi-
ridade de Deus; e continuou suas
no — Ele ensina os Dez Mandamen-
palavras, dizendo:
tos — Não se alcança a salvação ape-
7 Vedes que não tendes poder
nas pela lei de Moisés — O próprio
para matar-me, portanto, termino
Deus fará uma expiação e redimirá o
a minha mensagem. Sim, e perce-
Seu povo. Aproximadamente 148 a.C.
bo que ela vos a atinge profunda-
E então, quando o rei ouviu estas mente, porque vos digo a verdade
palavras, disse a seus sacerdotes: sobre vossas iniquidades.
Tirai este homem daqui e matai-o, 8 Sim, e minhas palavras en-
pois o que temos nós a ver com chem-vos de admiração e de es-
ele? Ele é louco! panto e de ira.
2 E eles avançaram e procura- 9 Termino, porém, a minha men-
ram deitar-lhe as mãos; mas ele sagem; e agora não importa aonde
resistiu, dizendo: eu vá, contanto que eu seja salvo.
3 Não me toqueis, pois Deus fe- 10 Mas isto vos digo: O que fi-
rir-vos-á se deitardes as mãos em zerdes comigo, depois disto, será
mim, porque ainda não transmi- como um a símbolo e uma repre-
ti a mensagem que o Senhor me sentação de coisas que estão para
ordenou que transmitisse; nem vir.
tampouco vos disse aquilo que 11 E agora vos lerei o restante
a 
pedistes que vos dissesse; por- dos a mandamentos de Deus, pois
tanto, Deus não permitirá que eu percebo que não estão escritos
seja destruído neste momento. em vosso coração; percebo que
4 Devo, porém, cumprir os man- haveis estudado e ensinado ini-
damentos que Deus me deu; e por quidade durante a maior parte
eu ter dito a verdade, estais irados de vossa vida.
contra mim. E também, por ter 12 E agora, lembrai-vos de que
transmitido a palavra de Deus, eu vos disse: Não farás para ti
julgais que sou louco. imagem de escultura nem alguma
5 Ora, aconteceu que depois de semelhança do que há em cima
Abinádi haver pronunciado estas nos céus nem embaixo na Terra
palavras, o povo do rei Noé não nem nas águas debaixo da terra.
37 a Mos. 13:25–26. 6 a GEE Poder. Al. 25:10.
13 3 a Mos. 12:20–24. 7 a 1 Né. 16:2. 11 a Êx. 20:1–17.
5 a Êx. 34:29–35. 10 a Mos. 17:13–19;
197 MOSIAS 13:13–29
13 E também: Não te encurvarás 23 Não dirás falso testemunho
a 

a elas nem as servirás; porque eu, o contra o teu próximo.


Senhor teu Deus, sou um Deus ze- 24 Não a cobiçarás a casa do teu
loso, que visito a maldade dos pais próximo, não cobiçarás a mulher
nos filhos até a terceira e quarta do teu próximo nem o seu servo
geração daqueles que me odeiam; nem a sua serva nem o seu boi
14 E faço misericórdia a milhares nem o seu jumento nem coisa al-
dos que me amam e guardam os guma do teu próximo.
meus mandamentos. 25 E aconteceu que depois de
15  Não tomarás o nome do Abinádi dizer estas coisas, per-
Senhor teu Deus em vão; porque guntou-lhes: Haveis ensinado a
o Senhor não terá por inocente o este povo que deve procurar fazer
que tomar o seu nome em vão. todas estas coisas, a fim de guar-
16 Lembra-te do dia do a sábado, dar estes mandamentos?
para o santificar. 26 Digo-vos que não, pois, se
17 Seis dias trabalharás e farás o houvésseis feito, o Senhor não
toda a tua obra; me haveria enviado para profe-
18 Mas o sétimo dia é o sábado tizar infortúnios concernentes a
do Senhor teu Deus; não farás ne- este povo.
nhuma obra, nem tu nem teu filho 27 E agora, dissestes que a sal-
nem tua filha nem o teu servo nem vação se alcança pela lei de Moi-
a tua serva nem o teu animal nem sés. Digo-vos que ainda é preciso
o teu estrangeiro que está dentro que guardeis a a lei de Moisés; mas
das tuas portas; digo-vos que chegará o tempo
19 Porque em a seis dias fez o em que b não mais será necessário
Senhor os céus e a Terra e o mar guardar a lei de Moisés.
e tudo o que neles há; portanto, 28 E digo-vos mais ainda, que a
abençoou o Senhor o dia do sá- a 
salvação não se alcança somente
bado e santificou-o. pela b lei; e se não fosse pela c expia-
20 a Honra a teu pai e a tua mãe, ção que o próprio Deus fará pelos
para que se prolonguem os teus pecados e iniquidades dos de seu
dias na terra que o Senhor teu povo, eles inevitavelmente pere-
Deus te dá. ceriam, apesar da lei de Moisés.
21 Não a matarás. 29 E agora vos digo que foi ne-
22 Não cometerás a adultério. cessário dar uma lei aos filhos de
Não b furtarás. Israel, sim, uma lei muito a severa;
16 a GEE Dia do Sábado b GEE Roubar, Roubo. Redimido, Redimir;
(Dia de Descanso). 23 a Prov. 24:28. Salvação.
19 a Gên. 1:31. GEE Mentir, Mentiroso. b Gál. 2:21;
20 a Mc. 7:10. 24 a GEE Cobiçar. Mos. 3:14–15;
21 a Mt. 5:21–22; 27 a GEE Lei de Moisés. Al. 25:15–16.
D&C 42:18. b 3 Né. 9:19–20; 15:4–5. c GEE Expiação, Expiar.
GEE Homicídio. 28 a Gál. 2:16. 29 a Jos. 1:7–8.
22 a GEE Adultério. GEE Redenção,
MOSIAS 13:30–14:5 198
porque eram um povo obstinado, ele próprio seria oprimido e
b 
rápido para cometer iniquidade afligido?
e vagaroso para lembrar-se do
Senhor seu Deus. CAPÍTULO 14
30 Portanto, uma a lei lhes foi
Isaías fala sobre o Messias — Mencio-
dada, sim, uma lei de ritos e de
na-se a humilhação e os sofrimentos
b 
ordenanças, uma lei que deve-
do Messias — Ele faz de Sua alma
riam c observar rigorosamente,
uma oferta pelo pecado e intercede pe-
dia a dia, para conservarem viva
los transgressores — Comparar com
a lembrança de Deus e de seu de-
Isaías 53. Aproximadamente 148 a.C.
ver para com ele.
31 Mas eis que vos digo que to- Sim, e não diz Isaías: Quem acre-
das essas coisas eram a símbolos ditou em nossas palavras e a
de coisas futuras. quem se manifestou o braço do
32 Ora, entendiam eles a lei? Di- Senhor?
go-vos que não; nem todos en- 2 Porque crescerá diante dele
tendiam a lei; e isso por causa da como uma planta tenra e como
dureza de seu coração; porque uma raiz de terra seca; não há nele
não compreendiam que ninguém forma nem formosura; e quando o
poderia ser salvo, a a não ser pela virmos, não acharemos nele bele-
redenção de Deus. za para que o desejemos.
33 Pois eis que não lhes profe- 3 Ele é desprezado e rejeitado
tizou Moisés acerca da vinda do pelos homens; homem de dores e
Messias e que Deus redimiria o experimentado em padecimentos;
seu povo? Sim, e mesmo a todos os e foi como se escondêssemos dele
profetas que profetizaram desde o nosso rosto; foi desprezado e não
princípio do mundo — não fala- fizemos caso dele.
ram eles mais ou menos a respeito 4 Certamente ele a tomou sobre
destas coisas? si nossas b dores e carregou nos-
34 Não disseram eles que o pró- sos pesares; no entanto, reputa-
prio a Deus desceria entre os filhos mo-lo por aflito, ferido por Deus
dos homens e tomaria a forma de e oprimido.
homem e andaria com grande po- 5 Mas foi ferido pelas nossas
der sobre a face da Terra? a 
transgressões, moído pelas nos-
35  Sim, e não disseram tam- sas iniquidades; o castigo de nossa
bém que ele proporcionaria a paz estava sobre ele e pelas suas
a 
ressurreição aos mortos e que feridas somos b curados.
29 b Al. 46:8. GEE Simbolismo. 35 a Isa. 26:19;
30 a Êx. 20. 32 a 2 Né. 25:23–25. 2 Né. 2:8.
b GEE Ordenanças. 33 a 1 Né. 10:5; 14 4 a Al. 7:11–12.
c Jacó 4:5. Jacó 4:4; 7:11. b Mt. 8:17.
31 a Mos. 16:14; 34 a Mos. 7:27; 15:1–3. 5 a Mos. 15:9; Al. 11:40.
Al. 25:15. GEE Trindade. b 1 Ped. 2:24–25.
199 MOSIAS 14:6–15:4
6 Todos nós andamos desgarra- poderosos ele repartirá os despo-
dos como a ovelhas; cada um se jos; porquanto derramou sua alma
desviou por seu próprio caminho; até a morte e foi contado com os
e o Senhor pôs sobre ele as iniqui- transgressores; tomou sobre si os
dades de todos nós. pecados de muitos e a intercedeu
7 Ele foi oprimido e a ele foi afli- pelos transgressores.
gido, mas não abriu a boca; como
um b cordeiro foi levado ao mata- CAPÍTULO 15
douro e, como a ovelha permane-
Como Cristo é tanto o Pai como o Fi-
ce muda perante seus tosquiado-
lho — Ele intercederá por Seu povo e
res, também ele não abriu a boca.
tomará sobre Si as transgressões de-
8 Da prisão e do julgamento foi
les — Eles e todos os santos profetas
tirado; e quem declarará sua gera-
são Sua semente — Ele efetua a Res-
ção? Porque foi arrancado da terra
surreição — As criancinhas têm vida
dos viventes; pelas transgressões
eterna. Aproximadamente 148 a.C.
de meu povo foi ferido.
9 E ele fez a sua sepultura com o E então Abinádi lhes disse: Qui-
ímpio e com o a rico na sua morte; sera que compreendêsseis que o
porquanto nunca fez b mal nem próprio a Deus descerá entre os fi-
houve engano na sua boca. lhos dos homens e b redimirá seu
10 Todavia ao Senhor agradou povo.
feri-lo; fê-lo sofrer; quando tu fi- 2 E porque ele a habita na carne,
zeres de sua alma uma oferta pelo será chamado o Filho de Deus; e
pecado ele verá sua a semente, ele havendo sujeitado a carne à von-
prolongará seus dias e o prazer do tade do Pai, sendo o b Pai e o Fi-
Senhor prosperará em sua mão. lho —
11 Verá a agonia de sua alma e 3 O Pai, a porque foi b concebido
ficará satisfeito; pelo seu conheci- pelo poder de Deus; e o Filho, por
mento o meu servo justo a muitos causa da carne; tornando-se assim
justificará, porque a tomará sobre o Pai e o Filho —
si as iniquidades deles. 4 E eles são a um Deus, sim, o
12  Portanto, dar-lhe-ei uma próprio b Pai c Eterno do céu e da
porção com os grandes e com os Terra.
6 a Mt. 9:36; 2 Né. 28:14; 1 Ped. 3:18; Jo. 10:30; 14:8–10;
Al. 5:37. D&C 19:16–19. Mos. 5:7; Al. 11:38–39;
7 a Mc. 15:3. 12 a 2 Né. 2:9; Mos. 15:8; Ét. 3:14.
GEE Jesus Cristo. Morô. 7:27–28. 3 a D&C 93:4.
b GEE Cordeiro de Deus; 15 1 a 1 Tim. 3:16; b Lc. 1:31–33;
Páscoa. Mos. 13:33–34. Mos. 3:8–9; Al. 7:10;
9 a Mt. 27:57–60; GEE Jesus Cristo. 3 Né. 1:14.
Mc. 15:27, 43–46. b GEE Redenção, 4 a Deut. 6:4; Jo. 17:20–23.
GEE José de Arimateia. Redimido, Redimir. GEE Trindade.
b Jo. 19:4. 2 a Mos. 3:5; 7:27; b Mos. 3:8; Hel. 14:12;
10 a Mos. 15:10–13. Al. 7:9–13. 3 Né. 9:15; Ét. 4:7.
11 a Lev. 16:21–22; b Isa. 64:8; c Al. 11:39.
MOSIAS 15:5–14 200
5 E assim a carne, tornando-se 10 E agora vos pergunto: Quem
sujeita ao Espírito, ou o Filho ao declarará sua geração? Eis que vos
Pai, sendo um Deus, a sofre tenta- digo que quando sua alma servir
ções e não cede a elas, mas sujeita- de oferta pelo pecado, ele verá a
se a ser b escarnecido e açoitado e sua a semente. E que dizeis agora?
expulso e c rejeitado por seu povo. E quem será a sua semente?
6 E depois de tudo isso, após 11 Eis que vos digo que quem
haver realizado grandes milagres tenha ouvido as palavras dos
entre os filhos dos homens, será a 
profetas, sim, de todos os santos
conduzido, sim, a segundo disse profetas que profetizaram sobre a
Isaías: Como a ovelha permanece vinda do Senhor, digo-vos que to-
muda perante seus tosquiadores, dos aqueles que tenham escutado
também ele não b abriu a boca. suas palavras e acreditado que o
7 Sim, desse modo será conduzi- Senhor redimiria seu povo e ha-
do, a crucificado e morto, a carne jam esperado ansiosamente pelo
sujeitando-se à morte, a b vontade dia da remissão de seus pecados,
do Filho sendo absorvida pela eu vos digo que estes são a sua
vontade do Pai. semente, ou seja, os herdeiros do
8 E assim rompe Deus as a liga- b 
reino de Deus.
duras da morte, havendo con- 12 Porque estes são aqueles cujos
quistado a b vitória sobre a morte; pecados a ele tomou sobre si; estes
dando ao Filho o poder de c inter- são aqueles por quem ele morreu,
ceder pelos filhos dos homens — para redimi-los de suas transgres-
9 Havendo ascendido ao céu, sões. E agora, não são eles sua
tendo as entranhas cheias de mi- semente?
sericórdia; estando cheio de com- 13  Sim, e não o são também
paixão pelos filhos dos homens; os profetas, cada um que abriu
interpondo-se entre eles e a justi- a boca para profetizar, que não
ça; havendo rompido as ligadu- caiu em transgressão, quero dizer,
ras da morte, tomado sobre a si as todos os santos profetas desde o
iniquidades e transgressões deles, começo do mundo? Digo-vos que
havendo-os redimido e b satisfeito eles são sua semente.
as exigências da justiça. 14 Estes são os que a proclamaram
5 a Lc. 4:2; 3 Né. 11:11. 11 a D&C 84:36–38.
Heb. 4:14–15. 8 a Mos. 16:7; b GEE Reino de Deus ou
b Jo. 19:1. Al. 22:14. Reino dos Céus;
c Mc. 8:31; b Ose. 13:14; Salvação.
Lc. 17:25. 1 Cor. 15:55–57. 12 a Mos. 14:12;
6 a Isa. 53:7. c 2 Né. 2:9. Al. 7:13; 11:40–41.
b Lc. 23:9; 9 a Isa. 53; 14 a Isa. 52:7;
Jo. 19:9; Mos. 14:5–12. Rom. 10:15;
Mos. 14:7. b GEE Expiação, Expiar. 1 Né. 13:37;
7 a GEE Crucificação. 10 a Isa. 53:10; Mos. 12:21–24.
b Lc. 22:42; Mos. 5:7; 27:25; GEE Obra Missionária.
Jo. 6:38; Morô. 7:19.
201 MOSIAS 15:15–26
a paz, que anunciaram o bem, que que existirão até a ressurreição
proclamaram a salvação e que dis- de Cristo — porque assim será
seram a Sião: O teu Deus reina! ele chamado.
15 E oh! quão belos foram os 22 Ora, a ressurreição de todos
seus pés sobre os montes! os profetas e de todos os que acre-
16 E novamente, quão belos são ditaram em suas palavras, ou seja,
sobre os montes os pés dos que de todos os que guardaram os
ainda estão proclamando a paz! mandamentos de Deus, dar-se-á
17 E novamente, quão belos são na primeira ressurreição; eles são,
sobre os montes os pés dos que, portanto, a primeira ressurreição.
daqui em diante, proclamarão a 23 São levantados para a viver
paz, sim, de agora em diante e com Deus, que os redimiu; assim,
para sempre! eles têm vida eterna por meio de
18 E eis que vos digo que isto Cristo, que b rompeu as ligaduras
não é tudo. Pois, oh! quão belos da morte.
são sobre os montes os a pés do 24 E esses são os que tomam
que anuncia boas novas, que é parte na primeira ressurreição; e
o fundador da b paz, sim, o Se- esses são os que morreram antes
nhor que redimiu seu povo; sim, da vinda de Cristo, em ignorância,
aquele que concedeu salvação a não lhes havendo sido declarada
seu povo! a a salvação. E assim o Senhor efe-
19 Porque, não fora pela reden- tua a restauração destes; e tomam
ção que fez por seu povo, a qual parte na primeira ressurreição, ou
foi preparada desde a a fundação seja, têm vida eterna, sendo redi-
do mundo, eu vos digo que, não midos pelo Senhor.
fora por isso, toda a humanidade 25 E as a criancinhas também têm
teria b perecido. vida eterna.
20 Mas eis que as ligaduras da 26 Atentai, porém, e a temei e
morte serão rompidas; e o Filho tremei diante de Deus, porque de-
reina e tem poder sobre os mortos; veis tremer; porque o Senhor não
portanto, ele efetua a ressurreição redime os que se b rebelam contra
dos mortos. ele e c morrem em seus pecados;
21 E haverá uma ressurreição, sim, todos os que pereceram em
sim, uma a primeira ressurreição; seus pecados desde o princípio
sim, uma ressurreição daqueles do mundo, que voluntariamen-
que existiram e que existem e te se rebelaram contra Deus; que
18 a 3 Né. 20:40; 1 Né. 15:33–36; criancinhas.
D&C 128:19. D&C 76:50–70. 26 a Deut. 5:29;
b Jo. 16:33. b GEE Morte Física. Jacó 6:9.
GEE Paz. 24 a 2 Né. 9:25–26; b 1 Né. 2:21–24.
19 a Mos. 4:6. D&C 137:7. c Eze. 18:26;
b 2 Né. 9:6–13. 25 a D&C 29:46; 137:10. 1 Né. 15:32–33;
21 a Al. 40:16–21. GEE Salvação — Morô. 10:26.
23 a Salm. 24:3–4; Salvação das
MOSIAS 15:27–16:5 202
conheciam os mandamentos de houvesse redenção — Cristo efetua
Deus e não os quiseram guardar; a ressurreição para a vida eterna ou
d 
estes são os que e não tomam par- para a condenação eterna. Aproxima-
te na primeira ressurreição. damente 148 a.C.
27  Não deveis, pois, tremer?
Porque nenhum destes alcança E então aconteceu que após Abi-
a salvação, porquanto o Senhor a nádi ter dito estas palavras, esten-
nenhum deles redimiu; sim, nem deu a mão e disse: Tempo virá em
pode o Senhor redimi-los; porque que todos verão a a salvação do
ele não pode contradizer-se; por- Senhor; em que toda nação, tribo,
que ele não pode negar à a justiça língua e povo verá olho a olho e
os seus direitos. b 
confessará, diante de Deus, que
28 E agora vos digo que tempo seus julgamentos são justos.
virá em que a salvação do Senhor 2 E então os ímpios serão a ex-
será a anunciada a toda nação, tri- pulsos e terão motivo para uivar
bo, língua e povo. e chorar e b lamentar-se e ranger os
29 Sim, tuas a sentinelas, Senhor, dentes; e isto porque não deram
levantarão a voz! Cantarão em ouvidos à voz do Senhor; portan-
uníssono porque verão olho a to, o Senhor não os redime.
olho quando o Senhor trouxer 3 Porque eles são a carnais e dia-
novamente Sião. bólicos e o b diabo tem poder sobre
30 Exultai de alegria, cantai em eles; sim, aquela velha serpente
coro, vós, lugares desolados de que c enganou nossos primeiros
Jerusalém; porque o Senhor con- pais, que foi a causa de sua d que-
fortou seu povo; ele redimiu Je- da; que fez com que toda a huma-
rusalém. nidade se tornasse carnal, sensual,
31 O Senhor desnudou seu braço diabólica, e distinguindo o mal do
santo aos olhos de todas as nações bem, sujeitando-se ao diabo.
e todos os confins da Terra verão 4 Assim, toda a humanidade
a salvação de nosso Deus. estava a perdida; e eis que estaria
para sempre perdida se Deus não
houvesse redimido seu povo do
CAPÍTULO 16
estado de perdição e queda.
Deus redime os homens de seu estado 5 Lembrai-vos, porém, de que
de perdição e queda — Aqueles que aquele que persiste em sua pró-
são carnais permanecem como se não pria natureza a carnal e segue os
26 d Al. 40:19. 2 a D&C 63:53–54. c Gên. 3:1–13;
e D&C 76:81–86. b Mt. 13:41–42; Mois. 4:5–19.
27 a Al. 34:15–16; 42:1. Lc. 13:28; Al. 40:13. d GEE Queda de Adão
28 a GEE Obra Missionária. 3 a Gál. 5:16–25; e Eva.
29 a GEE Atalaia, Sentinela, Mos. 3:19. e 2 Né. 2:17–18, 22–26.
Vigiar. GEE Homem Natural. 4 a Al. 42:6–14.
16 1 a GEE Salvação. b 2 Né. 9:8–9. 5 a Al. 41:11.
b Mos. 27:31. GEE Diabo. GEE Carnal.
203 MOSIAS 16:6–15
caminhos do pecado e da rebe- serem julgados por ele de acordo
c 

lião contra Deus, permanece em com as suas obras, sejam elas boas
seu estado decaído e o diabo tem ou sejam elas más —
todo poder sobre ele. Portanto, 11 Se forem boas, para a ressur-
permanece como se não tivesse reição da a vida eterna e felicidade;
havido b redenção, sendo inimigo e se forem más, para a ressurrei-
de Deus; e também o diabo é ini- ção da b condenação eterna, sendo
migo de Deus. entregues ao diabo que os domi-
6 E agora, falando-se de coisas nou, o que é condenação —
futuras a como se elas já houves- 12 Havendo seguido suas pró-
sem acontecido, se Cristo não ti- prias vontades e desejos carnais;
vesse vindo ao mundo, não pode- não havendo nunca procurado
ria ter havido redenção. o Senhor enquanto os braços de
7 E se Cristo não houvesse res- a 
misericórdia lhes estavam esten-
suscitado dos mortos nem rom- didos, porque os braços de mise-
pido as ligaduras da morte, para ricórdia lhes foram estendidos e
que a sepultura não tivesse vitó- não os aceitaram; havendo sido
ria nem a aguilhão tivesse a mor- admoestados de suas iniquidades,
te, não poderia ter havido res- ainda assim não quiseram afastar-
surreição. se delas; e foi-lhes ordenado que
8 Há, porém, uma a ressurreição; se arrependessem e, contudo, não
portanto, a sepultura não tem vi- se arrependeram.
tória e o aguilhão da b morte é des- 13 E agora, não deveis tremer e
feito em Cristo. arrepender-vos de vossos pecados
9 Ele é a a luz e a vida do mundo; e lembrar-vos de que somente em
sim, uma luz sem fim, que nun- Cristo e por meio dele podereis
ca poderá ser obscurecida; sim, e ser salvos?
também uma vida que é infinita, 14 Portanto, se ensinais a a lei de
de modo que não pode mais ha- Moisés, ensinai também que ela é
ver morte. uma prefiguração das coisas que
10 Isto que é mortal se revestirá estão para vir —
de a imortalidade e isto que é cor- 15 Ensinai-lhes que a redenção
rupção se revestirá de incorrup- é alcançada por meio de Cristo, o
tibilidade; e serão b levados dian- Senhor, que é o próprio a Pai Eter-
te do tribunal de Deus, a fim de no. Amém.
5 b GEE Redenção, Mórm. 7:5. b GEE Condenação,
Redimido, Redimir. 9 a D&C 88:5–13. Condenar.
6 a Mos. 3:13. GEE Luz, Luz de Cristo. 12 a GEE Misericórdia,
7 a Ose. 13:14; 10 a Al. 40:2. Misericordioso.
Mos. 15:8, 20. GEE Imortal, 14 a GEE Lei de Moisés.
8 a Al. 42:15. Imortalidade. 15 a Mos. 3:8; 5:7;
GEE Ressurreição. b GEE Juízo Final. Ét. 3:14.
b Isa. 25:8; c Al. 41:3–6.
1 Cor. 15:54–55; 11 a GEE Vida eterna.
MOSIAS 17:1–13 204
CAPÍTULO 17 sacerdotes, fez com que o levas-
sem novamente a sua presença.
Alma crê nas palavras de Abinádi e
7 E disse-lhe: Abinádi, temos
escreve-as — Abinádi morre quei-
uma acusação contra ti e mereces
mado — Ele profetiza enfermidades
a morte.
e morte por fogo para seus assassinos.
8 Pois disseste que o próprio
Aproximadamente 148 a.C. a 
Deus descerá entre os filhos dos
E então aconteceu que quando homens; e agora, por causa disto
Abinádi havia terminado estas pa- serás morto, salvo se te retratares
lavras, o rei ordenou a seus a sacer- de todas as palavras que disseste
dotes que o levassem e fizessem de mal, concernentes a mim e a
com que fosse morto. meu povo.
2 Mas havia entre eles um cujo 9 Então Abinádi respondeu-lhe:
nome era a Alma, sendo ele tam- Digo-vos que não me retratarei
bém descendente de Néfi. E era das palavras que disse concer-
jovem e b acreditou nas palavras nentes a este povo, pois são ver-
que Abinádi dissera, pois tinha dadeiras; e para que saibais que
conhecimento da iniquidade da são verdadeiras, consenti em cair
qual Abinádi os acusara; por- em vossas mãos.
tanto, começou a suplicar ao rei 10 Sim, e padecerei até mesmo
que ele não se irasse contra Abi- a morte, porém não me retratarei
nádi, mas que o deixasse partir de minhas palavras; e elas ser-
em paz. virão de testemunho contra vós.
3 O rei, porém, enfureceu-se ain- E se me matardes, derramareis
da mais e fez com que Alma fosse a 
sangue inocente; e isto também
expulso do meio deles; e enviou servirá de testemunho contra vós
seus servos atrás dele para que o no último dia.
matassem. 11 E então o rei Noé estava a
4 Mas ele fugiu e escondeu-se, ponto de soltá-lo, porque temia
de modo que não o acharam. E suas palavras; porque temia que
tendo ficado escondido durante os julgamentos de Deus caíssem
muitos dias, a escreveu todas as sobre ele.
palavras que Abinádi dissera. 12 Mas os sacerdotes levantaram
5 E aconteceu que o rei ordenou suas vozes contra ele e começa-
a seus guardas que cercassem Abi- ram a acusá-lo, dizendo: Injuriou
nádi e prendessem-no; e amarra- o rei! Portanto, o rei encheu-se de
ram-no e jogaram-no na prisão. cólera contra ele e entregou-o para
6 E depois de três dias, haven- que o matassem.
do-se aconselhado com seus 13 E aconteceu que o levaram e
17 1 a Mos. 11:1, 5–6. b Mos. 26:15. 10 a Al. 60:13.
2 a Mos. 23:6, 9–10. 4 a GEE Escrituras.
GEE Alma, o Pai. 8 a Mos. 13:25, 33–34.
205 MOSIAS 17:14–18:4
amarraram-no e flagelaram-lhe a CAPÍTULO 18
pele com tochas, sim, até a morte.
Alma prega secretamente — Expõe
14 E então, quando as chamas
o convênio do batismo e batiza nas
começaram a queimá-lo, clamou
águas de Mórmon — Organiza a
a eles, dizendo:
Igreja de Cristo e ordena sacerdo-
15 Eis que, assim como haveis
tes — Eles trabalham para seu pró-
feito comigo, acontecerá que a
prio sustento e ensinam o povo —
vossa posteridade fará com que
Alma e seu povo fogem do rei Noé,
muitos sofram as dores que eu
indo para o deserto. Aproximada-
sofro, sim, as dores da a morte pelo
mente 147–145 a.C.
fogo; e isto porque eles acredi-
tam na salvação do Senhor seu E então aconteceu que Alma,
Deus. que havia fugido dos servos do
16 E acontecerá que sereis afligi- rei Noé, a arrependeu-se de seus
dos por toda espécie de moléstias, pecados e iniquidades; e andan-
por causa de vossas iniquidades. do secretamente entre o povo,
17 Sim, e sereis a feridos por to- começou a ensinar as palavras
dos os lados; e sereis acossados de Abinádi;
e dispersos aqui e acolá, assim 2 Sim, a respeito do que estava
como um rebanho selvagem é por acontecer e também da ressur-
acossado por animais selvagens reição dos mortos e da a redenção
e ferozes. do povo, que se realizariam pelo
18 E naquele dia sereis caçados e b 
poder e sofrimentos e morte de
sereis presos por vossos inimigos Cristo e sua ressurreição e ascen-
e então sofrereis, como eu sofro, as são ao céu.
penas da a morte pelo fogo. 3 E ensinava a todos os que de-
19 Assim executa Deus a vingan- sejavam ouvir suas palavras. E
ça contra aqueles que destroem instruía-os secretamente, para que
seu povo. Ó Deus, recebe a mi- isso não chegasse ao conhecimen-
nha alma! to do rei. E muitos acreditaram em
20 E então, havendo Abinádi suas palavras.
pronunciado estas palavras, ele 4 E aconteceu que todos os que
caiu, tendo sofrido a morte pelo creram nele se dirigiram para um
fogo; sim, tendo sido morto por a 
lugar chamado Mórmon, nome
não querer negar os mandamen- que fora dado pelo rei, ficando nas
tos de Deus, tendo selado a verda- fronteiras da terra que, em certas
de de suas palavras com a morte. épocas ou estações, era infestada
por animais selvagens.
15 a Mos. 13:9–10; 19 a GEE Vingança. b GEE Expiação, Expiar.
Al. 25:4–12. 18 1 a Mos. 23:9–10. 4 a Al. 5:3.
17 a Mos. 21:1–5, 13. 2 a GEE Redenção,
18 a Mos. 19:18–20. Redimido, Redimir.
MOSIAS 18:5–13 206
5 Ora, existia em Mórmon uma morte; para que sejais redimidos
fonte de água pura, onde Alma se por Deus e contados com os da
refugiava; e, próximo à água, ha- b 
primeira ressurreição, para que
via um bosque de pequenas árvo- tenhais a c vida eterna —
res, onde se escondia ele, durante 10 Agora vos digo que, se for
o dia, das buscas do rei. esse o desejo de vosso coração, o
6  E aconteceu que todos os que vos impede de serdes a bati-
que acreditavam nele para ali zados em nome do Senhor, como
se dirigiam a fim de ouvir suas um testemunho, perante ele, de
palavras. que haveis feito b convênio com ele
7  E aconteceu que, passados de servi-lo e guardar seus manda-
muitos dias, um grande número mentos, para que ele possa derra-
havia-se reunido nas paragens mar seu Espírito com mais abun-
de Mórmon para ouvir as pala- dância sobre vós?
vras de Alma. Sim, todos os que 11 E quando ouviram estas pa-
acreditavam em suas palavras lavras, bateram palmas de alegria
estavam reunidos para ouvi-lo. e exclamaram: Esse é o desejo de
E ele a ensinou-os e pregou-lhes nosso coração.
arrependimento e redenção e fé 12 E então aconteceu que Alma
no Senhor. tomou a Helã, que era um dos pri-
8 E aconteceu que ele lhes dis- meiros, entrou na água e clamou,
se: Eis aqui as águas de Mórmon dizendo: Ó Senhor, derrama o teu
(pois assim eram chamadas); e Espírito sobre o teu servo, para
agora, sendo que a desejais entrar que possa fazer este trabalho com
no b rebanho de Deus e ser chama- santidade de coração!
dos seu povo; e sendo que estais 13 E havendo dito estas palavras,
c 
dispostos a carregar os fardos o a Espírito do Senhor desceu sobre
uns dos outros, para que fiquem ele e ele disse: Helã, tendo b auto-
leves; ridade do Deus Todo-Poderoso,
9 Sim, e estais dispostos a chorar eu te c batizo como testemunho de
com os que choram; sim, e conso- que fizeste convênio de servi-lo
lar os que necessitam de consolo até que estejas morto quanto ao
e servir de a testemunhas de Deus corpo mortal; e que o Espírito do
em todos os momentos e em todas Senhor se derrame sobre ti; e que
as coisas e em todos os lugares em te conceda a vida eterna, por meio
que vos encontreis, mesmo até a da d redenção de Cristo, a quem
7 a Al. 5:11–13. Testificar. b RF 1:5.
8 a D&C 20:37. b Mos. 15:21–26. GEE Sacerdócio.
b GEE Igreja de Jesus c GEE Vida eterna. c 3 Né. 11:23–26;
Cristo. 10 a 2 Né. 31:17. D&C 20:72–74.
c GEE Compaixão. GEE Batismo, Batizar. d GEE Redenção,
9 a GEE Obra Missionária; b GEE Convênio. Redimido, Redimir.
Testemunha; 13 a GEE Espírito Santo.
207 MOSIAS 18:14–26
ele preparou desde a fundação e 
declaradas pela boca dos santos
do mundo. profetas.
14 E havendo Alma pronuncia- 20 Sim, mandou-lhes que não
do estas palavras, ambos, Alma e a 
pregassem senão arrependimen-
Helã, foram a sepultados na água; to e fé no Senhor, que redimira
e levantaram-se e saíram da água seu povo.
regozijando-se, estando cheios do 21 E mandou-lhes que não a con-
Espírito. tendessem entre si, mas que olhas-
15 E outra vez tomou Alma um sem para a frente com um b único
outro, entrou pela segunda vez na fito, tendo uma fé e um batismo,
água e batizou-o, como havia feito tendo os corações entrelaçados
com o primeiro, só que não sepul- em c unidade e amor uns para com
tou a si mesmo outra vez na água. os outros.
16 E desse modo batizou todos 22 Deste modo mandou que eles
os que haviam ido às paragens de pregassem. E tornaram-se, assim,
Mórmon; e eram cerca de duzen- a 
filhos de Deus.
tas e quatro almas: sim, e foram 23 E mandou-lhes que observas-
a 
batizados nas águas de Mórmon sem o dia do a sábado, que o santi-
e encheram-se da b graça de Deus. ficassem e que, também, todos os
17 E foram chamados a Igreja de dias rendessem graças ao Senhor
Deus, ou seja, Igreja de Cristo, seu Deus.
daquele tempo em diante. E acon- 24 E também mandou que os
teceu que todos os que eram bati- sacerdotes que ele ordenara a tra-
zados pelo poder e autoridade de balhassem com as próprias mãos
Deus eram somados a sua Igreja. para o seu sustento.
18 E aconteceu que Alma, tendo 25 E designou-se um dia de cada
a 
autoridade de Deus, ordenou sa- semana no qual deveriam reunir-
cerdotes; sim, um sacerdote para se para ensinar o povo e a adorar
cada cinquenta pessoas ordenou ao Senhor seu Deus; e deveriam
ele, para pregar-lhes e b ensinar- também reunir-se tantas vezes
lhes sobre as coisas pertencentes quantas lhes fosse possível.
ao reino de Deus. 26 E os sacerdotes não deveriam
19  E mandou que não ensi- depender do povo para o seu sus-
nassem senão as coisas que ele tento; mas, pelo seu trabalho, re-
ensinara, as quais haviam sido ceberiam a a graça de Deus, a fim
13 e Mois. 4:2; 5:9. b GEE Ensinar, Mestre. Mois. 6:64–68.
14 a GEE Batismo, Batizar — 20 a D&C 15:6; 18:14–16. 23 a Mos. 13:16–19;
Batismo por imersão. 21 a 3 Né. 11:28–30. D&C 59:9–12.
16 a Mos. 25:18. GEE Contenção, 24 a At. 20:33–35;
b GEE Graça. Contenda. Mos. 27:3–5;
17 a 3 Né. 26:21; 27:3–8. b Mt. 6:22; Al. 1:26.
GEE Igreja de Jesus D&C 88:67–68. 25 a GEE Adorar.
Cristo. c GEE Unidade. 26 a GEE Graça.
18 a GEE Sacerdócio. 22 a Mos. 5:5–7;
MOSIAS 18:27–19:3 208
de fortalecer-se no Espírito, ten- não chegassem ao conhecimento
do b conhecimento de Deus para do rei.
ensinar com poder e autoridade 32 Mas eis que o rei, havendo
de Deus. descoberto um movimento en-
27 E novamente mandou Alma tre os de seu povo, enviou seus
que o povo da Igreja partilhasse servos para vigiá-los. Por conse-
seus bens, a cada um de acordo guinte, no dia em que se estavam
com o que tivesse; quem tives- reunindo para ouvir a palavra
se com mais abundância deveria do Senhor, foram denunciados
partilhar com mais abundância; ao rei.
daquele que tivesse pouco, pou- 33 E o rei disse que Alma estava
co seria requerido; e quem nada incitando as pessoas a rebelarem-
tivesse, a esse seria dado. se contra ele; portanto, enviou seu
28 E assim, de sua livre vontade exército para destruí-los.
e devido a seus bons desejos em 34 E aconteceu que Alma e o
relação a Deus, deveriam partilhar povo do Senhor foram a avisa-
seus bens com os sacerdotes ne- dos da vinda do exército do rei;
cessitados, sim, e com toda alma portanto, tomaram suas tendas
necessitada e nua. e suas famílias e partiram para o
29 E isso lhes disse ele, por or- deserto.
dem de Deus; e a andaram reta- 35 E eram aproximadamente
mente diante de Deus, b ajudando- quatrocentas e cinquenta almas.
se uns aos outros, tanto material
como espiritualmente, de acordo CAPÍTULO 19
com suas necessidades e carências.
Gideão procura matar o rei Noé — Os
30 E aconteceu que tudo isto se
lamanitas invadem aquela terra —
passou em Mórmon, sim, junto
O rei Noé morre queimado — Lími
às a águas de Mórmon, no bos-
governa como monarca tributário.
que que existia perto das águas
Aproximadamente 145–121 a.C.
de Mórmon; sim, as paragens de
Mórmon, as águas de Mórmon, E aconteceu que o exército do
o bosque de Mórmon, quão be- rei voltou, tendo procurado inu-
los são eles aos olhos dos que ali tilmente pelo povo do Senhor.
vieram a ter conhecimento de seu 2 Ora, eis que as forças do rei
Redentor; sim, e quão abençoados eram pequenas, tendo sido re-
são eles, porque lhe cantarão lou- duzidas; e começou a haver uma
vores para sempre! divisão entre o restante do povo.
31 E estas coisas foram feitas nas 3 E a parte menos numerosa co-
a 
fronteiras daquela terra, para que meçou a fazer ameaças ao rei e
26 b GEE Conhecimento. 29 a
GEE Andar, Andar com 30 a Mos. 26:15.
27 a At. 2:44–45; Deus. 31 a Mos. 18:4.
4 Né. 1:3. b GEE Bem-Estar. 34 a Mos. 23:1.
209 MOSIAS 19:4–18
iniciou-se uma grande contenda 12 Muitos, porém, não quiseram
entre eles. abandoná-los, preferindo ficar
4 E havia entre eles um homem e morrer com eles. E os outros
cujo nome era Gideão, que, sen- deixaram as esposas e filhos e
do muito forte e inimigo do rei, fugiram.
desembainhou sua espada e ju- 13 E aconteceu que os que fica-
rou, em sua ira, que haveria de ram com as esposas e filhos fi-
matar o rei. zeram com que suas belas filhas
5 E aconteceu que lutou com o saíssem ao encontro dos lamanitas
rei; e quando viu que estava para e intercedessem por eles, para que
ser subjugado por ele, o rei fugiu e não os matassem.
correu e subiu à a torre que ficava 14 E aconteceu que os lamanitas
perto do templo. tiveram compaixão deles, porque
6 E Gideão perseguiu-o e estava a beleza das mulheres os cativou.
para subir à torre, a fim de matar 15 Portanto, os lamanitas lhes
o rei; e o rei lançou os olhos na pouparam a vida e levaram-nos
direção da terra de Senlon e eis cativos de volta para a terra de
que o exército dos lamanitas esta- Néfi, permitindo-lhes ocupar a
va dentro das fronteiras da terra. terra com a condição de entrega-
7 E então o rei clamou com toda rem o rei Noé nas mãos dos lama-
a angústia de sua alma, dizen- nitas, bem como as propriedades
do: Gideão, poupa-me, porque deles e até mesmo a metade de
os lamanitas estão sobre nós e tudo que possuíam, a metade de
destruir-nos-ão; sim, destruirão seu ouro e de sua prata e de todas
o meu povo. as suas coisas preciosas, como tri-
8 Ora, o rei não estava tão preo- buto a ser pago ao rei dos lamani-
cupado com o seu povo como com tas de ano em ano.
a própria vida; não obstante, Gi- 16 E um dos filhos do rei estava
deão poupou-lhe a vida. entre os que foram aprisionados;
9 E o rei ordenou ao povo que e seu nome era a Lími.
fugisse dos lamanitas e ele pró- 17 E Lími desejava que seu pai
prio saiu à frente deles; e fugiram não fosse morto; não obstante, sen-
para o deserto com suas mulheres do um homem justo, Lími não ig-
e seus filhos. norava as iniquidades de seu pai.
10 E aconteceu que os lamanitas 18 E aconteceu que Gideão en-
os perseguiram e alcançaram-nos viou homens ao deserto, secreta-
e começaram a matá-los. mente, para procurarem o rei e os
11 Ora, aconteceu que o rei orde- que estavam com ele. E aconteceu
nou a todos os homens que aban- que encontraram o povo no de-
donassem as esposas e filhos e serto, com exceção do rei e seus
fugissem dos lamanitas. sacerdotes.
19 5 a Mos. 11:12. 16 a Mos. 7:9.
MOSIAS 19:19–20:3 210
19 Ora, eles haviam jurado em 26 E também Lími, sendo filho
seu coração que voltariam à terra do rei e tendo-lhe sido conferido
de Néfi e que, se suas mulheres o reinado a pelo povo, fez jura-
e filhos houvessem sido mortos, mento ao rei dos lamanitas de
assim como os homens que com que seu povo lhe pagaria tribu-
eles haviam ficado, se vingariam to, sim, a metade de tudo quanto
e também pereceriam com eles. possuísse.
20 E o rei ordenou-lhes que não 27 E aconteceu que Lími come-
voltassem; e iraram-se contra o çou a estabelecer o reino e a esta-
rei e fizeram-no padecer a a morte belecer a paz entre seu povo.
pelo fogo. 28 E o rei dos lamanitas espa-
21 E estavam também para pren- lhou guardas pela terra, para nela
der os sacerdotes e tirar-lhes a manter o povo de Lími e evitar
vida, mas estes fugiram deles. que partissem para o deserto; e
22 E aconteceu que estavam para sustentava seus guardas com o
voltar à terra de Néfi, quando en- tributo que recebia dos nefitas.
contraram os homens de Gideão. 29 Ora, o rei Lími gozou de paz
E os homens de Gideão conta- contínua em seu reino pelo espa-
ram-lhes tudo o que havia acon- ço de dois anos, sendo que os la-
tecido às suas esposas e aos seus manitas não os molestaram nem
filhos; e que os lamanitas lhes ha- procuraram destruí-los.
viam permitido ocupar a terra se
pagassem, como tributo aos la- CAPÍTULO 20
manitas, metade de tudo quanto
Filhas dos lamanitas são raptadas
possuíssem.
pelos sacerdotes de Noé — Os lama-
23 E os do povo contaram aos
nitas fazem guerra contra Lími e seu
homens de Gideão que haviam
povo — Eles são repelidos e pacifica-
matado o rei e que seus sacerdo-
dos. Aproximadamente 145–123 a.C.
tes haviam fugido deles, deserto
adentro. Ora, havia um lugar em Senlon
24 E aconteceu que depois de onde as filhas dos lamanitas se
haverem terminado a cerimônia, reuniam para cantar e dançar e
voltaram para a terra de Néfi, re- divertir-se.
gozijando-se porque suas mu- 2 E aconteceu que, certo dia, um
lheres e filhos não haviam sido pequeno número delas reuniu-se
mortos; e contaram a Gideão o para cantar e dançar.
que haviam feito ao rei. 3 E os sacerdotes do rei Noé, ten-
25 E aconteceu que o rei dos la- do vergonha de voltar à cidade
manitas lhes fez um a juramento de Néfi, sim, e também temendo
de que seu povo não os mataria. que o povo os matasse, não se
20 a Mos. 17:13–19; 25 a Mos. 21:3.
Al. 25:11. 26 a Mos. 7:9.
211 MOSIAS 20:4–17
atreviam a voltar para junto das esposas e filhos; portanto, em-
esposas e filhos. pregaram todos os seus esforços
4 E tendo permanecido no de- e combateram como dragões.
serto e descoberto as filhas dos 12 E aconteceu que encontraram
lamanitas, ocultaram-se para ob- o rei dos lamanitas entre os mor-
servá-las. tos; ele, porém, não estava morto,
5 E quando havia somente algu- havendo sido ferido e deixado no
mas delas reunidas para dançar, chão, tão rápida fora a fuga de
saíram de seus esconderijos e ar- seu povo.
rebataram-nas e levaram-nas para 13 E recolheram-no e cuidaram
o deserto; sim, vinte e quatro das de seus ferimentos e levaram-no
filhas dos lamanitas foram carre- à presença de Lími, dizendo: Eis
gadas para o deserto. aqui o rei dos lamanitas que, ha-
6 E aconteceu que quando os la- vendo sido ferido, caiu entre os
manitas deram pela falta de suas mortos e eles o deixaram; e eis
filhas, iraram-se contra o povo de que o trouxemos a tua presença;
Lími, porque pensaram que fora e agora, matemo-lo.
o povo de Lími. 14 Lími, porém, disse-lhes: Não
7 Portanto, enviaram seus exér- o mateis, mas trazei-o aqui para
citos contra eles; sim, o próprio rei que eu o veja. E eles levaram-no.
marchou à frente de seu povo; e E perguntou-lhe Lími: Que moti-
subiram à terra de Néfi para des- vo tendes para vir batalhar contra
truir o povo de Lími. meu povo? Eis que meu povo não
8 Ora, Lími descobrira-os, do quebrou o a juramento que eu vos
alto da torre, sim, descobrira to- fiz; portanto, por que razão que-
dos os seus preparativos para a brastes o juramento que fizestes
guerra. Portanto, reuniu os de seu a meu povo?
povo e esperaram-nos embosca- 15 E o rei respondeu: Eu quebrei
dos nos campos e nos bosques. o juramento porque teu povo le-
9 E aconteceu que quando os vou as filhas de meu povo; por-
lamanitas chegaram, o povo de tanto, na minha ira fiz com que
Lími, saindo de seus esconderijos, meu povo viesse lutar contra o
atacou-os e começou a matá-los. teu povo.
10 E aconteceu que a batalha se 16 Ora, Lími nada ouvira sobre
tornou muito violenta, porque lu- esse assunto; consequentemen-
tavam como leões por sua presa. te disse: Procurarei entre meu
11 E aconteceu que o povo de povo e aquele que houver feito
Lími começou a repelir os lama- isso perecerá. Mandou, portanto,
nitas, apesar de seu número não que se efetuasse uma busca entre
chegar à metade do deles. Mas o povo.
a 
lutavam pela vida e por suas 17 E quando a Gideão, que era
20 11 a Al. 43:45. 14 a Mos. 19:25–26. 17 a Mos. 19:4–8.
MOSIAS 20:18–21:3 212
capitão do rei, ouviu estas coisas, quilizou em relação ao povo e
dirigiu-se ao rei e disse: Rogo-te disse-lhes: Vamos ao encontro de
que te detenhas e não procedas a meu povo, sem armas; garanto-
uma busca entre este povo nem vos, sob juramento, que meu povo
faças contra ele esta acusação. não vos matará.
18 Pois não te lembras dos sa- 25 E aconteceu que seguiram o
cerdotes de teu pai, a quem este rei e, sem armas, foram ao encon-
povo procurou destruir? E não tro dos lamanitas. E aconteceu que
estão eles no deserto? Não seriam encontraram os lamanitas; e o rei
eles os que roubaram as filhas dos dos lamanitas curvou-se diante de-
lamanitas? les e intercedeu pelo povo de Lími.
19 E agora vai e dize ao rei es- 26 E quando os lamanitas viram
tas coisas, para que ele as repita que os homens de Lími estavam
aos de seu povo e tranquilize-os; desarmados, tiveram a compaixão
pois eis que já se estão preparando deles e tranquilizaram-se em re-
para vir contra nós; e eis, também, lação a eles e voltaram com o rei,
que somos poucos. em paz, para sua própria terra.
20 E eis que eles vêm com suas
numerosas hostes; e a menos que CAPÍTULO 21
o rei consiga apaziguá-los, pere-
O povo de Lími é ferido e derrotado
ceremos.
pelos lamanitas — Eles encontram
21 Pois não se estarão a cumprin-
Amon e são convertidos — Falam a
do as palavras que Abinádi pro-
Amon sobre as vinte e quatro placas
fetizou contra nós — e tudo isso
jareditas. Aproximadamente 122–
porque não quisemos ouvir as pa-
121 a.C.
lavras do Senhor nem abandonar
nossas iniquidades? E aconteceu que Lími e seu povo
22 E agora tranquilizemos o rei e voltaram para a cidade de Néfi e
cumpramos o juramento que lhe começaram a viver novamente em
fizemos, pois é melhor estar em paz na terra.
cativeiro do que perder a vida; 2  E aconteceu que, passados
portanto, cessemos o derrama- muitos dias, os lamanitas come-
mento de tanto sangue. çaram a irar-se novamente contra
23 E então Lími contou ao rei to- os nefitas e a atravessar as frontei-
das as coisas concernentes a seu ras da terra circunvizinha.
pai e aos a sacerdotes que haviam 3 Ora, não se atreviam a matá-
fugido para o deserto, atribuin- los por causa do juramento que
do a estes o rapto das filhas dos seu rei havia feito a Lími; no en-
lamanitas. tanto, batiam-lhes nas a faces e
24 E aconteceu que o rei se tran- exerciam autoridade sobre eles; e
21 a Mos. 12:1–8. 26 a GEE Compaixão.
23 a Mos. 19:21, 23. 21 3 a Mos. 12:2.
213 MOSIAS 21:4–17
começaram a pôr pesados fardos
b 
lamanitas; e voltaram a guerrear,
sobre seus lombos e a conduzi-los mas foram rechaçados novamen-
como a um jumento mudo. te, sofrendo grandes perdas.
4 Sim, tudo isso aconteceu para 12 Sim, e ainda voltaram a guer-
que se cumprisse a palavra do rear uma terceira vez, sofrendo
Senhor. da mesma forma; e os que não
5 Ora, as aflições dos nefitas pereceram voltaram para a cida-
eram grandes e não havia meio de de Néfi.
de se livrarem das mãos dos lama- 13 E humilharam-se até o pó,
nitas, pois haviam sido cercados sujeitando-se ao jugo do cativei-
por eles de todos os lados. ro, sendo espancados e levados de
6 E aconteceu que os do povo um lado para outro e sobrecarre-
começaram a queixar-se ao rei por gados, de acordo com os desejos
causa de suas aflições e principia- de seus inimigos.
ram a ter desejo de fazer guerra 14 E a humilharam-se com a mais
aos lamanitas. E muito aborrece- profunda humildade e clamaram
ram o rei com suas queixas; por- fervorosamente a Deus; sim, cla-
tanto, ele permitiu que procedes- mavam todo o dia a seu Deus,
sem de acordo com seus desejos. para que os livrasse de suas afli-
7 E reuniram-se novamente e ções.
vestiram suas armaduras e saíram 15 E o Senhor mostrava-se a va-
contra os lamanitas para expulsá- garoso em ouvir-lhes as lamen-
los de sua terra. tações, por causa de suas iniqui-
8 E aconteceu que os lamanitas dades; não obstante, o Senhor
os venceram e rechaçaram e ma- ouviu-lhes os lamentos e começou
taram muitos deles. a abrandar o coração dos lama-
9 E houve muito a pranto e la- nitas, de modo que principiaram
mentações entre o povo de Lími, a aliviar-lhes a carga; contudo, o
chorando a viúva por seu marido, Senhor não julgou oportuno li­vrá-
o filho e a filha por seu pai e os los do cativeiro.
irmãos por seus irmãos. 16 E aconteceu que começaram,
10 Ora, havia muitas viúvas na aos poucos, a prosperar na terra;
terra e elas choravam muito, dia e começaram a cultivar grãos em
após dia, porque se havia apode- maior abundância e a criar reba-
rado delas um grande temor dos nhos e manadas para não sofre-
lamanitas. rem fome.
11 E aconteceu que seus contí- 17 Ora, havia um número mui-
nuos lamentos incitaram o restan- to maior de mulheres que de
te dos súditos de Lími contra os homens; portanto, o rei Lími
3 b Mos. 12:5. GEE Humildade, Mos. 11:23–25;
9 a Mos. 12:4. Humilde, Humilhar. D&C 101:7–9.
14 a Mos. 29:20. 15 a Prov. 15:29;
MOSIAS 21:18–29 214
ordenou a cada homem que di- a 
de Noé, mandou prendê-los e
vidisse o seu sustento com as b viú- amarrá-los e jogá-los na a prisão.
vas e seus filhos, para que não pe- E houvessem eles sido os sacer-
recessem de fome; e isto fizeram dotes de Noé, ele teria mandado
por causa do grande número de matá-los.
homens que haviam sido mortos. 24 Contudo, quando descobriu
18 Ora, o povo de Lími conser- que não eram, mas que eram seus
vou-se o mais unido possível, irmãos e tinham vindo da terra
num só grupo, e protegeu seus de Zaraenla, encheu-se de gran-
grãos e seus rebanhos. de alegria.
19 E o próprio rei não ousa- 25  Ora, antes da chegada de
va sair das muralhas da cida- Amon o rei Lími enviara um a pe-
de, a não ser acompanhado de queno número de homens à b pro-
seus guardas, temendo cair, de cura da terra de Zaraenla; mas
alguma forma, nas mãos dos não a puderam encontrar e per-
lamanitas. deram-se no deserto.
20 E fez com que vigiassem a 26 Não obstante, encontraram
terra ao redor para ver se, de al- uma terra que havia sido habi-
gum modo, conseguiriam prender tada; sim, uma terra que estava
aqueles sacerdotes que haviam fu- coberta de a ossos secos; sim, uma
gido para o deserto, que haviam terra que havia sido habitada e
raptado as a filhas dos lamanitas destruída; e tendo suposto que
e feito cair sobre eles tão grande fosse a terra de Zaraenla, vol-
destruição. taram para a terra de Néfi, ha-
21 Pois desejavam prendê-los vendo chegado às suas frontei-
para castigá-los; porque haviam ras alguns dias antes da chegada
penetrado na terra de Néfi duran- de Amon;
te a noite e carregado seus grãos e 27 E levaram consigo um regis-
muitos de seus pertences precio- tro, o registro do povo cujos ossos
sos; ficaram, portanto, à espreita. haviam encontrado; e estava gra-
22 E aconteceu que não houve vado em placas de metal.
mais distúrbios entre os lamanitas 28 E então Lími novamente se
e o povo de Lími, até a época em encheu de alegria ao saber, pela
que a Amon e seus irmãos chega- boca de Amon, que o rei Mosias
ram à terra. tinha um a dom de Deus, mediante
23 E o rei, achando-se fora das o qual podia interpretar tais gra-
portas da cidade com sua guarda, vações; sim, e Amon também se
descobriu Amon e seus irmãos. E regozijou.
supondo que fossem os sacerdotes 29  Não obstante, Amon e os
17 a Mos. 4:16, 26. 23 a Hel. 5:21. 28 a Ômni 1:20–22;
b GEE Viúva. 25 a Mos. 8:7. Mos. 28:11–16.
20 a Mos. 20:5. b Mos. 7:14.
22 a Mos. 7:6–13. 26 a Mos. 8:8.
215 MOSIAS 21:30–22:2
irmãos encheram-se de tristeza 35  Desejavam ser batizados,
por haverem sido mortos tantos como prova e testemunho de que
de seus irmãos. estavam dispostos a servir a Deus
30 E também por terem, o rei de todo o coração; não obstante,
Noé e seus sacerdotes, feito com adiaram o momento; e um relato
que o povo cometesse tantos pe- de seu batismo será a feito mais
cados e iniquidades contra Deus; adiante.
e também lamentaram a a morte 36 Ora, toda a preocupação de
de Abinádi, assim como a b parti- Amon e de seu povo e do rei
da de Alma e dos que o haviam Lími e de seu povo era livrarem-
acompanhado, os quais haviam se das mãos dos lamanitas e do
formado uma igreja de Deus pela cativeiro.
força e poder de Deus e fé nas pa-
lavras que haviam sido proferidas CAPÍTULO 22
por Abinádi.
Feitos planos para o povo escapar
31 Sim, lamentaram sua partida,
do cativeiro lamanita — Os lama-
porque não sabiam para onde ha-
nitas são embebedados — O povo
viam fugido; e de bom grado se
escapa, volta a Zaraenla e submete-
teriam unido a eles, pois também
se ao rei Mosias. Aproximadamente
haviam feito um convênio com
121–120 a.C.
Deus de servi-lo e guardar seus
mandamentos. Ora, aconteceu que Amon e o
32  Ora, desde a chegada de rei Lími começaram a consultar
Amon o rei Lími e muitos de seu o povo sobre como poderiam li-
povo também haviam feito convê- vrar-se do cativeiro; e fizeram com
nio com Deus de servi-lo e guar- que todo o povo se reunisse; e
dar seus mandamentos. fizeram isso para ouvir a voz do
33 E aconteceu que o rei Lími e povo acerca do assunto.
muitos de seu povo desejavam 2 E aconteceu que não conse-
ser batizados; mas ninguém havia guiam descobrir um meio para
na terra que tivesse a autoridade livrarem-se do cativeiro, a não
de Deus. E Amon recusou-se a ser que tomassem suas mulheres
batizá-los, por considerar-se um e filhos e seus rebanhos e suas
servo indigno. manadas e suas tendas e partis-
34 Portanto, naquela época eles sem para o deserto; porque, sen-
não formaram uma igreja, espe- do os lamanitas tão numerosos,
rando pelo Espírito do Senhor. E era impossível ao povo de Lími
desejavam tornar-se como Alma lutar com eles, na esperança de
e seus irmãos, que haviam fugido poderem livrar-se do cativeiro
para o deserto. pela espada.
30 a Mos. 17:12–20. 33 a GEE Autoridade.
b Mos. 18:34–35. 35 a Mos. 25:17–18.
MOSIAS 22:3–16 216
3 Ora, aconteceu que Gideão se 10 E o rei Lími fez com que o
apresentou ao rei e disse-lhe: Ó povo reunisse seus rebanhos e
rei, até agora muitas vezes des- enviou o tributo de vinho aos
te ouvidos às minhas palavras, lamanitas; e também lhes en-
quando combatíamos nossos ir- viou mais vinho, como presente;
mãos, os lamanitas. e beberam abundantemente do
4 E agora, ó rei, se achas que não vinho que o rei Lími lhes havia
sou um servo inútil, ou melhor, enviado.
se até aqui de alguma forma des- 11 E aconteceu que os súditos do
te ouvidos às minhas palavras e rei Lími partiram durante a noite
elas foram de utilidade para ti, para o deserto com seus rebanhos
desejo também que escutes mi- e suas manadas; e eles contorna-
nhas palavras nesta ocasião; e se- ram a terra de Silom no deserto e
rei teu servo e livrarei este povo tomaram a direção da terra de Za-
do cativeiro. raenla, sendo guiados por Amon
5 E o rei deu-lhe licença para fa- e seus irmãos.
lar. E Gideão disse-lhe: 12  E levaram consigo para o
6 Eis que há uma passagem na deserto todo o seu ouro e prata
parte posterior da muralha, atrás e seus pertences preciosos que
da cidade. Os lamanitas, ou seja, podiam transportar e também
os guardas dos lamanitas, embe- suas provisões; e continuaram a
bedam-se à noite; enviemos, por- viagem.
tanto, uma proclamação a todo 13 E depois de muitos dias no
este povo, para que reúna seus deserto, chegaram à terra de Za-
rebanhos e manadas, a fim de raenla e juntaram-se ao povo de
conduzi-los ao deserto durante Mosias e tornaram-se seus sú-
a noite. ditos.
7 E eu irei, de acordo com tua 14 E aconteceu que Mosias os
ordem, pagar o último tributo de recebeu com alegria; e também re-
vinho aos lamanitas e eles ficarão cebeu seus a registros, assim como
embriagados; e sairemos pela pas- os b registros que haviam sido en-
sagem secreta, à esquerda de seu contrados pelo povo de Lími.
acampamento, quando estiverem 15 E então aconteceu que quan-
bêbados e adormecidos. do os lamanitas descobriram que
8 Assim partiremos com nossas o povo de Lími havia partido du-
mulheres e filhos, nossos reba- rante a noite, enviaram um exér-
nhos e manadas para o deserto; cito ao deserto para persegui-los;
e viajaremos contornando a terra 16 E depois de tê-los perseguido
de Silom. durante dois dias, já não puderam
9 E aconteceu que o rei deu ou- seguir-lhes os rastros; portanto,
vidos às palavras de Gideão. perderam-se no deserto.
22 14 a Mos. 8:5. b Mos. 8:9.
217 MOSIAS 23:1–13
Relato de Alma e do povo do fosse rei, porque era amado por
Senhor, que foram impelidos seu povo.
para o deserto pelo povo do 7 Mas ele disse-lhes: Eis que não
rei Noé. é aconselhável que tenhamos um
rei, pois assim diz o Senhor: a Não
Abrange os capítulos 23 e 24.
apreciareis uma carne mais que
outra, ou seja, nenhum homem
CAPÍTULO 23 se considerará melhor que ou-
tro; digo-vos, portanto, que não é
Alma recusa-se a ser rei — Ele serve
aconselhável que tenhais um rei.
como sumo sacerdote — O Senhor
8 Não obstante, se fosse pos-
castiga Seu povo e os lamanitas con-
sível ter sempre homens justos
quistam a terra de Helã — Amu-
como reis, seria bom que tivés-
lon, chefe dos iníquos sacerdotes do
seis um rei.
rei Noé, governa sujeito ao monarca
9 Mas lembrai-vos das a iniquida-
lamanita. Aproximadamente 145–
des do rei Noé e seus sacerdotes; e
121 a.C.
eu mesmo b caí numa armadilha e
Ora, Alma, tendo sido avisado fiz muitas coisas abomináveis aos
pelo Senhor de que os exércitos olhos do Senhor, o que me causou
do rei Noé cairiam sobre eles, penoso arrependimento.
avisou seu povo; portanto, reu- 10 Não obstante, depois de mui-
niram seus rebanhos e recolhe- tas a tribulações, o Senhor ouviu
ram seus cereais e partiram para meus clamores, e respondeu às
o deserto, adiante dos exércitos minhas orações, e fez de mim um
do rei Noé. instrumento nas suas mãos, para
2 E o Senhor fortaleceu-os, de levar b tantos de vós ao conheci-
modo que o povo do rei Noé não mento da sua verdade.
conseguiu alcançá-los para des- 11 Não obstante, não me vanglo-
truí-los. rio disso, porque sou indigno de
3 E fugiram durante oito dias, vangloriar-me.
deserto adentro. 12 E agora vos digo que haveis
4 E chegaram a uma terra, sim, sido oprimidos pelo rei Noé e ha-
uma terra muito bela e agradável, veis sido escravizados por ele e
uma terra de águas puras. seus sacerdotes; e eles vos con-
5 E armaram suas tendas e come- duziram à iniquidade; fostes, por-
çaram a cultivar o solo e a cons- tanto, amarrados com os a laços da
truir edifícios; sim, eram indus- iniquidade.
triosos e trabalhavam muito. 13 E agora, assim como haveis
6 E o povo desejava que Alma sido libertados desses laços pelo
23 7 a Mos. 27:3–5. b Mos. 17:1–4. 12 a 2 Né. 28:19–22.
9 a Prov. 16:12; 10 a D&C 58:4.
Mos. 11:1–15. b Mos. 18:35.
MOSIAS 23:14–28 218
poder de Deus, sim, das mãos do na terra de Helã; e construíram
rei Noé e seu povo e também dos uma cidade que chamaram cida-
laços da iniquidade, assim tam- de de Helã.
bém desejo que vos a conserveis 21 Não obstante, o Senhor julga
firmes nesta b liberdade que vos conveniente a castigar seu povo;
fez livres; e que em c ninguém con- sim, ele prova sua b paciência e
fieis para ser vosso rei. sua fé.
14 E também, que em ninguém 22 Entretanto, quem nele a confia
confieis para ser vosso a mestre ou será b elevado no último dia. E as-
ministro, a não ser que seja um sim foi com este povo.
homem de Deus, que ande em 23 Pois eis que vos mostrarei que
seus caminhos e guarde os man- eles foram reduzidos ao cativeiro
damentos. e ninguém poderia salvá-los, exce-
15  Assim Alma ensinou seu to o Senhor seu Deus, sim, o Deus
povo, a fim de que cada um de Abraão e Isaque e de Jacó.
a 
amasse o próximo como a si mes- 24 E aconteceu que ele os liber-
mo, para que não houvesse b dis- tou e mostrou-lhes o seu grande
putas entre eles. poder; e grande foi a sua alegria.
16 E Alma foi o seu a sumo sacer- 25 Pois eis que aconteceu que,
dote, tendo sido ele o fundador da enquanto estavam na terra de
igreja deles. Helã, sim, na cidade de Helã, cul-
17 E aconteceu que ninguém re- tivando a terra dos arredores, eis
cebia a autoridade para pregar ou que um exército dos lamanitas se
ensinar, a não ser de Deus, por in- encontrava nas fronteiras da terra.
termédio de Alma. Ele, portanto, 26 E aconteceu que os irmãos de
consagrava todos os sacerdotes e Alma fugiram de seus campos e
todos os mestres; e ninguém era reuniram-se na cidade de Helã; e
consagrado a não ser que fosse ficaram muito atemorizados com
um homem justo. a chegada dos lamanitas.
18 Portanto, zelavam por seu 27 Alma, porém, adiantou-se e
povo e a edificavam-no com coisas pôs-se no meio deles, e exortou-
pertinentes à retidão. os a não temerem, mas a lembra-
19 E aconteceu que começaram rem-se do Senhor seu Deus, e ele
a prosperar muito na terra; e cha- libertá-los-ia.
maram à terra Helã. 28 Portanto, reprimiram os seus
20 E aconteceu que se multiplica- temores e começaram a clamar
ram e prosperaram grandemente ao Senhor para que abrandasse
13 a Gál. 5:1. 16 a Mos. 26:7. GEE Castigar, Castigo,
b GEE Liberdade, Livre. 17 a GEE Autoridade; Corrigir, Repreender.
c Mos. 29:13. Sacerdócio. b GEE Paciência.
14 a Mos. 18:18–22. 18 a 1 Tim. 4:6. 22 a GEE Confiança, Confiar.
15 a GEE Amor. 21 a Hel. 12:3; b 1 Né. 13:37.
b 3 Né. 11:28–29. D&C 98:21.
219 MOSIAS 23:29–24:2
o coração dos lamanitas, a fim de para a terra de Néfi, conceder-
que eles os poupassem, e às suas lhes-iam a vida e a liberdade.
mulheres, e aos seus filhos. 37 Depois que Alma lhes mos-
29 E aconteceu que o Senhor trou o caminho para a terra de
abrandou o coração dos lamani- Néfi, entretanto, os lamanitas não
tas. E Alma e seus irmãos foram cumpriram a promessa, mas es-
ao encontro deles e entregaram- palharam a guardas pela terra de
se em suas mãos; e os lamanitas Helã, com autoridade sobre Alma
tomaram posse da terra de Helã. e seus irmãos.
30 Ora, os exércitos dos lama- 38 E os demais foram para a ter-
nitas, que haviam perseguido o ra de Néfi; e uma parte deles vol-
povo do rei Lími, haviam fica- tou para a terra de Helã, levando
do perdidos no deserto durante consigo as esposas e filhos dos
muitos dias. guardas que haviam sido deixa-
31 E eis que haviam encontrado dos na terra.
aqueles sacerdotes do rei Noé, 39 E o rei dos lamanitas permitiu
num lugar a que deram o nome a Amulon que fosse rei e gover-
de Amulon; e eles haviam come- nante de seu povo, que estava na
çado a ocupar a terra de Amulon terra de Helã; não teria, porém,
e a cultivar o solo. o poder de fazer coisa alguma
32 Ora, o nome do chefe desses contrária à vontade do rei dos
sacerdotes era Amulon. lamanitas.
33 E aconteceu que Amulon fez
um apelo aos lamanitas; e enviou CAPÍTULO 24
também suas mulheres, que eram
Amulon persegue Alma e seu povo —
a 
filhas dos lamanitas, para implo-
Se orarem, deverão ser mortos — O
rarem a seus irmãos que não ma-
Senhor faz com que seus fardos pa-
tassem seus maridos.
reçam leves — Livra-os do cativeiro
34 E os lamanitas tiveram a com-
e eles voltam para Zaraenla. Aproxi-
paixão de Amulon e de seus ir-
madamente 145–120 a.C.
mãos e não os mataram, por causa
de suas mulheres. E aconteceu que Amulon caiu
35 E Amulon e seus irmãos uni- nas graças do rei dos lamanitas;
ram-se aos lamanitas e estavam portanto, o rei dos lamanitas per-
viajando pelo deserto, à procura mitiu que ele e seus irmãos fossem
da terra de Néfi, quando desco- nomeados mestres de seu povo,
briram a terra de Helã, ocupada sim, do povo que se achava na
por Alma e seus irmãos. terra de Senlon e na terra de Silom
36 E aconteceu que os lamanitas e na terra de Amulon.
prometeram a Alma e seus irmãos 2 Porque os lamanitas haviam to-
que, se lhes indicassem o caminho mado posse de todas essas terras;
33 a Mos. 20:3–5. 34 a GEE Compaixão. 37 a Mos. 24:8–15.
MOSIAS 24:3–14 220
portanto, o rei dos lamanitas no- e sabia que ele havia sido um dos
a 

meara reis para todas essas terras. sacerdotes do rei; e que fora ele
3 Ora, o nome do rei dos lama- que acreditara nas palavras de
nitas era Lamã, sendo chamado Abinádi e fora expulso da presen-
pelo nome de seu pai; e, portanto, ça do rei; estava, portanto, irado
era chamado rei Lamã. E era rei com ele; pois, embora sujeito ao
de um povo numeroso. rei Lamã, exercia autoridade so-
4 E nomeou mestres, dentre os bre eles e impunha-lhes b trabalhos
irmãos de Amulon, em cada terra e colocava capatazes sobre eles.
ocupada por seu povo; e assim o 10 E aconteceu que suas aflições
idioma de Néfi começou a ser en- eram tão grandes que começa-
sinado entre todos os lamanitas. ram a clamar fervorosamente
5 E eram amistosos uns com os a Deus.
outros; não obstante, não conhe- 11 E Amulon ordenou-lhes que
ciam a Deus; e os irmãos de Amu- parassem com seus clamores; e
lon nada lhes ensinaram concer- pôs guardas a vigiá-los, para que
nente ao Senhor seu Deus nem à fosse morto quem quer que en-
lei de Moisés; tampouco lhes en- contrassem clamando a Deus.
sinaram as palavras de Abinádi. 12 E Alma e seu povo não le-
6 Ensinaram-lhes, porém, que vantaram as vozes ao Senhor seu
deveriam escrever sua história e Deus, mas a ele a abriram o cora-
que poderiam escrever uns aos ção; e ele conhecia seus pensa-
outros. mentos.
7 E assim os lamanitas começa- 13 E aconteceu que a voz do Se-
ram a enriquecer e começaram a nhor lhes falou em suas aflições,
negociar uns com os outros e a dizendo: Levantai a cabeça e ten-
tornarem-se poderosos; e começa- de bom ânimo, porque sei do con-
ram a ser um povo astuto e sábio vênio que fizestes comigo; e farei
quanto à sabedoria do mundo; um convênio com o meu povo e
sim, um povo muito astuto, que libertá-lo-ei do cativeiro.
se deleitava com toda espécie de 14 E também aliviarei as cargas
iniquidades e pilhagens, exceto que são colocadas sobre vossos
entre seus próprios irmãos. ombros, de modo que não as po-
8 E então aconteceu que Amulon dereis sentir sobre vossas costas
começou a exercer a autoridade enquanto estiverdes no cativei-
sobre Alma e seus irmãos e co- ro; e isso eu farei para que sejais
meçou a persegui-lo e a fazer com minhas a testemunhas no futuro e
que seus filhos perseguissem os para que tenhais plena certeza de
filhos deles. que eu, o Senhor Deus, visito meu
9 Porque Amulon conhecia Alma povo nas suas b aflições.
24 8 a D&C 121:39. b Mos. 21:3–6. 14 a GEE Testemunha.
9 a Mos. 17:1–4; 23:9. 12 a GEE Oração. b GEE Adversidade.
221 MOSIAS 24:15–25:2
15 E aconteceu que as cargas cativeiro e ninguém os poderia
impostas a Alma e seus irmãos libertar, exceto o Senhor seu Deus.
se tornaram leves; sim, o Senhor 22 E renderam graças a Deus;
a 
fortaleceu-os para que pudessem sim, todos os homens e todas as
carregar seus b fardos com facili- mulheres e todas as crianças que
dade; e submeteram-se de bom podiam falar levantaram as vozes
grado e com c paciência a toda a em louvor a seu Deus.
vontade do Senhor. 23  E então o Senhor disse a
16 E aconteceu que tão gran- Alma: Apressa-te e sai com teu
de era a sua fé e paciência, que povo desta terra, porque os lama-
a voz do Senhor tornou a falar- nitas acordaram e perseguem-te;
lhes, dizendo: Tende bom ânimo, portanto, sai desta terra e eu de-
porque amanhã vos libertarei do terei os lamanitas neste vale para
cativeiro. que não mais persigam este povo.
17 E ele disse a Alma: Irás à fren- 24 E aconteceu que saíram do
te deste povo e eu irei contigo e vale e reiniciaram sua jornada
libertarei este povo do a cativeiro. pelo deserto.
18 Ora, aconteceu que Alma e 25 E depois de haverem estado
seu povo reuniram os seus reba- doze dias no deserto, chegaram à
nhos e também seus cereais du- terra de Zaraenla; e o rei Mosias
rante a noite; sim, levaram a noite também os recebeu com alegria.
toda reunindo seus rebanhos.
19 E na manhã seguinte o Senhor CAPÍTULO 25
fez com que os lamanitas caíssem
Os do povo de Zaraenla (os mulequi-
num a profundo sono; sim, e todos
tas) tornam-se nefitas — Eles tomam
os seus capatazes permaneceram
conhecimento do povo de Alma e de
profundamente adormecidos.
Zênife — Alma batiza Lími e todo o
20 E Alma e seu povo partiram
seu povo — Mosias autoriza Alma a
para o deserto; e tendo viajado
organizar a Igreja de Deus. Aproxi-
durante o dia inteiro, armaram
madamente 120 a.C.
suas tendas num vale ao qual cha-
maram vale de Alma, porque ele E então o rei Mosias fez com que
os havia conduzido pelo deserto. todo o povo se reunisse.
21 Sim, e no vale de Alma ren- 2 Ora, não havia tantos dos fi-
deram a graças a Deus porque fora lhos de Néfi, ou seja, tantos dos
misericordioso para com eles e descendentes de Néfi quantos ha-
aliviara suas cargas e libertara-os via do a povo de Zaraenla, que era
do cativeiro; porque estavam no descendente de b Muleque, e dos
15 a Mt. 11:28–30. 17 a GEE Cativeiro. Agradecimento.
b Al. 31:38; 33:23. 19 a 1 Sam. 26:12. 25 2 a Ômni 1:13–19.
c D&C 54:10. 21 a GEE Ação de Graças, b Hel. 6:10.
GEE Paciência. Agradecido, GEE Muleque.
MOSIAS 25:3–16 222
que com ele haviam ido para o lamanitas e do cativeiro, eleva-
deserto. ram as vozes e renderam graças
3 E não havia tantos do povo de a Deus.
Néfi nem do povo de Zaraenla 11 E novamente, quando pensa-
como havia dos lamanitas; sim, não ram nos lamanitas, que eram seus
eram nem a metade em número. irmãos, e no estado de corrupção e
4 E todo o povo de Néfi estava pecado em que viviam, encheram-
reunido, assim como todo o povo se de a dor e angústia em relação
de Zaraenla; e achavam-se congre- ao bem-estar de suas b almas.
gados em dois grupos. 12 E aconteceu que aqueles que
5 E aconteceu que Mosias leu e eram filhos de Amulon e seus ir-
fez com que fossem lidos os regis- mãos, que haviam tomado as fi-
tros de Zênife a seu povo; sim, ele lhas dos lamanitas para esposas,
leu os registros do povo de Zêni- ficaram desgostosos com o proce-
fe, desde o tempo em que haviam dimento de seus pais e não qui-
deixado a terra de Zaraenla até seram mais levar o nome deles;
quando retornaram. consequentemente, adotaram o
6 E também leu o relato de Alma nome de Néfi, para que pudes-
e seus irmãos e de todas as suas sem ser chamados filhos de Néfi
aflições, desde o tempo em que e contados com os que eram cha-
haviam deixado a terra de Zaraen- mados nefitas.
la até quando retornaram. 13 E assim, todo o povo de Za-
7 E quando Mosias terminou a raenla foi a contado com os nefitas;
leitura dos registros, os de seu e isto porque o reino havia sido
povo, que haviam permanecido conferido somente aos descen-
na terra, ficaram assombrados e dentes de Néfi.
atônitos. 14 E aconteceu que quando aca-
8 Pois não sabiam o que pensar, bou de falar e ler para o povo,
porque, quando viram os que ha- Mosias pediu a Alma que tam-
viam sido a libertados do cativeiro, bém falasse.
encheram-se de grande alegria. 15 E Alma falou, estando o povo
9 E também, quando pensaram reunido em grandes grupos; e ele
em seus irmãos que haviam sido foi de grupo em grupo, pregando
mortos pelos lamanitas, enche- ao povo arrependimento e fé no
ram-se de tristeza e até mesmo Senhor.
derramaram lágrimas de dor. 16 E exortou o povo de Lími e
10 E também, quando pensaram seus irmãos, todos os que haviam
na solícita bondade de Deus e sido libertados do cativeiro, a lem-
no seu poder para libertar Alma brarem-se de que havia sido o Se-
e seus irmãos das mãos dos nhor quem os libertara.
8 a Mos. 22:11–13. Al. 13:27. almas.
11 a Mos. 28:3–4; b GEE Alma — Valor das 13 a Ômni 1:19.
223 MOSIAS 25:17–26:4
17 E aconteceu que depois de na terra de Zaraenla. E aconteceu
Alma haver ensinado muitas coi- que todos aqueles que desejavam
sas ao povo e acabado de falar- tomar sobre si o a nome de Cristo,
lhes, o rei Lími desejou ser bati- ou seja, de Deus, uniam-se às igre-
zado; e também todo o seu povo jas de Deus.
desejou ser batizado. 24 E eram chamados a povo de
18  Portanto, Alma entrou na Deus. E o Senhor derramou seu
água e batizou-os; sim, a batizou- Espírito sobre eles e foram aben-
os da mesma forma que batizara çoados e prosperaram na terra.
seus irmãos nas b águas de Mór-
mon; sim, e todos os que batizou CAPÍTULO 26
passaram a pertencer à igreja de
Muitos membros da Igreja são guia-
Deus; e isso por causa de sua cren-
dos ao pecado por incrédulos — Alma
ça nas palavras de Alma.
recebe a promessa de vida eterna —
19 E aconteceu que o rei Mo-
Aqueles que se arrependem e são ba-
sias permitiu que Alma organi-
tizados recebem perdão — Membros
zasse igrejas por toda a terra de
da Igreja, em pecado, que se arrepen-
Zaraenla; e deu-lhe a poder para
derem e se confessarem a Alma e ao
ordenar sacerdotes e mestres em
Senhor, serão perdoados; do contrário,
cada igreja.
serão excomungados. Aproximada-
20 Ora, isso foi feito porque ha-
mente 120–100 a.C.
via tanta gente, que não podiam
todos ser governados por um só Ora, aconteceu que havia muitos
mestre; nem podiam todos ouvir da nova geração que não podiam
a palavra de Deus numa só as- compreender as palavras do rei
sembleia. Benjamim, pois eram criancinhas
21 Portanto, reuniam-se em di- na época em que ele falara a seu
versos grupos, chamados igrejas, povo; e não acreditavam na tra-
tendo cada igreja seus sacerdotes dição de seus pais.
e mestres; e cada sacerdote pre- 2 Não acreditavam no que fora
gando a palavra segundo lhe era dito sobre a ressurreição dos mor-
comunicada pela boca de Alma. tos nem acreditavam no que se
22 E assim, não obstante existi- referia à vinda de Cristo.
rem muitas igrejas, elas eram to- 3 Ora, por causa de sua incredu-
das uma só igreja, sim, a a igreja de lidade não podiam a compreender
Deus; porque nada se pregava em a palavra de Deus; e seu coração
qualquer delas além de arrepen- estava endurecido.
dimento e fé em Deus. 4 E não queriam ser batizados
23 E existiam então sete igrejas nem desejavam unir-se à igreja.
18 a Mos. 21:35. 23 a GEE Jesus Cristo — 26 3 a GEE Compreensão,
b Mos. 18:8–17. Tomar sobre nós o Entendimento.
19 a GEE Sacerdócio. nome de Jesus Cristo.
22 a Mos. 18:17. 24 a GEE Convênio.
MOSIAS 26:5–18 224
E formavam um povo à parte, 11 E ele disse ao rei: Eis aqui
quanto a sua fé, e assim perma- muitos que trouxemos a tua pre-
neceram para sempre; sim, em sença, que são acusados por seus
seu estado a carnal e pecaminoso, irmãos; sim, e foram apanhados
porque não queriam invocar o cometendo várias iniquidades. E
Senhor seu Deus. eles não se arrependem de suas
5 Ora, no reinado de Mosias não iniquidades; portanto, trouxemo-
chegavam, em número, à metade los a tua presença, para que os jul-
do povo de Deus; mas, devido às gues de acordo com seus crimes.
a 
dissensões entre os irmãos, tor- 12  Mas o rei Mosias disse a
naram-se mais numerosos. Alma: Eis que não os julgarei; a en-
6 Porque aconteceu que engana- trego-os, portanto, em tuas mãos
ram, com suas palavras lisonjei- para serem julgados.
ras, a muitos dos que pertenciam 13 E então o espírito de Alma
à igreja e fizeram com que come- tornou a perturbar-se. E dirigin-
tessem muitos pecados; tornou-se do-se ao Senhor, perguntou-lhe
necessário, portanto, que aqueles o que deveria fazer a respeito do
que cometiam pecados e que per- assunto, porque temia proceder
tenciam à igreja fossem a admoes- mal aos olhos do Senhor.
tados pela igreja. 14 E aconteceu que depois de
7 E aconteceu que eram levados haver derramado toda a sua alma
à presença dos sacerdotes e entre- a Deus, ouviu a voz do Senhor,
gues aos sacerdotes pelos mestres, dizendo:
sendo levados pelos sacerdotes 15 Abençoado és tu, Alma, e
à presença de Alma, que era o abençoados são os que foram ba-
a 
sumo sacerdote. tizados nas a águas de Mórmon.
8 Ora, o rei Mosias dera a Alma Abençoado és por causa de tua
autoridade sobre a igreja. grande b fé tão-somente nas pala-
9 E aconteceu que Alma nada vras de meu servo Abinádi.
sabia sobre eles; mas muitas tes- 16 E abençoados são eles por
temunhas havia contra eles; sim, causa de sua grande fé tão-so-
muita gente se apresentava e tes- mente nas palavras que tu lhes
temunhava a respeito de suas ini- disseste.
quidades. 17 E abençoado és tu por haveres
10 Ora, nunca antes havia acon- organizado uma a igreja entre este
tecido coisa semelhante na igreja; povo; e eles serão estabelecidos e
portanto, o espírito de Alma per- eles serão o meu povo.
turbou-se e ele fez com que os le- 18 Sim, abençoado é este povo
vassem à presença do rei. que deseja tomar sobre si o meu
4 a GEE Homem Natural. GEE Advertência, 15 a Mos. 18:30.
5 a GEE Apostasia; Advertir, Prevenir. b Mos. 17:2.
Contenção, Contenda. 7 a Mos. 29:42. GEE Fé.
6 a Al. 5:57–58; 6:3. 12 a D&C 42:78–93. 17 a Mos. 25:19–24.
225 MOSIAS 26:19–31
nome; porque em meu nome se-
a 
a segunda trombeta, então aque-
a 

rão chamados; e eles são meus. les que nunca me b conheceram


19 E por me haveres inquirido se levantarão e ficarão na minha
sobre os transgressores, és aben- presença.
çoado. 26 E então saberão que eu sou o
20 Tu és meu servo; e faço con- Senhor seu Deus, que sou o seu
vênio contigo de que terás a vida Redentor; mas eles não quiseram
eterna; e servir-me-ás e irás em ser redimidos.
meu nome e reunirás minhas 27 E então declarar-lhes-ei que
ovelhas. nunca os a conheci; e b partirão para
21 E aquele que escutar a minha o c fogo eterno, preparado para o
voz será minha a ovelha; e a ele re- diabo e seus anjos.
ceberás na igreja e a ele também 28 Digo-te, portanto, que aquele
eu receberei. que não a ouvir a minha voz, esse
22 Pois eis que esta é a minha não receberás na minha igreja,
igreja; quem quer que seja bati- porque eu não o receberei no úl-
zado, será a batizado para o arre- timo dia.
pendimento. E quem quer que re- 29 Digo-te, portanto: Vai; e o que
cebas, acreditará em meu nome; e transgredir contra mim, a julgarás
a esse eu b perdoarei liberalmente. de b acordo com os pecados que
23 Porque sou eu que a tomo so- houver cometido; e se c confessar
bre mim os pecados do mundo; seus pecados diante de ti e de
porque fui eu que b criei o homem; mim e d arrepender-se com since-
e sou eu que concedo, ao que acre- ridade de coração, tu o e perdoarás
dita até o fim, um lugar à minha e eu também o perdoarei.
mão direita. 30 Sim, e a tantas vezes quantas
24 Pois eis que em meu nome o meu povo se b arrepender, per-
eles são chamados; e se me a co- doá-lo-ei de suas ofensas contra
nhecerem, levantar-se-ão e terão mim.
um lugar à minha mão direita, 31 E também vos a perdoareis uns
eternamente. aos outros vossas ofensas, pois
25 E acontecerá que quando soar em verdade vos digo que aquele
18 a Mos. 1:11; 5:8. b GEE Criação, Criar. c 3 Né. 1:25.
GEE Jesus Cristo — 24 a Jo. 17:3. GEE Confessar,
Tomar sobre nós o 25 a D&C 88:99, 109. Confissão.
nome de Jesus Cristo. b D&C 76:81–86. d GEE Arrepender-se,
20 a GEE Eleição; 27 a Mt. 7:21–23. Arrependimento.
Eleitos; b Lc. 13:27. e GEE Perdoar.
Vida eterna. c D&C 76:43–44. 30 a Morô. 6:8.
21 a GEE Bom Pastor. 28 a 2 Né. 9:31; b Eze. 33:11, 15–16;
22 a 2 Né. 9:23. D&C 1:14. At. 3:19–20;
GEE Batismo, Batizar. 29 a GEE Julgar. Mos. 29:19–20.
b GEE Perdoar; b GEE Prestar Contas, 31 a 3 Né. 13:14–15;
Remissão de Pecados. Responsabilidade, D&C 64:9–10.
23 a GEE Redentor. Responsável.
MOSIAS 26:32–27:2 226
que não perdoar as ofensas de a palavra de Deus em todas as
seu próximo, quando este se con- coisas, sofrendo toda espécie de
fessar arrependido, trará sobre si aflições, sendo perseguidos por
condenação. todos os que não pertenciam à
32 Digo-te agora: Vai; e aquele igreja de Deus.
que não se arrepender de seus 39 E admoestavam seus irmãos;
pecados não será contado com o e eram também a admoestados,
meu povo; e isto será observado cada um pela palavra de Deus,
de agora em diante. de acordo com os seus pecados,
33 E aconteceu que Alma, quan- ou seja, com os pecados que havia
do ouviu estas palavras, escreveu- cometido, tendo recebido man-
as a fim de conservá-las e de po- damento de Deus para b orar sem
der julgar o povo daquela igreja cessar e render c graças por todas
de acordo com os mandamentos as coisas.
de Deus.
34 E aconteceu que Alma jul- CAPÍTULO 27
gou, de acordo com a palavra do
Mosias proíbe a perseguição e orde-
Senhor, os que haviam sido apa-
na a igualdade — Alma, o filho, e os
nhados cometendo iniquidades.
quatro filhos de Mosias procuram
35 E aqueles que se arrepende-
destruir a igreja — Um anjo aparece
ram de seus pecados e os a confes-
e ordena-lhes que abandonem o mau
saram, ele contou-os com o povo
caminho — Alma perde a fala — Toda
da igreja;
a humanidade deve nascer de novo
36 E os que não quiseram confes-
para obter salvação — Alma e os fi-
sar seus pecados e arrepender-se
lhos de Mosias declaram boas novas.
de suas iniquidades, não foram
Aproximadamente 100–92 a.C.
contados com o povo da igreja; e
seus nomes a foram riscados. E então aconteceu que as per-
37 E aconteceu que Alma pôs em seguições que eram infligidas à
ordem todos os assuntos da igreja; igreja pelos incrédulos tornaram-
e começaram novamente a ter paz se tão grandes que a igreja come-
e a prosperar muito nos assuntos çou a murmurar e a queixar-se,
da igreja, andando circunspecta- aos que os dirigiam, a respeito do
mente diante de Deus, recebendo assunto; e queixaram-se a Alma.
muitos e batizando muitos. E Alma expôs o caso diante do rei
38 Ora, todas estas coisas foram Mosias e Mosias consultou seus
feitas por Alma e seus companhei- sacerdotes.
ros, que dirigiam a igreja agindo 2 E aconteceu que o rei Mosias
com toda a diligência, ensinando enviou uma proclamação por toda
35 a GEE Confessar, GEE Excomunhão; b 2 Né. 32:8–9.
Confissão. Livro da Vida. c GEE Ação de
36 a Êx. 32:33; 39 a GEE Advertência, Graças, Agradecido,
Al. 1:24. Advertir, Prevenir. Agradecimento.
227 MOSIAS 27:3–13
a terra, proibindo os incrédulos de e chamava-se Alma, como seu
a 
perseguirem os que pertenciam pai; não obstante, tornou-se um
à igreja de Deus. homem muito iníquo e b idólatra.
3 E havia em todas as igrejas um E era um homem de muitas pa-
severo mandamento para que não lavras e lisonjeava muito o povo;
houvesse perseguições entre eles, portanto, fez com que muitos do
para que houvesse a igualdade en- povo agissem segundo suas ini-
tre todos os homens; quidades.
4 Para que não permitissem que 9 E tornou-se um grande obs-
o orgulho e a vaidade perturbas- táculo à prosperidade da Igreja
sem-lhes a a paz; para que todo ho- de Deus, a atraindo o coração do
mem b estimasse o próximo como povo, causando muita dissensão
a si mesmo e trabalhasse com as entre o povo, dando oportunida-
próprias mãos para o seu sus- de ao inimigo de Deus de exercer
tento. seu poder sobre eles.
5 Sim, e para que todos os seus 10 E então aconteceu que en-
sacerdotes e mestres a trabalhas- quanto andava procurando des-
sem com as próprias mãos para truir a Igreja de Deus, pois an-
prover o seu sustento em todas as dava secretamente com os filhos
circunstâncias, a não ser em caso de Mosias procurando destruir a
de doença ou de grande necessi- igreja e desviar o povo do Senhor,
dade; e assim fazendo, receberam contrariando os mandamentos de
a b graça de Deus copiosamente. Deus e os do próprio rei —
6 E começou a haver muita paz 11 E, como vos disse, enquanto
outra vez na terra; e o povo co- se a rebelavam contra Deus, eis que
meçou a ficar muito numeroso e o b anjo do Senhor c apareceu-lhes;
começou a espalhar-se pela face e desceu como se fosse numa nu-
da terra; sim, no norte e no sul, vem; e falou como se fosse com
no leste e no oeste, construindo voz de trovão, fazendo com que
grandes cidades e povoações em tremesse o solo onde estavam.
todos os quadrantes da terra. 12 E tão grande foi o seu assom-
7 E o Senhor visitou-os e fê-los bro que caíram por terra e não
prosperar; e tornaram-se um povo entenderam as palavras que ele
numeroso e rico. lhes disse.
8 Ora, os filhos de Mosias in- 13 Não obstante, ele clamou ou-
cluíam-se entre os incrédulos; tra vez, dizendo: Alma, levan-
e também um dos a filhos de ta-te e aproxima-te, pois, por
Alma estava incluído entre eles que persegues a igreja de Deus?
27 2 a GEE Perseguição, 5 a Mos. 18:24, 26. 9 a 2 Sam. 15:1–6.
Perseguir. b GEE Graça. 11 a GEE Rebeldia, Rebelião.
3 a Mos. 23:7; 29:32. 8 a GEE Alma, Filho de b GEE Anjos.
4 a GEE Paz. Alma. c At. 9:1–9;
b GEE Estimar. b GEE Idolatria. Al. 8:15.
MOSIAS 27:14–23 228
Porquanto o Senhor disse: Esta é a 
espanto; porque haviam visto com
a minha igreja e eu a estabelece- seus próprios olhos um anjo do
rei; e nada a destruirá, a não ser a Senhor; e a sua voz era como tro-
transgressão do meu povo. vão, que fazia tremer a terra; e
14 E disse mais o anjo: Eis que eles sabiam que nada, a não ser o
o Senhor ouviu as orações de seu poder de Deus, poderia sacudir
povo e também as a orações de seu a terra e fazê-la tremer como se
servo Alma, que é teu pai; porque fosse fender-se.
ele tem orado com muita fé a teu 19 Ora, o assombro de Alma foi
respeito, para que tu sejas levado tão grande que ficou mudo e não
a conhecer a verdade; portanto, podia abrir a boca; sim, e ficou
vim com o propósito de conven- tão fraco que não podia mover
cer-te do poder e autoridade de as mãos; foi, portanto, carrega-
Deus, para que as b orações de seus do pelos que com ele estavam e
servos possam ser respondidas de levado inerte e colocado diante
acordo com sua fé. de seu pai.
15 E agora, eis que podes duvi- 20 E contaram a seu pai tudo o
dar do poder de Deus? Pois eis que lhes havia acontecido; e o pai
que a minha voz não faz tremer regozijou-se, porque sabia que era
a terra? E não me podes também o poder de Deus.
ver na tua frente? E sou enviado 21 E fez reunir uma multidão,
de Deus. para que presenciasse o que o Se-
16 Agora te digo: Vai e lembra-te nhor havia feito por seu filho e
do cativeiro de teus pais na terra também por aqueles que com ele
de Helã e na terra de Néfi; e re- estavam.
corda-te de que grandes foram as 22 E fez reunir os sacerdotes; e
coisas que Deus fez por eles; pois eles começaram a jejuar e a orar
estavam em cativeiro e ele a liber- ao Senhor seu Deus, a fim de que
tou-os. E agora te digo, Alma: Se- abrisse a boca de Alma para que
gue teu caminho e não procures pudesse falar; e também, para
mais destruir a igreja, para que as que seus membros recuperas-
orações deles sejam respondidas; sem as forças — a fim de que os
e isto ainda que tu mesmo prefiras olhos do povo se abrissem para
ser lançado fora. ver e saber da bondade e da gló-
17 Ora, aconteceu que estas fo- ria de Deus.
ram as últimas palavras que o 23 E aconteceu que depois de
anjo disse a Alma; e partiu. haverem jejuado e orado pelo es-
18 E então Alma e os que esta- paço de dois dias e duas noites, os
vam com ele caíram novamente membros de Alma recobraram as
por terra, pois grande foi o seu forças e ele levantou-se e começou
13 a GEE Jesus Cristo — 14 a Al. 10:22. 16 a Mos. 23:1–4.
Cabeça da Igreja. b Mórm. 9:36–37.
229 MOSIAS 27:24–33
a falar-lhes, dizendo-lhes que ti- com um suplício eterno, mas fui
vessem bom ânimo. resgatado; e minha alma já não
24 Pois, disse ele, arrependi-me sofre.
de meus pecados e o Senhor a redi- 30 Rejeitei meu Redentor e ne-
miu-me; eis que nasci do Espírito. guei o que nossos pais haviam
25 E o Senhor disse-me: Não te dito; mas agora, para que possam
admires de que toda a humani- prever que ele virá e que se lem-
dade, sim, homens e mulheres, bra de toda criatura que criou, a
toda nação, tribo, língua e povo todos se manifestará.
tenham de a nascer de novo; sim, 31 Sim, a todo joelho se dobrará
nascer de Deus, serem b mudados e toda língua confessará dian-
de seu estado c carnal e decaído te dele. Sim, mesmo no último
para um estado de retidão, sendo dia, quando todos os homens se
redimidos por Deus, tornando-se apresentarem para serem b julga-
seus filhos e filhas; dos por ele, confessarão que ele
26 E tornam-se, assim, novas é Deus; então os que vivem c sem
criaturas; e a menos que façam Deus no mundo confessarão que
isto, não poderão de a modo algum o julgamento de um castigo eterno
herdar o reino de Deus. sobre eles é justo; e estremecerão e
27 Digo-vos que, a não ser que tremerão e encolher-se-ão sob seu
assim façam, serão lançados fora; d 
olhar que tudo penetra.
e isto sei, porque eu mesmo estava 32 E então aconteceu que, daí em
para ser lançado fora. diante, Alma e aqueles que com
28 Não obstante, depois de ha- ele estavam quando o anjo lhes
ver passado por muitas tribula- apareceu, começaram a ensinar
ções e de haver-me arrependido o povo, viajando por toda a ter-
quase até a morte, o Senhor, em ra, proclamando a todo o povo as
sua misericórdia, julgou que me coisas que haviam ouvido e visto
deveria tirar de um fogo a eterno; e pregando a palavra de Deus em
e nasci de Deus. meio a muita tribulação, sendo
29 Minha alma foi redimida do grandemente perseguidos pelos
fel da amargura e dos laços da incrédulos e feridos por muitos
iniquidade. Achava-me no mais deles.
escuro abismo, mas vejo agora 33 Não obstante tudo isso, po-
a maravilhosa luz de Deus. Mi- rém, transmitiam muito conforto
nha alma estava a atormentada aos da igreja, fortalecendo-lhes a
24 a 2 Né. 2:6–7. GEE Nascer de Deus, 31 a Filip. 2:9–11;
GEE Redenção, Nascer de Novo. Mos. 16:1–2;
Redimido, Redimir. b Mos. 3:19; 16:3. D&C 88:104.
25 a Rom. 6:3–11; c GEE Carnal. b GEE Jesus Cristo — Juiz.
Mos. 5:7; 26 a Jo. 3:5. c Al. 41:11.
Al. 5:14; 28 a 2 Né. 9:16. d GEE Trindade.
Mois. 6:59. 29 a Mos. 2:38.
MOSIAS 27:34–28:4 230
fé e exortando-os com paciência estas coisas, reuniram um peque-
e muito esforço a guardarem os no grupo e voltaram para junto
mandamentos de Deus. de seu pai, o rei; e pediram-lhe
34 E quatro deles eram a filhos de que lhes concedesse licença para
Mosias; e chamavam-se Amon e subirem, juntamente com os que
Aarão e Ômner e Hímni; eram es- haviam escolhido, à terra de b Néfi,
ses os nomes dos filhos de Mosias. para pregarem as coisas que ha-
35 E viajaram por toda a terra de viam ouvido e comunicarem a
Zaraenla e entre todo o povo que palavra de Deus a seus irmãos,
estava sob o reinado do rei Mo- os lamanitas —
sias, procurando zelosamente re- 2 Para que talvez pudessem le-
parar todos os danos que haviam var-lhes o conhecimento do Se-
causado à igreja, confessando to- nhor seu Deus e convencê-los das
dos os seus pecados e proclaman- iniquidades de seus pais; e para
do todas as coisas que haviam que talvez aplacassem seu a ódio
visto; e explicando as profecias e para com os nefitas, a fim de que
as escrituras a todos os que dese- também fossem levados a rego-
jassem ouvi-los. zijar-se no Senhor seu Deus, se
36 E assim, foram instrumentos tornassem amigáveis uns com os
nas mãos de Deus para levar a outros e não houvesse mais con-
muitos o conhecimento da ver- tendas em toda a terra que o Se-
dade, sim, o conhecimento de seu nhor seu Deus lhes dera.
Redentor. 3 Ora, eles desejavam que a sal-
37 E quão abençoados são eles! vação fosse declarada a toda cria-
Porque a proclamaram a paz; tura, porque não podiam a supor-
anunciaram b boas novas; e decla- tar que qualquer b alma humana se
raram ao povo que o Senhor reina. perdesse; e até mesmo a ideia de
que alguma alma tivesse de sofrer
CAPÍTULO 28 o tormento c eterno fazia-os tremer
e estremecer.
Os filhos de Mosias vão pregar aos
4 E assim agia o Espírito do Se-
lamanitas — Usando as duas pedras
nhor sobre eles, porque eram os
de vidente, Mosias traduz as placas a 
mais vis pecadores. E o Senhor,
jareditas. Aproximadamente 92 a.C.
na sua infinita b misericórdia, jul-
Ora, aconteceu que depois que gou prudente poupá-los; não
os a filhos de Mosias fizeram todas obstante, eles padeceram muita
34 a GEE Amon, Filho de b Ômni 1:12–13; almas.
Mosias. Mos. 9:1. c Jacó 6:10;
37 a Isa. 52:7; 2 a Jacó 7:24. D&C 19:10–12.
Mos. 15:14–17. 3 a Al. 13:27; 4 a Mos. 27:10.
GEE Pregar. 3 Né. 17:14; b GEE Misericórdia,
b GEE Evangelho. Mois. 7:41. Misericordioso.
28 1 a Mos. 27:34. b GEE Alma — Valor das
231 MOSIAS 28:5–18
angústia por causa de suas iniqui- quais lhes haviam sido entregues
dades, sofrendo muito e temendo pelas mãos de Lími;
que viessem a ser lançados fora 12 E ele assim fez por causa da
para sempre. grande ansiedade de seu povo;
5 E aconteceu que suplicaram porque tinham grande desejo de
durante muitos dias a seu pai que saber acerca daquele povo que
os deixasse subir à terra de Néfi. havia sido destruído.
6 E o rei Mosias foi e inquiriu 13 E então ele as traduziu por
ao Senhor se deveria deixar seus meio daquelas duas a pedras que
filhos subirem para pregar a pa- estavam presas nos dois aros de
lavra entre os lamanitas. um arco.
7 E o Senhor disse a Mosias: Dei- 14 Ora, essas coisas haviam sido
xa-os subir, pois muitos acredita- preparadas desde o princípio e
rão em suas palavras e eles terão transmitidas de geração em ge-
vida eterna; e a livrarei teus filhos ração, com o fim de interpretar
das mãos dos lamanitas. idiomas;
8 E aconteceu que Mosias lhes 15 E foram guardadas e preser-
deu permissão para irem e faze- vadas pela mão do Senhor, para
rem de acordo com o seu pedido. que ele pudesse mostrar a toda
9 E eles a empreenderam viagem criatura que ocupasse a terra as
pelo deserto, para subirem e pre- iniquidades e abominações de
garem a palavra entre os lamani- seu povo;
tas. Farei, mais adiante, um b relato 16 E todo aquele que tem estas
de seus feitos. coisas é chamado a vidente, se-
10 Ora, o rei Mosias não tinha gundo o costume da antiguidade.
a quem deixar o reino, porque 17 Ora, depois de Mosias haver
nenhum de seus filhos queria terminado a tradução desses re-
aceitá-lo. gistros, eis que continham a his-
11 Portanto, tomou ele os regis- tória do povo que fora a destruído,
tros que estavam gravados nas desde a época de sua destruição
a 
placas de latão e também as pla- e remontando à construção da
cas de Néfi e todas as coisas que b 
grande torre, quando o Senhor
guardara e preservara de acordo c 
confundiu a língua do povo e este
com os mandamentos de Deus, foi disperso sobre a face de toda a
depois de haver traduzido e orde- terra; sim, e também desde aquela
nado que fossem escritos os regis- época até a criação de Adão.
tros contidos nas b placas de ouro 18 Ora, esse relato levou os do
encontradas pelo povo de Lími, as povo de Mosias a lamentarem-se
7 a Al. 19:22–23. b GEE Placas de Ouro. 17 a Mos. 8:7–12.
9 a Al. 17:6–9. 13 a GEE Urim e Tumim. b Ét. 1:1–5.
b Al. 17–26. 16 a Mos. 8:13–18. c Gên. 11:6–9.
11 a GEE Placas de Latão. GEE Vidente.
MOSIAS 28:19–29:8 232
em extremo, sim, encheram-se de 2 E aconteceu que esta foi a voz
tristeza; não obstante, proporcio- do povo: Desejamos que teu fi-
nou-lhes muitos conhecimentos, lho Aarão seja nosso rei e nosso
com os quais se regozijaram. governante.
19 E esse relato será escrito mais 3 Ora, Aarão havia subido para
adiante; porque eis que é necessá- a terra de Néfi, de modo que o
rio que todo o povo saiba das coi- rei não podia conferir-lhe o rei-
sas que estão escritas nesse relato. no; nem Aarão desejava assumir
20 E então, como vos disse, de- o reino; nem tampouco qualquer
pois de o rei Mosias haver feito um dos outros a filhos de Mosias
essas coisas, tomou as placas de estava disposto a assumir o reino.
a 
latão e todas as coisas que havia 4 Portanto, o rei Mosias tornou
guardado e entregou-as a Alma, a comunicar-se com o povo; sim,
que era filho de Alma; sim, entre- enviou-lhe uma mensagem escri-
gou-lhe todos os registros e tam- ta. E estas foram as palavras que
bém os b intérpretes e ordenou-lhe ele escreveu, dizendo:
que os guardasse e c preservasse; 5 Eis que, ó meu povo, ou meus
e que também fizesse um registro irmãos, pois assim vos considero,
do povo; e que os transmitisse de desejo que mediteis sobre o assun-
geração em geração, assim como to a respeito do qual sois chama-
haviam sido transmitidos desde dos a pronunciar-vos — porque
a época em que Leí deixara Je- desejais ter um a rei.
rusalém. 6 Ora, declaro-vos que aquele a
quem o reino pertence de direi-
CAPÍTULO 29 to não o aceitou e não assumirá
o reino.
Mosias propõe que sejam escolhidos
7 E agora, se outro for nomeado
juízes em lugar de um rei — Reis
em seu lugar, eis que temo que
injustos levam o povo ao pecado —
surjam discórdias entre vós. E
Alma, o filho, é escolhido como juiz
quem sabe se meu filho, a quem o
supremo pela voz do povo — Ele tam-
reino pertence, não se zangaria, le-
bém é o sumo sacerdote da igreja —
vando uma parte deste povo atrás
Alma, o pai, e Mosias morrem. Apro-
de si, o que provocaria guerras e
ximadamente 92–91 a.C.
contendas entre vós, fazendo as-
Ora, tendo Mosias feito isto, man- sim correr muito sangue e perver-
dou averiguar por toda a terra, tendo o caminho do Senhor, sim,
entre todo o povo, qual a sua von- e destruindo a alma de muitos.
tade concernente a quem deveria 8 Agora vos digo: Sejamos pru-
ser o rei. dentes e consideremos estas
20 a Al. 37:3–10. escrituras devem ser 5 a 1 Sam. 8:9–19.
b GEE Urim e Tumim. preservadas.
c GEE Escrituras — As 29 3 a Mos. 27:34.
233 MOSIAS 29:9–19
coisas, porque não temos o direito digo que, se esse fosse sempre
de destruir meu filho nem temos o caso, seria então conveniente
qualquer direito de destruir outro que sempre tivésseis reis para vos
que seja nomeado em seu lugar. governar.
9 E se meu filho se voltasse no- 14 E eu próprio trabalhei com
vamente para seu orgulho e para todo o poder e faculdades que
as coisas vãs, retiraria o que dis- possuía para ensinar-vos os man-
sera e reclamaria seu direito ao damentos de Deus e estabelecer
reino, o que faria com que ele e a paz por toda a terra, para que
também este povo cometessem não houvesse nem guerras nem
muitos pecados. discórdias nem roubos nem pilha-
10 E agora sejamos prudentes; gens nem assassínios nem qual-
e prevendo estas coisas, façamos quer outro tipo de iniquidade;
aquilo que assegure a paz deste 15 E todo aquele que cometeu
povo. iniquidade, eu o a castiguei de
11 Serei, portanto, vosso rei pelo acordo com o crime que cometeu,
resto de meus dias; não obstante, segundo a lei que nos foi dada por
a 
nomeemos b juízes para julgarem nossos pais.
este povo de acordo com a nossa 16 Agora vos digo que, por não
lei; e reorganizaremos os negócios serem todos os homens justos, não
deste povo, porque nomearemos é aconselhável que tenhais um rei
como juízes homens sábios, que ou reis que vos governem.
julgarão este povo de acordo com 17 Pois eis que quanta a iniquida-
os mandamentos de Deus. de um rei b iníquo faz com que se
12 Ora, é preferível que um ho- cometa; sim, e que grandes des-
mem seja julgado por Deus do truições!
que pelo homem, porque os jul- 18 Sim, lembrai-vos do rei Noé,
gamentos de Deus são sempre das suas a iniquidades e abomi-
justos, mas os julgamentos do ho- nações, e também das iniquida-
mem nem sempre são justos. des e abominações do seu povo.
13 Portanto, se fosse possível ter- Vede que grande destruição lhes
des como reis homens a justos, que adveio; e também, devido às suas
estabelecessem as leis de Deus e iniquidades, foram levados ao
julgassem este povo de acordo b 
cativeiro.
com os seus mandamentos, sim, 19 E se não fosse pela interfe-
se fosse possível terdes como reis rência de seu sábio Criador e por
homens que procedessem como causa do arrependimento sincero
meu pai b Benjamim procedeu deles, teriam inevitavelmente per-
para com este povo  — eu vos manecido em cativeiro até agora.
11 a Mos. 29:25–27. 15 a Al. 1:32–33. b 1 Sam. 8:10–18;
b Êx. 18:13–24. 17 a Al. 46:9–10. Mos. 12:1–8;
13 a Mos. 23:8, 13–14. b Mos. 23:7–9. Ét. 6:22–23.
b Pal. Mórm. 1:17–18. 18 a Mos. 11:1–15.
MOSIAS 29:20–32 234
20 Mas eis que ele os libertou, que é direito; mas é comum a mi-
porque se a humilharam perante noria do povo desejar o que não
ele; e porque o b invocaram fer- é direito; portanto, observareis e
vorosamente, libertou-os do cati- tereis isto por lei — resolver vos-
veiro; e deste modo age o Senhor sos negócios de acordo com a voz
com seu poder em todos os casos do povo.
entre os filhos dos homens, esten- 27 E a se chegar o tempo em que a
dendo o braço de c misericórdia voz do povo escolher iniquidade,
aos que nele d confiam. então os julgamentos de Deus re-
21 E eis que agora vos digo que cairão sobre vós; sim, então será o
não podeis destronar um rei iní- tempo em que ele vos visitará com
quo, a não ser com muitas lutas e grande destruição, assim como
derramamento de muito sangue. tem, até aqui, visitado esta terra.
22 Pois eis que ele tem a compa- 28 E agora, se tendes juízes e eles
nheiros de iniquidade e conser- não vos julgam de acordo com a
va-se rodeado de seus guardas; lei que foi dada, podeis fazer com
e anula as leis dos que reinaram que eles sejam julgados por um
com retidão antes dele e pisoteia juiz superior.
os mandamentos de Deus; 29 Se vossos juízes superiores
23 E decreta leis e envia-as ao não julgarem justamente, fareis
povo, sim, leis segundo sua pró- reunir um pequeno número de
pria a iniquidade; e quem a elas juízes menores e eles julgarão vos-
não obedece ele faz com que seja sos juízes superiores de acordo
destruído; e, contra os que se re- com a voz do povo.
belam, envia seus exércitos para 30 E eu vos ordeno que façais
guerreá-los; e, se pode, destrói-os; estas coisas no temor do Senhor;
e assim, um rei injusto perverte os e ordeno-vos que façais estas coi-
caminhos de toda retidão. sas e que não tenhais rei; de modo
24 E agora eis que vos digo que que, se este povo cometer pecados
não é conveniente que tais abomi- e iniquidades, recairão sobre sua
nações recaiam sobre vós. própria cabeça.
25 Portanto, escolhei juízes pela 31 Pois eis que vos digo que os
voz deste povo, para que sejais pecados de muitos foram causa-
julgados de acordo com as leis dos pelas iniquidades de seus reis;
que vos foram dadas por nossos portanto, suas iniquidades recaem
pais, as quais são corretas e foram sobre a cabeça de seus reis.
dadas a eles pela mão do Senhor. 32 E agora desejo que esta a de-
26 Ora, não é comum a voz do sigualdade não exista mais nesta
povo desejar algo contrário ao terra, especialmente entre meu
20 a Mos. 21:13–15. Mos. 26:30. 27 a Al. 10:19.
b Êx. 2:23–25; d GEE Confiança, Confiar. 32 a Al. 30:11.
Al. 43:49–50. 22 a 1 Re. 12:8–14.
c Eze. 33:11, 15–16; 23 a GEE Iniquidade, Iníquo.
235 MOSIAS 29:33–42
povo; mas desejo que esta seja estas palavras ao povo, o povo
uma terra de b liberdade e que c to- ficou convencido da veracidade
dos os homens gozem igualmen- de suas palavras.
te de seus direitos e privilégios, 38 Abandonaram, portanto, o
enquanto o Senhor julgar conve- desejo de ter um rei e ficaram
niente que vivamos e herdemos a muito ansiosos para que cada um
terra; sim, enquanto qualquer de tivesse oportunidades iguais em
nossos descendentes permanecer toda a terra; sim, e cada homem
sobre a face desta terra. expressou a vontade de responder
33 E muitas coisas mais escre- por seus próprios pecados.
veu-lhes o rei Mosias, explicando- 39 Portanto, aconteceu que se
lhes todas as provações e tribula- reuniram em grupos por toda
ções de um rei justo; sim, todas a terra, para expressarem-se a
as angústias de sua alma por seu respeito dos que deveriam ser
povo e também todas as queixas seus juízes, a fim de julgá-los de
do povo ao rei; e explicou-lhes acordo com a a lei que lhes fora
tudo isso. dada; e muito se alegraram com
34 E disse-lhes que tais coisas a b liberdade que lhes havia sido
não deveriam existir, mas que a concedida.
carga devia ser repartida entre 40 E fortaleceu-se o amor que
todo o povo, a fim de que cada tinham por Mosias; sim, estima-
homem carregasse sua parte. ram-no mais do que a qualquer
35 E explicou-lhes também todas outro homem, porque não o con-
as desvantagens a que estariam sideravam como um tirano que
sujeitos se fossem governados por estivesse em busca de ganhos,
um rei injusto. sim, aquele lucro que corrompe
36 Sim, todas as suas iniqui- a alma; porque não lhes havia
dades e abominações e todas as exigido riquezas nem se havia
guerras e contendas e derrama- alegrado com derramamento de
mento de sangue; e os roubos e sangue; mas estabelecera a a paz
as pilhagens e as libertinagens e na terra e permitira que seu povo
todo tipo de iniquidades que não se livrasse de todo tipo de escravi-
podem ser enumeradas — di- dão; portanto, o estimavam, sim,
zendo-lhes que essas coisas não muito, no mais alto grau.
deveriam existir, que eram ex- 41 E aconteceu que nomearam
pressamente contrárias aos man- a 
juízes para governá-los, ou seja,
damentos de Deus. para julgá-los de acordo com a
37 E então aconteceu que depois lei; e fizeram isso por toda a terra.
de haver o rei Mosias enviado 42 E aconteceu que Alma foi
32 b 2 Né. 1:7; 10:11. 39 a Al. 1:14. 41 a Mos. 29:11.
GEE Liberdade, Livre. b GEE Liberdade, Livre.
c Al. 27:9. 40 a GEE Pacificador.
MOSIAS 29:43–ALMA 1:1 236
escolhido para ser o primeiro juiz 45 E aconteceu então que seu pai
supremo, sendo também o sumo morreu aos oitenta e dois anos de
sacerdote, porque seu pai lhe ha- idade, tendo vivido para cumprir
via conferido o ofício e encarrega- os mandamentos de Deus.
do de todos os negócios da igreja. 46 E aconteceu que Mosias tam-
43 E então aconteceu que Alma bém morreu, no trigésimo terceiro
a 
seguiu os caminhos do Senhor ano de seu reinado, aos a sessenta
e guardou seus mandamentos e e três anos de idade, totalizando
julgou com justiça; e houve paz assim quinhentos e nove anos
contínua por toda aquela terra. desde a época em que Leí havia
44 E assim começou o reinado deixado Jerusalém.
dos juízes por toda a terra de Za- 47 E assim terminou o reinado
raenla, entre todo o povo que era dos reis sobre o povo de Néfi; e as-
chamado nefita; e Alma foi o pri- sim terminaram os dias de Alma,
meiro juiz supremo. que foi o fundador da igreja deles.

LIVRO DE ALMA
FILHO DE ALMA

Relato de Alma, que era filho de Alma e o primeiro juiz supremo do


povo de Néfi e também o sumo sacerdote da Igreja. Um relato do go-
verno dos juízes e das guerras e contendas do povo. E também o relato
de uma guerra entre nefitas e lamanitas, segundo o registro de Alma, o
primeiro juiz supremo.
CAPÍTULO 1
Neor ensina falsas doutrinas, organi-
O RA, aconteceu que no pri-
meiro ano em que os juízes
governaram o povo de Néfi, e
za uma igreja, introduz artimanhas
daí em diante, tendo o rei Mosias
sacerdotais e mata Gideão — Neor a 
ido pelo caminho de toda a Terra,
é executado por seus crimes — Ar-
combatido um bom combate, an-
timanhas sacerdotais e perseguições
dado retamente diante de Deus,
propagam-se entre o povo — Os sa-
não tendo deixado ninguém para
cerdotes trabalham para seu próprio
reinar em seu lugar; não obstante,
sustento, o povo cuida dos pobres e
ele estabelecera b leis e elas eram
a Igreja prospera. Aproximadamente
reconhecidas pelo povo; portanto,
91–88 a.C.
tinham a obrigação de submeter-
se às leis que ele havia formulado.
43 a GEE Andar, Andar com [Alma] Al. 4:16;
Deus. 1 1 a Mos. 29:46. Hel. 4:22.
46 a Mos. 6:4. b Jar. 1:5;
237 ALMA 1:2–12
2 E aconteceu que no primeiro encontrou um homem que per-
ano do governo de Alma como tencia à igreja de Deus, sim, pre-
juiz, foi-lhe apresentado um a ho- cisamente um de seus mestres, e
mem para ser julgado, um homem começou a discutir com ele as-
de grande estatura e notável pela peramente, com o fim de afastar
sua grande força. o povo da igreja; mas o homem
3 E ele saíra pregando ao povo o opôs-lhe resistência, advertindo-o
que a chamava de palavra de Deus, com as a palavras de Deus.
b 
opondo-se à igreja; declarando 8 Ora, esse homem chamava-se
ao povo que todos os sacerdo- a 
Gideão; e fora ele quem servira
tes e mestres deveriam tornar-se de instrumento nas mãos de Deus
c 
populares; e que d não deveriam para livrar do cativeiro o povo
trabalhar com as próprias mãos, de Lími.
mas deveriam ser sustentados 9 Ora, porque Gideão lhe opôs
pelo povo. resistência com as palavras de
4  E ele também testificou ao Deus, ele encolerizou-se contra
povo que toda a humanidade se- Gideão e, tendo sacado da espada,
ria salva no último dia e que não começou a golpeá-lo. Ora, tendo
precisariam temer nem tremer, Gideão idade avançada, não pôde
mas que podiam levantar a cabe- resistir aos golpes; foi, portanto,
ça e regozijar-se; porque o Senhor a 
morto pela espada.
havia criado todos os homens e 10 E o homem que o havia ma-
também havia redimido todos os tado foi aprisionado pelo povo
homens; e, no fim, todos os ho- da igreja e levado à presença de
mens teriam vida eterna. Alma para ser a julgado pelos cri-
5 E aconteceu que tanto pregou mes que cometera.
estas coisas que muitos acredita- 11 E aconteceu que estando ele
ram em suas palavras; e foram diante de Alma, defendeu-se com
tantos, que começaram a susten- muita ousadia.
tá-lo e a dar-lhe dinheiro. 12 Mas Alma disse-lhe: Eis que
6 E ele começou a exaltar-se no esta é a primeira vez que a artima-
orgulho de seu coração e a usar nhas sacerdotais foram introdu-
vestimentas custosas, sim, e até zidas no meio deste povo. E eis
começou a organizar uma a igreja que tu não somente és culpado
de acordo com a sua pregação. de artimanhas sacerdotais, mas
7 E aconteceu que enquanto an- também de teres tratado de im-
dava assim pregando aos que pô-las pela espada; e se tais arti-
acreditavam em suas palavras, manhas tivessem sido impostas a
2 a Al. 1:15. d Mos. 18:24, 26; 27:5. 10 a Mos. 29:42.
3 a Eze. 13:3. 6 a 1 Né. 14:10. 12 a 2 Né. 26:29.
b GEE Anticristo. 7 a GEE Palavra de Deus. GEE Artimanhas
c Lc. 6:26; 8 a Mos. 20:17; 22:3. Sacerdotais.
1 Né. 22:23. 9 a Al. 6:7.
ALMA 1:13–23 238
este povo, teriam acarretado a sua contra homem algum por causa
total destruição. de b sua crença.
13 E fizeste correr o sangue de 18 E não se atreviam a a furtar,
um homem justo, sim, um ho- por medo da lei, pois seriam pu-
mem que muito bem fez entre nidos; nem se atreviam a roubar
este povo; e se te poupássemos, nem a assassinar, pois aquele que
o sangue dele recairia sobre nós b 
assassinasse seria punido com a
como a vingança. c 
morte.
14 Estás, portanto, a condenado 19  Mas aconteceu que todos
à morte, de acordo com a lei que os que não pertenciam à igreja
nos foi dada por Mosias, nosso de Deus começaram a perseguir
último rei, a qual foi reconhecida aqueles que pertenciam à igreja de
por este povo; portanto, este povo Deus e que haviam tomado sobre
deve respeitar a lei. si o nome de Cristo.
15 E aconteceu que o levaram — 20 Sim, eram perseguidos e afli-
e seu nome era a Neor — e con- gidos com toda sorte de palavras,
duziram-no até o alto da colina e isso por causa da sua humilda-
de Mânti e lá ele foi obrigado a de; porque não se exaltavam aos
reconhecer, ou melhor, reconhe- seus próprios olhos, e porque par-
ceu entre os céus e a Terra que o tilhavam a palavra de Deus, uns
que ensinara ao povo era contra a com os outros, sem a dinheiro e
palavra de Deus; e ali sofreu uma sem preço.
ignominiosa b morte. 21 Ora, havia entre o povo da
16 Não obstante, isso não pôs igreja uma lei severa que proibia
fim à difusão de artimanhas sa- a qualquer homem que perten-
cerdotais na terra; porque havia cesse à igreja a perseguir aqueles
muitos que gostavam das coisas que não pertencessem à igreja; e
vãs do mundo e continuavam proibia perseguições entre eles
a pregar falsas doutrinas; e isto mesmos.
faziam por causa de a riquezas e 22 Não obstante, havia muitos
honrarias. entre eles que começaram a tor-
17 No entanto não se atreviam nar-se orgulhosos e a contender
a a mentir, por temor à lei, pois acaloradamente com seus adver-
os mentirosos eram punidos, se sários, chegando a bater-lhes; sim,
descobertos; consequentemente golpeavam-se uns aos outros com
alegavam pregar de acordo com a seus punhos.
sua crença; e a lei não tinha poder 23  Ora, isto aconteceu no
13 a GEE Vingança. 17 a GEE Honestidade, b GEE Homicídio.
14 a GEE Pena de Morte. Honesto; c GEE Pena de Morte.
15 a Al. 1:2. Mentir, Mentiroso. 20 a Isa. 55:1–2.
b Deut. 13:1–9. b Al. 30:7–12; 21 a GEE Perseguição,
16 a GEE Riquezas; RF 1:11. Perseguir.
Vaidade, Vão. 18 a GEE Roubar, Roubo.
239 ALMA 1:24–31
segundo ano do governo de Alma, e os doentes e os aflitos, cada um
causando à igreja muitas aflições; de acordo com o que possuía; e
sim, isto foi causa de muitas tri- não usavam vestimentas custo-
bulações na igreja. sas; contudo, eram asseados e
24 Porque o coração de muitos formosos.
se endureceu e seus nomes foram 28 E assim eles organizaram os
a 
riscados, de modo que não mais negócios da igreja; e assim come-
foram lembrados entre o povo de çaram a ter paz contínua nova-
Deus. E também muitos se b afas- mente, apesar de todas as perse-
taram do meio deles. guições.
25 Ora, isso era uma grande pro- 29 E então, graças à solidez da
vação para os que permaneciam igreja, começaram a a enriquecer
firmes na fé; não obstante, foram extremamente, tendo abundância
firmes e inabaláveis na obediên- de tudo que lhes era necessário —
cia aos mandamentos de Deus abundância de rebanhos e mana-
e suportaram com a paciência as das e de animais cevados de toda
perseguições que se acumularam espécie; e também abundância de
sobre eles. grãos e de ouro e de prata e de
26 E quando os sacerdotes dei- coisas preciosas; e abundância de
xavam seu a trabalho para ensinar b 
sedas e de finos tecidos de linho
ao povo a palavra de Deus, o povo e de toda espécie de bons tecidos
também deixava seus trabalhos simples.
para ouvir a palavra de Deus. E 30 E assim, em sua a prosperida-
quando o sacerdote terminava de de, não deixavam de atender a
ensinar-lhes a palavra de Deus, quem quer que estivesse b nu ou
voltavam todos diligentemente faminto ou sedento ou doente ou
para seus trabalhos; e o sacerdo- que não tivesse sido alimentado;
te não se julgava superior a seus e o seu coração não estava nas
ouvintes, porque o pregador não riquezas; portanto, eram liberais
era melhor que o ouvinte nem o com todos, tanto velhos como jo-
mestre melhor que o discípulo; e vens, tanto escravos como livres,
assim eram todos iguais e todos tanto homens como mulheres,
trabalhavam, cada um de b acordo pertencessem ou não à igreja, não
com suas forças. fazendo c acepção de pessoas no
27 E eles a repartiam os seus bens que se referia aos necessitados.
com os b pobres e os necessitados 31  E assim prosperaram e
24 a Êx. 32:33; 26 a Mos. 18:24, 26; 27:3–5. 29 a GEE Riquezas.
Mos. 26:36; b Mos. 4:27; b Al. 4:6.
Al. 6:3. D&C 10:4. 30 a Jacó 2:17–19.
GEE Excomunhão. 27 a GEE Esmolas. b GEE Pobres.
b Al. 46:7. b Lc. 18:22; c Al. 16:14;
GEE Apostasia. Mos. 4:26; D&C 1:35.
25 a GEE Paciência. D&C 42:29–31.
ALMA 1:32–2:6 240
tornaram-se muito mais ricos que quinto ano do seu governo, o
aqueles que não pertenciam a sua povo começou a contender; por-
igreja. que um certo homem chamado
32 Pois aqueles que não perten- Anlici, sendo um homem mui-
ciam a sua igreja entregavam-se a to astuto, sim, um homem sábio
feitiçarias e a a idolatria ou b ócio; quanto à sabedoria do mundo e
e a c tagarelices e a d invejas e con- pertencente à ordem do homem
tendas, usando vestimentas cus- que matara a Gideão com a espa-
tosas, e exaltando-se segundo o da e fora executado de acordo
orgulho de seus próprios olhos; com a lei —
perseguindo, mentindo, furtando, 2 Ora, esse Anlici havia, por sua
roubando, cometendo libertina- astúcia, atraído muita gente; e
gens e homícidios e toda espécie eram tantos que começaram a tor-
de iniquidades; não obstante, a nar-se muito poderosos; e come-
lei era aplicada a todos os que çaram a esforçar-se para fazer de
a transgredissem, tanto quanto Anlici rei do povo.
possível. 3 Ora, isso foi alarmante para
33 E aconteceu que, aplicando- o povo da igreja, como também
se-lhes assim a lei, cada um sendo para todos os que não haviam
castigado de acordo com o que sido atraídos pelas persuasões de
fizera, tornaram-se mais tranqui- Anlici; pois sabiam que, de acordo
los e não se atreviam a cometer com a lei, estas coisas deveriam
iniquidades abertamente; o povo ser resolvidas pela a voz do povo.
de Néfi teve, portanto, muita paz 4 Portanto, se fosse possível a
até o quinto ano do governo dos Anlici vencer pela voz do povo,
juízes. ele, sendo um homem iníquo,
a 
privá-los-ia de seus direitos e
CAPÍTULO 2 privilégios na igreja; pois era seu
intento destruir a igreja de Deus.
Anlici procura tornar-se rei e é rejei-
5 E aconteceu que o povo se
tado pela voz do povo — Seus segui-
reuniu em toda a terra, cada um
dores fazem-no rei — Os anlicitas
segundo a sua opinião, a favor
fazem guerra contra os nefitas e são
ou contra Anlici, em grupos se-
derrotados — Lamanitas e anlicitas
parados, havendo muitas dis-
unem forças e são derrotados — An-
putas e grandes a contendas en-
lici é morto por Alma. Aproximada-
tre eles.
mente 87 a.C.
6 E assim se reuniram para ex-
E aconteceu que no começo do pressar suas opiniões sobre o
32 a GEE Idolatria. e Jacó 2:13; Al. 31:25; Al. 4:16.
b GEE Ociosidade, Mórm. 8:28. 4 a Al. 10:19;
Ocioso. GEE Orgulho. Hel. 5:2.
c GEE Maledicência. 2 1 a Al. 1:8. 5 a 3 Né. 11:29.
d GEE Inveja. 3 a Mos. 29:25–27;
241 ALMA 2:7–20
assunto; e apresentaram-nas aos também nomeou chefes entre seu
juízes. povo, para conduzi-los à guerra
7 E aconteceu que a voz do povo contra seus irmãos.
foi contrária a Anlici, de modo 15 E aconteceu que os anlicitas
que não foi proclamado rei. chegaram à colina de Aniú, que
8 Ora, isso encheu de alegria o ficava a leste do a rio Sidon, que
coração dos que estavam contra corria perto da b terra de Zaraen-
ele, mas Anlici incitou os que esta- la; e ali começaram a fazer guerra
vam a seu favor a encolerizarem- aos nefitas.
se contra os que não o apoiavam. 16 Ora, sendo Alma o a juiz supre-
9 E aconteceu que se reuniram mo e governador do povo de Néfi,
e consagraram Anlici como rei. subiu, portanto, com seu povo,
10 Ora, quando Anlici foi pro- sim, com seus capitães e capitães-
clamado rei, ordenou-lhes que chefes, sim, à frente de seus exér-
pegassem em armas contra seus citos, para guerrear os anlicitas.
irmãos; e isto fez para poder 17 E começaram a matar os an-
subjugá-los. licitas na colina a leste de Sidon.
11 Ora, o povo de Anlici se dis- E os anlicitas lutaram contra os
tinguia pelo nome de Anlici, sen- nefitas com grande força, tanto
do eles chamados a anlicitas; e os que muitos nefitas caíram diante
outros eram chamados b nefitas ou dos anlicitas.
povo de Deus. 18 Não obstante, o Senhor forta-
12 Os nefitas, portanto, sabendo leceu a mão dos nefitas, de modo
do intento dos anlicitas, prepa- que mataram os anlicitas em tão
raram-se para enfrentá-los; sim, grande carnificina que estes co-
armaram-se com espadas e com meçaram a fugir.
cimitarras e com arcos e com fle- 19 E aconteceu que os nefitas
chas e com pedras e com fundas e perseguiram os anlicitas durante
com todo tipo de a armas de guerra todo aquele dia e mataram-nos em
de toda espécie. grande carnificina, tanto que fo-
13 E assim estavam preparados ram a mortos doze mil quinhentos
para enfrentar os anlicitas, quan- e trinta e dois anlicitas; e os nefi-
do chegassem. E foram nomea- tas perderam seis mil quinhentas
dos capitães e capitães-mores e e sessenta e duas almas.
capitães-chefes, de acordo com o 20 E aconteceu que Alma, quan-
seu número. do já não pôde mais perseguir os
14 E aconteceu que Anlici armou anlicitas, fez o povo armar suas
seus homens com todo tipo de ar- tendas no a vale de Gideão, nome
mas de guerra de toda espécie; e que havia sido dado por causa
11 a Al. 3:4. 12 a Mos. 10:8; 16 a Mos. 29:42.
b Jacó 1:13–14; Hel. 1:14. 19 a Al. 3:1–2, 26; 4:2.
Mos. 25:12; 15 a Al. 3:3. 20 a Al. 6:7.
Al. 3:11. b Ômni 1:13–15.
ALMA 2:21–32 242
daquele Gideão que fora morto 26 E aconteceu que o povo de
pela espada de b Neor; e nesse vale Néfi tomou suas tendas e partiu
os nefitas armaram as tendas para do vale de Gideão em direção a
passar a noite. sua cidade, que era a cidade de
21 E Alma enviou espias para a 
Zaraenla.
seguirem os remanescentes dos 27 E eis que quando atravessa-
anlicitas, a fim de conhecer seus vam o rio Sidon, os lamanitas e os
planos e conspirações, para assim anlicitas, quase tão a numerosos
defender-se deles e evitar que seu quanto as areias do mar, caíram
povo fosse destruído. sobre eles para destruí-los.
22 Ora, os que ele tinha enviado 28 Todavia os nefitas foram a for-
para espionarem o acampamento talecidos pela mão do Senhor, ten-
dos anlicitas chamavam-se Zerã do orado fervorosamente para
e Amnor e Mânti e Límer; estes que ele os livrasse das mãos de
são os que foram, com seus ho- seus inimigos; portanto, o Senhor
mens, espionar o acampamento ouviu-lhes o clamor e fortaleceu-
dos anlicitas. os; e os lamanitas e os anlicitas
23 E aconteceu que no dia se- caíram diante deles.
guinte voltaram ao acampamento 29 E aconteceu que Alma lu-
dos nefitas com grande pressa, to- tou contra Anlici de espada em
mados de grande assombro e com punho, corpo a corpo; e lutaram
muito medo, dizendo: com grande energia um contra o
24 Eis que seguimos o acampa- outro.
mento dos a anlicitas e, para nosso 30 E aconteceu que Alma, sendo
grande assombro, vimos na terra um homem de Deus e muito exer-
de Minon, acima da terra de Za- citado na a fé, clamou, dizendo: Ó
raenla, no caminho da terra de Senhor, tem misericórdia e poupa-
b 
Néfi, uma numerosa hoste de me a vida, a fim de que eu sirva de
lamanitas; e eis que os anlicitas instrumento em tuas mãos para
se juntaram a eles; salvar e preservar este povo.
25 E estão atacando nossos ir- 31 Ora, tendo Alma dito estas
mãos naquela terra; e estes estão palavras, lutou novamente contra
fugindo deles com seus rebanhos Anlici; e foi fortalecido, de modo
e suas esposas e seus filhos, em que matou Anlici com a espada.
direção a nossa cidade; e a me- 32 E lutou também contra o rei
nos que nos apressemos, toma- dos lamanitas; o rei dos lamani-
rão nossa cidade; e nossos pais tas, porém, fugiu da presença de
e nossas esposas e nossos filhos Alma e enviou seus guardas para
serão mortos. lutarem contra Alma.
20 b Al. 1:7–15; 14:16. 26 a Ômni 1:14, 18. 30 a GEE Fé.
24 a Al. 3:4, 13–18. 27 a Jar. 1:6.
b 2 Né. 5:8. 28 a Deut. 31:6.
243 ALMA 2:33–3:4
33 Mas Alma, juntamente com CAPÍTULO 3
seus guardas, lutou contra os
Os anlicitas haviam feito um sinal
guardas do rei dos lamanitas até
em si mesmos, de acordo com a pa-
matá-los e fazê-los retroceder.
lavra profética — Os lamanitas ha-
34 E assim limpou o terreno,
viam sido amaldiçoados por sua re-
ou melhor, a ribanceira que fi-
belião — Os homens trazem sobre si
cava no lado oeste do rio Sidon,
as próprias maldições — Os nefitas
jogando nas águas do Sidon os
derrotam outro exército lamanita.
corpos dos lamanitas que ha-
Aproximadamente 87–86 a.C.
viam sido mortos, para que seu
povo tivesse espaço para atra- E aconteceu que os nefitas que
vessar e lutar contra os lamani- não haviam sido a mortos pelas
tas e os anlicitas no lado oeste do armas de guerra, depois de have-
rio Sidon. rem enterrado aqueles que pere-
35 E aconteceu que quando to- ceram — ora, o número de mortos
dos haviam atravessado o rio Si- não foi contado, por causa de sua
don, os lamanitas e os anlicitas grande quantidade — havendo
começaram a fugir deles, não obs- terminado de enterrar seus mor-
tante serem tão numerosos que tos, voltaram todos para suas ter-
nem podiam ser contados. ras e suas casas e suas esposas e
36 E fugiram dos nefitas em di- seus filhos.
reção ao deserto que ficava a oes- 2 Ora, muitas mulheres e crian-
te e ao norte, além das fronteiras ças haviam sido mortas pela es-
da terra; e foram perseguidos e pada e também muitos de seus
mortos com todo o vigor pelos rebanhos e manadas; e também
nefitas. muitos de seus campos de cereais
37 Sim, foram atacados por to- foram destruídos, porque foram
dos os lados; e foram mortos e pisoteados por hostes de homens.
rechaçados até serem dispersos 3 E então todos os lamanitas e
no oeste e no norte, até alcança- anlicitas que haviam sido mortos
rem o deserto que era chamado nas ribanceiras do rio Sidon foram
Hermontes; e essa era a parte do jogados nas a águas do Sidon; e eis
deserto infestada por animais sel- que seus ossos estão nas profun-
vagens e vorazes. dezas do b mar e eles são muitos.
38 E aconteceu que muitos pere- 4 E os a anlicitas distinguiam-
ceram no deserto devido a seus fe- se dos nefitas porque haviam
rimentos e foram devorados pelas b 
marcado a fronte de vermelho,
feras e também pelos abutres do à moda dos lamanitas; mas não
ar; e seus ossos foram encontrados haviam rapado a cabeça como os
e amontoados sobre a terra. lamanitas.
3 1 a Al. 2:19; 4:2. b Al. 44:22. b Al. 3:13–19.
3 a Al. 2:15. 4 a Al. 2:11.
ALMA 3:5–16 244
5 Ora, a cabeça dos lamanitas era 11 E aconteceu que aqueles que
rapada; e andavam a nus, com ex- não acreditaram nas a tradições
ceção de uma pele que lhes cingia dos lamanitas, mas acreditaram
os lombos e também da armadu- nos registros que foram trazi-
ra que os cingia; e de seus arcos e dos da terra de Jerusalém, assim
suas flechas e suas pedras e suas como nas tradições de seus pais,
fundas e assim por diante. que eram corretas, e que acredita-
6 E a pele dos lamanitas era es- ram nos mandamentos de Deus e
cura, por causa do sinal que havia guardaram-nos, foram chamados
sido posto em seus pais como um nefitas ou povo de Néfi, daquele
a 
anátema pela transgressão e re- tempo em diante —
beldia deles contra seus irmãos, 12 E foram eles que guardaram
que eram Néfi, Jacó e José e Sam, os a verdadeiros registros de seu
que foram homens justos e santos. povo, como também os dos la-
7 E os irmãos procuraram des- manitas.
truí-los, sendo, portanto, amal- 13 Agora voltaremos aos anli-
diçoados; e o Senhor pôs-lhes citas, pois também lhes foi posto
uma a marca, sim, em Lamã um a sinal; sim, eles mesmos mar-
e Lemuel e também nos fi- caram a fronte de vermelho.
lhos de Ismael e nas mulheres 14 Assim foi cumprida a palavra
ismaelitas. de Deus, pois estas são as pala-
8 E isto foi feito para que sua vras que ele disse a Néfi: Eis que
semente pudesse ser distinguida amaldiçoei os lamanitas e marcá-
da semente de seus irmãos, para los-ei, para que eles e seus descen-
que assim o Senhor Deus preser- dentes sejam separados de ti e de
vasse seu povo, a fim de que não tua semente de hoje em diante e
se a misturasse nem acreditasse em para sempre, a menos que se ar-
b 
tradições incorretas que causa- rependam de suas iniquidades e
riam sua destruição. a 
voltem-se para mim, a fim de que
9 E aconteceu que aqueles que eu tenha misericórdia deles.
misturaram sua semente com a 15 E também: Porei um sinal
dos lamanitas fizeram recair sobre naqueles que misturarem sua se-
sua descendência igual maldição. mente com teus irmãos, para que
10 Portanto, os que se deixaram também sejam amaldiçoados.
levar pelos lamanitas foram cha- 16 E também: Porei um sinal em
mados por esse nome e foi-lhes todo aquele que lutar contra ti e
posto um sinal. tua semente.
5 a En. 1:20; 7 a 1 Né. 12:23. Al. 9:16.
Mos. 10:8; 8 a GEE Casamento, 11 a Al. 17:9–11.
Al. 42:18–21. Casar — Casamento 12 a Mos. 1:6;
6 a 2 Né. 5:21; 26:33. entre pessoas de Ét. 4:6–11.
GEE Amaldiçoar, religiões diferentes. 13 a Al. 3:4.
Maldições. b Mos. 10:11–18; 14 a 2 Né. 30:4–6.
245 ALMA 3:17–27
17 E também te digo que aque- rechaçando o restante deles para
le que se apartar de ti já não será fora das fronteiras de sua terra.
chamado tua semente; e abençoar- 24 E voltaram e começaram a
te-ei, assim como a todos os que estabelecer a paz na terra, não
forem chamados tua semente, de sendo mais molestados por seus
hoje em diante e para sempre; e inimigos durante algum tempo.
estas foram as promessas que o 25 Ora, todas estas coisas se de-
Senhor fez a Néfi e sua semente. ram, sim, todas estas guerras e
18 Ora, os anlicitas não sabiam contendas começaram e termi-
que estavam cumprindo as pala- naram durante o quinto ano do
vras de Deus quando começaram governo dos juízes.
a marcar a fronte; não obstante, 26 E, em um ano, milhares e de-
haviam-se a rebelado abertamen- zenas de milhares de almas foram
te contra Deus; foi, portanto, ne- enviadas para o mundo eterno, a
cessário que a maldição caísse fim de colherem suas a recompen-
sobre eles. sas de acordo com suas obras, ti-
19 Ora, quisera que entendêsseis vessem sido elas boas ou tivessem
que eles trouxeram sobre si pró- sido más, para colherem felicida-
prios a a maldição; e assim, todo de eterna ou miséria eterna, de
homem que é amaldiçoado traz acordo com o espírito a que de-
sobre si a própria condenação. sejaram obedecer, fosse um bom
20 Ora, aconteceu que alguns ou um mau espírito.
dias depois da batalha travada 27 Porque todo homem recebe
na terra de Zaraenla pelos lama- a 
recompensas daquele a quem
nitas e anlicitas, outro exército decide b obedecer; e isto de acor-
dos lamanitas caiu sobre o povo do com as palavras do espírito
de Néfi, no a mesmo lugar em que de profecia; portanto, que seja
o primeiro exército enfrentara os conforme a verdade. E assim ter-
anlicitas. minou o quinto ano do governo
21 E aconteceu que foi enviado dos juízes.
um exército para expulsá-los de
sua terra.
CAPÍTULO 4
22 Ora, o próprio Alma, estando
a 
ferido, não subiu dessa vez para Alma batiza milhares de conversos —
batalhar contra os lamanitas. A iniquidade infiltra-se na Igreja e o
23 Mas enviou um numeroso progresso da Igreja é obstruído — Ne-
exército contra eles; e eles subiram fia é nomeado juiz supremo — Alma,
e mataram muitos dos lamanitas, como sumo sacerdote, dedica-se ao
18 a 4 Né. 1:38. 22 a Al. 2:29–33. Hel. 14:29–31.
GEE Rebeldia, Rebelião. 26 a GEE Obras. GEE Obedecer,
19 a 2 Né. 5:21–25; 27 a Mos. 2:31–33; Obediência, Obediente.
Al. 17:15. Al. 5:41–42.
20 a Al. 2:24. b Rom. 6:16;
ALMA 4:1–9 246
ministério. Aproximadamente 86– terminou o sétimo ano em que os
83 a.C. juízes governaram o povo de Néfi;
e houve paz contínua durante
Ora, aconteceu que no sexto ano todo aquele tempo.
em que os juízes governaram o 6 E aconteceu, no oitavo ano do
povo de Néfi, não houve con- governo dos juízes, que o povo
tendas nem guerras na a terra de da igreja começou a tornar-se or-
Zaraenla; gulhoso, por causa de suas exces-
2 Entretanto o povo estava afli- sivas a riquezas e de suas b finas
to, sim, grandemente aflito pela sedas e de seus finos tecidos de
a 
perda de seus irmãos e também linho; e pelos seus muitos reba-
pela perda de seus rebanhos e nhos e manadas; e seu ouro e sua
manadas; e também pela perda prata e toda espécie de coisas pre-
de seus campos de cereais, que ciosas que haviam obtido pelo seu
haviam sido pisados e destruídos trabalho; e por causa de tudo isso
pelos lamanitas. engrandeceram-se a seus próprios
3 E tão grandes eram suas afli- olhos e começaram a usar vesti-
ções, que todos tinham motivo mentas muito luxuosas.
para lamentar-se; e acreditavam 7 Ora, isto foi motivo de gran-
que os juízos de Deus haviam de aflição para Alma, sim, e para
caído sobre eles, devido às suas muitos que Alma a consagrara
iniquidades e abominações; por como mestres e sacerdotes e él-
essa razão foi despertada neles a deres da igreja; sim, muitos deles
lembrança de seus deveres. ficaram grandemente contristados
4 E começaram a organizar a com a iniquidade que começara a
igreja mais plenamente; sim, e haver entre seu povo.
muitos foram a batizados nas 8 Porque viram e observaram
águas do Sidon, unindo-se à igre- com grande tristeza que o povo
ja de Deus; sim, foram batizados da igreja começava a engrandecer-
pela mão de Alma, que havia sido se no a orgulho de seus olhos e a
consagrado b sumo sacerdote do voltar o coração para as riquezas e
povo da igreja pela mão de seu para as coisas vãs do mundo; que
pai, Alma. eles começavam a desdenhar uns
5 E aconteceu que no sétimo ano dos outros e a perseguir os que
do governo dos juízes, aproxi- b 
não acreditavam segundo sua
madamente três mil e quinhen- própria vontade e prazer.
tas almas uniram-se à a igreja de 9 E assim, durante esse oita-
Deus e foram batizadas. E assim vo ano do governo dos juízes,
4 1 a Ômni 1:12–19. 5 a Mos. 25:18–23; 7 a GEE Autoridade.
2 a Al. 2:19; 3:1–2, 26. 3 Né. 26:21. 8 a GEE Orgulho;
4 a Mos. 18:10–17. 6 a GEE Riquezas. Vaidade, Vão.
b Mos. 29:42. b Al. 1:29. b Al. 1:21.
247 ALMA 4:10–18
começou a haver grandes con- a 
haveria de vir, segundo o espírito
tendas entre o povo da igreja; sim, de profecia;
havia b inveja e disputas e malícia 14 Aguardando ansiosamente
e perseguições e orgulho, exce- aquele dia, a conservando assim a
dendo até o orgulho daqueles que remissão de seus pecados; estan-
não pertenciam à igreja de Deus. do cheios de grande b alegria por
10 E assim terminou o oitavo ano causa da ressurreição dos mortos,
do governo dos juízes; e a iniqui- de acordo com a vontade e poder
dade na igreja era uma grande e libertação de Jesus Cristo das li-
pedra de tropeço para aqueles gaduras da morte.
que a ela não pertenciam; e assim 15 E então aconteceu que Alma,
o progresso da igreja começou a tendo visto as aflições dos hu-
diminuir. mildes seguidores de Deus e as
11 E aconteceu que no começo perseguições que lhes eram in-
do nono ano, Alma viu a iniqui- fligidas pelo resto de seu povo; e
dade na igreja e viu também que vendo toda a sua a desigualdade,
o a exemplo da igreja principiava começou a ficar muito triste; mas
a levar os incrédulos de uma ini- o Espírito do Senhor não o aban-
quidade a outra, causando assim donou.
a destruição do povo. 16 E ele escolheu um homem
12 Sim, viu grande desigualdade sábio entre os élderes da igreja e
entre eles, alguns se enchendo de deu-lhe poder, de acordo com a
orgulho, desprezando os outros, a 
voz do povo, para que pudesse,
virando as costas aos a necessi- segundo as b leis que haviam sido
tados e aos nus e aos b famintos dadas, decretar leis e fazê-las exe-
e aos sedentos e aos doentes e cutar conforme a iniquidade e os
aflitos. crimes do povo.
13 Ora, isso era um grande mo- 17 Ora, o nome desse homem
tivo de lamentação para o povo, era Nefia; e ele foi nomeado a juiz
enquanto outros se humilhavam, supremo e ocupou a cadeira de
socorrendo os que tinham neces- juiz para julgar e governar o povo.
sidade de seu socorro, a repartin- 18 Ora, Alma não lhe concedeu o
do seus recursos com os pobres ofício de sumo sacerdote da igreja,
e necessitados, alimentando os mas reservou para si próprio o ofí-
famintos e sofrendo toda espécie cio de sumo sacerdote; entregou,
de b aflições por c amor a Cristo que porém, a Nefia a cadeira de juiz.
9 a GEE Contenção, b Mos. 4:26. Justificar.
Contenda. 13 a GEE Esmolas. b GEE Alegria.
b GEE Inveja. b GEE Adversidade. 15 a D&C 38:27; 49:20.
11 a 2 Sam. 12:14; c 2 Cor. 12:10. 16 a Al. 2:3–7.
Al. 39:11. 14 a Mos. 4:12; b Al. 1:1, 14, 18.
12 a Isa. 3:14; Al. 5:26–35. 17 a Al. 50:37.
Jacó 2:17. GEE Justificação,
ALMA 4:19–5:5 248
19 E assim fez para que ele mes-
a 
de Cristo, ser humildes, despir-se do
mo pudesse pregar ao povo, ou orgulho e da inveja e praticar obras
seja, ao povo de Néfi, a b palavra de retidão — O Bom Pastor chama o
de Deus, c a fim de que eles se Seu povo — Aqueles que praticam o
d 
lembrassem de seus deveres; e mal são filhos do diabo — Alma tes-
para poder, pela palavra de Deus, tifica a veracidade de sua doutrina e
abater todo o orgulho e as arti- ordena aos homens que se arrepen-
manhas e todas as contendas que dam — Os nomes dos justos serão
existiam entre seu povo, não ven- escritos no livro da vida. Aproxima-
do outro modo de reformá-los, a damente 83 a.C.
não ser pela força de um e teste-
Ora, aconteceu que Alma come-
munho puro contra eles.
çou a a transmitir ao povo a pala-
20 E assim, no começo do nono
vra de b Deus, primeiro na terra de
ano em que os juízes governaram
Zaraenla e dali por toda a terra.
o povo de Néfi, Alma entregou a
2 E estas são as palavras que,
cadeira de juiz a a Nefia e dedicou-
segundo seu próprio relato, ele
se exclusivamente ao b sumo sacer-
dirigiu ao povo da igreja que es-
dócio da santa ordem de Deus, ao
tava estabelecida na cidade de
testemunho da palavra, de acor-
Zaraenla, dizendo:
do com o espírito de revelação e
3 Eu, Alma, havendo sido a con-
profecia.
sagrado por meu pai, Alma,
como b sumo sacerdote da igreja
de Deus, tendo ele poder e c auto-
Palavras que Alma, sumo sacer-
ridade de Deus para fazer estas
dote segundo a santa ordem de
coisas, eis que eu vos digo que ele
Deus, transmitiu ao povo nas suas
começou a organizar uma igreja
cidades e povoados por toda a
na d terra que se achava nas fron-
terra.
teiras de Néfi; sim, na terra cha-
A partir do capítulo 5. mada terra de Mórmon; sim, e ele
batizou seus irmãos nas águas de
Mórmon.
CAPÍTULO 5
4 E eis que vos digo que eles fo-
Para obterem salvação, os homens ram a salvos das mãos do povo do
devem arrepender-se e guardar os rei Noé pela misericórdia e poder
mandamentos, nascer de novo, puri- de Deus.
ficar suas vestes por meio do sangue 5 E eis que, depois disso, foram
19 a Al. 7:1. 20 a Al. 8:12. b Al. 4:4, 18, 20.
b Al. 31:5; b Mos. 29:42; c Mos. 18:13;
D&C 11:21–22. Al. 5:3, 44, 49. 3 Né. 11:25.
c En. 1:23. 5 1 a Al. 4:19. d Mos. 18:4;
d Mos. 1:17; b Al. 5:61. 3 Né. 5:12.
Hel. 12:3. 3 a GEE Ordenação, 4 a Mos. 23:1–3.
e GEE Testemunho. Ordenar.
249 ALMA 5:6–14
escravizados pelas mãos dos la-
a 
rompidas as ligaduras da morte e
manitas no deserto; sim, digo- soltas as correntes do inferno, que
vos que estavam no cativeiro e os cingiam? Digo-vos que sim; fo-
novamente o Senhor os libertou ram soltas e suas almas expandi-
da b escravidão pelo poder de sua ram-se e cantaram o amor que re-
palavra; e fomos trazidos para dime. E digo-vos que estão salvos.
esta terra e aqui começamos a or- 10 E agora vos pergunto: Em que
ganizar a igreja de Deus, também condições foram a salvos? Sim, que
por toda esta terra. fundamento tinham para esperar
6 E agora, eis que vos digo, meus a salvação? Qual foi a causa de ha-
irmãos, vós, que pertenceis a esta verem sido libertados das ligadu-
igreja: Haveis conservado sufi- ras da morte, sim, e também das
cientemente na lembrança o cati- correntes do inferno?
veiro de vossos pais? Sim, e haveis 11 Eis que vos posso dizer —
conservado suficientemente na Não acreditou meu pai, Alma, nas
lembrança a misericórdia e pa- palavras que foram transmitidas
ciência de Deus para com eles? pela boca de a Abinádi? E não foi
E ainda mais, haveis conservado ele um santo profeta? Não disse
suficientemente na lembrança que as palavras de Deus e nelas não
ele livrou suas almas do inferno? acreditou meu pai, Alma?
7 Eis que ele lhes transformou 12 E em virtude de sua fé, verifi-
o coração; sim, despertou-os de cou-se uma grande a mudança em
um profundo sono e eles desper- seu coração. Eis que vos digo que
taram para Deus. Eis que estavam tudo isso é verdade.
em meio à escuridão; não obstan- 13 E eis que ele a pregou a pala-
te, suas almas foram iluminadas vra a vossos pais e em seus co-
pela luz da palavra eterna; sim, rações também se verificou uma
estavam cingidos pelas a ligadu- grande transformação; e eles hu-
ras da morte e pelas b correntes do milharam-se e depositaram b con-
inferno; e uma destruição eterna fiança no Deus verdadeiro e c vivo.
esperava-os. E eis que foram fiéis até o d fim;
8 E agora vos pergunto, meus portanto, foram salvos.
irmãos: Foram eles destruídos? 14 E agora, eis que vos pergun-
Eis que vos digo que não; não o to, meus irmãos da igreja: Haveis
foram. a 
nascido espiritualmente de Deus?
9 E novamente pergunto: Foram Haveis recebido sua imagem em
5 a Mos. 23:37–39; 24:8–15. Salvação. D&C 20:19.
b Mos. 24:17. 11 a Mos. 17:1–4. d GEE Perseverar.
7 a Mos. 15:8. 12 a GEE Conversão, 14 a Mos. 27:24–27;
b Al. 12:11; Converter. Al. 22:15.
D&C 138:23. 13 a Mos. 18:7. GEE Nascer de Deus,
10 a GEE Plano de b GEE Confiança, Confiar. Nascer de Novo.
Redenção; c Mórm. 9:28;
ALMA 5:15–24 250
vosso semblante? Haveis experi- Pergunto-vos: Podereis levan-
mentado esta poderosa b mudança tar os olhos, tendo a a imagem de
em vosso coração? Deus gravada em vosso semblan-
15 Exerceis fé na redenção da- te?
quele que vos a criou? Olhais para 20 Pergunto-vos: Podereis pen-
o futuro com os olhos da fé e ve- sar em ser salvos, quando vos
des este corpo mortal levantado haveis deixado a subjugar pelo
em imortalidade e esta corrupção diabo?
b 
levantada em incorrupção, para 21 Digo-vos que sabereis naque-
apresentar-vos diante de Deus e le dia que não podeis ser a salvos;
serdes c julgados de acordo com pois ninguém pode ser salvo sem
as obras feitas no corpo mortal? que suas b vestimentas tenham
16 Digo-vos: Podeis imaginar sido lavadas até ficarem brancas;
ouvir a voz do Senhor dizendo- sim, suas vestimentas devem ser
vos naquele dia: Vinde a mim, c 
purificadas, até ficarem limpas
a 
benditos, pois eis que vossas de qualquer mancha, pelo sangue
obras foram obras de retidão na daquele de quem nossos pais fala-
face da Terra? ram, o qual deverá vir para redi-
17 Ou imaginais que podereis mir o seu povo de seus pecados.
mentir ao Senhor naquele dia, 22 E agora vos pergunto, meus
a 
dizendo — Senhor, nossas obras irmãos: Como vos sentireis, se vos
foram retas na face da Terra — e apresentardes perante o tribunal
que ele vos salvará? de Deus tendo vossas vestimen-
18 Ou, de outra maneira, podeis tas manchadas de a sangue e de
imaginar-vos ante o tribunal de toda espécie de b imundície? O
Deus, com a alma cheia de culpa que testemunharão essas coisas
e remorso, tendo uma lembrança contra vós?
de todas as vossas culpas? Sim, 23 Eis que não a testemunharão
uma perfeita a lembrança de todas que sois assassinos, sim, e tam-
as vossas iniquidades, sim, uma bém que sois culpados de toda
lembrança de que haveis desa- espécie de iniquidades?
fiado os mandamentos de Deus? 24 Eis que, meus irmãos, supon-
19 Pergunto-vos: Podereis na- des vós que tal pessoa possa ter
quele dia olhar para Deus com um lugar onde sentar-se no rei-
um coração puro e mãos limpas? no de Deus, com a Abraão, com
14 b Rom. 8:11–17; 17 a 3 Né. 14:21–23. Al. 13:11–13;
Mos. 5:2; 18 a Eze. 20:43; 3 Né. 27:19–20.
Mois. 6:65. 2 Né. 9:14; c GEE Pureza, Puro.
GEE Conversão, Mos. 3:25; 22 a Isa. 59:3.
Converter. Al. 11:43. b GEE Imundície,
15 a GEE Criação, Criar. 19 a 1 Jo. 3:1–3. Imundo.
b GEE Ressurreição. 20 a Mos. 2:32. 23 a Isa. 59:12.
c GEE Juízo Final. 21 a GEE Salvação. 24 a Lc. 13:28.
16 a Mt. 25:31–46. b 1 Né. 12:10;
251 ALMA 5:25–35
Isaque e com Jacó e também com deveis preparar-vos rapidamente,
todos os santos profetas, cujas pois o reino dos céus está próxi-
vestimentas são limpas e imacula- mo; e o que não estiver preparado
das, puras e brancas? não terá vida eterna.
25 Digo-vos que não; a menos 29 Eis que pergunto: Há alguém
que façais de nosso Criador um entre vós não despido de a inveja?
mentiroso desde o princípio ou Digo-vos que esse não está prepa-
suponhais que ele seja um men- rado; e eu quisera que se prepa-
tiroso desde o princípio, não po- rasse rapidamente, pois a hora se
deis supor que esses possam ter aproxima e ele não sabe quando
um lugar no reino dos céus; mas chegará o tempo; porque esse não
serão expulsos, porque são os a fi- se acha sem culpa.
lhos do reino do diabo. 30 E novamente vos pergunto:
26 E agora, eis que eu vos digo, Há alguém entre vós que a zom-
meus irmãos, se haveis experi- be de seu irmão ou que acumule
mentado uma a mudança no co- perseguições contra ele?
ração, se haveis sentido o desejo 31 Ai dele, pois não está prepa-
de cantar o b cântico do amor que rado; e está próximo o tempo em
redime, eu perguntaria: c Podeis que deve arrepender-se; do con-
agora sentir isso? trário não será salvo!
27 Tendes-vos conservado a ino- 32 Sim, ai de todos vós, que a pra-
centes diante de Deus? Pode- ticais a iniquidade; arrependei-
ríeis dizer, dentro de vós mes- vos, arrependei-vos, porque o Se-
mos, se fôsseis chamados pela nhor Deus assim o disse!
morte neste momento, que ha- 33 Eis que ele envia um convite a
veis sido suficientemente b humil- a 
todos os homens, pois os b braços
des? Que vossas vestimentas fo- de misericórdia lhes estão esten-
ram limpas e embranquecidas didos e ele diz: Arrependei-vos e
pelo sangue de Cristo, o qual virá receber-vos-ei.
para c redimir seu povo de seus 34 Sim, diz ele, a vinde a mim e
pecados? participareis do b fruto da árvore
28 Eis que estais despidos de da vida; sim, comereis e bebereis
a 
orgulho? Digo-vos que, se não o c 
livremente do d pão e da água da
estais, não estais preparados para vida;
comparecer perante Deus. Eis que 35 Sim, vinde a mim e apresentai
25 a 2 Né. 9:9. Humilde, Humilhar. b Jacó 6:5;
26 a GEE Conversão, c GEE Redenção, 3 Né. 9:14.
Converter. Redimido, Redimir. 34 a 2 Né. 26:24–28;
b Al. 26:13. 28 a GEE Orgulho. 3 Né. 9:13–14.
c Mos. 4:12; 29 a GEE Inveja. b 1 Né. 8:11; 15:36.
D&C 20:31–34. 30 a GEE Maledicência. c 2 Né. 9:50–51;
27 a GEE Justificação, 32 a Salm. 5:5. Al. 42:27.
Justificar. 33 a Al. 19:36; d GEE Pão da Vida.
b GEE Humildade, 3 Né. 18:25.
ALMA 5:36–45 252
obras de retidão; e não sereis cor- 40 Porque vos digo que tudo que
tados e lançados ao fogo. é a bom vem de Deus e tudo que é
36 Pois eis que é chegado o tempo mau vem do diabo.
em que aquele que não a apresen- 41 Portanto, se um homem apre-
tar bons frutos, ou seja, aquele que senta a boas obras, ele dá ouvi-
não praticar obras de retidão, terá dos ao bom pastor e segue-o; mas
motivos para chorar e lamentar-se. quem apresenta obras más se tor-
37 Ó obreiros da iniquidade, vós na b filho do diabo, porque dá ou-
que estais inchados com as a coisas vidos à sua voz e segue-o.
vãs do mundo, vós que professas- 42 E quem assim procede deve
tes haver conhecido os caminhos receber dele o seu a salário; por
da retidão e, não obstante, vos conseguinte, recebe como b salário
haveis b perdido como c ovelhas a c morte quanto às coisas concer-
sem pastor, apesar de um pastor nentes à retidão, estando morto
vos haver d chamado e chamar- para todas as boas obras.
vos ainda, mas não quereis e dar 43 E agora, meus irmãos, quise-
ouvidos à sua voz! ra que me ouvísseis, porque falo
38 Eis que vos digo que o bom com a energia de minha alma;
a 
pastor vos chama; sim, e em seu pois eis que vos falei claramente,
próprio nome vos chama, que é o ou seja, de acordo com os man-
nome de Cristo; e se não quereis damentos de Deus, para que não
b 
dar ouvidos à voz do c bom pas- possais errar.
tor, ao d nome pelo qual sois cha- 44 Porque fui chamado para fa-
mados, eis que não sois as ovelhas lar desta maneira, segundo a a san-
do bom pastor. ta ordem de Deus, que está em
39 E agora, se não sois as ovelhas Cristo Jesus; sim, fui ordenado
do bom pastor, de que a rebanho a levantar-me e testificar a este
sois? Eis que vos digo que o b dia- povo as coisas que foram ditas
bo é o vosso pastor e pertenceis a por nossos pais concernentes às
seu rebanho; e agora, quem pode coisas que hão de vir.
negar isto? Eis que vos digo que 45 E isto não é tudo. Não supon-
quem isso negar é c mentiroso e des que eu próprio a saiba destas
d 
filho do diabo. coisas? Eis que vos testifico que
36 a Mt. 3:10; 7:15–20; D&C 101:7. Morô. 7:12, 15–17.
3 Né. 14:19; c 3 Né. 15:24; 18:31. 41 a 3 Né. 14:16–20.
D&C 97:7. 38 d Mos. 5:8; GEE Obras.
37 a GEE Vaidade, Vão. Al. 34:38. b Mos. 16:3–5;
b 2 Né. 12:5; 28:14; 39 a Mt. 6:24; Al. 11:23.
Mos. 14:6. Lc. 16:13. 42 a Al. 3:26–27;
c Mt. 9:36. b Mos. 5:10. D&C 29:45.
d Prov. 1:24–27; GEE Diabo. b Rom. 6:23.
Isa. 65:12. c 1 Jo. 2:22. c Hel. 14:16–18.
e Jer. 26:4–5; Al. 10:6. d 2 Né. 9:9. GEE Morte Espiritual.
38 a GEE Bom Pastor. 40 a Ômni 1:25; 44 a Al. 13:6.
b Lev. 26:14–20; Ét. 4:12; 45 a GEE Testemunho.
253 ALMA 5:46–52
sei que estas coisas de que falei chamado, sim, para pregar a meus
são verdadeiras. E como supon- amados irmãos, sim, e a todos os
des que eu tenho certeza de sua que habitam a terra; sim, para
veracidade? pregar a todos, tanto velhos como
46 Eis que eu vos digo que elas jovens, tanto escravos como livres;
me foram a mostradas pelo Santo sim, eu digo a vós, idosos, e tam-
Espírito de Deus. Eis que b jejuei e bém aos de meia-idade e à nova
orei durante muitos dias, a fim de geração; sim, para declarar-lhes
saber estas coisas por mim mes- que devem arrepender-se e b nas-
mo. E agora sei por mim mesmo cer de novo.
que são verdadeiras, porque o 50 E assim diz o Espírito: Arre-
Senhor Deus mas revelou por seu pendei-vos todos vós, confins da
Santo Espírito; e esse é o espírito Terra, porque o reino do céu está
de c revelação que está em mim. próximo; sim, o Filho de Deus
47 E ainda mais, digo-vos que vem em sua a glória, em sua for-
assim me foi revelado, que as pa- ça, majestade, poder e domínio.
lavras que foram ditas por nossos Sim, meus amados irmãos, digo-
pais são verdadeiras, em confor- vos que o Espírito afirma: Eis a
midade com o espírito de profecia glória do b Rei de toda a Terra; e
que está em mim, o qual também também o Rei do céu muito em
existe pela manifestação do Espí- breve brilhará entre todos os fi-
rito de Deus. lhos dos homens.
48 Digo-vos que sei por mim 51 E também me diz o Espírito,
mesmo que tudo quanto vos dis- sim, clama com voz potente, di-
ser, concernente às coisas que hão zendo: Vai e dize a este povo —
de vir, é verdadeiro; e digo-vos Arrependei-vos, porque, a menos
que sei que Jesus Cristo virá; sim, que vos arrependais, não pode-
o Filho, o Unigênito do Pai, cheio reis, de modo algum, herdar o
de graça e misericórdia e verda- reino do a céu.
de. E eis que é ele quem vem para 52 E torno a dizer-vos que o Es-
tirar os pecados do mundo, sim, pírito afirma: Eis que o a machado
os pecados de todos os que creem está posto à raiz da árvore; por-
firmemente em seu nome. tanto, toda árvore que não pro-
49 E agora vos digo que esta é duzir bons frutos será b cortada e
a a ordem segundo a qual eu fui atirada ao fogo, sim, um fogo que
46 a 1 Cor. 2:9–16. 50 a
GEE Glória; Mois. 7:53.
b GEE Jejuar, Jejum. Segunda Vinda de GEE Jesus Cristo;
c GEE Revelação. Jesus Cristo. Reino de Deus ou
49 a GEE Chamado, b Salm. 24; Reino dos Céus.
Chamado por Deus, Mt. 2:2; 51 a GEE Céu.
Chamar; Lc. 23:2; 52 a Lc. 3:9; D&C 97:7.
Sacerdócio. 2 Né. 10:14; b Jacó 5:46; 6:7;
b GEE Nascer de Deus, D&C 38:21–22; 3 Né. 27:11–12.
Nascer de Novo. 128:22–23;
ALMA 5:53–61 254
não pode ser consumido, um fogo e eis que seus nomes serão apa- c 

inextinguível. Ouvi e lembrai-vos gados, a fim de que os nomes dos


de que o Santo o disse. iníquos não sejam contados com
53 E agora, meus amados ir- os nomes dos justos, para que se
mãos, eu vos pergunto: Podeis re- cumpra a palavra de Deus, que
futar estas palavras? Sim, podeis diz: Os nomes dos iníquos não
pôr estas coisas de lado e a pisar o serão misturados com os nomes
Santo sob os pés? Sim, podeis in- de meu povo;
char-vos com o b orgulho de vosso 58 Porque os nomes dos justos
coração? Sim, persistireis em usar serão escritos no a livro da vida, e
vestimentas c luxuosas e pôr o co- a eles concederei uma herança à
ração nas coisas vãs do mundo, minha mão direita. E agora, meus
nas vossas d riquezas? irmãos, que tendes a dizer contra
54 Sim, persistireis em supor que isto? Digo-vos que se vos manifes-
sois uns melhores que os outros? tardes contra isto, não importa,
Sim, persistireis na perseguição de pois a palavra de Deus deve ser
vossos irmãos, que se humilham cumprida.
e seguem a santa ordem de Deus 59 Pois qual é o pastor entre vós
pela qual foram trazidos para esta que, tendo muitas ovelhas, não
igreja, tendo sido a santificados zela por elas, para que os lobos
pelo Santo Espírito e verdadeira- não entrem e devorem-lhe o re-
mente apresentando obras dignas banho? E eis que se um lobo en-
do arrependimento? trar no meio de seu rebanho, não
55 Sim, e persistireis em voltar as o porá para fora? Sim, e no final,
costas aos a pobres e aos necessi- se lhe for possível, destruí-lo-á.
tados e a negar-lhes vossos bens? 60 E agora vos digo que o bom
56 E finalmente, todos vós que pastor vos chama; e se derdes ou-
persistis em vossa iniquidade, vidos à sua voz, ele vos levará ao
digo-vos que estes são os que se- seu redil e sereis suas ovelhas; e
rão cortados e lançados ao fogo, ele ordena-vos que não permitais
a menos que rapidamente se ar- a nenhum lobo voraz entrar no
rependam. meio de vós, para que não sejais
57 E agora digo a todos vós que destruídos.
desejais seguir a voz do a bom 61 E agora eu, Alma, ordeno-vos,
pastor: Afastai-vos dos iníquos, na linguagem a daquele que mo
conservai-vos b separados e não ordenou, que procureis seguir as
toqueis em suas coisas imundas; palavras que vos disse.
53 a 1 Né. 19:7. 54 a GEE Santificação. 2 Tess. 3:6;
b GEE Orgulho. 55 a Salm. 109:15–16; D&C 133:5, 14.
c 2 Né. 28:11–14; Jacó 2:17; Hel. 6:39–40. c Deut. 29:20;
Mórm. 8:36–39. 57 a GEE Bom Pastor. Morô. 6:7; D&C 20:8.
d Salm. 62:10; b Esd. 6:21; 9:1; 58 a GEE Livro da Vida.
D&C 56:16–18. Ne. 9:2; 61 a Al. 5:44.
255 ALMA 5:62–6:8
62 Falo por meio de mandamen- nomes não fossem contados com
to a vós, que pertenceis à igreja; os dos justos.
e àqueles que não pertencem à 4 E assim começaram a estabe-
igreja falo por meio de convite, lecer a ordem da igreja, na cidade
dizendo: Vinde e sede batizados de Zaraenla.
para o arrependimento, a fim de 5 Ora, quisera que entendêsseis
que também partilheis do fruto que a palavra de Deus era acessí-
da a árvore da vida. vel a todos; de modo que a nin-
guém era negado o privilégio de
CAPÍTULO 6 reunir-se para ouvir a palavra de
Deus.
A Igreja em Zaraenla é purificada e
6 Não obstante, foi ordenado aos
posta em ordem — Alma vai a Gi-
filhos de Deus que se reunissem
deão para pregar. Aproximadamente
frequentemente e que se unissem
83 a.C.
em a jejum e fervorosa oração pelo
E então aconteceu que depois de bem-estar da alma dos que não
haver acabado de falar ao povo conheciam a Deus.
da igreja que estava estabelecida 7 E aconteceu que Alma, tendo
na cidade de Zaraenla, Alma a or- estabelecido estes regulamentos,
denou sacerdotes e b élderes pela partiu, sim, da igreja que se acha-
imposição de c mãos, segundo a va na cidade de Zaraenla, e foi
ordem de Deus, para presidirem para o leste do rio Sidon, no a vale
a igreja e d cuidarem dela. de Gideão, onde fora construída
2 E aconteceu que aqueles que uma cidade que se chamava ci-
não pertenciam à igreja e que dade de Gideão, a qual se achava
se arrependeram de seus peca- no vale que era chamado Gideão,
dos foram a batizados por causa assim chamado por causa do ho-
do arrependimento e recebidos mem que fora b morto com a espa-
na igreja. da pela mão de Neor.
3 E também aconteceu que to- 8 E Alma começou a pregar a pa-
dos os que pertenciam à igreja lavra de Deus à igreja que estava
e não se a arrependeram de suas estabelecida no vale de Gideão,
iniquidades nem se humilharam segundo a revelação da veraci-
perante Deus — refiro-me aos que dade da palavra que havia sido
tinham o coração cheio de b or- proferida por seus pais; e segun-
gulho — foram rejeitados e seus do o espírito de profecia que esta-
nomes c apagados, para que seus va nele, conforme o a testemunho
62 a 1 Né. 8:10; 11:21–23. d D&C 52:39. Al. 1:24; 5:57–58.
6 1 a GEE Ordenação, 2 a GEE Batismo, Batizar. GEE Excomunhão.
Ordenar. 3 a Mos. 26:6. 6 a GEE Jejuar, Jejum.
b GEE Élder (Ancião). b GEE Orgulho. 7 a Al. 2:20.
c GEE Mãos, Imposição c Êx. 32:33; b Al. 1:9.
de. Mos. 26:36; 8 a Apoc. 19:10.
ALMA 7:1–7 256
de Jesus Cristo, o Filho de Deus, 3 E eis que vim com grandes es-
que viria para redimir seu povo peranças e muito desejo de cons-
de seus pecados, e a santa ordem tatar que vós vos haveis humi-
pela qual fora chamado. E assim lhado perante Deus e que haveis
está escrito. Amém. continuado a suplicar-lhe a graça;
de constatar que sois irrepreensí-
veis perante ele e que não estais
Palavras de Alma ao povo de Gi- no terrível dilema em que se acha-
deão, segundo seu próprio registro. vam nossos irmãos em Zaraenla.
4 E bendito seja o nome de Deus,
Abrangem o capítulo 7.
pois deu-me a conhecer, sim, deu-
me a grande alegria de saber que
CAPÍTULO 7 se acham novamente estabeleci-
dos no caminho de sua retidão.
Cristo nascerá de Maria — Ele solta-
5 E espero, segundo o Espírito
rá as ligaduras da morte e carregará
de Deus que está em mim, ter
os pecados de Seu povo — Aqueles
também alegria por vós; não de-
que se arrependerem, forem batizados
sejo que minha alegria por vós, no
e guardarem os mandamentos terão
entanto, surja por causa de tantas
vida eterna — A imundície não pode
aflições e tristezas, as quais senti
herdar o reino de Deus — Requer-se
pelos irmãos de Zaraenla; pois eis
humildade, fé, esperança e caridade.
que minha alegria por eles surge
Aproximadamente 83 a.C.
depois de ter passado por muita
Eis que, meus amados irmãos, já aflição e tristeza.
que me foi permitido vir até vós, 6 Eis que espero, porém, que não
tentarei, portanto, a falar-vos em estejais num estado de tanta incre-
minha linguagem; sim, de mi- dulidade como se achavam vossos
nha própria boca, sendo que é irmãos; espero que não estejais
a primeira vez que vos falo com com o coração cheio de orgulho;
as palavras de minha boca, pois sim, espero que não tenhais posto
tenho estado completamente res- o coração nas riquezas e coisas vãs
trito à b cadeira de juiz, com tantos do mundo; sim, espero que não
deveres que não me foi possível adoreis a ídolos, mas que adoreis
vir até vós. o b Deus vivo e verdadeiro; e que
2 E ainda agora eu não poderia espereis ansiosamente, com uma
ter vindo se a cadeira de juiz não fé eterna, pela remissão de vossos
tivesse sido a passada a outro, para pecados, a qual virá.
que governasse em meu lugar; e o 7 Pois eis que eu vos digo que
Senhor, com grande misericórdia, muitas coisas estão para vir; e eis
permitiu-me vir até vós. que há uma coisa mais importante
7 1 a Al. 4:19. 2 a Al. 4:16–18. Hel. 6:31.
b Mos. 29:42. 6 a 2 Né. 9:37; b Dan. 6:26.
257 ALMA 7:8–15
que todas as outras — pois eis que 12 E tomará sobre si a a morte,
não está longe o a tempo em que o para soltar as ligaduras da morte
Redentor viverá e estará no meio que prendem o seu povo; e toma-
de seu povo. rá sobre si as suas enfermidades,
8 Eis que não digo que ele ficará para que se lhe encham de mise-
conosco no tempo em que habitar ricórdia as entranhas, segundo a
seu tabernáculo mortal; pois eis carne, para que saiba, segundo a
que o Espírito não me disse que carne, como b socorrer seu povo,
tal se daria. Ora, a respeito disso de acordo com suas enfermidades.
nada sei; sei, porém, isto: que o 13 Ora, o Espírito a sabe todas
Senhor Deus tem poder de fazer as coisas; não obstante, o Filho
todas as coisas que estejam em de Deus padece segundo a carne
conformidade com sua palavra. para b tomar sobre si os pecados
9 Mas eis que isto o Espírito me de seu povo, para apagar-lhes
disse: Clama a este povo, dizen- as transgressões, de acordo com
do: a Arrependei-vos e preparai o seu poder de libertação; e eis que
caminho do Senhor e andai em agora esse é o testemunho que
suas veredas, que são retas; pois está em mim.
eis que o reino do céu está próxi- 14 Agora, digo que vos deveis
mo e o Filho de Deus b nascerá na arrepender e a nascer de novo;
face da Terra. porque o Espírito diz que, se não
10 E eis que a nascerá de b Maria, nascerdes de novo, não podereis
em Jerusalém, que é a c terra de herdar o reino do céu; vinde, pois,
nossos antepassados, sendo ela e sede batizados para o arrepen-
uma d virgem, um vaso precioso dimento, a fim de serdes lavados
e escolhido; e uma sombra a en- de vossos pecados e terdes fé no
volverá; e e conceberá pelo poder Cordeiro de Deus que tira os pe-
do Espírito Santo e dará à luz um cados do mundo, que é podero-
filho, sim, o Filho de Deus. so para salvar e purificar de toda
11 E ele seguirá, sofrendo dores iniquidade.
e a aflições e tentações de toda es- 15 Sim, digo-vos: Vinde e não
pécie; e isto para que se cumpra temais; e deixai de lado todos
a palavra que diz que ele tomará os pecados que facilmente vos
sobre si as dores e as enfermida- a 
envolvem, que vos amarram
des de seu povo. e conduzem à destruição; sim,
7 a Al. 9:26. 2 Crôn. 15:9; 1 Né. 1:4; GEE Crucificação.
9 a Mt. 3:2–4; 3 Né. 20:29. b Heb. 2:18; 4:15;
Al. 9:25. d 1 Né. 11:13–21. D&C 62:1.
b Mos. 3:5; 7:27; 15:1–2. e Mt. 1:20; 13 a GEE Trindade.
10 a Isa. 7:14; Lc. 1:27. Mos. 15:3. b Mos. 15:12.
b Mos. 3:8. 11 a Isa. 53:3–5; GEE Expiação, Expiar.
GEE Maria, Mãe de Mos. 14:3–5. 14 a GEE Nascer de Deus,
Jesus. 12 a 2 Né. 2:8; Nascer de Novo.
c 1 Crôn. 9:3; Al. 12:24–25. 15 a 2 Né. 4:18.
ALMA 7:16–23 258
adiantai-vos e mostrai a vosso conhecer, pelo testemunho de sua
Deus que desejais arrepender-vos palavra, que ele não pode a andar
de vossos pecados e fazer com por veredas tortuosas; nem se des-
ele um convênio de guardar seus via daquilo que disse; nem há nele
mandamentos; e testemunhai-lhe sombra de desviar-se da direita
isso hoje, entrando nas águas do para a esquerda, ou seja, daquilo
batismo. que é certo para aquilo que é er-
16 E quem quer que isso faça e rado; portanto, o seu caminho é
guarde os mandamentos de Deus um círculo eterno.
de agora em diante, lembrar-se-á 21 E ele não habita em a templos
de que eu lhe digo, sim, lembrar- impuros; nem pode a imundície
se-á de que eu lhe disse que terá ou qualquer coisa impura ser re-
vida eterna, segundo o testemu- cebida no reino de Deus; digo-vos,
nho do Santo Espírito que em portanto, que tempo virá, sim, e
mim testifica. será no último dia, em que aque-
17 E agora, meus amados ir- le que é b imundo permanecerá na
mãos, credes vós nestas coisas? sua imundície.
Eis que vos digo que sim; sei que 22 E agora, meus amados ir-
acreditais nelas; e sei que acre- mãos, eu vos disse estas coisas a
ditais nelas, pela manifestação fim de despertar em vós o senso
do Espírito que está em mim. E de vosso dever para com Deus,
agora, porque vossa fé é forte a para que andeis irrepreensivel-
respeito disso, sim, a respeito das mente perante ele, para que an-
coisas que eu disse, grande é mi- deis conforme a santa ordem de
nha alegria. Deus segundo a qual fostes re-
18 Porque, como vos disse des- cebidos.
de o princípio, muito desejava 23 E agora, quisera que fôsseis
que não estivésseis no dilema de a 
humildes e submissos e man-
vossos irmãos; e eis que verifi- sos; fáceis de persuadir, cheios
quei que meus desejos foram sa- de paciência e longanimidade;
tisfeitos. sendo moderados em todas as
19 Porque percebo que estais nas coisas; guardando diligentemen-
veredas da retidão; percebo que te os mandamentos de Deus em
estais no caminho que conduz todos os momentos; pedindo as
ao reino de Deus; sim, percebo coisas necessárias, tanto espiri-
que estais endireitando as suas tuais como materiais; agradecen-
a 
veredas. do sempre a Deus por tudo quan-
20  Percebo que vos foi dado to recebeis.
19 a Mt. 3:3. Mos. 2:37; D&C 88:35.
20 a 1 Né. 10:19; Al. 34:36. 23 a GEE Humildade,
Al. 37:12; b 1 Né. 15:33–35; Humilde, Humilhar.
D&C 3:2. 2 Né. 9:16;
21 a 1 Cor. 3:16–17; 6:19; Mórm. 9:14;
259 ALMA 7:24–8:7
24 E procurai ter fé, esperança
a 
E então aconteceu que Alma
e caridade; e então fareis sempre voltou da a terra de Gideão de-
boas obras em abundância. pois de haver ensinado ao povo
25 E que o Senhor vos abençoe e de Gideão muitas coisas que não
conserve vossas vestimentas ima- podem ser escritas, tendo esta-
culadas, para que possais final- belecido a ordem da igreja como
mente sentar-vos no reino do céu, fizera anteriormente na terra de
para não mais sairdes, com Abraão, Zaraenla; sim, voltou para sua
Isaque e Jacó e os santos profetas própria casa em Zaraenla, a fim
que existiram desde que o mundo de descansar dos labores que ha-
começou, conservando vossas ves- via executado.
timentas a imaculadas, assim como 2 E assim terminou o nono ano
as deles são imaculadas. do governo dos juízes sobre o
26 E agora, meus amados ir- povo de Néfi.
mãos, eu vos disse estas palavras 3 E aconteceu, no começo do dé-
segundo o Espírito que testifica cimo ano do governo dos juízes
em mim; e minha alma regozija-se sobre o povo de Néfi, que Alma
muitíssimo por causa da extrema partiu dali e encaminhou-se para
diligência e atenção com que ou- a terra de Meleque, a oeste do a rio
vistes a minha palavra. Sidon, no oeste, perto das frontei-
27 E agora, que a a paz de Deus ras do deserto.
descanse sobre vós e sobre vos- 4 E começou a ensinar o povo
sas casas e terras e sobre vossos na terra de Meleque, segundo a
rebanhos e manadas e tudo que a 
santa ordem de Deus pela qual
possuís, vossas mulheres e vossos havia sido chamado; e começou
filhos, conforme vossa fé e boas a ensinar o povo por toda a terra
obras, de agora em diante e para de Meleque.
sempre. E assim falei. Amém. 5 E aconteceu que o povo veio a
ele de todas as fronteiras da terra
que ficava do lado do deserto. E
CAPÍTULO 8
foram batizados por toda a terra;
Alma prega e batiza em Meleque — 6 E havendo terminado seu tra-
Ele é rejeitado em Amonia e parte — balho em Meleque, partiu e viajou
Um anjo ordena-lhe que volte e pro- pelo norte da terra de Meleque
clame arrependimento ao povo — Ele durante três dias; e chegou a uma
é recebido por Amuleque e os dois cidade que se chamava Amonia.
pregam em Amonia. Aproximada- 7 Ora, era costume do povo de
mente 82 a.C. Néfi chamar suas terras e suas
24 a 1 Cor. 13; 27 a GEE Paz. GEE Sacerdócio de
Ét. 12:30–35; 8 1 a Al. 2:20; 6:7. Melquisedeque.
Morô. 7:33–48. 3 a Al. 16:6–7.
25 a 2 Ped. 3:14. 4 a D&C 107:2–4.
ALMA 8:8–18 260
cidades e suas aldeias, sim, mes- que fosse expulso de sua cidade,
mo todas as suas pequenas al- ele partiu dali e viajou em direção
deias, pelo nome do seu primeiro à cidade que era chamada Aarão.
habitante; e assim foi com a terra 14 E aconteceu que enquanto se
de Amonia. dirigia para lá, estando abatido
8 E aconteceu que quando che- de tristeza, passando por muitas
gou à cidade de Amonia, Alma co- a 
tribulações e angústias por cau-
meçou a pregar a palavra de Deus. sa da iniquidade do povo que
9 Ora, Satanás a apoderara-se dos se achava na cidade de Amonia,
corações dos habitantes da cidade aconteceu que enquanto Alma
de Amonia; portanto, não quise- estava assim abatido de pesar,
ram dar ouvidos às palavras de eis que lhe apareceu um b anjo do
Alma. Senhor, dizendo:
10 Alma, no entanto, a esforçou- 15 Bendito és tu, Alma; levan-
se muito em espírito, b suplicando ta, portanto, a cabeça e alegra-te,
a Deus, em c fervorosa oração, que pois tens grandes motivos para
derramasse o seu Espírito sobre o te alegrares; porque foste fiel aos
povo que se achava na cidade; e mandamentos de Deus desde o
que também lhe permitisse batizá- momento em que recebeste dele
los para o arrependimento. a primeira mensagem. Eis que
11 Eles, no entanto, endurece- sou aquele que a a transmitiu a ti.
ram o coração, dizendo-lhe: Eis 16 E eis que fui enviado para
que sabemos que tu és Alma; e ordenar-te que voltes à cidade de
sabemos que és sumo sacerdote Amonia e pregues novamente ao
da igreja que organizaste em mui- povo da cidade; sim, prega-lhes.
tas partes da terra, de acordo com Sim, dize-lhes que, a menos que
vossas tradições; e nós não somos se arrependam, o Senhor Deus os
da tua igreja e não acreditamos a 
destruirá.
nessas tolas tradições. 17 Porque eis que neste momen-
12 E agora sabemos que, por to eles planejam como tirar a liber-
não pertencermos a tua igreja, dade de teu povo (pois assim diz
não tens poder algum sobre nós; o Senhor), o que é contrário aos
e entregaste a cadeira de juiz a estatutos, e aos juízos, e aos man-
a 
Nefia; não és, portanto, nosso damentos que ele deu a seu povo.
juiz supremo. 18 Ora, aconteceu que depois
13 Ora, quando o povo disse isto de haver recebido a mensagem
e refutou todas as suas palavras e do anjo do Senhor, Alma voltou
ultrajou-o e nele cuspiu e fez com rapidamente à terra de Amonia.
9 a 2 Né. 28:19–22; c 3 Né. 27:1. b Al. 10:7–10, 20.
D&C 10:20. GEE Oração. GEE Anjos.
10 a Al. 17:5. 12 a Al. 4:20. 15 a Mos. 27:11–16.
b En. 1:1–12. 14 a GEE Adversidade. 16 a Al. 9:12, 18, 24.
261 ALMA 8:19–32
E entrou na cidade por outro ca- 25 Mas eis que recebi ordem de
minho, sim, pelo caminho que voltar e profetizar a este povo;
fica ao sul da cidade de Amonia. sim, de testemunhar contra ele a
19 E sentindo-se faminto ao en- respeito de suas iniquidades.
trar na cidade, disse a um homem: 26 E agora, Amuleque, por me
Darás algo de comer a um humil- haveres alimentado e recebido,
de servo de Deus? és abençoado; porque eu estava
20 E o homem disse-lhe: Sou ne- faminto por ter jejuado durante
fita e sei que és um santo profeta muitos dias.
de Deus, porque és o homem de 27 E Alma ficou muitos dias com
quem um a anjo, numa visão, dis- Amuleque, antes de começar a
se: Tu o receberás. Portanto, vem pregar ao povo.
comigo para minha casa e repar- 28 E aconteceu que as iniquida-
tirei contigo o meu alimento; e sei des do povo se agravaram.
que serás uma bênção para mim 29 E chegou a palavra a Alma,
e minha casa. dizendo: Vai e dize também a meu
21 E aconteceu que o homem o servo Amuleque que vá profetizar
recebeu em sua casa; e o homem a este povo, dizendo — a Arrepen-
chamava-se a Amuleque; e trou- dei-vos, pois assim diz o Senhor:
xe pão e carne e colocou diante A menos que vos arrependais,
de Alma. visitarei este povo em minha ira;
22 E aconteceu que Alma comeu sim, não desviarei minha arden-
pão e fartou-se; e a abençoou Amu- te ira.
leque e sua casa e rendeu graças 30 E saiu Alma e também Amu-
a Deus. leque entre o povo, para declarar-
23 E depois de haver comido e lhe as palavras de Deus; e estavam
estar farto, disse a Amuleque: Eu cheios do Espírito Santo.
sou Alma e sou o a sumo sacer- 31 E haviam recebido a poder,
dote da igreja de Deus em toda tanto assim que não podiam ser
esta terra. confinados em prisões; nem era
24 E eis que fui chamado para possível que algum homem os
pregar a palavra de Deus entre matasse; no entanto não fizeram
todo este povo, segundo o espíri- uso de seu b poder até haverem
to de revelação e profecia; e estive sido amarrados e postos na pri-
nesta terra e não me receberam, são. Ora, isso foi feito para que o
mas a expulsaram-me; e eu estava Senhor pudesse mostrar por meio
prestes a voltar as costas a esta deles o seu poder.
terra para sempre. 32  E aconteceu que saíram e
20 a Al. 10:7–9. 24 a Al. 8:13. 31 a 1 Né. 1:20.
21 a GEE Amuleque. 29 a Al. 9:12, 18. b Al. 14:17–29.
22 a Al. 10:11. GEE Arrepender-se,
23 a Al. 5:3, 44, 49; 13:1–20. Arrependimento.
ALMA 9:1–10 262
começaram a pregar e a profeti- 3 Ora, não entendiam as pala-
zar ao povo, segundo o espírito e vras que diziam; pois não sabiam
poder que o Senhor lhes conferira. que a Terra deixaria de existir.
4 E disseram também: Não acre-
ditaremos em tuas palavras, mes-
Palavras de Alma e também pala- mo que profetizes que esta grande
vras de Amuleque, ditas ao povo cidade será destruída em a um dia.
que habitava a terra de Amonia. 5 Ora, eles não sabiam que Deus
Eles são aprisionados e, pelo mi- podia fazer obras tão maravilho-
lagroso poder de Deus que estava sas, porque eram duros de coração
neles, são libertados, segundo o e obstinados.
registro de Alma. 6 E perguntaram: a Quem é Deus,
que b não envia a este povo mais
Abrangem os capítulos 9 a 14.
autoridade do que um só homem
para declarar-lhes a veracidade
CAPÍTULO 9 de coisas tão grandes e maravi-
lhosas?
Alma ordena ao povo de Amonia que
7 E eles avançaram para agarrar-
se arrependa — O Senhor será mise-
me, mas eis que não o fizeram. E
ricordioso para com os lamanitas nos
enfrentei-os com muita ousadia
últimos dias — Se os nefitas abando-
para declarar-lhes, sim, testifi-
narem a luz, serão destruídos pelos
quei-lhes ousadamente, dizendo:
lamanitas — O Filho de Deus logo
8 Ó vós, a geração iníqua e per-
virá — Ele redimirá os que se arre-
versa, como vos haveis esquecido
pendem, são batizados e têm fé em
da tradição de vossos pais! Sim,
Seu nome. Aproximadamente 82 a.C.
quão rapidamente vos haveis es-
E novamente eu, Alma, tendo quecido dos mandamentos de
sido ordenado por Deus a levar Deus!
comigo Amuleque para pregar 9 Não vos lembrais de que nosso
outra vez a esse povo, ou seja, pai, Leí, foi trazido de Jerusalém
o povo que estava na cidade de pela a mão de Deus? Não vos lem-
Amonia, aconteceu que quando brais de que todos foram por ele
principiei a pregar-lhes, eles co- guiados no deserto?
meçaram a contender comigo, 10 E haveis esquecido tão rapi-
dizendo: damente quantas vezes ele liber-
2 Quem és tu? Supões que acre- tou nossos pais das mãos de seus
ditaremos no testemunho de a um inimigos e evitou que fossem des-
homem, ainda que nos anuncie truídos, até mesmo pelas mãos de
que a Terra deixará de existir? seus próprios irmãos?
9 2 a Deut. 17:6. Mos. 11:27; 8 a Al. 10:17–25.
4 a Al. 16:9–10. Mois. 5:16. 9 a 1 Né. 2:1–7.
6 a Êx. 5:2; b Al. 10:12.
263 ALMA 9:11–19
11 Sim, e se não fosse por seu presença desde o começo de suas
incomparável poder e sua mi- transgressões na terra.
sericórdia e sua longanimidade 15 Não obstante, digo-vos que o
para conosco, teríamos inevita- dia do julgamento será mais a to-
velmente sido varridos da face da lerável para eles do que para vós,
Terra há muito tempo e teríamos se permanecerdes em vossos pe-
sido, talvez, condenados a um cados; sim, e mais tolerável para
estado de a interminável miséria eles nesta vida do que para vós, a
e angústia. menos que vos arrependais.
12 Eis que agora eu vos digo 16 Porque muitas são as pro-
que ele ordena que vos arrepen- messas a estendidas aos lamanitas;
dais; e, se não vos arrependerdes, pois foi por causa das b tradições
não podereis de maneira alguma de seus pais que permaneceram
herdar o reino de Deus. Mas eis num estado de c ignorância; o Se-
que isto não é tudo — Ele vos nhor será, portanto, misericordio-
ordenou que vos arrependêsseis, so para com eles e d prolongará sua
pois, do contrário, ele vos a var- existência na terra.
rerá completamente da face da 17 E algum dia serão a levados
Terra; sim, visitar-vos-á em sua a acreditar em sua palavra e a
ira e não se desviará em sua b ar- conhecer os erros das tradições
dente ira. de seus pais; e muitos deles se-
13 Eis que não vos lembrais de rão salvos, porque o Senhor será
suas palavras a Leí, dizendo: a Se misericordioso com todos os que
guardardes meus mandamentos, b 
invocarem seu nome.
prosperareis na terra? E ainda: Se 18 Mas eis que vos digo que, se
não guardardes meus mandamen- persistirdes em vossas iniquida-
tos, sereis afastados da presença des, vossos dias não serão prolon-
do Senhor? gados na terra, porque os a lamani-
14 Ora, eu quisera que vos lem- tas serão enviados contra vós; e se
brásseis de que, como os lama- não vos arrependerdes, eles virão
nitas não guardaram os manda- num dia em que vós não sabeis e
mentos de Deus, foram a afastados sereis visitados com b total destrui-
da presença do Senhor. Ora, ve- ção; e isto acontecerá de acordo
mos que a palavra do Senhor foi com a ardente c ira do Senhor.
confirmada neste ponto e os la- 19 Pois ele não permitirá que vi-
manitas foram afastados de sua vais em vossas iniquidades para
11 a Mos. 16:11. Al. 38:1. 17 a En. 1:13.
12 a Al. 8:16; 10:19, 23, 27. 15 a Mt. 11:22, 24. b Al. 38:5;
b Al. 8:29. 16 a Al. 17:15. D&C 3:8.
13 a 2 Né. 1:20; b Mos. 10:12 (ver 18 a Al. 16:2–3.
Mos. 1:7; versículos 11–17). b Al. 16:9.
Al. 37:13. c Mos. 3:11. c Al. 8:29.
14 a 2 Né. 5:20–24; d Hel. 15:10–12.
ALMA 9:20–26 264
destruir seu povo. Digo-vos que tendo sido libertados do cativei-
b 

não; ele antes permitiria que os ro, vez após vez, e tendo sido pro-
lamanitas a destruíssem todo o seu tegidos e preservados até agora; e
povo, chamado povo de Néfi, se prosperaram até se enriquecerem
fosse possível que eles b caíssem de todas as coisas —
em pecado e transgressão depois 23 E agora, eis que vos digo que
de haverem recebido tanta luz e se este povo, que recebeu tantas
tanto conhecimento do Senhor bênçãos da mão do Senhor, trans-
seu Deus; gredir contra a luz e o conheci-
20 Sim, depois de haverem sido mento que possui, eu vos digo
um povo altamente favorecido que, se isto acontecer, se eles caí-
pelo Senhor; sim, depois de ha- rem em transgressão, será muito
verem sido mais favorecidos do mais a tolerável para os lamanitas
que qualquer outra nação, tribo, do que para eles.
língua ou povo; depois de lhes te- 24 Pois eis que as a promessas do
rem a sido manifestadas, de acordo Senhor se estendem aos lamani-
com seus desejos e sua fé e ora- tas, mas não a vós, se transgredir-
ções, todas as coisas concernen- des; pois não prometeu expres-
tes ao que era, ao que é e ao que samente o Senhor e firmemente
há de vir; decretou que, se vos rebelardes
21 Havendo sido visitados pelo contra ele, sereis completamente
Espírito de Deus; havendo con- varridos da face da Terra?
versado com anjos e ouvido a voz 25 E por causa disso, para que
do Senhor e tendo o espírito de não sejais destruídos, o Senhor en-
profecia e o espírito de revelação; viou o seu anjo para visitar mui-
e também muitos dons, o dom de tos de seu povo, ordenando-lhes
falar em línguas e o dom de pre- que fossem clamar fortemente a
gar e o dom do Espírito Santo e o este povo, dizendo: a Arrependei-
dom de a traduzir; vos, porque o reino do céu está
22 Sim, e depois de haverem sido próximo;
a 
libertados por Deus da terra de 26 E a não se passarão muitos
Jerusalém, pela mão do Senhor; dias até que o Filho de Deus ve-
tendo sido salvos da fome e de nha em sua glória; e sua glória
doenças e de todo tipo de enfer- será a glória do b Unigênito do Pai,
midades de toda espécie; e ten- cheio de c graça, equidade, e ver-
do sido fortalecidos em batalhas, dade, cheio de paciência, d mise-
para que não fossem destruídos; ricórdia e longanimidade, pronto
19 a 1 Né. 12:15, 19–20; 22 a 2 Né. 1:4. Hel. 5:32.
Al. 45:10–14. b Mos. 27:16. 26 a Al. 7:7.
b Al. 24:30. 23 a Mt. 11:22–24. b GEE Unigênito.
20 a GEE Revelação. 24 a 2 Né. 30:4–6; c GEE Graça.
21 a Ômni 1:20; D&C 3:20. d GEE Misericórdia,
Mos. 8:13–19; 28:11–17. 25 a Al. 7:9; Misericordioso.
265 ALMA 9:27–10:3
para ouvir o clamor do seu povo
e 
33 Aconteceu, porém, que o Se-
e para responder às suas orações. nhor não permitiu, naquela opor-
27 E eis que virá para a redimir tunidade, que me agarrassem e
os que se b batizarem para o arre- lançassem na prisão.
pendimento, pela fé em seu nome. 34 E aconteceu que Amuleque,
28 Preparai, portanto, o cami- adiantando-se, também começou
nho do Senhor, pois aproxima-se a pregar-lhes. Ora, as a palavras de
o tempo em que todos os homens Amuleque não estão todas escri-
colherão uma recompensa de suas tas; não obstante, uma parte de
a 
obras, de acordo com aquilo que suas palavras está escrita neste
tenham sido; se foram justas, b co- livro.
lherão a salvação de sua alma,
segundo o poder e a redenção CAPÍTULO 10
de Jesus Cristo; e se foram más,
Leí descendia de Manassés — Amu-
colherão a c condenação de sua
leque relata a ordem que recebera
alma, segundo o poder e cativei-
do anjo para cuidar de Alma — As
ro do diabo.
orações dos justos fazem com que o
29 Agora, eis que esta é a voz do
povo seja poupado — Advogados e
anjo, clamando ao povo.
juízes iníquos alicerçam a destruição
30 E agora, meus a amados ir-
do povo. Aproximadamente 82 a.C.
mãos, pois sois meus irmãos e
deveis ser amados, deveis pro- Ora, estas são as a palavras que
duzir obras dignas de arrependi- Amuleque pregou ao povo que
b 

mento, já que vosso coração foi estava na terra de Amonia, di-


grandemente endurecido contra zendo:
a palavra de Deus e sois um povo 2 Eu sou Amuleque; sou filho de
decaído e b perdido. Gidona, que era filho de Ismael,
31 Ora, aconteceu que tendo eu, que era descendente de Aminádi;
Alma, proferido estas palavras, eis e foi esse mesmo Aminádi que in-
que o povo se zangou comigo por terpretou a escritura que se acha-
ter-lhes dito que eram um povo de va na parede do templo, que fora
coração duro e a obstinado. escrita pelo dedo de Deus.
32 E também porque lhes dis- 3  E Aminádi era descenden-
se que eram um povo perdido e te de Néfi, que era filho de Leí,
decaído, iraram-se contra mim e que saiu da terra de Jerusalém,
procuraram agarrar-me para lan- que era descendente de a Manas-
çar-me na prisão. sés, que era filho de b José, que foi
26 e Deut. 26:7. c GEE Condenação, 34 a
Al. 10.
27 a GEE Redenção, Condenar. 10 1 a
Al. 9:34.
Redimido, Redimir. 30 a 1 Jo. 4:11. b Al. 8:21–29.
b GEE Batismo, Batizar. b Al. 12:22. 3 a Gên. 41:51;
28 a D&C 1:10; 6:33. 31 a 2 Né. 25:28; 1 Crôn. 9:3.
b Salm. 7:16. Mos. 3:14. b GEE José, Filho de Jacó.
ALMA 10:4–12 266
vendido no Egito pelas mãos de seus
c 
pecados deste povo e está famin-
irmãos. to; e c recebê-lo-ás em tua casa e
4 E eis que eu também sou ho- alimentá-lo-ás; e ele abençoará a ti
mem de alguma reputação entre e a tua casa; e a bênção do Senhor
todos os que me conhecem; sim, recairá sobre ti e tua casa.
e eis que tenho muitos parentes e 8 E aconteceu que obedeci à voz
a 
amigos e também adquiri mui- do anjo e dirigi-me para minha
tas riquezas por meio de meus casa. E quando para ela me di-
esforços. rigia, encontrei o a homem sobre
5 Não obstante tudo isso, nunca quem o anjo dissera: Recebê-lo-ás
tive muito conhecimento acerca em tua casa — e eis que era este
dos caminhos do Senhor, de seus mesmo homem que vos tem fala-
a 
mistérios e maravilhoso poder. do sobre as coisas de Deus.
Disse que nunca havia tido muito 9 E o anjo disse-me que ele é um
conhecimento destas coisas, mas homem santo; sei, portanto, que é
eis que me engano, porque muito um a santo homem, porque me foi
vi de seus mistérios e maravilhoso dito por um anjo de Deus.
poder; sim, mesmo na preserva- 10 E ainda sei que as coisas que
ção da vida deste povo. ele testemunhou são verdadeiras;
6 Não obstante, endureci o co- pois eis que vos digo: Assim como
ração, pois fui a chamado muitas vive o Senhor, ele enviou seu a anjo
vezes e não quis b ouvir; portanto, para manifestar-me estas coisas; e
eu sabia a respeito destas coisas, isto fez enquanto este Alma estava
embora não quisesse saber; assim, b 
hospedado em minha casa.
continuei rebelando-me contra 11 Pois eis que ele a abençoou
Deus na maldade de meu cora- minha casa; abençoou a mim e as
ção, até o quarto dia deste sétimo mulheres de minha casa e meus
mês, no décimo ano do governo filhos e meu pai e meus paren-
dos juízes. tes; sim, abençoou toda a minha
7 E enquanto viajava para visi- parentela e a bênção do Senhor
tar um parente muito próximo, recaiu sobre nós segundo as pa-
eis que um a anjo do Senhor me lavras que ele proferiu.
apareceu e disse: Amuleque, volta 12 E então, quando Amuleque
para tua casa, porque alimentarás disse estas palavras, o povo come-
um profeta do Senhor; sim, um çou a ficar admirado, vendo que
santo homem, que é um homem havia a mais que uma testemunha
escolhido por Deus; porque b je- que afirmava as coisas das quais
juou muitos dias por causa dos eram acusados, assim como as
3 c Gên. 37:29–36. 7 a Al. 8:20. 9 a GEE Santo (adjetivo).
4 a Al. 15:16. b Al. 5:46; 6:6. 10 a Al. 11:30–31.
5 a GEE Mistérios de Deus. GEE Jejuar, Jejum. b Al. 8:27.
6 a Al. 5:37. c At. 10:30–35. 11 a Al. 8:22.
b D&C 39:9. 8 a Al. 8:19–21. 12 a Al. 9:6.
267 ALMA 10:13–22
coisas que estavam para vir, se- ele percebeu seus pensamentos
a 

gundo o espírito de profecia que e disse-lhes: Ó b geração iníqua e


se achava neles. perversa, vós, advogados e hipó-
13 Não obstante, houve alguns critas, pois estais estabelecendo
entre eles que quiseram interrogá- os alicerces do diabo; pois estais
los para ver se, com seus astutos preparando c armadilhas e laços
a 
ardis, conseguiriam enredá-los para apanhar os santos de Deus.
em suas próprias palavras e, as- 18 Estais tramando a perverter
sim, obter um testemunho contra os caminhos dos justos e fazer
eles, a fim de poderem entregá- cair sobre vossa cabeça a ira de
los a seus juízes para que fossem Deus, até a completa destruição
julgados de acordo com a lei e deste povo.
fossem mortos ou lançados na 19 Sim, bem disse Mosias, que
prisão, segundo o crime que pu- foi nosso último rei, quando esta-
dessem simular ou testemunhar va para entregar seu reino — não
contra eles. tendo a quem deixá-lo e fazendo
14 Ora, esses homens que pro- com que o povo se governasse
curavam destruí-los eram a advo- pela própria voz — sim, bem disse
gados, empregados ou nomeados ele que, se chegasse o tempo em
pelo povo, para aplicar a lei nas que a voz deste povo a escolhesse
épocas de julgamento, ou seja, nos a iniquidade, isto é, se viesse o
julgamentos dos crimes do povo tempo em que este povo caísse
perante os juízes. em transgressão, eles estariam
15 Ora, esses advogados eram maduros para a destruição.
versados em todas as artimanhas 20 E agora vos digo que bem jul-
e astúcias do povo: e isto para ga o Senhor as vossas iniquidades;
que fossem habilidosos em sua bem clama a este povo pela voz
profissão. de seus a anjos: Arrependei-vos,
16 E aconteceu que começaram a arrependei-vos, porque o reino
interrogar Amuleque, para assim do céu está próximo.
fazê-lo contradizer suas palavras, 21 Sim, bem clama ele pela voz
ou seja, contradizer as palavras de seus anjos: a Descerei no meio
que diria. de meu povo com equidade e jus-
17  Ora, eles não sabiam que tiça em minhas mãos.
Amuleque podia conhecer suas 22 Sim, e digo-vos que, se não
intenções. Mas aconteceu que fosse pelas a orações dos justos
quando começaram a interrogá-lo, que agora habitam a terra, vós
13 a Al. 11:21. Al. 9:8. 20 a Al. 8:14–16; 13:22.
14 a Al. 10:24; 11:20–21; c D&C 10:21–27. 21 a Mos. 13:34.
14:18. 18 a At. 13:10. 22 a Tg. 5:16;
17 a Al. 12:3; 18:20, 32; 19 a Mos. 29:27; Mos. 27:14–16.
D&C 6:16. Al. 2:3–7;
b Mt. 3:7; Hel. 5:2.
ALMA 10:23–32 268
seríeis agora mesmo visitados por a favor de vossa lei, para vossa
completa destruição; contudo, ela condenação.
não viria por b dilúvio, como acon- 27  E agora, eis que vos digo
teceu ao povo nos dias de Noé, que o alicerce da destruição des-
mas pela fome e por pestilência e te povo está começando a ser es-
pela espada. tabelecido pela iniquidade de vos-
23 É, porém, pelas a orações dos sos a advogados e de vossos juízes.
justos que sois poupados; agora, 28 E aconteceu que tendo Amu-
se afastardes, portanto, os justos leque dito estas palavras, o povo
do meio de vós, então o Senhor clamou contra ele, dizendo: Ago-
não deterá a mão, mas, na sua ra sabemos que este homem é um
ardente ira, virá contra vós; se- filho do diabo, porque nos a men-
reis então castigados pela fome e tiu; pois falou contra nossa lei. E
por pestilência e pela espada; e o agora diz que não falou contra ela.
b 
tempo aproxima-se, a menos que 29 E mais ainda, rebelou-se con-
vos arrependais. tra nossos advogados e nossos
24 E então aconteceu que o povo juízes.
se indignou ainda mais contra 30 E aconteceu que os advoga-
Amuleque e clamou, dizendo: dos inculcaram no coração deles
Este homem rebela-se contra nos- que guardassem na lembrança
sas leis, que são justas; e contra estas coisas contra ele.
nossos sábios advogados por nós 31 E havia um entre eles, cujo
escolhidos. nome era Zeezrom. Ora, ele foi
25 Amuleque, porém, estendeu o primeiro a a acusar Amuleque e
a mão e clamou-lhes mais for- Alma, por ser um dos mais pre-
temente, dizendo: Ó malvada e parados entre eles, tendo muitos
perversa geração, por que con- negócios com o povo.
seguiu Satanás tão grande poder 32 Ora, o objetivo desses advo-
sobre vosso coração? Por que vos gados era obter lucro; e eles obti-
submeteis a ele, para que tenha nham lucro de acordo com o seu
poder sobre vós, para a cegar-vos trabalho.
e não poderdes compreender as
palavras que são proferidas de
CAPÍTULO 11
acordo com a verdade?
26 Pois eis que testifiquei eu con- Descreve-se o sistema monetário nefi-
tra a vossa lei? Vós não compreen- ta — Amuleque contende com Zeez-
deis. Dizeis que falei contra a vos- rom — Cristo não salvará o povo em
sa lei, mas eu não o fiz; mas falei pecado — Somente os que herdam o
22 b Gên. 8:21; 23 a GEE Oração. 27 a Lc. 11:45–52.
3 Né. 22:8–10. b Al. 34:32–35. 28 a Al. 14:2.
GEE Dilúvio no Tempo 25 a 2 Cor. 4:4; 31 a Al. 11:20–36.
de Noé. Al. 14:6.
269 ALMA 11:1–19
reino do céu são salvos — Todos os e circunstâncias do povo, em cada
homens se levantarão em imortalida- geração, até o governo dos juízes,
de — Não há morte após a ressurrei- a 
estabelecido pelo rei Mosias.
ção. Aproximadamente 82 a.C. 5 Era este o cálculo estabelecido:
Um senine de ouro, um seon de
Ora, constava na lei de Mosias ouro, um sum de ouro e um lim-
que todo homem que fosse um na de ouro.
juiz da lei ou aqueles que fossem 6 Um senum de prata, um amnor
nomeados juízes recebessem um de prata, um ezrom de prata e um
salário, de acordo com o tempo onti de prata.
que empregassem para julgar 7 Um senum de prata equivalia
aqueles que lhes eram levados a um senine de ouro, e tanto um
para serem julgados. como outro valiam uma medida
2 Ora, se um homem devesse a de cevada e também uma medida
outro e não quisesse pagar aquilo de todos os tipos de grãos.
que devia, dele se dava queixa ao 8 Ora, o valor de um seon de
juiz; e o juiz exercia sua autoridade ouro era duas vezes o valor de
e enviava oficiais para levarem o um senine.
homem perante ele; e ele julgava o 9 E um sum de ouro era duas
homem segundo a lei e as evidên- vezes o valor de um seon.
cias que apresentavam contra ele; 10 E um limna de ouro tinha o
e assim o homem era compelido a valor de todas as outras moedas.
pagar aquilo que devia ou era des- 11 E um amnor de prata valia
pojado do que tinha e afastado do tanto quanto dois senuns.
povo, como ladrão e espoliador. 12 E um ezrom de prata valia por
3 E o juiz recebia honorários de quatro senuns.
acordo com seu tempo — um seni- 13 E um onti tinha o valor de
ne de ouro por dia ou um senum todas as outras moedas.
de prata, que equivalia a um seni- 14 Ora, este era o valor dos nú-
ne de ouro; e isso de acordo com meros menores de seus cálculos —
a lei em vigor. 15 Um siblon era a metade de
4 Ora, estes são os nomes das um senum; portanto, um siblon
diversas moedas de ouro e de pra- valia meia medida de cevada.
ta, segundo seu valor. E os no- 16 E um siblum era a metade de
mes foram dados pelos nefitas, um siblon.
porque não contavam segundo 17 E um leá era a metade de um
a maneira dos judeus que esta- siblum.
vam em Jerusalém; nem mediam 18 Ora, estes eram seus números,
segundo a maneira dos judeus, segundo seus cálculos.
mas alteraram seus cálculos e 19 Ora, um antion de ouro era
suas medidas segundo a vontade igual a três siblons.
11 4 a Mos. 29:40–44.
ALMA 11:20–36 270
20 Ora, era com o único fito de de grande valor — quando em
obter lucro — pois recebiam salá- teu coração tinhas o intento de fi-
rios segundo os seus serviços — car com eles; e o teu único desejo
que os juízes incitavam o povo era que eu negasse o Deus vivo e
a motins e a toda espécie de dis- verdadeiro, a fim de que tivesses
túrbios e iniquidades, para que motivo para destruir-me. E agora,
tivessem mais serviço e pudessem eis que por esse grande mal terás
a 
ganhar mais dinheiro, de acordo tua recompensa.
com as causas que lhes eram le- 26 E Zeezrom disse-lhe: Dizes
vadas; portanto, incitaram o povo que existe um Deus vivo e ver-
contra Alma e Amuleque. dadeiro?
21 E esse Zeezrom começou a 27 E Amuleque respondeu: Sim,
questionar Amuleque, dizendo: existe um Deus vivo e verdadeiro.
Responderás a algumas pergun- 28 Disse então Zeezrom: Existe
tas que eu te fizer? Ora, Zeezrom mais de um Deus?
era um homem perito nos a ardis 29 E ele respondeu: Não.
do diabo para destruir o que era 30 Então perguntou-lhe Zeez-
bom; portanto, disse a Amuleque: rom novamente: Como sabes es-
Responderás às perguntas que eu tas coisas?
te fizer? 31 E ele disse: Um a anjo mas deu
22 E Amuleque disse-lhe: Sim, se a conhecer.
for segundo o a Espírito do Senhor 32 E Zeezrom tornou a pergun-
que está em mim; porque nada di- tar: Quem é aquele que virá? É o
rei que seja contrário ao Espírito Filho de Deus?
do Senhor. E disse-lhe Zeezrom: 33 E ele respondeu-lhe: Sim.
Eis que aqui estão seis ontis de 34 E disse novamente Zeezrom:
prata; e todos te darei, se negares Salvará ele seu povo a em seus pe-
a existência de um Ser Supremo. cados? E Amuleque respondeu-
23 Ora, Amuleque disse: Ó tu, lhe e disse-lhe: Digo-te que ele não
a 
filho do inferno, por que me b ten- salvará, porque lhe é impossível
tas? Ignoras tu que os justos não negar sua própria palavra.
cedem a tais tentações? 35 Disse então Zeezrom ao povo:
24 Acreditas que não há Deus? Lembrai-vos destas coisas; porque
Digo-te: Não, tu sabes que existe ele disse que existe um só Deus;
um Deus; amas, porém, mais o não obstante, declarou que o Fi-
a 
lucro do que a ele. lho de Deus virá mas não salvará
25 E agora, mentiste a mim pe- seu povo — como se ele tivesse
rante Deus. Disseste-me — Eis autoridade para mandar em Deus.
que te darei seis ontis, que são 36 Então Amuleque lhe disse
20 a Al. 10:32. 23 a Al. 5:41. Tit. 1:11.
21 a Al. 10:13. b GEE Tentação, Tentar. 31 a Al. 10:7–10.
22 a GEE Espírito Santo. 24 a 1 Tim. 6:10; 34 a Hel. 5:10–11.
271 ALMA 11:37–44
novamente: Eis que mentiste, as ligaduras da morte; pois eis que
pois disseste que eu falei como dia virá em que b todos se levan-
se tivesse autoridade para man- tarão da morte e apresentar-se-ão
dar em Deus, porque disse que perante Deus e serão c julgados
ele não salvará seu povo em seus segundo suas obras.
pecados. 42 Ora, existe uma morte que é
37 E torno a dizer-te que ele não chamada morte física; e a morte
pode salvá-los em seus a pecados, de Cristo desatará as a ligaduras
porque eu não posso negar a sua dessa morte física, para que todos
palavra e ele disse que b nada im- se levantem dessa morte física.
puro pode herdar o c reino do céu; 43 O espírito e o corpo serão no-
portanto, como podeis ser salvos, vamente a reunidos em sua per-
a menos que herdeis o reino do feita forma; os membros e juntas
céu? Portanto, não podeis ser sal- serão restaurados à sua devida
vos em vossos pecados. estrutura, tal como nos achamos
38 Então Zeezrom novamente neste momento; e seremos le-
lhe disse: É o Filho de Deus o pró- vados a apresentar-nos perante
prio Pai Eterno? Deus, sabendo o que sabemos
39 E respondeu-lhe Amuleque: agora, e tendo uma viva b lembran-
Sim, ele é o próprio a Pai Eterno do ça de toda a nossa c culpa.
céu e da Terra e de b todas as coisas 44 Ora, esta restauração aconte-
que neles existem; ele é o começo cerá com todos, tanto velhos como
e o fim, o primeiro e o último; jovens, tanto escravos como livres,
40 E virá ao a mundo para b re- tanto homens como mulheres,
dimir seu povo; e c tomará so- tanto iníquos como justos; e não
bre si as transgressões daqueles se perderá um único cabelo de sua
que acreditam em seu nome; e cabeça, mas tudo será a restaurado
estes são os que terão vida eter- à sua perfeita estrutura, como se
na e para ninguém mais haverá encontra agora, ou seja, no cor-
salvação. po; e todos serão levados peran-
41 Portanto, os iníquos permane- te o tribunal de Cristo, o Filho, e
cerão como se a não tivesse havido Deus, o b Pai, e o Santo Espírito,
redenção, sendo apenas desatadas que são c um Eterno Deus, para
37 a 1 Cor. 6:9–10. c Êx. 34:6–7; Al. 40:23.
b 1 Né. 15:33; Isa. 53:5; b 2 Né. 9:14;
Al. 40:26; 1 Jo. 2:2; Mos. 3:25;
3 Né. 27:19. Mos. 14:5; 15:12; Al. 5:18.
GEE Ímpio. D&C 19:16–19. c GEE Culpa.
c GEE Reino de Deus ou 41 a Al. 12:18; 44 a Al. 41:12–15.
Reino dos Céus. D&C 88:33. b GEE Trindade — Deus,
39 a Isa. 9:6. b Apoc. 20:12–13; o Pai.
b Col. 1:16; Al. 42:23. c 3 Né. 11:27, 36.
Mos. 4:2. c GEE Juízo Final. GEE Trindade.
40 a GEE Mundo. 42 a Al. 12:16.
b Rom. 11:26–27. 43 a 2 Né. 9:13;
ALMA 11:45–12:6 272
serem julgados segundo as suas
d 
Ora, vendo que as palavras de
obras, sejam elas boas ou más. Amuleque haviam silenciado
45 Ora, eis que vos falei sobre a Zeezrom, pois dera-se conta de
morte do corpo mortal e também que Amuleque o havia apanha-
sobre a a ressurreição do corpo do em suas a mentiras e ardis para
mortal. Digo-vos que este cor- destruí-lo; e vendo que ele come-
po mortal será b levantado num çava a tremer, b consciente de sua
corpo c imortal, isto é, passará da culpa, Alma abriu a boca e come-
morte, da primeira morte, à vida, çou a falar-lhe e a confirmar as pa-
para d não mais morrer; e o espí- lavras de Amuleque e a explicar
rito unir-se-á a seu corpo para outras coisas, ou seja, a esclarecer
não mais serem divididos; o todo as escrituras além daquilo que
tornando-se, assim, e espiritual e Amuleque fizera.
imortal, de modo que já não possa 2 Ora, as palavras que Alma dis-
experimentar corrupção. se a Zeezrom foram ouvidas pelo
46 Ora, quando Amuleque ter- povo ao redor; pois a multidão era
minou estas palavras, o povo co- grande; e ele falou deste modo:
meçou novamente a ficar admira- 3 Agora, Zeezrom, visto que fos-
do e também Zeezrom começou te apanhado em tuas mentiras e
a tremer. E assim terminaram as artimanhas, pois não mentiste so-
palavras de Amuleque, ou seja, mente aos homens, mas também
isto é tudo o que escrevi. a Deus; pois eis que ele conhece
todos os teus a pensamentos e vês
que os teus pensamentos nos são
CAPÍTULO 12
manifestados por seu Espírito;
Alma fala a Zeezrom — Os mistérios 4 E vês que sabemos que teu
de Deus só podem ser revelados aos plano foi um plano muito sutil,
fiéis — Os homens são julgados por segundo a sutileza do diabo, para
seus pensamentos, crenças, palavras mentir e enganar este povo a fim
e obras — Os iníquos sofrerão mor- de incitá-lo contra nós, para ultra-
te espiritual — Esta vida mortal é jar-nos e expulsar-nos.
um estado probatório — O plano de 5 Ora, esse era um plano de teu
redenção proporciona a ressurreição a 
adversário e ele exerceu seu po-
e, por meio da fé, a remissão de pe- der sobre ti. Agora eu quisera
cados — Aqueles que se arrependem que te lembrasses de que o que
têm direito à misericórdia, por meio te digo, digo a todos.
do Filho Unigênito. Aproximada- 6 E eis que vos digo, a vós to-
mente 82 a.C. dos, que foi uma armadilha do
44 d Apoc. 20:12–13. Imortalidade. b GEE Consciência.
45 a Al. 40:23; d Apoc. 21:4; 3 a Jacó 2:5;
D&C 88:16. D&C 63:49; 88:116. Al. 10:17;
b GEE Ressurreição. e 1 Cor. 15:44. D&C 6:16.
c GEE Imortal, 12 1 a Al. 11:20–38. 5 a GEE Diabo.
273 ALMA 12:7–14
adversário, que ele preparou para que ele concede aos filhos dos ho-
pegar este povo a fim de poder mens de acordo com a atenção e
subjugar-vos e amarrar-vos com diligência que lhe dedicam.
suas a correntes, para arrastar-vos 10 E, portanto, aquele que a en-
à destruição eterna segundo o po- durecer o coração receberá a parte
der de seu cativeiro. b 
menor da palavra; e o que c não
7 Ora, quando Alma disse estas endurecer o coração, a ele será
palavras, Zeezrom começou a tre- d 
dada a parte maior da palavra,
mer ainda mais, pois convencia-se até que lhe seja dado conhecer os
cada vez mais do poder de Deus; e mistérios de Deus, até que os co-
também estava convencido de que nheça na sua plenitude.
Alma e Amuleque sabiam sobre 11 E aos que endurecerem o co-
ele, porque estava convencido de ração será dada a menor a parte da
que eles conheciam os pensamen- palavra, até que b nada saibam a
tos e as intenções de seu coração; respeito de seus mistérios; e serão
porque a eles havia sido dado o então escravizados pelo diabo e
poder de conhecer essas coisas, levados por sua vontade à destrui-
segundo o espírito de profecia. ção. Ora, é isto o que significam
8 E Zeezrom começou a inqui- as c correntes do d inferno.
ri-los cuidadosamente, a fim de 12 E Amuleque falou claramente
saber mais a respeito do reino a respeito da a morte e de sermos
de Deus. E disse a Alma: Que elevados desta mortalidade a um
significa o que Amuleque disse estado de imortalidade; e de ser-
com referência à ressurreição dos mos levados perante o tribunal
mortos, que todos se levantarão de Deus para sermos b julgados
dentre os mortos, tanto os justos segundo nossas obras.
como os injustos, e serão levados 13 Então, se nosso coração se
perante Deus para serem julgados endurecer, sim, se endurecermos
segundo suas obras? o coração contra a palavra, a tal
9 E então Alma começou a ex- ponto que em nós ela não seja en-
plicar-lhe essas coisas, dizendo: É contrada, então nossa condição
dado a muitos conhecer os a mis- será terrível; porque então sere-
térios de Deus; é-lhes, porém, ab- mos condenados.
solutamente proibido divulgá-los, 14 Porque nossas a palavras nos
b 
a não ser a parte de sua palavra condenarão, sim, todas as nossas
6 a Al. 5:7–10. b D&C 93:39. d Prov. 9:18;
9 a Al. 26:22. c GEE Humildade, 2 Né. 2:29.
GEE Mistérios de Deus. Humilde, Humilhar. GEE Inferno.
b Jo. 16:12; d 2 Né. 28:30; 12 a Al. 11:41–45.
Al. 29:8; D&C 50:24. b GEE Juízo Final.
3 Né. 26:8–11; 11 a Mt. 25:29. 14 a Mt. 12:36;
Ét. 4:7. b GEE Apostasia. Tg. 3:6;
10 a 2 Né. 28:27; c Jo. 8:34; Mos. 4:29–30.
Ét. 4:8. 2 Né. 28:19.
ALMA 12:15–21 274
obras nos condenarão; não se- como um lago de fogo e enxofre,
a 

remos considerados sem man- cujas flamas ascendem para todo


cha e nossos pensamentos tam- o sempre; e então terá chegado o
bém nos condenarão; e nesse tempo em que serão acorrentados
terrível estado não nos atrevere- a uma destruição eterna, segundo
mos a olhar para o nosso Deus; o poder e o cativeiro de Satanás,
e dar-nos-íamos por felizes se tendo-os ele subjugado de acordo
pudéssemos ordenar às pedras com a sua vontade.
e b montanhas que caíssem sobre 18 Digo-vos, então, que eles es-
nós, para c esconder-nos de sua tarão como se não tivesse havido
presença. a 
redenção alguma; porque não
15 Isto, porém, não pode acon- poderão ser redimidos segundo
tecer. Teremos que nos apresentar a justiça de Deus; e não pode-
perante ele em sua glória e em seu rão b morrer, por não haver mais
poder e em sua força, majestade e corrupção.
domínio; e reconhecer, para nos- 19 Ora, aconteceu que quando
sa eterna a vergonha, que todos os Alma terminou de dizer estas pa-
seus b julgamentos são justos; que lavras, o povo começou a ficar
ele é justo em todas as suas obras mais admirado.
e que ele é misericordioso para 20 Mas havia um certo Antio-
com os filhos dos homens; e que na, que era governante principal
ele tem todo o poder para salvar entre eles, o qual se adiantou e
cada homem que crê em seu nome perguntou-lhe: Que significa isso
e apresenta frutos dignos do arre- que disseste, que o homem res-
pendimento. suscitará dentre os mortos e será
16 E agora, eis que vos digo que transformado deste estado mortal
então virá a morte, sim, uma se- para um estado a imortal e que a
gunda a morte que é a morte es- alma nunca pode morrer?
piritual; então será o tempo em 21 Que significado tem a escritu-
que aquele que morrer em seus ra quando diz que Deus colocou
pecados, quanto à b morte física, a 
querubins e uma espada flame-
c 
sofrerá também uma morte espi- jante a oriente do jardim do b Éden,
ritual, sim, morrerá para as coisas para que nossos primeiros pais
ligadas à retidão. não entrassem e não comessem
17 Terá então chegado o tem- do fruto da árvore da vida e vives-
po em que seus tormentos serão sem para sempre? E vemos, assim,
14 b Ose. 10:8; b Al. 11:40–45. D&C 63:49.
2 Né. 26:5. c 1 Né. 15:33; 20 a GEE Imortal,
c Jó 34:22; Al. 40:26. Imortalidade.
2 Né. 12:10. 17 a Apoc. 19:20; 21:8; 21 a Gên. 3:24;
15 a Mos. 3:25. Mos. 3:27. Al. 42:2;
b 2 Ped. 2:9. 18 a Al. 11:41. Mois. 4:31.
GEE Justiça. b Apoc. 21:4; GEE Querubins.
16 a GEE Morte Espiritual. Al. 11:45; b GEE Éden.
275 ALMA 12:22–30
que não havia possibilidade de mundo, não poderia haver b res-
viverem para sempre. surreição dos mortos; mas foi es-
22 E disse-lhe Alma: Isso é o que tabelecido um plano de redenção
eu estava prestes a explicar. Ora, que levará a efeito a ressurreição
sabemos que Adão a caiu quando dos mortos da qual se falou.
comeu do b fruto proibido, segun- 26 E agora, eis que se tivesse sido
do a palavra de Deus; e vemos possível que nossos primeiros
assim que, por sua queda, toda a pais comessem da a árvore da vida,
humanidade se transformou num ter-se-iam tornado eternamente
povo c perdido e decaído. miseráveis, privados do estado
23 E agora eis que vos digo que, de preparação; e assim o b plano
se tivesse sido possível a Adão de redenção teria sido frustrado
a 
comer do fruto da árvore da vida e a palavra de Deus teria sido vã,
naquela ocasião, não teria havido não tendo qualquer efeito.
morte; e a palavra teria sido vã, 27 Eis, porém, que isso não acon-
fazendo de Deus um mentiroso, teceu, mas foi a decretado que os
porque ele disse: b Se comeres, cer- homens morreriam; e depois da
tamente morrerás. morte eles deveriam ir a b julga-
24 E vemos que a a morte atinge a mento, sim, o mesmo julgamento
humanidade, sim, a morte de que do qual falamos, que é o fim.
falou Amuleque, que é a morte 28 E depois de Deus haver de-
física; no entanto foi concedido cretado que estas coisas acontece-
ao b homem um tempo no qual riam ao homem, eis que viu que
poderia arrepender-se; portanto, era conveniente que os homens
esta vida se tornou um estado de soubessem das coisas que decre-
provação; um tempo de c prepara- tara para eles.
ção para o encontro com Deus; um 29 Enviou, portanto, a anjos para
tempo de preparação para aquele conversarem com eles, os quais
estado sem fim do qual falamos, fizeram com que os homens con-
que virá depois da ressurreição templassem sua glória.
dos mortos. 30 E dali em diante começaram a
25 Ora, se não tivesse sido pelo invocar seu nome; portanto, Deus
a 
plano de redenção que foi es- a 
conversou com os homens e re-
tabelecido desde a fundação do velou-lhes o b plano de redenção
22 a GEE Queda de Adão Mois. 5:8–12. Mois. 6:59–62.
e Eva. c Al. 34:32–35. 27 a Jó 7:1;
b Gên. 3:6; 25 a GEE Plano de Heb. 9:27;
2 Né. 2:15–19; Redenção. D&C 42:48.
Mos. 3:26. b 2 Né. 2:8; b GEE Juízo Final.
c Mos. 16:4–5. Al. 7:12; 42:23. 29 a Morô. 7:25, 31;
23 a Al. 42:2–9. 26 a Gên. 2:9; D&C 29:42.
b Gên. 2:17. 1 Né. 15:36; 30 a Mois. 5:4–5; 6:51.
24 a GEE Morte Física. Al. 32:40. b GEE Plano de
b 2 Né. 2:21; b Al. 34:8–16; 42:6–28; Redenção.
ALMA 12:31–37 276
que havia sido preparado desde 34 Portanto, todo aquele que se
a c fundação do mundo; e isso lhes arrepender e não endurecer o co-
revelou segundo sua fé e arrepen- ração terá direito à a misericórdia,
dimento e suas obras santas. por intermédio de meu Filho Uni-
31 Portanto, deu a mandamen- gênito, para a b remissão de seus
tos aos homens, tendo eles antes pecados; e esses entrarão no meu
transgredido os b primeiros man- c 
descanso.
damentos relativos às coisas que 35 E todo aquele que endurecer
eram terrenas, tornando-se como o coração e praticar iniquidade,
deuses, c discernindo o bem do eis que juro, na minha ira, que não
mal, colocando-se em condições entrará no meu descanso.
de d agir, ou seja, sendo colocados 36 E agora, meus irmãos, eis
em condições de agir segundo a que vos digo que, se endurecer-
sua vontade e prazer, para fazer o des o coração, não entrareis no
mal ou para fazer o bem — descanso do Senhor, porquan-
32 Portanto, depois de ter-lhes to vossa iniquidade o provoca
a 
revelado o plano de redenção, a enviar a sua ira sobre vós
Deus lhes deu mandamentos para como na a primeira provocação,
que não praticassem o mal, sob sim, segundo sua palavra na úl-
pena de uma segunda b morte, tima provocação, tanto quanto
que era uma morte eterna com na primeira, para a eterna b des-
referência às coisas ligadas à re- truição de vossa alma; portan-
tidão; pois sobre esses o plano de to, segundo sua palavra, na
redenção não teria poder porque, derradeira morte, assim como
de acordo com a suprema bonda- na primeira.
de de Deus, as obras de c retidão 37 E agora, meus irmãos, já que
não poderiam ser destruídas. conhecemos estas coisas e são
33 Deus, porém, chamou os ho- verdadeiras, arrependamo-nos
mens em nome de seu Filho (sen- e não endureçamos o coração,
do esse o plano de redenção que para a não provocar o Senhor nos-
foi estabelecido), dizendo: Se vos so Deus a lançar a sua ira sobre
arrependerdes e não endurecerdes nós nestes segundos mandamen-
o coração, então terei misericórdia tos que nos deu; entremos, porém,
de vós por intermédio de meu Fi- no b descanso de Deus, que está
lho Unigênito. preparado segundo sua palavra.
30 c Mos. 18:13; GEE Arbítrio. c GEE Descansar,
Al. 13:3, 5, 7–8. 32 a Mois. 5:4–9. Descanso.
31 a GEE Mandamentos b GEE Morte Espiritual. 36 a Jacó 1:7–8;
de Deus. c Mos. 15:27; Al. 42:6, 9, 14.
b Gên. 2:16–17; Al. 34:15–16; 42:15. b GEE Condenação,
2 Né. 2:18–19. 34 a GEE Misericórdia, Condenar.
c Gên. 3:22–23; Misericordioso. 37 a 1 Né. 17:30;
Mois. 4:11. b GEE Remissão de Jacó 1:8; Hel. 7:18.
d 2 Né. 2:16. Pecados. b Al. 13:6–9.
277 ALMA 13:1–7
CAPÍTULO 13 escolherem o bem ou o mal; por-
e 

tanto, tendo escolhido o bem e


Homens são chamados como sumos
exercendo uma f fé muito grande,
sacerdotes por causa de sua grande fé
são g chamados com uma santa
e boas obras — Eles devem ensinar os
vocação, sim, com aquela santa
mandamentos — São santificados por
vocação que lhes foi preparada
meio da retidão e entram no descanso
com uma redenção preparatória
do Senhor — Melquisedeque foi um
e de conformidade com ela.
deles — Anjos declaram boas-novas
4 E assim foram a chamados para
por toda a terra — Eles declararão a
esse santo chamado por causa de
vinda de Cristo. Aproximadamente
sua fé, enquanto outros rejeita-
82 a.C.
ram o Espírito de Deus devido à
E outra vez, meus irmãos, dese- dureza de seu coração e cegueira
jaria chamar vossa atenção para de sua mente; porquanto, se não
a época em que o Senhor Deus tivesse sido por isso, poderiam ter
transmitiu estes mandamentos recebido tão grande b privilégio
a seus filhos; e quisera que vos quanto seus irmãos.
lembrásseis de que o Senhor 5 Ou, em resumo, no princípio
Deus a ordenou sacerdotes segun- achavam-se na a mesma posição
do a sua santa ordem, que era que seus irmãos; assim, esse san-
segundo a ordem de seu Filho, to chamado foi preparado desde a
para que ensinassem estas coisas fundação do mundo para aqueles
ao povo. que não endurecessem o coração,
2 E esses sacerdotes foram orde- por meio da expiação do Filho
nados segundo a a ordem de seu Unigênito que foi preparado —
Filho, de um b modo que permi- 6 E sendo assim chamados por
tisse ao povo saber como espe- esse santo chamado e ordenados
rar pelo seu Filho para receber a ao sumo sacerdócio da santa or-
redenção. dem de Deus, a fim de ensina-
3 E este é o modo pelo qual fo- rem seus mandamentos aos fi-
ram ordenados — sendo a cha- lhos dos homens para que estes
mados e b preparados desde a também pudessem entrar no seu
c 
fundação do mundo, segundo a a 
descanso —
d 
presciência de Deus, por causa de 7 Este sumo sacerdócio sendo
sua grande fé e suas boas obras, segundo a ordem de seu Filho,
sendo primeiramente livres para ordem essa que existia desde a
13 1 a Abr. 2:9, 11. GEE Vida Pré-mortal. 4 a Ét. 12:10.
2 a D&C 107:2–4. d D&C 38:2. b 1 Né. 17:32–35.
b Al. 13:16. e GEE Arbítrio. 5 a 2 Né. 26:28.
3 a D&C 127:2. f GEE Fé. 6 a Al. 12:37; 16:17.
GEE Eleição; g GEE Chamado, GEE Descansar,
Preordenação. Chamado por Deus, Descanso.
b D&C 138:55–56. Chamar;
c Al. 12:25, 30. Sacerdócio.
ALMA 13:8–16 278
fundação do mundo ou, em ou- santificados; e suas vestimen-
a  b 

tras palavras, a sem começo de tas foram branqueadas pelo san-


dias nem fim de anos, sendo pre- gue do Cordeiro.
parado de eternidade a toda eter- 12 Ora, tendo sido a santificados
nidade segundo b sua presciência pelo b Espírito Santo, havendo suas
em todas as coisas — vestimentas sido branqueadas,
8 Ora, eram a ordenados da se- achando-se c puros e imaculados
guinte maneira — Eram chama- perante Deus, só viam o d peca-
dos com um santo chamado e do com e horror; e houve muitos,
ordenados com uma santa orde- e grande foi o seu número, que
nança, tomando sobre si o sumo foram purificados e entraram no
sacerdócio da santa ordem; cha- descanso do Senhor seu Deus.
mado esse e ordenança e sumo 13 E agora, meus irmãos, quise-
sacerdócio que não têm começo ra que vos humilhásseis perante
nem fim — Deus e apresentásseis a frutos dig-
9 Tornam-se, assim, a sumos sa- nos do arrependimento, para que
cerdotes para sempre, segundo a também venhais a entrar nesse
ordem do Filho, o Unigênito do descanso.
Pai, que é sem princípio de dias 14 Sim, humilhai-vos como o
nem fim de anos, que é cheio de povo nos dias de a Melquisedeque,
b 
graça, equidade e verdade. E as- o qual também foi um sumo sacer-
sim é. Amém. dote desta mesma ordem de que
10 Ora, como falei sobre a santa falei; que também tomou sobre si,
ordem, ou seja, esse a sumo sacer- para sempre, o sumo sacerdócio.
dócio, muitos foram ordenados e 15 E foi a esse mesmo Melqui-
tornaram-se sumos sacerdotes de sedeque que a Abraão pagou b dí-
Deus; e isso graças a sua grande zimos; sim, até mesmo nosso pai
fé e b arrependimento e sua reti- Abraão pagou como dízimo uma
dão perante Deus, preferindo ar- décima parte de tudo quanto pos-
repender-se e praticar a retidão suía.
a perecer. 16 Ora, essas a ordenanças fo-
11 Portanto, foram chamados ram instituídas dessa maneira
segundo esta santa ordem e para que, por meio delas, o povo
7 a Heb. 7:3. 11 a Mois. 6:59–60. Al. 37:29.
b GEE Trindade. b 1 Né. 12:10; 13 a Lc. 3:8.
8 a D&C 84:33–42. Al. 5:21–27; 14 a TJS Gên. 14:25–40
GEE Sacerdócio de 3 Né. 27:19–20. (Apêndice da Bíblia);
Melquisedeque. 12 a Rom. 8:1–9. D&C 84:14.
9 a GEE Sumo Sacerdote. GEE Santificação. GEE Melquisedeque.
b 2 Né. 2:6. b GEE Espírito Santo. 15 a GEE Abraão.
GEE Graça. c GEE Pureza, Puro. b Gên. 14:18–20;
10 a D&C 84:18–22. d Mos. 5:2; Mal. 3:8–10.
b GEE Arrepender-se, Al. 19:33. GEE Dízimos.
Arrependimento. e Prov. 8:13; 16 a GEE Ordenanças.
279 ALMA 13:17–25
pudesse ter esperança no Filho de dizer-lhes estas palavras, es-
de Deus, sendo um b símbolo de tendeu a mão em direção a eles e
sua ordem, ou melhor, sendo sua clamou com voz forte, dizendo:
ordem; e isto para que pudessem Agora é o momento de a arrepen-
esperar dele a remissão de seus der-se, porque o dia da salvação
pecados, a fim de entrarem no se aproxima;
descanso do Senhor. 22 Sim, e a voz do Senhor, pela
17 Ora, esse Melquisedeque era a 
boca dos anjos, assim o declara
rei da terra de Salém; e seu povo a todas as nações; sim, declara-o
entregara-se à pratica de iniqui- para que tenham boas novas de
dades e abominações; sim, todos grande alegria; sim, e proclama
se haviam extraviado; praticavam estas boas novas entre todo o seu
toda sorte de iniquidades; povo, sim, mesmo aos que estão
18 Melquisedeque, porém, ten- espalhados sobre a face da Terra;
do exercido uma fé vigorosa e portanto, chegaram até nós.
recebido o ofício do sumo sacer- 23 E elas são-nos dadas a conhe-
dócio segundo a a santa ordem de cer em a termos claros, para que
Deus, pregou o arrependimento possamos entender e não errar; e
a seu povo. E eis que eles se ar- isso por sermos b errantes em uma
rependeram; e Melquisedeque terra estranha; somos, portanto,
estabeleceu paz na terra em seus altamente favorecidos, porque
dias; foi, portanto, chamado de estas boas novas nos foram de-
príncipe da paz, pois era o rei de claradas em todas as partes de
Salém; e governou subordinado a nossa vinha.
seu pai. 24 Pois eis que os a anjos as estão
19 Ora, houve a muitos antes dele declarando a muitos em nossa ter-
e também houve muitos depois, ra, neste momento; e isso com o
mas b nenhum foi maior; portan- propósito de preparar o coração
to, se fez particular menção a ele. dos filhos dos homens para rece-
20 Ora, não necessito estender- ber a sua palavra quando vier em
me sobre o assunto; basta o que sua glória.
já disse. Eis que as a escrituras 25 E agora nós só esperamos ou-
estão diante de vós e, se quiser- vir as alegres novas de sua vinda,
des b deturpá-las, será para vossa que nos foram declaradas pela
destruição. boca de anjos; porque o tempo
21 E então, tendo Alma acabado se aproxima e nós a não sabemos
16 b GEE Simbolismo. 20 a GEE Escrituras. Jacó 4:13;
18 a GEE Sacerdócio de b 2 Ped. 3:16; Ét. 12:39.
Melquisedeque. Al. 41:1. b Jacó 7:26.
19 a Hel. 8:18; 21 a GEE Arrepender-se, 24 a Al. 10:10; 39:19.
D&C 84:6–16; Arrependimento. 25 a 1 Né. 10:4;
107:40–55. 22 a Al. 10:20. 3 Né. 1:13.
b D&C 107:1–4. 23 a 2 Né. 25:7–8; 31:3; 32:7;
ALMA 13:26–14:3 280
quão próximo está. Prouvera a arrependimento para não fazerdes
Deus que fosse em meus dias; mas cair sobre vós a sua ira, a fim de
seja mais cedo ou mais tarde, nele não serdes acorrentados pelas ca-
me regozijarei. deias do a inferno e não sofrerdes
26 E será dado a conhecer a a ho- a segunda b morte.
mens justos e santos pela boca de 31 E Alma disse ao povo muitas
anjos, na ocasião de sua vinda, palavras mais que não estão escri-
para que se cumpram as palavras tas neste livro.
de nossos pais, segundo o que
disseram a respeito dele, confor- CAPÍTULO 14
me o espírito de profecia que es-
Alma e Amuleque são aprisionados
tava neles.
e espancados — Queimados os cren-
27 E agora, meus irmãos, a desejo,
tes e suas escrituras sagradas — Es-
do mais íntimo de meu coração,
ses mártires são recebidos em glória
sim, com grande ansiedade e até
pelo Senhor — As paredes da prisão
dor, que deis ouvidos às minhas
fendem-se e caem — Alma e Amu-
palavras, e abandoneis os vossos
leque são libertados e seus persegui-
pecados, e não procrastineis o dia
dores, mortos. Aproximadamente
do vosso arrependimento;
82–81 a.C.
28 Mas que vos humilheis pe-
rante o Senhor, e invoqueis o seu E aconteceu que depois de haver
santo nome, e a vigieis e oreis con- ele acabado de falar ao povo, mui-
tinuamente, para não serdes b ten- tos acreditaram em suas palavras
tados além do que podeis supor- e começaram a arrepender-se e a
tar; e serdes assim conduzidos examinar as a escrituras.
pelo Santo Espírito, tornando-vos 2 A maior parte deles, porém,
humildes, c mansos, submissos, desejavam destruir Alma e Amu-
pacientes, cheios de amor e lon- leque, porque estavam irados con-
ganimidade; tra Alma por causa da a franqueza
29 a Tendo fé no Senhor, tendo es- de suas palavras a Zeezrom; e di-
perança de que recebereis a vida ziam também que Amuleque lhes
eterna, tendo sempre o b amor de havia b mentido e havia ultrajado
Deus no coração, para que sejais sua lei e também seus advogados
elevados no último dia e entreis e juízes.
em seu c descanso. 3 E estavam também zangados
30 E que o Senhor vos conceda o com Alma e Amuleque; e por eles
26 a Amós 3:7; Lc. 2:8–11. Mansuetude; Condenar;
27 a Mos. 28:3. Paciência. Inferno.
28 a GEE Atalaia, Sentinela, 29 a Al. 7:24. b GEE Morte Espiritual.
Vigiar; b D&C 20:31; 76:116. 14 1 a 2 Re. 22:8–13.
Oração. GEE Caridade. GEE Escrituras.
b 1 Cor. 10:13. c D&C 84:24. 2 a Al. 12:3–7.
c GEE Mansidão, Manso, 30 a GEE Condenação, b Al. 10:27.
281 ALMA 14:4–11
haverem testificado tão claramen- também possuído pelo diabo? E
te contra suas iniquidades, que- cuspiram nele e b afastaram-no do
riam desfazer-se deles secreta- meio deles, como também a todos
mente. os que acreditaram nas palavras
4 Aconteceu, porém, que não que haviam sido ditas por Alma e
o fizeram; mas pegaram-nos e Amuleque; e afastaram-nos e en-
amarraram-nos com cordas for- viaram homens para apedrejá-los.
tes e levaram-nos perante o juiz 8 E reuniram suas esposas e fi-
supremo da terra. lhos; e os que acreditaram ou ha-
5 E o povo apresentou-se para viam sido ensinados a acreditar
testemunhar contra eles, testifi- na palavra de Deus foram atira-
cando que haviam ultrajado a lei dos ao fogo; e também levaram
e os advogados e juízes da terra os seus registros que continham
e também todo o povo que estava as santas escrituras e jogaram-
na terra; e também testificaram nos igualmente no fogo, para que
não existir mais que um Deus e fossem queimados e destruídos
que ele enviaria seu Filho entre o pelo fogo.
povo, mas não o salvaria; e o povo 9 E aconteceu que levaram Alma
testificou muitas outras coisas se- e Amuleque ao lugar do martírio,
melhantes contra Alma e Amule- para testemunharem a destrui-
que. E isto foi feito na presença do ção dos que eram consumidos
juiz supremo da terra. pelo fogo.
6 E aconteceu que Zeezrom fi- 10 E quando viu o sofrimento
cou assombrado com as palavras das mulheres e crianças que eram
que haviam sido ditas; e ele tam- consumidas pelo fogo, Amuleque
bém conhecia a cegueira da mente também sofreu e disse a Alma:
deles, que ele próprio havia cau- Como podemos testemunhar esta
sado com palavras mentirosas; cena horrível? Estendamos, pois,
e sua alma começou a sentir-se a mão e exerçamos o a poder de
a 
atormentada pela b consciência da Deus que está em nós e salvemo-
própria culpa; sim, começou a ser las das chamas.
envolvido pelas penas do inferno. 11 Alma, porém, disse: O Espíri-
7 E aconteceu que começou a to constrange-me a não estender a
clamar ao povo, dizendo: Eis que mão; porque eis que o Senhor as
eu sou a culpado e estes homens recebe para si em a glória; e per-
são imaculados perante Deus. E mite que eles façam isto, ou seja,
começou a interceder por eles da- que o povo lhes faça isto segun-
quele momento em diante; mas do a dureza de seu coração, para
eles insultaram-no, dizendo: Estás que os b julgamentos a que em sua
6 a Al. 15:5. b Al. 15:1. b Salm. 37:8–13;
b GEE Consciência. 10 a Al. 8:30–31. Al. 60:13; D&C 103:3.
7 a Al. 11:21–37. 11 a GEE Glória. GEE Justiça.
ALMA 14:12–22 282
cólera os submeter sejam justos; três dias na prisão, apareceram
e o c sangue dos d inocentes servirá muitos a advogados e juízes e sa-
de testemunho contra eles, sim, e cerdotes e mestres que pertenciam
clamará fortemente contra eles no à seita de Neor; e foram vê-los na
último dia. prisão a fim de questioná-los so-
12  Então Amuleque disse a bre muitas coisas, mas eles nada
Alma: Eis que talvez eles tam- lhes responderam.
bém nos queimem. 19  E aconteceu que o juiz se
13 E Alma disse: Faça-se segun- pôs diante deles e disse: Por que
do a vontade do Senhor. Nossa não respondeis às palavras deste
obra, porém, não está terminada; povo? Não sabeis que tenho po-
portanto, não nos queimarão. der para vos entregar às chamas?
14 Ora, aconteceu que depois de E ordenou-lhes que falassem, mas
consumidos os corpos dos que fo- eles nada responderam.
ram atirados ao fogo, assim como 20 E aconteceu que partiram e
os registros que foram lançados seguiram seus caminhos, mas vol-
com eles, o juiz supremo da terra taram no dia seguinte; e o juiz es-
aproximou-se de Alma e Amu- bofeteou-os novamente na face. E
leque, que estavam amarrados; muitos outros também se adian-
e esbofeteou-os no rosto e disse- taram e neles bateram, dizendo:
lhes: Depois do que haveis pre- Levantar-vos-eis novamente para
senciado, pregareis outra vez a julgardes este povo e condenar-
este povo que eles serão lançados des nossa lei? Pois se tendes tão
num a lago de fogo e enxofre? grande poder, por que não vos
15 Pois vedes que não tendes o a 
libertais?
poder de salvar aqueles que foram 21 E disseram-lhes muitas coisas
lançados no fogo; nem salvou-os semelhantes, rangendo os dentes
Deus por serem da vossa fé. E e cuspindo neles e dizendo: Com
o juiz esbofeteou-os novamente que nos pareceremos quando for-
e perguntou-lhes: Que tendes a mos condenados?
dizer? 22 E muitas coisas semelhantes,
16 Ora, esse juiz pertencia à fé e sim, toda espécie de coisas seme-
ordem de a Neor, que havia mata- lhantes lhes disseram; e assim
do Gideão. zombaram deles durante muitos
17 E aconteceu que Alma e Amu- dias. E não lhes deram alimento,
leque nada lhe responderam; e ele para que padecessem fome; nem
esbofeteou-os novamente e en- água, para que ficassem seden-
tregou-os aos oficiais para serem tos; e também lhes tiraram as
lançados na prisão. vestimentas, para que ficassem
18 E depois de haverem passado nus; e assim foram amarrados
11 c GEE Mártir, Martírio. 14 a Al. 12:17. 18 a Al. 10:14; 11:20.
d Mos. 17:10. 16 a Al. 1:7–15. 20 a Mt. 27:39–43.
283 ALMA 14:23–15:1
com fortes cordas e confinados porta de fora da prisão; e a terra
na prisão. tremeu muito e as paredes da a pri-
23 E aconteceu que tendo assim são partiram-se ao meio, de modo
sofrido durante muitos dias (e era que caíram por terra; e, caindo,
o décimo segundo dia do décimo mataram o juiz supremo e os ad-
mês, no décimo ano em que os juí- vogados e sacerdotes e mestres
zes governaram o povo de Néfi), o que haviam batido em Alma e
juiz supremo da terra de Amonia Amuleque.
e muitos dos seus mestres e advo- 28 E Alma e Amuleque saíram
gados foram à prisão onde Alma ilesos da prisão, porque o Senhor
e Amuleque estavam amarrados lhes havia concedido poder se-
com cordas. gundo sua fé em Cristo. E saíram
24 E o juiz supremo, pondo-se imediatamente da prisão e fica-
a sua frente, bateu neles nova- ram a livres de suas cordas; e a pri-
mente, dizendo-lhes: Se tendes o são ruiu por terra, tendo perecido
poder de Deus, livrai-vos dessas todos os que nela estavam, salvo
cordas e então acreditaremos que Alma e Amuleque; e dirigiram-se
o Senhor destruirá este povo se- imediatamente à cidade.
gundo vossas palavras. 29 Ora, tendo os do povo ouvido
25  E aconteceu que todos se um grande barulho, acorreram em
adiantaram e neles bateram, di- multidões para saber a causa; e
zendo as mesmas palavras, até o quando viram Alma e Amuleque
último; e tendo o último falado, saindo da prisão e as paredes por
o a poder de Deus desceu sobre terra, foram tomados de grande
Alma e Amuleque e eles levanta- medo e fugiram da presença de
ram-se e ficaram de pé. Alma e Amuleque, como uma
26 E Alma clamou, dizendo: Até cabra com sua cria foge de dois
quando, ó Senhor, teremos de so- leões; e assim fugiram da presença
frer estas grandes a aflições? Dá- de Alma e Amuleque.
nos forças, ó Senhor, de acordo
com nossa fé em Cristo, para que CAPÍTULO 15
sejamos libertados. E eles arreben-
Alma e Amuleque vão para Sidom
taram as cordas com que estavam
e organizam uma igreja — Alma
amarrados; e quando o povo viu
cura Zeezrom, que se une à Igreja —
isto, começou a fugir, pois o temor
Muitos são batizados e a Igreja pros-
da destruição caíra sobre eles.
pera — Alma e Amuleque vão para
27 E aconteceu que tão grande
Zaraenla. Aproximadamente 81 a.C.
foi o seu temor que caíram por
terra e não chegaram a alcançar a E aconteceu que foi ordenado a
25 a Al. 8:31. D&C 121:7–8. 28 a Jacó 4:6;
26 a Tg. 5:10–11; 27 a At. 16:26; 3 Né. 28:19–22.
Mos. 17:10–20; Ét. 12:13.
ALMA 15:2–13 284
Alma e a Amuleque que partis- muito fraco, com uma febre ar-
sem daquela cidade; e partiram dente; e sua mente também estava
e foram à terra de Sidom; e eis muito atormentada por causa de
que ali encontraram todos os que suas iniquidades; e quando ele os
haviam deixado a terra de a Amo- viu, estendeu a mão e suplicou-
nia, que haviam sido b expulsos e lhes que o curassem.
apedrejados porque acreditavam 6  E aconteceu que Alma, to-
nas palavras de Alma. mando-lhe a mão, perguntou-
2 E relataram-lhes tudo quanto lhe: a Crês no poder de Cristo para
havia acontecido às suas a mulhe- a salvação?
res e filhos; e também a respeito 7 E ele, respondendo, disse: Sim,
deles próprios e do b poder que os creio em todas as palavras que
libertara. ensinaste.
3 E também Zeezrom jazia en- 8 E disse-lhe Alma: Se crês na
fermo em Sidom, com uma febre redenção de Cristo, podes ser
ardente causada por uma forte an- a 
curado.
gústia mental que sua a iniquida- 9 E ele disse: Sim, eu creio nas
de lhe havia ocasionado; porque tuas palavras.
supunha que Alma e Amuleque 10 E Alma então clamou ao Se-
já não existissem mais; e supunha nhor, dizendo: Ó Senhor, nosso
que haviam sido mortos por causa Deus, tem misericórdia deste ho-
de sua iniquidade. E esse grande mem e a cura-o segundo sua fé
pecado e seus muitos outros pe- em Cristo.
cados aguilhoavam-lhe tanto a 11 E tendo Alma dito estas pa-
mente que se sentia extremamen- lavras, Zeezrom deu um a salto,
te atormentado, não encontrando pôs-se de pé e começou a andar;
alívio; começou, assim, a ser con- e isto se deu para grande espanto
sumido por uma febre ardente. de todo o povo; e a notícia deste
4 Ora, quando soube que Alma acontecimento espalhou-se por
e Amuleque estavam na terra de toda a terra de Sidom.
Sidom, seu coração começou a re- 12  E Alma batizou Zeezrom
cobrar o ânimo; e imediatamente para o Senhor; e ele começou,
lhes enviou uma mensagem pe- daquele dia em diante, a pregar
dindo-lhes que fossem vê-lo. ao povo.
5 E aconteceu que eles foram 13 E Alma organizou uma igreja
imediatamente, atendendo à men- na terra de Sidom e consagrou sa-
sagem que lhes fora enviada; e cerdotes e mestres na terra, a fim
entraram na casa de Zeezrom e de batizarem para o Senhor todos
encontraram-no na cama, doente, os que desejassem ser batizados.
15 1 a Al. 16:2–3, 9, 11. b Al. 14:28. 8 a GEE Curar, Curas.
b Al. 14:7. 3 a Al. 14:6–7. 10 a Mc. 2:1–12.
2 a Al. 14:8–14. 6 a Mc. 9:23. 11 a At. 3:1–11.
285 ALMA 15:14–16:3
14 E aconteceu que eram muitos, própria casa; e confortou-o em
pois vinham em grupos de toda suas tribulações e fortaleceu-o
a região circunvizinha de Sidom; no Senhor.
e eram batizados. 19 E assim terminou o décimo
15 Quanto ao povo que estava ano em que os juízes governaram
na terra de Amonia, porém, conti- o povo de Néfi.
nuou a ser um povo duro de cora-
ção e obstinado; e não se arrepen- CAPÍTULO 16
diam de seus pecados, atribuindo
Os lamanitas destroem o povo de
todo o poder de Alma e Amuleque
Amonia — Zorã lidera os nefitas na
ao diabo; porque eram da seita
vitória sobre os lamanitas — Alma
de a Neor e não acreditavam no
e Amuleque e muitos outros pregam
arrependimento de seus pecados.
a palavra — Eles ensinam que, após
16 E aconteceu que Alma e Amu-
a Sua Ressurreição, Cristo apare-
leque, tendo Amuleque a abando-
cerá aos nefitas. Aproximadamente
nado pela palavra de Deus todo
81–77 a.C.
o seu ouro e prata e coisas pre-
ciosas que estavam na terra de E aconteceu que no décimo pri-
Amonia; e tendo sido b repudiado meiro ano em que os juízes gover-
por aqueles que haviam sido seus naram o povo de Néfi, no quinto
amigos e também por seu pai e dia do segundo mês, tendo havido
parentes; muita paz na terra de Zaraenla,
17 Portanto, depois que Alma não tendo havido guerras nem
organizou a igreja em Sidom, ven- contendas durante um certo nú-
do uma grande a mudança, sim, mero de anos, até o quinto dia do
vendo que o povo havia refreado segundo mês do décimo primeiro
o orgulho de seu coração e co- ano, um clamor de guerra foi ou-
meçado a b humilhar-se perante vido por toda a terra.
Deus e começado a reunir-se em 2 Pois eis que os exércitos dos
seus santuários para c adorar a lamanitas haviam penetrado pe-
Deus diante do altar, d vigiando e los lados do deserto nas fronteiras
orando continuamente para que da terra, até a cidade de a Amonia,
fossem libertados de Satanás e da começando a matar o povo e a
e 
morte e da destruição — destruir a cidade.
18 Ora, como eu disse, Alma, 3 E então aconteceu que antes
vendo todas estas coisas, tomou que os nefitas pudessem reunir
Amuleque e dirigiu-se à terra um exército suficiente para expul-
de Zaraenla, levando-o para sua sá-los da terra, eles a destruíram
15 a Al. 1:2–15. 17 a Al. 16:21. Vigiar;
16 a Lc. 14:33; b GEE Humildade, Oração.
Al. 10:4. Humilde, Humilhar. e GEE Morte Espiritual.
b GEE Perseguição, c GEE Adorar. 16 2 a Al. 15:1, 15–16.
Perseguir. d GEE Atalaia, Sentinela, 3 a Al. 9:18.
ALMA 16:4–13 286
o povo que estava na cidade de que haviam sido aprisionados
Amonia e também alguns nas pelos lamanitas e nenhum dos
fronteiras de Noé, havendo leva- que haviam sido levados cativos
do outros cativos para o deserto. se perdeu. E foram levados por
4 Ora, os nefitas desejavam res- seus irmãos para ocuparem suas
gatar aqueles que haviam sido próprias terras.
levados cativos para o deserto. 9 E assim terminou o décimo
5 Portanto, aquele que havia sido primeiro ano dos juízes, tendo os
nomeado capitão-chefe dos exérci- lamanitas sido expulsos da terra
tos nefitas (e seu nome era Zorã e e o povo de Amonia, a destruído;
tinha dois filhos, Leí e Aa) — ora, sim, toda alma vivente dos amo-
Zorã e seus dois filhos, sabendo niaítas foi b destruída e também
que Alma era sumo sacerdote da a sua grande cidade, a qual, por
igreja e tendo ouvido dizer que causa de sua grandeza, eles ha-
ele possuía o espírito de profe- viam afirmado que Deus não po-
cia, dirigiram-se a ele para saber deria destruir.
onde, no deserto, o Senhor queria 10 Eis que em a um dia, porém,
que fossem procurar seus irmãos ela ficou devastada; e os cadáve-
que haviam sido levados cativos res foram mutilados pelos cães e
pelos lamanitas. pelas feras do deserto.
6 E aconteceu que Alma a inqui- 11 Entretanto, depois de mui-
riu o Senhor sobre esse assunto. E tos dias, seus cadáveres foram
Alma voltou e disse-lhes: Eis que amontoados na face da Terra e
os lamanitas atravessarão o rio Si- cobertos por uma camada fina
don no deserto do sul, bem acima de terra. E tão forte era o mau
das fronteiras da terra de Mânti. E cheiro que o povo não ocupou a
eis que ali os encontrareis, a leste terra de Amonia por muitos anos.
do rio Sidon; e lá o Senhor vos en- E foi chamada de Desolação dos
tregará vossos irmãos que foram Neores; pois eram da seita de
levados cativos pelos lamanitas. a 
Neor os que haviam sido mor-
7 E aconteceu que Zorã e seus tos; e suas terras permaneceram
filhos atravessaram o rio Sidon desoladas.
com seus exércitos e marcharam 12 E os lamanitas não vieram
para muito além das fronteiras de mais guerrear os nefitas até o dé-
Mânti, no deserto do sul, situado cimo quarto ano em que os juízes
no lado leste do rio Sidon. governaram o povo de Néfi. E as-
8 E atacaram os exércitos dos sim, durante três anos o povo de
lamanitas e os lamanitas foram Néfi teve paz contínua em toda
dispersos e impelidos para o de- a terra.
serto; e resgataram seus irmãos 13 E Alma e Amuleque saíram
6 a Al. 43:23–24. Mórm. 6:15–22. 10 a Al. 9:4.
9 a Al. 8:16; 9:18–24; b Al. 25:1–2. 11 a Al. 1:15; 24:28–30.
287 ALMA 16:14–21
pregando o arrependimento ao saíram entre o povo pregavam
povo em seus a templos e em seus contra toda mentira e b embustes
santuários e também em suas b si- e c invejas e contendas e malícias
nagogas, que eram construídas à e vitupérios e roubos, furtos, pi-
maneira dos judeus. lhagens, assassínios, adultérios e
14 E a todos os que desejavam toda espécie de lascívia, procla-
ouvir suas palavras eles prega- mando que tais coisas não deve-
vam a palavra de Deus continua- riam existir —
mente, sem qualquer a acepção de 19 Falando-lhes das coisas que
pessoas. logo deveriam acontecer; sim,
15 E assim saíram Alma e Amu- anunciando-lhes a a vinda do Fi-
leque, como também muitos ou- lho de Deus, seus sofrimentos e
tros que haviam sido escolhidos morte e também a ressurreição
para o trabalho, a pregar a palavra dos mortos.
por toda a terra. E o estabeleci- 20 E muitos perguntavam sobre
mento da igreja foi geral por toda o lugar em que deveria aparecer o
a parte, em toda a região circun- Filho de Deus; e foi-lhes ensinado
vizinha, entre todo o povo nefita. que ele lhes a apareceria b depois
16 E não havia a desigualdade en- de sua ressurreição; e isso o povo
tre eles; o Senhor derramou o seu ouvia com grande satisfação e
Espírito sobre toda a face da terra, contentamento.
a fim de preparar a mente dos fi- 21 E então, depois de a igreja
lhos dos homens, ou seja, prepa- haver sido organizada em toda a
rar-lhes o b coração para receberem terra — tendo obtido a vitória so-
a palavra que lhes seria ensinada bre o diabo, tendo a palavra de
na ocasião de sua vinda — Deus sido pregada em sua pureza
17 Para que não fossem obstina- em toda a terra e tendo o Senhor
dos contra a palavra nem fossem derramado suas bênçãos sobre o
descrentes e caminhassem para povo — assim terminou o décimo
a destruição; mas para que rece- quarto ano em que os juízes go-
bessem a palavra com alegria e, vernaram o povo de Néfi.
como um a ramo, fossem enxerta-
dos na verdadeira b videira para
poderem entrar no c descanso do Relato dos filhos de Mosias, que
Senhor seu Deus. renunciaram a seus direitos ao
18 Ora, esses a sacerdotes que reino pela palavra de Deus e
13 a 2 Né. 5:16. b GEE Vinha do Senhor. nascimento e da morte
b Al. 21:4–6, 20. c Al. 12:37; 13:10–13. de Jesus Cristo.
14 a Al. 1:30. 18 a Al. 15:13. 20 a 2 Né. 26:9;
16 a Mos. 18:19–29; b GEE Enganar, Engano, 3 Né. 11:7–14.
4 Né. 1:3. Fraude. b 1 Né. 12:4–6.
b GEE Coração c GEE Inveja. 21 a Al. 15:17.
Quebrantado. 19 a GEE Jesus Cristo —
17 a Jacó 5:24. Profecias acerca do
ALMA 17:1–7 288
subiram à terra de Néfi para pre- entendimento e haviam exami- b 

gar aos lamanitas; seus sofrimen- nado diligentemente as escritu-


tos e sua libertação, segundo o ras para conhecerem a palavra
registro de Alma. de Deus.
3 Isto, porém, não é tudo; ha-
Abrange os capítulos 17 a 27.
viam-se devotado a muita a ora-
ção e jejum; por isso tinham o es-
CAPÍTULO 17 pírito de profecia e o espírito de
revelação; e quando b ensinavam,
Os filhos de Mosias têm o espírito de
faziam-no com poder e autorida-
profecia e de revelação — Cada um
de de Deus.
segue seu caminho para declarar a
4 E pelo espaço de quatorze anos
palavra aos lamanitas — Amon vai à
haviam ensinado a palavra de
terra de Ismael e torna-se servo do rei
Deus entre os lamanitas, tendo
Lamôni — Amon salva os rebanhos
obtido grande a êxito na b condu-
do rei e mata seus inimigos junto às
ção de muitos ao conhecimento
águas de Sébus. Vers. 1–3, aproxi-
da verdade; sim, pelo poder de
madamente 77 a.C.; Vers. 4, aproxi-
suas palavras muitos foram leva-
madamente 91–77 a.C.; e Vers. 5–39,
dos perante o altar de Deus, para
aproximadamente 91 a.C.
invocar-lhe o nome e c confessar
E então aconteceu que quando seus pecados perante ele.
Alma viajava da terra de Gideão 5 Ora, foram estas as circunstân-
para o sul, em direção à terra de cias que ocorreram em suas via-
Mânti, eis que, para seu assom- gens, pois tiveram muitas aflições;
bro, a encontrou os b filhos de Mo- sofreram muito, tanto física quan-
sias, que se dirigiam à terra de to mentalmente, de fome, sede e
Zaraenla. cansaço; e sofreram também mui-
2 Ora, esses filhos de Mosias tas a tribulações no espírito.
estavam com Alma na ocasião 6 Ora, estas foram as suas via-
em que o anjo lhe apareceu pela gens: a Despediram-se de seu pai,
a 
primeira vez; portanto, Alma se Mosias, no primeiro ano dos juí-
regozijou muito por haver en- zes; b recusaram o reino que o pai
contrado seus irmãos; e o que desejava conferir-lhes; esta era
o alegrou ainda mais foi que também a vontade do povo;
eles ainda eram seus irmãos no 7 Não obstante, partiram da ter-
Senhor; sim, e haviam-se fortale- ra de Zaraenla com suas espadas e
cido no conhecimento da verdade; suas lanças e seus arcos e suas fle-
porque eram homens de grande chas e suas fundas; e isto fizeram
17 1 a Al. 27:16. Oração. c GEE Confessar,
b Mos. 27:34. b GEE Ensinar, Mestre — Confissão.
2 a Mos. 27:11–17. Ensinar com o Espírito. 5 a Al. 8:10.
b GEE Escrituras. 4 a Al. 29:14. 6 a Mos. 28:1, 5–9.
3 a GEE Jejuar, Jejum; b GEE Obra Missionária. b Mos. 29:3.
289 ALMA 17:8–16
para conseguir alimento enquanto dirigir-se aos lamanitas e pregar-
estivessem no deserto. lhes a palavra de Deus.
8 E assim partiram para o de- 13 E aconteceu que, tendo che-
serto com o grupo que haviam gado às fronteiras da terra dos la-
escolhido, a fim de subirem à terra manitas, a separaram-se, confiando
de Néfi para pregar a palavra de no Senhor que voltariam a reunir-
Deus aos lamanitas. se no fim de sua b colheita; por-
9 E aconteceu que viajaram mui- que acreditavam que grande era
tos dias no deserto; e jejuaram e a obra que haviam empreendido.
a 
oraram muito para que o Senhor 14 E certamente era grande, por-
lhes concedesse que uma porção que se haviam proposto a pregar
de seu Espírito os acompanhasse a palavra de Deus a um povo a sel-
e permanecesse com eles, a fim vagem, duro e feroz, um povo que
de servirem de b instrumento nas se deleitava em matar os nefitas
mãos de Deus, para, se possível, e roubá-los e despojá-los; e seu
levarem seus irmãos, os lama- coração estava nas riquezas, ou
nitas, a conhecerem a verdade, seja, no ouro e na prata e nas pe-
a conhecerem a iniquidade das dras preciosas; mas procuravam
c 
tradições de seus pais, que não obter essas coisas pelo assassínio
eram certas. e pilhagem, para não terem que
10 E aconteceu que o Senhor os trabalhar por elas com as pró-
a 
visitou com seu b Espírito e disse- prias mãos.
lhes: c Consolai-vos; e eles foram 15 De modo que eram um povo
consolados. bastante indolente; muitos deles
11 E o Senhor também lhes dis- adoravam ídolos e a a maldição
se: Ide estabelecer minha palavra de Deus havia caído sobre eles
entre os lamanitas, vossos irmãos; por causa das b tradições de seus
contudo, sereis a pacientes nos so- pais; não obstante, as promessas
frimentos e aflições, para dar-lhes do Senhor estendiam-se a eles,
bons exemplos em mim; e eu farei sob condição de arrependimento.
de vós instrumentos em minhas 16 Por conseguinte, esse era o
mãos para a salvação de muitas a 
motivo pelo qual os filhos de Mo-
almas. sias haviam empreendido esse tra-
12 E aconteceu que o coração balho, para que talvez pudessem
dos filhos de Mosias, assim como levá-los ao arrependimento; para
aqueles que com eles estavam, que talvez os levassem a conhecer
encheram-se de coragem para o plano de redenção.
9 a Al. 25:17. b GEE Espírito Santo. 14 a Mos. 10:12.
GEE Oração. c Al. 26:27. 15 a Al. 3:6–19;
b Mos. 23:10; 11 a Al. 20:29. 3 Né. 2:15–16.
Al. 26:3. GEE Paciência. b Al. 9:16–24; 18:5.
c Al. 3:10–12. 13 a Al. 21:1. 16 a Mos. 28:1–3.
10 a D&C 5:16. b Mt. 9:37.
ALMA 17:17–29 290
17 Separaram-se, portanto, uns 24 E aconteceu que o rei Lamôni
dos outros e foram para o meio ficou muito satisfeito com Amon
deles, cada um por si, segundo e ordenou que lhe desatassem
a palavra e o poder de Deus que as cordas; e desejava que Amon
lhe fora concedido. tomasse uma de suas filhas para
18 Ora, Amon, sendo o princi- esposa.
pal entre eles, ou melhor, aquele 25 Amon, porém, disse-lhe: Não,
que administrava entre eles, se- mas serei teu servo. Amon tornou-
parou-se deles depois de os haver se, portanto, servo do rei Lamôni.
a 
abençoado segundo suas várias E aconteceu que ele foi colocado
posições, tendo-lhes transmitido entre outros servos para guardar
a palavra de Deus, ou seja, tendo- os rebanhos de Lamôni, segundo
os ensinado antes de sua partida; o costume dos lamanitas.
e assim eles começaram a viajar 26 E depois de haver estado três
por toda a terra. dias a serviço do rei, quando ia
19 E Amon dirigiu-se à terra de com os servos lamanitas levando
Ismael, assim denominada se- os rebanhos para o bebedouro
gundo os filhos de a Ismael, que que era chamado águas de Sébus,
também se tornaram lamanitas. onde todos os lamanitas levavam
20 E quando Amon entrou na seus rebanhos para beber —
terra de Ismael, os lamanitas pe- 27 Aconteceu que quando Amon
garam-no e amarraram-no, pois e os servos do rei levavam os re-
era seu costume amarrar todos os banhos a esse bebedouro, eis que
nefitas que caíam em suas mãos e um certo número de lamanitas,
levá-los à presença do rei; e assim que haviam dado de beber a seus
ficava a critério do rei matá-los ou rebanhos, dispersaram os reba-
retê-los cativos ou mandá-los para nhos de Amon e dos servos do rei;
a prisão ou desterrá-los, segundo e dispersaram-nos de tal modo
a sua vontade e prazer. que fugiram em muitas direções.
21 E assim Amon foi levado à 28 Ora, os servos do rei começa-
presença do rei que governava a ram a murmurar, dizendo: Agora
terra de Ismael e cujo nome era o rei nos matará, como fez com
Lamôni; e ele era descendente de nossos irmãos, porque seus re-
Ismael. banhos foram espalhados pela
22 E o rei perguntou a Amon se maldade destes homens. E co-
era seu desejo morar na terra, entre meçaram a chorar amargamente,
os lamanitas, ou entre seu povo. dizendo: Eis que nossos rebanhos
23 E Amon respondeu-lhe: Sim, já estão espalhados.
desejo habitar com este povo por 29 Ora, eles choravam por temor
algum tempo; sim, e talvez até o de serem mortos. E quando Amon
dia de minha morte. viu isso, seu coração encheu-se de
18 a GEE Abençoado, Abençoar, Bênção. 19 a 1 Né. 7:4–6.
291 ALMA 17:30–39
alegria, pelo que disse: Mostrarei segundo seu prazer, porque não
a estes companheiros o meu po- sabiam que o Senhor havia pro-
der, ou seja, o poder que está em metido a Mosias a livrar seus filhos
mim, recuperando os rebanhos das mãos deles; nem sabiam nada
do rei a fim de conquistar-lhes o a respeito do Senhor; portanto, se
coração e induzi-los a acreditar deleitavam em destruir seus ir-
em minhas palavras. mãos e, por isso, espalhavam os
30 E estes foram os pensamentos rebanhos do rei.
de Amon, quando viu as aflições 36 a Amon, porém, adiantou-se e
daqueles a quem chamava seus começou a apedrejá-los com sua
irmãos. funda; sim, arremessou-lhes pe-
31 E aconteceu que os alentava dras com muita força e matou
com suas palavras, dizendo: Ir- assim b alguns deles, de modo que
mãos, tende bom ânimo e parta- ficaram espantados com sua força;
mos em busca dos rebanhos; nós não obstante, estavam irados com
reuni-los-emos e trá-los-emos de a morte de seus irmãos e decidi-
volta ao bebedouro; e assim pre- ram derrubá-lo; vendo, pois, que
servaremos os rebanhos para o rei, c 
não conseguiam atingi-lo com
que não nos tirará a vida. pedras, avançaram, armados de
32 E aconteceu que foram pro- clavas, para matá-lo.
curar os rebanhos, seguindo 37 Eis que Amon, porém, com
Amon; correndo com muita ligei- sua espada cortava o braço de
reza conseguiram deter os reba- cada homem que levantava a cla-
nhos do rei e levá-los novamente va para feri-lo; pois resistiu a seus
ao bebedouro. golpes, cortando-lhes o braço com
33 E aqueles homens levanta- o fio de sua espada, tanto que co-
ram-se novamente para espalhar meçaram a ficar assombrados e a
os rebanhos; mas Amon disse a fugir dele; sim, e não eram pou-
seus irmãos: Cercai os rebanhos, cos, mas ele, com a força de seu
para que não fujam; eu contende- braço, fez com que fugissem.
rei com os homens que dispersam 38 Ora, seis deles caíram pelo
nossos rebanhos. arremesso de sua funda, mas com
34 Portanto, fizeram como lhes a espada somente matou o chefe;
ordenou Amon e ele foi pelejar cortou entretanto quantos braços
com aqueles que estavam junto se levantaram contra ele; e não
às águas de Sébus; e não eram foram poucos.
poucos. 39 E tendo feito com que fu-
35 Não tinham, portanto, medo gissem para bem longe, voltou;
de Amon, pois supunham que um e deram de beber aos rebanhos
de seus homens poderia matá-lo e depois os reconduziram às
35 a Mos. 28:7; 36 a Ét. 12:15. c Al. 18:3.
Al. 19:22–23. b Al. 18:16.
ALMA 18:1–7 292
pastagens do rei; dirigiram-se to- porém, que ele não pode ser mor-
a 

dos então à presença do rei, car- to pelos inimigos do rei; nem po-
regando os braços daqueles que dem eles dispersar os rebanhos do
haviam procurado matá-lo e que rei quando ele está conosco, gra-
haviam sido cortados pela espada ças a sua destreza e grande força;
de Amon; e foram levados ao rei sabemos, portanto, que ele é ami-
como testemunho das coisas que go do rei. E agora, ó rei, não acre-
haviam feito. ditamos que um homem tenha tão
grande poder, porque sabemos
CAPÍTULO 18 que ele não pode ser morto.
4 E então, quando o rei ouviu
O rei Lamôni supõe que Amon seja
estas palavras, disse-lhes: Agora
o Grande Espírito — Amon ensina o
sei que é o Grande Espírito; e veio
rei a respeito da criação, dos procedi-
nesta ocasião para preservar vos-
mentos de Deus para com os homens
sa vida, a fim de que eu não vos
e da redenção recebida por meio de a 
mate como matei vossos irmãos.
Cristo — Lamôni crê e cai por terra,
Ora, este é o Grande Espírito de
como se estivesse morto. Aproxima-
quem falaram nossos pais.
damente 90 a.C.
5 Ora, esta era a tradição de La-
E aconteceu que o rei Lamôni môni, que ele havia recebido de seu
fez com que seus servos se apre- pai, de que existia um a Grande Es-
sentassem e testificassem todas pírito. Apesar de acreditarem num
as coisas que haviam visto con- Grande Espírito, pensavam que
cernentes ao assunto. tudo que fizessem estaria certo; não
2 E quando todos haviam testifi- obstante, começou Lamôni a temer
cado as coisas que presenciaram e muito, com medo de haver pro-
o rei inteirou-se da fidelidade de cedido mal ao matar seus servos;
Amon em defender seus rebanhos 6 Porque ele havia matado mui-
e também de seu grande poder tos deles por haverem seus irmãos
ao lutar contra os que haviam dispersado os rebanhos junto às
procurado matá-lo, ficou muito águas; e assim, por haverem seus
espantado e disse: Certamente rebanhos sido dispersados, foram
este é mais do que um homem. mortos.
Eis que não é este o Grande Espí- 7 Ora, era costume destes lama-
rito que envia tão grandes casti- nitas postarem-se perto das águas
gos a este povo por causa de seus de Sébus para dispersarem os re-
homicídios? banhos do povo e assim levarem
3 E responderam ao rei, dizendo: para suas terras muitos dos que
Se ele é o Grande Espírito ou um eram dispersos, pois entre eles
homem, não o sabemos; sabemos, esta era uma forma de furtar.
18 3 a Al. 17:34–38. 5 a Al. 19:25–27.
4 a Al. 17:28–31. GEE Trindade.
293 ALMA 18:8–20
8 E aconteceu que o rei Lamôni poderosos; e por isso disse-lhe:
perguntou a seus servos: Onde Rabana, o rei deseja que fiques.
está esse homem que tem tão 14 E Amon, voltando-se para o
grande poder? rei, disse-lhe: Que desejas que eu
9 E responderam-lhe: Eis que faça por ti, ó rei? E o rei não lhe
está tratando de teus cavalos. Ora, respondeu pelo espaço de uma
o rei havia ordenado a seus ser- hora, de acordo com a sua medi-
vos, antes da hora de dar de be- da de tempo, porque não sabia o
ber aos rebanhos, que lhe prepa- que lhe dizer.
rassem os cavalos e carros para 15 E aconteceu que Amon per-
conduzirem-no à terra de Néfi, guntou novamente: Que desejas de
porque na terra de Néfi fora de- mim? Mas o rei não lhe respondeu.
cretada uma grande festa pelo 16  E aconteceu que, estando
pai de Lamôni, que era o rei de cheio do Espírito de Deus, Amon
toda a terra. percebeu, portanto, os a pensa-
10 Ora, quando o rei Lamôni mentos do rei. E disse-lhe: Será
soube que Amon estava preparan- que é por teres ouvido que de-
do seus cavalos e carros, admirou- fendi teus servos e teus rebanhos
se ainda mais de sua fidelidade, e matei sete de seus irmãos com
dizendo: Certamente jamais hou- a funda e com a espada e cortei o
ve alguém entre todos os meus braço de outros, a fim de defender
servos que me tenha sido tão fiel os teus rebanhos e teus servos?
como este homem; porque ele se Eis que será esse o motivo de tua
lembra de executar todas as mi- admiração?
nhas ordens. 17 Digo-te: Por que te admiras
11 Ora, estou certo de que este tanto? Eis que sou um homem
é o Grande Espírito e desejaria e sou teu servo; portanto, tudo
que viesse a mim; porém não me quanto desejares, sendo justo, eu
atrevo. o farei.
12 E aconteceu que, tendo prepa- 18 Ora, quando o rei ouviu estas
rado os cavalos e os carros para o palavras tornou a maravilhar-se,
rei e seus servos, Amon se dirigiu porque percebeu que Amon podia
ao rei e viu que o semblante do a 
discernir-lhe os pensamentos;
rei se havia modificado; portan- não obstante, o rei Lamôni abriu
to, estava para retirar-se de sua a boca e perguntou-lhe: Quem és
presença. tu? És tu aquele Grande Espírito
13 E um dos servos do rei dis- que b conhece todas as coisas?
se-lhe: Rabana, que, interpreta- 19 Amon respondeu-lhe e disse:
do, significa poderoso ou grande Não sou.
rei, pois consideravam seus reis 20 E disse o rei: Como conheces
16 a Al. 12:3. Dom de.
18 a GEE Discernimento, b GEE Trindade.
ALMA 18:21–36 294
os pensamentos de meu coração? ele criou todas as coisas que es-
Podes falar sem temor a respeito tão na Terra; mas não conheço
destas coisas; dize-me também os céus.
com que poder mataste e cortas- 30 E Amon disse-lhe: O céu é o
te o braço de meus irmãos que lugar onde Deus habita com todos
dispersaram os meus rebanhos — os seus santos anjos.
21 E então, se me explicares a 31 E o rei Lamôni perguntou-lhe:
respeito destas coisas, dar-te-ei Fica acima da Terra?
o que desejares; e se fosse neces- 32 E Amon disse: Sim, e ele ob-
sário, defender-te-ia com meus serva todos os filhos dos homens
exércitos; sei, porém, que és mais e conhece todos os seus a pensa-
poderoso que todos eles; não obs- mentos e intenções; porque por
tante, conceder-te-ei tudo que de- sua mão foram todos eles criados
sejares de mim. desde o princípio.
22 Ora, Amon, sendo sábio em- 33 E o rei Lamôni disse: Creio
bora inofensivo, disse a Lamôni: em todas estas coisas que disseste.
Escutarás minhas palavras, se eu Foste enviado por Deus?
te disser por que poder faço es- 34 Respondeu-lhe Amon: Eu sou
tas coisas? E isto é o que desejo um a homem; e o homem, no prin-
de ti. cípio, foi criado segundo a ima-
23 E o rei respondeu-lhe, dizen- gem de Deus; e seu Santo Espírito
do: Sim, acreditarei em todas as chamou-me para b ensinar estas
tuas palavras. E assim foi apanha- coisas a este povo, para que ve-
do com astúcia. nha a conhecer aquilo que é justo
24 E Amon começou a falar-lhe e verdadeiro;
com a ousadia, dizendo: Crês tu 35 E uma porção desse a Espí-
que existe um Deus? rito habita em mim, dando-me
25 E ele respondeu-lhe, dizendo: b 
conhecimento e também poder
Não sei o que isso significa. segundo minha fé e desejos que
26 E disse-lhe então Amon: Crês estão em Deus.
tu que existe um Grande Espírito? 36 Ora, após ter dito estas pala-
27 E ele respondeu: Sim. vras, Amon principiou pela cria-
28  E disse-lhe Amon: Esse é ção do mundo e também a cria-
Deus. E disse-lhe mais: Crês tu ção de Adão; e contou-lhe todas
que esse Grande Espírito, que é as coisas concernentes à queda
Deus, criou todas as coisas que do homem, a explicando e mos-
estão nos céus e na Terra? trando os registros e as sagradas
29 E ele disse: Sim, eu creio que b 
escrituras do povo, as quais os
24 a Al. 38:12. Ét. 3:13–16. b GEE Conhecimento.
32 a Amós 4:13; b GEE Ensinar, Mestre — 36 a Mos. 1:4;
3 Né. 28:6; Ensinar com o Espírito. Al. 22:12; 37:9.
D&C 6:16. 35 a GEE Inspiração, b GEE Escrituras.
34 a Mos. 7:27; Inspirar.
295 ALMA 18:37–19:5
profetas haviam declarado des-
c 
pelo espaço de dois dias e duas
de a época em que seu pai, Leí, noites; e sua mulher e seus filhos
deixara Jerusalém. e suas filhas choraram por ele se-
37 E ele também lhes relatou (ao gundo o costume dos lamanitas,
rei e a seus servos) todas as via- lamentando grandemente a sua
gens de seus pais no deserto e to- perda.
dos os seus sofrimentos, causados
pela fome e pela sede, bem como CAPÍTULO 19
suas labutas e assim por diante.
Lamôni recebe a luz da vida eterna e
38 E ele também lhes falou sobre
vê o Redentor — Os de sua casa caem
as rebeliões de Lamã e Lemuel e
por terra, dominados pelo assombro,
dos filhos de Ismael, sim, relatou-
e alguns veem anjos — Amon é pre-
lhes todas as rebeliões; e explicou-
servado milagrosamente — Ele batiza
lhes todos os registros e escrituras,
muitos e estabelece uma igreja entre
desde o tempo em que Leí deixara
eles. Aproximadamente 90 a.C.
Jerusalém até aquela época.
39 Isto, porém, não é tudo; pois E aconteceu que, passados dois
explicou-lhes o a plano de reden- dias e duas noites, estavam a pon-
ção, que foi preparado desde a to de levar seu corpo e depositá-
fundação do mundo; e também lo em um sepulcro que haviam
fez que soubessem a respeito da feito com o propósito de enterrar
vinda de Cristo e deu-lhes a co- seus mortos.
nhecer todas as obras do Senhor. 2 Ora, a rainha, tendo ouvido
40 E aconteceu que após ter dito falar sobre a fama de Amon, man-
todas essas coisas e tê-las explica- dou, portanto, chamá-lo a sua
do ao rei, o rei acreditou em todas presença.
as suas palavras. 3 E aconteceu que Amon fez o
41 E começou a clamar ao Se- que lhe foi ordenado e procurou
nhor, dizendo: Ó Senhor, tem mi- a rainha e perguntou-lhe o que
sericórdia; a mesma abundante desejava que ele fizesse.
a 
misericórdia que tiveste para com 4 E ela disse-lhe: Os servos de
o povo de Néfi, tem para comigo meu marido informaram-me que
e meu povo. és a profeta de um santo Deus e
42 E então, quando disse isto, que tens o poder de realizar gran-
caiu por terra como se estivesse des obras em seu nome;
morto. 5 Portanto, se assim é, desejo
43 E aconteceu que seus servos que entres e vejas meu marido,
o pegaram e carregaram-no para porque ele já está deitado em seu
junto de sua esposa e deitaram-no leito pelo espaço de dois dias e
na cama; e ele ficou como morto duas noites; e alguns dizem que
36 c At. 3:18–21. Redenção. Misericordioso.
39 a GEE Plano de 41 a GEE Misericórdia, 19 4 a GEE Profeta.
ALMA 19:6–14 296
ele não está morto, porém outros sejas por causa de tua grande a fé;
dizem que morreu e cheira mal, digo-te, mulher, que nunca houve
e que deveria ser sepultado; mas tão grande fé entre todo o povo
para mim ele não cheira mal. nefita.
6 Ora, isso era o que Amon de- 11 E aconteceu que ela velou
sejava, porque sabia que o rei La- junto à cama do marido daquele
môni estava sob o poder de Deus; momento até o dia seguinte, na
sabia que o escuro a véu da incre- hora estabelecida por Amon para
dulidade lhe estava sendo tirado que se levantasse.
da mente e que a b luz que lhe ilu- 12 E aconteceu que ele se le-
minava a mente, que era a luz da vantou, conforme as palavras de
glória de Deus, que era uma luz Amon; e, ao levantar-se, esten-
maravilhosa de sua bondade — deu a mão à mulher e disse-lhe:
sim, essa luz havia-lhe infundido Abençoado seja o nome de Deus
tanta alegria na alma, tendo-se e bendita és tu.
dissipado a nuvem de escuridão, 13 Porque tão certo como tu vi-
que a luz da vida eterna se lhe ha- ves, eis que vi meu Redentor; e ele
via acendido na alma; sim, sabia virá e a nascerá de uma b mulher e
que isto havia dominado o corpo redimirá toda a humanidade que
natural do rei e que ele fora arre- crê em seu nome. Ora, tendo dito
batado em Deus; estas palavras, transbordou-se-
7 Portanto, o que a rainha lhe lhe o coração e outra vez ele caiu
pediu era unicamente o que ele por terra, de alegria; e a rainha
desejava. Assim, entrou para ver também caiu por terra, dominada
o rei, como lhe havia pedido a rai- pelo Espírito.
nha; e vendo o rei, soube que ele 14 Ora, Amon, vendo que o Espí-
não estava morto. rito do Senhor se havia derrama-
8 Disse então à rainha: Ele não do de acordo com suas a orações,
está morto, mas dorme em Deus sobre os lamanitas, seus irmãos,
e amanhã se levantará outra vez; que haviam sido a causa de tanta
portanto, não o sepultes. dor entre os nefitas, ou melhor,
9 E disse-lhe Amon: Crês tu nis- entre todo o povo de Deus, devido
so? E ela disse-lhe: Não tive prova às suas iniquidades e suas b tradi-
alguma, a não ser a tua palavra e ções, caiu de joelhos e começou
a palavra de nossos servos; não a extravasar a alma em oração e
obstante, acredito que será como agradecimento a Deus pelo que
dizes. havia feito por seus irmãos; e foi
10 E disse-lhe Amon: Abençoada também dominado pela c alegria;
6 a 2 Cor. 4:3–4. 13 a
GEE Jesus Cristo — 14 a D&C 42:14.
GEE Véu. Profecias acerca do b Mos. 1:5.
b GEE Luz, Luz de Cristo. nascimento e da morte c GEE Alegria.
10 a Lc. 7:9. de Jesus Cristo.
GEE Fé. b 1 Né. 11:13–21.
297 ALMA 19:15–23
e assim, todos os três caíram por
d 
como mortos; e também viram
terra. Amon e eis que era um nefita.
15 Ora, quando os servos do rei 19 E então começaram a murmu-
viram que eles haviam caído por rar entre si; alguns diziam que era
terra, também começaram a cla- um grande mal que havia caído
mar a Deus, porque o temor do sobre eles, ou seja, sobre o rei e
Senhor também se havia apode- sua casa, porque ele havia permi-
rado deles, pois foram a eles que tido que o nefita a permanecesse
se haviam apresentado perante na terra.
o rei e testificado a ele o grande 20 Outros, porém, os repreen-
poder de Amon. diam, dizendo: O rei trouxe este
16 E aconteceu que invocaram mal sobre sua casa porque ele ma-
o nome do Senhor com toda a tou seus servos, cujos rebanhos
força, até caírem todos por terra, haviam sido dispersos nas a águas
exceto uma das mulheres lama- de Sébus.
nitas, por nome Abis, que muitos 21 E eles também foram repreen-
anos antes se convertera ao Se- didos por aqueles homens que,
nhor graças a uma notável visão junto às águas de Sébus, haviam
de seu pai — a 
dispersado os rebanhos que per-
17 Assim, tendo sido convertida tenciam ao rei; porque estavam
ao Senhor e jamais o tendo revela- indignados com Amon, por cau-
do, quando viu que todos os ser- sa do número de seus irmãos que
vos de Lamôni haviam caído por ele havia matado junto às águas
terra e que também se achavam de Sébus enquanto defendia os
prostrados por terra sua ama, a rebanhos do rei.
rainha, e o rei e Amon, soube que 22 Ora, um deles, cujo irmão
era o poder de Deus; e acreditan- havia sido a morto pela espada
do que esta oportunidade, infor- de Amon, estando muito irado
mando ao povo o que se passara contra Amon, desembainhou a
entre eles, que, contemplando esta espada e adiantou-se para fazê-la
cena, a seriam levados a acreditar cair sobre Amon e matá-lo; e ao
no poder de Deus, ela correu, por- levantar a espada para golpeá-lo,
tanto, de casa em casa, comuni- eis que caiu morto.
cando o sucedido ao povo. 23 Ora, vemos que Amon não
18 E começaram a reunir-se na podia ser morto, porque o a Senhor
casa do rei. E juntou-se uma mul- dissera a Mosias, seu pai: Poupá-
tidão que, admirada, viu que o rei lo-ei e acontecerá com ele segundo
e a rainha e seus servos estavam a tua fé — portanto, Mosias b con-
prostrados por terra e ali jaziam fiara-o ao Senhor.
14 d Al. 27:17. 19 a Al. 17:22–23. 22 a Al. 17:38.
15 a Al. 18:1–2. 20 a Al. 17:26; 18:7. 23 a Mos. 28:7; Al. 17:35.
17 a Mos. 27:14. 21 a Al. 17:27; 18:3. b GEE Confiança, Confiar.
ALMA 19:24–34 298
24 E aconteceu que quando a 29 E aconteceu que, tendo-se
multidão viu que o homem que adiantado, tomou a mão da rainha
levantara a espada para matar para ver se conseguia levantá-la
Amon havia caído morto, todos do chão; e assim que lhe tocou a
foram tomados pelo medo e não mão, ela levantou-se e clamou em
ousaram estender a mão para alta voz, dizendo: Oh! Abençoado
tocá-lo nem a qualquer dos que Jesus, que me salvou de um a infer-
haviam caído; e começaram no- no horrível! Ó Deus bendito, tem
vamente a maravilhar-se, ima- b 
misericórdia deste povo!
ginando qual seria a causa desse 30 E tendo dito isso, juntou as
grande poder ou o que poderiam mãos, cheia de alegria, dizendo
significar todas essas coisas. muitas palavras que não foram
25 E aconteceu que muitos den- compreendidas; e tendo feito isso,
tre eles diziam que Amon era o tomou o rei Lamôni pela mão e
Grande Espírito; e outros diziam eis que ele se levantou e pôs-se
que ele havia sido enviado pelo de pé.
a 
Grande Espírito; 31 E ele, vendo a contenda en-
26 Mas outros repreendiam a tre seu povo, imediatamente se
todos, dizendo que ele era um adiantou e começou a repreendê-
monstro enviado pelos nefitas los e a ensinar-lhes as a palavras
para atormentá-los. que ouvira da boca de Amon; e
27 E havia alguns que diziam ter todos os que deram ouvidos às
sido Amon enviado pelo Grande suas palavras creram e foram con-
Espírito para afligi-los por causa vertidos ao Senhor.
de suas iniquidades; e que era o 32 Mas houve muitos entre eles
Grande Espírito que sempre au- que não deram ouvidos às suas
xiliara os nefitas, que sempre os palavras; portanto, seguiram o
livrara de suas mãos; e diziam seu caminho.
que fora esse Grande Espírito que 33 E aconteceu que quando se
havia destruído tantos de seus ir- levantou, Amon também pregou
mãos, os lamanitas. a eles e assim também fizeram to-
28 E assim a disputa entre eles dos os servos de Lamôni; e todos
tornou-se muito acalorada. E en- disseram ao povo a mesma coi-
quanto estavam deste modo dis- sa — que seu coração havia sido
cutindo, a a serva que fizera com a 
transformado; que não deseja-
que a multidão se reunisse, ven- vam mais praticar o b mal.
do as disputas que havia entre o 34 E eis que muitos declararam
povo, entristeceu-se muito, até as ao povo que haviam visto a anjos e
lágrimas. que com eles haviam conversado;
25 a Al. 18:2–5. Misericordioso. b Mos. 5:2; Al. 13:12.
28 a Al. 19:16. 31 a Al. 18:36–39. 34 a GEE Anjos.
29 a 1 Né. 14:3. 33 a GEE Nascer de Deus,
b GEE Misericórdia, Nascer de Novo.
299 ALMA 19:35–20:9
e, assim, relataram-lhes coisas de 3 Ora, aconteceu que quando
Deus e de sua retidão. ouviu isto, Amon disse a Lamôni:
35 E aconteceu que muitos deles Eis que meu irmão e meus com-
acreditaram em suas palavras; panheiros estão na prisão em
e todos os que acreditaram fo- Midôni e eu para lá irei a fim de
ram a batizados; e tornaram-se um libertá-los.
povo justo e organizaram uma 4 Então Lamôni disse a Amon:
igreja entre eles. Sei que com o a poder do Senhor
36 E assim começou a obra do podes realizar todas as coisas. Irei,
Senhor entre os lamanitas; deste porém, contigo à terra de Midôni,
modo o Senhor começou a derra- porque o rei da terra de Midô-
mar-lhes o seu Espírito; e vemos ni, cujo nome é Antiono, é meu
que o seu braço está estendido a amigo; portanto, irei à terra de
a 
todos os povos que se arrepen- Midôni, a fim de agradar ao rei
dem e creem em seu nome. da terra e ele soltará teus irmãos
da b prisão. Então lhe perguntou
CAPÍTULO 20 Lamôni: Quem te informou que
teus irmãos estavam na prisão?
O Senhor envia Amon a Midôni para
5 E respondeu-lhe Amon: Nin-
libertar seus irmãos aprisionados —
guém me contou, a não ser Deus;
Amon e Lamôni encontram o pai
e ele disse-me — Vai libertar teus
de Lamôni, que é rei de toda aquela
irmãos, porque se acham na pri-
terra — Amon compele o velho rei a
são, na terra de Midôni.
aprovar a libertação de seus irmãos.
6 Ora, quando Lamôni ouviu
Aproximadamente 90 a.C.
isso, fez com que os servos apron-
E aconteceu que depois de ha- tassem seus a cavalos e seus carros.
verem eles organizado uma igreja 7 E disse a Amon: Vem, desce-
naquela terra, o rei Lamôni de- rei contigo à terra de Midôni e lá
sejou que Amon fosse com ele à suplicarei ao rei que liberte teus
terra de Néfi para apresentá-lo a irmãos da prisão.
seu pai. 8 E aconteceu que Amon e La-
2 E Amon ouviu a voz do Se- môni, quando para lá se dirigiam,
nhor, dizendo: Não subirás à ter- encontraram o pai de Lamôni, que
ra de Néfi, porque eis que o rei era rei a de toda a terra.
procurará tirar-te a vida; irás, 9 E eis que o pai de Lamôni lhe
porém, à terra de Midôni; porque perguntou: Por que não vieste à
eis que teu irmão Aarão e tam- a 
festa naquele grande dia em que
bém Mulóqui e Amá se acham dei uma festa a meus filhos e a
na prisão. meu povo?
35 a GEE Batismo, Batizar. 20 4 a Al. 26:12. 8 a Al. 22:1.
36 a 2 Né. 26:33; b Al. 20:28–30. 9 a Al. 18:9.
Al. 5:33. 6 a Al. 18:9–10.
ALMA 20:10–24 300
10  E também lhe perguntou: 17 Mas Amon adiantou-se e dis-
Para onde vais com esse nefita, se-lhe: Eis que tu não matarás teu
que é um dos filhos de um a men- filho; não obstante, a melhor seria
tiroso? que ele morresse do que tu, por-
11 E aconteceu que Lamôni, te- que eis que ele se b arrependeu de
mendo ofendê-lo, explicou-lhe seus pecados; mas se tu caísses
para onde ia. agora, com tua ira, tua alma não
12 E contou-lhe também todos poderia ser salva.
os motivos de haver permanecido 18 E também é conveniente que
em seu próprio reino, não tendo te reprimas, porque, se a matasses
ido à festa que seu pai havia pre- teu filho, sendo ele um homem
parado. inocente, o seu sangue clamaria
13 E então, quando Lamôni ex- da terra ao Senhor seu Deus, para
plicou-lhe todas essas coisas, eis que a vingança caísse sobre ti; e
que, para seu espanto, indignou-se talvez perdesses tua b alma.
o pai contra ele, dizendo: Lamôni, 19 Ora, tendo dito Amon essas
tu vais libertar esses nefitas, que palavras, ele respondeu-lhe, di-
são filhos de um mentiroso. Eis zendo: Eu sei que, se matasse meu
que ele roubou nossos pais; e ago- filho, derramaria sangue inocen-
ra seus filhos estão entre nós, a fim te; porque foste tu que procuraste
de enganar-nos com suas astúcias destruí-lo.
e mentiras, para novamente nos 20 E estendeu a mão para ma-
despojar de nossas propriedades. tar Amon. Mas Amon resistiu a
14 Ora, o pai de Lamôni orde- seus golpes e feriu-lhe também
nou-lhe que matasse Amon com o braço, de modo que não pôde
a espada. E ordenou-lhe também mais usá-lo.
que não fosse à terra de Midôni, 21 Então o rei, vendo que Amon
mas que voltasse com ele à terra podia matá-lo, começou a supli-
de a Ismael. car-lhe que lhe poupasse a vida.
15 Lamôni, porém, disse-lhe: 22 Amon, porém, levantou a es-
Não matarei Amon nem voltarei pada e disse-lhe: Eis que te ma-
contigo à terra de Ismael, mas tarei, a menos que permitas que
irei à terra de Midôni libertar os meus irmãos sejam tirados da
irmãos de Amon, porque sei que prisão.
são homens justos e santos profe- 23 Então o rei, temendo perder a
tas do verdadeiro Deus. vida, disse: Se me poupares, con-
16 Ora, quando seu pai ouviu ceder-te-ei tudo que pedires, até
estas palavras, irou-se contra ele metade de meu reino.
e desembainhou a espada para 24 Ora, quando Amon viu que
derrubá-lo por terra. havia impressionado o velho rei
10 a Mos. 10:12–17. 17 a Al. 48:23. 18 a GEE Homicídio.
14 a Al. 17:19. b Al. 19:12–13. b D&C 42:18.
301 ALMA 20:25–30
como desejava, disse-lhe: Se per- da terra; portanto, os irmãos de
mitires que meus irmãos sejam Amon foram tirados da prisão.
libertados da prisão e também 29 E quando encontrou seus ir-
que Lamôni conserve seu reino; mãos, Amon ficou muito triste
e se não ficares aborrecido com porque eis que estavam nus e sua
ele, mas permitires que ele aja pele muito marcada, devido às
segundo sua própria vontade em fortes cordas com que estavam
a 
tudo quanto determinar, então te atados. E também haviam sofrido
pouparei; do contrário ferir-te-ei fome, sede e toda espécie de afli-
até caíres por terra. ções; não obstante, haviam sido
25  Ora, quando Amon disse a 
pacientes em todos os seus so-
essas palavras, o rei começou frimentos.
a regozijar-se por causa de sua 30 E aconteceu que haviam tido
vida. a infelicidade de cair nas mãos
26 E quando viu que Amon não de um povo mais duro e obsti-
desejava matá-lo e quando viu nado; portanto, não quiseram es-
também o grande amor que ele cutar-lhes as palavras, tendo-os
tinha por seu filho Lamôni, ficou expulsado e batido neles, tendo-
muito admirado e disse: Por teres os enxotado de casa em casa e
tu desejado somente que eu liber- de lugar em lugar, até chegarem
tasse teus irmãos e permitisse que à terra de Midôni; e ali foram
meu filho Lamôni conservasse o capturados e postos na prisão e
reino, eis que te concederei que amarrados com a fortes cordas; e
meu filho conserve o reino, de ficaram encarcerados por muitos
hoje em diante e para sempre; e dias, sendo libertados por Lamôni
eu não mais o governarei — e Amon.
27 E também te concederei que
teus irmãos sejam libertados da
Relato da prédica de Aarão e Mu-
prisão e tu e teus irmãos podereis
lóqui e seus irmãos aos lamanitas.
vir a mim em meu reino, porque
desejarei muito ver-te. Pois o rei Abrange os capítulos 21 a 25.
estava grandemente admirado
com as palavras que ele proferira
CAPÍTULO 21
e também com as palavras de seu
filho Lamôni; e a desejava, portan- Aarão ensina os amalequitas a respei-
to, aprendê-las. to de Cristo e Sua Expiação — Aa-
28 E aconteceu que Amon e La- rão e seus irmãos são aprisionados
môni continuaram sua viagem em Midôni — Após sua libertação,
para a terra de Midôni. E Lamô- eles ensinam nas sinagogas e fazem
ni achou graça aos olhos do rei muitos conversos — Lamôni concede
24 a Al. 21:21–22. Humilde, Humilhar. 30 a Al. 26:29.
27 a GEE Humildade, 29 a Al. 17:11.
ALMA 21:1–10 302
liberdade religiosa ao povo, na terra ele, dizendo: O que é que testifi-
de Ismael. Aproximadamente 90– caste? Viste tu um a anjo? Por que
77 a.C. é que os anjos não nos aparecem?
Eis que este povo não é tão bom
Ora, quando Amon e seus irmãos quanto teu povo?
se a separaram nas fronteiras da 6 Tu também dizes que, a menos
terra dos lamanitas, eis que Aa- que nos arrependamos, perecere-
rão seguiu viagem para a terra mos. Como conheces o pensamen-
que os lamanitas denominavam to e o intento de nosso coração?
Jerusalém, em memória da terra Como sabes que temos motivos
natal de seus pais; e ficava distan- para nos arrependermos? Como
te e confinava com as fronteiras sabes que não somos um povo
de Mórmon. justo? Eis que construímos san-
2 Ora, os lamanitas e os amale- tuários e reunimo-nos para ado-
quitas e o povo de a Amulon ha- rar a Deus. Nós cremos que Deus
viam construído uma grande ci- salvará todos os homens.
dade, que se chamava Jerusalém. 7 E então Aarão lhe disse: Crês tu
3 Ora, os lamanitas já eram, por que o Filho de Deus virá redimir
si mesmos, bastante obstinados; a humanidade de seus pecados?
porém os amalequitas e os amu- 8 E o homem respondeu-lhe:
lonitas eram-no ainda mais; con- Não acreditamos que saibas de
seguiram, portanto, fazer com tais coisas. Não acreditamos nes-
que os lamanitas endurecessem sas tradições tolas. Não acredita-
o coração, com que aumentassem mos que saibas de a coisas futuras
suas iniquidades e abominações. nem tampouco cremos que teus
4 E aconteceu que Aarão foi à pais ou nossos pais tivessem co-
cidade de Jerusalém e começou nhecimento das coisas de que fa-
primeiro a pregar aos amalequi- laram, daquilo que está para vir.
tas. E começou a pregar-lhes em 9 E Aarão começou a explicar-
suas sinagogas, porque haviam lhes as escrituras a respeito da
construído sinagogas segundo a vinda de Cristo, como também
a 
ordem dos neores; porque mui- sobre a ressurreição dos mortos; e
tos dos amalequitas e amulonitas que a não poderia haver redenção
pertenciam à ordem dos neores. para a humanidade a não ser pela
5 Assim, quando Aarão entrou morte e sofrimentos de Cristo e a
em uma das suas sinagogas para b 
expiação de seu sangue.
pregar ao povo e enquanto lhes fa- 10 E aconteceu que quando co-
lava, eis que se levantou um ama- meçou a expor-lhes essas coi-
lequita e começou a discutir com sas, ficaram zangados com ele e
21 1 a Al. 17:13, 17. 4 a Al. 1:2–15. 9 a Mos. 5:8;
2 a Mos. 24:1; 5 a Mos. 27:11–15. Al. 38:9.
Al. 25:4–9. 8 a Jacó 7:1–8. b GEE Expiação, Expiar.
303 ALMA 21:11–23
começaram a zombar dele; e não começou a abençoá-los de tal
quiseram dar ouvidos às palavras modo que levaram muitos ao
que ele proferia. conhecimento da verdade; sim,
11 Portanto, quando ele viu que e a convenceram muitos de seus
não dariam ouvidos às suas pala- pecados e de que as tradições de
vras, saiu da sinagoga e foi a uma seus pais não eram corretas.
aldeia que se chamava Ani-Ânti, 18 E aconteceu que Amon e La-
e ali encontrou Mulóqui pregan- môni voltaram da terra de Midôni
do-lhes a palavra; e também Amá para a terra de Ismael, que era a
e seus irmãos. E discutiam com terra de sua herança.
muitos sobre a palavra. 19 E o rei Lamôni não permitiu
12 E aconteceu que viram que o que Amon o servisse ou fosse seu
povo ia endurecer o coração; por- servo.
tanto, partiram e chegaram à terra 20 Mas fez com que se cons-
de Midôni. E pregaram a palavra truíssem sinagogas na terra de
a muitos; e poucos acreditaram Ismael e fez com que seu povo, ou
nas palavras que lhes foram en- seja, o povo governado por ele, se
sinadas. reunisse.
13 No entanto, Aarão e alguns 21 E regozijou-se neles e ensinou-
de seus irmãos foram apanhados lhes muitas coisas. E declarou-lhes
e encarcerados. Os restantes fu- também que eram um povo que
giram da terra de Midôni para as se achava sob sua autoridade e
regiões circunvizinhas. que eram um povo livre; livre da
14  E os que foram postos na opressão do rei, seu pai, porque seu
prisão a sofreram muito e foram pai lhe havia permitido governar o
libertados pela mão de Lamôni povo que estava na terra de Ismael
e Amon; e foram alimentados e e em toda a terra circunvizinha.
vestidos. 22 E declarou-lhes também que
15 E saíram novamente para pre- tinham a liberdade para adorar o
gar a palavra; e assim foram liber- Senhor seu Deus segundo seus de-
tados da prisão pela primeira vez; sejos, onde quer que estivessem,
e assim haviam sofrido. se a região ficasse sob a autorida-
16 E iam, assim, para onde os de do rei Lamôni.
guiava o a Espírito do Senhor, pre- 23 E Amon pregou ao povo do
gando a palavra de Deus em todas rei Lamôni; e aconteceu que lhes
as sinagogas dos amalequitas ou ensinou todas as coisas concer-
em todas as assembleias dos la- nentes à retidão. E exortava-os
manitas onde lhes era permitido diariamente, com toda a dili-
entrar. gência; e eles deram ouvidos à
17 E aconteceu que o Senhor sua palavra e eram zelosos no
14 a Al. 20:29. 17 a D&C 18:44. RF 1:11.
16 a Al. 22:1. 22 a D&C 134:1–4; GEE Liberdade, Livre.
ALMA 22:1–12 304
cumprimento dos mandamentos 4 E Aarão disse ao rei: Eis que o
do Senhor. Espírito do Senhor o chamou para
outro lugar; ele foi para a terra de
CAPÍTULO 22 Ismael a fim de ensinar o povo de
Lamôni.
Aarão ensina o pai de Lamôni a res-
5 Disse-lhes então o rei: O que é
peito da Criação, da Queda de Adão
isso que disseste sobre o Espírito
e do plano de redenção, por meio de
do Senhor? Eis que é isso que me
Cristo — O rei e toda a sua casa são
perturba.
convertidos — Explica-se a divisão da
6 E, também, o que é isso que
terra entre os nefitas e os lamanitas.
disse Amon: a Se vos arrepender-
Aproximadamente 90–77 a.C.
des, sereis salvos; e se não vos
Ora, como Amon estava conti- arrependerdes, sereis afastados
nuamente ensinando o povo de no último dia?
Lamôni, voltaremos à história de 7 E Aarão, respondendo-lhe, dis-
Aarão e seus irmãos; porque, ten- se: Crês tu que existe um Deus? E
do partido da terra de Midôni, ele o rei respondeu: Sei que os ama-
foi a guiado pelo Espírito à terra de lequitas dizem existir um Deus e
Néfi, até a casa do rei que gover- permiti-lhes construir santuários a
nava toda a terra, b exceto a terra fim de que se reunissem para ado-
de Ismael; e era o pai de Lamôni. rá-lo. E se agora dizes que existe
2 E aconteceu que, tendo entra- um Deus, eis que a acreditarei.
do no palácio do rei com os seus 8 E então, quando Aarão ouviu
irmãos e tendo-se inclinado dian- isso, alegrou-se-lhe o coração e ele
te do rei, disse-lhe: Eis, ó rei, que disse: Eis que, tão certo como tu
somos os irmãos de Amon, que vives, ó rei, existe um Deus.
a 
livraste da prisão. 9 E disse o rei: É Deus aquele
3 E agora, ó rei, se nos poupa- a 
Grande Espírito que tirou nossos
res a vida, seremos teus servos. E pais da terra de Jerusalém?
disse-lhes o rei: Levantai-vos, por- 10 E disse-lhe Aarão: Sim, ele é
que vos concederei a vida e não aquele Grande Espírito e a criou
permitirei que sejais meus servos; todas as coisas, tanto no céu como
insistirei, porém, em que me en- na Terra. Acreditas nisso?
sineis, porque minha mente ficou 11 E ele disse: Sim, acredito que
um tanto perturbada pela genero- o Grande Espírito criou todas as
sidade e grandeza das palavras de coisas e desejo que me ensines a
vosso irmão Amon; e desejo saber respeito de todas essas coisas; e
por que motivo não subiu ele de eu a acreditarei em tuas palavras.
Midôni convosco. 12  E aconteceu que Aarão,
22 1 a Al. 21:16–17. 6 a Al. 20:17–18. 10 a GEE Criação, Criar.
b Al. 21:21–22. 7 a D&C 46:13–14. 11 a GEE Crença, Crer.
2 a Al. 20:26. 9 a Al. 18:18–28.
305 ALMA 22:13–19
quando viu que o rei acredita- e receber o Espírito de Deus, a
ria em suas palavras, começou a fim de encher-me de júbilo e não
a 
ler-lhe as escrituras, desde a cria- ser afastado no último dia? Eis
ção de Adão: como criou Deus o que, disse ele, renunciarei a c tudo
homem a sua própria imagem e quanto possuo; sim, abandonarei
que Deus lhe deu mandamentos; o meu reino para poder receber
e que, por causa da transgressão, essa grande alegria.
o homem caiu. 16 Mas disse-lhe Aarão: Se a de-
13 E Aarão explicou-lhe as escri- sejas isto, se te curvares diante de
turas, desde a a criação de Adão, Deus, sim, se te arrependeres de
expondo-lhe a queda do homem todos os teus pecados e te curva-
e seu estado carnal; e também o res diante de Deus e invocares o
b 
plano de redenção que havia sido seu nome com fé, acreditando que
preparado c desde a fundação do receberás, então obterás a b espe-
mundo, por meio de Cristo, para rança que desejas.
todos os que acreditassem em seu 17 E aconteceu que quando Aa-
nome. rão proferiu estas palavras, o rei
14 E tendo o homem a caído, por a 
curvou-se diante do Senhor, de
si mesmo nada podia b merecer; joelhos; sim, prostrou-se por ter-
mas os sofrimentos e a morte de ra e b clamou de todo o coração,
Cristo c expiam seus pecados por dizendo:
meio da fé e do arrependimento 18 Ó Deus, Aarão disse-me que
e assim por diante; e ele rompe existe um Deus e, se existe um
as ligaduras da morte, para que Deus e se tu és Deus, faze-mo sa-
a d sepultura não seja vitoriosa e ber; e abandonarei todos os meus
para que o aguilhão da morte seja pecados para conhecer-te, para
consumido na esperança de gló- que eu possa ser levantado dentre
ria; e Aarão explicou todas essas os mortos e salvo no último dia. E
coisas ao rei. quando o rei disse essas palavras,
15 E aconteceu que, tendo Aarão caiu como que ferido de morte.
explicado estas coisas ao rei, o 19 E aconteceu que seus servos
rei disse: a Que deverei fazer para correram para contar à rainha
conseguir essa vida eterna da qual tudo o que sucedera ao rei. E ela
falaste? Sim, que deverei fazer dirigiu-se para onde estava o rei;
para b nascer de Deus, arrancar e quando o viu caído como se es-
este espírito iníquo de meu peito tivesse morto e também Aarão
12 a 1 Né. 5:10–18; b 2 Né. 25:23; c Mt. 13:44–46; 19:16–22.
Al. 37:9. Al. 42:10–25. 16 a GEE Conversão,
13 a Gên. 1:26–28. c Al. 34:8–16. Converter.
b GEE Plano de GEE Expiação, Expiar. b Ét. 12:4.
Redenção. d Isa. 25:8; 17 a D&C 5:24.
c 2 Né. 9:18. 1 Cor. 15:55. b GEE Oração.
14 a GEE Queda de Adão 15 a At. 2:37.
e Eva. b Al. 5:14, 49.
ALMA 22:20–28 306
e seus irmãos ali parados como tal modo que toda a sua casa se
se fossem os causadores de sua b 
converteu ao Senhor.
queda, irou-se contra eles e or- 24 Ora, reunira-se uma multi-
denou que seus servos, ou seja, dão, por causa das ordens da rai-
os servos do rei, os prendessem e nha; e começou a haver grandes
matassem. murmurações entre eles, por cau-
20 Ora, os servos haviam presen- sa de Aarão e seus irmãos.
ciado o motivo da queda do rei; 25 Mas o rei adiantou-se para o
portanto, não se atreviam a deitar meio deles e os ensinou. E tran-
as mãos em Aarão e seus irmãos; quilizaram-se em relação a Aarão
e intercederam à rainha, dizendo: e aos que com ele estavam.
Por que ordenas que matemos 26 E aconteceu que o rei, ven-
esses homens, quando eis que do que o povo se tranquilizara,
um deles é a mais poderoso que fez com que Aarão e seus irmãos
nós todos? Cairemos, portanto, fossem para o meio da multidão
diante deles. e pregassem-lhes a palavra.
21 Ora, quando a rainha viu o 27 E aconteceu que o rei enviou
temor de seus servos, começou uma a proclamação por toda a ter-
também a sentir grande temor de ra, a todo o seu povo que vivia
que algum mal lhe acontecesse. E em toda a sua terra, que vivia em
ordenou aos servos que fossem todas as regiões circunvizinhas,
chamar o povo, para que matas- terra que confinava com o mar a
sem Aarão e seus irmãos. leste e a oeste e que era dividida
22  Ora, quando Aarão viu a da terra de b Zaraenla por uma
determinação da rainha, ele, co- estreita faixa de deserto que se
nhecendo também a dureza de estendia do mar do leste ao mar
coração do povo, temeu que se do oeste e contornava a costa e as
reunisse uma multidão e que hou- fronteiras do deserto que ficava ao
vesse grande contenda e distúrbio norte, perto da terra de Zaraenla,
entre eles; estendeu, portanto, a através das fronteiras de Mânti,
mão e levantou o rei, dizendo- à cabeceira do rio Sidon, corren-
lhe: Levanta-te. E ele pôs-se em do de leste para oeste — e assim
pé, recuperando as forças. estavam os lamanitas separados
23 Ora, isso foi feito na presen- dos nefitas.
ça da rainha e de muitos dos ser- 28 Ora, os mais a indolentes dos
vos. E quando viram isso, ficaram lamanitas viviam no deserto e ha-
muito admirados e começaram a bitavam em tendas; e estavam es-
temer. E o rei adiantou-se e come- palhados pelo deserto a oeste, na
çou a a ensiná-los. E ensinou-os de terra de Néfi; sim, como também
20 a Al. 18:1–3. Pregar. 27 a Al. 23:1–4.
23 a GEE Ensinar, Mestre; b GEE Conversão, b Ômni 1:13–17.
Ministério, Ministro; Converter. 28 a 2 Né. 5:22–25.
307 ALMA 22:29–35
a oeste da terra de Zaraenla, bei- equivalente a um dia e meio de
rando a costa; e a oeste, na ter- viagem para um nefita. E assim, a
ra de Néfi, no local da primeira terra de Néfi e a terra de Zaraenla
herança de seus pais; e assim ao estavam quase que rodeadas por
longo da costa. água, havendo uma pequena b fai-
29 E também havia muitos la- xa de terra entre a terra do norte
manitas no leste, junto à costa, e a terra do sul.
para onde os nefitas os haviam 33  E aconteceu que os nefi-
impelido. Desse modo os nefitas tas haviam povoado a terra de
estavam quase rodeados pelos la- Abundância, desde o mar do les-
manitas; não obstante, os nefitas te até o mar do oeste; e assim os
haviam-se apoderado de todas nefitas, em sua sabedoria, com
as regiões do norte da terra, que seus guardas e seus exércitos,
beiravam o deserto, na cabeceira haviam confinado os lamani-
do rio Sidon, de leste a oeste do tas no sul, para que desse modo
lado do deserto; no norte, até che- não mais ocupassem as terras ao
gar à terra a que deram o nome de norte e não invadissem a terra
a 
Abundância. do norte.
30 E confinava com a terra a que 34 Portanto, os lamanitas não
chamavam a Desolação, a qual es- podiam mais ter terras, a não ser
tava tão ao norte que adentrava na terra de Néfi e nos desertos
a terra que havia sido povoada a sua volta. Ora, nisto os nefitas
e destruída, de cujos b ossos já fa- foram prudentes — como os la-
lamos, que fora descoberta pelo manitas eram seus inimigos, não
povo de Zaraenla, tendo sido o lo- sofreriam ataques por todos os
cal de seu c primeiro desembarque. lados e teriam também um país
31 E dali subiram até o deser- onde se refugiar, segundo seus
to do sul. E assim foi que a terra desejos.
do norte se chamou a Desolação e 35 E agora eu, depois de haver
a terra do sul se chamou Abun- relatado isto, volto à história de
dância, sendo ela o deserto que é Amon e Aarão, Ômner e Hímni
cheio de todo tipo de animais sel- e seus irmãos.
vagens de toda espécie, uma parte
dos quais havia vindo da terra do
CAPÍTULO 23
norte à procura de alimento.
32 E assim, a a distância entre Proclamada a liberdade religiosa —
o mar do leste e o mar do oes- Convertidos os lamanitas de sete ter-
te, pela fronteira entre Abundân- ras e cidades — Eles autodenomi-
cia e a terra de Desolação, era o nam-se ânti-néfi-leítas e ficam livres
29 a Al. 52:9; 63:5. b Mos. 8:7–12; 28:11–19. 32 a Hel. 4:7.
30 a Al. 50:34; c Hel. 6:10. b Al. 50:34.
Mórm. 4:1–3. 31 a Hel. 3:5–6.
ALMA 23:1–7 308
da maldição — Os amalequitas e os roubar nem cometer adultério
amulonitas rejeitam a verdade. Apro- nem cometer qualquer tipo de
ximadamente 90–77 a.C. iniquidade.
4 E então aconteceu que, tendo
Eis que aconteceu que o rei dos o rei enviado essa proclamação,
lamanitas enviou uma a proclama- Aarão e seus irmãos foram de ci-
ção a todo o seu povo, para que dade em cidade, de uma casa de
não tocassem em Amon nem em adoração a outra, organizando
Aarão nem em Ômner nem em igrejas e consagrando sacerdotes
Hímni ou em qualquer de seus e mestres entre os lamanitas, por
irmãos que iriam pregar a palavra toda a terra, a fim de pregarem
de Deus, não importando onde e ensinarem a palavra de Deus
estivessem, em qualquer parte entre eles; e assim começaram a
de sua terra. lograr muito êxito.
2 Sim, enviou um decreto a seu 5 E milhares foram levados a
povo, que não deveriam deitar- conhecer o Senhor, sim, milhares
lhes as mãos para amarrá-los, nem foram levados a acreditar nas a tra-
colocá-los na prisão; nem deve- dições dos nefitas; e foram-lhes
riam cuspir neles nem espancá-los ensinados os b registros e as profe-
nem expulsá-los de suas sinago- cias que haviam sido transmitidos
gas nem açoitá-los; nem tampouco até o presente.
apedrejá-los, mas que eles tives- 6 E tão certo quanto o Senhor
sem livre acesso às suas casas, e vive, assim também quantos acre-
também aos seus templos, e aos ditaram, ou seja, quantos foram
seus santuários. levados a conhecer a verdade pe-
3 Para que assim pudessem ir las pregações de Amon e seus ir-
pregar a palavra segundo seus mãos, segundo o espírito de reve-
desejos, pois o rei havia-se con- lação e de profecia e o poder de
vertido ao Senhor, assim como Deus que fazia milagres por meio
toda a sua casa; enviou, portan- deles — sim, digo-vos que, assim
to, uma proclamação ao povo, como o Senhor vive, todos os la-
por toda a terra, a fim de que a manitas que acreditaram em suas
palavra de Deus não encontrasse pregações e foram a convertidos ao
obstrução, mas fosse levada a toda Senhor b nunca apostataram.
a terra, para que o povo se con- 7 Pois tornaram-se um povo jus-
vencesse das iníquas a tradições to e depuseram as armas de sua
de seus pais e se convencesse de rebelião, para não mais lutarem
que todos eram irmãos e que não contra Deus nem contra qualquer
deveriam matar nem pilhar nem de seus irmãos.
23 1 a Al. 22:27. b Al. 63:12. Converter.
3 a Al. 26:24. GEE Escrituras. b Al. 27:27.
5 a Al. 37:19. 6 a GEE Conversão,
309 ALMA 23:8–24:2
8 Ora, estes são os que se con-
a 
escolher para distinguirem-se dos
verteram ao Senhor: outros.
9 Os lamanitas que estavam na 17 E aconteceu que escolheram
terra de Ismael; o nome de a ânti-néfi-leítas; e fo-
10 E também os lamanitas que ram chamados por esse nome e
estavam na terra de Midôni; não mais foram chamados de la-
11 E também os lamanitas que manitas.
estavam na cidade de Néfi; 18 E começaram a ser um povo
12 E também os lamanitas que se muito industrioso; sim, e fizeram-
achavam na terra de a Silom e que se amigos dos nefitas; portanto,
se achavam na terra de Senlon e estabeleceram relações com eles
na cidade de Lemuel e na cidade e a a maldição de Deus não mais
de Simnilom. os acompanhou.
13 E são esses os nomes das cida-
des dos lamanitas que foram a con- CAPÍTULO 24
vertidos ao Senhor; e são esses os
Os lamanitas avançam contra o povo
que depuseram as armas de sua
de Deus — Os ânti-néfi-leítas rego-
rebelião, sim, todas as suas armas
zijam-se em Cristo e são visitados
de guerra; e todos eram lamanitas.
por anjos — Eles preferem morrer
14 E os amalequitas não foram
a defenderem-se — Mais lamanitas
a 
convertidos, exceto um; e ne-
são convertidos. Aproximadamente
nhum dos b amulonitas se conver-
90–77 a.C.
teu, mas endureceram o coração e
também o coração dos lamanitas E aconteceu que os amalequitas
daquela parte da terra em que e os amulonitas e os lamanitas
moravam; sim, e em todas as suas que estavam na terra de Amulon
aldeias e cidades. e também na terra de Helã; e os
15 Portanto, citamos todas as que estavam na terra de a Jerusa-
cidades dos lamanitas nas quais lém e, resumindo, em todas as
eles se arrependeram, vieram a terras circunvizinhas, que não se
conhecer a verdade e foram con- haviam convertido nem adotado
vertidos. o nome de b Ânti-Néfi-Leí, foram
16 E aconteceu então que o rei e instigados pelos amalequitas e pe-
os que foram convertidos deseja- los amulonitas a irarem-se contra
vam adotar um nome pelo qual seus irmãos.
se distinguissem de seus irmãos; 2 E seu ódio contra eles tornou-
o rei, portanto, consultou Aarão se muito intenso, a ponto de co-
e muitos de seus sacerdotes no meçarem a rebelar-se contra seu
tocante ao nome que deveriam rei e a não mais quererem que ele
8 a Al. 26:3, 31. b Mos. 23:31–39. 3 Né. 2:14–16.
12 a Mos. 22:8, 11. 17 a GEE Ânti-néfi-leítas. 24 1 a Al. 21:1.
13 a Al. 53:10. 18 a 1 Né. 2:23; b Al. 25:1, 13.
14 a Al. 24:29. 2 Né. 30:5–6;
ALMA 24:3–12 310
fosse seu rei; portanto, pegaram 8 E eis que agradeço a meu gran-
em armas contra o povo de Ânti- de Deus por ter-nos dado uma
Néfi-Leí. porção de seu Espírito, a fim de
3 Ora, o rei passou o reino a seu abrandar-nos o coração; assim,
filho, a quem deu o nome de Ân- estabelecemos relações com estes
ti-Néfi-Leí. irmãos, os nefitas.
4 E morreu o rei no mesmo ano 9 E eis que também agradeço
em que os lamanitas começaram a meu Deus que, por iniciarmos
os preparativos para guerrear o essas relações, nos tenhamos con-
povo de Deus. vencido de nossos a pecados e dos
5 Ora, quando Amon e seus ir- muitos homicídios que temos co-
mãos e todos os que haviam vin- metido.
do com ele viram os preparativos 10 E agradeço também a meu
dos lamanitas para destruírem Deus, sim, meu grande Deus, por
seus irmãos, dirigiram-se à terra haver-nos permitido que nos ar-
de Midiã e lá Amon encontrou rependêssemos dessas coisas e
todos os seus irmãos; e de lá se também por haver-nos a perdoado
dirigiram à terra de Ismael, para nossos inúmeros pecados e os as-
reunirem-se em a conselho com sassinatos que temos cometido; e
Lamôni e também com seu irmão, por ter-nos aliviado o coração da
Ânti-Néfi-Leí, a fim de decidirem b 
culpa, pelos méritos de seu Filho.
o que deveriam fazer para defen- 11 E agora eis que, meus irmãos,
der-se dos lamanitas. visto que tudo o que pudemos fa-
6 Ora, não havia uma só alma, zer (pois éramos os mais perdidos
entre todo o povo que se conver- de todos os homens) foi arrepen-
tera ao Senhor, que quisesse pegar dermo-nos de todos os nossos pe-
em armas contra seus irmãos; não, cados e dos muitos assassinatos
não queriam nem mesmo fazer que tínhamos cometido e conse-
qualquer preparativo de guerra; guir que Deus os a tirasse de nosso
sim, e também seu rei lhes orde- coração, porque isto foi tudo que
nou que não o fizessem. pudemos fazer para arrepender-
7 Ora, estas são as palavras que mo-nos o suficiente perante Deus,
ele disse ao povo sobre o assunto: a fim de que ele nos tirasse nossa
Agradeço a meu Deus, meu ama- mancha —
do povo, que o nosso grande Deus 12 Ora, meus amados irmãos, já
em sua bondade tenha mandado que Deus nos tirou nossas man-
estes nossos irmãos, os nefitas, chas e nossas espadas tornaram-
pregarem a nós e convencerem- se brilhantes, não as manchemos
nos a respeito das a tradições de mais com o sangue de nossos
nossos iníquos pais. irmãos.
5 a Al. 27:4–13. 9 a D&C 18:44. b GEE Culpa.
7 a Mos. 1:5. 10 a Dan. 9:9. 11 a Isa. 53:4–6.
311 ALMA 24:13–19
13 Eis que eu vos digo: Guar- destruir-nos, eis que escondere-
demos nossas espadas, para que mos nossas espadas, sim, enter-
não se manchem com o sangue rá-las-emos nas profundidades
de nossos irmãos; porque, se no- da terra, para que se conservem
vamente as mancharmos, talvez brilhantes, como testemunho, no
não possam mais ser a lavadas pelo último dia, de que nunca as usa-
sangue do Filho de nosso grande mos; e se nossos irmãos nos des-
Deus, que será derramado para a truírem, eis que a iremos para nos-
expiação de nossos pecados. so Deus e seremos salvos.
14 E o grande Deus teve mise- 17 E então aconteceu que quan-
ricórdia de nós e deu-nos a co- do o rei acabou de dizer essas coi-
nhecer estas coisas, a fim de não sas, estando todo o povo reunido,
perecermos; sim, deu-nos a co- tomaram as espadas e todas as
nhecer de antemão essas coisas armas que eram usadas para der-
porque ama nossa a alma, bem ramar sangue humano e a enterra-
como ama nossos filhos; portanto, ram-nas profundamente na terra.
em sua misericórdia ele nos visita 18 E isso fizeram porque, a seu
por meio de seus anjos, para que ver, era um testemunho a Deus e
o b plano de salvação nos seja re- também aos homens de que a nun-
velado, assim como às gerações ca mais usariam armas para der-
futuras. ramar sangue humano; e assim
15 Oh! Quão misericordioso é fizeram, prometendo e b fazendo
nosso Deus! E agora, desde que convênio com Deus de que, an-
isso foi tudo o que pudemos fazer tes de derramar o sangue de seus
para que nossas manchas nos fos- irmãos, c sacrificariam a própria
sem tiradas e nossas espadas tor- vida; de que, ao invés de tirar de
nadas brilhantes, eis que vamos um irmão, lhe dariam; de que, ao
escondê-las, para que conservem invés de passar os dias em ociosi-
seu brilho como um testemunho a dade, trabalhariam muito com as
nosso Deus no último dia, ou seja, próprias mãos.
no dia em que formos levados a 19 E assim vemos que quando
sua presença a fim de sermos jul- esses lamanitas foram levados a
gados, de que não manchamos conhecer a verdade e nela acredi-
nossas espadas com o sangue de tar, mantiveram-se a firmes e pre-
nossos irmãos, desde que ele nos feriam sofrer até a morte a pecar;
revelou sua palavra e por ela pu- e assim vemos que enterraram
rificou-nos. suas armas de paz, ou melhor,
16  E agora, meus irmãos, se enterraram as armas de guerra
nossos irmãos procurarem em favor da paz.
13 a Apoc. 1:5. Redenção. b GEE Convênio.
14 a GEE Alma — Valor das 16 a Al. 40:11–15. c GEE Sacrifício.
almas. 17 a Hel. 15:9. 19 a GEE Fé.
b GEE Plano de 18 a Al. 53:11.
ALMA 24:20–30 312
20 E aconteceu que seus irmãos, e não as quiseram mais pegar,
os lamanitas, fizeram preparativos porque estavam compungidos
para a guerra e subiram à terra de pelos assassinatos que haviam
Néfi com o propósito de destruir cometido; e ajoelharam-se, assim
o rei e substituí-lo por outro; e como seus irmãos, confiando na
também de destruir o povo de clemência dos que tinham os bra-
Ânti-Néfi-Leí. ços levantados para matá-los.
21 Ora, quando o povo viu que 26 E aconteceu que, naquele dia,
os lamanitas vinham atacá-los, ao povo de Deus juntaram-se mais
saíram-lhes ao encontro e a pros- do que os que haviam sido mor-
traram-se por terra diante deles e tos; e os que foram mortos eram
começaram a invocar o nome do justos; não temos, portanto, ra-
Senhor; e estavam nessa atitude zão para duvidar de que foram
quando os lamanitas começaram a 
salvos.
a atacá-los e a matá-los com a es- 27 E não havia um homem iní-
pada. quo entre os que foram mortos;
22 E assim, sem encontrarem mais de mil, porém, chegaram
resistência alguma, mataram mil ao conhecimento da verdade; e
e cinco deles; e sabemos que eles assim vemos que o Senhor traba-
são abençoados, porque foram lha de vários a modos para salvar
morar com seu Deus. seu povo.
23 Ora, quando os lamanitas vi- 28 Ora, a maior parte dos lama-
ram que seus irmãos não fugiam nitas que mataram tantos de seus
da espada nem se voltavam para irmãos era composta de amalequi-
a direita nem para a esquerda, tas e amulonitas, pertencendo em
mas que se deitavam e a morriam sua maioria à a ordem dos b neores.
e louvavam a Deus até mesmo no 29 Ora, entre os que se junta-
momento de serem abatidos pela ram ao povo do Senhor, a nenhum
espada — havia que fosse amalequita nem
24 Ora, quando os lamanitas vi- amulonita nem que fosse da or-
ram isso, a abstiveram-se de matá- dem de Neor, mas eram todos
los; e muitos houve que se senti- descendentes de Lamã e Lemuel.
ram b condoídos pelos seus irmãos 30 E assim podemos compreen-
que haviam caído pela espada, der claramente que, se depois de
porque se arrependeram do que haver sido a iluminado uma vez
haviam feito. pelo Espírito de Deus e ter tido
25 E aconteceu que arremessa- grande b conhecimento das coisas
ram ao chão suas armas de guerra referentes à retidão, um povo c cai
21 a Al. 27:3. 27 a Isa. 55:8–9; Al. 37:6–7. b Heb. 10:26;
23 a Al. 26:32. 28 a Al. 21:4. Al. 47:36.
24 a Al. 25:1. b Al. 1:15; 2:1, 20. c 2 Né. 31:14;
b GEE Compaixão. 29 a Al. 23:14. Al. 9:19.
26 a Apoc. 14:13. 30 a Mt. 12:45. GEE Apostasia.
313 ALMA 25:1–11
em pecado e transgressão, torna- usurpado o poder e a autoridade
se ainda mais endurecido e assim dos lamanitas, fizeram com que
seu estado se torna d pior do que muitos dos lamanitas a perecessem
se nunca tivesse conhecido essas pelo fogo, devido a sua crença —
coisas. 6 Porque muitos a deles, depois
de haverem sofrido grandes per-
CAPÍTULO 25 das e tantas aflições, começaram
a lembrar-se das b palavras que
Aumentam as agressões lamanitas —
Aarão e seus irmãos lhes haviam
A semente dos sacerdotes de Noé pe-
pregado em sua terra; portanto,
rece, conforme Abinádi profetizara —
começaram a descrer das c tradi-
Muitos lamanitas são convertidos
ções de seus pais e a acreditar no
e juntam-se ao povo de Ânti-Néfi-
Senhor e em que ele dera grande
Leí — Eles creem em Cristo e guar-
poder aos nefitas; e assim mui-
dam a lei de Moisés. Aproximada-
tos deles foram convertidos no
mente 90–77 a.C.
deserto.
E eis que então aconteceu que 7 E aconteceu que os governan-
aqueles lamanitas ficaram mais tes que eram remanescentes dos
zangados porque haviam mata- filhos de a Amulon fizeram com
do seus irmãos; portanto, juraram que fossem b mortos, sim, todos
vingança contra os nefitas e não os que acreditavam nessas coisas.
mais tentaram matar o povo de 8 Ora, esse martírio provocou
a 
Ânti-Néfi-Leí naquela ocasião. a ira de muitos de seus irmãos e
2 Mas tomaram seus exércitos e começou a haver contendas no de-
atravessaram as fronteiras da ter- serto; e os lamanitas começaram
ra de Zaraenla e atacaram o povo a a perseguir os descendentes de
que estava na terra de Amonia e Amulon e seus irmãos e come-
a 
destruíram-no. çaram a matá-los; e eles fugiram
3 E depois disso tiveram mui- para o deserto do leste.
tas batalhas contra os nefitas, nas 9 E eis que até hoje são perse-
quais foram rechaçados e mortos. guidos pelos lamanitas. Cumpri-
4 E entre os lamanitas que fo- ram-se, assim, as palavras de Abi-
ram mortos estava quase toda a nádi a respeito dos descendentes
a 
descendência de Amulon e seus dos sacerdotes que o haviam feito
irmãos, que eram os sacerdotes de morrer pelo fogo.
Noé; e foram mortos pelas mãos 10 Porque ele lhes dissera: O que
dos nefitas. me a fizerdes será um símbolo de
5  E os remanescentes, tendo coisas que irão acontecer.
fugido para o deserto do leste e 11 E Abinádi foi o primeiro a
30 d 2 Ped. 2:20–21. 5 a Mos. 17:15. 7 a Al. 21:3; 24:1, 28–30.
25 1 a GEE Ânti-néfi-leítas. 6 a IE os lamanitas. b GEE Mártir, Martírio.
2 a Al. 8:16; 16:9. b Al. 21:9. 8 a Mos. 17:18.
4 a Mos. 23:35. c Al. 26:24. 10 a Mos. 13:10.
ALMA 25:12–26:1 314
sofrer a morte pelo fogo, por cau-
a 
vinda de Cristo, considerando a
sa de sua crença em Deus; ora, isto lei mosaica um b símbolo de sua
foi o que quis dizer: que muitos vinda e acreditando que deviam
sofreriam morte pelo fogo, assim praticar aquelas cerimônias c exte-
como ele sofrera. riores até o tempo em que ele lhes
12 E ele dissera aos sacerdotes de fosse revelado.
Noé que seus descendentes fariam 16 Ora, eles não acreditavam que
com que muitos fossem mortos do a a salvação lhes viesse por meio
mesmo modo que ele; e que eles da b lei de Moisés; a lei de Moisés,
seriam dispersos e mortos, assim porém, serviu para fortalecer-lhes
como uma ovelha que não tem a fé em Cristo; e assim, por meio
pastor é perseguida e morta por da fé, mantinham a c esperança
animais ferozes; e agora, eis que da salvação eterna, confiando no
essas palavras se cumpriram, por- espírito de profecia que falava
que eles foram rechaçados pelos dessas coisas futuras.
lamanitas e foram perseguidos e 17 E então eis que Amon e Aa-
foram mortos. rão e Ômner e Hímni e seus ir-
13 E aconteceu que quando os mãos se regozijaram imensamente
lamanitas viram que não conse- pelo êxito obtido entre os lamani-
guiam sobrepujar os nefitas, vol- tas, vendo que o Senhor lhes ha-
taram para sua própria terra; e via concedido conforme as suas
muitos deles foram morar na terra a 
orações e que ele havia também
de Ismael e na terra de Néfi, unin- cumprido sua palavra em cada
do-se ao povo de Deus, que era o pormenor.
povo de a Ânti-Néfi-Leí.
14 E eles também a enterraram CAPÍTULO 26
suas armas de guerra, segundo
Amon gloria-se no Senhor — Os fiéis
haviam feito seus irmãos; e come-
são fortalecidos pelo Senhor e recebem
çaram a ser um povo justo; e tri-
conhecimento — Pela fé os homens
lharam os caminhos do Senhor, e
podem trazer milhares de almas ao
procuraram guardar os seus man-
arrependimento — Deus tem todo o
damentos e os seus estatutos.
poder e compreende todas as coisas.
15 Sim, e guardaram a lei de
Aproximadamente 90–77 a.C.
Moisés; pois era necessário que
ainda guardassem a lei de Moisés, Ora, estas são as palavras que
porque não estava toda cumprida. Amon disse a seus irmãos: Meus
Mas, não obstante a a lei de Moi- irmãos e meus irmãos na fé, eis
sés, aguardavam ansiosamente a que vos digo que temos grandes
11 a Mos. 17:13. GEE Lei de Moisés. b 2 Né. 11:4.
13 a Al. 23:16–17. b Mos. 3:14–15; 16:14. c 1 Tess. 5:8–9.
14 a Al. 24:15; 26:32. c Mos. 13:29–32. 17 a Al. 17:9.
15 a Jacó 4:5; 16 a Mos. 12:31–37;
Jar. 1:11. 13:27–33.
315 ALMA 26:2–12
razões para nos regozijarmos; por- pelos ventos fortes para onde o
que poderíamos nós supor, quan- inimigo queira levá-los.
do a partimos da terra de Zaraen- 7 Mas eis que estão nas mãos
la, que Deus nos concederia tão do Senhor da a colheita e perten-
grandes bênçãos? cem-lhe; e ele b levantá-los-á no
2 E agora pergunto: Quais as último dia.
grandes bênçãos que ele nos con- 8 Bendito seja o nome de nosso
cedeu? Podeis dizer? Deus! a Cantemos em seu louvor,
3 Eis que respondo por vós; pois sim, demos b graças a seu santo
nossos irmãos, os lamanitas, es- nome, porque ele pratica a retidão
tavam em trevas, sim, no mais eternamente!
tenebroso abismo; a quantos de- 9 Pois se não tivéssemos saído
les, porém, foram levados a ver a da terra de Zaraenla, estes nossos
maravilhosa luz de Deus! E esta irmãos muito amados, que tanto
é a bênção que nos foi concedida: nos têm amado, achar-se-iam ain-
que fomos transformados em b ins- da atormentados pelo a ódio que
trumentos nas mãos de Deus, para nos tinham, sim, e teriam sido
realizar esta grande obra. também estranhos a Deus.
4 Eis que a milhares deles se rego- 10 E aconteceu que tendo Amon
zijam e foram trazidos ao rebanho pronunciado essas palavras, seu
de Deus. irmão Aarão censurou-o, dizen-
5 Eis que o a campo estava madu- do: Temo, Amon, que tua alegria
ro e abençoados sois por haverdes te leve à vanglória.
usado a b foice e segado com vigor; 11 Amon, porém, disse-lhe: Não
sim, haveis trabalhado o dia todo me a vanglorio de minha própria
e eis o número de vossos c feixes! E força nem de minha própria sa-
serão recolhidos aos celeiros, para bedoria; mas eis que minha b ale-
que não sejam desperdiçados. gria é completa, sim, meu coração
6 Sim, não serão abatidos pela transborda de alegria e regozijar-
tempestade no último dia; sim, me-ei em meu Deus.
nem perturbados pelos furacões; 12 Sim, sei que nada sou; quan-
mas quando vier a a tempestade, to a minha força, sou débil; por-
serão reunidos em seu lugar para tanto, não me a vangloriarei de
que a tempestade não os possa mim mesmo, mas gloriar-me-ei
atingir; sim, nem serão impelidos em meu Deus, porque com sua
26 1 a Mos. 28:9; c D&C 33:7–11; 75:2, 5. Agradecimento.
Al. 17:6–11. 6 a Hel. 5:12; 9 a Mos. 28:1–2.
3 a Al. 23:8–13. 3 Né. 14:24–27. 11 a 2 Cor. 7:14.
b 2 Cor. 4:5; 7 a GEE Ceifa, Colheita. b D&C 18:14–16.
Mos. 23:10. b Mos. 23:22; GEE Alegria.
4 a Al. 23:5. Al. 36:28. 12 a Jer. 9:24;
5 a Jo. 4:35–37; 8 a D&C 25:12. Al. 29:9.
D&C 4:4. b GEE Ação de
b Joel 3:13. Graças, Agradecido,
ALMA 26:13–22 316
b 
força posso fazer todas as coisas; digo que não posso expressar nem
sim, eis que fizemos muitos mila- a mínima parte do que sinto.
gres nesta terra, pelo que louva- 17 Quem havia de supor que
remos o seu nome para sempre. nosso Deus seria tão misericor-
13 Eis que quantos milhares de dioso a ponto de resgatar-nos de
nossos irmãos ele livrou das penas nosso estado terrível, pecador e
do a inferno! E eles foram levados corrompido?
a b cantar o amor que redime e isto 18 Eis que saímos com ira e mui-
graças ao poder de sua palavra tas ameaças para a destruir a sua
que está em nós; não temos, por- igreja.
tanto, motivo para regozijar-nos? 19 Oh! Então por que não nos
14  Sim, temos motivos para entregou a uma terrível destrui-
louvá-lo para sempre, porque ção? Sim, por que não deixou que
ele é o Deus Altíssimo e livrou a espada de sua justiça caísse so-
nossos irmãos dos a grilhões do bre nós e nos condenasse ao de-
inferno. sespero eterno?
15 Sim, estavam envolvidos por 20 Oh! A minha alma quase se
trevas eternas e destruição, mas esvaece a este pensamento. Eis
eis que ele os trouxe a sua a luz que ele não exerceu sua justiça
eterna, sim, à salvação eterna; e sobre nós, mas em sua grande
estão envolvidos pela incompa- misericórdia fez-nos saltar esse
rável generosidade de seu amor; sempiterno a abismo da morte e
sim, e fomos instrumentos em miséria, para a salvação de nos-
suas mãos para realizar esta gran- sa alma.
de e maravilhosa obra. 21 E agora, meus irmãos, que
16 a Gloriemo-nos, portanto, sim, a 
homem natural existe que conhe-
b 
gloriar-nos-emos no Senhor; sim, ça essas coisas? Digo-vos que não
rejubilar-nos-emos, pois nossa ale- existe quem b conheça essas coisas,
gria é completa; sim, louvaremos a não ser o penitente.
nosso Deus para sempre. Quem 22 Sim, aquele que se a arrepende
poderá gloriar-se demasiadamen- e exercita a b fé, e faz boas obras, e
te no Senhor? Sim, quem poderá ora continuamente sem cessar — a
falar em demasia de seu grande esse é concedido conhecer os c mis-
poder e de sua c misericórdia e de térios de Deus; sim, a esse será
sua longanimidade para com os concedido revelar coisas nunca
filhos dos homens? Eis que vos antes reveladas; sim, a esse será
12 b Salm. 18:32–40; 1 Cor. 1:31. b 1 Cor. 2:9–16;
Filip. 4:13; b 2 Cor. 10:15–18; Jacó 4:8.
1 Né. 17:3. D&C 76:61. 22 a Al. 36:4–5.
13 a GEE Inferno. c Salm. 36:5–6. GEE Arrepender-se,
b Al. 5:26. 18 a Mos. 27:8–10. Arrependimento.
14 a Al. 12:11. 20 a 2 Né. 1:13; b GEE Fé.
15 a GEE Luz, Luz de Cristo. Hel. 3:29–30. c GEE Mistérios de Deus.
16 a Rom. 15:17; 21 a GEE Homem Natural.
317 ALMA 26:23–31
concedido levar milhares de al- para voltar, eis que o Senhor nos
mas ao arrependimento, assim a 
confortou e disse: Ide para o meio
como a nós nos foi concedido le- de vossos irmãos, os lamanitas, e
var estes nossos irmãos ao arre- suportai com b paciência vossas
pendimento. c 
aflições; e eu farei com que te-
23 E agora vos lembrais, meus nhais êxito.
irmãos, de que dissemos aos nos- 28 E agora, eis que viemos e per-
sos irmãos na terra de Zaraenla manecemos entre eles; e temos
que subiríamos à terra de Néfi, sido pacientes em nossos sofri-
a fim de pregar a nossos irmãos, mentos e padecido toda sorte de
os lamanitas, e eles com desprezo privações; sim, viajamos de casa
zombaram de nós? em casa, contando com a miseri-
24 Pois disseram-nos: Supondes córdia do mundo — não somen-
que podeis levar os lamanitas a te com a misericórdia do mundo,
conhecerem a verdade? Supondes mas com a misericórdia de Deus.
que podereis convencer os lama- 29 E entramos em suas casas e
nitas da incorreção das a tradições ensinamo-los; e ensinamo-los nas
de seus pais, quando são um povo ruas; sim, e ensinamo-los sobre os
b 
obstinado, cujo coração se delei- montes; e também entramos em
ta no derramamento de sangue, seus templos e suas sinagogas e
cujos dias foram passados na mais ensinamo-los; e fomos rechaçados
vil iniquidade, cujas sendas têm e escarnecidos e cuspidos e esbo-
sido as sendas do transgressor feteados; e fomos apedrejados e
desde o início? Agora, lembrai- amarrados com fortes cordas e
vos, meus irmãos, de que foi deste lançados na prisão; e pelo poder
modo que falaram. e sabedoria de Deus, fomos nova-
25 E disseram mais: Peguemos mente postos em liberdade.
em armas contra eles para exter- 30 E padecemos toda espécie
miná-los da terra juntamente com de sofrimentos; e tudo isso para
suas iniquidades, para que não que talvez pudéssemos ser o ins-
nos invadam e exterminem. trumento de salvação de alguma
26 Eis, porém, meus amados ir- alma; e supúnhamos que nossa
mãos, que não viemos ao deserto a 
alegria seria completa, se por-
com o propósito de destruir nos- ventura conseguíssemos ser ins-
sos irmãos, mas com o propósito trumento da salvação de alguns.
de talvez salvar a alma de alguns 31 Agora, eis que podemos olhar
deles. e ver os frutos de nosso trabalho;
27 Ora, quando nosso coração e são eles poucos? Eu vos digo:
se achava deprimido e estávamos Não, são a muitos; sim, e podemos
24 a Mos. 10:11–17. b GEE Paciência. 30 a D&C 18:15–16.
b Mos. 13:29. c Al. 20:29–30. 31 a Al. 23:8–13.
27 a Al. 17:9–11. GEE Adversidade.
ALMA 26:32–27:2 318
testemunhar a sinceridade deles nha redenção da eterna angústia.
por causa de seu amor a seus ir- Sim, bendito é o nome de meu
mãos e também a nós. Deus que se lembrou deste povo,
32 Pois eis que preferiram a sacri- que é um a ramo da árvore de Is-
ficar a própria vida a tirar a vida rael e que se havia perdido de
de seus inimigos; e b enterraram seu tronco numa terra estranha;
suas armas de guerra profunda- sim, digo eu, bendito seja o nome
mente no solo, por causa de seu de meu Deus que se lembrou
amor aos irmãos. de nós, b peregrinos numa terra
33 E agora, eis que vos digo: estranha.
Houve já tão grande amor em 37 Agora, meus irmãos, vemos
toda a terra? Eis que vos digo: que Deus se lembra de todos os
Não, não houve, nem mesmo en- a 
povos, estejam na terra em que
tre os nefitas. estiverem; sim, ele conta o seu
34 Porque eis que pegariam em povo e suas entranhas de miseri-
armas contra seus irmãos; não se córdia cobrem toda a Terra. Ora,
deixariam matar. Quantos destes, esta é minha alegria e minha gran-
porém, sacrificaram a vida! E sa- de gratidão; sim, darei graças a
bemos que foram ter com Deus meu Deus para sempre. Amém.
por causa de seu amor e de seu
ódio ao pecado.
CAPÍTULO 27
35 Ora, não temos razão para
regozijar-nos? Sim, eu vos digo O Senhor manda Amon levar o povo
que, desde o começo do mundo, de Ânti-Néfi-Leí a um lugar segu-
nunca existiu alguém que tivesse ro — Ao encontrar Alma, a alegria
tão grandes razões para regozijar- de Amon exaure-lhe as forças — Os
se, como nós; sim, e minha alegria nefitas dão aos ânti-néfi-leítas a ter-
transborda, a ponto de gloriar-me ra de Jérson — Eles são chamados
em meu Deus; porque ele tem povo de Amon. Aproximadamente
todo o a poder, toda a sabedoria 90–77 a.C.
e todo o entendimento; ele b com-
preende todas as coisas e é um Ser Ora, aconteceu que quando os la-
c 
misericordioso, que salva aqueles manitas que haviam ido guerrear
que se arrependem e acreditam os nefitas descobriram, depois de
em seu nome. haverem empregado muitos esfor-
36 Ora, se isso é vangloriar-se, ços para destruí-los, que era inútil
eu então me vanglorio; porque procurar destruí-los, retornaram
isso é minha vida e minha luz, à terra de Néfi.
meu júbilo, minha salvação e mi- 2 E aconteceu que os amalequitas,
32 a Al. 24:20–24. c GEE Misericórdia, b Jacó 7:26.
b Al. 24:15. Misericordioso. 37 a At. 10:34–35;
35 a GEE Poder. 36 a Gên. 49:22–26; 2 Né. 26:33.
b D&C 88:41. Jacó 2:25; 5:25.
319 ALMA 27:3–15
devido às suas perdas, ficaram seremos seus escravos até reparar-
muito irados. E quando viram mos os muitos homicídios e peca-
que não conseguiam vingar-se dos que cometemos contra eles.
dos nefitas, começaram a inci- 9 Mas Amon disse-lhe: É contra
tar o povo contra seus a irmãos, a lei de nossos irmãos, que foi es-
o povo de b Ânti-Néfi-Leí; por- tabelecida por meu pai, que haja
tanto, começaram novamente a a 
escravos entre eles; desçamos,
destruí-los. portanto, e confiemos na miseri-
3 Ora, esse povo a outra vez se córdia de nossos irmãos.
recusou a pegar em armas e dei- 10 Disse-lhe, porém, o rei: Per-
xou-se matar, segundo o desejo guntai ao Senhor e, se ele disser
dos seus inimigos. que devemos ir, iremos; do con-
4 Ora, quando Amon e seus ir- trário, pereceremos na terra.
mãos viram essa obra de destrui- 11 E aconteceu que Amon foi e
ção dos que eles tanto amavam perguntou ao Senhor; e o Senhor
e daqueles que tanto os haviam disse-lhe:
amado — porque os tratavam 12 Tira este povo desta terra,
como anjos enviados por Deus para que não pereça; porque Sa-
para salvá-los da destruição eter- tanás tem grande poder sobre o
na — portanto, quando Amon e coração dos amalequitas, que in-
seus irmãos viram essa grande citam os lamanitas à ira contra
obra de destruição, foram toma- seus irmãos para matá-los. Sai,
dos de compaixão e a disseram portanto, desta terra; e abençoado
ao rei: é este povo nesta geração, porque
5 Reunamos este povo do Senhor o preservarei.
e desçamos à terra de Zaraenla, 13 E então aconteceu que Amon
onde estão nossos irmãos, os ne- foi e contou ao rei tudo o que o
fitas, e fujamos das mãos de nos- Senhor lhe dissera.
sos inimigos a fim de não sermos 14 E reuniram todo o seu povo,
destruídos. sim, todo o povo do Senhor, e
6 Mas disse-lhes o rei: Eis que os reuniram todos os seus rebanhos
nefitas nos destruirão, por causa e manadas e partiram da terra,
dos muitos assassinatos e pecados entrando no deserto que dividia a
que contra eles cometemos. terra de Néfi da terra de Zaraenla;
7 E Amon disse: Irei e consultarei e chegaram perto das fronteiras
o Senhor; e se ele nos disser que da terra.
desçamos até nossos irmãos, ireis? 15 E aconteceu que Amon lhes
8 E disse-lhe o rei: Sim, se o Se- disse: Eis que eu e meus irmãos
nhor nos disser que devemos ir, iremos à terra de Zaraenla e vós
desceremos até nossos irmãos e permanecereis aqui até voltarmos;
27 2 a Al. 43:11. GEE Ânti-néfi-leítas. 4 a Al. 24:5.
b Al. 25:1. 3 a Al. 24:21–26. 9 a Mos. 2:13; 29:32, 38, 40.
ALMA 27:16–26 320
e sondaremos o coração de nossos povo se manifestou, dizendo: Eis
irmãos, para vermos se desejam que cederemos a terra de Jérson,
que entreis em sua terra. que fica a leste, perto do mar, e
16  E aconteceu que quando que confina com a terra de Abun-
Amon se dirigia àquela terra, ele dância e fica ao sul da terra de
e seus irmãos encontraram Alma Abundância; e essa terra de Jérson
no a lugar já mencionado; e eis que é a terra que daremos a nossos ir-
foi um encontro muito alegre. mãos por herança.
17 Ora, a a alegria de Amon foi 23 E eis que localizaremos nos-
tão grande que transbordou; sim, sos exércitos entre a terra de Jér-
ele ficou tão enlevado na alegria son e a terra de Néfi, a fim de
de seu Deus, que se lhe b exau- protegermos nossos irmãos na
riram as forças e caiu por terra terra de Jérson; e isso fazemos
c 
novamente. por nossos irmãos por causa de
18 Ora, não foi isso alegria extre- seu temor de empunhar armas
ma? Eis que essa é a alegria que contra seus irmãos, para que não
ninguém recebe, senão o verda- aconteça que cometam pecado;
deiro penitente e o que humilde- e esse grande temor resultou do
mente busca a felicidade. profundo arrependimento que
19 Ora, a alegria de Alma por sentiam por causa de seus inúme-
ter encontrado seus irmãos foi ros homicídios e de sua terrível
realmente grande, como também iniquidade.
a alegria de Aarão, de Ômner e 24 E agora, eis que faremos isso
Hímni; mas eis que sua alegria por nossos irmãos, para que pos-
não chegou ao ponto de superar- sam herdar a terra de Jérson; e
lhes as forças. protegê-los-emos de seus inimi-
20 E então aconteceu que Alma gos com nossos exércitos, com a
conduziu seus irmãos de volta à condição de nos entregarem uma
terra de Zaraenla, para sua pró- parte de seus bens, auxiliando-nos
pria casa. E foram contar ao a juiz a manter nossos exércitos.
supremo tudo o que lhes havia 25 Ora, aconteceu que Amon,
acontecido na terra de Néfi entre quando ouviu isso, voltou, acom-
seus irmãos, os lamanitas. panhado de Alma, ao deserto
21 E aconteceu que o juiz su- onde havia acampado o povo de
premo enviou uma proclamação Ânti-Néfi-Leí; e informou-os de
por toda a terra, desejando saber todas essas coisas. E Alma tam-
a voz do povo sobre a entrada de bém lhes relatou a sua a conversão,
seus irmãos, que eram o povo de com Amon e Aarão e seus irmãos.
Ânti-Néfi-Leí. 26 E aconteceu que isso foi mo-
22 E aconteceu que a voz do tivo de grande alegria para eles.
16 a Al. 17:1–4. b 1 Né. 1:7. 20 a Al. 4:16–18.
17 a GEE Alegria. c Al. 19:14. 25 a Mos. 27:10–24.
321 ALMA 27:27–28:5
E desceram à terra de Jérson e milhares são mortos — Os iníquos
tomaram posse da terra de Jérson são condenados a um estado de misé-
e foram chamados, pelos nefitas, ria interminável; os justos obtêm uma
povo de Amon; portanto, por esse felicidade sem fim. Aproximadamente
nome distinguiram-se dos outros 77–76 a.C.
para sempre.
27 E eles estavam com o povo E então aconteceu que depois
de Néfi e foram também contados que o povo de Amon se estabe-
com o povo que era da igreja de leceu na terra de a Jérson e uma
Deus. E também se distinguiram igreja foi também organizada na
por seu zelo para com Deus, as- terra de Jérson e os exércitos dos
sim como para com os homens, nefitas foram colocados em vários
porque eram perfeitamente a ho- lugares da terra de Jérson, sim,
nestos e justos em todas as coisas; em todas as fronteiras da terra de
e conservaram-se b firmes na sua Zaraenla; eis que os exércitos dos
fé em Cristo até o fim. lamanitas haviam seguido seus
28 E consideravam com grande irmãos ao deserto.
horror o derramamento do san- 2 E assim houve uma tremenda
gue de seus irmãos; e nunca mais batalha; sim, uma batalha como
puderam ser persuadidos a pegar ainda não se tinha visto entre
em armas contra seus irmãos; e todo o povo daquela terra, desde
nunca consideraram a morte com o tempo em que Leí havia deixado
qualquer grau de terror, graças a Jerusalém; sim, e dezenas de mi-
sua esperança e compreensão de lhares de lamanitas foram mortos
Cristo e da ressurreição; portanto, e dispersos.
para eles a morte foi tragada pela 3 Sim, e também houve uma ter-
vitória de Cristo sobre ela. rível matança entre o povo de
29 Portanto, preferiam a mais Néfi; não obstante, os lamanitas
terrível e afrontosa a morte que foram a rechaçados e dispersos e o
seus irmãos pudessem infligir- povo de Néfi retornou a sua terra.
lhes, a levantar sua espada ou 4 E eis que esse foi um tempo
cimitarra para feri-los. em que se ouviu grande pranto e
30 E assim eram um povo zelo- lamentações entre todo o povo de
so e amado, um povo altamente Néfi em toda a terra —
favorecido pelo Senhor. 5 Sim, o clamor de viúvas cho-
rando pelos maridos e também
de pais chorando pelos filhos e
CAPÍTULO 28
da filha pelo irmão, sim, do ir-
Os lamanitas são derrotados numa mão pelo pai; e assim o grito
tremenda batalha  — Dezenas de de lamentação foi ouvido entre
27 a GEE Honestidade, b Al. 23:6. 28 1 a Al. 27:22; 30:1, 19.
Honesto. 29 a Al. 24:20–23. 3 a Al. 30:1.
ALMA 28:6–29:1 322
todos eles, lamentando a perda um estado de miséria sem fim,
de seus parentes que haviam sido segundo as promessas do Senhor.
mortos. 12 Enquanto muitos milhares
6 E seguramente esse foi um dia de outros, ainda que chorem sin-
tristíssimo; sim, um tempo de so- ceramente a perda de seus pa-
briedade e um tempo de muito rentes, alegram-se e exultam na
a 
jejum e oração. esperança e até sabem, segundo
7 E assim terminou o décimo as a promessas do Senhor, que eles
quinto ano em que os juízes go- serão elevados para habitar à mão
vernaram o povo de Néfi. direita de Deus, num estado de
8 E este é o relato de Amon e felicidade sem fim.
seus irmãos, de suas viagens na 13 Vemos, assim, quão grande é
terra de Néfi, seus sofrimentos na a a desigualdade entre os homens
terra, suas dores e suas aflições e por causa do pecado e da trans-
sua a incomensurável alegria; e a gressão e do poder do diabo, que
acolhida e segurança dos irmãos provém dos astutos b planos por
na terra de Jérson. E agora possa ele engendrados para enredar o
o Senhor, o Redentor de todos os coração dos homens.
homens, abençoar-lhes a alma 14 E assim vemos a grande ne-
para sempre. cessidade que o homem tem de
9 E este é o relato das guerras e trabalhar com diligência nas a vi-
contendas entre os nefitas e tam- nhas do Senhor; e assim vemos
bém das guerras entre nefitas e a grande causa da tristeza, como
lamanitas; e terminou o décimo também da alegria — tristeza de-
quinto ano do governo dos juízes. vido à morte e destruição dos ho-
10  E do primeiro ao décimo mens; e alegria por causa da b luz
quinto ano houve a destruição vivificante de Cristo.
de muitos milhares de vidas; sim,
houve um terrível derramamento CAPÍTULO 29
de sangue.
Alma deseja proclamar arrependi-
11 E os corpos de muitos milha-
mento com zelo angélico — O Senhor
res jazem debaixo da terra, en-
concede mestres a todas as nações —
quanto outros milhares se estão
Alma gloria-se na obra do Senhor e
a 
putrefazendo, amontoados sobre
no sucesso de Amon e seus irmãos.
a face da Terra; sim, e muitos mi-
Aproximadamente 76 a.C.
lhares b choram a perda de seus pa-
rentes, porque têm motivos para Oh! eu quisera ser um anjo e
temer que estejam condenados a poder realizar o desejo de meu
6 a Al. 30:2. D&C 42:45–46. 14 a GEE Vinha do Senhor.
8 a Al. 27:16–19. 12 a Al. 11:41. b GEE Luz, Luz de Cristo.
11 a Al. 16:11. 13 a 1 Né. 17:35.
b Al. 48:23; b 2 Né. 9:28.
323 ALMA 29:2–11
coração de ir e falar com a trom- mais do que o trabalho para o
beta de Deus, com uma voz que qual fui chamado?
estremecesse a terra, e proclamar 7 Por que desejaria eu ser um
arrependimento a todos os povos! anjo, poder falar a todos os con-
2 Sim, declararia a todas as al- fins da Terra?
mas, com voz como a do trovão, 8 Porque eis que o Senhor conce-
o arrependimento e o plano de de a a todas as nações que ensinem
redenção, para que se arrependes- a sua palavra em sua própria na-
sem e a viessem ao nosso Deus, a ção e b língua, sim, em sabedoria,
fim de não haver mais tristeza em tudo o que ele c acha que devem
toda a face da Terra. receber; vemos, portanto, que o
3 Mas eis que sou um homem e Senhor aconselha com sabedo-
peco em meu desejo; porque de- ria, segundo o que é justo e ver-
veria contentar-me com as coisas dadeiro.
que o Senhor me concedeu. 9 Sei o que o Senhor me ordenou
4 Não deveria perturbar com e nisso me glorio. Não me glorio
os meus desejos o firme decre- de mim mesmo, mas glorio-me
to de um Deus justo, porque sei naquilo que o Senhor me ordenou;
que ele concede aos homens se- sim, e esta é a minha a glória, que
gundo os seus a desejos, sejam es- talvez possa ser um instrumento
tes para a morte ou para a vida; nas mãos de Deus para trazer al-
sim, sei que ele concede aos ho- guma alma ao arrependimento; e
mens, sim, dá-lhes decretos inal- esta é a minha alegria.
teráveis segundo seus b desejos, 10 E eis que quando vejo muitos
sejam eles para salvação ou para de meus irmãos verdadeiramen-
destruição. te penitentes e vindo ao Senhor
5 Sim, e que o bem e o mal se seu Deus, minha alma enche-se
apresentam a todos os homens; e de alegria; lembro-me então do
aquele que não distingue o bem a 
que o Senhor fez por mim, sim,
do mal não é culpado, mas aquele ouviu minha oração; sim, então
que a distingue o bem do mal, a ele me lembro de seu misericordioso
será dado segundo seus desejos, braço, que se estendeu para mim.
deseje ele o bem ou o mal, a vida 11 Sim, e lembro-me também do
ou a morte, a alegria ou o remorso cativeiro de meus pais; porque sei
de b consciência. seguramente que o a Senhor os li-
6 Ora, uma vez que sei estas coi- vrou do cativeiro e assim estabe-
sas, por que desejaria executar leceu a sua igreja; sim, o Senhor
29 2 a Ômni 1:26; GEE Discernimento, 9 a Al. 26:12.
3 Né. 21:20. Dom de. 10 a Mos. 27:11–31.
4 a Salm. 37:4. b GEE Consciência. 11 a Mos. 24:16–21;
b GEE Arbítrio. 8 a 2 Né. 29:12. Al. 5:3–5.
5 a 2 Né. 2:18, 26; b D&C 90:11.
Morô. 7:15–19. c Al. 12:9–11.
ALMA 29:12–30:3 324
Deus, o Deus de Abraão, o Deus CAPÍTULO 30
de Isaque e o Deus de Jacó livrou-
Corior, o anticristo, ridiculariza Cris-
os do cativeiro.
to, a expiação e o espírito de profe-
12 Sim, lembro-me sempre do
cia — Ele ensina que não existe Deus
cativeiro de meus pais; e o mesmo
nem queda do homem nem penali-
Deus que os a livrou das mãos dos
dade para o pecado nem Cristo —
egípcios livrou-os do cativeiro.
Alma testifica que Cristo virá e que
13 Sim, e aquele mesmo Deus
todas as coisas indicam que existe um
estabeleceu sua igreja entre eles;
Deus — Corior exige um sinal e fica
sim, e aquele mesmo Deus cha-
mudo — O diabo havia aparecido a
mou-me com um santo chama-
Corior como um anjo e ensinara-lhe o
do para pregar a palavra a este
que dizer — Corior é pisado e morre.
povo; e permitiu que eu alcanças-
Aproximadamente 76–74 a.C.
se grande êxito, com o que muito
me a regozijo. Eis então que aconteceu que após
14 Mas não me regozijo somente o a povo de Amon se estabelecer
com o meu sucesso, porém minha na terra de Jérson, sim, e também
alegria é maior por causa do a su- depois que os lamanitas foram
cesso de meus irmãos que subi- b 
expulsos da terra e seus mortos
ram à terra de Néfi. enterrados pelo povo da terra —
15 Eis que trabalharam muito e 2 Ora, seus mortos não foram
colheram muitos frutos; e quão contados, devido ao grande nú-
grande será a sua recompensa! mero deles; nem foram contados
16 Ora, quando penso no êxito os mortos dos nefitas — mas acon-
desses meus irmãos, minha alma teceu que depois de haverem en-
enleva-se tanto que parece sepa- terrado seus mortos e também
rar-se do corpo, tão grande é mi- depois de alguns dias de jejum e
nha alegria. pranto e oração (e foi durante o
17 E agora possa Deus conce- décimo sexto ano em que os juí-
der a esses meus irmãos que se zes governaram o povo de Néfi),
assentem no reino de Deus; sim, começou a haver paz contínua em
e também todos os que são os toda a terra.
frutos de seus trabalhos, para 3 Sim, e o povo empenhava-se
que não saiam mais e louvem- em guardar os mandamentos do
no para sempre. E conceda Deus Senhor; e observavam estritamen-
que aconteça segundo minhas te as a ordenanças de Deus, segun-
palavras, de acordo com o que do a lei de Moisés, porque haviam
disse. Amém. sido ensinados a b guardar a lei de
Moisés, até que fosse cumprida.
12 a Êx. 14:30–31. 30 1 a Al. 27:25–26. 3 a GEE Lei de Moisés.
13 a D&C 18:14–16. GEE Ânti-néfi-leítas. b 2 Né. 25:24–27;
14 a Al. 17:1–4. b Al. 28:1–3. Al. 25:15.
325 ALMA 30:4–16
4 E assim não houve distúrbios homens deveriam ser julgados
entre o povo durante todo o dé- segundo seus crimes. Não obs-
cimo sexto ano em que os juízes tante, nenhuma lei havia contra a
governaram o povo de Néfi. crença de um homem; portanto, o
5 E aconteceu que no princípio homem somente era castigado pe-
do décimo sétimo ano do governo los crimes que cometia; portanto,
dos juízes houve paz contínua. todos se achavam em a igualdade
6 Aconteceu, porém, que no final de condições.
do décimo sétimo ano apareceu 12 E esse anticristo, cujo nome
um homem na terra de Zaraenla; era Corior (sobre quem a lei não
e ele era um a anticristo, pois co- tinha poder algum), começou a
meçou a pregar ao povo contra as pregar ao povo que nenhum Cris-
profecias que haviam sido profe- to haveria; e pregava da seguinte
ridas pelos profetas, relativas à maneira, dizendo:
vinda de Cristo. 13 Ó vós, que estais presos a
7 Ora, não havia lei alguma con- uma louca e vã esperança, por
tra a a crença de um homem, por- que vos submeteis a semelhantes
que era expressamente contrário loucuras? Por que esperais por um
aos mandamentos de Deus que se Cristo? Porque nenhum homem
decretasse uma lei que deixasse pode saber de qualquer coisa que
os homens em desigualdade de esteja por acontecer.
condições. 14 Eis que essas coisas a que cha-
8 Pois assim dizem as escrituras: mais profecias, que dizeis have-
a 
Escolhei hoje a quem servireis. rem sido transmitidas por santos
9 Ora, se um homem desejasse profetas, eis que não passam de
servir a Deus, era seu privilégio, tradições tolas de vossos pais.
ou melhor, se ele acreditasse em 15 Como podeis ter certeza de-
Deus, era seu privilégio servi-lo; las? Eis que não podeis saber de
se nele não acreditasse, porém, coisas que não a vedes; não po-
não havia lei que o punisse. deis, portanto, saber que haverá
10 Se cometesse um assassínio, um Cristo.
entretanto, era castigado com a 16 Olhais adiante e dizeis que
a 
morte; e se roubasse, também vedes a remissão de vossos pe-
era castigado; e se furtasse, tam- cados. Mas eis que isso é efeito
bém era castigado; e se cometesse de uma mente desvairada; e esse
adultério, também era castigado; transtorno de vossa mente é resul-
sim, por todas essas iniquidades tado das tradições de vossos pais,
eles eram punidos. que vos induzem a acreditar em
11 Porque havia uma lei que os coisas que não são verdadeiras.
6 a GEE Anticristo. GEE Arbítrio. 15 a Ét. 12:5–6.
7 a Al. 1:17. 10 a GEE Pena de Morte.
8 a Jos. 24:15. 11 a Mos. 29:32.
ALMA 30:17–27 326
17 E disse-lhes muitas outras coi- pervertendo os caminhos do Se-
sas semelhantes, afirmando-lhes nhor? Por que ensinas a este povo
que não poderia haver expiação que não haverá Cristo e interrom-
para os pecados dos homens, mas pes seu regozijo? Por que falas
que o quinhão de cada um nesta contra todas as profecias dos san-
vida dependia de sua conduta; tos profetas?
portanto, cada homem prospe- 23 Ora, o nome desse sumo sa-
rava segundo sua aptidão e cada cerdote era Gidona. E Corior res-
homem conquistava segundo sua pondeu-lhe: Porque eu não ensino
força; e nada que o homem fizesse as tolas tradições de vossos pais,
seria crime. e porque não ensino este povo a
18 E assim lhes pregava, des- submeter-se às tolas ordenanças
viando o coração de muitos, fa- e cerimônias impostas por sacer-
zendo com que levantassem a dotes antigos para usurparem o
cabeça em sua iniquidade; sim, poder e exercerem autoridade so-
induzindo muitas mulheres e tam- bre eles, a fim de conservá-los em
bém homens a cometerem devas- ignorância, para que não levan-
sidão, dizendo-lhes que quando o tem a cabeça, mas se submetam
homem morria, tudo se acabava. às vossas palavras.
19 Ora, esse homem também 24 Dizeis que este povo é um
foi à terra de Jérson a fim de pre- povo livre. Eis que eu digo que es-
gar essas coisas no meio do povo tão no cativeiro. Dizeis que essas
de Amon, que antes havia sido o antigas profecias são verdadeiras.
povo dos lamanitas. Eis que vos digo que não sabeis
20 Mas eis que eles eram mais se são verdadeiras.
prudentes que muitos dos nefitas, 25 Dizeis que este povo é culpa-
porque o prenderam e amarra- do e decaído, por causa da trans-
ram-no e levaram-no à presença gressão de um pai. Eis que digo
de Amon, que era sumo sacerdote que um filho não é culpado por
daquele povo. causa de seus pais.
21 E aconteceu que ele fez com 26 E dizeis também que Cristo
que o levassem para fora da ter- virá. Mas eis que vos digo que
ra. E ele foi para a terra de Gi- não sabeis se haverá um Cristo. E
deão e começou também a pre- dizeis também que ele será morto
gar-lhes; e não obteve muito pelos a pecados do mundo —
sucesso, pois foi preso e amarra- 27 E assim induzis este povo a
do e levado à presença do sumo acreditar nas tolas tradições de
sacerdote e também do juiz su- vossos pais e segundo vossos
premo da terra. próprios desejos, conservando-
22 E aconteceu que o sumo sa- os submissos, como se estives-
cerdote lhe disse: Por que andas sem no cativeiro, para assim vos
26 a Isa. 53:4–7.
327 ALMA 30:28–38
saciardes com o trabalho de suas e mestres, acusando-os de des-
mãos, de modo que não se atre- viarem o povo, segundo as tolas
vem a levantar a vista destemida- tradições de seus pais, para sacia-
mente nem a usufruir seus direi- rem-se com o trabalho do povo.
tos e privilégios. 32 Disse-lhe então Alma: Tu
28 Sim, não se atrevem a fazer sabes que não nos saciamos com
uso do que lhes pertence, a fim o trabalho deste povo; porque
de não ofenderem seus sacerdo- eis que tenho trabalhado desde
tes que os subjugam segundo seus o começo do governo dos juí-
desejos e fizeram-nos acreditar, zes até agora com minhas pró-
pelas suas tradições e seus sonhos prias mãos para o meu sustento,
e seus caprichos e suas visões e apesar de minhas inúmeras via-
seus pretensos mistérios que, se gens por toda a terra, a fim de
não procederem de acordo com pregar a palavra de Deus a meu
suas palavras, ofenderão algum povo.
ser desconhecido que dizem ser 33 E não obstante os muitos tra-
Deus — um ser que nunca foi vis- balhos que fiz na igreja, nunca re-
to nem conhecido, que nunca exis- cebi um a senine que fosse por meu
tiu nem existirá. trabalho; nem tampouco qualquer
29 Ora, quando o sumo sacerdo- de meus irmãos, a não ser na ca-
te e o juiz supremo viram a dureza deira de juiz; e então recebemos
de seu coração, sim, quando vi- apenas o estipulado por lei pelo
ram que ele injuriaria até mesmo nosso tempo.
Deus, não quiseram responder 34 E agora, se nada recebemos
às suas palavras, mas mandaram pelos nossos trabalhos na igreja,
amarrá-lo; e entregaram-no nas que proveito temos em trabalhar
mãos dos oficiais e enviaram-no na igreja, a não ser divulgar a ver-
à terra de Zaraenla, para ser leva- dade, a fim de nos regozijarmos
do à presença de Alma, e do juiz com a a alegria de nossos irmãos?
supremo que era governador de 35 Então, por que dizes tu que
toda a terra. pregamos a este povo para obter
30 E aconteceu que quando foi lucro, quando tu próprio sabes
levado à presença de Alma e do que nada recebemos? E agora,
juiz supremo, ele continuou a por- acreditas que é porque engana-
tar-se do mesmo modo que na mos este povo que há tanta alegria
terra de Gideão; sim, continuou em seu coração?
a a blasfemar. 36 E Corior respondeu-lhe: Sim.
31  E falou, usando palavras 37 Perguntou-lhe então Alma:
cada vez mais a exaltadas diante Acreditas que exista um Deus?
de Alma; e insultou os sacerdotes 38 E ele respondeu: Não.
30 a GEE Blasfemar, 31 a Hel. 13:22. 34 a GEE Alegria.
Blasfêmia. 33 a Al. 11:3.
ALMA 30:39–48 328
39 Disse-lhe então Alma: Nega- profetas? As escrituras estão dian-
rás outra vez que exista um Deus e te de ti, sim, e b todas as coisas
negarás também o Cristo? Pois eis mostram que existe um Deus; sim,
que te digo que sei que existe um até mesmo a c Terra e tudo que
Deus e também que o Cristo virá. existe sobre a sua face, sim, e seu
40 E agora, que provas tens de d 
movimento, sim, e também todos
que a Deus não existe ou de que os e planetas que se movem em sua
o Cristo não virá? Afirmo-te que ordem regular testemunham que
nenhuma tens, a não ser a tua pró- existe um Criador Supremo.
pria palavra. 45 E, contudo, andas desviando
41 Eis, porém, que tenho todas o coração deste povo, testifican-
as coisas como a testemunho de do-lhe que Deus não existe? E
que estas coisas são verdadei- queres ainda negar todos esses
ras; e tu também tens todas as testemunhos? E ele disse: Sim, eu
coisas como testemunho de que negarei, a menos que tu me mos-
são verdadeiras; e irás negá-las? tres um sinal.
Acreditas que essas coisas sejam 46 E aconteceu que Alma lhe dis-
verdadeiras? se: Eis que estou aflito pela dure-
42 Eis que eu sei que tu acredi- za de teu coração; sim, por ainda
tas, mas estás possuído por um resistires ao espírito da verdade,
espírito mentiroso e afastaste o o que poderá destruir-te a alma.
Espírito de Deus, de maneira que 47 Mas eis que é a melhor perde-
não tem lugar em ti; mas o diabo res tua alma do que seres o instru-
tem poder sobre ti e te conduz, mento da destruição de muitas
inventando subterfúgios para des- almas, por tuas mentiras e por
truir os filhos de Deus. tuas palavras lisonjeiras; portan-
43 E então disse Corior a Alma: to, se negares novamente, eis que
Se me mostrares um a sinal que me Deus te ferirá, de modo que fica-
convença de que existe um Deus, rás mudo, para que nunca mais
sim, se me mostrares que ele tem abras a boca nem enganes este
poder, eu então me convencerei povo.
da veracidade de tuas palavras. 48 Disse-lhe então Corior: Não
44 Mas disse-lhe Alma: Tu já ti- nego a existência de um Deus,
veste muitos sinais; queres ainda mas não acredito que exista um
tentar a teu Deus? Queres ainda Deus; e digo também que não sa-
que te mostre um sinal, quando bes que existe um Deus e, a me-
tens o testemunho de a todos estes nos que me mostres um sinal, não
irmãos, assim como o dos santos acreditarei.
40 a Salm. 14:1. GEE Sinal. c Jó 12:7–10.
41 a GEE Testemunha. 44 a Mos. 13:33–34. d Hel. 12:11–15.
43 a Jacó 7:13–21; b Salm. 19:1; e Mois. 6:63.
D&C 46:8–9. D&C 88:47. 47 a 1 Né. 4:13.
329 ALMA 30:49–59
49 Disse-lhe então Alma: Isto te essa razão opus-me à verdade,
darei por sinal: tu a ficarás mudo, até trazer sobre mim esta grande
de acordo com minhas palavras; maldição.
e afirmo que em nome de Deus 54 Ora, tendo dito isso, suplicou
ficarás mudo, de modo que não a Alma que orasse a Deus, pedin-
mais falarás. do que a maldição lhe fosse tirada.
50 Ora, quando Alma pronun- 55 Alma, porém, disse-lhe: Se
ciou estas palavras, Corior ficou esta maldição te fosse tirada, tu
mudo, não podendo mais falar, novamente perverterias o cora-
conforme as palavras de Alma. ção deste povo; portanto, faça-se
51 E então, quando viu isso, o contigo de acordo com a vontade
juiz supremo estendeu a mão e do Senhor.
escreveu a Corior: Estás conven- 56 E aconteceu que a maldição
cido do poder de Deus? Em quem não foi tirada de Corior; mas ele
desejavas que Alma mostrasse foi expulso e ia de casa em casa,
seu sinal? Quiseras que tivesse mendigando alimento.
afligido a outros para dar-te um 57 Ora, a notícia do que havia
sinal? Eis que ele te deu um sinal; sucedido a Corior foi imediata-
e agora continuarás a duvidar? mente anunciada em toda a terra;
52 E Corior, estendendo a mão, sim, o juiz supremo enviou uma
escreveu: Sei que estou mudo, proclamação a todo o povo da
porque não posso falar; e sei que terra, declarando aos que haviam
nada, a não ser o poder de Deus, acreditado nas palavras de Co-
poderia fazer-me isto; sim, e eu rior que deveriam arrepender-se
sempre a soube que existia um rapidamente, para que o mesmo
Deus. castigo não lhes sobreviesse.
53 Mas eis que o diabo me a en- 58 E aconteceu que todos se con-
ganou, porque me b apareceu na venceram da iniquidade de Co-
forma de um anjo e disse-me: Vai rior; portanto, todos se converte-
e regenera este povo, porque to- ram novamente ao Senhor e isso
dos se perderam, seguindo um pôs fim à iniquidade pregada por
Deus desconhecido. E ele disse- Corior. E Corior ia de casa em
me: Deus c não existe; sim, e en- casa mendigando comida para
sinou-me o que eu deveria dizer. seu sustento.
E eu ensinei as suas palavras; e 59 E aconteceu que, ao andar no
ensinei-as porque eram agradá- meio do povo, sim, um povo que
veis à d mente carnal; e ensinei- se havia separado dos nefitas e
as até obter muito êxito, tanto tomado o nome de zoramitas, sen-
assim que eu realmente acredi- do guiados por um homem cujo
tei que eram verdadeiras; e por nome era Zorã — e ao andar no
49 a 2 Crôn. 13:20. 53 a Jacó 7:14. c Salm. 10:4.
52 a Al. 30:42. b 2 Cor. 11:14; 2 Né. 9:9. d GEE Carnal.
ALMA 30:60–31:7 330
meio deles, eis que foi atropelado por causa da separação dos zora-
e pisoteado até a morte. mitas e nefitas.
60  E assim vemos o fim da- 3 Ora, os zoramitas haviam-se
quele que perverte os caminhos reunido numa terra a que deram
do Senhor; e assim vemos tam- o nome de Antiônum, que ficava
bém que o a diabo não b ampara- a leste da terra de Zaraenla, que
rá seus filhos no último dia, mas quase fazia fronteira com o mar,
arrasta-os rapidamente para o que ficava ao sul da terra de Jér-
c 
inferno. son, que também se limitava com
o deserto sul, o qual estava cheio
CAPÍTULO 31 de lamanitas.
4 Ora, os nefitas temiam muito
Alma chefia uma missão para recupe-
que os zoramitas se aliassem aos
rar os zoramitas apóstatas — Os zo-
lamanitas e que isso pudesse cau-
ramitas negam a Cristo, creem num
sar grande perda aos nefitas.
falso conceito de eleição e adoram
5 Ora, como a a pregação da b pa-
com orações preestabelecidas — Os
lavra exercia uma grande influên-
missionários ficam cheios do Santo
cia sobre o povo, c levando-o a pra-
Espírito — Suas aflições são sobrepu-
ticar o que era justo — sim, surtia
jadas pela alegria em Cristo. Aproxi-
um efeito mais poderoso sobre a
madamente 74 a.C.
mente do povo do que a espada
Ora, aconteceu que depois do ou qualquer outra coisa que lhe
fim de Corior, tendo Alma rece- houvesse acontecido — Alma,
bido notícia de que os zoramitas portanto, pensou que seria acon-
estavam pervertendo os cami- selhável pôr à prova a virtude da
nhos do Senhor e de que Zorã, que palavra de Deus.
era seu chefe, estava induzindo 6 Tomou, portanto, Amon e Aa-
o coração do povo a a curvar-se rão e Ômner e deixou Hímni na
diante de b ídolos mudos, seu co- igreja de Zaraenla; mas levou con-
ração começou a c afligir-se nova- sigo os três primeiros e também
mente por causa da iniquidade Amuleque e Zeezrom, que esta-
do povo. vam em Meleque; e levou também
2 Porque foi motivo de grande dois de seus filhos.
a 
dor para Alma saber da iniquida- 7 Ora, não levou consigo o mais
de no meio de seu povo; portanto, velho de seus filhos, cujo nome
seu coração se entristeceu muito era a Helamã; e os nomes dos
60 a GEE Diabo. GEE Idolatria. b Heb. 4:12;
b Al. 3:26–27; 5:41–42; c Al. 35:15. Jacó 2:8;
D&C 29:45. 2 a Mos. 28:3; Al. 36:26.
c GEE Inferno. 3 Né. 17:14; c Jar. 1:11–12;
31 1 a Êx. 20:5; Mois. 7:41. D&C 11:2.
Mos. 13:13. 5 a En. 1:23; Al. 4:19. 7 a GEE Helamã, Filho de
b 2 Né. 9:37. GEE Pregar. Alma.
331 ALMA 31:8–20
filhos que levou eram Siblon e adorar devia subir nessa plata-
a 

Coriânton; e esses eram os nomes forma e estender as mãos para o


dos que foram com ele pregar a céu e clamar em alta voz, dizendo:
palavra aos b zoramitas. 15 Santo, Santo Deus; cremos
8 Ora, os zoramitas eram a dis- que és Deus e cremos que és san-
sidentes dos nefitas; portanto, já to; e que eras um espírito e que és
lhes havia sido ensinada a pala- um espírito e que serás um espí-
vra de Deus. rito para sempre.
9 Eles, porém, a haviam cometido 16 Santo Deus, cremos que nos
grandes erros, porque não obser- separaste de nossos irmãos; e não
vavam os mandamentos de Deus cremos nas tradições de nossos ir-
nem os seus estatutos, segundo a mãos que lhes foram transmitidas
lei de Moisés. pela infantilidade de seus pais;
10  Nem queriam observar mas cremos que tu nos a elegeste
as práticas da igreja de conti- para sermos teus b santos filhos;
nuar a orar e suplicar diaria- e também nos fizeste saber que
mente a Deus, para não cair em nenhum Cristo haverá.
tentação. 17 Mas tu és o mesmo ontem,
11 Enfim, pervertiam os cami- hoje e para sempre; e a elegeste-
nhos do Senhor de muitos modos; nos para sermos salvos, enquanto
portanto, por esse motivo, Alma que todos ao nosso redor foram
e seus irmãos entraram na terra escolhidos para serem, pela tua
para pregar-lhes a palavra. ira, lançados no inferno; por essa
12 Ora, quando chegaram à ter- santidade, ó Deus, agradecemos-
ra, eis que notaram, com grande te; e também te rendemos graças
espanto, que os zoramitas haviam por nos haveres elegido, a fim de
construído sinagogas e que se reu- que não sejamos desencaminha-
niam certo dia da semana, ao qual dos pelas tolas tradições de nossos
chamavam dia do Senhor; e ado- irmãos que os forçam a crer em
ravam de um modo que Alma e Cristo, afastando-lhes o coração
seus irmãos ainda não haviam para longe de ti, Deus nosso!
visto; 18 E novamente te rendemos
13 Pois haviam construído no graças, ó Deus, por sermos um
centro de sua sinagoga um local povo eleito e santo. Amém.
para ficarem de pé, que ficava 19 Ora, aconteceu que tendo
mais alto que a cabeça, em cuja Alma e seus irmãos e seus filhos
parte superior só cabia uma pes- ouvido essas orações, ficaram ex-
soa. tremamente admirados.
14  Portanto, quem desejasse 20  Pois eis que cada um se
7 b Al. 30:59. 14 a Mt. 6:1–7. 17 a GEE Vaidade, Vão.
8 a Al. 24:30. 16 a Al. 38:13–14.
9 a GEE Apostasia. b Isa. 65:3, 5.
ALMA 31:21–32 332
adiantava e proferia essas mesmas 27 Eis que, ó Deus, eles clamam
a 

orações. a ti; entretanto seu coração está


21 Ora, esse lugar era por eles dominado pelo orgulho. Eis que,
chamado Rameumptom, que quer ó Deus, clamam a ti com os lábios,
dizer púlpito sagrado. enquanto estão grandemente b en-
22 Ora, desse púlpito cada ho- soberbecidos com as coisas vãs
mem oferecia a mesma oração a do mundo.
Deus, agradecendo a seu Deus 28 Eis, ó meu Deus, seus suntuo-
por terem sido escolhidos por sos ornamentos e seus anéis e seus
ele e por ele não os ter induzido a 
braceletes e seus enfeites de ouro
a seguir as tradições de seus ir- e todas as coisas preciosas com
mãos e não ter deixado que seu que estão adornados; e eis que seu
coração fosse atraído pela crença coração está preso a essas coisas
em coisas futuras, das quais nada e, no entanto, clamam a ti, dizen-
sabiam. do: Agradecemos-te, ó Deus, por
23 Ora, depois de todo o povo sermos um povo escolhido por ti,
agradecer dessa forma, voltavam enquanto outros perecerão.
para casa, a não falando mais em 29 Sim, e dizem que tu lhes fi-
seu Deus até que se reunissem zeste saber que não haverá um
novamente, diante do púlpito sa- Cristo.
grado, para render graças a sua 30 Ó, Senhor Deus, até quando
maneira. permitirás que exista tal iniqui-
24 Ora, quando viu tudo isso dade e infidelidade? Ó Senhor,
Alma ficou a triste, porque perce- dá-me forças para suportar mi-
beu que eram um povo iníquo e nhas fraquezas, pois sou débil e
perverso; sim, viu que tinham o a iniquidade deste povo contris-
coração posto no ouro e na prata ta-me a alma.
e em toda espécie de objetos finos. 31 Ó Senhor, meu coração está
25 Sim, viu também que, por extremamente aflito; consola mi-
causa de seu orgulho, seu cora- nha alma a em Cristo. Ó Senhor,
ção estava a ensoberbecido e eles concede-me forças para suportar
vangloriavam-se. com paciência essas aflições que
26 E elevou a voz ao céu e a cla- sofrerei por causa da iniquidade
mou, dizendo: Ó Senhor, até deste povo.
quando permitirás que teus 32 Ó Senhor, conforta-me a alma
servos habitem aqui na carne, e faze com que eu tenha êxito, as-
para presenciarem tão grandes sim como os companheiros que
iniquidades entre os filhos dos estão comigo — sim, Amon e Aa-
homens? rão e Ômner e também Amuleque
23 a Tg. 1:21–25. Al. 1:32. b GEE Orgulho.
24 a Gên. 6:5–6. 26 a Mois. 7:41–58. 28 a Isa. 3:16–24.
25 a Jacó 2:13; 27 a Isa. 29:13. 31 a Jo. 16:33.
333 ALMA 31:33–32:4
e Zeezrom e também meus dois a 
CAPÍTULO 32
filhos — sim, ó Senhor, conforta-
Alma ensina os pobres, cujas aflições
os a todos! Sim, conforta-lhes a
os haviam tornado humildes — Fé é
alma em Cristo!
uma esperança naquilo que não se vê
33 Concede-lhes forças para su-
e que é verdadeiro — Alma testifica
portarem as aflições que lhes ad-
que anjos ministram entre homens,
virão por causa das iniquidades
mulheres e crianças — Alma compara
deste povo.
a palavra a uma semente — Ela deve
34 Ó Senhor, permite que a tenha-
ser plantada e cuidada — Então se
mos êxito em trazê-los novamente
transforma em uma árvore da qual se
a ti, em Cristo.
colhe o fruto da vida eterna. Aproxi-
35 Eis, ó Senhor, que sua a alma
madamente 74 a.C.
é preciosa e muitos deles são nos-
sos irmãos; dá-nos, portanto, ó E aconteceu que saíram e co-
Senhor, poder e sabedoria para meçaram a pregar a palavra de
trazermos esses nossos irmãos Deus ao povo, entrando em suas
novamente a ti. sinagogas e em suas casas; sim, e
36 E aconteceu que, tendo pro- até pregavam a palavra nas ruas.
nunciado essas palavras, Alma 2 E aconteceu que, depois de
a 
impôs as b mãos sobre todos os muito trabalho, começaram a ter
que estavam com ele. E eis que, ao êxito com a classe a pobre; pois eis
impor-lhes as mãos, encheram-se que os pobres eram expulsos das
do Santo Espírito. sinagogas por causa de suas ves-
37 Depois disso separaram-se timentas grosseiras.
uns dos outros, a não pensando no 3 Portanto, não lhes era permi-
que iriam comer ou no que iriam tida a entrada nas sinagogas para
beber nem no que iriam vestir. adorarem a Deus, sendo consi-
38 E o Senhor proveu-os de tudo, derados como imundície porque
para que não tivessem fome nem eram pobres; sim, eram consi-
tivessem sede; sim, e deu-lhes for- derados por seus irmãos como
ça para que não padecessem qual- escória e eram a pobres quanto às
quer espécie de a aflição que não coisas do mundo; eram também
pudesse ser sobrepujada pela ale- humildes de coração.
gria em Cristo. Ora, isso aconte- 4 Ora, enquanto Alma estava
ceu por causa da oração de Alma; pregando e ensinando ao povo
e isto porque havia orado com b fé. no monte Onida, aproximou-
se uma grande multidão que se
32 a Al. 31:7. b GEE Mãos, Imposição Mos. 24:13–15;
34 a 2 Né. 26:33. de. Al. 33:23.
35 a GEE Alma — Valor das 37 a Mt. 6:25–34; b GEE Fé.
almas. 3 Né. 13:25–34. 32 2 a GEE Pobres.
36 a 3 Né. 18:36–37. 38 a Mt. 5:10–12; 3 a Al. 34:40.
ALMA 32:5–15 334
compunha daqueles de quem es- 10 Eis que vos digo: Supondes
távamos falando, que eram os a hu- que não podeis a adorar a Deus a
mildes de coração por causa da não ser em vossas sinagogas?
sua pobreza quanto às coisas do 11 E pergunto-vos ainda: Supon-
mundo. des que não podeis adorar a Deus
5 E aproximaram-se de Alma e mais que uma vez por semana?
o mais influente deles disse-lhe: 12 Digo-vos: Ainda bem que vos
a 
Que deverão fazer estes meus afastaram de vossas sinagogas,
irmãos, pois são desprezados por para que sejais humildes e apren-
todos devido a sua pobreza; sim, dais a sabedoria, pois é necessário
e principalmente por nossos sa- que aprendais sabedoria; porque
cerdotes, pois b expulsaram-nos de foi por terdes sido afastados e
nossas sinagogas, em cuja cons- desprezados por vossos irmãos,
trução trabalhamos muito com devido a vossa extrema b pobre-
nossas próprias mãos; e expulsa- za, que haveis humilhado vosso
ram-nos devido a nossa grande coração; porque fostes obrigados
pobreza e não temos um lugar a vos humilhardes.
onde adorar nosso Deus; c que de- 13 E agora, porque fostes com-
vemos fazer? pelidos a ser humildes, benditos
6 E então, quando ouviu isso, sois; porque o homem, às vezes,
Alma voltou-se para ele e olhou se é compelido a humilhar-se, pro-
com grande alegria, pois viu que cura o arrependimento; e certa-
suas a aflições verdadeiramente os mente quem se arrepender en-
haviam tornado b humildes e que contrará misericórdia; e quem
estavam c preparados para ouvir encontrar misericórdia e a perse-
a palavra. verar até o fim, será salvo.
7 Portanto, ele não falou mais à 14 E agora, como vos disse que
outra multidão; mas estendeu a por terdes sido compelidos a ser
mão e clamou aos que via e eram humildes fostes abençoados, não
verdadeiramente penitentes; e vos parece que serão mais aben-
disse-lhes: çoados os que verdadeiramente
8 Vejo que sois a humildes de co- se humilharem por causa da pa-
ração; e, se assim é, benditos sois. lavra?
9 Eis que vosso irmão me per- 15 Sim, aquele que verdadeira-
guntou: Que devemos fazer? — mente se humilhar e arrepender-
pois somos expulsos de nossas se de seus pecados e perseverar
sinagogas, de modo que não po- até o fim, esse será abençoado —
demos adorar a nosso Deus. sim, será muito mais abençoado
4 a GEE Pobres — Pobres 6 a GEE Adversidade. 8 a Mt. 5:3–5.
em espírito. b GEE Humildade, 10 a GEE Adorar.
5 a Prov. 18:23. Humilde, Humilhar. 12 a Ecles. 4:13.
b Al. 33:10. c Al. 16:16–17; b Prov. 16:8.
c At. 2:37–38. D&C 101:8. 13 a Al. 38:2.
335 ALMA 32:16–27
do que aqueles que são compeli- 22 E agora, eis que vos digo: Eu
dos a humilhar-se devido a sua quisera que de um lado vos lem-
extrema pobreza. brásseis de que Deus é miseri-
16 Portanto, benditos são os que cordioso para com todos os que
se a humilham sem serem compe- acreditam em seu nome; portan-
lidos a ser humildes; ou, em ou- to, deseja em primeiro lugar que
tras palavras, bendito é aquele acrediteis, sim, que acrediteis em
que acredita na palavra de Deus sua palavra.
e é batizado sem relutância no co- 23 E agora, ele transmite a sua
ração, sim, sem ter sido levado a palavra aos homens por intermé-
conhecer a palavra ou mesmo sem dio de anjos; sim, a não só aos ho-
ser compelido a conhecer antes mens mas também às mulheres.
de acreditar. Ora, isso não é tudo; muitas vezes
17 Sim, há muitos que dizem: Se as b crianças recebem palavras que
nos mostrardes um a sinal do céu, confundem o sábio e o instruído.
saberemos com segurança; então 24 E agora, meus amados ir-
acreditaremos. mãos, como desejastes saber de
18 Agora vos pergunto: Isso é fé? mim o que devereis fazer, por es-
Eis que vos digo: Não. Porque se tardes aflitos e serdes rejeitados —
um homem sabe uma coisa, não ora, não desejo que suponhais que
tem motivo para a crer, porque a eu pretenda julgar-vos, exceto de
sabe. acordo com o que é verdade —
19 E agora, quão mais amaldiçoa- 25 Porque não afirmo que todos
do é aquele que a conhece a von- vós fostes obrigados a vos humi-
tade de Deus e não a pratica, do lhardes; pois realmente acredi-
que aquele que somente acredita to que alguns de vós vos humi-
ou que somente tem motivo para lharíeis, fossem quais fossem as
acreditar e cai em transgressão? circunstâncias;
20 Ora, isto deveis julgar. Eis que 26 Ora, como disse em relação à
vos digo que de um lado é como fé, que não era um conhecimento
do outro; e cada homem receberá perfeito, o mesmo se dá com mi-
de acordo com suas obras. nhas palavras. A princípio não
21 E agora, conforme falei com podereis ter perfeita certeza delas,
referência à fé — a fé não é ter um assim como a fé tampouco é um
perfeito conhecimento das coi- conhecimento perfeito.
sas; portanto, se tendes fé, tendes 27 Mas eis que, se despertardes
b 
esperança nas coisas que se c não e exercitardes as vossas faculda-
veem e que são verdadeiras. des, pondo à prova as minhas
16 a GEE Humildade, 21 a Jo. 20:29; b Mt. 11:25;
Humilde, Humilhar. Heb. 11. Lc. 10:21;
17 a GEE Sinal. b GEE Esperança. 3 Né. 26:14–16;
18 a Ét. 12:12, 18. c Ét. 12:6. D&C 128:18.
19 a Jo. 15:22–24. 23 a Joel 2:28–29.
ALMA 32:28–36 336
palavras, e exercerdes uma par- semente; porque eis que brota e
tícula de fé, sim, mesmo que não começa a crescer.
tenhais mais que o a desejo de acre- 31 E agora, estais certos de que é
ditar, deixai que esse desejo opere uma boa semente? Digo-vos que
em vós, até acreditardes de tal for- sim; porque toda semente frutifica
ma que possais dar lugar a uma segundo sua a própria semelhança.
porção das minhas palavras. 32 Portanto, se uma semente
28 Compararemos a palavra a cresce, é boa; mas se não cresce,
uma a semente. Ora, se derdes lu- eis que não é boa; portanto, é lan-
gar em vosso b coração para que çada fora.
uma c semente seja plantada, eis 33 E agora, eis que por haverdes
que, se for uma semente verda- feito a experiência e plantado a
deira, ou seja, uma boa semente, semente que inchou e brotou e
se não a lançardes fora por vossa começou a crescer, deveis for-
d 
incredulidade, resistindo ao Es- çosamente saber que a semente
pírito do Senhor, eis que ela co- é boa.
meçará a inchar em vosso peito; 34 E agora, eis que é perfeito o
e quando tiverdes essa sensação vosso a conhecimento? Sim, vosso
de crescimento, começareis a dizer conhecimento é perfeito nisto e
a vós mesmos: Deve ser uma boa vossa b fé permanece adormecida;
semente, ou melhor, a palavra é e isto porque sabeis, pois sabeis
boa porque começa a dilatar-me a que a palavra vos dilatou a alma e
alma; sim, começa a iluminar-me sabeis também que ela germinou,
o e entendimento; sim, começa a que vossa compreensão começa a
ser-me deliciosa. iluminar-se e vossa c mente come-
29 Ora, eis que isso não aumen- ça a expandir-se.
taria a vossa fé? Digo-vos que sim; 35 Oh! então isto não é real? Di-
não obstante, não cresceu a ponto go-vos que sim, porque é a luz; e
de transformar-se em perfeito co- o que é luz é bom, porque pode
nhecimento. ser discernido; portanto, deveis
30 Mas eis que quando a semen- saber que é bom; e agora, eis que,
te incha e brota e começa a crescer, depois de haverdes experimen-
então deveis dizer que a semente é tado esta luz, é perfeito o vosso
boa; porque eis que inchou e bro- conhecimento?
tou e começou a crescer. E agora, 36 Eis que vos digo: Não, nem
eis que isto não fortalecerá vossa deveis pôr de lado a vossa fé, por-
fé? Sim, fortalecerá vossa fé, pois que haveis somente exercido vos-
direis: Eu sei que esta é uma boa sa fé para plantar a semente a fim
27 a Mc. 11:24. e GEE Compreensão, c GEE Mente.
28 a Al. 33:1. Entendimento. 35 a Jo. 3:18–21.
b GEE Coração. 31 a Gên. 1:11–12. GEE Luz, Luz de Cristo.
c Lc. 8:11. 34 a GEE Conhecimento.
d Mt. 17:20. b Ét. 3:19.
337 ALMA 32:37–33:2
de fazer a expêriencia, para saber é sumamente precioso, que é mais
se a semente é boa. doce que tudo que é doce, que é
37 E eis que, à medida que a ár- mais branco que tudo que é bran-
vore começar a crescer, direis: Tra- co, sim, e mais puro que tudo que
temos dela com muito cuidado, é puro; e banquetear-vos-eis com
para que crie raiz, para que cres- esse fruto, até vos fartardes, de
ça e dê frutos. E agora, eis que se modo que não tereis fome nem
a tratardes com muito cuidado, tereis sede.
criará raiz e crescerá e dará frutos. 43 Então, meus irmãos, colhe-
38 Mas se a negligenciardes a ár- reis a recompensa de vossa fé e
vore e deixardes de tratá-la, eis de vossa diligência e paciência e
que não criará raiz; e quando che- longanimidade, esperando que a
gar o calor do sol e a abrasar, se- árvore vos dê fruto.
cará por falta de raiz; e arrancá-
la-eis e lançareis fora. CAPÍTULO 33
39 Ora, isso não é porque a se-
Zenos ensinou que os homens devem
mente não seja boa nem porque
orar e adorar em todos os lugares e
o seu fruto seja indesejável, mas
que julgamentos são afastados por
porque vosso a terreno é estéril e
causa do Filho — Zenoque ensinou
não cuidais da árvore; não podeis,
que a misericórdia é concedida por
portanto, obter seu fruto.
causa do Filho — Moisés havia levan-
40 E assim, se não cultivardes a
tado no deserto um símbolo do Filho
palavra, esperando com os olhos
de Deus. Aproximadamente 74 a.C.
da fé o seu fruto, nunca podereis
colher o fruto da a árvore da vida. Ora, depois que Alma proferiu
41 Se, porém, cultivardes a pa- essas palavras, mandaram per-
lavra, sim, cultivardes a árvore guntar-lhe se deviam acreditar em
quando ela começar a crescer, com a 
um Deus, para assim poderem
vossa fé, com grande esforço e obter aquele fruto de que ele havia
com a paciência, esperando o fru- falado, ou como deveriam plantar
to, ela criará raiz; e eis que será a b semente, ou a palavra de que
uma árvore que b brotará para a havia falado, a qual ele dissera
vida eterna. que deveria ser plantada em seus
42 E por causa de vosso a esforço corações; ou seja, de que maneira
e de vossa fé e de vossa paciência começariam a exercer a fé.
em cultivar a palavra para que 2 E Alma respondeu-lhes: Eis
crie raiz em vós, eis que pouco a que dissestes que a não podeis
pouco colhereis o seu b fruto, que adorar vosso Deus, porque fostes
38 a GEE Apostasia. b Al. 33:23; Mos. 15:2–4.
39 a Mt. 13:5. D&C 63:23. b Al. 32:28–43.
40 a Gên. 2:9; 42 a GEE Diligência. 2 a Al. 32:5.
1 Né. 15:36. b 1 Né. 8:10–12.
41 a GEE Paciência. 33 1 a 2 Né. 31:21;
ALMA 33:3–17 338
expulsos de vossas sinagogas. 10 Sim, e também me ouviste
Mas eis que vos digo: Se supon- quando fui a expulso e desprezado
des que não podeis adorar a Deus, por meus inimigos; sim, ouviste
errais muito e deveríeis examinar os meus clamores e te indignaste
as b escrituras; se supondes que é com os meus inimigos e visitas-
isso que elas vos ensinaram, não te-os em tua ira com rápida des-
as compreendeis. truição.
3 Não vos recordais de haver 11 E ouviste-me por causa das
lido o que a Zenos, o profeta da minhas aflições e da minha since-
antiguidade, disse a respeito da ridade; e é por causa de teu Filho
oração, ou melhor, da b adoração? que foste assim misericordioso
4 Pois ele disse: És misericor- comigo; portanto, clamarei a ti em
dioso, ó Deus, porque ouviste a todas as minhas aflições, porque
minha oração até mesmo quando em ti está a minha alegria; porque,
me achava no deserto; sim, fos- por causa de teu Filho, afastaste
te misericordioso quando orei a de mim teus julgamentos.
respeito daqueles que eram meus 12 E disse-lhes então Alma: Cre-
a 
inimigos e fizeste com que se vol- des nas a escrituras que foram es-
tassem para mim. critas pelos antigos?
5 Sim, ó Deus! E foste miseri- 13 Eis que, se nelas credes, de-
cordioso para comigo quando a veis crer no que a Zenos disse, por-
ti clamei no meu a campo; quan- que eis que declarou: Afastaste
do clamei a ti em minha oração e teus julgamentos por causa de
me ouviste. teu Filho.
6 E ainda, ó Deus, quando fui 14 Agora, meus irmãos, eis que
para casa, tu ouviste a minha vos pergunto se haveis lido as es-
oração. crituras. Se haveis, como podeis
7 E quando fui ao meu a aposen- não crer no Filho de Deus?
to e roguei a ti, ó Senhor, tu me 15 Porque a não está escrito que
ouviste. somente Zenos falou dessas coi-
8 Sim, tu és misericordioso para sas, mas b Zenoque também falou
com teus filhos quando clamam a dessas coisas —
ti para serem ouvidos por ti e não 16 Pois eis que ele disse: Estás
pelos homens; e tu os ouves. irado, ó Senhor, contra este povo,
9 Sim, ó Deus, foste misericor- porque não compreende a mise-
dioso para comigo, e ouviste os ricórdia que lhe concedeste por
meus clamores em meio às tuas causa de teu Filho.
congregações. 17 E agora, meus irmãos, vedes
2 b Al. 37:3–10. 4 a Mt. 5:44. 12 a GEE Escrituras.
3 a GEE Escrituras — 5 a Al. 34:20–25. 13 a Al. 34:7.
Escrituras perdidas; 7 a Mt. 6:5–6; 15 a Jacó 4:4.
Zenos. Al. 34:26. b 1 Né. 19:10;
b GEE Adorar. 10 a Al. 32:5. Al. 34:7.
339 ALMA 33:18–34:1
que um segundo profeta da anti- dos mortos, proporcionando-nos
guidade testificou sobre o Filho de a d ressurreição; que todos os ho-
Deus; e porque o povo não quis mens comparecerão diante dele,
compreender suas palavras, a ape- a fim de serem julgados no último
drejaram-no até morrer. dia, o dia do juízo final, segundo
18 Mas eis que isso não é tudo; suas e obras.
esses não são os únicos que fala- 23 E agora, meus irmãos, de-
ram a respeito do Filho de Deus. sejo que a planteis esta palavra
19 Eis que a Moisés dele falou; em vosso coração; e quando ela
sim, e eis que um b símbolo foi c le- começar a inchar, cultivai-a com
vantado no deserto, a fim de que vossa fé. E eis que se tornará em
todo aquele que o olhasse, vives- árvore, b crescendo em vós para a
se. E muitos olharam e viveram. vida eterna. E permita Deus que
20 Poucos, porém, compreende- vossas c cargas sejam leves pela
ram o significado daquelas coisas; alegria em seu Filho. E tudo isso
e isso devido à dureza de seu co- podereis fazer, se assim o quiser-
ração. Mas houve muitos tão obs- des. Amém.
tinados, que nem quiseram olhar
e, portanto, pereceram. Ora, a ra- CAPÍTULO 34
zão pela qual não queriam olhar
Amuleque testifica que a palavra que
era que não acreditavam que isso
leva à salvação está em Cristo — A
os a curaria.
não ser que haja uma expiação, toda
21 Ó meus irmãos, se pudésseis
a humanidade perecerá — A totali-
ser curados simplesmente olhan-
dade da lei de Moisés aponta para o
do ao redor para serdes curados,
sacrifício do Filho de Deus — O pla-
não o faríeis rapidamente? Ou
no eterno de redenção fundamenta-se
preferiríeis endurecer o coração
na fé e no arrependimento — Orai
na incredulidade e ser negligen-
por bênçãos materiais e espirituais —
tes, recusando-vos a olhar ao re-
Esta vida é o tempo para os homens
dor, e assim perecer?
prepararem-se para o encontro com
22 Se assim for, a desgraça cairá
Deus — Operai a vossa salvação com
sobre vós; mas se não for, então
temor perante Deus. Aproximada-
olhai ao redor e a começai a acredi-
mente 74 a.C.
tar no Filho de Deus, que ele virá
para remir seu povo e que ele so- E então aconteceu que Alma,
frerá e morrerá para b expiar os pe- tendo proferido estas palavras,
cados deles; e que ele se c levantará sentou-se no chão; e a Amuleque
17 a GEE Mártir, Martírio. Hel. 8:14–15. e GEE Obras.
19 a Deut. 18:15, 18; 20 a 1 Né. 17:40–41. 23 a Al. 33:1; 34:4.
Al. 34:7. 22 a Al. 32:27–28. b Al. 32:41;
b Núm. 21:9; b Al. 22:14; 34:8–9. D&C 63:23.
2 Né. 25:20; Mos. 3:15. c GEE Ressurreição. c Al. 31:38.
c Jo. 3:14; d Al. 11:44. 34 1 a Al. 8:21.
ALMA 34:2–12 340
levantou-se e começou a ensinar- verdadeiras. Eis que vos digo que
lhes, dizendo: sei que Cristo virá entre os filhos
2 Meus irmãos, penso ser im- dos homens para tomar sobre si as
possível que ignoreis as coisas transgressões de seu povo e que
que foram ditas concernentes à ele b expiará os pecados do mun-
vinda de Cristo, que ensinamos do; porque o Senhor Deus o disse.
ser o Filho de Deus; sim, sei que 9 Pois é necessário que haja uma
a 
estas coisas vos foram ampla- a 
expiação; porque, de acordo com
mente ensinadas antes de vosso o grande b plano do Deus Eter-
afastamento de nós. no, deverá haver uma expiação;
3 E como haveis desejado que do contrário, toda a humanidade
meu amado irmão vos dissesse inevitavelmente perecerá; sim,
o que deveríeis fazer, devido às todos são obstinados; sim, todos
vossas aflições, ele vos disse algo estão c decaídos e perdidos e hão
para preparar-vos a mente; sim, e de perecer, a não ser que seja pela
ele exortou-vos a terdes fé e pa- expiação que deve haver.
ciência — 10 Porque é necessário que haja
4 Sim, a terdes fé suficiente para um grande e último a sacrifício;
a 
plantar a palavra em vosso cora- sim, não um sacrifício de homem
ção e assim testar sua excelência. nem de animal nem de qualquer
5 E vimos que a grande pergunta tipo de ave; pois não será um
que tendes em mente é se a pala- sacrifício humano; deverá, po-
vra está no Filho de Deus ou se rém, ser um b sacrifício c infinito e
não haverá um Cristo. eterno.
6 E vistes também que meu ir- 11 Ora, não há homem algum
mão vos provou em muitas oca- que possa sacrificar o seu sangue
siões que a a palavra para a salva- para expiar pecados de outrem.
ção está em Cristo. Ora, se um homem assassina, eis
7 Meu irmão citou as palavras que a nossa lei, que é a justa, toma-
de Zenos e também as palavras de rá a vida de seu irmão? Digo-vos
Zenoque, de que a redenção nos que não.
vem por meio do Filho de Deus; 12 A lei, porém, requer a vida
e ele também recorreu a Moisés daquele que cometeu o a assassi-
para provar que estas coisas são nato; portanto, nada pode haver,
verdadeiras. a não ser uma expiação infinita,
8 E agora, eis que eu próprio que seja suficiente para os peca-
vos a testifico que estas coisas são dos do mundo.
2 a Al. 16:13–21. b Al. 12:22–33; c 2 Né. 9:7.
4 a Al. 33:23. Mois. 6:62. 11 a Deut. 24:16;
6 a Jo. 1:1, 14. c GEE Queda de Adão Mos. 29:25.
8 a GEE Testificar. e Eva. 12 a GEE Homicídio;
b GEE Expiação, Expiar. 10 a Mois. 5:6–7. Pena de Morte.
9 a Al. 33:22. b GEE Sacrifício.
341 ALMA 34:13–27
13 Assim sendo, é necessário que nome, para que tenha misericór-
haja um grande e último sacrifí- dia de vós.
cio; e então haverá, ou melhor, é 18 Sim, clamai a ele por mise-
necessário que haja um a fim para ricórdia, porque ele é poderoso
o derramamento de sangue; então para salvar.
será cumprida a b lei de Moisés; 19 Sim, humilhai-vos e continuai
sim, será totalmente cumprida, em oração a ele.
cada jota e til; e nada se omitirá. 20 Clamai a ele quando estiver-
14 E eis que este é o a significado des em vossos campos, sim, por
total da b lei, cada ponto indicando todos os vossos rebanhos.
aquele grande e último c sacrifício; 21 a Clamai a ele em vossas casas,
e aquele grande e último sacrifício sim, por todos os de vossa casa,
será o Filho de Deus, sim, infinito tanto de manhã como ao meio-
e eterno. dia e à noite.
15 E assim ele trará a salvação a 22 Sim, clamai a ele contra o po-
todos os que acreditarem em seu der de vossos inimigos.
nome, sendo a finalidade deste 23 Sim, a clamai a ele contra o
último sacrifício manifestar as b 
diabo, que é o inimigo de toda
entranhas da misericórdia, a qual c 
retidão.
sobrepuja a justiça e proporciona 24 Clamai a ele pelas colheitas
aos homens meios para que te- de vossos campos, a fim de que,
nham fé para o arrependimento. por meio delas, prospereis.
16 E assim a a misericórdia pode 25 Clamai pelos rebanhos de
satisfazer as exigências da b justiça vossos campos, para que aumen-
e envolve-os nos braços da segu- tem.
rança, enquanto que aquele que 26 Mas isto não é tudo; deveis
não exerce fé para o arrependi- abrir vossa alma em vossos a apo-
mento está exposto à toda a lei das sentos e em vossos lugares secre-
exigências da c justiça; portanto, tos e em vossos desertos.
apenas para o que possui fé para o 27 Sim, e quando não clamardes
arrependimento tem efeito o gran- ao Senhor, deixai que se a encha
de e eterno d plano de redenção. o vosso b coração, voltado con-
17 Portanto, permita Deus, meus tinuamente para ele em oração
irmãos, que comeceis a exercer pelo vosso bem-estar, assim como
vossa a fé para o arrependimento, pelo bem-estar de todos os que
que comeceis a b invocar seu santo vos rodeiam.
13 a 3 Né. 9:17, 19–20. b GEE Justiça. 23 a 3 Né. 18:15, 18.
b 3 Né. 15:5. c Al. 12:32. b GEE Diabo.
14 a Al. 30:3. d GEE Plano de c GEE Retidão.
b GEE Lei de Moisés. Redenção. 26 a Mt. 6:5–6.
c D&C 138:35. 17 a GEE Fé. 27 a GEE Ponderar.
15 a GEE Salvação. b GEE Oração. b GEE Coração.
16 a GEE Misericórdia, 21 a Salm. 5:1–3;
Misericordioso. 3 Né. 18:21.
ALMA 34:28–36 342
28 E agora, meus amados ir- eis que o dia desta vida é o dia
mãos, eis que vos digo que não para os homens executarem os
penseis que isto é tudo; porque seus labores.
depois de haverdes feito todas 33 E agora, como vos disse antes,
estas coisas, se negardes ajuda já que haveis tido tantos testemu-
aos a necessitados e aos nus e não nhos, peço-vos, portanto, que não
visitardes os doentes e aflitos nem a 
deixeis o dia do b arrependimento
b 
repartirdes o vosso sustento, se o para o fim; porque depois deste
tendes, com os que necessitam — dia de vida que nos é dado a fim
digo-vos, se não fizerdes qual- de nos prepararmos para a eter-
quer destas coisas, eis que vossa nidade, eis que, se não fizermos
c 
oração é d vã e de nada vos vale melhor uso de nosso tempo nesta
e sois como os hipócritas que ne- vida, virá a c noite d tenebrosa, du-
gam a fé. rante a qual nenhum labor poderá
29 Portanto, se não vos lembrar- ser executado.
des de ser a caridosos, sereis como 34 Não podereis dizer, quando
o refugo que os refinadores põem fordes levados a essa terrível a cri-
fora (por não ter valor) e é pisado se: Arrepender-me-ei para retor-
pelos homens. nar a meu Deus. Não, não pode-
30 E agora, meus irmãos, eu qui- reis dizer isso; porque o mesmo
sera que, depois de haverdes re- espírito que possuir vosso corpo
cebido tantos testemunhos, vendo quando deixardes esta vida, esse
que as santas escrituras testificam mesmo espírito terá poder para
estas coisas, produzísseis a frutos possuir vosso corpo naquele mun-
para o arrependimento. do eterno.
31 Sim, eu quisera que já não 35 Pois eis que, se deixastes o dia
endurecêsseis vosso coração, pois do arrependimento para o dia da
eis que agora é o tempo e o a dia vossa morte, eis que vos tendes
de vossa salvação; e, portanto, se a 
submetido ao espírito do diabo e
vos arrependerdes e não endure- ele vos b sela como seus; portanto,
cerdes o coração, imediatamente o Espírito do Senhor se apartou de
terá efeito para vós o grande pla- vós e não tem lugar em vós; e o
no de redenção. diabo tem sobre vós todo o poder
32 Pois eis que esta vida é o tem- e este é o estado final dos iníquos.
po para os homens a prepararem- 36 E isto eu sei, porque o Senhor
se para o encontro com Deus; sim, disse que não habita em templos
28 a GEE Pobres. 31 a Rom. 13:11–12. c Jo. 9:4;
b GEE Esmolas. 32 a 2 Né. 2:21; D&C 45:17.
c Mt. 15:7–8. Al. 12:24; 42:4–6. d GEE Morte Espiritual;
d Morô. 7:6–8. 33 a Hel. 13:38; Trevas Espirituais.
29 a GEE Caridade. D&C 45:2. 34 a Al. 40:13–14.
30 a Mt. 3:8; b GEE Arrepender-se, 35 a 2 Né. 28:19–23.
Al. 13:13. Arrependimento. b 2 Né. 9:9.
343 ALMA 34:37–35:4
impuros, mas no coração dos
a 
ultrajardes aqueles que vos re-
b 

justos ele habita; sim, e disse


b 
jeitam devido a vossa extrema
também que os justos se sentarão pobreza, para não vos tornardes
em seu reino para não mais sair; pecadores como eles.
suas vestimentas, porém, deve- 41 Mas tende paciência e supor-
rão ser alvejadas pelo sangue do tai essas aflições com a firme espe-
Cordeiro. rança de que um dia descansareis
37 E agora, meus amados ir- de todas as vossas aflições.
mãos, desejo que vos lembreis
destas coisas e que a opereis a vos- CAPÍTULO 35
sa salvação com temor perante
A pregação da palavra destrói a astú-
Deus, e que não mais negueis a
cia dos zoramitas — Eles expulsam
vinda de Cristo;
os conversos, que então se juntam ao
38 Que não mais a luteis contra
povo de Amon em Jérson — Alma
o Espírito Santo, mas que o rece-
entristece-se por causa da iniquidade
bais e tomeis sobre vós o b nome
do povo. Aproximadamente 74 a.C.
de Cristo; que vos humilheis até o
pó e c adoreis a Deus em qualquer Ora, aconteceu que tendo Amu-
lugar em que estejais, em espíri- leque acabado de dizer essas pa-
to e em verdade; que vivais ren- lavras, eles se afastaram da mul-
dendo d graças diariamente pelas tidão e dirigiram-se à terra de
muitas misericórdias e bênçãos Jérson.
que ele vos concede. 2 Sim, e os outros irmãos, depois
39 Sim, e eu também vos exorto, de haverem pregado a palavra aos
meus irmãos, a vigiardes e a orar- zoramitas, partiram também para
des, para não serdes levados pe- a terra de Jérson.
las b tentações do diabo, de modo 3 E aconteceu que depois de os
que ele não vos subjugue, para mais influentes dos zoramitas se
que não vos torneis seus súditos haverem consultado sobre as pa-
no último dia; pois eis que ele não lavras que lhes haviam sido pre-
vos recompensa com coisa c algu- gadas, indignaram-se por causa
ma que seja boa. da palavra, porque destruía suas
40 E agora, meus amados ir- a 
artimanhas; portanto, não qui-
mãos, quisera exortar-vos a ter- seram dar ouvidos às palavras.
des a paciência e a suportardes 4 E enviaram mensageiros por
toda espécie de aflições; e a não toda a terra, a fim de reunirem o
36 a Mos. 2:37; Al. 5:38. Vigiar.
Al. 7:21; c GEE Adorar. b GEE Tentação, Tentar.
Hel. 4:24. d Salm. 69:30; c Al. 30:60.
b GEE Retidão. D&C 59:7. 40 a GEE Paciência.
37 a Filip. 2:12. GEE Ação de b D&C 31:9.
38 a GEE Contenção, Graças, Agradecido, 35 3 a GEE Artimanhas
Contenda. Agradecimento. Sacerdotais.
b Mos. 5:8; 39 a GEE Atalaia, Sentinela,
ALMA 35:5–15 344
povo e consultá-lo sobre as pala- lamanitas e também a incitá-los
vras que haviam sido proferidas. contra eles.
5 Mas seus chefes e seus sacer- 11 E assim os zoramitas e os la-
dotes e seus mestres não permiti- manitas começaram a preparar-se
ram que o povo conhecesse seus para a guerra contra o povo de
desígnios; portanto, averiguaram Amon e também contra os nefitas.
secretamente a opinião de todo 12 E assim terminou o décimo
o povo. sétimo ano em que os juízes go-
6 E aconteceu que depois de vernaram o povo de Néfi.
haverem descoberto a opinião 13 E o povo de Amon partiu da
de todo o povo, desterraram os terra de Jérson e dirigiu-se à terra
que eram a favor das palavras de Meleque e deu lugar, na terra
que haviam sido proferidas por de Jérson, aos exércitos dos nefi-
Alma e seus irmãos; e eram mui- tas, para que pudessem lutar com
tos; e também foram para a terra os exércitos dos lamanitas e os
de Jérson. exércitos dos zoramitas; e assim,
7 E aconteceu que Alma e seus no décimo oitavo ano do governo
irmãos os ensinaram. dos juízes, iniciou-se uma guerra
8 Ora, os zoramitas indignaram- entre lamanitas e nefitas; e um
se com o povo de Amon que es- a 
relato de suas guerras será feito
tava em Jérson. E sendo o chefe mais adiante.
principal dos zoramitas um ho- 14 E Alma e Amon e seus irmãos
mem muito iníquo, enviou men- e também os dois filhos de Alma
sageiros ao povo de Amon, de- voltaram à terra de Zaraenla, de-
sejando que expulsassem de sua pois de haverem sido instrumen-
terra todos aqueles que haviam tos nas mãos de Deus para fazer
ido para lá. com que a muitos dos zoramitas
9 E proferiu muitas ameaças con- se arrependessem; e todos os que
tra eles. O povo de Amon, porém, se arrependeram foram expulsos
não teve medo de suas palavras; de sua terra; mas receberam ter-
portanto, não os expulsou, mas ras para sua herança na terra de
recebeu todos os zoramitas po- Jérson e pegaram em armas para
bres que foram ter com eles; e a ali- defenderem-se e defenderem suas
mentou-os e vestiu-os e deu-lhes esposas e filhos e suas terras.
também terras para sua herança; 15 Ora, estando Alma angus-
e auxiliava-os de acordo com suas tiado pelas iniquidades de seu
necessidades. povo, sim, pelas guerras e derra-
10 Ora, isso incitou os zoramitas mamento de sangue e contendas
à ira contra o povo de Amon; e que havia entre eles; e tendo ido
começaram a misturar-se com os pregar a palavra, ou seja, tendo
9 a Mos. 4:26. 13 a Al. 43:3.
GEE Bem-Estar. 14 a Al. 35:6.
345 ALMA 35:16–36:7
sido enviado a pregar a todos os 2 Eu quisera que fizesses como
habitantes de todas as cidades, eu fiz, lembrando-te do cativeiro
e vendo que o povo começava a de nossos pais; porque estavam
endurecer o coração e a sentir-se em a servidão e ninguém os po-
a 
ofendido devido à severidade deria salvar a não ser o b Deus de
da palavra, afligiu-se-lhe muito Abraão e o Deus de Isaque e o
o coração. Deus de Jacó; e ele certamente os
16 Fez, portanto, reunir seus fi- livrou de suas aflições.
lhos para dar a cada um, separa- 3 E agora, ó Helamã, meu filho,
damente, sua a incumbência quan- eis que estás na juventude; peço-
to às coisas que diziam respeito à te, portanto, que ouças as minhas
retidão. E nós temos um relato de palavras e aprendas de mim; por-
seus mandamentos, que ele lhes que sei que aqueles que confiarem
deu segundo seu próprio registro. em Deus serão auxiliados em suas
a 
tribulações e em suas dificulda-
des e em suas aflições; e serão
Mandamentos de Alma a seu fi- b 
elevados no último dia.
lho Helamã.
4 E eu não quero que penses que
Abrangem os capítulos 36 e 37. a 
sei por mim mesmo — não pelo
que é físico, mas pelo espiritual;
não pela mente b carnal, mas por
CAPÍTULO 36
Deus.
Alma testifica a Helamã sua conver- 5 Ora, eis que te digo que, se eu
são depois de ter visto um anjo — Ele não houvesse a nascido de Deus,
sofreu as dores de uma alma condena- b 
não saberia estas coisas; Deus,
da; invocou o nome de Jesus, e então porém, pela boca de seu santo
nasceu de Deus — Doce alegria en- anjo fez-me conhecer estas coisas,
cheu-lhe a alma — Ele viu multidões não por c mérito algum meu.
de anjos louvando a Deus — Muitos 6 Porque andei com os filhos de
conversos experimentaram o que ele Mosias, procurando a destruir a
experimentou e viu. Aproximada- igreja de Deus; mas eis que Deus
mente 74 a.C. enviou seu santo anjo para deter-
nos no caminho.
Meu a filho, ouve minhas palavras; 7 E eis que nos falou como se fos-
pois juro-te que, se guardares os se a voz do trovão e toda a terra
mandamentos de Deus, prospe- a 
tremeu debaixo de nossos pés;
rarás na terra. e caímos todos por terra, porque
15 a GEE Apostasia. 3 a Rom. 8:28. 5 a GEE Nascer de Deus,
16 a GEE Mordomia, b Mos. 23:21–22. Nascer de Novo.
Mordomo. 4 a 1 Cor. 2:11; b Al. 26:21–22.
36 1 a Hel. 5:9–14. Al. 5:45–46. c GEE Dignidade, Digno.
2 a Mos. 23:23; 24:17–21. GEE Conhecimento. 6 a Mos. 27:10.
b Êx. 3:6; Al. 29:11. b GEE Carnal. 7 a Mos. 27:18.
ALMA 36:8–20 346
o temor de Deus se apoderou
b 
resumindo, tão grandes haviam
de nós. sido minhas iniquidades que a
8 Mas eis que a voz me disse: simples ideia de entrar na presen-
Levanta-te! E levantei-me e pus- ça de meu Deus atormentava-me
me de pé e vi o anjo. a alma com inexprimível horror.
9 E ele disse-me: A menos que 15 Oh! pensei eu, se a pudesse
queiras destruir-te, não mais pro- ser banido e aniquilado em cor-
cures destruir a igreja de Deus. po e alma, para não ser levado à
10 E aconteceu que caí por terra; presença de meu Deus a fim de
e pelo espaço de a três dias e três ser julgado pelas minhas b obras!
noites não pude abrir a boca nem 16 E durante três dias e três noi-
fazer uso das pernas e dos braços. tes fui atormentado pelas dores de
11 E o anjo falou-me mais coi- uma alma a condenada.
sas, que foram ouvidas por meus 17 E aconteceu que enquanto eu
irmãos, mas eu não as ouvi; por- estava sendo assim atormentado
que quando ouvi as palavras — e enquanto eu estava a perturbado
A menos que queiras destruir-te, pela lembrança de tantos pecados,
não mais procures destruir a igreja eis que me lembrei também de
de Deus — fui tomado de grande ter ouvido meu pai profetizar ao
medo e espanto, temendo ser des- povo sobre a vinda de um Jesus
truído; e caí por terra, nada mais Cristo, um Filho de Deus, para ex-
ouvindo. piar os pecados do mundo.
12 Mas fui torturado com a eterno 18 Ora, tendo fixado a mente
tormento, porque minha alma es- nesse pensamento, clamei em meu
tava atribulada no mais alto grau coração: Ó Jesus, tu que és Filho
e atormentada por todos os meus de Deus, tem misericórdia de mim
pecados. que estou no a fel da amargura e
13 Sim, lembrei-me de todos os rodeado pelas eternas b correntes
meus pecados e iniquidades, pe- da morte.
los quais me vi a atormentado com 19 E então, eis que quando pen-
as penas do inferno; sim, vi que sei isto, já não me lembrei de mi-
me havia rebelado contra o meu nhas dores; sim, já não fui a ator-
Deus e que não guardara seus mentado pela lembrança de meus
santos mandamentos. pecados.
14 Sim, e que havia assassinado 20 E oh! que a alegria e que luz
muitos de seus filhos, ou melhor, maravilhosa contemplei! Sim,
que os levara à destruição; sim, minha alma encheu-se de tanta
7 b GEE Temor — Temor de Al. 12:14. 18 a IE profundo remorso.
Deus. b Al. 41:3; b 2 Né. 9:45; 28:22;
10 a Mos. 27:19–23. D&C 1:9–10. Al. 12:11;
12 a D&C 19:11–15. 16 a GEE Condenação, Mois. 7:26.
13 a GEE Culpa. Condenar. 19 a GEE Culpa.
15 a Apoc. 6:15–17; 17 a 2 Cor. 7:10. 20 a GEE Alegria.
347 ALMA 36:21–30
alegria quanta havia sido minha viram olho a olho, como eu vi;
dor. portanto, conhecem, como eu co-
21 Sim, digo-te, meu filho, que nheço, as coisas sobre as quais fa-
nada pode haver tão intenso e cru- lei; e o conhecimento que possuo
ciante como o foram minhas do- é de Deus.
res. Sim, meu filho, digo-te tam- 27 E fui amparado em provações
bém que, por outro lado, nada e dificuldades de toda espécie,
pode haver tão belo e doce como sim, em todo tipo de aflições; sim,
o foi minha alegria. Deus livrou-me da prisão e de
22 Sim, parecia-me ver, assim grilhões e da morte; sim, e ponho
como nosso pai a Leí viu, Deus minha confiança nele e ele ainda
sentado em seu trono, rodeado me a libertará.
por inúmeras multidões de anjos 28 E sei que me a levantará no
na atitude de cantar e louvar a último dia para viver em b glória
Deus; e minha alma sentia o de- com ele; sim, e louvá-lo-ei para
sejo de lá estar. sempre, pois c tirou nossos pais do
23 Mas eis que meus membros Egito e fez com que os d egípcios
recobraram as a forças e levantei- se afogassem no Mar Vermelho;
me e declarei ao povo que eu ha- levou nossos pais, por seu poder,
via b nascido de Deus. para a terra da promissão; sim, e
24 Sim, e desde aquela ocasião libertou-os da servidão e do cati-
até agora tenho trabalhado sem veiro de tempos em tempos.
cessar para conseguir trazer almas 29 Sim, e também tirou nossos
ao arrependimento; para fazer pais da terra de Jerusalém; e, ain-
com que elas a experimentem a in- da, por seu sempiterno poder li-
tensa alegria que eu experimentei; vrou-os do cativeiro e da a servi-
para que também nasçam de Deus dão, de tempos em tempos até o
e b encham-se do Espírito Santo. dia presente. E lembro-me sempre
25 Sim, e agora eis que, meu fi- de seu cativeiro; sim, e tu também
lho, o Senhor me concede imen- deves guardar na lembrança o seu
sa alegria com o fruto de meus cativeiro, como eu o fiz.
labores. 30 Mas eis que isto não é tudo,
26 Pois por causa da a palavra meu filho; pois deves saber, assim
que me transmitiu, eis que muitos como eu sei, que, a se guardares os
nasceram de Deus e experimen- mandamentos de Deus, prospera-
taram, como eu experimentei, e rás na terra; e também deves saber
22 a 1 Né. 1:8. b 2 Né. 32:5; c Êx. 12:51.
23 a Mois. 1:10. 3 Né. 9:20. d Êx. 14:26–27.
b Al. 5:14. GEE Espírito Santo. 29 a Mos. 24:17; 27:16;
GEE Nascer de Deus, 26 a Al. 31:5. Al. 5:5–6.
Nascer de Novo. 27 a Salm. 34:17. 30 a 2 Né. 1:9–11;
24 a 1 Né. 8:12; 28 a 3 Né. 15:1. Al. 50:19–22.
Mos. 4:11. b GEE Glória.
ALMA 37:1–9 348
que, se não guardares os manda- transmitidas de geração a geração;
mentos de Deus, serás afastado de e que seriam guardadas e preser-
sua presença. Ora, isto é segundo vadas pela mão do Senhor até que
a sua palavra. fossem levadas a todas as nações,
tribos, línguas e povos, para que
CAPÍTULO 37 conhecessem os a mistérios nelas
contidos.
As placas de latão e outras escritu-
5 E agora eis que, se forem guar-
ras são preservadas para trazerem
dadas, deverão conservar o seu bri-
salvação às almas — Os jareditas
lho; sim, e conservarão o seu brilho;
foram destruídos por causa de suas
sim, e também todas as placas que
iniquidades — Seus juramentos e
contêm escrituras sagradas.
convênios secretos devem ser escon-
6 Ora, podes supor que isto seja
didos do povo — Aconselha-te com a 
tolice de minha parte; mas eis
o Senhor em tudo que fizeres — As-
que te digo que é por meio de
sim como a Liahona guiou os nefitas,
coisas b pequenas e simples que
também a palavra de Cristo leva os
as grandes são realizadas; e pe-
homens à vida eterna. Aproximada-
quenos meios muitas vezes con-
mente 74 a.C.
fundem os sábios.
E agora, Helamã, meu filho, or- 7 E o Senhor Deus usa de a meios
deno-te que tomes os a registros para realizar seus grandes e eter-
que me foram b confiados; nos desígnios; e por meios muito
2 E ordeno-te também que faças b 
pequenos o Senhor confunde os
um registro deste povo, como eu sábios e efetua a salvação de mui-
fiz, nas placas de Néfi; e que pre- tas almas.
serves como sagradas todas estas 8 E eis que foi pela sabedoria de
coisas que preservei, assim como Deus que estas coisas foram pre-
eu o fiz; porque são preservadas servadas; pois eis que elas a am-
para um a sábio propósito; pliaram a memória deste povo,
3 E estas a placas de latão, que sim, e convenceram a muitos do
contêm estas gravações com os erro de seus caminhos, levando-
registros das sagradas escrituras, os a conhecer o seu Deus para a
que contêm a genealogia de nos- salvação de suas almas.
sos antepassados desde o prin- 9 Sim, eu te digo que, se não
cípio — a 
fosse pelas coisas que estes re-
4 Eis que foi profetizado por nos- gistros contêm, que estão nestas
sos pais que seriam preservadas e placas, Amon e seus irmãos não
37 1 a Al. 45:2–8. GEE Placas de Latão. b 2 Re. 5:1–14.
b Mos. 28:20. 4 a GEE Mistérios de Deus. 8 a 2 Tim. 3:15–17;
2 a En. 1:13–18; 6 a 1 Cor. 2:14. Mos. 1:3–5.
Pal. Mórm. 1:6–11; b 1 Né. 16:28–29; 9 a Mos. 1:5.
Al. 37:9–12. D&C 64:33; 123:15–17.
3 a 1 Né. 5:10–19. 7 a Isa. 55:8–9.
349 ALMA 37:10–19
poderiam ter convencido tantos
b 
que são sagradas, que ele preser-
b 

milhares de lamanitas dos erros vou como sagradas e também que


das tradições de seus pais; sim, ele guardará e preservará para
estes registros e suas c palavras um c sábio propósito seu, a fim de
fizeram com que eles se arrepen- demonstrar seu poder a futuras
dessem; isto é, por eles foram le- gerações.
vados a conhecer o Senhor seu 15  E agora, eis que te digo,
Deus e a regozijarem-se em Jesus pelo espírito de profecia, que se
Cristo, seu Redentor. transgredires os mandamentos
10 E quem sabe se não serão o de Deus, eis que estas coisas que
instrumento que levará muitos são sagradas te serão tiradas pelo
milhares deles, sim, e também poder de Deus; e serás entregue a
muitos milhares de nossos obsti- Satanás, para que te peneire como
nados irmãos, os nefitas, que em palha ante o vento.
pecados e iniquidades estão agora 16 Mas se guardares os manda-
endurecendo o coração, a conhe- mentos de Deus e fizeres com es-
cerem o seu Redentor? tas coisas que são sagradas aquilo
11 Ora, estes mistérios ainda não que te ordena o Senhor (porque
me foram totalmente revelados; deves consultar o Senhor sobre
portanto, me conterei. todas as coisas que tiveres de fa-
12 E basta que eu diga que foram zer com elas), eis que nenhum
preservados para um sábio propó- poder da Terra ou do inferno po-
sito conhecido por Deus; porque derá a tirá-las de ti, porque Deus
ele a aconselha com sabedoria em é poderoso para cumprir todas as
todas as suas obras; e suas vere- suas palavras.
das são retas e o seu curso é b um 17 Pois ele cumprirá todas as
círculo eterno. promessas que te fizer, pois cum-
13 Oh! Lembra-te, lembra-te, He- priu as promessas que fez a nos-
lamã, meu filho, quão a estritos são sos pais.
os mandamentos de Deus! E ele 18 Pois ele prometeu-lhes que
disse: b Se guardardes meus man- a 
preservaria estas coisas para um
damentos, c prosperareis na ter- sábio propósito seu, a fim de de-
ra — mas se não guardardes seus monstrar o seu poder a futuras
mandamentos, sereis afastados de gerações.
sua presença. 19 E então, eis que um propósi-
14 E lembra-te agora, meu filho, to ele cumpriu, que foi restituir a
que Deus te a confiou estas coisas a 
muitos milhares de lamanitas o
9 b Al. 18:36; 22:12. 13 a 2 Né. 9:41. b GEE Santo (adjetivo).
c GEE Evangelho. b Al. 9:13; c 1 Né. 9:3–6.
12 a 2 Né. 9:28; 3 Né. 5:22. 16 a JS—H 1:59.
Jacó 4:10. c Mos. 1:7; 18 a D&C 5:9.
b 1 Né. 10:19; Al. 50:20. 19 a Al. 23:5.
Al. 7:20. 14 a D&C 3:5.
ALMA 37:20–29 350
conhecimento da verdade; e nes- trevas e suas iniquidades e abo-
sas coisas mostrou o seu poder e minações.
nelas também manifestará o seu 24 E agora, meu filho, estes in-
poder a b futuras gerações; portan- térpretes foram preparados para
to, serão preservadas. que fosse cumprida a palavra de
20 Portanto, eu te ordeno, Hela- Deus, que falou, dizendo:
mã, meu filho, que sejas diligente 25 a Trarei das trevas à luz todas
no cumprimento de todas as pala- as suas obras secretas e abomi-
vras minhas, e que sejas diligente nações; e, a menos que se arre-
no cumprimento dos mandamen- pendam, b varrê-los-ei da face da
tos de Deus como estão escritos. Terra; e trarei à luz todos os seus
21 E agora te falarei sobre aque- segredos e abominações, mostran-
las a vinte e quatro placas, para do-os a todas as nações que pos-
que as guardes a fim de que os suírem a terra de agora em diante.
mistérios e as obras das trevas 26 E agora vemos, meu filho, que
e suas b obras secretas, ou seja, não se arrependeram; portanto,
as obras secretas daquele povo foram destruídos; e até aqui se
que foi destruído, sejam dados cumpriu a palavra de Deus; sim,
a conhecer a este povo; sim, que as abominações secretas deles fo-
todos os seus homicídios, roubos ram tiradas das trevas e reveladas
e pilhagens e todas as suas mal- a nós.
dades e abominações sejam dados 27 E agora, meu filho, ordeno-te
a conhecer a este povo; sim, e que que te lembres de todos os seus
conserves estes c intérpretes. juramentos e seus convênios e os
22 Pois eis que o Senhor viu que acordos de suas abominações se-
o seu povo começou a trabalhar cretas; sim, e todos os seus a sinais
nas trevas, sim, a cometer secre- e prodígios ocultarás deste povo,
tamente assassinatos e abomina- para que não os conheçam e, por-
ções; disse, portanto, o Senhor ventura, caiam também em trevas
que, caso eles não se arrependes- e sejam destruídos.
sem, seriam varridos da face da 28 Pois eis que uma a maldição
Terra. pesa sobre toda esta terra, de acor-
23 E disse o Senhor: Prepararei do com o poder de Deus, de que
para meu servo Gazelém uma a destruição advirá para todos os
a 
pedra que brilhará na escuridão que operam nas trevas, quando
como luz, para mostrar ao meu estiverem totalmente amadure-
povo que me serve, para mostrar a cidos; portanto, desejo que este
eles as obras de seus irmãos; sim, povo não seja destruído.
suas obras secretas, suas obras de 29 Esconderás, portanto, deste
19 b En. 1:13; Secretas. b Mos. 21:26.
Mórm. 7:8–10. c GEE Urim e Tumim. 27 a Hel. 6:22.
21 a Ét. 1:1–5. 23 a Mos. 8:13. 28 a Al. 45:16;
b GEE Combinações 25 a D&C 88:108–110. Ét. 2:7–12.
351 ALMA 37:30–38
povo os planos secretos de seus b 
mansos e humildes de coração;
a 
juramentos e convênios e so- ensina-os a resistirem a todas as
mente lhes darás a conhecer suas c 
tentações do diabo com sua fé no
iniquidades e seus homicídios e Senhor Jesus Cristo.
suas abominações; e ensiná-los- 34 Ensina-os a nunca se cansa-
ás a b odiarem essas iniquidades rem de boas obras, mas a serem
e abominações e homicídios; e mansos e humildes de coração;
também lhes ensinarás que esse pois esses acharão a descanso para
povo foi destruído por causa de sua alma.
suas iniquidades e abominações 35 Oh! lembra-te, meu filho, e
e assassinatos. aprende a sabedoria em tua moci-
30 Pois eis que assassinaram dade; sim, aprende em tua moci-
todos os profetas do Senhor que dade a guardar os mandamentos
lhes foram enviados para mos- de Deus!
trar-lhes suas iniquidades; e o 36 Sim, e a roga a Deus por todo
sangue dos que foram assassina- o teu sustento; sim, que todos os
dos clamou ao Senhor seu Deus teus feitos sejam para o Senhor
por vingança contra seus assassi- e, aonde quer que fores, que seja
nos; e assim caíram os julgamen- no Senhor; sim, que todos os teus
tos de Deus sobre os que trabalha- pensamentos sejam dirigidos ao
vam nas trevas e em combinações Senhor, sim, que o afeto do teu
secretas. coração seja posto no Senhor para
31 Sim, e maldita seja a terra sempre.
para todo o sempre para esses 37  a Aconselha-te com o Senhor
que trabalham nas trevas e em em tudo que fizeres e ele dirigir-
combinações secretas, mesmo até te-á para o bem; sim, quando te
a destruição, a menos que se arre- deitares à noite, repousa no Se-
pendam antes de amadurecerem nhor, para que ele possa velar
totalmente. por ti em teu sono; e quando te
32 E agora, meu filho, lembra- levantares pela manhã, tem o teu
te das palavras que te disse. Não coração cheio de b agradecimento
confies esses planos secretos a a Deus; e se fizeres essas coisas,
este povo, mas ensina-lhes um serás elevado no último dia.
a 
ódio eterno contra o pecado e a 38  E agora, meu filho, tenho
iniquidade. algo a dizer a respeito daquilo
33  a Prega-lhes arrependimento que nossos pais chamam de esfe-
e fé no Senhor Jesus Cristo; ensi- ra ou guia — ou que nossos pais
na-os a humilharem-se, a serem chamaram de a Liahona, que é,
29 a Hel. 6:25. Mansuetude. 36 a GEE Oração.
b Al. 13:12. c GEE Tentação, Tentar. 37 a Jacó 4:10; D&C 3:4.
32 a 2 Né. 4:31. 34 a Salm. 37:4–7; b D&C 46:32.
33 a GEE Pregar. Mt. 11:28–30. 38 a 1 Né. 16:10; 18:12;
b GEE Mansidão, Manso, 35 a GEE Sabedoria. D&C 17:1.
ALMA 37:39–47 352
por interpretação, uma bússola; atenção a essa bússola (ora, essas
e o Senhor preparou-a. coisas eram materiais), não pros-
39 E eis que nenhum homem peraram; o mesmo se dá com as
poderia fazer uma obra tão es- coisas espirituais.
merada. E eis que foi preparada 44 Pois eis que é tão fácil dar ou-
para mostrar a nossos pais o ca- vidos à a palavra de Cristo, que te
minho que deveriam seguir no apontará um caminho reto para
deserto. a felicidade eterna, como o foi
40 E funcionava para eles segun- para nossos pais dar atenção a
do a a fé que tinham em Deus; por- essa bússola, que lhes aponta-
tanto, se tinham fé para acreditar va um caminho reto para a terra
que Deus poderia fazer com que prometida.
aquelas agulhas lhes indicassem 45 E pergunto agora: Não há nis-
o caminho, eis que assim suce- to um simbolismo? Pois tão cer-
dia; portanto, eles conseguiram tamente quanto esse guia trouxe
esse milagre, assim como muitos nossos pais para a terra prometi-
outros milagres realizados pelo da por terem seguido seu curso,
poder de Deus, dia após dia. também as palavras de Cristo, se
41 Todavia, porque esses mila- lhes seguirmos o curso, nos con-
gres se efetuavam por meio de duzirão para além deste vale de
a 
coisas pequenas, foram-lhes ma- tristezas, a uma terra de promis-
nifestadas obras maravilhosas. são muito melhor.
Eles foram negligentes e esquece- 46 Oh, meu filho, não sejamos
ram-se de exercitar sua fé e dili- a 
negligentes por ser fácil o b ca-
gência; então essas maravilhosas minho, pois isso sucedeu com
obras cessaram e eles não progre- nossos pais; porque assim lhes foi
diram em sua jornada. preparado, para que, se olhassem,
42 Portanto, se demoraram no pudessem c viver; e a mesma coi-
deserto, ou seja, não seguiram sa se dá conosco. O caminho está
um caminho direto e sofreram preparado e, se olharmos, pode-
fome e sede por causa de suas remos viver para sempre.
transgressões. 47 E agora, meu filho, não deixes
43 E agora, meu filho, eu deseja- de cuidar destas coisas sagradas.
ria que compreendesses que essas Sim, não deixes de confiar em
coisas não deixam de possuir um Deus para que vivas. Dirige-te a
simbolismo; pois como nossos este povo e proclama a palavra e
pais foram negligentes em prestar sê moderado. Adeus, meu filho.
40 a 1 Né. 16:28. Hel. 3:29–30. D&C 132:22, 25.
41 a Al. 37:6–7. 46 a 1 Né. 17:40–41. c Jo. 11:25;
44 a Salm. 119:105; b Jo. 14:5–6; Hel. 8:15;
1 Né. 11:25; 2 Né. 9:41; 31:17–21; 3 Né. 15:9.
353 ALMA 38:1–9
Os mandamentos de Alma a seu apedrejado por causa da pala-
filho Siblon. vra; e suportaste todas estas coisas
com a paciência, porque o Senhor
Abrangem o capítulo 38.
estava b contigo; e agora sabes que
o Senhor te livrou.
CAPÍTULO 38 5 E agora, meu filho Siblon, qui-
sera que te lembrasses de que, se
Siblon foi perseguido por causa da
puseres a tua a confiança em Deus,
retidão — A salvação está em Cristo,
serás b libertado de tuas provações
que é a vida e a luz do mundo — Re-
e teus c dissabores e tuas aflições; e
freai todas as vossas paixões. Apro-
serás elevado no último dia.
ximadamente 74 a.C.
6 Ora, meu filho, eu não quero
Meu filho, ouve minhas palavras, que julgues que sei estas coisas
pois digo-te, como disse a Hela- por mim mesmo; mas é o Espírito
mã, que, se guardares os manda- de Deus que está em mim que me
mentos de Deus, prosperarás na dá a conhecer estas coisas; pois se
terra; e se não guardares os man- eu não tivesse a nascido de Deus,
damentos de Deus, serás afastado não saberia estas coisas.
de sua presença. 7 Mas eis que o Senhor, em sua
2 E agora, meu filho, confio em grande misericórdia, enviou seu
que terei grande alegria em ti, a 
anjo a fim de declarar-me que eu
devido a tua constância e fideli- deveria cessar a obra de b destrui-
dade a Deus; porque assim como ção entre seu povo; sim, e vi um
principiaste em tua juventude a anjo face a face e ele falou comigo;
confiar no Senhor teu Deus, da e a sua voz era como um trovão,
mesma forma espero que a conti- e abalou a terra toda.
nues a guardar seus mandamen- 8 E aconteceu que eu passei três
tos; porque bem-aventurado é o dias e três noites na mais amarga
que b persevera até o fim. dor e angústia; e não obtive a a re-
3 Digo-te, meu filho, que eu já missão de meus pecados até rogar
tive grande satisfação por tua cau- por misericórdia ao Senhor Jesus
sa, devido a tua fidelidade e tua Cristo. Mas eis que clamei a ele e
diligência e tua paciência e tua achei paz para minha alma.
longanimidade quando com os 9 E agora, meu filho, disse-te isto
a 
zoramitas. para que adquiras sabedoria, para
4 Porque sei que estiveste pre- que aprendas de mim que a não há
so; sim, sei também que foste outro caminho ou meio pelo qual
38 2 a Al. 63:1–2. 5 a Al. 36:27. Nascer de Novo.
b 2 Né. 31:15–20; GEE Confiança, Confiar. 7 a Mos. 27:11–17.
3 Né. 15:9; 27:6, 16–17. b Mt. 11:28–30. b Al. 26:17–18; 36:6–11.
3 a Al. 31:7. c D&C 3:8; 121:7–8. 8 a GEE Remissão de
4 a GEE Paciência. 6 a Al. 36:26; D&C 5:16. Pecados.
b Rom. 8:35–39. GEE Nascer de Deus, 9 a Hel. 5:9.
ALMA 38:10–39:4 354
o homem possa ser salvo, a não Mandamentos de Alma a seu filho
ser em Cristo e por intermédio Coriânton.
dele. Eis que ele é a vida e a b luz
Abrangem os capítulos 39 a 42.
do mundo. Eis que ele é a palavra
da verdade e da retidão.
10 E agora, como começaste a CAPÍTULO 39
ensinar a palavra, assim desejo
O pecado sexual é uma abomina-
que continues a ensinar. E desejo
ção — Os pecados de Coriânton im-
que sejas diligente e moderado
pediram os zoramitas de receberem
em todas as coisas.
a palavra — A redenção de Cristo é
11 Procura não ser orgulhoso;
retroativa na salvação dos fiéis que
sim, procura não te a vangloriares
a precederam. Aproximadamente
da tua própria sabedoria nem de
74 a.C.
tua grande força.
12 Usa de ousadia, mas não de E agora, meu filho, tenho algo
despotismo; faze também com mais a dizer-te além do que disse
que todas as tuas paixões sejam a teu irmão. Pois eis que não ob-
dominadas, para que te enchas servaste a firmeza de teu irmão,
de amor; procura fugir da ocio- sua fidelidade e sua diligência
sidade. em guardar os mandamentos de
13 Não ores como o fazem os zo- Deus? Eis que não tem ele sido
ramitas, pois viste que eles oram um bom exemplo para ti?
para serem ouvidos pelos homens 2 Pois não prestaste tanta aten-
e para serem louvados por sua ção às minhas palavras como teu
sabedoria. irmão, entre os a zoramitas. Agora,
14 Não digas: Ó Deus, agrade- isto é o que tenho contra ti: per-
ço-te por sermos a melhores que sististe em te vangloriares da tua
nossos irmãos; mas antes, dize: força e da tua sabedoria.
Ó Senhor, perdoa minha b indig- 3 E isso não é tudo, meu filho.
nidade e lembra de meus irmãos Fizeste coisas que me afligiram;
com misericórdia! Sim, reconhece pois abandonaste o ministério e
a tua indignidade perante Deus foste à terra de Siron, dentro das
em todos os momentos. fronteiras dos lamanitas, atrás da
15 E que o Senhor abençoe tua a 
meretriz Isabel.
alma e te receba no último dia em 4 Sim, ela a conquistou o coração
seu reino, para assentares-te em de muitos, mas isso não era des-
paz. Vai agora, meu filho, e ensina culpa para ti, meu filho. Tu deve-
a palavra a este povo. Sê modera- rias ter cuidado do ministério que
do. Adeus, meu filho. te havia sido confiado.
9 b Mos. 16:9. b Lc. 18:10–14. Sensualidade.
11 a GEE Orgulho. 39 2 a Al. 38:3. 4 a Prov. 7:6–27.
14 a Al. 31:16. 3 a GEE Sensual,
355 ALMA 39:5–14
5  Não sabes, meu filho, que de Deus. Oh! Lembra-te e decide-
essas coisas são uma abomi-
a 
te a abandonar essas coisas!
nação à vista do Senhor? Sim, 10 E ordeno-te que te aconselhes
mais abomináveis que todos os com teus irmãos mais velhos no
pecados, salvo derramar san- que empreenderes. Pois eis que és
gue inocente ou negar o Espírito jovem e necessitas da orientação
Santo? de teus irmãos. E dá ouvidos a
6 Pois eis que, se a negares o Es- seus conselhos.
pírito Santo, uma vez que tenha 11 Não te deixes levar por coisas
estado em ti, e tiveres consciência vãs ou insensatas; não permitas
de que o negas, eis que isto é um que o diabo desvie novamente
pecado b imperdoável; sim, e todo teu coração para ires atrás dessas
aquele que assassinar contra a luz iníquas meretrizes. Eis que, meu
e o conhecimento de Deus não filho, quanta iniquidade trouxeste
obterá facilmente o c perdão; sim, sobre os a zoramitas; pois quan-
meu filho, afirmo-te que não lhe do viram teu b procedimento, não
será fácil obter perdão. acreditaram em minhas palavras.
7 E agora, meu filho, quisera 12 E agora o Espírito do Senhor
Deus que não tivesses sido a culpa- me diz: a Ordena a teus filhos que
do de tão grande crime. Eu não in- pratiquem o bem, a fim de não
sistiria em teus crimes, para ator- conduzirem o coração de muitos
mentar-te a alma, se não fosse à destruição; por conseguinte eu
para o teu bem. te ordeno, meu filho, no temor de
8 Mas eis que tu não podes es- Deus, que te abstenhas de tuas
conder teus crimes de Deus; e, a iniquidades;
não ser que te arrependas, eles 13 Que te voltes para o Senhor
levantar-se-ão como um testemu- com toda a tua mente, poder e
nho contra ti no último dia. força; que não desvies o coração
9 Agora, meu filho, eu quisera de ninguém mais para a iniqui-
que te arrependesses e abando- dade, mas, antes, volta para eles
nasses teus pecados e que não e a reconhece as tuas faltas e o mal
mais sucumbisses à a concupiscên- que praticaste.
cia dos teus olhos; e que b abando- 14  a Não busques as riquezas
nasses todas essas coisas, pois, a nem as coisas vãs deste mundo;
não ser que assim procedas, de pois eis que não podes carregá-
nenhum modo herdarás o reino las contigo.
5 a GEE Imoralidade 7 a GEE Culpa. Mandamentos de
Sexual. 9 a GEE Carnal. Deus.
6 a D&C 76:35–36. b 3 Né. 12:30. 13 a Mos. 27:34–35.
b GEE Pecado 11 a Al. 35:2–14. 14 a Mt. 6:25–34;
Imperdoável. b Rom. 2:21–23; 14:13; Jacó 2:18–19;
c D&C 64:10. Al. 4:11. D&C 6:6–7; 68:31–32.
GEE Perdoar. 12 a GEE Ensinar, Mestre;
ALMA 39:15–40:4 356
15 E agora, meu filho, eu deseja- os homens — Os mortos que foram
ria falar-te algo a respeito da vin- justos vão para o paraíso; e os que
da de Cristo. Eis que te digo que, foram iníquos, para as trevas exte-
sem dúvida, será ele quem virá riores, a fim de aguardarem o dia de
tirar os pecados do mundo; sim, sua ressurreição — Na ressurrei-
ele vem proclamar boas novas de ção todas as coisas serão restauradas
salvação a seu povo. na sua própria e perfeita estrutura.
16 E agora, meu filho, este foi o Aproximadamente 74 a.C.
ministério para o qual foste cha-
mado: declarar estas boas novas a Agora, meu filho, eis aqui algo
este povo, a fim de preparar-lhes a mais que tenho a dizer-te, pois
mente, ou melhor, para que a sal- percebo que tua mente está preo-
vação lhes advenha, a fim de que cupada a respeito da ressurreição
preparem a mente de seus a filhos dos mortos.
para ouvirem a palavra na hora 2 Eis que te digo que não há res-
de sua vinda. surreição — ou diria, em outras
17 E agora acalmarei um pou- palavras, que este corpo mortal
co tua mente no tocante a este não se reveste de a imortalidade,
assunto. Eis que te maravilhas que esta corrupção não se b reveste
de que estas coisas devam ser de incorrupção — c até depois da
conhecidas tão antecipadamen- vinda de Cristo.
te. Eis que te pergunto: Não é 3 Eis que ele efetua a a ressurrei-
uma alma tão preciosa para Deus ção dos mortos. Eis porém, meu fi-
agora, como o será na ocasião de lho, que a ressurreição não é para
sua vinda? já. Ora, revelo-te um mistério; não
18 Não é tão necessário que o obstante, há muitos b mistérios que
plano de redenção seja dado a c 
permanecem ocultos, que nin-
conhecer a este povo, quanto a guém conhece, a não ser o próprio
seus filhos? Deus. Mostro-te, porém, uma coi-
19 Não é tão fácil para o Senhor sa que indaguei diligentemente a
enviar seu anjo para proclamar Deus — para saber a respeito da
estas boas novas a nós e a nossos ressurreição.
filhos agora, quanto o será depois 4 Eis que há uma hora designa-
de sua vinda? da, em que todos se a levantarão
dentre os mortos. E quando che-
gará essa hora, ninguém sabe;
CAPÍTULO 40
Deus, porém, sabe a hora que está
Cristo efetua a ressurreição de todos designada.
16 a GEE Família — GEE Imortal, 3 a GEE Ressurreição.
Responsabilidade Imortalidade. b GEE Mistérios de Deus.
dos pais. b 1 Cor. 15:53–54. c D&C 25:4; 124:41.
40 2 a Mos. 16:10–13. c 1 Cor. 15:20. 4 a Jo. 5:28–29.
357 ALMA 40:5–14
5 E se haverá uma primeira hora horas que são designadas para
a 

ou uma a segunda hora ou uma o homem.


terceira hora em que os homens 11 Ora, com relação ao estado
ressuscitem dos mortos, não im- da alma entre a a morte e a res-
porta; pois Deus b sabe todas essas surreição — eis que me foi dado
coisas; e o que me basta saber é o saber por um anjo que o espíri-
seguinte — que há uma hora de- to de todos os homens, logo que
signada em que todos se levanta- deixa este corpo mortal, sim, o
rão dentre os mortos. espírito de todos os homens, se-
6 Ora, deve haver um espaço jam eles bons ou maus, é levado
entre a hora da morte e a hora da de b volta para aquele Deus que
ressurreição. lhes deu vida.
7 E agora perguntaria: O que 12 E então acontecerá que o es-
acontece à a alma dos homens des- pírito daqueles que são justos será
de essa hora da morte até a hora recebido num estado de a felicida-
designada para a ressurreição? de, que é chamado b paraíso, um
8 E se há mais que uma hora de- estado de c descanso, um estado
signada para os homens ressus- de d paz, onde descansará de todas
citarem, não importa, porquan- as suas aflições e de todos os seus
to não morrem todos ao mesmo cuidados e tristezas.
tempo e isto não importa; tudo 13 E então acontecerá que o espí-
é como um dia para Deus e o rito dos iníquos, sim, aqueles que
tempo somente é medido pelos são maus — pois eis que eles não
homens. têm parte nem porção do Espírito
9 Por conseguinte, há uma hora do Senhor; pois eis que preferi-
designada para os homens levan- ram praticar o mal e não o bem;
tarem-se dentre os mortos; e há por conseguinte, o espírito do
um espaço entre a hora da morte e diabo entrou neles e apossou-se
a da ressurreição. E agora, o que é de seu corpo — e eles serão ati-
feito da alma dos homens durante rados nas a trevas exteriores; ali
esse espaço de tempo é o que per- haverá b pranto e lamentação e
guntei diligentemente ao Senhor; ranger de dentes; e isto em vir-
e isto é uma coisa que eu sei. tude de sua própria iniquidade,
10 E quando chegar a hora em sendo levados cativos pela von-
que todos se levantarão, hão de tade do diabo.
saber que Deus conhece todas as 14 Ora, esse é o estado da alma
5 a Mos. 26:24–25; 11 a Lc. 16:22–26; c GEE Descansar,
D&C 43:18; 76:85. 1 Ped. 3:18–19; 4:6; Descanso.
b GEE Trindade. D&C 76:71–74; 138. d D&C 45:46.
7 a Al. 40:21; b Ecles. 12:7; GEE Paz.
D&C 138. 2 Né. 9:38. 13 a GEE Inferno.
GEE Alma. 12 a GEE Alegria. b Mt. 8:12;
10 a At. 17:26. b GEE Paraíso. Mos. 16:2.
ALMA 40:15–23 358
dos iníquos, sim, em trevas e
a 
desde os dias de Adão até a res- a 

num estado de b espantosa e ter- surreição de Cristo.


rível expectativa da ardente in- 19 Ora, não digo que a alma e o
dignação da ira de Deus sobre corpo daqueles que foram men-
eles. Portanto, permanecem nes- cionados, tanto iníquos como jus-
se c estado, assim como os jus- tos, serão todos reunidos de uma
tos no paraíso, até a hora de sua vez; basta-me dizer que todos se
ressurreição. levantarão ou, em outras pala-
15 Ora, há alguns que entende- vras, sua ressurreição dar-se-á
ram que esse estado de felicidade a 
antes da ressurreição daqueles
e esse estado de miséria da alma, que morrerem depois da ressur-
antes da ressurreição, era uma reição de Cristo.
primeira ressurreição. Sim, admi- 20 Ora, meu filho, não afirmo
to que isto possa ser chamado de que a ressurreição deles ocorra
ressurreição: a elevação do espí- na ressurreição de Cristo, mas eis
rito ou da alma e sua designação que esta é a minha opinião — que
para a felicidade ou para a misé- a alma e o corpo dos justos serão
ria, de acordo com as palavras que reunidos na ocasião da ressur-
foram ditas. reição de Cristo e sua a ascensão
16 E eis que novamente foi decla- ao céu.
rado que há uma a primeira b res- 21 Mas não afirmo que isto será
surreição, uma ressurreição de por ocasião de sua ressurreição
todos aqueles que existiram ou ou depois; digo apenas que há um
que existem ou que existirão até a 
espaço de tempo entre a morte
a ressurreição de Cristo dentre e a ressurreição do corpo; e um
os mortos. estado de alma, em b felicidade
17 Ora, não supomos que essa ou c miséria, até a hora designada
primeira ressurreição, que é men- por Deus para que os mortos se
cionada desta forma, possa ser levantem e corpo e alma sejam
a ressurreição das almas e sua reunidos e d levados à presença
a 
designação para a felicidade ou de Deus, para serem julgados se-
miséria. Tu não podes supor que gundo suas obras.
seja esse o significado. 22 Sim, isto efetua a restauração
18 Eis que te digo que não; sig- daquelas coisas que foram anun-
nifica, porém, a reunião da alma e ciadas pela boca dos profetas.
do corpo, daqueles que existiram 23 A a alma será b restituída ao
14 a D&C 138:20. 17 a D&C 76:17, 32, 50–51. d Al. 42:23.
b Jacó 6:13; 18 a Mt. 27:52–53. 23 a IE espírito.
Mois. 7:1. 19 a Mos. 15:26. D&C 88:15–17.
c Al. 34:34. 20 a GEE Ascensão. GEE Alma.
16 a Jacó 4:11; 21 a Lc. 23:39–43. b 2 Né. 9:12–13;
Mos. 15:21–23. b GEE Paraíso. Al. 11:40–45.
b GEE Ressurreição. c GEE Inferno.
359 ALMA 40:24–41:4
corpo e o corpo, à alma; sim, e
c 
dizer sobre a restauração da qual
todo membro e junta serão res- se tem falado; pois eis que alguns
tituídos ao seu corpo; sim, nem a 
desvirtuaram as escrituras e se
mesmo um fio de cabelo da cabeça b 
desencaminharam por essa ra-
será perdido, mas todas as coisas zão. E eu percebo que tua mente
serão restauradas na sua própria também tem estado preocupada
e perfeita estrutura. a esse respeito. Eis, porém, que eu
24 E agora, meu filho, esta é a te explicarei isto.
restauração que foi a anunciada 2 Digo-te, meu filho, que o plano
pela boca dos profetas. de restauração é imprescindível à
25 E então os justos resplande- justiça de Deus; pois é necessário
cerão no reino de Deus. que todas as coisas sejam restau-
26 Mas eis que uma horrível radas em sua própria ordem. Eis
a 
morte sobrevém aos iníquos, pois que é imprescindível e justo, de
morrem quanto às coisas perti- acordo com o poder e ressurreição
nentes à retidão, porque eles são de Cristo, que a alma do homem
impuros e nenhuma b coisa impura seja restituída a seu corpo e que,
pode herdar o reino de Deus; são, ao corpo, sejam restituídas todas
porém, expulsos e designados a as suas a partes.
partilhar dos frutos de seus labo- 3 E é imprescindível à a justiça de
res ou de suas obras, que foram Deus que os homens sejam b julga-
más; e eles bebem os resíduos de dos de acordo com suas c obras; e
uma taça amarga. se suas obras foram boas nesta
vida e se os desejos de seu cora-
CAPÍTULO 41 ção foram bons, que sejam tam-
bém no último dia d restituídos ao
Na Ressurreição os homens levan-
que é bom.
tam-se para um estado de felicidade
4 E se suas obras são más, ser-
eterna ou de miséria eterna — Iniqui-
lhes-ão a restituídas para o mal.
dade nunca foi felicidade — Homens
Portanto, todas as coisas serão
carnais estão sem Deus no mundo —
restauradas em sua própria or-
Toda pessoa recebe novamente, na
dem; cada coisa na sua estrutu-
Restauração, as características e os
ra natural — b mortalidade ele-
atributos adquiridos na mortalidade.
vada à imortalidade, c corrupção
Aproximadamente 74 a.C.
à incorrupção — levantados da
E agora, meu filho, tenho algo a tumba para a felicidade d infinita,
23 c GEE Corpo. 2 a Al. 40:23. d Hel. 14:31.
24 a
Isa. 26:19. 3 a GEE Justiça. 4 a Al. 42:28.
26 a
1 Né. 15:33; Al. 12:16. b GEE Julgar; b 2 Né. 9:12–13;
b Al. 11:37. Prestar Contas, D&C 138:17.
41 1 a
2 Ped. 1:20; 3:16; Responsabilidade, GEE Ressurreição.
Al. 13:20. Responsável. c 1 Cor. 15:51–55.
b GEE Apostasia. c GEE Obras. d GEE Vida eterna.
ALMA 41:5–14 360
a fim de herdarem o reino de 10 Não penses que por ter sido
Deus, ou para a miséria eterna, a falado acerca de restauração, se-
fim de herdarem o reino do dia- rás restituído do pecado para a
bo; um de um lado, o outro de felicidade. Eis que te digo que
outro — a 
iniquidade nunca foi felicidade.
5 Um, ressuscitado para a felici- 11 E agora, meu filho, todos os
dade, de acordo com seu desejo homens que estão num estado
de bem; ou para o bem, segundo a 
natural ou, em outras palavras,
seu desejo de retidão; e o outro, num estado b carnal, encontram-
para o mal, segundo seu desejo se no fel da amargura e nos laços
de mal; porque assim como ele da iniquidade; vivem c sem Deus
desejou praticar o mal no decorrer no mundo e seguiram caminhos
do dia, terá a recompensa do mal contrários à natureza de Deus; por
quando chegar a noite. conseguinte, estão num estado
6 E assim é do outro lado. Se ele contrário à natureza da felicidade.
se arrependeu de seus pecados e 12 E agora, eis que o significado
desejou retidão até o fim de seus da palavra restauração é tirar uma
dias, assim também será recom- coisa do estado natural e colocá-
pensado com retidão. la em um estado antinatural ou
7  a Estes são os remidos do Se- colocá-la em estado oposto à sua
nhor; sim, aqueles que são retira- natureza?
dos, que são libertados daquela 13 Oh! meu filho, não é esse o
interminável noite de trevas; e caso; mas o significado da pala-
assim se mantêm ou caem, pois vra restauração é restituir o mal
eis que são seus b próprios árbi- ao mal ou o carnal ao carnal ou o
tros para fazerem o bem ou o mal. diabólico ao diabólico — o bom ao
8 Ora, os decretos de Deus são que é bom; o reto ao que é reto; o
a 
inalteráveis; portanto, o caminho justo ao que é justo; o misericor-
está preparado, para que, todo dioso ao que é misericordioso.
aquele que quiser, possa trilhá-lo 14 Portanto, meu filho, sê mise-
e ser salvo. ricordioso para com teus irmãos:
9 E agora, meu filho, não te ar- age a com justiça, b julga com re-
risques a mais a uma ofensa contra tidão e pratica o c bem continua-
teu Deus sobre esses pontos de mente; e se fizeres todas estas coi-
doutrina, com os quais te arris- sas, receberás teu galardão; sim,
caste até aqui a cometer pecado. a d misericórdia ser-te-á restituída
7 a D&C 76:50–70. 10 a Salm. 32:10; 14 a
GEE Honestidade,
b 2 Né. 2:26; Isa. 57:20–21; Honesto.
Al. 42:27; Hel. 13:38. b Jo. 7:24;
Hel. 14:30. 11 a Mos. 3:19. D&C 11:12.
GEE Arbítrio. GEE Homem Natural. c D&C 6:13; 58:27–28.
8 a D&C 1:38. b GEE Carnal. d GEE Misericórdia,
9 a D&C 42:23–28. c Ef. 2:12. Misericordioso.
361 ALMA 41:15–42:6
novamente; a justiça ser-te-á resti- nossos primeiros pais do jardim
tuída novamente; um julgamento do b Éden, para cultivarem a terra
justo ser-te-á restituído novamen- de que foram tomados — sim, ele
te; e novamente serás recompen- expulsou o homem e colocou, ao
sado com o bem. oriente do jardim do Éden, c que-
15 Porque o que de ti sair, a ti re- rubins e uma espada flamejante
tornará e será restaurado. Portan- que se voltava para todos os la-
to, a palavra restauração condena dos, a fim de guardar a d árvore
o pecador mais plenamente e em da vida —
nada o justifica. 3 Ora, vemos que o homem se
tornara como Deus, conhecendo
CAPÍTULO 42 o bem e o mal; e para que não
estendesse a mão e tomasse tam-
A mortalidade é um período probató-
bém da árvore da vida e comesse
rio, que permite ao homem arrepen-
e vivesse eternamente, o Senhor
der-se e servir a Deus — A queda
Deus colocou querubins e a es-
trouxe a morte física e a espiritual
pada flamejante para que ele não
a toda a humanidade — A redenção
comesse do fruto —
advém-nos por meio do arrependi-
4 E assim vemos que foi concedi-
mento — O próprio Deus expia os
do um tempo ao homem para que
pecados do mundo — A misericórdia
se arrependesse, sim, um a período
é para os que se arrependem — Todos
probatório, um tempo para arre-
os outros estão sujeitos à justiça de
pender-se e servir a Deus.
Deus — A misericórdia é concedida
5 Porque eis que se Adão hou-
por causa da Expiação — Somente
vesse estendido imediatamen-
os verdadeiros penitentes são salvos.
te a mão e comido da árvore da
Aproximadamente 74 a.C.
vida, teria vivido eternamente, de
E agora, meu filho, eu percebo acordo com a palavra de Deus,
que existe algo mais que te preo- não tendo tempo para o arrepen-
cupa e que não podes compreen- dimento; sim, e também a pala-
der, relativo à a justiça de Deus na vra de Deus teria sido vã e esta-
punição do pecador; pois tentas ria frustrado o grande plano de
acreditar que é injustiça ser o pe- salvação.
cador entregue a um estado de 6 Eis, porém, que foi determi-
miséria. nado que o homem a morresse —
2 Agora, meu filho, eis que te ex- portanto, como eles foram afas-
plicarei isto. Pois eis que depois de tados da árvore da vida, seriam
haver o Senhor Deus a expulsado afastados da face da Terra — e o
42 1 a 2 Né. 26:7; Mois. 4:28–31. 4 a Al. 34:32–33.
Mos. 15:26–27. b GEE Éden. 6 a GEE Morte Física.
GEE Justiça. c GEE Querubins.
2 a Gên. 3:23–24; d Gên. 2:9.
ALMA 42:7–16 362
homem tornou-se perdido para 12 E não havia meio de resgatar
sempre, sim, tornou-se um b ho- os homens desse estado decaído
mem decaído. que o homem trouxera sobre si,
7 E agora, vês assim que nossos em virtude de sua própria deso-
primeiros pais foram a afastados bediência.
tanto física como espiritualmen- 13 Portanto, de acordo com a jus-
te da presença do Senhor; e assim tiça, o a plano de redenção não po-
vemos que eles ficaram sujeitos a deria ser realizado senão em face
sua própria b vontade. do b arrependimento dos homens
8 Agora, eis que não era conve- neste estado probatório, sim, nes-
niente que o homem fosse resga- te estado preparatório; porque, a
tado dessa morte física, porque não ser nestas condições, a mi-
isso destruiria o grande a plano sericórdia não teria efeito, pois
de felicidade. destruiria a obra da justiça. Ora,
9 Portanto, como a alma nunca a obra da justiça não poderia ser
poderia morrer e a a queda ha- destruída; se o fosse, Deus c deixa-
via trazido a toda a humanidade ria de ser Deus.
tanto uma morte espiritual como 14 E assim vemos que toda a
uma física, isto é, foram afastados humanidade se encontrava a de-
da presença do Senhor, era ne- caída e estava nas garras da b jus-
cessário que a humanidade fosse tiça; sim, da justiça de Deus que
resgatada dessa morte espiritual. a condenara a ser afastada de sua
10 Portanto, como se haviam presença para sempre.
tornado a carnais, sensuais e dia- 15 Ora, o plano de misericórdia
bólicos por b natureza, este c estado não poderia ser levado a efeito
probatório tornou-se para eles um se não fosse feita uma expiação;
estado de preparação; tornou-se portanto, o próprio Deus a expia os
um estado preparatório. pecados do mundo, para efetuar
11 E agora lembra-te, meu filho, o plano de b misericórdia, para sa-
de que, se não fosse pelo plano de tisfazer os requisitos da c justiça,
redenção (deixando-o de lado), a fim de que Deus seja um Deus
assim que eles morressem sua d 
perfeito, justo e também um Deus
alma se tornaria a miserável, sendo misericordioso.
afastada da presença do Senhor. 16 Ora, o arrependimento não
6 b Mos. 16:3–5. 10 a GEE Carnal. 14 a Al. 22:13–14.
GEE Queda de Adão b GEE Homem Natural. b 2 Né. 2:5.
e Eva. c GEE Mortal, 15 a 2 Né. 9:7–10;
7 a 2 Né. 2:5; 9:6; Mortalidade. Mos. 16:7–8.
Hel. 14:16. 11 a 2 Né. 9:7–9. GEE Expiação, Expiar.
GEE Morte Espiritual. 13 a GEE Plano de b GEE Misericórdia,
b GEE Arbítrio. Redenção. Misericordioso.
8 a Al. 34:9; Mois. 6:62. b GEE Arrepender-se, c GEE Justiça.
9 a GEE Queda de Adão Arrependimento. d 3 Né. 12:48.
e Eva. c 2 Né. 2:13–14.
363 ALMA 42:17–27
poderia ser concedido aos homens reclama a criatura e executa a lei
se não houvesse um castigo tão e a lei inflige o castigo; e se assim
a 
eterno como a vida da alma, es- não fosse, as obras da justiça se-
tabelecido em oposição ao plano riam destruídas e Deus deixaria
de felicidade, também tão eterno de ser Deus.
como a vida da alma. 23 Deus, porém, não deixa de
17 Ora, como poderia um ho- ser Deus e a a misericórdia recla-
mem arrepender-se, se não hou- ma o penitente; e a misericórdia
vesse a pecado? Como poderia advém em virtude da expiação:
ele pecar, se não houvesse b lei? E e a b expiação efetua a ressurrei-
como poderia haver lei, a não ser ção dos mortos: e a c ressurreição
que houvesse castigo? dos mortos d devolve os homens
18 Ora, um castigo foi fixado e à presença de Deus; e assim são
foi dada uma lei justa que trou- restituídos a sua presença para se-
xe o remorso de a consciência ao rem e julgados de acordo com suas
homem. obras, segundo a lei e a justiça.
19 Ora, se não tivesse sido dada 24 Pois eis que a justiça exerce
uma lei — que, se um homem todos os seus direitos e a mise-
a 
assassinasse, deveria morrer — ricórdia também reclama tudo
teria ele medo de morrer, se as- quanto lhe pertence; e assim nin-
sassinasse? guém, a não ser o verdadeiro pe-
20 E também, se não tivesse sido nitente, é salvo.
dada lei alguma contra o pecado, 25 Acaso supões que a misericór-
os homens não teriam medo de dia possa roubar a a justiça? Afir-
pecar. mo-te que não; de modo algum.
21 E se a não tivesse sido dada a Se assim fosse, Deus deixaria de
lei, que poderia a justiça ou mes- ser Deus.
mo a misericórdia fazer se os ho- 26 E assim Deus realiza seus
mens pecassem, uma vez que não grandes e eternos a propósitos, que
teriam direito sobre a criatura? foram preparados b desde a fun-
22 Mas foi dada uma lei e fixado dação do mundo. E assim ocorre
um castigo e concedido um a ar- a salvação e a redenção dos ho-
rependimento, arrependimento mens e também sua destruição
esse que é reclamado pela mise- e miséria.
ricórdia; do contrário, a justiça 27 Portanto, ó meu filho, a todo
16 a D&C 19:10–12. 23 a
GEE Misericórdia, e GEE Juízo Final.
17 a GEE Pecado. Misericordioso. 25 a GEE Justiça.
b Rom. 4:15. b GEE Expiação, Expiar. 26 a 2 Né. 2:14–30;
18 a GEE Consciência. c 2 Né. 2:8; 9:4; Mois. 1:39.
19 a GEE Homicídio. Al. 7:12; 11:41–45; b Al. 13:3;
21 a 2 Né. 9:25–26; 12:24–25; 3 Né. 1:14.
Mos. 3:11. Hel. 14:15–18; 27 a Al. 5:34;
22 a GEE Arrepender-se, Mórm. 9:13. Hel. 14:30.
Arrependimento. d Al. 40:21–24. GEE Arbítrio.
ALMA 42:28–43:4 364
aquele que quiser vir poderá vir CAPÍTULO 43
e beber livremente das águas da
Alma e seus filhos pregam a pala-
vida; e aquele que não quiser vir
vra — Os zoramitas e outros dis-
não será obrigado a vir, mas no
sidentes nefitas tornam-se lamani-
último dia ser-lhe-á b restituído de
tas — Os lamanitas guerreiam os
acordo com suas c ações.
nefitas — Morôni arma os nefitas com
28 Se desejou praticar o a mal e
armaduras defensivas — O Senhor
não se arrependeu durante seus
revela a Alma a estratégia dos lama-
dias, eis que receberá o mal, de
nitas — Os nefitas defendem seus
acordo com a restauração de
lares, sua liberdade, suas famílias e
Deus.
religião — Os exércitos de Morôni e
29 E agora, meu filho, eu desejo
Leí cercam os lamanitas. Aproxima-
que não te preocupes mais com
damente 74 a.C.
essas coisas e que deixes apenas
teus pecados te preocuparem, com E então aconteceu que os filhos
aquela preocupação que te levará de Alma andaram entre o povo
ao arrependimento. para proclamar-lhes a palavra.
30 Oh! meu filho, desejo que não E o próprio Alma não conseguiu
negues mais a justiça de Deus. descansar e fez o mesmo.
Não procures, mesmo nas mí- 2 Ora, nada mais diremos a res-
nimas coisas, desculpar-te de peito de suas pregações, a não ser
teus pecados, negando a justiça que pregaram a palavra e a verda-
de Deus: mas deixa que a justiça de segundo o espírito de profecia
de Deus e sua misericórdia e sua e revelação; e pregaram segundo
longanimidade governem plena- a a santa ordem de Deus pela qual
mente teu coração; e deixa que te foram chamados.
a 
humilhem até o pó. 3 E agora retorno ao relato das
31 E agora, ó meu filho, és cha- guerras entre os nefitas e lama-
mado por Deus para pregar a pa- nitas, no décimo oitavo ano do
lavra a este povo. E agora, meu governo dos juízes.
filho, segue teu caminho, procla- 4 Pois eis que aconteceu que os
ma a palavra com verdade e cir- a 
zoramitas se tornaram lamanitas;
cunspecção para que tragas almas por conseguinte, no começo do
ao arrependimento, a fim de que décimo oitavo ano o povo nefita
o grande plano de misericórdia viu que os lamanitas avançavam
tenha direito sobre elas. E que contra eles; em vista disso pre-
Deus te conceda conforme minhas pararam-se para a guerra, sim,
palavras. Amém. reuniram seus exércitos na terra
de Jérson.
27 b Al. 41:15. 28 a Al. 41:2–5. 43 2 a GEE Sacerdócio de
c Isa. 59:18; 30 a GEE Humildade, Melquisedeque.
Apoc. 20:12. Humilde, Humilhar. 4 a Al. 35:2–14; 52:33.
365 ALMA 43:5–16
5 E aconteceu que os lamanitas 11 Sim, e eles sabiam também do
chegaram aos milhares e entra- extremo ódio dos lamanitas con-
ram na terra de Antiônum, que tra seus a irmãos, o povo de Ânti-
é a terra dos zoramitas; e um ho- Néfi-Leí, conhecido por povo de
mem chamado Zeraemna era seu Amon — e eles não queriam pe-
comandante. gar em armas, sim, haviam feito
6 E então, como os amalequitas um convênio e não desejavam
eram de natureza mais iníqua e quebrá-lo — portanto, se caíssem
mais propensos ao assassinato nas mãos dos lamanitas, seriam
que os lamanitas, Zeraemna, por- destruídos.
tanto, nomeou capitães-chefes 12 E os nefitas não permitiriam
para os lamanitas; e eles eram que fossem destruídos; portanto,
todos amalequitas e zoramitas. deram-lhes terras para sua he-
7 Ora, ele assim procedeu com o rança.
objetivo de preservar o ódio que 13 E o povo de Amon deu aos
sentiam contra os nefitas, a fim de nefitas grande parte de seus bens
poder subjugá-los para realizar para manutenção dos exércitos; e
seus desígnios. assim os nefitas foram compeli-
8 Pois eis que seu desígnio era ins- dos, sozinhos, a resistir aos lama-
tigar a ira dos lamanitas contra os nitas, que eram uma combinação
nefitas: e isto ele fez para conseguir dos filhos de Lamã e Lemuel e
grande poder sobre eles e também dos filhos de Ismael; e de todos
para adquirir poder sobre os nefi- os dissidentes dos nefitas, que
tas, submetendo-os ao cativeiro. eram amalequitas e zoramitas, e
9 Ora, o desígnio dos nefitas era dos a descendentes dos sacerdotes
proteger suas terras e suas casas de Noé.
e suas a esposas e seus filhos, para 14 Ora, esses descendentes eram
poderem defendê-los das mãos de quase tão numerosos quanto os
seus inimigos; e também conser- nefitas; e assim foram os nefitas
var seus direitos e seus privilé- obrigados a contender com seus
gios, sim, e também sua b liberda- irmãos até o derramamento de
de, para poderem adorar a Deus sangue.
segundo seus desejos. 15 E aconteceu que quando os
10 Porque eles sabiam que, se exércitos dos lamanitas se haviam
caíssem nas mãos dos lamanitas, reunido na terra de Antiônum, eis
todos os que a adorassem a Deus, que os exércitos dos nefitas esta-
o Deus vivo e verdadeiro em b es- vam preparados para enfrentá-los
pírito e em verdade, seriam des- na terra de Jérson.
truídos pelos lamanitas. 16  Ora, o comandante dos
9 a Al. 44:5; 46:12. b Jo. 4:23–24. 13 a Al. 25:4.
b GEE Liberdade, Livre. 11 a Al. 24:1–3, 5, 20;
10 a GEE Adorar. 25:1, 13; 27:2, 21–26.
ALMA 43:17–25 366
nefitas, ou melhor, o homem que vista de suas armaduras, apesar
havia sido designado para ser o de serem muito mais numerosos
capitão-chefe dos nefitas — ora, que os nefitas.
o capitão-chefe assumiu o coman- 22 Eis que aconteceu que não
do de todos os exércitos dos nefi- ousaram marchar contra os nefi-
tas — e chamava-se Morôni. tas nas fronteiras de Jérson; por
17 E Morôni assumiu todo o co- conseguinte partiram da terra de
mando e a direção de suas guer- Antiônum para o deserto e, via-
ras. E tinha apenas vinte e cinco jando pelo deserto, seguiram até
anos de idade quando foi desig- perto da cabeceira do rio Sidon, a
nado capitão-chefe dos exércitos fim de entrarem na terra de Mânti
dos nefitas. para tomarem posse da terra, por-
18 E aconteceu que ele enfren- que não supunham que os exérci-
tou os lamanitas nas fronteiras tos de Morôni descobrissem para
de Jérson e seu povo estava ar- onde haviam ido.
mado com espadas e com cimi- 23 Mas aconteceu que tão logo
tarras e com toda sorte de armas partiram para o deserto, Morôni
de guerra. enviou espias ao deserto para vi-
19 E quando os exércitos dos giar seu acampamento; e Morôni
lamanitas viram que o povo de também, tendo conhecimento das
Néfi, ou seja, que Morôni pre- profecias de Alma, enviou-lhe al-
parara seu povo com couraças e guns homens, pedindo-lhe que per-
com escudos nos braços, sim, e guntasse ao Senhor a aonde os exér-
também com escudos para pro- citos dos nefitas deveriam ir, a fim
teger-lhes a cabeça e também de defenderem-se dos lamanitas.
estavam vestidos com roupas 24 E aconteceu que a palavra do
grossas — Senhor veio a Alma e Alma infor-
20 Ora, os do exército de Ze- mou aos mensageiros de Morôni
raemna não estavam preparados que os exércitos dos lamanitas
com tais coisas; tinham apenas estavam marchando pelo deserto,
suas espadas e suas cimitarras, para chegarem à terra de Mânti
seus arcos e suas flechas, suas e principiarem a atacar a parte
pedras e suas fundas; e estavam mais fraca do povo. E esses men-
a 
nus, usando apenas uma pele sageiros levaram a mensagem a
que lhes cingia os lombos; sim, e Morôni.
estavam todos nus, menos os zo- 25 Ora, Morôni, deixando uma
ramitas e os amalequitas. parte de seu exército na terra de
21 Mas eles não estavam arma- Jérson para que de nenhuma for-
dos com couraças nem escudos — ma uma parte dos lamanitas en-
portanto, ficaram com muito trasse naquela terra e se apode-
medo dos exércitos dos nefitas em rasse da cidade, tomou a parte
20 a En. 1:20. 23 a Al. 48:16.
367 ALMA 43:26–38
restante de seu exército e marchou e assim entrando pelas fronteiras
para a terra de Mânti. da terra de Mânti.
26 E fez com que todo o povo 33 Dessa forma, havendo dis-
daquela parte da terra se juntas- posto o exército segundo seu de-
se para combater os lamanitas, a sejo, estava ele preparado para
fim de a defender suas terras e seu enfrentá-los.
país, seus direitos e sua liberdade; 34 E aconteceu que os lamanitas
por conseguinte, estavam prepa- subiram pelo norte da colina onde
rados para a hora da chegada dos se achava escondida uma parte do
lamanitas. exército de Morôni.
27 E aconteceu que Morôni fez 35 E assim que os lamanitas pas-
com que seu exército se escondes- saram pela colina de Ripla e en-
se no vale próximo às margens traram no vale e começaram a
do rio Sidon, que ficava situado atravessar o rio Sidon, o exército
a oeste do rio Sidon, no deserto. que estava escondido ao sul da co-
28 E Morôni espalhou espias lina, comandado por um homem
por vários lugares, a fim de sa- chamado a Leí, avançou e cercou
ber quando o exército lamanita os lamanitas na parte leste de sua
chegaria. retaguarda.
29 E então, como Morôni sabia 36 E aconteceu que quando per-
da intenção dos lamanitas, que era ceberam que os nefitas avança-
destruir seus irmãos ou subjugá- vam contra eles pela retaguarda,
los e torná-los escravos a fim de os lamanitas voltaram-se e co-
estabelecerem um reino para si meçaram a lutar com o exército
próprios por toda a terra; de Leí.
30 E também sabendo ele que o 37 E começou a matança em am-
único desejo dos nefitas era pre- bas as facções, porém foi mais ter-
servar suas terras e sua a liberdade rível entre os lamanitas, porque
e sua igreja, não considerou pe- sua a nudez estava exposta aos
cado, portanto, defendê-los por violentos golpes dos nefitas que,
meio de estratagemas; assim des- com suas espadas e cimitarras,
cobriu, por intermédio de seus os feriam mortalmente quase a
espias, qual o caminho que os cada golpe.
lamanitas iriam seguir. 38 Enquanto isso, nas fileiras dos
31 Por essa razão dividiu o exér- nefitas, apenas de vez em quan-
cito, levando uma parte para o do caía um homem pela espada e
vale e ocultando-a a leste e ao sul por perda de sangue, pois acha-
da colina de Ripla; vam-se protegidos nas partes mais
32 E o restante ele ocultou no vitais do corpo, ou seja, as par-
vale do oeste, a oeste do rio Sidon, tes mais vitais do corpo estavam
26 a D&C 134:11. 35 a Al. 49:16.
30 a Al. 46:12, 35. 37 a Al. 3:5.
ALMA 43:39–48 368
protegidas dos golpes dos lama- nefitas pereceram em suas mãos,
nitas por suas a couraças e seus sim, porque eles partiram em dois
escudos e seus capacetes; e assim muitos dos seus capacetes e per-
os nefitas continuaram a espalhar furaram muitas de suas couraças
a morte entre os lamanitas. e cortaram os braços de muitos; e
39 E aconteceu que os lamani- assim os lamanitas lutaram com
tas se apavoraram por causa da raiva feroz.
grande destruição entre eles e co- 45 Não obstante, os nefitas eram
meçaram a fugir em direção ao movidos por uma causa melhor,
rio Sidon. porque não estavam a lutando pela
40 E foram perseguidos por Leí monarquia nem pelo poder, mas
e seus homens; e foram impelidos lutavam por seus lares e sua b li-
por Leí para as águas do Sidon e berdade, suas esposas e seus fi-
atravessaram as águas do Sidon. E lhos e por tudo que possuíam;
Leí deteve seus exércitos na mar- sim, por seus ritos de adoração e
gem do rio Sidon, para que não o sua igreja.
cruzassem. 46 E faziam o que consideravam
41 E aconteceu que Morôni e seu ser seu a dever perante Deus; por-
exército enfrentaram os lamanitas que o Senhor lhes dissera, bem
no vale, na outra margem do rio como a seus pais: b Se não fordes
Sidon, e começaram a atacá-los e culpados da c primeira ofensa nem
a matá-los. da segunda, não vos deixareis ma-
42 E os lamanitas novamente fu- tar pelas mãos de vossos inimigos.
giram deles em direção à terra de 47 E novamente disse o Senhor:
Mânti e foram outra vez atacados a 
Defendereis vossas famílias mes-
pelos exércitos de Morôni. mo até o derramamento de san-
43 Ora, desta vez os lamanitas gue. Por esta razão estavam os
lutaram ferozmente, sim, nunca se nefitas lutando com os lamanitas,
soubera que os lamanitas houves- a fim de defenderem-se, defen-
sem lutado com tão grande força derem suas famílias e suas ter-
e coragem; não, nunca, desde o ras, seu país e seus direitos e sua
princípio. religião.
44 E foram movidos pelos a zo- 48 E aconteceu que quando vi-
ramitas e amalequitas, que eram ram a ferocidade e a ira dos la-
seus capitães-chefes e comandan- manitas, os homens de Morôni
tes; e por Zeraemna, que era seu quiseram recuar e fugir deles. E
capitão-chefe, ou seja, seu princi- Morôni, percebendo seu intento,
pal chefe e comandante; sim, lu- enviou-lhes mensagens que lhes
taram como dragões e muitos dos inspiraram o coração com estes
38 a Al. 44:8–9. 46 a GEE Dever. D&C 98:23–24.
44 a Al. 43:6. b Al. 48:14; 47 a D&C 134:11.
45 a Al. 44:5. D&C 98:33–36.
b GEE Liberdade, Livre. c 3 Né. 3:21;
369 ALMA 43:49–44:5
pensamentos — sim, pensamentos exércitos de Morôni derrotam os
sobre suas terras, sua liberdade, lamanitas. Aproximadamente 74–
sim, sua libertação do cativeiro. 73 a.C.
49 E aconteceu que eles voltaram
E aconteceu que pararam e re-
a atacar os lamanitas e a clamaram
cuaram um pouco. E Morôni disse
a uma só voz ao Senhor seu Deus
a Zeraemna: Eis, Zeraemna, que
por sua liberdade e sua libertação a 
não desejamos ser sanguinários.
do cativeiro.
Sabeis que estais em nossas mãos,
50 E começaram a resistir aos
mas não vos desejamos matar.
lamanitas com vigor; e na mesma
2 Eis que não viemos batalhar
hora em que clamaram ao Senhor
contra vós para derramar vosso
por sua liberdade, os lamanitas
sangue pelo poder; nem deseja-
começaram a fugir deles; e fugi-
mos reduzir ninguém ao jugo da
ram até às águas do Sidon.
escravidão. Esta, porém, é a ver-
51 Ora, os lamanitas eram mais
dadeira causa que vos levou a ata-
numerosos, sim, mais que o dobro
car-nos; sim, estais irados contra
dos nefitas. Não obstante, foram
nós em virtude de nossa religião.
perseguidos de tal forma que se
3 Agora, porém, vedes que o
juntaram em um só grupo, no vale
Senhor está conosco; e vedes que
às margens do rio Sidon.
ele vos entregou em nossas mãos.
52 Assim, os exércitos de Morôni
E agora desejaria que compreen-
cercaram-nos, sim, pelos dois la-
dêsseis que isto nos acontece por
dos do rio, pois eis que a leste se
causa de nossa religião e de nossa
achavam os homens de Leí.
fé em Cristo. E agora vedes que
53 Assim, quando Zeraemna viu
não podeis destruir esta nossa fé.
os homens de Leí a leste do rio Si-
4 Ora, vedes que esta é a verda-
don e o exército de Morôni a oeste
deira fé em Deus; sim, vedes que
do rio Sidon e viu que estavam
Deus nos manterá e conservará e
cercados pelos nefitas, o terror
preservará enquanto formos fiéis
apoderou-se deles.
a ele e a nossa fé e a nossa religião;
54 Ora, Morôni, vendo seu ter-
e nunca permitirá o Senhor que
ror, ordenou a seus homens que
sejamos destruídos, a não ser que
cessassem de derramar o sangue
caiamos em transgressão e renun-
deles.
ciemos a nossa fé.
5 E agora, Zeraemna, eu te orde-
CAPÍTULO 44
no, em nome do Deus Todo-Pode-
Morôni ordena aos lamanitas que fa- roso, que nos fortaleceu os braços,
çam um convênio de paz; do contrário dando-nos poder sobre vós, por
serão destruídos — Zeraemna rejeita nossa fé, por nossa religião e por
a oferta e a batalha recomeça — Os nossos a ritos de adoração e por
49 a Êx. 2:23–25; 44 1 a Al. 43:45.
Mos. 29:20. 5 a GEE Ordenanças.
ALMA 44:6–13 370
nossa igreja e pelo sagrado susten- espadas e pereceremos ou con-
to que devemos a nossas esposas e quistaremos.
nossos filhos, por essa b liberdade 9 Eis que não somos de vossa fé;
que nos prende a nossas terras e não cremos que foi Deus quem
nosso país; sim, e também pela nos entregou em vossas mãos,
observância da sagrada palavra mas acreditamos é que foi vossa
de Deus, à qual devemos toda a astúcia que vos salvou de nossas
nossa felicidade; e por tudo quan- espadas. Eis que foram vossas
to nos é mais caro — a 
couraças e vossos escudos que
6 Sim, e isto não é tudo; ordeno- vos preservaram a vida.
vos, por todo o amor que tiverdes 10 E então, quando Zeraemna
pela vida, que nos entregueis vos- acabou de dizer estas palavras,
sas armas de guerra; e procura- Morôni devolveu-lhe a espada e
remos não mais derramar vosso as armas de guerra que havia re-
sangue, poupando-vos a vida se cebido, dizendo: Eis que termina-
seguirdes vosso caminho e não remos a luta.
tornardes a fazer guerra contra 11 Ora, não posso revogar as pa-
nós. lavras que proferi; por conseguin-
7 E agora, se não fizerdes isto, te, como vive o Senhor, não parti-
eis que estais em nossas mãos e reis a não ser sob o juramento de
ordenarei a meus homens que que não voltareis a pelejar contra
caiam sobre vós e desfiram gol- nós. Ora, como estais em nossas
pes mortais em vosso corpo para mãos, derramaremos vosso sangue
exterminar-vos; e então veremos pelo chão a menos que vos subme-
quem terá poder sobre este povo; tais às condições que propus.
sim, veremos quem será levado 12 E então, quando Morôni disse
em cativeiro. estas palavras, Zeraemna tomou
8  E então aconteceu que Ze- a espada e, irado contra Morôni,
raemna, ao ouvir estas palavras, investiu contra ele com a intenção
adiantou-se e entregou sua espa- de matá-lo; mas ao levantar a es-
da e sua cimitarra e seu arco nas pada, eis que um dos soldados de
mãos de Morôni, dizendo-lhe: Morôni a golpeou, atirando-a por
Eis nossas armas de guerra; nós terra e quebrando-a pelo punho;
vo-las entregaremos, mas não nos e ele também golpeou Zeraemna,
sujeitaremos a prestar-vos um arrancando-lhe o couro cabeludo,
a 
juramento, o qual sabemos que que caiu por terra. E Zeraemna
nós, assim como nossos filhos, retrocedeu para o meio de seus
iremos quebrar; tomai, porém, soldados.
nossas armas de guerra e permiti 13 E aconteceu que o soldado
que partamos para o deserto; do que ali estava e que escalpela-
contrário conservaremos nossas ra Zeraemna pegou do chão o
5 b GEE Liberdade, Livre. 8 a GEE Juramento. 9 a Al. 43:38.
371 ALMA 44:14–24
escalpo pelos cabelos e colocou-o que estavam todos prestes a ser
na ponta de sua espada e esten- destruídos, clamou vigorosamen-
deu-o em direção a eles, dizendo- te a Morôni, prometendo que ele
lhes em alta voz: e seu povo fariam convênio com
14 Assim como caiu por terra eles de a nunca mais tornarem a
este escalpo, que é o escalpo de fazer guerra contra eles, se pou-
vosso chefe, também caireis por passem a vida dos restantes.
terra se não depuserdes vossas 20 E aconteceu que Morôni fez
armas de guerra e partirdes com com que cessasse outra vez a ma-
um convênio de paz. tança. Tirou as armas de guerra
15 Ora, muitos, ao ouvirem es- dos lamanitas e, após haverem
tas palavras e verem o escalpo na feito com ele um a convênio de
espada, ficaram atemorizados; e paz, tiveram permissão de partir
muitos se adiantaram e depuseram para o deserto.
suas armas aos pés de Morôni e 21 Ora, o número de seus mor-
fizeram um a convênio de paz. E a tos não foi contado, por ser mui-
todos os que fizeram esse convênio to grande; sim, o número de seus
foi permitido partir para o deserto. mortos foi muito grande, tanto
16 Ora, aconteceu que Zeraem- do lado dos nefitas quanto dos
na ficou muito irado e instigou o lamanitas.
restante de seus soldados à cólera, 22 E aconteceu que atiraram seus
para combaterem mais vigorosa- mortos nas águas do Sidon e eles
mente os nefitas. foram levados e estão sepultados
17 E Morôni estava irado por nas profundezas do mar.
causa da teimosia dos lamanitas; 23 E os exércitos dos nefitas, ou
portanto, ordenou a seu povo que seja, de Morôni, voltaram para
os atacasse e matasse. E aconteceu suas casas e suas terras.
que começaram a matá-los; sim, 24 E assim terminou o décimo
e os lamanitas lutaram com suas oitavo ano em que os juízes go-
espadas e sua força. vernaram o povo de Néfi. E assim
18 Mas eis que com a pele nua terminou o registro de Alma, que
e a cabeça desprotegida, ficaram foi escrito nas placas de Néfi.
expostos às afiadas espadas dos
nefitas; sim, eis que foram tras-
passados e feridos; sim, e caíram
Relato sobre o povo de Néfi e suas
rapidamente ante as espadas dos
guerras e discórdias nos dias de
nefitas e começaram a ser derru-
Helamã, segundo o registro que
bados, como profetizara o soldado
Helamã fez em seus dias.
de Morôni.
19 Ora, Zeraemna, quando viu Abrange os capítulos 45 a 62.
15 a 1 Né. 4:37; 19 a Al. 47:6.
Al. 50:36. 20 a Al. 62:16–17.
ALMA 45:1–13 372
CAPÍTULO 45 és tu; e o Senhor far-te-á prospe-a 

rar nesta terra.


Helamã crê nas palavras de Alma —
9 Mas eis que tenho algo a te
Alma profetiza a destruição dos nefi- a 
profetizar, mas o que eu te pro-
tas — Ele abençoa e amaldiçoa a ter-
fetizar a ninguém revelarás; sim,
ra — Alma pode ter sido arrebatado
o que eu te profetizar não deverá
pelo Espírito, como Moisés — Cres-
ser divulgado até que a profecia
cem as dissensões na Igreja. Aproxi-
seja cumprida; por conseguinte,
madamente 73 a.C.
escreve o que te vou dizer.
Ora, então aconteceu que o povo 10 E estas são as palavras: Eis
de Néfi se alegrou imensamente que vejo, segundo o espírito de
porque o Senhor tornara a livrá-lo revelação que está em mim, que
das mãos de seus inimigos; por- a 
quatrocentos anos depois do apa-
tanto, renderam graças ao Senhor recimento de Jesus Cristo a este
seu Deus; sim, a jejuaram e oraram povo, os nefitas, eles degenerarão,
muito e adoraram a Deus com caindo na b incredulidade.
grande alegria. 11 Sim, então eles verão guerras
2 E aconteceu, no décimo nono e pestes, sim, fome e derrama-
ano em que os juízes governaram mento de sangue até que o povo
o povo de Néfi, que Alma se diri- de Néfi seja a extinto —
giu a seu filho Helamã e pergun- 12 Sim, e isto porque eles dege-
tou-lhe: Crês nas palavras que te nerarão, caindo na incredulidade;
disse a respeito daqueles a regis- e entregar-se-ão a obras de trevas
tros que foram escritos? e à a lascívia e a toda sorte de ini-
3 E Helamã respondeu-lhe: Sim, quidades; sim, digo-te que, por-
eu creio. que pecarão contra tão grande luz
4 E Alma disse novamente: Crês e conhecimento, sim, digo-te que,
em Jesus Cristo, aquele que há a partir desse dia, não passará a
de vir? quarta geração antes que venha
5 E ele respondeu: Sim, creio em esta grande iniquidade.
todas as palavras que disseste. 13 E quando esse grande dia
6 E Alma tornou a perguntar: chegar, eis que muito cedo virá a
a 
Guardarás meus mandamentos? hora em que os que agora vivem,
7 E ele respondeu: Sim, guarda- ou seja, a semente dos que agora
rei teus mandamentos com todo são contados com o povo de Néfi,
o meu coração. já a não será contada com o povo
8 Então Alma lhe disse: Bendito de Néfi.
45 1 a GEE Jejuar, Jejum. 8 a 1 Né. 4:14; b GEE Apostasia;
2 a Al. 37:1–5; 50:38. Al. 48:15–16, 25. Incredulidade.
6 a GEE Mandamentos 9 a GEE Profecia, Profetizar. 11 a Jar. 1:10;
de Deus; 10 a 1 Né. 12:10–15; Mórm. 8:2–3, 6–7.
Obedecer, Obediência, Hel. 13:9; 12 a GEE Concupiscência.
Obediente. Mórm. 8:6–7. 13 a Hel. 3:16.
373 ALMA 45:14–23
14 Aquele, porém, que sobre- de sua morte ou sepultura, nada
viver e não for destruído nesse sabemos.
grande e terrível dia, será a con- 19 Eis que o que sabemos é que
tado com os lamanitas; e tornar- foi um homem justo; e na igreja
se-ão todos como eles, a não ser espalhou-se o rumor de haver
alguns que serão chamados de sido ele arrebatado pelo Espírito
discípulos do Senhor; e eles serão ou a sepultado pela mão do Se-
perseguidos pelos lamanitas b até nhor, como Moisés. Eis que as
que sejam extintos. E agora, em escrituras, porém, dizem que o
virtude da iniquidade, esta pro- Senhor levou Moisés para junto
fecia será cumprida. de si; e supomos que ele também
15 E então aconteceu que depois recebeu Alma junto de si, no es-
de Alma dizer estas coisas a Hela- pírito; eis por que nada sabemos
mã, abençoou-o, bem como a seus sobre sua morte e sepultamento;
outros filhos, e também abençoou 20 E então aconteceu, no começo
a terra por causa dos a justos. do décimo nono ano em que os
16 E disse: Assim diz o Senhor juízes governaram o povo de Néfi,
Deus — a Maldita será a terra, sim, que Helamã andou entre o povo a
esta terra, para a destruição de fim de pregar-lhe a palavra.
toda nação, tribo, língua e povo 21 Pois eis que, em virtude de
que cometer iniquidade, quando suas guerras com os lamanitas e
eles estiverem plenamente ama- das muitas pequenas dissensões e
durecidos; e acontecerá como distúrbios entre o povo, tornou-se
digo; pois esta é a maldição e a necessário que a a palavra de Deus
b 
bênção de Deus sobre a terra, fosse declarada entre eles; sim, e
porque o Senhor não pode enca- que houvesse uma regulamenta-
rar o pecado com o c mínimo grau ção em toda a igreja.
de tolerância. 22 Assim Helamã e seus irmãos
17 E então, após haver Alma pro- foram reorganizar a igreja em toda
nunciado estas palavras, aben- a terra, sim, em todas as cidades
çoou a a igreja, sim, todos os que de toda a terra pertencente ao
permanecessem firmes na fé dali povo de Néfi. E aconteceu que
em diante. nomearam sacerdotes e mestres
18 E depois de haver feito isto, por toda aquela terra, para todas
Alma partiu da terra de Zaraen- as igrejas.
la como se fosse para a terra de 23 E então aconteceu que depois
Meleque. E aconteceu que nada de haverem Helamã e seus irmãos
mais se ouviu a respeito dele; e nomeado sacerdotes e mestres
14 a Morô. 9:24. Ét. 2:8–12. 19 a GEE Seres
b Morô. 1:1–3. b D&C 130:21. Transladados.
15 a Al. 46:10; 62:40. c D&C 1:31. 21 a Al. 31:5.
16 a 2 Né. 1:7; 17 a GEE Igreja de Jesus
Al. 37:31; Cristo.
ALMA 45:24–46:10 374
para as igrejas, originou-se uma também desejavam que ele fos-
a 
dissensão no meio deles e não se seu rei; e a maioria deles eram
mais deram ouvidos às palavras a 
juízes menores da terra e estavam
de Helamã e seus irmãos; em busca de poder.
24 Mas tornaram-se orgulho- 5 E tinham sido convencidos, pe-
sos, e o seu coração encheu-se de las lisonjas de Amaliquias, de que,
vaidade, devido às suas enormes se o apoiassem e fizessem dele o
a 
riquezas; portanto, tornaram-se seu rei, ele os tornaria governan-
ricos aos seus b próprios olhos e tes do povo.
não davam ouvidos às palavras 6 Assim, foram instigados por
deles, para que andassem reta- Amaliquias a promover dissen-
mente perante Deus. sões, apesar das pregações de He-
lamã e seus irmãos; sim, apesar de
CAPÍTULO 46 seu enorme zelo pela igreja, pois
eram sumos sacerdotes da igreja.
Amaliquias conspira para ser rei —
7 E houve muitos na igreja que
Morôni levanta o estandarte da li-
acreditaram nas palavras lison-
berdade — Ele conclama o povo a
jeiras de Amaliquias; por conse-
defender sua religião — Os verdadei-
guinte, separaram-se até da igreja;
ros crentes são chamados cristãos —
e assim, as condições do povo de
Será preservado um remanescente de
Néfi eram muito precárias e pe-
José — Amaliquias e os dissidentes
rigosas, não obstante sua grande
fogem para a terra de Néfi — Os a 
vitória sobre os lamanitas e seu
que não apoiam a causa da liberdade
enorme regozijo por terem sido
são executados. Aproximadamente
libertados pela mão do Senhor.
73–72 a.C.
8 Vemos, assim, quão a rapida-
E aconteceu que todos os que mente os filhos dos homens se es-
não atenderam às palavras de He- quecem do Senhor seu Deus; sim,
lamã e seus irmãos, uniram-se quão rapidamente praticam ini-
contra eles. quidades e deixam-se levar pelo
2 E então eis que ficaram muito maligno.
irados, tanto que estavam deter- 9 Sim, e também vemos a gran-
minados a matá-los. de a iniquidade que um homem
3 Ora, o chefe dos que se haviam muito iníquo pode fazer com que
revoltado contra seus irmãos era ocorra entre os filhos dos homens.
um homem grande e forte; e seu 10 Sim, vemos que Amaliquias,
nome era Amaliquias. por ser um homem de astutos ar-
4 E Amaliquias desejava ser rei; dis e um homem de muitas pala-
e aqueles que estavam irados vras lisonjeiras, incitou o coração
23 a 3 Né. 11:28–29. 46 4 a Mos. 29:11, 28–29. 9 a Mos. 29:17–18.
24 a GEE Riquezas. 7 a Al. 44:19–20.
b GEE Orgulho. 8 a Hel. 12:2, 4–5.
375 ALMA 46:11–20
de muitos a praticar iniquidades; eram fiéis; sim, todos os que eram
sim, e a procurar destruir a igreja crentes verdadeiros em Cristo to-
de Deus e a destruir o alicerce de mavam sobre si alegremente o
a 
liberdade que Deus lhes conce- a 
nome de Cristo, ou seja, de b cris-
dera, ou seja, a bênção que Deus tãos, como eram chamados em
enviara à face da terra por amor virtude de sua crença no Cristo
aos b justos. que haveria de vir.
11 E então aconteceu que quando 16 E assim, nessa ocasião Morôni
Morôni, que era o a comandante orou para que fosse favorecida a
geral dos exércitos nefitas, sou- causa dos cristãos e a liberdade
be dessas dissensões, ficou irado da terra.
contra Amaliquias. 17 E aconteceu que depois de
12 E aconteceu que rasgou sua haver derramado a alma a Deus,
túnica e, pegando um pedaço chamou toda a terra que ficava
dela, nele escreveu: a Em lem- situada ao sul da terra de a Desola-
brança de nosso Deus, nossa re- ção, sim, resumindo, toda a terra,
ligião e nossa liberdade e nossa tanto ao norte como ao sul, de ter-
paz, nossas esposas e nossos fi- ra escolhida e terra da liberdade.
lhos — e amarrou-o na ponta de 18 E disse: Certamente Deus não
um mastro. permitirá que nós, que somos des-
13 E ele colocou seu capacete e prezados por tomar sobre nós o
sua couraça e seus escudos e cin- nome de Cristo, sejamos pisados
giu os lombos com sua armadura; e destruídos até provocarmos isso
e pegou o mastro em cuja ponta com nossas próprias transgressões.
se achava a túnica rasgada (a que 19 E tendo dito estas palavras,
ele chamou estandarte da liberda- Morôni foi para o meio do povo
de); e inclinou-se até o solo e orou fazendo tremular a parte rasgada
fervorosamente a seu Deus, a fim de sua a túnica no ar, para que to-
de que as bênçãos da liberdade dos vissem o que havia escrito na
repousassem sobre seus irmãos parte rasgada; e clamou em alta
enquanto restasse um grupo de voz, dizendo:
cristãos para habitar a terra — 20 Eis que todos os que deseja-
14 Porque assim eram chamados rem defender este estandarte na
todos os verdadeiros crentes em terra, aproximem-se na força do
Cristo, que pertenciam à igreja de Senhor e façam convênio de que
Deus, pelos que não pertenciam defenderão seus direitos e sua
à igreja. religião, para que o Senhor Deus
15 E os que pertenciam à igreja os abençoe.
10 a 2 Né. 1:7; 12 a Ne. 4:14; 1 Ped. 4:16.
Mos. 29:32. Al. 44:5. 17 a Al. 22:30–31.
b 2 Né. 1:7. 15 a Mos. 5:7–9. 19 a GEE Estandarte.
11 a Al. 43:16–17. b At. 11:26;
ALMA 46:21–28 376
21 E aconteceu que quando Mo- atirados na prisão ou vendidos ou
rôni disse estas palavras, eis que mortos.
o povo se aproximou com os lom- 24 Sim, preservemos nossa liber-
bos cingidos por suas armaduras, dade, como um a remanescente de
rasgando as vestes como símbo- José; sim, lembremo-nos das pala-
lo, ou melhor, como convênio de vras de Jacó, antes de sua morte,
que não abandonariam o Senhor pois eis que ele viu que uma parte
seu Deus; ou, em outras palavras, do que restou da túnica de José
se eles transgredissem os man- fora preservada e não se havia es-
damentos de Deus, ou melhor, tragado. E ele disse: Assim como
se caíssem em transgressão e se este remanescente das vestes de
a 
envergonhassem de tomar sobre meu filho foi preservado, também
si o nome de Cristo, o Senhor os um b remanescente da semente de
destroçaria da mesma forma que meu filho será preservado pela
haviam rasgado as suas vestes. mão de Deus, que o tomará para
22 Ora, esse foi o convênio que si, enquanto o restante da semente
fizeram; e atiraram suas vestes aos de José perecerá, como o restante
pés de Morôni, dizendo: Fazemos de sua túnica.
convênio com nosso Deus de que 25 Ora, eis que isto me enche a
seremos destruídos, assim como o alma de dor; não obstante, minha
foram nossos irmãos da terra do alma alegra-se por meu filho, uma
norte, se cairmos em transgressão; vez que essa parte de sua semente
sim, ele pode atirar-nos aos pés será conduzida a Deus.
de nossos inimigos, assim como 26 Ora, eis que foi essa a lingua-
atiramos nossas vestes a teus pés gem de Jacó.
para serem pisadas, se cairmos 27 E agora, quem sabe se o rema-
em transgressão. nescente da semente de José, que
23 Morôni disse-lhes: Eis que perecerá como suas vestes, não
somos um remanescente da se- são esses que divergiram de nós?
mente de Jacó; sim, somos um Sim, e talvez sejamos nós mesmos,
remanescente da a semente de se não nos mantivermos firmes na
b 
José, cuja c túnica foi rasgada em fé em Cristo.
muitos pedaços por seus irmãos; 28 E então aconteceu que, ten-
sim, e agora, eis que devemos do pronunciado estas palavras,
lembrar-nos de guardar os man- Morôni foi e também enviou seus
damentos de Deus; caso contrá- homens a todas as partes da ter-
rio, nossas vestes serão rasga- ra onde havia dissensões; e con-
das por nossos irmãos e seremos gregou todos os que desejavam
21 a 1 Né. 8:25–28; b GEE José, Filho de Jacó. b 2 Né. 3:5–24;
Mórm. 8:38. c Gên. 37:3, 31–36. Ét. 13:6–7.
23 a Gên. 49:22–26; 24 a Amós 5:15;
1 Né. 5:14–15. 3 Né. 5:21–24; 10:17.
377 ALMA 46:29–39
conservar sua liberdade para foram entregues nas mãos de Mo-
se oporem a Amaliquias e aos rôni e levados de volta para a ter-
dissidentes, que se chamavam ra de Zaraenla.
amaliquiaítas. 34 Ora, Morôni, sendo um ho-
29  E aconteceu que quando mem que fora a nomeado pelos
Amaliquias viu que o povo de juízes supremos e pela voz do
Morôni era mais numeroso que povo, tinha, por conseguinte, po-
os amaliquiaítas — e viu também der segundo a sua vontade sobre
que seu povo duvidava da justiça os exércitos nefitas, para estabe-
da causa que havia abraçado — lecer e exercer autoridade sobre
portanto, temendo não poder con- eles.
seguir seu objetivo, partiu para a 35 E aconteceu que todos os
terra de Néfi com os que o quise- amaliquiaítas que se recusaram
ram acompanhar; a fazer convênio de apoiar a cau-
30 Ora, Morôni julgou não ser sa da liberdade, a fim de mante-
conveniente que os lamanitas se rem um governo livre, ele con-
fortalecessem mais; assim, pensou denou à morte; e foram poucos
em interceptar o povo de Amali- os que renegaram o convênio de
quias ou capturá-lo e trazê-lo de liberdade.
volta e matar Amaliquias; sim, 36 E aconteceu também que ele
porque sabia que ele iria incitar fez com que o estandarte da li-
os lamanitas contra eles e fazer berdade fosse hasteado em todas
com que os lamanitas batalhassem as torres de toda a terra ocupa-
contra eles; e sabia que Amali- da pelos nefitas; e assim Morôni
quias faria isso para alcançar seus plantou o estandarte da liberdade
propósitos. entre os nefitas.
31 Portanto, Morôni julgou opor- 37 E eles começaram a ter nova-
tuno tomar seus exércitos, que se mente paz na terra; e assim man-
haviam reunido e se armado e que tiveram a paz naquela terra até
haviam feito o convênio de preser- quase o fim do décimo nono ano
var a paz — E aconteceu que ele do governo dos juízes.
tomou seu exército e marchou com 38 E Helamã e os a sumos sacer-
suas tendas para o deserto, a fim de dotes mantinham também a or-
interceptar Amaliquias no deserto. dem na igreja; sim, pelo espaço de
32 E aconteceu que ele agiu de quatro anos tiveram muita paz e
acordo com seus desejos e mar- regozijo na igreja.
chou para o deserto e deteve os 39 E aconteceu que muitos mor-
exércitos de Amaliquias. reram, a crendo firmemente que
33 E aconteceu que Amaliquias sua alma estava redimida pelo
fugiu com um pequeno número Senhor Jesus Cristo; assim, saíram
de seus homens; e os restantes do mundo regozijando-se.
34 a Al. 43:16. 38 a Al. 46:6. 39 a Morô. 7:3, 41.
ALMA 46:40–47:8 378
40 E houve alguns que morreram temiam desgostar o rei, como te-
de febres que, em certas épocas miam também batalhar contra os
do ano, eram muito frequentes nefitas, receosos de perder a vida.
na terra — muitos, porém, não E aconteceu que eles não queriam,
morreram de febres por causa das ou seja, a maioria deles não quis
excelentes qualidades das muitas obedecer às ordens do rei.
a 
plantas e raízes que Deus havia 3 E aconteceu que o rei ficou fu-
preparado para remover as cau- rioso em virtude dessa desobe-
sas das enfermidades a que esta- diência; portanto, ele deu a Ama-
vam sujeitos devido à natureza liquias o comando da parte de
do clima — seu exército que obedecia às suas
41 Muitos houve que morreram ordens, e ordenou-lhe que os obri-
de velhice; e os que morreram gasse a pegar em armas.
com a fé em Cristo são a felizes 4 Ora, eis que esse era o desejo
com ele, como necessariamente de Amaliquias; porque, sendo um
devemos crer. homem muito sutil na prática do
mal, planejou em seu coração des-
tronar o rei dos lamanitas.
CAPÍTULO 47
5 E ele tinha então o comando
Amaliquias usa de traição, assassina- dos lamanitas que estavam a fa-
tos e intrigas para tornar-se rei dos vor do rei; e procurou conquistar
lamanitas — Os dissidentes nefitas as boas graças dos que não eram
são mais iníquos e ferozes que os la- obedientes; portanto, dirigiu-se
manitas. Aproximadamente 72 a.C. ao lugar chamado a Onida, porque
para lá tinham fugido todos os la-
Voltaremos agora, em nossos manitas; porque eles descobriram
registros, a Amaliquias e aos que que o exército se aproximava e,
com ele a fugiram para o deserto; supondo que viesse para destruí-
porque eis que ele, com aqueles los, fugiram para Onida, para o
que o seguiram, subiu à b terra de lugar de armas.
Néfi, entre os lamanitas, e insti- 6 E haviam nomeado um homem
gou-os contra o povo de Néfi a tal para ser seu rei e comandante,
ponto que o rei dos lamanitas en- tendo tomado a firme resolução
viou uma proclamação por toda a de que ninguém os obrigaria a ir
sua terra, a todo o seu povo, para contra os nefitas.
que voltassem a reunir-se, a fim 7 E aconteceu que se reuniram
de batalhar contra os nefitas. no alto de um monte chamado
2 E aconteceu que quando a pro- Antipas, a fim de prepararem-se
clamação se tornou conhecida, eles para combater.
ficaram amedrontadíssimos; sim, 8  Ora, não era intenção de
40 a D&C 89:10. 47 1 a Al. 46:33. Ômni 1:12–13.
41 a Apoc. 14:13. b 2 Né. 5:5–8; 5 a Al. 32:4.
379 ALMA 47:9–20
Amaliquias combatê-los segun- durante a noite e cercasse o acam-
do as ordens do rei; eis, porém, pamento dos homens que o rei o
que sua intenção era conquistar encarregara de comandar; e que
as boas graças dos exércitos dos ele, Amaliquias, os entregaria nas
lamanitas, para colocar-se como mãos de Leônti, se ele o nomeas-
seu comandante e destronar o rei se comandante imediato de todo
e tomar posse do reino. o exército.
9 E eis que aconteceu que ele fez 14 E aconteceu que Leônti des-
o exército armar suas tendas no ceu com seus homens e cercou os
vale próximo ao monte Antipas. homens de Amaliquias, de modo
10 E aconteceu que quando anoi- que antes de acordarem, ao raiar
teceu, ele enviou uma embaixada do dia, foram cercados pelos exér-
secreta ao monte Antipas, encarre- citos de Leônti.
gada de fazer com que o coman- 15 E aconteceu que quando se
dante daqueles que se achavam viram cercados, suplicaram a
no alto do monte e cujo nome era Amaliquias que lhes permitisse
Leônti, descesse ao pé do monte, juntar-se a seus irmãos, a fim de
porque desejava falar-lhe. não serem destruídos. Ora, era
11 E aconteceu que quando re- justamente isso que Amaliquias
cebeu a mensagem, Leônti não desejava.
ousou descer ao pé do monte. E 16 E aconteceu que ele entregou
aconteceu que Amaliquias en- seus homens, a contrariando as
viou mensageiros pela segunda ordens do rei. Ora, era isto que
vez, solicitando que ele descesse. Amaliquias desejava, a fim de
E aconteceu que Leônti não quis realizar seus planos de destro-
descer; e ele enviou mensageiros nar o rei.
pela terceira vez. 17 Ora, era costume dos lama-
12 E aconteceu que quando viu nitas nomear o comandante ime-
que não conseguia fazer com que diato para ser o comandante, caso
Leônti descesse do monte, Amali- seu primeiro comandante fosse
quias subiu ao monte até um pon- morto.
to próximo do acampamento de 18 E aconteceu que Amaliquias
Leônti; e pela quarta vez mandou fez com que um de seus servos ad-
sua mensagem a Leônti, pedindo- ministrasse veneno, aos poucos, a
lhe que descesse e trouxesse seus Leônti, de modo que ele morreu.
guardas consigo. 19 Ora, morto Leônti, os lamani-
13  E aconteceu que quando tas nomearam Amaliquias como
Leônti desceu com seus guardas seu chefe e comandante geral.
até o lugar em que Amaliquias se 20 E aconteceu que Amaliquias
achava, Amaliquias propôs-lhe marchou com seus exércitos
que descesse com seu exército (porque havia conseguido seus
16 a Al. 47:3.
ALMA 47:21–34 380
intentos) para a terra de Néfi, para 28 E aconteceu que todos os que
a cidade de Néfi, que era a cidade amavam o rei, ao ouvirem estas
principal. palavras, saíram em perseguição
21 E o rei saiu-lhe ao encontro aos servos do rei.
com seus guardas, supondo que 29 Ora, quando os servos do rei
Amaliquias tivesse executado viram um exército perseguindo-
suas ordens e que houvesse con- os, ficaram novamente amedron-
seguido reunir tamanho exército tados e fugiram para o deserto; e
para combater os nefitas. alcançaram a terra de Zaraenla,
22 Mas eis que quando o rei lhe juntando-se ao a povo de Amon.
saiu ao encontro, Amaliquias fez 30 E o exército que os perseguia
com que seus servos se adiantas- voltou, tendo-os perseguido em
sem para encontrar o rei. E incli- vão; e assim Amaliquias, com sua
naram-se perante o rei, como se o fraude, conquistou o coração do
reverenciassem por sua grandeza. povo.
23 E aconteceu que o rei esten- 31 E aconteceu que, ao amanhe-
deu a mão para levantá-los, em cer, entrou ele na cidade de Néfi
sinal de paz, segundo o costume com seus exércitos e tomou posse
dos lamanitas, costume esse que da cidade.
haviam aprendido com os nefitas. 32 E aconteceu então que a rai-
24 E aconteceu que quando ha- nha, ao saber que o rei havia sido
via levantado o primeiro, eis que assassinado — pois Amaliquias
ele apunhalou o rei no coração; e enviara uma embaixada à rainha,
ele caiu por terra. informando-a de que o rei havia
25 Ora, os servos do rei fugiram; sido assassinado por seus servos;
e os servos de Amaliquias grita- que ele os perseguira em vão com
ram, dizendo: seus exércitos e que haviam con-
26 Eis que os servos do rei o apu- seguido escapar —
nhalaram no coração e ele caiu 33 Portanto, quando a rainha re-
por terra e eles fugiram; vinde cebeu essa mensagem, respondeu
e vede. a Amaliquias, solicitando-lhe que
27 E aconteceu que Amaliquias poupasse o povo da cidade; e tam-
ordenou a seus exércitos que avan- bém lhe pediu que comparecesse
çassem para ver o que havia acon- a sua presença; e também lhe pe-
tecido ao rei; e quando eles chega- diu que fosse acompanhado de
ram e acharam o rei estendido por testemunhas que pudessem tes-
terra, ensanguentado, Amaliquias tificar a respeito da morte do rei.
fingiu estar irado e disse: Todos os 34 E aconteceu que Amaliquias
que amavam o rei devem partir levou o mesmo servo que matara
em perseguição de seus servos, o rei, bem como todos os que es-
para que eles sejam mortos. tavam com ele; e apresentaram-se
29 a Al. 43:11–12. GEE Ânti-néfi-leítas.
381 ALMA 47:35–48:5
à rainha no lugar em que ela se povo para defender a causa dos cris-
sentava; e todos testificaram que tãos — Ele rejubila-se com a liberda-
o rei fora assassinado por seus de e a independência e é um poderoso
próprios servos; e disseram mais: homem de Deus. Aproximadamente
Eles fugiram; isto não testifica 72 a.C.
contra eles? E assim satisfizeram
E então aconteceu que assim que
eles a rainha no tocante à morte
obteve o reino, Amaliquias come-
do rei.
çou a incitar o coração dos lama-
35 E aconteceu que Amaliquias
nitas contra o povo de Néfi; sim,
procurou obter as boas graças da
nomeou alguns homens para fa-
rainha e tomou-a para esposa; e
larem aos lamanitas contra os ne-
assim, por meio de fraude e da
fitas, do alto de suas torres.
ajuda de seus astutos servos, ele
2 E assim incitou seu coração
conseguiu o reino; sim, foi reco-
contra os nefitas, a tal ponto que,
nhecido como rei em toda a ter-
ao fim do décimo nono ano do
ra, por todo o povo lamanita, que
governo dos juízes, havendo con-
era a composto de lamanitas e de
seguido realizar seus intentos
lemuelitas e de ismaelitas e de
até então, sim, tendo-se tornado
todos os dissidentes dos nefitas,
rei dos lamanitas, procurou tam-
desde o reinado de Néfi até o tem-
bém reinar sobre toda a terra,
po presente.
sim, e sobre todo o povo que es-
36 Ora, esses a dissidentes, tendo
tava na terra, tanto nefitas como
os mesmos ensinamentos e infor-
lamanitas.
mações dos nefitas, sim, tendo
3 Assim conseguiu realizar seus
sido instruídos no mesmo b conhe-
desígnios, porque havia endure-
cimento do Senhor, não obstante,
cido o coração dos lamanitas, ce-
por estranho que pareça, pouco
gando-lhes a mente e incitando-
depois de sua dissensão se torna-
os à ira de tal forma que reuniu
ram mais duros e c impenitentes e
uma numerosa hoste para bata-
mais selvagens, iníquos e ferozes
lhar contra os nefitas.
que os lamanitas — absorvendo
4 Porque, em virtude do gran-
as tradições dos lamanitas, en-
de número de seu povo, estava
tregando-se à indolência e a toda
resolvido a subjugar os nefitas e
sorte de lascívia; sim, esquecen-
levá-los à servidão.
do-se por completo do Senhor
5 E assim nomeou a capitães-che-
seu Deus.
fes dentre os zoramitas, sendo eles
os mais familiarizados com a for-
CAPÍTULO 48
ça dos nefitas e com seus lugares
Amaliquias incita os lamanitas con- de refúgio e com os pontos mais
tra os nefitas — Morôni prepara seu vulneráveis de suas cidades; por
35 a Jacó 1:13–14. b Heb. 10:26–27; c Jer. 8:12.
36 a GEE Apostasia. Al. 24:30. 48 5 a Al. 43:6.
ALMA 48:6–16 382
essa razão nomeou-os capitães- homem cuja alma se regozijava
chefes de seus exércitos. com a liberdade e independên-
6 E aconteceu que levantaram cia de seu país e com a libertação
acampamento e partiram em de seus irmãos da servidão e do
direção à terra de Zaraenla, no cativeiro.
deserto. 12 Sim, um homem cujo coração
7 Ora, aconteceu que enquanto transbordava de gratidão a seu
Amaliquias havia assim, por meio Deus pelos muitos privilégios e
de fraude e engano, obtido poder, bênçãos que concedia a seu povo;
Morôni, por sua vez, estivera a pre- um homem que trabalhava infa-
parando o espírito do povo para tigavelmente pelo a bem-estar e
ser fiel ao Senhor seu Deus. segurança do povo.
8 Sim, ele estivera reforçando os 13 Sim, e ele era um homem fir-
exércitos dos nefitas e construindo me na fé em Cristo; e havia a pres-
pequenos fortes, ou seja, lugares tado juramento de defender seu
de refúgio; levantando parapeitos povo, seus direitos e seu país e
de terra ao redor de seus exérci- sua religião, mesmo com a pró-
tos e também levantando muros pria vida.
de pedra a sua volta, ao redor de 14 Ora, os nefitas foram ensina-
suas cidades e das fronteiras de dos a defenderem-se dos inimi-
suas terras; sim, ao redor de toda gos, ainda que fosse necessário
a terra. derramar sangue; sim, e foram
9 E em suas fortificações mais também ensinados a a nunca ofen-
fracas ele colocou maior núme- derem, sim, a nunca levantarem a
ro de homens; e assim fortificou espada, a não ser contra um ini-
e reforçou a terra habitada pelos migo, e apenas para preservarem
nefitas. a própria vida.
10 E desse modo preparava-se 15 E tinham fé que Deus lhes
ele para a defender sua liberdade, permitiria prosperar na terra ou,
suas terras, suas esposas e seus em outras palavras, que, se fos-
filhos e sua paz, a fim de viverem sem fiéis na observância dos man-
para o Senhor seu Deus e preser- damentos de Deus, ele lhes per-
varem o que era chamado por mitiria prosperar na terra; sim, ele
seus inimigos a causa dos cristãos. avisaria quando precisassem fugir
11 E Morôni era um homem for- ou preparar-se para a guerra, de
te e poderoso; ele era um homem acordo com o perigo;
de perfeita a compreensão; sim, 16 E também que Deus lhes re-
um homem que não tinha prazer velaria para onde deveriam ir a
no derramamento de sangue; um fim de se defenderem de seus
7 a Al. 49:8. 12 a GEE Bem-Estar. Mórm. 3:10–11;
10 a Al. 46:12–13. 13 a Al. 46:20–22. D&C 98:16.
11 a GEE Compreensão, 14 a Al. 43:46–47;
Entendimento. 3 Né. 3:20–21;
383 ALMA 48:17–25
inimigos; e se assim fizessem, o no fim do décimo nono ano, sim,
Senhor os salvaria; e esta era a fé não obstante haver paz entre eles,
que tinha Morôni e seu coração foram compelidos, relutantemen-
gloriava-se nela; a não no derrama- te, a lutar com seus irmãos, os
mento de sangue, mas em fazer o lamanitas.
bem, em preservar seu povo, sim, 22 Sim, em resumo, as guerras
em guardar os mandamentos de com os lamanitas não cessaram
Deus, sim, e em resistir à iniqui- pelo espaço de muitos anos, ape-
dade. sar de sua grande relutância.
17 Sim, em verdade, em verdade 23 Ora, a lamentavam pegar em
vos digo que se todos os homens armas contra os lamanitas, porque
tivessem sido e fossem e pudes- não se deleitavam com o derrama-
sem sempre ser como Morôni, eis mento de sangue; sim, e isso não
que os próprios poderes do in- era tudo — eles lamentavam ser o
ferno teriam sido abalados para instrumento para mandar muitos
sempre; sim, o a diabo nunca teria de seus irmãos deste mundo para
poder sobre o coração dos filhos o mundo eterno, despreparados
dos homens. para encontrar seu Deus.
18 Eis que ele era um homem 24 Entretanto não poderiam dei-
como Amon, o filho de Mosias, xar-se matar, para que suas a espo-
sim, e também como os outros sas e filhos fossem massacrados
filhos de Mosias; sim, e também pela bárbara crueldade daqueles
como Alma e seus filhos, porque que, um dia, haviam sido seus ir-
eram todos homens de Deus. mãos, sim, e que, tendo b divergido
19 Ora, eis que Helamã e seus da igreja, os haviam abandonado,
irmãos não prestavam menos ser- unindo-se aos lamanitas para des-
viços ao povo do que Morôni; por- truí-los.
que pregavam a palavra de Deus, 25 Sim, não poderiam tolerar
e batizavam para o arrependimen- que seus irmãos se regozijassem
to todos os que davam ouvidos às com o sangue dos nefitas enquan-
suas palavras. to houvesse algum que observasse
20 E assim prosseguiram; e os do os mandamentos de Deus, pois a
povo a humilharam-se por causa promessa do Senhor era de que, se
de suas palavras, a ponto de se- guardassem seus mandamentos,
rem grandemente b favorecidos prosperariam na terra.
pelo Senhor; e assim ficaram livres
de guerras e contendas entre si;
CAPÍTULO 49
sim, pelo espaço de quatro anos.
21 Mas como eu disse, quase O s i n v a s o re s l a m a n i t a s n ã o
16 a Al. 55:19. 20 a
GEE Humildade, 23 a D&C 42:45.
17 a 1 Né. 22:26; Humilde, Humilhar. 24 a Al. 46:12.
3 Né. 6:15. b 1 Né. 17:35. b GEE Apostasia.
ALMA 49:1–10 384
conseguem tomar as cidades forti- capitães-chefes dos lamanitas fica-
ficadas de Amonia e Noé — Amali- ram grandemente surpresos com
quias amaldiçoa Deus e jura beber o a sabedoria dos nefitas na prepa-
sangue de Morôni — Helamã e seus ração de seus lugares de defesa.
irmãos continuam a fortalecer a Igre- 6 Ora, os chefes dos lamanitas
ja. Aproximadamente 72 a.C. haviam suposto, devido a sua su-
perioridade numérica, sim, su-
E aconteceu então que no dé- puseram que teriam a oportuni-
cimo primeiro mês do décimo dade de atacá-los como até então
nono ano, no décimo dia do mês, haviam feito; sim, e tinham-se
os exércitos dos lamanitas foram também preparado com escudos
vistos aproximando-se da terra e couraças; e também se prepara-
de Amonia. ram com vestimentas de pele, sim,
2 E eis que a cidade havia sido vestimentas bem grossas para co-
reconstruída e, nas fronteiras da brir-lhes a nudez.
cidade, Morôni colocara um exér- 7 E achando-se assim prepara-
cito; e ao seu redor amontoaram dos, supunham poder facilmen-
terra para protegerem-se das fle- te dominar e sujeitar seus irmãos
chas e pedras dos lamanitas; por- ao jugo da escravidão; ou matá-
que eis que eles lutavam com pe- los e massacrá-los segundo a sua
dras e com flechas. vontade.
3 Eis que eu disse que a cidade 8 Mas eis que, para sua total sur-
de a Amonia havia sido recons- presa, eles estavam a preparados
truída. Digo-vos, sim, que ela fora para recebê-los de uma forma
reconstruída em parte; e em vir- nunca antes vista entre os filhos
tude de os lamanitas terem-na de Leí. Ora, estavam prepara-
destruído uma vez por causa da dos para os lamanitas, para com-
iniquidade do povo, supuseram bater segundo as instruções de
que ela se tornasse novamente Morôni.
presa fácil para eles. 9 E aconteceu que os lamanitas,
4 Mas eis que grande foi seu de- ou seja, os amaliquiaítas, ficaram
sapontamento; porque eis que os muito surpresos com a maneira
nefitas haviam levantado um pa- pela qual eles se haviam prepa-
rapeito de terra ao seu redor, tão rado para a guerra.
alto que os lamanitas não podiam 10 Ora, se o rei Amaliquias hou-
atirar suas pedras e suas flechas vesse descido da a terra de Néfi à
de modo a produzir efeito; nem frente de seu exército, talvez ti-
podiam atacá-los, senão pelo lu- vesse feito com que os lamanitas
gar de entrada. atacassem os nefitas na cidade
5  Ora, nessa ocasião os de Amonia; porque eis que ele
49 3 a Al. 16:2–3, 9, 11. 10 a 2 Né. 5:8; Al. 47:1.
8 a Al. 48:7–10. Ômni 1:12;
385 ALMA 49:11–21
não se importava com o sangue a fim de lutar; e assim aconteceu
de seu povo. segundo seus desejos.
11 Mas eis que Amaliquias não 16 E eis que Morôni havia no-
descera pessoalmente para bata- meado Leí para ser capitão-chefe
lhar. E eis que seus capitães-chefes dos homens daquela cidade; e era
não ousaram atacar os nefitas na o a mesmo Leí que havia lutado
cidade de Amonia, porque Mo- com os lamanitas no vale, a leste
rôni havia alterado a tática dos do rio Sidon.
nefitas, de modo que os lamani- 17 E então eis que aconteceu que
tas se viram frustrados ante seus quando descobriram que Leí co-
lugares de refúgio e não puderam mandava a cidade, os lamanitas
atacá-los. ficaram novamente desaponta-
12 Portanto, retrocederam para o dos, porque o temiam muito; não
deserto, levantaram acampamen- obstante, seus capitães-chefes ti-
to e marcharam em direção à terra nham feito juramento de atacar a
de Noé, supondo que esse seria o cidade; portanto, fizeram avançar
segundo melhor lugar para atacar seus exércitos.
os nefitas. 18 Ora, eis que os lamanitas não
13 Porque não sabiam que Morô- podiam penetrar em seus fortes
ni tinha fortificado, ou seja, cons- de defesa por nenhum outro meio
truído a fortes de defesa para todas a não ser pela entrada, em vir-
as cidades em toda a terra cir- tude da altura do parapeito que
cunvizinha; por isso marcharam fora levantado e da profundidade
para a terra de Noé com firme do fosso que haviam cavado em
determinação; sim, seus capitães- derredor, a não ser pela entrada.
chefes adiantaram-se e fizeram 19 E assim estavam os nefitas
o juramento de destruir o povo preparados para destruir todos
daquela cidade. os que tentassem escalar o for-
14 Mas eis que, para seu assom- te para nele entrar por qualquer
bro, a cidade de Noé, que até en- outro meio, atirando-lhes pedras
tão fora um local indefeso, agora e flechas.
se tornara forte por causa de Mo- 20 Dessa forma estavam eles pre-
rôni; sim, e até excedia a força da parados, sim, um grupo de seus
cidade de Amonia. homens mais fortes, com suas es-
15 E então, eis que nisto Morôni padas e suas fundas, para derru-
fora sábio; porque havia suposto bar todos os que tentassem pene-
que eles ficariam amedrontados trar em sua fortaleza pela entrada;
com a cidade de Amonia e, como e assim estavam eles preparados
a cidade de Noé fora sempre a para defender-se dos lamanitas.
parte mais fraca da terra, conse- 21  E aconteceu que os capi-
quentemente marchariam para lá, tães dos lamanitas levaram seus
13 a Al. 48:8. 16 a Al. 43:35.
ALMA 49:22–30 386
exércitos para a frente da entrada estavam todos mortos, os lama-
e começaram a contender com os nitas fugiram para o deserto. E
nefitas, com a intenção de pene- aconteceu que voltaram à terra de
trar no forte; mas eis que foram re- Néfi a fim de informar o rei Ama-
chaçados várias vezes, tendo sido liquias, que era nefita por nasci-
mortos numa grande matança. mento, de suas grandes perdas.
22 Ora, quando descobriram que 26 E aconteceu que ele ficou mui-
não poderiam dominar os nefitas to zangado com seu povo porque
pela entrada, principiaram a es- não conseguira seu intento de do-
cavar o parapeito de terra, a fim minar os nefitas; ele não os sujei-
de conseguirem passagem para tara ao jugo do cativeiro.
seus exércitos e poderem lutar 27 Sim, ele ficou muito irado e
em condições de igualdade; mas a 
amaldiçoou a Deus, bem como
eis que, nessas tentativas, foram a Morôni, fazendo b juramento de
varridos pelas pedras e flechas que lhe beberia o sangue; e isto
que lhes eram atiradas; e em vez porque Morôni cumprira os man-
de encherem os fossos com a terra damentos de Deus nos preparati-
derrubada do parapeito, enche- vos para proteger seu povo.
ram-nos em parte com seus mor- 28 E aconteceu que, por outro
tos e feridos. lado, o povo de Néfi a agradeceu
23 Assim, os nefitas tinham po- ao Senhor seu Deus por haver-
der total sobre seus inimigos; e lhes demonstrado seu incompa-
assim os lamanitas tentaram des- rável poder ao livrá-los das mãos
truir os nefitas até que todos os de seus inimigos.
seus capitães-chefes foram mor- 29 E assim terminou o décimo
tos; sim, e mais de mil lamanitas nono ano em que os juízes gover-
foram mortos, enquanto, no outro naram o povo de Néfi.
lado, nem um só nefita foi morto. 30 Sim, e houve paz contínua
24 Ficaram feridos cerca de cin- entre eles, bem como grande pros-
quenta homens, os quais haviam peridade na igreja, em virtude
sido expostos às flechas dos lama- da atenção e diligência para com
nitas através da passagem; mas a palavra de Deus que lhes era
estavam protegidos por seus es- pregada por Helamã e Siblon e
cudos e suas couraças e seus ca- Coriânton e Amon e seus irmãos;
pacetes, de modo que seus feri- sim, e por todos os que haviam
mentos, muitos dos quais eram sido ordenados segundo a a santa
graves, eram nas pernas. ordem de Deus, sendo batizados
25 E aconteceu que quando vi- para o arrependimento e enviados
ram que seus capitães-chefes para pregar ao povo.
27 a
GEE Blasfemar, 28 a GEE Ação de 30 a Al. 43:2.
Blasfêmia. Graças, Agradecido,
b At. 23:12. Agradecimento.
387 ALMA 50:1–11
CAPÍTULO 50 6 Assim preparou Morôni forti-
ficações ao redor de todas as cida-
Morôni fortifica as terras dos nefi-
des de toda a terra, para defendê-
tas — Eles constroem muitas cidades
las de seus inimigos.
novas — Os nefitas sofrem guerras e
7 E aconteceu que Morôni fez
destruições nos dias de suas iniqui-
com que seus exércitos marchas-
dades e abominações — Moriânton
sem para o deserto leste; sim, e
e seus dissidentes são derrotados por
eles avançaram e expulsaram to-
Teâncum — Nefia morre e seu filho
dos os lamanitas que estavam no
Paorã ocupa a cadeira de juiz. Apro-
deserto leste para suas próprias
ximadamente 72–67 a.C.
terras, que ficavam ao sul da terra
E então aconteceu que Morôni de Zaraenla.
não suspendeu seus preparati- 8 E a terra de Néfi estendia-se,
vos para a guerra, ou seja, para em linha reta, do mar do leste
defender seu povo dos lamanitas; para o oeste.
pois fez com que seus exércitos, 9 E aconteceu que quando Morô-
no início do vigésimo ano do go- ni expulsou todos os lamanitas do
verno dos juízes, começassem a deserto leste, que ficava ao norte
cavar, levantando montes de terra das terras sob seu domínio, fez
ao redor de todas as cidades por com que os habitantes que esta-
toda a terra habitada pelos nefitas. vam na terra de Zaraenla e arre-
2 E no alto desses montes de ter- dores avançassem para o deserto
ra fez com que fossem colocadas leste, até as fronteiras do mar, e
vigas, sim, estruturas de madeira tomassem posse da terra.
da altura de um homem, circun- 10 E ele também colocou exér-
dando as cidades. citos ao sul, nas fronteiras de
3 E sobre essas estruturas de ma- seus territórios, e fez com que
deira mandou construir uma pa- fossem construídas a fortificações
liçada de estacas em toda a volta; que pudessem proteger os exér-
e elas eram fortes e altas. citos e o povo das mãos de seus
4 E fez com que se levantassem inimigos.
torres mais altas que as paliçadas 11 E assim isolou todas as forti-
e, no topo dessas torres, fez cons- ficações dos lamanitas no deser-
truir lugares de defesa, de modo to leste; sim, e também no oeste,
que as pedras e flechas dos lama- fortificando a linha divisória dos
nitas não pudessem feri-los. nefitas e lamanitas entre a terra de
5 E eles estavam preparados para Zaraenla e a terra de Néfi, desde o
atirar pedras lá de cima, segundo a mar do oeste, passando pela cabe-
sua vontade e força; e matar todo ceira do rio Sidon — ocupando os
aquele que tentasse aproximar-se nefitas toda a terra do norte, sim,
das muralhas da cidade. toda a terra situada ao norte da
50 10 a Al. 49:18–22.
ALMA 50:12–24 388
terra de Abundância, de acordo ricordiosos e justos são todos os
com a sua vontade. procedimentos do Senhor para o
12 Assim Morôni, com seus exér- cumprimento de todas as suas pa-
citos, que aumentavam diaria- lavras aos filhos dos homens; sim,
mente por causa da certeza de mesmo agora podemos ver como
proteção que suas defesas ofere- foram cumpridas as palavras que
ciam, procurou eliminar a força e ele dirigiu a Leí, dizendo:
o poder dos lamanitas sobre suas 20 Bem-aventurados sois, tu e
terras, a fim de que sobre elas não teus filhos; e eles serão abençoa-
tivessem poder algum. dos e, se guardarem meus manda-
13 E aconteceu que os nefitas mentos, prosperarão na terra. Mas
iniciaram a fundação de uma ci- lembra-te de que, se não guarda-
dade, a qual denominaram cidade rem meus mandamentos, serão
de Morôni; e situava-se perto do a 
afastados da presença do Senhor.
mar do leste; e ficava ao sul, per- 21 E vemos que essas promessas
to das fronteiras dos territórios ao povo de Néfi foram cumpri-
lamanitas. das; porque foram suas desaven-
14 E iniciaram também os alicer- ças e suas contendas, sim, seus
ces de uma cidade entre a cidade homicídios e suas pilhagens, sua
de Morôni e a cidade de Aarão, idolatria, sua libertinagem e suas
unindo as fronteiras de Aarão e abominações que lhes trouxeram
Morôni; e deram à cidade, ou me- guerras e destruição.
lhor, à terra, o nome de Nefia. 22 E os fiéis no cumprimento
15 E naquele mesmo ano ini- dos mandamentos de Deus foram
ciaram também a construção de sempre libertados, ao passo que
muitas cidades no norte, uma de milhares de seus irmãos iníquos
modo singular, à qual deram o foram reduzidos à escravidão ou
nome de Leí, que ficava ao norte, pereceram pela espada ou dege-
próxima à costa. neraram, caindo na incredulidade,
16 E assim terminou o vigési- e misturaram-se aos lamanitas.
mo ano. 23 Mas eis que nunca houve épo-
17 E nesse estado de prosperi- ca a mais feliz para o povo de Néfi,
dade achava-se o povo de Néfi desde os tempos de Néfi, do que
no começo do vigésimo primeiro os dias de Morôni, sim, mesmo
ano em que os juízes governaram agora, no vigésimo primeiro ano
o povo de Néfi. do governo dos juízes.
18 E eles prosperaram muito 24 E aconteceu que o vigésimo
e tornaram-se muito ricos; sim, segundo ano do governo dos juí-
multiplicaram-se e tornaram-se zes também terminou em paz;
fortes na terra. sim, e também o vigésimo ter-
19 E assim vemos quão mise- ceiro ano.
20 a D&C 1:14. 23 a Mos. 2:41.
389 ALMA 50:25–35
25 E aconteceu que no começo era um homem muito violento,
do vigésimo quarto ano do go- zangou-se com uma de suas ser-
verno dos juízes, teria também vas e sobre ela atirou-se, espan-
havido paz para o povo de Néfi se cando-a.
entre eles não tivesse surgido uma 31 E aconteceu que ela fugiu e
a 
contenda relativa à terra de Leí e foi para o acampamento de Mo-
à terra de Moriânton, que confi- rôni e relatou todo o acontecido;
nava com a terra de Leí, ficando e também a intenção que tinham
ambas próximas à costa. eles de fugir para a terra do norte.
26 Pois eis que o povo que habi- 32 Ora, eis que o povo que es-
tava a terra de Moriânton reivin- tava na terra de Abundância, ou
dicou uma parte da terra de Leí; melhor, Morôni, temeu que eles
assim começou uma acalorada se deixassem levar pelas pala-
contenda entre eles, a ponto de ter vras de Moriânton e se unissem
o povo de Moriânton pegado em ao povo dele; e assim ele se apo-
armas contra seus irmãos, estan- deraria daquelas partes da terra,
do determinados a exterminá-los o que daria origem a sérias con-
pela espada. sequências para o povo de Néfi,
27 Mas eis que o povo que ha- sim, consequências que levariam
bitava a terra de Leí fugiu para à perda de sua a liberdade.
o acampamento de Morôni e pe- 33 Por conseguinte, Morôni en-
diu-lhe ajuda; pois eis que não se viou um exército com seus ape-
achavam em erro. trechos para interceptar o povo
28 E aconteceu que quando o de Moriânton, para impedir sua
povo de Moriânton, que era guia- fuga para a terra do norte.
do por um homem chamado Mo- 34 E aconteceu que não os in-
riânton, descobriu que o povo de terceptaram até eles chegarem às
Leí havia fugido para o acam- fronteiras da terra de a Desolação;
pamento de Morôni, teve muito e lá os detiveram, na estreita pas-
medo de que o exército de Morôni sagem que levava à terra do norte,
caísse sobre eles e os destruísse. perto do mar, sim, perto do mar
29 Portanto, Moriânton conven- tanto a leste como a oeste.
ceu-os de que deveriam fugir para 35 E aconteceu que o exército en-
a terra que ficava ao norte, a qual viado por Morôni, sob o comando
era coberta por grandes extensões de um homem chamado Teâncum,
de água, e ocupar a terra que fica- defrontou-se com o povo de Mo-
va ao norte. riânton; e tão obstinado estava o
30 E eis que teriam executado povo de Moriânton (incitado por
esse plano (o que teria sido lamen- sua iniquidade e suas palavras
tável), mas eis que Moriânton, que lisonjeiras), que teve início uma
25 a GEE Contenção, 32 a GEE Liberdade, Livre.
Contenda. 34 a Al. 46:17.
ALMA 50:36–51:4 390
batalha entre eles, na qual Teân- 40 Ora, eis que seu nome era
cum matou Moriânton e derro- Paorã; e Paorã ocupou a cadeira
tou os de seu exército e tomou- de seu pai e começou a governar
os como prisioneiros e voltou ao o povo de Néfi no fim do vigési-
acampamento de Morôni. E assim mo quarto ano.
terminou o vigésimo quarto ano
em que os juízes governaram o CAPÍTULO 51
povo de Néfi.
Os realistas procuram mudar a lei
36 E assim o povo de Moriân-
e instituir um rei — Paorã e os ho-
ton foi levado de volta. E após
mens livres são apoiados pela voz do
haverem feito um tratado de paz,
povo — Morôni obriga os realistas a
foram reencaminhados à terra
defenderem seu país; caso contrário,
de Moriânton; e efetuou-se uma
serão executados — Amaliquias e os
união deles com o povo de Leí; e
lamanitas capturam muitas cidades
eles foram também reencaminha-
fortificadas — Teâncum repele a in-
dos às suas terras.
vasão lamanita e mata Amaliquias
37 E aconteceu que no mesmo
em sua tenda. Aproximadamente
ano em que a paz foi restabelecida
67–66 a.C.
entre o povo de Néfi, morreu Ne-
fia, o segundo juiz supremo, ten- E então aconteceu, no começo
do ocupado a cadeira de juiz com do vigésimo quinto ano em que
perfeita retidão perante Deus. os juízes governaram o povo de
38 Não obstante, havia-se re- Néfi, tendo eles estabelecido paz
cusado a tomar posse dos regis- entre o povo de Leí e o povo de
tros e daquelas coisas que Alma e Moriânton a respeito de suas ter-
seus pais consideravam muito sa- ras e tendo iniciado em paz o vi-
gradas. Por conseguinte Alma os gésimo quinto ano;
havia confiado a seu filho Helamã. 2 Embora a paz total não tenha
39 Eis que aconteceu ter sido o fi- sido mantida por muito tempo
lho de Nefia indicado para ocupar na terra, porque surgiu uma dis-
a cadeira de juiz em lugar de seu córdia entre o povo concernente
pai; sim, foi nomeado juiz supre- a Paorã, o juiz supremo, pois eis
mo e governador do povo, com o que uma parte do povo desejava
juramento e a ordenança sagrada que alguns pontos específicos da
de julgar com justiça e manter a lei fossem alterados.
paz e a liberdade do povo e de 3 Mas eis que Paorã não desejava
conceder-lhe o privilégio sagra- nem consentiu que se alterasse a
do de adorar ao Senhor seu Deus, lei; de modo que não deu ouvi-
sim, de apoiar e manter a causa de dos aos que lhe enviaram a sua
Deus durante todos os seus dias voz com suas petições referentes
e de fazer justiça aos iníquos, de à alteração da lei.
acordo com seus crimes. 4 Por isso, aqueles que deseja-
391 ALMA 51:5–13
vam a modificação da lei ficaram ambicionavam poder e autoridade
irados contra ele e não quiseram sobre o povo.
que continuasse como juiz supre- 9 Mas eis que essa foi uma época
mo da terra. Originou-se então crítica para tais discórdias entre
acalorada disputa sobre o assunto, o povo de Néfi; porque eis que
mas não chegou a haver derrama- Amaliquias tornara a incitar o
mento de sangue. coração dos lamanitas contra os
5 E aconteceu que aqueles que nefitas e estava reunindo soldados
desejavam ver Paorã destituído de todas as partes de sua terra e
do cargo de juiz supremo foram armando-os e preparando-os com
chamados realistas, porque dese- todo o cuidado para a guerra; pois
javam que a lei fosse modificada ele havia a jurado que beberia o
de uma forma que derrubasse o sangue de Morôni.
governo livre e instituísse um rei 10 Veremos, porém, que a pro-
na terra. messa que ele fizera fora precipi-
6 E os que desejavam que Paorã tada. Não obstante, ele preparou-
continuasse sendo o juiz supremo se e preparou seus exércitos para
da terra tomaram o nome de ho- guerrear os nefitas.
mens livres; e assim, dividiram-se, 11 Ora, seus exércitos não eram
porque os homens livres haviam tão grandes como antes haviam
feito o juramento, ou seja, o con- sido, por causa dos muitos milha-
vênio de manter seus direitos e res que haviam sido mortos pelas
os privilégios de sua religião por mãos dos nefitas; mas apesar de
meio de um governo livre. suas grandes perdas, Amaliquias
7 E aconteceu que essa questão reunira um formidável exército, a
foi decidida pela voz do povo. E ponto de não recear descer à terra
aconteceu que a voz do povo foi de Zaraenla.
favorável aos homens livres; e 12 Sim, o próprio Amaliquias
Paorã manteve-se na cadeira de desceu à frente dos lamanitas. E
juiz, o que causou muita satisfa- isto aconteceu no vigésimo quinto
ção aos irmãos de Paorã e também ano do governo dos juízes; e foi ao
a muitos do povo da liberdade, mesmo tempo em que eles come-
que também reduziram os rea- çaram a resolver suas contendas
listas ao silêncio, de maneira que relativas ao juiz supremo, Paorã.
não se atreveram a fazer oposição, 13 E aconteceu que quando ti-
mas viram-se obrigados a apoiar veram conhecimento de que os
a causa da liberdade. lamanitas vinham descendo para
8 Ora, os que estavam a favor de batalhar contra eles, os homens
reis eram pessoas de a alta linha- que eram chamados realistas fi-
gem e procuravam tornar-se reis; caram muito contentes e recusa-
e eram apoiados por aqueles que ram-se a pegar em armas, porque
51 8 a GEE Orgulho. 9 a Al. 49:26–27.
ALMA 51:14–22 392
estavam tão irados com o juiz su- armas para lutar contra os ho-
premo e também com o a povo da mens de Morôni, foram logo mor-
liberdade que não quiseram pegar tos e derrubados por terra.
em armas para defender seu país. 19 E aconteceu que era quatro
14  E aconteceu que Morôni, mil o número dos a dissidentes
quando viu isso e viu também derrubados pela espada; e os seus
que os lamanitas estavam atra- chefes que não morreram na luta
vessando as fronteiras da terra, foram levados para a prisão, por-
ficou sumamente irado com a obs- que naquele momento não havia
tinação daquele povo por cuja tempo para julgá-los.
preservação ele trabalhara com 20 E os restantes daqueles dis-
tanto empenho; sim, ficou muito sidentes, em vez de se deixarem
contrariado, enchendo-se-lhe a matar pela espada, renderam-se
alma de ira contra eles. ao estandarte da liberdade e fo-
15 E aconteceu que enviou uma ram compelidos a hastear o a es-
petição com a voz do povo ao go- tandarte da liberdade em suas
vernador da terra, solicitando-lhe torres e em suas cidades e a pe-
que a lesse e desse a ele (Morôni) gar em armas para a defesa de
poder para obrigar aqueles dissi- seu país.
dentes a defenderem seu país ou 21 E assim Morôni pôs fim àque-
para condená-los à morte. les realistas, de modo que não
16 Porque sua primeira preo- restou homem algum que fosse
cupação era pôr termo àquelas conhecido pela denominação de
contendas e dissensões entre o realista; e, desta maneira, pôs fim
povo; porque eis que, até então, à obstinação e ao orgulho daque-
isso havia sido a causa de toda a les que diziam ter sangue nobre;
sua destruição. E aconteceu que e foram obrigados a ser humil-
foi feito de acordo com a voz do des como seus irmãos e a lutar
povo. valentemente em defesa de sua
17 E aconteceu que Morôni orde- liberdade.
nou a seu exército que se lançasse 22 Então aconteceu que, enquan-
contra os realistas para abater-lhes to a Morôni estava assim acabando
o orgulho e a altivez e derrubá-los com as guerras e contendas entre
por terra; ou deveriam pegar em seu próprio povo, sujeitando-o à
armas e ajudar a apoiar a causa paz e à civilização e fazendo re-
da liberdade. gulamentos a fim de preparar-se
18 E aconteceu que os exérci- para a guerra contra os lamanitas,
tos marcharam contra eles; e aba- eis que os lamanitas penetraram
teram-lhes o orgulho e a altivez na terra de Morôni, situada nas
de tal modo que, ao pegarem em fronteiras perto do mar.
13 a Al. 46:10–16. 20 a Al. 46:12–13.
19 a Al. 60:16. 22 a GEE Morôni, Capitão.
393 ALMA 51:23–34
23 E aconteceu que os nefitas não retrocederem e matando muitos
estavam suficientemente fortes na deles.
cidade de Morôni e, por isso, fo- 29 Mas aconteceu que foram en-
ram expulsos por Amaliquias, que frentados por Teâncum, que havia
matou muitos deles. E aconteceu a 
matado Moriânton e detido a
que Amaliquias tomou posse da fuga de seu povo.
cidade, sim, apoderou-se de todas 30 E aconteceu que ele também
as suas fortificações. deteve Amaliquias, que marchava
24 E os que fugiram da cidade com seu numeroso exército para
de Morôni foram para a cidade de apoderar-se da terra de Abundân-
Nefia; e também os habitantes da cia e também da terra do norte.
cidade de Leí reuniram-se e pre- 31 Mas eis que Amaliquias ficou
pararam-se, ficando prontos para grandemente desapontado ao ser
enfrentar os lamanitas. repelido por Teâncum e seus ho-
25 Mas aconteceu que Amali- mens, que eram grandes guerrei-
quias não permitiu que os lama- ros; pois cada um dos homens de
nitas atacassem a cidade de Ne- Teâncum sobrepujava os lamani-
fia, mas conservou-os perto do tas em força e destreza de guerra,
mar, deixando homens em todas de modo que obtiveram vantagem
as cidades para mantê-las e de- sobre os lamanitas.
fendê-las. 32 E aconteceu que eles os ata-
26 E assim seguiu ele ocupando caram e mataram até o escurecer.
muitas cidades, a cidade de Ne- E aconteceu que Teâncum e seus
fia e a cidade de Leí e a cidade de homens armaram suas tendas nas
Moriânton e a cidade de Ômner fronteiras da terra de Abundância;
e a cidade de Gide e a cidade de e Amaliquias armou suas tendas
Muleque, as quais ficavam todas na praia, nas fronteiras junto à
situadas nas fronteiras do leste, costa; e deste modo foram eles
perto do mar. rechaçados.
27 E assim, pela astúcia de Ama- 33 E aconteceu que, depois de
liquias, com suas inúmeras hostes anoitecer, Teâncum e seu servo
os lamanitas se haviam apodera- saíram furtivamente e dirigiram-
do de muitas cidades, as quais se ao acampamento de Amali-
estavam todas a fortificadas soli- quias; e eis que o sono os havia
damente segundo o tipo das for- dominado em virtude de sua
tificações de Morôni; e todas elas grande fadiga, causada pelos la-
serviram de fortaleza para os la- bores e pelo calor do dia.
manitas. 34 E aconteceu que Teâncum
28 E aconteceu que marcharam penetrou secretamente na tenda
para as fronteiras da terra de do rei e atravessou-lhe o coração
Abundância, fazendo os nefitas com uma lança; e causou a morte
27 a Al. 48:8–9. 29 a Al. 50:35.
ALMA 51:35–52:8 394
imediata do rei, de modo que não para a cidade de Muleque, pro-
chegou a despertar seus servos. curando proteção em suas forti-
35 E regressou secretamente ao ficações.
seu acampamento e eis que seus 3 E aconteceu que o irmão de
homens dormiam; e despertou- Amaliquias foi nomeado rei do
os e relatou-lhes tudo o que ha- povo; e seu nome era Amoron;
via feito. assim, o rei Amoron, irmão do
36 E fez com que seus exércitos rei Amaliquias, foi nomeado para
ficassem de prontidão, por medo reinar em seu lugar.
de que os lamanitas tivessem des- 4 E aconteceu que ordenou a seu
pertado e fossem atacá-los. povo que conservasse aquelas ci-
37 E assim terminou o vigési- dades que eles haviam tomado à
mo quinto ano em que os juízes custa de derramamento de san-
governaram o povo de Néfi; e as- gue; porque eles não haviam to-
sim terminaram os dias de Ama- mado cidade alguma sem grande
liquias. perda de sangue.
5 E vendo então Teâncum que os
CAPÍTULO 52 lamanitas estavam determinados
a manter as cidades que haviam
Amoron sucede a Amaliquias como
tomado, bem como as partes da
rei dos lamanitas — Morôni, Teân-
terra das quais se haviam apode-
cum e Leí guiam os nefitas em uma
rado, e considerando também a
guerra vitoriosa contra os lamani-
enormidade de seu número, Teân-
tas — A cidade de Muleque é reto-
cum achou prudente não tentar
mada e Jacó, o zoramita, é morto.
atacá-los em seus fortes.
Aproximadamente 66–64 a.C.
6 Conservou, porém, seus ho-
E então aconteceu, no vigésimo mens em vários lugares, como se
sexto ano em que os juízes go- estivessem fazendo preparativos
vernaram o povo de Néfi, que para a guerra; sim, e na verdade
quando despertaram na primei- preparava-se para defender-se
ra manhã do primeiro mês, eis deles, a erguendo muralhas em vá-
que os lamanitas descobriram que rios pontos e construindo lugares
Amaliquias estava morto em sua de refúgio.
tenda; e também viram que Teân- 7 E aconteceu que ele continuou
cum estava pronto para atacá-los assim se preparando para a guer-
naquele dia. ra, até que Morôni lhe enviou um
2 E então, quando os lamanitas grande número de homens para
viram isso, ficaram amedronta- fortalecerem seu exército.
dos; e abandonando a ideia de 8 E Morôni enviou-lhe também
marchar para a terra do norte, re- ordem de conservar todos os pri-
tiraram-se com todo o seu exército sioneiros que lhe caíssem nas
52 6 a Al. 50:1–6; 53:3–5.
395 ALMA 52:9–17
mãos, porque como os lamanitas e marchara contra os nefitas nas
haviam feito muitos prisioneiros, fronteiras junto ao mar do oeste.
ele deveria conservar todos os 13 E assim procurou atacar os
prisioneiros dos lamanitas, como nefitas e atrair uma parte de seu
resgate por aqueles que os lama- exército para aquela região da ter-
nitas haviam capturado. ra, enquanto dava ordem, àqueles
9 E ordenou-lhe também que for- que deixara para ocupar as cida-
tificasse a terra de Abundância e des que ele tomara, de também
assegurasse a a estreita passagem atacarem os nefitas nas frontei-
que levava à terra do norte, a fim ras, junto ao mar do leste; e de
de que os lamanitas não conquis- ocupar suas terras na medida do
tassem aquele ponto e tivessem possível, segundo a força de seus
poder para atacá-los de todos os exércitos.
lados. 14 E nessas perigosas circunstân-
10 E Morôni também mandou cias achavam-se os nefitas no fim
dizer-lhe que defendesse cuida- do vigésimo sexto ano em que os
dosamente aquela parte da terra juízes governaram o povo de Néfi.
e que procurasse todas as opor- 15 Mas eis que aconteceu, no
tunidades para castigar os lama- vigésimo sétimo ano do governo
nitas naquela parte, tanto quanto dos juízes, que Teâncum, coman-
lhe fosse possível, para que talvez dado por Morôni — que havia
pudesse retomar, por meio de es- colocado exércitos para proteger
tratagema ou de alguma outra as fronteiras do sul e do oeste da
forma, as cidades circunvizinhas terra e principiado sua marcha
que haviam sido tiradas de suas rumo à terra de Abundância, a
mãos; e que ele também fortificas- fim de ajudar Teâncum e seus ho-
se e reforçasse todas as cidades mens a retomarem as cidades que
que não haviam caído em poder haviam perdido —
dos lamanitas. 16 E aconteceu que Teâncum
11 E ele também lhe disse: Reu- recebera ordem de atacar a cida-
nir-me-ia a vós, mas eis que os la- de de Muleque e de retomá-la, se
manitas nos atacam nas fronteiras possível.
da terra, junto ao mar do oeste, e 17 E aconteceu que Teâncum
eis que eu vou enfrentá-los. Por se preparou para atacar a cidade
essa razão não posso reunir-me de Muleque e marchar com seu
a vós. exército contra os lamanitas; ve-
12 Ora, o rei (Amoron) havia rificou, porém, que era impossível
deixado a terra de Zaraenla e le- dominá-los enquanto eles estives-
vara ao conhecimento da rainha sem dentro de suas fortificações.
a morte de seu irmão; e reunira Por conseguinte, desistiu desse
um grande número de homens propósito e retornou à cidade de
9 a Al. 22:32; Mórm. 2:29.
ALMA 52:18–27 396
Abundância para esperar a che- para o deserto, a oeste da cidade
gada de Morôni, que deveria re- de Muleque; e assim, pela manhã,
forçar seu exército. quando os guardas dos lamanitas
18 E aconteceu que Morôni che- descobriram Teâncum, correram
gou com seu exército à terra de para avisar Jacó, seu chefe.
Abundância no fim do vigésimo 23 E aconteceu que os exércitos
sétimo ano em que os juízes go- dos lamanitas marcharam contra
vernaram o povo de Néfi. Teâncum, julgando que, por serem
19 E no começo do vigésimo oi- numerosos, dominariam Teâncum
tavo ano, Morôni e Teâncum e devido a seu número reduzido.
muitos dos capitães-chefes reali- E Teâncum, ao ver que o exército
zaram um conselho de guerra a dos lamanitas avançava contra
fim de decidirem o que poderiam ele, começou a retroceder rumo
fazer para que os lamanitas saís- ao norte, pela costa.
sem para batalhar contra eles; ou 24 E aconteceu que quando vi-
como poderiam, por algum meio, ram que ele começou a fugir, os
atraí-los para fora de suas fortale- lamanitas armaram-se de cora-
zas, a fim de obterem vantagem gem e começaram a persegui-los
sobre eles e reconquistarem a ci- com vigor. E enquanto Teâncum
dade de Muleque. ia assim atraindo para longe os
20 E aconteceu que enviaram lamanitas, que em vão os perse-
emissários ao comandante do guiam, eis que Morôni ordenou a
exército dos lamanitas que pro- uma parte de seu exército que se
tegia a cidade de Muleque, cujo achava com ele, que penetrasse
nome era Jacó, convidando-o a na cidade e a ocupasse.
sair com seus exércitos para en- 25 E eles assim fizeram e ma-
frentá-los nas planícies entre as taram todos os que haviam sido
duas cidades. Mas eis que Jacó, deixados para proteger a cidade,
que era zoramita, não quis sair sim, todos aqueles que não qui-
com seu exército para enfrentá- seram entregar suas armas de
los nas planícies. guerra.
21 E aconteceu que Morôni, não 26 E assim Morôni se apoderou
tendo mais esperança de enfren- da cidade de Muleque com uma
tá-los em igualdade de condições, parte de seu exército, enquanto
recorreu, portanto, a um estrata- marchava com os soldados res-
gema, a fim de atrair os lamanitas tantes para enfrentar os lamanitas
para fora de suas fortalezas. quando voltassem da perseguição
22 Portanto, fez com que Teân- a Teâncum.
cum tomasse um pequeno núme- 27 E aconteceu que os lamanitas
ro de homens e marchasse para perseguiram Teâncum até perto
perto da costa; e Morôni e seu da cidade de Abundância, onde
exército seguiram durante a noite Leí os enfrentou com um pequeno
397 ALMA 52:28–40
exército que havia sido deixado matá-los e abrir caminho para a
para proteger a cidade de Abun- cidade de Muleque. Mas eis que
dância. Morôni e seus homens eram mais
28 E então eis que quando os ca- fortes; portanto, não deram pas-
pitães-chefes dos lamanitas viram sagem aos lamanitas.
Leí com seu exército marchando 35 E aconteceu que lutaram com
contra eles, fugiram em grande grande furor de ambos os lados;
confusão, temendo não chegar à e houve muitos mortos de parte
cidade de Muleque antes que Leí a parte; sim, e Morôni foi ferido
os alcançasse; pois estavam can- e Jacó, morto.
sados em virtude de sua marcha; 36 E com tal fúria Leí e seus for-
e os homens de Leí estavam des- tes homens atacaram sua reta-
cansados. guarda que os lamanitas, na re-
29  Ora, os lamanitas não sa- taguarda, entregaram suas armas
biam que Morôni se achava em de guerra; e os restantes, estando
sua retaguarda com seu exército; muito confusos, não sabiam para
e tudo o que temiam era Leí e seus onde ir ou onde atacar.
homens. 37 Ora, Morôni, vendo essa con-
30 Ora, Leí não desejava alcançá- fusão, disse-lhes: Se trouxerdes
los até que encontrassem Morôni vossas armas de guerra e as entre-
e seu exército. gardes, eis que evitaremos derra-
31 E aconteceu que antes que mar vosso sangue.
tivessem retrocedido muito, os 38 E aconteceu que quando os
lamanitas foram cercados pelos lamanitas ouviram estas palavras,
nefitas, pelos homens de Morô- seus capitães-chefes — todos os
ni de um lado e, do outro, pelos que não haviam sido mortos —
de Leí, todos eles descansados e adiantaram-se e depuseram suas
cheios de vigor; os lamanitas, po- armas de guerra aos pés de Mo-
rém, estavam cansados por causa rôni, ordenando também a seus
da sua longa marcha. homens que fizessem o mesmo.
32 E Morôni ordenou a seus ho- 39 Mas eis que muitos não o fi-
mens que os atacassem até que en- zeram; e aqueles que não entrega-
tregassem suas armas de guerra. ram suas espadas foram presos e
33 E aconteceu que Jacó, sendo amarrados; e suas armas de guer-
seu chefe, sendo também a zora- ra foram apreendidas; e foram
mita e tendo um espírito indomá- obrigados a marchar com seus ir-
vel, levou os lamanitas a batalha- mãos para a terra de Abundância.
rem contra Morôni com grande 40 Ora, o número de prisioneiros
fúria. feitos era superior ao número de
34 Achando-se Morôni no cami- mortos, sim, superior ao número
nho deles, Jacó, portanto, decidiu de mortos de ambos os lados.
33 a Al. 31:12.
ALMA 53:1–7 398
CAPÍTULO 53 sobre a borda interior do fosso; e
eles atiraram a terra desse fosso
Os prisioneiros lamanitas são usados
contra o a parapeito de madeira; e
para fortificar a cidade de Abundân-
assim fizeram com que os lama-
cia — Dissensões entre os nefitas dão
nitas trabalhassem até cercar a
lugar a vitórias lamanitas — Helamã
cidade de Abundância com uma
assume o comando de dois mil jovens,
forte muralha de madeira e terra,
filhos do povo de Amon. Aproxima-
de grande altura.
damente 64–63 a.C.
5 E a partir daí, essa cidade tor-
E aconteceu que puseram guar- nou-se uma grande fortaleza; e
das para vigiar os prisioneiros nessa cidade mantiveram os pri-
lamanitas e obrigaram-nos a en- sioneiros lamanitas; sim, dentro
terrar seus mortos, sim, e também de uma muralha que os haviam
os mortos dos nefitas; e Morôni feito levantar com as próprias
colocou homens para vigiá-los mãos. Ora, Morôni foi obriga-
enquanto executavam seus tra- do a fazer com que os lamanitas
balhos. trabalhassem, porque era fácil
2 E Morôni dirigiu-se à cida- vigiá-los enquanto trabalhavam;
de de Muleque, com Leí; e assu- e ele desejava utilizar todas as
miu o comando da cidade e pas- suas forças quando fosse atacar
sou-o a Leí. Ora, eis que esse Leí os lamanitas.
era um homem que havia estado 6 E aconteceu que Morôni tinha,
com Morôni na maior parte de assim, conseguido obter uma vitó-
suas batalhas; e era um homem ria sobre um dos maiores exércitos
a 
como Morôni e regozijavam-se dos lamanitas e havia-se apodera-
com a segurança um do outro; do da cidade de Muleque, que era
sim, amavam-se um ao outro e uma das praças mais fortes dos
eram também amados por todo lamanitas na terra de Néfi; e assim
o povo de Néfi. ele também construíra um forte
3 E aconteceu que depois de ha- para prender seus prisioneiros.
verem os lamanitas terminado de 7 E aconteceu que ele não mais
sepultar seus mortos e também os tentou uma batalha com os la-
mortos dos nefitas, foram levados manitas naquele ano, mas em-
de volta à terra de Abundância; e pregou seus homens em prepa-
Teâncum, por ordem de Morôni, rativos para a guerra, sim, e na
fez com que eles começassem a construção de fortificações para
trabalhar na construção de um defender-se dos lamanitas, sim, e
fosso ao redor da terra, ou seja, também para livrar suas mulhe-
da cidade de Abundância. res e seus filhos da fome e aflição
4 E fez com que eles construís- e fornecer alimentos para seus
sem um parapeito de madeira exércitos.
53 2 a Al. 48:16–17. 4 a Al. 50:2–3.
399 ALMA 53:8–17
8 E então aconteceu que os exér- haviam sido sempre a protegidos
citos dos lamanitas, no mar do pelos nefitas.
oeste, ao sul, durante a ausência 13 Mas aconteceu que quando
de Morôni e devido a algumas in- viram o perigo e as muitas afli-
trigas entre os nefitas, que causa- ções e tribulações que os nefitas
ram dissensões entre eles, haviam padeciam por eles, encheram-se
conseguido certa vantagem sobre de compaixão e a desejaram pegar
os nefitas; sim, tanto que se apo- em armas em defesa de seu país.
deraram de várias de suas cidades 14 Mas eis que quando estavam
naquela parte da terra. prestes a pegar suas armas de
9 E assim, por causa de suas ini- guerra, foram dissuadidos por
quidades, sim, por causa de dis- Helamã e seus irmãos, porque
sensões e intrigas entre eles pró- estavam prestes a a quebrar o b ju-
prios, viram-se nas mais perigosas ramento que haviam feito.
situações. 15 E Helamã temia que, caso o fi-
10 E agora eis que tenho algo a zessem, suas almas se perdessem;
dizer a respeito dos do a povo de por essa razão, todos aqueles que
Amon, que no começo eram lama- haviam feito esse convênio foram
nitas, mas que, por Amon e seus obrigados a presenciar as aflições
irmãos, ou melhor, pelo poder e de seus irmãos nas perigosas con-
pela palavra de Deus, foram b con- dições em que se encontravam
vertidos ao Senhor; e haviam sido naqueles dias.
levados para a terra de Zaraenla, 16 Mas eis que aconteceu que
sendo, a partir daí, protegidos eles tinham muitos filhos que não
pelos nefitas. haviam feito convênio de não pe-
11 E por causa de seu juramento gar suas armas de guerra para de-
não mais haviam pegado em ar- fender-se de seus inimigos; por-
mas para combater seus irmãos, tanto, reuniram-se todos os que
porque eles haviam feito juramen- podiam pegar em armas e adota-
to de que a nunca mais derrama- ram o nome de nefitas.
riam sangue; e, de acordo com 17 E fizeram convênio de lutar
seu juramento, teriam perecido; pela liberdade dos nefitas, sim, de
sim, ter-se-iam deixado cair nas proteger a terra, ainda que com
mãos de seus irmãos, não fora sacrifício da própria vida; sim, fi-
pela piedade que Amon e seus zeram convênio de jamais renun-
irmãos tiveram deles e por seu ciar a sua a liberdade, mas de lutar
grande amor a eles. em todas as circunstâncias para
12 E por essa razão foram leva- proteger os nefitas e a si próprios
dos para a terra de Zaraenla; e do cativeiro.
10 a Al. 27:24–26. 12 a Al. 27:23. b GEE Juramento.
b Al. 23:8–13. 13 a Al. 56:7. 17 a Al. 56:47.
11 a Al. 24:17–19. 14 a Núm. 30:2. GEE Liberdade, Livre.
ALMA 53:18–54:5 400
18 Ora, eis que havia dois mil armas e submetam-se aos lamanitas.
desses jovens que fizeram esse Aproximadamente 63 a.C.
convênio e pegaram em armas
de guerra para defender seu país. E então aconteceu que no início
19 E então eis que eles, além de do vigésimo nono ano dos juízes,
nunca terem representado um a 
Amoron enviou uma mensagem
peso para os nefitas, tornaram-se a Morôni, propondo a troca de
também, nessa ocasião, um gran- prisioneiros.
de apoio; porque tomaram suas 2 E aconteceu que Morôni se re-
armas de guerra e desejaram que jubilou muito com essa solicita-
Helamã fosse seu chefe. ção, porque desejava as provisões
20 E eram todos jovens e muito destinadas ao sustento dos prisio-
valorosos quanto à a coragem e neiros lamanitas para sustentar
também vigor e atividade; mas seu próprio povo; e ele também
eis que isto não era tudo — eles desejava seu povo de volta, para
eram homens b fiéis em todas as reforçar seu exército.
ocasiões e em todas as coisas que 3 Ora, os lamanitas haviam apri-
lhes eram confiadas. sionado muitas mulheres e crian-
21 Sim, eles eram homens ínte- ças e não havia mulher alguma
gros e sóbrios, pois haviam apren- nem criança entre todos os pri-
dido a guardar os mandamentos sioneiros de Morôni, ou seja, os
de Deus e a a andar retamente pe- prisioneiros feitos por Morôni. Por
rante ele. essa razão Morôni resolveu usar
22 E então aconteceu que Hela- de um estratagema para conseguir
mã marchou à frente desses a dois dos lamanitas tantos prisioneiros
mil jovens soldados, para ajudar nefitas quantos possível.
o povo nas fronteiras da terra, ao 4 Assim, escreveu uma epístola,
sul, junto ao mar do oeste. enviando-a pelo servo de Amo-
23 E assim terminou o vigésimo ron, o mesmo que havia levado
oitavo ano em que os juízes gover- a epístola a Morôni. Ora, estas
naram o povo de Néfi. são as palavras que escreveu a
Amoron:
5 Eis que, Amoron, eu te escre-
CAPÍTULO 54
vi algo concernente a esta guerra
Amoron e Morôni negociam a troca que empreendeste contra meu
de prisioneiros — Morôni exige que povo, ou melhor, que teu a irmão
os lamanitas se retirem e cessem os empreendeu contra eles e que ain-
seus ataques assassinos — Amoron da estás determinado a continuar
exige que os nefitas deponham suas após sua morte.
20 a
GEE Coragem, 21 a GEE Andar, Andar com 54 1 a Al. 52:3.
Corajoso. Deus. 5 a Al. 48:1.
b GEE Integridade. 22 a Al. 56:3–5.
401 ALMA 54:6–16
6 Eis que eu quisera dizer-te algo informando-te de que não farei
a respeito da a justiça de Deus e da a troca de prisioneiros a não ser
espada de sua ira todo-poderosa, com a condição de me entregares
que está suspensa sobre ti a não um homem com a esposa e os fi-
ser que te arrependas e retires teus lhos em troca de cada prisioneiro;
exércitos para tuas próprias terras, se estiveres de acordo, efetuarei
ou seja, a terra de tua possessão, a troca.
que é a terra de Néfi. 12 E eis que, se não fizeres isto,
7 Sim, quisera dizer-te estas coi- marcharei contra ti com meus
sas se fosses capaz de ouvi-las; exércitos; sim, armarei até mes-
sim, quisera falar-te a respeito do mo minhas mulheres e meus fi-
terrível a inferno que aguarda para lhos e avançarei contra ti, perse-
receber b assassinos como tu e teu guindo-te até tua própria terra,
irmão têm sido, a menos que te que é a terra de a nossa primeira
arrependas e renuncies aos teus herança; sim, e será sangue por
propósitos assassinos, e regres- sangue, sim, vida por vida; e dar-
ses com os teus exércitos às tuas te-ei combate até que sejas elimi-
próprias terras. nado da face da Terra.
8 Mas como uma vez rejeitaste 13 Eis que estou irado e também
estas coisas e lutaste contra o povo meu povo; tens procurado matar-
do Senhor, suponho que da mes- nos e nós temos procurado tão-so-
ma forma voltes a fazê-lo. mente defender-nos. Eis, porém,
9 E agora, eis que estamos pre- que se ainda procurares destruir-
parados para receber-te; sim, e a nos, procuraremos destruir-te,
não ser que renuncies a teus pro- sim, e procuraremos apoderar-nos
pósitos, eis que atrairás sobre ti a de nossa terra, a terra de nossa
cólera daquele Deus que rejeitas- primeira herança.
te, para tua completa destruição. 14 Agora encerro minha epístola.
10 Mas, como vive o Senhor, nos- Eu sou Morôni, eu sou um chefe
sos exércitos atacar-te-ão caso não do povo nefita.
te retires; e bem cedo serás visi- 15 Ora, aconteceu que ao receber
tado pela morte, pois conserva- essa epístola, Amoron ficou enco-
remos nossas cidades e nossas lerizado; e escreveu outra epístola
terras; sim, e preservaremos nossa a Morôni e são estas as palavras
religião e a causa de nosso Deus. que escreveu:
11 Mas eis que julgo falar-te des- 16 Eu sou Amoron, rei dos lama-
tas coisas em vão; pois parece-me nitas; sou irmão de Amaliquias, a
que és a filho do inferno; por con- quem a assassinaste. E eis que vin-
seguinte, termino esta epístola garei seu sangue sobre ti, sim, e
6 a GEE Justiça. GEE Homicídio. 16 a Al. 51:34.
7 a GEE Inferno. 11 a Jo. 8:42–44.
b Al. 47:18, 22–24. 12 a 2 Né. 5:5–8.
ALMA 54:17–55:3 402
irei contra ti com meus exércitos, 23 Eu sou Amoron e descendente
porque não temo tuas ameaças. de a Zorã, a quem teus pais pres-
17 Pois eis que teus pais enga- sionaram e trouxeram de Jeru-
naram seus irmãos a ponto de salém.
roubar-lhes o a direito de gover- 24 E eis agora que sou um bra-
no, quando legitimamente lhes vo lamanita; eis que esta guerra
pertencia. foi empreendida para vingar as
18 E agora eis que, se depuseres ofensas cometidas contra eles e
tuas armas e te sujeitares a seres para obter e manter seus direitos
governado por aqueles a quem ao governo; e termino minha epís-
pertence o direito de governo, en- tola a Morôni.
tão farei com que meu povo depo-
nha as armas e cesse de guerrear. CAPÍTULO 55
19  Eis que tens feito muitas
Morôni recusa-se a trocar prisionei-
ameaças contra mim e meu povo;
ros — Os guardas lamanitas são in-
nós, porém, não tememos tuas
duzidos a embebedarem-se e os pri-
ameaças.
sioneiros nefitas são libertados — A
20 Não obstante, com satisfação
cidade de Gide é tomada sem derra-
concordarei em trocar prisioneiros
mamento de sangue. Aproximada-
em conformidade com tua pro-
mente 63–62 a.C.
posta, a fim de poder economizar
alimento para meus homens de Ora, aconteceu que quando re-
guerra; e empreenderemos uma cebeu esta epístola, Morôni ficou
guerra que será eterna, até que ainda mais irado, porque sabia
submetamos os nefitas a nossa que Amoron tinha perfeito conhe-
autoridade ou que os extermine- cimento de sua a fraude; sim, ele
mos para sempre. sabia que Amoron não ignorava
21 E relativamente a esse Deus que aquela guerra contra os ne-
que dizes termos rejeitado, eis que fitas era movida por uma causa
nós não conhecemos tal ser; vós, injusta.
tampouco; mas se existir tal ser, 2 E disse: Eis que não farei a tro-
nós sabemos apenas que ele nos ca de prisioneiros com Amoron
criou tal como a vós. a não ser que ele abandone seus
22 E se é que existe um diabo e propósitos, como declarei em mi-
um inferno, eis que não te manda- nha epístola, porque não permi-
rá para lá, a fim de que vivas com tirei que adquira mais poder do
meu irmão que foi por ti assassi- que já tem.
nado e que tu insinuaste ter ido 3 Eis que sei onde os lamanitas
para lá? Mas eis que estas coisas retêm os de meu povo que foram
não importam. feitos prisioneiros; e uma vez que
17 a 2 Né. 5:1–4; 23 a 1 Né. 4:31–35.
Mos. 10:12–17. 55 1 a Al. 47:12–35.
403 ALMA 55:4–17
Amoron não concordou com mi- formos atacar os nefitas. Estas pa-
nha proposta, eis que agirei de lavras, porém, só os fizeram ficar
acordo com minhas palavras; sim, mais desejosos de beber o vinho;
semearei a morte entre eles até 11 Disseram, pois: Estamos can-
que peçam a paz. sados; bebamos, portanto, o vi-
4 E então aconteceu que quando nho; dentro em pouco recebere-
disse essas palavras, Morôni fez mos nossa ração de vinho, que
com que fosse dada uma busca nos fortalecerá para marcharmos
entre seus homens para ver se contra os nefitas.
havia entre eles um homem que 12 E Lamã disse-lhes: Podeis fa-
fosse descendente de Lamã. zer o que desejais.
5 E aconteceu que encontraram 13 E aconteceu que beberam o
um, cujo nome era Lamã; e era vinho à vontade e era de gosto
a 
um dos servos do rei que fora agradável; portanto, beberam-no
assassinado por Amaliquias. ainda mais. E era forte, pois havia
6 Ora, Morôni fez com que Lamã sido preparado com toda a sua
e um pequeno número de seus ho- concentração.
mens fossem até os guardas que 14 E aconteceu que beberam e
vigiavam os nefitas. ficaram alegres e logo estavam
7 Ora, os nefitas estavam presos todos embriagados.
na cidade de Gide; portanto, Mo- 15 E então, quando viram que
rôni designou Lamã e fez com que todos estavam embriagados
um pequeno número de homens e tinham caído em profundo
o acompanhasse. sono, Lamã e seus homens vol-
8 E quando chegou a noite, Lamã taram para junto de Morôni e
dirigiu-se aos guardas que vigia- relataram-lhe tudo o que havia
vam os nefitas, e eis que eles o vi- sucedido.
ram aproximar-se e detiveram-no; 16 Ora, isto estava de acordo
mas ele disse-lhes: Não temais; eis com o plano de Morôni. E Mo-
que sou lamanita. Eis que escapa- rôni preparara seus homens com
mos dos nefitas, e eles dormem; armas de guerra; e ele foi à cida-
e eis que trouxemos o seu vinho de de Gide, enquanto os lamani-
conosco. tas se achavam mergulhados em
9 Ora, quando os lamanitas ouvi- profundo sono e embriagados, e
ram estas palavras, receberam-no atirou armas de guerra aos prisio-
com alegria; e disseram-lhe: Dá- neiros, de modo que todos ficaram
nos de teu vinho para que beba- armados.
mos; alegra-nos que tenhas trazi- 17 Sim, até as mulheres deles e
do vinho, pois estamos cansados. todos os seus filhos, todos os que
10 Mas Lamã disse-lhes: Guar- eram capazes de manejar uma
demos este vinho para quando arma de guerra quando Morôni
5 a Al. 47:29.
ALMA 55:18–30 404
armou todos aqueles prisionei- atiraram-nas aos pés dos nefitas,
ros. E tudo isto foi executado no suplicando misericórdia.
maior silêncio. 24 Ora, eis que era esse o desejo
18 Caso, porém, tivessem eles de Morôni; fê-los, pois, prisio-
despertado os lamanitas, eis que neiros de guerra e tomou posse
estavam embriagados; e os nefitas da cidade e libertou todos os pri-
poderiam tê-los matado. sioneiros que eram nefitas; e eles
19 Mas eis que não era esse o de- juntaram-se ao exército de Morôni
sejo de Morôni; ele não se aprazia e foram uma grande força para o
em assassínios ou a derramamen- exército.
to de sangue, mas aprazia-se em 25 E aconteceu que ele fez com
salvar seu povo da destruição. E que os lamanitas que aprisionara
para não incorrer em injustiça, começassem a a trabalhar, refor-
não queria cair sobre os lamanitas çando as fortificações ao redor da
e destruí-los enquanto estivessem cidade de Gide.
embriagados. 26 E aconteceu que depois de
20 Ele, porém, havia realizado haver fortificado a cidade de
seus desejos, pois armara os pri- Gide de acordo com seus dese-
sioneiros nefitas que se achavam jos, fez com que os prisioneiros
dentro das muralhas da cidade, fossem levados para a cidade de
possibilitando-lhes apoderar-se Abundância; e guardou também
das partes que ficavam dentro esta cidade com forças muito
das muralhas. poderosas.
21 E então fez com que os ho- 27 E aconteceu que, apesar de
mens que estavam com ele re- todas as intrigas dos lamanitas, os
cuassem um pouco e cercassem nefitas conservaram e protegeram
os exércitos dos lamanitas. todos os prisioneiros que haviam
22 Ora, eis que isso foi feito du- feito, mantendo também todo o
rante a noite, de modo que, ao terreno e a vantajosa posição que
acordarem pela manhã, os lama- haviam reconquistado.
nitas viram que estavam cercados 28 E aconteceu que os nefitas
pelos nefitas do lado de fora e que, principiaram novamente a triun-
do lado de dentro, seus prisionei- far e a recuperar seus direitos e
ros estavam armados. privilégios.
23 E assim viram que os nefitas 29  Muitas vezes os lamani-
os tinham em seu poder; e nessas tas tentaram cercá-los durante
circunstâncias compreenderam a noite, mas, nessas tentativas,
que não seria oportuno lutar com muitos de seus homens foram
os nefitas; portanto, seus capitães- aprisionados.
chefes exigiram suas armas de 30  E muitas vezes tentaram
guerra e eles entregaram-nas e dar vinho aos nefitas, a fim de
19 a Al. 48:16. 25 a Al. 53:3–5.
405 ALMA 55:31–56:7
matá-los com veneno ou por em- 62 a.C.; Vers. 2–19, aproximadamen-
briaguez. te 66 a.C.; e Vers. 20–57, aproxima-
31 Mas eis que os nefitas não damente 65–64 a.C.
eram lentos em a lembrar-se do
E então aconteceu que no come-
Senhor seu Deus em sua hora de
ço do trigésimo ano do governo
aflição. Não caíam nas suas arma-
dos juízes, no segundo dia do pri-
dilhas; sim, não bebiam seu vinho
meiro mês, Morôni recebeu uma
sem primeiro dá-lo a alguns dos
epístola de Helamã, relatando as
prisioneiros lamanitas.
condições do povo naquela parte
32 E assim tomavam precau-
da terra.
ções para que nenhum veneno
2 E são estas as palavras que
lhes fosse dado, porque, se o seu
escreveu, dizendo: Meu amado
vinho envenenasse um lamanita,
irmão Morôni, tanto no Senhor
envenenaria também um nefita;
como nas tribulações de nossa
e dessa forma testavam todas as
guerra; eis que, meu amado ir-
suas bebidas.
mão, tenho algo a dizer-te com
33 E então aconteceu que foi ne-
relação a nossa guerra nesta par-
cessário que Morôni fizesse pre-
te da terra.
parativos para atacar a cidade de
3 Eis que a dois mil dos filhos da-
Moriânton; pois eis que os lama-
queles homens que Amon trouxe
nitas, com seu trabalho, haviam
da terra de Néfi — ora, sabes que
fortificado a cidade de Moriânton
eram descendentes de Lamã, que
até transformarem-na numa pra-
era o filho mais velho de nosso
ça de guerra extremamente forte.
pai Leí;
34 E eles estavam continuamente
4  Ora, não necessito repetir
levando novas forças para aquela
suas tradições ou sua increduli-
cidade e também novas provisões.
dade, pois conheces todas estas
35 E assim terminou o vigésimo
coisas —
nono ano em que os juízes gover-
5 Basta-me, portanto, dizer que
naram o povo de Néfi.
dois mil desses jovens pegaram
em armas de guerra e desejaram
CAPÍTULO 56
que eu fosse seu comandante; e
Helamã envia uma epístola a Mo- saímos a defender nosso país.
rôni, relatando a situação da guer- 6  E agora, sabes também do
ra com os lamanitas — Antipus e a 
convênio que seus pais fizeram
Helamã obtêm uma grande vitória de que não pegariam em armas de
sobre os lamanitas — Os dois mil guerra contra seus irmãos, para
jovens filhos de Helamã lutam com derramar sangue.
força miraculosa e nenhum deles é 7 No vigésimo sexto ano, po-
morto. Vers. 1, aproximadamente rém, ao verem as angústias e
31 a Al. 62:49–51. 56 3 a Al. 53:22. 6 a Al. 24:17–18.
ALMA 56:8–19 406
tribulações que padecíamos por 13 E agora, estas são as cidades
eles, estiveram a ponto de a que- que foram ocupadas pelos lama-
brar o convênio que haviam feito nitas, com derramamento do san-
e pegar em armas de guerra em gue de tantos de nossos valentes
nossa defesa. homens:
8 Mas não permiti que quebras- 14 A terra de Mânti, ou seja, a
sem o convênio que haviam feito, cidade de Mânti, e a cidade de
acreditando que Deus nos forta- Zeezrom e a cidade de Cumêni e
leceria, de modo que não padece- a cidade de Antípara.
ríamos mais, se eles cumprissem o 15 E são essas as cidades que
juramento que haviam feito. ocupavam quando eu cheguei à
9 Eis aqui, porém, algo com que cidade de Judeia; e encontrei An-
nos podemos alegrar muito. Pois tipus e seus homens trabalhando
eis que no vigésimo sexto ano, eu, com toda sua força para fortificar
Helamã, marchei à frente desses a cidade.
dois mil jovens para a cidade de 16 Sim, e achavam-se abatidos
Judeia, a fim de ajudar Antipus, física e espiritualmente, porque
a quem havias nomeado chefe do haviam guerreado valorosamen-
povo naquela parte da terra. te durante o dia e trabalhado du-
10 E eu incorporei meus dois mil rante a noite para conservar suas
filhos (porque são dignos de ser cidades; e assim haviam sofrido
chamados filhos) ao exército de grandes aflições de todo tipo.
Antipus e, com essa força, Anti- 17 E estavam então determina-
pus alegrou-se imensamente; por- dos a vencer nesse local ou a mor-
que eis que seu exército havia sido rer; portanto, bem podes imaginar
reduzido pelos lamanitas, que ha- que esta pequena força que trouxe
viam matado um grande número comigo, sim, aqueles meus filhos,
de nossos homens, razão pela qual proporcionou-lhes grandes espe-
temos motivo para lamentar-nos. ranças e muita alegria.
11 Não obstante, podemos con- 18 E então aconteceu que quan-
solar-nos quanto a isto — eles do descobriram que Antipus ha-
morreram pela causa de seu país via recebido um reforço maior
e de seu Deus; sim, e são a felizes. para seu exército, os lamanitas
12 E os lamanitas tinham tam- viram-se obrigados, por ordem
bém conservado muitos prisio- de Amoron, a não lutar contra
neiros, todos eles capitães-chefes, a cidade de Judeia, ou seja, con-
porque nenhum outro haviam tra nós.
deixado com vida. E supomos 19 E assim fomos favorecidos
que eles estejam agora na terra pelo Senhor; porquanto, se nos
de Néfi, caso não tenham sido tivessem atacado nesse estado de
mortos. fraqueza, teriam talvez destruído
7 a Al. 53:13–15. 11 a Al. 28:12.
407 ALMA 56:20–33
nosso pequeno exército; mas as- 26 E assim, com suas forças, esta-
sim fomos preservados. vam determinados a conservar as
20 Haviam recebido ordem de cidades que haviam conquistado.
Amoron de conservarem as cida- 27 E então aconteceu que no
des conquistadas. E assim termi- segundo mês desse ano, muitas
nou o ano vigésimo sexto. E no provisões nos foram trazidas pe-
começo do vigésimo sétimo ano, los pais daqueles meus dois mil
havíamo-nos preparado para de- filhos.
fender tanto nossa cidade como a 28 E também dois mil homens
nós mesmos. nos foram enviados da terra de
21 Ora, estávamos desejosos de Zaraenla. E assim estávamos pre-
que os lamanitas nos viessem ata- parados com dez mil homens e
car, porque não desejávamos ata- com provisões para eles e também
cá-los em suas fortificações. para suas esposas e seus filhos.
22 E aconteceu que colocamos 29 E os lamanitas, vendo assim
espias em vários lugares para ob- que nossas forças aumentavam
servar os movimentos dos lama- diariamente e que provisões che-
nitas e impedir que eles passas- gavam para nosso sustento, co-
sem por nós, durante a noite ou meçaram a ficar com medo e a
durante o dia, para atacar nossas sair, para ver se lhes era possível
outras cidades situadas ao norte. impedir que continuássemos a re-
23 Porque sabíamos que nessas ceber provisões e reforços.
cidades eles não eram suficien- 30 Ora, quando vimos que os
temente fortes para enfrentar os lamanitas começaram a inquie-
lamanitas; portanto, queríamos tar-se, pensamos em utilizar-nos
cair sobre eles em sua retaguarda, de um estratagema contra eles;
caso passassem por nós, e assim portanto, Antipus ordenou que
cobrir-lhes a retaguarda ao mes- eu marchasse com meus filhinhos
mo tempo em que eram atacados para uma cidade vizinha, fazendo
pela frente. Supúnhamos poder parecer que transportávamos pro-
dominá-los, mas eis que fomos visões para uma cidade vizinha.
frustrados neste nosso desejo. 31 E devíamos passar perto da
24 Eles não se atreveram a passar cidade de Antípara, como se es-
por nós com todo o seu exército tivéssemos indo a uma cidade
nem com uma parte dele, temen- mais adiante, nas fronteiras jun-
do não serem suficientemente for- to à costa.
tes e caírem. 32 E aconteceu que seguimos
25 Tampouco se atreveram a como se estivéssemos levando
marchar contra a cidade de Za- nossas provisões para aquela ci-
raenla; nem ousaram atravessar dade.
a cabeceira do Sidon para chegar 33  E aconteceu que Antipus
à cidade de Nefia. saiu com parte de seu exército,
ALMA 56:34–46 408
deixando o resto para defender fortes para lutar com eles; sim, eu
a cidade. Ele, porém, não seguiu não permitiria que meus filhinhos
senão depois de haver eu mar- caíssem em suas mãos; portanto,
chado com meu pequeno exérci- continuamos nossa marcha rumo
to e me aproximado da cidade de ao deserto.
Antípara. 40 Ora, eles não ousavam voltar-
34 Ora, na cidade de Antípara es- se nem para a direita nem para a
tava concentrado o exército mais esquerda, por temerem ficar cer-
forte dos lamanitas, sim, o mais cados; e eu também não me volta-
numeroso. va nem para a direita nem para a
35 E aconteceu que quando fo- esquerda, temendo que me alcan-
ram informados por seus espias, çassem e não pudéssemos enfren-
saíram com seu exército e marcha- tá-los; e que eles nos matassem e
ram contra nós. escapassem; prosseguimos, pois,
36 E aconteceu que fugimos de- na fuga pelo deserto todo aquele
les para o norte. E assim fizemos dia, até que desceu a noite.
com que o mais poderoso exército 41 E aconteceu novamente que,
dos lamanitas nos seguisse. ao amanhecer, vimos os lamanitas
37 Sim, até uma considerável sobre nós e fugimos deles.
distância, de modo que quando 42 Mas aconteceu que eles não
viram que o exército de Antipus foram longe em sua perseguição;
os perseguia com toda a sua for- e era a manhã do terceiro dia do
ça, não se voltaram nem para a sétimo mês.
direita nem para a esquerda, mas 43 E agora, se haviam sido alcan-
continuaram a perseguir-nos em çados por Antipus não sabíamos,
linha reta; e supomos que era seu mas eu disse a meus homens: Eis
intento matar-nos antes que An- que não sabemos se pararam com
tipus os alcançasse; e isto para a intenção de que marchemos con-
não serem cercados por nossos tra eles para nos apanharem em
homens. sua armadilha.
38 E então Antipus, vendo o pe- 44 Portanto, que dizeis, meus
rigo por que passávamos, apres- filhos? Quereis ir combatê-los?
sou a marcha de seu exército. Mas 45 E agora eu te digo, meu ama-
eis que anoiteceu; e por isso eles do irmão Morôni, que eu nunca
não nos alcançaram nem foram presenciara tão grande a coragem,
alcançados por Antipus; portanto, não, nem entre todos os nefitas!
acampamos para passar a noite. 46 Pois como eu sempre os cha-
39 E aconteceu que, antes de mara meus filhos (visto que eram
amanhecer, eis que os lamani- todos muito jovens), responde-
tas se puseram a perseguir-nos. ram-me: Pai, eis que nosso Deus
Ora, não éramos suficientemente está conosco e não permitirá que
45 a Al. 53:20–21.
409 ALMA 56:47–56
sejamos vencidos; então avan- 52 E aconteceu que os lamanitas
cemos. Não mataríamos nossos tomaram coragem e começaram
irmãos se eles nos deixassem em a persegui-los; e estavam assim
paz; portanto, vamos, para que os lamanitas a persegui-los com
eles não derrotem o exército de grande vigor, quando Helamã sur-
Antipus. giu na sua retaguarda com seus
47 Ora, eles nunca haviam lu- dois mil e começaram a matá-los
tado. Não obstante, não temiam em grande número, de tal forma
a morte; e pensavam mais na a li- que todo o exército lamanita se
berdade de seus pais do que em deteve e voltou-se contra Helamã.
sua própria vida; sim, eles tinham 53 Ora, quando os homens de
sido ensinados por suas b mães Antipus viram que os lamanitas
que, se não duvidassem, Deus os se haviam virado, reuniram seus
livraria. homens e tornaram a atacar a re-
48 E repetiram-me as palavras taguarda dos lamanitas.
de suas mães, dizendo: Não du- 54 E então aconteceu que nós, o
vidamos de que nossas mães o povo de Néfi, o povo de Antipus
soubessem. e eu com meus dois mil, cercamos
49 E aconteceu que voltei com os lamanitas e matamo-los. Sim,
meus dois mil contra os lamanitas a ponto de verem-se obrigados
que nos haviam perseguido. E en- a depor suas armas de guerra e
tão eis que os exércitos de Antipus também a se entregarem como
os haviam alcançado e iniciara-se prisioneiros de guerra.
uma terrível batalha. 55 E então aconteceu que quan-
50 O exército de Antipus, fati- do eles se renderam a nós, eis que
gado por essa longa marcha em contei o número dos jovens que
tão curto espaço de tempo, estava haviam lutado comigo, temendo
prestes a cair nas mãos dos lama- que muitos deles tivessem sido
nitas; e não houvesse eu voltado mortos.
com meus dois mil, eles teriam 56 Mas eis que, para minha gran-
conseguido seu intento. de alegria, a nenhum deles havia
51 Porque Antipus caíra pela caído por terra; sim, e haviam
espada e também muitos de seus lutado como que com a força de
comandantes, em virtude do can- Deus; sim, nunca se soube de ho-
saço causado pela rapidez de sua mens que tivessem lutado com
marcha — portanto, os homens força tão miraculosa; e com tal
de Antipus, estando confusos por vigor caíram sobre os lamanitas,
causa da queda de seus coman- que os aterrorizaram; e por esta
dantes, começaram a ceder terre- razão os lamanitas entregaram-
no aos lamanitas. se como prisioneiros de guerra.
47 a Al. 53:16–18. GEE Mãe.
b Al. 57:21. 56 a Al. 57:25; 58:39.
ALMA 56:57–57:9 410
57 E como não tínhamos lugar 4 Mas o povo de Antípara aban-
para nossos prisioneiros, de modo donou a cidade, e fugiu para ou-
a vigiá-los e mantê-los longe dos tras cidades que possuíam, a fim
exércitos lamanitas, mandamo- de fortificá-las; e assim a cida-
los, portanto, para a terra de Za- de de Antípara caiu em nossas
raenla com parte dos homens de mãos.
Antipus que não haviam sido 5 E assim terminou o vigésimo
mortos; e o restante reuni a meus oitavo ano do governo dos juízes.
jovens a amonitas e retornamos à 6 E aconteceu que no começo
cidade de Judeia. do vigésimo nono ano, recebe-
mos uma remessa de provisões,
CAPÍTULO 57 e também um reforço de seis mil
homens para nosso exército, da
Helamã relata a tomada e a rendição
terra de Zaraenla e das terras cir-
de Antípara e, mais tarde, a defesa
cunvizinhas, além de sessenta dos
de Cumêni — Seus jovens amonitas a 
filhos dos amonitas que vieram
lutam valentemente; todos são feridos
juntar-se a seus irmãos, minha
mas nenhum é morto — Gide relata
pequena tropa de dois mil. E eis
a matança e a fuga dos prisioneiros
que éramos fortes, sim, e tam-
lamanitas. Aproximadamente 63 a.C.
bém nos trouxeram provisões em
E então aconteceu que recebi abundância.
uma epístola de Amoron, o rei, 7 E aconteceu que era nosso de-
dizendo que se eu libertasse aque- sejo travar batalha com o exército
les prisioneiros de guerra que ha- que fora colocado para proteger a
víamos feito, ele nos entregaria a cidade de Cumêni.
cidade de Antípara. 8 E eis que te mostrarei que logo
2 Mas eu enviei uma epístola ao conseguimos nosso objetivo; sim,
rei, dizendo que estávamos certos com o nosso poderoso exército, ou
de que nosso exército era suficien- seja, com uma parte de nosso po-
te para tomar a cidade de Antípa- deroso exército, cercamos durante
ra com nossa força; e entregar-lhe a noite a cidade de Cumêni, pouco
os prisioneiros em troca daquela antes da hora em que receberiam
cidade seria imprudência; e que só uma remessa de provisões.
entregaríamos nossos prisioneiros 9 E aconteceu que acampamos
em troca de outros. ao redor da cidade por muitas
3 E Amoron recusou a minha noites; dormíamos, porém, sobre
proposta, porque não queria tro- as nossas espadas e mantínhamos
car prisioneiros; por conseguinte, guardas, a fim de evitar que os la-
começamos a preparar-nos para manitas caíssem sobre nós e nos
marchar contra a cidade de An- matassem durante a noite, o que
típara. tentaram várias vezes; mas todas
57 a Al. 27:26; 53:10–11, 16. 57 6 a Al. 53:16–18.
411 ALMA 57:10–20
as vezes que tentaram, seu sangue até a terra de Zaraenla; e também
foi derramado. nossas provisões eram suficientes
10 Finalmente suas provisões apenas para nosso próprio povo,
chegaram e eles estavam prontos apesar do que havíamos tomado
para entrar na cidade à noite. E dos lamanitas.
nós, ao invés de lamanitas, éramos 16 E então, naquelas críticas cir-
nefitas; portanto, capturamos os cunstâncias, tornou-se um proble-
homens e suas provisões. ma muito sério determinar o que
11 E apesar de os lamanitas te- faríamos com aqueles prisioneiros
rem sido privados de seu sustento de guerra; não obstante, resol-
desta forma, ainda estavam deter- vemos enviá-los para a terra de
minados a manter a cidade; por- Zaraenla; assim, selecionamos
tanto, tornou-se necessário que uma parte de nossos homens e
mandássemos aquelas provisões encarregamo-los de descerem com
para Judeia e nossos prisioneiros nossos prisioneiros para a terra
para a terra de Zaraenla. de Zaraenla.
12 E aconteceu que não se passa- 17 Mas aconteceu que, na manhã
ram muitos dias antes de os lama- seguinte, voltaram. E então eis
nitas começarem a perder todas que não lhes perguntamos a res-
as esperanças de receber socorro; peito dos prisioneiros; porque eis
por isso entregaram a cidade em que os lamanitas estavam sobre
nossas mãos; e assim havíamos nós e eles regressaram a tempo de
alcançado nosso intento de con- impedir que caíssemos em suas
quistar a cidade de Cumêni. mãos. Porque eis que Amoron
13 Mas aconteceu que nossos enviara em seu auxílio uma nova
prisioneiros eram tão numero- remessa de provisões e também
sos que, não obstante o grande um numeroso exército de homens.
número de nossos homens, éra- 18 E aconteceu que aqueles ho-
mos obrigados a empregar todo mens que havíamos enviado com
o nosso exército para vigiá-los ou os prisioneiros voltaram justa-
teríamos que matá-los. mente a tempo de detê-los, quan-
14 Pois eis que tentavam fugir do eles estavam prestes a nos
em grande número e lutavam com dominar.
pedras e com clavas ou com qual- 19 Mas eis que minha pequena
quer coisa em que pudessem pôr tropa de dois mil e sessenta ho-
as mãos, de modo que matamos mens lutou desesperadamente;
mais de dois mil deles, após se ha- sim, permaneceram firmes diante
verem rendido como prisioneiros dos lamanitas, infligindo a morte
de guerra. a todos os que se lhes opuseram.
15 Portanto, tornou-se necessá- 20 E enquanto o resto de nosso
rio pôr fim à vida deles, ou es- exército estava prestes a ceder ter-
coltá-los, de espada em punho, reno aos lamanitas, eis que esses
ALMA 57:21–31 412
dois mil e sessenta permaneceram exército; sim, que eles tivessem
firmes e impávidos. sido poupados, enquanto mil de
21 Sim, e eles obedeceram a cada nossos irmãos foram mortos. E,
palavra de comando e cumpri- com razão, atribuímos isso ao
ram-nas com exatidão; sim, e tudo miraculoso a poder de Deus, por
lhes aconteceu de acordo com sua causa de sua extraordinária b fé
fé; e eu lembrei-me das palavras naquilo que haviam sido ensina-
que eles me disseram ter apren- dos a crer — que existia um Deus
dido com suas a mães. justo e que todo aquele que não
22 E agora, eis que é a estes meus duvidasse seria preservado pelo
filhos e aos homens que tinham seu maravilhoso poder.
sido escolhidos para conduzir os 27 Ora, era esta a fé possuída
prisioneiros que devemos essa por aqueles de quem falei; eles
grande vitória; porque foram eles são jovens, de opinião firme, e
que venceram os lamanitas; por- depositam continuamente sua
tanto, eles foram obrigados a re- confiança em Deus.
troceder para a cidade de Mânti. 28 E então aconteceu que depois
23 E conservamos nossa cidade de havermos cuidado de nossos
de Cumêni e não fomos todos des- feridos e sepultado nossos mortos,
truídos pela espada; não obstante, bem como os mortos dos lama-
sofremos grandes perdas. nitas, que eram muitos, eis que
24 E aconteceu que após have- perguntamos a Gide o que havia
rem os lamanitas fugido, imedia- acontecido com os prisioneiros
tamente ordenei que meus ho- que eles começaram a levar para
mens feridos fossem retirados a terra de Zaraenla.
dentre os mortos e fiz com que 29 Ora, Gide era o capitão-chefe
seus ferimentos fossem tratados. do grupo designado para escoltá-
25 E aconteceu que duzentos de los até lá.
meus dois mil e sessenta haviam 30 E agora, estas são as palavras
desmaiado em virtude da perda que Gide me disse: Eis que come-
de sangue; não obstante, de acor- çamos a descer para a terra de Za-
do com a bondade de Deus e para raenla com nossos prisioneiros. E
nossa grande surpresa e também aconteceu que encontramos os es-
para alegria de todo nosso exérci- piões de nossos exércitos, os quais
to, a nenhum deles perecera; sim, tinham sido enviados para vigiar
e não houve entre eles um só que o acampamento dos lamanitas.
não tivesse recebido muitos feri- 31 E eles gritaram para nós, di-
mentos. zendo: Eis que os exércitos dos
26 Ora, sua sobrevivência en- lamanitas estão marchando para
cheu de espanto todo o nosso a cidade de Cumêni; e eis que
21 a Al. 56:47–48. 26 a GEE Poder.
25 a Al. 56:56. b GEE Fé.
413 ALMA 57:32–58:5
cairão sobre eles, sim, e destruirão retiram-se — Os filhos do povo de
nosso povo. Amon permanecem firmes na defesa
32 E aconteceu que nossos pri- de sua liberdade e fé e são preserva-
sioneiros ouviram seus gritos, o dos. Aproximadamente 63–62 a.C.
que os fez tomar coragem; e re-
belaram-se contra nós. E eis que então aconteceu que
33 E aconteceu que, em virtude nosso objetivo seguinte era con-
de sua rebelião, fizemos cair nos- quistar a cidade de Mânti; mas eis
sas espadas sobre eles. E aconte- que não houve meio de fazê-los
ceu que, formando um só corpo, sair da cidade com nossas peque-
arremessaram-se contra nossas nas tropas. Pois eis que se lembra-
espadas e a maior parte deles foi vam do que nós havíamos feito
morta; e os restantes conseguiram antes; portanto, não consegui-
passar e fugiram. mos a atraí-los para fora de suas
34 E eis que depois que fugiram fortalezas.
e não conseguimos alcançá-los, 2 E eles eram tão mais nume-
marchamos com rapidez para a rosos do que nosso exército, que
cidade de Cumêni; e eis que che- não nos atrevemos a atacá-los em
gamos a tempo de ajudar nossos suas fortalezas.
irmãos a defenderem a cidade. 3 Sim, e tornou-se necessário
35 E eis que fomos novamen- empregarmos nossos homens na
te livrados das mãos de nossos defesa daquelas partes de nossas
inimigos. E bendito é o nome de terras que havíamos reconquis-
nosso Deus, porque eis que foi ele tado; portanto, tornou-se neces-
quem nos livrou; sim, quem fez sário que esperássemos, a fim de
esta grande coisa por nós. recebermos mais reforços da terra
36 Ora, aconteceu que quando de Zaraenla e também uma nova
eu, Helamã, ouvi estas palavras remessa de provisões.
de Gide, enchi-me de grande 4 E aconteceu que, assim, man-
alegria por causa da bondade de dei uma embaixada ao governa-
Deus em preservar-nos para que dor de nossa terra, para colocá-lo
não perecêssemos todos; sim, e a par do que se passava com nos-
confio em que a alma dos que so povo. E aconteceu que ficamos
morreram tenha a entrado no des- esperando receber provisões e re-
canso de seu Deus. forços da terra de Zaraenla.
5 Mas eis que isso não nos aju-
dou muito; porque os lamanitas
CAPÍTULO 58
estavam também recebendo gran-
Helamã, Gide e Teômner tomam des reforços diariamente e tam-
a cidade de Mânti por meio de bém muitas provisões; e essa era
um estratagema — Os lamanitas a nossa situação naquela época.
36 a Al. 12:34. 58 1 a Al. 52:21; 56:30.
ALMA 58:6–16 414
6 E os lamanitas saíam contra que nos encheu a alma de paz e
nós de quando em quando, pro- concedeu-nos grande fé e fez com
curando destruir-nos por meio de que tivéssemos esperança nele
estratagemas; apesar disso não para nossa libertação.
podíamos batalhar contra eles, 12 E criamos coragem com o pe-
por causa de seus refúgios e for- queno reforço recebido e dispuse-
tificações. mo-nos, com determinação, a do-
7 E aconteceu que esperamos minar nossos inimigos e a a manter
nessas difíceis circunstâncias pelo nossas terras e nossos bens e nos-
espaço de muitos meses, até estar- sas esposas e nossos filhos e a cau-
mos a ponto de perecer por falta sa de nossa b liberdade.
de alimento. 13 E assim avançamos com toda
8 Mas aconteceu que recebemos a nossa força contra os lamani-
alimentos, os quais foram escolta- tas que se achavam na cidade de
dos por um exército de dois mil Mânti; e armamos nossas tendas
homens destinados a ajudar-nos; e ao lado do deserto que ficava per-
esta foi toda a ajuda que recebemos to da cidade.
para defender-nos e evitar que nos- 14 E aconteceu que, na manhã
so país caísse nas mãos de nossos seguinte, quando os lamanitas
inimigos; sim, para combater um viram que nos achávamos nos li-
inimigo que era inumerável. mites do deserto que ficava perto
9 Ora, não sabíamos a razão des- da cidade, enviaram espias para
sas nossas complicações, ou seja, a descobrir o número e a força de
causa pela qual não nos enviavam nosso exército.
mais reforços. Portanto, ficamos 15 E aconteceu que quando vi-
aflitos e também cheios de temor ram que não éramos fortes, de
de que, de alguma forma, os jul- acordo com nosso número, e te-
gamentos de Deus caíssem sobre mendo que lhes cortássemos o
nossa terra, provocando nossa sustento, a não ser que saíssem a
queda e total destruição. batalhar contra nós e matassem-
10 Portanto, elevamos a alma a nos; e também supondo que facil-
Deus em oração, para que ele nos mente poderiam destruir-nos com
fortalecesse e livrasse das mãos de suas numerosas hostes, começa-
nossos inimigos; sim, e que tam- ram a fazer preparativos para sair
bém nos desse força para conser- em combate contra nós.
var nossas cidades e nossas terras 16 E quando vimos que esta-
e nossos bens, para sustento de vam fazendo preparativos para
nosso povo. vir contra nós, eis que fiz com que
11 Sim, e aconteceu que o Senhor Gide se escondesse no deserto
nosso Deus nos deu a certeza de com um pequeno número de ho-
que nos livraria; sim, de tal modo mens e também que Teômner, com
12 a Al. 46:12–13; Mórm. 2:23. b GEE Liberdade, Livre.
415 ALMA 58:17–28
um pequeno número de homens, os lamanitas permitiram que todo
se escondesse no deserto. o seu exército, com exceção de
17 Ora, Gide e seus homens es- apenas algumas sentinelas, fosse
tavam à direita e os outros, à es- levado para o deserto.
querda; e quando se esconderam 23 E aconteceu que Gide e Teôm-
dessa maneira, eis que eu perma- ner, por esse meio, haviam conse-
neci com o restante do meu exér- guido apoderar-se de suas forta-
cito naquele mesmo local onde lezas. E aconteceu que tomamos
antes havíamos armado nossas nosso rumo, depois de muito an-
tendas, para quando os lamanitas dar pelo deserto em direção à ter-
saíssem a fim de lutar. ra de Zaraenla.
18 E aconteceu que os lamanitas 24 E quando os lamanitas vi-
saíram com seu numeroso exér- ram que estavam marchando em
cito contra nós. E quando esta- direção à terra de Zaraenla, fica-
vam a ponto de cair-nos em cima ram muito receosos, temendo que
com suas espadas, fiz com que houvesse um plano para levá-los à
meus homens, aqueles que esta- destruição; portanto, começaram
vam comigo, se retirassem para a retirar-se novamente para o de-
o deserto. serto, sim, pelo mesmo caminho
19 E aconteceu que os lamanitas que haviam trilhado.
nos perseguiram com grande rapi- 25 E eis que anoiteceu; e eles
dez, porque estavam imensamen- armaram suas tendas, porque
te desejosos de nos alcançar, para os capitães-chefes dos lamanitas
matar-nos; por isso perseguiram- supunham que os nefitas esta-
nos deserto adentro; e passamos vam cansados em virtude de sua
por entre Gide e Teômner de tal marcha; e pensando haver feito
maneira que os lamanitas não os todo o exército retroceder, não
descobriram. se preocuparam com a cidade de
20 E aconteceu que depois de os Mânti.
lamanitas haverem passado, ou 26 Ora, aconteceu que ao cair da
seja, depois de o exército haver noite fiz com que meus homens
passado, Gide e Teômner saíram não dormissem, mas que rumas-
de seus esconderijos e intercepta- sem por outro caminho para a
ram os espias lamanitas, a fim de terra de Mânti.
que não voltassem à cidade. 27  E em virtude dessa nossa
21 E aconteceu que após os have- marcha noturna, eis que, quando
rem interceptado, correram para a amanheceu, estávamos à fren-
cidade e caíram sobre as sentine- te dos lamanitas, de modo que
las que haviam ficado para guar- chegamos antes deles à cidade
dar a cidade; e destruíram-nas e de Mânti.
ocuparam a cidade. 28  E assim aconteceu que,
22 Ora, isso aconteceu porque por meio deste estratagema,
ALMA 58:29–40 416
ocupamos a cidade de Mânti sem fracassado e haveis levado as tro-
derramamento de sangue. pas para essa parte da terra; se
29 E aconteceu que quando os for esse o caso, não desejamos
exércitos dos lamanitas se apro- reclamar.
ximaram da cidade e viram que 36 E se não for esse o caso, eis
estávamos preparados para en- que tememos que haja alguma
frentá-los, ficaram muito espan- a 
dissensão no governo, de modo
tados e foram tomados de grande que não nos enviam mais homens
temor, de modo que fugiram para para auxiliarem-nos; porque sa-
o deserto. bemos que há um número maior
30 Sim, e aconteceu que os exér- de homens do que aquele que nos
citos dos lamanitas fugiram de enviaram.
toda esta parte da terra. Eis, po- 37 Mas eis que não importa —
rém, que levaram consigo muitas confiamos em que Deus nos a li-
mulheres e crianças da terra. vrará, apesar da fraqueza de nos-
31 E a todas as cidades que ha- sos exércitos, sim, e livrar-nos-á
viam sido tomadas pelos lama- das mãos de nossos inimigos.
nitas acham-se presentemente em 38 Eis que estamos no fim do
nosso poder; e nossos pais e nos- vigésimo nono ano e de posse de
sas mulheres e nossos filhos estão nossas terras; e os lamanitas fugi-
voltando para suas casas, com ram para a terra de Néfi.
exceção somente dos que foram 39 E os filhos do povo de Amon,
feitos prisioneiros e levados pelos sobre quem tenho falado tão fa-
lamanitas. voravelmente, estão comigo na
32 Mas eis que nossos exércitos cidade de Mânti; e o Senhor for-
são pequenos para controlar um taleceu-os, sim, e evitou que caís-
número tão grande de cidades e sem pela espada, de modo que
territórios tão extensos. a 
nenhum deles foi morto.
33 Eis, porém, que confiamos em 40 Mas eis que receberam muitos
nosso Deus, que nos deu vitória ferimentos; não obstante, perma-
sobre essas terras, de modo que necem firmes na a liberdade com
retomamos as cidades e terras que que Deus os fez livres; e são dili-
nos pertenciam. gentes em lembrarem-se do Se-
34 Ora, não sabemos a razão por nhor seu Deus diariamente; sim,
que o governo não nos manda esforçam-se para obedecer con-
mais reforços; nem os homens que tinuamente aos seus estatutos, e
nos foram mandados sabem por aos seus julgamentos, e aos seus
que é que não recebemos maiores mandamentos; e é forte a sua fé
reforços. nas profecias relativas ao que está
35 Eis que não sabemos se haveis para vir.
31 a Al. 56:14. 37 a 2 Re. 17:38–39. 40 a GEE Liberdade, Livre.
36 a Al. 61:1–5. 39 a Al. 56:56.
417 ALMA 58:41–59:9
41 E agora, meu amado irmão da terra que tão milagrosamente
Morôni, que o Senhor nosso Deus, havia conseguido reconquistar.
que nos remiu e tornou livres, 4 E aconteceu que depois de ha-
te conserve continuamente em ver enviado essa epístola à ter-
sua presença; sim, e favoreça este ra de Zaraenla, Morôni começou
povo, para que tenhais sucesso novamente a formular um plano
em obter a posse de tudo o que para reaver o resto das terras e
os lamanitas nos tomaram e que cidades que os lamanitas lhes ha-
se destinava a nossa subsistência. viam tomado.
E agora, eis que concluo minha 5  E aconteceu que enquanto
epístola. Eu sou Helamã, filho Morôni assim se preparava para
de Alma. avançar contra os lamanitas, eis
que o povo de Nefia, que se reu-
CAPÍTULO 59 nira vindo da cidade de Morôni
e da cidade de Leí e da cidade
Morôni pede a Paorã que reforce as
de Moriânton, foi atacado pelos
tropas de Helamã — Os lamanitas
lamanitas.
tomam a cidade de Nefia — Morôni
6 Sim, até mesmo aqueles que
irrita-se com o governo. Aproxima-
haviam sido compelidos a fugir
damente 62 a.C.
da terra de Mânti e das redon-
Ora, aconteceu que no trigésimo dezas juntaram-se aos lamanitas
ano em que os juízes governaram nesta parte da terra.
o povo de Néfi, depois de haver 7 E assim, sendo muito nume-
recebido e lido a a epístola de He- rosos, sim, e recebendo reforços
lamã, Morôni alegrou-se imensa- diariamente, avançaram contra o
mente em virtude do bem-estar, povo de Nefia, sob o comando de
sim, do grande êxito de Helamã, Amoron, e começaram a matá-los
reconquistando aquelas terras que num grande massacre.
haviam sido perdidas. 8 E seus exércitos eram tão nu-
2 Sim, e levou isso ao conheci- merosos que o restante do povo
mento de todo o seu povo, em de Nefia foi obrigado a fugir de-
toda aquela parte da terra em que les; e eles foram juntar-se ao exér-
se achava, a fim de que eles tam- cito de Morôni.
bém se regozijassem. 9 E então, como Morôni supu-
3 E aconteceu que enviou ime- sesse que haviam sido enviados
diatamente a uma epístola a b Pao- homens para a cidade de Nefia,
rã, pedindo-lhe que reunisse a fim de ajudarem o povo a de-
homens para reforçar Helamã, ou fender aquela cidade, e sabendo
melhor, os exércitos de Helamã, que era mais fácil impedir que a
de modo que pudesse, com fa- cidade caísse nas mãos dos la-
cilidade, conservar aquela parte manitas do que reconquistá-la,
59 1 a Al. 56:1. 3 a Al. 60:1–3. b Al. 50:40.
ALMA 59:10–60:7 418
pensou que facilmente defende- terra, e a todos os que foram es-
riam aquela cidade. colhidos por este povo para go-
10 Portanto, conservou todos os vernar e dirigir os negócios desta
seus homens na defesa dos luga- guerra.
res que havia reconquistado. 2 Porque eis que tenho algo a
11 E então, quando Morôni viu dizer-lhes, a título de recrimina-
que a cidade de Nefia estava per- ção; pois eis que sabeis que fostes
dida, ficou muito desolado e co- designados para reunir homens
meçou a duvidar, por causa da e armá-los com espadas e com
iniquidade do povo, de que eles cimitarras e toda sorte de armas
não caíssem nas mãos de seus de guerra de todo tipo e enviá-los
irmãos. contra os lamanitas, em qualquer
12 Ora, o mesmo aconteceu com parte que invadissem nossa terra.
todos os seus capitães-chefes. Eles 3 E agora, eis que vos digo que
duvidaram e também se espanta- eu e também meus homens, e tam-
ram com a iniquidade do povo; e bém Helamã e seus homens, pa-
isto por causa da vitória dos la- decemos grandes sofrimentos;
manitas sobre eles. sim, até mesmo fome, sede e fa-
13 E aconteceu que Morôni ficou diga; e toda sorte de aflições de
irado contra o governo, devido a todo tipo.
sua a indiferença pela liberdade 4 Mas eis que se isto fosse tudo
de seu país. quanto tivéssemos sofrido, não
murmuraríamos nem nos quei-
CAPÍTULO 60 xaríamos.
5 Eis, porém, que grande foi a
Morôni queixa-se a Paorã da negli-
carnificina de nosso povo; sim,
gência do governo com os exércitos —
milhares caíram pela espada, o
O Senhor permite que os justos sejam
que poderia ter sido evitado se
mortos — Os nefitas devem usar todo
tivésseis proporcionado a nossos
o seu poder e os seus meios para livra-
exércitos reforço e ajuda suficien-
rem-se de seus inimigos — Morôni
tes. Sim, grande foi vossa negli-
ameaça lutar contra o governo, a me-
gência para conosco.
nos que seus exércitos recebam ajuda.
6 E agora, eis que desejamos sa-
Aproximadamente 62 a.C.
ber a causa de tão grande negli-
E aconteceu que ele tornou a gência; sim, desejamos saber a
escrever ao governador da terra, causa de vossa insensibilidade.
que era Paorã; e estas são as pa- 7  Pensais que podeis sentar-
lavras que escreveu, dizendo: Eis vos em vossos tronos, em estado
que dirijo minha epístola a Pao- de insensível estupor, enquanto
rã, na cidade de Zaraenla, o qual vossos inimigos estão espalhan-
é a juiz supremo e governador da do a morte ao vosso redor? Sim,
13 a Al. 58:34; 61:2–3. 60 1 a Al. 50:39–40.
419 ALMA 60:8–16
enquanto estão assassinando mi- causada por sua própria iniquida-
lhares de vossos irmãos — de? Eu vos digo que, se isto pen-
8 Sim, os mesmos que depen- sastes, pensastes em vão. Digo-
diam de vossa proteção, sim, que vos, pois, que muitos são os que
vos colocaram em posição de po- caíram pela espada; e eis que isto
der socorrê-los; sim, vós poderíeis é para vossa condenação.
ter-lhes mandado exércitos para 13 Pois o Senhor permite que os
reforçá-los e evitado que milhares a 
justos sejam mortos para que sua
deles caíssem pela espada. justiça e julgamento recaiam sobre
9 Mas eis que isto não é tudo; ha- os iníquos. Portanto, não deveis
veis deixado de enviar-lhes provi- supor que os justos estejam per-
sões, de modo que muitos lutaram didos por terem sido mortos; mas
e perderam a vida em virtude da eis que eles entram no descanso
grande preocupação que tinham do Senhor seu Deus.
com o bem-estar deste povo; sim, 14 E agora, eis que vos digo: Te-
e isto fizeram quando estavam nho muito medo de que os jul-
prestes a a perecer de fome, por gamentos de Deus recaiam sobre
causa de vossa enorme negligên- este povo por causa de sua extre-
cia para com eles. ma indolência, sim, a indolência
10 E agora, meus amados ir- de nosso governo e sua extrema
mãos — pois deveríeis ser ama- negligência para com seus irmãos,
dos; sim, deveríeis ter trabalhado sim, para com aqueles que foram
mais diligentemente pelo bem-es- mortos.
tar e liberdade deste povo; mas 15 Porque, se não fosse pela a ini-
eis que o haveis negligenciado, quidade que se iniciou com nos-
de modo que o sangue de mi- sos governantes, poderíamos ter
lhares cairá sobre vossa cabeça, resistido a nossos inimigos, de
clamando vingança; sim, porque modo que nenhum poder eles
conhecidos por Deus foram todos teriam tido sobre nós.
os seus clamores e todos os seus 16 Sim, se não fosse pela a guer-
sofrimentos — ra que surgiu entre nós; sim, se
11 Eis que pensastes poder sen- não fosse por esses b realistas que
tar-vos em vossos tronos e, por tanto derramamento de sangue
causa da imensa bondade de causaram em nosso meio; sim,
Deus, nada fazer; e que ele vos se em lugar de havermos lutado
livraria? Eis que, se isto pensastes, entre nós, houvéssemos reunido
pensastes em vão. nossas forças como fizemos até
12 a Pensais que a morte de mui- agora; sim, não fosse o anseio de
tos de vossos irmãos tenha sido poder e autoridade sobre nós que
9 a Al. 58:7. D&C 42:46–47. b Al. 51:5, 8.
12 a Lc. 13:1–5. 15 a Al. 51:9, 13.
13 a Al. 14:10–11; 16 a Al. 51:16–19.
ALMA 60:17–25 420
possuíam os realistas; tivessem libertados das mãos de nossos
eles sido fiéis à causa da nossa li- inimigos?
berdade, unindo-se a nós e mar- 21 Ou pensais que o Senhor con-
chado contra nossos inimigos, tinuará a livrar-nos enquanto nos
em vez de tomarem suas espa- sentamos em nossos tronos e não
das contra nós, causando tanto fazemos uso dos meios que o Se-
derramamento de sangue; sim, nhor nos concedeu?
se tivéssemos marchado contra 22 Sim, permanecereis na ociosi-
eles na força do Senhor, teríamos dade, rodeados de milhares, sim,
dispersado nossos inimigos, por- dezenas de milhares que também
que isso teria sido feito segundo permanecem na ociosidade, en-
o cumprimento de sua palavra. quanto nas fronteiras da terra há
17 Mas eis que agora os lamani- milhares que estão caindo pela
tas estão caindo sobre nós, apode- espada, sim, feridos e sangrando?
rando-se de nossas terras e assas- 23 Pensais passar por inocentes
sinando nosso povo pela espada, aos olhos de Deus, permanecendo
sim, nossas mulheres e nossos fi- inertes a contemplar estas coisas?
lhos; e levando-os também como Eis que vos digo que não. Ora,
prisioneiros e fazendo-os sofrer gostaria de lembrar-vos que Deus
toda sorte de aflições; e isto por disse que se deve limpar primeiro
causa da grande iniquidade da- o a vaso interior e depois se limpa-
queles que estão buscando o po- rá também o vaso exterior.
der e a autoridade, sim, os rea- 24 E agora, a não ser que vos
listas. arrependais do que haveis feito
18 Por que deveria eu estender- e que comeceis a agir e a enviar
me sobre este assunto? Porque alimentos e homens, proceden-
não sabemos se estais tentando do da mesma forma para com
obter autoridade. Não sabemos Helamã, a fim de que ele possa
se vós sois também traidores de defender as partes de nosso país
nosso país. reconquistadas por ele e para que
19 Ou será que nos negligencias- também reconquistemos o restan-
tes por vos achardes no coração de te de nossas terras nessas partes,
nosso país, cercados de segurança eis que nos veremos obrigados a
e, por isso, não nos mandastes ali- não mais batalhar contra os lama-
mentos nem homens para reforçar nitas até que limpemos nosso vaso
nossos exércitos? interior, sim, o grande cabeça de
20 Haveis esquecido os manda- nosso governo.
mentos do Senhor vosso Deus? 25 E a não ser que concordeis
Sim, haveis esquecido o cativei- com minha epístola e demons-
ro de nossos pais? Haveis esque- treis um verdadeiro a espírito de
cido as muitas vezes que fomos liberdade e vos esforceis para
23 a Mt. 23:25–26. 25 a Al. 51:6; 61:15.
421 ALMA 60:26–36
fortalecer e reforçar nossos exér- deste povo na causa de nossa li-
citos e lhes concedais alimentos berdade.
para seu sustento, eis que deixarei 31 Porque eis que o Senhor não
parte de meus homens livres para permitirá que vivais e vos torneis
defenderem esta parte de nossa fortes em vossas iniquidades, para
terra e deixarei com eles a força destruirdes seu povo justo.
e a bênção de Deus, a fim de que 32 Eis que podeis supor que o
nenhum outro poder prevaleça Senhor vos poupará e condenará
contra eles — os lamanitas, quando foi a tradi-
26  E isso em virtude de sua ção dos pais deles que causou seu
grande fé e paciência nas tribu- ódio, sim, e este foi redobrado por
lações — aqueles que dissentiram de nós,
27 E irei até vós; e se houver al- enquanto a vossa iniquidade teve
gum de vós que aspire à liber- origem no amor à glória e às coi-
dade, sim, se restar ainda uma sas vãs do mundo?
centelha que seja de liberdade, 33 Sabeis que estais transgre-
eis que fomentarei insurreições dindo as leis de Deus e que as
entre vós até que sejam extintos espezinhais. Eis que o Senhor me
os que querem usurpar o poder disse: Se aqueles a quem esco-
e a autoridade. lhestes para governantes não se
28 Sim, eis que não temo vosso arrependerem de seus pecados e
poder nem vossa autoridade, mas iniquidades, subireis para bata-
é a meu a Deus que eu temo; e é de lhar contra eles.
acordo com seus mandamentos 34 E agora eis que eu, Morô-
que empunho minha espada para ni, estou obrigado, segundo o
defender a causa de meu país; e é convênio que fiz, a obedecer aos
por causa de vossa iniquidade que mandamentos de Deus; portan-
sofremos tantas perdas. to, desejaria que obedecêsseis à
29 Eis que é hora, sim, é chega- palavra de Deus e me enviásseis
da a hora em que, a não ser que rapidamente vossas provisões
vos apresseis para defender vosso e vossos homens; e também a
país e vossos pequeninos, a a espa- Helamã.
da da justiça que pende sobre vós 35 E eis que, se assim não pro-
cairá sobre vós e visitar-vos-á até cederdes, irei até vós rapidamen-
vossa completa destruição. te; porque eis que Deus não per-
30 Eis que espero vossa ajuda; mitirá que pereçamos de fome;
e a não ser que nos socorrais, eis portanto, ele nos dará do vosso
que irei até vós, sim, na terra de alimento, ainda que seja pela es-
Zaraenla; e golpear-vos-ei com a pada. Agora tratai de cumprir a
espada, de modo que já não tereis palavra de Deus.
poder para impedir o progresso 36 Eis que eu sou Morôni, vosso
28 a At. 5:26–29. 29 a Hel. 13:5; 3 Né. 2:19.
ALMA 61:1–9 422
capitão-chefe. Não busco poder,
a 
muitos, o que será motivo de se-
mas procuro abatê-lo. Não busco veras aflições entre nós; eles reti-
as honras do mundo, mas a gló- veram nossas provisões e intimi-
ria de meu Deus e a liberdade e daram nossos homens livres, de
bem-estar de meu país. E assim modo que não foram ter convosco.
termino minha epístola. 5 E eis que eles me fizeram retro-
ceder e fugi para a terra de Gideão
CAPÍTULO 61 com todos os homens que me foi
possível reunir.
Paorã informa Morôni da insurrei-
6 E eis que enviei uma proclama-
ção e revolta contra o governo — Os
ção a toda esta parte da terra; e eis
realistas tomam Zaraenla e fazem
que eles se estão juntando a nós
aliança com os lamanitas — Paorã
em grande número, diariamente,
pede ajuda militar contra os rebeldes.
para pegar em armas na defesa
Aproximadamente 62 a.C.
de seu país e de sua a liberdade;
Eis que aconteceu então que, logo e para vingar as nossas afrontas.
após haver Morôni enviado sua 7 E eles juntaram-se a nós, de
epístola ao governador-chefe, re- modo que aqueles que se rebela-
cebeu uma resposta de a Paorã, o ram contra nós estão sendo de-
governador-chefe. E são estas as safiados; sim, de modo que nos
palavras que recebeu: temem e não ousam vir guerrear-
2 Eu, Paorã, que sou governa- nos.
dor-chefe desta terra, envio estas 8 Eles apoderaram-se da terra,
palavras a Morôni, capitão-chefe ou seja, da cidade de Zaraenla;
do exército. Eis que te digo, Mo- nomearam um rei para eles, o
rôni, que não me regozijo com qual escreveu ao rei dos lamani-
vossas grandes a aflições; sim, elas tas, fazendo com ele aliança. Nes-
afligem-me a alma. sa aliança ele concordou em man-
3 Eis, porém, que há quem se re- ter a cidade de Zaraenla, supondo
gozije com vossas aflições; sim, a que, assim fazendo, possibilitará
ponto de rebelarem-se contra mim aos lamanitas a conquista do res-
e também contra aqueles de meu tante da terra e será proclamado
povo que são a homens livres; sim, rei deste povo, quando forem con-
e os que se rebelaram são muito quistados pelos lamanitas.
numerosos. 9 E agora, em tua epístola cen-
4 E os que tentaram se apode- suraste-me, mas isso não importa.
rar de minha cadeira de juiz são Não estou zangado; antes, rego-
a causa desta grande iniquidade; zijo-me pela grandeza de teu co-
pois usaram de grandes lison- ração. Eu, Paorã, não busco po-
jas e influenciaram o coração de der; procuro somente conservar
36 a D&C 121:39–42. 2 a Al. 60:3–9. 6 a GEE Liberdade, Livre.
61 1 a Al. 50:39–40. 3 a Al. 51:6–7.
423 ALMA 61:10–21
minha cadeira de juiz para pre- a guerra nessa parte da terra se-
servar os direitos e a liberdade de gundo o a Espírito de Deus, que é
meu povo. Minha alma perma- também o espírito de liberdade
nece firme nessa liberdade com a que está neles.
qual Deus nos fez a livres. 16 Eis que lhes mandei algumas
10 E agora, eis que resistiremos provisões para que não pereçam,
à iniquidade, mesmo com derra- até que possas juntar-te a mim.
mamento de sangue. E não derra- 17 Reúne todas as forças que pu-
maríamos o sangue dos lamanitas deres, durante tua marcha para cá,
se eles permanecessem em sua e seguiremos rapidamente contra
própria terra. aqueles dissidentes, com a força
11 Não derramaríamos o sangue de nosso Deus, segundo a fé que
de nossos irmãos se eles não se re- possuímos.
belassem e levantassem a espada 18 E ocuparemos a cidade de
contra nós. Zaraenla, a fim de obter mais ví-
12 Submeter-nos-íamos ao jugo veres para serem enviados a Leí
da servidão, se isso fosse requisito e a Teâncum; sim, marcharemos
da justiça de Deus ou se ele nos contra eles com a força do Senhor
ordenasse que o fizéssemos. e poremos fim a esta grande ini-
13 Mas eis que ele não manda quidade.
que nos submetamos aos nossos 19 E agora, Morôni, alegro-me
inimigos, mas que tenhamos a con- por haver recebido tua epístola,
fiança nele e ele nos livrará. porque estava um tanto preocupa-
14 Portanto, meu amado irmão do quanto ao que deveríamos fa-
Morôni, resistamos ao mal; e ao zer, se era justo marchar contra
mal que não pudermos resistir nossos irmãos.
com nossas palavras, sim, como 20 Disseste, porém, que, a não
revoltas e dissensões, a resistamos ser que se arrependam, o Senhor
com nossas espadas, a fim de con- te ordenou que marchásses con-
servarmos nossa liberdade, a fim tra eles.
de regozijarmo-nos no grande pri- 21 Procura a fortalecer Leí e Teân-
vilégio de nossa igreja e na causa cum no Senhor; dize-lhes que
de nosso Redentor e nosso Deus. nada temam, porque Deus os li-
15 Portanto, vem a mim rapi- vrará; sim, e também todos os que
damente com alguns de teus ho- permanecerem firmes na liberda-
mens e deixa os restantes sob o de com que Deus os fez livres. E
comando de Leí e Teâncum; dá- agora termino minha epístola a
lhes autoridade para dirigirem meu amado irmão Morôni.
9 a Jo. 8:31–36; Fé. GEE Espírito Santo.
D&C 88:86. 14 a Al. 43:47. 21 a Zac. 10:12.
13 a GEE Confiança, Confiar; 15 a 2 Cor. 3:17.
ALMA 62:2–10 424
CAPÍTULO 62 empunharam as espadas em de-
fesa de sua liberdade, a fim de não
Morôni marcha em auxílio de Paorã,
caírem em cativeiro.
na terra de Gideão — Os realistas
6 E assim, quando Morôni reu-
que se recusam a defender seu país
niu todos os homens que lhe foi
são executados — Paorã e Morôni
possível no transcurso de sua
retomam Nefia — Muitos lamanitas
marcha, dirigiu-se para a terra
juntam-se ao povo de Amon — Teân-
de Gideão; e unindo suas forças
cum mata Amoron e, por sua vez, é
às de Paorã, tornaram-se muito
morto — Os lamanitas são expulsos
fortes, até mais fortes que os ho-
da terra e a paz é estabelecida — He-
mens de Pácus, a rei dos dissiden-
lamã retorna ao ministério e edifica a
tes que haviam expulsado os b ho-
Igreja. Aproximadamente 62–57 a.C.
mens livres da terra de Zaraenla
E então aconteceu que quando e ocupado a terra.
Morôni recebeu esta epístola, seu 7 E aconteceu que Morôni e Pao-
coração encheu-se de coragem e rã desceram com seus exércitos à
de imensa alegria, devido à fi- terra de Zaraenla e marcharam
delidade de Paorã e por não ser contra a cidade; e enfrentaram
ele um a traidor da liberdade e da os homens de Pácus, batalhando
causa de sua pátria; contra eles.
2 Mas também se lamentou mui- 8  E eis que Pácus foi morto,
to por causa da iniquidade da- seus homens foram aprisionados
queles que afastaram Paorã da e Paorã foi reconduzido à cadei-
cadeira de juiz, sim, em suma, por ra de juiz.
causa daqueles que se rebelaram 9 E os homens de Pácus foram
contra seu país e seu Deus. julgados de acordo com a lei, o
3 E aconteceu que Morôni tomou mesmo acontecendo aos realis-
um pequeno número de homens, tas que haviam sido dominados
segundo o desejo de Paorã, e en- e presos; e foram a executados
tregou a Leí e a Teâncum o coman- segundo a lei; sim, os homens
do do restante de seu exército e de Pácus e os realistas, todos os
marchou para a terra de Gideão. que não quiseram pegar em ar-
4 E hasteou o a estandarte da b li- mas na defesa de seu país, mas
berdade em todos os lugares em que lutaram contra ele, foram
que entrou e incorporou todas as executados.
forças que pôde em sua marcha 10 E assim, foi necessária a ob-
para a terra de Gideão. servância rigorosa dessa lei para
5 E aconteceu que milhares se segurança do país. Sim, e todos os
reuniram sob seu estandarte e que negavam sua liberdade eram
62 1 a Al. 60:18. b GEE Liberdade, Livre. 9 a GEE Pena de Morte.
4 a Al. 46:12–13, 36. 6 a Al. 61:4–8.
GEE Estandarte. b Al. 51:5–7.
425 ALMA 62:11–22
rapidamente executados de acor- não mais pegariam suas armas de
do com a lei. guerra contra os nefitas.
11 E assim terminou o trigésimo 17 E após terem feito esse con-
ano em que os juízes governaram vênio, enviaram-nos para habi-
o povo de Néfi, tendo Morôni e tar com o povo de Amon; e era
Paorã restaurado a paz na terra de de aproximadamente quatro mil
Zaraenla entre seu próprio povo, o número dos que não haviam
tendo infligido a morte a todos sido mortos.
os que não eram fiéis à causa da 18 E aconteceu que após tê-los
liberdade. despedido, continuaram sua mar-
12 E aconteceu, no começo do cha em direção à terra de Nefia. E
trigésimo primeiro ano em que aconteceu que quando chegaram
os juízes governaram o povo de à cidade de Nefia, armaram suas
Néfi, que Morôni providenciou tendas nas planícies de Nefia, que
o envio imediato de provisões e ficam próximas à cidade de Nefia.
também enviou um exército de 19 Ora, Morôni desejava que os
seis mil homens a Helamã, a fim lamanitas saíssem para batalhar
de ajudá-lo a defender aquela contra eles nas planícies; mas os
parte da terra. lamanitas, sabendo de sua grande
13 E também providenciou para coragem e vendo como eram nu-
que um exército de seis mil ho- merosos, não ousaram sair contra
mens, com suficiente quantidade eles; portanto, não saíram para
de víveres, fosse enviado aos exér- combatê-los naquele dia.
citos de Leí e Teâncum. E aconte- 20 E quando anoiteceu, Morôni
ceu que isto foi feito para fortificar saiu na escuridão da noite e subiu
a terra contra os lamanitas. ao alto da muralha para descobrir
14 E aconteceu que Morôni e em que parte da cidade os lama-
Paorã, tendo deixado um grande nitas se achavam acampados com
número de homens na terra de Za- seu exército.
raenla, marcharam com um gran- 21 E aconteceu que eles se en-
de numero de homens em direção contravam no leste, perto da en-
à terra de Nefia, dispostos a der- trada; e estavam todos dormindo.
rotar os lamanitas naquela cidade. E então Morôni voltou para seu
15 E aconteceu que quando mar- exército e fez com que preparas-
chavam para aquela terra, captu- sem rapidamente fortes cordas e
raram um grande número de la- escadas, a fim de serem descidas,
manitas e mataram muitos deles; e do alto da muralha, para o seu
apoderaram-se de suas provisões interior.
e armas de guerra. 22 E aconteceu que Morôni fez
16 E aconteceu que depois de com que seus homens avanças-
havê-los capturado, obrigaram- sem e galgassem o alto da mura-
nos a fazer um convênio de que lha e descessem naquela parte da
ALMA 62:23–35 426
cidade, sim, na parte ocidental, foram aliviados de uma grande
onde os lamanitas não se achavam carga; sim, pois viram-se livres de
acampados com seus exércitos. todos os prisioneiros lamanitas.
23 E aconteceu que todos des- 30 Ora, aconteceu que Morôni,
ceram à cidade durante a noite, depois de haver ocupado a cidade
pelas suas fortes cordas e escadas; de Nefia — tendo feito muitos pri-
assim, quando amanheceu, esta- sioneiros, o que reduziu conside-
vam todos dentro das muralhas ravelmente os exércitos dos lama-
da cidade. nitas; e tendo recuperado muitos
24 E então, quando acordaram e nefitas que haviam sido presos, o
viram que os exércitos de Morôni que reforçou consideravelmente o
se achavam dentro das muralhas, exército de Morôni — saiu Morôni
os lamanitas ficaram tão amedron- por essa razão da terra de Nefia
tados que fugiram pela passagem. para a terra de Leí.
25 E então, quando viu que esta- 31 E aconteceu que quando vi-
vam fugindo dele, Morôni fez com ram que Morôni marchava con-
que seus homens marchassem tra eles, os lamanitas novamente
contra eles; e mataram muitos e ficaram amedrontados e fugiram
cercaram muitos outros e aprisio- do exército de Morôni.
naram-nos; e os restantes fugiram 32 E aconteceu que Morôni e
para a terra de Morôni, que ficava seu exército os perseguiram de
nas fronteiras junto à costa. cidade em cidade até que encon-
26 Assim, Morôni e Paorã ocupa- traram Leí e Teâncum. E os lama-
ram a cidade de Nefia sem perder nitas fugiram de Leí e Teâncum e
um só homem; e muitos dos lama- desceram pelas fronteiras perto
nitas foram mortos. da costa, até chegarem à terra de
27 Ora, aconteceu que muitos Morôni.
dos lamanitas que foram apri- 33 E todos os exércitos dos la-
sionados desejavam juntar-se ao manitas reuniram-se formando
a 
povo de Amon e tornar-se um um só corpo, na terra de Morôni.
povo livre. Ora, Amoron, rei dos lamanitas,
28 E aconteceu que a todos os estava também com eles.
que manifestaram esse desejo, foi 34 E aconteceu que Morôni e
concedido segundo seus desejos. Leí e Teâncum acamparam com
29 De modo que todos os pri- seus exércitos nas fronteiras da
sioneiros lamanitas se uniram ao terra de Morôni, de modo que os
povo de Amon e começaram a tra- lamanitas ficaram cercados, nas
balhar com afã, lavrando a terra, fronteiras, pelo deserto ao sul; e,
semeando toda espécie de grãos nas fronteiras, pelo deserto a leste.
e criando rebanhos e manadas de 35 E assim acamparam para pas-
toda espécie; e assim os nefitas sar a noite. Porque eis que tanto
27 a GEE Ânti-néfi-leítas.
427 ALMA 62:36–44
os nefitas como os lamanitas es- voltando mais, naquela ocasião,
tavam cansados, em virtude da a atacar os nefitas.
extensa marcha; portanto, não 39 E assim terminou o trigésimo
formularam estratagema algum primeiro ano em que os juízes go-
durante a noite, com exceção de vernaram o povo de Néfi; e eles
Teâncum; pois ele estava extrema- haviam tido guerras e derrama-
mente irado contra Amoron, visto mento de sangue e fome e aflições
que considerava Amoron e Ama- pelo espaço de muitos anos.
liquias, seu irmão, a a causa dessa 40 E houvera muitos crimes e
grande e duradoura guerra entre contendas e dissensões e toda sor-
eles e os lamanitas, a qual resulta- te de iniquidades entre o povo de
ra em tanta luta e derramamento Néfi; no entanto, por a amor aos
de sangue, sim, e em tanta fome. justos, sim, por causa das orações
36 E aconteceu que Teâncum, em dos justos, eles foram poupados.
sua ira, penetrou no acampamen- 41 Mas eis que, por causa da lon-
to dos lamanitas, descendo pelas ga duração da guerra entre nefitas
muralhas da cidade. E foi de lugar e lamanitas, muitos se tornaram
em lugar, com uma corda, até que insensíveis devido à longa du-
encontrou o rei; e arremessou-lhe ração da guerra; e muitos foram
uma a lança que penetrou junto ao abrandados em virtude de suas
coração. Mas eis que o rei, antes a 
aflições, de modo que se humi-
de morrer, despertou seus servos, lharam perante Deus com a mais
de modo que eles perseguiram profunda humildade.
Teâncum e mataram-no. 42 E aconteceu que depois de ha-
37 Ora, aconteceu que quando ver fortificado as partes da terra
souberam que Teâncum estava que estavam mais expostas aos
morto, Leí e Morôni ficaram mui- lamanitas, até se tornarem sufi-
to tristes; porque eis que ele ha- cientemente fortes, Morôni voltou
via sido um homem que lutara para a cidade de Zaraenla; e tam-
valentemente por seu país, sim, bém Helamã regressou ao local
um verdadeiro amigo da liberda- de sua herança; e uma vez mais
de; e havia passado por muitas e houve paz entre o povo de Néfi.
grandes aflições. Eis, porém, que 43 E Morôni entregou o coman-
estava morto e seguira o caminho do de seus exércitos às mãos de
de toda a Terra. seu filho, cujo nome era Moronia;
38 Ora, aconteceu que na manhã e retirou-se para sua própria casa,
seguinte Morôni avançou contra a fim de passar o resto de seus
os lamanitas, matando-os em uma dias em paz.
grande carnificina; e expulsaram- 44 E Paorã voltou para a cadeira
nos da terra; e eles fugiram, não de juiz; e Helamã voltou a pregar
35 a Al. 48:1. 40 a Al. 45:15–16.
36 a Al. 51:33–34. 41 a GEE Adversidade.
ALMA 62:45–63:4 428
ao povo a palavra de Deus; pois libertado das mãos de seus ini-
em vista de tantas guerras e con- migos.
tendas, tornara-se necessário que 51 E oravam constantemente ao
novamente se procedesse a uma Senhor seu Deus, tanto que o Se-
regulamentação na igreja. nhor os abençoou segundo sua
45 Portanto, Helamã e seus ir- palavra, de modo que se torna-
mãos saíram declarando a pala- ram fortes e prosperaram na terra.
vra de Deus com grande poder, 52 E aconteceu que todas essas
a 
convencendo a muitos de suas coisas foram feitas. E Helamã
iniquidades, o que fez com que se morreu no trigésimo quinto ano
arrependessem de seus pecados e em que os juízes governaram o
fossem batizados para o Senhor povo de Néfi.
seu Deus.
46 E aconteceu que organizaram CAPÍTULO 63
novamente a igreja de Deus por
Siblon e, posteriormente, Helamã to-
toda a terra.
mam posse dos registros sagrados —
47 Sim, e foram feitos regula-
Muitos nefitas viajam para a terra do
mentos relativos à lei. E foram es-
norte — Hagote constrói navios que
colhidos os seus a juízes e os seus
navegam no mar do oeste — Moro-
juízes superiores.
nia derrota os lamanitas em batalha.
48 E o povo de Néfi começou
Aproximadamente 56–52 a.C.
outra vez a a prosperar na terra
e a multiplicar-se e a tornar-se E aconteceu, no começo do tri-
novamente muito poderoso. E gésimo sexto ano em que os juízes
principiaram a ficar excessiva- governaram o povo de Néfi, que
mente ricos. a 
Siblon se encarregou das coisas
49 Entretanto, apesar de suas b 
sagradas que Alma havia confia-
riquezas, de seu poder e de sua do a Helamã.
prosperidade, não se encheram de 2 E ele era um homem justo e
orgulho nem eram vagarosos em andava retamente perante Deus; e
lembrar-se do Senhor seu Deus; procurava praticar continuamente
mas humilhavam-se profunda- o bem e guardar os mandamentos
mente perante ele. do Senhor seu Deus; e o mesmo
50 Sim, lembravam-se das gran- fazia seu irmão.
des coisas que o Senhor havia fei- 3 E aconteceu que Morôni tam-
to por eles, de que os havia li- bém morreu; e assim terminou o
vrado da morte e do cativeiro e trigésimo sexto ano do governo
de prisões e de toda sorte de so- dos juízes.
frimentos; e de que ele os havia 4 E aconteceu que no trigésimo
45 a D&C 18:44. 63 1 a Al. 38:1–2. 4 a Al. 22:31.
47 a Mos. 29:39. b Al. 37:1–12.
48 a Al. 50:20. GEE Santo (adjetivo).
429 ALMA 63:5–16
sétimo ano do governo dos juízes, juízes, Siblon também morreu e
um grande grupo, composto de Coriânton havia ido à terra do
cerca de cinco mil e quatrocentos norte, em um navio, para levar
homens com suas mulheres e fi- provisões ao povo que fora para
lhos, saiu de Zaraenla para a terra aquela terra.
que ficava ao a norte. 11 Portanto, se tornou necessário
5 E aconteceu que Hagote, que que, antes de sua morte, Siblon
era um homem muito curioso, entregasse as coisas sagradas ao
construiu um navio muito grande filho de Helamã, que se chamava
nos limites da terra de Abundân- a 
Helamã, sendo chamado pelo
cia, perto da terra de Desolação, nome de seu pai.
e lançou-o ao mar do oeste, perto 12 Ora, eis que todas aquelas
da a estreita faixa de terra que con- a 
gravações que se achavam em
duzia à terra do norte. poder de Helamã foram trans-
6 E eis que muitos nefitas e tam- critas e transmitidas aos filhos
bém muitas mulheres e crianças dos homens por toda a terra, ex-
nele embarcaram com muitas pro- cetuando-se as partes que Alma
visões e navegaram rumo ao nor- havia ordenado que b não fossem
te. E assim terminou o trigésimo reveladas.
sétimo ano. 13 Não obstante, essas coisas
7 E no trigésimo oitavo ano, esse deviam ser conservadas como
homem construiu outros navios. sagradas e a transmitidas de uma
E o primeiro navio também vol- geração à outra; portanto, nes-
tou, nele embarcando muito mais se ano haviam sido confiadas
gente; e eles levaram muitas pro- a Helamã, antes da morte de
visões, partindo novamente para Siblon.
a terra do norte. 14 E aconteceu, também nesse
8 E aconteceu que nunca mais ano, que houve alguns dissidentes
se soube deles. E supomos que se que se juntaram aos lamanitas; e
tenham afogado nas profundezas novamente foram incitados à ira
do mar. E aconteceu que um outro contra os nefitas.
navio também partiu; e para onde 15 E também, nesse mesmo ano
foi, não sabemos. desceram com um numeroso exér-
9  E aconteceu que nesse ano cito para guerrear o povo de a Mo-
muita gente foi para a terra do ronia, ou seja, o exército de Moro-
a 
norte; e assim terminou o trigé- nia, sendo derrotados e repelidos
simo oitavo ano. novamente para suas próprias
10 E aconteceu que no trigé- terras, sofrendo grandes perdas.
simo nono ano do governo dos 16 E assim terminou o trigésimo
5 a Al. 22:32; 11 a Ver sinopse do livro de b Al. 37:27–32.
Ét. 10:20. Helamã. 13 a Al. 37:4.
9 a Hel. 3:11–12. 12 a Al. 18:36. 15 a Al. 62:43.
ALMA 63:17–HELAMÃ 1:8 430
nono ano em que os juízes gover- Alma e de Helamã, seu filho, e
naram o povo de Néfi. também de Siblon, que era seu
17 E assim terminou o relato de filho.

LIVRO DE HELAMÃ
Relato sobre os nefitas. Suas guerras, contendas e dissensões. E também
as profecias de muitos santos profetas antes da vinda de Cristo, segundo
os registros de Helamã, que era filho de Helamã, e também segundo os
registros de seus filhos até a vinda de Cristo. Muitos lamanitas são con-
vertidos. Relato de sua conversão. Relato da retidão dos lamanitas e das
iniquidades e abominações dos nefitas, segundo o registro de Helamã e
seus filhos, até a vinda de Cristo, relato esse chamado Livro de Helamã.
CAPÍTULO 1 entre o povo: Paorã, Paânqui e
Pacumêni.
Paorã II torna-se juiz supremo e é
4 Ora, estes não são todos os fi-
assassinado por Quiscúmen — Pa-
lhos de Paorã (porque ele tinha
cumêni ocupa a cadeira de juiz —
muitos), mas são os que dispu-
Coriântumr lidera os exércitos la-
taram a cadeira de juiz; portan-
manitas, toma Zaraenla e mata
to, causaram três divisões entre
Pacumêni — Moronia derrota os
o povo.
lamanitas e recupera Zaraenla; Co-
5 Não obstante, aconteceu que
riântumr é morto. Aproximadamente
Paorã foi eleito, pela a voz do
52–50 a.C.
povo, juiz supremo e governa-

E ENTÃO, eis que aconteceu que


no começo do quadragésimo
ano em que os juízes governaram
dor do povo de Néfi.
6 E aconteceu que Pacumêni,
vendo que não podia obter a ca-
o povo de Néfi, surgiu uma séria deira de juiz, uniu-se à voz do
dificuldade entre o povo nefita. povo.
2 Pois eis que a Paorã havia mor- 7 Mas eis que Paânqui e aqueles
rido, trilhando o caminho de toda que o queriam como governador
a Terra; por essa razão surgiu uma ficaram muito irados; por isso ele
séria contenda sobre qual dos ir- estava a ponto de, por meio de li-
mãos, filhos de Paorã, ocuparia a sonjas, persuadir o povo a rebelar-
cadeira de juiz. se contra seus irmãos.
3 Ora, estes são os nomes dos 8 E aconteceu que quando esta-
que disputaram a cadeira de juiz e va prestes a fazer isso, eis que foi
que também causaram contendas aprisionado e julgado de acordo
1 2 a Al. 50:40. 5 a Mos. 29:26–29.
431 HELAMÃ 1:9–19
com a voz do povo, tendo sido 14 E aconteceu que no quadragé-
condenado à morte porque se re- simo primeiro ano do governo dos
belara e procurara destruir a a li- juízes, os lamanitas reuniram um
berdade do povo. inumerável exército de homens e
9 Ora, quando aqueles que de- armaram-nos com espadas e com
sejavam que ele fosse seu go- cimitarras e com arcos e com fle-
vernador viram que havia sido chas; e com capacetes e com cou-
condenado à morte, ficaram en- raças e com todo tipo de escudos
colerizados e eis que mandaram de toda espécie.
um certo Quiscúmen até a cadeira 15 E desceram outra vez para
de juiz de Paorã; e ele assassinou batalhar contra os nefitas; e eram
Paorã quando esse se achava sen- guiados por um homem que se
tado na cadeira de juiz. chamava Coriântumr, descenden-
10 E Quiscúmen foi perseguido te de Zaraenla e dissidente dos
pelos servos de Paorã, mas eis que nefitas; e ele era um homem gran-
tão rápida foi a sua fuga, que nin- de e forte.
guém conseguiu alcançá-lo. 16 Assim, o rei dos lamanitas,
11 E ele reuniu-se com os que o cujo nome era Tubalote, que era
haviam enviado e todos eles fi- filho de a Amoron, supondo que
zeram um convênio, sim, juran- Coriântumr, sendo um homem
do por seu eterno Criador que a forte, poderia fazer frente aos ne-
ninguém diriam que Quiscúmen fitas com sua força e também com
assassinara Paorã. sua grande sabedoria, de manei-
12 Portanto, Quiscúmen não foi ra que, enviando-o, dominaria os
reconhecido pelo povo de Néfi, nefitas —
porque estava disfarçado quando 17 Incitou-os, portanto, à cólera
matou Paorã. E Quiscúmen e seu e reuniu seus exércitos e nomeou
bando que fizera convênio com Coriântumr como líder; e fez com
ele misturaram-se com o povo, que eles descessem à terra de Za-
de maneira que não puderam en- raenla para combater os nefitas.
contrar todos; porém todos os que 18 E aconteceu que, por causa de
foram encontrados foram conde- tantas contendas e tantas dificul-
nados à a morte. dades no governo, os nefitas não
13 E então, eis que Pacumêni foi mantiveram número suficiente de
eleito, pela voz do povo, juiz su- guardas na terra de Zaraenla; por-
perior e governador do povo, para que pensaram que os lamanitas
governar em lugar de seu irmão, não ousariam invadir o coração
Paorã; e isto segundo seu direito. de suas terras para atacar a gran-
E tudo isso se passou no quadra- de cidade de Zaraenla.
gésimo ano do governo dos juízes; 19 Mas aconteceu que Coriân-
e assim terminou. tumr marchou à frente de seu
8 a GEE Liberdade, Livre. 12 a GEE Pena de Morte. 16 a Al. 52:3.
HELAMÃ 1:20–30 432
numeroso exército e atacou os grupos; e desta forma caiu sobre
habitantes da cidade; e sua mar- eles, matando-os.
cha foi tão rápida que os nefitas 25 Eis, porém, que esta marcha
não tiveram tempo de reunir seus de Coriântumr pela parte cen-
exércitos. tral da terra ofereceu grande van-
20 Portanto, Coriântumr matou tagem a Moronia, apesar de ser
a guarda que se achava às portas grande o número de nefitas que
da cidade e avançou com todo o haviam sido mortos.
seu exército para dentro da cida- 26 Pois eis que Moronia supôs
de, matando todos os que se lhes que os lamanitas não ousariam in-
opuseram, de modo que tomaram vadir a parte central da terra, mas
toda a cidade. que atacariam as cidades fronteiri-
21 E aconteceu que Pacumêni, ças, como haviam feito até então.
que era o juiz supremo, fugiu de Por essa razão Moronia fizera com
Coriântumr até as muralhas da que seus fortes exércitos defen-
cidade. E aconteceu que Coriân- dessem aquelas partes próximas
tumr o golpeou contra a muralha, às fronteiras.
de modo que ele morreu; e assim 27 Eis, porém, que os lamanitas
terminaram os dias de Pacumêni. não se atemorizaram como ele
22 Ora, quando Coriântumr viu desejava, mas haviam invadido
que se havia apoderado da cidade a parte central da terra e toma-
de Zaraenla e viu que os nefitas do a capital, que era a cidade de
haviam fugido deles e haviam Zaraenla; e estavam marchando
sido mortos e postos em cativeiro pelas partes principais da terra,
e aprisionados; e que havia toma- matando o povo numa grande
do a praça mais forte de toda a carnificina, tanto homens como
terra, seu coração encheu-se de co- mulheres e crianças, ocupando
ragem, de modo que estava pron- muitas cidades e muitas forta-
to para atacar toda a terra. lezas.
23 E então ele não se deteve na 28 Mas quando Moronia desco-
terra de Zaraenla, mas marchou briu isso, imediatamente mandou
com um grande exército em di- Leí com um exército para detê-los
reção à cidade de Abundância; antes que atingissem a terra de
porque estava determinado a Abundância.
avançar e abrir caminho à espa- 29 E ele assim fez; e deteve-os
da, a fim de conquistar a parte antes que chegassem à terra de
norte da terra. Abundância e atacou-os, de modo
24 E supondo que as forças prin- que eles começaram a retroceder
cipais deles se achassem na parte em direção à terra de Zaraenla.
central da terra, marchou contra 30 E aconteceu que Moronia cor-
eles, não lhes dando tempo de tou a sua retirada e travou comba-
reunir-se, a não ser em pequenos te com eles; e o combate tornou-se
433 HELAMÃ 1:31–2:7
extremamente sangrento; sim, novamente a contender a respeito
muitos foram mortos e, entre os de quem deveria ocupar a cadei-
que foram mortos, estava também ra de juiz.
a 
Coriântumr. 2 E aconteceu que Helamã, que
31 E então eis que os lamanitas era filho de Helamã, foi escolhido
não podiam retroceder nem pelo pela voz do povo para ocupar a
norte nem pelo sul, nem pelo les- cadeira de juiz.
te nem pelo oeste, porquanto se 3 Mas eis que a Quiscúmen, que
achavam cercados de todos os assassinara Paorã, pôs-se à esprei-
lados pelos nefitas. ta, para também destruir Helamã;
32 E assim Coriântumr havia e ele foi apoiado por seu bando,
atirado os lamanitas no meio dos que havia feito um pacto para que
nefitas, de modo que ficaram em ninguém ficasse sabendo de suas
poder dos nefitas; e ele próprio foi iniquidades.
morto; e os lamanitas entregaram- 4 Pois havia um certo a Gadiân-
se nas mãos dos nefitas. ton, que era sobremaneira hábil
33 E aconteceu que Moronia no- no falar e também muito astuto
vamente tomou posse da cidade para levar a efeito planos secretos
de Zaraenla e ordenou que os la- de assassinatos e pilhagens; por-
manitas que haviam sido aprisio- tanto, se tornou o chefe do bando
nados partissem da terra em paz. de Quiscúmen.
34 E assim terminou o quadra- 5 Por conseguinte, lisonjeando-
gésimo primeiro ano do governo os e também lisonjeando Quiscú-
dos juízes. men, prometera conceder àqueles
que pertenciam ao seu bando po-
CAPÍTULO 2 der e autoridade sobre o povo, se
eles o colocassem na cadeira de
Helamã, filho de Helamã, torna-se
juiz; portanto, Quiscúmen pro-
juiz supremo — Gadiânton lidera o
curou destruir Helamã —
bando de Quiscúmen — O servo de
6 E aconteceu que quando se di-
Helamã mata Quiscúmen e o bando
rigia para a cadeira de juiz a fim
de Gadiânton foge para o deserto.
de destruir Helamã, eis que um
Aproximadamente 50–49 a.C.
dos servos de Helamã, que havia
E aconteceu que no quadragési- saído durante a noite e obtido, por
mo segundo ano do governo dos meio de um disfarce, conhecimen-
juízes, depois de Moronia haver to dos planos que haviam sido
restabelecido a paz entre os nefi- forjados pelo bando para destruir
tas e lamanitas, eis que ninguém Helamã —
havia para ocupar a cadeira de 7 E aconteceu que ele encontrou
juiz; portanto, o povo começou Quiscúmen e deu-lhe um sinal;
30 a Hel. 1:15. 4 a GEE Ladrões de
2 3 a Hel. 1:9. Gadiânton.
HELAMÃ 2:8–3:2 434
portanto, Quiscúmen lhe revelou 12 E mais sobre esse Gadiânton
seu objetivo, pedindo-lhe que o será exposto adiante. E assim ter-
conduzisse à cadeira do juiz, a fim minou o quadragésimo segundo
de que ele assassinasse Helamã. ano em que os juízes governaram
8 E quando o servo de Helamã o povo de Néfi.
se inteirou das intenções de Quis- 13 E eis que no fim deste livro
cúmen e de que seu objetivo era vereis que esse mesmo a Gadiân-
matar; e de que o objetivo dos que ton veio a ser a causa da ruína,
pertenciam ao seu bando era ma- sim, da destruição quase completa
tar e roubar e obter poder (e eram do povo de Néfi.
estes seus a planos secretos e suas 14 Eis que não me refiro ao fim
combinações), o servo de Helamã do livro de Helamã, mas refiro-me
disse a Quiscúmen: Vamos até a ao fim do livro de Néfi, do qual
cadeira do juiz. tirei todo o relato que escrevi.
9 Ora, isto agradou consideravel-
mente a Quiscúmen, pois supôs CAPÍTULO 3
que poderia executar seus desíg-
Muitos nefitas emigram para a terra
nios; mas eis que, ao se encami-
do norte — Eles constroem casas de
nharem para a cadeira de juiz,
cimento e fazem muitos registros —
o servo de Helamã apunhalou
Dezenas de milhares de pessoas são
Quiscúmen no coração, de modo
convertidas e batizadas — A pala-
que ele caiu morto sem um ge-
vra de Deus leva os homens à salva-
mido. E ele correu para contar a
ção — Néfi, o filho de Helamã, ocupa
Helamã tudo o que tinha visto,
a cadeira de juiz. Aproximadamente
ouvido e feito.
49–39 a.C.
10 E aconteceu que Helamã orde-
nou que prendessem esse bando E então aconteceu que no qua-
de ladrões e assassinos secretos, dragésimo terceiro ano do go-
a fim de que fossem executados verno dos juízes não houve con-
de acordo com a lei. tendas entre o povo de Néfi, com
11 Eis, porém, que ao perceber exceção de algumas demonstra-
que Quiscúmen não voltava, Ga- ções de orgulho verificadas na
diânton ficou com medo de ser igreja, as quais causaram peque-
destruído; consequentemente, fez nas dissensões entre o povo e fo-
com que seu bando o seguisse. E ram resolvidas no fim do quadra-
fugiram da terra para o deserto gésimo terceiro ano.
por um caminho secreto, de modo 2 E não houve contendas entre o
que quando Helamã os mandou povo no quadragésimo quarto ano;
prender, não foram encontrados tampouco houve muitas contendas
em lugar algum. no quadragésimo quinto ano.
8 a 2 Né. 10:15. Secretas. 4 Né. 1:42.
GEE Combinações 13 a Hel. 6:18;
435 HELAMÃ 3:3–14
3 E aconteceu que no quadra- de cimento, deixando crescer to-
gésimo sexto ano houve muitas das as árvores que brotavam na
contendas e muitas dissensões, face da terra, a fim de que mais
em virtude das quais muitos dei- tarde tivessem madeira para cons-
xaram a terra de Zaraenla e foram truir suas casas, sim, suas cidades
para a terra do a norte, a fim de e seus templos e suas sinagogas
herdar a terra. e seus santuários; e todo tipo de
4 E viajaram para muito longe, edifícios.
chegando a a grandes extensões de 10 E aconteceu que como a ma-
água e muitos rios. deira era muito escassa na terra
5 Sim, e espalharam-se por todas do norte, fizeram com que muita
as partes da terra, por todas as madeira lhes fosse enviada por
partes que não estavam desoladas a 
barco.
e sem árvores devido aos muitos 11 E assim tornaram possível
habitantes que haviam vivido na- que o povo da terra do norte cons-
quela terra anteriormente. truísse muitas cidades, tanto com
6 Ora, nenhuma parte da terra madeira como com cimento.
estava desolada, salvo no tocan- 12 E aconteceu que havia en-
te a árvores; mas em virtude da tre o a povo de Amon muitos que
grande a destruição do povo que eram lamanitas de nascimento,
antes habitara a terra, chamaram- que também foram para aquela
na b desolada. terra.
7 E como eram escassas as ár- 13 Ora, há muitos registros des-
vores na terra, o povo que para ses feitos, detalhados e extensos,
lá seguiu se tornou perito em escritos por muitos deste povo e
trabalhos de cimento; portanto, relativos a eles.
construíram casas de cimento, nas 14 Mas eis que uma centésima
quais passaram a habitar. parte dos feitos deste povo, sim,
8 E aconteceu que se multiplica- a história dos lamanitas e dos ne-
ram e espalharam-se e foram da fitas e suas guerras e contendas e
terra do sul para a terra do norte; dissensões; e de suas pregações e
e espalharam-se de tal forma que de suas profecias; e de suas via-
começaram a cobrir a face de toda gens marítimas e construção de
a terra, desde o mar do sul até o barcos; e construção de a templos
mar do norte, do a mar do oeste e de sinagogas e seus santuários; e
até o mar do leste. de sua retidão e suas iniquidades
9 E o povo que estava na terra do e seus assassinatos e seus roubos
norte vivia em tendas e em casas e suas pilhagens e todo tipo de
3 3 a Al. 63:4. b Al. 22:31. 14 a 2 Né. 5:16;
4 a Mos. 8:8; 8 a Al. 22:27, 32. Jacó 1:17;
Mórm. 6:4. 10 a Al. 63:5–8. 3 Né. 11:1.
6 a Mos. 21:25–27. 12 a Al. 27:21–26.
HELAMÃ 3:15–27 436
abominações e libertinagens, não filhos. Deu ao mais velho o nome
pode ser incluída nesta obra. de a Néfi e, ao mais novo, o nome
15 Mas eis que há muitos livros de b Leí. E principiaram a crescer
e muitos registros de toda espécie no Senhor.
que foram escritos principalmente 22 E aconteceu que no fim do
pelos nefitas. quadragésimo oitavo ano em que
16 E eles foram a transmitidos de os juízes governaram o povo de
uma geração a outra pelos nefitas, Néfi, começaram a cessar um pou-
até que eles caíram em transgres- co as dissensões e guerras entre o
são e foram assassinados, rou- povo de Néfi.
bados e perseguidos e expulsos 23 E aconteceu que no quadra-
e mortos e espalhados pela face gésimo nono ano do governo dos
da terra; e misturaram-se com juízes, houve paz contínua na ter-
os lamanitas até b não serem mais ra, com exceção das combinações
chamados de nefitas, tornando- secretas que a Gadiânton, o ladrão,
se iníquos e selvagens e ferozes, estabelecera nas partes mais po-
sim, até se transformarem em la- voadas da terra e que, na época,
manitas. não eram do conhecimento da-
17 E agora retorno ao meu relato; queles que estavam à frente do
portanto, tudo que eu disse acon- governo; portanto, não haviam
teceu após ter havido grandes sido eliminadas daquela terra.
contendas e distúrbios e guerras 24 E aconteceu que nesse mesmo
e dissensões entre o povo de Néfi. ano houve grande progresso na
18 O quadragésimo sexto ano igreja, o que fez com que milha-
do reinado dos juízes terminou. res se unissem à igreja e fossem
19 E aconteceu que havia ainda batizados para o arrependimento.
muita contenda na terra, sim, no 25 E foi tanta a prosperidade da
quadragésimo sétimo ano; e tam- igreja e tão numerosas as bênçãos
bém no quadragésimo oitavo ano. derramadas sobre o povo, que até
20 Não obstante, Helamã ocupou os sumos sacerdotes e mestres fi-
a cadeira de juiz com retidão e caram sobremaneira admirados.
equidade; sim, esforçou-se para 26 E aconteceu que a obra do
observar os estatutos, e os juízos, Senhor prosperou, batizando-se e
e os mandamentos de Deus; e fez unindo-se à igreja de Deus muitas
continuamente o que era reto aos almas, sim, dezenas de milhares.
olhos de Deus; e andou nos ca- 27 Assim podemos ver que o Se-
minhos de seu pai, de modo que nhor é misericordioso para com
prosperou na terra. todos os que invocam seu santo
21 E aconteceu que teve dois nome com sinceridade de coração.
16 a 1 Né. 5:16–19; 21 a
GEE Néfi, Filho de Nefita.
Al. 37:4. Helamã. 23 a Hel. 2:4.
b Al. 45:12–14. b GEE Leí, Missionário
437 HELAMÃ 3:28–37
28 Sim, vemos, portanto, que a igreja; não na igreja de Deus, mas
porta do céu está aberta a b todos,
a 
no coração daqueles que profes-
sim, a todos os que vierem a crer savam pertencer à igreja de Deus.
no nome de Jesus Cristo, que é o 34 E encheram-se de a orgulho,
Filho de Deus. a ponto de perseguirem muitos
29 Sim, vemos que quem o de- de seus irmãos. Ora, esse foi um
sejar poderá aderir à a palavra de grande mal que fez com que a par-
Deus, que é b viva e eficaz, que te mais humilde do povo padeces-
romperá ao meio todas as artima- se grande perseguição e passasse
nhas e as armadilhas e os artifícios por muitas aflições.
do diabo; e guiará o homem de 35 Não obstante, a jejuavam e
Cristo por um caminho c estreito e b 
oravam frequentemente e torna-
apertado, através daquele d abismo vam-se cada vez mais fortes em
eterno de miséria que foi prepara- sua c humildade e cada vez mais
do para tragar os iníquos — firmes na fé em Cristo, enchen-
30 E depositar sua alma, sim, do a alma de alegria e consolo,
sua alma imortal, à a mão direita sim, d purificando e e santificando
de Deus no reino dos céus, para o coração, santificação essa resul-
sentar-se com Abraão e Isaque e tante da f entrega de seu coração
Jacó; e com todos os nossos santos a Deus.
pais, para não mais sair. 36 E aconteceu que o quinqua-
31 E nesse ano houve regozijo gésimo segundo ano também ter-
contínuo na terra de Zaraenla e minou em paz, salvo pelo exces-
em todas as regiões vizinhas, sim, sivo orgulho que se apoderara do
em toda a terra habitada pelos coração do povo; e isso devido às
nefitas. suas enormes a riquezas e à sua
32 E aconteceu que reinou paz prosperidade na terra; e aumen-
e imensa alegria durante todo o tava dia após dia.
resto do quadragésimo nono ano; 37 E aconteceu que no quinqua-
sim, e também houve paz contí- gésimo terceiro ano do governo
nua e grande alegria no quinqua- dos juízes morreu Helamã; e Néfi,
gésimo ano do governo dos juízes. seu filho mais velho, começou a
33 E houve paz também no quin- governar em seu lugar. E aconte-
quagésimo primeiro ano do reina- ceu que ele ocupou a cadeira de
do dos juízes, salvo pelo orgulho juiz com justiça e equidade; sim,
que começou a manifestar-se na ele guardou os mandamentos de
28 a 2 Né. 31:9, 17. d 1 Né. 15:28–30. d GEE Pureza, Puro.
b At. 10:28; 30 a Mt. 25:33–34. e GEE Santificação.
Rom. 2:10–11. 34 a GEE Orgulho. f 2 Crôn. 30:8;
29 a GEE Palavra de Deus. 35 a GEE Jejuar, Jejum. Mos. 3:19.
b Heb. 4:12; b GEE Oração. 36 a GEE Riquezas.
D&C 11:2. c GEE Humildade,
c 2 Né. 9:41; 33:9. Humilde, Humilhar.
HELAMÃ 4:1–11 438
Deus e andou nos caminhos de governo dos juízes conseguiram
seu pai. apoderar-se da terra de Zaraenla;
sim, e também de todas as terras,
CAPÍTULO 4 até a terra que ficava próxima à
terra de Abundância.
Dissidentes nefitas e os lamanitas
6 E os nefitas e os exércitos de
unem forças e tomam a terra de Za-
Moronia foram rechaçados para
raenla — As derrotas dos nefitas
a terra de Abundância.
ocorrem por causa de sua iniquida-
7 E ali se fortificaram contra os
de — A Igreja decai e o povo torna-se
lamanitas, desde o mar do oeste
fraco, da mesma forma que os lama-
até o leste; e essa linha que ha-
nitas. Aproximadamente 38–30 a.C.
viam fortificado e guarnecido de
E aconteceu que no quinqua- tropas para a defesa da região
gésimo quarto ano houve muitas norte tinha a extensão de um dia
dissensões na igreja e houve tam- de viagem para um nefita.
bém uma a contenda entre o povo, 8 E assim, aqueles dissidentes
de modo que muito sangue foi dos nefitas, com o auxílio de um
derramado. numeroso exército de lamanitas,
2 E os rebeldes foram mortos e apoderaram-se de todos os terri-
expulsos da terra e uniram-se ao tórios dos nefitas que ficavam na
rei dos lamanitas. terra do sul. E tudo isso ocorreu
3 E aconteceu que fizeram o pos- no quinquagésimo oitavo e no
sível para incitar os lamanitas a quinquagésimo nono ano do go-
lutarem contra os nefitas; mas verno dos juízes.
eis que os lamanitas estavam de 9 E aconteceu, no sexagésimo
tal forma amedrontados que não ano do governo dos juízes, que
deram ouvidos às palavras desses Moronia conseguiu ocupar, com
dissidentes. seus exércitos, muitas partes da
4 Mas aconteceu que no quin- terra; sim, eles reconquistaram
quagésimo sexto ano do governo muitas cidades que haviam caído
dos juízes houve a dissidentes que nas mãos dos lamanitas.
se passaram dos nefitas para os 10 E aconteceu que no sexagé-
lamanitas; e conseguiram, com simo primeiro ano do governo
os outros, incitá-los à ira contra dos juízes conseguiram recon-
os nefitas; e passaram todo aquele quistar a metade de todas as suas
ano preparando-se para a guerra. terras.
5 E no quinquagésimo sétimo 11 Ora, essa grande perda dos
ano desceram para atacar os ne- nefitas e a terrível carnificina ha-
fitas, principiando assim a obra vida entre eles não teriam acon-
de morte; sim, de tal forma que tecido se não fosse pelas iniqui-
no quinquagésimo oitavo ano do dades e abominações existentes
4 1 a 3 Né. 11:29. 4 a Hel. 5:17.
439 HELAMÃ 4:12–22
em seu meio; sim, mesmo entre 16 Pois Moronia, ao ver que eles
os que professavam pertencer à se haviam arrependido, aventu-
igreja de Deus. rou-se a conduzi-los de lugar em
12 E foi pelo a orgulho de seu lugar e de cidade em cidade até
coração, por causa de suas imen- reconquistarem a metade de suas
sas b riquezas, sim, em virtude de propriedades e a metade de suas
oprimirem os c pobres, negando terras.
alimento aos que tinham fome e 17 E assim terminou o sexagé-
roupa aos que estavam nus, esbo- simo primeiro ano do governo
feteando seus humildes irmãos, dos juízes.
zombando de tudo quanto era sa- 18 E aconteceu que no sexagési-
grado, negando o espírito de pro- mo segundo ano do governo dos
fecia e de revelação, assassinando, juízes, Moronia já não conseguiu
roubando, mentindo, furtando, tomar territórios dos lamanitas.
cometendo adultério, levantan- 19 Por essa razão desistiram do
do-se em grandes contendas e propósito de reconquistar o res-
desertando para a terra de Néfi, tante de suas terras, porque tão
entre os lamanitas — numerosos eram os lamanitas que
13 E por causa dessa sua grande se tornou impossível aos nefitas
iniquidade e a vanglória pela pró- sobrepujá-los; portanto, Moronia
pria força, foram abandonados a empregou todos os seus exércitos
sua própria força; portanto, não para conservar as partes que ha-
prosperaram, mas foram afligidos viam retomado.
e perseguidos e expulsos pelos la- 20 E aconteceu que, devido ao
manitas até perderem quase todas grande número de lamanitas, os
as suas terras. nefitas ficaram com muito medo
14 Mas eis que Moronia pregou de serem dominados e pisados e
muitas coisas ao povo, por causa mortos e destruídos.
da iniquidade deles; e também 21 Sim, começaram a lembrar-se
a 
Néfi e Leí, que eram os filhos de das profecias de Alma, bem como
Helamã, pregaram muitas coisas das palavras de Mosias; e viram
ao povo, sim, e muitas coisas pro- que tinham sido um povo obsti-
fetizaram-lhes, relativas às iniqui- nado e que haviam rejeitado os
dades deles, e ao que lhes adviria mandamentos de Deus.
se não se arrependessem de seus 22 E que haviam alterado e me-
pecados. nosprezado as a leis de Mosias, ou
15 E aconteceu que se arrepende- seja, as que o Senhor o encarrega-
ram e, à medida que se arrepen- ra de dar ao povo; e viram que as
deram, começaram a prosperar. suas leis se haviam corrompido
12 a Oba. 1:3–4; 2 Né. 9:42. 14 a Hel. 3:21.
D&C 101:42. c D&C 42:30–31. 22 a Al. 1:1.
b 1 Tim. 6:17; 13 a GEE Orgulho.
HELAMÃ 4:23–5:5 440
e que o povo se tornara iníquo, à vida pela de seus antepassados —
semelhança dos lamanitas. Cristo redime aqueles que se arrepen-
23 E em virtude de sua iniquida- dem — Néfi e Leí convertem muitos
de, a igreja começou a a decair; e e são aprisionados e fogo circunda-
eles começaram a perder a crença os — Uma nuvem de escuridão enco-
no espírito de profecia e no espí- bre trezentas pessoas — A terra treme
rito de revelação; e defrontaram- e uma voz ordena aos homens que se
se com os julgamentos de Deus. arrependam — Néfi e Leí conversam
24 E viram que se haviam torna- com anjos e a multidão é circundada
do a fracos como seus irmãos, os por fogo. Aproximadamente 30 a.C.
lamanitas, e que o b Espírito do Se-
nhor não mais os preservava; sim, E aconteceu que, nesse mesmo
havia-se afastado deles, porque o ano, eis que a Néfi entregou a ca-
Espírito do Senhor não habita em deira de juiz a um homem cha-
templos c impuros — mado Cezorã.
25 Portanto, o Senhor deixou de 2 Porque como as suas leis e os
protegê-los com seu miraculoso seus governos eram estabelecidos
e incomparável poder, porque pela a voz do povo, e os que b prefe-
haviam caído em um estado de riam o mal eram mais numerosos
a 
descrença e terrível iniquidade; e do que os que preferiam o bem,
viram que os lamanitas eram mui- estavam, portanto, amadurecendo
to mais numerosos do que eles e para a destruição, porque as leis
que, a não ser que se b apegassem haviam sido corrompidas.
ao Senhor seu Deus, inevitavel- 3 Sim, e não apenas isso; eles
mente pereceriam. eram um povo obstinado, de tal
26 Pois eis que viram ser a força modo que não podiam ser gover-
dos lamanitas tão grande quanto nados pela lei nem pela justiça, a
a sua, homem por homem. E as- não ser para sua destruição.
sim haviam caído nessa grande 4 E aconteceu que Néfi se cansa-
transgressão; sim, dessa manei- ra da iniquidade deles; e a renun-
ra em a poucos anos haviam-se ciou à cadeira de juiz e dedicou-se
tornado fracos por causa de suas a pregar a palavra de Deus pelo
transgressões. resto de seus dias, o mesmo fa-
zendo seu irmão, Leí, pelo resto
de seus dias.
CAPÍTULO 5
5 Porque se lembraram das pa-
Néfi e Leí dedicam-se a pregar — lavras que Helamã, seu pai, lhes
Seus nomes levam-nos a moldar a dissera. E são estas as palavras:
23 a GEE Apostasia. Al. 7:21; 34:36. 5 1 a Hel. 3:37.
24 a Mos. 1:13. 25 a GEE Incredulidade. 2 a Mos. 29:25–27.
b GEE Espírito Santo. b Jacó 6:5. b Al. 10:19.
c Mos. 2:37; 26 a Al. 46:8; Hel. 12:3–4. 4 a Al. 4:15–20.
441 HELAMÃ 5:6–12
6 Eis que, meus filhos, eu desejo qual o homem possa ser salvo, a
que vos lembreis de guardar os não ser por meio do b sangue ex-
mandamentos de Deus; e quise- piatório de Jesus Cristo, que virá;
ra que declarásseis ao povo estas sim, lembrai-vos de que ele vem
palavras. Eis que eu vos dei os para c redimir o d mundo.
nomes de nossos primeiros a pais, 10 E lembrai-vos também das
que vieram da terra de Jerusa- a 
palavras que Amuleque disse a
lém; e assim fiz para que, quando Zeezrom, na cidade de Amonia;
vos lembrardes de vossos nomes, pois ele disse-lhe que o Senhor
vos lembreis deles; e quando vos certamente viria para redimir seu
lembrardes deles, vos lembreis povo; que não viria, porém, redi-
de suas obras; e quando vos lem- mi-los em seus pecados, mas re-
brardes de suas obras, saibais que dimi-los de seus pecados.
foi dito e também escrito que elas 11 E ele tem poder, recebido do
foram b boas. Pai, para redimi-los de seus peca-
7 Portanto, meus filhos, desejo dos por causa do arrependimento;
que pratiqueis o bem, a fim de portanto, a enviou seus anjos para
que possa ser dito de vós e tam- anunciarem as condições do arre-
bém escrito o mesmo que foi dito pendimento, que conduz ao poder
e escrito sobre eles. do Redentor para a salvação de
8 E agora, meus filhos, eis que suas almas.
desejo algo mais de vós; e esse 12 E agora, meus filhos, lembrai-
desejo é que não façais estas coi- vos, lembrai-vos de que é sobre a
sas para vangloriar-vos, mas que a 
rocha de nosso Redentor, que é
façais estas coisas para ajuntar um Cristo, o Filho de Deus, que de-
a 
tesouro no céu, sim, que é eter- veis construir os vossos b alicerces;
no e jamais desaparece; sim, para para que, quando o diabo lançar
que tenhais o b precioso dom da a fúria de seus ventos, sim, seus
vida eterna, o qual, temos motivo dardos no torvelinho, sim, quan-
para crer, foi concedido a nossos do todo o seu granizo e violenta
pais. c 
tempestade vos açoitarem, isso
9 Oh! Lembrai-vos, lembrai-vos, não tenha poder para vos arrastar
meus filhos, das a palavras que o ao abismo da miséria e angústia
rei Benjamim disse a seu povo; sem fim, por causa da rocha sobre
sim, lembrai-vos de que nenhum a qual estais edificados, que é um
outro caminho ou meio há pelo alicerce seguro; e se os homens
6 a 1 Né. 1:1, 5. c GEE Redenção, 12 a Mt. 7:24–27;
b 2 Né. 33. Redimido, Redimir. D&C 6:34;
8 a 3 Né. 13:19–21. d GEE Mundo — Pessoas Mois. 7:53.
b D&C 14:7. que não obedecem aos GEE Pedra de Esquina;
9 a Mos. 2:9. mandamentos. Rocha.
b Mos. 3:17–18. 10 a Al. 11:34. b Isa. 28:16; Jacó 4:16.
GEE Expiação, Expiar. 11 a Al. 13:24–25. c 3 Né. 14:25, 27.
HELAMÃ 5:13–5:24 442
edificarem sobre esse alicerce, não também indicado o que deveriam
cairão. dizer —
13 E aconteceu que estas foram 19 Por conseguinte, falaram de
as palavras que Helamã disse a tal maneira que encheram os la-
seus filhos; sim, a ensinou-lhes manitas de assombro, a conven-
muitas coisas que não estão es- cendo-os de tal forma que oito
critas e também muitas coisas que mil lamanitas dos que se achavam
estão escritas. na terra de Zaraenla e imediações
14 E eles lembraram-se de suas receberam o batismo para o arre-
palavras; e por isso, guardando pendimento e convenceram-se
os mandamentos de Deus, foram da iniquidade das tradições de
pregar a palavra de Deus a todo seus pais.
o povo de Néfi, começando pela 20 E aconteceu que Néfi e Leí saí-
cidade de Abundância; ram de lá para ir à terra de Néfi.
15 E dali para a cidade de Gide; 21 E aconteceu que foram cap-
e da cidade de Gide para a de turados por um exército dos la-
Muleque; manitas e atirados na a prisão;
16 E de uma cidade a outra, até sim, naquela mesma prisão em
haverem pregado a todo o povo que Amon e seus irmãos haviam
de Néfi que se achava na terra do sido encarcerados pelos servos
sul; e de lá foram para a terra de de Lími.
Zaraenla, entre os lamanitas. 22 E depois de haverem estado
17 E aconteceu que pregaram muitos dias na prisão, sem ali-
com grande poder, confundin- mento, eis que lá entraram para
do muitos dos a dissidentes que tirá-los, a fim de matá-los.
se haviam separado dos nefitas, 23 E aconteceu que Néfi e Leí fo-
tanto que eles se adiantaram, con- ram envoltos como que por a fogo,
fessaram seus pecados e foram de modo que não se atreviam a
batizados para o arrependimen- deitar-lhes as mãos, com medo
to; e imediatamente voltaram de ser queimados. Não obstante,
para os nefitas, a fim de reme- Néfi e Leí não se queimavam; e
diar os males que lhes haviam achavam-se como se estivessem
causado. no meio do fogo e não se quei-
18 E aconteceu que Néfi e Leí mavam.
pregaram aos lamanitas com 24 E quando viram que estavam
grande poder e autoridade, por- envoltos por um a pilar de fogo e
que haviam recebido poder e au- que não os queimava, seu coração
toridade para a falar, sendo-lhes encheu-se de coragem.
13 a Mos. 1:4. Converter; 1 Né. 1:6;
17 a Hel. 4:4. Obra Missionária. D&C 29:12;
18 a D&C 100:5–8. 21 a Mos. 7:6–7; 21:23. JS—H 1:16.
GEE Profecia, Profetizar. 23 a Êx. 3:2.
19 a GEE Conversão, 24 a Êx. 14:24;
443 HELAMÃ 5:25–36
25 Porque viram que os lamani- 31 E apesar da suavidade da
tas não se atreviam a deitar-lhes as voz, eis que a terra tremeu for-
mãos; tampouco ousavam aproxi- temente e as paredes da prisão
mar-se, permanecendo parados tornaram a tremer, como se es-
como se tivessem ficado mudos tivessem prestes a ruir por ter-
de espanto. ra; e eis que a nuvem de escuri-
26 E aconteceu que Néfi e Leí dão que os havia coberto não se
começaram a falar, dizendo: Não dissipou —
temais, pois eis que foi Deus quem 32 E eis que novamente a voz
vos manifestou esta maravilha, se fez ouvir, dizendo: Arrepen-
mostrando-vos assim que não dei-vos, arrependei-vos, porque
podeis deitar-nos as mãos para o reino dos céus se aproxima; e
matar-nos. não procureis mais destruir meus
27 E eis que quando disseram servos. E aconteceu que a terra
estas palavras, a terra tremeu for- tornou a tremer e as paredes tor-
temente e as paredes da prisão naram a estremecer.
foram sacudidas, como se estives- 33 E de novo, pela terceira vez, a
sem prestes a ruir por terra; mas voz se fez ouvir e disse-lhes pala-
eis que não caíram. E eis que os vras maravilhosas que não podem
que se achavam na prisão eram ser proferidas pelo homem; e as
lamanitas e dissidentes nefitas. paredes tornaram a estremecer e
28 E aconteceu que foram cober- a terra tremeu como se estivesse
tos por uma nuvem de a escuridão prestes a fender-se.
e apoderou-se deles um grande 34 E aconteceu que os lamanitas
terror. não podiam fugir, em virtude da
29 E aconteceu que se ouviu uma nuvem de escuridão que os cobri-
a 
voz que parecia vir de cima da ra; sim, e também ficaram imobili-
nuvem de escuridão, dizendo: zados devido ao temor que deles
Arrependei-vos, arrependei-vos e se apoderara.
não procureis mais destruir meus 35 Ora, havia entre eles um nefi-
servos, os quais enviei para vos ta de nascimento, que já pertence-
anunciar boas novas. ra à igreja de Deus, mas havia-se
30 E aconteceu que quando ou- separado deles.
viram essa voz, notaram que não 36 E aconteceu que ele se voltou
era uma voz de trovão nem uma e eis que viu, através da nuvem
voz de ruído tumultuoso, mas de escuridão, os semblantes de
eis que era uma a voz mansa, de Néfi e Leí; e eis que a brilhavam
perfeita suavidade, semelhante a intensamente, como semblantes
um sussurro que penetrava até o de anjos. E viu que eles erguiam
âmago da alma — os olhos para o céu; e pareciam
28 a Êx. 14:20. 30 a 1 Re. 19:12; 36 a Êx. 34:29–35;
29 a 3 Né. 11:3–14. D&C 85:6. At. 6:15.
HELAMÃ 5:37–50 444
estar falando ou elevando a voz meio deles; sim, estavam envol-
a algum ser que contemplavam. tos, sim, como se estivessem no
37 E aconteceu que esse homem meio de um fogo ardente; contu-
bradou à multidão que se voltasse do, não lhes causava dano nem
e olhasse. E eis que receberam for- incendiava as paredes da prisão; e
ça para voltar-se e olhar; e viram encheram-se daquela a alegria que
a face de Néfi e de Leí. é inexplicável e gloriosa.
38 E perguntaram ao homem: 45 E eis que o a Santo Espírito de
Ora, o que significa tudo isto e Deus desceu do céu e penetrou-
com quem conversam esses ho- lhes o coração; e encheram-se,
mens? como que de fogo, e puderam b di-
39 Ora, o nome do homem era zer palavras maravilhosas.
Aminadabe. E Aminadabe dis- 46 E aconteceu que ouviram uma
se-lhes: Conversam com os anjos voz, sim, uma voz agradável, se-
de Deus. melhante a um sussurro, dizendo:
40 E aconteceu que os lamanitas 47  a Paz, paz seja convosco em
lhe perguntaram: a O que faremos virtude de vossa fé em meu Bem-
para que esta nuvem de escuridão Amado que era desde a fundação
que nos cobre seja removida? do mundo.
41 E Aminadabe respondeu-lhes: 48 E então, quando ouviram isto,
Deveis a arrepender-vos e clamar à levantaram os olhos, procurando
voz até que tenhais b fé em Cristo, descobrir de onde vinha a voz; e
sobre quem vos ensinaram Alma, eis que viram os a céus abertos; e
Amuleque e Zeezrom; e quando anjos desceram dos céus e minis-
fizerdes isso, a nuvem de escuri- traram entre eles.
dão que vos cobre será removida. 49 E cerca de trezentas almas
42 E aconteceu que todos co- viram e ouviram essas coisas; e
meçaram a clamar à voz daquele foi-lhes ordenado que se fossem
que havia sacudido a terra; sim, e não se maravilhassem nem du-
clamaram até que a nuvem de es- vidassem.
curidão se dissipou. 50 E aconteceu que saíram, pre-
43 E aconteceu que quando olha- gando e anunciando por todas as
ram ao redor e viram que a nuvem regiões circunvizinhas todas as
de escuridão que os cobria se dis- coisas que tinham ouvido e vis-
sipara, eis que perceberam estar to, fazendo com que a maior par-
a 
envoltos, sim, cada alma, por um te dos lamanitas se convencesse
pilar de fogo. delas em virtude da grandeza das
44 E Néfi e Leí achavam-se no evidências que haviam recebido.
40 a At. 2:37–39. 43 a 3 Né. 17:24; 19:14. b GEE Dons do Espírito.
41 a GEE Arrepender-se, 44 a GEE Alegria. 47 a GEE Paz.
Arrependimento. 45 a 3 Né. 9:20; 48 a 1 Né. 1:8.
b GEE Fé. Ét. 12:14.
445 HELAMÃ 5:51–6:9
51 E todos os que se convence-
a 
haver sido organizada entre eles.
ram abandonaram suas armas de E a confraternizaram-se e juntos
guerra, bem como seu ódio e as se regozijaram; e tiveram grande
tradições de seus pais. alegria.
52 E aconteceu que devolveram 4 E aconteceu que muitos dos
aos nefitas as terras de sua he- lamanitas desceram para a terra
rança. de Zaraenla e contaram ao povo
nefita como se haviam a conver-
CAPÍTULO 6 tido, exortando-os à fé e ao arre-
pendimento.
Os lamanitas justos pregam a nefitas
5 Sim, e muitos pregaram com
iníquos — Ambos os povos prospe-
tão grande poder e autoridade
ram durante uma era de paz e abun-
que levaram muitos a se humi-
dância — Lúcifer, o autor do pecado,
lharem profundamente, conver-
incita o coração dos iníquos e dos la-
tendo-se em humildes seguidores
drões de Gadiânton ao assassinato e à
de Deus e do Cordeiro.
iniquidade — Os ladrões apoderam-se
6 E aconteceu que muitos dos
do governo nefita. Aproximadamente
lamanitas foram para a a terra do
29–23 a.C.
norte; e Néfi e Leí também foram
E aconteceu que quando termi- para a terra do norte a fim de pre-
nou o sexagésimo segundo ano gar ao povo. E assim terminou o
do governo dos juízes, todas es- sexagésimo terceiro ano.
sas coisas haviam acontecido e os 7 E eis que houve paz em toda
lamanitas tinham-se tornado, na a terra, tanto que os nefitas iam a
maior parte, um povo justo, a tal qualquer parte da terra que qui-
ponto que sua a retidão excedia à sessem, fosse entre os nefitas ou
dos nefitas em virtude de sua fir- entre os lamanitas.
meza e constância na fé. 8 E aconteceu que os lamanitas
2 Porque eis que muitos nefi- também iam aonde desejavam,
tas se tornaram a insensíveis, im- tanto entre os lamanitas como
penitentes e extremamente iní- entre os nefitas; e, assim, havia
quos, a ponto de rejeitarem a livre intercâmbio entre eles para
palavra de Deus e todas as pre- comprar, vender e obter lucro, se-
gações e profecias que lhes foram gundo seus desejos.
feitas. 9 E aconteceu que se tornaram
3 Não obstante, o povo da igre- imensamente ricos, tanto os la-
ja sentiu grande alegria em face manitas quanto os nefitas; e havia
da conversão dos lamanitas, sim, grande abundância de ouro e de
em virtude de a igreja de Deus prata e de toda sorte de metais
51 a Al. 31:5. 3 a GEE Confraternizar. 6 a Al. 63:4–9;
6 1 a Hel. 13:1. 4 a GEE Conversão, Hel. 3:11–12.
2 a Rom. 1:28–32. Converter.
HELAMÃ 6:10–20 446
preciosos, tanto na terra do sul quando sentado na cadeira de
como na do norte. juiz. E aconteceu que no mesmo
10 Ora, a terra do sul foi cha- ano seu filho, que havia sido no-
mada Leí e a terra do norte foi meado pelo povo para substituí-
chamada a Muleque, segundo o lo, foi também assassinado. E as-
filho de Zedequias; porque o Se- sim terminou o sexagésimo sexto
nhor havia conduzido Muleque ano.
para a terra do norte e Leí para a 16 E no começo do sexagésimo
terra do sul. sétimo ano o povo começou a ficar
11 E eis que em ambas essas ter- extremamente iníquo outra vez.
ras havia todo tipo de ouro e de 17 Pois eis que o Senhor os ha-
prata e de minerais preciosos de via abençoado com riquezas do
toda espécie; e havia também há- mundo por tanto tempo, que não
beis artífices que trabalhavam e haviam sido instigados a irar-se
refinavam toda espécie de miné- nem a guerrear nem a derramar
rio; e assim, tornaram-se ricos. sangue; por conseguinte começa-
12 Eles cultivaram cereais em ram a pôr o coração nas riquezas;
abundância, tanto no norte como sim, começaram a visar a lucros,
no sul; e prosperaram muito, tan- para elevarem-se uns acima dos
to no norte como no sul. E multi- outros; portanto, principiaram
plicaram-se e tornaram-se extre- a cometer a assassinatos secretos
mamente fortes na terra e criaram e a roubar e a saquear, a fim de
muitos rebanhos e manadas, sim, obter lucros.
muitos animais cevados. 18 E então eis que esses assassi-
13 Eis que suas mulheres traba- nos e saqueadores pertenciam a
lhavam e fiavam e faziam toda um grupo que havia sido formado
sorte de tecidos de linho fino; e por Quiscúmen e a Gadiânton. E
tecidos de todo tipo para cobrir então aconteceu que havia muitos
sua nudez. E assim transcorreu do bando de Gadiânton, mesmo
em paz o sexagésimo quarto ano. entre os nefitas. Eis, porém, que
14 E no sexagésimo quinto ano eram mais numerosos entre a par-
tiveram também muita alegria e te mais iníqua dos lamanitas; e
paz, sim, muita pregação e muitas eram conhecidos como os ladrões
profecias relativas ao que haveria e assassinos de Gadiânton.
de acontecer. E assim se passou o 19 E foram eles que assassinaram
sexagésimo quinto ano. Cezorã, o juiz supremo, e seu fi-
15 E aconteceu que no sexagé- lho, quando na cadeira de juiz; e
simo sexto ano do governo dos eis que não foram encontrados.
juízes, eis que a Cezorã foi assas- 20 E então aconteceu que os la-
sinado por mão desconhecida, manitas, quando descobriram que
10 a Mos. 25:2–4; 15 a Hel. 5:1. 18 a Hel. 2:4, 12–13.
Hel. 8:21. 17 a 3 Né. 9:9.
447 HELAMÃ 6:21–29
havia ladrões entre eles, afligiram- que haviam sido instituídas por
se muito; e usaram de todos os Gadiânton e Quiscúmen.
meios ao seu alcance para exter- 25 Ora, eis que foram esses os
miná-los da face da terra. a 
juramentos e convênios secretos
21 Eis, porém, que Satanás in- que Alma ordenou a seu filho não
citou de tal modo o coração da revelar ao mundo, para que não
maioria dos nefitas que eles se viessem a se tornar um meio de
uniram a esse bando de ladrões, destruição do povo.
participando de seus convê- 26 Ora, eis que esses a juramen-
nios e seus juramentos de que tos e convênios secretos não che-
se protegeriam e preservariam garam a Gadiânton por meio dos
mutuamente em quaisquer cir- registros confiados a Helamã;
cunstâncias difíceis em que se mas eis que foram postos no co-
encontrassem, para não serem ração de Gadiânton pelo b mes-
castigados por seus assassinatos mo ser que induziu nossos pri-
e suas pilhagens e seus roubos. meiros pais a comerem do fruto
22 E aconteceu que tinham seus proibido —
sinais, sim, seus a sinais secretos 27 Sim, aquele mesmo ser que
e suas palavras secretas; e isto conspirou com a Caim, dizendo-
para que pudessem reconhecer lhe que, se matasse seu irmão
um irmão que tivesse entrado no Abel, o mundo não o saberia. E
convênio, para que, qualquer que conspirou com Caim e seus se-
fosse a iniquidade cometida por guidores daí em diante.
ele, não fosse prejudicado pelos 28 E foi também esse mesmo
irmãos nem por qualquer dos que ser que pôs no coração do povo a
pertencessem a seu bando e que ideia de a construir uma torre tão
tivessem feito esse convênio. alta que alcançasse o céu. E foi
23 E assim podiam matar e sa- esse mesmo ser que enganou o
quear e roubar e entregar-se à lu- povo que veio daquela torre para
xúria e a toda sorte de iniquida- esta terra; que espalhou obras de
des contrárias às leis de seu país e trevas e abominações por toda a
também às leis de seu Deus. face da terra até arrastar este povo
24 E quem quer que pertencesse à mais b completa destruição e ao
a seu bando e revelasse ao mundo inferno sem fim.
suas a iniquidades e suas abomina- 29 Sim, o mesmo ser que incul-
ções seria julgado, não de acordo cou no coração de a Gadiânton a
com as leis de seu país, mas se- continuação de obras tenebrosas
gundo as leis de sua iniquidade, e assassinatos secretos; e tem-nas
22 a GEE Combinações 26 a Mois. 5:29, 49–52. 28 a Gên. 11:1–4;
Secretas. b 3 Né. 6:28; Ét. 1:3.
24 a GEE Iniquidade, Iníquo. Mois. 4:6–12. b Ét. 8:9, 15–25.
25 a Al. 37:27–32. 27 a Mois. 5:18–33. 29 a Hel. 2:4–13.
HELAMÃ 6:30–39 448
propagado desde o princípio do começaram a crescer extraordina-
homem até agora. riamente no conhecimento de seu
30 E eis que é ele o a autor de Deus; sim, eles principiaram a
todo pecado. E eis que leva avan- observar os seus estatutos e man-
te suas obras de trevas e assassi- damentos e a andar em verdade e
natos secretos; e transmite suas retidão perante ele.
conspirações e seus juramentos e 35 E assim vemos que o Espírito
seus convênios e seus planos de do Senhor começou a a afastar-se
terrível iniquidade, de geração em dos nefitas, em vista de suas iniqui-
geração, à medida que consegue dades e da dureza de seu coração.
apoderar-se do coração dos filhos 36 E assim vemos que o Senhor
dos homens. começou a derramar seu Espírito
31 E agora, eis que ele havia con- sobre os lamanitas, em virtude da
seguido grande poder sobre o facilidade e empenho que mostra-
coração dos nefitas; sim, de tal vam em crer nas suas palavras.
forma que se haviam tornado ter- 37 E aconteceu que os lamanitas
rivelmente iníquos; sim, a maioria perseguiram o bando de ladrões
deles se haviam desviado do ca- de Gadiânton; e pregaram a pala-
minho da retidão; e a espezinha- vra de Deus aos mais iníquos den-
ram os mandamentos de Deus e tre eles, de modo que esse bando
seguiram seus próprios caminhos de ladrões ficou inteiramente des-
e construíram, com seu ouro e sua truído entre os lamanitas.
prata, ídolos para si próprios. 38 E aconteceu, por outro lado,
32 E aconteceu que todas essas que os nefitas ajudaram e apoia-
iniquidades ocorreram no espaço ram esses ladrões, começando
de a não muitos anos, sendo que a pelos mais iníquos deles, até que
maior parte delas começou entre eles se espalharam por toda a ter-
eles no sexagésimo sétimo ano ra dos nefitas e seduziram a maior
em que os juízes governaram o parte dos justos, que passaram a
povo de Néfi. crer em suas obras e a participar
33 E suas iniquidades agrava- de seus saques, associando-se a
ram-se também no sexagésimo eles em seus homicídios e com-
oitavo ano, para grande tristeza binações secretas.
e lamentação dos justos. 39 E assim obtiveram total con-
34 E assim vemos que os ne- trole do governo, tanto que espe-
fitas começaram a degenerar, zinharam e feriram e maltrataram
caindo na incredulidade, e a au- e desprezaram os a pobres e os
mentar suas iniquidades e abomi- mansos e os humildes seguido-
nações, ao passo que os lamanitas res de Deus.
30 a Al. 5:39–42; 31 a 1 Né. 19:7. 39 a Salm. 109:16;
Morô. 7:12, 17; 32 a Al. 46:8. Al. 5:54–56;
Mois. 4:4. 35 a Mos. 2:36; D&C 121:37. D&C 56:16.
449 HELAMÃ 6:40–7:7
40 E assim vemos que se acha- permanecer no meio deles e vol-
vam num estado terrível, a ama- tou para sua terra de origem.
durecendo para uma destruição 4 E vendo o povo naquele estado
eterna. de tão terrível iniquidade e aque-
41 E assim terminou o sexagé- les ladrões de Gadiânton ocupan-
simo oitavo ano em que os juízes do as cadeiras dos juízes — tendo
governaram o povo de Néfi. usurpado o poder e a autoridade
da terra; desprezando os manda-
mentos de Deus e em nada sendo
Profecia de Néfi, Filho de He- dignos perante ele; não fazendo
lamã — Deus ameaça visitar o justiça aos filhos dos homens;
povo de Néfi em sua cólera, até 5 Condenando os justos, em vir-
sua inteira destruição, caso não tude de sua retidão; deixando os
se arrependa de suas iniquida- culpados e iníquos impunes, por
des. Deus fere o povo de Néfi causa de seu dinheiro; e ainda
com uma pestilência; o povo ar- mais, mantendo-os em altos car-
repende-se e volta-se para ele. Sa- gos de governo para dirigirem e
muel, um lamanita, profetiza aos fazerem o que bem quisessem, a
nefitas. fim de enriquecerem e gozarem
as glórias do a mundo e, também,
Abrange os capítulos 7 a 16.
para mais facilmente poderem co-
meter adultério e roubar e matar e
CAPÍTULO 7 proceder de acordo com a própria
vontade —
Néfi é rejeitado no norte e volta para
6 Ora, esta grande iniquida-
Zaraenla — Ele ora na torre de seu
de tomara conta dos nefitas no
jardim e depois chama o povo ao ar-
espaço de poucos anos; e quan-
rependimento, para que não pereça.
do Néfi viu isto, encheu-se-lhe
Aproximadamente 23–21 a.C.
o coração de mágoa dentro do
Eis que aconteceu, no sexagésimo peito; e exclamou, na agonia de
nono ano em que os juízes gover- sua alma:
naram o povo nefita, que Néfi, fi- 7 Oh! Se eu tivesse vivido nos
lho de Helamã, a retornou da terra dias em que meu pai Néfi saiu
do norte para a terra de Zaraenla. da terra de Jerusalém, para que
2 Pois ele havia estado com o eu me regozijasse com ele na ter-
povo que habitava a terra do norte ra da promissão! Então seu povo
e pregara-lhes a palavra de Deus; era fácil de persuadir, firme na
e profetizara-lhes muitas coisas; obediência aos mandamentos de
3 E rejeitaram todas as suas pala- Deus, lento em ser induzido à prá-
vras, de modo que Néfi não pôde tica de iniquidades; e era rápido
40 a Hel. 5:2; 11:37; 7 1 a Hel. 6:6.
D&C 18:6. 5 a Mt. 13:22; 16:26.
HELAMÃ 7:8–21 450
em dar ouvidos às palavras do 15 E por causa de meus clamo-
Senhor — res e lamentos vos haveis reunido
8 Sim, se eu pudesse ter vivido e estais admirados; sim, tendes
naqueles dias, então minha alma muito de que ficar admirados;
se teria regozijado com a retidão sim, deveríeis estar admirados
de meus irmãos! por haverdes permitido que o dia-
9 Mas eis que me toca viver nes- bo tivesse tanto poder sobre vosso
tes dias e sentir a alma cheia de coração.
amargura por causa dessa iniqui- 16 Sim, como pudestes ser se-
dade de meus irmãos. duzidos por aquele que procura
10 Ora, eis que isso aconteceu mergulhar-vos a alma em miséria
em uma torre que se achava no sem fim e angústia interminável?
jardim de Néfi, que ficava perto da 17 Oh! Arrependei-vos, arrepen-
estrada que conduzia ao mercado dei-vos! a Por que desejais mor-
principal da cidade de Zaraenla; e rer? Voltai-vos, voltai-vos para o
inclinou-se Néfi nessa torre que fi- Senhor vosso Deus. Por que vos
cava em seu jardim, torre essa que abandonou ele?
também ficava perto do portão do 18 Porque haveis endurecido o
jardim, que se abria para a estrada. coração; sim, porque não quereis
11 E aconteceu que certos ho- dar ouvidos à voz do a Bom Pastor;
mens, passando por ali, viram sim, haveis b provocado sua cólera
Néfi que, na torre, elevava a alma contra vós.
a Deus; e correram e contaram ao 19 E a não ser que vos arrepen-
povo o que haviam visto. E o povo dais, eis que, ao invés de vos a reu-
reuniu-se em multidões para sa- nir, ele vos dispersará, para que vos
ber a causa de tão grande lamen- torneis alimento de cães e feras.
tação pela iniquidade do povo. 20 Oh! Como pudestes vos es-
12 E então, quando se levantou, quecer de vosso Deus, no próprio
viu Néfi as multidões que se ha- dia em que ele vos libertou?
viam reunido. 21 Mas eis que é para obterdes
13 E aconteceu que abriu a boca lucros, para serdes louvados pelos
e disse-lhes: a Por que vos haveis homens, sim, e para adquirirdes
reunido? Para que eu vos fale de ouro e prata. E haveis colocado o
vossas iniquidades? coração nas riquezas e coisas vãs
14 Sim, porque eu subi a minha deste a mundo; e por elas assassi-
torre para elevar a alma a Deus, nais e saqueais e roubais e levan-
devido à profunda tristeza de meu tais b falsos testemunhos contra o
coração causada por vossas ini- próximo, entregando-vos a toda
quidades! sorte de iniquidades.
13 a Mt. 3:5–8. Al. 5:38–41, 57–60. 19 a 3 Né. 10:4–7.
17 a Eze. 18:23, 31–32. GEE Bom Pastor. 21 a GEE Mundanismo.
18 a Eze. 34:12; b Jacó 1:8; b Êx. 20:16;
Jo. 10:14–16; Al. 12:36–37. Mt. 15:19–20.
451 HELAMÃ 7:22–8:1
22 E ai de vós por essa razão, a vosso coração e que vos engrande-
menos que vos arrependais. Pois ceu além do que é devido por cau-
se não vos arrependerdes, eis que sa de vossas enormes b riquezas!
esta grande cidade e também to- 27 Sim, ai de vós por causa de
das as grandes cidades circunvi- vossas iniquidades e abomina-
zinhas que ficam na terra de nossa ções!
possessão serão tomadas e não 28 E a não ser que vos arrepen-
tereis lugar nelas; pois eis que o dais, perecereis; sim, até vossas
Senhor não vos concederá a forças terras vos serão tomadas e sereis
para resistirdes a vossos inimigos, varridos da face da Terra.
como tem feito até agora. 29 Ora, eis que não digo por mim
23 Pois eis que assim diz o Se- mesmo que estas coisas sucede-
nhor: Não manifestarei minha for- rão, porque não é por mim mesmo
ça aos ímpios, a um mais do que que sei estas coisas; mas eis que
a outro, a não ser aos que se arre- a 
sei que estas coisas são verda-
pendem de seus pecados e ouvem deiras porque o Senhor Deus mas
minhas palavras. Agora, meus deu a conhecer; portanto, testifico
irmãos, quisera que compreen- que sucederão.
dêsseis que será a melhor para os
lamanitas do que para vós, a não CAPÍTULO 8
ser que vos arrependais.
Juízes corruptos procuram incitar o
24 Pois eis que eles são mais
povo contra Néfi — Abraão, Moisés,
justos do que vós, porque não
Zenos, Zenoque, Ezias, Isaías, Jere-
pecaram contra esse grande co-
mias, Leí e Néfi, todos testificaram a
nhecimento que haveis recebido.
respeito de Cristo — Por inspiração,
Portanto, o Senhor será misericor-
Néfi anuncia o assassinato do juiz su-
dioso para com eles; sim, a prolon-
premo. Aproximadamente 23–21 a.C.
gará seus dias e aumentará sua
posteridade, ao passo que sereis E então aconteceu que quando
completamente b destruídos, a não Néfi disse essas palavras, eis que
ser que vos arrependais. havia homens que eram juízes
25 Sim, ai de vós por causa da e também pertenciam ao bando
grande abominação que se intro- secreto de Gadiânton, os quais fi-
duziu em vosso meio; e vos haveis caram encolerizados e clamaram
unido a ela, sim, a esse a bando contra ele, dizendo ao povo: Por
secreto que foi organizado por que não agarrais esse homem e
Gadiânton! não o trazeis para ser condena-
26 Sim, a ai de vós por causa do do de acordo com o crime que
orgulho que permitistes entrar em cometeu?
22 a Mos. 7:29. D&C 5:33. 26 a Isa. 5:8–25.
23 a Hel. 15:11–15. b Al. 9:19. b Jacó 2:13.
24 a Al. 9:16; 25 a Hel. 3:23. 29 a Al. 5:45–46.
HELAMÃ 8:2–13 452
2 Por que olhais para esse ho- 8 Sim, eis que todos os castigos
mem e ficais ouvindo-o ultrajar sobre os quais ele nos testificou
este povo e nossa lei? cairão sobre nós; porque sabemos
3 Porque eis que Néfi lhes falara que ele não disse senão a verdade
a respeito da corrupção de suas sobre nossas iniquidades. E eis
leis; sim, e muitas coisas disse- que são muitas; e ele a sabe tão
lhes Néfi, que não podem ser es- bem das coisas que nos acontece-
critas; e nada disse ele que fosse rão quanto de nossas iniquidades.
contrário aos mandamentos de 9 Sim, e eis que se ele não fosse
Deus. profeta, não poderia haver testi-
4 E esses juízes encolerizaram-se ficado a respeito dessas coisas.
com ele, porque lhes a falou aber- 10 E aconteceu que as pessoas
tamente a respeito de suas obras que desejavam destruir Néfi fo-
de trevas; não obstante, não se ram impedidas, por temor, de dei-
atreviam a deitar-lhe as mãos, tar-lhe as mãos; portanto, vendo
temendo que o povo se voltasse que conquistara a simpatia de
contra eles. alguns, a tal ponto que os outros
5 Por conseguinte clamaram ao se atemorizaram, ele recomeçou
povo, dizendo: Por que permitis a falar-lhes.
que este homem nos ultraje? Pois 11 Foi, portanto, compelido a
eis que ele condena todo este povo falar-lhes mais, dizendo: Eis
à destruição; sim, e diz também que, meus irmãos, não lestes que
que nossas grandes cidades nos Deus deu poder a um homem,
serão tomadas, de modo que ne- sim, Moisés, para ferir as águas
las não teremos lugar. do a Mar Vermelho, e elas divi-
6 E no entanto sabemos que isso diram-se para os dois lados, de
é impossível, pois eis que somos modo que os Israelitas, que eram
poderosos e grandes são as nossas nossos pais, atravessaram a pé
cidades; portanto, nossos inimigos enxuto e as águas fecharam-se
não podem ter poder sobre nós. sobre os exércitos dos egípcios e
7 E aconteceu que dessa forma tragaram-nos?
instigaram o povo à cólera con- 12 E agora, eis que se Deus atri-
tra Néfi e provocaram contendas buiu a esse homem tal poder, por
entre eles; porque alguns clama- que discordais entre vós e dizeis
ram: Deixai este homem em paz, que ele não me concedeu poder
porque é um bom homem; e as para saber dos castigos que vos
coisas que declara certamente sobrevirão, caso não vos arrepen-
acontecerão, a não ser que nos dais?
arrependamos; 13  Mas eis que não somente
8 4 a 1 Né. 16:2–3. 1 Né. 17:26; Mois. 1:25.
8 a Hel. 7:29. Mos. 7:19;
11 a Êx. 14:16; D&C 8:2–3;
453 HELAMÃ 8:14–22
negais minhas palavras, como Abraão, que foram chamados se-
também negais todas as palavras gundo a b ordem de Deus, sim,
que foram proferidas por nossos segundo a ordem de seu Filho; e
pais; e também as palavras que isso para que fosse mostrado ao
foram proferidas por esse homem, povo, muitos milhares de anos an-
Moisés, que recebeu tão grande tes de sua vinda, que na verdade
poder, sim, as palavras que ele receberiam a redenção.
proferiu a respeito da vinda do 19 E agora, quisera que soubés-
Messias. seis que desde os dias de Abraão
14 Sim, não deu ele testemunho houve muitos profetas que testifi-
de que o Filho de Deus haveria de caram essas coisas; sim, eis que o
vir? E assim como ele a levantou a profeta a Zenos testificou intrepi-
serpente de metal no deserto, as- damente; por essa razão foi morto.
sim também será levantado aque- 20 E eis que também a Zenoque e
le que há de vir. também Ezias e também b Isaías e
15 E assim como todos os que c 
Jeremias (sendo Jeremias o mes-
olharam para aquela serpente a vi- mo profeta que predisse a des-
veram, assim também todos os truição de d Jerusalém); e agora
que olharem para o Filho de Deus, sabemos que Jerusalém foi des-
com fé, tendo espírito contrito, truída, segundo as palavras de
b 
viverão, sim, para a vida eterna. Jeremias. Oh! então por que não
16  Ora, eis que não somente há de vir o Filho de Deus, segun-
Moisés testificou a respeito des- do sua profecia?
tas coisas, mas também a todos os 21 E agora negareis que a Jerusa-
santos profetas, desde os seus dias lém foi destruída? Direis que os
até os dias de Abraão. b 
filhos de Zedequias não foram
17 Sim, e eis que a Abraão viu a todos mortos, com exceção de
sua vinda e encheu-se de alegria c 
Muleque? Sim, e não vedes que
e regozijou-se. os descendentes de Zedequias es-
18 Sim, e eis que vos digo que tão conosco e que foram expulsos
Abraão não foi o único que teve da terra de Jerusalém? Todavia,
conhecimento destas coisas, mas eis que isso não é tudo —
houve a muitos, antes dos dias de 22 Nosso pai Leí foi expulso de
14 a Núm. 21:6–9; 17 a Gên. 22:8–14; b Isa. 53.
2 Né. 25:20; Jo. 8:56. c 1 Né. 5:13; 7:14.
Al. 33:19–22. 18 a Al. 13:19; d Jer. 26:18;
GEE Jesus Cristo — D&C 84:6–16; 136:37. 1 Né. 1:4.
Simbolismos ou b GEE Sacerdócio de 21 a 2 Né. 6:8;
símbolos de Cristo. Melquisedeque. Ômni 1:15.
15 a 1 Né. 17:41; 19 a Al. 34:7. b 2 Re. 25:7;
Al. 37:45–47; 20 a 1 Né. 19:10; Jer. 39:6; 52:10.
3 Né. 15:9. 3 Né. 10:15–16. c Eze. 17:22–23;
b Jo. 11:25. GEE Escrituras — Hel. 6:10.
16 a Jacó 4:4–5; 7:11. Escrituras perdidas.
HELAMÃ 8:23–9:2 454
Jerusalém porque testificou estas 27 Sim, eis que ela já se acha às
coisas. Néfi também testificou es- vossas portas; sim, ide até a cadei-
tas coisas e também quase todos ra do juiz, e investigai; e eis que
os nossos pais, até os dias de hoje; vosso juiz foi assassinado, e a jaz
sim, eles testificaram a respeito da em seu sangue; e ele foi assassina-
a 
vinda de Cristo e aguardaram do b por seu irmão, que ambiciona
ansiosamente e regozijaram-se no ocupar a cadeira de juiz.
seu dia que está para vir. 28 E eis que ambos pertencem ao
23 E eis que ele é Deus e está vosso bando secreto, cujos a fun-
com eles e manifestou-se a eles; dadores são Gadiânton e o ser
de modo que foram redimidos maligno que procura destruir a
por ele; e eles glorificaram-no, alma dos homens.
em virtude do que está para vir.
24 E agora, vendo que sabeis CAPÍTULO 9
estas coisas e que não as podeis
Mensageiros encontram o juiz supre-
negar sem que mintais, haveis,
mo morto na cadeira de juiz — Eles
portanto, pecado nisto, porque
são aprisionados e posteriormente li-
rejeitastes todas estas coisas ape-
bertados — Por inspiração, Néfi iden-
sar das muitas evidências que re-
tifica Seântum como o assassino —
cebestes; sim, vós haveis recebido
Néfi é aceito por alguns como profeta.
a 
todas as coisas, tanto as coisas
Aproximadamente 23–21 a.C.
do céu como todas as coisas que
estão na Terra, como testemunho Então aconteceu que quando
de que são verdadeiras. Néfi disse estas palavras, certos
25 Mas eis que rejeitastes a ver- homens que se achavam entre eles
dade e vos haveis a rebelado contra correram para a cadeira do juiz,
vosso Santo Deus; e mesmo agora, sim, e eram cinco os que foram;
ao invés de acumulardes para vós e diziam entre si, enquanto iam:
b 
tesouros no céu, onde nada se 2 Eis que agora saberemos com
corrompe e onde nada de impuro certeza se este homem é um pro-
pode entrar, estais acumulando feta e se Deus lhe ordenou que
para vós ira para o dia do c juízo. nos profetizasse coisas tão mara-
26 Sim, mesmo agora estais ama- vilhosas. Eis que não cremos que
durecendo, em virtude de vossos o tenha feito; sim, não cremos que
assassinatos e vossa a fornicação e ele seja um profeta; não obstante,
iniquidade, para a destruição eter- se o que ele disse a respeito do
na; sim, e a não ser que vos arre- juiz supremo for verdade, que ele
pendais, ela cairá logo sobre vós. está morto, então acreditaremos
22 a GEE Jesus Cristo — Mois. 6:63. 121:23–25.
Profecias acerca do 25 a Mos. 2:36–38; 3:12. 26 a GEE Fornicação.
nascimento e da morte b Hel. 5:8; 27 a Hel. 9:3, 15.
de Jesus Cristo. 3 Né. 13:19–21. b Hel. 9:6, 26–38.
24 a Al. 30:44; c D&C 10:20–23; 28 a Hel. 6:26–30.
455 HELAMÃ 9:3–15
que as outras palavras que disse havia sido morto e que os assas-
são verdadeiras. sinos haviam sido agarrados e
3 E aconteceu que correram com atirados na prisão.
todas as suas forças e chegaram 10 E aconteceu que no dia se-
à cadeira do juiz; e eis que o juiz guinte o povo se reuniu para
supremo havia caído por terra e prantear e a jejuar no funeral do
a 
jazia em seu sangue. grande juiz supremo que havia
4 E então eis que, quando eles vi- sido morto.
ram isso, ficaram admiradíssimos, 11 E assim, também aqueles juí-
de tal forma que caíram por terra; zes que se achavam no jardim de
pois eles não haviam acreditado Néfi e haviam ouvido suas pala-
nas palavras que Néfi dissera a vras estavam juntos no funeral.
respeito do juiz supremo. 12 E aconteceu que interrogaram
5  Mas então, quando viram, o povo, dizendo: Onde estão os
acreditaram; e apoderou-se deles cinco que foram enviados para
o medo de que todos os castigos verificar se o juiz supremo esta-
dos quais Néfi falara atingissem va morto? E eles responderam:
o povo; portanto, tremeram e caí- Quanto a esses cinco homens que
ram por terra. dizeis terdes enviado, nada sabe-
6 Ora, logo depois que o juiz su- mos; mas há cinco que são os as-
premo foi assassinado — tendo sassinos, que pusemos na prisão.
ele sido apunhalado secretamente 13 E aconteceu que os juízes pe-
pelo irmão, que fugiu — os servos diram que eles fossem levados a
correram, gritando para avisar o sua presença; e foram levados à
povo do assassinato; presença deles e eis que eram os
7 E eis que o povo se reuniu cinco que haviam sido enviados;
no lugar da cadeira do juiz — e e eis que os juízes os interroga-
eis que, para seu espanto, viram ram a respeito do acontecido e
aqueles cinco homens que haviam eles contaram tudo o que haviam
caído por terra. feito, dizendo:
8 E então eis que o povo nada 14 Corremos e chegamos ao lu-
sabia a respeito da multidão que gar da cadeira do juiz; e quando
se reunira no a jardim de Néfi; por- vimos todas as coisas conforme
tanto, disseram entre si: Estes ho- Néfi atestara, ficamos assombra-
mens são os assassinos do juiz e dos e caímos por terra; e quan-
Deus feriu-os para que não pu- do nos recobramos de nosso as-
dessem fugir de nós. sombro, eis que nos atiraram na
9 E aconteceu que os agarraram prisão.
e foram amarrados e atirados na 15 Ora, quanto ao assassínio des-
prisão. E foi enviada por toda par- te homem, não sabemos quem o
te uma proclamação de que o juiz cometeu; e sabemos apenas isto:
9 3 a Hel. 8:27. 8 a Hel. 7:10. 10 a GEE Jejuar, Jejum.
HELAMÃ 9:16–28 456
que fomos correndo, segundo vós, insensatos, vós, incircun-
a 

vosso desejo, e eis que ele estava cisos de coração; e vós, cegos, e
morto, de acordo com as palavras vós, povo b obstinado! Por quanto
de Néfi. tempo pensais que o Senhor vos-
16 E então aconteceu que os juí- so Deus vos permitirá seguir por
zes explicaram a questão ao povo essa senda de pecado?
e acusaram Néfi, dizendo: Eis que 22 Oh! Deveríeis começar a ui-
sabemos que este Néfi deve ter var e a a lamentar-vos por causa
combinado com alguém para ma- da grande destruição que agora
tar o juiz e depois contar-nos, a mesmo vos espera, a não ser que
fim de converter-nos a sua fé, para vos arrependais.
ser considerado como um grande 23 Eis que afirmais que eu cons-
homem, escolhido por Deus, e um pirei com um homem para que
profeta. ele assassinasse Seezorã, nosso
17 E agora eis que denunciare- juiz supremo. Eis que vos digo,
mos este homem e ele confessará porém, que fazeis isto porque vos
sua culpa e revelar-nos-á o verda- testifiquei a respeito do aconte-
deiro assassino do juiz. cido, a fim de que o soubésseis;
18 E aconteceu que os cinco fo- sim, como prova de que eu tinha
ram postos em liberdade no dia conhecimento das iniquidades
do funeral. Não obstante, eles re- e abominações que existem no
preenderam os juízes pelas pala- meio de vós.
vras que haviam proferido contra 24 E porque fiz isso, dizeis que
Néfi, discutindo com eles, um a conspirei com um homem para
um, a ponto de confundi-los. que praticasse o crime; sim, por
19 Não obstante, eles fizeram vos haver dado esse sinal estais
com que Néfi fosse preso e amar- irados comigo e pretendeis tirar-
rado e conduzido perante a mul- me a vida.
tidão; e começaram a interrogá-lo 25 E agora, eis que vos darei ou-
de diferentes maneiras, esperando tro sinal, para ver se, com isto,
que caísse em contradição para procurareis destruir-me.
poderem condená-lo à morte — 26 Eis que vos digo: Ide à casa
20 Dizendo-lhe: Tu és cúmplice; de Seântum, a irmão de Seezorã, e
quem é o homem que cometeu perguntai-lhe —
este crime? Dize-nos agora e ad- 27 Néfi, o pretenso profeta, que
mite tua culpa. Eis aqui dinheiro; profetiza tanto mal a respeito des-
e também te concederemos a vida, te povo, conspirou contigo para
se nos contares e admitires a alian- que matasses Seezorã, teu irmão?
ça que fizeste com ele. 28 E eis que ele vos responde-
21 Mas Néfi respondeu-lhes: Ó rá: Não.
21 a At. 7:51. 22 a Mos. 7:24.
b GEE Rebeldia, Rebelião. 26 a Hel. 8:27.
457 HELAMÃ 9:29–10:2
29 E perguntar-lhe-eis: Assassi- assassino, de modo que os cinco
naste teu irmão? foram postos em liberdade, assim
30 E ele, dominado pelo medo, como Néfi.
não saberá o que dizer. E eis que 39 E houve alguns nefitas que
ele negará; e fingirá estar muito acreditaram nas palavras de Néfi;
surpreso; não obstante, declarar- e também houve alguns que acre-
se-á inocente. ditaram por causa do testemunho
31 Mas eis que o examinareis e dos cinco, porque eles se haviam
encontrareis sangue na barra de convertido enquanto estavam na
seu manto. prisão.
32 E quando virdes isso, direis: 40 E então alguns dentre o povo
De onde provém este sangue? disseram que Néfi era profeta.
Não sabemos que é o sangue de 41 E outros disseram: Eis que ele
teu irmão? é um deus, pois se não fosse um
33 E ele então estremecerá e em- deus não poderia saber todas as
palidecerá, como se fosse a hora coisas. Pois eis que nos declarou
de sua morte. os pensamentos de nosso coração
34 E então direis: Em vista des- e também nos disse muitas coisas;
se medo e dessa palidez de teu e até mesmo nos fez conhecer o
semblante, eis que sabemos que verdadeiro assassino de nosso
és culpado. juiz supremo.
35  E então maior será o seu
medo; e então ele confessará e CAPÍTULO 10
não mais negará ter cometido esse
O Senhor confere a Néfi o poder se-
crime.
lador — É-lhe outorgado o poder de
36 E então ele vos dirá que eu,
ligar e desligar no céu e na Terra —
Néfi, nada sei a respeito do acon-
Ele ordena ao povo que se arrependa
tecido, salvo se me tiver sido re-
para não perecer — O Espírito leva-o
velado pelo poder de Deus. E en-
de multidão a multidão. Aproxima-
tão sabereis que sou um homem
damente 21–20 a.C.
honesto e que vos fui enviado
por Deus. E aconteceu que surgiu entre o
37 E aconteceu que fizeram o povo uma divisão, de modo que
que Néfi lhes dissera. E eis que se apartaram uns para um lado e
as palavras que ele dissera eram outros para outro; e seguiram seus
verdadeiras, pois de acordo com caminhos, deixando Néfi, que se
as palavras, ele negou; e também, achava no meio deles, sozinho.
de acordo com as palavras, con- 2 E aconteceu que Néfi tomou o
fessou. caminho de sua casa, a refletindo
38 E foi levado a provar que sobre as coisas que o Senhor lhe
ele próprio era o verdadeiro revelara.
10 2 a GEE Ponderar.
HELAMÃ 10:3–15 458
3 E aconteceu que enquanto as- no céu; e assim terás poder entre
sim meditava — estando extre- este povo.
mamente desanimado em virtude 8 E assim, se disseres a este tem-
das iniquidades do povo nefita, plo que se fenda ao meio, será
suas secretas obras de trevas e feito.
seus assassinatos e suas pilhagens 9 E se disseres a esta a montanha:
e toda sorte de maldades — acon- Desmorona e torna-te plana, as-
teceu que enquanto assim medita- sim se fará.
va em seu coração, eis que ouviu 10 E eis que se disseres que Deus
uma voz, dizendo: ferirá este povo, assim acontecerá.
4 Bem-aventurado és tu, Néfi, 11 E agora, eis que te ordeno
pelas coisas que tens feito; pois que vás declarar a este povo que
observei que foste a infatigável o Senhor Deus, que é o Todo-Po-
em pregar a este povo as palavras deroso, assim diz: A não ser que
que te dei. E não o temeste nem vos arrependais, sereis feridos até
te preocupaste com tua b própria a a destruição.
vida, mas procuraste conhecer a 12 E eis que então aconteceu que
minha c vontade e cumprir meus quando o Senhor disse estas pa-
mandamentos. lavras a Néfi, ele se deteve e não
5 E agora, por teres feito isso seguiu para sua casa, mas voltou
com tanta perseverança, eis que te para as multidões que estavam
abençoarei para sempre e te farei espalhadas pela face daquela terra
poderoso em palavras e ações, em e principiou a proclamar-lhes as
fé e em obras; sim, para que a todas palavras que o Senhor lhe dissera
as coisas se realizem segundo tua a respeito de sua destruição, caso
b 
palavra, pois c nada pedirás que não se arrependessem.
seja contrário à minha vontade. 13 Ora, eis que, apesar do grande
6 Eis que tu és Néfi e eu sou milagre que Néfi realizara, anun-
Deus. Eis que te declaro, na pre- ciando-lhes a morte do juiz supre-
sença de meus anjos, que terás mo, eles endureceram o coração
poder sobre este povo e ferirás a e não deram ouvidos às palavras
terra com a fome e com pestilência do Senhor.
e destruição, segundo a iniquida- 14 Portanto, Néfi declarou-lhes a
de deste povo. palavra do Senhor, dizendo: A não
7 Eis que te dou poder para que ser que vos arrependais — assim
tudo quanto a ligares na Terra seja diz o Senhor — sereis feridos até
ligado no céu e tudo quanto des- a destruição.
ligares na Terra seja desligado 15 E aconteceu que após lhes ter
4 a GEE Diligência. b En. 1:12. GEE Selamento, Selar.
b GEE Sacrifício. c 2 Né. 4:35; 9 a Mt. 17:20; Jacó 4:6;
c 3 Né. 11:11. D&C 46:30. Mórm. 8:24;
5 a 3 Né. 18:20; 6 a Hel. 11:4–18. Ét. 12:30.
D&C 88:63–65. 7 a Mt. 16:19. 11 a Hel. 5:2.
459 HELAMÃ 10:16–11:7
Néfi declarado a palavra, eis que guerras por toda a terra entre todo
continuaram a endurecer o cora- o povo de Néfi.
ção e não deram ouvidos às suas 2 E era esse a bando secreto de
palavras; assim, injuriaram-no, e ladrões que realizava essa obra
procuraram deitar as mãos nele, de destruição e iniquidade. E essa
a fim de aprisioná-lo. guerra prolongou-se por todo
16 Mas eis que o poder de Deus aquele ano e continuou durante
estava com ele; e não puderam o septuagésimo terceiro ano.
agarrá-lo, a fim de pô-lo na pri- 3 E aconteceu que, nesse ano,
são, porque ele foi arrebatado pelo Néfi clamou ao Senhor, dizendo:
Espírito e levado do meio deles. 4 Ó Senhor, não permitas que
17 E aconteceu que assim foi ele este povo seja destruído pela es-
levado pelo Espírito, de multidão pada! Antes, ó Senhor, deixa que
em multidão, pregando a palavra haja a fome na terra para neles des-
de Deus até havê-la anunciado pertar a lembrança do Senhor seu
a todos ou tê-la espalhado entre Deus; e talvez se arrependam e
todo o povo. voltem-se para ti.
18 E aconteceu que não quiseram 5 E assim foi feito, segundo as
dar ouvidos às suas palavras; e palavras de Néfi. E houve muita
começaram a surgir contendas, de fome na terra entre todo o povo
modo que se dividiram e come- de Néfi. E assim, no septuagési-
çaram a matar-se uns aos outros mo quarto ano, continuou a haver
pela espada. fome e cessou a obra de destrui-
19 E assim terminou o septua- ção pela espada; agravou-se, po-
gésimo primeiro ano em que os rém, pela fome.
juízes governaram o povo de Néfi. 6 E essa obra de destruição pros-
seguiu também no septuagésimo
CAPÍTULO 11 quinto ano. Pois a terra foi ferida,
de modo que secou e não produ-
Néfi persuade o Senhor a substituir
ziu grãos na época de grãos; e
a guerra pela fome — Muitos pere-
toda a terra foi ferida, tanto entre
cem — Eles arrependem-se e Néfi
os lamanitas quanto entre os nefi-
suplica ao Senhor que faça cho-
tas, de modo que foram atingidos
ver — Néfi e Leí recebem muitas re-
de tal forma que pereceram aos
velações — Os ladrões de Gadiânton
milhares nas partes mais iníquas
tornam-se fortes na terra. Aproxima-
da terra.
damente 20–6 a.C.
7 E aconteceu que o povo viu
E então aconteceu que, no sep- que estava prestes a perecer de
tuagésimo segundo ano do gover- fome e começou a a lembrar-se
no dos juízes, as discórdias au- do Senhor seu Deus; e começou
mentaram de tal forma que houve a lembrar-se das palavras de Néfi.
11 2 a Hel. 6:18–24; 11:25–26. 4 a 1 Re. 17:1; Hel. 10:6. 7 a Hel. 12:3.
HELAMÃ 11:8–20 460
8 E o povo começou a suplicar a destruição pela espada; e eu sei
aos juízes supremos e aos che- que me ouvirás também agora,
fes que dissessem a Néfi: Eis que pois disseste: Se o povo se arre-
sabemos que és um homem de pender, poupá-lo-ei.
Deus; implora, pois, ao Senhor 15 Sim, ó Senhor, e vês que eles
nosso Deus que afaste de nós se arrependeram, em virtude da
esta fome, a fim de que não se fome e da pestilência e da destrui-
cumpram todas as a palavras que ção que lhes sobrevieram.
disseste a respeito de nossa des- 16 E agora, ó Senhor, não desvia-
truição. rás tua ira para novamente ver se
9 E aconteceu que os juízes fala- eles te servirão? E se assim for, ó
ram com Néfi, transmitindo-lhe o Senhor, poderás abençoá-los se-
desejo do povo. E aconteceu que gundo as palavras que disseste.
quando Néfi viu que o povo se 17 E aconteceu que no septuagé-
havia arrependido e humilhado, simo sexto ano o Senhor desviou
cobrindo-se de saco, clamou no- sua ira do povo e fez a chover so-
vamente ao Senhor, dizendo: bre a terra, de modo que a terra
10 Ó Senhor, eis que este povo se produziu seus frutos na época de
arrepende; e eles baniram o ban- frutos. E aconteceu que produziu
do de Gadiânton do meio deles, grãos na época de grãos.
de modo que foram extintos; e 18 E eis que o povo se regozijou
esconderam seus planos secretos e glorificou a Deus e toda a face
na terra. da terra encheu-se de alegria; e
11 Agora, ó Senhor, aparta deles não mais procuraram destruir
tua ira por causa de sua humilda- Néfi, mas consideraram-no como
de; e apazigua tua ira com a des- um a grande profeta e homem de
truição daqueles homens iníquos Deus, de quem havia recebido
que já destruíste. grande poder e autoridade.
12 Ó Senhor, desvia tua ira, sim, 19 E eis que Leí, seu irmão, não
tua ardente ira, e faze com que ficava nem um a pouco atrás dele
cesse a fome nesta terra. nas coisas pertinentes à retidão.
13 Ó Senhor, escuta-me e faze 20 E assim aconteceu que o povo
com que seja feito de acordo com de Néfi começou novamente a
minhas palavras; e faze a chover prosperar na terra e começou a
sobre a face da terra, para que ela edificar os lugares desolados e
produza seus frutos e seus grãos, começou a multiplicar-se e a es-
na época de grãos. palhar-se, até cobrir toda a face
14 Ó Senhor, ouviste a minhas da terra, tanto ao norte quanto
palavras quando eu disse: Deixa ao sul, do mar do oeste até o mar
que haja fome, a fim de que cesse do leste.
8 a Hel. 10:11–14. 14 a Hel. 11:4. 18 a Hel. 10:5–11.
13 a 1 Re. 18:1, 41–46. 17 a Deut. 11:13–17. 19 a Hel. 5:36–44.
461 HELAMÃ 11:21–31
21 E aconteceu que o septuagési- pilhagens; e fugiam depois para
mo sexto ano terminou em paz. E as montanhas e para o deserto e
o septuagésimo sétimo ano come- lugares secretos, ocultando-se a
çou em paz; e a a igreja espalhou- fim de não serem descobertos,
se pela face de toda a terra; e a crescendo diariamente em nú-
maior parte do povo, tanto nefi- mero, pois havia dissidentes que
tas quanto lamanitas, pertencia à a eles se uniam.
igreja; e houve muita paz na terra; 26 E assim, com o tempo, sim, no
e assim terminou o septuagésimo espaço de poucos anos, transfor-
sétimo ano. maram-se em um bando conside-
22 E também tiveram paz no rável de ladrões; e eles encontra-
septuagésimo oitavo ano, com ram todos os planos secretos de
exceção de algumas disputas re- Gadiânton; e assim se tornaram
lativas a pontos de doutrina que ladrões de Gadiânton.
haviam sido estabelecidos pelos 27 Ora, eis que esses ladrões
profetas. causaram grandes estragos, sim,
23 E no septuagésimo nono ano grande destruição entre o povo
começaram a surgir muitas con- de Néfi, como também entre os
tendas. Aconteceu, porém, que lamanitas.
Néfi, Leí e muitos de seus irmãos 28 E aconteceu que se tornou ne-
que conheciam os verdadeiros cessário pôr termo a essa obra de
pontos da doutrina, recebendo destruição; por conseguinte, um
diariamente muitas a revelações, exército de homens fortes foi en-
pregaram ao povo, de modo que viado ao deserto e às montanhas
puseram fim às suas contendas para procurar esse bando de la-
nesse mesmo ano. drões e exterminá-los.
24 E aconteceu que no octogési- 29 Mas eis que nesse mesmo ano
mo ano em que os juízes gover- foram forçados a recuar para suas
naram o povo de Néfi, um certo próprias terras. E assim terminou
número de dissidentes do povo o octogésimo ano em que os juízes
de Néfi, que alguns anos antes governaram o povo de Néfi.
haviam passado para o lado dos 30 E aconteceu que no começo
lamanitas e tomado o nome de do octogésimo primeiro ano tor-
lamanitas, e também um certo naram a lutar contra esse bando
número de legítimos descenden- de ladrões e mataram muitos; e
tes de lamanitas, incitados à ira eles também sofreram pesadas
por eles, isto é, pelos dissidentes, perdas.
principiaram uma guerra contra 31 E novamente foram obrigados
seus irmãos. a voltar do deserto e das monta-
25 E cometiam assassinatos e nhas para suas próprias terras, em
21 a GEE Igreja de Jesus 23 a Al. 26:22;
Cristo. D&C 107:19.
HELAMÃ 11:32–12:3 462
virtude do excessivo número de CAPÍTULO 12
ladrões que infestavam as mon-
Os homens são instáveis, insensatos
tanhas e o deserto.
e rápidos na prática do mal — O Se-
32 E aconteceu que assim ter-
nhor castiga Seu povo — A nulidade
minou esse ano. E os ladrões au-
dos homens é comparada com o poder
mentavam constantemente e tor-
de Deus — No dia do julgamento
navam-se cada vez mais fortes,
os homens alcançarão vida eterna
a ponto de desafiarem todos os
ou condenação eterna. Aproximada-
exércitos dos nefitas e também
mente 6 a.C.
dos lamanitas; e causaram gran-
de pavor ao povo de toda a face E assim podemos ver quão falso
da terra. e também quão inconstante é o
33 Sim, porque atacaram muitas coração dos filhos dos homens;
partes da terra e causaram gran- sim, podemos ver como o Senhor,
de destruição; sim, muitos foram na grandeza de sua infinita bon-
mortos e outros foram levados dade, abençoa e faz a prosperar os
presos para o deserto, sim, e prin- que colocam nele a sua b confiança.
cipalmente suas mulheres e filhos. 2 Sim, e vemos que é justamen-
34 Ora, essa grande calamidade te quando ele faz prosperar seu
que sobreveio ao povo, por causa povo, sim, aumentando seus cam-
de sua iniquidade, fez com que se pos, seu gado e seus rebanhos e
lembrassem do Senhor seu Deus. ouro e prata e toda sorte de coisas
35 E assim terminou o octogé- preciosas de todo tipo e de todo
simo primeiro ano do governo estilo, preservando-lhes a vida e
dos juízes. livrando-os das mãos de seus ini-
36 E no octogésimo segundo ano migos, abrandando o coração dos
o povo principiou novamente a se inimigos para que não lhes façam
a 
esquecer do Senhor seu Deus. E guerra; sim, e, em resumo, fazen-
no octogésimo terceiro ano come- do tudo para o bem e a felicidade
çaram a ficar extremamente iní- de seu povo; sim, então é quando
quos. E no octogésimo quarto ano a 
endurecem o coração, esquecen-
não melhoraram o seu proceder. do-se do Senhor seu Deus e b pi-
37 E aconteceu que no octogési- sando o Santíssimo — sim, e isto
mo quinto ano se tornaram mais e em virtude de seu conforto e de
mais orgulhosos e iníquos; e assim sua enorme prosperidade.
estavam novamente amadurecen- 3 E assim vemos que se o Se-
do para a destruição. nhor não a castiga seu povo com
38 E assim terminou o octogési- numerosas aflições, sim, se não o
mo quinto ano. fere com morte e com terror e com
36 a Al. 46:8. 2 Né. 22:2; b Al. 5:53;
12 1 a 2 Crôn. 26:5; Mos. 4:6. 3 Né. 28:35.
Salm. 1:2–3. GEE Confiança, Confiar. 3 a Mos. 23:21;
b Salm. 36:7–8; 2 a GEE Apostasia. D&C 98:21; 101:8.
463 HELAMÃ 12:4–18
fome e com toda sorte de pestilên- tremem e estremecem as colinas
a 

cias, dele não se b lembram. e os montes.


4 Oh! Quão insensatos e quão 10 E pelo a poder de sua voz des-
presunçosos e quão malignos e moronam-se e tornam-se planos,
diabólicos e quão a rápidos em co- sim, como um vale.
meter iniquidades e quão lentos 11 Sim, pelo poder de sua voz
em praticar o bem são os filhos treme a toda a Terra;
dos homens! Sim, quão apressa- 12 E pelo poder de sua voz as
dos são em dar ouvidos às pala- fundações estremecem, até o cen-
vras do maligno e em colocar o tro.
b 
coração nas coisas vãs do mundo! 13 Sim, e se ele diz à Terra —
5 Sim, quão rápidos em se a en- Move-te — ela se move.
soberbecerem; sim, quão rápidos 14 Sim, e se ele diz à a Terra —
em se vangloriarem e em pratica- b 
Volta para trás, a fim de que se
rem toda sorte de iniquidades; e c 
prolongue o dia por muitas ho-
quão lentos são em se recordarem ras — isso é feito;
do Senhor seu Deus e em dar ou- 15 E assim, segundo sua palavra,
vidos a seus conselhos; sim, quão a Terra volta para trás, parecendo
lentos em b trilhar os caminhos da aos homens que o sol está para-
sabedoria. do; sim, e eis que assim é; porque
6 Eis que não desejam que o Se- certamente é a Terra que se move
nhor seu Deus, que os a criou, os e não o sol.
b 
governe e reine sobre eles; apesar 16 E eis também que se ele diz às
de sua grande bondade e miseri- a 
águas do grande abismo — b Se-
córdia para com eles, desprezam cai — assim sucede.
seus conselhos e não o desejam 17 Eis que se diz a esta monta-
como guia. nha — Ergue-te e a vai e cai sobre
7 Oh! Quão grande é a a nulidade aquela cidade, para que seja so-
dos filhos dos homens! Sim, são terrada — eis que assim sucede.
até menos que o pó da Terra. 18 E eis que se um homem a ocul-
8 Pois eis que o pó da Terra se tar um tesouro na terra e o Senhor
move de cá para lá, separando-se disser — b Amaldiçoado seja, em
segundo a ordem de nosso grande virtude da iniquidade daquele
e eterno Deus. que o escondeu — eis que será
9  Sim, eis que pela sua voz amaldiçoado.
3 b Amós 4:6–11. D&C 58:30; 14 a
Jos. 10:12–14.
4 a Êx. 32:8. Mois. 7:32–33. b Isa. 38:7–8.
b Mt. 15:19; b D&C 60:4. c 2 Re. 20:8–11.
Heb. 3:12. 7 a Isa. 40:15, 17; 16 a
Mt. 8:27.
5 a Prov. 29:23. Mos. 4:19; b Isa. 44:27; 51:10.
GEE Orgulho. Mois. 1:10. 17 a
3 Né. 8:10.
b GEE Andar, Andar com 9 a 3 Né. 22:10. 18 a
Mórm. 1:18;
Deus. 10 a 1 Né. 17:46. Ét. 14:1.
6 a Isa. 45:9; 11 a Mórm. 5:23; Ét. 4:9. b Hel. 13:17.
HELAMÃ 12:19–13:3 464
19 E se o Senhor disser — Amal- dizem: Os que praticaram o bem
diçoado sejas para que ninguém terão a vida eterna; e os que pra-
jamais te encontre a partir deste ticaram o mal terão b condenação
dia — eis que homem algum ja- eterna. E assim é. Amém.
mais o encontrará.
20 E eis que se o Senhor disser a
um homem — Em virtude de tuas A profecia de Samuel, o lamanita,
iniquidades tu serás amaldiçoado aos nefitas.
para sempre — assim será.
Abrange os capítulos 13 a 15.
21 E se o Senhor disser — Em
virtude de tuas iniquidades serás
afastado de minha presença — ele CAPÍTULO 13
fará com que assim suceda.
Samuel, o lamanita, profetiza a des-
22 E ai daquele a quem ele disser
truição dos nefitas, caso não se ar-
isso, porque assim será com aque-
rependam — Eles e suas riquezas
le que cometer iniquidade; e não
são amaldiçoados — Rejeitam e ape-
poderá ser salvo; portanto, por
drejam os profetas, são circundados
essa razão, para que os homens
por demônios e buscam a felicidade
possam ser salvos, foi pregado o
praticando iniquidades. Aproxima-
arrependimento.
damente 6 a.C.
23 Portanto, benditos são os que
se arrependem e dão ouvidos à E então aconteceu que no octo-
voz do Senhor seu Deus; pois eles gésimo sexto ano continuaram os
serão a salvos. nefitas a praticar iniquidades, sim,
24 E permita Deus, em sua gran- grandes iniquidades, enquanto os
de plenitude, que os homens se- a 
lamanitas se empenhavam em
jam levados ao arrependimento e guardar estritamente os manda-
às boas obras, para que lhes seja mentos de Deus, segundo a lei
restituída graça por a graça, segun- de Moisés.
do suas obras. 2 E aconteceu que nesse ano che-
25 E eu quisera que todos os ho- gou à terra de Zaraenla um lama-
mens fossem salvos. Lemos, po- nita chamado Samuel, que come-
rém, que no grande e último dia çou a pregar ao povo. E aconteceu
haverá alguns que serão afasta- que ele pregou arrependimento
dos; sim, que serão afastados da ao povo durante muitos dias; e
presença do Senhor; expulsaram-no e ele estava pres-
26 Sim, que serão condenados a tes a voltar para sua própria terra.
um estado de infindável miséria, 3 Mas eis que chegou a ele a voz
em cumprimento às palavras que do Senhor, ordenando-lhe que
23 a GEE Salvação. Jo. 5:28–29; Condenar.
24 a GEE Graça. Rom. 6:13. 13 1 a Hel. 15:4–5.
26 a Mt. 25:46; b GEE Condenação,
465 HELAMÃ 13:4–13
voltasse e profetizasse ao povo por mais tempo e contra eles vol-
tudo o que lhe viesse ao a coração. tarei o coração de seus irmãos.
4 E aconteceu que não lhe per- 9 E não se passarão a quatrocen-
mitiram entrar na cidade; portan- tos anos antes que eu faça com
to, subiu à muralha e estendeu a que sejam feridos; sim, visitá-los-
mão; e clamou em alta voz, pro- ei com a espada e com fome e com
fetizando ao povo tudo quanto o pestilências.
Senhor lhe pôs no coração. 10 Sim, visitá-los-ei com minha
5 E ele disse-lhes: Eis que eu, Sa- ardente ira e haverá alguns da
muel, um lamanita, digo as pala- a 
quarta geração de vossos inimi-
vras do Senhor, que ele me põe no gos que viverão para presenciar
coração; e eis que ele pôs no meu vossa completa destruição; e isto
coração que devo dizer aos deste sem dúvida sucederá, salvo se vos
povo que a a espada da justiça está arrependerdes, diz o Senhor; e os
suspensa sobre eles; e não se pas- da quarta geração hão de causar
sarão quatrocentos anos antes que vossa destruição.
caia sobre eles a espada da justiça. 11 Mas se vos arrependerdes e
6 Sim, terrível a destruição aguar- vos a voltardes para o Senhor vos-
da este povo e ela seguramente so Deus, eu desviarei a minha ira,
virá sobre este povo; e nada sal- diz o Senhor; sim, assim diz o Se-
vará este povo, a não ser o arre- nhor: Bem-aventurados os que se
pendimento e a fé no Senhor Jesus arrependerem e se voltarem para
Cristo, o qual sem dúvida virá ao mim, mas ai daquele que não se
mundo e padecerá muitas coisas arrepender.
e será morto por seu povo. 12 Sim, a ai desta grande cidade
7 E eis que isso me foi anuncia- de Zaraenla; pois eis que é por
do por um a anjo do Senhor e ele causa dos justos que ela foi sal-
trouxe b boas novas a minha alma. va; sim, ai desta grande cidade,
E eis que vos fui enviado para pois percebo, diz o Senhor, que
anunciar isso também a vós, para há muitos, sim, mesmo a maior
que tenhais boas novas; mas eis parte desta grande cidade, que en-
que vós não me quisestes receber. durecerão o coração contra mim,
8 Portanto, assim diz o Senhor: diz o Senhor.
Em virtude da dureza de coração 13 Bem-aventurados são aqueles
do povo dos nefitas, a não ser que se arrependerem, porque eu
que se arrependam, tirarei deles os pouparei. Mas eis que, se não
a minha palavra e a retirarei deles fosse pelos justos que estão nesta
o meu Espírito; e não os tolerarei grande cidade, eis que eu faria
3 a D&C 100:5. 7 a Al. 13:26. 2 Né. 26:9;
5 a Al. 60:29; b Isa. 52:7. 3 Né. 27:32.
3 Né. 2:19. 8 a Hel. 6:35. 11 a 3 Né. 10:5–7.
6 a Al. 45:10–14; 9 a Al. 45:10–12. 12 a 3 Né. 8:8, 24; 9:3.
Hel. 15:17. 10 a 1 Né. 12:12;
HELAMÃ 13:14–22 466
com que descesse fogo dos céus
a 
os justos; e aquele que não escon-
e a destruísse. de seus tesouros para mim é amal-
14 Mas eis que é por amor aos diçoado, bem como o tesouro; e
justos que ela é poupada. Mas eis ninguém o resgatará, por causa
que chega a hora, diz o Senhor, da maldição da terra.
que quando expulsardes os jus- 20 E chegará o dia em que es-
tos de vosso meio, então estareis conderão seus tesouros, porque
amadurecidos para a destruição; puseram o coração nas riquezas;
sim, ai desta grande cidade em e, porque puseram o coração em
virtude das iniquidades e abomi- suas riquezas, esconderão seus
nações que nela há. tesouros quando fugirem de seus
15 Sim, e ai da cidade de Gideão, inimigos; por não os terem escon-
pelas iniquidades e abominações dido para mim, amaldiçoados se-
que nela há. jam eles e também seus tesouros;
16 Sim, e ai de todas as cidades e nesse dia serão castigados, diz
que ficam nas terras circunvizi- o Senhor.
nhas, que estão ocupadas pelos 21 Olhai, ó povo desta grande
nefitas, por causa das iniquidades cidade, a escutai minhas palavras.
e abominações que nelas há. Sim, escutai as palavras que o Se-
17 E eis que uma a maldição cai- nhor diz, pois eis que ele diz que
rá sobre a terra, diz o Senhor dos sois amaldiçoados por causa de
Exércitos, por causa do povo que vossas riquezas; e também são
está na terra, sim, em virtude de amaldiçoadas as vossas riquezas,
suas iniquidades e abominações. porque nelas colocastes o coração
18 E acontecerá, diz o Senhor e não escutastes as palavras da-
dos Exércitos, sim, nosso grande quele que vo-las deu.
e verdadeiro Deus, que aquele 22 Não vos lembrais do Senhor
que a esconder tesouros na terra vosso Deus nas coisas com que
não mais os achará por causa da ele vos abençoou, mas sempre
grande maldição da terra, salvo se recordais vossas a riquezas, não
for um homem justo e escondê-los para agradecer ao Senhor vosso
para o Senhor. Deus por elas; sim, vosso coração
19 Porque desejo, diz o Senhor, não se achega ao Senhor, mas en-
que escondam seus tesouros para che-se de grande b orgulho, com
mim; e amaldiçoados os que não ostentação e com grande arrogân-
escondem seus tesouros para cia, c invejas, discórdias, malícia,
mim; porque ninguém esconde perseguições e assassinatos e toda
seus tesouros para mim, a não ser sorte de iniquidades.
13 a Gên. 19:24; Ét. 14:1. Riquezas.
2 Re. 1:9–16; 21 a GEE Atender, Dar b GEE Orgulho.
3 Né. 9:11. ouvidos. c GEE Inveja.
17 a Hel. 12:18. 22 a Lc. 12:34.
18 a Mórm. 1:18; GEE Mundanismo;
467 HELAMÃ 13:23–32
23 Por esta razão o Senhor Deus olhos e fazei tudo quanto vosso
fez com que uma maldição caísse coração desejar — e se um homem
sobre a terra e também sobre vos- aparecer entre vós e disser isto,
sas riquezas; e isto em virtude de vós o recebereis e direis que ele é
vossas iniquidades. um a profeta.
24 Sim, ai deste povo por causa 28 Sim, exaltá-lo-eis e dar-lhe-
desta hora que chegou, em que eis de vossos bens; dar-lhe-eis
a 
expulsam os profetas e zombam de vosso ouro e de vossa prata e
deles e atiram-lhes pedras e ma- vesti-lo-eis com roupas suntuosas;
tam-nos e praticam toda espécie e porque ele vos diz a palavras li-
de iniquidades contra eles, assim sonjeiras, diz que tudo está bem,
como fizeram na antiguidade. então nenhuma falta achareis nele.
25 E agora, quando falais, dizeis: 29 Ó geração iníqua e perversa,
Se tivéssemos vivido nos tempos povo endurecido e obstinado! Até
de nossos a pais, não teríamos ma- quando pensais que o Senhor vos
tado os profetas; não lhes teríamos há de tolerar? Sim, até quando vos
atirado pedras nem os teríamos deixareis levar por guias a insen-
expulsado. satos e b cegos? Sim, até quando
26 Eis que sois piores do que c 
preferireis as trevas à d luz?
eles; pois assim como vive o Se- 30 Sim, eis que a ira do Senhor já
nhor, se aparece entre vós um está acesa contra vós; eis que ele
a 
profeta e declara-vos a palavra amaldiçoou a terra por causa de
do Senhor, a qual testifica vossos vossa iniquidade.
pecados e iniquidades, b revoltai- 31 E eis que se aproxima a hora
vos contra ele e o expulsais e pro- em que ele amaldiçoará vossas
curais todos os meios para des- riquezas, para que elas se tornem
truí-lo; sim, dizeis que é um falso a 
escorregadias, para que não pos-
c 
profeta e que ele é um pecador e sais segurá-las; e nos dias de vos-
que é do diabo, porque ele d tes- sa pobreza não podereis retê-las.
tifica que vossas obras são más. 32 E nos dias de vossa pobreza
27 Mas eis que se um homem clamareis ao Senhor; e em vão cla-
aparecer entre vós e disser: Fazei mareis, porque vossa desolação já
isto e não há iniquidade; fazei vos sobreveio e a vossa destruição
aquilo e não sofrereis; sim, ele é certa; então chorareis e prantea-
dirá: Andai segundo o orgulho reis naquele dia, diz o Senhor dos
de vosso próprio coração; sim, an- Exércitos. E então lamentareis e
dai segundo o orgulho de vossos direis:
24 a 2 Crôn. 36:15–16; c Mt. 13:57. 29 a 2 Né. 28:9.
1 Né. 1:20. d Gál. 4:16. b Mt. 15:14.
25 a At. 7:51. 27 a Miq. 2:11. c Jo. 3:19.
26 a 2 Crôn. 18:7; GEE Artimanhas d Jó 24:13.
Lc. 16:31. Sacerdotais. 31 a Mórm. 1:17–18.
b Isa. 30:9–10. 28 a 2 Tim. 4:3–4.
HELAMÃ 13:33–14:3 468
33 Oh! Se me houvesse arre-
a 
os dias de vossa vida buscastes
pendido e não tivesse matado os aquilo que não podíeis obter; e
profetas, nem os tivesse b apedre- buscastes c felicidade na iniquida-
jado nem expulsado! Sim, naquele de, o que é contrário à natureza
dia direis: Oh! Se nos tivéssemos daquela retidão que há em nosso
lembrado do Senhor nosso Deus grande e Eterno Cabeça.
no dia em que ele nos deu nossas 39 Ó povo da terra! Oxalá ou-
riquezas, então elas não se teriam vísseis minhas palavras! E eu oro
tornado escorregadias a ponto de para que a ira do Senhor se apar-
as perdermos; porque eis que nos- te de vós e que vos arrependais e
sas riquezas se foram. sejais salvos.
34 Eis que colocamos uma ferra-
menta aqui e na manhã seguinte CAPÍTULO 14
desaparece; e eis que nos despo-
Samuel prediz que haverá luz durante
jam de nossas espadas no dia em
a noite e que uma nova estrela apare-
que as procuramos para a batalha.
cerá quando Cristo nascer — Cristo
35 Sim, escondemos nossos te-
redime os homens da morte física e da
souros e eles se nos escaparam
espiritual — Entre os sinais de Sua
por causa da maldição da terra.
morte haverá três dias de trevas, fen-
36 Oh! Se nos houvéssemos arre-
der-se-ão as rochas e haverá grandes
pendido no dia em que o Senhor
cataclismos da natureza. Aproxima-
nos enviou sua palavra! Pois eis
damente 6 a.C.
que a terra está amaldiçoada e to-
das as coisas se tornaram escorre- E então aconteceu que a Samuel, o
gadias; e não podemos segurá-las. lamanita, profetizou muitas coisas
37 Eis que estamos circundados mais que não podem ser escritas.
de demônios, sim, estamos ro- 2 E eis que ele lhes disse: Eis que
deados pelos anjos daquele que vos dou um sinal; pois mais cinco
procurou destruir nossa alma. Eis anos se hão de passar e eis que
que são grandes as nossas iniqui- então o Filho de Deus virá para
dades. Ó Senhor, não podes apar- redimir todos os que crerem em
tar de nós a tua ira? E assim vos seu nome.
expressareis naqueles dias. 3 E eis que isto vos darei por a si-
38 Mas eis que vossos a dias de nal, na ocasião de sua vinda: Eis
provação se passaram; b procrasti- que haverá grandes luzes no céu,
nastes o dia de vossa salvação até de modo que na noite anterior a
que se tornou, para sempre, de- sua vinda não haverá escuridão,
masiado tarde; e vossa destruição tanto que aos homens parecerá
é certa; sim, porque durante todos ser dia.
33 a Mórm. 2:10–15. b Al. 34:33–34. 3 a 3 Né. 1:15.
b Mt. 23:37. c Al. 41:10–11.
38 a Mórm. 2:15. 14 1 a Hel. 13:2.
469 HELAMÃ 14:4–16
4 Portanto, haverá um dia e uma 11 E ouvireis minhas palavras,
noite e um dia, como se fosse um porque por este motivo subi às
só dia e não houvesse noite; e isso muralhas desta cidade — para
vos será por sinal; pois vereis o que pudésseis ouvir e conhecer
nascer e também o pôr-do-sol; os julgamentos de Deus que vos
portanto, saber-se-á com certeza esperam em virtude das vossas
que se terão passado dois dias iniquidades; e também a fim de
e uma noite, muito embora não que vos inteireis das condições
haja escuridão durante a noite. E do arrependimento;
essa noite precederá o a seu nas- 12 E também para que saibais
cimento. da vinda de Jesus Cristo, o Filho
5 E eis que uma nova a estrela de Deus, o a Pai do céu e da Terra,
aparecerá, uma que nunca vis- o Criador de todas as coisas des-
tes antes; e isto também vos será de o princípio; e para que saibais
por sinal. dos sinais de sua vinda e para que
6 E eis que isso não é tudo; ha- acrediteis em seu nome.
verá muitos sinais e maravilhas 13  E se a acreditardes em seu
no céu. nome, arrepender-vos-eis de to-
7 E acontecerá que vós todos dos os vossos pecados, para que,
ficareis espantados e admirados desse modo, alcanceis a remissão
a tal ponto que a caireis por terra. dos pecados por meio de seus
8 E acontecerá que todos os que b 
méritos.
a 
acreditarem no Filho de Deus te- 14 E eis que novamente outro
rão vida eterna. sinal eu vos dou, sim, um sinal
9 E eis que assim me ordenou da morte dele.
o Senhor, por seu anjo, que eu 15 Pois eis que ele certamente
viesse dizer-vos isto; sim, orde- deverá morrer para que venha a
nou que eu vos profetizasse estas a 
salvação; sim, cabe-lhe morrer e
coisas; sim, ele disse-me: Clama a isso é necessário para levar a efei-
este povo: Arrependei-vos e pre- to a b ressurreição dos mortos, para
parai o caminho do Senhor. que assim os homens possam ser
10 E agora, porque sou lamani- conduzidos à presença do Senhor.
ta e vos disse as palavras que o 16 Sim, eis que essa morte leva
Senhor me ordenou e porque foi a efeito a ressurreição e a redime
duro convosco, estais irados con- toda a humanidade da primeira
tra mim e procurais destruir-me morte — dessa morte espiritual;
e me a expulsastes de vosso meio. porque toda a humanidade, tendo
4 a GEE Jesus Cristo — 8 a Jo. 3:16. b D&C 19:16–20.
Profecias acerca do 10 a Hel. 13:2. 15 a GEE Salvador.
nascimento e da morte 12 a Mos. 3:8; b Al. 42:23.
de Jesus Cristo. 3 Né. 9:15; Ét. 4:7. GEE Ressurreição.
5 a Mt. 2:1–2; 3 Né. 1:21. GEE Jesus Cristo. 16 a GEE Plano de
7 a 3 Né. 1:16–17. 13 a At. 16:30–31. Redenção.
HELAMÃ 14:17–27 470
sido afastada da presença do Se-
b 
21 Sim, no momento em que ele
nhor pela c queda de Adão, é con- entregar o espírito haverá a trovões
siderada como d morta, tanto em e relâmpagos por muitas horas e
relação às coisas materiais como a terra tremerá e estremecerá; e
às coisas espirituais. as rochas que estão sobre a face
17 Mas eis que a ressurreição desta terra, as que estão em cima
de Cristo a redime a humanidade, como as que estão embaixo da
sim, toda a humanidade; e leva-a terra, as quais sabeis agora que
de volta à presença do Senhor. são sólidas, ou cuja maior parte
18 Sim, e torna operantes as con- constitui uma sólida massa, serão
dições do arrependimento, de que b 
despedaçadas;
todo aquele que se arrepende não 22 Sim, rachar-se-ão ao meio e
é cortado nem atirado ao fogo; para sempre se a acharão racha-
mas todo aquele que não se arre- das e fendidas e em fragmentos
pende é cortado e atirado ao fogo; sobre a face de toda a terra, sim,
e recai sobre eles novamente uma tanto em cima como embaixo
morte espiritual; sim, uma segun- da terra.
da morte, porque novamente são 23 E eis que sobrevirão gran-
separados das coisas concernen- des tempestades e haverá mui-
tes à retidão. tas montanhas que se rebaixarão
19 Portanto, arrependei-vos, ar- como um vale; e muitos lugares
rependei-vos, para que não acon- que agora são chamados vales
teça que, conhecendo estas coisas transformar-se-ão em montanhas
e não as cumprindo, incorrais em de grande altura.
condenação e sejais arrastados a 24 E muitas estradas far-se-ão
essa segunda morte. em pedaços e muitas a cidades fi-
20 Mas eis que, como vos falei carão devastadas.
a respeito de outro a sinal, um si- 25 E muitas a sepulturas abrir-
nal de sua morte, eis que, no dia se-ão, entregando muitos de seus
em que ele padecer a morte, o sol mortos e muitos santos aparece-
será b obscurecido e recusar-se-á a rão a muitas pessoas.
dar-vos sua luz e também a lua e 26 E eis que assim me falou o
as estrelas; e não haverá luz sobre a 
anjo; pois ele disse-me que ha-
a face desta terra pelo espaço de verá trovões e relâmpagos pelo
c 
três dias, desde a hora em que espaço de muitas horas.
ele morrer até o momento em que 27 E disse-me que enquanto du-
ressuscitar dos mortos. rassem os trovões e os relâmpagos
16 b Al. 42:6–9. 20 a 3 Né. 8:5–25. 24 a 3 Né. 9:3–12.
c GEE Queda de Adão b Lc. 23:44. 25 a Mt. 27:50–54;
e Eva. c Mos. 3:10. 3 Né. 23:9–11.
d GEE Morte Espiritual. 21 a 3 Né. 8:6. 26 a Al. 13:26.
17 a GEE Redenção, b 3 Né. 10:9.
Redimido, Redimir. 22 a 3 Né. 8:18.
471 HELAMÃ 14:28–15:4
e a tempestade, essas coisas acon- CAPÍTULO 15
teceriam; e que a a escuridão co-
O Senhor castigou os nefitas porque
briria a face de toda a terra pelo
Ele os amava — Os lamanitas con-
espaço de três dias.
vertidos são firmes e perseverantes na
28 E o anjo disse-me que mui-
fé — O Senhor será misericordioso
tos verão coisas maiores que es-
com os lamanitas nos últimos dias.
tas, para que creiam que a esses
Aproximadamente 6 a.C.
sinais e essas maravilhas acon-
tecerão por toda a face desta ter- E agora, meus queridos irmãos,
ra, a fim de que não haja motivo eis que vos declaro que, se não
de descrença entre os filhos dos vos arrependerdes, vossas casas
homens. ficarão a desertas.
29 E isso a fim de que todos os 2 Sim, a não ser que vos arre-
que crerem sejam salvos e para pendais, vossas mulheres terão
que, sobre os que não crerem, re- grande motivo para lamentação
caia um a julgamento justo; e tam- no dia em que amamentarem; pois
bém, se forem condenados, te- tentareis fugir e não haverá lugar
rão atraído sobre si a sua própria para refúgio; sim, ai das mulheres
condenação. que estiverem a grávidas, porque
30 E agora, meus irmãos, lem- estarão pesadas e não poderão fu-
brai-vos, lembrai-vos de que os gir! Por isso serão pisadas e aban-
que perecem, perecem por cul- donadas para perecerem.
pa própria; e todos os que prati- 3 Sim, ai deste povo que é cha-
cam iniquidades o fazem contra mado de povo de Néfi, se não
si mesmos; pois eis que sois a li- se arrepender quando vir todos
vres; tendes permissão para agir esses sinais e maravilhas que lhe
por vós mesmos; porque eis que serão mostrados! Pois eis que foi
Deus vos deu o b conhecimento e um povo escolhido pelo Senhor;
vos fez livres. sim, ele amou o povo de Néfi e
31 Ele permitiu-vos a discernir o também o a castigou; sim, nos dias
bem do mal e permitiu-vos b esco- de suas iniquidades castigou-o,
lher a vida ou a morte; e podeis porque o ama.
fazer o bem e serdes c restituídos 4 Mas eis, meus irmãos, que ele
ao que é bom, ou seja, ter o que odiou os lamanitas porque suas
é bom restituído a vós; ou podeis obras foram continuamente más;
praticar o mal e fazerdes com que e isto por causa das iniquidades
o mal vos seja restituído. e das a tradições de seus pais. Não
27 a 1 Né. 19:10; GEE Arbítrio. 15 1 a Mt. 23:37–38.
3 Né. 8:3. b GEE Conhecimento. 2 a Mt. 24:19.
28 a 1 Né. 12:4–5. 31 a Morô. 7:16. 3 a Prov. 3:12;
29 a GEE Juízo Final. b 2 Né. 2:28–29; Heb. 12:5–11;
30 a 2 Né. 2:26–29; Al. 3:26–27. D&C 95:1.
Mois. 6:56. c Al. 41:3–5. 4 a GEE Tradições.
HELAMÃ 15:5–13 472
obstante, a salvação chegou a eles a 
enterraram suas armas de guer-
por meio da pregação dos nefitas; ra e que temem empunhá-las por
e por esse motivo o Senhor b pro- medo de pecar de alguma forma;
longou seus dias. sim, podeis ver que eles têm medo
5 E quisera que observásseis que de pecar — porque eis que se su-
a a maior parte deles segue o ca- jeitarão a ser pisados e assassina-
minho do seu dever, e anda cir- dos por seus inimigos, mas não
cunspectamente perante Deus, e levantarão suas espadas contra
esforça-se para guardar os seus eles; e isso por causa de sua fé
mandamentos e os seus estatutos em Cristo.
e os seus juízos, de acordo com a 10 E agora, em virtude de sua
lei de Moisés. perseverança, quando realmen-
6 Sim, digo-vos que a maior te têm fé naquilo em que creem,
parte deles está fazendo isto, es- e por sua firmeza, quando são
forçando-se com infatigável dili- iluminados, eis que o Senhor os
gência para que o conhecimento abençoará e prolongará seus dias,
da verdade seja levado ao res- apesar de sua iniquidade —
tante de seus irmãos; portanto, 11 Sim, mesmo se degenerarem,
há muitos que se unem a eles caindo na incredulidade, o Senhor
diariamente. a 
prolongará seus dias até chegar
7 E eis que sabeis por vós mes- o tempo, predito por nossos pais
mos, porque o haveis testemunha- e também pelo profeta b Zenos e
do, que todos os que são levados muitos outros profetas, em que o
a conhecer a verdade e a saber conhecimento da verdade será c le-
das tradições iníquas e abomi- vado novamente a nossos irmãos,
náveis de seus pais são levados os lamanitas —
a acreditar nas santas escrituras, 12 Sim, digo-vos que nos últimos
sim, nas profecias dos santos pro- tempos as a promessas do Senhor
fetas que estão escritas, que os terão sido estendidas a nossos ir-
conduzem à fé no Senhor e ao mãos, os lamanitas; e apesar das
arrependimento, fé e arrependi- muitas aflições que terão e embora
mento que lhes a transformam o venham a ser b forçados a fugir de
coração — um lado para outro sobre a face
8 Portanto, sabeis que todos os da terra e a ser perseguidos e fe-
que chegaram a isto são a firmes e ridos e dispersos, sem lugar para
inquebrantáveis na fé e naquilo refugiar-se, o Senhor será c mise-
que os fez livres. ricordioso com eles.
9  E sabeis também que eles 13 E isto segundo a profecia de
4 b Al. 9:16. 3 Né. 6:14. 12 a En. 1:12–13.
5 a Hel. 13:1. 9 a Al. 24:17–19. b Mórm. 5:15.
7 a GEE Conversão, 11 a Al. 9:16. c 1 Né. 13:31;
Converter. b Hel. 8:19. 2 Né. 10:18–19;
8 a Al. 23:6; 27:27; c 2 Né. 30:5–8. Jacó 3:5–6.
473 HELAMÃ 15:14–16:4
que outra vez o verdadeiro conhe- não pode ser morto com as flechas e
cimento lhes será a levado, que é pedras dos nefitas que não se arre-
o conhecimento de seu Redentor penderam — Alguns endurecem o
e seu grande e verdadeiro b pas- coração e outros veem anjos — Os
tor; e serão contados entre suas incrédulos dizem que não é sensa-
ovelhas. to crer em Cristo nem na Sua vin-
14 Portanto, eu vos digo que da a Jerusalém. Aproximadamente
a 
melhor será para eles do que 6–1 a.C.
para vós, a não ser que vos arre-
pendais. E então aconteceu que muitos
15 Pois eis que, se as grandes ouviram as palavras de Samuel,
obras que vos foram mostradas o lamanita, proferidas de cima
a 
tivessem sido mostradas a eles, das muralhas da cidade. E todos
sim, àqueles que degeneraram, os que acreditaram em suas pa-
caindo na incredulidade em virtu- lavras saíram à procura de Néfi;
de das tradições de seus pais, po- e quando o encontraram, confes-
deis ver, vós mesmos, que jamais saram-lhe seus pecados e não os
teriam voltado a se degenerar, negaram, desejando ser batizados
caindo na incredulidade. no Senhor.
16 Portanto, diz o Senhor: Eu 2 Todos os que não acreditaram
não os destruirei completamen- nas palavras de Samuel, porém,
te, mas farei com que, no dia que ficaram irados contra ele; e joga-
me for oportuno, eles voltem para ram-lhe pedras sobre a muralha
mim, diz o Senhor. e também muitos lhe atiraram
17 E agora, eis que diz o Senhor flechas enquanto se encontrava
com referência ao povo nefita: Se em cima da muralha; mas o Es-
não se arrependerem e não pro- pírito do Senhor estava com ele,
curarem cumprir a minha von- de modo que não conseguiram
tade, eu os a destruirei completa- atingi-lo com suas pedras nem
mente, diz o Senhor, em virtude com suas flechas.
de sua incredulidade, apesar das 3 Ora, quando viram que não
muitas e grandiosas obras que fiz podiam atingi-lo, muitos mais
entre eles; e tão certo como vive o acreditaram em suas palavras,
Senhor, estas coisas acontecerão, de modo que se dirigiram a Néfi
diz o Senhor. a fim de serem batizados.
4 Porque eis que Néfi estava bati-
zando e profetizando e pregando,
CAPÍTULO 16
proclamando arrependimento ao
Os nefitas que acreditam em Samuel povo; mostrando sinais e mara-
são batizados por Néfi — Samuel vilhas, fazendo a milagres entre o
13 a 3 Né. 16:12. 14 a Hel. 7:23. 17 a Hel. 13:6–10.
b GEE Bom Pastor. 15 a Mt. 11:20–23. 16 4 a GEE Milagre.
HELAMÃ 16:5–17 474
povo, para que soubessem que o a maior parte do povo em seu or-
Cristo viria b em breve — gulho e iniquidade; e a minoria,
5 Revelando-lhes coisas que logo andando mais circunspectamente
aconteceriam, para que soubes- perante Deus.
sem e lembrassem, na hora de sua 11 E estas eram também as con-
vinda, que elas lhes haviam sido dições no octogésimo oitavo ano
anunciadas de antemão, para que do governo dos juízes.
acreditassem; portanto, todos os 12 E houve pouca alteração nas
que acreditaram nas palavras de condições do povo no octogésimo
Samuel dirigiram-se a Néfi para ser nono ano, exceto que o povo co-
batizados, mostrando-se arrepen- meçou a ficar mais obstinado na
didos e confessando seus pecados. sua iniquidade e a fazer, cada vez
6 A maior parte deles, porém, mais, coisas contrárias aos man-
não acreditou nas palavras de Sa- damentos de Deus.
muel; por isso, quando viram que 13 Mas aconteceu que no nona-
não podiam atingi-lo com suas gésimo ano do governo dos juí-
pedras e flechas, gritaram a seus zes, a grandes sinais e maravilhas
capitães, dizendo: Agarrai esse foram manifestados ao povo; e as
homem e amarrai-o, porque eis palavras dos profetas b começaram
que está possuído por um demô- a ser cumpridas.
nio; e por causa do poder do de- 14 E a anjos apareceram a alguns
mônio que está nele, não podemos homens, homens sábios, anun-
atingi-lo com nossas pedras e nos- ciando-lhes boas novas de grande
sas flechas; portanto, agarrai-o e alegria; assim, nesse ano as escri-
amarrai-o e levai-o embora. turas começaram a ser cumpridas.
7 E quando avançaram para dei- 15 Entretanto o povo começou
tar-lhe as mãos, eis que ele se ati- a endurecer o coração, todos, ex-
rou da muralha e fugiu de suas ceto os mais crentes dentre eles,
terras, sim, para seu próprio país; tanto nefitas quanto lamanitas,
e começou a pregar e a profetizar e começaram a confiar somente
entre seu próprio povo. nas próprias forças e na a própria
8 E eis que nunca mais se ouviu sabedoria, dizendo:
falar dele entre os nefitas; e essas 16 Algumas coisas, entre tantas,
eram as condições do povo. eles poderiam ter adivinhado cor-
9 E assim terminou o octogésimo retamente; mas eis que sabemos
sexto ano em que os juízes gover- que todas essas grandes e maravi-
naram o povo de Néfi. lhosas obras que foram anuncia-
10 E assim terminou também das não podem acontecer.
o octogésimo sétimo ano do go- 17 E começaram a discutir e a
verno dos juízes, permanecendo discordar entre si, dizendo:
4 b Hel. 14:2. b Hel. 14:3–7. 15 a Isa. 5:21.
13 a 3 Né. 1:4. 14 a Al. 13:26.
475 HELAMÃ 16:18–25
18  Não é razoável que venha
a 
como seus servos, porque depen-
alguém como um Cristo; se vier demos deles para ensinar-nos a
e ele for o Filho de Deus, o Pai do palavra; e assim nos manterão na
céu e da Terra, conforme anuncia- ignorância todos os anos de nossa
do, por que não aparecerá a nós, vida, se a eles nos submetermos.
assim como àqueles que estiverem 22 E muitas outras coisas a vãs
em Jerusalém? e tolas o povo imaginou em seu
19 Sim, por que não aparecerá coração; e ficaram muito pertur-
ele nesta terra, assim como na bados, porque Satanás os incitava
terra de Jerusalém? continuamente a praticar iniqui-
20  Mas eis que sabemos que dades; sim, ele espalhava rumores
esta é uma iníqua a tradição, a nós e discórdias sobre toda a face da
transmitida por nossos pais para terra, a fim de endurecer o coração
fazerem-nos acreditar em algo do povo contra o que era bom e
grande e maravilhoso que deverá contra o que iria acontecer.
acontecer, porém não entre nós, 23 E apesar dos sinais e mara-
mas numa terra muito longínqua, vilhas realizados entre o povo
uma terra que não conhecemos; do Senhor e dos muitos milagres
portanto, podem conservar-nos na que eles fizeram, Satanás obteve
ignorância, porque não podemos grande poder sobre o coração do
b 
testemunhar com nossos próprios povo em toda a face da terra.
olhos que isso é verdade. 24 E assim terminou o nonagé-
21 E eles, pela astúcia e pelas simo ano em que os juízes gover-
misteriosas artimanhas do ma- naram o povo de Néfi.
ligno, realizarão algum grande 25 E assim terminou o livro de
mistério que não podemos com- Helamã, conforme o registro de
preender, que nos manterá como Helamã e seus filhos.
servos de suas palavras e também

TERCEIRO NÉFI
LIVRO DE NÉFI
FILHO DE NÉFI, QUE ERA FILHO DE HELAMÃ

E Helamã era filho de Helamã, que era filho de Alma, que era filho de
Alma, descendente de Néfi, que era filho de Leí, que saiu de Jerusalém
no primeiro ano do reinado de Zedequias, rei de Judá.
18 a Al. 30:12–13. b Ét. 12:5–6, 19.
20 a GEE Tradições. 22 a GEE Vaidade, Vão.
3 NÉFI 1:1–11 476
CAPÍTULO 1 milagres começaram a ser realiza-
dos entre o povo.
Néfi, filho de Helamã, deixa a terra
5 Alguns, porém, começaram a
e seu filho Néfi encarrega-se dos re-
alegar que o prazo estabelecido
gistros — Embora haja abundância
para o cumprimento das palavras
de sinais e maravilhas, os iníquos a 
proferidas por Samuel, o lamani-
planejam matar os justos — Chega
ta, já se havia esgotado.
a noite do nascimento de Cristo —
6 E começaram a ridicularizar
É dado o sinal e surge uma nova es-
seus irmãos, dizendo: Eis que a
trela — Aumentam as mentiras e os
hora já é passada e as palavras de
enganos e os ladrões de Gadiânton
Samuel não se cumpriram; portan-
matam muita gente. Aproximada-
to, vossa alegria e vossa fé concer-
mente 1–4 d.C.
nentes a isso foram inúteis.

O RA, aconteceu que terminou


o nonagésimo primeiro ano
e haviam-se passado a seiscentos
7 E aconteceu que causaram um
grande tumulto em toda a terra;
e as pessoas que haviam acredita-
anos desde que Leí saíra de Jeru- do começaram a afligir-se muito,
salém; e nesse ano Laconeu era temendo que, por algum motivo,
o juiz supremo e governador de não se cumprissem as coisas que
toda a terra. haviam sido anunciadas.
2 E Néfi, filho de Helamã, parti- 8 Mas eis que aguardavam firme-
ra da terra de Zaraenla deixando mente aquele dia e aquela noite e
a 
Néfi, que era seu filho mais ve- aquele dia que seriam como um
lho, encarregado das b placas de dia sem noite, para saberem que
latão e de todos os registros que sua fé não havia sido vã.
haviam sido escritos e de todas as 9 Ora, aconteceu que os incrédu-
coisas que haviam sido preserva- los fixaram um dia para aplicar
das como sagradas desde a saída a a pena de morte a todos os que
de Leí de Jerusalém. acreditavam naquelas tradições,
3 Então ele partiu daquela terra caso não aparecesse o sinal que
e ninguém sabe a para onde foi; e havia sido anunciado por Samuel,
seu filho Néfi encarregou-se de o profeta.
escrever os registros em seu lugar, 10 Ora, aconteceu que quando
sim, os registros deste povo. Néfi, filho de Néfi, viu esta mal-
4 E aconteceu que no começo do dade de seu povo, afligiu-se-lhe
nonagésimo segundo ano, eis que extremamente o coração.
as profecias dos profetas começa- 11 E aconteceu que saiu, pros-
ram a cumprir-se mais plenamen- trou-se e clamou fervorosamente
te, pois maiores sinais e maiores a seu Deus em favor do povo, sim,
1 1 a 2 Né. 25:19. b Al. 37:3–5. 9 a GEE Mártir, Martírio.
2 a GEE Néfi, Filho de Néfi, 3 a 3 Né. 2:9.
Filho de Helamã. 5 a Hel. 14:2–4.
477 3 NÉFI 1:12–22
daqueles que estavam prestes a que haviam preparado para os
ser destruídos em virtude de sua que acreditavam nas palavras dos
fé na tradição de seus pais. profetas fora frustrado; porque o
12 E aconteceu que clamou fer- sinal anunciado já surgia.
vorosamente ao Senhor a todo 17 E começaram a compreender
aquele dia; e eis que lhe chegou que o Filho de Deus logo apare-
a voz do Senhor, dizendo: ceria; sim, em suma, todo o povo
13 Levanta a cabeça e tem bom de toda a face da terra, do oeste
ânimo; pois eis que é chegada a até o leste, tanto na terra do norte
hora e esta noite será dado o sinal; quanto na terra do sul, ficou tão
e a amanhã virei ao mundo para assombrado que caiu por terra.
mostrar ao mundo que cumprirei 18 Porque eles sabiam que os
tudo aquilo que fiz com que fos- profetas haviam testificado essas
se b dito pela boca de meus santos coisas durante muitos anos e que
profetas. o sinal profetizado já estava apa-
14 Eis que a venho aos meus para recendo; e começaram a temer,
b 
cumprir todas as coisas que dei a em virtude de sua iniquidade e
conhecer aos filhos dos homens, descrença.
desde a c fundação do mundo, e 19 E aconteceu que não houve
para fazer a vontade d tanto do escuridão toda aquela noite, mas
Pai como do Filho — do Pai, por estava tão claro como se fosse
minha causa; e do Filho, por cau- meio-dia. E aconteceu que o sol
sa de minha carne. E eis que é tornou a nascer de manhã, se-
chegada a hora e esta noite será gundo a ordem natural; e sabiam
dado o sinal. que era o dia em que o Senhor iria
15 E aconteceu que as palavras a 
nascer, por causa do sinal que
que Néfi ouviu se cumpriram se- fora dado.
gundo o que fora dito; pois eis 20 E tudo acontecera, sim, cada
que, ao pôr-do-sol, a não houve pormenor, segundo as palavras
escuridão; e o povo começou a dos profetas.
admirar-se, porque não houve 21 E aconteceu também que uma
escuridão quando chegou a noite. nova a estrela surgiu, segundo a
16 E muitos dos que não haviam palavra.
acreditado nas palavras dos pro- 22 E aconteceu que, daí em dian-
fetas a caíram por terra e permane- te, Satanás começou a espalhar
ceram como mortos, pois viram mentiras entre o povo, para endu-
que o grande b plano de destruição recer-lhe o coração, a fim de que
12 a En. 1:4; de Jesus Cristo. 16 a Hel. 14:7.
Al. 5:46. 14 a Jo. 1:11. b 3 Né. 1:9.
13 a Lc. 2:10–11. b Mt. 5:17–18. 19 a Lc. 2:1–7.
b GEE Jesus Cristo — c Al. 42:26. 21 a Mt. 2:1–2;
Profecias acerca do d D&C 93:3–4. Hel. 14:5.
nascimento e da morte 15 a Hel. 14:3.
3 NÉFI 1:23–30 478
não acreditassem naqueles sinais e 27 E aconteceu que o nonagési-
maravilhas que tinham visto; mas, mo terceiro ano também se passou
apesar dessas mentiras e enganos, em paz, a não ser pelos a ladrões
a maior parte do povo acreditou e de Gadiânton, que habitavam as
foi convertida ao Senhor. montanhas e infestavam a terra;
23 E aconteceu que Néfi e tam- pois tão sólidas eram suas forti-
bém muitos outros saíram pre- ficações e seus esconderijos, que
gando ao povo, batizando para o povo não conseguia dominá-
o arrependimento, o que causou los; por conseguinte, cometeram
grande a remissão de pecados. E muitos assassinatos e provocaram
assim o povo começou novamente grande mortandade entre o povo.
a viver em paz na terra. 28 E aconteceu que no nonagé-
24 E não havia contendas, a não simo quarto ano eles começaram
ser por alguns que começaram a a aumentar consideravelmente,
pregar, esforçando-se para provar porque muitos dissidentes nefi-
pelas escrituras que não era mais tas se refugiaram entre eles, o que
a 
necessário seguir a lei de Moisés. causou grande tristeza aos nefitas
Ora, nisto erraram, não havendo que permaneceram na terra.
entendido as escrituras. 29 Houve também muita triste-
25 Aconteceu, porém, que logo za entre os lamanitas; pois eis que
se converteram, convencidos de muitos de seus filhos, à medida
seu erro, porque lhes foi dado a que cresciam e ficavam mais ve-
conhecer que a lei não se tinha lhos, começavam a agir por conta
ainda a cumprido e que era neces- própria, sendo levados, pelas pa-
sário que se cumprisse em todos lavras aduladoras e mentirosas de
os seus pontos; sim, chegou-lhes alguns a zoramitas, a juntar-se ao
a palavra de que era necessário bando de Gadiânton.
que fosse cumprida; sim, que nem 30 E assim os lamanitas também
um jota nem um til seriam omi- foram afligidos e começaram, de-
tidos até que tudo se cumprisse; vido à iniquidade da nova gera-
portanto, nesse mesmo ano reco- ção, a decair em sua fé e retidão.
nheceram seu erro e b confessaram
suas faltas.
CAPÍTULO 2
26 E assim terminou o nonagési-
mo segundo ano, trazendo alegres Aumentam as iniquidades e abomi-
novas ao povo em virtude dos si- nações entre o povo — Nefitas e la-
nais que apareceram, segundo as manitas unem-se para defender-se dos
palavras das profecias de todos ladrões de Gadiânton — Os lamani-
os santos profetas. tas convertidos tornam-se brancos e
23 a GEE Remissão de 25 a Mt. 5:17–18. Gadiânton.
Pecados. b Mos. 26:29. 29 a Al. 30:59.
24 a Al. 34:13. 27 a GEE Ladrões de
479 3 NÉFI 2:1–12
são chamados de nefitas. Aproxima- passado desde o tempo de a Mo-
damente 5–16 d.C. sias, que fora rei do povo nefita.
6 E seiscentos e nove anos ha-
E aconteceu que assim se pas- viam-se passado desde que Leí
sou também o nonagésimo quinto saíra de Jerusalém.
ano e começaram a esquecer os 7 E nove anos haviam-se passa-
sinais e as maravilhas de que ha- do desde que fora dado o sinal
viam ouvido falar; e admiravam- anunciado pelos profetas, de que
se cada vez menos com qualquer Cristo viria ao mundo.
sinal ou maravilha dos céus, de 8 Ora, os nefitas começaram a
modo que começaram a ficar du- calcular o tempo a partir da época
ros de coração e cegos de enten- em que lhes foi dado o sinal, ou
dimento e começaram a duvidar seja, da vinda de Cristo; e nove
de tudo quanto haviam ouvido anos haviam-se passado.
e visto — 9 E Néfi, que era pai de Néfi,
2 Supondo falsamente, em seu que era encarregado dos registros,
coração, que eram obras de ho- a 
não regressou à terra de Zaraen-
mens e do poder do diabo para la e não pôde ser encontrado em
desencaminhar e a enganar o co- lugar algum da terra.
ração do povo; e assim Satanás 10 E aconteceu que, apesar das
tornou a apoderar-se do coração pregações e profecias que lhe fo-
do povo, de modo que lhes cegou ram feitas, o povo perseverou na
os olhos e induziu-os a crer que a iniquidade. E assim se passou
doutrina de Cristo era uma coisa também o décimo ano; e o décimo
louca e vã. primeiro ano também se passou
3 E aconteceu que a iniquidade em iniquidade.
e as abominações começaram a 11 E aconteceu que no décimo
tomar força no meio do povo; e terceiro ano começaram a surgir
não acreditavam que viessem a guerras e contendas por toda a
aparecer mais sinais e maravilhas; terra; porque os ladrões de Ga-
e Satanás a andava por toda par- diânton se tornaram tão nume-
te, desviando o coração do povo, rosos e mataram tanta gente e
tentando-o e levando-o a cometer devastaram tantas cidades e cau-
grandes iniquidades na terra. saram tantas mortes e carnifi-
4 E assim se passou o nonagési- cinas por toda a terra, que se
mo sexto ano; e também o nona- tornou necessário que todo o
gésimo sétimo ano; e também o povo, tanto os nefitas quanto os
nonagésimo oitavo ano; e também lamanitas, pegassem em armas
o nonagésimo nono ano; contra eles.
5 E também cem anos se haviam 12 Portanto, todos os lamanitas
2 2 a GEE Enganar, Engano, 3 a D&C 10:27. 9 a 3 Né. 1:2–3.
Fraude. 5 a Mos. 29:46–47.
3 NÉFI 2:13–3:2 480
convertidos ao Senhor se uniram a contra os nefitas; e por causa da
seus irmãos, os nefitas; e viram-se iniquidade do povo de Néfi e de
obrigados a pegar em armas con- suas muitas contendas e dissen-
tra os ladrões de Gadiânton, pela sões, os ladrões de Gadiânton ob-
segurança de sua vida e de suas tiveram muitas vantagens.
mulheres e filhos; sim, e também 19 E assim terminou o décimo
para garantir seus direitos e os quinto ano; e assim o povo pas-
privilégios de sua igreja e de sua sava por grandes aflições; e a a es-
adoração e sua a independência e pada da destruição pendia sobre
sua b liberdade. eles, de modo que estavam prestes
13 E aconteceu que antes de ter- a ser atingidos por ela; e isso em
minar o décimo terceiro ano, vi- virtude de sua iniquidade.
ram-se os nefitas ameaçados de
completa destruição em virtude CAPÍTULO 3
dessa guerra que se havia tornado
Gidiâni, chefe do bando de Gadiânton,
extremamente séria.
exige que Laconeu e os nefitas se ren-
14 E aconteceu que os lamanitas
dam e entreguem suas terras — Laco-
que se haviam unido aos nefitas
neu nomeia Gidgidôni capitão-chefe
foram contados com os nefitas;
dos exércitos — Os nefitas reúnem-
15 E a a maldição foi retirada de-
se em Zaraenla e Abundância para
les e sua pele tornou-se b branca
defenderem-se. Aproximadamente
como a dos nefitas;
16–18 d.C.
16 E seus filhos e filhas torna-
ram-se sumamente belos e foram E então aconteceu que no déci-
contados com os nefitas, sendo mo sexto ano depois da vinda de
chamados de nefitas. E assim ter- Cristo, Laconeu, governador da
minou o décimo terceiro ano. terra, recebeu uma epístola do
17 E aconteceu que no princípio chefe e governador desse bando
do décimo quarto ano a guerra de ladrões; e estas foram as pala-
continuou entre os ladrões e o vras escritas, dizendo:
povo de Néfi, tornando-se extre- 2 Laconeu, nobilíssimo e supre-
mamente penosa. Não obstante, mo governador da terra: Eis que
os nefitas obtiveram algumas van- te escrevo esta epístola elogiando-
tagens sobre os ladrões, de modo te amplamente por tua firmeza e
que os rechaçaram de suas terras também pela firmeza de teu povo
para as montanhas e para seus em manter o que julgais ser vos-
esconderijos. so direito e liberdade; sim, resis-
18 E assim terminou o décimo tis heroicamente, como se fôsseis
quarto ano. E no décimo quinto protegidos pela mão de um deus
ano eles avançaram novamente na defesa de vossa liberdade e de
12 a GEE Liberdade, Livre. 15 a Al. 17:15; 23:18. Jacó 3:8.
b GEE Liberdade, Livre. b 2 Né. 5:21; 30:6; 19 a Al. 60:29.
481 3 NÉFI 3:3–11
vossos bens e de vosso país ou do nossos irmãos e sócios em tudo o
que assim chamais. que possuímos.
3 E causa-me lástima, nobilís- 8 E eis que eu te a juro com um ju-
simo Laconeu, que sejas tão in- ramento que, se isto fizerdes, não
sensato e presunçoso a ponto de sereis destruídos; mas, se não o fi-
supores que possas resistir a tan- zerdes, juro-te com um juramento
tos homens valentes como os que que, no próximo mês, ordenarei
tenho sob meu comando e que, aos meus exércitos que vos ata-
neste exato momento, estão de quem; e não se deterão nem vos
prontidão, esperando com grande pouparão, mas hão de matar-vos
ansiedade a palavra de ordem — e deixarão cair a espada sobre vós
Caí sobre os nefitas e destruí-os. até que sejais exterminados.
4 E eu conheço-lhes o indomável 9 E eis que eu sou Gidiâni; e sou
espírito, tendo-os posto à prova governador desta a sociedade se-
no campo de batalha e sabendo creta de Gadiânton; e sei que esta
de seu eterno ódio a vós, em vir- sociedade e suas obras são b boas;
tude dos muitos males que lhes e datam de c longo tempo e foram
infligistes; eis que vos destrui- transmitidas a nós.
rão completamente se descerem 10 E escrevo-te esta epístola, La-
contra vós. coneu, esperando que nos entre-
5 Por conseguinte escrevi esta gueis vossas terras e vossas pro-
epístola, selando-a com minhas priedades sem derramamento de
próprias mãos, temendo pelo teu sangue, a fim de que o meu povo,
bem-estar, por causa de tua fir- que dissentiu de vós em virtude
meza no que crês ser justo e de de os haverdes iniquamente pri-
teu nobre espírito no campo de vado de seus direitos ao gover-
batalha. no, possa recuperar seus direitos
6 Em vista disso escrevo-te pe- e governo; e a não ser que façais
dindo que entregueis vossas cida- isso, eu vingarei os seus agravos.
des, vossas terras e vossos bens a Sou Gidiâni.
meu povo, para que ele não vos 11 E então aconteceu que quan-
ataque com a espada e sejais des- do recebeu essa epístola, Laconeu
truídos. muito se admirou com a ousa-
7 Ou, em outras palavras, en- dia de Gidiâni, exigindo a pos-
tregai-vos a nós e uni-vos a nós se da terra dos nefitas e também
e familiarizai-vos com nossas ameaçando o povo de vingar os
a 
obras secretas e tornai-vos nos- agravos daqueles que não haviam
sos irmãos, para que sejais como sofrido mal algum, a não ser o
nós — não nossos escravos, mas a 
mal que eles haviam causado a
3 7 a Hel. 6:22–26. Secretas. Mois. 5:29, 49–52.
8 a Ét. 8:13–14. b Al. 30:53. 11 a Hel. 14:30.
9 a GEE Combinações c Hel. 6:26–30;
3 NÉFI 3:12–22 482
si próprios, unindo-se a esses iní- 17 E aconteceu que Laconeu de-
quos e abomináveis ladrões. signou capitães-chefes para todos
12 Ora, eis que esse Laconeu, o os exércitos nefitas, a fim de diri-
governador, era homem justo e gi-los quando os ladrões desces-
não podia ser intimidado pelas sem do deserto contra eles.
exigências e ameaças de um a la- 18 Então foi designado o princi-
drão; por conseguinte não deu pal dentre todos os capitães-che-
atenção à epístola de Gidiâni, go- fes e comandante supremo dos
vernador dos ladrões, mas fez exércitos nefitas; e seu nome era
com que seu povo clamasse ao Se- a 
Gidgidôni.
nhor pedindo forças para quando 19 Ora, era costume entre todos
os ladrões descessem contra eles. os nefitas (salvo em tempos de
13 Sim, ele enviou uma procla- iniquidade) designar como seu
mação a todo o povo, para que capitão-chefe alguém que pos-
reunissem suas mulheres e seus suísse espírito de revelação e tam-
filhos, suas manadas e rebanhos bém de a profecia; portanto, esse
e todos os seus bens, com exceção Gidgidôni era um grande profeta
de suas terras, em um só lugar. entre eles, como também o era o
14 E fez construir em derredor juiz supremo.
fortificações; e a força delas de- 20 Disse, pois, o povo a Gidgi-
veria ser muito grande. E fez com dôni: Ora ao Senhor e subamos
que exércitos, tanto dos nefitas às montanhas e ao deserto para
como dos lamanitas, ou seja, de que possamos cair sobre os la-
todos os que eram contados com drões e destruí-los em suas pró-
os nefitas, fossem colocados como prias terras.
vigias em derredor, para prote- 21 Gidgidôni, porém, respon-
gê-los e livrá-los dos ladrões, dia deu-lhes: a Não o permita o Se-
e noite. nhor; porque se marchássemos
15 Sim, disse-lhes ele: Como vive contra eles, o Senhor nos b entre-
o Senhor, a não ser que vos arre- garia em suas mãos; portanto, nos
pendais de todas as vossas ini- prepararemos no centro de nossas
quidades e clameis ao Senhor, terras e reuniremos todos os nos-
de modo algum vos livrareis das sos exércitos e não os atacaremos,
mãos dos ladrões de Gadiânton. mas esperaremos até que venham
16 E tão grandes e maravilhosas contra nós; por conseguinte, tão
foram as palavras e profecias de certo como vive o Senhor, ele os
Laconeu, que causaram temor a entregará em nossas mãos se as-
todo o povo; e esforçaram-se com sim procedermos.
todo o empenho para agir segun- 22 E aconteceu que quase no
do as palavras de Laconeu. fim do décimo sétimo ano, a
12 a Al. 54:5–11; 18 a 3 Né. 6:6. 21 a Al. 48:14.
3 Né. 4:7–10. 19 a GEE Profecia, Profetizar. b 1 Sam. 14:12.
483 3 NÉFI 3:23–4:4
proclamação de Laconeu foi di- CAPÍTULO 4
vulgada em toda a face da terra e
Os exércitos nefitas derrotam os la-
eles, tomando seus cavalos e seus
drões de Gadiânton — Gidiâni é mor-
carros e seu gado e todos os seus
to e seu sucessor, Zemnaria, é enfor-
rebanhos e suas manadas e seus
cado — Os nefitas louvam ao Senhor
grãos e todos os seus bens, dirigi-
por suas vitórias. Aproximadamente
ram-se aos milhares e dezenas de
19–22 d.C.
milhares ao lugar determinado, a
fim de reunirem-se para defende- E aconteceu que no final do dé-
rem-se de seus inimigos. cimo oitavo ano, os exércitos dos
23 E a terra designada foi a terra ladrões haviam-se preparado para
de Zaraenla e a terra que ficava batalhar e começaram a descer e
entre a terra de Zaraenla e a terra a atacar, vindos das colinas e das
de Abundância, sim, até a linha montanhas e do deserto e de suas
que dividia a terra de Abundância fortalezas e de seus lugares secre-
da terra de Desolação. tos; e começaram a tomar posse
24 E houve muitos milhares de das terras, tanto das que ficavam
pessoas, que eram chamadas ne- no sul como das que ficavam no
fitas, que se reuniram nessa terra. norte; e começaram a apoderar-se
Ora, Laconeu fez com que se reu- de todas as terras a abandonadas
nissem na terra do sul, em virtude pelos nefitas, bem como das cida-
da grande maldição que havia caí- des que haviam ficado desertas.
do sobre a a terra do norte. 2 Mas eis que não havia animais
25 E fortificaram-se contra seus selvagens nem caça nas terras
inimigos e habitaram em uma só abandonadas pelos nefitas; e não
terra, em um só grupo; e temiam havia caça para os ladrões, exceto
as palavras proferidas por Laco- no deserto.
neu, de modo que se arrepende- 3 E os ladrões não podiam sub-
ram de todos os seus pecados; e sistir, a não ser no deserto, por
oraram ao Senhor seu Deus para falta de alimento; porque os ne-
que os a livrasse de seus inimigos fitas haviam deixado suas terras
quando estes descessem para ba- devastadas e haviam reunido seus
talhar contra eles. rebanhos e suas manadas e todos
26 E estavam extremamente afli- os seus bens; e achavam-se todos
tos por causa de seus inimigos. E em um só grupo.
Gidgidôni fez com que fabricas- 4 Portanto, os ladrões não ti-
sem a armas de guerra de todo tipo nham oportunidade de roubar e
e se fortalecessem com armaduras de obter alimento, a não ser bata-
e com escudos e com broquéis, de lhando abertamente com os nefi-
acordo com suas instruções. tas; e estavam os nefitas reunidos
24 a Al. 22:31. 26 a 2 Né. 5:14.
25 a GEE Confiança, Confiar. 4 1 a 3 Né. 3:13–14, 22.
3 NÉFI 4:5–14 484
em um só grupo e eram muito livrando-os das mãos de seus ini-
numerosos; e haviam reservado migos.
para si provisões e cavalos e gado 9 E aconteceu que os exércitos de
e rebanhos de todo tipo, a fim de Gidiâni, quando viram isso, co-
poderem subsistir durante sete meçaram a gritar em alta voz por
anos, no curso dos quais tinham causa de sua alegria, pois acha-
a esperança de eliminar os ladrões ram que os nefitas haviam caído
da face da terra; e assim se passou de medo devido ao terror de seus
o décimo oitavo ano. exércitos.
5 E aconteceu que no décimo 10 Estavam, porém, enganados,
nono ano Gidiâni viu que era ne- pois os nefitas não os temiam;
cessário subir para batalhar contra a 
temiam sim a seu Deus, a quem
os nefitas, pois não havia meio de suplicaram proteção; portanto,
subsistirem, a não ser pilhando e quando os exércitos de Gidiâni
roubando e assassinando. se atiraram sobre eles, estavam
6 E não se atreviam a espalhar-se preparados para enfrentá-los; e
pela face da terra a fim de cultivar receberam-nos na força do Senhor.
grãos, temendo que os nefitas os 11 E nesse sexto mês a batalha
atacassem e matassem; por conse- começou; e grande e terrível foi
guinte Gidiâni comunicou a seus a batalha, sim, grande e terrível
exércitos que iriam subir para ata- foi a carnificina, tanto que nunca
car os nefitas naquele ano. se soube de carnificina maior en-
7 E aconteceu que no sexto mês tre todo o povo de Leí, desde que
eles subiram para batalhar; e eis haviam deixado Jerusalém.
que grande e terrível foi o dia em 12 E apesar das a ameaças e ju-
que subiram para batalhar; e acha- ramentos feitos por Gidiâni, eis
vam-se vestidos segundo o estilo que os nefitas os derrotaram de tal
dos ladrões; e tinham uma pele forma que tiveram de retroceder.
de carneiro ao redor dos lombos 13 E aconteceu que a Gidgidôni
e estavam tingidos de sangue e ti- ordenou a seus exércitos que os
nham a cabeça rapada e protegida perseguissem até as fronteiras
por capacetes; e grande e terrível do deserto e que não poupassem
era a aparência dos exércitos de quem quer que lhes caísse nas
Gidiâni, por causa de suas arma- mãos pelo caminho; e assim os
duras e por acharem-se tingidos perseguiram e mataram até as
de sangue. fronteiras do deserto, para cum-
8 E aconteceu que quando os prirem as ordens de Gidgidôni.
exércitos nefitas viram a aparên- 14 E aconteceu que Gidiâni, que
cia do exército de Gidiâni, caíram lutara com ousadia, foi persegui-
todos por terra clamando ao Se- do ao fugir; e achando-se fatigado
nhor seu Deus que os salvasse, de tanto combater, foi alcançado e
10 a GEE Temor. 12 a 3 Né. 3:1–10. 13 a 3 Né. 3:18.
485 3 NÉFI 4:15–28
morto. E esse foi o fim de Gidiâni, 21 E os nefitas faziam contínuas
o ladrão. incursões, de dia e à noite, cain-
15 E aconteceu que os exércitos do sobre os inimigos e matando-
nefitas voltaram novamente para os aos milhares e às dezenas de
sua praça forte. E aconteceu que milhares.
esse décimo nono ano se passou 22 E assim se tornou desejo do
e os ladrões não voltaram a com- povo de Zemnaria abandonar seu
bater; e tampouco voltaram no plano, em virtude da grande des-
vigésimo ano. truição que sofriam dia e noite.
16 E no vigésimo primeiro ano 23 E aconteceu que Zemnaria
também não subiram para bata- deu ordem a seu povo de aban-
lhar, porém subiram por todos os donar o cerco e marchar para as
lados, a fim de sitiar o povo de partes mais longínquas da terra
Néfi; pois supunham que, se iso- do norte.
lassem os nefitas de suas terras e 24 E então Gidgidôni, tendo co-
cercassem-nos de todos os lados nhecimento do plano e sabendo
e privassem-nos de todos os seus da fraqueza deles, por causa da
privilégios externos, poderiam falta de alimento e da grande car-
fazer com que eles se rendessem nificina havida entre eles, fez sair
segundo seus desejos. seus exércitos durante a noite; e
17 Ora, eles haviam nomeado cortou-lhes a retirada e colocou
outro chefe, cujo nome era Zem- seus exércitos no caminho de sua
naria; portanto, foi Zemnaria retirada.
quem ordenou esse cerco. 25 E isso fizeram durante a noi-
18 Mas eis que isso foi vantajoso te, adiantando-se aos ladrões, de
para os nefitas; pois era impos- modo que na manhã seguinte,
sível aos bandidos manterem o quando os ladrões principiaram
cerco por tempo suficientemen- sua marcha, depararam com os
te longo para ter qualquer efeito exércitos nefitas tanto na vanguar-
sobre os nefitas, por causa das da como na retaguarda.
muitas provisões que eles haviam 26 E os ladrões que se achavam
armazenado, ao sul foram também isolados em
19 E por causa da escassez de seus lugares de refúgio. E tudo
víveres entre os ladrões; pois eis isto foi feito por ordem de Gid-
que nada tinham para seu susten- gidôni.
to a não ser a carne que obtinham 27 E muitos milhares entrega-
no deserto. ram-se aos nefitas como prisionei-
20 E aconteceu que a a caça min- ros; e os restantes foram mortos.
guou tanto no deserto, que os la- 28 E capturaram Zemnaria, seu
drões estavam prestes a morrer chefe, e enforcaram-no numa ár-
de fome. vore, sim, no topo da árvore, até
20 a 1 Né. 18:25.
3 NÉFI 4:29–5:4 486
morrer. E depois de o haverem CAPÍTULO 5
enforcado até morrer, derrubaram
Os nefitas arrependem-se e abando-
a árvore e gritaram em alta voz,
nam seus pecados — Mórmon escreve
dizendo:
a história de seu povo e declara-lhes a
29 Que o Senhor conserve os de
palavra eterna — Israel será reunida
seu povo em retidão e santidade
após longa dispersão. Aproximada-
de coração; que eles façam cair
mente 22–26 d.C.
por terra todos os que procura-
rem matá-los por causa de poder E então eis que não havia uma só
e combinações secretas, da mesma alma, entre todos os nefitas, que
forma que este homem foi derru- tivesse a menor dúvida quanto
bado por terra. às palavras proferidas por todos
30 E regozijaram-se, clamando os santos profetas; pois todos sa-
outra vez a uma voz: Que o a Deus biam ser necessário que elas se
de Abraão e o Deus de Isaque e cumprissem.
o Deus de Jacó proteja este povo 2 E sabiam que era necessário
em retidão, enquanto b invocarem que Cristo tivesse vindo, por cau-
o nome do seu Deus pedindo pro- sa dos muitos sinais que haviam
teção. sido dados segundo as palavras
31 E aconteceu que, em unís- dos profetas; e em virtude das
sono, romperam em cânticos e coisas que já haviam acontecido,
a 
louvores a seu Deus pelo muito sabiam que era necessário que se
que havia feito por eles, tendo cumprissem todas as coisas, con-
evitado que caíssem nas mãos de forme anunciadas.
seus inimigos. 3 Por conseguinte abandona-
32 Sim, eles clamaram: a Hosa- ram todos os seus pecados e suas
na ao Deus Altíssimo! E eles cla- abominações e suas libertinagens
maram: Bendito seja o nome do e serviram a Deus com toda dili-
Senhor Deus b Todo-Poderoso, o gência, dia e noite.
Deus Altíssimo! 4 E então aconteceu que depois
33  E seus corações estavam de haverem aprisionado os la-
cheios de alegria, a ponto de ver- drões, não tendo deixado escapar
terem muitas lágrimas em virtu- um só dos que não tinham sido
de da imensa bondade de Deus, mortos, lançaram seus prisionei-
livrando-os das mãos de seus ini- ros na prisão e fizeram com que
migos; e sabiam que era por causa a palavra de Deus lhes fosse pre-
de seu arrependimento e de sua gada; e todos os que se arrepen-
humildade que haviam sido li- deram de seus pecados e fizeram
vrados de uma destruição eterna. convênio de não mais cometer
30 a Al. 29:11. GEE Ação de 32 a GEE Hosana.
b Ét. 4:15. Graças, Agradecido, b 1 Né. 1:14.
31 a Al. 26:8. Agradecimento. GEE Trindade.
487 3 NÉFI 5:5–19
homicídios, foram postos em li- a 
placas que preparei com minhas
berdade. próprias mãos.
5 Todos os que não fizeram con- 12 E eis que me chamo a Mór-
vênio, porém, e que continuaram mon, por causa da b terra de Mór-
a ter no coração aqueles assassi- mon, a terra onde Alma organi-
natos secretos, sim, todos os que zou a igreja entre o povo, sim, a
continuaram proferindo ameaças primeira igreja que foi organizada
contra seus irmãos, foram conde- entre eles depois de sua trans-
nados e punidos de conformidade gressão.
com a lei. 13 Eis que sou discípulo de Jesus
6 E assim acabaram com todas Cristo, o Filho de Deus. Fui por
essas combinações iníquas e se- ele chamado para anunciar sua
cretas e abomináveis, pelas quais palavra ao povo, a fim de que te-
tantas iniquidades e tantos assas- nham vida eterna.
sinatos foram cometidos. 14 E tornou-se necessário que
7 E assim se passou o a vigésimo eu, de acordo com a vontade de
segundo ano e também o vigési- Deus de que as orações dos que
mo terceiro ano e o vigésimo quar- morreram, que eram santos, fos-
to e o vigésimo quinto; e assim se sem cumpridas segundo sua fé,
passaram vinte e cinco anos. fizesse um a registro das coisas que
8 E haviam sucedido muitas coi- aconteceram —
sas que, aos olhos de alguns, se- 15 Sim, um pequeno registro
riam grandes e maravilhosas; não do que ocorreu desde o tempo
obstante, todas elas não podem em que Leí saiu de Jerusalém até
ser escritas neste livro; sim, este agora.
livro não pode conter nem a a cen- 16 Portanto, faço meu registro
tésima parte do que aconteceu en- de acordo com os relatos daqueles
tre tanta gente no espaço de vinte que me antecederam, até o come-
e cinco anos; ço de meus dias.
9 Mas eis que existem outros a re- 17 E depois farei um a registro
gistros que contêm todos os feitos das coisas que vi com meus pró-
deste povo; e uma narração mais prios olhos.
curta, porém verdadeira, foi feita 18 E sei que o registro que faço
por Néfi. é exato e verdadeiro; não obstan-
10 Por conseguinte fiz meu regis- te, há muitas coisas que, segundo
tro dessas coisas segundo o regis- nossa linguagem, não somos ca-
tro de Néfi, que foi gravado nas pazes de a escrever.
placas chamadas placas de Néfi. 19  E agora dou por termina-
11 E eis que faço o relato em dos os meus dizeres no que me
5 4 a GEE Liberdade, Livre. 12 a Mórm. 1:1–5. D&C 3:19–20.
7 a 3 Né. 2:8. b Mos. 18:4; 17 a Mórm. 1:1.
8 a 3 Né. 26:6–12. Al. 5:3. 18 a Ét. 12:25.
9 a Hel. 3:13–15. 14 a En. 1:13–18;
3 NÉFI 5:20–6:3 488
concernem; e prossigo fazendo o seu Redentor, que é Jesus Cristo,
meu relato das coisas sucedidas o Filho de Deus; e então serão
antes de mim. coligados dos quatro cantos do
20 Eu sou Mórmon, descenden- mundo para suas próprias terras,
te direto de Leí. Tenho motivos de onde foram dispersados; sim,
para bendizer meu Deus e meu tão certo como vive o Senhor, as-
Salvador Jesus Cristo, que trouxe sim sucederá. Amém.
nossos pais da terra de Jerusalém
(e a ninguém o soube, a não ser ele CAPÍTULO 6
mesmo e aqueles que tirou da-
Os nefitas prosperam — Surgem or-
quela terra) e deu a mim e a meu
gulho, riquezas e distinção de clas-
povo tanto conhecimento para a
ses — A Igreja é dividida por dis-
salvação de nossa alma.
sensões — Satanás leva o povo a
21 Certamente ele abençoou a
rebelar-se abertamente — Muitos
a 
casa de b Jacó e tem sido c mise-
profetas proclamam o arrependimento
ricordioso com os descendentes
e são mortos — Seus assassinos cons-
de José.
piram para apoderar-se do governo.
22 E a enquanto os filhos de Leí
Aproximadamente 26–30 d.C.
guardaram seus mandamentos,
ele abençoou-os e fê-los prosperar E então aconteceu, no vigésimo
segundo a sua palavra. sexto ano, que os nefitas regressa-
23 Sim, e sem dúvida fará com ram às suas terras, cada homem
que um a remanescente dos des- com a sua família, os seus reba-
cendentes de José tenha b conheci- nhos e as suas manadas, os seus
mento do Senhor seu Deus. cavalos e o seu gado, e todas as
24 E tão certo como vive, o Se- coisas que lhes pertenciam.
nhor a reunirá, das quatro partes 2 E aconteceu que não haviam
da Terra, todo o remanescente consumido todas as suas provi-
dos descendentes de Jacó que es- sões; portanto, levaram consigo
tão dispersos sobre toda a face tudo que não haviam consumi-
da Terra. do: todos os seus grãos de toda
25 E como fez convênio com espécie e seu ouro e sua prata e
toda a casa de Jacó, então o con- todas as suas coisas preciosas; e
vênio que fez com a casa de Jacó voltaram para suas próprias ter-
será cumprido no seu devido tem- ras e possessões, tanto no norte
po, para que seja a restituído a toda como no sul, tanto na terra do
a casa de Jacó o conhecimento do norte como na terra do sul.
convênio que fez com eles. 3 E concederam aos ladrões —
26 E então hão de a conhecer o que haviam feito convênio de
20 a 1 Né. 4:36. 22 a 2 Né. 1:20. de Israel.
21 a GEE Israel. 23 a Al. 46:24. 25 a 3 Né. 16:5.
b Gên. 32:28. b 2 Né. 3:12. 26 a 2 Né. 30:5–8;
c Deut. 33:13–17. 24 a GEE Israel — Coligação 3 Né. 20:29–34.
489 3 NÉFI 6:4–15
manter a paz na terra, que dese- 11 Pois havia muitos mercadores
javam permanecer lamanitas — na terra, e também muitos advo-
terras segundo seu número, a fim gados, e muitos oficiais.
de que pudessem subsistir com 12 E começou o povo a ser dis-
seu trabalho; e assim estabelece- tinguido por classes, segundo as
ram a paz em toda a terra. suas a riquezas e oportunidades de
4 E novamente começaram a instrução; sim, alguns eram igno-
prosperar e a tornar-se grandes; rantes por causa de sua pobreza, e
e passaram-se o vigésimo sexto e outros recebiam muita instrução
o vigésimo sétimo ano, reinando por causa de sua opulência.
grande ordem na terra; e haviam 13  Alguns se exaltavam em
estabelecido suas leis com equi- seu orgulho e outros eram extre-
dade e justiça. mamente humildes; alguns res-
5 Ora, nada havia em toda a ter- pondiam injúria com injúria, en-
ra que impedisse o povo de pros- quanto outros sofriam ultrajes
perar continuamente, a não ser e a perseguições e toda espécie
que caísse em transgressão. de aflições, sem b revidar; e eram
6 E foram Gidgidôni e o juiz, La- humildes e penitentes diante de
coneu, e os que haviam sido no- Deus.
meados chefes, que estabeleceram 14 E assim surgiu uma grande
esta grande paz na terra. desigualdade em toda a terra, de
7 E aconteceu que foram cons- modo que a igreja começou a de-
truídas muitas cidades novas e res- cair; sim, tanto que, no trigésimo
tauradas muitas cidades antigas. ano, a igreja se dissolveu em toda
8 E abriram-se muitas estradas e a terra, salvo entre alguns lama-
foram feitos muitos caminhos que nitas que se haviam convertido à
iam de cidade a cidade e de terra verdadeira fé; e não se afastaram
a terra e de lugar a lugar. dela, pois eram firmes e constan-
9 E assim se passou o vigési- tes e inabaláveis, desejando guar-
mo oitavo ano; e o povo teve paz dar com todo o a empenho os man-
contínua. damentos do Senhor.
10 Mas aconteceu que no vigé- 15 Ora, a causa da iniquidade
simo nono ano começaram a sur- do povo era esta — Satanás ti-
gir algumas disputas no meio do nha grande poder para induzir
povo; e alguns se encheram de o povo a entregar-se a toda sorte
a 
orgulho e ostentação, em virtu- de iniquidades e a encher-se de
de de suas imensas riquezas, sim, orgulho, tentando-os a buscarem
a ponto de provocarem grandes poder e autoridade e riquezas e
perseguições; as coisas vãs do mundo.
6 10 a GEE Orgulho. 13 a
GEE Perseguição, 4 Né. 1:34;
12 a 1 Tim. 6:17–19; Perseguir. D&C 98:23–25.
Hel. 4:12. b Mt. 5:39; 14 a GEE Diligência.
3 NÉFI 6:16–27 490
16 E assim Satanás desencami- que se iravam eram principalmen-
nhou o coração do povo para que te os juízes superiores, e os que
cometessem toda sorte de iniqui- a 
haviam sido sumos sacerdotes e
dades; de modo que não houve advogados; sim, todos os advoga-
paz senão por poucos anos. dos estavam irados contra os que
17 E assim, no começo do trigé- testificavam essas coisas.
simo ano — tendo o povo sido en- 22 Ora, não havia advogado al-
tregue durante um grande espaço gum nem juiz nem sumo sacer-
de tempo às a tentações do diabo, dote que tivesse poder para con-
sendo levado para onde ele de- denar uma pessoa à morte, a não
sejava e praticando toda sorte de ser que sua condenação fosse as-
abominações que ele desejava — e sinada pelo governador da terra.
assim, no começo deste trigésimo 23 Ora, muitos dos que haviam
ano achavam-se num estado de testificado intrepidamente sobre
terrível iniquidade. as coisas referentes a Cristo foram
18 Ora, eles não pecavam por presos e executados secretamen-
a 
ignorância, porque conheciam a te pelos juízes, de modo que o
vontade de Deus relativa a eles, conhecimento de sua morte não
pois fora-lhes ensinada; portan- chegou ao governador da terra
to, voluntariamente se b rebelaram senão depois de estarem mortos.
contra Deus. 24 Ora, eis que isso era contrário
19 Ora, isto foi nos dias de La- às leis da terra, que se executasse
coneu, filho de Laconeu, pois La- qualquer homem sem autorização
coneu ocupava o cargo de seu pai do governador da terra.
e governava o povo naquele ano. 25 Portanto, foi feita uma quei-
20 E começaram a aparecer entre xa ao governador, na terra de
o povo, por toda a terra, homens Zaraenla, contra os juízes que
a 
inspirados pelo céu, pregando haviam condenado à morte os
e testificando ousadamente so- profetas do Senhor, em desacor-
bre os pecados e iniquidades do do com a lei.
povo e testificando a respeito da 26 Ora, aconteceu que eles foram
redenção que o Senhor faria por presos e levados à presença do
seu povo, ou, em outras palavras, juiz, a fim de serem julgados pelo
a ressurreição de Cristo; e testifi- crime que haviam cometido, de
caram intrepidamente sobre sua acordo com a a lei que havia sido
b 
morte e seus padecimentos. estabelecida pelo povo.
21 Ora, havia muita gente ex- 27 Ora, aconteceu que aqueles
cessivamente irada por causa dos juízes tinham muitos amigos e
que testificavam essas coisas; e os parentes; e os demais, sim, quase
17 a GEE Tentação, Tentar. Inspirar; 21 a D&C 121:36–37.
18 a Mos. 3:11. Profeta. GEE Apostasia.
b GEE Rebeldia, Rebelião. b GEE Crucificação; 26 a Mos. 29:25;
20 a GEE Inspiração, Expiação, Expiar. Al. 1:14.
491 3 NÉFI 6:28–7:8
todos os advogados e sumos sa- trigésimo ano, destruíram, sim,
cerdotes reuniram-se e aliaram-se assassinaram o juiz supremo da
aos parentes dos juízes que iam terra na cadeira de juiz.
ser julgados de acordo com a lei. 2 E os do povo dividiram-se, uns
28 E fizeram a convênio uns com contra os outros; e separaram-se
os outros, sim, aquele convênio em tribos, cada homem segundo
que lhes fora transmitido pelos sua família, parentes e amigos; e as-
antigos, o qual fora dado e minis- sim destruíram o governo da terra.
trado pelo b diabo, de se unirem 3 E cada tribo nomeou um chefe
contra toda retidão. ou comandante; e assim se con-
29 Portanto, se uniram contra verteram em tribos e chefes de
o povo do Senhor e fizeram con- tribos.
vênio de destruí-los e de libertar 4 Ora, eis que não havia homem
os culpados dos assassinatos das algum entre eles que não tivesse
garras da justiça, a qual estava uma grande família e muitos pa-
prestes a ser aplicada de acordo rentes e amigos; portanto, suas
com a lei. tribos tornaram-se sumamente
30 E desafiaram a lei e os direitos grandes.
de seu país; e fizeram convênio 5 Ora, tudo isto foi feito sem que
entre si de destruir o governador e ainda houvesse guerras entre eles;
estabelecer um a rei na terra, a fim e toda essa iniquidade caíra sobre
de que não fosse mais uma terra o povo porque eles a se submete-
livre, mas que ficasse sujeita a reis. ram ao poder de Satanás.
6 E os regulamentos do gover-
CAPÍTULO 7 no foram destruídos devido às
a 
combinações secretas de amigos
O juiz supremo é assassinado, o go-
e parentes dos que haviam assas-
verno é destruído e o povo divide-se
sinado os profetas.
em tribos — Jacó, um anti-Cristo,
7 E causaram grande contenda
torna-se rei de uma coligação de tri-
na terra, de tal forma que a parte
bos — Néfi prega arrependimento e
mais justa do povo se tornara qua-
fé em Cristo — Recebe diariamente
se toda iníqua; sim, havia poucos
o ministério de anjos e levanta seu
homens justos entre eles.
irmão dentre os mortos — Muitos se
8 E assim, não haviam transcor-
arrependem e são batizados. Aproxi-
rido seis anos e a maior parte do
madamente 30–33 d.C.
povo já se desviara de sua reti-
Ora, eis que vos mostrarei que dão, como o cão que torna a seu
não estabeleceram um rei na ter- a 
vômito ou como a porca, ao seu
ra; mas nesse mesmo ano, sim, no chafurdar na lama.
28 a
GEE Combinações 30 a 1 Sam. 8:5–7; Al. 51:5. 6 a 2 Né. 9:9.
Secretas. 7 5 a Rom. 6:13–16; 8 a Prov. 26:11;
b Hel. 6:26–30. Al. 10:25. 2 Ped. 2:22.
3 NÉFI 7:9–17 492
9 Ora, os dessa combinação se- 14 E aconteceu que no trigésimo
creta, que tanta iniquidade havia primeiro ano estavam divididos
trazido ao povo, reuniram-se e em tribos, cada homem de acor-
puseram como seu chefe um ho- do com a sua família, parentes e
mem a quem chamavam Jacó; amigos; contudo, haviam feito um
10 E chamaram-no rei; portanto, tratado de não guerrearem uns
tornou-se rei desse bando iníquo; contra os outros; mas não estavam
e ele era um dos principais entre unidos no tocante às suas leis e
os que haviam votado contra os à sua forma de governo, porque
profetas que testificaram acerca se haviam organizado segundo a
de Jesus. vontade de seus chefes e seus co-
11 E aconteceu não serem eles mandantes. Instituíram, porém,
tão numerosos como as tribos do leis muito estritas, de que nenhu-
povo, que estavam unidas salvo ma tribo deveria ofender outra,
no tocante às leis, que eram esta- de modo que, até certo ponto, ti-
belecidas pelos respectivos che- veram paz na terra; não obstante,
fes, cada qual segundo sua tribo; seu o coração havia-se desviado
contudo, eram inimigos; embora do Senhor seu Deus, e apedreja-
não fossem um povo justo, esta- ram os profetas, expulsando-os
vam, entretanto, unidos em seu de seu meio.
ódio contra os que haviam feito 15 E aconteceu que a Néfi — ten-
convênio de destruir o governo. do sido visitado por anjos e tam-
12 Portanto, Jacó, sendo rei do bém pela voz do Senhor; tendo,
bando e vendo que seus inimigos portanto, visto anjos e sendo tes-
eram muito mais numerosos que temunha ocular; e tendo recebido
eles, ordenou a seu povo que se poder, a fim de que soubesse a
refugiasse na parte mais longín- respeito do ministério de Cristo; e
qua do norte; e que lá se estabele- sendo também testemunha ocular
cesse um a reino para eles até que do rápido retorno do povo, da
os dissidentes se unissem a eles retidão para a iniquidade e abo-
(porque os lisonjeava, dizendo minações;
que haveria muitos dissidentes) 16 Assim, aflito com a dureza do
e se tornassem suficientemente coração deles e a cegueira de sua
fortes para lutar contra as tribos mente — foi para o meio deles
do povo. E assim fizeram. naquele mesmo ano e começou a
13 E tão rápida foi sua marcha, pregar ousadamente o arrepen-
que logo se viram fora do alcance dimento e a remissão de pecados
do povo, que não pôde detê-los. E pela fé no Senhor Jesus Cristo.
assim terminou o trigésimo ano; 17 E ensinou-lhes muitas coisas;
e essa era a condição do povo de e como todas elas não podem ser
Néfi. escritas e parte delas não bastaria,
12 a 3 Né. 6:30. 15 a 3 Né. 1:2.
493 3 NÉFI 7:18–8:1
não foram, portanto, escritas neste sinais e fizeram alguns milagres
livro. E Néfi ensinou com a poder entre o povo.
e grande autoridade. 23 Assim também se passou o
18 E aconteceu que se zangaram trigésimo segundo ano. E Néfi
com ele porque tinha maior poder clamou ao povo, no princípio do
do que eles, sendo-lhes a impos- trigésimo terceiro ano, e pregou-
sível não crer em suas palavras, lhes arrependimento e remissão
porquanto tão grande era sua fé de pecados.
no Senhor Jesus Cristo que dia- 24 Ora, quisera também que re-
riamente recebia o ministério de cordásseis que não houve, dentre
anjos. os que se arrependeram, quem
19 E em nome de Jesus expulsa- não tivesse sido a batizado com
va demônios e a espíritos imun- água.
dos; e até seu irmão ele levan- 25 Portanto, Néfi ordenou ho-
tou dentre os mortos, depois de mens a este ministério, a fim de
haver sido apedrejado e morto que todos os que viessem a eles
pelo povo. fossem batizados com água; e isto
20 E o povo viu e testemunhou como prova e testemunho, peran-
isso e irou-se contra ele por cau- te Deus e para o povo, de que se
sa de seu poder; e ele fez também haviam arrependido e recebido a
a 
muitos outros milagres à vista do a 
remissão de seus pecados.
povo, em nome de Jesus. 26 E no princípio desse ano mui-
21 E aconteceu que se passou tos receberam o batismo do arre-
o trigésimo primeiro ano e ape- pendimento; e assim se passou a
nas poucos foram convertidos maior parte do ano.
ao Senhor; mas todos os que se
converteram demonstraram ao CAPÍTULO 8
povo, sinceramente, que tinham
Tempestades, terremotos, incêndios,
sido visitados pelo poder e pelo
furacões e cataclismos atestam a cru-
Espírito de Deus que estava em Je-
cificação de Cristo — Muita gente é
sus Cristo, em quem acreditavam.
morta — Trevas cobrem a terra por
22 E todos aqueles de quem ha-
três dias — Os sobreviventes lamen-
viam sido expulsos demônios e
tam seu destino. Aproximadamente
que haviam sido curados de suas
33–34 d.C.
doenças e enfermidades, mani-
festaram ao povo com toda a sin- E então aconteceu que, segun-
ceridade que o Espírito de Deus do nosso registro, e sabemos que
agira sobre eles e que haviam sido nosso registro é verdadeiro, pois
curados; e também mostraram eis que foi feito por um homem
17 a GEE Poder. Espíritos maus. 25 a D&C 20:37.
18 a 2 Né. 33:1; Al. 4:19. 20 a 3 Né. 8:1. GEE Remissão de
19 a GEE Espírito — 24 a GEE Batismo, Batizar. Pecados.
3 NÉFI 8:2–17 494
justo — pois em verdade fez mui- 9 E a cidade de Morôni submer-
tos a milagres em b nome de Jesus; giu nas profundezas do mar e
e nenhum homem havia que pu- seus habitantes afogaram-se.
desse fazer um milagre em nome 10 E a terra cobriu a cidade de
de Jesus, se não estivesse com- Moronia, de modo que em lugar
pletamente limpo de suas iniqui- da cidade apareceu uma grande
dades — montanha.
2 E então aconteceu, se não hou- 11 E houve uma grande e terrível
ve equívoco na maneira pela qual destruição na terra do sul.
esse homem calculou nosso tem- 12 Mas eis que houve uma des-
po, que se passou o a trigésimo truição muito maior e mais terrí-
terceiro ano; vel na terra do norte; pois eis que
3 E o povo começou a esperar toda a face da terra foi mudada
com grande ansiedade o sinal que por causa da tempestade e dos
havia sido anunciado pelo profeta furacões e dos trovões e relâm-
Samuel, o lamanita, sim, a época pagos e dos violentos tremores
em que deveria haver a trevas du- de toda a terra.
rante três dias na face da terra. 13 E romperam-se os a caminhos,
4 E começou a haver grandes desnivelaram-se as estradas e
dúvidas e disputas entre o povo, muitos lugares planos tornaram-
apesar dos muitos a sinais já ma- se acidentados.
nifestados. 14 E muitas cidades grandes e
5 E aconteceu que no trigésimo importantes foram a tragadas e
quarto ano, no primeiro mês, no muitas se incendiaram e muitas
quarto dia do mês, levantou-se foram sacudidas até que seus edi-
uma grande tormenta como nun- fícios ruíram; e seus habitantes fo-
ca antes havia sido vista em toda ram mortos e os lugares ficaram
a terra. devastados.
6 E houve também uma grande 15 E algumas cidades perma-
e terrível tempestade; e houve neceram; mas sofreram grandes
terríveis a trovões que b sacudiram danos e muitos de seus habitantes
toda a terra como se ela fosse ra- foram mortos.
char-se ao meio. 16 E houve alguns que foram le-
7 E houve relâmpagos tão res- vados pelo furacão e, onde foram
plandecentes como nunca vistos parar, ninguém sabe; sabe-se ape-
em toda a terra. nas que foram levados.
8 E a a cidade de Zaraenla incen- 17 E assim a face de toda a terra
diou-se. ficou desfigurada, em virtude das
8 1 a 3 Né. 7:19–20; Hel. 14:20, 27; b Mt. 27:45, 50–51.
Mórm. 9:18–19. 3 Né. 10:9. 8 a 4 Né. 1:7–8.
b At. 3:6; Jacó 4:6. 4 a GEE Crucificação. 13 a Hel. 14:24;
2 a 3 Né. 2:8. 6 a 1 Né. 19:11; 3 Né. 6:8.
3 a 1 Né. 19:10; Hel. 14:21. 14 a 1 Né. 12:4.
495 3 NÉFI 8:18–9:1
tempestades e trovões e relâmpa- e gemidos e pranto entre todo o
gos e tremores de terra. povo, continuamente; sim, gran-
18 E eis que as a rochas se fende- des foram os gemidos do povo
ram ao meio; elas foram despeda- por causa das trevas e da grande
çadas em toda a face da terra, de destruição que sobreviera.
tal forma que foram encontradas 24 E em um lugar eles foram ou-
em fragmentos e rachadas e par- vidos lamentando-se e dizendo:
tidas em toda a face da terra. Oh! Se nos tivéssemos arrepen-
19 E aconteceu que quando ces- dido antes deste grande e terrível
saram os trovões e os relâmpa- dia, nossos irmãos teriam sido
gos e a tormenta e a tempestade poupados e não teriam sido quei-
e os tremores de terra — pois eis mados naquela grande cidade de
que duraram cerca de a três horas, a 
Zaraenla.
sendo dito por alguns que dura- 25 E em outro lugar eles foram
ram mais tempo; contudo, todas ouvidos queixando-se e lamen-
essas coisas grandes e terríveis tando-se, dizendo: Oh! Se nos ti-
duraram cerca de três horas — e véssemos arrependido antes deste
então, eis que houve trevas sobre grande e terrível dia e não tivés-
a face da terra. semos matado, apedrejado e ex-
20 E aconteceu que houve trevas pulsado os profetas; então nossas
espessas sobre toda a face da ter- mães e nossas belas filhas e nossos
ra, de modo que todos os habitan- filhos teriam sido poupados e não
tes que não haviam caído podiam teriam sido enterrados naquela
a 
sentir o b vapor da escuridão. grande cidade de Moronia. E as-
21 E por causa da escuridão não sim, grandes e terríveis foram os
podia haver luz nem velas nem gemidos do povo.
tochas; nem conseguiram fazer
fogo com sua lenha fina e extre- CAPÍTULO 9
mamente seca, de modo que luz
Na escuridão, a voz de Cristo pro-
nenhuma foi possível haver.
clama a destruição de muita gente e
22 E não se via luz alguma nem
de cidades, devido a suas iniquida-
fogo nem lampejo nem o sol nem
des — Ele também proclama Sua di-
a lua nem as estrelas, tal a densi-
vindade, anuncia que a lei de Moisés
dade dos vapores de escuridão
foi cumprida e convida os homens a
que estavam sobre a face da terra.
virem a Ele e serem salvos. Aproxi-
23 E aconteceu que essas trevas
madamente 34 d.C.
duraram pelo espaço de a três dias,
nos quais não foi vista luz algu- E aconteceu que se ouviu uma
ma; e houve grandes lamentações voz entre todos os habitantes da
a 

18 a Hel. 14:21–22. b 1 Né. 12:5; 19:11. 9 1 a 1 Né. 19:11;


19 a Lc. 23:44. 23 a 1 Né. 19:10. 3 Né. 11:10.
20 a Êx. 10:21–22. 24 a Hel. 13:12.
3 NÉFI 9:2–11 496
terra, em toda a face desta terra, de Gadiândi e a cidade de Ga-
clamando: diomna e a cidade de Jacó e a ci-
2 Ai, ai, ai deste povo! a Ai dos dade de Gingimno afundassem; e
habitantes de toda a Terra, a não fiz com que, em seu lugar, apare-
ser que se arrependam; porque cessem a colinas e vales; e enterrei
o diabo b ri e seus anjos se rego- seus habitantes nas profundezas
zijam em virtude da morte dos da terra para esconder de minha
belos filhos e filhas de meu povo; face suas iniquidades e abomina-
e caíram por causa de suas iniqui- ções, para que o sangue dos profe-
dades e abominações! tas e dos santos não mais subisse
3 Eis que eu queimei com fogo a mim contra eles.
aquela grande cidade de Zaraenla 9 E eis que fiz com que a grande
e seus habitantes. cidade de Jacobugate, que era ha-
4 E eis que fiz com que a grande bitada pelo povo do rei Jacó, fos-
cidade de Morôni afundasse nas se incendiada por causa de seus
profundezas do mar e seus habi- pecados e de suas iniquidades,
tantes se afogassem. que sobrepujavam toda a iniqui-
5 E eis que cobri de terra a gran- dade de toda a terra por causa de
de cidade de Moronia e seus ha- seus a assassinatos e combinações
bitantes, para esconder suas ini- secretas; pois foram eles que des-
quidades e suas abominações de truíram a paz de meu povo e o go-
minha face, a fim de que o sangue verno da terra; por essa razão fiz
dos profetas e dos santos não mais com que fossem queimados, para
subisse a mim contra eles. b 
varrê-los de minha presença, a
6 E eis que fiz com que a cidade fim de que o sangue dos profetas
de Gilgal afundasse e seus habi- e dos santos não mais subisse a
tantes fossem sepultados nas pro- mim contra eles.
fundezas da terra; 10 E eis que fiz destruir com fogo
7 Sim, e a cidade de Onia e seus a cidade de Lamã e a cidade de Jós
habitantes, a cidade de Mocum e e a cidade de Gade e a cidade de
seus habitantes e a cidade de Jeru- Quiscúmen e seus habitantes, por
salém e seus habitantes; e fiz com causa de sua iniquidade ao expul-
que subissem as a águas e ocupas- sar os profetas e apedrejar aqueles
sem o seu lugar para esconder que enviei para declarar-lhes suas
suas iniquidades e abominações iniquidades e abominações.
de minha face, a fim de que o san- 11 E porque expulsaram todos,
gue dos profetas e dos santos não de modo que não havia um justo
mais subisse a mim contra eles. entre eles, fiz descer a fogo sobre
8 E eis que fiz com que a cidade eles e destruí-os, para que suas
2 a Mt. 11:20–21. 8 a 1 Né. 19:11. 11 a 2 Re. 1:9–16;
b Mois. 7:26. 9 a Hel. 6:17–18, 21. Hel. 13:13.
7 a Eze. 26:19. b Mos. 12:8.
497 3 NÉFI 9:12–22
iniquidades e abominações fos- relativas a minha vinda cumpri-
sem escondidas de minha face, a ram-se.
fim de que o sangue dos profetas 17 E a todos os que me recebe-
e dos santos que lhes enviei, não ram a permiti que se tornassem os
mais a mim clamasse b da terra filhos de Deus; e o mesmo farei
contra eles. a todos os que crerem em meu
12 E a muitas grandes destrui- nome, pois eis que por mim vem
ções fiz com que fossem infligi- a b redenção e em mim cumpriu-se
das a esta terra e a este povo, por a c lei de Moisés.
causa de suas iniquidades e abo- 18 Eu sou a a luz e a vida do mun-
minações. do, sou b Alfa e Ômega, o princí-
13 Ó vós todos, que fostes a pou- pio e o fim.
pados porque éreis mais justos do 19 E vós a não me oferecereis
que eles, não volvereis a mim ago- mais derramamento de sangue;
ra, arrependendo-vos de vossos sim, vossos sacrifícios e holocaus-
pecados e convertendo-vos, para tos cessarão, porque não aceitarei
que eu vos b cure? qualquer dos vossos sacrifícios e
14 Sim, em verdade vos digo holocaustos.
que, se a vierdes a mim, tereis 20 E oferecer-me-eis como a sa-
b 
vida eterna. Eis que meu c braço crifício um coração quebrantado e
de misericórdia está estendido um espírito contrito. E todo aque-
para vós e aquele que vier, eu o le que a mim vier com um coração
receberei; e benditos são os que quebrantado e um espírito contri-
vêm a mim. to, eu b batizarei com fogo e com o
15 Eis que sou Jesus Cristo, o Fi- Espírito Santo, como os lamanitas
lho de Deus. Eu a criei os céus e a que, por causa de sua fé em mim
Terra e todas as coisas que neles na época de sua conversão, foram
há. Eu estava com o Pai desde o batizados com fogo e com o Espí-
princípio. b Estou no Pai e o Pai rito Santo e não o souberam.
está em mim; e em mim o Pai glo- 21 Eis que vim ao mundo para
rificou seu nome. trazer redenção ao mundo e salvar
16 Vim aos meus e os meus a não o mundo do pecado.
me receberam. E as escrituras 22 Portanto, todos aqueles que
11 b Gên. 4:10. Ét. 4:7; Celestial.
12 a 3 Né. 8:8–10, 14. D&C 14:9. b GEE Redenção,
13 a 3 Né. 10:12. b Jo. 17:20–22; Redimido, Redimir.
b Jer. 3:22; 3 Né. 11:27; 19:23, 29. c 3 Né. 12:19, 46–47;
3 Né. 18:32. 16 a Jo. 1:11; 15:2–9.
14 a 2 Né. 26:24–28; D&C 6:21. 18 a GEE Luz, Luz de Cristo.
Al. 5:33–36. 17 a Jo. 1:12. b Apoc. 1:8.
b Jo. 3:16. GEE Filhos e Filhas de GEE Alfa e Ômega.
c Al. 19:36. Deus; 19 a Al. 34:13.
15 a Jo. 1:1–3; Homem, Homens — 20 a 3 Né. 12:19;
Col. 1:16; Seu potencial de se D&C 20:37.
Hel. 14:12; tornar como o Pai b 2 Né. 31:13–14.
3 NÉFI 10:1–9 498
se arrependerem e vierem a mim
a 
casa de Israel, quantas vezes vos
como b criancinhas, eu os recebe- ajuntei como a galinha ajunta seus
rei, pois deles é o reino de Deus. pintos sob as asas e b alimentei-
Eis que por eles c dei a vida e tor- vos!
nei a tomá-la; portanto, arrepen- 5 E novamente, a quantas vezes
dei-vos e vinde a mim, ó vós, con- vos quis ajuntar como a galinha
fins da Terra, e salvai-vos. ajunta seus pintos sob as asas,
sim, ó povo da casa de Israel que
CAPÍTULO 10 haveis caído; sim, ó povo da casa
de Israel, vós que habitais em
Há silêncio na terra por muitas ho-
Jerusalém, assim como vós que
ras — A voz de Cristo promete reunir
haveis caído; sim, quantas ve-
Seu povo como uma galinha ajunta
zes quis ajuntar-vos como a ga-
seus pintos — A parte mais justa do
linha ajunta os seus pintos e não
povo foi preservada. Aproximadamen-
quisestes.
te 34–35 d.C.
6 Ó vós, casa de Israel a quem
E então eis que aconteceu que a 
poupei, quantas vezes vos ajun-
todo o povo da terra ouviu es- tarei como a galinha ajunta seus
tas palavras e testemunhou-as. pintos sob as asas, se vos arrepen-
E após estas palavras, houve si- derdes e b voltardes a mim com
lêncio na terra pelo espaço de firme propósito de c coração!
muitas horas; 7 Mas se não o fizerdes, ó casa de
2 Pois tão grande foi o espanto Israel, os lugares de vossas mora-
do povo que todos cessaram de das ficarão desolados até a época
lamentar-se e gemer pela perda em que se cumpra o a convênio
de seus parentes que haviam pe- que fiz com vossos pais.
recido; portanto, houve silêncio 8 E então aconteceu que depois
em toda a terra pelo espaço de de ter ouvido essas palavras, eis
muitas horas. que o povo começou a chorar e a
3 E aconteceu que novamente gemer novamente por causa da
o povo ouviu uma voz; e todo o perda de seus parentes e amigos.
povo ouviu-a e deu testemunho 9 E aconteceu que assim se pas-
dela, que dizia: saram os três dias. E era de manhã
4 Ó povo destas a grandes cida- e dissipou-se a a escuridão da face
des que caíram, que sois descen- da terra e a terra cessou de tremer
dentes de Jacó, sim, que sois da e as rochas cessaram de fender-se;
22 a
GEE Arrepender-se, 10 4 a 3 Né. 8:14. Hel. 13:11;
Arrependimento. b 1 Né. 17:3. 3 Né. 24:7.
b Mc. 10:15; 5 a Mt. 23:37; c Eze. 36:26.
Mos. 3:19; D&C 43:24–25. 7 a GEE Convênio.
3 Né. 11:37–38. 6 a 3 Né. 9:13. 9 a 3 Né. 8:19.
c Jo. 10:15–18. b 1 Sam. 7:3;
499 3 NÉFI 10:10–19
e cessaram os espantosos gemidos cumprir as profecias de muitos
e todos os barulhos tumultuosos dos santos profetas.
terminaram. 15 Eis que vos digo: Sim, muitos
10 E a terra ajuntou-se nova- testificaram essas coisas na vinda
mente e firmou-se; e cessaram os de Cristo e foram a mortos porque
lamentos e o pranto e os gemidos testificaram essas coisas.
daqueles que estavam vivos; e seu 16 Sim, o profeta a Zenos testifi-
pranto transformou-se em alegria cou essas coisas e também Zeno-
e suas lamentações em louvores e que falou a respeito dessas coisas,
graças ao Senhor Jesus Cristo, seu porque testificaram particular-
Redentor. mente sobre nós, que somos os re-
11  E até aqui se a cumpriram manescentes de sua posteridade.
as escrituras proferidas pelos 17 Eis que nosso pai Jacó tam-
profetas. bém testificou a respeito de um
12 E foi a parte a mais justa do a 
remanescente da posteridade de
povo que se salvou; e foram aque- José. E eis que não somos nós um
les que receberam os profetas e remanescente da posteridade de
não os apedrejaram; e foram aque- José? E estas coisas que testificam
les que não haviam derramado sobre nós não estão escritas nas
o sangue dos santos, que foram placas de latão que nosso pai Leí
poupados. trouxe de Jerusalém?
13 E foram poupados e não fo- 18 E aconteceu que no fim do
ram tragados nem sepultados pela trigésimo quarto ano, eis que vos
terra; e não se afogaram nas pro- mostrarei que os do povo de Néfi
fundezas do mar; e não foram que foram poupados, bem como
queimados pelo fogo nem esma- aqueles que haviam sido chama-
gados até morrer; e não foram ar- dos lamanitas, que haviam sido
rebatados pelo furacão nem foram poupados, receberam muitos fa-
sufocados pelo vapor da fumaça vores e muitas bênçãos foram der-
e da escuridão. ramadas sobre sua cabeça, de tal
14 E agora, quem ler que en- forma que, pouco depois de sua
tenda; e quem tiver as escrituras, a 
ascensão ao céu, Cristo verdadei-
que as a examine e veja e considere ramente se manifestou a eles —
se todas essas mortes e destrui- 19 a Mostrando-lhes seu corpo e
ções por fogo e por fumaça e por ministrando entre eles; e um re-
tempestades e por furacões e por lato de seu ministério será feito
b 
aberturas na terra para tragá-los, mais adiante. Portanto, concluo as
e todas essas coisas não são para minhas palavras por agora.
11 a At. 3:18–20. b 1 Né. 19:11; Al. 46:24;
12 a 2 Né. 26:8; 2 Né. 26:5. 3 Né. 5:23–24.
3 Né. 9:13. 15 a GEE Mártir, Martírio. 18 a At. 1:9–11.
14 a GEE Escrituras — Valor 16 a Hel. 8:19–20. 19 a 3 Né. 11:12–15.
das escrituras. 17 a 2 Né. 3:4–5;
3 NÉFI 11:1–8 500
Jesus Cristo mostrou-se ao povo não era uma voz áspera nem for-
de Néfi enquanto a multidão se te; entretanto, apesar de ser uma
achava reunida na terra de Abun- b 
voz mansa, penetrava-lhes até
dância e ministrou entre eles; e o âmago, de modo que não ha-
desta forma mostrou-se a eles. via parte de seu corpo que não
tremesse; sim, penetrou-lhes na
Abrangendo os capítulos 11 a 26.
própria alma e fez-lhes arder o
coração.
CAPÍTULO 11 4 E aconteceu que tornaram a
ouvir a voz e não a compreen-
O Pai dá testemunho de Seu Filho
deram.
Amado — Cristo aparece e proclama
5 E novamente, pela terceira vez,
a Sua Expiação — O povo apalpa as
ouviram a voz e aguçaram os ou-
marcas em Suas mãos, pés e lado —
vidos para escutá-la; e seus olhos
Eles clamam Hosana — Ele determi-
estavam voltados para o lugar de
na o modo e método de batismo — O
onde vinha o som; e olhavam fi-
Espírito de contenda é do diabo — A
xamente para o céu, de onde vi-
doutrina de Cristo é que os homens
nha o som.
devem arrepender-se, ser batizados e
6 E eis que na terceira vez com-
receber o Espírito Santo. Aproxima-
preenderam a voz que ouviram;
damente 34 d.C.
e ela lhes dizia:
E então aconteceu que se havia 7 Eis aqui meu a Filho Amado,
reunido uma grande multidão b 
em quem me comprazo e em
do povo de Néfi nos arredores quem glorifiquei meu nome —
do templo que ficava na terra de ouvi-o.
Abundância; e estavam maravi- 8 E aconteceu que, ao entende-
lhados e surpresos e mostravam rem, voltaram outra vez os olhos
uns aos outros a a grande e mara- para o céu; e eis que a viram um
vilhosa transformação que havia Homem descendo do céu; e ele
ocorrido. estava vestido com uma túnica
2 E também conversavam sobre branca; e ele desceu e colocou-
esse Jesus Cristo, de cuja morte se no meio deles; e os olhos de
haviam recebido o a sinal. toda a multidão estavam volta-
3 E aconteceu que enquanto es- dos para ele e não se atreviam
tavam assim conversando uns a abrir a boca, nem sequer uns
com os outros, ouviram uma a voz para os outros; e não sabiam o
que parecia vir do céu; e olharam que aquilo significava, porque
em todas as direções, porque não supunham que era um anjo que
entendiam a voz que ouviam; e lhes aparecera.
11 1 a 3 Né. 8:11–14. b 1 Re. 19:11–13; b 3 Né. 9:15.
2 a Hel. 14:20–27. D&C 85:6. 8 a 1 Né. 12:6;
3 a Deut. 4:33–36; 7 a Mt. 3:17; 17:5; 2 Né. 26:1.
Hel. 5:29–33. JS—H 1:17.
501 3 NÉFI 11:9–23
9 E aconteceu que ele estendeu os próprios olhos, apalparam com
a mão e falou ao povo, dizendo: as mãos e souberam com toda a
10 Eis que eu sou Jesus Cristo, certeza, testemunhando que ele
cuja vinda ao mundo foi testifi- a 
era aquele sobre quem os profe-
cada pelos profetas. tas escreveram que haveria de vir.
11 E eis que eu sou a a luz e a vida 16 E depois de se terem todos
do mundo; e bebi da b taça amarga aproximado e verificado por si
que o Pai me deu e glorifiquei o mesmos, clamaram a uma só voz,
Pai, c tomando sobre mim os peca- dizendo:
dos do mundo, no que me subme- 17 Hosana! Bendito seja o nome
ti à d vontade do Pai em todas as do Deus Altíssimo! E lançaram-se
coisas desde o princípio. aos pés de Jesus e a adoraram-no.
12 E aconteceu que quando Jesus 18 E aconteceu que ele falou a
pronunciou estas palavras, toda a a 
Néfi (pois Néfi achava-se no meio
multidão caiu por terra; porque da multidão) e ordenou-lhe que se
se lembraram de que havia sido aproximasse.
a 
profetizado entre eles que Cris- 19 E Néfi levantou-se e, adian-
to lhes apareceria depois de sua tando-se, inclinou-se perante o
ascensão ao céu. Senhor e beijou-lhe os pés.
13 E aconteceu que o Senhor lhes 20 E o Senhor ordenou-lhe que
falou, dizendo: se levantasse. E ele levantou-se e
14 Levantai-vos e aproximai-vos pôs-se diante dele.
de mim, para que possais a meter 21 E disse-lhe o Senhor: Dou-te
as mãos no meu lado e também a 
poder para b batizar este povo,
b 
apalpar as marcas dos cravos quando eu tiver novamente su-
em minhas mãos e em meus pés, bido ao céu.
a fim de que saibais que eu sou o 22 E novamente o Senhor cha-
c 
Deus de Israel e o Deus de toda mou a outros e disse-lhes a mesma
a d Terra e fui morto pelos pecados coisa; e deu-lhes poder para bati-
do mundo. zar. E disse-lhes: Desta maneira
15 E aconteceu que a multidão batizareis; e b não haverá disputas
se adiantou e meteu as mãos no entre vós.
seu lado e apalpou as marcas dos 23 Em verdade vos digo que
cravos em suas mãos e seus pés; desta forma batizareis todos os
e isto fizeram, adiantando-se um que se arrependerem de seus pe-
por um, até que todos viram com cados pelas vossas a palavras e
11 a GEE Luz, Luz de Cristo. b Lc. 24:36–39; 17 a GEE Adorar.
b Mt. 26:39, 42. D&C 129:2. 18 a 3 Né. 1:2, 10.
c Jo. 1:29; c Isa. 45:3; 21 a GEE Poder.
D&C 19:18–19. 3 Né. 15:5. b GEE Batismo, Batizar.
d Mc. 14:36; Jo. 6:38; d 1 Né. 11:6. 22 a 1 Né. 12:7;
D&C 19:2. 15 a GEE Jesus Cristo — 3 Né. 12:1.
12 a Al. 16:20. Aparições de Cristo b 3 Né. 18:34.
14 a Jo. 20:27. após sua morte. 23 a 3 Né. 12:2.
3 NÉFI 11:24–35 502
desejarem ser batizados em meu
b 
30  Eis que esta não é minha
nome — Eis que c descereis à água doutrina, levar a cólera ao co-
e em meu nome os batizareis. ração dos homens, uns contra
24 E eis que estas são as palavras os outros; esta, porém, é minha
que devereis dizer, chamando-os doutrina: que estas coisas de-
pelo nome: vem cessar.
25 Tendo a autoridade que me foi 31 Eis que em verdade, em ver-
concedida por Jesus Cristo, eu te dade vos digo que eu vos decla-
batizo em nome do b Pai e do Filho rarei minha a doutrina.
e do Espírito Santo. Amém. 32 E esta é minha doutrina e é
26 E então os a imergireis na água a a doutrina que o Pai me deu; e
e depois saireis novamente da dou b testemunho do Pai e o Pai dá
água. testemunho de mim e o c Espírito
27 E desta maneira batizareis em Santo dá testemunho do Pai e de
meu nome, pois eis que em ver- mim; e eu dou testemunho de que
dade vos digo que o Pai e o Filho o Pai ordena a todos os homens,
e o Espírito Santo são a um; e eu em todos os lugares, que se arre-
estou no Pai e o Pai em mim; e o pendam e creiam em mim.
Pai e eu somos um. 33 E os que crerem em mim e
28 E segundo o que vos orde- forem a batizados, esses serão b sal-
nei, assim batizareis; e não have- vos; e eles são os que c herdarão o
rá a disputas entre vós, como até reino de Deus.
agora tem havido; nem haverá 34 E os que não crerem em mim
disputas entre vós sobre os pon- e não forem batizados, serão con-
tos de minha doutrina, como até denados.
agora tem havido. 35 Em verdade, em verdade vos
29 Pois em verdade, em verda- digo que esta é minha doutrina e
de vos digo que aquele que tem o dela vos dou testemunho, vindo
a 
espírito de b discórdia não é meu, do Pai; e todo aquele que a crê em
mas é do diabo, que é o pai da dis- mim, crê também no Pai; e a ele
córdia e leva a cólera ao coração o Pai dará testemunho de mim,
dos homens, para contenderem pois visitá-lo-á b com fogo e com
uns com os outros. o c Espírito Santo.
23 b GEE Batismo, Batizar — 3 Né. 28:10; Mórm. 7:7; 31 a 2 Né. 31:2–21.
Requisitos do batismo. D&C 20:28. 32 a GEE Doutrina de Cristo.
c 3 Né. 19:10–13. 28 a 1 Cor. 1:10; b 1 Jo. 5:7.
25 a Mos. 18:13; Ef. 4:11–14; c 3 Né. 28:11; Ét. 5:4.
D&C 20:73. D&C 38:27. 33 a Mc. 16:16.
GEE Batismo, Batizar — 29 a 2 Tim. 2:23–24; GEE Batismo, Batizar —
Com a devida Mos. 23:15. Essencial.
autoridade. GEE Contenção, b GEE Salvação.
b GEE Trindade. Contenda. c GEE Glória Celestial.
26 a GEE Batismo, Batizar — b TJS Ef. 4:26 (Apêndice 35 a Ét. 4:12.
Batismo por imersão. da Bíblia); b 3 Né. 9:20; 12:2.
27 a Jo. 17:20–22; Mos. 2:32–33. c GEE Espírito Santo.
503 3 NÉFI 11:36–12:2
36 E assim o Pai dará testemu- CAPÍTULO 12
nho de mim e o Espírito Santo
Jesus chama e comissiona os doze
dará testemunho do Pai e de mim;
discípulos — Faz aos nefitas um dis-
pois o Pai e eu e o Espírito Santo
curso semelhante ao Sermão da Mon-
somos um.
tanha — Profere as Beatitudes —
37 E novamente vos digo que
Seus ensinamentos transcendem a
vos deveis arrepender e a tornar-
lei de Moisés e têm precedência sobre
vos como uma criancinha e serdes
ela — Ordena aos homens que sejam
batizados em meu nome, ou não
perfeitos como Ele e Seu Pai são per-
podereis, de modo algum, receber
feitos — Comparar com Mateus 5.
estas coisas.
Aproximadamente 34 d.C.
38 E novamente vos digo que
vos deveis arrepender e ser bati- E aconteceu que após ter dito es-
zados em meu nome e tornar-vos sas palavras a Néfi e àqueles que
como uma criancinha, ou não po- tinham sido chamados (ora, eram
dereis, de modo algum, herdar o a 
doze os que haviam sido chama-
reino de Deus. dos e haviam recebido poder e
39 Em verdade, em verdade vos autoridade para batizar), eis que
digo que esta é minha doutrina e Jesus estendeu a mão à multidão e
os que a edificam sobre isto edifi- clamou, dizendo-lhes: b Bem-aven-
cam sobre minha rocha; e as b por- turados sois vós, se derdes ouvi-
tas do inferno não prevalecerão dos às palavras destes doze que
contra eles. c 
escolhi dentre vós para exercer o
40 E aqueles que declararem ministério junto a vós e ser vos-
mais ou menos do que isto e es- sos servos; e a eles dei poder para
tabelecerem-no como minha dou- batizar-vos com água; e após ha-
trina, esses vêm do mal e não edi- verdes sido batizados com água,
ficam sobre a minha rocha, mas eis que eu vos batizarei com fogo
edificam sobre um a alicerce de e com o Espírito Santo; portanto,
areia; e as portas do inferno esta- bem-aventurados sois se crerdes
rão abertas para recebê-los quan- em mim e fordes batizados depois
do vierem as inundações e os ven- de me haverdes visto e de saber-
tos açoitarem-nos. des que eu sou.
41 Portanto, dirigi-vos a este 2 E, outrossim, mais bem-aven-
povo e declarai as palavras que turados são os que a acreditarem
eu disse, até os confins da Terra. em vossas palavras, porque testi-
ficareis que me vistes e sabeis que
37 a Mc. 10:15; GEE Rocha. c GEE Chamado,
Lc. 18:17; b 3 Né. 18:12–13. Chamado por Deus,
Mos. 3:19; 40 a 3 Né. 14:24–27. Chamar.
3 Né. 9:22. 12 1 a 3 Né. 13:25. 2 a D&C 46:13–14.
39 a Mt. 7:24–29; b GEE Abençoado, GEE Crença, Crer.
Hel. 5:12. Abençoar, Bênção.
3 NÉFI 12:3–16 504
eu sou. Sim, bem-aventurados são 11 E bem-aventurados sois vós,
os que crerem em vossas palavras quando os homens vos injuria-
e b humilharem-se profundamente rem e perseguirem e, mentindo,
e forem batizados, porque serão disserem todo o mal contra vós
visitados c com fogo e com o Espí- por minha causa.
rito Santo e irão receber a remis- 12 Porque muito vos regozijareis
são de seus pecados. e muito vos alegrareis, porque
3 Sim, bem-aventurados são os grande será a vossa a recompen-
a 
pobres em espírito que b vêm a sa no céu; pois assim persegui-
mim, porque deles é o reino dos ram os profetas que foram antes
céus. de vós.
4 E, outrossim, bem-aventurados 13  Em verdade, em verdade
são todos os que choram, porque vos digo que eu vos concedo ser-
eles serão consolados. des o a sal da terra; mas se o sal
5  E bem-aventurados são os perder o sabor, com que será a
a 
mansos, porque eles herdarão terra salgada? O sal então para
a b Terra. nada mais prestará, senão para
6 E bem-aventurados são todos ser lançado fora e pisado pelos
os que têm a fome e b sede de c reti- homens.
dão, porque eles serão cheios do 14 Em verdade, em verdade vos
Espírito Santo. digo que eu vos concedo serdes
7 E bem-aventurados são os a mi- a luz deste povo. Não se pode
sericordiosos, porque eles alcan- esconder uma cidade edificada
çarão misericórdia. sobre um monte.
8 E bem-aventurados são todos 15 Eis que acendem os homens
os a puros de coração, porque eles uma a candeia e colocam-na debai-
b 
verão a Deus. xo de um alqueire? Não, colocam-
9 E bem-aventurados são todos na em um velador e ela dá luz a
os a pacificadores, porque eles se- todos os que estão na casa.
rão chamados b filhos de Deus. 16 Portanto, fazei brilhar vos-
10 E bem-aventurados são todos sa a luz diante deste povo de tal
os que sofrem a perseguição por forma que vejam as vossas boas
amor ao meu nome, porque deles obras e glorifiquem a vosso Pai,
é o reino dos céus. que está no céu.
2 b Ét. 4:13–15. b GEE Terra. b GEE Filhos e Filhas de
c 3 Né. 11:35; 19:13. 6 a 2 Né. 9:51; Deus.
3 a D&C 56:17–18. En. 1:4. 10 a D&C 122:5–9.
GEE Humildade, b Jer. 29:13. GEE Perseguição,
Humilde, Humilhar. c Prov. 21:21. Perseguir.
b Mt. 11:28–30. 7 a GEE Misericórdia, 12 a Ét. 12:4.
5 a Rom. 12:16; Misericordioso. 13 a D&C 101:39–40.
Mos. 3:19. 8 a GEE Pureza, Puro. GEE Sal.
GEE Mansidão, Manso, b D&C 93:1. 15 a Lc. 8:16.
Mansuetude. 9 a GEE Pacificador. 16 a 3 Né. 18:24.
505 3 NÉFI 12:17–32
17 Não penseis que vim destruir de que teu irmão tem alguma coi-
a lei ou os profetas. Não vim para sa contra ti —
destruir, mas para cumprir. 24  Vai a teu irmão e primei-
18 Pois em verdade vos digo ro a reconcilia-te com teu irmão;
que nenhum jota ou til foi omiti- e depois vem a mim com fir-
do da a lei, mas em mim toda ela me propósito de coração e eu te
foi cumprida. receberei.
19 E eis que vos dei a lei e os 25 Concilia-te depressa com o
mandamentos de meu Pai, a fim teu adversário, enquanto estás no
de que acrediteis em mim e de que caminho com ele, para que ele não
vos arrependais dos vossos peca- te prenda a qualquer momento e
dos e de que venhais a mim com tu sejas lançado na prisão.
um a coração quebrantado e um 26 Em verdade, em verdade te
espírito contrito. Eis que tendes digo que de nenhum modo sairás
os mandamentos diante de vós e de lá até que tenhas pago o último
a b lei está cumprida. a 
senine. E enquanto estiveres na
20 Portanto, vinde a mim e sede prisão, poderás pagar um senine
salvos; pois em verdade vos digo sequer? Em verdade, em verdade
que, a não ser que guardeis os te digo que não.
meus mandamentos que agora 27 Eis que foi escrito pelos anti-
vos dei, de modo algum entrareis gos que não cometerás a adultério;
no reino dos céus. 28 Digo-vos, porém, que todo
21 Ouvistes o que foi dito pe- aquele que atentar numa mulher
los antigos e está também escrito para a a cobiçar, já em seu coração
diante de vós: Não a matarás; e cometeu adultério.
todo aquele que matar ficará su- 29 Eis que vos dou mandamen-
jeito ao julgamento de Deus. to de que não deixeis que qual-
22 Digo-vos, porém, que todo quer dessas coisas entre em vosso
aquele que se encolerizar contra a 
coração.
seu irmão ficará sujeito ao seu jul- 30 Porque é melhor que repu-
gamento. E todo aquele que disser dieis essas coisas, carregando as-
a seu irmão: Raca, ficará sujeito sim vossa a cruz, do que serdes
ao conselho; e todo aquele que atirados no inferno.
lhe disser: Louco, ficará sujeito 31 Foi escrito que todo aquele
ao fogo do inferno. que repudiar sua mulher deve
23 Portanto, se vieres a mim ou dar-lhe uma carta de a divórcio.
desejares vir a mim e te lembrares 32 Em verdade, em verdade vos
18 a GEE Lei de Moisés. Mos. 13:21; 28 a D&C 42:23.
19 a 3 Né. 9:20. D&C 42:18. GEE Concupiscência.
GEE Coração 24 a GEE Perdoar. 29 a At. 8:22.
Quebrantado. 26 a Al. 11:3. 30 a Mt. 10:38; 16:24;
b 3 Né. 9:17. 27 a 2 Né. 9:36; Lc. 9:23.
21 a Êx. 20:13; D&C 59:6. 31 a GEE Divórcio.
3 NÉFI 12:33–13:1 506
digo que todo aquele que repu-a 
que amarás o teu próximo e odia-
diar sua mulher, a não ser por rás o teu inimigo;
causa de b fornicação, faz com que 44 Mas eis que eu vos digo: Amai
ela cometa c adultério; e o que se a vossos a inimigos, bendizei os
casar com a divorciada cometerá que vos maldizem, fazei bem aos
adultério. que vos odeiam e b orai pelos que
33 E também foi escrito: Não vos maltratam e perseguem;
perjurarás, mas cumprirás teus 45 Para que sejais filhos de vosso
a 
juramentos ao Senhor. Pai que está nos céus; porque ele
34 Mas em verdade, em verdade faz com que o seu sol se levante
vos digo que de maneira nenhu- sobre maus e bons.
ma a jureis; nem pelo céu, porque 46 Portanto, essas coisas da anti-
é o trono de Deus; guidade, que se achavam sob a lei,
35 Nem pela Terra, porque é o em mim foram todas cumpridas.
escabelo de seus pés; 47 As coisas a antigas são pas-
36 Nem tampouco pela vossa sadas e todas as coisas foram re-
cabeça jurareis, pois não podeis novadas.
tornar um cabelo branco ou preto; 48 Portanto, quisera que fôsseis
37 Seja, porém, o vosso falar: a 
perfeitos, assim como eu ou como
Sim, sim; não, não; pois o que o vosso Pai que está nos céus é
passa disso é maligno. perfeito.
38 E eis que está escrito: a Olho
por olho e dente por dente. CAPÍTULO 13
39 Digo-vos, porém, que não a re-
Jesus ensina aos nefitas a maneira de
sistais ao mal; mas se qualquer te
orar — Eles devem ajuntar tesouros
bater na face direita, b oferece-lhe
nos céus — Os doze discípulos, em
também a outra;
seu ministério, recebem ordem de
40 E se alguém quiser pleitear
não se preocuparem com coisas ma-
contigo e tomar-te a túnica, larga-
teriais — Comparar com Mateus 6.
lhe também a capa;
Aproximadamente 34 d.C.
41 E se alguém te obrigar a cami-
nhar uma milha, vai com ele duas. Em verdade, em verdade vos digo
42 a Dá a quem te pedir e não te que gostaria que désseis a esmolas
desvies daquele que quiser que aos pobres; mas guardai-vos de
lhe emprestes. fazer a vossa esmola diante dos
43 E eis que também foi escrito homens, para serdes vistos por
32 a Mc. 10:11–12. 4 Né. 1:34; b At. 7:59–60.
b GEE Fornicação. D&C 98:23–32. 47 a 3 Né. 15:2, 7;
c GEE Adultério. b GEE Paciência. D&C 22:1.
33 a GEE Juramento. 42 a Jacó 2:17–19; 48 a Mt. 5:48;
34 a GEE Profanidade. Mos. 4:22–26. 3 Né. 27:27.
38 a Lev. 24:20. 44 a Prov. 24:17; GEE Perfeito.
39 a 3 Né. 6:13; Al. 48:23. 13 1 a GEE Esmolas.
507 3 NÉFI 13:2–19
eles; de outra forma, não recebe- 9 Portanto, assim b orareis: c Pai
a 

reis galardão algum de vosso Pai nosso que estás nos céus, santifi-
que está no céu. cado seja o teu nome.
2 Quando, pois, derdes esmolas, 10 Seja feita a tua vontade assim
não toqueis trombeta diante de na Terra como no céu.
vós, como fazem os hipócritas nas 11 E perdoa-nos as nossas dívi-
sinagogas e nas ruas, para serem das, assim como nós perdoamos
a 
glorificados pelos homens. Em aos nossos devedores.
verdade vos digo que já recebe- 12 E a não nos induzas à tentação,
ram o seu galardão. mas livra-nos do mal.
3 Mas quando tu deres esmola, 13 Pois teu é o reino e o poder
não saiba a tua mão esquerda o e a glória, para sempre. Amém.
que faz a direita; 14  Pois se aos homens a per-
4 Para que tuas esmolas sejam doardes as suas ofensas, vos-
dadas em segredo; e teu Pai, que so Pai Celestial também vos
vê em segredo, recompensar-te-á perdoará.
abertamente. 15 Mas se aos homens não per-
5 E quando a orares, não faças doardes as suas ofensas, tampou-
como os hipócritas, que se com- co vosso Pai vos perdoará as vos-
prazem em orar em pé nas sinago- sas ofensas.
gas e nas esquinas das ruas para 16  Ademais, quando a jejuar-
serem vistos pelos homens. Em des, não sejais como os hipócri-
verdade vos digo que eles já re- tas, porque eles desfiguram o
ceberam o seu galardão. rosto para que aos homens pa-
6 Mas tu, quando orares, entra reça que jejuam. Em verdade
no teu aposento e, quando tiveres vos digo que já receberam o seu
fechado a tua porta, ora a teu Pai galardão.
que está em oculto; e teu Pai, que 17 Tu, porém, quando jejuares,
vê em oculto, recompensar-te-á unge a cabeça e lava o rosto.
abertamente. 18 A fim de que não pareça aos
7 Vós, porém, quando orardes, homens que jejuas, mas a teu Pai,
não useis de vãs repetições como que está em a oculto; e teu Pai, que
os gentios, que pensam que por vê em oculto, recompensar-te-á
muito falarem serão ouvidos. abertamente.
8 Não sejais, pois, semelhantes 19 Não entesoureis para vós te-
a eles, porque vosso Pai a sabe o souros na Terra, onde a traça e a
que vos é necessário antes que ferrugem consomem e onde os
vós lho peçais. ladrões minam e roubam.
2 a D&C 121:34–35. c GEE Trindade — Deus, D&C 64:9.
5 a GEE Oração. o Pai. GEE Perdoar.
8 a D&C 84:83. 12 a TJS Mt. 6:14 (Apêndice 16 a Isa. 58:5–7.
9 a Mt. 6:9–13. da Bíblia). GEE Jejuar, Jejum.
b GEE Oração. 14 a Mos. 26:30–31; 18 a D&C 38:7.
3 NÉFI 13:20–34 508
20 Mas ajuntai tesouros nos
a 
vosso Pai Celestial as alimenta.
céus, onde nem a traça nem a Não sois vós muito melhores do
ferrugem consomem e onde os que elas?
ladrões não minam nem roubam. 27 Qual de vós, por preocupar-
21 Pois onde estiver o vosso te- se, pode acrescentar um côvado a
souro, ali estará também o vosso sua estatura?
coração. 28 E por que vos preocupais com
22 A a luz do corpo são os olhos; os vestidos? Atentai para os lírios
se, pois, teus olhos forem bons, do campo, como eles crescem; eles
todo o teu corpo será cheio de luz; não trabalham nem fiam;
23 Se, porém, teus olhos forem 29 E digo-vos, contudo, que nem
maus, todo o teu corpo será cheio mesmo Salomão, em toda a sua
de trevas. Se, pois, a luz que em glória, vestiu-se como um deles.
ti há são trevas, quão grandes são 30 Portanto, se Deus assim veste
essas trevas! a erva do campo que hoje existe e
24 Ninguém pode a servir a dois amanhã é lançada ao forno, tam-
senhores; porque ou há de odiar bém vestirá a vós, se vossa fé não
um e amar o outro ou há de ape- for pequena.
gar-se a um e desprezar o outro. 31 Portanto, não vos preocupeis,
Não podeis servir a Deus e a Ma- dizendo: Que comeremos ou que
mom. beberemos ou com que nos ves-
25 E então aconteceu que após tiremos?
ter dito estas palavras, Jesus olhou 32 Porque vosso Pai Celestial
para os doze que havia escolhi- sabe que necessitais de todas es-
do e disse-lhes: Lembrai-vos das tas coisas.
palavras que eu disse. Porque eis 33 Mas buscai primeiro o a reino
que sois vós os que eu escolhi de Deus e a sua retidão; e todas
para a ministrar entre este povo. estas coisas vos serão acrescen-
Portanto, eu vos digo: b Não vos tadas.
preocupeis quanto a vossa vida, 34 Portanto, não vos preocupeis
pelo que havereis de comer ou com o dia de amanhã, porque o
pelo que havereis de beber; nem dia de amanhã se preocupará com
quanto ao vosso corpo, pelo que suas próprias coisas. Basta a cada
havereis de vestir. Não é a vida dia o seu mal.
mais do que alimento e o corpo
mais do que vestido?
CAPÍTULO 14
26 Olhai as aves do céu, pois
não semeiam nem segam nem Jesus ordena: Não julgueis; pedi
ajuntam em celeiros; contudo, a Deus; acautelai-vos dos falsos
20 a Hel. 5:8; 8:25. 25 a
GEE Ministério, D&C 84:79–85.
22 a D&C 88:67. Ministro. 33 a Lc. 12:31.
24 a 1 Sam. 7:3. b Al. 31:37–38;
509 3 NÉFI 14:1–18
profetas — Ele promete salvação recebe; e o que busca, encontra; e
àqueles que fazem a vontade do Pai — ao que bate, será aberto.
Comparar com Mateus 7. Aproxima- 9 E qual dentre vós é o homem
damente 34 d.C. que, pedindo-lhe pão o seu filho,
dar-lhe-á uma pedra?
E então aconteceu que após ter 10 Ou se lhe pedir um peixe, dar-
dito estas palavras, Jesus de novo lhe-á uma serpente?
se voltou para a multidão e, tor- 11 Se vós, pois, sendo maus, sa-
nando a abrir a boca, disse-lhes: beis dar boas dádivas aos vossos
Em verdade, em verdade vos filhos, quanto mais vosso Pai que
digo: a Não julgueis, para que não está no céu não dará boas coisas
sejais julgados. aos que lhe pedirem?
2  a Porque com o juízo com que 12 Portanto, tudo o que vós que-
julgardes sereis julgados, e com reis que os homens vos façam, a fa-
a medida com que medirdes vos zei-o também a eles, porque esta
hão de medir a vós. é a lei e os profetas.
3 E por que reparas no argueiro 13 Entrai pela a porta estreita;
que está no olho do teu irmão, porque larga é a porta, e b espaçoso
mas não atentas para a trave que o caminho que conduz à destrui-
está no teu olho? ção, e muitos são os que entram
4 Ou, como dirás a teu irmão: por ela;
Deixa-me tirar o argueiro do teu 14 Porque estreita é a a porta e
olho — e eis que tens uma trave b 
apertado é o caminho que con-
no teu próprio olho? duz à vida; e c poucos são os que
5 Hipócrita, tira primeiro a a tra- a encontram.
ve do teu olho; e então enxergarás 15 Acautelai-vos dos a falsos pro-
claramente para tirar o argueiro fetas que vêm até vós vestidos
do olho do teu irmão. como ovelhas, mas interiormente
6 Não deis o que é a santo aos são lobos vorazes.
cães nem lanceis aos porcos as 16 Por seus frutos os conhe-
vossas pérolas, para que não as cereis. Colhem os homens uvas
pisem com os pés e, voltando-se, dos espinheiros ou figos dos
vos despedacem. abrolhos?
7  a Pedi e dar-se-vos-á; buscai 17 Assim, toda boa árvore pro-
e encontrareis; batei e ser-vos-á duz bons frutos; mas uma árvore
aberto. má produz frutos maus.
8 Porque todo aquele que pede, 18 Uma boa árvore não pode dar
14 1 a TJS Mt. 7:1–2 7 a 3 Né. 27:29. 14 a 2 Né. 9:41; 31:9, 17–18;
(Apêndice da Bíblia); GEE Oração. D&C 22.
Jo. 7:24. 12 a GEE Compaixão. b 1 Né. 8:20.
2 a Mórm. 8:19. 13 a Lc. 13:24; c 1 Né. 14:12.
5 a Jo. 8:3–11. 3 Né. 27:33. 15 a Jer. 23:21–32;
6 a GEE Santo (adjetivo). b D&C 132:25. 2 Né. 28:9, 12, 15.
3 NÉFI 14:19–15:4 510
maus frutos nem uma árvore má casa; e ela caiu, e foi grande a sua
dar frutos bons. queda.
19 Toda árvore que a não dá bom
fruto é cortada e lançada ao fogo. CAPÍTULO 15
20 Assim, pelos seus a frutos os
Jesus anuncia que a lei de Moisés se
conhecereis.
cumpriu Nele — Os nefitas são as ou-
21 Nem todo o que me diz: Se-
tras ovelhas de quem Ele falou em Je-
nhor, Senhor, entrará no reino do
rusalém — Por causa da iniquidade,
céu, mas aquele que faz a vontade
o povo do Senhor, em Jerusalém, não
de meu Pai que está no céu.
sabe das ovelhas dispersas de Israel.
22 Muitos me a dirão naquele dia:
Aproximadamente 34 d.C.
Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome e em teu nome E então aconteceu que após ter
não expulsamos demônios e em dito essas palavras, Jesus olhou
teu nome não fizemos muitas ma- para a multidão ao seu redor e
ravilhas? disse: Eis que ouvistes as coisas
23 E então lhes direi: Nunca vos que ensinei antes de subir para
a 
conheci; b apartai-vos de mim, vós meu Pai; portanto, todo aquele
que praticais a iniquidade. que se lembrar destas minhas pa-
24 Todo aquele, pois, que ouve lavras e a praticá-las, b levantá-lo-ei
estas minhas palavras e as prati- no último dia.
ca, eu o compararei a um homem 2 E aconteceu que após ter dito
prudente que edificou sua casa essas palavras, Jesus percebeu
sobre uma a rocha. que, entre eles, havia alguns que
25 E desceu a a chuva e chegaram se haviam maravilhado e pergun-
as enchentes e sopraram os ventos tavam-se o que desejava ele com
e combateram aquela casa; e ela respeito à a lei de Moisés; porque
b 
não caiu, porque estava edificada não compreendiam a afirmação
sobre uma rocha. de que as coisas antigas haviam
26 E todo aquele que ouve estas passado e todas as coisas haviam-
minhas palavras e não as cumpre se tornado novas.
será comparado a um homem im- 3 E ele disse-lhes: Não vos mara-
prudente que edificou a sua casa vilheis por ter eu declarado que as
sobre a a areia — coisas antigas passaram e todas as
27 E desceu a chuva, e chega- coisas tornaram-se novas.
ram as enchentes, e sopraram 4 E eis que vos digo que a a lei
os ventos, e combateram aquela dada a Moisés foi cumprida.
19 a Mt. 3:10; 23 a Mos. 5:13; 26:24–27. 15 1 a Tg. 1:22.
Al. 5:36–41; b Lc. 13:27. b 1 Né. 13:37;
D&C 97:7. 24 a GEE Rocha. D&C 5:35.
20 a Lc. 6:43–45; 25 a Al. 26:6; Hel. 5:12. 2 a GEE Lei de Moisés.
Morô. 7:5. b Prov. 12:7. 4 a Mos. 13:27–31;
22 a Al. 5:17. 26 a 3 Né. 11:40. 3 Né. 9:17–20.
511 3 NÉFI 15:5–21
5 Eis que eu sou aquele que deu
a 
que é um remanescente da casa
a lei e eu sou aquele que fez con- de a José.
vênio com meu povo, Israel; por- 13 E eis que esta é a a terra de
tanto, a lei se cumpre em mim, vossa herança; e o Pai vo-la deu.
porque eu vim para b cumprir a 14 E jamais me deu o Pai man-
lei; consequentemente, ela tem damento de que eu o a dissesse a
um fim. vossos irmãos de Jerusalém.
6 Eis que a não destruo os profe- 15 Nem jamais me deu o Pai
tas, porque todos os que não se mandamento de que eu lhes fa-
cumpriram em mim, em verdade lasse a respeito das a outras tribos
vos digo, serão todos cumpridos. da casa de Israel, que o Pai condu-
7 E porque vos disse que as coi- ziu para fora daquela terra.
sas antigas passaram, não anulo o 16 Somente isto me ordenou o
que foi dito a respeito das coisas Pai que lhes dissesse:
que estão para vir. 17 Que tenho outras ovelhas que
8 Porque eis que o a convênio não são deste aprisco; também
que fiz com meu povo ainda não devo conduzir estas e elas ouvirão
se cumpriu completamente; mas a minha voz e haverá um rebanho
a lei que foi dada a Moisés tem o e um a pastor.
seu termo em mim. 18 E agora, por causa de sua obs-
9 Eis que eu sou a a lei e a b luz. tinação e incredulidade, a não com-
Confiai em mim e perseverai até preenderam minha palavra; por-
o fim e c vivereis; porque àquele tanto, o Pai me ordenou que nada
que d perseverar até o fim, darei mais lhes dissesse a respeito disto.
vida eterna. 19 Mas em verdade vos digo que
10 Eis que vos dei os a manda- o Pai me ordenou e eu vos digo
mentos; portanto, guardai meus que fostes separados deles em vir-
mandamentos. E esta é a lei e os tude da iniquidade deles; portan-
profetas, porque eles em verdade to, é por causa de sua iniquidade
b 
testificaram de mim. que eles não sabem de vós.
11 E então aconteceu que de- 20 E em verdade vos digo outra
pois de haver proferido essas pa- vez que as outras tribos foram
lavras, Jesus disse aos doze que deles separadas pelo Pai; e é por
escolhera: causa de sua iniquidade que delas
12  Vós sois meus discípulos; nada sabem.
e sois uma luz para este povo, 21 E em verdade vos digo que
5 a 1 Cor. 10:1–4; b GEE Luz, Luz de Cristo. 13 a 1 Né. 18:22–23.
3 Né. 11:14. c Jo. 11:25; 14 a 3 Né. 5:20.
GEE Jeová. D&C 84:44. 15 a 3 Né. 16:1–4.
b Al. 34:13. d GEE Perseverar. GEE Israel — Dez tribos
6 a 3 Né. 23:1–5. 10 a 3 Né. 12:20. perdidas.
8 a 3 Né. 5:24–26. b Mos. 13:33. 17 a GEE Bom Pastor.
9 a 2 Né. 26:1. 12 a GEE José, Filho de Jacó. 18 a D&C 10:59.
3 NÉFI 15:22–16:5 512
sois aqueles de quem falei: Tenho que não são desta terra nem da
também a outras ovelhas que não terra de Jerusalém nem de qual-
são deste aprisco; também devo quer das partes daquela terra cir-
conduzir estas e elas ouvirão a cunvizinha, onde estive exercendo
minha voz e haverá um rebanho meu ministério.
e um pastor. 2 Porque esses a quem me refiro
22 E não me compreenderam, ainda não ouviram a minha voz;
porque pensaram que eu me re- nem a eles me manifestei pessoal-
feria aos a gentios; porque não mente em qualquer tempo.
compreenderam que os gentios 3 Mas recebi mandamento do Pai
seriam b convertidos por meio de de ir até a eles e de que ouçam a
sua pregação. minha voz e sejam contados com
23 E não me compreenderam minhas ovelhas, para que haja um
quando eu disse que elas ouvi- rebanho e um pastor; portanto, a
riam a minha voz; nem me com- eles me manifestarei.
preenderam quando disse que os 4 E ordeno-vos que escrevais
a 
gentios jamais ouviriam a minha estas a palavras depois que eu me
voz — que a eles não me mani- for, a fim de que, se meu povo em
festaria, a não ser pelo b Espírito Jerusalém — aqueles que me vi-
Santo. ram e estiveram comigo durante
24 Mas eis que vós ouvistes a meu ministério — não pedir ao
a 
minha voz e me vistes; e sois mi- Pai em meu nome para saber a
nhas ovelhas e sois contados com respeito de vós por meio do Es-
os que o Pai me b deu. pírito Santo, como também a res-
peito das outras tribos das quais
CAPÍTULO 16 nada sabem, que essas palavras
que ireis escrever sejam preser-
Jesus visitará outras das ovelhas per-
vadas e transmitidas aos b gentios,
didas de Israel — Nos últimos dias o
para que, por meio da plenitude
evangelho será levado aos gentios e,
dos gentios, o restante da poste-
depois, à casa de Israel — O povo do
ridade deles, que será espalhada
Senhor verá olho a olho quando Ele
sobre a face da Terra por causa de
trouxer novamente Sião. Aproxima-
sua incredulidade, possa ser reu-
damente 34 d.C.
nida, ou seja, venha a c conhecer-
E em verdade, em verdade vos me a mim, seu Redentor.
digo que tenho a outras ovelhas 5 Então os a reunirei das quatro
21 a Jo. 10:14–16. 3 Né. 16:1–5. 4 a GEE Escrituras.
22 a GEE Gentios. b Jo. 6:37; b 1 Né. 10:14;
b At. 10:34–48. D&C 27:14. 3 Né. 21:6.
23 a Mt. 15:24. 16 1 a 3 Né. 15:15. c Eze. 20:42–44;
b 1 Né. 10:11. GEE Israel — Dez 3 Né. 20:13.
GEE Espírito Santo. tribos perdidas. 5 a GEE Israel — Coligação
24 a Al. 5:38; 3 a 3 Né. 17:4. de Israel.
513 3 NÉFI 16:6–15
partes da Terra; e então cumpri- meu evangelho e a exaltarem-se
rei o b convênio que o Pai fez com por causa do orgulho de seu co-
todo o povo da c casa de Israel. ração sobre todas as nações e so-
6  E bem-aventurados são os bre todo o povo de toda a Terra;
a 
gentios por sua fé em mim por e estiverem cheios de toda sorte
meio do b Espírito Santo, o qual de mentiras e de enganos e de in-
lhes testifica de mim e do Pai. júrias; e toda sorte de hipocrisia e
7 Eis que por causa de sua fé em homícidios e b artimanhas sacerdo-
mim, diz o Pai, e por causa de vos- tais e libertinagens e abominações
sa incredulidade, ó casa de Israel, secretas; e se fizerem todas estas
a verdade chegará aos gentios nos coisas e rejeitarem a plenitude
a 
últimos dias, para que a plenitu- do meu evangelho, eis que, diz o
de destas coisas lhes seja dada a Pai, retirarei a plenitude do meu
conhecer. evangelho dentre eles.
8 Mas ai dos gentios incrédulos, 11 E então me a lembrarei do con-
diz o Pai — porque vieram sobre vênio que fiz com meu povo, ó
a face desta terra e a dispersaram casa de Israel, e levar-lhes-ei meu
o meu povo, que é da casa de Is- evangelho.
rael; e meu povo, que é da casa de 12 E mostrar-te-ei, ó casa de Is-
Israel, foi b expulso do meio deles rael, que os gentios não terão po-
e pisado por eles. der sobre ti; lembrar-me-ei, po-
9 E por causa da misericórdia do rém, de meu convênio contigo,
Pai para com os gentios e também ó casa de Israel, e terás a conheci-
dos julgamentos do Pai sobre meu mento da plenitude do meu evan-
povo, que é da casa de Israel, em gelho.
verdade, em verdade vos digo 13 Mas se os gentios se arrepen-
que, depois de tudo isto — e eu fiz derem e voltarem a mim, diz o
com que meu povo, que é da casa Pai, eis que serão a contados com
de Israel, fosse ferido e afligido e os de meu povo, ó casa de Israel.
a 
morto e expulso do meio deles; e 14 E não permitirei que meu
fosse por eles odiado e se tornasse povo, que é da casa de Israel, ande
objeto de escárnio e opróbrio — no meio deles e pise-os, diz o Pai.
10 E assim ordena o Pai que eu 15 Mas se eles não se voltarem
vos diga: No dia em que os gen- para mim e não derem ouvidos à
tios pecarem contra meu evan- minha voz, permitir-lhes-ei, sim,
gelho e rejeitarem a plenitude do permitirei que meu povo, ó casa
5 b 3 Né. 5:24–26. 7 a GEE Restauração do 11 a 3 Né. 21:1–11;
c 1 Né. 22:9; Evangelho. Mórm. 5:20.
3 Né. 21:26–29. 8 a 1 Né. 13:14; 12 a Hel. 15:12–13.
6 a 1 Né. 13:30–42; Mórm. 5:9, 15. 13 a Gál. 3:7, 29;
2 Né. 30:3. b 3 Né. 20:27–29. 1 Né. 15:13–17;
b 2 Né. 32:5; 9 a Amós 9:1–4. 2 Né. 10:18;
3 Né. 11:32, 35–36. 10 a Mórm. 8:35–41. 3 Né. 30:2;
GEE Espírito Santo. b 2 Né. 26:29. Abr. 2:9–11.
3 NÉFI 16:16–17:7 514
de Israel, ande no meio deles e depois de haver proferido estas
a 
pise-os; e serão como o sal que palavras, Jesus novamente olhou
perdeu o seu sabor e então para para a multidão que o rodeava e
mais nada serve, senão para ser disse-lhes: Eis que meu a tempo
jogado fora e ser pisado pelos pés está próximo.
do meu povo, ó casa de Israel. 2 Percebo que sois fracos, que
16 Em verdade, em verdade vos não podeis a compreender todas
digo que assim o Pai me orde- as palavras que o Pai me ordenou
nou — que a este povo eu desse que vos dissesse nesta ocasião.
esta terra por herança. 3 Portanto, ide para vossas ca-
17 E então serão cumpridas as sas, a meditai sobre as coisas que
a 
palavras do profeta Isaías, que eu disse e pedi ao Pai, em meu
dizem: nome, que as possais entender; e
18  a Tuas b sentinelas alçarão a b 
preparai a mente para c amanhã
voz; juntamente cantarão, por- e eu virei a vós outra vez.
que verão olho a olho quando o 4 Mas agora a vou para o Pai e
Senhor fizer com que Sião volte. vou também me b manifestar às
19 Exultai e juntamente cantai, c 
tribos perdidas de Israel, porque
lugares desolados de Jerusalém; não estão perdidas para o Pai,
porque o Senhor consolou o seu pois ele sabe para onde as levou.
povo e remiu a Jerusalém. 5 E aconteceu que depois de as-
20 O Senhor desnudou seu santo sim haver falado, Jesus olhou no-
braço perante os olhos de todas as vamente para a multidão que o
nações; e todos os confins da Terra cercava e viu que estavam em
verão a salvação de Deus. lágrimas e olhavam-no fixamen-
te, como se quisessem pedir-lhe
CAPÍTULO 17 que permanecesse um pouco mais
com eles.
Jesus instrui o povo a ponderar Suas
6 E ele disse-lhes: Eis que minhas
palavras e orar por entendimento —
entranhas estão cheias de a com-
Ele cura os doentes — Ora pelo povo,
paixão por vós.
usando uma linguagem que não pode
7 Tendes enfermos entre vós?
ser escrita — Anjos ministram entre
Trazei-os aqui. Há entre vós coxos
os pequeninos, que são circundados
ou cegos ou aleijados ou mutila-
por fogo. Aproximadamente 34 d.C.
dos ou leprosos ou atrofiados ou
Eis que então aconteceu que surdos ou pessoas que estejam
15 a Miq. 5:8–15; GEE Atalaia, Sentinela, b D&C 132:3.
3 Né. 20:16–19; Vigiar. c 3 Né. 19:2.
21:12–21; 17 1 a IE retornar ao Pai. Ver 4 a 3 Né. 18:39.
D&C 87:5. vers. 4. b 3 Né. 16:1–3.
17 a 3 Né. 20:11–12. 2 a Jo. 16:12; c GEE Israel — Dez tribos
18 a Isa. 52:8–10. D&C 78:17–18. perdidas.
b Eze. 33:1–7. 3 a GEE Ponderar. 6 a GEE Compaixão.
515 3 NÉFI 17:8–19
aflitas de algum modo? Trazei-os multidão que se a ajoelhasse no
aqui e eu os curarei, porque tenho chão.
compaixão de vós; minhas entra- 14 E aconteceu que depois de se
nhas estão cheias de misericórdia. terem todos ajoelhado no chão, Je-
8 Pois percebo que estais desejo- sus gemeu em seu íntimo e disse:
sos de que eu vos mostre o que fiz Pai, estou a angustiado em virtude
por vossos irmãos em Jerusalém; da iniquidade do povo da casa
pois vejo que vossa a fé é b suficien- de Israel.
te para que eu vos cure. 15 E depois de haver proferi-
9 E aconteceu que depois de ele do estas palavras, ele também se
haver assim falado, toda a mul- ajoelhou e eis que orou ao Pai; e
tidão, de comum acordo, adian- as coisas que disse em sua oração
tou-se com seus doentes e seus não podem ser escritas e a multi-
aflitos e seus coxos; e com seus dão que o ouviu deu testemunho.
cegos e com seus mudos e com 16 E desta forma testemunham:
todos aqueles que estavam aflitos Os a olhos jamais viram e os ou-
de qualquer forma; e ele a curou a vidos jamais ouviram, até agora,
todos, à medida que foram con- coisas tão grandes e maravilhosas
duzidos a sua presença. como as que vimos e ouvimos
10 E todos eles, tanto os que ha- Jesus dizer ao Pai;
viam sido curados como os que 17 E não há a língua que possa
eram sãos, prostraram-se a seus expressar nem homem que possa
pés e adoraram-no; e todos os escrever nem pode o coração dos
que puderam, dentre a multidão, homens conceber coisas tão gran-
a 
beijaram-lhe os pés, de modo que des e maravilhosas como as que
os banharam com suas lágrimas. vimos e ouvimos Jesus dizer; e
11 E aconteceu que ele ordenou ninguém pode calcular a extraor-
que as a criancinhas fossem leva- dinária alegria que nos encheu a
das a sua presença. alma na ocasião em que o vimos
12 Levaram, pois, suas crianci- orar por nós ao Pai.
nhas e colocaram-nas no chão, 18 E aconteceu que após haver
ao redor dele; e Jesus ficou no terminado a sua oração ao Pai,
meio; e a multidão cedeu espaço Jesus se levantou; mas tão gran-
até que todas as crianças fossem de era o a júbilo da multidão, que
levadas a ele. ficaram prostrados.
13 E aconteceu que após todas 19 E aconteceu que Jesus lhes
elas terem sido levadas — e Jesus falou e ordenou-lhes que se le-
estava no meio — ele ordenou à vantassem.
8 a Lc. 18:42. 10 a Lc. 7:38. 16 a Isa. 64:4;
b 2 Né. 27:23; 11 a Mt. 19:13–14; 1 Cor. 2:9;
Ét. 12:12. 3 Né. 26:14, 16. D&C 76:10, 114–119.
9 a Mos. 3:5; 13 a Lc. 22:41; At. 20:36. 17 a 2 Cor. 12:4.
3 Né. 26:15. 14 a Mois. 7:41. 18 a GEE Alegria.
3 NÉFI 17:20–18:8 516
20 E levantaram-se do chão e ele discípulos é dado poder para conferir
disse-lhes: Bem-aventurados sois o Espírito Santo. Aproximadamente
por causa de vossa fé. E agora, eis 34 d.C.
que é completa a minha alegria.
21 E depois de haver proferi- E aconteceu que Jesus ordenou
do estas palavras, ele a chorou e aos seus discípulos que lhe trou-
a multidão testificou isso; e pe- xessem a pão e vinho.
gou as criancinhas, uma a uma, 2 E enquanto foram buscar o pão
e b abençoou-as e orou por elas e o vinho, ele ordenou à multidão
ao Pai. que sentasse no chão.
22 E depois de haver feito isso, 3 E quando os discípulos che-
chorou de novo; garam com a pão e vinho, Jesus
23 E dirigindo-se à multidão, tomou do pão e partiu-o e aben-
disse-lhes: Olhai para vossas çoou-o; e deu a seus discípulos e
criancinhas. mandou que comessem.
24 E ao olharem, lançaram o 4 E quando eles acabaram de co-
olhar ao céu e viram os céus aber- mer e achavam-se fartos, mandou
tos e anjos descendo dos céus, que dessem à multidão.
como se estivessem no meio de 5 E depois que a multidão comeu
fogo; e eles desceram e a cercaram e fartou-se, disse ele aos discípu-
aqueles pequeninos e eles foram los: Eis que um dentre vós será
rodeados por fogo; e os anjos mi- ordenado e a ele eu darei poder
nistraram entre eles. para a partir o pão e abençoá-lo
25 E a multidão viu, ouviu e deu e distribuí-lo ao povo de minha
testemunho; e sabem que seu tes- igreja, a todos os que crerem e
temunho é verdadeiro, porque forem batizados em meu nome.
todos viram e ouviram, cada ho- 6 E sempre procurareis fazer isto
mem por si mesmo; e eram cer- tal como eu fiz, da mesma forma
ca de duas mil e quinhentas al- que eu parti o pão, abençoei-o e
mas, entre homens, mulheres e dei-o a vós.
crianças. 7 E isto fareis em a lembrança de
meu corpo, o qual vos mostrei. E
será um testemunho ao Pai de que
CAPÍTULO 18
vos lembrais sempre de mim. E se
Jesus institui o sacramento entre os lembrardes sempre de mim, tereis
nefitas — É-lhes ordenado orar sem- meu Espírito convosco.
pre em Seu nome — Os que indig- 8 E aconteceu que depois de ha-
namente comem Sua carne e bebem ver proferido estas palavras, orde-
Seu sangue são condenados — Aos nou aos discípulos que tomassem
21 a Jo. 11:35. 18 1 a Mt. 26:26–28. 7 a Morô. 4:3.
b Mc. 10:14–16. 3 a GEE Sacramento.
24 a Hel. 5:23–24, 43–45. 5 a Morô. 4.
517 3 NÉFI 18:9–21
do vinho do cálice, bebessem-no do inferno já estão abertas para
e dessem-no também à multidão recebê-los.
para bebê-lo. 14 Portanto, bem-aventurados
9 E aconteceu que eles assim pro- sois se guardardes meus manda-
cederam e beberam dele e farta- mentos, que o Pai me ordenou
ram-se; e deram à multidão e eles que vos desse.
beberam e fartaram-se. 15 Em verdade, em verdade vos
10 E depois de haverem os discí- digo que deveis vigiar e a orar
pulos feito isso, Jesus disse-lhes: sempre, para que não sejais ten-
Bem-aventurados sois por isto tados pelo diabo e levados cativos
que fizestes, porque isto cumpre por ele.
meus mandamentos e testifica ao 16 E da mesma forma que orei
Pai que tendes o desejo de fazer o entre vós, assim orareis na minha
que vos ordenei. igreja entre o meu povo que se
11 E isto fareis sempre a todos arrepende e é batizado em meu
os que se arrependerem e forem nome. Eis que eu sou a a luz; eu
batizados em meu nome; e o fa- dei-vos o b exemplo.
reis em lembrança do meu sangue 17 E aconteceu que depois de ha-
que derramei por vós, a fim de ver dirigido estas palavras a seus
que testifiqueis ao Pai que sem- discípulos, Jesus voltou-se para a
pre vos lembrais de mim. E se vos multidão e disse:
lembrardes sempre de mim, tereis 18 Eis que em verdade, em ver-
o meu Espírito convosco. dade vos digo que deveis vigiar e
12 E dou-vos um mandamento orar sempre para não cairdes em
de que façais estas coisas. E fazen- tentação; porque a Satanás deseja
do sempre estas coisas, abençoa- ter-vos para vos peneirar como
dos sois, porque estais edificados trigo.
sobre a minha a rocha. 19 Portanto, deveis sempre orar
13 Mas todos aqueles dentre ao Pai em meu nome.
vós que fizerem mais ou me- 20 E a tudo quanto pedirdes ao
nos do que isto não estão edifi- Pai em meu nome, que seja justo,
cados sobre a minha rocha, mas acreditando que recebereis, eis
edificados sobre um alicerce de que vos será dado.
areia; e quando as chuvas des- 21 a Orai ao Pai no seio de vossa
cerem e as inundações chegarem família, sempre em meu nome,
e os ventos soprarem e baterem a fim de que vossas mulheres e
contra eles, a cairão; e as b portas vossos filhos sejam abençoados.
12 a GEE Rocha. b GEE Jesus Cristo — 20 a Mt. 21:22;
13 a GEE Apostasia. Exemplo de Jesus Hel. 10:5;
b 3 Né. 11:39. Cristo. Morô. 7:26;
15 a Al. 34:17–27. 18 a Lc. 22:31; D&C 88:63–65.
GEE Oração. 2 Né. 2:17–18; 21 a Al. 34:21.
16 a GEE Luz, Luz de Cristo. D&C 10:22–27.
3 NÉFI 18:22–32 518
22 E eis que vos reunireis com mandamento que vos dou: não
frequência; e a ninguém proibi- permitireis, sabendo-o, que al-
reis que se chegue a vós quando guém a participe b indignamente
vos reunirdes, mas permitireis da minha carne e do meu sangue
que se cheguem a vós e não lhes quando os administrardes.
proibireis. 29 Porque todo aquele que come
23 Mas a orareis por eles e não os e bebe da minha carne e do meu
expulsareis; e se acontecer que se a 
sangue b indignamente, come e
cheguem a vós frequentemente, bebe condenação para sua alma;
orareis por eles ao Pai, em meu portanto, se souberdes que um
nome. homem é indigno de comer e be-
24 Portanto, levantai vossa a luz ber da minha carne e do meu san-
para que brilhe perante o mundo. gue, vós lho proibireis.
Eis que eu sou a b luz que levanta- 30 Não obstante, não o a expul-
reis — aquilo que me vistes fazer. sareis de vosso meio, mas ensiná-
Eis que vistes que eu orei ao Pai; e lo-eis e rogareis por ele ao Pai em
vós todos o testemunhastes. meu nome; e se ele se arrepender
25 E vistes que eu mandei que e for batizado em meu nome, vós
a 
nenhum de vós se afastasse, mas então o recebereis e administrar-
ordenei que viésseis a mim para lhe-eis da minha carne e do meu
que vísseis e b sentísseis; e da mes- sangue.
ma forma fareis ao mundo; e todo 31 Mas se ele não se arrepen-
aquele que quebrar este manda- der, não será contado com o meu
mento ficará sujeito a cair em ten- povo, a fim de não destruir meu
tação. povo; porque eis que conheço a mi-
26 E então aconteceu que depois nhas ovelhas e elas estão conta-
de haver proferido estas palavras, das.
Jesus novamente voltou os olhos 32 Não obstante, não o expulsa-
para os discípulos que havia es- reis de vossas sinagogas nem de
colhido e disse-lhes: vossos lugares de adoração, pois
27 Eis que em verdade, em ver- junto a esses deveis continuar a
dade vos digo que vos dou ou- ministrar; porque não sabeis se
tro mandamento; e depois devo eles irão voltar e arrepender-se e
ir para o a Pai, a fim de cumprir vir a mim com toda a sincerida-
b 
outros mandamentos que ele me de de coração e eu irei a curá-los;
deu. e sereis vós o meio de levar-lhes
28  E agora, eis que este é o salvação.
23 a 3 Né. 18:30. o Pai. b D&C 46:4.
24 a Mt. 5:16. b 3 Né. 16:1–3. 30 a D&C 46:3.
b Mos. 16:9. 28 a 1 Cor. 11:27–30. 31 a Jo. 10:14; Al. 5:38;
25 a Al. 5:33. b Mórm. 9:29. 3 Né. 15:24.
b 3 Né. 11:14–17. 29 a GEE Sacramento; 32 a 3 Né. 9:13–14;
27 a GEE Trindade — Deus, Sangue. D&C 112:13.
519 3 NÉFI 18:33–19:4
33 Portanto, conservai na lem- CAPÍTULO 19
brança estas palavras que eu vos
Os doze discípulos ministram entre
disse, a fim de que não incorrais
o povo e oram para receber o Espí-
em a condenação; porque ai da-
rito Santo — Os discípulos são ba-
quele que for condenado pelo Pai.
tizados, recebem o Espírito Santo e
34 E dou-vos estes mandamen-
o ministério de anjos — Jesus ora,
tos em virtude das disputas havi-
usando palavras que não podem ser
das entre vós. E bem-aventurados
escritas — Ele testifica sobre a fé su-
sereis se não houver a disputas
mamente grande desses nefitas. Apro-
entre vós.
ximadamente 34 d.C.
35 E agora vou para o Pai, por-
que convém que eu vá para o Pai, E então aconteceu que depois de
a 
por amor a vós. haver Jesus subido ao céu, a mul-
36 E aconteceu que depois de tidão dispersou-se e cada homem,
haver proferido estas palavras, acompanhado de sua mulher e de
Jesus tocou com a a mão os b dis- seus filhos, voltou para sua casa.
cípulos que escolhera, um a um, 2 E imediatamente se espalhou
até ter tocado todos; e falava-lhes entre o povo, ainda antes do anoi-
enquanto os tocava. tecer, a notícia de que a multidão
37 E a multidão não ouviu as vira Jesus e de que ele ministrara
palavras que ele disse, portanto, entre eles; e de que também apa-
não deram testemunho. Os discí- receria à multidão no dia seguinte.
pulos, porém, testificaram que ele 3 Sim, e mesmo durante toda a
lhes deu a poder para conferirem o noite espalhou-se a notícia con-
b 
Espírito Santo. E mostrar-vos-ei cernente a Jesus; e a tal ponto se
mais adiante que esse testemunho espalhou que houve muitos, sim,
é verdadeiro. grande foi o número dos que labu-
38 E aconteceu que depois de taram afanosamente toda aquela
Jesus haver tocado a todos, apa- noite, a fim de poderem estar, na
receu uma a nuvem e cobriu a mul- manhã seguinte, no lugar onde
tidão, de modo que eles não po- Jesus apareceria à multidão.
diam ver Jesus. 4 E aconteceu que na manhã se-
39 E enquanto estavam assim guinte, quando a multidão estava
cobertos, ele partiu do meio deles reunida, eis que Néfi e seu irmão,
e subiu aos céus. E os discípulos a quem ele levantara dos mortos e
viram e testificaram que ele nova- cujo nome era Timóteo, e também
mente subiu aos céus. seu filho, cujo nome era Jonas, e
também Matôni e Matonia, seu
33 a GEE Condenação, Morô. 7:27–28; 3 Né. 19:4.
Condenar. D&C 29:5. 37 a GEE Poder.
34 a 3 Né. 11:28–30. 36 a GEE Mãos, Imposição b GEE Dom do Espírito
35 a 1 Jo. 2:1; de. Santo.
2 Né. 2:9; b 1 Né. 12:7; 38 a Êx. 19:9, 16.
3 NÉFI 19:5–22 520
irmão; e Cumen e Cumenôni e da água, o Espírito Santo desceu
Jeremias e Semnon e Jonas e Ze- sobre eles e ficaram cheios do b Es-
dequias e Isaías — ora, estes eram pírito Santo e fogo.
os nomes dos discípulos que Je- 14 E eis que eles foram a envoltos,
sus escolhera — e aconteceu que como que por fogo; e o fogo des-
se adiantaram e puseram-se no ceu dos céus e a multidão teste-
meio da multidão. munhou-o e testificou-o; e desce-
5 E eis que a multidão era tão ram anjos dos céus e ministraram
grande que eles fizeram com que entre eles.
fosse separada em doze grupos. 15 E aconteceu que enquanto os
6 E os doze ensinaram a multi- anjos ministraram entre os dis-
dão; e eis que fizeram com que a cípulos, eis que Jesus se pôs no
multidão se ajoelhasse por terra e meio deles e instruiu-os e minis-
orasse ao Pai em nome de Jesus. trou entre eles.
7 E os discípulos também ora- 16 E aconteceu que ele falou à
ram ao Pai em nome de Jesus. E multidão, ordenando-lhes que
aconteceu que se levantaram e se ajoelhassem novamente e que
ministraram entre o povo. se ajoelhassem também os seus
8 E depois de haverem ensinado discípulos.
aquelas mesmas palavras que Je- 17 E aconteceu que depois de se
sus dissera — em nada variando terem todos ajoelhado, ordenou a
das palavras que Jesus proferi- seus discípulos que orassem.
ra — eis que se ajoelharam nova- 18 E eis que eles começaram a
mente e oraram ao Pai em nome orar; e oraram a Jesus, chaman-
de Jesus. do-o seu Senhor e seu Deus.
9 E oraram por aquilo que mais 19 E aconteceu que Jesus se afas-
desejavam; e desejavam que o tou um pouco do meio deles e,
a 
Espírito Santo lhes fosse dado. inclinando-se até a terra, disse:
10 E depois de haverem assim 20 Pai, graças te dou por teres
orado, desceram às margens conferido o Espírito Santo a es-
da água, acompanhados pela tes que escolhi; e é por causa de
multidão. sua crença em mim que os escolhi
11 E aconteceu que Néfi entrou dentre o mundo.
a 
na água e foi batizado. 21 Pai, rogo-te que dês o Espírito
12 E ele saiu da água e começou Santo a todos os que crerem em
a batizar. E batizou todos aqueles suas palavras.
que Jesus escolhera. 22 Pai, deste-lhes o Espírito San-
13 E aconteceu que depois de to- to porque creem em mim; e vês
dos terem sido a batizados e saído que creem em mim, porque os
19 9 a 3 Né. 9:20. b 3 Né. 12:2; Santo.
11 a 3 Né. 11:23. Mórm. 7:10. 14 a Hel. 5:23–24, 43–45;
13 a GEE Batismo, Batizar. GEE Dom do Espírito 3 Né. 17:24.
521 3 NÉFI 19:23–35
ouves; e eles oram a mim; e oram sejam purificados em mim pela fé
a mim porque estou com eles. em suas palavras, assim como eles
23 E agora, Pai, rogo-te por eles são purificados em mim.
e também por todos os que cre- 29 Pai, não rogo pelo mundo,
rem em suas palavras, para que mas por aqueles que tu me deste
creiam em mim a fim de que eu a 
do mundo por causa de sua fé,
esteja neles, a como tu, Pai, estás para que sejam purificados em
em mim, para que sejamos b um. mim e para que eu esteja neles,
24 E aconteceu que depois de como tu, Pai, estás em mim, para
haver assim orado ao Pai, Jesus que sejamos um, para que eu seja
aproximou-se dos discípulos e glorificado neles.
eis que continuavam orando a 30 E depois de haver proferido
ele, sem cessar; e não a repetiam estas palavras, Jesus voltou no-
muitas palavras, porque lhes era vamente para junto de seus dis-
manifestado o que deviam b dizer cípulos; e eis que oravam a ele
e estavam cheios de anelo. firmemente e sem cessar; e nova-
25  E aconteceu que Jesus os mente lhes sorriu; e eis que esta-
abençoou enquanto oravam a ele; vam a brancos como Jesus.
e seu rosto sorriu-lhes e a luz de 31 E aconteceu que ele tornou a
seu a semblante iluminou-os; e eis afastar-se um pouco e orou ao Pai;
que se tornaram b brancos como o 32 E a língua não pode exprimir
semblante e as vestes de Jesus; e as palavras com que ele orou nem
eis que sua brancura excedia toda podem ser a escritas pelo homem
brancura, sim, não poderia haver as palavras com que ele orou.
coisa alguma na Terra tão branca 33 E a multidão ouviu e dá teste-
como sua brancura. munho; e abriu-se-lhes o coração
26 E disse-lhes Jesus: Continuai e compreenderam, no coração, as
a orar; e não cessaram de orar. palavras com que ele orou.
27 E tornando a afastar-se um 34 Não obstante, tão extraordi-
pouco deles, Jesus inclinou-se até nárias e maravilhosas foram as
a terra; e orou novamente ao Pai, palavras com que ele orou, que
dizendo: não podem ser escritas nem po-
28 Pai, dou-te graças por teres dem ser a proferidas pelo homem.
a 
purificado aqueles a quem esco- 35 E aconteceu que quando aca-
lhi por causa de sua fé; e rogo por bou de orar, Jesus voltou nova-
eles e também por aqueles que mente para os discípulos e dis-
crerem em suas palavras, para que se-lhes: Tão grande a fé eu nunca
23 a 3 Né. 9:15. b GEE Transfiguração — 29 a Jo. 17:6.
b Jo. 17:21–23. Seres transfigurados. 30 a Mt. 17:2.
GEE Unidade. 28 a Morô. 7:48; 32 a D&C 76:116.
24 a Mt. 6:7. D&C 50:28–29; 34 a 2 Cor. 12:4;
b D&C 46:30. 88:74–75. 3 Né. 17:17.
25 a Núm. 6:23–27. GEE Pureza, Puro. 35 a GEE Fé.
3 NÉFI 19:36–20:13 522
vi entre todos os judeus; por isso para beber e ordenou que dessem
não lhes pude mostrar tão gran- à multidão.
des milagres, por causa de sua 6 Ora, nem os discípulos nem
b 
incredulidade. a multidão haviam levado a pão
36 Em verdade vos digo que ne- ou vinho;
nhum deles viu coisas tão gran- 7 Mas ele verdadeiramente lhes
diosas como as que vistes nem a 
deu pão para comer e vinho para
ouviu coisas tão grandiosas como beber.
as que ouvistes. 8 E disse-lhes: Aquele que a come
este pão, come do meu corpo para
CAPÍTULO 20 a sua alma; e aquele que bebe des-
te vinho, bebe do meu sangue
Jesus milagrosamente provê pão e
para a sua alma; e sua alma nun-
vinho e torna a administrar o sacra-
ca terá fome nem sede, mas ficará
mento ao povo — Os remanescentes
satisfeita.
de Jacó conhecerão o Senhor seu Deus
9 Ora, depois de toda a multidão
e herdarão as Américas — Jesus é o
ter comido e bebido, eis que fica-
profeta semelhante a Moisés e os ne-
ram cheios do Espírito; e clama-
fitas são filhos dos profetas — Outros
ram a uma só voz e deram glória
do povo do Senhor serão reunidos em
a Jesus, a quem viram e ouviram.
Jerusalém. Aproximadamente 34 d.C.
10 E aconteceu que depois de to-
E aconteceu que ele ordenou à dos terem dado glória a Jesus, ele
multidão e também a seus discí- disse-lhes: Eis que agora cumpro
pulos que cessassem de orar. E o mandamento que o Pai me deu,
ordenou que não cessassem de concernente a este povo, que é um
a 
orar em seu coração. remanescente da casa de Israel.
2 E ordenou-lhes que se levan- 11 Vós vos lembrais de que eu
tassem e ficassem de pé. E levan- vos falei e disse que quando as
taram-se e ficaram de pé. a 
palavras de b Isaías fossem cum-
3 E aconteceu que ele novamen- pridas — eis que elas estão escri-
te partiu o pão e abençoou-o e tas e vós as tendes perante vós;
deu-o aos discípulos, para que portanto, examinai-as —
comessem. 12 Em verdade, em verdade vos
4 E depois de haverem comido, digo que quando elas forem cum-
ordenou-lhes que partissem o pão pridas, cumprir-se-á então o a con-
e dessem-no à multidão. vênio que o Pai fez com seu povo,
5 E depois de terem dado à mul- ó casa de Israel.
tidão, ele também lhes deu vinho 13 E então os a remanescentes que
35 b Mt. 13:58. 7 a Jo. 6:9–14. b 2 Né. 25:1–5;
GEE Incredulidade. 8 a Jo. 6:50–58; Mórm. 8:23.
20 1 a 2 Né. 32:9; 3 Né. 18:7. 12 a 3 Né. 15:7–8.
Mos. 24:12. GEE Sacramento. 13 a 3 Né. 16:11–12; 21:2–7.
6 a Mt. 14:19–21. 11 a 3 Né. 16:17–20; 23:1–3.
523 3 NÉFI 20:14–25
estiverem dispersos pela face da
b 
bens, ao Senhor de toda a Terra.
Terra serão c reunidos do leste e E eis que eu sou aquele que o faz.
do oeste, do sul e do norte; e te- 20 E acontecerá, diz o Pai, que a
rão d conhecimento do Senhor seu a 
espada de minha justiça penderá
Deus que os redimiu. sobre eles nesse dia; e a não ser
14 E o Pai ordenou-me que vos que se arrependam, ela cairá sobre
desse esta a terra por herança. eles, diz o Pai, sim, sobre todas as
15 E digo-vos que se os gentios nações dos gentios.
não se a arrependerem depois da 21 E acontecerá que eu estabele-
bênção que receberão após have- cerei meu a povo, ó casa de Israel!
rem dispersado meu povo — 22 E eis que estabelecerei este
16 Então vós, que sois um rema- povo nesta terra, em cumprimen-
nescente da casa de Jacó, ireis para to ao a convênio que fiz com Jacó,
o meio deles; e estareis no meio vosso pai, e será uma b Nova Jeru-
deles, que serão muitos; e sereis salém. E os poderes dos céus esta-
entre eles como o leão entre os rão no meio deste povo, sim, até
animais da floresta ou como um c 
eu estarei no meio de vós.
filho de a leão entre os rebanhos 23  Eis que eu sou aquele de
de ovelhas que, se passa no meio, quem Moisés falou, dizendo: O
b 
pisa-as e despedaça-as e ninguém Senhor vosso Deus levantará para
as pode livrar. vós, dentre vossos irmãos, a um
17 Tua mão será levantada con- profeta semelhante a mim; ouvi-
tra teus adversários e todos os lo-eis em todas as coisas que ele
teus inimigos serão dizimados. vos disser. E acontecerá que toda
18 E eu a reunirei meu povo como alma que não quiser ouvir esse
um homem reúne seus feixes na profeta será afastada do meio do
eira. povo.
19  Pois farei meu povo, com 24 Em verdade vos digo, sim, e
quem o Pai fez convênio, sim, fa- a 
todos os profetas, desde Samuel
rei de ferro os teus a chifres e farei e os que vieram depois, todos os
de bronze os teus cascos; e esmiu- que falaram, deram testemunho
çarás muitos povos; e o seu ganho de mim.
eu consagrarei ao Senhor e, seus 25 E eis que vós sois os filhos dos
13 b GEE Israel — Dispersão 3 Né. 16:14–15; 21:12. GEE Nova Jerusalém.
de Israel. 18 a
Miq. 4:12. c Isa. 59:20–21;
c GEE Israel — Coligação 19 a
Miq. 4:13. Mal. 3:1;
de Israel. 20 a
3 Né. 29:4. 3 Né. 24:1.
d 3 Né. 16:4–5. 21 a
3 Né. 16:8–15. 23 a Deut. 18:15–19;
14 a GEE Terra da 22 a
Gên. 49:22–26; At. 3:22–23;
Promissão. D&C 57:2–3. 1 Né. 22:20–21.
15 a 3 Né. 16:10–14. b Isa. 2:2–5; 24 a At. 3:24–26;
16 a Mórm. 5:24; 3 Né. 21:23–24; 1 Né. 10:5;
D&C 19:27. Ét. 13:1–12; Jacó 7:11.
b Miq. 5:8–9; D&C 84:2–4.
3 NÉFI 20:26–37 524
profetas; e vós sois da casa de Is- em meu próprio e devido tempo,
rael; e vós sois do a convênio que que novamente lhes daria a c terra
o Pai fez com vossos antepassa- de seus pais como herança, a qual
dos, dizendo a Abraão: E b em tua é a terra de d Jerusalém, terra que
semente serão benditas todas as lhes foi prometida para sempre,
famílias da Terra. diz o Pai.
26 O Pai ressuscitou-me para vir 30 E eis que chegará o dia em
primeiramente a vós e enviou-me que a plenitude do meu evange-
para abençoar-vos, a desviando lho lhes será pregada.
cada um de vós de vossas iniqui- 31 E a crerão em mim, que eu sou
dades; e isto porque sois os filhos Jesus Cristo, o Filho de Deus; e
do convênio — orarão ao Pai em meu nome.
27 E depois que tiverdes sido 32 Então suas a sentinelas alçarão
abençoados, então o Pai cumprirá a voz e juntamente cantarão; por-
o convênio que fez com Abraão, que verão olho a olho.
dizendo: a Em tua semente serão 33 Então o Pai os reunirá no-
benditas todas as famílias da Ter- vamente e dar-lhes-á Jerusalém
ra — com o derramamento do Es- como terra de sua herança.
pírito Santo sobre os gentios, por 34 Então, rejubilar-se-ão — a Can-
meu intermédio, bênção essa que tai juntamente, lugares desolados
fará com que os b gentios se tor- de Jerusalém; porque o Pai conso-
nem mais fortes que todos, a pon- lou o seu povo, remiu a Jerusalém!
to de dispersarem o meu povo, ó 35 O Pai desnudou seu santo
casa de Israel. braço perante os olhos de todas
28 E eles serão como um a açoi- as nações; e todos os confins da
te para o povo desta terra. Não Terra verão a salvação do Pai; e o
obstante, quando tiverem rece- Pai e eu somos um.
bido a plenitude do meu evan- 36 E então acontecerá o que está
gelho, se então endurecerem o escrito: a Desperta, desperta outra
coração contra mim, farei com vez, veste-te da tua fortaleza, ó
que suas iniquidades lhes caiam Sião; veste-te dos teus vestidos
sobre a própria cabeça, diz formosos, ó Jerusalém, cidade
o Pai. santa; porque nunca mais entra-
29 E a lembrar-me-ei do convênio rá em ti nem incircunciso nem
que fiz com meu povo; e com eles imundo!
fiz o convênio de que os b reuniria 37 Sacode-te do pó; levanta-te e
25 a GEE Convênio 28 a 3 Né. 16:8–9. 32 a Isa. 52:8;
Abraâmico. 29 a Isa. 44:21; 3 Né. 16:18–20.
b Gên. 12:1–3; 22:18. 3 Né. 16:11–12. GEE Atalaia, Sentinela,
26 a Prov. 16:6. b GEE Israel — Coligação Vigiar.
27 a Gál. 3:8; de Israel. 34 a Isa. 52:9.
2 Né. 29:14; c Amós 9:14–15. 36 a Isa. 52:1–3;
Abr. 2:9. d GEE Jerusalém. D&C 113:7–10.
b 3 Né. 16:6–7. 31 a 3 Né. 5:21–26; 21:26–29. GEE Sião.
525 3 NÉFI 20:38–21:2
assenta-te, ó Jerusalém: solta-te lhes foi anunciado, verão; e aquilo
das ligaduras de teu pescoço, ó que não ouviram, considerarão.
cativa filha de Sião. 46 Em verdade, em verdade vos
38 Pois assim diz o Senhor: Por digo que todas essas coisas segu-
nada vos vendestes e sem dinhei- ramente hão de acontecer, assim
ro sereis resgatados. como o Pai me ordenou. Então
39 Em verdade, em verdade vos este convênio que o Pai fez com
digo que meu povo conhecerá seu povo será cumprido; e então
meu nome; sim, naquele dia sa- a 
Jerusalém será novamente habi-
berão que eu sou o que fala. tada por meu povo e será a terra
40 E então eles dirão: a Quão be- de sua herança.
los são sobre os montes os pés do
que anuncia boas novas, que b pro- CAPÍTULO 21
clama a paz, que anuncia o bem,
Israel será reunida quando o Livro
que proclama a salvação; que diz
de Mórmon aparecer — Os gentios
a Sião: O teu Deus reina!
serão estabelecidos na América como
41 E então um grito soará: a Re-
um povo livre — Eles serão salvos se
tirai-vos, retirai-vos, saí daí, não
crerem e obedecerem; caso contrário,
toqueis em coisa b imunda; saí do
serão afastados e destruídos — Israel
meio dela; c purificai-vos, os que
construirá a Nova Jerusalém e as tri-
levais os vasos do Senhor!
bos perdidas retornarão. Aproxima-
42 Porque a não saireis apressa-
damente 34 d.C.
damente nem vos ireis fugindo;
pois o Senhor irá diante de vós Em verdade vos digo que vos dou
e o Deus de Israel será a vossa um sinal, a fim de que saibais a
retaguarda. a 
hora em que estas coisas estarão
43 Eis que o meu servo operará prestes a suceder — quando, de
com prudência; será exaltado e sua longa dispersão, reunirei meu
louvado e posto nas alturas. povo, ó casa de Israel, e estabele-
44  Como pasmaram muitos cerei novamente no meio deles
à vista de ti — seu parecer es- minha Sião.
tava tão desfigurado, mais do 2 E eis que isto é o que vos darei
que qualquer homem; e sua fi- por sinal — pois em verdade vos
gura, mais do que os filhos dos digo que quando estas coisas que
homens — vos declaro e que declararei daqui
45 Assim a borrifará muitas na- por diante, por mim mesmo e pelo
ções; os reis fecharão a boca por poder do Espírito Santo que vos
causa dele, porque aquilo que não será dado pelo Pai, forem levadas
40 a Isa. 52:7; 1 Né. 13:37. 45 a Isa. 52:15.
Naum 1:15; 41 a Isa. 52:11–15. 46 a Ét. 13:5, 11.
Mos. 15:13–18; b GEE Limpo e Imundo. 21 1 a GEE Últimos Dias.
D&C 128:19. c D&C 133:5.
b Mc. 13:10; 42 a 3 Né. 21:29.
3 NÉFI 21:3–11 526
ao conhecimento dos gentios para de que sejam contados com meu
b 

que tenham conhecimento deste povo, ó casa de Israel;


povo, que é um remanescente da 7 E quando estas coisas acon-
casa de Jacó, e deste meu povo, tecerem e tua a semente começar
que será disperso por eles; a conhecer estas coisas, será um
3 Em verdade, em verdade vos sinal para eles, a fim de que sai-
digo que quando a estas coisas che- bam que a obra do Pai já começou,
garem ao seu conhecimento, pelo para que se cumpra o convênio
Pai, e vierem do Pai para vós, por feito com o povo que é da casa
intermédio deles; de Israel.
4 Pois é sabedoria do Pai que 8  E quando esse dia chegar,
eles se estabeleçam nesta terra acontecerá que reis fecharão a
como um a povo livre, pelo poder boca, pois verão o que não lhes
do Pai, para que estas coisas che- fora contado e considerarão o que
guem por meio deles a um rema- não tinham ouvido.
nescente de vossa posteridade, a 9 Porque naquele dia, por amor
fim de que se cumpra o b convênio a mim, fará o Pai uma a obra que
que o Pai fez com seu povo, ó casa será grande e maravilhosa no
de Israel; meio deles; e haverá entre eles
5 Portanto, quando estas obras quem nela não creia, embora um
e as obras que se irão realizar de homem lha declare.
agora em diante entre vós forem 10 Mas eis que a vida do meu
transmitidas a pelos gentios a vos- servo estará em minha mão; por-
sa b semente, a qual degenerará tanto, não lhe farão mal, ainda
na incredulidade, por causa da que seja a desfigurado por causa
iniquidade; deles. Não obstante, curá-lo-ei,
6 Pois assim convém ao Pai que pois mostrar-lhes-ei que b minha
isso seja transmitido pelos a gen- sabedoria é maior que a astúcia
tios, a fim de que ele mostre seu do diabo.
poder aos gentios, para que os 11  Portanto, acontecerá que
gentios, caso não endureçam o todo aquele que não crer em mi-
coração, arrependam-se e venham nhas palavras — eu que sou Jesus
a mim e sejam batizados em meu Cristo — as quais o Pai fará com
nome e conheçam os verdadeiros que a ele leve aos gentios e dar-
pontos de minha doutrina, a fim lhe-á poder para levá-las aos
3 a Ét. 4:17; Mórm. 5:15; 9 a Isa. 29:14;
JS—H 1:34–36. D&C 3:18–19. At. 13:41;
4 a 1 Né. 13:17–19; 6 a 1 Né. 10:14; 1 Né. 22:8.
D&C 101:77–80. Jacó 5:54; GEE Restauração do
b Mórm. 5:20. 3 Né. 16:4–7. Evangelho.
GEE Convênio b Gál. 3:7, 29; 10 a D&C 135:1–3.
Abraâmico. 3 Né. 16:13; b D&C 10:43.
5 a 3 Né. 26:8. Abr. 2:9–11. 11 a 2 Né. 3:6–15;
b 2 Né. 30:4–5; 7 a 3 Né. 5:21–26. Mórm. 8:16, 25.
527 3 NÉFI 21:12–26
gentios (o que será feito segundo sacerdotais e libertinagens ter-
o que disse Moisés), será b afasta- minarão.
do do seio de meu povo, que é do 20 Porque acontecerá, diz o Pai,
convênio. que nesse dia todo aquele que não
12 E meu povo, que é um rema- se arrepender e não vier ao meu
nescente de Jacó, estará entre os Filho Amado, eu o tirarei do meio
gentios, sim, no meio deles, como de meu povo, ó casa de Israel!
um leão entre os animais da flo- 21 E executarei minha vingança
resta, como um filho de a leão en- e exercerei meu furor sobre eles,
tre os rebanhos de ovelhas que, se assim como sobre os pagãos, de
passa no meio, b pisa-as e despe- um modo como nunca ouviram.
daça-as e ninguém as pode livrar. 22 Mas caso se arrependam e
13 Sua mão será levantada con- deem ouvidos às minhas palavras,
tra os seus adversários e todos os e não endureçam o seu coração,
seus inimigos serão mortos. entre eles a estabelecerei a minha
14 Sim, ai dos gentios, caso não igreja, e eles farão parte do convê-
se a arrependam; porque acontece- nio e serão b contados com este, o
rá naquele dia, diz o Pai, que eu remanescente de Jacó, a quem dei
tirarei teus cavalos do meio de ti esta terra como herança.
e destruirei teus carros; 23 E ajudarão meu povo, o re-
15 E arrasarei as cidades de tua manescente de Jacó, e também
terra e derrubarei todas as tuas quantos vierem da casa de Israel,
fortalezas; a construir uma cidade que será
16 E exterminarei de tua terra chamada a Nova Jerusalém.
as feitiçarias e não terás mais adi- 24 E então ajudarão meu povo,
vinhos; que está disperso por toda a face
17 Tuas a imagens gravadas eu da terra, a coligar-se na Nova Je-
também extirparei; e tuas estátuas rusalém.
tirarei do meio de ti e não mais 25 E então o a poder dos céus des-
adorarás a obra de tuas mãos; cerá no meio deles; e b eu também
18 E arrancarei os teus bosques estarei no meio.
do meio de ti; e assim destruirei 26 E nesse dia começará a obra
as tuas cidades. do Pai, quando este evangelho for
19 E acontecerá que todas as pregado aos remanescentes deste
a 
mentiras e embustes e inve- povo. Em verdade vos digo que
jas e discórdias e artimanhas nesse dia a obra do Pai a começará
11 b D&C 1:14. D&C 1:16. Ét. 13:1–12.
12 a Miq. 5:8–15; GEE Idolatria. GEE Nova Jerusalém.
3 Né. 20:16. 19 a 3 Né. 30:2. 25 a 1 Né. 13:37.
b 3 Né. 16:13–15. 22 a GEE Dispensação. b Isa. 2:2–4;
14 a 2 Né. 10:18; 33:9. b 2 Né. 10:18–19; 3 Né. 24:1.
17 a Êx. 20:3–4; 3 Né. 16:13. 26 a 1 Né. 14:17;
Mos. 13:12–13; 23 a 3 Né. 20:22; 3 Né. 21:6–7.
3 NÉFI 21:27–22:9 528
entre todos os dispersos de meu poupes; alonga as tuas cordas e
povo, sim, mesmo nas b tribos per- firma bem as tuas a estacas.
didas que o Pai tirou de Jerusa- 3 Porque transbordarás à mão
lém. direita e à esquerda, e a tua pos-
27 Sim, a obra será iniciada entre teridade herdará as nações a gen-
todos os a dispersos de meu povo; tias e fará que sejam habitadas as
e o Pai preparará o caminho que cidades assoladas.
todos deverão trilhar para virem 4 Não temas, porque não serás
a mim, a fim de que invoquem o envergonhada; nem te a enver-
Pai em meu nome. gonhes, porque não serás con-
28 Sim, e então a obra será ini- fundida; porque te esquecerás
ciada e o Pai, em todas as nações, da vergonha da tua mocidade
preparará o caminho pelo qual e não te lembrarás do opróbrio
seu povo possa a voltar à terra de da tua juventude e não te lem-
sua herança. brarás mais do opróbrio da tua
29 E sairão de todas as nações; e viuvez.
não sairão a apressados nem fugin- 5 Porque o teu criador, teu ma-
do, porque eu irei à frente deles, rido, Senhor dos Exércitos é o seu
diz o Pai, e serei sua retaguarda. nome; e teu Redentor, o Santo de
Israel — será chamado o Deus de
CAPÍTULO 22 toda a Terra.
6 Porque o Senhor te chamou
Nos últimos dias Sião e suas estacas
como uma mulher desamparada
serão estabelecidas e Israel será reuni-
e triste de espírito e uma esposa
da em misericórdia e ternura — Eles
da mocidade, quando foste repu-
triunfarão — Comparar com Isaías
diada, diz o teu Deus.
54. Aproximadamente 34 d.C.
7 Por um pequeno momento te
E então o que está escrito acon- deixei, mas com grande miseri-
tecerá: Canta, ó estéril, tu que não córdia te recolherei.
deste à luz; rompe em a canto e ex- 8 Em pequena ira te escondi a
clama, tu que não tiveste dores de face por um momento, mas com
parto; porque mais são os filhos benignidade eterna a compade-
da solitária do que os filhos da cer-me-ei de ti, diz o Senhor teu
casada, diz o Senhor. Redentor.
2 Amplia o lugar da tua ten- 9 Porque a isto será para mim
da, e deixa que eles estendam as como as b águas de Noé; pois
cortinas das tuas habitações; não como jurei que as águas de Noé
26 b GEE Israel — Dez tribos 3 Né. 20:42. Misericordioso.
perdidas. 22 1 a GEE Cantar. 9 a Isa. 54:9.
27 a 3 Né. 16:4–5. 2 a GEE Estaca. b GEE Dilúvio no Tempo
28 a GEE Israel — Coligação 3 a GEE Gentios. de Noé.
de Israel. 4 a 2 Né. 6:7, 13.
29 a Isa. 52:12; 8 a GEE Misericórdia,
529 3 NÉFI 22:10–23:6
não inundariam mais a Terra, dos servos do Senhor; e a sua re-
assim jurei que não me irarei tidão vem de mim, diz o Senhor.
contra ti.
10 Porque as a montanhas desa- CAPÍTULO 23
parecerão, e os outeiros serão re-
Jesus aprova as palavras de Isaías —
movidos, mas a minha benignida-
Ele ordena ao povo que examine os
de não se b desviará de ti nem será
profetas — As palavras de Samuel, o
removido o convênio da minha
lamanita, a respeito da ressurreição,
paz, diz o Senhor que se compa-
são adicionadas aos registros. Apro-
dece de ti.
ximadamente 34 d.C.
11 Ó oprimida, arrojada com a
tormenta, e desconsolada! Eis que E agora eis que vos digo que de-
eu assentarei as tuas a pedras com veis a examinar estas coisas. Sim,
cores formosas, e com safiras as- ordeno-vos que examineis estas
sentarei os teus alicerces. coisas diligentemente, porque
12 E as tuas janelas farei de ágata grandes são as palavras de b Isaías.
e as tuas portas, de rubis; e todos 2 Porque ele certamente falou
os teus termos, de pedras apra- sobre todas as coisas relativas a
zíveis. meu povo, que é da casa de Is-
13 E a todos os teus filhos serão rael; portanto, é preciso que ele
instruídos pelo Senhor; e a paz de fale também aos gentios.
teus filhos será abundante. 3 E todas as coisas que ele disse
14 Em a retidão serás estabele- foram e a serão cumpridas de acor-
cida; longe estarás da opressão, do com as palavras que ele disse.
porque não temerás; e do terror, 4 Portanto, dai ouvidos às mi-
porque não chegará a ti. nhas palavras; escrevei as coisas
15 Eis que certamente se ajun- que vos disse; e conforme o tem-
tarão contra ti, mas não será por po e a vontade do Pai, chegarão
mim; quem se ajuntar contra ti, aos gentios.
cairá por tua causa. 5 E todo aquele que der ouvidos
16  Eis que eu criei o ferreiro às minhas palavras e arrepender-
que assopra as brasas do fogo e se e for batizado, será salvo. Exa-
que produz a ferramenta para a minai o que disseram os a profetas,
sua obra; e criei o assolador para porque muitos são os que testifi-
destruir. cam estas coisas.
17 Nenhuma arma preparada 6 E então aconteceu que depois
contra ti prosperará; e toda língua de haver pronunciado essas pa-
que se levantar contra ti, em juízo, lavras e explicado todas as escri-
tu a condenarás. Esta é a herança turas que eles haviam recebido,
10 a Isa. 40:4. 13 a Jer. 31:33–34. Mórm. 8:23.
b Salm. 94:14; 14 a GEE Retidão. GEE Isaías.
D&C 35:25. 23 1 a GEE Escrituras. 3 a 3 Né. 20:11–12.
11 a Apoc. 21:18–21. b 2 Né. 25:1–5; 5 a Lc. 24:25–27.
3 NÉFI 23:7–24:3 530
Jesus disse-lhes: Eis que eu dese- as escrituras que haviam registra-
jaria que escrevêsseis outras es- do, Jesus ordenou-lhes que ensi-
crituras que não tendes. nassem as coisas que ele havia
7 E aconteceu que ele disse a explicado.
Néfi: Trazei o registro que vós
escrevestes. CAPÍTULO 24
8 E quando Néfi lhe levou os
O mensageiro do Senhor preparará
registros, tendo-os posto na sua
o caminho para a Segunda Vinda —
frente, ele olhou-os e disse:
Cristo assentar-se-á em julgamen-
9 Em verdade vos digo que orde-
to — É ordenado a Israel pagar dízi-
nei a meu servo a Samuel, o lama-
mos e ofertas — Escreve-se um livro
nita, que testificasse a este povo
de recordações — Comparar com Ma-
que no dia em que o Pai glorifi-
laquias 3. Aproximadamente 34 d.C.
casse seu nome em mim, b muitos
c 
santos se d levantariam dentre os E aconteceu que ele lhes orde-
mortos e apareceriam a muitos e nou que escrevessem as palavras
ministrariam entre eles. E pergun- que o Pai transmitira a Malaquias,
tou-lhes: Não foi assim? as quais ele lhes diria. E aconte-
10 E seus discípulos responde- ceu que depois que foram escritas,
ram-lhe, dizendo: Sim, Senhor, ele as explicou. E estas foram as
Samuel profetizou de acordo com palavras que ele lhes disse: As-
tuas palavras e todas elas se cum- sim disse o Pai a Malaquias: Eis
priram. que enviarei o meu a mensageiro,
11 E Jesus disse-lhes: Por que e ele preparará o caminho diante
razão não escrevestes que mui- de mim; e de repente virá ao seu
tos santos se levantaram e apa- templo o Senhor, a quem vós bus-
receram a muitos e ministraram cais, o mensageiro do convênio
entre eles? em quem vos deleitais; eis que
12 E aconteceu que Néfi se lem- virá, diz o Senhor dos Exércitos.
brou de que isso não havia sido 2 E quem a suportará o dia da sua
escrito. vinda? E quem subsistirá quando
13 E aconteceu que Jesus orde- ele aparecer? Porque é como o
nou que fosse escrito; por conse- b 
fogo do ourives e como o sabão
guinte foi escrito, como ele or- do pisoeiro.
denou. 3 E assentar-se-á como refinador
14 E então aconteceu que depois e purificador de prata; e purifica-
de haver a explicado em uma todas rá os a filhos de Levi e torná-los-á
9 a Hel. 13:2. 14 a Lc. 24:44–46. de Jesus Cristo;
b Hel. 14:25. 24 1 a D&C 45:9. Terra — Purificação da
c GEE Santo 2 a 3 Né. 25:1. Terra.
(substantivo). b Zac. 13:9; 3 a Deut. 10:8;
d Mt. 27:52–53. D&C 128:24. D&C 84:31–34.
GEE Ressurreição. GEE Segunda Vinda
531 3 NÉFI 24:4–17
puros como ouro e como prata; vos abrir as janelas do céu e não
então ao Senhor b trarão ofertas derramar sobre vós uma b bênção
em retidão. tal, que não haja espaço suficiente
4 E a oferta de Judá e de Jerusa- para recebê-la.
lém será suave ao Senhor, como 11 E por vossa causa repreende-
nos dias antigos e como nos pri- rei o devorador, e ele não destrui-
meiros anos. rá os frutos da vossa terra; nem a
5 E chegar-me-ei a vós para juí- vossa videira derrubará antes do
zo; e serei uma testemunha veloz tempo o seu fruto nos campos, diz
contra os feiticeiros e contra os o Senhor dos Exércitos.
adúlteros; e contra os que juram 12 E todas as nações vos chama-
falsamente e contra os que opri- rão bem-aventurados, porque vós
mem o empregado em seu salário, sereis uma terra aprazível, diz o
a viúva e o a órfão; e repelem o es- Senhor dos Exércitos.
trangeiro e não me temem, diz o 13 Fortes foram vossas palavras
Senhor dos Exércitos. contra mim, diz o Senhor. Con-
6 Porque eu sou o Senhor, eu não tudo, dizeis: Que temos falado
mudo; por isso vós, filhos de Jacó, contra ti?
não sois consumidos. 14 Vós dissestes: Inútil é servir a
7 Desde os dias de vossos pais Deus; e que nos aproveita termos
vos a desviastes de minhas orde- guardado as suas ordenanças e
nanças e não as guardastes; b tor- andado de luto diante do Senhor
nai-vos para mim e eu tornarei dos Exércitos?
para vós, diz o Senhor dos Exér- 15 E agora, nós chamamos bem-
citos. Vós, porém, dizeis: Em que aventurados os soberbos; sim,
havemos de tornar? são enaltecidos os que praticam
8 Roubará o homem a Deus? To- iniquidades; sim, os que tentam
davia vós me roubais e dizeis: Em a Deus são libertados.
que te roubamos? Nos a dízimos e 16 Então os que temiam ao Se-
nas b ofertas. nhor a falavam frequentemente
9 Com maldição sois amaldiçoa- uns com os outros, e o Senhor
dos, porque me roubastes a mim, atentava e ouvia; e um b livro de
vós, toda a nação. recordações foi escrito diante dele
10 Trazei todos os a dízimos à para os que temiam ao Senhor, e
casa do tesouro, para que haja lembravam-se de seu nome.
mantimento na minha casa; e 17  E eles serão meus, diz o
provai-me então com isto, diz o Senhor dos Exércitos, no dia em
Senhor dos Exércitos, se eu não que eu a reunir minhas joias; e
3 b D&C 13. 8 a GEE Dízimos. 16 a Morô. 6:5.
5 a Tg. 1:27. b GEE Oferta. b D&C 85:9; Mois. 6:5.
7 a GEE Apostasia. 10 a D&C 64:23; 119. GEE Livro de
b Hel. 13:11; 3 Né. 10:6; b GEE Abençoado, Recordações.
Morô. 9:22. Abençoar, Bênção. 17 a D&C 101:3.
3 NÉFI 24:18–26:3 532
poupá-los-ei, assim como um ho- meu servo, a qual eu lhe dei em
mem poupa o filho que o serve. a 
Horebe, para toda a Israel, com
18 Então retornareis e a discerni- os estatutos e os juízos.
reis o justo do ímpio; o que serve 5 Eis que eu vos enviarei a Elias,
a Deus do que não o serve. o profeta, antes que venha o b dia
grande e terrível do Senhor;
CAPÍTULO 25 6 E ele a voltará o coração dos
pais aos filhos e o coração dos fi-
Na Segunda Vinda os soberbos e os
lhos a seus pais, para que eu não
iníquos serão queimados como resto-
venha e fira a Terra com maldição.
lho — Elias, o profeta, retornará antes
do grande e terrível dia — Comparar
CAPÍTULO 26
com Malaquias 4. Aproximadamen-
te 34 d.C. Jesus expõe todas as coisas, do princí-
pio ao fim — Bebês e crianças dizem
Pois eis que vem o dia que a arderá
coisas maravilhosas, que não podem
como um forno; e todos os b sober-
ser escritas — As pessoas da Igreja de
bos, sim, e todos os que cometem
Cristo têm todas as coisas em comum.
iniquidade serão como palha; e o
Aproximadamente 34 d.C.
dia que está para vir os abrasará,
diz o Senhor dos Exércitos, de E então aconteceu que depois de
modo que não lhes deixará nem haver declarado estas coisas, Jesus
raiz nem ramo. explicou-as à multidão; e expli-
2 Mas para vós que temeis o meu cou-lhes todas as coisas, tanto as
nome, o a Filho da Retidão se le- grandes como as pequenas.
vantará com poder de cura nas 2 E ele disse: a Estas escrituras,
suas asas; e vós saireis e b cresce- que não tínheis convosco, orde-
reis como os c bezerros no ceva- nou o Pai que eu vo-las desse;
douro. porque em sua sabedoria deter-
3 E a pisareis os ímpios, porque se minou que elas fossem dadas a
farão cinza debaixo das plantas de gerações futuras.
vossos pés no dia em que eu fizer 3 E explicou-lhes todas as coisas,
isso, diz o Senhor dos Exércitos. do princípio até o tempo em que
4 Lembrai-vos da lei de Moisés, ele viria em sua a glória — sim,
18 a GEE Discernimento, GEE Orgulho. Salvação para os
Dom de. 2 a Ét. 9:22. Mortos;
25 1 a Isa. 24:6; b D&C 45:58. Selamento, Selar.
1 Né. 22:15; c Amós 6:4; b GEE Segunda Vinda de
3 Né. 24:2; 1 Né. 22:24. Jesus Cristo.
D&C 29:9; 64:23–24; 3 a 3 Né. 21:12. 6 a D&C 2:2.
133:64; 4 a Êx. 3:1–6. 26 2 a IE Mal. 3–4, citado em
JS—H 1:37. 5 a 2 Re. 2:1–2; 3 Né. 24–25.
GEE Terra — D&C 2:1; 110:13–16; 3 a GEE Jesus Cristo —
Purificação da Terra. 128:17–18. Glória de Jesus Cristo.
b 2 Né. 20:33. GEE Elias, o Profeta;
533 3 NÉFI 26:4–14
todas as coisas que deveriam povo, de acordo com as palavras
acontecer sobre a face da Terra, que Jesus disse.
até que os b elementos se derretes- 9 E quando tiverem recebido
sem com intenso calor e a Terra se isto, que convém que recebam
c 
enrolasse como um pergaminho e primeiro para pôr à prova sua fé,
os céus e a Terra passassem; e se acontecer que creiam nestas
4 E até o a grande e último dia, coisas, então as a coisas maiores
quando todos os povos e todas lhes serão manifestadas.
as tribos e todas as nações e lín- 10 E se não acreditarem nestas
guas se b apresentarem perante coisas, então as coisas maiores
Deus para serem julgados por lhes serão a ocultas, para sua con-
suas obras, sejam elas boas ou denação.
más; 11 Eis que eu estava prestes a es-
5 Se forem boas, para a a ressur- crever tudo o que foi gravado nas
reição da vida eterna; e se forem placas de Néfi, mas o Senhor mo
más, para a ressurreição da con- proibiu, dizendo: a Experimentarei
denação; ficando, paralelamente, a fé do meu povo.
uns de um lado e outros de outro, 12 Portanto, eu, Mórmon, escre-
segundo a misericórdia e a b justiça vo as coisas que foram ordenadas
e a santidade que está em Cristo, pelo Senhor. E agora eu, Mórmon,
o qual existia c antes do princípio termino meus dizeres e continuo
do mundo. a escrever as coisas que me foram
6 E agora, nem a a centésima par- ordenadas.
te das coisas que Jesus verdadei- 13 Portanto, quisera que enten-
ramente ensinou ao povo podem dêsseis que o Senhor verdadeira-
ser escritas neste livro. mente ensinou o povo, pelo es-
7 Mas eis que as a placas de Néfi paço de três dias; e, após isso,
contêm a maior parte das coisas a 
manifestou-se a eles repetidas
que ele ensinou ao povo. vezes e partiu muitas vezes o b pão
8 E escrevi estas coisas, que são e abençoou-o e deu-o a eles.
a menor parte do que ele ensi- 14 E aconteceu que ele ensinou
nou ao povo; e escrevi-as com a e abençou as a criancinhas da mul-
intenção de que sejam novamen- tidão, sobre as quais foi falado; e
te trazidas a dos gentios para este b 
soltou-lhes a língua; e disseram
3 b Amós 9:13; b Mos. 16:10–11. 8 a 3 Né. 21:5–6.
2 Ped. 3:10, 12; GEE Juízo Final. 9 a Ét. 4:4–10.
Mórm. 9:2. 5 a Dan. 12:2; Jo. 5:29. 10 a Al. 12:9–11.
GEE Mundo — Fim do b GEE Justiça. 11 a Ét. 12:6.
mundo; c Ét. 3:14. 13 a Jo. 21:14.
Terra — Purificação da GEE Jesus Cristo — b 3 Né. 20:3–9.
Terra. Existência pré-mortal GEE Sacramento.
c Mórm. 5:23. de Cristo. 14 a 3 Né. 17:11–12.
4 a Hel. 12:25; 6 a Jo. 21:25; 3 Né. 5:8. b Al. 32:23;
3 Né. 28:31. 7 a GEE Placas. 3 Né. 26:16.
3 NÉFI 26:15–27:3 534
grandes e maravilhosas coisas a entre si; e tinham todas as coi-
a 

seus pais, maiores até do que as sas em b comum entre eles e todos
que ele revelara ao povo; e soltou- procediam justamente uns com
lhes a língua a fim de que pudes- os outros.
sem expressar-se. 20 E aconteceu que faziam to-
15 E aconteceu que depois de ha- das as coisas como Jesus lhes or-
ver ascendido ao céu — a segunda denara.
vez que se havia mostrado a eles 21 E os que eram batizados em
e voltado ao Pai, depois de haver nome de Jesus, eram chamados a
a 
curado todos os seus doentes e a 
igreja de Cristo.
seus coxos e aberto os olhos dos
cegos e os ouvidos dos surdos; e CAPÍTULO 27
feito toda sorte de curas no meio
Jesus ordena que a Igreja seja cha-
deles e levantado um homem den-
mada por Seu nome — Sua missão
tre os mortos e ter demonstrado
e o sacrifício expiatório constituem o
seu poder a eles e ascendido ao
Seu evangelho — Os homens rece-
Pai —
bem ordem de se arrependerem e de
16 Eis que, na manhã seguin-
serem batizados, para que o Espírito
te, aconteceu que a multidão se
Santo os santifique — Eles devem
reuniu e o povo viu e ouviu es-
ser como Jesus é. Aproximadamente
sas crianças; sim, até a crianças de
34–35 d.C.
colo abriram a boca e proferiram
coisas maravilhosas; e as palavras E aconteceu que quando os dis-
por elas proferidas a ninguém foi cípulos de Jesus estavam viajando
permitido escrever. e pregando as coisas que haviam
17 E aconteceu que os a discípu- ouvido e visto e estavam batizan-
los que Jesus escolhera começa- do em nome de Jesus, aconteceu
ram, daí em diante, a b batizar e que os discípulos se reuniram,
a ensinar todos os que a eles se a 
unidos em fervorosa oração e
chegavam; e todos os que foram b 
jejum.
batizados em nome de Jesus fica- 2 E Jesus novamente a apareceu
ram cheios do Espírito Santo. a eles, porque oravam ao Pai em
18 E muitos deles viram e ouvi- seu nome; e Jesus pôs-se no meio
ram coisas inexprimíveis que a não deles, dizendo-lhes: Que desejais
é lícito escrever. que eu vos dê?
19 E ensinaram e ministraram 3  E eles responderam-lhe:
15 a 3 Né. 17:9. 19 a 4 Né. 1:3. b Al. 6:6.
GEE Curar, Curas; b GEE Consagrar, Lei da GEE Jejuar, Jejum.
Milagre. Consagração. 2 a 3 Né. 26:13.
16 a Mt. 11:25. 21 a Mos. 18:17. GEE Jesus Cristo —
17 a 3 Né. 19:4–13. GEE Igreja de Jesus Aparições de Cristo
b 4 Né. 1:1. Cristo. após sua morte.
18 a 3 Né. 26:11. 27 1 a D&C 29:6.
535 3 NÉFI 27:4–14
Senhor, desejamos que nos digas portanto, tudo o que invocardes,
o nome que devemos dar a esta invocai em meu nome; portanto,
igreja, porque há controvérsias quando invocardes o Pai em favor
entre o povo a respeito deste as- da igreja, se o fizerdes em meu
sunto. nome, o Pai vos ouvirá;
4 E o Senhor disse-lhes: Em ver- 10 E se acontecer de a igreja estar
dade, em verdade vos digo: Por edificada sobre o meu evangelho,
que é que o povo murmura e dis- então o Pai manifestará nela as
cute sobre este assunto? suas próprias obras.
5 Não leram as escrituras, que 11 Todavia, se não estiver edi-
dizem que deveis tomar sobre vós ficada sobre o meu evangelho,
o a nome de Cristo, que é o meu mas edificada sobre as obras dos
nome? Porque por esse nome se- homens ou sobre as obras do dia-
reis chamados no último dia. bo, em verdade vos digo que te-
6 E todo aquele que tomar sobre rão alegria em suas obras por um
si o meu nome e a perseverar até tempo, porque logo chegará o fim;
o fim, será salvo no último dia. e eles serão a cortados e lançados
7 Portanto, tudo quanto fizerdes, no fogo, de onde não há retorno.
vós o fareis em meu nome; por 12  Porque suas obras os a se-
conseguinte chamareis a igreja guem, pois por causa de suas
pelo meu nome; e invocareis o obras é que são cortados; portan-
Pai em meu nome, a fim de que to, lembrai-vos das coisas que
ele abençoe a igreja por minha vos disse.
causa. 13 Eis que vos dei o meu a evan-
8 E como será a a minha b igreja, gelho e este é o evangelho que vos
se não tiver o meu nome? Porque dei — que vim ao mundo para fa-
se uma igreja for chamada pelo zer a b vontade de meu Pai, porque
nome de Moisés, então será a igre- meu Pai me enviou.
ja de Moisés; ou se for chamada 14 E meu Pai enviou-me para
pelo nome de um homem, então que eu fosse a levantado na cruz;
será a igreja de um homem; mas e depois que eu fosse levantado
se for chamada pelo meu nome, na cruz, pudesse b atrair a mim
então será a minha igreja, desde todos os homens, a fim de que,
que estejam edificados sobre o assim como fui levantado pelos
meu evangelho. homens, assim sejam os homens
9 Em verdade vos digo que estais levantados pelo Pai, para com-
edificados sobre o meu evangelho; parecerem perante mim a fim de
5 a GEE Jesus Cristo — Cristo — Cabeça da GEE Evangelho.
Tomar sobre nós o Igreja. b Jo. 6:38–39.
nome de Jesus Cristo. 11 a Al. 5:52. 14 a 1 Né. 11:32–33;
6 a 3 Né. 15:9. 12 a Apoc. 14:13; Mois. 7:55.
8 a D&C 115:4. D&C 59:2. b Jo. 6:44; 2 Né. 9:5;
b GEE Jesus 13 a D&C 76:40–42. D&C 27:18.
3 NÉFI 27:15–27 536
serem julgados por suas obras,
c 
batizados em meu nome, a fim de
b 

sejam elas boas ou más — que sejais c santificados, recebendo


15 E por esta razão fui a levan- o Espírito Santo, para comparecer-
tado; portanto, de acordo com des d sem mancha perante mim no
o poder do Pai, atrairei todos os último dia.
homens a mim para que sejam jul- 21 Em verdade, em verdade vos
gados segundo suas obras. digo que este é o meu evangelho;
16 E acontecerá que aquele que e sabeis o que deveis fazer em mi-
se a arrepender e for b batizado em nha igreja; pois as obras que me
meu nome, será satisfeito; e se vistes fazer, essas também fareis;
c 
perseverar até o fim, eis que eu porque aquilo que me vistes fazer,
o terei por inocente perante meu isso fareis;
Pai no dia em que eu me levantar 22 Portanto, se fizerdes essas coi-
para julgar o mundo. sas, bem-aventurados sois, porque
17 E aquele que não perseverar sereis levantados no último dia.
até o fim será cortado e lançado 23 Escrevei as coisas que vis-
no fogo, de onde não mais volta- tes e ouvistes, salvo as que são
rá, em virtude da a justiça do Pai. a 
proibidas.
18 E esta é a palavra que ele deu 24 Escrevei as obras futuras des-
aos filhos dos homens. E por esta te povo, assim como foi escrito
razão ele cumpre as palavras que sobre as que se passaram.
proferiu; e não mente, mas cum- 25 Pois eis que pelos livros que
pre todas as suas palavras. foram escritos e pelos que serão
19 E a nada que seja imundo pode escritos este povo será a julgado,
entrar em seu reino; portanto, pois é por eles que suas b obras se
nada entra em seu b descanso, a tornarão conhecidas dos homens.
não ser aqueles que tenham c la- 26 E eis que todas as coisas são
vado suas vestes em meu sangue, a 
escritas pelo Pai; portanto, o
por causa de sua fé e do arrepen- mundo será julgado segundo o
dimento de todos os seus pecados que estiver escrito nos livros.
e de sua fidelidade até o fim. 27 E sabei vós que a sereis os juí-
20 Ora, este é o mandamento: zes deste povo, de acordo com
a 
Arrependei-vos todos vós, con- o julgamento que vos darei, que
fins da Terra; vinde a mim e sede será justo. Portanto, que b tipo de

14 c GEE Jesus Cristo — Juiz. GEE Descansar, 25 a 2 Né. 33:10–15;


15 a GEE Expiação, Expiar. Descanso. Pal. Mórm. 1:11.
16 a GEE Arrepender-se, c Apoc. 1:5; 7:14; b 1 Né. 15:32–33.
Arrependimento. Al. 5:21, 27; 13:11–13. 26 a 3 Né. 24:16.
b GEE Batismo, Batizar. 20 a Ét. 4:18. GEE Livro da Vida.
c 1 Né. 13:37. b GEE Batismo, Batizar — 27 a 1 Né. 12:9–10;
GEE Perseverar. Essencial. Mórm. 3:19.
17 a GEE Justiça. c GEE Santificação. b GEE Jesus Cristo —
19 a Al. 11:37. d D&C 4:2. Exemplo de Jesus
b D&C 84:24. 23 a 3 Né. 26:16. Cristo.
537 3 NÉFI 27:28–28:2
homens devereis ser? Em verdade disse aos discípulos: Entrai pela
vos digo que devereis ser c como a 
porta estreita, porque estreita é
eu sou. a porta e apertado é o caminho
28 E agora a vou para o Pai. E em que leva à vida e poucos são os
verdade vos digo que qualquer que o encontram; mas larga é a
coisa que pedirdes ao Pai, em meu porta e espaçoso é o caminho que
nome, ser-vos-á dada. leva à morte e muitos são os que
29 Portanto, a pedi e recebereis; por ali passam, até que chegue
batei e ser-vos-á aberto; porque a noite, na qual ninguém pode
aquele que pede, recebe; e ao que trabalhar.
bate, ser-lhe-á aberto.
30 E agora, eis que minha alegria CAPÍTULO 28
é grande, até a plenitude, por cau-
Nove dos doze discípulos desejam e
sa de vós e também desta geração;
recebem a promessa de uma herança
sim, e até o Pai se alegra e também
no reino de Cristo, quando morre-
todos os santos anjos, por causa
rem — Os Três Nefitas desejam e
de vós e desta geração; porque
recebem poder sobre a morte, para
a 
nenhum deles está perdido.
permanecerem na Terra até que Je-
31 Eis que eu quisera que com-
sus retorne — Eles são translada-
preendêsseis, porque me refi-
dos, veem coisas que não é permitido
ro aos a desta geração que estão
declarar e estão agora ministrando
b 
agora vivos; e nenhum deles está
entre os homens. Aproximadamente
perdido; e neles minha c alegria é
34–35 d.C.
completa.
32 Mas eis que eu me entristeço E aconteceu que depois de ha-
por causa da a quarta geração a ver proferido estas palavras, Jesus
partir desta, porque serão levados falou a seus discípulos, um a um,
ao cativeiro por aquele que foi o dizendo-lhes: O que desejais de
filho de perdição; porque me ven- mim depois que eu for para o Pai?
derão por prata e por ouro e por 2 E com exceção de três, todos
tudo aquilo que a b traça corrói e os outros responderam, dizendo:
os ladrões podem minar e roubar. Desejamos que depois de haver-
E nesse dia visitá-los-ei, fazendo mos vivido até a idade do homem,
com que suas obras lhes caiam que o ministério para o qual nos
sobre a cabeça. chamaste tenha um fim, para que
33 E aconteceu que depois de ha- possamos ir logo para junto de ti
ver proferido estas palavras, Jesus em teu reino.
27 c Mt. 5:48; 31 a 3 Né. 28:23. 3 Né. 13:19–21.
3 Né. 12:48. b 3 Né. 9:11–13; 10:12. 33 a Mt. 7:13–14;
28 a Jo. 20:17. c GEE Alegria. 3 Né. 14:13–14;
29 a Mt. 7:7; 32 a 2 Né. 26:9–10; D&C 22.
3 Né. 14:7. Al. 45:10, 12.
30 a Jo. 17:12. b Mt. 6:19–21;
3 NÉFI 28:3–15 538
3 E disse-lhes ele: Bem-aventu- sereis abençoados no reino de
rados sois por haverdes desejado meu Pai.
isto de mim; portanto, quando 9 E também não padecereis do-
atingirdes a idade de setenta e dois res enquanto permanecerdes na
anos, vireis a mim em meu reino; e carne; nem tristezas, a não ser
comigo achareis a descanso. pelos pecados do mundo; e tudo
4 E depois de lhes haver falado, isso farei em virtude do que me
voltou-se para os três e disse-lhes: haveis pedido, porque desejastes
Que desejais que eu vos conceda a 
conduzir a mim a alma dos ho-
depois que for para o Pai? mens, enquanto o mundo existir.
5 E o coração deles entristeceu- 10 E por essa razão tereis a alegria
se, porque não se atreviam a dizer completa e sentar-vos-eis no reino
o que desejavam. de meu Pai; sim, vossa alegria será
6 E disse-lhes ele: Eis que a co- completa, assim como completa
nheço vossos pensamentos e de- foi a alegria que me deu o Pai; e
sejastes aquilo que b João, meu sereis como eu sou e eu sou como
amado, que me acompanhou em o Pai; e o Pai e eu somos b um.
meu ministério antes que eu fosse 11 E o a Espírito Santo dá teste-
levantado pelos judeus, desejou munho do Pai e de mim; e o Pai
de mim. dá o Espírito Santo aos filhos dos
7 Portanto, mais bem-aventura- homens, por minha causa.
dos sois, porque a nunca provareis 12 E aconteceu que depois de
a b morte; mas vivereis para ver haver pronunciado essas palavras,
todas as obras do Pai entre os fi- Jesus tocou cada um deles com o
lhos dos homens, até que todas as dedo, excetuando-se os três que
coisas sejam cumpridas de acor- deveriam permanecer, e partiu.
do com a vontade do Pai, quan- 13 E eis que os céus se abriram;
do virei em minha glória com os e eles foram a arrebatados ao céu
c 
poderes do céu. e viram e ouviram coisas inex-
8  E vós nunca padecereis as primíveis.
penas da morte; mas quando 14 E foi-lhes a proibido que as
eu vier em minha glória, sereis externassem; tampouco lhes foi
transformados num abrir e fe- dado poder para relatarem as coi-
char de olhos, da a mortalidade sas que viram e ouviram.
para a b imortalidade; e então 15 E se estavam no corpo ou
28 3 a GEE Descansar, b GEE Seres D&C 7:5–6.
Descanso. Transladados. 10 a D&C 84:36–38.
6 a Amós 4:13; c 3 Né. 20:22. b Jo. 17:20–23.
Al. 18:32. 8 a 3 Né. 28:36–40. 11 a 2 Né. 31:17–21;
b Jo. 21:21–23; GEE Mortal, 3 Né. 11:32.
D&C 7:1–4. Mortalidade. 13 a 2 Cor. 12:2–4.
7 a 4 Né. 1:14; b GEE Imortal, 14 a D&C 76:114–116.
Mórm. 8:10–11; Imortalidade.
Ét. 12:17. 9 a Filip. 1:23–24;
539 3 NÉFI 28:16–29
fora do corpo, não puderam di- 22 E duas vezes foram atirados
zer; porque lhes pareceu terem numa a cova de animais selvagens;
sido a transfigurados, como se ti- e eis que brincaram com as feras
vessem sido mudados deste corpo como uma criança brinca com um
de carne para um estado imortal, carneirinho que ainda mama; e
de modo que podiam contemplar não se feriram.
as coisas de Deus. 23 E aconteceu que, assim, anda-
16 Mas aconteceu que novamen- ram pelo meio de todo o povo de
te ministraram na face da Terra; Néfi e pregaram o a evangelho de
no entanto não revelaram as coi- Cristo a todas as pessoas de toda
sas que tinham visto e ouvido, a face daquela terra; e elas foram
por causa da ordem que lhes fora convertidas ao Senhor e uniram-
dada no céu. se à Igreja de Cristo; e assim foi
17 E agora, se eram mortais ou abençoado o povo b dessa geração,
imortais a partir do dia da sua segundo a palavra de Jesus.
transfiguração, eu não sei. 24 E agora eu, Mórmon, deixo
18 Só sei, segundo o registro que de falar sobre estas coisas por
foi feito — que eles saíram pela enquanto.
face da terra e ministraram entre 25 Eis que eu estava prestes a
o povo todo, levando para a igreja escrever os a nomes daqueles que
todos os que acreditavam em suas nunca iriam provar a morte, mas
pregações e batizando-os; e todos o Senhor mo proibiu; portanto,
os que foram batizados receberam não os escrevo, porque estão es-
o Espírito Santo. condidos do mundo.
19 E eram atirados em prisões 26 Mas eis que eu os vi e recebi
por aqueles que não pertenciam à seu ministério.
igreja. E as a prisões não os podiam 27 E eis que eles estarão entre
reter, pois partiam-se ao meio. os gentios e os gentios não os
20 E eram enterrados, mas fe- conhecerão.
riam a terra com a palavra de 28  Estarão também entre os
Deus, de modo que, pelo seu a po- judeus e os judeus não os co-
der, eram libertados das profun- nhecerão.
dezas da terra; e, portanto, não 29 E acontecerá que quando o
era possível fazer covas suficien- Senhor considerar conveniente,
temente fundas para retê-los. em sua sabedoria, eles ministra-
21  E três vezes foram atira- rão entre todas as a tribos dispersas
dos numa a fornalha, sem nada de Israel e entre todas as nações,
sofrerem. tribos, línguas e povos; e dentre
15 a Mois. 1:11. 4 Né. 1:32. 25 a 3 Né. 19:4.
GEE Transfiguração. 22 a Dan. 6:16–23; 29 a GEE Israel — Dez tribos
19 a At. 16:26; Al. 14:26–28. 4 Né. 1:33. perdidas;
20 a Mórm. 8:24. 23 a GEE Evangelho. Israel — Dispersão de
21 a Dan. 3:22–27; b 3 Né. 27:30–31. Israel.
3 NÉFI 28:30–40 540
eles levarão muitas almas a Jesus, 36 E agora eis que, a respeito do
a fim de que o desejo deles seja que disse concernente àqueles que
satisfeito; e também em virtude o Senhor escolheu, sim, os três
do poder convincente de Deus, que foram arrebatados aos céus,
que está neles. que eu não sabia se tinham sido
30 E são como os a anjos de Deus purificados da mortalidade para
e, se orarem ao Pai em nome de a imortalidade —
Jesus, poderão mostrar-se a qual- 37 Mas eis que depois de haver
quer homem que lhes pareça con- escrito, inquiri isso do Senhor e
veniente. ele afirmou-me que foi necessá-
31 Portanto, grandes e maravi- rio que no corpo deles se ope-
lhosas obras serão realizadas por rasse uma mudança, sem a qual
eles antes do a grande dia em que seria necessário que provassem
todos terão que comparecer pe- a morte;
rante o tribunal de Cristo. 38 Portanto, para que não pro-
32 Sim, até mesmo entre os gen- vassem a morte, houve uma
tios será realizada por eles uma a 
transformação no corpo deles,
a 
grande e maravilhosa obra, antes a fim de que não sofressem dores
do dia do juízo. nem penas, a não ser pelos peca-
33 E se tivésseis todas as escritu- dos do mundo.
ras que relatam as maravilhosas 39 Ora, essa transformação não
obras de Cristo, saberíeis, segun- foi igual à que se verificará no
do as palavras de Cristo, que estas último dia; mas houve neles uma
coisas certamente acontecerão. transformação, para que Satanás
34 E ai daqueles que a não derem não tivesse poder sobre eles, para
ouvidos às palavras de Jesus nem que não pudesse a tentá-los; e fo-
b 
aos que ele escolheu e enviou- ram b santificados na carne, a fim
lhes; porque aqueles que não re- de que se tornassem c santos e não
cebem as palavras de Jesus nem as pudessem ser retidos pelos pode-
palavras dos que ele enviou, não res da Terra.
o recebem; e, portanto, ele não os 40 E nesse estado deviam per-
receberá no último dia. manecer até o dia do juízo de
35 E melhor teria sido para eles Cristo; e nesse dia sofreriam uma
que não tivessem nascido. Pois su- transformação maior e seriam
pondes poder livrar-vos da justiça recebidos no reino do Pai para
de um Deus ofendido, o qual foi não mais saírem, mas para ha-
a 
esmagado sob os pés dos homens bitarem com Deus, eternamente,
para que assim viesse a salvação? nos céus.
30 a GEE Anjos. 34 a Ét. 4:8–12. Transladados.
31 a Hel. 12:25; b GEE Profeta. 39 a GEE Tentação, Tentar.
3 Né. 26:4–5. 35 a Hel. 12:2. b GEE Santificação.
32 a 2 Né. 25:17. 38 a GEE Seres c GEE Santidade.
541 3 NÉFI 29:1–9
CAPÍTULO 29 sua mão direita; e eis que, nes-
se dia, se desdenhardes as suas
O aparecimento do Livro de Mórmon
obras, ele fará com que ela pron-
é um sinal de que o Senhor come-
tamente vos alcance.
çou a coligar Israel e a cumprir Seus
5 a Ai daquele que b desdenha as
convênios — Os que rejeitarem Suas
obras do Senhor; sim, ai daquele
revelações e dons dos últimos dias se-
que c nega o Cristo e suas obras!
rão amaldiçoados. Aproximadamente
6 Sim, a ai daquele que nega as re-
34–35 d.C.
velações do Senhor e que diz que
E agora eis que vos digo que o Senhor não se manifesta mais
quando o Senhor, em sua sabedo- por meio de revelação nem por
ria, julgar conveniente que estas profecia nem por b dons nem por
palavras a cheguem aos gentios, línguas nem por curas nem pelo
segundo sua promessa, então sa- poder do Espírito Santo!
bereis que o b convênio que o Pai 7 Sim, e ai daquele que disser,
fez com os filhos de Israel, rela- naquele dia, a fim de obter a lucro,
tivo a sua volta às terras de sua que b nenhum milagre pode haver,
herança, já está começando a ser realizado por Jesus Cristo; porque
cumprido. o que fizer isso se tornará como
2 E sabereis que as palavras do o c filho de perdição, para o qual
Senhor, proferidas pelos santos não houve misericórdia, segundo
profetas, serão todas cumpridas; a palavra de Cristo.
e não tendes que dizer que o Se- 8 Sim, e já não tendes que a zom-
nhor a retarda a sua vinda aos fi- bar nem b desdenhar nem escarne-
lhos de Israel. cer dos c judeus nem de nenhum
3 E não tendes que imaginar em dos remanescentes da casa de Is-
vosso coração que as palavras que rael; pois eis que o Senhor se lem-
foram ditas são vãs, pois eis que o bra de seu convênio com eles; e
Senhor se lembrará do convênio procederá com eles de acordo com
que fez com seu povo da casa de o que jurou.
Israel. 9 Portanto, não deveis supor que
4 E quando virdes estas palavras vos será possível virar a mão di-
aparecendo no meio de vós, não reita do Senhor para a esquerda, a
tereis mais necessidade de desde- fim de que ele não execute julga-
nhar as obras do Senhor, porque mento em cumprimento do con-
a a espada de sua b justiça está em vênio que fez com a casa de Israel.
29 1 a 2 Né. 30:3–8. Ét. 4:8–10. Mórm. 9:15–26.
b Mórm. 5:14, 20. c Mt. 10:32–33. c GEE Filhos de Perdição.
2 a Lc. 12:45–48. 6 a Mórm. 9:7–11, 15. 8 a 1 Né. 19:14.
4 a 3 Né. 20:20. b GEE Dons do Espírito. b 2 Né. 29:4–5.
b GEE Justiça. 7 a GEE Artimanhas c GEE Judeus.
5 a 2 Né. 28:15–16. Sacerdotais.
b Mórm. 8:17; b 2 Né. 28:4–6;
3 NÉFI 30:2–4 NÉFI 1:2 542
CAPÍTULO 30 de vossas mentiras e embustes; e
de vossas libertinagens e de vos-
Ordena-se aos gentios dos últimos
sas abominações secretas e vossas
dias que se arrependam, venham a
idolatrias; e de vossos homicídios
Cristo e sejam contados com a casa de
e vossas artimanhas sacerdotais e
Israel. Aproximadamente 34–35 d.C.
vossas invejas; e de vossas discór-
Ouvi, ó gentios, e escutai as pa- dias e de todas as vossas iniquida-
lavras de Jesus Cristo, o Filho do des e abominações; e vinde a mim
Deus vivo, as quais ele me a or- e sede batizados em meu nome,
denou que dissesse a respeito de a fim de que recebais a remissão
vós, porque eis que ele me orde- de vossos pecados e recebais o
nou que escrevesse, dizendo: Espírito Santo, para que sejais
2 Afastai-vos todos, ó a gentios, c 
contados com o meu povo, que
de vossos caminhos iníquos; e b ar- é da casa de Israel.
rependei-vos de vossas maldades,

QUARTO NÉFI
LIVRO DE NÉFI
QUE É FILHO DE NÉFI — UM DOS DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO

Relato do povo de Néfi, segundo o registro dele.


Os Nefitas e os Lamanitas são todos que os discípulos de Jesus orga-
convertidos ao Senhor — Eles têm nizaram uma igreja de Cristo em
todas as coisas em comum, operam todas as terras circunvizinhas. E
milagres e prosperam na terra — todos os que a eles se chegavam e
Depois de dois séculos surgem di- verdadeiramente se arrependiam
visões, iniquidade, falsas igrejas e de seus pecados, eram batizados
perseguições — Passados trezentos em nome de Jesus; e também re-
anos, tanto os nefitas como os lama- cebiam o Espírito Santo.
nitas tornam-se iníquos — Amaron 2 E aconteceu que no trigésimo
esconde os registros sagrados. Apro- sexto ano todo o povo de toda a
ximadamente 35–321 d.C. face da terra foi convertido ao
Senhor, tanto nefitas como lama-

E ACONTECEU que se passou


o trigésimo quarto ano, como
também o trigésimo quinto, e eis
nitas; e não havia contendas nem
disputas entre eles; e procediam
retamente uns com os outros.
30 1 a 3 Né. 5:12–13. Arrependimento. 3 Né. 16:10–13;
2 a GEE Gentios. c Gál. 3:27–29; 21:22–25;
b GEE Arrepender-se, 2 Né. 10:18–19; Abr. 2:10.
543 4 NÉFI 1:3–14
3 E tinham todas as coisas em
a 
sido submersas e as águas ha-
a 

comum; portanto, não havia ricos viam tomado o seu lugar; portan-
nem pobres nem escravos nem li- to, essas cidades não puderam ser
vres, mas eram todos livres e par- reedificadas.
ticipantes do dom celestial. 10 E então aconteceu que o povo
4 E aconteceu que o trigésimo de Néfi se fortaleceu e multipli-
sétimo ano também se passou; e cou-se com grande rapidez, tor-
continuava a reinar paz na terra. nando-se um povo muito a formo-
5 E obras grandes e maravilho- so e agradável.
sas eram feitas pelos discípulos de 11 E casavam-se e davam-se em
Jesus, de modo que a curavam os casamento e eram abençoados se-
enfermos, levantavam os mortos gundo a multidão das promessas
e faziam andar os coxos, davam que o Senhor lhes fizera.
visão aos cegos e faziam os sur- 12 E já não se guiavam pelos a ri-
dos ouvirem; e realizavam toda tos e ordenanças da b lei de Moisés,
sorte de b milagres entre os filhos mas observavam os mandamentos
dos homens e nenhum milagre que haviam recebido do seu Se-
operavam que não fosse em nome nhor e seu Deus, continuando a
de Jesus. c 
jejuar e a orar e a reunir-se amiú-
6 E assim se passou o trigésimo de, para orar e ouvir a palavra do
oitavo ano, bem como o trigésimo Senhor.
nono e o quadragésimo primeiro e 13 E aconteceu que não havia
o quadragésimo segundo, sim, até contendas entre todo o povo, em
que se passaram quarenta e nove toda a terra; e grandes milagres
anos e também o quinquagésimo eram realizados entre os discípu-
primeiro e o quinquagésimo se- los de Jesus.
gundo, sim, até que se passaram 14 E aconteceu que se passou o
cinquenta e nove anos. septuagésimo primeiro ano e tam-
7 E o Senhor fê-los prosperar bém o septuagésimo segundo ano;
grandemente na terra; sim, tanto sim, em resumo, tinha-se passado
que novamente construíram cida- até o septuagésimo nono ano; sim,
des no lugar das que haviam sido até mesmo cem anos tinham-se
queimadas. passado; e os discípulos que Jesus
8 Sim, reconstruíram até mesmo escolhera haviam todos ido para o
a grande a cidade de Zaraenla. a 
paraíso de Deus, com exceção dos
9 Muitas cidades, porém, haviam b 
três que deveriam permanecer; e
1 3 a At. 4:32; 8 a 3 Né. 8:8. D&C 88:76–77.
3 Né. 26:19. 9 a 3 Né. 9:4, 7. 14 a GEE Paraíso.
GEE Consagrar, Lei da 10 a
Mórm. 9:6. b 3 Né. 28:3–9.
Consagração. 12 a
2 Né. 25:30; GEE Seres
5 a GEE Curar, Curas. 3 Né. 15:2–8. Transladados.
b Jo. 14:12. b GEE Lei de Moisés.
GEE Milagre. c Morô. 6:5;
4 NÉFI 1:15–26 544
outros discípulos tinham sido or-
c  d 
terra, a não ser por uma pequena
denados para substituir aqueles; e parte do povo que se revoltara
também muitos daquela geração contra a igreja, tendo adotado o
haviam morrido. nome de lamanitas; assim come-
15 E aconteceu que a não havia çou novamente a haver lamanitas
contendas na terra, em virtude na terra.
do amor a Deus que existia no 21 E aconteceu que Amós tam-
coração do povo. bém morreu (e já se tinham pas-
16 E a não havia invejas nem dis- sado cento e noventa e quatro
putas nem tumultos nem b liberti- anos da vinda de Cristo) e seu fi-
nagens nem mentiras nem assas- lho Amós escreveu o registro em
sinatos nem qualquer espécie de seu lugar; e também escreveu nas
lascívia; e certamente não pode- placas de Néfi e no livro de Néfi,
ria haver c povo mais feliz entre que é este livro.
todos os povos criados pela mão 22 E aconteceu que duzentos
de Deus. anos se tinham passado; e a se-
17 Não havia ladrões nem as- gunda geração também havia
sassinos; nem havia lamanitas morrido toda, com exceção de
nem qualquer espécie de itas, mas alguns poucos.
eram a um, os filhos de Cristo e 23 E agora eu, Mórmon, quise-
herdeiros do reino de Deus. ra que soubésseis que o povo se
18  E quão abençoados eram havia multiplicado de tal forma
eles! Porque o Senhor os aben- que se achava espalhado por toda
çoou em tudo que fizeram; sim, a face da terra; e havia-se tornado
foram abençoados e prosperaram imensamente rico, em virtude de
até haverem decorrido cento e dez sua prosperidade em Cristo.
anos. E a primeira geração depois 24 Ora, nesse ano duzentos e
de Cristo tinha morrido; e não um, alguns deles começaram a
havia contendas em toda a terra. tornar-se a orgulhosos, trajando
19 E aconteceu que Néfi, aque- roupas caras e usando toda sorte
le que fez este último registro (e de pérolas finas e de coisas luxuo-
escreveu-o nas a placas de Néfi), sas do mundo.
morreu e seu filho Amós conti- 25 E dessa época em diante não
nuou o registro em seu lugar; e mais tiveram seus bens e suas
escreveu-o também nas placas posses em a comum.
de Néfi. 26 E começaram a dividir-se em
20 E escreveu-o por oitenta e classes; e começaram a organizar
quatro anos; e havia ainda paz na a 
igrejas para si mesmos, a fim de
14 c GEE Discípulo. b GEE Concupiscência. 19 a GEE Placas.
d GEE Ordenação, c Mos. 2:41; Al. 50:23. 24 a GEE Orgulho.
Ordenar. GEE Alegria. 25 a 4 Né. 1:3.
15 a GEE Paz. 17 a Jo. 17:21. 26 a 1 Né. 22:23; 2 Né. 28:3;
16 a GEE Unidade. GEE Sião. Mórm. 8:32–38.
545 4 NÉFI 1:27–37
obter lucros, e principiaram a
b 
coração e procurou matá-los, as-
renegar a verdadeira igreja de sim como em Jerusalém os judeus
Cristo. procuraram matar Jesus, segundo
27 E aconteceu que depois de sua palavra.
se haverem passado duzentos e 32 E eram atirados em a fornalhas
dez anos, existiam muitas igrejas b 
ardentes e saíam ilesos.
na terra; sim, havia muitas igre- 33 E eram atirados também em
jas que professavam conhecer o a 
covas de animais selvagens e
Cristo, a negando, não obstante, a brincavam com os animais sel-
maior parte de seu evangelho, de vagens da mesma forma que uma
tal modo que toleravam toda sorte criança brinca com um cordeiro; e
de iniquidades e administravam saíam ilesos do meio deles.
o que era sagrado àqueles a quem 34 Não obstante, o povo endure-
isso fora b proibido por causa de ceu o coração, porque era instiga-
sua indignidade. do por muitos sacerdotes e falsos
28 E essa a igreja multiplicou-se profetas a construir muitas igrejas
grandemente, por causa da iniqui- e a praticar toda sorte de iniqui-
dade e do poder de Satanás que se dades. E eles a atacavam o povo de
apoderou do coração deles. Jesus; mas o povo de Jesus não re-
29 E havia também outra igreja vidava os ataques. E assim foram
que negava Cristo; e eles a per- degenerando na incredulidade e
seguiam a verdadeira igreja de na iniquidade, de ano para ano,
Cristo, em virtude da humildade até que transcorreram duzentos
de seus adeptos e de sua crença e trinta anos.
em Cristo; e desprezavam-nos por 35 E então aconteceu que nesse
causa dos muitos milagres que ano, sim, no ducentésimo trigé-
eram feitos entre eles. simo primeiro ano, houve uma
30 Portanto, exerciam poder e grande divisão entre o povo.
autoridade sobre os discípulos 36 E aconteceu que nesse ano
de Jesus que permaneceram com surgiu um povo que recebeu o
eles e atiravam-nos na a prisão; nome de nefitas e eles eram ver-
mas pelo poder da palavra de dadeiros crentes em Cristo; e ha-
Deus, que estava neles, as pri- via entre eles os que os lamanitas
sões rachavam-se ao meio e eles chamavam de jacobitas e josefitas
saíam, fazendo grandes milagres e zoramitas.
entre o povo. 37 Portanto, os verdadeiros cren-
31  Não obstante todos esses tes em Cristo e os verdadeiros
milagres, o povo endureceu o adoradores de Cristo (entre os
26 b D&C 10:56. 28 a GEE Diabo — Igreja do 32 a 3 Né. 28:21.
GEE Artimanhas diabo. b Dan. 3:26–27.
Sacerdotais. 29 a GEE Perseguição, 33 a 3 Né. 28:22.
27 a GEE Apostasia. Perseguir. 34 a 3 Né. 12:39;
b 3 Né. 18:28–29. 30 a 3 Né. 28:19–20. D&C 98:23–27.
4 NÉFI 1:38–49 546
quais se achavam aqueles três a 
43 E também o povo que era cha-
discípulos que deviam perma- mado de povo de Néfi começou
necer) eram chamados nefitas e a tornar-se orgulhoso, em virtu-
jacobitas e josefitas e zoramitas. de de suas grandes riquezas; e
38 E aconteceu que os que se re- tornaram-se vaidosos como seus
cusavam a obedecer ao evangelho irmãos, os lamanitas.
eram chamados de lamanitas e 44 E a partir daí, os discípulos
lemuelitas e ismaelitas; estes não começaram a sofrer pelos a peca-
degeneraram na incredulidade, dos do mundo.
mas a rebelaram-se intencional- 45 E aconteceu que depois de
mente contra o evangelho de Cris- passados trezentos anos, tanto
to; e ensinaram aos filhos que não os nefitas como os lamanitas se
deveriam crer, assim como seus haviam tornado extremamente
pais, que degeneraram desde o iníquos.
princípio. 46 E aconteceu que os ladrões de
39 E isto ocorreu por causa das Gadiânton se espalharam por toda
iniquidades e abominações de a superfície da terra; e ninguém
seus pais, como no princípio. E havia que fosse justo, a não ser
foram a ensinados a odiar os filhos os discípulos de Jesus. E acumu-
de Deus, assim como os lamanitas lavam ouro e prata em abundân-
foram ensinados a odiar os filhos cia, entregando-se a toda sorte de
de Néfi, desde o princípio. comércio.
40 E aconteceu que duzentos e 47 E aconteceu que, passados tre-
quarenta e quatro anos se haviam zentos e cinco anos (e o povo con-
passado e esta era a situação do tinuava iníquo), morreu Amós; e
povo. E a parte mais iníqua do seu irmão, Amaron, escreveu os
povo fortaleceu-se, vindo a ser registros em seu lugar.
muito mais numerosa que o povo 48 E aconteceu que, passados
de Deus. trezentos e vinte anos, Amaron,
41 E continuaram a construir compelido pelo Espírito Santo,
igrejas para si próprios e adorna- escondeu os registros que eram
vam-nas com toda sorte de objetos sagrados — sim, todos os a regis-
preciosos. E assim se passaram tros sagrados que tinham sido
duzentos e cinquenta anos e tam- transmitidos de geração em ge-
bém duzentos e sessenta. ração, os quais eram sagrados —
42 E aconteceu que a parte iní- até o tricentésimo vigésimo ano
qua do povo começou a restabele- depois da vinda de Cristo.
cer os juramentos e a combinações 49 E ocultou-os para o Senhor,
secretas de Gadiânton. a fim de que pudessem a chegar
37 a 3 Né. 28:6–7; 39 a Mos. 10:17. 44 a 3 Né. 28:9.
Mórm. 8:10–11. 42 a GEE Combinações 48 a Hel. 3:13, 15–16.
38 a GEE Rebeldia, Rebelião. Secretas. 49 a En. 1:13.
547 MÓRMON 1:1–11
novamente ao remanescente da e promessas do Senhor. E assim
casa de Jacó, segundo as profecias termina o registro de Amaron.

LIVRO DE MÓRMON
CAPÍTULO 1 placas de Néfi, deixando as res-
a 

tantes no lugar em que estão; e


Amaron instrui Mórmon sobre os re-
gravarás nas placas de Néfi todas
gistros sagrados — Começa a guerra
as coisas que tiveres observado
entre os nefitas e os lamanitas — Os
em relação a este povo.
Três Nefitas são levados — Preva-
5 E eu, Mórmon, sendo descen-
lecem a iniquidade, a descrença, as
dente de a Néfi (e o nome de meu
magias e as feitiçarias. Aproximada-
pai era Mórmon), lembrei-me das
mente 321–326 d.C.
coisas que Amaron me ordenara.

E AGORA eu, a Mórmon, faço


um b registro das coisas que vi
e ouvi e chamo-o Livro de Mór-
6 E aconteceu que quando eu ti-
nha onze anos, meu pai levou-me
para a terra do sul, para a terra de
mon. Zaraenla.
2 E em torno da época em que 7 Toda a face da terra cobrira-se
a 
Amaron ocultou os registros para de edifícios e o povo era quase tão
o Senhor, veio ele até mim (quan- numeroso quanto a areia do mar.
do eu tinha uns dez anos de ida- 8 E aconteceu que nesse ano co-
de e começava a ser b educado se- meçou uma guerra entre os nefi-
gundo os conhecimentos de meu tas, que se compunham de nefitas
povo) e disse-me: Vejo que és um e jacobitas e josefitas e zoramitas;
menino sério e de percepção rá- e essa guerra era entre os nefitas e
pida. os lamanitas e os lemuelitas e os
3 Portanto, quando tiveres cerca ismaelitas.
de vinte e quatro anos, quero que 9 Ora, os lamanitas e os lemueli-
te lembres das coisas que houve- tas e os ismaelitas eram chamados
res observado em relação a este de lamanitas; e as duas facções
povo; e quando chegares a essa eram os nefitas e os lamanitas.
idade, vai à terra de Antum, a 10 E aconteceu que a guerra en-
uma colina que se chamará a Sim, tre eles teve início nas fronteiras
onde depositei para o Senhor to- de Zaraenla, junto às águas de
das as gravações sagradas que Sidon.
dizem respeito a este povo. 11 E aconteceu que os nefitas ha-
4 E eis que tomarás para ti as viam reunido um grande número
1 1 a GEE Mórmon, Profeta 2 a 4 Né. 1:47–49. 4 a Pal. Mórm. 1:1, 11.
Nefita. b Mos. 1:3–5. GEE Placas.
b 3 Né. 5:11–18. 3 a Ét. 9:3. 5 a 3 Né. 5:12, 20.
MÓRMON 1:12–2:2 548
de homens, que excedia a trinta coração, a terra foi amaldiçoada
a 

mil. E aconteceu que nesse mesmo por causa deles.


ano houve um número de batalhas 18 E esses ladrões de Gadiânton,
nas quais os nefitas derrotaram que se achavam no meio dos lama-
os lamanitas e mataram muitos nitas, infestaram a terra de tal for-
deles. ma que os habitantes começaram
12 E aconteceu que os lamanitas a esconder na terra seus a tesouros;
abandonaram seus propósitos e e tornaram-se escorregadios, por-
houve paz na terra; e a paz durou que o Senhor amaldiçoara a terra,
cerca de quatro anos, durante os de modo que não podiam segurá-
quais não houve derramamento los nem reavê-los.
de sangue. 19 E aconteceu que havia encan-
13 A iniquidade, porém, prevale- tamentos e feitiçarias e magias; e
ceu na face de toda a terra, de tal o poder do maligno estendeu-se
forma que o Senhor retirou seus sobre toda a face da terra, em cum-
a 
amados discípulos; e cessaram os primento de todas as palavras de
milagres e as curas, por causa da Abinádi e também de Samuel, o
iniquidade do povo. lamanita.
14 E devido a sua iniquidade e
a 
descrença, já não havia b dons do CAPÍTULO 2
Senhor; e sobre ninguém descia o
Mórmon comanda os exércitos ne-
c 
Espírito Santo.
fitas — Sangue e carnificina var-
15 E eu, com quinze anos de ida-
rem a terra — Os nefitas lamentam
de, sendo de natureza um tanto
e pranteiam com a tristeza dos con-
séria, fui visitado pelo Senhor e
denados — Passado é o seu dia de
provei e conheci a bondade de
graça — Mórmon obtém as placas de
Jesus.
Néfi — Continuam as guerras. Apro-
16 E procurei pregar a este povo,
ximadamente 327–350 d.C.
mas minha boca foi fechada e fui
proibido de pregar-lhes; porque E aconteceu que nesse mesmo
eis que se haviam a rebelado deli- ano começou a haver guerra no-
beradamente contra o seu Deus; e vamente entre os nefitas e os lama-
em virtude de sua iniquidade, os nitas. E apesar de jovem, eu era de
discípulos amados foram b retira- grande estatura; por conseguinte,
dos da terra. o povo de Néfi designou-me che-
17 Mas permaneci no meio deles, fe, ou seja, comandante dos seus
embora proibido de pregar-lhes exércitos.
por causa da dureza de seu cora- 2 Portanto, aconteceu que aos
ção; e em virtude da dureza de seu dezesseis anos segui à frente de
13 a 3 Né. 28:2, 12. 16 a GEE Rebeldia, Rebelião. 18 a Hel. 13:18–20;
14 a GEE Incredulidade. b Mórm. 8:10. Ét. 14:1–2.
b Morô. 10:8–18, 24. 17 a 2 Né. 1:7;
c GEE Espírito Santo. Al. 45:10–14, 16.
549 MÓRMON 2:3–13
um exército nefita contra os lama- 9 Ora, os lamanitas tinham um
nitas; e trezentos e vinte seis anos rei cujo nome era Aarão; e ele veio
haviam-se passado. contra nós com um exército de
3 E aconteceu que no tricentési- quarenta e quatro mil. E eis que o
mo vigésimo sétimo ano os lama- enfrentei com quarenta e dois mil.
nitas caíram sobre nós com uma E aconteceu que o venci com meu
força tão grande que amedron- exército, pondo-o em fuga. E eis
taram meus exércitos; portanto, que tudo isso foi feito; e trezentos
não quiseram lutar e começaram e trinta anos haviam-se passado.
a recuar em direção aos países 10 E aconteceu que os nefitas
do norte. começaram a arrepender-se de
4 E aconteceu que chegamos à ci- suas iniquidades e começaram a
dade de Angola e tomamos posse clamar, como fora profetizado por
da cidade e fizemos preparativos Samuel, o profeta; porque eis que
para defender-nos dos lamanitas. ninguém podia conservar o que
E aconteceu que fortificamos a ci- era seu, por causa dos ladrões e
dade com todo o empenho; mas dos bandidos e dos assassinos e
apesar de todas as nossas fortifi- da arte da magia e das feitiçarias
cações, os lamanitas caíram sobre que havia na terra.
nós e expulsaram-nos da cidade. 11 Assim, por causa dessas coi-
5 E também nos expulsaram da sas, começou a haver pranto e la-
terra de Davi. mentação por toda a terra e, mais
6 E marchamos adiante e chega- particularmente, entre o povo de
mos à terra de Josué, situada nas Néfi.
fronteiras do oeste, junto ao mar. 12 E aconteceu que quando eu,
7 E aconteceu que reunimos nos- Mórmon, vi sua lamentação e seu
so povo o mais depressa possível, pranto e sua tristeza perante o
para podermos juntá-lo em um Senhor, meu coração principiou
só grupo. a regozijar-se dentro de mim, co-
8  Mas eis que a terra estava nhecendo eu as misericórdias e a
cheia de ladrões e lamanitas; e longanimidade do Senhor, supon-
não obstante a grande destruição do, portanto, que ele seria mise-
que ameaçava os de meu povo, ricordioso com eles, para que se
eles não se arrependeram de suas tornassem novamente um povo
maldades; por conseguinte hou- justo.
ve carnificina e derramamento de 13 Mas eis que esta minha ale-
sangue por toda a face da terra, gria foi vã, porque seu a pesar não
tanto do lado dos nefitas quanto era para o arrependimento por
do lado dos lamanitas; e houve causa da bondade de Deus; ao
uma revolução total em toda a contrário, era mais o pesar dos
face da terra. b 
condenados, porque o Senhor
2 13 a 2 Cor. 7:10; Al. 42:29. b GEE Condenação, Condenar.
MÓRMON 2:14–25 550
não lhes permitiria deleitar-se
c 
relato completo de suas iniqui-
continuamente no pecado. dades e abominações, porque eis
14 E eles não se chegavam a Je- que, desde que pude entender os
sus com a coração quebrantado e costumes dos homens, tive diante
espírito contrito. b Amaldiçoavam, dos meus olhos uma cena contí-
porém, a Deus e desejavam mor- nua de iniquidades e abomina-
rer. Não obstante, lutavam com a ções.
espada por sua vida. 19 E ai de mim por causa de suas
15 E aconteceu que a tristeza iniquidades! Porque meu coração
me voltou e vi que a passado era se tem enchido de tristeza em vir-
o b dia da c graça para eles, tanto tude de suas iniquidades, todos os
física como espiritualmente; por- meus dias; não obstante, sei que
que vi milhares deles caídos em serei a elevado no último dia.
franca rebelião contra seu Deus e 20 E aconteceu que nesse ano o
amontoados como estrume sobre povo de Néfi foi novamente ca-
a face da terra. E assim, trezentos çado e expulso. E aconteceu que
e quarenta e quatro anos haviam- fomos obrigados a fugir até a terra
se passado. chamada Sem, que ficava ao norte.
16 E aconteceu que no tricenté- 21 E aconteceu que fortificamos
simo quadragésimo quinto ano a cidade de Sem e reunimos quan-
os nefitas começaram a fugir dos tos de nosso povo nos foi possí-
lamanitas; e foram perseguidos vel, para que talvez pudéssemos
até chegarem à terra de Jason, salvá-los da destruição.
antes que fosse possível detê-los 22 E aconteceu que no tricen-
em sua retirada. tésimo quadragésimo sexto ano
17 Ora, a cidade de Jason ficava eles novamente começaram a cair
próxima à a terra onde Amaron sobre nós.
depositara os registros para o Se- 23 E aconteceu que eu falei ao
nhor, a fim de que não fossem des- meu povo e exortei-o com grande
truídos. E eis que eu fui, de acordo energia a enfrentar corajosamente
com a recomendação de Amaron, os lamanitas e a a lutar por suas
e retirei as placas de Néfi e fiz um mulheres e seus filhos e suas ca-
registro, conforme a recomenda- sas e seus lares.
ção de Amaron. 24 E minhas palavras desperta-
18 E nas placas de Néfi fiz um ram-lhes um certo vigor, de modo
relato completo de todas as iniqui- que não fugiram dos lamanitas e
dades e abominações; mas nestas a eles opuseram-se ousadamente.
a 
placas abstive-me de fazer um 25 E aconteceu que lutamos com
13 c Al. 41:10. 15 a Jer. 8:20; 18 a GEE Placas.
14 a GEE Coração D&C 56:16. 19 a Mos. 23:22;
Quebrantado. b Hel. 13:38. Ét. 4:19.
b GEE Blasfemar, c GEE Graça. 23 a Mos. 20:11;
Blasfêmia. 17 a Mórm. 1:1–4. Al. 43:45.
551 MÓRMON 2:26–3:6
um exército de trinta mil contra própria força — Mórmon recusa-se
um exército de cinquenta mil. E a chefiá-los e suas orações por eles
aconteceu que nos portamos dian- são sem fé — O Livro de Mórmon
te deles com tal firmeza, que fu- convida as doze tribos de Israel a cre-
giram. rem no evangelho. Aproximadamente
26 E aconteceu que quando fu- 360–362 d.C.
giram nós os perseguimos com
nossos exércitos e tornamos a en- E aconteceu que os lamanitas
frentá-los e derrotamo-los; não não voltaram a guerrear até que se
obstante, a força do Senhor não passaram mais dez anos. E eis que
estava conosco; sim, fomos dei- eu havia empregado meu povo, os
xados a nossa própria mercê e o nefitas, no preparo de suas terras
Espírito do Senhor não habitava e de suas armas, para o dia da
em nós; portanto, nos tornamos batalha.
fracos como nossos irmãos. 2 E aconteceu que o Senhor me
27 E meu coração afligiu-se por disse: Clama a este povo — Arre-
causa desta grande calamidade pendei-vos e vinde a mim e sede
de meu povo, por causa de suas batizados e reorganizai a minha
iniquidades e abominações. Eis, igreja; e sereis poupados.
porém, que marchamos contra os 3 E eu clamei a este povo, mas
lamanitas e os ladrões de Gadiân- foi em vão; e eles não compreen-
ton até nos apossarmos novamen- deram que fora o Senhor que os
te das terras de nossa herança. havia poupado e concedera-lhes
28 E passou-se o tricentésimo uma oportunidade de se arrepen-
quadragésimo nono ano. E no derem. E eis que endureceram o
tricentésimo quinquagésimo ano coração contra o Senhor seu Deus.
fizemos um tratado com os lama- 4 E aconteceu que, passado esse
nitas e os ladrões de Gadiânton, décimo ano, perfazendo no total
pelo qual dividimos as terras de trezentos e sessenta anos desde a
nossa herança. vinda de Cristo, o rei dos lamani-
29 E os lamanitas deram-nos a tas enviou-me uma epístola que
terra do norte, sim, até a a estreita me fez ciente de que eles se prepa-
passagem que conduzia à terra do ravam para atacar-nos outra vez.
sul. E nós demos aos lamanitas 5 E aconteceu que eu fiz com que
toda a terra do sul. meu povo se reunisse na terra de
Desolação, numa cidade situada
nas fronteiras, perto da estreita
CAPÍTULO 3
passagem que conduzia à terra
Mórmon clama arrependimento aos do sul.
nefitas — Eles conseguem uma gran- 6 E ali colocamos nossos exérci-
de vitória e vangloriam-se de sua tos, a fim de determos os exércitos
29 a Al. 22:32.
MÓRMON 3:7–17 552
lamanitas, para que eles não se conduzira várias vezes à batalha
apoderassem de qualquer de nos- e amara-os segundo o a amor de
sas terras; portanto, nos fortifica- Deus que se achava em mim, com
mos contra eles com toda a nossa todo o meu coração; e o dia inteiro
força. elevava minha alma a Deus, em
7 E aconteceu que no tricentési- oração por eles; não obstante era
mo sexagésimo primeiro ano os b 
sem fé, por causa da dureza do
lamanitas desceram para a cidade coração deles.
de Desolação, a fim de guerrear- 13 E três vezes livrei-os das mãos
nos; e aconteceu que nesse ano dos seus inimigos e eles não se
nós os derrotamos, de modo que arrependeram de seus pecados.
eles retornaram às suas próprias 14 E quando juraram, por tudo
terras. que fora a proibido por nosso Se-
8 E no tricentésimo sexagésimo nhor e Salvador Jesus Cristo,
segundo ano desceram novamen- que subiriam para batalhar con-
te para guerrear. E tornamos a tra seus inimigos e vingar-se do
derrotá-los e matamos um gran- sangue de seus irmãos, eis que
de número deles; e seus mortos a voz do Senhor chegou a mim,
foram atirados ao mar. dizendo:
9 Ora, por causa deste grande 15 Minha é a a vingança e eu b re-
feito que os de meu povo, os nefi- tribuirei; porque este povo não se
tas, haviam realizado, começaram arrependeu depois de eu os ter li-
a a vangloriar-se de sua própria vrado, eis que serão varridos da
força e a jurar perante os céus face da Terra.
que vingariam o sangue de seus 16 E aconteceu que me recusei
irmãos, os quais tinham sido mor- terminantemente a marchar con-
tos por seus inimigos. tra meus inimigos; e fiz como o
10 E juraram pelos céus e tam- Senhor me ordenara; e permaneci
bém pelo trono de Deus que a su- como testemunha passiva, para
biriam para batalhar contra seus manifestar ao mundo as coisas
inimigos e varrê-los-iam da face que vi e ouvi, segundo as manifes-
da terra. tações do Espírito, o qual dera tes-
11 E aconteceu que eu, Mórmon, temunho acerca de coisas futuras.
recusei-me terminantemente, daí 17 Portanto, eu a vos escrevo,
em diante, a ser comandante e gentios, e também a vós, casa de
chefe deste povo, em virtude de Israel, que, quando a obra come-
suas iniquidades e abominações. çar, estareis no ponto de prepa-
12 Eis que eu os conduzira, ape- rar-vos para regressar à terra de
sar de suas iniquidades, eu os vossa herança.
3 9 a 2 Né. 4:34. b Mórm. 5:2. 17 a 2 Né. 30:3–8;
10 a 3 Né. 3:20–21; 14 a 3 Né. 12:34–37. 3 Né. 29:1.
Mórm. 4:4. 15 a GEE Vingança.
12 a GEE Amor. b D&C 82:23.
553 MÓRMON 3:18–4:4
18 Sim, eis que escrevo a todos para comparecer perante o tribu-
os confins da Terra; sim, a vós, nal de Cristo.
doze tribos de Israel, que sereis
a 
julgadas, de acordo com vossas CAPÍTULO 4
obras, pelos doze que Jesus esco-
Continuam as guerras e carnifici-
lheu como seus discípulos na terra
nas — O iníquo pune o iníquo — A
de Jerusalém.
iniquidade é maior do que nunca em
19 E escrevo também aos rema-
toda Israel — Mulheres e crianças
nescentes deste povo, que tam-
são sacrificadas a ídolos — Os la-
bém serão julgados pelos a doze
manitas começam a varrer os nefitas
que Jesus escolheu nesta terra; e
de diante de si. Aproximadamente
eles serão julgados pelos outros
363–375 d.C.
doze que Jesus escolheu na terra
de Jerusalém. E então aconteceu que no tricen-
20 E estas coisas foram-me ma- tésimo sexagésimo terceiro ano os
nifestadas pelo Espírito; portanto, nefitas saíram da terra de Desola-
escrevo a todos vós. E por esta ra- ção e subiram com seus exércitos
zão vos escrevo, para que saibais para atacar os lamanitas.
que deveis todos comparecer ante 2 E aconteceu que os exércitos
o a tribunal de Cristo, sim, todas as dos nefitas foram rechaçados no-
almas que pertencem a toda a b fa- vamente para a terra de Desola-
mília humana de Adão; e deveis ção. E enquanto estavam ainda
comparecer para serdes julgados cansados, uma nova tropa de la-
por vossas obras, sejam elas boas manitas atacou-os; e tiveram uma
ou más. batalha sangrenta, de modo que
21 E também para que a acredi- os lamanitas ocuparam a cidade
teis no evangelho de Jesus Cris- de Desolação e mataram muitos
to, que tereis no meio de vós; e dos nefitas e fizeram muitos pri-
também para que os b judeus, o sioneiros.
povo do convênio do Senhor, te- 3 E os restantes fugiram e uni-
nham outra c testemunha, além ram-se aos habitantes da cida-
daquele a quem viram e ouviram, de de Teâncum. Ora, a cidade de
de que Jesus, a quem mataram, Teâncum ficava na fronteira perto
era o d próprio Cristo e o próprio da costa; e ficava também perto da
Deus. cidade de Desolação.
22 E quisera persuadir a todos 4 E foi a por terem os exércitos
vós, confins da Terra, a vos arre- nefitas atacado os lamanitas, que
penderdes e a vos preparardes eles começaram a ser destruídos;
18 a Mt. 19:28; b D&C 27:11. Mos. 7:27.
Lc. 22:29–30; 21 a D&C 3:20. 22 a Al. 29:1.
D&C 29:12. b GEE Judeus. 4 4 a Mórm. 3:10.
19 a 1 Né. 12:9–10. c 2 Né. 25:18.
20 a GEE Juízo Final. d 2 Né. 26:12;
MÓRMON 4:5–18 554
porque, se tal não houvessem fei- uma descrição perfeita da horrível
to, os lamanitas não teriam tido cena de sangue e carnificina que
poder sobre eles. houve entre o povo, tanto nefitas
5 Mas eis que os julgamentos de como lamanitas; e o coração de
Deus sobrevirão aos iníquos; e é todos endureceu-se, a ponto de se
pelos iníquos que são os iníquos deleitarem com o derramamento
a 
punidos; porque são os iníquos de sangue, continuamente.
que incitam o coração dos filhos 12 E nunca houve tão grande
dos homens ao derramamento a 
iniquidade entre todos os filhos
de sangue. de Leí; nem mesmo em toda a casa
6 E aconteceu que os lamanitas de Israel, segundo as palavras do
fizeram preparativos para atacar Senhor, como entre este povo.
a cidade de Teâncum. 13 E aconteceu que os lamanitas
7 E aconteceu que no tricenté- tomaram a cidade de Desolação e
simo sexagésimo quarto ano os isso porque o seu a número excedia
lamanitas atacaram a cidade de o dos nefitas.
Teâncum, a fim de se apoderarem 14 E marcharam também con-
também da cidade de Teâncum. tra a cidade de Teâncum e expul-
8 E aconteceu que foram repe- saram seus habitantes e fizeram
lidos e rechaçados pelos nefitas. muitos prisioneiros, tanto mulhe-
E quando os nefitas viram que res como crianças, oferecendo-os
haviam rechaçado os lamanitas, em sacrifício a seus a ídolos.
vangloriaram-se novamente da 15 E aconteceu que no tricenté-
própria força; e foram com seu simo sexagésimo sétimo ano, in-
próprio poder e reconquistaram dignados por terem os lamanitas
a cidade de Desolação. sacrificado as suas mulheres e os
9 Ora, todas estas coisas haviam seus filhos, os nefitas os atacaram
ocorrido e houve milhares de com tanta fúria que os derrotaram
mortos de ambas as partes, tanto e novamente os expulsaram de
dos nefitas como dos lamanitas. suas terras.
10 E aconteceu que o tricentési- 16 E os lamanitas não voltaram a
mo sexagésimo sexto ano se pas- atacar os nefitas até o tricentésimo
sou e os lamanitas vieram nova- septuagésimo quinto ano.
mente batalhar contra os nefitas; 17 E nesse ano eles desceram,
e ainda assim os nefitas não se com todas as suas forças, para
arrependeram do mal que haviam guerrear os nefitas; e não foram
praticado, mas persistiram na sua contados, por causa de seu gran-
iniquidade continuamente. de número.
11 E é impossível que a língua 18 E a daí em diante os nefitas
descreva ou o homem escreva não conseguiram mais ter poder
5 a D&C 63:33. 3 Né. 9:9. 14 a GEE Idolatria.
12 a Gên. 6:5; 13 a Mórm. 5:6. 18 a Mórm. 3:3.
555 MÓRMON 4:19–5:5
sobre os lamanitas, mas come- de lutar com eles — Eles receberão
çaram a ser eliminados por eles o evangelho dos gentios nos últi-
como o orvalho sob o sol. mos dias. Aproximadamente 375–
19 E aconteceu que os lamanitas 384 d.C.
desceram para atacar a cidade de
Desolação; e travou-se uma terrí- E aconteceu que fui para o meio
vel batalha na terra de Desolação, dos nefitas e arrependi-me do a ju-
na qual eles derrotaram os nefitas. ramento que fizera de não mais os
20 E eles fugiram novamente e ajudar; e deram-me novamente o
foram para a cidade de Boaz; e comando de seus exércitos, pois
lá enfrentaram os lamanitas com julgavam que eu poderia livrá-los
grande ousadia, de modo que os de suas aflições.
lamanitas não os derrotaram se- 2 Mas eis que eu a não tinha espe-
não quando efetuaram um segun- rança, porque conhecia os julga-
do ataque. mentos do Senhor que lhes sobre-
21 E quando os atacaram pela viriam, porquanto não se haviam
segunda vez, os nefitas foram re- arrependido de suas iniquidades,
chaçados e mortos numa grande mas lutavam pela vida sem invo-
carnificina; suas mulheres e seus car aquele Ser que os criara.
filhos foram novamente sacrifica- 3 E aconteceu que os lamanitas
dos a ídolos. nos atacaram depois de havermos
22 E aconteceu que os nefitas fugido para a cidade de Jordão;
tornaram a fugir, levando consi- mas eis que foram rechaçados, de
go todos os habitantes, tanto das modo que não tomaram a cidade
cidades como das aldeias. naquela oportunidade.
23 E agora eu, Mórmon, vendo 4 E aconteceu que tornaram a
que os lamanitas estavam pres- nos atacar, mas nós conservamos a
tes a dominar a terra, dirigi-me cidade. E havia também outras ci-
à colina de a Sim e retirei todos os dades que eram controladas pelos
registros que Amaron havia es- nefitas, cujas fortalezas impediam
condido para o Senhor. o inimigo de entrar no país que se
estendia à nossa frente, para des-
truir os habitantes de nossa terra.
CAPÍTULO 5
5 Aconteceu, porém, que todas
Mórmon lidera novamente os exér- as terras pelas quais passamos,
citos nefitas em batalhas de sangue cujos habitantes não estavam reu-
e carnificina — O Livro de Mórmon nidos, foram destruídas pelos la-
aparecerá para convencer toda Israel manitas; e suas cidades e vilas
de que Jesus é o Cristo — Por causa e aldeias foram queimadas com
de sua incredulidade os lamanitas fogo; e assim se passaram trezen-
serão dispersos e o Espírito cessará tos e setenta e nove anos.
23 a Mórm. 1:3. 5 1 a Mórm. 3:11. 2 a Mórm. 3:12.
MÓRMON 5:6–14 556
6 E aconteceu que no tricentési- 10 E eis que digo isto a sua se-
mo octogésimo ano os lamanitas mente, bem como aos gentios que
voltaram a atacar-nos e nós en- se preocupam com a casa de Is-
frentamo-los com bravura; mas foi rael, que compreendem e sabem
tudo em vão, porque tão nume- de onde vêm suas bênçãos.
rosos eram eles que esmagaram 11 Porque sei que eles lamen-
o povo nefita sob os pés. tarão as calamidades da casa de
7 E aconteceu que novamen- Israel; sim, lamentarão a destrui-
te tivemos de fugir; aqueles que ção deste povo; lamentarão este
eram mais velozes que os lama- povo não se haver arrependido,
nitas escaparam; e os que eram a fim de ser envolvido pelos bra-
menos rápidos foram abatidos e ços de Jesus.
destruídos. 12 Ora, a estas coisas são escritas
8 E agora eis que eu, Mórmon, para os b remanescentes da casa de
não quero afligir a alma dos ho- Jacó; e são escritas desta maneira
mens, descrevendo-lhes as terrí- porque Deus sabe que a iniqui-
veis cenas de sangue e carnifici- dade não lhas manifestará; e elas
na que se desenrolaram perante devem ser c escondidas para o Se-
meus olhos, embora saiba que nhor, a fim de que sejam reveladas
essas coisas certamente serão co- no seu próprio e devido tempo.
nhecidas e que todas as coisas que 13 E este é o mandamento que
estão ocultas deverão ser a revela- recebi; e eis que elas serão reve-
das sobre os telhados das casas — ladas segundo o mandamento do
9 E também que o conhecimen- Senhor, quando ele, em sua sabe-
to dessas coisas deverá a chegar doria, julgar conveniente.
aos remanescentes deste povo, 14 E eis que elas irão aos a judeus
bem como aos gentios que, se- incrédulos; e com esta finalidade
gundo disse o Senhor, b dispersa- irão — para que sejam b persua-
rão este povo, o qual será contado didos de que Jesus é o Cristo, o
como nada entre eles — escrevo, Filho do Deus vivo; para que o
portanto, um c breve resumo, não Pai realize, por meio de seu mui
ousando, em virtude da ordem Amado, o seu grande e eterno
que me foi dada, fazer um relato propósito de restituir aos judeus,
completo das coisas que vi e, tam- ou a toda a casa de Israel, a terra
bém, para que não vos aflijais em de sua herança, que o Senhor seu
demasia por causa da iniquidade Deus lhes deu em cumprimento
deste povo. de seu c convênio.
8 a Lc. 12:2–3; 12 a En. 1:16; 14 a 2 Né. 29:13; 30:7–8.
2 Né. 27:11; Hel. 15:11–13. GEE Judeus.
D&C 1:3. GEE Livro de Mórmon. b 2 Né. 25:16–17.
9 a 4 Né. 1:49. b D&C 3:16–20. c 3 Né. 29:1–3.
b 3 Né. 16:8. c Mórm. 8:4, 13–14;
c Mórm. 1:1. Morô. 10:1–2.
557 MÓRMON 5:15–24
15 E também para que a semen- tiver sido perseguido e disperso
te a deste povo possa mais plena- pelos gentios, eis que o Senhor se
mente acreditar em seu evange- a 
lembrará do b convênio que fez
lho, que será b levado a eles pelos com Abraão e com toda a casa
gentios; pois este povo será c dis- de Israel.
perso e d tornar-se-á um povo es- 21 E também o Senhor se lembra-
curo, imundo e repugnante, além rá das a orações dos justos que lhe
de qualquer descrição do que já foram dirigidas em favor deles.
existiu entre nós, sim, mesmo o 22 E então, ó gentios, como po-
que já existiu entre os lamanitas; deis permanecer perante o poder
e isto por causa de sua increduli- de Deus, a não ser que vos arre-
dade e idolatria. pendais e vos desvieis de vossos
16 Porque eis que o Espírito do caminhos iníquos?
Senhor já deixou de a contender 23  Não sabeis que estais nas
com os seus pais; e estão sem Cris- mãos de Deus? Não sabeis que ele
to e sem Deus no mundo; e são tem todo o poder e que, sob o seu
levados de um lado para outro, grandioso a comando, a Terra será
como b palha ao vento. b 
enrolada como um pergaminho?
17 Eles já foram um povo agra- 24 Portanto, arrependei-vos e
dável e tinham Cristo como seu humilhai-vos perante ele, a fim
a 
pastor; sim, e eram guiados por de que não se levante em justiça
Deus, o Pai. contra vós; e para que um resto da
18 Agora, porém, eis que são semente de Jacó não surja entre
a 
guiados por Satanás, como a pa- vós como um a leão e vos despeda-
lha pelo vento ou como um barco ce; e ninguém haja para nos livrar.
que, sem velas nem âncoras ou
nada que possa dirigi-lo, se tor-
CAPÍTULO 6
na joguete das ondas; e assim são
eles, como o barco. Os nefitas reúnem-se na terra de
19 E eis que o Senhor reservou Cumora para as batalhas finais —
suas bênçãos, que o povo poderia Mórmon esconde os registros sagra-
ter recebido na terra, para os a gen- dos no monte Cumora — Os lama-
tios que possuirão a terra. nitas saem vitoriosos e a nação nefita
20 Mas eis que acontecerá que é destruída — Centenas de milhares
este povo será perseguido e dis- são mortos pela espada. Aproxima-
perso pelos gentios; e depois que damente 385 d.C.
15 a 3 Né. 21:3–7, 24–26. Ét. 2:15. Abraâmico.
b 1 Né. 13:20–29, 38; b Salm. 1:4. 21 a En. 1:12–18;
Mórm. 7:8–9. 17 a GEE Bom Pastor. Mórm. 9:36–37.
c 1 Né. 10:12–14; 18 a 2 Né. 28:21. 23 a Hel. 12:8–17.
3 Né. 16:8. 19 a 3 Né. 20:27–28. b 3 Né. 26:3.
d 2 Né. 26:33. 20 a 3 Né. 16:8–12. 24 a Miq. 5:8;
16 a Gên. 6:3; b GEE Convênio 3 Né. 20:15–16.
MÓRMON 6:2–11 558
E agora termino meu relato con- lamanitas os destruiriam), fiz este a 

cernente à a destruição de meu relato, extraído das placas de Néfi;


povo, os nefitas. E aconteceu que e b ocultei no monte Cumora todos
marchamos adiante dos lama- os registros que me tinham sido
nitas. confiados pela mão do Senhor,
2 E eu, Mórmon, escrevi uma excetuando-se c estas poucas pla-
epístola ao rei dos lamanitas e pe- cas que dei a meu filho d Morôni.
di-lhe que nos permitisse reunir 7 E aconteceu que meu povo,
nosso povo na a terra de Cumora, com suas esposas e seus filhos,
nas proximidades de um monte viu os a exércitos dos lamanitas
chamado Cumora; e lá podería- marchando em sua direção; e com
mos combatê-los. aquele horrível temor da morte
3 E aconteceu que o rei dos la- que enche o peito de todos os iní-
manitas me concedeu o que havia quos, esperaram para recebê-los.
pedido. 8 E aconteceu que vieram guer-
4 E aconteceu que marchamos rear-nos e todas as almas estavam
para a terra de Cumora e arma- cheias de terror por causa da gran-
mos nossas tendas ao redor do deza de seu número.
monte Cumora; e era numa terra 9 E aconteceu que caíram sobre
de muitas águas, rios e fontes; e meu povo com espadas e com
ali tínhamos esperança de sobre- arcos e com flechas e com macha-
pujar os lamanitas. dos e com toda sorte de armas de
5 E quando trezentos e oitenta guerra.
e quatro anos se haviam passa- 10 E aconteceu que meus ho-
do, reunimos todos os remanes- mens foram abatidos, sim, os dez
centes de nosso povo na terra de mil que estavam comigo, e eu caí
Cumora. ferido no meio deles; e eles pas-
6 E aconteceu que após haver- saram por mim sem pôr fim a
mos reunido todo o nosso povo minha vida.
em um só grupo na terra de 11 E depois de haverem passado
Cumora, eis que eu, Mórmon, e abatido a todo o meu povo, com
comecei a envelhecer; e sabendo exceção de vinte e quatro de nós
que esta seria a última luta de (entre os quais estava meu filho
meu povo e tendo recebido ordem Morôni) e tendo nós sobrevivido
do Senhor de não permitir que os aos nossos mortos, vimos, na ma-
registros sagrados, que haviam nhã seguinte, do topo do monte
sido sucessivamente transmitidos Cumora, quando os lamanitas
por nossos pais, viessem a cair nas voltaram para seus acampamen-
mãos dos lamanitas (porque os tos, os dez mil de meu povo que
6 1 a 1 Né. 12:19; 2 a Ét. 9:3. d Mórm. 8:1.
Jar. 1:10; 6 a GEE Placas. 7 a 1 Né. 12:15.
Al. 45:9–14; b Ét. 15:11. 11 a 1 Né. 12:19–20;
Hel. 13:5–11. c Pal. Mórm. 1:2. Hel. 15:17.
559 MÓRMON 6:12–7:1
foram abatidos, que haviam sido isto, não teríeis caído. Eis, porém,
comandados por mim. que caístes e eu choro vossa per-
12 E vimos também os dez mil da.
de meu povo que haviam sido co- 19 Ó vós, belos filhos e filhas,
mandados por meu filho Morôni. vós, pais e mães, vós, maridos e
13 E eis que os dez mil de Gidgi- mulheres, vós, formosos, como
dona haviam caído e ele também pudestes cair?
estava no meio. 20 Mas eis que haveis partido e
14 E Lamá caíra com seus dez meus lamentos não vos podem
mil; e Gilgal caíra com seus dez trazer de volta.
mil; e Limá caíra com seus dez 21 E logo chegará o dia em que
mil; e Jeneum caíra com seus dez vossa mortalidade se revestirá
mil; e Cumeniá e Moronia e Antiô- de imortalidade e esses corpos
num e Siblom e Sem e Jós haviam que agora se decompõem em cor-
caído, cada um com seus dez mil. rupção logo se tornarão a corpos
15 E aconteceu que dez mais caí- incorruptíveis; e então tereis que
ram pela espada, cada qual com vos apresentar perante o tribunal
seus dez mil. Sim, a todo o meu de Cristo, para serdes julgados de
povo tinha caído, salvo aqueles acordo com vossas obras; e, se ti-
vinte e quatro que estavam co- verdes sido justos, sereis abençoa-
migo e também uns poucos que dos com vossos pais que partiram
tinham escapado para os países antes de vós.
do sul; e alguns que se passaram 22 Oh! Se vos tivésseis arrepen-
para o lado dos lamanitas; e sua dido antes que esta grande des-
carne e ossos e sangue jaziam so- truição vos sobreviesse. Eis, po-
bre a face da terra, deixados pelas rém, que partistes; e o Pai, sim,
mãos daqueles que os mataram o Eterno Pai dos céus conhece
para decomporem-se sobre a terra vosso estado; e ele procede para
e desfazerem-se e voltarem para convosco segundo sua a justiça e
sua mãe-terra. b 
misericórdia.
16 E minha alma estava despe-
daçada de angústia, por causa da CAPÍTULO 7
morte de meu povo; e clamei:
Mórmon convida os lamanitas dos
17 Ó vós, formosos, como pudes-
últimos dias a crerem em Cristo, a
tes vos apartar dos caminhos do
aceitarem o Seu evangelho e serem
Senhor? Ó vós, formosos, como
salvos — Todos os que crerem na
pudestes rejeitar aquele Jesus que
Bíblia também crerão no Livro de
estava de braços abertos para vos
Mórmon. Aproximadamente 385 d.C.
receber?
18 Eis que, se não tivésseis feito E agora, eis que eu desejaria
15 a Al. 9:24. 22 a GEE Justiça. Misericordioso.
21 a 1 Cor. 15:53–54. b GEE Misericórdia,
MÓRMON 7:2–10 560
falar algo aos remanescentes des-
a 
for declarado inocente em sua
b 

te povo, que são poupados, se é presença, no dia do juízo, terá per-


que Deus permitirá que a eles missão para c habitar na presença
cheguem minhas palavras, a fim de Deus em seu reino, para cantar
de que saibam das coisas de seus louvores continuamente, com os
pais; sim, falo a vós, remanescen- d 
coros celestiais, ao Pai e ao Filho
tes da casa de Israel; e são estas as e ao Espírito Santo, que são e um
palavras que digo: Deus, num estado de f felicidade
2 Sabei que sois da a casa de Is- que não tem fim.
rael. 8  Portanto, arrependei-vos e
3 Sabei que vos deveis arrepen- sede batizados em nome de Je-
der; ou não podereis ser salvos. sus e apegai-vos ao a evangelho de
4 Sabei que deveis abandonar Cristo, que vos será apresentado
vossas armas de guerra e não mais não somente neste registro, mas
vos deleitar com derramamento também no b registro que chegará
de sangue; e que não deveis pe- aos gentios, vindo c dos judeus,
gá-las novamente, a não ser que registro esse que virá dos gentios
Deus vos ordene. d 
para vós.
5 Sabei que deveis ter a conheci- 9 Pois eis que a este é escrito com
mento de vossos pais e arrepen- o propósito de que b acrediteis na-
der-vos de todos os vossos peca- quele; e se acreditardes naquele,
dos e iniquidades e b crer em Jesus acreditareis também neste; e se
Cristo, que ele é o Filho de Deus e acreditardes neste, sabereis o que
que foi morto pelos judeus; e que se passou com vossos pais e tam-
pelo poder do Pai se levantou no- bém as maravilhosas obras que
vamente, pelo que conquistou a entre eles foram realizadas pelo
c 
vitória sobre a sepultura; e tam- poder de Deus.
bém nele é consumido o aguilhão 10 E sabereis também que sois
da morte. um remanescente da semente de
6 E ele efetua a a ressurreição dos Jacó; por conseguinte, sois con-
mortos, por meio da qual o ho- tados com o povo do primeiro
mem será levantado para com- convênio; e se crerdes em Cristo
parecer perante o seu b tribunal. e fordes batizados, primeiro com
7 E efetuou a a redenção do mun- água, depois com fogo e com o Es-
do, por meio da qual aquele que pírito Santo, seguindo o a exemplo
7 1 a Hel. 15:11–13. Juízo Final. GEE Trindade.
2 a Al. 10:3. 7 a GEE Redenção, f GEE Alegria.
5 a 2 Né. 3:12. Redimido, Redimir. 8 a GEE Evangelho.
b GEE Crença, Crer; b GEE Justificação, b GEE Bíblia.
Fé. Justificar. c 2 Né. 29:4–13.
c Isa. 25:8; c 1 Né. 10:21; d 1 Né. 13:38.
Mos. 16:7–8. D&C 76:62; Mois. 6:57. 9 a GEE Livro de Mórmon.
6 a GEE Ressurreição. d Mos. 2:28. b 1 Né. 13:38–41.
b GEE Jesus Cristo — Juiz; e D&C 20:28. 10 a 2 Né. 31:5–9.
561 MÓRMON 8:1–10
de nosso Salvador conforme o que E eis que eu também escreveria, se
ele nos ordenou, tudo estará bem houvesse lugar nas b placas, mas
convosco no dia do juízo. Amém. não há; nem tenho minério algum,
porque estou só. Meu pai foi mor-
CAPÍTULO 8 to em combate, bem como todos
os meus parentes; e não tenho
Os lamanitas perseguem e matam os
amigos nem tenho para onde ir;
nefitas — O Livro de Mórmon apa-
e até quando o Senhor permitirá
recerá pelo poder de Deus — Afli-
que eu viva, não sei.
ções pronunciadas sobre aqueles que
6 Eis que se passaram a quatro-
exalam ira e lutam contra a obra do
centos anos desde a vinda do nos-
Senhor — O registro nefita aparece-
so Senhor e Salvador.
rá num dia de iniquidade, degenera-
7 E eis que os lamanitas perse-
ção e apostasia. Aproximadamente
guiram meu povo, os nefitas, de
400–421 d.C.
cidade em cidade e de lugar em
E eis que eu, a Morôni, termino o lugar, até não restar mais um se-
registro de meu pai, Mórmon.
b 
quer; e grande foi a sua a queda;
Eis que tenho poucas coisas para sim, grande e assombrosa foi a
escrever, coisas que me foram or- destruição de meu povo, os ne-
denadas por meu pai. fitas.
2 E então aconteceu que depois 8 E eis que foi a mão do Senhor
da a grande e terrível batalha em que fez isso. E eis que também os
Cumora, eis que os nefitas que ha- lamanitas se acham em a guerra,
viam escapado para o país do sul uns contra os outros; e toda a face
foram perseguidos pelos b lama- desta terra apresenta uma cena
nitas até serem todos destruídos. contínua de assassinatos e derra-
3 E meu pai também foi mor- mamento de sangue; e ninguém
to por eles e eu fiquei a sozinho sabe quando será o fim da guerra.
para escrever a triste história da 9 E agora, eis que nada mais digo
destruição de meu povo. Mas eis a respeito deles, porque ninguém
que eles se foram e eu cumpro a mais há, salvo os lamanitas e a la-
ordem de meu pai. E se irão ma- drões, em toda a face da terra.
tar-me, não sei. 10 E ninguém há que conheça o
4 Portanto, escreverei e ocultarei verdadeiro Deus a não ser os a dis-
os registros na terra; e para onde cípulos de Jesus, que permanece-
eu vá, não importa. ram na terra até que a iniquida-
5 Eis que meu pai fez a este regis- de do povo se tornou tão grande
tro e nele escreveu o seu objetivo. que o Senhor já não lhes permitiu
8 1 a GEE Morôni, Filho de 3 a Morô. 9:22. 8 a 1 Né. 12:20–23.
Mórmon. 5 a Mórm. 2:17–18. 9 a Mórm. 2:8.
b GEE Placas. b Mórm. 6:6. 10 a 3 Né. 28:7; Ét. 12:17.
2 a Mórm. 6:2–15. 6 a Al. 45:10. GEE Três Discípulos
b D&C 3:18. 7 a 1 Né. 12:2–3. Nefitas.
MÓRMON 8:11–21 562
permanecer com o povo; e se eles
b 
aquele que trouxer isto à luz; por-
a 

estão ainda sobre a face da terra, que será b tirado da obscuridade


ninguém sabe. para a luz, segundo a palavra de
11 Mas eis que meu a pai e eu os Deus; sim, será tirado da terra e
vimos e eles ministraram em nos- brilhará de dentro da escuridão
so benefício. e chegará ao conhecimento do
12 E aqueles que receberem este povo; e isso será feito pelo poder
registro e não o condenarem por de Deus.
causa das imperfeições que con- 17 E se há a falhas, serão falhas
tém, conhecerão a coisas maiores de um homem, mas eis que não
do que estas. Eis que eu sou Mo- conhecemos falha alguma; não
rôni; e se fosse possível, dar-vos-ia obstante, Deus conhece todas as
a conhecer todas as coisas. coisas; portanto, aquele que b con-
13 Eis que termino de falar a dena, que tenha cuidado para não
respeito deste povo. Sou filho de se expor ao perigo do fogo do
Mórmon e meu pai era a descen- inferno.
dente de Néfi. 18 E aquele que disser: Mostrai-
14 E eu sou o mesmo que a escon- me as placas ou sereis feridos, que
de este registro para o Senhor; as tome cuidado para que não orde-
placas em que está gravado não ne o que o Senhor proibiu.
têm valor algum, em virtude do 19 Pois eis que aquele que apres-
mandamento do Senhor. Porque sadamente a julgar, apressadamen-
ele verdadeiramente disse que te será julgado; porque de acordo
ninguém as obteria para b usufruir com suas obras será sua recom-
lucro; mas o registro que nelas pensa; portanto, aquele que ferir
está é de grande valor; e aquele também será ferido pelo Senhor.
que o trouxer à luz, o Senhor o 20 Eis o que dizem as Escritu-
abençoará. ras — o homem não ferirá nem
15 Pois ninguém terá poder para julgará; porque o julgamento é
trazê-lo à luz, a não ser que lhe meu, diz o Senhor; e a vingança
seja dado por Deus; pois Deus também é minha e eu retribuirei.
quer que isso seja feito com os 21 E aquele que exalar ira e con-
a 
olhos fitos em sua glória ou em tendas contra a obra do Senhor
benefício do antigo e há tanto tem- e contra o povo do convênio do
po disperso povo do convênio do Senhor, que é a casa de Israel, e
Senhor. disser: Destruiremos a obra do
16  E bem-aventurado será Senhor e o Senhor não se lembrará
10 b Mórm. 1:16. 15 a D&C 4:5. b 3 Né. 29:5;
11 a 3 Né. 28:24–26. 16 a 2 Né. 3:6–7, 11, 13–14. Ét. 4:8.
12 a 3 Né. 26:6–11. b Isa. 29:18; 19 a TJS Mt. 7:1–2 (Apêndice
13 a 3 Né. 5:20. 2 Né. 27:29. da Bíblia);
14 a Morô. 10:1–2. 17 a Mórm. 9:31, 33; 3 Né. 14:1–2;
b JS—H 1:46. Ét. 12:23–28. Morô. 7:14.
563 MÓRMON 8:22–31
do convênio que fez com a casa de 26 E ninguém precisa dizer que
Israel — esse correrá o risco de ser não virão, porque seguramen-
cortado e atirado ao fogo; te virão, pois o Senhor o disse;
22 Porque os eternos a desígnios porque a da terra hão de sair pela
do Senhor irão avante, até que mão do Senhor e ninguém pode
todas as suas promessas sejam impedir; e acontecerá num dia em
cumpridas. que se dirá haverem cessado os
23  Examinai as profecias de b 
milagres; e será como se alguém
a 
Isaías. Eis que não as posso es- falasse c dentre os mortos.
crever. Sim, eis que vos digo que 27 E acontecerá num dia em que
aqueles santos que me precede- o a sangue dos santos clamará ao
ram e possuíram esta terra b cla- Senhor por causa de b combinações
marão, sim, desde o pó clamarão secretas e obras de trevas.
ao Senhor; e assim como vive o 28 Sim, acontecerá num dia em
Senhor, ele se lembrará do con- que o poder de Deus será negado,
vênio que fez com eles. e que a igrejas serão corrompidas
24 E ele conhece suas a orações, e encher-se-ão de orgulho em seu
sabe que foram em favor de seus coração; sim, num dia em que
irmãos. E ele conhece sua fé, por- chefes de igrejas e mestres se tor-
que em seu nome removeram narão orgulhosos em seu coração,
b 
montanhas; e em seu nome fize- chegando a invejar aqueles que
ram tremer a terra e, pelo poder pertençam às suas igrejas.
de sua palavra fizeram com que 29 Sim, acontecerá num dia em
c 
prisões ruíssem por terra; sim, que se a ouvirá falar de incêndios e
nem mesmo a fornalha ardente tempestades e b vapores de fumaça
lhes pôde fazer mal, nem animais em terras estrangeiras;
selvagens nem serpentes vene- 30 E também se ouvirá falar de
nosas, por causa do poder de sua a 
guerras, rumores de guerra e ter-
palavra. remotos em diversos lugares.
25 E eis que suas a orações fo- 31 Sim, acontecerá num dia em
ram também em favor daquele a que haverá grandes contamina-
quem o Senhor permitiria revelar ções sobre a face da Terra; haverá
estas coisas. homicídios e roubos e mentiras e
22 a D&C 3:3. 26 a Isa. 29:4; 28 a 2 Tim. 3:1–7;
23 a 3 Né. 20:11; 23:1. 2 Né. 33:13. 1 Né. 14:9–10;
b Isa. 29:4; b Mórm. 9:15–26; 2 Né. 28:3–32;
2 Né. 3:19–20; 26:16. Morô. 7:27–29, 33–37. D&C 33:4.
24 a En. 1:12–18; c 2 Né. 26:15–16; 29 a Joel 2:28–32;
Mórm. 9:36; Mórm. 9:30; 2 Né. 27:2–3.
D&C 10:46. Morô. 10:27. b 1 Né. 19:11;
b Jacó 4:6; 27 a Ét. 8:22–24; D&C 45:39–42.
Hel. 10:9. D&C 87:6–7. 30 a Mt. 24:6;
c Al. 14:27–29. b GEE Combinações 1 Né. 14:15–17.
25 a Mórm. 5:21. Secretas.
MÓRMON 8:32–40 564
embustes e libertinagens e toda orgulho de vosso coração; e pou-
sorte de abominações; num dia cos há que não se b exaltam no
em que haverá muitos que dirão: orgulho de seu coração, a ponto
Fazei isto ou fazei aquilo, a não de vestirem-se com c trajes finos,
importa, porque no último dia o entregarem-se a inveja e conten-
Senhor b sustentará aquele que as- das e malícia e perseguições e a
sim fizer. Mas ai desses, porque se toda sorte de iniquidades; e vos-
acham no c fel da amargura e nos sas igrejas, sim, todas elas se tor-
laços da iniquidade! naram corruptas por causa do
32 Sim, acontecerá num dia em orgulho de vosso coração.
que haverá igrejas estabelecidas, 37 Pois eis que amais o a dinhei-
que dirão: Vinde a mim e pelo ro e vossos bens e vossos trajes
vosso dinheiro sereis perdoados finos e o adorno de vossas igre-
de vossos pecados. jas mais do que amais os pobres
33 Ó povo iníquo e perverso e e os necessitados, os doentes e os
obstinado, por que haveis cons- aflitos.
truído igrejas para vós próprios, 38 Ó vós, impuros, vós, hipócri-
com o fim de obterdes a lucro? Por tas, vós, mestres, que vos vendeis
que haveis b modificado a santa por aquilo que corrói, por que ha-
palavra de Deus, para acarretar veis corrompido a santa igreja de
c 
condenação a vossa alma? Exa- Deus? Por que tendes a vergonha
minai as revelações de Deus; pois de tomar sobre vós o nome de
eis que o tempo virá, naquele dia, Cristo? Por que não considerais
em que todas estas coisas serão que maior é o valor de uma eter-
cumpridas. na felicidade do que o da b miséria
34 Eis que o Senhor me revelou que nunca tem fim — por causa
coisas grandes e maravilhosas dos c louvores do mundo?
relativas ao que em breve acon- 39 Por que vos adornais com
tecerá, no dia em que essas coisas aquilo que não tem vida e, contu-
forem reveladas entre vós. do, permitis que passem por vós
35 Eis que eu vos falo como se os famintos e os necessitados e
estivésseis presentes e, contudo, os nus e os enfermos e os aflitos,
não estais. Mas eis que Jesus Cris- sem notá-los?
to vos mostrou a mim e conheço 40 Sim, por que estabeleceis vos-
as vossas obras. sas a abominações secretas, com o
36 E sei que a andais segundo o fito de obter lucro, e fazeis com
31 a 2 Né. 28:21–22. Condenar. 2 Tim. 1:8;
b 2 Né. 28:8. 36 a GEE Andar, Andar com 1 Né. 8:25–28;
c Al. 41:11. Deus. Al. 46:21.
33 a GEE Artimanhas b Jacó 2:13. b Mos. 3:25.
Sacerdotais. c Al. 5:53. c 1 Né. 13:9.
b 1 Né. 13:26–29. 37 a 2 Né. 28:9–16. 40 a GEE Combinações
c GEE Condenação, 38 a Rom. 1:16; Secretas.
565 MÓRMON 8:41–9:7
que as viúvas e os órfãos se la- do Cordeiro de Deus — direis en-
mentem perante o Senhor? E tam- tão que não há Deus?
bém que o sangue de seus pais e 3 Negareis então por mais tempo
de seus maridos clamem ao Se- o Cristo ou podereis contemplar o
nhor, desde a terra, por vingança Cordeiro de Deus? Supondes que
sobre vossa cabeça? habitareis com ele, tendo a cons-
41 Eis que a espada da vingan- ciência de vossa culpa? Supondes
ça pende sobre vós; e cedo virá que podereis ser felizes habitan-
a hora em que Deus a vingará o do com aquele santo Ser, quando
sangue dos santos em vós, porque vossa alma está atormentada pela
não suportará seus clamores por consciência da culpa de haverdes
mais tempo. sempre violado suas leis?
4 Eis que eu vos digo que seríeis
CAPÍTULO 9 mais miseráveis habitando com
um Deus santo e justo, conscientes
Morôni chama ao arrependimento
de vossa imundície perante ele, do
aqueles que não creem em Cristo —
que se habitásseis com as a almas
Ele proclama um Deus de milagres,
condenadas, no b inferno.
que faz revelações e derrama dons
5 Pois eis que quando fordes le-
e sinais sobre os fiéis — Cessam os
vados a ver vossa a nudez perante
milagres por causa da descrença —
Deus e também a glória de Deus e
Sinais seguem os que creem — Os
a santidade de Jesus Cristo, uma
homens são exortados a serem sábios
chama de fogo inextinguível acen-
e a obedecerem aos mandamentos.
der-se-á em vós.
Aproximadamente 401–421 d.C.
6 Ó vós, a descrentes, b voltai-vos
E agora falo também a respei- para o Senhor; e clamai vigorosa-
to daqueles que não creem em mente ao Pai, em nome de Jesus,
Cristo. para que talvez possais ser decla-
2 Eis que crereis no dia de vos- rados sem mancha, c puros, formo-
sa visitação — eis que quando o sos e brancos naquele grande e
Senhor vier, sim, naquele a gran- último dia, tendo sido purificados
de dia em que a b Terra se enrolar pelo sangue do d Cordeiro.
como um pergaminho e os ele- 7 E novamente falo a vós, que
mentos se c derreterem com arden- a 
negais as revelações de Deus e
te calor, sim, naquele grande dia dizeis que elas cessaram, que não
em que sereis levados à presença há revelações nem profecias nem
41 a 1 Né. 22:14. c Amós 9:13; b Eze. 18:23, 32;
9 2 a Mal. 4:5; 3 Né. 26:3. D&C 98:47.
3 Né. 28:31. 4 a GEE Condenação, c GEE Pureza, Puro.
b Mórm. 5:23; Condenar. d GEE Cordeiro de Deus.
D&C 63:20–21. b GEE Inferno. 7 a 3 Né. 29:6–7.
GEE Mundo — Fim do 5 a 2 Né. 9:14.
mundo. 6 a GEE Incredulidade.
MÓRMON 9:8–17 566
dons nem curas nem o falar em proporcionou a ressurreição, que
a 

línguas nem b interpretação de lín- proporciona a redenção de um


guas; interminável b sono, do qual to-
8 Eis que eu vos digo que aquele dos os homens serão acordados
que nega estas coisas não conhece pelo poder de Deus quando soar
o a evangelho de Cristo; sim, não a trombeta; e levantar-se-ão, tan-
leu as escrituras e, se o fez, não as to pequenos como grandes, e to-
b 
compreende. dos se apresentarão perante seu
9 Porque não lemos que Deus tribunal, redimidos e livres desta
é o a mesmo ontem, hoje e para eterna c cadeia da morte que é a
sempre e que nele não há variação morte física.
nem sombra de mudança? 14 E então virá o a julgamento
10 E se imaginastes um deus que do Santo sobre eles; e então che-
varia e no qual há sombra de mu- gará a hora em que aquele que
dança, então imaginastes um deus é b imundo ainda será imundo; e
que não é um Deus de milagres. aquele que é justo ainda será jus-
11 Mas eis que eu vos mostrarei to; e aquele que é feliz ainda será
um Deus de milagres, sim, o Deus feliz; e aquele que é infeliz ainda
de Abraão e o Deus de Isaque e o será infeliz.
Deus de Jacó; e é o mesmo a Deus 15 E agora vos pergunto, ó todos
que criou os céus e a Terra e todas vós, que imaginastes um deus que
as coisas que neles há. a 
não pode fazer milagres: Todas
12 Eis que ele criou Adão e por essas coisas sobre as quais falei
a 
Adão veio a b queda do homem. já se passaram? Já chegou o fim?
E por causa da queda do homem Eis que eu vos digo: Não; e Deus
veio Jesus Cristo, sim, o Pai e o não deixou de ser um Deus de
Filho; e por causa de Jesus Cristo milagres.
veio a c redenção do homem. 16 Eis que não são maravilhosas
13 E por causa da redenção do aos nossos olhos as coisas que
homem, que veio por Jesus Cris- Deus fez? Sim, e quem pode com-
to, são eles levados de volta à preender as maravilhosas a obras
presença do Senhor; sim, é nela de Deus?
que todos os homens são redi- 17 Quem dirá que não foi um
midos, porque a morte de Cristo milagre que pela sua a palavra o
7 b 1 Cor. 12:7–10; D&C 76:20–24. 14 a GEE Juízo Final.
RF 1:7. GEE Jesus Cristo. b Al. 7:21;
8 a GEE Evangelho. 12 a Mos. 3:26. D&C 88:35.
b Mt. 22:29. b GEE Queda de Adão e 15 a Morô. 7:35–37;
9 a Heb. 13:8; Eva. D&C 35:8.
1 Né. 10:18–19; c GEE Redenção, GEE Milagre.
Al. 7:20; Redimido, Redimir. 16 a Salm. 40:5;
Morô. 8:18; 13 a Hel. 14:15–18. D&C 76:114;
D&C 20:12. b D&C 43:18. Mois. 1:3–5.
11 a Gên. 1:1; Mos. 4:2; c D&C 138:16. 17 a Jacó 4:9.
567 MÓRMON 9:18–27
céu e a Terra existam? E que pelo Ide por todo o mundo e pregai o
a 

poder de sua palavra o homem te- evangelho a toda criatura;


nha sido b criado do c pó da Terra? 23 E aquele que crer e for bati-
E que pelo poder de sua palavra zado, será salvo, mas aquele que
milagres tenham sido realizados? não crer, será a condenado;
18 E quem dirá que Jesus Cristo 24 E estes a sinais seguirão os que
não fez muitos a milagres extraor- crerem — em meu nome expulsa-
dinários? E muitos milagres ex- rão b demônios; falarão novas lín-
traordinários foram feitos pelas guas; pegarão em serpentes; e, se
mãos dos apóstolos. beberem alguma coisa mortífera,
19  E se foram feitos naquele não lhes causará dano; imporão
tempo, por que deixou Deus de as c mãos sobre os enfermos e eles
ser um Deus de a milagres, sendo, serão curados;
contudo, um Ser imutável? E eis 25 E todo aquele que crer em
que vos digo que ele não muda; meu nome, de nada duvidando,
se mudasse, deixaria de ser Deus; a ele eu a confirmarei todas as mi-
e não deixa de ser Deus e é um nhas palavras, até os confins da
Deus de milagres. Terra.
20 E o motivo pelo qual cessa de 26 E agora, eis que quem pode
fazer a milagres entre os filhos dos opor-se às obras do Senhor?
homens é que eles degeneram na a 
Quem pode negar suas pala-
incredulidade, abandonam o ca- vras? Quem se levantará contra
minho reto e desconhecem o Deus a força onipotente do Senhor?
em quem deveriam b confiar. Quem desprezará as obras do
21 Eis que vos digo que todo Senhor? Quem desprezará os fi-
aquele que crer em Cristo, sem de lhos de Cristo? Vede, todos vós
nada duvidar, a tudo o que pedir que b desprezais as obras do Se-
ao Pai, em nome de Cristo, ser- nhor, pois ficareis assombrados e
lhe-á concedido; e esta promessa perecereis.
estende-se a todos, até os confins 27 Oh! Não desprezeis, pois, e
da Terra. não vos assombreis, mas dai ouvi-
22 Pois eis que assim disse Jesus dos às palavras do Senhor e pedi
Cristo, o Filho de Deus, a seus ao Pai, em nome de Jesus, tudo
discípulos que iriam permanecer, aquilo de que necessitardes. Não
sim, e também a todos os seus dis- duvideis, mas acreditai; e come-
cípulos, na presença da multidão: çai, como antigamente, e a vinde ao
17 b GEE Criação, Criar. 21 a Mt. 21:22; b At. 16:16–18.
c Gên. 2:7; Mos. 2:25. 3 Né. 18:20. c GEE Bênção dos
18 a
Jo. 6:14. 22 a Mc. 16:15–16. Doentes.
19 a
D&C 63:7–10. GEE Obra Missionária. 25 a GEE Revelação;
20 a
Juí. 6:11–13; 23 a GEE Condenação, Testemunho.
Ét. 12:12–18; Condenar. 26 a 3 Né. 29:4–7.
Morô. 7:35–37. 24 a Mc. 16:17–18. b Prov. 13:13.
b GEE Confiança, Confiar. GEE Sinal. 27 a Morô. 10:30–32.
MÓRMON 9:28–37 568
Senhor com todo o vosso coração
b 
conhecimento, em caracteres de-
e c operai a vossa própria salvação nominados por nós a egípcio re-
com temor e tremor perante ele. formado, sendo transmitidos e
28 Sede a sábios nos dias de vossa alterados por nós segundo nossa
provação; despojai-vos de todas maneira de falar.
as impurezas; não peçais para sa- 33 E se nossas placas tivessem
tisfazer vossas b concupiscências, sido suficientemente grandes, te-
mas pedi com inquebrantável fir- ríamos escrito em hebraico; mas
meza que não caiais em tentação, o hebraico também foi alterado
mas que possais servir ao verda- por nós; e se tivéssemos escrito
deiro c Deus vivo. em hebraico, eis que nenhuma
29 Vede que não sejais batizados imperfeição encontraríeis em nos-
a 
indignamente; vede que não par- so registro.
ticipeis b indignamente do sacra- 34 Mas o Senhor sabe as coisas
mento de Cristo, mas esforçai-vos que escrevemos e também que ne-
por fazer todas as coisas c digna- nhum outro povo conhece nossa
mente e fazei-as em nome de Jesus língua; e porque nenhum outro
Cristo, o Filho do Deus vivo; e se povo conhece nossa língua, ele
isto fizerdes e perseverardes até preparou, portanto, a meios para
o fim, de maneira alguma sereis a sua interpretação.
lançados fora. 35 E estas coisas foram escritas
30 Eis que eu vos falo como se para que livremos nossas vestes
a 
falasse dentre os mortos, porque do sangue de nossos irmãos que
sei que tereis minhas palavras. degeneraram na a incredulidade.
31 Não me condeneis, em virtu- 36 E eis que estas coisas que a de-
de de minha a imperfeição, nem a sejamos em relação a nossos ir-
meu pai, por causa de sua imper- mãos, sim, mesmo a restauração
feição, nem àqueles que escreve- de seu conhecimento sobre Cristo,
ram antes dele; mas dai graças a estão de acordo com as orações
Deus por ele vos ter manifesta- de todos os santos que viveram
do nossas imperfeições, para que na terra.
aprendais a ser mais sábios do que 37 E permita o Senhor Jesus Cris-
nós fomos. to que suas orações sejam res-
32 E agora, eis que escrevemos pondidas de acordo com sua fé;
este registro de acordo com nosso e que Deus, o Pai, se lembre do
27 b Jos. 22:5; Batizar — Requisitos Ét. 12:22–28, 35.
D&C 64:22, 34. do batismo. 32 a 1 Né. 1:2; Mos. 1:4.
GEE Coração. b 1 Cor. 11:27–30; 34 a Mos. 8:13–18;
c Filip. 2:12. 3 Né. 18:28–32. Ét. 3:23, 28;
28 a Jacó 6:12. c GEE Dignidade, Digno. D&C 17:1.
b GEE Concupiscência. 30 a Mórm. 8:26; 35 a 2 Né. 26:15.
c Al. 5:13. Morô. 10:27. 36 a Mórm. 8:24–26;
29 a GEE Batismo, 31 a Mórm. 8:17; D&C 10:46–49.
569 ÉTER 1:1–18
convênio que fez com a casa de mediante fé no nome de Jesus
Israel; e abençoe-os para sempre, Cristo. Amém.

LIVRO DE ÉTER
Registro dos jareditas, tirado das vinte e quatro placas encontradas pelo povo
de Lími nos dias do Rei Mosias.

CAPÍTULO 1 Adão até essa época; elas, porém,


acham-se nas placas; e aquele que
Morôni resume os escritos de Éter —
as encontrar poderá obter o relato
Declarada a genealogia de Éter — A
completo.
língua dos jareditas não é confundida
5 Não faço, porém, um relato
na Torre de Babel — O Senhor pro-
completo, mas somente um relato
mete guiá-los a uma terra escolhida e
parcial, desde a torre até quando
fazer deles uma grande nação.
foram destruídos.

E AGORA eu, a Morôni, faço um


relato a respeito daqueles anti-
gos habitantes que foram destruí-
6 E desta maneira faço o rela-
to. Quem escreveu este registro
foi a Éter, que era descendente de
dos pela b mão do Senhor sobre a Coriântor.
face deste país do norte. 7 Coriântor era filho de Moron.
2 E baseio meu relato nas a vinte 8 E Moron era filho de Etem.
e quatro placas que foram encon- 9 E Etem era filho de Aá.
tradas pelo povo de Lími; e cha- 10 E Aá era filho de Sete.
ma-se Livro de Éter. 11 E Sete era filho de Siblon.
3 E como suponho que a pri- 12 E Siblon era filho de Com.
meira parte deste registro — que 13 E Com era filho de Coriân-
fala sobre a criação do mundo e tum.
também sobre Adão; e que faz um 14  E Coriântum era filho de
relato desde essa época até a da Amnigada.
grande a torre, bem como de tudo 15  E Amnigada era filho de
quanto aconteceu aos filhos dos Aarão.
homens até esse tempo — esteja 16 E Aarão era descendente de
com os judeus, Hete, que era filho de Heartom.
4 Não escrevo, portanto, as coi- 17 E Heartom era filho de Libe.
sas acontecidas desde os a dias de 18 E Libe era filho de Quis.
1 1 a GEE Morôni, Filho de Ét. 15:33. período que Gênesis
Mórmon. 3 a Ômni 1:22; 1–10.
b Mórm. 5:23; Mos. 28:17; 6 a Ét. 12:2; 15:34.
D&C 87:6–7. Hel. 6:28.
2 a Al. 37:21; 4 a IE cobre o mesmo
ÉTER 1:19–42 570
19 E Quis era filho de Corom. de Jarede; e Jarede e seu irmão não
20 E Corom era filho de Levi. foram confundidos.
21 E Levi era filho de Quim. 36 Disse, pois, Jarede a seu ir-
22 E Quim era filho de Moriân- mão: Clama novamente ao Senhor
ton. e pode ser que ele desvie sua có-
23 E Moriânton era descendente lera dos que são nossos amigos e
de Riplaquis. não confunda a língua deles.
24 E Riplaquis era filho de Sez. 37 E aconteceu que o irmão de
25 E Sez era filho de Hete. Jarede clamou ao Senhor e o Se-
26 E Hete era filho de Com. nhor teve compaixão também de
27 E Com era filho de Coriântum. seus amigos e de suas famílias; e
28  E Coriântum era filho de não foram confundidos.
Êmer. 38 E aconteceu que Jarede falou
29 E Êmer era filho de Ômer. novamente a seu irmão, dizendo:
30 E Ômer era filho de Sule. Vai e inquire do Senhor se nos
31 E Sule era filho de Quib. fará sair desta terra e, se nos vai
32 E Quib era filho de Oria, que fazer sair da terra, pergunta-lhe
era filho de Jarede. para onde iremos. E quem sabe se
33 E esse a Jarede saiu com seu o Senhor nos guiará a uma terra
irmão e suas famílias, com alguns a 
escolhida entre todas as do mun-
outros e suas famílias, da grande do? E se assim for, sejamos fiéis
torre, na época em que o Senhor ao Senhor para que a recebamos
b 
confundiu a língua do povo e por herança.
jurou, em sua ira, que eles seriam 39 E aconteceu que o irmão de
dispersos por toda a c face da Ter- Jarede clamou ao Senhor confor-
ra; e de acordo com a palavra do me o que havia sido dito pela boca
Senhor, o povo foi disperso. de Jarede.
34 E o a irmão de Jarede, sendo 40 E aconteceu que o Senhor ou-
um homem grande e forte e um viu o irmão de Jarede e teve com-
homem altamente favorecido pelo paixão dele e disse-lhe:
Senhor, Jarede, seu irmão, disse- 41 Começa a reunir teus reba-
lhe: Clama ao Senhor, para que ele nhos de toda espécie, macho e
não nos confunda de maneira que fêmea; e também toda espécie de
não possamos entender as nossas sementes da terra; e tuas a famílias
palavras. e também teu irmão Jarede e sua
35 E aconteceu que o irmão de família; e também teus b amigos e
Jarede clamou ao Senhor e o Se- suas famílias e os amigos de Jare-
nhor teve compaixão de Jarede; de e suas famílias.
portanto, não confundiu a língua 42 E quando tiveres feito isso,
33 a GEE Jarede. 34 a GEE Jarede, Irmão de. 41 a Ét. 6:20.
b Gên. 11:6–9. 38 a GEE Terra da b Ét. 6:16.
c Mos. 28:17. Promissão.
571 ÉTER 1:43–2:8
descerás adiante deles para o
a 
no qual levaram consigo peixes
vale situado ao norte. E lá te en- das águas.
contrarei e irei b adiante de ti para 3 E levaram também consigo
uma terra c escolhida entre todas deseret que, por interpretação,
as terras do mundo. significa abelha de mel; e assim
43 E lá abençoarei a ti e a tua carregaram consigo enxames de
semente; e da tua semente e da abelhas e uma variedade de tudo
semente de teu irmão e daqueles que havia na face da terra, semen-
que forem contigo, levantarei para tes de toda espécie.
mim uma grande nação. E não 4 E aconteceu que quando chega-
haverá sobre toda a face da Terra ram ao vale de Ninrode, o Senhor
nação maior que a que eu levan- desceu e falou com o irmão de Ja-
tarei para mim, de tua semente. rede; e ele estava em uma a nuvem
E assim farei contigo, porque me e o irmão de Jarede não o viu.
invocaste este longo tempo. 5 E aconteceu que o Senhor lhes
ordenou que fossem para o deser-
CAPÍTULO 2 to, sim, para aquela parte onde o
homem nunca estivera. E aconte-
Os jareditas preparam-se para sua
ceu que o Senhor foi adiante deles
jornada a uma terra prometida — É
e falou com eles enquanto estava
uma terra escolhida, onde os homens
em uma a nuvem; e deu-lhes ins-
deverão servir a Cristo; caso contrário
truções para onde viajar.
serão varridos — O Senhor fala ao
6 E aconteceu que viajaram no
irmão de Jarede durante três horas —
deserto e construíram barcos, nos
Os jareditas constroem barcos — O
quais atravessaram muitas águas,
Senhor pede ao irmão de Jarede que
sendo continuamente dirigidos
sugira como iluminar os barcos.
pela mão do Senhor.
E aconteceu que Jarede e seu 7 E o Senhor não permitiu que se
irmão e suas famílias e também detivessem do outro lado do mar,
os amigos de Jarede e seu irmão no deserto, mas fez com que vies-
e suas famílias desceram com os sem para a a terra da promissão,
rebanhos de toda espécie que ha- que fora escolhida entre todas as
viam reunido, macho e fêmea, outras terras e que o Senhor Deus
para o vale situado ao norte (e ao preservara para um povo justo.
vale havia sido dado o nome de 8 E em sua ira havia jurado ao
a 
Ninrode, o grande caçador). irmão de Jarede que todos os que
2 E também fizeram armadilhas habitassem esta terra da promis-
e apanharam aves do ar; e pre- são, daquele tempo em diante e
pararam também um recipiente para sempre, deveriam a servir a
42 a 1 Né. 2:1–2; Abr. 2:3. 4 a Núm. 11:25; 7 a 1 Né. 4:14.
b D&C 84:88. D&C 34:7–9; GEE Terra da
c 1 Né. 13:30. JS—H 1:68. Promissão.
2 1 a Gên. 10:8. 5 a Êx. 13:21–22. 8 a Ét. 13:2.
ÉTER 2:9–16 572
ele, o verdadeiro e único Deus, 13 E agora prossigo meu regis-
ou seriam b varridos quando sobre tro; pois eis que aconteceu que o
eles caísse a plenitude de sua ira. Senhor levou Jarede e seus irmãos
9 E agora podemos ver os decre- até aquele grande mar que divi-
tos de Deus relativos a esta terra, de as terras. E quando chegaram
que é uma terra de promissão; e ao mar, armaram suas tendas; e
toda nação que a habitar deve- deram ao lugar o nome de Mo-
rá servir a Deus ou será varrida riâncumer; e habitaram em ten-
quando a plenitude de sua ira cair das, à beira-mar, pelo espaço de
sobre ela. E a plenitude de sua ira quatro anos.
cairá sobre ela quando houver 14 E aconteceu, no fim de qua-
amadurecido em iniquidade. tro anos, que o Senhor tornou a
10 Porque eis que esta é uma aparecer ao irmão de Jarede; e
terra escolhida entre todas as ou- estava numa nuvem e falou com
tras terras; portanto, aquele que ele. E pelo espaço de três horas
a habitar deverá servir a Deus ou falou o Senhor com o irmão de
será varrido, porque este é o eter- Jarede e a repreendeu-o por não se
no decreto de Deus. E não serão ter lembrado de b invocar o nome
a 
varridos até que a iniquidade do Senhor.
entre os filhos da terra chegue à 15 E o irmão de Jarede arrepen-
b 
plenitude. deu-se do mal que havia feito e in-
11 E isto chega a vós, ó a gentios, vocou o nome do Senhor por seus
para que conheçais os decretos de irmãos que se achavam com ele.
Deus, para que vos arrependais e E o Senhor disse-lhe: Perdoarei a
não continueis em vossas iniqui- ti e a teus irmãos vossos pecados;
dades até que venha a plenitude; mas não pecareis mais, porque
para que não chameis a plenitude vos lembrareis de que o meu a Es-
da ira de Deus sobre vós, como pírito não b contenderá para sem-
os habitantes da terra têm feito pre com o homem; portanto, se
até agora. pecardes até estardes plenamente
12 Eis que esta é uma terra es- amadurecidos, sereis afastados da
colhida; e qualquer nação que a presença do Senhor. E estes são os
habitar se verá a livre da servidão meus pensamentos em relação à
e do cativeiro e de todas as outras terra que vos darei por herança;
nações debaixo do céu, se apenas porque será uma terra c escolhida
b 
servir ao Deus da terra, que é Je- entre todas as outras terras.
sus Cristo, o qual foi manifestado 16 E disse o Senhor: Lançai-vos
pelas coisas que escrevemos. ao trabalho e construí barcos da
8 b Jar. 1:3, 10; 11 a 2 Né. 28:32. b GEE Oração.
Al. 37:28; 12 a GEE Liberdade, Livre. 15 a Ét. 15:19.
Ét. 9:20. b Isa. 60:12. b Gên. 6:3; 2 Né. 26:11;
10 a 1 Né. 17:37–38. 14 a GEE Castigar, Castigo, Mórm. 5:16.
b 2 Né. 28:16. Corrigir, Repreender. c Ét. 9:20.
573 ÉTER 2:17–25
forma que haveis construído até tecer que a água caia sobre vós, eis
agora. E aconteceu que o irmão de que fechareis a abertura, para que
Jarede se pôs a trabalhar e tam- não pereçais na inundação.
bém seus irmãos; e construíram 21 E aconteceu que o irmão de
barcos da forma que já haviam Jarede assim fez, segundo o que
construído, de acordo com as a ins- o Senhor lhe ordenara.
truções do Senhor. E eles eram 22 E ele tornou a clamar ao Se-
pequenos e leves sobre a água, de nhor, dizendo: Ó Senhor, eis que
uma leveza semelhante à de uma fiz conforme me ordenaste; e pre-
ave sobre a água. parei os navios para meu povo e
17 E foram construídos de uma eis que neles não há luz. Ó, Se-
forma que ficavam muito bem nhor, consentirás que cruzemos
a 
ajustados, de modo que podiam estas grandes águas na escuridão?
conter água como um vaso; e o 23 E o Senhor disse ao irmão de
fundo era ajustado, como um Jarede: Que desejais que eu faça,
vaso; e o costado dos barcos era a fim de que tenhais luz em vos-
ajustado, como um vaso; e as ex- sos barcos? Porque eis que não
tremidades eram em ponta; e a podeis ter janelas, porque seriam
parte superior era ajustada, como despedaçadas; nem levareis fogo
um vaso; o seu comprimento era convosco, porque não ireis pela
o comprimento de uma árvore e a luz do fogo.
sua porta, quando fechada, ficava 24 Pois eis que sereis como uma
ajustada como um vaso. baleia no meio do mar; porque as
18 E aconteceu que o irmão de altas ondas se quebrarão sobre
Jarede clamou ao Senhor, dizen- vós. Não obstante, tirar-vos-ei
do: Ó Senhor, realizei o trabalho novamente das profundezas do
que me ordenaste e fiz os barcos mar; porque os a ventos saíram de
segundo tuas instruções. minha boca e também eu enviei as
19 E eis que, ó Senhor, não há luz b 
chuvas e as inundações.
neles; para onde nos havemos de 25 E eis que vos preparo contra
dirigir? E também pereceremos, essas coisas; porque não podeis
porque neles não podemos res- cruzar este grande mar sem que
pirar, a não ser o ar que contêm; eu vos prepare contra as ondas do
portanto, pereceremos. mar e os ventos que saíram e os
20 E o Senhor disse ao irmão de dilúvios que hão de vir. Portan-
Jarede: Eis que farás uma abertura to, que desejais que eu prepare
em cima e outra no fundo; e quan- para vós, a fim de que tenhais luz
do necessitares de ar, destaparás a quando estiverdes submersos nas
abertura e receberás ar. E se acon- profundezas do mar?
16 a 1 Né. 17:50–51. 24 a Ét. 6:5.
17 a Ét. 6:7. b Salm. 148:8.
ÉTER 3:1–7 574
CAPÍTULO 3 deserto; não obstante, tens sido
a 
misericordioso para conosco.
O irmão de Jarede vê o dedo do Se-
Ó Senhor, tem piedade de mim
nhor tocar dezesseis pedras — Cristo
e afasta deste teu povo tua ira
mostra o corpo de Seu espírito ao ir-
e não permitas que eles cruzem
mão de Jarede — Aqueles que têm um
este furioso abismo na escuridão;
conhecimento perfeito não podem ser
mas olha estas coisas que fundi
impedidos de transpor o véu — São
da rocha.
providenciados intérpretes para tra-
4 E sei, ó Senhor, que tu tens
zer à luz o registro jaredita.
todo o a poder e que podes fazer
E aconteceu que o irmão de Ja- tudo quanto queiras para o bene-
rede (ora, eram oito os barcos que fício do homem; portanto, com teu
haviam sido preparados) subiu dedo toca estas pedras, ó Senhor,
ao monte a que chamaram mon- e prepara-as para que brilhem na
te Selém, por causa de sua gran- escuridão; e elas nos iluminarão
de altura, e de uma rocha fundiu nos barcos que preparamos, para
dezesseis pequenas pedras; e elas que tenhamos luz enquanto cru-
eram brancas e límpidas, como zarmos o mar.
vidro transparente; e ele levou-as 5 Eis que, ó Senhor, tu podes
em suas mãos ao cimo do monte fazer isto. Sabemos que és capaz
e clamou novamente ao Senhor, de mostrar grande poder, o qual
dizendo: a 
parece pequeno ao entendimento
2 Ó Senhor, tu disseste que se- do homem.
remos envolvidos pelas águas. 6 E aconteceu que após ter o ir-
Agora ouve, ó Senhor, e não te mão de Jarede dito essas palavras,
ires contra teu servo por causa de eis que o a Senhor estendeu a mão
sua fraqueza diante de ti; pois sa- e tocou as pedras, uma a uma,
bemos que és santo e habitas nos com o dedo. E o b véu foi tirado
céus e que somos indignos diante dos olhos do irmão de Jarede e
de ti; por causa da a queda, nossa ele viu o dedo do Senhor; e era
b 
natureza tornou-se má continua- como o dedo de um homem, à
mente; não obstante, ó Senhor, semelhança de carne e sangue; e
deste-nos o mandamento de in- o irmão de Jarede caiu perante o
vocar-te, para que de ti recebamos Senhor, porque ficou tomado de
de acordo com nossos desejos. medo.
3 Eis que, ó Senhor, tu nos casti- 7 E o Senhor viu que o irmão de
gaste devido a nossa iniquidade Jarede havia caído por terra; e o
e expulsaste-nos; e durante to- Senhor disse-lhe: Levanta-te. Por
dos estes anos temos estado no que caíste?
3 2 a GEE Queda de Adão 3 a Ét. 1:34–43. 1 Né. 16:29.
e Eva. 4 a GEE Poder. 6 a GEE Jesus Cristo.
b Mos. 3:19. 5 a Isa. 55:8–9; b Ét. 12:19, 21.
575 ÉTER 3:8–19
8 E ele disse ao Senhor: Vi o dedo 15 E nunca me mostrei ao ho-
do Senhor e temi que me ferisse; mem que criei, porque nunca o
porque não sabia que o Senhor homem a creu em mim como tu
tinha carne e sangue. creste. Vês que foste criado se-
9 E o Senhor disse-lhe: Em vir- gundo a minha própria b imagem?
tude de tua fé, viste que toma- Sim, todos os homens foram cria-
rei sobre mim a carne e sangue; e dos, no princípio, à minha própria
nunca ninguém se chegou a mim imagem.
com uma fé tão grande como tu; 16 Eis que este corpo que ora vês
porque se assim não fora, não po- é o corpo do meu a espírito; e o ho-
derias ter visto o meu dedo. Viste mem foi por mim criado segundo
mais que isso? o corpo do meu espírito; e assim
10 E ele respondeu: Não. Senhor, como te apareço em espírito, apa-
mostra-te a mim. recerei a meu povo na carne.
11 E o Senhor disse-lhe: Crês nas 17 E agora como eu, Morôni,
palavras que eu direi? disse que não poderia fazer um
12 E ele respondeu: Sim, Senhor, relato completo destas coisas que
eu sei que falas a verdade, porque estão escritas, basta-me dizer que
és um Deus de verdade e a não po- Jesus se mostrou a esse homem
des mentir. no espírito, da maneira e à seme-
13 E quando disse estas pala- lhança do mesmo corpo com que
vras, eis que o Senhor a se mostrou a 
se mostrou aos nefitas.
a ele e disse: b Por saberes estas 18 E ministrou em favor dele,
coisas, ficas redimido da queda; como ministrou entre os nefitas; e
portanto, és conduzido de volta a isto para que esse homem pudesse
minha presença; portanto, c mos- saber que ele era Deus, por causa
tro-me a ti. das muitas obras grandiosas que
14 Eis que eu sou aquele que foi o Senhor lhe mostrara.
preparado desde a fundação do 19 E devido ao conhecimento
mundo para a redimir meu povo. desse homem, ele não podia ser
Eis que eu sou Jesus Cristo. Eu impedido de ver além do a véu; e
sou o b Pai e o Filho. Em mim toda viu o dedo de Jesus e, quando o
a humanidade terá c vida e tê-la-á viu, caiu tomado de temor; por-
eternamente, sim, aqueles que cre- que ele sabia que era o dedo do
rem em meu nome; e eles tornar- Senhor; e não mais tinha fé, por-
se-ão meus d filhos e minhas filhas. que sabia, de nada duvidando.
9 a GEE Carne; de Cristo. 15 a GEE Crença, Crer.
Jesus Cristo; 14 a GEE Redenção, b Gên. 1:26–27;
Mortal, Mortalidade. Redimido, Redimir; Mos. 7:27;
12 a Heb. 6:18. Redentor. D&C 20:17–18.
13 a D&C 67:10–11. b Mos. 15:1–4. 16 a GEE Espírito.
b En. 1:6–8. c Mos. 16:9. 17 a 3 Né. 11:8–10.
c GEE Jesus Cristo — d GEE Filhos e Filhas de 19 a GEE Véu.
Existência pré-mortal Deus.
ÉTER 3:20–4:1 576
20 Portanto, tendo esse perfei- riormente que, se acreditasse
a  b 

to conhecimento de Deus, a não que ele podia mostrar-lhe c todas


podia ser impedido de ver além as coisas — elas ser-lhe-iam mos-
do véu; por isso viu Jesus; e esse tradas; portanto, o Senhor nada
ministrou em favor dele. lhe poderia ocultar, porque ele
21 E aconteceu que o Senhor dis- sabia que o Senhor podia mostrar-
se ao irmão de Jarede: Eis que lhe todas as coisas.
não permitirás que estas coisas 27 E o Senhor disse-lhe: Escreve
que viste e ouviste sejam espa- estas coisas e a sela-as; e mostrá-
lhadas pelo mundo, até que che- las-ei aos filhos dos homens no
gue a a hora em que glorificarei meu devido tempo.
meu nome na carne; portanto, 28 E aconteceu que o Senhor lhe
guardarás em segredo as coisas ordenou que selasse as duas a pe-
que viste e ouviste e a ninguém dras que recebera e que não as
as revelarás. mostrasse até que o Senhor as
22 E eis que quando vieres a mostrasse aos filhos dos homens.
mim, tu as escreverás e selarás, a
fim de que ninguém as possa in- CAPÍTULO 4
terpretar; porque tu as escreverás
Morôni recebe ordem de selar os es-
em uma linguagem que não possa
critos do irmão de Jarede — Eles não
ser lida.
serão revelados até que os homens
23 E eis que eu te darei estas
tenham a mesma fé que o irmão de
a 
duas pedras e tu também as se-
Jarede — Cristo ordena aos homens
larás juntamente com as coisas
que creiam em Suas palavras e nas
que escreveres.
de Seus discípulos — Ordena aos
24 Porque eis que eu confun-
homens que se arrependam, creiam
di a língua em que irás escrever;
no evangelho e sejam salvos.
portanto, farei com que, no meu
devido tempo, estas pedras escla- E o Senhor ordenou ao irmão de
reçam aos olhos dos homens as Jarede que descesse do monte, da
coisas que irás escrever. presença do Senhor, e a escrevesse
25 E após ter dito estas palavras, as coisas que vira; e foi proibido
o Senhor mostrou ao irmão de Ja- que elas chegassem aos filhos dos
rede a todos os habitantes da Terra homens b até depois de ele ter sido
que já tinham existido e também levantado sobre a cruz; e por esta
todos os que viriam a existir; e não razão o rei Mosias guardou-as, a
os ocultou de sua vista, mesmo até fim de que não viessem ao mundo
os confins da Terra. senão depois que Cristo apareces-
26 Porque ele lhe dissera ante- se a seu povo.
20 a Ét. 12:19–21. 26 a Ét. 3:11–13. 28 a D&C 17:1.
21 a Ét. 4:1. b GEE Crença, Crer. 4 1 a Ét. 12:24.
23 a GEE Urim e Tumim. c Ét. 4:4. GEE Escrituras.
25 a Mois. 1:8. 27 a 2 Né. 27:6–8. b Ét. 3:21.
577 ÉTER 4:2–12
2 E depois que Cristo realmente revelações, disse Jesus Cristo, o
apareceu a seu povo, ele ordenou Filho de Deus, o b Pai dos céus e
que fossem reveladas. da Terra e de tudo que neles há.
3 Ora, depois disso todos eles 8 E maldito seja aquele que a lutar
degeneraram na incredulidade; com a palavra do Senhor; e maldi-
e ninguém resta, a não ser os la- to aquele que b negar estas coisas,
manitas; e eles rejeitaram o evan- pois a eles c não mostrarei coisas
gelho de Cristo; portanto, recebi maiores, diz Jesus Cristo; porque
ordem de a escondê-las novamente eu sou aquele que fala.
na terra. 9 E ao meu comando os céus
4 Eis que escrevi nestas placas são abertos e a fechados; e pela
precisamente as coisas que o ir- minha palavra tremerá a b Terra;
mão de Jarede viu; e nunca foram e ao meu comando seus habitan-
reveladas coisas maiores do que tes serão consumidos, sim, como
as que foram reveladas ao irmão que por fogo.
de Jarede. 10 E aquele que não crê em mi-
5 Por essa razão o Senhor orde- nhas palavras não crê em meus
nou-me que as escrevesse; e es- discípulos; e se acaso eu não fa-
crevi-as. E ele ordenou-me que as lar, julgai vós; porque no a último
a 
selasse; e também ordenou que dia sabereis que eu sou aquele
eu selasse a sua interpretação; que fala.
portanto, selei os b intérpretes, de 11 Mas aquele que a crê nestas
acordo com o mandamento do coisas que eu disse, a ele visita-
Senhor. rei com as manifestações do meu
6 Porque o Senhor me disse: Não Espírito e ele saberá e dará teste-
deverão chegar aos gentios até o munho. Pois em virtude do meu
dia em que se arrependerem de Espírito b saberá que estas coisas
sua iniquidade e tornarem-se lim- são c verdadeiras, porque persua-
pos perante o Senhor. de os homens a fazerem o bem.
7 E no dia em que eles exerce- 12 E tudo quanto persuade os
rem fé em mim, diz o Senhor, homens a fazerem o bem, vem
como fez o irmão de Jarede, para de mim; porque o a bem não vem
que se tornem a santificados em de ninguém, a não ser de mim.
mim, então lhes revelarei as coi- Eu sou o mesmo que conduz os
sas que o irmão de Jarede viu, es- homens a todo o bem; aquele que
clarecendo-lhes todas as minhas b 
não crer em minhas palavras,
3 a Mórm. 8:14. Mórm. 8:17. 10 a 2 Né. 33:10–15.
5 a Ét. 5:1. b 2 Né. 27:14; 28:29–30. 11 a D&C 5:16.
b D&C 17:1; c Al. 12:10–11; b GEE Testemunho.
JS—H 1:52. 3 Né. 26:9–10. c Ét. 5:3–4;
GEE Urim e Tumim. 9 a 1 Re. 8:35; Morô. 10:4–5.
7 a GEE Santificação. D&C 77:8. 12 a Al. 5:40;
b Mos. 3:8. b Hel. 12:8–18; Morô. 7:16–17.
8 a 3 Né. 29:5–6; Mórm. 5:23. b 3 Né. 28:34.
ÉTER 4:13–5:1 578
não crerá em mim — que eu sou; hora em que elas realmente serão
e aquele que não crer em mim, manifestadas.
não crerá no Pai que me enviou. 17 Portanto, a quando receberdes
Pois eis que eu sou o Pai, eu sou este registro, sabereis que a obra
a c luz e a d vida e a verdade do do Pai começou sobre toda a face
mundo. da Terra.
13 a Vinde a mim ó vós, gentios, e 18  a Arrependei-vos pois, todos
mostrar-vos-ei as coisas maiores, o vós, confins da Terra, e vinde a
conhecimento que está oculto por mim e crede no meu evangelho
causa da incredulidade! e sede b batizados em meu nome;
14 Vinde a mim ó vós, casa de porque aquele que crer e for ba-
Israel, e ser-vos-á a revelado que tizado, será salvo, mas o que não
coisas grandiosas o Pai vos reser- crer, será condenado; e c sinais
vou desde a fundação do mundo e seguirão os que crerem em meu
que não chegaram a vós por causa nome.
da incredulidade. 19 E bem-aventurado é aquele
15 Eis que quando rasgardes esse que no último dia for considera-
véu de incredulidade que vos leva do a fiel ao meu nome, porque será
a permanecer em vosso terrível levantado para habitar no reino
estado de iniquidade e dureza preparado para ele b desde a fun-
de coração e cegueira de mente, dação do mundo. E eis que sou eu
então as grandes e maravilhosas quem o disse. Amém.
coisas que vos foram a ocultas des-
de a fundação do mundo — sim, CAPÍTULO 5
quando invocardes o Pai em meu
Três testemunhas e a obra em si ser-
nome, com coração quebrantado
virão de testemunho da veracidade do
e espírito contrito, então sabereis
Livro de Mórmon.
que o Pai se lembrou do convênio
que fez com vossos pais, ó casa E agora eu, Morôni, escrevi as
de Israel! palavras que me foram ordena-
16 E então minhas a revelações, das, segundo minha memória; e
que fiz com que fossem escritas disse-te as coisas que a selei; por-
por meu servo João, serão mani- tanto, nelas não toques com o fim
festadas aos olhos de todo o povo. de traduzi-las, porque isso está
Lembrai-vos: quando virdes essas proibido, a menos que no futuro
coisas, sabereis que é chegada a Deus o julgue prudente.
12 c GEE Luz, Luz de Cristo. 17 a 3 Né. 21:1–9, 28. D&C 6:13.
d Jo. 8:12; 18 a 3 Né. 27:20; GEE Jesus Cristo —
Al. 38:9. Morô. 7:34. Tomar sobre nós o
13 a 3 Né. 12:2–3. b Jo. 3:3–5. nome de Jesus Cristo.
14 a D&C 121:26–29. GEE Batismo, Batizar — b 2 Né. 9:18.
15 a 2 Né. 27:10. Essencial. 5 1 a 2 Né. 27:7–8, 21;
16 a Apoc. 1:1; c GEE Dons do Espírito. Ét. 4:4–7.
1 Né. 14:18–27. 19 a Mos. 2:41;
579 ÉTER 5:2–6:6
2 E eis que poderás ter o privilé- E agora eu, Morôni, continuo
gio de mostrar as placas a àqueles a escrever o registro de Jarede e
que hão de ajudar a trazer à luz seu irmão.
esta obra. 2 Pois aconteceu que depois de
3 E serão mostradas a a três, pelo o Senhor haver preparado as a pe-
poder de Deus; portanto, eles b sa- dras que o irmão de Jarede havia
berão com certeza que estas coisas levado ao monte, o irmão de Ja-
são c verdadeiras. rede desceu do monte e colocou
4 E pela boca de três a testemu- as pedras nos barcos que estavam
nhas estas coisas serão estabeleci- preparados, uma em cada extre-
das; e o testemunho de três e esta midade; e eis que elas forneceram
obra, na qual será demonstrado luz aos barcos.
o poder de Deus e também a sua 3 E assim fez o Senhor com que
palavra, da qual o Pai e o Filho e o as pedras brilhassem na escuridão
Espírito Santo dão testemunho — para fornecer luz aos homens,
e tudo isto se levantará como um mulheres e crianças, a fim de que
testemunho contra o mundo no não atravessassem as grandes
último dia. águas na escuridão.
5 E se acontecer que se arrepen- 4 E aconteceu que depois de te-
dam e a venham ao Pai, em nome rem preparado todo tipo de ali-
de Jesus, serão recebidos no reino mento, a fim de subsistirem so-
de Deus. bre as águas; e também alimento
6 E agora, se não tenho auto- para seus rebanhos e manadas e
ridade para estas coisas, julgai para todas as bestas ou animais
vós; porque sabereis que tenho ou aves que iam levar consigo —
autoridade, quando me virdes; e e aconteceu que depois de terem
compareceremos perante Deus no feito todas essas coisas, embarca-
último dia. Amém. ram em seus navios ou barcos e
lançaram-se ao mar, confiando-se
ao Senhor seu Deus.
CAPÍTULO 6
5 E aconteceu que o Senhor Deus
Os barcos jareditas são conduzidos fez com que soprasse um a vento
pelos ventos para a terra prometi- furioso sobre a face das águas, em
da — O povo louva ao Senhor por direção à terra prometida; e assim
Sua bondade — Oria é designado foram eles impelidos pelo vento
como seu rei — Morrem Jarede e seu sobre as ondas do mar.
irmão. 6 E aconteceu que foram muitas
2 a 2 Né. 27:12–14; D&C 17 e os versículos 5 a Mórm. 9:27;
D&C 5:9–15. 1–3; ver também o “ Morô. 10:30–32.
3 a 2 Né. 11:3; 27:12. Depoimento de Três 6 2 a Ét. 3:3–6.
b D&C 5:25. Testemunhas” nas 5 a Ét. 2:24–25.
c Ét. 4:11. páginas introdutórias
4 a Ver o cabeçalho de do Livro de Mórmon.
ÉTER 6:7–20 580
vezes submersos nas profundezas da terra prometida. E quando pu-
do mar, em virtude das ondas gi- seram os pés nas praias da terra
gantescas que se quebravam so- prometida, inclinaram-se sobre
bre eles; e também das grandes e a face da terra e humilharam-se
terríveis tempestades causadas perante o Senhor e verteram lá-
pela fúria do vento. grimas de alegria diante do Se-
7 E aconteceu que quando eram nhor, por causa da imensidade
submersos nas profundezas do de suas ternas misericórdias para
mar, a água não lhes causava com eles.
dano, porque seus barcos eram 13 E aconteceu que saíram pela
a 
ajustados como um vaso e tam- face da terra e começaram a cul-
bém eram ajustados como a b arca tivar o solo.
de Noé; portanto, quando eram 14 E Jarede tinha quatro filhos;
envolvidos pelas muitas águas, e eles chamavam-se Jacom, Gilga,
clamavam ao Senhor e ele no- Maá e Oria.
vamente os fazia voltar à tona 15 E o irmão de Jarede também
d’água. gerou filhos e filhas.
8 E aconteceu que enquanto es- 16 E os a amigos de Jarede e seu
tavam sobre as águas, o vento irmão eram cerca de vinte e duas
não deixou de soprar em direção almas; e também geraram filhos e
à terra prometida; e assim foram filhas antes de virem para a terra
eles impelidos pelo vento. prometida; e assim começaram,
9 E a cantavam louvores ao Se- portanto, a ser numerosos.
nhor; sim, o irmão de Jarede can- 17 E foram ensinados a a andar
tava louvores ao Senhor e b agra- com humildade perante o Senhor;
decia e glorificava ao Senhor o dia e foram também b ensinados do
todo; e quando chegava a noite, alto.
não cessavam de louvar ao Se- 18 E aconteceu que começaram a
nhor. espalhar-se pela face da terra e a
10 E assim foram impelidos para multiplicar-se e a cultivar o solo;
frente; e nenhum monstro do mar e tornaram-se fortes na terra.
pôde despedaçá-los e nenhuma 19 E o irmão de Jarede começou
baleia pôde causar-lhes dano; e ti- a envelhecer e viu que logo desce-
nham luz continuamente, estives- ria à sepultura; portanto, ele disse
sem em cima ou embaixo da água. a Jarede: Reunamos nosso povo a
11 Deste modo foram impelidos fim de contá-los, para sabermos
sobre as águas por trezentos e deles o que desejam de nós, antes
quarenta e quatro dias. que desçamos a nossas sepulturas.
12 E desembarcaram nas costas 20 E então o povo foi reunido.
7 a Ét. 2:17. b 1 Crôn. 16:7–9; 17 a
GEE Andar, Andar com
b Gên. 6:14; Al. 37:37; Deus.
Mois. 7:43. D&C 46:32. b GEE Revelação.
9 a GEE Cantar. 16 a Ét. 1:41.
581 ÉTER 6:21–7:5
Ora, o número de filhos e filhas 29 E aconteceu que Jarede mor-
do irmão de Jarede era vinte e reu e também seu irmão.
duas almas; e o número de filhos 30 E aconteceu que Oria andou
e filhas de Jarede era doze, tendo humildemente perante o Senhor e
ele quatro filhos. lembrou-se das coisas grandiosas
21 E aconteceu que contaram o que o Senhor fizera por seu pai; e
seu povo; e depois de os terem também ensinou a seu povo sobre
contado, perguntaram-lhes o que as coisas grandiosas que o Senhor
desejavam que eles fizessem antes fizera por seus pais.
de descerem às suas sepulturas.
22 E aconteceu que o povo de- CAPÍTULO 7
sejava que a ungissem um de seus
Oria reina em retidão — Em meio a
filhos para reinar sobre eles.
usurpações e lutas, os reinos rivais de
23 Ora, eis que isso lhes foi do-
Sule e Coor são estabelecidos — Pro-
loroso. E o irmão de Jarede disse-
fetas condenam a iniquidade e idola-
lhes: Isto seguramente a conduz ao
tria do povo, que então se arrepende.
cativeiro.
24 Mas Jarede disse a seu irmão: E aconteceu que Oria exerceu jul-
Consente que eles tenham um rei. gamento na terra, em retidão, todos
E, portanto, lhes disse: Escolhei os seus dias, que foram muitos.
dentre nossos filhos um rei, aquele 2 E gerou filhos e filhas; sim, ge-
que desejais. rou trinta e um, dos quais vinte e
25 E aconteceu que eles escolhe- três eram homens.
ram o primogênito do irmão de 3 E aconteceu que também gerou
Jarede; e seu nome era Pagague. a Quib em sua velhice. E aconte-
E aconteceu que ele se recusou e ceu que Quib reinou em seu lugar;
não quis ser rei. E o povo deseja- e Quib gerou a Corior.
va que seu pai o obrigasse, mas o 4 E quando Corior tinha trinta e
pai não o fez e ordenou-lhes que dois anos, rebelou-se contra o pai
ninguém obrigassem a ser seu rei. e retirou-se e foi habitar na terra
26 E aconteceu que escolheram de Neor; e gerou filhos e filhas e
todos os irmãos de Pagague, mas eles tornaram-se muito formosos;
nenhum deles aceitou. portanto, Corior atraiu muita gen-
27 E aconteceu que todos os fi- te para si.
lhos de Jarede se recusaram, com 5 E quando reuniu um exérci-
exceção de um deles; e Oria foi to, subiu à terra de Moron, onde
ungido para ser rei do povo. morava o rei; e fê-lo prisioneiro,
28 E ele começou a reinar; e o em cumprimento às a palavras do
povo começou a prosperar e tor- irmão de Jarede de que seriam le-
nou-se imensamente rico. vados ao cativeiro.
22 a GEE Unção, Ungir. Mos. 29:16–23.
23 a 1 Sam. 8:10–18; 7 5 a Ét. 6:23.
ÉTER 7:6–22 582
6 Ora, a terra de Moron, onde filhos de Corior havia um cujo
o rei habitava, ficava próxima da nome era Noé.
terra que é chamada Desolação 15 E aconteceu que Noé se re-
pelos nefitas. belou contra Sule, o rei, e tam-
7 E aconteceu que Quib viveu bém contra o pai, Corior, atraindo
em cativeiro assim como seu Coor, seu irmão, e também todos
povo, sob o domínio de seu filho os seus irmãos e muitos do povo.
Corior, até que ficou muito velho; 16 E batalhou contra Sule, o rei,
não obstante, Quib gerou a Sule e obteve a terra de sua primeira
em sua velhice, enquanto se acha- herança; e tornou-se rei dessa par-
va ainda no cativeiro. te da terra.
8 E aconteceu que Sule se irou 17 E aconteceu que novamente
contra seu irmão; e Sule ficou for- batalhou contra Sule, o rei; e apri-
te e tornou-se poderoso quanto à sionou-o e levou-o cativo para
força humana; e foi igualmente Moron.
poderoso em seus julgamentos. 18 E aconteceu que quando esta-
9  Portanto, ele foi ao monte va prestes a executá-lo, os filhos
Efraim, onde fundiu minério do de Sule entraram furtivamente
monte e fez espadas de aço para na casa de Noé, durante a noite,
aqueles que havia levado consi- e mataram-no; e arrombaram a
go; e depois de os haver armado porta da prisão e retiraram o pai
com espadas, retornou à cidade e colocaram-no no trono, em seu
de Neor e atacou seu irmão Co- próprio reino.
rior, tendo desta maneira conquis- 19 Então o filho de Noé edificou
tado o reino, que restituiu a seu o reino em seu lugar; não obs-
pai, Quib. tante, não mais conseguiram do-
10 E então, em virtude do feito minar Sule, o rei; e o povo que
de Sule, o pai confiou-lhe o reino; estava sob o reinado de Sule, o
portanto, começou a reinar em rei, prosperou grandemente e tor-
lugar do pai. nou-se forte.
11 E aconteceu que julgava com 20 E o país foi dividido; e havia
retidão; e estendeu seu reino so- dois reinos: o reino de Sule e o
bre toda a face da terra, porque o reino de Coor, filho de Noé.
povo se tornara muito numeroso. 21 E Coor, filho de Noé, fez com
12 E aconteceu que Sule também que seu povo batalhasse contra
gerou muitos filhos e filhas. Sule, mas Sule derrotou-os e ma-
13 E Corior arrependeu-se dos tou Coor.
muitos males que praticara; por- 22 Ora, Coor tinha um filho cha-
tanto, Sule lhe deu poderes em mado Ninrode; e Ninrode desis-
seu reino. tiu do reino de Coor em favor de
14 E aconteceu que Corior teve Sule e obteve favor aos olhos de
muitos filhos e filhas. E entre os Sule; portanto, Sule lhe concedeu
583 ÉTER 7:23–8:7
muitos favores e ele fazia, no reino matar o rei — Combinações secretas
de Sule, o que desejava. são do diabo e resultam na destruição
23 E também, no reinado de Sule de nações — Gentios modernos são
apareceram profetas entre o povo, advertidos contra a combinação secre-
os quais foram enviados pelo Se- ta que procurará destruir a liberdade
nhor, profetizando que a iniquida- de todas as terras, nações e países.
de e a a idolatria do povo estavam
trazendo maldição sobre a terra; E aconteceu que ele gerou a
e que seriam destruídos, caso não Ômer e Ômer reinou em seu lu-
se arrependessem. gar. E Ômer gerou a Jarede; e Ja-
24 E aconteceu que o povo insul- rede gerou filhos e filhas.
tou os profetas e zombou deles. E 2 E Jarede rebelou-se contra o
aconteceu que o rei Sule julgou to- pai e foi habitar na terra de Hete.
dos os que insultaram os profetas. E aconteceu que ele lisonjeou mui-
25 E promulgou uma lei para ta gente por causa de suas pala-
toda a terra, que concedia aos vras astutas, até obter a metade
profetas o direito de irem aonde do reino.
lhes aprouvesse; e por essa razão 3 E quando conseguiu a metade
o povo foi levado ao arrependi- do reino, batalhou contra o pai e
mento. levou o pai ao cativeiro; e fez com
26 E em virtude de o povo ha- que ele servisse em cativeiro.
ver-se arrependido de suas iniqui- 4 E então, nos dias do reinado
dades e idolatrias, o Senhor pou- de Ômer, esteve ele em cativeiro
pou-os e começaram novamente metade de seus dias. E aconteceu
a prosperar na terra. E aconteceu que ele gerou filhos e filhas, entre
que Sule gerou filhos e filhas em os quais Esrom e Coriântumr.
sua velhice. 5 E eles ficaram sumamente zan-
27 E não houve mais guerras gados com os feitos de Jarede, seu
nos dias de Sule; e ele lembrou-se irmão, de modo que organizaram
das grandes coisas que o Senhor um exército e batalharam contra
fizera por seus pais, trazendo- Jarede. E aconteceu que batalha-
os, a através do grande mar, para ram contra ele à noite.
a terra prometida; portanto, ele 6 E aconteceu que depois de ha-
julgou em retidão durante todos verem destruído o exército de Ja-
os seus dias. rede, estavam também a ponto de
matá-lo; e ele suplicou-lhes que
não o matassem, dizendo que de-
CAPÍTULO 8
sistiria do reino em favor de seu
Há luta e contenda pelo reino — pai. E aconteceu que lhe concede-
Aquis estabelece uma combinação ram a vida.
secreta, regida por juramento, para 7 E Jarede ficou muito triste com
23 a GEE Idolatria. 27 a Ét. 6:4, 12.
ÉTER 8:8–18 584
a perda do reino, porque nele e parentela, dizendo-lhes: Jurareis
na glória do mundo havia posto que me sereis fiéis naquilo que eu
o coração. vos pedir?
8 Ora, a filha de Jarede, sendo 14 E aconteceu que todos a jura-
sumamente esperta e vendo a tris- ram pelo Deus do céu e também
teza do pai, formulou um plano pelos céus e também pela Terra e
para restituir o reino ao pai. por suas cabeças que aquele que
9 Ora, a filha de Jarede era muito deixasse de ajudar Aquis no que
bela. E aconteceu que falou a seu ele desejasse, perderia a cabeça; e
pai, dizendo-lhe: Por que razão quem quer que divulgasse o que
está meu pai tão triste? Não leu Aquis lhes desse a conhecer, per-
ele o registro que nossos pais trou- deria a vida.
xeram através do grande mar? 15 E aconteceu que assim con-
Eis que não há neles um relato cordaram eles com Aquis. E Aquis
referente aos antigos, de que, por administrou-lhes os a juramentos
meio de a planos secretos, obtive- que foram transmitidos pelos an-
ram reinos e grande glória? tigos que também estavam à pro-
10 E agora, portanto, que meu cura de poder e que haviam sido
pai mande chamar Aquis, filho transmitidos desde b Caim, que foi
de Químnor; e eis que sou bela e assassino desde o princípio.
a 
dançarei perante ele e agradá-lo- 16 E foram preservados pelo po-
ei, de modo que me desejará para der do diabo para administrar es-
esposa; portanto, se ele te pedir ses juramentos ao povo, a fim de
que me dês a ele para esposa, dir- conservá-lo nas trevas, para aju-
lhe-ás: Dá-la-ei se me trouxeres a dar aqueles que buscavam poder
cabeça de meu pai, o rei. a conseguir poder e a assassinar
11  Ora, Ômer era amigo de e a pilhar e a mentir e a praticar
Aquis; portanto, quando Jarede toda sorte de iniquidade e de-
mandou chamar Aquis, a filha de vassidão.
Jarede dançou perante ele, agra- 17 E foi a filha de Jarede quem
dando-o de tal modo que ele a lhe pôs no coração o desejo de rea-
desejou para esposa. E aconteceu vivar essas coisas antigas; e Jarede
que ele disse a Jarede: Dai-ma pô-las no coração de Aquis; por-
para esposa. tanto, Aquis administrou-as a seus
12 E Jarede lhe disse: Eu vo-la parentes e amigos, levando-os,
darei se me trouxerdes a cabeça com belas promessas, a fazerem
de meu pai, o rei. qualquer coisa que ele desejasse.
13 E aconteceu que Aquis reu- 18 E aconteceu que eles forma-
niu na casa de Jarede toda a sua ram uma a combinação secreta,
8 9 a Hel. 6:26–30; 14 a GEE Blasfemar, Mois. 5:28–30.
3 Né. 6:28; Blasfêmia. 18 a GEE Combinações
Mois. 5:51–52. 15 a GEE Juramento. Secretas.
10 a Mc. 6:22–28. b Gên. 4:7–8;
585 ÉTER 8:19–26
como os antigos, combinação essa vós para vossa ruína e destruição,
mais abominável e iníqua que se permitirdes que estas coisas
tudo à vista de Deus. aconteçam.
19 Pois o Senhor não opera por 24 Portanto, o Senhor vos orde-
combinações secretas nem deseja na que quando virdes essas coi-
que o homem derrame sangue, sas surgirem entre vós, estejais
mas em todas as coisas proibiu-o, conscientes de vossa terrível si-
desde a origem do homem. tuação por causa desta combina-
20 E agora eu, Morôni, não escre- ção secreta que existirá entre vós;
vo as formas de seus juramentos e ou ai dela, em virtude do sangue
combinações; porque me foi dado daqueles que foram mortos; por-
a conhecer que eles existem entre que eles clamam desde o pó por
todos os povos e que existem en- vingança contra ela e contra os
tre os lamanitas. que a instituíram.
21 E causaram a a destruição des- 25 Pois acontece que quem a
te povo sobre o qual estou falando institui visa destruir a a liberda-
agora e também a destruição do de de todas as terras, nações e
povo de Néfi. países; e causa a destruição de
22 E toda nação que apoiar tais todos os povos, pois é instituída
combinações secretas para obter pelo diabo, que é o pai de todas
poder e lucro, até que se espalhem as mentiras; o mesmo mentiro-
pela nação, eis que será destruída; so que b enganou nossos primei-
porque o Senhor não permitirá ros pais, sim, o mesmo mentiroso
que o a sangue de seus santos, que que fez com que o homem come-
será derramado por eles, clame tesse assassinatos desde o prin-
sempre a ele por b vingança desde cípio; que endureceu o coração
a terra, sem que os vingue. dos homens a tal ponto que ma-
23 Portanto, ó gentios, é sabedo- taram os profetas e apedrejaram-
ria de Deus que estas coisas vos nos e expulsaram-nos desde o
sejam mostradas, a fim de que, princípio.
por meio delas, vos arrependais 26 Portanto, eu, Morôni, tenho
de vossos pecados e não permitais ordem de escrever estas coisas
que vos dominem essas combina- para que o mal seja reprimido e
ções assassinas, instituídas para para que chegue o tempo em que
a obtenção de a poder e lucro — e Satanás já a não tenha poder sobre
a obra, sim, a obra de destruição o coração dos filhos dos homens,
vos sobrevenha; sim, a espada da mas que eles sejam b persuadidos
justiça do Deus Eterno cairá sobre a fazer o bem continuamente, para
21 a Hel. 6:28. 25 a GEE Liberdade, Livre. 26 a 1 Né. 22:26.
22 a Mórm. 8:27, 40–41. b Gên. 3:1–13; b 2 Né. 33:4;
b GEE Vingança. 2 Né. 9:9; Morô. 7:12–17.
23 a 1 Né. 22:22–23; Mos. 16:3;
Mois. 6:15. Mois. 4:5–19.
ÉTER 9:1–12 586
que cheguem à fonte de toda reti- e recorreu àqueles a quem havia
dão e sejam salvos. feito jurar segundo os juramentos
dos antigos; e eles conseguiram
CAPÍTULO 9 a cabeça de seu sogro, quando se
achava no trono dando audiência
O reino passa de um para outro por
ao povo.
descendência, intrigas e assassina-
6 Pois tanto se espalhara esta
tos — Êmer viu o Filho da Retidão —
iníqua e secreta sociedade, que
Muitos profetas clamam arrependi-
havia corrompido o coração de
mento — Fome e serpentes venenosas
todo o povo; portanto, Jarede foi
flagelam o povo.
assassinado em seu trono e Aquis
E agora eu, Morôni, continuo reinou em seu lugar.
meu registro. Portanto, eis que 7 E aconteceu que Aquis come-
aconteceu que por causa das çou a sentir ciúme de seu filho,
a 
combinações secretas de Aquis de modo que o encerrou numa
e seus amigos, eis que eles der- prisão e manteve-o com pouco ou
rubaram o reino de Ômer. nenhum alimento até ele morrer.
2 Não obstante, o Senhor foi mi- 8 E então o irmão daquele que
sericordioso para com Ômer e morreu (e seu nome era Ninra)
também para com seus filhos e irou-se contra o pai por causa do
filhas que não visaram a sua des- que havia feito a seu irmão.
truição. 9 E aconteceu que Ninra reuniu
3 E o Senhor advertiu a Ômer, um pequeno grupo de homens e
em um sonho, que partisse da- fugiu daquela terra e foi habitar
quela terra; portanto, Ômer par- com Ômer.
tiu daquela terra com sua famí- 10 E aconteceu que Aquis gerou
lia e viajou muitos dias e passou outros filhos; e eles conquistaram
pelo monte a Sim e passou perto o coração do povo, não obstante
do lugar b onde os nefitas foram haverem jurado ao pai que prati-
destruídos; e dali se dirigiu para cariam toda sorte de iniquidades,
o leste e chegou a um lugar que de acordo com o que ele desejasse.
era chamado Ablom, no litoral, 11 Ora, o povo de Aquis desejava
e lá armou sua tenda; e também riquezas, assim como Aquis dese-
seus filhos e filhas e toda a sua java poder; portanto, os filhos de
casa, exceto Jarede e sua família. Aquis ofereceram-lhes dinheiro,
4 E aconteceu que Jarede foi un- conseguindo assim atrair para si
gido rei do povo pelas mãos da a maior parte do povo.
iniquidade; e deu sua filha por 12 E entre Aquis e os filhos de
esposa a Aquis. Aquis principiou uma guerra que
5 E aconteceu que Aquis aten- durou muitos anos, até a des-
tou contra a vida de seu sogro; truição de quase todo o povo do
9 1 a Ét. 8:13–17. 3 a Mórm. 1:3; 4:23. b Mórm. 6:1–15.
587 ÉTER 9:13–25
reino, sim, de todos, com exceção eram úteis para o homem, espe-
de trinta almas e daqueles que fu- cialmente os elefantes e curelons
giram com a casa de Ômer. e cumons.
13 Portanto, Ômer foi estabele- 20 E assim derramou o Senhor
cido novamente na terra de sua suas bênçãos sobre esta terra, que
herança. era a escolhida entre todas as ou-
14 E aconteceu que Ômer come- tras terras; e ordenou que aqueles
çou a envelhecer; não obstante, que possuíssem a terra possuís-
em sua velhice gerou a Êmer; e ele sem-na para o Senhor, ou seriam
ungiu Êmer como rei, para reinar b 
destruídos quando amadureces-
em seu lugar. sem em iniquidade; porque sobre
15 E depois de haver ungido esses, diz o Senhor, derramarei a
Êmer como rei, viveu em paz na plenitude de minha ira.
terra pelo espaço de dois anos e 21 E Êmer julgou com retidão
morreu, tendo vivido grande nú- todos os seus dias e gerou mui-
mero de dias que foram cheios de tos filhos e filhas; e gerou a Co-
tristeza. E aconteceu que Êmer riântum e ungiu Coriântum para
reinou em seu lugar e seguiu os reinar em seu lugar.
passos de seu pai. 22 E depois de haver ungido Co-
16 E o Senhor novamente come- riântum para reinar em seu lugar,
çou a retirar a maldição da terra; viveu quatro anos e viveu em paz
e a casa de Êmer prosperou gran- na terra; sim, e até viu o a Filho da
demente sob o reinado de Êmer; Retidão e regozijou-se e rejubilou-
e no espaço de sessenta e dois se em seu dia; e morreu em paz.
anos tornaram-se muito fortes, de 23 E aconteceu que Coriântum
modo que chegaram a ser imen- seguiu os passos do pai e cons-
samente ricos — truiu muitas cidades poderosas e
17 Tendo toda espécie de frutas administrou o que era bom a seu
e de grãos e de sedas e de linho povo durante todos os seus dias.
fino e de ouro e de prata e de coi- E aconteceu que não teve filhos
sas preciosas. até ficar muito idoso.
18 E também toda espécie de 24 E aconteceu que sua esposa
gado, de bois e vacas e de car- morreu com a idade de cento e
neiros e de porcos e de cabras e dois anos. E aconteceu que em sua
também muitas outras espécies de velhice Coriântum tomou para es-
animais úteis para a alimentação posa uma jovem e gerou filhos e
do homem; filhas; e viveu até a idade de cento
19 E tinham também a cavalos e quarenta e dois anos.
e jumentos; e havia elefantes e 25 E aconteceu que gerou a Com
curelons e cumons; todos eles e Com reinou em seu lugar; e ele
19 a 1 Né. 18:25. b Ét. 2:8–11.
20 a Ét. 2:15. 22 a 3 Né. 25:2.
ÉTER 9:26–10:1 588
reinou durante quarenta e nove venenosas em direção à terra do
anos e gerou a Hete; e ele também sul, que era chamada de a Zaraenla
gerou outros filhos e filhas. pelos nefitas.
26 E o povo tornara a espalhar- 32 E aconteceu que muitos de-
se por toda a face da terra e no- les morreram pelo caminho; não
vamente começou a haver grande obstante, alguns fugiram para a
iniquidade na face da terra; e Hete terra do sul.
começou a abraçar outra vez os 33 E aconteceu que o Senhor fez
planos secretos da antiguidade, com que as a serpentes já não os
para destruir o pai. perseguissem, mas que obstruís-
27 E aconteceu que ele destro- sem o caminho para que o povo
nou o pai, pois matou-o com sua não pudesse passar, a fim de que
própria espada; e reinou em seu todo aquele que tentasse passar
lugar. perecesse vitimado pelas serpen-
28 E novamente surgiram profe- tes venenosas.
tas na terra, clamando-lhes arre- 34 E aconteceu que o povo se-
pendimento — que deviam pre- guiu a trilha dos animais e de-
parar o caminho do Senhor ou vorou a carcaça dos que tinham
uma grande maldição cairia so- morrido pelo caminho, até devo-
bre a face da terra; sim, haveria rar todos. Ora, quando o povo viu
uma grande fome pela qual se- que iria perecer, começou a a arre-
riam destruídos, caso não se ar- pender-se de suas iniquidades e
rependessem. clamar ao Senhor.
29 Mas o povo não acreditou nas 35 E aconteceu que quando se
palavras dos profetas e expulsou- a 
humilharam suficientemente pe-
os; e atiraram alguns em fossos e rante o Senhor, ele mandou chu-
deixaram-nos morrer. E aconteceu vas sobre a face da terra; e o povo
que fizeram todas essas coisas de começou a reviver e principiou a
acordo com as ordens do rei, Hete. haver frutos nas regiões do norte e
30 E aconteceu que começou a em todos os países circunvizinhos.
haver grande escassez na terra E o Senhor demonstrou-lhes o seu
e os habitantes começaram a ser poder, livrando-os da fome.
destruídos rapidamente por cau-
sa da escassez, porque não chovia CAPÍTULO 10
sobre a face da Terra.
Um rei sucede a outro — Alguns dos
31 E apareceram também ser-
reis são justos, outros são iníquos —
pentes venenosas na face da ter-
Quando a retidão prevalece, o povo é
ra e envenenaram muita gente.
abençoado e o Senhor o faz prosperar.
E aconteceu que seus rebanhos
começaram a fugir das serpentes E aconteceu que Sez, que era
31 a Ômni 1:13. 34 a Al. 34:34; 35 a D&C 5:24.
33 a Núm. 21:6–9. D&C 101:8.
589 ÉTER 10:2–12
descendente de Hete — pois Hete pagar os impostos, ele atirava
havia perecido por causa da fome na prisão; e fazia com que traba-
com toda a sua casa, exceto Sez — lhassem continuamente para seu
Sez começou, portanto, a reedifi- sustento; e quem se recusasse a
car um povo destruído. trabalhar, ele condenava à morte.
2 E aconteceu que Sez se lem- 7 Assim obteve todas as suas
brou da destruição de seus pais e excelentes obras, sim, mesmo seu
edificou um reino justo; porque ouro fino ele fez com que fosse
se lembrou do que o Senhor fize- refinado nas prisões; e fez com
ra, trazendo Jarede e seu irmão que se executasse na prisão toda
a 
através do mar; e ele trilhou os espécie de trabalhos finos. E acon-
caminhos do Senhor e gerou fi- teceu que ele afligiu o povo com
lhos e filhas. sua devassidão e abominações.
3 E seu filho mais velho, cujo 8 E depois de haver ele reinado
nome era Sez, rebelou-se contra pelo espaço de quarenta e dois
ele; contudo, Sez foi ferido pela anos, o povo rebelou-se contra
mão de um ladrão em virtude de ele; e novamente começou a ha-
sua grande riqueza, o que pro- ver guerra na terra, resultando na
piciou novamente paz a seu pai. morte de Riplaquis e expulsão de
4 E aconteceu que seu pai cons- seus descendentes da terra.
truiu muitas cidades sobre a face 9  E aconteceu que depois de
da terra e o povo novamente co- muitos anos, Moriânton (sendo
meçou a espalhar-se por toda a descendente de Riplaquis) reuniu
face da terra. E Sez viveu até uma um exército de proscritos e bata-
idade muito avançada; e gerou a lhou contra o povo; e apoderou-
Riplaquis e morreu; e Riplaquis se de muitas cidades; e a guerra
reinou em seu lugar. tornou-se muito dolorosa e durou
5 E aconteceu que Riplaquis não muitos anos e ele dominou toda
fez o que era correto aos olhos do a terra e fez-se rei de toda aque-
Senhor, porque teve muitas es- la terra.
posas e a concubinas e pôs sobre 10 E depois de fazer-se rei, ali-
os ombros dos homens o que era viou a carga do povo, pelo que
difícil de suportar; sim, taxou-os obteve favor aos olhos do povo e
com pesados impostos e, com os eles ungiram-no como rei.
impostos, construiu muitos edifí- 11 E ele fez justiça ao povo, mas
cios espaçosos. não a si mesmo, por causa de sua
6 E erigiu para si mesmo um extrema devassidão; portanto, foi
magnífico trono e construiu mui- afastado da presença do Senhor.
tas prisões; e quem não se sujei- 12  E aconteceu que Moriân-
tava aos impostos, ele atirava na ton construiu muitas cidades e
prisão; e quem não conseguia o povo tornou-se muito rico sob
10 2 a Ét. 6:1–12. 5 a Jacó 3:5; Mos. 11:2.
ÉTER 10:13–25 590
seu reinado, tanto em construções morreu e Libe reinou em seu lu-
como em ouro e prata; e no culti- gar.
vo de grãos e em rebanhos e em 19 E aconteceu que Libe tam-
manadas e gado e naquelas coisas bém fez o que era bom aos olhos
que lhes haviam sido restituídas. do Senhor. E nos dias de Libe as
13 E Moriânton viveu até uma a 
serpentes venenosas foram des-
idade muito avançada e gerou a truídas. Portanto, eles foram à
Quim; e Quim reinou em lugar terra do sul, a fim de caçar e ob-
de seu pai; e reinou oito anos e ter alimento para o povo da terra,
seu pai morreu. E aconteceu que porque a região estava cheia de
Quim não reinou com retidão, animais da floresta. E o próprio
portanto, não foi favorecido pelo Libe tornou-se também um gran-
Senhor. de caçador.
14 E seu irmão rebelou-se contra 20 E construíram uma grande
ele, levando-o ao cativeiro; e ele cidade perto da faixa estreita de
permaneceu em cativeiro todos os terra, perto do lugar onde o mar
seus dias e gerou filhos e filhas no divide a terra.
cativeiro; e em sua velhice gerou 21 E conservaram a terra do sul
a Levi e morreu. desabitada, para caça. E toda a
15 E aconteceu que Levi serviu face da terra do norte estava co-
no cativeiro, depois da morte de berta de habitantes.
seu pai, pelo espaço de quarenta 22 E eram muito industriosos; e
e dois anos. E fez guerra contra o compravam e vendiam e negocia-
rei da terra, conquistando o reino vam uns com os outros, a fim de
para si próprio. obter ganhos.
16 E depois de haver conquista- 23 E trabalhavam com toda es-
do o reino para si, fez o que era pécie de minérios e faziam ouro e
reto aos olhos do Senhor e o povo prata e a ferro e latão e toda sorte
prosperou na terra; e ele viveu até de metais; e extraíam-nos da ter-
uma idade bem avançada e gerou ra; portanto, levantaram enormes
filhos e filhas; e gerou também a montes de terra para extrair miné-
Corom, a quem ungiu rei em seu rios: de ouro e de prata e de ferro
lugar. e de cobre. E faziam toda sorte de
17 E aconteceu que Corom fez o trabalhos finos.
que era bom aos olhos do Senhor 24 E tinham sedas e linho fina-
todos os seus dias; e gerou muitos mente tecido; e faziam toda es-
filhos e filhas; e depois de haver pécie de tecidos para cobrir-lhes
visto muitos dias, morreu, como a nudez.
o resto da terra; e Quis reinou em 25 E produziam todo tipo de
seu lugar. ferramentas para cultivar a terra,
18 E aconteceu que Quis também tanto para arar como para semear,
19 a Ét. 9:31. 23 a 2 Né. 5:15.
591 ÉTER 10:26–11:5
para colher e para cavar e também Com derrotou Angide e dominou
para debulhar. o restante do reino.
26 E produziam todo tipo de 33 E nos dias de Com começou a
ferramentas, com as quais traba- haver ladrões na terra; e eles ado-
lhavam com seus animais. taram os planos antigos e admi-
27 E produziam todo tipo de ar- nistraram a juramentos segundo a
mas de guerra. E faziam todo tipo maneira dos antigos; e novamente
de trabalhos de execução muito procuraram destruir o reino.
esmerada. 34 Ora, Com lutou muito contra
28 E nunca houve um povo mais eles; entretanto, não prevaleceu.
abençoado do que eles nem mais
favorecido pela mão do Senhor. CAPÍTULO 11
E estavam numa terra que fora
Guerras, dissensões e iniquidades
escolhida entre todas as outras,
dominam a vida jaredita — Profetas
porque o Senhor o dissera.
predizem a total destruição dos jaredi-
29 E aconteceu que Libe viveu
tas, a menos que se arrependam — O
muitos anos e gerou filhos e filhas;
povo rejeita as palavras dos profetas.
e gerou também a Heartom.
30 E aconteceu que Heartom rei- E apareceram também muitos
nou em lugar de seu pai. E após profetas nos dias de Com e pro-
haver Heartom reinado por vinte fetizaram a destruição daquele
e quatro anos, eis que o reino lhe grande povo, caso não se arrepen-
foi tomado. E ele serviu em cati- dessem e não se voltassem para o
veiro por muitos anos, sim, pelo Senhor e não renunciassem a seus
restante de seus dias. assassinatos e iniquidades.
31 E gerou a Hete e Hete viveu 2 E aconteceu que os profetas
todos os seus dias em cativeiro. E foram rejeitados pelo povo e fugi-
Hete gerou a Aarão e Aarão viveu ram para junto de Com em busca
em cativeiro todos os seus dias; e de proteção, porque o povo pro-
ele gerou a Amnigada e Amniga- curava destruí-los.
da também viveu todos os seus 3 E eles profetizaram muitas coi-
dias em cativeiro; e ele gerou a sas a Com; e ele foi abençoado por
Coriântum e Coriântum viveu todo o resto de seus dias.
todos os seus dias em cativeiro; e 4 E viveu até uma idade bem
ele gerou a Com. avançada e gerou a Siblom; e Si-
32 E aconteceu que Com atraiu blom reinou em seu lugar. E o ir-
para si a metade do reino. E reinou mão de Siblom rebelou-se contra
sobre a metade do reino quarenta ele e começou uma grande guerra
e dois anos e foi batalhar contra o em toda a terra.
rei Angide; e lutaram pelo espaço 5 E aconteceu que o irmão de
de muitos anos, durante os quais Siblom fez com que todos os
33 a GEE Combinações Secretas; Juramento.
ÉTER 11:6–18 592
profetas que haviam profetiza- de Aá, apoderou-se do reino; e
do a destruição do povo fossem ele também fez, em seus dias, o
executados; que era iníquo.
6 E houve grande calamidade 12 E aconteceu que nos dias
em toda a terra, pois eles haviam de Etem surgiram muitos pro-
testificado que uma grande maldi- fetas e novamente profetizaram
ção cairia sobre a terra e também ao povo; sim, profetizaram que
sobre o povo; e que haveria entre o Senhor os varreria completa-
eles uma grande destruição, como mente da face da Terra, a não ser
nunca houvera na face da terra; que se arrependessem de suas
e seus ossos tornar-se-iam como iniquidades.
a 
montes de terra sobre a face do 13 E aconteceu que o povo en-
país, a não ser que se arrependes- dureceu o coração e não a deu ou-
sem de suas iniquidades. vidos às suas palavras; e os pro-
7 E não deram ouvidos à voz do fetas prantearam e retiraram-se
Senhor, por causa de suas combi- do meio do povo.
nações iníquas; portanto, começou 14 E aconteceu que Etem julgou
a haver guerras e contendas em iniquamente todos os seus dias; e
toda a terra; e também muita fome gerou a Moron. E aconteceu que
e pestilências, de modo que hou- Moron reinou em seu lugar e Mo-
ve uma grande destruição, como ron fez o que era iníquo perante
nunca antes fora vista na face da o Senhor.
terra; e tudo isto aconteceu nos 15 E aconteceu que surgiu uma
dias de Siblom. a 
rebelião entre o povo, devido
8 E o povo começou a arrepen- àquela combinação secreta que
der-se de sua iniquidade; e quan- fora instituída com o fito de ad-
do se arrependiam, o Senhor tinha quirir poder e riquezas; e entre
a 
misericórdia deles. eles surgiu um homem poderoso
9 E aconteceu que Siblom foi em sua iniquidade e ele batalhou
morto e Sete foi posto em cati- contra Moron e dominou a meta-
veiro e viveu em cativeiro todos de do reino; e conservou a metade
os seus dias. do reino por muitos anos.
10 E aconteceu que Aá, seu filho, 16 E aconteceu que Moron o der-
apoderou-se do reino e reinou so- rotou e reconquistou o reino.
bre o povo todos os seus dias. E 17 E aconteceu que surgiu ou-
praticou toda sorte de iniquidade, tro homem poderoso; e ele era
em seus dias, causando muito der- descendente do irmão de Jarede.
ramamento de sangue; e poucos 18 E aconteceu que ele derrotou
foram os seus dias. Moron e conquistou o reino; por-
11 E Etem, sendo descendente tanto, Moron viveu em cativeiro
11 6 a Ômni 1:22; 8 a GEE Misericórdia, 13 a Mos. 16:2.
Ét. 14:21. Misericordioso. 15 a GEE Rebeldia, Rebelião.
593 ÉTER 11:19–12:6
pelo resto de seus dias; e ele gerou são essenciais à salvação — Morôni
a Coriântor. viu Jesus face a face.
19 E aconteceu que Coriântor
viveu em cativeiro todos os seus E aconteceu que Éter viveu nos
dias. dias de Coriântumr; e a Coriân-
20 E nos dias de Coriântor sur- tumr era rei de toda a terra.
giram também muitos profetas 2 E a Éter era um profeta do Se-
e profetizaram a respeito de coi- nhor; portanto, Éter surgiu nos
sas grandes e maravilhosas e cla- dias de Coriântumr e começou a
maram arrependimento ao povo, profetizar ao povo, porque não
avisando a todos que, caso não se podia ser b impedido, em virtude
arrependessem, o Senhor Deus do Espírito do Senhor que esta-
executaria a juízo contra eles até va nele.
sua completa destruição; 3 Pois a clamava desde a manhã
21 E que o Senhor Deus, por até o pôr-do-sol, exortando o povo
seu poder, enviaria ou traria a ou- a crer em Deus e a arrepender-se,
tro povo para ocupar a terra, da a fim de não ser b destruído, dizen-
mesma forma que trouxera seus do que, pela c fé, todas as coisas se
pais. cumprem.
22 E eles rejeitaram todas as pa- 4 Portanto, todos os que creem
lavras dos profetas, por causa de em Deus podem, com segurança,
sua sociedade secreta e iníquas a 
esperar por um mundo melhor,
abominações. sim, até mesmo um lugar à mão
23 E aconteceu que Coriântor ge- direita de Deus, esperança essa
rou a a Éter e morreu, tendo vivido que vem pela fé e é uma b âncora
em cativeiro todos os seus dias. para a alma dos homens, tornan-
do-os seguros e constantes, sem-
pre abundantes em c boas obras,
CAPÍTULO 12
sendo levados a d glorificar a Deus.
O profeta Éter exorta o povo a crer 5 E aconteceu que Éter profeti-
em Deus — Morôni relata as maravi- zou ao povo coisas grandes e ma-
lhas e prodígios feitos pela fé — A fé ravilhosas, nas quais não acredi-
permitiu que o irmão de Jarede visse taram porque não as viam.
Cristo — O Senhor dá fraqueza aos 6 E agora eu, Morôni, quisera fa-
homens para que sejam humildes — lar algo a respeito dessas coisas.
O irmão de Jarede moveu o Monte Ze- Quisera mostrar ao mundo que a fé
rim pela fé — Fé, esperança e caridade são coisas que se b esperam, mas
20 a GEE Julgar. En. 1:26; b Heb. 6:19.
21 a Ét. 13:20–21. Al. 43:1. c 1 Cor. 15:58.
23 a Ét. 1:6; 15:33–34. 3 a D&C 112:5. d 3 Né. 12:16.
12 1 a Ét. 13:13–31. b Ét. 11:12, 20–22. 6 a Heb. 11:1.
2 a GEE Éter. c GEE Fé. b Rom. 8:24–25.
b Jer. 20:9; 4 a GEE Esperança.
ÉTER 12:7–19 594
não se veem; portanto, não dispu-
c 
portanto, ele não apareceu senão
teis porque não vedes, porque não depois que tiveram fé.
recebeis testemunho senão depois 13 Eis que foi a fé exercida por
da d prova de vossa fé. Alma e Amuleque que fez a a pri-
7 Pois foi pela fé que Cristo apa- são ruir por terra.
receu a nossos pais depois de ha- 14 Eis que foi a fé exercida por
ver ressuscitado dentre os mortos; Néfi e Leí que operou a a transfor-
e ele não apareceu a nossos pais mação dos lamanitas, de modo
senão depois que nele tiveram fé; que foram batizados com fogo e
portanto, foi necessário que al- com o b Espírito Santo.
guns nele tivessem fé, porque ele 15 Eis que foi a fé exercida por
não se mostrou ao mundo. a 
Amon e seus irmãos que b ope-
8 Mas em virtude da fé dos ho- rou tão grande milagre entre os
mens mostrou-se ao mundo e glo- lamanitas.
rificou o nome do Pai; e preparou 16 Sim, e todos aqueles que ope-
um caminho pelo qual outros pu- raram a milagres, fizeram-no pela
dessem ser participantes do dom b 
fé, tanto os que viveram antes
celestial e tivessem esperança de de Cristo como os que viveram
coisas que não viram. depois dele.
9 Portanto, também vós podeis 17 E foi pela fé que os três dis-
ter esperança e ser participantes cípulos obtiveram a promessa de
do dom, se tão-somente tiverdes que a não provariam a morte; e eles
fé. não obtiveram a promessa senão
10 Eis que foi pela fé que os an- depois de terem fé.
tigos foram a chamados segundo 18 Ninguém, em tempo algum,
a santa ordem de Deus. fez milagres antes de exercer fé;
11 Portanto, pela fé foi dada a portanto, primeiro creram no Fi-
lei de Moisés. Pela dádiva de seu lho de Deus.
Filho, porém, Deus preparou um 19 E houve muitos cuja fé foi
a 
caminho mais excelente; e foi muito forte, a antes mesmo de
pela fé que isso se cumpriu. Cristo ter vindo, os quais não pu-
12 Pois, se não houver a fé entre deram ser impedidos de penetrar
os filhos dos homens, Deus não o b véu, mas realmente viram com
pode fazer b milagres entre eles; os próprios olhos as coisas que,
6 c Al. 32:21. Morô. 7:37; em Al. 17–26.
d 3 Né. 26:11; D&C 35:8–11. 16 a GEE Milagre.
D&C 105:19; 121:7–8. b Mt. 13:58; b Heb. 11:7–40.
10 a Al. 13:3–4. Mórm. 9:20. 17 a 3 Né. 28:7;
GEE Chamado, 13 a Al. 14:26–29. Mórm. 8:10–12.
Chamado por Deus, 14 a Hel. 5:50–52. 19 a 2 Né. 11:1–4;
Chamar. b Hel. 5:45; Jacó 4:4–5; Jar. 1:11;
11 a 1 Cor. 12:31. 3 Né. 9:20. Al. 25:15–16.
12 a 2 Né. 27:23; 15 a Al. 17:29–39. b Ét. 3:6.
Mos. 8:18; b IE como é mencionado GEE Véu.
595 ÉTER 12:20–28
antes, haviam contemplado com 24 E fizeste com que pudésse-
os olhos da fé; e regozijaram-se. mos escrever só um pouco, em
20 E eis que vimos neste regis- virtude da inabilidade de nossas
tro que um desses foi o irmão de mãos. Eis que tu não nos fizeste
Jarede; pois tão grande era sua fé poderosos na a escrita como o ir-
em Deus, que quando Deus esten- mão de Jarede, porque fizeste com
deu o a dedo, não o pôde ocultar que as coisas que ele escreveu fos-
dos olhos do irmão de Jarede, em sem poderosas como tu, a ponto
virtude da palavra que lhe disse- de dominar o homem que as lê.
ra, palavra essa que ele obtivera 25 Tu também fizeste nossas pa-
pela fé. lavras poderosas e fortes, a pon-
21 E depois de haver o irmão de to de não as podermos escrever;
Jarede visto o dedo do Senhor, em portanto, quando escrevemos,
virtude da a promessa que o irmão observamos nossa fraqueza e tro-
de Jarede obtivera pela fé, o Se- peçamos por causa da colocação
nhor nada pôde ocultar de seus de nossas palavras; e eu temo que
olhos; portanto, lhe mostrou todas os gentios a zombem de nossas
as coisas, porque ele não podia palavras.
mais ser mantido fora do b véu. 26 E depois de eu ter dito isto,
22 E foi pela fé que meus pais falou-me o Senhor, dizendo: Os
obtiveram a a promessa de que tolos a zombam, mas lamentarão;
estas coisas chegariam a seus ir- e não se aproveitarão de vossa
mãos por intermédio dos gentios; debilidade, porque minha graça
portanto, me foi ordenado pelo basta aos mansos;
Senhor, sim, pelo próprio Jesus 27 E se os homens vierem a mim,
Cristo. mostrar-lhes-ei sua a fraqueza. E
23 E eu disse-lhe: Senhor, os gen- b 
dou a fraqueza aos homens a
tios farão zombaria destas coisas, fim de que sejam humildes; e mi-
em virtude de nossa a deficiência nha c graça basta a todos os que se
na escrita; pois, Senhor, tu nos fi- d 
humilham perante mim; porque
zeste poderosos na palavra pela caso se humilhem perante mim
fé, mas não nos fizeste b poderosos e tenham fé em mim, então farei
na escrita; pois fizeste com que com que as e coisas fracas se tor-
todo este povo muito pudesse nem fortes para eles.
falar, por causa do Espírito Santo 28 Eis que mostrarei aos gentios
que lhe deste; sua fraqueza e mostrar-lhes-ei
20 a Ét. 3:4. 24 a GEE Linguagem. d Lc. 18:10–14;
21 a Ét. 3:25–26. 25 a
1 Cor. 2:14. D&C 1:28.
b Ét. 3:20; 26 a
Gál. 6:7. GEE Humildade,
D&C 67:10–13. 27 a
Jacó 4:7. Humilde, Humilhar.
22 a En. 1:13. b Êx. 4:11; e Lc. 9:46–48;
23 a Mórm. 8:17; 9:33. 1 Cor. 1:27. 2 Cor. 12:9.
b 2 Né. 33:1. c GEE Graça.
ÉTER 12:29–39 596
que fé, esperança e caridade con-
a 
34 E agora sei que esse amor a 

duzem a mim — a fonte de toda que tiveste pelos filhos dos ho-
retidão. mens é caridade; portanto, a não
29 E eu, Morôni, tendo ouvido ser que os homens tenham cari-
estas palavras, senti-me confor- dade, não poderão herdar o lu-
tado e disse: Ó Senhor, seja feita gar que preparaste nas mansões
a tua justa vontade, pois sei que de teu Pai.
ages para com os filhos dos ho- 35 Portanto, sei, pelo que dis-
mens de acordo com sua fé. seste, que se os gentios não tive-
30 Pois o irmão de Jarede disse à rem caridade em relação a nossa
montanha Zerim: a Move-te! e ela fraqueza, prová-los-ás e tirarás o
foi movida. E se ele não tivesse seu a talento, sim, mesmo aquele
tido fé, ela não se teria movido; que receberam, e dá-lo-ás aos que
portanto, tu ages depois que os tiverem mais fartamente.
homens têm fé. 36 E aconteceu que eu orei ao Se-
31 Pois assim te manifestaste a nhor a fim de que ele desse a gra-
teus discípulos; porque depois ça aos gentios, para que tenham
que eles tiveram a fé e falaram em caridade.
teu nome, tu te mostraste a eles 37 E aconteceu que o Senhor me
com grande poder. disse: Se eles não têm caridade, a
32 E também me lembro de que ti isso não importa; tu tens sido
tu disseste haver preparado para fiel; portanto, tuas vestes se tor-
o homem uma casa, sim, entre as narão a limpas. E porque viste a
a 
mansões de teu Pai, na qual o tua b fraqueza, serás fortalecido até
homem pode ter uma b esperança que te sentes no lugar que prepa-
mais excelente; portanto, o ho- rei nas mansões de meu Pai.
mem deve ter esperança; caso con- 38 E agora eu, Morôni, despeço-
trário não poderá receber uma he- me dos gentios, sim, e também
rança no lugar que tu preparaste. de meus irmãos a quem amo, até
33 E novamente me lembro de que nos encontremos perante o
que tu disseste ter a amado o mun- a 
tribunal de Cristo, onde todos
do a ponto de dar a tua vida pelo os homens saberão que minhas
mundo para tomá-la de novo, a b 
vestes não estão manchadas com
fim de preparar um lugar para os o vosso sangue.
filhos dos homens. 39 E então sabereis que a vi Jesus
28 a 1 Cor. 13; D&C 72:4; 98:18. 36 a GEE Graça.
Morô. 7:39–47. b GEE Esperança. 37 a D&C 38:42; 88:74–75;
30 a Mt. 17:20; 33 a Jo. 3:16–17. 135:4–5.
Jacó 4:6; 34 a Morô. 7:47. b Ét. 12:27.
Hel. 10:6, 9. GEE Amor; 38 a GEE Jesus Cristo — Juiz.
GEE Poder. Caridade. b Jacó 1:19.
31 a GEE Fé. 35 a Mt. 25:14–30. 39 a GEE Jesus Cristo —
32 a Jo. 14:2; GEE Dom; Aparições de Cristo
En. 1:27; Talento. após sua morte.
597 ÉTER 12:40–13:7
e que ele falou comigo face a face;b 
escolhida entre todas as outras,
e que me falou com evidente hu- uma terra escolhida do Senhor.
mildade, como um homem fala Portanto, o Senhor deseja que o
com outro, em minha própria lín- b 
sirvam todos os homens que nela
gua, a respeito destas coisas. habitarem.
40 E apenas algumas delas escre- 3 E que ela era o lugar da a Nova
vi, por causa de minha deficiência Jerusalém, que b desceria do céu,
na escrita. e o sagrado santuário do Senhor.
41 E agora vos exorto a que a bus- 4 Eis que Éter viu os dias de
queis esse Jesus sobre quem os Cristo e falou a respeito de uma
profetas e apóstolos escreveram, a a 
Nova Jerusalém nesta terra.
fim de que a graça de Deus, o Pai, 5 E falou também a respeito da
e também do Senhor Jesus Cristo casa de Israel e da a Jerusalém de
e do Espírito Santo, que dá b teste- onde b Leí viria, que, depois de
munho deles, esteja e permaneça destruída, seria reedificada, uma
em vós eternamente. Amém. cidade santa para o Senhor; por-
tanto, ela não poderia ser uma
CAPÍTULO 13 Nova Jerusalém, porque já havia
existido na antiguidade; mas seria
Éter fala de uma Nova Jerusalém a ser
reconstruída e tornar-se-ia uma
construída na América pela semente c 
cidade sagrada do Senhor; e seria
de José — Ele profetiza, é expulso,
edificada para a casa de Israel —
escreve a história jaredita e prediz a
6 E que uma a Nova Jerusalém
destruição dos jareditas — A guerra
seria construída nesta terra para
assola toda a terra.
os remanescentes da semente de
E agora eu, Morôni, prossigo, a b 
José, para o que houve um c mo-
fim de acabar meu registro a res- delo.
peito da destruição do povo sobre 7 Porque como José levou seu
o qual tenho escrito. pai para a terra do a Egito, de
2 Porque eis que rejeitaram to- modo que ele lá morreu, da mes-
das as palavras de Éter; porque ma forma o Senhor tirou da terra
ele verdadeiramente lhes falou de de Jerusalém um remanescente da
todas as coisas, desde a origem do semente de José para usar de mi-
homem; e que depois de haverem sericórdia com a descendência de
as águas a recuado da face des- José, a fim de que b não perecesse,
ta terra, ela tornou-se uma terra assim como fora misericordioso
39 b Gên. 32:30; Êx. 33:11. b Apoc. 3:12; 21:2. 84:2–5;
41 a D&C 88:63; 101:38. 4 a GEE Sião. RF 1:10.
b 3 Né. 11:32. 5 a GEE Jerusalém. b GEE José, Filho de Jacó.
13 2 a Gên. 7:11–24; 8:3. b 1 Né. 1:18–20. c Al. 46:24.
b Ét. 2:8. c Apoc. 21:10; GEE Simbolismo.
3 a 3 Né. 20:22; 21:23–24. 3 Né. 20:29–36. 7 a Gên. 46:2–7; 47:6.
GEE Nova Jerusalém. 6 a D&C 42:9; 45:66–67; b 2 Né. 3:5.
ÉTER 13:8–17 598
para com o pai de José, a fim de que diz que há os que foram pri- a 

que ele não perecesse. meiros, que serão últimos; e há


8 Portanto, os remanescentes da os que foram últimos, que serão
casa de José serão estabelecidos primeiros.
nesta a terra; e será a terra de sua 13 E estava prestes a escrever
herança; e edificarão uma cida- mais, todavia fui proibido; gran-
de sagrada para o Senhor, seme- des e maravilhosas, porém, foram
lhante à antiga Jerusalém; e b não as profecias de Éter; mas eles não
mais serão confundidos até que lhe deram valor algum e expulsa-
venha o fim, quando a Terra for ram-no; e ele ocultava-se na cavi-
consumida. dade de uma rocha durante o dia
9 E haverá um a novo céu e uma e saía durante a noite para ver as
nova Terra; e serão como os anti- coisas que ocorriam com o povo.
gos, exceto que os antigos morre- 14 E enquanto vivia na cavida-
ram e todas as coisas se tornaram de de uma rocha, fez o restante
novas. deste registro, presenciando, à
10 E vem então a Nova Jerusa- noite, as destruições que caíam
lém; e bem-aventurados os que sobre o povo.
nela habitam, porque são aqueles 15 E aconteceu que naquele mes-
cujas vestes são a branqueadas por mo ano em que ele foi expulso do
meio do sangue do Cordeiro; e meio do povo, começou a haver
são aqueles que são contados com uma grande guerra entre o povo,
os remanescentes da semente de pois houve muitos que se levanta-
José, que eram da casa de Israel. ram, que eram homens poderosos
11 E então vem também a antiga e procuravam destruir Coriân-
Jerusalém; e bem-aventurados são tumr, por meio dos seus iníquos
os seus habitantes, porque terão planos secretos sobre os quais foi
sido lavados no sangue do Cor- falado.
deiro; e são os que foram disper- 16 E então Coriântumr, haven-
sos e a coligados das quatro partes do-se instruído em todas as artes
da terra e dos b países do norte e de guerra e em todas as astúcias
participarão do cumprimento do do mundo, deu combate àqueles
convênio feito por Deus com seu que pretendiam destruí-lo.
pai c Abraão. 17 Não se arrependeu, porém,
12 E quando sucederem estas nem tampouco seus belos filhos e
coisas, cumprir-se-á a escritura filhas; nem os belos filhos e filhas
8 a GEE Terra da 10 a Apoc. 7:14; Abraâmico.
Promissão. 1 Né. 12:10–11; 12 a Mc. 10:31;
b Morô. 10:31. Al. 5:27. 1 Né. 13:42;
9 a 2 Ped. 3:10–13; 11 a GEE Israel — Coligação Jacó 5:63;
Apoc. 21:1; de Israel. D&C 90:9.
3 Né. 26:3; b D&C 133:26–35.
D&C 101:23–25. c GEE Convênio
599 ÉTER 13:18–31
de Coor; nem os belos filhos e fi- Sarede e também batalhou contra
lhas de Corior; e, em suma, não Coriântumr; e derrotou-o de tal
houve um sequer dos belos filhos forma que, no terceiro ano, redu-
e filhas, na face de toda a terra, ziu-o ao cativeiro.
que se houvesse arrependido de 24 E no quarto ano os filhos de
seus pecados. Coriântumr derrotaram Sarede
18 Portanto, aconteceu que no e reconquistaram o reino para
primeiro ano em que Éter viveu seu pai.
na cavidade da rocha, muita gen- 25 Ora, começou uma guerra em
te foi morta pela espada daquelas toda a face da terra, cada homem
a 
combinações secretas, lutando com seu bando, lutando por aqui-
contra Coriântumr a fim de con- lo que desejava.
quistar o reino. 26 E havia ladrões e, em suma,
19 E aconteceu que os filhos de toda sorte de iniquidade, em toda
Coriântumr lutaram muito e san- a face da terra.
graram muito. 27 E aconteceu que Coriântumr
20 E no segundo ano a palavra ficou muito irado com Sarede e
do Senhor chegou a Éter para que marchou contra ele com seus exér-
ele profetizasse a a Coriântumr citos, para guerreá-lo; e confron-
que, caso ele se arrependesse, bem taram-se com grande ira no vale
como toda a sua casa, o Senhor de Gilgal; e a batalha tornou-se
lhe daria o reino e pouparia o muito sangrenta.
povo — 28 E aconteceu que Sarede lutou
21 Caso contrário, eles seriam contra ele pelo espaço de três dias.
destruídos e também toda a sua E aconteceu que Coriântumr o
casa, exceto ele próprio. E ele só venceu, perseguindo-o até chegar
viveria para presenciar o cum- às planícies de Heslon.
primento das profecias a respei- 29 E aconteceu que Sarede tor-
to de a outro povo que receberia a nou a batalhar contra ele, nas pla-
terra por herança; e Coriântumr nícies; e eis que venceu Coriân-
seria enterrado por eles; e todas tumr e fê-lo recuar novamente
as almas seriam destruídas, salvo para o vale de Gilgal.
b 
Coriântumr. 30 E Coriântumr tornou a ba-
22 E aconteceu que Coriântumr talhar contra Sarede no vale de
não se arrependeu, nem sua casa Gilgal e derrotou e matou Sarede.
nem o povo; e as guerras não ces- 31 E Sarede feriu Coriântumr
saram; e procuraram matar Éter, na coxa, de modo que ele não
mas ele fugiu e tornou a esconder- voltou a batalhar pelo espaço de
se na cavidade da rocha. dois anos, tempo em que todo
23 E aconteceu que se levantou o povo na face da terra estava
18 a Ét. 8:9–26. 21 a Ômni 1:19–21; b Ét. 15:29–32.
20 a Ét. 12:1–2. Ét. 11:21.
ÉTER 14:1–14 600
derramando sangue; e ninguém noite e matou uma parte do exér-
havia que os contivesse. cito de Coriântumr, que estava
embriagada.
CAPÍTULO 14 6 E ele foi para a terra de Mo-
ron e colocou-se no trono de Co-
A iniquidade do povo traz maldi-
riântumr.
ção sobre a terra — Coriântumr faz
7 E aconteceu que Coriântumr
guerra contra Gileade, depois Libe e
permaneceu no deserto com seu
depois Siz — Sangue e carnificina
exército pelo espaço de dois anos,
cobrem a terra.
durante os quais recebeu grandes
E então começou a haver uma reforços para seu exército.
grande a maldição sobre toda a ter- 8 Ora, o irmão de Sarede, cujo
ra, devido à iniquidade do povo, nome era Gileade, também re-
de modo que se um homem deixa- cebeu grandes reforços para seu
va sua ferramenta de trabalho ou exército, por causa de combina-
sua espada sobre a prateleira ou ções secretas.
no lugar onde costumava guardá- 9 E aconteceu que o seu sumo
la, na manhã seguinte não conse- sacerdote o assassinou quando se
guia encontrá-la, tão grande era achava no trono.
a maldição sobre a terra. 10 E aconteceu que um das com-
2 Portanto, todo homem segurava binações secretas o assassinou em
nas mãos o que era seu e não pe- uma passagem secreta e tomou o
dia emprestado nem emprestava; reino para si; e seu nome era Libe;
e todo homem conservava a mão e Libe era um homem de grande
direita no punho da espada, a fim estatura, maior que qualquer ou-
de defender seus bens e a própria tro homem entre todo o povo.
vida e a vida das esposas e filhos. 11 E aconteceu que no primeiro
3 E então, depois do espaço de ano de Libe, Coriântumr subiu à
dois anos e após a morte de Sare- terra de Moron e batalhou con-
de, levantou-se o irmão de Sare- tra Libe.
de e batalhou contra Coriântumr, 12 E aconteceu que lutou com
sendo que Coriântumr o venceu e Libe e Libe golpeou-o no braço,
perseguiu até o deserto de Aquis. ferindo-o; não obstante, o exér-
4 E aconteceu que o irmão de Sa- cito de Coriântumr pressionou
rede lhe deu combate no deserto Libe, de modo que ele fugiu para
de Aquis; e a batalha tornou-se as fronteiras junto à costa.
muito sangrenta e muitos milha- 13 E aconteceu que Coriântumr
res caíram pela espada. o perseguiu; e Libe deu-lhe com-
5 E aconteceu que Coriântumr bate junto à costa.
sitiou o deserto; e o irmão de Sa- 14 E aconteceu que Libe atacou o
rede escapou do deserto durante a exército de Coriântumr, de modo
14 1 a Hel. 12:18; 13:17–23; Mórm. 1:17–18; 2:10–14.
601 ÉTER 14:15–28
que eles tornaram a fugir para o guerra, que não restou quem en-
deserto de Aquis. terrasse os mortos, mas iam de
15 E eis que Libe o perseguiu derramamento de sangue a der-
até chegar às planícies de Agós. ramamento de sangue, deixando
E Coriântumr levou consigo todo os corpos dos homens, mulheres
o povo, ao fugir de Libe naquela e crianças espalhados sobre a face
parte da terra para onde escapara. da terra, para tornarem-se presas
16 E quando chegou às planí- dos a vermes da carne.
cies de Agós, deu combate a Libe 23 E o seu cheiro espalhava-se
e golpeou-o até ele morrer; não pela face da terra; sim, por toda
obstante, o irmão de Libe veio a face da terra; de modo que o
contra Coriântumr em lugar dele povo era molestado dia e noite
e a batalha tornou-se muito san- pelo seu odor.
grenta, sendo que Coriântumr 24 Não obstante, Siz não cessava
novamente fugiu do exército do de perseguir Coriântumr, porque
irmão de Libe. havia jurado vingar-se, em Co-
17 Ora, o nome do irmão de Libe riântumr, do sangue de seu irmão
era Siz. E aconteceu que Siz perse- que fora morto; e a voz do Senhor
guiu Coriântumr e destruiu mui- dissera a Éter que Coriântumr não
tas cidades e matou tanto mulhe- cairia pela espada.
res como crianças e incendiou as 25 E assim vemos que o Senhor
cidades. os visitou na plenitude de sua ira
18 E o nome de Siz provocou e que suas iniquidades e abomi-
temor em toda a terra; sim, por nações prepararam um caminho
toda a terra correu o clamor — para sua eterna destruição.
Quem pode resistir ao exército 26 E aconteceu que Siz perseguiu
de Siz? Eis que ele varre a terra Coriântumr em direção ao leste,
diante de si! até as fronteiras junto ao mar; e lá
19 E aconteceu que o povo co- ele batalhou contra Siz pelo espa-
meçou a reunir-se em exércitos, ço de três dias.
por toda a face da terra. 27 E tão terrível foi a destrui-
20 E estavam divididos; e uma ção entre os exércitos de Siz, que
parte deles fugiu para o exército o povo começou a ter medo e a
de Siz e uma parte deles fugiu fugir diante dos exércitos de Co-
para o exército de Coriântumr. riântumr; e fugiram para a terra
21 E tão grande e duradoura foi de Corior e varreram os habitan-
a guerra e tão longo o derrama- tes diante deles, todos os que não
mento de sangue e a carnificina, quiseram juntar-se a eles.
que toda a face da terra foi coberta 28 E armaram suas tendas no
com os a corpos dos mortos. vale de Corior; e Coriântumr ar-
22 E tão rápida e acelerada foi a mou as suas tendas no vale de Sur.
21 a Ét. 11:6. 22 a Isa. 14:9–11.
ÉTER 14:29–15:8 602
Ora, o vale de Sur ficava próximo mortos pela espada e seu coração
do monte Comnor; portanto, Co- começou a entristecer-se; sim, ti-
riântumr reuniu seus exércitos nham sido mortos dois milhões
no monte Comnor e fez soar uma de homens fortes e também suas
trombeta, convidando os exércitos esposas e filhos.
de Siz à batalha. 3 Ele começou a arrepender-se
29 E aconteceu que eles avança- do mal que havia feito; e começou
ram, mas foram novamente recha- a lembrar-se das palavras que ha-
çados; e avançaram pela segunda viam sido proferidas pela boca de
vez e tornaram a ser rechaçados. todos os profetas e viu que se ha-
E aconteceu que avançaram ainda viam cumprido, até então, em to-
uma terceira vez e a batalha tor- dos os pontos; e sua alma afligiu-
nou-se muito sangrenta. se e recusou-se a ser consolada.
30 E aconteceu que Siz golpeou 4 E aconteceu que ele escreveu
Coriântumr, causando-lhe mui- uma epístola a Siz, pedindo-lhe
tos ferimentos profundos; e Co- que poupasse o povo; e ele re-
riântumr, tendo perdido sangue, nunciaria ao reino em benefício
desmaiou e foi carregado como se da vida do povo.
estivesse morto. 5 E aconteceu que quando Siz
31 Ora, a perda de homens, mu- recebeu a epístola, escreveu ou-
lheres e crianças em ambos os la- tra epístola a Coriântumr, dizen-
dos foi tamanha, que Siz ordenou do que caso ele se entregasse, de
a seu povo que não perseguisse os modo que pudesse matá-lo com
exércitos de Coriântumr; portanto, sua própria espada, pouparia a
voltaram para seu acampamento. vida do povo.
6 E aconteceu que o povo não se
CAPÍTULO 15 arrependeu de suas iniquidades;
e o povo de Coriântumr estava
Milhões de jareditas são mortos em
cheio de furor contra o povo de
batalha — Siz e Coriântumr reúnem
Siz; e o povo de Siz estava cheio
todo o povo para um combate mor-
de furor contra o povo de Coriân-
tal — O Espírito do Senhor cessa de
tumr; portanto, o povo de Siz lu-
lutar com eles — A nação jaredita é
tou contra o povo de Coriântumr.
completamente destruída — Somente
7 E quando Coriântumr viu que
Coriântumr sobrevive.
estava prestes a cair, tornou a fu-
E aconteceu que quando se re- gir do povo de Siz.
cuperou dos ferimentos, Coriân- 8 E aconteceu que chegou às
tumr começou a lembrar-se das águas de Ripliâncum que, por
a 
palavras que Éter lhe dissera. interpretação, quer dizer grande,
2 E viu que quase dois milhões ou que excede a tudo; portanto,
dos de seu povo já haviam sido quando chegaram a essas águas,
15 1 a Ét. 13:20–21.
603 ÉTER 15:9–19
armaram suas tendas; e Siz tam- no exército que desejava, com as
bém armou suas tendas perto de- esposas e filhos — tanto homens
les; e portanto, na manhã seguin- como mulheres e crianças estan-
te, foram combater. do armados com armas de guerra,
9 E aconteceu que travaram uma tendo escudos e a couraças e capa-
batalha muito sangrenta, na qual cetes; e estando vestidos com rou-
Coriântumr foi novamente ferido pas próprias para a guerra — mar-
e desmaiou, em virtude da perda charam uns contra os outros para
de sangue. batalhar; e lutaram durante todo
10 E aconteceu que os exércitos aquele dia e ninguém venceu.
de Coriântumr pressionaram os 16 E aconteceu que quando che-
exércitos de Siz e venceram-nos, gou a noite, estavam exaustos e
fazendo com que fugissem deles; retiraram-se para seus acampa-
e fugiram em direção ao sul e ar- mentos; e depois de se haverem
maram suas tendas num lugar retirado para seus acampamentos,
chamado Ogate. começaram a gemer e a lamentar a
11 E aconteceu que o exército de perda dos seus mortos; e tão altos
Coriântumr armou suas tendas no foram seus gritos, seus gemidos
monte Ramá; e era aquele mesmo e lamentos, que enchiam os ares.
monte no qual meu pai, Mórmon, 17 E aconteceu que na manhã
a 
ocultara para o Senhor os regis- seguinte voltaram a combater e
tros que eram sagrados. grande e terrível foi aquele dia;
12 E aconteceu que reuniram, de não obstante, ninguém venceu; e
toda a face da terra, todo o povo quando chegou a noite, novamen-
que não havia sido morto, com te encheram os ares com seus gri-
exceção de Éter. tos e seus gemidos e seus lamen-
13 E aconteceu que Éter viu tudo tos pela perda de seus mortos.
o que o povo fez; e viu que os que 18 E aconteceu que Coriântumr
eram a favor de Coriântumr se escreveu nova epístola a Siz, pe-
haviam unido ao exército de Co- dindo-lhe que não voltasse a ba-
riântumr; e os que eram a favor talhar, mas que tomasse o reino e
de Siz se haviam unido ao exér- poupasse a vida do povo.
cito de Siz. 19 Mas eis que o Espírito do Se-
14 Portanto, estiveram, pelo es- nhor havia deixado de lutar com
paço de quatro anos, ajuntando o eles e a Satanás dominava total-
povo, a fim de reunir todos os que mente o coração do povo; porque
se achavam sobre a face da terra, haviam sido abandonados à du-
para que recebessem toda a força reza de seus corações e à cegueira
que lhes fosse possível receber. de suas mentes, para que fossem
15 E aconteceu que quando es- destruídos; portanto, voltaram a
tavam todos reunidos, cada qual batalhar.
11 a Mórm. 6:6. 15 a Mos. 8:7–10. 19 a GEE Diabo.
ÉTER 15:20–34 604
20 E aconteceu que lutaram todo para salvar a vida; mas eis que
aquele dia e, quando chegou a Siz se levantou e também seus ho-
noite, dormiram sobre suas es- mens; e ele jurou, em sua ira, que
padas. mataria Coriântumr ou pereceria
21 E no dia seguinte lutaram até pela espada.
a noite chegar. 29 Portanto, perseguiu-os e, na
22 E quando chegou a noite, es- manhã seguinte, alcançou-os; e
tavam a embriagados de ira, da novamente lutaram com a espada.
mesma forma que um homem se E aconteceu que quando tinham
embriaga com vinho; e tornaram a 
todos caído pela espada, salvo
a dormir sobre suas espadas. Coriântumr e Siz, eis que Siz des-
23 E lutaram de novo no dia se- maiou com a perda de sangue.
guinte; e quando chegou a noite, 30 E aconteceu que Coriântumr,
haviam todos caído pela espada, depois de apoiar-se sobre a es-
à exceção de cinquenta e dois do pada para descansar um pouco,
povo de Coriântumr e sessenta e cortou a cabeça de Siz.
nove do povo de Siz. 31 E aconteceu que depois de
24 E aconteceu que dormiram haver cortado a cabeça de Siz, Siz
sobre suas espadas naquela noite levantou-se sobre as mãos e caiu;
e, na manhã seguinte, combate- e depois de haver feito um esforço
ram outra vez e lutaram tenaz- para cobrar alento, morreu.
mente com suas espadas e com 32 E aconteceu que a Coriântumr
seus escudos todo aquele dia. caiu por terra e permaneceu como
25  E quando chegou a noite, se estivesse morto.
restavam trinta e dois do povo 33 E o Senhor falou a Éter e dis-
de Siz e vinte e sete do povo de se-lhe: Vai. E ele foi e viu que as
Coriântumr. palavras do Senhor tinham sido
26 E aconteceu que comeram e todas cumpridas; e terminou seu
dormiram e prepararam-se para a 
registro (e a centésima parte não
morrer no dia seguinte. E eram escrevi); e ocultou-o de um modo
homens grandes e fortes quanto que o povo de Lími o encontrou.
à força dos homens. 34 Ora, as últimas palavras que
27 E aconteceu que lutaram pelo foram escritas por a Éter são as
espaço de três horas e desmaia- seguintes: Se o Senhor desejar
ram com a perda de sangue. que eu seja transladado ou que
28 E aconteceu que quando os eu cumpra a vontade do Senhor
homens de Coriântumr adquiri- na carne, não importa, contan-
ram força suficiente para cami- to que eu seja salvo no reino de
nhar, estavam a ponto de fugir Deus. Amém.
22 a Morô. 9:23. 33 a Mos. 8:9; 34 a Ét. 12:2.
29 a Ét. 13:20–21. Al. 37:21–31;
32 a Ômni 1:20–22. Ét. 1:1–5.
LIVRO DE MORÔNI
CAPÍTULO 1 Espírito Santo. Aproximadamente
401–421 d.C.
Morôni escreve para benefício dos
lamanitas — Os nefitas que não ne-
As palavras que Cristo disse a
gam a Cristo são mortos. Aproxima-
seus a discípulos, os doze por ele
damente 401–421 d.C.
escolhidos, quando lhes impôs

O RA, eu, a Morôni, após ha-


ver terminado o resumo do
relato do povo de Jarede, pensei
as mãos —
2 E chamou-os pelo nome, di-
zendo: Invocareis o Pai em meu
em não mais escrever; entretanto nome, em fervorosa oração; e de-
ainda não pereci; e não me dou a pois que tiverdes feito isso, tereis
conhecer aos lamanitas, para que a 
poder para b conferir o Espírito
não me matem. Santo àqueles sobre quem impu-
2 Porque eis que as a guerras en- serdes as c mãos; e em meu nome
tre eles são extraordinariamente conferi-lo-eis, pois assim fazem
violentas; e por causa de seu ódio, os meus apóstolos.
b 
matam todos os nefitas que não 3 Ora, Cristo disse-lhes estas pala-
negam a Cristo. vras quando apareceu pela primei-
3 E eu, Morôni, não a negarei a ra vez; e a multidão não as ouviu,
Cristo; portanto, ando errante por mas ouviram-nas os discípulos; e
onde posso, a fim de conservar a todos sobre quem a impuseram
minha própria vida. as mãos, desceu o Espírito Santo.
4 Escrevo, pois, algumas coisas
mais, ao contrário do que pensa- CAPÍTULO 3
va, pois supus que já não escre-
Os élderes ordenam sacerdotes e mes-
veria; escrevo, porém, mais algu-
tres pela imposição de mãos. Aproxi-
mas coisas que talvez sejam úteis
madamente 401–421 d.C.
para meus irmãos, os lamanitas,
em algum dia futuro, segundo a Maneira pela qual os discípulos,
vontade do Senhor. que eram chamados de a élderes
da igreja, b ordenavam sacerdotes
e mestres —
CAPÍTULO 2
2 Depois de haverem orado ao
Jesus deu poder aos doze discí- Pai, em nome de Cristo, impu-
pulos nefitas para conferirem o nham-lhes as mãos e diziam:
1 1 a GEE Morôni, Filho de 2 1 a 3 Né. 13:25. 3 a At. 19:6.
Mórmon. 2 a GEE Poder. 3 1 a Al. 6:1.
2 a 1 Né. 12:20–23. b 3 Né. 18:37. GEE Élder (Ancião).
b Al. 45:14. c GEE Mãos, Imposição b GEE Ordenação,
3 a Mt. 10:32–33; 3 Né. 29:5. de. Ordenar.
MORÔNI 3:3–5:2 606
3 Em nome de Jesus Cristo eu para que o comam em lembran- b 

te ordeno sacerdote (ou, se fosse ça do corpo de teu Filho e testifi-


mestre, eu te ordeno mestre), a quem a ti, ó Deus, Pai Eterno, que
fim de pregares o arrependimen- desejam tomar sobre si o c nome
to e a a remissão dos pecados por de teu Filho e recordá-lo sempre
intermédio de Jesus Cristo, pela e guardar os mandamentos que
perseverança na fé em seu nome ele lhes deu, para que possam
até o fim. Amém. ter sempre consigo o seu d Espíri-
4 E deste modo a ordenavam sa- to. Amém.
cerdotes e mestres, de acordo com
os b dons e chamados de Deus aos CAPÍTULO 5
homens; e ordenavam-nos pelo
Estabelecido o modo de administrar o
c 
poder do Espírito Santo que ne-
vinho sacramental. Aproximadamen-
les estava.
te 401–421 d.C.
CAPÍTULO 4 Maneira de administrar o vi-
a 

nho — Eis que tomavam o cálice


Explica-se como élderes e sacerdo-
e diziam:
tes administram o pão sacramental.
2 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro-
Aproximadamente 401–421 d.C.
gamos em nome de teu Filho, Je-
Maneira pela qual seus b élde-
a 
sus Cristo, que abençoes e santifi-
res e sacerdotes administravam ques este a vinho para as almas de
a carne e o sangue de Cristo à todos os que beberem dele, para
igreja; e eles c administravam-nos que o façam em b lembrança do
de acordo com os mandamentos sangue de teu Filho, que por eles
de Cristo. Sabemos, portanto, que foi derramado, e testifiquem a ti,
esta maneira é correta; e o élder ó Deus, Pai Eterno, que sempre se
ou o sacerdote ministrava-os — lembram dele, para que possam
2 E ajoelhavam-se com a igreja e ter consigo o seu Espírito. Amém.
oravam ao Pai, em nome de Cris-
to, dizendo:
CAPÍTULO 6
3 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro-
gamos em nome de teu Filho, Je- Pessoas arrependidas são batizadas
sus Cristo, que abençoes e santi- e integradas na Igreja — Membros
fiques este a pão para as almas de da Igreja que se arrependem são per-
todos os que partilharem dele, doados — Reuniões são dirigidas pelo
3 a GEE Remissão de c D&C 20:76–77. d GEE Espírito Santo.
Pecados. 3 a GEE Sacramento. 5 1 a 3 Né. 18:8–11;
4 a D&C 18:32; 20:60. b Lc. 22:19; D&C 20:78–79.
b GEE Dom. 1 Cor. 11:23–24; 2 a D&C 27:2–4.
c 1 Né. 13:37; 3 Né. 18:7. GEE Sacramento.
Morô. 6:9. c GEE Jesus Cristo — b Lc. 22:19–20;
4 1 a 3 Né. 18:1–7. Tomar sobre nós o 1 Cor. 11:25.
b GEE Élder (Ancião). nome de Jesus Cristo.
607 MORÔNI 6:1–9
poder do Espírito Santo. Aproxima- 5 E a igreja reunia-se b frequen-
a 

damente 401–421 d.C. temente para c jejuar e orar e para


falar a respeito do bem-estar de
E agora falo a respeito do a ba- suas almas.
tismo. E eis que eram batizados 6 E reuniam-se frequentemente
élderes, sacerdotes e mestres; e para partilhar o pão e o vinho, em
não eram batizados, a menos que lembrança do Senhor Jesus.
seus frutos mostrassem serem eles 7 E eram muito cuidadosos de
b 
dignos do batismo. que a não houvesse iniquidade
2 Nem recebiam pessoa alguma entre eles; e todos os que eram
para o batismo, a menos que se descobertos praticando iniqui-
apresentasse com um a coração dade e eram acusados perante os
quebrantado e um espírito contri- b 
élderes por c três testemunhas da
to e testificasse à igreja que verda- igreja e que não se arrependiam
deiramente se havia arrependido nem d confessavam, tinham os no-
de todos os seus pecados. mes e apagados e não mais eram
3 E ninguém era recebido para contados com o povo de Cristo.
batismo, a menos que a tomasse so- 8  a Sempre, porém, que se arre-
bre si o nome de Cristo, com a fir- pendiam e pediam perdão com
me resolução de servi-lo até o fim. verdadeiro intento, eram b per-
4 E depois de haverem sido re- doados.
cebidos pelo batismo, de haverem 9 E suas reuniões eram a dirigidas
sido moldados e a purificados pelo pela igreja, segundo as manifesta-
poder do Espírito Santo, eram ções do Espírito e pelo poder do
contados com o povo da igreja de b 
Espírito Santo; porque se o poder
Cristo; e seus b nomes eram regis- do Espírito Santo os levava a pre-
trados, para que fossem lembra- gar ou a exortar ou a orar ou a su-
dos e nutridos pela boa palavra plicar ou a cantar, assim o faziam.
de Deus, a fim de mantê-los no
caminho certo e mantê-los conti-
CAPÍTULO 7
nuamente c atentos à oração, d con-
fiando somente nos méritos de Convite para entrar no descanso do
Cristo, e autor e aperfeiçoador de Senhor — Orai com verdadeiro in-
sua fé. tento — O Espírito de Cristo permite
6 1 a GEE Batismo, Batizar. d 2 Né. 31:19; c D&C 42:80–81.
b GEE Dignidade, Digno. D&C 3:20. GEE Testemunha.
2 a GEE Coração e Heb. 12:2. d GEE Confessar,
Quebrantado. 5 a GEE Igreja de Jesus Confissão.
3 a GEE Jesus Cristo — Cristo. e Êx. 32:33;
Tomar sobre nós o b 3 Né. 18:22; 4 Né. 1:12; D&C 20:83.
nome de Jesus Cristo. D&C 88:76. GEE Excomunhão.
4 a GEE Pureza, Puro. c GEE Jejuar, Jejum. 8 a Mos. 26:30–31.
b D&C 20:82. 7 a D&C 20:54. b GEE Perdoar.
c Al. 34:39; b Al. 6:1. 9 a D&C 20:45; 46:2.
3 Né. 18:15–18. GEE Élder (Ancião). b GEE Espírito Santo.
MORÔNI 7:1–11 608
aos homens distinguirem o bem do 5 Porque me lembro da palavra
mal — Satanás persuade os homens de Deus, que diz que por suas
a negarem a Cristo e a praticarem o obras os a conhecereis; porque, se
mal — Os profetas anunciam a vin- suas obras forem boas, eles tam-
da de Cristo — Pela fé são realizados bém serão bons.
milagres e anjos ministram — Os ho- 6 Pois eis que Deus disse que se
mens devem ter a esperança da vida um homem é a mau, não pode pra-
eterna e apegar-se à caridade. Apro- ticar o bem; porque se ele oferece
ximadamente 401–421 d.C. uma dádiva ou b ora a Deus, a não
ser que o faça com verdadeiro in-
E agora eu, Morôni, escrevo al- tento, nada lhe aproveitará.
gumas das palavras ditas por meu 7 Porque eis que não lhe é impu-
pai, Mórmon, a respeito da a fé, tado por retidão.
esperança e caridade; pois des- 8 Pois eis que se um homem,
ta maneira ele falou ao povo, ao sendo a mau, oferece uma dádi-
ensiná-los na sinagoga que ha- va, ele o faz de b má vontade; por-
viam construído como lugar de tanto, será considerado como se
adoração. tivesse retido a dádiva; conse-
2 E agora eu, Mórmon, falo a quentemente é considerado mau
vós, meus amados irmãos; e é pela perante Deus.
graça de Deus, o Pai, e de nosso 9 E, igualmente, se um homem
Senhor Jesus Cristo e sua santa ora sem a verdadeiro intento de
vontade, devido ao dom do a cha- coração, é considerado mau, sim,
mado que me fez, que me é per- e de nada lhe aproveita, porque,
mitido falar-vos neste momento. a esse, Deus não recebe.
3 Portanto, falarei a vós que sois 10 Portanto, um homem mau
da igreja, que sois os pacíficos se- não pode fazer o bem; nem dará
guidores de Cristo e que haveis ele uma boa dádiva.
recebido esperança suficiente para 11 Porque eis que de uma a fonte
entrardes no a descanso do Senhor amarga não pode brotar água boa;
de agora em diante, até que des- nem de uma boa fonte pode bro-
canseis com ele no céu. tar água amarga; portanto, sendo
4 E agora, meus irmãos, julgo es- um homem servo do diabo, não
tas coisas a respeito de vós, devi- pode seguir a Cristo; e se ele b se-
do a vossa a conduta pacífica para gue a Cristo, não pode ser servo
com os filhos dos homens. do diabo.
7 1 a 1 Cor. 13; Descanso. b D&C 64:34.
Ét. 12:3–22, 27–37; 4 a 1 Jo. 2:6; D&C 19:23. 9 a Tg. 1:6–7; 5:16;
Morô. 8:14; 10:20–23. 5 a 3 Né. 14:15–20. Morô. 10:4.
2 a GEE Chamado, 6 a Mt. 7:15–18. 11 a Tg. 3:11–12.
Chamado por Deus, b Al. 34:28. b Mt. 6:24;
Chamar. GEE Oração. 2 Né. 31:10–13;
3 a GEE Descansar, 8 a Prov. 15:8. D&C 56:2.
609 MORÔNI 7:12–21
12 Portanto, todas as coisas boas
a 
Cristo; por conseguinte podeis
vêm de Deus; e o que é b mau vem saber, com um conhecimento per-
do diabo; porque o diabo é inimi- feito, que é de Deus.
go de Deus e luta constantemen- 17 Mas tudo que persuade o ho-
te contra ele e convida e incita a mem a praticar o a mal e a não
c 
pecar e a fazer continuamente crer em Cristo e a negá-lo e a não
o mal. servir a Deus, podeis saber, com
13 Eis, porém, que aquilo que é conhecimento perfeito, que é do
de Deus convida e impele a fazer diabo; porque é desta forma que
o bem continuamente; portanto, o diabo age, pois não persuade
tudo o que convida e a impele a quem quer que seja a fazer o bem;
fazer o bem e a amar a Deus e a não, ninguém; tampouco o fazem
servi-lo, é b inspirado por Deus. seus anjos; nem o fazem os que a
14  Portanto, tende cuidado, ele se sujeitam.
meus amados irmãos, a fim de 18 E agora, meus irmãos, vendo
que não julgueis ser de Deus o que conheceis a luz pela qual po-
que é a mau; ou ser do diabo o que deis julgar, luz essa que é a a luz
é bom e de Deus. de Cristo, tende cuidado para não
15 Pois eis que, meus irmãos, julgardes erradamente; porque
dado vos é a julgar, a fim de que com o mesmo b juízo com que jul-
possais distinguir o bem do mal; gardes, sereis também julgados.
e a maneira de julgar, para que 19 Portanto, vos suplico, irmãos,
tenhais um conhecimento perfei- que procureis diligentemente, na
to, é tão clara como a luz do dia a 
luz de Cristo, diferenciar o bem
comparada com as trevas da noite. do mal; e se vos apegardes a tudo
16 Pois eis que o a Espírito de que é bom e não o condenardes,
Cristo é concedido a todos os ho- certamente sereis b filhos de Cristo.
mens, para que eles possam b dis- 20 E agora, meus irmãos, como
tinguir o bem do mal; portanto, será possível vos apegardes a
vos mostro o modo de julgar; pois tudo que é bom?
tudo o que impele à prática do 21 E agora chegamos àquela fé
bem e persuade a crer em Cristo sobre a qual prometi falar-vos;
é enviado pelo poder e dom de e dir-vos-ei qual o caminho que
12 a Tg. 1:17; 2 Né. 15:20. 18 a Mos. 16:9;
1 Jo. 4:1–2; 15 a GEE Discernimento, D&C 50:24; 88:7–13.
Ét. 4:12. Dom de. GEE Luz, Luz de Cristo.
b Al. 5:39–42. 16 a GEE Consciência; b TJS Mt. 7:1–2
c Hel. 6:30. Luz, Luz de Cristo. (Apêndice da Bíblia);
GEE Pecado. b Gên. 3:5; Lc. 6:37;
13 a 2 Né. 33:4; 2 Né. 2:5, 18, 26; Jo. 7:24.
Ét. 8:26. Mos. 16:3; 19 a D&C 84:45–46.
b GEE Inspiração, Al. 29:5; b Mos. 15:10–12; 27:25.
Inspirar. Hel. 14:31. GEE Filhos e Filhas de
14 a Isa. 5:20; 17 a GEE Pecado. Deus.
MORÔNI 7:22–32 610
devereis seguir, para que vos ape- irmãos, cessaram os milagres a 

gueis a todas as coisas boas. porque Cristo subiu aos céus e


22 Pois eis que Deus, a conhe- sentou-se à mão direita de Deus
cendo todas as coisas, existindo para b reclamar do Pai os direitos
de eternidade em eternidade, eis de misericórdia que tem sobre os
que enviou b anjos para ministra- filhos dos homens?
rem entre os filhos dos homens e 28 Porque satisfez às exigências
darem-lhes instruções relativas à da lei e reivindica todos os que
vinda de Cristo; e em Cristo virão nele têm fé; e os que nele têm fé
todas as coisas boas. se a apegarão a tudo que é bom;
23 E Deus declarou também aos portanto, ele b advoga a causa dos
profetas, pela própria boca, que filhos dos homens; e ele habita
Cristo viria. eternamente nos céus.
24 E eis que, de diversas manei- 29 E por ter ele feito isto, meus
ras, manifestou coisas aos filhos amados irmãos, cessaram os mi-
dos homens; e eram boas; e todas lagres? Eis que vos digo que não;
as coisas boas vêm de Cristo; de tampouco os anjos cessaram
outro modo os homens estariam de ministrar entre os filhos dos
a 
decaídos e nada de bom lhes po- homens.
deria advir. 30 Pois eis que a ele estão sujei-
25 Portanto, pelo ministério de tos, para ministrarem de acordo
a 
anjos e por toda palavra que pro- com a palavra de sua ordem, ma-
cedia da boca de Deus, começa- nifestando-se aos que têm uma fé
ram os homens a exercer fé em vigorosa e uma mente firme em
Cristo; e assim, pela fé, apegaram- toda forma de santidade.
se a todas as coisas boas; e assim 31 E o ofício de seu ministério
foi até a vinda de Cristo. é chamar os homens ao arrepen-
26 E depois que ele veio, os ho- dimento e cumprir e realizar a
mens também foram salvos pela obra dos convênios que o Pai fez
fé em seu nome; e pela fé tor- com os filhos dos homens, a fim
nam-se os filhos de Deus. E tão de preparar o caminho entre os
certo como Cristo vive, falou ele filhos dos homens, declarando a
a nossos pais, dizendo: a Tudo o palavra de Cristo aos vasos esco-
que for bom, se pedirdes ao Pai lhidos do Senhor, para que deem
em meu nome, com fé e crendo testemunho dele.
que recebereis, eis que vos será 32 E assim fazendo, o Senhor
concedido. Deus prepara o caminho para que
27  Portanto, meus amados o resto dos homens tenham a fé
22 a GEE Trindade. 26 a 3 Né. 18:20. 28 a Rom. 12:9;
b Mois. 5:58. GEE Oração. D&C 98:11.
GEE Anjos. 27 a GEE Milagre. b 1 Jo. 2:1; 2 Né. 2:9.
24 a 2 Né. 2:5. b Isa. 53:12; GEE Advogado.
25 a Al. 12:28–30. Mos. 14:12. 32 a GEE Fé.
611 MORÔNI 7:33–43
em Cristo, a fim de que o Espíri- cessado, porque é por causa da
to Santo tenha lugar no coração b 
descrença; e tudo é vão.
deles segundo seu poder; e desta 38 Porque, de acordo com as pa-
maneira cumpre o Pai os convê- lavras de Cristo, nenhum homem
nios que fez com os filhos dos pode ser salvo, a não ser que te-
homens. nha fé em seu nome; portanto, se
33 E Cristo disse: a Se tiverdes fé estas coisas houverem cessado,
em mim, tereis poder para fazer então a fé também cessou; e ter-
tudo quanto me parecer b conve- rível é o estado do homem, pois
niente. é como se não tivesse havido re-
34 E ele disse: a Arrependei-vos denção.
todos vós, confins da Terra; e vin- 39  Mas eis, meus amados ir-
de a mim e sede batizados em mãos, que espero coisas melho-
meu nome e tende fé em mim, res de vós, pois julgo que tendes
para que sejais salvos. fé em Cristo em virtude da vossa
35 E agora, meus amados ir- humildade; pois se nele não ten-
mãos, se estas coisas sobre as des fé, não sois a dignos de ser con-
quais vos falei forem verdadei- tados com o povo de sua igreja.
ras — e Deus vos mostrará com 40 E novamente, meus amados
a 
poder e grande glória, no último irmãos, gostaria de falar-vos so-
b 
dia, que elas são verdadeiras — e bre a a esperança. Como podeis
se elas são verdadeiras, cessaram alcançar a fé a não ser que tenhais
os dias de milagres? esperança?
36 Ou deixaram os anjos de apa- 41 E o que é que deveis a espe-
recer aos filhos dos homens? Ou rar? Eis que vos digo que deveis
a 
negou-lhes ele o poder do Espí- ter b esperança de que, por inter-
rito Santo? Ou fará ele isso en- médio da expiação de Cristo e do
quanto durar o tempo ou existir poder da sua ressurreição, sereis
a Terra ou existir na face da Terra ressuscitados para a c vida eterna;
um homem para ser salvo? e isto por causa da vossa fé nele,
37 Eis que vos digo: Não; por- de acordo com a promessa.
que é pela fé que os a milagres são 42 Portanto, se um homem tem
realizados; e é pela fé que os anjos a 
fé, ele b tem que ter esperança;
aparecem e ministram entre os ho- porque sem fé não pode haver
mens; portanto, ai dos filhos dos qualquer esperança.
homens se estas coisas tiverem 43 E novamente, eis que vos digo
33 a Mt. 17:20. Mórm. 9:20; Jacó 4:4;
b D&C 88:64–65. Ét. 12:12–18. Al. 25:16;
34 a 3 Né. 27:20; b Morô. 10:19–24. Morô. 9:25.
Ét. 4:18. 39 a GEE Dignidade, Digno. c GEE Vida eterna.
35 a 2 Né. 33:11. 40 a Ét. 12:4. 42 a GEE Fé.
b D&C 35:8. GEE Esperança. b Morô. 10:20.
36 a Morô. 10:4–5, 7, 19. 41 a D&C 138:14.
37 a Mt. 13:58; b Tit. 1:2;
MORÔNI 7:44–8:3 612
que ele não pode ter fé nem espe- energia de vosso coração, que
rança sem que seja a manso e hu- sejais cheios desse amor que ele
milde de coração. concedeu a todos os que são ver-
44 Sem isso sua a fé e esperança dadeiros b seguidores de seu Filho,
são vãs, porque ninguém é acei- Jesus Cristo; que vos torneis os
tável perante Deus, a não ser os filhos de Deus; que quando ele
humildes e brandos de coração; e aparecer, c sejamos como ele, por-
se um homem é humilde e brando que o veremos como ele é; que
de coração e b confessa, pelo poder tenhamos esta esperança; que se-
do Espírito Santo, que Jesus é o jamos d purificados, como ele é
Cristo, ele precisa ter caridade; puro. Amém.
pois se não tem caridade, nada é;
portanto, ele precisa ter caridade. CAPÍTULO 8
45 E a a caridade é sofredora e é
O batismo de crianças pequenas é
benigna e não é b invejosa e não se
uma abominação maligna  — As
ensoberbece; não busca seus in-
criancinhas estão vivas em Cristo
teresses, não se irrita facilmente,
por causa da Expiação — Fé, arre-
não suspeita mal e não se regozija
pendimento, mansidão e humildade,
com a iniquidade, mas regozija-se
recebimento do Espírito Santo e per-
com a verdade; tudo sofre, tudo
severança até o fim, levam à salvação.
crê, tudo espera, tudo suporta.
Aproximadamente 401–421 d.C.
46 De modo que, meus amados
irmãos, se não tendes caridade, Uma epístola de meu a pai, Mór-
nada sois, porque a caridade nun- mon, escrita a mim, Morôni; e ela
ca falha. Portanto, apegai-vos à foi-me escrita logo após meu cha-
caridade, que é, de todas, a maior, mado para o ministério. E desta
porque todas as coisas hão de fa- maneira ele me escreveu:
lhar — 2  Meu amado filho Morôni:
47  Mas a a caridade é o puro Alegra-me muito que teu Senhor
b 
amor de Cristo e permanece Jesus Cristo, lembrando-se de ti,
para sempre; e para todos os que tenha-te chamado para seu mi-
a possuírem, no último dia tudo nistério e para sua obra sagrada.
estará bem. 3 Lembro-me sempre de ti em
48 Portanto, meus amados ir- minhas orações, rogando constan-
mãos, a rogai ao Pai, com toda a temente a Deus, o Pai, em nome
43 a GEE Mansidão, Manso, b GEE Inveja. Obedecer, Obediência,
Mansuetude. 47 a 2 Né. 26:30. Obediente.
44 a Al. 7:24; GEE Caridade. c 1 Jo. 3:1–3;
Ét. 12:28–34. b Jos. 22:5. 3 Né. 27:27.
b Lc. 12:8–9. GEE Amor. d 3 Né. 19:28–29.
GEE Confessar, 48 a GEE Oração. GEE Pureza, Puro.
Confissão; b GEE Jesus Cristo — 8 1 a Pal. Mórm. 1:1.
Testemunho. Exemplo de Jesus
45 a 1 Cor. 13. Cristo;
613 MORÔNI 8:4–13
de seu Santo Filho Jesus, que ele, Adão é delas removida por mi-
e 

por sua infinita a bondade e b graça, nha causa, de modo que sobre elas
te conserve constante na fé em seu não tem poder; e a lei da f circunci-
nome até o fim. são foi abolida por minha causa.
4 E agora, meu filho, falo-te a 9 E desta maneira o Espírito San-
respeito de uma coisa que me afli- to manifestou-me a palavra de
ge extremamente; pois aflige-me Deus; portanto, meu amado filho,
que surjam a disputas no meio de sei que é um sério escárnio peran-
vós. te Deus batizar criancinhas.
5 Pois, se eu soube a verdade, 10 Eis que te digo que isto deve-
tem havido disputas no meio de rás ensinar — arrependimento e
vós relativas ao batismo de vossas batismo aos que são a responsáveis
criancinhas. e capazes de cometer pecados;
6 E agora, meu filho, desejo que sim, ensina aos pais que devem
vos esforceis muito para que esse arrepender-se e ser batizados e
grave erro seja removido de vosso tornar-se humildes como as suas
meio; porque é com essa intenção b 
criancinhas; e serão todos salvos
que escrevo esta epístola. com suas criancinhas.
7 Pois imediatamente após saber 11 E suas a criancinhas não neces-
destas coisas sobre vós, inquiri sitam de arrependimento nem de
o Senhor a respeito do assunto. batismo. Eis que batismo é para
E pelo poder do Espírito Santo arrependimento, a fim de que se
veio a mim a a palavra do Senhor, cumpram os mandamentos para
dizendo: a b remissão de pecados.
8 Ouve as palavras de Cristo, 12 As a criancinhas, porém, estão
teu Redentor, teu Senhor e teu vivas em Cristo desde a funda-
Deus. Eis que vim ao mundo, não ção do mundo; se não for assim,
para chamar os justos, mas os pe- Deus é um Deus parcial e também
cadores, ao arrependimento; os um Deus variável, que faz b acep-
a 
sãos não necessitam de médico, ção de pessoas; porque quan-
mas sim os que estão doentes; tas criancinhas morreram sem
portanto, as b criancinhas são c sãs, batismo!
por serem incapazes de cometer 13 Portanto, se as criancinhas
d 
pecado; portanto, a maldição de não podiam ser salvas sem
3 a Mos. 4:11. GEE Queda de Adão 11 a GEE Batismo, Batizar —
b GEE Graça. e Eva. Requisitos do batismo;
4 a 3 Né. 11:22, 28; 18:34. f Gên. 17:10–11. Criança(s);
7 a GEE Palavra de Deus. GEE Circuncisão. Filho(s).
8 a Mc. 2:17. 10 a GEE Prestar Contas, b GEE Remissão de
b Mc. 10:13–16. Responsabilidade, Pecados.
c Mos. 3:16; Responsável. 12 a D&C 29:46–47; 93:38.
D&C 74:7. b GEE Criança(s); b Ef. 6:9;
d GEE Pecado. Humildade, Humilde, 2 Né. 26:33;
e 2 Né. 2:25–27. Humilhar. D&C 38:16.
MORÔNI 8:14–24 614
batismo, devem ter ido para um 19 E as criancinhas não podem
a 

inferno sem fim. arrepender-se; portanto, é grande


14 Eis que vos digo que aquele iniquidade negar-lhes as puras
que pensa que as criancinhas ne- misericórdias de Deus, porque
cessitam de batismo, está no fel estão todas vivas nele, em virtude
da amargura e nos laços da ini- de sua b misericórdia.
quidade; porque não tem a fé nem 20 E aquele que diz que as crian-
esperança nem caridade; portanto, cinhas necessitam de batismo,
se morrer com esse pensamento, nega as misericórdias de Cristo e
deverá ir para o inferno. despreza a sua a expiação e o po-
15 Pois é grande iniquidade su- der de sua redenção.
por que Deus salva uma criança 21 Ai desses, porque estão em
em virtude do batismo, ao passo perigo de morte, a inferno e b tor-
que outra deve perecer por não mento sem fim. Digo isto destemi-
ter sido batizada. damente; Deus ordenou-me. Ouvi
16 E ai daqueles que pervertem estas palavras e atentai para elas;
os caminhos do Senhor dessa ma- caso contrário, elas testificarão
neira, porque perecerão, a não ser contra vós no c tribunal de Cristo.
que se arrependam! Eis que falo 22 Porque eis que todas as crian-
ousadamente, tendo a autoridade cinhas estão a vivas em Cristo, as-
de Deus; e não temo o que o ho- sim como todos os que estão sem
mem possa fazer, porque o perfei- a b lei, porque o poder da c reden-
to b amor c lança fora todo o medo. ção atua sobre todos os que não
17 E estou cheio de a caridade, têm lei; portanto, o que não foi
que é amor eterno; portanto, to- condenado, ou seja, o que não
das as criancinhas são iguais para está sob condenação, não pode
mim; amo as b criancinhas, portan- arrepender-se; e para tal o batismo
to, com um perfeito amor; e elas de nada serve —
são todas iguais e participantes 23 Mas é escárnio perante Deus
da salvação. negar as misericórdias de Cristo
18 Pois sei que Deus não é um e o poder do seu Santo Espírito
Deus parcial nem um ser variável; e depositar confiança em a obras
mas é a imutável, de b eternidade a mortas.
eternidade. 24 Eis que, meu filho, isto não
14 a 1 Cor. 13; Ét. 12:6; GEE Trindade. D&C 19:10–12.
Morô. 7:25–28; b Morô. 7:22. c GEE Jesus Cristo — Juiz.
10:20–23. 19 a Lc. 18:15–17. 22 a GEE Salvação —
16 a GEE Autoridade. b GEE Misericórdia, Salvação das
b GEE Amor. Misericordioso. criancinhas.
c 1 Jo. 4:18. 20 a GEE Expiação, Expiar; b At. 17:30;
17 a GEE Caridade. Plano de Redenção. D&C 76:71–72.
b Mos. 3:16–19. 21 a GEE Inferno. c GEE Redenção,
18 a Al. 7:20; b Jacó 6:10; Redimido, Redimir.
Mórm. 9:9. Mos. 28:3; 23 a D&C 22:2.
615 MORÔNI 8:25–9:3
deve ser assim, porque o arre- a 
filho, logo haverão de perecer, em
pendimento é para os que estão cumprimento às profecias feitas
sob condenação e sob a maldição pelos profetas, bem como às pa-
de uma lei violada. lavras do próprio Salvador.
25 E o primeiro fruto do a ar- 30 Adeus, meu filho, até que
rependimento é o b batismo; e o eu te escreva ou volte a ver-te.
batismo vem pela fé, para cum- Amém.
prirem-se os mandamentos; e o
cumprimento dos mandamentos
A segunda epístola de Mórmon a
traz c remissão de pecados.
seu filho Morôni.
26 E a remissão de pecados traz
a 
mansidão e humildade; e a man- Abrange o capítulo 9.
sidão e a humildade resultam na
presença do b Espírito Santo, o CAPÍTULO 9
c 
Consolador, que nos enche de
Tanto os nefitas como os lamanitas
d 
esperança e perfeito e amor, amor
tornaram-se depravados e degenera-
que se conserva pela f diligência
dos — Torturam-se e assassinam-se
na g oração até que venha o fim,
uns aos outros — Mórmon ora para
quando todos os h santos habita-
que a graça e a bondade descansem
rão com Deus.
sobre Morôni para sempre. Aproxi-
27 Eis que, meu filho, eu te es-
madamente 401 d.C.
creverei novamente, caso não saia
logo contra os lamanitas. Eis que o Meu amado filho, torno a escre-
a 
orgulho desta nação, ou seja, do ver-te a fim de que saibas que
povo nefita, mostrou ser a sua des- ainda estou vivo; mas escrevo
truição, caso não se arrependam. algumas coisas que são penosas.
28 Ora por eles, meu filho, para 2 Porque eis que tive uma vio-
que se arrependam. Mas eis que lenta batalha com os lamanitas,
temo que o Espírito tenha cessado na qual não saímos vencedores;
de a lutar com eles; e nesta parte da e Arqueantus caiu pela espada,
terra estão também procurando assim como Lurã e Enron; sim,
derrubar todo poder e autorida- e perdemos grande número de
de que vem de Deus; e b negam o nossos melhores homens.
Espírito Santo. 3 E agora eis que temo, meu filho,
29 E depois de haverem recusa- que os lamanitas destruam este
do tão grande conhecimento, meu povo; porque não se arrependem e
24 a GEE Arrepender-se, 26 a
GEE Mansidão, Manso, g GEE Oração.
Arrependimento. Mansuetude. h GEE Santo (substantivo).
25 a GEE Batismo, Batizar — b GEE Espírito Santo. 27 a D&C 38:39.
Requisitos do batismo. c GEE Consolador. GEE Orgulho.
b Mois. 6:58–60. d GEE Esperança. 28 a Mórm. 5:16.
c D&C 76:52. e 1 Ped. 1:22; b Al. 39:6.
GEE Remissão de 1 Né. 11:22–25. GEE Pecado
Pecados. f GEE Diligência. Imperdoável.
MORÔNI 9:4–16 616
Satanás instiga-os constantemente 9 E apesar desta monstruosa
à ira, uns contra os outros. abominação dos lamanitas, ela
4 Eis que estou labutando com não excede a de nosso povo em
eles continuamente; e quando lhes Moriântum. Pois eis que muitas
transmito a palavra de Deus com das filhas dos lamanitas foram
a 
rigor, eles tremem e enraivecem- aprisionadas; e depois de tê-las
se contra mim; e quando não uso despojado daquilo que é mais caro
de rigor, endurecem o coração e precioso do que tudo, que é a
contra a palavra de Deus; portan- a 
castidade e a b virtude —
to, temo que o Espírito do Senhor 10 E depois de haverem feito
tenha deixado de b lutar com eles. isso, mataram-nas da mais cruel
5 Porque se encolerizam tanto, maneira, torturando-lhes o corpo
que me parece não terem medo até a morte; e depois de fazerem
da morte; e perderam o amor uns isso, devoram-lhes a carne como
pelos outros e têm a sede de san- feras selvagens, por causa da du-
gue e vingança continuamente. reza de seu coração; e fazem-no
6 E agora, meu amado filho, ape- como prova de bravura.
sar da dureza deles, trabalhemos 11 Ó, meu amado filho, como
a 
diligentemente; porque, se dei- pode um povo como este, que está
xarmos de b trabalhar, estaremos sem civilização —
sob condenação; porque enquanto 12 (E não faz muitos anos, era
habitarmos este tabernáculo de um povo civilizado e agradável)
barro, temos uma obra a executar, 13 Mas, ó meu filho, como pode
para vencermos o inimigo de toda um povo como este, que se deleita
a retidão e para que nossa alma com tanta abominação —
descanse no reino de Deus. 14 Como podemos nós esperar
7 E agora escrevo algo relativo que Deus a detenha sua mão em
ao sofrimento deste povo. Porque, juízo contra nós?
segundo as notícias que recebi 15 Eis que meu coração clama: Ai
de Amoron, eis que os lamanitas deste povo! Vem julgá-lo, ó Deus;
têm muitos prisioneiros, que eles e oculta seus pecados e iniquida-
tiraram da torre de Serriza; e ha- des e abominações de tua face!
via homens, mulheres e crianças. 16 E, meu filho, há muitas a viú-
8 E eles mataram os maridos e os vas que permanecem em Serriza
pais dessas mulheres e crianças; e com as filhas; e a parte das pro-
alimentam as mulheres com a car- visões que os lamanitas não leva-
ne de seus maridos e as crianças ram, eis que a levou o exército de
com a carne de seus pais; e não lhes Zênefi, deixando que elas andem
dão mais que um pouco de água. errantes em busca de alimentos;
9 4 a 2 Né. 1:26–27; 6 a GEE Diligência. 9 a GEE Castidade.
D&C 121:41–43. b Jacó 1:19; b GEE Virtude.
b D&C 1:33. En. 1:20. 14 a Al. 10:23.
5 a Mórm. 4:11–12. GEE Dever. 16 a GEE Viúva.
617 MORÔNI 9:17–26
e muitas mulheres idosas desfa- testemunhares a volta de seu povo
lecem pelo caminho e morrem. a ele ou sua completa destruição;
17 E o exército que está comigo porque sei que todos devem pere-
é fraco; e os exércitos dos lamani- cer, a menos que se b arrependam
tas separam-me de Serriza e todos e voltem para ele.
os que fugiram para o exército de 23 E se perecerem, será como
a 
Aarão caíram, vítimas de sua es- com os jareditas, devido à obsti-
pantosa brutalidade. nação de seus corações, a buscando
18 Oh! A depravação de meu sangue e b vingança.
povo! Eles não têm ordem nem 24 E se eles perecerem, sabemos
misericórdia. Eis que não sou mais que muitos de nossos irmãos se
que um homem e não tenho mais a 
passaram para os lamanitas e
que a força de um homem; e já não muitos mais ainda se passarão;
posso fazer com que executem por isso escreve mais algumas
minhas ordens. coisas, se fores poupado e se eu
19 E tornaram-se fortes em sua perecer sem que te veja; tenho fé,
perversão; e são igualmente bru- porém, de que logo te verei, por-
tais, a ninguém poupando, nem que tenho registros sagrados que
velhos nem jovens; e deleitam- te desejaria b confiar.
se em tudo que não é bom; e o 25 Sê fiel em Cristo, meu filho; e
sofrimento de nossas mulheres e oxalá não te aflijam as coisas que
crianças sobre toda a face desta te escrevi, a ponto de causar-te a
terra excede a tudo; sim, a lín- morte, mas possa Cristo animar-
gua não o pode narrar nem pode te; e os seus a sofrimentos e a sua
ser escrito. morte e a manifestação do seu
20 E agora, meu filho, já não que- corpo a nossos pais e sua mise-
ro falar sobre esta horrível cena. ricórdia e longanimidade e a es-
Eis que conheces a iniquidade des- perança de sua glória e da b vida
te povo; tu sabes que não têm prin- eterna permaneçam em tua c men-
cípios nem sentimentos; e sua ini- te para sempre.
quidade a excede à dos lamanitas. 26 E que a graça de Deus, o Pai,
21 Eis que, meu filho, não posso cujo trono se acha nas alturas dos
recomendá-los a Deus, para que céus, e de nosso Senhor Jesus Cris-
ele não me castigue. to, que se assenta à a mão direi-
22 Mas eis, meu filho, que te ta de seu poder até que todas as
recomendo a Deus e confio em coisas se sujeitem a ele, te acom-
Cristo que tu serás salvo; e rogo panhe e permaneça contigo para
a Deus que te a poupe a vida para sempre. Amém.
17 a Mórm. 2:9. 23 a Mórm. 4:11–12. b GEE Vida eterna.
20 a Hel. 6:34–35. b Ét. 15:15–31. c GEE Mente.
22 a Mórm. 8:3. 24 a Al. 45:14. 26 a Lc. 22:69;
b Mal. 3:7; Hel. 13:11; b Mórm. 6:6. At. 7:55–56;
3 Né. 10:6; 24:7. 25 a GEE Expiação, Expiar. Mos. 5:9; Al. 28:12.
MORÔNI 10:1–10 618
CAPÍTULO 10 Cristo, se estas coisas não são ver-
b 

dadeiras; e se perguntardes com


O testemunho do Livro de Mórmon é
um c coração sincero e com d real
recebido pelo poder do Espírito San-
intenção, tendo e fé em Cristo, ele
to — Os dons do Espírito são conce-
vos f manifestará a g verdade delas
didos aos fiéis — Os dons espirituais
pelo poder do Espírito Santo.
sempre acompanham a fé — As pala-
5 E pelo poder do Espírito Santo
vras de Morôni falam do pó — Vinde
podeis a saber a b verdade de todas
a Cristo, aperfeiçoai-vos Nele e san-
as coisas.
tificai vossa alma. Aproximadamente
6 E tudo o que é bom, é justo e
421 d.C.
verdadeiro; portanto, nada que é
Agora eu, Morôni, escrevo algo bom nega o Cristo, mas reconhe-
que me parece bom; e escrevo ce que ele é.
a meus irmãos, os a lamanitas; e 7 E pelo poder do Espírito Santo
quero que saibam que se passa- podeis saber que ele é; portanto,
ram mais de quatrocentos e vinte eu vos exorto a não negardes o
anos desde que foi dado o sinal da poder de Deus, pois ele opera com
vinda de Cristo. poder, a de acordo com a fé dos fi-
2 E depois de vos dizer algumas lhos dos homens, o mesmo hoje e
palavras a título de exortação, a se- amanhã e para sempre.
larei estes registros. 8 E novamente vos exorto, meus
3 Eis que desejo exortar-vos, irmãos, a não negardes os a dons
quando lerdes estas coisas, caso de Deus, pois eles são muitos; e
Deus julgue prudente que as eles vêm do mesmo Deus. E de
leiais, a vos lembrardes de quão b 
diversas maneiras são esses dons
misericordioso tem sido o Senhor administrados; mas é o mesmo
para com os filhos dos homens, Deus que opera tudo em tudo; e
desde a criação de Adão até a hora eles são dados pelas manifesta-
em que receberdes estas coisas, e ções do Espírito de Deus aos ho-
a a meditardes sobre isto em vos- mens, para beneficiá-los.
so b coração. 9 Pois a a um é dado b ensinar,
4 E quando receberdes estas coi- pelo Espírito de Deus, a palavra
sas, eu vos exorto a a perguntardes de sabedoria;
a Deus, o Pai Eterno, em nome de 10 E a outro, ensinar a palavra
10 1 a D&C 10:48. Mos. 1:6; GEE Discernimento,
2 a Mórm. 8:4, 13–14. Ét. 4:10–11; 5:3. Dom de;
GEE Escrituras — c GEE Honestidade, Testemunho.
Profecias a respeito de Honesto. b Jo. 8:32.
escrituras futuras. d Tg. 1:5–7; 7 a 1 Né. 10:17–19.
3 a Deut. 11:18–19. Morô. 7:9. 8 a GEE Dons do Espírito.
GEE Ponderar. e GEE Fé. b D&C 46:15.
b Deut. 6:6–7. f GEE Revelação. 9 a 1 Cor. 12:8–11;
4 a GEE Oração. g GEE Verdade. D&C 46:8–29.
b 1 Né. 13:39; 14:30; 5 a D&C 35:19. b D&C 88:77–79, 118.
619 MORÔNI 10:11–27
de conhecimento, pelo mesmo é preciso haver esperança; e se é
Espírito; preciso haver esperança, é preciso
11 E a outro, a fé extraordinária; também haver caridade.
e a outro, os dons de b cura, pelo 21 E a não ser que tenhais a cari-
mesmo Espírito; dade, não podeis de modo algum
12 E também a outro, poder para ser salvos no reino de Deus; tam-
operar grandes a milagres. pouco podeis ser salvos no reino
13 E também a outro, profetizar de Deus se não tendes fé e se não
a respeito de todas as coisas; tendes esperança.
14 E também a outro, ver anjos 22 E se não tendes esperança,
e espíritos ministradores. deveis estar em desespero; e o
15 E também a outro, todos os desespero vem por causa da ini-
tipos de línguas; quidade.
16 E também a outro, a interpre- 23 E verdadeiramente Cristo dis-
tação de idiomas e de diversos se a nossos pais: a Se tendes fé, po-
tipos de a línguas. deis fazer todas as coisas que me
17  E todos esses dons são são convenientes.
dados pelo Espírito de Cristo; e 24 E agora falo a todos os confins
são dados a cada homem indivi- da Terra — se chegar o dia em que
dualmente, de acordo com a sua o poder e os dons de Deus desapa-
vontade. recerem do meio de vós, será a por
18 E eu desejaria exortar-vos, causa de b incredulidade.
meus amados irmãos, a vos lem- 25 E ai dos filhos dos homens, se
brardes de que a toda boa dádiva for esse o caso; porque a não have-
vem de Cristo. rá entre vós quem pratique o bem;
19 E desejaria exortar-vos, meus não, ninguém. Porque se houver
amados irmãos, a vos lembrardes alguém entre vós que faça o bem,
de que ele é o a mesmo ontem, hoje ele o fará pelo poder e pelos dons
e para sempre; e que todos esses de Deus.
dons dos quais falei, que são es- 26 E ai daqueles que fizerem ces-
pirituais, nunca desaparecerão sar estas coisas e morrerem, por-
enquanto o mundo existir, a não que a morrerão em seus b pecados
ser pela b incredulidade dos filhos e não poderão ser salvos no reino
dos homens. de Deus; e digo isto de acordo com
20 Portanto, é preciso haver a fé; as palavras de Cristo e não minto.
e se é preciso haver fé, também 27 E exorto-vos a que recordeis
11 a GEE Fé. 20 a Ét. 12:3–37. 25 a TJS Salm. 14:1–7
b GEE Curar, Curas. 21 a 1 Cor. 13; (Apêndice da Bíblia);
12 a GEE Milagre. Morô. 7:1, 42–48. Rom. 3:10–12.
16 a GEE Línguas, Dom das. GEE Caridade. 26 a Eze. 18:26–27;
18 a Tg. 1:17. 23 a Morô. 7:33. 1 Né. 15:32–33;
19 a Heb. 13:8. 24 a Morô. 7:37. Mos. 15:26.
b Morô. 7:37. b GEE Incredulidade. b Jo. 8:21.
MORÔNI 10:28–34 620
estas coisas; porque se aproxima 32 Sim, vinde a Cristo, sede
a  b 

rapidamente a hora em que sa- aperfeiçoados nele e negai-vos a


bereis que não minto, pois ver- toda iniquidade; e se vos negar-
me-eis no tribunal de Deus; e o des a toda iniquidade e c amardes
Senhor Deus dir-vos-á: Não vos a Deus com todo o vosso poder,
anunciei minhas a palavras, que mente e força, então sua graça vos
foram escritas por este homem será suficiente; e por sua graça
como alguém que b clamasse den- podeis ser perfeitos em Cristo;
tre os mortos, sim, como alguém e se pela d graça de Deus fordes
que falasse do c pó? perfeitos em Cristo, não podereis,
28 Eu anuncio estas coisas para de modo algum, negar o poder
cumprimento das profecias. E eis de Deus.
que elas sairão da boca do Deus 33 E novamente, se pela graça de
Eterno; e sua palavra a sibilará de Deus fordes perfeitos em Cristo e
geração em geração. não negardes o seu poder, então
29 E Deus mostrar-vos-á que sereis a santificados em Cristo pela
aquilo que escrevi é verdadeiro. graça de Deus, por meio do der-
30 E novamente desejo exortar- ramamento do b sangue de Cristo,
vos a a virdes a Cristo e a vos ape- que está no convênio do Pai para
gardes a toda boa dádiva; e a b não a c remissão de vossos pecados,
tocardes nem na dádiva má nem a fim de que vos torneis d santos,
no que é impuro. sem mácula.
31 E a desperta e levanta-te do pó, 34 E agora me despeço de todos.
ó Jerusalém; sim, e veste-te com Logo irei a descansar no b paraíso
teus vestidos formosos, ó filha de Deus, até que meu c espírito e
de b Sião; e c fortalece tuas d esta- meu corpo tornem a d unir-se e
cas e alarga tuas fronteiras para eu seja carregado triunfante pelo
sempre, a fim de que já e não sejas e 
ar, para encontrar-me convosco
confundida, para que se cumpram no f agradável tribunal do grande
os convênios que o Pai Eterno fez g 
Jeová, o h Juiz Eterno tanto dos
contigo, ó casa de Israel! vivos como dos mortos. Amém.
27 a 2 Né. 33:10–11. d GEE Estaca. c GEE Remissão de
b 2 Né. 3:19–20; 27:13; e Ét. 13:8. Pecados.
33:13; 32 a Mt. 11:28; d GEE Santidade.
Mórm. 9:30. 2 Né. 26:33; Jacó 1:7; 34 a GEE Descansar,
c Isa. 29:4. Ômni 1:26. Descanso.
28 a 2 Né. 29:2. b Mt. 5:48; b GEE Paraíso.
30 a 1 Né. 6:4; 3 Né. 12:48. c GEE Espírito.
Mórm. 9:27; Ét. 5:5. GEE Perfeito. d GEE Ressurreição.
b Al. 5:57. c D&C 4:2; 59:5–6. e 1 Tess. 4:17.
31 a Isa. 52:1–2. d 2 Né. 25:23. f Jacó 6:13.
b GEE Sião. 33 a GEE Santificação. g GEE Jeová.
c Isa. 54:2. b GEE Expiação, Expiar. h GEE Jesus Cristo — Juiz.

FIM
DOUTRINA E
CON VÊNIOS
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

CON T EN DO RE V EL AÇÕES DADAS A


JOSEPH SM I T H, O PROF ETA ,

COM ALGU NS ACRÉSCI MOS DE SEUS SUCESSORES


NA PRESI DÊNCI A DA IGREJA
Í N DICE

Introdução  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   v
Ordem Cronológica  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   ix
Seções  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  1
Declarações Oficiais  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   335
I N T RODUÇ ÃO

D outrina e Convênios é uma coletânea de revelações divinas e declara-


ções inspiradas, dadas para o estabelecimento e regulamentação do
reino de Deus na Terra nos últimos dias. Embora a maioria das seções seja
dirigida aos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, as mensagens, advertências e exortações são para benefício de toda a
humanidade e convidam todas as pessoas de todos os lugares para ouvirem
a voz do Senhor Jesus Cristo, falando-lhes para o seu bem-estar terreno e
sua salvação eterna.
A maior parte das revelações desta coletânea foi recebida por intermé-
dio de Joseph Smith Júnior, o primeiro profeta e presidente de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Outras foram dadas por meio
de alguns de seus sucessores na Presidência. (Ver cabeçalhos de D&C
135, 136 e 138, bem como Declarações Oficiais 1 e 2.)
O livro de Doutrina e Convênios é uma das obras-padrão da Igreja,
ao lado da Bíblia Sagrada, do Livro de Mórmon e da Pérola de Grande
Valor. Entretanto, Doutrina e Convênios é uma obra singular, por não
ser a tradução de um documento antigo, mas ter origem moderna; foi
dada por Deus por meio de Seus profetas escolhidos para a restauração
de Sua sagrada obra e para o estabelecimento do reino de Deus na Terra
nestes dias. Nas revelações, ouve-se a voz terna, porém firme, do Senhor
Jesus Cristo falando de novo na dispensação da plenitude dos tempos;
e a obra aqui iniciada é uma preparação para Sua Segunda Vinda, em
cumprimento das palavras de todos os santos profetas desde o princípio
do mundo e de acordo com elas.
Joseph Smith Júnior nasceu em 23 de dezembro de 1805 em Sharon,
Condado de Windsor, Vermont. Ainda criança, mudou-se com a família
para a atual Manchester, no oeste do Estado de Nova York. Foi quando
morava lá, na primavera de 1820, aos quatorze anos de idade, que recebeu
sua primeira visão, ocasião em que foi visitado em pessoa por Deus, o Pai
Eterno, e Seu Filho Jesus Cristo. Foi-lhe dito nessa visão que a verdadeira
Igreja de Jesus Cristo, que fora estabelecida na época do Novo Testa-
mento e administrara a plenitude do evangelho, já não existia na Terra.
Seguiram-se outras manifestações divinas em que recebeu instruções
de muitos anjos; foi-lhe revelado que Deus tinha uma obra especial para
ele realizar na Terra e que, por intermédio dele, a Igreja de Jesus Cristo
seria restaurada na Terra.
Com o decorrer do tempo, Joseph Smith, com a ajuda divina, traduziu
e publicou o Livro de Mórmon. Nesse meio tempo, ele e Oliver Cowdery
foram ordenados ao Sacerdócio Aarônico por João Batista em maio de 1829
(ver D&C 13) e, pouco depois, foram também ordenados ao Sacerdócio
de Melquisedeque pelos antigos apóstolos Pedro, Tiago e João. (Ver D&C
27:12.) Seguiram-se outras ordenações, nas quais as chaves do sacerdócio
Introdução vi

foram conferidas por Moisés, Elias o profeta, Elias e muitos profetas


antigos (ver D&C 110; 128:18, 21.) Essas ordenações foram, na realidade,
uma restituição da autoridade divina ao homem na Terra. Em 6 de abril
de 1830, sob orientação celestial, o Profeta Joseph Smith organizou a
Igreja e, assim, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo atua novamente como
instituição entre os homens, com autoridade para ensinar o evangelho e
administrar as ordenanças de salvação. (Ver D&C 20 e Pérola de Grande
Valor, Joseph Smith—História 1.)
Estas revelações sagradas foram recebidas em resposta a orações, em
momentos de necessidade, e resultaram de situações da vida de pessoas
reais. O Profeta e seus companheiros buscavam orientação divina e estas
revelações atestam que eles a recebiam. Nas revelações, observam-se a
restauração e o desenrolar do evangelho de Jesus Cristo, bem como o
início da dispensação da plenitude dos tempos. Nas revelações apare-
cem também o deslocamento da Igreja em direção ao oeste, saindo dos
estados de Nova York e Pensilvânia para os estados de Ohio, Missouri,
Illinois e, finalmente, para a Grande Bacia do oeste dos Estados Unidos,
bem como a grande luta dos santos na tentativa de edificar Sião na Terra
nos tempos modernos.
Várias das primeiras seções tratam de assuntos relacionados à tradução
e à publicação do Livro de Mórmon. (Ver seções 3, 5, 10, 17 e 19.) Algumas
seções posteriores refletem o trabalho do Profeta Joseph Smith ao fazer
uma tradução inspirada da Bíblia, durante a qual foram recebidas muitas
das importantes seções doutrinárias. (Ver, por exemplo, as seções 37, 45,
73, 76, 77, 86, 91 e 132, todas diretamente relacionadas, de uma forma ou
de outra, com a tradução da Bíblia.)
Nas revelações, as doutrinas do evangelho são apresentadas com
explicações sobre assuntos fundamentais, como a natureza da Trindade,
a origem do homem, a realidade da existência de Satanás, o propósito
da mortalidade, a necessidade da obediência e do arrependimento, as
obras do Santo Espírito, as ordenanças e cerimônias ligadas à salvação,
o destino da Terra, as condições futuras do homem após a ressurreição e
o julgamento, a eternidade do relacionamento matrimonial e a natureza
eterna da família. Da mesma forma, é apresentado o desenvolvimento
gradual da estrutura administrativa da Igreja, com o chamado de bispos,
da Primeira Presidência, do Conselho dos Doze e dos Setenta, bem como
com a criação de outros ofícios e quóruns presidentes. Finalmente, o tes-
temunho prestado sobre Jesus Cristo — Sua divindade, Sua majestade,
Sua perfeição, Seu amor e Seu poder redentor — torna este livro muito
valioso para a família humana e “de tanto valor para a Igreja como as
riquezas de toda a Terra” (ver cabeçalho de D&C 70).
As revelações foram originalmente registradas pelos escribas de Joseph
Smith; e os membros da Igreja entusiasticamente compartilharam entre
si cópias manuscritas. Para elaborarem um registro mais permanente, os
vii Introdução

escribas logo copiaram essas revelações em livros de registro escritos a


mão, que foram usados pelos líderes da Igreja na preparação das revelações
a serem impressas. Joseph e os primeiros santos viam as revelações da
mesma forma que viam a Igreja: viva, dinâmica e passível de refinamen-
to por meio de revelações adicionais. Eles também admitiam que erros
involuntários haviam aparentemente acontecido quando as revelações
foram copiadas e preparadas para publicação. Assim, numa conferência
da Igreja em 1831, pediu-se a Joseph Smith que “corrigisse aqueles erros
ou equívocos que ele pudesse encontrar por meio do Espírito Santo.”
Após as revelações terem sido revisadas e corrigidas, os membros da
Igreja em Missouri iniciaram a impressão de um livro intitulado A Book
of Commandments for the Government of the Church of Christ, que continha
muitas das primeiras revelações do Profeta. Entretanto, essa primeira
tentativa de publicar as revelações cessou quando uma turba destruiu a
gráfica dos santos em Jackson County, em 20 de julho de 1833.
Após ouvirem a respeito da destruição da gráfica de Missouri, Joseph
Smith e outros líderes da Igreja iniciaram os preparativos para a publicação
das revelações em Kirtland, Ohio. Com o objetivo de novamente corrigir
erros, esclarecer a linguagem usada e dar a conhecer novos elementos
da doutrina e da organização da Igreja, Joseph Smith supervisionou a
edição do texto de algumas das revelações, a fim de prepará-las para
publicação em 1835 com o título de Doctrine and Covenants of the Church
of the Latter Day Saints. Joseph Smith deu autorização para uma outra
edição de Doutrina e Convênios, que foi publicada poucos meses após o
martírio do Profeta em 1844.
Os primeiros santos dos últimos dias tinham grande apreço pelas
revelações e as consideravam como mensagens vindas de Deus. Em
certa ocasião, no final de 1831, vários élderes da Igreja deram um solene
testemunho de que o Senhor havia testificado à sua alma sobre a veraci-
dade das revelações. Esse testemunho foi publicado na edição de 1835 de
Doutrina e Convênios como o testemunho escrito dos Doze Apóstolos:

TESTEMUNHO DOS
DOZE APÓSTOLOS QUANTO À VERACIDADE DO
LIVRO DE DOUTRINA E CONVÊNIOS
O Depoimento das Testemunhas quanto ao Livro dos Mandamentos do
Senhor, mandamentos esses que Ele deu a Sua Igreja por intermédio de
Joseph Smith, Jr., que foi designado pela voz da Igreja para tal propósito:
Nós, portanto, desejamos testemunhar a toda a humanidade, a
toda criatura sobre a face da Terra, que o Senhor testificou a nossa
alma, por meio do Espírito Santo que se derramou sobre nós, que
esses mandamentos foram dados por inspiração de Deus, que são
úteis para todos os homens e que são realmente verdadeiros.
Introdução viii
Prestamos este testemunho ao mundo com a ajuda do Senhor;
e é por meio da graça de Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, que
nos é concedido o privilégio de prestar este testemunho ao mundo,
em que muito nos rejubilamos, orando sempre ao Senhor para que
os filhos dos homens se beneficiem dele.
Os nomes dos Doze eram:
Thomas B. Marsh Orson Hyde William Smith
David W. Patten William E. McLellin Orson Pratt
Brigham Young Parley P. Pratt John F. Boynton
Heber C. Kimball Luke S. Johnson Lyman E. Johnson
Em edições posteriores de Doutrina e Convênios, foram acrescentadas
outras revelações ou assuntos oficiais conforme recebidos e aceitos por
assembleias ou conferências competentes da Igreja. Na edição de 1876,
preparada pelo Élder Orson Pratt, sob a direção de Brigham Young, as
revelações foram organizadas em ordem cronológica e foram providen-
ciados novos cabeçalhos com introduções históricas.
A partir da edição de 1835, foi também incluída uma série de sete
lições teológicas intituladas Lectures on Faith (Dissertações sobre a Fé).
Essas lições haviam sido preparadas para uso na Escola dos Profetas
em Kirtland, Estado de Ohio, de 1834 a 1835. Embora de utilidade como
doutrina e instruções, essas dissertações foram excluídas de Doutrina
e Convênios a partir da edição de 1921, porque não foram dadas nem
apresentadas como revelações a toda a Igreja.
Na edição de 1981 de Doutrina e Convênios em inglês, três documentos
foram incluídos pela primeira vez. São as seções 137 e 138, que estabelecem
os fundamentos para a salvação dos mortos; e a Declaração Oficial 2, a
qual anuncia que todos os homens que são membros dignos da Igreja
podem ser ordenados ao Sacerdócio, sem se levar em conta a raça ou a cor.
Em cada nova edição de Doutrina e Convênios, foram corrigidos erros
do passado e acrescentadas novas informações, particularmente na parte
histórica dos cabeçalhos das seções. A presente edição dá uma melhor
definição de datas e nomes de lugares, além de fazer outras correções.
Essas mudanças foram feitas para fazer com que o material esteja em
conformidade com a informação história mais precisa. Outros aspectos
especiais desta última edição incluem mapas revisados que mostram os
locais geográficos principais onde as revelações foram recebidas, além
de novas fotografias de locais históricos da Igreja, referências cruzadas,
cabeçalhos de seções e resumos de assuntos, tudo isso com o propósito de
auxiliar os leitores a entenderem e a se regozijarem com a mensagem do
Senhor, conforme apresentada em Doutrina e Convênios. A informação
para os cabeçalhos das seções foi extraída das seguintes publicações em
inglês: História Manuscrita da Igreja, History of the Church (coletivamente
mencionadas nos cabeçalhos como a história de Joseph Smith) e Joseph
Smith Papers.
ORDEM CRONOLÓGICA DO CONTEÚDO

Data Local Seções


1823 Setembro Manchester, Nova York
         . . . . . . . . . . . 2
1828 Julho Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . . . . 3
1829 Fevereiro Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . . . . 4
Março Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . . . . 5
Abril Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . 6, 7, 8, 9, 10
Maio Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . .   11, 12, 13*
Junho Fayette, Nova York
       . . . . . . . . 14, 15, 16, 17, 18
Verão Manchester, Nova York
         . . . . . . . . . . . 19
1830 Condado de Wayne, Nova York
               . . . . . . . . 74
Abril Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . . . 20*, 21
Abril Manchester, Nova York
         . . . . . . . . . . 22, 23
Julho Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . . 24, 25, 26
Agosto Harmony, Pensilvânia
         . . . . . . . . . . . 27
Setembro Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . 28, 29, 30, 31
Outubro Manchester, Nova York
         . . . . . . . . . . . 32
Outubro Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . . . . 33
Novembro Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . . . . 34
Dezembro Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . 35*, 36*, 37*
1831 Janeiro Fayette, Nova York
       . . . . . . . . . . 38, 39, 40
Fevereiro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . 41, 42, 43, 44
Março Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . 45, 46, 47, 48
Maio Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . 49, 50
Maio Thompson,     . . . . . . . . . . . . .
Ohio 51
Junho Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . 52, 53, 54, 55, 56
Julho Sião, Condado de Jackson, Missouri
                 . . . . . . . 57
Agosto Sião, Condado de Jackson, Missouri
                 . . . . . . 58, 59
Agosto Independence, Missouri
         . . . . . . . . . . . 60
Agosto Rio Missouri, Missouri
         . . . . . . . . . . . 61
Agosto Chariton, Missouri
       . . . . . . . . . . . . 62
Agosto Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 63
Setembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 64
Outubro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . . . 65, 66
Novembro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . 1, 67, 68, 69, 70, 133
Dezembro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . . . . 71
Dezembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 72
1832 Janeiro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . . . . 73
Janeiro Amherst, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 75
Fevereiro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . . . . 76
Março Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . 77, 79, 80, 81
Março Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 78
* No lugar indicado ou em suas proximidades.
Data Local Seções
Abril Independence, Missouri
         . . . . . . . . . . 82, 83
Agosto Hiram, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 99
Setembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 84
Novembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 85
Dezembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . 86, 87*, 88
1833 Fevereiro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 89
Março Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . 90, 91, 92
Maio Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 93
Junho Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . 95, 96
Agosto Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . 94, 97, 98
Outubro Perrysburg, Nova York
         . . . . . . . . . . . 100
Dezembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 101
1834 Fevereiro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . 102, 103
Abril Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . 104*
Junho Rio Fishing, Missouri
         . . . . . . . . . . . 105
Novembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 106
1835 Abril Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 107
Agosto Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 134
Dezembro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 108
1836 Janeiro Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 137
Março Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 109
Abril Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 110
Agosto Salém, Massachusetts
         . . . . . . . . . . . 111
1837 Julho Kirtland, Ohio
   . . . . . . . . . . . . . . 112
1838 Março Far West, Missouri
       . . . . . . . . . . . 113*
Abril Far West, Missouri
       . . . . . . . . . . 114, 115
Maio Spring Hill, Condado de Daviess,
Missouri . . . . . . . . . . . . . . . 116
Julho Far West, Missouri
       . . . . . . . 117, 118, 119, 120
1839 Março Cadeia de Liberty, Condado de
Clay, Missouri
     . . . . . . . . . . 121, 122, 123
1841 Janeiro Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 124
Março Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 125
Julho Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 126
1842 Setembro Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . 127, 128
1843 Fevereiro Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 129
Abril Ramus, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 130
Maio Ramus, Illinois
   . . . . . . . . . . . . . . 131
Julho Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 132
1844 Junho Nauvoo, Illinois
     . . . . . . . . . . . . . 135
1847 Janeiro Winter Quarters (Acampamento de
Inverno,             . . . . . . . . .
agora Nebraska) 136
1890 Outubro Salt Lake City, Utah
       . . . . . . Declaração Oficial 1
1918 Outubro Salt Lake City, Utah
       . . . . . . . . . . . . 138
1978 Junho Salt Lake City, Utah
       . . . . . . Declaração Oficial 2
* No lugar indicado ou em suas proximidades.
DOUTRINA E CONVÊNIOS

SEÇÃO 1
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em 1º de
novembro de 1831, durante uma conferência especial de élderes da
Igreja, realizada em Hiram, Ohio. Muitas revelações haviam sido
recebidas do Senhor antes dessa data e sua compilação para serem
publicadas em forma de livro foi um dos principais assuntos aprova-
dos na conferência. Esta seção constitui o prefácio do Senhor às dou-
trinas, aos convênios e aos mandamentos dados nesta dispensação.
1–7, A voz de advertência dirige-se a haverá olho que não veja nem ou-
todos os povos; 8–16, Apostasia e ini- vido que não ouça nem c coração
quidade precedem a Segunda Vinda; que não seja penetrado.
17–23, Joseph Smith chamado para 3 E os a rebeldes serão afligidos
restaurar na Terra as verdades e os com muita tristeza, porque suas
poderes do Senhor; 24–33, O Livro de iniquidades serão b proclamadas
Mórmon é trazido à luz e a verdadei- em cima dos telhados e seus feitos
ra Igreja é estabelecida; 34–36, A paz secretos serão revelados.
será tirada da Terra; 37–39, Examinai 4 E a a voz de advertência irá a
estes mandamentos. todos os povos pela boca de meus
discípulos, que escolhi nestes b úl-

E SCUTAI, ó povo da minha


a 
igreja, diz a voz daquele que
habita no alto e cujos b olhos estão
timos dias.
5 E eles irão e ninguém os deterá,
porque eu, o Senhor, os mandei ir.
sobre todos os homens; sim, em 6 Eis que esta é a minha a autori-
verdade vos digo: c Escutai, ó po- dade e a autoridade de meus ser-
vos distantes e vós, que estais nas vos e o meu prefácio ao livro de
ilhas do mar, escutai juntamente. meus mandamentos, os quais lhes
2 Pois em verdade a a voz do Se- dei para que os b publicassem para
nhor dirige-se a todos os homens vós, ó habitantes da Terra.
e b ninguém há de escapar; e não 7 Portanto, a temei e tremei, ó
1 1 a 3 Né. 27:3; b Filip. 2:9–11. Advertir, Prevenir;
D&C 20:1. c GEE Coração. Obra Missionária.
GEE Igreja de Jesus 3 a GEE Rebeldia, Rebelião. b GEE Últimos Dias.
Cristo. b Lc. 8:17; 12:3; 6 a GEE Jesus Cristo —
b D&C 38:7–8. 2 Né. 27:11; Mórm. 5:8. Autoridade.
GEE Trindade. 4 a Eze. 3:17–21; b D&C 72:21.
c Deut. 32:1. D&C 63:37. 7 a Deut. 5:29;
2 a D&C 133:16. GEE Advertência, Ecles. 12:13.
Doutrina e Convênios 1:8–19 2
povos, porque o que eu, o Senhor, aqueles que não ouvirem a voz do
b 

neles decretei, neles será b cum- Senhor nem a voz de seus servos
prido. nem c atenderem às palavras dos
8 E em verdade vos digo que profetas e apóstolos serão d afas-
àqueles que saírem para levar es- tados do meio do povo;
tas novas aos habitantes da Terra 15 Pois a desviaram-se de minhas
será dado poder para a selar, tanto b 
ordenanças e c quebraram meu
na Terra como nos céus, os incré- d 
convênio eterno.
dulos e b rebeldes; 16 Não a buscam o Senhor para
9 Sim, em verdade, selá-los para estabelecer sua retidão, mas todo
o dia em que a a ira de Deus se homem anda em seu b próprio c ca-
derramar sem medida sobre os minho e segundo a d imagem de
b 
iníquos — seu próprio deus, cuja imagem
10 Para o a dia em que o Senhor é à semelhança do mundo e cuja
vier b recompensar cada homem de substância é a de um ídolo que e en-
acordo com suas c obras e d medir velhece e perecerá em f Babilônia,
cada homem com a mesma me- sim, Babilônia, a grande, que cairá.
dida com que ele houver medido 17 Portanto, eu, o Senhor, co-
seu próximo. nhecendo as calamidades que ad-
11 Portanto, a voz do Senhor che- viriam aos a habitantes da Terra,
ga aos confins da Terra, para que chamei meu servo Joseph Smith
ouçam os que quiserem ouvir: Júnior e falei-lhe do céu e dei-lhe
12 Preparai-vos, preparai-vos mandamentos;
para o que está para vir, porque o 18 E também a outros dei manda-
Senhor está perto; mentos de proclamar estas coisas
13 E a a ira do Senhor está acesa e ao mundo; e tudo isso para que se
sua b espada está lavada nos céus e cumprisse o que foi escrito pelos
sobre os habitantes da Terra cairá. profetas —
14 E o a braço do Senhor será re- 19 As a coisas fracas do mundo
velado; e chegará o dia em que virão e abaterão as poderosas e
7 b D&C 1:38. 13 a D&C 63:6. 16 a Mt. 6:33.
8 a GEE Selamento, Selar. b Eze. 21:3; b Isa. 53:6.
b GEE Rebeldia, Rebelião. D&C 35:14. c D&C 82:6.
9 a Apoc. 19:15–16; 14 a Isa. 53:1. d Êx. 20:4;
1 Né. 22:16–17. b 2 Né. 9:31; 3 Né. 21:17.
b Mos. 16:2; Mos. 26:28. GEE Idolatria.
JS—M 1:31, 55. c D&C 11:2. e Isa. 50:9.
10 a GEE Segunda Vinda de d At. 3:23; f D&C 64:24; 133:14.
Jesus Cristo. Al. 50:20; GEE Babel, Babilônia;
b Eze. 7:4; D&C 50:8; 56:3. Mundanismo.
D&C 56:19. 15 a Jos. 23:16; 17 a Isa. 24:1–6.
GEE Jesus Cristo — Juiz. Isa. 24:5. 19 a At. 4:13;
c Prov. 24:12; b GEE Ordenanças. 1 Cor. 1:27;
Al. 9:28; 41:2–5; c GEE Apostasia. D&C 35:13; 133:58–59.
D&C 6:33. d GEE Novo e Eterno GEE Mansidão, Manso,
d Mt. 7:2. Convênio. Mansuetude.
3 Doutrina e Convênios 1:20–33
fortes, para que o homem não fortalecidos e abençoados do alto
aconselhe seu próximo nem b con- e recebessem b conhecimento de
fie no braço de carne — tempos em tempos.
20  Que todo homem, porém, 29 Sim, e para que meu servo
a 
fale em nome de Deus, o Senhor, Joseph Smith Júnior depois de ha-
sim, o Salvador do mundo; ver recebido o registro dos nefitas,
21 Para que a fé também aumen- tivesse poder para traduzir, pela
te na Terra; misericórdia de Deus, pelo poder
22 Para que o meu eterno a con- de Deus, o a Livro de Mórmon.
vênio seja estabelecido; 30 E também para que aqueles
23 Para que a plenitude do meu a quem foram dados estes man-
a 
evangelho seja b proclamada pelos damentos tivessem a poder para
c 
fracos e pelos simples aos confins estabelecer o alicerce desta b igreja
da Terra e perante reis e gover- e tirá-la da obscuridade e das c tre-
nantes. vas, a única d igreja verdadeira e
24 Eis que eu sou Deus e disse-o; viva na face de toda a Terra, com
estes a mandamentos são meus e a qual eu, o Senhor, me e deleito,
foram dados a meus servos em sua falando à igreja coletiva e não in-
fraqueza, conforme a sua manei- dividualmente —
ra de b falar, para que alcançassem 31 Pois eu, o Senhor, não posso
c 
entendimento. encarar o a pecado com o mínimo
25 E se errassem, isso fosse re- grau de tolerância;
velado; 32 Entretanto, aquele que se ar-
26 E se buscassem a sabedoria, repender e cumprir os manda-
fossem instruídos; mentos do Senhor será a perdoado;
27 E se pecassem, fossem a re- 33 E aquele que a não se arre-
preendidos, para que se b arrepen- pender, dele será b tirada até a luz
dessem; que recebeu, pois o meu c Espíri-
28 E se fossem a humildes, fossem to não d contenderá para sempre
19 b 2 Né. 28:31. 26 a Tg. 1:5; c GEE Trevas Espirituais.
GEE Confiança, Confiar. D&C 42:68. d Ef. 4:5, 11–14.
20 a GEE Testificar. GEE Sabedoria. GEE Igreja Verdadeira,
22 a D&C 39:11. 27 a GEE Castigar, Castigo, Sinais da.
GEE Convênio; Corrigir, Repreender. e D&C 38:10.
Novo e Eterno b GEE Arrepender-se, 31 a Al. 45:16; D&C 24:2.
Convênio. Arrependimento. GEE Pecado.
23 a GEE Evangelho. 28 a GEE Humildade, 32 a D&C 58:42–43.
b GEE Obra Missionária. Humilde, Humilhar. GEE Perdoar.
c 1 Cor. 1:26–29. b GEE Conhecimento. 33 a Mos. 26:32.
24 a 2 Né. 33:10–11; 29 a GEE Livro de Mórmon. b Al. 24:30;
Morô. 10:27–28. 30 a D&C 1:4–5, 17–18. D&C 60:2–3.
b 2 Né. 31:3; b GEE Igreja de Jesus c GEE Espírito Santo.
Ét. 12:39. Cristo dos Santos dos d Gên. 6:3;
c D&C 50:12. Últimos Dias, A; 2 Né. 26:11;
GEE Compreensão, Restauração do Mórm. 5:16;
Entendimento. Evangelho. Ét. 2:15; Morô. 9:4.
Doutrina e Convênios 1:34–39 4
com o homem, diz o Senhor dos 37 Examinai estes mandamen-
a 

Exércitos. tos, porque são verdadeiros e fiéis;


34 E também em verdade vos e as profecias e as b promessas ne-
digo, ó habitantes da Terra: Eu, o les contidas serão todas cumpri-
Senhor, estou disposto a tornar co- das.
nhecidas estas coisas a a toda carne; 38 O que eu, o Senhor, disse está
35 Porque não faço a acepção de dito e não me desculpo; e ainda
pessoas e desejo que todos os ho- que passem os céus e a Terra, mi-
mens saibam que o b dia rapida- nha a palavra não passará, mas será
mente se aproxima; ainda não é toda b cumprida, seja pela minha
chegada a hora, mas está perto, própria c voz ou pela voz de meus
em que a c paz será tirada da Ter- d 
servos, é o e mesmo.
ra e o d diabo terá poder sobre seu 39 Pois eis que o Senhor é Deus
próprio domínio. e o a Espírito testifica; e o teste-
36 E também o Senhor terá poder munho é verdadeiro e a b verdade
sobre seus a santos e b reinará em permanece para todo o sempre.
seu c meio e descerá para d julgar Amém.
e 
Idumeia, ou seja, o mundo.

SEÇÃO 2
Extrato da história de Joseph Smith, contendo as palavras do anjo
Morôni a Joseph Smith, o Profeta, quando este se achava na casa de
seu pai em Manchester, Nova York, na noite de 21 de setembro de
1823. Morôni foi o último de uma longa série de historiadores que
escreveram o registro hoje conhecido no mundo como o Livro de
Mórmon. (Comparar com Malaquias 4:5–6; também seções 27:9;
110:13–16 e 128:18.)
34 a Mt. 28:19; b GEE Jesus Cristo — b D&C 101:64.
D&C 1:2; 42:58. Reinado de Cristo no c Deut. 18:18;
35 a Deut. 10:17; milênio. D&C 18:33–38; 21:5.
At. 10:34; c Zac. 2:10–11; GEE Revelação;
Morô. 8:12; D&C 29:11; 84:118–119. Voz.
D&C 38:16. d GEE Julgar. d GEE Profeta.
b GEE Últimos Dias. e GEE Mundo. e GEE Apoio aos Líderes
c D&C 87:1–2. 37 a GEE Escrituras. da Igreja;
GEE Paz; b D&C 58:31; 62:6; 82:10. Autoridade.
Sinais dos Tempos. 38 a 2 Re. 10:10; 39 a 1 Jo. 5:6;
d GEE Diabo. Mt. 5:18; 24:35; D&C 20:27; 42:17.
36 a GEE Santo 2 Né. 9:16; b GEE Verdade.
(substantivo). JS—M 1:35.
5 Doutrina e Convênios 2:1–3:4
1, Elias, o profeta, revelará o sacerdó- 2 E a ele plantará no coração dos
cio; 2–3, Plantam-se as promessas dos filhos as b promessas feitas aos
pais no coração dos filhos. pais, e o coração dos filhos vol-
tar-se-á para seus pais.
Eis que vos revelarei o Sacerdócio 3 Se assim não fosse, toda a Terra
pela mão de a Elias, o profeta, antes seria completamente devastada na
da vinda do b grande e terrível dia sua vinda.
do Senhor.

SEÇÃO 3
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvânia,
em julho de 1828, referente à perda de 116 páginas do manuscrito
traduzido da primeira parte do Livro de Mórmon, chamada Livro de
Leí. O Profeta havia permitido, com relutância, que essas páginas
passassem de sua custódia à de Martin Harris, que servira por pouco
tempo como escrevente na tradução do Livro de Mórmon. A revelação
foi dada por meio do Urim e Tumim. (Ver seção 10.)
1–4, O caminho do Senhor é um cír- portanto, as suas veredas são re-
culo eterno; 5–15, Joseph Smith pre- tas e o seu b caminho é um círculo
cisa arrepender-se ou perderá o dom eterno.
de traduzir; 16–20, O Livro de Mór- 3 Lembra-te, lembra-te de que
mon é trazido à luz para salvar a se- não é a a obra de Deus que se frus-
mente de Leí. tra, mas a obra dos homens;
4 Pois embora um homem tenha
As a obras e os desígnios e os pro- muitas revelações e tenha poder
pósitos de Deus não podem ser para realizar muitas obras gran-
frustrados nem podem se dissipar. diosas, contudo, se ele se a van-
2 Porque a Deus não anda por gloriar da própria força e ignorar
veredas tortuosas, nem se volta os b conselhos de Deus e seguir
para a direita ou para a esquerda, os ditames da própria vontade e
nem se desvia daquilo que disse; de seus desejos c carnais, cairá e
2 1 a Mal. 4:5–6; Mortos; D&C 10:43.
3 Né. 25:5–6; Selamento, Selar. 4 a D&C 84:73.
D&C 110:13–15; 128:17; 3 1 a Salm. 8:3–9; GEE Orgulho.
JS—H 1:38–39. D&C 10:43. b Jacó 4:10;
GEE Chaves do 2 a Al. 7:20. Al. 37:37.
Sacerdócio; GEE Trindade. GEE Aconselhar,
Elias, o Profeta. b 1 Né. 10:18–19; Conselho;
b D&C 34:6–9; 43:17–26. D&C 35:1. Mandamentos de
2 a D&C 27:9; 98:16–17. 3 a At. 5:38–39; Deus.
b GEE Salvação para os Mórm. 8:22; c GEE Carnal.
Doutrina e Convênios 3:5–18 6
trará sobre si a vingança de um
d 
11 A não ser que faças isso, serás
Deus justo. abandonado e tornar-te-ás como
5 Eis que essas coisas te foram os outros homens e não mais te-
confiadas, mas quão rigorosos fo- rás o dom.
ram os mandamentos que recebes- 12 E quando entregaste aquilo
te; e lembra-te também das pro- que Deus te deu visão e poder
messas que te foram feitas, caso para a traduzir, entregaste o que
não os transgredisses. era sagrado nas mãos de um b ho-
6 E eis que mui frequentemente mem iníquo,
a 
transgrediste os mandamentos e 13 Que ignorou os conselhos de
as leis de Deus e seguiste as b per- Deus e quebrou as mais sagradas
suasões dos homens! promessas feitas perante Deus; e
7 Pois eis que não devias ter a te- confiou no próprio discernimen-
mido mais aos homens do que a to e a vangloriou-se da própria sa-
Deus. Embora os homens ignorem bedoria.
os conselhos de Deus e b despre- 14 E essa é a razão pela qual per-
zem suas palavras — deste os teus privilégios por certo
8 Ainda assim, tu deverias ter tempo —
sido fiel e ele teria estendido o 15 Porque permitiste que o con-
braço, amparando-te contra todos selho de teu a orientador fosse pi-
os a dardos inflamados do b adver- sado desde o princípio.
sário; e teria permanecido con- 16  Apesar disso, minha obra
tigo em todos os momentos de avançará, pois como o conheci-
c 
angústia. mento sobre um a Salvador veio
9 Eis que tu és Joseph e foste es- ao mundo pelo b testemunho dos
colhido para fazer a obra do Se- judeus, da mesma forma o c co-
nhor, mas por causa de transgres- nhecimento sobre um Salvador
são, se não ficares atento, cairás. chegará ao meu povo —
10 Lembra-te, porém, de que 17 E aos a nefitas e aos jacobitas
Deus é misericordioso; portanto, e aos josefitas e aos zoramitas,
arrepende-te do que fizeste con- pelo testemunho de seus ante-
trário ao mandamento que te dei passados —
e és ainda escolhido; e és chamado 18 E esse a testemunho chegará
à obra outra vez; ao conhecimento dos b lamanitas
4 d GEE Vingança. b Lev. 26:42–43; 13 a GEE Orgulho.
6 a D&C 5:21; 1 Né. 19:7; 15 a IE o Senhor.
JS—H 1:28–29. Jacó 4:8–10. 16 a GEE Salvador.
b D&C 45:29; 46:7. 8 a Ef. 6:16; b 1 Né. 13:23–25;
7 a Salm. 27:1; 1 Né. 15:24; 2 Né. 29:4–6.
Lc. 9:26; D&C 27:17. c Mos. 3:20.
D&C 122:9. b GEE Diabo. 17 a 2 Né. 5:8–9.
GEE Coragem, c Al. 38:5. 18 a GEE Livro de Mórmon.
Corajoso; 12 a D&C 1:29; 5:4. b 2 Né. 5:14;
Temor. b D&C 10:6–8. En. 1:13–18.
7 Doutrina e Convênios 3:19– 4:5
e dos lemuelitas e dos ismaeli- cumprissem as c promessas do Se-
tas, que c degeneraram na incre- nhor a seu povo;
dulidade devido à iniquidade 20 E para que os a lamanitas ti-
de seus antepassados, a quem o vessem conhecimento de seus
Senhor permitiu que d destruís- antepassados e conhecessem as
sem seus irmãos, os nefitas, por promessas do Senhor e b cressem
causa de suas iniquidades e abo- no evangelho e c confiassem nos
minações. méritos de Jesus Cristo e fossem
19 E para este a fim específico as d 
glorificados pela fé em seu nome;
b 
placas que contêm esses registros e para que, pelo seu arrependi-
foram preservadas — para que se mento, fossem salvos. Amém.

SEÇÃO 4
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu pai,
Joseph Smith Sênior, em Harmony, Pensilvânia, em fevereiro de 1829.
1–4, O serviço devotado salva os mi- apresenteis d sem culpa perante
nistros do Senhor; 5–6, Qualificam-se Deus no último dia.
para o ministério por meio de atributos 3 Portanto, se tendes desejo de
divinos; 7, É preciso buscar as coisas servir a Deus, sois a chamados ao
de Deus. trabalho;
4 Porque eis que o a campo já
Agora eis que uma a obra mara- está branco para a b ceifa; e eis que
vilhosa está para iniciar-se entre aquele que lança a sua foice com
os filhos dos homens. vigor faz c reserva, de modo que
2 Portanto, ó vós que embarcais não perece, mas traz salvação a
no a serviço de Deus, vede que o sua alma;
b 
sirvais de todo o c coração, po- 5 E a fé, b esperança, c caridade
der, mente e força, para que vos e d amor, com os e olhos fitos na
18 c 2 Né. 26:15–16. D&C 6:1; 18:44. GEE Chamado,
d Mórm. 8:2–3. GEE Restauração do Chamado por Deus,
19 a 1 Né. 9:3, 5. Evangelho. Chamar.
b GEE Placas de Ouro. 2 a GEE Serviço. 4 a Jo. 4:35;
c 3 Né. 5:14–15; b Jos. 22:5; Al. 26:3–5;
D&C 10:46–50. 1 Sam. 7:3; D&C 11:3; 33:3, 7.
20 a 2 Né. 30:3–6; D&C 20:19; 76:5. b GEE Ceifa, Colheita.
D&C 28:8; 49:24. c GEE Coração; c 1 Tim. 6:19.
b Mórm. 3:19–21. Mente. 5 a GEE Fé.
c 2 Né. 31:19; d 1 Cor. 1:8; b GEE Esperança.
Morô. 6:4. Jacó 1:19; c GEE Caridade.
d Morô. 7:26, 38. 3 Né. 27:20. d GEE Amor.
4 1 a Isa. 29:14; 3 a D&C 11:4, 15; 36:5; e Salm. 141:8; Mt. 6:22;
1 Né. 14:7; 22:8; 63:57. Mórm. 8:15.
Doutrina e Convênios 4:6–5:7 8
glória de Deus, qualificam-no
f 
fraternal, da piedade, da caridade,
para o trabalho. da c humildade, da d diligência.
6 Lembrai-vos da fé, da a virtu- 7  a Pedi e recebereis; batei e ser-
de, do conhecimento, da tempe- vos-á aberto. Amém.
rança, da b paciência, da bondade

SEÇÃO 5
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Har-
mony, Pensilvânia, em março de 1829, por solicitação de Martin
Harris.
1–10, Esta geração receberá a palavra 3 E fiz com que estabelecesses
do Senhor por intermédio de Joseph um convênio comigo de que não
Smith; 11–18, Três testemunhas tes- as mostrarias a não ser às a pessoas
tificarão sobre o Livro de Mórmon; a quem eu te ordenasse; e não tens
19–20, A palavra do Senhor será con- b 
poder sobre elas, a não ser que eu
firmada, como nos tempos antigos; to conceda.
21–35, Martin Harris poderá arre- 4 E tens um dom para traduzir
pender-se e ser uma das testemunhas. as placas; e este é o primeiro dom
que te conferi; e ordenei-te que
Eis que te digo que como o meu não afirmasses ter qualquer outro
servo a Martin Harris desejou rece- dom, até que meu propósito fos-
ber de minhas mãos um testemu- se cumprido nisso; porque não te
nho de que tu, meu servo Joseph concederei outro dom até que isto
Smith Júnior, possuis as b placas so- esteja terminado.
bre as quais testemunhaste e que 5 Em verdade eu te digo que aos
afirmaste teres recebido de mim; habitantes da Terra sobrevirão
2 E agora, eis que isto lhe dirás: desgraças, se a não derem ouvidos
Aquele que te falou, disse: Eu, o às minhas palavras;
Senhor, sou Deus e dei estas coi- 6 Pois futuramente serás a orde-
sas a ti, meu servo Joseph Smith nado e sairás levando minhas b pa-
Júnior, e ordenei-te que fosses a tes- lavras aos filhos dos homens.
temunha destas coisas; 7  Eis que, se não quiserem
5 f GEE Glória. JS—H 1:61. páginas introdutórias
6 a GEE Virtude. b GEE Placas de Ouro. do Livro de Mórmon.
b GEE Paciência. 2 a GEE Testemunha. b 2 Né. 3:11.
c GEE Humildade, 3 a 2 Né. 27:13. Ver 5 a Jer. 26:4–5; Al. 5:37–38;
Humilde, Humilhar. também “ D&C 1:14.
d GEE Diligência. Depoimento de Três 6 a D&C 20:2–3.
7 a Mt. 7:7–8; 2 Né. 32:4. Testemunhas” e GEE Ordenação,
GEE Oração. “Depoimento de Oito Ordenar.
5 1 a D&C 5:23–24; Testemunhas” nas b 2 Né. 29:7.
9 Doutrina e Convênios 5:8–20
a 
acreditar em minhas palavras, neste momento em que minha
não crerão em ti, meu servo Jo- b 
igreja começa a surgir e a sair do
seph, ainda que te fosse possível deserto — brilhante como a c lua e
mostrar-lhes todas essas coisas formosa como o sol e terrível como
que te confiei. um exército com estandartes.
8 Oh! esta geração a incrédula e 15 E enviarei o depoimento de
b 
obstinada — minha ira está acesa três a testemunhas de minha pa-
contra ela. lavra.
9 Eis que em verdade eu te digo: 16 E eis que a visitarei com a b ma-
a 
Reservei as coisas que te confiei, nifestação de meu c Espírito aque-
meu servo Joseph, para um sábio les que d crerem em minhas pala-
propósito meu, que será revelado vras e eles de mim e nascerão, sim,
às gerações futuras; da água e do Espírito —
10 Esta geração, porém, receberá 17 E tu deves esperar ainda um
minha palavra por teu intermédio; pouco mais, porque ainda não
11 E ao teu testemunho serão foste a ordenado —
acrescentados os a testemunhos de 18 E o testemunho delas também
três de meus servos, que chamarei irá a condenar esta geração, se con-
e ordenarei, a quem mostrarei es- tra elas endurecer o coração;
sas coisas; e serão enviados com 19 Porque haverá um a flagelo
minhas palavras, dadas por teu assolador entre os habitantes da
intermédio. Terra e continuará a derramar-se
12 Sim, saberão com certeza que de tempos em tempos, se eles não
essas coisas são verdadeiras, por- se b arrependerem, até que a Ter-
que dos céus lhas declararei. ra fique c vazia e seus habitantes
13 Dar-lhes-ei poder para ve- sejam consumidos e totalmente
rem e considerarem essas coisas destruídos pelo resplendor da mi-
como são; nha d vinda.
14 E a a ninguém mais desta ge- 20 Eis que te digo estas coisas,
ração concederei este poder para assim como também a falei ao povo
receber esse mesmo testemunho acerca da destruição de Jerusalém;
7 a Lc. 16:27–31; 15 a D&C 17. D&C 20:13–15.
D&C 63:7–12. GEE Testemunhas do 19 a D&C 29:8; 35:11;
8 a GEE Incredulidade. Livro de Mórmon. 43:17–27.
b Mórm. 8:33. 16 a Ét. 4:11. GEE Sinais dos
GEE Orgulho. b 1 Né. 2:16. Tempos;
9 a Al. 37:18. c D&C 8:1–3. Últimos Dias.
11 a 2 Né. 27:12; d GEE Espírito Santo. b GEE Arrepender-se,
Ét. 5:3–4; e GEE Batismo, Batizar; Arrependimento.
D&C 17:1–5. Dom do Espírito c Isa. 24:1, 5–6.
14 a 2 Né. 27:13. Santo; d Isa. 66:15–16;
b GEE Igreja de Jesus Nascer de Deus, D&C 133:41.
Cristo; Nascer de Novo. GEE Segunda Vinda de
Restauração do 17 a GEE Autoridade; Jesus Cristo.
Evangelho. Ordenação, Ordenar. 20 a 1 Né. 1:18;
c D&C 105:31; 109:73. 18 a 1 Né. 14:7; 2 Né. 25:9.
Doutrina e Convênios 5:21–34 10
e minha palavra será confirmada
b 
27 Mas se negar isso, quebrará
agora, como tem sido confirmada o convênio que fez anteriormente
até aqui. comigo e eis que será condenado.
21 E agora te ordeno, meu servo 28 E agora, a não ser que se hu-
Joseph, que te arrependas e andes milhe e reconheça perante mim os
mais retamente diante de mim; e seus erros e faça convênio comigo
que não cedas mais às persuasões de que guardará meus manda-
dos homens; mentos e exerça fé em mim, eis
22 E que sejas firme na a obediên- que lhe digo que não verá essas
cia aos mandamentos que te dei; coisas, porque não lhe permitirei
e se fizeres isto, eis que te conce- ver as coisas de que falei.
do vida eterna, mesmo que sejas 29 E se for esse o caso, eu te or-
b 
morto. deno, meu servo Joseph, que lhe
23 E agora também te falo, meu digas que nada mais faça nem me
servo Joseph, com respeito ao a ho- importune mais a respeito deste
mem que deseja o testemunho — assunto.
24 Eis que lhe digo que ele se 30 E se for esse o caso, eis que
exalta a si mesmo e não se humi- te digo, Joseph: Quando tiveres
lha suficientemente perante mim; traduzido mais algumas páginas,
mas se prostrar-se perante mim e para por uns tempos, até que eu te
humilhar-se em fervorosa oração ordene novamente; então poderás
e fé, com o coração sincero, então voltar a traduzir.
permitirei que a veja as coisas que 31 E a não ser que faças isso, eis
deseja ver. que não terás mais dom e tomarei
25 E então ele dirá ao povo desta as coisas que te confiei.
geração: Eis que vi as coisas que 32 E agora, porque antevejo em-
o Senhor mostrou a Joseph Smith boscadas para te destruírem, sim,
Júnior e a sei, sem dúvida, que são antevejo que se meu servo Martin
verdadeiras, porque as vi; pois fo- Harris não se humilhar e não re-
ram-me mostradas pelo poder de ceber de minha mão um testemu-
Deus e não dos homens. nho, cairá em transgressão;
26 E eu, o Senhor, ordeno a meu 33 E há muitos que estão à es-
servo Martin Harris que não lhes preita para a eliminar-te da face
diga nada mais a respeito destas da Terra; e por isso, para que teus
coisas, exceto: Vi-as e foram-me dias se prolonguem, dei-te estes
mostradas pelo poder de Deus; e mandamentos.
estas são as palavras que deverá 34 Sim, por essa razão eu disse:
dizer. Para e espera até que eu te ordene;
20 b D&C 1:38. D&C 6:30; 135. introdutórias do Livro
22 a GEE Obedecer, 23 a D&C 5:1. de Mórmon.
Obediência, 24 a Ver “Depoimento de 25 a Ét. 5:3.
Obediente. Três Testemunhas” 33 a D&C 10:6; 38:13, 28.
b Al. 60:13; nas páginas
11 Doutrina e Convênios 5:35–6:8
e a providenciarei meios para rea- de meus mandamentos, serás b ele-
lizares as coisas que te ordenei. vado no último dia. Amém.
35 E se fores a fiel na observância

SEÇÃO 6
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery em Har-
mony, Pensilvânia, em abril de 1829. Oliver Cowdery iniciou seus
trabalhos como escrevente na tradução do Livro de Mórmon em 7 de
abril de 1829. Ele já havia recebido uma manifestação divina, atestan-
do a veracidade do testemunho de Joseph com respeito às placas nas
quais estava gravada a história do Livro de Mórmon. Joseph inquiriu
o Senhor por intermédio do Urim e Tumim e recebeu esta resposta.
1–6, Os que trabalham no campo do para a ceifa; portanto, quem dese-
Senhor alcançam a salvação; 7–13, ja ceifar que lance a sua foice com
Não há dom maior que o dom da salva- vigor e ceife enquanto durar o dia,
ção; 14–27, O testemunho da verdade a fim de entesourar para sua alma
é dado pelo poder do Espírito; 28–37, salvação eterna no reino de Deus.
Confiai em Cristo e fazei o bem con- 4 Sim, aquele que a lança sua foice
tinuamente. e ceifa é chamado por Deus.
5 Portanto, se me a pedires, rece-
Uma grande e a maravilhosa obra berás; se bateres, ser-te-á aberto.
está para iniciar-se entre os filhos 6 Agora, como me pediste, eis
dos homens. que te digo: Guarda meus man-
2 Eis que eu sou Deus; atenta damentos e a procura trazer à luz
para a minha a palavra, que é viva e estabelecer a causa de b Sião;
e poderosa, mais b penetrante que 7 Não a busque b riquezas, mas
uma espada de dois gumes, que c 
sabedoria, e eis que os d mistérios
penetra até dividir as juntas e me- de Deus te serão revelados e então
dulas; portanto, atenta para as mi- serás enriquecido. Eis que é rico
nhas palavras. aquele que tem a e vida eterna.
3 Eis que o a campo já está branco 8 Em verdade, em verdade te
34 a 1 Né. 3:7. Apoc. 1:16; 7 a Al. 39:14;
35 a Êx. 15:26; D&C 27:1. D&C 68:31.
D&C 11:20. b Hel. 3:29; D&C 33:1. b 1 Re. 3:10–13;
b Jo. 6:39–40; 3 a Jo. 4:35; Mt. 19:23;
1 Tess. 4:17; D&C 31:4; 33:3; 101:64. Jacó 2:18–19.
3 Né. 15:1; 4 a Apoc. 14:15–19; GEE Mundanismo;
D&C 9:14; 17:8; Al. 26:5; Riquezas.
75:16, 22. D&C 11:3–4, 27. c GEE Sabedoria.
6 1 a Isa. 29:14; 5 a Mt. 7:7–8. d D&C 42:61, 65.
D&C 4; 18:44. 6 a 1 Né. 13:37. GEE Mistérios de Deus.
2 a Heb. 4:12; b GEE Sião. e D&C 14:7.
Doutrina e Convênios 6:9–20 12
digo: Aquilo que desejares de mim 14 Em verdade, em verdade te
ser-te-á concedido; e se o dese- digo: Bem-aventurado és pelo que
jares, serás o instrumento para fizeste; porque me a procuraste e
que se faça muito de bom nesta eis que, tantas vezes quantas in-
geração. quiriste, recebeste instruções de
9 Não pregues coisa alguma a meu Espírito. Se assim não fora,
esta geração, a não ser a arrependi- não terias chegado ao lugar onde
mento; guarda meus mandamen- agora estás.
tos e ajuda a trazer à luz minha 15 Eis que tu sabes que me inqui-
obra, de acordo com meus manda- riste e que te iluminei a a mente; e
mentos; e serás abençoado. agora te digo estas coisas para que
10 Eis que tens um dom e aben- saibas que foste iluminado pelo
çoado és por causa de teu dom. Espírito da verdade;
Lembra-te de que ele é a sagrado 16 Sim, digo-te para que saibas
e que vem do alto — que ninguém há, a não ser Deus,
11 E se a perguntares, conhece- que a conheça teus pensamentos e
rás b mistérios que são grandes e os intentos de teu b coração.
maravilhosos; portanto, exerce- 17 Digo-te estas coisas como um
rás teu c dom para que desvendes testemunho a ti de que as pala-
mistérios, para que leves muitos a vras, ou seja, a obra que estás es-
conhecerem a verdade, sim, para crevendo é a verdadeira.
d 
convencê-los do erro de seus ca- 18 Portanto, sê a diligente; b apoia
minhos. fielmente meu servo Joseph em qual-
12 Não dês a conhecer teu dom, quer circunstância difícil em que se
a não ser àqueles que são de tua encontrar por causa da palavra.
fé. Não trates com leviandade as 19 Admoesta-o a respeito de suas
a 
coisas sagradas. faltas e aceita suas admoestações.
13 Se fizeres o bem, sim, e te Sê paciente; sê sóbrio; sê tempe-
a 
conservares b fiel até o c fim, serás rante; tem paciência, fé, esperança
salvo no reino de Deus, o que é o e caridade.
maior de todos os dons de Deus; 20 Eis que tu és Oliver e falei con-
porque não há dom maior que o tigo por causa de teus desejos; por-
da d salvação. tanto, a entesoura estas palavras
9 a Al. 29:9; Dons do Espírito. 15 a GEE Mente.
D&C 15:6; 18:14–15; d Tg. 5:20; 16 a 1 Crôn. 28:9; Mt. 12:25;
34:6. Al. 62:45; Heb. 4:12;
GEE Arrepender-se, D&C 18:44. Mos. 24:12;
Arrependimento; 12 a Mt. 7:6. 3 Né. 28:6.
Obra Missionária. 13 a 1 Né. 15:24. GEE Onisciente.
10 a D&C 63:64. b Mos. 2:41; b 1 Re. 8:39.
11 a D&C 102:23; Ét. 4:19; 17 a D&C 18:2.
JS—H 1:18, 26. D&C 51:19; 63:47. 18 a GEE Diligência.
b Mt. 11:25; 13:10–11; c GEE Perseverar. b D&C 124:95–96.
Al. 12:9. d GEE Salvação. 20 a Ét. 3:21;
c GEE Dom; 14 a GEE Oração. D&C 84:85.
13 Doutrina e Convênios 6:21–32
no coração. Sê fiel e diligente na tens bons desejos — um desejo
observância dos mandamentos de de acumular para ti tesouros no
Deus e envolver-te-ei nos braços céu — então auxilia a trazer à luz,
de meu amor. com teu dom, as partes de minhas
21 Eis que eu sou Jesus Cristo, o a 
escrituras que foram escondidas
a 
Filho de Deus. Sou o mesmo que por causa de iniquidade.
vim para os b meus e os meus não 28 E agora eis que te concedo,
me receberam. Eu sou a c luz que e também a meu servo Joseph,
resplandece nas d trevas e as trevas as chaves desse dom, que trará
não a compreendem. à luz esse ministério; e pela boca
22 Em verdade, em verdade eu de duas ou três a testemunhas toda
te digo: Se desejas mais um teste- palavra será estabelecida.
munho, volve tua mente para a 29 Em verdade, em verdade vos
noite em que clamaste a mim em digo: Se rejeitarem minhas pala-
teu coração a fim de a saberes a res- vras e esta parte de meu evange-
peito da veracidade destas coisas. lho e ministério, bem-aventurados
23  Não dei a paz a tua mente sereis, porque não poderão fazer
quanto ao assunto? Que maior a vós mais do que fizeram a mim.
b 
testemunho podes ter que o de 30 E mesmo se vos a fizerem o que
Deus? fizeram a mim, bem-aventurados
24 E agora, eis que recebeste um sereis, pois b habitareis comigo em
testemunho; porque, se eu te dis- c 
glória.
se coisas que homem algum sabe, 31 Mas se não a rejeitarem minhas
não recebeste um testemunho? palavras, as quais serão estabele-
25 E eis que te concedo o dom, cidas pelo b testemunho que será
se de mim o desejas, de a traduzir, dado, bem-aventurados serão e,
sim, como meu servo Joseph. então, tereis regozijo no fruto dos
26 Em verdade, em verdade te vossos labores.
digo que existem a registros que 32 Em verdade, em verdade vos
contêm muito de meu evangelho, digo, como disse a meus discípu-
os quais foram retidos por causa los: Onde dois ou três estiverem
da b iniquidade do povo; a 
reunidos em meu nome, tratando
27  E agora te ordeno que, se de alguma coisa, eis que ali estarei
21 a GEE Jesus Cristo. b 1 Jo. 5:9; 2 Cor. 13:1;
b Jo. 1:10–12; D&C 18:2. 2 Né. 27:12–14;
At. 3:13–17; 25 a Mos. 8:13; D&C 128:3.
3 Né. 9:16; D&C 5:4; 9:1–5, 10. 30 a D&C 5:22; 135.
D&C 45:8. 26 a D&C 8:1; 9:2. GEE Mártir, Martírio.
c Jo. 1:5; GEE Escrituras — b Apoc. 3:21.
D&C 10:58. Profecias a respeito de c GEE Glória.
GEE Luz, Luz de Cristo. escrituras futuras. 31 a 3 Né. 16:10–14;
d GEE Trevas Espirituais. b GEE Iniquidade, D&C 20:8–15.
22 a GEE Discernimento, Iníquo. b GEE Testemunho.
Dom de. 27 a D&C 35:20. 32 a Mt. 18:19–20.
23 a GEE Paz. 28 a Deut. 19:15; GEE Unidade.
Doutrina e Convênios 6:33–7:4 14
no meio deles — assim também
b 
35 Eis que eu não vos condeno;
estou no meio de vós. segui vossos caminhos e a não pe-
33 Não tenhais a receio de prati- queis mais; executai com serieda-
car o bem, meus filhos, pois o que de a obra que vos ordenei.
b 
semeardes, isso colhereis; portan- 36  a Buscai-me em cada pensa-
to, se semeardes o bem, colhereis mento; não duvideis, não temais.
o bem como vossa recompensa. 37  a Vede as feridas que me per-
34 Portanto, não temais, pequeno furaram o lado e também as mar-
rebanho; fazei o bem; deixai que a cas dos b cravos em minhas mãos e
Terra e o inferno se unam contra pés; sede fiéis, guardai meus man-
vós, pois se estiverdes estabeleci- damentos e c herdareis o d reino do
dos sobre minha a rocha, eles não céu. Amém.
poderão prevalecer.

SEÇÃO 7
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery em Har-
mony, Pensilvânia, em abril de 1829, quando por meio do Urim e
Tumim inquiriram se João, o discípulo amado, permanecera na car-
ne ou morrera. A revelação é a versão traduzida do registro feito em
pergaminho por João e escondido por ele mesmo.
1–3, João, o Amado, viverá até que poder sobre a a morte, para que eu
o Senhor venha; 4–8, Pedro, Tiago e viva e traga almas a ti.
João possuem as chaves do evangelho. 3 E o Senhor disse-me: Em ver-
dade, em verdade te digo: Visto
E O Senhor disse-me: a João, meu que o desejaste, a permanecerás
amado, o que b desejas? Pois se pe- até que eu venha em minha b gló-
dires o que desejas, ser-te-á con- ria e c profetizarás perante nações,
cedido. tribos, línguas e povos.
2 E eu disse-lhe: Senhor, dá-me 4 E por esse motivo o Senhor
32 b D&C 29:5; 38:7. Mois. 7:53. 7 1 a GEE João, Filho de
33 a GEE Coragem, GEE Rocha. Zebedeu.
Corajoso. 35 a Jo. 8:3–11. b 3 Né. 28:1–10.
b Gál. 6:7–8; 36 a Isa. 45:22; 2 a Lc. 9:27.
Mos. 7:30–31; D&C 43:34. GEE Morte Física.
Al. 9:28; 37 a GEE Jesus Cristo — 3 a Jo. 21:20–23.
D&C 1:10. Aparições de Cristo GEE Seres
34 a Salm. 71:3; após sua morte. Transladados.
Mt. 7:24–25; b GEE Crucificação. b GEE Glória;
1 Cor. 10:1–4; c Mt. 5:3, 10; Segunda Vinda de
Hel. 5:12; 3 Né. 12:3, 10. Jesus Cristo.
D&C 10:69; 18:4, 17; d GEE Reino de Deus ou c Apoc. 10:11
33:13; Reino dos Céus.
15 Doutrina e Convênios 7:5–8:3
disse a Pedro: Se eu quero que ele fogo flamejante e um anjo a minis-
fique até que eu venha, que te im- trador; ele ministrará em favor da-
porta a ti? Pois ele pediu-me que queles que serão os b herdeiros da
pudesse trazer almas a mim, mas salvação e habitam a c Terra.
tu me pediste para ir rapidamente 7 E farei com que ministres junto
ter comigo em meu a reino. a ele e a teu irmão Tiago; e a vós
5 Digo-te, Pedro, que esse foi um três darei este poder e as a chaves
bom desejo; mas o meu amado de- deste ministério até que eu venha.
sejou fazer mais, ou seja, uma obra 8 Em verdade vos digo que am-
ainda maior entre os homens do bos recebereis conforme vossos
que aquilo que fez antes. desejos, pois ambos vos a regozijais
6 Sim, ele se propôs a uma obra naquilo que desejastes.
maior; portanto, torná-lo-ei como

SEÇÃO 8
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery em Harmony, Pensilvânia, em abril de 1829. Durante a
tradução do Livro de Mórmon, Oliver, que continuava como escre-
vente quando o profeta ditava, desejou receber o dom da tradução. O
Senhor deu esta revelação em resposta a sua súplica.
1–5, As revelações são dadas pelo po- honesto, crendo que receberás co-
der do Espírito Santo; 6–12, O co- nhecimento concernente a grava-
nhecimento dos mistérios de Deus e o ções de velhos d registros que são
poder para traduzir registros antigos antigos, os quais contêm aquelas
vêm-nos pela fé. partes de minhas escrituras das
quais se falou pela e manifestação
a 
Oliver Cowdery, em verdade de meu Espírito.
em verdade eu te digo que, tão 2 Sim, eis que eu te a falarei em
certamente quanto vive o Senhor, tua mente e em teu b coração, pelo
que é teu Deus e teu Redentor, c 
Espírito Santo que virá sobre ti e
tão certamente receberás b conhe- que habitará em teu coração.
cimento de todas as coisas que 3 Ora, eis que este é o espírito de
c 
pedires com fé, com um coração revelação; eis que este é o espírito
. 4 a GEE Reino de Deus ou JS—H 1:72. d D&C 6:26–27; 9:2.
Reino dos Céus. GEE Chaves do e D&C 5:16.
6 a D&C 130:5. Sacerdócio. 2 a D&C 9:7–9.
b D&C 76:86–88. 8 a GEE Alegria. GEE Revelação.
c Jo. 10:8–11; 8 1 a JS—H 1:66. b GEE Coração.
D&C 77:14. GEE Cowdery, Oliver. c GEE Espírito Santo.
7 a Mt. 16:19; b GEE Conhecimento.
At. 15:7; c GEE Oração.
Doutrina e Convênios 8:4–9:2 16
pelo qual Moisés conduziu os fi- tuas mãos e farás obras maravi-
lhos de Israel através do a Mar Ver- lhosas; e nenhum poder será capaz
melho, em terra seca. de tirá-lo de tuas mãos, porque é
4 Portanto, este é teu dom; usa-o a obra de Deus.
e serás abençoado, porque te livra- 9 E, portanto, qualquer coisa que
rá das mãos de teus inimigos, ao pedires que eu te diga por esse
passo que, se assim não fosse, eles meio conceder-te-ei e receberás
te matariam e levariam tua alma conhecimento a respeito dela.
à destruição. 10  Lembra-te de que sem a fé
5 Oh! Lembra-te destas a pala- nada podes fazer; portanto, pede
vras e guarda meus mandamen- com fé. Não trates essas coisas
tos. Lembra-te, este é teu dom. levianamente; não b peças o que
6 Agora, este não é teu único não deves.
dom; porque tens outro dom, que 11 Pede que te seja concedido
é o dom de Aarão; eis que esse conhecer os mistérios de Deus
dom tem manifestado muitas coi- e que possas a traduzir e receber
sas a ti; conhecimento de todos os regis-
7 Eis que nenhum outro poder tros antigos que foram ocultos e
existe, a não ser o poder de Deus, que são sagrados; e ser-te-á feito
que faça com que esse dom de Aa- segundo a tua fé.
rão esteja contigo. 12 Eis que fui eu quem o disse; e
8 Portanto, não duvides, porque eu sou o mesmo que te falou desde
é o dom de Deus; e tê-lo-ás em o princípio. Amém.

SEÇÃO 9
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery em Harmony, Pensilvânia, em abril de 1829. Oliver é ad-
moestado a ser paciente e a contentar-se, naquela época, em escrever
as palavras ditadas pelo tradutor, em vez de tentar traduzir.
1–6, Outros registros antigos ainda es- me havias pedido e começado ou-
tão para ser traduzidos; 7–14, O Livro tra vez a b escrever para meu servo
de Mórmon é traduzido por estudo e Joseph Smith Júnior desejo que
por confirmação espiritual. assim continues até que tenhas
terminado este registro que con-
Eis que eu te digo, meu filho, que fiei a ele.
por não teres a traduzido conforme 2 E então, eis que te concederei
3 a Êx. 14:13–22; GEE Mar Vermelho. 11 a D&C 9:1, 10.
Deut. 11:4; 5 a Deut. 11:18–19. 9 1 a D&C 8:1, 11.
1 Né. 4:2; 10 a GEE Fé. b JS—H 1:67.
Mos. 7:19. b D&C 88:63–65.
17 Doutrina e Convênios 9:3–14
poder para ajudares a traduzir 9 Mas se não estiver certo, não
a 
outros b registros que tenho. terás tais sentimentos; terás, po-
3 Sê paciente, meu filho, porque rém, um a estupor de pensamento
isto é segundo minha sabedoria e que te fará esquecer o que estiver
não convém que traduzas neste errado; portanto, não podes escre-
momento. ver aquilo que é sagrado a não ser
4 Eis que o trabalho para o qual que te seja concedido por mim.
és chamado é escrever para meu 10 Ora, se tivesses sabido disto,
servo Joseph. poderias ter a traduzido; contudo,
5 E eis que foi por não teres conti- não convém que traduzas agora.
nuado como no princípio, quando 11 Eis que era conveniente quan-
começaste a traduzir, que tirei esse do começaste, mas a temeste e a
privilégio de ti. hora passou; e agora não convém.
6 Não a murmures, meu filho, 12 Pois não vês que, para com-
porque foi segundo minha sabedo- pensar, dei força suficiente a meu
ria que agi contigo dessa maneira. servo a Joseph? E a nenhum de vós
7 Eis que não compreendeste; condenei.
supuseste que eu o concederia a 13  Faze isto que te ordenei e
ti, quando nada fizeste a não ser prosperarás. Sê fiel e não cedas a
pedir-me. a 
tentação alguma.
8 Mas eis que eu te digo que de- 14 Permanece firme no a trabalho
ves a estudá-lo bem em tua men- para o qual te b chamei e nem um
te; depois me deves b perguntar se fio de cabelo de tua cabeça se per-
está certo e, se estiver certo, farei derá; e serás c elevado no último
c 
arder dentro de ti o teu d peito; dia. Amém.
portanto, e sentirás que está certo.

SEÇÃO 10
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvânia,
aproximadamente em abril de 1829, embora algumas partes possam
ter sido recebidas já no verão de 1828. Nela o Senhor informa Joseph
2 a Alusão a outras b D&C 6:26; 8:1. 10 a D&C 8:11.
traduções, incluindo 6 a GEE Murmurar. 11 a GEE Temor.
a Tradução de Joseph 8 a GEE Ponderar. 12 a D&C 18:8.
Smith da Bíblia e o b GEE Oração. 13 a GEE Tentação, Tentar.
Livro de Abraão, em c Lc. 24:32. 14 a 1 Cor. 16:13.
que Oliver Cowdery d GEE Inspiração, b GEE Chamado,
trabalhou como Inspirar; Chamado por Deus,
escriba. Testemunho. Chamar.
GEE Tradução de e D&C 8:2–3. c Al. 13:29;
Joseph Smith (TJS). 9 a D&C 10:2. D&C 17:8.
Doutrina e Convênios 10:1–10 18
sobre alterações feitas por homens iníquos nas 116 páginas do manus-
crito extraídas da tradução do Livro de Leí, no Livro de Mórmon. Es-
sas páginas manuscritas haviam sido perdidas enquanto em poder de
Martin Harris, a quem elas haviam sido temporariamente confiadas.
(Ver cabeçalho da seção 3.) O desígnio iníquo consistia em aguardar a
retradução da matéria contida naquelas páginas roubadas e então mos-
trar as discrepâncias criadas pelas alterações, desacreditando, assim,
o tradutor. Mostra-se no Livro de Mórmon que esse propósito iníquo
havia sido concebido pelo maligno e era conhecido pelo Senhor, até
mesmo enquanto Mórmon, o antigo historiador nefita, fazia o resumo
das placas acumuladas. (Ver Palavras de Mórmon 1:3–7.)
1–26, Satanás incita homens iníquos as tuas b forças e os meios conce-
a oporem-se à obra do Senhor; 27–33, didos para que te seja possível
Ele procura destruir a alma dos ho- traduzir; mas sê c diligente até
mens; 34–52, O evangelho deve chegar o fim.
aos lamanitas e a todas as nações por 5  a Ora sempre, para que saias
meio do Livro de Mórmon; 53–63, O vencedor; sim, para que venças
Senhor estabelecerá Sua Igreja e Seu Satanás e escapes das mãos dos
evangelho entre os homens; 64–70, servos de Satanás, que apoiam o
Ele reunirá em Sua Igreja os que se trabalho dele.
arrependerem e salvará os obedientes. 6 Eis que tentaram a destruir-te;
sim, até o b homem em quem con-
Agora, eis que te digo que por- fiaste procurou destruir-te.
que entregaste esses escritos, que 7 E por isso eu disse que ele é um
recebeste poder para traduzir por homem iníquo, porque procurou
meio do a Urim e Tumim, nas mãos tirar as coisas que te foram confia-
de um b homem iníquo, tu os per- das; e também procurou destruir
deste. teu dom.
2 E ao mesmo tempo perdeste 8 E porque entregaste os escritos
também o teu dom, escurecendo- em suas mãos, eis que homens iní-
se a tua a mente. quos os tiraram de ti.
3 Não obstante, agora te é a resti- 9 Portanto, os entregaste, sim,
tuído; portanto, sê fiel e continua, aquilo que era sagrado, à iniqui-
até terminares, o restante do tra- dade.
balho de tradução como iniciaste. 10 E eis que a Satanás os incitou
4 Não corras mais a depressa nem em seus corações a alterarem as
trabalhes mais do que te permitam palavras que fizeste escrever, ou
10 1 a GEE Urim e Tumim. b Êx. 18:13–26. 6 a D&C 5:32–33; 38:13.
b D&C 3:1–15. c Mt. 10:22. b D&C 5:1–2.
2 a GEE Mente. GEE Diligência. 10 a GEE Diabo.
3 a D&C 3:10. 5 a 3 Né. 18:15–21.
4 a Mos. 4:27. GEE Oração.
19 Doutrina e Convênios 10:11–27
seja, que tu traduziste e que saí- e também a obra; e faremos isso
ram de tuas mãos. para que no final não sejamos en-
11 E eis que te digo que, porque vergonhados e para que obtenha-
alteraram as palavras, leem dife- mos a glória do mundo.
rentemente do que traduziste e 20 Em verdade, em verdade eu
fizeste escrever; te digo que Satanás exerce grande
12 E dessa forma o diabo pro- poder sobre seus corações e a inci-
curou armar um plano astuto a ta-os à b iniquidade, contra aquilo
fim de destruir esta obra; que é bom;
13 Pois ele incitou-os em seus 21 E seus corações são a corruptos
corações a fazerem isso para que, e cheios de b iniquidade e abomina-
mentindo, possam dizer que te ções; e c amam as d trevas mais que
a 
apanharam nas palavras que fin- a luz, porque suas e ações são más;
giste traduzir. portanto, não recorrerão a mim.
14 Em verdade eu te digo que 22  a Satanás incita-os a fim de
não permitirei que Satanás rea- b 
conduzir suas almas à destruição.
lize seus desígnios iníquos com 23 E assim fez um plano astuto,
relação a isto. pensando destruir a obra de Deus;
15 Pois eis que os incitou em seus mas eu exigirei isso de suas mãos
corações a te persuadirem a tentar e tornar-se-á em vergonha e con-
o Senhor teu Deus, pedindo para denação para eles no dia do a juízo.
traduzi-las outra vez. 24 Sim, ele incita-lhes os corações
16 E então, eis que dizem e pen- a irarem-se contra esta obra.
sam no coração — Veremos se 25 Sim, diz-lhes: Enganai e ficai
Deus lhe deu poder para traduzir; à espreita para apanhar, a fim de
se assim for, dar-lhe-á novamente; destruir; pois eis que nisso não há
17 E se Deus lhe der poder outra dano. E assim os lisonjeia e diz-
vez ou se ele traduzir de novo, ou lhes que não é pecado a mentir a
seja, se escrever as mesmas pala- fim de apanhar um homem em
vras, eis que nós as temos conosco mentira para destruí-lo.
e as alteramos; 26 E assim os lisonjeia e a conduz,
18 Portanto, não coincidirão; e até arrastar suas almas para o b in-
diremos que mentiu em suas pala- ferno; e assim os faz cair em suas
vras e que ele não tem dom algum próprias c armadilhas.
e que não possui qualquer poder; 27  E assim vai de cima para
19 Portanto, nós o destruiremos baixo e a de cá para lá na Terra,
13 a Jer. 5:26. GEE Trevas Espirituais. Al. 10:17;
20 a 2 Né. 28:20–22. e Jo. 3:18–21; Mois. 4:4.
b GEE Pecado. D&C 29:45. GEE Mentir, Mentiroso.
21 a D&C 112:23–24. 22 a 2 Né. 2:17–18. 26 a GEE Apostasia.
b GEE Iniquidade, b GEE Tentação, Tentar. b GEE Inferno.
Iníquo. 23 a Hel. 8:25; c Prov. 29:5–6;
c Mois. 5:13–18. D&C 121:23–25. 1 Né. 14:3.
d Mos. 15:26. 25 a 2 Né. 2:18; 28:8–9; 27 a Jó 1:7.
Doutrina e Convênios 10:28– 41 20
procurando destruir a alma dos
b 
coisas, não a reveles ao mundo
homens. até que termines o trabalho de
28 Em verdade, em verdade eu te tradução.
digo: Ai daquele que mente para 35 Não te maravilhes de que eu
a 
enganar, porque supõe que outro te tenha dito: Aqui há sabedoria,
minta para enganar, pois esse não não a reveles ao mundo — porque
está isento da b justiça de Deus. eu disse: Não a reveles ao mundo,
29 Ora, eis que eles alteraram es- para que sejas preservado.
tas palavras porque Satanás lhes 36 Eis que não digo que não a
disse: Ele enganou-vos — e assim reveles aos justos;
os lisonjeia e leva-os a praticarem 37 Mas como nem sempre podes
iniquidades, a fim de fazer com julgar os a justos, ou seja, como
que a tentes o Senhor teu Deus. nem sempre podes discernir os
30 Eis que te digo que não de- iníquos dos justos, digo-te: Man-
verás tornar a traduzir aquelas tém b silêncio até que me pareça
palavras que saíram de tuas mãos; conveniente dar a conhecer ao
31 Pois eis que não levarão a efei- mundo todas as coisas concernen-
to seus desígnios iníquos de men- tes ao assunto.
tir sobre aquelas palavras. Pois 38 E agora, em verdade eu te
eis que, se escreveres as mesmas digo que um relato daquelas a coi-
palavras, dirão que mentiste e que sas que escreveste e que saíram de
fingiste traduzir, mas que te con- tuas mãos está gravado nas b pla-
tradisseste. cas de Néfi;
32 E eis que publicarão isso e 39 Sim; e lembra-te de que na-
Satanás endurecerá o coração das queles escritos se mencionava que
pessoas a fim de enfurecê-las con- um relato mais minucioso des-
tra ti, para que não creiam em mi- tas coisas fora feito nas placas
nhas palavras. de Néfi.
33 Assim a Satanás pensa anu- 40 E agora, porque o relato que
lar teu testemunho nesta geração, está gravado nas placas de Néfi é
para que a obra não venha à luz mais minucioso quanto às coisas
nesta geração. que, segundo minha sabedoria, eu
34 Mas eis que aqui há sabedo- levaria ao conhecimento do povo
ria; e porque te revelo a sabedoria e neste relato —
te dou mandamentos sobre o que 41 Traduzirás, portanto, o que
deves fazer com relação a estas está gravado nas a placas de Néfi,
27 b 2 Né. 28:19–23; 34 a GEE Sabedoria. 116 páginas perdidas
D&C 76:28–29. 37 a Mt. 23:28. havia sido traduzido
28 a GEE Enganar, Engano, b Êx. 14:14. de uma parte das
Fraude. 38 a No prefácio da placas chamada
b Rom. 2:3. primeira edição do “Livro de Leí.”
GEE Justiça. Livro de Mórmon, b GEE Placas.
29 a Mt. 4:7. o Profeta explicou 41 a Pal. Mórm. 1:3–7.
33 a GEE Diabo. que o conteúdo das
21 Doutrina e Convênios 10:42–56
até chegares ao reinado do rei Ben- tornado lamanitas por causa de
jamim, ou até a parte que tradu- suas dissensões.
ziste, que está contigo; 49 Ora, isto não é tudo — a fé
42 E eis que o publicarás como expressa em suas orações era que
registro de Néfi; e assim confun- esse evangelho também se torna-
direi os que alteraram minhas pa- ria conhecido caso outras nações
lavras. ocupassem esta terra;
43 Não permitirei que eles des- 50 E assim deixaram uma bênção
truam minha obra; sim, mostrar- sobre esta terra em suas orações,
lhes-ei que minha sabedoria é para que todo aquele que cresse
maior do que a astúcia do diabo. neste evangelho, nesta terra, ti-
44 Eis que eles têm somente uma vesse vida eterna;
parte, ou seja, um resumo do re- 51 Sim, que ele ficasse ao alcan-
lato de Néfi. ce de todos, qualquer que fosse a
45 Eis que há muitas coisas gra- nação, tribo, língua ou povo a que
vadas nas placas de Néfi que lan- pertencessem.
çam maior luz sobre meu evan- 52 E agora eis que, de acordo
gelho; portanto, segundo minha com a fé expressa em suas orações,
sabedoria, deves traduzir essa pri- levarei esta parte de meu evange-
meira parte das gravações de Néfi lho ao conhecimento de meu povo.
e incluí-la nesta obra. Eis que não a levo para destruir
46 E eis que todo o restante des- aquilo que receberam, mas para
te a trabalho contém todas as par- edificá-lo.
tes de meu b evangelho que meus 53 E por isso eu disse: Se os desta
santos profetas, sim, e também geração não endurecerem o cora-
meus discípulos c pediram, em ção, estabelecerei minha igreja
suas orações, que fossem dadas entre eles.
a este povo. 54 Ora, não digo isto para des-
47 E eu disse-lhes que lhes seria truir minha igreja, mas digo isto
a 
concedido de acordo com a b fé para edificar minha igreja.
expressa em suas orações; 55 Portanto, todos os que perten-
48 Sim, e esta era a fé que ti- cem a minha igreja não precisam
nham — que meu evangelho, o a 
temer, porque b herdarão o c reino
qual lhes dei para que pregassem dos céus.
em seus dias, chegaria a seus ir- 56 Mas os que não me a temem
mãos, os a lamanitas, e também nem guardam meus mandamen-
a todos os que se houvessem tos, mas edificam b igrejas para si
46 a GEE Livro de Mórmon. D&C 3:19–20. c GEE Reino de Deus ou
b GEE Evangelho. b GEE Fé. Reino dos Céus.
c En. 1:12–18; 48 a Morô. 10:1–5; 56 a Ecles. 12:13–14.
Mórm. 8:24–26; D&C 109:65–66. b GEE Diabo — Igreja
9:34–37. 55 a GEE Temor. do diabo.
47 a 3 Né. 5:13–15; b Mt. 5:10.
Doutrina e Convênios 10:57–70 22
mesmos a fim de obter lucro, sim,c 
tanta contenda; sim, Satanás inci-
a 

e todos os que praticam iniquida- ta o coração do povo a b contender


de e edificam o reino do diabo — com relação aos pontos de minha
sim, em verdade, em verdade eu doutrina; e nestas coisas erram,
te digo que são esses os que per- porque c torcem as escrituras e não
turbarei e farei tremer e estremecer as compreendem.
até as entranhas. 64 Portanto, desvendar-lhes-ei
57 Eis que eu sou Jesus Cristo, o este grande mistério;
a 
Filho de Deus. Vim para os meus 65 Pois eis que eu os a ajuntarei
e os meus não me receberam. como uma galinha ajunta seus
58 Eu sou a a luz que resplandece pintinhos debaixo das asas, se eles
nas trevas e as trevas não a com- não endurecerem o coração;
preendem. 66 Sim, se desejarem vir, poderão
59 Eu sou aquele que disse a vir e tomar de graça das a águas
meus discípulos — a Tenho outras da vida.
b 
ovelhas que não são deste apris- 67 Eis que esta é a minha dou-
co — e muitos houve que não me trina: Aquele que se arrepende
c 
compreenderam. e a vem a mim, esse é a minha
60 E mostrarei a este povo que b 
igreja.
eu tinha outras ovelhas e que elas 68  Aquele que a declara mais
eram um ramo da a casa de Jacó; ou menos do que isso, esse não é
61 E trarei à luz as obras maravi- meu, mas está b contra mim; por-
lhosas que fizeram em meu nome; tanto, ele não é da minha igreja.
62 Sim, e também trarei à luz 69 E agora, eis que aquele que
meu evangelho, que lhes foi mi- é da minha igreja e nela perse-
nistrado, e eis que eles não nega- vera até o fim, esse estabelecerei
rão o que recebeste; edificá-lo-ão, sobre minha a rocha; e as b por-
porém, e trarão à luz os pontos tas do inferno não prevalecerão
verdadeiros de minha a doutrina, contra ele.
sim, e a única doutrina que está 70 E agora, lembra-te das pa-
em mim. lavras daquele que é a vida e a
63 E isto faço para estabelecer a 
luz do mundo, teu Redentor, teu
meu evangelho, para que não haja b 
Senhor e teu Deus. Amém.
56 c 4 Né. 1:26. b GEE Contenção, Cristo.
57 a Rom. 1:4. Contenda. 68 a 3 Né. 11:40.
58 a D&C 6:21. c 2 Ped. 3:16. b Lc. 11:23.
59 a Jo. 10:16. 65 a Lc. 13:34; 69 a GEE Rocha.
b GEE Bom Pastor. 3 Né. 10:4–6; b Mt. 16:18;
c 3 Né. 15:16–18. D&C 43:24. 2 Né. 4:31–32;
60 a GEE Vinha do Senhor. 66 a GEE Águas Vivas. D&C 17:8; 128:10.
62 a 3 Né. 11:31–40. 67 a Mt. 11:28–30. 70 a GEE Luz, Luz de Cristo.
63 a GEE Diabo. b GEE Igreja de Jesus b GEE Jesus Cristo.
23 Doutrina e Convênios 11:1–10

SEÇÃO 11
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu irmão
Hyrum Smith, em Harmony, Pensilvânia, em maio de 1829. Esta
revelação foi recebida por meio do Urim e Tumim, em resposta à sú-
plica e à pergunta de Joseph. A história de Joseph Smith sugere que
esta revelação foi recebida após a restauração do Sacerdócio Aarônico.
1–6, Os que trabalham na vinha irão 4 Sim, aquele que lança sua a foice
alcançar salvação; 7–14, Busca sa- e ceifa é chamado por Deus.
bedoria, proclama arrependimento, 5 Portanto, se me a pedires, rece-
confia no Espírito; 15–22, Guarda os berás; se bateres, ser-te-á aberto.
mandamentos e estuda a palavra do 6 Agora, como pediste, eis que te
Senhor; 23–27, Não negues o espíri- digo: Guarda meus mandamentos
to de revelação e de profecia; 28–30, e procura trazer à luz e estabelecer
Os que recebem a Cristo tornam-se os a causa de a Sião.
filhos de Deus. 7 Não busques a riquezas, mas
b 
sabedoria; e eis que os mistérios
a 
Uma grande e maravilhosa obra de Deus te serão revelados e en-
está para iniciar-se entre os filhos tão serás enriquecido. Eis que é
dos homens. rico aquele que tem a vida eterna.
2 Eis que eu sou Deus; a aten- 8 Em verdade, em verdade eu
ta para a minha b palavra, que é te digo que aquilo que desejares
viva e c poderosa, mais d penetrante de mim ser-te-á concedido; e se
que uma espada de dois gumes, o desejares, serás o instrumento
que penetra até dividir as juntas para que se faça muito de bom
e medulas; portanto, atenta para nesta geração.
a minha palavra. 9  a Não pregues a esta geração
3 Eis que o campo já está a branco coisa alguma a não ser b arrepen-
para a ceifa; portanto, quem deseja dimento. Guarda meus manda-
ceifar que lance a foice com vigor mentos e ajuda a trazer à luz a
e ceife enquanto durar o dia, a fim minha obra, c de acordo com meus
de b entesourar para sua alma a mandamentos; e serás abençoado.
c 
salvação eterna no reino de Deus. 10 Eis que tens um a dom, ou
11 1 a Isa. 29:14; 3 a D&C 12:3. 7 a 1 Re. 3:11–13;
D&C 4. b Lc. 18:22; 2 Né. 26:31;
GEE Restauração do Hel. 5:8. Jacó 2:17–19;
Evangelho. c 1 Tim. 6:19. D&C 38:39.
2 a 1 Né. 15:23–25; 4 a Apoc. 14:15; b GEE Sabedoria.
D&C 1:14; 84:43–45. D&C 14:3–4. 9 a D&C 19:21–22.
b Heb. 4:12. 5 a GEE Oração. b GEE Arrepender-se,
c Al. 4:19; 31:5. 6 a Isa. 52:7–8; Arrependimento.
d Hel. 3:29–30; D&C 66:11. c D&C 105:5.
D&C 6:2. GEE Sião. 10 a D&C 46:8–12.
Doutrina e Convênios 11:11–23 24
melhor, terás um dom se me pe- de acordo com teus desejos, sim,
dires com fé, com um b coração sin- de acordo com tua fé.
cero, crendo no poder de Jesus ou 18 Guarda meus mandamentos;
em meu poder que fala a ti; mantém silêncio; recorre ao meu
11 Pois eis que sou eu quem fala; Espírito;
eis que eu sou a a luz que resplan- 19 Sim, a apega-te a mim de todo
dece nas trevas e pelo meu b poder o coração a fim de ajudares a tra-
dou-te estas palavras. zer à luz as coisas de que se tem
12 E agora, em verdade, em ver- falado — sim, a tradução de minha
dade eu te digo: Põe tua a confiança obra; sê paciente até que a realizes.
naquele b Espírito que leva a fazer 20  Eis que esta é a tua obra:
o bem — sim, a agir justamente, a 
Guardar meus mandamentos,
a c andar em d humildade, a e jul- sim, com todo teu poder, mente
gar com retidão; e esse é o meu e força.
Espírito. 21 Não procures pregar minha
13 Em verdade, em verdade eu palavra, mas primeiro procura
te digo: Dar-te-ei do meu Espíri- a 
obter minha palavra e então tua
to, o qual a iluminará tua b mente língua será desatada; e então, se
e encher-te-á a alma de c alegria; o desejares, terás meu Espírito e
14 E então saberás, ou seja, por minha palavra, sim, o poder de
esse meio saberás todas as coisas, Deus para convencer os homens.
relativas à a retidão, que desejares 22 Mas por enquanto mantém si-
de mim, com fé, acreditando em lêncio; estuda a minha palavra, que
mim que receberás. foi pregada aos filhos dos homens,
15 Eis que te digo que não pre- e b estuda também c minha palavra
cisas supor teres sido chamado a que será pregada aos filhos dos
pregar até que sejas a chamado. homens, ou seja, que está agora
16 Espera um pouco mais até sendo traduzida, sim, até que te-
que tenhas minha palavra, minha nhas obtido tudo o que d concede-
a 
rocha, minha igreja e meu evan- rei aos filhos dos homens nesta
gelho, a fim de que conheças in- geração; e então a isto todas as
dubitavelmente minha doutrina. coisas serão acrescentadas.
17 E então, eis que te será feito 23 Eis que tu és a Hyrum, meu
10 b Lc. 8:15. Al. 41:14–15. D&C 98:11.
11 a GEE Luz, Luz de Cristo. 13 a D&C 76:12. 20 a GEE Obedecer,
b GEE Poder. b GEE Mente. Obediência,
12 a D&C 84:116. c GEE Alegria. Obediente.
GEE Confiança, Confiar. 14 a GEE Retidão. 21 a Al. 17:2–3;
b Rom. 8:1–9; 15 a RF 1:5. D&C 84:85.
1 Jo. 4:1–6. GEE Autoridade; 22 a IE a Bíblia.
c GEE Andar, Andar com Chamado, Chamado b GEE Escrituras — Valor
Deus. por Deus, Chamar. das escrituras.
d GEE Humildade, 16 a D&C 6:34. c IE o Livro de Mórmon.
Humilde, Humilhar. GEE Rocha. d Al. 29:8.
e Mt. 7:1–5; 19 a Jacó 6:5; 23 a JS—H 1:4.
25 Doutrina e Convênios 11:24–12:3
filho; b busca o reino de Deus e to- têm desejos bons e a lançaram sua
das as coisas serão acrescentadas foice para ceifar.
de acordo com aquilo que é justo. 28 Eis que eu sou a Jesus Cristo,
24  a Edifica sobre minha rocha, o Filho de Deus. Eu sou a vida e
que é meu b evangelho; a b luz do mundo.
25 Não negues o espírito de a re- 29 Eu sou o mesmo que vim aos
velação nem o espírito de b profe- meus e os meus não me recebe-
cia, porque ai daquele que nega ram;
essas coisas; 30 Mas em verdade, em verda-
26 Portanto, a entesoura essas coi- de eu te digo que a todos os que
sas em teu coração até o momento me receberem darei a poder para
em que, segundo minha sabedo- se tornarem b filhos de Deus, sim,
ria, saias a pregar. àqueles que crerem em meu nome.
27 Eis que falo a todos os que Amém.

SEÇÃO 12
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Joseph
Knight Sênior, em Harmony, Pensilvânia, em maio de 1829. Joseph
Knight acreditava nas declarações de Joseph Smith quanto a estar
de posse das placas do Livro de Mórmon e quanto ao trabalho de tra-
dução em curso; e, várias vezes, dera apoio material a Joseph Smith
e a seu escriba, o que lhes permitira continuar traduzindo. A pedido
de Joseph Knight, o Profeta inquiriu o Senhor e recebeu a revelação.
1–6, Os que trabalham na vinha irão uma espada de dois gumes, que
alcançar salvação; 7–9, Todos os que penetra até dividir as juntas e me-
desejem e sejam qualificados podem dulas; portanto, atenta para a mi-
ajudar na obra do Senhor. nha palavra.
3 Eis que o campo já está bran-
Uma obra grande e maravilhosa
a 
co para a ceifa; portanto, quem
está para iniciar-se entre os filhos deseja ceifar lance a foice com
dos homens. vigor e ceife enquanto durar o
2 Eis que eu sou Deus; atenta dia, a fim de entesourar para sua
para a minha palavra, que é viva alma a salvação eterna no reino
e poderosa, mais penetrante que de Deus.
23 b Mt. 6:33. 26 a Deut. 11:18; b GEE Filhos e Filhas
24 a Mt. 7:24–27. D&C 6:20; 43:34; de Deus.
b GEE Evangelho. JS—M 1:37. 12 1 a Ver em D&C 11:1–6
25 a GEE Revelação. 27 a GEE Obra Missionária. referências
b Apoc. 19:10. 28 a GEE Jesus Cristo. remissivas
GEE Profecia, b GEE Luz, Luz de Cristo. semelhantes.
Profetizar. 30 a Jo. 1:12.
Doutrina e Convênios 12:4–13:1 26
4 Sim, aquele que lançar sua foice 8 E ninguém pode participar des-
e ceifar será chamado por Deus. ta obra, a menos que seja a humilde
5 Portanto, se me pedires, rece- e cheio de b amor, tendo c fé, d espe-
berás; se bateres, ser-te-á aberto. rança e e caridade, sendo tempe-
6 Agora, como pediste, eis que te rante em todas as coisas, em tudo
digo: Guarda meus mandamentos o que lhe for confiado.
e procura trazer à luz e estabelecer 9 Eis que eu sou a luz e a vida
a causa de Sião. do mundo, que diz estas pala-
7 Eis que falo a ti e também a to- vras; portanto, escuta com toda a
dos os que têm o desejo de trazer tua força e então serás chamado.
à luz e estabelecer esta obra; Amém.

SEÇÃO 13
Extrato da história de Joseph Smith, que relata a ordenação do Profe-
ta e de Oliver Cowdery ao Sacerdócio Aarônico, perto de Harmony,
Pensilvânia, em 15 de maio de 1829. A ordenação foi feita pelas mãos
de um anjo que se anunciou como João, o mesmo que é chamado João
Batista no Novo Testamento. O anjo explicou que estava agindo sob
a direção de Pedro, Tiago e João, os Apóstolos antigos que possuíam
as chaves do sacerdócio maior, o qual era chamado Sacerdócio de
Melquisedeque. Foi feita a Joseph e a Oliver a promessa de que, no
devido tempo, esse sacerdócio maior lhes seria conferido. (Ver seção
27:7–8, 12.)
Anunciadas as chaves e os poderes do evangelho do d arrependimento
Sacerdócio Aarônico. e do e batismo por imersão para
remissão de pecados; e ele nun-
A vós, meus conservos, em nome ca mais será tirado da Terra, até
do Messias, eu a confiro o b Sacer- que os f filhos de Levi tornem a
dócio de Aarão, que possui as cha- fazer, em g retidão, uma oferta
ves do ministério de c anjos e do ao Senhor.
8 a GEE Humildade, b D&C 27:8; 84:18–34. a restauração do
Humilde, Humilhar. GEE Sacerdócio Sacerdócio Aarônico
b GEE Amor. Aarônico. ao final de Joseph
c GEE Fé. c GEE Anjos. Smith — História.
d GEE Esperança. d GEE Arrepender-se, Deut. 10:8;
e GEE Caridade. Arrependimento. 1 Crôn. 6:48;
13 1 a JS—H 1:68–75. e GEE Batismo, Batizar. D&C 128:24.
GEE Ordenação, f Ver o relato de Oliver g GEE Retidão.
Ordenar. Cowdery sobre
27 Doutrina e Convênios 14:1–9

SEÇÃO 14
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David
Whitmer, em Fayette, Nova York, em junho de 1829. A família Whit-
mer tornara-se profundamente interessada na tradução do Livro de
Mórmon. O Profeta fixou residência na casa de Peter Whitmer Sênior,
onde permaneceu até que o trabalho de tradução se completasse e se
assegurassem os direitos autorais do livro que seria publicado. Três
dos filhos de Whitmer, tendo recebido testemunho da autenticidade
da obra, tornaram-se profundamente preocupados quanto a suas obri-
gações individuais. Esta revelação e as duas seguintes (seções 15 e
16) foram dadas em resposta a uma pergunta feita por meio do Urim
e Tumim. David Whitmer tornou-se mais tarde uma das Três Teste-
munhas do Livro de Mórmon.
1–6, Os que trabalham na vinha irão 4 Sim, aquele que lançar sua foice
alcançar salvação; 7–8, A vida eterna e ceifar será chamado por Deus.
é o maior dos dons de Deus; 9–11, 5 Portanto, se me pedires, rece-
Cristo criou os céus e a Terra. berás; se bateres, ser-te-á aberto.
6 Procura trazer à luz e estabe-
Uma obra grande e maravilhosa
a 
lecer minha Sião. Guarda meus
está para iniciar-se entre os filhos mandamentos em todas as coisas.
dos homens. 7 E se a guardares meus manda-
2 Eis que eu sou Deus; atenta mentos e b perseverares até o fim,
para a minha palavra, que é viva terás c vida eterna, que é o maior
e poderosa, mais penetrante que de todos os dons de Deus.
uma espada de dois gumes, que 8 E acontecerá que, se pedires ao
penetra até dividir as juntas e me- Pai em meu nome, com fé, acredi-
dulas; portanto, atenta para a mi- tando, receberás o a Espírito Santo,
nha palavra. o qual inspira o que dizer, para
3 Eis que o campo já está branco que sirvas de b testemunha das coi-
para a ceifa; portanto, quem deseja sas que irás c ouvir e ver; e também
ceifar que lance a foice com vigor para que proclames o arrependi-
e ceife enquanto durar o dia, a mento a esta geração.
fim de entesourar para sua alma a 9 Eis que eu sou a Jesus Cristo, o
salvação eterna no reino de Deus. b 
Filho do c Deus vivo, que d criou os
14 1 a Ver em D&C 11:1–6 GEE Vida eterna. 9 a Mos. 4:2;
referências remissivas 8 a GEE Espírito Santo. D&C 76:20–24.
semelhantes. b Mos. 18:8–10. b Rom. 1:4.
7 a Lev. 26:3–12; Jo. 15:10; GEE Testemunha. c Dan. 6:26; Al. 7:6;
Mos. 2:22, 41; c Ver “Depoimento de D&C 20:19.
D&C 58:2. Três Testemunhas” nas d Jo. 1:1–3, 14; 3 Né. 9:15;
b GEE Perseverar. páginas introdutórias D&C 45:1.
c 2 Né. 31:20; D&C 6:13. do Livro de Mórmon. GEE Criação, Criar.
Doutrina e Convênios 14:10–15:6 28
céus e a Terra, uma luz que não
e  f 
11 E eis que tu és David e és cha-
pode ser escondida nas g trevas; mado para ajudar; se fizeres isso
10 Portanto, devo levar a a pleni- e fores fiel, serás abençoado tanto
tude do meu evangelho dos b gen- espiritual como materialmente e
tios à casa de Israel. grande será teu galardão. Amém.

SEÇÃO 15
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John
Whitmer, em Fayette, Nova York, em junho de 1829 (ver também o
cabeçalho da seção 14). A mensagem é impressionantemente pessoal,
porque o Senhor fala sobre algo que somente John Whitmer e Ele sa-
biam. John Whitmer tornou-se mais tarde uma das Oito Testemunhas
do Livro de Mórmon.
1–2, O braço do Senhor está sobre toda 4 Pois muitas vezes desejaste sa-
a Terra; 3–6, Pregar o evangelho e ber de mim o que seria de maior
salvar almas é a coisa de maior valor. valor para ti.
5 Eis que abençoado és por isso
Escuta, meu servo John, e dá ou- e por teres declarado minhas pa-
vidos às palavras de Jesus Cristo, lavras, que te dei de acordo com
teu Senhor e teu Redentor. meus mandamentos.
2 Pois eis que te falo com clareza 6 E agora, eis que eu te digo que
e com a poder, pois meu braço está a coisa de maior valor para ti será
sobre toda a Terra. a 
declarar arrependimento a este
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum povo, a fim de trazeres almas a
homem sabe, a não ser eu e tu mim e b descansares com elas no
somente — c 
reino de meu d Pai. Amém.

SEÇÃO 16
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Peter
Whitmer Júnior em Fayette, Nova York, em junho de 1829 (ver tam-
bém o cabeçalho da seção 14). Peter Whitmer Júnior tornou-se mais
tarde uma das Oito Testemunhas do Livro de Mórmon.
9 e Abr. 4:12, 24–25. JS—H 1:34. b GEE Descansar,
f 2 Sam. 22:29. b GEE Gentios. Descanso.
GEE Luz, Luz de 15 2 a Hel. 3:29–30. c GEE Reino de Deus ou
Cristo. GEE Poder. Reino dos Céus.
g GEE Trevas Espirituais. 6 a D&C 18:15–16. d GEE Pai Celestial.
10 a D&C 20:8–9; GEE Obra Missionária.
29 Doutrina e Convênios 16:2–17:1
1–2, O braço do Senhor está sobre toda 4 Pois muitas vezes desejaste sa-
a Terra; 3–6, Pregar o evangelho e ber de mim o que seria de maior
salvar almas é a coisa de maior valor. valor para ti.
5 Eis que abençoado és por isso
Escuta, meu servo Peter, e dá ou-
a 
e por teres declarado minhas pa-
vidos às palavras de Jesus Cristo, lavras, que te dei de acordo com
teu Senhor e teu Redentor. meus mandamentos.
2 Pois eis que te falo com clareza 6 E agora, eis que te digo que a
e com poder, pois meu braço está coisa de maior valor para ti será
sobre toda a Terra. declarar arrependimento a este
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum povo, a fim de trazeres almas a
homem sabe, a não ser eu e tu mim e descansares com elas no
somente — reino de meu Pai. Amém.

SEÇÃO 17
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, em Fayette, Nova York,
em junho de 1829, antes que eles tivessem visto as placas gravadas
que continham o registro do Livro de Mórmon. Joseph e seu escriba,
Oliver Cowdery, ficaram sabendo, pela tradução das placas do Livro
de Mórmon, que três testemunhas especiais seriam designadas. (Ver
Éter 5:2–4; também 2 Néfi 11:3; 27:12.) Oliver Cowdery, David
Whitmer e Martin Harris foram movidos por um desejo inspirado
de serem as três testemunhas especiais. O Profeta inquiriu o Senhor
e esta revelação foi dada em resposta, por meio do Urim e Tumim.
1–4, Pela fé, as Três Testemunhas ve- o fizerdes de todo o coração, a ve-
rão as placas e outros objetos sagrados; reis as b placas e também o peito-
5–9, Cristo presta testemunho da di- ral, a c espada de Labão, o d Urim
vindade do Livro de Mórmon. e Tumim, que foram dados ao e ir-
mão de Jarede no monte quan-
Eis que vos digo que devereis do ele falou com o Senhor f face a
confiar em minha palavra e, se face; e os g guias milagrosos que
16 1 a Ver em D&C 15 Testemunhas” nas Jacó 1:10;
referências remissivas páginas introdutórias Mos. 1:16.
semelhantes. do Livro de Mórmon. d GEE Urim e Tumim.
17 1 a 2 Né. 27:12; b Mórm. 6:6; e Ét. 3.
Ét. 5:2–4; JS—H 1:52. f Gên. 32:30; Êx. 33:11;
D&C 5:15. GEE Placas. Mois. 1:2.
Ver também “ c 1 Né. 4:8–9; g 1 Né. 16:10, 16, 26–29;
Depoimento de Três 2 Né. 5:14; Al. 37:38–47.
Doutrina e Convênios 17:2–18:2 30
foram dados a Leí enquanto esta- 6 E ele traduziu o livro, sim,
a 

va no deserto, às margens do h Mar aquela b parte que lhe ordenei; e


Vermelho. assim como vive vosso Senhor e
2 E é por vossa fé que os vereis, vosso Deus, ele é verdadeiro.
sim, por aquela fé que possuíam 7 Portanto, vós recebestes o mes-
os profetas da antiguidade. mo poder e a mesma fé e o mesmo
3 E depois de terdes alcançado dom que ele;
fé e visto com os próprios olhos, 8 E se cumprirdes estes últimos
a 
testificareis a respeito deles pelo mandamentos que vos dei, as
poder de Deus. a 
portas do inferno não prevale-
4 E isso fareis para que meu ser- cerão contra vós; porque minha
vo Joseph Smith Júnior não seja b 
graça vos basta e sereis c elevados
destruído, para que eu realize no último dia.
meus justos propósitos para com 9 E eu, Jesus Cristo, vosso a Se-
os filhos dos homens nesta obra. nhor e vosso Deus, vo-lo disse, a
5 E testificareis que os vistes, as- fim de realizar meus justos pro-
sim como meu servo Joseph Smith pósitos para com os filhos dos
Júnior os viu; e foi pelo meu poder homens. Amém.
que ele os viu e foi porque teve fé.

SEÇÃO 18
Revelação a Joseph Smith, o Profeta, Oliver Cowdery e David Whit-
mer, dada em Fayette, Nova York, em junho de 1829. De acordo com
o Profeta, esta revelação deu a conhecer “o chamado dos doze após-
tolos nestes últimos dias e também as instruções relativas à edifica-
ção da Igreja.”
1–5, As escrituras mostram como edi- Doze; 40–47, Para alcançar salvação,
ficar a Igreja; 6–8, O mundo está ama- os homens precisam arrepender-se, ser
durecendo em iniquidade; 9–16, O va- batizados e guardar os mandamentos.
lor das almas é grande; 17–25, A fim
de alcançar a salvação, os homens pre- Agora, eis que por causa daquilo
cisam tomar sobre si o nome de Cristo; que tu, meu servo Oliver Cow-
26–36, Revelados o chamado e a mis- dery, desejaste saber de mim, di-
são dos Doze; 37–39, Oliver Cowdery go-te estas palavras:
e David Whitmer devem procurar os 2 Eis que te manifestei por meu
1 h 1 Né. 2:5. 3 Né. 26:7–10. c 1 Né. 13:37;
3 a GEE Testemunha; 8 a Mt. 16:18; 3 Né. 27:14–15, 22;
Testificar. 3 Né. 11:39; D&C 9:14.
6 a GEE Livro de Mórmon. D&C 10:69. 9 a GEE Senhor.
b 2 Né. 27:22; b GEE Graça.
31 Doutrina e Convênios 18:3–15
Espírito, em muitas ocasiões, que meus mandamentos, será c aben-
as coisas que escreveste são a ver- çoado com vida eterna; e seu nome
dadeiras; portanto, sabes que são é d Joseph.
verdadeiras. 9 E agora, Oliver Cowdery, diri-
3 E se tu sabes que são verda- jo-me a ti e também a David Whit-
deiras, eis que te dou um manda- mer, por meio de mandamento;
mento de que confies nas coisas pois eis que ordeno a todos os
que estão a escritas; homens de todos os lugares que
4 Porque nelas estão escritas to- se arrependam; e falo a vós como
das as coisas concernentes ao ali- falei a Paulo, meu a apóstolo, por-
cerce de minha igreja, meu a evan- que sois chamados pelo mesmo
gelho e minha b rocha. chamado que ele.
5 Portanto, se edificares a mi- 10 Lembrai-vos de que o a valor
nha igreja sobre o alicerce de meu das b almas é grande à vista de
evangelho e minha rocha, as por- Deus;
tas do inferno não prevalecerão 11 Pois eis que o Senhor vosso
contra ti. a 
Redentor sofreu a b morte na car-
6 Eis que o a mundo está amadu- ne; portanto, c sofreu a d dor de to-
recendo em iniquidade; e é neces- dos os homens, para que todos
sário que os filhos dos homens, os homens se arrependessem e
tanto os b gentios como a casa de viessem a ele.
Israel, sejam levados ao arrepen- 12 E a ressuscitou dentre os mor-
dimento. tos, para trazer a si todos os ho-
7 E assim, como foste a batizado mens, sob condição de b arrepen-
pelas mãos de meu servo Joseph dimento.
Smith Júnior, de acordo com aqui- 13 E quão grande é sua a alegria
lo que lhe ordenei, ele cumpriu pela alma que se arrepende!
aquilo que lhe ordenei. 14 Portanto, sois chamados para
8 E agora não te maravilhes de a 
clamar arrependimento a este
que eu o tenha chamado por um povo.
propósito meu, propósito esse que 15 E, se trabalhardes todos os
me é conhecido; portanto, se ele vossos dias clamando arrependi-
for a diligente na b observância de mento a este povo e trouxerdes
18 2 a D&C 6:15–17. Obediente. Redimido, Redimir.
3 a D&C 98:11. c GEE Abençoado, d Isa. 53:4–5.
GEE Escrituras — Abençoar, Bênção. GEE Expiação, Expiar.
Valor das escrituras. d 2 Né. 3:14–15. 12 a GEE Ressurreição.
4 a GEE Evangelho. GEE Smith, Joseph, Jr. b D&C 19:4–18.
b GEE Rocha. 9 a Rom. 1:1. GEE Arrepender-se,
6 a GEE Mundo. 10 a GEE Alma — Valor Arrependimento.
b GEE Gentios. das almas. 13 a Lc. 15:7.
7 a JS—H 1:70–71. b GEE Alma. 14 a Al. 29:1–2;
8 a GEE Diligência. 11 a GEE Redentor. D&C 34:5–6; 63:57.
b GEE Obedecer, b GEE Crucificação.
Obediência, c GEE Redenção,
Doutrina e Convênios 18:16–31 32
a mim mesmo que seja uma só qualquer outro nome pelo qual o
a 
alma, quão grande será vossa ale- homem possa ser salvo;
gria com ela no reino de meu Pai! 24 Portanto, todos os homens de-
16 E agora, se vossa alegria é vem tomar sobre si o nome que é
grande com uma só alma que ti- dado pelo Pai, pois por esse nome
verdes trazido a mim no a reino de serão chamados no último dia;
meu Pai, quão grande será vossa 25  Portanto, se não sabem o
b 
alegria se me c trouxerdes muitas a 
nome pelo qual são chamados,
almas! não podem ter lugar no b reino de
17 Eis que tendes diante de vós meu Pai.
meu evangelho e minha rocha e 26 E agora, eis que há outros cha-
minha a salvação. mados para declararem o meu
18  a Pedi ao Pai em meu b nome evangelho, tanto aos a gentios
com fé, acreditando que recebe- como aos judeus;
reis, e tereis o Espírito Santo, que 27 Sim, doze; e os a Doze serão
manifesta todas as coisas que são meus discípulos e tomarão sobre si
c 
convenientes aos filhos dos ho- o meu nome; e os Doze são aque-
mens. les que desejam, de todo coração,
19 E se não tendes a fé, b esperan- tomar sobre si o meu b nome.
ça e c caridade, nada podeis fazer. 28 E se desejam, de todo coração,
20  a Não contendais com igreja tomar sobre si o meu nome, são
alguma, a menos que seja a b igre- chamados para ir a todo o a mun-
ja do diabo. do, pregar meu b evangelho a c toda
21 Tomai sobre vós o a nome de criatura.
Cristo e b falai a verdade com c se- 29 E são eles os ordenados por
riedade. mim para a batizar em meu nome,
22 E todos os que se arrepende- de acordo com o que está escrito;
rem e forem a batizados em meu 30 E tendes diante de vós o que
nome, que é Jesus Cristo, e b per- está escrito; portanto, deveis fazer
severarem até o fim, serão salvos. de acordo com as palavras que es-
23 Eis que Jesus Cristo é o a nome tão escritas.
dado pelo Pai; e não é dado 31 E agora falo a vós, os a Doze:
15 a GEE Alma — Valor das c GEE Caridade. Mos. 3:17;
almas. 20 a 2 Tim. 2:23–24; Hel. 3:28–29.
16 a GEE Reino de Deus ou 3 Né. 11:29–30. 25 a Mos. 5:9–14.
Reino dos Céus. b GEE Diabo — Igreja do b GEE Glória Celestial.
b Al. 26:11. diabo. 26 a D&C 90:8–9; 112:4.
GEE Alegria. 21 a 2 Né. 31:13; 27 a GEE Apóstolo.
c GEE Obra Missionária. Mos. 5:8; 3 Né. 27:5; b D&C 27:12.
17 a GEE Salvação. D&C 20:37. 28 a Mc. 16:15–16.
18 a GEE Oração. b D&C 100:5–8. b GEE Evangelho.
b Jo. 15:16. c Rom. 12:3. c D&C 1:2; 42:58.
c D&C 88:63–65. 22 a GEE Batismo, Batizar. 29 a 3 Né. 11:21–28;
19 a GEE Fé. b GEE Perseverar. D&C 20:72–74.
b GEE Esperança. 23 a Mal. 1:11; At. 4:12; 31 a D&C 107:23–35.
33 Doutrina e Convênios 18:32– 47
Eis que a minha graça vos basta; 39 E quando os tiverdes encon-
deveis andar retamente perante trado, revelareis estas coisas a eles.
mim e não pecar. 40 E prostar-vos-eis e a adorareis
32 E eis que sois aqueles ordena- o Pai em meu nome.
dos por mim para a ordenar sacer- 41  É preciso que pregueis ao
dotes e mestres; para declarar meu mundo, dizendo: Deveis arrepen-
evangelho, b de acordo com o po- der-vos e ser batizados em nome
der do Espírito Santo que está em de Jesus Cristo;
vós e de acordo com os c chamados 42 Porque todos os homens de-
e dons de Deus aos homens; vem arrepender-se e ser batizados;
33 E eu, Jesus Cristo, vosso Se- e não só homens, mas mulheres e
nhor e vosso Deus, disse-o. crianças que tiverem alcançado a
34 Estas a palavras não são de idade da a responsabilidade.
homens nem de um homem, mas 43 E agora, depois de terdes re-
são minhas; portanto, vós testi- cebido isto, deveis guardar meus
ficareis que são minhas e não de a 
mandamentos em todas as coisas;
um homem; 44 E por vossas mãos realizarei
35 Pois é a minha a voz que vo-las uma obra a maravilhosa entre os
diz; pois vos são dadas pelo meu filhos dos homens para b conven-
Espírito; e pelo meu poder vós as cer a muitos de seus pecados, para
podeis ler uns para os outros; e se que se arrependam e se aproxi-
não fosse pelo meu poder, não as mem do reino de meu Pai.
poderíeis ter; 45 Portanto, as bênçãos que vos
36 Portanto, podeis a testificar dou estão a acima de todas as coi-
que ouvistes a minha voz e conhe- sas.
ceis as minhas palavras. 46 E depois de terdes recebido
37 E agora, eis que eu dou a ti, isto, se a não guardardes meus
Oliver Cowdery, e também a ti, mandamentos, não podereis ser
David Whitmer, o encargo de pro- salvos no reino de meu Pai.
curar os Doze, que terão os desejos 47 Eis que eu, Jesus Cristo, vosso
que mencionei; Senhor e vosso Deus e vosso Re-
38  E por seus desejos e suas dentor, pelo poder de meu Espí-
a 
obras conhecê-los-eis. rito, disse-o. Amém.
32 a Morô. 3; 35 a D&C 1:38. GEE Voz. Responsável.
D&C 20:60; 107:58. 36 a GEE Testificar. 43 a GEE Mandamentos de
GEE Ordenação, 38 a GEE Obras. Deus.
Ordenar. 40 a GEE Adorar. 44 a Isa. 29:14;
b 2 Ped. 1:21; 42 a D&C 20:71; D&C 4:1.
D&C 68:3–4. 29:47; 68:27. b Al. 36:12–19; 62:45.
c D&C 20:27. GEE Prestar Contas, 45 a D&C 84:35–38.
34 a GEE Escrituras. Responsabilidade, 46 a D&C 82:3.
Doutrina e Convênios 19:1–10 34

SEÇÃO 19
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, em Manchester, Nova
York, provavelmente no verão de 1829. Em sua história, o Profeta a
introduz como “um mandamento de Deus e não do homem, a Martin
Harris, dado por aquele que é Eterno.”
1–3, Cristo tem todo o poder; 4–5, To- a 
arrepender-se ou b sofrer, pois eu,
dos os homens devem arrepender-se ou Deus, sou c infinito.
sofrer; 6–12, Castigo eterno é castigo 5 Portanto, não a revogarei os jul-
de Deus; 13–20, Cristo sofreu por to- gamentos que pronunciar, mas
dos, para que não tenham que sofrer, sobrevirão desgraça, pranto, b la-
caso se arrependam; 21–28, Prega o mentação e ranger de dentes, sim,
evangelho de arrependimento; 29–41, àqueles que se acharem à minha
Anuncia boas novas. c 
esquerda.
6 Contudo, a não está escrito que
Eu sou o a Alfa e o Ômega, b Cristo, não haverá fim para esse tormento,
o Senhor; sim, eu sou ele, o princí- mas está escrito b tormento infinito.
pio e o fim, o Redentor do mundo. 7 Também, está escrito a conde-
2 Eu, tendo cumprido e a consu- nação eterna; portanto, está mais
mado a vontade daquele a quem explícito do que outras escrituras,
pertenço, ou seja, o Pai, a meu a fim de influenciar o coração dos
respeito — tendo feito isso para filhos dos homens inteiramente
b 
sujeitar a mim todas as coisas — para a glória de meu nome.
3 Retendo todo o a poder, até para 8 Explicar-vos-ei, portanto, este
b 
destruir Satanás e suas obras no mistério, porque vos convém conhe-
c 
fim do mundo; e no último gran- cê-lo, assim como meus apóstolos.
de dia do juízo, que pronunciarei 9 Falo a vós que fostes escolhi-
sobre seus habitantes, d julgando a dos com referência a este assunto,
cada homem de acordo com suas como se fôsseis um, para que en-
e 
obras e as ações que houver pra- treis em meu a descanso.
ticado. 10 Pois eis que o a mistério da
4 E certamente todo homem deve divindade, quão grande é! Pois
19 1 a Apoc. 1:8, 11; 1 Né. 22:26; b Mt. 13:42.
3 Né. 9:18; D&C 88:111–115. c Mt. 25:41–43.
D&C 35:1; 61:1. c GEE Mundo — Fim do 6 a D&C 76:105–106;
GEE Alfa e Ômega. mundo. 138:59.
b GEE Jesus Cristo. d GEE Juízo Final. b D&C 76:33, 44–45.
2 a Jo. 17:4; e GEE Obras. 7 a Hel. 12:25–26;
3 Né. 11:11. 4 a GEE Arrepender-se, D&C 29:44.
b Filip. 3:21. Arrependimento. 9 a GEE Descansar,
3 a GEE Poder. b Lc. 13:3; Hel. 14:19. Descanso.
b Isa. 14:12–17; c Mois. 1:3. 10 a Jacó 4:8;
1 Jo. 3:8; 5 a D&C 56:4; 58:32. D&C 76:114–116.
35 Doutrina e Convênios 19:11–25
eis que eu sou infinito e o castigo por todos os poros; e sofresse, tan-
que é dado pela minha mão é cas- to no corpo como no espírito — e
tigo infinito, pois b Infinito é meu desejasse a não ter de beber a amar-
nome. Portanto — ga taça e recuar —
11  a Castigo eterno é castigo de 19 Todavia, glória seja para o Pai;
Deus. eu bebi e a terminei meus prepara-
12 Castigo infinito é castigo de tivos para os filhos dos homens.
Deus. 20 Assim, ordeno outra vez que
13 Portanto, ordeno que te arre- te arrependas, para que eu não te
pendas e guardes os a mandamen- humilhe com minha onipotência;
tos que recebeste pela mão de Jo- e que a confesses teus pecados para
seph Smith Júnior em meu nome; que não sofras esses castigos dos
14 E é pela minha onipotência quais falei, os quais experimen-
que os recebeste; taste em pequeníssima, sim, em
15 Portanto, ordeno que te arre- ínfima proporção, quando retirei
pendas — arrepende-te, para que meu Espírito.
eu não te fira com a vara de mi- 21 E ordeno-te que nada a pre-
nha boca e com minha ira e com gues a não ser arrependimento; e
minha cólera e teus a sofrimentos b 
não mostres estas coisas ao mun-
sejam dolorosos — quão dolorosos do até que me pareça prudente.
tu não sabes, quão intensos tu não 22 Porque agora não podem a to-
sabes, sim, quão difíceis de supor- lerar carne, devem receber b leite;
tar tu não sabes. portanto, não deverão conhecer
16 Pois eis que eu, Deus, a sofri estas coisas, para que não pereçam.
essas coisas por todos, para que 23 Aprende de mim e ouve mi-
b 
não precisem sofrer caso se c ar- nhas palavras; a anda na b mansi-
rependam; dão de meu Espírito e terás c paz
17 Mas se não se arrependerem, em mim.
terão que a sofrer assim como eu 24 Eu sou a Jesus Cristo; vim pela
sofri; vontade do Pai, e cumpro a sua
18 Sofrimento que fez com que vontade.
eu, Deus, o mais grandioso de to- 25 E também te ordeno que não
dos, tremesse de dor e sangrasse a 
cobices a b mulher de teu próximo;
10 b Mois. 1:3; 7:35. 17 a D&C 29:17. b Heb. 5:11–14;
GEE Infinito. 18 a Lc. 22:42–44. D&C 50:40.
11 a Mt. 25:46. 19 a Jo. 17:4; 19:30. 23 a Morô. 7:3–4.
13 a D&C 5:2; 10:6–7; 17. 20 a Núm. 5:6–7; b GEE Mansidão, Manso,
15 a Al. 36:11–19. Mos. 26:29; Mansuetude.
16 a Al. 11:40–41. D&C 58:43; 64:7. c GEE Paz.
GEE Expiação, Expiar. GEE Confessar, 24 a GEE Jesus Cristo.
b GEE Misericórdia, Confissão. 25 a GEE Cobiçar.
Misericordioso. 21 a D&C 11:9. b Êx. 20:17;
c GEE Remissão de b JS—H 1:42. 1 Cor. 7:2–4.
Pecados. 22 a D&C 78:17–18. GEE Adultério.
Doutrina e Convênios 19:26–39 36
nem procures tirar a vida de teu 32 Eis que este é um grande e o
próximo. último a mandamento que te darei
26 E também te ordeno que não quanto a este assunto; pois isto
te apegues a tua propriedade, mas bastará para tua jornada diária,
oferece-a liberalmente para a im- até o fim de tua vida.
pressão do Livro de Mórmon, que 33 E sofrimento terás se despre-
contém a a verdade e a palavra de zares estes a conselhos, sim, em
Deus — verdade a destruição de ti mesmo
27 Que é minha palavra aos a gen- e de tua propriedade.
tios; para que logo seja levado aos 34 a Dá uma porção de teus bens,
b 
judeus, de quem os lamanitas são sim, parte de tuas terras e de tudo,
c 
remanescentes, para que creiam exceto o sustento de tua família.
no evangelho e não mais esperem 35 Paga a a dívida b contraída com
que venha um d Messias já vindo. o impressor. Livra-te da c servidão.
28 E também te ordeno que a ores 36  a Deixa tua casa e teu lar, ex-
b 
em voz alta, assim como em teu ceto quando desejares ver tua fa-
coração; sim, perante o mundo, mília;
como também em segredo; em 37 E a fala abertamente a todos;
público, assim como em particular. sim, prega, exorta, declara a b ver-
29 E a proclamarás boas novas; dade em alta voz e com tom de
sim, anuncia-as sobre as monta- regozijo, clamando: Hosana, ho-
nhas e todos os lugares elevados sana, bendito seja o nome do Se-
e a todo povo que te seja permi- nhor Deus!
tido ver. 38  a Ora sempre e b derramarei
30 E assim farás com toda hu- meu Espírito sobre ti e grande
mildade, a confiando em mim, não será tua bênção — sim, até maior
ofendendo ofensores. do que se obtivesses tesouros da
31 E de a dogmas não falarás, mas Terra e corruptibilidade na mes-
declararás arrependimento e b fé no ma medida.
Salvador e c remissão de pecados 39 Eis que podes ler isto sem te
d 
por batismo e por e fogo, sim, pelo regozijares e encheres de alegria
f 
Espírito Santo. o coração?
26 a GEE Verdade. Confiar. 35 a GEE Dívida.
27 a GEE Gentios. 31 a 2 Tim. 2:23–24. b IE pagar a publicação
b GEE Judeus. b GEE Fé. da primeira edição do
c Ômni 1:14–19; c GEE Remissão de Livro de Mórmon.
Mos. 25:2–4; Pecados. c Prov. 22:7.
Hel. 8:21; d GEE Batismo, Batizar. 36 a Mt. 19:29.
3 Né. 2:12–16. e Mt. 3:11. 37 a D&C 58:47; 68:8; 71:7.
d GEE Messias. f GEE Dom do Espírito b D&C 75:4.
28 a 1 Tim. 2:8. Santo. 38 a Lc. 18:1;
GEE Oração. 32 a D&C 58:26–29. 2 Né. 32:9;
b D&C 20:47, 51; 23:6. 33 a GEE Mandamentos D&C 10:5.
29 a GEE Obra Missionária. de Deus. b Prov. 1:23;
30 a GEE Confiança, 34 a At. 4:34–35. At. 2:17.
37 Doutrina e Convênios 19:40–20:4
40 Ou podes tu continuar a andar e conduzires-te sabiamente pe-
como um guia cego? rante mim? Sim, b vem a mim, teu
41 Ou podes ser a humilde e dócil Salvador. Amém.

SEÇÃO 20
Revelação sobre a organização e o governo da Igreja, dada por inter-
médio de Joseph Smith, o Profeta, em Fayette, Nova York, ou perto
dali. Partes desta revelação podem ter sido dadas já no verão de 1829.
A revelação completa, conhecida na época como Regras e Convênios,
foi provavelmente registrada pouco depois de 6 de abril de 1830 (o dia
em que a Igreja foi organizada). O Profeta escreveu: “Recebemos dele
[Jesus Cristo] o seguinte, pelo espírito de profecia e de revelação, o que
não apenas nos forneceu muitas informações, mas também nos indicou
o dia exato em que, segundo a sua vontade e mandamento, deveríamos
iniciar a organizar a sua Igreja mais uma vez aqui na Terra.”
1–16, O Livro de Mórmon prova a tendo a Igreja sido devidamente
divindade da obra dos últimos dias; c 
organizada e estabelecida em
17–28, Confirmadas as doutrinas da conformidade com as leis de nos-
criação, queda, expiação e batismo; so país, pela vontade e manda-
29–37, Estabelecidas as leis que go- mentos de Deus, no quarto mês
vernam o arrependimento, a justifica- e no sexto dia do mês que é cha-
ção, a santificação e o batismo; 38–67, mado abril —
Resumidos os deveres dos élderes, sa- 2 Mandamentos esses dados a Jo-
cerdotes, mestres e diáconos; 68–74, seph Smith Júnior que foi a chama-
Revelados os deveres dos membros, a do por Deus e ordenado b apóstolo
bênção de crianças e o modo de batizar; de Jesus Cristo para ser o primeiro
75–84, Dadas as orações sacramentais c 
élder desta igreja;
e as regras que governam os membros 3 E a Oliver Cowdery, que foi
da Igreja. também chamado por Deus como
apóstolo de Jesus Cristo para ser
O a surgimento da b Igreja de o segundo élder desta igreja e or-
Cristo nestes últimos dias, sen- denado sob sua mão;
do mil oitocentos e trinta anos 4 E isso de acordo com a graça
depois da vinda de nosso Senhor de nosso Senhor e Salvador Jesus
e Salvador Jesus Cristo na carne, Cristo, a quem toda a glória
41 a GEE Humildade, GEE Igreja, Nome da; 2 a GEE Autoridade;
Humilde, Humilhar. Igreja de Jesus Cristo Chamado, Chamado
b Mt. 11:28–30. dos Santos dos por Deus, Chamar.
20 1 a JS—H 1:2. Últimos Dias, A. b GEE Apóstolo.
b 3 Né. 27:1–8. c D&C 21:3. c GEE Élder (Ancião).
Doutrina e Convênios 20:5–18 38
seja dada, agora e para sempre. nesta época e nesta geração, assim
Amém. como em gerações passadas;
5 Depois de haver sido verda- 12 Mostrando assim que ele é o
deiramente manifestado a este a 
mesmo Deus ontem, hoje e para
primeiro élder que ele recebera sempre. Amém.
a remissão de seus pecados, ele 13 Portanto, tendo tão grandes
outra vez se a emaranhou nas vai- testemunhas, por elas será julga-
dades do mundo; do o mundo, tantos quantos daqui
6 Mas depois de arrepender-se em diante tiverem conhecimento
e humilhar-se sinceramente, pela desta obra.
fé, Deus abençoou-o por meio de 14 E os que a receberem com fé e
um santo a anjo cujo b semblante agirem a retamente receberão uma
era como relâmpago e cujas vestes b 
coroa de vida eterna;
eram mais puras e brancas do que 15 Mas para aqueles que endu-
qualquer outra brancura; recerem o coração em a increduli-
7 E deu-lhe mandamentos que o dade e a rejeitarem, isso se tornará
inspiraram; em sua própria condenação —
8 E deu-lhe poder do alto, pe- 16 Porque o Senhor Deus o disse;
los a meios que haviam antes sido e nós, os élderes da igreja, ouvi-
preparados, para traduzir o Livro mos e testemunhamos as palavras
de Mórmon; da gloriosa Majestade nas alturas,
9 Que contém um registro de a quem seja glória para todo o
um povo decaído e a a plenitude sempre. Amém.
do b evangelho de Jesus Cristo aos 17 Por estas coisas a sabemos que
gentios e também aos judeus; há um b Deus no céu, que é infinito
10 O qual foi dado por inspira- e eterno, de eternidade a eterni-
ção e é confirmado a a outros pelo dade, o mesmo Deus imutável, o
ministério de anjos, sendo por eles criador do céu e da Terra e de tudo
b 
proclamado ao mundo — o que neles há;
11 Provando ao mundo que as 18 E que ele a criou o homem,
santas escrituras são a verdadeiras homem e mulher, a sua própria
e que Deus b inspira os homens e b 
imagem e conforme a sua seme-
chama-os para sua c santa obra, lhança os criou;
5 a JS—H 1:28–29. Testemunhas” nas 14 a GEE Retidão.
6 a JS—H 1:30–35. páginas introdutórias b GEE Exaltação;
GEE Anjos. do Livro de Mórmon. Vida eterna.
b Mt. 28:2–3. 11 a GEE Escrituras — Valor 15 a GEE Incredulidade.
8 a GEE Urim e Tumim. das escrituras. 17 a D&C 76:22–23.
9 a JS—H 1:34. b GEE Inspiração, b Jos. 2:11.
b GEE Evangelho. Inspirar. GEE Trindade.
10 a Morô. 7:29–32; c GEE Santo (adjetivo). 18 a GEE Criação, Criar.
D&C 5:11. 12 a Heb. 13:8; b Gên. 1:26–27;
b Ver “Depoimento de 1 Né. 10:18–19; Mos. 7:27;
Três Testemunhas” e Mórm. 9:9–10; Ét. 3:14–17.
“Depoimento de Oito D&C 35:1; 38:1–4.
39 Doutrina e Convênios 20:19–31
19 E deu-lhes mandamentos de creram nas palavras dos b santos
que deveriam a amá-lo e b servi-lo, profetas, os quais falaram segun-
o único Deus vivo e verdadeiro; do foram inspirados pelo c dom do
e que ele seria o único ser a quem Espírito Santo, que verdadeira-
deveriam c adorar. mente d testemunharam a respeito
20 Mas, pela transgressão dessas dele em todas as coisas, tivessem
santas leis, o homem tornou-se vida eterna,
a 
sensual e b diabólico e um c ho- 27 Como também os que viriam
mem decaído. depois e creriam nos a dons e cha-
21 Portanto, o Deus Todo-Po- mados de Deus pelo Espírito San-
deroso deu seu a Filho Unigênito, to, que b presta testemunho do Pai
como está escrito nessas escrituras e do Filho;
que por ele foram dadas. 28 E o Pai, o Filho e o Espírito
22 Sofreu a tentações, mas não Santo são a um Deus, infinito e
lhes deu atenção. eterno, sem fim. Amém.
23 Foi a crucificado, morreu e 29 E sabemos que todos os ho-
b 
ressuscitou no terceiro dia; mens precisam a arrepender-se e
24 E a subiu ao céu, para assentar- crer no nome de Jesus Cristo e
se à direita do b Pai a fim de reinar adorar ao Pai em seu nome e per-
em onipotência, de acordo com a severar com b fé em seu nome até
vontade do Pai; o fim; do contrário não podem ser
25 Para que todos os que a cres- c 
salvos no reino de Deus.
sem e fossem batizados em seu 30 E sabemos que a a justifica-
santo nome e b perseverassem com ção pela b graça de nosso Senhor
fé, até o fim, fossem salvos — e Salvador Jesus Cristo é justa e
26 Não somente os que creram verdadeira;
após sua vinda na carne, no a meri- 31  E sabemos também que a
diano dos tempos, mas todos, des- a 
santificação pela graça de nosso
de o princípio, sim, todos os que Senhor e Salvador Jesus Cristo é
existiram antes de sua vinda, que justa e verdadeira, para todos os
19 a Deut. 11:1; b GEE Pai Celestial; b D&C 42:17.
Mt. 22:37; Trindade — Deus, 28 a Jo. 17:20–22;
Morô. 10:32; o Pai. 3 Né. 11:27, 36.
D&C 59:5–6. 25 a D&C 35:2; 38:4; 45:5, 8; GEE Trindade.
b Deut. 6:13–15. 68:9; 76:51–53. 29 a GEE Arrepender-se,
GEE Serviço. b GEE Perseverar. Arrependimento.
c GEE Adorar. 26 a D&C 39:1–3. b GEE Fé.
20 a GEE Sensual, b Jacó 4:4; 7:11; c GEE Plano de
Sensualidade. Mos. 13:33. Redenção;
b GEE Diabo. c Mois. 5:58. Salvação.
c GEE Homem Natural. GEE Espírito Santo. 30 a GEE Justificação,
21 a GEE Unigênito. d GEE Jesus Cristo — Justificar.
22 a Mt. 4:1–11; 27:40. Profecias acerca do b GEE Graça.
23 a GEE Crucificação. nascimento e da morte 31 a GEE Santificação.
b GEE Ressurreição. de Jesus Cristo.
24 a GEE Ascensão. 27 a D&C 18:32.
Doutrina e Convênios 20:32– 45 40
que amam e servem a Deus com seus pecados e estão dispostos a
todo o seu b poder, mente e força. tomar sobre si o c nome de Jesus
32 Mas existe também a possibi- Cristo, tendo o d firme propósito
lidade de que um homem a caia da de servi-lo até o fim; e realmente
graça e aparte-se do Deus vivo; manifestarem por suas e obras que
33 Portanto, que a igreja esteja receberam o Espírito de Cristo
atenta e ore sempre para não cair para a f remissão de seus pecados,
em a tentação; serão recebidos pelo batismo na
34 Sim, até os santificados este- sua igreja.
jam também atentos. 38 O dever dos élderes, sacerdotes,
35 E sabemos que estas coisas mestres, diáconos e membros da igreja
são verdadeiras e estão de acor- de Cristo: Um a apóstolo é um élder
do com as revelações de João, não e b batizar é seu chamado;
a 
aumentando nem diminuindo as 39 E a ordenar outros élderes, sa-
profecias de seu livro, as santas cerdotes, mestres e diáconos;
b 
escrituras ou as revelações de 40 E a administrar o pão e o vi-
Deus que serão dadas daqui em nho — os emblemas da carne e
diante pelo dom e poder do Espí- sangue de Cristo —
rito Santo, pela c voz de Deus ou 41 E a confirmar os que são ba-
pelo ministério de anjos. tizados na igreja, pela imposição
36 E o Senhor Deus disse-o; e de b mãos para o batismo de fogo e
honra, poder e glória sejam dados do c Espírito Santo, de acordo com
a seu santo nome, agora e para as escrituras;
sempre. Amém. 42 E ensinar, explicar, exortar,
37 E também, por meio de manda- batizar e zelar pela igreja;
mento à igreja com respeito ao modo 43 E confirmar a igreja, impon-
de batizar: Todos aqueles que se do as mãos e conferindo o Espí-
humilharem perante Deus e dese- rito Santo;
jarem ser a batizados e se apresen- 44 E dirigir todas as reuniões.
tarem com o b coração quebrantado 45 Os élderes devem a dirigir as
e o espírito contrito; e testifica- reuniões conforme guiados pelo Es-
rem à igreja que verdadeiramen- pírito Santo, de acordo com os man-
te se arrependeram de todos os damentos e revelações de Deus.
31 b Deut. 6:5; c Mos. 5:7–9; 18:8–10. 39 a Morô. 3;
Morô. 10:32. GEE Jesus Cristo — D&C 107:58.
32 a GEE Apostasia; Tomar sobre nós o 40 a GEE Sacramento.
Rebeldia, Rebelião. nome de Jesus Cristo. 41 a D&C 33:11, 14–15; 55:3.
33 a GEE Tentação, Tentar. d GEE Perseverar. b GEE Mãos, Imposição
35 a Apoc. 22:18–19. e Tg. 2:18. de.
b GEE Escrituras. GEE Obras. c GEE Dom do Espírito
c D&C 18:33–36. f GEE Remissão de Santo.
37 a GEE Batismo, Batizar. Pecados. 45 a Morô. 6:9;
b GEE Coração 38 a GEE Apóstolo. D&C 46:2.
Quebrantado. b 3 Né. 11:21–22.
41 Doutrina e Convênios 20:46–64
46 O dever do a sacerdote é pre- 56 E ele deve dirigir as reuniões,
gar, b ensinar, explicar, exortar, ba- na ausência do élder ou sacerdo-
tizar e administrar o sacramento. te —
47 E visitar a casa de todos os 57 E deve ser auxiliado sempre,
membros, exortando-os a a ora- em todos os seus deveres na igre-
rem b em voz alta e em segredo e ja, pelos a diáconos, se a ocasião
a cumprirem todas as obrigações o exigir.
c 
familiares. 58 Mas nem os mestres nem os
48 E ele pode também a ordenar diáconos têm autoridade para ba-
outros sacerdotes, mestres e diá- tizar, administrar o sacramento ou
conos. impor as mãos;
49 E deve dirigir as reuniões 59 Devem, contudo, admoestar,
quando não houver um élder pre- explicar, exortar e ensinar e convi-
sente; dar todos a virem a Cristo.
50 Mas quando houver um élder 60 Todo a élder, sacerdote, mestre
presente, deve somente pregar, ou diácono deve ser ordenado de
ensinar, explicar, exortar e batizar. acordo com os dons e b chamados
51 E visitar a casa de todos os que de Deus receber; e deve ser
membros, exortando-os a orarem ordenado pelo poder do Espíri-
em voz alta e em segredo e a cum- to Santo, que está naquele que o
prirem todas as obrigações fami- ordena.
liares. 61 Os diversos élderes que com-
52 Em todos esses deveres o sa- põem esta igreja de Cristo devem
cerdote deve a assistir o élder, se a reunir-se em conferência de três
ocasião o exigir. em três meses ou de tempos em
53 O dever do a mestre é b zelar tempos, conforme determinado
sempre pela igreja, estar com os ou designado nessas conferências;
membros e fortalecê-los; 62 E essas conferências devem
54 E certificar-se que não haja ini- tratar qualquer assunto da igreja
quidade na igreja nem a aspereza que necessite ser tratado na oca-
entre uns e outros nem mentiras, sião.
maledicências ou b calúnias; 63 Os élderes devem receber suas
55 E certificar-se que a igreja se licenças de outros élderes, pelo
reúna amiúde e também certificar- a 
voto da igreja a que pertencem
se que todos os membros cum- ou das conferências.
pram seus deveres. 64 Todo sacerdote, mestre ou
46 a D&C 84:111; 107:61. Ordenar. 57 a GEE Diácono.
GEE Sacerdote, 52 a D&C 107:14. 60 a GEE Élder (Ancião).
Sacerdócio Aarônico. 53 a GEE Mestre, Sacerdócio b GEE Chamado,
b GEE Ensinar, Mestre. Aarônico. Chamado por Deus,
47 a 1 Tim. 2:8. b GEE Atalaia, Sentinela, Chamar.
b D&C 19:28. Vigiar. 63 a GEE Comum Acordo.
c GEE Família. 54 a 1 Tess. 5:11–13.
48 a GEE Ordenação, b GEE Maledicência.
Doutrina e Convênios 20:65–73 42
diácono que é ordenado por um o sacramento e serem confirma-
c 

sacerdote pode receber dele, no dos pela imposição das d mãos dos
momento, um a certificado que, élderes, a fim de que todas as coi-
quando apresentado a um élder, sas sejam feitas em ordem.
lhe dará direito a uma licença, a 69 E os membros manifestarão
qual o autorizará a cumprir os perante a igreja e também peran-
deveres de seu chamado; ou ele te os élderes, por conduta e lin-
pode receber essa licença da con- guagem piedosas, que são dignos
ferência. dela, a fim de que haja a obras e fé
65 Nenhuma pessoa deve ser a or- segundo as santas escrituras —
denada para qualquer ofício nesta andando em b santidade perante
igreja, onde houver um ramo devi- o Senhor.
damente organizado, sem o b voto 70 Todo membro da igreja de
daquela igreja; Cristo que tiver filhos deverá tra-
66 Mas os élderes presidentes, os zê-los aos élderes diante da igre-
bispos viajantes, os sumos conse- ja, os quais lhes devem impor as
lheiros, os sumos sacerdotes e os mãos em nome de Jesus Cristo,
élderes têm o privilégio de fazer a 
abençoando-os em nome dele.
ordenações onde não houver ramo 71 Ninguém pode ser recebido
da igreja em que se possa convocar na igreja de Cristo a não ser que
uma votação. tenha alcançado a idade da a res-
67 Todo presidente do sumo sa- ponsabilidade perante Deus e seja
cerdócio (ou élder presidente), capaz de b arrepender-se.
a 
bispo, sumo conselheiro e b sumo 72 O a batismo deve ser adminis-
sacerdote deve ser ordenado sob trado da seguinte maneira, a todos
a direção de um c sumo conselho os que se arrependem:
ou conferência geral. 73 A pessoa que foi chamada
68 O a dever dos membros depois de por Deus e tem autoridade de
terem sido recebidos pelo batismo: Os Jesus Cristo para batizar des-
élderes ou os sacerdotes devem cerá à água com aquele que se
ter tempo suficiente para expli- apresentou para o batismo e
car todas as coisas concernentes à dirá, chamando-o pelo nome:
igreja de Cristo, para que eles as Tendo sido comissionado por
b 
compreendam antes de tomarem Jesus Cristo, eu te batizo em
64 a D&C 20:84; 52:41. Entendimento. 68:25–27.
65 a GEE Ordenação, c GEE Sacramento. GEE Batismo, Batizar —
Ordenar. d GEE Mãos, Imposição Requisitos do batismo;
b D&C 26:2. de. Prestar Contas,
GEE Comum Acordo. 69 a Tg. 2:14–17. Responsabilidade,
67 a GEE Bispo. b GEE Santidade. Responsável.
b GEE Sumo Sacerdote. 70 a GEE Abençoado, b GEE Arrepender-se,
c GEE Sumo Conselho. Abençoar, Bênção — Arrependimento.
68 a GEE Dever. Bênção de crianças. 72 a 3 Né. 11:22–28.
b GEE Compreensão, 71 a D&C 18:42; 29:47;
43 Doutrina e Convênios 20:74–84
nome do Pai e do Filho e do Es- eles foi derramado, e testifiquem a
pírito Santo. Amém. ti, ó Deus, Pai Eterno, que sempre
74 Então a imergirá a pessoa na se lembram dele, para que possam
água e depois sairão da água. ter consigo o seu Espírito. Amém.
75 É conveniente que a igreja se 80 Qualquer membro da igreja
reúna amiúde para a partilhar do de Cristo que transgredir ou for
pão e do vinho, em b lembrança do surpreendido em alguma ofen-
Senhor Jesus; sa será tratado como indicam as
76 E o élder ou o sacerdote ad- escrituras.
ministrá-los-á; e desta a maneira 81 Será dever das diversas igrejas
deverá administrá-los: Ajoelhar- que compõem a igreja de Cristo
se-á com a igreja e invocará o Pai mandar um ou mais de seus mes-
em solene oração, dizendo: tres para assistirem às diversas
77 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro- conferências realizadas pelos él-
gamos em nome de teu Filho, Jesus deres da igreja,
Cristo, que abençoes e santifiques 82 Com uma lista dos a nomes
este a pão para as almas de todos dos diversos membros que se ti-
os que partilharem dele, para que verem afiliado à igreja desde a úl-
o comam em lembrança do corpo tima conferência; ou enviá-la pela
de teu Filho e b testifiquem a ti, ó mão de algum sacerdote, para que
Deus, Pai Eterno, que desejam c to- uma lista regular de todos os no-
mar sobre si o nome de teu Filho mes de toda a igreja seja conserva-
e recordá-lo sempre e d guardar os da num livro por um dos élderes,
mandamentos que ele lhes deu, o qual será designado pelos outros
para que possam ter sempre con- élderes de tempos em tempos;
sigo o seu e Espírito. Amém. 83 E também para que, se alguém
78 A a maneira de administrar o tiver sido a expulso da igreja, seu
vinho: Ele também tomará o b cá- nome seja riscado do registro ge-
lice e dirá: ral de nomes.
79 Ó Deus, Pai Eterno, nós te 84 Todos os membros que se mu-
rogamos em nome de teu Filho, dam da igreja onde residem e vão
Jesus Cristo, que abençoes e san- para uma igreja onde não são co-
tifiques este a vinho para as almas nhecidos podem levar uma carta
de todos os que beberem dele, atestando que são membros regu-
para que o façam em lembrança lares e dignos, atestado esse que
do sangue de teu Filho, que por poderá ser assinado por qualquer
74 a GEE Batismo, Batizar — D&C 20:37. b Lc. 22:20.
Batismo por imersão. c Mos. 5:8–12. 79 a D&C 27:2–4.
75 a At. 20:7. d GEE Obedecer, 82 a Morô. 6:4.
b GEE Sacramento. Obediência, 83 a Êx. 32:33;
76 a Morô. 4. Obediente. Al. 5:57;
77 a Lc. 22:19. e Jo. 14:16. Morô. 6:7.
b Mos. 18:8–10; 78 a Morô. 5. GEE Excomunhão.
Doutrina e Convênios 21:1–6 44
élder ou sacerdote, caso a pessoa pode ainda ser assinada pelos
que vá receber a carta conheça mestres ou diáconos da igreja.
pessoalmente o élder ou sacerdote;

SEÇÃO 21
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Fayette, Nova York, em
6 de abril de 1830. Esta revelação foi dada quando da organização da
Igreja, na data mencionada, na residência de Peter Whitmer Sênior.
Participaram seis homens que haviam sido anteriormente batizados.
Por voto unânime, essas pessoas expressaram seu desejo e determi-
nação de organizarem-se de acordo com o mandamento de Deus. (Ver
seção 20.) Eles votaram também a favor de aceitar e apoiar Joseph
Smith Júnior e Oliver Cowdery como oficiais presidentes da Igreja.
Pela imposição de mãos, Joseph então ordenou Oliver élder da Igreja;
e Oliver ordenou Joseph da mesma forma. Após a administração do
sacramento, Joseph e Oliver impuseram as mãos sobre os participan-
tes, individualmente, para conferir-lhes o Espírito Santo e confirmar
cada um como membro da Igreja.
1–3, Joseph Smith é chamado para ser 3 a Igreja essa b organizada e esta-
vidente, tradutor, profeta, apóstolo e belecida no ano de mil oitocentos e
élder; 4–8, Sua palavra guiará a causa trinta de vosso Senhor, no quarto
de Sião; 9–12, Os santos acreditarão mês e no sexto dia do mês que é
nas palavras dele, quando falar por chamado abril.
meio do Consolador. 4 Portanto, vós, ou seja, a igreja,
dareis ouvidos a todas as a pala-
Eis que um a registro será escrito vras e mandamentos que ele vos
entre vós; e nele serás chamado transmitir à medida que ele os
b 
vidente, tradutor, profeta, c após- receber, andando em toda b santi-
tolo de Jesus Cristo, élder da igreja dade diante de mim;
pela vontade de Deus, o Pai, e pela 5 Pois suas a palavras recebereis
graça de vosso Senhor Jesus Cristo, como de minha própria boca, com
2 Sendo a inspirado pelo Espírito toda paciência e fé.
Santo a lançar o alicerce dela e edi- 6 Porque, assim fazendo, as a por-
ficá-la para a santíssima fé. tas do inferno não prevalecerão
21 1 a D&C 47:1; 69:3–8; 3 a GEE Igreja de Jesus 5 a D&C 1:38.
85:1. Cristo dos Santos dos GEE Apoio aos
b GEE Vidente. Últimos Dias, A. Líderes da Igreja;
c GEE Apóstolo. b D&C 20:1. Profeta.
2 a GEE Inspiração, 4 a GEE Escrituras. 6 a Mt. 16:18;
Inspirar. b GEE Santidade. D&C 10:69.
45 Doutrina e Convênios 21:7–22:2
contra vós; sim, e o Senhor Deus que lhe são dadas por meu inter-
afastará de vós os poderes das médio, pelo c Consolador, o qual
b 
trevas e fará c tremerem os céus d 
manifesta que Jesus foi e crucifica-
para o vosso bem e para a d glória do por homens f pecadores, pelos
de seu nome. pecados do g mundo, sim, para a
7 Pois assim diz o Senhor Deus: remissão de pecados do h coração
Inspirei-o a promover a causa de contrito.
a 
Sião com grande poder voltado 10 Portanto, é-me conveniente
para o bem; e conheço sua dili- que ele seja a ordenado por ti, Oli-
gência e ouvi suas orações. ver Cowdery, meu apóstolo;
8 Sim, vi seu pranto por Sião e fa- 11 Sendo esta uma ordenança
rei com que já não se lamente por para ti, que és um élder sob a mão
ela; pois chegados são os dias de dele, sendo ele o a primeiro para ti,
seu regozijo pela a remissão de seus para que sejas um élder desta igre-
pecados e pelas manifestações de ja de Cristo, que leva meu nome —
minhas bênçãos sobre suas obras. 12 E o primeiro pregador desta
9 Pois eis que a abençoarei todos igreja, para a igreja e perante o
os que trabalharem em minha b vi- mundo, sim, e perante os gentios;
nha com uma grandiosa bênção e sim, isto diz o Senhor Deus, tam-
eles acreditarão nas palavras dele, bém aos a judeus. Amém.

SEÇÃO 22
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Man-
chester, Nova York, em 16 de abril de 1830. Esta revelação foi dada à
Igreja por causa de alguns que já haviam sido batizados e desejavam
unir-se à Igreja sem novo batismo.
1, O batismo é um novo e eterno con- convênios antigos fiz eu com que
a 

vênio; 2–4, Requer-se o batismo feito neste fossem invalidados; e este é


com autoridade. um b novo e eterno convênio, que
era desde o princípio.
Eis que vos digo que todos os 2  Portanto, embora seja um
6 b Col. 1:12–13. e GEE Crucificação. 11 a D&C 20:2.
c D&C 35:24. f GEE Pecado. 12 a 1 Né. 13:42;
d GEE Glória. g 1 Jo. 2:2. D&C 19:27; 90:8–9.
7 a GEE Sião. GEE Mundo — Pessoas 22 1 a Heb. 8:13;
8 a D&C 20:5–6. que não obedecem aos 3 Né. 12:46–47.
9 a 1 Né. 13:37; mandamentos. b D&C 66:2.
Jacó 5:70–76. h GEE Coração GEE Convênio;
b GEE Vinha do Senhor. Quebrantado. Novo e Eterno
c GEE Consolador. 10 a GEE Ordenação, Convênio.
d GEE Testificar. Ordenar.
Doutrina e Convênios 22:3–23:6 46
homem batizado cem vezes, de último convênio e esta igreja me
nada lhe aproveita, pois não po- fossem edificados, como nos dias
deis entrar pela porta estreita por antigos.
meio da a lei de Moisés nem por 4 Portanto, entrai pela a porta,
vossas b obras mortas. como ordenei, e b não procureis
3 Pois foi por causa de vossas aconselhar a vosso Deus. Amém.
obras mortas que fiz com que este

SEÇÃO 23
Uma série de cinco revelações dadas por intermédio de Joseph Smith,
o Profeta, em Manchester, Nova York, em abril de 1830, a Oliver
Cowdery, Hyrum Smith, Samuel H. Smith, Joseph Smith Sênior e
Joseph Knight Sênior. Como resultado do desejo sincero, das cinco
pessoas mencionadas, de saber quais os seus respectivos deveres, o
Profeta consultou o Senhor e recebeu uma revelação para cada pessoa.
1–7, Estes primeiros discípulos são para exortar e a fortalecer a igre-
chamados para pregar, exortar e for- ja continuamente. Portanto, teu
talecer a Igreja. dever será para com a igreja eter-
namente; e isto por causa de tua
Eis que te digo algumas palavras, família. Amém.
Oliver. Eis que abençoado és e 4 Eis que te digo algumas pala-
não estás sob condenação algu- vras, a Samuel; pois também não
ma. Acautela-te, porém, contra o estás sob condenação alguma e
a 
orgulho, para que não caias em teu chamado é para exortar e for-
b 
tentação. talecer a igreja; e ainda não foste
2 Dá a conhecer teu chamado à chamado para pregar ao mundo.
igreja e também ao mundo; e teu Amém.
coração será aberto para pregar a 5 Eis que te digo algumas pala-
verdade de agora em diante e para vras, Joseph; pois também não es-
sempre. Amém. tás sob condenação alguma e teu
3 Eis que te digo algumas pala- chamado também é para exortar e
vras, Hyrum; pois também não fortalecer a igreja; e esse será o teu
estás sob condenação alguma e dever de agora em diante e para
teu coração está aberto e tua lín- sempre. Amém.
gua desatada; e teu chamado é 6  Eis que te declaro, Joseph
2 a Gál. 2:16. 2 Né. 9:41; 31:9, 17–18; 23 1 a GEE Orgulho.
GEE Lei de Moisés. 3 Né. 14:13–14. b GEE Tentação, Tentar.
b Morô. 8:23–26. GEE Batismo, Batizar. 3 a D&C 81:4–5; 108:7.
4 a Mt. 7:13–14; Lc. 13:24; b Jacó 4:10. 4 a JS—H 1:4.
47 Doutrina e Convênios 23:7–24:7
Knight, por estas palavras, que de- 7 E eis que é teu dever a unir-te
ves tomar tua a cruz e, ao tomá-la, à igreja verdadeira e fazer com
deves b orar c vocalmente perante o que tuas palavras sejam continua-
mundo, assim como em segredo e mente de exortação, para que re-
no seio de tua família e entre teus cebas a recompensa do trabalha-
amigos e em todos os locais. dor. Amém.

SEÇÃO 24
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery, em
Harmony, Pensilvânia, em julho de 1830. Embora menos de quatro
meses houvessem decorrido desde a organização da Igreja, a perse-
guição tornara-se intensa e os líderes tiveram que buscar segurança,
escondendo-se parte do tempo. As três revelações seguintes foram
dadas nesta ocasião a fim de fortalecê-los, encorajá-los e instruí-los.
1–9, Joseph Smith é chamado para tra- os teres protegido, vai depressa
duzir, pregar e explicar as escrituras; à igreja que está em b Colesville,
10–12, Oliver Cowdery é chamado Fayette e Manchester e eles c sus-
para pregar o evangelho; 13–19, Re- tentar-te-ão; e abençoá-los-ei tanto
velada a lei relativa a milagres, maldi- espiritual como materialmente;
ções, sacudir o pó dos pés e não levar 4 Mas, caso não te recebam, en-
bolsa nem alforje. viarei sobre eles maldição em vez
de bênção.
Eis que foste chamado e escolhido 5 E continuarás a invocar a Deus
para escrever o Livro de Mórmon em meu nome e a escrever as coi-
e para meu ministério; e livrei-te sas que te serão dadas pelo a Con-
de tuas aflições e aconselhei-te, solador e a explicar todas as escri-
pelo que tens sido livrado de to- turas à igreja.
dos os teus inimigos e dos poderes 6 E no momento preciso ser-te-á
de Satanás e das trevas! dado o que hás de a dizer e escre-
2 Contudo, não tens desculpa ver; e eles deverão ouvir; caso con-
para tuas a transgressões; portanto, trário, enviar-lhes-ei maldição em
vai e não peques mais. vez de bênção.
3  a Magnifica teu ofício; e após 7 Pois tu a servirás exclusivamen-
haveres semeado teus campos e te a Sião; e nisto terás força.
6 a Mt. 10:38; 24 2 a D&C 1:31–32. Mt. 10:19–20;
3 Né. 12:30. 3 a Jacó 1:19; 2:2. Lc. 12:11–12;
b GEE Oração. b D&C 26:1; 37:2. Hel. 5:18–19;
c D&C 20:47, 51. c D&C 70:12. D&C 84:85; 100:5–8;
7 a GEE Batismo, Batizar — 5 a GEE Consolador. Mois. 6:32.
Essencial. 6 a Êx. 4:12; 7 a GEE Serviço.
Doutrina e Convênios 24:8–19 48
8 Sê paciente nas aflições, pois
a  b 
não ser que vos sejam pedidas por
terás muitas; c suporta-as, contu- aqueles que as desejarem, a fim
do, pois eis que estou contigo até de que se cumpram as escrituras;
o d fim dos teus dias. pois agireis de acordo com o que
9 E nas obras terrenas não terás está escrito.
força, porque teu chamado não é 15 E onde quer que a entrardes e
esse. Dedica-te a teu a chamado e não vos receberem em meu nome,
terás com o que magnificar teu deixareis maldição em vez de
ofício e explicar todas as escritu- bênção, sacudindo o b pó de vos-
ras e continuar impondo as mãos sos pés, em testemunho contra
e confirmando as igrejas. eles e limpando os pés pelo ca-
10 E teu irmão Oliver continua- minho.
rá levando meu nome diante do 16 E acontecerá que a quem vos
mundo e da igreja. E não deverá deitar as mãos com violência, or-
supor que possa falar em dema- denareis que seja afligido em meu
sia sobre a minha causa; e eis que nome; e eis que, de acordo com
estou com ele até o fim. vossas palavras, eu o ferirei em
11 Em mim terá glória e não em meu próprio e devido tempo.
si mesmo, seja em fraqueza ou em 17 E quem contra ti comparecer
força, em cativeiro ou liberdade. perante a lei, pela lei será amal-
12 E em todos os tempos e em to- diçoado.
dos os locais abrirá a boca e a anun- 18 E não levarás a bolsa nem al-
ciará meu evangelho como com a forje nem bordões nem duas tú-
voz de uma b trombeta, tanto de nicas, porque a igreja te dará, no
dia como à noite. E dar-lhe-ei uma momento exato, a comida e o ves-
força que não é conhecida entre tuário e os sapatos e o dinheiro e o
os homens. alforje de que necessitares.
13 Não soliciteis a milagres a não 19 Pois tu és chamado para a po-
ser que eu vos b ordene, exceto dar vigorosamente a minha vi-
para c expulsar d demônios, e curar nha, sim, pela última vez; sim,
os enfermos e contra f serpentes e também todos aqueles a quem
venenosas e contra venenos mor- b 
ordenaste; e eles seguirão estas
tíferos; normas. Amém.
14 E a estas coisas não fareis, a
8 a GEE Paciência. c Mc. 16:17. Lc. 10:11;
b GEE Adversidade. d GEE Espírito — D&C 60:15;
c GEE Perseverar. Espíritos maus. 75:19–22; 99:4–5.
d Mt. 28:20. e GEE Curar, Curas. 18 a Mt. 10:9–10;
9 a GEE Mordomia, f At. 28:3–9; Lc. 10:4;
Mordomo. D&C 84:71–72; D&C 84:78–79.
12 a GEE Pregar. 124:98–99. 19 a Jacó 5:61–74;
b D&C 34:6. 14 a GEE Bênção dos D&C 39:17; 71:4.
13 a GEE Milagre; Doentes. b GEE Ordenação,
Sinal. 15 a Mt. 10:11–15. Ordenar.
b 1 Né. 17:50. b Mc. 6:11;
49 Doutrina e Convênios 25:1–9

SEÇÃO 25
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Har-
mony, Pensilvânia, em julho de 1830 (ver o cabeçalho da seção 24).
Esta revelação manifesta a vontade do Senhor a Emma Smith, mu-
lher do Profeta.
1–6, Emma Smith, uma mulher elei- considero sábio para um tempo
ta, é chamada para ajudar e consolar o futuro.
marido; 7–11, Ela também é chamada 5 O dever de teu chamado será
para escrever, explicar as escrituras e a 
confortar meu servo Joseph Smith
selecionar hinos; 12–14, O canto dos Júnior, teu marido, em suas afli-
justos é uma prece ao Senhor; 15–16, ções, com palavras consoladoras,
Os princípios de obediência contidos com espírito de mansidão.
nesta revelação aplicam-se a todos. 6 E quando ele viajar, irás com
ele; e servir-lhe-ás de escreven-
Escuta a voz do Senhor teu Deus, te enquanto não houver quem o
enquanto me dirijo a ti, Emma faça, para que eu possa enviar o
Smith, minha filha; pois em ver- meu servo Oliver Cowdery aonde
dade eu te digo: Todos os que a re- eu desejar.
cebem meu evangelho são filhos e 7 E serás a ordenada sob suas
filhas em meu b reino. mãos para explicar as escrituras
2 Dou-te uma revelação com res- e exortar a igreja, conforme te for
peito à minha vontade; e se fores revelado pelo meu Espírito.
fiel e a andares nos caminhos da 8 Pois ele imporá as a mãos sobre
b 
virtude perante mim, preservar- ti e receberás o Espírito Santo e teu
te-ei a vida, e receberás uma c he- tempo será dedicado a escrever e
rança em Sião. a aprender muito.
3 Eis que teus a pecados te são 9 E não precisas temer, porque
perdoados e és uma mulher eleita, teu marido te apoiará na igreja;
a quem b chamei. pois seu a chamado é para benefí-
4 Não murmures por causa das cio deles, a fim de que lhes sejam
coisas que não viste, porque fo- b 
reveladas todas as coisas que eu
ram ocultas a ti e ao mundo, o que desejar, de acordo com sua fé.
25 1 a Jo. 1:12. 101:18. 8 a GEE Mãos, Imposição
GEE Filhos e Filhas de GEE Sião. de.
Deus. 3 a Mt. 9:2. 9 a GEE Chamado,
b GEE Reino de Deus ou b GEE Chamado, Chamado por Deus,
Reino dos Céus. Chamado por Deus, Chamar;
2 a GEE Andar, Andar Chamar. Profeta.
com Deus. 5 a GEE Compaixão. b GEE Profecia,
b GEE Virtude. 7 a OU designado. Profetizar;
c D&C 52:42; 64:30; GEE Designação. Revelação.
Doutrina e Convênios 25:10–26:2 50
10 E em verdade eu te digo que alegra-te e apega-te aos convê-
deverás deixar as a coisas deste nios que fizeste.
b 
mundo e c buscar as coisas de um 14  Continua em espírito de
melhor. a 
mansidão, acautelando-te con-
11 E também te será concedido tra o b orgulho. Que tua alma se
fazer uma seleção de a hinos sacros deleite em teu marido e na glória
para serem usados em minha igre- que sobre ele virá.
ja conforme te for dado, o que me 15 Guarda meus mandamentos
é agradável. continuamente e receberás uma
12 Porque minha alma se delei- a 
coroa de b retidão. E, a não ser que
ta com o a canto do b coração; sim, faças isso, onde estou não c pode-
o canto dos justos é uma prece a rás vir.
mim e será respondido com uma 16 E em verdade, em verdade eu
bênção sobre sua cabeça. te digo que esta é a minha a voz
13  Portanto, rejubila-te e para todos. Amém.

SEÇÃO 26
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cowdery e a John
Whitmer, em Harmony, Pensilvânia, em julho de 1830 (ver cabeça-
lho da seção 24).
1, Eles são instruídos a estudar as es- terra, como é requerido, até depois
crituras e a pregar; 2, Confirmada a de irdes ao oeste a fim de realizar
lei do comum acordo. a próxima conferência; então vos
será dado saber o que fareis.
Eis que vos digo que devereis de- 2 E todas as coisas serão feitas
dicar vosso tempo ao a estudo das de a comum acordo na igreja, por
escrituras e à pregação e à confir- meio de muita oração e fé, pois
mação da igreja em b Colesville; e todas as coisas recebereis pela fé.
à realização de vossos labores na Amém.
10 a GEE Cobiçar; 14 a GEE Mansidão, Manso, 26 1 a GEE Escrituras —
Riquezas. Mansuetude. Valor das escrituras.
b GEE Mundanismo. b GEE Orgulho. b D&C 24:3; 37:2.
c Ét. 12:4. 15 a GEE Coroa; 2 a 1 Sam. 8:7;
11 a GEE Hino. Exaltação. Mos. 29:26.
12 a 1 Crôn. 16:9. b GEE Retidão. GEE Comum Acordo.
GEE Cantar. c Jo. 7:34.
b GEE Coração. 16 a D&C 1:38.
51 Doutrina e Convênios 27:1–8

SEÇÃO 27
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Pensilvâ-
nia, em agosto de 1830. Em preparação para um serviço religioso em
que o sacramento do pão e do vinho seria administrado, Joseph saiu à
procura de vinho. Encontrou um mensageiro celestial e recebeu esta
revelação, parte da qual foi escrita na ocasião; o restante foi escrito
no mês de setembro seguinte. Agora se usa água em vez de vinho nos
serviços sacramentais da Igreja.
1–4, Indicados os emblemas a serem 5 Eis que nisto há sabedoria; por-
usados na distribuição do sacramento; tanto, não vos maravilheis, porque
5–14, Cristo e Seus servos de todas as virá a hora em que, na Terra, a be-
dispensações participarão do sacra- berei do fruto da vide convosco e
mento; 15–18, Revesti-vos de toda a com b Morôni, a quem enviei para
armadura de Deus. vos revelar o Livro de Mórmon,
que contém a plenitude do meu
Ouvi a voz de Jesus Cristo, vos- evangelho eterno, e a quem con-
so Senhor, vosso Deus e vosso fiei as chaves do registro da c vara
Redentor, cuja palavra é a viva e de Efraim;
poderosa. 6 E também com a Elias, a quem
2 Pois eis que vos digo que não confiei as chaves para restaurar
importa o que se come ou o que se todas as coisas mencionadas pela
bebe ao participar do a sacramen- boca de todos os santos profetas,
to, se o fizerdes com os olhos fitos desde o princípio do mundo, con-
na minha b glória — lembrando cernentes aos últimos dias;
perante o Pai o meu corpo, que 7 E também João, o filho de Zaca-
foi sacrificado por vós, e o meu rias, Zacarias esse que ele a (Elias)
c 
sangue, que foi derramado para visitou, dando-lhe a promessa de
a d remissão de vossos pecados. um filho que se chamaria b João
3 Portanto, um mandamento vos e que seria cheio do espírito de
dou, que não compreis vinho nem Elias;
bebida forte de vossos inimigos; 8 E esse João enviei a vós, meus
4 Portanto, nenhum tomareis, a servos Joseph Smith Júnior e Oli-
não ser que seja novo, feito por ver Cowdery, para ordenar-vos
vós, sim, neste reino de meu Pai ao primeiro a sacerdócio que re-
que será edificado na Terra. cebestes, a fim de que fôsseis
27 1 a Hel. 3:29; 5 a Mt. 26:29; 6 a GEE Elias.
D&C 6:2. Mc. 14:25; 7 a Lc. 1:17–19.
2 a GEE Sacramento. Lc. 22:18. b Lc. 1:13;
b GEE Glória. b JS—H 1:30–34. D&C 84:27–28.
c GEE Sangue. c Eze. 37:16. 8 a D&C 13.
d GEE Remissão de GEE Efraim — Vara de GEE Sacerdócio
Pecados. Efraim ou vara de José. Aarônico.
Doutrina e Convênios 27:9–18 52
chamados e ordenados como
b 
estão no céu como as que estão
foi c Aarão; na Terra;
9 E também a Elias, o profeta, a 14 E também com todos os que,
quem confiei as chaves do poder do mundo, o Pai me a deu.
de b conversão do coração dos pais 15 Portanto, alegrai-vos e rejubi-
aos filhos e do coração dos filhos lai-vos e cingi os lombos e tomai
aos pais, para que toda a Terra não sobre vós toda a minha a armadu-
fosse ferida com maldição; ra, para que possais resistir no dia
10 E também com José e Jacó e mau, havendo feito tudo, a fim de
Isaque e Abraão, vossos pais, por b 
subsistirdes.
meio de quem as a promessas per- 16 Estai, pois, firmes, tendo a cin-
manecem; gidos os lombos com a b verdade,
11 E também com Miguel, ou tendo vestida a c couraça da d reti-
seja, a Adão, o pai de todos, o prín- dão e calçados os pés com a pre-
cipe de todos, o ancião de dias; paração do evangelho da e paz,
12 E também com Pedro e Tiago o qual, para vos confiar, enviei
e João, que vos enviei, por inter- meus f anjos;
médio de quem vos a ordenei e 17 Tomando o escudo da fé com
confirmei para serdes b apóstolos o qual podereis apagar todos os
e c testemunhas especiais de meu a 
dardos inflamados dos iníquos;
nome e para portardes as chaves 18 E tomai o capacete da salvação
de vosso ministério e das mesmas e a espada de meu Espírito, que
coisas que a eles revelei; derramarei sobre vós, e minha pa-
13 A quem a confiei as b chaves lavra, que vos revelo; e concordai
de meu reino e uma c dispensa- acerca de todas as coisas que me
ção do d evangelho para os e últi- pedirdes; e sede fiéis até que eu
mos tempos; e para a f plenitude venha e sereis a arrebatados, para
dos tempos, quando reunirei em que onde eu estiver estejais vós
g 
uma todas as coisas, tanto as que b 
também. Amém.
8 b GEE Ordenação, Melquisedeque. D&C 50:41–42; 84:63.
Ordenar. b GEE Apóstolo. 15 a Rom. 13:12;
c Êx. 28:1–3, 41; c At. 1:8. Ef. 6:11–18.
D&C 107:13. 13 a Mt. 16:19. b Mal. 3:2; D&C 87:8.
9 a 1 Re. 17:1–22; b GEE Chaves do 16 a Isa. 11:5.
2 Re. 1–2; Sacerdócio. b GEE Verdade.
D&C 2; 110:13–16; c GEE Dispensação. c Isa. 59:17.
JS—H 1:38–39. d GEE Evangelho. d GEE Retidão.
GEE Elias, o Profeta. e Jacó 5:71; e 2 Né. 19:6.
b GEE Genealogia. D&C 43:28–30. f D&C 128:19–21.
10 a GEE Convênio f Ef. 1:9–10; 17 a 1 Né. 15:24;
Abraâmico. D&C 112:30; 124:41. D&C 3:8.
11 a GEE Adão. g D&C 84:100. 18 a 1 Né. 13:37;
12 a JS—H 1:72. 14 a Jo. 6:37; 17:9, 11; D&C 17:8.
GEE Sacerdócio de 3 Né. 15:24; b Jo. 14:3.
53 Doutrina e Convênios 28:1–9

SEÇÃO 28
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver
Cowdery, em Fayette, Nova York, em setembro de 1830. Hiram Page,
um membro da Igreja, possuía uma certa pedra e afirmava estar re-
cebendo revelações por meio dela a respeito da edificação de Sião e da
ordem da Igreja. Vários membros haviam sido enganados por essas ale-
gações e até Oliver Cowdery fora erroneamente influenciado por elas.
Pouco antes da data marcada para uma conferência, o Profeta inqui-
riu fervorosamente o Senhor sobre o assunto e recebeu esta revelação.
1–7, Joseph Smith possui as chaves fores levado pelo Consolador a
dos mistérios e somente ele recebe re- a 
falar ou a ensinar, por meio de
velações para a Igreja; 8–10, Oliver mandamento à igreja, poderás
Cowdery deverá pregar aos lamanitas; fazê-lo.
11–16, Satanás engana Hiram Page e 5 Não deverás, porém, escrever
dá-lhe revelações falsas. por meio de mandamento, mas
segundo a sabedoria;
Eis que te digo, a Oliver, que te será 6 E não darás ordens àquele que
concedido ser ouvido pela igreja está acima de ti e à frente da igreja;
em todas as coisas que lhes b ensi- 7 Pois dei a ele as a chaves dos
nares por meio do c Consolador, a b 
mistérios e as revelações que es-
respeito das revelações e dos man- tão seladas, até que lhes designe
damentos que dei. outro em seu lugar.
2 Mas eis que em verdade, em 8 E agora, eis que eu te digo que
verdade eu te digo: a Ninguém será irás aos a lamanitas para pregar-
designado para receber manda- lhes meu b evangelho; e se aceita-
mentos e revelações nesta igreja, rem os teus ensinamentos, estabe-
a não ser meu servo b Joseph Smith lecerás entre eles a minha igreja; e
Júnior porque ele as recebe como receberás revelações, mas não as
Moisés. escreverás como mandamentos.
3 E tu serás obediente às coisas 9 E agora, eis que te digo que não
que eu lhe der, tal como a Aarão, foi revelado e nenhum homem
para declarar fielmente à igreja, sabe onde será construída a a cida-
com poder e b autoridade, os man- de de b Sião, mas será revelado mais
damentos e as revelações. tarde. Eis que te digo que será nas
4 E se em toda e qualquer ocasião fronteiras, próximo aos lamanitas.
28 1 a D&C 20:3. GEE Smith, Joseph, Jr. b GEE Mistérios de Deus.
b GEE Ensinar, 3 a GEE Aarão, Irmão de 8 a 2 Né. 3:18–22;
Mestre — Ensinar Moisés. D&C 30:5–6; 32:1–3.
com o Espírito. b GEE Autoridade. b D&C 3:19–20.
c GEE Consolador. 4 a Êx. 4:12–16; 9 a D&C 57:1–3.
2 a D&C 35:17–18; 43:4. D&C 24:5–6. b D&C 52:42–43.
b 2 Né. 3:14–20. 7 a D&C 64:5; 84:19. GEE Sião.
Doutrina e Convênios 28:10–29:3 54
10 Não deverás deixar este local 13 Pois todas as coisas na igre-
até depois da conferência; e meu ja devem ser feitas em ordem e
servo Joseph será designado, pela de a comum acordo e pela oração
voz da conferência, para presidi- da fé.
la; e o que ele te disser, falarás. 14 E ajudarás a resolver todas es-
11 E também, deverás procurar sas coisas, de acordo com os con-
teu irmão Hiram Page, em a parti- vênios da igreja, antes de iniciares
cular, e dizer-lhe que as coisas que tua viagem entre os lamanitas.
ele escreveu por meio daquela pe- 15 E desde o momento em que
dra não procedem de mim; e que partires até regressares, ser-te-á
b 
Satanás o c iludiu; a 
indicado o que fazer.
12 Pois eis que essas coisas não 16 E deverás abrir a boca em to-
lhe foram designadas e a ninguém das as ocasiões, declarando meu
desta igreja será designada qual- evangelho em tom de regozijo.
quer coisa contrária aos convênios Amém.
da igreja.

SEÇÃO 29
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na pre-
sença de seis élderes, em Fayette, Nova York, em setembro de 1830.
Esta revelação foi recebida alguns dias antes da conferência iniciada
em 27 de setembro de 1830.
1–8, Cristo reúne Seus eleitos; 9–11, Dai ouvidos à voz de Jesus Cris-
Sua vinda inaugura o Milênio; 12–13, to, vosso Redentor, o Grande a Eu
Os Doze julgarão toda a Israel; 14–21, Sou, cujo braço de b misericórdia
Sinais, pragas e desolações precederão c 
expiou vossos pecados;
a Segunda Vinda; 22–28, A última 2 Que a ajuntará seu povo, assim
ressurreição e o julgamento final se- como a galinha ajunta sob as asas
guir-se-ão ao Milênio; 29–35, Todas seus pintinhos, sim, tantos quan-
as coisas são espirituais para o Senhor; tos atenderem à minha voz e se
36–39, O diabo e suas hostes foram b 
humilharem perante mim e in-
expulsos do céu para tentar o homem; vocarem-me em fervorosa oração.
40–45, A queda e a expiação trazem a 3 Eis que em verdade, em ver-
salvação; 46–50, As criancinhas são dade vos digo que neste mo-
redimidas por meio da expiação. mento vossos pecados vos são
11 a Mt. 18:15. 29 1 a GEE EU SOU. 3 Né. 10:4–6.
b Apoc. 20:10. b GEE Misericórdia, b GEE Humildade,
c D&C 43:5–7. Misericordioso. Humilde, Humilhar.
13 a GEE Comum Acordo. c GEE Expiação, Expiar.
15 a 2 Né. 32:3, 5. 2 a Mt. 23:37;
55 Doutrina e Convênios 29:4–12
a 
perdoados e por isso recebeis es- 9 Porque a hora está próxima
tas coisas; mas lembrai-vos de não e logo vem o dia em que a Terra
mais pecar para que não vos so- estará madura; e todos os a sober-
brevenham perigos. bos e os que praticam iniquidade
4 Em verdade vos digo que sois serão como o b restolho; e c queimá-
escolhidos dentre os do mundo los-ei, diz o Senhor dos Exércitos,
para declarardes meu evangelho para que não haja iniquidade so-
com som de regozijo, com a a voz bre a Terra;
como de uma trombeta. 10 Porque a hora está próxima
5 Rejubilai-vos e alegrai-vos, por- e aquilo que foi a dito por meus
que estou no a meio de vós e sou apóstolos deve ser cumprido; pois
vosso b advogado junto ao Pai; e como disseram, assim há de acon-
é de seu agrado dar-vos o c reino. tecer;
6 E, como está escrito: Tudo o 11 Pois revelar-me-ei do céu com
que a pedirdes com b fé, estando poder e grande glória, com todas
c 
unidos em oração, de acordo com as suas a hostes, e em b retidão ha-
minhas ordens, recebereis. bitarei com os homens na Terra
7 E vós sois chamados para efe- por c mil anos; e os iníquos não
tuardes a a reunião de meus b elei- permanecerão.
tos; pois os meus eleitos c ouvem 12 E também em verdade, em
a minha voz e não endurecem o verdade vos digo que foi procla-
d 
coração. mado em firme decreto, pela von-
8 Portanto, o Pai decretou que tade do Pai, que os meus a apósto-
serão a reunidos em um mesmo los, os Doze que estiveram comigo
local na face desta terra, a fim de em meu ministério em Jerusalém,
b 
preparar-lhes o coração e para postar-se-ão à minha direita, no
que estejam prontos em todas as dia da minha vinda em um pilar
coisas para o dia em que c tribula- de b fogo, estando trajados com
ções e desolações forem enviadas mantos de retidão, com coroas na
sobre os iníquos. cabeça, em c glória como eu estou,
3 a GEE Perdoar. b Mc. 13:20; D&C 84:34. GEE Terra —
4 a Al. 29:1–2; GEE Eleitos. Purificação da Terra.
D&C 19:37; 30:9. c Al. 5:37–41. 10 a GEE Segunda Vinda de
5 a Mt. 18:20; d GEE Coração. Jesus Cristo.
D&C 6:32; 38:7; 8 a D&C 45:64–66; 57:1. 11 a JS—M 1:37.
88:62–63. b D&C 58:6–9; 78:7. b GEE Retidão.
b GEE Advogado. c D&C 5:19; 43:17–27. c GEE Jesus Cristo —
c GEE Reino de Deus ou 9 a 2 Né. 20:33; Reinado de Cristo no
Reino dos Céus. 3 Né. 25:1. milênio;
6 a Mt. 21:22; GEE Orgulho. Milênio.
Jo. 14:13. b Naum 1:10; Mal. 4:1; 12 a GEE Apóstolo.
b Mc. 11:24. 1 Né. 22:15, 23; b Isa. 66:15–16;
c 3 Né. 27:1–2; JS—H 1:37. D&C 130:7; 133:41.
D&C 84:1. c D&C 45:57; 63:34, 54; c GEE Glória;
7 a GEE Israel — Coligação 64:24; 88:94; 101:23–25; Jesus Cristo — Glória
de Israel. 133:64. de Jesus Cristo.
Doutrina e Convênios 29:13–23 56
para julgar toda a casa de Israel,
d 
18 Portanto, eu, o Senhor Deus,
sim, todos os que me amaram e mandarei moscas sobre a face da
guardaram os meus mandamen- Terra, as quais se apoderarão de
tos; e ninguém mais. seus habitantes, comer-lhes-ão
13 Pois uma a trombeta soará lon- a carne e farão com que neles se
ga e estrondosamente, sim, como criem bicheiras;
no Monte Sinai; e toda a Terra es- 19 E a língua deles será refreada
tremecerá e eles b surgirão — sim, para que não a falem contra mim; e
os c mortos que morreram em mim, sua carne desprender-se-á dos os-
para receber a d coroa de retidão e sos e seus olhos cairão das órbitas;
serem vestidos, e assim como eu, a 20 E acontecerá que as a bestas
fim de estarem comigo, para que da floresta e as aves do céu os de-
sejamos um. vorarão.
14 Mas eis que vos digo que, an- 21 E a grande e a abominável
tes que venha esse grande a dia, o igreja, que é a b prostituta de toda
b 
sol escurecerá e a lua tornar-se-á a Terra, será abatida por c fogo
em sangue e as estrelas cairão do devorador, como foi dito pela
céu e haverá maiores c sinais acima boca de Ezequiel, o profeta que
no céu e embaixo na Terra. falou destas coisas, as quais não
15 E haverá choro e a gemidos se cumpriram, mas, tão certa-
entre as hostes dos homens; mente como eu vivo, d cumprir-
16 E será enviada uma grande se-ão, porque não hão de reinar
a 
chuva de pedras para destruir as abominações.
colheitas da Terra. 22 E também em verdade, em
17 E acontecerá, por causa da verdade vos digo que quando ter-
iniquidade do mundo, que eu me minarem os a mil anos e os homens
a 
vingarei dos b ímpios, pois não se novamente começarem a negar
arrependerão; porque o cálice de seu Deus, então pouparei a Terra,
minha indignação está repleto e mas por b pouco tempo;
eis que meu c sangue não os pu- 23 E virá o a fim; e os céus e a Ter-
rificará se eles não me ouvirem. ra serão consumidos e b passarão; e
12 d Mt. 19:28; Lc. 22:30; 16 a Eze. 38:22; diabo.
1 Né. 12:9; Apoc. 11:19; 16:21. b Apoc. 19:2.
Mórm. 3:18–19. 17 a Apoc. 16:7–11; c Joel 1:19–20; 2:3;
13 a D&C 43:18; 45:45. 2 Né. 30:10; D&C 97:25–26.
b D&C 76:50. JS—M 1:53–55. GEE Terra —
c D&C 88:97; 133:56. GEE Vingança. Purificação da Terra.
d GEE Coroa; Exaltação. b GEE Iniquidade, d D&C 1:38.
e D&C 76:94–95; Iníquo. 22 a GEE Milênio.
84:35–39. c 1 Jo. 1:7; Al. 11:40–41; b Apoc. 20:3;
14 a GEE Segunda Vinda de D&C 19:16–18. D&C 43:30–31;
Jesus Cristo. 19 a Zac. 14:12. 88:110–111.
b Joel 2:10; JS—M 1:33. 20 a Isa. 18:6; Eze. 39:17; 23 a Mt. 24:14.
c GEE Sinais dos Tempos. Apoc. 19:17–18. GEE Mundo — Fim
15 a Mt. 13:42. 21 a GEE Diabo — Igreja do do mundo.
57 Doutrina e Convênios 29:24–35
haverá um novo céu e uma c nova aos homens não são dados todos
Terra. os meus juízos; e assim como
24 Pois todas as coisas velhas as palavras saíram de minha
a 
passarão e todas as coisas tornar- boca, assim serão cumpridas,
se-ão novas, sim, o céu e a Terra para que os a primeiros sejam os
e toda a sua plenitude, tanto ho- últimos e para que os últimos
mens como animais, as aves do sejam os primeiros em todas as
céu e os peixes do mar; coisas que eu criei pela palavra
25 E nem um único a fio de cabelo de meu poder, que é o poder de
nem argueiro serão perdidos, pois meu Espírito.
são obra de minhas mãos. 31 Pois pelo poder de meu Espí-
26 Mas eis que em verdade vos rito a criei-as; sim, todas as coisas,
digo: Antes que passe a Terra, tanto b espirituais como físicas —
a 
Miguel, meu b arcanjo, soará sua 32 Primeiro as a espirituais, de-
c 
trombeta e então todos os mortos pois as físicas, o que é o começo de
d 
despertarão, pois suas sepulturas minha obra; e também, primeiro
serão abertas e eles e surgirão — as físicas e depois as espirituais, o
sim, todos. que é o fim de minha obra —
27 E os a justos serão reunidos à 33 Falando-vos para que com-
minha b direita para a vida eterna; preendais naturalmente; mas para
e os iníquos à minha esquerda en- mim mesmo, minhas obras não
vergonhar-me-ei de reivindicar têm a fim nem começo; mas isto
perante o Pai; vos é dado para que compreen-
28 Portanto, eu lhes direi: a Apar- dais, pois me perguntastes de co-
tai-vos de mim, malditos, para o mum acordo.
b 
fogo eterno, preparado para o 34  Portanto, em verdade vos
c 
diabo e seus anjos. digo que todas as coisas são es-
29 E agora, eis que vos digo que pirituais para mim e em tempo
nunca, em tempo algum, declarei algum vos dei uma lei que fos-
de minha própria boca que eles se terrena; nem a homem algum
voltariam, pois a onde eu estou nem aos filhos dos homens nem
eles não podem vir, porque não a Adão, vosso pai, a quem criei.
têm poder. 35 Eis que lhe permiti que fos-
30 Lembrai-vos, porém, de que se seu próprio a árbitro; e dei-lhe
23 b Mt. 24:35; d GEE Imortal, 29 a Jo. 7:34;
JS—M 1:35. Imortalidade; D&C 76:112.
c GEE Terra — Estado Ressurreição. 30 a Mt. 19:30;
final da Terra. e Jo. 5:28–29. 1 Né. 13:42.
24 a Apoc. 21:1–4. 27 a GEE Retidão. 31 a GEE Criação, Criar.
25 a Al. 40:23. b Mt. 25:33. b Mois. 3:4–5.
26 a GEE Adão; GEE Juízo Final. 32 a GEE Criação Espiritual.
Miguel. 28 a Mt. 25:41; D&C 29:41. 33 a Salm. 111:7–8;
b GEE Arcanjo. b D&C 43:33. Mois. 1:4.
c 1 Cor. 15:52–55. c GEE Diabo. 35 a GEE Arbítrio.
Doutrina e Convênios 29:36– 44 58
mandamentos, mas nenhum man- mandamento, pelo que se tornou
damento terreno lhe dei, porque b 
sujeito à vontade do diabo porque
meus b mandamentos são espiri- cedeu à tentação.
tuais; eles não são naturais nem 41 Portanto, eu, o Senhor Deus,
físicos nem carnais nem sensuais. fiz com que ele fosse a expulso do
36 E aconteceu que Adão, sendo Jardim do b Éden, de minha pre-
tentado pelo diabo — pois eis que sença, por causa de sua trans-
o a diabo existiu antes de Adão, gressão, na qual ele se tornou c es-
pois b rebelou-se contra mim, di- piritualmente morto, o que é a
zendo: Dá-me a tua c honra, a qual primeira morte, a mesma morte
é o meu d poder; e também uma que é a última d morte, a morte
e 
terça parte das f hostes do céu ele espiritual, que será pronunciada
afastou de mim por causa do g ar- sobre os iníquos quando eu disser:
bítrio que possuíam; Apartai-vos, e malditos.
37 E eles foram lançados abaixo 42 Mas eis que vos digo que eu,
e assim surgiram o a diabo e seus o Senhor Deus, permiti a Adão e
b 
anjos; sua semente que não sofressem a
38 E eis que há um local prepa- a 
morte física até que eu, o Senhor
rado para eles desde o princípio Deus, mandasse b anjos para pre-
e esse local é o a inferno. gar-lhes o c arrependimento e a
39 E é necessário que o diabo d 
redenção por meio da fé no nome
a 
tente os filhos dos homens, ou de meu e Filho Unigênito.
eles não poderiam ser seus pró- 43 E assim eu, o Senhor Deus,
prios árbitros; porque, se nunca determinei para o homem os dias
tivessem o b amargo, não poderiam de sua a provação — para que por
conhecer o doce — sua morte natural ele fosse b levan-
40 Portanto, aconteceu que o dia- tado em c imortalidade para a d vida
bo tentou Adão e ele comeu do eterna, sim, todos os que cressem;
a 
fruto proibido e transgrediu o 44 E os que não cressem, para a
35 b GEE Mandamentos de Mois. 7:26. e D&C 29:27–28;
Deus. GEE Anjos. 76:31–39.
36 a D&C 76:25–26; 38 a GEE Inferno. 42 a 2 Né. 2:21.
Mois. 4:1–4. 39 a Mois. 4:3–4. GEE Morte Física.
b GEE Conselho nos GEE Tentação, Tentar. b Al. 12:28–30.
Céus. b Mois. 6:55. c GEE Arrepender-se,
c GEE Honra, Honrar. 40 a Gên. 3:6; Arrependimento.
d Isa. 14:12–14; Mois. 4:7–13. d GEE Redenção,
D&C 76:28–29. b 2 Né. 10:24; Redimido, Redimir.
e Apoc. 12:3–4. Mos. 16:3–5; e Mois. 5:6–8.
f D&C 38:1; 45:1. Al. 5:41–42. 43 a Al. 12:24; 42:10.
GEE Vida Pré-mortal. 41 a GEE Queda de Adão b GEE Ressurreição.
g GEE Arbítrio. e Eva. c Mois. 1:39.
37 a GEE Diabo. b GEE Éden. GEE Imortal,
b 2 Ped. 2:4; c GEE Morte Espiritual. Imortalidade.
Jud. 1:6; d Al. 40:26. d GEE Vida eterna.
59 Doutrina e Convênios 29:45–30:2
a 
condenação eterna, pois não po- que comecem a se tornar b respon-
dem ser redimidos de sua queda sáveis perante mim;
espiritual porque não se arrepen- 48 Pois a elas é concedido de
dem; acordo com a minha vontade, se-
45 Pois eles amam as trevas mais gundo o que me apraz, para que
que a luz e suas a ações são iníquas grandes coisas sejam requeridas
e eles recebem seu b salário daquele das mãos de seus a pais.
a quem decidem obedecer. 49 E outra vez vos digo: a quem,
46 Mas eis que vos digo que as possuindo conhecimento, não or-
a 
criancinhas são b redimidas desde denei que se arrependesse?
a fundação do mundo, por meio 50 E quanto ao que não possui
de meu Unigênito; a 
entendimento, cabe-me agir de
47 Portanto, não podem pecar, acordo com o que está escrito. E
porque a Satanás não é dado po- agora nada mais vos declaro neste
der para a tentar criancinhas até momento. Amém.

SEÇÃO 30
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David
Whitmer, Peter Whitmer Júnior e John Whitmer, em Fayette, Nova
York, em setembro de 1830, após a conferência de três dias realizada
em Fayette, mas antes que os élderes da Igreja se houvessem separa-
do. Inicialmente, este material foi publicado como sendo três revela-
ções; foi reunido em uma seção pelo Profeta, para a edição de 1835
de Doutrina e Convênios.
1–4, David Whitmer é repreendido Eis que te digo, a David, que b te-
por deixar de servir diligentemente; meste os homens e não c confiaste
5–8, Peter Whitmer Júnior deverá em mim para receber forças, como
acompanhar Oliver Cowdery em uma devias.
missão junto aos lamanitas; 9–11, 2 Mas tua mente tem estado mais
John Whitmer é chamado para pregar nas coisas a terrenas do que nas coi-
o evangelho. sas que vêm de mim, teu Criador,
44 a D&C 19:7–12. D&C 93:38. 48 a D&C 68:25.
GEE Condenação, GEE Criança(s). 50 a D&C 137:7–10.
Condenar. b D&C 74:7. GEE Compreensão,
45 a Jo. 3:18–20; GEE Redenção, Entendimento.
D&C 93:31–32. Redimido, Redimir. 30 1 a GEE Whitmer, David.
b Mos. 2:32–33; 47 a GEE Tentação, Tentar. b At. 5:29.
Al. 3:26–27; 5:41–42; b GEE Prestar Contas, c 2 Crôn. 16:7–9.
30:60. Responsabilidade, 2 a D&C 25:10.
46 a Morô. 8:8, 12; Responsável.
Doutrina e Convênios 30:3–11 60
e no ministério para o qual foste poder para edificar minha igreja a 

chamado; não deste ouvidos ao entre os b lamanitas;


meu Espírito e àqueles que foram 7 E a ninguém designei como seu
colocados acima de ti, mas foste conselheiro, para estar a acima dele
persuadido por aqueles que não na igreja no que se refere aos ne-
ordenei. gócios da igreja, exceto seu irmão
3 Portanto, o que te resta é recor- Joseph Smith Júnior.
rer a mim e a refletir sobre as coisas 8 Portanto, dá ouvidos a estas
que recebeste. coisas e sê diligente na obediên-
4 E teu lar será na casa de teu cia a meus mandamentos; e se-
pai até que eu te dê outros man- rás abençoado para a vida eterna.
damentos. E dedicar-te-ás ao a mi- Amém.
nistério na igreja e perante o mun- 9 Eis que eu te digo, meu servo
do e nas regiões circunvizinhas. John, que, de agora em diante, co-
Amém. meçarás a a proclamar meu evan-
5 Eis que te digo, a Peter, que fa- gelho como com a b voz de uma
rás tua b viagem com teu irmão Oli- trombeta.
ver; porque é chegada a c hora em 10 E teu trabalho será na casa de
que me é conveniente que abras a teu irmão Philip Burroughs e ar-
boca para proclamar meu evange- redores, sim, onde quer que sejas
lho; portanto, não temas, mas dá ouvido, até que eu te ordene partir.
ouvidos às palavras e aos d conse- 11 E todo o teu trabalho, daqui
lhos de teu irmão. em diante, será em Sião, com toda
6 E aflige-te com todas as suas a tua alma; sim, abrirás sempre tua
aflições, sempre elevando o teu co- boca pela minha causa, não a te-
ração a mim em oração e fé, para a mendo o que o b homem possa fa-
libertação dele e tua, pois dei-lhe zer, porque estou c contigo. Amém.

SEÇÃO 31
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Tho-
mas B. Marsh, em setembro de 1830. Naquela ocasião acabara de
realizar-se uma conferência da igreja (Ver cabeçalho da seção 30).
Thomas B. Marsh fora batizado em data anterior, nesse mesmo mês,
e havia sido ordenado élder da igreja antes de ser dada esta revelação.
3 a GEE Ponderar. Conselho; 7 a D&C 20:2–3.
4 a GEE Ministério, Apoio aos Líderes da 9 a D&C 15:6.
Ministro; Igreja. b D&C 33:2.
Serviço. 6 a GEE Igreja de Jesus 11 a GEE Coragem,
5 a GEE Whitmer, Peter, Jr. Cristo dos Santos dos Corajoso;
b D&C 32:1–3. Últimos Dias, A. Temor.
c D&C 11:15. b D&C 3:20; 49:24. b Isa. 51:7.
d GEE Aconselhar, GEE Lamanitas. c Mt. 28:19–20.
61 Doutrina e Convênios 31:1–13
1–6, Thomas B. Marsh é chamado para salário. Portanto, a tua família vi-
pregar o evangelho e o bem-estar de verá.
sua família é-lhe assegurado; 7–13, 6 Eis que em verdade te digo:
Ele é aconselhado a ser paciente, orar Deixa-os só por pouco tempo para
sempre e seguir o Consolador. declarares minha palavra e prepa-
rar-lhes-ei um lugar.
Thomas, meu filho, bem-aventu-
a 
7 Sim, a abrirei o coração do povo
rado és tu por causa de tua fé em e eles te receberão. E pelas tuas
minha obra. mãos estabelecerei uma igreja;
2 Eis que tens tido muitas afli- 8 E tu os a fortalecerás e os pre-
ções por causa de tua família; en- pararás para o dia em que serão
tretanto abençoarei a ti e a tua reunidos.
família, sim, teus pequeninos; e 9 Sê a paciente nas b aflições, não
dia virá em que eles acreditarão e injuries os que te injuriarem. Go-
conhecerão a verdade e serão um verna tua c casa com mansidão e
contigo na minha igreja. sê firme.
3 Eleva o coração e regozija-te, 10 Eis que te digo que serás como
pois é chegada a hora de tua mis- um médico para a Igreja, mas não
são; e tua língua será desatada e para o mundo, pois não te rece-
anunciarás a boas novas de grande berão.
alegria a esta geração. 11 Vai aonde quer que eu deseje e
4  a Anunciarás as coisas que fo- ser-te-á indicado pelo a Consolador
ram reveladas a meu servo Joseph o que fazer e aonde ir.
Smith Júnior. Daqui em diante 12 a Ora sempre, para não caíres
começarás a pregar, sim, a ceifar em b tentação e não perderes tua
o campo que já está b branco para recompensa.
ser queimado. 13 Sê a fiel até o fim e eis que es-
5 Portanto, a lança a foice com tou b contigo. Estas palavras não
toda a tua alma e teus pecados são de um homem nem de ho-
te são b perdoados; e haverá mui- mens, mas de mim, Jesus Cristo,
tos c feixes sobre tuas costas, por- teu Redentor, pela c vontade do
que o d trabalhador é digno de seu Pai. Amém.
31 1 a GEE Marsh, c D&C 79:3. dos pais.
Thomas B. d Lc. 10:3–11; 11 a GEE Consolador;
3 a Isa. 52:7; D&C 75:24. Espírito Santo.
Lc. 2:10–11; 7 a GEE Conversão, 12 a 3 Né. 18:17–21.
Mos. 3:3–5. Converter. GEE Oração.
4 a Mos. 18:19; 8 a D&C 81:5; 108:7. b GEE Tentação, Tentar.
D&C 42:12; 52:36. 9 a GEE Paciência. 13 a GEE Perseverar.
b D&C 4:4–6. b GEE Adversidade. b Mt. 28:20.
5 a Apoc. 14:15. c GEE Família — c GEE Jesus Cristo —
b GEE Perdoar. Responsabilidade Autoridade.
Doutrina e Convênios 32:1–5 62

SEÇÃO 32
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Par-
ley P. Pratt e Ziba Peterson, em Manchester, Nova York, no início
de outubro de 1830. Os élderes tinham grande interesse e aspirações
em relação aos lamanitas, de cujas bênçãos preditas a Igreja tivera
conhecimento pelo Livro de Mórmon. Em consequência, suplicou-se
que o Senhor indicasse a Sua vontade quanto aos élderes serem ou
não enviados naquela ocasião às tribos indígenas que viviam no oes-
te. Seguiu-se esta revelação.
1–3, Parley P. Pratt e Ziba Peterson com meus servos Oliver Cowdery
são chamados para pregar aos lama- e Peter Whitmer Júnior.
nitas e acompanhar Oliver Cowdery 3 E a Ziba Peterson também irá
e Peter Whitmer Júnior; 4–5, Eles com eles; e eu mesmo irei com
devem orar pedindo compreensão das eles e estarei em seu b meio; e eu
escrituras. sou seu c advogado junto ao Pai e
nada prevalecerá contra eles.
E agora, concernente a meu servo 4 E darão a ouvidos ao que está
Parley P. Pratt, eis que lhe digo
a 
escrito, sem reivindicar qualquer
que, tão certamente como eu vivo, outra b revelação; e deverão orar
desejo que ele proclame meu evan- sempre para que eu c torne d com-
gelho e b aprenda de mim e seja preensível o que está escrito.
manso e humilde de coração. 5 E eles darão ouvidos a estas
2 E o que lhe designei é que a vá palavras sem frivolidade; e aben-
ao deserto, entre os b lamanitas, çoá-los-ei. Amém.

SEÇÃO 33
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Ezra
Thayre e Northrop Sweet, em Fayette, Nova York, em outubro de
1830. Ao introduzir esta revelação, a história do Profeta afirma que
“o Senhor (. . .) está sempre pronto a instruir os que diligentemente
buscam com fé.”
1–4, São chamados trabalhadores para primeira hora; 5–6, A Igreja é estabe-
proclamar o evangelho na décima lecida e os eleitos deverão ser reunidos;
32 1 a GEE Pratt, Parley 3 a D&C 58:60. D&C 84:43–44.
Parker. b Mt. 18:20; b D&C 28:2.
b Mt. 11:28–30. D&C 6:32; 38:7. c JS—H 1:74.
2 a D&C 28:8; 30:5. c GEE Advogado. d GEE Compreensão,
b D&C 3:18–20. 4 a 1 Né. 15:25; Entendimento.
63 Doutrina e Convênios 33:1–12
7–10, Arrependei-vos, pois o reino do 5 E em verdade, em verdade vos
céu está próximo; 11–15, A Igreja é digo que a estabeleci esta b igreja e
edificada sobre a rocha do evangelho; a chamei do deserto.
16–18, Preparai-vos para a vinda do 6 E da mesma forma a reunirei
Esposo. meus eleitos dos b quatro cantos
da Terra, sim, todos os que crerem
Eis que vos digo, meus servos em mim e atenderem à minha voz.
Ezra e Northrop: Abri os ouvidos 7 Sim, em verdade, em verdade
e atendei à voz do Senhor vosso vos digo que o campo já está bran-
Deus, cuja a palavra é viva e po- co para a ceifa; portanto, lançai
derosa, mais penetrante que uma vossas foices e ceifai com todo o
espada de dois gumes, que pene- poder, mente e força.
tra até dividir as juntas e medu- 8 a Abri vossa boca e ela encher-
las, alma e espírito; e discerne os se-á e tornar-vos-eis como b Néfi de
pensamentos e as b intenções do outrora, que viajou de Jerusalém
coração. pelo deserto.
2 Pois em verdade, em verdade 9 Sim, abri vossa boca e não vos
vos digo que sois chamados para caleis; e haverá muitos a feixes so-
elevar a voz como com o a som de bre vossas costas, pois eis que es-
uma trombeta, a fim de declarar tou convosco.
meu evangelho a uma geração 10 Sim, abri vossa boca e ela en-
corrompida e perversa. cher-se-á, dizendo: a Arrependei-
3 Pois eis que o a campo já está vos, arrependei-vos e preparai o
branco para a ceifa; e é a b décima caminho do Senhor e endireitai
primeira hora e a c última vez que suas veredas; pois o reino do céu
chamarei trabalhadores para a está próximo;
minha vinha. 11 Sim, arrependei-vos e sede
4 E minha a vinha b corrompeu-se a 
batizados, cada um de vós, para
inteiramente; e não há quem prati- a remissão de vossos pecados; sim,
que o c bem, a não ser alguns; e eles sede batizados com água e então
d 
erram em muitos casos por causa virá o batismo do fogo e do Espí-
das e artimanhas sacerdotais, tendo rito Santo.
todos a mente corrupta. 12  Eis que em verdade, em
33 1 a Heb. 4:12; b 2 Né. 28:2–14; Evangelho.
Hel. 3:29–30. Mórm. 8:28–41. 6 a GEE Israel — Coligação
b Al. 18:32; c Rom. 3:12; de Israel.
D&C 6:16. D&C 35:12. b 1 Né. 19:15–17.
2 a Isa. 58:1. d 2 Né. 28:14. 8 a D&C 88:81.
3 a Jo. 4:35; e GEE Artimanhas b 2 Né. 1:26–28.
D&C 4:4; 12:3; 14:3. Sacerdotais. 9 a Salm. 126:6;
b Mt. 20:1–16. 5 a GEE Igreja de Jesus Al. 26:3–5;
c Jacó 5:71; Cristo dos Santos dos D&C 75:5.
D&C 43:28. Últimos Dias, A. 10 a Mt. 3:1–3.
4 a GEE Vinha do Senhor. b GEE Restauração do 11 a GEE Batismo, Batizar.
Doutrina e Convênios 33:13–34:3 64
verdade vos digo: Este é o meu conceder-lhes-ei o dom do Es-
c 

a 
evangelho; e lembrai-vos de que pírito Santo.
eles terão fé em mim ou de modo 16 E o Livro de Mórmon e as
algum poderão ser salvos; santas a escrituras são dadas por
13 E sobre esta a rocha edificarei mim para vossa b instrução; e o
a minha igreja; sim, sobre esta ro- poder de meu Espírito c vivifica
cha estais edificados e, se perseve- todas as coisas.
rardes, as b portas do inferno não 17 Portanto, sede fiéis, orando
prevalecerão contra vós. sempre, mantendo vossas lâmpa-
14 E lembrar-vos-eis das a regras das preparadas e acesas e tendo
e convênios da igreja para obser- convosco óleo, para que estejais
vá-los. prontos na vinda do a Esposo —
15 E os que tiverem fé a con- 18 Porque eis que em verdade,
firmareis na minha igreja, em verdade vos digo que depressa
pela imposição das b mãos, e a 
venho. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 34
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Orson
Pratt, em Fayette, Nova York, em 4 de novembro de 1830. Na oca-
sião, o irmão Pratt tinha dezenove anos de idade. Convertera-se e
fora batizado logo que ouvira, seis semanas antes, seu irmão mais
velho, Parley P. Pratt, pregar o evangelho restaurado. Esta revelação
foi recebida na casa de Peter Whitmer Sênior.
1–4, Os fiéis tornam-se filhos de Deus Senhor Deus, Jesus Cristo, teu
por meio da Expiação; 5–9, A pregação Redentor;
do evangelho prepara o caminho para a 2 A a luz e a vida do mundo, uma
Segunda Vinda; 10–12, Profecias são luz que resplandece nas trevas e as
dadas pelo poder do Espírito Santo. trevas não a compreendem;
3 Aquele que a amou o mundo
Meu filho a Orson, escuta, ouve de tal maneira que b deu a pró-
e considera o que te direi eu, o pria vida para que todos os que
12 a 3 Né. 27:13–22. c GEE Dom do Espírito Jesus Cristo.
13 a GEE Rocha. Santo. 34 1 a GEE Pratt, Orson.
b Mt. 16:16–19; 16 a GEE Escrituras. 2 a Jo. 1:1–5.
D&C 10:69–70. b 2 Tim. 3:16. GEE Luz, Luz de Cristo.
14 a IE D&C 20 (ver o c Jo. 6:63. 3 a Jo. 3:16; 15:13.
cabeçalho da seção 20). 17 a Mt. 25:1–13. GEE Amor.
D&C 42:13. GEE Esposo. b GEE Expiação, Expiar;
15 a D&C 20:41. 18 a Apoc. 22:20. Redenção, Redimido,
b GEE Mãos, Imposição de. GEE Segunda Vinda de Redimir; Redentor.
65 Doutrina e Convênios 34:4–12
cressem pudessem tornar-se os da minha vinda, porque todas as
c 
filhos de Deus. Portanto, tu és nações b estremecerão.
meu filho; 9 Mas antes que venha esse gran-
4 E a bem-aventurado és porque de dia, o sol escurecerá e a lua
creste; tornar-se-á em sangue; e as estre-
5 E mais bem-aventurado és por- las recusarão seu brilho e algu-
que foste a chamado por mim para mas cairão; e grandes destruições
pregar meu evangelho — aguardam os iníquos.
6 Para elevar a tua voz como que 10 Portanto, eleva a tua voz e
com o som de uma trombeta, lon- a 
não te cales, porque o Senhor
ga e estrondosamente, e a clamar Deus falou; portanto, profetiza e
arrependimento a uma geração ser-te-á dado pelo b poder do Es-
corrompida e perversa, prepa- pírito Santo.
rando o caminho do Senhor para 11 E se fores fiel, eis que estou
a sua b segunda vinda. contigo até a minha vinda —
7 Pois eis que em verdade, em 12 E em verdade, em verdade eu
verdade eu te digo: Aproxima-se o te digo: Depressa venho. Eu sou
a 
tempo em que virei em uma b nu- teu Senhor e teu Redentor. Assim
vem, com poder e grande glória. seja. Amém.
8 E será um a grande dia ao tempo

SEÇÃO 35
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Fayette,
Nova York, ou perto dali, em 7 de dezembro de 1830. Nessa época o
Profeta ocupava-se, quase que diariamente, em fazer uma tradução
da Bíblia. A tradução fora iniciada em junho de 1830 e tanto Oliver
Cowdery como John Whitmer haviam servido como escreventes. Uma
vez que haviam sido chamados para outros deveres, Sidney Rigdon
foi, por designação divina, chamado para servir como escrevente do
profeta nessa obra. (Ver o versículo 20.) Como prefácio do registro
desta revelação, a história de Joseph Smith declara: “Em dezembro,
Sidney Rigdon veio [de Ohio] para inquirir o Senhor e com ele veio
3 c Jo. 1:9–12; Chamar. D&C 43:17–26.
Rom. 8:14, 16–17; 6 a D&C 6:9. GEE Segunda Vinda de
Mois. 6:64–68. b GEE Segunda Vinda de Jesus Cristo.
GEE Filhos e Filhas de Jesus Cristo. b Isa. 64:2.
Deus. 7 a Apoc. 1:3. 10 a Isa. 58:1.
4 a Jo. 20:29. b Lc. 21:27. b 2 Ped. 1:21.
5 a GEE Chamado, 8 a Joel 2:11;
Chamado por Deus, Mal. 4:5;
Doutrina e Convênios 35:1–10 66
Edward Partridge. (. . .) Logo após a chegada desses dois irmãos,
assim disse o Senhor.”
1–2, Como os homens podem tornar-se grandes coisas. Eis que foste en-
filhos de Deus; 3–7, Sidney Rigdon é viado, assim como a João, para pre-
chamado para batizar e conferir o Es- parar o caminho diante de mim
pírito Santo; 8–12, Operam-se sinais e diante de b Elias, o profeta, que
e milagres pela fé; 13–16, Os servos deveria vir e tu não o sabias.
do Senhor debulharão as nações pelo 5 Tu batizaste com água para o
poder do Espírito; 17–19, Joseph Smith arrependimento, mas eles não a re-
possui as chaves dos mistérios; 20–21, ceberam o Espírito Santo;
Os eleitos suportarão o dia da vinda 6 Mas agora, dou-te o manda-
do Senhor; 22–27, Israel será salvo. mento de a batizar com água e eles
receberão o b Espírito Santo pela
Ouvi a voz do a Senhor vosso imposição das c mãos, assim como
Deus, sim, o b Alfa e o Ômega, o os apóstolos da antiguidade.
princípio e o fim, cujo c caminho é 7 E acontecerá que uma grande
um círculo eterno, o d mesmo hoje, obra se realizará na terra, sim, en-
ontem e para sempre. tre os a gentios, pois sua loucura e
2 Eu sou Jesus Cristo, o Filho suas abominações serão manifes-
de Deus, que foi a crucificado pe- tadas aos olhos de todo o povo.
los pecados do mundo, sim, de 8 Pois eu sou Deus e meu bra-
todos os que b crerem em meu ço não está a encolhido; e mostra-
nome, para que se tornem c filhos rei b milagres, c sinais e maravilhas
de Deus, sim, d um em mim, como a todos os que d crerem em meu
eu sou e um no Pai, como o Pai é nome.
um em mim, para que sejamos 9  E os que pedirem em meu
um. nome, com a fé, b expulsarão c demô-
3 Eis que em verdade, em verda- nios; d curarão doentes; farão com
de digo a meu servo Sidney: Tenho que cegos vejam e surdos ouçam
olhado para ti e tuas obras. Ouvi e mudos falem e coxos andem.
tuas orações e preparei-te para 10 E rapidamente se aproxima o
uma obra maior. tempo em que se mostrarão gran-
4  Bendito és porque farás des coisas aos filhos dos homens;
35 1 a GEE Senhor. GEE Unidade. c GEE Mãos, Imposição
b Apoc. 1:8. e GEE Trindade. de.
GEE Alfa e Ômega. 4 a Mal. 3:1; Mt. 11:10; 7 a GEE Gentios.
c 1 Né. 10:19; D&C 3:2. 1 Né. 11:27; 8 a Isa. 50:2; 59:1.
d Heb. 13:8; D&C 84:27–28. b GEE Milagre.
D&C 38:1–4; 39:1–3. b 3 Né. 25:5–6; c GEE Sinal.
2 a GEE Crucificação. D&C 2:1; 110:13–15. d GEE Crença, Crer.
b D&C 20:25; 45:5, 8. 5 a At. 19:1–6. 9 a GEE Fé.
c GEE Filhos e Filhas de 6 a GEE Batismo, Batizar. b Mc. 16:17.
Deus. b GEE Dom do Espírito c Mc. 1:21–45.
d Jo. 17:20–23. Santo. d GEE Curar, Curas.
67 Doutrina e Convênios 35:11–21
11 Mas a sem fé nada será mos- a 
figueira, pois já se aproxima o ve-
trado, exceto b desolações sobre rão.
c 
Babilônia, a mesma que fez com 17 E enviei a a plenitude do meu
que todas as nações bebessem do evangelho pela mão de meu servo
vinho da ira de sua d fornicação. b 
Joseph; e na fraqueza abençoei-o;
12 E a não há quem faça o bem, 18 E dei-lhe as a chaves do misté-
exceto os que estão prontos para rio das coisas que foram b seladas,
receber a plenitude do meu sim, das que existiram desde a
evangelho, que enviei a esta ge- c 
fundação do mundo e das que vi-
ração. rão, a partir de agora até a ocasião
13 Portanto, recorro às a coisas de minha vinda, se ele permanecer
fracas do mundo, aos que são b in- em mim; e, se não, porei outro em
doutos e desprezados, para que seu lugar.
debulhem as nações pelo poder 19 Portanto, vela por ele para que
do meu Espírito; sua fé não desfaleça; e isso será
14 E o braço deles será o meu dado pelo a Consolador, o b Espíri-
braço e serei seu a escudo e seu to Santo, que sabe todas as coisas.
broquel e cingir-lhes-ei os lombos 20 E dou-te um mandamento —
e eles lutarão virilmente por mim; que a escrevas por ele; e as escritu-
e seus b inimigos estarão sob seus ras serão dadas tal como se acham
pés; e deixarei c cair a espada em em meu próprio seio, para salva-
seu favor e pelo d fogo de minha ção de meus b eleitos;
indignação preservá-los-ei. 21 Pois hão de ouvir a minha
15 E aos a pobres e b mansos será a 
voz e ver-me e não estarão ador-
pregado o evangelho; e eles esta- mecidos, podendo b suportar o dia
rão c esperando a hora de minha de minha c vinda; porque estarão
vinda, pois está d próxima — purificados, assim como eu sou
16 E aprenderão a parábola da d 
puro.
11 a D&C 63:11–12. c 2 Ped. 3:10–13; 19 a Jo. 14:16, 26; 15:26.
b D&C 5:19–20. D&C 39:23; 45:39; GEE Consolador.
c GEE Babel, Babilônia. Mois. 7:62. b GEE Espírito Santo.
d Apoc. 18:2–4. d D&C 63:53. 20 a O Profeta estava, nessa
12 a Rom. 3:10–12; 16 a Mt. 24:32; ocasião, ocupado com
D&C 33:4; 38:10–11; D&C 45:36–38; uma tradução revelada
84:49. JS—M 1:38. da Bíblia, tendo Sidney
13 a 1 Cor. 1:27; GEE Sinais dos Tempos. Rigdon sido chamado
D&C 1:19–23; 124:1. 17 a D&C 42:12. como escriba.
b At. 4:13. b D&C 135:3. b GEE Eleitos.
14 a 2 Sam. 22:2–3. 18 a D&C 84:19. 21 a Joel 2:11;
b D&C 98:34–38. b Dan. 12:9; D&C 43:17–25; 88:90;
c D&C 1:13–14. Mt. 13:35; 133:50–51.
d D&C 128:24. 2 Né. 27:10–11; b Mal. 3:2–3.
15 a Mt. 11:5. Ét. 4:4–7; c GEE Segunda Vinda
b GEE Mansidão, Manso, JS—H 1:65. de Jesus Cristo.
Mansuetude. c D&C 128:18. d GEE Pureza, Puro.
Doutrina e Convênios 35:22–36:3 68
22 E agora te digo: Permanece
a 
bem; e Satanás há de tremer e Sião
c 

com ele e ele viajará contigo; não há de d rejubilar-se sobre os montes


o desampares e certamente estas e florescer;
coisas serão cumpridas. 25 E a Israel será b salvo em meu
23 E a quando não estiveres escre- próprio e devido tempo; e pelas
vendo, eis que a ele será permitido c 
chaves que dei será guiado e não
profetizar; e pregarás meu evan- mais será confundido.
gelho e citarás b os santos profetas 26 Rejubilai-vos e alegrai-vos,
para comprovar as palavras dele, vossa a redenção aproxima-se.
conforme lhe forem dadas. 27 Não temais, pequeno rebanho,
24 a Guardai todos os mandamen- o a reino é vosso até minha vinda.
tos e convênios com que estais Eis que depressa b venho. Assim
comprometidos e eu farei com que seja. Amém.
os céus b estremeçam para o vosso

SEÇÃO 36
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Edward
Partridge, perto de Fayette, Nova York, em 9 de dezembro de 1830
(ver o cabeçalho da seção 35). A história do Profeta Joseph Smith diz
que Edward Partridge “era um modelo de piedade e um dos grandes
homens do Senhor.”
1–3, O Senhor impõe a Sua mão sobre meu evangelho como com a voz
Edward Partridge pela mão de Sidney de uma trombeta.
Rigdon; 4–8, Todo homem que receber 2 E imporei sobre ti minha a mão,
o evangelho e o sacerdócio deve ser pela mão de meu servo Sidney
chamado para sair a pregar. Rigdon, e tu receberás meu Espíri-
to, o Espírito Santo, o b Consolador,
Assim diz o Senhor Deus, o a Po- que te ensinará as coisas c pacíficas
deroso de Israel: Eis que te digo, do reino;
meu servo b Edward, que bendito 3 E anunciá-las-ás em alta voz,
és tu e teus pecados te são perdoa- dizendo: Hosana, bendito seja o
dos; e és chamado para pregar o nome do Deus Altíssimo.
22 a D&C 100:9–11. 25 a GEE Israel. 36 1 a GEE Jeová;
23 a IE sempre que Sidney b Isa. 45:17; Jesus Cristo.
Rigdon não estivesse 1 Né. 19:15–16; 22:12. b D&C 41:9–11.
ocupado escrevendo. c GEE Chaves do 2 a GEE Mãos, Imposição
b IE as escrituras. Sacerdócio. de.
24 a D&C 103:7. 26 a Lc. 21:28. b GEE Consolador;
b D&C 21:6. 27 a GEE Reino de Deus ou Espírito Santo.
c 1 Né. 22:26. Reino dos Céus. c D&C 42:61.
d GEE Alegria. b Apoc. 22:20.
69 Doutrina e Convênios 36:4–37:4
4 E agora te dou este chamado e perversa e saí do fogo, odiando
mandamento, concernente a todos até mesmo as b vestes manchadas
os homens: com a carne.
5 Que todos os que se apresenta- 7 E esse mandamento será dado
rem a meus servos Sidney Rigdon aos élderes de minha igreja, para
e Joseph Smith Júnior abraçan- que todo homem que o abrace com
do este chamado e mandamento, sinceridade de coração seja orde-
sejam a ordenados e enviados a nado e enviado como eu disse.
b 
pregar o evangelho eterno entre 8 Eu sou Jesus Cristo, o Filho de
as nações — Deus; portanto, cinge os teus lom-
6 Clamando arrependimento e bos e de repente eu virei ao meu
dizendo: a Salvai-vos desta geração a 
templo. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 37
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, perto
de Fayette, Nova York, em dezembro de 1830. Dado aqui o primeiro
mandamento relativo a uma reunião nesta dispensação.
1–4, Os santos são chamados para especialmente em a Colesville; pois
reunir-se no Ohio. eis que eles oram a mim com mui-
ta fé.
Eis que vos digo que não me con- 3 E também um mandamento
vém a traduzirdes mais até irdes dou à igreja, que me convém que
para o Ohio; e isto por causa do se reúnam a no Ohio, em prepara-
inimigo e para o vosso bem. ção para quando a eles regressar
2 E outra vez vos digo que não meu servo Oliver Cowdery.
devereis ir até que tenhais pre- 4 Eis que nisto há sabedoria; e
gado meu evangelho naquela re- que todo homem a escolha por si
gião e fortalecido a igreja onde mesmo até que eu venha. Assim
quer que ela se encontre e mais seja. Amém.

SEÇÃO 38
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Fayette, Nova York, em 2 de janeiro de 1831. Naquela ocasião
realizava-se uma conferência da Igreja.
5 a D&C 63:57. b Jud. 1:23. 2 a D&C 24:3; 26:1.
GEE Ordenação, 8 a Mal. 3:1. 3 a IE o Estado de Ohio.
Ordenar. 37 1 a IE a tradução da D&C 38:31–32.
b GEE Pregar. Bíblia já em 4 a GEE Arbítrio.
6 a At. 2:40. andamento.
Doutrina e Convênios 38:1–11 70
1–6, Cristo criou todas as coisas; 7– que todos os que creram em meu
b 

8, Ele está no meio de Seus santos, nome, pois eu sou Cristo, e em


que logo O verão; 9–12, Toda carne é meu próprio nome, em virtude
corrupta diante Dele; 13–22, Ele re- do c sangue que derramei, por eles
servou uma terra de promissão para intercedi perante o Pai.
Seus santos nesta vida e na eternidade; 5 Mas eis que o restante dos
23–27, Ordena-se aos santos que se- a 
iníquos mantive em b cadeias
jam unidos e estimem-se como irmãos; de trevas até o c julgamento do
28–29, Predizem-se guerras; 30–33, grande dia, que se dará no fim
Os santos receberão poder do alto e da Terra;
irão a todas as nações; 34–42, Orde- 6 E assim farei que sejam manti-
na-se que a Igreja cuide dos pobres e dos os iníquos que não ouvirem a
necessitados e busque as riquezas da minha voz, mas endurecerem o co-
eternidade. ração; e terrível é sua condenação.
7 Mas eis que em verdade, em
Assim diz o Senhor vosso Deus, verdade vos digo que meus a olhos
Jesus Cristo, o Grande a Eu Sou, o estão sobre vós. Estou no b meio de
Alfa e o Ômega, o b princípio e o vós e não me podeis ver;
fim, aquele que olhou por sobre 8 Mas logo vem o dia em que
a vasta extensão da eternidade e me a vereis e sabereis que eu sou;
todas as c hostes seráficas dos céus porque o véu da escuridão logo
d 
antes que o mundo fosse e feito; será rasgado e aquele que não es-
2 Aquele que a conhece todas as tiver b purificado não c suportará
coisas, porque b todas as coisas esse dia.
estão presentes diante de meus 9 Portanto, cingi vossos lombos
olhos; e preparai-vos. Eis que o a reino é
3 Eu sou aquele que falou e o vosso e o inimigo não prevalecerá.
mundo foi a feito; e todas as coisas 10 Em verdade vos digo que sois
por mim vieram a existir. a 
limpos, mas não todos; e nin-
4 Sou aquele que arrebatou a guém mais há com quem me b com-
a 
Sião de Enoque para meu pró- praza;
prio seio; e em verdade eu digo 11   P o i s t o d a a c a r n e e s t á
38 1 a GEE EU SOU. (Apêndice da Bíblia); 7 a D&C 1:1.
b Apoc. 1:8. D&C 45:11–14; b D&C 6:32; 29:5.
c D&C 45:1. 76:66–67; 84:99–100; 8 a Apoc. 22:4–5.
d GEE Vida Pré-mortal. Mois. 7:18–21. GEE Segunda Vinda de
e Salm. 90:2. GEE Sião. Jesus Cristo.
2 a D&C 88:41; b D&C 20:25; 35:2; b GEE Pureza, Puro.
Mois. 1:35. 45:3–5. c Mal. 3:2.
GEE Onisciente. c GEE Expiação, Expiar. 9 a Lc. 6:20.
b Prov. 5:21; 5 a GEE Injustiça, Injusto. GEE Reino de Deus ou
2 Né. 9:20. b 2 Ped. 2:4; Reino dos Céus.
3 a Salm. 33:6–9. Jud. 1:6. 10 a GEE Limpo e Imundo.
GEE Criação, Criar. GEE Inferno. b D&C 1:30.
4 a TJS Gên. 14:25–40 c GEE Juízo Final. 11 a Isa. 1:3–4; D&C 33:4.
71 Doutrina e Convênios 38:12–24
corrompida diante de mim; e os meu a escabelo; portanto, sobre ela
poderes das b trevas prevalecem na tornarei a ficar de pé.
Terra, entre os filhos dos homens, 18 E agora vos ofereço e consi-
na presença de todas as hostes do dero apropriado dar-vos maiores
céu — riquezas, sim, uma terra de pro-
12 Pelo que reina o silêncio e missão, uma terra que mana leite
toda a eternidade está a aflita; e os e mel, sobre a qual não haverá
b 
anjos esperam o grande comando maldição quando o Senhor vier;
para c ceifar a Terra, para colher o 19 E dá-la-ei a vós, como terra de
d 
joio a fim de ser e queimado; e eis vossa herança, se a buscardes de
que o inimigo está reunido. todo o coração.
13 E agora eu vos revelo um mis- 20 E este será meu convênio con-
tério, uma coisa que se acha em câ- vosco: Vós a recebereis como terra
maras secretas para, com o passar de vossa herança e como a herança
do tempo, causar vossa a destrui- de vossos filhos para sempre, en-
ção; e não o sabíeis; quanto a Terra durar; e tornareis a
14 Mas agora vo-lo digo e ben- possuí-la na eternidade, para não
ditos sois, não por causa de vossa mais passar.
iniquidade nem de vosso coração 21 Mas em verdade vos digo que
incrédulo; pois em verdade alguns tempo virá em que não tereis rei
de vós sois culpados perante mim, nem governante, porque eu serei
mas serei misericordioso com vos- vosso a rei e olharei por vós.
sas fraquezas. 22 Portanto, ouvi a minha voz e
15 Portanto, sede a fortes de ago- a 
segui-me; e sereis um b povo livre
ra em diante; não b temais, pois o e não tereis leis a não ser as mi-
reino é vosso. nhas leis, quando eu vier, porque
16 E para vossa salvação dou-vos sou o vosso c legislador; e o que
um mandamento, pois ouvi vos- pode deter minha mão?
sas orações; e os a pobres têm-se 23 Mas em verdade vos digo:
queixado perante mim e os b ricos a 
Ensinai-vos uns aos outros, de
fiz eu; e toda carne é minha e não acordo com o ofício para o qual
faço c acepção de pessoas. vos designei;
17 E fiz rica a Terra e eis que é o 24 E que todo homem a estime
11 b Miq. 3:6; homem. 22 a Jo. 10:27.
D&C 112:23; 16 a Mos. 4:16–18. b GEE Jesus Cristo —
Mois. 7:61–62. b 1 Sam. 2:7. Reinado de Cristo no
12 a Mois. 7:41. c At. 10:34; milênio.
b D&C 86:3–7. Morô. 8:11–12; c Isa. 33:22;
c GEE Ceifa, Colheita. D&C 1:34–35. Miq. 4:2;
d D&C 88:94; 101:65–66. 17 a 1 Né. 17:39; D&C 45:59.
e Mt. 13:30. Abr. 2:7. 23 a D&C 88:77–79, 118, 122.
13 a D&C 5:32–33. 20 a D&C 45:58. GEE Ensinar, Mestre.
15 a GEE Coragem, 21 a Zac. 14:9; 24 a Deut. 17:20;
Corajoso. 2 Né. 10:14; 1 Cor. 4:6.
b GEE Temor — Temor do Al. 5:50.
Doutrina e Convênios 38:25–38 72
a seu irmão como a si mesmo e estremecerá a Terra; mas se esti-
pratique a b virtude e a c santidade verdes preparados, não temereis.
diante de mim. 31 E para que escapeis ao po-
25 E novamente vos digo: Que der do inimigo e vos unais a mim
todo homem estime a seu irmão como um povo digno, sem a man-
como a si mesmo. cha nem culpa —
26 Pois qual é o homem entre 32 Portanto, por esta razão vos
vós que, tendo doze filhos que o dei o mandamento de que fôsseis
servem obedientemente e não faz para o a Ohio; e lá vos darei minha
acepção deles, diz a um: Veste-te b 
lei e lá sereis c investidos de poder
com mantos e senta-te aqui; e ao do alto;
outro: Veste-te com trapos e sen- 33 E de lá os que eu desejar a irão
ta-te acolá — e, olhando para seus a todas as nações e ser-lhes-á dito
filhos, diria: Sou justo? o que fazer; eis que tenho uma
27 Eis que isto vos dei como pa- grande obra reservada, pois Israel
rábola e é como eu sou. Digo-vos: será b salvo e guiá-lo-ei para onde
Sede a um; e se não sois um, não eu desejar; e nenhum poder c de-
sois meus. terá minha mão.
28 E outra vez vos digo que o ini- 34 E agora dou à igreja, nesta re-
migo nas câmaras secretas procura gião, o mandamento de designar
tirar-vos a a vida. certos homens; e serão designados
29 Ouvis falar de a guerras em pela a voz da igreja;
países distantes e dizeis que logo 35 E eles cuidarão dos pobres e
haverá grandes guerras em paí- necessitados e ministrar-lhes-ão
ses distantes, mas não conheceis a 
auxílio para que não sofram; e
o coração dos homens em vossa deverão enviá-los para onde or-
própria terra. denei que fossem.
30 Digo-vos estas coisas por cau- 36 E este será o seu trabalho: ad-
sa de vossas orações; portanto, ministrar os negócios das proprie-
a 
acumulai b sabedoria em vosso dades desta igreja.
íntimo, para que a maldade dos 37 E os que têm fazendas que
homens não vos revele estas coi- não possam ser vendidas, que as
sas, pela sua iniquidade, de uma deixem ou aluguem, como lhes
forma que vos fale ao ouvido com parecer melhor.
voz mais alta do que aquela que 38 Certificai-vos de que todas as
24 b D&C 46:33. 28 a D&C 5:33; 38:13. D&C 39:15; 95:8;
GEE Virtude. 29 a D&C 45:26, 63; 87:1–5; 110:9–10.
c GEE Santidade. 130:12. 33 a GEE Obra Missionária.
27 a Jo. 17:21–23; 30 a JS—M 1:37. b Isa. 45:17;
1 Cor. 1:10; b GEE Sabedoria. Jer. 30:10;
Ef. 4:11–14; 31 a 2 Ped. 3:14. D&C 136:22.
3 Né. 11:28–30; 32 a D&C 37:3. c Dan. 4:35.
Mois. 7:18. b D&C 42. 34 a GEE Comum Acordo.
GEE Unidade. c Lc. 24:49; 35 a GEE Bem-Estar.
73 Doutrina e Convênios 38:39–39:4
coisas sejam preservadas; e quan- 40 E outra vez vos digo: Dou-vos
do homens forem a investidos de um mandamento de que todos os
poder do alto e enviados, todas homens, sejam élderes, sacerdotes,
essas coisas serão reunidas no seio mestres e também os membros,
da igreja. dediquem-se com vigor, com o tra-
39 E se buscardes as a riquezas balho de suas a mãos, à preparação
que é da vontade do Pai vos dar, e execução das coisas que ordenei.
sereis o mais rico de todos os po- 41 E que vossa a pregação seja a
vos, porque tereis as riquezas da voz de b advertência de cada ho-
eternidade; e é necessário que as mem a seu próximo, com bran-
b 
riquezas da Terra sejam minhas dura e mansidão.
para dá-las; mas precavei-vos 42 E a saí do meio dos iníquos.
contra o c orgulho, para que não Salvai-vos. Sede limpos, vós que
vos torneis como os d nefitas de portais os vasos do Senhor. Assim
outrora. seja. Amém.

SEÇÃO 39
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a James
Covel, em Fayette, Nova York, em 5 de janeiro de 1831. James Covel,
que fora ministro metodista por aproximadamente quarenta anos, fez
convênio com o Senhor de que obedeceria a qualquer mandamento
que o Senhor lhe desse por intermédio de Joseph, o Profeta.
1–4, Os santos têm poder para torna- Escuta e dá ouvidos à voz da-
rem-se filhos de Deus; 5–6, Receber o quele que é de toda a a eternidade
evangelho é receber Cristo; 7–14, Ja- a toda a eternidade, o Grande b Eu
mes Covel recebe a ordem de ser bati- Sou, sim, Jesus Cristo —
zado e trabalhar na vinha do Senhor; 2 A a luz e a vida do mundo; uma
15–21, Os servos do Senhor devem luz que resplandece nas trevas e as
pregar o evangelho antes da Segun- trevas não a compreendem;
da Vinda; 22–24, Os que recebem o 3 O mesmo que vim aos meus no
evangelho serão reunidos nesta vida a 
meridiano dos tempos e os meus
e na eternidade. não me receberam;
4  Mas a todos os que me
38 a GEE Investidura, 40 a 1 Cor. 4:12. 38:1–4.
Investir. 41 a GEE Pregar. b Êx. 3:14.
39 a Jacó 2:17–19; b GEE Advertência, GEE Jeová.
D&C 11:7. Advertir, Prevenir. 2 a GEE Luz, Luz de
b Ageu 2:8. 42 a Isa. 52:11. Cristo.
c GEE Orgulho. 39 1 a Heb. 13:8; 3 a D&C 20:26;
d Morô. 8:27. D&C 20:12; 35:1; Mois. 6:57, 62.
Doutrina e Convênios 39:5–17 74
receberam dei poder para torna- 11 E se fazes isto, preparei-te
rem-se meus a filhos; e também, a para um trabalho maior. Tu pre-
todos os que me receberem darei garás a plenitude do meu evange-
poder para tornarem-se meus fi- lho, o qual enviei nestes últimos
lhos. dias, o convênio que enviei para
5 E em verdade, em verdade eu a 
recuperar meu povo, que é da
te digo: Aquele que recebe o meu casa de Israel.
evangelho, a mim me a recebe; e o 12 E acontecerá que o poder a des-
que não recebe o meu evangelho, cansará sobre ti; terás grande fé e
não me recebe a mim. eu estarei contigo e irei adiante
6 E este é o meu a evangelho: Ar- de tua face.
rependimento e batismo na água; 13 Tu és chamado para a trabalhar
e depois o b batismo do fogo e do em minha vinha e para edificar
Espírito Santo, sim, o Consolador, minha igreja e para b trazer Sião à
o qual manifesta todas as coisas e luz, para que se regozije sobre os
c 
ensina as coisas pacíficas do reino. montes e c floresça.
7 E agora, eis que te digo, meu 14 Eis que em verdade, em ver-
servo a James: Tenho observado dade te digo que não és chamado
tuas obras e conheço-te. para ir às terras do leste, mas és
8 E em verdade eu te digo: Teu chamado a fim de ir para o Ohio.
coração é agora reto diante de 15 E sendo que meu povo há de
mim; e eis que sobre tua cabeça reunir-se no Ohio, reservei-lhes
conferi grandes bênçãos; uma a bênção que não é conhecida
9 Entretanto conheceste gran- entre os filhos dos homens e que
des tristezas, porque me rejeitaste será derramada sobre suas cabe-
muitas vezes por causa do orgulho ças. E de lá homens sairão para
e dos cuidados do a mundo. b 
todas as c nações.
10 Mas eis que chegados são os 16 Eis que em verdade, em ver-
dias de tua libertação, se atende- dade te digo que o povo em Ohio
res à minha voz, que te diz: Le- clama a mim com grande fé, cren-
vanta-te e sê a batizado e lava teus do que deterei meu julgamento de
pecados, invocando meu nome; e sobre as nações; mas não posso
receberás o meu Espírito e uma negar minha palavra.
bênção maior do que todas as que 17 Portanto, aplica-te com vigor
jamais conheceste. e chama trabalhadores fiéis para
4 a Jo. 1:12. Nascer de Deus, 12 a
2 Cor. 12:9.
GEE Filhos e Filhas Nascer de Novo. 13 a
Mt. 20:1–16.
de Deus. c D&C 42:61. b Isa. 52:8.
5 a Jo. 13:20. 7 a D&C 40:1. c D&C 117:7.
6 a GEE Arrepender-se, 9 a Mt. 13:22. 15 a
D&C 38:32; 95:8;
Arrependimento; 10 a D&C 40. 110:8–10.
Batismo, Batizar; GEE Batismo, Batizar. b D&C 1:2.
Evangelho. 11 a GEE Israel — Coligação c GEE Obra Missionária.
b GEE Espírito Santo; de Israel.
75 Doutrina e Convênios 39:18– 40:3
minha vinha, a fim de que seja 21 Porque o tempo se aproxima;
a 
podada pela última vez. o a dia ou a hora ninguém b sabe,
18 E quando se arrependerem mas certamente virá.
e aceitarem a plenitude do meu 22 E o que recebe estas coisas, a
evangelho e tornarem-se santifi- mim me recebe; e eles serão reu-
cados, deterei meu a julgamento. nidos comigo nesta vida e na eter-
19 Portanto, prossegue, claman- nidade.
do em alta voz, dizendo: O reino 23 E também acontecerá que so-
dos céus está próximo; clamando: bre todos os que batizares com
Hosana! Bendito seja o nome do água imporás as a mãos; e eles re-
Deus Altíssimo. ceberão o b dom do Espírito Santo
20 Segue batizando com água, e estarão c aguardando os sinais da
preparando o caminho diante da minha d vinda e conhecer-me-ão.
minha face, para a hora de minha 24 Eis que depressa venho. As-
a 
vinda; sim seja. Amém.

SEÇÃO 40
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Sidney Rigdon, em Fa-
yette, Nova York, em 6 de janeiro de 1831. Precedendo o registro des-
ta revelação, a história do Profeta diz: “Tendo James Covel rejeitado
a palavra do Senhor e regressado a seus antigos princípios e a sua
gente, o Senhor deu a mim e a Sidney Rigdon a seguinte revelação”
(ver a seção 39).
1–3, O medo da perseguição e os cui- 2 E ele a recebeu a palavra com
dados do mundo causam rejeição ao alegria, mas imediatamente Sata-
evangelho. nás o tentou; e o temor da b perse-
guição e os cuidados do mundo
Eis que em verdade vos digo que fizeram-no c rejeitar a palavra.
o coração de meu servo a James 3 Portanto, quebrou meu convê-
Covel era reto diante de mim, pois nio e cabe a mim fazer com ele o
fizera comigo convênio de que que me parecer melhor. Amém.
obedeceria à minha palavra.
17 a Jacó 5:61–75; b JS—M 1:40. d 2 Ped. 3:10–14.
D&C 24:19. 23 a GEE Mãos, Imposição 40 1 a D&C 39:7–11.
18 a GEE Jesus Cristo — de. 2 a Mc. 4:16–19.
Juiz. b GEE Dom do Espírito b Mt. 13:20–22.
20 a GEE Segunda Vinda de Santo. GEE Perseguição,
Jesus Cristo. c Apoc. 3:3; Perseguir.
21 a Mt. 24:36. D&C 35:15; 45:39–44. c GEE Apostasia.
Doutrina e Convênios 41:1–8 76

SEÇÃO 41
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja,
em Kirtland, Ohio, em 4 de fevereiro de 1831. Esta revelação instrui o
Profeta e os líderes da Igreja a orar para receber a “lei” de Deus (ver a
seção 42). Joseph Smith havia acabado de chegar a Kirtland, vindo de
Nova York, quando Leman Copley, um membro da Igreja da vizinha
cidade de Thompson, Ohio, “solicitou que o Irmão Joseph e Sidney
[Rigdon] (. . .) morassem com ele, e ele lhes daria moradia e provisões.”
A revelação seguinte esclarece onde Joseph e Sidney deveriam morar
e também chama Edward Partridge como o primeiro bispo da Igreja.
1–3, Os élderes dirigirão a Igreja pelo como governar minha igreja e
espírito de revelação; 4–6, Os verda- como ter todas as coisas em or-
deiros discípulos receberão e guar- dem perante mim.
darão a lei do Senhor; 7–12, Edward 4  E serei vosso a governante
Partridge é designado bispo da Igreja. quando eu b vier e eis que depres-
sa venho; e fareis com que minha
Escutai e dai ouvidos, ó vós, meu lei seja guardada.
povo, diz o Senhor e vosso Deus, 5 Aquele que a recebe a minha
vós, que me deleito em a abençoar lei e a b pratica é meu discípulo; e
com as maiores de todas as bên- aquele que diz que a recebe e não
çãos, vós que me dais ouvidos; e a pratica, esse não é meu discípu-
vós, que não me ouvis e que b pro- lo e será c expulso de vosso meio;
fessastes meu nome, c amaldiçoa- 6 Pois não é certo que as coisas
rei com a mais pesada de todas as que pertencem aos filhos do reino
maldições. sejam dadas aos que não são dig-
2 Escutai, ó élderes da minha nos, ou aos a cães; ou que as b pé-
igreja a quem chamei: Eis que vos rolas sejam lançadas aos porcos.
dou o mandamento de vos reunir- 7 E também, é certo que meu
des para chegardes a um a acordo servo Joseph Smith Júnior mande
quanto à minha palavra; construir uma a casa onde morar e
3 E pela oração de vossa fé rece- b 
traduzir.
bereis minha a lei, para que saibais 8  E também é certo que meu
41 1 a GEE Abençoado, D&C 45:59. c D&C 50:8–9.
Abençoar, Bênção. GEE Jesus Cristo — GEE Excomunhão.
b Deut. 11:26–28; Reinado de Cristo no 6 a Mt. 15:26.
1 Né. 2:23. milênio. b Mt. 7:6.
c D&C 56:1–4; b GEE Segunda Vinda de 7 a D&C 42:71.
112:24–26. Jesus Cristo. b IE traduzir a Bíblia.
2 a GEE Unidade. 5 a Mt. 7:24. D&C 45:60–61.
3 a D&C 42. b Tg. 1:22–25;
4 a Zac. 14:9; D&C 42:60.
77 Doutrina e Convênios 41:9– 42:12
servo Sidney Rigdon viva como nas minhas leis no dia em que eu
bem lhe pareça, contanto que as der.
guarde meus mandamentos. 11 E isso porque seu coração é
9 E também chamei meu servo puro perante mim, pois ele é se-
a 
Edward Partridge; e dou o man- melhante a a Natanael dos tempos
damento de que seja designado antigos, em quem não havia b dolo.
pela voz da igreja e ordenado b bis- 12 Estas palavras são dadas a vós
po da igreja; e que deixe seu negó- e são puras diante de mim; por-
cio e c empregue todo o seu tempo tanto, tende cuidado com o modo
no serviço da igreja; como as tratais, porque vossas al-
10 Para cuidar de todas as coi- mas responderão por elas no dia
sas, conforme lhe for designado do juízo. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 42
Revelação dada em duas partes por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em Kirtland, Ohio, em 9 e 23 de fevereiro de 1831. A primei-
ra parte, que consiste dos versículo 1 a 72, foi recebida na presença
de doze élderes e em cumprimento da promessa anteriormente feita
pelo Senhor de que a “lei” seria dada em Ohio (ver seção 38:32.) A
segunda parte consiste dos versículos 73 ao 93. O Profeta define esta
revelação como a que “contém a lei da Igreja.”
1–10, Os élderes são chamados para fé; 53–60, As escrituras governam a
pregar o evangelho, batizar conversos Igreja e devem ser proclamadas ao
e edificar a Igreja; 11–12, Precisam ser mundo; 61–69, O local da Nova Je-
chamados e ordenados e devem ensi- rusalém e os mistérios do reino serão
nar os princípios do evangelho que revelados; 70–73, As propriedades
se encontram nas escrituras; 13–17, consagradas devem ser usadas para
Devem ensinar e profetizar pelo poder sustentar os oficiais da Igreja; 74–93,
do Espírito; 18–29, Ordena-se que os Estabelecidas leis regendo a fornicação,
santos não matem, roubem, mintam, o adultério, o assassinato, o roubo e a
cobicem, cometam adultério nem falem confissão de pecados.
mal dos outros; 30–39, Estabelecidas
leis regendo a consagração de proprie- Escutai, ó vós, élderes de minha
dades; 40–42, Condenados o orgulho e igreja, que vos reunistes em meu
a indolência; 43–52, Os doentes devem nome, sim, Jesus Cristo, o Filho do
ser curados por meio de bênçãos e pela Deus vivo, o Salvador do mundo;
9 a D&C 36:1. GEE Bispo. b GEE Dolo.
b D&C 72:9–12; c D&C 51.
107:68–75. 11 a Jo. 1:47.
Doutrina e Convênios 42:2–13 78
porquanto credes em meu nome medida que encontrardes pessoas
e guardais meus mandamentos. que vos aceitem, estabelecereis
2 Outra vez vos digo: Escutai e minha igreja em cada região —
dai ouvidos e obedecei à a lei que 9 Até que venha o tempo em que
vos darei. vos seja revelado do alto, quando
3 Pois em verdade eu digo: Como a a cidade de b Nova Jerusalém será
vos reunistes de acordo com o preparada a fim de que sejais c reu-
a 
mandamento que vos dei e es- nidos em um, para serdes o meu
tais de acordo no b tocante a isto d 
povo; e eu serei o vosso Deus.
e invocaste o Pai em meu nome, 10 E também vos digo que meu
assim recebereis. servo a Edward Partridge ocupará
4 Eis que em verdade vos digo: o cargo para o qual o designei; e
Dou-vos este primeiro manda- acontecerá que, se ele transgredir,
mento de que devereis ir em meu b 
outro será designado em seu lu-
nome, cada um de vós, exceto gar. Assim seja. Amém.
meus servos Joseph Smith Júnior 11 E também vos digo que a nin-
e Sidney Rigdon. guém será permitido sair a a pre-
5 E dou-lhes o mandamento de gar meu evangelho ou estabelecer
que deverão ir por pouco tempo; e minha igreja, a não ser que tenha
pelo poder do a Espírito ser-lhes-á sido b ordenado por alguém que
dado saber quando regressar. tenha c autoridade; e que a igre-
6 Ireis no poder do meu Espírito, ja saiba que tem autoridade e foi
pregando meu evangelho, de a dois apropriadamente ordenado pelos
em dois, em meu nome, elevando dirigentes da igreja.
vossas vozes como com o som de 12 E também os a élderes, sacer-
uma trombeta, declarando minha dotes e mestres desta igreja b ensi-
palavra como anjos de Deus. narão os princípios de meu evan-
7 E saireis batizando com água gelho que estão na c Bíblia e no
e dizendo: Arrependei-vos, arre- d 
Livro de Mórmon, no qual se acha
pendei-vos, pois o reino dos céus a plenitude do e evangelho.
está próximo. 13 E observarão os a convênios e
8 E, partindo deste local, entra- regras da igreja e cumpri-los-ão
reis nas regiões do lado oeste; e à e estes serão seus ensinamentos,
42 2 a D&C 58:23. GEE Nova Jerusalém. Sacerdócio.
GEE Lei. c GEE Israel — Coligação 12 a GEE Élder (Ancião).
3 a D&C 38:32. de Israel. b Mos. 18:19–20;
b Mt. 18:19. d Zac. 8:8. D&C 52:9, 36.
5 a GEE Espírito Santo. 10 a D&C 41:9–11; 124:19. GEE Ensinar, Mestre.
6 a Mc. 6:7. b D&C 64:40. c GEE Bíblia.
GEE Obra Missionária. 11 a GEE Pregar. d GEE Escrituras — Valor
9 a D&C 57:1–2. b GEE Chamado, das escrituras;
b Ét. 13:2–11; Chamado por Deus, Livro de Mórmon.
D&C 45:66–71; Chamar; e GEE Evangelho.
84:2–5; Ordenação, Ordenar. 13 a IE D&C 20 (ver o
Mois. 7:62; RF 1:10. c GEE Autoridade; cabeçalho da seção 20).
79 Doutrina e Convênios 42:14–31
conforme forem dirigidos pelo mulher para a a cobiçar negará a
Espírito. fé e não terá o Espírito; e se não se
14 E o Espírito ser-vos-á dado arrepender, será expulso.
pela a oração da fé; e se não rece- 24 Não cometerás a adultério; e
berdes o b Espírito, não ensinareis. o que cometer adultério e não se
15 E tudo isto fareis como vos arrepender será expulso.
ordenei com respeito ao vosso en- 25 Mas o que haja cometido adul-
sino, até que seja dada a plenitude tério e se a arrepender de todo o
de minhas a escrituras. coração e abandoná-lo e não mais
16 E ao elevardes vossa voz pelo o cometer, b perdoarás;
a 
Consolador, falareis e profetiza- 26 Mas, se o fizer a outra vez, não
reis como me parecer melhor; será perdoado, mas será expulso.
17 Porque eis que o Consolador 27 Não a falarás mal de teu pró-
conhece todas as coisas e presta ximo nem lhe farás mal algum.
testemunho do Pai e do Filho. 28 Sabes que as minhas leis com
18 E agora, eis que falo à igreja. respeito a estas coisas são da-
Não a matarás; e o que b matar não das nas minhas escrituras; o que
terá perdão neste mundo nem no pecar e não se arrepender será
mundo vindouro. a 
expulso.
19 E outra vez, digo: Não ma- 29 Se me a amares, b servir-me-ás
tarás; mas o que matar a morrerá. e c guardarás todos os meus man-
20 Não a furtarás; o que furtar e damentos.
não se arrepender será expulso. 30 E eis que te lembrarás dos a po-
21 Não a mentirás; o que mentir bres e b consagrarás de tuas pro-
e não se arrepender será expulso. priedades, para c sustento deles,
22  a Amarás tua esposa de todo aquilo que tiveres para lhes dar,
o teu coração e a ela te b apegarás com um convênio e uma promes-
e a nenhuma outra. sa que não poderão ser violados.
23  E aquele que olhar uma 31 E se a deres de teus bens aos
14 a D&C 63:64. 20 a GEE Roubar, Roubo. 26 a 2 Ped. 2:20–22;
GEE Oração. 21 a GEE Honestidade, D&C 82:7.
b GEE Ensinar, Mestre — Honesto; 27 a GEE Mexerico.
Ensinar com o Mentir, Mentiroso. 28 a GEE Excomunhão.
Espírito; 22 a GEE Amor; 29 a Jo. 14:15, 21.
Espírito Santo. Casamento, Casar. b GEE Serviço.
15 a D&C 42:56–58. b Gên. 2:23–24; c GEE Obedecer,
16 a 1 Cor. 2:10–14; Ef. 5:25, 28–33. Obediência,
D&C 68:2–4. 23 a Mt. 5:28; Obediente.
GEE Consolador. 3 Né. 12:28; 30 a Mos. 4:16–26;
18 a Êx. 20:13–17; D&C 63:16. Al. 1:27.
Mt. 5:21–37; GEE Concupiscência. GEE Pobres.
2 Né. 9:35; 24 a GEE Adultério. b GEE Consagrar, Lei da
Mos. 13:21–24; 25 a GEE Arrepender-se, Consagração.
3 Né. 12:21–37. Arrependimento. c GEE Bem-Estar.
b GEE Homicídio. b Jo. 8:3–11. 31 a Mos. 2:17.
19 a GEE Pena de Morte. GEE Perdoar. GEE Esmolas.
Doutrina e Convênios 42:32– 41 80
pobres, a mim o farás; e eles se-
b 
aos pobres e necessitados, segun-
rão entregues ao c bispo de minha do designação do sumo conselho
igreja e seus conselheiros, dois da igreja e do bispo e seu conselho;
dos élderes ou sumos sacerdotes 35 E para comprar terras para
que ele indicar ou tiver indicado benefício da igreja e para cons-
e d designado para esse propósito. truir casas de adoração e edificar
32 E acontecerá que, uma vez a a Nova Jerusalém que será depois
entregues ao bispo de minha igre- revelada —
ja e depois de haver ele recebido 36 Para que meu povo do con-
esses testemunhos concernentes vênio esteja reunido como um no
à a consagração das propriedades dia em que eu a vier ao meu b tem-
de minha igreja, de modo que elas plo. E isto farei para a salvação de
não possam ser tomadas da igreja, meu povo.
conforme os meus mandamen- 37 E acontecerá que o que pecar e
tos, todo homem será b responsá- não se arrepender será a expulso da
vel perante mim, um c mordomo igreja e não receberá de volta o que
de seus próprios bens ou do que houver b consagrado aos pobres e
tiver recebido por consagração, necessitados de minha igreja, ou,
aquilo que for suficiente para si em outras palavras, a mim —
e sua d família. 38 Porque quando o a fazeis ao
33 E também, se houver proprie- menor destes, a mim o fazeis.
dades nas mãos da igreja ou de 39 Pois acontecerá que o que eu
qualquer de seus membros após disse pela boca de meus profetas
esta primeira consagração, mais será cumprido; pois consagrarei
do que o necessário para seu sus- das riquezas daqueles que abra-
tento, o que for um a resíduo a ser çam meu evangelho entre os gen-
consagrado ao bispo será conser- tios aos pobres de meu povo, que
vado para que, de tempos em tem- são da casa de Israel.
pos, seja dado aos que não têm, a 40 E também, que não haja a or-
fim de que todo homem necessita- gulho em teu coração; sejam sim-
do possa ser amplamente suprido ples todas as tuas b vestes e sua
e receba de acordo com suas ne- beleza, a beleza da obra de tuas
cessidades. próprias mãos;
34 Portanto, o restante será guar- 41 E sejam todas as coisas feitas
dado em meu armazém para dar com limpeza diante de mim.
31 b GEE Pobres. Mordomo. GEE Excomunhão.
c GEE Bispo. d D&C 51:3. b GEE Consagrar, Lei da
d GEE Designação. 33 a D&C 42:55; 51:13; Consagração.
32 a D&C 51:4. 119:1–3. 38 a Mt. 25:34–40.
b D&C 72:3–11. 35 a GEE Nova Jerusalém; GEE Bem-Estar;
GEE Prestar Contas, Sião. Caridade.
Responsabilidade, 36 a D&C 36:8. 40 a Prov. 16:5.
Responsável. b Mal. 3:1. GEE Orgulho.
c GEE Mordomia, 37 a D&C 41:5; 50:8–9. b GEE Recato.
81 Doutrina e Convênios 42:42–59
42 Não serás a ocioso; porque o 50 Aquele que tiver fé para ou-
ocioso não comerá o pão nem usa- vir, ouvirá.
rá as vestes do trabalhador. 51 O coxo que tiver fé para sal-
43 E os que entre vós estiverem tar, saltará.
a 
doentes e não tiverem fé para ser 52 E aqueles que não têm fé para
curados, mas acreditarem, serão fazer estas coisas, mas acreditam
alimentados com todo carinho, em mim, têm poder para torna-
com ervas e comidas leves; e não rem-se meus a filhos; e se não de-
pela mão de um inimigo. sobedecerem às minhas leis, tu
44 E os élderes da igreja, dois ou b 
suportarás as suas enfermidades.
mais, serão chamados e orarão 53 Permanecerás firme no local
por eles, impondo-lhes as a mãos de tua a mordomia.
em meu nome; e se morrerem, 54 Não tomarás a vestimenta de
b 
morrerão em mim; e se viverem, teu irmão; pagarás pelo que rece-
viverão em mim. beres de teu irmão.
45 Juntos a vivereis em b amor, 55 E se a receberes mais do que o
de modo que c chorareis a per- necessário para teu sustento, en-
da dos que morrerem; e mais tregá-lo-ás a meu b armazém, para
especialmente dos que não têm que todas as coisas sejam feitas de
d 
esperança de uma ressurreição acordo com o que eu disse.
gloriosa. 56 Pedirás e minhas a escrituras
46 E acontecerá que aqueles que serão dadas como determinei e
morrerem em mim não provarão serão b preservadas em segurança;
a a morte, porque lhes será b doce; 57 E convém que guardes silên-
47 E os que não morrem em mim, cio a respeito delas e não as ensi-
ai deles, porque amarga é sua mor- nes até que as tenhas recebido em
te. sua totalidade.
48  E também acontecerá que 58 E dou-te o mandamento de
aquele que tiver a fé em mim para que então as ensines a todos os
ser b curado e não estiver c designa- homens; pois elas serão ensinadas
do para morrer, será curado. a a todas as nações, tribos, línguas
49 Aquele que tiver fé para ver, e povos.
verá. 59  Tomarás as coisas que
42 a D&C 68:30–32. c Al. 28:11–12. 52 a GEE Filhos e Filhas de
GEE Ociosidade, d 1 Cor. 15:19–22. Deus.
Ocioso. GEE Esperança. b Rom. 15:1.
43 a GEE Doença, Doente. 46 a GEE Morte Física. GEE Confraternizar.
44 a GEE Bênção dos b Apoc. 14:13. 53 a GEE Mordomia,
Doentes; 48 a D&C 46:19. Mordomo.
Mãos, Imposição de. GEE Fé. 55 a D&C 82:17–19; 119:1–3.
b Rom. 14:8; b GEE Curar, Curas. b D&C 42:34; 51:13.
Apoc. 14:13; c Ecles. 3:1–2; 56 a D&C 45:60–61.
D&C 63:49. At. 17:26; b GEE Escrituras — Valor
45 a 1 Jo. 4:16, 20–21. Heb. 9:27; das escrituras.
b GEE Amor. D&C 122:9. 58 a D&C 1:2.
Doutrina e Convênios 42:60–73 82
recebeste, que te foram dadas em a 
convênios da igreja, os quais se-
minhas escrituras como lei, para rão suficientes para vos estabele-
que sejam a lei que governará mi- cerdes, tanto aqui como na Nova
nha igreja; Jerusalém.
60 E o que assim a fizer será salvo; 68 Portanto, aquele que tem fal-
e o que não o fizer será b condena- ta de a sabedoria peça-a a mim; e
do, caso continue. dar-lhe-ei liberalmente e não o
61 Se pedires, receberás a revela- lançarei em rosto.
ção sobre revelação, b conhecimen- 69 Alegrai-vos e regozijai-vos,
to sobre conhecimento, para que porque a vós foi dado o a reino; ou,
conheças os c mistérios e as coisas em outras palavras, as b chaves da
d 
pacíficas — aquilo que traz e ale- igreja. Assim seja. Amém.
gria, que traz vida eterna. 70 Os a sacerdotes e os b mestres
62 Pedirás e ser-te-á revelado, em terão suas c mordomias, assim
meu próprio e devido tempo, onde como os membros.
a a Nova Jerusalém será construída. 71 E as famílias dos élderes ou
63 E eis que acontecerá que meus dos sumos sacerdotes designados
servos serão enviados ao leste e ao para ajudar o bispo, como conse-
oeste, ao norte e ao sul. lheiros em todas as coisas, recebe-
64 E mesmo agora, os que forem rão seu sustento da propriedade
para o leste ensinem aqueles que a 
consagrada ao bispo para benefí-
se converterem a fugir para o a oes- cio dos pobres e para outros pro-
te; e isto em consequência do que pósitos, como mencionado antes;
sucederá na Terra e de b combina- 72 Ou receberão uma justa remu-
ções secretas. neração por todos os seus serviços,
65 Eis que observarás todas estas seja uma mordomia ou outra coi-
coisas e grande será tua recompen- sa — conforme o que os conselhei-
sa; porque a vós é dado conhecer ros e o bispo considerem melhor
os mistérios do reino, mas ao mun- ou decidam.
do não é dado conhecê-los. 73 E o bispo também receberá
66 Observareis as leis que tendes seu sustento ou uma justa remu-
recebido e sereis fiéis. neração por todos os seus serviços
67  E no futuro recebereis na igreja.
60 a D&C 41:5. GEE Mistérios de Deus. b Mt. 16:19;
GEE Obedecer, d D&C 39:6. D&C 65:2.
Obediência, e GEE Alegria. GEE Chaves do
Obediente. 62 a D&C 57:1–5. Sacerdócio.
b Mois. 5:15. 64 a D&C 45:64. 70 a GEE Sacerdote,
GEE Condenação, b GEE Combinações Sacerdócio Aarônico.
Condenar. Secretas. b GEE Mestre, Sacerdócio
61 a GEE Revelação. 67 a D&C 82:11–15. Aarônico.
b Abr. 1:2. 68 a Tg. 1:5. c GEE Mordomia,
GEE Conhecimento; GEE Sabedoria. Mordomo.
Testemunho. 69 a GEE Reino de Deus ou 71 a GEE Consagrar, Lei da
c D&C 63:23. Reino dos Céus. Consagração.
83 Doutrina e Convênios 42:74–90
74 Eis que em verdade vos digo élderes da igreja; e toda palavra
que quaisquer pessoas entre vós contra ele ou ela será confirmada
que tenham repudiado o cônjuge por duas testemunhas da igreja
por causa de a fornicação, ou, em e não do inimigo; mas se houver
outras palavras, se com toda a hu- mais de duas testemunhas, será
mildade testificarem diante de vós melhor.
ser esse o caso, não as expulsareis 81 Não obstante, a pessoa será
de vosso meio; condenada pela boca de duas tes-
75 Mas se descobrirdes que uma temunhas; e os élderes apresen-
pessoa abandonou o cônjuge por tarão o caso diante da igreja e a
causa de a adultério e é ela mes- igreja levantará a mão contra ela,
ma a culpada e seu cônjuge vive, para que seja julgada de acordo
essa pessoa será b expulsa de vos- com a lei de Deus.
so meio. 82 E se for possível, é necessá-
76 E também vos digo que deve- rio que o bispo esteja presente
reis ser a diligentes e cuidadosos também.
em vossas investigações, para que 83 E assim fareis em todos os ca-
não recebais tais pessoas entre vós, sos que vos forem apresentados.
se forem casadas; 84 E se um homem ou uma mu-
77 E se não forem casadas, de- lher roubar, será entregue à lei
verão arrepender-se de todos os do país.
pecados; caso contrário, não as 85 E se ele ou ela a furtar, será en-
recebereis. tregue à lei do país.
78 E também, toda pessoa que 86 E se ele ou ela a mentir, será
pertencer a esta igreja de Cristo entregue à lei do país.
esforçar-se-á para guardar todos 87 E se ele ou ela cometer qual-
os mandamentos e convênios da quer iniquidade, será entregue à
igreja. lei, sim, à lei de Deus.
79 E acontecerá que, se qualquer 88 E se teu a irmão ou tua irmã
dentre vós a matar, será entregue te b ofender, aparta-te com ele ou
para ser julgado de acordo com as ela a sós; e se ele ou ela c confessar,
leis do país; pois lembrai-vos de reconciliar-vos-eis.
que ele não terá perdão; e o caso 89 Mas se ele ou ela não confes-
será provado de acordo com as sar, ele ou ela será por ti entregue
leis do país. à igreja, não aos membros, mas
80 E se qualquer pessoa, homem aos élderes. E isso será feito numa
ou mulher, cometer adultério, será reunião e não perante o mundo.
julgada diante de dois ou mais 90 E se teu irmão ou tua irmã
74 a GEE Fornicação; Vigiar. Mentir, Mentiroso.
Imoralidade Sexual. 79 a GEE Homicídio. 88 a GEE Irmã(s), Irmão(s).
75 a GEE Adultério. 85 a GEE Roubar, Roubo. b Mt. 18:15–17.
b GEE Excomunhão. 86 a GEE Honestidade, c GEE Confessar,
76 a GEE Atalaia, Sentinela, Honesto; Confissão.
Doutrina e Convênios 42:91– 43:5 84
ofender a muitos, ele ou ela será segredo, será repreendido em se-
a 
repreendido diante de muitos. gredo, para que tenha oportuni-
91 E se alguém ofender publica- dade de confessar em segredo a
mente, será repreendido publica- quem quer que tenha ofendido e
mente, para que se envergonhe. E a Deus, para que a igreja não fale
se não confessar, será entregue à com reprovação a seu respeito.
lei de Deus. 93 E assim agireis em todas as
92  Se alguém ofender em coisas.

SEÇÃO 43
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em fevereiro de 1831. Alguns membros da Igreja
estavam, nessa época, sendo perturbados por alguns que falsamente
afirmavam ser reveladores. O Profeta inquiriu o Senhor e recebeu
esta comunicação dirigida aos élderes da Igreja. A primeira parte tra-
ta de assuntos ligados ao governo da Igreja; a última parte contém
uma advertência que os élderes devem transmitir às nações da Terra.
1–7, Revelações e mandamentos são minha igreja, por meio daquele
dados somente por meio da pessoa que designei para receber b man-
designada; 8–14, Os santos são santi- damentos e revelações de minha
ficados agindo com toda santidade pe- mão.
rante o Senhor; 15–22, Os élderes são 3 E isto sabereis com certeza —
enviados para clamar arrependimento que não há qualquer outro desig-
e preparar os homens para o grande dia nado para receber mandamentos
do Senhor; 23–28, O Senhor chama e revelações para vós, até que ele
os homens por Sua própria voz e por seja levado, se ele a permanecer
meio das forças da natureza; 29–35, em mim.
Virá o Milênio e o tempo em que Sa- 4 Mas em verdade, em verdade
tanás será amarrado. vos digo que a nenhum outro será
designado para receber esse dom,
Escutai, ó élderes de minha igre- a menos que seja por meio dele;
ja, e dai ouvidos às palavras que pois, se esse dom for dele tirado,
vos direi. ele não terá poder, a não ser para
2 Pois eis que em verdade, em designar outro em seu lugar.
verdade vos digo que recebestes 5 E isto vos será por lei: Não
um mandamento como a lei para recebereis os ensinamentos de
90 a GEE Castigar, Castigo, b GEE Mandamentos de 3 a Jo. 15:4.
Corrigir, Repreender. Deus; 4 a D&C 28:2–3.
43 2 a D&C 42. Revelação.
85 Doutrina e Convênios 43:6–18
qualquer pessoa que os apresen- 11 Purgai a a iniquidade que exis-
te a vós como revelações ou como te entre vós; santificai-vos peran-
mandamentos. te mim;
6 E isto vos dou para que não se- 12 E, se desejais as glórias do
jais a enganados, para que saibais reino, designai meu servo Joseph
que não vêm de mim. Smith Júnior, e a sustentai-o peran-
7 Pois em verdade vos digo que te mim pela oração da fé.
aquele que for a ordenado por mim 13 E também vos digo que, se
entrará pela b porta e deverá ser or- desejais os a mistérios do reino, for-
denado como eu antes vos disse, necei-lhe alimento, roupas e tudo
para ensinar as revelações que re- o mais de que ele necessitar para
cebestes e que recebereis por meio fazer o trabalho que lhe ordenei;
daquele que designei. 14 E se assim não fizerdes, ele
8 E agora, eis que vos dou o man- permanecerá com aqueles que o
damento de que, quando estiver- receberam, a fim de que para mim
des congregados, deveis a instruir- mesmo eu reserve um povo a puro
vos e edificar-vos uns aos outros, diante de mim.
para que saibais como agir e como 15 E também eu digo: Escutai, ó
dirigir minha igreja, como proce- élderes de minha igreja, a quem
der com respeito aos pontos de designei: Não sois enviados para
minha lei e dos mandamentos que serdes ensinados, mas para a ensi-
dei. nardes aos filhos dos homens as
9 E assim vos tornareis instruí- coisas que pus em vossas mãos
dos na lei de minha igreja; e sereis pelo poder de meu b Espírito;
a 
santificados por meio daquilo que 16  Sereis a ensinados do alto.
recebestes e fareis convênio de que b 
Santificai-vos e sereis c investi-
agireis em toda a santidade diante dos de poder, para que ensineis
de mim — como falei.
10 Para que, se assim fizerdes, 17 Escutai, pois eis que o a grande
glória seja a acrescentada ao rei- b 
dia do Senhor está perto.
no que recebestes. Se assim não 18 Pois aproxima-se o dia em que
fizerdes, até o que recebestes vos dos céus o Senhor fará ressoar a
será b tirado. sua a voz; os céus b estremecerão e
6 a D&C 46:7. b Mc. 4:25. b GEE Santificação.
GEE Enganar, Engano, 11 a GEE Pecado. c Lc. 24:49;
Fraude. 12 a GEE Apoio aos Líderes D&C 38:32; 95:8–9;
7 a GEE Ordenação, da Igreja. 110:8–10.
Ordenar. 13 a GEE Mistérios de Deus. 17 a Mal. 4:5;
b Mt. 7:13–14; 14 a GEE Pureza, Puro. D&C 2:1; 34:6–9.
2 Né. 9:41; 31:9, 17–18; 15 a GEE Obra Missionária. b D&C 29:8.
3 Né. 14:13–14; b GEE Ensinar, Mestre — GEE Segunda Vinda de
D&C 22. Ensinar com o Jesus Cristo.
8 a D&C 88:77. Espírito. 18 a Joel 2:11; D&C 133:50.
9 a GEE Santificação. 16 a GEE Inspiração, b Joel 2:10; 3:16;
10 a Al. 12:10. Inspirar. D&C 45:48.
Doutrina e Convênios 43:19–29 86
a Terra tremerá; e a trombeta de
c  d 
Escutai, ó nações da Terra, e ouvi
Deus soará longa e fortemente e as palavras do Deus que vos criou.
dirá às nações adormecidas: Vós, 24 Ó vós, nações da Terra, quan-
santos, e levantai-vos e vivei; vós, tas vezes eu quis ajuntar-vos como
pecadores, f permanecei e g dormi a a galinha ajunta seus pintos de-
até que eu volte a chamar-vos. baixo das asas, mas vós b não o
19 Portanto, cingi vossos lombos quisestes!
para que não sejais achados entre 25 Quantas vezes vos a chamei
os iníquos. pela boca de meus b servos e pelo
20 Elevai a voz sem cessar. Cha- c 
ministério de anjos e por minha
mai as nações ao arrependimento, própria voz; e pela voz de trovões
tanto velhos como jovens, tanto e pela voz de relâmpagos e pela
servos como livres, dizendo: Pre- voz da tempestade; e pela voz dos
parai-vos para o grande dia do terremotos e grandes chuvas de
Senhor; pedra; e pela voz da d fome e pes-
21 Pois se eu, que sou homem, tilências de toda espécie; e pelo
elevo a minha voz e vos convido grande som de uma trombeta e
ao arrependimento e vós me de- pela voz do julgamento e pela voz
testais, o que direis quando vier o da e misericórdia, todo o dia; e pela
dia em que os a trovões ecoarem a voz da glória e honra e das rique-
sua voz desde os confins da Terra, zas da vida eterna quis salvar-vos
falando aos ouvidos de todos os com salvação f eterna, mas vós não
que vivem, dizendo: Arrependei- o quisestes!
vos e preparai-vos para o grande 26 Eis que chegado é o dia em
dia do Senhor? que está cheio o cálice da ira de
22 Sim, e quando os relâmpagos minha indignação.
resplandecerem desde o oriente 27 Eis que em verdade vos digo
até o ocidente e manifestarem a que estas são as palavras do Se-
sua voz a todos os que vivem e nhor vosso Deus.
fizerem zumbir os ouvidos de to- 28 Portanto, trabalhai, a traba-
dos os que ouvem, dizendo estas lhai na minha vinha pela última
palavras: Arrependei-vos, porque vez — pela última vez chamai os
é chegado o grande dia do Senhor? habitantes da Terra.
23 E também, dos céus o Senhor 29 Pois em meu próprio e de-
fará ressoar a sua voz, dizendo: vido tempo a virei à Terra com
18 c D&C 88:87. b GEE Rebeldia, Rebelião. Misericordioso.
d D&C 29:13; 45:45. 25 a Hel. 12:2–4. f GEE Imortal,
e GEE Ressurreição. b Mt. 23:34. Imortalidade;
f D&C 76:85; 88:100–101. GEE Profeta. Salvação; Vida eterna.
g Mórm. 9:13–14. c D&C 7:6; 130:4–5. 28 a Jacó 5:71;
21 a 2 Né. 27:2; d Jer. 24:10; Amós 4:6; D&C 33:3.
D&C 88:90. D&C 87:6; GEE Vinha do Senhor.
24 a Mt. 23:37; JS—M 1:29. 29 a GEE Segunda Vinda de
3 Né. 10:4–6. e GEE Misericórdia, Jesus Cristo.
87 Doutrina e Convênios 43:30– 44:4
julgamento e o meu povo será re- inextinguível, e seu fim, homem
dimido e reinará comigo na Terra. algum na Terra sabe nem nunca
30 Pois o grande a Milênio, do saberá, até que compareçam pe-
qual falei pela boca de meus ser- rante mim em b julgamento.
vos, virá. 34 Escutai estas palavras. Eis que
31 Pois a Satanás será b amarrado eu sou Jesus Cristo, o a Salvador
e, quando for libertado, reinará do mundo. b Entesourai estas coi-
apenas por c pouco tempo e então sas em vosso coração; e que as
virá o d fim da Terra. verdades c solenes da eternidade
32 E aquele que viver em a retidão d 
repousem em vossa e mente.
será b transformado num piscar de 35 Sede a sóbrios. Guardai todos
olhos e a Terra passará como se os meus mandamentos. Assim
fosse por fogo. seja. Amém.
33 E os iníquos irão para o a fogo

SEÇÃO 44
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Kirtland, Ohio, em fins de fevereiro de 1831. Cumprindo os requisitos
aqui estabelecidos, a Igreja marcou uma conferência para o princípio
do mês de junho seguinte.
1–3, Os élderes devem reunir-se em 2 E acontecerá que, se forem fiéis
conferência; 4–6, Devem organizar-se e exercerem fé em mim, derrama-
de acordo com as leis do país e cuidar rei meu a Espírito sobre eles no dia
dos pobres. em que se congregarem.
3 E acontecerá que irão às regiões
Eis que assim diz o Senhor a vós, circunvizinhas e a pregarão arre-
meus servos: É-me conveniente pendimento ao povo.
que os élderes de minha igreja 4 E muitos serão a convertidos, de
sejam convocados, do leste e do maneira que obtereis poder para
oeste, do norte e do sul, por carta vos organizar b conforme as leis
ou algum outro meio. do homem;
30 a GEE Milênio. 32 a GEE Retidão. d GEE Ponderar.
31 a 1 Né. 22:26. b 1 Cor. 15:51–52; e GEE Mente.
GEE Diabo. D&C 63:51; 101:31. 35 a Rom. 12:3;
b D&C 45:55; 84:100; GEE Ressurreição. D&C 18:21.
88:110. 33 a Mt. 3:12. 44 2 a At. 2:17.
c Apoc. 20:3; b GEE Jesus Cristo — 3 a GEE Pregar.
Jacó 5:77; Juiz. 4 a GEE Conversão,
D&C 29:22. 34 a GEE Salvador. Converter.
d GEE Mundo — Fim do b JS—M 1:37. b D&C 98:5–7.
mundo. c D&C 84:61; 100:7–8.
Doutrina e Convênios 44:5– 45:2 88
5 Para que vossos inimigos não
a 
6 Eis que vos digo que deveis
tenham poder sobre vós e sejais visitar os pobres e os necessitados
a 

preservados em todas as coisas; e ministrar-lhes auxílio, para que


a fim de que guardeis as minhas sejam amparados até que todas as
leis e se quebrem todos os vínculos coisas possam ser feitas de acordo
com os quais o inimigo procura com a lei que de mim recebestes.
destruir meu povo. Amém.

SEÇÃO 45
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja,
em Kirtland, Ohio, em 7 de março de 1831. Prefaciando o registro
desta revelação, a história de Joseph Smith declara que “neste perío-
do da Igreja (. . .) muitos relatos falsos (. . .) e histórias tolas foram
publicados (. . .) e circularam, (. . .) para impedir que as pessoas in-
vestigassem a obra ou abraçassem a fé. (. . .) Mas para alegria dos
santos, (. . .) recebi o seguinte.”
1–5, Cristo é nosso advogado junto ao Novo Testamento, por meio da qual
Pai; 6–10, O evangelho é um mensa- importantes informações tornar-se-
geiro para preparar o caminho dian- iam conhecidas; 63–75, Ordena-se
te do Senhor; 11–15, Enoque e seus que os santos se reúnam e construam
Irmãos foram recebidos pelo Senhor; a Nova Jerusalém, para onde acorre-
16–23, Cristo revelou os sinais da rão pessoas de todas as nações.
Sua vinda como dados no Monte das
Oliveiras; 24–38, O evangelho será Escutai, ó povo de minha a igreja,
restaurado, cumprir-se-ão os tempos a quem foi dado o b reino; escutai e
dos gentios e uma enfermidade deso- dai ouvidos àquele que estabele-
ladora cobrirá a terra; 39–47, Sinais, ceu os fundamentos da Terra, que
maravilhas e a Ressurreição acom- c 
fez os céus e todas as suas hostes,
panharão a Segunda Vinda; 48–53, e por quem foram feitas todas as
Cristo aparecerá sobre o Monte das coisas que vivem e se movem e
Oliveiras e os judeus verão as feri- têm seu ser.
das em Suas mãos e em Seus pés; 2 E também digo: Escutai a mi-
54–59, O Senhor reinará durante nha voz, para que a a morte não
o Milênio; 60–62, O Profeta recebe vos surpreenda; na b hora que me-
instrução para iniciar a tradução do nos esperais o verão terá passado,
5 a 2 Né. 4:33. Cristo. GEE Criação, Criar.
6 a Tg. 1:27. b D&C 50:35. 2 a Al. 34:33–35.
GEE Bem-Estar; c Jer. 14:22; b Mt. 24:44.
Compaixão. 3 Né. 9:15;
45 1 a GEE Igreja de Jesus D&C 14:9.
89 Doutrina e Convênios 45:3–13
a c colheita estará terminada e vos- se tornarem os c filhos de Deus; e
sa alma não estará salva. aos que d creram em meu nome,
3 Ouvi aquele que é o a advogado dei poder para alcançarem a e vida
junto ao Pai, que está pleiteando eterna.
vossa causa perante ele — 9 E assim também mandei ao
4 Dizendo: Pai, contempla os a so- mundo meu a eterno b convênio,
frimentos e a morte daquele que para ser uma luz para o mundo,
não cometeu b pecado, em quem para ser um c modelo para meu
te rejubilaste; contempla o sangue povo e para que os d gentios o pro-
de teu Filho, que foi derramado, curem; e para ser um e mensageiro
o sangue daquele que deste para diante de minha face e preparar o
que fosses c glorificado; caminho diante de mim.
5  Portanto, Pai, poupa estes 10 Portanto, entrai nele; e com
meus irmãos que a creem em meu aquele que vier eu arrazoarei,
nome, para que venham a mim e como fiz com os homens em dias
tenham b vida eterna. passados; e mostrar-vos-ei meu
6 Escutai, ó povo da minha igre- a 
forte argumento.
ja, e vós, élderes, juntos escutai e 11 Portanto, juntos escutai e dei-
ouvi a minha voz durante o tempo xai-me mostrar-vos minha sabe-
que se chama a hoje; e não endure- doria — a sabedoria daquele que
çais o coração; dizeis ser o Deus de a Enoque e de
7 Pois em verdade vos digo que seus irmãos,
eu sou o a Alfa e o Ômega, o prin- 12 Que foram a apartados da Ter-
cípio e o fim, a luz e a vida do ra e recebidos em mim — uma
mundo — uma b luz que resplan- b 
cidade reservada até que venha
dece nas trevas e as trevas não a o dia da retidão — dia procurado
compreendem. por todos os homens santos e não
8 Eu vim aos meus e os meus encontrado devido a iniquidades
não me receberam; mas a todos os e abominações;
que me receberam dei a poder para 13 E eles confessaram ser a estra-
realizar muitos b milagres e para nhos e peregrinos na Terra;
2 c Jer. 8:20; D&C 19:1. d Isa. 42:6;
D&C 56:16. b Jo. 1:5. 2 Né. 10:9–18.
GEE Ceifa, Colheita. 8 a Mt. 10:1. e Mal. 3:1.
3 a D&C 62:1. GEE Poder. 10 a Isa. 41:21;
GEE Advogado. b GEE Milagre. D&C 50:10–12.
4 a D&C 19:18–19. c GEE Filhos e Filhas de 11 a Mois. 7:69.
GEE Expiação, Expiar. Deus. 12 a TJS Gên. 14:30–34
b Heb. 4:15. d GEE Crença, Crer; Fé. (Apêndice da Bíblia);
c Jo. 12:28. e D&C 14:7. D&C 38:4;
5 a D&C 20:25; 35:2; 38:4. 9 a GEE Novo e Eterno Mois. 7:21.
b Jo. 3:16. Convênio. b Mois. 7:62–64.
6 a Heb. 3:13; b Jer. 31:31–34; GEE Sião.
D&C 64:23–25. Mórm. 5:20. 13 a Heb. 11:13;
7 a Apoc. 1:8; 21:6; c 2 Né. 29:2. 1 Ped. 2:11.
Doutrina e Convênios 45:14–29 90
14 Mas receberam a promessa a 
será derribado, de modo que não
de que o encontrariam e o veriam ficará pedra sobre pedra.
na carne. 21 E acontecerá que esta geração
15 Portanto, escutai e arrazoarei de judeus não passará sem que se
convosco; e falar-vos-ei e profeti- cumpram todas as desolações de
zarei como fiz com os homens em que vos falei em relação a eles.
dias passados. 22 Dizeis saber que o a fim do
16 E mostrá-lo-ei claramente, mundo virá; dizeis também saber
como a meus discípulos o a mos- que os céus e a Terra passarão;
trei quando estive diante deles 23 E com isto dizeis a verdade,
na carne e falei-lhes, dizendo: porque assim é; mas estas coisas
Como me tendes perguntado so- de que vos falei não passarão até
bre os b sinais da minha vinda, que tudo se cumpra.
no dia em que, nas nuvens dos 24 E isto vos disse concernente a
céus, eu vier em minha glória Jerusalém; e quando vier aquele
para cumprir as promessas que dia, um remanescente será a dis-
fiz a vossos pais, perso entre todas as nações;
17 Pois uma vez que tendes con- 25 Mas serão a reunidos outra vez;
siderado como aprisionamento o contudo, permanecerão até que os
longo tempo em que vosso a espíri- tempos dos b gentios se cumpram.
to esteve b ausente de vosso corpo, 26 E a naqueles dias se ouvirá de
mostrar-vos-ei como virá o dia da b 
guerras e rumores de guerras e
redenção e também a c restauração toda a Terra estará em comoção e
de Israel d disperso. o coração dos homens c falhará; e
18 E agora vedes este templo si- dirão que Cristo d retarda sua vin-
tuado em Jerusalém, que chamais da até o fim da Terra.
casa de Deus; e vossos inimigos 27 E o amor dos homens esfria-
dizem que essa casa jamais cairá. rá e a iniquidade será abundante.
19 Mas em verdade vos digo que 28 E quando os tempos dos a gen-
desolação virá sobre esta geração tios chegarem, uma b luz resplan-
como um ladrão na noite; e este decerá entre aqueles que se assen-
povo será destruído e dispersado tam em trevas; e será a plenitude
por entre todas as nações. do meu evangelho;
20 E este templo que agora vedes 29  Mas eles não a a recebem,
14 a Heb. 11:8–13; d 1 Né. 10:12–14. 26 a GEE Últimos Dias.
Mois. 7:63. GEE Israel — Dispersão b D&C 87;
16 a Mt. 24; Lc. 21:7–36; de Israel. JS—M 1:23.
JS—M 1. 22 a GEE Mundo — Fim do c Lc. 21:26.
b GEE Segunda Vinda de mundo. d 2 Ped. 3:3–10.
Jesus Cristo. 24 a 2 Né. 25:15. 28 a 1 Né. 15:13.
17 a D&C 138:50. 25 a Ne. 1:9; Isa. 11:12–14; b GEE Luz, Luz de Cristo;
b GEE Espírito. 1 Né. 22:10–12; Restauração do
c GEE Israel — Coligação 2 Né. 21:12–14. Evangelho.
de Israel. b Lc. 21:24. 29 a Jo. 1:5.
91 Doutrina e Convênios 45:30– 45
porque não percebem a luz e des- 37 Olhais e vedes as a figueiras e
viam de mim o b coração por causa com vossos olhos as contemplais;
dos c preceitos dos homens. e quando começam a brotar e suas
30 E nessa geração se cumprirá folhas estão ainda tenras, dizeis
o tempo dos gentios. que o verão está próximo;
31 E haverá homens nessa gera- 38 Assim também será no dia
ção que não passarão até que ve- em que eles virem todas essas coi-
jam uma a praga terrível; pois uma sas; então saberão que a hora está
doença desoladora cobrirá a terra. próxima.
32 Mas os meus discípulos a per- 39 E acontecerá que aquele que
manecerão em lugares santos e me a teme estará b esperando que
não serão movidos; mas, entre venha o grande c dia do Senhor,
os iníquos, homens levantarão sim, os d sinais da vinda do e Filho
a voz e b amaldiçoarão a Deus e do Homem.
morrerão. 40 E verão sinais e maravilhas,
33 E haverá a terremotos também pois serão mostrados em cima nos
em diversos lugares e muitas de- céus e embaixo na Terra.
solações; e ainda assim os homens 41 E verão sangue e a fogo e va-
endurecerão o coração contra mim pores de fumaça.
e levantarão a b espada uns contra 42 E antes que venha o dia do
os outros e matar-se-ão uns aos Senhor, o a sol se escurecerá, a lua
outros. tornar-se-á em sangue e as estrelas
34 E quando eu, o Senhor, disse cairão do céu.
estas palavras aos meus discípu- 43 E o remanescente será reunido
los, eles se perturbaram. neste local;
35 E disse-lhes: Não vos a pertur- 44 E então me procurarão, e eis
beis, porque, quando todas estas que virei; e ver-me-ão nas nuvens
coisas acontecerem, sabereis que do céu, revestido de poder e gran-
as promessas que vos foram feitas de a glória, com todos os santos
serão cumpridas. anjos; e quem não me b procurar
36 E quando começar a raiar a será rejeitado.
luz, será para eles como uma pa- 45 Mas antes que desça o bra-
rábola que vos mostrarei — ço do Senhor, um anjo soará sua
29 b Mt. 15:8–9. Lc. 21:29–31. Jesus Cristo.
c D&C 3:6–8; 46:7; 39 a D&C 10:55–56. d GEE Sinais dos Tempos.
JS—H 1:19. GEE Obedecer, e GEE Filho do Homem.
31 a D&C 5:19–20; 97:22– Obediência, 41 a D&C 29:21; 97:25–26.
25. Obediente; 42 a Joel 2:10;
32 a D&C 101:21–22, 64. Temor — Temor de Apoc. 6:12;
b Apoc. 16:11, 21. Deus. D&C 88:87; 133:49.
33 a D&C 43:18; 88:87–90. b 2 Ped. 3:10–13; 44 a GEE Jesus Cristo —
b D&C 63:33. D&C 35:15–16; Glória de Jesus Cristo.
35 a Mt. 24:6. Mois. 7:62. b Mt. 24:43–51;
37 a Mc. 13:28; c GEE Segunda Vinda de Mc. 13:32–37.
Doutrina e Convênios 45:46–58 92
a 
trombeta e os santos que dormi- o Senhor, pois dir-lhes-ei: Estas
ram b ressurgirão para encontrar- são as feridas com que fui a ferido
me nas c nuvens. na casa de meus amigos. Eu sou
46 Portanto, se dormistes em aquele que foi levantado. Eu sou
a 
paz, bem-aventurados sois; por- Jesus, que foi b crucificado. Eu sou
que como agora me vedes e sabeis o Filho de Deus.
que eu sou, assim também b vireis 53 E então eles a prantearão por
a mim e vossa alma c viverá e vos- causa de suas iniquidades; e la-
sa redenção será aperfeiçoada; e mentar-se-ão por terem persegui-
os santos ressurgirão dos quatro do o seu b rei.
cantos da Terra. 54 E então as nações a pagãs serão
47 Então o a braço do Senhor des- redimidas e os que não conhece-
cerá sobre as nações. ram lei alguma tomarão parte na
48 E então o Senhor assentará o primeira b ressurreição; e ser-lhes-á
pé sobre este a monte e ele será fen- c 
tolerável.
dido pelo meio; e a Terra b tremerá 55 E a Satanás será b amarrado,
e vacilará de um lado para outro para que não tenha lugar no cora-
e os céus também c estremecerão. ção dos filhos dos homens.
49 E o Senhor fará soar a sua voz 56 E nesse a dia, quando eu vier
e todos os confins da Terra ouvi- em minha glória, cumprir-se-á a
la-ão; e as nações da Terra a pran- parábola de que falei, concernente
tearão e os que riram verão sua às dez b virgens.
insensatez. 57 Pois aqueles que são pruden-
50 E calamidade cobrirá o des- tes e tiverem recebido a a verdade
denhador e o escarnecedor será e tomado o Santo Espírito por seu
consumido; e os que tiverem pro- b 
guia e não tiverem sido c engana-
curado a iniquidade serão corta- dos — em verdade vos digo que
dos e lançados no fogo. não serão cortados e lançados no
51 E então os a judeus irão b olhar d 
fogo, mas suportarão o dia.
para mim e dizer: Que feridas são 58  E a a Terra ser-lhes-á dada
essas em tuas mãos e em teus pés? por b herança e multiplicar-se-ão
52  Então saberão que eu sou e tornar-se-ão fortes; e seus filhos
45 a D&C 29:13; 43:18. 51 a GEE Judeus. D&C 43:31; 88:110.
b D&C 88:96–97. b Zac. 12:10. 56 a GEE Segunda Vinda de
GEE Ressurreição. 52 a Zac. 13:6. Jesus Cristo.
c 1 Tess. 4:16–17. b GEE Crucificação. b Mt. 25:1–13;
46 a Al. 40:12. 53 a Apoc. 1:7. D&C 63:54.
b Isa. 55:3. b Lc. 23:38; 57 a GEE Verdade.
c GEE Vida eterna. Jo. 19:3, 14–15. b GEE Espírito Santo.
47 a D&C 1:12–16. 54 a Eze. 36:23; 39:21. c JS—M 1:37.
48 a Zac. 14:4. b GEE Ressurreição. d D&C 29:7–9; 63:34;
b D&C 43:18; 88:87. c D&C 75:22. 64:23–24;
c Joel 3:16; 55 a GEE Diabo. 101:22–25.
D&C 49:23. b Apoc. 20:2; 58 a GEE Milênio.
49 a D&C 87:6. 1 Né. 22:26; b Mt. 5:5.
93 Doutrina e Convênios 45:59–72
crescerão sem pecado para a d sal-
c 
herança que mais tarde vos será
vação. designada.
59 Porque o Senhor estará em 66 E ela será chamada a a Nova Je-
seu a meio e sua glória estará so- rusalém, uma b terra de c paz, uma
bre eles; e ele será seu rei e seu cidade de d refúgio, um lugar se-
b 
legislador. guro para os santos do Deus Al-
60 E agora, eis que vos digo que tíssimo;
nada mais vos será dado saber 67 E a a glória do Senhor ali estará
concernente a este capítulo, até e o terror do Senhor também ali
que o a Novo Testamento seja tra- estará, tanto que os iníquos não
duzido; e nele todas estas coisas virão a ela; e será chamada Sião.
serão dadas a conhecer; 68 E acontecerá entre os iníquos
61 Portanto, agora vos permito que todo homem que não tomar
traduzi-lo, para que estejais pre- sua espada contra seu próximo
parados para as coisas que hão terá que fugir para Sião, por se-
de vir. gurança.
62 Pois em verdade vos digo que 69 E a reunir-se-ão nela, de todas
grandes coisas vos esperam; as nações debaixo dos céus; e se-
63 Ouvis falar de a guerras em rão o único povo que não estará
terras estrangeiras; mas eis que em guerra entre si.
vos digo que estão próximas, sim, 70 E entre os iníquos dir-se-á:
às vossas portas; e daqui a não Não subamos para lutar contra
muitos anos ouvireis falar de guer- Sião, porque os habitantes de Sião
ras nas vossas próprias terras. são terríveis; portanto, não pode-
64 Portanto, eu, o Senhor, disse: mos resistir.
Saí das terras do a leste, reuni-vos, 71 E acontecerá que os justos se-
ó élderes de minha igreja; ide para rão reunidos dentre todas as na-
as regiões do oeste, chamai os ha- ções e virão a Sião cantando com
bitantes ao arrependimento e, à cânticos de eterna alegria.
medida que eles se arrependerem, 72 E agora vos digo: Não deixeis
estabelecei igrejas para mim. que estas coisas se espalhem pelo
65 E com um só coração e com mundo até que me seja conve-
um só pensamento, ajuntai vos- niente, para que realizeis esta obra
sas riquezas para a comprar uma aos olhos do povo e aos olhos de
58 c D&C 63:51; 101:29–31. 64 a D&C 42:64. D&C 115:6.
d GEE Salvação. 65 a D&C 63:27. 67 a D&C 64:41–43;
59 a D&C 29:11; 104:59. 66 a Ét. 13:5–6; 97:15–18.
b Gên. 49:10; Mois. 7:62; GEE Jesus Cristo —
Zac. 14:9; RF 1:10. Glória de Jesus Cristo.
D&C 38:21–22. GEE Nova Jerusalém; 69 a Deut. 30:3;
60 a GEE Tradução de Sião. Jer. 32:37–39;
Joseph Smith (TJS). b D&C 57:1–3. D&C 33:6.
63 a D&C 38:29; 87:1–5; c GEE Paz.
130:12. d Isa. 4:6;
Doutrina e Convênios 45:73– 46:5 94
vossos inimigos, para que eles não serão tomados de temor e perma-
saibam de vossas obras até que te- necerão afastados e estremecerão.
nhais realizado o que vos mandei; 75 E todas as nações temerão
73 Para que, quando o souberem, por causa do terror do Senhor e
reflitam sobre estas coisas. do poder de sua força. Assim seja.
74 Pois quando o Senhor apare- Amém.
cer, será tão a terrível para eles que

SEÇÃO 46
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja
em Kirtland, Ohio, em 8 de março de 1831. Nos primeiros tempos
da Igreja, ainda não havia sido elaborado um sistema uniforme para
dirigir os serviços da Igreja. Entretanto, havia-se generalizado o
costume de admitir somente membros e pesquisadores sinceros às
reuniões sacramentais e outras assembleias da Igreja. Esta revelação
expressa a vontade do Senhor concernente à regulamentação e dire-
ção das reuniões, assim como a Sua orientação a respeito de buscar
e discernir os dons do Espírito.
1–2, Os élderes devem dirigir as reu- ordenado aos a élderes da minha
niões conforme inspirados pelo San- igreja, desde o princípio — e sem-
to Espírito; 3–6, Os que buscam a pre o será — b dirigirem todas as
verdade não devem ser excluídos das reuniões conforme inspirados e
reuniões sacramentais; 7–12, Pedi a guiados pelo Santo Espírito.
Deus e buscai os dons do Espírito; 3 Não obstante, tendes ordem de
13–26, Enumeram-se alguns desses jamais a excluir quem quer que seja
dons; 27–33, Aos líderes da Igreja é de vossas reuniões públicas, que
dado poder para discernir os dons do são realizadas diante do mundo.
Espírito. 4 Tendes ordem também de não
excluir de vossas reuniões sacra-
Escutai, ó povo da minha igreja; mentais ninguém que pertença à
pois, em verdade vos digo, que a 
igreja; não obstante, se alguém
estas coisas foram declaradas para tiver transgredido, que não b par-
vosso a proveito e instrução. ticipe do sacramento até que haja
2 Mas não obstante as coisas uma reconciliação.
que estão escritas, sempre foi 5 E também vos digo que não
74 a Sof. 2:11. D&C 20:45. Cristo.
46 1 a 2 Tim. 3:16–17. 3 a 3 Né. 18:22–25. b 3 Né. 18:26–32.
2 a Al. 6:1. GEE Confraternizar. GEE Sacramento.
b Morô. 6:9; 4 a GEE Igreja de Jesus
95 Doutrina e Convênios 46:6–16
deveis excluir de vossas reuniões que procuram assim fazer; para
sacramentais quem quer que es- que sejam beneficiados todos os
teja sinceramente procurando o que buscam ou que me pedem
reino — digo isto com respeito aos e que pedem não um a sinal para
que não são da igreja. b 
satisfazer suas concupiscências.
6 E torno a dizer-vos, com res- 10 E também em verdade vos
peito às vossas a reuniões de con- digo: Quisera que sempre vos lem-
firmação, que se houver alguém brásseis e sempre retivésseis em
que não for da igreja, mas estiver vossa a mente o que são esses b dons
sinceramente procurando o reino, dados à igreja.
não o excluireis. 11 Pois a todos não são dados to-
7 Tendes ordem, porém, de em dos os dons; pois há muitos dons
todas as coisas a pedir a Deus, que e a a cada homem é dado um dom
dá liberalmente; e aquilo que o Es- pelo Espírito de Deus.
pírito vos testificar, assim quisera 12 A alguns é dado um, a ou-
eu que fizésseis em toda b santida- tros é dado outro, para que desse
de de coração, andando retamente modo todos sejam beneficiados.
perante mim, c refletindo sobre o 13 A alguns é dado a saber, pelo
resultado da vossa salvação, fa- Espírito Santo, que Jesus Cristo é o
zendo todas as coisas com ora- Filho de Deus e que foi crucificado
ção e d ação de graças, para que pelos pecados do mundo.
não sejais e seduzidos por espíritos 14 A outros é dado a crer nas pala-
malignos, ou pelas doutrinas de vras deles, para que tenham tam-
f 
demônios, ou por g mandamentos bém vida eterna se permanece-
de homens; porque alguns são de rem fiéis.
homens e outros, de demônios; 15 E também o Espírito Santo faz
8 Portanto, acautelai-vos para saber a alguns as a diferenças de
que não vos enganem; e, para que administração, conforme for agra-
não sejais enganados, a procurai dável ao mesmo Senhor, segundo
com zelo os melhores dons, lem- desejar o Senhor, que molda suas
brando sempre por que são dados; misericórdias às condições dos
9 Pois em verdade vos digo: Eles filhos dos homens.
são dados em benefício daqueles 16 E também a alguns é dado
que me amam e guardam todos perceber, pelo Espírito Santo, se as
os meus mandamentos e daqueles diversidades de operações são de
6 a IE para confirmação GEE Ação de Graças, b Tg. 4:3.
das pessoas Agradecido, 10 a GEE Mente.
recém-batizadas. Agradecimento. b 1 Cor. 14:12.
7 a Tg. 1:5–6; e 1 Tim. 4:1–4; GEE Dons do Espírito.
D&C 88:63. D&C 43:5–7. 11 a 1 Cor. 12:4–11.
b GEE Santidade. f GEE Diabo. 13 a GEE Testemunho.
c GEE Ponderar. g D&C 3:6–7; 45:29. 14 a 3 Né. 12:2.
d Salm. 100; 8 a 1 Cor. 12:31. GEE Crença, Crer.
Al. 34:38. 9 a GEE Sinal. 15 a Morô. 10:8.
Doutrina e Convênios 46:17–33 96
Deus, para que as manifestações 27 E ao bispo da igreja e àqueles
a 

do Espírito sejam dadas a todo designados e ordenados por Deus


homem para seu proveito. para zelarem pela igreja e para se-
17 E também em verdade vos rem élderes da igreja, será dado
digo: A alguns é dada, pelo Es- b 
discernir todos esses dons, para
pírito de Deus, a palavra de a sa- que ninguém haja entre vós que,
bedoria. sem ser de Deus, professe tê-los.
18 A outros é dada a palavra de 28 E acontecerá que aquele que
a 
conhecimento, para que todos pedir em a Espírito receberá em
possam ser ensinados a serem sá- Espírito;
bios e a terem conhecimento. 29 Para que a alguns seja dado
19 E também a alguns é dado ter possuir todos esses dons, para que
a 
fé para serem curados; haja uma cabeça, a fim de que todo
20 E a outros é dado ter fé para membro se beneficie com isso.
a 
curar. 30 Aquele que a pede em b Espírito
21 E também a alguns é dada a pede de acordo com a c vontade de
operação de a milagres; Deus; portanto, é feito como pede.
22 E a outros é dado a profetizar; 31 E também vos digo: Todas as
23 E a outros, o a discernimento coisas devem ser feitas em nome
de espíritos. de Cristo, tudo aquilo que fizerdes
24 E também a alguns é dado no Espírito;
falar em a línguas; 32 E no Espírito deveis render
25 E a outros é dada a interpre- a 
graças a Deus por todas as bên-
tação de línguas. çãos com que sois abençoados.
26 E todos estes a dons vêm de 33 E deveis praticar a a virtude e a
Deus, para benefício dos b filhos b 
santidade perante mim continua-
de Deus. mente. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 47
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 8 de março de 1831. John Whitmer, que já havia servido
como secretário do Profeta, inicialmente hesitou quando foi convidado
17 a Morô. 10:9. 24 a GEE Línguas, Dom das. c 2 Né. 4:35.
GEE Sabedoria. 26 a Morô. 10:8–19. 32 a 1 Crôn. 16:8–15;
18 a GEE Conhecimento. b GEE Filhos e Filhas de 1 Tess. 1:2;
19 a D&C 42:48–52. Deus. Al. 37:37;
GEE Fé. 27 a GEE Bispo. D&C 59:7, 21.
20 a GEE Curar, Curas. b GEE Discernimento, GEE Ação de Graças,
21 a GEE Milagre. Dom de. Agradecido,
22 a GEE Profecia, 28 a D&C 88:64–65. Agradecimento.
Profetizar. 30 a D&C 50:29. 33 a GEE Virtude.
23 a Mois. 1:13–15. b GEE Espírito Santo. b GEE Santidade.
97 Doutrina e Convênios 47:1– 48:4
a servir como historiador e registrador da Igreja, em substituição a
Oliver Cowdery. Ele escreveu: “Eu preferiria não fazê-lo, mas entendo
que a vontade do Senhor deve ser cumprida e se Ele assim o desejar,
meu anseio é que ele o manifeste por intermédio de Joseph, o Viden-
te.” Depois que Joseph Smith recebeu esta revelação, John Whitmer
aceitou a função que lhe fora designada e nela serviu.
1–4, John Whitmer é designado para digo que ele também poderá ele-
registrar a história da Igreja e ser o var a sua voz nas reuniões, sempre
escrevente do Profeta. que for conveniente.
3 E também te digo que ele será
Eis que me é conveniente que meu encarregado de continuamente
servo John escreva e conserve uma fazer o registro e escrever a histó-
a 
história regular e assista-te, meu ria da igreja; pois Oliver Cowdery
servo Joseph, na transcrição de to- designei para outro ofício.
das as coisas que te serão dadas, 4 Portanto, se for fiel, ser-lhe-á
até que ele seja chamado para ou- dado pelo a Consolador escrever
tros deveres. estas coisas. Assim seja. Amém.
2 Ademais, em verdade eu te

SEÇÃO 48
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 10 de março de 1831. O Profeta havia inquirido
o Senhor com respeito à maneira de proceder quanto à aquisição de
terras para o estabelecimento dos santos. Esse era um assunto im-
portante, em vista da migração de membros da Igreja vindos do les-
te dos Estados Unidos, em obediência à ordem do Senhor de que se
deveriam reunir em Ohio. (Ver seções 37:1–3; 45:64.)
1–3, Os santos de Ohio devem repar- 2 E se possuirdes terras, a reparti-
tir suas terras com os irmãos; 4–6, Os reis com os irmãos do leste;
santos devem comprar terras, cons- 3 E se não possuirdes terras, que
truir uma cidade e seguir os conselhos eles comprem, por enquanto, nas
dos oficiais que os presidem. regiões circunvizinhas, como lhes
parecer bem, pois é necessário que
É necessário que, por enquanto, por agora tenham lugares para
permaneçais em vossas moradias, morar.
como convenha à vossa condição. 4 É necessário que economizeis
47 1 a D&C 69:2–8; 85:1–2. Espírito Santo.
4 a GEE Consolador; 48 2 a GEE Bem-Estar.
Doutrina e Convênios 48:5–6 98
todo o dinheiro que puderdes e 6 E eles serão designados para
que obtenhais em retidão tudo o comprar as terras e iniciar a cons-
que puderdes, para que, no devi- trução do alicerce da a cidade; e
do tempo, tenhais condições de então começareis a reunir-vos com
a 
comprar terras para uma herança, vossa família, cada homem de
b 
sim, para a cidade. acordo com sua b família, de acor-
5 O local não será ainda revela- do com suas condições e conforme
do; mas depois que vossos irmãos lhe for designado pela presidência
vierem do leste, deverão ser de- e pelo bispo da igreja, segundo as
signados a alguns homens e a eles leis e os mandamentos que rece-
será dado b saber o local, ou seja, bestes e que recebereis daqui em
ser-lhes-á revelado. diante. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 49
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Sidney
Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley, em Kirtland, Ohio, em 7
de maio de 1831. Leman Copley havia abraçado o evangelho, mas
ainda se apegava a alguns ensinamentos dos Shakers (United Socie-
ty of Believers in Christ’s Second Appearing [Sociedade Unida dos
Crentes na Segunda Aparição de Cristo]), organização à qual per-
tencera anteriormente. Algumas das crenças dos Shakers eram que
a Segunda Vinda de Cristo já ocorrera e que Ele havia aparecido na
forma de uma mulher, Ann Lee. Eles não consideravam essencial o
batismo com água. Eles rejeitavam o casamento e acreditavam numa
vida totalmente celibatária. Alguns Shakers também proibiam que
se comesse carne. No prefácio desta revelação, a história de Joseph
Smith diz: “A fim de ter um entendimento mais perfeito do assunto,
inquiri o Senhor e recebi o seguinte.” A revelação refuta alguns dos
conceitos básicos do grupo Shaker. Os irmãos acima citados levaram
uma cópia da revelação à comunidade Shaker (perto de Cleveland,
Ohio) e leram-na para eles em sua totalidade, mas foi rejeitada.
1–7, O dia e a hora da vinda de Cristo 15–16, O casamento é decretado por
permanecerão incógnitos até que Ele Deus; 17–21, É aprovado que se coma
venha; 8–14, Os homens devem arre- carne; 22–28, Sião prosperará e os la-
pender-se, crer no evangelho e obede- manitas florescerão como a rosa, antes
cer às ordenanças para obter salvação; da Segunda Vinda.
4 a D&C 57:4–5. 5 a D&C 57:6–8. b D&C 51:3.
b D&C 42:35–36; b D&C 57:1–3.
45:65–67. 6 a GEE Nova Jerusalém.
99 Doutrina e Convênios 49:1–12
Escutai minha palavra, meus ser- de sua c glória tomou ele o seu po-
vos Sidney e Parley e Leman; pois der; e agora reina nos céus e rei-
eis que em verdade vos digo que nará até que desça à Terra, para
vos dou o mandamento de irdes pôr d debaixo de seus pés todos
a 
pregar aos Shakers o meu evan- os inimigos, tempo esse que está
gelho que recebestes, da forma próximo —
como o recebestes. 7 Eu, o Senhor Deus, disse-o; mas
2 Eis que vos digo que eles dese- a hora e o a dia nenhum homem
jam conhecer a verdade em parte, sabe, nem os anjos nos céus; nem
mas não toda, pois não são a retos o saberão até que ele venha.
diante de mim e precisam arre- 8 Portanto, eu desejo que todos
pender-se. os homens se arrependam, porque
3 Portanto, meus servos Sidney todos estão debaixo do a pecado,
e Parley, envio-vos a pregar-lhes exceto aqueles que reservei para
o evangelho. mim, homens b santos dos quais
4 E meu servo Leman será orde- não sabeis.
nado para esse trabalho a fim de 9 Digo-vos, pois, que vos enviei o
arrazoar com eles, não conforme meu a convênio eterno, aquele que
o que recebeu deles, mas confor- existiu desde o princípio.
me o que lhe será a ensinado por 10 E aquilo que prometi, eu cum-
vós, meus servos; e, fazendo isso, pri; e as a nações da Terra a isso se
abençoá-lo-ei; caso contrário, ele b 
curvarão; e se não o fizerem por
não prosperará. si mesmas, serão abatidas, porque
5 Assim diz o Senhor; pois eu sou aquele que agora a si mesmo se
Deus e a enviei meu Filho Unigê- exalta, será c humilhado pela força.
nito ao mundo para a b redenção 11 Portanto, dou-vos mandamen-
do mundo; e decretei que aque- to de vos a dirigirdes a esse povo e
le que o recebesse seria salvo e dizer, como meu apóstolo da an-
aquele que não o recebesse seria tiguidade, cujo nome era Pedro:
c 
condenado — 12 Crede no nome do Senhor Je-
6 E fizeram ao a Filho do Homem sus, que esteve na Terra e que virá,
o que quiseram; e na mão b direita o princípio e o fim;
49 1 a GEE Pregar. 6 a GEE Filho do Homem. b Heb. 13:2;
2 a At. 8:21. b At. 7:55–56; 3 Né. 28:25–29.
4 a GEE Evangelho; D&C 76:20–23. 9 a Gên. 17:7;
Verdade. c GEE Jesus Cristo — D&C 66:2.
5 a Jo. 3:16–17; Glória de Jesus Cristo. GEE Novo e Eterno
D&C 132:24. d 1 Cor. 15:25; Convênio.
GEE Jesus Cristo — D&C 76:61. 10 a Zac. 2:11;
Autoridade. 7 a Mt. 24:36; D&C 45:66–69;
b GEE Redenção, Mc. 13:32–37; 97:18–21.
Redimido, Redimir; Apoc. 16:15; b Isa. 60:14.
Redentor. D&C 133:11. c Mt. 23:12.
c GEE Condenação, 8 a Gál. 3:22; 11 a GEE Obra Missionária.
Condenar. Mos. 16:3–5.
Doutrina e Convênios 49:13–26 100
13  Arrependei-vos e sede batiza-
a 
20 Mas não foi determinado que
dos em nome de Jesus Cristo, para a 
possuísse um homem mais do
a remissão de pecados, de acordo que o outro; portanto, o b mundo
com o santo mandamento; se acha em pecado.
14 E todo o que isto fizer recebe- 21 E ai do homem que a derrama
rá o a dom do Espírito Santo, pela sangue ou desperdiça carne sem
imposição das b mãos dos élderes necessidade.
da igreja. 22 E também, em verdade vos
15 E também, em verdade vos digo que o Filho do Homem não
digo que aquele que a proíbe o ca- a 
virá na forma de uma mulher
samento não é aprovado por Deus, nem na de um homem viajando
porque o b casamento foi instituído pela terra.
por Deus para o homem. 23 Portanto, não vos deixeis a en-
16 Portanto, é legítimo que ele ganar, mas continuai firmes, à b es-
tenha uma a esposa e os dois serão pera de que os céus sejam sacudi-
b 
uma só carne; e tudo isto para dos e a Terra trema e cambaleie
que a c Terra cumpra o fim de sua como um homem embriagado;
criação; e os c vales sejam elevados e as
17 E para que se encha com a d 
montanhas sejam rebaixadas e os
medida do homem, de acordo com lugares acidentados sejam aplai-
sua a criação b antes que o mundo nados — e tudo isso quando o anjo
fosse feito. soar sua e trombeta.
18 E todo o que manda que se 24 Mas antes que venha o grande
abstenha de a carne, que o homem dia do Senhor, a Jacó prosperará no
dela não faça uso, não é autoriza- deserto e os lamanitas b florescerão
do por Deus; como a rosa.
19 Porque eis que as a bestas do 25 Sião a florescerá nos b outeiros
campo e as aves do ar e aquilo que e nas montanhas regozijar-se-á;
provém da terra foram estabele- e será reunida no lugar que de-
cidos para uso do homem, para signei.
alimento e para vestuário e a fim 26 Eis que vos digo: Ide, como
de que ele tenha em abundância. vos mandei; arrependei-vos de
13 a 3 Né. 27:19–20. 17 a Mois. 3:4–5. b 2 Ped. 3:12;
14 a GEE Dom do Espírito GEE Criação, Criar. D&C 45:39.
Santo. b GEE Vida Pré-mortal. c Isa. 40:4; D&C 109:74.
b GEE Mãos, Imposição 18 a Gên. 9:3; 1 Tim. 4:1–3. d Miq. 1:3–4.
de. 19 a D&C 89:10–13. e Mt. 24:29–31.
15 a 1 Tim. 4:1–3. 20 a At. 4:32; 24 a 3 Né. 5:21–26.
b Gên. 2:18, 24; D&C 51:3; 70:14; 78:6. b Isa. 35:1;
1 Cor. 11:11. b GEE Mundanismo. 2 Né. 30:5–6;
GEE Casamento, Casar. 21 a TJS Gên. 9:10–15 3 Né. 21:22–25;
16 a Jacó 2:27–30. (Apêndice da Bíblia). D&C 3:20; 109:65.
b Gên. 2:24; Mt. 19:5–6. 22 a GEE Segunda Vinda de 25 a D&C 35:24.
c GEE Terra — Criada Jesus Cristo. b Gên. 49:26;
para o homem. 23 a Mt. 24:4–5. 2 Né. 12:2–3.
101 Doutrina e Convênios 49:27–50:6
todos os vossos pecados; a pedi no b meio de vós e não sereis c con-
e recebereis; batei e ser-vos-á fundidos.
aberto. 28 Eis que eu sou Jesus Cristo
27 Eis que eu irei adiante de vós e a depressa venho. Assim seja.
e serei vossa a retaguarda; e estarei Amém.

SEÇÃO 50
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 9 de maio de 1831. A história de Joseph Smith
afirma que alguns dos élderes não entendiam as manifestações de di-
ferentes espíritos espalhados pela Terra e que esta revelação foi dada
em resposta a sua indagação especial sobre o assunto. Os chamados
fenômenos espirituais não eram raros entre os membros, alguns dos
quais afirmavam estar recebendo visões e revelações.
1–5, Muitos espíritos falsos estão es- aos espíritos que estão espalhados
palhados pela Terra; 6–9, Ai dos hipó- pela Terra.
critas e dos que são expulsos da Igre- 2 Eis que em verdade vos digo
ja; 10–14, Os élderes devem pregar o que há muitos espíritos que são
evangelho pelo Espírito; 15–22, Tanto a 
espíritos falsos, os quais saí-
os pregadores quanto os ouvintes pre- ram pela Terra enganando o
cisam ser iluminados pelo Espírito; mundo.
23–25, Aquilo que não edifica não é 3 E a Satanás também vos pro-
de Deus; 26–28, Os fiéis são possui- curou enganar a fim de derrotar-
dores de todas as coisas; 29–36, As vos.
preces dos purificados são respondi- 4 Eis que eu, o Senhor, vos tenho
das; 37–46, Cristo é o Bom Pastor e a observado e tenho visto abomi-
Pedra de Israel. nações na igreja que a professa o
meu nome.
Escutai, ó élderes da minha igre- 5 Mas bem-aventurados os que
ja, e dai ouvidos à voz do Deus são fiéis e a perseveram, seja na
vivo; e atentai para as palavras de vida ou na morte, porque herda-
sabedoria que vos serão dadas, se- rão a vida eterna.
gundo o que haveis perguntado e 6 Mas ai daqueles que são a en-
concordado com relação à igreja e ganadores e hipócritas, porque
26 a D&C 88:63. 50 2 a D&C 129. Cristo — Tomar sobre
27 a Isa. 52:12. GEE Espírito — nós o nome de Jesus
b 3 Né. 20:22. Espíritos maus. Cristo.
c 1 Ped. 2:6; 3 a Lc. 22:31; 5 a GEE Perseverar.
D&C 84:116. 3 Né. 18:18. 6 a GEE Enganar, Engano,
28 a D&C 1:12. 4 a GEE Jesus Fraude.
Doutrina e Convênios 50:7–22 102
assim diz o Senhor: Levá-los-ei a que foi enviado para ensinar a
julgamento. verdade.
7 Eis que em verdade vos digo 15 E então recebestes a espíritos
que há entre vós a hipócritas que que não pudestes compreender e
enganaram alguns, o que deu b po- os recebestes como se fossem de
der ao c adversário; mas eis que Deus; e nisto estais justificados?
d 
esses serão resgatados; 16 Eis que vós mesmos responde-
8 Mas os hipócritas serão detecta- reis a esta pergunta; não obstante,
dos e serão a afastados, seja na vida serei misericordioso para convos-
ou na morte, como eu desejar; e co; aquele dentre vós que for fraco,
ai dos que são cortados da minha no futuro será tornado a forte.
igreja, porque os mesmos foram 17 Em verdade vos digo: Aquele
vencidos pelo mundo. que é ordenado por mim e envia-
9 Portanto, que todo homem fi- do para a pregar a palavra da ver-
que atento para que não faça o dade pelo Consolador, no Espírito
que não for verdadeiro e reto pe- da verdade, prega-a pelo b Espírito
rante mim. da verdade ou de alguma outra
10 E agora vinde, diz o Senhor, forma?
pelo Espírito, aos élderes de sua 18 E se for de alguma outra for-
igreja; e juntos a arrazoemos para ma, não é de Deus.
que compreendais; 19 E também, aquele que recebe a
11 Arrazoemos assim como um palavra da verdade, recebe-a pelo
homem arrazoa com outro, face Espírito da verdade ou de alguma
a face. outra forma?
12 Ora, quando um homem arra- 20 Se for de alguma outra forma,
zoa, é compreendido pelo homem, não é de Deus.
porque arrazoa como um homem; 21 Então como é que não podeis
assim também eu, o Senhor, arra- compreender e saber que aquele
zoarei convosco para que a com- que recebe a palavra pelo Espírito
preendais. da verdade recebe-a como é pre-
13 Portanto, eu, o Senhor, faço- gada pelo Espírito da verdade?
vos esta pergunta: Para que fostes 22 Portanto, aquele que prega e
a 
ordenados? aquele que recebe se compreen-
14 Para pregar meu evangelho dem um ao outro e ambos são
pelo a Espírito, sim, o b Consolador a 
edificados e juntos se b regozijam.
7 a Mt. 23:13–15; Al. 34:28. 12 a D&C 1:24. Dom de.
b GEE Diabo. 13 a GEE Ordenação, 16 a Ét. 12:23–27.
c Mos. 27:8–9. Ordenar. 17 a GEE Obra Missionária;
d IE os que foram 14 a D&C 43:15. Pregar.
enganados. GEE Ensinar, Mestre — b D&C 6:15.
8 a D&C 1:14; 56:3; 64:35. Ensinar com o GEE Espírito Santo;
GEE Excomunhão. Espírito. Verdade.
10 a Isa. 1:18; b GEE Consolador. 22 a 1 Cor. 14:26.
D&C 45:10. 15 a GEE Discernimento, b Jo. 4:36.
103 Doutrina e Convênios 50:23–37
23 E aquilo que não edifica não 31 Portanto, acontecerá que, se
é de Deus e é a trevas. virdes manifestado um a espírito
24 Aquilo que é de Deus é a luz; e que não podeis compreender e não
aquele que recebe luz e b persevera conhecerdes esse espírito, pergun-
em Deus recebe c mais luz; e essa tareis ao Pai em nome de Jesus;
luz se torna mais e mais brilhante, e se ele não vos der a conhecer,
até o dia perfeito. então sabereis que não é de Deus.
25 E também em verdade vos 32 E ser-vos-á dado a poder sobre
digo e digo para que conheçais a esse espírito; e proclamareis contra
a 
verdade, para que afugenteis as esse espírito, em alta voz, que ele
trevas do meio de vós; não é de Deus —
26 Aquele que é ordenado por 33 Não com acusações a injurio-
Deus e enviado, esse é designado sas, para que não sejais vencidos,
para ser o a maior, não obstante ser nem com b jactância ou regozijo,
o menor e o b servo de todos. para que não sejais por ele apa-
27 Portanto, ele é a possuidor de nhados.
todas as coisas; porque todas as 34 Aquele que recebe de Deus,
coisas lhe são sujeitas, tanto na reconheça que é de Deus; e que
Terra como no céu, a vida e a luz, o se regozije por Deus considerá-lo
Espírito e o b poder, enviados pela digno de receber.
vontade do Pai, por meio de Jesus 35 E dando ouvidos e fazendo
Cristo, seu Filho. essas coisas que recebestes e que
28 Mas nenhum homem é pos- mais adiante recebereis  — e o
suidor de todas as coisas, a menos a 
reino vos é dado pelo Pai, assim
que seja a purificado e b lavado de como o b poder para vencer todas
todo pecado. as coisas que não são por ele or-
29 E se fordes purificados e lava- denadas —
dos de todo pecado, a pedireis ao 36  E eis que em verdade vos
Pai o que quer que desejardes, em digo: Bem-aventurados sois vós
nome de Jesus, e será feito. que estais agora ouvindo estas
30 Mas sabei isto: Ser-vos-á in- minhas palavras da boca de meu
dicado o que devereis pedir; e ao servo, porque vossos pecados vos
serdes designados como a cabeça, são a perdoados.
os espíritos ser-vos-ão sujeitos. 37  Que meu servo Joseph
23 a GEE Trevas Espirituais. 27 a D&C 76:5–10, 53–60; 31 a 1 Jo. 4:1.
24 a 1 Jo. 2:8–11; 84:34–41. GEE Espírito —
Morô. 7:14–19; b GEE Poder. Espíritos maus.
D&C 84:45–47; 88:49. 28 a 3 Né. 19:28–29; 32 a Mt. 10:1.
GEE Luz, Luz de Cristo. D&C 88:74–75. 33 a Jud. 1:9.
b Jo. 15:4–5, 10. GEE Pureza, Puro; b D&C 84:67, 73.
c 2 Né. 28:30. Santificação. 35 a GEE Reino de Deus ou
25 a Jo. 8:32. b 1 Jo. 1:7–9. Reino dos Céus.
26 a Mt. 23:11. 29 a Hel. 10:5; D&C 46:30. b 1 Jo. 4:4; D&C 63:20, 47.
b Mc. 10:42–45. GEE Oração. 36 a D&C 58:42–43.
GEE Serviço. 30 a GEE Autoridade. GEE Perdoar.
Doutrina e Convênios 50:38–50:46 104
Wakefield, em quem me compra- 41  Não temais, filhinhos, por-
a  b 

zo, e meu servo a Parley P. Pratt que sois meus e eu c venci o mun-
visitem as igrejas e fortaleçam-nas do; e fazeis parte daqueles que
com palavras de b exortação; meu Pai me d deu;
38 E também meu servo John 42 E nenhum dos que meu Pai
Corrill ou todos os meus servos me deu se a perderá.
que forem ordenados a esse ofí- 43 E o Pai e eu somos a um. Eu
cio; e que trabalhem na a vinha e estou no Pai e o Pai em mim; e
que nenhum homem os impeça de sendo que me recebestes, estais
fazer aquilo que lhes designei — em mim e eu em vós.
39 Portanto, nisto meu servo a Ed- 44 Portanto, estou em vosso meio
ward Partridge não é justificado; e sou o a bom pastor e a b pedra de
contudo, que se arrependa e será Israel. Aquele que edificar sobre
perdoado. esta c rocha d jamais cairá.
40 Eis que vós sois criancinhas e 45 E vem o dia em que ouvireis a
não podeis a suportar todas as coi- minha voz e me a vereis, e sabereis
sas agora; é preciso que b cresçais que eu sou.
em c graça e no conhecimento da 46 a Vigiai, portanto, para que es-
d 
verdade. tejais b prontos. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 51
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Thomp-
son, Ohio, em 20 de maio de 1831. Nessa época, os santos que estavam
emigrando dos estados do leste começaram a chegar a Ohio e tornou-se
necessário tomar providências definidas para seu estabelecimento. Como
isto cabia particularmente ao ofício do bispo, o Bispo Edward Partridge
solicitou instruções sobre o assunto e o Profeta inquiriu o Senhor.
1–8, Edward Partridge é designado agir com honestidade e receber partes
para regulamentar as mordomias e iguais; 13–15, Devem ter um armazém
propriedades; 9–12, Os santos devem do bispo e organizar as propriedades
37 a GEE Pratt, Parley b GEE Filhos e Filhas de GEE Bom Pastor.
Parker. Deus. b Gên. 49:24;
b D&C 97:3–5. c Jo. 16:33. 1 Ped. 2:4–8.
38 a GEE Vinha do Senhor. d Jo. 10:27–29; 17:2; GEE Pedra de Esquina.
39 a GEE Partridge, Edward. 3 Né. 15:24; c 1 Cor. 10:1–4.
40 a 3 Né. 17:2–3; D&C 27:14; 84:63. GEE Jesus Cristo;
D&C 78:17–18. 42 a Jo. 17:12; Rocha.
b 1 Cor. 3:2–3; 3 Né. 27:30–31. d Hel. 5:12.
D&C 19:22–23. 43 a Jo. 17:20–23; 45 a D&C 67:10–13.
c GEE Graça. 3 Né. 11:35–36. 46 a GEE Atalaia, Sentinela,
d GEE Verdade. GEE Trindade. Vigiar.
41 a 1 Jo. 4:18. 44 a Jo. 10:14–15. b Al. 34:32–33.
105 Doutrina e Convênios 51:2–12
de acordo com a lei do Senhor; 16–20, considerado digno de pertencer
Ohio deve ser um lugar provisório de à igreja, não terá poder para re-
reunião. clamar a porção que consagrou
ao bispo para os pobres e necessi-
Escutai-me, diz o Senhor vosso tados da igreja; portanto, ele não
Deus, e falarei a meu servo a Ed- conservará a dádiva, mas terá di-
ward Partridge e dar-lhe-ei ins- reito somente à porção que tenha
truções; porque é necessário que recebido por documento.
receba instruções sobre como or- 6 E assim todas as coisas serão
ganizar este povo. asseguradas, de a acordo com as
2 Porque é necessário que sejam b 
leis do país.
organizados de acordo com mi- 7 E aquilo que pertencer a este
nhas a leis; caso contrário, serão povo seja a ele designado.
cortados. 8 E quanto ao a dinheiro deixado
3 Portanto, que meu servo Ed- para este povo: Que se designe um
ward Partridge e aqueles que ele agente para este povo a fim de,
escolheu, com os quais me com- com o b dinheiro, prover alimento
prazo, designem a este povo suas e vestuário, segundo as necessi-
porções, a igualmente a cada ho- dades deste povo.
mem, de acordo com sua família 9 E que todo homem negocie
e de acordo com suas condições a 
honestamente e seja igual entre
e suas carências e b necessidades. este povo e receba igualmente,
4 E que meu servo Edward Par- para que sejais b um, assim como
tridge, quando designar a um vos ordenei.
homem sua porção, dê-lhe um 10 E que aquilo que pertencer a
documento que lhe assegure sua este povo não seja dele tirado e
porção, para que a conserve, sim, dado ao de a outra igreja.
esse direito e essa herança na igre- 11 Portanto, se outra igreja rece-
ja, até que transgrida e não seja ber dinheiro desta igreja, deverá
considerado digno de pertencer pagar-lhe conforme o que com-
a ela, pela voz da igreja, de acor- binarem;
do com as leis e os a convênios da 12 E isto será feito por intermé-
igreja. dio do bispo ou do agente, que
5  E se transgredir e não for será designado pela a voz da igreja.
51 1 a GEE Partridge, chamada de Regras b D&C 104:15–18.
Edward. e Convênios da Igreja 9 a GEE Honestidade,
2 a D&C 42:30–39; 105:5. de Cristo. Honesto.
GEE Consagrar, Lei da D&C 33:14; 42:13. b D&C 38:27.
Consagração. GEE Convênio. GEE Unidade.
3 a D&C 49:20. 6 a 1 Ped. 2:13; 10 a IE outro ramo da
b At. 2:44–45; D&C 98:5–7. Igreja, não outra
4 Né. 1:2–3. b D&C 58:21–22. denominação.
4 a IE a seção 20 é 8 a D&C 84:104. 12 a GEE Comum Acordo.
Doutrina e Convênios 51:13–52:20 106
13 E também, que o bispo desig- de outra forma e ordene-lhes que
ne um a armazém para esta igreja; partam daqui;
e que todas as coisas, tanto em 17 E a hora e o dia não lhes são
dinheiro como em mantimentos, indicados; portanto, que vivam
que ultrapassem as b necessida- nesta terra como se aqui fossem
des deste povo, conservem-se nas permanecer anos; e isso lhes re-
mãos do bispo. verterá para o bem.
14 E que ele também reserve o 18 Eis que isso será a um exemplo
necessário para suas próprias ne- para meu servo Edward Partridge
cessidades e para as necessidades em outros lugares, em todas as
de sua família, já que estará tratan- igrejas.
do deste negócio. 19 E quem for um a mordomo fiel,
15 E assim concedo a este povo justo e sábio, entrará no b gozo do
o privilégio de organizar-se de seu Senhor e herdará a vida eterna.
acordo com minhas a leis. 20 Em verdade vos digo: Eu sou
16 E consagro-lhes a esta terra Jesus Cristo, que depressa a vem,
por um certo tempo, até que eu, o em uma b hora que não pensais.
Senhor, proveja a sua subsistência Assim seja. Amém.

SEÇÃO 52
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes
da Igreja em Kirtland, Ohio, em 6 de junho de 1831. Uma conferência
fora realizada em Kirtland, iniciando-se no dia 3 e terminando no dia
6 de junho. Nessa conferência foram feitas as primeiras ordenações
específicas ao ofício de sumo sacerdote e discerniram-se e repreende-
ram-se certas manifestações de espíritos falsos e enganadores.
1–2, Decide-se que a conferência se- 22–44, Vários élderes são designados
guinte será realizada no Estado de para pregar o evangelho enquanto via-
Missouri; 3–8, Designados certos jam ao Missouri para a conferência.
élderes para viajar juntos; 9–11, Os
élderes devem ensinar o que os após- Eis que assim diz o Senhor aos
tolos e profetas escreveram; 12–21, élderes que a chamou e escolheu
Os que são iluminados pelo Espírito nestes últimos dias pela voz de
produzem frutos de louvor e sabedoria; seu Espírito —
13 a D&C 42:55. Ohio. 20 a Apoc. 22:6–16.
GEE Armazém. 18 a IE modelo. b Mt. 24:44.
b D&C 42:33–34, 55; 19 a Mt. 24:45–47. 52 1 a GEE Chamado,
82:17–19. GEE Mordomia, Chamado por Deus,
15 a D&C 51:2. Mordomo. Chamar.
16 a IE Área de Kirtland, b GEE Alegria.
107 Doutrina e Convênios 52:2–17
2 Dizendo: Eu, o Senhor, dar- b 
profetas e apóstolos e o que lhes
vos-ei a conhecer o que desejo for ensinado pelo c Consolador por
que façais deste momento até a meio da oração da fé.
próxima conferência, que se rea- 10 Que vão de a dois em dois e
lizará em Missouri, na a terra que assim preguem pelo caminho em
b 
consagrarei a meu povo, o qual é todas as congregações, batizando
um c remanescente de Jacó, e aos com b água e impondo as c mãos
que são herdeiros de acordo com quando saírem da água.
o d convênio. 11 Pois assim diz o Senhor: Abre-
3 Portanto, em verdade vos digo: viarei minha obra em a retidão,
Que meus servos Joseph Smith Jú- pois dias virão em que enviarei
nior e Sidney Rigdon viajem logo julgamento para alcançar a vitória.
que possam fazer os preparativos 12 E que meu servo Lyman Wi-
para deixar seus lares, indo para ght se acautele, pois Satanás deseja
a terra de Missouri. a 
peneirá-lo como palha.
4 E se me forem fiéis, ser-lhes-á 13 E eis que aquele que for a fiel
dado saber o que deverão fazer; será feito governante de muitas
5 E também, se me forem fiéis, coisas.
ser-lhes-á dada a conhecer a a terra 14 E também eu vos darei um
de vossa herança. modelo em todas as coisas, para
6 E se não forem fiéis, serão afas- que não sejais enganados; porque
tados como eu desejar, como me Satanás está solto na terra, enga-
parecer bem. nando as nações —
7  E também em verdade vos 15 Portanto, aquele que ora, cujo
digo: Que meus servos Lyman espírito é a contrito, esse é b aceito
Wight e John Corrill viajem rapi- por mim, se obedecer às minhas
damente; c 
ordenanças.
8 E também que meu servo John 16 Aquele que fala, cujo espírito
Murdock e meu servo Hyrum é contrito, cuja linguagem é mansa
Smith viajem para o mesmo lu- e edifica, esse é de Deus, se obede-
gar, via Detroit. cer às minhas ordenanças.
9  E partam de lá pregando a 17 E também aquele que estreme-
palavra pelo caminho, dizendo ce sob o meu poder será a fortale-
a 
nada mais do que escreveram os cido e produzirá frutos de louvor
2 a D&C 57:1–3. GEE Escrituras. 11 a Rom. 9:28.
b D&C 58:57; 84:3–4. c GEE Consolador; 12 a Lc. 22:31;
c Salm. 135:4; Ensinar, Mestre — 3 Né. 18:17–18.
3 Né. 5:21–26. Ensinar com o 13 a Mt. 25:23;
d Abr. 2:6–11. Espírito; D&C 132:53.
GEE Convênio Espírito Santo. 15 a GEE Coração
Abraâmico. 10 a Mc. 6:7; Quebrantado.
5 a D&C 57:1–3. D&C 61:35. b D&C 97:8.
9 a Mos. 18:19–20. b Jo. 1:26. c GEE Ordenanças.
b D&C 42:12; 52:36. c At. 8:14–17. 17 a D&C 66:8; 133:58.
Doutrina e Convênios 52:18–37 108
e sabedoria, de acordo com as
b 
viajem para essa mesma terra e
revelações e verdades que vos dei. preguem pelo caminho.
18 E também aquele que é venci- 28 Que meus servos Edson Ful-
do e não a produz frutos, de acordo ler e Jacob Scott também façam
com este modelo, não é meu. sua viagem.
19 Portanto, por este modelo 29  Que meus servos Levi  W.
a 
discernireis os espíritos em to- Hancock e Zebedee Coltrin tam-
dos os casos debaixo dos céus. bém façam sua viagem.
20 E chegados são os dias; de 30 Que meus servos Reynolds
acordo com a fé dos homens, ser- Cahoon e Samuel H. Smith tam-
lhes-á a feito. bém façam sua viagem.
21 Eis que este mandamento é 31 Que meus servos Wheeler Bal-
dado a todos os élderes que es- dwin e William Carter também
colhi. façam sua viagem.
22 E também em verdade vos 32 E que meus servos a Newel
digo: Que meus servos a Thomas B. Knight e Selah J. Griffin sejam am-
Marsh e Ezra Thayre também via- bos ordenados e também viajem.
jem para essa mesma terra, pre- 33 Sim, em verdade eu digo: Que
gando a palavra pelo caminho. todos esses viajem para um lugar,
23 E também que meus servos seguindo caminhos diversos; e
Isaac Morley e Ezra Booth viajem que um homem não construa so-
para essa mesma terra, também bre o a alicerce de outro nem viaje
pregando a palavra pelo caminho. seguindo suas pegadas.
24 E também que meus servos 34 Aquele que for fiel será guar-
a 
Edward Partridge e Martin Har- dado e abençoado com muitos
ris viajem com meus servos Sid- a 
frutos.
ney Rigdon e Joseph Smith Júnior. 35 E também vos digo: Que meus
25 Que meus servos David Whit- servos Joseph Wakefield e Solo-
mer e Harvey Whitlock também mon Humphrey viajem para as
viajem para essa mesma terra e terras do leste;
preguem pelo caminho. 36 Que trabalhem com suas fa-
26 E que meus servos a Parley P. mílias, nada mais a declarando do
Pratt e b Orson Pratt viajem para que os profetas e apóstolos, as
essa mesma terra e preguem pelo coisas que b viram e ouviram e em
caminho. que firmemente c creem, para que
27 E que meus servos Solomon se cumpram as profecias.
Hancock e Simeon Carter também 37  Em consequência de
17 b GEE Sabedoria. 24 a GEE Partridge, 34 a Jo. 15:16;
18 a Mt. 3:10. Edward. D&C 18:15–16.
19 a GEE Discernimento, 26 a GEE Pratt, Parley 36 a Mos. 18:19–20;
Dom de. Parker. D&C 52:9.
20 a Mt. 8:5–13. b GEE Pratt, Orson. b Jo. 3:11.
22 a D&C 56:5. 32 a D&C 56:6–7. c GEE Crença, Crer.
GEE Marsh, Thomas B. 33 a Rom. 15:20.
109 Doutrina e Convênios 52:38–53:2
transgressão, aquilo que foi confe- 41 E também que meus servos Jo-
rido a Heman Basset seja dele a ti- seph Smith Júnior, Sidney Rigdon
rado e conferido a Simonds Ryder. e Edward Partridge levem consigo
38 E também em verdade vos uma a recomendação da igreja. E
digo: Que Jared Carter seja a or- que também seja obtida uma para
denado sacerdote e que também meu servo Oliver Cowdery.
George James seja ordenado b sa- 42 E assim, como eu disse, se
cerdote. fordes fiéis vos reunireis para vos
39 Que os élderes restantes a ve- regozijardes na terra de a Missouri,
lem pelas igrejas e preguem a pa- que é a terra de vossa b herança,
lavra nas regiões circunvizinhas; que é, no presente, a terra de vos-
e que trabalhem com as próprias sos inimigos.
mãos, a fim de que não se pratique 43  Mas eis que eu, o Senhor,
b 
idolatria nem iniquidade. apressarei a construção da cida-
40 E em todas as coisas lembrai- de a seu tempo e coroarei os fiéis
vos dos a pobres e b necessitados, com a alegria e com regozijo.
dos doentes e dos aflitos, porque 44 Eis que eu sou Jesus Cristo,
aquele que não faz estas coisas não o Filho de Deus, e a elevá-los-ei
é meu discípulo. no último dia. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 53
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Alger-
non Sidney Gilbert, em Kirtland, Ohio, em 8 de junho de 1831. A
pedido de Sidney Gilbert, o Profeta inquiriu o Senhor com respeito
ao trabalho e designação do irmão Gilbert na Igreja.
1–3, O chamado e eleição de Sidney saber, pelo Senhor teu Deus, con-
Gilbert na Igreja é ser ordenado élder; cernente a teu chamado e a eleição
4–7, Deve também servir como agente na igreja que eu, o Senhor, levantei
do bispo. nestes últimos dias.
2 Eis que eu, o Senhor, que fui
Eis que eu te digo, meu servo Sid- a 
crucificado pelos pecados do
ney Gilbert, que ouvi tuas orações; mundo, te dou o mandamento
e pediste-me que te fosse dado de que b renuncies ao mundo.
37 a Mt. 25:25–30. GEE Pobres. 53 1 a GEE Chamado
38 a D&C 79:1. b GEE Bem-Estar. (Vocação) e Eleição;
b GEE Sacerdote, 41 a D&C 20:64. Eleição;
Sacerdócio Aarônico. 42 a GEE Sião. Eleitos.
39 a Al. 6:1. b D&C 25:2; 57:1–3. 2 a GEE Crucificação.
b GEE Idolatria. 43 a GEE Alegria. b GEE Mundanismo;
40 a D&C 104:15–18. 44 a D&C 88:96–98. Mundo.
Doutrina e Convênios 53:3–54:3 110
3 Toma sobre ti minha ordena- digo: Viajarás com meus servos
ção, sim, a de élder, para pregares Joseph Smith Júnior e Sidney Rig-
fé e arrependimento e a remissão don.
de pecados, de acordo com minha 6 Eis que estas são as primei-
palavra, e o recebimento do Espíri- ras ordenanças que receberás; e o
to Santo pela imposição de b mãos; restante será conhecido em uma
4 E também para seres um a agen- época futura, de acordo com teu
te nesta igreja no lugar que for trabalho na minha vinha.
designado pelo bispo, de acordo 7  E também quisera eu que
com os mandamentos que serão aprendesses que somente é salvo
dados daqui em diante. aquele que a persevera até o fim.
5 E também em verdade eu te Assim seja. Amém.

SEÇÃO 54
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Newel
Knight, em Kirtland, Ohio, em 10 de junho de 1831. Os membros da
Igreja que residiam em Thompson, Ohio, achavam-se divididos quan-
to a questões referentes à consagração de propriedades. O egoísmo e
a avareza eram evidentes. Após a sua missão entre os Shakers (ver
o cabeçalho da seção 49), Leman Copley havia quebrado o convênio
de consagrar a sua grande fazenda como um local de herança para
os santos que chegavam de Colesville, Nova York. Como consequên-
cia, Newel Knight (líder dos membros que moravam em Thompson)
e outros élderes haviam procurado o Profeta, perguntando-lhe como
proceder. O Profeta inquiriu o Senhor e recebeu esta revelação, a qual
ordena aos membros em Thompson que deixem a fazenda de Leman
Copley e que viajem para o Missouri.
1–6, Os santos devem guardar o con- 2 Eis que em verdade, em verda-
vênio do evangelho para obter mise- de eu te digo, meu servo Newel
ricórdia; 7–10, Devem ser pacientes Knight, que permaneças firme no
na tribulação. ofício para o qual te designei.
3 E se teus irmãos desejam esca-
Eis que assim diz o Senhor, o a Alfa par de seus inimigos, que se arre-
e o Ômega, o princípio e o fim, pendam de todos os seus pecados
aquele que foi b crucificado pelos e se tornem verdadeiramente a hu-
pecados do mundo: mildes e contritos perante mim.
3 a GEE Remissão de 4 a D&C 57:6, 8–10, GEE Alfa e Ômega.
Pecados. 14–15; 84:113. b GEE Crucificação.
b GEE Mãos, Imposição 7 a GEE Perseverar. 3 a GEE Humildade,
de. 54 1 a Apoc. 1:8; D&C 19:1. Humilde, Humilhar.
111 Doutrina e Convênios 54:4–55:2
4 E como o a convênio que fize- 8 E assim viajareis para as re-
ram comigo foi quebrado, tornou- giões do oeste, para a terra de
se b nulo e sem efeito. a 
Missouri, até às fronteiras dos
5 E ai daquele por meio de quem lamanitas.
ocorre esta a ofensa, pois seria me- 9 E depois que tiverdes termi-
lhor para ele que se tivesse afoga- nado a viagem, eis que vos digo:
do nas profundezas do mar. Procurai um a meio de vida à ma-
6 Mas bem-aventurados são os neira dos homens, até que eu vos
que guardaram o convênio e ob- prepare um lugar.
servaram o mandamento, porque 10 E também sede a pacientes nas
obterão a misericórdia. tribulações até que eu b venha; e eis
7 Portanto, agora fugi da ter- que depressa venho e o meu ga-
ra, para que vossos inimigos não lardão está comigo; e aqueles que
caiam sobre vós; e empreendei cedo me c buscaram encontrarão
vossa viagem e designai a quem d 
descanso para sua alma. Assim
desejardes para ser vosso líder e seja. Amém.
pagar dinheiros por vós.

SEÇÃO 55
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a William W.
Phelps, em Kirtland, Ohio, em 14 de junho de 1831. William W. Phelps,
que era tipógrafo, acabara de chegar a Kirtland com a família e o Pro-
feta procurou o Senhor para obter informações a seu respeito.
1–3, William W. Phelps é chamado servo William, sim, o Senhor de
e escolhido para ser batizado, ser or- toda a a Terra: Foste chamado e es-
denado élder e pregar o evangelho; 4, colhido; e depois que tiveres sido
Também deve escrever livros para as b 
batizado com água e se o fizeres
crianças das escolas da Igreja; 5–6, com os olhos fitos unicamente na
Deve viajar para o Estado de Missouri, minha glória, terás a remissão de
que será a área de suas tarefas. teus pecados e receberás o Santo
Espírito pela imposição de c mãos;
Eis que assim te diz o Senhor, meu 2 E então serás ordenado pela
4 a D&C 42:30–39. 10 a GEE Paciência. 55 1 a Deut. 10:14;
GEE Consagrar, Lei da b Apoc. 22:12. 1 Né. 11:6;
Consagração. GEE Segunda Vinda de 2 Né. 29:7.
b D&C 58:32–33. Jesus Cristo. b GEE Batismo,
5 a Mt. 18:6–7. c Prov. 8:17. Batizar.
6 a GEE Misericórdia, GEE Oração. c GEE Mãos,
Misericordioso. d Mt. 11:28–30. Imposição de.
8 a D&C 52:42. GEE Descansar, 2 a GEE Remissão de
9 a 1 Tess. 4:11. Descanso. Pecados.
Doutrina e Convênios 55:3–56:2 112
mão de meu servo Joseph Smith as criancinhas também recebam
Júnior para ser um élder desta instrução diante de mim, como
igreja, para pregar o arrependi- me é agradável.
mento e a a remissão de pecados 5 E também em verdade eu te
por meio do batismo, em nome de digo que, por esse motivo, farás
Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. tua viagem com meus servos Jo-
3 E terás poder para conferir o seph Smith Júnior e Sidney Rig-
Santo Espírito a todos sobre quem don, a fim de que te a estabeleças
impuseres tuas mãos, se estiverem na terra de tua herança para faze-
contritos perante mim. res esse trabalho.
4 E também serás ordenado para 6 E também que meu servo Jo-
assistir meu servo Oliver Cowdery seph Coe viaje com eles. O restante
na tarefa de imprimir e de sele- será dado a conhecer mais tarde,
cionar e escrever a livros para as de acordo com a minha vontade.
escolas desta igreja, a fim de que Amém.

SEÇÃO 56
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 15 de junho de 1831. Esta revelação é uma re-
preensão a Ezra Thayre por não obedecer a uma revelação anterior (o
“mandamento” mencionado no versículo 8), que Joseph Smith havia
recebido para ele e que instruía Thayre a respeito dos seus deveres na
fazenda de Frederick G. Williams, onde residia. A seguinte revelação
também revoga o chamado de Thayre para viajar ao Missouri com
Thomas B. Marsh (ver a seção 52:22).
1–2, Os santos devem tomar sua cruz Escutai, ó povo, vós que a profes-
e seguir o Senhor para alcançar a sal- sais meu nome, diz o Senhor vosso
vação; 3–13, O Senhor ordena e re- Deus; pois eis que minha cólera
voga e os desobedientes são afastados; está acesa contra os rebeldes e eles
14–17, Ai dos ricos que não ajudam conhecerão meu braço e minha
os pobres e ai dos pobres cujo coração indignação no dia da b visitação e
não está quebrantado; 18–20, Bendi- da ira sobre as nações.
tos os pobres que são puros de coração, 2 E aquele que não tomar sua
porque eles herdarão a Terra. a 
cruz e me b seguir e guardar meus
mandamentos não será salvo.
4 a D&C 88:118; 109:7, 14. D&C 1:13–14; 124:10. Morô. 7:11.
5 a Amós 9:15. 2 a Lc. 14:27. GEE JesusCristo —
56 1 a D&C 41:1. b 1 Ped. 2:21; Exemplo de Jesus
b Isa. 10:3–4; Mórm. 9:2; 2 Né. 31:10–13; Cristo.
113 Doutrina e Convênios 56:3–16
3 Eis que eu, o Senhor, ordeno; terra, ele ainda será designado
e aquele que não a obedecer será para ir à terra de Missouri;
b 
cortado em meu próprio e devido 10 Caso contrário, ele receberá
tempo, depois que eu tiver ordena- o dinheiro que pagou e deverá
do e o mandamento for quebrado. deixar o lugar e será a afastado de
4 Portanto, eu, o Senhor, ordeno minha igreja, diz o Senhor Deus
e a revogo, como me parece bem; dos Exércitos;
e tudo isso recairá sobre a cabeça 11 E ainda que passem o céu e a
dos b rebeldes, diz o Senhor. Terra, estas palavras não a passa-
5  Portanto, revogo o manda- rão, mas serão cumpridas.
mento que foi dado a meus servos 12 E se meu servo Joseph Smith
a 
Thomas B. Marsh e Ezra Thayre e Júnior precisar pagar o dinheiro,
dou um novo mandamento, a meu eis que eu, o Senhor, devolvê-lo-
servo Thomas, de empreender ra- ei a ele na terra de Missouri, para
pidamente sua viagem à terra de que aqueles de quem ele receber
Missouri; e meu servo Selah J. Gri- sejam recompensados novamente
ffin irá também com ele. de acordo com o que fizerem;
6 Pois eis que eu revogo o man- 13 Pois, de acordo com o que fi-
damento que foi dado a meus zerem, receberão, sim, em terras
servos Selah J. Griffin e Newel para sua herança.
Knight, em consequência da obs- 14 Eis que assim diz o Senhor a
tinação de meu povo que está em meu povo: Tendes muitas coisas
Thompson e de suas rebeliões. para fazer e muito do que vos ar-
7 Portanto, que meu servo Newel repender; pois eis que os vossos
Knight permaneça com eles; e to- pecados subiram a mim, e não
dos os que forem contritos peran- são perdoados, porque procurais
te mim e quiserem ir, poderão ir, a 
aconselhar à vossa própria ma-
sendo por ele guiados à terra que neira.
designei. 15 E vosso coração não está satis-
8 E também em verdade vos digo feito. E não obedeceis à verdade,
que meu servo Ezra Thayre deve mas tendes a prazer na iniquidade.
arrepender-se de seu a orgulho e de 16 Ai de vós, homens a ricos, que
seu egoísmo e obedecer ao man- não b compartilhais vossos bens
damento anterior que lhe dei com com os c pobres, pois vossas d rique-
respeito ao lugar em que vive. zas irão corromper-vos a alma; e
9 E se assim fizer, uma vez que esta será vossa lamentação no dia
não serão efetuadas divisões na da visitação e do julgamento e da
3 a GEE Obedecer, 8 a GEE Orgulho. b GEE Esmolas.
Obediência, Obediente. 10 a GEE Excomunhão. c Prov. 14:31;
b D&C 1:14–16; 50:8. 11 a 2 Né. 9:16. Al. 5:55–56.
4 a D&C 58:31–33. 14 a Jacó 4:10. GEE Pobres.
b GEE Rebeldia, Rebelião. 15 a Al. 41:10; 3 Né. 27:11. d Tg. 5:3.
5 a GEE Marsh, Thomas B. 16 a Jer. 17:11; 2 Né. 9:30.
Doutrina e Convênios 56:17–57:2 114
indignação: Passada é a colheita,
e 
cujo coração está quebrantado e
b 

findo é o verão; e a minha alma cujo espírito é contrito, pois eles


não está salva! verão o c reino de Deus vindo em
17 Ai de vós, homens a pobres, poder e grande glória para sua
cujo coração não está quebran- libertação; pois deles será a gor-
tado, cujo espírito não é contrito dura da d terra.
e cujo ventre não está satisfeito 19 Pois eis que o Senhor virá e,
e cujas mãos não cessam de se com ele, seu a galardão; e recom-
apoderar de bens alheios, cujos pensará a cada homem e os pobres
olhos estão cheios de b cobiça e regozijar-se-ão;
que não trabalhais com as pró- 20 E suas gerações a herdarão a
prias mãos! Terra de geração em geração, para
18 Mas bem-aventurados os a po- todo o sempre. E agora cesso de
bres que são puros de coração, falar-vos. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 57
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 20 de julho de 1831. De confor-
midade com o mandamento do Senhor de ir ao Missouri, onde Ele
revelaria “a terra de vossa herança” (seção 52), os élderes haviam
viajado de Ohio até a fronteira oeste do Missouri. Joseph Smith con-
templou o estado dos lamanitas e exclamou: “Quando florescerá o
deserto como a rosa? Quando será Sião edificada em sua glória e onde
estará teu Templo, ao qual concorrerão todas as nações nos últimos
dias?” Em seguida, recebeu esta revelação.
1–3, Independence, Missouri, é o local Escutai, ó élderes de minha igre-
para a Cidade de Sião e para o templo; ja, diz o Senhor vosso Deus, vós,
4–7, Os santos devem comprar terras que de acordo com meus manda-
e receber heranças nessa região; 8–16, mentos vos haveis reunido nesta
Sidney Gilbert deve montar uma loja, terra, que é a terra de a Missouri,
William W. Phelps, ser tipógrafo e b 
terra que designei e c consagrei
Oliver Cowdery, preparar material para a d reunião dos santos.
para publicação. 2  Portanto, esta é a terra da
16 e Jer. 8:20; 3 Né. 12:3. D&C 1:10.
Al. 34:33–35; GEE Pobres. 20 a Mt. 5:5;
D&C 45:2. b GEE Coração D&C 45:56–58.
17 a Mos. 4:24–27; Quebrantado. 57 1 a D&C 52:42.
D&C 42:42; 68:30–32. c GEE Reino de Deus ou b D&C 29:7–8; 45:64–66.
b GEE Cobiçar. Reino dos Céus. c D&C 61:17.
18 a Mt. 5:3, 8; d GEE Terra. d GEE Israel —
Lc. 6:20; 19 a Apoc. 22:12; Coligação de Israel.
115 Doutrina e Convênios 57:3–13
promissão e o a local para a cida- digo: Que meu servo Sidney Gil-
de de b Sião. bert se estabeleça neste lugar e
3 E assim diz o Senhor vosso monte uma loja para vender mer-
Deus: Se desejais receber sabe- cadorias sem fraude, a fim de ob-
doria, eis aqui sabedoria. Eis que ter dinheiro para comprar terras
o lugar que é agora chamado In- para o bem dos santos e a fim de
dependence é o lugar central; e obter tudo o que os discípulos ne-
um local para o a templo se acha a cessitarem para estabelecer-se em
oeste, num terreno não longe do sua herança.
tribunal. 9 E que também meu servo Sid­
4 Portanto, é sábio que os santos ney Gilbert obtenha uma licen-
a 
comprem a terra e também todas ça — eis que aqui há sabedoria e
as áreas do oeste até a linha que aquele que ler que compreenda —
passa diretamente entre b judeus para que também possa enviar
e gentios; mercadorias ao povo, por inter-
5 E também toda a área que con- médio daqueles que ele desejar
fina com os prados, na medida que como empregados;
meus discípulos puderem a com- 10 E assim abastecer meus san-
prar terras. Eis que isto é sabe- tos a fim de que meu evangelho
doria: Que eles a b obtenham para possa ser pregado aos que estão
herança eterna. nas a trevas e na região e b sombra
6 E que meu servo Sidney Gil- da morte.
bert permaneça no ofício para o 11 E também em verdade vos
qual o designei, a fim de receber digo: Que meu servo a William W.
dinheiro, ser o a agente da igreja, Phelps se estabeleça neste lugar
comprar terras em todas as regiões como b impressor da igreja.
circunvizinhas, desde que isso se 12 E se o mundo receber seus
faça em retidão e como a prudên- escritos — eis que aqui há sabe-
cia ditar. doria — que obtenha o que pu-
7 E que meu servo a Edward Par- der obter em retidão, para o bem
tridge ocupe o cargo para o qual dos santos.
o designei e b divida entre os san- 13 E que meu servo a Oliver Cow-
tos a herança, como eu ordenei; e dery o assista, sim, como ordenei,
também os que ele nomeou para em qualquer lugar que eu lhe de-
assisti-lo. signar, a fim de copiar, corrigir e
8  E também em verdade vos selecionar, para que todas as coisas
2 a D&C 28:9; 42:9, 62. 5 a D&C 58:49, 51; Mt. 4:16.
b GEE Sião. 101:68–74. GEE Trevas Espirituais.
3 a D&C 58:57; 97:15–17. b D&C 56:20. b Salm. 23:4.
4 a D&C 48:4. 6 a D&C 53. 11 a GEE Phelps,
b IE judeus aqui se refere 7 a D&C 58:24. William W.
aos lamanitas e gentios, GEE Partridge, Edward. b D&C 58:37, 40–41.
aos colonizadores b D&C 41:9–11; 58:14–18. 13 a GEE Cowdery, Oliver.
brancos. 10 a Isa. 9:2;
Doutrina e Convênios 57:14–58:3 116
sejam feitas corretamente perante reunião: Que o bispo e o agente
mim, como for confirmado pelo façam preparativos para as famí-
Espírito por intermédio dele. lias que receberam ordem de vir
14 E assim, que aqueles que men- para esta terra, o mais depressa
cionei se estabeleçam na terra de possível; e estabeleçam-nas em
Sião com suas famílias, o mais de- sua herança.
pressa possível, para fazerem as 16 E aos demais élderes e mem-
coisas de acordo com o que falei. bros, outras instruções serão da-
15  E agora, com respeito à das mais tarde. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 58
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 1º de agosto de 1831. Anterior-
mente, no primeiro domingo depois da chegada do Profeta e da co-
mitiva ao Condado de Jackson, Missouri, um serviço religioso tinha
sido realizado e dois membros haviam sido recebidos por meio do ba-
tismo. Durante aquela semana, chegaram, junto com outros, alguns
santos de Colesville, do ramo de Thompson. (Ver seção 54.) Muitos
estavam ansiosos para conhecer a vontade do Senhor a seu respeito
no novo local de reunião.
1–5, Os que suportarem tribulações Escutai, ó élderes de minha igre-
serão coroados de glória; 6–12, Os ja, e dai ouvidos à minha palavra,
santos devem preparar-se para as e aprendei de mim a minha von-
bodas do Cordeiro e a ceia do Senhor; tade concernente a vós, e tam-
13–18, Os bispos são juízes em Israel; bém a a esta terra para a qual vos
19–23, Os santos devem obedecer às enviei.
leis do país; 24–29, Os homens de- 2  Pois em verdade vos digo:
vem usar seu livre-arbítrio para fa- Bem-aventurado é o que a guarda
zer o bem; 30–33, O Senhor ordena meus mandamentos, seja na vida
e revoga; 34–43, Para arrependerem- ou na b morte; e o que é c fiel nas
se, os homens precisam confessar e d 
tribulações recebe maior recom-
abandonar seus pecados; 44–58, Os pensa no reino do céu.
santos devem comprar sua herança 3 Por agora não podeis, com vos-
e congregar-se em Missouri; 59–65, sos olhos naturais, ver o desígnio
O evangelho deve ser pregado a toda de vosso a Deus com respeito às
criatura. coisas que virão mais tarde nem
58 1 a D&C 57:1–8. b 1 Ped. 4:6. d GEE Adversidade.
2 a Mos. 2:22. c 2 Tess. 1:4. 3 a GEE Trindade.
117 Doutrina e Convênios 58:4–20
a b glória que se seguirá depois de poder; então o pobre, o coxo e o
muitas tribulações. cego e o surdo virão às a bodas do
4 Pois após muitas a tribulações Cordeiro e participarão da b ceia do
vêm as b bênçãos. Portanto, vem Senhor, preparada para o grande
o dia em que sereis c coroados de dia que virá.
muita d glória; ainda não é chegada 12 Eis que eu, o Senhor, o disse.
a hora, mas está próxima. 13 E para que o a testemunho saia
5  Lembrai-vos disto, que eu de Sião, sim, da boca da cidade da
vos digo de antemão, para que o herança de Deus —
a 
guardeis no coração e recebais o 14 Sim, por essa razão mandei-
que se seguirá. vos aqui e escolhi meu servo a Ed-
6 Eis que em verdade vos digo, ward Partridge e designei-lhe sua
que por este motivo vos enviei — missão nesta terra.
para que fôsseis obedientes e para 15 Mas se ele não se arrepender
que vosso coração estivesse a pre- de seus pecados, que são incredu-
parado para prestar b testemunho lidade e cegueira de coração, que
das coisas que estão para vir; se acautele para não a cair.
7 E também para que tivésseis a 16 Eis que lhe é dada sua missão
honra de estabelecer o alicerce e de e não será dada outra vez.
testificar quanto à terra na qual a 17 E quem tem essa missão é de-
a 
Sião de Deus será edificada; signado para ser a juiz em Israel,
8 E também para que um ban- como nos tempos antigos, para
quete de coisas gordas fosse pre- dividir as terras da herança de
parado para os a pobres; sim, um Deus entre seus b filhos;
banquete de coisas gordas, de vi- 18 E para julgar seu povo pelo
nho b puro bem refinado, para que testemunho dos justos e com a as-
a Terra saiba que a boca dos pro- sistência de seus conselheiros, de
fetas não falhará; acordo com as leis do reino, que
9 Sim, uma ceia da casa do Se- são dadas pelos a profetas de Deus.
nhor, bem preparada, para a qual 19 Pois em verdade vos digo: Mi-
todas as nações serão convidadas. nha lei será observada nesta terra.
10 Primeiro o rico e o instruído, 20 Que ninguém se julgue go-
o sábio e o nobre; vernante; mas que governe Deus
11 E depois vem o dia do meu o que julga, de acordo com sua
3 b GEE Glória. 5 a Deut. 11:18–19. 13 a Miq. 4:2.
4 a Salm. 30:5; 6 a D&C 29:8. 14 a GEE Partridge, Edward.
D&C 101:2–7; b GEE Testemunho. 15 a 1 Cor. 10:12.
103:11–14; 109:76. 7 a GEE Sião. 17 a D&C 107:72–74.
b GEE Abençoado, 8 a GEE Pobres. GEE Bispo.
Abençoar, Bênção. b Isa. 25:6. b GEE Filhos e Filhas de
c GEE Coroa; 11 a
Mt. 22:1–14; Deus.
Exaltação. Apoc. 19:9; 18 a GEE Profeta.
d Rom. 8:17–18; D&C 65:3.
D&C 136:31. b Lc. 14:16–24.
Doutrina e Convênios 58:21–36 118
própria vontade ou, em outras muitas coisas de sua livre e es-
palavras, o que aconselha ou se pontânea vontade e realizar mui-
assenta na cadeira de juiz. ta retidão.
21 Que ninguém quebre as a leis 28 Pois neles está o poder e nisso
do país, porque o que guarda as são seus próprios a árbitros. E se os
leis de Deus não tem necessidade homens fizerem o bem, de modo
de quebrar as leis do país. algum perderão sua recompensa.
22  Portanto, sujeitai-vos aos 29 Mas o que nada faz até que
poderes existentes até que reine seja mandado e recebe um man-
a 
aquele cujo direito é reinar; e sub- damento com o coração duvido-
jugue todos os inimigos sob seus so e guarda-o com indolência, é
pés. a 
condenado.
23 Eis que as a leis que recebestes 30 Quem sou eu que a fiz o ho-
de minha mão são as leis da igreja mem, diz o Senhor, para conside-
e, como tal, considerá-las-eis. Eis rar inocente o que não obedece aos
que aqui há sabedoria. meus mandamentos?
24 E agora, como falei a respeito 31 Quem sou eu, diz o Senhor,
de meu servo Edward Partridge, para a prometer e não cumprir?
esta terra é a terra de sua residên- 32 Eu mando, e os homens não
cia e dos que ele nomeou como obedecem; a revogo, e eles não re-
seus conselheiros; e também a ter- cebem a bênção.
ra da residência daquele a quem 33 Depois dizem em seu coração:
designei para cuidar de meu a ar- Esta não é a obra do Senhor, por-
mazém; que suas promessas não se cum-
25 Portanto, que tragam suas prem. Mas ai deles, porque sua
famílias para esta terra, como de- recompensa os espreita a de baixo
cidirem entre eles e mim. e não de cima.
26 Pois eis que não é conveniente 34 E agora eu vos dou mais ins-
que em todas as coisas eu man- truções com respeito a esta terra.
de; pois o que é compelido em 35 Considero conveniente que
todas as coisas é servo a indolente meu servo Martin Harris dê o
e não sábio; portanto, não recebe exemplo à igreja, a entregando seu
recompensa. dinheiro ao bispo da igreja.
27 Em verdade eu digo: Os ho- 36  E também esta é uma lei
mens devem a ocupar-se zelosa- para todo homem que vier para
mente numa boa causa e fazer esta terra a fim de receber uma
21 a Lc. 20:22–26; 24 a D&C 51:13; 70:7–11. Condenar.
D&C 98:4–10; 26 a Mt. 24:45–51; 30 a Isa. 45:9–10;
RF 1:12. D&C 107:99–100. Hel. 12:6.
GEE Governo. 27 a GEE Diligência; 31 a D&C 1:37–38; 82:10.
22 a GEE Jesus Cristo; Obras. 32 a D&C 56:3–4.
Messias; Milênio. 28 a GEE Arbítrio. 33 a D&C 29:45.
23 a GEE Lei. 29 a GEE Condenação, 35 a D&C 42:30–32.
119 Doutrina e Convênios 58:37–51
herança; e ele fará com seu dinhei- sua herança nesta terra, a não ser
ro o que a lei determinar. que o desejem pela oração da fé e
37 E é prudente também que se segundo o que lhes for designado
comprem terras em Independence pelo Senhor.
para o armazém e também para a 45 Pois eis que dos confins da
a 
tipografia. Terra a reunirão os povos.
38 E outras instruções com res- 46 Portanto, congregai-vos; e os
peito ao meu servo Martin Harris que não forem designados para
ser-lhe-ão dadas pelo Espírito, permanecer nesta terra, que pre-
para que ele receba sua herança guem o evangelho nas regiões cir-
como lhe aprouver; cunvizinhas; e depois disso, que
39 E que se arrependa de seus regressem a seus lares.
pecados, pois procura o a louvor 47 Que preguem pelo caminho e
do mundo. a 
prestem testemunho da verdade
40  E também que meu servo em todos os lugares, chamando ao
a 
William W. Phelps ocupe o car- arrependimento os ricos, os nobres
go para o qual o designei e receba e os plebeus e os pobres.
sua herança na terra; 48 E que edifiquem a igrejas, se
41 E também ele precisa arrepen- os habitantes da Terra se arrepen-
der-se porque eu, o Senhor, não derem.
estou satisfeito com ele, pois pro- 49 E que pela voz da igreja seja
cura sobressair-se e não é suficien- nomeado um agente para a igreja
temente humilde perante mim. de Ohio, a fim de receber dinheiro
42 Eis que aquele que se a arre- para a compra de terras em a Sião.
pendeu de seus pecados é b per- 50 E dou ao meu servo, Sidney
doado e eu, o Senhor, deles não Rigdon, o mandamento de fazer
mais me c lembro. por a escrito uma descrição da terra
43 Desta maneira sabereis se um de Sião e uma exposição da von-
homem se arrepende de seus pe- tade de Deus, como lhe for mani-
cados — eis que ele os a confessará festada pelo Espírito;
e b abandonará. 51 E uma epístola e uma subs-
44 E agora, em verdade falo a crição, para serem apresentadas
respeito dos demais élderes de a todas as igrejas com o fim de
minha igreja; não chegará, por obter dinheiro para ser entregue
muitos anos, a hora de receberem nas mãos do bispo ou do agente,
37 a D&C 57:11–12. b Isa. 1:18. 45 a Deut. 33:17.
39 a 2 Né. 26:29; GEE Perdoar. GEE Israel — Coligação
D&C 121:34–37. c Isa. 43:25. de Israel.
40 a GEE Phelps, 43 a D&C 19:20; 64:7. 47 a D&C 68:8.
William W. GEE Confessar, 48 a IE ramos da Igreja.
42 a GEE Arrepender-se, Confissão. 49 a GEE Sião.
Arrependimento. b D&C 82:7. 50 a D&C 63:55–56.
Doutrina e Convênios 58:52–65 120
como lhe parecer melhor ou como Cowdery com eles, para concluí-
determinar, com o propósito de rem o restante da obra que lhes
comprar terras para herança dos designei em sua própria terra; e o
filhos de Deus. restante, como for a determinado
52 Pois eis que em verdade vos pelas conferências.
digo que o Senhor deseja que os 59 E que nenhum homem regres-
discípulos e os filhos dos homens se desta terra sem a testificar pelo
abram o coração para comprar caminho aquilo que sabe e em que
toda esta região o mais depressa seguramente acredita.
possível. 60 E que seja tirado de Ziba Pe-
53 Eis que aqui há sabedoria. terson o que lhe foi conferido; e
Que façam isto; do contrário não que ele permaneça como mem-
receberão qualquer a herança, a bro da igreja e trabalhe com as
não ser por derramamento de san- próprias mãos, juntamente com
gue. os irmãos, até que seja suficiente-
54 E também, quando se obtive- mente a castigado por todos os seus
rem terras, que se envie trabalha- pecados, pois ele não os confessa
dores de toda classe a esta terra, a e pensa escondê-los.
fim de trabalharem para os santos 61 Que os demais élderes desta
de Deus. igreja, que estão vindo para esta
55 Que todas essas coisas sejam terra, alguns dos quais são extre-
feitas em ordem; e que os privilé- mamente abençoados, também
gios das terras sejam anunciados realizem uma conferência nesta
de tempos em tempos pelo bispo terra.
ou pelo agente da igreja. 62 E que meu servo Edward Par-
56 E que o trabalho da reunião tridge dirija a conferência que será
não seja feito às pressas nem fu- realizada por eles.
gindo, mas seja feito conforme 63 E que também regressem pre-
aconselharem os élderes da igreja gando o evangelho pelo caminho,
nas conferências, de acordo com o testificando quanto às coisas que
conhecimento que eles receberem lhes forem reveladas.
de tempos em tempos. 64 Pois, em verdade, o som de-
57 E que meu servo Sidney Rig- verá partir deste lugar para todo
don consagre e dedique ao Senhor o mundo e para os confins da Ter-
esta terra e o local para o a templo. ra — o evangelho deverá ser a pre-
58 E que se convoque uma confe- gado a toda criatura; e b sinais se-
rência; e que depois os meus ser- guirão os que crerem.
vos Sidney Rigdon e Joseph Smith 65 E eis que o Filho do Homem
Júnior regressem; e também Oliver a 
vem. Amém.
53 a D&C 63:27–31. 59 a GEE Testemunho. b GEE Sinal.
57 a D&C 57:3; 84:3–5, 31; 60 a GEE Castigar, Castigo, 65 a GEE Segunda Vinda
97:10–17. Corrigir, Repreender. de Jesus Cristo.
58 a GEE Comum Acordo. 64 a GEE Pregar.
121 Doutrina e Convênios 59:1–8

SEÇÃO 59
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião,
Condado de Jackson, Missouri, em 7 de agosto de 1831. Precedendo
esta revelação, a terra foi consagrada, conforme o Senhor ordenara,
e o local do futuro templo foi dedicado. No dia em que esta revelação
foi recebida, Polly Knight, a mulher de Joseph Knight Sênior, faleceu,
sendo ela o primeiro membro da Igreja a morrer em Sião. Os primei-
ros membros classificaram esta revelação como “instrução aos santos
sobre como guardar o dia do Senhor e como jejuar e orar.”
1–4, Os santos fiéis de Sião serão evangelho; pois receberão como
abençoados; 5–8, Devem amar e ser- recompensa as coisas boas da ter-
vir ao Senhor e guardar Seus manda- ra e ela produzirá com sua a força.
mentos; 9–19, Santificando o dia do 4 E também serão coroados com
Senhor, os santos serão abençoados bênçãos do alto, sim, e com man-
material e espiritualmente; 20–24, damentos, não poucos, e com a re-
Promete-se aos justos paz nesse mun- velações em seu tempo — aqueles
do e vida eterna no mundo vindouro. que são b fiéis e c diligentes perante
mim.
Eis que, diz o Senhor, bem-aven- 5 Portanto, dou-lhes um manda-
turados são os que subiram a esta mento que diz assim: a Amarás o
terra com os a olhos fitos na minha Senhor teu Deus de todo o teu b co-
glória, de acordo com meus man- ração, de todo o teu poder, mente
damentos. e força; e em nome de Jesus Cristo
2 Porque os que viverem a her- c 
servi-lo-ás.
darão a Terra e os que b morrerem 6 Amarás o teu a próximo como
descansarão de todos os seus la- a ti mesmo. Não b furtarás nem
bores e suas obras segui-los-ão; e cometerás c adultério nem d ma-
nas c mansões de meu Pai, que lhes tarás nem farás coisa alguma se-
preparei, receberão uma d coroa. melhante.
3 Sim, bem-aventurados aque- 7  a Agradecerás ao Senhor teu
les cujos pés estão sobre a terra Deus em todas as coisas.
de Sião, que obedeceram a meu 8 Oferecerás um a sacrifício ao
59 1 a Mt. 6:22–24; 3 a Gên. 4:12; Mois. 5:37. c GEE Serviço.
D&C 88:67. 4 a D&C 42:61; 76:7; 98:12; 6 a GEE Confraternizar.
2 a Mt. 5:5; 121:26–29. b GEE Roubar, Roubo.
D&C 63:20, 48–49. GEE Revelação. c GEE Adultério.
b Apoc. 14:13. b GEE Dignidade, Digno. d GEE Homicídio.
GEE Morte Física; c GEE Diligência. 7 a Salm. 92:1; Al. 37:37;
Paraíso. 5 a Deut. 11:1; Mt. 22:37; D&C 46:32.
c GEE Coroa; Exaltação. Morô. 10:32; GEE Ação de Graças,
d Jo. 14:2; D&C 20:19. Agradecido,
D&C 72:4; 76:111; GEE Amor. Agradecimento.
81:6; 98:18. b GEE Coração. 8 a GEE Sacrifício.
Doutrina e Convênios 59:9–22 122
Senhor teu Deus em retidão, sim,
b 
16 Em verdade eu digo que, se
um coração quebrantado e um es- isso fizerdes, a plenitude da Terra
pírito c contrito. será vossa, as feras do campo e as
9 E para que mais plenamente aves do céu e aquilo que sobe nas
te conserves a limpo das manchas árvores e anda na terra;
do mundo, irás à casa de oração 17 Sim, e as ervas e as coisas boas
e oferecerás teus sacramentos no que provêm da terra, sejam para
meu b dia santificado; alimento ou para vestuário ou
10 Porque em verdade esse é um para casas ou para estábulos ou
dia designado para descansares de para pomares ou para hortas ou
teus labores e a prestares tua devo- para vinhas;
ção ao Altíssimo; 18 Sim, todas as coisas que pro-
11 Contudo, teus votos serão ofe- vêm da a terra, em sua estação,
recidos em retidão todos os dias e são feitas para o benefício e uso
em todos os momentos; do homem, tanto para agradar
12  Lembra-te, porém, de que aos olhos como para alegrar o
no dia do Senhor oferecerás tuas coração;
a 
oblações e teus sacramentos ao Al- 19 Sim, para servir de alimento
tíssimo, b confessando teus pecados e para vestuário, para o paladar e
a teus irmãos e perante o Senhor. o olfato, para fortalecer o corpo e
13 E nesse dia não farás qualquer avivar a alma.
outra coisa; seja teu alimento pre- 20 E agrada a Deus ter dado ao
parado com singeleza de coração homem todas essas coisas; pois
para que teu a jejum seja perfeito, para esse fim foram feitas, para
ou, em outras palavras, para que serem usadas com discernimen-
tua b alegria seja completa. to, não com excesso nem por ex-
14 Em verdade, isto é jejum e torsão.
oração, ou, em outras palavras, 21 E em nada a ofende o homem
regozijo e oração. a Deus ou contra ninguém está
15 E se fizerdes estas coisas com acesa sua ira, a não ser contra os
a 
ação de graças, com o b coração e que não b confessam sua mão em
o semblante c alegres, sem muito todas as coisas e não obedecem a
d 
riso porque isso é pecado, mas seus mandamentos.
com o coração feliz e o semblante 22 Eis que isto está de acordo
alegre — com a lei e os profetas; portanto,
8 b GEE Retidão. bens, a serviço de Agradecimento.
c GEE Coração Deus e do próximo. b Êx. 25:2;
Quebrantado. GEE Sacrifício. D&C 64:34.
9 a Tg. 1:27. b GEE Confessar, c Prov. 17:22.
b GEE Dia do Sábado Confissão. d D&C 88:69.
(Dia de Descanso). 13 a GEE Jejuar, Jejum. 18 a GEE Terra.
10 a GEE Adorar. b GEE Alegria. 21 a GEE Ofender.
12 a IE ofertas, sejam de 15 a GEE Ação de Graças, b Jó 1:21.
tempo, talentos ou Agradecido,
123 Doutrina e Convênios 59:23–60:7
não me importuneis mais a respei- mundo e d vida eterna no mundo
to deste assunto. vindouro.
23 Aprendei que aquele que pra- 24 Eu, o Senhor, disse-o e o Es-
tica as obras da a retidão receberá pírito testifica. Amém.
sua b recompensa, sim, c paz neste

SEÇÃO 60
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Inde-
pendence, Condado de Jackson, Missouri, em 8 de agosto de 1831.
Nessa ocasião, os élderes que haviam viajado ao Condado de Jackson
e participado da dedicação da terra e do local do templo desejavam
saber o que deveriam fazer.
1–9, Os élderes devem pregar o evan- 4 Porque eu, o Senhor, governo
gelho nas congregações dos iníquos; em cima nos céus e entre os a exér-
10–14, Não devem desperdiçar seu citos da Terra; e no dia em que eu
tempo nem enterrar seus talentos; reunir minhas b joias, todos os ho-
15–17, Podem lavar os pés como tes- mens saberão o que é que revela
temunho contra os que rejeitarem o o poder de Deus.
evangelho. 5 Mas em verdade falar-vos-ei a
respeito de vossa viagem à terra
Eis que assim diz o Senhor aos de onde viestes. Que seja feita ou
élderes de sua igreja, que deverão comprada uma embarcação, como
regressar rapidamente à terra de vos parecer melhor, a mim não im-
onde vieram: Eis que me agrada porta, e viajai rapidamente para o
terdes vindo até aqui; lugar chamado St. Louis.
2 Com alguns, porém, não es- 6 E que, de lá, meus servos Sid-
tou satisfeito, porque não abrem ney Rigdon, Joseph Smith Júnior
a a boca; mas b escondem o talento e Oliver Cowdery viajem para
que lhes dei, por causa do c temor Cincinnati;
aos homens. Ai desses, porque 7 E que nesse lugar levantem a
contra eles está acesa a minha ira. voz e proclamem minha palavra
3 E acontecerá que, se não forem em alta voz, sem ira nem dúvi-
mais fiéis a mim, deles será a tirado da, levantando mãos santas so-
até aquilo que têm. bre eles. Porque posso tornar-vos
23 a GEE Retidão. 60 2 a Ef. 6:19–20. D&C 1:33.
b GEE Abençoado, b Lc. 8:16, 18. 4 a Al. 43:50.
Abençoar, Bênção. c Mt. 25:14–30. b Isa. 62:3;
c Mt. 11:28–30. GEE Temor — Temor Zac. 9:16;
GEE Paz. do homem. Mal. 3:17;
d D&C 14:7. 3 a Mc. 4:25; D&C 101:3.
Doutrina e Convênios 60:8–17 124
santos e vossos pecados vos são
a 
mandamento: Não desperdiça-
a 

perdoados.
b 
rás teu tempo nem enterrarás teu
8 E que os demais partam de b 
talento, de modo que não seja
St. Louis, de dois em dois, e pre- conhecido.
guem a palavra, sem pressa, entre 14 E depois que tiveres vindo à
as congregações dos iníquos, até terra de Sião e proclamado minha
regressarem às igrejas de onde palavra, regressarás rapidamente,
vieram. proclamando minha palavra entre
9 E tudo isso para o bem das igre- as congregações dos iníquos, sem
jas; com esse intento enviei-os. pressa, sem a ira nem contendas.
10 E que meu servo a Edward 15 E sacode o a pó de teus pés
Partridge destine uma parte do contra os que não te receberem,
dinheiro que lhe dei a meus élde- não em sua presença, para não
res que têm ordem de regressar; provocá-los, mas em segredo; e
11 E aquele que puder, que o res- lava teus pés, como testemunho
titua por meio do agente; e o que contra eles no dia do juízo.
não puder, dele não se exigirá. 16 Eis que isto vos é suficiente e é
12 E agora falo dos outros que a vontade daquele que vos enviou.
hão de vir para esta terra. 17 E pela boca de meu servo Jo-
13 Eis que eles foram enviados seph Smith Júnior saber-se-á a
para pregar meu evangelho en- respeito de Sidney Rigdon e Oli-
tre as congregações dos iníquos; ver Cowdery. Quanto ao restante,
portanto, dou-lhes o seguinte mais tarde. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 61
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem
do rio Missouri, em McIlwaine’s Bend, em 12 de agosto de 1831. Em
sua viagem de volta a Kirtland, o Profeta e dez élderes tinham desci-
do o rio Missouri em canoas. No terceiro dia de viagem, enfrentaram
muitos perigos. O Élder William W. Phelps, em uma visão à luz do dia,
viu o destruidor movendo-se com poder sobre a superfície das águas.
1–12, O Senhor decretou muitas 23–29, Alguns têm poder para co-
destruições sobre as águas; 13–22, mandar as águas; 30–35, Os élderes
João amaldiçoou as águas e o des- devem viajar de dois em dois para
truidor move-se pela sua superfície; pregar o evangelho; 36–39, Devem
7 a GEE Santidade. Ocioso. Lc. 9:5;
b GEE Perdoar. b Mt. 25:24–30; At. 13:51;
10 a GEE Partridge, Edward. D&C 82:18. D&C 24:15; 75:20;
13 a D&C 42:42. 14 a Prov. 14:29. 84:92.
GEE Ociosidade, 15 a Mt. 10:14;
125 Doutrina e Convênios 61:1–14
preparar-se para a vinda do Filho meu servo Sidney Gilbert e meu
do Homem. servo a William W. Phelps se apres-
sem na sua incumbência e missão.
Vede e escutai a voz daquele que 8 Contudo, eu não podia permi-
tem todo o a poder, que é de eter- tir que partísseis até que tivésseis
nidade em eternidade, sim, o b Alfa sido a repreendidos por todos os
e o Ômega, o princípio e o fim. vossos pecados, a fim de que fôs-
2 Eis que em verdade assim vos seis um, para que não perecêsseis
diz o Senhor, ó élderes de minha em b iniquidade;
igreja, que estais reunidos neste 9  Mas agora, em verdade eu
lugar e cujos pecados vos são ago- digo: É minha vontade que par-
ra perdoados, pois eu, o Senhor, tais. Portanto, que meus servos Si-
a 
perdoo pecados e sou b miseri- dney Gilbert e William W. Phelps
cordioso para com aqueles que tomem seus antigos companhei-
c 
confessam seus pecados com o ros e viajem rapidamente, para
coração humilde; que cumpram sua missão; e pela
3 Mas, em verdade vos digo que fé vencerão;
não é necessário que todo este gru- 10 E se forem fiéis, serão pre-
po de meus élderes se mova rapi- servados; e eu, o Senhor, estarei
damente sobre as águas, enquanto com eles.
os habitantes, em ambos os lados, 11 E que os demais levem as rou-
perecem na incredulidade. pas de que necessitarem.
4 Contudo, permiti-o, para que 12 Que meu servo Sidney Gil-
pudésseis testificar; eis que há bert leve consigo o que não for
muitos perigos sobre as águas e indispensável, conforme deter-
mais especialmente daqui para minardes.
a frente; 13 E agora eis que, para vosso
5 Porque eu, o Senhor, em minha a 
bem, vos dei um b mandamento
ira decretei muitas destruições so- concernente a estas coisas; e eu, o
bre as águas; sim, e especialmente Senhor, arrazoarei convosco como
sobre estas águas. com os homens na antiguidade.
6 Contudo, toda carne está em 14 Eis que eu, o Senhor, no prin-
minha mão; e o que dentre vós cípio abençoei as a águas; nos úl-
for fiel não perecerá por meio das timos dias, porém, pela boca de
águas. meu servo João, b amaldiçoei as
7 Portanto, é conveniente que águas.
61 1 a GEE Poder. c GEE Confessar, b GEE Iniquidade, Iníquo.
b GEE Alfa e Ômega. Confissão. 13 a D&C 21:6.
2 a Mos. 4:10–11. 7 a GEE Phelps, b GEE Mandamentos de
GEE Perdoar. William W. Deus.
b GEE Misericórdia, 8 a GEE Castigar, Castigo, 14 a Gên. 1:20.
Misericordioso. Corrigir, Repreender. b Apoc. 8:8–11.
Doutrina e Convênios 61:15–31 126
15 Portanto, dias virão em que Smith Júnior e Oliver Cowdery:
carne alguma estará segura sobre Que não venham mais sobre as
as águas. águas, a não ser que seja pelo ca-
16 E dias virão em que se dirá nal, quando viajarem para suas
que ninguém poderá subir à terra casas; ou, em outras palavras, não
de Sião sobre as águas, a não ser o deverão viajar sobre as águas, a
que for reto de coração. não ser pelo canal.
17 E como eu, o Senhor, no prin- 24 Eis que eu, o Senhor, deter-
cípio a amaldiçoei a terra, assim minei a meus santos a maneira de
nos últimos dias abençoei-a, em viajar; e eis que esta é a maneira:
seu tempo, para uso de meus san- que após saírem do canal viajem
tos, a fim de que partilhem de sua por terra, sendo que lhes foi or-
gordura. denado que subam para a terra
18 E agora vos dou um manda- de Sião;
mento — e o que digo a um digo a 25 E farão como os filhos de Is-
todos — de que antecipadamente rael, a armando suas tendas pelo
aviseis vossos irmãos a respeito caminho.
destas águas, a fim de que, ao via- 26 E eis que dareis este manda-
jarem sobre elas, não falhe a sua fé mento a todos os vossos irmãos.
e sejam apanhados em armadilhas; 27 Contudo, àquele a quem é
19 Eu, o Senhor, decretei e o des- dado a poder para comandar as
truidor move-se sobre sua superfí- águas, a ele é dado, pelo Espírito,
cie; e não revogo o decreto. conhecer todos os seus caminhos;
20 Eu, o Senhor, estava irado con- 28 Portanto, que faça como o Es-
vosco ontem, mas hoje minha ira pírito do Deus vivo lhe ordenar,
desviou-se. seja na terra ou sobre as águas,
21  Portanto, que aqueles de conforme eu desejar daqui em
quem falei viajem apressadamen- diante.
te; novamente vos digo: Que via- 29 E a vós é dado o curso para
jem apressadamente. os santos, ou seja, o caminho pelo
22 E depois de pouco tempo não qual os santos do acampamento
me importa como viajem, se por do Senhor deverão viajar.
água, se por terra, desde que cum- 30 E também em verdade vos
pram sua missão; que se faça de digo: Meus servos Sidney Rigdon,
acordo com o que lhes for reve- Joseph Smith Júnior e Oliver Cow-
lado, segundo seu parecer daqui dery não deverão abrir a boca nas
em diante. congregações dos iníquos, até que
23 E agora, concernente a meus cheguem a Cincinnati;
servos Sidney Rigdon, Joseph 31 E nesse lugar elevarão a sua
17 a Mois. 4:23. 27 a GEE Poder;
25 a Núm. 9:18. Sacerdócio.
127 Doutrina e Convênios 61:32–62:1
voz a Deus contra esse povo, sim, Smith, com quem me comprazo,
àquele cuja ira está acesa contra não devem ser separados até que
suas iniquidades, um povo que voltem para casa; e isto para um
está quase a amadurecido para a sábio propósito meu.
destruição. 36 E agora, em verdade vos digo
32 E de lá seguirão rumo às con- e o que digo a um digo a todos:
gregações de seus irmãos, porque Tende bom ânimo, a filhinhos; pois
suas obras são agora mais neces- estou no vosso b meio e não vos
sárias entre eles do que nas con- c 
desamparei;
gregações dos iníquos. 37 E sendo que vos humilhastes
33 E agora, concernente aos de- perante mim, as bênçãos do a reino
mais, que viajem e a declarem a são vossas.
palavra entre as congregações dos 38 Cingi vossos lombos e a vigiai
iníquos, como lhes é manifestada; e sede sóbrios, esperando a vinda
34 E se assim fizerem, a purifica- do Filho do Homem, pois ele virá
rão suas vestes e ficarão imacula- numa hora em que não pensais.
dos perante mim. 39  a Orai sempre para não en-
35 E que viajem juntos, ou de trardes em b tentação, para que
a 
dois em dois, como lhes parecer suporteis o dia de sua vinda, seja
melhor, mas o meu servo Reynolds na vida ou na morte. Assim seja.
Cahoon e o meu servo Samuel H. Amém.

SEÇÃO 62
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem
do rio Missouri, em Chariton, Missouri, em 13 de agosto de 1831.
Nesse dia, o Profeta e seu grupo, que viajavam de Independence para
Kirtland, encontraram vários élderes que estavam a caminho da terra
de Sião e, após alegres saudações, o Profeta recebeu esta revelação.
1–3, Os testemunhos são registrados Eis que, escutai, ó élderes de mi-
nos céus; 4–9, Os élderes devem via- nha igreja, diz o Senhor vosso
jar e pregar de acordo com seu dis- Deus, sim, Jesus Cristo, vosso a ad-
cernimento e conforme orientação do vogado, que conhece as fraquezas
Espírito. dos homens e sabe como b socorrer
os que são c tentados.
31 a Al. 37:31; Hel. 13:14; 36 a Jo. 13:33. 39 a GEE Oração.
D&C 101:11. b Mt. 18:20. b GEE Tentação, Tentar.
33 a GEE Pregar; c Isa. 41:15–17; 62 1 a D&C 45:3–4.
Testificar. 1 Né. 21:14–15. GEE Advogado.
34 a 2 Né. 9:44; Jacó 2:2; 37 a D&C 50:35. b Heb. 2:18;
Mos. 2:28. 38 a GEE Atalaia, Sentinela, Al. 7:12.
35 a GEE Obra Missionária. Vigiar. c GEE Tentação, Tentar.
Doutrina e Convênios 62:2–9 128
2 E em verdade meus olhos estão 6 Eis que eu, o Senhor, vos reuni
sobre os que ainda não subiram para que se cumprisse a promessa
à terra de Sião; portanto, vossa de que aqueles de vós que fossem
missão ainda não está completa. fiéis seriam preservados e juntos
3 Não obstante, bem-aventura- se regozijariam na terra de Mis-
dos sois, porque o a testemunho souri. Eu, o Senhor, prometo aos
que prestastes está b registrado no fiéis e não posso a mentir.
céu para ser visto pelos anjos; e 7 Eu, o Senhor, estou de acordo,
eles se regozijam por vós e vossos se qualquer de vós desejar viajar
c 
pecados vos são perdoados. a cavalo ou em mulas ou em car-
4 E agora continuai vossa via- roças, que receba essa bênção, se
gem. Reuni-vos na terra de a Sião; a receber da mão do Senhor com
realizai uma reunião e rejubilai- um coração a grato em todas as
vos juntos e oferecei um sacra- coisas.
mento ao Altíssimo. 8 Essas coisas vos são dadas para
5 E então podereis regressar para que as façais com discernimento
testificar, sim, todos juntos ou de e conforme as orientações do Es-
dois em dois, como vos parecer pírito.
melhor, a mim não importa; so- 9 Eis que vosso é o a reino. E eis
mente sede fiéis e a anunciai alegres que eu estou sempre b com os fiéis.
novas aos habitantes da Terra ou Assim seja. Amém.
entre as congregações dos iníquos.

SEÇÃO 63
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 30 de agosto de 1831. O Profeta, Sidney Rigdon e Oliver
Cowdery haviam chegado a Kirtland em 27 de agosto, após sua visita ao
Missouri. A história de Joseph Smith descreve esta revelação: “Nesses
dias iniciais da Igreja havia um grande desejo de obter-se a palavra do
Senhor sobre todos os assuntos que, de alguma forma, diziam respeito
à nossa salvação; e como a terra de Sião era então a mais importante
questão material em vista, pedi mais informações ao Senhor sobre a
reunião dos santos, a compra da terra e outros assuntos.”
1–6, Um dia de ira virá sobre os iní- Os adúlteros de coração negarão a fé e
quos; 7–12, Sinais virão pela fé; 13–19, serão lançados no lago de fogo; 20, Os
3 a Lc. 12:8–9. 4 a D&C 57:1–2. Agradecido,
GEE Testemunho. 5 a GEE Obra Missionária. Agradecimento.
b GEE Livro da Vida. 6 a Ét. 3:12. 9 a D&C 61:37.
c D&C 84:61. 7 a GEE Ação de Graças, b Mt. 28:20.
129 Doutrina e Convênios 63:1–14
fiéis receberão uma herança na Terra que os rebeldes temam e estreme-
transfigurada; 21, Um relato comple- çam; e que os incrédulos fechem
to dos eventos ocorridos no Monte da os lábios, pois o a dia da ira cai-
Transfiguração ainda não foi revela- rá sobre eles como um b furacão;
do; 22–23, Os obedientes recebem os e toda carne c saberá que eu sou
mistérios do reino; 24–31, Devem ser Deus.
compradas heranças em Sião; 32–35, 7 E o que busca sinais verá a si-
O Senhor decreta guerras e os iníquos nais, mas não para a salvação.
destroem os iníquos; 36–48, Os santos 8 Em verdade vos digo: Há en-
devem reunir-se em Sião e dar dinheiro tre vós quem busque sinais e tem
para construí-la; 49–54, Asseguram- havido desde o princípio.
se bênçãos aos fiéis na Segunda Vinda, 9 Mas eis que a fé não vem por
na Ressurreição e durante o Milênio; sinais, mas sinais seguem os que
55–58, Este é um dia de advertência; creem.
59–66, O nome do Senhor é tomado 10 Sim, sinais vêm pela a fé, não
em vão por aqueles que o usam sem pela vontade do homem nem
autoridade. como lhes agrada, mas pela von-
tade de Deus.
Escutai, ó povo, e abri o coração 11 Sim, sinais vêm pela fé, para
e de longe ouvi; e escutai, vós que produzir obras grandiosas, pois
vos chamais povo do Senhor; e sem a fé homem algum agrada a
ouvi a palavra do Senhor e a sua Deus; e Deus não se agrada da-
vontade a respeito de vós. quele com quem está irado; por-
2 Sim, em verdade digo: Ouvi a tanto, a esses não mostra qualquer
palavra daquele cuja ira está acesa sinal, a não ser com b ira, para sua
contra os iníquos e os a rebeldes; c 
condenação.
3 O qual toma a quem deseja 12 Portanto, eu, o Senhor, não
a 
tomar e preserva a vida daqueles me agrado daqueles de vós que
que deseja preservar; têm procurado sinais e maravilhas
4 Que constrói conforme seu de- para alcançar a fé e não em benefí-
sejo e prazer; e destrói quando cio dos homens para minha glória.
lhe apraz e pode lançar a alma 13 Contudo, dou mandamentos e
ao inferno. muitos se afastaram de meus man-
5 Eis que eu, o Senhor, faço ouvir damentos e não os guardaram.
a minha voz, e ela será obedecida. 14 Houve entre vós a adúlteros
6 Portanto, em verdade eu digo: e adúlteras; alguns deles se afas-
Que os iníquos prestem atenção e taram de vós e outros, que mais
63 2 a GEE Rebeldia, b Jer. 30:23. 11 a Heb. 11:6.
Rebelião. c Isa. 49:26. b D&C 35:11.
3 a GEE Morte Física. 7 a D&C 46:9. c D&C 88:65.
6 a GEE Justiça; GEE Sinal. 14 a D&C 42:24–25.
Segunda Vinda de 10 a Morô. 7:37.
Jesus Cristo. GEE Fé.
Doutrina e Convênios 63:15–27 130
tarde serão revelados, permane- transfiguração, receberá uma he- b 

cem convosco. rança na Terra;


15 Que esses se acautelem e se 21 Quando a a Terra for b transfi-
arrependam depressa, para que o gurada, sim, de acordo com o mo-
julgamento não recaia sobre eles delo mostrado aos meus apóstolos
como uma armadilha e sua lou- sobre o c monte; relato cuja pleni-
cura seja manifestada e suas obras, tude ainda não recebestes.
aos olhos do povo, os acompa- 22 E agora, em verdade vos digo
nhem. que, como disse que vos tornaria
16 E em verdade vos digo, como conhecida a minha vontade, eis
disse antes: Aquele que a olhar que vo-la tornarei conhecida, não
para uma mulher para a b cobi- por meio de mandamento, pois há
çar, ou se alguém em seu coração muitos que não se esforçam para
cometer c adultério, não terá o Es- guardar meus mandamentos.
pírito, mas negará a fé e temerá. 23  Mas ao que guarda meus
17 Portanto, eu, o Senhor, dis- mandamentos darei os a misté-
se que o a medroso e o incrédulo rios de meu reino; e será como
e todos os b mentirosos e aqueles uma fonte de b água viva c vertendo
que amam e c cometem a mentira, para a vida eterna.
bem como o libertino e o feiticei- 24 E agora, eis que esta é a von-
ro, terão sua parte no d lago que tade do Senhor vosso Deus con-
arde com fogo e enxofre, que é a cernente a seus santos: Que se
e 
segunda morte. reúnam na terra de Sião, não às
18 Em verdade eu digo que eles pressas, para que não haja con-
não terão parte na a primeira res- fusão, a qual produz pestilência.
surreição. 25 Eis a terra de a Sião — eu, o
19 E agora eis que eu, o Senhor, Senhor, retenho-a em minhas pró-
vos digo que não sois a justifica- prias mãos;
dos, porque estas coisas existem 26 Contudo, eu, o Senhor, dou a
entre vós. a 
César as coisas que são de César.
20 Contudo, o que a permane- 27 Portanto, eu, o Senhor, de-
cer na fé e fizer a minha vontade, sejo que compreis as terras para
vencerá; e, quando vier o dia da que tenhais vantagem no mundo,
16 a Mt. 5:27–28; D&C 76:36. mundo.
D&C 42:23–26. GEE Inferno. c Mt. 17:1–3.
b GEE Concupiscência. e GEE Morte Espiritual. 23 a Al. 12:9–11;
c GEE Adultério. 18 a Apoc. 20:6. D&C 42:61; 84:19;
17 a Apoc. 21:8. 19 a GEE Justificação, 107:18–19.
b GEE Mentir, Mentiroso. Justificar. b GEE Águas Vivas.
c Apoc. 22:15; 20 a D&C 101:35. c Jo. 4:14.
D&C 76:103. b Mt. 5:5; 25 a GEE Sião.
d Apoc. 19:20; D&C 59:2; 88:25–26. 26 a Lc. 20:25;
2 Né. 9:8–19, 26; 28:23; 21 a GEE Terra — Estado D&C 58:21–23.
Jacó 6:10; final da Terra. GEE Governo.
Al. 12:16–18; b GEE Mundo — Fim do
131 Doutrina e Convênios 63:28– 43
para que tenhais direitos sobre o meus santos se reúnam na terra
mundo, para que eles não sejam de Sião;
levados a encolerizarem-se. 37 E que todo homem tome a
28 Porque a Satanás incute-lhes a 
retidão em suas mãos e cinja seus
no coração, contra vós, a ira e o lombos com a fidelidade; e aos ha-
derramamento de sangue. bitantes da Terra levante uma b voz
29 Portanto, a terra de Sião não de advertência e declare, tanto
será obtida a não ser por compra por palavra como por fuga, que a
ou por sangue; caso contrário, não c 
desolação virá sobre os iníquos.
há herança para vós. 38 Portanto, que meus discípu-
30 E se por compra, eis que sois los em Kirtland, que moram nesta
bem-aventurados; fazenda, ponham em ordem seus
31 E se por sangue, como vos é interesses materiais.
proibido derramar sangue, eis que 39 Que meu servo Titus Billings,
vossos inimigos estarão sobre vós que dela é encarregado, disponha
e sereis flagelados de cidade em da terra a fim de estar prepara-
cidade e de sinagoga em sinago- do na próxima primavera, com
ga; e apenas poucos restarão para os que nela habitam, para viajar
receber a herança. para a terra de Sião, com exceção
32 Eu, o Senhor, estou irado com daqueles que reservarei para mim
os iníquos; estou negando meu mesmo e que não irão até que eu
Espírito aos habitantes da Terra. ordene.
33 Em minha ira jurei e decretei 40 E que todo o dinheiro dispo-
a 
guerras sobre a face da Terra; e nível, não me importa se pouco
o iníquo matará o iníquo e temor ou muito, seja mandado à terra
virá sobre todo homem; de Sião, aos que designei para
34 E os a santos também mal es- recebê-lo.
caparão; contudo, eu, o Senhor, 41 Eis que eu, o Senhor, darei a
estou com eles e, da presença de meu servo Joseph Smith Júnior
meu Pai, b descerei no céu e consu- poder para a discernir pelo Espírito
mirei os c iníquos com d fogo inex- os que subirão à terra de Sião e os
tinguível. de meus discípulos que ficarão.
35 E eis que isso não é já, mas 42  Que meu servo Newel  K.
dentro em pouco. Whitney mantenha sua loja, ou,
36 Portanto, uma vez que eu, o em outras palavras, a loja, ainda
Senhor, decretei todas estas coisas por algum tempo.
sobre a face da Terra, desejo que 43  Contudo, que dê todo o
28 a GEE Diabo. c Mt. 3:12; d GEE Fogo.
33 a GEE Guerra. 2 Né. 26:6; 37 a GEE Retidão.
34 a GEE Santo D&C 45:57; 64:24; b D&C 1:4.
(substantivo). 101:23–25, 66. c Isa. 47:11.
b GEE Segunda Vinda de GEE Iniquidade, 41 a GEE Discernimento,
Jesus Cristo. Iníquo. Dom de.
Doutrina e Convênios 63:44–57 132
dinheiro que possa dar, para que 51 Portanto, as crianças irão a 

seja mandado à terra de Sião. crescer até se tornarem velhas;


b 

44 Eis que estas coisas estão em os velhos morrerão, mas não dor-
suas mãos; que ele aja com sabe- mirão no pó; antes, serão c transfor-
doria. mados num piscar de olhos.
45 Em verdade eu digo: Que seja 52 Portanto, por esse motivo pre-
ele ordenado agente dos discípu- garam os apóstolos ao mundo a
los que ficarem e que seja ordena- ressurreição dos mortos.
do com esse poder; 53 Estas são as coisas que deveis
46 E que agora visite depressa procurar; e, falando à maneira do
as igrejas com meu servo Oliver Senhor, elas agora estão a próximas
Cowdery, expondo-lhes estas coi- e num tempo futuro, sim, no dia
sas. Eis que esta é a minha vonta- da vinda do Filho do Homem.
de — obter dinheiro como orientei. 54 E até aquela hora haverá a vir-
47 Aquele que for a fiel e perse- gens néscias entre as prudentes; e
verar, vencerá o mundo. naquela hora haverá uma separa-
48 Aquele que enviar tesouros ção total dos justos e dos iníquos; e
à terra de Sião receberá uma a he- naquele dia mandarei meus anjos
rança neste mundo e também uma para b arrancar os iníquos e arre-
recompensa no mundo vindouro; messá-los no fogo inextinguível.
e suas obras segui-lo-ão. 55 E agora, eis que em verdade
49 Sim, e bem-aventurados os vos digo: Eu, o Senhor, não estou
que a morrerem no Senhor, daqui satisfeito com meu servo a Sidney
em diante, pois quando o Senhor Rigdon; ele b exaltou-se a si mes-
vier e as coisas velhas b passarem mo em seu coração e não recebeu
e todas as coisas se tornarem no- conselho, mas ofendeu o Espírito;
vas, eles se c levantarão dentre os 56 Portanto, o que a escreveu não
mortos e não mais d morrerão; e é aceitável ao Senhor e ele deve-
na cidade santa receberão uma rá fazê-lo de novo; e se o Senhor
herança perante o Senhor. não o aceitar, eis que ele não mais
50 E o que estiver vivo quando o permanecerá no cargo para o qual
Senhor vier e tiver guardado a fé, o designei.
a 
bem-aventurado será; contudo, 57 E também em verdade vos
é-lhe designado b morrer na idade digo: a Aqueles que em seu cora-
do homem. ção e com humildade desejarem
47 a Mos. 2:41; D&C 6:13. GEE Imortal, D&C 43:32.
48 a D&C 101:18. Imortalidade. 53 a D&C 35:15.
49 a Apoc. 14:13; 50 a GEE Abençoado, 54 a Mt. 25:1–13;
D&C 42:44–47. Abençoar, Bênção. D&C 45:56–59.
b 2 Cor. 5:17. b GEE Morte Física. b Mos. 16:2.
c GEE Ressurreição. 51 a GEE Milênio. 55 a GEE Rigdon, Sidney.
d Apoc. 21:4; b Isa. 65:20–22; b GEE Orgulho.
Al. 11:45; D&C 45:58; 101:29–31. 56 a D&C 58:50.
D&C 88:116. c 1 Cor. 15:51–52; 57 a D&C 4:3–6.
133 Doutrina e Convênios 63:58–66
chamar os pecadores ao arrepen-
b 
63 Portanto, que a igreja se ar-
dimento, sejam ordenados com rependa de seus pecados e eu, o
esse poder. Senhor, possuí-los-ei; do contrário,
58 Pois este é um dia de adver- serão cortados.
tência e não de muitas palavras. 64 Lembrai-vos de que aquilo
Pois eu, o Senhor, não serei escar- que vem de cima é a sagrado e deve
necido nos últimos dias. ser b mencionado com cuidado e
59 Eis que eu sou de cima e meu por indução do Espírito; e nisto
poder jaz abaixo. Eu estou sobre não há condenação alguma e rece-
tudo e em tudo e através de tudo bereis o Espírito c por meio de ora-
e a penetro todas as coisas; e vem ção; portanto, sem isto permanece
o dia em que todas as coisas me a condenação.
serão sujeitas. 65  Que meus servos Joseph
60 Eis que sou o a Alfa e o Ômega, Smith Júnior e Sidney Rigdon pro-
sim, Jesus Cristo. curem para si uma casa, como fo-
61 Portanto, que todos os ho- rem instruídos pelo Espírito por
mens se acautelem de como to- meio de a oração.
mam meu a nome em seus lábios — 66 Estas coisas devem ser ven-
62 Pois eis que em verdade eu cidas pela paciência, para que re-
digo que muitos há que estão cebam um a peso eterno de b glória
sob esta condenação, que usam mais excelente; de outra maneira,
o nome do Senhor e usam-no em receberão uma condenação maior.
vão, não tendo autoridade. Amém.

SEÇÃO 64
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes
da Igreja, em Kirtland, Ohio, em 11 de setembro de 1831. O Profeta
preparava-se para mudar-se para Hiram, Ohio, a fim de retomar seu
trabalho na tradução da Bíblia, que havia sido posto de lado enquanto
ele se encontrava no Missouri. Um grupo de irmãos que recebera or-
dem de ir para Sião (Missouri) preparava-se zelosamente para partir
em outubro. Nessa época muito atarefada, foi recebida esta revelação.
1–11, Ordena-se que os santos se per- Os que não se arrependerem serão le-
doem uns aos outros, para que não per- vados perante a Igreja; 23–25, O que
maneça neles o pecado maior; 12–22, paga o dízimo não será queimado na
57 b D&C 18:14–15. 60 a GEE Alfa e Ômega. 65 a GEE Oração.
GEE Advertência, 61 a GEE Profanidade. 66 a 2 Cor. 4:17.
Advertir, Prevenir; 64 a GEE Santo (adjetivo). b Rom. 8:18;
Obra Missionária. b GEE Reverência. D&C 58:4;
59 a 1 Cor. 2:10. c D&C 42:14. 136:31.
Doutrina e Convênios 64:1–14 134
vinda do Senhor; 26–32, Adverte-se 8 Meus discípulos, nos dias an-
aos santos que não tenham dívidas; tigos, procuraram a pretextos uns
33–36, Os rebeldes serão expulsos de contra os outros e em seu coração
Sião; 37–40, A Igreja julgará as na- não se perdoaram; e por esse mal
ções; 41–43, Sião florescerá. foram afligidos e severamente b re-
preendidos.
Eis que assim vos diz o Senhor 9 Portanto, digo-vos que vos de-
vosso Deus: Ó élderes da minha veis a perdoar uns aos outros; pois
igreja, atendei e ouvi, e recebei a aquele que não b perdoa a seu ir-
minha vontade concernente a vós. mão suas ofensas está em conde-
2 Pois em verdade vos digo: De- nação diante do Senhor; pois nele
sejo que a vençais o mundo; por- permanece o pecado maior.
tanto, terei b compaixão de vós. 10 Eu, o Senhor, a perdoarei a
3 Há entre vós aqueles que peca- quem desejo perdoar, mas de vós
ram; mas em verdade eu digo que, é exigido que b perdoeis a todos
por esta vez, para minha a glória e os homens.
para a salvação das almas, b per- 11 E devíeis dizer em vosso cora-
doei-vos vossos pecados. ção: Que a julgue Deus entre mim e
4 Serei misericordioso convosco, ti e te recompense de acordo com
pois a vós dei o reino. teus b feitos.
5 E as a chaves dos mistérios do 12 E aquele que não se arrepen-
reino não serão tiradas de meu der de seus pecados e não os con-
servo Joseph Smith Júnior pelos fessar, trareis perante a a igreja e
meios que designei, enquanto ele fareis com ele conforme vos dizem
viver, caso ele obedeça às minhas as escrituras, seja por mandamen-
b 
ordenanças. to ou por revelação.
6 Há os que, sem razão, procura- 13 E isso fareis para que Deus seja
ram falhas nele; glorificado — não porque não os
7 Contudo, ele pecou; mas em perdoais, não tendo compaixão,
verdade vos digo: Eu, o Senhor, mas para que sejais justificados aos
a 
perdoo os pecados daqueles que olhos da lei, para que não ofendais
b 
confessam seus pecados perante aquele que é vosso legislador.
mim e pedem perdão, se não pe- 14 Em verdade eu vos digo: Por
caram para c morte. esse motivo fareis estas coisas.
64 2 a 1 Jo. 5:4. b Núm. 5:6–7; D&C 82:1.
b GEE Compaixão. D&C 19:20; 58:43. b Mt. 6:14–15;
3 a Mois. 1:39. GEE Confessar, Ef. 4:32.
b Isa. 43:25. Confissão. 10 a Êx. 33:19;
5 a D&C 28:7; 84:19. c D&C 76:31–37. Al. 39:6;
GEE Chaves do 8 a GEE Contenção, D&C 56:14.
Sacerdócio. Contenda. b Mos. 26:29–31.
b GEE Ordenanças. b GEE Castigar, Castigo, 11 a 1 Sam. 24:12.
7 a GEE Perdoar; Corrigir, Repreender. b 2 Tim. 4:14.
Remissão de Pecados. 9 a Mc. 11:25–26; 12 a D&C 42:80–93.
135 Doutrina e Convênios 64:15–26
15 Eis que eu, o Senhor, estava 21 Não desejo que meu servo
zangado com aquele que foi meu Frederick G. Williams venda sua
servo, Ezra Booth, e também com fazenda, porque eu, o Senhor, de-
meu servo Isaac Morley, porque sejo manter na terra de Kirtland
não guardaram a lei nem o man- uma posição firme pelo espaço de
damento; cinco anos, nos quais não derru-
16 Em seu coração procuraram barei os iníquos, a fim de, assim,
o mal e eu, o Senhor, retive meu poder salvar alguns.
Espírito. a Condenaram como mau 22 E depois disso eu, o Senhor,
aquilo em que não havia mal; con- não considerarei a culpado qual-
tudo, perdoei meu servo Isaac quer que vá à terra de Sião com
Morley. o coração aberto; pois eu, o Se-
17 E também meu servo a Edward nhor, exijo o b coração dos filhos
Partridge — eis que ele pecou e dos homens.
b 
Satanás procura destruir-lhe a 23 Eis que o tempo presente se
alma; mas quando estas coisas se chama a hoje até a b vinda do Filho
lhes tornarem conhecidas e eles do Homem e, em verdade, é um
se arrependerem do mal, serão dia de c sacrifício e um dia para o
perdoados. dízimo de meu povo; pois aquele
18 E agora, em verdade eu digo que paga o d dízimo não será e quei-
que me é conveniente que meu mado na sua vinda.
servo Sidney Gilbert, dentro de 24 Porque depois de hoje vem a
algumas semanas, retorne a seus a 
queima — falando à maneira do
negócios e a sua função de agente Senhor — pois, em verdade eu
na terra de Sião; digo, que amanhã todos os b so-
19 E aquilo que viu e ouviu seja berbos e os que praticam iniquida-
dado a conhecer a meus discípu- de serão como o restolho; e quei-
los, para que não pereçam. E por má-los-ei, pois sou o Senhor dos
essa razão disse eu estas coisas. Exércitos, e não pouparei quem
20 E também vos digo que, para permanecer em c Babilônia.
que meu servo Isaac Morley não 25 Portanto, se credes em mim,
seja a tentado além do que lhe seja trabalhareis enquanto é hoje.
possível suportar e aconselhe erra- 26 E não é conveniente que meus
damente, em vosso prejuízo, orde- servos a Newel K. Whitney e Sid-
nei que sua fazenda fosse vendida. ney Gilbert vendam sua b loja e os
16 a 2 Né. 15:20; D&C 121:16. Jesus Cristo. Terra — Purificação da
17 a GEE Partridge, Edward. c GEE Sacrifício. Terra.
b GEE Diabo. d Mal. 3:10–11. b Mal. 3:15;
20 a GEE Tentação, Tentar. GEE Dízimos. 2 Né. 12:12; 23:11.
22 a GEE Culpa. e Mal. 4:1; 3 Né. 25:1; GEE Orgulho.
b Êx. 35:5; JS—H 1:37. c D&C 1:16.
D&C 59:15; 64:34. 24 a Isa. 66:15–16. GEE Babel, Babilônia.
23 a D&C 45:6; 64:24–25. GEE Mundo — Fim do 26 a GEE Whitney, Newel K.
b GEE Segunda Vinda de mundo; b D&C 57:8.
Doutrina e Convênios 64:27– 43 136
bens que aqui possuem, porque comerão do bem da terra de Sião
isso não é prudente até que o res- nestes últimos dias.
tante da igreja que aqui se encon- 35 E os a rebeldes serão b cortados
tra suba para a terra de Sião. da terra de Sião e afastados e não
27 Eis que as minhas leis dizem, herdarão a terra.
ou seja, proíbem contrair a dívidas 36 Pois em verdade eu digo que
com os vossos inimigos; os rebeldes não são do sangue
28 Mas eis que em tempo algum de a Efraim; portanto, serão ex-
se diz que o Senhor não poderá to- tirpados.
mar quando quiser e pagar como 37 Eis que eu, o Senhor, fiz mi-
lhe aprouver. nha igreja, nestes últimos dias, se-
29 Portanto, como sois agentes, melhante a um juiz sentado sobre
estais a serviço do Senhor; e tudo o um monte ou um lugar alto para
que fazeis de acordo com a vonta- julgar as nações.
de do Senhor é negócio do Senhor. 38 Pois acontecerá que os habi-
30 E ele escolheu-vos para su- tantes de Sião a julgarão todas as
prirdes a seus santos nestes últi- coisas pertinentes a Sião.
mos dias, a fim de que obtenham 39 E por eles pôr-se-ão à prova
uma a herança na terra de Sião. os mentirosos e hipócritas e co-
31 E eis que eu, o Senhor, vos nhecer-se-ão os que não forem
declaro — e minhas a palavras são a 
apóstolos e profetas.
certas e não b falharão — que eles 40 E até o a bispo, que é um b juiz,
irão obtê-la. e seus conselheiros, se não forem
32 Todas as coisas, porém, deve- fiéis em suas c mordomias, serão
rão realizar-se a seu tempo. condenados; e d outros serão pos-
33 Portanto, não vos a canseis de tos em seu lugar.
fazer o bem, porque estais lançan- 41 Pois eis que vos digo que a Sião
do o alicerce de uma grande obra. florescerá e a b glória do Senhor es-
E de b pequenas coisas provém tará sobre ela;
aquilo que é grande. 42 E será um a estandarte para o
34 Eis que o Senhor a requer o povo e a ela virão de todas as na-
b 
coração e uma mente solícita; e ções debaixo do céu.
os que são solícitos e c obedientes 43 E chegará o dia em que as
27 a GEE Dívida. GEE Coração. GEE Apóstolo.
30 a D&C 63:48. c Isa. 1:19. 40 a GEE Bispo.
31 a Mc. 13:31; GEE Obedecer, b D&C 58:17; 107:72–74.
2 Né. 31:15; Obediência, c GEE Mordomia,
D&C 1:37–38. Obediente. Mordomo.
b D&C 76:3. 35 a GEE Rebeldia, Rebelião. d D&C 107:99–100.
33 a Gál. 6:9. b D&C 41:5; 50:8–9; 56:3. 41 a GEE Sião.
b D&C 123:16. GEE Excomunhão. b D&C 45:67; 84:4–5;
34 a Miq. 6:8. 36 a Deut. 33:16–17. 97:15–20.
b Deut. 32:46; 38 a Isa. 2:3–4; GEE Glória.
Jos. 22:5; D&C 133:21. 42 a GEE Estandarte.
Mórm. 9:27. 39 a Apoc. 2:2.
137 Doutrina e Convênios 65:1–6
nações da Terra a estremecerão por seus homens terríveis. O Senhor
causa dela e temerão por causa de disse-o. Amém.

SEÇÃO 65
Revelação a respeito de oração, dada por intermédio de Joseph Smith,
o Profeta, em Hiram, Ohio, em 30 de outubro de 1831.
1–2, As chaves do reino de Deus são a a ceia do Cordeiro, aprontai-vos
conferidas ao homem na Terra; a cau- para o b Esposo.
sa do evangelho triunfará; 3–6, No 4 Orai ao Senhor, invocai seu
milênio, o reino do céu virá unir-se santo nome, divulgai suas obras
ao reino de Deus na Terra. maravilhosas entre o povo.
5 Invocai o Senhor, para que seu
Escutai e ouvi uma voz como a de reino siga pela Terra e seus habi-
alguém enviado do alto, que é for- tantes recebam-no e estejam pre-
te e poderoso, cujas idas chegam parados para os dias que virão,
aos confins da Terra, sim, cuja voz nos quais o Filho do Homem a des-
se dirige aos homens: a Preparai cerá no céu, b revestido do esplen-
o caminho do Senhor, endireitai dor de sua c glória, para encontrar
suas veredas. o d reino de Deus que está estabe-
2 As a chaves do b reino de Deus lecido na Terra.
foram confiadas ao homem na 6 Portanto, que o a reino de Deus
Terra, e dali rolará o evangelho vá avante para que venha o b rei-
até os confins da Terra, como a no dos céus, a fim de que tu, ó
c 
pedra cortada da montanha, Deus, sejas glorificado no céu e
sem mãos, rolará até d encher toda na Terra; que teus inimigos sejam
a Terra. subjugados; pois c tua é a honra, o
3 Sim, uma voz clamando: Prepa- poder e a glória para todo o sem-
rai o caminho do Senhor, preparai pre. Amém.
43 a Isa. 60:14; c Dan. 2:34–45. 5 a Mt. 24:30.
D&C 97:19–20. d Salm. 72:19. b Salm. 93:1.
65 1 a Isa. 40:3; Mt. 3:3; GEE Daniel — Livro de c GEE Glória.
Jo. 1:23. Daniel; d Dan. 2:44.
2 a Mt. 16:19; Últimos Dias. 6 a GEE Reino de Deus ou
D&C 42:69. 3 a Mt. 22:1–14; Reino dos Céus.
GEE Chaves do Apoc. 19:9; b Apoc. 11:15.
Sacerdócio. D&C 58:11. c 1 Crôn. 29:11;
b D&C 90:1–5. b GEE Esposo. Mt. 6:13.
Doutrina e Convênios 66:1–9 138

SEÇÃO 66
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hi-
ram, Ohio, em 29 de outubro de 1831. William E. McLellin havia
rogado ao Senhor em segredo que fizesse saber ao Profeta a resposta a
cinco questões, as quais não eram de conhecimento de Joseph Smith.
Atendendo o pedido de McLellin, o Profeta inquiriu o Senhor e re-
cebeu esta revelação.
1–4, O convênio eterno é a plenitu- Senhor, pois o Senhor irá a mos-
de do evangelho; 5–8, Os élderes de- trá-las a ti.
vem pregar, testificar e arrazoar com o 4 E agora, em verdade eu, o Se-
povo; 9–13, O trabalho fiel no minis- nhor, mostrar-te-ei o que desejo
tério garante a herança da vida eterna. em relação a ti, ou seja, qual é a
minha vontade em relação a ti.
Eis que assim diz o Senhor a meu 5 Eis que em verdade eu te digo,
servo William E. McLellin: Bem- que é a minha vontade que a pro-
aventurado és, visto que te afastas- clames o meu evangelho de terra
te de tuas iniquidades e recebeste em terra e de cidade em cidade,
minhas verdades, diz o Senhor teu sim, nas regiões circunvizinhas
Redentor, o Salvador do mundo, onde ainda não tiver sido pro-
sim, de todos os que a creem em clamado.
meu nome. 6 Não te detenhas muitos dias
2 Em verdade eu te digo: Bem- neste lugar; não subas ainda à ter-
aventurado és tu por receberes ra de Sião; mas o que puderes en-
meu a convênio eterno, sim, a ple- viar, envia; também, não penses
nitude do meu evangelho, enviado em tua propriedade.
aos filhos dos homens para que 7  a Vai às terras do leste, presta
tenham b vida e tornem-se parti- b 
testemunho em todos os lugares,
cipantes das glórias que serão re- a todo o povo e em suas sinagogas,
veladas nos últimos dias, como foi arrazoando com o povo.
escrito pelos profetas e apóstolos 8  Que meu servo Samuel  H.
da antiguidade. Smith vá contigo; não o abandones
3 Em verdade eu te digo, meu e dá-lhe tuas instruções; e o que for
servo William, que estás limpo, fiel se tornará a forte em todo lugar;
mas não de todo; arrepende-te, e eu, o Senhor, irei convosco.
portanto, das coisas que não são 9  Impõe as a mãos sobre os
agradáveis a minha vista, diz o doentes e b recuperar-se-ão. Não
66 1 a Jo. 1:12. 3 a Jacó 4:7; Ét. 12:27. 9 a GEE Bênção dos
GEE Crença, Crer. 5 a Mc. 16:15. Doentes;
2 a GEE Novo e Eterno 7 a D&C 75:6. Mãos, Imposição de.
Convênio. b GEE Testemunho. b Mt. 9:18.
b Jo. 10:10; 3 Né. 5:13. 8 a D&C 52:17; 133:58. GEE Curar, Curas.
139 Doutrina e Convênios 66:10–67:2
regresses até que eu, o Senhor, carás teu ofício e impelirás mui-
te ordene. Sê paciente na aflição. ta gente a b Sião com c cânticos de
c 
Pede e receberás; bate e ser-te-á eterna alegria sobre suas cabeças.
aberto. 12  a Persevera nestas coisas até
10 Procura não te embaraçar. o fim e terás uma b coroa de vida
Abandona toda iniquidade. Não eterna à direita de meu Pai, que é
cometas a adultério — tentação que cheio de graça e verdade.
te tem afligido. 13 Em verdade, assim diz o Se-
11 a Obedece a estas palavras, pois nhor teu a Deus, teu Redentor, sim,
são verdadeiras e fiéis; e magnifi- Jesus Cristo. Amém.

SEÇÃO 67
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, no começo de novembro de 1831. Naquela ocasião realizava-se
uma conferência especial e a publicação das revelações já recebidas do
Senhor por meio do Profeta foi considerada e aprovada (ver cabeçalho
da seção 1). William W. Phelps havia recentemente estabelecido a grá-
fica da Igreja em Independence, Missouri. Na conferência, decidiu-se
publicar as revelações no Book of Commandments (Livro de Manda-
mentos) e imprimir 10.000 cópias (o que foi posteriormente reduzido
para 3.000 cópias, por causa de dificuldades não previstas). Muitos
dos irmãos prestaram testemunho solene de que as revelações então
compiladas para publicação eram realmente verdadeiras, segundo o
testemunho do Espírito Santo que se derramara sobre eles. A histó-
ria de Joseph Smith registra que depois que a revelação conhecida
como seção 1 fora recebida, haviam surgido alguns comentários sobre
a linguagem usada nas revelações. Seguiu-se a presente revelação.
1–3, O Senhor ouve as orações de Eis aqui, escutai, ó a élderes da mi-
Seus élderes e zela por eles; 4–9, Ele nha igreja que vos reunistes, cujas
desafia a pessoa mais sábia a duplicar orações ouvi e cujo coração conhe-
a menor de Suas revelações; 10–14, ço e cujos desejos subiram a mim.
Os élderes fiéis serão vivificados pelo 2 Olhai! Meus a olhos estão so-
Espírito e verão a face de Deus. bre vós e os céus e a Terra estão
em minhas mãos; e as riquezas
9 c Tg. 1:5. GEE Cantar. 13 a GEE Trindade — Deus,
10 a GEE Adultério. 12 a 2 Tim. 3:14–15; o Filho.
11 a D&C 35:24. 2 Né. 31:20. 67 1 a GEE Élder (Ancião).
b D&C 11:6. b Isa. 62:3; 2 a Salm. 34:15.
c Isa. 35:10; Mt. 25:21;
D&C 45:71. 1 Ped. 5:4.
Doutrina e Convênios 67:3–14 140
da eternidade são minhas e pos- 9 Pois sabeis que nenhuma ini-
so dá-las. quidade há neles e o que é a justo
3 Esforçastes-vos para crer que vem do alto, do Pai das b luzes.
receberíeis a bênção que vos fora 10 E também em verdade vos
oferecida; mas eis que em verda- digo que é vosso privilégio e uma
de vos digo que havia a temores promessa faço a vós que fostes or-
em vosso coração e, em verda- denados para este ministério que,
de, esta é a razão por que não a se vos despirdes de a invejas e b te-
recebestes. mores e vos c humilhardes perante
4 E agora eu, o Senhor, vos dou mim, pois não sois suficientemen-
um a testemunho da veracidade te humildes, o d véu será rompido
desses mandamentos que estão e e ver-me-eis e sabereis que eu
diante de vós. sou — não com a mente carnal
5 Vossos olhos têm estado sobre nem natural, mas com a espiritual.
meu servo Joseph Smith Júnior, 11 Pois em tempo algum, na car-
e sua a linguagem e suas imper- ne, o a homem viu Deus, a não ser
feições vós conheceis e em vosso vivificado pelo Espírito de Deus.
coração tendes procurado conhe- 12 Nem pode a homem natural al-
cimento para exprimir-vos em me- gum suportar a presença de Deus;
lhor linguagem do que ele; isto nem segundo a mente carnal.
também sabeis. 13 Não podeis suportar a presen-
6 Ora, no Livro de Mandamentos ça de Deus agora nem o ministério
procurai o menor deles e escolhei de anjos; portanto, continuai a pa-
o mais a sábio dentre vós; cientemente até que sejais b aper-
7 Ou, se houver entre vós alguém feiçoados.
que produza um semelhante, en- 14 Não volteis atrás em vossos
tão sereis justificados em dizer pensamentos; e quando fordes
que não sabeis se são verdadeiros; a 
dignos, em meu próprio e devi-
8 Mas se não conseguirdes pro- do tempo, vereis e sabereis aquilo
duzir um semelhante, estareis sob que vos foi conferido pelas mãos
condenação se não a testificardes de meu servo Joseph Smith Júnior.
serem eles verdadeiros. Amém.
3 a GEE Temor. 10 a GEE Ciúme. da Bíblia);
4 a GEE Testemunho; b GEE Temor. D&C 84:19–22;
Verdade. c GEE Humildade, Mois. 1:11, 14.
5 a D&C 1:24. Humilde, Humilhar. 12 a Mos. 3:19.
6 a 2 Né. 9:28–29, 42. d GEE Véu. GEE Homem Natural.
8 a GEE Testemunha. e D&C 88:68; 93:1; 97:16. 13 a Rom. 2:7.
9 a Morô. 7:15–18. 11 a TJS Êx. 33:20, 23 GEE Paciência.
b Tg. 1:17; (Apêndice da Bíblia); b Mt. 5:48;
D&C 50:24; 84:45; Jo. 1:18; 6:46; 3 Né. 12:48.
88:49. TJS 1 Jo. 4:12 (Apêndice 14 a GEE Dignidade, Digno.
141 Doutrina e Convênios 68:1–8

SEÇÃO 68
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 1º de novembro de 1831, em resposta à oração de que a men-
te do Senhor fosse manifestada com respeito a Orson Hyde, Luke S.
Johnson, Lyman E. Johnson e William E. McLellin. Embora parte
desta revelação tenha sido dirigida a esses quatro homens, muito do
conteúdo se refere a toda a Igreja. Esta revelação foi ampliada sob a
orientação de Joseph Smith, quando foi publicada na edição de 1835
de Doutrina e Convênios.
1–5, As palavras dos élderes, quando 3 E este é o padrão para eles: Que
movidos pelo Espírito Santo, são es- falem como forem movidos pelo
a 

critura; 6–12, Os élderes devem pre- Espírito Santo.


gar e batizar e sinais seguirão os que 4 E tudo que disserem, quan-
verdadeiramente crerem; 13–24, Os do movidos pelo a Espírito Santo,
primogênitos dentre os filhos de Aarão será escritura, será a vontade do
podem oficiar como Bispo Presidente Senhor, será a mente do Senhor,
(isto é, ter as chaves da presidência será a palavra do Senhor, será a
como bispo) sob a direção da Primei- voz do Senhor e o b poder de Deus
ra Presidência; 25–28, Ordena-se aos para a salvação.
pais que ensinem o evangelho aos fi- 5 Eis que esta é a promessa do
lhos; 29–35, Os santos devem guardar Senhor a vós, ó meus servos.
o dia do Senhor, trabalhar diligente- 6 Portanto, tende bom ânimo e
mente e orar. não a temais, porque eu, o Senhor,
estou convosco e ficarei ao vosso
Meu servo Orson Hyde foi cha- lado; e testificareis de mim, Jesus
mado por sua ordenação para Cristo, que eu sou o Filho do Deus
proclamar o evangelho eterno, vivo, que eu fui, que eu sou e que
pelo a Espírito do Deus vivo, de eu virei.
povo em povo e de terra em ter- 7 Esta é a palavra do Senhor a ti,
ra, nas congregações dos iníquos, meu servo a Orson Hyde, e tam-
em suas sinagogas, arrazoando bém a meu servo Luke Johnson e
com eles e expondo-lhes todas as a meu servo Lymam Johnson e a
escrituras. meu servo William E. McLellin e
2 E eis que este é um padrão para a todos os élderes fiéis de minha
todos os que foram ordenados a igreja:
este sacerdócio, cuja missão, como 8  a Ide por todo o mundo,
designada, é sair para pregar. b 
pregai o evangelho a toda
68 1 a GEE Espírito Santo. 4 a GEE Espírito Santo; 7 a GEE Hyde, Orson.
3 a 2 Ped. 1:21; Revelação. 8 a D&C 1:2; 63:37.
D&C 18:32; 42:16; b Rom. 1:16. b GEE Obra Missionária;
100:5. 6 a Isa. 41:10. Pregar.
Doutrina e Convênios 68:9–21 142
criatura, agindo pela autorida-
c  d 
17 Pois o primogênito tem di-
de que eu vos dei, e batizando em reito à presidência deste sacerdó-
nome do Pai e do Filho e do Es- cio e às a chaves ou autoridade do
pírito Santo. mesmo.
9 E a aquele que crer e for bati- 18 Nenhum homem tem direito
zado será b salvo; e quem não crer legal a este ofício, ou a possuir as
será c condenado. chaves deste sacerdócio, a menos
10 E aquele que crer será aben- que seja a descendente literal e o
çoado com a sinais que se seguem, primogênito de Aarão.
sim, como está escrito. 19 Mas como um a sumo sacer-
11 E a vós será dado conhecer os dote do Sacerdócio de Melquise-
a 
sinais dos tempos e os sinais da deque tem autoridade para oficiar
vinda do Filho do Homem; em todos os ofícios menores, ele
12 E a vós será dado o poder de pode oficiar no ofício de b bispo
a 
selar para a vida eterna todos quando não se achar um descen-
aqueles de quem o Pai testemu- dente literal de Aarão, desde que
nhar. Amém. seja chamado, designado e orde-
13 E agora, com respeito aos ou- nado a este poder, sob as mãos da
tros assuntos, fora os convênios e Primeira Presidência do Sacerdó-
mandamentos, são estes: cio de Melquisedeque.
14 Daqui em diante, no devido 20 E um descendente literal de
tempo do Senhor, outros a bispos Aarão também deve ser designado
serão designados na igreja, para por esta Presidência e ser digno e
ministrar como o primeiro; a 
ungido e b ordenado sob as mãos
15 Portanto, eles serão a sumos desta Presidência; caso contrário,
sacerdotes dignos e serão desig- não são legalmente autorizados
nados pela b Primeira Presidência para oficiar em seu sacerdócio.
do Sacerdócio de Melquisedeque, 21 Mas em virtude do decreto
exceto quando forem descenden- referente ao direito que eles têm
tes literais de c Aarão. ao sacerdócio, transmitido de pai
16 E se forem descendentes lite- para filho, poderão reivindicar
rais de a Aarão, têm direito legal ao sua unção, se em qualquer tem-
bispado, se forem o primogênito po puderem provar sua linhagem
dentre os filhos de Aarão; ou provarem-na por revelação do
c Mc. 16:15. 12 a D&C 1:8; 132:49. 17 a GEE Chaves do
d GEE Autoridade. GEE Selamento, Selar. Sacerdócio.
e GEE Batismo, Batizar. 14 a GEE Bispo. 18 a Êx. 40:12–15;
9 a Mc. 16:16; 15 a D&C 72:1. D&C 84:18; 107:13–16,
D&C 20:25. b GEE Primeira 70–76.
b GEE Salvação. Presidência. 19 a GEE Sumo Sacerdote.
c GEE Condenação, c GEE Aarão, Irmão de b GEE Bispo.
Condenar. Moisés. 20 a GEE Unção, Ungir.
10 a GEE Sinal. 16 a D&C 107:15–17. b GEE Ordenação,
11 a GEE Sinais dos GEE Sacerdócio Ordenar.
Tempos. Aarônico.
143 Doutrina e Convênios 68:22–34
Senhor, dada sob as mãos da Pre- de idade; e receberão a imposição
sidência acima mencionada. das mãos.
22 E também nenhum bispo ou 28 E também ensinarão seus fi-
sumo sacerdote que for designado lhos a a orar e a andar em retidão
para este ministério será julgado perante o Senhor.
ou condenado por qualquer cri- 29 E os habitantes de Sião tam-
me, a menos que seja diante da bém observarão o a dia do Senhor
a 
Primeira Presidência da igreja; para santificá-lo.
23 E se for considerado culpado 30 E os habitantes de Sião, se
diante desta Presidência e por tes- forem designados para trabalhar,
temunho que não possa ser refu- também se lembrarão de fazer
tado, ele será condenado; suas tarefas com toda fidelidade,
24 E caso se arrependa, será a per- pois o ocioso será lembrado pe-
doado de acordo com os convê- rante o Senhor.
nios e mandamentos da igreja. 31 Agora eu, o Senhor, não es-
25 E também, se em Sião ou em tou satisfeito com os habitantes
qualquer de suas a estacas orga- de Sião, porque há a ociosos entre
nizadas houver b pais que, tendo eles; e seus filhos também estão
filhos, não os c ensinarem a com- crescendo em b iniquidade; tam-
preender a doutrina do arrependi- bém não c buscam sinceramente
mento, da fé em Cristo, o Filho do as riquezas da eternidade, mas
Deus vivo, e do batismo e do dom seus olhos estão cheios de cobiça.
do Espírito Santo pela imposição 32 Estas coisas não deveriam
das mãos, quando tiverem d oito existir e precisam ser eliminadas
anos, sobre a cabeça dos pais seja de seu meio; portanto, que meu
o e pecado. servo Oliver Cowdery leve estas
26 Pois isto será uma lei para os palavras à terra de Sião.
habitantes de a Sião ou em qual- 33 E dou-lhes um mandamento:
quer de suas estacas que estejam Quem não oferecer suas a orações
organizadas. perante o Senhor no momento de-
27 E seus filhos serão a batiza- vido, que seja b lembrado perante
dos para a b remissão de seus pe- o juiz de meu povo.
cados quando tiverem c oito anos 34 Verdadeiras e fiéis são estas
22 a GEE Primeira 26 a GEE Sião. 31 a GEE Ociosidade,
Presidência. 27 a GEE Batismo, Batizar. Ocioso.
24 a GEE Perdoar. b GEE Remissão de b GEE Iniquidade,
25 a GEE Família — Pecados. Iníquo.
Responsabilidade dos c GEE Prestar Contas, c D&C 6:7.
pais. Responsabilidade, 33 a GEE Oração.
b GEE Estaca. Responsável. b GEE Castigar, Castigo,
c GEE Ensinar, Mestre. 28 a GEE Oração. Corrigir, Repreender;
d D&C 18:42; 20:71. 29 a D&C 59:9–12. Julgar.
e Jacó 1:19; GEE Dia do Sábado
D&C 29:46–48. (Dia de Descanso).
Doutrina e Convênios 68:35–69:8 144
palavras; portanto, não as trans-
a 
35 Eis que eu sou o Alfa e o a 

gredireis nem as b diminuireis. Ômega e depressa b venho. Amém.

SEÇÃO 69
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 11 de novembro de 1831. A compilação de revelações desti-
nadas a uma pronta publicação havia sido aprovada durante a confe-
rência especial de 1º e 2 de novembro. Em 3 de novembro, acrescentou-
se a revelação que aqui aparece como seção 133, mais tarde chamada
de Apêndice. Oliver Cowdery havia sido previamente designado para
levar o manuscrito das revelações e mandamentos compilados a Inde-
pendence, Missouri, a fim de ser impresso. Ele também deveria levar
consigo o dinheiro das contribuições feitas para a edificação da Igreja
em Missouri. Esta revelação instrui John Whitmer a acompanhar Oli-
ver Cowdery e também orienta Whitmer a viajar e a coletar material
histórico, em seu chamado como historiador e registrador da Igreja.
1–2, John Whitmer deve acompanhar observar e souber referentes à
Oliver Cowdery ao Missouri; 3–8, minha igreja;
Ele também deve pregar e compilar, 4 E também que receba a conse-
registrar e escrever informações his- lhos e auxílio de meu servo Oliver
tóricas. Cowdery e outros.
5 E também meus servos que
Escutai-me, diz o Senhor vosso estão no exterior deverão enviar
Deus, para o bem de meu servo os relatórios de suas a mordomias
a 
Oliver Cowdery. Não é prudente à terra de Sião;
que lhe sejam confiados os manda- 6 Pois a terra de Sião será um
mentos e o dinheiro que ele levará centro e um lugar para receber e
para a terra de Sião, a não ser que fazer todas estas coisas.
vá com ele alguém que seja ver- 7 Contudo, que meu servo John
dadeiro e fiel. Whitmer viaje muitas vezes de lu-
2 Portanto, eu, o Senhor, desejo gar em lugar, de igreja em igreja,
que meu servo a John Whitmer vá para que, mais facilmente, obtenha
com meu servo Oliver Cowdery; conhecimento —
3 E também que continue a es- 8 Pregando e expondo, escre-
crever, e a registar a a história de vendo, copiando, selecionando e
todas as coisas importantes que obtendo todas as coisas que serão
34 a Apoc. 22:6. 69 1 a GEE Cowdery, Oliver. Conselho.
b D&C 20:35; 93:24–25. 2 a GEE Whitmer, John. 5 a GEE Mordomia,
35 a GEE Alfa e Ômega. 3 a D&C 47:1–3; 85:1. Mordomo.
b D&C 1:12. 4 a GEE Aconselhar,
145 Doutrina e Convênios 70:1–7
para o bem da igreja e para as ge- geração em geração, para todo o
rações vindouras que crescerão na sempre. Amém.
terra de a Sião, para possuí-la de

SEÇÃO 70
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, no dia 12 de novembro de 1831. A história do Pro-
feta afirma que foram realizadas quatro conferências especiais, do
dia 1º ao dia 12 de novembro. Na última dessas assembleias, consi-
derou-se a grande importância das revelações que mais tarde seriam
publicadas como Book of Commandments (Livro de Mandamentos) e
posteriormente como Doutrina e Convênios. Esta revelação foi dada
após a conferência ter votado que as revelações eram “valiosas para a
Igreja como as riquezas de toda a Terra.” A história de Joseph Smith
refere-se às revelações como “o alicerce da Igreja nestes últimos dias
e um benefício para o mundo, mostrando que as chaves dos mistérios
do reino de nosso Salvador foram novamente confiadas ao homem.”
1–5, São designados mordomos para mandamento; portanto, escutai e
publicarem as revelações; 6–13, Os ouvi, pois assim lhes diz o Senhor:
que trabalham em coisas espirituais 3 Eu, o Senhor, indiquei-os e or-
são dignos de seu salário; 14–18, Os denei-os para serem os a mordo-
santos devem ser iguais nas coisas mos responsáveis pelas revelações
materiais. e mandamentos que lhes dei e que
lhes darei mais adiante;
Vede e escutai, ó habitantes de 4 E um relatório dessa mordomia
Sião, e todos vós, povo de minha deles exigirei no dia do juízo.
igreja, que estais longe, e ouvi a 5 Portanto, designei-os, e este é o
palavra do Senhor, que dou a meu seu ofício na igreja de Deus, para
servo Joseph Smith Júnior; e tam- administrar essas coisas e o que a
bém a meu servo Martin Harris e elas se refere, sim, os seus ganhos.
também a meu servo Oliver Cow- 6 Portanto, dou-lhes o manda-
dery e também a meu servo John mento de não transmitirem estas
Whitmer e também a meu servo coisas à igreja nem ao mundo;
Sidney Rigdon e também a meu 7 Contudo, se receberem mais
servo William W. Phelps, como que o necessário para suas neces-
mandamento. sidades e carências, entregarão ao
2  Porque lhes dou um meu a armazém;
8 a GEE Sião. D&C 72:20.
70 3 a 1 Cor. 4:1; 7 a D&C 72:9–10.
Doutrina e Convênios 70:8–18 146
8 E os ganhos serão consagrados 14 Contudo, nas coisas materiais
aos habitantes de Sião e às suas sereis a iguais e disto não reclama-
gerações, caso se tornem a herdei- reis; caso contrário, será retida a
ros de acordo com as leis do reino. profusão das manifestações do
9 Eis que isto é o que o Senhor Espírito.
requer de todo homem em sua 15 Agora, dou este a mandamento
a 
mordomia, segundo o que eu, o a meus servos para seu benefício
Senhor, designei ou designarei no enquanto permanecerem, como
futuro a qualquer homem. manifestação de minhas bênçãos
10 E eis que ninguém que per- sobre sua cabeça e como recom-
tence à igreja do Deus vivo está pensa por sua b diligência e para
isento desta lei; sua segurança;
11 Sim, nem o bispo nem o a agen- 16 Para alimento e para a vesti-
te que guarda o armazém do Se- menta; para herança; para mora-
nhor nem aquele a quem for de- dias e para terras, em quaisquer
signada uma mordomia de coisas circunstâncias em que eu, o Se-
materiais. nhor, os colocar, e aonde quer que
12 Aquele que for designado eu, o Senhor, os enviar.
para administrar as coisas espiri- 17 Pois eles foram fiéis sobre
tuais é a digno de seu salário, assim a 
muitas coisas e agiram bem, uma
como o são aqueles a quem forem vez que não pecaram.
dadas mordomias para adminis- 18 Eis que eu, o Senhor, sou a mi-
trar as coisas materiais; sericordioso e abençoá-los-ei; e
13 Sim, mais profusamente, pro- eles entrarão no gozo destas coi-
fusão essa que lhes é multiplicada sas. Assim seja. Amém.
por meio das manifestações do
Espírito.

SEÇÃO 71
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hi-
ram, Ohio, em 1º de dezembro de 1831. O Profeta continuara a tra-
duzir a Bíblia, tendo Sidney Rigdon por escriba, até receberem esta
revelação, quando a tradução foi temporariamente interrompida para
poderem cumprir as instruções dadas aqui. Os irmãos deveriam sair
para pregar, a fim de abrandar a hostilidade surgida contra a Igreja, em
consequência de cartas escritas por Ezra Booth, que havia apostatado.
8 a D&C 38:20. 14 a D&C 49:20. 16 a D&C 59:16–20.
9 a GEE Mordomia, GEE Consagrar, Lei da 17 a Mt. 25:21–23.
Mordomo. Consagração. 18 a GEE Misericórdia,
11 a D&C 57:6. 15 a Deut. 10:12–13. Misericordioso.
12 a Lc. 10:7. b GEE Diligência.
147 Doutrina e Convênios 71:1–11
1–4, Joseph Smith e Sidney Rigdon caminho para os mandamentos e
são enviados para pregar o evangelho; revelações que hão de vir.
5–11, Os inimigos dos santos serão 5 Ora, eis que isto é sabedoria;
confundidos. aquele que ler, que a compreenda
e também b receba;
Eis que assim vos diz o Senhor, 6 Pois ao que recebe será dado
meus servos Joseph Smith Júnior mais a abundantemente, sim, po-
e a Sidney Rigdon, que em verdade der.
é chegada a hora em que me é ne- 7 Portanto, a confundi vossos ini-
cessário e conveniente que abrais a migos; convidai-os para b debater
boca para b proclamar meu evange- convosco, tanto em público como
lho e as coisas do reino, expondo em particular; e, se fordes fiéis, a
seus c mistérios pelas escrituras, vergonha deles será manifestada.
conforme a porção do Espírito e 8 Portanto, que exponham eles
do poder que vos será dada, sim, seus fortes argumentos contra o
segundo a minha vontade. Senhor.
2 Em verdade vos digo: Pregai 9 Em verdade, assim vos diz o
por algum tempo ao mundo, nas Senhor: a Arma alguma que se for-
regiões circunvizinhas e também me contra vós prosperará;
na igreja, até que vos seja indi- 10 E se contra vós algum homem
cado. erguer a voz, em meu próprio e
3 Em verdade esta é uma missão devido tempo será confundido.
temporária que vos dou. 11 Portanto, guardai os meus
4  Portanto, trabalhai na mi- mandamentos; eles são verdadei-
nha vinha. Chamai os habitantes ros e fiéis. Assim seja. Amém.
da Terra e testificai e preparai o

SEÇÃO 72
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 4 de dezembro de 1831. Vários élderes e membros
reuniram-se para aprender os seus deveres e ser mais edificados nos
ensinamentos da Igreja. Esta seção é uma compilação de três revelações
recebidas no mesmo dia. Os versículos 1 a 8 informam do chamado
de Newel K. Whitney como bispo. Ele foi chamado e ordenado nessa
ocasião, após o que os versículos 9 a 23 foram recebidos, fornecendo
71 1 a GEE Rigdon, Sidney. Entendimento. b D&C 63:37; 68:8–9.
b GEE Obra Missionária. b Al. 12:9–11. 9 a Isa. 54:17.
c D&C 42:61, 65. 6 a Mt. 13:12.
5 a GEE Compreensão, 7 a Mois. 7:13–17.
Doutrina e Convênios 72:1–14 148
mais informações quanto às responsabilidades de um bispo. Depois
disso, os versículos 24 a 26 foram dados, fornecendo instruções com
respeito à coligação em Sião.
1–8, Os élderes devem prestar con- para serem entregues ao bispo
tas de sua mordomia ao bispo; 9–15, de Sião.
O bispo mantém o armazém e cuida 7 E conhecer-se-á o dever do a bis-
dos pobres e necessitados; 16–26, Os po pelos mandamentos que foram
bispos devem fornecer certificados da dados e pela voz da conferência.
dignidade dos élderes. 8 E agora, em verdade vos digo:
Meu servo a Newel K. Whitney é o
Escutai e dai ouvidos à voz do homem que será designado e orde-
Senhor, ó vós que vos reunistes, nado para esse poder. Esta é a von-
que sois os a sumos sacerdotes de tade do Senhor vosso Deus, vosso
minha igreja, a quem foram dados Redentor. Assim seja. Amém.
o b reino e o poder. 9 A palavra do Senhor, como
2 Pois em verdade assim diz o acréscimo à lei dada, revelando o
Senhor: É-me conveniente que se dever do bispo que foi ordenado
designe, para vós ou dentre vós, para a igreja nesta parte da vinha,
um a bispo para a igreja desta parte que em verdade é esta —
da vinha do Senhor. 10 Manter o a armazém do Se-
3 E em verdade nisto procedestes nhor; receber os fundos da igreja
sabiamente, pois o Senhor requer nesta parte da vinha;
que todo a mordomo preste b con- 11 Receber o relatório dos élderes
tas de sua c mordomia, tanto nesta como antes foi mandado, e a prover
vida como na eternidade. às suas necessidades; eles pagarão
4 Pois o que nesta vida for fiel e o que receberem, se tiverem com
a 
prudente será considerado digno o que pagar;
de herdar as b mansões preparadas 12 Para que isto também seja
para ele por meu Pai. consagrado para o bem da igreja,
5 Em verdade vos digo: Os élde- para os pobres e necessitados.
res de minha igreja nesta parte de 13 E aquele que a não puder pa-
minha a vinha prestarão contas de gar apresentará uma conta ao bis-
sua mordomia ao bispo que por po de Sião, que pagará a dívida
mim será designado nesta parte com aquilo que o Senhor lhe puser
de minha vinha. nas mãos.
6 Registrar-se-ão estas coisas 14  E as obras dos fiéis que
72 1 a D&C 68:14–19. b D&C 42:32; 104:11–13. 58:17–18; 107:87–88.
b GEE Reino de Deus ou c Lc. 19:11–27. 8 a GEE Whitney, Newel K.
Reino dos Céus. 4 a Mt. 24:45–47. 10 a D&C 70:7–11; 78:3.
2 a GEE Bispo. b D&C 59:2. GEE Armazém.
3 a GEE Mordomia, 5 a GEE Vinha do Senhor. 11 a D&C 75:24.
Mordomo. 7 a D&C 42:31; 46:27; 13 a GEE Pobres.
149 Doutrina e Convênios 72:15–26
trabalham em coisas espirituais, designados como mordomos dos
na administração do evangelho e a 
assuntos literários de minha igre-
das coisas do reino na igreja e no ja tenham o direito de, em todas
mundo, responderão pela dívida as coisas, pedir a assistência do
junto ao bispo de Sião; bispo ou bispos —
15 Assim o pagamento sairá da 21 Para que as a revelações sejam
igreja, pois, de acordo com a a lei, publicadas e cheguem aos confins
o homem que vem para Sião deve da Terra; para que também obte-
depositar todas as coisas junto ao nham fundos que beneficiem a
bispo de Sião. igreja em todas as coisas;
16 E agora, em verdade vos digo 22 Para que também sejam apro-
que, como todo élder desta parte vados em todas as coisas e sejam
da vinha deve dar contas de sua considerados mordomos pruden-
mordomia ao bispo desta parte tes.
da vinha — 23 E agora, eis que isto será um
17 Um a certificado do juiz ou exemplo para todos os ramos da
bispo desta parte da vinha ao bis- minha igreja, em qualquer terra
po de Sião torna aceitável todo que forem estabelecidos. E agora
homem e satisfaz todas as coisas, termino minhas palavras. Amém.
para que ele receba uma heran- 24 Algumas palavras acrescen-
ça e para que seja recebido como tadas às leis do reino, concernen-
b 
mordomo prudente e como tra- tes aos membros da igreja — os
balhador fiel; que forem a designados pelo Santo
18 Caso contrário, não será aceito Espírito para subirem a Sião e os
pelo bispo de Sião. que tiverem o privilégio de subir
19 E agora, em verdade vos digo a Sião:
que todo élder que prestar con- 25 Que levem ao bispo um certi-
tas ao bispo da igreja nesta parte ficado de três élderes da igreja ou
da vinha seja recomendado pela um certificado do bispo;
igreja ou igrejas em que trabalhar, 26 Caso contrário, o que subir à
para que ele e seus relatórios se- terra de Sião não será considerado
jam aprovados em todas as coisas. mordomo prudente. Isto também
20 E também que meus servos é um exemplo. Amém.

SEÇÃO 73
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Hiram, Ohio, em 10 de janeiro de 1832. O Profeta e Sidney vinham
15 a D&C 42:30–31. b D&C 42:32. 24 a GEE Chamado,
GEE Consagrar, Lei da 20 a D&C 70:3–5. Chamado por Deus,
Consagração. 21 a GEE Doutrina e Chamar.
17 a D&C 20:64, 84. Convênios.
Doutrina e Convênios 73:1–74:2 150
pregando desde o começo de dezembro do ano anterior, e isso muito
contribuiu para diminuir a hostilidade surgida contra a Igreja. (Ver
o cabeçalho da seção 71.)
1–2, Os élderes devem continuar a vos digo, meus servos Joseph
pregar; 3–6, Joseph Smith e Sidney Smith Júnior e Sidney Rigdon,
Rigdon devem continuar a traduzir que é a preciso b traduzir outra vez;
a Bíblia até que seja terminada. 4 E, se for prático, pregar nas
regiões circunvizinhas até a con-
Pois em verdade assim diz o Se- ferência; e, depois disso, é preciso
nhor: É-me conveniente que a eles continuar o trabalho da tradução
continuem pregando o evangelho até que esteja terminado.
e exortando as igrejas das regiões 5 E que isto sirva de modelo para
circunvizinhas até a conferência; os élderes, até que se receba mais
2 E então, eis que lhes serão in- conhecimento, como está escrito.
dicadas pela a voz da conferência 6 Agora não vos dou mais nesta
suas diversas missões. ocasião. a Cingi vossos lombos e
3 Ora, diz o Senhor: Em verdade sede sóbrios. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 74
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, no Condado de Wayne,
Nova York, em 1830. Mesmo antes da organização da Igreja, haviam
surgido perguntas a respeito do modo correto de batizar, o que levou
o Profeta a buscar respostas sobre o assunto. A história de Joseph
Smith registra que esta revelação é uma explicação de 1 Coríntios
7:14, uma escritura que era frequentemente usada para justificar o
batismo de criancinhas.
1–5, Paulo aconselha a Igreja de sua descrente é santificada pelo ma-
época a não guardar a lei de Moisés; rido; de outra sorte, os seus filhos
6–7, As criancinhas são santas e san- seriam imundos; mas agora são
tificadas por meio da Expiação. santos.
2 Ora, nos dias dos apóstolos,
Pois o marido a descrente é san- observava-se a lei da circuncisão
tificado pela mulher, e a mulher entre todos os judeus que não
73 1 a IE os outros que ordem, anteriormente, b D&C 45:60–61; 76:15.
estavam em missão; de interromper a GEE Tradução de
ver D&C 57–68. tradução da Bíblia Joseph Smith (TJS).
2 a D&C 20:63. para pregar o 6 a 1 Ped. 1:13.
3 a IE Joseph e Sidney evangelho. 74 1 a 1 Cor. 7:14–19.
haviam recebido D&C 71:2.
151 Doutrina e Convênios 74:3–75:2
acreditavam no evangelho de Je- 5  Portanto, por esta razão, o
sus Cristo. apóstolo escreveu à igreja, dan-
3 E aconteceu que surgiu uma do-lhes um mandamento, não do
grande a contenda entre o povo, Senhor, mas de si mesmo, de que
concernente à lei da b circunci- um crente não devia a unir-se a um
são, porque o marido descrente descrente; a não ser que se abolisse
se achava desejoso de que seus entre eles a b lei de Moisés,
filhos fossem circuncidados e se 6 Para que seus filhos não fossem
tornassem sujeitos à c lei de Moisés, circuncidados; e que se abolisse a
lei essa que fora cumprida. tradição que dizia serem as crian-
4 E aconteceu que os filhos, ten- cinhas imundas; pois assim era
do sido criados na sujeição à lei entre os judeus;
de Moisés, deram ouvidos às a tra- 7 Mas as a criancinhas são b san-
dições de seus pais e não acredi- tas, sendo c santificadas por meio
taram no evangelho de Cristo; e da d expiação de Jesus Cristo; e é
nisso tornaram-se impuros. isto que as escrituras significam.

SEÇÃO 75
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Amherst, Ohio, em 25 de janeiro de 1832. Esta seção inclui duas
revelações separadas (a primeira nos versículos 1 a 22 e a segunda
nos versículos 23 a 36), dadas no mesmo dia. A ocasião era uma con-
ferência na qual Joseph Smith foi apoiado e ordenado Presidente do
Sumo Sacerdócio. Alguns élderes desejavam saber mais a respeito de
seus deveres imediatos. Seguiram-se estas revelações.
1–5, Os élderes fiéis que pregam o Em verdade, em verdade vos digo,
evangelho ganharão a vida eterna; eu que falo pela a voz de meu Espí-
6–12, Orai para receberdes o Consola- rito, sim, o b Alfa e o Ômega, vosso
dor, que ensina todas as coisas; 13–22, Senhor e vosso Deus:
Os élderes julgarão os que rejeitarem 2 Escutai, ó vós que destes vos-
sua mensagem; 23–36, As famílias sos nomes para sair proclamando
dos missionários devem receber aju- meu evangelho e para a podar a
da da Igreja. minha b vinha.
3 a At. 15:1–35; religiões diferentes. d GEE Expiação, Expiar.
Gál. 2:1–5. b 2 Né. 25:24–27. 75 1 a GEE Revelação.
b GEE Circuncisão. 7 a Morô. 8:8–15; b Apoc. 1:8.
c GEE Lei de Moisés. D&C 29:46–47; 137:10. GEE Alfa e Ômega.
4 a GEE Tradições. b GEE Santo (adjetivo). 2 a Jacó 5:62.
5 a GEE Casamento, c GEE Salvação — b GEE Vinha do Senhor.
Casar — Casamento Salvação das
entre pessoas de criancinhas.
Doutrina e Convênios 75:3–20 152
3 Eis que eu vos digo ser a minha Senhor vosso Deus concernente
vontade irdes sem demora e não a vós. Assim seja. Amém.
serdes a ociosos, mas trabalhardes 13 E também, em verdade assim
com toda a força — diz o Senhor: Que meu servo a Or-
4 Levantando vossas vozes como son Hyde e meu servo b Samuel H.
que com o som de uma trombeta, Smith viajem para as regiões do
a 
proclamando a b verdade confor- leste e proclamem as coisas que
me as revelações e mandamentos lhes ordenei; e se forem fiéis, eis
que vos dei. que estarei c com eles até o fim.
5 E assim, se fordes fiéis, sereis 14 E também, em verdade eu
carregados com muitos a molhos e digo a meu servo Lyman Johnson
b 
coroados com c honra e d glória e e a meu servo a Orson Pratt que
e 
imortalidade e f vida eterna. deverão viajar para as regiões do
6 Portanto, em verdade eu digo leste; e eis que também estarei com
a meu servo William E. McLellin eles até o fim.
que a revogo o encargo que lhe dei 15 E também digo a meu servo
de ir às regiões do leste; Asa Dodds e a meu servo Calves
7 E dou-lhe um novo encargo e Wilson, que deverão viajar para as
um novo mandamento, no qual regiões do oeste e proclamar meu
eu, o Senhor, o a castigo pelas evangelho, como lhes ordenei.
b 
murmurações de seu coração; 16 E aquele que for fiel vencerá
8 E ele pecou; contudo, eu o per- todas as coisas e será a elevado no
doo e digo-lhe também: Vai às re- último dia.
giões do sul. 17 E também, digo a meu servo
9 E que meu servo Luke Johnson Major N. Ashley e a meu servo
vá com ele e proclamem as coisas Burr Riggs que também viajem
que lhes ordenei — para as regiões do sul.
10 Invocando o nome do Senhor 18 Sim, que todos esses viajem,
pelo a Consolador, que lhes ensina- como lhes ordenei, indo de casa
rá todas as coisas que lhes forem em casa, de povoado em povoado
convenientes — e de cidade em cidade.
11 a Orando sempre para não des- 19 E em qualquer casa que en-
falecerem; e se assim fizerem, es- trardes e fordes recebidos, deixai
tarei com eles até o fim. nessa casa vossa bênção.
12 Eis que esta é a vontade do 20 E de qualquer casa em que
3 a GEE Ociosidade, e GEE Imortal, GEE Consolador.
Ocioso. Imortalidade. 11 a 2 Né. 32:9.
4 a GEE Obra Missionária. f GEE Vida eterna. 13 a GEE Hyde, Orson.
b D&C 19:37. 6 a D&C 66. b GEE Smith, Samuel H.
5 a Salm. 126:6; 7 a GEE Castigar, Castigo, c Mt. 28:19–20.
Al. 26:5. Corrigir, Repreender. 14 a GEE Pratt, Orson.
b GEE Coroa. b GEE Murmurar; 16 a D&C 5:35.
c GEE Honra, Honrar. Pensamentos.
d GEE Glória. 10 a Jo. 14:26.
153 Doutrina e Convênios 75:21–36
entrardes e não fordes recebidos, 27 Que peçam, e receberão; ba-
saireis rapidamente e a sacudireis tam, e ser-lhes-á aberto; e ser-
o pó de vossos pés, como testemu- lhes-á dado a conhecer do alto,
nho contra eles. pelo a Consolador, aonde deve-
21 E encher-vos-eis de a regozijo rão ir.
e de alegria; e sabei que no dia do 28 E também, em verdade vos
julgamento sereis b juízes daquela digo que todo homem que for
casa e condená-la-eis; obrigado a a manter sua própria
22 E será mais tolerável para o b 
família, que a mantenha; e de
pagão, no dia do juízo, do que modo algum perderá sua coroa;
para aquela casa; portanto, a cingi e que trabalhe na igreja.
os vossos lombos e sede fiéis; e 29 Que todo homem seja a dili-
vencereis todas as coisas, e sereis gente em todas as coisas. E o b ocio-
elevados no último dia. Assim so não terá lugar na igreja, a não
seja. Amém. ser que se arrependa e melhore o
23 E também assim vos diz o Se- seu proceder.
nhor, ó élderes da minha igreja, 30 Portanto, que meu servo Si-
que destes vossos nomes a fim de meon Carter e meu servo Emer
conhecerdes a sua vontade concer- Harris sejam unidos no ministério;
nente a vós — 31 E também meu servo Ezra
24 Eis que vos digo que é de- Thayre e meu servo a Thomas B.
ver da igreja ajudar a sustentar, e Marsh;
também sustentar, as famílias dos 32 Também meu servo Hyrum
que são chamados e precisam ser Smith e meu servo Reynolds Ca-
enviados pelo mundo para procla- hoon;
mar o evangelho ao mundo. 33 E também meu servo Daniel
25 Portanto, eu, o Senhor, vos Stanton e meu servo Seymour
dou este mandamento: Obtende Brunson;
lugar para vossa família, visto que 34 E também meu servo Sylves-
os vossos irmãos estão dispostos ter Smith e meu servo Gideon Car-
a abrir o coração. ter;
26 E todos os que puderem obter 35 E também meu servo Ruggles
lugares para sua família e auxílio Eames e meu servo Stephen Bur-
da igreja para ela, que não deixem nett;
de ir pelo mundo, seja para o leste 36 E também meu servo Micah B.
ou para o oeste, para o norte ou Welton e também meu servo Eden
para o sul. Smith. Assim seja. Amém.
20 a Mt. 10:14; D&C 27:15–18. b GEE Família.
Lc. 10:11–12; 27 a 2 Né. 32:5; 29 a GEE Diligência.
D&C 24:15; 60:15. D&C 8:2. b GEE Ociosidade,
21 a Mt. 5:11–12. GEE Espírito Santo. Ocioso.
b GEE Julgar. 28 a 1 Tim. 5:8; 31 a GEE Marsh, Thomas B.
22 a Ef. 6:14; D&C 83:2.
Doutrina e Convênios 76:1–5 154

SEÇÃO 76
Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram,
Ohio, em 16 de fevereiro de 1832. Prefaciando o registro desta visão,
a história de Joseph Smith afirma: “Ao retornar da conferência de
Amherst, retomei a tradução das escrituras. De várias revelações que
haviam sido recebidas, ficou evidente que muitos pontos importan-
tes relativos à salvação do homem haviam sido retirados da Bíblia,
ou perdidos antes de sua compilação. Parecia evidente, pelas verda-
des que restaram, que se Deus recompensa cada um de acordo com
as obras realizadas na carne, o termo ‘Céu’, significando a morada
eterna dos santos, deve incluir mais do que um reino. Assim, (. . .)
enquanto traduzíamos o Evangelho de João, eu e o Élder Rigdon ti-
vemos a seguinte visão.” Ao mesmo tempo em que esta visão foi re-
cebida, o Profeta estava traduzindo João 5:29.
1–4, O Senhor é Deus; 5–10, Os mis- Ouvi, ó céus, e dai ouvidos, ó
a 

térios do reino serão revelados a todos Terra, e regozijai-vos, vós, seus


os fiéis; 11–17, Todos ressurgirão na habitantes, pois o Senhor é b Deus
ressurreição dos justos ou dos injus- e além dele c não há d Salvador al-
tos; 18–24, Os habitantes de muitos gum.
mundos são filhos e filhas gerados para 2 a Grande é sua sabedoria, b ma-
Deus por meio da Expiação de Jesus ravilhosos são seus caminhos e a
Cristo; 25–29, Um anjo de Deus caiu extensão de suas obras ninguém
e tornou-se o diabo; 30–49, Os filhos pode descobrir.
de perdição sofrem condenação eterna; 3 Seus a propósitos não falham,
todos os outros obtêm algum grau de nem há quem seja capaz de reter
salvação; 50–70, Descrevem-se a gló- a sua mão.
ria e a recompensa de seres exaltados 4 De eternidade em eternidade
no reino celestial; 71–80, Descrevem- ele é o a mesmo e seus anos nunca
se os que herdarão o reino terrestre; se b acabam.
81–113, Explica-se a condição dos que 5 Pois assim diz o Senhor: Eu,
estiverem nas glórias telestial, terres- o Senhor, sou a misericordioso e
tre e celestial; 114–119, Os fiéis podem benigno para com aqueles que
ver e compreender os mistérios do reino me b temem e deleito-me em
de Deus pelo poder do Santo Espírito. honrar aqueles que me c servem
76 1 a Isa. 1:2. b Apoc. 15:3. 5 a Êx. 34:6; Salm. 103:8.
b Jer. 10:10. 3 a 1 Re. 8:56; GEE Misericórdia,
GEE Trindade — Deus, D&C 1:38; 64:31. Misericordioso.
o Filho. 4 a Heb. 13:8; b Deut. 6:13;
c Isa. 43:11; Ose. 13:4. D&C 35:1; 38:1–4; Jos. 4:23–24.
d GEE Salvador. 39:1–3. GEE Reverência;
2 a 2 Né. 2:24; b Salm. 102:25–27; Temor.
D&C 38:1–3. Heb. 1:12. c D&C 4:2.
155 Doutrina e Convênios 76:6–17
em retidão e em verdade até fevereiro do ano de mil oitocentos
o fim. e trinta e dois de nosso Senhor —
6 Grande será sua recompensa e 12 Pelo poder do a Espírito abri-
eterna sua a glória. ram-se nossos b olhos e iluminou-
7 E a eles a revelarei todos os se nosso entendimento, de modo
b 
mistérios, sim, todos os misté- a vermos e compreendermos as
rios ocultos de meu reino desde coisas de Deus —
a antiguidade; e por eras futuras, 13 Até as coisas que existiram
dar-lhes-ei a conhecer a boa dis- desde o princípio, antes de o mun-
posição da minha vontade concer- do existir, as quais foram ordena-
nente a todas as coisas relativas ao das pelo Pai, por meio de seu Filho
meu reino. Unigênito, que estava no seio do
8 Sim, até as maravilhas da eter- Pai desde o a princípio;
nidade conhecerão e coisas futu- 14 De quem testemunhamos; e
ras mostrar-lhes-ei, sim, coisas de o testemunho que prestamos é a
muitas gerações. plenitude do evangelho de Jesus
9 E sua a sabedoria será grande Cristo, que é o Filho, o qual vimos
e seu b entendimento alcançará os e com quem a conversamos na b vi-
céus; e diante deles a sabedoria são celestial.
dos sábios c perecerá e o entendi- 15 Pois enquanto trabalháva-
mento dos prudentes se desva- mos na a tradução que o Senhor
necerá. nos designara, chegamos ao vi-
10 Porque pelo meu a Espírito gésimo nono versículo do quinto
os b iluminarei, e pelo meu c po- capítulo de João, que nos foi dado
der dar-lhes-ei a conhecer os como segue:
segredos da minha vontade — 16 Falando da ressurreição dos
sim, até as coisas que o d olho mortos, com referência aos que
não viu, nem o ouvido ouviu, e a 
ouvirão a voz do b Filho do Ho-
ainda não entraram no coração mem:
do homem. 17 E ressurgirão; os que fizeram
11 Nós, Joseph Smith Júnior e o a bem, na b ressurreição dos c jus-
Sid­ney Rigdon, estando a no Es- tos, e os que fizeram o mal, na
pírito, no décimo sexto dia de ressurreição dos injustos.
6 a GEE Glória Celestial. Testemunho. 14 a D&C 109:57.
7 a D&C 42:61; 59:4; 98:12; c GEE Poder. b GEE Visão.
121:26–33. d Isa. 64:4; 15 a GEE Tradução de
b GEE Mistérios de Deus. 1 Cor. 2:9; Joseph Smith (TJS).
9 a GEE Sabedoria. 3 Né. 17:15–17; 16 a Jo. 5:28.
b GEE Compreensão, D&C 76:114–116. b GEE Filho do Homem.
Entendimento. 11 a Apoc. 1:10. 17 a GEE Obras.
c Isa. 29:14; 12 a GEE Transfiguração. b GEE Ressurreição.
2 Né. 9:28–29. b D&C 110:1; 137:1; c At. 24:15.
10 a Morô. 10:5. 138:11, 29.
b GEE Revelação; 13 a Mois. 4:2.
Doutrina e Convênios 76:18–32 156
18 Ora, isso nos maravilhou, pois o Filho Unigênito, a quem o Pai
foi-nos dado pelo Espírito. amava e que estava no seio do Pai,
19 E enquanto a meditávamos foi expulso da presença de Deus
sobre essas coisas, o Senhor tocou e do Filho,
os olhos do nosso entendimento e 26 E foi chamado Perdição, por-
eles se abriram; e a glória do Se- que os céus prantearam por ele —
nhor cercou-nos de resplendor. ele era a Lúcifer, um filho da ma-
20 E contemplamos a a glória do nhã.
Filho, à b direita do c Pai, e recebe- 27 E olhamos, e eis que ele a caiu!
mos de sua plenitude; Caiu, ele, um filho da manhã!
21 E vimos os santos a anjos e os 28 E enquanto ainda estávamos
que são b santificados diante de no Espírito, o Senhor ordenou-
seu trono, adorando a Deus e ao nos que escrevêssemos a visão;
Cordeiro, a quem c adoram para pois vimos Satanás, aquela antiga
todo o sempre. a 
serpente, sim, o b diabo, que se
22 E agora, depois dos muitos c 
rebelou contra Deus e procurou
testemunhos que se prestaram tomar o reino de nosso Deus e seu
dele, este é o a testemunho, último Cristo —
de todos, que nós damos dele: Que 29 Portanto, ele faz a guerra con-
ele b vive! tra os santos de Deus e cerca-os.
23 Porque o a vimos, sim, à di- 30 E tivemos uma visão dos so-
reita de b Deus; e ouvimos a voz frimentos daqueles a quem fez
testificando que ele é o c Unigênito guerra e subjugou, pois assim nos
do Pai — veio a voz do Senhor:
24 Que por a ele e por meio dele e 31 Assim diz o Senhor concer-
dele os b mundos são e foram cria- nente a todos os que conhecem
dos; e seus habitantes são c filhos e o meu poder e dele foram feitos
filhas gerados para Deus. participantes; e que se deixaram
25 E isto também vimos e testifi- a 
vencer pelo poder do diabo e ne-
camos: Que um a anjo de Deus, que garam a verdade e desafiaram o
possuía autoridade na presença meu poder —
de Deus, que se rebelou contra 32  Estes são os a filhos de
19 a GEE Ponderar. Aparições de Cristo 25 a D&C 29:36–39;
20 a GEE Jesus Cristo — após sua morte. Mois. 4:1–4.
Glória de Jesus Cristo. b GEE Trindade — Deus, GEE Diabo.
b At. 7:56. o Pai. 26 a Isa. 14:12–17.
c GEE Trindade — Deus, c Jo. 1:14. GEE Lúcifer.
o Pai. GEE Unigênito. 27 a Lc. 10:18.
21 a Mt. 25:31; 24 a Heb. 1:1–3; 3 Né. 9:15; 28 a Apoc. 12:9.
D&C 130:6–7; 136:37. D&C 14:9; 93:8–10. b GEE Diabo.
b GEE Santificação. b Mois. 1:31–33; 7:30. c GEE Batalha nos Céus.
c GEE Adorar. GEE Criação, Criar. 29 a Apoc. 13:7;
22 a GEE Testemunho. c At. 17:28, 29; Heb. 12:9. 2 Né. 2:18; 28:19–23.
b D&C 20:17. GEE Filhos e Filhas de 31 a GEE Apostasia.
23 a GEE Jesus Cristo — Deus. 32 a GEE Filhos de Perdição.
157 Doutrina e Convênios 76:33– 46
b 
perdição, de quem eu digo que alegres novas, que a voz do céu
melhor lhes fora nunca terem nas- nos testificou —
cido; 41 Que ele veio ao mundo, sim,
33 Pois são vasos de ira, conde- Jesus, para ser a crucificado pelo
nados a sofrer a ira de Deus com o mundo e para b tomar sobre si os
diabo e seus anjos na eternidade; pecados do c mundo e para d san-
34 Sobre os quais eu disse que tificar o mundo e e purificá-lo de
não há a perdão neste mundo nem toda iniquidade;
no mundo vindouro — 42 Para que, por intermédio dele,
35 Tendo a negado o Santo Espí- fossem a salvos todos os que o Pai
rito, depois de havê-lo recebido, havia posto em seu poder e feito
e tendo negado o Filho Unigênito por meio dele;
do Pai; tendo-o b crucificado den- 43 Ele que glorifica o Pai e salva
tro de si e tendo-o envergonhado todas as obras de suas mãos, exce-
abertamente. to os filhos de perdição, que negam
36 Estes são os que irão para o o Filho depois que o Pai o revelou.
a 
lago de fogo e enxofre com o dia- 44 Portanto, ele salva todos ex-
bo e seus anjos — ceto esses, os quais irão para o
37 E os únicos sobre quem a se- a 
castigo b infinito, que é castigo
gunda a morte terá qualquer poder; sem fim, que é castigo eterno, para
38 Sim, em verdade, os a únicos reinar com o c diabo e seus anjos na
que não serão redimidos no de- eternidade, onde seu d bicho não
vido tempo do Senhor depois de morre e o fogo é inextinguível, o
terem sofrido a sua ira. que é seu tormento —
39 Pois todos os demais a ressur- 45 E homem algum conhece o
girão na b ressurreição dos mortos, seu a fim nem seu lugar nem seu
pelo triunfo e pela glória do c Cor- tormento;
deiro que foi morto e que estava 46 Nem foi revelado nem é nem
no seio do Pai antes que os mun- será revelado ao homem, exceto
dos fossem feitos. àqueles que dele forem feitos par-
40  E este é o a evangelho, as ticipantes;
32 b D&C 76:26; D&C 63:17. b Isa. 53:4–12;
Mois. 5:22–26. 37 a GEE Morte Espiritual. Heb. 9:28.
34 a Mt. 12:31–32. 38 a GEE Filhos de Perdição. c 1 Jo. 2:1–2.
GEE Perdoar. 39 a IE serão redimidos; ver d GEE Santificação.
35 a 2 Ped. 2:20–22; vers. 38. Todos serão e GEE Redenção,
Al. 39:6. ressuscitados. Ver Redimido, Redimir.
GEE Pecado Al. 11:41–45. 42 a GEE Salvação.
Imperdoável. GEE Vivificar. 44 a D&C 19:6–12.
b Heb. 6:4–6; b GEE Ressurreição. b GEE Condenação,
1 Né. 19:7; c GEE Jesus Cristo. Condenar.
D&C 132:27. 40 a 3 Né. 27:13–22. c GEE Diabo.
36 a Apoc. 19:20; 20:10; 21:8; GEE Evangelho; d Isa. 66:24;
2 Né. 9:16; 28:23; Plano de Redenção. Mc. 9:43–48.
Al. 12:16–18; 41 a GEE Crucificação. 45 a D&C 29:28–29.
Doutrina e Convênios 76:47–59 158
47 Contudo, eu, o Senhor, mos- e recebessem o Santo Espírito pela
tro-o em visão a muitos, mas ime- imposição das c mãos daquele que
diatamente torno a encerrá-la; é d ordenado e selado para esse
48 Portanto, seu fim, sua largura, e 
poder;
altura, a profundidade e miséria 53 E que vencem pela fé e são
eles não compreendem, nem ho- a 
selados pelo b Santo Espírito da
mem algum, a não ser os que são promessa que o Pai derrama
b 
ordenados a essa c condenação. sobre todos os que são justos
49 E ouvimos a voz, que dizia: e fiéis.
Escrevei a visão, pois eis que este 54 Estes são os que são a igreja
é o fim da visão dos sofrimentos do a Primogênito.
dos ímpios. 55 Estes são aqueles em cujas
50 E tornamos a testificar — pois mãos o Pai colocou a todas as coi-
vimos e ouvimos; e este é o a tes- sas —
temunho do evangelho de Cristo 56 Estes são os que são os a sacer-
concernente àqueles que irão res- dotes e reis, que receberam de sua
surgir na b ressurreição dos jus- plenitude e de sua glória;
tos — 57 E são a sacerdotes do Altíssi-
51 Esses são os que receberam o mo, segundo a ordem de Melqui-
testemunho de Jesus e a creram em sedeque, que era segundo a ordem
seu nome e foram b batizados na de b Enoque, que era segundo a
c 
semelhança de seu sepultamen- c 
ordem do Filho Unigênito.
to, sendo d sepultados na água em 58 Portanto, como está escrito,
seu nome; e isto de acordo com o eles são a deuses, sim, os b filhos
mandamento que ele deu — de c Deus —
52 Para que, guardando os man- 59 Portanto, a todas as coisas são
damentos, fossem a lavados e b pu- suas, seja a vida ou a morte, as coi-
rificados de todos os seus pecados sas presentes ou as coisas futuras,
48 a Apoc. 20:1. Ordenar. b Gên. 5:21–24.
b IE setenciados. e GEE Autoridade. GEE Enoque.
c Al. 42:22. 53 a GEE Selamento, Selar. c D&C 107:1–4.
50 a GEE Testemunho. b Ef. 1:13; 58 a Salm. 82:1, 6;
b GEE Ressurreição. D&C 88:3–5. Jo. 10:34–36.
51 a D&C 20:25–27, 37. GEE Santo Espírito da GEE Homem,
b GEE Batismo, Batizar. Promessa. Homens — Seu
c D&C 128:13. 54 a Heb. 12:23; potencial de se tornar
d Rom. 6:3–5. D&C 93:21–22. como o Pai Celestial.
GEE Batismo, Batizar — GEE Primogênito. b GEE Filhos e Filhas de
Batismo por imersão. 55 a 2 Ped. 1:3–4; Deus.
52 a 2 Né. 9:23; D&C 50:26–28; 84:35– c D&C 121:32.
Morô. 8:25–26. 38. GEE Trindade.
b GEE Pureza, Puro. 56 a Êx. 19:6; 59 a Lc. 12:42–44;
c GEE Dom do Espírito Apoc. 1:5–6; 20:6. 3 Né. 28:10;
Santo; 57 a GEE Sacerdote, D&C 84:36–38.
Mãos, Imposição de. Sacerdócio de
d GEE Ordenação, Melquisedeque.
159 Doutrina e Convênios 76:60–73
todas são deles e eles são de Cristo 68 Estes são aqueles cujos nomes
e Cristo é de Deus. estão a escritos no céu, onde Deus
60 E eles a vencerão todas as coi- e Cristo são o b juiz de todos.
sas. 69 Estes são os que são homens
61 Portanto, que nenhum ho- a 
justos, b aperfeiçoados por meio
mem se a glorie no homem, mas, de Jesus, o mediador do c novo
antes, que se b glorie em Deus, que convênio, que efetuou esta d expia-
c 
subjugará todos os inimigos sob ção perfeita pelo derramamento
seus pés. de seu próprio e sangue.
62 Estes a habitarão na b presença 70 Estes são aqueles cujo cor-
de Deus e seu Cristo para todo o po é a celestial, cuja b glória é a do
sempre. c 
sol, sim, a glória de Deus, a mais
63 Estes são a os que ele trará con- elevada de todas, sendo que o sol
sigo, quando b vier nas nuvens do do firmamento é citado como o
céu para c reinar na Terra sobre símbolo dessa glória.
seu povo. 71 E também vimos o a mundo
64 Estes são os que terão parte terrestre e eis que estes são os que
na a primeira ressurreição. pertencem ao terrestre, cuja glória
65 Estes são os que surgirão na difere da glória da igreja do Pri-
a 
ressurreição dos justos. mogênito, que recebeu a plenitude
66 Estes são os que vieram ao do Pai, assim como a glória da b lua
a 
Monte b Sião e à cidade do Deus difere da do sol no firmamento.
vivo, o lugar celestial, o mais san- 72 Eis que estes são os que mor-
to de todos. reram a sem b lei;
67 Estes são os que vieram para 73 E também aqueles que são os
uma inumerável hoste de anjos, a 
espíritos de homens mantidos na
para a assembleia geral e igreja de b 
prisão, a quem o Filho visitou e
a 
Enoque e do b Primogênito. c 
pregou o d evangelho para que
60 a Apoc. 3:5; 21:7. 64 a Apoc. 20:6. 70 a D&C 88:28–29; 131:1–4;
61 a Jo. 5:41–44; 65 a GEE Ressurreição. 137:7–10.
1 Cor. 3:21–23. 66 a Isa. 24:23; GEE Glória Celestial.
b 2 Né. 33:6; Al. 26:11–16. Heb. 12:22–24; b D&C 137:1–4.
GEE Glória. Apoc. 14:1; c Mt. 13:43.
c D&C 49:6. D&C 84:2; 133:56. 71 a D&C 88:30.
62 a Salm. 15:1–3; 24:3–4; b GEE Sião. GEE Glória Terrestre.
1 Né. 15:33–34; 67 a D&C 45:9–12. b 1 Cor. 15:40–41.
Mois. 6:57. b Heb. 12:23; 72 a D&C 137:7, 9.
b D&C 130:7. D&C 76:53–54. b GEE Lei.
GEE Vida eterna. GEE Primogênito. 73 a Al. 40:11–14.
63 a D&C 88:96–98. 68 a GEE Livro da Vida. GEE Espírito.
GEE Segunda Vinda de b GEE Jesus Cristo — Juiz. b D&C 88:99; 138:8.
Jesus Cristo. 69 a D&C 129:3; 138:12. GEE Inferno;
b Mt. 24:30. b Morô. 10:32–33. Salvação para os
c D&C 58:22. c GEE Novo e Eterno Mortos.
GEE Jesus Cristo — Convênio. c 1 Ped. 3:19–20; 4:6;
Reinado de Cristo no d GEE Expiação, Expiar. D&C 138:28–37.
milênio. e GEE Sangue. d GEE Evangelho.
Doutrina e Convênios 76:74–93 160
fossem julgados segundo os ho- 85 Estes são os que não serão
mens na carne; redimidos do a diabo até a b últi-
74 Os que não receberam o a tes- ma ressurreição, até que o Senhor,
temunho de Jesus na carne, mas sim, Cristo, o c Cordeiro, tenha con-
receberam-no depois. sumado sua obra.
75 Estes são os homens honrados 86 Estes são os que não recebem
da Terra, que foram cegados pela de sua plenitude no mundo eter-
astúcia dos homens. no, mas do Santo Espírito pelo
76 Estes são os que recebem de ministério do terrestre;
sua glória, mas não de sua ple- 87 E o terrestre, pelo a ministério
nitude. do celestial.
77 Estes são os que recebem a 88 E também o telestial o recebe
presença do Filho, mas não da pela administração de anjos que
plenitude do Pai. são designados para ministrar em
78 Portanto, são a corpos terrestres seu favor, ou seja, que lhes são
e não corpos celestiais; e diferem designados como espíritos minis-
em glória, como a lua difere do sol. tradores, pois eles serão herdeiros
79 Estes são os que não são a va- da salvação.
lentes no testemunho de Jesus; 89 E assim vimos, na visão celes-
portanto, não obtêm a coroa no tial, a glória do telestial, que ultra-
reino de nosso Deus. passa todo entendimento;
80 E agora, este é o fim da visão 90 E nenhum homem a conhe-
que tivemos do terrestre, que o ce, a não ser aquele a quem Deus
Senhor nos mandou escrever en- a revelou.
quanto ainda estávamos no Es- 91 E assim vimos a glória do ter-
pírito. restre, que em todas as coisas su-
81 E também vimos a glória do pera a glória do telestial, sim, em
a 
telestial, cuja glória é a do menor, glória e em poder e em força e em
assim como a glória das estrelas domínio.
difere da glória da lua no firma- 92 E assim vimos a glória do ce-
mento. lestial, que supera em todas as
82 Estes são os que não recebe- coisas — onde Deus, sim, o Pai,
ram o evangelho de Cristo nem o reina sobre o seu trono para todo
a 
testemunho de Jesus. o sempre;
83 Estes são os que não negam o 93 Diante de cujo trono todas
Santo Espírito. as coisas curvam-se em humilde
84 Estes são os que são lançados a 
reverência e dão-lhe glória para
no a inferno. todo o sempre.
74 a GEE Testemunho. 82 a D&C 138:21. b Al. 11:41;
78 a 1 Cor. 15:40–42. 84 a 2 Né. 9:12; D&C 43:18; 88:100–101.
79 a D&C 56:16. Al. 12:11. c GEE Cordeiro de Deus.
81 a D&C 88:31. GEE Inferno. 87 a D&C 138:37.
GEE Glória Telestial. 85 a GEE Diabo. 93 a GEE Reverência.
161 Doutrina e Convênios 76:94–110
94 Aqueles que habitam em sua para a b igreja do Primogênito e
a 
presença são a igreja do b Pri- recebidos na nuvem.
mogênito; e eles veem como são 103 Estes são a os que são b men-
vistos e c conhecem como são co- tirosos e feiticeiros e c adúlteros e
nhecidos, tendo recebido de sua libertinos; e todo aquele que ama
plenitude e de sua d graça; e inventa mentiras.
95 E ele os faz a iguais em poder 104 Estes são os que sofrem a a ira
e em força e em domínio. de Deus na Terra.
96 E a glória do celestial é uma, 105 Estes são os que sofrem a
como a glória do a sol é uma. a 
vingança do fogo eterno.
97 E a glória do terrestre é uma, 106 Estes são os que são lança-
como a glória da lua é uma. dos no a inferno e b sofrem a ira de
98 E a glória do telestial é uma, c 
Deus Todo-Poderoso, até a d ple-
como a glória das estrelas é uma; nitude dos tempos, quando Cristo
pois como uma estrela difere de tiver e subjugado todos os inimigos
outra em glória, assim também sob seus pés e tiver f aperfeiçoado
diferem em glória uns dos outros sua obra;
no mundo telestial. 107 Quando ele entregar o reino
99 Pois estes são os que são de e apresentá-lo ao Pai, imaculado,
a 
Paulo e de Apolo e de Cefas. dizendo: Eu venci e a pisei sozinho
100 Estes são os que dizem que o b lagar, sim, o lagar do furor da
são alguns de um e alguns de ou- ira do Deus Todo-Poderoso.
tro — alguns de Cristo e alguns de 108 Então será ele coroado com a
João e alguns de Moisés e alguns coroa de sua glória, para assentar-
de Elias e alguns de Esaías e al- se no a trono de seu poder a fim de
guns de Isaías e alguns de Enoque; reinar para todo o sempre.
101 Mas não receberam o evan- 109 Mas eis que vimos a glória e
gelho nem o testemunho de Jesus os habitantes do mundo telestial,
nem os profetas nem o a convênio que eram inumeráveis como as
eterno. estrelas do firmamento do céu ou
102 Por fim, todos estes são os como a areia da praia;
que não serão reunidos com os 110 E ouvimos a voz do Senhor,
santos para serem a arrebatados dizendo: Todos estes dobrarão os
94 a D&C 130:7. D&C 88:96–98. c D&C 87:6.
b GEE Primogênito. b D&C 78:21. d Ef. 1:10.
c 1 Cor. 13:12. 103 a Apoc. 21:8; e 1 Cor. 15:24–28.
d GEE Graça. D&C 63:17–18. f Heb. 10:14.
95 a D&C 29:13; 78:5–7; b GEE Mentir, Mentiroso. 107 a Apoc. 19:15;
84:38; 88:107; 132:20. c GEE Adultério. D&C 88:106; 133:46–
96 a 1 Cor. 15:40–41. 104 a GEE Condenação, 53.
99 a 1 Cor. 3:4–7, 22. Condenar. b Gên. 49:10–12;
101 a GEE Novo e Eterno 105 a Jud. 1:7. Isa. 63:1–3.
Convênio. 106 a GEE Inferno. 108 a D&C 137:3.
102 a 1 Tess. 4:16–17; b D&C 19:3–20.
Doutrina e Convênios 76:111–119 162
joelhos e toda língua confessará
a 
115 Os quais ele nos mandou
àquele que se assenta no trono que não escrevêssemos enquan-
para todo o sempre; to ainda estávamos no Espírito;
111 Pois eles serão julgados de e não é a lícito ao homem falar
acordo com suas obras; e cada deles;
homem receberá, de acordo com 116 Nem é o homem a capaz de
suas próprias a obras, seu próprio torná-los conhecidos, porque são
domínio nas b mansões que estão apenas para ser vistos e b com-
preparadas; preendidos pelo poder do Santo
112 E serão servos do Altíssimo; Espírito, que Deus confere àque-
mas a onde Deus e Cristo b habi- les que o amam e se purificam
tam não poderão vir para todo o perante ele;
sempre. 117 A quem ele concede este pri-
113 Este é o fim da visão que ti- vilégio de ver e saber por si mes-
vemos e que se nos ordenou que mos;
escrevêssemos enquanto ainda 118 Para que, por meio do poder
estávamos no Espírito. e da manifestação do Espírito, en-
114 Mas a grandes e maravilho- quanto na carne, sejam capazes de
sas são as obras do Senhor e os suportar a sua presença no mundo
b 
mistérios de seu reino que ele nos de glória.
mostrou, que ultrapassam todo o 119 E a Deus e ao Cordeiro sejam
entendimento em glória e em força glória e honra e domínio para todo
e em domínio; o sempre. Amém.

SEÇÃO 77
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Hiram, Ohio, por
volta de março de 1832. A história de Joseph Smith diz: “Em rela-
ção à tradução das Escrituras, recebi a seguinte explicação sobre o
Apocalipse de João.”
1–4, Os animais têm espíritos e ha- na Terra; 11, O selamento dos
bitarão em felicidade eterna; 5–7, 144.000; 12–14, Cristo virá no iní-
Esta Terra tem uma existência física cio do sétimo milênio; 15, Dois pro-
de 7.000 anos; 8–10, Vários anjos fetas serão levantados para a nação
restauram o evangelho e ministram judaica.
110 a Filip. 2:9–11; 112 a D&C 29:29. 115 a 2 Cor. 12:4.
Mos. 27:31. b Apoc. 21:23–27. 116 a 3 Né. 17:15–17; 19:32–
111 a Apoc. 20:12–13. 114 a Apoc. 15:3; 34.
GEE Obras. Mórm. 9:16–18; b 1 Cor. 2:10–12.
b Jo. 14:2; Mois. 1:3–5.
D&C 59:2; 81:6. b Jacó 4:8.
163 Doutrina e Convênios 77:1–8
Pergunta. O que é o a mar de vi- cheios de conhecimento; e suas
dro de que fala João no Apocalip- asas representam b poder para mo-
se, capítulo 4, versículo 6? ver-se, para agir, etc.
Resposta. É a b Terra em seu esta- 5 P. O que devemos entender
do santificado, imortal e c eterno. pelos vinte e quatro a anciãos de
2 P. O que devemos entender pe- que fala João?
los quatro animais mencionados R. Devemos entender que esses
no mesmo versículo? anciãos vistos por João eram an-
R. São expressões a figurativas ciãos que haviam sido b fiéis no
empregadas por João, o Revelador, trabalho do ministério e haviam
para descrever o b céu, o c paraíso morrido; que pertenciam às c sete
de Deus, a d felicidade do homem igrejas e estavam então no paraí-
e dos animais e dos répteis e das so de Deus.
aves do ar; o que é espiritual sen- 6 P. O que devemos entender
do à semelhança daquilo que é pelo livro visto por João, que esta-
material; e aquilo que é material, va a selado por fora com sete selos?
à semelhança do que é espiritual; R. Devemos entender que ele
o e espírito do homem à semelhan- contém a vontade, os b mistérios
ça de sua pessoa, como também o e as obras de Deus revelados;
espírito do f animal e de todas as as coisas ocultas de sua admi-
outras criaturas que Deus criou. nistração, concernentes a esta
3 P. Os quatro animais limitam-se c 
Terra durante os sete mil anos
aos próprios animais ou represen- de sua duração, ou seja, de sua
tam classes ou ordens? existência física.
R. Limitam-se a quatro animais, 7 P. O que devemos entender
individualmente, os quais foram pelos sete selos com que o livro
mostrados a João para representar estava selado?
a glória das classes dos seres na R. Devemos entender que o pri-
ordem ou a esfera de criação que meiro selo contém as coisas dos
lhes foi destinada, no gozo de sua a 
primeiros mil anos, assim como
b 
felicidade eterna. o segundo as coisas dos mil anos
4 P. O que devemos entender seguintes e assim por diante, até
pelos olhos e asas dos animais? o sétimo.
R. Seus olhos representam luz 8 P. O que devemos entender
e a conhecimento, isto é, eles são pelos quatro anjos de que fala o
77 1 a D&C 130:6–9. e Ét. 3:15–16; 5 a Apoc. 4:4, 10.
b D&C 88:17–20, 25–26. Abr. 5:7–8. b Apoc. 14:4–5.
c GEE Glória Celestial; GEE Espírito. c Apoc. 1:4.
Terra — Estado final f Mois. 3:19. 6 a Apoc. 5:1.
da Terra. 3 a D&C 93:30; b GEE Mistérios de Deus.
2 a GEE Simbolismo. Mois. 3:9. c GEE Terra.
b GEE Céu. b D&C 93:33–34. 7 a D&C 88:108–110.
c GEE Paraíso. 4 a GEE Conhecimento.
d GEE Alegria. b GEE Poder.
Doutrina e Convênios 77:9–12 164
capítulo sete, versículo um do 11 P. O que devemos entender
Apocalipse? pelo selamento dos a cento e qua-
R. Devemos entender que eles renta e quatro mil de todas as tri-
são quatro anjos enviados da pre- bos de Israel — doze mil de cada
sença de Deus, a quem foi dado tribo?
poder sobre as quatro partes da R. Devemos entender que os que
Terra para poupar a vida e para são selados são b sumos sacerdo-
destruir; estes são os que têm o tes, ordenados na santa ordem de
a 
evangelho eterno para entregá-lo Deus para administrar o evange-
a toda nação, tribo, língua e povo; lho eterno; pois eles são os que são
tendo poder para cerrar os céus, ordenados de cada nação, tribo,
selar para a vida ou lançar às b re- língua e povo pelos anjos a quem
giões das trevas. é dado poder sobre as nações da
9 P. O que devemos entender Terra, a fim de trazerem à igreja
pelo anjo que subia do Oriente, do c Primogênito todos os que de-
no capítulo 7, versículo 2 do Apo- sejarem vir.
calipse? 12 P. O que devemos entender
R. Devemos entender que o anjo pelo toque das a trombetas mencio-
que subia do Oriente é aquele a nado no capítulo 8 do Apocalipse?
quem é dado o selo do Deus vivo R. Devemos entender que, assim
sobre as doze tribos de a Israel; como Deus fez o mundo em seis
portanto, ele clama aos quatro dias e no sétimo dia terminou sua
anjos que têm o evangelho eter- obra, b santificando-o, e também
no, dizendo: Não danifiqueis a do c pó da terra formou o homem,
Terra nem o mar nem as árvores, assim também, no princípio do
até que tenhamos selado os servos sétimo milênio, o Senhor Deus
do nosso Deus na b testa. E, se vós d 
santificará a Terra e consumará
aceitardes, este é c Elias, que havia a salvação do homem e e julgará
de vir para reunir as tribos de Is- todas as coisas e f redimirá todas
rael e d restaurar todas as coisas. as coisas, exceto aquelas que ele
10 P. Quando se cumprirão as não pôs sob o seu poder, quando
coisas mencionadas neste capí- terá selado todas as coisas, até o
tulo? fim de todas as coisas; e o toque
R. Cumprir-se-ão no a sexto mi- das trombetas dos sete anjos é a
lênio, ou seja, na abertura do sex- preparação e a consumação de
to selo. sua obra, no princípio do sétimo
8 a Apoc. 14:6–7. 10 a Apoc. 6:12–17. Mos. 13:16–19;
b Mt. 8:11–12; 22:1–14; 11 a Apoc. 14:3–5. Mois. 3:1–3; Abr. 5:1–3.
D&C 133:71–73. b GEE Sumo Sacerdote. c Gên. 2:7.
9 a Apoc. 7:4–8. c D&C 76:51–70. d D&C 88:17–20.
b Eze. 9:4. GEE Primogênito. e GEE Jesus Cristo —
c GEE Elias. 12 a Apoc. 8:2. Juiz.
d GEE Restauração do b Gên. 2:1–3; f GEE Redenção,
Evangelho. Êx. 20:11; 31:12–17; Redimido, Redimir.
165 Doutrina e Convênios 77:13–78:1
milênio — a preparação do cami- ele b reunir as tribos de Israel; eis
nho antes do tempo de sua vinda. que este é Elias, o qual, como está
13 P. Quando se cumprirão as escrito, deve vir c restaurar todas
coisas escritas no capítulo 9 do as coisas.
Apocalipse? 15 P. O que se deve entender pe-
R. Cumprir-se-ão depois da aber- las duas a testemunhas, no capítulo
tura do sétimo selo, antes da vinda 11 do Apocalipse?
de Cristo. R. São dois profetas que serão le-
14 P. O que devemos entender vantados para a b nação judaica nos
pelo livrinho que João a comeu, c 
últimos dias, na época da d restau-
como mencionado no capítulo 10 ração, para profetizar aos judeus
de Apocalipse? depois que tiverem sido reunidos
R. Devemos entender que era e tiverem construído a cidade de
uma missão e uma ordem para Jerusalém na e terra de seus pais.

SEÇÃO 78
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 1º de março de 1832. Naquele dia, o Profeta e outros líderes
se haviam reunido para tratar de assuntos da Igreja. Esta revelação
originalmente instruiu o Profeta, Sidney Rigdon e Newel K. Whit-
ney a viajarem para o Missouri e a organizarem os empreendimentos
comerciais e editoriais da Igreja, com a criação de uma “firma” que
supervisionasse esses esforços, gerando fundos para o estabelecimen-
to de Sião e para o benefício dos pobres. Essa firma, conhecida como
a Firma Unida, foi organizada em abril de 1832 e dissolvida em 1834
(ver a seção 82). Algum tempo após a sua dissolução, sob a direção de
Joseph Smith, a frase “os assuntos do armazém para os pobres” subs-
tituiu “estabelecimento comercial e de publicações” na revelação, e a
palavra “ordem” substituiu a palavra “firma.”
1–4, Os santos devem organizar e es- direção do Santo (Cristo); 17–22, Bem-
tabelecer um armazém; 5–12, O uso aventurados os fiéis, pois herdarão
prudente de suas propriedades levará todas as coisas.
à salvação; 13–14, A Igreja deve ser
independente dos poderes terrenos; O Senhor falou a Joseph Smith
15–16, Miguel (Adão) serve sob a Júnior dizendo: Escutai-me, diz
14 a Eze. 2:9–10; 3:1–4; c Mt. 17:11. d GEE Restauração do
Apoc. 10:10. 15 a Apoc. 11:1–14. Evangelho.
b GEE Israel — Coligação b GEE Judeus. e Amós 9:14–15.
de Israel. c GEE Últimos Dias.
Doutrina e Convênios 78:2–14 166
o Senhor vosso Deus, vós que fazendo as coisas que eu mandei
c 

sois ordenados ao a sumo sacer- e que requeri de vós.


dócio de minha igreja e que vos 8 E agora, em verdade assim diz
reunistes; o Senhor: É conveniente que todas
2 E dai ouvidos ao a conselho da- as coisas sejam feitas para minha
quele que vos b ordenou do alto, a 
glória, por vós que estais unidos
que falará em vossos ouvidos pa- nesta b ordem;
lavras de sabedoria, para que vos 9 Ou, em outras palavras, que
seja dada salvação naquilo que meu servo Newel K. Whitney e
apresentastes perante mim, diz o meu servo Joseph Smith Júnior e
Senhor Deus. meu servo Sidney Rigdon assen-
3 Pois em verdade vos digo: Che- tem-se em conselho com os santos
gado é o tempo e está perto; e eis que estão em Sião;
que é necessário que haja uma 10 Caso contrário, a Satanás pro-
a 
organização de meu povo, para cura desviar da verdade o coração
regulamentar e estabelecer os ne- deles, para que se tornem cegos e
gócios do b armazém para os c po- não compreendam as coisas que
bres de meu povo, neste lugar e para eles foram preparadas.
na terra de d Sião — 11 Portanto, um mandamento
4 Como estabelecimento e ordem vos dou: Preparai-vos e organi-
permanente e eterna para minha zai-vos por meio de um contrato
igreja, a fim de promover a causa ou a convênio eterno que não se
que abraçastes, para a salvação do possa quebrar.
homem e para a glória de vosso 12 E aquele que o quebrar per-
Pai que está nos céus; derá seu cargo e a condição de
5 Para que sejais a iguais nos vín- membro da igreja; e será entregue
culos das coisas celestiais, sim, e às a bofetadas de Satanás até o dia
também das coisas terrenas, para da redenção.
obtenção de coisas celestiais. 13 Eis que esta é a preparação
6 Porque se não sois iguais em com a qual vos preparo e o alicer-
coisas terrenas, não podeis ser ce e o exemplo que vos dou, por
iguais na obtenção de coisas ce- meio dos quais podeis cumprir os
lestiais; mandamentos que vos são dados;
7 Pois se desejais que eu vos 14 Que pela minha providên-
dê um lugar no mundo a celes- cia, não obstante as a tribulações
tial, é preciso que vos b prepareis, que sobre vós cairão, a igreja
78 1 a GEE Sacerdócio de c D&C 42:30–31. c D&C 82:10.
Melquisedeque. GEE Bem-Estar. 8 a Mois. 1:39.
2 a GEE Aconselhar, d D&C 57:1–2. b D&C 92:1.
Conselho. 5 a D&C 49:20. 10 a GEE Diabo.
b GEE Ordenação, GEE Consagrar, Lei da 11 a GEE Convênio.
Ordenar. Consagração. 12 a 1 Cor. 5:5;
3 a D&C 82:11–12, 15–21. 7 a GEE Glória Celestial. D&C 82:21; 104:8–10.
b D&C 72:9–10; 83:5–6. b D&C 29:8; 132:3. 14 a D&C 58:2–4.
167 Doutrina e Convênios 78:15–79:1
permaneça independente, acima agora; contudo, tende bom ânimo,
de todas as outras criaturas abaixo porque eu vos b guiarei. Vosso é
do mundo celestial; o reino e são vossas as suas bên-
15 A fim de que recebais a a coroa çãos e são vossas as riquezas da
para vós preparada e vos torneis c 
eternidade.
b 
governantes de muitos reinos, diz 19 E aquele que receber todas
o Senhor Deus, o Santo de Sião, as coisas com a gratidão será glo-
que estabeleceu os alicerces de rificado; e as coisas desta Terra
c 
Adão-ondi-Amã; ser-lhe-ão acrescentadas, mesmo
16 Que designou a Miguel como b 
centuplicadas, sim, mais.
vosso príncipe e firmou-lhe os 20 Portanto, fazei as coisas que
pés e colocou-o no alto e deu-lhe vos mandei, diz vosso Redentor,
as chaves da salvação, sob o con- sim, o Filho a Amã, que prepara
selho e a orientação do Santo, o todas as coisas antes de vos b ar-
qual não tem princípio de dias rebatar;
nem fim de vida. 21 Pois vós sois a a igreja do Pri-
17 Em verdade, em verdade vos mogênito; e ele vos b arrebatará
digo: Vós sois criancinhas e ainda numa nuvem e determinará a cada
não compreendestes quão gran- homem sua porção.
diosas são as bênçãos que o Pai 22 E aquele que for um a mordo-
tem nas mãos e preparou para vós; mo b prudente e fiel herdará c todas
18 E não podeis a suportar tudo as coisas. Amém.

SEÇÃO 79
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 12 de março de 1832.
1–4, Jared Carter é chamado para pre- Carter torne a ir às regiões do les-
gar o evangelho por meio do Conso- te, de lugar em lugar, e de cidade
lador. em cidade, no poder da a ordena-
ção com o qual foi ordenado, pro-
Em verdade eu te digo que é a mi- clamando boas novas de grande
nha vontade que meu servo Jared alegria, sim, o evangelho eterno.
15 a GEE Coroa; b D&C 112:10. 21 a D&C 76:53–54.
Exaltação. c GEE Vida eterna. b D&C 88:96–98.
b Apoc. 5:10; 19 a Mos. 2:20–21. 22 a D&C 72:3–4.
D&C 76:56–60; 132:19. GEE Ação de Graças, b GEE Mordomia,
c GEE Adão-ondi-Amã. Agradecido, Mordomo.
16 a D&C 27:11; 107:54–55. Agradecimento. c D&C 84:38.
GEE Adão. b Mt. 19:29. 79 1 a D&C 52:38.
18 a Jo. 16:12; 3 Né. 17:2–3; 20 a D&C 95:17. GEE Ordenação,
D&C 50:40. b 1 Tess. 4:17. Ordenar.
Doutrina e Convênios 79:2–80:5 168
2 E enviarei sobre ele o Conso-
a 
4 Portanto, alegra teu coração,
lador, que lhe ensinará a verdade meu servo Jared Carter, e não a te-
e o caminho que deverá seguir; mas, diz teu Senhor, sim, Jesus
3 E se for fiel, tornarei a coroá-lo Cristo. Amém.
com molhos.

SEÇÃO 80
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Stephen
Burnett, em Hiram, Ohio, em 7 de março de 1832.
1–5, Stephen Burnett e Eden Smith 3  Portanto, ide e pregai meu
são chamados para pregar onde quer evangelho, seja para o norte ou
que desejarem. para o sul, para o leste ou para o
oeste, não importa, porque não
Em verdade, assim diz o Senhor a vos podeis enganar.
ti, meu servo Stephen Burnett: Sai, 4 Portanto, declarai as coisas que
sai pelo mundo e a prega o evan- ouvistes e em que verdadeiramen-
gelho a toda criatura que esteja ao te acreditais e a sabeis ser verda-
alcance da tua voz. deiras.
2 E já que desejas um compa- 5 Eis que esta é a vontade daque-
nheiro, dar-te-ei meu servo Eden le que vos a chamou, vosso Reden-
Smith. tor, sim, Jesus Cristo. Amém.

SEÇÃO 81
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Ohio, em 15 de março de 1832. Frederick G. Williams é chamado para
ser sumo sacerdote e conselheiro na Presidência do Sumo Sacerdó-
cio. Os registros históricos mostram que, quando esta revelação foi
recebida, em março de 1832, ela chamava Jesse Gause para o cargo
de conselheiro de Joseph Smith na Presidência. Entretanto, quando
deixou de agir de maneira condizente com sua designação, o chama-
do foi transferido para Frederick G. Williams. A revelação (datada
de março de 1832) deve ser considerada como um passo em direção
à organização formal da Primeira Presidência, chamando especifi-
camente para o cargo de conselheiro naquele grupo e explicando a
dignidade da designação. O irmão Gause serviu por um tempo, mas
2 a Jo. 14:26. 80 1 a Mc. 16:15. Chamado por Deus,
GEE Consolador. 4 a GEE Testemunho. Chamar.
4 a D&C 68:5–6. 5 a GEE Chamado,
169 Doutrina e Convênios 81:1–7
foi excomungado da Igreja em dezembro de 1832. O irmão Williams
foi ordenado para esse cargo em 18 de março de 1833.
1–2, A Primeira Presidência sempre com oração constante, em voz alta
possui as chaves do reino; 3–7; Se e em teu coração, em público e em
Frederick G. Williams for fiel em seu particular, também em teu minis-
ministério, terá vida eterna. tério, proclamando o evangelho na
terra dos vivos e entre teus irmãos.
Em verdade, em verdade te digo, 4 Assim agindo, farás o maior
meu servo Frederick G. Williams: dos bens a teus semelhantes e pro-
Atende à voz daquele que fala, moverás a a glória daquele que é
à palavra do Senhor teu Deus, e teu Senhor.
ouve o chamado para o qual és 5 Portanto, sê fiel; ocupa o cargo
chamado, ou seja, o de a sumo sa- para o qual te designei; a socorre
cerdote na minha igreja e conse- os fracos, ergue as mãos que pen-
lheiro de meu servo Joseph Smith dem e b fortalece os joelhos c enfra-
Júnior; quecidos.
2 A quem dei as a chaves do rei- 6 E se fores fiel até o fim, terás
no, as quais pertencem sempre à uma coroa de a imortalidade e
b 
presidência do sumo sacerdócio; b 
vida eterna nas c mansões que eu
3 Portanto, em verdade reconhe- preparei na casa de meu Pai.
ço-o e abençoá-lo-ei, como tam- 7 Eis que estas são as palavras
bém a ti, se fores fiel no conselho, do Alfa e do Ômega, sim, Jesus
no cargo para o qual te designei, Cristo. Amém.

SEÇÃO 82
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Independence, Conda-
do de Jackson, Missouri, em 26 de abril de 1832. Naquela ocasião,
realizava-se um conselho de sumo sacerdotes e élderes da Igreja. No
conselho, Joseph Smith foi apoiado como Presidente do Sumo Sacer-
dócio, cargo para o qual havia sido anteriormente ordenado em uma
conferência de sumos sacerdotes, élderes e membros, em Amherst,
Ohio, em 25 de janeiro de 1832 (ver o cabeçalho da seção 75.) Esta
revelação repete instruções dadas em uma revelação anterior (seção 78)
81 1 a GEE Sumo Sacerdote. 4 a Mois. 1:39. b GEE Exaltação;
2 a GEE Chaves do 5 a Mos. 4:15–16. Vida eterna.
Sacerdócio. b D&C 108:7. c Jo. 14:2–3;
b D&C 107:8–9, 22. c Isa. 35:3. D&C 59:2; 106:8.
GEE Primeira 6 a GEE Imortal,
Presidência. Imortalidade.
Doutrina e Convênios 82:1–10 170
de se estabelecer uma firma — conhecida como a Firma Unida (sob
a direção de Joseph Smith, o termo “ordem” mais tarde substituiu a
palavra “firma”) — para conduzir os empreendimentos comerciais
e editoriais da Igreja.
1–4, Onde muito se dá, muito se re- transgressores; e b justiça e julga-
quer; 5–7, A escuridão reina no mun- mento são a penalidade afixada
do; 8–13, O Senhor está obrigado pela minha lei.
quando fazemos o que Ele diz; 14–18, 5 Portanto, o que digo a um digo
Sião deve aumentar em beleza e santi- a todos: a Vigiai, porque o b adver-
dade; 19–24, Todo homem deve buscar sário espalha seus domínios, e as
o interesse de seu próximo. c 
trevas reinam;
6 E a ira de Deus está acesa con-
Em verdade, em verdade vos digo, tra os habitantes da Terra; e nin-
meus servos, que como vos tendes guém faz o bem, pois todos se
a 
perdoado uns aos outros vossas desviaram do a caminho.
ofensas, assim também eu, o Se- 7 E agora, em verdade vos digo:
nhor, vos perdoo. Eu, o Senhor, não vos atribuirei
2 Contudo, há entre vós alguns a 
pecado algum; segui vossos ca-
que pecaram muito; sim, a todos minhos e não pequeis mais; mas
vós pecastes; mas em verdade à alma que pecar b retornarão os
vos digo: Acautelai-vos daqui em pecados passados, diz o Senhor
diante; abstende-vos do pecado vosso Deus.
para que dolorosos julgamentos 8 E também vos digo: Dou-vos
não vos caiam sobre a cabeça. um a novo mandamento para que
3 Porque a quem a muito é dado, compreendais a minha vontade
muito é b exigido; e o que c pecar concernente a vós;
contra a d luz maior receberá a con- 9 Ou, em outras palavras, dou-
denação maior. vos instruções sobre como a agirdes
4 Invocais meu nome pedindo perante mim, a fim de que isso se
a 
revelações e eu vo-las dou; e se transforme em vossa salvação.
não guardais minhas palavras, 10 Eu, o Senhor, estou a obrigado
as quais vos dou, vós vos tornais quando fazeis o que eu digo; mas
82 1 a Mt. 6:14–15; Pecado. 7 a GEE Pecado.
D&C 64:9–11. d Jo. 15:22–24. b D&C 1:32–33; 58:43.
2 a Rom. 3:23. GEE Luz, Luz de Cristo. 8 a Jo. 13:34.
3 a Lc. 12:48; 4 a GEE Revelação. 9 a D&C 43:8.
Tg. 4:17. b GEE Justiça. 10 a Jos. 23:14;
GEE Prestar Contas, 5 a GEE Atalaia, Sentinela, 1 Re. 8:23;
Responsabilidade, Vigiar. D&C 1:38; 130:20–21.
Responsável. b GEE Diabo. GEE Abençoado,
b GEE Mordomia, c GEE Trevas Espirituais. Abençoar, Bênção;
Mordomo. 6 a Rom. 3:12; Obedecer, Obediência,
c GEE Apostasia; D&C 1:16. Obediente.
171 Doutrina e Convênios 82:11–23
quando não o fazeis, não tendes 17 E deveis ser a iguais, ou, em
promessa alguma. outras palavras, deveis ter os mes-
11 Portanto, em verdade vos digo mos direitos sobre as proprieda-
que é preciso que meus servos Ed- des, para o benefício da admi-
ward Patridge e Newel K. Whit- nistração dos negócios de vossas
ney, A. Sidney Gilbert e Sidney mordomias, cada homem de acor-
Rigdon e meu servo Joseph Smith do com seus anseios e necessida-
e John Whitmer e Oliver Cowdery des, desde que seus anseios sejam
e W. W. Phelps e Martin Harris se justos —
a 
unam, em vossas diversas mordo- 18 E tudo isso para o benefício da
mias, por um vínculo e convênio igreja do Deus vivo, para que todo
que não se desfaça por transgres- homem desenvolva seus a talentos,
são sem que isso cause julgamento para que todo homem adquira ou-
imediato — tros talentos, sim, até cem vezes
12 Para dirigir os negócios dos mais, para que sejam lançados no
pobres e todas as coisas que dizem b 
armazém do Senhor a fim de se
respeito ao bispado, tanto na terra tornarem propriedade comum de
de Sião como na de Kirtland; toda a igreja —
13  Pois consagrei a terra de 19 Todo homem procurando os
Kirtland, no meu próprio e de- interesses de seu próximo e fazen-
vido tempo, para benefício dos do todas as coisas com os a olhos
santos do Altíssimo e como uma fitos na glória de Deus.
a 
estaca de Sião. 20 Esta a ordem designei como
14 Pois Sião deve crescer em be- ordem eterna para vós e para vos-
leza e em santidade; suas frontei- sos sucessores, desde que não pe-
ras devem ser expandidas; suas queis.
estacas devem ser fortalecidas; 21 E a alma que pecar contra esse
sim, em verdade vos digo: a Sião convênio e contra ele endurecer
deve erguer-se e vestir suas b for- o coração será tratada de acordo
mosas vestes. com as leis da minha igreja e será
15 Portanto, dou-vos este man- entregue às a bofetadas de Satanás
damento de que vos unais por até o dia da redenção.
meio deste convênio; e isto será 22 E agora, em verdade vos digo
feito de acordo com as leis do Se- e nisto há sabedoria: Granjeai ami-
nhor. gos com as riquezas da iniquidade
16 Eis que isto também me é sá- e eles não vos destruirão.
bio, para o vosso bem. 23 Deixai o julgamento somente
11 a D&C 78:3–7, 11–15. GEE Consagrar, Lei da 119:1–3.
13 a Isa. 33:20; 54:2. Consagração. GEE Armazém.
GEE Estaca. 18 a Mt. 25:14–30; 19 a D&C 88:67.
14 a GEE Sião. D&C 60:13. GEE Olho(s).
b Isa. 52:1; GEE Dom; 20 a GEE Ordem Unida.
D&C 113:7–8. Dons do Espírito. 21 a D&C 104:8–10.
17 a D&C 51:3. b D&C 42:30–34, 55;
Doutrina e Convênios 82:24–83:6 172
para mim, porque ele é meu e eu 24 Pois o reino é vosso e sê-lo-á
a 

a 
recompensarei. A paz seja con- para sempre, se não abandonar-
vosco; convosco continuem mi- des vossa perseverança. Assim
nhas bênçãos. seja. Amém.

SEÇÃO 83
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Inde-
pendence, Missouri, em 30 de abril de 1832. Esta revelação foi rece-
bida quando o Profeta estava reunido em conselho com seus irmãos.
1–4, As mulheres e as crianças têm o 3 E se não for fiel, não terá parti-
direito de receber de seus maridos e de cipação na igreja; contudo, poderá
seus pais o seu sustento; 5–6, As viú- permanecer em sua herança, de
vas e os órfãos têm o direito de receber acordo com as leis do país.
da Igreja o seu sustento. 4 Todos os a filhos têm o direito
de receber de seus pais o seu sus-
Em verdade assim diz o Senhor, tento até alcançarem a maioridade.
como acréscimo às leis da igreja 5 E depois disso, eles têm direito
concernentes às mulheres e crian- de recorrer à igreja ou, em outras
ças que pertencem à igreja e que palavras, ao a armazém do Senhor,
a 
perderam seus maridos ou pais: caso seus pais não tenham com o
2 A mulher tem o a direito de re- que lhes dar herança.
ceber do seu marido o seu susten- 6 E o armazém deverá ser man-
to, até que o seu marido lhe seja tido pelas consagrações da igreja;
tirado; e se não for considerada e prover-se-á a subsistência das
transgressora, terá participação a 
viúvas e dos órfãos, como tam-
na igreja. bém dos b pobres. Amém.

SEÇÃO 84
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 22 e 23 de setembro de 1832. Durante o mês de
setembro, os élderes começaram a voltar das missões nos estados do
leste e a relatar seus trabalhos. Enquanto estavam juntos nessa alegre
23 a Rom. 12:19; 83 1 a Tg. 1:27. b Mos. 4:16–26;
Mórm. 3:15. 2 a 1 Tim. 5:8. Hel. 4:11–13;
24 a Lc. 12:32; 4 a Mos. 4:14. D&C 42:30–39.
D&C 64:3–5. 5 a D&C 78:3. GEE Pobres.
GEE Reino de Deus ou GEE Armazém.
Reino dos Céus. 6 a GEE Viúva.
173 Doutrina e Convênios 84:1–7
ocasião, foi recebida a seguinte comunicação. O Profeta chamou-a de
revelação sobre o sacerdócio.
1–5, A Nova Jerusalém e o templo se- respeito a sua igreja, estabelecida
rão construídos no Estado de Missou- nos últimos dias, para a a restaura-
ri; 6–17, Dá-se a linha do sacerdócio, ção de seu povo, como falou pela
de Moisés a Adão; 18–25, O sacerdó- boca de seus b profetas; e para a
cio maior contém a chave do conheci- reunião de seus c santos no d Monte
mento de Deus; 26–32, O sacerdócio Sião, que será a cidade de e Nova
menor contém a chave do ministério Jerusalém.
de anjos e do evangelho preparatório; 3 Cidade essa que será construí-
33–44, Os homens ganham vida eter- da a partir do terreno do a templo,
na por meio do juramento e convênio designado pelo dedo do Senhor,
do sacerdócio; 45–53, O Espírito de nas fronteiras ocidentais do Estado
Cristo ilumina os homens e o mundo de Missouri e dedicado pela mão
encontra-se em pecado; 54–61, Os de Joseph Smith Júnior e outros
santos devem testificar a respeito das de quem o Senhor se agradava.
coisas que receberam; 62–76, Devem 4 Em verdade esta é a palavra do
pregar o evangelho e sinais suceder-se- Senhor: Que a cidade de a Nova
ão; 77–91, Os élderes deverão sair sem Jerusalém seja construída pela
bolsa nem alforje e o Senhor cuidará reunião dos santos, a partir des-
de suas necessidades; 92–97, Pragas te lugar, sim, o local do b templo,
e maldições aguardam os que rejeitam templo esse que será erigido nesta
o evangelho; 98–102, Dá-se o novo geração.
cântico da redenção de Sião; 103–110, 5 Pois em verdade esta geração
Que cada homem ocupe seu cargo toda não passará sem que seja cons-
e trabalhe em seu próprio chamado; truída uma casa para o Senhor; e
111–120, Os servos do Senhor devem uma nuvem descansará sobre ela,
anunciar a abominação da desolação nuvem essa que será a a glória do
dos últimos dias. Senhor, que encherá a casa.
6 E os filhos de Moisés, de acor-
Uma revelação de Jesus Cristo a do com o Santo Sacerdócio que
seu servo Joseph Smith Júnior e ele recebeu sob as a mãos de b Jetro,
seis élderes, ao unirem o coração seu sogro;
e a erguerem a voz ao céu. 7 E Jetro recebeu-o sob as mãos
2 Sim, a palavra do Senhor com de Calebe;
84 1 a GEE Oração. Apoc. 14:1; 4 a GEE Nova Jerusalém.
2 a GEE Israel — D&C 76:66; 84:32; b GEE Templo, A Casa do
Coligação de Israel. 133:18, 56. Senhor.
b At. 3:19–21. e Ét. 13:2–11; 5 a D&C 45:67; 64:41–43;
c GEE Santo D&C 42:8–9; 45:66–67; 97:15–20; 109:12, 37.
(substantivo). RF 1:10. 6 a GEE Mãos, Imposição
d Isa. 2:2–5; GEE Nova Jerusalém. de.
Heb. 12:22; 3 a D&C 57:3. b GEE Jetro.
Doutrina e Convênios 84:8–24 174
8 E Calebe recebeu-o sob as mãos que também continua e permane- c 

de Eliú; ce para sempre com o sacerdócio


9 E Eliú, sob as mãos de Jeremias; que é segundo a mais santa ordem
10 E Jeremias, sob as mãos de de Deus.
Gade; 19 E esse sacerdócio maior admi-
11 E Gade, sob as mãos de Esaías; nistra o evangelho e contém a cha-
12  E Esaías recebeu-o sob as ve dos a mistérios do reino, sim, a
mãos de Deus. chave do b conhecimento de Deus.
13 Esaías também viveu nos dias 20 Portanto, em suas a ordenan-
de Abraão e foi abençoado por ças manifesta-se o poder da di-
ele — vindade.
14 Esse a Abraão recebeu o sa- 21 E sem suas ordenanças e a
cerdócio de b Melquisedeque, que a 
autoridade do sacerdócio, o po-
o recebeu através da linhagem de der da divindade não se manifesta
seus pais, até c Noé; aos homens na carne;
15 E de Noé até a Enoque, através 22 Pois, sem isso, nenhum a ho-
da linhagem dos pais deles; mem pode ver o rosto de Deus, o
16 E de Enoque até a Abel, que Pai, e viver.
foi assassinado pela b conspira- 23 Ora, isso a Moisés claramen-
ção de seu irmão e que c recebeu te ensinou aos filhos de Israel no
o sacerdócio pelos mandamen- deserto e procurou diligentemente
tos de Deus, pelas mãos de seu b 
santificar seu povo para que c con-
pai d Adão, que foi o primeiro ho- templassem a face de Deus;
mem — 24 Eles, porém, a endureceram o
17 a Sacerdócio esse que continua coração e não puderam suportar
na igreja de Deus em todas as ge- sua presença; portanto, o Senhor,
rações e que não tem princípio de em sua b ira, pois sua ira estava
dias nem fim de anos. acesa contra eles, jurou que en-
18 E o Senhor também confir- quanto estivessem no deserto não
mou um a sacerdócio sobre b Aarão c 
entrariam para o seu descanso,
e sua semente, através de todas descanso esse que é a plenitude
as suas gerações, sacerdócio esse de sua glória.
14 a GEE Abraão. 18 a GEE Sacerdócio b GEE Santificação.
b GEE Melquisedeque. Aarônico. c Êx. 24:9–11;
c GEE Noé, Patriarca b GEE Aarão, Irmão de D&C 93:1.
Bíblico. Moisés. 24 a Êx. 20:18–21; 32:8;
15 a GEE Enoque. c D&C 13. Deut. 9:23;
16 a GEE Abel. 19 a D&C 63:23; 107:18–19. 1 Né. 17:30–31, 42.
b Mois. 5:29–32. GEE Mistérios de Deus. b Salm. 95:8;
c D&C 107:40–57. b Abr. 1:2. Heb. 3:8–11;
d GEE Adão. 20 a GEE Ordenanças. Jacó 1:7–8; Al. 12:36.
17 a Al. 13:1–19; 21 a GEE Autoridade; c TJS Êx. 34:1–2
Abr. 2:9, 11. Sacerdócio. (Apêndice da Bíblia);
GEE Sacerdócio de 22 a D&C 67:11. Núm. 14:23;
Melquisedeque. 23 a Êx. 19:5–11; 33:11. Heb. 4:1–11.
175 Doutrina e Convênios 84:25–35
25 Portanto, tirou a Moisés do e diácono são apêndices necessá-
meio deles, como também o Santo rios do sacerdócio menor, sacerdó-
b 
Sacerdócio; cio esse que foi confirmado sobre
26 E o a sacerdócio menor conti- Aarão e seus filhos.
nuou, sacerdócio esse que contém 31 Portanto, como eu disse con-
a b chave do c ministério de anjos e cernente aos filhos de Moisés —
do evangelho preparatório; pois os filhos de Moisés e também
27 Evangelho esse que é o evan- os filhos de Aarão oferecerão uma
gelho do a arrependimento e do a 
oferta e um sacrifício aceitáveis
b 
batismo e da c remissão de pe- na casa do Senhor, casa essa que
cados e a d lei dos e mandamentos será construída para o Senhor nes-
carnais, que o Senhor, em sua ira, ta geração, no b local consagrado,
fez com que continuasse na casa como designei —
de Aarão, entre os filhos de Israel, 32 E os filhos de Moisés e de
até f João, a quem Deus levantou, Aarão encher-se-ão da a glória do
sendo g cheio do Espírito Santo Senhor no b Monte Sião, na casa
desde o ventre de sua mãe. do Senhor, cujos filhos sois vós;
28 Pois foi batizado quando ain- e também muitos a quem cha-
da na infância e, quando tinha mei e enviei para edificar a mi-
oito dias de idade, foi ordenado nha c igreja.
por um anjo de Deus para esse 33 Pois aqueles que forem a fiéis
poder, a fim de derrubar o reino de modo a obter estes dois b sacer-
dos judeus e a endireitar as vere- dócios de que falei e a magnificar
das do Senhor diante da face de seu chamado serão c santificados
seu povo, com o fim de prepará-lo pelo Espírito para a renovação
para a vinda do Senhor, em cujas do corpo.
mãos é dado b todo o poder. 34 Tornam-se os filhos de Moi-
29 E também os ofícios de élder sés e de Aarão e a a semente de
e bispo são a apêndices necessários b 
Abraão; e a igreja e reino e os
do sacerdócio maior. c 
eleitos de Deus.
30 E também os ofícios de mestre 35  E também todos os que
25 a Deut. 34:1–5. g Lc. 1:15. c GEE Igreja de Jesus
b GEE Sacerdócio de 28 a Isa. 40:3; Cristo.
Melquisedeque. Mt. 3:1–3; 33 a GEE Dignidade, Digno.
26 a GEE Sacerdócio Jo. 1:23. b GEE Sacerdócio.
Aarônico. b Mt. 28:18; c GEE Santificação.
b D&C 13. Jo. 17:2; 34 a Gál. 3:29;
c D&C 107:20. 1 Ped. 3:22; Abr. 2:9–11.
27 a GEE Arrepender-se, D&C 93:16–17. GEE Abraão —
Arrependimento. 29 a D&C 107:5. Semente de Abraão.
b GEE Batismo, Batizar. 31 a D&C 128:24. b D&C 132:30–32.
c GEE Remissão de b D&C 57:3. GEE Convênio
Pecados. 32 a GEE Glória. Abraâmico.
d GEE Lei de Moisés. b Heb. 12:22; c GEE Eleitos.
e Heb. 7:11–16. D&C 76:66; 84:2;
f GEE João Batista. 133:56.
Doutrina e Convênios 84:36–52 176
recebem esse sacerdócio a mim de vós mesmos, de que deis ou- a 

me recebem, diz o Senhor; vidos diligentemente às palavras


36  Pois aquele que recebe os de vida eterna.
meus servos, a mim me a recebe; 44 Porque a vivereis de toda pala-
37 E aquele que me a recebe a vra que sai da boca de Deus.
mim, recebe a meu Pai; 45 Porque a a palavra do Senhor
38 E aquele que recebe a meu Pai, é verdade; e tudo que é b verdade
recebe o reino de meu Pai; por- é luz; e tudo que é luz é Espírito,
tanto, a tudo o que meu Pai possui sim, o Espírito de Jesus Cristo.
ser-lhe-á dado. 46 E o Espírito dá a luz a b todo
39 E isto está de acordo com o homem que vem ao mundo; e o
a 
juramento e convênio que per- Espírito ilumina todo homem no
tencem ao sacerdócio. mundo que dá ouvidos à sua voz.
40 Portanto, todos os que rece- 47 E todo aquele que dá ouvi-
bem o sacerdócio recebem esse dos à voz do Espírito vem a Deus,
juramento e convênio de meu Pai, sim, o Pai.
que ele não pode quebrar nem 48 E o Pai a ensina-lhe sobre o
pode ser removido. b 
convênio que ele renovou e con-
41 Mas aquele que a quebrar esse firmou sobre vós, o qual é confir-
convênio após tê-lo recebido e mado sobre vós para o vosso bem;
desviar-se dele totalmente b não e não somente para o vosso bem,
receberá perdão dos pecados neste mas para o bem do mundo todo.
mundo nem no mundo vindouro. 49 E o a mundo todo se acha em
42 E ai de todos os que recusam pecado e geme sob as b trevas e sob
esse sacerdócio recebido por vós, o jugo do pecado.
que eu agora confirmo sobre vós, 50 E por isto podereis saber que
presentes neste dia, por minha estão sob o a jugo do b pecado, por-
própria voz, desde o céu; e eu que eles não vêm a mim.
mesmo coloquei-vos sob a res- 51 Porque aquele que não vem
ponsabilidade das hostes celestiais a mim está sob o jugo do pecado.
e de meus a anjos. 52 E quem não recebe a minha
43 E agora vos dou o mandamen- voz não conhece a a minha voz, e
to de que vos acauteleis a respeito não é meu.
36 a Mt. 10:40–42; 41 a GEE Apostasia. b Jo. 1:9;
Lc. 10:16; b D&C 76:34–38; 132:27. D&C 93:2.
D&C 112:20. 42 a D&C 84:88. 48 a GEE Inspiração,
37 a Jo. 13:20. 43 a 1 Né. 15:23–25; Inspirar.
38 a Lc. 12:43–44; D&C 1:14. b GEE Convênio;
Rom. 8:32; Apoc. 21:7; 44 a Deut. 8:3; Mt. 4:4; Novo e Eterno
3 Né. 28:10; D&C 98:11. Convênio.
D&C 132:18–20. 45 a Salm. 33:4. 49 a 1 Jo. 5:19.
GEE Exaltação. GEE Palavra de Deus. b GEE Trevas Espirituais.
39 a GEE Juramento b GEE Verdade. 50 a Gál. 4:9.
e Convênio do 46 a GEE Consciência; b GEE Pecado.
Sacerdócio. Luz, Luz de Cristo. 52 a Jo. 10:27.
177 Doutrina e Convênios 84:53–68
53 E por isto podeis discernir voz: Bem-aventurados sereis se
os justos dos iníquos e saber que, receberdes estas coisas;
neste momento, o a mundo todo 61 Porque vos a perdoarei vossos
b 
geme sob o c pecado e as trevas. pecados com este mandamento:
54 E em tempos passados, vos- Que permaneçais firmes em vossa
sa mente escureceu-se por causa mente, com b solenidade e espírito
da a descrença e porque tratastes de oração, prestando ao mundo
com leviandade as coisas que re- todo testemunho das coisas que
cebestes — vos são comunicadas.
55  a Vaidade e descrença essas 62 Portanto, a ide por todo o mun-
que levaram toda a igreja à con- do; e ao lugar que não puderdes ir,
denação. enviareis, para que o testemunho
56 E essa condenação encontra- parta de vós para todo o mundo
se sobre os filhos de Sião, sim, e a toda criatura.
sobre todos. 63 E como disse a meus apósto-
57 E eles permanecerão sob essa los, assim vos digo, porque sois
condenação até que se arrepen- meus a apóstolos, sumos sacerdo-
dam e se lembrem do novo a con- tes de Deus; sois aqueles que o Pai
vênio, sim, o b Livro de Mórmon e me b deu; sois meus c amigos;
os mandamentos c anteriores que 64 Portanto, como disse a meus
lhes dei, não somente por pala- apóstolos, também vos digo que
vras, mas d agindo de acordo com toda a alma que b acreditar em vos-
o que escrevi — sas palavras e for batizada pela
58 Para que produzam frutos dig- água para c remissão de pecados
nos do reino de seu Pai; caso con- receberá o d Espírito Santo.
trário, há um flagelo e julgamento a 65 E estes a sinais seguirão os que
derramar-se sobre os filhos de Sião. crerem:
59 Pois contaminarão a minha 66 Em meu nome realizarão mui-
terra santa os filhos do reino? Em tas a obras maravilhosas;
verdade vos digo que não. 67 Em meu a nome expulsarão
60 Em verdade, em verdade vos demônios;
digo, vós que agora ouvis as mi- 68 Em meu nome a curarão os
nhas a palavras, que são a minha enfermos;
53 a GEE Mundo. 61 a Dan. 9:9. 64 a GEE Alma.
b Rom. 8:22; GEE Perdoar. b Mc. 16:15–16.
Mois. 7:48. b D&C 43:34; 88:121; GEE Crença, Crer.
c GEE Mundanismo. 100:7. c GEE Remissão de
54 a GEE Incredulidade. 62 a Mc. 16:15; Pecados.
55 a GEE Vaidade, Vão. D&C 1:2–5. d GEE Dom do Espírito
57 a Jer. 31:31–34. GEE Obra Missionária. Santo.
b GEE Livro de Mórmon. 63 a GEE Apóstolo. 65 a Mc. 16:17–18.
c 1 Né. 13:40–41. b 3 Né. 15:24; GEE Sinal.
d Tg. 1:22–25; D&C 50:41–42. 66 a GEE Obras.
D&C 42:13–15. c Jo. 15:13–15; 67 a Mt. 17:14–21.
60 a D&C 18:34–36. D&C 93:45. 68 a GEE Curar, Curas.
Doutrina e Convênios 84:69–84 178
69  Em meu nome abrirão os de Sião, por terem se rebelado con-
olhos dos cegos e os ouvidos dos tra vós quando vos enviei.
surdos; 77 E também vos digo, meus
70 E a língua dos mudos falará; amigos, pois de agora em diante
71 E se algum homem lhes admi- vos chamarei de amigos: É conve-
nistrar a veneno, não lhes fará mal; niente que eu vos dê este manda-
72 E o veneno de uma serpente mento, a fim de que vos torneis
não terá poder para lhes fazer mal. como os meus amigos dos dias
73 Dou-lhes, porém, o manda- em que estava com eles, viajando
mento de que não se a vangloriem para pregar o evangelho com o
destas coisas nem falem delas meu poder;
diante do mundo; pois estas coi- 78 Pois não lhes permiti terem
sas vos são dadas para vosso pro- a 
bolsa ou alforje nem duas túnicas.
veito e salvação. 79 Eis que vos envio para provar
74 Em verdade, em verdade vos o mundo; e o trabalhador é digno
digo: Aqueles que não acreditarem de seu a salário.
em vossas palavras e não forem 80 E não se cansará nem se tur-
a 
batizados na água em meu nome vará a mente do homem que sair
para remissão de seus pecados, a a pregar este b evangelho do reino,
para que recebam o Espírito Santo, nem seu corpo, membros e juntas;
serão b condenados e não entrarão nem um c fio de seus cabelos cairá
no reino de meu Pai, onde meu Pai sem que se perceba. E não sofrerão
e eu estamos. fome nem sede.
75 E esta revelação e manda- 81 Portanto, não vos a preocupeis
mento que vos dou entra em vi- com o amanhã, com o que haveis
gor neste exato momento para de comer nem com o que haveis
todo o mundo; e o evangelho é de beber nem com o que haveis
para todos os que não o tenham de vestir.
recebido. 82 Olhai para os lírios do campo,
76 Mas em verdade eu digo a como eles crescem: Não trabalham
todos aqueles a quem o reino foi nem fiam; e os reinos do mundo,
dado: Sois vós que deveis pregar em toda a sua glória, não se ves-
a eles para que se arrependam de tem como qualquer deles.
suas obras malévolas anteriores; 83 Pois vosso a Pai, que está no
pois devem ser repreendidos por céu, b sabe que necessitais de todas
causa de seu coração mau e incré- essas coisas.
dulo, assim como vossos irmãos 84 Portanto, deixai que o amanhã
71 a Mc. 16:18; At. 28:3–9; GEE Batismo, Batizar — 80 a GEE Obra Missionária.
D&C 24:13; 124:98–100. Essencial. b GEE Evangelho.
73 a D&C 105:24. b Jo. 3:18. c Lc. 21:18.
GEE Orgulho. 78 a Mt. 10:9–10; 81 a Mt. 6:25–28.
74 a 2 Né. 9:23; D&C 24:18. 83 a GEE Pai Celestial.
D&C 76:50–52. 79 a D&C 31:5. b Mt. 6:8.
179 Doutrina e Convênios 84:85–98
se a preocupe com suas próprias 91 Aquele que não fizer essas coi-
coisas. sas não é meu discípulo; dessa for-
85 Nem de antemão vos preo- ma conhecereis a meus discípulos.
cupeis com o a que haveis de di- 92 Afastai-vos daquele que não
zer; mas b entesourai sempre em vos receber e, a sós, a lavai vos-
vossa mente as palavras de vida sos pés com água, sim, com água
e na hora precisa vos será c dada a pura, seja no calor ou no frio, e
porção que será concedida a cada isso testificai a vosso Pai que está
homem. nos céus; e não volteis para junto
86 Portanto, que nenhum ho- daquele homem.
mem entre vós leve, de agora em 93 E em qualquer povoado ou
diante, bolsa ou alforje, ao partir cidade que entrardes, fazei o mes-
para proclamar este evangelho mo.
do reino, pois este mandamento 94 Contudo, procurai diligente-
é para todos os a fiéis que na igre- mente e não esmoreçais; e ai da
ja são chamados por Deus para o casa ou do povoado ou cidade
ministério. que vos rejeitar ou rejeitar vossas
87 Eis que eu vos a envio para palavras ou vosso testemunho
repreender o mundo por todas quanto a mim.
as suas más ações e para instruir 95 Ai, torno a dizer, da casa ou
quanto a um julgamento futuro. povoado ou cidade que vos rejei-
88 E quem vos a receber, lá estarei tar ou rejeitar vossas palavras ou
também, pois irei adiante de vós. vosso testemunho de mim;
Estarei à vossa direita e à vossa 96 Pois eu, o a Todo-Poderoso,
esquerda e meu Espírito estará deitei as mãos sobre as nações para
em vosso coração e meus b anjos b 
flagelá-las por suas c iniquidades.
ao vosso redor para vos suster. 97 E surgirão pragas e não serão
89 Quem vos recebe, a mim me tiradas da Terra até que eu tenha
recebe; e ele vos alimentará e vos completado minha obra, que se
vestirá e vos dará dinheiro. a 
abreviará em retidão —
90 E aquele que vos alimentar 98 Até que todos os que resta-
ou vos vestir ou vos der dinhei- rem me conheçam, sim, do me-
ro, de modo algum a perderá sua nor até ao maior; e encham-se do
recompensa. conhecimento do Senhor e a vejam
84 a Mt. 6:34. Espírito. 91 a Jo. 13:35.
85 a Mt. 10:19–20; 86 a Mt. 24:44–46; 92 a Mt. 10:14;
Lc. 12:11–12; D&C 58:26–29; 107:99– Lc. 9:5;
D&C 100:6. 100. D&C 60:15.
b 2 Né. 31:20; 87 a GEE Obra Missionária. 96 a GEE Onipotente.
Al. 17:2–3; 88 a Mt. 10:40; b D&C 1:13–14.
D&C 6:20; 11:21–26. Jo. 13:20. c GEE Iniquidade,
GEE Ponderar. b D&C 84:42. Iníquo.
c GEE Ensinar, Mestre — GEE Anjos. 97 a Mt. 24:22.
Ensinar com o 90 a Mt. 10:42; Mc. 9:41. 98 a Isa. 52:8.
Doutrina e Convênios 84:99–107 180
olho a olho e ergam suas vozes e que todos os homens que saírem
juntos b cantem este novo cântico, para proclamar meu evangelho
dizendo: eterno, se tiverem família e re-
99 O Senhor trouxe Sião outra ceberem dinheiro como presen-
vez; te, enviem-no a sua família ou
O Senhor a redimiu seu povo, b Is- usem-no em benefício dela, como
rael, o Senhor os instruir, pois isto me
De acordo com a c eleição da d graça parece bom.
Que se realizou pela fé 104 E que todos os que recebe-
E e convênio de seus pais. rem a dinheiro e não tiverem fa-
100 O Senhor redimiu seu povo; mília, enviem-no ao bispo de Sião
E Satanás está a preso e o tempo já ou ao bispo de Ohio, a fim de que
não existe. seja consagrado para trazer à luz
O Senhor reuniu todas as coisas as revelações e para imprimi-las
em b uma. com a finalidade de estabelecer
O Senhor trouxe c Sião do alto. Sião.
O Senhor d ergueu Sião de baixo. 105 E se algum homem vos der
101 A a Terra concebeu e deu à um casaco ou um traje, tomai o
luz sua força; velho e dai-o aos a pobres e segui
E a verdade está estabelecida em vosso caminho, rejubilando-vos.
suas entranhas; 106 E se houver algum homem
E os céus sorriram sobre ela; entre vós de Espírito forte, que
E ela está vestida com a b glória de a 
tome consigo aquele que for fra-
seu Deus; co, para que seja edificado em toda
Porque ele está no meio de seu b 
mansidão a fim de também se
povo. tornar forte.
102 Glória e honra e força e poder 107 Portanto, levai convosco os
Sejam dados a nosso Deus; porque que são ordenados ao a sacerdó-
ele é cheio de a misericórdia, cio menor e enviai-os adiante de
Justiça, graça e verdade e b paz vós para marcar compromissos e
Para todo o sempre. Amém. preparar o caminho e cumprir os
103 E também, em verdade, em compromissos que não puderdes
verdade vos digo: É conveniente cumprir.
98 b Salm. 96:1; 100 a Apoc. 20:2–3; 102 a GEE Misericórdia,
Apoc. 15:3; D&C 43:31; 45:55; Misericordioso.
D&C 25:12; 133:56. 88:110. b GEE Paz.
GEE Cantar. b Ef. 1:10; 104 a D&C 51:8–9, 12–13.
99 a Apoc. 5:9; D&C 27:13. 105 a GEE Pobres — Pobres
D&C 43:29. c D&C 45:11–14; de bens materiais.
b GEE Israel. Mois. 7:62–64. 106 a GEE Confraternizar.
c GEE Eleição. GEE Sião. b GEE Mansidão, Manso,
d GEE Graça. d D&C 76:102; 88:96. Mansuetude.
e GEE Convênio 101 a GEE Terra. 107 a GEE Sacerdócio
Abraâmico. b GEE Glória. Aarônico.
181 Doutrina e Convênios 84:108–119
108 Eis que foi assim que meus à cidade de Albany e à cidade de
apóstolos, na antiguidade, edifi- Boston; e advirta o povo dessas
caram-me a minha igreja. cidades com o som do evangelho,
109 Portanto, que todo homem em voz alta, da a desolação e com-
ocupe seu próprio cargo e trabalhe pleta destruição que os aguardam,
em seu próprio chamado; e que a se rejeitarem estas coisas.
cabeça não diga aos pés não ter 115 Pois se rejeitarem estas coi-
deles necessidade; porque, sem os sas, a hora de seu julgamento es-
pés, como se sustentaria o corpo? tará próxima e sua casa se lhes
110 Também o corpo tem necessi- fará a deserta.
dade de todos os a membros, para 116 Que ele a confie em mim e
que todos sejam juntos edificados, não será b confundido; e nenhum
a fim de que o sistema se mante- c 
fio de cabelo de sua cabeça cairá
nha perfeito. sem que se perceba.
111 E eis que os a sumos sacerdo- 117 E em verdade eu digo a vós,
tes devem viajar, assim como os o restante de meus servos: Saí,
élderes e também os b sacerdotes como vos permitirem as circuns-
menores; mas os c diáconos e os tâncias, em vossos diversos cha-
d 
mestres devem ser designados mados, indo às grandes e notáveis
para e zelar pela igreja, para serem cidades e povoados, repreendendo
ministros locais da igreja. o mundo em retidão por todos os
112 E o bispo, Newel K. Whitney, seus feitos injustos e ímpios, expli-
também deve viajar pelas redon- cando de modo claro e compreen-
dezas e por entre todas as igre- sível a ruína da abominação dos
jas, buscando os pobres a fim de últimos dias.
a 
atender às suas necessidades, 118 Pois convosco, diz o Senhor
tornando b humildes os ricos e os Todo-Poderoso, a esmiuçarei seus
orgulhosos. reinos; não somente farei b estreme-
113 Deve também empregar um cer a Terra, mas também os céus
a 
agente que se encarregue e cuide estrelados tremerão.
de seus negócios seculares, confor- 119 Pois eu, o Senhor, estendi mi-
me sua orientação. nha mão para exercer os poderes
114 Contudo, que o bispo vá à do céu; não podeis vê-lo agora,
cidade de Nova York e também mas em pouco o vereis e sabereis
110 a 1 Cor. 12:12–23. 112 a GEE Bem-Estar. c Mt. 10:29–31.
111 a GEE Sumo Sacerdote. b D&C 56:16. 118 a Dan. 2:44–45.
b GEE Sacerdote, 113 a
D&C 90:22. b Joel 2:10;
Sacerdócio Aarônico. 114 a
D&C 1:13–14. D&C 43:18; 45:33, 48;
c GEE Diácono. 115 a
Lc. 13:35. 88:87, 90.
d GEE Mestre, Sacerdócio 116 a
GEE Confiança, GEE Sinais dos
Aarônico. Confiar. Tempos;
e GEE Atalaia, Sentinela, b Salm. 22:5; Últimos Dias.
Vigiar. 1 Ped. 2:6.
Doutrina e Convênios 84:120–85:7 182
que eu sou e que virei e reinarei
a  b 
120 Eu sou o Alfa e o Ômega, o
a 

com meu povo. princípio e o fim. Amém.

SEÇÃO 85
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 de novembro de 1832. Esta seção é um trecho
de uma carta do Profeta a William W. Phelps, que estava morando
em Independence, Missouri. Ela responde perguntas sobre os santos
que se haviam mudado para Sião, mas que não haviam cumprido o
mandamento de consagrar as suas propriedades, e por isso não haviam
recebido a sua herança de acordo com a ordem estabelecida na Igreja.
1–5, Devem-se receber as heranças em queima, tenham seus nomes re-
Sião por meio de consagração; 6–12, gistrados com o povo de Deus.
Alguém poderoso e forte dará aos san- 4 Não se conservará sua genea-
tos sua herança em Sião. logia nem se encontrará nos regis-
tros ou na história da igreja.
É dever do secretário do Senhor, 5 Seus nomes não serão encon-
a quem ele designou, conservar trados, nem os nomes dos pais
uma história e um a registro geral nem os nomes dos filhos escritos
da igreja de todas as coisas que no a livro da lei de Deus, diz o Se-
ocorrem em Sião; e de todos os nhor dos Exércitos.
que b consagram propriedades e 6 Assim diz a a voz mansa e deli-
legalmente recebem heranças do cada, que sussurra através de to-
bispo; das as coisas e b penetra todas as
2 E também seu modo de vida, coisas e muitas vezes faz com que
sua fé e obras; assim como dos meus ossos estremeçam enquanto
apóstatas que apostatarem depois se manifesta, dizendo:
de haver recebido suas heranças. 7 E acontecerá que eu, o Senhor
3 É contrário à vontade e ao man- Deus, enviarei alguém poderoso
damento de Deus que os que não e forte, tendo na mão o cetro do
recebem sua herança por a con- poder, revestido de luz como um
sagração, de acordo com sua lei, manto, cuja boca proferirá pala-
dada por ele para cobrar os b dízi- vras, palavras eternas, ao passo
mos de seu povo a fim de prepa- que suas entranhas serão uma fon-
rá-los para o dia da c vingança e te de verdade, para pôr em ordem
119 a D&C 1:12, 35–36; 85 1 a D&C 21:1; 47:1; 69:3–6. D&C 97:25–26.
29:9–11; 45:59. b D&C 42:30–35. 5 a GEE Livro da Vida.
GEE Segunda Vinda de 3 a GEE Consagrar, Lei da 6 a 1 Re. 19:11–12;
Jesus Cristo. Consagração. Hel. 5:30–31;
b GEE Milênio. b GEE Dízimos. 3 Né. 11:3–7.
120 a GEE Alfa e Ômega. c Mal. 3:10–11, 17; b Heb. 4:12.
183 Doutrina e Convênios 85:8–86:3
a casa de Deus e repartir por sorte 10 Estas coisas não as digo de
as heranças dos santos, cujos no- mim mesmo; portanto, como fala
mes estejam registrados no livro o Senhor, assim ele cumprirá.
da lei de Deus com os nomes de 11 E aqueles que são do sacerdó-
seus pais e de seus filhos; cio maior, cujos nomes não estão
8 Enquanto o homem que foi escritos no a livro da lei, ou que
chamado por Deus e designado, b 
apostataram, ou que foram c eli-
que estende a mão para firmar a minados da igreja, assim como o
a 
arca de Deus, cairá pela flecha sacerdócio menor ou os membros,
da morte como uma árvore que naquele dia não encontrarão uma
é atingida pela flecha vívida do herança entre os santos do Altís-
relâmpago. simo;
9 E todos aqueles que não se 12  Portanto, a eles será feito
acharem inscritos no a livro de re- como aos filhos do sacerdote,
cordações não terão herança algu- como registrado no capítulo dois,
ma naquele dia, mas serão feitos versículos sessenta e um e sessenta
em pedaços e sua porção lhes será e dois de Esdras.
designada entre incrédulos, onde
há b choro e ranger de dentes.

SEÇÃO 86
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de dezembro de 1832. Esta revelação foi recebi-
da enquanto o Profeta revisava o manuscrito da tradução da Bíblia.
1–7, O Senhor explica o significado da que o campo era o mundo; e os
parábola do trigo e do joio; 8–11, Ele apóstolos eram os semeadores das
explica a bênção do sacerdócio para sementes;
os que são herdeiros legais segundo 3 E depois de terem adormecido,
a carne. a grande perseguidora da igreja, a
apóstata, a prostituta, sim, a Babilô-
Em verdade, assim diz o Senhor nia, que faz com que todas as na-
a vós, meus servos, em relação à ções bebam de seu cálice, em cujos
a 
parábola do trigo e do joio: corações o inimigo, sim, Satanás,
2 Eis que em verdade vos digo assenta-se para reinar — eis que
8 a 2 Sam. 6:6–7; GEE Livro de c GEE Excomunhão.
1 Crôn. 13:9–10. Recordações. 86 1 a Mt. 13:6–43;
GEE Arca da Aliança. b D&C 19:5. D&C 101:64–67.
9 a 3 Né. 24:16; 11 a GEE Livro da Vida. 3 a Apoc. 17:1–9.
Mois. 6:5–6. b GEE Apostasia. GEE Babel, Babilônia.
Doutrina e Convênios 86:4–11 184
ele semeia o joio; portanto, o joio e o campo estará pronto para ser
sufoca o trigo e impele a b igreja queimado.
para o deserto. 8 Portanto, assim diz o Senhor
4 Mas eis que nos a últimos dias, a vós, com quem o a sacerdócio
sim, agora, enquanto o Senhor continuou através da linhagem
está começando a trazer à luz a de vossos pais —
palavra e a haste está brotando e 9 Porque sois a herdeiros legais
está ainda tenra — segundo a carne e fostes b escon-
5 Eis que em verdade vos digo: didos do mundo com Cristo, em
Os a anjos estão clamando ao Se- Deus —
nhor dia e noite, pois estão pron- 10 Portanto, a vossa vida e o sa-
tos e esperando para ser enviados cerdócio permaneceram; e é neces-
a b ceifar os campos; sário que permaneçam por meio
6 Diz-lhes, porém, o Senhor: Não de vós e de vossa linhagem, até
arranqueis o joio enquanto a folha a a restauração de todas as coisas
estiver ainda tenra (pois em verda- proferidas pela boca de todos os
de vossa fé é fraca), para que não santos profetas desde o princípio
destruais também o trigo. do mundo.
7 Portanto, deixai que o trigo 11 Portanto, bem-aventurados
e o joio cresçam juntos até que sois se continuais em minha bon-
a colheita esteja completamente dade, uma a luz para os gentios;
amadurecida; então colhereis pri- e por meio deste sacerdócio, um
meiramente o trigo dentre o joio salvador para meu povo, b Israel.
e, depois da colheita do trigo, eis O Senhor disse-o. Amém.
que o joio será amarrado em feixes

SEÇÃO 87
Revelação e profecia sobre guerra, dada por intermédio de Joseph
Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, ou perto dali, em 25 de dezem-
bro de 1832. Naquela ocasião, predominavam nos Estados Unidos
as disputas a respeito da escravidão e da anulação de tarifas federais
por parte da Carolina do Sul. A história de Joseph Smith diz que “as
evidências de problemas entre as nações” estavam se tornando “mais
visíveis” para o Profeta “do que haviam estado antes, desde que a
Igreja iniciou a sua jornada para fora do deserto.”
3 b Apoc. 12:6, 14. Melquisedeque. GEE Restauração do
4 a GEE Últimos Dias. 9 a Abr. 2:9–11. Evangelho.
5 a D&C 38:12. GEE Convênio 11 a Isa. 49:6.
b GEE Ceifa, Colheita. Abraâmico. b D&C 109:59–67.
8 a D&C 113:8. b Isa. 49:2–3.
GEE Sacerdócio de 10 a At. 3:19–21.
185 Doutrina e Convênios 87:1–8
1–4, Prevista a guerra entre os esta- serão organizados e treinados para
dos do norte e os estados do sul; 5–8, a guerra.
Grandes calamidades sobrevirão a to- 5 E acontecerá também que os
dos os habitantes da Terra. remanescentes dos que ficarem
na terra se organizarão e se tor-
Em verdade, assim diz o Senhor narão muito zangados; e afligirão
em relação às guerras que logo os gentios com dolorosa aflição.
ocorrerão, a começar pela rebelião 6 E assim, pela espada e por der-
da a Carolina do Sul que, por fim, ramamento de sangue, os habi-
terminará com a morte e sofrimen- tantes da Terra a lamentar-se-ão; e
to de muitas almas; com b fome e pragas e terremotos
2 E chegará o tempo em que a e também com o trovão do céu e
a 
guerra se derramará sobre to- o violento e vívido relâmpago, os
das as nações, começando desse habitantes da Terra sentirão a ira,
lugar. a indignação e a mão c castigadora
3 Pois eis que os estados do sul se de um Deus Todo-Poderoso, até
dividirão contra os estados do nor- que a destruição decretada ponha
te e os estados do sul recorrerão a um d fim total a todas as nações;
outras nações, mesmo à nação da 7 Para que o clamor dos santos
Grã-Bretanha, como é chamada, e e do a sangue dos santos cesse de
eles também recorrerão a outras subir da Terra aos ouvidos do Se-
nações a fim de se defenderem nhor de b Sabaote, pedindo que
contra outras nações; e então a sejam vingados de seus inimigos.
a 
guerra se derramará sobre todas 8 Portanto, a permanecei em lu-
as nações. gares santos e não sejais movidos
4 E acontecerá, depois de muitos até que venha o dia do Senhor;
dias, que a escravos se levanta- pois eis que b depressa vem, diz o
rão contra seus senhores, os quais Senhor. Amém.

SEÇÃO 88
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 e 28 de dezembro de 1832 e em 3 de janeiro
de 1833. O Profeta a chamou de “ ‘folha de oliveira’ (. . .) tirada da
Árvore do Paraíso, a mensagem de paz do Senhor para nós.” A reve-
lação foi dada depois que os sumo sacerdotes, em uma conferência,
87 1 a D&C 130:12–13. 6 a D&C 29:14–21; 45:49. 7 a Ét. 8:22–24.
2 a Joel 3:9–16; b JS—M 1:29. b Tg. 5:4;
Mt. 24:6–7; c GEE Castigar, Castigo, D&C 88:2; 95:7.
D&C 45:26, 63; 63:33. Corrigir, Repreender. 8 a Mt. 24:15;
3 a D&C 45:68–69. d GEE Mundo — Fim do D&C 45:32; 101:21–22.
4 a D&C 134:12. mundo. b Apoc. 3:11.
Doutrina e Convênios 88:1–6 186
oraram “separadamente e vocalmente para que o Senhor revelasse a
sua vontade a nós com respeito à edificação de Sião.”
1–5, Os santos fiéis recebem aque- Escola dos Profetas, inclusive a orde-
le Consolador, que é a promessa de nança de lava-pés.
vida eterna; 6–13, Todas as coisas são
controladas e governadas pela Luz de Em verdade assim vos diz o Se-
Cristo; 14–16, A Ressurreição vem nhor, a vós que vos reunistes para
por meio da Redenção; 17–31, A obe- saber a sua vontade quanto a vós:
diência à lei celestial, terrestre ou te- 2 Eis que isto é agradável a vos-
lestial prepara os homens para os rei- so Senhor e os anjos a regozijam-
nos e glórias respectivos; 32–35, Os se por vossa causa; as b esmolas
que desejarem permanecer no pecado de vossas orações subiram aos
continuarão imundos; 36–41, Todos os ouvidos do Senhor de c Sabaote e
reinos são governados por lei; 42–45, estão registradas no d livro de no-
Deus deu uma lei para todas as coisas; mes dos santificados, sim, os do
46–50, O homem compreenderá até o mundo celestial.
próprio Deus; 51–61, A parábola do 3 Portanto, agora vos envio ou-
homem que enviou seus servos para o tro a Consolador, sim, a vós, meus
campo e depois os visitou, um por um; amigos, para que habite em vosso
62–73, Aproximai-vos do Senhor e ve- coração, sim, o b Santo Espírito da
reis a Sua face; 74–80, Santificai-vos e promessa; esse outro Consolador
ensinai-vos uns aos outros as doutri- é o mesmo que prometi a meus
nas do reino; 81–85, Todo homem que discípulos, como registrado no
tiver sido advertido deverá advertir testemunho de João.
seu próximo; 86–94, Sinais, convul- 4 Esse Consolador é a promessa
são dos elementos e anjos preparam de a vida eterna que vos faço, sim,
o caminho para a vinda do Senhor; a b glória do reino celestial;
95–102, Trombetas de anjos chamam 5 Cuja glória é a da igreja do a Pri-
os mortos na sua ordem; 103–116, mogênito, sim, de Deus, o mais
Trombetas de anjos proclamam a res- santo de todos, por intermédio de
tauração do evangelho, a queda de Jesus Cristo, seu Filho —
Babilônia e a batalha do grande Deus; 6  a Aquele que subiu ao alto,
117–126, Buscai conhecimento, esta- como também b desceu abaixo
belecei uma casa de Deus (um templo) de todas as coisas, no sentido de
e revesti-vos do vínculo da caridade; que c compreendeu todas as coisas,
127–141, É estabelecida a ordem da para que fosse em tudo e através
88 2 a Lc. 15:10. 3 a Jo. 14:16. 5 a GEE Primogênito.
b At. 10:1–4. b D&C 76:53. 6 a GEE Jesus Cristo.
GEE Oração. GEE Santo Espírito da b D&C 122:8.
c Tg. 5:4; Promessa. GEE Expiação, Expiar.
D&C 95:7. 4 a D&C 14:7. c GEE Onisciente.
d GEE Livro da Vida. b GEE Glória Celestial.
187 Doutrina e Convênios 88:7–21
de todas as coisas, a d luz da ver- 14 Ora, em verdade vos digo que
dade; por meio da a redenção que foi fei-
7 Verdade essa que brilha. Essa ta por vós realiza-se a ressurreição
é a a luz de Cristo. Como também dos mortos.
ele está no sol e é a luz do sol e o 15 E o a espírito e o b corpo são a
poder pelo qual foi b feito. c 
alma do homem.
8 Como também ele está na lua e 16 E a a ressurreição dos mortos
é a luz da lua e o poder pelo qual é a redenção da alma.
foi feita; 17 E a redenção da alma reali-
9 Como também a luz das es- za-se por meio daquele que vivi-
trelas e o poder pelo qual foram fica todas as coisas, em cujo seio
feitas; está decretado que os a pobres e
10 E também a Terra e seu poder, os b mansos da c Terra a herdarão.
sim, a Terra sobre a qual a estais. 18 Portanto, é necessário que seja
11 E a luz que brilha, que vos santificada de toda a iniquidade, a
ilumina, vem por meio daquele fim de ser preparada para a a gló-
que ilumina vossos olhos; e é a ria celestial;
mesma luz que vivifica vosso a en- 19 Pois após ter cumprido o pro-
tendimento; pósito de sua criação, será coroada
12  a Luz essa que procede da com a glória, sim, com a presença
presença de Deus para b encher a de Deus, o Pai;
imensidade do espaço — 20 Para que os corpos que forem
13 A luz que está em a todas as do reino celestial a possuam-na
coisas, que dá b vida a todas as para todo o sempre; porque com
coisas, que é a c lei pela qual to- esse b intento foi feita e criada e
das as coisas são governadas, sim, com esse intento são eles c santi-
o poder de Deus, que se assenta ficados.
em seu trono, que está no seio da 21 E os que não forem santifica-
eternidade, que está no meio de dos por meio da lei que vos dei,
todas as coisas. sim, a lei de Cristo, herdarão outro
6 d D&C 93:2, 8–39. c Jó 38; 17 a GEE Pobres.
GEE Luz, Luz de Cristo; D&C 88:36–38. b GEE Mansidão, Manso,
Verdade. GEE Lei. Mansuetude.
7 a Morô. 7:15–19; 14 a GEE Expiação, Expiar; c GEE Terra — Estado
D&C 84:45. Plano de Redenção. final da Terra.
b Gên. 1:16. 15 a GEE Espírito; 18 a GEE Glória Celestial.
GEE Criação, Criar. Homem, Homens — 19 a D&C 130:7–9.
10 a Mois. 2:1. O homem, filho 20 a D&C 38:20.
11 a GEE Compreensão, espiritual do Pai b Mois. 1:39.
Entendimento. Celestial. GEE Homem,
12 a GEE Luz, Luz de Cristo. b GEE Corpo. Homens — Seu
b Jer. 23:24. c Gên. 2:7. potencial de se tornar
13 a Col. 1:16–17. GEE Alma. como o Pai Celestial.
b Deut. 30:20; 16 a Al. 11:42. c GEE Santificação.
D&C 10:70. GEE Ressurreição.
Doutrina e Convênios 88:22–35 188
reino, sim, um reino terrestre ou a 
glória será a glória pela qual vos-
um reino telestial. so corpo é b vivificado.
22 Porque aquele que não con- 29 Vós, que fordes vivificados
segue viver a a lei de um reino ce- por uma porção da a glória celes-
lestial não consegue suportar uma tial, recebereis sua plenitude.
glória celestial. 30 E aqueles que forem vivifi-
23 E aquele que não consegue cados por uma porção da a glória
viver a lei de um reino terrestre terrestre receberão sua plenitude.
não consegue suportar uma a gló- 31 E também aqueles que forem
ria terrestre. vivificados por uma porção da
24 E aquele que não consegue a 
glória telestial receberão sua ple-
viver a lei de um reino telestial nitude.
não consegue suportar uma a gló- 32 E os que restarem também
ria telestial; portanto, não é digno serão a vivificados; contudo, re-
de um reino de glória. Portanto, gressarão a seu próprio lugar para
deve permanecer num reino que usufruir aquilo que estiverem b dis-
não seja um reino de glória. postos a receber, porque não esta-
25 E também, em verdade vos vam dispostos a usufruir aquilo
digo que a a Terra vive a lei de um que poderiam ter recebido.
reino celestial, porque cumpre o 33 Pois de que vale a um homem
propósito de sua criação e não ser-lhe conferida uma dádiva e
transgride a lei — não a receber? Eis que ele não se
26 Portanto, será a santificada; regozija no que lhe foi dado nem
sim, embora vá b morrer, tornará se regozija naquele que faz a doa-
a ser vivificada e suportará o po- ção.
der pelo qual será vivificada; e os 34 E também, em verdade vos
c 
justos d herdá-la-ão. digo que o que é governado pela
27 Pois, apesar de morrerem, lei é também preservado pela lei
também tornarão a a levantar-se, e é por ela aperfeiçoado e a santi-
um b corpo espiritual. ficado.
28 Aqueles que forem de um es- 35 Aquilo que a transgride uma
pírito celestial receberão o mesmo lei e não obedece à lei, mas pro-
corpo que era um corpo natural; cura tornar-se uma lei para si
sim, recebereis vosso corpo e vossa mesmo e prefere permanecer no
22 a D&C 105:5. d Mt. 5:5; tornar como o Pai
23 a GEE Glória Terrestre. D&C 45:58; 59:2; 63:49. Celestial.
24 a GEE Glória Telestial. 27 a GEE Ressurreição. 30 a GEE Glória Terrestre.
25 a GEE Terra. b 1 Cor. 15:44. 31 a GEE Glória Telestial.
26 a GEE Terra — Estado 28 a GEE Juízo Final. 32 a Al. 11:41–45.
final da Terra. b D&C 43:32; 63:51; b GEE Arbítrio.
b GEE Mundo — Fim do 101:31. 34 a GEE Santificação.
mundo. 29 a GEE Glória Celestial; 35 a GEE Rebeldia,
c 2 Ped. 3:11–14. Homem, Homens — Rebelião.
GEE Retidão. Seu potencial de se
189 Doutrina e Convênios 88:36– 47
pecado, nele permanecendo intei- coisas e em todas as coisas e atra-
ramente, não pode ser santifica- vés de todas as coisas e ao redor
do por lei nem por b misericórdia, de todas as coisas; e todas as coisas
c 
justiça ou julgamento. Portanto, existem por ele e dele, sim, Deus,
permanece d imundo ainda. para todo o sempre.
36 A todos os reinos se deu uma 42 E também, em verdade vos
lei; digo: Ele deu uma lei para todas
37 E há muitos a reinos; pois não as coisas, pela qual se movem em
existe espaço em que não haja rei- seu a tempo e em suas estações;
no; e não existe reino em que não 43 E seus cursos são fixos, sim,
haja espaço, seja um reino maior os cursos dos céus e da Terra, que
ou um reino menor. abrangem a Terra e todos os pla-
38 E a todo reino é dada uma netas.
a 
lei; e toda lei também tem certos 44 E transmitem a luz uns aos
limites e condições. outros em seu tempo e em suas
39 Todos os seres que não se con- estações, em seus minutos, em
formam a essas a condições não são suas horas, em seus dias, em suas
b 
justificados. semanas, em seus meses e em seus
40 Pois a a inteligência apega-se à anos — e tudo isto é b um ano para
inteligência; a b sabedoria recebe a Deus, mas não para o homem.
sabedoria; a c verdade abraça a ver- 45 A Terra gira em suas asas e o
dade; a d virtude ama a virtude; a a 
sol dá sua luz de dia e a lua dá
e 
luz se apega à luz; a misericórdia sua luz à noite e as estrelas tam-
se f compadece da misericórdia e bém dão sua luz, ao girarem em
reclama o que é seu; a justiça se- suas asas, em sua glória, no meio
gue seu curso e reclama o que é do b poder de Deus.
seu; o julgamento vai ante a face 46 A que compararei estes reinos,
daquele que se assenta no trono e para que compreendais?
governa e executa todas as coisas. 47 Eis que todos estes são reinos;
41 Ele a compreende todas as coi- e qualquer homem que tiver visto
sas e todas as coisas estão diante um deles, ou o menor deles, a viu
dele e todas as coisas estão ao seu Deus movendo-se em sua majes-
redor; e ele está acima de todas as tade e poder.
35 b GEE Misericórdia, Justificar. 42 a Dan. 2:20–22;
Misericordioso. 40 a GEE Inteligência(s). Abr. 3:4–19.
c GEE Justiça. b GEE Sabedoria. 44 a GEE Luz, Luz de Cristo.
d Apoc. 22:11; c GEE Verdade. b Salm. 90:4;
1 Né. 15:33–35; d GEE Virtude. 2 Ped. 3:8.
2 Né. 9:16; e GEE Luz, Luz de Cristo. 45 a Gên. 1:16;
Al. 7:21. f GEE Compaixão. Abr. 4:16.
37 a D&C 78:15. 41 a 1 Jo. 3:20; 1 Né. 9:6; b D&C 88:7–13.
38 a D&C 88:13. 2 Né. 9:20; 47 a Al. 30:44;
39 a D&C 130:20–21. D&C 38:1–3. Mois. 1:27–28; 6:63;
b GEE Justificação, GEE Onisciente. Abr. 3:21.
Doutrina e Convênios 88:48–64 190
48 Digo-vos: Ele viu-o; entretan- segundo e o terceiro e o quarto
to, aquele que veio para os a seus e assim por diante, até o décimo
não foi compreendido. segundo.
49 A a luz brilha nas trevas e as 58 E assim todos eles receberam
trevas não a compreendem; con- a luz do semblante de seu senhor,
tudo, dia virá em que b compreen- cada homem em sua hora e em seu
dereis até o próprio Deus, sendo tempo e em sua estação —
vivificados nele e por ele. 59 Começando pelo primeiro e
50 Então sabereis que me vistes, assim por diante, até o a último;
que eu sou e que sou a verdadeira e do último ao primeiro e do pri-
luz que está em vós e que vós es- meiro ao último;
tais em mim; caso contrário, não 60 Cada homem em sua própria
poderíeis prosperar. ordem até que sua hora termi-
51 Eis que compararei estes rei- nasse, de acordo com o que seu
nos a um homem que tem um senhor lhe ordenara, para que seu
campo e que a ele enviou seus senhor fosse nele glorificado e ele
servos para nele cavar. em seu senhor, a fim de que todos
52 E disse ao primeiro: Vai e tra- fossem glorificados.
balha no campo; e na primeira 61 Portanto, a esta parábola com-
hora procurar-te-ei e contemplarás pararei todos estes reinos e seus
a alegria de meu semblante. a 
habitantes — cada reino em sua
53 E disse ao segundo: Vai tam- hora e em seu tempo e em sua
bém para o campo e, na segunda estação, de acordo com o decreto
hora, visitar-te-ei com a alegria de de Deus.
meu semblante. 62 E também, em verdade vos
54 E também ao terceiro disse: digo, meus a amigos: Deixo-vos
Visitar-te-ei; estas palavras para que b ponde-
55 E ao quarto e assim por dian- reis em vosso coração com este
te, até o décimo segundo. mandamento que vos dou de que
56 E o senhor do campo foi até me c invoqueis enquanto estou per-
o primeiro na primeira hora e to —
permaneceu com ele toda aquela 63  a Achegai-vos a mim e ache-
hora; e ele alegrou-se com a luz do gar-me-ei a vós; b procurai-me dili-
semblante de seu senhor. gentemente e c achar-me-eis; pedi e
57 E então apartou-se do pri- recebereis; batei e ser-vos-á aberto.
meiro a fim de visitar também o 64 Tudo o que a pedirdes ao Pai
48 a Jo. 1:11; 59 a Mt. 20:1–16. Tg. 4:8;
3 Né. 9:16; 61 a D&C 76:24. Apoc. 3:20.
D&C 39:1–4. 62 a D&C 84:63; 93:45. b 1 Crôn. 28:9;
49 a D&C 6:21; 50:23–24; b GEE Ponderar. Ét. 12:41;
84:45–47. c Isa. 55:6; Tg. 1:5; D&C 101:38.
b Jo. 17:3; D&C 46:7. c D&C 4:7; 49:26.
D&C 93:1, 28. 63 a Zac. 1:3; 64 a GEE Oração.
191 Doutrina e Convênios 88:65–76
em meu nome vos será dado, se lugar e convocai uma assembleia
for para vosso b bem; solene, sim, daqueles que são os
65 E se pedirdes alguma coisa primeiros trabalhadores deste úl-
que não seja para o vosso a bem, timo reino.
tornar-se-á em vossa b condenação. 71 E que aqueles a quem a adver-
66 Eis que o que ouvis é como a tiram em suas viagens invoquem
a 
voz de alguém clamando no de- o Senhor e ponderem por algum
serto — no deserto, porque não o tempo, em seu coração, a adver-
podeis ver — a minha voz, porque tência que receberam.
a minha voz é b Espírito; o meu Es- 72 Eis que cuidarei de vossos
pírito é verdade; a c verdade per- rebanhos e levantarei élderes e
siste e não tem fim; e se estiver em enviá-los-ei a eles.
vós, prosperará. 73 Eis que apressarei minha obra
67 E se vossos olhos estiverem a seu tempo.
a 
fitos em minha b glória, todo o 74 E dou a vós, que sois os pri-
vosso corpo se encherá de luz e em meiros a trabalhadores deste últi-
vós não haverá trevas; e o corpo mo reino, um mandamento de que
que é cheio de luz c compreende vos reunais e vos organizeis e vos
todas as coisas. prepareis e vos b santifiqueis; sim,
68  Portanto, a santificai-vos, purificai o coração e c lavai as mãos
para que vossa b mente concen- e os pés perante mim, para que eu
tre-se em Deus; e dias virão em vos torne d limpos;
que o c vereis, porque ele vos des- 75 Para que eu testifique a vos-
vendará sua face; e será em seu so a Pai e vosso Deus e meu Deus,
próprio tempo e a seu próprio que estais limpos do sangue desta
modo e de acordo com sua pró- geração iníqua; para que, quando
pria vontade. eu desejar, cumpra esta promessa,
69 Lembrai-vos da grande e úl- esta grande e última promessa
tima promessa que vos fiz; recha- que vos fiz;
çai vossos pensamentos a ociosos 76 Também vos dou um man-
e vossos b risos excessivos. damento de que continueis em
70 Permanecei, permanecei neste a 
oração e b jejum a partir de agora.
64 b D&C 18:18; 46:28–30. c Prov. 28:5; 74 a Mt. 20:1, 16.
65 a Tg. 4:3. D&C 93:28. b Lev. 20:7–8;
b D&C 63:7–11. GEE Discernimento, 3 Né. 19:28–29;
66 a Isa. 40:3; Dom de. D&C 50:28–29; 133:62.
1 Né. 17:13; 68 a GEE Santificação. c GEE Limpo e Imundo.
Al. 5:37–38; b GEE Mente. d Ét. 12:37.
D&C 128:20. c D&C 67:10–13; 93:1; 75 a GEE Homem,
b GEE Espírito Santo; 97:15–17. Homens — O homem,
Luz, Luz de Cristo. 69 a Mt. 12:36; filho espiritual do Pai
c GEE Verdade. Mos. 4:29–30; Celestial;
67 a Mt. 6:22; Al. 12:14. Pai Celestial;
Lc. 11:34–36; b D&C 59:15; 88:121. Trindade — Deus, o Pai.
D&C 82:19. 71 a GEE Advertência, 76 a GEE Oração.
b Jo. 7:18. Advertir, Prevenir. b GEE Jejuar, Jejum.
Doutrina e Convênios 88:77–87 192
77 E dou-vos um mandamento 83 Aquele que cedo me buscar
a  b 

de que vos a ensineis a b doutrina achar-me-á e não será abandonado.


do reino uns aos outros. 84 Portanto, permanecei e tra-
78 Ensinai diligentemente e mi- balhai diligentemente, a fim de
nha a graça acompanhar-vos-á, que sejais aperfeiçoados em vosso
para que sejais b instruídos mais ministério, para irdes aos a gentios
perfeitamente em teoria, em prin- pela última vez — todos os que a
cípio, em doutrina, na lei do evan- boca do Senhor nomear — com o
gelho, em todas as coisas perti- fim de b ligar a lei e selar o teste-
nentes ao reino de Deus, que vos munho e preparar os santos para
convém compreender; a hora do julgamento que está
79 Tanto as coisas do a céu como para vir;
da Terra e de debaixo da Terra; 85 Para que suas almas escapem
coisas que foram, coisas que são, à ira de Deus, a a ruína da abomi-
coisas que logo hão de suceder; nação que espera os iníquos, tan-
coisas que estão em casa, coisas to neste mundo como no mundo
que estão no estrangeiro; as b guer- futuro. Em verdade vos digo que
ras e complexidades das nações e aqueles que não são os primeiros
os julgamentos que estão sobre a élderes continuem na vinha até
terra; e também um conhecimento que a boca do Senhor os b chame,
de países e reinos — porque ainda não é chegada a sua
80 Para que estejais preparados em hora; suas vestes não estão c limpas
todas as coisas, quando eu vos en- do sangue desta geração.
viar outra vez para magnificardes o 86 Permanecei na a liberdade que
chamado com o qual vos chamei e a vos faz b livres; c não vos embara-
missão com a qual vos comissionei. ceis no d pecado, mas que se con-
81 Eis que vos enviei para a tes- servem e limpas as vossas mãos até
tificar e advertir o povo, e todo que venha o Senhor.
aquele que for advertido deverá 87 Pois em pouco tempo a a Terra
b 
advertir seu próximo. b 
estremecerá e cambaleará de um
82 Portanto, não têm desculpa e lado para outro, como um homem
seus pecados estão sobre sua pró- embriagado; e o c sol esconderá sua
pria cabeça. face e recusará sua luz; e a lua será
77 a GEE Ensinar, Mestre. Jer. 29:12–14; GEE Liberdade, Livre.
b GEE Doutrina de Cristo. D&C 54:10. b Jo. 8:36.
78 a GEE Graça. b Al. 37:35. GEE Arbítrio;
b D&C 88:118; 90:15; 84 a JS—H 1:41. Liberdade, Livre.
93:53. b Isa. 8:16–17. c Gál. 5:1.
79 a GEE Céu. 85 a Mt. 24:15. d GEE Pecado.
b GEE Guerra. b D&C 11:15. e Jó 17:9; Salm. 24:4;
81 a GEE Testificar. c 1 Né. 12:10–11; Al. 5:19.
b D&C 63:58. Jacó 1:19; 2:2; 87 a Isa. 13:4–13.
GEE Advertência, D&C 112:33. b D&C 43:18.
Advertir, Prevenir. GEE Pureza, Puro. c Joel 2:10;
83 a Deut. 4:29–31; 86 a Mos. 5:8. D&C 45:42; 133:49.
193 Doutrina e Convênios 88:88–98
banhada em d sangue; e as e estrelas b 
igreja, a c mãe das abominações,
tornar-se-ão muito zangadas e lan- que fez com que todas as nações
çar-se-ão para baixo como o figo bebessem do vinho da ira de sua
que cai de uma figueira. d 
fornicação, que persegue os san-
88 E depois de vosso testemunho tos de Deus, que derramou seu
vêm ira e indignação sobre o povo. sangue — aquela que se assen-
89 Pois depois de vosso testemu- ta sobre muitas águas e sobre as
nho vem o testemunho de a terre- ilhas do mar — eis que ela é o
motos, que farão gemer a Terra em e 
joio da Terra; está amarrada em
seu âmago; e homens cairão por feixes; seus laços são fortalecidos,
terra e não poderão ficar de pé. nenhum homem os pode desa-
90 E vem também o testemunho tar; portanto, está pronta para ser
da a voz de trovões e da voz de re- f 
queimada. E ele soará sua trom-
lâmpagos e da voz de tempestades beta longa e fortemente; e todas
e da voz das ondas do mar, arre- as nações a ouvirão.
messando-se além de seus limites. 95 E haverá a silêncio no céu pelo
91 E todas as coisas estarão a tu- espaço de meia hora; e imedia-
multuadas; e certamente o coração tamente depois a cortina do céu
dos homens lhes falhará; pois o se desenrolará, como um b rolo se
temor tomará conta de todos. desenrola depois de ter sido en-
92 E a anjos voarão pelo meio do rolado, e a c face do Senhor será
céu, clamando em alta voz, soan- revelada;
do a trombeta de Deus, dizendo: 96 E os santos que estiverem na
Preparai-vos, preparai-vos, ó ha- Terra, que estiverem vivos, serão
bitantes da Terra; pois é chegado vivificados e a arrebatados para
o julgamento do nosso Deus. Eis encontrá-lo.
que vem o b Esposo; saí para en- 97 E os que tiverem dormido em
contrá-lo. sua sepultura se a levantarão, pois
93 E imediatamente aparecerá a sua cova será aberta; e eles tam-
um a grande sinal no céu e todo o bém serão arrebatados para encon-
povo o verá juntamente. trá-lo no meio do pilar do céu —
94 E outro anjo soará sua trom- 98 Eles são de Cristo, as a pri-
beta, dizendo: Aquela a grande mícias, os que descerão com ele
87 d Apoc. 6:12. Lc. 21:25–27. GEE Terra —
e Joel 3:15. GEE Sinais dos Purificação da Terra.
89 a D&C 45:33. Tempos. 95 a D&C 38:12.
90 a Apoc. 8:5; 94 a 1 Né. 13:4–9. b Apoc. 6:14.
D&C 43:17–25. b GEE Diabo — Igreja c GEE Segunda Vinda de
91 a D&C 45:26. do diabo. Jesus Cristo.
92 a Apoc. 8:13; c Apoc. 17:5. 96 a 1 Tess. 4:16–17.
D&C 133:17. d Apoc. 14:8. 97 a D&C 29:13; 45:45–46;
b Mt. 25:1–13; e Mt. 13:38. 133:56.
D&C 33:17; 133:10, 19. f D&C 64:23–24; GEE Ressurreição.
93 a Mt. 24:30; 101:23–25. 98 a 1 Cor. 15:23.
Doutrina e Convênios 88:99–107 194
primeiro, e os que estão na Terra quinto anjo que, voando no meio
e em suas sepulturas, que serão do céu, entrega o a evangelho eter-
os primeiros a serem arrebatados no a todas as nações, tribos, lín-
para encontrá-lo; e tudo isto pela guas e povos;
voz do soar da trombeta do anjo 104 E esse será o som de sua
de Deus. trombeta, falando a todos, tanto
99 E depois disto um outro anjo no céu como na Terra e aos que
soará, que é a segunda trombeta; estão debaixo da Terra; pois a todo
e então virá a redenção daqueles ouvido o ouvirá e todo joelho se
que forem de Cristo na sua vinda; b 
dobrará e toda língua confessará,
os que receberam sua parte naque- ao ouvirem eles o som da trombe-
la a prisão preparada para eles, a ta, dizendo: c Temei a Deus e dai
fim de receberem o evangelho e glória a ele, que se assenta em seu
serem b julgados de acordo com os trono para todo o sempre; pois
homens na carne. chegada é a hora de seu juízo.
100 E também uma outra trom- 105 E também outro anjo, que é
beta soará, que é a terceira trom- o sexto anjo, soará sua trombeta,
beta; e então virão os a espíritos de dizendo: a Caiu aquela que fez com
homens que deverão ser julgados que todas as nações bebessem do
e que se encontram sob b conde- vinho da ira de sua fornicação; ela
nação; caiu, caiu!
101 E esses são os remanescentes 106 E também outro anjo, que
dos a mortos; e não tornarão a vi- é o sétimo anjo, soará sua trom-
ver até que os b mil anos se acabem, beta, dizendo: Está consumado,
nem até o fim da Terra. está consumado! O a Cordeiro de
102 E uma outra trombeta soará, Deus b venceu e sozinho c pisou o
que é a quarta trombeta, dizendo: lagar, sim, o lagar do furor da ira
Entre os que hão de permanecer do Deus Todo-Poderoso.
até o grande e último dia, sim, o 107 E então os anjos serão coroa-
fim, acham-se aqueles que hão de dos com a glória de seu poder e
permanecer a imundos ainda. os a santos encher-se-ão com sua
103 E uma outra trombeta soará, b 
glória e receberão sua c herança e
que é a quinta trombeta, que é o serão d igualados a ele.
99 a D&C 76:73; 138:8. 102 a GEE Imundície, D&C 1:16.
GEE Salvação para os Imundo. 106 a GEE Cordeiro de Deus.
Mortos. 103 a Apoc. 14:6–7. b 1 Cor. 15:25.
b 1 Ped. 4:6. GEE Restauração do c Isa. 63:3–4;
100 a Apoc. 20:12–13; Evangelho. Apoc. 19:15;
Al. 11:41; 104 a Apoc. 5:13. D&C 76:107; 133:50.
D&C 43:18; 76:85. b Isa. 45:23; Filip. 2:9–11. 107 a GEE Santo
b GEE Condenação, c GEE Reverência; (substantivo).
Condenar. Temor — Temor de b GEE Glória Celestial.
101 a Apoc. 20:5. Deus. c GEE Exaltação.
b GEE Milênio. 105 a Apoc. 14:8; d D&C 76:95.
195 Doutrina e Convênios 88:108–121
108 E então o primeiro anjo tor- seu próprio lugar para que já não
nará a soar sua trombeta aos ou- tenham poder sobre os santos.
vidos de todos os viventes e a reve- 115 Porque Miguel lutará as ba-
lará os atos secretos dos homens talhas deles e vencerá aquele que
e as obras grandiosas de Deus no a 
busca o trono do que se assenta
b 
primeiro milênio. no trono, sim, o Cordeiro.
109 E então o segundo anjo soa- 116 Esta é a glória de Deus e dos
rá sua trombeta e revelará os atos a 
santificados; e eles já não verão
secretos dos homens, e os pensa- a b morte.
mentos e intentos de seu coração, 117 Portanto, em verdade vos
e as obras grandiosas de Deus no digo, meus a amigos: Convocai
segundo milênio — vossa assembleia solene, como
110 E assim por diante, até que vos ordenei.
o sétimo anjo soe sua trombeta; 118 E como nem todos têm fé,
e ele colocar-se-á sobre a terra e buscai diligentemente e a ensinai-
sobre o mar e jurará, pelo nome vos uns aos outros palavras de
daquele que se assenta em seu b 
sabedoria; sim, nos melhores c li-
trono, que o a tempo já não existe; vros buscai palavras de sabedoria;
e b Satanás, aquela velha serpente procurai conhecimento, sim, pelo
que é chamada diabo, será amar- estudo e também pela fé.
rado e não será solto pelo espaço 119 Organizai-vos; preparai to-
de c mil anos. das as coisas necessárias e es-
111 E então será a solto por al- tabelecei uma a casa, sim, uma
gum tempo a fim de reunir seus casa de oração, uma casa de je-
exércitos. jum, uma casa de fé, uma casa de
112 E a Miguel, o sétimo anjo, sim, aprendizado, uma casa de glória,
o arcanjo, reunirá seus exércitos, uma casa de ordem, uma casa
sim, as hostes dos céus. de Deus.
113 E o diabo reunirá seus exér- 120 Para que nela entreis em
citos; sim, as hostes do inferno, e nome do Senhor; para que dela
subirá para batalhar contra Miguel saiais em nome do Senhor; para
e seus exércitos. que todas as vossas saudações
114 E então vem a a batalha do sejam em nome do Senhor, com
grande Deus; e o diabo e seus mãos elevadas ao Altíssimo.
exércitos serão arremessados em 121 Portanto, a cessai todas as
108 a Al. 37:25; D&C 1:3. 114 a Apoc. 16:14. 117 a D&C 109:6.
b D&C 77:6–7. 115 a Isa. 14:12–17; 118 a D&C 88:76–80.
110 a D&C 84:100. Mois. 4:1–4. GEE Ensinar, Mestre.
b Apoc. 20:1–3; 116 a GEE Exaltação; b GEE Sabedoria.
1 Né. 22:26; Santificação. c D&C 55:4; 109:7, 14.
D&C 101:28. b Apoc. 21:4; 119 a D&C 95:3; 97:10–17;
GEE Diabo. Al. 11:45; 12:18; 109:2–9; 115:8.
c GEE Milênio. D&C 63:49. GEE Templo, A Casa do
111 a D&C 29:22; 43:30–31. GEE Imortal, Senhor.
112 a GEE Miguel. Imortalidade. 121 a D&C 43:34; 100:7.
Doutrina e Convênios 88:122–133 196
vossas conversas levianas, todo todos os oficiais da igreja ou, em
b 

b 
riso, todas as vossas c concupis- outras palavras, os que são chama-
cências, todo d orgulho e frivolida- dos para o ministério da igreja, a
de e todas as vossas ações iníquas. começar pelos sumos sacerdotes,
122 Dentre vós designai um pro- até os diáconos —
fessor e não falem todos ao mes- 128 E esta será a ordem da casa
mo tempo; mas cada um fale a da presidência da escola: Aquele
seu tempo e todos ouçam suas que for designado para presiden-
palavras, para que quando todos te ou professor deverá estar em
houverem falado, todos sejam edi- seu lugar, na casa que lhe será
ficados por todos, para que todos preparada.
tenham privilégios iguais. 129 Portanto, será o primeiro
123 Vede que vos a ameis uns aos na casa de Deus, num lugar em
outros; cessai de ser b cobiçosos; que a congregação da casa pos-
aprendei a repartir uns com os sa ouvir-lhe as palavras atenta e
outros, como requer o evangelho. distintamente, sem que ele tenha
124 Cessai de ser a ociosos; cessai de falar alto.
de ser impuros; cessai de b achar 130 E quando ele entrar na casa
faltas uns nos outros; cessai de de Deus, pois deverá ser o primei-
dormir mais do que o necessário; ro a chegar — eis que isto é belo,
recolhei-vos cedo, para que não para que ele sirva de exemplo —
vos canseis; levantai-vos cedo, 131 Que se a ofereça a si mesmo
para que vosso corpo e vossa men- em oração, de joelhos perante
te sejam fortalecidos. Deus, em sinal ou lembrança do
125 E sobretudo, como que com convênio eterno.
um manto, revesti-vos do vínculo 132 E quando alguém entrar de-
da a caridade, que é o vínculo da pois dele, que o professor se levan-
perfeição e b paz. te e, com mãos elevadas aos céus,
126  a Orai sempre, para que não sim, diretamente, saúde seu irmão
desfaleçais, até que eu b venha. Eis ou irmãos com estas palavras:
que depressa venho e vos recebe- 133 És irmão ou sois irmãos?
rei para mim mesmo. Amém. Saúdo-vos em nome do Senhor
127 E também, a ordem da casa Jesus Cristo, em sinal ou lembran-
preparada para a presidência da ça do convênio eterno, convênio
a 
escola dos profetas, estabelecida esse no qual vos recebo na a fra-
para sua instrução em todas as ternidade, com a determinação
coisas que lhes convém, sim, para fixa, inamovível e imutável de ser
121 b D&C 59:15; 88:69. Ocioso. b D&C 1:12.
c GEE Carnal. b D&C 64:7–10. 127 a GEE Escola dos
d GEE Orgulho. GEE Maledicência. Profetas.
123 a GEE Amor. 125 a GEE Caridade. b GEE Oficial, Ofício.
b GEE Cobiçar. b GEE Paz. 131 a GEE Adorar.
124 a GEE Ociosidade, 126 a GEE Oração. 133 a GEE Confraternizar.
197 Doutrina e Convênios 88:134–89:1
vosso amigo e b irmão pela graça graças, como o Espírito vos leva-
de Deus, nos laços do amor, para rá a dizer em tudo o que fizerdes
caminhar em todos os manda- na casa do Senhor, na escola dos
mentos de Deus, imaculado, com profetas, para que ela se torne um
ação de graças, para todo o sem- santuário, um tabernáculo do San-
pre. Amém. to Espírito para vossa a edificação.
134 E o que for considerado in- 138 E a ninguém recebereis en-
digno desta saudação não terá tre vós nessa escola, a não ser que
lugar entre vós; porque não per- esteja limpo do a sangue desta ge-
mitireis que minha casa seja por ração;
ele a contaminada. 139 E ele será recebido pela or-
135 E aquele que entrar e for fiel denança do a lava-pés, pois para
perante mim e for um irmão, ou esse fim foi instituída a ordenança
se forem irmãos, saudarão o pre- do lava-pés.
sidente ou professor com mãos 140 E também, a ordenança do
elevadas ao céu, com essa mesma lava-pés deve ser administrada
oração e convênio, ou dizendo pelo presidente, ou seja, o élder
Amém em sinal de acordo. presidente da igreja.
136 Eis que em verdade vos digo: 141 Deverá começar com oração;
Isto vos é um exemplo de sauda- e depois de a participar do pão e do
ção na casa de Deus, na escola dos vinho, ele deverá cingir-se de acor-
profetas. do com o b modelo dado no décimo
137 E sois chamados para fazer terceiro capítulo do testemunho de
isso por meio de oração e ação de João concernente a mim. Amém.

SEÇÃO 89
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 de fevereiro de 1833. O fato de os irmãos
daquela época mascarem tabaco em suas reuniões levou o Profeta a
ponderar sobre o assunto; por conseguinte, ele inquiriu o Senhor a
respeito disto. O resultado foi esta revelação, conhecida como a Pa-
lavra de Sabedoria.
1–9, Condena-se o uso de vinho, be- lei do evangelho, incluindo-se a Pala-
bidas fortes, tabaco e bebidas quentes; vra de Sabedoria, proporciona bênçãos
10–17, Indicam-se para uso dos ho- físicas e espirituais.
mens e dos animais as ervas, frutas,
carnes e grãos; 18–21, A obediência à Uma a Palavra de Sabedoria,
133 b GEE Irmã(s), Irmão(s). 139 a GEE Lavado, 89 1 a GEE Palavra de
134 a D&C 97:15–17; 110:7–8. Lavamento, Lavar. Sabedoria.
137 a D&C 50:21–24. 141 a GEE Sacramento.
138 a D&C 88:74–75, 84–85. b Jo. 13:4–17.
Doutrina e Convênios 89:2–15 198
para o benefício do conselho de são para o ventre, mas para lavar
sumos sacerdotes, reunido em vosso corpo.
Kirtland, e da igreja e também 8 E também tabaco não é para o
dos santos de Sião — a 
corpo nem para o ventre e não é
2 Para ser enviada como sauda- bom para o homem, mas é uma
ção; não como mandamento ou erva para machucaduras e todo
coerção, mas como revelação e gado doente, a qual se deve usar
palavra de sabedoria, manifestan- com discernimento e habilidade.
do a ordem e a a vontade de Deus 9 E também bebidas quentes não
quanto à salvação física de todos são para o corpo nem para o ventre.
os santos nos últimos dias — 10 E também em verdade vos
3 Dada como princípio com a pro- digo: Todas as a ervas salutares
messa, adaptada à capacidade dos indicou Deus para a constituição,
fracos e do mais fraco de todos natureza e uso do homem —
os b santos, que são ou podem ser 11 Toda erva em sua estação e
chamados santos. toda fruta em sua estação; todas
4 Eis que, em verdade, assim vos essas para serem usadas com pru-
diz o Senhor: Devido a a maldades dência e a ação de graças.
e desígnios que existem e virão 12 Sim, também a a carne de b ani-
a existir no coração de b homens mais e a das aves do ar, eu, o Se-
conspiradores nos últimos dias, eu nhor, indiquei para uso do homem,
vos c adverti e previno-vos, dando- com gratidão; contudo, devem ser
vos esta palavra de sabedoria por usadas c moderadamente;
revelação — 13 Agrada-me que não sejam
5 Eis que não é bom nem acei- usadas a não ser no inverno ou em
tável aos olhos de vosso Pai que tempos de frio ou de fome.
alguém entre vós tome a vinho ou 14 Todos os a grãos são indicados
bebida forte, exceto quando vos para uso do homem e dos animais,
reunis para oferecer vossos sacra- para ser o esteio da vida, não só
mentos perante ele. para o homem, mas também para
6 E eis que deve ser vinho, sim, os animais do campo e as aves do
a 
vinho puro de uva da videira, de céu e todos os animais selvagens
vossa própria fabricação. que correm ou rastejam na terra;
7 E também a bebidas fortes não 15 E estes fez Deus para uso do
2 a D&C 29:34. c GEE Advertência, D&C 59:17–20.
GEE Mandamentos de Advertir, Prevenir. 11 a GEE Ação de Graças,
Deus. 5 a Lev. 10:9–11; Agradecido,
3 a D&C 89:18–21. Isa. 5:11–12; Agradecimento.
b GEE Santo 1 Cor. 6:10. 12 a Gên. 9:3;
(substantivo). 6 a D&C 27:1–4. Lev. 11:1–8.
4 a GEE Enganar, Engano, 7 a Prov. 20:1; 23:29–35. b 1 Tim. 4:3–4;
Fraude. 8 a 1 Cor. 3:16–17. D&C 49:18–21.
b GEE Combinações GEE Corpo. c D&C 59:20.
Secretas. 10 a IE plantas. Gên. 1:29; 14 a Dan. 1:6–20.
199 Doutrina e Convênios 89:16–90:3
homem apenas em épocas de es- 18 E todos os santos que se lem-
cassez ou fome excessiva. brarem de guardar e fazer estas
16 Todos os grãos são bons para coisas, obedecendo aos manda-
alimento do homem, como tam- mentos, receberão a saúde para o
bém o fruto da videira; aquilo que umbigo e medula para os ossos;
produz fruto, seja na terra ou aci- 19 E encontrarão a sabedoria e
ma da terra — grandes tesouros de b conhecimen-
17 Contudo, o trigo para o ho- to, sim, tesouros ocultos;
mem e o milho para o boi e a aveia 20 E a correrão e não se cansarão;
para o cavalo e o centeio para as e caminharão e não desfalecerão.
aves e os porcos e para todos os 21 E eu, o Senhor, faço-lhes uma
animais do campo; e a cevada para a 
promessa de que o anjo destrui-
todos os animais úteis e para be- dor b passará por eles, como os
bidas suaves, como também ou- filhos de Israel, e não os matará.
tros grãos. Amém.

SEÇÃO 90
Revelação a Joseph Smith, o Profeta, dada em Kirtland, Ohio, em 8 de
março de 1833. Esta revelação é um passo adicional no estabelecimento
da Primeira Presidência (ver cabeçalho da seção 81); como resultado,
os conselheiros mencionados foram ordenados em 18 de março de 1833.
1–5, As chaves do reino são con- Assim diz o Senhor: Em verdade,
feridas a Joseph Smith e, por meio em verdade te digo, meu filho, que
dele, à Igreja; 6–7, Sidney Rigdon teus pecados te são a perdoados,
e Frederick G. Williams devem ser- de acordo com teu pedido, pois
vir na Primeira Presidência; 8–11, tuas orações e as orações de teus
Deve-se pregar o evangelho às na- irmãos subiram a meus ouvidos.
ções de Israel, aos gentios e aos 2 Portanto, serás abençoado, da-
judeus, cada homem ouvindo-o em qui em diante, tu que possuis as
sua própria língua; 12–18, Joseph a 
chaves do reino que te foram da-
Smith e seus conselheiros devem das; b reino esse que está surgindo
pôr em ordem a Igreja; 19–37, Vá- pela última vez.
rias pessoas são aconselhadas pelo 3 Em verdade te digo: As cha-
Senhor a andar retamente e a servir ves deste reino jamais te serão
em Seu reino. tomadas, enquanto estiveres no
18 a Prov. 3:8. 21 a D&C 84:80. Sacerdócio.
19 a GEE Sabedoria. b Êx. 12:23, 29. b GEE Reino de Deus ou
b GEE Conhecimento; 90 1 a GEE Perdoar. Reino dos Céus.
Testemunho. 2 a D&C 65:2.
20 a Isa. 40:31. GEE Chaves do
Doutrina e Convênios 90:4–15 200
mundo; tampouco no mundo vin- chegue aos confins da Terra, pri- a 

douro; meiro aos b gentios e, depois, eis


4 Contudo, por teu intermédio os que se voltarão para os judeus.
a 
oráculos serão dados a um outro, 10 E então virá o dia em que o
sim, à igreja. braço do Senhor se a revelará em
5 E todos os que receberem os poder, para convencer as nações,
oráculos de Deus, que se a acau- as nações pagãs, a casa de b José, do
telem de como os consideram, evangelho de sua salvação.
para que não os menosprezem e 11 Pois acontecerá nesse dia que
se ponham, assim, sob condenação todo homem a ouvirá a plenitude
e tropecem e caiam quando desce- do evangelho em sua própria lín-
rem as tempestades e assoprarem gua e em seu próprio idioma, por
os ventos e caírem as b chuvas e meio daqueles que são b ordena-
baterem contra sua casa. dos com esse c poder, pela admi-
6 E também, em verdade eu digo nistração do d Consolador que se
a teus irmãos, Sidney Rigdon e derrama sobre eles para revelar
Frederick G. Williams, que per- Jesus Cristo.
doados também lhes são os seus 12 E agora, em verdade eu te
pecados; e eles são considerados digo: Dou-te o mandamento de
iguais a ti na posse das chaves que continues no a ministério e na
deste último reino; presidência.
7 Como também, pela tua admi- 13 E quando tiveres terminado
nistração, das chaves da a escola a tradução dos profetas, a presidi-
dos profetas, que ordenei ser or- rás, daí em diante, os negócios da
ganizada; igreja e da b escola;
8 Para que, dessa forma, sejam 14 E de tempos em tempos, con-
aperfeiçoados em seu ministério, forme for manifestado pelo Con-
para a salvação de Sião e das na- solador, receberás a revelações
ções de Israel e dos gentios, todos para desvendar os b mistérios do
os que crerem; reino;
9 Para que, pela tua adminis- 15 E porás em ordem as igrejas;
tração, recebam a palavra; e pela e a estudarás e b aprenderás e fami-
administração deles, a palavra liarizar-te-ás com todos os bons
4 a At. 7:38; b Mt. 19:30; d GEE Consolador.
Rom. 3:2; Ét. 13:10–12. 12 a GEE Ministério,
Heb. 5:12; 10 a D&C 43:23–27; 88:84, Ministro.
D&C 124:39, 126. 87–92. 13 a D&C 107:91–92.
GEE Profecia, b Gên. 49:22–26; b GEE Escola dos
Profetizar. 1 Né. 15:13–14. Profetas.
5 a D&C 1:14. 11 a GEE Obra Missionária. 14 a GEE Revelação.
b Mt. 7:26–27. b GEE Chamado, b GEE Mistérios de Deus.
7 a GEE Escola dos Chamado por Deus, 15 a D&C 88:76–80, 118;
Profetas. Chamar; 93:53.
9 a 1 Né. 13:42; Ordenação, Ordenar. b D&C 107:99–100;
D&C 107:33; 133:8. c GEE Sacerdócio. 130:18–19.
201 Doutrina e Convênios 90:16–32
livros e com c línguas, idiomas e do Senhor não caia em descrédito
povos. aos olhos do povo.
16 E esta será vossa ocupação e 24 Buscai a diligentemente, b orai
missão por toda a vida: Presidir os sempre e sede crentes; e c todas as
conselhos e pôr em ordem todos coisas contribuirão para o vos-
os negócios desta igreja e reino. so bem, se andardes retamente e
17 Não vos a envergonheis nem vos lembrardes do d convênio que
vos confundais; mas sede admoes- fizestes uns com os outros.
tados em vossa altivez e b orgulho, 25 Que a vossa a família seja pe-
porque são uma armadilha para quena, especialmente a do meu
vossa alma. servo idoso Joseph Smith Sênior,
18 Ponde em ordem vossa casa; no que se refere aos que não per-
afastai de vós a a indolência e a tencem à vossa família;
b 
impureza. 26 A fim de que as coisas que vos
19 Agora, em verdade te digo: são supridas, para realizar minha
Providencie-se um lugar, logo que obra, não sejam tomadas de vós e
possível, para a família de teu con- dadas a quem não é digno —
selheiro e escriba, Frederick G. 27 E sejais, assim, impedidos de
Williams. realizar as coisas que vos mandei.
20 E que o meu servo idoso, a Jo- 28 E também, em verdade vos
seph Smith Sênior, continue com digo: Desejo que minha serva
a sua família no lugar onde mora Vienna Jaques receba dinheiro
atualmente; e que o local não seja para pagar suas despesas e suba
vendido até que a boca do Senhor para a terra de Sião;
o determine. 29 E o restante do dinheiro seja
21 E que o meu conselheiro a Sid- consagrado a mim; e ela seja re-
ney Rigdon permaneça onde ago- compensada em meu próprio e
ra reside, até que a boca do Senhor devido tempo.
o determine. 30 Em verdade vos digo que, a
22 E que o bispo procure zelosa- meu ver, é conveniente que ela
mente conseguir um a agente e que suba para a terra de Sião e receba
seja ele um homem que tenha b ri- uma herança da mão do bispo;
quezas em reserva — um homem 31 Para que se estabeleça em paz,
de Deus e forte na fé — se for fiel, e não fique ociosa daí
23 Para que assim pague todas as em diante.
dívidas, a fim de que o armazém 32  E eis que em verdade vos
15 c GEE Linguagem. b D&C 38:42. c Esd. 8:22;
17 a Rom. 1:16; 20 a GEE Smith, Joseph, Rom. 8:28;
2 Né. 6:13. Sênior. D&C 100:15; 122:7–8.
b D&C 88:121. 21 a GEE Rigdon, Sidney. d GEE Convênio.
GEE Orgulho. 22 a D&C 84:112–113. 25 a IE Os pobres de quem
18 a D&C 58:26–29. b Jacó 2:17–19. Joseph Smith Sênior
GEE Ociosidade, 24 a GEE Diligência. estava cuidando.
Ocioso. b GEE Oração.
Doutrina e Convênios 90:33–91:6 202
digo, que deveis escrever esse satisfeito com meu servo Wil- a 

mandamento e dizer a vossos ir- liam E. McLellin nem com meu


mãos de Sião, com saudação amo- servo Sidney Gilbert; e também o
rosa, que também vos chamei para bispo e outros têm muito de que
a 
presidir Sião, em meu próprio e se arrepender.
devido tempo. 36 Mas em verdade vos digo que
33 Portanto, que cessem de im- eu, o Senhor, contenderei com
portunar-me com esse assunto. a 
Sião e argumentarei com seus
34 Eis que vos digo que vossos fortes e b castigá-la-ei até que vença
irmãos de Sião começam a arre- e fique c limpa perante mim.
pender-se e os anjos regozijam-se 37 Pois ela não será removida de
por causa deles. seu lugar. Eu, o Senhor, disse-o.
35 Contudo, não estou satisfeito Amém.
com muitas coisas; e não estou

SEÇÃO 91
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 9 de março de 1833. Nessa época, o Profeta fazia a tradu-
ção do Velho Testamento. Tendo chegado à parte dos antigos escritos
chamados Apócrifos, ele consultou o Senhor e recebeu esta instrução.
1–3, Os Apócrifos estão, na maior acréscimos feitos pelas mãos de
parte, traduzidos corretamente, mas homens.
contêm muitos acréscimos feitos pe- 3 Em verdade vos digo que não
las mãos de homens, que não são ver- é necessário que se traduzam os
dadeiros; 4–6, Beneficiam os que são Apócrifos.
iluminados pelo Espírito. 4 Portanto, aquele que os ler que
a 
compreenda, pois o Espírito ma-
Em verdade, assim vos diz o Se- nifesta a verdade;
nhor com referência aos a Apócri- 5 E aquele que for iluminado pelo
fos: Há muitas coisas neles que a 
Espírito se beneficiará com eles;
são verdadeiras e estão, na maior 6 E aquele que não receber pelo
parte, traduzidas corretamente. Espírito não poderá ser beneficia-
2 Há muitas coisas neles que do. Portanto, não é necessário que
não são verdadeiras, que são sejam traduzidos. Amém.
32 a D&C 107:91–92. Corrigir, Repreender. 4 a GEE Compreensão,
35 a D&C 66:1; 75:6–9. c GEE Pureza, Puro. Entendimento.
36 a GEE Sião. 91 1 a GEE Apócrifos, 5 a GEE Espírito Santo;
b GEE Castigar, Castigo, Livros. Inspiração, Inspirar.
203 Doutrina e Convênios 92:1–93:1

SEÇÃO 92
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, em 15
de março de 1833. A revelação instrui Frederick G. Williams, que
pouco tempo antes havia sido designado conselheiro de Joseph Smith,
com respeito aos seus deveres na Firma Unida (ver os cabeçalhos das
seções 78 e 82).
1–2, O Senhor dá um mandamento que o recebais na ordem. O que
referente à admissão na ordem unida. digo a um digo a todos.
2 E também te digo, meu servo
Em verdade assim diz o Senhor: Frederick G. Williams: Serás um
Dou à a ordem unida, organizada membro ativo nessa ordem; e se
conforme o mandamento previa- fores fiel na obediência a todos
mente dado, uma revelação e man- os mandamentos anteriores, serás
damento, com referência a meu abençoado para sempre. Amém.
servo Frederick G. Williams, de

SEÇÃO 93
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de maio de 1833.
1–5, Todos os que forem fiéis verão o plenitude da alegria na Ressurreição;
Senhor; 6–18, João prestou testemu- 36–37, A glória de Deus é inteligên-
nho de que o Filho de Deus recebeu cia; 38–40, As crianças são inocentes
graça por graça até receber a plenitude perante Deus por causa da redenção
da glória do Pai; 19–20, Os homens de Cristo; 41–53, Ordena-se que os
fiéis que avançarem de graça em graça irmãos da liderança ponham ordem
também receberão de Sua plenitude; em suas famílias.
21–22, Os que são gerados por meio
de Cristo são a Igreja do Primogê- Em verdade, assim diz o Senhor:
nito; 23–28, Cristo recebeu a pleni- Acontecerá que toda alma que
tude de toda a verdade e o homem, a 
abandonar os seus pecados e vier
pela obediência, pode fazer o mesmo; a mim, e b invocar o meu nome, e
29–32, O homem estava, no princí- c 
obedecer à minha voz, e guardar
pio, com Deus; 33–35, Os elementos os meus mandamentos d verá a
são eternos e o homem pode receber a minha e face e saberá que eu sou;
92 1 a D&C 82:11, 15–21. b Joel 2:32. D&C 38:7–8; 67:10–12;
GEE Ordem Unida. c GEE Obedecer, 88:68; 101:23; 130:3.
93 1 a GEE Arrepender-se, Obediência, GEE Consolador.
Arrependimento; Obediente. e TJS 1 Jo. 4:12 (Apêndice
Dignidade, Digno. d Êx. 33:11; da Bíblia).
Doutrina e Convênios 93:2–17 204
2 E que eu sou a verdadeira luz a 
ele; todas as coisas foram feitas
que ilumina todo homem que vem por ele e por meio dele e dele.
ao mundo; 11 E eu, João, testifico que con-
3 E que eu estou a no Pai e o Pai templei sua glória, como a glória
em mim; e o Pai e eu somos um — do Unigênito do Pai, cheio de gra-
4 O Pai, a porque me b deu de sua ça e verdade, sim, o Espírito da
plenitude, e o Filho, porque estive verdade, que veio e habitou na
no mundo e fiz da c carne meu ta- carne e habitou entre nós.
bernáculo e habitei entre os filhos 12 E eu, João, vi que no princípio
dos homens. ele não recebeu da a plenitude, mas
5 E estive no mundo e recebi de recebeu b graça por graça;
meu Pai; e as a obras dele foram 13 E a princípio não recebeu da
claramente manifestadas. plenitude, mas continuou de a gra-
6 E a João viu e testificou a pleni- ça em graça, até receber a pleni-
tude de minha b glória; e a pleni- tude;
tude do c testemunho de João será 14 E assim foi chamado de a Filho
revelada posteriormente. de Deus, porque não recebeu da
7 E ele testificou, dizendo: Vi sua plenitude no princípio.
glória, que ele era no a princípio, 15 E eu, a João, testifico e eis que
antes de o mundo existir; se abriram os céus e o b Espírito
8 Portanto, no princípio era o Santo desceu sobre ele, na forma
a 
Verbo, pois ele era o Verbo, sim, de uma c pomba, e pousou nele;
o mensageiro da salvação — e do céu ouviu-se uma voz que
9 A a luz e o b Redentor do mundo; dizia: Este é meu d Filho amado.
o Espírito da verdade, que veio ao 16 E eu, João, testifico que ele re-
mundo, porque o mundo foi feito cebeu a plenitude da glória do Pai;
por ele e nele estava a vida dos ho- 17 E recebeu a todo o b poder, tan-
mens e a luz dos homens. to nos céus como na Terra; e a gló-
10 Os mundos foram a feitos por ria do c Pai estava com ele, porque
ele; os homens foram feitos por ele habitava nele.
2 a Jo. 1:4–9; b GEE Jesus Cristo — D&C 6:21.
D&C 14:9; 84:45–47; Glória de Jesus Cristo. GEE Trindade —
88:6–7. c Jo. 20:30–31. Deus, o Filho.
GEE Luz, Luz de Cristo. 7 a Jo. 1:1–3, 14; 17:5; 15 a Jo. 1:29–34.
3 a Jo. 10:25–38; 17:20–23; D&C 76:39. b GEE Espírito Santo.
D&C 50:43–45. 8 a GEE Jeová; c GEE Pomba, Sinal da.
4 a Mos. 15:1–7. Jesus Cristo. d Mt. 3:16–17.
b GEE Jesus Cristo — 9 a GEE Luz, Luz de Cristo. 17 a Mt. 28:18;
Autoridade. b GEE Redentor. Jo. 17:2;
c Lc. 1:26–35; 2:4–14; 10 a Heb. 1:1–3; D&C 76:24; 1 Ped. 3:22.
3 Né. 1:12–14; Mois. 1:31–33. b GEE Jesus Cristo —
Ét. 3:14–16. 12 a Filip. 2:6–11. Autoridade;
5 a Jo. 5:36; 10:25; b Jo. 1:16–17. Poder.
14:10–12. 13 a Lc. 2:52. c GEE Trindade —
6 a Jo. 1:34. 14 a Lc. 1:31–35; Deus, o Pai.
205 Doutrina e Convênios 93:18–31
18 E acontecerá que, se fordes ser iníquo que é um b mentiroso
fiéis, recebereis a plenitude do desde o princípio.
testemunho de João. 26 O Espírito da a verdade é de
19 E dou-vos estas palavras, para Deus. Eu sou o Espírito da verda-
compreenderdes e saberdes como de e João prestou testemunho de
a 
adorar e saberdes o que adorais, mim, dizendo: Ele recebeu a ple-
para que venhais ao Pai em meu nitude da verdade, sim, de toda
nome e, no devido tempo, recebais verdade;
de sua plenitude. 27 E homem algum recebe a a ple-
20 Porque, se guardardes meus nitude a não ser que guarde seus
a 
mandamentos, recebereis de sua mandamentos.
b 
plenitude e sereis c glorificados em 28 Aquele que a guarda seus man-
mim como eu o sou no Pai; por- damentos recebe verdade e b luz,
tanto, digo-vos: Recebereis d graça até ser glorificado na verdade e
por graça. c 
conhecer todas as coisas.
21 E agora, em verdade vos digo: 29 O homem também estava no
Eu estava no a princípio com o Pai a 
princípio com Deus. A b inteligên-
e sou o b Primogênito; cia, ou seja, a luz da verdade, não
22 E todos os que são gerados foi criada nem feita nem verdadei-
por meu intermédio são a partici- ramente pode sê-lo.
pantes da mesma b glória e são a 30 Toda verdade é independente
igreja do Primogênito. para a agir por si mesma na esfe-
23 Vós também no princípio es- ra em que Deus a colocou, como
táveis a com o Pai; aquilo que é Es- também toda inteligência; caso
pírito, sim, o Espírito da verdade; contrário, não há existência.
24 E a a verdade é o b conhecimen- 31 Eis que isto é o a livre-arbítrio
to das coisas como são, como fo- do homem e isto é a condenação do
ram e como serão; homem; porque aquilo que foi desde
25 E o que for a mais ou menos o princípio lhes é b claramente ma-
do que isto é o espírito daquele nifestado e eles não recebem a luz.
19 a Jo. 4:21–26; 17:3; b GEE Primogênito. 28 a GEE Obedecer,
At. 17:22–25. 22 a 1 Ped. 5:1; Obediência,
GEE Adorar. D&C 133:57. Obediente.
20 a D&C 50:28. b GEE Glória Celestial. b D&C 50:24; 84:45.
b Jo. 1:16; 23 a GEE Homem, GEE Luz, Luz de Cristo.
D&C 84:36–39. Homens — O homem, c Jo. 17:3;
c Jo. 17:4–5, 22. filho espiritual do Pai D&C 88:49, 67.
GEE Homem, Celestial. 29 a Abr. 3:18.
Homens — Seu 24 a GEE Verdade. GEE Homem, Homens;
potencial de se tornar b GEE Conhecimento. Vida Pré-mortal.
como o Pai Celestial. 25 a D&C 20:35. b GEE Inteligência(s).
d GEE Graça. b Jo. 8:44; 2 Né. 2:18; 30 a 2 Né. 2:13–27.
21 a Jo. 1:1–2; Mois. 4:4. 31 a GEE Arbítrio.
1 Ped. 1:19–20; 26 a Jo. 14:6. b Deut. 30:11–14;
Mois. 4:2. 27 a GEE Perfeito. D&C 84:23–24.
Doutrina e Convênios 93:32– 45 206
32 E todo homem cujo espírito a luz e a verdade dos filhos dos
não recebe a a luz está sob conde- homens pela desobediência e por
nação. causa da b tradição de seus pais.
33 Pois o homem é a espírito. Os 40 Eu, porém, ordenei que criás-
b 
elementos são eternos, e espíri- seis vossos a filhos em luz e ver-
to e elemento, inseparavelmente dade.
ligados, recebem a plenitude da 41 Mas em verdade, meu servo
alegria; Frederick G. Williams, digo-te:
34 E, quando a separados, não Continuas sob esta condenação;
pode o homem receber a plenitu- 42 Não a ensinaste luz e verdade
de da b alegria. a teus filhos, segundo os manda-
35 Os a elementos são o taberná- mentos; e aquele ser maligno ain-
culo de Deus; sim, o homem é o da tem poder sobre ti, sendo essa
tabernáculo de Deus, ou melhor, a causa de tua aflição.
b 
templos; e qualquer templo que 43 E agora te dou um manda-
for profanado, Deus destruirá esse mento: Se quiseres ser liberta-
templo. do, terás que pôr em a ordem tua
36 A a glória de Deus é b inteligên- própria casa, porque há muitas
cia ou, em outras palavras, c luz e coisas que não estão certas em
verdade. tua casa.
37 A luz e a verdade rejeitam o 44 Em verdade eu digo a meu
ser a maligno. servo Sidney Rigdon que, em al-
38 Todo espírito de homem era gumas coisas, ele não guardou os
a 
inocente no princípio; e Deus, mandamentos concernentes a seus
tendo b redimido o homem da filhos; portanto, que primeiro po-
c 
queda, os homens tornaram-se nha em ordem sua casa.
outra vez, em sua infância, d ino- 45 Em verdade eu digo a meu
centes perante Deus. servo Joseph Smith Júnior ou, em
39 E vem o ser maligno e a tira outras palavras, chamar-vos-ei de
32 a GEE Luz, Luz de Cristo; b D&C 130:18–19; GEE Salvação —
Verdade. Abr. 3:19. Salvação das
33 a D&C 77:2; GEE Inteligência(s). criancinhas.
Abr. 5:7–8. c D&C 88:6–13. 39 a Mt. 13:18–19;
GEE Homem, 37 a Mois. 1:12–16. 2 Cor. 4:3–4;
Homens — O homem, GEE Diabo. Al. 12:9–11.
filho espiritual do Pai 38 a GEE Inocência, b Eze. 20:18–19;
Celestial. Inocente. Al. 3:8.
b D&C 131:7–8; 138:17. b Mos. 27:24–26; GEE Tradições.
GEE Ressurreição. Mois. 5:9; 40 a GEE Família —
34 a 2 Né. 9:8–10. RF 1:3. Responsabilidade dos
b GEE Alegria. GEE Redenção, pais.
35 a D&C 130:22. Redimido, Redimir. 42 a 1 Sam. 3:11–13;
b 1 Cor. 3:16–17. c GEE Queda de Adão D&C 68:25–31.
36 a GEE Glória; e Eva. 43 a 1 Tim. 3:4–5.
Jesus Cristo — Glória d Morô. 8:8, 12, 22;
de Jesus Cristo. D&C 29:46–47.
207 Doutrina e Convênios 93:46–53
amigos, porque sois meus amigos
a 
caso contrário serão removidos de
e tereis uma herança comigo — seu a lugar.
46 Chamei-vos de a servos por 51 Agora vos digo, meus amigos:
causa do mundo e vós sois seus Que meu servo Sidney Rigdon
servos por minha causa — faça sua viagem rapidamente e
47 E agora, em verdade eu te proclame também o a ano aceitável
digo, Joseph Smith Júnior: Tu não do Senhor e o evangelho de salva-
guardaste os mandamentos e ne- ção, conforme as palavras que eu
cessário é que sejas a repreendido lhe inspirar; e pela oração unâni-
perante o Senhor. me de vossa fé, sustentá-lo-ei.
48 A tua a família precisa arrepen- 52 E que meus servos Joseph
der-se e abandonar certas coisas, e Smith Júnior e Frederick G. Wil-
prestar mais atenção às tuas pala- liams também se apressem; e ser-
vras; caso contrário, será removida lhes-á dado de acordo com a ora-
de seu lugar. ção da fé; e se guardardes minhas
49 O que digo a um digo a to- palavras, não sereis confundidos
dos; a orai sempre, para que o ser neste mundo nem no mundo vin-
maligno não tenha poder em vós douro.
e não vos remova de vosso lugar. 53 E em verdade vos digo que é
5 0   Ta m b é m o m e u s e r v o a minha vontade que vos apresseis
Newel K. Whitney, bispo da minha em a traduzir as minhas escrituras,
igreja, precisa ser castigado e pôr e em b obter um c conhecimento de
em ordem sua família; e fazer com história, e de países, e de reinos, de
que sejam mais diligentes e inte- leis de Deus e do homem; e tudo
ressados em casa e orem sempre; isso para a salvação de Sião. Amém.

SEÇÃO 94
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 2 de agosto de 1833. Hyrum Smith, Reynolds
Cahoon e Jared Carter são designados como comitê de construção
da Igreja.
1–9, O Senhor dá um mandamento Deve-se construir uma tipografia;
referente à construção de uma casa 13–17, Designam-se certas heranças.
para o trabalho da Presidência; 10–12,
45 a D&C 84:63; 88:62. Corrigir, Repreender. 51 a Lc. 4:19.
46 a Lev. 25:55; 48 a GEE Família — 53 a GEE Tradução de
1 Né. 21:3–8. Responsabilidade dos Joseph Smith (TJS).
GEE Serviço. filhos. b D&C 88:76–80, 118.
47 a D&C 95:1–2. 49 a 3 Né. 18:15–21. c GEE Conhecimento.
GEE Castigar, Castigo, 50 a D&C 64:40.
Doutrina e Convênios 94:1–17 208
E também, em verdade vos digo, estará lá; e minha presença lá não
meus a amigos: Um mandamento entrará.
vos dou, de que comeceis a proje- 10 E também, em verdade vos
tar e preparar o início e o alicerce digo: O segundo terreno no sul
da cidade da b estaca de Sião, aqui ser-me-á dedicado para a cons-
na terra de Kirtland, começando trução de uma casa para mim, a
pela minha casa. fim de a imprimir-se a b tradução
2 E eis que isso deverá ser fei- de minhas escrituras e todas as
to de acordo com o a modelo que coisas que eu vos ordenar.
vos dei. 11 E terá cinquenta e cinco pés
3 E que o primeiro terreno no de largura por sessenta e cinco
sul me seja consagrado para a de comprimento, na área interna;
construção de uma casa para a e haverá um andar inferior e um
presidência, para o trabalho da andar superior.
presidência de receber revela- 12 E esta casa será inteiramente
ções; e para o trabalho do minis- dedicada ao Senhor desde seu ali-
tério da a presidência, em todas cerce, para o trabalho de impres-
as coisas concernentes à igreja são, em todas as coisas que eu vos
e reino. ordenar; para ser santa, imacula-
4 Em verdade vos digo que de- da, segundo o modelo de todas as
verá medir cinquenta e cinco pés coisas, que vos será dado.
de largura por sessenta e cinco 13 E no terceiro terreno meu ser-
de comprimento, na área interna. vo Hyrum Smith receberá sua he-
5 E haverá um andar inferior e rança.
um andar superior, de acordo com 14 E no primeiro terreno e no
o modelo que vos será dado. segundo terreno, no norte, meus
6 E será dedicada ao Senhor des- servos Reynolds Cahoon e Jared
de seu alicerce, segundo a ordem Carter receberão suas heranças —
do sacerdócio, segundo o modelo 15 Para que façam o trabalho
que vos será dado posteriormente. que lhes designei, de serem o co-
7 E será inteiramente dedicada mitê responsável pela construção
ao Senhor para o trabalho da pre- de minhas casas, de acordo com
sidência. o mandamento que eu, o Senhor
8 E não permitireis que qualquer Deus, vos dei.
a 
coisa impura entre nela; e minha 16 Estas duas casas não deverão
b 
glória lá estará e minha presença ser construídas até que eu vos dê
lá estará. um mandamento concernente a elas.
9 Mas se alguma a coisa impu- 17 E agora nada mais vos dou
ra nela entrar, minha glória não neste momento. Amém.
94 1 a D&C 93:45. 8 a Lc. 19:45–46; 9 a D&C 97:15–17.
b GEE Estaca. D&C 109:16–20. 10 a D&C 104:58–59.
2 a D&C 52:14–15. b 1 Re. 8:10–11. b GEE Tradução de
3 a D&C 107:9, 22. GEE Glória. Joseph Smith (TJS).
209 Doutrina e Convênios 95:1–9

SEÇÃO 95
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 1º de junho de 1833. Esta revelação é uma conti-
nuação das instruções divinas para se construir uma casa de adoração
e ensino, a casa do Senhor (ver seção 88:119–136).
1–6, Os santos são repreendidos por pela última vez, para que eu exe-
não terem construído a casa do Senhor; cute meu b estranho ato, para que
7–10, O Senhor deseja usar a Sua casa eu c derrame o meu espírito sobre
para investir o Seu povo de poder do toda carne —
alto; 11–17, Deve-se dedicar a casa como 5 Mas eis que em verdade vos
local de adoração e escola dos Apóstolos. digo que há muitos entre vós que
chamei e foram ordenados, mas
Em verdade assim diz o Senhor a poucos deles são a escolhidos.
vós, a quem amo; e a quem amo 6 Os que não são escolhidos pe-
também a castigo, para que seus caram gravemente, pois andam
pecados sejam b perdoados, pois em a trevas ao meio-dia.
com o castigo preparo um meio 7 E por essa razão vos dei o man-
para c livrá-los da d tentação em damento de convocardes uma a as-
todas as coisas; e eu vos amo — sembleia solene, para que vossos
2 É necessário, portanto, que se- b 
jejuns e vosso pranto subam aos
jais castigados e repreendidos pe- ouvidos do Senhor de c Sabaote
rante minha face; que, por interpretação, significa o
3 Porque pecastes contra mim d 
criador do primeiro dia, o princí-
com um grave pecado, não tendo pio e o fim.
considerado, em todas as coisas, 8 Sim, em verdade vos digo: Dei-
o grande mandamento que vos vos o mandamento de construir-
dei concernente à construção de des uma casa, onde tenciono a in-
minha a casa; vestir os que escolhi com poder
4 Para a preparação com a qual do alto;
tenciono preparar meus apósto- 9  Pois essa é a a promessa do
los para a podarem minha vinha Pai a vós; portanto, ordeno que
95 1 a Deut. 11:1–8; do Senhor. GEE Eleição.
Prov. 13:18; 4 a Jacó 5:61–75; 6 a GEE Trevas
Heb. 12:5–11; D&C 24:19; 33:3–4. Espirituais.
Hel. 15:3; GEE Vinha do Senhor. 7 a D&C 88:70, 74–82,
D&C 101:4–5; 105:6. b Isa. 28:21; 117–120.
GEE Castigar, Castigo, D&C 101:95. b GEE Jejuar, Jejum.
Corrigir, Repreender. c Prov. 1:23; Joel 2:28; c GEE Jeová.
b GEE Perdoar. D&C 19:38. d GEE Criação, Criar.
c 1 Cor. 10:13. GEE Dons do Espírito; 8 a D&C 38:32; 39:15;
d GEE Tentação, Tentar. Espírito Santo. 43:16; 110:9–10.
3 a Ageu 1:7–11; 5 a Mt. 20:16; GEE Investidura,
D&C 88:119. D&C 105:35–37; Investir.
GEE Templo, A Casa 121:34–40. 9 a Lc. 24:49.
Doutrina e Convênios 95:10–17 210
permaneçais, sim, como ordenei 14 Portanto, que seja construída
a meus apóstolos de Jerusalém. segundo a maneira que mostrarei
10 Contudo, meus servos peca- a três de vós, a quem indicareis e
ram com um gravíssimo pecado; ordenareis com esse poder.
e surgiram a contendas na b escola 15 E medirá cinquenta e cinco
dos profetas, o que me foi muito pés de largura por sessenta e cinco
penoso, diz vosso Senhor; por- de comprimento, na área interna.
tanto, enviei-os para serem cas- 16 E que o andar inferior da área
tigados. interna seja dedicado a mim para
11 Em verdade vos digo: É meu oferta de vossos sacramentos e
desejo que construais uma casa. para vossas pregações e vossos
Se guardardes meus mandamen- jejuns e vossas orações e a a oferta
tos, tereis poder para construí-la. de vossos desejos mais santos a
12  Se não a guardardes meus mim, diz vosso Senhor.
mandamentos, o b amor do Pai não 17 E que a parte superior da área
continuará convosco; portanto, interna seja dedicada a mim como
andareis em trevas. a escola de meus apóstolos, diz o
13 Ora, eis aqui sabedoria e a Filho a Amã; ou, em outras pala-
mente do Senhor: Que a casa seja vras, Alfus; ou, em outras pala-
construída, não segundo a maneira vras, Omegus; sim, Jesus Cristo,
do mundo, pois não desejo que vi- vosso b Senhor. Amém.
vais segundo a maneira do mundo;

SEÇÃO 96
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, mostrando a organiza-
ção da cidade ou estaca de Sião em Kirtland, Ohio, em 4 de junho
de 1833, como exemplo para os santos de Kirtland. Naquela ocasião
realizava-se uma conferência de sumos sacerdotes e o assunto prin-
cipal a ser tratado era o que fazer com algumas terras, conhecidas
como a fazenda French, de propriedade da Igreja, perto de Kirtland.
Uma vez que a conferência não chegara a um acordo sobre quem iria
encarregar-se da fazenda, todos concordaram em inquirir o Senhor
a respeito do assunto.
1, Deve-se fortalecer a estaca Kirtland Johnson deve ser membro da ordem
de Sião; 2–5, O bispo deve dividir as unida.
heranças entre os santos; 6–9, John
10 a
GEE Contenção, Profetas. 16 a D&C 59:9–14.
Contenda. 12 a Jo. 15:10. 17 a D&C 78:20.
b GEE Escola dos b 1 Jo. 2:10, 15. b GEE Senhor.
211 Doutrina e Convênios 96:1–9
Eis que vos digo: Aqui há sabe- aos filhos dos homens, com o pro-
doria, para que saibais como agir pósito de abrandar-lhes o cora-
em relação a esse assunto, pois ção para o vosso bem. Assim seja.
me convém que esta a estaca, que Amém.
estabeleci para o vigor de Sião, se 6 E também em verdade vos digo
fortaleça. que me é sábio e conveniente que
2  Portanto, que meu servo meu servo John Johnson, cuja ofer-
Newel K. Whitney se encarregue ta aceitei e cujas orações ouvi, a
do lugar que haveis mencionado, quem dou a promessa de vida
no qual pretendo construir minha eterna se guardar meus manda-
casa santa. mentos de agora em diante —
3 E também, que seja dividida 7 Porque ele é descendente de
em lotes, com prudência, para o a 
José e participante das bênçãos
benefício daqueles que buscam da promessa feita a seus pais —
heranças, como for determinado 8 Em verdade vos digo que me é
por vós em conselho. conveniente que ele se torne mem-
4 Portanto, não deixeis de cuidar bro da ordem, a fim de que ajude
deste assunto e da porção que é a levar minha palavra aos filhos
necessária para beneficiar a mi- dos homens.
nha a ordem, com o objetivo de 9 Portanto, ordená-lo-eis para
levar minha palavra aos filhos essa bênção; e ele procurará zelo-
dos homens. samente liquidar os encargos que
5 Pois eis que em verdade vos pesam sobre a casa mencionada
digo: Isto é o que mais me con- por vós, para que nela possa mo-
vém, que minha palavra chegue rar. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 97
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 2 de agosto de 1833. Esta revelação trata par-
ticularmente dos assuntos dos santos de Sião, Condado de Jackson,
Missouri, em resposta ao pedido de informações do Profeta ao Senhor.
Os membros da Igreja do Missouri estavam sendo ferrenhamente
perseguidos nessa época e, em 23 de julho de 1833, foram forçados a
assinar um acordo para partirem do Condado de Jackson.
1–2, Muitos dos santos de Sião (Con- na escola de Sião; 6–9, Os que obser-
dado de Jackson, Missouri) são aben- vam seus convênios são aceitos pelo
çoados por sua fidelidade; 3–5, Par- Senhor; 10–17, Deve-se construir
ley P. Pratt é elogiado por seu trabalho uma casa em Sião, na qual os puros
96 1 a Isa. 33:20; 54:2. 4 a D&C 78:3–4. 7 a GEE José, Filho de Jacó.
GEE Estaca. GEE Ordem Unida.
Doutrina e Convênios 97:1–12 212
de coração verão a Deus; 18–21, Sião 6 E para com o restante da es-
é o puro de coração; 22–28, Sião esca- cola eu, o Senhor, estou disposto
pará do flagelo do Senhor, se for fiel. a mostrar misericórdia; contudo,
existem alguns que precisam ser
Em verdade vos digo, meus ami- a 
repreendidos e suas obras tornar-
gos: Falo-vos com a minha voz, se-ão conhecidas.
sim, a voz de meu Espírito, a fim 7 Está posto o a machado à raiz
de mostrar-vos a minha vontade das árvores; e toda árvore que não
relativa a vossos irmãos da terra produzir bons b frutos será cortada
de a Sião, muitos dos quais são e lançada no fogo. Eu, o Senhor,
verdadeiramente humildes e pro- disse-o.
curam zelosamente adquirir sabe- 8 Em verdade vos digo: Todos
doria e encontrar a verdade. os que, dentre eles, souberem que
2 Em verdade, em verdade vos seu a coração é b honesto e está que-
digo: Bem-aventurados são eles, brantado e seu espírito, contrito; e
porque vencerão; pois eu, o Se- que estiverem c dispostos a obser-
nhor, mostro misericórdia a todos var seus convênios por meio de
os a mansos e a todos os que eu d 
sacríficio — sim, todo sacrifício
quiser, para que eu seja justifica- que eu, o Senhor, ordenar — esses
do quando os levar a julgamento. serão e aceitos por mim.
3 Eis que vos digo, concernente 9 Pois eu, o Senhor, farei com
à a escola de Sião: Eu, o Senhor, es- que produzam como uma árvore
tou satisfeito por haver uma escola muito frutífera, plantada em terra
em Sião; e também com meu servo fértil junto a um riacho de água
b 
Parley P. Pratt, pois ele permane- pura, que produz muitos frutos
ce em mim. preciosos.
4  E enquanto perseverar em 10 Em verdade vos digo que é
mim, continuará a presidir a es- meu desejo que a mim se cons-
cola da terra de Sião, até que eu trua uma a casa na terra de Sião,
lhe dê outros mandamentos. conforme o b modelo que vos dei.
5 E abençoá-lo-ei com uma mul- 11 Sim, que se construa rapida-
tiplicidade de bênçãos ao expor mente, com o dízimo de meu povo.
todas as escrituras e mistérios para 12 Eis que este é o a dízimo e o
a edificação da escola e da igreja sacrifício que eu, o Senhor, exijo
em Sião. de suas mãos — que a mim se
97 1 a GEE Sião. Corrigir, Repreender. Honesto.
2 a Mt. 5:5; 7 a Mt. 3:10. c D&C 64:34.
Mos. 3:19. b Lc. 6:43–45; d GEE Sacrifício.
3 a GEE Escola dos Al. 5:36, 52; e D&C 52:15; 132:50.
Profetas. 3 Né. 14:15–20. 10 a D&C 57:3; 88:119;
b GEE Pratt, Parley 8 a GEE Coração 124:51.
Parker. Quebrantado. b D&C 115:14–16.
6 a GEE Castigar, Castigo, b GEE Honestidade, 12 a GEE Dízimos.
213 Doutrina e Convênios 97:13–26
construa uma b casa para a salva- gloriosa, muito grandiosa e mui-
ção de Sião — to terrível.
13 Como um lugar de a ação de 19 E as a nações da Terra honrá-
graças para todos os santos e um la-ão e dirão: Certamente b Sião é a
lugar de instrução para todos cidade do nosso Deus e certamen-
aqueles que forem chamados ao te Sião não pode cair nem ser re-
trabalho do ministério, em todos movida de seu lugar, porque Deus
os seus diversos chamados e ofí- lá está e a mão do Senhor ali está;
cios; 20 E ele jurou, pelo poder de sua
14 Para que sejam aperfeiçoados força, ser a sua salvação e sua a tor-
no a entendimento de seu minis- re alta.
tério, em teoria, em princípio e 21 Portanto, em verdade, assim
em doutrina, em todas as coisas diz o Senhor: Que Sião se regozi-
concernentes ao b reino de Deus je, pois isto é a Sião — os puros
na Terra, cujas c chaves vos foram de coração; portanto, que Sião
conferidas. se regozije enquanto se lamentam
15 E se meu povo me construir todos os iníquos.
uma casa em nome do Senhor e 22 Pois eis que a a vingança vem
não permitir que nela entre qual- rapidamente sobre os ímpios,
quer a coisa impura, de modo que como um furacão; e quem dela
não seja profanada, minha b glória escapará?
descansará sobre ela; 23 O a açoite do Senhor passa-
16 Sim, e minha a presença lá es- rá de noite e de dia e seu rumor
tará, porque entrarei nela; e todos afligirá todos os povos; sim, não
os b puros de coração que nela en- cessará até que venha o Senhor.
trarem verão a Deus. 24 Porque a indignação do Se-
17 Mas se for profanada, não en- nhor está acesa contra as abomi-
trarei nela e minha glória lá não nações deles e todas as suas obras
estará; porque não entrarei em iníquas.
templos impuros. 25 Não obstante, Sião a escapará
18 E agora, eis que, se fizer estas se procurar fazer todas as coisas
coisas, Sião a prosperará e espar- que lhe ordenei.
ramar-se-á e tornar-se-á muito 26 Mas se não procurar fazer
12 b GEE Templo, A Casa do 15 a D&C 94:9; 109:20–21. b GEE Nova Jerusalém.
Senhor. b Ageu 2:7; 20 a 2 Sam. 22:3.
13 a GEE Ação de Graças, D&C 84:5. 21 a Mois. 7:18.
Agradecido, 16 a D&C 110:1–10. GEE Pureza, Puro;
Agradecimento. b Mt. 5:8; Sião.
14 a GEE Compreensão, D&C 67:10–13; 88:68. 22 a GEE Vingança.
Entendimento. GEE Pureza, Puro. 23 a Isa. 28:14–19;
b GEE Reino de Deus ou 18 a D&C 90:24; 100:15. D&C 45:31.
Reino dos Céus. 19 a Isa. 60:14; 25 a 2 Né. 6:13–18;
c GEE Chaves do Zac. 2:10–12; D&C 63:34;
Sacerdócio. D&C 45:66–70; 49:10. JS—M 1:20.
Doutrina e Convênios 97:27–98:2 214
todas as coisas que eu lhe orde- aceitei sua oferta; e se não mais
nei, a visitá-la-ei de acordo com pecar, a nenhuma destas coisas lhe
todas as suas obras, com aflição sobrevirá;
dolorosa, com b pestilência, com 28 E a abençoá-la-ei com bênçãos
pragas, com a espada, com c vin- e multiplicarei sobre ela e sobre
gança, com d fogo devorador. suas gerações uma multiplicidade
27 Contudo, que lhe seja lido esta de bênçãos para todo o sempre,
vez aos ouvidos que eu, o Senhor, diz o Senhor vosso Deus. Amém.

SEÇÃO 98
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 6 de agosto de 1833. Esta revelação foi dada em
consequência da perseguição aos santos no Missouri. O crescente es-
tabelecimento de membros da Igreja no Missouri incomodou alguns
outros colonos, que se sentiram ameaçados pelo número dos santos,
pela influência política e econômica e pelas diferenças culturais e reli-
giosas. Em julho de 1833, uma turba destruiu propriedades da Igreja,
cobriu de alcatrão e penas dois membros da Igreja e exigiu que os san-
tos deixassem o Condado de Jackson. Embora algumas notícias sobre
os problemas em Missouri tivessem, sem dúvida alguma, chegado ao
Profeta em Kirtland (a cerca de 1.450 quilômetros de distância), ele
só poderia ter tido conhecimento da seriedade da situação, naquela
data, por meio de revelação.
1–3, As aflições dos santos são para o e aflições impostas a Seu povo; 33–38,
seu bem; 4–8, Os santos devem apoiar A guerra é justificada apenas quando
a lei constitucional do país; 9–10, De- o Senhor a ordena; 39–48, Os santos
vem ser apoiados homens honestos, devem perdoar seus inimigos, os quais,
prudentes e bons para o governo se- caso se arrependam, escaparão à vin-
cular; 11–15, Os que perderem a vida gança do Senhor.
na causa do Senhor terão vida eterna;
16–18, Renunciai à guerra e proclamai Em verdade vos digo, meus ami-
a paz; 19–22, Os santos de Kirtland gos: a Não temais; que se console
são repreendidos e ordena-se que se ar- vosso coração; sim, regozijai-vos
rependam; 23–32, O Senhor revela as sempre e em tudo dai b graças;
Suas leis com respeito às perseguições 2 a Esperando pacientemente no
26 a D&C 84:54–59. 27 a Eze. 18:27. Agradecido,
b Lc. 21:10–13. 28 a GEE Abençoado, Agradecimento.
c Mal. 4:1–3; Abençoar, Bênção. 2 a Salm. 27:14;
3 Né. 21:20–21. 98 1 a D&C 68:6. Isa. 30:18–19;
d Joel 1:15–20. b GEE Ação de Graças, D&C 133:45.
215 Doutrina e Convênios 98:3–16
Senhor, porque vossas orações 9 Mas quando os a iníquos gover-
chegaram aos ouvidos do Senhor nam, o povo pranteia.
de Sabaote e estão registradas com 10 Deve-se, portanto, procurar
este selo e testamento — o Senhor diligentemente a homens honestos
jurou e decretou que serão aten- e homens sábios; e homens bons
didas. e homens sábios devereis apoiar;
3 Portanto, ele vos faz essa pro- pois o que for menos do que isto
messa, com um convênio imutável provém do mal.
de que serão cumpridas; e todas as 11 E dou-vos o mandamento de
coisas que vos tiverem a afligido re- renunciardes a todo mal e vos ape-
verterão para o vosso bem e para a gardes a todo o bem e viverdes
glória do meu nome, diz o Senhor. por toda a palavra que sai da boca
4 E agora, em verdade vos digo de Deus.
com respeito às leis do país: É a 12 Pois ele a dará ao fiel linha so-
minha vontade que o meu povo bre linha, preceito sobre preceito;
procure fazer todas as coisas que e com isso vos b testarei e provarei.
eu lhe mandar. 13 E quem a perder a vida na mi-
5 E a a lei do país, que for b cons- nha causa, por amor a meu nome,
titucional, que apoiar o princípio tornará a encontrá-la, sim, a vida
da liberdade na observância de eterna.
direitos e privilégios, pertencerá 14 Portanto, não a temais os vos-
a toda a humanidade e será justi- sos inimigos, pois decretei em meu
ficável perante mim. coração, diz o Senhor, que vos
6 Portanto, eu, o Senhor, vos jus- b 
provarei em todas as coisas, para
tifico, vós e vossos irmãos de mi- ver se permanecereis no meu con-
nha igreja, no apoio à lei que é a vênio, mesmo até a c morte, para
lei constitucional do país; que sejais considerados dignos.
7 E quanto às leis dos homens, 15 Porque se não permanecerdes
o que for mais ou menos do que em meu convênio, não sereis dig-
isso provém do mal. nos de mim.
8 Eu, o Senhor Deus, a liberto-vos; 16 Portanto, a renunciai à b guerra
portanto, sois verdadeiramente e proclamai a c paz; e procurai dili-
livres. E a lei também vos liberta. gentemente d voltar o coração dos
3 a D&C 122:7. 10 a GEE Honestidade, 14 a Ne. 4:14;
GEE Adversidade. Honesto. D&C 122:9.
5 a 1 Ped. 2:13–14; 11 a Deut. 8:3; Mt. 4:4; b D&C 124:55.
D&C 58:21; 134:5. D&C 84:43–44. c Apoc. 2:10;
b D&C 101:77–80; 109:54. 12 a Isa. 28:10; D&C 136:31, 39.
GEE Constituição; D&C 42:61. 16 a Al. 48:14.
Liberdade, Livre. b Abr. 3:25–26. GEE Pacificador.
8 a Jo. 8:32; 2 Cor. 3:17. 13 a Lc. 9:24; b GEE Guerra.
GEE Arbítrio; D&C 101:35–38; c GEE Paz.
Liberdade, Livre. 103:27–28. d Mal. 4:5–6;
9 a Prov. 29:2. GEE Mártir, Martírio. D&C 2:1–2.
Doutrina e Convênios 98:17–30 216
filhos para os seus pais e o coração uma vez, e suportardes isso pa-
dos pais para os filhos; cientemente, e não os injuriardes
17 E também o coração dos a ju- nem procurardes vingança, sereis
deus para os profetas e os profetas recompensados;
para os judeus; para que eu não 24 Mas se não suportardes isso
venha e fira toda a Terra com uma pacientemente, será considerado
maldição e toda carne seja consu- uma a medida justa contra vós.
mida diante de mim. 25 E também, se vosso inimigo
18 Não se inquiete vosso cora- vos ferir a segunda vez e não in-
ção, pois na casa de meu Pai há juriardes vosso inimigo e supor-
a 
muitas moradas e preparar-vos- tardes isso pacientemente, vossa
ei um lugar; e onde meu Pai e eu recompensa será centuplicada.
estivermos, ali estareis também. 26 E também, se ele vos ferir a
19 Eis que eu, o Senhor, não es- terceira vez e suportardes isso a pa-
tou satisfeito com muitos da igreja cientemente, vossa recompensa
de Kirtland; será quatro vezes duplicada;
20 Porque não abandonam seus 27 E estes três testemunhos le-
pecados nem seus caminhos iní- vantar-se-ão contra vosso inimigo,
quos, o orgulho de seu coração, se ele não se arrepender; e não se-
nem sua cobiça nem todas as suas rão anulados.
coisas detestáveis; e não observam 28 E agora, em verdade vos digo:
as palavras de sabedoria e vida Se esse inimigo escapar à minha
eterna que lhes dei. vingança, de modo que não seja
21 Em verdade vos digo que eu, levado a julgamento perante mim,
o Senhor, os a castigarei e farei o então o a advertireis em meu nome,
que me aprouver, se eles não se para que não mais vos ataque,
arrependerem e observarem todas nem vossa família, nem mesmo os
as coisas que eu lhes disse. filhos de vossos filhos até a tercei-
22 E também vos digo: Se a fizer- ra e a quarta geração.
des o que vos ordeno, eu, o Se- 29 E então, se ele vos atacar, vós,
nhor, desviarei de vós toda ira e vossos filhos ou os filhos de vos-
indignação; e as b portas do inferno sos filhos até a terceira e a quarta
não prevalecerão contra vós. geração, entregá-lo-ei em vossas
23 Agora, falo-vos com respeito mãos;
às vossas famílias: Se os homens 30 E então, se o poupardes, sereis
vos a ferirem ou às vossas famílias recompensados por vossa retidão;
17 a GEE Judeus. 22 a GEE Obedecer, GEE Perseguição,
18 a Jo. 14:2; Obediência, Perseguir.
D&C 59:2; 76:111; 81:6. Obediente. 24 a Mt. 7:1–2.
21 a Mos. 23:21; b Mt. 16:17–18; 26 a GEE Paciência.
Hel. 12:3. D&C 33:12–13. 28 a GEE Advertência,
GEE Castigar, Castigo, 23 a Lc. 6:29; Advertir, Prevenir.
Corrigir, Repreender. Al. 43:46–47.
217 Doutrina e Convênios 98:31– 45
e também vossos filhos e os filhos até que se tivessem vingado de to-
de vossos filhos até a terceira e a dos os seus inimigos até a terceira
quarta geração. e a quarta geração.
31 Contudo, vosso inimigo está 38 Eis que isto é um exemplo
em vossas mãos; e se o recom- para todos, diz o Senhor vosso
pensardes de acordo com suas Deus, de justificativa perante mim.
obras, estareis justificados; e se 39 E também, em verdade vos
ele procurou tirar-vos a vida e digo: Se depois de vosso inimigo
vossa vida estiver em perigo por vos ter atacado a primeira vez ele
causa dele, vosso inimigo encon- se arrepender e implorar vosso
tra-se em vossas mãos e estais perdão, perdoá-lo-eis e já não usa-
justificados. reis isso como testemunho contra
32 Eis que essa é a lei que dei a vosso inimigo —
meu servo Néfi e a vossos a pais, 40 E assim por diante, até a se-
José e Jacó e Isaque e Abraão, e a gunda e a terceira vez; e tantas
todos os meus antigos profetas e vezes quantas vosso inimigo se
apóstolos. arrepender das ofensas com que
33 E também, esta é a a lei que vos tiver ofendido, a perdoá-lo-eis,
dei a meus antigos: Que não saís- até setenta vezes sete.
sem para batalhar contra nenhu- 41 E se vos ofender e não se ar-
ma nação, tribo, língua ou povo, repender a primeira vez, mesmo
a não ser que eu, o Senhor, lhes assim o perdoareis.
ordenasse. 42 E se vos ofender a segunda
34 E se qualquer nação, língua vez e não se arrepender, mesmo
ou povo declarasse guerra contra assim o perdoareis.
eles, deveriam primeiro mostrar 43 E se vos ofender a terceira
um estandarte de a paz a esse povo, vez e não se arrepender, também
nação ou língua; o perdoareis.
35 E se esse povo não aceitasse a 44 Mas se vos ofender a quarta
oferta de paz, nem a segunda nem vez, não o perdoareis, mas tra-
a terceira vez, eles deveriam levar reis esses testemunhos diante do
esses testemunhos ao Senhor; Senhor; e não serão anulados até
36 Então eu, o Senhor, lhes daria que ele se tenha arrependido e vos
um mandamento e justificaria os recompensado quatro vezes mais
que saíssem para batalhar contra de todas as coisas com que vos ti-
essa nação, língua ou povo. ver ofendido.
37 E eu, o Senhor, a lutaria suas 45 E se fizer isso, perdoá-lo-eis
batalhas e as batalhas de seus fi- de todo o coração; e se ele não fi-
lhos e as dos filhos de seus filhos, zer isso, eu, o Senhor, me a vingarei
32 a D&C 27:10. 34 a D&C 105:38–41. D&C 64:9–11.
33 a Deut. 20:10; 37 a Jos. 23:10; Isa. 49:25. GEE Perdoar.
Al. 48:14–16. 40 a Mt. 18:21–22; 45 a Mórm. 8:20.
Doutrina e Convênios 98:46–99:5 218
por vós de vosso inimigo cem ve- quádruplo todas as ofensas com
zes mais; que tiverem ofendido, ou com que
46 E sobre seus filhos e sobre os seus pais ou os pais de seus pais
filhos dos filhos de todos os que tiverem ofendido, então vossa in-
me odeiam, até a a terceira e a quar- dignação findará;
ta geração. 48 E a a vingança já não cairá so-
47 Mas se os filhos se arrepende- bre eles, diz o Senhor vosso Deus,
rem, ou os filhos dos filhos, e se e suas ofensas jamais serão apre-
a 
voltarem para o Senhor seu Deus sentadas como testemunho contra
de todo o coração e com todo o po- eles perante o Senhor. Amém.
der, mente e força, e repararem ao

SEÇÃO 99
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John
Murdock, em 29 de agosto de 1832, em Hiram, Ohio. Por mais de
um ano, John Murdock tinha se dedicado a pregar o evangelho, en-
quanto seus filhos — órfãos de mãe após a morte de sua esposa, Julia
Clapp, em abril de 1831 — moraram com outras famílias em Ohio.
1–8, John Murdock é chamado para minha palavra em b demostração
proclamar o evangelho; e os que recebe- de meu Santo Espírito.
rem John Murdock receberão o Senhor 3 E quem te recebe a como uma
e obterão misericórdia. criancinha, recebe meu b reino; e
bem-aventurados são eles, pois
Eis que assim diz o Senhor a meu obterão c misericórdia.
servo John Murdock: Tu és cha- 4 E quem te rejeitar, será a rejei-
mado para ir às regiões do leste, tado por meu Pai e sua casa; e
de casa em casa, de povoado em limparás teus b pés nos lugares se-
povoado e de cidade em cida- cretos ao longo do caminho, como
de, a fim de proclamar o evan- testemunho contra eles.
gelho eterno a seus habitantes, 5 E eis que depressa a venho para
em meio a a perseguições e ini- b 
julgar, para convencer a todos
quidades. de suas ações iníquas cometidas
2 E quem te a recebe, a mim me contra mim, conforme está escrito
recebe; e terás poder para declarar sobre mim no livro.
46 a Deut. 5:9–10. 2 a Mt. 10:40. Misericordioso.
47 a Mos. 7:33; b 1 Cor. 2:4–5. 4 a Jo. 12:44–50.
Mórm. 9:6. 3 a Mt. 18:1–6. b D&C 75:19–22.
48 a Eze. 18:19–23. b GEE Reino de Deus ou 5 a D&C 1:11–14.
99 1 a GEE Perseguição, Reino dos Céus. b Jud. 1:14–15.
Perseguir. c GEE Misericórdia, GEE Jesus Cristo — Juiz.
219 Doutrina e Convênios 99:6–100:9
6 E agora em verdade eu te digo: desejares de mim, poderás subir
Não convém ires até que tenhas também para a boa terra, a fim de
tomado providências a respeito de possuir tua herança.
teus filhos e sejam eles enviados 8 Caso contrário, continuarás a
bondosamente ao bispo de Sião. pregar meu evangelho a até seres
7 E depois de alguns anos, se o levado. Amém.

SEÇÃO 100
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em
Perrysburg, Nova York, em 12 de outubro de 1833. Os dois irmãos,
tendo ficado longe da família por vários dias, estavam um tanto preo-
cupados com elas.
1–4, Joseph e Sidney devem pregar o 4 Portanto, eu, o Senhor, permiti
evangelho para a salvação de almas; que viésseis a este lugar; porque
5–8, Ser-lhes-á dado na hora exata o assim me era conveniente para a
que deverão dizer; 9–12, Sidney será a 
salvação de almas.
um porta-voz e Joseph, um revelador; 5 Portanto, em verdade vos digo:
e será vigoroso em seu testemunho; Clamai a este povo; a expressai os
13–17, O Senhor levantará um povo pensamentos que eu vos puser no
puro e os obedientes serão salvos. coração e não sereis confundidos
diante dos homens;
Em verdade, assim vos diz o Se- 6 Pois naquela mesma hora, sim,
nhor, meus amigos a Sidney e b Jo- naquele mesmo momento, ser-
seph: Vossas famílias estão bem; vos-á a dado o que dizer.
encontram-se em minhas mãos 7 Mas um mandamento vos dou,
e eu lhes farei o que me parecer de que tudo o que a declarardes
bem; pois em mim todo o poder declarareis em meu nome, com so-
existe. lenidade de coração, com espírito
2 Portanto, segui-me e dai ou- de b mansidão em todas as coisas.
vidos ao conselho que vos darei. 8 E prometo-vos que, se fizer-
3 Eis que tenho muita gente neste des isso, derramar-se-á o a Espírito
lugar, nas regiões circunvizinhas; Santo testificando todas as coisas
e uma porta eficaz abrir-se-á nas que disserdes.
regiões circunvizinhas nesta re- 9 E convém a mim, meu servo
gião leste. Sidney, que sejas um a porta-voz
8 a Mt. 19:29. D&C 68:3–4. Mansuetude.
100 1 a GEE Rigdon, Sidney. 6 a Mt. 10:19–20; 8 a 2 Né. 33:1–4.
b GEE Smith, Joseph, Jr. D&C 84:85. 9 a Êx. 4:14–16;
4 a GEE Salvação. 7 a D&C 84:61. 2 Né. 3:17–18;
5 a Hel. 5:18; b GEE Mansidão, Manso, D&C 124:103–104.
Doutrina e Convênios 100:10–17 220
para este povo; sim, em verdade a Sião. Sião será redimida, em-
a  b 

te ordenarei com este chamado, bora castigada por algum tempo.


sim, de seres o porta-voz de meu 14 Vossos irmãos, meus servos
servo Joseph. a 
Orson Hyde e John Gould, estão
10 E dar-lhe-ei poder para que em minhas mãos; e se guardarem
seja vigoroso em seu a testemunho. meus mandamentos, serão salvos.
11 E dar-te-ei poder para seres 15 Portanto, que se console vosso
a 
vigoroso na exposição de todas as coração; pois a todas as coisas con-
escrituras, a fim de que sejas seu tribuem para o bem daqueles que
porta-voz; e ele será um b revelador andam retamente e para a santifi-
para ti, a fim de conheceres a ver- cação da igreja.
dade de todas as coisas relativas 16 Pois levantarei para mim um
às coisas de meu reino na Terra. povo a puro, que me servirá em
12 Portanto, continuai a vossa retidão;
viagem; e que se alegre o vosso 17 E todos os que a invocam o
coração, pois eis que eu estarei nome do Senhor e guardam seus
convosco até o fim. mandamentos serão salvos. Assim
13 E agora vos falo com respeito seja. Amém.

SEÇÃO 101
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, em 16
e 17 de dezembro de 1833. Nessa ocasião, os santos que se haviam
reunido no Missouri sofriam grandes perseguições. Foram expulsos
de suas casas, no Condado de Jackson, por turbas; alguns dos san-
tos tentaram estabelecer-se nos Condados de Van Buren, Lafayette e
Ray, mas a perseguição os acompanhou. O corpo principal da Igreja
achava-se, nessa época, no Condado de Clay, Missouri. Eram muitas
as ameaças de morte contra pessoas da Igreja. Os santos no Condado
de Jackson haviam perdido mobília, roupas, animais e outros bens
pessoais; e muitas de suas lavouras haviam sido destruídas.
1–8, Os santos são repreendidos e Sião e suas estacas serão estabeleci-
afligidos por causa de suas trans- das; 22–31, Explica-se a natureza da
gressões; 9–15, A indignação do Se- vida durante o Milênio; 32–42, Nes-
nhor cairá sobre as nações, mas Seu sa época os santos serão abençoados
povo será reunido e consolado; 16–21, e recompensados; 43–62, A parábola
10 a GEE Testificar. b D&C 84:99; 105:9–10, D&C 90:24; 105:40.
11 a Al. 17:2–3. 31, 37. 16 a GEE Pureza, Puro.
b D&C 124:125. 14 a GEE Hyde, Orson. 17 a Joel 2:32;
13 a GEE Sião. 15 a Rom. 8:28; Al. 38:4–5.
221 Doutrina e Convênios 101:1–12
do nobre e das oliveiras significa os e cobiça entre eles; portanto, com
problemas e a redenção final de Sião; essas coisas, corromperam suas
63–75, Os santos devem continuar heranças.
a reunir-se; 76–80, O Senhor esta- 7 Foram vagarosos em a atender
beleceu a Constituição dos Estados à voz do Senhor seu Deus; por-
Unidos; 81–101, Os santos devem tanto, o Senhor seu Deus é vaga-
pleitear compensação das injustiças roso em atender às suas orações,
sofridas, como na parábola da mulher em responder-lhes no dia de suas
e do juiz injusto. tribulações.
8 No dia de sua paz, trataram
Em verdade eu te digo, em relação com leviandade meus conselhos;
a teus irmãos que foram afligidos, mas, no dia de suas a tribulações,
a 
perseguidos e b expulsos da terra b 
buscaram-me por necessidade.
de sua herança — 9 Em verdade eu te digo: Apesar
2 Eu, o Senhor, permiti que lhes de seus pecados, minhas entra-
sobreviessem a aflições que os afli- nhas estão cheias de a compaixão
giram em consequência de suas por eles. Não os b expulsarei total-
b 
transgressões; mente; e no dia da c ira, lembrar-
3 Contudo, possuí-los-ei e serão me-ei da misericórdia.
a 
meus no dia em que eu vier para 10 Eu jurei e decretei, num man-
reunir minhas joias. damento que vos dei anteriormen-
4 Portanto, é necessário que se- te, que deixaria cair a a espada de
jam a corrigidos e provados, assim minha indignação em favor de
b 
como Abraão, a quem foi ordena- meu povo; e assim como eu disse,
do oferecer o único filho. acontecerá.
5 Pois todos os que não querem 11 Minha indignação logo se der-
suportar a correção, mas a negam- ramará sem medida sobre todas as
me, não podem ser b santificados. nações; e isso farei quando estiver
6 Eis que eu te digo: Havia de- a 
cheio o cálice de sua iniquidade.
sarmonias e a contendas e b inve- 12 E nesse dia, todo aquele que
jas e disputas e c concupiscência se achar de a atalaia, ou, em outras
101 1 a GEE Perseguição, b Gên. 22:1–14; 8 a Hel. 12:3.
Perseguir. Jacó 4:5. b At. 17:27;
b D&C 103:1–2, 11; GEE Abraão. Al. 32:5–16.
109:47. 5 a Mt. 10:32–33; 9 a GEE Compaixão;
2 a D&C 58:3–4. Rom. 1:16; Misericórdia,
b Mos. 7:29–30; 2 Né. 31:14. Misericordioso.
D&C 103:4; 105:2–10. b GEE Santificação. b Jer. 30:11.
3 a Isa. 62:3; 6 a GEE Contenção, c D&C 98:21–22.
Mal. 3:17; Contenda. 10 a D&C 1:13–14.
D&C 60:4. b GEE Inveja. 11 a Hel. 13:14;
4 a D&C 95:1–2; 136:31. c GEE Concupiscência. Ét. 2:9–11.
GEE Castigar, 7 a Isa. 59:2; 12 a GEE Atalaia, Sentinela,
Castigo, Corrigir, Mos. 11:22–25; 21:15; Vigiar.
Repreender. Al. 5:38.
Doutrina e Convênios 101:13–26 222
palavras, todo o meu Israel, será haja mais lugar para eles; e então
salvo. lhes designarei outros lugares
13 E os que foram dispersos se- que tenho e serão chamados a es-
rão a reunidos. tacas, para as cortinas ou a força
14 E todos os que a prantearam de Sião.
serão consolados. 22 Eis que é meu desejo que to-
15 E todos os que deram a a vida dos os que invocam meu nome e
pelo meu nome serão coroados. me adoram, de acordo com meu
16 Portanto, que se console vosso evangelho eterno, se a reúnam e
coração no que diz respeito a Sião; b 
permaneçam em lugares santos;
pois toda carne está em minhas 23 E preparem-se para a revela-
a 
mãos; aquietai-vos e b sabei que ção que virá quando o a véu que
eu sou Deus. cobre meu templo, em meu ta-
17  a Sião não será removida de bernáculo, que oculta a Terra, for
seu lugar, apesar de seus filhos retirado; e toda carne juntamente
estarem dispersos. me b verá.
18 Os que permanecerem e forem 24  E toda coisa a corruptível,
puros de coração retornarão para seja do homem ou dos animais
suas a heranças, eles e seus filhos, do campo ou das aves do céu ou
com b cânticos de eterna alegria, dos peixes do mar, que habita na
para c edificar os lugares desolados face da Terra, será b consumida;
de Sião — 25 E também o que for de ele-
19 E todas estas coisas para que mentos a derreter-se-á com calor
os profetas se cumpram. fervente; e todas as coisas tornar-
20 E eis que não há outro a lu- se-ão b novas, para que meu conhe-
gar designado além daquele que cimento e minha c glória habitem
designei; nem haverá outro lu- em toda a Terra.
gar designado além daquele que 26 E nesse dia, a a inimizade do
designei para a reunião de meus homem e a inimizade das bestas,
santos — sim, a inimizade de toda carne
21 Até chegar o dia em que não terá b fim de diante de minha face.
13 a Deut. 30:3–6; c Amós 9:13–15; Jesus Cristo.
1 Né. 10:14. D&C 84:2–5; 24 a D&C 29:24.
GEE Israel — Coligação 103:11. b Sof. 1:2–3;
de Israel. 20 a D&C 57:1–4. Mal. 4:1;
14 a Mt. 5:4. 21 a D&C 82:13–14; D&C 88:94;
15 a Mt. 10:39. 115:6, 17–18. JS—H 1:37.
GEE Mártir, Martírio. GEE Estaca. 25 a Amós 9:5;
16 a Mois. 6:32. 22 a GEE Israel — Coligação 2 Ped. 3:10–14.
b Êx. 14:13–14; de Israel. GEE Terra —
Salm. 46:10. b Mt. 24:15; Purificação da Terra.
17 a GEE Sião. D&C 45:32; 115:6. b Apoc. 21:5.
18 a D&C 103:11–14. 23 a GEE Véu. c GEE Milênio.
b Isa. 35:10; b Isa. 40:5; 26 a Isa. 11:6–9.
D&C 45:71. D&C 38:8; 93:1. GEE Inimizade.
GEE Cantar. GEE Segunda Vinda de b GEE Paz.
223 Doutrina e Convênios 101:27– 43
27 E nesse dia, qualquer coi- 36 Portanto, não temais nem mes-
sa que o homem pedir, ser-lhe-á mo a a morte; porque neste mundo
dada; vossa alegria não é completa, mas
28 E nesse dia a Satanás não terá em mim vossa b alegria é completa.
poder para tentar homem algum. 37 Portanto, não vos preocupeis
29 E não haverá a pranto, porque com o corpo nem com a vida do
não haverá morte. corpo; mas preocupai-vos com a
30 Nesse dia uma a criança não a 
alma e com a vida da alma.
morrerá antes de envelhecer; e 38 E a buscai sempre a face do
sua vida será como a idade de Senhor para que, em b paciência,
uma árvore. possuais vossa alma; e tereis vida
31 E quando morrer, não dormi- eterna.
rá, isto é, na terra, mas será a trans- 39 Quando os homens são cha-
formada num piscar de olhos e mados ao meu a evangelho eterno
será b arrebatada; e seu descanso e fazem um convênio eterno, são
será glorioso. considerados como o b sal da Terra
32 Sim, em verdade vos digo: e o sabor dos homens;
No a dia em que o Senhor vier, ele 40 São chamados para ser o sa-
b 
revelará todas as coisas — bor dos homens; portanto, se esse
33 Coisas passadas e a coisas ocul- sal da Terra perder seu sabor, eis
tas que nenhum homem conheceu, que, daí em diante, para nada mais
coisas da Terra pelas quais foi feita presta senão para se lançar fora e
e seu propósito e seu fim — ser pisado pelos homens.
34 Coisas muito preciosas, coisas 41 Eis que aqui há sabedoria no
que estão no alto e coisas que estão tocante aos filhos de Sião, sim,
em baixo, coisas que estão dentro muitos, mas não todos; eles foram
da terra e sobre a terra e nos céus. considerados transgressores, por-
35 E todos os que sofrerem a per- tanto, precisam ser a corrigidos —
seguição pelo meu nome e perse- 42 Aquele que a si mesmo se
verarem com fé, ainda que lhes a 
exaltar será humilhado; e aquele
seja requerido dar a vida por mi- que a si mesmo se b humilhar será
nha b causa, participarão de toda exaltado.
esta glória. 43  E agora vos narrarei uma
28 a Apoc. 20:2–3; 33 a GEE Mistérios de Deus. Convênio.
1 Né. 22:26; 35 a D&C 63:20. b Mt. 5:13;
D&C 88:110. GEE Perseguição, D&C 103:10.
29 a Apoc. 21:4. Perseguir. 41 a GEE Castigar, Castigo,
30 a Isa. 65:20–22; b D&C 98:13. Corrigir, Repreender.
D&C 63:51. 36 a GEE Morte Física. 42 a Oba. 1:3–4;
31 a 1 Cor. 15:52; b GEE Alegria. Lc. 14:11;
D&C 43:32. 37 a GEE Alma. Hel. 4:12–13.
b 1 Tess. 4:16–17. 38 a 2 Crôn. 7:14; b Lc. 18:14.
32 a D&C 29:11. D&C 93:1. GEE Humildade,
GEE Milênio. b GEE Paciência. Humilde, Humilhar.
b D&C 121:26–28. 39 a GEE Novo e Eterno
Doutrina e Convênios 101:44–57 224
parábola, para que conheçais a inimigo e derrubou a sebe; e osa 

minha vontade concernente à re- servos do nobre levantaram-se


denção de Sião. atemorizados e fugiram; e o ini-
44 Um certo a nobre possuía um migo destruiu o trabalho deles e
pedaço de terra muito bom; e dis- derrubou as oliveiras.
se aos seus servos: Ide à minha 52 Então, eis que o nobre, o se-
b 
vinha, sim, a esse pedaço de ter- nhor da vinha, chamou seus ser-
ra muito bom, e plantai doze oli- vos e perguntou-lhes: Ora, qual a
veiras; causa deste grande mal?
45 E colocai a atalaias ao seu re- 53 Não devíeis ter feito o que vos
dor e construí uma torre, para que mandei e — depois de haverdes
se possa vigiar a redondeza; e um plantado a vinha e construído a
fique de atalaia na torre, a fim de sebe ao redor e posto atalaias so-
que minhas oliveiras não sejam bre seus muros — construído tam-
derrubadas quando vier o inimi- bém a torre e posto um atalaia na
go para saquear e tomar para si o torre e vigiado minha vinha, sem
fruto de minha vinha. adormecer, para que o inimigo não
46 Ora, os servos do nobre fize- vos atacasse?
ram o que seu senhor lhes orde- 54 E eis que o atalaia da torre te-
nara e plantaram as oliveiras e ria visto o inimigo enquanto ainda
construíram uma sebe ao redor e estava distante; e então poderíeis
colocaram atalaias e começaram a ter-vos preparado e evitado que
construir uma torre. o inimigo derrubasse a sebe, sal-
47 E enquanto ainda estavam vando minha vinha da mão do
pondo seus alicerces, começaram destruidor.
a dizer entre si: E que necessidade 55 E o senhor da vinha disse a
tem meu senhor desta torre? um de seus servos: Vai reunir o
48 E consultaram-se por longo restante de meus servos e toma
tempo, dizendo entre si: Que ne- a 
toda a força de minha casa, que
cessidade tem meu senhor desta são meus guerreiros, meus jovens
torre, sendo que é tempo de paz? e também os de meia-idade entre
49 Não poderia esse dinheiro ser meus servos, que são a força de
dado aos banqueiros? Pois não há minha casa, salvo apenas os que
necessidade destas coisas. designei para ficarem;
50 E enquanto discordavam entre 56 E ide imediatamente à terra
si, tornaram-se muito preguiçosos de minha vinha e resgatai-a; pois
e não deram ouvidos às ordens de é minha; comprei-a com dinheiro.
seu senhor. 57 Portanto, ide imediatamente
51 E durante a noite chegou o à minha terra; derrubai os muros
44 a D&C 103:21–22. 3 Né. 16:18. 51 a Isa. 5:1–7.
b GEE Vinha do Senhor. GEE Atalaia, Sentinela, 55 a D&C 103:22, 29–30;
45 a Eze. 33:2, 7; Vigiar. 105:16, 29–30.
225 Doutrina e Convênios 101:58–72
de meus inimigos; derrubai a sua possuir a vida eterna e ser coroa-
torre e dispersai os seus atalaias. do de b glória celestial quando eu
58 E caso se reúnam contra vós, vier no reino de meu Pai para re-
a 
vingai-me de meus inimigos para compensar cada homem de acordo
que logo eu venha com o restan- com suas obras;
te de minha casa e ocupe a terra. 66 Enquanto que o joio será ata-
59 E o servo disse a seu senhor: do em feixes e suas amarraduras,
Quando acontecerão essas coisas? fortalecidas, para que se a queime
60  E ele respondeu ao servo: em fogo inextinguível.
Quando eu desejar; vai imediata- 67 Portanto, um mandamento
mente e faze todas as coisas que dou a todas as igrejas, de que con-
te mandei; tinuem a reunir-se nos lugares que
61 E este será meu selo e minha designei.
bênção sobre ti — um mordomo 68 Contudo, como vos disse num
fiel e a prudente em minha casa, mandamento anterior, que vossa
um b governante em meu reino. a 
reunião não seja feita às pressas,
62 E seu servo foi imediatamen- nem por meio de fuga; mas que
te e fez todas as coisas que seu se preparem todas as coisas com
senhor lhe mandara; e a depois antecedência.
de muitos dias, todas as coisas se 69 E para que se preparem to-
cumpriram. das as coisas com antecedência,
63  Também, em verdade vos observai o mandamento que vos
digo: Mostrar-vos-ei o que me é dei concernente a estas coisas —
prudente em relação a todas as 70 O qual diz, ou seja, ensina
igrejas, se estiverem dispostas a a a comprar com dinheiro todas
ser guiadas de uma forma reta e as terras, que puderem ser com-
adequada para sua salvação — pradas com dinheiro, na região
64 Para que a obra da reunião de que circunda a terra que designei
meus santos continue a fim de que como terra de Sião, para o início
eu os edifique ao meu nome em da reunião de meus santos;
a 
lugares santos; porque é chegado 71 Todas as terras que puderem
o tempo da b ceifa e minha palavra ser compradas no Condado de
precisa c cumprir-se. Jackson e nos condados das re-
65 Portanto, preciso reunir meu dondezas, deixando o resto em
povo, segundo a parábola do tri- minhas mãos.
go e do a joio, para que o trigo seja 72 Ora, em verdade vos digo:
recolhido nos celeiros a fim de Que todas as igrejas juntem todo
58 a D&C 97:22–24; b D&C 33:3, 7. 66 a Naum 1:5;
105:15. GEE Ceifa, Colheita. Mt. 3:12;
61 a D&C 78:22. c D&C 1:38. D&C 38:12;
b Mt. 25:20–23. 65 a Mt. 13:6–43; 63:33–34.
62 a D&C 105:37. D&C 86:1–7. 68 a D&C 58:56.
64 a D&C 87:8. b GEE Glória Celestial. 70 a D&C 63:27–29.
Doutrina e Convênios 101:73–88 226
o seu dinheiro; que estas coisas se- homem seja responsável por seus
b 

jam feitas a seu tempo, mas não às próprios pecados no dia do c juízo.
a 
pressas; e preparai todas as coisas 79 Portanto, não é certo que ho-
com antecedência. mem algum seja escravo de outro.
73 E que sejam designados ho- 80 E com esse propósito esta-
mens honrados, sim, homens pru- beleci a a Constituição deste país,
dentes; e enviai-os para compra- pelas mãos de homens prudentes
rem essas terras. que levantei para esse propósito; e
74 E se as igrejas da região leste, redimi a terra pelo b derramamento
quando forem organizadas, derem de sangue.
ouvidos a esse conselho, poderão 81 Ora, a que compararei os fi-
comprar terras e reunir-se nelas; e lhos de Sião? Compará-los-ei à
desta forma estabelecer Sião. a 
parábola da mulher e do juiz in-
75 Já há uma reserva suficiente, justo, porque os homens devem
sim, em abundância, para redimir b 
orar sempre e não desfalecer, a
Sião e estabelecer os seus lugares qual diz —
desolados, a fim de que já não se- 82 Havia, numa cidade, um juiz
jam abatidos, caso as igrejas que que não temia a Deus nem respei-
levam o meu nome estejam a dis- tava os homens.
postas a atender à minha voz. 83 E havia naquela cidade uma
76 E também vos digo: É a mi- viúva e ela procurou-o, dizendo:
nha vontade que aqueles que fo- Vinga-me de meu adversário.
ram dispersos por seus inimigos 84 E por algum tempo ele não o
continuem a exigir compensação fez, mas depois disse consigo: Ain-
e redenção das mãos daqueles da que não tema a Deus nem res-
que foram colocados como go- peite os homens, contudo, como
vernantes e que têm autoridade esta viúva me importuna, vingá-
sobre vós — la-ei para que não me importune
77  De acordo com as leis e a vindo aqui continuamente.
a 
constituição do povo, que permiti 85 Assim compararei os filhos
fossem estabelecidas e que devem de Sião.
ser mantidas para os b direitos e a 86 Que insistam aos pés do juiz;
proteção de toda carne, segundo 87 E se ele não lhes der ouvidos,
princípios justos e santos; que insistam aos pés do gover-
78 Para que todo homem aja, em nador;
doutrina e princípio relativos ao 88 E se o governador não lhes der
futuro, de acordo com o a arbítrio ouvidos, que insistam aos pés do
moral que lhe dei, para que todo presidente;
72 a Isa. 52:10–12. b GEE Prestar Contas, D&C 98:5–6.
75 a Al. 5:37–39. Responsabilidade, GEE Constituição.
77 a GEE Governo. Responsável. b 1 Né. 13:13–19.
b GEE Liberdade, Livre. c GEE Juízo Final. 81 a Lc. 18:1–8.
78 a GEE Arbítrio. 80 a 2 Né. 1:7–9; b GEE Oração.
227 Doutrina e Convênios 101:89–101
89 E se o presidente não lhes der discirnam os retos dos iníquos,
b 

ouvidos, o Senhor se erguerá e sai- diz vosso Deus.


rá de seu a esconderijo e, em sua 96 E também vos digo: É contrá-
fúria, afligirá a nação; rio ao meu mandamento e à minha
90 E em seu intenso desagrado e vontade que o meu servo Sidney
em sua ardente ira, a seu tempo, Gilbert venda aos meus inimigos o
cortará os a mordomos iníquos, meu a armazém, que designei para
infiéis e injustos e designar-lhes-á o meu povo.
sua porção entre os hipócritas e 97 Que o que designei não seja
b 
incrédulos. profanado por meus inimigos com
91 Sim, nas trevas exteriores, o consentimento daqueles que a le-
onde há a pranto e gemido e ran- vam meu nome;
ger de dentes. 98 Porque esse é um sério e grave
92 Orai, portanto, para que seus pecado contra mim e contra meu
ouvidos se abram a vossos clamo- povo, em consequência das coisas
res, para que eu possa ser a miseri- que decretei e que logo cairão so-
cordioso com eles, para que estas bre as nações.
coisas não lhes sobrevenham. 99 Portanto, é a minha vontade
93 O que vos disse precisa acon- que meu povo reivindique, e man-
tecer, para que homem algum te- tenha os seus direitos sobre o que
nha a desculpa; lhes designei, embora não se lhes
94 Para que homens prudentes e permita ali habitar.
governantes ouçam e compreen- 100 Contudo, não digo que lá
dam o que nunca haviam a consi- não habitarão; porque se produzi-
derado; rem frutos e obras dignos de meu
95 Para que eu execute o meu reino, ali habitarão.
ato, o meu a estranho ato, e exe- 101 Edificarão e outros não a her-
cute a minha obra, a minha es- darão; plantarão vinhas e comerão
tranha obra, para que os homens de seu fruto. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 102
Ata da organização do primeiro sumo conselho da Igreja, em Kirtland,
Ohio, em 17 de fevereiro de 1834. A ata original foi registrada pelos
89 a Isa. 45:15; 124:8. b Mal. 3:18.
D&C 121:1, 4; 123:6. 92 a GEE Misericórdia, GEE Discernimento,
90 a GEE Mordomia, Misericordioso. Dom de.
Mordomo. 93 a Rom. 1:18–21. 96 a GEE Armazém.
b Apoc. 21:8. 94 a Isa. 52:15; 97 a D&C 103:4; 112:25–26;
GEE Incredulidade. 3 Né. 20:45; 21:8. 125:2.
91 a Mt. 25:30; 95 a Isa. 28:21; 101 a Isa. 65:21–22.
D&C 19:5; 29:15–17; D&C 95:4. GEE Milênio.
Doutrina e Convênios 102:1–8 228
Élderes Oliver Cowdery e Orson Hyde. O Profeta revisou a ata no
dia seguinte, e no dia subsequente a ata corrigida foi unanimemente
aceita pelo sumo conselho como “um formato e uma constituição do
sumo conselho” da Igreja. Os versículos 30 a 32, referentes ao Conse-
lho dos Doze Apóstolos, foram acrescentados em 1835, sob a direção
de Joseph Smith, quando esta seção foi preparada para publicação em
Doutrina e Convênios.
1–8, É designado um sumo conselho Hyde, Sylvester Smith e Luke Jo-
para resolver as dificuldades impor- hnson, sumos sacerdotes, foram
tantes que surgissem na Igreja; 9–18, escolhidos pelo voto unânime do
Estabelecem-se procedimentos para conselho para formar um conselho
exame de casos; 19–23, O presiden- permanente na igreja.
te do conselho transmite a decisão; 4 Aos conselheiros acima men-
24–34, Estabelece-se o procedimento cionados perguntou-se então se
de apelação. aceitavam a designação e se agi-
riam nesse chamado de acordo
Neste dia reuniu-se um conselho com a lei do céu, ao que todos res-
geral de vinte e quatro sumos sa- ponderam que aceitavam a desig-
cerdotes na casa de Joseph Smith nação e que agiriam no chamado
Júnior, por revelação, e procedeu de acordo com a graça de Deus a
à organização do a sumo conselho eles conferida.
da igreja de Cristo, o qual consis- 5 O número dos que compunham
tiria em doze sumos sacerdotes e o conselho, que em nome da igre-
um ou três presidentes, conforme ja e pela igreja votaram para a
o caso exigisse. escolha dos conselheiros acima
2 O sumo conselho foi designado mencionados, era quarenta e três,
por revelação com o propósito de como se segue: nove sumos sacer-
resolver as dificuldades importan- dotes, dezessete élderes, quatro
tes que surgissem na igreja e que sacerdotes e treze membros.
não pudessem ser resolvidas pela 6 Votou-se: Que o sumo conse-
igreja ou pelo a conselho do bispo lho não tem poder para agir sem a
a contento dos interessados. presença de sete dos conselheiros
3 Joseph Smith Júnior, Sidney acima mencionados ou seus suces-
Rigdon e Frederick G. Williams sores devidamente designados.
foram aceitos como presidentes 7 Estes sete terão poder para de-
pelo voto do conselho; e Joseph signar outros sumos sacerdotes
Smith Sênior, John Smith, Joseph que considerarem dignos e capa-
Coe, John Johnson, Martin Harris, zes de agir em lugar de conselhei-
John S. Carter, Jared Carter, Oliver ros ausentes.
Cowdery, Samuel H. Smith, Orson 8 Votou-se: Que quando ocorrer
102 1 a GEE Sumo Conselho. 2 a D&C 107:72–74.
229 Doutrina e Convênios 102:9–19
uma vaga por morte, remoção do o número um e assim por diante
cargo devido a transgressão ou até o número doze.
mudança para fora dos limites 13 Sempre que este conselho se
do governo desta igreja de qual- reunir para decidir qualquer caso,
quer um dos conselheiros acima os doze conselheiros deverão con-
mencionados, a vaga será preen- siderar se é um caso difícil ou não;
chida por indicação do presiden- se não for, apenas dois conselhei-
te ou presidentes e sancionada ros falarão sobre ele, de acordo
pelo voto de um conselho geral com a forma descrita acima.
de sumos sacerdotes, reunidos 14 Mas se acharem que é difícil,
com esse fim para agir em nome designar-se-ão quatro; e se mais
da igreja. difícil ainda, seis; mas em caso
9 O presidente da igreja, que é algum serão designados mais que
também o presidente do conselho, seis para falar.
é designado por a revelação e b re- 15 O acusado, em todos os casos,
conhecido em sua administração tem direito ao apoio da metade do
pela voz da igreja. conselho, para evitarem-se insul-
10 E está de acordo com a dig- tos ou injustiças.
nidade de seu chamado presidir 16 E os conselheiros designa-
o conselho da igreja, tendo ele dos para falar perante o conselho
o privilégio de ser assistido por devem apresentar o caso após o
outros dois presidentes, designa- exame das evidências, em sua ver-
dos do mesmo modo que ele foi dadeira luz; e todo homem deverá
designado. falar com equidade e a justiça.
11 E em caso de ausência de um 17 Os conselheiros que sortearem
ou de ambos os que tiverem sido os números pares, isto é, 2, 4, 6, 8,
designados para assisti-lo, ele terá 10 e 12 são os que deverão defen-
poder para presidir o conselho der o acusado e evitar insultos e
sem um assistente; e em caso de injustiças.
ele próprio estar ausente, os ou- 18 Em todos os casos, o acusa-
tros presidentes, ambos ou um dor e o acusado terão o privilégio
deles, terão poder para presidir de falar por si mesmos diante do
em seu lugar. conselho, depois que as evidências
12 Quando um sumo conselho tiverem sido ouvidas e os conse-
da igreja de Cristo for devidamen- lheiros designados para falar so-
te organizado, de acordo com o bre o caso tiverem terminado seus
modelo precedente, será dever comentários.
dos doze conselheiros, sorteando 19 Depois que as evidências fo-
números, decidir qual dos doze rem ouvidas e os conselheiros,
falará primeiro, começando com o acusador e o acusado tiverem
9 a GEE Revelação. da Igreja.
b GEE Apoio aos Líderes 16 a GEE Justiça.
Doutrina e Convênios 102:20–32 230
falado, o presidente apresentará enviar imediatamente uma cópia
uma decisão segundo a compreen- da ata, com um relatório comple-
são que tiver do caso e pedirá aos to dos testemunhos apresentados,
doze conselheiros que a sancio- acompanhando suas decisões, ao
nem com seu voto. sumo conselho da sede da Primei-
20 Mas se os outros conselheiros ra Presidência da Igreja.
que não tiverem falado, ou qual- 27 Se ambas as partes, ou uma
quer um deles, depois de ouvir delas, não estiverem satisfeitas
imparcialmente as evidências e os com a decisão do conselho, po-
argumentos, descobrirem um erro derão apelar ao sumo conselho
na decisão do presidente, poderão da sede da Primeira Presidência
manifestá-lo e o caso terá nova da Igreja e ter uma nova audiên-
audiência. cia, quando o caso será tratado de
21 E se, depois de outra cuida- acordo com o primeiro modelo
dosa audiência, alguma luz for escrito, como se tal decisão não
adicionada ao caso, a decisão será tivesse sido tomada.
alterada de acordo com essa luz. 28 Este conselho de sumos sacer-
22 Se nenhuma luz, porém, for dotes em outros locais só deverá
adicionada, a primeira decisão ser convocado nos casos mais a di-
prevalecerá, tendo a maioria do fíceis relacionados a assuntos da
conselho poder para determiná-la. igreja; e nenhum caso comum ou
23 Em caso de dificuldade com trivial será suficiente para convo-
respeito a a doutrina ou princípio, car tal conselho.
se não houver material escrito su- 29 Os sumos sacerdotes viajan-
ficiente para tornar claro o caso na tes ou residentes em outros locais
mente do conselho, o presidente têm poder para decidir se é ou não
poderá consultar e obter a vontade necessário convocar um conselho.
do Senhor por b revelação. 30  Há uma distinção entre o
24 Os sumos sacerdotes, quando sumo conselho ou os sumos sa-
estiverem fora, terão poder para cerdotes viajantes que estiverem
convocar e organizar um conselho fora e o a sumo conselho viajante
segundo o modelo acima, para re- composto dos doze b apóstolos, em
solver dificuldades quando ambas suas decisões.
as partes, ou uma delas, solicitarem. 31 Da decisão do primeiro po-
25 E esse conselho de sumos sa- de-se apelar; mas da decisão do
cerdotes terá poder para designar último, não.
um de seus próprios membros 32 O último pode apenas ser cha-
para presidir tal conselho interi- mado a juízo pelas autoridades
namente. gerais da igreja em caso de trans-
26 Será dever desse conselho gressão.
23 a Núm. 9:8. 28 a D&C 107:78. b GEE Apóstolo.
b GEE Revelação. 30 a D&C 107:23–24, 35–38.
231 Doutrina e Convênios 102:33–103:4
33 Resolveu-se: Que o presidente o seguinte: 1, Oliver Cowdery;
ou presidentes da sede da Primei- 2, Joseph Coe; 3, Samuel  H.
ra Presidência da Igreja terão po- Smith; 4, Luke Johnson; 5, John S.
der para determinar se qualquer Carter; 6, Sylvester Smith; 7, John
desses casos em que haja apela- Johnson; 8, Orson Hyde; 9, Jared
ção tem direito a nova audiência, Carter; 10, Joseph Smith Sênior;
depois de examinar a apelação e 11, John Smith; 12, Martin Harris.
as evidências e declarações que o Depois da oração, encerrou-se a
acompanham. conferência.
34  Os doze conselheiros en- Oliver Cowdery,
tão lançaram a sorte ou votos Orson Hyde,
para determinar quem deveria Secretários
falar primeiro e o resultado foi

SEÇÃO 103
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Ohio, em 24 de fevereiro de 1834. Esta revelação foi recebida após a
chegada de Parley P. Pratt e Lyman Wight a Kirtland, que haviam vin-
do do Missouri para conversar com o Profeta a respeito da ajuda aos
santos e da devolução de suas terras no Condado de Jackson.
1–4, Por que o Senhor permitiu que saibais a agir no desempenho de
os santos do Condado de Jackson fos- vossos deveres referentes à salva-
sem perseguidos; 5–10, Os santos ção e b redenção de vossos irmãos
prevalecerão se guardarem os man- que foram dispersos na terra de
damentos; 11–20, A redenção de Sião Sião;
virá por meio de poder e o Senhor irá 2 Tendo sido a expulsos e feri-
adiante de Seu povo; 21–28, Os san- dos pelas mãos de meus inimigos,
tos devem reunir-se em Sião e os que sobre quem derramarei minha
perderem a vida tornarão a achá-la; ira sem medida, em meu próprio
29–40, Chamam-se vários irmãos para tempo.
organizarem o Acampamento de Sião 3 Pois até agora os tenho tolera-
e para irem a Sião; promete-se-lhes a do, para que a enchessem a medida
vitória, se forem fiéis. de suas iniquidades, para que se
enchesse o seu cálice;
Em verdade vos digo, meus ami- 4 E para que os que chamam a
gos: Eis que vos darei uma reve- si próprios pelo meu nome fos-
lação e mandamento, para que sem a castigados por algum tempo
103 1 a D&C 43:8. 3 a Al. 14:10–11; 60:13. Corrigir, Repreender.
b D&C 101:43–62. 4 a D&C 95:1.
2 a D&C 101:1; 109:47. GEE Castigar, Castigo,
Doutrina e Convênios 103:5–19 232
com um castigo severo e doloroso, 11 Mas em verdade vos digo:
por não terem, de forma alguma, Decretei que vossos irmãos que
b 
atendido aos preceitos e manda- foram dispersos retornem às a ter-
mentos que lhes dei. ras de sua herança e edifiquem os
5 Mas em verdade vos digo que lugares desolados de Sião.
decretei um decreto que meu povo 12 Pois, após a muita tribulação,
executará se atender, de agora em como vos disse num mandamento
diante, aos a conselhos que eu, o anterior, vem a bênção.
Senhor seu Deus, lhe darei. 13 Eis que esta é a bênção que
6 Eis que, porque o decretei, eles vos prometi depois de vossas tri-
começarão a prevalecer contra bulações e das tribulações de vos-
meus inimigos a partir deste exa- sos irmãos — vossa redenção e a
to momento. redenção de vossos irmãos, sim,
7 E tendo o cuidado de a cumprir sua volta à terra de Sião, para que
todas as palavras que eu, o Senhor se estabeleçam a fim de não mais
seu Deus, lhes disser, jamais deixa- serem derrubados.
rão de prevalecer, até que os b rei- 14 Contudo, se profanarem suas
nos do mundo sejam subjugados heranças, serão derrubados; por-
sob meus pés e a Terra seja c dada que não os pouparei se desonra-
aos d santos a fim de que a e pos- rem suas heranças.
suam para todo o sempre. 15 Eis que vos digo que a reden-
8 Mas se não a guardarem meus ção de Sião precisa vir por poder;
mandamentos e não tiverem o cui- 16 Portanto, suscitarei um ho-
dado de cumprir todas as palavras mem para meu povo, que o guia-
minhas, os reinos do mundo pre- rá como a Moisés guiou os filhos
valecerão contra eles. de Israel.
9 Pois foram designados para 17 Pois sois os filhos de Israel e
serem uma a luz para o mundo e da a semente de Abraão; e necessá-
salvadores de homens; rio é que sejais tirados da escravi-
10 E se não forem salvadores de dão por meio de poder e com um
homens, serão como o a sal que braço estendido.
perdeu o sabor e, daí em diante, 18 E assim como vossos pais fo-
para nada mais presta senão para ram guiados no princípio, assim
ser lançado fora e pisado pelos será a redenção de Sião.
homens. 19 Portanto, que não desfaleça
4 b D&C 101:2; 105:2–6. d GEE Santo 12 a Apoc. 7:13–14;
5 a GEE Aconselhar, (substantivo). D&C 58:4; 112:13.
Conselho. e D&C 38:20. 16 a Êx. 3:2–10;
7 a D&C 35:24. 8 a Mos. 1:13; D&C 107:91–92.
GEE Obedecer, D&C 82:10. GEE Moisés.
Obediência, 9 a 1 Né. 21:6. 17 a GEE Abraão — Semente
Obediente. 10 a Mt. 5:13–16; de Abraão;
b Dan. 2:44. D&C 101:39–40. Convênio Abraâmico.
c Dan. 7:27. 11 a D&C 101:18.
233 Doutrina e Convênios 103:20–32
vosso coração, pois não vos digo 26 E minha presença estará con-
como disse a vossos pais: Meu vosco quando me a vingardes
a 
anjo irá adiante de vós, mas não de meus inimigos, até a tercei-
minha b presença. ra e quarta geração dos que me
20 Mas digo-vos: Meus a anjos odeiam.
irão adiante de vós e também mi- 27 Que nenhum homem tenha
nha presença; e, dentro de algum medo de perder sua vida por mi-
tempo, b possuireis a boa terra. nha causa; porque aquele que
21 Em verdade, em verdade vos a 
perder a vida por minha causa
digo que meu servo Joseph Smith tornará a achá-la.
Júnior, é o a homem a quem com- 28 E aquele que não estiver dis-
parei o servo com quem falou o posto a perder a vida por minha
Senhor da b vinha, na parábola que causa não é meu discípulo.
vos dei. 29 É a minha vontade que meu
22 Portanto, que meu servo Jo- servo a Sidney Rigdon eleve a
seph Smith Júnior diga à a força sua voz nas congregações das
de minha casa, meus jovens e os regiões do leste, preparando as
homens de meia idade: Reuni- igrejas para guardarem os man-
vos na terra de Sião, na terra que damentos que lhes dei concer-
comprei com dinheiro que me foi nentes à restauração e à reden-
consagrado. ção de Sião.
23 E que todas as igrejas enviem 30 É a minha vontade que meu
homens prudentes com o dinhei- servo a Parley P. Pratt e meu servo
ro arrecadado, a fim de a comprar Lyman Wight não regressem à ter-
terras, como lhes ordenei. ra de seus irmãos até que hajam
24 E se meus inimigos vos ata- conseguido grupos para subirem
carem para vos expulsarem de à terra de Sião, em número de dez
minha boa a terra, que consagrei ou de vinte ou de cinquenta ou de
para ser a terra de Sião, e também cem, até atingir os quinhentos da
de vossas próprias terras, após b 
força de minha casa.
estes testemunhos que trouxestes 31 Eis que essa é a minha vonta-
perante mim contra eles, amaldi- de; pedi e recebereis; mas os ho-
çoá-los-eis; mens a nem sempre fazem a minha
25 E quem amaldiçoardes, eu vontade.
amaldiçoarei; e vingar-me-eis de 32  Portanto, se não conse-
meus inimigos. guirdes quinhentos, procurai
19 a GEE Anjos. 105:16, 29–30. Lc. 9:24;
b D&C 84:18–24. 23 a D&C 42:35–36; 57:5–7; D&C 98:13–15; 124:54.
20 a Êx. 14:19–20. 58:49–51; 101:68–74. 29 a GEE Rigdon, Sidney.
b D&C 100:13. 24 a D&C 29:7–8; 45:64–66; 30 a GEE Pratt, Parley
21 a D&C 101:55–58. 57:1–2. Parker.
b GEE Vinha do Senhor. 26 a D&C 97:22. b D&C 101:55.
22 a D&C 35:13–14; 27 a Mt. 10:39; 31 a D&C 82:10.
Doutrina e Convênios 103:33– 40 234
diligentemente para que, talvez, 36 Toda vitória e toda glória ser-
consigais trezentos. vos-ão manifestadas por meio de
33 E se não conseguirdes trezen- vossa a diligência, fidelidade e
tos, procurai diligentemente para b 
orações de fé.
que, talvez, consigais cem. 37 Que meu servo Parley P. Pratt
34 Mas em verdade vos digo: Um viaje com meu servo Joseph Smith
mandamento vos dou, de que não Júnior.
subais à terra de Sião até que te- 38  Que meu servo Lyman
nhais conseguido cem da força de Wight viaje com meu servo Sid-
minha casa para subirem convosco ney Rigdon.
à terra de Sião. 39 Que meu servo Hyrum Smith
35 Portanto, como vos disse, pedi viaje com meu servo Frederick G.
e recebereis; orai fervorosamente Williams.
para que, talvez, meu servo Joseph 40 Que meu servo Orson Hyde
Smith Júnior possa ir convosco, a viaje com meu servo Orson Pratt,
fim de presidir no meio de meu para onde quer que meu servo
povo e organizar meu reino na Joseph Smith Júnior os aconselhe,
terra a consagrada e estabelecer os para cumprimento destes man-
filhos de Sião sobre as leis e man- damentos que vos dei; e deixai o
damentos que vos foram e que vos restante em minhas mãos. Assim
serão dados. seja. Amém.

SEÇÃO 104
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Ohio, ou
perto dali, em 23 de abril de 1834, a respeito da Firma Unida (ver
os cabeçalhos das seções 78 e 82). Na ocasião, provavelmente acon-
tecia uma reunião de conselho dos membros da Firma Unida, onde
se discutiam as necessidades temporais prementes da Igreja. Numa
reunião anterior da firma, em 10 de abril, havia-se decidido que a
organização fosse desfeita. Esta revelação determina que, em vez
disso, a firma seja reorganizada; as suas propriedades deveriam ser
divididas entre os membros da firma como suas mordomias. Sob a
direção de Joseph Smith, a expressão “Firma Unida” foi mais tarde
substituida por “Ordem Unida” na revelação.
1–10, Os santos que transgredirem a Sua maneira; 17–18, A lei do evan-
a ordem unida serão amaldiçoados; gelho rege a assistência aos pobres;
11–16, O Senhor supre a Seus santos 19–46, Designam-se as mordomias
35 a D&C 84:31. 36 a GEE Diligência. b D&C 104:79–82.
235 Doutrina e Convênios 104:1–13
e bênçãos de vários irmãos; 47–53, A considerado transgressor, ou, em
ordem unida em Kirtland e a ordem outras palavras, quebrar o con-
em Sião devem operar separadamen- vênio com que estais comprome-
te; 54–66, Estabelece-se a tesouraria tidos, será amaldiçoado na vida e
do Senhor para a impressão das es- será pisado por quem eu desejar;
crituras; 67–77, A tesouraria geral 6 Pois eu, o Senhor, não serei a es-
da ordem unida deve operar com base carnecido quanto a estas coisas —
no comum acordo; 78–86, Os que es- 7 E tudo isso para que os ino-
tiverem na ordem unida devem pagar centes dentre vós não sejam con-
todas as suas dívidas e o Senhor livrá- denados com os injustos; e para
los-á da servidão econômica. que os culpados dentre vós não
escapem; porque eu, o Senhor,
Em verdade vos digo, meus ami- vos prometi uma a coroa de glória
gos: Dou-vos um conselho e um à minha direita.
mandamento concernente a todas 8 Portanto, se fordes considera-
as propriedades que pertencem dos transgressores, não podereis
à ordem que mandei organizar e escapar à minha ira nesta vida.
estabelecer, a fim de ser uma a or- 9 Se fordes a expulsos por trans-
dem unida e uma ordem eterna gressão, não podereis escapar às
para o benefício de minha igreja b 
bofetadas de c Satanás até o dia
e para a salvação dos homens até da redenção.
que eu venha — 10  E agora vos dou poder, a
2 Com a promessa imutável e partir deste exato momento, caso
inalterável de que, se fossem fiéis, qualquer homem dentre vós, que
aqueles que mandei seriam aben- pertença à ordem, seja considera-
çoados com uma multiplicidade do transgressor e não se arrependa
de bênçãos; do mal, para entregá-lo às bofeta-
3 Mas, por não terem sido fiéis, das de Satanás; e ele não terá po-
estavam às portas da maldição. der para vos a causar mal.
4 Contudo, sendo que alguns 11 Isto é minha sabedoria; por-
de meus servos não guardaram tanto, dou-vos o mandamento de
o mandamento, mas quebraram que vos organizeis e designeis a
o convênio por a cobiça e com pa- todo homem sua a mordomia;
lavras falsas, amaldiçoei-os com 12 Para que todo homem me
uma maldição severa e dolorosa. preste contas da mordomia que
5 Porque eu, o Senhor, decretei lhe for designada.
em meu coração que, se qualquer 13 Porque é conveniente que
homem que pertencer à ordem for eu, o Senhor, faça cada homem
104 1 a D&C 78:3–15. D&C 76:56. 10 a D&C 109:25–27.
GEE Ordem Unida. GEE Glória. 11 a D&C 42:32.
4 a GEE Cobiçar. 9 a GEE Excomunhão. GEE Mordomia,
6 a Gál. 6:7–9. b D&C 82:21. Mordomo.
7 a Isa. 62:3; c GEE Diabo.
Doutrina e Convênios 104:14–28 236
a 
responsável como mordomo de b 
trabalhando na minha vinha, de
bênçãos terrenas, que fiz e prepa- acordo com a minha vontade,
rei para as minhas criaturas. quando eu lhe ordenar.
14 Eu, o Senhor, estendi os céus 21 E que todas as coisas sejam
e a formei a Terra, b obra de minhas feitas de acordo com o conselho
mãos; e todas as coisas que neles da ordem e pelo consentimento ou
há são minhas. voto unânime da ordem radicada
15 E é meu propósito suprir a na terra de Kirtland.
meus santos, pois todas as coisas 22 E esta mordomia e bênção,
são minhas. eu, o Senhor, confiro a meu ser-
16 Mas é necessário que seja fei- vo Sidney Rigdon como bênção
to a meu a modo; e eis que este é o para ele e para sua semente de-
modo que eu, o Senhor, decretei pois dele.
para suprir meus santos, para que 23 E multiplicarei suas bênçãos
os b pobres sejam aumentados na- se for humilde perante mim.
quilo que os ricos são diminuídos. 24 E também, que a meu servo
17 Pois a a Terra está repleta e há Martin Harris e a sua semente de-
bastante e de sobra; sim, preparei pois dele seja designado, como sua
todas as coisas e permiti que os mordomia, o terreno que meu ser-
filhos dos homens fossem seus vo John Johnson obteve em troca
próprios b árbitros. de sua herança anterior;
18 Portanto, se algum homem to- 25 E, se ele for fiel, multiplicarei
mar da a abundância que fiz e não suas bênçãos e as de sua semente
repartir sua porção com os b pobres depois dele.
e os necessitados, de acordo com 26 E que meu servo Martin Har-
a c lei de meu evangelho, ele, com ris dedique seu dinheiro à pro-
os iníquos, erguerá seus olhos no clamação de minhas palavras, de
d 
inferno, estando em tormento. acordo com o que meu servo Jo-
19 E agora, em verdade vos digo, seph Smith Júnior instruir.
com respeito às propriedades da 27 E também, que meu servo Fre-
a 
ordem: derick G. Williams receba o lugar
20 Que a meu servo Sidney Rig- em que agora reside.
don sejam designados o lugar em 28 E que meu servo Oliver Cow-
que agora reside, e o terreno do dery receba o terreno vizinho à
curtume como a sua mordomia, casa designada para ser a tipo-
para seu sustento enquanto estiver grafia, que é o lote número um; e
13 a GEE Prestar Contas, GEE Bem-Estar. Tg. 2:15–16.
Responsabilidade, b 1 Sam. 2:7–8; b D&C 42:30.
Responsável. Lc. 1:51–53; c Prov. 14:21;
b D&C 72:3–5, 16–22. D&C 88:17. Mos. 4:26;
14 a Isa. 42:5; 45:12. 17 a D&C 59:16–20. D&C 52:40.
GEE Criação, Criar. GEE Terra. d Lc. 16:20–31.
b Salm. 19:1; 24:1. b GEE Arbítrio. 19 a GEE Ordem Unida.
16 a D&C 105:5. 18 a Lc. 3:11;
237 Doutrina e Convênios 104:29– 43
também o terreno em que reside 38 E, se for fiel, derramarei sobre
seu pai. ele uma multiplicidade de bên-
29 E que meus servos Freder­ çãos.
ick G. Williams e Oliver Cowdery 39 E também que a meu servo
recebam a tipografia e todas as a 
Newel K. Whitney sejam desig-
coisas pertencentes a ela. nadas as casas e o terreno onde
30 E esta é a mordomia que lhes agora reside e o terreno e o edifí-
será designada. cio em que se encontra o estabele-
31 E, se forem fiéis, eis que os cimento mercantil, assim como o
abençoarei e multiplicarei suas lote da esquina ao sul do estabe-
bênçãos. lecimento mercantil e também o
32 E esse é o princípio da mor- terreno onde está situada a fábrica
domia que lhes designei — para de potassa.
eles e para sua semente depois 40 E tudo isto designei como a
deles. mordomia de meu servo Newel K.
33 E, se forem fiéis, multiplicarei Whitney, como uma bênção para
suas bênçãos e as de sua semente ele e sua semente depois dele, em
depois deles, sim, uma multipli- benefício do estabelecimento mer-
cidade de bênçãos. cantil da minha ordem, que esta-
34 E também que meu servo John beleci para ser minha estaca na
Johnson receba a casa em que re- terra de Kirtland.
side e a herança — tudo, exceto a 41 Sim, em verdade esta é a mor-
terra reservada para a a construção domia que designei para meu ser-
de minhas casas, que pertence vo N. K. Whitney, sim, todo este
a essa herança, e os terrenos de- estabelecimento mercantil, para
signados para meu servo Oliver ele e seu a agente e sua semente
Cowdery. depois dele.
35 E, se for fiel, multiplicarei suas 42 E, se for fiel na obediência aos
bênçãos. mandamentos que lhe dei, multi-
36 E é a minha vontade que ele plicarei suas bênçãos e as de sua
venda os terrenos demarcados semente depois dele, sim, uma
para a edificação da cidade dos multiplicidade de bênçãos.
meus santos, conforme lhe for 43 E também, que seja designado
dado saber pela a voz do Espírito, a meu servo Joseph Smith Júnior o
e segundo o conselho da ordem, terreno que foi demarcado para a
e pelo voto da ordem. construção de minha casa, o qual
37 E esse é o princípio da mor- mede quarenta varas de compri-
domia que lhe designei, como mento por doze de largura, assim
bênção para ele e sua semente como a herança onde agora reside
depois dele. seu pai;
34 a D&C 94:3, 10. 39 a GEE Whitney, Newel K.
36 a GEE Revelação. 41 a D&C 84:112–113.
Doutrina e Convênios 104:44–59 238
44 E esse é o princípio da mordo- convênios por transgressão, co-
a  b 

mia que lhe designei, como bênção biça e palavras enganosas —


para ele e para seu pai. 53 Portanto, a ordem unida com
45 Pois eis que reservei uma he- vossos irmãos está dissolvida, de
rança para o sustento de seu a pai; modo que não estareis ligados a
portanto, ele será contado com a eles, a partir deste momento, a não
casa de meu servo Joseph Smith ser do modo que determinei, por
Júnior. meio de empréstimos, conforme
46 E multiplicarei as bênçãos da decisão dessa ordem em conselho,
casa de meu servo Joseph Smith segundo permitirem vossas condi-
Júnior, se for fiel, sim, uma mul- ções e o voto do conselho indicar.
tiplicidade de bênçãos. 54 E também vos dou um man-
47 E agora vos dou um manda- damento concernente às mordo-
mento concernente a Sião, para mias que vos designei.
que já não estejais ligados como 55 Eis que todas estas proprieda-
ordem unida a vossos irmãos de des são minhas; do contrário vossa
Sião, a não ser deste modo: fé é vã e sois considerados hipó-
48 Depois de estardes organiza- critas; e os convênios que fizestes
dos, sereis chamados de Ordem comigo estão quebrados;
Unida da a Estaca de Sião, da cida- 56 E se as propriedades são mi-
de de Kirtland. E vossos irmãos, nhas, então sois a mordomos; caso
depois de se organizarem, serão contrário, não sois mordomos.
chamados de Ordem Unida da 57 Mas em verdade vos digo: De-
Cidade de Sião. signei-vos para serdes mordomos
49 E organizar-se-ão em seus da minha casa, sim, verdadeira-
próprios nomes e em nome da mente mordomos.
ordem; e cuidarão de seus negó- 58 E por esta razão mandei que
cios em nome da ordem e em seus vos organizásseis, sim, para impri-
próprios nomes; mirdes a minhas palavras, a pleni-
50 E fareis vossos negócios em tude de minhas escrituras, as re-
nome da ordem e em vosso pró- velações que vos dei e que daqui
prio nome. em diante vos darei de tempos em
51 E isto mandei que se fizesse tempos —
para vossa salvação e também 59 Com o propósito de edificar
para a salvação deles, em conse- minha igreja e reino na Terra e de
quência de sua a expulsão e do que preparar meu povo para a a época,
está para vir. que está próxima, em que b habita-
52  Havendo-se quebrado os rei com eles.
45 a D&C 90:20. 51 a D&C 109:47. 58 a GEE Tradução de Joseph
GEE Smith, Joseph, 52 a GEE Convênio. Smith (TJS).
Sênior. b GEE Cobiçar. 59 a GEE Milênio.
48 a D&C 82:13; 94:1; 109:59. 56 a GEE Mordomia, b D&C 1:35–36; 29:9–11.
GEE Estaca. Mordomo.
239 Doutrina e Convênios 104:60–75
60 E preparareis para vós um lu- que fizerdes nas propriedades que
gar para a tesouraria e consagrá- vos designei, sejam casas, terras,
lo-eis ao meu nome. animais, ou qualquer outra coisa,
61 E designareis um dentre vós com exceção dos escritos santos e
para manter a tesouraria e ele será sagrados que para mim reservei
ordenado para esta bênção. com propósitos sacrossantos, serão
62 E haverá um selo sobre a te- depositados na tesouraria logo que
souraria e todas as coisas sagradas os receberdes, sejam cem ou cin-
serão depositadas na tesouraria; quenta ou vinte ou dez ou cinco.
e homem algum dentre vós a rei- 69 Ou, em outras palavras, se
vindicará, nem mesmo em parte, qualquer homem dentre vós obti-
porque pertencerá a todos vós de ver cinco dólares, que os deposite
comum acordo. na tesouraria; ou, se obtiver dez
63 E a partir deste momento vo- ou vinte ou cinquenta ou cem, que
la dou; e agora, procurai fazer uso faça o mesmo;
da mordomia que vos designei, 70 E que ninguém dentre vós
excluindo-se as coisas sagradas, diga que lhe pertencem, porque
com o propósito de imprimir es- não serão considerados seus, nem
tas coisas sagradas como eu disse. mesmo em parte.
64 E manter-se-á a a receita pro- 71 E parte alguma deles será usa-
veniente das coisas sagradas na da nem retirada da tesouraria, a
tesouraria e pôr-se-á um selo so- não ser pelo voto e comum acordo
bre ela; e por ninguém será usada da ordem.
nem retirada da tesouraria nem se 72 E este será o voto e o comum
soltará o selo que lhe será coloca- acordo da ordem: Quando qual-
do, a não ser pelo voto da ordem quer homem dentre vós disser
ou por mandamento. ao tesoureiro: Preciso disto para
65 E assim conservareis a receita ajudar-me em minha mordomia —
das coisas sagradas na tesouraria, 73 Se forem cinco dólares ou dez
para propósitos sacrossantos. dólares ou vinte ou cinquenta ou
66 E esta será chamada de tesou- cem, o tesoureiro lhe dará a soma
raria sagrada do Senhor; e manter- requerida para ajudá-lo em sua
se-á um selo sobre ela, para que mordomia —
seja santa e consagrada ao Senhor. 74 Até que ele seja considera-
67 E também será preparada uma do um transgressor e até que se
outra tesouraria e um tesoureiro demonstre claramente perante
será designado como encarregado o conselho da ordem ser ele um
dela; e sobre ela pôr-se-á um selo; mordomo infiel e a imprudente.
68 E todos os dinheiros que re- 75 Mas enquanto estiver em ple-
ceberdes em vossa mordomia, na comunhão com a ordem e for
provenientes dos melhoramentos fiel e prudente em sua mordomia,
64 a IE lucros ou renda. 74 a Lc. 16:1–12.
Doutrina e Convênios 104:76–86 240
esse será o sinal para o tesoureiro vos for ditado pelo meu Espírito;
a 

de que não lho deve negar. e abrandarei o coração de vossos


76 Mas em caso de transgressão, credores para que desistam de
o tesoureiro ficará sujeito ao con- vos afligir.
selho e ao voto da ordem. 82 E se fordes a humildes e fiéis e
77 E no caso de o tesoureiro ser invocardes meu nome, eis que vos
considerado um mordomo infiel darei a b vitória.
e imprudente, ele ficará sujeito 83 Faço-vos a promessa de que
ao conselho e ao voto da ordem desta vez sereis libertados de vos-
e será removido de sua posição; sa escravidão.
e um a outro será designado em 84 Se tiverdes a oportunidade de
seu lugar. tomar dinheiro emprestado por
78 E também, em verdade vos centenas ou milhares, até tomar-
digo com respeito às vossas dí- des emprestado o suficiente para
vidas: Eis que é a minha vonta- libertar-vos dessa escravidão, po-
de que a pagueis todas as vossas deis fazê-lo.
b 
dívidas. 85  E hipotecai, desta vez, as
79 E é a minha vontade que vos propriedades que pus em vossas
a 
humilheis perante mim, e alcan- mãos, dando vosso nome de co-
ceis essa bênção por vossa b dili- mum acordo como bem vos pa-
gência e humildade e pela oração recer.
da fé. 86 Dou-vos permissão esta vez;
80 E se fordes diligentes e humil- e eis que, se fizerdes as coisas que
des e exercitardes a a oração da fé, vos mostrei, segundo meus man-
eis que abrandarei o coração de damentos, o mestre não consentirá
vossos credores até eu vos enviar que sua casa seja destruída, pois
meios para liberar-vos. todas essas coisas são minhas e
81 Portanto, escrevei rapidamen- vós sois meus mordomos. Assim
te a Nova York e escrevei conforme seja. Amém.

SEÇÃO 105
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, no rio
Fishing, Missouri, em 22 de junho de 1834. Sob a liderança do Profe-
ta, os santos de Ohio e de outras regiões marcharam para o Missouri
em uma expedição, mais tarde conhecida como Acampamento de Sião.
Seu propósito era escoltar os santos expulsos do Missouri de volta às
77 a D&C 107:99–100. Humilde, Humilhar. 82 a Lc. 14:11;
78 a D&C 42:54. b GEE Diligência. D&C 67:10.
b GEE Dívida. 80 a Tg. 5:15. b D&C 103:36.
79 a GEE Humildade, 81 a GEE Espírito Santo.
241 Doutrina e Convênios 105:1–10
suas terras no Condado de Jackson. Os moradores do Missouri, que
haviam anteriormente perseguido os santos, temiam uma retaliação
por parte do Acampamento de Sião e preventivamente atacaram al-
guns santos que viviam no Condado de Clay, Missouri. Depois que o
governador do Missouri retirou a sua promessa de apoiar os santos,
Joseph Smith recebeu esta revelação.
1–5, Sião será construída em obediên- pobres e aflitos dentre eles, como
cia à lei celestial; 6–13, A redenção convém a santos;
de Sião é protelada por algum tempo; 4 E não estão a unidos segundo
14–19, O Senhor lutará as batalhas de a união exigida pela lei do reino
Sião; 20–26, Os santos devem ser pru- celestial;
dentes e não se vangloriar de grandes 5 E a Sião não pode ser edificada a
obras quando se reúnem; 27–30, De- b 
não ser pelos princípios da c lei do
vem ser compradas terras em Jackson reino celestial; de outra forma, não
e nos condados vizinhos; 31–34, Os posso recebê-la para mim mesmo.
élderes devem receber uma investi- 6 E meu povo precisa ser a corri-
dura na casa do Senhor, em Kirtland; gido até aprender b obediência, ain-
35–37, Os santos que são chamados e da que seja pelas coisas que sofre.
escolhidos serão santificados; 38–41, 7 Não falo sobre os que são de-
Os santos devem levantar um estan- signados para conduzir meu povo,
darte de paz para o mundo. que são os a primeiros élderes de
minha igreja, porque não estão
Em verdade vos digo, a vós que todos sob esta condenação;
vos reunistes a fim de conhecer a 8 Mas falo sobre minhas igrejas
minha vontade relativa à a reden- em outros lugares. Muitos há que
ção de meu povo aflito — dirão: Onde está o Deus deles? Eis
2 Eis que vos digo: Se não fosse que ele os livrará em tempos de di-
por suas a transgressões, o meu ficuldade ou não subiremos a Sião
povo, falando a respeito da igreja e guardaremos nosso dinheiro.
e não de indivíduos, já poderia ter 9 Portanto, em consequência das
sido redimido. a 
transgressões de meu povo, é
3 Mas eis que não aprenderam a conveniente para mim que meus
ser obedientes às coisas que exigi élderes esperem um pouco a re-
de suas mãos, mas estão cheios denção de Sião —
de toda sorte de maldades e não 10 Para que estejam preparados e
a 
repartem seu sustento com os para que meu povo seja ensinado
105 1 a D&C 100:13. 4 a D&C 78:3–7. Corrigir, Repreender.
2 a D&C 104:4–5, 52. 5 a GEE Sião. b GEE Obedecer,
3 a At. 5:1–11; b D&C 104:15–16. Obediência,
D&C 42:30. c D&C 88:22. Obediente.
GEE Consagrar, Lei 6 a D&C 95:1–2. 7 a D&C 20:2–3.
da Consagração. GEE Castigar, Castigo, 9 a D&C 103:4.
Doutrina e Convênios 105:11–24 242
mais perfeitamente e tenha expe- 17 Mas a força da minha casa não
riência e conheça mais perfeita- deu ouvidos às minhas palavras.
mente os seus a deveres e as coisas 18 Mas, sendo que há alguns que
que exijo de suas mãos. deram ouvidos às minhas pala-
11 E isso não poderá acontecer vras, preparei uma bênção e uma
até que meus a élderes sejam b in- a 
investidura para eles, caso con-
vestidos de poder do alto. tinuem fiéis.
12 Pois eis que preparei uma 19 Ouvi suas orações e aceitarei
grande investidura e bênção para sua oferta; a mim convém que se-
a 
derramar sobre eles, se forem fiéis jam trazidos até aqui para uma
e perseverarem em humildade prova de sua a fé.
diante de mim. 20 E agora, em verdade vos digo:
13 Portanto, é conveniente para Dou-vos o mandamento de que
mim que meus élderes esperem al- todos os que subiram até aqui e
gum tempo pela redenção de Sião. puderem permanecer nas regiões
14 Porque eis que não exijo de circunvizinhas, que o façam;
suas mãos que lutem as batalhas 21 E os que não puderem ficar,
de Sião; porque, como disse num que têm famílias no leste, que per-
mandamento anterior, assim tam- maneçam por algum tempo, con-
bém farei — a lutarei vossas bata- forme o que meu servo Joseph
lhas. lhes indicar;
15 Eis que enviei o a destruidor 22 Pois aconselhá-lo-ei quanto a
para destruir e assolar meus inimi- esse assunto e todas as coisas que
gos; e em poucos anos já não exis- ele lhes declarar serão cumpridas.
tirão para profanar minha herança 23 E que todo o meu povo que
e b blasfemar meu nome nas terras habita as regiões circunvizinhas
que c consagrei para a reunião de seja muito fiel e fervoroso e hu-
meus santos. milde perante mim; e não revelem
16 Eis que mandei meu servo as coisas que lhes revelei, até que
Joseph Smith Júnior dizer à a força me pareça prudente que sejam
de minha casa, sim, meus guerrei- reveladas.
ros, meus jovens e os homens de 24 Não faleis de julgamentos
meia-idade, que se reunissem para nem vos a vanglorieis da fé ou de
a redenção de meu povo e derru- obras grandiosas, mas reuni-vos
bassem as torres de meus inimigos prudentemente, tanto quanto pos-
e dispersassem seus b atalaias; sível numa determinada região,
10 a GEE Dever. Isa. 49:25; 16 a D&C 101:55; 103:22, 30.
11 a GEE Élder (Ancião). D&C 98:37. b GEE Atalaia, Sentinela,
b D&C 38:32; 95:8. 15 a D&C 1:13–14. Vigiar.
GEE Investidura, b D&C 112:24–26. 18 a D&C 110:8–10.
Investir. GEE Blasfemar, 19 a GEE Fé.
12 a D&C 110. Blasfêmia. 24 a D&C 84:73.
14 a Jos. 10:12–14; c D&C 84:3–4; 103:35. GEE Orgulho.
243 Doutrina e Convênios 105:25–35
considerando os sentimentos do inocentes os a exércitos de Israel
povo; por tomarem posse de suas pró-
25 E eis que vos concederei favor prias terras, as quais compraram
e graça a seus olhos, para que des- previamente com seu dinheiro; e
fruteis a paz e segurança enquan- por derrubarem as torres de meus
to dizeis ao povo: Praticai juízo e inimigos que nelas se encontrarem
justiça para conosco, de acordo e por dispersarem suas sentine-
com a lei, e reparai os agravos que las e por me b vingarem de meus
sofremos. inimigos até a terceira e quarta
26 Ora, eis que vos digo, meus geração daqueles que me odeiam.
amigos: Deste modo encontrareis 31 Mas, primeiro, que meu exér-
favor aos olhos do povo, até que o cito se torne muito numeroso e
a 
exército de Israel se torne muito que se a santifique perante mim,
numeroso. para que se torne belo como o sol
27  E de tempos em tempos e claro como a b lua; e que seus
abrandarei o coração do povo, estandartes sejam terríveis para
como abrandei o coração do a Fa- todas as nações;
raó, até que meu servo Joseph 32 Que os reinos deste mundo
Smith Júnior e meus élderes, a sejam constrangidos a reconhecer
quem designei, tenham tempo que o reino de Sião é, realmen-
para reunir a força de minha te, o a reino de nosso Deus e seu
casa; Cristo; portanto, b sujeitemo-nos
28 E tenham enviado a homens às suas leis.
prudentes para cumprir o que 33 Em verdade vos digo: É-me
ordenei concernente à b compra conveniente que os primeiros él-
de todas as terras que se possam deres de minha igreja recebam
comprar no Condado de Jackson, sua a investidura do alto em minha
bem como nos condados vizinhos. casa, que mandei fosse construí-
29 Pois é a minha vontade que se da para o meu nome na terra de
comprem essas terras e que, de- Kirtland.
pois de compradas, meus santos 34 E que os mandamentos que
as possuam de acordo com as a leis dei com respeito a Sião e sua a lei
de consagração que dei. sejam executados e cumpridos
30  E depois que essas terras após sua redenção.
forem compradas, considerarei 35 Houve um dia de a chamado,
25 a GEE Paz. 30 a D&C 35:13–14; 101:55; b GEE Governo.
26 a Joel 2:11. 103:22, 26. 33 a D&C 95:8–9.
27 a Gên. 47:1–12. b D&C 97:22. GEE Investidura,
28 a D&C 101:73. 31 a GEE Santificação. Investir.
b D&C 42:35–36. b Cant. 6:10; 34 a IE D&C 42 é conhecida
29 a D&C 42:30. D&C 5:14; 109:73. como a “Lei.”
GEE Consagrar, Lei da 32 a Apoc. 11:15. 35 a GEE Chamado,
Consagração; GEE Reino de Deus ou Chamado por Deus,
Ordem Unida. Reino dos Céus. Chamar.
Doutrina e Convênios 105:36–106:5 244
mas chegada é a hora para um dia vos afligiu, mas também a todos
de escolha; e que se escolham os os povos;
que forem b dignos. 39 E erguei um a estandarte de
36 E será manifestado a meu ser- b 
paz e proclamai a paz aos con-
vo, pela voz do Espírito, quem fins da Terra;
são os a escolhidos; e eles serão 40 E fazei propostas de paz àque-
b 
santificados; les que vos afligiram, segundo a
37 E, caso sigam o a conselho que voz do Espírito que está em vós;
recebem, terão poder, depois de e a todas as coisas reverterão para
muitos dias, para realizar todas as o vosso bem.
coisas concernentes a Sião. 41 Portanto, sede fiéis; e eis que
38 E também vos digo: Fazei um a 
eu estarei convosco até o fim. As-
apelo de paz, não só ao povo que sim seja. Amém.

SEÇÃO 106
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 25 de novembro de 1834. Esta revelação é dirigi-
da a Warren A. Cowdery, um irmão mais velho de Oliver Cowdery.
1–3, Warren A. Cowdery é chamado não apenas onde mora, mas nos
como oficial presidente local; 4–5, A condados vizinhos;
Segunda Vinda não surpreenderá os 3 E devote todo seu tempo a este
filhos da luz como um ladrão; 6–8, elevado e santo chamado que ago-
Grandes bênçãos acompanharão o ser- ra lhe dou, a buscando zelosamen-
viço fiel na Igreja. te o b reino do céu e sua retidão;
e todas as coisas necessárias lhe
É a minha vontade que meu servo serão acrescentadas, pois digno é
Warren A. Cowdery seja desig- o c obreiro de seu salário.
nado e ordenado sumo sacerdote 4 E também, em verdade vos
presidente da minha igreja, na digo: A a vinda do Senhor b apro-
terra de a Freedom e nas regiões xima-se e surpreenderá o mundo
circunvizinhas; como um c ladrão na noite —
2 E pregue meu evangelho eter- 5 Portanto, cingi os vossos lom-
no e erga a voz e advirta o povo, bos, para que sejais os filhos da
35 b GEE Dignidade, Digno. b GEE Paz. 3 a Mt. 6:33.
36 a D&C 95:5. 40 a Rom. 8:28; b GEE Reino de Deus ou
GEE Escolher, D&C 90:24; 100:15. Reino dos Céus.
Escolhido (verbo). 41 a Mt. 28:19–20. c Mt. 10:10;
b GEE Santificação. 106 1 a IE a cidade de D&C 31:5.
37 a GEE Aconselhar, Freedom, Estado 4 a Tg. 5:8.
Conselho. de Nova York, e b GEE Últimos Dias.
39 a GEE Estandarte. cercanias. c 1 Tess. 5:2.
245 Doutrina e Convênios 106:6–107:1
luz; e esse dia não vos b surpreen-
a 
dele; e, não obstante a a vaidade
derá como um ladrão. de seu coração, elevá-lo-ei, caso
6 E também, em verdade eu vos se humilhe perante mim.
digo: Houve alegria no céu quan- 8 E conceder-lhe-ei a graça e con-
do meu servo Warren se curvou fiança para sustentar-se; e se ele
diante de meu cetro e se afastou continuar sendo uma testemunha
das artimanhas dos homens; fiel e uma luz para a igreja, prepa-
7 Portanto, abençoado é meu ser- rei-lhe uma coroa nas b mansões de
vo Warren, pois terei misericórdia meu Pai. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 107
Revelação sobre o sacerdócio, dada por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em Kirtland, Ohio, por volta de abril de 1835. Embora esta
seção tenha sido registrada em 1835, os registros históricos afirmam
que a maioria dos versículos de 60 a 100 contêm uma revelação dada
por intermédio de Joseph Smith, em 11 de novembro de 1831. Esta
seção foi associada com a organização do Quórum dos Doze, em fe-
vereiro e março de 1835. O Profeta provavelmente apresentou-a na
presença daqueles que se preparavam para partir em 3 de maio de
1835, em sua primeira viagem como quórum.
1–6, Há dois sacerdócios: o de Mel- com retidão; 39–52, Declara-se a or-
quisedeque e o Aarônico; 7–12, Os dem patriarcal de Adão a Noé; 53–57,
portadores do Sacerdócio de Melquise- Os santos antigos reuniram-se em
deque têm poder para oficiar em todos Adão-ondi-Amã e o Senhor apareceu-
os ofícios da Igreja; 13–17, O bispado lhes; 58–67, Os Doze devem organizar
preside o Sacerdócio Aarônico, que os oficiais da Igreja; 68–76, Os bispos
administra as ordenanças exteriores; servem como juízes comuns em Israel;
18–20, O Sacerdócio de Melquisede- 77–84, A Primeira Presidência e os
que possui as chaves de todas as bên- Doze constituem o mais alto conselho
çãos espirituais; o Sacerdócio Aarôni- da Igreja; 85–100, Os presidentes do
co possui as chaves do ministério de sacerdócio governam seus respectivos
anjos; 21–38, A Primeira Presidência, quóruns.
os Doze e os Setenta constituem os
quóruns presidentes, cujas decisões Há, na igreja, dois sacerdócios,
devem ser tomadas unanimemente e a saber: o de a Melquisedeque e o
5 a GEE Luz, Luz de Cristo. b Jo. 14:2; 107 1 a GEE Sacerdócio de
b Apoc. 16:15. Ét. 12:32–34; Melquisedeque.
7 a GEE Vaidade, Vão. D&C 59:2; 76:111; 81:6;
8 a GEE Graça. 98:18.
Doutrina e Convênios 107:2–16 246
Aarônico, que inclui o Sacerdócio
b 
10 Os sumos sacerdotes segun-
a 

Levítico. do a ordem do Sacerdócio de Mel-


2 A razão de o primeiro chamar- quisedeque têm o b direito de ofi-
se Sacerdócio de Melquisedeque é ciar em sua própria posição, sob
que a Melquisedeque foi um gran- a direção da presidência, para ad-
de sumo sacerdote. ministrar as coisas espirituais, e
3 Antes de sua época chamava-se também no ofício de élder, sacer-
Santo Sacerdócio segundo a a Ordem dote (da ordem Levítica), mestre,
do Filho de Deus. diácono e membro.
4 Mas por respeito ou a reverência 11 Um élder tem o direito de ofi-
ao nome do Ser Supremo, a fim de ciar no lugar do sumo sacerdote
se evitar a repetição frequente de quando o sumo sacerdote não es-
seu nome, eles, a igreja na antigui- tiver presente.
dade, deram a esse sacerdócio o 12 Ao sumo sacerdote e ao élder
nome de Melquisedeque, ou seja, cabe administrar nos assuntos es-
Sacerdócio de Melquisedeque. pirituais, conforme os convênios
5 Todas as outras autoridades e mandamentos da igreja; e eles
ou ofícios da igreja são a apêndices têm o direito de oficiar em todos
desse sacerdócio. estes ofícios da igreja quando não
6 Há, porém, duas divisões ou houver autoridades maiores pre-
categorias principais — uma é o sentes.
Sacerdócio de Melquisedeque e a 13 O segundo sacerdócio chama-
outra é o Sacerdócio Aarônico ou se a Sacerdócio de Aarão, porque
a 
Levítico. foi conferido a b Aarão e sua se-
7 O ofício de a élder pertence ao mente por todas as suas gerações.
Sacerdócio de Melquisedeque. 14 A razão de ser chamado sacer-
8 O Sacerdócio de Melquisede- dócio menor consiste em que ele
que tem o direito de presidir e tem é um a apêndice do maior, ou seja,
poder e a autoridade sobre todos os do Sacerdócio de Melquisedeque;
ofícios da igreja em todas as épo- e tem poder para administrar or-
cas do mundo, para administrar denanças exteriores.
em assuntos espirituais. 15  O a bispado é a presidên-
9 A a presidência do sumo sacer- cia desse sacerdócio e possui as
dócio segundo a ordem de Mel- chaves, ou seja, a autoridade do
quisedeque tem o direito de oficiar mesmo.
em todos os ofícios da igreja. 16 Nenhum homem tem direito
1 b GEE Sacerdócio 4 a GEE Reverência. b D&C 121:34–37.
Aarônico. 5 a D&C 84:29; 107:14. 13 a GEE Sacerdócio
2 a TJS Gên. 14:25–40 6 a Deut. 10:8–9. Aarônico.
(Apêndice da Bíblia); 7 a GEE Élder (Ancião). b GEE Aarão, Irmão de
D&C 84:14. 8 a GEE Autoridade. Moisés.
GEE Melquisedeque. 9 a D&C 81:2; 107:22, 14 a D&C 20:52; 107:5.
3 a Al. 13:3–19; 65–67, 91–92. 15 a GEE Bispo.
D&C 76:57. 10 a GEE Sumo Sacerdote.
247 Doutrina e Convênios 107:17–26
legal a esse ofício, de possuir as pecados, conforme os convênios
chaves desse sacerdócio, a me- e mandamentos.
nos que seja a descendente literal 21 Deve, necessariamente, ha-
de Aarão. ver presidentes, ou seja, oficiais
17 Mas como um sumo sacerdote presidentes que procedem ou são
do Sacerdócio de Melquisedeque designados dentre os ordenados
tem autoridade para oficiar em aos diversos ofícios desses dois
todos os ofícios menores, ele pode sacerdócios.
exercer o ofício de bispo, quando 22 Do a Sacerdócio de Melqui-
não se puder encontrar um des- sedeque, três b sumos sacerdotes
cendente literal de Aarão, desde presidentes, escolhidos pelo gru-
que seja chamado e designado e po, designados e ordenados a esse
a 
ordenado com esse poder pelas ofício e c apoiados pela confiança,
mãos da b presidência do Sacerdó- fé e orações da igreja, formam o
cio de Melquisedeque. quórum da Presidência da Igreja.
18  O poder e autoridade do 23 Os a doze conselheiros viajan-
maior, ou seja, do Sacerdócio de tes são chamados para ser os Doze
Melquisedeque, é possuir as a cha- b 
Apóstolos, ou seja, testemunhas
ves de todas as bênçãos espirituais especiais do nome de Cristo no
da igreja — mundo todo — diferindo assim
19 Ter o privilégio de receber os dos outros oficiais da igreja nos
a 
mistérios do reino do céu, de que deveres de seu chamado.
se lhes abram os céus, de comu- 24 E eles formam um quórum
nicar-se com a b assembleia geral e igual em autoridade e poder aos
igreja do Primogênito; e usufruir três presidentes previamente men-
a comunhão e presença de Deus, cionados.
o Pai, e de Jesus, o c mediador do 25 Os a Setenta também são cha-
novo convênio. mados para pregar o evangelho
20 O poder e autoridade do me- e ser testemunhas especiais jun-
nor, ou seja, do Sacerdócio Aa- to aos gentios e em todo o mun-
rônico, é possuir as a chaves do do — diferindo assim dos outros
ministério de anjos e administrar oficiais da igreja nos deveres de
as b ordenanças exteriores, a letra seu chamado.
do evangelho, o c batismo de ar- 26 E eles formam um quórum
rependimento para d remissão de igual em autoridade ao das Doze
16 a D&C 68:14–21; GEE Mistérios de Deus. Melquisedeque.
107:68–76. b Heb. 12:22–24. b D&C 90:3, 6; 107:9,
17 a GEE Ordenação, c GEE Mediador. 65–67, 78–84, 91–92.
Ordenar. 20 a D&C 13; 84:26–27. c GEE Apoio aos Líderes
b D&C 68:15. b GEE Ordenanças. da Igreja.
18 a GEE Chaves do c GEE Batismo, Batizar. 23 a D&C 107:33–35.
Sacerdócio. d GEE Remissão de b GEE Apóstolo.
19 a Al. 12:9–11; Pecados. 25 a GEE Setenta.
D&C 63:23; 84:19–22. 22 a GEE Sacerdócio de
Doutrina e Convênios 107:27–38 248
testemunhas especiais ou Apósto- de outra forma, não haverá ape-
los há pouco mencionados. lação de suas decisões.
27 E toda decisão tomada por um 33 Os Doze constituem um Sumo
desses quóruns deve sê-lo pelo Conselho Presidente Viajante, que
voto unânime do mesmo; isto é, tem por fim oficiar em nome do
cada membro de cada quórum Senhor, sob a direção da Presidên-
deve concordar com suas decisões, cia da Igreja, conforme as institui-
a fim de que estas tenham o mes- ções do céu; e edificar a igreja e
mo poder ou validade entre si — regular todos os seus negócios em
28 A maioria pode formar um todas as nações, primeiro junto aos
quórum, quando as circunstân- a 
gentios e depois junto aos judeus.
cias não permitirem ser de outro 34 Os Setenta agirão em nome do
modo — Senhor, sob a direção dos a Doze,
29 Se assim não for, suas decisões ou seja, do sumo conselho viajan-
não têm direito às mesmas bên- te, edificando a igreja e regulando
çãos que as decisões de um quó- todos os seus negócios em todas as
rum de três presidentes tinham nações, primeiro junto aos gentios
antigamente, os quais eram orde- e depois junto aos judeus;
nados segundo a ordem de Mel- 35 Enviando-se os Doze, que
quisedeque e eram homens justos possuem as chaves, para abrirem
e santos. a porta pela proclamação do evan-
30 As decisões destes quóruns, gelho de Jesus Cristo, primeiro
ou de qualquer deles, devem ser junto aos gentios e depois junto
tomadas com toda a retidão, com aos judeus.
santidade e humildade de coração, 36 Os a sumos conselhos perma-
mansidão e longanimidade; e com nentes nas estacas de Sião formam
fé e b virtude e conhecimento, tem- um quórum igual em autorida-
perança, paciência, piedade, bon- de, nos negócios da igreja e em
dade fraternal e caridade; todas as decisões, ao quórum da
31 Porque existe a promessa de presidência ou ao sumo conselho
que se estas coisas sobejarem ne- viajante.
les, não serão a estéreis no conhe- 37 O sumo conselho de Sião for-
cimento do Senhor. ma um quórum igual em autori-
32 E no caso de qualquer deci- dade, nos negócios da igreja e em
são destes quóruns ser tomada de todas as suas decisões, aos conse-
maneira iníqua, poderá ser apre- lhos dos Doze nas estacas de Sião.
sentada à assembleia geral dos di- 38 É dever do sumo conselho
versos quóruns, que constituem as viajante recorrer aos a Setenta e
autoridades espirituais da igreja; não a outros, quando houver
30 a D&C 121:36. 31 a 2 Ped. 1:5–8. 34 a D&C 112:21.
GEE Retidão. 33 a 1 Né. 13:42; 36 a GEE Sumo Conselho.
b D&C 121:41. 3 Né. 16:4–13; 38 a GEE Setenta.
GEE Virtude. D&C 90:8–9.
249 Doutrina e Convênios 107:39–53
necessidade de auxílio no preen- 45 Deus chamou Cainã no de-
chimento dos diversos chama- serto quando ele tinha quarenta
dos para pregar e administrar o anos de idade; e ele encontrou
evangelho. Adão quando viajava para Cedo-
39  É dever dos Doze, em to- lamaque. Cainã tinha oitenta e sete
dos os grandes ramos da igreja, anos de idade quando recebeu sua
ordenar ministros a evangélicos ordenação.
conforme lhes for designado por 46 Maalalel tinha quatrocentos
revelação — e noventa e seis anos e sete dias
40 Confirmou-se que a ordem de idade quando foi ordenado
desse sacerdócio é para ser trans- pelas mãos de Adão, que também
mitida de pai para filho e pertence o abençoou.
por direito aos descendentes lite- 47 Jarede tinha duzentos anos
rais da semente escolhida, a quem quando foi ordenado pelas mãos
foram feitas as promessas. de Adão, que também o abençoou.
41 Essa ordem foi instituída nos 48  a Enoque tinha vinte e cinco
dias de a Adão e transmitida, por anos quando foi ordenado pelas
b 
linhagem, da seguinte maneira: mãos de Adão; e tinha sessenta e
42 De Adão a a Sete, que foi or- cinco quando Adão o abençoou.
denado por Adão com a idade 49 E ele viu o Senhor e andou
de sessenta e nove anos e por ele com ele e estava diante de sua
abençoado três anos antes de sua face continuamente; e a andou com
morte (de Adão); e recebeu a pro- Deus trezentos e sessenta e cinco
messa de Deus, por seu pai, de que anos, tendo quatrocentos e trinta
sua posteridade seria a escolhida anos quando foi b transladado.
do Senhor e preservada até o fim 50  a Matusalém tinha cem anos
da Terra; quando foi ordenado pelas mãos
43 Porque ele (Sete) foi um ho- de Adão.
mem a perfeito e sua b semelhança 51 Lameque tinha trinta e dois
era a semelhança expressa de seu anos quando foi ordenado pelas
pai, tanto que parecia ser como o mãos de Sete.
pai em todas as coisas, dele po- 52  a Noé tinha dez anos quando
dendo distinguir-se apenas pela foi ordenado pelas mãos de Ma-
idade. tusalém.
44 Enos foi ordenado com a ida- 53 Três anos antes de sua mor-
de de cento e trinta e quatro anos e te, Adão chamou Sete, Enos, Cai-
quatro meses, pelas mãos de Adão. nã, Maalalel, Jarede, Enoque e
39 a GEE Evangelista; 42 a GEE Sete. Mois. 7:69.
Patriarca, Patriarcal. 43 a GEE Perfeito. b GEE Seres
41 a GEE Adão. b Gên. 5:3. Transladados.
b Gên. 5; 48 a GEE Enoque. 50 a GEE Matusalém.
D&C 84:6–16; 49 a Gên. 5:22; 52 a GEE Noé, Patriarca
Mois. 6:10–25. Heb. 11:5; Bíblico.
Doutrina e Convênios 107:54–70 250
Matusalém, todos sumos sacer-
a 
presidir os que têm o ofício de
dotes, e também o restante de sua sacerdote;
posteridade que era justa, ao vale 62 E também mestres para a pre-
de b Adão-ondi-Amã; e lá lhes con- sidir, semelhantemente, os que
feriu sua última bênção. têm o ofício de mestre e também
54 E o Senhor apareceu a eles; e os diáconos —
ergueram-se e abençoaram a Adão 63 Portanto, de diácono para
e chamaram-no b Miguel, o prínci- mestre e de mestre para sacerdo-
pe, o arcanjo. te e de sacerdote para élder, cada
55 E o Senhor confortou Adão um, respectivamente, conforme
e disse-lhe: Coloquei-te à cabeça; for designado, segundo os con-
uma multidão de nações procede- vênios e mandamentos da igreja;
rá de ti e deles serás por a príncipe 64 Depois vem o sumo sacerdó-
eternamente. cio, que é o maior de todos.
56 E Adão levantou-se no meio 65 Portanto, é preciso que se in-
da congregação; e embora curva- dique alguém do sumo sacerdócio
do pela idade, estando cheio do para presidir o sacerdócio; e ele
Espírito Santo, a predisse tudo que será chamado presidente do sumo
sucederia a sua posteridade, até a sacerdócio da Igreja;
última geração. 66 Ou, em outras palavras, o
57 Todas estas coisas foram escri- a 
Sumo Sacerdote Presidente do
tas no livro de Enoque e delas se Sumo Sacerdócio da Igreja.
testificará no devido tempo. 67 Dele procederá a administra-
58 É dever dos a Doze, também, ção de ordenanças e bênçãos para
b 
ordenar e organizar todos os ou- a igreja, pela a imposição das mãos.
tros oficiais da igreja, conforme a 68 Portanto, o ofício de um bis-
revelação que diz: po não lhe é igual; pois o ofício de
59 À igreja de Cristo na terra de um a bispo é administrar todas as
Sião, como acréscimo às a leis da coisas materiais;
igreja referentes a seus negócios — 69 Contudo, um bispo precisa ser
60 Em verdade vos digo, diz o escolhido dentre o a sumo sacerdó-
Senhor dos Exércitos: São neces- cio, a menos que seja b descendente
sários a élderes presidentes para literal de Aarão;
presidir os que têm o ofício de 70 Pois, a menos que seja descen-
élder; dente literal de Aarão, não pode
61 E também a sacerdotes para possuir as chaves desse sacerdócio.
53 a GEE Sumo Sacerdote. 58 a GEE Apóstolo. GEE Presidente.
b D&C 78:15; 116. b GEE Ordenação, 67 a GEE Mãos, Imposição
GEE Adão-ondi-Amã. Ordenar. de.
54 a D&C 128:21. 59 a D&C 43:2–9. 68 a GEE Bispo.
GEE Adão. 60 a D&C 107:89–90. 69 a GEE Sacerdócio
de
b GEE Miguel. 61 a D&C 107:87. Melquisedeque.
55 a D&C 78:16. 62 a D&C 107:85–86. b D&C 68:14–24; 84:18;
56 a Mois. 5:10. 66 a D&C 107:9, 91–92. 107:13–17.
251 Doutrina e Convênios 107:71–84
71 Contudo, um sumo sacerdote, 77 E a decisão de qualquer destes
isto é, segundo a ordem de Mel- conselhos deve concordar com o
quisedeque, pode ser designado mandamento que diz:
para ministrar as coisas terrenas, 78  Também, em verdade vos
tendo conhecimento delas pelo digo: Os assuntos mais impor-
Espírito da verdade; tantes da igreja e os casos mais
72 E também para ser a juiz em Is- a 
difíceis da igreja, caso a decisão
rael, cuidar dos negócios da igreja, dos bispos ou juízes não seja sa-
julgar transgressores segundo o tisfatória, serão transmitidos e en-
testemunho que lhe seja apresen- caminhados ao conselho da igreja,
tado de acordo com as leis, com perante a b presidência do sumo
o auxílio de seus conselheiros a sacerdócio.
quem tiver escolhido ou escolher 79 E a presidência do conselho do
dentre os élderes da igreja. sumo sacerdócio terá poder para
73 Esse é o dever de um bispo chamar outros sumos sacerdotes,
que não seja descendente literal de sim, doze, para auxiliarem como
Aarão, mas que tiver sido ordena- conselheiros; e assim a presidência
do ao sumo sacerdócio segundo a do sumo sacerdócio e seus conse-
ordem de Melquisedeque. lheiros terão poder para decidir,
74 Assim ele será juiz, sim, juiz baseando-se em testemunhos, de
comum entre os habitantes de Sião acordo com as leis da igreja.
ou numa estaca de Sião ou em 80 E após essa decisão o caso
qualquer ramo da igreja onde for não mais será lembrado perante o
designado para esse ministério, Senhor; porque este é o mais alto
até que as fronteiras de Sião se conselho da igreja de Deus e tem
expandam e torne-se necessário a decisão final em controvérsias
ter outros bispos ou juízes em Sião sobre assuntos espirituais.
ou em outros lugares. 81 Nenhuma pessoa que perten-
75 E se outros bispos forem de- ça à igreja está isenta deste conse-
signados, agirão no mesmo ofício. lho da igreja.
76 Mas um descendente literal 82 E se um presidente do sumo
de Aarão tem direito legal à presi- sacerdócio transgredir, será cha-
dência deste sacerdócio, às a chaves mado perante o conselho comum
deste ministério, a agir indepen- da igreja, que será auxiliado por
dentemente no ofício de bispo, doze conselheiros do sumo sa-
sem conselheiros, e a atuar como cerdócio;
juiz em Israel, exceto no caso de 83 E sua decisão a respeito dele
julgamento do presidente do sumo porá fim à controvérsia sobre ele.
sacerdócio segundo a ordem de 84 Assim, ninguém estará isento
Melquisedeque. da a justiça e das leis de Deus, para
72 a D&C 58:17–18. Sacerdócio. b D&C 68:22.
76 a GEE Chaves do 78 a D&C 102:13, 28. 84 a GEE Justiça.
Doutrina e Convênios 107:85–99 252
que todas as coisas sejam feitas em presidir toda a igreja e ser seme-
a 

ordem e com solenidade perante lhante a b Moisés —


ele, de acordo com a verdade e a 92 Eis que nisto há sabedoria;
retidão. sim, em ser um a vidente, um b reve-
85 E também, em verdade vos lador, um tradutor e um c profeta,
digo: O dever de um presidente do possuindo todos os d dons de Deus
ofício de a diácono é presidir doze que ele confere ao cabeça da igreja.
diáconos, sentar-se em conselho 93 E está de acordo com a visão
com eles e b ensinar-lhes seus de- que mostra a ordem dos a Setenta,
veres, edificando-se uns aos outros que eles devem ter sete presiden-
conforme indicado nos convênios. tes para presidi-los, escolhidos
86 E também o dever do pre- dentre os setenta;
sidente do ofício de a mestre é 94 E o sétimo presidente desses
presidir vinte e quatro mestres e presidentes presidirá os seis;
sentar-se em conselho com eles, 95 E esses sete presidentes es-
ensinando-lhes os deveres de seu colherão outros setenta além dos
ofício, como dados nos convênios. primeiros setenta aos quais eles
87 Também o dever do presidente pertencem e devem presidi-los;
do Sacerdócio de Aarão é presidir 96 E também outros setenta, até
quarenta e oito a sacerdotes e sen- sete vezes setenta, se o trabalho
tar-se em conselho com eles para da vinha necessariamente o exigir.
ensinar-lhes os deveres de seu ofí- 97 E esses setenta serão a minis-
cio, como dados nos convênios — tros viajantes, primeiro junto aos
88 Esse presidente deve ser um gentios e também junto aos ju-
a 
bispo; porque este é um dos de- deus.
veres desse sacerdócio. 98 Ao passo que outros oficiais
89 Também o dever do presiden- da igreja, não pertencentes aos
te do ofício de a élder é presidir no- Doze nem aos Setenta, não têm a
venta e seis élderes e sentar-se em responsabilidade de viajar por to-
conselho com eles e ensinar-lhes das as nações, mas viajarão como
segundo os convênios. lhes permitir sua situação, embora
90 Essa presidência é distinta da possam ocupar ofícios tão eleva-
dos setenta e destina-se aos que dos e de igual responsabilidade
não a viajam pelo mundo todo. na igreja.
91 E também o dever do pre- 99 Portanto, agora que todo ho-
sidente do sumo sacerdócio é mem aprenda o seu a dever e a agir
85 a GEE Diácono. 88 a GEE Bispo. c D&C 21:1.
b D&C 38:23; 88:77–79, 89 a GEE Élder (Ancião). GEE Profeta.
118. 90 a
D&C 124:137. d GEE Dons do Espírito.
86 a D&C 20:53–60. 91 a
D&C 107:9, 65–67. 93 a D&C 107:38.
GEE Mestre, Sacerdócio b D&C 28:2; 103:16–21. GEE Setenta.
Aarônico. 92 a
Mos. 8:13–18. 97 a D&C 124:138–139.
87 a GEE Sacerdote, GEE Vidente. 99 a GEE Dever.
Sacerdócio Aarônico. b GEE Revelação.
253 Doutrina e Convênios 107:100–108:8
no ofício para o qual for designa- seu dever e não mostrar ter sido
do, com toda a b diligência. aprovado não será considerado
100 Aquele que for a preguiçoso digno de permanecer. Assim seja.
não será considerado b digno de Amém.
permanecer; e o que não aprender

SEÇÃO 108
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 26 de dezembro de 1835. Esta seção foi recebida
a pedido de Lyman Sherman, que anteriormente fora ordenado se-
tenta e que procurara o Profeta pedindo uma revelação que lhe desse
a conhecer seus deveres.
1–3, Lyman Sherman é perdoado 4 Espera pacientemente até que
de seus pecados; 4–5, Ele deve ser meus servos convoquem a a assem-
contado entre os élderes que diri- bleia solene; então serás lembrado
gem a Igreja; 6–8, É chamado para com os primeiros de meus élderes
pregar o evangelho e fortalecer seus e receberás o direito, por ordena-
irmãos. ção, com o restante de meus élde-
res por mim escolhidos.
Em verdade, assim te diz o Senhor, 5 Eis que essa é a a promessa do
meu servo Lyman: Perdoados são Pai a ti, se continuares fiel.
os teus pecados, porque obedeces- 6 E cumprir-se-á sobre ti, no
te à minha voz e vieste aqui esta dia em que receberes o direito
manhã para receber conselhos da- de a pregar meu evangelho onde
quele que designei. eu te enviar e a partir desse mo-
2 Portanto, que se a tranquilize a mento.
tua alma com respeito à tua posi- 7 Portanto, a fortalece os teus ir-
ção espiritual e não mais resistas mãos em todas as tuas conversas,
à minha voz. em todas as tuas orações, em todas
3 E levanta-te e sê mais cuidado- as tuas exortações, e em todos os
so daqui em diante na observância teus feitos.
das promessas que fizeste e fazes; 8 E eis que eu estou contigo para
e serás abençoado com bênçãos abençoar-te e a livrar-te para sem-
sumamente grandes. pre. Amém.
99 b GEE Diligência. b GEE Dignidade, Digno. 5 a D&C 82:10.
100 a D&C 58:26–29. 108 2 a GEE Descansar, 6 a GEE Obra Missionária.
GEE Ociosidade, Descanso. 7 a Lc. 22:31–32.
Ocioso. 4 a D&C 109:6–10. 8 a 2 Né. 9:19.
Doutrina e Convênios 109:1–8 254

SEÇÃO 109
Oração oferecida na dedicação do templo de Kirtland, Ohio, em 27 de
março de 1836. Segundo a declaração escrita do Profeta, esta oração
foi-lhe dada por revelação.
1–5, O Templo de Kirtland foi cons- 4 E agora te pedimos, Pai Santo,
truído para que o Filho do Homem em nome de Jesus Cristo, o Filho
tenha um lugar para manifestar-se; de teu seio, em cujo nome apenas
6–21, Deve ser um lugar de oração, se pode administrar a salvação
jejum, fé, aprendizagem, glória e or- aos filhos dos homens; rogamos-
dem; e uma casa de Deus; 22–33, Que te, ó Senhor, que aceites esta a casa,
se confundam os que são impenitentes b 
obra de nossas mãos, de teus ser-
e se opõem ao povo do Senhor; 34–42, vos, que nos mandaste construir.
Que os santos saiam com poder para 5 Pois sabes que fizemos esta
reunir os justos em Sião; 43–53, Que obra em meio a grandes tribula-
os santos sejam poupados das coisas ções; e, em nossa pobreza, demos
terríveis que serão derramadas sobre de nossos bens para a construção
os iníquos nos últimos dias; 54–58, de uma a casa a teu nome, a fim
Que as nações e povos e igrejas sejam de que o Filho do Homem tives-
preparados para o evangelho; 59–67, se um lugar onde se manifestar a
Que sejam redimidos os judeus, os seu povo.
lamanitas e todo Israel; 68–80, Que 6 E como disseste em uma a reve-
os santos sejam coroados com glória e lação que nos foi dada, chaman-
honra e ganhem salvação eterna. do-nos de teus amigos, dizendo:
Convocai vossa assembleia solene,
Graças sejam dadas a teu nome,
a 
como vos ordenei;
ó Senhor Deus de Israel, que cum- 7 E como todos não têm fé, bus-
pres os b convênios e mostras mi- cai diligentemente e ensinai-vos
sericórdia aos teus servos que an- uns aos outros palavras de sabe-
dam retamente perante ti de todo doria; sim, nos melhores livros
o coração — buscai palavras de sabedoria; pro-
2 Tu, que mandaste teus servos curai conhecimento, sim, pelo es-
a 
construírem uma casa ao teu tudo e também pela fé;
nome neste lugar [Kirtland]. 8 Organizai-vos; preparai todas
3 E agora vês, ó Senhor, que teus as coisas necessárias e estabelecei
servos agiram de acordo com teu uma casa, sim, uma casa de ora-
mandamento. ção, uma casa de jejum, uma casa
109 1 a Al. 37:37; b Dan. 9:4. Senhor.
D&C 46:32. GEE Convênio. b 2 Né. 5:16.
GEE Ação de Graças, 2 a D&C 88:119. 5 a D&C 124:27–28.
Agradecido, 4 a 1 Re. 9:3. 6 a D&C 88:117–120.
Agradecimento. GEE Templo, A Casa do
255 Doutrina e Convênios 109:9–23
de fé, uma casa de aprendizado, estudo e também pela fé, como
uma casa de glória, uma casa de disseste;
ordem, uma casa de Deus; 15 E que cresçam em ti e recebam
9 Para que nela entreis em nome a plenitude do Espírito Santo e or-
do Senhor; para que dela saiais em ganizem-se de acordo com as tuas
nome do Senhor; para que todas as leis e preparem-se para obter todas
vossas saudações sejam em nome as coisas necessárias;
do Senhor, com mãos elevadas ao 16 E que esta casa seja uma casa
Altíssimo — de oração, uma casa de jejum, uma
10 E agora, Pai Santo, pedimos-te casa de fé, uma casa de glória e de
que nos assistas, a nós, teu povo, Deus, sim, tua casa;
com tua graça, na convocação de 17 Que todas as entradas de teu
nossa assembleia solene, a fim de povo nesta casa sejam em nome
que seja feita para tua honra e para do Senhor;
tua divina aceitação; 18 Que todas as suas saídas desta
11 E de uma forma que sejamos casa sejam em nome do Senhor;
considerados dignos, a teus olhos, 19 E que todas as suas sauda-
de assegurar o cumprimento das ções sejam em nome do Senhor,
a 
promessas que fizeste a nós, teu com mãos santas elevadas ao Al-
povo, nas revelações que nos fo- tíssimo;
ram dadas; 20  E que não se permita que
12 Para que tua a glória descan- qualquer a coisa imunda entre em
se sobre teu povo e sobre esta tua tua casa para profaná-la;
casa que agora dedicamos a ti, 21 E quando teu povo transgre-
para que seja santificada e consa- dir, quem quer que seja, que se ar-
grada como santa; e para que tua rependa rapidamente e volte para
santa presença esteja continua- ti e encontre favor a teus olhos e
mente nesta casa; que lhe sejam restituídas as bên-
13 E para que todas as pessoas çãos que tu ordenaste que fossem
que atravessarem o umbral da derramadas sobre os que te a reve-
casa do Senhor sintam o teu po- renciassem em tua casa.
der e sintam-se compelidos a re- 22 E rogamos-te, Pai Santo, que
conhecer que tu a santificaste e teus servos saiam desta casa arma-
que ela é a tua casa, um lugar de dos de teu poder; e que teu nome
tua santidade. esteja sobre eles e tua glória ao
14 E permite, Pai Santo, que a redor deles e que teus a anjos os
todos os que adorarem nesta casa guardem;
sejam ensinadas palavras de sabe- 23 E que deste lugar levem novas
doria dos melhores livros; e que sumamente grandes e gloriosas
procurem conhecimento, sim, pelo aos a confins da Terra, em verdade
11 a D&C 38:32; 20 a D&C 94:8–9; 97:15–17. 23 a D&C 1:2.
105:11–12, 18, 33. 21 a GEE Reverência.
12 a GEE Glória. 22 a GEE Anjos.
Doutrina e Convênios 109:24–38 256
para que saibam que esta é tua pela saraiva e pelos julgamentos
a 

obra e que estendeste a mão para que enviarás sobre eles, em tua ira,
cumprir o que disseste pela boca para que tenham fim as b mentiras
dos profetas, concernente aos úl- e calúnias contra o teu povo.
timos dias. 31 Porque sabes, ó Senhor, que
24 Rogamos-te, Pai Santo, que teus servos são inocentes peran-
estabeleças o povo que adorará te ti ao prestarem testemunho de
e honrosamente terá um nome e teu nome, pelo qual têm sofrido
uma posição nesta tua casa por to- estas coisas.
das as gerações e pela eternidade; 32 Portanto, te imploramos uma
25 Que arma alguma a formada completa e total libertação deste
contra eles prospere; que o que a 
jugo;
cavar uma b cova para eles, nela 33 Retira-o, ó Senhor; retira-o
caia ele mesmo; do pescoço de teus servos pelo
26 Que nenhuma combinação teu poder, para que nos ergamos
iníqua tenha poder para levantar- no meio desta geração e façamos
se e a prevalecer contra teu povo, tua obra.
sobre quem se colocará teu b nome 34 Ó Jeová, tem misericórdia des-
nesta casa; te povo e, como todos os homens
27 E se algum povo se erguer a 
pecam, perdoa as transgressões
contra este povo, que tua ira se de teu povo; e que sejam apagadas
acenda contra ele; para sempre.
28 E se ferir este povo, tu o feri- 35 Que a a unção de teus minis-
rás; batalharás por teu povo como tros seja selada sobre eles com
o fizeste nos dias de batalha, para poder do alto.
que sejam libertados das mãos de 36 Que se cumpra neles, como
todos os seus inimigos. naqueles no dia de Pentecostes;
29 Rogamos-te, Pai Santo, que que se derrame o dom das a lín-
confundas e surpreendas e tragas guas sobre teu povo, sim, b línguas
vergonha e confusão a todos os repartidas como que de fogo, e sua
que espalharam relatos mentirosos interpretação.
por toda parte sobre teu servo ou 37 E que tua casa se encha, como
servos, caso não se arrependam com um vento veemente e impe-
quando o evangelho eterno for tuoso, de tua a glória.
proclamado a seus ouvidos; 38 Põe sobre teus servos o a tes-
30 E que todas as suas obras se- temunho do convênio, para que,
jam reduzidas a nada e varridas quando saírem para proclamar tua
25 a Isa. 54:17. Mos. 12:6; 35 a GEE Unção, Ungir.
b Prov. 26:27; D&C 29:16. 36 a GEE Línguas, Dom das.
1 Né. 14:3; 22:14. b 3 Né. 21:19–21. b At. 2:1–3.
26 a D&C 98:22. 32 a GEE Jugo. 37 a D&C 84:5; 109:12.
b 1 Re. 8:29. 34 a Rom. 3:23; 5:12. GEE Glória.
30 a Isa. 28:17; GEE Pecado. 38 a GEE Testemunho.
257 Doutrina e Convênios 109:39–50
palavra, b selem a lei e preparem o Seja feita a tua vontade, ó Senhor,
coração de teus santos para todos e não a nossa.
esses julgamentos que estás pres- 45 Sabemos que disseste, pela
tes a enviar, em tua ira, sobre os boca de teus profetas, coisas terrí-
habitantes da c Terra, por causa de veis concernentes aos iníquos nos
suas transgressões, a fim de que a 
últimos dias — que derramarás
teu povo não desfaleça no dia da teus julgamentos sem medida;
angústia. 46 Portanto, ó Senhor, livra teu
39 E em qualquer cidade que povo da calamidade dos iníquos;
teus servos entrarem, e o povo permite a teus servos que selem a
dessa cidade aceitar o seu teste- lei e liguem o testemunho, a fim
munho, concede a tua paz e a tua de que estejam preparados para o
salvação a essa cidade; para que dia da queima.
eles reúnam os justos dessa cida- 47 Pedimos-te, Pai Santo, que te
de, a fim de que venham a a Sião lembres daqueles que foram ex-
ou às suas estacas, os lugares de- pulsos pelos habitantes do Con-
signados por ti, com cânticos de dado de Jackson, Missouri, das
eterna alegria; terras de sua herança; e retira, ó
40 E até que isso se realize, não Senhor, o jugo da aflição que sobre
permitas que teus julgamentos eles foi posto.
caiam sobre essa cidade. 48 Tu sabes, ó Senhor, que eles
41 E em qualquer cidade que têm sido grandemente oprimidos
teus servos entrarem e o povo des- e afligidos por homens iníquos;
sa cidade não aceitar seu testemu- e nosso coração a transborda de
nho e teus servos exortarem-nos tristeza por causa de suas peno-
a que se salvem desta geração re- sas cargas.
belde, que se faça a essa cidade de 49 Ó Senhor, a até quando permi-
acordo com aquilo que disseste tirás que este povo suporte essa
pela boca de teus profetas. aflição e que os clamores de seus
42 Mas livra, ó Jeová, nós te im- inocentes ascendam a teus ouvi-
ploramos, teus servos de suas dos e que seu b sangue suba a ti
mãos e limpa-os de seu sangue. como testemunho, sem mostrares
43 Ó Senhor, não nos deleitamos teu testemunho em seu favor?
com a destruição de nossos seme- 50 Tem a misericórdia, ó Senhor,
lhantes; suas a almas são preciosas da turba iníqua que expulsou o
a teus olhos; teu povo; que eles cessem de sa-
44 Mas tua palavra tem que se quear, que se arrependam de seus
cumprir. Ajuda teus servos a dize- pecados se lhes for possível arre-
rem, com o auxílio de tua a graça: pender-se;
38 b Isa. 8:16; D&C 1:8. 43 a GEE Alma. 49 a Salm. 13:1–2.
c GEE Terra — 44 a GEE Graça. b GEE Mártir, Martírio.
Purificação da Terra. 45 a GEE Últimos Dias. 50 a GEE Misericórdia,
39 a Isa. 35:10. 48 a GEE Compaixão. Misericordioso.
Doutrina e Convênios 109:51–65 258
51 Mas se não o fizerem, desnu- Terra saibam que nós, teus servos,
da teu braço, ó Senhor, e a redime a 
ouvimos a tua voz e que tu nos
aquilo que estabeleceste como Sião enviaste;
para teu povo. 58 Que dentre todos esses, teus
52 E se não puder ser de outro servos, os filhos de Jacó, reúnam
modo, para que a causa de teu os justos para construírem uma
povo não fracasse perante ti, que cidade santa a teu nome, como
tua ira se acenda e tua indignação lhes ordenaste.
caia sobre eles, para que sejam ani- 59 Rogamos-te que estabeleças
quilados, tanto raízes como ramos, outras a estacas para Sião além des-
de debaixo do céu; ta, para que a b reunião de teu povo
53 Mas caso se arrependam, és prossiga em grande poder e ma-
clemente e misericordioso e des- jestade, a fim de que tua obra se
viarás tua ira quando contempla- c 
abrevie em retidão.
res a face de teu Ungido. 60 Agora, ó Senhor, estas pala-
54 Tem misericórdia, ó Senhor, vras proferimos diante de ti a res-
de todas as nações da Terra; tem peito das revelações e mandamen-
misericórdia dos governantes de tos que nos deste, a nós que somos
nosso país; que os princípios que identificados com os a gentios.
foram tão honrosa e nobremente 61 Mas sabes que tens um grande
defendidos por nossos pais, ou amor pelos filhos de Jacó, os quais
seja, a a Constituição de nosso país, por longo tempo têm estado dis-
sejam estabelecidos para sempre. persos pelas montanhas, em um
55 Lembra-te dos reis, dos prín- dia nublado e de escuridão.
cipes, dos nobres e dos grandes 62 Rogamos-te, portanto, que
da Terra e de todos os povos e das tenhas misericórdia dos filhos de
igrejas, de todos os pobres, dos ne- Jacó, para que a Jerusalém, desta
cessitados e dos aflitos da Terra; hora em diante, comece a redi-
56  Que se abrande o coração mir-se;
deles quando teus servos saírem 63 E o jugo da servidão comece a
de tua casa, ó Jeová, para pres- retirar-se da casa de a Davi;
tar testemunho de teu nome; que 64 E os filhos de a Judá comecem
seus preconceitos cedam diante a regressar às b terras que deste a
da a verdade e teu povo obtenha Abraão, seu pai.
favor aos olhos de todos; 65 E faças com que os a rema-
57 Para que todos os confins da nescentes de Jacó, que foram
51 a D&C 100:13; 105:2. de Israel. GEE Judá.
54 a 1 Ped. 2:13–15; c Mt. 24:22. b Gên. 17:1–8.
D&C 98:5–7; 101:77, 80. 60 a 1 Né. 13:1–32; 15:13–18. GEE Terra da
GEE Constituição. 62 a 3 Né. 20:29. Promissão.
56 a GEE Verdade. GEE Jerusalém. 65 a 2 Né. 30:3;
57 a D&C 20:16; 76:22–24. 63 a GEE Davi. Al. 46:23–24;
59 a Isa. 54:2. 64 a Zac. 12:6–9; Mal. 3:4; 3 Né. 20:15–21;
b GEE Israel — Coligação D&C 133:13, 35. D&C 19:27.
259 Doutrina e Convênios 109:66–76
amaldiçoados e feridos por causa presidentes de tua igreja, que tua
de suas transgressões, b conver- mão direita os exalte com todas
tam-se de sua condição indômita as suas famílias e seus parentes
e selvagem à plenitude do evan- próximos; que se perpetuem seus
gelho eterno; nomes e que se conservem na lem-
66 Que deponham suas armas de brança eternamente, de geração
carnificina e cessem suas rebeliões. em geração.
67 E que todos os remanescentes 72 Lembra-te de toda a tua igreja,
dispersos de a Israel, que foram ó Senhor, com todas as suas famí-
impelidos para os confins da Ter- lias e todos os seus parentes próxi-
ra, conheçam a verdade, creiam mos, com todos os seus enfermos
no Messias e sejam redimidos da e aflitos, com todos os pobres e
opressão e regozijem-se perante ti. mansos da Terra; para que o a rei-
68 Ó Senhor, lembra-te de teu no que estabeleceste sem mãos se
servo Joseph Smith Júnior e de transforme em uma grande mon-
todas as suas aflições e persegui- tanha e encha toda a Terra;
ções — como ele fez a convênio 73 Que tua igreja saia do deserto
com b Jeová e um voto a ti, ó Pode- da escuridão e resplandeça formo-
roso Deus de Jacó — e dos man- sa como a a lua, brilhante como o
damentos que lhe deste; e de que sol e terrível como um exército
sinceramente se tem esforçado com estandartes;
para fazer a tua vontade. 74 E adorne-se como uma noiva
69 Tem misericórdia, ó Senhor, para o dia em que desvendares os
de sua esposa e filhos; para que céus e fizeres com que os montes
sejam exaltados em tua presença a 
escoem em tua presença e os b va-
e preservados por tua mão pro- les se exaltem e os lugares aciden-
tetora. tados se aplainem, a fim de que
70 Tem misericórdia de todos os tua glória encha a Terra;
seus parentes próximos, que seus 75 Para que, quando a trombeta
preconceitos sejam derrubados e soar para os mortos, sejamos a ar-
varridos como que por uma inun- rebatados na nuvem para encon-
dação; que se convertam e sejam trar-te e estejamos com o Senhor
redimidos com Israel e saibam que para sempre;
tu és Deus. 76 Que nossas vestes sejam pu-
71  Lembra-te, ó Senhor, dos ras, que nos trajemos com a mantos
presidentes, sim, de todos os de retidão, com palmas em nossas
65 b 2 Né. 30:6; 68 a GEE Convênio. 74 a D&C 133:21–22, 40.
3 Né. 21:20–22. b GEE Jeová. b Isa. 40:4; Lc. 3:5;
GEE Conversão, 72 a Dan. 2:44–45; D&C 49:23.
Converter. D&C 65:2. 75 a 1 Tess. 4:17.
67 a GEE Israel — Coligação 73 a Cant. 6:10; 76 a Apoc. 7:13–15;
de Israel. D&C 5:14; 105:31. 2 Né. 9:14.
Doutrina e Convênios 109:77–110:3 260
mãos e coroas de glória em nossa
b 
casa a ti, obra de nossas mãos, que
cabeça; e colhamos c alegria eterna construímos ao teu nome;
por todos os nossos d sofrimentos. 79 E também esta igreja, para que
77 Ó Senhor Deus Todo-Pode- se ponha sobre ela o teu nome. E
roso, ouve estas nossas súplicas ajuda-nos, pelo poder de teu Es-
e responde-nos do céu, tua santa pírito, para que misturemos nossa
habitação, onde te assentas entro- voz aos brilhantes e resplandes-
nizado, com a glória, honra, poder, centes a serafins que cercam teu
majestade, força, domínio, verda- trono com aclamações de louvor,
de, justiça, juízo, misericórdia e cantando: Hosana a Deus e ao
plenitude infinita, de eternidade b 
Cordeiro!
em eternidade. 80 E que estes, teus ungidos,
78 Ó ouve, ó ouve, ó ouve-nos, a 
vistam-se de salvação e teus san-
ó Senhor! E responde a estas sú- tos gritem de alegria. Amém e
plicas e aceita a dedicação desta Amém.

SEÇÃO 110
Visões manifestadas a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery,
no templo de Kirtland, Ohio, em 3 de abril de 1836. Naquela ocasião,
realizava-se uma reunião dominical. A história de Joseph Smith re-
gistra: “À tarde, ajudei os outros presidentes na distribuição da Ceia
do Senhor à Igreja, recebendo-a dos Doze, que tiveram o privilégio
de oficiar à mesa sagrada hoje. Após realizar esse serviço para meus
irmãos, retirei-me para o púlpito e, estando as cortinas abaixadas,
curvei-me com Oliver Cowdery em solene e silenciosa oração. Após
orarmos, a seguinte visão foi-nos dada.”
1–10, O Senhor Jeová aparece em Retirou-se o a véu de nossa men-
glória e aceita o Templo de Kirtland te e abriram-se os b olhos de nosso
como Sua casa; 11–12, Moisés e entendimento.
Elias aparecem, um de cada vez, e 2 Vimos o Senhor de pé no para-
transmitem suas chaves e dispen- peito do púlpito, diante de nós; e
sações; 13–16, Elias, o profeta, vol- sob seus pés havia um calçamen-
ta e entrega as chaves de sua dis- to de ouro puro, da cor de âmbar.
pensação, conforme prometido por 3 Os seus a olhos eram como uma
Malaquias. labareda de fogo; os cabelos de
76 b
GEE Coroa; 77 a GEE Glória. 110 1 a GEE Véu.
Exaltação. 79 a Isa. 6:1–2. b D&C 76:12, 19;
c GEE Alegria. b GEE Cordeiro 136:32; 138:11.
d Heb. 12:1–11; de Deus. 3 a Apoc. 1:14.
D&C 58:4. 80 a Salm. 132:16.
261 Doutrina e Convênios 110:4–14
sua cabeça eram brancos como a da b investidura com que os meus
pura neve; o seu b semblante res- servos foram investidos nesta
plandecia mais do que o brilho do casa.
sol; e a sua c voz era como o ruído 10 E a fama desta casa espalhar-
de muitas águas, sim, a voz de se-á por terras estrangeiras; e este
d 
Jeová, que dizia: é o princípio da bênção que será
4 Eu sou o a primeiro e o últi- a 
derramada sobre a cabeça de meu
mo; sou o que b vive, sou o que foi povo. Assim seja. Amém.
morto; eu sou vosso o c advogado 11 Depois de encerrar-se esta a vi-
junto ao Pai. são, os céus tornaram-se a abrir e
5 Eis que a perdoados vos são b 
Moisés apareceu diante de nós e
vossos pecados; estais limpos conferiu-nos as c chaves para d co-
diante de mim; portanto, erguei ligar Israel das quatro partes da
a cabeça e regozijai-vos. Terra e trazer as dez tribos da ter-
6 Que se regozije o coração de ra do e norte.
vossos irmãos e o coração de todo 12 Depois disto, a Elias apareceu
o meu povo, que com sua força e conferiu-nos a b dispensação do
a 
construiu esta casa ao meu nome. c 
evangelho de Abraão, dizendo
7 Pois eis que a aceitei esta b casa, que em nós e em nossa semente
e meu nome aqui estará; e mani- todas as gerações depois de nós
festar-me-ei a meu povo com mi- seriam abençoadas.
sericórdia nesta casa. 13 Concluída essa visão, outra
8 Sim, a aparecerei aos meus ser- grande e gloriosa visão abriu-se
vos e falar-lhes-ei com a minha para nós; pois a Elias, o profeta,
própria voz, se o meu povo guar- que fora b levado ao céu sem expe-
dar os meus mandamentos e não rimentar a morte, apareceu diante
b 
profanar esta casa c santa. de nós e disse:
9 Sim, o coração de milhares e 14 Eis que é chegado plenamen-
dezenas de milhares grandemente te o tempo proferido pela boca
se regozijará, em consequência das de Malaquias — testificando que
a 
bênçãos que serão derramadas e ele [Elias, o profeta] seria enviado
3 b Apoc. 1:16; JS—H 1:17. b D&C 97:15–17. D&C 29:7.
c Eze. 43:2; c GEE Santo (adjetivo). GEE Israel — Coligação
Apoc. 1:15; 9 a Gên. 12:1–3; de Israel.
D&C 133:21–22. D&C 39:15; e D&C 133:26–32.
d GEE Jeová. Abr. 2:8–11. GEE Israel — Dez tribos
4 a GEE Primogênito. b D&C 95:8. perdidas.
b Deut. 5:24. GEE Investidura, 12 a GEE Elias.
c GEE Advogado. Investir. b GEE Dispensação.
5 a GEE Perdoar. 10 a D&C 105:12. c Gál. 3:6–29.
6 a D&C 109:4–5. 11 a GEE Visão. GEE Convênio
7 a 2 Crôn. 7:16. b Mt. 17:3. Abraâmico.
b GEE Templo, A Casa c GEE Chaves do 13 a GEE Elias, o Profeta.
do Senhor. Sacerdócio. b GEE Seres
8 a D&C 50:45. d Jacó 6:2; Transladados.
Doutrina e Convênios 110:15–111:8 262
antes que viesse o grande e terrí- 16 Portanto, as chaves desta dis-
vel dia do Senhor — pensação são confiadas às vossas
15 Para a voltar o coração dos pais mãos; e assim sabereis que o gran-
para os filhos e os filhos para os de e terrível a dia do Senhor está
pais, a fim de que a Terra toda não perto, sim, às portas.
seja ferida com uma maldição —

SEÇÃO 111
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Salém,
Massachusetts, em 6 de agosto de 1836. Nessa ocasião os líderes da
Igreja estavam muito endividados devido a seu trabalho no ministério.
Ao ouvirem que uma grande quantia de dinheiro estaria a sua dis-
posição em Salém, o Profeta, Sidney Rigdon, Hyrum Smith e Oliver
Cowdery viajaram de Kirtland, Ohio, para lá, a fim de investigar essa
notícia e de pregar o evangelho. Os irmãos resolveram vários negócios
da Igreja e pregaram um pouco. Quando se tornou evidente que não
haveria dinheiro algum, eles retornaram a Kirtland. Vários fatores
importantes relacionados refletem-se nas palavras desta revelação.
1–5, O Senhor atende às necessidades 4 E acontecerá que, no devi-
materiais de Seus servos; 6–11, Ele do tempo, porei esta cidade em
será misericordioso com Sião e pro- vossas mãos para que tenhais
videnciará todas as coisas para o bem poder sobre ela, de modo que
de Seus servos. não descubram vossos planos
secretos; e sua riqueza no que
Eu, o Senhor vosso Deus, não es- diz respeito a ouro e prata será
tou descontente com vossa via- vossa.
gem, apesar de vossa insensatez. 5 Não vos preocupeis com vossas
2 Tenho muitos tesouros para vós a 
dívidas, porque vos darei poder
nesta cidade, para o benefício de para pagá-las.
Sião, e muita gente, nesta cidade, 6 Não vos preocupeis com Sião,
que reunirei no devido tempo para porque serei misericordioso com
o benefício de Sião, por intermé- ela.
dio de vós. 7 Permanecei neste lugar e nas
3 Convém, portanto, que traveis regiões circunvizinhas;
conhecimento com homens desta 8 E o lugar onde é a minha von-
cidade, como fordes guiados e tade que permaneçais, principal-
como vos for indicado. mente, ser-vos-á indicado pela
15 a JS—H 1:38–39. Salvação para os 16 a GEE Últimos Dias.
GEE Genealogia; Mortos. 111 5 a D&C 64:27–29.
263 Doutrina e Convênios 111:9–112:4
paz e poder de meu Espírito, que
a 
11  Portanto, sede a prudentes
fluirá para vós. como as serpentes, mas sem pe-
9 Esse local podereis alugar. E cado; e ordenarei todas as coisas
indagai diligentemente a respei- para o vosso b bem, tão depressa
to dos habitantes mais antigos e quanto fordes capazes de recebê-
fundadores desta cidade; las. Amém.
10 Pois há mais de um tesouro
para vós nesta cidade.

SEÇÃO 112
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Tho-
mas B. Marsh, em Kirtland, Ohio, em 23 de julho de 1837, com res-
peito aos Doze Apóstolos do Cordeiro. Esta revelação foi recebida no
dia em que os Élderes Heber C. Kimball e Orson Hyde pregaram o
evangelho pela primeira vez na Inglaterra. Nessa ocasião, Thomas B.
Marsh era o presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.
1–10, Os Doze enviarão o evangelho e ordenados para prestar testemu-
farão soar a voz de advertência a todas nho de meu nome e b enviá-lo a
as nações e povos; 11–15, Tomarão sua todas as nações, tribos, línguas e
cruz, seguirão Jesus e apascentarão povos pela instrumentalidade de
Suas ovelhas; 16–20, Os que rece- meus servos.
bem a Primeira Presidência recebem 2 Em verdade eu te digo: Havia
o Senhor; 21–29, As trevas cobrem a algumas coisas em teu coração e
Terra e somente os que acreditam e são contigo com as quais eu, o Senhor,
batizados serão salvos; 30–34, A Pri- não estava contente.
meira Presidência e os Doze possuem 3 Contudo, sendo que te a humi-
as chaves da dispensação da plenitude lhaste, serás exaltado; portanto,
dos tempos. todos os teus pecados são per-
doados.
Em verdade, assim diz o Senhor 4 Que teu coração tenha bom
a ti, meu servo Thomas: Ouvi a 
ânimo perante minha face; e pres-
tuas orações; e tuas esmolas su- tarás testemunho de meu nome,
biram como um a memorial diante não só aos b gentios como também
de mim, em favor daqueles teus aos c judeus; e enviarás minha pa-
irmãos que foram escolhidos e lavra aos confins da Terra.
8 a D&C 27:16. GEE Paz. 112 1 a At. 10:4. 4 a Mt. 9:2;
11 a Mt. 10:16. b D&C 18:28. Jo. 16:33.
b Rom. 8:28; 3 a Mt. 23:12; b D&C 18:6; 90:8–9.
D&C 90:24; 100:15. Lc. 14:11. c D&C 19:27.
Doutrina e Convênios 112:5–17 264
5  Contende, portanto, toda ma-
a 
a ti mesmo; e que sobeje teu amor
nhã; e dia após dia emite a tua por todos os homens e por todos
b 
voz de advertência; e quando os que amam meu nome.
vier a noite, não permitas que os 12 E ora por teus irmãos dos
habitantes da Terra adormeçam Doze. Admoesta-os severamen-
por causa de tuas palavras. te por causa de meu nome e que
6 Que se conheça tua morada sejam admoestados por todos os
em Sião e a não removas tua casa; seus pecados; e, perante mim, sê
porque eu, o Senhor, tenho uma fiel a meu a nome.
grande obra para fazeres, procla- 13 E depois de suas a tentações
mando meu nome entre os filhos e muitas b tribulações, eis que eu,
dos homens. o Senhor, procurá-los-ei; e se não
7 Portanto, a cinge os teus lombos endurecerem o coração e não enri-
para o trabalho. Que se calcem jecerem a cerviz contra mim, serão
também os teus pés, pois foste c 
convertidos e curá-los-ei.
escolhido e o teu caminho fica 14 Ora, digo a ti, e o que digo a ti
entre as montanhas e entre mui- digo a todos os Doze: Erguei-vos e
tas nações. cingi vossos lombos; tomai vossa
8 E por tua palavra muitos sober- a 
cruz, segui-me e b apascentai mi-
bos serão a humilhados e por tua nhas ovelhas.
palavra muitos humildes serão 15 Não vos exalteis; não vos a re-
exaltados. beleis contra meu servo Joseph;
9 A tua voz será uma repreensão pois, em verdade vos digo, que
para o transgressor; e diante de estou com ele e minha mão estará
tua repreensão, que a língua do sobre ele; e as b chaves que lhe dei,
caluniador cesse sua perversidade. como também a vós, não serão ti-
10 Sê a humilde; e o Senhor teu radas dele até que eu venha.
Deus te conduzirá pela mão, e te 16 Em verdade eu te digo, meu
dará resposta às tuas orações. servo Thomas: És o homem que
11 Conheço teu coração e ouvi escolhi para possuir as chaves de
tuas orações a respeito de teus ir- meu reino, no que diz respeito
mãos. Não sejas parcial em rela- aos Doze, entre todas as nações —
ção a eles, a amando-os mais que 17 A fim de que sejas meu ser-
muitos outros, mas ama-os como vo, para abrir a porta do reino em
5 a Jud. 1:3. 12 a GEE Jesus Cristo — 14 a Mt. 16:24;
b D&C 1:4–5. Tomar sobre nós o TJS Mt. 16:25–26
6 a Salm. 125:1. nome de Jesus Cristo. (Apêndice da Bíblia);
7 a Ef. 6:13–17. 13 a GEE Tentação, Tentar. Lc. 9:23.
8 a GEE Humildade, b Jo. 16:33; b Jo. 21:15–17.
Humilde, Humilhar. Apoc. 7:13–14; 15 a GEE Rebeldia, Rebelião.
10 a Prov. 18:12. D&C 58:3–4. b D&C 28:7.
11 a Mt. 5:43–48. c 3 Né. 18:32. GEE Chaves do
GEE Amor; GEE Conversão, Sacerdócio.
Caridade. Converter.
265 Doutrina e Convênios 112:18–30
todos os lugares em que o meu e toda carne b corrompeu-se diante
servo Joseph e meu servo a Sid- de minha face.
ney e meu servo b Hyrum não pu- 24 Eis que a a vingança cairá ra-
derem ir; pidamente sobre os habitantes
18 Porque sobre eles, por algum da Terra, um dia de ira, um dia
tempo, depositei o fardo de todas de queima, um dia de desolação,
as igrejas. de b pranto, de luto e de lamenta-
19 Portanto, aonde quer que eles ção; e, como uma tormenta, cairá
te mandarem, vai, e estarei conti- sobre toda a face da Terra, diz o
go; e em todo lugar que proclama- Senhor.
res meu nome, uma a porta eficaz 25 E sobre minha casa a principia-
ser-te-á aberta, para que recebam rá e de minha casa espalhar-se-á,
minha palavra. diz o Senhor;
20 Quem a recebe minha palavra, 26 Primeiro entre os de vós, diz
a mim me recebe; e quem me re- o Senhor, que a professaram co-
cebe, recebe aqueles que enviei, a nhecer meu nome e não me b co-
Primeira Presidência, a quem te nheceram; e c blasfemaram contra
dei como conselheiros por causa mim no meio da minha casa, diz
de meu nome. o Senhor.
21 E digo-te também que todos 27 Portanto, vede que não vos
os que enviares em meu nome preocupeis com os negócios da
pela voz de teus irmãos, os a Doze, minha igreja neste lugar, diz o
devidamente recomendados e b au- Senhor.
torizados por ti, terão poder para 28 Mas a purificai o coração dian-
abrir a porta de meu reino a toda te de mim; e depois b ide por todo
nação a que os enviares — o mundo e pregai meu evangelho
22 Caso eles se humilhem pe- a toda criatura que não o tiver re-
rante mim, e obedeçam à minha cebido;
palavra, e a deem ouvidos à voz 29 E o que a crer e for b batizado
de meu Espírito. será salvo; e o que não crer e não
23 Em verdade, em verdade eu for batizado será c condenado.
te digo: a Trevas cobrem a Terra e 30 Pois a vós, os a Doze, e àqueles
densa escuridão a mente do povo; que forem convosco designados
17 a GEE Rigdon, Sidney. Miq. 3:6; Mos. 26:24–27;
b GEE Smith, Hyrum. D&C 38:11. 3 Né. 14:21–23.
19 a 1 Cor. 16:9; GEE Apostasia — c GEE Blasfemar,
D&C 118:3. Apostasia da igreja Blasfêmia.
20 a D&C 84:35–38. cristã primitiva. 28 a GEE Pureza, Puro.
21 a D&C 107:34–35. b D&C 10:20–23. b Mc. 16:15–16.
b GEE Autoridade. 24 a GEE Vingança. 29 a Mórm. 9:22–23;
22 a GEE Atender, Dar b D&C 124:8. D&C 20:25–26.
ouvidos; 25 a 1 Ped. 4:17–18. b GEE Batismo, Batizar.
Obedecer, Obediência, 26 a Mt. 7:21–23; c GEE Condenação,
Obediente. D&C 41:1; 56:1. Condenar.
23 a Isa. 60:2; b Lc. 6:46; 30 a GEE Apóstolo.
Doutrina e Convênios 112:31–113:6 266
para ser vossos conselheiros e vos- antepassados e, finalmente, envia-
sos líderes, a b Primeira Presidên- das do céu a vós.
cia, é dado o poder deste sacer- 33 Em verdade vos digo: Vede
dócio para os últimos dias e pela quão grandioso é vosso chama-
última vez, dias esses que abran- do. a Purificai o coração e vossas
gem a c dispensação da plenitude vestes, para que o sangue desta
dos tempos, geração não seja b requerido de
31 Poder que possuís juntamente vossas mãos.
com todos os que receberam uma 34 Sede fiéis até que eu venha,
dispensação em qualquer tempo, pois depressa a venho; e meu galar-
desde o começo da criação; dão está comigo para recompensar
32 Pois em verdade vos digo: As cada homem de acordo com suas
a 
chaves da dispensação que rece- b 
obras. Eu sou o Alfa e o Ômega.
bestes foram b transmitidas pelos Amém.

SEÇÃO 113
Respostas a certas perguntas sobre os escritos de Isaías, dadas por
Joseph Smith, o Profeta, em Far West, Missouri, ou perto dali, em
março de 1838.
1–6, Identificam-se o Tronco de Jessé, 11 de Isaías, que brotaria do Tron-
o rebento que dele brotaria e a raiz co de Jessé?
de Jessé; 7–10, Os remanescentes 4 Eis que assim diz o Senhor: É
dispersos de Sião têm direito ao sa- um servo nas mãos de Cristo, que
cerdócio e são chamados para voltar em parte é descendente de Jessé
ao Senhor. assim como de a Efraim, ou seja,
da casa de José, a quem foi dado
Quem é o Tronco de a Jessé men- muito b poder.
cionado nos versículos 1, 2, 3, 4 e 5 O que é a raiz de Jessé men-
5 do capítulo 11 de Isaías? cionada no versículo 10 do capí-
2 Em verdade, assim diz o Se- tulo 11?
nhor: É Cristo. 6 Eis que assim diz o Senhor: É
3 O que é o rebento mencionado um descendente de Jessé, assim
no primeiro versículo do capítulo como de José, a quem por direito
30 b GEE Primeira Sacerdócio. 113 1 a GEE Jessé.
Presidência. b Abr. 1:2–3. 4 a Gên. 41:50–52;
c Ef. 1:10; 33 a
Jacó 1:19. D&C 133:30–34.
D&C 27:13; 124:40–42. b D&C 72:3. GEE Efraim.
GEE Dispensação. 34 a
Apoc. 22:7, 12; b GEE Poder.
32 a D&C 110:11–16. D&C 49:28; 54:10.
GEE Chaves do b GEE Obras.
267 Doutrina e Convênios 113:7–114:2
pertencem o sacerdócio e as a cha- direito por linhagem; também,
c 

ves do reino, posto por b estandarte para voltar ao poder que perdera.
e para a c coligação de meu povo 9 O que devemos entender por
nos últimos dias. Sião soltando-se das cadeias de
7 Perguntas de Elias Higbee: seu pescoço, no versículo 2?
Qual o significado da ordem dada 10 Devemos entender que os re-
no primeiro versículo do capítu- manescentes a dispersos são exor-
lo 52 de Isaías, que diz: Veste-te tados a b regressar ao Senhor, de
da tua fortaleza, ó Sião — e a que quem se afastaram; se o fizerem,
povo se referia Isaías? o Senhor promete que lhes falará
8 Referia-se àqueles a quem Deus ou lhes dará revelações. Ver os
chamaria nos últimos dias, que versículos 6, 7 e 8. As cadeias de
possuiriam o poder do sacerdócio seu pescoço são as maldições de
para fazer a Sião voltar e efetuar a Deus sobre ela, ou seja, os rema-
redenção de Israel; e vestir a sua nescentes de Israel em sua disper-
b 
fortaleza é vestir-se da autoridade são entre os gentios.
do sacerdócio, à qual ela, Sião, tem

SEÇÃO 114
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 11 de abril de 1838.
1–2, Os cargos da Igreja ocupados por mim, na próxima primavera, em
aqueles que não são fiéis serão dados companhia de outros, sim, doze
a outros. incluindo ele próprio, para tes-
tificar meu nome e levar alegres
Em verdade assim diz o Senhor: novas a todo o mundo.
É prudente que meu servo Da- 2 Pois em verdade assim diz o
vid W. Patten resolva todos os Senhor: Visto que há entre vós al-
seus negócios logo que possível guns que negam meu nome, ou-
e disponha de sua mercadoria a tros serão a postos em seu b lugar
fim de realizar uma missão para e receberão seu bispado. Amém.
6 a GEE Chaves do Sa- ção de Israel. são de Israel.
cerdócio. 8 a GEE Sião. b Ose. 3:4–5;
b D&C 45:9. b D&C 82:14. 2 Né. 6:11.
GEE Estandarte. c GEE Primogenitura. 114 2 a D&C 118:1, 6.
c GEE Israel — Coliga- 10 a GEE Israel — Disper- b D&C 64:40.
Doutrina e Convênios 115:1–10 268

SEÇÃO 115
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 26 de abril de 1838, informando a vontade do
Senhor concernente ao desenvolvimento do lugar e à construção da
casa do Senhor. Esta revelação é dirigida aos oficiais presidentes e
aos membros da Igreja.
1–4, O Senhor dá a Sua igreja o nome chamada nos últimos dias, sim, b A
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias; 5–6, Sião e suas dos Últimos Dias.
estacas são lugares de defesa e refúgio 5 Em verdade eu digo a vós to-
para os santos; 7–16, Ordena-se aos dos: a Erguei-vos e brilhai, para
santos que construam uma casa do que vossa luz seja um b estandarte
Senhor em Far West; 17–19, Joseph para as nações;
Smith possui as chaves do reino de 6 E para que a a reunião na terra
Deus na Terra. de b Sião e em suas c estacas seja
uma defesa e um d refúgio contra
Em verdade, assim vos diz o Se- a tempestade e contra a ira, quan-
nhor, meu servo a Joseph Smith Jú- do for e derramada, sem mistura,
nior e também meu servo b Sidney sobre toda a Terra.
Rigdon e também meu servo c Hy- 7 Que a cidade de Far West seja
rum Smith e vossos conselheiros uma terra a santa e consagrada a
que são e serão designados daqui mim; e será chamada santíssima,
em diante; pois o chão em que vos encontrais
2 E também a ti, meu servo a Ed- é santo.
ward Partridge, e a teus conse- 8 Portanto, eu vos ordeno a que
lheiros; me construais uma casa, para a
3 E também a meus servos fiéis reunião de meus santos, a fim de
do sumo conselho de minha Igreja que eles me b adorem.
em Sião, pois assim será chamada, 9 E que se inicie essa obra e um
e a todos os élderes e ao povo de alicerce e o trabalho preparatório
minha Igreja de Jesus Cristo dos neste próximo verão;
Santos dos Últimos Dias, disper- 10 E que o início seja em qua-
sos por todo o mundo; tro de julho próximo; e, daí em
4 Pois assim será a minha a igreja diante, que meu povo trabalhe
115 1 a GEE Smith, Joseph, Jr. dos Últimos Dias, A. GEE Estaca.
b GEE Rigdon, Sidney. 5 a Isa. 60:1–3. d Isa. 25:1, 4;
c GEE Smith, Hyrum. b Isa. 11:12. D&C 45:66–71.
2 a GEE Partridge, Ed- GEE Estandarte. e Apoc. 14:10;
ward. 6 a GEE Israel — Coliga- D&C 1:13–14.
4 a 3 Né. 27:4–8. ção de Israel. 7 a GEE Santo (adjetivo).
b GEE Igreja de Jesus b GEE Sião. 8 a D&C 88:119; 95:8.
Cristo dos Santos c D&C 101:21. b GEE Adorar.
269 Doutrina e Convênios 115:11–116:1
diligentemente na construção de 16 Mas se meu povo a construir
uma casa a meu nome; de acordo com o modelo que mos-
11 E que daqui a a um ano, a par- trarei a sua presidência, sim, meu
tir deste dia, recomecem a colocar servo Joseph e seus conselheiros,
o alicerce da minha b casa. então a aceitarei das mãos de meu
12 Assim, que deste tempo em povo.
diante trabalhem diligentemente 17 E também, em verdade vos
até que esteja terminada, desde a digo que é a minha vontade que a
pedra angular até o teto, até que cidade de Far West seja edificada
nada reste inacabado. depressa pela reunião de meus
13 Em verdade vos digo: Que meu santos;
servo Joseph e meu servo Sidney e 18 E também que outros lugares
meu servo Hyrum não contraiam sejam designados para a estacas
mais dívidas por causa da constru- nas regiões circunvizinhas, como
ção de uma casa a meu nome; forem indicados a meu servo Jo-
14 Mas que se construa uma casa seph, de tempos em tempos.
a meu nome, conforme o a modelo 19 Pois eis que eu estarei com ele
que lhes mostrarei. e santificá-lo-ei perante o povo;
15 E se meu povo não a construir pois a ele dei as a chaves deste
de acordo com o modelo que eu reino e ministério. Assim seja.
mostrar a sua presidência, não a Amém.
aceitarei de suas mãos.

SEÇÃO 116
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, perto da Balsa de Wight,
em um lugar chamado Spring Hill, no Condado de Daviess, Missou-
ri, em 19 de maio de 1838.
O Senhor chama Spring Hill de onde o c Ancião de Dias se assenta-
Adão-ondi-Amã, porque, disse
a 
rá, como mencionado por Daniel,
ele, é o lugar ao qual b Adão virá o profeta.
para visitar seu povo, ou melhor,

SEÇÃO 117
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
11 a D&C 118:5. 18 a D&C 101:21. 116 1 a D&C 78:15.
b D&C 124:45–54. GEE Estaca. GEE Adão-ondi-Amã.
14 a Heb. 8:5; 19 a GEE Chaves do b GEE Adão.
D&C 97:10. Sacerdócio. c Dan. 7:13–14, 22.
Doutrina e Convênios 117:1–12 270
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, concernente aos deveres
imediatos de William Marks, Newel K. Whitney e Oliver Granger.
1–9, Os servos do Senhor não deve- minhas mãos o a destino de todos
riam cobiçar coisas materiais, pois “o os exércitos das nações da Terra?
que é propriedade para o Senhor?”; 7 Portanto, não farei eu com que
10–16, Eles devem renunciar à pe- a 
lugares solitários brotem e flores-
quenez de alma e seus sacrifícios serão çam e produzam em abundância?
sagrados para o Senhor. diz o Senhor.
8 Não há lugar suficiente nas
Em verdade, assim diz o Senhor a montanhas de a Adão-ondi-Amã
meu servo William Marks e tam- e nas planícies de Olaa b Sineá, ou
bém a meu servo Newel K. Whit- seja, a c terra onde Adão habitou,
ney: Que resolvam seus negócios de modo que cobiçais aquilo que
rapidamente e partam da terra de é apenas uma gota e negligenciais
Kirtland antes que eu, o Senhor, assuntos de maior importância?
torne a enviar neve sobre a terra. 9 Portanto, subi à terra de meu
2 Que acordem e se ergam e pros- povo, ou seja, Sião.
sigam e não se demorem, porque 10 Que meu servo William Marks
eu, o Senhor, o ordeno. seja a fiel sobre poucas coisas e será
3 Portanto, caso se demorem, não governante de muitas. Que presi-
será bom para eles. da no meio de meu povo, na cida-
4 Que se arrependam de todos de de Far West, e que seja abençoa-
os seus pecados e de todas as suas do com as bênçãos de meu povo.
cobiças perante mim, diz o Senhor; 11  Que meu servo Newel  K.
pois o que é a propriedade para Whitney se envergonhe do bando
mim? diz o Senhor. dos a nicolaítas e de todas as suas
5  Que as propriedades de b 
abominações secretas e de toda
Kirtland sejam dadas em paga- a sua pequenez de alma perante
mento de a dívidas, diz o Senhor. mim, diz o Senhor, e suba à terra
Deixai-as ir, diz o Senhor, e o que de Adão-ondi-Amã e seja um
restar, que fique em vossas mãos, c 
bispo para meu povo, diz o
diz o Senhor. Senhor, não no nome, mas em
6 Pois não pertencem a mim as ações, diz o Senhor.
aves do céu e também os peixes do 12 E também vos digo: Lembro-
mar e os animais das montanhas? me de meu servo a Oliver Gran-
Não fiz eu a Terra? Não tenho em ger; eis que em verdade lhe digo
117 4 a D&C 104:14. GEE Adão-ondi-Amã. c GEE Bispo.
5 a D&C 104:78. b Abr. 3:13. 12 a IE o representante
6 a At. 17:26; c GEE Éden. deixado pelo Profeta
1 Né. 17:36–39. 10 a Mt. 25:23. para resolver seus
7 a Isa. 35:1; 11 a Apoc. 2:6, 15. negócios em Kirtland.
D&C 49:24–25. b GEE Combinações
8 a D&C 116. Secretas.
271 Doutrina e Convênios 117:13–118:6
que seu nome será conservado em 15 Portanto, que nenhum homem
lembrança sagrada de geração em despreze meu servo Oliver Gran-
geração, para todo o sempre, diz ger, mas que as bênçãos de meu
o Senhor. povo estejam com ele para todo
13 Portanto, que pleiteie since- o sempre.
ramente a redenção da Primeira 16 E também, em verdade vos
Presidência da minha igreja, diz o digo: Que todos os meus servos
Senhor; e, quando ele cair, torna- da terra de Kirtland se lembrem
rá a erguer-se, pois seu a sacrifício do Senhor seu Deus e também da
ser-me-á mais sagrado que seu minha casa; e conservem e preser-
crescimento, diz o Senhor. vem sua santidade; e derrubem os
14 Portanto, que suba depressa à cambistas no meu próprio e de-
terra de Sião; e no devido tempo vido tempo, diz o Senhor. Assim
se fará comerciante ao meu nome, seja. Amém.
diz o Senhor, para benefício de
meu povo.

SEÇÃO 118
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte sú-
plica: “Mostra-nos a tua vontade, ó Senhor, concernente aos Doze.”
1–3, O Senhor suprirá as famílias dos com mansidão e a humildade, e
Doze; 4–6, Preenchem-se as vagas b 
longanimidade, eu, o Senhor, pro-
nos Doze. meto-lhes que suprirei às suas
famílias; e uma porta eficaz ser-
Em verdade assim diz o Senhor: lhes-á aberta daí em diante.
Realize-se uma conferência ime- 4 E na próxima primavera, saiam
diatamente; organizem-se os Doze; para atravessar as grandes águas
e designem-se homens para a tomar e ali promulgar meu evangelho
o lugar daqueles que caíram. em sua plenitude e prestar teste-
2 Que meu servo a Thomas per- munho de meu nome.
maneça durante um tempo na ter- 5 Que se despeçam de meus san-
ra de Sião para publicar minha tos da cidade de Far West, no dia
palavra. vinte e seis de abril próximo, no
3 Que os restantes continuem local onde será construída a minha
a pregar a partir de então; e se o casa, diz o Senhor.
fizerem com o coração submisso, 6 Que meu servo John Taylor e
13 a GEE Sacrifício. 2 a GEE Marsh, Thomas B. Humilde, Humilhar.
118 1 a At. 1:13, 16–17, 22–26. 3 a GEE Humildade, b GEE Perseverar.
Doutrina e Convênios 119:2–119:5 272
também meu servo John E. Page e tomar o lugar daqueles que caíram
também meu servo Wilford Woo- e sejam oficialmente notificados de
druff e também meu servo Willard sua designação.
Richards sejam designados para

SEÇÃO 119
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte súplica:
“Ó Senhor! Mostra aos teus servos quanto requeres dos bens de teu
povo como dízimo.” A lei do dízimo, como é compreendida hoje, não
havia sido dada à Igreja antes desta revelação. O termo dízimo, na
oração acima citada e em revelações anteriores (64:23; 85:3; 97:11),
referia-se não exatamente à décima parte, mas a todas as ofertas vo-
luntárias ou contribuições para os fundos da Igreja. O Senhor dera
anteriormente à Igreja a lei de consagração e mordomia de bens, aceita
pelos membros (principalmente os élderes dirigentes) por meio de um
convênio que deveria ser eterno. Por muitos terem deixado de obe-
decer a esse convênio, o Senhor revogou-o por um tempo e deu, em
seu lugar, a lei do dízimo para toda a Igreja. O Profeta perguntou ao
Senhor quanto Ele requeria dos bens deles para propósitos sagrados.
A resposta foi esta revelação.
1–5, Os santos devem pagar o exce- 3 E esse será o início do a dízimo
dente de seus bens e depois dar, como de meu povo.
dízimo, a décima parte de seus ganhos 4 E depois disso, os que assim ti-
anualmente; 6–7, Esse procedimento verem pagado o dízimo pagarão a
santificará a terra de Sião. décima parte de toda a sua renda
anual; e isto será uma lei perma-
Em verdade assim diz o Senhor: nente para eles, para meu santo
Exijo que todos os seus bens a exce- sacerdócio, diz o Senhor.
dentes sejam entregues nas mãos 5 Em verdade vos digo: Aconte-
do bispo da minha igreja em Sião, cerá que todos os que se reunirem
2 Para a construção de minha na terra de a Sião darão seus bens
a 
casa e para a colocação do alicer- excedentes como dízimo e obser-
ce de Sião e para o sacerdócio; e varão esta lei; caso contrário, não
para as dívidas da Presidência de serão considerados dignos de ha-
minha Igreja. bitar entre vós.
119 1 a D&C 42:33–34, 55; 3 a Mal. 3:8–12; 5 a D&C 57:2–3.
51:13; 82:17–19. D&C 64:23.
2 a D&C 115:8. GEE Dízimos.
273 Doutrina e Convênios 119:6–121:2
6 E digo-vos: Se meu povo não para que seja santíssima, eis que
observar esta lei para santificá- em verdade vos digo: Ela não será
la e, por esta lei, não santificar para vós uma terra de Sião.
a terra de a Sião para mim, a fim 7 E isto será um modelo para
de que nela sejam guardados os todas as a estacas de Sião. Assim
meus estatutos e os meus juízos, seja. Amém.

SEÇÃO 120
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far
West, Missouri, em 8 de julho de 1838, tornando conhecida a dispo-
sição dos bens dados como dízimo, conforme indicado na revelação
anterior, a seção 119.
Em verdade assim diz o Senhor: e seu conselho e de meu sumo
Chegado é o tempo em que a sua conselho; e por minha própria
distribuição será feita por um con- voz a eles, diz o Senhor. Assim
selho composto da Primeira Presi- seja. Amém.
dência de minha Igreja e do bispo

SEÇÃO 121
Oração e profecias escritas por Joseph Smith, o Profeta, em uma epís-
tola à Igreja, enquanto prisioneiro na cadeia de Liberty, Missouri,
datadas de 20 de março de 1839. O Profeta e vários companheiros
estavam na prisão havia meses. Suas solicitações e seus apelos, di-
rigidos aos representantes dos poderes executivo e judiciário, não
haviam resultado em alívio para eles.
1–6, O Profeta suplica ao Senhor em valentemente; 33–40, Porque muitos
favor dos santos que estão sofrendo; são chamados e poucos escolhidos;
7–10, O Senhor transmite-lhe paz; 11– 41–46, O sacerdócio deve ser usado
17, Amaldiçoados são os que levantam apenas em retidão.
falsas acusações de transgressão contra
o povo do Senhor; 18–25, Não terão Ó Deus, onde estás? E onde está
direito ao sacerdócio e serão amaldi- o pavilhão que cobre teu a escon-
çoados; 26–32, Prometem-se glorio- derijo?
sas revelações aos que perseverarem 2  a Até quando tua mão será
6 a GEE Sião. 120 1 a IE dízimo. 102:1–2.
7 a GEE Estaca. 121 1 a Salm. 13:1–2; 2 a Hab. 1:2.
Doutrina e Convênios 121:3–16 274
retida e teu olho, sim, teu olho 9 Teus amigos apoiam-te e tor-
a 

puro, contemplará dos eternos narão a saudar-te com coração


céus os agravos contra teu povo caloroso e com mãos amistosas.
e contra teus servos e teu ouvido 10 Ainda não estás como a Jó; teus
será penetrado por seus lamentos? amigos não discutem contigo nem
3 Sim, ó Senhor, a até quando te acusam de transgressão, como
suportarão esses agravos e essas fizeram a Jó.
opressões ilícitas, antes que se 11 A esperança dos que te acusam
abrande teu coração e tuas entra- de transgressão será destruída e
nhas deles se compadeçam? suas expectativas derreter-se-ão
4 Ó Senhor Deus a Todo-Podero- como a a geada branca se derrete
so, criador do céu, da Terra e dos aos raios ardentes do sol nascente;
mares e de tudo o que neles há; e 12 E Deus também pôs a mão e
que controlas e sujeitas o diabo o seu selo para mudar os a tem-
e o escuro e tenebroso domínio pos e as estações e para cegar-lhes
de Seol — estende tua mão; que a mente, a fim de que não com-
teu olho penetre; que se erga teu preendam suas obras maravilho-
pavilhão; que já não se cubra teu sas; também para que os possa
b 
esconderijo; que teu ouvido se provar e surpreender em sua pró-
incline; que se abrande teu cora- pria astúcia;
ção e que se compadeçam de nós 13 Também porque seu coração
tuas entranhas. é corrupto; e que as coisas que
5 Que se acenda tua ira contra desejam causar aos outros e que
nossos inimigos; e, na fúria de teu se deleitam em que os outros so-
coração, com tua espada a vinga- fram recaiam sobre a eles mesmos
nos dos agravos que sofremos. em alto grau;
6 Lembra-te de teus santos que 14 Para que também se desapon-
estão sofrendo, ó nosso Deus; e tem e desvaneçam-se suas espe-
teus servos regozijar-se-ão em teu ranças;
nome para sempre. 15 E daqui a alguns anos, que
7 Meu filho, paz seja com tua eles e sua posteridade sejam var-
alma; tua a adversidade e tuas afli- ridos de debaixo do céu, diz Deus;
ções não durarão mais que um que não reste qualquer deles para
momento; permanecer junto à muralha.
8 E então, se as a suportares bem, 16 Amaldiçoados são todos os
Deus te exaltará no alto; triunfarás que levantarem o calcanhar con-
sobre todos os teus inimigos. tra meus a ungidos, diz o Senhor;
3 a D&C 109:49. 8 a 1 Ped. 2:19–23. 12 a Dan. 2:21.
4 a GEE Onipotente. GEE Perseverar. 13 a Prov. 28:10;
b D&C 123:6. 9 a D&C 122:3. 1 Né. 14:3.
5 a Lc. 18:7–8. 10 a GEE Jó. 16 a 1 Sam. 26:9;
7 a GEE Adversidade. 11 a Êx. 16:14. Salm. 105:15.
275 Doutrina e Convênios 121:17–30
e proclamarem terem eles b peca- 24 Eis que meus olhos a veem e
do quando não pecaram perante conhecem todas as suas obras; e
mim, diz o Senhor, mas fizeram o tenho em reserva um b julgamento
que era agradável a meus olhos e rápido, a seu próprio tempo, para
que eu lhes ordenara. todos eles;
17 Mas os que clamam transgres- 25 Pois cada homem tem um
são, fazem-no porque são, eles a 
tempo designado, de acordo com
mesmos, servos do pecado e a fi- suas b obras.
lhos da desobediência. 26 Deus vos dará a conhecimen-
18 E os que juram falsamente to, por seu b Santo Espírito, sim,
contra meus servos, para levá-los pelo indescritível c dom do Espírito
à escravidão e à morte — Santo, conhecimento esse que não
19 Ai deles; porque a ofenderam foi revelado desde a fundação do
meus pequeninos serão separados mundo até agora;
das b ordenanças de minha casa. 27 O qual nossos antepassados
20 Suas a cestas não se encherão, aguardaram com ansiedade que
suas casas e seus celeiros perecerão se revelasse nos últimos tempos
e eles próprios serão desprezados e que lhes foi indicado pelos an-
por aqueles que os lisonjeavam. jos como estando reservado para
21 Eles não terão direito ao a sa- a plenitude de sua glória;
cerdócio nem sua posteridade de- 28 Um tempo futuro, no qual
pois deles, de geração em geração. a 
nada será retido — se há um Deus
22  a Melhor lhes fora que uma ou muitos b deuses, eles serão ma-
pedra de moinho lhes tivesse sido nifestados.
amarrada ao pescoço, afogando-os 29 Todos os tronos e domínios,
no fundo do mar. principados e poderes serão a re-
23 Ai de todos os que afligem velados e concedidos a todos os
meu povo e expulsam-nos e ma- que tiverem perseverado valen-
tam e testificam contra eles, diz temente por causa do evangelho
o Senhor dos Exércitos; uma a ge- de Jesus Cristo.
ração de víboras não escapará à 30 E também, se existem a limites
condenação do inferno. determinados para os céus ou para
16 b 2 Né. 15:20; b Hel. 8:25. 98:12.
Morô. 7:14, 18. GEE Julgar. b Salm. 82:1, 6;
17 a Ef. 5:6. 25 a Jó 7:1; Jo. 10:34–36;
19 a Mt. 18:6. D&C 122:9. 1 Cor. 8:5–6;
GEE Ofender. b GEE Obras. D&C 76:58; 132:20;
b GEE Ordenanças. 26 a Dan. 2:20–22; Abr. 4:1; 5:1–2.
20 a Deut. 28:15–20. RF 1:9. 29 a D&C 101:32.
21 a GEE Sacerdócio. GEE Revelação. 30 a Jó 26:7–14;
22 a Mt. 18:6; b D&C 8:2–3. Salm. 104:5–9;
D&C 54:5. c GEE Dom do At. 17:26.
23 a Mt. 12:34. Espírito Santo.
24 a GEE Onisciente. 28 a D&C 42:61; 76:7–8;
Doutrina e Convênios 121:31–39 276
os mares, ou para a terra seca, ou fixo nas coisas deste mundo ea 

para o sol, lua, ou estrelas — aspiram tanto às b honras dos ho-


31 Todos os tempos de suas re- mens, que eles não aprendem esta
voluções, todos os dias, meses e lição:
anos designados; e todos os dias 36 Que os a direitos do sacerdó-
de seus dias, meses e anos; e to- cio são inseparavelmente ligados
das as suas glórias, leis e tempos com os b poderes do céu e que os
determinados serão revelados nos poderes do céu não podem ser
dias da a dispensação da plenitude controlados nem exercidos a não
dos tempos — ser de acordo com os princípios
32 De acordo com o que foi de- da c retidão.
terminado, no meio do a Conselho 37 Que eles nos podem ser confe-
do Eterno b Deus de todos os ou- ridos, é verdade; mas quando nos
tros deuses, antes que este mundo propomos a a encobrir nossos b pe-
existisse, que seria reservado para cados ou satisfazer nosso c orgulho,
seu cumprimento e fim, quando nossa vã ambição ou exercer con-
todo homem entrar em sua c pre- trole ou domínio ou coação sobre
sença eterna e em seu d descanso a alma dos filhos dos homens, em
imortal. qualquer grau de iniquidade, eis
33 Até quando podem águas cor- que os céus se d afastam; o Espírito
rentes permanecer impuras? Que do Senhor se magoa e, quando se
poder deterá os céus? Seria tão afasta, amém para o sacerdócio ou
inútil o homem estender seu braço a autoridade desse homem.
débil para deter o rio Missouri em 38 Eis que, antes de o perceber,
seu curso ou fazê-lo ir correnteza é abandonado a si mesmo, para
acima, como o seria impedir que a 
recalcitrar contra os aguilhões,
o Todo-Poderoso derramasse a co- b 
perseguir os santos e lutar con-
nhecimento do céu sobre a cabeça tra Deus.
dos santos dos últimos dias. 39 Aprendemos, por tristes ex-
34 Eis que muitos são a chama- periências, que é a a natureza e ín-
dos, mas poucos são b escolhidos. dole de quase todos os homens,
E por que não são escolhidos? tão logo suponham ter adquirido
35 Porque seu coração está tão um pouco de autoridade, começar
31 a GEE Dispensação. 34 a Mt. 20:16; 22:1–14; 36 a GEE Autoridade;
32 a GEE Conselho nos D&C 95:5–6. Sacerdócio.
Céus. GEE Chamado, b GEE Poder.
b Deut. 10:17. Chamado por Deus, c GEE Retidão.
c GEE Homem, Chamar. 37 a Prov. 28:13.
Homens — Seu b GEE Escolher, b GEE Pecado.
potencial de se tornar Escolhido (verbo); c GEE Orgulho.
como o Pai Celestial. Escolhido (adjetivo ou d D&C 1:33.
d GEE Descansar, substantivo). 38 a At. 9:5.
Descanso. 35 a GEE Mundanismo. b GEE Perseguição,
33 a D&C 128:19. b Mt. 6:2; Perseguir.
GEE Conhecimento. 2 Né. 26:29. 39 a GEE Homem Natural.
277 Doutrina e Convênios 121:40–122:3
a exercer imediatamente domínio 44 Para que ele saiba que tua fi-
injusto. delidade é mais forte que os laços
40 Portanto, muitos são chama- da morte.
dos, mas poucos são escolhidos. 45 Que tuas entranhas também
41 Nenhum poder ou influência sejam cheias de caridade para com
pode ou deve ser mantido em vir- todos os homens e para com a fa-
tude do sacerdócio, a não ser com mília da fé; e que a a virtude ador-
a 
persuasão, com b longanimidade, ne teus b pensamentos incessan-
com brandura e mansidão e com temente; então tua confiança se
amor não fingido; fortalecerá na presença de Deus;
42 Com bondade e conhecimento e a doutrina do sacerdócio des-
puro, que grandemente expandi- tilar-se-á sobre tua alma como o
rão a alma, sem a hipocrisia e sem c 
orvalho do céu.
b 
dolo — 46 O a Espírito Santo será teu
43  a Reprovando prontamen- companheiro constante, e teu ce-
te com firmeza, quando movido tro, um cetro imutável de retidão
pelo Espírito Santo; e depois, mos- e verdade; e teu b domínio será um
trando então um b amor maior por domínio eterno e, sem ser compe-
aquele que repreendeste, para que lido, fluirá para ti eternamente.
ele não te julgue seu inimigo;

SEÇÃO 122
A palavra do Senhor a Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na
cadeia de Liberty, Missouri. Esta seção é um extrato de uma epístola à
Igreja, datada de 20 de março de 1839 (ver o cabeçalho da seção 121).
1–4, Os confins da Terra indagarão zombarão de ti e o inferno se en-
a respeito do nome de Joseph Smith; furecerá contra ti;
5–7, Todos os seus riscos e dores lhe 2 Enquanto os puros de coração
servirão de experiência e serão para e os prudentes e os nobres e os
o seu bem; 8–9, O Filho do Homem virtuosos procurarão a conselho
desceu abaixo de todos eles. e autoridade e bênçãos sob tuas
mãos constantemente.
Os confins da Terra indagarão 3 E teu povo nunca se voltará con-
a respeito de teu a nome e tolos tra ti pelo testemunho de traidores.
41 a 1 Ped. 5:1–3. b GEE Amor; 46 a GEE Espírito Santo.
b 2 Cor. 6:4–6. Caridade. b Dan. 7:13–14.
42 a Tg. 3:17. 45 a GEE Virtude. 122 1 a JS—H 1:33.
b GEE Dolo. b GEE Pensamentos. 2 a GEE Aconselhar,
43 a GEE Castigar, Castigo, c Deut. 32:1–2; Conselho.
Corrigir, Repreender. D&C 128:19.
Doutrina e Convênios 122:4–9 278
4 E embora a influência deles te teus inimigos te rondarem como
lance em dificuldades, e em grades a 
lobos procurando o sangue do
e paredes, considerar-te-ão com cordeiro;
honra; e a dentro em pouco, a tua 7 E se fores lançado na cova ou
voz será mais terrível no meio de nas mãos de assassinos, e rece-
teus inimigos do que o b leão feroz, beres sentença de morte; se fores
por causa da tua retidão; e o teu lançado no a abismo; se vagas enca-
Deus estará ao teu lado para todo peladas conspirarem contra ti; se
o sempre. ventos furiosos se tornarem o teu
5 Se te for requerido sofrer tribu- inimigo; se os céus se cobrirem de
lações; se te encontrares em perigo escuridão, e todos os elementos se
entre os falsos irmãos; se te encon- unirem para obstruir o caminho;
trares em perigo entre salteadores; e acima de tudo, se as próprias
se te encontrares em perigo na ter- mandíbulas do b inferno escanca-
ra ou no mar; rarem a boca para tragar-te, sabe,
6 Se fores acusado de toda sorte meu filho, que todas essas coisas
de falsidades; se os teus inimigos te servirão de c experiência, e serão
caírem sobre ti; se eles te arranca- para o teu bem.
rem do convívio de teu pai e mãe 8 O a Filho do Homem b desceu
e irmãos e irmãs; e se com uma abaixo de todas elas. És tu maior
espada desembainhada os teus do que ele?
inimigos te arrancarem do seio 9 Portanto, persevera em teu ca-
de tua esposa e de tua prole; e teu minho e o sacerdócio a permanece-
filho mais velho, embora com ape- rá contigo; pois os b limites deles
nas seis anos de idade, agarrar-se estão determinados e não podem
às tuas vestes e disser: Meu pai, ultrapassá-los. Teus c dias são co-
meu pai, por que não podes ficar nhecidos e teus anos não serão
conosco? Ó meu pai, o que os ho- diminuídos; portanto, d não temas
mens vão fazer contigo? e se então o que o homem possa fazer, pois
ele for arrancado de ti pela espada, Deus estará contigo para todo o
e fores arrastado para a prisão, e sempre.

SEÇÃO 123
Deveres dos santos com relação aos seus perseguidores, como regis-
trado por Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na cadeia de
4 a D&C 121:7–8. Heb. 12:10–11; c D&C 121:25.
b 3 Né. 20:16–21; 21:12. 2 Né. 2:11. d Ne. 4:14;
6 a Lc. 10:3. 8 a GEE Filho do Homem. Salm. 56:4; 118:6;
7 a Jon. 2:3–6. b Heb. 2:9, 17–18; Prov. 3:5–6;
b 2 Sam. 22:5–7; D&C 76:107; 88:6. Isa. 51:7; Lc. 12:4–5;
JS—H 1:15–16. 9 a D&C 90:3. 2 Né. 8:7;
c 2 Cor. 4:17; b At. 17:26. D&C 3:7; 98:14.
279 Doutrina e Convênios 123:1–8
Liberty, Missouri. Esta seção é um extrato de uma epístola à Igreja,
datada de 20 de março de 1839 (ver o cabeçalho da seção 121).
1–6, Os santos devem compilar e pub- assassinas que têm sido praticadas
licar um relato de seus sofrimentos e contra este povo —
perseguições; 7–10, O mesmo espírito 6 Para que não somente as pu-
que estabeleceu as falsas crenças tam- bliquemos para todo o mundo,
bém leva à perseguição dos santos; mas apresentemo-las aos chefes
11–17, Muitas pessoas, dentre todas do governo em todo seu aspecto
as seitas, ainda receberão a verdade. tenebroso e infernal, como a últi-
ma tentativa requerida de nós por
E também sugeriríamos, para vos- nosso Pai Celestial a fim de poder-
sa consideração, a conveniência mos reivindicar, plena e totalmen-
de todos os santos compilarem te, a promessa que o chamará de
o que souberem a respeito de to- seu a esconderijo; e também para
dos os fatos e sofrimentos e maus que não se deixe à nação qualquer
tratos a eles infligidos pelo povo desculpa antes de ele enviar o po-
deste Estado; der de seu braço forte.
2 E também de todos os bens e 7 É uma obrigação imperiosa
do montante dos prejuízos sofri- que temos para com Deus e para
dos, tanto em relação ao caráter com os anjos, com quem seremos
e a danos pessoais, como a bens levados a estar; e também com
materiais; relação a nós mesmos, a nossas
3 E também os nomes de todas mulheres e filhos, que foram obri-
as pessoas que tomaram parte em gados a se curvar por causa de an-
sua opressão, até onde se possa gústias, tristezas e preocupações,
consegui-los e descobri-los. sob a mais execrável mão do as-
4 E talvez possa ser designado sassinato, da tirania e da opressão,
um comitê para descobrir essas apoiada, instigada e sustentada
coisas e ouvir declarações e de- pela influência desse espírito que
poimentos; e também para reunir tão fortemente fixou as crenças
as publicações difamatórias em dos pais, que herdaram mentiras,
circulação; no coração dos filhos; e encheu
5 E tudo o que for publicado em o mundo de confusão e está-se
revistas e em enciclopédias; e to- tornando cada vez mais forte e é
das as histórias difamatórias pu- agora a própria essência de toda
blicadas e as que estão sendo es- corrupção; e toda a a Terra geme
critas e por quem; e para mostrar sob o peso de sua iniquidade.
toda a sucessão de velhacarias 8 É um a jugo de ferro, é um laço
diabólicas e imposições nefandas e forte; são as próprias algemas e
123 6 a D&C 101:89; 121:1, 4. 7 a Mois. 7:48–49. 8 a GEE Jugo.
Doutrina e Convênios 123:9–17 280
correntes e cadeias e grilhões do da verdade por não saber onde
b 

inferno. encontrá-la —
9 Portanto, é uma obrigação im- 13 Portanto, devemos consumir
periosa que temos, não só para e esgotar nossa vida para trazer
com nossas próprias mulheres e à luz todas as a coisas ocultas das
filhos, mas para com as viúvas trevas, até onde as conheçamos; e
e os órfãos, cujos maridos e pais elas são verdadeiramente manifes-
foram a assassinados sob sua mão tadas do céu —
de ferro; 14 Dessas devemos, portanto,
10 Atos esses, tenebrosos e di- cuidar com grande diligência.
famadores, suficientes para fazer 15 Que nenhum homem as consi-
com que o próprio inferno estre- dere coisas pequenas; porque mui-
meça, aterrorizado e pálido; e com to há no futuro, com relação aos
que tremam e fiquem paralisadas santos, que depende dessas coisas.
as mãos do próprio diabo. 16 Sabeis, irmãos, que um navio
11 E é também uma obrigação muito grande é a beneficiado sobre-
imperiosa que temos para com maneira por um pequeno leme,
toda a geração que está surgin- durante uma tempestade, sendo
do e para com todos os puros de mantido na direção do vento e
coração — das ondas.
12 Pois ainda existe muita gen- 17 Portanto, amados irmãos, fa-
te na Terra, em todas as seitas, çamos a alegremente todas as coisas
partidos e denominações, que é que estiverem a nosso alcance; e
a 
cegada pela astúcia sutil dos ho- depois aguardemos, com extrema
mens que ficam à espreita para segurança, para ver a b salvação de
enganar, e que só está afastada Deus e a revelação de seu braço.

SEÇÃO 124
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Illinois, em
19 de janeiro de 1841. Devido às crescentes perseguições e aos atos
ilícitos praticados contra eles por oficiais públicos, os santos foram
obrigados a deixar o Missouri. A ordem de extermínio expedida por
Lilburn W. Boggs, governador do Missouri, datada de 27 de outubro
de 1838, não lhes deixara outra alternativa. Em 1841, quando esta
revelação foi dada, os santos haviam construído a cidade de Nauvoo,
que ocupava a área do antigo povoado de Commerce, Illinois, e ali
fora estabelecida a sede da Igreja.
9 a D&C 98:13; 124:54. b 1 Né. 8:21–23. D&C 64:33.
12 a Col. 2:8; 13 a 1 Cor. 4:5. 17 a D&C 59:15.
D&C 76:75. 16 a Tg. 3:4; Al. 37:6–7; b Êx. 14:13.
281 Doutrina e Convênios 124:1–8
1–14, É ordenado que Joseph Smith digo-te que és agora chamado
faça uma proclamação solene do evan- para fazer imediatamente uma
gelho ao presidente do Estados Unidos, proclamação solene de meu evan-
aos governadores e aos governantes de gelho e desta a estaca que estabe-
todas as nações; 15–21, Hyrum Smith, leci para ser uma pedra angular
David W. Patten, Joseph Smith Sênior de Sião, a qual será polida com
e outros, dentre os vivos e os mortos, um refinamento semelhante ao
são abençoados por sua integridade e de um palácio.
virtudes; 22–28, É ordenado que os 3 Esta proclamação será feita a
santos construam uma casa para rece- todos os a reis do mundo, aos qua-
ber os viajantes, bem como um templo tro cantos da Terra, ao ilustre pre-
em Nauvoo; 29–36, Os batismos pelos sidente eleito e aos nobres gover-
mortos devem ser realizados nos tem- nadores da nação em que vives e
plos; 37–44, O povo do Senhor sempre a todas as nações espalhadas pela
constrói templos para a realização das face da Terra.
santas ordenanças; 45–55, Os santos 4 Que seja escrita com espírito de
são dispensados de construir o tem- a 
mansidão e pelo poder do Espíri-
plo no Condado de Jackson por causa to Santo que estará em ti quando
da opressão de seus inimigos; 56–83, a escreveres;
São dadas instruções para a cons- 5 Pois pelo Espírito Santo ser-te-á
trução da Casa de Nauvoo; 84–96, dado conhecer a minha vontade
Hyrum Smith é chamado para ser o com relação a esses reis e auto-
patriarca, receber as chaves e ocupar ridades, até mesmo o que lhes
o lugar de Oliver Cowdery; 97–122, sobrevirá em uma época futura.
William Law e outros são aconselha- 6 Pois eis que estou prestes a
dos em seus trabalhos; 123–145, São conclamá-los para darem ouvidos
nomeados oficiais gerais e locais; e são à luz e à glória de Sião, porque
estabelecidos sua filiação e seus deveres chegado é o tempo determinado
nos quóruns. para favorecê-la.
7 Conclama-os, portanto, com
Em verdade, assim te diz o Se- uma proclamação vigorosa e com
nhor, meu servo Joseph Smith: teu testemunho, sem os temer,
Estou satisfeito com tua oferta e porque eles são como a a erva e
teus reconhecimentos; pois para toda sua glória como a flor da erva
esse fim te levantei, para mostrar que logo cai, para que não se lhes
minha sabedoria por meio das deixe também qualquer descul-
a 
coisas fracas da Terra. pa —
2 Tuas orações são aceitáveis pe- 8 E para que eu os visite no dia
rante mim; e, em resposta a elas, da visitação, quando eu tirar o véu
124 1 a 1 Cor. 1:26–28; Mt. 10:18; 7 a Salm. 103:15–16;
D&C 1:19; 35:13. D&C 1:23. Isa. 40:6–8;
2 a GEE Estaca. 4 a GEE Mansidão, Man- 1 Ped. 1:24–25.
3 a Salm. 119:46; so, Mansuetude.
Doutrina e Convênios 124:9–19 282
que me cobre a face, para designar digo: Bem-aventurado é meu servo
a porção do opressor entre os hi- a 
Hyrum Smith; pois eu, o Senhor,
pócritas, onde há a ranger de den- amo-o pela b integridade do seu
tes, caso rejeitem meus servos e coração e porque ele ama o que é
meu testemunho que lhes revelei. correto a meus olhos, diz o Senhor.
9 E também os visitarei e abran- 16  Também que meu servo
darei o coração de muitos deles John C. Bennett te auxilie em teu
para o vosso bem, para que en- trabalho de enviar minha pala-
contreis graça aos olhos deles, para vra aos reis e povos da Terra; e
que venham à a luz da verdade e os permaneça a teu lado, meu servo
gentios, à exaltação ou, em outras Joseph Smith, na hora da aflição;
palavras, ao enaltecimento de Sião. e sua recompensa não falhará, se
10 Pois o dia de minha visitação ele receber a conselho.
depressa vem, numa a hora que 17 E por seu amor ele será gran-
não imaginais; e onde estará a se- de, pois será meu se isso fizer, diz
gurança de meu povo e o refúgio o Senhor. Vi a obra que ele fez, a
para os que dele restarem? qual aceito se ele continuar; e co-
11 Despertai, ó reis da Terra! Vin- roá-lo-ei com bênçãos e grande
de, ó vinde com vosso ouro e vos- glória.
sa prata, em auxílio de meu povo, 18 E também te digo que é a mi-
à casa das filhas de Sião. nha vontade que meu servo Ly-
12 E também, em verdade eu te man Wight continue pregando
digo: Que meu servo Robert B. em favor de Sião, com espírito de
Thompson te ajude a escrever essa mansidão, confessando-me peran-
proclamação, pois estou satisfeito te o mundo; e sustentá-lo-ei como
com ele e que esteja contigo; sobre a asas de águias; e ele obte-
13 Que ele, portanto, atenda a teu rá glória e honra para si e para o
conselho e abençoá-lo-ei com uma meu nome.
multiplicidade de bênçãos; que 19 Para que, quando terminar
seja fiel e verdadeiro em todas as sua obra, eu o receba para mim,
coisas a partir de agora; e ele será como recebi meu servo a David
grande aos meus olhos; Patten, que está comigo neste mo-
14 Que se lembre, porém, de que mento, e também meu servo b Ed-
de suas mãos requererei sua a mor- ward Partridge e também meu ser-
domia. vo idoso c Joseph Smith Sênior, que
15 E também, em verdade eu te se assenta à direita d de Abraão;
8 a Mt. 8:12; 14 a GEE Mordomia, Isa. 40:31.
Al. 40:13; Mordomo. 19 a D&C 124:130.
D&C 101:91; 112:24. 15 a GEE Smith, Hyrum. GEE Patten, David W.
9 a Isa. 60:1–4. b GEE Integridade. b GEE Partridge, Edward.
GEE Luz, Luz de Cristo. 16 a GEE Aconselhar, c GEE Smith, Joseph,
10 a Mt. 24:44; Conselho. Sênior.
JS—M 1:48. 18 a Êx. 19:4; d D&C 137:5.
283 Doutrina e Convênios 124:20–30
e bem-aventurado e santo é ele, 24 Esta casa será uma habitação
porque é meu. saudável se for construída ao meu
20 E também, em verdade eu te nome e se o dirigente que para ela
digo: Em meu servo George Mil- for designado não permitir que
ler não há a dolo — pode-se confiar seja profanada. Será santa; caso
nele por causa da integridade de contrário, o Senhor teu Deus nela
seu coração; e pelo amor que ele não habitará.
tem ao meu testemunho, eu, o Se- 25 E também, em verdade vos
nhor, amo-o. digo: Que todos os meus santos
21 Portanto, digo-te: Selo sobre venham de longe.
sua cabeça o ofício de um a bispa- 26 E enviai mensageiros rápidos,
do, como com meu servo Edward sim, mensageiros escolhidos, e di-
Partridge, para que receba as con- zei-lhes: Vinde com todo o vosso
sagrações de minha casa, para que ouro e vossa prata e vossas pedras
confira bênçãos aos pobres que preciosas e com todas as vossas
existem entre meu povo, diz o antiguidades; e todos os que ti-
Senhor. Que nenhum homem des- verem conhecimento de antigui-
preze meu servo George, porque dades e estiverem dispostos a vir,
ele me honrará. que venham e tragam o álamo e a
22 Que meu servo George e meu faia e o pinheiro, junto com todas
servo Lyman e meu servo John as árvores preciosas da Terra;
Snider e outros edifiquem uma 27 E com ferro, com cobre e com
a 
casa a meu nome, uma casa como latão; e com zinco e com todas as
meu servo Joseph irá lhes mos- vossas coisas preciosas da Terra; e
trar, no local que ele também lhes construí uma a casa ao meu nome,
mostrar. para que nela b habite o Altíssimo.
23 E será uma casa de hospeda- 28 Porque não há na Terra um
gem, uma casa onde os viajantes lugar a que ele possa vir e a res-
possam vir de longe para se hos- taurar aquilo que perdestes, ou
pedar; portanto, que seja uma boa seja, aquilo que ele tirou, sim, a
casa, digna de toda aceitação, para plenitude do sacerdócio.
que o a viajante cansado encontre 29 Porque não existe na Terra
saúde e segurança enquanto re- uma a fonte batismal onde eles, os
flete sobre a palavra do Senhor e meus santos, possam ser b batiza-
sobre a b pedra angular que desig- dos pelos que estão mortos —
nei para Sião. 30 Pois essa ordenança pertence
20 a GEE Dolo. 27 a D&C 109:5. 29 a D&C 128:13.
21 a D&C 41:9. GEE Templo, A Casa do b 1 Cor. 15:29;
GEE Bispo. Senhor. D&C 127:6; 138:33.
22 a D&C 124:56–60. b Êx. 25:8; GEE Batismo, Batizar —
23 a Deut. 31:12; D&C 97:15–17. Batismo pelos mortos;
Mt. 25:35, 38. 28 a GEE Restauração do Salvação para os
b D&C 124:2. Evangelho. Mortos.
Doutrina e Convênios 124:31–39 284
à minha casa, e não me pode ser 36 Porque se decretou que em
aceitável, a não ser em dias de Sião e em suas estacas e em Jeru-
penúria, quando não puderdes salém, lugares esses que designei
construir-me uma casa. como a refúgio, estarão os lugares
31 Ordeno-vos, porém, a todos para os vossos batismos pelos vos-
vós, meus santos, a construirdes- sos mortos.
me uma casa; e concedo-vos um 37 E também, em verdade vos
tempo suficiente para me cons- digo: Como me serão aceitáveis
truirdes uma casa; e, durante esse vossas a abluções, se não as fizer-
tempo, vossos batismos ser-me-ão des em uma casa construída ao
aceitáveis. meu nome?
32 Mas eis que, findo esse prazo, 38 Pois, por essa razão, mandei
os vossos batismos pelos vossos Moisés construir um a tabernáculo
mortos não me serão aceitáveis; que deveriam carregar consigo
e se não fizerdes essas coisas, até pelo deserto; e construir uma b casa
o final do prazo, sereis rejeitados na terra da promissão para que
como igreja com vossos mortos, se revelassem as ordenanças que
diz o Senhor vosso Deus. estiveram ocultas desde antes da
33 Pois em verdade vos digo que, fundação do mundo.
depois de terdes tido tempo sufi- 39  Portanto, em verdade vos
ciente para construir-me uma casa, digo, que vossas a unções e vossas
onde deverá ser feita a ordenança abluções; e vossos b batismos pe-
do batismo pelos mortos e para os los mortos; e vossas c assembleias
quais a mesma foi instituída des- solenes e memoriais dos vossos
de antes da fundação do mundo, d 
sacrifícios feitos pelos filhos de
os vossos batismos pelos vossos Levi por vós; e os vossos oráculos
mortos não poderão ser aceitos nos e lugares santíssimos, onde re-
por mim; cebeis conhecimento; e os vossos
34 Pois nela são conferidas as estatutos e juízos, para o início das
a 
chaves do santo sacerdócio, para revelações e do alicerce de Sião, e
que recebais honra e glória. para a glória, honra, e investidu-
35 E desse tempo em diante, vos- ra de todos os seus munícipes são
sos batismos pelos mortos rea- prescritos pela ordenança de mi-
lizados pelos que se encontram nha casa santa, a qual meu povo
espalhados em outras partes não sempre recebe ordem de construir
me serão aceitáveis, diz o Senhor. a meu santo nome.
31 a D&C 97:10. 38 a Êx. 25:1–9; 33:7. Ordenança vicária.
34 a D&C 110:14–16. GEE Tabernáculo. c D&C 88:117.
GEE Chaves do b GEE Templo, A Casa do d D&C 13; 84:31; 128:24;
Sacerdócio. Senhor. JS—H 1:69.
36 a Isa. 4:5–6. 39 a Êx. 29:7. e Eze. 41:4;
37 a GEE Lavado, GEE Unção, Ungir. D&C 45:32; 87:8;
Lavamento, Lavar. b GEE Ordenanças — 101:22.
285 Doutrina e Convênios 124:40–51
40 E em verdade vos digo: Que fizerdes as coisas que eu disser,
essa casa seja construída ao meu não observarei o a juramento que
nome, a fim de que nela eu revele vos faço nem cumprirei as pro-
minhas ordenanças a meu povo; messas que esperais de minhas
41 Pois digno-me a revelar à mi- mãos, diz o Senhor.
nha igreja coisas que têm sido 48 Pois a em vez de bênçãos, vós,
mantidas b ocultas desde antes da com vossas obras, trazeis maldi-
fundação do mundo, coisas perti- ções, ira, indignação e julgamentos
nentes à dispensação da c plenitude sobre a própria cabeça, com vossa
dos tempos. insensatez e com as abominações
42 E a eu mostrarei a meu servo que cometeis perante mim, diz o
Joseph todas as coisas relativas a Senhor.
essa casa e a seu sacerdócio, as- 49 Em verdade, em verdade vos
sim como o lugar onde será cons- digo que quando eu dou um man-
truída. damento a qualquer dos filhos
43 E construí-la-eis no lugar em dos homens de fazer um trabalho
que planejastes, porque esse é o ao meu nome e esses filhos dos
local que escolhi para sua cons- homens usam toda a sua força e
trução. tudo o que têm para realizar esse
44 Se trabalhardes com toda a trabalho e não deixam de ser a di-
vossa força, consagrarei esse local ligentes; e são atacados por seus
para que se torne a santo. inimigos e impedidos de realizar
45 E se meu povo der ouvidos à esse trabalho, eis que me convém
minha voz, e à voz de meus a ser- já não b requerer das mãos desses
vos que designei para guiar meu filhos dos homens o trabalho, mas
povo, eis que, em verdade vos aceitar suas ofertas.
digo, não serão removidos do seu 50 E a iniquidade e a transgres-
lugar. são das minhas santas leis e man-
46 Mas se não derem ouvidos damentos farei a recair sobre a ca-
à minha voz, nem à voz desses beça daqueles que impediram o
homens que designei, não serão meu trabalho, até a terceira e quar-
abençoados, porque profanam o ta b geração, enquanto c não se ar-
meu solo santo, e as minhas santas rependerem e me odiarem, diz o
ordenanças, e os estatutos, e as mi- Senhor Deus.
nhas santas palavras que lhes dou. 51 Portanto, por essa razão acei-
47 E acontecerá que, se construir- tei as ofertas daqueles a quem or-
des uma casa ao meu nome e não denei construir uma cidade e uma
41 a RF 1:9. 45 a D&C 1:38. 50 a Mos. 12:1.
b D&C 121:26–32. GEE Profeta. b Deut. 5:9;
c Ef. 1:9–10; 47 a GEE Juramento. D&C 98:46–47.
D&C 27:13; 112:30. 48 a Deut. 28:15. c GEE Arrepender-se,
42 a D&C 95:14–17. 49 a GEE Diligência. Arrependimento.
44 a GEE Santo (adjetivo). b D&C 56:4; 137:9. 51 a D&C 115:11.
Doutrina e Convênios 124:52–63 286
casa ao meu nome, no Condado
a  b 
Joseph e a sua casa tenham lugar
de Jackson, Missouri, no que fo- nela, de geração em geração.
ram impedidos por seus inimigos, 57 Pois fiz essa unção sobre sua
diz o Senhor vosso Deus. cabeça a fim de que a bênção dele
52 E farei sobrevirem a julgamen- também esteja sobre a cabeça de
tos, ira e indignação, pranto e an- sua posteridade depois dele.
gústia e ranger de dentes sobre a 58 E como eu disse a a Abraão,
cabeça deles até a terceira e quarta concernente às famílias da Terra,
geração, enquanto me odiarem e assim também digo a meu servo
não se arrependerem, diz o Senhor Joseph: Em ti e em tua b semente
vosso Deus. as famílias da Terra serão aben-
53 E isso dou-vos como exemplo, çoadas.
para vossa consolação com res- 59 Portanto, que meu servo Jo-
peito a todos os que foram man- seph e sua semente depois dele te-
dados fazer um trabalho e foram nham lugar nessa casa, de geração
impedidos pelas mãos de inimi- em geração, para todo o sempre,
gos e por opressão, diz o Senhor diz o Senhor.
vosso Deus. 60 E que o nome dessa casa seja
54 Pois eu sou o Senhor vosso Casa de Nauvoo; e que seja uma
Deus e salvarei todos os vossos habitação agradável para o ho-
irmãos, que eram a puros de cora- mem e um lugar de descanso para
ção e foram b mortos na terra de o viajante fatigado, para que ele
Missouri, diz o Senhor. contemple a glória de Sião e a gló-
55 E também, em verdade vos ria desta que é sua pedra angular;
digo: Torno a ordenar-vos que 61 Para que receba também con-
construais uma a casa ao meu selho daqueles que coloquei como
nome, sim, neste lugar, para que a 
plantas de renome e como b senti-
me b proveis serdes fiéis em todas nelas sobre seus muros.
as coisas que eu vos mandar, para 62 Eis que em verdade vos digo:
que eu vos abençoe e vos coroe de Que meu servo George Miller e
honra, imortalidade e vida eterna. meu servo Lyman Wight e meu
56 E agora vos digo, concernente servo John Snider e meu servo
à minha a hospedaria que vos or- Peter Haws se organizem e esco-
denei construir para alojamento lham um deles para presidente de
de viajantes: Que seja construída seu quórum, com o propósito de
ao meu nome e seja chamada pelo construir essa casa.
meu nome; e que o meu servo 63  E deverão formular um
51 b GEE Condado de 55 a D&C 127:4. b D&C 110:12.
Jackson, Missouri b Abr. 3:25. GEE Convênio
(EUA). 56 a D&C 124:22–24. Abraâmico.
52 a D&C 121:11–23. 58 a Gên. 12:3; 22:18; 61 a Isa. 61:3; Eze. 34:29.
54 a GEE Pureza, Puro. Abr. 2:11. b GEE Atalaia, Sentinela,
b D&C 98:13; 103:27–28. GEE Abraão. Vigiar.
287 Doutrina e Convênios 124:64–75
estatuto que lhes permita ven- Peter Haws receberem qualquer
der ações para a construção des- capital, em dinheiro ou em pro-
sa casa. priedades equivalentes ao valor
64 E não deverão receber me- real do dinheiro, não deverão des-
nos de cinquenta dólares por ação tinar qualquer parte desse capital
dessa casa; e ser-lhes-á permiti- a outro fim, a não ser o dessa casa.
do aceitar até quinze mil dólares 71 E se destinarem qualquer par-
de uma mesma pessoa por ações te desse dinheiro a outro fim, que
dessa casa. não essa casa, sem o consentimen-
65 Mas não lhes será permitido to do acionista, e não pagarem
receber, de uma mesma pessoa, quatro vezes o valor do capital
mais de quinze mil dólares de ca- que destinarem a outro uso, serão
pital. amaldiçoados e removidos de seu
66 E não lhes será permitido acei- lugar, diz o Senhor Deus; porque
tar, de uma mesma pessoa, menos eu, o Senhor, sou Deus e não serei
de cinquenta dólares por uma ação a 
escarnecido em qualquer dessas
dessa casa. coisas.
67 E não lhes será permitido re- 72 Em verdade vos digo: Que
ceber um homem como acionista meu servo Joseph compre ações
dessa casa, a não ser que ele pa- de suas mãos para a construção
gue suas ações no momento em dessa casa, como lhe parecer bem;
que as receber; mas meu servo Joseph não pode
68 E receberá ações dessa casa comprar mais de quinze mil dóla-
em proporção à quantia que en- res em ações dessa casa, nem me-
tregar em suas mãos; mas, se nada nos de cinquenta dólares; nem o
lhes pagar, não receberá ação al- pode qualquer outro homem, diz
guma dessa casa. o Senhor.
69 E se alguém lhes entregar di- 73 E também há outros que de-
nheiro, será para compra de ações sejam conhecer a minha vontade
dessa casa, para si e sua posteri- a respeito deles, pois pediram-me.
dade depois dele, de geração em 74 Portanto, eu vos digo, em rela-
geração, enquanto ele e seus her- ção a meu servo Vinson Knight: Se
deiros retiverem essas ações e não ele quiser fazer a minha vontade,
as venderem nem transferirem por que adquira ações dessa casa para
sua livre vontade e ação, se dese- si e sua posteridade depois dele,
jais fazer a minha vontade, diz o de geração em geração.
Senhor vosso Deus. 75 E que erga a voz, longa e
70 E também em verdade vos estrondosamente, no meio do
digo: Se meu servo George Miller povo, a rogando pelos pobres e
e meu servo Lyman Wight e meu necessitados; e que não fraqueje
servo John Snider e meu servo nem se lhe desfaleça o coração;
71 a Gál. 6:7. 75 a Prov. 31:9.
Doutrina e Convênios 124:76–88 288
e aceitarei suas ofertas, pois não
b 
si e sua semente depois dele, de
serão para mim como as ofertas geração em geração.
de Caim; pois ele será meu, diz 82 Que meu servo William Law
o Senhor. invista capital nessa casa, para si
76 Que sua família se regozije e e a sua semente depois dele, de
que o coração deles se afaste da geração em geração.
aflição, pois eu o escolhi e ungi 83 Se ele desejar fazer a minha
e ele será honrado no meio de vontade, que não leve a sua fa-
sua casa, pois perdoarei todos mília às terras do leste, sim, a
os seus pecados, diz o Senhor. Kirtland; contudo, eu, o Senhor,
Amém. edificarei Kirtland, mas eu, o Se-
77 Em verdade vos digo: Que nhor, tenho um flagelo preparado
meu servo Hyrum invista capital para os seus habitantes.
nessa casa como lhe parecer bem, 84 E quanto a meu servo Almon
para si e sua posteridade depois Babbit: Há muitas coisas que não
dele, de geração em geração. me agradam; eis que ele aspira a
78 Que meu servo Isaac Galland estabelecer seu próprio conselho,
invista capital nessa casa; pois eu, em vez do conselho que decretei,
o Senhor, amo-o pelo serviço que sim, o da Presidência de minha
tem prestado e perdoarei todos os Igreja; e estabelece um a bezerro
seus pecados; portanto, que seus de ouro para meu povo adorar.
direitos nessa casa sejam lembra- 85 Que não se a vá deste lugar ho-
dos, de geração em geração. mem algum que aqui haja vindo
79 Que meu servo Isaac Galland na tentativa de obedecer a meus
seja designado entre vós e seja mandamentos.
ordenado e abençoado por meu 86 Se viverem aqui, que vivam
servo William Marks, a fim de ir em mim; e se morrerem, que mor-
com meu servo Hyrum realizar ram em mim; pois a descansarão
o trabalho que meu servo Joseph de todos os seus labores aqui e
lhes indicar; e serão grandemente continuarão suas obras.
abençoados. 87 Portanto, que meu servo Wil-
80  Que meu servo William liam deposite sua confiança em
Marks invista capital nessa casa, mim e não tema com respeito a
como lhe parecer bem, para si e sua família, por causa da enfer-
sua posteridade, de geração em midade que grassa na região. Se
geração. me a amais, guardai meus manda-
81  Que meu servo Henry  G. mentos; e a enfermidade da região
Sherwood invista capital nessa b 
redundará em glória para vós.
casa, como lhe parecer bem, para 88 Que meu servo William vá
75 b Gên. 4:4–5; 86 a Apoc. 14:13. 87 a Jo. 14:15.
Mois. 5:18–28. GEE Descansar, b D&C 121:8;
84 a Êx. 32:2–4. Descanso; 122:7.
85 a Lc. 9:62. Paraíso.
289 Doutrina e Convênios 124:89–97
proclamar meu evangelho eter- 93 Para que quem ele abençoar
no em alta voz e com grande ale- seja abençoado; e quem ele a amal-
gria, conforme inspirado por meu diçoar seja amaldiçoado; para
a 
Espírito, aos habitantes de War- que tudo que b ligar na Terra seja
saw e também aos habitantes de ligado nos céus e tudo que ele
Carthage e também aos habitan- desligar na Terra seja desligado
tes de Burlington e também aos nos céus.
habitantes de Madison; e espere, 94 E deste momento em diante,
paciente e diligentemente, mais designo-o profeta, a vidente e reve-
instruções em minha conferência lador da minha igreja, como meu
geral, diz o Senhor. servo Joseph;
89 Se ele desejar fazer a minha 95 Para que também proceda de
vontade, que daqui em diante acordo com meu servo Joseph e
atenda ao conselho de meu servo que receba conselho de meu ser-
Joseph, e com seus bens apoie a vo Joseph, o qual lhe mostrará as
a 
causa dos pobres, e publique b a a 
chaves pelas quais poderá pe-
nova tradução da minha santa pa- dir e receber e ser coroado com a
lavra para os habitantes da Terra. mesma bênção e glória e honra e
90 E se assim fizer, a abençoá-lo-ei sacerdócio e dons do sacerdócio,
com uma multiplicidade de bên- que antes foram colocados sobre a
çãos; e ele não será abandonado, cabeça daquele que era meu servo,
nem a sua semente será vista b su- b 
Oliver Cowdery;
plicando pão. 96 Que meu servo Hyrum testi-
91 E também, em verdade vos fique as coisas que eu lhe mostrar,
digo: Que meu servo William seja para que seu nome seja lembrado
designado, ordenado e ungido com honra, de geração em gera-
conselheiro de meu servo Joseph, ção, para todo o sempre.
em lugar de meu servo Hyrum, 97 Que meu servo William Law
para que meu servo Hyrum ocupe também receba as chaves pelas
o ofício de Sacerdócio e a Patriarca, quais poderá pedir e receber bên-
que por seu pai lhe foi designado çãos; que seja a humilde perante
por bênção e também por direito; mim e sem b dolo; e receberá meu
92 Que de agora em diante re- Espírito, sim, o c Consolador, que
tenha as chaves das a bênçãos pa- lhe manifestará a verdade de todas
triarcais sobre a cabeça de todo o as coisas e mostrar-lhe-á, na hora
meu povo, exata, o que deverá dizer.
88 a GEE Trindade — Deus, 91 a D&C 107:39–40. 94 a D&C 107:91–92.
o Espírito Santo. GEE Patriarca, GEE Vidente.
89 a D&C 78:3. Patriarcal. 95 a D&C 6:28.
b IE Tradução de Joseph 92 a GEE Bênçãos b GEE Cowdery, Oliver.
Smith da Bíblia. Patriarcais. 97 a GEE Humildade,
90 a GEE Abençoado, 93 a D&C 132:45–47. Humilde, Humilhar.
Abençoar, Bênção. b Mt. 16:19. b GEE Dolo.
b Salm. 37:25. GEE Selamento, Selar. c GEE Consolador.
Doutrina e Convênios 124:98–112 290
98 E estes sinais segui-lo-ão:
a 
curarei para que fique são; e ele
Curará os doentes, expulsará de-
b 
tornará a erguer a voz nas monta-
mônios e será protegido contra nhas e será um a porta-voz diante
os que desejam dar-lhe veneno de minha face.
mortífero; 105 Que venha e estabeleça sua
99 E será conduzido por veredas família perto da residência de meu
onde as a serpentes venenosas não servo Joseph.
lhe poderão ferir o calcanhar e ele- 106 E em todas as suas viagens,
var-se-á, na b imaginação de seus que erga a voz como com o som
pensamentos, como que sobre asas de uma trombeta e advirta os ha-
de águias. bitantes da Terra que fujam da ira
100 E se eu desejar que ele levan- que virá.
te os mortos, que ele não retenha 107 Que ele ajude meu servo Jo-
a sua voz. seph e que também meu servo
101 Portanto, que meu servo Wil- William Law ajude meu servo Jo-
liam clame em alta voz e não se seph a fazer uma a proclamação so-
detenha, com alegria e regozijo e lene aos reis da Terra, assim como
com hosanas àquele que se assenta vos disse antes.
no trono para todo o sempre, diz 108 Se meu servo Sidney desejar
o Senhor vosso Deus. fazer a minha vontade, que não
102 Eis que vos digo: Tenho uma leve a sua família para as a regiões
missão reservada para meu servo do leste, mas que mude de casa,
William e para meu servo Hyrum assim como eu disse.
e para eles somente; e que meu 109 Eis que não é a minha von-
servo Joseph permaneça em casa, tade que ele procure encontrar se-
porque precisam dele. O rema- gurança e refúgio fora da cidade
nescente mostrar-vos-ei depois. que vos indiquei, sim, a cidade de
Assim seja. Amém. a 
Nauvoo.
103 E também, em verdade vos 110 Em verdade vos digo: Mes-
digo: Se meu servo a Sidney desejar mo agora, se ele atender à minha
servir-me e ser conselheiro de meu voz, tudo lhe irá bem. Assim seja.
servo Joseph, que se levante e ve- Amém.
nha ocupar o cargo de seu chama- 111 E também, em verdade vos
do; e que se humilhe perante mim. digo: Que meu servo Amos Davies
104 E se me oferecer uma ofer- compre ações das mãos daqueles
ta aceitável e reconhecimentos e que designei para construir uma
permanecer com meu povo, eis hospedaria, sim, a Casa de Nauvoo.
que eu, o Senhor vosso Deus, o 112 Que faça isso se quiser ter
98 a Mc. 16:17–18. Isa. 40:31. 107 a D&C 124:2–4.
GEE Dons do Espírito. 103 a GEE Rigdon, Sidney. 108 a D&C 124:82–83.
b GEE Curar, Curas. 104 a Êx. 4:14–16; 109 a GEE Nauvoo, Illinois
99 a D&C 84:71–73. 2 Né. 3:17–18; (EUA).
b Êx. 19:4; D&C 100:9–11.
291 Doutrina e Convênios 124:113–124
participação; e que dê ouvidos aos 119 E também, em verdade vos
conselhos de meu servo Joseph e digo: Que nenhum homem compre
trabalhe com suas próprias mãos ações do quórum da Casa de Nau-
a fim de conquistar a confiança voo, a menos que creia no Livro
dos homens. de Mórmon e nas revelações que
113 E quando tiver dado provas vos dei, diz o Senhor vosso Deus;
de fidelidade em todas as coisas 120 Porque o que é a mais ou me-
que lhe forem confiadas, sim, mes- nos do que isso provém do mal e
mo que sejam poucas, será feito será acompanhado de maldições
a 
governante sobre muitas; e não de bênçãos, diz o Senhor
114 Portanto, que se a humilhe vosso Deus. Assim seja. Amém.
para ser exaltado. Assim seja. 121 E também, em verdade vos
Amém. digo: Que o quórum da Casa de
115 E também, em verdade vos Nauvoo receba um salário justo
digo: Se o meu servo Robert D. por todos os serviços que pres-
Foster deseja obedecer à minha tarem na construção da Casa de
voz, que construa uma casa para o Nauvoo; e que seu salário seja de-
meu servo Joseph, de acordo com cidido entre eles quanto ao valor.
o contrato que fez com ele, pois a 122 E que todo homem que com-
porta ser-lhe-á aberta de tempos prar ações contribua proporcional-
em tempos. mente para o salário deles, caso
116 E que se arrependa de toda seja necessário para seu sustento,
sua insensatez e revista-se de a ca- diz o Senhor; do contrário, seus
ridade; e cesse de praticar o mal e serviços serão pagos com ações
abandone todas as suas palavras dessa casa. Assim seja. Amém.
ásperas; 123 Em verdade vos digo: Agora
117 E compre ações do quórum vos indico os a oficiais pertencen-
da Casa de Nauvoo, para si e sua tes a meu sacerdócio, para que
posteridade depois dele, de gera- tenhais suas b chaves, sim, desse
ção em geração. Sacerdócio que é segundo a ordem
118 E dê ouvidos aos conselhos de c Melquisedeque, que é segundo
de meus servos Joseph e Hyrum a ordem de meu Filho Unigênito.
e William Law e às autoridades 124 Primeiro dou-vos Hyrum
que escolhi para estabelecerem Smith como vosso a patriarca, para
o alicerce de Sião; e tudo lhe irá portar as bênçãos de b selamen-
bem para todo o sempre. Assim to de minha igreja, sim, o Santo
seja. Amém. Espírito da c promessa pelo qual
113 a Mt. 25:14–30. D&C 98:7. 124 a
GEE Patriarca,
114 a Mt. 23:12; 123 a
GEE Oficial, Ofício. Patriarcal.
D&C 101:42. b GEE Chaves do b GEE Selamento, Selar.
116 a Col. 3:14. Sacerdócio. c D&C 76:53; 88:3–4.
GEE Caridade. c GEE Sacerdócio de GEE Santo Espírito da
120 a Mt. 5:37; Melquisedeque. Promessa.
Doutrina e Convênios 124:125–137 292
sois selados para o dia da reden-
d 
Charles  C. Rich, Thomas Gro-
ção, a fim de que não chegueis a ver, Newel Knight, David Dort,
cair, não obstante a e hora de ten- Dunbar Wilson — Seymour Brun-
tação que vos sobrevier. son tomei para mim; ninguém
125 Dou-vos meu servo Joseph lhe tirará o sacerdócio, mas outro
como élder presidente de toda a poderá ser designado ao mesmo
minha igreja, e para ser tradutor, sacerdócio em seu lugar; e em ver-
revelador, a vidente e profeta. dade vos digo: Que seja meu servo
126 Dou-lhe como conselheiros Aaron Johnson ordenado para esse
meu servo Sidney Rigdon e meu chamado em seu lugar — David
servo William Law, para consti- Fullmer, Alpheus Cutler, William
tuírem um quórum e Primeira Huntington.
Presidência, a fim de receberem os 133 E também vos dou Don C.
a 
oráculos para toda a igreja. Smith como presidente de um
127 Dou-vos meu servo a Bri- quórum de sumos sacerdotes;
gham Young como presidente do 134 Ordenança essa instituída
conselho viajante dos Doze; com o propósito de qualificar os
128  a Conselho esse que tem as que serão designados presidentes,
chaves para abrir a autoridade ou seja, servos locais de diferentes
de meu reino nos quatro cantos a 
estacas espalhadas fora daqui;
da Terra e, depois, b enviar minha 135 E poderão também viajar se
palavra a toda criatura. o desejarem, mas são ordenados
129 São eles: Heber C. Kimball, presidentes locais; este é o ofí-
Parley P. Pratt, Orson Pratt, Orson cio de seu chamado, diz o Senhor
Hyde, William Smith, John Taylor, vosso Deus.
John E. Page, Wilford Woodruff, 136 Dou-lhe Amasa Lyman e
Willard Richards, George  A. Noah Packard como conselhei-
Smith; ros, para presidirem o quórum de
130  a David Patten b tomei para sumos sacerdotes de minha igreja,
mim; eis que seu sacerdócio nin- diz o Senhor.
guém lho tirará; mas, em verdade 137 E também vos digo: Dou-
vos digo, outro poderá ser desig- vos John A. Hicks, Samuel Wil-
nado para o mesmo chamado. liams e Jesse Baker, cujo sacerdó-
131 E também vos digo: Dou-vos cio deverá presidir o quórum de
um a sumo conselho, como pedra a 
élderes, quórum esse instituído
angular de Sião — para que eles sejam ministros lo-
132 A saber: Samuel Bent, Hen- cais; no entanto poderão viajar,
ry G. Sherwood, George W. Harris, não obstante serem ordenados
124 d Ef. 4:30. 127 a GEE Young, Brigham. 131 a GEE Sumo Conselho.
e Apoc. 3:10. 128 a GEE Apóstolo. 134 a GEE Estaca.
125 a D&C 21:1. b Mc. 16:15. 137 a D&C 107:11–12, 89–90.
GEE Vidente. 130 a GEE Patten, David W. GEE Élder (Ancião);
126 a D&C 90:4–5. b D&C 124:19. Quórum.
293 Doutrina e Convênios 124:138–125:2
ministros locais de minha igreja, e Shadrach Roundy, se ele aceitar,
diz o Senhor. para presidir o a bispado; instru-
138 E também vos dou Joseph ções sobre o dito bispado encon-
Young, Josiah Butterfield, Daniel tram-se no livro de b Doutrina e
Miles, Henry Herriman, Zera Pul- Convênios.
sipher, Levy Hancock, James Fos- 142 E também vos digo: Samuel
ter, para que eles presidam o quó- Rolfe e seus conselheiros como
rum de a setentas; sacerdotes e o presidente dos mes-
139 Esse quórum é instituído tres e seus conselheiros e também
para que eles sejam élderes via- o presidente dos diáconos e seus
jantes, a fim de prestarem teste- conselheiros e também o presiden-
munho de meu nome em todo o te da estaca e seus conselheiros.
mundo, aonde quer que o sumo 143 Os ofícios acima eu vos dei,
conselho viajante, os meus após- assim como suas chaves, para au-
tolos, os envie para preparar um xílio e governo, para a obra do
caminho diante da minha face. ministério e o a aperfeiçoamento
140 A diferença entre esse quó- de meus santos.
rum e o quórum de élderes é que 144 E dou-vos o mandamento de
um deverá viajar constantemente preencherdes todos esses cargos e
e o outro deverá presidir as igrejas a 
aprovardes ou desaprovardes, na
de tempos em tempos; um tem a minha conferência geral, os nomes
responsabilidade de presidir de que mencionei;
tempos em tempos e o outro não 145 E de preparardes acomoda-
tem responsabilidade de presidir, ções para todos esses cargos em
diz o Senhor vosso Deus. minha casa, quando a construirdes
141 E também vos digo: Dou-vos ao meu nome, diz o Senhor vosso
Vinson Knight, Samuel H. Smith Deus. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 125
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nau-
voo, Illinois, em março de 1841, concernente aos santos do Territó-
rio de Iowa.
1–4, Os santos devem construir ci- concernente aos santos do Terri-
dades e reunir-se nas estacas de Sião. tório de Iowa?
2 Em verdade, assim diz o Se-
Qual é a vontade do Senhor nhor: Eu vos digo que se aqueles
138 a GEE Setenta. Convênios. GEE Comum Acordo.
141 a D&C 68:14; 107:15. 143 a Ef. 4:11–14.
b GEE Doutrina e 144 a D&C 26:2.
Doutrina e Convênios 125:3–126:3 294
que tomam sobre si o meu nome
a 
3 Que construam uma cidade
e esforçam-se para ser os meus ao meu nome na terra em frente à
santos desejarem fazer a minha cidade de Nauvoo; e que lhe seja
vontade e guardar os meus man- dado o nome de a Zaraenla.
damentos concernentes a eles, que 4 E que todos os que vierem do
se reúnam nos lugares que eu lhes leste e do oeste e do norte e do sul,
designar por meio de meu servo que desejem ali habitar, recebam
Joseph, e construam cidades ao sua herança nela, assim como na
meu nome, a fim de se prepararem cidade de a Nashville, ou na cidade
para aquilo que está reservado de Nauvoo e em todas as b estacas
para uma época futura. que designei, diz o Senhor.

SEÇÃO 126
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na casa de
Brigham Young, em Nauvoo, Illinois, em 9 de julho de 1841. Nessa
ocasião, Brigham Young era presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.
1–3, Brigham Young é elogiado por 2 Tenho visto teu a trabalho e tua
seu trabalho e dispensado de futuras lida nas viagens que fizeste pelo
viagens para o exterior. meu nome.
3 Ordeno-te, portanto, que envies
Querido e bem-amado irmão a Bri- minha palavra ao exterior e zeles
gham Young, em verdade assim te especialmente por tua a família,
diz o Senhor: Meu servo Brigham, de agora em diante e para sem-
não mais se requer de ti que dei- pre. Amém.
xes tua família como em tempos
passados, porque tua oferta me é
aceitável.

SEÇÃO 127
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, aos santos dos últimos dias, com
instruções sobre o batismo pelos mortos, datada de 1º de setembro de
1842, em Nauvoo, Illinois.
125 2 a GEE Jesus Cristo — 4 a IE Nashville, Brigham.
Tomar sobre nós Condado de Lee, 2 a GEE Obras.
o nome de Jesus Estado de Iowa. 3 a GEE Família.
Cristo. b GEE Estaca.
3 a GEE Zaraenla. 126 1 a GEE Young,
295 Doutrina e Convênios 127:1– 4
1–4, Joseph Smith gloria-se na perse- vida; e a causa parece-me um mis-
guição e nas aflições; 5–12, Devem ser tério, a menos que eu tenha sido
feitos registros relativos aos batismos c 
ordenado desde antes da funda-
pelos mortos. ção do mundo para algum pro-
pósito bom ou mau, como pre-
Tendo o Senhor me revelado es- ferirdes chamá-lo. Julgai por vós
tarem os meus inimigos outra vez mesmos. Deus conhece todas essas
à minha procura, tanto em Mis- coisas, sejam boas ou más. Contu-
souri como neste Estado; e sendo do, estou habituado a nadar em
que me perseguem sem a motivo e águas profundas. Isso tudo se tor-
não têm a menor sombra ou apa- nou uma segunda natureza para
rência de justiça ou direito a seu mim; e, como Paulo, glorio-me
favor na formulação de processos na d tribulação; pois até este dia o
contra mim; e sendo as suas pre- Deus de meus pais livrou-me de
tensões todas baseadas na mais todas elas e livrar-me-á daqui em
tenebrosa falsidade, achei con- diante; pois eis que triunfarei so-
veniente e sábio abandonar o lu- bre todos os meus inimigos, por-
gar por certo tempo, para minha que o Senhor Deus o disse.
própria segurança e a segurança 3 Regozijem-se, portanto, todos
deste povo. Quero dizer a todos os santos e alegrem-se muito; por-
com quem tenho relações comer- que o a Deus de Israel é o seu Deus
ciais, que encarreguei agentes e e ele derramará uma justa recom-
secretários para cuidar de todos os pensa sobre a cabeça de todos os
meus negócios de maneira correta seus opressores.
e precisa, pagando todas as mi- 4 E também, em verdade assim
nhas dívidas a tempo, vendendo diz o Senhor: Que a obra de meu
propriedades ou de outra forma, a 
templo e todas as obras que vos
conforme o caso exigir ou as cir- designei continuem sem cessar;
cunstâncias permitirem. Quando e que vossa b diligência e vossa
eu souber que a tempestade pas- perseverança e paciência e vossos
sou completamente, então voltarei trabalhos se redobrem; e de modo
para o meio de vós. algum perdereis vossa recompen-
2 E quanto aos a perigos que de sa, diz o Senhor dos Exércitos. E
mim é requerido passar, parecem- se vos c perseguirem, assim perse-
me coisa pequena, pois a b inveja guiram eles os profetas e homens
e a ira dos homens têm-me acom- justos antes de vós. Para tudo isso
panhado todos os dias de minha há uma recompensa no céu.
127 1 a Jó 2:3; Perseguir. 3 a 3 Né. 11:12–14.
Mt. 5:10–12; b GEE Inveja. 4 a D&C 124:55.
1 Ped. 2:20–23. c GEE Preordenação. b GEE Diligência.
2 a Salm. 23. d 2 Cor. 6:4–5. c GEE Perseguição,
GEE Perseguição, GEE Adversidade. Perseguir.
Doutrina e Convênios 127:5–12 296
5 E também vos falo com relação de geração em geração, diz o Se-
ao a batismo por vossos b mortos. nhor dos Exércitos.
6 Em verdade, assim vos diz o 10 Quero dizer a todos os santos
Senhor a respeito de vossos mor- que desejei, com grande desejo,
tos: Quando um de vós for a batiza- falar-lhes do púlpito no domingo
do por vossos mortos, que haja um próximo sobre o assunto do ba-
b 
registrador e que ele seja teste- tismo pelos mortos. Mas estando
munha ocular de vossos batismos; fora de meu alcance fazê-lo, escre-
que ouça com seus ouvidos para verei a palavra do Senhor, de tem-
testificar a verdade, diz o Senhor; pos em tempos, sobre o assunto;
7 Para que todos os vossos re- e enviá-la-ei pelo correio, assim
gistros sejam a registrados no céu; como muitas outras coisas.
para que tudo o que b ligardes na 11 Agora termino minha carta,
Terra seja ligado no céu; tudo o por falta de tempo; pois o inimigo
que desligardes na Terra seja des- está alerta e, como disse o Salva-
ligado no céu; dor, o a príncipe deste mundo vem,
8 Pois estou prestes a a restaurar mas nada tem comigo.
na Terra muitas coisas relativas 12 Eis que minha oração a Deus
ao b sacerdócio, diz o Senhor dos é para que todos vós sejais salvos.
Exércitos. E subscrevo-me, vosso servo no
9 E também que todos os a regis- Senhor, profeta e a vidente de A
tros sejam conservados em ordem, Igreja de Jesus Cristo dos Santos
para que sejam postos nos arqui- dos Últimos Dias.
vos de meu santo templo, a fim de Joseph Smith.
serem conservados na lembrança,

SEÇÃO 128
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias, contendo mais instruções a respeito do batismo
pelos mortos, datada de 6 de setembro de 1842, em Nauvoo, Illinois.
1–5, Registradores locais e gerais de- validade e serão registrados tanto na
vem certificar os batismos realizados Terra como no céu; 10–14, A fonte
pelos mortos; 6–9, Seus registros terão batismal é à semelhança da sepultura;
5 a GEE Batismo, Batizar — 7 a GEE Livro da Vida. 11 a Jo. 14:30;
Batismo pelos mortos. b GEE Selamento, Selar. TJS Jo. 14:30 (Apêndice
b GEE Salvação para os 8 a GEE Restauração do da Bíblia).
Mortos. Evangelho. GEE Diabo.
6 a 1 Cor. 15:29; b GEE Sacerdócio de 12 a D&C 124:125.
D&C 128:13, 18. Melquisedeque. GEE Vidente.
b D&C 128:2–4, 7. 9 a D&C 128:24.
297 Doutrina e Convênios 128:1–5
15–17, Elias, o profeta, restaurou o po- minucioso e exato ao anotar to-
der relativo ao batismo pelos mortos; dos os procedimentos, afirmando
18–21, Restauram-se todas as chaves, em seu registro que viu com seus
poderes e autoridades de dispensações olhos e ouviu com seus ouvidos,
passadas; 22–25, Proclamam-se glo- dando a data, os nomes e assim
riosas e alegres novas para os vivos e por diante; e a história de toda a
para os mortos. transação, indicando três indiví-
duos que estiverem presentes, se
Como afirmei na carta a vós diri- houver alguém presente, que pos-
gida antes de deixar minha casa, sam, em qualquer ocasião em que
que vos escreveria de tempos em forem chamados, certificar quanto
tempos para informar-vos sobre ao mesmo, para que, pela boca de
vários assuntos, retomo agora a duas ou três a testemunhas toda
questão do a batismo pelos mortos, palavra seja confirmada.
pois esse assunto parece ocupar- 4 E que haja um registrador ge-
me o pensamento e impor-se a ral, a quem esses outros registros
meus sentimentos mais do que possam ser entregues, acompa-
qualquer outro desde que meus nhados de certificados com assi-
inimigos começaram a me per- naturas, atestando ser verdadeiro
seguir. o registro que fizeram. Então o
2 Eu vos escrevi algumas pala- registrador geral da igreja incluirá
vras de revelação concernentes a o registro no livro geral da igreja,
um registrador. Vieram-me mais juntamente com os certificados e
algumas ideias com relação a esse todas as testemunhas presentes, e
assunto, que agora dou a conhe- com sua própria declaração de que
cer. Isto é, declarei em minha car- realmente acredita serem verda-
ta anterior que deveria haver um deiras as afirmações e os registros,
a 
registrador, que fosse testemunha a julgar pelo conhecimento do ca-
ocular e ouvisse com seus ouvi- ráter geral daqueles homens e sua
dos, para fazer um registro da ver- designação pela igreja. E, quan-
dade perante o Senhor. do isso for feito no livro geral da
3 Agora, com relação a esse as- igreja, o registro será tão santo e
sunto, seria muito difícil para um confirmará a ordenança, como se
mesmo registrador estar presente ele tivesse visto com seus próprios
todas as vezes e tratar de todos olhos e ouvido com seus próprios
os assuntos. Para evitar essa di- ouvidos e feito um registro do
ficuldade, pode-se designar um mesmo no livro geral da igreja.
registrador bem qualificado, em 5 Talvez penseis que essa ordem
cada ala da cidade, para fazer das coisas seja muito minuciosa;
atas precisas; e que ele seja muito mas quero dizer-vos que é apenas
128 1 a GEE Batismo, Bati- mortos. 3 a GEE Testemunha.
zar — Batismo pelos 2 a D&C 127:6.
Doutrina e Convênios 128:6–9 298
em resposta à vontade de Deus, 8 Agora, a natureza desta orde-
segundo a ordenança e preparação nança consiste no a poder do sa-
que o Senhor ordenou e preparou cerdócio, pela revelação de Jesus
antes da fundação do mundo para Cristo, no qual se concede que
a a salvação dos que morressem tudo o que b ligardes na Terra será
sem b conhecimento do evangelho. ligado no céu e tudo o que desli-
6 E ainda mais, quero que vos gardes na Terra será desligado no
lembreis de que João, o Revela- céu. Ou, em outras palavras, sob
dor, estava meditando sobre esse outro ponto de vista de tradução,
mesmo assunto, em relação aos tudo o que registrardes na Terra
mortos, quando declarou confor- será registrado no céu e tudo o que
me encontrareis registrado em não registrardes na Terra não será
Apocalipse 20:12 — E vi os mor- registrado no céu; pois pelos livros
tos, grandes e pequenos, que estavam serão julgados os vossos mortos,
diante de Deus; e abriram-se os livros; segundo suas próprias obras, quer
e abriu-se outro livro, que é o da vida; tenham eles mesmos cuidado das
e os mortos foram julgados pelas coi- c 
ordenanças em pessoa, quer por
sas que estavam escritas nos livros, meio de seus agentes, segundo
segundo as suas obras. a ordenança que Deus preparou
7 Descobrireis, nessa citação, que para sua d salvação desde antes da
se abriram os livros; e abriu-se fundação do mundo, segundo os
um outro livro, que era o a livro registros que fizeram concernentes
da vida; mas os mortos foram jul- a seus mortos.
gados pelas coisas que estavam 9 A alguns a doutrina de que
escritas nos livros, segundo suas falamos poderá parecer muito ar-
obras; consequentemente, os livros rojada — um poder que registra
mencionados devem ser os livros ou liga na Terra e liga nos céus.
que continham o registro de suas Contudo, em todas as épocas do
obras; e referem-se aos b registros mundo, sempre que o Senhor deu
feitos na Terra. E o livro que era o uma a dispensação do sacerdócio
livro da vida é o registro que se faz a qualquer homem ou grupo de
no céu; o princípio, portanto, con- homens, por revelação real, esse
corda exatamente com a doutrina poder sempre foi dado. Por isso,
que vos é ordenada na revelação tudo o que esses homens fizeram
contida na carta que vos escrevi com b autoridade em nome do Se-
antes de deixar minha casa — para nhor e fizeram-no verdadeira e
que todos os vossos registros se- fielmente, conservando um re-
jam registrados no céu. gistro fiel e adequado do mesmo,
5 a GEE Salvação para os GEE Livro da Vida. c GEE Ordenanças.
Mortos. b D&C 21:1. d GEE Salvação para os
b 1 Ped. 4:6. 8 a GEE Poder; Mortos.
7 a Apoc. 20:12; Sacerdócio. 9 a GEE Dispensação.
D&C 127:6–7. b GEE Selamento, Selar. b GEE Autoridade.
299 Doutrina e Convênios 128:10–15
tornou-se lei na Terra e nos céus ordenança para estabelecer uma
e, de acordo com os decretos do relação com a ordenança do ba-
grande c Jeová, não podia ser re- tismo pelos mortos, sendo à se-
vogado. Esta é uma palavra fiel. melhança dos mortos.
Quem a pode ouvir? 13 Por conseguinte, instituiu-se
10 E também existe um prece- a a fonte batismal como b símbolo
dente em Mateus 16:18, 19: Pois da sepultura e ordenou-se que
também eu te digo que tu és Pedro, fosse colocada abaixo do lugar
e sobre esta pedra edificarei a minha onde os vivos costumam reunir-
igreja, e as portas do inferno não pre- se, para representar os vivos e os
valecerão contra ela; e eu te darei as mortos a fim de que cada coisa te-
chaves do reino dos céus; e tudo o que nha sua semelhança e concordem
ligares na Terra será ligado nos céus, uma com a outra — Aquilo que é
e tudo o que desligares na Terra será terreno conforme o que é celestial,
desligado nos céus. como declarou Paulo em 1 Corín-
11 Agora, o grande e importante tios 15:46, 47 e 48:
segredo deste assunto e o summum 14 Mas não é primeiro o espiritual,
bonum de toda a questão que se senão o natural; depois o espiritual.
nos apresenta consiste em obte- O primeiro homem, da Terra, é terre-
rem-se os poderes do Santo Sacer- no; o segundo homem, o Senhor, é do
dócio. Aquele a quem forem dadas céu. Qual o terreno, tais são também
essas a chaves não terá dificuldade os terrestres; e, qual o celestial, tais
em obter um conhecimento dos também os celestiais. E com a mes-
fatos relativos à b salvação dos fi- ma precisão com que se fazem os
lhos dos homens, tanto os mortos registros da Terra relativos a vos-
como os vivos. sos mortos, que são feitos com
12  Nisto há a glória e b honra precisão, fazem-se os registros do
e c imortalidade e vida eterna: céu. Este, portanto, é o poder de
A ordenança do batismo pela a 
selar e ligar e, em certo sentido
água, ou melhor, ser d imerso na da palavra, as b chaves do reino,
água para conformar-se à seme- que consistem na chave do c co-
lhança dos mortos, para que um nhecimento.
princípio concorde com o ou- 15 E agora, meus amados irmãos
tro; ser imerso na água e sair da e irmãs, eu vos asseguro que estes
água assemelha-se à ressurreição princípios referentes aos mortos
dos mortos ao saírem da sepul- e aos vivos não podem ser negli-
tura; por isso instituiu-se essa genciados no que tange a nossa
9 c GEE Jeová. c GEE Imortal, 14 a GEE Selamento, Selar.
11 a GEE Chaves do Imortalidade. b GEE Chaves do
Sacerdócio. d GEE Batismo, Batizar — Sacerdócio.
b GEE Salvação. Batismo por imersão. c TJS Lc. 11:53
12 a GEE Glória. 13 a D&C 124:29. (Apêndice da Bíblia).
b GEE Honra, Honrar. b GEE Simbolismo.
Doutrina e Convênios 128:16–19 300
salvação. Porque a sua salvação
a 
ao meu propósito. É suficiente
é necessária e essencial a nossa saber, neste caso, que a Terra será
salvação, como diz Paulo com res- ferida com maldição, a menos que
peito aos pais — que eles, sem nós, exista um b elo de ligação de um
não podem ser b aperfeiçoados — ou outro tipo entre os pais e os
nem podemos nós, sem nossos filhos, sobre um assunto ou ou-
mortos, ser aperfeiçoados. tro — e qual é esse assunto? É o
16 E agora, com relação ao ba- c 
batismo pelos mortos. Pois nós,
tismo pelos mortos, apresentarei sem eles, não podemos ser aperfei-
outra citação de Paulo, em 1 Co- çoados; nem podem eles, sem nós,
ríntios 15:29: Doutra maneira, que ser aperfeiçoados. Nem podem
farão os que se batizam pelos mor- eles nem podemos nós ser aper-
tos, se absolutamente os mortos não feiçoados sem os que morreram
ressuscitam? Porque se batizam eles no evangelho; pois é necessário,
então pelos mortos? na introdução da d dispensação
17 E também, com relação a essa da plenitude dos tempos, dispen-
citação, mencionarei outra, tira- sação essa que está começando a
da de um dos profetas que tinha introduzir-se, que uma total, com-
os olhos fitos na a restauração do pleta e perfeita união e fusão de
sacerdócio, nas glórias a serem dispensações e chaves e poderes e
reveladas nos últimos dias e, de glórias ocorram e sejam reveladas
modo especial, no mais glorioso desde os dias de Adão até o tem-
de todos os assuntos pertencen- po atual. E não somente isso, mas
tes ao evangelho eterno, ou seja, as coisas que nunca se revelaram
o batismo pelos mortos; pois Ma- desde a e fundação do mundo, mas
laquias diz, no último capítulo, que se conservaram ocultas aos sá-
versículos cinco e seis: Eis que eu bios e prudentes, serão reveladas
vos enviarei o profeta b Elias, antes a f crianças e recém-nascidos nesta
que venha o grande e terrível dia do dispensação, que é a da plenitude
Senhor; e ele converterá o coração dos dos tempos.
pais aos filhos, e o coração dos filhos 19  Agora, o que ouvimos no
a seus pais; para que eu não venha, e evangelho que recebemos? Uma
fira a terra com maldição. voz de alegria! Uma voz de mi-
18 Eu poderia ter feito uma a tra- sericórdia do céu; e uma voz de
dução mais clara, mas é suficiente- a 
verdade saindo da Terra; alegres
mente clara como está, para servir novas para os mortos; uma voz de
15 a GEE Salvação para os D&C 2; 110:13–16. 127:6–7.
Mortos. GEE Elias,o Profeta. d GEE Dispensação.
b Heb. 11:40. 18 a JS—H 1:36–39. e D&C 35:18.
GEE Perfeito. b GEE Genealogia; f Mt. 11:25;
17 a GEE Restauração do Ordenanças — Lc. 10:21;
Evangelho. Ordenança vicária. Al. 32:23.
b 3 Né. 25:5–6; c D&C 124:28–30; 19 a Salm. 85:10–11.
301 Doutrina e Convênios 128:20–23
alegria para os vivos e os mortos; diversos, durante todas as viagens
boas b novas de grande alegria. e tribulações desta Igreja de Je-
Quão formosos são sobre os mon- sus Cristo dos Santos dos Últimos
tes os c pés daqueles que anunciam Dias! E a voz de Miguel, o arcanjo,
alegres novas de coisas boas e que e a voz de b Gabriel e de c Rafael e
dizem a Sião: Eis que teu Deus rei- de diversos d anjos, de Miguel, ou
na! Como o d orvalho de Carmelo, seja, e Adão, até o tempo atual, to-
assim descerá sobre eles o conhe- dos anunciando sua f dispensação,
cimento de Deus! seus direitos, suas chaves, suas
20 E também, o que ouvimos? honras, sua majestade e glória e
Alegres novas de a Cumora! b Mo- o poder de seu sacerdócio; dando
rôni, um anjo do céu, anunciando linha sobre linha, g preceito sobre
o cumprimento dos profetas — o preceito; um pouco aqui, um pou-
c 
livro a ser revelado. A voz do Se- co ali; dando-nos consolação pela
nhor no ermo de d Fayette, Conda- proclamação do que está para vir,
do de Sêneca, anunciando as três confirmando nossa h esperança!
testemunhas que e testificariam 22 Irmãos, não prosseguiremos
quanto ao livro! A voz de f Miguel em tão grande causa? Ide avante
às margens do Susquehanna, iden- e não para trás. Coragem, irmãos;
tificando o diabo quando apare- e avante, avante para a vitória!
ceu como um anjo de g luz! A voz Regozije-se vosso coração e mui-
de h Pedro, Tiago e João no ermo to se alegre. Prorrompa a Terra
entre Harmony, Condado de Sus- em a canto. Entoem os mortos hi-
quehanna, e Colesville, Condado nos de eterno louvor ao Rei b Ema-
de Broome, no rio Susquehanna, nuel, que estabeleceu, antes da
declarando-se possuidores das fundação do mundo, aquilo que
i 
chaves do reino e da dispensação nos permitiria c redimi-los de sua
da plenitude dos tempos! d 
prisão; pois os prisioneiros serão
21 E também, a voz de Deus no libertados.
quarto do velho a Pai Whitmer, 23 Que as a montanhas gritem de
em Fayette, Condado de Sêneca; alegria e todos vós, vales, clamai
e em várias ocasiões e em lugares em alta voz; e todos vós, mares e
19 b Lc. 2:10. d GEE Fayette, Nova York d GEE Anjos.
c Isa. 52:7–10; (EUA). e D&C 107:53–56.
Mos. 15:13–18; e D&C 17:1–3. f GEE Dispensação.
3 Né. 20:40. f D&C 27:11. g Isa. 28:10.
d Deut. 32:2; GEE Adão. h GEE Esperança.
D&C 121:45. g 2 Cor. 11:14. 22 a Isa. 49:13.
20 a JS—H 1:51–52. h D&C 27:12. b Isa. 7:14; Al. 5:50.
GEE Cumora, Monte. i GEE Chaves do GEE Emanuel.
b GEE Morôni, Filho de Sacerdócio. c GEE Redenção,
Mórmon. 21 a IE Peter Whitmer Redimido, Redimir.
c Isa. 29:4, 11–14; Sênior. d Isa. 24:22;
2 Né. 27:6–29. b GEE Gabriel. D&C 76:72–74.
GEE Livro de Mórmon. c GEE Rafael. 23 a Isa. 44:23.
Doutrina e Convênios 128:24–129:2 302
terras secas, contai as maravilhas lavandeiros; e assentar-se-á
de vosso Eterno Rei! E vós, rios e como um d fundidor e purifica-
riachos e ribeiros, fluí com alegria. dor de prata e purificará os filhos
Que as matas e todas as árvores do de e Levi e refiná-los-á como ouro
campo louvem ao Senhor; e vós, e como prata, para que façam ao
b 
pedras sólidas, chorai de alegria! Senhor uma f oferta em retidão.
E que o sol, a lua e as c estrelas da Que nós, portanto, como igreja
manhã cantem juntas e que to- e como povo e como santos dos
dos os filhos de Deus gritem de últimos dias, façamos ao Senhor
alegria. E que as criações eternas uma oferta em retidão; e apre-
proclamem seu nome para todo sentemos em seu templo santo,
o sempre. E torno a dizer: Quão quando estiver terminado, um
gloriosa é a voz que ouvimos do livro contendo os g registros de
céu, proclamando a nossos ou- nossos mortos, que seja digno
vidos glória e salvação e honra e de toda aceitação.
d 
imortalidade e e vida eterna; rei- 25 Irmãos, tenho muitas coisas
nos, principados e poderes! para vos dizer sobre o assunto;
24 Eis que o grande a dia do mas terminarei por agora e con-
Senhor está perto; e quem b su- tinuarei em outra ocasião. Subs-
portará o dia de sua vinda e crevo-me, como sempre, vosso
quem subsistirá quando ele apa- humilde servo e amigo fiel.
recer? Pois ele é como o c fogo Joseph Smith.
do ourives e como o sabão dos

SEÇÃO 129
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Illinois,
em 9 de fevereiro de 1843, dando a conhecer três importantes chaves
por meio das quais se pode distinguir a verdadeira natureza dos es-
píritos e anjos ministradores.
1–3, No céu existem corpos ressurretos No a céu existem duas espécies de
e corpos espirituais; 4–9, Dão-se as seres, a saber: b Anjos, que são pes-
chaves pelas quais se podem identifi- soas c ressuscitadas e que têm um
car mensageiros procedentes do outro corpo de carne e ossos —
lado do véu. 2  Por exemplo, Jesus disse:
23 b Lc. 19:40. b Mal. 3:1–3. f D&C 84:31.
c Jó 38:7. c 3 Né. 24:2–3. GEE Oferta.
d GEE Imortal, GEE Terra — g D&C 127:9.
Imortalidade. Purificação da Terra. GEE Genealogia.
e GEE Vida eterna. d Zac. 13:9. 129 1 a GEE Céu.
24 a GEE Segunda Vinda de e Deut. 10:8; b GEE Anjos.
Jesus Cristo. D&C 13; 124:39. c GEE Ressurreição.
303 Doutrina e Convênios 129:3–130:4
Apalpai-me e vede, pois um espírito sua glória, porque essa é a única
não tem a carne nem ossos, como vedes maneira em que pode aparecer —
que eu tenho. 7 Pedi-lhe que vos dê a mão e ele
3 Segundo: Os a espíritos de b ho- não se moverá, porque é contrário
mens justos tornados perfeitos, à ordem do céu que um homem
aqueles que não ressuscitaram, justo engane; mas ele ainda assim
mas herdam a mesma glória. transmitirá sua mensagem.
4 Quando aparecer um mensa- 8 Se for o a diabo fazendo-se de
geiro dizendo ter uma mensagem anjo de luz, quando pedirdes que
de Deus, oferecei-lhe a mão e pe- vos dê a mão, oferecer-vos-á a
di-lhe que a aperte. mão e não sentireis coisa alguma;
5 Se for um anjo, ele o fará e sen- podereis, portanto, identificá-lo.
tireis sua mão. 9 Essas são três importantes cha-
6 Se for o espírito de um homem ves pelas quais podereis saber se
justo tornado perfeito, ele virá em uma ministração provém de Deus.

SEÇÃO 130
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Illinois,
em 2 de abril de 1843.
1–3, O Pai e o Filho podem aparecer vê-lo-emos como é. Veremos que é
pessoalmente aos homens; 4–7, Os um b homem como nós.
anjos residem em uma esfera celestial; 2 E que a mesma sociabilidade
8–9, A Terra celestial será um grande que existe entre nós, aqui, existi-
Urim e Tumim; 10–11, É dada uma rá entre nós lá, só que será acom-
pedra branca a todos os que entram panhada de a glória eterna, gló-
no mundo celestial; 12–17, É ocultada ria essa que não experimentamos
do Profeta a hora da Segunda Vinda; agora.
18–19, A inteligência adquirida nesta 3 João 14:23 — A aparição do a Pai
vida ressurge conosco na Ressurrei- e do b Filho, nesse versículo, é uma
ção; 20–21, Todas as bênçãos advêm c 
aparição pessoal; e a ideia de que
da obediência à lei; 22–23, O Pai e o o Pai e o Filho d habitam no coração
Filho têm um corpo de carne e ossos. do homem é uma velha concepção
sectária e é falsa.
Quando o Salvador se a manifestar, 4 Em resposta à pergunta — Não
2 a Lc. 24:39. Morô. 7:48. b GEE Trindade — Deus,
3 a GEE Espírito. GEE Segunda Vinda de o Filho.
b Heb. 12:23; Jesus Cristo. c D&C 93:1.
D&C 76:69. b Lc. 24:36–40. d D&C 130:22.
8 a 2 Cor. 11:14; 2 a GEE Glória Celestial. GEE Trindade.
2 Né. 9:9. 3 a GEE Trindade — Deus,
130 1 a 1 Jo. 3:2; o Pai.
Doutrina e Convênios 130:5–17 304
é calculado o tempo de Deus,
a 
11 E é dada uma pedra branca a
a 

o tempo dos anjos, o tempo dos cada um dos que entram no reino
profetas e o tempo dos homens celestial, na qual está escrito um
de acordo com o planeta em que novo b nome que ninguém conhe-
habitam? ce, a não ser aquele que o recebe.
5 Respondo: Sim. Mas os únicos O novo nome é a palavra-chave.
a 
anjos que ministram nesta Terra 12 Profetizo, em nome do Se-
são os que pertencem ou que per- nhor Deus, que o princípio das
tenceram a ela. a 
dificuldades que causarão muito
6 Os anjos não habitam em um derramamento de sangue antes da
planeta como esta Terra; vinda do Filho do Homem será na
7 Mas habitam na presença de b 
Carolina do Sul.
Deus, em um globo semelhante 13 Provavelmente surgirá por
a um a mar de vidro e b fogo, onde causa da questão dos escravos.
todas as coisas passadas, presen- Isto me foi declarado por uma
tes e futuras manifestam-se para voz, enquanto eu orava fervoro-
sua glória; e estão continuamente samente sobre o assunto, em 25
diante do Senhor. de dezembro de 1832.
8 O lugar onde Deus habita é um 14 Certa vez eu estava orando
grande a Urim e Tumim. fervorosamente para saber o tem-
9 Esta a Terra, em seu estado san- po da a vinda do Filho do Homem,
tificado e imortal, será transfor- quando ouvi uma voz dizer o se-
mada como em cristal e será um guinte:
Urim e Tumim para os seus habi- 15 Joseph, meu filho, se viveres
tantes, pelo qual todas as coisas até a idade de oitenta e cinco anos,
pertencentes a um reino inferior verás a face do Filho do Homem;
ou a todos os reinos de uma ordem portanto, que isto seja suficiente
inferior manifestar-se-ão àqueles e não me importunes mais com
que nela habitam; e esta Terra será esse assunto.
de Cristo. 16 Assim fiquei sem poder deci-
10 Então a pedra branca, mencio- dir se essa vinda se referia ao iní-
nada em Apocalipse 2:17, tornar- cio do milênio ou a alguma apari-
se-á um Urim e Tumim para toda ção prévia, ou ainda, se eu haveria
pessoa que receber uma; e por ela de morrer e assim ver-lhe a face.
tornar-se-ão conhecidas as coisas 17 Creio que a vinda do Filho
pertencentes a uma ordem supe- do Homem não será antes desse
rior de reinos; tempo.
4 a 2 Ped. 3:8; b Isa. 33:14. b Isa. 62:2.
Abr. 3:4–10; ver 8 a GEE Urim e Tumim. 12 a D&C 38:29; 45:63.
também Abr., fac. 2, 9 a D&C 77:1. b D&C 87:1–5.
fig. 1. GEE Terra — Estado 14 a GEE Segunda Vinda de
5 a GEE Anjos. final da Terra. Jesus Cristo.
7 a Apoc. 4:6; 15:2. 11 a Apoc. 2:17.
305 Doutrina e Convênios 130:18–131:5
18 Qualquer princípio de a inteli- bênção de Deus, é por obediên-
gência que alcançarmos nesta vida cia à lei na qual ela se baseia.
surgirá conosco na b ressurreição. 22 O a Pai tem um b corpo de car-
19 E se nesta vida uma pessoa, ne e ossos tão tangível como o do
por sua a diligência e b obediência, homem; o Filho também; mas o
adquirir mais c conhecimento e c 
Espírito Santo não tem um corpo
inteligência do que outra, ela terá de carne e ossos, mas é um perso-
tanto mais d vantagem no mundo nagem de Espírito. Se assim não
futuro. fora, o Espírito Santo não poderia
20 Há uma a lei, irrevogavelmente habitar em nós.
decretada no céu b antes da funda- 23 Um homem pode receber o
ção deste mundo, na qual todas as a 
Espírito Santo e esse pode des-
c 
bênçãos se baseiam — cer sobre ele e não permanecer
21  E quando recebemos uma com ele.

SEÇÃO 131
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Illinois,
em 16 e 17 de maio de 1843.
1–4, O casamento celestial é essencial à 3 E se não o fizer, não poderá
exaltação no mais alto céu; 5–6, Como obtê-lo.
os homens são selados para a vida eter- 4 Poderá entrar em outro, mas
na; 7–8, Todo espírito é matéria. esse será o fim de seu reino; ele
não poderá ter a descendência.
Na a glória celestial há três céus 5 (17 de maio de 1843) A pa-
ou graus; lavra mais segura de a profecia
2 E para obter o mais a elevado, significa um homem saber, por
um homem precisa entrar nesta revelação e pelo espírito de pro-
ordem do sacerdócio [que signi- fecia, que está b selado para a
fica o b novo e eterno convênio do c 
vida eterna pelo poder do San-
casamento]; to Sacerdócio.
18 a GEE Inteligência(s). GEE Abençoado, Casar — O novo e
b GEE Ressurreição. Abençoar, Bênção. eterno convênio do
19 a GEE Conhecimento. 22 a GEE Trindade. casamento.
b GEE Diligência. b At. 17:29. 4 a D&C 132:16–17.
c GEE Obedecer, c GEE Espírito Santo. 5 a 2 Ped. 1:19.
Obediência, 23 a GEE Dom do Espírito GEE Chamado
Obediente. Santo. (Vocação) e Eleição.
d Al. 12:9–11. 131 1 a D&C 76:70. b D&C 68:12; 88:4.
20 a D&C 82:10. GEE Glória Celestial. GEE Selamento, Selar.
b GEE Vida Pré-mortal. 2 a D&C 132:5–21. c GEE Vida eterna.
c Deut. 11:26–28; GEE Exaltação.
D&C 132:5. b GEE Casamento,
Doutrina e Convênios 131:6–132:4 306
6 É impossível ao homem ser e só pode ser discernido por olhos
salvo em b ignorância.
a 
mais b puros;
7 Não existe algo como matéria 8 Não podemos vê-lo; mas quan-
imaterial. Todo a espírito é maté- do nosso corpo for purificado,
ria, mas é mais refinado ou puro veremos que ele é todo matéria.

SEÇÃO 132
Revelação dada intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo,
Illinois, registrada em 12 de julho de 1843, com relação ao novo e
eterno convênio, incluindo a eternidade do convênio do casamento e
também o princípio do casamento plural. Embora a revelação tenha
sido registrada em 1843, as evidências indicam que alguns dos prin-
cípios envolvidos nesta revelação eram do conhecimento do Profeta
já em 1831. Ver a Declaração Oficial 1.
1–6, A salvação é obtida por meio do a ti, meu servo Joseph, já que te
novo e eterno convênio; 7–14, São es- dirigiste a mim para saber e com-
tabelecidos os termos e as condições preender como eu, o Senhor, justi-
desse convênio; 15–20, O casamento fiquei meus servos Abraão, Isaque
celestial e a continuação da unidade e Jacó; assim como Moisés, Davi
familiar possibilitam aos homens tor- e Salomão, meus servos, no que
narem-se deuses; 21–25, O caminho diz respeito ao princípio e dou-
estreito e apertado conduz a vidas eter- trina de terem muitas a esposas e
nas; 26–27, É dada a lei concernente concubinas —
à blasfêmia contra o Espírito Santo; 2 Eis que eu sou o Senhor teu
28–39, São prometidas descendência Deus e responder-te-ei no tocante
eterna e exaltação aos profetas e san- a esse assunto.
tos de todas as épocas; 40–47, Joseph 3 Portanto, a prepara o teu co-
Smith recebe o poder de ligar e selar ração para receber as instruções
na Terra e no céu; 48–50, O Senhor que estou prestes a dar-te e para
sela sobre ele sua exaltação; 51–57, obedecer a elas; porque todos a
Emma Smith é aconselhada a ser fiel e quem esta lei é revelada devem
leal; 58–66, São estabelecidas leis que obedecê-la.
regem o casamento plural. 4 Pois eis que eu te revelo um
novo e eterno a convênio; e se não
Em verdade, assim diz o Senhor cumprires esse convênio, então
6 a GEE Salvação. Mois. 1:11. plural.
b D&C 107:99–100. 132 1 a D&C 132:34, 37–39. 3 a D&C 29:8; 58:6; 78:7.
7 a GEE Espírito. GEE Casamento, 4 a GEE Convênio.
b D&C 76:12; 97:16; Casar — Casamento
307 Doutrina e Convênios 132:5–13
serás b condenado, porque nin- que um, na Terra, ao mesmo tem-
guém pode c rejeitar esse convê- po, a quem esse poder e as f chaves
nio e ter permissão de entrar em desse sacerdócio são conferidas)
minha glória. não terão eficácia, virtude ou vigor
5 Pois todos os que receberem algum na ressurreição dos mortos
uma a bênção de minhas mãos obe- nem depois dela; porque todos os
decerão à b lei que foi designada contratos que não são realizados
para essa bênção e suas condições, com esse propósito têm fim quan-
como instituídas desde antes da do os homens morrem.
fundação do mundo. 8 Eis que minha casa é uma casa
6 E quanto ao a novo e eterno con- de ordem, diz o Senhor Deus, e
vênio, foi instituído para a pleni- não uma casa de confusão.
tude de minha b glória; e aquele 9 Aceitarei eu uma a oferta, diz
que recebe sua plenitude deve o Senhor, que não seja feita em
cumprir a lei e cumpri-la-á; caso meu nome?
contrário, será condenado, diz o 10 Ou receberei de vossas mãos
Senhor Deus. aquilo que não a determinei?
7 E em verdade eu te digo que 11 E determinarei algo, diz o Se-
estas são as a condições dessa lei: nhor, a menos que seja por lei,
Todos os convênios, contratos, como eu e meu Pai a estabelece-
vínculos, compromissos, b jura- mos para vós antes da fundação
mentos, votos, práticas, ligações, do mundo?
associações ou expectativas que 12 Eu sou o Senhor vosso Deus;
não forem feitos nem acertados e dou-vos este mandamento: Nin-
nem c selados pelo d Santo Espírito guém a virá ao Pai senão por mim
da promessa, tanto para esta vida ou pela minha palavra, a qual é a
como para toda a eternidade, por minha lei, diz o Senhor.
meio daquele que foi ungido e isso 13 E tudo que existe no mundo,
também de maneira muito sagra- quer seja ordenado por homens,
da, por e revelação e mandamento, por tronos ou principados ou po-
por meio de meu ungido, a quem deres ou coisas de renome, sejam
designei na Terra para possuir esse quais forem, que não for por mim
poder (e designei meu servo Jo- nem pela minha palavra, diz o Se-
seph para possuir esse poder nos nhor, será derrubado e a não per-
últimos dias — e nunca há mais manecerá depois que os homens
4 b GEE Condenação, GEE Glória Celestial. 9 a Morô. 7:5–6.
Condenar. 7 a D&C 88:38–39. GEE Sacrifício.
c D&C 131:1–4. b GEE Juramento. 10 a Lev. 22:20–25;
5 a D&C 130:20–21. c GEE Selamento, Selar. Mois. 5:19–23.
b GEE Lei. d GEE Santo Espírito da 11 a D&C 132:5.
6 a D&C 66:2. Promessa. 12 a Jo. 14:6.
GEE Novo e Eterno e GEE Revelação. 13 a 3 Né. 27:10–11.
Convênio. f GEE Chaves do
b D&C 76:70, 92–96. Sacerdócio.
Doutrina e Convênios 132:14–19 308
morrerem; nem na ressurreição digo: Se um homem se casar com
nem depois da ressurreição, diz uma mulher e fizer um convê-
o Senhor vosso Deus. nio com ela para esta vida e para
14 Pois todas as coisas que per- toda a eternidade; e se esse con-
manecem são por mim; e todas as vênio não for feito por mim nem
coisas que não são por mim serão por minha palavra, que é a minha
abaladas e destruídas. lei, e não for selado pelo Santo
15 Portanto, se um homem se a ca- Espírito da promessa, por meio
sar com uma mulher no mundo e daquele que ungi e designei com
não se casar com ela por meu in- esse poder, não será válido nem
termédio nem por minha palavra; estará em vigor quando se encon-
e fizer convênio com ela enquanto trarem fora do mundo, porque
estiver no mundo e ela com ele, não foram unidos por mim nem
seu convênio e casamento não por minha palavra, diz o Senhor;
terão valor quando morrerem e quando estiverem fora do mundo
quando estiverem fora do mun- não será aceito lá, porque não po-
do; portanto, não estarão ligados derão passar pelos anjos e pelos
por lei alguma quando estiverem deuses designados para ali estar;
fora do mundo. não podem, portanto, herdar mi-
16 Portanto, quando estão fora nha glória; pois minha casa é uma
do mundo não se casam nem são casa de ordem, diz o Senhor Deus.
dados em a casamento, mas são 19 E também, em verdade vos
designados b anjos no céu, anjos digo: Se um homem se casar com
esses que são servos ministrado- uma mulher pela minha palavra,
res, para ministrar em favor da- que é a minha lei, e pelo a novo e
queles que são dignos de um peso eterno convênio e for b selado pelo
muito maior, imensurável e eterno Santo Espírito da c promessa por
de glória. aquele que foi ungido, a quem
17 Porque esses anjos não guar- conferi esse poder e as d chaves
daram minha lei; portanto, não desse sacerdócio e for dito a eles:
podem crescer, mas permanecem Surgireis na primeira ressurreição;
separados e solteiros, sem exalta- e, se for depois da primeira ressur-
ção, no seu estado de salvação, por reição, na próxima ressurreição; e
toda a eternidade; e daí em diante herdareis e tronos, reinos, principa-
não são deuses, mas anjos de Deus dos e poderes, domínios, todas as
para todo o sempre. alturas e profundidades — então
18 E também, em verdade vos será escrito no f Livro da Vida do
15 a GEE Casamento, Casar. Casar — O novo e Sacerdócio.
16 a Mt. 22:23–33; eterno convênio do e Êx. 19:5–6;
Mc. 12:18–25; casamento. Apoc. 5:10; 20:6;
Lc. 20:27–36. b GEE Selamento, Selar. D&C 76:56; 78:15, 18.
b GEE Anjos. c D&C 76:52–53; 88:3–4. f GEE Livro da Vida.
19 a GEE Casamento, d GEE Chaves do
309 Doutrina e Convênios 132:20–27
Cordeiro que ele não cometerá 23 Mas se me receberdes no mun-
assassinato, derramando sangue do, então me conhecereis e rece-
inocente; e se guardarem meu con- bereis vossa exaltação; para que,
vênio e não cometerem assassina- a 
onde eu estiver, estejais vós tam-
to, derramando sangue inocente, bém.
ser-lhes-á feito de acordo com to- 24 Isto é o significado de a vidas
das as coisas que meu servo disse, eternas: Conhecer o único sábio e
nesta vida e por toda a eternidade; verdadeiro Deus e Jesus Cristo, a
e estará em pleno vigor quando quem ele b enviou. Eu sou ele. Re-
estiverem fora do mundo; e pas- cebei, portanto, minha lei.
sarão pelos anjos e pelos deuses 25  a Larga é a porta e espaçoso
ali colocados, rumo a sua g exal- o caminho que conduz às b mor-
tação e glória em todas as coisas, tes; e muitos há que entram por
conforme selado sobre sua cabeça; ela, porque não me c recebem nem
glória essa que será uma plenitude guardam minha lei.
e uma continuação das sementes 26 Em verdade, em verdade vos
para todo o sempre. digo: Se um homem se casar com
20 Então serão deuses, pois não uma mulher de acordo com mi-
terão fim; portanto, serão de eter- nha palavra e eles forem selados
nidade em eternidade, porque con- pelo a Santo Espírito da promes-
tinuarão; então serão colocados sa, segundo o meu preceito, e ele
sobre tudo, porque todas as coisas ou ela cometer qualquer pecado
lhes serão sujeitas. Então serão ou transgressão contra o novo e
a 
deuses, porque terão b todo o po- eterno convênio e toda sorte de
der e os anjos lhes serão sujeitos. blasfêmias; e se eles não b come-
21 Em verdade, em verdade vos terem assassinato, derramando
digo: A não ser que a guardeis mi- sangue inocente, ainda surgirão
nha lei, não obtereis esta glória. na primeira ressurreição e en-
22 Pois a estreita é a porta e aper- trarão para sua exaltação; mas
tado o b caminho que leva à exalta- serão destruídos na carne e c en-
ção e à continuação das c vidas, e tregues às bofetadas de d Satanás
poucos há que o encontram, por- até o dia da redenção, diz o Se-
que no mundo não me recebeis nhor Deus.
nem me conheceis. 27 A a blasfêmia contra o Espírito
19 g GEE Exaltação. 2 Né. 33:9; 3 Né. 14:13–15.
20 a Mt. 25:21; Hel. 3:29–30. b GEE Morte Espiritual.
D&C 29:12–13; 132:37. b Mt. 7:13–14, 23; c Jo. 5:43.
GEE Homem, 2 Né. 9:41; 31:17–21. 26 a GEE Santo Espírito da
Homens — Seu c D&C 132:30–31. Promessa.
potencial de se tornar 23 a Jo. 14:2–3. b Al. 39:5–6.
como o Pai Celestial. 24 a Jo. 17:3. c D&C 82:21; 104:9–10.
b D&C 50:26–29; 76:94– GEE Vida eterna. d GEE Diabo.
95; 84:35–39. b Jo. 3:16–17; 27 a GEE Blasfemar,
21 a GEE Lei. D&C 49:5. Blasfêmia;
22 a Lc. 13:24; 25 a Mt. 7:13–14; Pecado Imperdoável.
Doutrina e Convênios 132:28–37 310
Santo, que não será perdoada no
b 
grãos de areia na praia, não po-
mundo nem fora do mundo, é deríeis enumerar.
cometer assassinato derramando 31 Esta promessa é vossa tam-
sangue inocente e consentir em bém, porque sois de a Abraão e a
minha morte depois de terdes re- promessa foi feita a Abraão; e por
cebido meu novo e eterno convê- essa lei continuam as obras de
nio, diz o Senhor Deus; e aquele meu Pai, nas quais ele se glorifica.
que não guarda esta lei, de modo 32 Ide, portanto, e fazei as a obras
algum poderá entrar para a minha de Abraão; guardai minha lei e
glória, mas será c condenado, diz sereis salvos.
o Senhor. 33 Mas se não guardardes mi-
28 Eu sou o Senhor teu Deus e nha lei, não podereis receber a
dar-te-ei a lei de meu santo sacer- promessa de meu Pai, que ele fez
dócio, conforme ordenado por a Abraão.
mim e meu Pai antes que o mun- 34 Deus deu a a ordem a Abraão
do existisse. e b Sara entregou-lhe c Agar como
29 a Abraão recebeu todas as coi- esposa. E por que ela o fez? Porque
sas que recebeu, por revelação e essa era a lei; e de Agar descendeu
mandamento, pela minha pala- muita gente. Isso, portanto, foi
vra, diz o Senhor; e entrou para para o cumprimento, entre outras
sua exaltação e assenta-se em seu coisas, das promessas.
trono. 35 Estava Abraão, portanto, sob
30 Abraão recebeu a promessas condenação? Em verdade vos digo
relativas a sua semente e ao fru- que não; porque eu, o Senhor, a dei-
to de seus b lombos — dos quais lhe essa ordem.
tu provéns, meu servo Joseph — 36 Foi a ordenado a Abraão que
promessas que haviam de conti- sacrificasse seu filho b Isaque; não
nuar enquanto eles estivessem no obstante, estava escrito: Não c ma-
mundo; e quanto a Abraão e sua tarás. Abraão, contudo, não se ne-
semente, haviam de continuar gou e isso lhe foi imputado por
fora do mundo; tanto no mun- d 
retidão.
do como fora do mundo conti- 37 Abraão recebeu a concubinas e
nuariam tão inumeráveis quanto elas geraram-lhe filhos; e isso lhe
as c estrelas; ou, se contásseis os foi atribuído como sendo retidão,
27 b Mt. 12:31–32; Convênio Abraâmico. 35 a Jacó 2:24–30.
Heb. 6:4–6; b 2 Né. 3:6–16. 36 a Gên. 22:2–12.
D&C 76:31–35. c Gên. 15:5; 22:17. b GEE Isaque.
GEE Filhos de Perdição. 31 a D&C 86:8–11; 110:12. c Êx. 20:13.
c GEE Condenação, 32 a Jo. 8:39; d Jacó 4:5.
Condenar. Al. 5:22–24. GEE Retidão.
29 a GEE Abraão. 34 a Gên. 16:1–3. 37 a IE outras esposas.
30 a Gên. 12:1–3; 13:16. b GEE Sara. Gên. 25:5–6.
GEE Abraão — Semente c Gên. 25:12–18.
de Abraão; GEE Hagar.
311 Doutrina e Convênios 132:38– 45
porque elas lhe foram dadas e ele coisas. Pede o que desejares e ser-
obedeceu à minha lei; como tam- te-á dado de acordo com minha
bém Isaque e b Jacó nada mais fi- palavra.
zeram do que aquilo que lhes fora 41 E sendo que me indagaste a
ordenado; e porque nada mais fize- respeito do adultério, em verda-
ram do que as coisas que lhes foram de, em verdade eu te digo: Se um
ordenadas, entraram para a sua homem receber uma esposa pelo
c 
exaltação, de acordo com as pro- novo e eterno convênio e ela esti-
messas; e assentam-se em tronos, ver com outro homem que eu não
e não são anjos, mas são deuses. lhe houver designado pela santa
38 a Davi também recebeu b mui- unção, ela terá cometido adultério
tas esposas e concubinas, assim e será destruída.
como Salomão e Moisés, meus 42 Se ela não tiver entrado no
servos; e também muitos outros novo e eterno convênio e estiver
de meus servos, desde o princípio com outro homem, terá a cometido
da criação até agora; e em nada adultério.
pecaram, a não ser nas coisas que 43 E se o seu marido estiver com
não receberam de mim. outra mulher, estando sob a voto,
39 As esposas e concubinas de terá quebrado seu voto e cometi-
Davi foram-lhe a dadas por mim, do adultério.
pela mão de Natã, meu servo, e 44 E se ela não tiver cometido
outros profetas que possuíam as adultério, mas for inocente e não
b 
chaves desse poder; e em nenhu- tiver quebrado seu voto e o sou-
ma dessas coisas pecou ele contra ber e eu o revelar a ti, meu servo
mim, a não ser no caso de c Urias Joseph, então terás poder, pelo
e sua mulher; e, portanto, caiu poder de meu santo sacerdócio,
de sua exaltação e recebeu sua para tomá-la e dá-la a um que não
porção; e não as herdará fora do haja cometido adultério, mas te-
mundo, porque as d dei a outro, nha sido a fiel; pois ele será feito
diz o Senhor. governante de muitos.
40 Eu sou o Senhor teu Deus e 45 Porque te conferi as a chaves
dei a ti, meu servo Joseph, uma e poderes do sacerdócio, pelo
designação; e a restauro todas as qual b restauro todas as coisas; e
37 b Gên. 30:1–4; 2 Sam. 5:13; GEE Restauração do
D&C 133:55. 1 Re. 11:1–3. Evangelho.
GEE Jacó, Filho de 39 a 2 Sam. 12:7–8. 42 a D&C 42:22–26.
Isaque. b GEE Chaves do 43 a GEE Casamento, Casar;
c GEE Exaltação; Sacerdócio. Convênio.
Homem, Homens — c 2 Sam. 11:4, 27; 12:9; 44 a GEE Castidade.
Seu potencial de se 1 Re. 15:5. 45 a GEE Chaves do
tornar como o Pai GEE Adultério; Sacerdócio.
Celestial. Homicídio. b At. 3:21; D&C 86:10.
38 a GEE Davi. d Jer. 8:10. GEE Restauração do
b 1 Sam. 25:42–43; 40 a JS—H 1:33. Evangelho.
Doutrina e Convênios 132:46–54 312
faço-te saber todas as coisas no sacrifícios e perdoarei todos os
a 

devido tempo. teus pecados; vi teus sacrifícios


46 E em verdade, em verdade eu em obediência ao que te ordenei.
te digo que tudo o que a selares na Vai, portanto, e preparar-te-ei um
Terra será selado no céu; e tudo meio de escape, assim como b acei-
o que ligares na Terra, em meu tei de Abraão a oferta de seu filho
nome e pela minha palavra, diz o Isaque.
Senhor, será ligado eternamente 51 Em verdade, eu te digo: Um
nos céus; e todos os pecados que mandamento dou à minha serva
b 
remires na Terra serão remidos Emma Smith, tua esposa, que a ti
eternamente nos céus; e todos os dei, de que ela se contenha e não
pecados que retiveres na Terra se- participe daquilo que te ordenei
rão retidos no céu. oferecer-lhe; porque eu o fiz, diz
47 E também em verdade eu te o Senhor, para provar-vos a todos,
digo: Quem abençoares eu aben- como fiz com Abraão; e para exigir
çoarei e quem amaldiçoares eu uma oferta de vossas mãos, por
a 
amaldiçoarei, diz o Senhor; pois convênio e sacrifício.
eu, o Senhor, sou teu Deus. 52 E que minha serva a Emma
48 E também em verdade eu te Smith receba todas as que foram
digo, meu servo Joseph, que tudo dadas a meu servo Joseph e que
o que deres na Terra e a quem quer são virtuosas e puras perante
que deres alguém na Terra, pela mim; e as que não são puras e
minha palavra e de acordo com que se disseram puras serão des-
minha lei, tudo isso será visitado truídas, diz o Senhor Deus.
com bênçãos e não com maldições 53 Porque eu sou o Senhor vosso
e com o meu poder, diz o Senhor; Deus, e obedecereis à minha voz; e
e não receberá condenação, quer concedo ao meu servo Joseph ser
na Terra quer no céu. governante de muitas coisas; pois
49  Pois eu sou o Senhor teu sobre o pouco foi a fiel e, daqui em
Deus e estarei contigo até o a fim diante, fortalecê-lo-ei.
do mundo e por toda a eternida- 54 E ordeno que minha serva,
de; pois em verdade b selo sobre Emma Smith, permaneça com meu
ti tua c exaltação e preparo-te um servo Joseph, apegando-se a ele e
trono no reino de meu Pai, com a nenhum outro. Mas se não guar-
Abraão, teu d pai. dar esse mandamento, ela será
50  Eis que tenho visto teus destruída, diz o Senhor; porque eu
46 a GEE Selamento, Selar. b D&C 68:12. b Gên. 22:10–14;
b GEE Remissão de c D&C 5:22. D&C 97:8.
Pecados. GEE Chamado 52 a GEE Smith, Emma
47 a Gên. 12:1–3; (Vocação) e Eleição. Hale.
D&C 124:93. d Gên. 17:1–8; 2 Né. 8:2. 53 a Mt. 25:21;
49 a Mt. 28:20. 50 a GEE Sacrifício. D&C 52:13.
313 Doutrina e Convênios 132:55–63
sou o Senhor vosso Deus e destruí- e eu o tiver investido das b chaves
la-ei se ela não guardar minha lei. do poder desse sacerdócio, se ele
55 Mas se ela não guardar esse fizer qualquer coisa em meu nome
mandamento, então meu servo Jo- e de acordo com minha lei e por
seph fará todas as coisas para ela, minha palavra, não cometerá pe-
assim como ele disse; e abençoá- cado e justificá-lo-ei.
lo-ei e multiplicá-lo-ei e dar-lhe- 60 Que ninguém, portanto, cen-
ei a cem vezes tanto neste mundo sure meu servo Joseph, porque eu
em pais e mães, irmãos e irmãs, o justificarei; pois ele fará o sacri-
casas e terras, esposas e filhos e fício que exijo de suas mãos por
coroas de b vidas eternas nos mun- suas transgressões, diz o Senhor
dos eternos. teu Deus.
56 E também, em verdade eu 61 E também, no tocante à lei do
digo: Que minha serva a perdoe a sacerdócio: Se um homem des-
Joseph suas ofensas; e então a ela posar uma a virgem e desejar des-
ser-lhe-ão perdoadas suas ofensas, posar b outra e a primeira der seu
as que cometeu contra mim; e eu, consentimento; e se ele desposar
o Senhor teu Deus, abençoá-la-ei a segunda e elas forem virgens
e multiplicá-la-ei, e farei com que e não estiverem comprometidas
seu coração se regozije. com qualquer outro homem, então
57 E também digo: Que meu ser- ele estará justificado; ele não pode
vo Joseph não se desfaça de seus cometer adultério, porque elas lhe
bens para que não venha um ini- foram dadas; pois ele não pode
migo e o destrua; porque Satanás cometer adultério com o que lhe
a 
procura destruir; pois eu sou o pertence e a ninguém mais.
Senhor vosso Deus e ele é meu ser- 62 E se dez virgens lhe forem
vo; e eis que estou com ele, como dadas por essa lei, ele não estará
estive com Abraão, vosso pai, até cometendo adultério, porque elas
sua b exaltação e glória. lhe pertencem e lhe foram dadas;
58 Ora, no tocante à lei do a sa- portanto, ele está justificado.
cerdócio, há muitas coisas refe- 63 Mas se uma ou qualquer das
rentes a ela. dez virgens, depois de desposada,
59 Em verdade, se um homem estiver com outro homem, terá co-
for chamado por meu Pai, como o metido adultério e será destruída;
foi a Aarão, pela minha própria voz porque elas lhe são dadas para
e pela voz daquele que me enviou; a 
multiplicar e encher a Terra, de
55 a Mc. 10:28–31. 58 a D&C 84:19–26. 61 a GEE Virgem.
b GEE Família — Família GEE Sacerdócio. b DO 1.
eterna; 59 a Heb. 5:4. GEE Casamento,
Vida eterna. GEE Aarão, Irmão de Casar — Casamento
56 a GEE Perdoar. Moisés. plural.
57 a Mt. 10:28. b GEE Chaves do 63 a Gên. 1:26–28;
b GEE Exaltação. Sacerdócio. Jacó 2:30.
Doutrina e Convênios 132:64–66 314
acordo com meu mandamento, nome em todos os que recebem e
e para cumprir a promessa feita guardam minha lei.
por meu Pai antes da fundação do 65 Portanto, ser-me-á lícito, se ela
mundo e para sua exaltação nos não aceitar esta lei, que ele receba
mundos eternos, a fim de gerar as todas as coisas que eu, o Senhor seu
almas dos homens; pois nisso se Deus, lhe der, porque ela não acre-
perpetua a b obra de meu Pai, para ditou e não o apoiou de acordo com
que ele seja glorificado. minha palavra; e ela então se torna a
64 E também, em verdade, em transgressora; e ele será isento da lei
verdade vos digo: Se um homem de Sara, que apoiou Abraão de acor-
que possui as chaves desse poder do com a lei, quando ordenei que
tiver uma esposa e ensinar-lhe Abraão tomasse Agar como esposa.
a lei do meu sacerdócio, no que 66 E agora, no tocante a esta lei,
concerne a essas coisas, ela deverá em verdade, em verdade vos digo:
acreditar nele e apoiá-lo e ajudá- Revelar-te-ei mais no futuro; por-
lo; caso contrário será destruída, tanto, que isto seja suficiente por
diz o Senhor vosso Deus; pois eu agora. Eis que eu sou o Alfa e o
a destruirei; pois magnificarei meu Ômega. Amém.

SEÇÃO 133
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hi-
ram, Ohio, em 3 de novembro de 1831. Prefaciando esta revelação, a
história de Joseph Smith diz: “Nessa ocasião havia muitas coisas que
os élderes desejavam saber com respeito à pregação do evangelho aos
habitantes da Terra e com respeito à coligação; e a fim de andar pela
verdadeira luz e ser instruído do alto, em 3 de novembro de 1831 in-
quiri o Senhor e recebi a seguinte importante revelação.” Esta seção
foi inicialmente acrescentada ao livro de Doutrina e Convênios como
apêndice e mais tarde recebeu um número como seção.
1–6, É ordenado que os santos se pre- e as tribos perdidas de Israel retorna-
parem para a Segunda Vinda; 7–16, É rão; 36–40, O evangelho foi restaurado
ordenado que todos os homens fujam por intermédio de Joseph Smith para
de Babilônia, venham para Sião e pre- ser pregado em todo o mundo; 41–51,
parem-se para o grande dia do Senhor; O Senhor descerá com vingança sobre
17–35, Ele aparecerá no Monte Sião, os os iníquos; 52–56, Será o ano de Seus
continentes tornar-se-ão uma só terra redimidos; 57–74, O evangelho será
63 b Mois. 1:39.
315 Doutrina e Convênios 133:1–12
pregado para salvar os santos e para a 7 Sim, em verdade torno a di-
destruição dos iníquos. zer-vos que chegada é a hora em
que a voz do Senhor se dirige
Escutai, ó povo da minha igreja, a vós: Deixai Babilônia; a reuni-
diz o Senhor vosso Deus, e ouvi vos dentre as nações, dos b quatro
a voz do Senhor no que concerne ventos, de um extremo do céu
a vós — até o outro.
2 O Senhor, que subitamente 8  a Enviai os élderes de minha
a 
virá ao seu templo; o Senhor, que igreja às nações longínquas; às
descerá sobre o mundo com mal- b 
ilhas do mar; enviai-os às nações
dição, para b julgar; sim, sobre to- estrangeiras; clamai a todas as
das as nações que se esqueceram nações, primeiro aos c gentios e
de Deus e sobre todos os ímpios depois aos d judeus.
dentre vós. 9 E eis que este será seu clamor
3 Pois ele a desnudará o santo e a voz do Senhor a todo o povo:
braço aos olhos de todas as nações Ide à terra de Sião, para que as
e todos os confins da Terra verão fronteiras de meu povo se expan-
a b salvação de seu Deus. dam e suas a estacas se fortaleçam
4 Portanto, preparai-vos, prepa- e para que b Sião se estenda pelas
rai-vos, ó meu povo; santificai- regiões circunvizinhas.
vos; reuni-vos, ó povo da minha 10 Sim, que o clamor alcance to-
igreja, na terra de Sião; todos vós dos os povos: Despertai e erguei-
a quem não foi ordenado que per- vos e saí ao encontro do a Esposo;
manecessem. eis que o Esposo vem; saí para
5 Deixai a Babilônia. Sede b pu- encontrá-lo. Preparai-vos para o
ros, vós que portais os vasos do b 
grande dia do Senhor.
Senhor. 11 a Vigiai, portanto, porque b não
6 Convocai vossas assembleias sabeis o dia nem a hora.
solenes e a falai frequentemente 12 Portanto, os que estiverem
uns aos outros. E que todo homem no a meio dos gentios, fujam para
invoque o nome do Senhor. b 
Sião.
133 2 a Mal. 3:1; D&C 36:8. 3 Né. 20:41; d GEE Judeus.
b D&C 1:36. D&C 38:42. 9 a Isa. 54:2.
GEE Jesus Cristo — GEE Pureza, Puro. GEE Estaca.
Juiz. 6 a Mal. 3:16–18. b GEE Sião.
3 a Isa. 52:10. 7 a D&C 29:8. 10 a Mt. 25:6;
b Isa. 12:2; 52:10. GEE Israel — Coligação D&C 33:17–18;
GEE Plano de Reden- de Israel. 45:54–59.
ção; b Zac. 2:6–7; GEE Esposo.
Salvação. Mc. 13:27. b D&C 1:12–14.
5 a Al. 5:57; 8 a GEE Obra Missionária. 11 a Mc. 13:32–37;
D&C 1:16. b Isa. 11:11; JS—M 1:46, 48.
GEE Babel, Babilônia; 1 Né. 22:4; b D&C 49:7.
Mundanismo. 2 Né. 10:8, 20. 12 a D&C 38:31, 42.
b 2 Tim. 2:21; c GEE Gentios. b GEE Sião.
Doutrina e Convênios 133:13–26 316
13 E os que forem de Judá fujam
a 
19 Portanto, preparai-vos para
para b Jerusalém, para as c monta- a a vinda do b Esposo; saí, saí para
nhas da d casa do Senhor. encontrá-lo.
14 Saí dentre as nações, sim, de 20 Pois eis que ele a estará de pé
Babilônia, do meio da iniquidade, sobre o Monte das Oliveiras e so-
que é a Babilônia espiritual. bre o grandioso oceano, sim, o
15 Mas em verdade assim diz o grande abismo, e sobre as ilhas do
Senhor: Que vossa fuga não seja mar e sobre a terra de Sião.
às a pressas, mas que se preparem 21 E a sua voz a sairá de b Sião e
todas as coisas com antecedência; ele falará de Jerusalém; e ouvir-
e o que for b não olhe para trás, se-á a sua voz entre todo o povo;
para que não lhe sobrevenha uma 22 E será uma voz como a a voz
destruição repentina. de muitas águas e como a voz de
16 Escutai e ouvi, ó habitantes da um grande b trovão, que c abaterá
Terra. a Escutai juntos, vós, élderes as montanhas; e não se acharão
da minha igreja, e ouvi a voz do os vales.
Senhor; porque ele clama a todos 23 Ele ordenará ao grande abis-
os homens e ordena que todos os mo e este será empurrado para os
homens, em todas as partes, se países do norte e as a ilhas se tor-
b 
arrependam. narão uma só terra;
17 Pois eis que o Senhor Deus 24 E a terra de a Jerusalém e a ter-
a 
enviou o anjo clamando no meio ra de Sião voltarão para seu pró-
do céu, dizendo: Preparai o ca- prio lugar; e a Terra será como era
minho do Senhor e b endireitai as antes de sua b divisão.
suas veredas, porque a hora de sua 25 E o Senhor, sim, o Salvador,
c 
vinda está próxima — permanecerá no meio de seu povo
18 Quando o a Cordeiro aparecer e a reinará sobre toda a carne.
no b Monte Sião e, com ele, c cento 26 E aqueles que estiverem nos
e quarenta e quatro mil, tendo o a 
países do norte serão lembrados
nome de seu Pai escrito na testa. pelo Senhor; e os seus profetas
13 a GEE Judá. b D&C 84:2. c Juí. 5:5;
b GEE Jerusalém. c Apoc. 7:1–4. Isa. 40:4; 64:1;
c Isa. 2:1–3; Eze. 38:8. 19 a Mt. 25:1–13; Apoc. 16:20;
d Salm. 122. D&C 33:17–18; 88:92. D&C 49:23; 109:74.
15 a Isa. 52:10–12; GEE Segunda Vinda de 23 a Apoc. 6:14.
D&C 58:56. Jesus Cristo. 24 a GEE Jerusalém.
b Gên. 19:17, 26; b GEE Esposo. b Gên. 10:25.
Lc. 9:62. 20 a Zac. 14:4; GEE Terra — Divisão
16 a D&C 1:1–6. D&C 45:48–53. da Terra.
b GEE Arrepender-se, 21 a Joel 3:16; 25 a GEE Jesus Cristo —
Arrependimento. Amós 1:2. Reinado de Cristo no
17 a D&C 13; 27:7–8; 88:92. b Isa. 2:2–4. milênio.
b Isa. 40:3–5. 22 a Eze. 43:2; Apoc. 1:15; 26 a Jer. 16:14–15;
c Mal. 3:1. D&C 110:3. D&C 110:11.
18 a Apoc. 14:1. b Salm. 77:18; GEE Israel — Dez tribos
GEE Cordeiro de Deus. Apoc. 14:2. perdidas.
317 Doutrina e Convênios 133:27– 43
ouvirão a sua voz e não mais se Senhor, para que estas coisas se-
conterão; e ferirão as pedras e o jam conhecidas entre vós, ó habi-
gelo se derreterá diante deles. tantes da Terra: Enviei meu a anjo
27 E erguer-se-á uma a estrada no voando pelo meio do céu, com o
meio do grande abismo. b 
evangelho eterno, e ele apareceu
28 Seus inimigos tornar-se-ão a alguns e entregou-o ao homem
uma presa para eles; e aparecerá a muitos que habitam
29 E nos a desertos estéreis surgi- na Terra.
rão poços de água viva; e o solo 37 E este a evangelho será b prega-
ressequido já não será uma terra do a c toda nação e tribo e língua
sedenta. e povo.
30 E trarão seus ricos tesouros 38 E os servos de Deus irão avan-
para os filhos de a Efraim, meus te, dizendo em alta voz: Temei a
servos. Deus e dai-lhe glória, porque che-
31 E as extremidades dos a outei- gada é a hora de seu julgamento;
ros eternos estremecerão em sua 39 E a adorai aquele que fez o céu
presença. e a Terra e o mar e as fontes das
32 E lá cairão e serão coroados de águas —
glória, sim, em Sião, pelas mãos 40 Clamando ao nome do Se-
dos servos do Senhor, os filhos nhor dia e noite, dizendo: Oh! Que
de Efraim. a 
fendas os céus; que desças; que
33 E encher-se-ão de a cânticos de os montes se escoem diante de
alegria eterna. tua face!
34 Eis que essa é a bênção do 41 E isso se cumprirá sobre sua
Deus Eterno sobre as a tribos de cabeça; pois a presença do Senhor
Israel e a mais rica bênção sobre será como o fogo de fundição que
a cabeça de b Efraim e seus com- queima e como o fogo que faz a fer-
panheiros. ver as águas.
35  E também os da tribo de 42 Ó Senhor, tu descerás para
a 
Judá, após sua dor, serão santifi- tornar conhecido teu nome a teus
cados em b santidade perante o Se- adversários; e todas as nações tre-
nhor, para habitar em sua presença merão em tua presença —
dia e noite, para todo o sempre. 43 Quando fizeres coisas terrí-
36 E agora, em verdade diz o veis, coisas que eles não esperam;
27 a Isa. 11:15–16; tribos de Israel. Evangelho.
2 Né. 21:16. b Gên. 48:14–20; 37 a GEE Evangelho.
29 a Isa. 35:6–7. 1 Crôn. 5:1–2; b GEE Obra Missionária;
30 a Zac. 10:7–12. Ét. 13:7–10. Pregar.
GEE Efraim — Tribo de 35 a GEE Judá — Tribo de c D&C 42:58.
Efraim. Judá. 39 a GEE Adorar.
31 a Gên. 49:26. b GEE Santidade. 40 a Isa. 64:1–2.
33 a Isa. 35:10; 51:11; 36 a Apoc. 14:6–7; 41 a Jó 41:31.
D&C 66:11. D&C 20:5–12.
34 a GEE Israel — Doze b GEE Restauração do
Doutrina e Convênios 133:44–56 318
44 Sim, quando desceres e as 51 E esmaguei-os no meu furor
montanhas se escoarem em tua e pisei-os em minha ira e seu san-
presença, a encontrarás aquele que gue a salpiquei em minhas vestes e
se regozija e pratica retidão, que manchei toda a minha vestidura;
se lembra de ti em teus caminhos. pois esse era o dia da vingança
45  Pois desde o princípio do que estava em meu coração.
mundo homem algum ouviu nem 52 E agora, chegado é o ano de
percebeu pelo ouvido, nem olho meus remidos; e eles mencionarão
algum viu, ó Deus, além de ti, a bondade amorosa de seu Senhor
quão grandiosas são as coisas que e tudo que ele lhes conferiu de
a 
preparaste para aquele que b es- acordo com sua benignidade e de
pera por ti. acordo com sua bondade amorosa,
46 E dir-se-á: a Quem é este que para todo o sempre.
b 
vem de Deus, no céu, com vestes 53 Em todas as suas a aflições ele
tingidas; sim, das regiões desco- afligiu-se. E o anjo de sua presença
nhecidas, vestido com seu traje salvou-os; e, em seu b amor e em
glorioso, andando na grandiosi- sua piedade c redimiu-os e susten-
dade de sua força? tou-os e carregou-os em todos os
47 E ele dirá: Eu sou o que fala dias da antiguidade;
com retidão, que tem poder para 54 Sim, e também a Enoque e os
salvar. que estavam com ele; os profetas
48 E o Senhor estará vestido de que existiram antes dele; e tam-
a 
vermelho e suas vestes serão como bém b Noé e os que existiram antes
a do que pisa no lagar de vinho. dele; e também c Moisés e os que
49 E tão grandiosa será a glória existiram antes dele;
de sua presença, que o a sol escon- 55 E de Moisés a Elias, o profeta,
derá a face de vergonha e a lua e de Elias a João, os quais estavam
reterá sua luz e as estrelas serão com Cristo em sua a ressurreição; e
arremessadas de seus lugares. os santos apóstolos, com Abraão,
50 E ouvir-se-á a sua voz: Eu so- Isaque e Jacó, estarão na presença
zinho a pisei no lagar e sobre todos do Cordeiro.
os povos trouxe julgamento; e nin- 56 E as a sepulturas dos b san-
guém estava comigo; tos serão c abertas; e surgirão,
44 a 1 Tess. 4:15–18. (Apêndice da Bíblia); Redimido, Redimir.
45 a Isa. 64:4; 1 Cor. 2:9. Mos. 3:7; 54 a GEE Enoque.
b Lam. 3:25; D&C 19:18. b GEE Noé, Patriarca
2 Né. 6:7, 13. 49 a Isa. 13:10; 24:23; Bíblico.
46 a Isa. 63:1–2. D&C 45:42; 88:87. c GEE Moisés.
b GEE Segunda Vinda de 50 a Isa. 63:2–3; 55 a GEE Ressurreição.
Jesus Cristo. D&C 76:107; 88:106. 56 a D&C 29:13.
48 a Gên. 49:11–12; 51 a Lev. 8:30. b GEE Santo
Lc. 22:44; 53 a Isa. 63:4–9. (substantivo).
Apoc. 19:11–15; b GEE Caridade. c D&C 45:45–46;
TJS Apoc. 19:15 c GEE Redenção, 88:96–97.
319 Doutrina e Convênios 133:57–67
pondo-se à d direita do Cordeiro vontade do Senhor, que reina so-
quando ele aparecer no e Monte bre toda a carne.
Sião e na cidade santa, a f Nova 62 E ao que se a arrepende e se
Jerusalém; e entoarão o g canto do b 
santifica diante do Senhor será
h 
Cordeiro, noite e dia, para todo dada a c vida eterna.
o sempre. 63 E sobre os que não a dão ou-
57 E por essa razão, para que os vidos à voz do Senhor cumprir-
homens se tornassem participan- se-á o que foi escrito pelo profeta
tes das a glórias que seriam revela- Moisés, que disse que eles seriam
das, o Senhor enviou a plenitude b 
afastados dentre o povo.
do seu b evangelho, o seu convênio 64 E também o que foi escrito
eterno, arrazoando com clareza e pelo profeta a Malaquias: Porque
simplicidade — eis que aquele b dia vem c ardendo
58 A fim de preparar os fracos como fornalha; todos os soberbos
para as coisas que advirão à Terra, e todos os que cometem impie-
como também para o trabalho do dade serão como a palha; e o dia
Senhor, no dia em que os a fracos que está para vir os abrasará, diz
confundirem os sábios e o b peque- o Senhor dos Exércitos, de sor-
no se tornar uma nação poderosa te que lhes não deixará nem raiz
e c dois puserem em fuga dezenas nem ramo.
de milhares. 65 Portanto, esta será a resposta
59  E com as coisas fracas do do Senhor a eles:
mundo o Senhor a açoitará as na- 66 No dia em que vim aos meus,
ções pelo poder de seu Espírito. nenhum de vós me a recebeu e fos-
60 E por esse motivo deram-se tes expulsos.
estes mandamentos; ordenou-se 67 Quando tornei a chamar, ne-
que fossem escondidos do mun- nhum de vós me respondeu; con-
do no dia em que foram dados, tudo, meu a braço não se encolheu
mas agora devem ser a enviados a de modo algum, de maneira que
b 
toda carne — eu não pudesse remir, nem meu
61 E isto segundo a mente e a b 
poder para livrar.
56 d Mt. 25:33–34. 59 a Miq. 4:11–13. JS—H 1:40.
e Isa. 24:23; Apoc. 14:1; 60 a D&C 104:58–59. 64 a Mal. 4:1.
D&C 76:66; b D&C 1:2. GEE Malaquias.
84:2, 98–102. 62 a GEE Arrepender-se, b JS—H 1:36–37.
f GEE Nova Jerusalém. Arrependimento. c Isa. 66:15–16;
g Apoc. 15:3; b D&C 88:74. 1 Né. 22:15;
D&C 84:98–102. GEE Santificação. 3 Né. 25:1;
h GEE Cordeiro de Deus. c GEE Vida eterna. D&C 29:9; 64:24.
57 a GEE Graus de Glória. 63 a GEE Atender, Dar GEE Terra —
b GEE Evangelho. ouvidos. Purificação da Terra.
58 a Mt. 11:25; 1 Cor. 1:27; b At. 3:22–23; 66 a Jo. 1:11.
Al. 32:23; 37:6–7. 1 Né. 22:20–21; 67 a 2 Né. 28:32.
b Isa. 60:22. 3 Né. 20:23; 21:11; b Isa. 50:2;
c Deut. 32:29–30. D&C 1:14; 2 Né. 7:2.
Doutrina e Convênios 133:68–134:2 320
68 Eis que, com minha repreen- chamei; não crestes em meus ser-
são, a seco o mar. Transformo os vos, e quando vos foram a envia-
rios em deserto; seus peixes chei- dos, não os recebestes.
ram mal e morrem de sede. 72 Portanto, a selaram o testemu-
69 Visto de escuridão os céus e nho e ligaram a lei; e fostes entre-
faço de saco sua vestidura. gues às trevas.
70 E a isso recebereis de minha 73 Estes irão para as trevas exte-
mão — em tormento jazereis. riores, onde há a choro e pranto e
71  Eis que não haverá quem ranger de dentes.
vos livre; pois não obedecestes à 74 Eis que o Senhor vosso Deus
minha voz quando dos céus vos o disse. Amém.

SEÇÃO 134
Declaração de crença relativa a governos e leis em geral, adotada por
unanimidade de votos na assembleia geral da Igreja, realizada em
Kirtland, Ohio, em 17 de agosto de 1835. Muitos santos reuniram-se
para examinar o conteúdo proposto para a primeira edição de Dou-
trina e Convênios. Naquela ocasião, deu-se o seguinte preâmbulo a
esta declaração: “Para que nossa crença com respeito aos governos
da Terra e às leis em geral não seja interpretada nem compreendida
erroneamente, achamos conveniente apresentar, ao final deste volu-
me, nossa opinião concernente ao assunto.”
1–4, Os governos devem preservar a benefício do homem; e que ele
liberdade de consciência e de adoração; considera os homens b responsá-
5–8, Todos os homens devem apoiar veis por seus atos em relação aos
seus governos e mostrar respeito e mesmos, tanto na formulação de
deferência à lei; 9–10, Sociedades re- leis como em sua execução, para
ligiosas não devem exercer poderes o bem e segurança da sociedade.
civis; 11–12, Justificam-se os homens 2 Cremos que nenhum gover-
quando defendem a si mesmos e de- no pode existir em paz a não ser
fendem seus bens. que tais leis sejam feitas e manti-
das invioladas, de modo a garan-
Nós cremos que os a governos tir a todo indivíduo o a livre exer-
foram instituídos por Deus em cício de b consciência, o direito e
68 a Êx. 14:21; 73 a Mt. 8:11–12; RF 1:12.
Jos. 3:14–17. Lc. 13:28; b GEE PrestarContas,
70 a Isa. 50:11. D&C 19:5. Responsabilidade,
71 a 2 Crôn. 36:15–16; GEE Inferno; Responsável.
Jer. 44:4–5. Trevas Espirituais. 2 a GEE Arbítrio.
72 a Isa. 8:16–20. 134 1 a D&C 98:4–7; b GEE Consciência.
321 Doutrina e Convênios 134:3–8
domínio de propriedade e a c pro- os governos têm o direito de esta-
teção da vida. belecer leis que, a seu ver, sejam
3 Cremos que todos os governos mais adequadas para assegurar
requerem necessariamente a re- os interesses públicos; ao mesmo
presentantes e magistrados civis tempo, contudo, mantendo sa-
para executar suas leis; e devem- grada a liberdade de consciência.
se procurar e apoiar pessoas para 6 Cremos que todo homem deve
administrar a lei com equidade e ser respeitado em sua posição,
justiça, pela voz do povo, caso se governantes e magistrados como
trate de uma república, ou pela tais, sendo nomeados para prote-
vontade do soberano. ção dos inocentes e punição dos
4 Cremos que a religião foi insti- culpados; e que todos os homens
tuída por Deus; e que os homens devem respeito e deferência às
são responsáveis perante ele e so- a 
leis visto que, sem elas, a paz e
mente ele, por seu exercício, a me- a harmonia seriam suplantadas
nos que suas opiniões religiosas pela anarquia e pelo terror; as leis
os levem a infringir os direitos e humanas foram instituídas com
a liberdade de outrem; não cre- o propósito expresso de regular
mos, porém, que as leis humanas nossos interesses como indivíduos
tenham o direito de interferir na e nações, entre um homem e ou-
prescrição de regras de a adoração tro; e as leis divinas foram dadas
para oprimir a consciência dos pelo céu, para prescrever regras
homens nem de ditar formas de sobre assuntos espirituais, para
devoção pública ou particular; cre- fé e adoração, devendo o homem
mos que o magistrado civil deve dar contas de ambas a seu Criador.
reprimir o crime, mas jamais con- 7 Cremos que governantes, es-
trolar consciências; deve castigar tados e governos têm o direito e
delitos, mas nunca suprimir a li- a responsabilidade de promulgar
berdade da alma. leis para a proteção de todos os ci-
5 Cremos que todos os homens dadãos no livre exercício de suas
têm a responsabilidade de suster e crenças religiosas; mas não cremos
apoiar o governo do lugar em que terem eles o direito, por justiça, de
residem, desde que protegidos em privar os cidadãos desse privilégio
seus direitos inerentes e inalie- nem de rejeitá-los por suas opi-
náveis pelas leis de tal governo; niões, enquanto mostrarem con-
e que o motim e a a rebelião são sideração e reverência pelas leis e
inadequados a todo cidadão assim suas opiniões religiosas não incen-
protegido e devem ser punidos tivarem motins nem conspirações.
convenientemente; e que todos 8 Cremos que a perpetração de
2 c D&C 42:18–19. RF 1:11. GEE Rebeldia, Rebelião.
3 a D&C 98:8–10. GEE Adorar. 6 a D&C 58:21;
4 a Al. 21:21–22; 5 a RF 1:12. 88:34.
Doutrina e Convênios 134:9–12 322
um crime deve ser punida de
a 
apenas, excomungá-los de sua
a 

acordo com a natureza do delito; sociedade e negar-lhes partici-


que o homicídio, a traição, o rou- pação.
bo, o furto e a violação da paz ge- 11 Cremos que todos os homens
ral, em todos os aspectos, devem devem apelar para as leis civis
ser punidos de acordo com sua a fim de conseguir reparação
criminalidade e sua má influên- de todas as injúrias e agravos,
cia entre os homens, pelas leis do quando se lhes infligirem maus-
governo sob o qual o delito tiver tratos pessoais ou infringirem-se
sido cometido; e para a paz e tran- seus direitos à propriedade ou
quilidade públicas, todos os ho- reputação, onde existirem leis
mens devem usar sua habilidade para protegê-los; mas cremos
para entregar os transgressores que todos os homens são jus-
das boas leis ao castigo. tificados por se defenderem e
9 Não cremos ser justo misturar defenderem seus amigos e seus
influência religiosa com governo bens e o governo de ataques ile-
civil, o que faz com que uma so- gais e de violações de direitos
ciedade religiosa seja favorecida e cometidos por qualquer pessoa,
outra, restrita em seus privilégios quando não se puder apelar de
espirituais; e os direitos indivi- imediato às leis nem se puder
duais de seus membros, como ci- obter auxílio.
dadãos, sejam negados. 12 Cremos ser justo a pregar o
10 Cremos que todas as socie- evangelho às nações da Terra e
dades religiosas têm o direito de exortar os justos a salvarem-se
lidar com seus membros, em caso da corrupção do mundo; mas não
de conduta inadequada, de acor- cremos ser correto interferir na
do com as regras e os regulamen- vida dos escravos nem pregar-lhes
tos dessas sociedades; desde que o evangelho nem batizá-los con-
tal ação se limite à participação e tra a vontade e o desejo de seus
posição da pessoa na sociedade senhores, nem envolver-se com
a que pertença; mas não cremos eles ou influenciá-los de qual-
ter qualquer sociedade religiosa quer forma, de modo a torná-los
autoridade para julgar os homens descontentes com sua situação
quanto a seu direito a proprieda- nesta vida, pondo assim em risco
de ou à vida; para confiscar-lhes vidas humanas; tal interferência
os bens deste mundo, ou para cremos ser ilegal e injusta e peri-
pô-los em perigo de vida ou de gosa para a paz de todo governo
danos físicos ou para infligir-lhes que permita a escravidão de seres
qualquer castigo físico. Podem, humanos.
8 a Al. 30:7–11; 10 a GEE Excomunhão. Pregar.
D&C 42:84–87. 12 a GEE Obra Missionária;
323 Doutrina e Convênios 135:1–3

SEÇÃO 135
Anúncio do martírio de Joseph Smith, o Profeta, e de seu irmão, Hy-
rum Smith, o Patriarca, em Carthage, Illinois, em 27 de junho de
1844. Este documento foi incluído no final da edição de 1844 de Dou-
trina e Convênios, que estava quase pronta para publicação quando
Joseph e Hyrum foram assassinados.

1–2, Joseph e Hyrum mortos na cadeia último, pela providência de Deus


de Carthage; 3, Aclamada a posição escapou sem mesmo um furo em
proeminente do Profeta; 4–7, Seu san- sua roupa.
gue inocente testifica a veracidade e a 3 Joseph Smith, o a Profeta e b Vi-
divindade do trabalho. dente do Senhor, com exceção ape-
nas de Jesus, fez mais pela salva-
Para selar o testemunho deste li- ção dos homens neste mundo do
vro e do Livro de Mórmon, anun- que qualquer outro homem que
ciamos a a morte de b Joseph Smith, jamais viveu nele. No curto es-
o Profeta, e de Hyrum Smith, o paço de vinte anos trouxe à luz
Patriarca. Foram eles assassinados o Livro de Mórmon, que tradu-
na c cadeia de Carthage, no dia 27 ziu pelo dom e poder de Deus, e
de junho de 1844, perto das cin- foi o instrumento de sua publica-
co horas da tarde, por uma turba ção em dois continentes; enviou
composta de 150 a 200 pessoas ar- a c plenitude do evangelho eterno,
madas e pintadas de negro. d Hy- que o livro continha, aos quatro
rum foi atingido primeiro e caiu cantos da Terra; trouxe à luz as
calmamente, exclamando: Sou um revelações e mandamentos que
homem morto! Joseph Smith saltou compõem este livro de Doutri-
da janela e foi morto a tiros na na e Convênios e muitos outros
tentativa, exclamando: Ó Senhor sábios documentos e instruções
meu Deus! Depois de mortos, am- para o benefício dos filhos dos
bos foram brutalmente baleados, homens; reuniu muitos milhares
recebendo cada um quatro balas. de santos dos últimos dias, fun-
2  a John Taylor e Willard Ri- dou uma grande d cidade e deixou
chards, dois dos Doze, eram as fama e nome que não podem ser
únicas pessoas que estavam no destruídos. Viveu grandiosamen-
local na ocasião; o primeiro foi te e morreu grandiosamente aos
ferido de maneira selvagem, com olhos de Deus e de seu povo; e
quatro balas, mas recuperou-se; o como a maior parte dos ungidos
135 1 a D&C 5:22; 6:30. d GEE Smith, Hyrum. GEE Restauração do
GEE Mártir, Martírio. 2 a GEE Taylor, John. Evangelho.
b GEE Smith, Joseph, Jr. 3 a GEE Profeta. d GEE Nauvoo, Illinois
c GEE Cadeia de b GEE Vidente. (EUA).
Carthage (EUA). c D&C 35:17; 42:12.
Doutrina e Convênios 135:4–7 324
do Senhor na antiguidade, selou não estão manchadas com o vosso
sua missão e suas obras com o sangue. Os c testadores agora es-
próprio e sangue; o mesmo fez seu tão mortos e seu testamento está
irmão Hyrum. Em vida não foram em vigor.
divididos e na morte não foram 6 Hyrum Smith fez quarenta e
separados! quatro anos em fevereiro de 1844
4 Quando Joseph foi a Carthage e Joseph Smith fez trinta e oito em
para entregar-se às pretensas exi- dezembro de 1843; e de agora em
gências da lei, dois ou três dias diante seus nomes serão incluídos
antes de seu assassinato, ele dis- entre os mártires da religião; e os
se: “Vou como um a cordeiro para leitores de todas as nações lem-
o matadouro; mas estou calmo brar-se-ão de que o surgimento
como uma manhã de verão; tenho do Livro de Mórmon e deste livro
a consciência limpa em relação a de Doutrina e Convênios da igreja
Deus e em relação a todos os ho- para a salvação de um mundo ar-
mens. Morrerei inocente e ain- ruinado custou o melhor sangue
da se dirá de mim: foi assassi- do século dezenove; e de que, se
nado a sangue frio.” — Naquela o fogo consegue queimar uma a ár-
mesma manhã, depois de Hyrum vore verdejante para a glória de
preparar-se para partir — dir-se-á, Deus, quão facilmente não quei-
para a chacina? sim, pois assim mará as árvores secas para puri-
aconteceu — ele leu o seguinte pa- ficar a vinha de corrupção! Eles
rágrafo, quase no fim do capítulo viveram pela glória; eles morre-
doze de Éter, no Livro de Mórmon, ram pela glória; e a glória é sua
e dobrou a página para marcá-la: eterna recompensa. De geração
5 E aconteceu que eu orei ao Se- em geração, seus nomes passarão
nhor a fim de que ele desse graça aos à posteridade como joias para os
gentios, para que tenham caridade. E santificados.
aconteceu que o Senhor me disse: Se 7 Eram inocentes de qualquer
eles não têm caridade, a ti isso não crime, como tantas vezes antes
importa; tu tens sido fiel; portanto, se provara, e só foram postos
as tuas vestes se tornarão a limpas. na prisão pela conspiração de
E porque viste a tua fraqueza, serás traidores e de homens iníquos;
fortalecido até que te sentes no lugar e seu sangue inocente, no chão da
que preparei nas mansões de meu Pai. cadeia de Carthage, é um grande
E agora (. . .) despeço-me dos gentios, selo afixado ao “mormonismo,”
sim, e também de meus irmãos a quem que não poderá ser rejeitado por
amo, até que nos encontremos perante qualquer tribunal da Terra; e seu
o b tribunal de Cristo, onde todos os sangue inocente sobre o brasão do
homens saberão que minhas vestes Estado de Illinois, juntamente
3 e Heb. 9:16–17; 5 a D&C 88:74–75. 6 a Lc. 23:31.
D&C 136:39. b Ét. 12:36–38.
4 a Isa. 53:7. c Heb. 9:16–17.
325 Doutrina e Convênios 136:1–7
com a violação da palavra do da religião de Jesus Cristo, que
Estado, conforme empenhada tocará o coração dos homens ho-
pelo governador, é uma testemu- nestos de todas as nações; e seu
nha da veracidade do evangelho sangue inocente, juntamente com
eterno, que o mundo inteiro não o sangue de todos os mártires
pode refutar; e seu sangue inocente sob o a altar que João viu, clamará
sobre o estandarte da liberdade ao Senhor dos Exércitos até que
e sobre a carta magna dos Esta- ele vingue esse sangue na Terra.
dos Unidos é um embaixador Amém.

SEÇÃO 136
A palavra e a vontade do Senhor dada por meio do Presidente
Brigham Young, em Winter Quarters, o acampamento de Israel, na
nação Omaha, na margem ocidental do rio Missouri, perto de Coun-
cil Bluffs, Iowa.
1–16, Como o acampamento de Israel 3 Que se organizem as compa-
deve ser organizado para a viagem nhias com capitães de a centenas,
rumo ao oeste; 17–27, É ordenado capitães de cinquenta e capitães
que os santos vivam de acordo com de dez, com um presidente e seus
vários padrões do evangelho; 28–33, dois conselheiros à frente, sob a
Os santos devem cantar, dançar, orar direção dos Doze b Apóstolos.
e adquirir sabedoria; 34–42, Profetas 4 E este será nosso a convênio:
são assassinados para que sejam re- b 
Caminharemos de acordo com
verenciados e os iníquos, condenados. todas as c ordenanças do Senhor.
5 Que cada companhia providen-
A Palavra e a Vontade do Senhor cie todas as parelhas, carroções,
quanto ao Acampamento de Israel provisões, roupas e outras coisas
em suas viagens para o oeste: que puderem, necessárias para a
2 Que todo o povo de a A Igreja viagem.
de Jesus Cristo dos Santos dos 6 Quando as companhias estive-
Últimos Dias e aqueles que com rem organizadas, que dediquem
eles viajam se organizem em com- toda a sua força aos preparativos,
panhias, fazendo o convênio e para os que deverão ficar para trás.
a promessa de guardar todos os 7  Que cada companhia, com
mandamentos e estatutos do Se- seus capitães e presidentes, de-
nhor nosso Deus. cida quantos irão na próxima
7 a Apoc. 6:9. 3 a Êx. 18:21–26. Deus.
136 2 a GEE Igreja de Jesus b GEE Apóstolo. c GEE Ordenanças.
Cristo dos Santos 4 a GEE Convênio.
dos Últimos Dias, A. b GEE Andar, Andar com
Doutrina e Convênios 136:8–22 326
primavera; depois escolha um 13 E que meus servos Orson Pratt
número suficiente de homens de e Wilford Woodruff organizem
boa constituição física e peritos, a uma companhia.
fim de levar parelhas, sementes e 14  Também que meus servos
implementos agrícolas e que irão, Amasa Lyman e George A. Smith
como pioneiros, preparar o plantio organizem uma companhia.
da primavera. 15 E designem presidentes e ca-
8 Que cada companhia assuma pitães de centenas e de cinquenta
a responsabilidade, proporcional e de dez.
ao valor de seus bens, de levar os 16 E que meus servos que foram
a 
pobres, as b viúvas, os c órfãos e as designados ensinem isto, a minha
famílias daqueles que entraram vontade, aos santos, a fim de que
para o exército, a fim de que os estejam prontos para ir a uma ter-
clamores das viúvas e dos órfãos ra de paz.
não cheguem ao ouvidos do Se- 17 Segui vosso caminho e fa-
nhor contra este povo. zei o que eu vos disse; e não te-
9 Que cada companhia prepare mais vossos inimigos, porque eles
casas e campos para o cultivo de não terão poder para deter minha
grãos, em benefício dos que, por obra.
agora, ficarem para trás; e esta é 18 Sião será a redimida em meu
a vontade do Senhor concernente próprio e devido tempo.
a seu povo. 19 E se qualquer homem pro-
10 Que cada homem use toda a curar elevar-se e não buscar meu
sua influência e seus bens para a 
conselho, não terá poder algum;
levar este povo ao lugar onde o e sua insensatez será manifestada.
Senhor estabelecerá uma a estaca 20 Buscai; e a cumpri todas as
de Sião. promessas que fizestes uns aos
11 E se fizerdes isto com o co- outros; e b não cobiceis o que per-
ração puro, com toda fidelidade, tence a vosso irmão.
sereis a abençoados; sereis aben- 21  a Guardai-vos do pecado de
çoados em vossos rebanhos e em tomar o nome do Senhor em vão,
vossas manadas e em vossos cam- pois eu sou o Senhor vosso Deus,
pos e em vossas casas e em vossas sim, o b Deus de vossos pais, o
famílias. Deus de Abraão e de Isaque e de
12 Que meus servos Ezra T. Ben- Jacó.
son e Erastus Snow organizem 22  a Eu sou aquele que tirou os
uma companhia. filhos de Israel da terra do Egito; e
8 a GEE Pobres. Abençoar, Bênção. b GEE Cobiçar.
b GEE Viúva. 18 a D&C 100:13. 21 a GEE Profanidade.
c Tg. 1:27; 3 Né. 24:5. 19 a GEE Aconselhar, b Êx. 3:6; 1 Né. 19:10.
10 a GEE Estaca. Conselho. 22 a Êx. 13:18; Jer. 2:5–7;
11 a Deut. 28:1–14. 20 a GEE Honestidade, 1 Né. 5:15; Al. 36:28.
GEE Abençoado, Honesto. GEE Jeová.
327 Doutrina e Convênios 136:23–36
meu braço estende-se nos últimos mãos e executarei a minha von-
dias, para b salvar meu povo Israel. tade concernente a eles.
23 Cessai de a contender uns com 31 Meu povo deve ser a provado
os outros; cessai de falar b mal uns em todas as coisas a fim de prepa-
dos outros. rar-se para receber a b glória que te-
24 Cessai a a embriaguez; e que nho para ele, sim, a glória de Sião;
vossas palavras contribuam para e quem não suporta c correção não
vossa b edificação mútua. é digno do meu reino.
25 Se tomares algo emprestado 32 Que o que for ignorante ad-
de teu próximo, devolverás o que quira a sabedoria, b humilhando-se
a 
tomaste emprestado; e se não pu- e invocando o Senhor seu Deus a
deres pagar, então dize imediata- fim de que seus olhos sejam aber-
mente a teu próximo, para que ele tos para que ele veja e seus ouvi-
não te condene. dos, abertos para que ele ouça;
26 E se achares algo que teu pró- 33 Pois meu a Espírito é envia-
ximo a perdeu, farás uma busca do ao mundo a fim de iluminar
cuidadosa até lho devolveres. os humildes e contritos e para a
27 Preservarás a diligentemente condenação dos ímpios.
o que possuis, para que sejas um 34 Vossos irmãos vos rejeita-
b 
mordomo prudente; pois é dádi- ram — vós e vosso testemunho,
va gratuita do Senhor teu Deus e sim, a nação que vos a expulsou;
tu és seu mordomo. 35 E agora vem o dia da sua ca-
28 Se estiveres alegre, louva ao lamidade, sim, os dias de tristeza,
Senhor com a cânticos, com músi- como uma mulher em dores de
ca, com dança, e com b orações de parto; e a tristeza deles será gran-
louvor e c ação de graças. de, a menos que se arrependam
29 Se estiveres a angustiado, invo- depressa, sim, muito depressa.
ca o Senhor teu Deus com súplicas 36 Porque eles mataram os profe-
a fim de que tua alma se b regozije. tas e os que lhes foram enviados; e
30 Não temas os teus inimigos, derramaram sangue inocente, que
porque eles estão nas minhas da terra clama contra eles.
22 b Jer. 30:10; Honestidade, Honesto. b GEE Alegria.
Eze. 20:33–34; 26 a Lev. 6:4; 31 a D&C 101:4.
D&C 38:33. Deut. 22:3. GEE Adversidade.
23 a 3 Né. 11:29–30. 27 a GEE Diligência. b Rom. 8:18;
GEE Contenção, b GEE Mordomia, D&C 58:3–4.
Contenda. Mordomo. GEE Glória.
b D&C 20:54. 28 a GEE Cantar. c GEE Castigar, Castigo,
GEE Maledicência. b GEE Oração. Corrigir, Repreender.
24 a GEE Palavra de c 2 Crôn. 5:13; 32 a GEE Sabedoria.
Sabedoria. D&C 59:15–16. b GEE Humildade,
b D&C 108:7. GEE Ação de Graças, Humilde, Humilhar.
25 a Salm. 37:21; Agradecido, 33 a GEE Espírito Santo.
Mos. 4:28. Agradecimento. 34 a GEE Perseguição,
GEE Dívida; 29 a 2 Sam. 22:7. Perseguir.
Doutrina e Convênios 136:37–137:3 328
37 Portanto, não vos maravilheis preciso que ele selasse o seu tes-
a  b 

destas coisas, pois ainda não sois temunho com o próprio c sangue,
a 
puros; ainda não podeis suportar para que ele fosse honrado e os
minha glória; mas contemplá-la- iníquos fossem condenados.
eis se fordes fiéis na obediência 40 Não vos livrei de vossos a ini-
a todas as palavras que vos b dei, migos, deixando uma testemunha
dos dias de Adão a Abraão, de do meu nome?
Abraão a Moisés, de Moisés a Je- 41 Agora, pois, escutai, ó povo
sus e seus apóstolos, e de Jesus e da minha a igreja; e vós, élderes,
seus apóstolos a Joseph Smith, ao ouvi juntos; vós recebestes meu
qual chamei por meio de meus b 
reino.
c 
anjos, meus servos ministradores, 42 Sede diligentes na obediên-
e pela minha própria voz desde cia a todos os meus mandamen-
os céus, para realizar minha obra; tos, para que não vos sobreve-
38 Cujo alicerce ele estabeleceu; nham julgamentos e vossa fé não
e foi fiel e tomei-o para mim. vos falhe e vossos inimigos triun-
39 Muitos se têm maravilhado fem. Assim, nada mais por agora.
por causa de sua morte; mas era Amém e amém.

SEÇÃO 137
Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, no templo de Kirtland, Ohio,
em 21 de janeiro de 1836. Naquela ocasião, administravam-se orde-
nanças em preparação para a dedicação do templo.
1–6, O Profeta vê seu irmão Alvin no Deus e sua glória, no c corpo ou
reino celestial; 7–9, Revela-se a dou- fora do corpo, não posso dizer.
trina de salvação para os mortos; 10, 2 Vi a incomparável beleza da
Todas as crianças são salvas no reino a 
porta por onde entrarão os her-
celestial. deiros desse reino, que se asse-
melhava a b chamas de fogo cir-
Abriram-se os a céus sobre nós e culantes;
contemplei o b reino celestial de 3 Também o a refulgente trono de
37 a GEE Pureza, Puro. 40 a Êx. 23:22; c 2 Cor. 12:2–4;
b Hel. 8:18. D&C 8:4; 105:15. 1 Né. 11:1;
c Apoc. 14:6; 41 a GEE Igreja de Jesus Mois. 1:11.
D&C 110:11–16; Cristo. 2 a 2 Né. 9:41; 31:17.
128:19–21; b Dan. 7:27. b Êx. 24:17;
JS—H 1:30–47. 137 1 a At. 7:55–56; Isa. 33:14–15;
39 a Mos. 17:20; 1 Né. 1:8; Hel. 5:23;
D&C 135:3. Hel. 5:45–49; D&C 130:7.
b GEE Testemunho. JS—H 1:43. 3 a Isa. 6:1;
c GEE Mártir, Martírio. b GEE Glória Celestial. Eze. 1:26–28.
329 Doutrina e Convênios 137:4–10
Deus, no qual estavam sentados o evangelho, que o teriam recebido
b 
Pai e o c Filho. caso tivessem tido permissão de
4 Vi as belas ruas desse reino, aqui permanecer, serão c herdeiros
que pareciam ser pavimentadas do d reino celestial de Deus;
de a ouro. 8 Também, todos os que morre-
5 Vi o Pai a Adão e b Abraão; e rem daqui em diante sem conheci-
meu c pai e minha d mãe; meu ir- mento dele, que o a teriam recebido
mão e Alvin, que há muito dorme; de todo o coração, serão herdeiros
6 E maravilhei-me de que ele desse reino;
houvesse recebido uma a herança 9 Pois eu, o Senhor, a julgarei
naquele reino, visto que partira todos os homens segundo suas
desta vida antes que o Senhor co- b 
obras, segundo o c desejo de seu
meçasse a coligar Israel pela b se- coração.
gunda vez; e não fora c batizado 10 E vi também que todas as
para a remissão de pecados. crianças que morrem antes de che-
7 Assim veio a mim a a voz do Se- gar à a idade da responsabilidade
nhor, dizendo: Todos os que mor- são b salvas no reino celestial.
reram b sem conhecimento deste

SEÇÃO 138
Visão dada ao Presidente Joseph F. Smith, em Salt Lake City, Utah, em
3 de outubro de 1918. Em seu discurso de abertura na 89ª Conferên-
cia Geral Semestral da Igreja, em 4 de outubro de 1918, o Presidente
Smith declarou haver recebido várias comunicações divinas nos meses
anteriores. Uma delas, relativa à visita do Salvador aos espíritos dos
mortos enquanto Seu corpo estava na sepultura, o Presidente Smith
recebera no dia anterior. Foi escrita imediatamente após o término da
conferência. Em 31 de outubro de 1918, foi submetida aos conselheiros
3 b GEE Trindade — Deus, Mortos. Mos. 15:24.
o Pai. b Isa. 11:11; c D&C 76:50–70.
c GEE Trindade — Deus, 1 Né. 22:10–12; d GEE Glória Celestial.
o Filho. Jacó 6:2. 8 a Al. 18:32; D&C 6:16.
4 a Apoc. 21:21; GEE Israel — Coligação 9 a Apoc. 20:12–13.
D&C 110:2. de Israel. GEE Juízo Final.
5 a GEE Adão. c Jo. 3:3–5; 2 Né. 9:23; b GEE Obras.
b D&C 132:29. Ét. 4:18–19; c D&C 64:34.
GEE Abraão. D&C 76:50–52; 84:74. GEE Coração.
c D&C 124:19. GEE Batismo, Batizar. 10 a GEE Prestar Contas,
GEE Smith, Joseph, 7 a Hel. 5:30. Responsabilidade,
Sênior. GEE Revelação. Responsável.
d GEE Smith, Lucy Mack. b TJS 1 Ped. 4:6 b GEE Salvação —
e JS—H 1:4. (Apêndice da Bíblia); Salvação das
6 a GEE Salvação para os 2 Né. 9:25–26; criancinhas.
Doutrina e Convênios 138:1–11 330
na Primeira Presidência, ao Conselho dos Doze e ao Patriarca, sendo
unanimemente aceita por eles.
1–10, O Presidente Joseph F. Smith os escritos do apóstolo Pedro aos
medita a respeito dos escritos de Pedro santos da antiguidade espalhados
e da visita de nosso Senhor ao mun- por a Ponto, Galácia, Capadócia e
do dos espíritos; 11–24, O Presidente outras partes da Ásia Menor, onde
Smith vê os mortos justos reunidos no o evangelho fora pregado após a
paraíso e o ministério de Cristo entre crucificação do Senhor.
eles; 25–37, Ele vê como a pregação 6 Abri a Bíblia e li os capítulos
do evangelho foi organizada entre os três e quatro da primeira epísto-
espíritos; 38–52, Vê o Pai Adão, Eva e la de Pedro e, ao ler, fiquei muito
muitos dos santos profetas, no mundo impressionado, mais do que ha-
dos espíritos, que consideravam o esta- via ficado antes, com as seguintes
do de seu espírito antes de sua ressur- passagens:
reição como um cativeiro; 53–60, Os 7 “Porque também Cristo pa-
mortos justos desta época continuam deceu uma vez pelos pecados, o
seus labores no mundo dos espíritos. justo pelos injustos, para levar-nos
a Deus; mortificado, na verdade,
Em três de outubro do ano de mil na carne, mas vivificado pelo Es-
novecentos e dezoito, sentei-me pírito;
em meus aposentos a meditando 8 No qual também foi, e pregou
sobre as escrituras; aos espíritos em a prisão;
2 E refletindo sobre o grande 9 Os quais noutro tempo foram
a 
sacrifício expiatório que foi feito rebeldes, quando a longanimidade
pelo Filho de Deus, para a b reden- de Deus esperava nos dias de Noé,
ção do mundo; enquanto se preparava a arca; na
3  E o grande e maravilhoso qual poucas (isto é, oito) almas
a 
amor manifestado pelo Pai e o se salvaram pela água.” (1 Pedro
Filho na vinda do b Redentor ao 3:18–20)
mundo; 10 “Porque por isto foi pregado
4 Para que, por meio de sua a ex- o evangelho também aos mortos,
piação e pela b obediência aos prin- para que, na verdade, fossem jul-
cípios do evangelho, a humanida- gados segundo os homens na car-
de fosse salva. ne, mas vivessem segundo Deus
5 Enquanto estava assim ocupa- em espírito.” (1 Pedro 4:6)
do, minha mente voltou-se para 11 Enquanto refletia sobre essas
138 1 a GEE Ponderar. 3 a Jo. 3:16. Obediência,
2 a Mt. 20:28. GEE Amor. Obediente.
GEE Expiação, b GEE Redentor. 5 a 1 Ped. 1:1.
Expiar. 4 a RF 1:3. 8 a Isa. 61:1;
b GEE Plano de b Mt. 7:21. Lc. 4:18;
Redenção. GEE Obedecer, D&C 76:73–74; 88:99.
331 Doutrina e Convênios 138:12–22
coisas que estão a escritas, os b olhos 17 Seu pó adormecido seria a res-
de meu entendimento foram aber- taurado em sua perfeita forma,
tos e o Espírito do Senhor c repou- cada b osso a seu osso, e os tendões
sou sobre mim e vi as hostes dos e a carne sobre eles, o c espírito e o
d 
mortos, tanto pequenos como corpo reunidos para nunca mais
grandes. se separarem, a fim de receberem
12 E achava-se reunido em um só a plenitude da d alegria.
lugar um grupo incontável dos es- 18 Enquanto essa vasta multidão
píritos dos a justos, que foram b fiéis esperava e conversava, regozijan-
no testemunho de Jesus enquanto do-se pela hora de sua libertação
viveram na mortalidade; das cadeias da morte, o Filho de
13 E que ofereceram a sacrifício Deus apareceu, anunciando a a li-
à semelhança do grande sacrifí- berdade aos cativos que tinham
cio do Filho de Deus e b sofreram sido fiéis;
tribulações em nome de seu Re- 19 E ali a pregou-lhes o b evan-
dentor. gelho eterno, a doutrina da res-
14 Todos esses haviam partido surreição e a redenção do gênero
da vida mortal com a firme a espe- humano da c queda e dos pecados
rança de uma gloriosa b ressurrei- individuais, desde que houvesse
ção por meio da c graça de Deus, d 
arrependimento.
o d Pai, e seu e Filho Unigênito, Je- 20 Aos a iníquos, porém, não se
sus Cristo. dirigiu; e entre os ímpios e os im-
15 Vi que estavam cheios de a jú- penitentes, que se b corromperam
bilo e alegria e regozijavam-se jun- enquanto estavam na carne, a sua
tos porque se aproximava o dia de voz não se fez ouvir;
sua libertação. 21 Nem os rebeldes, que rejei-
16 Estavam reunidos, aguardan- taram os testemunhos e as ad-
do a chegada do Filho de Deus ao vertências dos profetas antigos,
a 
mundo dos espíritos para decla- contemplaram sua presença ou
rar sua redenção das b ligaduras olharam sua face.
da morte. 22 Onde estavam esses, reinava
11 a GEE Escrituras — Valor b GEE Ressurreição. d GEE Alegria.
das escrituras. c GEE Graça. 18 a Isa. 61:1.
b Ef. 1:18; d GEE Trindade — Deus, GEE Salvação para os
D&C 76:10, 12, 19. o Pai. Mortos.
c Isa. 11:2. e GEE Unigênito. 19 a D&C 76:72–74.
d GEE Espírito. 15 a Isa. 51:11; b GEE Evangelho.
12 a D&C 76:69–70. Al. 40:12. c GEE Queda de Adão e
b D&C 6:13; 51:19; 16 a Lc. 23:43; Eva.
76:51–53. Al. 40:11–12. d GEE Arrepender-se,
13 a GEE Sacrifício. GEE Paraíso. Arrependimento.
b Mt. 5:10–12. b Mórm. 9:13. 20 a Al. 40:13–14.
14 a Ét. 12:4; 17 a 2 Né. 9:10–13. GEE Inferno;
Morô. 7:3, 40–44. b Eze. 37:1–14. Iniquidade, Iníquo.
GEE Esperança. c D&C 93:33–34. b 1 Né. 10:21.
Doutrina e Convênios 138:23–32 332
a escuridão, mas entre os justos
a 
sido rebeldes quando a longani-
havia b paz; midade de Deus esperava nos dias
23 E os santos regozijaram-se de Noé — e de como fora possível
em sua a redenção e dobraram os Cristo pregar àqueles espíritos e
b 
joelhos e reconheceram o Filho realizar o trabalho necessário entre
de Deus como seu Redentor e Li- eles em tão pouco tempo.
bertador da morte e das c cadeias 29  E enquanto refletia, meus
do inferno. olhos foram abertos e meu en-
24 Seus semblantes brilhavam e tendimento a vivificado; e percebi
a a resplandecência da presença do que o Senhor não se dirigira em
Senhor repousou sobre eles e b can- pessoa aos iníquos e aos rebeldes
taram louvores a seu santo nome. que haviam rejeitado a verdade, a
25 Maravilhei-me, porque sabia fim de ensiná-los;
que o Salvador dedicara cerca de 30 Mas eis que, dentre os justos,
três anos ao seu ministério entre organizou suas forças e designou
os judeus e os da casa de Israel, mensageiros, revestidos de a po-
procurando ensinar-lhes o evan- der e autoridade, e comissionou-
gelho eterno e chamá-los ao arre- os para levar a luz do evangelho
pendimento; aos que estavam nas b trevas, sim,
26 E contudo, não obstante suas a c todos os espíritos dos homens;
grandes obras e milagres e a pro- e assim foi o evangelho pregado
clamação da verdade com grande aos mortos.
a 
poder e autoridade, foram pou- 31 E os mensageiros escolhidos
cos os que deram ouvidos à sua foram anunciar o a dia aceitável do
voz e que se regozijaram em sua Senhor e proclamar b liberdade aos
presença e receberam salvação de cativos que estavam presos, sim,
suas mãos. a todos os que se arrependessem
27 Mas seu ministério entre os de seus pecados e recebessem o
que estavam mortos foi limitado ao evangelho.
a 
curto período compreendido entre 32 Desse modo foi pregado o
a crucificação e sua ressurreição; evangelho àqueles que haviam
28 E refleti sobre as palavras de a 
morrido em seus pecados, sem
Pedro — quando disse que o Filho b 
conhecimento da verdade ou em
de Deus pregara aos espíritos em transgressão, tendo rejeitado os
prisão que noutro tempo haviam profetas.
22 a GEE Trevas Espirituais. Isa. 60:19; b GEE Trevas Espirituais.
b GEE Paz. Apoc. 22:5; c D&C 1:2.
23 a GEE Plano de JS—H 1:17. 31 a Isa. 61:2;
Redenção. GEE Luz, Luz de Cristo. Lc. 4:17–19.
b Rom. 14:11; b GEE Cantar. b GEE Liberdade, Livre.
Mos. 27:31. 26 a 1 Né. 11:28. 32 a Jo. 8:21–24.
c 2 Né. 1:13; 27 a Mc. 8:31. b D&C 128:5.
Al. 12:11. 29 a D&C 76:12. GEE Conhecimento.
24 a Salm. 104:1–2; 30 a Lc. 24:49.
333 Doutrina e Convênios 138:33– 43
33 A esses foi ensinada a a fé em 38 Entre os grandes e poderosos
Deus, o arrependimento do peca- que estavam reunidos nessa vasta
do, o b batismo vicário para c remis- congregação dos justos encontra-
são de pecados, o d dom do Espíri- va-se o Pai a Adão, o Ancião de
to Santo pela imposição de mãos. Dias e pai de todos,
34 E todos os outros princípios 39 E nossa gloriosa Mãe a Eva,
do evangelho que precisavam sa- com muitas de suas filhas fiéis que
ber a fim de qualificarem-se para viveram através das eras e ado-
ser a julgados segundo os homens raram o Deus verdadeiro e vivo.
na carne, mas viver segundo Deus 40 a Abel, o primeiro b mártir, es-
no espírito. tava lá; e seu irmão c Sete, um dos
35 E desse modo soube-se entre poderosos, que era a d imagem ex-
os mortos, tanto pequenos como pressa de seu pai, Adão.
grandes, os injustos como também 41 a Noé, que advertira acerca do
os fiéis, que se efetuara redenção dilúvio; b Sem, o grande c sumo sa-
por meio do a sacrifício do Filho de cerdote; d Abraão, o pai dos fiéis;
Deus na b cruz. e 
Isaque, f Jacó e g Moisés, o grande
36 Foi dessa forma que se sou- legislador de Israel;
be que nosso Redentor passara o 42 E a Isaías, que anunciou, por
tempo de sua visita ao mundo dos profecia, que o Redentor fora un-
espíritos instruindo e preparando gido para curar os contritos de
os espíritos fiéis dos a profetas que coração, proclamar liberdade aos
haviam testificado dele na carne; b 
cativos e a abertura da c prisão aos
37 Para que levassem a mensa- presos, também estavam lá.
gem de redenção a todos os mor- 43  Além desses, a Ezequiel, a
tos a quem ele não poderia pregar quem foi mostrado em visão o
pessoalmente por causa de sua a re- grande vale de b ossos secos, que
beldia e transgressões, a fim de que seriam revestidos de carne a fim
eles, pelo ministério de seus servos, de ressurgirem na c ressurreição
também ouvissem suas palavras. dos mortos como almas viventes;
33 a RF 1:4. 36 a D&C 138:57. d Gên. 17:1–8.
GEE Fé. 37 a D&C 138:20. GEE Abraão.
b GEE Batismo, Batizar — GEE Rebeldia, e Gên. 21:1–5.
Batismo pelos mortos; Rebelião. GEE Isaque.
Ordenanças — 38 a GEE Adão. f Gên. 35:9–15.
Ordenança vicária. 39 a Mois. 4:26. GEE Jacó, Filho de
c GEE Remissão de GEE Eva. Isaque.
Pecados. 40 a GEE Abel. g GEE Moisés.
d GEE Dom do Espírito b GEE Mártir, Martírio. 42 a GEE Isaías.
Santo. c GEE Sete. b Isa. 61:1–2.
34 a GEE Juízo Final. d Gên. 5:3; c GEE Inferno.
35 a Al. 34:9–16. Mois. 6:10. 43 a GEE Ezequiel.
GEE Expiação, Expiar; 41 a GEE Noé, Patriarca b Eze. 37:1–14.
Sacrifício. Bíblico. c GEE Ressurreição.
b GEE Crucificação; b GEE Sem.
Cruz. c GEE Sumo Sacerdote.
Doutrina e Convênios 138:44–55 334
44  Daniel, que previu e predis-
a 
50 Porque os mortos considera-
se o estabelecimento do b reino de vam o longo tempo em que seu
Deus nos últimos dias, para nunca a 
espírito estava ausente do corpo
mais ser destruído nem entregue como uma b escravidão.
a outro povo; 51 Esses o Senhor ensinou e deu-
45 a Elias, que estava com Moisés lhes a poder para levantarem-se,
no Monte da b Transfiguração; depois que ele ressuscitasse dos
46 E a Malaquias, o profeta que mortos, e entrarem no reino de seu
testificou a vinda de b Elias, o pro- Pai, para que lá fossem coroados
feta — de quem também Morô- com b imortalidade e c vida eterna,
ni falou ao profeta Joseph Smith, 52 E continuassem dali em diante
declarando que ele viria antes do o seu trabalho, como fora prome-
grande e terrível c dia do Senhor — tido pelo Senhor, e se tornassem
também estavam lá. participantes de todas as a bên-
47 O profeta Elias deveria plan- çãos reservadas para aqueles que
tar no a coração dos filhos as pro- o amam.
messas feitas a seus pais, 53  O Profeta Joseph Smith e
48 Prenunciando a grande a obra meu pai, Hyrum Smith, Brigham
a ser realizada nos b templos do Young, John Taylor, Wilford
Senhor na c dispensação da pleni- Woodruff e outros espíritos pre-
tude dos tempos, para a redenção ciosos que foram a reservados para
dos mortos e o d selamento dos fi- nascer na plenitude dos tempos
lhos aos pais, a fim de que a Ter- a fim de participar no estabele-
ra toda não fosse ferida com uma cimento dos b alicerces da grande
maldição e totalmente destruída obra dos últimos dias,
na sua vinda. 54 Incluindo a construção de
49 Todos esses e muitos mais, até templos e a realização, neles, de
os a profetas que habitaram entre ordenanças para a redenção dos
os nefitas e testificaram a vinda do a 
mortos, também estavam no
Filho de Deus, misturavam-se à mundo dos espíritos.
grande assembleia e aguardavam 55 Observei que também esta-
sua libertação, vam entre os grandes e a nobres
44 a GEE Daniel. 47 a D&C 128:17. Al. 40:19–21.
b Dan. 2:44–45. 48 a GEE Salvação para os b GEE Imortal,
GEE Reino de Deus ou Mortos. Imortalidade.
Reino dos Céus. b GEE Templo, A Casa do c D&C 29:43.
45 a GEE Elias. Senhor. GEE Vida eterna.
b GEE Transfiguração. c GEE Dispensação. 52 a Isa. 64:4;
46 a Mal. 4:5–6; d GEE Família — Família 1 Cor. 2:9;
JS—H 1:36–39. eterna; D&C 14:7.
GEE Malaquias. Selamento, Selar. 53 a GEE Preordenação.
b D&C 110:13–15. 49 a Hel. 8:19–22. b D&C 64:33.
GEE Elias, o Profeta. 50 a GEE Espírito. 54 a GEE Ordenanças —
c GEE Segunda Vinda de b D&C 45:17. Ordenança vicária.
Jesus Cristo. 51 a 1 Cor. 6:14; 55 a Abr. 3:22–24.
335 Doutrina e Convênios 138:56–DECLARAÇÃO OFICIAL 1
que foram b escolhidos no prin- servidão do pecado no grande
cípio para serem governantes na mundo dos espíritos dos mortos.
Igreja de Deus. 58 Os mortos que se arrepende-
56 Mesmo antes de nascerem, rem serão a redimidos por meio
eles, com muitos outros, recebe- da obediência às b ordenanças da
ram suas primeiras lições no mun- Casa de Deus,
do dos espíritos e foram a prepara- 59 E depois de terem cumprido
dos para nascer no devido b tempo a pena por suas transgressões e
do Senhor, a fim de trabalharem de serem a purificados, receberão
em sua c vinha para a salvação da uma recompensa de acordo com
alma dos homens. suas b obras, porque são herdeiros
57 Vi que os a élderes fiéis desta da salvação.
dispensação, quando deixam a 60 Assim me foi revelada a visão
vida mortal, continuam seus la- da redenção dos mortos e presto
bores na pregação do evangelho testemunho; e sei que esse teste-
do arrependimento e da redenção, munho é a verdadeiro, mediante a
por meio do sacrifício do Filho bênção de nosso Senhor e Salvador
Unigênito de Deus, entre aque- Jesus Cristo. Assim seja. Amém.
les que estão nas b trevas e sob a
55 b GEE Preordenação. GEE Vinha do Senhor. b GEE Ordenanças.
56 a Jó 38:4–7; 57 a GEE Élder (Ancião). 59 a Al. 5:17–22.
Al. 13:3–7. b GEE Inferno. GEE Perdoar.
b At. 17:24–27. 58 a GEE Redenção, b GEE Obras.
c Jacó 6:2–3. Redimido, Redimir. 60 a GEE Verdade.

DECLARAÇÃO OFICIAL 1
A Bíblia e o Livro de Mórmon ensinam que a monogamia é o padrão
de Deus para o casamento, a menos que Ele declare algo diferente (ver
2 Samuel 12:7–8 e Jacó 2:27, 30). A partir de uma revelação ao Pro-
feta Joseph Smith, a prática do casamento plural foi instituída entre
os membros da Igreja no início da década de 1840 (ver seção 132).
Entre as décadas de 1860 e de 1880, o governo dos Estados Unidos
aprovou leis que tornaram ilegal essa prática religiosa. Mais tarde,
essas leis foram sancionadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
Após receber uma revelação, o Presidente Wilford Woodruff emitiu o
seguinte Manifesto, que foi aceito pela Igreja como oficial e obrigatório
em 6 de outubro de 1890. Isso levou ao fim da prática do casamento
plural na Igreja.
DECLARAÇÃO OFICIAL 1 336
A Quem Interessar Possa:
Notícias da imprensa, provenientes de Salt Lake City foram ampla-
mente divulgadas com propósitos políticos, declarando que a Comis-
são de Utah, em seu recente relatório ao Ministro do Interior, alega que
ainda se realizam casamentos plurais e que quarenta ou mais casamen-
tos dessa ordem foram celebrados em Utah desde junho passado ou
durante o último ano; e também que em discursos públicos os líderes
da Igreja ensinaram, incentivaram e estimularam a continuação da
prática da poligamia —
Eu, portanto, como presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, pela presente e da maneira mais solene de-
claro serem falsas tais acusações. Nós não estamos ensinando poliga-
mia, ou seja, casamento plural, nem permitindo que qualquer pessoa
adote tal prática; e nego que quarenta ou qualquer outro número de
casamentos plurais tenham sido celebrados durante esse período em
nossos templos ou em qualquer outro lugar do Território.
Relatou-se um caso em que as partes declaram ter sido o casamento
realizado na Casa de Investiduras, em Salt Lake City na primavera de
1889, mas não consegui descobrir quem realizou a cerimônia; o que
quer que tenha sido feito nesta questão, foi sem meu conhecimento.
Em consequência dessa alegada ocorrência, a Casa de Investiduras foi,
por ordem minha, demolida sem demora.
Sendo que o Congresso promulgou leis proibindo o casamento plu-
ral, leis essas que foram pronunciadas constitucionais pelo tribunal de
última instância, eu aqui declaro minha intenção de submeter-me
a essas leis e de usar minha influência junto aos membros da Igreja
que presido, para que eles façam o mesmo.
Nada há em meus ensinamentos à Igreja nem nos de meus compa-
nheiros, durante o tempo especificado, que se possa razoavelmente
interpretar como imposição da poligamia ou estímulo a ela; e quando
algum élder da Igreja usou palavras que pareciam transmitir tal ensi-
namento, foi prontamente repreendido. E agora declaro publicamente
que meu conselho aos santos dos últimos dias é que se abstenham de
celebrar casamentos proibidos pelas leis do país.
Wilford Woodruff
Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.
337 DECLARAÇÃO OFICIAL 1
O Presidente Lorenzo Snow apresentou o seguinte:
“Reconhecendo Wilford Woodruff como Presidente de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e atualmente o único homem
na Terra a possuir as chaves das ordenanças de selamento, proponho
que o consideremos plenamente autorizado, em virtude de sua posi-
ção, a expedir o Manifesto que foi lido em nossa presença, datado de
24 de setembro de 1890; e que, como Igreja reunida em Conferência
Geral, aceitemos sua declaração concernente aos casamentos plurais
como oficial e obrigatória.”

Salt Lake City, Utah, 6 de outubro de 1890.

TRECHOS DE TRÊS DISCURSOS DO


PRESIDENTE WILFORD WOODRUFF
A RESPEITO DO MANIFESTO
O Senhor jamais permitirá que eu ou qualquer outro homem que presida esta Igreja vos
desvie do caminho verdadeiro. Isso não faz parte do plano. Não é a intenção de Deus.
Se eu tentasse fazê-lo, o Senhor me afastaria de meu lugar, o mesmo acontecendo com
qualquer outro que tentasse afastar os filhos dos homens dos oráculos de Deus e de
seus deveres. (Sexagésima Primeira Conferência Geral Semestral da Igreja, segunda-
feira, 6 de outubro de 1890, Salt Lake City, Utah. Publicado no Deseret Evening News,
11 de outubro de 1890, p. 2.)

Não importa quem viva ou quem morra, ou quem seja chamado para conduzir esta
Igreja — eles têm que conduzi-la pela inspiração do Deus Todo-Poderoso. Se assim não
fizerem, de forma alguma o conseguirão. (. . .)
Ultimamente tenho recebido algumas revelações, que considero muito importantes, e
relatar-vos-ei o que o Senhor me disse. Consideremos o que chamamos de manifesto. (. . .)
O Senhor pediu-me que fizesse uma pergunta aos santos dos últimos dias, afirman-
do também que, se acatarem o que eu lhes disser e responderem, pelo Espírito e poder
de Deus, à pergunta feita a eles, todos responderão da mesma forma e todos crerão da
mesma forma em relação a este assunto.
A pergunta é: Qual o melhor caminho a ser seguido pelos santos dos últimos dias —
continuar tentando a prática do casamento plural, contrariando as leis do país e enfren-
tando a oposição de sessenta milhões de pessoas, sofrendo o confisco e perda de todos
os templos e a interrupção de todas as ordenanças neles realizadas tanto para os vivos
como para os mortos, além da prisão da Primeira Presidência e dos Doze, bem como
de chefes de família da Igreja, e também o confisco de propriedades particulares dos
membros (o que acarretaria a interrupção dessa prática); ou então, após fazer e sofrer
o que fizemos e sofremos por termos aderido a esse princípio, abandonar tal prática e
submeter-nos à lei, dessa forma permitindo que os Profetas, Apóstolos e pais de família
permaneçam em seus lares, de modo a poderem instruir o povo e cuidar dos assuntos
da Igreja, deixando também os templos nas mãos dos santos a fim de realizarem as
ordenanças do Evangelho tanto para os vivos como para os mortos?
O Senhor mostrou-me, por meio de visão e revelação, exatamente o que ocorreria se
não abandonássemos essa prática. Se não a tivéssemos abandonado, esses homens do
DECLARAÇÃO OFICIAL 1 – 2 338
Templo de Logan (. . .) não teriam qualquer utilidade; pois as ordenanças seriam inter-
rompidas em toda a terra de Sião. Reinaria confusão em Israel e muitos homens seriam
encarcerados. O problema afetaria toda a Igreja e seríamos obrigados a abandonar a
prática. A pergunta agora é se essa prática deveria ser interrompida dessa forma ou da
forma que o Senhor nos manifestou, deixando livres nossos Profetas e Apóstolos, bem
como os pais de família, e deixando os templos nas mãos do povo para que os mortos
sejam redimidos. Muitos já foram libertados da prisão do mundo espiritual por este
povo; e o trabalho deve continuar ou parar? Esta é a pergunta que faço aos santos dos
últimos dias. Tendes que julgar por vós mesmos. Desejo que respondais por vós mes-
mos. Não responderei a ela; mas digo-vos que essa seria exatamente a situação em que
nós, como povo, nos encontraríamos, caso não tivéssemos agido como agimos.
(. . .) Vi exatamente o que aconteceria se algo não tivesse sido feito. Venho sentindo
esse espírito há muito tempo. Desejo, porém, dizer-vos isto: Eu teria deixado que os
templos nos escapassem das mãos; teria ido eu próprio para a prisão e permitido que
isso acontecesse a muitos de vós, não tivesse o Deus do céu me ordenado fazer o que
fiz; e quando chegou a hora em que isso me foi ordenado, tudo ficou claro para mim.
Dirigi-me ao Senhor e escrevi o que Ele ordenou que eu escrevesse. (. . .)
Deixo-vos isto para que pondereis a respeito. O Senhor está trabalhando conosco.
(Conferência da Estaca Cache, Logan, Utah, domingo, 1º de novembro de 1891. Publi-
cado no Deseret Weekly, 14 de novembro de 1891.)
Agora vos direi o que me foi manifestado e a participação do Filho de Deus nisto.
(. . .) Tudo isso teria sucedido, assim como o Deus Todo-Poderoso vive, caso o mani-
festo não tivesse sido dado. Portanto, o Filho de Deus sentiu que isto deveria ser apre-
sentado à Igreja e ao mundo para propósitos que Ele conhecia. O Senhor decretara o
estabelecimento de Sião. Decretara a conclusão deste templo. Decretara que a salvação
dos vivos e dos mortos fosse oferecida nestes vales entre as montanhas. E o Deus To-
do-Poderoso decretou que o Diabo não frustraria isso. Se o compreenderdes, essa é a
chave para isso. (De um discurso proferido na sexta sessão dedicatória do Templo de
Salt Lake, abril de 1893. Transcrição dos Serviços Dedicatórios, Arquivos, Departamento
Histórico da Igreja, Salt Lake City, Utah.)

DECLARAÇÃO OFICIAL 2
O Livro de Mórmon ensina que “todos são iguais perante Deus,” o
que inclui “negro e branco, escravo e livre, homem e mulher” (2 Néfi
26:33). Ao longo da história da Igreja, pessoas de todas as raças e
etnias, em muitos países, têm sido batizadas e têm vivido na condi-
ção de membros fiéis da Igreja. Durante o tempo de vida de Joseph
Smith, alguns homens negros membros da Igreja foram ordenados ao
sacerdócio. No começo de sua história, os líderes da Igreja cessaram de
conferir o sacerdócio a homens negros de descendência africana. Os
registros da Igreja não contêm informações claras referentes à origem
dessa prática. Os líderes da Igreja acreditavam que seria necessária
uma revelação de Deus para que a prática fosse alterada, e buscaram
orientação fervorosamente. A revelação veio ao Presidente da Igreja,
339 DECLARAÇÃO OFICIAL 2
Spencer W. Kimball, e foi confirmada a outros líderes da Igreja no
Templo de Salt Lake, em 1º de junho de 1978. Com a revelação, foram
removidas todas as restrições, no tocante à raça, que anteriormente
diziam respeito ao sacerdócio.

A Quem Interessar Possa:


Em 30 de setembro de 1978, durante a 148ª Conferência Geral Se-
mestral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Pre-
sidente N. Eldon Tanner, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência
da Igreja apresentou o seguinte:
No início de junho deste ano, a Primeira Presidência anunciou que
o Presidente Spencer W. Kimball havia recebido uma revelação conce-
dendo o sacerdócio e as bênçãos do templo a todos os membros dig-
nos da Igreja do sexo masculino. O Presidente Kimball pediu que eu
comunicasse à congregação que após isso lhe ter sido revelado, depois
de muito meditar e orar nas salas sagradas do santo templo, ele apre-
sentou a revelação a seus conselheiros, que a aceitaram e a aprovaram.
Foi então apresentada ao Quórum dos Doze Apóstolos, que a aprovou
por unanimidade; tendo, a seguir, sido apresentada a todas as outras
Autoridades Gerais, que, também, a aprovaram unanimemente.
O Presidente Kimball pediu-me que eu agora lesse esta carta:

8 de junho de 1978
A todos os oficiais do sacerdócio, gerais e locais, de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todo o mundo:

Caros Irmãos:
Ao testemunharmos a expansão da obra do Senhor na Terra, sentimo-
nos gratos por terem os povos de muitas nações aceitado a mensagem
do evangelho restaurado, filiando-se à Igreja em número cada vez maior.
Isso despertou em nós o desejo de conceder a todos os membros dignos
da Igreja todos os privilégios e bênçãos que o evangelho proporciona.
Cônscios das promessas feitas pelos profetas e presidentes da Igre-
ja que nos precederam, de que, a um dado momento no plano eterno
de Deus, todos os nossos irmãos dignos receberiam o sacerdócio; e
testemunhando a fidelidade daqueles que haviam sido impedidos de
recebê-lo, imploramos longa e fervorosamente por esses nossos fiéis
irmãos, passando muitas horas na Sala Superior do Templo, a suplicar
a orientação divina do Senhor.
Ele ouviu nossas orações e, por revelação, confirmou que era che-
gado o dia, há muito prometido, em que todo homem da Igreja fiel e
digno poderia receber o santo sacerdócio, com o poder para exercer sua
DECLARAÇÃO OFICIAL 2 340
autoridade divina e usufruir, com seus entes queridos, todas as bênçãos
que dele provêm, incluindo-se as bênçãos do templo. Portanto, todos
os homens dignos da Igreja podem ser ordenados ao sacerdócio, inde-
pendentemente de sua raça ou cor. Instruímos os líderes do sacerdócio
a seguirem a diretriz de, cuidadosamente, entrevistar todos os candi-
datos à ordenação, seja ao Sacerdócio Aarônico ou ao de Melquisede-
que, para verificar se atendem aos padrões de dignidade estabelecidos.
Declaramos solenemente que o Senhor deu agora a conhecer a sua
vontade para bênção de todos os seus filhos, em toda a Terra, que aten-
derem à voz de seus servos autorizados, e se prepararem para receber
todas as bênçãos do evangelho.
Sinceramente,
Spencer W. Kimball
N. Eldon Tanner
Marion G. Romney
A Primeira Presidência
Reconhecendo Spencer W. Kimball como profeta, vidente e revelador
e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
é proposto que nós, como assembleia constituinte, aceitemos esta re-
velação como a palavra e a vontade do Senhor. Todos a favor manifes-
tem-se, levantando o braço direito. Quem se opuser, pelo mesmo sinal.
O voto para apoiar a moção foi unânime e afirmativo.
Salt Lake City, Utah, 30 de setembro de 1978.
A
PÉROLA DE
GRANDE VALOR

COLETÂNEA DAS REVELAÇÕES,


TRADUÇÕES E RELATOS DE
JOSEPH SMITH,

PRIMEIRO PROFETA, VIDENTE E REVELADOR DE


A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS
SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
ÍNDICE

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Moisés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Abraão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Fac-símile 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Fac-símile 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Fac-símile 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Joseph Smith—Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Joseph Smith—História . . . . . . . . . . . . . . . 53
Regras de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
INTRODUÇÃO

A Pérola de Grande Valor é uma coletânea de escritos seletos que


tratam de muitos aspectos significativos da fé e da doutrina de
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Esses materiais
foram traduzidos e produzidos pelo Profeta Joseph Smith e a maior
parte foi publicada nos periódicos da Igreja da época.
A primeira coletânea de materiais que apareceu com o título de
Pérola de Grande Valor foi preparada em 1851 pelo Élder Franklin D.
Richards, na época membro do Conselho dos Doze e presidente da
Missão Britânica. Seu propósito era tornar mais acessíveis alguns ar-
tigos importantes que haviam tido circulação limitada na época de
Joseph Smith. Com o aumento do número de membros da Igreja na
Europa e nos Estados Unidos da América, houve necessidade de se
colocar esses escritos ao alcance de todos. A Pérola de Grande Valor
começou a ser amplamente usada e, mais tarde, tornou-se uma das
obras-padrão da Igreja por determinação da Primeira Presidência e
da conferência geral realizada em Salt Lake City no dia 10 de outubro
de 1880.
Várias revisões foram feitas no conteúdo, de acordo com as neces-
sidades da Igreja. Em 1878, acrescentaram-se trechos do livro de Moi-
sés que não faziam parte da primeira edição. Em 1902, certos trechos
da Pérola de Grande Valor que repetiam escritos já publicados em
Doutrina e Convênios foram omitidos. A divisão em capítulos e ver-
sículos, com notas de rodapé, foi feita em 1902. A primeira publicação
em páginas de duas colunas, com índice, é de 1921. Nenhuma outra
mudança foi feita até abril de 1976, quando duas revelações foram
acrescentadas. Em 1979, essas duas revelações foram retiradas da Pé-
rola de Grande Valor e postas em Doutrina e Convênios, onde agora
constituem as seções 137 e 138. Na edição atual foram feitas algumas
mudanças para harmonizar o texto com documentos mais antigos.
Segue-se uma breve introdução ao conteúdo atual:
1. � Seleções do Livro de Moisés. Extrato do livro de Gênesis da tradu-
ção da Bíblia feita por Joseph Smith, que ele iniciou em junho de
1830.
2. � Livro de Abraão. Tradução inspirada dos escritos de Abraão.
Joseph Smith começou a tradução em 1835, depois de obter al-
guns papiros egípcios. A tradução foi publicada em série no pe-
riódico Times and Seasons, a partir de 1º de março de 1842, em
Nauvoo, Illinois.
Introdução vi
3. � Joseph Smith—Mateus. Trecho do testemunho de Mateus da tra-
dução da Bíblia feita por Joseph Smith (ver Doutrina e Convênios
45:60–61, onde aparece a ordem divina de começar a tradução do
Novo Testamento).
4. � Joseph Smith—História. Trechos do testemunho e da história ofi-
cial de Joseph Smith, que ele e os seus escribas prepararam em
1838–1839 e que foram publicados em série no periódico Times
and Seasons em Nauvoo, Illinois, a partir de 15 de março de 1842.
5. � Regras de Fé de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Declaração de Joseph Smith, publicada no periódico Times and
Seasons em 1º de março de 1842, junto com uma breve história
da Igreja, que se tornou conhecida popularmente como a Carta
Wentworth.
SELEÇÕES DO

LIVRO DE MOISÉS
Extrato da tradução da Bíblia, como revelada a Joseph Smith, o Profeta, en-
tre junho de 1830 e fevereiro de 1831.
CAPÍTULO 1 de dias ou fim de anos; e não é
(Junho de 1830) isso infinito?
4 E eis que tu és meu filho; por-
Deus revela-Se a Moisés — Moisés
tanto, a olha e mostrar-te-ei as
é transfigurado — Ele é confronta-
obras de minhas b mãos; mas não
do por Satanás — Moisés vê muitos
todas, porque minhas c obras não
mundos habitados — Mundos sem
têm d fim nem tampouco minhas
número foram criados pelo Filho — e 
palavras, porque jamais cessam.
A obra e a glória de Deus é levar a
5  Portanto, nenhum homem
efeito a imortalidade e a vida eterna
pode contemplar todas as obras
do homem.
minhas sem contemplar toda a

A S palavras de Deus, que ele


a 
disse a b Moisés, numa oca-
sião em que Moisés foi arrebatado
minha glória; e nenhum homem
pode contemplar toda a minha
glória e depois permanecer na
a uma montanha sumamente alta; carne sobre a Terra.
2 E a viu Deus b face a face e falou 6 E tenho uma obra para ti, Moi-
com ele e a c glória de Deus estava sés, meu filho; e tu és à a semelhan-
sobre Moisés; portanto, Moisés ça de meu b Unigênito; e meu Uni-
podia d suportar sua presença. gênito é e será o c Salvador, pois ele
3 E Deus falou a Moisés, dizen- é cheio de d graça e e verdade; mas
do: Eis que eu sou o Senhor Deus f 
não há outro Deus além de mim
a 
Todo-Poderoso; e b Infinito é meu e todas as coisas estão presentes
nome, pois eu sou sem princípio comigo, pois eu as g conheço todas.
1 1 a Al. 12:30; 1 Né. 1:14; Ét. 3:14–15;
Mois. 1:42. D&C 121:4. Mois. 1:13–16.
b GEE Moisés. GEE Trindade. b GEE Unigênito.
2 a Êx. 3:6; 33:11; b Isa. 63:16; c GEE Salvador.
TJS Êx. 33:20, 23 D&C 19:9–12; d Jo. 1:14, 17;
(Apêndice da Bíblia); Mois. 7:35. Al. 13:9.
Jo. 1:18; 6:46; GEE Infinito. GEE Graça.
Ét. 3:6–16; 4 a Mois. 7:4. e Mois. 5:7.
Mois. 1:11. b Mois. 7:32, 35–37. f 1 Re. 8:60;
b Núm. 12:6–8; c Salm. 40:5; Isa. 45:5–18, 21–22.
Deut. 34:10; D&C 76:114. g 1 Né. 9:6;
D&C 17:1. d Salm. 111:7–8; 2 Né. 9:20;
c Deut. 5:24; Mois. 1:38. Al. 18:32;
Mois. 1:13–14, 25. e 2 Né. 9:16; D&C 38:1–2.
GEE Glória. D&C 1:37–39. GEE Onisciente.
d GEE Transfiguração. GEE Palavra de Deus.
3 a Apoc. 11:17; 19:6; 6 a Gên. 1:26;
Moisés 1:7–18 2
7 E agora, eis que te mostro isto, Moisés pronunciou essas pala-
Moisés, meu filho, pois estás no vras, eis que a Satanás veio b ten-
mundo; e agora eu o mostro a ti. tá-lo, dizendo: Moisés, filho de
8 E aconteceu que Moisés olhou homem, adora-me.
e viu o a mundo no qual ele fora 13 E aconteceu que Moisés olhou
criado; e Moisés b viu o mundo e para Satanás e disse: Quem és
seus confins e todos os filhos dos tu? Pois eis que sou um a filho de
homens que existem e que foram Deus, à semelhança de seu Unigê-
criados; e c maravilhou-se e assom- nito; e onde está tua glória, para
brou-se muito com isso. que te adore?
9 E a presença de Deus apar- 14 Pois eis que eu não poderia
tou-se de Moisés, de modo que olhar para Deus, a não ser que
sua glória não estava sobre ele; e sua glória estivesse sobre mim e
Moisés foi deixado sozinho. E, ao eu fosse a transfigurado perante
ficar sozinho, caiu por terra. ele. Mas posso olhar para ti como
10 E aconteceu que se passaram homem natural. Não é certamen-
muitas horas antes que Moisés re- te assim?
cobrasse sua a força natural como 15 Bendito seja o nome de meu
homem; e disse a si mesmo: Ora, Deus, pois seu espírito não se
por esta razão sei que o homem apartou completamente de mim;
b 
nada é, coisa que nunca havia por outro lado, onde está tua gló-
imaginado. ria, porque para mim é treva? E
11  Mas agora meus próprios posso discernir entre ti e Deus;
olhos contemplaram a Deus; não, pois Deus disse-me: a Adora a
porém, meus olhos b naturais, mas, Deus, porque só a ele b servirás.
sim, meus olhos espirituais, por- 16 Vai-te, Satanás, não me enga-
que meus olhos naturais não po- nes; pois Deus me disse: Tu és à
deriam ter contemplado; pois eu a 
semelhança de meu Unigênito.
teria c fenecido e d morrido em sua 17 E ele também me deu manda-
presença; mas sua glória estava mentos quando me chamou, da
sobre mim e eu contemplei sua a 
sarça ardente, dizendo: b Invoca a
e 
face, pois fui f transfigurado dian- Deus em nome de meu Unigênito
te dele. e adora-me.
12  E aconteceu que, quando 18 E também Moisés disse: Não
8 a Mois. 2:1. Mois. 6:36. 13 a Salm. 82:6;
b Mois. 1:27. c Êx. 19:21. Heb. 12:9; 1 Jo. 3:2.
c Salm. 8:3–4. d Êx. 20:19. 14 a GEE Transfiguração.
10 a Dan. 10:8, 17; e Gên. 32:30; Mois. 7:4. 15 a Mt. 4:10.
1 Né. 17:47; Al. 27:17; f Mt. 17:1–8. GEE Adorar.
JS—H 1:20. GEE Transfiguração. b 1 Sam. 7:3;
b Dan. 4:35; 12 a Mois. 4:1–4. 3 Né. 13:24.
Hel. 12:7. GEE Diabo. 16 a Mois. 1:6.
11 a GEE Trindade. b Mois. 6:49. 17 a Êx. 3:2.
b D&C 67:10–13; GEE Tentação, Tentar. b Mois. 5:8.
3 Moisés 1:19–30
cessarei de invocar a Deus, porque Satanás se retirou da presença de
tenho outras coisas a perguntar- Moisés, Moisés levantou os olhos
lhe, pois sua glória tem estado ao céu, estando cheio do a Espírito
sobre mim; portanto, posso dis- Santo, o qual presta testemunho
cernir entre ele e ti. Retira-te da- do Pai e do Filho;
qui, Satanás. 25 E invocando o nome de Deus,
19 E então, quando Moisés pro- tornou a contemplar sua glória,
nunciou essas palavras, Satanás porque ela estava sobre ele; e ou-
clamou com alta voz e bramou viu uma voz, dizendo: Bendito
sobre a terra e ordenou, dizendo: és tu, Moisés, porque eu, o Todo-
Eu sou o a Unigênito; adora-me. Poderoso, te escolhi; e serás mais
20 E aconteceu que Moisés come- forte que muitas a águas, pois elas
çou a temer muito; e ao começar obedecerão a teu b comando como
a temer, viu a amargura do a in- se fosses c Deus.
ferno. Não obstante, b clamando 26 E eis que estou contigo, sim,
a Deus recebeu forças e ordenou, até o fim de teus dias; pois a liber-
dizendo: Retira-te de mim, Sata- tarás meu povo do b cativeiro, sim,
nás, porque somente a este único c 
Israel, meu d escolhido.
Deus adorarei, o qual é o Deus 27 E aconteceu que, enquanto a
de glória. voz ainda falava, Moisés olhou e
21 E então a Satanás começou a 
viu a Terra; sim, toda ela; e não
a tremer e a terra estremeceu; e houve uma partícula dela que ele
Moisés recebeu forças e invocou a não visse, discernindo-a pelo Es-
Deus, dizendo: Em nome do Uni- pírito de Deus.
gênito, retira-te daqui, Satanás. 28 E também viu seus habitantes;
22 E aconteceu que Satanás cla- e não houve uma só alma que não
mou com alta voz, com choro e tivesse visto; e discerniu-as pelo
pranto e a ranger de dentes; e dali Espírito de Deus; e grande era seu
se retirou, sim, da presença de número, sim, eram incontáveis
Moisés, de modo que ele não mais como as areias da praia.
o viu. 29 E ele viu muitas terras; e cada
23 E Moisés prestou testemunho uma se chamava a Terra e havia ha-
disso; mas por causa de iniquida- bitantes em sua superfície.
de, isso não se encontra entre os 30 E aconteceu que Moisés cla-
filhos dos homens. mou a Deus, dizendo: Dize-me,
24  E aconteceu que, quando rogo-te, por que essas coisas
19 a Mt. 24:4–5. 25 a Êx. 14:21–22. d GEE Escolhido (adjetivo
20 a GEE Inferno. b GEE Poder; ou substantivo).
b JS—H 1:15–16. Sacerdócio. 27 a D&C 88:47;
GEE Oração. c Êx. 4:16. Mois. 1:8.
21 a GEE Diabo. 26 a Êx. 3:7–12. GEE Visão.
22 a Mt. 13:41–42; b 1 Né. 17:23–25. 29 a GEE Terra.
Mos. 16:1–3. c 1 Re. 8:51–53.
24 a GEE Espírito Santo. GEE Israel.
Moisés 1:31–41 4
são assim e por meio de que as 36 E aconteceu que Moisés falou
fizeste? ao Senhor, dizendo: Sê misericor-
31 E eis que a glória de Deus es- dioso para com teu servo, ó Deus,
tava sobre Moisés, de modo que e dize-me o que concerne a esta
Moisés permaneceu na presença Terra e a seus habitantes e tam-
de Deus e conversou com ele a face bém aos céus; e então teu servo
a face. E o Senhor Deus disse a ficará satisfeito.
Moisés: Fiz essas coisas para meu 37 E o Senhor Deus falou a Moi-
próprio b intento. Aqui há sabedo- sés, dizendo: Os a céus, eles são
ria e em mim permanece. muitos e são inumeráveis para
32 E pela a palavra de meu po- o homem; mas são enumeráveis
der criei-as, a qual é meu Filho para mim, pois são meus.
Unigênito que é cheio de b graça 38 E assim como uma terra pas-
e c verdade. sará, e o seu céu, assim outra sur-
33 E a mundos incontáveis b criei; girá; e não há a fim para as mi-
e também os criei para meu pró- nhas obras, nem para as minhas
prio intento; e criei-os por meio palavras.
do Filho, o qual é meu c Unigênito. 39  Pois eis que esta é minha
34 E ao a primeiro homem de to- a 
obra e minha b glória: Levar a efei-
dos os homens chamei b Adão, isto to a c imortalidade e d vida eterna
é, c muitos. do homem.
35 Mas far-te-ei um relato ape- 40 E agora, Moisés, meu filho,
nas sobre esta Terra e seus ha- falar-te-ei a respeito desta Terra na
bitantes. Pois eis que há muitos qual estás; e a escreverás as coisas
mundos que pela palavra de meu que te direi.
poder passaram. E há muitos que 41 E no dia em que os filhos dos
agora permanecem e são inume- homens menosprezarem minhas
ráveis para o homem; mas todas palavras e a tirarem muitas delas
as coisas são enumeráveis para do livro que escreverás, eis que
mim, pois são minhas e eu a co- levantarei outro b semelhante a ti;
nheço-as. e c elas outra vez estarão ao alcance
31 a Deut. 5:4; 33 a Salm. 8:3–4; 39 a Rom. 8:16–17;
Mois. 1:11. D&C 76:24; 2 Né. 2:14–15.
b Isa. 45:17–18; Mois. 7:29–30. GEE Plano de
2 Né. 2:14–15. b GEE Criação, Criar. Redenção.
32 a Jo. 1:1–4, 14; c Mois. 1:6. b GEE Glória.
Heb. 1:1–3; 34 a Mois. 3:7. c GEE Imortal,
Apoc. 19:13; b Abr. 1:3. Imortalidade.
Jacó 4:9; GEE Adão. d GEE Vida eterna.
Mois. 2:1, 5. c Mois. 4:26; 6:9. 40 a 2 Né. 29:11–12.
GEE Jesus Cristo. 35 a Mois. 1:6; 7:36. 41 a 1 Né. 13:23–32;
b Salm. 19:1; GEE Onisciente. Mois. 1:23.
Mois. 5:7–8. 37 a Abr. 4:1. b 2 Né. 3:7–19.
GEE Graça. GEE Céu. c 1 Né. 13:32, 39–40;
c GEE Verdade. 38 a Mois. 1:4. D&C 9:2.
5 Moisés 1:42–2:11
dos filhos dos homens — entre 5 E eu, Deus, chamei à luz Dia; e
todos os que crerem. às trevas chamei Noite; e isso fiz
42 (Estas palavras foram a ditas a pela a palavra de meu poder e foi
Moisés no monte cujo nome não feito conforme eu b disse; e foram
será conhecido entre os filhos dos a tarde e a manhã o primeiro c dia.
homens. E agora elas são ditas a 6 E eu, Deus, tornei a dizer: Haja
ti. Não as mostres senão aos que um a firmamento no meio da água;
creem. Assim seja. Amém.) e assim foi feito, como eu disse; e
eu disse: Separe ele as águas das
CAPÍTULO 2 águas; e assim foi feito;
(Junho a outubro de 1830) 7 E eu, Deus, fiz o firmamento
e dividi as a águas; sim, as gran-
Deus cria os céus e a Terra — Cria-
des águas, sob o firmamento, das
das todas as formas de vida — Deus
águas que estavam acima do fir-
faz o homem e dá-lhe domínio sobre
mamento; e assim foi como eu
tudo o mais.
disse.
E aconteceu que o Senhor falou 8 E eu, Deus, chamei ao firma-
a Moisés, dizendo: Eis que eu te mento a Céus; e foram a tarde e a
a 
revelo o que concerne a este b céu manhã o segundo dia.
e a esta c Terra; escreve as palavras 9 E eu, Deus, disse: Ajuntem-se
que eu digo. Eu sou o Princípio e as águas que estão debaixo dos
o Fim, o d Deus Todo-Poderoso; céus em a um só lugar; e assim foi.
por meio de meu e Unigênito eu E eu, Deus, disse: Que haja terra
f 
criei estas coisas; sim, no prin- seca; e assim foi.
cípio criei o céu e a Terra sobre a 10 E eu, Deus, chamei à parte
qual estás. seca a Terra: e ao ajuntamento das
2 E a a Terra era sem forma e va- águas chamei Mar; e eu, Deus, vi
zia; e eu fiz com que as trevas co- que todas as coisas que eu havia
brissem a face do abismo; e meu feito eram boas.
Espírito moveu-se sobre a face da 11 E eu, Deus, disse: Que a ter-
água; pois eu sou Deus. ra produza a relva, a erva que dê
3 E eu, Deus, disse: Haja a luz; e semente, a árvore frutífera que
houve luz. dê fruto segundo sua espécie e a
4 E eu, Deus, vi a luz; e vi que a árvore que dê fruto, cuja semen-
luz era a boa. E eu, Deus, separei te esteja nele, sobre a terra; e foi
a luz das trevas. como eu disse.
42 a Mois. 1:1. 2 a Gên. 1:2; Abr. 4:2. 6 a Gên. 1:6–8.
2 1 a Mois. 1:30, 36. 3 a D&C 88:6–13. 7 a Abr. 4:9–10.
b GEE Céu. GEE Luz, Luz de Cristo. 8 a GEE Céu.
c Mois. 1:8. 4 a Gên. 1:4; 9 a Gên. 1:9;
d GEE Trindade — Deus, Abr. 4:4. Abr. 4:9.
o Pai. 5 a Mois. 1:32. 10 a GEE Terra.
e GEE Unigênito. b 2 Cor. 4:6. 11 a Gên. 1:11–12;
f GEE Criação, Criar. c Gên. 1:5. Abr. 4:11–12.
Moisés 2:12–26 6
12 E a terra produziu relva, toda sobre a terra no livre firmamento
erva que dá semente segundo sua do céu.
espécie; e a árvore que dá fruto, 21 E eu, Deus, criei grandes a ba-
cuja semente está nele, segundo leias e toda criatura vivente que se
sua espécie; e eu, Deus, vi que move, que as águas produziram
todas as coisas que eu havia feito em abundância, segundo sua es-
eram boas; pécie, e toda ave alada segundo
13 E foram a tarde e a manhã o sua espécie; e eu, Deus, vi que to-
terceiro dia. das as coisas que eu havia criado
14 E eu, Deus, disse: Haja luzes eram boas.
no firmamento do céu para divi- 22 E eu, Deus, abençoei-as, di-
dir o dia da noite; e que elas sejam zendo: Frutificai e a multiplicai-
por sinais e por estações e por dias vos e enchei as águas do mar; e
e por anos; multipliquem-se as aves na Terra;
15 E que sejam por luzes no fir- 23 E foram a tarde e a manhã o
mamento do céu para iluminar a quinto dia.
Terra; e assim foi. 24 E eu, Deus, disse: Produza a
16 E eu, Deus, fiz duas grandes terra criaturas viventes segundo
luzes; a a luz maior para governar sua espécie; gado e coisas raste-
o dia e a luz menor para governar jantes e bestas da Terra, segundo
a noite; e a luz maior foi o sol e sua espécie; e assim foi.
a luz menor foi a lua; e também 25 E eu, Deus, fiz as bestas da
as estrelas foram feitas de acordo Terra, segundo sua espécie, e gado
com minha palavra. segundo sua espécie e tudo que
17 E eu, Deus, coloquei-as no rasteja sobre a Terra, segundo sua
firmamento do céu para ilumi- espécie; e eu, Deus, vi que todas
nar a Terra, essas coisas eram boas.
18 E o sol para governar o dia 26  E eu, Deus, disse ao meu
e a lua para governar a noite e a 
Unigênito, que estava comigo
para separar a luz das trevas; e eu, desde o princípio: b Façamos o ho-
Deus, vi que todas as coisas que mem a nossa c imagem, segundo
eu havia feito eram boas; nossa semelhança; e assim foi. E
19 E foram a tarde e a manhã o eu, Deus, disse: Que eles tenham
quarto dia. d 
domínio sobre os peixes do mar
20 E eu, Deus, disse: Produ- e sobre as aves do ar e sobre o
zam as águas, abundantemente, gado e sobre toda a terra e sobre
criaturas viventes que se mo- toda coisa rastejante que rasteja
vam e aves que possam voar sobre a Terra.
16 a Gên. 1:16. 26 a GEE Jesus Cristo. d Gên. 1:28;
21 a Gên. 1:21; b GEE Criação, Criar. Mois. 5:1;
Abr. 4:21. c Gên. 1:26–27; Abr. 4:28.
22 a Gên. 1:22–25; Mois. 6:8–10;
Abr. 4:22–25. Abr. 4:26–27.
7 Moisés 2:27–3:5
27 E eu, a Deus, criei o homem à primeira carne, na Terra — A mu-
minha própria imagem, à imagem lher é uma adjutora própria para o
de meu Unigênito o criei; homem homem.
e mulher os criei.
Assim, o céu e a Terra foram a ter-
28 E eu, Deus, abençoei-os e dis-
minados e todas as suas b hostes.
se-lhes: Frutificai e a multiplicai-
2 E no sétimo dia eu, Deus, ter-
vos e enchei a Terra; e sujeitai-a e
minei minha obra e todas as coi-
dominai sobre os peixes do mar
sas que tinha feito; e a descansei no
e sobre as aves dos céus e sobre b 
sétimo dia de toda a minha obra;
todo ser vivente que se move na
e todas as coisas que eu fizera es-
Terra.
tavam terminadas; e eu, Deus, vi
29 E eu, Deus, disse ao homem:
que elas eram boas;
Eis que te dei toda erva que dá
3 E eu, Deus, a abençoei o sétimo
semente, que está sobre a face de
dia e santifiquei-o; porque nele eu
toda a Terra; e toda árvore em que
descansara de toda a minha b obra
há fruto que dê semente; para ti
que eu, Deus, criara e fizera.
servirá de a alimento.
4 E agora, eis que eu te digo que
30 E a toda besta da Terra e a
estas são as gerações do céu e da
toda ave do ar e a todas as coi-
Terra, quando foram criados, no
sas que rastejam sobre a Terra,
dia em que eu, o Senhor Deus, fiz
às quais concedo vida, toda erva
o céu e a Terra;
limpa será dada para alimento; e
5 E toda planta do campo, a an-
assim foi, sim, como eu disse.
tes de estar na Terra, e toda erva
31 E eu, Deus, vi todas as coisas
do campo, antes de brotar. Pois
que eu havia feito; e eis que todas
eu, o Senhor Deus, b criei todas as
as coisas que eu havia feito eram
coisas das quais falei c espiritual-
muito a boas; e foram a tarde e a
mente, antes que elas existissem
manhã o b sexto dia.
fisicamente na face da Terra. Pois
eu, o Senhor Deus, não fizera cho-
CAPÍTULO 3
ver sobre a face da Terra. E eu, o
(Junho a outubro de 1830)
Senhor Deus, havia d criado todos
Deus criou todas as coisas espiritual- os filhos dos homens; e ainda não
mente antes que existissem fisicamen- havia homem para lavrar a e terra,
te na Terra — Ele criou o homem, a pois no f céu os g criei; e ainda não
27 a GEE Trindade. Abr. 5:2–3. c D&C 29:31–34;
28 a Mois. 5:2. GEE Descansar, Abr. 3:23.
29 a Gên. 1:29–30; Descanso. GEE Criação Espiritual.
Abr. 4:29–30. b GEE Dia do Sábado d GEE Espírito.
31 a Gên. 1:31; (Dia de Descanso). e Gên. 2:5.
D&C 59:16–20. 3 a Mos. 13:19. f GEE Céu.
b Êx. 20:11; Abr. 4:31. b Êx. 31:14–15. g GEE Homem,
3 1 a GEE Criação, Criar. 5 a Gên. 2:4–5; Homens — O homem,
b Gên. 2:1; Abr. 5:1. Abr. 5:4–5. filho espiritual do Pai
2 a Gên. 2:2–3; b Mois. 6:51. Celestial.
Moisés 3:6–18 8
havia carne sobre a Terra nem na rio sair do Éden para regar o jar-
água nem no ar; dim; e dali ele se dividia e torna-
6 Mas eu, o Senhor Deus, falei e va-se em quatro a braços.
levantou-se um a vapor da Terra 11 E eu, o Senhor Deus, dei ao
e regou toda a superfície do solo. primeiro o nome de Pisom; e
7 E eu, o Senhor Deus, formei o ele rodeia toda a terra de Havi-
homem do a pó da Terra e soprei lá, onde eu, o Senhor Deus, criei
em suas narinas o fôlego da vida; muito ouro;
e o b homem tornou-se uma c alma 12 E o ouro daquela terra era
vivente, a d primeira carne na Ter- bom e havia bdélio e pedra ônix.
ra, também o primeiro homem; 13 E o nome do segundo rio era
não obstante, todas as coisas fo- Giom; é o que rodeia toda a terra
ram criadas antes; mas espiritual- da Etiópia.
mente foram elas criadas e feitas 14 E o nome do terceiro rio era
de acordo com minha palavra. Hidequel, o que vai para o lado
8 E eu, o Senhor Deus, plantei oriental da Assíria. E o quarto rio
um jardim ao oriente, no a Éden, era o Eufrates.
e ali pus o homem que eu havia 15 E eu, o Senhor Deus, tomei
formado. o homem e coloquei-o no Jardim
9  E da terra fiz eu, o Senhor do Éden para lavrá-lo e guar-
Deus, brotar fisicamente toda ár- dá-lo.
vore agradável à vista do homem; 16 E eu, o Senhor Deus, orde-
e o homem pôde contemplá-la. E nei ao homem, dizendo: De toda
ela tornou-se também uma alma árvore do jardim podes comer
vivente. Pois era espiritual no dia livremente,
em que eu a criei, pois permane- 17 Mas da árvore do conheci-
ce na esfera em que eu, Deus, a mento do bem e do mal não co-
criei, sim, como todas as coisas merás; não obstante, podes a es-
que preparei para uso do homem; colher segundo a tua vontade,
o homem viu que era boa como porque te é dado; mas lembra-te
alimento. E eu, o Senhor Deus, de que eu o proíbo, porque no b dia
também plantei a a árvore da vida em que dela comeres, certamente
no meio do jardim; e também a c 
morrerás.
b 
árvore do conhecimento do bem 18 E eu, o Senhor Deus, disse a
e do mal. meu a Unigênito que não era bom
10 E eu, o Senhor Deus, fiz um que o homem estivesse só; por
6 a Gên. 2:6. 8 a GEE Éden. c Gên. 2:17.
7 a Gên. 2:7; 9 a GEE Árvore da Vida. GEE Mortal,
Mois. 4:25; 6:59; b Gên. 2:9. Mortalidade;
Abr. 5:7. 10 a Gên. 2:10. Morte Física.
b GEE Adão. 17 a Mois. 7:32. 18 a GEE Unigênito.
c GEE Alma. GEE Arbítrio.
d Mois. 1:34. b Abr. 5:13.
9 Moisés 3:19–4:4
conseguinte, farei uma b adjutora homem e sua mulher, e não se
própria para ele. envergonhavam.
19 E da terra, eu, o Senhor Deus,
formei toda besta do campo e toda CAPÍTULO 4
ave do ar; e ordenei-lhes que fos- (Junho a outubro de 1830)
sem até Adão para ver como ele
Como Satanás se tornou o diabo —
as chamaria; e elas também eram
Ele tenta Eva — Adão e Eva caem e
almas viventes; porque eu, o Se-
a morte entra no mundo.
nhor Deus, soprei nelas o fôlego
da vida e ordenei que o nome que E eu, o Senhor Deus, falei a Moi-
Adão desse a cada criatura viven- sés, dizendo: Aquele a Satanás a
te, tal seria o seu nome. quem tu deste ordem em nome
20 E Adão deu nome a todo o de meu Unigênito é o mesmo que
gado e a todas as aves do ar e a existiu desde o b princípio; e ele
todos os animais do campo; mas, apresentou-se perante mim, di-
quanto a Adão, não havia uma zendo: Eis-me aqui, envia-me; se-
adjutora própria para ele. rei teu filho e redimirei a humani-
21 E eu, o Senhor Deus, fiz com dade toda, de modo que nenhuma
que caísse um sono profundo so- alma se perca; e sem dúvida c eu o
bre Adão; e ele adormeceu e eu farei; portanto, dá-me a tua honra.
tomei uma de suas costelas e fe- 2 Mas eis que meu a Filho Ama-
chei a carne em seu lugar; do, que foi meu Amado e meu
22 E da costela que eu, o Senhor b 
Escolhido desde o princípio, dis-
Deus, tomara do homem, fiz eu se-me: c Pai, faça-se a tua d vontade
uma a mulher e levei-a ao homem. e seja tua a e glória para sempre.
23 E Adão disse: Esta, agora eu 3 Portanto, por ter Satanás se
sei, é osso de meus ossos e a carne a 
rebelado contra mim e procurado
de minha carne; ela será chama- destruir o b arbítrio do homem, o
da Mulher, porque foi tirada do qual eu, o Senhor Deus, lhe dera;
homem. e também por querer que eu lhe
24 Portanto, o homem deixará desse meu próprio poder, fiz com
seu pai e sua mãe e a apegar-se-á que ele fosse c expulso pelo poder
a sua mulher; e eles serão b uma do meu Unigênito.
carne. 4 E ele tornou-se Satanás, sim,
25  E estavam ambos nus, o o próprio diabo, o pai de todas
18 b Gên. 2:18; Abr. 5:14. b GEE Casamento, Casar. c GEE Trindade — Deus,
22 a GEE Eva; 4 1 a GEE Diabo. o Pai.
Mulher, Mulheres. b D&C 29:36–37. d Lc. 22:42.
23 a Gên. 2:23; c Isa. 14:12–15. e GEE Glória.
Abr. 5:17. 2 a GEE Jesus Cristo. 3 a GEE Conselho nos
24 a Gên. 2:24; b Mois. 7:39; Céus.
D&C 42:22; 49:15–16; Abr. 3:27. b GEE Arbítrio.
Abr. 5:17–18. GEE Preordenação. c D&C 76:25–27.
Moisés 4:5–20 10
as mentiras, para enganar e ce-
a 
uma árvore desejável para torná-
a 

gar os homens e levá-los cativos la sábia, tomou de seu fruto e b co-


segundo a sua vontade, sim, to- meu; e deu também a seu marido
dos os que não derem ouvidos à e ele comeu com ela.
minha voz. 13 E os olhos de ambos foram
5 Ora, a serpente era mais a as- abertos e eles perceberam que
tuta do que qualquer besta do estavam a nus. E costuraram fo-
campo que eu, o Senhor Deus, lhas de figueira e fizeram aven-
havia feito. tais para si.
6 E Satanás incitou o coração da 14 E ouviram a voz do Senhor
serpente (pois ele havia atraído Deus quando estavam a andan-
muitos após si) e procurou tam- do no jardim, na viração do dia;
bém enganar a Eva, pois ele não e Adão e sua mulher foram es-
conhecia a mente de Deus; por conder-se da presença do Senhor
conseguinte, procurou destruir Deus entre as árvores do jardim.
o mundo. 15 E eu, o Senhor Deus, chamei
7 E ele disse à mulher: Sim, Deus Adão e disse-lhe: Aonde a vais?
disse — Não comereis de todas as 16 E ele respondeu: Ouvi a tua
árvores do a jardim? (E ele falou voz no jardim, e tive medo, por-
pela boca da serpente.) que vi que estava nu; e escondi-
8 E a mulher disse à serpente: me.
Podemos comer do fruto das ár- 17 E eu, o Senhor Deus, pergun-
vores do jardim; tei a Adão: Quem te disse que es-
9 Mas sobre o fruto da árvore tavas nu? Comeste da árvore da
que vês no meio do jardim, disse qual te ordenei que não comes-
Deus: Não comereis dele nem o ses, pois, se o fizesses, certamente
tocareis, para que não morrais. a 
morrerias?
10 E a serpente disse à mulher: 18 E o homem disse: A mulher
Certamente não morrereis; que me deste e ordenaste que per-
11 Pois Deus sabe que no dia em manecesse comigo deu-me do fru-
que dele comerdes, vossos a olhos to da árvore e eu comi.
serão abertos e sereis como deu- 19 E eu, o Senhor Deus, disse à
ses, b conhecendo o bem e o mal. mulher: O que é isso que fizeste?
12 E quando a mulher viu que a E a mulher disse: A serpente a en-
árvore servia para alimento e que ganou-me e eu comi.
se tornara agradável aos olhos e 20 E eu, o Senhor Deus, disse à
4 a 2 Né. 2:18; Al. 12:4. b GEE Queda de Adão
D&C 10:25. 6 a GEE Eva. e Eva.
GEE Enganar, Engano, 7 a GEE Éden. 13 a Gên. 2:25.
Fraude; 11 a Gên. 3:3–6; 14 a Gên. 3:8.
Mentir, Mentiroso. Mois. 5:10. 15 a Gên. 3:9.
5 a Gên. 3:1; b Al. 12:31. 17 a Mois. 3:17.
Mos. 16:3; 12 a Gên. 3:6. 19 a Gên. 3:13; Mos. 16:3.
11 Moisés 4:21–32
serpente: Por teres feito isso, a mal- a primeira de todas as mulheres,
dita serás sobre todo gado e toda que são a muitas.
besta do campo; sobre teu ventre 27 Eu, o Senhor Deus, fiz túni-
andarás e pó comerás todos os cas de peles para Adão e também
dias de tua vida; para sua mulher e a vesti-os.
21 E porei inimizade entre ti e a 28 E eu, o Senhor Deus, disse
mulher, entre a tua descendência e ao meu Unigênito: Eis que o a ho-
o seu descendente; e ele ferirá tua mem se tornou como um de nós,
cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar. b 
conhecendo o bem e o mal; e
22 À mulher eu, o Senhor Deus, agora, para que não estenda ele
disse: Multiplicarei grandemen- a mão e c partilhe também da d ár-
te tua dor e tua concepção. Com vore da vida e coma e viva para
a 
dor darás à luz filhos e teu dese- sempre,
jo será para teu marido; e ele te 29 Eu, o Senhor Deus, expul-
dominará. sá-lo-ei, portanto, do Jardim do
23 E eu, o Senhor Deus, disse a a 
Éden, para lavrar a terra da qual
Adão: Por haveres dado ouvidos foi tomado;
à voz de tua mulher e teres comi- 30 Pois assim como eu, o Senhor
do do fruto da árvore de que eu Deus, vivo, minhas a palavras não
ordenei, dizendo: Não comerás podem retornar vazias, pois assim
dele, maldita será a terra por tua como saem de minha boca têm de
causa; com dor comerás dela to- ser cumpridas.
dos os dias de tua vida. 31 Assim expulsei o homem e
24 Espinhos e cardos também coloquei, ao oriente do Jardim do
produzirá para ti; e comerás a Éden, a querubins e uma espada
erva do campo. flamejante, que virava para todos
25 Pelo a suor de teu rosto co- os lados a fim de guardar o cami-
merás o pão, até que retornes à nho da árvore da vida.
terra — pois certamente morre- 32 (E essas são as palavras que
rás — pois dela foste tirado; pois eu disse a meu servo Moisés; e
eras b pó e ao pó retornarás. elas são verdadeiras, conforme
26 E Adão chamou o nome de a minha vontade; e disse-as a ti.
sua mulher Eva, porque ela era Não as mostres a homem algum
a mãe de todos os viventes; pois até que eu te ordene, a não ser aos
assim eu, o Senhor Deus, chamei que creem. Amém.)
20 a Gên. 3:13–15. 27 a GEE Recato. 1 Né. 11:25;
22 a Gên. 3:16. 28 a Gên. 3:22. Mois. 3:9.
25 a Gên. 3:17–19. GEE Homem, GEE Árvore da Vida.
GEE Queda de Adão Homens — Seu 29 a GEE Éden.
e Eva. potencial de se tornar 30 a 1 Re. 8:56;
b Gên. 2:7; como o Pai Celestial. D&C 1:38.
Mois. 6:59; b GEE Conhecimento. 31 a Al. 42:3.
Abr. 5:7. c Al. 42:4–5. GEE Querubins.
26 a Mois. 1:34; 6:9. d Gên. 2:9;
Moisés 5:1–9 12
CAPÍTULO 5 Jardim do Éden, falando-lhes; e
a 

(Junho a outubro de 1830) eles não o viram, porque estavam


excluídos de sua b presença.
Adão e Eva têm filhos — Adão oferece
5 E ele deu-lhes mandamentos
sacrifício e serve a Deus — Nascem
de que a adorassem ao Senhor seu
Caim e Abel — Caim rebela-se, ama
Deus e oferecessem as b primícias
Satanás mais que a Deus e torna-se
de seus rebanhos como oferta ao
Perdição — Multiplicam-se os homi-
Senhor. E Adão foi c obediente aos
cídios e a iniquidade — O evangelho
mandamentos do Senhor.
é pregado desde o princípio.
6 E após muitos dias, um a anjo
E aconteceu que, depois que eu, do Senhor apareceu a Adão, di-
o Senhor Deus, os expulsei, Adão zendo: Por que ofereces b sacrifí-
começou a lavrar a terra e a exer- cios ao Senhor? E Adão respon-
cer a domínio sobre as bestas do deu-lhe: Eu não sei, exceto que o
campo e a comer o pão com o suor Senhor me mandou.
de sua fronte, como eu, o Senhor, 7 E então o anjo falou, dizendo:
lhe ordenara: E Eva, sua mulher, Isso é à a semelhança do b sacrifício
também trabalhava com ele. do Unigênito do Pai que é cheio
2 E Adão conheceu a sua mulher de c graça e verdade.
e ela a concebeu filhos e b filhas; e 8 Portanto, farás tudo o que fize-
eles começaram a c multiplicar-se res em a nome do Filho; e b arrepen-
e a encher a Terra. der-te-ás e c invocarás a Deus em
3 E a partir de então, os filhos e nome do Filho para todo o sempre.
a 
filhas de Adão começaram a di- 9 E naquele dia desceu sobre
vidir-se de dois em dois na terra Adão o a Espírito Santo, que pres-
e a lavrar a terra e a cuidar dos ta testemunho do Pai e do Filho,
rebanhos; e eles também geraram dizendo: Eu sou o b Unigênito do
filhos e filhas. Pai desde o princípio, agora e para
4 E Adão e Eva, sua mulher, in- sempre, para que, assim como
vocaram o nome do Senhor e eles c 
caíste, sejas d redimido e toda a
ouviram a voz do Senhor que vi- humanidade, sim, tantos quantos
nha do caminho, em direção ao o desejarem.
5 1 a Mois. 2:26. Obediência, Obediente. Arrependimento.
2 a Gên. 5:4. 6 a GEE Anjos. c GEE Oração.
b D&C 138:39. b GEE Sacrifício. 9 a GEE Espírito Santo.
c Gên. 1:28; Mois. 2:28. 7 a GEE Jesus Cristo — b GEE Jesus Cristo;
3 a Mois. 5:28. Simbolismos ou Unigênito.
4 a GEE Éden. símbolos de Cristo. c GEE Morte Espiritual;
b Al. 42:9. b Al. 34:10–15. Queda de Adão e Eva.
5 a GEE Adorar. GEE Sangue. d Mos. 27:24–26;
b Êx. 13:12–13; c Mois. 1:6, 32. D&C 93:38; RF 1:3.
Núm. 18:17; GEE Graça. GEE Plano de
Mos. 2:3. 8 a 2 Né. 31:21. Redenção;
GEE Primogênito. b Mois. 6:57. Redenção, Redimido,
c GEE Obedecer, GEE Arrepender-se, Redimir.
13 Moisés 5:10–20
10 E naquele dia Adão bendisse 15 E todos os que a cressem no
a Deus e ficou a pleno; e começou a Filho e se arrependessem de seus
b 
profetizar concernente a todas as pecados seriam b salvos; e todos os
famílias da Terra, dizendo: Bendi- que não cressem e não se arrepen-
to seja o nome de Deus, pois, de- dessem seriam c condenados; e as
vido a minha transgressão, meus palavras saíram da boca de Deus
olhos estão abertos e nesta vida em um firme decreto; portanto,
terei c alegria; e novamente na d car- têm de ser cumpridas.
ne verei a Deus. 16 E Adão e Eva, sua mulher, não
11 E a Eva, sua mulher, ouviu cessaram de clamar a Deus. E co-
todas essas coisas e alegrou-se, nheceu Adão a Eva, sua mulher,
dizendo: Se não fosse por nos- e ela concebeu e deu à luz a Caim
sa transgressão, jamais teríamos e disse: Obtive do Senhor um ho-
tido b semente e jamais teríamos mem; portanto, ele não pode re-
conhecido o bem e o mal e a ale- jeitar suas palavras. Mas eis que
gria de nossa redenção e a vida Caim não lhe deu ouvidos e dis-
eterna que Deus concede a todos se: Quem é o Senhor, para que eu
os obedientes. deva conhecê-lo?
12 E Adão e Eva bendisseram o 17 E ela tornou a conceber e deu
nome de Deus; e deram a a conhe- à luz seu irmão a Abel. E Abel b deu
cer todas as coisas a seus filhos e ouvidos à voz do Senhor. E Abel
suas filhas. foi pastor de ovelhas, mas Caim
13 E a Satanás apareceu no meio foi lavrador da terra.
deles, dizendo: Eu também sou 18 E Caim a amou Satanás mais
filho de Deus; e ordenou-lhes, que a Deus. E Satanás ordenou-
dizendo: Não creiam; e eles não lhe, dizendo: b Faze uma oferta
b 
creram e c amaram Satanás mais ao Senhor.
que a Deus. E os homens começa- 19 E com o correr do tempo,
ram, daquele tempo em diante, a aconteceu que Caim levou, do fru-
ser d carnais, sensuais e diabólicos. to da terra, uma oferta ao Senhor.
14 E o Senhor Deus chamou os 20 E Abel, ele também levou as
homens pelo a Espírito Santo em primícias de seus rebanhos e de
todos os lugares e ordenou-lhes sua gordura. E atentou o Senhor
que se arrependessem; para Abel e para sua a oferta;
10 a GEE Nascer de Deus, 13 a GEE Diabo. Condenar.
Nascer de Novo. b GEE Incredulidade. 16 a Gên. 4:1–2.
b D&C 107:41–56. c Mois. 6:15. GEE Caim.
GEE Profecia, Profetizar. d GEE Carnal; 17 a GEE Abel.
c GEE Alegria. Homem Natural. b Heb. 11:4.
d Jó 19:26; 14 a Jo. 14:16–18, 26. 18 a D&C 10:20–21.
2 Né. 9:4. 15 a GEE Crença, Crer. b D&C 132:8–11.
11 a GEE Eva. b GEE Salvação. 20 a GEE Oferta;
b 2 Né. 2:22–23. c D&C 42:60. Sacrifício.
12 a Deut. 4:9. GEE Condenação,
Moisés 5:21–36 14
21 Mas para Caim e para a sua Jura-me por tua garganta e, se o
oferta ele não atentou. Ora, Sa-
a 
revelares, morrerás; e jurem teus
tanás sabia disso e alegrou-se. E irmãos pela cabeça deles e pelo
Caim ficou muito irado e decaiu- Deus vivo, que não o revelarão;
lhe o semblante. porque, se o revelarem, certamen-
22 E o Senhor disse a Caim: Por te morrerão; e isso para que teu
que estás irado e por que te decaiu pai não o saiba; e neste dia en-
o semblante? tregarei teu irmão Abel em tuas
23 Se bem fizeres, serás a aceito. mãos.
E se bem não fizeres, o pecado jaz 30 E Satanás jurou a Caim que
a tua porta e Satanás deseja pos- agiria de acordo com suas ordens.
suir-te; e a menos que dês ouvidos E todas essas coisas foram feitas
a meus mandamentos, entregar- em segredo.
te-ei, e será feito a ti, segundo seu 31 E Caim disse: Na verdade eu
desejo. E tu reinarás sobre ele. sou Maã, o senhor deste grande
24 Pois de agora em diante tu segredo, para que eu possa a matar
serás o pai de suas mentiras; serás e obter lucro. Portanto, Caim foi
chamado a Perdição; pois também chamado Mestre b Maã e vanglo-
existias antes do mundo. riou-se de sua iniquidade.
25 E será dito em dias futuros 32 E Caim saiu para o campo e
que essas a abominações vieram de Caim falou com Abel, seu irmão.
Caim; pois ele rejeitou o conselho E aconteceu que, enquanto esta-
maior que vinha de Deus; e essa é vam no campo, Caim levantou-se
uma maldição que porei sobre ti, contra Abel, seu irmão, e matou-o.
a menos que te arrependas. 33 E Caim a gloriou-se no que
26 E irou-se Caim e não mais deu havia feito, dizendo: Estou livre;
ouvidos à voz do Senhor nem à de certamente os rebanhos de meu
Abel, seu irmão, que andava em irmão cairão em minhas mãos.
santidade perante o Senhor. 34  E o Senhor disse a Caim:
27 E Adão e sua mulher lamenta- Onde está Abel, teu irmão? E ele
ram-se perante o Senhor por causa respondeu: Não sei. Sou eu a guar-
de Caim e seus irmãos. dador de meu irmão?
28 E aconteceu que Caim tomou 35 E o Senhor disse: O que fizes-
para esposa uma das filhas de te? A voz do sangue de teu irmão
seus irmãos; e eles a amaram Sa- clama a mim desde a terra.
tanás mais que a Deus. 36 E agora serás amaldiçoado
29  E Satanás disse a Caim: desde a Terra, que abriu a boca
21 a Gên. 4:3–7. 31 a GEE Homicídio. em “Maã.”
23 a Gên. 4:7; b IE “Mente,” 33 a GEE Mundanismo;
D&C 52:15; 97:8. “destruidor” e Orgulho.
24 a GEE Filhos de Perdição. “grandioso” são 34 a Gên. 4:9.
25 a Hel. 6:26–28. possíveis significados
28 a Mois. 5:13. das raízes evidentes
15 Moisés 5:37–49
para receber de tua mão o sangue uma cidade e deu à a cidade o
de teu irmão. nome de seu filho, Enoque.
37 Quando lavrares a terra, ela 43 E a Enoque nasceu Irade e ou-
não te dará mais sua força. a Fugi- tros filhos e filhas. E Irade gerou
tivo e vagabundo serás na Terra. Meujael e outros filhos e filhas. E
38 E Caim disse ao Senhor: Sata- Meujael gerou Metusael e outros
nás a tentou-me por causa dos re- filhos e filhas. E Metusael gerou
banhos de meu irmão. E também Lameque.
eu estava irado, porque aceitaste 44 E Lameque tomou para si
a oferta dele e a minha, não; meu duas mulheres; o nome de uma
castigo é maior do que me é pos- era Ada e o nome da outra, Zilá.
sível suportar. 45 E Ada gerou Jabal; ele foi o
39 Eis que me expulsaste este dia pai dos que habitam em tendas;
da face do Senhor e de tua face e eram guardadores de gado; e o
ficarei escondido; e serei fugitivo nome de seu irmão era Jubal, que
e vagabundo na Terra; e aconte- foi o pai de todos os que tocam
cerá que aquele que me achar me harpa e órgão.
matará, por causa de minhas ini- 46 E Zilá, ela também gerou Tu-
quidades; pois essas coisas não se bal Caim, mestre de todo artífice
escondem do Senhor. que trabalha em bronze e ferro. E
40  E eu, o Senhor, disse-lhe: a irmã de Tubal Caim chamava-
Qualquer que te matar, sete ve- se Noema.
zes sofrerá vingança. E eu, o Se- 47 E Lameque disse a suas mu-
nhor, pus um a sinal em Caim, para lheres, Ada e Zilá: Ouvi a minha
que não o matasse qualquer que voz, mulheres de Lameque, es-
o achasse. cutai as minhas palavras; pois
41 E Caim foi banido da a pre- eu matei um homem para o meu
sença do Senhor e, com sua mu- dano, e um jovem, para o meu
lher e muitos de seus irmãos, ha- mal.
bitou a terra de Node, a leste do 48 Se Caim for vingado sete ve-
Éden. zes, em verdade Lameque o será
42 E conheceu Caim a sua mu- a 
setenta e sete vezes;
lher e ela concebeu e deu à luz 49 Pois Lameque havia feito um
Enoque; e ele também gerou mui- a 
convênio com Satanás, segundo
tos filhos e filhas. E ele edificou a maneira de Caim, tornando-se
37 a Gên. 4:11–12. mesmo nome entre seu vangloriou-se de que
38 a GEE Cobiçar; povo, que não devem Satanás iria fazer mais
Tentação, Tentar. ser confundidos com por ele do que fizera
40 a Gên. 4:15. o Enoque da linhagem por Caim. As razões
41 a Mois. 6:49. justa de Sete e com sua para tal suposição
42 a IE Havia um homem cidade, Sião, também aparecem nos
chamado Enoque na conhecida como versículos 49 e 50.
linhagem de Caim, “Cidade de Enoque.” Gên. 4:24.
e uma cidade com o 48 a IE Lameque 49 a GEE Juramento.
Moisés 5:50–6:1 16
Mestre Maã, senhor daquele gran- começaram a prevalecer entre to-
de segredo que fora dado a Caim dos os filhos dos homens.
por Satanás; e Irade, filho de Eno- 56 E Deus amaldiçoou a terra
que, havendo descoberto o segre- com uma pesada maldição e fi-
do deles, começou a revelá-lo aos cou irado com os iníquos, com
filhos de Adão; todos os filhos dos homens que
50 Por isso Lameque, encoleri- ele fizera;
zado, matou-o; não como Caim a 57 Porque não davam ouvidos à
seu irmão Abel, com o fim de ob- sua voz nem acreditavam em seu
ter lucro, mas matou-o por causa a 
Filho Unigênito, sim, naquele
do juramento. que ele declarou que viria no me-
51 Pois, desde os dias de Caim, ridiano dos tempos, que foi pre-
havia uma a combinação secreta e parado desde antes da fundação
suas obras eram às escuras; e eles do mundo.
conheciam cada um a seu irmão. 58 E assim o a Evangelho come-
52 Portanto, o Senhor amaldi- çou a ser pregado desde o princí-
çoou Lameque e sua casa e todos pio, sendo anunciado por santos
os que haviam feito convênio com b 
anjos, enviados da presença de
Satanás, porque não guardaram Deus, e por sua própria voz e pelo
os mandamentos de Deus e isso c 
dom do Espírito Santo.
desagradou a Deus; e não minis- 59 E assim foram confirmadas
trou junto a eles e suas obras eram todas as coisas a Adão por uma
abominações e começaram a es- santa ordenança e pregado o
palhar-se entre todos os a filhos Evangelho e enviado um decreto
dos homens. E isso existia entre que deveria ficar no mundo até o
os filhos dos homens. seu fim; e assim foi. Amém.
53 E entre as filhas dos homens
essas coisas não eram ditas, por- CAPÍTULO 6
que Lameque contara o segredo (Novembro a dezembro de 1830)
a suas mulheres e elas rebelaram-
A semente de Adão escreve um li-
se contra ele e divulgaram essas
vro de recordações — Sua posterida-
coisas amplamente e não tiveram
de justa prega o arrependimento —
compaixão;
Deus revela-Se a Enoque — Enoque
54 Portanto, Lameque foi despre-
prega o evangelho — O plano de sal-
zado e expulso; e ele não apareceu
vação foi revelado a Adão — Ele rece-
no meio dos filhos dos homens,
beu o batismo e o sacerdócio.
para que não morresse.
55 E assim as obras das a trevas E a Adão deu ouvidos à voz de
51 a GEE Combinações 57 a GEE Jesus Cristo. c GEE Dom do Espírito
Secretas. 58 a GEE Evangelho. Santo.
52 a Mois. 8:14–15. b Al. 12:28–30; 6 1 a GEE Adão.
55 a GEE Iniquidade, Iníquo; Morô. 7:25, 29–31.
Trevas Espirituais. GEE Anjos.
17 Moisés 6:2–15
Deus e exortou seus filhos a se Adão e dizia: No dia em que Deus
arrependerem. criou o homem, à semelhança de
2 E Adão tornou a conhecer a sua Deus o fez.
mulher e ela deu à luz um filho; 9 À a imagem de seu próprio cor-
e ele deu-lhe o nome de a Sete. E po, homem e mulher, b criou-os; e
Adão glorificou o nome de Deus, abençoou-os e chamou seu c nome
pois ele disse: Deus concedeu-me Adão, no dia em que foram cria-
outra semente em lugar de Abel, dos e se tornaram d almas viven-
que Caim matou. tes na terra, sobre o e escabelo de
3 E Deus revelou-se a Sete e ele Deus.
não se rebelou, mas ofereceu um 10 E a Adão viveu cento e trinta
a 
sacrifício aceitável, como seu ir- anos e gerou um filho a sua seme-
mão Abel. E a ele também nasceu lhança, segundo sua própria b ima-
um filho e ele deu-lhe o nome de gem; e chamou seu nome Sete.
Enos. 11 E foram os dias de Adão, de-
4 E então começaram esses ho- pois que gerou Sete, oitocentos
mens a a invocar o nome do Se- anos; e gerou muitos filhos e fi-
nhor; e o Senhor abençoou-os. lhas.
5 E escrevia-se um a livro de re- 12 E todos os dias que Adão vi-
cordações; e era escrito no idioma veu foram novecentos e trinta
de Adão, pois a todos que invoca- anos; e ele morreu.
vam a Deus era concedido escre- 13 Sete viveu cento e cinco anos
ver pelo espírito de b inspiração; e gerou Enos; e profetizou em
6 E por eles seus filhos foram todos os seus dias e ensinou seu
ensinados a ler e a escrever, ten- filho Enos nos caminhos de Deus;
do uma linguagem que era pura portanto, Enos também profeti-
e impoluta. zou.
7 Ora, esse mesmo a Sacerdócio, 14 E viveu Sete, depois que ge-
que existia no princípio, existirá rou Enos, oitocentos e sete anos; e
também no fim do mundo. gerou muitos filhos e filhas.
8 Ora, essa profecia Adão pro- 15 E os filhos dos homens eram
nunciou movido pelo a Espírito numerosos em toda a face da ter-
Santo; e registrava-se uma b ge- ra. E naqueles dias Satanás exercia
nealogia dos c filhos de Deus. E grande a domínio entre os homens
esse era o d livro das gerações de e enfurecia-se em seu coração; e
2 a Gên. 4:25. Inspirar. Abr. 4:26–31.
GEE Sete. 7 a GEE Sacerdócio. b GEE Homem, Homens.
3 a GEE Sacrifício. 8 a 2 Ped. 1:21. c Mois. 1:34; 4:26.
4 a Gên. 4:26. b GEE Genealogia. d GEE Alma.
GEE Oração. c GEE Filhos e Filhas de e Abr. 2:7.
5 a Abr. 1:28, 31. Deus. 10 a D&C 107:41–56.
GEE Livro de d Gên. 5:1. b Gên. 5:3;
Recordações. 9 a Gên. 1:26–28; D&C 107:42–43; 138:40.
b GEE Inspiração, Mois. 2:26–29; 15 a Mois. 5:13.
Moisés 6:16–28 18
daí em diante vieram as guerras e sessenta e dois anos e gerou Eno- a 

derramamento de sangue; e bus- que; e viveu Jarede, depois de


cando o poder, a mão do homem gerar Enoque, oitocentos anos; e
levantava-se contra seu próprio gerou filhos e filhas. E Jarede en-
irmão para provocar-lhe a morte, sinou Enoque em todos os cami-
por causa de b obras secretas. nhos de Deus.
16 Todos os dias de Sete foram 22 E essa é a genealogia dos fi-
novecentos e doze anos; e ele mor- lhos de Adão, que era o a filho de
reu. Deus, com quem o próprio Deus
17 E viveu Enos noventa anos e conversou.
gerou a Cainã. E Enos e o restante 23 E eles eram a pregadores de
do povo de Deus saíram da terra retidão e falavam e b profetizavam
chamada Sulon e habitaram uma e exortavam todos os homens, em
terra prometida, à qual ele deu o todos os lugares, a se c arrepende-
nome de seu próprio filho, a quem rem; e d fé foi ensinada aos filhos
chamara Cainã. dos homens.
18 E viveu Enos, depois de gerar 24 E aconteceu que todos os dias
Cainã, oitocentos e quinze anos; e de Jarede foram novecentos e ses-
gerou muitos filhos e filhas. E to- senta e dois anos; e ele morreu.
dos os dias de Enos foram nove- 25 E viveu Enoque sessenta e
centos e cinco anos; e ele morreu. cinco anos e gerou a Matusalém.
19 E viveu Cainã setenta anos 26 E aconteceu que Enoque via-
e gerou Maalalel; e Cainã viveu, jou pela terra entre o povo; e en-
após gerar Maalalel, oitocentos quanto viajava, o Espírito de Deus
e quarenta anos; e gerou filhos e desceu do céu e pousou sobre ele.
filhas. E todos os dias de Cainã 27 E ele ouviu uma voz do céu,
foram novecentos e dez anos; e dizendo: Enoque, meu filho, pro-
ele morreu. fetiza a este povo e dize-lhes: Ar-
20 E Maalalel viveu sessenta e rependei-vos, pois assim diz o Se-
cinco anos e gerou Jarede; e viveu nhor: Estou a irado com este povo
Maalalel, após gerar Jarede, oito- e minha ardente ira está acesa
centos e trinta anos; e gerou filhos contra eles; porque o coração de-
e filhas. E foram todos os dias de les endureceu e seus b ouvidos es-
Maalalel oitocentos e noventa e tão ensurdecidos e seus olhos não
cinco anos; e ele morreu. c 
conseguem enxergar longe.
21  E viveu Jarede cento e 28 E por essas muitas gerações,
15 b GEE Combinações 22 a Lc. 3:38. 27 a D&C 63:32.
Secretas. 23 a GEE Profeta. b Mt. 13:15;
17 a Gên. 5:10–14; b GEE Profecia, Profetizar. 2 Né. 9:31;
D&C 107:45, 53. c GEE Arrepender-se, Mos. 26:28;
21 a Gên. 5:18–24; Arrependimento. D&C 1:2, 11, 14.
Mois. 7:69; 8:1–2. d GEE Fé. c Al. 10:25; 14:6.
GEE Enoque. 25 a GEE Matusalém.
19 Moisés 6:29–40
desde o dia em que os criei, têm sobre ti; portanto, todas as tuas
eles se a desviado e me negado e palavras justificarei; e as a monta-
buscado seus próprios conselhos nhas fugirão diante de ti e os b rios
nas trevas; e em suas próprias desviar-se-ão de seu curso; e tu
abominações planejaram o homi- permanecerás em mim e eu, em
cídio e não guardaram os manda- ti; portanto, c anda comigo.
mentos que dei a seu pai, Adão. 35 E o Senhor falou a Enoque e
29 Portanto, eles juraram falsa- disse-lhe: Unge teus olhos com
mente e, por seus próprios a jura- barro e lava-os; e tu verás. E ele
mentos, trouxeram a morte sobre assim fez.
si; e um b inferno preparei eu para 36 E ele viu os a espíritos que
eles, caso não se arrependam. Deus havia criado; e também viu
30 E este é um decreto que pro- coisas que não eram visíveis ao
mulguei no princípio do mundo, olho b natural; e daí em diante es-
de minha própria boca, desde a palhou-se por toda a terra a ex-
sua fundação; e pela boca de meus pressão: Um c vidente o Senhor
servos, teus pais, decretei-o, tal levantou para seu povo.
como será propagado no mundo, 37 E aconteceu que Enoque saiu
até seus confins. pela terra no meio do povo, pon-
31 E tendo ouvido essas pala- do-se nas colinas e lugares eleva-
vras, Enoque prostrou-se ante o dos e gritou em alta voz, testifi-
Senhor e falou perante o Senhor, cando contra suas obras; e todos
dizendo: Por que é que encontrei os homens a ofenderam-se por cau-
graça aos teus olhos? Sou apenas sa dele.
um menino e todo o povo odeia- 38 E foram escutá-lo, nos lugares
me, pois sou a lento no falar; por elevados, dizendo aos guardado-
que razão sou teu servo? res de tendas: Permanecei aqui e
32 E o Senhor disse a Enoque: guardai as tendas enquanto va-
Vai e faze o que te ordenei e ho- mos ver o vidente, pois ele pro-
mem algum te ferirá. Abre tua fetiza e há uma coisa estranha na
a 
boca e ela encher-se-á e dar-te-ei terra; um homem insano apareceu
palavras, pois toda carne está em entre nós.
minhas mãos; e farei o que me pa- 39 E aconteceu que quando o ou-
recer adequado. viram, homem algum lhe deitou
33 Dize a este povo: a Decidi este as mãos; porque o temor se apo-
dia servir ao Senhor Deus que derou de todos os que o ouviram;
vos fez. porque ele andava com Deus.
34  Eis que meu Espírito está 40  E aproximou-se dele um
28 a GEE Rebeldia, Rebelião. 33 a GEE Arbítrio. Deus.
29 a GEE Juramento. 34 a Mt. 17:20. 36 a GEE Criação Espiritual.
b GEE Inferno. b Mois. 7:13. b Mois. 1:11.
31 a Êx. 4:10–16; Jer. 1:6–9. c Gên. 5:24; Mois. 7:69. c GEE Vidente.
32 a D&C 24:5–6; 60:2. GEE Andar, Andar com 37 a 1 Né. 16:1–3.
Moisés 6:41–52 20
homem cujo nome era Maíja e escrevemos entre nós, de acordo
disse-lhe: Dize-nos claramente com o modelo dado pelo dedo de
quem és e de onde vieste. Deus; e foi dado em nosso próprio
41 E ele respondeu-lhes: Vim da idioma.
terra de Cainã, a terra de meus 47 E quando Enoque proferiu as
pais, uma terra de retidão até palavras de Deus, o povo tremeu
o dia de hoje. E meu pai ensi- e não pôde permanecer em sua
nou-me em todos os caminhos presença.
de Deus. 48 E ele disse-lhes: Por que Adão
42 E aconteceu, enquanto eu via- a 
caiu, existimos; e pela sua queda
java, vindo da terra de Cainã pelo veio a b morte; e fomos feitos par-
mar oriental, que tive uma visão; ticipantes de miséria e desgraça.
e eis que os céus eu vi e o Senhor 49 Eis que Satanás veio para
falou comigo e deu-me manda- o meio dos filhos dos homens e
mento; portanto, por esse moti- a 
tentou-os para que o adorassem;
vo, para cumprir o mandamento, e os homens tornaram-se b carnais,
digo estas palavras. c 
sensuais e diabólicos e encon-
43 E Enoque continuou a falar, tram-se d afastados da presença
dizendo: O Senhor que falou co- de Deus.
migo, o mesmo é o Deus do céu e 50 Mas Deus fez saber a nossos
ele é o meu Deus e vosso Deus; e pais que todos os homens devem
vós sois meus irmãos. E por que arrepender-se.
a 
aconselhais a vós mesmos e ne- 51 E ele chamou nosso pai Adão
gais o Deus do céu? com sua própria voz, dizendo:
44 Os céus ele fez; a a Terra é o Eu sou Deus; eu fiz o mundo e
b 
escabelo de seus pés e a fundação os a homens b antes que existissem
dela é sua. Eis que ele a estabele- na carne.
ceu e trouxe uma hoste de homens 52 E ele também lhe disse: Se te
para a sua face. voltares para mim, e deres ouvi-
45 E a morte veio sobre nossos dos à minha voz, e creres, e te ar-
pais; não obstante nós os conhe- rependeres de todas as tuas trans-
cemos e não podemos negar; e até gressões, e fores a batizado, sim,
o primeiro de todos conhecemos, na água, em nome de meu Filho
sim, Adão. Unigênito, que é cheio de b graça
46 Pois um livro de a lembranças e verdade, que é c Jesus Cristo, o
43 a Prov. 1:24–33; b GEE Morte Física. Homens — O homem,
D&C 56:14–15. 49 a Mois. 1:12. filho espiritual do Pai
44 a Deut. 10:14. GEE Tentação, Tentar. Celestial.
b Abr. 2:7. b Mos. 16:3–4; Mois. 5:13. b GEE Criação Espiritual.
46 a GEE Livro de GEE Carnal. 52 a 3 Né. 11:23–26.
Recordações. c GEE Sensual, GEE Batismo, Batizar.
48 a 2 Né. 2:25. Sensualidade. b GEE Graça.
GEE Queda de Adão d GEE Morte Espiritual. c GEE Jesus Cristo.
e Eva. 51 a GEE Homem,
21 Moisés 6:53–59
único d nome que será dado debai- 57 Portanto, ensina a teus filhos
xo do céu mediante o qual virá a que todos os homens, em todos
e 
salvação aos filhos dos homens, os lugares, devem a arrepender-se,
receberás o dom do Espírito San- ou de maneira alguma herdarão o
to, pedindo todas as coisas em reino de Deus, porque nenhuma
seu nome; e tudo o que pedires b 
coisa impura pode ali habitar ou
te será dado. c 
habitar em sua presença; pois,
53 E nosso pai Adão falou ao no idioma de Adão, d Homem de
Senhor e disse: Por que é que os Santidade é seu nome e o nome
homens devem arrepender-se e de seu Unigênito é e Filho do Ho-
ser batizados na água? E o Senhor mem, sim, Jesus Cristo, um justo
disse a Adão: Eis que te a perdoei f 
Juiz, que virá no meridiano dos
tua transgressão no Jardim do tempos.
Éden. 58 Portanto, dou-te o manda-
54 Assim se começou a dizer en- mento de ensinares estas coisas li-
tre o povo que o a Filho de Deus beralmente a teus a filhos, dizendo:
b 
expiara a culpa original, de modo 59 Por causa da transgressão
que os pecados dos pais não po- vem a queda, queda essa que traz
dem recair sobre a cabeça dos c fi- a morte; e sendo que haveis nasci-
lhos, pois estes são limpos desde do no mundo pela água e sangue
a fundação do mundo. e a espírito que eu fiz e assim vos
55 E o Senhor falou a Adão, di- haveis transformado de b pó em
zendo: Visto que teus filhos são alma vivente, do mesmo modo
concebidos em pecado, quando tereis de c nascer de novo no rei-
eles começam a crescer, conce- no do céu, da d água e do Espírito,
be-se o a pecado em seu coração e sendo limpos por sangue, sim, o
eles provam o b amargo para saber sangue de meu Unigênito; para
apreciar o bom. que sejais santificados de todo
56 E a eles é dado distinguir o pecado e e desfruteis as f palavras
bem do mal, de modo que são da vida eterna neste mundo e a
seus próprios a árbitros; e dei-te vida eterna no mundo vindouro,
outra lei e mandamento. sim, g glória imortal;
52 d At. 4:12; 57 a 1 Cor. 6:9–10. f GEE Jesus Cristo — Juiz;
2 Né. 31:21. GEE Arrepender-se, Justiça.
e GEE Salvação. Arrependimento. 58 a GEE Criança(s).
53 a GEE Perdoar. b 1 Né. 10:21. 59 a 1 Jo. 5:8.
54 a GEE Jesus Cristo. GEE Limpo e Imundo. b Gên. 2:7; Mois. 4:25;
b GEE Expiação, Expiar. c Salm. 24:3–4; Abr. 5:7.
c Mos. 3:16. 1 Né. 15:33–36; c GEE Nascer de Deus,
55 a GEE Pecado. Mórm. 7:7; Nascer de Novo.
b D&C 29:39. D&C 76:50–62. d GEE Batismo, Batizar.
GEE Adversidade. d Mois. 7:35. e 2 Né. 4:15–16;
56 a 2 Né. 2:26–27; GEE Homem de Al. 32:28.
Hel. 14:29–30. Santidade. f Jo. 6:68.
GEE Arbítrio. e GEE Filho do Homem. g GEE Glória Celestial.
Moisés 6:60–7:1 22
60 Pois pela água guardais o
a 
que Adão clamou ao Senhor e
mandamento, pelo Espírito sois foi arrebatado pelo a Espírito do
b 
justificados e pelo c sangue sois Senhor e foi levado para a água
d 
santificados; e foi mergulhado na b água e foi
61 Portanto, é dado para habitar tirado da água.
em vós: o testemunho do céu; o 65 E assim ele foi batizado e o
a 
Consolador; as coisas pacíficas de Espírito de Deus desceu sobre ele;
glória imortal; a verdade de todas e assim ele a nasceu do Espírito e
as coisas; aquilo que vivifica todas foi vivificado no homem b interior.
as coisas, que torna vivas todas as 66 E ele ouviu uma voz do céu,
coisas; aquilo que conhece todas dizendo: Foste a batizado com fogo
as coisas e tem todo o poder, de e com o Espírito Santo. Este é o
acordo com a sabedoria, a mise- b 
testemunho do Pai e do Filho, de
ricórdia, a verdade, a justiça e o agora em diante e para sempre;
juízo. 67 E tu és segundo a a ordem da-
62 E agora, eis que te digo: Este quele que foi sem princípio de
é o a plano de salvação para todos dias ou fim de anos de toda a eter-
os homens, por meio do sangue nidade para toda a eternidade.
de meu b Unigênito, que virá no 68 Eis que tu és a um em mim, um
meridiano dos tempos. filho de Deus; e assim possam to-
63 E eis que todas as coisas têm dos tornar-se meus b filhos. Amém.
sua semelhança e todas as coisas
são criadas e feitas para a prestar CAPÍTULO 7
testemunho de mim, tanto as coi- (Dezembro de 1830)
sas materiais como as coisas que
Enoque ensina, guia o povo e move
são espirituais; coisas que estão
montanhas — Estabelecida a cidade
acima nos céus e coisas que estão
de Sião — Enoque prevê a vinda do
na Terra e coisas que estão dentro
Filho do Homem, Seu sacrifício ex-
da terra e coisas que estão em-
piatório e a ressurreição dos santos —
baixo da terra, tanto acima como
Ele prevê a Restauração, a Coligação,
abaixo: todas as coisas prestam
a Segunda Vinda e o retorno de Sião.
testemunho de mim.
64 E aconteceu, quando o Se- E aconteceu que Enoque con-
nhor falou com Adão, nosso pai, tinuou a falar, dizendo: Eis que
60 a Morô. 8:25. D&C 88:45–47. b 2 Né. 31:17–18;
b GEE Justificação, 64 a GEE Espírito Santo. 3 Né. 28:11.
Justificar. b GEE Batismo, Batizar. 67 a GEE Sacerdócio de
c GEE Sangue. 65 a GEE Nascer de Deus, Melquisedeque.
d GEE Santificação. Nascer de Novo. 68 a 1 Jo. 3:1–3;
61 a GEE Espírito Santo. b Mos. 27:25; D&C 35:2.
62 a GEE Plano de Al. 5:12–15. b Jo. 1:12;
Redenção. 66 a D&C 19:31. D&C 34:3.
b GEE Unigênito. GEE Dom do Espírito GEE Filhos e Filhas de
63 a Al. 30:44; Santo. Deus.
23 Moisés 7:2–13
nosso pai Adão ensinou estas coi- Sum e matá-los-á até destruí-los
sas e muitos acreditaram e torna- por completo; e o povo de Canaã
ram-se a filhos de Deus; e muitos dividir-se-á na terra e a terra será
não acreditaram e pereceram em estéril e infecunda; e nenhum ou-
seus pecados e esperam com b te- tro povo viverá ali, a não ser o
mor, em tormento, que a ardente povo de Canaã;
indignação da ira de Deus se der- 8 Pois eis que o Senhor amaldi-
rame sobre eles. çoará a terra com muito calor e a
2 E daquele tempo em diante sua esterilidade continuará para
Enoque começou a profetizar, di- sempre; e uma cor a negra desceu
zendo ao povo: Quando eu esta- sobre todos os filhos de Canaã,
va viajando e me encontrava no de modo que foram desprezados
lugar chamado Maúja e clamei ao entre todos os povos.
Senhor, veio do céu uma voz que 9 E aconteceu que o Senhor me
dizia: Volta-te e sobe ao Monte disse: Olha; e olhei e vi a terra de
Simeon. Saron e a terra de Enoque e a ter-
3 E aconteceu que eu me voltei e ra de Ômner e a terra de Heni e a
subi ao monte; e enquanto estava terra de Sem e a terra de Haner e a
no monte, vi os céus se abrirem e terra de Hananias e os habitantes
fui revestido de a glória; de todas elas;
4 E vi o Senhor; e ele pôs-se dian- 10 E o Senhor disse-me: Dirige-te
te de minha face e falou comigo, a esse povo e dize-lhes que se a ar-
sim, como um homem fala com rependam, para que eu não venha
outro, a face a face; e ele disse-me: e os açoite com uma maldição e
b 
Olha e mostrar-te-ei o mundo eles pereçam.
pelo espaço de muitas gerações. 11 E ele me deu um mandamen-
5 E aconteceu que olhei para o to de que eu a batizasse em nome
Vale de Sum e eis um grande povo do Pai e do Filho, que é cheio de
que habitava em tendas, que era b 
graça e verdade, e do c Espírito
o povo de Sum. Santo, que presta testemunho do
6 E o Senhor tornou a dizer-me: Pai e do Filho.
Olha; e olhei para o norte e vi o 12 E aconteceu que Enoque con-
povo de Canaã, que habitava em tinuou a chamar todo o povo, com
tendas. exceção do povo de Canaã, ao ar-
7 E o Senhor disse-me: Profetiza; rependimento;
e eu profetizei, dizendo: Eis que 13 E tão grande era a a fé que
o povo de Canaã, que é numero- possuía Enoque, que ele conduziu
so, irá batalhar contra o povo de o povo de Deus; e seus inimigos
7 1 a GEE Filhos e Filhas de Mois. 1:2, 11, 31. Arrependimento.
Deus. b Mois. 1:4. 11 a GEE Batismo, Batizar.
b Al. 40:11–14. 8 a 2 Né. 26:33. b GEE Graça.
3 a GEE Transfiguração. 10 a Mois. 6:57. c GEE Espírito Santo.
4 a Gên. 32:30; Deut. 5:4; GEE Arrepender-se, 13 a GEE Fé.
Moisés 7:14–24 24
saíram para batalhar contra ele e Sião, porque eram unos de co-
a  b 

ele proferiu a palavra do Senhor ração e vontade e viviam em reti-


e a terra tremeu e as b montanhas dão; e não havia pobres entre eles.
fugiram, sim, de acordo com sua 19 E Enoque continuou pregan-
ordem; e os c rios de água desvia- do em retidão ao povo de Deus.
ram-se de seu curso e o rugido E aconteceu em seus dias que ele
dos leões fez-se ouvir no deserto; edificou uma cidade que foi cha-
e todas as nações temeram gran- mada Cidade da Santidade, sim,
demente, tão d poderosa era a pa- Sião.
lavra de Enoque e tão grande era 20 E aconteceu que Enoque fa-
o poder da linguagem que Deus lou com o Senhor; e ele disse ao
lhe dera. Senhor: Certamente a Sião habita-
14 Subiu também uma terra, das rá em segurança para sempre. O
profundezas do mar, e tão grande Senhor, porém, disse a Enoque:
era o temor dos inimigos do povo Sião eu abençoei, mas o restante
de Deus que eles fugiram e foram do povo eu amaldiçoei.
para longe, para a terra que subira 21 E aconteceu que o Senhor
das profundezas do mar. mostrou a Enoque todos os habi-
15 E os a gigantes da terra tam- tantes da Terra; e ele olhou e eis
bém foram para longe; e caiu uma que Sião, com o correr do tempo,
maldição sobre todo o povo que foi a arrebatada ao céu. E o Senhor
lutava contra Deus; disse a Enoque: Eis minha morada
16 E daquele tempo em diante, para sempre.
houve guerras e derramamento de 22 E Enoque também viu os re-
sangue entre eles; mas o Senhor manescentes do povo que eram os
veio habitar com seu povo e eles filhos de Adão; e eram uma mis-
viveram em retidão. tura de toda a semente de Adão,
17 O a temor do Senhor estava exceto a de Caim, pois a semente
sobre todas as nações, tão gran- de Caim era a negra e não tinha
de era a glória do Senhor que se lugar entre eles.
achava sobre seu povo. E o Senhor 23 E depois que Sião foi arreba-
b 
abençoou a terra e eles foram tada ao a céu, Enoque b olhou e eis
abençoados sobre as montanhas que c todas as nações da Terra es-
e sobre os lugares elevados; e flo- tavam diante dele;
resceram. 24 E geração sucedia a geração; e
18 E o Senhor chamou seu povo Enoque foi elevado e a arrebatado,
13 b Mt. 17:20. 1 Né. 17:35. 22 a 2 Né. 26:33.
c Mois. 6:34. 18 a GEE Sião. 23 a GEE Céu.
d GEE Poder; b At. 4:32; b GEE Visão.
Sacerdócio. Filip. 2:1–4. c D&C 88:47;
15 a Gên. 6:4; GEE Unidade. Mois. 1:27–29.
Mois. 8:18. 20 a Mois. 7:62–63. 24 a 2 Cor. 12:1–4.
17 a Êx. 23:27. GEE Nova Jerusalém.
b 1 Crôn. 28:7–8; 21 a Mois. 7:69.
25 Moisés 7:25–36
sim, ao seio do Pai e do Filho do contudo, estás ali e teu seio está
Homem; e eis que o poder de Sa- ali; e também és justo; tu és mise-
tanás estava sobre toda a face da ricordioso e bondoso para sempre;
Terra. 31 E tomaste Sião para teu pró-
25 E ele viu anjos descendo do prio seio, de todas as tuas cria-
céu; e ouviu uma alta voz, dizen- ções, de toda eternidade para toda
do: Ai, ai dos habitantes da Terra. eternidade; e nada a não ser a paz,
26 E ele viu Satanás; e este tinha b 
justiça e c verdade é a habitação
uma grande a corrente na mão, de teu trono; e a misericórdia irá
que cobria de b trevas toda a face adiante de tua face e não terá fim;
da Terra; e ele olhou para cima e como é que podes chorar?
riu; e seus c anjos rejubilaram-se. 32 O Senhor disse a Enoque:
27 E Enoque viu a anjos que des- Olha estes teus irmãos; eles são a
ciam do céu, prestando b testemu- obra de minhas próprias a mãos e
nho do Pai e do Filho; e o Espírito eu dei-lhes seu b conhecimento no
Santo desceu sobre muitos e eles dia em que os criei; e no Jardim do
foram arrebatados, pelos poderes Éden dei ao homem seu c arbítrio;
do céu, a Sião. 33 E a teus irmãos disse eu e
28 E aconteceu que o Deus do também dei mandamento que se
céu olhou o restante do povo e a 
amassem uns aos outros e que es-
chorou; e Enoque prestou teste- colhessem a mim, seu Pai; mas eis
munho disso, dizendo: Como é que eles não têm afeição e odeiam
que os céus choram e derramam seu próprio sangue.
suas lágrimas como a chuva sobre 34 E o a fogo de minha indigna-
as montanhas? ção está aceso contra eles; e em
29 E Enoque disse ao Senhor: meu ardente descontentamento
Como é que podes a chorar, sendo enviarei b dilúvios sobre eles, pois
que és santo e de toda eternidade minha ardente ira está acesa con-
para toda eternidade? tra eles.
30 E se fosse possível ao homem 35 Eis que eu sou Deus; a Homem
contar as partículas da Terra, sim, de Santidade é o meu nome; Ho-
de milhões de a terras como esta, mem de Conselho é o meu nome;
não seria sequer o princípio do e Infinito e Eterno é o meu b nome
número de tuas b criações; e tuas também.
cortinas ainda estão estiradas; e, 36  Portanto, posso estender
26 a Al. 12:10–11. b GEE Criação, Criar. Naum 1:6;
b Isa. 60:1–2. 31 a GEE Paz. D&C 35:14.
c Jud. 1:6; b GEE Justiça. b Gên. 7:4, 10;
D&C 29:36–37. c GEE Verdade. Mois. 8:17, 24.
27 a GEE Anjos. 32 a Mois. 1:4. GEE Dilúvio no Tempo
b GEE Testemunho. b GEE Conhecimento. de Noé.
29 a Isa. 63:7–10. c GEE Arbítrio. 35 a Mois. 6:57.
30 a D&C 76:24; 33 a GEE Amor. b Mois. 1:3.
Mois. 1:33. 34 a Isa. 30:27;
Moisés 7:37–47 26
minhas mãos e segurar todas as comoveram-se-lhe as entranhas
criações minhas; e meus a olhos e toda a eternidade tremeu.
podem trespassá-las também e, 42 E Enoque também viu a Noé e
entre todas as obras de minhas sua b família; que a posteridade de
mãos, jamais houve tanta b malda- todos os filhos de Noé seria salva
de como entre teus irmãos. com uma salvação física.
37 Mas eis que seus pecados cai- 43 Portanto, Enoque viu que Noé
rão sobre a cabeça de seus pais; construiu uma a arca e que o Se-
Satanás será seu pai e angústia, nhor sorriu diante dela e segu-
seu destino; e todo o céu chora- rou-a em sua própria mão; mas,
rá sobre eles, sim, toda a obra de sobre o restante dos iníquos, vie-
minhas mãos; portanto, não de- ram as enchentes e tragaram-nos.
verão os céus chorar, vendo que 44 E quando Enoque viu isso,
eles sofrerão? ficou com a alma amargurada e
38 Mas eis que estes que teus chorou por seus irmãos; e disse
olhos contemplam perecerão nos aos céus: a Recusar-me-ei a ser con-
dilúvios; e eis que os encarcerarei; solado; mas o Senhor disse a Eno-
uma a prisão preparei para eles. que: Anima-te e alegra-te; e olha.
39 E a aquele que escolhi implo- 45  E aconteceu que Enoque
rou diante da minha face; portan- olhou; e, a partir de Noé, ele viu
to, ele sofre pelos pecados deles, todas as famílias da Terra; e cla-
desde que se arrependam no dia mou ao Senhor, dizendo: Quando
em que meu b Escolhido voltar chegará o dia do Senhor? Quando
para mim; e até esse dia eles es- se derramará o sangue do Justo
tarão em c tormento; para que todos os que choram
40 Por esse motivo, pois, chora- sejam a santificados e tenham vida
rão os céus, sim, e toda a obra de eterna?
minhas mãos. 46 E o Senhor disse: Será no a me-
41 E aconteceu que o Senhor fa- ridiano dos tempos, nos dias de
lou a Enoque e contou a Enoque iniquidade e vingança.
todos os feitos dos filhos dos ho- 47 E eis que Enoque viu o dia
mens; portanto, Enoque sabia e da vinda do Filho do Homem na
contemplou as iniquidades e a carne; e sua alma rejubilou-se,
angústia deles; e chorou; e esten- dizendo: O Justo é levantado e o
deu os braços e dilatou-se-lhe o a 
Cordeiro, morto desde a funda-
a 
coração, como a eternidade; e ção do mundo; e pela fé eu estou
36 a D&C 38:2; 88:41; Abr. 3:27. b Mois. 8:12.
Mois. 1:35–37. GEE Jesus Cristo. 43 a Gên. 6:14–16;
b Gên. 6:5–6; c GEE Condenação, Ét. 6:7.
Mois. 8:22, 28–30. Condenar. 44 a Salm. 77:2;
38 a 1 Ped. 3:18–20. 41 a Mos. 28:3. Ét. 15:3.
GEE Inferno. GEE Compaixão. 45 a GEE Santificação.
39 a IE o Salvador. 42 a GEE Noé, Patriarca 46 a Mois. 5:57.
b Mois. 4:2; Bíblico. 47 a GEE Cordeiro de Deus.
27 Moisés 7:48–57
no seio do Pai e eis que b Sião está inalterável de que um a remanes-
comigo. cente de sua semente seria sempre
48  E aconteceu que Enoque encontrado entre todas as nações
olhou a a Terra; e ele ouviu uma enquanto a Terra subsistisse;
voz que vinha de suas entranhas, 53 E o Senhor disse: Bendito é
dizendo: Ai, ai de mim, a mãe dos aquele por meio de cuja semente
homens; estou aflita, estou fati- o Messias virá; pois ele diz: Eu
gada por causa da iniquidade de sou o a Messias, o b Rei de Sião,
meus filhos. Quando b descansarei a c Rocha do Céu, que é extensa
e serei purificada da c imundície como a eternidade; quem entrar
que saiu de mim? Quando me pela porta e d subir por meu in-
santificará o meu Criador, para termédio, jamais cairá; portanto,
que eu descanse e a retidão per- benditos são aqueles de quem fa-
maneça sobre minha face por al- lei, porque virão com e canções de
gum tempo? alegria eterna.
49 E quando Enoque ouviu o 54 E aconteceu que Enoque cla-
lamento da Terra, ele chorou e mou ao Senhor, dizendo: Quando
clamou ao Senhor, dizendo: Ó o Filho do Homem vier na carne,
Senhor, não terás compaixão da descansará a Terra? Rogo-te que
Terra? Não abençoarás os filhos me mostres essas coisas.
de Noé? 55 E o Senhor disse a Enoque:
50 E aconteceu que Enoque con- Olha; e ele olhou e viu o a Filho
tinuou a clamar ao Senhor, dizen- do Homem levantado na b cruz,
do: Rogo-te, ó Senhor, em nome segundo o costume dos homens;
de teu Unigênito, sim, Jesus Cris- 56 E ele ouviu uma alta voz; e
to, que tenhas misericórdia de os céus foram cobertos; e todas
Noé e sua semente, para que a as criações de Deus choraram; e
Terra nunca seja coberta pelas en- a Terra a gemeu; e as rochas parti-
chentes. ram-se; e os santos b levantaram-
51 E o Senhor não pôde negar; e se e foram c coroados à d direita
fez aliança com Enoque e jurou- do Filho do Homem, com coroas
lhe, com um juramento, que de- de glória;
teria as a enchentes; que visitaria 57 E todos os a espíritos que esta-
os filhos de Noé; vam na b prisão saíram e puseram-
52  E ele expediu um decreto se à direita de Deus; e o restante
47 b Mois. 7:21. b Mt. 2:2; b 3 Né. 27:14.
48 a GEE Terra — 2 Né. 10:14; Al. 5:50; GEE Crucificação.
Purificação da Terra. D&C 128:22. 56 a Mt. 27:45, 50–51.
b Mois. 7:54, 58, 64. c Salm. 71:3; 78:35; b GEE Ressurreição.
c GEE Imundície, Hel. 5:12. c GEE Coroa;
Imundo. GEE Rocha. Exaltação.
51 a Salm. 104:6–9. d 2 Né. 31:19–20. d Mt. 25:34.
52 a Mois. 8:2. e GEE Música. 57 a GEE Espírito.
53 a GEE Messias. 55 a GEE Filho do Homem. b D&C 76:71–74; 88:99.
Moisés 7:58–66 28
foi retido em cadeias de trevas até da ressurreição de todos os ho-
o julgamento do grande dia. mens; e retidão e verdade farei
58 E Enoque tornou a chorar e a varrerem a Terra, como um dilú-
clamar ao Senhor, dizendo: Quan- vio, a fim de f reunir meus eleitos
do descansará a Terra? dos quatro cantos da Terra em um
59 E Enoque viu o Filho do Ho- lugar que prepararei, uma Cidade
mem ascender ao Pai; e clamou ao Santa, para que meu povo cinja
Senhor, dizendo: Não virás outra os lombos e anseie pelo tempo da
vez à Terra? Pois tu és Deus e co- minha vinda; pois ali estará meu
nheço-te; e juraste-me e ordenas- tabernáculo e chamar-se-á Sião,
te-me que eu pedisse em nome do uma g Nova Jerusalém.
teu Unigênito; fizeste-me e deste- 63 E o Senhor disse a Enoque:
me direito a teu trono; e não por Então irás com toda a tua a cidade
mim mesmo, mas por meio de tua encontrá-los lá; e recebê-los-emos
própria graça; portanto, te pergun- em nosso seio e eles ver-nos-ão; e
to se não virás outra vez à Terra. debruçar-nos-emos sobre seu colo
60 E o Senhor disse a Enoque: e eles debruçar-se-ão sobre nossos
Como eu vivo, assim virei nos ombros; e beijaremos um ao outro;
a 
últimos dias, nos dias de iniqui- 64 E lá será a minha morada e
dade e vingança, para cumprir o será Sião, a qual sairá dentre todas
juramento que te fiz concernente as criações minhas; e pelo espaço
aos filhos de Noé; de a mil anos a Terra b descansará.
61 E chegará o dia em que a Ter- 65 E aconteceu que Enoque viu o
ra a descansará, mas antes desse dia da a vinda do Filho do Homem
dia os céus b escurecerão e um c véu nos últimos dias, para habitar na
de trevas cobrirá a Terra; e os céus Terra, em retidão, pelo espaço de
tremerão, assim como a Terra; e mil anos;
haverá grandes tribulações entre 66 Mas antes desse dia ele viu
os filhos dos homens, mas meu grandes tribulações entre os iní-
povo eu d preservarei; quos; e também viu o mar, que se
62 E a retidão enviarei dos céus; agitava, e o coração dos homens,
e b verdade farei brotar da c terra que a desfalecia, esperando com
para prestar d testemunho do meu temor os b julgamentos do Deus
Unigênito; de sua e ressurreição Todo-Poderoso, os quais haveriam
dentre os mortos; sim, e também de cair sobre os iníquos.
60 a GEE Últimos Dias. Evangelho. D&C 45:11–12;
61 a GEE Terra — Estado b GEE Livro de Mórmon. Mois. 7:19–21.
final da Terra. c Isa. 29:4. 64 a GEE Milênio.
b D&C 38:11–12; 112:23. d GEE Testemunho. b Mois. 7:48.
c GEE Véu. e GEE Ressurreição. 65 a Jud. 1:14.
d 1 Né. 22:15–22; f GEE Israel — Coligação GEE Segunda Vinda de
2 Né. 30:10. de Israel. Jesus Cristo.
62 a Salm. 85:11. g GEE Nova Jerusalém. 66 a Isa. 13:6–7.
GEE Restauração do 63 a Apoc. 21:9–11; b GEE Juízo Final.
29 Moisés 7:67–8:12
67 E o Senhor mostrou a Eno- nasceriam todos os reinos da Ter-
que todas as coisas, sim, até o ra (através de Noé); e ele tomou a
fim do mundo; e ele viu o dia glória para si.
dos justos, a hora de sua reden- 4 E sobreveio uma grande fome
ção; e recebeu uma plenitude de na terra; e o Senhor amaldiçoou
a 
alegria; a Terra com uma dolorosa maldi-
68 E todos os dias de a Sião, nos ção e muitos de seus habitantes
dias de Enoque, foram trezentos morreram.
e sessenta e cinco anos. 5 E aconteceu que Matusalém
69 E Enoque e todo o seu povo viveu cento e oitenta e sete anos;
a 
andavam com Deus e ele habitou e gerou Lameque;
no meio de Sião; e aconteceu que 6 E Matusalém viveu, depois
Sião já não existia, porque Deus que gerou Lameque, setecentos e
a recebeu em seu próprio seio; e oitenta e dois anos e gerou filhos
daí em diante se começou a dizer: e filhas;
Sião Fugiu. 7 E todos os dias de Matusalém
foram novecentos e sessenta e
CAPÍTULO 8 nove anos; e ele morreu.
(Fevereiro de 1831) 8 E Lameque viveu cento e oi-
tenta e dois anos e gerou um
Matusalém profetiza — Noé e seus
filho;
filhos pregam o evangelho — Predo-
9 E deu-lhe o nome de a Noé, di-
mina grande iniquidade — O cha-
zendo: Este filho irá consolar-nos
mado ao arrependimento é ignora-
quanto a nossa obra e ao trabalho
do — Deus decreta a destruição de
de nossas mãos, por causa da terra
toda carne pelo Dilúvio.
que o Senhor b amaldiçoou.
E todos os dias de Enoque foram 10 E Lameque viveu, após gerar
quatrocentos e trinta anos. Noé, quinhentos e noventa e cinco
2 E aconteceu que a Matusalém, anos e gerou filhos e filhas;
o filho de Enoque, não foi leva- 11 E todos os dias de Lameque
do, a fim de que se cumprissem foram setecentos e setenta e sete
os convênios que o Senhor fizera anos; e morreu.
com Enoque; porque ele verdadei- 12 E Noé tinha quatrocentos e
ramente fez convênio com Enoque cinquenta anos e a gerou Jafé; e
de que Noé sairia do fruto de seus quarenta e dois anos depois gerou
lombos. b 
Sem, daquela que foi a mãe de
3 E aconteceu que Matusalém Jafé; e quando tinha quinhentos
profetizou que de seus lombos anos, gerou c Cão.
67 a GEE Alegria. 8 2 a GEE Matusalém. GEE Jafé.
68 a Gên. 5:23; Mois. 8:1. 9 a GEE Noé, Patriarca b GEE Sem.
69 a Gên. 5:24; Mois. 6:34. Bíblico. c GEE Cão.
GEE Andar, Andar com b Mois. 4:23.
Deus. 12 a Gên. 5:32.
Moisés 8:13–23 30
13 E Noé e seus filhos deram
a  b 
19 E o Senhor ordenou Noé se-
a  b 

ouvidos ao Senhor e obedece- gundo sua própria c ordem e man-


ram-lhe; e foram chamados c filhos dou que ele fosse d anunciar seu
de Deus. Evangelho aos filhos dos homens,
14 E quando esses homens co- sim, tal como foi dado a Enoque.
meçaram a multiplicar-se na face 20 E aconteceu que Noé clamou
da Terra e tiveram filhas, os a filhos aos filhos dos homens para que
dos homens viram que essas filhas se a arrependessem, mas eles não
eram belas e tomaram-nas para es- deram ouvidos às suas palavras;
posas, segundo sua escolha. 21 E também, depois de ouvi-lo,
15 E o Senhor disse a Noé: As chegaram diante dele, dizendo:
filhas de teus filhos a venderam- Eis que somos os filhos de Deus;
se; pois eis que a minha ira está não temos tomado para nós as
acesa contra os filhos dos ho- filhas dos homens? Não estamos
mens, porque não dão ouvidos à a 
comendo e bebendo e casando-
minha voz. nos e dando em casamento? E
16 E aconteceu que Noé profeti- nossas mulheres nos dão filhos e
zou e ensinou as coisas de Deus, os mesmos são homens podero-
assim como era no princípio. sos, semelhantes aos homens da
17 E o Senhor disse a Noé: O meu antiguidade, homens de grande
Espírito não a permanecerá para renome. E não deram ouvidos às
sempre no homem, pois ele sabe- palavras de Noé.
rá que toda b carne há de morrer; 22 E Deus viu que a a iniquidade
contudo, seus dias serão cento e dos homens se tornara grande na
vinte anos; e se os homens não se Terra; e que todos os homens se
arrependerem, enviarei c enchentes ensoberbeciam na imaginação dos
sobre eles. b 
pensamentos de seu coração, sen-
18 E naqueles dias havia a gigan- do apenas maus continuamente.
tes na Terra e eles procuraram 23 E aconteceu que Noé conti-
Noé para tirar-lhe a vida; mas o nuou a sua a pregação ao povo,
Senhor estava com Noé e o b poder dizendo: Escutai, e dai ouvidos
de Deus estava sobre ele. às minhas palavras;
13 a D&C 138:41. D&C 1:33. c GEE Sacerdócio de
GEE Gabriel. b 2 Né. 9:4. Melquisedeque.
b GEE Obedecer, GEE Carne. d GEE Obra Missionária.
Obediência, Obediente. c Gên. 7:4, 10; 20 a GEE Arrepender-se,
c GEE Filhos e Filhas de Mois. 7:34. Arrependimento.
Deus. 18 a Gên. 6:4; 21 a Mt. 24:38–39;
14 a Mois. 5:52. Núm. 13:33; JS—M 1:41.
15 a GEE Casamento, Jos. 17:15. 22 a Gên. 6:5;
Casar — Casamento b GEE Poder. Mois. 7:36–37.
entre pessoas de 19 a D&C 107:52. b Mos. 4:30;
religiões diferentes. GEE Ordenação, Al. 12:14.
17 a Gên. 6:3; 2 Né. 26:11; Ordenar. GEE Pensamentos.
Ét. 2:15; b Abr. 1:19. 23 a GEE Pregar.
31 Moisés 8:24–8:30
24  a Acreditai e arrependei-vos tê-los feito; e invocou-me porque
de vossos pecados e b batizai-vos tentaram tirar-lhe a vida.
em nome de Jesus Cristo, o Fi- 27 E assim Noé encontrou a graça
lho de Deus, assim como nossos aos olhos do Senhor; porque Noé
pais; e recebereis o Espírito San- era um homem justo e b perfeito
to a fim de que todas as coisas em sua geração; e ele c andava com
se c manifestem a vós; e, se não Deus, bem como seus três filhos,
o fizerdes, as enchentes vos so- Sem, Cão e Jafé.
brevirão; não obstante, eles não 28 A Terra estava a corrompida
deram ouvidos. diante de Deus e encheu-se de
25 E Noé sentiu pesar e doeu-lhe violência.
o coração por ter o Senhor forma- 29 E Deus olhou para a Terra
do o homem na Terra; e isso lhe e eis que ela estava corrompida,
afligiu o coração. pois toda carne corrompera seu
26 E o Senhor disse: Farei a desa- caminho sobre a Terra.
parecer o homem, a quem criei, 30 E Deus disse a Noé: Chegou
da face da Terra, tanto o homem para mim o fim de toda carne, pois
como os animais e as coisas que a Terra está cheia de violência, e
rastejam e as aves do ar; pois Noé eis que farei a desaparecer toda
sentiu pesar por eu tê-los criado e carne da Terra.
24 a GEE Crença, Crer. 26 a GEE Terra — c GEE Andar, Andar com
b GEE Batismo, Batizar — Purificação da Terra. Deus.
Requisitos do batismo. 27 a GEE Graça. 28 a Gên. 6:11–13.
c 2 Né. 32:2–5. b Gên. 6:9. 30 a D&C 56:3.
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 1

Explicação
Fig. 1. O anjo do Senhor.
Fig. 2. Abraão amarrado sobre um altar.
Fig. 3. O sacerdote idólatra de Elquena tentando oferecer Abraão em sacrifício.
Fig. 4. O altar de sacrifício dos sacerdotes idólatras diante dos deuses de Elquena,
Libna, Mamacra, Corás e Faraó.
Fig. 5. O deus idólatra de Elquena.
Fig. 6. O deus idólatra de Libna.
Fig. 7. O deus idólatra de Mamacra.
Fig. 8. O deus idólatra de Corás.
Fig. 9. O deus idólatra do Faraó.
Fig. 10. Abraão no Egito.
Fig. 11. Desenhado para representar os pilares do céu, como os entendiam os egípcios.
Fig. 12. Rauqueeian, que significa expansão, ou seja, o firmamento sobre nossa cabeça;
mas neste caso, em relação a este assunto, os egípcios davam-lhe o sentido de Saumau,
estar no alto, ou seja, os céus, que corresponde à palavra hebraica Saumaieem.
LIVRO DE ABRAÃO
TRADUZIDO DO PAPIRO POR JOSEPH SMITH

Tradução de alguns registros antigos das catacumbas do Egito, que chega-


ram a nossas mãos. Os escritos de Abraão enquanto se encontrava no Egi-
to, chamados Livro de Abraão, escritos do próprio punho em papiro.
CAPÍTULO 1 Sacerdote, portando o f direito que
pertencia aos pais.
Abraão busca as bênçãos da ordem
3 Foi-me a conferido pelos pais;
patriarcal — Ele é perseguido por
veio dos pais desde o princípio do
falsos sacerdotes na Caldeia — Jeová
tempo, sim, desde o princípio, ou
salva-o — Examinadas as origens e
seja, antes da fundação da Terra,
o governo do Egito.
até o presente, sim, o direito do

N A terra dos a caldeus, na re- primogênito, ou seja, do primei-


b 

sidência de meus pais, eu, ro homem, que é c Adão, ou seja,


b 
Abraão, vi que me era necessá- o primeiro pai; e por meio dos
rio encontrar outro lugar para pais até mim.
c 
morar; 4 Busquei minha a designação
2 E achando que havia maior ao Sacerdócio, de acordo com a
a 
felicidade e paz e b descanso para designação de Deus aos pais, con-
mim, busquei as bênçãos dos pais, cernente à descendência.
e o direito ao qual eu deveria ser 5 Meus a pais, tendo-se afasta-
ordenado para ministrá-las; ten- do de sua retidão, e dos santos
do eu mesmo sido seguidor da mandamentos que o Senhor seu
c 
retidão, desejando também ser Deus lhes dera, voltando-se para
possuidor de grande d conheci- a b adoração dos deuses dos pa-
mento, e ser maior seguidor da gãos, recusaram-se totalmente a
retidão, e possuir maior conheci- dar ouvidos à minha voz;
mento, e ser pai de muitas nações, 6 Pois o seu coração estava de-
um príncipe da paz, e desejando terminado a fazer o mal, e esta-
receber instruções, e guardar os va completamente voltado para
mandamentos de Deus, tornei-me o a deus de Elquena, e o deus de
um herdeiro legítimo, um e Sumo Libna, e o deus de Mamacra, e o
1 1 a GEE Ur. GEE Conhecimento. GEE Adão.
b GEE Abraão. e GEE Sumo Sacerdote. 4 a GEE Primogenitura.
c At. 7:2–4. f GEE Sacerdócio de 5 a Gên. 12:1.
2 a GEE Alegria. Melquisedeque. b GEE Idolatria.
b GEE Descansar, 3 a D&C 84:14. 6 a IE falsos deuses,
Descanso. b D&C 68:17. conforme ilustração em
c GEE Retidão. GEE Primogênito. Abr., fac. 1.
d D&C 42:61. c Mois. 1:34.
Abraão 1:7–16 34
deus de Corás, e o deus do Faraó, sobre esse altar segundo o costu-
rei do Egito; me dos egípcios.
7 Portanto, voltaram o coração 12 E aconteceu que os sacerdotes
para o sacrifício dos pagãos, ofe- usaram de violência contra mim,
recendo os seus filhos a esses ído- a fim de matar-me também, como
los mudos, e não deram ouvidos fizeram com aquelas virgens so-
à minha voz; mas tentaram tirar- bre esse altar; e para que tenhais
me a vida pela mão do sacerdote conhecimento desse altar, indi-
de Elquena. O sacerdote de El- car-vos-ei a representação que se
quena era também o sacerdote do encontra no início deste registro.
Faraó. 13 Ele era feito na forma de uma
8 Ora, naquele tempo era costu- cama, como as que se usavam en-
me o sacerdote do Faraó, rei do tre os caldeus, e ficava na frente
Egito, oferecer, sobre o altar que dos deuses de Elquena, Libna,
fora construído na terra da Cal- Mamacra, Corás, e também um
deia para ofertas a esses deuses deus parecido com o do Faraó,
estranhos, homens, mulheres e rei do Egito.
crianças. 14 Para que tenhais uma com-
9 E aconteceu que o sacerdote preensão desses deuses, apresen-
fez uma oferta ao deus do Faraó, tei-vos a imagem deles nas figuras
e também ao deus de Sagreel, sim, que se encontram no início, tipo
segundo o costume dos egípcios. esse de figuras chamado pelos
Ora, o deus de Sagreel era o sol. caldeus de Raleenos, que significa
10 Até mesmo uma criança o sa- hieróglifos.
cerdote do Faraó ofereceu, como 15 E quando levantavam as mãos
oferta de gratidão, sobre o altar sobre mim, a fim de sacrificar-me
que se achava junto à colina cha- e tirar-me a vida, eis que elevei a
mada Colina de Potifar, à cabecei- minha voz ao Senhor meu Deus;
ra da planície de Olisem. e o Senhor a escutou e ouviu, e en-
11 Ora, esse sacerdote oferecera cheu-me com a visão do Todo-Po-
sobre esse altar três virgens de deroso; e o anjo de sua presença
uma só vez, as quais eram filhas pôs-se a meu lado, e imediatamen-
de Onita, um descendente real te b soltou as minhas ligaduras;
direto dos lombos de a Cão. Essas 16 E a sua voz disse-me: Abraão,
virgens foram oferecidas em sa- Abraão, eis que meu nome é a Jeo-
crifício por causa de sua virtude; vá, e te ouvi e desci para livrar-te,
recusaram-se a b curvar-se para e para levar-te da casa de teu pai, e
adorar deuses de madeira ou de de toda a tua parentela, para uma
pedra; foram, portanto, mortas b 
terra estranha que não conheces;
11 a GEE Cão. b Abr. 2:13. Promissão.
b Dan. 3:13–18. 16 a GEE Jeová.
15 a Mos. 9:17–18. b GEE Terra da
35 Abraão 1:17–28
17 E isso porque desviaram de 23 A terra do a Egito sendo pri-
mim o coração, a fim de adorarem meiramente descoberta por uma
o deus de Elquena, e o deus de mulher, que era filha de Cão e filha
Libna, e o deus de Mamacra, e o de Egitus que, em caldeu, signifi-
deus de Corás, e o deus do Faraó, ca Egito, e quer dizer aquilo que
rei do Egito; portanto, desci para é proibido;
visitá-los, e para destruir aque- 24 Quando essa mulher desco-
le que levantou a mão contra ti, briu a terra, esta estava debaixo de
Abraão, meu filho, para tirar-te água; posteriormente estabeleceu
a vida. seus filhos nela; e assim nasceu de
18 Eis que te conduzirei pela mi- Cão a raça que conservou a mal-
nha mão, e levar-te-ei para pôr dição naquela região.
sobre ti o meu nome, sim, o a Sa- 25 Ora, o primeiro governo do
cerdócio de teu pai; e o meu poder Egito foi estabelecido pelo Faraó,
estará sobre ti. filho mais velho de Egitus, filha
19 Como foi com Noé, assim será de Cão, e foi à semelhança do go-
contigo; mas, mediante o teu mi- verno de Cão, que era patriarcal.
nistério, meu a nome será conheci- 26 O Faraó, sendo um homem
do na Terra para sempre, pois eu justo, estabeleceu o seu reino e jul-
sou o teu Deus. gou o seu povo sábia e justamen-
20 Eis que a Colina de Potifar te todos os seus dias, procurando
ficava na terra de a Ur da Caldeia. sinceramente imitar a ordem esta-
E o Senhor quebrou o altar de El- belecida pelos pais nas primeiras
quena, e dos deuses da terra, e gerações, nos dias do primeiro
destruiu-os totalmente, e feriu o reinado patriarcal, sim, no reina-
sacerdote, de modo que ele mor- do de Adão e também de Noé, seu
reu; e houve grande lamentação pai, que o abençoou com as a bên-
na Caldeia, e também na corte do çãos da terra, e com as bênçãos da
Faraó; e Faraó significa rei por sabedoria, mas amaldiçoou-o com
sangue real. respeito ao Sacerdócio.
21 Ora, esse rei do Egito des- 27 Sendo o Faraó dessa linhagem
cendia dos lombos de a Cão e, por pela qual ele não tinha direito ao
nascimento, era participante do a 
Sacerdócio, embora os Faraós o
sangue dos b cananeus. reivindicassem por sua descen-
22 Dessa descendência nasce- dência de Noé, através de Cão;
ram todos os egípcios, e assim se assim meu pai foi desviado pela
conservou o sangue dos cananeus idolatria deles;
na terra. 28 Mas tentarei, daqui em diante,
18 a GEE Sacerdócio. Salm. 78:51; 26 a GEE Abençoado,
19 a Gên. 12:1–3. Mois. 8:12. Abençoar, Bênção.
20 a Gên. 11:28; b Mois. 7:6–8. 27 a DO 2.
Abr. 2:4. GEE Canaã, Cananeus. GEE Sacerdócio.
21 a Gên. 10:6; 23 a GEE Egito.
Abraão 1:29–2:6 36
delinear a cronologia, partindo de evangelho a sua semente e, por meio
mim e remontando ao princípio da semente dele, a todos — Ele vai
da criação, pois os a registros che- para Canaã e, de lá, para o Egito.
garam às minhas mãos, e conser-
vo-os até hoje. Ora, o Senhor Deus fez com que
29 Ora, após o sacerdote de El- a fome se agravasse na terra de
quena ser ferido e morrer, cum- Ur, tanto que a Harã, meu irmão,
priram-se as coisas que me foram morreu; mas b Terá, meu pai, ainda
ditas com respeito à terra da Cal- vivia na terra de Ur dos caldeus.
deia, que haveria fome na terra. 2 E aconteceu que eu, Abraão,
30 Consequentemente, houve tomei a Sarai para esposa; e b Naor,
fome por toda a terra da Caldeia, meu irmão, tomou para esposa
e meu pai foi dolorosamente ator- Milca, que era filha de Harã.
mentado por causa da fome; e 3 Ora, o Senhor a dissera-me:
arrependeu-se do mal que deter- Abraão, sai de teu país, e de tua
minara contra mim, de tirar-me parentela, e da casa de teu pai,
a a vida. para uma terra que te mostrarei.
31 Mas os registros dos pais, sim, 4 Portanto, deixei a terra de a Ur
dos patriarcas, a respeito do direi- dos caldeus, a fim de ir para a ter-
to ao Sacerdócio, o Senhor meu ra de Canaã; e tomei Ló, filho de
Deus preservou em minhas pró- meu irmão, e sua mulher e Sarai,
prias mãos; portanto, um conhe- minha mulher; e também meu
cimento do princípio da criação, b 
pai me seguiu à terra que deno-
e também dos a planetas e das es- minamos Harã.
trelas, como fora dado a conhecer 5 E a fome diminuiu; e meu pai
aos patriarcas, conservei até hoje; permaneceu em Harã e lá habitou,
e procurarei escrever algumas porque havia muitos rebanhos em
dessas coisas neste registro, para Harã; e meu pai retornou à sua
benefício de minha posteridade a 
idolatria; assim, ficou em Harã.
que virá após mim. 6 Mas eu, Abraão, e a Ló, filho de
meu irmão, oramos ao Senhor, e
o Senhor b apareceu-me, e disse-
CAPÍTULO 2
me: Levanta-te, e toma Ló con-
Abraão sai de Ur a fim de ir para Ca- tigo; pois pretendo tirar-te de
naã — Jeová aparece-lhe em Harã — Harã, e fazer de ti um ministro
Prometidas todas as bênçãos do que porte o meu c nome em uma
28 a Mois. 6:5. 2 a Gên. 11:29. 6 a GEE Ló.
GEE Livro de GEE Sara. b Gên. 17:1.
Recordações. b Gên. 11:27; 22:20–24. GEE Jesus Cristo —
30 a Abr. 1:7. 3 a Gên. 12:1; Existência pré-mortal
31 a Abr. 3:1–18. At. 7:1–3. de Cristo.
2 1 a Gên. 11:28. 4 a Ne. 9:7. c Gên. 12:2–3;
b Gên. 11:24–26; b Gên. 11:31–32. Abr. 1:19.
1 Crôn. 1:26. 5 a Jos. 24:2.
37 Abraão 2:7–15
d 
terra estranha, a qual darei a tua abençoarem, e amaldiçoarei os
semente depois de ti por posses- que te amaldiçoarem; e em ti (isto
são eterna, quando derem ouvi- é, em teu Sacerdócio) e em tua
dos à minha voz. b 
semente (isto é, teu Sacerdócio),
7 Pois eu sou o Senhor teu Deus; pois faço-te a promessa de que
eu habito no céu; a Terra é o meu este c direito continuará em ti, e em
a 
escabelo; estendo a mão sobre o tua semente depois de ti (isto quer
mar, e ele obedece à minha voz; dizer a semente literal, ou seja, a
faço com que o vento e o fogo semente do corpo), serão aben-
sejam a minha b carruagem; digo çoadas todas as famílias da Terra,
às montanhas: Parti daqui; e eis sim, com as bênçãos do Evange-
que elas são levadas por um tor- lho, que são as bênçãos de salva-
velinho, em um instante, repen- ção, sim, de vida eterna.
tinamente. 12  Ora, depois que o Senhor
8 Meu nome é a Jeová, e b conheço acabou de falar-me, e retirou sua
o fim desde o princípio; portanto, face de minha presença, eu disse
minha mão estará sobre ti. em meu coração: Teu servo a pro-
9 E farei de ti uma grande nação, curou-te fervorosamente; agora
e a abençoar-te-ei sobremaneira, te encontrei;
e engrandecerei o teu nome en- 13 Enviaste o teu anjo para a li-
tre todas as nações; e serás uma vrar-me dos deuses de Elquena,
bênção para tua semente depois e bem farei dando ouvidos à tua
de ti, para que em suas mãos le- voz; portanto, deixa o teu servo
vem este ministério e b Sacerdócio levantar-se e partir em paz.
a todas as nações; 14 Assim eu, Abraão, parti como
10 E abençoá-las-ei por meio de o Senhor me dissera, e Ló comi-
teu nome; pois todos os que re- go; e eu, Abraão, tinha a sessenta
ceberem este a Evangelho serão e dois anos de idade quando parti
chamados segundo o teu nome, de Harã.
e contados como tua b semente; e 15 E levei a Sarai, a quem tomara
levantar-se-ão e abençoar-te-ão para esposa quando me encon-
como seu c pai; trava em b Ur, na Caldeia, e Ló,
11  E a abençoarei os que te filho de meu irmão, e todas as
6 d Gên. 13:14–15; 17:8; Mórm. 5:20. Patriarcal.
Êx. 33:1. GEE Abraão — Semente 11 a GEE Convênio
GEE Terra da de Abraão. Abraâmico.
Promissão. b D&C 84:17–19; b Isa. 61:9.
7 a 1 Né. 17:39; Mois. 6:7. c GEE Israel;
D&C 38:17. GEE Sacerdócio de Primogenitura;
b Isa. 66:15–16. Melquisedeque. Sacerdócio.
8 a GEE Jeová. 10 a Gál. 3:7–9. 12 a D&C 88:63.
b GEE Onisciente. b Gên. 13:16; 13 a Abr. 1:15–17.
9 a 1 Né. 17:40; Gál. 3:29; 14 a Gên. 12:4–5.
2 Né. 29:14; 2 Né. 30:2. 15 a GEE Sara.
3 Né. 20:27; c GEE Patriarca, b GEE Ur.
Abraão 2:16–25 38
provisões que havíamos reunido, e tornei a invocar o nome do
c 

bem como as almas que havíamos Senhor.


c 
conquistado em Harã; e tomamos 21 E eu, Abraão, continuei via-
o caminho da terra de d Canaã; e jando em direção ao sul; e a fome
habitamos em tendas no caminho; continuava na terra; e eu, Abraão,
16 Portanto, a eternidade foi nos- decidi descer para o Egito a fim
so abrigo e nossa a rocha e nossa de lá habitar, porquanto a fome
salvação, enquanto viajamos de agravara-se muito.
Harã, pelo caminho de Jérson, 22 E aconteceu que quando eu
para a terra de Canaã. estava para entrar no Egito, o Se-
17 Ora eu, Abraão, construí um nhor disse-me: Eis que a Sarai, tua
a 
altar na terra de Jérson, e fiz uma esposa, é uma mulher muito for-
oferta ao Senhor; e orei para que a mosa à vista;
b 
fome se desviasse da casa de meu 23  Portanto, acontecerá que
pai, a fim de que não perecessem. quando os egípcios a virem, di-
18 E de Jérson atravessamos a rão: Ela é mulher dele; e matar-te-
terra até o lugar de Sequém; fi- ão, mas a ela guardarão em vida;
cava nas planícies de Moré, e já portanto, faze desta maneira:
havíamos entrado pelas frontei- 24 Que ela diga aos egípcios que
ras da terra dos a cananeus; e eu é tua irmã, e a tua alma viverá.
ofereci b sacrifício lá nas planícies 25 E aconteceu que eu, Abraão,
de Moré, e invoquei o Senhor fer- contei a Sarai, minha mulher, tudo
vorosamente, porque já havíamos o que o Senhor me dissera. Por-
entrado na terra desta nação idó- tanto, dize-lhes, rogo-te, que és
latra. minha irmã, para que me vá bem
19 E o Senhor apareceu-me em por tua causa, e minha alma viva
resposta às minhas orações, e dis- graças a ti.
se-me: À tua semente darei esta
a 
terra.
CAPÍTULO 3
20 E eu, Abraão, levantei-me do
local do altar que eu construíra Abraão aprende acerca do sol, da lua
ao Senhor, e de lá parti para uma e das estrelas, por meio do Urim e
montanha no lado oriental de a Be- Tumim — O Senhor revela-lhe a na-
tel; e ali armei minha tenda, tendo tureza eterna dos espíritos — Abraão
Betel ao ocidente, e b Ai ao oriente; aprende a respeito da vida pré-mor-
e lá construí outro altar ao Senhor, tal, da preordenação, da Criação, da
15 c GEE Conversão, 18 a Gên. 12:6. Promissão.
Converter. b GEE Sacrifício. 20 a GEE Betel.
d GEE Canaã, Cananeus. 19 a Gên. 13:12–15; 17:8; b Gên. 13:3–4.
16 a GEE Rocha. Êx. 3:1–10; c Gên. 12:8.
17 a GEE Altar. Núm. 34:2. 22 a Gên. 12:11–13.
b Abr. 1:29. GEE Terra da
39 Abraão 3:1–10
escolha de um Redentor e do segundo a ordem, porque ele fica acima da
estado do homem. Terra na qual te encontras; por-
tanto, o cálculo de seu tempo não
E eu, Abraão, tinha o a Urim e Tu- é tão grande no que se refere ao
mim, que o Senhor meu Deus me número de seus dias, e de meses,
dera em Ur dos caldeus; e de anos.
2 E vi as a estrelas e elas eram 6  E o Senhor disse-me: Ora,
muito grandes; e vi que uma de- Abraão, estes a dois fatos exis-
las estava mais perto do trono de tem, eis que teus olhos veem; a
Deus; e havia muitas grandes que ti é dado conhecer o cálculo dos
estavam perto dele; tempos, e o tempo estabelecido,
3 E o Senhor disse-me: Estas são sim, o tempo estabelecido da Ter-
as que regem; e o nome da gran- ra na qual te encontras; e o tempo
de é a Colobe, porque ela está pró- estabelecido da luz maior, que foi
xima de mim, pois eu sou o Se- posta para governar o dia, e o tem-
nhor teu Deus; coloquei esta para po estabelecido da luz menor, que
reger todas as que pertencem à foi posta para governar a noite.
mesma ordem daquela onde te 7 Ora, o tempo estabelecido da
encontras. luz menor é um tempo mais lon-
4 E o Senhor disse-me, pelo Urim go, quanto ao seu cálculo, do que
e Tumim, que Colobe seguia, em o cálculo do tempo da Terra na
suas revoluções, o padrão do Se- qual te encontras.
nhor quanto às suas épocas e es- 8 E onde esses dois fatos existi-
tações; que uma revolução era um rem, haverá um outro fato acima
a 
dia para o Senhor, segundo a sua deles, isto é, haverá outro planeta
maneira de calcular, sendo mil cujo cálculo de tempo será ainda
b 
anos conforme o tempo designa- mais longo;
do para onde te encontras. Esse é 9 E assim haverá o cálculo do
o cálculo do tempo do Senhor, de tempo de um planeta acima de
acordo com o cálculo de Colobe. outro, até que te aproximes de
5 E o Senhor disse-me: O pla- Colobe; e Colobe segue o cálculo
neta que é a luz menor, menor do tempo do Senhor; e Colobe está
que aquele que é para governar perto do trono de Deus, a fim de
o dia, e que governa a noite, está governar todos os planetas perten-
acima ou é maior, em questão de centes à mesma a ordem daquele
cálculo, do que aquele no qual te em que te encontras.
encontras, porque se move numa 10 E a ti é dado saber o tempo es-
ordem mais vagarosa; isto segue tabelecido de todas as estrelas que
3 1 a Êx. 28:30; 3 a Ver Abr., fac. 2, 2 Ped. 3:8.
Mos. 8:13; 28:13–16; figs. 1–5. 6 a Abr. 3:16–19.
JS—H 1:35. GEE Colobe. 9 a D&C 88:37–44.
GEE Urim e Tumim. 4 a Abr. 5:13.
2 a Abr. 1:31. b Salm. 90:4;
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 2
Explicação
Fig. 1. Colobe, que significa a primeira criação, a mais próxima do celestial, ou seja,
da morada de Deus. A primeira em governo, a última pertencente ao cálculo de tem-
po. O cálculo segundo o tempo celestial, tempo celestial esse que significa um dia por
côvado. Um dia em Colobe é igual a mil anos, de acordo com o cálculo desta Terra, que
é chamada pelos egípcios Ja-o-e.
Fig. 2. Fica perto de Colobe, chamada pelos egípcios Oliblis, que é a seguinte grande
criação governante próxima do celestial, que é o lugar onde Deus reside; também pos-
sui a chave do poder em relação a outros planetas; como revelado por Deus a Abraão
quando oferecia sacrifício sobre um altar que ele construíra ao Senhor.
Fig. 3. Feita para representar Deus sentado em seu trono, revestido de poder e au-
toridade, com uma coroa de luz eterna na cabeça; representa também as importantes
palavras-chave do Santo Sacerdócio, como reveladas a Adão no Jardim do Éden, e tam-
bém a Sete, Noé, Melquisedeque, Abraão e a todos a quem o Sacerdócio foi revelado.
Fig. 4. Corresponde à palavra hebraica Rauqueeian, que significa expansão, ou seja,
o firmamento dos céus; também um algarismo que, em egípcio, significa mil; corres-
ponde à medida de tempo de Oliblis, que é igual a Colobe em sua revolução e em sua
medida de tempo.
Fig. 5. Chamada, em egípcio, Enis-go-on-dos; esse também é um dos planetas gover-
nantes e os egípcios dizem ser o Sol e tomar emprestada a luz de Colobe, por meio de
Cae-e-vanrás, que é a Chave suprema ou, em outras palavras, o poder governante, que
governa quinze outros planetas ou estrelas fixos, assim como também Floeese, ou seja,
a Lua, a Terra e o Sol em suas revoluções anuais. Esse planeta recebe seu poder por
meio de Cli-flos-is-es, ou Há-co-cau-beam, as estrelas representadas pelos números 22
e 23, recebendo luz das revoluções de Colobe.
Fig. 6. Representa esta Terra em seus quatro cantos.
Fig. 7. Representa Deus sentado em seu trono, revelando através dos céus as supre-
mas palavras-chave do Sacerdócio; como também o sinal do Espírito Santo a Abraão,
na forma de uma pomba.
Fig. 8. Contém escritos que não podem ser revelados ao mundo; mas que se encon-
tram no Templo Santo de Deus.
Fig. 9. Não deve ser revelada no momento.
Fig. 10. Idem.
Fig. 11. Idem. Se o mundo conseguir descobrir estes números, que assim seja. Amém.
As figuras 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21 serão reveladas no próprio e devido
tempo do Senhor.
A tradução acima é dada até onde temos direito de fazê-lo atualmente.
Abraão 3:11–21 42
foram postas para dar luz, até que todas as Cocaubeam que viste,
te aproximes do trono de Deus. porque é a que está mais próxi-
11 Assim eu, Abraão, a falei com ma de mim.
o Senhor face a face, como um 17 Ora, se houver duas coisas,
homem fala com outro; e ele fa- uma acima da outra, e a lua esti-
lou-me das obras que suas mãos ver acima da Terra, então poderá
haviam feito; haver um planeta ou uma estrela
12 E ele disse-me: Meu filho, acima dela; e nada há que o Se-
meu filho (e sua mão estava esten- nhor teu Deus se proponha a fazer
dida), eis que te mostrarei todas que não a faça.
elas. E ele pôs a mão sobre meus 18 Não obstante, ele fez a maior
olhos e eu vi aquelas coisas que estrela; assim também, se houver
suas mãos haviam feito; e eram dois espíritos, e um for mais inte-
muitas. E elas multiplicaram-se ligente que o outro, esses dois es-
ante meus olhos, e não consegui píritos, não obstante um ser mais
ver seu fim. inteligente que o outro, não tive-
13 E ele disse-me: Este é Sineá, ram princípio; eles existiam antes,
que é o sol. E ele disse-me: Colo- eles não terão fim, eles existirão
be, que é estrela. E disse-me: Olea, depois, pois são a gnolaum, ou
que é a lua. E ele disse-me: Cocau- seja, eternos.
beam, que significa estrelas, ou 19 E o Senhor disse-me: Estes
seja, todas as grandes luzes que dois fatos realmente existem, que
estavam no firmamento do céu. há dois espíritos, sendo um mais
14 E era noite quando o Senhor inteligente que o outro; haverá um
me disse estas palavras: a Multipli- outro mais inteligente que eles;
carei a ti e a tua b semente depois eu sou o Senhor teu Deus, eu sou
de ti, como estas: e se puderes a 
mais inteligente que todos eles.
contar o c número das areias, assim 20 O Senhor teu Deus enviou seu
será o número de tuas sementes. anjo para a livrar-te das mãos do
15 E o Senhor disse-me: Abraão, sacerdote de Elquena.
mostro-te estas coisas antes de ires 21 Eu habito no meio de todos
para o Egito, para que declares eles; agora, portanto, desci até
todas estas palavras. ti para anunciar-te as a obras de
16 Se existirem duas coisas, e minhas mãos, pelas quais minha
houver uma acima da outra, ha- b 
sabedoria supera todos eles, pois
verá coisas maiores acima delas; reino nos céus acima e na Terra
portanto, a Colobe é a maior de abaixo, com toda a sabedoria e
11 a Gên. 17:1; 16 a Abr. 3:3. 19 a Isa. 55:8–9.
Núm. 12:5–8. 17 a Jó 9:4–12. GEE Onisciente.
14 a Abr. 2:9. 18 a Gnolaum é a 20 a Abr. 1:15.
b Gên. 13:16; transliteração de uma 21 a D&C 88:45–47;
D&C 132:30. palavra hebraica que Mois. 1:27–29.
c Gên. 22:17; Ose. 1:10. significa eterno. b GEE Sabedoria.
43 Abraão 3:22–4:2
prudência, sobre todas as inteli- primeiro estado não terão glória
gências que teus olhos viram des- no mesmo reino que aqueles que
de o princípio; desci, no princípio, guardarem seu primeiro estado;
no meio de todas as inteligências e os que guardarem seu b segun-
que viste. do estado terão um acréscimo de
22  Ora, o Senhor mostrara a c 
glória sobre sua cabeça para todo
mim, Abraão, as a inteligências o sempre.
que foram organizadas b antes de 27 E o a Senhor disse: Quem en-
o mundo existir; e entre todas es- viarei? E um semelhante ao b Filho
sas havia muitas das c nobres e do Homem respondeu: Eis-me
grandes; aqui, envia-me. E c outro respon-
23 E Deus viu que essas almas deu e disse: Eis-me aqui, envia-
eram boas; e ele estava no meio me. E o Senhor disse: Enviarei o
delas e disse: A estes farei meus primeiro.
governantes; pois ele se encontra- 28 E o a segundo irou-se, e não
va entre aqueles que eram espíri- guardou seu primeiro estado; e,
tos, e viu que eles eram bons; e naquele dia, b muitos o seguiram.
disse-me: Abraão, tu és um deles;
foste a escolhido antes de nasceres. CAPÍTULO 4
24 E estava entre eles a um que
Os Deuses planejam a criação da Ter-
era semelhante a Deus; e ele dis-
ra e de toda vida sobre ela — Apre-
se aos que se achavam com ele:
sentados os seus planos para os seis
Desceremos, pois há espaço lá,
dias da criação.
e tomaremos destes materiais, e
b 
faremos uma c terra onde estes E então o Senhor disse: Desçamos.
possam habitar; E eles desceram no a princípio; e
25  E assim os a provaremos eles, isto é, os Deuses, b organiza-
para ver se b farão todas as coi- ram e formaram os céus e a Terra.
sas que o Senhor seu Deus lhes 2 E a Terra, depois de formada,
ordenar; estava vazia e desolada, porque
26 E os que guardarem seu a pri- eles não haviam formado coisa al-
meiro estado receberão um acrés- guma a não ser a Terra; e as trevas
cimo; e os que não guardarem seu reinavam sobre a face do abismo,
22 a GEE Inteligência(s). c GEE Terra — Criada 27 a GEE Trindade — Deus,
b GEE Conselho nos para o homem. o Pai.
Céus; 25 a D&C 98:12–14; 124:55. b GEE Filho do Homem;
Vida Pré-mortal. GEE Arbítrio; Jesus Cristo.
c D&C 138:55. Plano de Redenção. c Mois. 4:1–2.
23 a Isa. 49:1–5; b GEE Obedecer, 28 a GEE Diabo.
Jer. 1:5. Obediência, Obediente. b GEE Filhos de Perdição.
GEE Escolher, Escolhido 26 a Jud. 1:6. 4 1 a Gên. 1:1;
(verbo); b GEE Mortal, Mois. 2:1.
Preordenação. Mortalidade. b GEE Criação, Criar.
24 a GEE Primogênito. c Tit. 1:2.
b GEE Criação, Criar. GEE Glória.
Abraão 4:3–14 44
e o Espírito dos Deuses pairava
a 
terra surja seca; e foi como eles
sobre a face das águas. ordenaram;
3 E eles (os Deuses) disseram: 10 E os Deuses chamaram à por-
Haja luz; e houve luz. ção seca, Terra; e ao ajuntamento
4  E eles (os Deuses) tiveram das águas chamaram a Grandes
consciência da luz, pois era bri- Águas; e os Deuses viram que
lhante; e eles separaram a luz, ou foram obedecidos.
melhor, fizeram com que ela fosse 11 E os Deuses disseram: Prepa-
separada das trevas. remos a terra para produzir a relva;
5 E os Deuses chamaram à luz a erva que dê semente; a árvore
Dia e às trevas chamaram Noite. frutífera que dê fruto segundo sua
E aconteceu que, do entardecer espécie, cuja semente reproduza
até a manhã chamaram noite; e da sua própria semelhança na Terra;
manhã até o entardecer chamaram e assim foi, como eles ordenaram.
dia; e isso foi o primeiro, ou seja, 12 E os Deuses organizaram a
o princípio do que eles chamaram terra para produzir relva de sua
dia e noite. própria semente e a erva para pro-
6 E os Deuses também disseram: duzir erva de sua própria semen-
Haja uma a expansão no meio das te, dando semente segundo sua
águas; e ela separará as águas das espécie; e a terra para produzir
águas. a árvore de sua própria semente,
7 E os Deuses ordenaram a ex- dando fruto cuja semente pudesse
pansão, de modo que ela separou apenas produzir o que estivesse
as águas que estavam debaixo da em si, segundo sua espécie; e os
expansão das que estavam por Deuses viram que foram obede-
cima da expansão; e assim foi, cidos.
como eles ordenaram. 13 E aconteceu que eles conta-
8 E os Deuses chamaram à ex- ram os dias; do entardecer até a
pansão a Céu. E aconteceu que foi manhã chamaram noite; e acon-
do entardecer até a manhã que teceu que, da manhã até o en-
eles chamaram noite; e aconteceu tardecer, chamaram dia; e foi a
que foi da manhã até o entardecer terceira vez.
que eles chamaram dia; e essa foi 14 E os Deuses organizaram as
a segunda b vez que eles chama- a 
luzes na expansão do céu, e fize-
ram noite e dia. ram-nas separar o dia da noite; e
9 E os Deuses ordenaram, di- organizaram-nas para serem por
zendo: Ajuntem-se as a águas sinais e por estações, e por dias e
debaixo do céu b num lugar e a por anos;
2 a Gên. 1:2; b Gên. 1:8. Abr. 4:22.
Mois. 2:2. 9 a Amós 9:6; 11 a Gên. 1:11–12;
6 a Gên. 1:4–6; Mois. 2:7. Mois. 2:11–12.
Mois. 2:4. b Gên. 1:9. 14 a D&C 88:7–11.
8 a GEE Céu. 10 a Gên. 1:10;
45 Abraão 4:15–28
15 E organizaram-nas para se- frutifiquem e se multipliquem, e
rem por luzes na expansão do encham as águas nos mares, ou
céu, a fim de darem luz à Terra; seja, nas a grandes águas; e fare-
e assim foi. mos com que as aves se multipli-
16 E os Deuses organizaram as quem na Terra.
duas grandes luzes, a a luz maior 23 E aconteceu que foi do entar-
para governar o dia e a luz me- decer até a manhã que eles chama-
nor para governar a noite; com ram noite; e aconteceu que foi da
a luz menor também fixaram as manhã até o entardecer que eles
estrelas; chamaram dia; e foi a quinta vez.
17 E os Deuses fixaram-nas na 24 E os a Deuses prepararam a
expansão dos céus para darem Terra para produzir criaturas vi-
luz à Terra, e para governarem o ventes segundo sua espécie, gado
dia e a noite, e para separarem a e coisas que rastejam e bestas da
luz das trevas. Terra segundo sua espécie; e foi
18 E os Deuses vigiaram aquelas como eles tinham dito.
coisas que eles haviam ordenado, 25 E os Deuses organizaram a
até elas obedecerem. Terra para produzir as bestas se-
19 E aconteceu que, do entarde- gundo sua espécie, e gado segun-
cer até a manhã, foi noite; e acon- do sua espécie, e todas as coisas
teceu que, da manhã até o entar- que rastejam sobre a Terra segun-
decer, foi dia; e foi a quarta vez. do sua espécie; e os Deuses viram
20 E os Deuses disseram: Pre- que eles obedeceriam.
paremos as águas para produzi- 26 E os Deuses a aconselharam-
rem abundantemente as criaturas se entre si e disseram: Desçamos e
que se movem e que têm vida; e formemos o b homem a nossa c ima-
as aves, para que voem acima da gem, segundo nossa semelhança;
Terra na expansão aberta do céu. e dar-lhe-emos domínio sobre os
21 E os Deuses prepararam as peixes do mar, e sobre as aves do
águas para que produzissem ar, e sobre o gado e sobre toda a
grandes a baleias, e toda criatura Terra, e sobre todas as coisas que
vivente que se move, que as águas rastejam sobre a Terra.
haviam de produzir abundante- 27 Então os a Deuses desceram
mente segundo sua espécie; e toda para organizar o homem a sua
ave alada segundo sua espécie. E própria imagem, para formá-lo à
os Deuses viram que seriam obe- imagem dos Deuses, para formá-
decidos, e que seu plano era bom. los homem e mulher.
22 E os Deuses disseram: Aben- 28  E os Deuses disseram:
çoá-los-emos, e faremos com que Abençoá-los-emos. E os Deuses
16 a Gên. 1:16. 24 a GEE Trindade. c Mois. 6:8–10.
21 a Gên. 1:21; 26 a GEE Aconselhar, 27 a Gên. 1:26–27;
Mois. 2:21. Conselho. Abr. 5:7.
22 a Abr. 4:10. b GEE Homem, Homens.
Abraão 4:29–7 46
disseram: Faremos com que se- E assim terminaremos os céus e a
jam frutíferos e se multipliquem Terra, e todas as suas hostes.
e encham a terra e subjuguem-na 2 E os Deuses disseram entre si:
e tenham domínio sobre os pei- Na a sétima vez terminaremos nos-
xes do mar e sobre as aves do ar sa obra, sobre a qual deliberamos;
e sobre toda coisa vivente que se e descansaremos na sétima vez
move sobre a Terra. de toda nossa obra sobre a qual
29 E os Deuses disseram: Eis que deliberamos.
lhes daremos toda erva que con- 3 E os Deuses concluíram na séti-
tém semente que cresça na face ma vez, porque na sétima vez eles
de toda a Terra e toda árvore que a 
descansariam de todas as obras
tenha fruto; sim, e dar-lhes-emos que eles (os Deuses) decidiram
o fruto da árvore que produz se- entre si formar; e b santificaram-
mente; ser-lhes-á para a alimento. na. E assim foram suas decisões
30 E a toda besta da Terra e a quando decidiram entre si formar
toda ave do ar e a toda coisa que os céus e a Terra.
rasteja sobre a Terra, eis que dare- 4 E os Deuses desceram e for-
mos vida; e também lhes daremos maram essas gerações dos céus e
toda erva verde para alimento e da Terra, quando foram feitas no
todas estas coisas serão assim or- dia em que os Deuses criaram a
ganizadas. Terra e os céus,
31 E os Deuses disseram: Fare- 5 De acordo com tudo o que eles
mos tudo o que dissemos e or- haviam dito concernente a toda
ganizá-los-emos; e eis que serão planta do campo a antes de estar
muito obedientes. E aconteceu na terra, e toda erva do campo
que foi do entardecer até a ma- antes de crescer; pois os Deuses
nhã que eles chamaram noite; e não haviam feito chover sobre a
aconteceu que foi da manhã até Terra quando decidiram criá-las; e
o entardecer que eles chamaram não haviam formado um homem
dia; e eles contaram a a sexta vez. para lavrar o solo.
6 Mas subiu um vapor da Ter-
ra, e regou toda a superfície do
CAPÍTULO 5
solo.
Os Deuses concluem o Seu planeja- 7 E os a Deuses formaram o ho-
mento da criação de todas as coisas — mem do b pó da terra, e tomaram
Eles efetuam a Criação de acordo com o seu c espírito (isto é, o espírito do
os Seus planos — Adão dá nome a homem) e puseram-no nele; e so-
toda criatura vivente. praram em suas narinas o fôlego
29 a Gên. 1:29–30. Mos. 13:16–19. c Gên. 2:7;
31 a Êx. 31:17. b D&C 77:12. D&C 93:33.
5 2 a GEE Dia do Sábado 5 a GEE Criação Espiritual. GEE Espírito;
(Dia de Descanso). 7 a Abr. 4:26–31. Vida Pré-mortal.
3 a Êx. 20:8–11; b Mois. 4:25; 6:59.
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 3

Explicação
Fig. 1. Abraão sentado no trono do Faraó, por cortesia do rei, com uma coroa na cabe-
ça representando o Sacerdócio como emblema da grande Presidência no Céu; na mão
leva o cetro de justiça e juízo.
Fig. 2. O rei Faraó, cujo nome é dado nos caracteres acima de sua cabeça.
Fig. 3. Significa Abraão no Egito, como aparece também na Figura 10 do Fac-símile
número 1.
Fig. 4. Príncipe de Faraó, Rei do Egito, como escrito acima da mão.
Fig. 5. Sulem, um dos principais servos do rei, como representado pelos caracteres
acima de sua mão.
Fig. 6. Olinla, escravo pertencente ao príncipe.
Abraão está arrazoando sobre os princípios da astronomia na corte do rei.
Abraão 5:8–21 48
da vida; e o homem tornou-se o homem, porque não é bom que
uma d alma vivente. o homem esteja só; portanto, for-
8 E os Deuses plantaram um jar- maremos uma adjutora adequada
dim no a Éden, na parte oriental, e para ele.
ali colocaram o homem, cujo es- 15 E os Deuses fizeram um sono
pírito tinham posto no corpo que profundo cair sobre a Adão e ele
haviam formado. dormiu; e eles tomaram de uma
9 E da terra fizeram os Deuses de suas costelas e fecharam a car-
brotar toda árvore que é agradá- ne em seu lugar;
vel à vista e boa para alimento; 16 E da costela que os Deuses
também a a árvore da vida no meio haviam tirado do homem, eles
do jardim, e a árvore do conheci- formaram uma a mulher e leva-
mento do bem e do mal. ram-na para o homem.
10 Havia um rio que saía do 17 E Adão disse: Esta era osso de
Éden, para regar o jardim; e dali meus ossos e carne de minha car-
se dividia e se tornava em quatro ne; agora ela será chamada Mu-
braços. lher, porque foi tirada do homem;
11 E os Deuses tomaram o ho- 18 Portanto, deixará o homem
mem e puseram-no no Jardim do seu pai e sua mãe e a apegar-se-á
Éden, para cultivá-lo e guardá-lo. a sua mulher; e eles serão b uma
12 E os Deuses ordenaram ao ho- carne.
mem, dizendo: De toda árvore do 19 E estavam ambos nus, o ho-
jardim podes comer livremente, mem e sua mulher, e não se en-
13 Mas da árvore do conheci- vergonhavam.
mento do bem e do mal não co- 20 E da terra os Deuses forma-
merás; porque no tempo em que ram toda besta do campo e toda
dela comeres, certamente mor- ave do ar; e levaram-nas a Adão
rerás. Ora eu, Abraão, vi que era para ver como as chamaria; e o
segundo o a tempo do Senhor, que que Adão chamasse cada criatura
era segundo o tempo de b Colobe; vivente, tal seria seu nome.
porque até então os Deuses não 21 E Adão deu nome a todo o
tinham dado a Adão a maneira gado, às aves do ar, a toda besta
de calcular seu tempo. do campo; e para Adão foi en-
14 E os Deuses disseram: Faça- contrada uma adjutora própria
mos uma adjutora adequada para para ele.
7 d GEE Alma. b Abr. 3:2–4. 18 a D&C 42:22; 49:15–16.
8 a GEE Éden. GEE Colobe. b GEE Casamento, Casar.
9 a GEE Árvore da Vida. 15 a GEE Adão.
13 a 2 Ped. 3:8. 16 a GEE Eva.
JOSEPH SMITH—MATEUS
Parte da tradução da Bíblia como revelada a Joseph Smith, o Profeta, em
1831: Mateus 23:39 e o capítulo 24.
Jesus prediz a iminente destruição de assentado no Monte das Oliveiras,
Jerusalém — Ele fala também sobre a chegaram-se a ele os seus discípu-
Segunda Vinda do Filho do Homem los, em particular, dizendo: Di-
e a destruição dos iníquos. ze-nos quando serão essas coisas
que disseste a respeito da des-

P ORQUE eu vos digo que des-


de agora não me vereis, nem
sabereis que sou aquele de quem
truição do templo, e dos judeus;
e qual é o b sinal da tua c vinda e do
d 
fim do mundo, ou seja, a destrui-
os profetas escreveram, até que ção dos e iníquos, que é o fim do
digais: Bendito o que a vem em mundo?
nome do Senhor, nas nuvens do 5 E Jesus respondeu, e disse-lhes:
céu, e todos os santos anjos com Acautelai-vos, que ninguém vos
ele. Então entenderam seus discí- engane;
pulos que ele retornaria à Terra, 6 Porque muitos virão em meu
depois de haver sido glorificado nome, dizendo: Eu sou Cristo; e
e coroado à mão direita de b Deus. enganarão a muitos;
2 E Jesus saiu, e afastou-se do 7 Então vos hão de entregar para
templo; e aproximaram-se dele os serdes a atormentados, e matar-
seus discípulos para ouvi-lo, di- vos-ão; e sereis b odiados por todas
zendo: Mestre, fala-nos a respeito as nações por causa de meu nome;
dos edifícios do templo, pois dis- 8 E então muitos serão levados a
seste: Serão derrubados e se vos pecar, e trair-se-ão uns aos outros,
farão desertos. e uns aos outros se odiarão;
3 E Jesus disse-lhes: Não vedes 9 E surgirão muitos falsos profe-
todas essas coisas, e não as com- tas, e enganarão a muitos;
preendeis? Em verdade vos digo: 10 E por sobejar a iniquidade, o
Não ficará aqui, neste templo, a 
amor de muitos esfriará;
a 
pedra sobre pedra que não seja 11 Mas o que permanecer firme
derrubada. e não for vencido, esse será salvo.
4 E Jesus deixou-os, e subiu ao 12 Quando, pois, virdes a a abo-
a 
Monte das Oliveiras. E estando minação da desolação, de que
1 1 a Mt. 26:64; At. 1:11. GEE Sinais dos Tempos; D&C 133:64–74.
b GEE Trindade. Últimos Dias. GEE Iniquidade, Iníquo.
3 a Lc. 19:44. c GEE Segunda Vinda de 7 a 1 Ped. 4:12–14.
4 a GEE Oliveiras, Monte Jesus Cristo. b GEE Perseguição,
das. d GEE Mundo — Fim do Perseguir.
b Lc. 21:7–36; mundo. 10 a D&C 45:27.
D&C 45:16–75. e Mal. 4:1; 12 a Dan. 12:11.
Joseph Smith—Mateus 1:13–30 50
falou o profeta Daniel, concer-
b 
cairão sobre Jerusalém, se alguém
nente à destruição de c Jerusalém, vos disser: Eis que o Cristo está
então estareis no d lugar santo; aqui, ou ali; não lhe deis crédito;
quem ler, entenda. 22 Porque nesses dias surgirão
13 Então, os que estiverem na também falsos Cristos, e falsos
Judeia fujam para os a montes; profetas; e farão tão grandes sinais
14 Quem estiver sobre o telhado e prodígios que, se possível, en-
fuja, e não volte para tirar coisa ganarão até os eleitos, que são os
alguma de sua casa; eleitos de acordo com o convênio.
15 Nem volte para buscar suas 23 Eis que vos digo essas coisas
vestes aquele que estiver no cam- por causa dos a eleitos; e também
po; ouvireis de b guerras, e rumores de
16 E ai das a grávidas, e das que guerras; vede que não vos inquie-
amamentarem naqueles dias; teis, pois tudo que vos disse deve
17 Portanto, rogai ao Senhor acontecer; mas ainda não é o fim.
para que vossa fuga não acon- 24 Eis que eu vo-lo disse antes;
teça no inverno, nem no dia do 25 Portanto, se vos disserem: Eis
Sábado; que ele está no deserto; não saiais;
18 Porque então, naqueles dias, Eis que ele está nas câmaras secre-
haverá grandes aflições sobre os tas; não acrediteis;
a 
judeus, e sobre os habitantes de 26 Porque assim como a luz da
b 
Jerusalém, tais como nunca foram manhã sai do a oriente, e brilha até
antes enviadas por Deus sobre Is- o ocidente, e cobre toda a Terra,
rael, desde o princípio de seu rei- assim será também a vinda do
no até agora; não, nem jamais tor- Filho do Homem.
narão a ser enviadas sobre Israel. 27 E agora vos dou uma parábo-
19 Todas as coisas que lhes acon- la: Eis que onde estiver o cadáver,
teceram são somente o princípio ali se ajuntarão as águias; assim
das dores que lhes advirão. também serão meus eleitos a reu-
20 E a não ser que aqueles dias nidos dos quatro cantos da Terra.
fossem abreviados, nenhum de 28 E eles ouvirão de guerras, e
sua carne se salvaria; mas por rumores de guerras.
causa dos eleitos, de acordo com 29  Eis que falo por causa de
o convênio, aqueles dias serão meus eleitos; porque nação se le-
abreviados. vantará contra nação, e reino con-
21 Eis que essas coisas vos disse tra reino; haverá a fomes, e pestes,
em relação aos judeus; e também, e terremotos em vários lugares.
após as aflições daqueles dias, que 30  E também, por sobejar a
12 b GEE Daniel. 18 a GEE Judeus. 27 a GEE Israel — Coligação
c GEE Jerusalém. b Zac. 12; 14:1–5. de Israel.
d D&C 101:22–25. 23 a GEE Eleitos. 29 a D&C 43:24–25.
13 a D&C 133:13. b D&C 45:26.
16 a Lc. 23:29–30. 26 a Eze. 43:2.
51 Joseph Smith—Mateus 1:31–45
iniquidade, o amor de muitos es- grande som de uma trombeta; e
friará; mas o que não for vencido, eles c ajuntarão o restante de seus
esse será salvo. eleitos dos quatro ventos, de uma
31 E também este Evangelho a outra extremidade do céu.
do Reino será pregado em todo o 38 Aprendei, pois, a parábola da
a 
mundo, em testemunho a todas a 
figueira: Quando já os seus ramos
as nações; e então virá o fim, ou se tornam tenros e ela começa a
seja, a destruição dos iníquos; dar folhas, sabeis que está próxi-
32 E também será cumprida a mo o verão;
abominação da desolação de que 39 Assim também, meus eleitos,
falou o profeta Daniel. quando eles virem todas essas coi-
33 E imediatamente após a afli- sas, saberão que ele está próximo,
ção desses dias, o a sol escurecerá, sim, às portas;
e a lua não dará a sua luz; e as es- 40 Mas daquele dia e hora nin-
trelas cairão do céu, e os poderes guém a sabe; não, nem os anjos
do céu serão abalados. de Deus no céu, mas unicamente
34 Em verdade vos digo: Essa meu Pai.
geração, na qual essas coisas serão 41  Mas como foi nos dias de
mostradas, não passará até que a 
Noé, assim será também na vin-
tudo o que eu disse seja cumprido. da do Filho do Homem;
35 Contudo, chegarão os dias em 42 Porque será com eles como
que o céu e a Terra hão de passar; foi nos dias anteriores ao a dilú-
minhas a palavras, porém, não pas- vio; porque até o dia em que Noé
sarão, mas todas serão cumpridas. entrou na arca, eles comiam e be-
36 E, como eu disse antes, depois biam, casavam-se e davam-se em
da a aflição desses dias, e de os po- casamento;
deres dos céus serem abalados, 43 E não o perceberam até que
então aparecerá o sinal do Filho veio o dilúvio, e levou-os a todos;
do Homem no céu; e então todas assim será também a vinda do Fi-
as tribos da Terra se lamentarão; lho do Homem.
e verão o Filho do Homem b vindo 44 Então será cumprido aquilo
nas nuvens do céu, com poder e que está escrito: Que nos a últimos
grande glória; dias, estando dois no campo, será
37 E o que entesourar minha a pa- levado um, e b deixado o outro;
lavra não será enganado, porque 45 Estando dois moendo no moi-
o Filho do Homem virá e envia- nho, será levado um, e deixado
rá seus b anjos adiante dele com o o outro;
31 a Mt. 28:19–20. Jesus Cristo. 40 a D&C 39:20–21; 49:7.
33 a Joel 2:10; 37 a GEE Escrituras. 41 a Gên. 6:5.
D&C 29:14. b D&C 29:11–15. 42 a GEE Dilúvio no Tempo
35 a D&C 1:38. c GEE Israel — Coligação de Noé.
36 a JS—M 1:18. de Israel. 44 a GEE Últimos Dias.
b GEE Segunda Vinda de 38 a D&C 35:16. b Zac. 13:8.
Joseph Smith—Mateus 1:46–55 52
46 E o que digo a um digo a to- verdade vos digo que o porá sobre
dos os homens; a vigiai, pois, por- todos os seus bens.
que não sabeis a que hora há de 51 Mas se aquele mau servo dis-
vir o vosso Senhor. ser no seu coração: O meu senhor
47 Mas sabei isto: Se o bom pai a 
retarda sua vinda;
de família soubesse a que vigília 52 E começar a espancar os seus
viria o ladrão, teria vigiado e não conservos, e a comer e a beber
teria deixado minar a sua casa, com os ébrios,
mas estaria preparado. 53 Virá o senhor daquele servo
48 Por isso, estai vós prepara- num dia em que não o espera, e à
dos também, porque o Filho do hora em que ele não sabe;
Homem há de vir à hora em que 54 E separá-lo-á e destinará a sua
não pensais. parte com os hipócritas; ali haverá
49 Quem é, pois, o servo a fiel e pranto e a ranger de dentes.
prudente, a quem o seu senhor 55 E assim virá o a fim dos iní-
constituiu sobre a sua casa, para quos, de acordo com a profecia de
dar o sustento a seu tempo? Moisés, que diz: Eles serão afasta-
50  Bem-aventurado é aquele dos dentre o povo; contudo, não
servo que o seu senhor, quando é ainda o fim da Terra, mas está
vier, achar fazendo assim; e em próximo.
46 a GEE Atalaia, Sentinela, 51 a D&C 45:26. D&C 1:9–10; 29:17.
Vigiar. 54 a Mt. 8:12. GEE Mundo — Fim do
49 a GEE Confiança, Confiar. 55 a 2 Né. 30:10; mundo.
JOSEPH SMITH—HISTÓRIA
EXTRATOS DA HISTÓRIA DE JOSEPH SMITH, O PROFETA

Joseph Smith fala sobre seus ante- ano da a organização da referida


passados, seus familiares e os lugares Igreja.
onde moravam — Há uma agitação 3 a Nasci no ano de nosso Senhor
incomum a respeito de religião no oes- de 1805, no dia vinte e três de
te do Estado de Nova York — Ele de- dezembro, na cidade de Sharon,
cide buscar sabedoria, como sugerido Condado de Windsor, Estado de
por Tiago — O Pai e o Filho aparecem Vermont. (. . .) Meu pai, b Joseph
e Joseph é chamado ao seu ministério Smith Sênior, saiu do Estado de
profético. (Versículos 1–20) Vermont e mudou-se para Pal-
myra, no Condado de Ontário

D EVIDO às muitas publica-


ções que foram postas em
circulação, por pessoas maldo-
(atualmente Wayne), no Estado
de Nova York, quando eu tinha
mais ou menos dez anos. Cerca de
sas e insidiosas, com relação ao quatro anos depois da chegada de
a 
surgimento e progresso de b A meu pai a Palmyra, ele mudou-se
Igreja de Jesus Cristo dos Santos com a família para Manchester, no
dos Últimos Dias, todas elas des- mesmo Condado de Ontário —
tinadas pelos autores a combater 4 Sua família consistia em onze
sua reputação como Igreja e seu almas, a saber: meu pai, a Joseph
progresso no mundo — fui levado Smith; minha b mãe, Lucy Smith
a escrever esta história para elu- (cujo nome antes do casamen-
cidar a mente pública e apresen- to era Mack, filha de Solomon
tar, aos que buscam a verdade, os Mack); meus irmãos, c Alvin (que
fatos tal como sucederam, tanto morreu em 19 de novembro de
em relação a mim como à Igreja 1823, aos 25 anos de idade), d Hy-
e até onde tenho conhecimento rum, eu, e Samuel Harrison, Wil-
desses fatos. liam, Don Carlos; e minhas irmãs,
2 Nesta história apresentarei, Sophronia, Catherine e Lucy.
com verdade e em retidão, os vá- 5 No decorrer do segundo ano
rios acontecimentos relacionados após nossa mudança para Man-
a esta Igreja, como se passaram chester, houve, no lugar onde mo-
ou como existem presentemen- rávamos, um alvoroço incomum
te, sendo agora [1838] o oitavo por questões religiosas. Começou
1 1 a GEE Restauração do 2 a D&C 20:1. b GEE Smith, Lucy Mack.
Evangelho. 3 a GEE Smith, Joseph, Jr. c D&C 137:5–6.
b GEE Igreja de Jesus b 2 Né. 3:15. d GEE Smith, Hyrum.
Cristo dos Santos dos 4 a GEE Smith, Joseph, e GEE Smith, Samuel H.
Últimos Dias, A. Sênior.
Joseph Smith—História 1:6–9 54
com os metodistas, mas logo se 7 Nessa época eu estava com
generalizou entre todas as seitas quatorze anos de idade. A famí-
daquela parte do país. Em ver- lia de meu pai fora convertida à
dade, toda a região parecia afe- fé presbiteriana e quatro deles
tada por esse alvoroço e grandes uniram-se a essa igreja, a saber:
multidões uniram-se aos diferen- minha mãe, Lucy, meus irmãos
tes grupos religiosos, o que criou Hyrum e Samuel Harrison e mi-
considerável agitação e divisão nha irmã Sophronia.
entre o povo, clamando alguns 8 Durante esses dias de grande
a 
“Eis aqui!” e outros “Eis ali!” Uns alvoroço, minha mente foi leva-
contendiam pela fé metodista, da a sérias reflexões e grande in-
outros pela presbiteriana e outros quietação; mas embora os meus
pela batista. sentimentos fossem profundos
6 Pois apesar do grande amor e muitas vezes pungentes, ain-
que os conversos dessas diferen- da assim me conservei afastado
tes crenças expressavam na épo- de todos esses grupos, embora
ca de sua conversão e do grande assistisse às suas diversas reu-
zelo demonstrado pelos respec- niões tão frequentemente quanto
tivos cleros, que ativamente se a ocasião me permitisse. Com o
levantavam para promover esse correr do tempo, inclinei-me um
quadro singular de sentimento tanto para a seita metodista e sen-
religioso com o fim de converter ti algum desejo de unir-me a eles;
a todos, como se compraziam em mas tão grandes eram a confusão
afirmar, deixando que as pessoas e a contenda entre as diferentes
se unissem à seita que mais lhes denominações, que para alguém
agradasse; contudo, quando os jovem como eu, tão inexperiente
conversos começaram a afastar- em relação aos homens e às coi-
se, uns para um grupo e outros sas, era impossível chegar a qual-
para outro, verificou-se que os quer conclusão definitiva acerca
supostos bons sentimentos, tan- de quem estava certo e de quem
to dos sacerdotes como dos con- estava errado.
versos, eram mais pretensos que 9 Minha mente, às vezes, alvo-
reais; pois criou-se um ambiente roçava-se bastante, tão grandes
de grande confusão e animosi- e incessantes eram o clamor e o
dade — sacerdote contendendo tumulto. Os presbiterianos eram
com sacerdote e converso com decididamente contra os batistas e
converso; de modo que todos os os metodistas, e valiam-se de toda
bons sentimentos mútuos, se é a força, tanto da razão como de so-
que jamais haviam existido, per- fismas, para provar os erros deles,
deram-se inteiramente numa a luta ou pelo menos fazer o povo acre-
de palavras e choque de opiniões. ditar que eles estavam errados.
5 a Mt. 24:23. 6 a GEE Contenção, Contenda.
55 Joseph Smith—História 1:10–16
Por outro lado, os batistas e os problema através de uma consulta à
metodistas eram igualmente ze- b 
Bíblia.
losos no esforço de estabelecer 13 Finalmente cheguei à con-
suas próprias doutrinas e refutar clusão de que teria de permane-
todas as outras. cer em trevas e confusão, ou fa-
10 Em meio a essa guerra de pa- zer como Tiago aconselha, isto
lavras e divergência de opiniões, é, pedir a Deus. Resolvi a “pedir
muitas vezes disse a mim mesmo: a Deus,” concluindo que, se ele
Que deve ser feito? Quem, dentre dava sabedoria aos que tinham
todos esses grupos está a certo, ou falta dela, e concedia-a liberal-
estão todos igualmente errados? mente, sem censura, eu podia
Se algum deles é correto, qual é, aventurar-me.
e como poderei sabê-lo? 14 Assim, seguindo minha de-
11 Em meio à inquietação extre- terminação de pedir a Deus, reti-
ma causada pelas controvérsias rei-me para um bosque a fim de
desses grupos de religiosos, li um fazer a tentativa. Foi na manhã de
dia na Epístola de Tiago, primei- um belo e claro dia, no início da
ro capítulo, versículo cinco, o se- primavera de 1820. Era a primeira
guinte: E, se algum de vós tem falta vez na vida que fazia tal tentati-
de sabedoria, peça-a a Deus, que a va, pois em meio a todas as an-
todos dá liberalmente, e o não lança siedades que tivera, jamais havia
em rosto, e ser-lhe-á dada. experimentado a orar em voz alta.
12 Jamais uma passagem de es- 15 Depois de me haver retirado
critura penetrou com mais poder para o lugar que previamente es-
no coração de um homem do que colhera, tendo olhado ao redor e
essa, naquele momento, no meu. encontrando-me só, ajoelhei-me
Pareceu entrar com grande força e comecei a oferecer a Deus os
em cada fibra de meu coração. Re- desejos de meu coração. Apenas
fleti repetidamente sobre ela, ten- iniciara, imediatamente se apo-
do consciência de que se alguém derou de mim uma força que me
necessitava da sabedoria de Deus, dominou por completo; e tão as-
era eu, pois eu não sabia como sombrosa foi sua influência que se
agir e, a menos que conseguisse me travou a língua, de modo que
obter mais sabedoria do que a eu não podia falar. Uma densa es-
que tinha então, nunca saberia; curidão formou-se ao meu redor
pois os religiosos das diferentes e pareceu-me, por um momento,
seitas a interpretavam as mesmas que eu estava condenado a uma
passagens de escritura de manei- destruição súbita.
ra tão diferente, que destruíam 16  Mas usando todas as for-
toda a confiança na solução do ças para a clamar a Deus que me
10 a GEE Verdade. b GEE Bíblia. 14 a GEE Oração.
12 a 1 Cor. 2:10–16. 13 a GEE Oração. 16 a Mois. 1:20.
Joseph Smith—História 1:17–20 56
livrasse do poder desse inimigo todas estivessem erradas) e a qual
que me subjugara, no momen- me unir.
to exato em que estava prestes a 19 Foi-me respondido que não
sucumbir ao desespero e aban- me unisse a qualquer delas, pois
donar-me à destruição — não a estavam todas a erradas; e o Perso-
uma ruína imaginária, mas ao po- nagem que se dirigia a mim dis-
der de algum ser real do mundo se que todos os seus credos eram
invisível, que possuía uma força uma abominação a sua vista; que
tão assombrosa como eu jamais aqueles religiosos eram todos cor-
sentira em qualquer ser — exata- ruptos; que “eles se b aproximam
mente nesse momento de grande de mim com os lábios, mas seu
alarme, vi um pilar de b luz acima c 
coração está longe de mim; ensi-
de minha cabeça, mais brilhante nam como doutrina os d manda-
que o c sol, que descia gradual- mentos de homens, tendo e aparên-
mente sobre mim. cia de religiosidade, mas negam
17 Assim que apareceu, senti- o seu poder.”
me livre do inimigo que me su- 20 Novamente me proibiu de
jeitava. Quando a luz pousou so- unir-me a qualquer delas; e mui-
bre mim, a vi b dois Personagens tas outras coisas disse-me, as
cujo esplendor e c glória desa- quais não posso, no momento,
fiam qualquer descrição, pairan- escrever. Quando tornei a voltar
do no ar, acima de mim. Um de- a mim, estava deitado de costas,
les falou-me, chamando-me pelo olhando para o céu. Quando a
nome, e disse, apontando para o luz se retirou, eu estava sem for-
outro: Este é Meu d Filho e Amado. ças; mas tendo logo me recupe-
Ouve-O! rado em parte, fui para casa. Ao
18 Meu objetivo ao a dirigir-me apoiar-me na lareira, minha mãe
ao Senhor era saber qual de to- perguntou-me o que se passava.
das as seitas estava certa, a fim Respondi: “Não se preocupe, tudo
de saber a qual me unir. Portanto, está bem — eu estou bem.” Então
tão logo me controlei o suficiente disse a ela: “Aprendi por mim
para poder falar, perguntei aos mesmo que o presbiterianismo
Personagens que estavam na luz não é verdadeiro.” Parece que o
acima de mim qual de todas as a 
adversário sabia, nos primeiros
seitas estava certa (pois até aquele anos de minha vida, que eu estava
momento jamais me ocorrera que destinado a ser um perturbador
16 b At. 26:13. e Mt. 3:17; 17:5; Eze. 33:30–31.
c Apoc. 1:16. 3 Né. 11:7. c GEE Apostasia —
17 a GEE Visão. 18 a D&C 6:11; 46:7. Apostasia geral.
b At. 7:55–56; 19 a Salm. 14. d Tit. 1:14;
Col. 3:1. GEE Apostasia — D&C 45:29.
GEE Trindade. Apostasia da igreja e 2 Tim. 3:5.
c GEE Glória. cristã primitiva. 20 a GEE Diabo.
d GEE Jesus Cristo. b Isa. 29:13–14;
57 Joseph Smith—História 1:21–24
e um importunador de seu reino; quatorze para quinze anos de
senão, por que os poderes das tre- idade, e minha situação na vida
vas se uniriam contra mim? Por fizesse de mim um menino sem
que a b oposição e a perseguição importância no mundo, homens
que se levantaram contra mim, influentes preocupavam-se o bas-
quase em minha infância? tante para incitar a opinião pú-
blica contra mim e provocar uma
Alguns pregadores e outros religiosos
perseguição implacável. E isto se
rejeitam o relato da Primeira Visão —
tornou ponto comum entre todas
Desencadeia-se a perseguição a Joseph
as seitas — todas se uniram para
Smith — Ele testifica a realidade da
perseguir-me.
visão. (Versículos 21–26)
23 Isso me levou a refletir seria-
21Alguns dias após essa a visão, mente, na época, e muitas vezes
encontrei-me, por acaso, na com- a partir daí; quão estranho era
panhia de um dos pregadores me- que um obscuro menino de pouco
todistas, que era muito ativo no já mais de quatorze anos de idade,
mencionado alvoroço religioso; que estava, também, condenado à
e, conversando com ele sobre re- necessidade de obter um sustento
ligião, aproveitei a oportunidade escasso com seu trabalho diário,
para relatar-lhe a visão que tive- fosse considerado suficientemente
ra. Fiquei muito surpreso com importante para atrair a atenção
seu comportamento; tratou meu dos grandes das seitas mais po-
relato não só levianamente, mas pulares da época, criando neles o
com grande desprezo, dizendo espírito da mais implacável per-
que tudo aquilo era do diabo, que seguição e injúria! Mas, estranho
não havia tais coisas como b visões ou não, assim aconteceu e isso foi,
ou c revelações nestes dias; que com frequência, causa de grande
todas essas coisas haviam cessa- tristeza para mim.
do com os apóstolos e que nunca 24 Contudo, era um fato ter tido
mais existiriam. eu uma visão. Tenho pensado que
22 Logo descobri, entretanto, me sentia como a Paulo, quando
que minha narração da história apresentou sua b defesa perante
havia provocado muito preconcei- o rei Agripa e relatou a visão que
to contra mim entre os religiosos, tivera, quando viu uma luz e ou-
tornando-se motivo de grande viu uma voz; mas poucos foram
a 
perseguição, a qual continuou também os que acreditaram nele;
a aumentar; e embora eu fosse alguns disseram que ele era deso-
um menino b obscuro, de apenas nesto, outros, que estava louco;
20 b 2 Né. 2:11; c GEE Revelação. Al. 37:35.
D&C 58:2–4. 22 a Tg. 5:10–11. 24 a GEE Paulo.
GEE Adversidade. GEE Perseguição, b At. 26.
21 a GEE Primeira Visão. Perseguir.
b GEE Visão. b 1 Sam. 16:7;
Joseph Smith—História 1:25–28 58
e foi ridicularizado e injuriado. mas continuar como estava até
Tudo isso, porém, não destruiu a nova orientação. Descobrira ser
realidade da visão. Ele tivera uma verdadeiro o a testemunho de Tia-
visão, sabia que a tivera, e toda a go: que um homem que necessi-
perseguição debaixo do céu não tasse de sabedoria podia pedi-la
poderia fazer com que fosse de a Deus e obtê-la, sem ser repreen-
outra forma; e ainda que o per- dido.
seguissem até a morte, ele sabia
Morôni aparece a Joseph Smith —
e saberia até o último alento que
O nome de Joseph será considerado
tinha visto uma luz e ouvido uma
como bom e como mau entre todas
voz falando-lhe; e o mundo intei-
as nações — Morôni fala-lhe sobre
ro não poderia fazê-lo pensar ou
o Livro de Mórmon e os futuros jul-
crer de outra maneira.
gamentos do Senhor e cita muitas
25 Assim era comigo. Tinha real-
escrituras — Revelado o lugar em
mente visto uma luz e, no meio
que as placas estavam escondidas —
dessa luz, dois a Personagens; e
Morôni continua a instruir o Profeta.
eles realmente falaram comigo; e
(Versículos 27–54)
embora eu fosse odiado e perse-
guido por dizer que tivera uma vi- 27Continuei minhas ocupações
são, isso era verdade; e enquanto comuns na vida até o dia vinte e
me perseguiam, injuriando-me e um de setembro de mil oitocentos
afirmando falsamente toda espé- e vinte e três, sofrendo todo o tem-
cie de maldades contra mim por po severa perseguição nas mãos
dizê-lo, fui levado a pensar em de todos os tipos de homens, tanto
meu coração: Por que perseguir- religiosos como irreligiosos, por-
me por contar a verdade? Tive que eu continuava a afirmar que
realmente uma visão; e quem sou tivera uma visão.
eu para opor-me a Deus, ou por 28 No espaço de tempo entre a
que pensa o mundo fazer-me ne- ocasião em que tive a visão e o ano
gar o que realmente vi? Porque de mil oitocentos e vinte e três —
eu tivera uma visão; eu sabia-o e tendo sido proibido de unir-me
sabia que Deus o sabia e não po- a qualquer das seitas religiosas
dia b negá-la nem ousaria fazê-lo; da época e sendo ainda muito
pelo menos eu tinha consciência jovem e perseguido por aque-
de que, se o fizesse, ofenderia a les que deveriam ter sido meus
Deus e estaria sob condenação. amigos e me tratado com bonda-
26 Minha mente já estava satis- de — e se supunham eles que eu
feita no que concernia ao mundo estava iludido, deveriam ter pro-
sectário — não era meu dever curado, de maneira apropriada e
unir-me a qualquer das seitas, afetuosa, reconquistar-me — fui
25 a JS—H 1:17. Corajoso; 26 a Tg. 1:5–7.
b GEE Coragem, Integridade.
59 Joseph Smith—História 1:29–32
abandonado a toda sorte de a ten- pois tinha plena confiança de re-
tações; e, misturando-me a todo ceber uma manifestação divina,
tipo de gente, caí frequentemente como acontecera anteriormente.
em muitos erros tolos, exibindo as 30 Enquanto estava assim su-
fraquezas da juventude e as de- plicando a Deus, descobri uma
bilidades da natureza humana; o luz surgindo em meu quarto, a
que, sinto dizer, levou-me a ten- qual continuou a aumentar até o
tações diversas, ofensivas à vista aposento ficar mais iluminado do
de Deus. Ao fazer esta confissão, que ao meio-dia; imediatamente
ninguém deve crer-me culpado apareceu ao lado de minha cama
de quaisquer pecados grandes um a personagem em pé, no ar,
ou malignos. Jamais existiu em pois seus pés não tocavam o solo.
minha natureza disposição para 31 Vestia ele uma túnica solta,
tal. Mas fui culpado de levian- da mais rara a brancura. Era uma
dades e, às vezes, andava com brancura que excedia a qualquer
companhias joviais, etc., o que coisa terrena que eu já vira; nem
não condizia com a conduta que acredito que qualquer coisa terre-
devia ser mantida por uma pes- na possa parecer tão extraordina-
soa que fora b chamada por Deus, riamente branca e brilhante. Tinha
como eu. Isso, porém, não parece- as mãos descobertas e os braços
rá estranho para quem se recorda também, um pouco acima dos
de minha juventude e conhece pulsos; os pés também estavam
meu temperamento naturalmen- descobertos, bem como as pernas,
te alegre. um pouco acima dos tornozelos. A
29 Em consequência dessas coi- cabeça e o pescoço também esta-
sas, muitas vezes senti-me con- vam nus. Verifiquei que não usa-
denado por minhas fraquezas e va outra roupa além dessa túnica,
imperfeições. Foi então que, na pois estava aberta, de modo que
noite do já mencionado vinte e um lhe podia ver o peito.
de setembro, depois de me haver 32 Não somente sua túnica era
recolhido, recorri à a oração e à sú- muito branca, mas toda a sua pes-
plica ao Deus Todo-Poderoso para soa era indescritivelmente a glo-
pedir perdão por todos os meus riosa e seu semblante era verda-
pecados e imprudências, pedindo deiramente como o b relâmpago.
também uma manifestação para O quarto estava muito claro, mas
que eu pudesse saber qual era o não tão luminoso como ao redor
meu estado e posição perante ele; de sua pessoa. No momento em
28 a GEE Tentação, Tentar. Morôni, Filho de GEE Glória.
b GEE Chamado, Mórmon. b Êx. 34:29–35;
Chamado por Deus, 31 a At. 10:30; Hel. 5:36;
Chamar. 1 Né. 8:5; D&C 110:3.
29 a GEE Oração. 3 Né. 11:8.
30 a GEE Anjos; 32 a 3 Né. 19:25.
Joseph Smith—História 1:33–40 60
que o vi, tive medo; mas o medo
c 
36 Depois de me dizer essas coi-
logo desapareceu. sas, começou a citar as profecias
33 Chamou-me pelo a nome e dis- do a Velho Testamento. Primeiro
se-me que era um mensageiro en- citou parte do b terceiro capítulo
viado a mim da presença de Deus de Malaquias; e citou também o
e que seu nome era Morôni; que quarto ou último capítulo da mes-
Deus tinha uma obra a ser exe- ma profecia, embora com pequena
cutada por mim; e que meu nome variação do modo como aparece
seria considerado bom e mau entre na Bíblia. Em vez de citar o pri-
todas as nações, tribos e línguas, meiro versículo conforme está em
ou que entre todos os povos se nossos livros, citou-o assim:
falaria bem e mal de meu nome. 37 Porque eis que vem o a dia que
34 Disse-me que havia um a livro b 
arderá como fornalha e todos os so-
escondido, escrito em b placas de berbos, sim, e todos os que cometem
ouro, que continha um relato dos impiedade, queimarão como a c palha;
antigos habitantes deste continen- e aqueles que hão de vir os abrasarão,
te, assim como de sua origem e diz o Senhor dos Exércitos, de sorte
procedência. Disse também que que lhes não deixarão nem raiz nem
o livro continha a c plenitude do ramo.
evangelho eterno, tal como fora 38 E também citou o quinto ver-
entregue pelo Salvador aos anti- sículo assim: Eis que eu vos revelarei
gos habitantes. o a Sacerdócio, pela mão de b Elias, o
35 Disse também que havia duas profeta, antes que venha o grande e
pedras em aros de prata — e es- terrível dia do Senhor.
sas pedras, presas a um a peito- 39 Citou também o versículo se-
ral, constituíam o que é chamado guinte diferentemente: E ele plan-
b 
Urim e Tumim — depositadas tará no coração dos filhos as a promes-
com as placas; e que a posse e uso sas feitas aos pais; e o coração dos
dessas pedras era o que constituía filhos b voltar-se-á para seus pais. Se
os c “videntes” nos tempos anti- assim não fosse, toda a terra seria
gos; e que Deus as tinha prepara- totalmente devastada na sua vinda.
do para serem usadas na tradução 40 Além desses, citou o capítulo
do livro. onze de Isaías, dizendo que estava
32 c Êx. 3:6; c GEE Vidente. 1 Né. 22:15, 23;
Ét. 3:6–8, 19. 36 a GEE Velho Testamento. 2 Né. 26:4–6;
33 a Êx. 33:12, 17; b GEE Malaquias. D&C 29:9.
Isa. 45:3–4. 37 a GEE Segunda Vinda de 38 a GEE Chaves do
34 a GEE Livro de Mórmon. Jesus Cristo. Sacerdócio;
b GEE Placas de Ouro. b 3 Né. 25; Sacerdócio.
c GEE Restauração do D&C 64:23–24. b D&C 27:9; 110:13–16.
Evangelho. GEE Mundo — Fim GEE Elias, o Profeta.
35 a Lev. 8:8. do mundo; 39 a Gál. 3:8, 19.
GEE Peitoral. Terra — Purificação b GEE Genealogia;
b Êx. 28:30. da Terra. Salvação para os
GEE Urim e Tumim. c Naum 1:8–10; Mortos.
61 Joseph Smith—História 1:41–46
prestes a ser cumprido. Citou tam- concentrar-se imediatamente ao
bém o terceiro capítulo de Atos, redor do personagem que estive-
versículos vinte e dois e vinte e ra falando comigo; e assim con-
três, exatamente como aparecem tinuou até o quarto voltar à es-
em nosso Novo Testamento. Dis- curidão, exceto ao redor dele; e
se que aquele a profeta era Cristo, imediatamente vi como se fora
mas que ainda não chegara o dia um conduto, que levava até o céu,
em que “toda a alma que não es- pelo qual ele ascendeu até desa-
cutar esse profeta será b extermi- parecer completamente; o quarto
nada dentre o povo,” mas logo então voltou ao estado em que
chegaria. estava antes de essa luz celestial
41 Também citou o a segundo ca- aparecer.
pítulo de Joel, do versículo vinte 44 Fiquei meditando sobre a sin-
e oito até o último. Disse também gularidade da cena, grandemente
que isso não havia sido cumpri- maravilhado com o que me disse-
do, mas logo o seria. E disse mais: ra o extraordinário mensageiro,
que a plenitude dos b gentios logo quando, em meio a minha a medi-
ocorreria. Citou muitas outras tação, descobri subitamente que
passagens de escritura e ofereceu meu quarto começava novamente
muitas explicações que não po- a ser iluminado e imediatamente
dem ser mencionadas aqui. vi o mesmo mensageiro celestial
42 Disse-me que quando eu re- outra vez ao lado de minha cama.
cebesse as placas sobre as quais 45 Relatou-me novamente, sem
havia falado — porquanto o mo- a mínima alteração, as mesmas
mento em que elas deveriam ser coisas que me dissera na primei-
obtidas ainda não chegara — a ra visita; a seguir me informou de
ninguém deveria mostrá-las; nem grandes julgamentos que recai-
o peitoral com o Urim e Tumim, riam sobre a Terra, com grandes
salvo àqueles a quem me fosse desolações causadas pela fome,
ordenado mostrá-los; e se eu o fi- espada e peste; e que esses dolo-
zesse, seria destruído. Enquanto rosos julgamentos recairiam sobre
falava comigo a respeito das pla- a Terra nesta geração. Tendo-me
cas, minha a mente abriu-se de tal comunicado essas coisas, tornou a
modo que visualizei o lugar em ascender, como fizera antes.
que estavam depositadas, e isto 46 Naquele momento, tão pro-
tão clara e nitidamente que re- fundas eram as impressões cau-
conheci o local quando o visitei. sadas em minha mente, que perdi
43  Após esta comunicação, o sono por completo, atônito com
vi a luz do quarto começar a o que havia visto e ouvido. Mas
40 a Deut. 18:15–19. b Rom. 11:11–25; 42 a GEE Mente.
b 3 Né. 20:23; 21:20. D&C 88:84. 44 a GEE Ponderar.
41 a At. 2:16–21. GEE Gentios.
Joseph Smith—História 1:47–51 62
qual não foi minha surpresa quan- cerca do campo onde estávamos,
do vi novamente o mesmo men- faltaram-me as forças por com-
sageiro ao lado de minha cama e pleto e caí inerte ao solo, ficando
ouvi-o repetir as mesmas coisas completamente inconsciente du-
que me dissera antes; e também rante algum tempo.
advertiu-me, informando-me que 49 A primeira coisa de que me
a 
Satanás procuraria b tentar-me lembro é uma voz chamando-me
(em consequência da pobreza da pelo nome. Olhei para cima e vi o
família de meu pai) a obter as pla- mesmo mensageiro acima de mi-
cas com o fim de enriquecer-me. nha cabeça, cercado de luz como
Proibiu-me isso, dizendo que eu antes. Repetiu-me tudo o que ha-
não deveria ter qualquer outro via relatado na noite anterior e or-
objetivo em vista, ao receber as denou-me que fosse contar a meu
placas, a não ser o de glorificar a 
pai a visão e os mandamentos
a Deus; e que eu não deveria ser que havia recebido.
influenciado por qualquer outro 50 Obedeci, voltando para onde
c 
motivo, senão o de edificar o seu estava meu pai, no campo, e re-
reino; caso contrário, não as po- latei-lhe todo o ocorrido. Ele res-
deria obter. pondeu-me que aquilo era obra
47 Após essa terceira visita ele de Deus e disse-me que fizesse o
ascendeu ao céu, como antes; e que o mensageiro ordenara. Dei-
outra vez fiquei meditando sobre xei o campo e fui até o local onde
a estranheza do que acabara de o mensageiro dissera estarem de-
acontecer; quase imediatamente positadas as placas; e, devido à ni-
após o mensageiro celestial ter tidez da visão que tivera, referente
ascendido pela terceira vez, o galo ao local, reconheci-o no instante
cantou e vi que o dia se aproxima- em que lá cheguei.
va, de modo que as entrevistas 51 Próximo à vila de Manchester,
deviam ter durado toda aquela no Condado de Ontário, Estado
noite. de Nova York, existe uma a colina
48 Pouco depois me levantei e, de considerável tamanho, sendo
como de costume, fui cuidar dos a mais alta da redondeza. No lado
afazeres do dia; mas ao tentar tra- oeste dessa colina, não muito dis-
balhar como normalmente fazia, tante do cume, sob uma pedra de
senti-me tão exausto que não con- considerável tamanho, estavam
segui. Meu pai, que trabalhava as placas, depositadas em uma
perto de mim, percebeu que eu caixa de pedra. No meio, na par-
não estava bem e disse-me que te superior, essa pedra era grossa
fosse para casa. Saí com essa in- e arredondada; era, porém, mais
tenção, mas ao tentar atravessar a fina na direção das extremidades,
46 a GEE Diabo. c D&C 121:37. Sênior.
b GEE Tentação, Tentar. 49 a GEE Smith, Joseph, 51 a GEE Cumora, Monte.
63 Joseph Smith—História 1:52–56
de modo que a parte central fica- e à maneira pela qual o seu a rei-
va visível acima do solo, mas as no deveria ser conduzido nos úl-
bordas em toda a volta estavam timos dias.
cobertas de terra.
Joseph Smith casa-se com Emma
52 Tendo removido a terra, ar-
Hale — Recebe as placas de ouro de
ranjei uma alavanca, introduzi-a
Morôni e traduz alguns dos carac-
sob a borda da pedra e consegui
teres — Martin Harris mostra os
levantá-la com um pequeno esfor-
caracteres e a tradução ao Professor
ço. Olhei e lá realmente vi as a pla-
Anthon, que diz: “Não posso ler um
cas, o b Urim e Tumim e o c peito-
livro selado.” (Versículos 55–65)
ral, como afirmara o mensageiro.
A caixa na qual se encontravam 55 Como a situação econômica
era formada de pedras unidas de meu pai fosse muito limitada,
por uma espécie de cimento. No víamo-nos obrigados a trabalhar
fundo da caixa havia duas pedras com as mãos, empregando-nos
colocadas transversalmente e so- fora, por dia ou de outras manei-
bre elas estavam as placas e as ras, segundo surgia a oportunida-
outras coisas. de. Às vezes estávamos em casa,
53 Fiz uma tentativa de retirá- outras, fora; e, trabalhando con-
las, mas fui proibido pelo men- tinuamente, conseguíamos viver
sageiro, que outra vez me infor- de maneira confortável.
mou ainda não haver chegado o 56 No ano de 1823, a família de
momento de retirá-las, dizendo meu pai passou por uma grande
que esse momento não chegaria dor com a morte de meu irmão
a não ser quatro anos após aque- mais velho, a Alvin. No mês de ou-
la data. Disse-me que eu deveria tubro de 1825, empreguei-me com
voltar àquele local precisamente um senhor idoso chamado Josiah
um ano mais tarde e que lá ele se Stoal, que morava no Condado de
encontraria comigo, devendo eu Chenango, Estado de Nova York.
continuar a assim proceder até Ele tinha ouvido falar de uma
que chegasse o tempo de receber mina de prata aberta pelos espa-
as placas. nhóis em Harmony, Condado de
54 De acordo com o que me fora Susquehanna, Estado da Pensilvâ-
ordenado, voltei lá ao fim de cada nia; e antes de me empregar, havia
ano e todas as vezes encontrei feito escavações com o fim de, se
o mesmo mensageiro. Em cada possível, descobrir a mina. Depois
uma das entrevistas recebi dele que fui morar com ele, levou-me
instruções e conhecimento com com o resto de seus empregados
respeito ao que o Senhor ia fazer para escavar, em busca da mina
52 a Mórm. 6:6. c GEE Peitoral. 56 a D&C 137:5–8.
GEE Placas de Ouro. 54 a GEE Reino de Deus ou
b GEE Urim e Tumim. Reino dos Céus.
Joseph Smith—História 1:57–61 64
de prata, no que continuei a tra- mesmo mensageiro celestial entre-
balhar por aproximadamente um gou-os a mim, com a advertência
mês sem alcançar sucesso em nos- de que eu seria responsável por
so empreendimento; e finalmente eles; que se eu os deixasse extra-
convenci aquele senhor a desistir viar por algum descuido ou a ne-
de procurar a mina. Assim sur- gligência, seria cortado; mas que
giu a história muito divulgada se eu empregasse todos os esfor-
de haver sido eu um cavador de ços para b preservá-los até que ele,
dinheiro. o mensageiro, os reclamasse, eles
57 Durante o tempo em que es- seriam protegidos.
tive nesse emprego, hospedei-me 60 Logo verifiquei a razão de
com o Sr. Isaac Hale, daquele lu- tão severas recomendações para
gar; foi lá que pela primeira vez vi que os guardasse em segurança
minha mulher (filha dele), a Emma e por que o mensageiro dissera
Hale. Casamo-nos no dia 18 de ja- que, quando eu tivesse realizado
neiro de 1827, enquanto eu ainda o que me fora ordenado, ele viria
estava a serviço do Sr. Stoal. buscá-los. Pois tão logo se soube
58 Devido a minha insistência que estavam em meu poder, fo-
em afirmar que tivera uma visão, ram empregados os mais tena-
continuava a ser a perseguido e a zes esforços para tirá-los de mim.
família do pai de minha mulher Todos os estratagemas possíveis
opôs-se muito a nosso casamen- foram usados com esse propósi-
to. Precisei, portanto, levá-la para to. A perseguição tornou-se mais
outra parte; assim, casamo-nos amarga e severa que antes e multi-
na casa do Juiz Tarbill em South dões mantinham-se continuamen-
Bainbridge, Condado de Chenan- te alertas para tirá-los de mim, se
go, Estado de Nova York. Ime- possível. Mas pela sabedoria de
diatamente após meu casamento, Deus eles continuaram seguros
deixei o emprego com o Sr. Stoal e em minhas mãos até que cumpri,
fui para a casa de meu pai, traba- por meio deles, o que me fora re-
lhando com ele no campo durante querido. Quando o mensageiro os
aquela estação. reclamou, de acordo com o com-
59 Finalmente chegou a época de binado, entreguei-os a ele, que os
receber as placas, o Urim e Tumim tem sob sua guarda até esta data,
e o peitoral. No dia vinte e dois de dois de maio de mil oitocentos e
setembro de mil oitocentos e vin- trinta e oito.
te e sete, tendo ido, como de cos- 61 O alvoroço, contudo, ainda
tume, ao fim de mais um ano, ao continuava e os rumores, com suas
local onde estavam depositados, o mil línguas, eram empregados
57 a GEE Smith, Emma Perseguir. escrituras devem ser
Hale. 59 a JS—H 1:42. preservadas.
58 a GEE Perseguição, b GEE Escrituras — As
65 Joseph Smith—História 1:1–1:1
todo o tempo para fazer circular a cidade de Nova York. Quanto
falsidades sobre a família de meu ao que aconteceu em relação a ele
pai e sobre mim. Se eu relatasse e aos caracteres, refiro-me ao seu
a milésima parte deles, encheria próprio relato dos acontecimen-
volumes. A perseguição, contudo, tos, como me contou quando de
tornou-se tão intolerável que fui seu regresso, e que é o seguinte:
obrigado a sair de Manchester e 64 “Fui à cidade de Nova York
ir com minha mulher para o Con- e apresentei os caracteres que
dado de Susquehanna, no Estado tinham sido traduzidos, assim
da Pensilvânia. Enquanto me pre- como sua tradução, ao professor
parava para partir — sendo muito Charles Anthon, famoso por seus
pobre e sofrendo uma perseguição conhecimentos literários. O pro-
tão grande que não haveria possi- fessor Anthon declarou que a tra-
bilidade de que fosse de outra for- dução estava correta, muito mais
ma — em meio a nossas aflições que qualquer tradução do egípcio
encontramos um amigo na pessoa que já vira. Mostrei-lhe então os
de a Martin Harris, que nos pro- que ainda não haviam sido tradu-
curou e me deu cinquenta dólares zidos e ele disse-me serem egíp-
para auxiliar-nos na viagem. O Sr. cios, caldeus, assírios e arábicos;
Harris era morador do distrito de e acrescentou que eram caracteres
Palmyra, Condado de Wayne, no autênticos. Deu-me uma decla-
Estado de Nova York, e fazendeiro ração, atestando ao povo de Pal-
bem conceituado. myra que eram autênticos e que a
62 Mediante essa ajuda oportu- tradução, como fora feita, também
na, pude chegar ao lugar de meu estava correta. Peguei a declara-
destino, na Pensilvânia; e, ime- ção e coloquei-a no bolso; estava
diatamente após minha chegada, saindo da casa quando o Sr. An-
comecei a copiar os caracteres das thon me chamou e perguntou-me
placas. Copiei um número con- como soubera o jovem que havia
siderável deles e, por meio do placas de ouro no lugar onde ele
a 
Urim e Tumim, traduzi alguns, as encontrara. Respondi-lhe que
o que fiz entre os meses de de- um anjo de Deus lho revelara.
zembro, quando cheguei à casa 65 Disse-me então: ‘Deixe-me
de meu sogro, e fevereiro do ano ver essa declaração’. Tirei-a do
seguinte. bolso e entreguei-a a ele, que a
63 Nesse mesmo mês de feve- pegou e rasgou em pedacinhos,
reiro, o já mencionado Sr. Martin dizendo que já não existiam coi-
Harris veio a nossa casa, tomou os sas como ministério de a anjos e
caracteres que eu havia copiado que, se eu lhe desse as placas, ele
das placas e partiu com eles para as traduziria. Informei-o de que
61 a D&C 5:1. 62 a GEE Urim e Tumim.
GEE Harris, Martin. 65 a GEE Anjos.
Joseph Smith—História 1:66–71 66
parte das placas estava selada e
b 
trabalho da tradução, quando,
que me era proibido levá-las. Ele no mês seguinte (maio de 1829),
respondeu: ‘Não posso ler um li- fomos certo dia a um bosque para
vro selado’. Saí de lá e procurei orar e consultar o Senhor a respei-
o Dr. Mitchell, que confirmou to do a batismo para a b remissão
tudo o que o Sr. Anthon dissera a dos pecados, mencionado na tra-
respeito dos caracteres e da dução das placas. Enquanto orá-
tradução.” vamos e invocávamos o Senhor,
······· um c mensageiro do céu desceu em
uma d nuvem de luz e, colocando
Oliver Cowdery serve de escriba na
as e mãos sobre nós, f ordenou-nos,
tradução do Livro de Mórmon — Jo-
dizendo:
seph e Oliver recebem o Sacerdócio
69 A vós, meus conservos, em nome
Aarônico de João Batista — São bati-
do Messias, eu confiro o a Sacerdócio
zados, ordenados e recebem o espírito
de Aarão, que possui as chaves do
de profecia. (Versículos 66–75)
ministério de anjos e do evangelho
66 No dia 5 de abril de 1829, do arrependimento e do batismo por
Oliver Cowdery, que eu jamais
a 
imersão para remissão dos pecados; e
vira até aquele dia, veio a minha este nunca mais será tirado da Terra,
casa. Disse-me que, sendo pro- até que os filhos de b Levi tornem a fa-
fessor da escola localizada nas zer, em retidão, uma oferta ao Senhor.
proximidades da casa de meu pai 70 Disse que esse Sacerdócio Aa-
e sendo meu pai um dos que ti- rônico não tinha o poder de im-
nham filhos na escola, hospedara- posição de mãos para o a dom do
se por algum tempo em sua casa; e Espírito Santo, mas que isso nos
que enquanto lá estivera, a família seria conferido mais tarde; e man-
relatara-lhe as circunstâncias em dou que nos batizássemos, dando
que eu recebera as placas e que, instruções para que eu batizasse
por isso, viera obter informações. Oliver Cowdery e depois ele me
67 Dois dias após a chegada do batizasse.
Sr. Cowdery (estávamos em 7 de 71 Assim, fomos batizados. Eu
abril), comecei a traduzir o Livro batizei-o primeiro e, em seguida,
de Mórmon e ele começou a es- ele batizou-me — após o que, co-
crever para mim. loquei as mãos sobre sua cabeça
······· e ordenei-o ao Sacerdócio Aarôni-
68  Continuávamos ainda o co; e em seguida ele pôs as mãos
65 b Isa. 29:11–12; d Núm. 11:25; 69 a GEE Sacerdócio
2 Né. 27:10; Ét. 2:4–5, 14; Aarônico.
Ét. 4:4–7. D&C 34:7. b Deut. 10:8;
66 a GEE Cowdery, Oliver. e RF 1:5. D&C 13; 124:39.
68 a GEE Batismo, Batizar. GEE Mãos, Imposição GEE Levi — Tribo de
b GEE Remissão de de. Levi.
Pecados. f GEE Autoridade; 70 a GEE Dom do Espírito
c GEE João Batista. Ordenação, Ordenar. Santo.
67 Joseph Smith—História 1:1–1:75
sobre minha cabeça e ordenou-me deveriam acontecer. E tão logo fui
ao mesmo sacerdócio — pois as- batizado por ele, também recebi
sim nos fora mandado.* o espírito de profecia e profeti-
72 O mensageiro que nos visitou zei sobre a edificação desta Igreja
nessa ocasião e conferiu-nos esse e muitas outras coisas ligadas à
sacerdócio disse que seu nome Igreja e a esta geração dos filhos
era João, o mesmo que é chamado dos homens. Estávamos cheios do
a 
João Batista no Novo Testamento; Espírito Santo e regozijamo-nos
e que agia sob a direção de b Pedro, no Deus de nossa salvação.
c 
Tiago e d João, que possuíam as 74 Estando então nossa mente
e 
chaves do Sacerdócio de f Mel- iluminada, as escrituras começa-
quisedeque, sacerdócio esse que, ram a abrir-se ao nosso a entendi-
declarou ele, nos seria conferido mento e o b verdadeiro significa-
no devido tempo; e que eu seria do e intenção de suas passagens
o primeiro g élder da Igreja e ele mais misteriosas revelaram-se
(Oliver Cowdery), o segundo. No a nós de uma forma que jamais
dia quinze de maio de 1829 fomos havíamos conseguido antes e
ordenados pela mão desse men- que sequer imaginávamos. En-
sageiro e batizados. trementes, fomos forçados a guar-
73 Assim que saímos da água, dar segredo sobre as circunstân-
após termos sido batizados, re- cias em que havíamos recebido o
cebemos grandes e gloriosas bên- sacerdócio e sido batizados, de-
çãos de nosso Pai Celestial. Ape- vido ao espírito de perseguição
nas terminei de batizar Oliver que já se havia manifestado nas
Cowdery, o a Espírito Santo desceu redondezas.
sobre ele e ele, pondo-se de pé, 75 De tempos em tempos amea-
b 
profetizou muitas coisas que logo çavam espancar-nos, isso também
* Oliver Cowdery relata esses acontecimentos da seguinte maneira: “Esses foram dias
inolvidáveis — ouvir o som de uma voz ditada pela inspiração do céu despertou neste
peito uma profunda gratidão! Dia após dia continuei ininterruptamente a escrever o
que lhe saía da boca, enquanto ele traduzia a história ou relato chamado ‘O Livro de
Mórmon’ com o Urim e Tumim, ou, como teriam dito os nefitas, ‘Intérpretes’.
Fazer menção, ainda que em poucas palavras, do interessante relato que Mórmon e
seu filho Morôni escreveram com relação a um povo que foi amado e favorecido pelo
céu seria desviar-me de minha presente intenção; deixarei, portanto, esse assunto para
o futuro; e, como disse na introdução, passarei mais diretamente a alguns incidentes
imediatamente ligados ao surgimento desta Igreja, que serão de interesse para alguns
milhares que, em meio ao desagrado de fanáticos e das calúnias de hipócritas, abraça-
ram o Evangelho de Cristo.
72 a GEE João Batista. Zebedeu. 73 a GEE Espírito Santo.
b D&C 27:12–13. e GEE Chaves do b GEE Profecia, Profetizar.
GEE Pedro. Sacerdócio. 74 a GEE Compreensão,
c GEE Tiago, Filho de f GEE Sacerdócio de Entendimento.
Zebedeu. Melquisedeque. b Jo. 16:13.
d GEE João, Filho de g GEE Élder (Ancião).
Joseph Smith—História 68
pelos que professavam ser reli- contrária a turbas, desejando que
giosos. E a intenção que tinham me fosse permitido continuar o
de nos espancar era somente trabalho de tradução sem inter-
neutralizada pela influência da rupções; e assim nos ofereceu e
família de meu sogro (sob a Di- prometeu proteção, no que lhes
vina providência), que se torna- fosse possível, contra qualquer ato
ra muito minha amiga e que era ilegal.

Nenhum homem, no domínio de suas faculdades, poderia traduzir e escrever as ins-


truções dadas aos nefitas pela boca do Salvador a respeito da maneira precisa em que os
homens deveriam edificar sua Igreja — especialmente quando a corrupção espalhara a
incerteza sobre todas as formas e sistemas praticados entre os homens — sem desejar o
privilégio de mostrar a disposição de ser imerso na sepultura líquida, para responder
a uma ‘boa consciência (. . .) pela ressurreição de Jesus Cristo’.
Depois de escrever o relato do ministério do Salvador aos remanescentes da semente
de Jacó neste continente, foi fácil ver, como o profeta disse que seria, que trevas cobriam
a Terra e densas trevas, a mente do povo. Refletindo um pouco mais, foi fácil ver que,
na grande contenda e no grande clamor com respeito a religião, ninguém tinha a auto-
ridade de Deus para administrar as ordenanças do evangelho. Pois se podia pergun-
tar: Têm os homens que negam as revelações autoridade para administrar em nome
de Cristo, sendo que o testemunho dele não é senão o espírito de profecia e que sua
religião baseia-se em revelações diretas, e por elas é edificada e apoiada em qualquer
época do mundo em que ele teve um povo na Terra? Se esses fatos foram enterrados
e cuidadosamente escondidos por homens cujas artimanhas estariam em perigo caso
lhes fosse permitido brilhar diante dos homens, para nós já não o estavam; e somente
esperávamos que se desse o mandamento: ‘Levantai-vos e sede batizados’.
Não tardou muito para que esse desejo se realizasse. O Senhor, grande em misericór-
dia e sempre disposto a atender à oração constante e humilde, depois que o havíamos
invocado fervorosamente, afastados das habitações dos homens, condescendeu em
manifestar-nos a sua vontade. Repentinamente, como se fora do meio da eternidade,
a voz do Redentor manifestou-nos paz; ao mesmo tempo o véu abriu-se e um anjo de
Deus desceu, revestido de glória, e transmitiu a esperada mensagem e as chaves do
Evangelho do arrependimento. Que alegria! Que admiração! Que assombro! Enquanto
o mundo se encontrava atormentado, confundido — enquanto milhões andavam às
apalpadelas como cegos procurando a parede e enquanto todos os homens mergulha-
vam na incerteza, como a massa em geral, nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram,
como no ‘fulgor do dia’; sim, mais ainda — acima do resplendor do sol de primavera
que nesse momento banhava com seu brilho a face da natureza. Então, a sua voz, ainda
que humilde, penetrou até o âmago e suas palavras ‘Sou vosso conservo’ desvaneceu
todo temor. Escutamos! Contemplamos! Admiramos! Era a voz de um anjo da glória,
era uma mensagem do Altíssimo! E, ao ouvir, rejubilamo-nos, enquanto seu amor nos
aquecia a alma e éramos envoltos pela visão do Onipotente! Havia lugar para dúvi-
das? Nenhum; a incerteza desvanecera-se. A dúvida desaparecera para jamais voltar,
enquanto a ficção e o engano se desvaneceram para sempre.
Mas, querido irmão, pensa, pensa um pouco mais na alegria que nos encheu o cora-
ção e na surpresa com que nos curvamos (pois quem não teria dobrado os joelhos para
receber tal bênção?), quando recebemos de suas mãos o Santo Sacerdócio, ao dizer ele:
‘A vós, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro este Sacerdócio e esta autori-
dade que permanecerá na Terra a fim de que os Filhos de Levi possam ainda fazer, em
retidão, uma oferta ao Senhor!’
69 Joseph Smith—História
Não procurarei descrever-te os sentimentos deste coração nem a majestosa beleza
e glória que nos envolveram nessa ocasião; mas acreditar-me-ás quando te disser que
nem a Terra nem os homens, com a eloquência do tempo, podem sequer começar a ex-
pressar-se de modo tão interessante e sublime como esse santo personagem. Não! Nem
tem esta Terra poder para dar a alegria, conceder a paz ou captar a sabedoria contida
em cada uma dessas frases proferidas pelo poder do Santo Espírito! Os homens podem
enganar seus semelhantes, enganos podem suceder a enganos e os filhos do maligno
podem ter o poder de seduzir os néscios e ignorantes até o ponto em que nada, a não
ser a ficção, alimente as multidões e os frutos da mentira arrastem, em sua correnteza,
os insensatos até a tumba; mas um toque do dedo de seu amor, sim, um raio de glória
do céu ou uma palavra da boca do Senhor, do seio da eternidade, faz com que tudo
pareça insignificante, apagando-o para sempre da mente. A certeza de que estávamos
na presença de um anjo, de que ouvíamos a voz de Jesus e a verdade imaculada que
emanava de um personagem puro, ditada pela vontade de Deus, é para mim indes-
critível e sempre considerarei essa expressão da bondade do Salvador com assombro
e gratidão enquanto me for permitido viver; e nas mansões onde a perfeição habita e
o pecado nunca chega, espero adorar no dia que jamais cessará.” — Messenger and
Advocate, Vol. 1 (outubro de 1834), pp. 14–16.
REGRAS DE FÉ
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS


C
a
REMOS em b Deus, o Pai 5 Cremos que um homem deve
Eterno, e em Seu c Filho, ser a chamado por Deus, por b pro-
Jesus Cristo, e no d Espírito Santo. fecia, e pela imposição de c mãos,
2 Cremos que os homens serão por quem possua d autoridade,
punidos por seus a próprios pe- para e pregar o Evangelho e admi-
cados e não pela b transgressão nistrar as suas f ordenanças.
de Adão. 6 Cremos na mesma a organiza-
3  Cremos que, por meio da ção que existia na Igreja Primiti-
a 
Expiação de Cristo, toda a hu- va, isto é, b apóstolos, c profetas,
manidade pode ser b salva, pela d 
pastores, mestres, e evangelistas,
c 
obediência às d leis e ordenanças etc.
do e Evangelho. 7 Cremos no a dom de b línguas,
4 Cremos que os primeiros prin- c 
profecia, d revelação, e visões, f cura,
cípios e a ordenanças do Evangelho g 
interpretação de línguas, etc.
são: primeiro, b Fé no Senhor Jesus 8 Cremos ser a a Bíblia a b palavra
Cristo; segundo, c Arrependimen- de Deus, desde que esteja tradu-
to; terceiro, d Batismo por imer- zida c corretamente; também cre-
são para a e remissão de pecados; mos ser o d Livro de Mórmon a
quarto, Imposição de f mãos para o palavra de Deus.
g 
dom do Espírito Santo. 9 Cremos em tudo o que Deus
1 1 a GEE Crença, Crer. d GEE Lei. 6 a GEE Igreja Verdadeira,
b GEE Trindade — Deus, e GEE Evangelho. Sinais da —
o Pai. 4 a GEE Ordenanças. Organização da Igreja.
c GEE Jesus Cristo; b GEE Fé. b GEE Apóstolo.
Trindade — Deus, o c GEE Arrepender-se, c GEE Profeta.
Filho. Arrependimento. d GEE Bispo.
d GEE Espírito Santo; d GEE Batismo, Batizar. e GEE Evangelista;
Trindade — Deus, o e GEE Remissão de Patriarca, Patriarcal.
Espírito Santo. Pecados. 7 a GEE Dons do Espírito.
2 a Deut. 24:16; f GEE Mãos, Imposição b GEE Línguas, Dom das.
Eze. 18:19–20. de. c GEE Profecia, Profetizar.
GEE Arbítrio; g GEE Dom do Espírito d GEE Revelação.
Prestar Contas, Santo. e GEE Visão.
Responsabilidade, 5 a GEE Chamado, f GEE Curar, Curas.
Responsável. Chamado por Deus, g 1 Cor. 12:10;
b GEE Queda de Adão Chamar. Mórm. 9:7–8.
e Eva. b GEE Profecia, Profetizar. 8 a GEE Bíblia.
3 a GEE Expiação, Expiar. c GEE Mãos, Imposição b GEE Palavra de Deus.
b Mos. 27:24–26; de. c 1 Né. 13:20–40;
Mois. 5:9. d GEE Autoridade; 14:20–26.
GEE Salvação. Sacerdócio. d GEE Livro de Mórmon.
c GEE Obedecer, e GEE Pregar.
Obediência, Obediente. f Al. 13:8–16.
71 Regras de Fé 1:10–13
a 
revelou, em tudo o que Ele reve- 12 Cremos na submissão a reis,
la agora, e cremos que Ele ainda presidentes, governantes, e ma-
b 
revelará muitas coisas grandiosas gistrados; na obediência, honra,
e importantes relativas ao Reino e manutenção da a lei.
de Deus. 13  Cremos em ser a honestos,
10 Cremos na a coligação literal verdadeiros, b castos, benevolen-
de Israel e na restauração das b Dez tes, virtuosos, e em c fazer o bem
Tribos; que c Sião (a Nova Jerusa- a todos os homens; na realidade,
lém) será construída no continente podemos dizer que seguimos a
americano; que Cristo d reinará d 
admoestação de Paulo: Cremos
pessoalmente na Terra; e que a em todas as coisas, confiamos
Terra será e renovada e receberá a em todas as coisas, suportamos
sua f glória g paradisíaca. muitas coisas e e esperamos ter a
11 Pretendemos o a privilégio de capacidade de tudo f suportar. Se
adorar a Deus Todo-Poderoso de houver qualquer coisa g virtuosa,
acordo com os b ditames de nossa amável, de boa fama ou louvável,
própria c consciência; e concede- nós a procuraremos.
mos a todos os homens o mesmo Joseph Smith.
privilégio, deixando-os d adorar
como, onde, ou o que desejarem.
9 a GEE Revelação. GEE Nova Jerusalém; c GEE Consciência.
b Amós 3:7; Sião. d GEE Adorar.
D&C 121:26–33. d GEE Milênio. 12 a D&C 58:21–23.
GEE Escrituras — e GEE Terra — GEE Lei.
Profecias a respeito de Purificação da Terra. 13 a GEE Honestidade,
escrituras futuras. f IE um estado Honesto;
10 a Isa. 49:20–22; 60:4; semelhante ao do Integridade.
1 Né. 19:16–17. Jardim do Éden; b GEE Castidade.
GEE Israel — Coligação Isa. 11:6–9; 35; 51:1–3; c GEE Serviço.
de Israel. 65:17–25; d Filip. 4:8.
b GEE Israel — Dez tribos Eze. 36:35. e GEE Esperança.
perdidas. GEE Paraíso. f GEE Perseverar.
c Ét. 13:2–11; g GEE Glória. g GEE Recato;
D&C 45:66–67; 84:2–5; 11 a D&C 134:1–11. Virtude.
Mois. 7:18. b GEE Arbítrio.
APÊNDICE

GUIA PAR A ESTUDO DAS ESCRITUR AS

MAPAS DA HISTÓRIA DA IGREJA

FOTOGR AFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA


GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS

O GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS

O Guia para Estudo das Escrituras explica doutrinas, princípios, povos e lugares
que se destacam e que são encontrados na Bíblia Sagrada, no Livro de Mórmon,
em Doutrina e Convênios e na Pérola de Grande Valor. Para cada verbete, ele forne-
ce também referências básicas das escrituras para estudo. Este Guia será de ajuda no
estudo das escrituras, tanto individual como em família. Ele pode ajudar a responder
perguntas sobre o evangelho, a estudar temas das escrituras, a preparar discursos e
aulas e a aumentar o seu conhecimento e testemunho do evangelho.
O diagrama a seguir ilustra um exemplo de tópico do Guia para Estudo das Escrituras:

Os verbetes estão Casamento, Casar. Ver também Às vezes, outros


escritos em negrito. verbetes do guia
Divórcio; Família
contêm informações
Convênio ou contrato legítimo entre um relativas ao tópico que
Os verbetes incluem homem e uma mulher, tornando-os ma- está sendo estudado.
uma breve definição. As palavras Ver
rido e mulher. O casamento é ordenado também, em itálico,
por Deus (D&C 49:15). direcionam o leitor
a esses verbetes
Alguns verbetes O novo e eterno convênio do casamento:
correlacionados.
têm subtítulos, os O casamento realizado sob a lei do evan-
quais aparecem em gelho e do santo sacerdócio é para a vida
itálico. mortal e também para a eternidade. Os
homens e mulheres dignos, assim sela- Referências de
escritura que ajudam
dos em matrimônio no templo, podem a entender a definição
continuar a ser marido e mulher por toda são dadas entre
a eternidade. parênteses.
Jesus ensinou a lei do casamento, Lc.
20:27–36. Não é o homem sem a mulher,
nem a mulher sem o homem, no Senhor, Cada referência de
1 Cor. 11:11. O marido e a mulher são co- escritura é precedida
de uma breve citação
herdeiros da graça da vida, 1 Ped. 3:7. da escritura ou de um
Tudo quanto ligares na Terra será ligado resumo da mesma.
no céu, Hel. 10:7 (Mt. 16:19).
Referências de escritura
correlacionadas Para obter o grau mais elevado do reino
acham-se entre celestial, o homem precisa entrar no novo
parênteses. e eterno convênio do casamento, D&C
131:1–4. Se um homem não se casar por
meu intermédio seu convênio e casamen-
to não terá valor quando morrerem, D&C
132:15. Se um homem se casar com uma
mulher pela minha palavra e pelo novo
e eterno convênio e for selado pelo Santo
Espírito da promessa, estará em pleno
Em alguns casos, a A palavra Ver (ou
informação a respeito
vigor quando estiverem fora do mundo,
Ver também), em
de um assunto não D&C 132:19. itálico, seguida deste
se encontra sob o travessão, indica
tópico procurado. A Casamento no Templo. Ver que a informação
palavra Ver, em itálico, Casamento, Casar se encontra em um
direciona o leitor ao subtítulo (“Fim do
verbete onde se acha a Fim do Mundo. Ver Mundo—Fim do mundo”) de um tópico
informação. mundo principal (“Mundo”).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Aarão, Filho de Mosias 2
Aarão, Filho de Mosias. Ver também israelitas que, juntamente com Daniel,
Mosias, Filho do rei Benjamim; foram levados ao palácio de Nabucodo-
Mosias, Filhos de nosor, rei de Babilônia. O nome hebraico
No Livro de Mórmon, um dos fi- de Abede-Nego era Azarias. Os quatro
lhos do rei Mosias. Aarão serviu como rapazes recusaram-se a contaminar-se
missionário e seus diligentes esforços ingerindo a carne e o vinho do rei (Dan.
ajudaram a converter muitas almas a 1). Sadraque, Mesaque e Abede-Nego fo-
Cristo. ram lançados na fornalha ardente pelo
rei, porém foram milagrosamente pre-
Foi um incrédulo que procurou des- servados (Dan. 3).
truir a Igreja, Mos. 27:8–10, 34. Um anjo
apareceu a ele e seus companheiros, Abel. Ver também Adão; Caim
Mos. 27:11. Arrependeu-se e começou No Velho Testamento, filho de Adão
a pregar a palavra de Deus, Mos. 27:32– e Eva.
28:8. Recusou-se a ser rei, preferindo ir à
Ofereceu a Deus um sacrifício melhor
terra dos lamanitas pregar a palavra de
do que fez o seu irmão Caim, Gên. 4:4–5
Deus, Al. 17:6–9. Jejuou e orou buscando
(Heb. 11:4; Mois. 5:16–21). Foi assassinado
orientação, Al. 17:8–11. Ensinou o pai do
por Caim, Gên. 4:8 (Mois. 5:32).
rei Lamôni, Al. 22:1–26. Foi pregar aos
Recebeu de Adão o sacerdócio, D&C
zoramitas, Al. 31:6–7.
84:16.
Aarão, Irmão de Moisés. Ver também Satanás conspirou com Caim para
Moisés; Sacerdócio Aarônico matar Abel, Mois. 5:28–31 (Hel. 6:27).
No Velho Testamento, filho de An- Abençoado, Abençoar, Bênção.
rão e Joquebede, da tribo de Levi (Êx. Ver também Ação de Graças,
6:16–20); irmão mais velho de Moisés Agradecido, Agradecimento;
(Êx. 7:7). Bênção dos Doentes; Bênçãos
Designado pelo Senhor para ajudar Patriarcais; Graça; Lei
Moisés a tirar os filhos de Israel do Egi- Conceder favores divinos a alguém.
to e para ser o porta-voz de seu irmão, Tudo o que contribui para a verdadeira
Êx. 4:10–16, 27–31; 5:1–12:51. No Monte felicidade, o bem-estar ou a prosperida-
Sinai Moisés recebeu instruções sobre de é uma bênção.
a designação de Aarão e de seus quatro Todas as bênçãos são baseadas em
filhos ao Sacerdócio Aarônico, Êx. 28:1–4. leis eternas (D&C 130:20–21). Porque
A pedido do povo, fez um bezerro de Deus quer que Seus filhos sejam felizes
ouro, Êx. 32:1–6, 21, 24, 35. Morreu no nesta vida (2 Né. 2:25), Ele concede-lhes
Monte de Hor aos 123 anos de idade, bênçãos pela obediência aos Seus man-
Núm. 20:22–29 (Núm. 33:38–39). damentos (D&C 82:10), em resposta a
O Senhor confirmou um sacerdócio uma oração ou ordenança do sacerdócio
também sobre Aarão e sua semente, (D&C 19:38; 107:65–67), ou por meio de
D&C 84:18, 26–27, 30. Os que magnifi- Sua graça (2 Né. 25:23).
cam os seus chamados no sacerdócio se As beatitudes ou bem-aventuranças
tornam os filhos de Moisés e de Aarão, são uma lista bem conhecida de afirma-
D&C 84:33–34. ções a respeito de bênçãos (Mt. 5:1–12;
Aarônico, Sacerdócio. Ver Sacerdócio 3 Né. 12:1–12).
Aarônico Bênçãos em geral: Far-te-ei uma gran-
de nação, e abençoar-te-ei, Gên. 12:2–3
Abede-Nego. Ver também Daniel (1 Né. 15:18; Abr. 2:9–11). Bênçãos há so-
No Velho Testamento, Sadraque, Me- bre a cabeça do justo, Prov. 10:6. O ho-
saque e Abede-Nego foram três jovens mem fiel abundará em bênçãos, Prov.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
3 Abraão
28:20. O Senhor abrirá as janelas do céu Noé e seu povo, Mos. 12:1–17. Ensinou
e derramará sobre vós uma bênção, Mal. aos iníquos sacerdotes do rei Noé a lei
3:10 (3 Né. 24:10). de Moisés e a respeito de Cristo, Mos.
As beatitudes prometem bênçãos, Mt. 12–16. Alma, o pai, acreditou nas pala-
5:1–12 (3 Né. 12:1–12). Bem-aventurados vras dele e escreveu-as, Mos. 17:2–4. Foi
aqueles que são chamados à ceia das morto pelo fogo por ordem do rei Noé,
bodas do Cordeiro, Apoc. 19:9. Mos. 17:20.
Aquele que é justo é favorecido por
Abominação, Abominável. Ver
Deus, 1 Né. 17:35 (Mos. 10:13). E se es-
também Pecado
cutardes, eu vos deixo uma bênção, 2 Né.
1:28. Deixo-vos a mesma bênção, 2 Né. Nas escrituras, é algo que cause de-
4:9. Sereis imediatamente abençoados, sagrado ou revolta aos justos e puros.
Mos. 2:24. O Senhor abençoa e faz pros- Os lábios mentirosos são abomináveis
perar os que colocam nele a sua confian- ao Senhor, Prov. 12:22.
ça, Hel. 12:1. O orgulho é abominável à vista do
Auxiliai a trazer à luz a minha obra e Senhor, Jacó 2:13–22. Os iníquos serão
sereis abençoados, D&C 6:9. Ora sempre, condenados a uma visão terrível de suas
e grande será a tua bênção, D&C 19:38. próprias culpas e abominações, Mos.
Sê batizado, e receberás o meu Espírito 3:25. A falta de castidade é o mais detes-
e uma bênção maior do que todas as tável de todos os pecados, salvo derra-
que jamais conheceste, D&C 39:10. Após mar sangue inocente e negar o Espírito
muita tribulação vêm as bênçãos, D&C Santo, Al. 39:3–5.
58:4. Os homens não obedecem; revogo A indignação do Senhor está acesa
e eles não recebem a bênção, D&C 58:32. contra as abominações deles, D&C 97:24.
Não compreendestes quão grandes bên-
Abominável Igreja. Ver Diabo—
çãos o Pai preparou para vós, D&C 78:17.
Igreja do diabo
Do sumo sacerdócio vêm a administra-
ção das ordenanças e bênçãos à Igreja, Abraão. Ver também Convênio
D&C 107:65–67. Há uma lei na qual se Abraâmico
baseiam todas as bênçãos, D&C 130:20. Filho de Terá, nascido em Ur dos cal-
Todos os que receberem uma bênção deus (Gên. 11:26, 31; 17:5). Profeta do
de minhas mãos obedecerão à lei, D&C Senhor com quem este fez convênios
132:5. Bênçãos são reservadas àqueles eternos, por meio dos quais todas as
que amam o Senhor, D&C 138:52. nações da Terra são abençoadas. Abraão
Abraão buscou as bênçãos dos pa- originalmente se chamava Abrão.
triarcas e o direito para administrá-las,
Abr. 1:2. Migrou para Harã, onde faleceu Terá,
Gên. 11:31–32 (Abr. 2:1–5). Foi chamado
Bênção de crianças: Tomando-os nos por Deus a ir a Canaã e a receber um
seus braços, os abençoou, Mc. 10:16. convênio divino, Gên. 12:1–8 (Abr. 2:4,
Pegou as criancinhas, uma a uma e 15–17). Viajou ao Egito, Gên. 12:9–20
abençoou-as, 3 Né. 17:21. (Abr. 2:21–25). Estabeleceu-se em He-
Os élderes deverão abençoar as crian- brom, Gên. 13:18. Libertou Ló, Gên.
ças em nome de Jesus Cristo, D&C 20:70. 14:1–16. Encontrou Melquisedeque, Gên.
Abinádi. Ver também Mártir, Martírio 14:18–20. Hagar dá à luz seu filho, Ismael,
Gên. 16:15–16. Seu nome é mudado para
Profeta nefita do Livro de Mórmon. Abraão, Gên. 17:5. O Senhor disse a
Profetizou que Deus castigaria o Abraão e Sara que eles teriam um filho,
povo do iníquo rei Noé, caso não se Gên. 17:15–22; 18:1–14. Sara dá à luz seu
arrependessem, Mos. 11:20–25. Foi pre- filho, Isaque, Gên. 21:2–3. Recebe ordem
so por profetizar a destruição do rei de sacrificar Isaque, Gên. 22:1–18. Sara
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Abraão, Convênio de 4
morreu e foi sepultada, Gên. 23:1–2, 19. receber tais bênçãos se pertencerem
Abraão morreu e foi sepultado, Gên. literalmente à linhagem de Abraão ou
25:8–10. forem adotados em sua família, acei-
A obediência de Abraão em oferecer tando o evangelho e sendo batizados
Isaque em sacrifício foi à semelhança de (Gál. 3:26–29; 4:1–7; D&C 84:33–34; 103:17;
Deus e de seu Filho Unigênito, Jacó 4:5. 132:30–32; Abr. 2:9–11). Os descendentes
Pagou dízimos a Melquisedeque, Al. literais de Abraão podem perder essas
13:15. Predisse e testificou sobre a vinda bênçãos em virtude da desobediência
de Cristo, Hel. 8:16–17. (Rom. 4:13; 9:6–8).
Recebeu o sacerdócio de Melquise-
deque, D&C 84:14. Os justos se tornam Abraão, Convênio de. Ver Convênio
a semente de Abraão, D&C 84:33–34 Abraâmico
(Gál. 3:27–29). Recebeu todas as coisas Abrão. Ver Abraão
por revelação e obteve a sua exaltação,
D&C 132:29. Abundância. Ver Riquezas
Buscou as bênçãos dos pais e a sua de-
Acabe. Ver também Jezabel
signação para o sacerdócio, Abr. 1:1–4.
Foi perseguido por falsos sacerdotes No Velho Testamento, um dos reis
da Caldeia, Abr. 1:5–15. Foi salvo pelo mais perversos e poderosos do reino do
Senhor, Abr. 1:16–20. Aprendeu sobre o norte, Israel. Casou-se com Jezabel, uma
sol, a lua e as estrelas, Abr. 3:1–14. Apren- princesa de Sidon, por cuja influência foi
deu sobre a vida pré-terrena e a criação, estabelecida em Israel a adoração a Baal
Abr. 3:22–28. e Astarote (1 Re. 16:29–33; 2 Re. 3:2) e fei-
ta a tentativa de eliminar os profetas e a
Livro de Abraão: Registros antigos es-
adoração a Jeová (1 Re. 18:13).
critos por Abraão, que chegaram às mãos
da Igreja em 1835. Os registros e algumas Reinou sobre Israel em Samaria du-
múmias foram descobertos em catacum- rante vinte e dois anos, 1 Re. 16:29 (1 Re.
bas egípcias por Antonio Lebolo, que as 16–22). Fez o que parecia mal aos olhos
legou a Michael Chandler, o qual as exi- do Senhor, mais do que todos os que
biu nos Estados Unidos em 1835. Alguns foram antes dele, 1 Re. 16:30. Foi morto
amigos de Joseph Smith as compraram em combate, 1 Re. 22:29–40.
de Chandler e entregaram os registros
Ação de Graças, Agradecido,
a Joseph Smith, que os traduziu. Alguns
Agradecimento. Ver também
desses registros agora se encontram na
Abençoado, Abençoar, Bênção;
Pérola de Grande Valor.
Adorar
O capítulo 1 relata as experiências
de Abraão em Ur dos caldeus, onde Gratidão pelas bênçãos recebidas de
sacerdotes idólatras tentaram sacrifi- Deus. Expressar gratidão é agradável
cá-lo. O capítulo 2 fala de sua jornada a Deus e a verdadeira adoração inclui
a Canaã. O Senhor apareceu-lhe e fez dar graças a Ele. Devemos agradecer ao
convênios com ele. O capítulo 3 afirma Senhor por todas as coisas.
que Abraão viu o universo e compreen- Dai-lhe graças, e bendizei o seu nome,
deu a relação entre os corpos celestiais. Salm. 100.
Os capítulos 4–5 são outro relato da Não cesso de dar graças, Ef. 1:15–16.
criação. Sede agradecidos, Col. 3:15. Louvor,
Semente de Abraão: Pessoas que, pela glória, ação de graças e honra ao nosso
obediência às leis e ordenanças do evan- Deus, Apoc. 7:12.
gelho de Jesus Cristo, recebem as pro- Quanto deveis agradecer a vosso Rei
messas e convênios feitos por Deus com celestial, Mos. 2:19–21. Rendei diaria-
Abraão. Os homens e mulheres podem mente graças a Deus, Al. 34:38. Quando
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
5 Adão
te levantares, pela manhã, tem o teu co- Adão. Ver também Adão-ondi-Amã;
ração cheio de agradecimento a Deus, Arcanjo; Éden; Eva; Miguel; Queda
Al. 37:37. de Adão e Eva
Fazei todas as coisas com oração e ação Ele foi o primeiro homem criado so-
de graças, D&C 46:7. Deveis render gra- bre a Terra.
ças a Deus, D&C 46:32. Fazei estas coi- Adão é o pai e patriarca da raça hu-
sas com ação de graças, D&C 59:15–21. mana na Terra. A sua transgressão no
Receba esta bênção da mão do Senhor Jardim do Éden (Gên. 3; D&C 29:40–42;
com um coração grato, D&C 62:7. Aquele Mois. 4) fez com que ele “caísse” e se tor-
que receber todas as coisas com gratidão nasse mortal, um passo necessário para
será glorificado, D&C 78:19. Em tudo dai que a humanidade pudesse progredir
graças, D&C 98:1 (1 Tess. 5:18). Louva ao aqui na Terra (2 Né. 2:14–29; Al. 12:21–26).
Senhor com orações de louvor e ação de Portanto, Adão e Eva devem ser honra-
graças, D&C 136:28. dos pelo papel que desempenharam, o
que tornou possível o nosso progresso
Aconselhar, Conselho. Ver também
eterno. Adão é o Ancião de Dias e tam-
Profeta
bém é conhecido como Miguel (Dan. 7;
Admoestações, advertências, conse- D&C 27:11; 107:53–54; 116; 138:38). Ele é
lhos e instrução do Senhor e de Seus o arcanjo (D&C 107:54) e voltará à Ter-
líderes designados. ra como o patriarca da família humana
Eu te aconselharei, Êx. 18:19. Guiar- (D&C 116).
me-ás com o teu conselho, Salm. 73:24. Deus criou o homem à sua imagem,
Não havendo sábia direção, o povo cai, Gên. 1:26–28 (Mois. 2:26–28; Abr. 4:26–
Prov. 11:14. 28). Deus concedeu ao homem domí-
Os fariseus e os doutores da lei re- nio sobre todas as coisas e ordenou-lhe
jeitaram o conselho de Deus, Lc. 7:30. que se multiplicasse e enchesse a Terra,
Aconselho-te que de mim compres ouro Gên. 1:28–31 (Mois. 2:28–31; Abr. 4:28–
provado no fogo, Apoc. 3:18. 31). Deus colocou Adão e Eva no Jardim
É bom ser instruído quando se dá do Éden e proibiu que comessem da ár-
ouvidos aos conselhos de Deus, 2 Né. vore do conhecimento do bem e do mal,
9:29. Não tenteis dar conselhos ao Se- Gên. 2:7–9, 15–17 (Mois. 3:7–9, 15–17; Abr.
nhor, Jacó 4:10. Porque ele aconselha 5:7–13). Adão deu nome a toda alma vi-
com sabedoria em todas as suas obras, vente, Gên. 2:19–20 (Mois. 3:19–20; Abr.
Al. 37:12. 5:20–21). Adão e Eva foram casados por
Vossos pecados subiram a mim, por- Deus, Gên. 2:18–25 (Mois. 3:18–25; Abr.
que procurais aconselhar à vossa pró- 5:14–21). Adão e Eva foram tentados por
pria maneira, D&C 56:14. Dai ouvidos Satanás, partilharam do fruto proibido e
ao conselho daquele que vos ordenou, foram expulsos do Jardim do Éden, Gên.
D&C 78:2. Receber os conselhos daque- 3 (Mois. 4). Adão morreu com 930 anos
le que designei, D&C 108:1. Ele aspira de idade, Gên. 5:5 (Mois. 6:12).
a estabelecer o seu próprio conselho, Adão foi o primeiro homem, D&C
em vez do conselho que decretei, D&C 84:16. Antes de morrer, Adão reuniu a
124:84. Atenda ao conselho de meu servo sua posteridade fiel em Adão-ondi-Amã
Joseph, D&C 124:89. Se qualquer homem e abençoou-os, D&C 107:53–57.
não procurar meu conselho, não terá po- Adão ofereceu sacrifício, Mois. 5:4–8.
Adão foi batizado, recebeu o Espíri-
der algum, D&C 136:19.
to Santo e foi ordenado ao sacerdócio,
Acreditar. Ver Crença, Crer Mois. 6:51–68.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Adão-ondi-Amã 6
Adão-ondi-Amã. Ver também Adão arrepender-se, crer em Jesus Cristo e
Lugar onde Adão, três anos antes de adorar ao Pai em seu nome, D&C 20:29.
morrer, abençoou a sua posteridade fiel Dou-vos estas palavras para compreen-
(D&C 107:53–56) e para onde ele retorna- derdes e saberdes como adorar e saber-
rá antes da Segunda Vinda (D&C 116). des o que adorais, D&C 93:19.
Somente a este único Deus adorarei,
Adoção. Ver também Abraão— Mois. 1:12–20. Pretendemos o privilégio
Semente de Abraão; Filhos de de adorar a Deus Todo-Poderoso, RF 1:11.
Cristo; Filhos e Filhas de Deus;
Israel Adultério. Ver também Castidade;
Comportamento Homossexual;
As escrituras falam de duas espécies Fornicação; Imoralidade Sexual;
de adoção: Sensual, Sensualidade
(1) A pessoa que não é da linhagem
israelita torna-se membro da família de É a relação sexual ilícita entre homens
Abraão e da casa de Israel tendo fé em e mulheres. Embora o adultério geral-
Jesus Cristo, arrependendo-se, sendo mente se refira a relações sexuais entre
batizada por imersão e recebendo o Espí- uma pessoa casada e outra que não seu
rito Santo (2 Né. 31:17–18; D&C 84:73–74; cônjuge, nas escrituras também pode
Abr. 2:6, 10–11). referir-se aos não casados.
(2) Todos os que recebem as ordenan- Às vezes o adultério é usado para
ças salvadoras do evangelho tornam-se representar a apostasia de uma nação
ou de todo um povo que se afasta dos
filhos e filhas de Jesus Cristo, pela con-
caminhos do Senhor (Núm. 25:1–3; Jer.
tínua obediência aos Seus mandamen-
3:6–10; Eze. 16:15–59; Ose. 4).
tos (Rom. 8:15–17; Gál. 3:24–29; 4:5–7;
Mos. 5:7–8). José não faria tamanho mal, pecando
assim contra Deus, Gên. 39:7–12. Não
Adorar. Ver também Trindade adulterarás, Êx. 20:14.
Amar, reverenciar, prestar serviço e Qualquer que atentar numa mulher
devoção a Deus (D&C 20:19). A adoração para a cobiçar, já em seu coração come-
inclui oração, jejum, serviço na Igreja, teu adultério com ela, Mt. 5:28. Nem os
participação nas ordenanças do evan- devassos, nem os adúlteros herdarão o
gelho e outras práticas que mostram reino de Deus, 1 Cor. 6:9–10. Deus jul-
devoção e amor ao Senhor. gará aos devassos e adúlteros, Heb. 13:4.
Não terás outros deuses diante de O adultério é o mais abominável de
mim, Êx. 20:3 (Êx. 32:1–8, 19–35; Salm. todos os pecados, salvo derramar san-
81:9). gue inocente ou negar o Espírito Santo,
Adorai ao Pai em espírito e em verda- Al. 39:3–5.
de, Jo. 4:23. Adorai aquele que fez o céu O que cometer adultério e não se arre-
e a Terra, Apoc. 14:7 (D&C 133:38–39). pender será expulso, D&C 42:23–26. Se
alguém em seu coração cometer adulté-
Adorai-o com toda vossa força, men-
rio, não terá o Espírito, D&C 63:14–16.
te e poder, 2 Né. 25:29. Acreditavam em
Cristo e adoravam o Pai em seu nome, Adversário. Ver Diabo
Jacó 4:5. Zenos ensinou que os homens
devem orar e adorar em todos os lugares, Adversidade. Ver também Castigar,
Al. 33:3–11. Adorai a Deus em qualquer Castigo, Corrigir, Repreender;
lugar em que estejais, em espírito e em Perseguição, Perseguir; Perseverar;
verdade, Al. 34:38. As pessoas lança- Tentação, Tentar
vam-se aos pés de Jesus e o adoravam, Por meio da adversidade — testes,
3 Né. 11:17. problemas e aflições — o homem pode
To d o s o s h o m e n s p r e c i s a m viver muitas experiências que levam ao
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
7 Álcool
desenvolvimento espiritual e progresso Agar. Ver Hagar
eterno, buscando ao Senhor.
Ageu
Vosso Deus, que vos livrou de todos os
vossos males e trabalhos, 1 Sam. 10:19. Profeta do Velho Testamento que pro-
E clamaram ao Senhor na sua angús- fetizou aproximadamente no ano de
tia, Salm. 107:6, 13, 19, 28. Embora o Se- 520 a.C., em Jerusalém, logo depois que
nhor vos dê o pão de angústia, os vos- os judeus retornaram do exílio na Ba-
sos instrutores nunca mais fugirão, Isa. bilônia (Esd. 5:1; 6:14). Ele falou sobre a
30:20–21. reconstrução do templo do Senhor em
Porque é necessário que haja uma Jerusalém e repreendeu o povo por ainda
oposição em todas as coisas, 2 Né. 2:11. não o ter concluído. Também escreveu
Porque se nunca tivessem o amargo, sobre o templo no milênio e o reinado
não poderiam conhecer o doce, D&C do Senhor.
29:39. A tua adversidade não durará mais Livro de Ageu: No capítulo 1, o Senhor
que um momento, D&C 121:7–8. Todas repreendeu o povo por viver em casas
estas coisas te servirão de experiência já acabadas, enquanto que deixavam de
e serão para o teu bem, D&C 122:5–8. construir o templo. O capítulo 2 registra
E provam o amargo, para saber apre- a profecia de Ageu de que o Senhor dará
ciar o bem, Mois. 6:55. paz em Seu templo.
Advertência, Advertir, Prevenir. Ver Agripa. Ver também Paulo
também Atalaia, Sentinela, Vigiar
No Novo Testamento, filho de He-
Avisar ou advertir. Profetas, líderes e rodes Agripa I e irmão de Berenice e
pais advertem e ensinam outras pessoas Drusila. Foi rei de Calcis, situada no
a serem obedientes ao Senhor e aos Seus Líbano. Ele ouviu o Apóstolo Paulo e
mandamentos. quase foi persuadido a ser cristão (At.
Jacó preveniu o povo de Néfi contra 25–26; JS—H 1:24).
toda a espécie de pecados, Jacó 3:12.
A voz de advertência irá a todos os po- Águas Vivas. Ver também Jesus Cristo
vos, D&C 1:4. Que vossa pregação seja Símbolo do Senhor Jesus Cristo e de
a voz de advertência, D&C 38:41. Este é Seus ensinamentos. Assim como a água
um dia de advertência, D&C 63:58. Todo é essencial para a manutenção da vida
aquele que for advertido deverá advertir física, o Salvador e os Seus ensinamen-
seu próximo, D&C 88:81. Eu vos avisei, tos (água viva) são essenciais para a
e de antemão vos aviso, por meio desta vida eterna.
palavra de sabedoria, D&C 89:4. Com alegria tirareis águas das fon-
Advogado. Ver também Jesus Cristo tes de salvação, Isa. 12:3. A mim me
deixaram, o manancial de águas vivas,
Jesus Cristo é o nosso Advogado jun-
Jer. 2:13.
to ao Pai (Morô. 7:28) e advoga a nossa
Aquele que beber da água que eu lhe
causa diante Dele.
der nunca terá sede, Jo. 4:6–15. Se alguém
Jesus Cristo é o nosso advogado junto tem sede, venha a mim, e beba, Jo. 7:37.
ao Pai, 1 Jo. 2:1 (D&C 110:4). A barra de ferro conduzia à fonte de
Jesus intercederá por todos, 2 Né. 2:9 águas vivas, 1 Né. 11:25.
(Heb. 7:25). Jesus conquistou a vitória so- Tomar de graça das águas da vida,
bre a morte, o que lhe deu poder de inter- D&C 10:66. Meus mandamentos se-
ceder pelos filhos dos homens, Mos. 15:8. rão como uma fonte de água viva,
Sou vosso advogado junto ao Pai, D&C 63:23.
D&C 29:5. Jesus Cristo está pleiteando
vossa causa, D&C 45:3–5. Álcool. Ver Palavra de Sabedoria
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Alegria 8
Alegria. Ver também Obedecer, Abr. 3:23); (2) espírito e corpo unidos na
Obediência, Obediente mortalidade (D&C 88:15; Abr. 5:7); e (3)
Condição de grande felicidade, prove- uma pessoa imortal, ressuscitada, cujo
niente de se viver dignamente. O propó- espírito e corpo se tornaram inseparavel-
sito da vida mortal é que todos tenham mente unidos (2 Né. 9:13; D&C 88:15–16).
alegria (2 Né. 2:22–25). A plenitude da O sangue fará expiação pela alma, Lev.
alegria só pode ser conseguida por meio 17:11. O Senhor refrigera a minha alma,
de Jesus Cristo (Jo. 15:11; D&C 93:33–34; Salm. 23:1–3.
101:36). Amarás o Senhor teu Deus de toda a
Os necessitados entre os homens se tua alma, Mt. 22:37 (Mc. 12:30).
alegrarão no Santo de Israel, Isa. 29:19 O diabo engana suas almas, 2 Né.
(2 Né. 27:30). 28:21. Ofertai-lhe toda a vossa alma,
como dádiva, Ômni 1:26. A palavra co-
Trago novas de grande alegria, Lc.
meça a dilatar-me a alma, Al. 32:28. Sua
2:10. E a vossa alegria ninguém vo-la
alma nunca terá fome nem sede, 3 Né.
tirará, Jo. 16:22. O fruto do Espírito é
20:8. O pão e a água do sacramento são
caridade, gozo, paz, Gál. 5:22.
santificados para as almas daqueles
Seu fruto enchia a minha alma de
que partilharem dele, Morô. 4–5 (D&C
imensa alegria, 1 Né. 8:12. Os homens
20:77–79).
existem para que tenham alegria, 2 Né.
Os que trabalham no reino trazem
2:25. A alegria dos justos será completa
salvação para suas almas por intermédio
para sempre, 2 Né. 9:18. Possam habitar
do seu serviço, D&C 4:2, 4. O valor das
com Deus em um estado de felicidade
almas é grande, D&C 18:10.
sem fim, Mos. 2:41. Renunciarei a tudo
Haveis nascido no mundo pela água,
quanto possuo para poder receber esse
sangue e espírito, e assim vos ha-
grande regozijo, Al. 22:15. Talvez possa
veis transformado em alma vivente,
ser um instrumento nas mãos de Deus
Mois. 6:59.
para trazer alguma alma ao arrependi-
mento; e esta é a minha alegria, Al. 29:9. Valor das almas: Todas as pessoas são
Oh! que alegria e que luz maravilhosa filhos espirituais de Deus. Ele se preo-
contemplei, Al. 36:20. cupa com cada um de Seus filhos e con-
Meu Espírito encher-te-á a alma de sidera cada um importante. Por serem
alegria, D&C 11:13. Quão grande será Seus filhos, eles têm o potencial de se
vossa alegria com ela no reino de meu tornarem como Ele. Portanto, eles são
Pai, D&C 18:15–16. Neste mundo vossa de grande valor.
alegria não é completa, mas em mim Há alegria diante dos anjos de Deus
vossa alegria é completa, D&C 101:36. por um pecador que se arrepende, Lc.
Nesta vida terei alegria, Mois. 5:10–11. 15:10. Deus amou o mundo de tal manei-
ra que deu o seu Filho unigênito, Jo. 3:16.
Alfa e Ômega. Ver também Jesus Cristo Não podiam suportar que nenhuma
Alfa é a primeira letra do alfabeto alma humana se perdesse, Mos. 28:3.
grego; Ômega é a última. Também são Não é uma alma tão preciosa para Deus
nomes dados a Jesus Cristo e são usa- agora, como o será na ocasião de sua
dos como símbolos para demonstrar vinda, Al. 39:17.
que Cristo é o princípio e também o fim A coisa de maior valor para ti será
(Apoc. 1:8; D&C 19:1). trazer almas a mim, D&C 15:6. Lembrai-
vos de que o valor das almas é grande à
Alma. Ver também Corpo; Espírito vista de Deus, D&C 18:10–15.
As escrituras falam das almas de três Esta é minha obra e minha glória: Le-
maneiras: (1) seres espirituais, tanto pré- var a efeito a imortalidade e vida eterna
mortais como pós-mortais (Al. 40:11–14; do homem, Mois. 1:39.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
9 Amaldiçoar, Maldições
Alma, Filho de Alma. Ver também que organizou a Igreja na época do iní-
Alma, o Pai; Amuleque; Mosias, quo rei Noé.
Filhos de Foi sacerdote do iníquo rei Noé, e era
No Livro de Mórmon, profeta e pri- descendente de Néfi, Mos. 17:1–2. Após
meiro juiz supremo da nação nefita. Na ouvir Abinádi e crer em suas palavras,
juventude procurou destruir a Igreja foi expulso pelo rei. Fugindo, escondeu-
(Mos. 27:8–10). Entretanto, um anjo apa- se e escreveu as palavras de Abinádi,
receu-lhe e ele converteu-se ao evange- Mos. 17:3–4. Arrependeu-se e ensinou as
lho (Mos. 27:8–24; Al. 36:6–27). Mais tar- palavras de Abinádi, Mos. 18:1. Batizou
de renunciou à posição de juiz supremo nas águas de Mórmon, Mos. 18:12–16.
para ensinar o povo (Al. 4:11–20). Organizou a Igreja, Mos. 18:17–29. Che-
gou com seu povo em Zaraenla, Mos.
Livro de Alma: Um dos livros do Livro
24:25. Recebeu autoridade sobre a Igre-
de Mórmon, que consiste em um resumo
ja, Mos. 26:8. Julgou e conduziu a Igre-
dos registros dos profetas Alma, filho de
ja, Mos. 26:34–39. Conferiu a seu filho o
Alma, e seu filho, Helamã. Os aconteci-
ofício de sumo sacerdote, Al. 4:4 (Mos.
mentos retratados no livro ocorreram
29:42; Al. 5:3).
aproximadamente de 91 a 52 a.C. O livro
contém 63 capítulos. Os capítulos 1–4 Altar. Ver também Sacrifício
descrevem a rebelião dos seguidores de Estrutura usada para sacrifícios, ofer-
Neor e Anlici contra os nefitas. As guer- tas e adoração.
ras decorrentes foram as mais destruti-
Noé construiu um altar ao Senhor
vas até aquele ponto da história nefita.
e ofereceu-lhe holocaustos, Gên. 8:20.
Os capítulos 5–16 trazem o relato das
Abrão edificou um altar ao Senhor, Gên.
primeiras viagens missionárias de Alma,
12:7–8. Abraão amarrou Isaque, seu fi-
inclusive o seu sermão sobre o Bom Pas-
lho, e deitou-o sobre o altar, Gên. 22:9
tor (Alma 5) e a pregação com Amule- (Gên. 22:1–13). Jacó edificou ali um altar,
que na cidade de Amonia. Os capítulos e chamou aquele lugar El-Betel, Gên.
17–27 contêm o registro sobre os filhos 35:6–7. Elias, o profeta, construiu um
de Mosias e o seu ministério entre os la- altar e desafiou os sacerdotes de Baal,
manitas. Os capítulos 28–44 apresentam 1 Re. 18:17–40.
alguns dos sermões mais importantes de Se trouxeres a tua oferta ao altar, re-
Alma. No capítulo 32, Alma comparou a concilia-te primeiro com teu irmão, Mt.
palavra a uma semente; no capítulo 36, 5:23–24. Vi debaixo do altar as almas dos
ele relatou a história de sua conversão que foram mortos por amor da palavra
a Helamã, seu filho. Os capítulos 39–42 de Deus, Apoc. 6:9 (D&C 135:7).
registram os conselhos de Alma ao seu Leí levantou um altar de pedras e ren-
filho Coriânton, que havia cometido uma deu graças ao Senhor, 1 Né. 2:7.
transgressão moral; esse importante ser- Abraão foi salvo de morrer no altar de
mão explica a justiça, a misericórdia, a Elquena, Abr. 1:8–20.
Ressurreição e a Expiação. Os capítulos
45–63 descrevem as guerras nefitas da- Amaldiçoar, Maldições. Ver
quele período e as migrações lideradas também Condenação, Condenar;
por Hagote. Grandes líderes como o Ca- Profanidade
pitão Morôni, Teâncum e Leí ajudaram Nas escrituras, maldição da lei divina
a preservar os nefitas com seus feitos que possibilita ou inflige julgamentos
corajosos e oportunos. e as suas consequências sobre alguma
coisa, alguém ou um povo, basicamen-
Alma, o Pai te devido à iniquidade. As maldições
Profeta nefita do Livro de Mórmon são manifestações do amor e da justiça
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Amalequitas (Livro de Mórmon) 10
divina de Deus. Elas podem ser invoca- amaldiçoou os jareditas iníquos, Ét.
das diretamente por Deus ou pronun- 9:28–35. A Expiação de Cristo retira das
ciadas por Seus servos autorizados. Às criancinhas a maldição de Adão, Morô.
vezes, as razões plenas para as maldições 8:8–12.
são conhecidas somente por Deus. Além Os que se afastam do Senhor são amal-
disso, uma maldição recai sobre aqueles diçoados, D&C 41:1. A terra será ferida
que desobedecem a Deus intencional- com maldição, a menos que exista um
mente e que dessa forma se afastam do elo de ligação entre pais e filhos, D&C
Espírito do Senhor. 128:18 (Mal. 4:5–6).
O Senhor pode remover maldições de-
Profanidade: Amaldiçoar significa tam-
vido a fé em Jesus Cristo e obediência às
bém usar linguagem profana, blasfema-
leis e ordenanças do evangelho por parte
de um indivíduo ou de um povo (Alma tória ou insolente.
23:16–18; 3 Né. 2:14–16; RF 1:3). As pessoas não devem amaldiçoar a
Deus amaldiçoou a serpente por ter seu pai ou a sua mãe, Êx. 21:17 (Mt. 15:4).
enganado Adão e Eva, Gên. 3:13–15 Não amaldiçoarás aqueles que o gover-
(Mois. 4:19–21). A terra foi amaldiçoada nam, Êx. 22:28 (Ecles. 10:20). Os homens
por causa de Adão e Eva, Gên. 3:17–19 e as mulheres não amaldiçoarão a Deus,
(Mois. 4:23–25). O Senhor amaldiçoou Lev. 24:13–16.
Caim por ter matado Abel, Gên. 4:11–16 Pedro blasfemou quando negou co-
(Mois. 5:22–41). O Senhor amaldiçoou nhecer Jesus, Mt. 26:69–74.
Canaã e seus descendentes, Gên. 9:25–27 Os nefitas iníquos amaldiçoaram a
(Mois. 7:6–8; Abr. 1:21–27). Israel será Deus e desejaram morrer, Mórm. 2:14.
abençoada se obedecer a Deus e amal-
Amalequitas (Livro de Mórmon)
diçoada se desobedecer, Deut. 28 (Deut.
29:18–28). Geazi e seus descendentes fo- Grupo de apóstatas nefitas que leva-
ram amaldiçoados com a lepra de Naa- ram os lamanitas a combaterem contra
mã, 2 Re. 5:20–27. O Senhor amaldiçoou os nefitas (Al. 21–24; 43).
a antiga Israel por não pagar dízimos e
Amalequitas (Velho Testamento)
ofertas, Mal. 3:6–10.
Jesus amaldiçoou uma figueira e esta Tribo árabe que vivia no deserto de
morreu, Mc. 11:11–14, 20–21. Jesus amal- Parã, entre Arabá e o Mediterrâneo. Vi-
diçoou as cidades de Corazim, Betsaida veram constantemente em guerra com os
e Cafarnaum, Lc. 10:10–15. hebreus, desde o tempo de Moisés (Êx.
Por não escutarem ao Senhor, os lama- 17:8) até os tempos de Saul e Davi (1 Sam.
nitas foram separados da presença do 15; 27:8; 30; 2 Sam. 8:11–12).
Senhor e amaldiçoados, 2 Né. 5:20–24.
Amaliquias
Todos são convidados a virem a Deus,
2 Né. 26:33. O Senhor amaldiçoará os No Livro de Mórmon, traidor nefita
que cometerem abominações, Jacó 2:31– que obteve poder entre os lamanitas e
33. Os nefitas receberão uma maldi- guiou-os contra os nefitas (Al. 46–51).
ção maior que a dos lamanitas a menos
Amém. Ver também Oração
que se arrependam, Jacó 3:3–5. Os re-
beldes trazem maldições a si mesmos, Significa “assim seja” ou “assim é.” A
Al. 3:18–19 (Deut. 11:26–28). Corior foi palavra amém é proferida para demons-
amaldiçoado por conduzir o povo para trar aceitação e acordo sinceros ou sole-
longe de Deus, Al. 30:43–60. O Senhor nes (Deut. 27:14–26) ou veracidade (1 Re.
amaldiçoou a terra e as riquezas dos ne- 1:36). Hoje em dia, no final de orações,
fitas devido à iniquidade do povo, Hel. testemunhos e discursos, os que ou-
13:22–23 (2 Né. 1:7; Al. 37:31). O Senhor vem a oração ou mensagem dizem um
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
11 Amor
amém audível, indicando concordância Amor. Ver também Caridade;
e aceitação. Compaixão; Inimizade
Na época do Velho Testamento, uma Profunda devoção e afeição. O amor
pessoa devia dizer amém ao fazer um ju- a Deus inclui devoção, adoração, reve-
ramento (1 Crôn. 16:7, 35–36; Ne. 5:12–13; rência, ternura, misericórdia, perdão,
8:2–6). Cristo é chamado de “o Amém, compaixão, graça, serviço, gratidão e
a testemunha fiel e verdadeira” (Apoc. bondade. O maior exemplo do amor que
3:14). O amém também servia como sinal Deus tem por Seus filhos encontra-se na
de um convênio na Escola dos Profetas Expiação infinita de Jesus Cristo.
(D&C 88:133–135).
Amarás o teu próximo como a ti mes-
Amon, Descendente de Zaraenla. mo, Lev. 19:18 (Mt. 5:43–44; 22:37–40;
Ver também Lími Rom. 13:9; Gál. 5:14; Tg. 2:8; Mos. 23:15;
No Livro de Mórmon, homem forte e D&C 59:6). Amarás o Senhor teu Deus
poderoso que conduziu uma expedição de todo o teu coração, Deut. 6:5 (Morô.
de Zaraenla à terra de Leí-Néfi (Mos. 10:32; D&C 59:5). O Senhor vosso Deus
7:1–16). Foram-lhe mostrados registros vos prova, para saber se amas o Senhor
antigos e foi-lhe explicado o que é um vosso Deus, Deut. 13:3. O Senhor re-
vidente (Mos. 8:5–18). Mais tarde, ele preende aquele a quem ama, Prov. 3:12.
ajudou a libertar o rei Lími e o seu povo Em todo o tempo ama o amigo, Prov.
dos lamanitas e a levá-los de volta a Za- 17:17.
raenla (Mos. 22). Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, Jo. 3:16
Amon, Filho de Mosias. Ver também (D&C 138:3). Que vos ameis uns aos ou-
Ânti-néfi-leítas; Mosias, Filho do rei tros; como eu vos amei a vós, Jo. 13:34
Benjamim; Mosias, Filhos de (Jo. 15:12, 17; Mois. 7:33). Se me amardes,
No Livro de Mórmon, filho do rei guardareis os meus mandamentos, Jo.
Mosias. Amon serviu como missionário 14:15 (D&C 42:29). Ninguém tem maior
e seus diligentes esforços ajudaram a amor do que este: de dar alguém a sua
converter muitas almas a Cristo. vida pelos seus amigos, Jo. 15:13. Simão,
Em certa época, foi um incrédulo que amas-me mais do que estes? Apascenta
procurou destruir a Igreja, Mos. 27:8–10, os meus cordeiros, Jo. 21:15–17. Nada
34. Um anjo apareceu a ele e a seus com- nos separará do amor de Cristo, Rom.
panheiros, Mos. 27:11. Arrependeu-se 8:35–39. O olho não viu as coisas que
e começou a pregar a palavra de Deus, Deus preparou para os que o amam,
Mos. 27:32–28:8. Recusou-se a ser rei, 1 Cor. 2:9. Servi-vos uns aos outros pela
preferindo ir à terra dos lamanitas pre- caridade, Gál. 5:13. Maridos, amai vossas
gar a palavra de Deus, Al. 17:6–9. Jejuou mulheres, Ef. 5:25 (Col. 3:19). Não ameis
e orou buscando orientação, Al. 17:8–11. o mundo, 1 Jo. 2:15. Deus é caridade, 1 Jo.
Foi levado cativo perante o rei Lamôni, 4:8. Nós o amamos a ele porque ele nos
Al. 17:20–21. Salvou os rebanhos de La- amou primeiro, 1 Jo. 4:19.
môni, Al. 17:26–39. Pregou a Lamôni, Al. Cristo sofreu por causa de sua bene-
18:1–19:13. Agradeceu a Deus e viu-se volência para com os homens, 1 Né. 19:9.
dominado pela alegria, Al. 19:14. Seus Deveis prosseguir com amor a Deus e a
conversos nunca se afastaram, Al. 23:6. todos os homens, 2 Né. 31:20. Ensinareis
Regozijou-se por ser um instrumento vossos filhos a se amarem mutuamente
nas mãos de Deus para trazer milhares e a servirem uns aos outros, Mos. 4:15.
à verdade, Al. 26:1–8 (Al. 26). Conduziu Se haveis sentido o desejo de cantar o
o povo de Ânti-Néfi-Leí à segurança, Al. cântico do amor que redime, podeis
27. Sentiu grande alegria por reencontrar agora sentir isso, Al. 5:26. Sede condu-
Alma, Al. 27:16–18. zidos pelo Espírito Santo, tornando-vos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Amuleque 12
pacientes, cheios de amor, Al. 13:28. Faze Testificou sobre a verdade, Al. 10:4–11.
com que tuas paixões sejam dominadas, Chamou o povo ao arrependimento e foi
para que te enchas de amor, Al. 38:12. rejeitado, Al. 10:12–32. Contendeu com
Não havia contendas, em virtude do Zeezrom, Al. 11:20–40. Ensinou sobre a
amor a Deus que existia no coração do ressurreição, julgamento e restauração,
povo, 4 Né. 1:15. Tudo o que incita a amar Al. 11:41–45. Quis impedir o martírio
a Deus é inspirado por Deus, Morô. 7:13– dos fiéis, Al. 14:9–10. Foi preso junto com
16. A caridade é o puro amor de Cristo, Alma, Al. 14:14–23. Saiu ileso da prisão,
Morô. 7:47. O perfeito amor extirpa todo em virtude da fé, Al. 14:24–29. Testificou
o medo, Morô. 8:16 (1 Jo. 4:18). a respeito da expiação, misericórdia
O amor qualifica os homens para a e justiça, Al. 34:8–16. Ensinou sobre a
obra de Deus, D&C 4:5 (D&C 12:8). A oração, Al. 34:17–28. Incentivou o povo
santificação vem a todos os que amam e a não procrastinar o arrependimento,
servem a Deus, D&C 20:31. Se me ama- Al. 34:30–41. A fé possuída por Alma
res, servir-me-ás e guardarás meus man- e Amuleque fez com que as paredes da
damentos, D&C 42:29 (Jo. 14:15). Mostrar prisão desmoronassem, Ét. 12:13.
amor maior por aquele que repreendes
Ana, Mãe de Samuel. Ver também
ou corriges, D&C 121:43.
Samuel, Profeta do Velho
Os homens amaram Satanás mais que
Testamento
a Deus, Mois. 5:13, 18, 28.
Mãe de Samuel, profeta do Velho Tes-
Amós tamento. O Senhor deu Samuel a Ana
Profeta do Velho Testamento que pro- em resposta a suas orações (1 Sam. 1:11,
fetizou desde aproximadamente 792 até 20–28). Ana dedicou Samuel ao Senhor.
740 a.C., na época de Uzias, rei de Judá, Seu cântico de gratidão pode ser compa-
e Jeroboão, rei de Israel. rado ao de Maria, mãe de Jesus (1 Sam.
Livro de Amós: Livro do Velho Testa- 2:1–10; Lc. 1:46–55).
mento. Muitas das profecias de Amós Ana, Profetiza
admoestaram Israel e as nações vizinhas
No Novo Testamento, uma profetiza
a voltarem à retidão.
da tribo de Aser. Na época do nascimen-
Os capítulos 1–5 chamam Israel e as
to de Jesus, ela era uma viúva idosa. Ela
nações vizinhas ao arrependimento. O
viu o menino Jesus, ao ser Ele apresen-
capítulo 3 explica que o Senhor revela
tado no templo, e reconheceu-O como
os Seus segredos aos profetas e que por
sendo o Redentor (Lc. 2:36–38).
causa de transgressão, Israel será des-
truída por um adversário. Os capítulos Ananias de Damasco. Ver também
6–8 profetizam a queda de Israel, muitos Paulo
anos antes da invasão assíria. O capítulo
Discípulo cristão, de Damasco, que
9 profetiza que Israel será restituída à
batizou Paulo (At. 9:10–18; 22:12).
sua própria terra.
Ananias de Jerusalém
Amuleque. Ver também Alma, Filho
de Alma No Novo Testamento, ele e a mulher,
Safira, mentiram ao Senhor, retendo uma
No Livro de Mórmon, um companhei- parte do dinheiro que a ele haviam con-
ro missionário de Alma, o filho. sagrado. Repreendidos por Pedro, ambos
Foi visitado por um anjo, Al. 8:20; 10:7. caíram ao solo e morreram (At. 5:1–11).
Recebeu Alma em sua casa, Al. 8:21–27.
Pregou com poder ao povo de Amo- Anás. Ver também Caifás
niá, Al. 8:29–32; 10:1–11. Era descenden- No Novo Testamento, homem de gran-
te de Néfi, Leí e Manassés, Al. 10:2–3. de influência no Sinédrio. Ao ser preso,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
13 Anjos
Jesus foi conduzido primeiramente a Anjos
ele (Jo. 18:13); também desempenhou Há duas espécies de seres nos céus,
importante papel no julgamento dos chamados anjos: os que são espíritos e
apóstolos (At. 4:3–6). os que possuem corpo de carne e ossos.
Ancião. Ver Élder (Ancião) Os anjos que são espíritos são seres que
ainda não obtiveram um corpo de carne
Ancião de Dias. Ver Adão e ossos ou são aqueles que já tiveram um
corpo e aguardam a ressurreição. Os an-
Andar, Andar com Deus. Ver também
jos que têm corpo de carne e ossos foram
Caminho; Obedecer, Obediência,
ressuscitados ou são seres transladados.
Obediente; Retidão
Nas escrituras existem muitas refe-
Estar em harmonia com os ensina- rências ao trabalho de anjos. Às vezes,
mentos de Deus e viver como Deus eles falam com voz de trovão ao trans-
deseja que Seu povo viva; ser recepti- mitirem as mensagens de Deus (Mos.
vo e obediente aos sussurros do Espí- 27:11–16). Homens mortais justos tam-
rito Santo. bém podem ser chamados de anjos (TJS,
Para que eu veja se andam em minha Gên. 19:15 [Apêndice da Bíblia]). Alguns
lei ou não, Êx. 16:4. Não negará bem al- anjos servem ao redor do trono de Deus
gum aos que andam na retidão, Salm. no céu (Al. 36:22).
84:11. Os que andam nos meus estatu- As escrituras também falam de anjos
tos e guardam os meus juízos serão o do diabo. São os espíritos que seguiram
meu povo, Eze. 11:20–21 (Deut. 8:6). Su- a Lúcifer e foram expulsos da presença
bamos ao monte do Senhor e andemos de Deus na vida pré-mortal e lançados
pelas suas veredas, Miq. 4:2. O que o à Terra (Apoc. 12:1–9; 2 Né. 9:9, 16; D&C
Senhor pede de ti, senão que andes hu- 29:36–37).
mildemente com o teu Deus, Miq. 6:8 Jacó viu anjos de Deus subindo e des-
(D&C 11:12). cendo por uma escada, Gên. 28:12. Anjos
Andemos na luz, como Deus na luz de Deus encontram a Jacó, Gên. 32:1–2.
está, 1 Jo. 1:7 (2 Jo. 1:6; 3 Jo. 1:4; 4 Né. 1:12). Gideão viu um anjo do Senhor face a
Andai pelo caminho reto que nos guia face, Juí. 6:22. Um anjo estendeu a mão
à vida, 2 Né. 33:9. O rei Benjamim anda- sobre Jerusalém para destruí-la, 2 Sam.
va com a consciência tranquila diante de 24:16. Um anjo tocou em Elias, o profeta,
Deus, Mos. 2:27. Vosso dever para com e disse: Levanta-te e come, 1 Re. 19:5–7.
Deus é andar sem manchas segundo a Daniel viu o anjo Gabriel numa visão,
santa ordem de Deus, Al. 7:22. Dan. 8:15–16. O anjo Miguel ajudou a
Os membros da Igreja manifestarão Daniel, Dan. 10:13.
uma conduta e linguagem piedosas, O anjo Gabriel foi enviado por Deus,
D&C 20:69. Dai ouvidos ao profeta e Lc. 1:19, 26–27. Os anjos do diabo serão
andai em toda santidade diante do Se- reservados em prisões até o dia do juízo,
nhor, D&C 21:4. Ensinar os filhos a orar Jud. 1:6 (2 Ped. 2:4).
e a andar em retidão perante o Senhor, A multidão viu anjos descendo dos
D&C 68:28. céus, 3 Né. 17:24. Morôni escreveu sobre
Tu permanecerás em mim e eu, em ti; o ministério de anjos, Morô. 7:25–32.
portanto, anda comigo, Mois. 6:34. O Sacerdócio Aarônico possui as cha-
ves do ministério de anjos, D&C 13.
André Morôni, João Batista, Pedro, Tiago, João,
No Novo Testamento, irmão de Simão Moisés, Elias, o profeta, e Elias ministra-
Pedro e um dos Doze Apóstolos chama- ram a Joseph Smith como anjos, D&C
dos por Jesus durante o Seu ministério 27:5–12. Vós não podeis suportar o mi-
terreno (Mt. 4:18–19; Mc. 1:16–18, 29). nistério de anjos, D&C 67:13. Miguel, o
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Anjos Ministradores 14
arcanjo, é Adão, D&C 107:54. Os anjos Amon, permaneceu fiel pelo resto da
que são pessoas ressuscitadas têm cor- vida (Al. 23:4–7, 16–17; 27:20–27).
pos de carne e ossos, D&C 129. Os úni- Adotaram o nome de ânti-néfi-leítas,
cos anjos que ministram nesta Terra são Al. 23:16–17; 24:1. Recusaram-se a derra-
os que pertencem a ela, D&C 130:5. Os mar sangue e enterraram suas armas, Al.
homens que não obedecem à lei de Deus 24:6–19. Seus filhos se prepararam para
do casamento eterno não se casam nem a guerra e escolheram a Helamã como
são dados em casamento, mas são de- chefe, Al. 53:16–19; 56–58 (estes filhos
signados anjos no céu, D&C 132:16–17. também eram conhecidos como os 2.000
guerreiros amonitas).
Anjos Ministradores. Ver Anjos
Apocalipse do Apóstolo João. Ver
Anlici, Anlicitas
também João, Filho de Zebedeu
Um homem do Livro de Mórmon que
Nome do último livro do Novo Testa-
liderou um grupo de nefitas que dese-
mento. Apocalipse também pode signi-
javam ter um rei durante o reinado dos
ficar qualquer revelação notável. Deriva
juízes. Estes nefitas, chamados anlicitas,
de uma palavra grega que significa “re-
rebelaram-se abertamente contra Deus,
velado” ou “descoberto.” O livro consis-
pelo que foram amaldiçoados (Al. 2–3).
te em uma revelação dada ao Apóstolo
Anticristo. Ver também Diabo João, na qual lhe foi permitido ver a
história do mundo, especialmente os
Toda pessoa ou tudo aquilo que seja
últimos dias (Apoc. 1:1–2; 1 Né. 14:18–27;
uma representação falsa do verdadeiro
D&C 77). Em inglês, o livro Apocalipse
plano de salvação do evangelho e que,
chama-se Revelação.
aberta ou secretamente, se oponha a
João recebeu esta revelação no dia do
Cristo. João, o Revelador, descreveu o
Senhor, na Ilha de Patmos (Apoc. 1:9–10),
anticristo como um enganador (1 Jo.
situada perto da costa da Ásia, não longe
2:18–22; 4:3–6; 2 Jo. 1:7). Lúcifer é o maior
de Éfeso. Desconhece-se a data precisa
anticristo, mas ele tem muitos assisten-
em que foi dada.
tes, tanto entre os seres espirituais como
Em 1 Né. 14:18–27 e em Doutrina e
entre os mortais.
Convênios 77 (Ét. 4:15–16) foram incluí-
O filho de perdição opõe-se e levan- das chaves para que se entenda o livro.
ta-se contra tudo o que se chama Deus, Os capítulos 1–3 são uma introdução
2 Tess. 2:1–12. Ele engana os que ha- ao livro e cartas às sete igrejas da Ásia.
bitam na Terra por meio de milagres, João escreveu para ajudar os santos a
Apoc. 13:13–17. resolverem certos problemas. Os capí-
Serém, negando o Cristo, enganou a tulos 4–5 registram visões recebidas
muitos, Jacó 7:1–23. Neor ensinou falsas por João, mostrando a majestade e o
doutrinas, estabeleceu uma igreja e in- justo poder de Deus e de Cristo. Nos
troduziu as intrigas sacerdotais, Al. 1:2– capítulos 6–9, 11, João registra que viu
16. Corior ridicularizou Cristo, a expia- um livro selado com sete selos, cada
ção e o espírito de profecia, Al. 30:6–60. um representando mil anos da história
da Terra. Esses capítulos tratam princi-
Ânti-néfi-leítas. Ver também Amon, palmente dos acontecimentos contidos
Filho de Mosias; Helamã, Filhos de; no sétimo selo (Apoc. 8–9; 11:1–15). O
Mosias, Filhos de capítulo 10 descreve um livro que João
No Livro de Mórmon é o nome dado comeu. O livro representa uma futura
aos lamanitas convertidos pelos filhos de missão que ele cumpriria. O capítulo
Mosias. Após a conversão, aquele povo, 12 relata a visão do mal, que teve início
que era também chamado de povo de nos céus, quando Satanás se revoltou e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
15 Apostasia
foi expulso. A guerra que ali começou minha própria boca, D&C 21:5. Aquele
continua a ser travada na Terra. Nos ca- que recebe os meus servos, a mim me
pítulos 13, 17–19, João descreve os reinos recebe, D&C 84:35–38. Quem me re-
corruptos da Terra, controlados por Sa- cebe, recebe aqueles que enviei, D&C
tanás, e mostra o destino desses reinos, 112:20. Se meu povo não der ouvidos à
inclusive a destruição final do mal. Os voz desses homens que designei, não
capítulos 14–16 descrevem a retidão dos serão abençoados, D&C 124:45–46.
santos em meio ao mal, pouco antes da
Apostasia. Ver também Rebeldia,
Segunda Vinda de Cristo. Os capítulos
Rebelião; Restauração do Evangelho
20–22 falam do Milênio, da bela cidade
de Nova Jerusalém e dos acontecimentos Significa afastamento da verdade.
finais da história da Terra. Pessoas, a Igreja, ou nações inteiras po-
dem cair em apostasia, isto é, afastar-se
Apócrifos, Livros. Ver também Bíblia; da verdade.
Escrituras
Apostasia geral: Israel devia guardar-se
Livros sagrados do povo judeu não para que seu coração não se desviasse do
incluídos na Bíblia hebraica mas con- Senhor, Deut. 29:18. Sem profecia o povo
servados nas Bíblias de algumas igre- se corrompe, Prov. 29:18. Eles quebraram
jas cristãs. Esses livros geralmente são a aliança eterna, Isa. 24:5.
valiosos no sentido de ligar o Velho e o Assopraram ventos, e combateram
Novo Testamentos, sendo considerados aquela casa, e caiu, Mt. 7:27. Maravilho-
pela Igreja como leitura proveitosa. me de que tão depressa passásseis para
Os Livros Apócrifos estão, na maior outro evangelho, Gál. 1:6.
parte, traduzidos corretamente, mas con- Os que se haviam iniciado no bom
têm acréscimos incorretos, D&C 91:1–3. caminho perderam-se na névoa, 1 Né.
Os Livros Apócrifos são de proveito aos 8:23 (1 Né. 12:17). Após haverem expe-
que forem iluminados pelo Espírito, rimentado do fruto, tomaram caminhos
D&C 91:4–6. proibidos e perderam-se, 1 Né. 8:28. A
apostasia dos nefitas tornou-se uma pe-
Apoio aos Líderes da Igreja. Ver dra de tropeço para os que não perten-
também Comum Acordo ciam à Igreja, Al. 4:6–12. Muitos mem-
Voto de apoio àqueles que servem em bros da Igreja se tornaram orgulhosos
cargos de liderança na Igreja em âmbito e perseguiram muitos de seus irmãos,
geral e local. Hel. 3:33–34 (Hel. 4:11–13; 5:2–3). Quan-
Apresenta Josué perante toda congre- do o Senhor faz prosperar seu povo,
gação e dá-lhe mandamentos aos olhos eles às vezes endurecem os corações e
deles, Núm. 27:18–19. Então jubilou todo esquecem-no, Hel. 12:2; 13:38. Os nefitas
o povo, e disseram: Viva o rei, 1 Sam. endureceram os corações, caindo sob o
10:24. Crede nos seus profetas, e sereis poder de Satanás, 3 Né. 2:1–3. Morôni
prosperados, 2 Crôn. 20:20. profetizou sobre a apostasia dos últimos
Obedecei àqueles que governam sobre dias, Mórm. 8:28, 31–41.
vós, Heb. 13:17. A apostasia precederá a Segunda Vin-
Serás favorecido pelo Senhor, pois que da, D&C 1:13–16.
não tens murmurado, 1 Né. 3:6. Aqueles Apostasia da igreja cristã primitiva: Este
que receberam os profetas foram pou- povo se aproxima de mim com a sua
pados, 3 Né. 10:12–13. Dai ouvidos às boca, Isa. 29:10, 13. As trevas cobriram
palavras destes doze, 3 Né. 12:1. a Terra, Isa. 60:2. O Senhor enviará uma
Seja pela minha própria voz ou pela fome de ouvir as palavras do Senhor,
voz de meus servos, é o mesmo, D&C Amós 8:11.
1:38. Suas palavras recebereis como de Surg irão falsos cristos e falsos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Apóstolo 16
profetas, Mt. 24:24. Entrarão no meio apóstolos irão julgar a casa de Israel,
de vós lobos cruéis, At. 20:29. Maravi- Mórm. 3:18.
lho-me de que tão depressa passásseis Os que não atenderem às palavras
para outro evangelho, Gál. 1:6. Haverá dos profetas e apóstolos serão afastados,
uma apostasia antes da Segunda Vinda, D&C 1:14 (3 Né. 12:1). Revelados o cha-
2 Tess. 2:3. Alguns se desviaram da ver- mado e a missão dos Doze, D&C 18:26–
dade, 2 Tim. 2:18. Algumas pessoas têm 36. Joseph Smith foi ordenado apóstolo,
aparência de piedade, mas negam a efi- D&C 20:2; 21:1. Apóstolos são testemu-
cácia dela, 2 Tim. 3:2–5. Virá o tempo em nhas especiais do nome de Cristo e por-
que não sofrerão a sã doutrina, 2 Tim. tam as chaves do ministério, D&C 27:12
4:3–4. Haverá falsos profetas e falsos (D&C 112:30–32). Os Doze Apóstolos for-
doutores entre o povo, 2 Ped. 2:1. Cer- mam um quórum igual em autoridade
tos homens se introduziram, e negam a à Primeira Presidência, D&C 107:23–24.
Os Doze são um Sumo Conselho Presi-
Deus, Jud. 1:4. Alguns homens disseram
dente Viajante, D&C 107:33. Os apóstolos
ser apóstolos, e não eram, Apoc. 2:2.
possuem as chaves da obra missionária,
Néfi viu a formação de uma grande e
D&C 107:35. Descritos alguns deveres
abominável igreja, 1 Né. 13:26. Os gen-
dos apóstolos, D&C 107:58. Digo a to-
tios tropeçaram e construíram muitas
dos os Doze: segui-me, e apascentai as
igrejas, 2 Né. 26:20. minhas ovelhas, D&C 112:14–15.
Desviaram-se de minhas ordenanças Cremos em apóstolos, RF 1:6.
e quebraram meu convênio eterno, D&C
1:15. Trevas cobrem a Terra e densa es- Escolha dos Apóstolos: Os apóstolos são
escolhidos pelo Senhor (Jo. 6:70; 15:16).
curidão a mente do povo, D&C 112:23.
Foi dito ao Profeta que todas as igrejas Dentre seus discípulos Jesus escolheu
estavam erradas; seus corações estavam doze apóstolos, Lc. 6:13–16. Matias foi
longe de Deus, JS—H 1:19. escolhido para ser apóstolo, At. 1:21–26.
Oliver Cowdery e David Whitmer
Apóstolo. Ver também Discípulo; foram mandados a procurar os Doze,
Revelação D&C 18:37–39.
No grego, a palavra Apóstolo significa Arbítrio. Ver também Liberdade,
“o enviado.” Foi o título dado por Jesus Livre; Prestar Contas,
aos Doze por Ele escolhidos e ordena- Responsabilidade, Responsável
dos para serem os Seus discípulos e au-
A habilidade e privilégio que Deus
xiliares mais próximos, durante o Seu
nos concede de escolhermos e agirmos
ministério terreno (Lc. 6:13; Jo. 15:16).
por nós mesmos.
Ele enviou-os para que O representas-
sem e ministrassem por Ele, após a Sua De toda a árvore comerás livremente,
Ascensão aos céus. Tanto na antiguidade Gên. 2:16. Escolhei hoje a quem sirvais,
como hoje em dia, no Quórum dos Doze Jos. 24:15 (Al. 30:8; Mois. 6:33).
Apóstolos da Igreja restaurada, o Após- O homem não poderia agir por si mes-
mo a menos que fosse atraído, 2 Né.
tolo é uma testemunha especial de Jesus
2:15–16. Os homens estão livres para
Cristo no mundo inteiro, para testificar
escolher a liberdade e a vida eterna, ou
da Sua divindade e da Sua ressurreição
o cativeiro e a morte, 2 Né. 2:27. Sois li-
dos mortos (At. 1:22; D&C 107:23).
vres e tendes o privilégio de agir por vós
A Igreja de Cristo está edificada sobre mesmos, Hel. 14:30.
o fundamento dos apóstolos e profetas, Uma terça parte das hostes do céu ele
Ef. 2:20; 4:11. afastou por causa do arbítrio que pos-
Leí e Néfi viram os doze apóstolos suíam, D&C 29:36. É necessário que o
seguindo a Jesus, 1 Né. 1:10; 11:34. Os diabo tente os homens, ou estes não
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
17 Armagedom
poderiam ser seus próprios árbitros, tentado, desobedientemente, firmar a
D&C 29:39. Que todo homem escolha arca, 1 Crôn. 13:9–12 (D&C 85:8). Edificai
por si mesmo, D&C 37:4. Para que todo o santuário do Senhor Deus, para trazer
homem aja de acordo com o arbítrio mo- a arca da aliança, 1 Crôn. 22:19.
ral que lhe dei, D&C 101:78. Descrito o conteúdo da arca do con-
Satanás procurou destruir o arbítrio vênio, Heb. 9:4.
do homem, Mois. 4:3. O Senhor deu ao
homem seu arbítrio, Mois. 7:32. Arcanjo. Ver também Adão; Miguel
Miguel, ou Adão, é o arcanjo ou anjo
Arca. Ver também Arco-Íris; Dilúvio principal.
no Tempo de Noé; Noé, Patriarca
Bíblico O Senhor descerá do céu com alarido e
com voz de arcanjo, 1 Tess. 4:16. Miguel
No Velho Testamento, a barca cons- é o arcanjo, Jud. 1:9 (D&C 29:26; 88:112;
truída por Noé para preservação da vida 128:20–21).
durante o grande Dilúvio.
Faze para ti uma arca da madeira de Arco-Íris. Ver também Arca; Dilúvio
Gofer, Gên. 6:14. A arca repousou sobre no Tempo de Noé; Noé, Patriarca
os montes de Ararate, Gên. 8:4. Bíblico
Os barcos jareditas eram tão vedados O sinal ou símbolo do convênio de
como a arca de Noé, Ét. 6:7. Deus com Noé (Gên. 9:13–17). Na TJS,
Gênesis 9:21–25 (Apêndice da Bíblia) é
Arca da Aliança. Ver também explicado que o convênio inclui as pro-
Tabernáculo messas de que a terra nunca mais será
Também conhecida como Arca de coberta por um dilúvio, de que a Sião
Jeová e Arca do Testemunho, a Arca da de Enoque retornará e de que o Senhor
Aliança era uma urna ou caixa oblon- virá novamente para habitar na terra.
ga, de madeira recoberta de ouro. Era
o mais antigo e o mais sagrado símbolo Armadura
religioso dos israelitas. O Propiciató- Espécie de traje usado para proteger
rio, que formava a sua cobertura, era o corpo dos golpes ou estocadas de ar-
considerado a morada terrena de Jeová mas. A palavra também é usada para
(Êx. 25:22). Após completado o templo, representar os atributos espirituais que
a arca foi colocada no Lugar Santíssi- protegem a pessoa da tentação e do mal.
mo, o lugar mais sagrado da estrutura Revesti-vos de toda a armadura de
(1 Re. 8:1–8). Deus, Ef. 6:10–18 (D&C 27:15–18).
Moisés construiu a arca por man-
damento de Deus, Êx. 25. Os filhos de Armagedom. Ver também Gogue;
Levi foram incumbidos de cuidar da Magogue; Segunda Vinda de Jesus
arca, Núm. 3:15, 31. A arca da aliança ia Cristo
adiante deles, Núm. 10:33. Tomai este O nome Armagedom é derivado do
livro da lei, e ponde-o ao lado da arca hebraico Har-Megiddon, que significa
da aliança, Deut. 31:24–26. As águas do “montanha de Megido.” O vale de Me-
Jordão separaram-se diante da arca da gido acha-se situado na região oeste da
aliança, Jos. 3:13–17; 4:1–7. Sacerdotes planície de Esdrelon, cerca de 80 quilô-
levaram a arca da aliança quando Is- metros ao norte de Jerusalém, sendo o lo-
rael foi conquistar Jericó, Jos. 6:6–20. cal de diversas batalhas importantes nos
Os filisteus capturaram a arca de Deus, tempos do Velho Testamento. O grande
1 Sam. 5. O Senhor abençoou a casa de e derradeiro conflito que ocorrerá pou-
Obede-Edom por causa da arca de Deus, co antes da Segunda Vinda do Senhor
2 Sam. 6:11–12. Uzá foi morto por haver é chamado de batalha do Armagedom,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Armazém 18
porque terá início nesse mesmo local. suas ações pecam e precisam arrepen-
(Ver Eze. 39:11; Zac. 12–14, especialmente der-se para progredir rumo à salvação.
12:11; Apoc. 16:14–21.) Somente pela Expiação de Jesus Cristo
pode o nosso arrependimento ser eficaz
Armazém. Ver também Bem-Estar
e aceito por Deus.
Lugar onde o bispo recebe e mantém
Fazei confissão ao Senhor, Esd. 10:11.
em depósito as ofertas consagradas dos
Tirai a maldade de vossos atos; cessai de
santos dos últimos dias e de onde as dis-
fazer o mal, Isa. 1:16. Arrependei-vos, e
tribui aos pobres. Esse armazém pode
convertei-vos de todas as vossas trans-
ser pequeno ou grande, conforme as cir-
gressões, Eze. 18:30–31.
cunstâncias. Santos fiéis doam talentos,
Arrependei-vos, porque é chegado o
aptidões, materiais e recursos financei-
ros para que o bispo cuide dos pobres reino dos céus, Mt. 3:2. Haverá alegria
em tempos de necessidade. Portanto, o no céu por um pecador que se arrepende,
armazém pode incluir uma lista de ser- Lc. 15:7. Deus ordena a todos os homens
viços disponíveis, dinheiro, alimentos e que se arrependam, At. 17:30 (2 Né. 9:23;
outras mercadorias. O bispo é o agente 3 Né. 11:31–40; D&C 133:16). A tristeza
do armazém e distribui bens e servi- segundo Deus opera arrependimento
ços de acordo com as necessidades e de para a salvação, 2 Cor. 7:10.
acordo com a orientação do Espírito do O Espírito do Senhor Onipotente efe-
Senhor (D&C 42:29–36; 82:14–19). tuou em nossos corações uma grande
mudança, de modo que não temos mais
Ajuntem comida para os sete anos de
disposição para praticar o mal, Mos. 5:2.
fome, Gên. 41:34–36, 46–57. Trazei todos
Se confessar seus pecados e se arrepen-
os dízimos à casa do tesouro, Mal. 3:10
der, também o perdoarei, Mos. 26:29.
(3 Né. 24:10).
Após a pregação de Alma, muitos co-
Que o bispo designe um armazém
meçaram a se arrepender, Al. 14:1. Não
para esta igreja, D&C 51:13. O excedente
deixeis o dia do arrependimento para o
será entregue ao meu armazém, D&C
fim, Al. 34:33. Alma testificou a Helamã
70:7–8. Os Santos devem organizar e
de seu arrependimento e conversão, Al.
estabelecer um celeiro, D&C 78:1–4. As
36 (Mos. 27:8–32). O arrependimento
crianças têm direito de recorrer ao ar-
mazém do Senhor, caso seus pais não não poderia ser concedido aos homens
tenham, D&C 83:5. se não houvesse punição, Al. 42:16. Dei-
xes apenas teus pecados te preocuparem
Arrepender-se, Arrependimento. com aquela preocupação que te levará ao
Ver também Confessar, Confissão; arrependimento, Al. 42:29. Oferecereis
Coração Quebrantado; Expiação, como sacrifício um coração quebrantado
Expiar; Jesus Cristo; Perdoar; e um espírito contrito, 3 Né. 9:20. Todos
Remissão de Pecados os que se arrependerem e vierem a mim
A mudança da mente e do coração que como criancinhas, eu os receberei, 3 Né.
gera uma nova atitude para com Deus, 9:22. Arrependei-vos, todos vós, confins
para consigo mesmo e para com a vida da Terra, 3 Né. 27:20. Sempre que se ar-
em geral. O arrependimento significa rependiam, eram perdoados, Morô. 6:8.
que a pessoa se afasta do mal e volta Pregai somente arrependimento a esta
o seu coração e a sua vontade a Deus, geração, D&C 6:9 (D&C 11:9). Quão gran-
sujeitando-se aos mandamentos e aos de é sua alegria pela alma que se arre-
propósitos do Senhor e abandonando o pende, D&C 18:13. Todo homem deve ar-
pecado. O verdadeiro arrependimento repender-se ou sofrer, D&C 19:4. O que
provém do amor a Deus e do desejo sin- pecar e não se arrepender será expulso,
cero de obedecer aos Seus mandamen- D&C 42:28. O que confessa e abandona
tos. Todas as pessoas responsáveis por seus pecados é perdoado, D&C 58:42–43.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
19 Assíria
Os mortos que se arrependerem serão a palavra, nunca podereis colher o fruto
redimidos, D&C 138:58. da árvore da vida, Al. 32:40.
Cremos no arrependimento, RF 1:4. O Senhor plantou a árvore da vida no
meio do jardim, Mois. 3:9 (Abr. 5:9). Deus
Artimanhas Sacerdotais expulsou Adão do Jardim do Éden para
Homens pregando e estabelecendo- que não partilhasse da árvore da vida
se como uma luz para o mundo, com o e vivesse para sempre, Mois. 4:28–31.
fim de obter lucros e o louvor do mun-
do, porém sem buscar o bem de Sião Asa
(2 Né. 26:29). No Velho Testamento, o terceiro rei de
Apascentai o rebanho de Deus, não Judá. As escrituras registram que “foi o
por torpe ganância, 1 Ped. 5:2. coração de Asa reto perante o Senhor
As igrejas estabelecidas para obter todos os seus dias” (1 Re. 15:14). Duran-
riquezas serão derrubadas, 1 Né. 22:23 te seu reinado, fez com que o exército
(Mórm. 8:32–41). Por causa de artima- tivesse grande eficiência, libertou o povo
nhas sacerdotais e de iniquidades, Jesus do jugo da Etiópia, retirou todos os fal-
será crucificado, 2 Né. 10:5. Se as artima- sos ídolos e conclamou o povo a fazer o
nhas sacerdotais fossem impostas a este convênio de buscar a Jeová (1 Re. 15–16;
povo, acarretariam a sua inteira destrui- 2 Crôn. 14–16). Todavia, quando come-
ção, Al. 1:12. Os gentios serão cheios de çou a padecer de uma enfermidade nos
toda sorte de artimanhas sacerdotais, pés, não procurou a ajuda do Senhor e
3 Né. 16:10. morreu (1 Re. 15:23–24; 2 Crôn. 16:12–13).

Árvore da Vida. Ver também Éden Ascensão. Ver também Jesus Cristo;
Segunda Vinda de Jesus Cristo
Árvore no Jardim do Éden e paraíso de
Deus (Gên. 2:9; Apoc. 2:7). No sonho de A partida formal do Salvador, quan-
Leí, a árvore da vida representa o amor do deixou esta Terra, 40 dias após a Sua
de Deus e é considerado o maior de to- Ressurreição. A Ascensão ocorreu num
dos os dons de Deus (1 Né. 8; 11:21–22, ponto do Monte das Oliveiras, na presen-
25; 15:36). ça dos discípulos (Mc. 16:19; Lc. 24:51).
Naquela ocasião, dois anjos do céu testi-
Querubins e uma espada flamejan- ficaram que no futuro o Senhor haveria
te guardavam o caminho da árvore da de retornar “como para o céu o vistes
vida, Gên. 3:24 (Al. 12:21–23; 42:2–6). ir” (At. 1:9–12).
João viu a árvore da vida, e as folhas
tinham poder de cura para as nações, Aser. Ver também Israel; Jacó, Filho de
Apoc. 22:2. Isaque
Leí viu a árvore da vida, 1 Né. 8:10–35. No Velho Testamento, filho de Jacó e
Néfi viu a árvore que seu pai havia vis- Zilpa, serva de Lia (Gên. 30:12–13).
to, 1 Né. 11:8–9. A barra de ferro con-
Tribo de Aser: Jacó abençoou Aser (Gên.
duz à árvore da vida, 1 Né. 11:25 (1 Né.
49:20) e Moisés, os descendentes de Aser
15:22–24). Um horrível abismo separava
(Deut. 33:1, 24–29). Estes descenden-
os iníquos da árvore da vida, 1 Né. 15:28,
tes eram chamados “varões de valor”
36. Era necessário que houvesse um fruto
(1 Crôn. 7:40).
proibido em oposição à árvore da vida,
2 Né. 2:15. Vinde a mim e participareis Assassinato. Ver Homicídio
do fruto da árvore da vida, Al. 5:34,
62. Se tivesse sido possível que nossos Assíria
primeiros pais comessem da árvore da Antigo império que, juntamente com
vida, ter-se-iam tornado eternamente a sua rival Babilônia, dominou grande
miseráveis, Al. 12:26. Se não cultivardes parte das nações da Síria e Palestina,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Atalaia, Sentinela, Vigiar 20
durante a maior parte da época do Velho 1:1. Todo aquele que dá ouvidos à voz do
Testamento. Mesmo sendo os assírios Espírito é iluminado e vem ao Pai, D&C
um poder importante desde meados 84:46–47. Foram vagarosos em atender à
do século 12 a.C. até o final do século voz do Senhor; portanto, ele é vagaroso
7 a.C., eles jamais conseguiram estabe- em atender a suas orações, D&C 101:7–9.
lecer um sistema político estável. Eles Os que não atendem aos mandamentos
dominavam pelo terror, esmagando os são castigados, D&C 103:4 (Mois. 4:4).
seus inimigos pelo fogo e pela espada,
Atos dos Apóstolos. Ver também
ou enfraquecendo-os por meio da depor-
Lucas
tação de grandes porções da população
para outras partes do seu império. Os Este livro é a segunda parte da obra es-
povos que eram submetidos ao domínio crita por Lucas a Teófilo. A primeira parte
assírio lutavam constantemente contra é conhecida como o Evangelho Segundo
o império. (Ver 2 Re. 18–19; 2 Crôn. 32; Lucas. Os capítulos 1–12 registram algu-
Isa. 7:17–20; 10; 19; 37.) mas das principais atividades missioná-
rias dos Doze Apóstolos, sob a direção
Atalaia, Sentinela, Vigiar. Ver de Pedro, imediatamente após a morte
também Advertência, Advertir, e ressurreição do Salvador. Os capítulos
Prevenir 13–28 retratam algumas das viagens e a
Pessoa que vela, vigia e obedece e que obra missionária do Apóstolo Paulo.
está pronta e preparada. Em sentido re- Autoridade. Ver também Chamado,
ligioso, atalaias são líderes chamados Chamado por Deus, Chamar;
pelos representantes do Senhor para Chaves do Sacerdócio; Ordenação,
encarregarem-se especificamente do Ordenar; Poder; Sacerdócio
bem-estar de outras pessoas. Os que são
Permissão concedida a homens na ter-
chamados como líderes têm a responsa-
ra, chamados ou ordenados para agir por
bilidade especial de também ser atalaias
Deus, o Pai, e em nome dele ou de Jesus
para o resto do mundo.
Cristo, ao realizarem a obra de Deus.
Eu te dei por atalaia, Eze. 3:17–21. Ata-
Eu te enviei, Êx. 3:12–15. Falarás tudo
laias que erguem a voz de advertência
o que eu te mandar, Êx. 7:2.
salvam suas próprias almas, Eze. 33:7–9.
Jesus deu autoridade aos doze discí-
Vigiai, pois, porque não sabeis a que
pulos, Mt. 10:1. Não me escolhestes vós
hora há de vir o vosso Senhor, Mt. 24:42–
a mim, mas eu vos escolhi a vós e vos
43 (Mt. 25:13; Mc. 13:35–37; D&C 133:10– nomeei, Jo. 15:16.
11). Vigiai e orai, para que não entreis Néfi e Leí pregaram com grande auto-
em tentação, Mt. 26:41 (3 Né. 18:15, 18). ridade, Hel. 5:18. Néfi, filho de Helamã,
O Senhor colocou atalaias na vinha, era um homem de Deus, de quem havia
D&C 101:44–58. recebido grande poder e autoridade, Hel.
Atender, Dar ouvidos. Ver também 11:18 (3 Né. 7:17). Jesus deu poder e au-
Obedecer, Obediência, Obediente; toridade aos doze nefitas, 3 Né. 12:1–2.
Ouvido, Ouvir Joseph Smith foi chamado por Deus e
ordenado, D&C 20:2. Ninguém pregará
Ouvir a voz e ensinamentos do Se- meu evangelho ou estabelecerá minha
nhor, prestando atenção e obedecendo. igreja, a não ser que tenha sido ordenado
Atender é melhor do que a gordura de e que a igreja saiba que tem autoridade,
carneiros do sacrifício, 1 Sam. 15:20–23. D&C 42:11. Os élderes devem pregar o
Os justos que derem ouvidos às pala- evangelho, agindo pela autoridade, D&C
vras dos profetas não perecerão, 2 Né. 68:8. O Sacerdócio de Melquisedeque
26:8. possui autoridade para administrar em
Escutai, ó povo da minha Igreja, D&C assuntos espirituais, D&C 107:8, 18–19.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
21 Barnabé
O que é feito pela autoridade divina se Babel, Babilônia. Ver também Mundo;
torna lei, D&C 128:9. Nabucodonosor
Todo o que pregar ou administrar em Capital da Babilônia.
nome de Deus deve ser chamado por ele Babel foi fundada por Ninrode, ten-
pelos que têm autoridade, RF 1:5. do sido uma das cidades mais antigas
Autoridades Gerais. Ver Apóstolo; da Mesopotâmia ou de Sinear (Gên.
Bispo Presidente; Primeira 10:8–10). O Senhor confundiu a língua
Presidência; Setenta na época em que o povo estava cons-
truindo a torre de Babel (Gên. 11:1–9;
Avarento, Avareza Ét. 1:3–5, 33–35). Mais tarde, Babilônia
Aquele que tem avareza, que é sórdida tornou-se a capital de Nabucodonosor.
e excessivamente apegado ao dinheiro. Ele construiu uma cidade enorme, da
qual ainda existem as ruínas. Babilônia
O que odeia a avareza prolongará os
tornou-se uma cidade muito iníqua e, a
seus dias, Prov. 28:16.
partir de então, passou a simbolizar a
Acautelai-vos da avareza, Lc. 12:15
iniquidade do mundo.
(Lc. 12:15–21). Avareza é idolatria, Col.
3:5. O bispo não deve ser avarento, Fugi do meio de Babilônia, Jer. 51:6.
1 Tim. 3:2–3. Nos últimos dias haverá Babilônia será estabelecida, e cairá,
homens avarentos, 2 Tim. 3:1–2. Sejam Apoc. 17–18.
vossos costumes sem avareza, Heb. 13:5. Babilônia será destruída, 2 Né. 25:15.
Tendo o coração exercitado na avareza, Babilônia cairá, D&C 1:16. Não pou-
2 Ped. 2:14. parei quem permanecer em Babilônia,
D&C 64:24. Deixai Babilônia, D&C 133:5,
Azeite. Ver Óleo 7, 14.
Balaão
Baal. Ver também Idolatria Profeta do Velho Testamento a quem
Um deus-sol masculino, adorado prin- foi pedido com insistência que amaldi-
cipalmente na Fenícia (1 Re. 16:31), mas çoasse Israel em troca de dinheiro. O Se-
que também era adorado de diferentes nhor ordenou-lhe que não amaldiçoasse
maneiras em diversos lugares: pelos Israel (Núm. 22–24).
moabitas, como Baal-Peor (Núm. 25:1–3), A jumenta de Balaão recusou-se a
em Siquém, como Baal-Berite (Juí. 8:33; prosseguir, porque um anjo estava no
9:4), em Ecrom, como Baal-Zebu (2 Re. caminho, Núm. 22:22–35.
1:2). Baal provavelmente é o mesmo Bel
da Babilônia e Zeus da Grécia. A pala- Bálsamo de Gileade
vra Baal expressa o relacionamento entre Resina aromática ou especiaria usada
um senhor e seu escravo. Era geralmen- para curar feridas (Gên. 43:11; Jer. 8:22;
te representado por um touro. Astarote 46:11; 51:8). Na época do Velho Testa-
era a deusa que costumava ser adorada mento, era tão abundante em Gileade o
juntamente com Baal. arbusto do qual se extraía a resina para
Baal às vezes era combinado com ou- a fabricação do bálsamo que ele passou
tro nome ou palavra para indicar uma a ser conhecido como “bálsamo de Gi-
ligação com Baal, tal como um lugar leade” (Gên. 37:25; Eze. 27:17).
onde era adorado ou uma pessoa com
atributos semelhantes aos de Baal. Poste- Barnabé
riormente, quando Baal veio a ter signifi- Nome dado a José, um levita natural
cados sumamente iníquos, foi substituí- de Chipre, que vendeu suas proprie-
do, em nomes compostos, pela palavra dades e deu aos apóstolos o dinheiro
Bosete, que significa “vergonha.” proveniente da venda (At. 4:36–37). Não
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Barrabás 22
era um dos apóstolos originais, mas foi ordenança introdutória do evangelho,
apóstolo no tempo de Paulo (At. 14:4, 14) sendo necessária para que a pessoa se
e fez várias viagens missionárias (At. torne membro de A Igreja de Jesus Cristo
11:22–30; 12:25; 13–15; 1 Cor. 9:6; Gál. 2:1, dos Santos dos Últimos Dias. É precedi-
9; Col. 4:10). do pela fé em Jesus Cristo e pelo arrepen-
dimento. Para que seja completo, deve
Barrabás
ser seguido do recebimento do dom do
Nome do preso que soltaram em lu- Espírito Santo (2 Né. 31:13–14). O batismo
gar de Jesus no dia da crucificação. pela água e pelo Espírito é necessário
Era um amotinado, assassino e ladrão. para que a pessoa possa entrar no rei-
(Mt. 27:16–26; Mc. 15:6–15; Lc. 23:18–25; no celestial. Adão foi o primeiro a ser
Jo. 18:40.) batizado (Mois. 6:64–65). Jesus também
foi batizado para cumprir toda a justiça
Bartolomeu. Ver também Natanael
e para mostrar o caminho a toda a hu-
No Novo Testamento, um dos apósto- manidade (Mt. 3:13–17; 2 Né. 31:5–12).
los originais de Jesus Cristo. (Mt. 10:2–4.) Por nem todos terem a oportunidade
Batalha nos Céus. Ver também de aceitar o evangelho na mortalidade,
Conselho nos Céus; Vida Pré-mortal o Senhor autorizou que se realizassem,
por meio de procuradores, batismos pe-
Conflito travado entre os filhos espiri- los mortos. Assim sendo, os que aceitam
tuais de Deus na vida pré-mortal. o evangelho no mundo espiritual po-
Satanás foi expulso dos céus e lançado dem qualificar-se para entrar no reino
na Terra, Apoc. 12:4, 7–9. de Deus.
O diabo e a terça parte das hostes Essencial: Deixa por agora, porque as-
dos céus foram lançados abaixo, D&C sim nos convém cumprir toda a justiça,
29:36–37. Lúcifer rebelou-se contra o Fi- Mt. 3:15. Vindo Jesus foi batizado por
lho Unigênito, D&C 76:25–26. João, Mc. 1:9. Os fariseus e os doutores
Satanás queria para si a glória do Pai e da lei rejeitaram o conselho de Deus, não
procurava destruir o arbítrio do homem, tendo sido batizados, Lc. 7:30. Aquele
Mois. 4:1–4 (Isa. 14:12–15; Abr. 3:27–28). que não nascer da água e do Espírito,
Os que seguem a Deus guardam seu
não pode entrar no reino de Deus, Jo.
primeiro estado, vêm à Terra e recebem
3:5. Arrependei-vos, e cada um de vós
um corpo, Abr. 3:26.
seja batizado, At. 2:38.
Bate-Seba. Ver também Davi E ordena a todos que sejam batizados
em seu nome, 2 Né. 9:23–24. Os homens
Esposa de Urias; posteriormente, es-
devem seguir a Cristo, ser batizados,
posa de Davi e mãe de Salomão. O rei
receber o Espírito Santo e perseverar
Davi cometeu adultério com ela e tam-
até o fim, para serem salvos, 2 Né. 31. A
bém fez com que o marido dela fosse
doutrina de Cristo é que os homens de-
morto em batalha. (2 Sam. 11), pecado
vem crer e ser batizados, 3 Né. 11:20–40.
que teve consequências eternas para
Aqueles que não acreditarem em vos-
Davi (D&C 132:39).
sas palavras e não forem batizados na
Batismo, Batizar. Ver também Batismo água em meu nome, serão condenados,
de Criancinhas; Espírito Santo; D&C 84:74.
Nascer de Deus, Nascer de Novo; Deus explicou a Adão por que são ne-
Ordenanças cessários o arrependimento e o batismo,
A palavra usada no texto grego ori- Mois. 6:52–60.
ginal significa “mergulhar” ou “imer- Batismo por imersão: Jesus sendo bati-
gir.” O batismo por imersão na água, zado, saiu logo da água, Mt. 3:16 (Mc.
por alguém que tenha autoridade, é a 1:10). João batizava em Enom porque
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
23 Batismo de Criancinhas
havia ali muitas águas, Jo. 3:23. Filipe Oliver Cowdery a autoridade para bati-
e o eunuco desceram à água, At. 8:38. zar, JS—H 1:68–69.
Fomos sepultados com ele pelo batismo, Requisitos do batismo: Arrependei-vos,
Rom. 6:4 (Col. 2:12). arrependei-vos, e sede batizados em
Segui vosso Senhor e Salvador à água, nome de meu Filho amado, 2 Né. 31:11.
2 Né. 31:13. Alma, Helã, e outros foram Deveis arrepender-vos e nascer de novo,
mergulhados na água, Mos. 18:12–16. Al. 7:14. Tende cuidado para que não
E então os imergireis na água, 3 Né. sejais batizados indignamente, Mórm.
11:25–26. 9:29. Ensina aos pais que devem arre-
Explicada a maneira correta de bati- pender-se e ser batizados, e tornar-se
zar, D&C 20:72–74. Foram batizados na humildes, Morô. 8:10.
semelhança de seu sepultamento, sendo Requisitos para os que desejarem ba-
sepultados na água em seu nome, D&C tizar-se, D&C 20:37. As crianças serão
76:50–51. batizadas para remissão de pecados
Adão foi mergulhado na água e ti- quando chegarem aos oito anos de ida-
rado da água, Mois. 6:64. Cremos no de, D&C 68:25, 27.
batismo por imersão para remissão de Convênio feito por meio do batismo: Ha-
pecados, RF 1:4. veis feito convênio com ele de servi-lo
Batismo para remissão de pecados: Le- e guardar os seus mandamentos, Mos.
vanta-te, e batiza-te, e lava os teus pe- 18:8–10, 13.
cados, At. 22:16. Os que se arrependerem e tomarem
E virá então a remissão de vossos pe- sobre si o nome de Jesus Cristo, com o
cados, pelo fogo e pelo Espírito Santo, firme propósito de servi-lo, serão rece-
2 Né. 31:17. Vinde, pois, e sede batizados bidos por batismo na Igreja, D&C 20:37.
por causa do arrependimento, a fim de Batismo pelos mortos: Que farão os que
serdes lavados de vossos pecados, Al. se batizam pelos mortos, 1 Cor. 15:29.
7:14. Bem-aventurados são os que cre- São realizados batismos pelos mortos
rem e forem batizados, pois receberão a para remissão de pecados, D&C 124:29;
remissão de seus pecados, 3 Né. 12:1–2. 127:5–9; 128:1; 138:33.
Declararás arrependimento e fé no Não batizar criancinhas: É uma abomi-
Salvador e remissão de pecados por ba- nação perante Deus batizar as crianci-
tismo, D&C 19:31. nhas, Morô. 8:4–23.
Cremos no batismo por imersão para As crianças serão batizadas quando
remissão de pecados, RF 1:4. alcançarem os oito anos de idade, D&C
68:27. Todas as crianças que morrem
Com a devida autoridade: Ide, ensinai
antes de chegar à idade da responsa-
todas as nações, batizando-as em nome
bilidade são salvas no reino celestial,
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,
D&C 137:10.
Mt. 28:19 (D&C 68:8).
Lími e muitos de seu povo desejavam Batismo de Criancinhas. Ver
ser batizados, mas não havia ninguém na também Batismo, Batizar—Não
Terra que tivesse a autoridade de Deus, batizar criancinhas; Criança(s);
Mos. 21:33. Dou-te o poder para batizar, Prestar Contas, Responsabilidade,
3 Né. 11:19–21. Responsável; Salvação—Salvação
O Sacerdócio de Aarão possui as cha- das criancinhas
ves do batismo por imersão para remis- A prática desnecessária de batizar
são de pecados, D&C 13. São eles os or- bebês e crianças abaixo da idade da res-
denados por mim para batizar em meu ponsabilidade, que é oito anos. O Senhor
nome, D&C 18:29. condena o batismo de criancinhas (Morô.
João Batista deu a Joseph Smith e a 8:10–21). As crianças nascem inocentes e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Batista 24
sem pecado. Satanás não tem poder para O processo e o meio de cuidar das
tentá-las até que se tornem responsáveis necessidades espirituais e materiais das
(D&C 29:46–47), assim, não precisam se pessoas.
arrepender ou ser batizadas. As crianças Livremente abrirás a tua mão para o
devem ser batizadas aos oito anos de teu irmão, para o teu necessitado e para
idade (D&C 68:25–27). o teu pobre na tua terra, Deut. 15:11. O
Batista. Ver João Batista que dá ao pobre não terá necessidade,
Prov. 28:27. Porventura não é este o je-
Beatitudes. Ver também Abençoado, jum que escolhi? Que repartas o teu pão
Abençoar, Bênção; Sermão da com o faminto e recolhas em tua casa os
Montanha pobres, Isa. 58:6–7.
Série de ensinamentos dados por Jesus Tive fome e destes-me de comer; era
no Sermão da Montanha, que descrevem estrangeiro, e hospedastes-me. Quando
um caráter refinado e espiritual (Mt. o fizestes a um destes meus pequeninos
5:3–12; Lc. 6:20–23). As Beatitudes estão irmãos, a mim o fizestes, Mt. 25:35–40.
de tal maneira estruturadas que cada Repartireis vossos bens com aque-
uma se baseia na anterior. Um registro le que deles necessitar, Mos. 4:16–26.
mais abrangente e acurado das beatitu- Ajudaram-se uns aos outros material
des acha-se em 3 Né. 12. e espiritualmente, de acordo com suas
necessidades e carências, Mos. 18:29.
Beber, Bêbado. Ver Palavra de Foi-lhes ordenado que se reunissem em
Sabedoria jejum e oração pelo bem-estar daque-
les que não conheciam a Deus, Al. 6:6.
Bebidas Alcoólicas. Ver Palavra de
Orai pelo vosso bem-estar, assim como
Sabedoria
pelo de todos os que vos rodeiam, Al.
Belém 34:27–28. Tinham todas as coisas em
Pequena cidade situada a cerca de oito comum, 4 Né. 1:3.
quilômetros ao sul de Jerusalém. Em Eis que tu te lembrarás dos pobres,
hebraico, o nome Belém significa “casa D&C 42:30–31. Deveis visitar os pobres
de pão”; é também chamada de Efrata, e os necessitados, D&C 44:6. Em todas
que quer dizer “frutífera.” Jesus Cristo as coisas lembrai-vos dos pobres e neces-
nasceu em Belém (Miq. 5:2; Mt. 2:1–8). É sitados, D&C 52:40. Ai de vós, homens
o lugar onde foi sepultada Raquel (Gên. ricos, que não compartilhais vossos bens
35:19; 48:7). com os pobres, e ai de vós, homens po-
bres, que não estais satisfeitos e que não
Rute e Boaz viveram em Belém, Rut. trabalhais, D&C 56:16–17.
1:22. Davi vivia em Belém e ali Samuel o Em Sião não havia pobres, Mois. 7:18.
ungiu, 1 Sam. 16:1–13; 17:12, 15; 20:6, 28.
Herodes mandou matar os meninos Bênção. Ver Abençoado, Abençoar,
pequenos de Belém, Mt. 2:16. Bênção
Belsazar. Ver também Babel, Babilônia Bênção dos Doentes. Ver também
No Velho Testamento, o último rei Curar, Curas; Mãos, Imposição de;
da Babilônia antes de Ciro conquistá- Óleo; Sacerdócio; Unção, Ungir
la; filho e sucessor de Nabucodonosor Bênção dada aos enfermos por porta-
(Dan. 5:1–2). dores do Sacerdócio de Melquisedeque,
incluindo o uso do óleo consagrado.
Bem-Aventuranças. Ver Beatitudes
Impõe-lhe a tua mão, Mt. 9:18. Jesus
Bem-Estar. Ver também Armazém; impôs as mãos sobre alguns enfermos e
Esmolas; Jejuar, Jejum; Oferta; curou-os, Mc. 6:5. Os apóstolos de Cristo
Pobres; Serviço ungiram muitos enfermos com óleo, e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
25 Bíblia
os curaram, Mc. 6:13. Os élderes devem filho, Mosias, Mos. 1:9–18. Seu povo
ungir e curar os doentes, Tg. 5:14–15. reuniu-se para ouvir seu discurso final,
Não deveis curar os enfermos, a não Mos. 2:1–8. Dirigiu-se a seu povo, Mos.
ser que vos peçam os que o desejarem, 2:9–4:30. Seu povo fez um convênio com
D&C 24:13–14. Os élderes imporão as o Senhor, Mos. 5–6.
mãos sobre o doente, D&C 42:44. Impõe
as mãos sobre os doentes e recuperar-se- Betânia
ão, D&C 66:9. Aldeia em que Jesus Cristo passou a
última semana de Sua vida mortal (Mt.
Bênçãos Patriarcais. Ver também 21:17; Mc. 11:11). Situada na encosta su-
Evangelista; Pai Terreno; Patriarca, deste do Monte das Oliveiras, Betânia era
Patriarcal o lugar de residência de Lázaro, Maria e
Bênçãos concedidas aos membros dig- Marta (Jo. 11:1–46; 12:1).
nos da Igreja pelos patriarcas designa-
dos. A bênção patriarcal contém conse- Betel
lhos do Senhor à pessoa que a recebe e Em hebraico, significa “casa de Deus”
declara a linhagem a que ela pertence na e é um dos lugares mais sagrados de
casa de Israel. Um pai pode dar bênçãos Israel. Está situada a cerca de dezesseis
especiais aos familiares, na qualidade quilômetros ao norte de Jerusalém. Ali
de patriarca de sua família, mas estas Abraão construiu o seu altar, logo após
não são registradas nem arquivadas a sua chegada a Canaã (Gên. 12:8; 13:3).
pela Igreja. Nesse local Jacó teve a visão de uma es-
Israel estendeu a sua mão direita, e a cada que tocava os céus (Gên. 28:10–19).
pôs sobre a cabeça de Efraim, Gên. 48:14. Também era um lugar sagrado no tempo
Jacó abençoou a seus filhos e à semente de Samuel (1 Sam. 7:16; 10:3).
deles, Gên. 49. Betsabá. Ver Bate-Seba
Leí abençoou a sua posteridade, 2 Né.
4:3–11. Bíblia. Ver também Apócrifos, Livros;
Cânone; Efraim—Vara de Efraim ou
Benjamim, Filho de Jacó. Ver também vara de José; Escrituras; Judá—Vara
Israel; Jacó, Filho de Isaque de Judá; Novo Testamento; Velho
No Velho Testamento, o segundo filho Testamento
de Jacó e Raquel (Gên. 35:16–20). Coleção de escritos hebraicos e cris-
A tribo de Benjamim: Jacó abençoou tãos que contém revelações divinas. A
Benjamim (Gên. 49:27). Os descendentes palavra Bíblia significa “os livros.” A Bí-
de Benjamim eram uma raça guerreira. blia é obra de muitos profetas e autores
Dois importantes benjamitas foram Saul, inspirados, que agiram sob a influência
o primeiro rei de Israel (1 Sam. 9:1–2), e do Espírito Santo (2 Ped. 1:21).
Paulo, o apóstolo do Novo Testamento A Bíblia cristã tem duas partes, mais
(Rom. 11:1). conhecidas como Velho e Novo Testa-
mentos. O Velho Testamento consiste
Benjamim, Pai de Mosias. Ver
nos livros de escritura usados entre os
também Mosias, Filho do rei
judeus da Palestina durante o minis-
Benjamim
tério terreno do Senhor. O Novo Tes-
Profeta e rei do Livro de Mórmon tamento contém escritos pertencentes
(Mos. 1–6) ao período apostólico, considerados tão
Enfrentou sérios problemas para es- sagrados quanto as escrituras judaicas
tabelecer a paz no país, Ômni 1:23–25 e com a mesma autoridade. Os livros
(Pal. Mórm. 1:12–18). Ensinou a seus fi- do Velho Testamento são extraídos de
lhos, Mos. 1:1–8. Conferiu o reino a seu uma literatura nacional que abrange
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Bíblia, Tradução de Joseph Smith 26
muitos séculos e foram escritos quase Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus,
inteiramente em hebraico, ao passo que desde que esteja traduzida corretamen-
os livros do Novo Testamento são obra te, RF 1:8.
de uma única geração e foram escritos
principalmente em grego. Bíblia, Tradução de Joseph Smith.
No Velho Testamento, a palavra testa- Ver Tradução de Joseph Smith (TJS)
mento representa um vocábulo hebraico Bispo. Ver também Sacerdócio
que significa “convênio.” O Velho Con- Aarônico
vênio é a lei dada a Moisés quando Is-
rael rejeitou a plenitude do evangelho, Significa “guardião” e indica um ofício
conhecida pelo povo de Deus desde o ou posição de responsabilidade. O ofício
começo da mortalidade. O Novo Con- de bispo pertence ao Sacerdócio Aarô-
vênio é o evangelho conforme ensinado nico e é recebido por ordenação (D&C
por Jesus Cristo. 20:67; 107:87–88). O bispo é o juiz comum
Na Bíblia hebraica (o Velho Testamen- em Israel (D&C 107:72, 74).
to), os livros estavam divididos em três O Espírito Santo vos constituiu bispos,
grupos: a Lei, os Profetas e os Escritos. At. 20:28. Definidos os requisitos para os
Na Bíblia usada pelo mundo cristão, os bispos, 1 Tim. 3:1–7 (Tit. 1:7).
livros estão ordenados de acordo com o O bispo deve ser ordenado, D&C 20:67.
assunto de que tratam, como históricos, Edward Partridge devia servir como
poéticos e proféticos. bispo na Igreja, D&C 41:9. Ao bispo será
Os livros do Novo Testamento geral- dado discernir os dons espirituais, D&C
mente se encontram na seguinte ordem: 46:27, 29. Um sumo sacerdote pode ofi-
os quatro Evangelhos e Atos; as epístolas ciar no ofício de bispo, D&C 68:14, 19
de Paulo; as epístolas gerais de Tiago,
(D&C 107:17). Um bispo é nomeado pelo
Pedro, João e Judas; e o Apocalipse ou
Senhor, D&C 72. O bispo deve cuidar
Revelação de João.
dos pobres, D&C 84:112. O bispo deve
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
administrar todas as coisas materiais,
dos Últimos Dias reverencia e respeita
D&C 107:68. O bispo é o presidente do
a Bíblia; afirma também que o Senhor
Sacerdócio Aarônico, D&C 107:87–88.
continua a dar revelação adicional por
meio de Seus profetas nos últimos dias, Bispo Presidente
a qual apoia e confirma os relatos bíbli-
Autoridade Geral na Igreja, respon-
cos dos procedimentos de Deus com a
sável pelo bem-estar material da Igre-
humanidade.
ja (D&C 107:68). O Bispo Presidente e
A vara de Judá (a Bíblia) e a vara de seus conselheiros, que também são Au-
José (o Livro de Mórmon) se tornarão toridades Gerais, presidem o Sacerdó-
uma na mão do Senhor, Eze. 37:15–20. cio Aarônico da Igreja (D&C 68:16–17;
A veracidade da Bíblia será estabe- 107:76, 87–88).
lecida por escrituras modernas, 1 Né.
13:38–40. A Bíblia será complementada Edward Partridge seria ordenado bis-
pelo Livro de Mórmon para confundir po, D&C 41:9. Os bispos devem ser cha-
as falsas doutrinas, 2 Né. 3:12. Uma Bí- mados e designados pela Primeira Presi-
blia, uma Bíblia! Temos uma Bíblia, 2 Né. dência, D&C 68:14–15. Os descendentes
29:3–10. Os que acreditarem na Bíblia, literais de Aarão, se forem os primogêni-
também acreditarão no Livro de Mór- tos, têm o direito de presidir, caso sejam
mon, Mórm. 7:8–10. chamados, designados e ordenados pela
Os élderes ensinarão os princípios de Primeira Presidência, D&C 68:16, 18–20.
meu evangelho que estão na Bíblia e no Só pode ser julgado perante a Primeira
Livro de Mórmon, D&C 42:12. Presidência, D&C 68:22–24 (D&C 107:82).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
27 Calebe
Blasfemar, Blasfêmia. Ver também um rebanho e um pastor, 3 Né. 15:21
Pecado Imperdoável; Profanidade (Jo. 10:16).
Falar desrespeitosa ou irreverente- Bosque Sagrado. Ver Primeira Visão
mente de Deus ou de coisas sagradas.
Jesus foi acusado diversas vezes pelos
judeus de blasfemar, por ter Ele afirmado Cadeia de Carthage (EUA). Ver
que tinha o direito de perdoar pecados também Smith, Hyrum; Smith,
(Mt. 9:2–3; Lc. 5:20–21), por intitular-Se Joseph, Jr.
o Filho de Deus (Jo. 10:22–36; 19:7) e por Joseph Smith e seu irmão Hyrum fo-
afirmar que eles O veriam assentado à ram assassinados por uma turba, em 27
direita do Poder e vindo sobre as nuvens de junho de 1844, na cadeia de Cartha-
do céu (Mt. 26:64–65). Tais acusações se- ge, Illinois, Estados Unidos da América
riam verídicas não fosse Ele realmente (D&C 135).
o que dizia ser. A acusação apresenta-
da contra Ele pelas falsas testemunhas Cadeia de Liberty, Missouri (EUA).
no julgamento perante o Sinédrio (Mt. Ver também Smith, Joseph, Jr.
26:59–61) foi a de blasfemar contra o tem- Pequena prisão na qual o Profeta Jo-
plo de Deus. A blasfêmia contra o Espí- seph Smith e outros líderes foram injus-
rito Santo, que é negar a Cristo após ter tamente aprisionados de novembro de
recebido um perfeito conhecimento Dele, 1838 a abril de 1839. Foi nessa circuns-
é o pecado imperdoável (Mt. 12:31–32; tância penosa que Joseph recebeu certas
Mc. 3:28–29; D&C 132:27). revelações, fez profecias e foi inspirado
Aquele que blasfemar o nome do Se- a escrever uma carta importante aos
nhor morrerá, Lev. 24:11–16. santos, trechos da qual se encontram
Os inimigos do Senhor não blasfema- em D&C 121–123.
rão o seu nome, D&C 105:15. Vingança
Caifás. Ver também Anás; Saduceus
cairá sobre os que blasfemam contra o
Senhor, D&C 112:24–26. No Novo Testamento, um sumo sa-
cerdote e genro de Anás. Caifás tomou
Boaz. Ver também Rute parte ativa na oposição feita a Jesus e aos
Marido de Rute (Rut. 4:9–10); bisavô Seus discípulos (Mt. 26:3–4; Jo. 11:47–51;
de Davi, rei de Israel (Rut. 4:13–17); e 18:13–14).
antepassado de Cristo, o Rei dos Reis
(Lc. 3:32). Caim. Ver também Abel; Adão;
Combinações Secretas; Homicídio
Bom Pastor. Ver também Jesus Cristo Filho de Adão e Eva que matou Abel,
Jesus Cristo é o Bom Pastor. Simboli- seu irmão mais moço (Gên. 4:1–16).
camente, os Seus seguidores são como Sua oferta foi rejeitada pelo Senhor,
ovelhas que Jesus apascenta. Gên. 4:3–7 (Mois. 5:5–8, 18–26). Matou
O Senhor é o meu pastor, Salm. 23:1. seu irmão Abel, Gên. 4:8–14 (Mois. 5:32–
Como pastor apascentará o seu rebanho, 37). O Senhor pôs uma maldição e um
Isa. 40:11. Assim buscarei as minhas ove- sinal em Caim, Gên. 4:15 (Mois. 5:37–41).
lhas, Eze. 34:12. Adão e Eva tiveram muitos filhos e
Eu sou o bom Pastor, Jo. 10:14–15. Je- filhas antes de Caim, Mois. 5:1–3, 16–17.
sus é o grande pastor das ovelhas, Heb. Amou Satanás mais que a Deus, Mois.
13:20. 5:13, 18. Fez um acordo ímpio com Sata-
Ele conta suas ovelhas e elas o co- nás, Mois. 5:29–31.
nhecem, 1 Né. 22:25. O Bom Pastor vos
chama em seu próprio nome, o qual é Calebe
o nome de Cristo, Al. 5:38, 60. Haverá Um dos homens enviados por Moisés
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Calúnias 28
para espionar a terra de Canaã, no se- terra usada para cultivo ou pasto. Fre-
gundo ano após o Êxodo. Somente ele quentemente simboliza o mundo e seus
e Josué trouxeram um relato verdadei- habitantes.
ro daquela terra (Núm. 13:6, 30; 14:6– O campo é o mundo, Mt. 13:38. O rei-
38). De todos os que partiram do Egito, no dos céus é semelhante a um tesouro
apenas eles sobreviveram aos quarenta escondido num campo, Mt. 13:44.
anos no deserto (Núm. 26:65; 32:12; Deut. Vi um campo largo e espaçoso, 1 Né.
1:36) e entraram em Canaã (Jos. 14:6–14; 8:9, 20. O campo estava maduro, Al. 26:5.
15:13–19). O campo já está branco para a ceifa,
Calúnias. Ver Maledicência D&C 4:4 (D&C 6:3; 11:3; 12:3; 14:3; 31:4;
33:3, 7). O campo era o mundo, D&C
Calvário. Ver Gólgota 86:1–2. Compararei estes reinos a um
homem que tem um campo, D&C 88:51.
Caminho. Ver também Andar, Andar
com Deus; Jesus Cristo Canaã, Cananeus
O caminho ou a direção que uma pes- Nos tempos do Velho Testamento, o
soa segue. Jesus disse que Ele era o ca- quarto filho de Cão (Gên. 9:22; 10:1, 6) e
minho (Jo. 14:4–6). neto de Noé. O termo cananeu refere-se
Guarda os mandamentos do Senhor a alguém da terra onde Canaã original-
para andar nos seus caminhos, Deut. mente vivia e também aos seus descen-
8:6. Instrui o menino no caminho em dentes. Também eram chamados de ca-
que deve andar, Prov. 22:6 (2 Né. 4:5). O naneus os povos que habitavam as terras
Senhor disse que os seus caminhos são baixas ao longo da costa mediterrânea da
mais altos do que os nossos caminhos, Palestina. Esse nome era às vezes usado
Isa. 55:8–9. para descrever todos os habitantes não-
Estreita é a porta e apertado o cami- israelitas da região a oeste do Jordão, a
nho que leva à vida, Mt. 7:13–14 (3 Né. quem os gregos chamavam de fenícios.
14:13–14; 27:33; D&C 132:22, 25). Disse-lhe Cânone. Ver também Bíblia; Doutrina
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e e Convênios; Escrituras; Livro de
a vida, Jo. 14:6. Mórmon; Pérola de Grande Valor
O Senhor não dá ordens sem antes
preparar o caminho para que seus filhos Uma coleção de livros declarados au-
as cumpram, 1 Né. 3:7 (1 Né. 9:6; 17:3, 13). tênticos e reconhecidos como sagrados.
O caminho para o homem é estreito e Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
não há qualquer outra passagem, a não Últimos Dias, os livros canônicos são
ser pela porta, 2 Né. 9:41. Estais livres chamados de obras-padrão e incluem o
para agir por vós mesmos; para escolher Velho e o Novo Testamentos, o Livro de
o caminho da morte eterna ou da vida Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola
eterna, 2 Né. 10:23. Este é o caminho e de Grande Valor.
não há nenhum outro caminho ou nome, Cantar. Ver também Hino; Música
pelo qual o homem possa salvar-se, 2 Né.
31:21 (Mos. 3:17; Al. 38:9; Hel. 5:9). Pela Adorar e louvar a Deus com cânticos.
dádiva de seu Filho, Deus preparou um Cantai ao Senhor, 1 Crôn. 16:23–36
caminho melhor, Ét. 12:11 (1 Cor. 12:31). (Salm. 96). Cantai ao Senhor, e dai gra-
Todo homem anda em seu próprio ças, Salm. 30:4. Celebrai com júbilo ao
caminho, D&C 1:16. Senhor, Salm. 100:1.
Tendo cantado o hino, saíram para o
Campo. Ver também Mundo; Vinha do monte das Oliveiras, Mt. 26:30.
Senhor O Espírito Santo levava-os a cantar,
Nas escrituras, é uma extensão de Morô. 6:9.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
29 Carne
O canto dos justos é uma prece a mim, 10:20–21). Morôni expõe os ensinamen-
D&C 25:12. Se estiveres alegre, louva ao tos de Mórmon sobre a fé, a esperança
Senhor com cânticos, D&C 136:28. e a caridade, Morô. 7.
A caridade qualifica os homens para a
Cantares de Salomão obra do Senhor, D&C 4:5–6 (D&C 12:8).
Livro do Velho Testamento. O Profe- Revesti-vos com o vínculo da caridade,
ta Joseph Smith ensinou que Cantares D&C 88:125. Que tuas entranhas sejam
de Salomão não é um escrito inspirado. cheias de caridade, D&C 121:45.
Cão. Ver também Noé, Patriarca Carnal. Ver também Homem Natural;
Bíblico Queda de Adão e Eva; Sensual,
No Velho Testamento, o terceiro filho Sensualidade
de Noé (Gên. 5:32; 6:10; Mois. 8:12, 27). O que não é espiritual; especificamen-
Noé, seus filhos e respectivas famílias te, o termo pode ser usado com o signifi-
entraram na arca, Gên. 7:13. Canaã, filho cado de mortal e natural (D&C 67:10) ou
de Cão, foi amaldiçoado, Gên. 9:18–25. com o de mundano, luxurioso e sensual
O governo de Cão era patriarcal e ele (Mos. 16:10–12).
foi abençoado com as bênçãos da Terra A mente carnal é morte, 2 Né. 9:39. O
e com sabedoria, mas não com o sacer- diabo pacificará os homens em segu-
dócio, Abr. 1:21–27. A mulher de Cão, rança carnal, 2 Né. 28:21. Haviam vis-
Egitus, era descendente de Caim; os to a si próprios, em seu estado carnal,
filhos da filha deles, Egitus, estabele- Mos. 4:2. Quem persiste em sua própria
ceram-se no Egito, Abr. 1:23, 25 (Salm. natureza carnal, permanece em seu es-
105:23; 106:21–22). tado decaído, Mos. 16:5. Todos devem
nascer de Deus, ser mudados de seu
Caridade. Ver também Amor;
estado carnal e decaído para um estado
Bem-Estar; Compaixão; Serviço
de retidão, Mos. 27:25. A humanidade
O puro amor de Cristo (Morô. 7:47), havia-se tornado carnal, sensual e dia-
o amor que Cristo tem pelos filhos dos bólica, Al. 42:10.
homens e que estes devem ter uns pelos Os que seguem a sua própria vontade
outros (2 Né. 26:30; 33:7–9; Ét. 12:33–34); e desejos carnais cairão, D&C 3:4. O ho-
a espécie de amor mais sublime, nobre mem não pode ver a Deus com a mente
e forte, não apenas afeição. Em algumas carnal, D&C 67:10–12.
versões da Bíblia, a palavra caridade foi Os homens começaram a ser carnais,
substituída pela palavra amor. sensuais e diabólicos, Mois. 5:13; 6:49.
A ciência incha, mas o amor edifica,
Carne. Ver também Carnal; Corpo;
1 Cor. 8:1. A caridade, ou amor puro é a
Homem Natural; Mortal,
suprema excelência que a tudo supera,
Mortalidade
1 Cor. 13. O fim do mandamento é a ca-
ridade de um coração puro, 1 Tim. 1:5. A palavra carne tem diversas conota-
Acrescentai ao amor fraternal caridade, ções: (1) o tecido macio de que é feito o
2 Ped. 1:7. corpo do homem, dos animais, das aves
O Senhor ordenou que todos os ho- e dos peixes; (2) a mortalidade; ou (3) a
mens tenham caridade, 2  Né. 26:30 natureza física ou carnal do homem.
(Morô. 7:44–47). Procurai ter fé, espe- Tecido do corpo: Os animais serão para
rança e caridade, Al. 7:24. O amor que vosso mantimento, Gên. 9:3. Não se deve
o Senhor tem pelos homens é caridade, matar animais desnecessariamente, TJS,
Ét. 12:33–34. Sem caridade, os homens Gên. 9:10–11 (D&C 49:21).
não poderão morar no lugar preparado Os animais e aves são destinados ao
nas mansões do Pai, Ét. 12:34 (Morô. homem para comida e vestuário, D&C
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Casa (Lar) 30
49:18–19 (D&C 59:16–20). Devemos comer apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
pouca carne, D&C 89:12–15. uma carne, Gên. 2:24 (Mt. 19:5; Abr. 5:18).
Mortalidade: Jesus é o unigênito do Pai O que Deus ajuntou não o separe o
na mortalidade, Jo. 1:14 (Mos. 15:1–3). homem, Mt. 19:6 (Mc. 10:9). Nos últimos
Adão tornou-se a primeira carne, dias alguns apostatarão da fé, proibindo
Mois. 3:7. o casamento, 1 Tim. 4:1–3. O casamento
é venerado, Heb. 13:4.
Natureza carnal do homem: Maldito o O Senhor ordenou aos filhos de Leí
homem que faz da carne o seu braço, que se casassem com as filhas de Ismael,
Jer. 17:5. 1 Né. 7:1, 5 (1 Né. 16:7–8).
O espírito está pronto, mas a carne é Deus criou a Adão e Eva para serem
fraca, Mc. 14:38. A concupiscência da marido e mulher, Mois. 3:7, 18, 21–25.
carne não é do Pai, 1 Jo. 2:16.
Néfi entristeceu-se por causa de sua O novo e eterno convênio do casamento:
carne e iniquidades, 2 Né. 4:17–18, 34. O casamento realizado sob a lei do evan-
Reconciliai-vos com Deus, não com a gelho e do santo sacerdócio é para a vida
vontade do diabo e da carne, 2 Né. 10:24. mortal e também para a eternidade. Os
homens e mulheres dignos, assim sela-
Casa (Lar). Ver também Família dos em matrimônio no templo, podem
O lar deve ser o centro das atividades, continuar a ser marido e mulher por
tanto familiares quanto do evangelho. toda a eternidade.
O homem ficará livre na sua casa para Jesus ensinou a lei do casamento, Lc.
alegrar a sua mulher, Deut. 24:5. 20:27–36. Não é o homem sem a mulher,
Mandou-o para sua casa, Mc. 8:26. nem a mulher sem o homem, no Senhor,
Os filhos aprendam primeiro a exercer 1 Cor. 11:11. O marido e a mulher são co-
piedade para com a sua própria família, herdeiros da graça da vida, 1 Ped. 3:7.
1 Tim. 5:4. As mulheres sejam modera- Tudo quanto ligares na Terra será liga-
das, castas, boas donas de casa, Tit. 2:5. do no céu, Hel. 10:7 (Mt. 16:19).
Ide para vossas casas, meditai sobre as Para obter o grau mais elevado do rei-
coisas por mim ditas, 3 Né. 17:2–3. Fa- no celestial, o homem precisa entrar no
lei ao povo, exortando-o a combater em novo e eterno convênio do casamento,
defesa de suas mulheres, filhos, casas e D&C 131:1–4. Se um homem não se ca-
lares, Mórm. 2:23. sar por meu intermédio seu convênio e
Ordena-se aos pais serem mais dili- casamento não terá valor quando morre-
gentes e atentos em casa, D&C 93:43–44, rem, D&C 132:15. Se um homem se casar
48–50. com uma mulher pela minha palavra e
pelo novo e eterno convênio e for selado
Casa de Israel. Ver Israel pelo Santo Espírito da promessa, estará
Casa do Senhor. Ver Templo, A Casa em pleno vigor quando estiverem fora
do Senhor do mundo, D&C 132:19.
Casamento entre pessoas de religiões dife-
Casamento, Casar. Ver também rentes: O matrimônio entre um homem
Divórcio; Família e uma mulher de diferentes crenças e
Convênio ou contrato legítimo entre costumes religiosos.
um homem e uma mulher, tornando-os Não tomarás para meu filho mulher
marido e mulher. O casamento é orde- das filhas dos cananeus, Gên. 24:3. Se
nado por Deus (D&C 49:15). Jacó tomar mulher das filhas de Hete,
Não é bom que o homem esteja para que me será a vida, Gên. 27:46 (Gên.
só, Gên. 2:18 (Mois. 3:18). O homem 28:1–2). Os israelitas não deviam casar-se
com cananeus, Deut. 7:3–4. Os israelitas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
31 Castigar, Castigo, Corrigir, Repreender
casaram-se com cananeus, adoraram fal- Casamento no Templo. Ver
sos deuses, e foram amaldiçoados, Juí. Casamento, Casar
3:1–8. As mulheres de Salomão fizeram
Casamento Plural. Ver Casamento,
com que o coração dele se voltasse à ado-
Casar—Casamento plural
ração de falsos deuses, 1 Re. 11:1–6. Não
daríamos as nossas filhas aos povos da Castidade. Ver também Adultério;
Terra, nem tomaríamos as filhas deles Fornicação; Sensual, Sensualidade;
para os nossos filhos, Ne. 10:30. Virtude
Não vos prendais em jugo desigual
A pureza sexual dos homens e das
com os infiéis, 2 Cor. 6:14. mulheres.
O Senhor colocou uma marca nos la-
manitas, para que os nefitas com eles não José resistiu à sedução da mulher de
se misturassem, acreditando em falsas Potifar, Gên. 39:7–21 (D&C 42:24; 59:6).
tradições, Al. 3:6–10. Não adulterarás, Êx. 20:14. A mulher
Se um homem não se casar por meu virtuosa é a coroa do seu marido, Prov.
intermédio, seu convênio e casamen- 12:4 (Prov. 31:10).
to não terá valor quando morrerem, Ou não sabeis que o vosso corpo é o
D&C 132:15. templo do Espírito Santo, 1 Cor. 6:18–19.
Os filhos dos homens tomaram-nas Sê o exemplo na pureza, 1 Tim. 4:12.
para esposas, segundo sua escolha, Nada que é impuro pode habitar com
Mois. 8:13–15. Deus, 1 Né. 10:21. Porque eu, o Senhor
Deus, deleito-me na castidade das mu-
Casamento plural: O casamento de um lheres, Jacó 2:28. O pecado sexual é uma
homem com duas ou mais esposas vivas. abominação, Al. 39:1–13. A castidade e a
É lícito o homem ter só uma esposa, a virtude são mais preciosas sobre todas
menos que, por meio de revelação, o Se- as coisas, Morô. 9:9.
nhor dê um mandamento em contrário Cremos em ser castos, RF 1:13.
(Jacó 2:27–30). Por revelação, o casamento
plural foi praticado na época do Velho Castigar, Castigo, Corrigir,
Testamento e no período inicial da Igreja Repreender. Ver também
restaurada, sob a direção do profeta que Adversidade
detinha as chaves do sacerdócio (D&C Correção ou disciplina aplicada a in-
132:34–40, 45). Não é mais praticado na divíduos ou a grupos de pessoas com o
Igreja (DO 1); atualmente, ter mais de fim de ajudá-los a aperfeiçoarem-se ou
uma esposa é incompatível com a con- a fortalecerem-se.
dição de membro de A Igreja de Jesus Não desprezes o castigo do Todo-Po-
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. deroso, Jó 5:17 (Prov. 3:11). Bem-aventu-
Sarai deu Hagar a Abraão por esposa, rado é o homem a quem tu castigas, ó
Gên. 16:1–11. Jacó recebeu a Leia, Ra- Senhor, Salm. 94:12.
quel e suas servas como esposas, Gên. Toda a escritura é proveitosa para
29:21–28 (Gên. 30:4, 9, 26). Se um homem redarguir, para corrigir, 2 Tim. 3:16. O
tomar outra mulher por esposa, não di- Senhor corrige aqueles a quem ama,
minuirá o mantimento da primeira, Êx. Heb. 12:5–11.
21:10. Davi e suas duas esposas subiram O Senhor julga sábio castigar a seu
para Hebrom, 2 Sam. 2:1–2. povo, Mos. 23:21–22. Se o Senhor não
Abraão, Isaque e Jacó nada mais fize- castiga seu povo, dele não se lembram,
ram do que as coisas que lhes foram or- Hel. 12:3. Falou o Senhor com o irmão de
denadas ao terem mais de uma esposa, Jarede, repreendendo-o, Ét. 2:14.
D&C 132:37. Davi e Salomão em nada Foram repreendidos para que se arre-
pecaram, a não ser naquilo que não re- pendessem, D&C 1:27. A quem amo tam-
ceberam do Senhor, D&C 132:38–39. bém castigo para que seus pecados sejam
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Cativeiro 32
perdoados, D&C 95:1. Todos os que não Celibato. Ver Casamento, Casar
querem suportar a correção não podem
ser santificados, D&C 101:2–5. Meu povo Centurião
precisa ser corrigido até aprender obe- Oficial do exército romano no coman-
diência, D&C 105:6. Quem não supor- do de uma companhia que tinha entre
ta correção não é digno do meu reino, cinquenta e cem homens. Tal companhia
D&C 136:31. formava a sexagésima parte de uma
legião romana. (Ver Mt. 8:5; Lc. 23:47;
Cativeiro. Ver também Liberdade,
At. 10:1–8).
Livre
Estar em servidão física ou espiritual. César
Por causa de sua iniquidade, os da Título pelo qual eram conhecidos al-
casa de Israel foram levados ao cativei- guns imperadores romanos. É usado nas
ro, Eze. 39:23. escrituras como símbolo do governo ou
O que leva em cativeiro, em cativeiro poder do mundo.
irá, Apoc. 13:10. Dai a César o que é de César, Mt. 22:21
Os iníquos serão levados ao cativeiro
(Mc. 12:17; Lc. 20:25; D&C 63:26).
do diabo, 1 Né. 14:4, 7. Os homens são
livres para escolher a liberdade e a vida Céu. Ver também Glória Celestial;
eterna, ou o cativeiro e a morte, 2 Né. Paraíso; Reino de Deus ou Reino
2:27. A vontade da carne dá ao espírito dos Céus
do diabo o poder de escravizar, 2 Né.
O termo céu tem dois significados bá-
2:29. Haveis suficientemente conserva-
sicos nas escrituras: (1) É o lugar onde
do na lembrança o cativeiro de vossos
Deus vive e a futura morada eterna dos
pais, Al. 5:5–6. Os que endurecerem o
coração serão escravizados pelo diabo, santos (Gên. 28:12; Salm. 11:4; Mt. 6:9). (2)
Al. 12:11. Deveis vigiar e orar sempre, É a expansão ao redor da Terra (Gên. 1:1,
para que não sejais tentados pelo diabo 17; Êx. 24:10). É óbvio que o céu não é o
e dele não vos torneis cativos, 3 Né. 18:15. paraíso, o qual é a habitação temporária
dos espíritos fiéis daqueles que viveram
Ceia do Senhor. Ver Sacramento e morreram nesta Terra. Jesus visitou o
Ceifa, Colheita paraíso após a Sua morte na cruz, mas
no terceiro dia informou a Maria que
As escrituras às vezes usam a pala- Ele ainda não havia estado com o Pai
vra ceifa figurativamente, referindo-se
(Lc. 23:39–44; Jo. 20:17; D&C 138:11–37).
a trazer pessoas para a Igreja, que é o
reino de Deus na Terra; ou a uma época Quando vejo os teus céus, obra dos
de julgamento, como a Segunda Vinda teus dedos, Salm. 8:3. Pela palavra do
de Jesus Cristo. Senhor foram feitos os céus, Salm. 33:6.
Passou a ceifa, findou o verão, e nós Como caíste do céu, ó estrela da manhã,
não estamos salvos, Jer. 8:20 (D&C 56:16). Isa. 14:12 (2 Né. 24:12). Os céus se enrola-
A seara é realmente grande, mas pou- ram como um livro, Isa. 34:4. Eis que eu
cos os ceifeiros, Mt. 9:37. A ceifa é o fim crio céus novos e nova Terra, Isa. 65:17.
do mundo, Mt. 13:39. Tudo o que o ho- Deus abrirá as janelas do céu, Mal. 3:10.
mem semear, isso também ceifará, Gál. Pai nosso que estás nos céus, santifi-
6:7–9 (D&C 6:33). cado seja o teu nome, Mt. 6:9 (3 Né. 13:9).
O campo já está branco para a ceifa, Paulo foi arrebatado até o terceiro céu,
D&C 4:4. A colheita estará terminada e 2 Cor. 12:2. Fez-se silêncio no céu, Apoc.
vossa alma não estará salva, D&C 45:2. 8:1 (D&C 88:95–98).
É chegado o tempo da ceifa e minha pa- Se eles se conservarem fiéis até o fim,
lavra precisa cumprir-se, D&C 101:64. serão recebidos no céu, Mos. 2:41. Para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
33 Chaves do Sacerdócio
que sejais filhos de vosso Pai que está O homem deve ser chamado por Deus,
nos céus, 3 Né. 12:45. RF 1:5.
No dia em que, nas nuvens do céu, eu
Chamado (Vocação) e Eleição. Ver
vier, D&C 45:16. Elias, o profeta, foi le-
também Eleição
vado ao céu sem experimentar a morte,
D&C 110:13. Os direitos do sacerdócio Os fiéis seguidores de Cristo podem
são ligados com os poderes dos céus, ser contados entre os eleitos que obtêm
D&C 121:36. No céu existem duas es- a certeza de exaltação. Esta vocação e
pécies de seres, D&C 129:1. eleição começa com o arrependimento
e batismo, e se torna completa se “pros-
Sião foi arrebatada ao céu, Mois. 7:23.
seguirdes, banqueteando-vos com a
Chamado, Chamado por Deus, palavra de Cristo, e perseverando até
Chamar. Ver também Autoridade; o fim” (2 Né. 31:19–20). As escrituras
Escolher, Escolhido (verbo); chamam esse processo de “fazer firme
Escolhido (adjetivo ou substantivo); vossa vocação e eleição” (2 Ped. 1:4–11;
Mordomia, Mordomo; Ordenação, D&C 131:5–6).
Ordenar E vós me sereis um reino sacerdotal,
Ser chamado por Deus é receber uma Êx. 19:5–6 (Apoc. 1:6).
designação ou convite Dele ou dos lí- Por vos ter Deus elegido desde o prin-
cípio para a salvação, 2 Tess. 2:13. Pro-
deres devidamente autorizados de Sua
curai fazer cada vez mais firme a vossa
Igreja para servi-Lo de uma forma par-
vocação e eleição, 2 Ped. 1:10.
ticular.
O Senhor possa selar-vos como seus,
E sobre ele pôs as suas mãos, e lhe deu Mos. 5:15. Faço convênio de que terás a
mandamentos, Núm. 27:23. Às nações te vida eterna, Mos. 26:20.
dei por profeta, Jer. 1:5. Os fiéis portadores do sacerdócio se
Escolhi a vós e vos nomeei, Jo. 15:16. tornam a Igreja e o reino e os eleitos de
Paulo foi chamado para apóstolo, Rom. Deus, D&C 84:33–34. A palavra mais
1:1. Ninguém toma para si esta honra, segura de profecia significa um homem
senão o que é chamado por Deus, Heb. saber que está selado para vida eterna,
5:4. Jesus foi chamado por Deus sumo D&C 131:5–6. Selo sobre ti tua exaltação,
sacerdote segundo a ordem de Melqui- D&C 132:49.
sedeque, Heb. 5:10. Chaves do Sacerdócio. Ver também
Fui chamado para pregar a palavra de Dispensação; Primeira Presidência;
Deus, segundo o espírito de revelação e Sacerdócio
profecia, Al. 8:24. Sacerdotes foram cha-
As chaves são o direito de presidên-
mados e preparados desde a fundação
cia, ou o poder conferido por Deus ao
do mundo, Al. 13:3.
homem para dirigir, controlar e gover-
Se tendes desejo de servir a Deus sois
nar o sacerdócio de Deus na Terra. Os
chamados, D&C 4:3. Permanece firme portadores do sacerdócio chamados
no trabalho para o qual te chamei, D&C para posições de presidência recebem
9:14. Não precisas supor teres sido cha- chaves das mãos dos que têm autoridade
mado a pregar até que sejas chamado, sobre eles. Os portadores do sacerdócio
D&C 11:15. Os élderes são chamados só exercem o seu sacerdócio dentro dos
para efetuar a reunião dos eleitos, D&C limites definidos por aqueles que têm as
29:7. A ninguém será permitido pregar chaves. O Presidente da Igreja é a única
meu evangelho ou estabelecer minha pessoa na Terra que tem todas as cha-
igreja, a não ser que tenha sido ordena- ves do sacerdócio e que está autorizada
do, D&C 42:11. Muitos são chamados, a exercê-las plenamente (D&C 107:65–67,
mas poucos são escolhidos, D&C 121:34. 91–92; 132:7).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Circuncisão 34
Pedro recebeu as chaves do reino, Ciúme. Ver também Inveja; Zelo,
Mt. 16:19. Zeloso
Miguel (Adão) recebeu as chaves da Conforme é usada nas escrituras, a
salvação sob a direção de Jesus Cris- palavra ciúme significa invejar alguém
to, D&C 78:16. As chaves do reino per- ou pensar que outra pessoa vá levar
tencem sempre à Primeira Presidência, vantagem; suspeitar.
D&C 81:2. O Sacerdócio de Melquisede-
Furioso é o ciúme do marido, Prov.
que possui as chaves dos mistérios do
6:32–35.
conhecimento de Deus, D&C 84:19. Os
Aquis começou a sentir ciúme de seu
Doze Apóstolos têm chaves especiais,
filho, Ét. 9:7.
D&C 107:35; 112:16, 32; 124:128. Joseph
Smith e Oliver Cowdery receberam as Cizânia. Ver Joio
chaves da coligação de Israel, do evan-
gelho de Abraão e dos poderes seladores, Cobiçar. Ver também Concupiscência;
D&C 110:11–16. A Primeira Presidência Inveja
e os Doze possuem as chaves da dispen- Desejar ardente e indevidamente al-
sação da plenitude dos tempos, D&C guma coisa ou alguém.
112:30–34. Os oficiais do sacerdócio pos- Não cobiçarás, Êx. 20:17 (Deut. 5:21;
suem chaves, D&C 124:123. Aquele que Mos. 13:24; D&C 19:25). Não cobices no
possui chaves pode obter conhecimento, teu coração a sua formosura, Prov. 6:25.
D&C 128:11. Cobiçam as propriedades e as roubam,
O Sacerdócio Aarônico possui as cha- Miq. 2:2.
ves do ministério de anjos, do evangelho Qualquer que atentar numa mulher
do arrependimento e do batismo, JS—H para a cobiçar cometeu adultério, Mt.
1:69 (D&C 13). 5:28 (3 Né. 12:28). A lei diz: Não cobiça-
rás, Rom. 7:7.
Circuncisão. Ver também Convênio
Labão viu as nossas riquezas e cobi-
Abraâmico
çou-as, 1 Né. 3:25. Não sigas a cobiça dos
Sinal do convênio abraâmico para os teus olhos, Al. 39:3–4, 9.
homens israelitas durante as dispensa- Aquele que olhar uma mulher para a
ções do Velho Testamento (Gên. 17:10–11, cobiçar negará a fé, D&C 42:23. Cessai
23–27; TJS, Gên. 17:11 [Apêndice da Bí- de todos os vossos desejos de cobiça,
blia]). A circuncisão era realizada cortan- D&C 88:121. Cessai de ser cobiçosos,
do-se a carne do prepúcio dos meninos e D&C 88:123. Não cobiceis o que pertence
também dos adultos. Os que a recebiam a vosso irmão, D&C 136:20.
desfrutavam os privilégios e aceitavam
as responsabilidades do convênio. A Cólera. Ver Ira
circuncisão, como sinal do convênio, foi Coligação de Israel. Ver Israel—
abolida pela missão de Cristo (Morô. 8:8; Coligação de Israel
D&C 74:3–7).
Colobe
Ciro
A estrela que está mais perto do trono
No Velho Testamento, rei da Pérsia de Deus (Abr. 3:2–3, 9).
que cumpriu a profecia de Isaías (2 Crôn.
Abraão viu Colobe e as estrelas, Abr.
36:22–23; Isa. 44:28; 45:1), permitindo que
3:2–18. O tempo do Senhor é de acor-
os judeus retornassem a Jerusalém e
do com o cálculo de Colobe, Abr. 3:4, 9
reconstruíssem o templo, dando assim
(Abr. 5:13).
um fim parcial ao cativeiro babilônico.
A profecia de Isaías foi feita cerca de 180 Colossenses, Epístola aos. Ver
anos antes do decreto real. também Epístolas Paulinas; Paulo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
35 Comportamento Homossexual
Livro do Novo Testamento. Origi- dos profetas, por causa de sua sociedade
nalmente era uma epístola escrita pelo secreta, Ét. 11:22.
Apóstolo Paulo aos colossenses, após ter Desde os dias de Caim havia uma
ele sido visitado por Epafras, o evange- combinação secreta, Mois. 5:51.
lista da Igreja em Colossos (Col. 1:7–8).
Compaixão. Ver também Amor;
Epafras disse a Paulo que os colossen-
Caridade; Misericórdia,
ses estavam cometendo um grave erro, Misericordioso
pois pensavam ser melhores do que os
outros por observarem cuidadosamente Nas escrituras, a compaixão significa,
certas ordenanças exteriores (Col. 2:16), literalmente, “sofrer com outrem.” Tam-
absterem-se de certos prazeres físicos bém quer dizer demonstrar simpatia,
piedade e misericórdia por outra pessoa.
e adorarem anjos (Col. 2:18). Essas prá-
ticas levaram os colossenses a crer que Jesus moveu-se de compaixão, Mt. 9:36
estavam sendo santificados. Julgavam (Mt. 20:34; Mc. 1:41; Lc. 7:13). Um certo
também eles que entendiam os misté- samaritano moveu-se de compaixão por
rios do universo melhor que os outros ele, Lc. 10:33. Sede compassivos, aman-
membros da Igreja. Em sua carta, Paulo do-vos fraternalmente, 1 Ped. 3:8.
censurou-os, ensinando que a redenção Cristo está cheio de compaixão para
é obtida somente através de Cristo e que com os filhos dos homens, Mos. 15:9.
devemos ser sábios e servi-Lo. Minhas entranhas estão cheias de com-
O capítulo 1 é a saudação de Paulo paixão por vós, 3 Né. 17:6.
Joseph Smith orou suplicando a com-
aos colossenses. Os capítulos 2 e 3 são
paixão do Senhor, D&C 121:3–5.
doutrinários e contêm declarações a res-
peito de Cristo como o Redentor, sobre Compelir, Constranger. Ver também
o perigo da falsa adoração e sobre a im- Espírito Santo
portância da Ressurreição. O capítulo 4 Ser vigorosamente instado a fazer ou
ensina que os santos devem ser sábios não fazer alguma coisa, especialmente
em todas as coisas. pela influência e poder do Espírito Santo.
Combinações Secretas. Ver também O meu espírito me constrange, Jó
Caim; Ladrões de Gadiânton 32:18.
Organização de pessoas unidas por O amor de Cristo nos constrange,
2 Cor. 5:14.
juramentos de levar adiante os maus
O Espírito constrangeu-me a matar
propósitos do grupo.
Labão, 1 Né. 4:10. O Espírito me cons-
O pai das mentiras incita os filhos trange, Al. 14:11. Amaron, compelido
dos homens a combinações secretas, pelo Espírito Santo, escondeu os regis-
2 Né. 9:9. Devo destruir as obras se- tros, 4 Né. 1:48.
cretas das trevas, 2 Né. 10:15. Caíram Aquilo que vem de cima deve ser men-
os julgamentos de Deus sobre os que cionado por indução do Espírito, D&C
trabalhavam em combinações secretas, 63:64.
Al. 37:30. Gadiânton veio a ser causador
da quase completa destruição do povo Comportamento Homossexual.
de Néfi, Hel. 2:4–13. Satanás incitou Ver também Adultério; Sensual,
Sensualidade
o coração do povo a fazer juramentos
e convênios secretos, Hel. 6:21–31. O Ligação sexual de indivíduos do mes-
Senhor não opera por combinações se- mo sexo. Deus proíbe esse tipo de ativi-
cretas, Ét. 8:19. Nações que sustentarem dade sexual.
combinações secretas serão destruídas, Traze-os fora a nós, para que os co-
Ét. 8:22–23. Rejeitaram todas as palavras nheçamos, Gên. 19:1–11 (Mois. 5:51–53).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Compreensão, Entendimento 36
Com homem não te deitarás; abomina- Comum Acordo. Ver também Apoio
ção é, Lev. 18:22 (Lev. 20:13). Não have- aos Líderes da Igreja; Igreja de Jesus
rá sodomita dentre os filhos de Israel, Cristo
Deut. 23:17. Publicam os seus pecados Princípio pelo qual os membros da
como Sodoma: não os dissimulam, Isa. Igreja apoiam os que são chamados a
3:9 (2 Né. 13:9). servir na Igreja, bem como outras deci-
Os varões se inflamaram em sua sen- sões que requerem seu apoio, o qual é
sualidade uns para com os outros, Rom. geralmente demonstrado levantando-se
1:27. Os sodomitas não herdarão o reino o braço direito.
de Deus, 1 Cor. 6:9–10. A lei não é feita Jesus Cristo é o cabeça da Sua Igreja.
para o justo, mas para os sodomitas, Pela inspiração do Espírito Santo Ele di-
1 Tim. 1:9–10. Os que se corromperam, rige os líderes da Igreja em importantes
indo após outra carne, foram postos ações e decisões. Não obstante, todos
por exemplo, sofrendo a pena do fogo os membros têm o direito e o privilégio
eterno, Jud. 1:7. de apoiar ou não as ações e decisões de
seus líderes.
Compreensão, Entendimento. Ver O povo respondeu a uma voz, Êx. 24:3
também Conhecimento; Sabedoria; (Núm. 27:18–19).
Verdade Os apóstolos e presbíteros se reuniram
Obter conhecimento ou perceber o concordemente, At. 15:25.
significado de uma verdade, inclusive Nenhuma pessoa deve ser ordenada
sua aplicação à vida. sem o voto da igreja, D&C 20:65–66. E
todas as coisas serão feitas de comum
Não te estribes no teu próprio enten-
acordo, D&C 26:2 (D&C 28:13). Que todas
dimento, Prov. 3:5. Com tudo o que pos-
as coisas sejam feitas pelo consentimento
suis adquire o entendimento, Prov. 4:7. unânime, D&C 104:21.
Jesus falou por parábolas e alguns
não entenderam, Mt. 13:12–17. O Senhor Comunhão. Ver Sacramento
abriu-lhes o entendimento, Lc. 24:45.
Concupiscência. Ver também Cobiçar;
Se não compreenderdes estas palavras, Sensual, Sensualidade
será porque não pedis, 2 Né. 32:4 (3 Né.
17:3). Os registros foram preservados Desejo desmedido e incorreto de bens
ou prazeres materiais.
para que pudéssemos ler e entender,
Mos. 1:2–5. Por causa de sua increduli- Não reine, portanto, o pecado em vos-
dade não podiam compreender a pala- so corpo mortal, para lhe obedecerdes
vra de Deus, Mos. 26:3. Eram homens em suas concupiscências, Rom. 6:12.
de grande entendimento, Al. 17:2–3. A Amontoarão para si doutores conforme
palavra começa a iluminar o meu enten- as suas próprias concupiscências, 2 Tim.
4:3–4. Peço-vos que vos abstenhais das
dimento, Al. 32:28.
concupiscências carnais, 1 Ped. 2:11. Não
Juntos arrazoemos para que com-
vivais mais segundo as concupiscências
preendais, D&C 50:10–12, 19–23. Os pais
dos homens, mas segundo a vontade de
devem ensinar os filhos a compreende-
Deus, 1 Ped. 4:2. A concupiscência da
rem, D&C 68:25. As obras e os mistérios carne, a concupiscência dos olhos não
de Deus só podem ser compreendidos são de Deus, 1 Jo. 2:16.
pelo Espírito Santo, D&C 76:114–116.
Satanás procura desviar o coração dos Condado de Jackson, Missouri
homens para que não compreendam, (EUA). Ver também Nova Jerusalém
D&C 78:10. A Luz de Cristo vivifica nos- Lugar de coligação dos santos nos últi-
so entendimento, D&C 88:11. mos dias, isto é, o lugar central onde eles
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
37 Confiança, Confiar
estabelecerão a Nova Jerusalém (D&C do novo e eterno convênio, cumprirá a
57–58; 82; 101:69–71; 105:28). lei, ou será condenado, D&C 132:6.
Condenação, Condenar. Ver também Confessar, Confissão. Ver também
Diabo; Filhos de Perdição; Inferno; Arrepender-se, Arrependimento;
Juízo Final; Julgar; Morte Espiritual Perdoar
A condição em que o progresso de As escrituras empregam a palavra
uma pessoa é interrompido e o acesso à confissão pelo menos de duas maneiras.
presença de Deus e à Sua glória é nega- Em um sentido confessar significa ter
do. Há vários graus de condenação. To- fé em alguma coisa, como por exemplo,
dos os que não alcançarem a plenitude confessar que Jesus é o Cristo (Mt. 10:32;
da exaltação celestial ficarão, de certa Rom. 10:9; 1 Jo. 4:1–3; D&C 88:104).
maneira, limitados em seu progresso Num outro sentido, confessar é admi-
e em seus privilégios e, nesse sentido, tir a própria culpa, como na confissão
serão condenados. de pecados. É o dever de todas as pes-
soas confessar todos os seus pecados
O Senhor condenará o homem de per- ao Senhor e obter o Seu perdão (D&C
versas imaginações, Prov. 12:2. 58:42–43). Quando necessário, os peca-
Ai de vós hipócritas! por isso sofrereis dos devem ser confessados à pessoa ou
mais rigoroso juízo, Mt. 23:14. Qualquer às pessoas contra quem pecamos. Os
que blasfemar contra o Espírito Santo, pecados graves devem ser confessados
será réu do eterno juízo, Mc. 3:29. Os a um oficial da Igreja (na maioria dos
que fizeram o mal para a ressurreição casos, ao bispo).
da condenação, Jo. 5:29 (3 Né. 26:5). O
Confessará aquilo em que pecou,
que come e bebe indignamente, come
Lev. 5:5. Confessarão a sua iniquidade,
e bebe para sua própria condenação,
Lev. 26:40–42. Glória ao Senhor Deus
1 Cor. 11:29 (3 Né. 18:28–29). Somos re- de Israel, e faze confissão perante ele,
preendidos pelo Senhor para não sermos Jos. 7:19.
condenados com o mundo, 1 Cor. 11:32. As pessoas eram batizadas no rio
O que não se arrepender, não for ba- Jordão, confessando os seus pecados,
tizado, nem perseverar até o fim, será Mt. 3:5–6.
condenado, 2 Né. 9:24 (Mc. 16:16; Ét. 4:18; O transgressor que confessar seus pe-
D&C 68:9; 84:74). Nossas palavras, obras cados será perdoado, Mos. 26:29.
e pensamentos nos condenarão, Al. 12:14. Que confesses teus pecados, para que
Por conhecer e não cumprir, as pessoas não sofras os castigos, D&C 19:20. O
incorrem em condenação, Hel. 14:19. pecador confessará os seus pecados e
Os ímpios seriam mais miseráveis ha- os abandonará, D&C 58:43. O Senhor
bitando com Deus do que com as almas é misericordioso para com aqueles que
condenadas, no inferno, Mórm. 9:4. Se confessam seus pecados com o coração
deixarmos de trabalhar, estaremos sob humilde, D&C 61:2. O Senhor perdoa
condenação, Morô. 9:6. os pecados daqueles que os confessam
O que nada faz até que seja mandado, e pedem perdão, D&C 64:7.
é condenado, D&C 58:29. Aquele que não
Confiança, Confiar. Ver também
perdoa a seu irmão, está em condenação
Crença, Crer; Fé
diante do Senhor, D&C 64:9. O que pecar
contra a luz maior, receberá a condena- Acreditar ou depositar confiança em
ção maior, D&C 82:3. A igreja toda está alguém ou em algo. Em assuntos espi-
sob condenação até que se arrependam e rituais, confiar inclui depender de Deus
se lembrem do Livro de Mórmon, D&C e de Seu Espírito.
84:54–57. Aquele que recebe a plenitude Ainda que ele me mate, nele esperarei,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Confirmação 38
Jó 13:15. É melhor confiar no Senhor Conhecimento. Ver também
do que confiar no homem, Salm. 118:8. Compreensão, Entendimento;
Confia no Senhor de todo o teu coração, Sabedoria; Verdade
Prov. 3:5. O Senhor será a tua esperança, Entendimento e compreensão, espe-
Prov. 3:26. Deus livrou a seus servos que cialmente da verdade, conforme ensina-
confiaram nele, Dan. 3:19–28. da ou confirmada pelo Espírito.
Quando Cristo se manifestar tenha- O Senhor é o Deus da sabedoria,
mos confiança, 1 Jo. 2:28. 1 Sam. 2:3. O Senhor é perfeito em co-
Confiei em ti e em ti confiarei sempre, nhecimento, Jó 37:16. O temor do Senhor
2 Né. 4:34. Os nefitas iníquos tinham é o princípio da ciência, Prov. 1:7. Retém
perdido a confiança de seus filhos, Jacó as suas palavras o que possui o conhe-
2:35. Regozijai-vos e ponde vossa con- cimento, Prov. 17:27. A Terra se encherá
fiança em Deus, Mos. 7:19. Quem con- do conhecimento do Senhor, Isa. 11:9
fia no Senhor será elevado no último (2 Né. 21:9; 30:15).
dia, Mos. 23:22. Aquele que confiar em Tirastes a chave da ciência, Lc. 11:52.
Deus será auxiliado em seus sofrimen- O amor de Cristo excede todo o entendi-
tos, Al. 36:3, 27. mento, Ef. 3:19. Acrescentai à vossa fé a
Não confieis no braço de carne, D&C virtude, e à virtude a ciência, 2 Ped. 1:5.
1:19. Põe tua confiança naquele Espíri- Néfi possuía grande conhecimento
to que leva a fazer o bem, D&C 11:12. da bondade de Deus, 1 Né. 1:1. Quando
Que confie em mim e não será confun- tiverem conhecimento do seu Redentor
dido, D&C 84:116. Então tua confian- serão coligados, 2 Né. 6:11. Os justos te-
ça se fortalecerá na presença de Deus, rão um conhecimento perfeito de sua
D&C 121:45. justiça, 2 Né. 9:14. O Espírito dá conhe-
cimento, Al. 18:35. Vosso conhecimento
Confirmação. Ver Mãos, Imposição é perfeito nisto, Al. 32:34. Os lamanitas
de serão levados ao verdadeiro conheci-
mento de seu Redentor, Hel. 15:13. Po-
Confraternizar. Ver também Amor;
deis perfeitamente saber que é de Deus,
Unidade Morô. 7:15–17.
Para os santos dos últimos dias, con- Os santos encontrarão grandes te-
fraternizar significa oferecer amizade, souros de conhecimento, D&C 89:19. O
servir, elevar e fortalecer os outros. conhecimento puro grandemente ex-
Amarás o teu próximo como a ti mes- pande a alma, D&C 121:42. Aquele que
mo, Lev. 19:18 (Mt. 19:19; D&C 59:6). possui as chaves do sacerdócio não terá
Quando te converteres, confirma teus dificuldade em obter um conhecimento
dos fatos, D&C 128:11. Quem adquirir
irmãos, Lc. 22:32. Conhecerão que sois
conhecimento nesta vida terá mais van-
meus discípulos, se vos amardes uns
tagem no mundo futuro, D&C 130:19.
aos outros, Jo. 13:35. Apascenta os meus
É impossível ser salvo em ignorância,
cordeiros, Jo. 21:15–17. Eles rogaram a
D&C 131:6.
graça de participar deste serviço para
os santos, 2 Cor. 8:1–5. Consagrar, Lei da Consagração. Ver
Os nefitas e lamanitas confraterniza- também Ordem Unida; Reino de
ram-se, Hel. 6:3. Deus ou Reino dos Céus
Que todo homem estime a seu irmão Dedicar-(se), santificar-(se), alcançar
como a si mesmo, D&C 38:24–25. Se não a retidão. A lei de consagração é um
sois um, não sois meus, D&C 38:27. Eu princípio divino pelo qual os homens
vos recebo na fraternidade de ser vosso e mulheres dedicam voluntariamente
amigo e irmão, D&C 88:133. seu tempo, talentos e bens materiais
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
39 Consolador
para o estabelecimento e edificação do Os nefitas se encheram de alegria, tendo
reino de Deus. paz de consciência, Mos. 4:3. Zeezrom
Consagrai hoje as vossas mãos ao Se- sentiu-se atormentado pela consciência
nhor, Êx. 32:29. de sua própria culpa, Al. 14:6. É-nos
Os que criam tinham todas as coisas dado segundo o nosso desejo a alegria
em comum, At. 2:44–45. ou o remorso de consciência, Al. 29:5.
E tinham todas as coisas em comum; Uma pena e uma lei justa para trazer o
portanto, não havia ricos nem pobres, remorso de consciência, Al. 42:18. O Es-
4 Né. 1:3. pírito de Cristo é concedido a todos os
O Senhor explicou os princípios da homens, para que eles possam conhecer
consagração, D&C 42:30–39 (D&C 51:2– o que é bom e o que é mau, Morô. 7:16.
19; 58:35–36). Um homem não devia pos- Todo indivíduo deve ter o livre exer-
suir mais do que o outro, D&C 49:20. cício de consciência, D&C 134:2. Tenho
Todo homem recebia uma porção igual a consciência limpa, D&C 135:4.
de acordo com sua família, D&C 51:3. Pretendemos o privilégio de adorar a
Foi estabelecida uma ordem para que Deus de acordo com os ditames de nossa
os santos pudessem ser iguais nos vín- consciência, RF 1:11.
culos das coisas celestiais e terrenas, Conselho dos Doze. Ver Apóstolo
D&C 78:4–5. Todo homem devia ter os
mesmos direitos de acordo com seus an- Conselho nos Céus. Ver também
seios e necessidades, D&C 82:17–19. Sião Batalha nos Céus; Plano de
não pode ser edificada a não ser pelos Redenção; Vida Pré-mortal
princípios da lei celestial, D&C 105:5. A ocasião, na vida pré-mortal, em que
O povo de Enoque era uno de coração o Pai apresentou o Seu plano aos Seus
e vontade e vivia em retidão; e não havia filhos espirituais que viriam a esta Terra.
pobres entre eles, Mois. 7:18. Os filhos de Deus rejubilavam, Jó
Consciência. Ver também Luz, Luz de 38:4–7. Acima das estrelas de Deus exal-
Cristo tarei o meu trono, Isa. 14:12–13.
E houve batalha no céu, Apoc. 12:7–11.
A íntima percepção do que é certo e
Antes de nascerem eles receberam
errado, proveniente da luz de Cristo,
suas primeiras lições no mundo dos es-
conferida a todos os homens (Morô. 7:16).
píritos, D&C 138:56.
Nascemos com a capacidade natural de
Satanás rebelou-se na vida pré-mortal,
distinguir o bem do mal, em virtude da
Mois. 4:1–4. Inteligências foram orga-
Luz de Cristo que é concedida a todos
nizadas antes de o mundo existir, Abr.
(D&C 84:46). Esta faculdade é chamada
3:22. Os Deuses aconselharam-se entre
de consciência e é o que nos torna seres
si, Abr. 4:26. Os Deuses terminaram a
responsáveis. Como as demais facul-
obra que deliberaram fazer, Abr. 5:2.
dades, nossa consciência pode ser in-
sensibilizada pelo pecado ou pelo uso Consolador. Ver também Espírito
indevido. Santo; Jesus Cristo
Os escribas e fariseus convenceram-se As escrituras falam de dois Conso-
por suas próprias consciências, Jo. 8:9. ladores. O primeiro é o Espírito Santo
A consciência também dá testemunho, (Jo. 14:26–27; Morô. 8:26; D&C 21:9; 42:17;
Rom. 2:14–15. Os mentirosos têm a cons- 90:11). O Segundo Consolador é o Senhor
ciência cauterizada, 1 Tim. 4:2. Jesus Cristo (Jo. 14:18, 21, 23). Quando
Os homens são ensinados suficien- alguém obtiver o Segundo Consolador,
temente para distinguir o bem do mal, Jesus Cristo lhe aparecerá de tempos em
2 Né. 2:5. O rei Benjamim tinha uma tempos, revelar-lhe-á o Pai e instruí-lo-a
consciência limpa ante Deus, Mos. 2:15. face a face (D&C 130:3).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Constituição 40
Constituição. Ver também Governo; a finalidade de planejar o número de
Lei filhos de um casal.
Em Doutrina e Convênios, “a Cons- Frutificai e multiplicai-vos, e enchei
tituição” refere-se à Constituição dos a Terra, Gên. 1:28 (Mois. 2:28). Os filhos
Estados Unidos da América, que foi são herança do Senhor, Salm. 127:3–5.
divinamente inspirada a fim de prepa- A família de Leí deveria levantar pos-
rar o caminho para a Restauração do teridade ao Senhor, 1 Né. 7:1.
evangelho. O casamento foi instituído por Deus
para o homem, D&C 49:15–17. Os que fo-
A lei constitucional deve ser apoiada,
rem exaltados receberão uma plenitude
D&C 98:5–6. O Senhor fez com que a
e uma continuação das sementes para
Constituição fosse estabelecida, D&C
todo o sempre, D&C 132:19, 63.
101:77, 80.
Convênio. Ver também Convênio
Constranger. Ver Compelir, Abraâmico; Juramento; Juramento
Constranger e Convênio do Sacerdócio; Novo e
Contenção, Contenda. Ver também Eterno Convênio
Rebeldia, Rebelião Acordo entre Deus e o homem, mas
Discórdia, argumentações e dispu- eles não estão em nível de igualdade no
tas. A contenda, especialmente entre os acordo. Deus estipula as condições do
membros da Igreja do Senhor ou entre convênio e os homens concordam em
os integrantes de uma família, não é fazer o que Ele lhes pede que façam.
Deus então promete aos homens certas
agradável ao Senhor.
bênçãos pela sua obediência.
Não haja contenda entre mim e ti, Os princípios e as ordenanças são
Gên. 13:8. Da soberba só provém a con- recebidos mediante convênio. Os mem-
tenda, Prov. 13:10. bros da Igreja que fazem tais convênios
Se algum tiver queixa contra outro, prometem honrá-los. Por exemplo, no
perdoar como Cristo perdoou, Col. 3:13. batismo os membros fazem um convênio
Não entrar em questões loucas e conten- com o Senhor e renovam esse convênio
das, Tit. 3:9. participando do sacramento. Eles fazem
O Senhor ordenou que os homens outros convênios no templo. O povo do
não disputem uns com os outros, 2 Né. Senhor é um povo que faz convênios
26:32. Não permitireis que vossos filhos e todos são grandemente abençoados
disputem entre si, Mos. 4:14. Alma or- ao cumprirem os seus convênios com
denou que os membros da Igreja não o Senhor.
contendessem entre si, Mos. 18:21. Sa- Contigo estabelecerei o meu convênio,
tanás espalha rumores e discórdias, Gên. 6:18. Se guardardes o meu convê-
Hel. 16:22. O diabo é o pai da discórdia nio, então sereis a minha proprieda-
e leva a cólera ao coração dos homens, de peculiar, Êx. 19:5. Não farás aliança
para contenderem uns com os outros, alguma com os seus deuses, Êx. 23:32.
3 Né. 11:29 (Mos. 23:15). Guardarão o sábado por convênio per-
Estabelecer o meu evangelho, para que pétuo, Êx. 31:16. Nunca invalidarei o
não haja tanta contenda, D&C 10:62–64. meu convênio convosco, Juí. 2:1. Meus
Cessai de contender uns com os outros, santos, que fizeram comigo um convênio
D&C 136:23. com sacrifícios, Salm. 50:5 (D&C 97:8).
Lembrar-se do seu santo convênio, Lc.
Controle da Natalidade. Ver também 1:72 (D&C 90:24).
Casamento, Casar; Família O poder de Deus desceu sobre o povo
Limitar ou impedir a concepção, com do convênio do Senhor, 1 Né. 14:14. O
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
41 Conversão, Converter
convênio feito com Abraão será cum- Conversão, Converter. Ver também
prido nos últimos dias, 1 Né. 15:18 (3 Né. Discípulo; Nascer de Deus, Nascer
16:5, 11–12; 21:7; Mórm. 9:37). O povo do de Novo
rei Benjamim queria fazer um convênio
Mudar as crenças, os sentimentos e a
com Deus, de servi-lo até morrer, Mos.
vida para aceitar e cumprir a vontade de
5:5. O batismo é um testemunho de que
Deus (At. 3:19).
o homem fez convênio com Deus de ser-
A conversão inclui a decisão conscien-
vi-Lo, Mos. 18:13. Em virtude de serdes
te de renunciar à forma de ser anterior
os filhos do convênio, 3 Né. 20:25–26. Os
anjos cumprem e realizam a obra dos e de mudar, a fim de tornar-se um dis-
convênios que o Pai fez, Morô. 7:29–31. cípulo de Cristo. O arrependimento, o
O derramamento do sangue de Cristo é batismo para a remissão dos pecados,
o convênio, Morô. 10:33. o recebimento do Espírito Santo pela
Toda pessoa que pertencer a esta Igre- imposição das mãos e a contínua fé no
ja de Cristo esforçar-se-á para guardar Senhor Jesus Cristo tornam completa a
todos os convênios, D&C 42:78. Bem- conversão. O homem natural transfor-
aventurados são os que guardaram o mar-se-á em uma nova criatura, santifi-
convênio, D&C 54:6. Aquele que que- cada e pura, nascida de novo em Cristo
brar esse convênio perderá seu cargo e Jesus (2 Cor. 5:17; Mos. 3:19).
a condição de membro da Igreja, D&C As pessoas devem converter-se e tor-
78:11–12. Todos que recebem o sacerdó- nar-se como meninos, Mt. 18:3 (Mos.
cio, recebem esse juramento e convênio, 3:19). Quando te converteres, confirma
D&C 84:39–40. Estão dispostos a obser-
teus irmãos, Lc. 22:32. Os que de bom
var seus convênios por meio de sacrifí-
grado receberam a palavra foram ba-
cio, D&C 97:8. O convênio do casamento
tizados, At. 2:37–41. Aquele que fizer
pode ser eterno, D&C 132. Este será o
converter do erro de seu caminho um
nosso convênio: Caminharemos de acor-
pecador, salvará uma alma, Tg. 5:20.
do com todas as ordenanças, D&C 136:4.
A conversão de Enos, En. 1:2–5. As pa-
Convênio Abraâmico. Ver também lavras do rei Benjamim efetuaram uma
Abraão; Circuncisão; Convênio grande mudança no povo, Mos. 5:2 (Al.
Abraão recebeu o evangelho, foi orde- 5:12–14). A humanidade tem que nascer
nado ao sacerdócio maior (D&C 84:14; outra vez, sim, nascer de Deus, Mos.
Abr. 2:11) e fez o convênio do casamento 27:25. A conversão de Alma e dos filhos
celestial, que é o convênio da exaltação de Mosias, Mos. 27:33–35. A conversão
(D&C 131:1–4; 132:19, 29). Abraão rece- do pai de Lamôni, Al. 22:15–18. Pelo
beu a promessa de que todas as bênçãos poder e pela palavra de Deus o povo
desses convênios seriam oferecidas a sua havia sido convertido ao Senhor, Al.
posteridade mortal (D&C 132:29–31; Abr. 53:10. O arrependimento transforma o
2:6–11). Juntos, esses convênios e promes- coração, Hel. 15:7. Todos os que se con-
sas são chamados de convênio abraâmi- verteram testemunharam que tinham
co. A restauração deste convênio foi a sido visitados pelo poder do Espírito
Restauração do evangelho nos últimos de Deus, 3 Né. 7:21. Em virtude de sua
dias, pois por meio dele todas as nações
fé em Cristo na época da conversão, eles
da Terra são abençoadas (Gál. 3:8–9, 29;
foram batizados com fogo e com o Espí-
D&C 110:12; 124:58; Abr. 2:10–11).
rito Santo, 3 Né. 9:20.
Convênio Eterno. Ver Convênio; Eles irão e pregarão arrependimento e
Novo e Eterno Convênio muitos serão convertidos, D&C 44:3–4.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Coração 42
Coração. Ver também Coração um coração quebrantado e um espírito
Quebrantado; Nascer de Deus, contrito, 3 Né. 9:20 (D&C 59:8). Somente
Nascer de Novo os que vinham com um coração quebran-
O símbolo da disposição e vontade do tado e um espírito contrito eram recebi-
homem e, figurativamente, a fonte de to- dos para batismo, Morô. 6:2.
das as emoções e sentimentos. Jesus foi crucificado para a remissão
de pecados do coração contrito, D&C
Amarás o Senhor teu Deus de todo o
21:9. Aquele cujo espírito é contrito é
teu coração, Deut. 6:5 (Deut. 6:3–7; Mt.
aceito, D&C 52:15. É prometido o San-
22:37; Lc. 10:27; D&C 59:5). O Senhor tem
to Espírito aos que estiverem contritos,
buscado um homem segundo o seu co-
D&C 55:3. Meu Espírito é enviado para
ração, 1 Sam. 13:14. O homem vê o que
iluminar os humildes e contritos, D&C
está diante dos olhos, porém o Senhor
136:33.
olha para o coração, 1 Sam. 16:7. O que é
limpo de mãos e puro de coração subirá Coragem, Corajoso. Ver também Fé;
ao monte do Senhor e será abençoado, Temor
Salm. 24:3–5 (2 Né. 25:16). Como o ho-
Não ter receio, não sentir temor, espe-
mem imaginou em seu coração, assim
cialmente de fazer o que é certo.
é ele, Prov. 23:7. Elias, o profeta, con-
verterá o coração dos pais aos filhos, e Sede fortes e corajosos; não temais,
o coração dos filhos a seus pais, Mal. Deut. 31:6 (Jos. 1:6–7).
4:5–6 (Lc. 1:17; D&C 2:2; 110:14–15; 138:47; Deus não nos deu o espírito de temor,
JS—H 1:38–39). 2 Tim. 1:7.
Bem-aventurados os limpos de cora- Os filhos de Helamã eram muito va-
ção, Mt. 5:8 (3 Né. 12:8). O homem fala lentes e corajosos, Al. 53:20–21. Nunca
do que há de bom ou de mau em seu antes havia visto tão grande coragem,
coração, Lc. 6:45. Al. 56:45. Seu coração encheu-se de co-
Seguir o Filho com verdadeiro pro- ragem quando soube, Al. 62:1.
pósito de coração, 2 Né. 31:13. Haveis Coragem, irmãos; e avante, avante
nascido espiritualmente de Deus e ex- para a vitória, D&C 128:22.
perimentado essa poderosa mudança
Cordeiro de Deus. Ver também
em vossos corações, Al. 5:14. Oferecer
Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
como sacrifício ao Senhor um coração
Páscoa
quebrantado e um espírito contrito, 3 Né.
9:20 (3 Né. 12:19; Ét. 4:15; Morô. 6:2). Um dos nomes dados ao Salvador e
Eu te falarei em tua mente e em teu que se refere ao fato de Jesus ter-se ofe-
coração pelo Espírito Santo, D&C 8:2. recido como sacrifício em nosso favor.
Como um cordeiro foi levado ao ma-
Coração Quebrantado. Ver também
tadouro, Isa. 53:7 (Mos. 14:7).
Arrepender-se, Arrependimento;
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pe-
Coração; Humildade, Humilde,
cado do mundo, Jo. 1:29 (Al. 7:14). Fostes
Humilhar; Mansidão, Manso,
resgatados com o precioso sangue de
Mansuetude; Sacrifício
Cristo, como de um cordeiro imacula-
Ter um coração quebrantado é ser do, 1 Ped. 1:18–20. Digno é o Cordeiro,
humilde, contrito, arrependido e man- que foi morto, Apoc. 5:12. Venceremos a
so — isto é, receptivo à vontade de Deus. Satanás pelo sangue do Cordeiro, Apoc.
Habito com o contrito e abatido de 12:11.
espírito, Isa. 57:15. Estes são os que foram purificados
Cristo ofereceu-se por todos os que- pelo sangue do Cordeiro, por causa de
brantados de coração e contritos de espí- sua fé nele, 1 Né. 12:11. O Cordeiro de
rito, 2 Né. 2:7. Oferecereis como sacrifício Deus é o Filho do Pai Eterno e o Salvador
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
43 Coroa
do mundo, 1 Né. 13:40 (1 Né. 11:21). Cla- conselho de Paulo para que todos per-
mai vigorosamente ao Pai, em nome de maneçam firmes na fé.
Jesus, para que talvez possais ser lim- Segunda Epístola aos Coríntios: O capí-
pos pelo sangue do Cordeiro, Mórm. tulo 1 contém a saudação de Paulo e uma
9:6 (Apoc. 7:14; Al. 34:36). mensagem de conforto. O capítulo 2 traz
O Filho do Homem é o Cordeiro morto conselhos pessoais a Tito. Os capítulos
desde a fundação do mundo, Mois. 7:47. 3 a 7 tratam do poder do evangelho na
Coriânton. Ver também Alma, Filho vida dos santos e de seus líderes. Nos
de Alma capítulos 8 e 9, aconselha-se os santos a
contribuirem alegremente aos pobres.
No Livro de Mórmon, filho de Alma,
Nos capítulos 10 a 12, Paulo atesta a sua
o filho.
própria posição como apóstolo. O capí-
Foi pregar aos zoramitas, Al. 31:7. tulo 13 é uma admoestação aos santos
Abandonou o ministério para ir atrás para que sejam perfeitos.
de uma meretriz, Al. 39:3. Alma o ins-
truiu a respeito da condição da existên- Corior. Ver também Anticristo
cia após a morte, a ressurreição, e a ex- No Livro de Mórmon, um anticristo
piação, Al. 39–42. Foi chamado de novo que exigiu um sinal para provar o poder
a pregar, Al. 42:31. Foi ao país do norte de Deus; o Senhor fez com que Corior
em um navio, Al. 63:10. ficasse mudo (Al. 30:6–60).
Coriântumr. Ver também Jareditas Cornélio. Ver também Centurião;
No Livro de Mórmon, rei dos Jareditas Gentios; Pedro
e último sobrevivente daquela nação. Um centurião de Cesareia, batizado
Foi descoberto pelo povo de Zaraen- por Pedro (At. 10). Provavelmente foi o
la, Ômni 1:21. Foi rei de toda a terra, Ét. primeiro gentio a filiar-se à Igreja sem
12:1–2. Capturado por Sarede e libertado primeiro converter-se ao judaísmo. O
por seus filhos, Ét. 13:23–24. Lutou contra batismo de Cornélio e sua família abriu
vários inimigos, Ét. 13:28–14:31. Arrepen- o caminho para a pregação do evange-
deu-se, Ét. 15:3. Lutou sua batalha final lho aos gentios. Pedro, o apóstolo prin-
contra Siz, Ét. 15:15–32. cipal, que possuía as chaves do reino de
Deus na Terra naquela época, dirigiu
Coríntios, Epístola aos. Ver também essa pregação.
Epístolas Paulinas; Paulo
Dois livros do Novo Testamento. Ori- Coroa. Ver também Vida eterna
ginalmente eram cartas escritas por Ornamento circular usado na cabeça
Paulo aos santos de Corinto, a fim de pelos governantes. Pode ser um símbolo
corrigir desentendimentos entre eles. de poder celestial, domínio e divindade.
Os coríntios viviam em uma sociedade Os que perseverarem até o fim e guarda-
moralmente iníqua. rem os mandamentos de Deus receberão
Primeira Epístola aos Coríntios: O capí- uma coroa de vida eterna. (Ver D&C
tulo 1 contém a saudação de Paulo e a 20:14; Mois. 7:56; JS—M 1:1.)
sua admoestação para que os santos se- A coroa da justiça me está guardada,
jam unidos. Os capítulos 2 a 6 trazem a 2 Tim. 4:8. Alcançareis a incorruptível
censura de Paulo a algumas faltas dos coroa de glória, 1 Ped. 5:4.
santos de Corinto. Os capítulos 7 a 12 Os mortos que morrem no Senhor re-
têm as respostas de Paulo a algumas ceberão uma coroa de justiça, D&C 29:13.
perguntas. Os capítulos 13 a 15 dizem Eles receberão uma coroa nas mansões
respeito à castidade, aos dons espirituais de meu Pai, D&C 59:2. O Senhor prepara
e à Ressurreição. O capítulo 16 contém o os santos para que recebam a coroa para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Corpo 44
eles preparada, D&C 78:15. O Senhor Cowdery, Oliver
prometeu a seus santos uma coroa de Segundo élder da Igreja restaurada e
glória a sua direita, D&C 104:7. uma das Três Testemunhas da origem di-
Corpo. Ver também Alma; Mortal, vina e veracidade do Livro de Mórmon.
Mortalidade; Morte Física; Ele serviu como escrevente enquanto
Ressurreição Joseph Smith traduzia o Livro de Mór-
mon das placas de ouro (JS—H 1:66–68).
A estrutura mortal e física de carne e
ossos criada à imagem de Deus, que é Recebeu um testemunho da veraci-
dade da tradução do Livro de Mórmon,
combinada com o espírito para consti-
D&C 6:17, 22–24. Foi ordenado por João
tuir uma pessoa viva. O corpo físico de
Batista, D&C 13 (D&C 27:8; JS—H 1:68–
todos, homens e mulheres, será reuni-
73, ver nota do versículo 71). Depois de
do eternamente com o seu espírito na
terdes alcançado fé e visto com os pró-
Ressurreição. As escrituras às vezes
prios olhos, testificareis que os vistes,
chamam de alma o corpo unido com o
D&C 17:3, 5. Eis que te manifestei por
espírito (Gên. 2:7; D&C 88:15; Mois. 3:7,
meu Espírito que as coisas que escreveste
9, 19; Abr. 5:7).
são verdadeiras, D&C 18:2. Foi indicado
Formou o Senhor Deus o homem do e ordenado para ser um dos mordomos
pó da Terra, Gên. 2:7 (Mois. 3:7). responsáveis pelas revelações, D&C
Apalpai-me e vede; pois um espírito 70:3. Recebeu as chaves do sacerdócio
não tem carne nem ossos, Lc. 24:39. Sub- com Joseph Smith, D&C 110.
jugo o meu corpo, e o reduzo à servidão,
1 Cor. 9:27. Há corpo animal, há também Crença, Crer. Ver também Confiança,
corpo espiritual, 1 Cor. 15:44. O corpo Confiar; Fé; Incredulidade; Jesus
sem o espírito está morto, Tg. 2:26. Cristo
O corpo mortal será levantado num Ter fé em alguém ou aceitar algo como
corpo imortal, Al. 11:43–45. Todas as verdadeiro. Para ser salva no reino de
partes do corpo serão restauradas, Deus, a pessoa precisa arrepender-se e
Al. 41:2. Jesus mostrou seu corpo res- crer em Jesus Cristo (D&C 20:29).
suscitado aos nefitas, 3 Né. 10:18–19; Crede no Senhor vosso Deus, crede
11:13–15. nos seus profetas, 2 Crôn. 20:20. Daniel
O Pai possui um corpo de carne e os- saiu ileso da cova dos leões porque acre-
sos tão tangível como o do homem; o ditava em Deus, Dan. 6:23.
Filho também, D&C 130:22. Como creste te seja feito, Mt. 8:13.
Deus criou o homem e a mulher à Tudo o que pedirdes na oração, crendo,
imagem de seu próprio corpo, Mois. o recebereis, Mt. 21:22. Não temas, crê
6:9 (Gên. 9:6). somente, Mc. 5:36. Tudo é possível ao
que crê, Mc. 9:23–24. Quem crer e for
Couraça. Ver também Armadura batizado será salvo, Mc. 16:16 (2 Né. 2:9;
Parte frontal da roupa protetora ou 3 Né. 11:33–35). Todo aquele que crê no
armadura do soldado. Em sentido sim- Filho terá a vida eterna, Jo. 3:16, 18, 36 (Jo.
bólico, os santos devem estar vestidos 5:24; D&C 10:50). Temos crido e conheci-
com uma couraça de justiça para pro- do que tu és o Cristo, Jo. 6:69. Quem crê
tegerem-se do mal (Isa. 59:17; Ef. 6:14). em mim, ainda que esteja morto, viverá,
Jo. 11:25–26. Nós, os que temos crido,
Côvado entramos em repouso, Heb. 4:3. Creia-
Unidade de medida de comprimento, mos em Jesus Cristo e amemos uns aos
comum entre os antigos hebreus. Origi- outros, 1 Jo. 3:23.
nalmente era a distância entre o cotovelo O Messias não destruirá nenhum dos
e a ponta dos dedos (de 45,7 a 55,88 cm). que nele crerem, 2 Né. 6:14. Os judeus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
45 Criança(s)
serão perseguidos até serem persuadi- mundos por intermédio de seu Filho,
dos a acreditar em Cristo, 2 Né. 25:16. Se Heb. 1:2.
acreditais em todas estas coisas, procurai O homem foi criado no princípio, Mos.
fazê-las, Mos. 4:10. O Filho tomará sobre 7:27. Eu criei os céus, a Terra e todas as
si as transgressões daqueles que acredi- coisas, 3 Né. 9:15 (Mórm. 9:11, 17). Todos
tarem em seu nome, Al. 11:40. Bendito é os homens foram criados, no início, a
aquele que acredita na palavra de Deus minha própria imagem, Ét. 3:15.
sem ser compelido, Al. 32:16. Mesmo que Jesus Cristo criou os céus e a Terra,
não tenhais mais que o desejo de acredi- D&C 14:9. Ele criou o homem, homem
tar, fazei com que esse desejo opere em e mulher, a sua própria imagem, D&C
vós, Al. 32:27. Se acreditardes no nome 20:18.
de Cristo, vós vos arrependereis dos vos- Mundos incontáveis criei, Mois. 1:33.
sos pecados, Hel. 14:13. Todo aquele que Por meio de meu Unigênito criei o céu,
crê em Cristo, crê também no Pai, 3 Né. Mois. 2:1. Eu, o Senhor Deus, criei espiri-
tualmente todas as coisas antes que elas
11:35. Nunca houve um homem cren-
existissem fisicamente na face da Terra,
te no Senhor como o irmão de Jarede,
Mois. 3:5. Milhões de terras como esta
Ét. 3:15. Tudo o que persuade a crer em
não seria sequer o princípio do número
Cristo é enviado pelo poder de Cristo,
de tuas criações, Mois. 7:30. Os Deuses
Morô. 7:16–17.
organizaram e formaram os céus e a
Aqueles que creem nas palavras do Terra, Abr. 4:1.
Senhor terão uma manifestação do Es-
pírito, D&C 5:16. Todos os que crerem Criação Espiritual. Ver também
no nome do Senhor se tornarão filhos Criação, Criar; Homem, Homens
de Deus, D&C 11:30 (Jo. 1:12). A alguns O Senhor criou todas as coisas espi-
é dado crer nas palavras dos outros, ritualmente antes que Ele as criasse fi-
D&C 46:14. Sinais seguirão os que cre- sicamente (Mois. 3:5).
rem, D&C 58:64 (D&C 63:7–12). O Senhor fez todas as plantas antes
Os que creem, se arrependem e são que elas existissem na Terra, Gên. 2:4–6
batizados receberão o Espírito Santo, (Abr. 5:5).
Mois. 6:52. Pelo poder do meu Espírito criei todas
Criação, Criar. Ver também Criação as coisas, primeiro espirituais, segundo
Espiritual; Dia do Sábado (Dia de as materiais, D&C 29:31–32. Aquilo que
Descanso); Jesus Cristo; Princípio; é material é à semelhança do que é espi-
ritual, D&C 77:2.
Terra
Fiz o mundo e os homens antes que
Organizar. Deus, trabalhando por existissem na carne, Mois. 6:51.
meio de Seu Filho, Jesus Cristo, orga-
nizou os elementos da natureza para Criador. Ver Criação, Criar; Jesus
formar os céus e a terra. O Pai Celestial Cristo
e Jesus Cristo criaram o homem à Sua Criança(s). Ver também Abençoado,
imagem (Mois. 2:26–27). Abençoar, Bênção—Bênção de
No princípio criou Deus os céus e crianças; Batismo de Criancinhas;
a Terra, Gên. 1:1. Façamos o homem a Expiação, Expiar; Família; Filho(s);
nossa imagem, Gên. 1:26 (Mois. 2:26–27; Prestar Contas, Responsabilidade,
Abr. 4:26). Responsável; Salvação—Salvação
Todas as coisas foram feitas por das criancinhas
ele, Jo. 1:3, 10. Nele foram criadas to- Pessoa muito jovem, alguém que
das as coisas que há nos céus, Col. ainda não alcançou a puberdade. Os
1:16 (Mos. 3:8; Hel. 14:12). Deus fez os pais e mães devem instruir seus filhos
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Cristãos 46
a obedecerem à vontade de Deus. As Primeiro livro de Crônicas: Os capítulos
criancinhas não têm pecado até alcança- 1–9 contêm genealogias, desde Adão até
rem a idade da responsabilidade (Morô. Saul. O capítulo 10 registra a morte de
8:22; D&C 68:27). Saul. Os capítulos 11 e 12 retratam os
Instrui ao menino no caminho em que eventos relativos ao reinado de Davi. Os
deve andar, Prov. 22:6. capítulos 23–27 esclarecem que Salomão
Aquele que se tornar humilde como se tornou rei e que foram designados os
este menino, esse é o maior, Mt. 18:1–4. deveres dos levitas. O capítulo 28 explica
Deixai os meninos, e não os estorveis de que Davi ordenou a Salomão que cons-
vir a mim, Mt. 19:14. truísse um templo. O capítulo 29 registra
Despojar-se do homem natural e tor- a morte de Davi.
nar-se como criança, Mos. 3:19; 27:25–26. Segundo livro de Crônicas: Os capítu-
As criancinhas têm a vida eterna, Mos. los 1–9 relatam os eventos relacionados
15:25. Jesus tomou das criancinhas e as com o reinado de Salomão. Os capítu-
abençoou, 3 Né. 17:21. As criancinhas los 10–12 falam do reinado de Roboão,
não precisam de arrependimento ou filho de Salomão, época em que o reino
batismo, Morô. 8:8–24. unido de Israel foi dividido em reino
As criancinhas são redimidas desde do norte e reino do sul. Os capítulos
a fundação do mundo, por meio de meu 13–36 descrevem o governo de vários
Unigênito, D&C 29:46–47. As crianci- reis até que Nabucodonosor capturou
nhas são santas por meio da expiação o reino de Judá. O livro termina com
de Cristo, D&C 74:7. As criancinhas o decreto de Ciro permitindo que os
que morrem antes de chegar à idade da filhos cativos de Judá voltassem para
responsabilidade são salvas no reino Jerusalém.
celestial, D&C 137:10.
Cronologia
Cristãos. Ver também Discípulo; Santo Ver Cronologia no apêndice
(substantivo)
Crucificação. Ver também Cruz;
Nome dado aos que creem em Jesus
Expiação, Expiar; Gólgota; Jesus
Cristo. Embora esse termo seja comu-
Cristo
mente usado em todo o mundo, o Senhor
chamou os verdadeiros seguidores de Forma romana de execução, comum
Cristo de santos (At. 9:13, 32, 41; 1 Cor. durante a época do Novo Testamento,
1:2; D&C 115:4). na qual se causava a morte da pessoa
amarrando ou pregando-lhe as mãos e
Os discípulos foram chamados de
os pés numa cruz. Geralmente era apli-
cristãos, At. 11:26. Mas, se padece como
cada apenas a escravos ou aos crimino-
cristão, não se envergonhe, 1 Ped. 4:16.
sos mais vis. A crucificação frequente-
Por causa do convênio sereis chama-
mente era precedida por açoitamento
dos progênie de Cristo, Mos. 5:7. Os ver-
(Mc. 15:15). O condenado geralmente
dadeiros crentes eram chamados cristãos
carregava a cruz até o local de execução
pelos que não pertenciam à Igreja, Al.
(Jo. 19:16–17). Suas roupas costumavam
46:13–16.
ser confiscadas pelos soldados que exe-
Cristo. Ver Jesus Cristo cutavam a sentença (Mt. 27:35). A cruz
era fincada na terra, de modo que os pés
Crônicas do condenado ficassem a apenas 30 ou
Dois livros do Velho Testamento. Eles 60 centímetros acima do solo. A cruz era
fornecem um breve relato histórico dos vigiada por soldados até que o crucifica-
eventos desde a Criação até o decreto de do morresse, o que às vezes demorava
Ciro permitindo o retorno dos judeus a até três dias (Jo. 19:31–37).
Jerusalém. Jesus foi crucificado porque um grupo
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47 Cumora, Monte
de incrédulos acusou-O falsamente de cruz e assentou-se à destra do trono de
sedição contra César e de blasfêmia, por- Deus, Heb. 12:2.
que Ele disse que era o Filho de Deus. Ele foi levantado na cruz e morto pelos
Puseram sobre Jesus uma veste de púr- pecados do mundo, 1 Né. 11:33. Os que
pura (Jo. 19:2), uma coroa de espinhos e tiverem suportado as cruzes do mundo
O insultaram de muitas outras formas herdarão o reino de Deus, 2 Né. 9:18. O
(Mt. 26:67; Mc. 14:65). Pai enviou-me para que eu fosse levan-
Os iníquos transpassarão as mãos e tado na cruz, 3 Né. 27:14–15.
os pés do Messias, Salm. 22:11–18. Como Aquele que não tomar sua cruz e me
um cordeiro foi levado ao matadouro, seguir e guardar meus mandamentos
Isa. 53:7. não será salvo, D&C 56:2.
Jesus predisse a sua crucificação, Mt. Viu o Filho do Homem levantado na
20:18–19. Descrita a crucificação de Jesus, cruz, Mois. 7:55.
Mt. 27:22–50 (Mc. 15:22–37; Lc. 23:26–46;
Cúbito. Ver Côvado
Jo. 19:17–30).
Néfi viu em visão a crucificação do Culpa. Ver também Arrepender-se,
Cordeiro de Deus, 1 Né. 11:33. Néfi falou Arrependimento
sobre os sofrimentos e a crucificação de
A condição de quem errou, ou o re-
Cristo, 1 Né. 19:9–14. Jacó falou acerca do
morso e pesar que devem acompanhar
ministério e da crucificação do Santo de
o pecado.
Israel, 2 Né. 6:9. Tempestades, terremo-
tos, incêndios e furacões na América Porquanto pecou e ficou culpado, Lev.
confirmaram a crucificação de Cristo 6:1–6.
em Jerusalém, 3 Né. 8. Qualquer que partilhar indignamente
Eu sou Jesus, que foi crucificado, D&C do sacramento é culpado do corpo e do
45:51–52. O ministério de Cristo entre os sangue de Jesus, 1 Cor. 11:27.
espíritos em prisão foi limitado ao pe- Os culpados consideram a verdade
ríodo compreendido entre sua morte e dura, 1 Né. 16:2. Teremos um conheci-
ressurreição, D&C 138:27. mento perfeito de todas as nossas culpas,
2 Né. 9:14. Minha culpa foi apagada, En.
Cruz. Ver também Crucificação; 1:6. Um castigo foi fixado para trazer o
Expiação, Expiar; Gólgota; Jesus remorso de consciência, Al. 42:18. Dei-
Cristo; Sacramento xe teus pecados te preocuparem, com
Estrutura de madeira sobre a qual Je- aquela preocupação que te levará ao
sus Cristo foi crucificado (Mc. 15:20–26). arrependimento, Al. 42:29.
Muitos no mundo atual consideram-na Alguns de vós sois culpados perante
um símbolo da Crucificação e do sa- mim, mas serei misericordioso, D&C
crifício expiatório de Cristo; todavia, 38:14.
o Senhor estabeleceu os Seus próprios
símbolos para a Sua Crucificação e o Seu Cumora, Monte. Ver também Livro
sacrifício — o pão e a água do sacramen- de Mórmon; Morôni, Filho de
to (Mt. 26:26–28; D&C 20:40, 75–79). Nas Mórmon; Smith, Joseph, Jr.
escrituras, aqueles que tomam sobre si a Pequena colina situada no oeste do
sua cruz são os que amam a Jesus Cristo Estado de Nova York, Estados Unidos da
de tal maneira que negam a si mesmos a América. Ali, um antigo profeta chama-
iniquidade, todos os desejos mundanos do Morôni escondeu as placas de ouro
e guardam os Seus mandamentos (TJS, contendo alguns registros das nações
Mt. 16:25–26 [Apêndice da Bíblia]). nefita e jaredita. Em 1827 Joseph Smith
Tome a sua cruz, e siga-me, Mc. 8:34 foi instruído pelo anjo Morôni, já res-
(3 Né. 12:30; D&C 23:6). Jesus suportou a suscitado, a ir a esse monte para pegar
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Curar, Curas 48
as placas e traduzir parte delas. Essa 33:22. Ao estabelecer-se em Canaã, a tri-
tradução é o Livro de Mórmon. bo de Dã recebeu como herança um pe-
Os nefitas se reuniram em Cumora, daço de terra pequeno, porém fértil (Jos.
Mórm. 6:2–4. Cumora era uma terra 19:40–48). Eles tiveram muita dificuldade
dotada de muitas águas, Mórm. 6:4. para se protegerem contra os amorreus
Mórmon ocultou os registros no monte (Juí. 1:34) e os filisteus (Juí. 13:2, 25; 18:1).
Cumora, Mórm. 6:6. Todo o povo, com Em virtude disso os danitas se mudaram
exceção de vinte e quatro pessoas, foi para o norte da Palestina (Juí. 18), toma-
morto em Cumora, Mórm. 6:11. ram a cidade de Laís e denominaram-na
Ouvimos alegres novas de Cumora, cidade de Dã. Esta cidade é conhecida
D&C 128:20. como a fronteira norte da Palestina, que
Joseph Smith retirou as placas do se estendia “desde Dã até Berseba.”
Monte Cumora, JS—H 1:42, 50–54, 59. Dalila. Ver também Filisteus; Sansão
Curar, Curas. Ver também Bênção dos Mulher filisteia, no Velho Testamen-
Doentes; Unção, Ungir to, que enganou e traiu Sansão (Juí. 16).
Fazer sarar ou fazer com que uma pes- Damasco
soa fique sadia, tanto física como espiri-
Antiga cidade da Síria.
tualmente. As escrituras trazem muitos
Damasco acha-se situada numa fér-
exemplos de curas milagrosas feitas pelo
til planície, à margem do deserto, sen-
Senhor e por Seus servos.
do bem irrigada pelo rio Barada. Ela é
Eu sou o Senhor que sara, Êx. 15:26. mencionada com frequência nas escri-
Naamã mergulhou no rio Jordão sete turas (começando em Gên. 14:15). Paulo
vezes e foi curado, 2 Re. 5:1–14. O Senhor dirigia-se a Damasco quando o Senhor
disse a Ezequias: Eis que eu te sararei, ressuscitado lhe apareceu (At. 9:1–27;
2 Re. 20:1–5 (2 Crôn. 32:24; Isa. 38:1–5). 22:5–16; 26:12–20).
Pelas suas pisaduras fomos sarados, Isa.
53:5 (Mos. 14:5). Daniel
Jesus curou todas as enfermidades, Personagem principal do livro de Da-
Mt. 4:23 (Mt. 9:35). Deu-lhes poder para niel, no Velho Testamento; um profeta de
curarem toda a enfermidade, Mt. 10:1. Deus e homem de grande fé.
Ele enviou-me para curar os quebran- Nada se sabe a respeito de seus pro-
tados de coração, Lc. 4:18. genitores, embora pareça haver sido
Elas foram curadas pelo poder do de linhagem real (Dan. 1:3). Foi levado
Cordeiro de Deus, 1 Né. 11:31. Se crês cativo para a Babilônia, onde recebeu o
na redenção de Cristo podes ser curado, nome de Beltessazar (Dan. 1:6–7). Daniel
Al. 15:8. Ele os curou a todos, 3 Né. 17:9. e três outros jovens cativos recusaram
Aquele que tiver fé em mim para ser a comida do rei por motivos religiosos
curado, será curado, D&C 42:48. Em meu (Dan. 1:8–16).
nome curarão os enfermos, D&C 84:68. Daniel conquistou os favores de Na-
Cremos no dom de cura, RF 1:7. bucodonosor e de Dario, devido ao seu
poder de interpretar sonhos (Dan. 2; 4;
6). Ele também leu e interpretou a escri-
Dã. Ver também Israel; Jacó, Filho de ta na parede (Dan. 5). Os seus inimigos
Isaque conspiraram contra ele e por isso foi lan-
No Velho Testamento, filho de Jacó çado numa cova de leões, mas o Senhor
e Bilha, serva de Raquel (Gên. 30:5–6). preservou-lhe a vida (Dan. 6).
A tribo de Dã: Para conhecer a bênção Livro de Daniel: O livro tem duas di-
que Jacó deu a Dã, ver Gên. 49:16–18. A visões: os capítulos 1–6 contêm his-
bênção de Moisés à tribo de Dã, ver Deut. tórias a respeito de Daniel e seus três
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49 Declaração Oficial 1
companheiros; os capítulos 7–12, suas Apesar dessas calamidades, o reinado
visões proféticas. O livro ensina a impor- de Davi foi o mais brilhante da história
tância de ser fiel a Deus e ilustra como israelita, pois (1) uniu as tribos em uma
o Senhor abençoa os justos. só nação, (2) assegurou a posse incon-
Uma das principais contribuições do testável do país, (3) baseou o governo
livro é a interpretação do sonho do rei na religião verdadeira, de modo que a
Nabucodonosor, no qual o reino de Deus vontade de Deus era a lei de Israel. Por
nos últimos dias é representado por uma essas razões, o reinado de Davi mais tar-
pedra cortada de uma montanha. A pe- de foi considerado como a época de ouro
dra rolará até encher toda a Terra (Dan. da nação e um protótipo da era mais
2; ver também D&C 65:2). gloriosa que o povo esperava, quan-
Dario. Ver também Babel, Babilônia do o Messias viesse (Isa. 16:5; Jer. 23:5;
Eze. 37:24–28).
No Velho Testamento, rei dos medos A vida de Davi ilustra a necessidade
que reinou na Babilônia após a morte de de todos perseverarem em retidão até
Belsazar (Dan. 5:31; 6:9, 25–28; 9:1; 11:1).
o fim. Quando jovem, Davi foi consi-
Davi. Ver também Bate-Seba; Salmo derado um homem “segundo o cora-
ção” do Senhor (1 Sam. 13:14); quando
Rei da antiga Israel, no Velho Testa-
mento. adulto, falou pelo Espírito e recebeu
Davi era filho de Jessé, da tribo de muitas revelações. Não obstante, pa-
Judá. Ele foi um jovem corajoso que ma- gou um elevado preço por sua deso-
tou um leão, um urso e o gigante filisteu, bediência aos mandamentos de Deus
Golias (1 Sam. 17). Davi foi escolhido (D&C 132:39).
e ungido para ser rei de Israel. Assim Débora
como Saul, em sua vida adulta ele foi cul-
pado de crimes graves, mas, ao contrário No Velho Testamento, uma profetiza
daquele, foi capaz de sentir verdadeira que julgou Israel e incitou Baraque con-
contrição. Assim, ele conseguiu obter o tra os cananeus (Juí. 4). O cântico de Dé-
perdão, exceto no caso do assassinato de bora e Baraque comemorou a libertação
Urias (D&C 132:39). A sua vida pode ser de Israel da servidão (Juí. 5).
dividida em quatro partes: (1) em Belém, Declaração Oficial 1. Ver também
onde era pastor (1 Sam. 16–17); (2) na cor- Casamento, Casar—Casamento
te do rei Saul (1 Sam. 18:1–19:18); (3) como plural; Manifesto; Woodruff,
fugitivo (1 Sam. 19:18–31:13; 2 Sam. 1); (4) Wilford
como rei de Judá, em Hebrom (2 Sam.
2–4) e mais tarde como rei de toda a Is- Inserida nas páginais finais de Dou-
rael (2 Sam. 5–24; 1 Re. 1:1–2:11). trina e Convênios, a primeira parte da
O pecado de adultério de Davi com Declaração Oficial 1 é também conhecida
Batseba foi seguido de uma série de como o Manifesto. Ela foi emitida pelo
infortúnios que marcaram seus últi- Presidente Wilford Woodruff e apre-
mos vinte anos de vida. A nação, de sentada aos membros da Igreja numa
um modo geral, prosperou durante o Conferência Geral em 6 de outubro de
seu reinado, mas Davi sofreu as conse- 1890. Com início em 1862 e durante os
quências de seus pecados. Houve rixas 25 anos seguintes, diversas leis tornaram
constantes na família, que, no caso dos o casamento plural ilegal nos Estados
filhos Absalão e Adonias, terminaram Unidos da América. O Senhor mostrou
em franca rebeldia. Tais incidentes foram a Wilford Woodruff, em visão e revela-
o cumprimento da declaração de Natã, o ção, o que aconteceria se os santos não
profeta, a Davi, por causa de seu pecado cessassem a prática do casamento plural.
(2 Sam. 12:7–13). O Manifesto anunciou formalmente que
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Declaração Oficial 2 50
os casamentos plurais não estavam mais com elas no reino do meu Pai, D&C 15:6
sendo realizados. (D&C 16:6). Os que morrerem descansa-
rão de todos os seus labores, D&C 59:2
Declaração Oficial 2. Ver também
(Apoc. 14:13). O descanso do Senhor é
Kimball, Spencer W.; Sacerdócio
a plenitude de sua glória, D&C 84:24.
Declaração doutrinária que indica
quem pode portar o sacerdócio de Deus Deseret. Ver também Jareditas
e que se acha agora impressa nas últi- No Livro de Mórmon, uma palavra
mas páginas de Doutrina e Convênios. jaredita que significa “abelha de mel”
No começo de junho de 1978, o Senhor (Ét. 2:3).
revelou ao Presidente Spencer W. Kim-
ball que o sacerdócio deveria ser con- Designação. Ver também Chamado,
cedido a todos os membros dignos da Chamado por Deus, Chamar; Mãos,
Igreja do sexo masculino. Isso fez com Imposição de
que o sacerdócio ficasse ao alcance de Ser escolhido e consagrado para pro-
todos os homens dignos e as bênçãos do pósitos sagrados. Essa nomeação é para
templo, ao alcance de todos os membros prestar um serviço específico dentro da
dignos, sem distinção de raça ou cor. Em organização da Igreja e é feita pela im-
30 de setembro de 1978 esta declaração posição de mãos de alguém que tenha a
foi apresentada à conferência geral da devida autoridade. Apenas aqueles que
Igreja e unanimemente aceita. presidem os quóruns do sacerdócio re-
Deidade. Ver Trindade cebem chaves quando são designados.
As pessoas designadas para outros car-
Descansar, Descanso. Ver também gos que não o de presidente de um quó-
Dia do Sábado (Dia de Descanso); rum do sacerdócio podem receber uma
Paz bênção do sacerdócio, mas nenhuma
Desfrutar paz e liberdade das preo- chave do sacerdócio é conferida com
cupações e dos tumultos. O Senhor pro- essa bênção.
meteu tal descanso aos Seus fiéis segui-
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
dores durante esta vida. Ele também
a obra, At. 13:2–3.
preparou-lhes um lugar de descanso
Outros bispos serão designados, D&C
na vida futura.
68:14. O bispo, juiz comum, será designa-
Irá a minha presença contigo para te do para esse ministério, D&C 107:17, 74.
fazer descansar, Êx. 33:14. Um homem deve ser chamado por
Vinde a mim, todos os que estais can- Deus, por profecia e pela imposição de
sados, e eu vos aliviarei, Mt. 11:28–29. mãos, RF 1:5.
Trabalhamos diligentemente para o
povo entrar em seu descanso, Jacó 1:7 Desprezar, Desprezo. Ver Odiar,
(Heb. 4:1–11). Todo aquele que se ar- Ódio
repender entrará no descanso do Se-
nhor, Al. 12:34. Muitos foram purifica- Destruidor. Ver também Diabo
dos e entraram no descanso do Senhor, Satanás é o destruidor.
Al. 13:12–16. Paraíso é um estado de O Senhor não deixará o destruidor
descanso, Al. 40:12 (Al. 60:13). Nada entrar em vossas casas, Êx. 12:23.
entra em seu descanso sem que tenha O destruidor move-se sobre a super-
lavado suas vestes em meu sangue, fície das águas, D&C 61:19. O atalaia
3 Né. 27:19. poderia ter salvado a minha vinha do
A coisa de maior valor para ti será de- destruidor, D&C 101:51–54.
clarar arrependimento a este povo, a fim
de trazeres almas a mim e descansares Deus. Ver Trindade
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
51 Diabo
Deuteronômio. Ver também Dez Tribos. Ver Israel
Pentateuco
Diabo. Ver também Anticristo;
O quinto livro do Velho Testamento. Destruidor; Espírito—Espíritos
O livro Deuteronômio contém os três maus; Filhos de Perdição; Inferno;
últimos discursos que Moisés proferiu Lúcifer
nas planícies de Moabe, pouco antes de
ser transladado. O primeiro discurso Satanás. O diabo é inimigo de toda
(capítulos 1–4) é introdutório. O segundo a justiça e dos que buscam cumprir a
(capítulos 5–26) consiste em duas partes: vontade de Deus. Ele é literalmente um
(1) os capítulos 5–11 — os Dez Manda- filho espiritual de Deus e outrora foi um
mentos e uma explicação prática deles; anjo com autoridade na presença do Pai
e (2) os capítulos 12–26 — um código de Celestial (Isa. 14:12; 2 Né. 2:17). Entre-
leis que constituem o núcleo de todo tanto, na vida pré-mortal ele se rebelou
o livro. O terceiro discurso (capítulos e persuadiu uma terça parte dos filhos
27–30) é uma solene renovação do con- espirituais do Pai a se revoltarem contra
vênio entre Israel e Deus e a declaração ele (D&C 29:36; Mois. 4:1–4; Abr. 3:27–28).
das bênçãos que a obediência proporcio- Eles foram expulsos dos céus e foi-lhes
na e das maldições que acompanham a negada a oportunidade de obterem cor-
rebeldia. Os capítulos 31–34 descrevem pos mortais e viverem as experiências da
a entrega da lei aos levitas, o cântico de mortalidade; serão eternamente conde-
Moisés e derradeira bênção, bem como nados. Desde a época em que o diabo foi
sua partida. expulso do céu, ele tem procurado cons-
tantemente enganar toda a humanidade
Dever. Ver também Obedecer, e afastá-la da obra de Deus, para que se
Obediência, Obediente
torne tão miserável como ele próprio
Nas escrituras, uma tarefa, designação (Apoc. 12:9; 2 Né. 2:27; 9:8–9).
ou responsabilidade, geralmente con-
Jesus repreendeu o demônio, Mt. 17:18.
ferida pelo Senhor ou por Seus servos.
O fogo eterno está preparado para o
Guarda os seus mandamentos; porque diabo e seus anjos, Mt. 25:41. Resisti ao
este é o dever de todo o homem, Ecles. diabo, e ele fugirá de vós, Tg. 4:7.
12:13. O que é que o Senhor pede de ti, Os iníquos serão levados ao cativeiro
senão que pratiques a justiça, Miq. 6:8. do diabo, 1 Né. 14:7. O diabo é o pai de
Mais importa obedecer a Deus do que todas as mentiras, 2 Né. 2:18 (Mois. 4:4).
aos homens, At. 5:29. O diabo procura tornar todos os homens
Foram atingidos por duras aflições tão miseráveis como ele próprio, 2 Né.
para que se lembrassem de seus deve- 2:27. Se a carne não mais se levantasse,
res, Mos. 1:17. nossos espíritos estariam à mercê do
Descritos os deveres dos élderes, diabo, 2 Né. 9:8–9. O diabo enfurecerá,
sacerdotes, mestres e diáconos, D&C pacificará e lisonjeará, 2 Né. 28:20–23.
20:38–67. Os portadores do sacerdócio O que é mau vem do diabo, Ômni 1:25
devem cumprir todas as obrigações fa-
(Al. 5:40; Morô. 7:12, 17). Cuidai de que
miliares, D&C 20:47, 51. Descritos os de-
não surjam contendas entre vós nem vos
veres dos membros após o batismo, D&C
inclineis a obedecer ao espírito maligno,
20:68–69. Meus élderes devem esperar
Mos. 2:32. Se não sois as ovelhas do bom
um pouco para que o povo conheça mais
pastor, o diabo é o vosso pastor, Al. 5:38–
perfeitamente os seus deveres, D&C
39. O diabo não amparará seus filhos,
105:9–10. Que todo homem aprenda seu
Al. 30:60. Orai continuamente, para não
dever, D&C 107:99–100.
serdes levados pelas tentações do diabo,
Dez Mandamentos. Ver Al. 34:39 (3 Né. 18:15, 18). Construamos
Mandamentos, Os Dez nossos alicerces sobre o Redentor, para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Diácono 52
que a violenta tempestade do diabo não membros da Igreja guardavam o último
tenha poder sobre nós, Hel. 5:12. O diabo dia da semana como o Sábado judaico,
é o autor de todo pecado, Hel. 6:26–31. conforme o faziam os judeus. Depois
O diabo procurou armar um plano da Ressurreição, os membros da Igreja,
astuto, D&C 10:12. É necessário que o quer judeus quer gentios, guardavam
diabo tente os filhos dos homens, ou o primeiro dia da semana (o dia do Se-
eles não poderiam ser seus próprios nhor) para lembrar a Ressurreição do
árbitros, D&C 29:39. Adão se tornou su- Senhor. A Igreja hoje continua a guardar
jeito à vontade do diabo porque cedeu à um dia por semana como o dia sagrado
tentação, D&C 29:40. Os filhos de perdi- de descanso, no qual adoramos a Deus
ção reinarão com o diabo e seus anjos na e descansamos dos labores do mundo.
eternidade, D&C 76:32–33, 44. O diabo O dia de descanso lembra às pessoas
será amarrado por mil anos, D&C 88:110 a necessidade de alimento espiritual e o
(Apoc. 20:2). O ser maligno tira a luz e a dever de obedecer a Deus. Quando uma
verdade, D&C 93:39. nação se descuida da observância do dia
Satanás não guardou seu primeiro de descanso, todos os aspectos de sua
estado, Abr. 3:28. vida são afetados e sua vida religiosa
Igreja do diabo: Toda organização iní- decai (Ne. 13:15–18; Jer. 17:21–27).
qua e mundana da Terra, que corrompe Deus descansou no sétimo dia, Gên.
o evangelho puro e perfeito e luta contra 2:1–3. Os filhos de Israel não colhiam
o Cordeiro de Deus. maná no dia de descanso, Êx. 16:22–30.
O diabo fundou a grande e abomi- Lembra-te do dia do sábado para o san-
nável igreja, 1 Né. 13:6 (1 Né. 14:9). Há tificar, Êx. 20:8–11 (Mos. 13:16–19). O sá-
somente duas igrejas: uma do Cordeiro bado foi dado como um sinal entre Deus
de Deus e a outra do diabo, 1 Né. 14:10 e o homem, Êx. 31:12–17 (Eze. 20:12, 20).
(Al. 5:39). Não devemos comprar nem vender no
Não contendais com igreja alguma, sábado, Ne. 10:31. Chama o sábado de-
a menos que seja a igreja do diabo, leitoso, honrando o Senhor e não fazen-
D&C 18:20. A grande e abominável igre- do a tua própria vontade, Isa. 58:13–14.
ja será abatida, D&C 29:21. O sábado foi feito para o homem e não
Diácono. Ver também Sacerdócio o homem para o sábado, Mc. 2:23–28. O
Aarônico filho do homem é o Senhor do sábado,
Lc. 6:1–10. Jesus ensinou em uma sina-
Um chamado para servir na Igreja,
goga e curou no sábado, Lc. 13:10–14.
no tempo do Apóstolo Paulo (Filip. 1:1;
Os nefitas santificaram o sábado, Jar.
1 Tim. 3:8–13) e um ofício no Sacerdó-
1:5. Guarda o dia do sábado para o san-
cio Aarônico (D&C 20:38, 57–59; 84:30,
tificares, Mos. 18:23.
111; 107:85).
Oferecerás sacramentos no meu dia
Dia do Sábado (Dia de Descanso). santificado, D&C 59:9–13. Os habitan-
Ver também Criação, Criar; tes de Sião observarão o dia do Senhor,
Descansar, Descanso D&C 68:29.
Dia sagrado, reservado a cada semana Eu, Deus, descansei no sétimo dia de
para descanso e adoração. Depois que toda minha obra, Mois. 3:1–3 (Gên. 2:1–3;
Deus criou todas as coisas, Ele descan- Abr. 5:1–3).
sou no sétimo dia e ordenou que fosse Dia do Senhor. Ver Dia do Sábado
separado um dia a cada semana para (Dia de Descanso); Juízo Final;
descanso e para ajudar as pessoas a se Segunda Vinda de Jesus Cristo
lembrarem Dele (Êx. 20:8–11).
Antes da Ressurreição de Cristo, os Difamação. Ver Maledicência
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
53 Discernimento, Dom de
Dignidade, Digno. Ver também a Terra para desfazer toda a carne, Gên.
Justo(s); Retidão 6:17 (Mois. 7:34, 43, 50–52; 8:17, 30). Vie-
Ser pessoalmente reto e ser aprovado ram sobre a Terra as águas do dilúvio,
diante de Deus e de Seus servos desig- Gên. 7:10. Deus colocou um arco nas
nados. nuvens como sinal do convênio, Gên.
9:9–17.
Quem não toma a sua cruz não é digno
de mim, Mt. 10:38. Digno é o obreiro de Depois que as águas recuaram, as
seu salário, Lc. 10:7 (D&C 31:5). Américas tornaram-se uma terra esco-
Esforçai-vos por fazer todas as coisas lhida, Ét. 13:2.
com dignidade, Mórm. 9:29. Não eram Os ímpios perecerão nos dilúvios,
batizados a menos que se mostrassem Mois. 7:38; 8:24.
dignos, Morô. 6:1. Dinheiro. Ver também Dízimos;
Aquele que for preguiçoso não será Esmolas; Mundanismo; Riquezas
considerado digno de permanecer, D&C
107:100. Quem não suporta correção não Moedas, cédulas, cheques ou qualquer
é digno do meu reino, D&C 136:31. O sa- coisa que as pessoas usem para pagar
cerdócio foi estendido a todos os mem- bens e serviços. Às vezes é usado como
bros dignos do sexo masculino, DO 2. símbolo do materialismo.

Diligência Sem dinheiro sereis resgatados,


Isa. 52:3.
Esforço consistente e corajoso, espe- Os Doze foram instruídos a não levar
cialmente para servir ao Senhor e obe- nada em suas viagens, quer seja alforje,
decer à Sua palavra.
pão ou dinheiro, Mc. 6:8. Pedro disse
Deus é galardoador dos que diligente- a Simão, o mágico, que seu dinheiro
mente o buscam, Heb. 11:6. Pondo toda pereceria com ele, At. 8:20. O amor ao
a diligência, acrescentai à vossa fé vir- dinheiro é a raiz de toda a espécie de
tude, 2 Ped. 1:5. males, 1 Tim. 6:10.
Ensinar com toda a diligência a pala- Não despendais dinheiro naquilo que
vra de Deus, Jacó 1:19. Eles haviam exa- não tem valor, 2 Né. 9:50–51 (Isa. 55:1–2;
minado diligentemente as escrituras, 2 Né. 26:25–27). Se trabalhar por dinhei-
Al. 17:2. Estavam desejosos de guardar ro, perecerá, 2 Né. 26:31. Antes de buscar-
com todo o empenho os mandamentos,
des as riquezas buscai o reino de Deus,
3 Né. 6:14. Trabalhemos diligentemente,
Jacó 2:18–19. Um dia haverá igrejas que
Morô. 9:6.
dirão que por dinheiro sereis perdoados
Os homens devem ocupar-se zelosa-
de vossos pecados, Mórm. 8:32, 37.
mente numa boa causa, D&C 58:27. Não
ser ocioso, mas trabalhar com toda a for- O que der dinheiro para a causa de
ça, D&C 75:3. Dar ouvidos diligentemen- Sião, de modo algum perderá sua re-
te às palavras de vida eterna, D&C 84:43. compensa, D&C 84:89–90.
Que todo homem aprenda seu dever e Discernimento, Dom de. Ver também
a agir com toda diligência, D&C 107:99. Dons do Espírito
Dilúvio no Tempo de Noé. Ver Entender ou conhecer alguma coisa
também Arca; Arco-Íris; Noé, pelo poder do Espírito. O dom de dis-
Patriarca Bíblico cernimento é um dos dons do Espírito.
Durante a época de Noé a Terra foi Inclui percepção do verdadeiro caráter
completamente coberta pelas águas. Foi das pessoas e da origem e significado
o batismo da Terra e simbolizou sua pu- das manifestações espirituais.
rificação (1 Ped. 3:20–21). O homem vê o que está diante dos
Deus trará um dilúvio de águas sobre olhos, porém o Senhor olha para o
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Disciplinar 54
coração, 1 Sam. 16:7. Ai dos que ao mal disposto a perder a vida, não é meu dis-
chamam bem, Isa. 5:20 (2 Né. 15:20). cípulo, D&C 103:27–28.
As coisas de Deus se discernem espiri-
Discípulos Nefitas. Ver Três
tualmente, 1 Cor. 2:14. A alguns é dado o
Discípulos Nefitas
dom de discernir espíritos, 1 Cor. 12:10.
Amon podia discernir-lhes os pen- Discussão. Ver Contenção, Contenda
samentos, Al. 18:18. Uma voz mansa
penetrava até o âmago daqueles que a Dispensação. Ver também Chaves do
ouviam, 3 Né. 11:3. Sacerdócio; Evangelho; Restauração
Para que não sejais enganados, pro- do Evangelho; Sacerdócio
curai os melhores dons, D&C 46:8, 23. Dispensação do evangelho é um perío-
Aos líderes da Igreja é dado poder para do de tempo em que o Senhor tem pelo
discernir os dons do Espírito, D&C 46:27. menos um servo autorizado na Terra que
O corpo que é cheio de luz compreende possui as chaves do santo sacerdócio.
todas as coisas, D&C 88:67. Adão, Enoque, Noé, Abraão, Moisés,
Moisés viu a Terra, discernindo-a pelo Jesus Cristo, Joseph Smith e outros ini-
Espírito de Deus, Mois. 1:27. ciaram uma nova dispensação do evan-
gelho. Quando o Senhor organiza uma
Disciplinar. Ver Castigar, Castigo, dispensação, o evangelho é revelado
Corrigir, Repreender novamente para que o povo daquela
dispensação não tenha que depender
Discípulo. Ver também Apóstolo;
das dispensações passadas para o co-
Conversão, Converter; Cristãos;
nhecimento do plano de salvação. A
Jugo dispensação iniciada por Joseph Smith
Um seguidor de Jesus Cristo que vive é conhecida como a “dispensação da
conforme os ensinamentos do Salvador plenitude dos tempos.”
(D&C 41:5). O termo discípulo é usado O Deus do céu levantará um reino,
para descrever os Doze Apóstolos cha- Dan. 2:44 (D&C 65).
mados por Cristo durante o Seu ministé- Nos últimos dias derramarei o meu
rio terreno (Mt. 10:1–4). O termo discípulo Espírito sobre toda a carne, At. 2:17 (Joel
também é utilizado com referência aos 2:28). O céu deve conter a Cristo até aos
doze homens escolhidos por Jesus para tempos da restauração de tudo, At. 3:21.
dirigirem a Sua Igreja entre os nefitas e Na dispensação da plenitude dos tem-
lamanitas (3 Né. 19:4). pos Deus congregará em Cristo todas as
Sela a lei entre os meus discípulos, coisas, Ef. 1:10.
Isa. 8:16. Entre eles estabelecerei a minha Igre-
Se vós permanecerdes na minha pa- ja, 3 Né. 21:22.
lavra, verdadeiramente sereis meus dis- O Senhor confiou as chaves de seu
cípulos, Jo. 8:31. reino e uma dispensação do evangelho
Mórmon era um discípulo de Jesus para os últimos dias, D&C 27:13. As cha-
Cristo, 3 Né. 5:12–13. Vós sois meus dis- ves desta dispensação são confiadas a
cípulos, 3 Né. 15:12. Três discípulos não vossas mãos, D&C 110:12–16. Todas as
provarão a morte, 3 Né. 28:4–10. chaves das dispensações passadas foram
A voz de advertência irá pela boca de restauradas na dispensação da plenitude
meus discípulos, D&C 1:4. Meus discí- dos tempos, D&C 128:18–21.
pulos permanecerão em lugares santos, Dispersão de Israel. Ver Israel—
D&C 45:32. Os que não se lembrarem Dispersão de Israel
dos pobres e necessitados, dos doen-
tes e dos aflitos, não são meus discípu- Dívida. Ver também Perdoar
los, D&C 52:40. Aquele que não estiver Conforme o termo é usado nas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
55 Doença, Doente
escrituras, o dinheiro ou a propriedade templos, para apoiar a obra missionária
que se deve a outrem faz com que o de- e para edificar o reino de Deus na Terra.
vedor se encontre numa forma de ser- Abraão deu os dízimos de tudo o
vidão. Em outro sentido, Jesus ensinou
que possuía para Melquisedeque, Gên.
que devemos pedir ao Pai que perdoe
14:18–20 (Heb. 7:1–2, 9; Al. 13:15). Todas
as nossas dívidas, ou que nos isente de
pagarmos o preço de nossos pecados — as dízimas são do Senhor; santas são
por meio da Expiação de Jesus Cristo — ao Senhor, Lev. 27:30–34. Certamente
após termos perdoado outras pessoas darás os dízimos de todo o fruto, Deut.
pelas suas ofensas contra nós (Mt. 6:12; 14:22, 28. Os dízimos de tudo trouxeram
3 Né. 13:11). em abundância, 2 Crôn. 31:5. Roubará o
homem a Deus? Em que te roubamos?
O ímpio toma emprestado, e não paga,
Salm. 37:21. O que toma emprestado é nos dízimos e nas ofertas, Mal. 3:8–11
servo do que empresta, Prov. 22:7. (3 Né. 24:8–11).
Perdoei-te toda aquela dívida: Não Aquele que paga o dízimo não será
devias tu igualmente ter compaixão, queimado na sua vinda, D&C 64:23
Mt. 18:23–35. A ninguém devais coisa (D&C 85:3). A casa do Senhor será cons-
alguma, a não ser o amor com que vos truída com o dízimo de seu povo, D&C
ameis uns aos outros, Rom. 13:8. 97:11–12. O Senhor revelou a lei do dízi-
Somos eternos devedores do Pai Ce- mo, D&C 119. A distribuição dos dízi-
lestial, Mos. 2:21–24, 34. Quem pedir em- mos será feita por um conselho, D&C
prestado a seu vizinho, deverá devolver 120.
aquilo que tomou emprestado, Mos. 4:28.
Paga o que deves. Desembaraça-te Doença, Doente
de obrigações, D&C 19:35. É proibido Moléstia, enfermidade. Nas escritu-
contrair dívidas com os vossos inimi- ras a doença física às vezes serve como
gos, D&C 64:27. É da minha vontade símbolo da falta de bem-estar espiritual
que pagueis todas as vossas dívidas, (Isa. 1:4–7; 33:24).
D&C 104:78. Não contrair dívidas para
construir a casa do Senhor, D&C 115:13. Ezequias adoeceu para morrer e Deus
o sarou, 2 Re. 20:1–5 (2 Crôn. 32:24; Isa.
Divórcio. Ver também Casamento, 38:1–5).
Casar Jesus andou curando todo o tipo de
Término de um casamento por meio enfermidade, Mt. 4:23–24 (1 Né. 11:31;
da lei civil ou eclesiástica. De acordo com Mos. 3:5–6). Não necessitam de médico
o Novo Testamento, Deus permitiu o di- os sãos, mas sim os doentes, Mt. 9:10–13
vórcio sob certas condições, por causa da (Mc. 2:14–17; Lc. 5:27–32). Está alguém
dureza do coração do povo: entretanto, entre vós doente? Chame os presbíte-
como ensinou Jesus, “ao princípio não ros, Tg. 5:14–15.
foi assim” (Mt. 19:3–12). De modo geral, Cristo tomará sobre si as dores e enfer-
as escrituras aconselham a não se recor- midades de seu povo, Al. 7:10–12. Jesus
rer ao divórcio e incentivam os casais a
curou todos os doentes entre os nefitas,
se amarem em retidão (1 Cor. 7:10–12;
3 Né. 26:15.
D&C 42:22).
Alimentar os doentes com todo cari-
Dízimos. Ver também Dinheiro; nho, com ervas e comidas leves, D&C
Oferta 42:43 (Al. 46:40). Em todas as coisas
A décima parte dos ganhos anuais lembrai-vos dos doentes e necessita-
de uma pessoa, dada ao Senhor por in- dos, D&C 52:40. Impõe as tuas mãos
termédio da Igreja. Os fundos do dízi- sobre os doentes e recuperar-se-ão,
mo são usados para construir capelas e D&C 66:9.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Dolo 56
Dolo. Ver também Enganar, Engano, A remissão dos pecados vem pelo fogo
Fraude e pelo Espírito Santo, 2 Né. 31:17.
Nas escrituras o dolo é a astúcia frau- Cremos na imposição de mãos para
dulenta. conferir o dom do Espírito Santo, RF 1:4.
Natanael era um israelita em quem Domingo. Ver Dia do Sábado (Dia de
não havia dolo, Jo. 1:47 (D&C 41:9–11). Descanso)
O conhecimento puro ampliará a alma
Dons do Espírito. Ver também Dom
sem hipocrisia e sem dolo, D&C 121:42.
Bênçãos espirituais especiais conce-
Dom. Ver também Dom do Espírito didas pelo Senhor às pessoas dignas,
Santo; Dons do Espírito para benefício delas próprias e para que
Deus concede ao homem muitas bên- os usem com o fim de abençoar outros.
çãos e dons. Uma descrição dos dons do Espírito
encontra-se em D&C 46:11–33; 1 Cor.
Há muitos dons espirituais, 1 Cor.
12:1–12; Morô. 10:8–18.
12:4–10. Procurai com zelo os melhores
dons, 1 Cor. 12:31. Todo o dom perfeito Procurai com zelo os melhores dons,
provém de Deus, Tg. 1:17. 1 Cor. 12:31 (1 Cor. 14:1).
O poder do Espírito Santo é o dom Os nefitas receberam muitos dons do
concedido por Deus, 1 Né. 10:17. Os que Espírito, Al. 9:21. Ai daquele que diz que
dizem que não há dons não conhecem o o Senhor já não obra por meio de dons
evangelho de Cristo, Mórm. 9:7–8. Toda ou pelo poder do Espírito Santo, 3 Né.
boa dádiva vem de Cristo, Morô. 10:8–18. 29:6. Deus concede dons aos que crerem,
A vida eterna é o maior de todos os Mórm. 9:7. Os dons são dados pelo Es-
dons de Deus, D&C 14:7 (1 Né. 15:36). pírito de Cristo, Morô. 10:17.
Os dons são dados aos que amam ao Há muitos dons e a cada homem é
Senhor, D&C 46:8–11. Pois a todos não dado um dom pelo Espírito de Deus,
são dados todos os dons, D&C 46:11–29. D&C 46:11. Aos líderes da Igreja é dado
o poder de discernir os dons do Espírito,
Dom do Espírito Santo. Ver também D&C 46:27. O Presidente da Igreja pos-
Dom; Dons do Espírito; Espírito sui todos os dons que Deus confere ao
Santo; Trindade cabeça da Igreja, D&C 107:91–92.
Todo membro da Igreja batizado e dig- Dons Espirituais. Ver Dons do
no tem o direito de ter a influência cons- Espírito
tante do Espírito Santo. Após batizar-se
na verdadeira Igreja de Jesus Cristo, a Dormir
pessoa recebe o dom do Espírito Santo Estado de repouso no qual se sus-
pela imposição de mãos de alguém que pende a atividade consciente. O Senhor
tenha a devida autoridade (At. 8:12–25; aconselhou seus santos a não dormirem
Morô. 2; D&C 39:23). O recebimento do mais do que o necessário (D&C 88:124).
dom do Espírito Santo geralmente é O vocábulo dormir também é utiliza-
chamado de batismo de fogo (Mt. 3:11; do como símbolo da morte espiritual
D&C 19:31). (1 Cor. 11:30; 2 Né. 1:13) ou da morte fí-
Ordena-se que os homens se arre- sica (Mórm. 9:13).
pendam, sejam batizados e recebam o
Doutrina de Cristo. Ver também
dom do Espírito Santo, At. 2:38. Pedro
Evangelho; Plano de Redenção
e João conferiram o Espírito Santo pela
imposição de mãos, At. 8:14–22. O Espí- Os princípios e ensinamentos do evan-
rito Santo é conferido pela imposição de gelho de Jesus Cristo.
mãos, At. 19:2–6. Goteje a minha doutrina como a
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
57 Efésios, Epístola aos
chuva, Deut. 32:2. Os murmuradores Doze, Quórum dos. Ver Apóstolo
aprenderão doutrina, Isa. 29:24.
A multidão se admirou da sua doutri- Doze Tribos de Israel. Ver Israel—
na, Mt. 7:28. A minha doutrina não é mi- Doze tribos de Israel
nha, mas daquele que me enviou, Jo. 7:16.
Esta é a doutrina de Cristo, a única e Eclesiastes
verdadeira doutrina do Pai, 2 Né. 31:21
Livro do Velho Testamento que con-
(2 Né. 32:6). Não haverá disputas entre
tém reflexões sobre alguns dos proble-
vós sobre os pontos de minha doutrina,
mas mais profundos da vida.
3 Né. 11:28, 32, 35, 39–40.
Satanás incita o coração do povo a con- O autor do livro, o Pregador, escreve
tender com relação aos pontos de minha grande parte dele do ponto de vista dos
doutrina, D&C 10:62–63, 67. Ensinar aos que não possuem a compreensão do
filhos a doutrina do arrependimento, da evangelho. Ele escreve conforme os sen-
fé em Cristo, do batismo e do dom do timentos das pessoas do mundo — isto
Espírito Santo, D&C 68:25. Ensineis a é, dos que estão “debaixo do sol” (Ecles.
doutrina do reino uns aos outros, D&C 1:9). O livro, em grande parte, é um tan-
88:77–78. A doutrina do sacerdócio des- to negativo e pessimista (Ecles. 9:5, 10).
tilar-se-á sobre tua alma, D&C 121:45. Essa não é a forma como o Senhor gos-
taria que percebêssemos a vida, mas sim
Doutrina e Convênios. Ver também como o Pregador observou que as coisas
Cânone; Escrituras; Livro de aparentam ser aos homens da Terra que
Mandamentos; Smith, Joseph, Jr. não têm sabedoria. A parte mais espiri-
Uma coletânea de revelações divinas e tual do livro encontra-se nos capítulos
declarações inspiradas dos últimos dias. 11 e 12, onde o autor conclui que a única
O Senhor concedeu-as a Joseph Smith coisa de valor duradouro é a obediência
e a diversos de seus sucessores para aos mandamentos de Deus.
o estabelecimento e regulamentação
Éden. Ver também Adão; Eva
do reino de Deus na Terra nos últimos
dias. Doutrina e Convênios é uma das O lar de nossos primeiros pais, Adão
obras-padrão de escrituras de A Igreja e Eva (Gên. 2:8–3:24; 4:16; 2 Né. 2:19–25;
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Mois. 3–4; Abr. 5), designado como um
Dias, juntamente com a Bíblia, o Livro jardim, a leste do Éden. Adão e Eva fo-
de Mórmon e a Pérola de Grande Va- ram expulsos do Éden após comerem
lor. Doutrina e Convênios, entretanto, é do fruto proibido e se tornarem mortais
singular, porque não é uma tradução de (Mois. 4:29). As revelações dos últimos
documentos antigos; o Senhor deu essas dias confirmam o relato bíblico do Jar-
revelações aos Seus profetas escolhidos dim do Éden. Elas acrescentam a impor-
nestes tempos modernos, a fim de res- tante informação de que o jardim estava
taurar o Seu reino. Nas revelações, po- localizado no que hoje se conhece como
de-se ouvir a voz mansa, porém firme o continente norteamericano.
do Senhor Jesus Cristo (D&C 18:35–36).
A história de Joseph Smith afirma Efésios, Epístola aos. Ver também
que Doutrina e Convênios é o alicerce Epístolas Paulinas; Paulo
da Igreja nos últimos dias e um benefí- No Novo Testamento, uma carta escri-
cio para o mundo (D&C 70 cabeçalho). ta pelo Apóstolo Paulo aos santos de Éfe-
As revelações ali contidas dão início à so. A epístola é de grande importância,
preparação do caminho para a Segun- pois contém os ensinamentos de Paulo
da Vinda do Senhor, em cumprimento a a respeito da Igreja de Cristo.
todas as palavras faladas pelos profetas O capítulo 1 traz a costumeira sau-
desde o princípio do mundo. dação. Os capítulos 2–3 explicam a
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Efraim 58
modificação que ocorre nas pessoas Efraim foram confiadas a Morôni,
quando se tornam membros da Igreja — D&C 27:5.
tornam-se concidadãos dos santos, com
gentios e judeus unidos em uma só Igre- Egito
ja. Os capítulos 4–6 esclarecem os papéis País situado no nordeste da África. A
dos apóstolos e profetas, a necessidade maior parte do Egito é árida e desabitada
de união e a importância de vestirmos e a maioria de seus habitantes vive no
toda a armadura de Deus. vale do Nilo, que se estende por cerca de
900 quilômetros.
Efraim. Ver também Israel; José,
O antigo Egito era rico e próspero.
Filho de Jacó; Livro de Mórmon;
Foram construídas grandes obras públi-
Manassés
cas, inclusive de irrigação, cidades forte-
No Velho Testamento, o segundo filho mente defendidas e monumentos reais,
de José e Asenate (Gên. 41:50–52; 46:20). especialmente pirâmides mortuárias e
Contrariando a maneira tradicional, templos que até hoje se contam entre as
Efraim recebeu a bênção da primogeni- maravilhas do mundo. Durante algum
tura em vez de Manassés, que era o filho tempo o sistema de governo egípcio
mais velho (Gên. 48:17–20). Efraim tor- imitou a ordem patriarcal do sacerdócio
nou-se o pai da tribo que leva seu nome. (Abr. 1:21–27).
Tribo de Efraim: recebeu a primoge- Abraão e José foram levados ao Egito
nitura de Israel (1 Crôn. 5:1–2; Jer. 31:9). para salvar suas famílias da fome, Gên.
Nos últimos dias essa tribo tem o pri- 12:10 (Gên. 37:28). José foi vendido para o
vilégio e responsabilidade de portar o Egito, Gên. 45:4–5 (1 Né. 5:14–15). Jacó foi
sacerdócio, levar ao mundo a mensagem conduzido ao Egito, Gên. 46:1–7. Moisés
do evangelho restaurado e levantar um conduziu os filhos de Israel para fora do
estandarte a fim de reunir a Israel dis- Egito, Êx. 3:7–10; 13:14 (Heb. 11:27; 1 Né.
persa (Isa. 11:12–13; 2 Né. 21:12–13). Os
17:40; Mois. 1:25–26). O Egito simbolizava
filhos de Efraim coroarão de glória os
a iniquidade, Eze. 29:14–15 (Ose. 9:3–7;
que retornarem dos países do norte nos
Abr. 1:6, 8, 11–12, 23).
últimos dias (D&C 133:26–34).
Um anjo disse a José que fugisse com
Vara de Efraim ou vara de José: Registro Maria e Jesus para o Egito, Mt. 2:13
de um grupo da tribo de Efraim que (Ose. 11:1).
foi conduzido de Jerusalém à América,
em aproximadamente 600 a.C. O regis- Egitus
tro desse grupo é chamado de vara de Nome da mulher e também de uma
Efraim ou de José, ou o Livro de Mór- filha de Cão, filho de Noé. No idioma
mon. Ele e a vara de Judá (a Bíblia) for- caldeu, o nome significa “Egito,” ou seja,
mam um testemunho unificado do Se- “aquilo que é proibido” (Abr. 1:23–25).
nhor Jesus Cristo, de Sua Ressurreição
e de Sua obra divina entre estes dois Élder (Ancião). Ver também
ramos da casa de Israel. Sacerdócio; Sacerdócio de
Melquisedeque
Um ramo de Efraim se desprenderá e
escreverá um outro testamento de Cris- O termo ancião é usado de diversas
to, TJS, Gên. 50:24–26, 30–31. A vara de maneiras na Bíblia. No Velho Testamento
Judá e a vara de José se tornarão uma, a palavra ancião geralmente se refere aos
Eze. 37:15–19. homens idosos de uma tribo, a quem se
Os escritos de Judá e os de José cres- costumava confiar assuntos de governo
cerão juntamente, 2 Né. 3:12. O Senhor (Gên. 50:7; Jos. 20:4; Rut. 4:2; Mt. 15:2). Sua
fala a muitas nações, 2 Né. 29. idade e experiência tornavam valiosos os
As chaves do registro da vara de seus conselhos. Esta designação não se
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
59 Elias
referia, necessariamente, a seu chamado descendência de Abraão e a casa de Is-
no sacerdócio. rael e se tornariam o povo do convênio
Na época do Velho Testamento tam- (Deut. 32:7–9; Ef. 1:4; Abr. 2:9–11). Tais
bém havia anciãos, ou élderes, ordena- pessoas recebem bênçãos e deveres es-
dos no Sacerdócio de Melquisedeque peciais, a fim de abençoarem todas as
(Êx. 24:9–11). No Novo Testamento os nações do mundo (Rom. 11:5–7; 1 Ped.
anciãos ou presbíteros são mencionados 1:2; Al. 13:1–5; D&C 84:99). Todavia, mes-
como um ofício do sacerdócio na Igreja mo os eleitos devem ser chamados e es-
(Tg. 5:14–15). Entre os nefitas também colhidos nesta vida, para que alcancem
havia élderes ordenados no sacerdócio a salvação.
(Al. 4:7, 16; Morô. 3:1). Nesta dispen-
sação Joseph Smith e Oliver Cowdery Eleitos
foram os primeiros élderes ordenados Eleitos são aqueles que amam a Deus
(D&C 20:2–3). de todo o seu coração e vivem de manei-
Para evitar a interpretação errônea ra que seja agradável a Ele. Aqueles que
que podia ser dada ao título “ancião,” vivem dessa forma como discípulos um
a Igreja optou pelo termo “élder” (que dia serão escolhidos pelo Senhor para
significa ancião em inglês) como título estar entre os Seus filhos diletos.
apropriado a todos os portadores do Sa- Se possível, enganariam até os eleitos,
cerdócio de Melquisedeque. Por exem- Mt. 24:24. Ele nos elegeu antes da funda-
plo, os missionários são chamados de ção do mundo, Ef. 1:4. João regozijou-se
élderes. Um Apóstolo também é um él- porque os filhos da senhora eleita eram
der, sendo adequado aplicar este título verdadeiros e fiéis, 2 Jo. 1. Vós sois a ge-
aos membros do Quórum dos Doze e dos ração eleita, o sacerdócio real, 1 Ped. 2:9.
Quóruns dos Setenta (D&C 20:38; 1 Ped. Teus pecados te são perdoados e és
5:1). Os deveres dos élderes ordenados na uma mulher eleita, D&C 25:3. Os meus
Igreja hoje em dia foram especificados eleitos ouvem a minha voz, e não endu-
nas revelações modernas (D&C 20:38–45; recem o coração, D&C 29:7. Da mesma
42:44; 46:2; 107:12). forma reunirei meus eleitos dos quatro
Moisés escreveu a todos os anciãos de cantos da Terra, D&C 33:6. Escrituras
Israel, Deut. 31:9. serão dadas para salvação de meus elei-
Barnabé enviou socorro aos anciãos tos, D&C 35:20–21. Os que magnificam
da Igreja, At. 11:30. Anciãos foram elei- os seus chamados no sacerdócio se tor-
tos em cada Igreja, At. 14:23 (Tit. 1:5). nam os eleitos de Deus, D&C 84:33–34.
Chame os presbíteros e orem sobre o Israel foi eleito por Deus, Mois. 1:26.
doente, Tg. 5:14. Por causa dos eleitos os dias de tribula-
Élderes foram ordenados pela impo- ção serão abreviados, JS—M 1:20.
sição das mãos, Al. 6:1.
Os élderes devem abençoar as crian- Eli. Ver também Samuel, Profeta do
ças, D&C 20:70. Os élderes devem di- Velho Testamento
rigir as reuniões pelo Espírito Santo, Sumo sacerdote e juiz do Velho Testa-
D&C 46:2. Os élderes prestarão contas mento, na época em que o Senhor cha-
de sua mordomia, D&C 72:5. Os élderes mou Samuel para ser profeta (1 Sam. 3).
devem pregar o evangelho às nações, O Senhor repreendeu-o por tolerar a
D&C 133:8. iniquidade de seus filhos (1 Sam. 2:22–
36; 3:13).
Eleição. Ver também Chamado
(Vocação) e Eleição Elias. Ver também Elias, o Profeta
Baseando-se na dignidade pré-mor- As escrituras usam de diversas ma-
tal, Deus escolheu os que seriam a neiras este nome ou título.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Elias, o Profeta 60
Precursor: Elias é o título de alguém sacerdócio a Pedro, Tiago e João (Mt.
que é um precursor. Por exemplo: João 17:3). Ele apareceu novamente, com Moi-
Batista era um Elias porque foi enviado sés e outros, em 3 de abril de 1836, no
a fim de preparar o caminho de Jesus Templo de Kirtland, Ohio, conferindo
(Mt. 17:12–13). as mesmas chaves a Joseph Smith e a
Restaurador: O título Elias também foi Oliver Cowdery (D&C 110:13–16). Tudo
aplicado a outros personagens que cum- isso aconteceu em preparação para a
priram missões específicas, como João, Segunda Vinda do Senhor, conforme
o Revelador (D&C 77:14) e Gabriel (Lc. profetizado em Mal. 4:5–6.
1:11–20; D&C 27:6–7; 110:12). O poder de Elias, o profeta, é o poder
selador do sacerdócio, pelo qual todas
Um homem da dispensação de Abraão:
as coisas que são ligadas ou desligadas
Um profeta chamado Esaías, ou Elias,
na Terra são ligadas ou desligadas nos
que aparentemente viveu nos dias de
céus (D&C 128:8–18). Atualmente servos
Abraão (D&C 84:11–13; 110:12).
escolhidos do Senhor, na Terra, possuem
Elias: Nota: é a forma grega do nome esse poder selador e realizam as orde-
Elijah (hebraico). Como na tradução da nanças salvadoras do evangelho pelos
Bíblia para o português foi usada sem- vivos e mortos (D&C 128:8).
pre a forma grega, ou seja, Elias, estamos
acrescentando o aposto o profeta ao nome Selou os céus e foi alimentado por
Elias quando se trata do profeta do Velho corvos, 1 Re. 17:1–7. Ordenou que não se
Testamento citado em 1 Re. 17–22; 2 Re. acabasse a farinha da panela e o azeite
1–2; Mal. 4:5; Mt. 17:3; D&C 110:13–16. da botija, 1 Re. 17:8–16. Levantou dos
mortos o filho da viúva, 1 Re. 17:17–24.
Elias, o Profeta. Ver também Elias; Derrotou os sacerdotes de Baal, 1 Re.
Salvação; Selamento, Selar 18:21–39. Ouviu uma voz mansa e deli-
Profeta do Velho Testamento, que vol- cada, 1 Re. 19:11–12. Subiu ao céu num
tou nos últimos dias para conferir as carro de fogo, 2 Re. 2:11. Malaquias pro-
chaves do poder selador a Joseph Smith fetizou seu retorno nos últimos dias,
e a Oliver Cowdery. Em sua época Elias, Mal. 4:5–6 (3 Né. 25:5).
o profeta, exerceu o seu ministério em Apareceu no Templo de Kirtland,
Israel, no Reino do Norte (1 Re. 17–22; Ohio, em 1836, D&C 110:13–16.
2 Re. 1–2). Ele tinha grande fé no Senhor
Eliseu
e é conhecido pelos muitos milagres que
operou. A seu pedido, Deus conteve a No Velho Testamento, profeta de Is-
chuva por três anos e meio. Ele levan- rael, do Reino do Norte, e conselheiro de
tou um menino dentre os mortos e fez confiança de diversos reis daquele país.
descer fogo do céu (1 Re. 17–18). O povo Eliseu era de índole gentil e afetuosa,
judeu ainda espera que Elias, o profeta, sem o ardente zelo pelo qual seu mestre,
retorne, como profetizado por Mala- Elias, o profeta, era conhecido. Seus no-
quias (Mal. 4:5). Ele permanece como um táveis milagres (2 Re. 2–5; 8) testificam
convidado especial nas Festividades da que ele realmente recebeu o poder de
Páscoa Judaica, onde uma porta aberta e Elias, o profeta, ao sucedê-lo como pro-
um lugar reservado sempre o aguardam. feta (2 Re. 2:9–12). Por exemplo, ele curou
O Profeta Joseph Smith disse que as águas de uma fonte má, separou as
Elias, o profeta, possuía o poder sela- águas do rio Jordão, aumentou o azeite
dor do Sacerdócio de Melquisedeque da viúva, levantou um menino dentre os
e que foi o último a portá-lo antes da mortos, curou um homem de lepra, fez
época de Jesus Cristo. Ele apareceu no com que um machado de ferro flutuas-
Monte da Transfiguração, juntamente se e feriu soldados do rei da Síria de ce-
com Moisés, e conferiu as chaves do gueira (2 Re. 2–6). Seu ministério durou
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
61 Enos, Filho de Jacó
mais de 50 anos, durante os reinados de diante de Deus, recebereis o Espírito
Jorão, Jeú, Joacaz e Joás. Santo, 2 Né. 31:13. Serem confessou que
Recebeu o manto de Elias, o profeta, havia sido enganado pelo poder do dia-
2 Re. 2:13. Multiplicou o azeite da viúva, bo, Jacó 7:18. O povo do rei Noé foi enga-
2 Re. 4:1–7. Levantou dentre os mortos o nado por palavras lisonjeiras, Mos. 11:7.
filho da sunamita, 2 Re. 4:18–37. Curou a Os prudentes tomaram o Santo Espíri-
Naamã, o general sírio, 2 Re. 5:1–14. Feriu to por seu guia e não foram enganados,
de cegueira os soldados sírios e abriu os D&C 45:57. Ai daqueles que são enga-
olhos de seu servo, 2 Re. 6:8–23. nadores, D&C 50:6.
Ele tornou-se Satanás, o pai de todas
Eloim. Ver Pai Celestial; Trindade as mentiras, para enganar e cegar os ho-
mens, Mois. 4:4.
Emanuel. Ver também Jesus Cristo
Um dos nomes de Jesus Cristo; provém Enoque. Ver também Sião
de palavras hebraicas que significam Profeta que liderou o povo da cidade
“Deus conosco.” de Sião. Seu ministério é mencionado
Emanuel é um nome-título dado como tanto no Velho Testamento como na Pé-
um sinal da libertação que provém de rola de Grande Valor. Ele foi o sétimo
Deus (Isa. 7:14). A referência de Isaías a patriarca depois de Adão. Era filho de
Emanuel é identificada especificamente Jarede e pai de Matusalém (Gên. 5:18–24;
por Mateus como uma profecia do nas- Lc. 3:37).
cimento de Jesus na mortalidade (Mt. Enoque foi um homem notável e seu
1:18–25). O nome também aparece nas ministério foi muito mais importante
escrituras modernas (2 Né. 17:14; 18:8; do que faz supor a breve menção que a
D&C 128:22). Bíblia faz a ele. O relato bíblico afirma
que ele foi transladado (Heb. 11:5), mas
Enfermidade, Enfermo. Ver Doença, não nos dá pormenores de seu ministé-
Doente rio. Em Jud. 1:14 encontramos a citação
Enganar, Engano, Fraude. Ver de uma profecia feita por Enoque. As
também Dolo; Mentir, Mentiroso revelações modernas esclarecem muito
mais a respeito dele, especialmente sobre
Fazer com que alguém acredite em a sua pregação, sua cidade chamada Sião,
algo que não é verdadeiro. suas visões e profecias (D&C 107:48–57;
O que não jura enganosamente subi- Mois. 6–7). Sião foi levada aos céus em
rá ao monte do Senhor, Salm. 24:3–4. virtude da retidão de seus habitantes
Bem-aventurado o homem em quem (Mois. 7:69).
não há engano, Salm. 32:2 (Salm. 34:13; Deus revelou-se a Enoque, Mois. 6:26–
1 Ped. 2:1). Livra-me do homem frau- 37. Enoque pregou o evangelho, Mois.
dulento, Salm. 43:1. Ai dos que ao mal 6:37–68. Enoque ensinou o povo e esta-
chamam bem, e ao bem mal, Isa. 5:20 beleceu Sião, Mois. 7:1–21. Enoque viu
(2 Né. 15:20). todas as coisas, mesmo até o fim do
Ninguém se engane, 1 Cor. 3:18. Nin- mundo, Mois. 7:23–68.
guém vos engane com palavras vãs, Ef.
5:6. Homens maus, enganando e sendo Enos, Filho de Jacó
enganados, 2 Tim. 3:13. Satanás, que en- No Livro de Mórmon, profeta nefita,
gana todo o mundo, foi precipitado na registrador e responsável pelos regis-
Terra, Apoc. 12:9. Satanás será amarra- tros, que orou pela remissão de seus
do para que não mais engane as nações, pecados e obteve-a, por sua fé em Cris-
Apoc. 20:1–3. to (En. 1:1–8). O Senhor fez com Enos o
O Senhor não pode ser enganado, convênio de revelar o Livro de Mórmon
2 Né. 9:41. Se seguirdes o Filho, sem dolo aos lamanitas (En. 1:15–17).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Ensinar, Mestre 62
Livro de Enos: Um dos livros do Livro toda a face da Terra, a fim de preparar
de Mórmon, que fala da oração de En. ao seus corações para receberem a palavra,
Senhor pedindo o perdão para si mes- que lhes seria ensinada, Al. 16:16. Ensi-
mo, para seu povo e para outras pessoas. navam com poder e autoridade de Deus,
O Senhor prometeu-lhe que o Livro de Al. 17:2–3. Eles tinham sido ensinados
Mórmon seria preservado e revelado aos por suas mães, Al. 56:47 (Al. 57:21).
lamanitas numa época futura. Embora o E se buscassem sabedoria, fossem
livro de En. tenha apenas um capítulo, instruídos, D&C 1:26. Ensinai-vos uns
ele registra a vigorosa história de um ho- aos outros, de acordo com o ofício para o
mem que buscou ao Senhor em oração, qual vos designei, D&C 38:23. Ensinar os
viveu em obediência aos mandamentos princípios de meu evangelho que estão
e, antes de morrer, regozijou-se pelo na Bíblia e no Livro de Mórmon, D&C
conhecimento que tinha do Redentor. 42:12. Sereis ensinados do alto, D&C
43:15–16. Os pais deverão ensinar seus
Ensinar, Mestre. Ver também Espírito filhos, D&C 68:25–28. Ensinar a doutrina
Santo do reino uns aos outros, D&C 88:77–78,
Transmitir conhecimento a outras 118. Dentre vós designai um professor,
pessoas, especialmente a respeito das D&C 88:122. Não ensinaste luz e verda-
verdades do evangelho, e guiá-las à re- de a teus filhos e esta é a causa de tua
tidão. Aqueles que ensinam o evangelho aflição, D&C 93:39–42.
devem ser guiados pelo Espírito. Pais e Ensina estas coisas liberalmente a teus
mães são todos mestres de suas próprias filhos, Mois. 6:57–61.
famílias. Os santos devem buscar as ins- Ensinar com o Espírito: Não sois vós
truções do Senhor e dos Seus líderes e quem falais, mas o Espírito é que fala
estar dispostos a aceitá-las. em vós, Mt. 10:19–20. Porventura não
E as farás saber a teus filhos, Deut. ardia em nós o nosso coração quando
4:8–9. Ensinai as minhas palavras aos nos abria as escrituras, Lc. 24:32. O evan-
vossos filhos, Deut. 6:7 (Deut. 11:18–19). gelho é pregado pelo poder do Espírito,
Instrui ao menino no caminho em que 1 Cor. 2:1–14.
deve andar, Prov. 22:6. Os teus filhos Falou com o poder e a autoridade de
serão discípulos do Senhor, Isa. 54:13 Deus, Mos. 13:5–9 (Al. 17:3; Hel. 5:17).
(3 Né. 22:13). Terás meu Espírito para convencer
Sabemos que és Mestre, vindo de os homens, D&C 11:21. Serás ouvido
Deus, Jo. 3:2. Tu, pois, que ensinas a em todas as coisas que ensinares por
outro, não te ensinas a ti mesmo, Rom. meio do Consolador, D&C 28:1 (D&C
2:21. Toda a escritura é proveitosa para 52:9). Se não receberdes o Espírito, não
ensinar, 2 Tim. 3:16. ensinareis, D&C 42:14 (D&C 42:6). En-
Fui instruído sobre alguma coisa de sinai aos filhos dos homens pelo poder
todo o conhecimento de meu pai, 1 Né. de meu Espírito, D&C 43:15. Os élderes
1:1 (En. 1:1). Os sacerdotes e mestres devem pregar o evangelho pelo Espírito,
têm de ensinar diligentemente, ou res- D&C 50:13–22. Na hora precisa vos será
ponderão pelos pecados do povo sobre dado o que haveis de dizer, D&C 84:85
suas próprias cabeças, Jacó 1:18–19. Es- (D&C 100:5–8).
cutai-me e abri vossos ouvidos, Mos. 2:9. Entendimento. Ver Compreensão,
Ensinareis vossos filhos a se amarem Entendimento
mutuamente e servirem uns aos outros,
Mos. 4:15. Em ninguém confieis para ser Epístolas Paulinas. Ver também Paulo;
vosso mestre ou ministro, a não ser que os títulos de cada uma das epístolas
seja um homem de Deus, Mos. 23:14. O Quatorze livros do Novo Testamento,
Senhor derramou o seu Espírito sobre que originalmente eram cartas escritas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
63 Esaías
pelo Apóstolo Paulo aos membros da Colossenses em virtude de notícias re-
Igreja. Elas podem ser divididas nos cebidas de que os santos de Colossos es-
seguintes grupos: tavam incorrendo em grave erro. Acredi-
1 e 2 Tessalonicenses (50–51 d.C.) tavam eles que a perfeição era resultante
apenas da observância de ordenanças
Paulo escreveu de Corinto as Epísto-
exteriores e não pelo desenvolvimento
las aos Tessalonicenses, durante a sua
de um caráter semelhante ao de Cristo.
segunda viagem missionária. Sua obra
A Epístola aos Efésios é de grande im-
em Tessalônica está descrita em Atos 17.
portância, pois contém os ensinamentos
Ele queria retornar à Tessalônica, mas
de Paulo a respeito da Igreja de Cristo.
não pôde (1 Tess. 2:18). Enviou, portan-
A Epístola a Filemom é uma carta
to, Timóteo para confortar os conver-
particular acerca de Onésimo, um es-
sos e, ao regressar, trazer-lhe notícias
cravo que havia roubado a seu senhor,
deles. A primeira epístola foi motivada
Filemom, e fugido para Roma. Paulo en-
pela gratidão que sentiu pelo retorno de
viou Onésimo de volta a Filemom, com a
Timóteo. A segunda foi escrita pouco
carta pedindo-lhe que perdoasse o servo.
tempo depois.
Paulo escreveu a Epístola aos He-
1  e 2  Coríntios, Gálatas, Romanos breus, os judeus membros da Igreja,
(55–57 d.C.) a fim de persuadi-los de que a lei de
Paulo escreveu as Epístolas aos Co- Moisés tinha sido cumprida em Cristo,
ríntios em sua terceira viagem missio- sendo substituída pela lei do evangelho
nária, para responder perguntas e cor- de Cristo.
rigir desentendimentos entre os santos 1 e 2 Timóteo, Tito (64–65 d.C.)
de Corinto.
Paulo escreveu estas epístolas depois
A Epístola aos Gálatas provavelmente
de ser libertado de seu primeiro encar-
foi escrita a muitas unidades da Igreja
ceramento em Roma.
espalhadas pela Galácia. Alguns mem-
O apóstolo viajou a Éfeso, onde dei-
bros estavam abandonando o evangelho
xou Timóteo com a incumbência de fazer
e passando para a lei judaica. Nessa carta
cessar certas especulações a respeito da
Paulo explicou qual era o propósito da
lei mosaica e o valor de uma religião doutrina, pretendendo retornar depois.
espiritual. Paulo escreveu a Primeira Epístola a
Paulo escreveu a Epístola aos Roma- Timóteo, talvez da Macedônia, a fim de
nos quando estava em Corinto, em par- aconselhá-lo e encorajá-lo no cumpri-
te a fim de preparar os santos romanos mento de seu dever.
para uma visita que esperava fazer-lhes. Paulo escreveu a Epístola a Tito numa
Essa carta também confirma doutrinas época em que estava livre do cativeiro e
que estavam sendo questionadas por al- provavelmente visitou Creta, onde Tito
guns judeus que se haviam convertido servia. O tema principal da carta é a
ao cristianismo. importância de se viver em retidão e a
disciplina dentro da Igreja.
Filipenses, Colossenses, Efésios, Filemom Paulo escreveu sua Segunda Epístola
e Hebreus (60–62 d.C.) a Timóteo na segunda vez em que esteve
Paulo escreveu estas epístolas quando preso, pouco antes de seu martírio. Ela
esteve preso pela primeira vez em Roma. contém as últimas palavras de Paulo e
A Epístola aos Filipenses foi escrita revela a extraordinária coragem e con-
principalmente para expressar gratidão fiança com que enfrentou a morte.
e afeto pelos santos de Filipos e para ani-
má-los no desalento que sentiam pelo Esaías
prolongado encarceramento de Paulo. Forma do nome Isaías no Novo Tes-
Pau lo esc reveu a Epí stola aos tamento (Grego) (Lucas 4:17). Esaías foi
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Esaú 64
também um profeta que viveu nos dias Quando o Senhor seleciona ou escolhe
de Abraão (D&C 76:100; 84:13). um indivíduo ou um grupo, Ele geral-
mente os chama a servir.
Esaú. Ver também Isaque; Jacó, Filho
de Isaque Escolhei hoje a quem sirvais, Jos. 24:15
(Al. 30:8; Mois. 6:33).
No Velho Testamento, o filho mais ve-
Não me escolhestes vós a mim, mas
lho de Isaque e Rebeca, irmão gêmeo de
eu vos escolhi a vós, Jo. 15:16. Deus esco-
Jacó. Os dois irmãos eram rivais desde
lheu as coisas loucas deste mundo para
o berço (Gên. 25:19–26). Os descenden-
confundir as sábias, 1 Cor. 1:27.
tes de Esaú, os edomitas, e os de Jacó,
Eis que vos purifiquei e vos escolhi na
os israelitas, tornaram-se nações rivais
fornalha da aflição, 1 Né. 20:10. Somos
(Gên. 25:23).
livres para escolher a liberdade e a vida
Esaú vendeu sua primogenitura a Jacó, eterna ou o cativeiro e a morte, 2 Né. 2:27.
Gên. 25:33 (Heb. 12:16–17). Esaú casou-se Os nobres e grandes foram escolhidos
com mulheres heteias, para tristeza de no princípio, D&C 138:55–56.
seus pais, Gên. 26:34–35. Jacó e Esaú se Abraão foi escolhido antes de nascer,
reconciliaram, Gên. 33. Abr. 3:23.
Escola dos Profetas. Ver também Escolhido (adjetivo ou substantivo).
Smith, Joseph, Jr. Ver também Chamado, Chamado por
Em Kirtland, Ohio (EUA), durante o Deus, Chamar
inverno de 1832–1833, o Senhor orde- Pessoas selecionadas por Deus para
nou a Joseph Smith que organizasse cumprir responsabilidades especiais.
uma escola com o propósito de treinar
os irmãos em todas as coisas relativas Fiz convênio com o meu escolhido,
ao evangelho e ao reino de Deus. Dessa Salm. 89:3.
escola saíram muitos dos primeiros líde- Muitos são chamados, mas poucos es-
res da Igreja. Outra escola dos profetas colhidos, Mt. 22:14 (Mt. 20:16; D&C 95:5;
ou dos élderes foi dirigida por Parley P. 121:34, 40). Se possível fora, enganariam
Pratt no Condado de Jackson, Missouri até os escolhidos, Mt. 24:24.
(D&C 97:1–6). Escolas semelhantes foram Cristo foi o Amado e Escolhido de
organizadas pouco depois que os santos Deus desde o princípio, Mois. 4:2.
migraram para o oeste; entretanto, logo
Escriba
foram desativadas. O ensino do evange-
lho hoje é feito no lar, nos quóruns do No Velho e no Novo Testamentos o
sacerdócio, nas várias organizações au- termo é usado de maneiras ligeiramen-
xiliares e nas escolas da Igreja e classes te diferentes: (1) No Velho Testamento,
do seminário e instituto. a responsabilidade primeira do escriba
era copiar as escrituras (Jer. 8:8). (2) Há
Santificai-vos e ensinai uns aos outros
menção frequente de escribas no Novo
a doutrina do evangelho, D&C 88:74–80.
Testamento e eles às vezes são chamados
Buscai diligentemente e ensinai-vos uns
aos outros, D&C 88:118–122. A ordem de doutores da lei. Eles desenvolviam os
da escola dos profetas foi estabelecida, pormenores da lei e aplicavam-na às cir-
D&C 88:127–141. A Primeira Presidência cunstâncias de sua época (Mt. 13:52; Mc.
possui as chaves da escola de profetas, 2:16–17; 11:17–18; Lc. 11:44–53; 20:46–47).
D&C 90:6–7. Escrituras. Ver também Bíblia;
Escolher, Escolhido (verbo). Ver Cânone; Doutrina e Convênios;
também Arbítrio; Chamado, Livro de Mórmon; Palavra de Deus;
Chamado por Deus, Chamar; Pérola de Grande Valor
Liberdade, Livre Palavras escritas ou faladas por
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
65 Escrituras
homens santos de Deus quando movi- 13:22), Jeú (2 Crôn. 20:34), os livros dos
dos pelo Espírito Santo. As escrituras videntes (2 Crôn. 33:19), Enoque (Jud.
canônicas oficiais da Igreja hoje consis- 1:14); as palavras de Zenoque, Neum e
tem na Bíblia, no Livro de Mórmon, em Zenos (1 Né. 19:10), Zenos (Jacó 5:1), Ze-
Doutrina e Convênios e na Pérola de noque e Ezias (Hel. 8:20) e um livro de
Grande Valor. Jesus e os escritores do lembranças (Mois. 6:5); e epístolas aos co-
Novo Testamento consideravam os li- ríntios (1 Cor. 5:9), aos efésios (Ef. 3:3), da
vros do Velho Testamento escritura (Mt. Laodiceia (Col. 4:16) e de Judas (Jud. 1:3).
22:29; Jo. 5:39; 2 Tim. 3:15; 2 Ped. 1:20–21). As escrituras devem ser preservadas: De-
Ver também a Cronologia no apêndice. vemos obter esses registros para que
Porventura não ardia em nós o nosso possamos preservar as palavras dos pro-
coração quando nos abria as escrituras, fetas, 1 Né. 3:19–20. Eu deveria guardar
Lc. 24:32. Examinais as Escrituras por- estas placas, Jacó 1:3. Estas coisas foram
que vós cuidais ter nelas a vida eterna, e guardadas e preservadas pela mão de
são elas que de mim testificam, Jo. 5:39. Deus, Mos. 1:5. Cuidai destas coisas sa-
As palavras de Cristo vos ensinarão gradas, Al. 37:47.
todas as coisas que deveis fazer, 2 Né. As escrituras serão preservadas em
32:3. Tantos quantos são levados a crer segurança, D&C 42:56.
nas escrituras são firmes e inquebrantá- Emprega todos os esforços para pre-
veis na fé, Hel. 15:7–8. servá-los, JS—H 1:59.
Os homens erram quando torcem as Valor das escrituras: Lerás esta lei pe-
escrituras e não as compreendem, D&C rante todo o Israel, Deut. 31:10–13. Não se
10:63. Estas palavras não são de homens aparte de tua boca o livro desta lei, Jos.
nem de um homem, mas são minhas, 1:8. A lei do Senhor é perfeita e refrige-
D&C 18:34–36. O surgimento do Livro ra a alma, Salm. 19:7. Lâmpada para os
de Mórmon prova ao mundo que as es- meus pés é a tua palavra, Salm. 119:105.
crituras são verdadeiras, D&C 20:2, 8–12. As escrituras testificam de mim, Jo.
Deveis dedicar vosso tempo ao estudo 5:39. Toda escritura divinamente inspi-
das escrituras, D&C 26:1. As escrituras rada é proveitosa para doutrina e ins-
são dadas para a instrução dos santos, trução, 2 Tim. 3:15–16.
D&C 33:16. As escrituras são dadas para Apliquei todas as escrituras às nos-
salvação dos eleitos, D&C 35:20. Ensinai sas circunstâncias para nosso proveito
os princípios de meu evangelho que e instrução, 1 Né. 19:23. Minha alma se
estão na Bíblia e no Livro de Mórmon, deleita nas escrituras, 2 Né. 4:15–16. Por-
D&C 42:12. As minhas leis com respei- que trabalhamos diligentemente para
to a estas coisas são dadas nas minhas escrever, a fim de persuadir nossos fi-
escrituras, D&C 42:28. Tudo o que é fa- lhos e nossos irmãos a acreditarem em
lado sob a inspiração do Espírito Santo Cristo, 2 Né. 25:23. Eles procuraram as
é escritura, D&C 68:4. escrituras, não prestando mais atenção
Escrituras perdidas: Há muitos escritos às palavras desse homem iníquo, Jacó
sagrados mencionados nas escrituras 7:23 (Al. 14:1). Se não fosse por estas
que não possuímos hoje, entre os quais placas, teríamos que padecer na igno-
estão os seguintes livros e escritores: rância, Mos. 1:2–7. Haviam examinado
o livro do convênio (Êx. 24:7), o livro diligentemente as escrituras para poder
das guerras do Senhor (Núm. 21:14), O conhecer a palavra de Deus, Al. 17:2–3.
livro de Jasher (Jos. 10:13; 2 Sam. 1:18), As escrituras são preservadas para levar
livro dos atos de Salomão (1 Re. 11:41), as almas à salvação, Al. 37:1–19 (2 Né.
Samuel, o vidente (1 Crôn. 29:29), Natã, 3:15). A palavra de Deus guiará o homem
o profeta (2 Crôn. 9:29), Semaías, o Pro- de Cristo, Hel. 3:29.
feta (2 Crôn. 12:15) Ido, o profeta (2 Crôn. Tudo que disserem, quando movidos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Escrituras Perdidas 66
pelo Espírito Santo, será escritura e o para buscar a lei de Deus, cumpri-la e
poder de Deus para a salvação, D&C ensiná-la aos outros (Esd. 7:10).
68:4. Para imprimirdes a plenitude de Livro de Esdras: Os capítulos de 1–6
minhas escrituras, com o propósito de descrevem os eventos que ocorreram
edificar minha igreja e preparar meu de 60 a 80 anos antes de Esdras haver
povo, D&C 104:58–59. chegado a Jerusalém — o decreto de
E o que entesourar minha palavra não Ciro em 537 a.C. e o retorno dos judeus
será enganado, JS—M 1:37. liderados por Zorobabel. Os capítulos
Profecias a respeito de escrituras futuras: 7–10 mostram como Esdras foi a Jerusa-
Isaías previu o surgimento do Livro de lém. Ele e seus companheiros jejuaram e
Mórmon, Isa. 29:11–14. Toma um peda- oraram pedindo proteção. Em Jerusalém
ço de madeira e escreve nele: por Judá, encontraram muitos judeus que haviam
Eze. 37:15–20. retornado anteriormente, conduzidos
Néfi viu outros livros que aparece- por Zorobabel, e que se haviam casado
riam, 1 Né. 13:39. Não deveis supor que com mulheres fora do convênio, conta-
minando-se. Esdras orou por eles e fez
a Bíblia contenha todas as palavras mi-
com que assumissem o compromisso de
nhas, 2 Né. 29:10–14. Apegai-vos ao evan-
se divorciarem de tais esposas. O restan-
gelho de Cristo, que vos será dado nos
te da história de Esdras se encontra no
registros que surgirão, Mórm. 7:8–9.
livro de Neemias.
Bem-aventurado será aquele que trouxer
estas coisas à luz, Mórm. 8:16. Escreve Esmolas. Ver também Bem-Estar;
estas coisas e eu as mostrarei no meu Jejuar, Jejum; Oferta; Pobres
devido tempo, Ét. 3:27 (Ét. 4:7). Ofertas para ajudar os pobres.
Cremos que ele ainda revelará muitas
Não dar esmola diante dos homens,
coisas, RF 1:9.
Mt. 6:1–4 (3 Né. 13:1–4). A viúva deitou
Escrituras Perdidas. Ver Escrituras— mais do que todos na arca, Mc. 12:41–44.
Escrituras perdidas Mais bem-aventurada coisa é dar do que
receber, At. 20:33–35.
Escutar. Ver Atender, Dar ouvidos Quisera que désseis de vossos bens
Esdras aos pobres, Mos. 4:26. O povo da Igre-
ja devia dar de seus bens, cada um de
Sacerdote e escriba do Velho Testa- acordo com o que tivesse, Mos. 18:27.
mento que levou uma parte dos judeus
de volta para Jerusalém, depois do ca- Esperança. Ver também Fé
tiveiro babilônico (Esd. 7–10; Ne. 8; 12). Firme expectativa e anseio de bênçãos
No ano 458 a.C. ele obteve permissão de de retidão prometidas. As escrituras
Artaxerxes, rei da Pérsia, para levar a também se referem à esperança como
Jerusalém todos os judeus exilados que esperar confiantemente a vida eterna
desejassem ir (Esd. 7:12–26). pela fé em Jesus Cristo.
Antes da época de Esdras, os sacer- Bendito o homem cuja esperança é o
dotes controlavam quase totalmente a Senhor, Jer. 17:7.
leitura da coletânea de escrituras cha- Pela paciência e consolação das escri-
mada de “a lei.” Esdras ajudou a colo- turas tenhamos esperança, Rom. 15:4.
car as escrituras ao alcance de todos os Deus nos gerou para uma viva esperan-
judeus. A leitura pública do “livro da ça, pela ressurreição de Cristo, 1 Ped. 1:3.
lei” veio a ser, com o tempo, o centro da Qualquer que nele tem esta esperança
vida nacional judaica. Talvez o maior purifica-se a si mesmo, 1 Jo. 3:2–3.
ensinamento de Esdras venha de seu Deveis prosseguir para a frente, ten-
exemplo pessoal ao preparar o coração do uma esperança resplandecente, 2 Né.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
67 Espírito Santo
31:20. Procurai ter fé, esperança e cari- o espírito e o corpo. Na Ressurreição o
dade, Al. 7:24 (1 Cor. 13:13; Morô. 10:20). espírito é unido novamente ao mesmo
Desejo que deis ouvidos às minhas pala- corpo físico de carne e ossos que possuía
vras, tendo esperança de que recebereis quando era mortal, com duas diferenças
a vida eterna, Al. 13:27–29. Se tendes fé, principais: eles nunca mais serão sepa-
tendes esperança nas coisas que não se rados e o corpo físico será imortal e per-
veem e que são verdadeiras, Al. 32:21 feito (Al. 11:45; D&C 138:16–17).
(Heb. 11:1). Esta esperança vem pela fé, e Um espírito não tem carne nem os-
representa uma âncora para as almas dos sos, como vedes que eu tenho, Lc. 24:39.
homens, Ét. 12:4 (Heb. 6:17–19). O homem O mesmo Espírito testifica com o nosso
deve ter uma esperança ou não poderá espírito que somos filhos de Deus, Rom.
receber herança, Ét. 12:32. Mórmon falou 8:16. Glorificai a Deus no vosso corpo, e
sobre a fé, esperança e caridade, Morô. no vosso espírito, 1 Cor. 6:20.
7:1. Deveis ter esperança de que por in- Este corpo é o corpo do meu espíri-
termédio da expiação de Cristo sereis to, Ét. 3:16.
elevados à vida eterna, Morô. 7:40–43. O O homem é espírito, D&C 93:33. Cristo
Espírito Santo nos enche de esperança, ministrou aos espíritos justos no paraíso,
Morô. 8:26 (Rom. 15:13). D&C 138:28–30 (1 Ped. 3:18–19).
Todos partiram da vida mortal, na Haveis nascido no mundo pela água
esperança de uma gloriosa ressurreição, e sangue e espírito, Mois. 6:59. Ele se
D&C 138:14. encontrava entre aqueles que eram es-
Espírito. Ver também Alma; Homem, píritos, Abr. 3:23.
Homens; Morte Física; Ressurreição Espíritos maus: Jesus expulsou muitos
A parte do ser vivo que existe antes demônios, Mc. 1:27, 34, 39. Sai deste ho-
do nascimento mortal, que vive no corpo mem, espírito imundo, Mc. 5:2–13.
físico durante a mortalidade, e que existe O espírito mau ensina ao homem que
depois da morte como ser separado até não deve orar, 2 Né. 32:8. Em nome de
a Ressurreição. Todos os seres vivos — Jesus expulsava demônios e espíritos
homens, animais e plantas — foram imundos, 3 Né. 7:19.
espíritos antes que qualquer forma de Muitos espíritos falsos saíram pela
vida existisse na Terra (Gên. 2:4–5; Mois. Terra enganando o mundo, D&C 50:2,
31–32. Joseph Smith explicou três chaves
3:4–7). O corpo espiritual tem a mesma
para se determinar se um espírito é de
aparência do corpo físico (1 Né. 11:11;
Deus ou do diabo, D&C 129.
Ét. 3:15–16; D&C 77:2; 129). O espírito é
matéria, porém mais refinado e puro do Espírito Contrito. Ver Coração
que os elementos ou a matéria mortal Quebrantado
(D&C 131:7).
Cada indivíduo é literalmente filho ou Espírito Santo. Ver também Batismo,
filha de Deus, tendo nascido como espí- Batizar; Consolador; Dom do
rito, de Pais Celestiais, antes de nascer de Espírito Santo; Inspiração, Inspirar;
pais mortais na Terra (Heb. 12:9). Toda Pecado Imperdoável; Pomba, Sinal
pessoa na Terra tem um corpo espiritual da; Revelação; Santo Espírito da
imortal, além do corpo de carne e ossos. Promessa; Trindade
Como algumas vezes definido nas escri- A terceira pessoa da Trindade (1 Jo.
turas, o espírito e o corpo físico juntos 5:7; D&C 20:28). Personagem de Espíri-
constituem a alma (Gên. 2:7; D&C 88:15; to que não possui um corpo de carne e
Mois. 3:7, 9, 19; Abr. 5:7). O espírito pode ossos (D&C 130:22). O Espírito Santo é
viver sem o corpo físico, mas o corpo fí- frequentemente chamado de o Espírito,
sico não pode viver sem o espírito (Tg. ou Espírito de Deus.
2:26). A morte física é a separação entre O Espírito Santo desempenha diversos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Espíritos Malignos 68
papéis vitais no plano de salvação. (1) Dá que Jesus Cristo é o Filho de Deus, D&C
testemunho do Pai e do Filho (1 Cor. 12:3; 46:13. Tudo que disserem, quando mo-
3 Né. 28:11; Ét. 12:41). (2) Revela a ver- vidos pelo Espírito Santo, será escritu-
dade de todas as coisas (Jo. 14:26; 16:13; ra, D&C 68:4. Derramar-se-á o Espírito
Morô. 10:5; D&C 39:6). (3) Santifica os que Santo testificando todas as coisas que
se arrependem e são batizados (Jo. 3:5; disserdes, D&C 100:8. O Espírito Santo
3 Né. 27:20; Mois. 6:64–68). (4) É o Santo será teu companheiro constante, D&C
Espírito da Promessa (D&C 76:50–53; 121:45–46.
132:7, 18–19, 26).
Espíritos Malignos. Ver Espírito—
O poder do Espírito Santo pode vir a
Espíritos maus
uma pessoa antes do batismo e testificar
que o evangelho é verdadeiro. Porém o Esposa. Ver Casamento, Casar;
direito de ter a companhia constante do Família; Mulher, Mulheres
Espírito Santo, enquanto a pessoa per-
manecer digna, é um dom que só pode Esposo. Ver também Casamento,
ser recebido pela imposição de mãos de Casar; Família; Jesus Cristo
um portador do Sacerdócio de Melqui- Jesus Cristo é representado nas escri-
sedeque, após o batismo autorizado na turas como o Esposo. A Igreja simboliza
verdadeira Igreja de Jesus Cristo. a Sua esposa.
Jesus ensinou que todos os pecados Dez virgens saíram ao encontro do
seriam perdoados, exceto a blasfêmia esposo, Mt. 25:1–13. Aquele que tem a
contra o Espírito Santo (Mt. 12:31– esposa é o esposo, Jo. 3:27–30. Bem-aven-
32; Mc. 3:28–29; Lc. 12:10; Heb. 6:4–8; turados aqueles que são chamados à ceia
D&C 76:34–35). das bodas do Cordeiro, Apoc. 19:5–10.
O espírito faz com que os homens an- Que estejais prontos na vinda do Es-
dem nos estatutos de Deus, Eze. 36:27. poso, D&C 33:17. Aprontai-vos para o
Os apóstolos foram comissionados a Esposo, D&C 65:3.
batizar em nome do Pai, e do Filho, e
Estaca
do Espírito Santo, Mt. 28:19. O Espírito
Santo vos ensinará todas as coisas, Jo. Uma das unidades administrativas da
14:26. Homens santos falaram inspirados organização de A Igreja de Jesus Cristo
pelo Espírito Santo, 2 Ped. 1:21. dos Santos dos Últimos Dias. Uma esta-
Néfi foi conduzido pelo Espírito, 1 Né. ca é composta de um certo número de
4:6. Os mistérios de Deus lhe serão mos- alas e, em alguns casos, de alas e ramos.
trados pelo poder do Espírito Santo, Geralmente tem limites geográficos e
1 Né. 10:17–19. O Espírito Santo mostrará ajusta-se à imagem da tenda descrita
tudo o que deveis fazer, 2 Né. 32:5. Pelo em Isa. 54:2: “Alonga as tuas cordas e
poder do Espírito Santo podeis saber a firma bem as tuas estacas.” Cada esta-
verdade de todas as coisas, Morô. 10:5. ca de Sião sustenta e ajuda a manter a
O Espírito Santo falará em tua mente Igreja, da mesma forma que uma tenda
e em teu coração, D&C 8:2. O Espírito ou tabernáculo é sustentado por esta-
leva a fazer o bem, D&C 11:12. O Espírito cas. A estaca é o local de reunião dos
Santo sabe todas as coisas, D&C 35:19. remanescentes da Israel dispersa (D&C
O Espírito Santo ensinará as coisas pa- 82:13–14; 101:17–21).
cíficas do reino, D&C 36:2 (D&C 39:6). Fortalece tuas estacas, alarga tuas
Se não receberdes o Espírito, não ensina- fronteiras, Morô. 10:31 (D&C 82:14).
reis, D&C 42:14. O Espírito Santo pres- Que estabeleças outras estacas para
ta testemunho do Pai e do Filho, D&C Sião além desta, D&C 109:59. Para que
42:17 (1 Cor. 12:3; 3 Né. 11:32, 35–36). A a reunião em Sião e em suas estacas seja
alguns é dado saber, pelo Espírito Santo, uma defesa, D&C 115:6 (D&C 101:21).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
69 Éter
Que outros lugares sejam designados Os capítulos 1–2 relatam como Ester,
para estacas, D&C 115:18. O presiden- mulher judia e filha adotiva de um judeu
te do quórum dos sumos sacerdotes é chamado Mardoqueu, foi escolhida para
designado para qualificar os que serão ser a rainha da Pérsia, por causa de sua
designados presidentes de estaca, D&C grande beleza. O capítulo 3 explica que
124:133–134. Ide à terra de Sião, para que Hamã, homem de alta posição oficial na
as suas estacas se fortaleçam, D&C 133:9. corte do rei, odiava Mardoqueu e obteve
um decreto ordenando que todos os ju-
Estandarte deus fossem mortos. Os capítulos 4–10
Nas escrituras, uma bandeira, pendão relatam como Ester, com grande risco
ou insígnia, ao redor da qual as pessoas pessoal, revelou sua nacionalidade ao rei
se juntavam, unidas pelo mesmo pro- e obteve a anulação do decreto.
pósito. Na antiguidade um estandarte
servia como ponto de reagrupamento Estêvão
para os soldados em combate. O Livro Estêvão foi um mártir em defesa do
de Mórmon e A Igreja de Jesus Cristo Salvador e de Sua Igreja nos tempos do
são estandartes simbólicos para todas Novo Testamento. A sua pregação pre-
as nações da Terra. nunciou e possivelmente influenciou a
Ele arvorará o estandarte ante as na- grande obra de Paulo, que esteve presen-
ções, Isa. 5:26 (2 Né. 15:26). A raiz de te quando Estêvão se defendeu perante
Jessé será posta por pendão, Isa. 11:10 o Sinédrio (At. 8:1; 22:20).
(2 Né. 21:10; D&C 113:6). Estêvão foi um dos sete homens de-
Sião será um estandarte para o povo, signados para ajudar os doze Apóstolos,
D&C 64:42. Erguei um estandarte de At. 6:1–8. Estêvão fez grandes prodígios
paz, D&C 105:39. Que vossa luz seja um e milagres, At. 6:8. Estêvão envolveu-se
estandarte para as nações, D&C 115:5. em disputas com os judeus, At. 6:9–10.
Foi acusado e julgado perante o Sinédrio,
Estandarte da Liberdade. Ver também At. 6:11–15. Estêvão apresentou sua defe-
Morôni, Capitão sa, At. 7:2–53. Estando cheio do Espírito
No Livro de Mórmon, uma bandeira Santo, viu o Pai e o Filho em visão, At.
levantada por Morôni, comandante e 7:55–56. Estêvão foi martirizado por seu
chefe dos exércitos nefitas. Morôni fez o testemunho, At. 7:54–60.
estandarte para inspirar o povo nefita a
defender sua religião, sua liberdade, sua Estimar. Ver também Honra, Honrar;
paz e suas famílias. Reverência
Morôni rasgou sua túnica e com ela fez Apreciar o valor de uma pessoa ou
o estandarte da liberdade, Al. 46:12–13. de um objeto; na Igreja, o termo é em-
Todos os que queriam preservar o estan- pregado especialmente com relação ao
darte fizeram um convênio, Al. 46:20–22. evangelho.
Morôni fez com que o estandarte fosse O Senhor estima toda a carne como
hasteado em todas as torres, Al. 46:36 uma só, 1 Né. 17:35. Todo homem estime
(Al. 51:20). a seu irmão como a si mesmo, Mos. 27:4
(D&C 38:24–25).
Ester
Mulher de grande fé e principal per- Éter. Ver também Jareditas
sonagem do livro de Ester. O último profeta jaredita do Livro de
O livro de Ester: Livro do Velho Testa- Mórmon (Ét. 12:1–2).
mento que contém a história da grande Livro de Éter: Livro do Livro de Mór-
coragem demonstrada pela rainha Ester, mon que contém parte dos registros
quando salvou seu povo da destruição. dos jareditas, um povo que viveu no
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
EU SOU 70
hemisfério ocidental muitos séculos an- O Presidente Joseph F. Smith viu Eva
tes da chegada do povo de Leí. O livro na visão do mundo dos espíritos, D&C
de Éter foi traduzido das vinte e quatro 138:39.
placas encontradas pelo povo de Lími Eva reconheceu a necessidade da Que-
(Mos. 8:8–9). da e a alegria da redenção, Mois. 5:11–12.
Os capítulos 1–2 relatam como os ja-
reditas deixaram seus lares na época da Evangelho. Ver também Dispensação;
Torre de Babel e viajaram para a região Doutrina de Cristo; Plano de
agora conhecida como continente ame- Redenção
ricano. Os capítulos 3–6 explicam que o O plano de Deus para a salvação do
irmão de Jarede viu o Salvador antes do homem, que se tornou possível pela
nascimento deste na mortalidade e que Expiação de Jesus Cristo. O evangelho
os jareditas viajaram em oito barcos. engloba as verdades ou leis eternas, os
Os capítulos 7–11 continuam a contar a convênios e as ordenanças necessários
iniquidade que marcou a maior parte da para que a humanidade possa voltar
história jaredita. Morôni, que resumiu o à presença de Deus. Deus restaurou
registro de Éter, escreveu, nos capítulos a plenitude do evangelho na Terra no
12–13 a respeito de maravilhas operadas século 19, por intermédio do Profeta
pela fé em Cristo e sobre o aparecimento Joseph Smith.
de uma Nova Jerusalém. Os capítulos Ide por todo o mundo e pregai o evan-
14–15 relatam como os jareditas se tor- gelho, Mc. 16:15.
naram uma poderosa nação, mas foram As passagens claras e preciosas do
destruídos pela guerra civil, como con- evangelho do Cordeiro que foram supri-
sequência da iniquidade. midas, 1 Né. 13:32. Este é o meu evange-
EU SOU. Ver também Jeová; Jesus lho, 3 Né. 27:13–21 (D&C 39:6).
Cristo O Livro de Mórmon contém a pleni-
tude do evangelho, D&C 20:8–9 (D&C
Um dos nomes do Senhor Jesus Cristo.
42:12). Este é o evangelho, D&C 76:40–43.
Deus disse a Moisés, EU SOU O QUE O Sacerdócio de Melquisedeque admi-
SOU, Êx. 3:14–15. Eu sou o Senhor, Êx. nistra o evangelho, D&C 84:19. Todo
6:2–3. homem ouvirá o evangelho em sua pró-
Antes que Abraão existisse eu sou, pria língua, D&C 90:11. O Filho pregou
Jo. 8:56–59. o evangelho aos espíritos dos mortos,
Dai ouvidos à voz de Jesus Cristo, o D&C 138:18–21, 28–37.
Grande Eu Sou, D&C 29:1 (D&C 38:1; O evangelho foi pregado desde o prin-
39:1). cípio, Mois. 5:58. Descrição dos primei-
Eva. Ver também Adão; Éden; Queda ros princípios e ordenanças do evange-
de Adão e Eva lho, RF 1:4.
A primeira mulher a viver nesta Ter- Evangelhos. Ver também João, Filho
ra (Gên. 2:21–25; 3:20). Ela era a mulher de Zebedeu; Lucas; Marcos; Mateus
de Adão. Em hebraico, o nome significa Os quatro registros ou testemunhos
“vida.” Ela recebeu esse nome porque da vida mortal de Jesus e dos aconte-
era “a mãe de todos os viventes” (Mois. cimentos concernentes ao Seu minis-
4:26). Ela e Adão, o primeiro homem, tério, contidos nos quatro primeiros li-
partilharão da glória eterna, pelo seu vros do Novo Testamento. Registrados
papel em tornar possível o progresso por Mateus, Marcos, Lucas e João, eles
eterno de toda a humanidade. são testemunhos escritos da vida de
Eva foi tentada e comeu do fruto proi- Cristo. O livro de 3 Néfi, no Livro de Mór-
bido, Gên. 3 (2 Né. 2:15–20; Mois. 4). mon, é semelhante em muitos aspectos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
71 Êxodo
a estes quatro Evangelhos do Novo é a porta e apertado o caminho que leva
Testamento. à exaltação, D&C 132:22–23. Abraão, Isa-
Os livros do Novo Testamento ori- que e Jacó entraram para sua exaltação,
ginalmente foram escritos em grego, D&C 132:29, 37. Selo sobre ti tua exalta-
idioma em que a palavra evangelho sig- ção, D&C 132:49.
nifica “boas novas.” As boas novas são
Excomunhão. Ver também Apostasia;
que Jesus realizou uma expiação que
Rebeldia, Rebelião
redimirá toda a humanidade da morte
e recompensará a cada um conforme as A excomunhão é a ação disciplinar
suas obras (Jo. 3:16; Rom. 5:10–11; 2 Né. mais severa da Igreja. A pessoa que é
9:26; Al. 34:9; D&C 76:69). excomungada deixa de ser membro da
Ver também a Concordância dos Evan- Igreja. As autoridades da Igreja exco-
gelhos no apêndice. mungam uma pessoa somente quando
esta escolhe viver em oposição aos man-
Evangelista. Ver também Bênçãos damentos do Senhor, desqualificando-
Patriarcais; Patriarca, Patriarcal se assim para continuar sendo membro
Aquele que proclama as boas-novas da Igreja.
do evangelho de Jesus Cristo ou delas O coração de muitos se endureceu
dá testemunho. Joseph Smith ensinou e seus nomes foram riscados, Al. 1:24
que um evangelista é um patriarca. Os (Al. 6:3). Se não se arrepender, não será
patriarcas são chamados e ordenados contado com o meu povo, 3 Né. 18:31
sob a direção dos Doze Apóstolos para (Mos. 26).
dar bênçãos especiais, chamadas bên- Os adúlteros que não se arrependerem
çãos patriarcais. serão expulsos, D&C 42:24. O que pecar
O Senhor chamou uns para apósto- e não se arrepender será expulso, D&C
los, e outros para profetas, e outros para 42:28. Estabelecidas as normas para so-
evangelistas, Ef. 4:11. Faze a obra dum lucionar importantes dificuldades na
evangelista, 2 Tim. 4:5. Igreja, D&C 102 (D&C 42:80–93). O bispo
Cremos em apóstolos, profetas, pasto- é designado a ser juiz em Israel, D&C
res, mestres, evangelistas, RF 1:6. 107:72. As sociedades religiosas têm o
direito de lidar com a conduta inade-
Exaltação. Ver também Coroa; quada de seus membros, D&C 134:10.
Expiação, Expiar; Glória Celestial;
Êxodo. Ver também Pentateuco
Homem, Homens—Seu potencial
de se tornar como o Pai Celestial; Livro do Velho Testamento, escrito
Vida eterna por Moisés, que descreve a partida dos
israelitas do Egito. O começo da história
O mais elevado estado de felicidade e
de Israel, conforme registrado em Êxodo,
glória dentro do reino celestial.
pode ser dividido em três partes: (1) o
Na tua presença há abundância de cativeiro do povo no Egito, (2) sua par-
alegrias, Salm. 16:11. tida do Egito sob a liderança de Moisés,
Eles são deuses, sim, os filhos de e (3) sua dedicação ao serviço de Deus
Deus — portanto, todas as coisas são na vida religiosa e política.
suas, D&C 76:58–59. Os santos receberão A primeira parte, Êxodo 1:1–15:21, ex-
sua herança e serão igualados a ele, D&C plica a opressão sofrida por Israel no
88:107. Esses anjos não guardaram minha Egito; o princípio da história e do cha-
lei, portanto, permanecem separados e mado de Moisés; o Êxodo e a instituição
solteiros, sem exaltação, D&C 132:17. Os da Páscoa; e a jornada rumo ao Mar Ver-
homens e mulheres devem casar-se de melho, a destruição do exército do Faraó
acordo com a lei de Deus, para alcança- e o cântico da vitória de Moisés.
rem a exaltação, D&C 132:19–20. Estreita A segunda parte, Êxodo 15:22–18:27,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Expiação, Expiar 72
fala sobre a redenção de Israel e os acon- vida sem pecado. Sua expiação incluiu o
tecimentos ocorridos na jornada do Mar Seu sofrimento pelos pecados da huma-
Vermelho até o Sinai; as águas amargas nidade, o derramamento de Seu sangue,
de Mara; a dádiva das codornizes e do Sua morte e a subsequente ressurreição
maná, a observância do Sábado, a mila- da tumba (Isa. 53:3–12; Lc. 22:44; Mos.
grosa concessão de água em Refidim e 3:5–11; Al. 7:10–13; D&C 19:16–19). Por
a batalha ali travada contra os amale- causa da Expiação, todas as pessoas se
quitas; a chegada de Jetro ao acampa- levantarão dos mortos com um corpo
mento e seu conselho sobre o governo imortal (1 Cor. 15:22). A Expiação tam-
civil do povo. bém proporciona o meio pelo qual pode-
A terceira parte, capítulos 19–40, trata mos ser perdoados de nossos pecados e
da consagração de Israel ao serviço de viver para sempre com Deus. Todavia, a
Deus durante os solenes acontecimen- pessoa que alcançou a idade da respon-
tos do Sinai. O Senhor reservou o povo sabilidade e recebeu a lei só pode receber
para ser um reino de sacerdotes e uma tais bênçãos se tiver fé em Jesus Cristo,
nação santa; Ele deu os Dez Manda- se arrepender de seus pecados, receber
mentos; Ele também deu instruções a as ordenanças de salvação e guardar os
respeito do tabernáculo, seu mobiliário mandamentos de Deus. Aqueles que não
e o modo de adoração a ser nele obser- alcançam a idade da responsabilidade e
vado. Segue-se então o relato do pecado os que não têm a lei são redimidos por
do povo ao adorar um bezerro de ouro, intermédio da expiação (Mos. 15:24–25;
e, finalmente, o relato da construção do Morô. 8:22). As escrituras ensinam clara-
tabernáculo e das providências para os mente que se Cristo não tivesse expiado
serviços do mesmo. nossos pecados, nenhuma lei, ordenança
Expiação, Expiar. Ver também ou sacrifício satisfaria as exigências da
Arrepender-se, Arrependimento; justiça e o homem jamais poderia voltar
Crucificação; Cruz; Filhos de Cristo; à presença de Deus (2 Né. 2; 9).
Filhos e Filhas de Deus; Getsêmani; Isto é o meu sangue, que é derramado
Graça; Imortal, Imortalidade; Jesus por muitos, para remissão dos pecados,
Cristo; Justificação, Justificar; Mt. 26:28. Seu suor tornou-se em gran-
Misericórdia, Misericordioso; des gotas de sangue, Lc. 22:39–44. Da-
Perdoar; Plano de Redenção; rei a minha carne pela vida do mundo,
Queda de Adão e Eva; Redenção, Jo. 6:51. Eu sou a ressurreição e a vida,
Redimido, Redimir; Remissão de Jo. 11:25. Cristo é a causa da eterna sal-
Pecados; Ressurreição; Sacramento; vação para todos os que lhe obedecem,
Sacrifício; Salvação; Sangue; Heb. 5:9. Somos santificados pelo derra-
Santificação mamento do sangue de Cristo, Heb. 9;
Reconciliação do homem com Deus. 10:1–10. Cristo padeceu uma vez pelos
No contexto das escrituras, expiar pecados, 1 Ped. 3:18. O sangue de Jesus
significa sofrer a penalidade por um Cristo nos purifica de todo o pecado,
ato pecaminoso, removendo assim do 1 Jo. 1:7.
pecador arrependido os efeitos do peca- Ele foi levantado na cruz e morto pe-
do e permitindo-lhe reconciliar-se com los pecados do mundo, 1 Né. 11:32–33.
Deus. Jesus Cristo foi o único ser capaz A redenção só é obtida por todos os
de realizar uma expiação perfeita por quebrantados de coração e contritos de
toda a humanidade. Ele pôde fazer isto espírito, 2 Né. 2:3–10, 25–27. Ele se ofe-
por ter sido escolhido e preordenado no rece em sacrifício pelo pecado, 2 Né. 2:7.
Grande Conselho, antes que o mundo A expiação resgata os homens da queda
fosse formado (Ét. 3:14; Mois. 4:1–2; Abr. e os salva da morte e inferno, 2 Né. 9:5–
3:27), por Sua filiação divina e por Sua 24. É necessário que haja uma expiação
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
73 Família
infinita, 2 Né. 9:7. Reconciliar-se com exilados na Babilônia e profetizou du-
Deus pela expiação de Cristo, Jacó 4:11. rante um período de 22 anos, de 592 a
Seu sangue expia os pecados dos que 570 a.C.
caíram pela transgressão de Adão, Mos. O Livro de Ezequiel: O livro de Ezequiel
3:11–18. O homem recebe a salvação por pode ser dividido em quatro partes. Os
meio da expiação, Mos. 4:6–8. Não fos- capítulos 1–3 falam sobre uma visão
se pela expiação, os homens inevita- de Deus e o chamado de Ezequiel para
velmente pereceriam, Mos. 13:27–32. servir; os capítulos 4–24 tratam dos jul-
Ele expiará os pecados do mundo, Al. gamentos que sobreviriam a Jerusalém
34:8–16. O próprio Deus expia os peca- e por que foram pronunciados; os capítu-
dos do mundo, para efetuar o plano de los 25–32 proclamam julgamentos sobre
misericórdia, Al. 42:11–30. Sou o Deus as nações; e os capítulos 33–48 registram
de toda a Terra e fui morto pelos pecados visões da Israel dos últimos dias.
do mundo, 3 Né. 11:14.
Eu, Deus, sofri essas coisas por todos,
D&C 19:16. As criancinhas são redimi- Família. Ver também Casamento,
das por meio de meu Unigênito, D&C Casar; Criança(s); Filho(s); Mãe; Pai
29:46–47. Contempla os sofrimentos e a Terreno
morte daquele que não cometeu pecado, Nas escrituras o termo família refere-
D&C 45:3–5. se ao marido, à mulher, aos filhos e, às
Isso é à semelhança do sacrifício do vezes, a outros parentes que vivam sob
Unigênito, Mois. 5:7. Por meio da Expia- o mesmo teto ou sob a tutela do chefe de
ção de Cristo, toda a humanidade pode uma família. Uma família também pode
ser salva, RF 1:3. compor-se de um só dos genitores e seus
Ezequias filhos, de um casal sem filhos ou mesmo
de uma pessoa que viva só.
Rei justo da nação de Judá, nos tempos
do Velho Testamento. Reinou durante 29 Geral: Em ti serão benditas todas as
anos, no período em que Isaías foi profe- famílias na Terra, Gên. 12:3 (Gên. 28:14;
ta em Judá (2 Reis 18–20; 2 Crôn. 29–32; Abr. 2:11). Serei o Deus de todas as gera-
Isa. 36–39). Isaías ajudou-o a reformar ções (famílias) de Israel, Jer. 31:1.
tanto a Igreja como o estado. Suprimiu Toda a família nos céus e na Terra
a idolatria e restabeleceu os serviços do toma o nome do Pai, Ef. 3:14–15.
templo. Em virtude de sua fé e oração, Adão e Eva tiveram filhos, a família
a vida de Ezequias foi aumentada em 15 de toda a Terra, 2 Né. 2:20.
anos (2 Reis 20:1–7). A primeira parte de Sua glória será uma continuação de se-
seu reinado foi muito próspera, porém mentes para todo o sempre, D&C 132:19.
a sua rebelião contra o rei da Assíria E dar-lhe-ei coroas de vidas eternas nos
(2 Reis 18:7) resultou em duas invasões mundos eternos, D&C 132:55. O sela-
dos assírios: a primeira acha-se descrita mento dos filhos aos pais faz parte da
em Isa. 10:24–32, e a segunda em 2 Reis grande obra da plenitude dos tempos,
18:13–19:7. Na segunda invasão Jerusa- D&C 138:48.
lém foi salva por um anjo do Senhor Homem e mulher criei-os e disse-lhes:
(2 Reis 19:35). Frutificai e multiplicai-vos, Mois. 2:27–
28. Não era bom que o homem estivesse
Ezequiel só, Mois. 3:18. Adão e Eva trabalharam
Profeta que escreveu o livro de Eze- juntos, Mois. 5:1.
quiel, do Velho Testamento. Foi sacer- Responsabilidade dos pais: Abraão or-
dote da família de Zadoque e um dos denará a seus filhos, e eles guardarão
judeus levados cativos por Nabucodo- o caminho do Senhor, Gên. 18:17–19.
nosor. Estabeleceu-se com os judeus Estas palavras, que hoje te ordeno, as
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Faraó 74
intimarás a teus filhos, Deut. 6:7 (Deut. filhas fiéis de Eva adoraram o Deus ver-
11:19). O que ama a seu filho castiga, dadeiro e vivo, D&C 138:38–39.
Prov. 13:24 (Prov. 23:13). Instrui ao me- Família eterna: Em Doutrina e Convê-
nino no caminho em que deve andar, nios é explicada a natureza eterna do
Prov. 22:6. Goza a vida com a mulher relacionamento conjugal e da família.
que amas, Ecles. 9:9. Todos os teus filhos O casamento celestial e a continuação
serão discípulos do Senhor, Isa. 54:13 da unidade familiar possibilitam ao
(3 Né. 22:13). marido e à mulher tornarem-se deuses
Criai-os na doutrina do Senhor, Ef. (D&C 132:15–20).
6:1–4 (En. 1:1). Se alguém não tem cui-
dado dos seus, negou a fé, 1 Tim. 5:8. Faraó. Ver também Egito; Egitus
Leí os exortou com o sentimento de O filho mais velho de Egitus, filha de
um terno pai, 1 Né. 8:37. Falamos de Cão (Abr. 1:25). Era também o título dado
Cristo, para que nossos filhos saibam aos reis egípcios (Abr. 1:27).
em que fonte procurar a remissão, 2 Né.
25:26. Maridos e esposas amam os fi- Fariseus. Ver também Judeus
lhos, Jacó 3:7. Ensiná-los-eis a se ama- No Novo Testamento, um grupo reli-
rem mutuamente e a servirem uns aos gioso entre os judeus cujo nome sugere
outros, Mos. 4:14–15. Defendereis vossas estar separado ou apartado. Os fariseus
famílias mesmo até o derramamento orgulhavam-se de observarem estri-
de sangue, Al. 43:47. Rogai no seio de tamente a lei de Moisés e de evitarem
vossa família, a fim de que vossas mu- qualquer coisa associada aos gentios.
lheres e filhos possam ser abençoados, Eles acreditavam na vida após a mor-
3 Né. 18:21. te, na Ressurreição e na existência de
Os pais devem ensinar o evangelho anjos e espíritos. Acreditavam também
a seus filhos, D&C 68:25. Todo homem que a lei oral e a tradição tinham a mes-
tem a obrigação de sustentar sua pró- ma importância que as leis escritas. Os
pria família, D&C 75:28. Todas as crian- seus ensinamentos reduziam a religião
ças têm o direito de receber dos pais o à observância de regras e fomentavam o
seu sustento, D&C 83:4. Ordenei que orgulho espiritual. Eles fizeram com que
criásseis vossos filhos em luz e verda- muitos judeus duvidassem de Cristo e de
de, D&C 93:40. Deverás pôr em ordem Seu evangelho. O Senhor denunciou os
tua própria casa, D&C 93:43–44, 50. Os fariseus e as suas obras em Mt. 23; Mc.
portadores do sacerdócio só devem in- 7:1–23; e Lc. 11:37–44.
fluenciar os outros com amor não fingi-
Fayette, Nova York (EUA)
do, D&C 121:41.
Adão e Eva deram a conhecer todas as Local na fazenda pertencente a Peter
coisas a seus filhos, Mois. 5:12. Whitmer Sr. onde muitas revelações fo-
ram dadas ao Profeta Joseph Smith Jr.
Responsabilidade dos filhos: Honra a teu
Ali foi organizada a Igreja, em 6 de abril
pai e a tua mãe, Êx. 20:12. Filho meu,
de 1830, e foi ouvida a voz do Senhor
ouve a instrução de teu pai, Prov. 1:8
(D&C 128:20).
(Prov. 13:1; 23:22).
Jesus era submisso a seus pais, Lc. 2:51. Fazer. Ver Obedecer, Obediência,
Jesus fez a vontade de seu Pai, Jo. 6:38 Obediente
(3 Né. 27:13). Sede obedientes a vossos
pais no Senhor, Ef. 6:1 (Col. 3:20). Apren- Fé. Ver também Confiança, Confiar;
dam os filhos a exercer piedade para com Crença, Crer; Esperança; Jesus
a sua própria família, 1 Tim. 5:4. Cristo
Se os filhos se arrependerem vossa Ter confiança em alguma coisa ou em
indignação findará, D&C 98:45–48. As alguém. Como geralmente é usada nas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
75 Fé
escrituras, a fé é a confiança em Jesus 7:12. Os ponteiros da Liahona moviam-
Cristo que leva a pessoa a obedecer-Lhe. se conforme a fé, 1 Né. 16:28. Ele ordena
Para levar à salvação, a fé deve ser cen- que os homens se arrependam e sejam
tralizada em Jesus Cristo. Os santos dos batizados em seu nome, tendo perfeita
últimos dias também têm fé em Deus, o fé no Santo de Israel, 2 Né. 9:23. Cristo
Pai, no Espírito Santo, no poder do sacer- opera grandes milagres no meio dos
dócio e em outros importantes aspectos filhos dos homens, de acordo com sua
do evangelho restaurado. fé, 2 Né. 26:13 (Ét. 12:12; Morô. 7:27–29,
Fé inclui esperança em coisas que não 34–38). Os pecados de Enos foram per-
se veem, mas que são verdadeiras (Heb. doados por sua fé no Senhor Jesus Cristo,
11:1; Al. 32:21; Ét. 12:6). A fé é suscitada En. 1:3–8. Nenhum será salvo, se não ti-
quando a pessoa ouve o evangelho dos ver fé no Senhor Jesus Cristo, Mos. 3:12.
lábios de ministros autorizados enviados Corações se transformam pela fé em seu
por Deus (Rom. 10:14–17). Os milagres nome, Mos. 5:7. As orações dos servos de
não produzem fé, que é vigorosamente Deus possam ser respondidas de acordo
desenvolvida pela obediência ao evange- com sua fé, Mos. 27:14. Dá-nos forças,
lho de Jesus Cristo. Em outras palavras, de acordo com a nossa fé em Cristo, Al.
a fé provém da retidão (Al. 32:40–43; Ét. 14:26. Invocar a Deus com fé, Al. 22:16.
12:4, 6, 12; D&C 63:9–12). Fé não é ter um perfeito conhecimento
A verdadeira fé produz milagres, vi- das coisas, Al. 32:21 (Ét. 12:6). Quando
sões, sonhos, curas e todos os dons de ela (a semente) começar a inchar, culti-
Deus que Ele concede aos Seus santos. vai-a com vossa fé, Al. 33:23 (Al. 32:28).
Pela fé a pessoa obtém a remissão dos A preservação dos nefitas foi atribuída
pecados e, eventualmente, o privilégio ao miraculoso poder de Deus, por causa
de viver na presença de Deus. A falta de de sua extraordinária fé, Al. 57:25–27. To-
fé leva ao desespero, que vem por causa dos os que olharem para o Filho de Deus
da iniquidade (Morô. 10:22). com fé, viverão, Hel. 8:15. Vejo que vos-
sa fé é suficiente para que eu vos cure,
O justo pela sua fé viverá, Hab. 2:4. 3 Né. 17:8. A fé são coisas que se esperam
Tua fé te salvou, Mt. 9:22 (Mc. 5:34; Lc. mas não se veem, Ét. 12:6. Todos aqueles
7:50). Seja-vos feito segundo a vossa fé, que operaram milagres o fizeram pela
Mt. 9:29. Se tiverdes fé como um grão fé, Ét. 12:12–18. Se tiverem fé em mim,
de mostarda, nada vos será impossível, então farei com que as coisas fracas se
Mt. 17:20 (Lc. 17:6). Eu roguei por ti, para tornem fortes entre eles, Ét. 12:27–28, 37.
que a tua fé não desfaleça, Lc. 22:32. A fé Mórmon ensinou sobre a fé, a esperança,
no nome de Cristo curou um homem, At. e a caridade, Morô. 7. Tudo quanto for
3:16. A fé é por ouvir a palavra de Deus, bom e pedirdes ao Pai, em meu nome,
Rom. 10:17. Se Cristo não ressuscitou, com fé e crendo que o recebereis, eis que
também é vã a vossa fé, 1 Cor. 15:14. A fé vos será concedido, Morô. 7:26. Todos os
opera pela caridade, Gál. 5:6. Pela graça que têm fé em Cristo, se apegarão a tudo
sois salvos, por meio da fé, Ef. 2:8 (2 Né. que é bom, Morô. 7:28. Se perguntardes
25:23). Tomando o escudo da fé, Ef. 6:16 tendo fé em Cristo, ele vos manifestará
(D&C 27:17). Acabei a carreira, guardei a verdade, Morô. 10:4.
a fé, 2 Tim. 4:7. A fé é a certeza do que Sem fé nada podes fazer; portanto,
se espera, Heb. 11:1. Sem fé é impossível pede com fé, D&C 8:10. Seria concedi-
agradar a Deus, Heb. 11:6. A fé, se não do de acordo com a fé expressa em suas
tiver as obras, é morta, Tg. 2:17–18, 22. orações, D&C 10:47, 52. Todos os homens
Eu irei e cumprirei as ordens do Se- precisam perseverar com fé no nome
nhor, 1 Né. 3:7. O Senhor é capaz de fa- de Cristo até o fim, D&C 20:25, 29. O
zer todas as coisas em prol dos filhos Espírito ser-vos-á dado pela oração da
dos homens, se nele exercerem fé, 1 Né. fé, D&C 42:14. A fé não vem por sinais,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Felicidade, Feliz 76
mas sinais seguem os que creem, D&C 68:25, 27–28. É ordenado aos pais que
63:9–12. Os pais devem ensinar aos filhos criem os filhos em luz e verdade, D&C
a fé em Cristo, D&C 68:25. Procurai co- 93:40.
nhecimento, sim, pelo estudo e também
pela fé, D&C 88:118. Filho de Deus. Ver Jesus Cristo;
Fé no Senhor Jesus Cristo é o primeiro Trindade
princípio do Evangelho, RF 1:4. Filho do Homem. Ver também Jesus
Felicidade, Feliz. Ver Alegria Cristo; Trindade
Um título que Jesus Cristo usava ao
Filemom. Ver também Paulo referir-se a Si próprio (Lc. 9:22; Lc. 21:36).
Cristão, citado no Novo Testamento, Significava Filho do Homem de Santi-
dono do escravo Onésimo, que ouviu a dade. Homem de Santidade é um dos
pregação de Paulo e o seguiu. O após- nomes de Deus, o Pai. Quando Jesus cha-
tolo Paulo enviou o escravo fugitivo de mava a Si próprio de Filho do Homem,
volta, com uma carta dirigida a seu amo, fazia declaração aberta de Seu parentes-
pedindo-lhe que perdoasse Onésimo. co divino com o Pai. Esse título é encon-
Filemom, Epístola a. Ver Epístolas trado frequentemente nos Evangelhos.
Paulinas; Paulo A revelação dos últimos dias confirma
o significado especial e o caráter sagra-
Livro do Novo Testamento extraído do desse nome do Salvador (D&C 45:39;
de uma carta particular de Paulo a File- 49:6, 22; 58:65; Mois. 6:57).
mom, a respeito de Onésimo, um escra-
vo que roubou o seu senhor, Filemom, Filhos de Cristo. Ver também Filhos e
e fugiu para Roma. Paulo enviou o es- Filhas de Deus; Gerar; Jesus Cristo;
cravo de volta a seu dono em Colossos, Nascer de Deus, Nascer de Novo
com Tíquico, o portador da epístola de Os que aceitaram o evangelho de Je-
Paulo aos colossenses. Paulo pediu em sus Cristo.
sua carta que Onésimo fosse perdoado
e recebido de volta como um cristão Crede na luz, para que sejais filhos da
igual a seu senhor. Paulo escreveu esta luz, Jo. 12:36.
epístola da primeira vez em que esteve Por causa do convênio que fizestes,
preso em Roma. sereis chamados progênie de Cristo,
Mos. 5:7. Se vos apegardes a tudo o que
Filho(s). Ver também Criança(s); é bom, certamente sereis filhos de Cris-
Família; Mãe; Pais to, Morô. 7:19.
Os pais devem ensinar os filhos a obe- Aos que me receberam, dei poder para
decerem à vontade de Deus. tornarem-se meus filhos, D&C 39:4. Não
temais, filhinhos, porque sois meus,
Os filhos são herança do Senhor,
D&C 50:40–41.
Salm. 127:3–5.
Tu és um em mim, um filho de Deus,
Filhos, sede obedientes a vossos pais,
Mois. 6:68.
Ef. 6:1–3 (Col. 3:20).
Não houvesse a Queda, Adão e Eva Filhos de Deus. Ver Filhos e Filhas de
não teriam tido filhos, 2 Né. 2:22–23. Deus; Homem, Homens
Ensinar os filhos a andar na verdade e
sobriedade, Mos. 4:14–15. Todos os teus Filhos de Helamã. Ver Helamã,
filhos serão instruídos pelo Senhor; e Filhos de
será abundante a paz de teus filhos, Filhos de Israel. Ver Israel
3 Né. 22:13 (Isa. 54:13).
Os pais devem ensinar aos filhos os Filhos de Mosias. Ver Mosias, Filhos
princípios e práticas do evangelho, D&C de
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
77 Filipenses, Epístola aos
Filhos de Perdição. Ver também que nasceram de novo por intermédio da
Condenação, Condenar; Diabo; Expiação de Cristo.
Inferno; Morte Espiritual; Pecado Filhos espirituais do Pai: Vós sois deuses,
Imperdoável filhos do Altíssimo, Salmos 82:6.
Os seguidores de Satanás que sofrerão Somos a geração de Deus, At. 17:29.
com ele na eternidade. Os filhos de per- Sujeitemo-nos ao Pai dos espíritos,
dição incluem: (1) aqueles que seguiram Heb. 12:9.
Satanás e foram expulsos do céu por re- Sou um filho de Deus, Mois. 1:13.
belião na vida pré-mortal e (2) aqueles a Filhos nascidos de novo por meio da ex-
quem foi permitido nascer neste mundo piação: A todos quantos o receberam,
com corpo físico, mas que depois servi- deu-lhes o poder de serem feitos filhos
ram a Satanás e se voltaram totalmente de Deus, Jo. 1:12 (Rom. 8:14; 3 Né. 9:17;
contra Deus. Os que estão neste segundo D&C 11:30). Agora somos filhos de Deus,
grupo serão ressuscitados dentre os mor- 1 Jo. 3:1–2.
tos, mas não serão redimidos da segunda Sereis chamados progênie de Cristo,
morte (espiritual) e não poderão habitar filhos e filhas dele, Mos. 5:7. Todos têm
em um reino de glória (D&C 88:32, 35). que nascer de novo, tornando-se seus
Nenhum deles se perdeu, senão o fi- filhos e filhas, Mos. 27:25. Eles se tor-
lho da Perdição, Jo. 17:12. É impossível narão meus filhos e minhas filhas, Ét.
renová-los para o arrependimento, Heb. 3:14. Certamente sereis filhos de Cristo,
6:4–6 (Heb. 10:26–29). Morô. 7:19.
A misericórdia não tem direitos so- Todos os que recebem meu evangelho
bre esse homem e sua condenação final são filhos e filhas em meu reino, D&C
é padecer um tormento sem fim, Mos. 25:1. São deuses, sim, os filhos de Deus,
2:36–39. Permanece como se não tives- D&C 76:58.
se havido redenção, Mos. 16:5. Aqueles Assim possam todos tornar-se meus
que negam os milagres de Cristo para filhos, Mois. 6:68. Muitos acreditaram
obter lucro serão como o filho de Perdi- e tornaram-se filhos de Deus, Mois. 7:1.
ção, 3 Né. 29:7.
Para eles não há perdão neste mundo Filipe
nem no vindouro, D&C 76:30–34 (D&C No Novo Testamento, Filipe de Betsai-
84:41; 132:27). São os únicos que não se- da foi um dos Doze Apóstolos originais
rão redimidos da segunda morte, D&C do Salvador (Mt. 10:2–4; Jo. 1:43–45).
76:34–48. Os filhos de Perdição negam Outro Filipe foi um dos sete escolhi-
o Espírito Santo depois de havê-lo rece- dos para ajudar os Doze Apóstolos (At.
bido, D&C 76:35. Os filhos de Perdição 6:2–6). Este pregou em Samaria e a um
negam o Filho depois que o Pai o reve- eunuco etíope (At. 8).
lou, D&C 76:43.
Filipenses, Epístola aos. Ver também
C a i m s e rá c h a m ado Pe rd iç ão,
Epístolas Paulinas; Paulo
Mois. 5:22–26.
Carta escrita por Paulo aos santos de
Filhos e Filhas de Deus. Ver também Filipos, quando estava encarcerado em
Expiação, Expiar; Filhos de Cristo; Roma pela primeira vez. Agora é o livro
Gerar; Homem, Homens; Nascer de de Filipenses no Novo Testamento.
Deus, Nascer de Novo O capítulo 1 contém as saudações de
Esses títulos são usados nas escrituras Paulo e suas instruções acerca da união,
de duas maneiras. Em um sentido, somos humildade e perseverança. O capítulo 2
todos literalmente filhos espirituais de enfatiza que todos se curvarão diante de
nosso Pai Celestial. Num outro sentido, Cristo e que cada um deve operar a sua
os filhos e as filhas de Deus são aqueles própria salvação. No capítulo 3 Paulo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Filisteus 78
explica que sacrificou todas as coisas como se fosse por fogo, D&C 43:32. A
por Cristo. No capítulo 4 Paulo agrade- presença do Senhor será como o fogo
ce aos santos filipenses a ajuda que lhe de fundição, D&C 133:41.
prestaram. Adão foi batizado com fogo e com o
Espírito Santo, Mois. 6:66.
Filisteus
No Velho Testamento, uma tribo origi- Fornicação. Ver também Adultério;
nária de Caftor (Creta) (Amós 9:7) e que Castidade; Sensual, Sensualidade
habitou as férteis terras baixas da cos- É a relação sexual ilícita entre duas
ta do Mediterrâneo, de Jope ao deserto pessoas solteiras. Nas escrituras a pa-
egípcio, antes do tempo de Abraão (Gên. lavra às vezes é usada como símbolo
21:32). Por muitos anos houve conflitos de apostasia.
militares entre os filisteus e os israelitas.
Não me forces, porque não se faz as-
Com o tempo, Palestina, nome do territó-
sim, 2 Sam. 13:12.
rio dos filisteus, tornou-se o nome pelo
Que se abstenham da prostituição, At.
qual a Terra Santa veio a ser conhecida.
15:20. O corpo não é para a prostituição,
Israel esteve cativa dos filisteus duran- senão para o Senhor, 1 Cor. 6:13–18. Por
te 40 anos, Juí. 13:1. Sansão combateu os causa da prostituição, cada homem te-
filisteus, Juí. 13–16. Golias era um filis- nha a sua própria mulher, 1 Cor. 7:2–3.
teu de Gate, 1 Sam. 17. Davi derrotou os É a vontade de Deus que vos abstenhais
filisteus, 1 Sam. 19:8. da prostituição, 1 Tess. 4:3.
Fim do Mundo. Ver Mundo—Fim do Jacó advertiu o povo de Néfi contra
mundo a fornicação, Jacó 3:12. Estais amadu-
recendo para a destruição eterna em
Fogo. Ver também Batismo, Batizar; virtude de vossos assassinatos e forni-
Espírito Santo; Inferno; Terra— cação, Hel. 8:26.
Purificação da Terra Os fornicadores devem-se arrepender
Símbolo de purificação ou santifica- para serem recebidos na Igreja, D&C
ção. O fogo também representa a pre- 42:74–78.
sença de Deus.
Fraqueza. Ver também Humildade,
Teu Deus é um fogo que consome, Humilde, Humilhar
Deut. 4:24. O Senhor faz de seus mi-
A condição de ser mortal e ter falta de
nistros um fogo abrasador, Salm. 104:4.
aptidão, força ou destreza. A fraqueza é
Do Senhor dos Exércitos serás visitado
um estado de ser. Todas as pessoas são
com o fogo consumidor, Isa. 29:6 (2 Né.
fracas e é só pela graça de Deus que re-
27:2). O Senhor virá em fogo, Isa. 66:15.
cebem o poder de praticar o bem (Jacó
Ele será como o fogo do ourives, Mal.
4:6–7). Essa característica manifesta-se
3:2 (3 Né. 24:2; D&C 128:24).
em parte nas fraquezas ou imperfeições
Ele vos batizará com o Espírito Santo,
de toda pessoa.
e com fogo, Mt. 3:11 (Lc. 3:16).
Os justos serão preservados pelo fogo, Confortai as mãos fracas, Isa. 35:3–4.
1 Né. 22:17. Os iníquos serão destruídos Na verdade, o espírito está pron-
com fogo, 2 Né. 30:10. Néfi explicou como to, mas a carne é fraca, Mt. 26:41
recebemos o batismo de fogo e do Espí- (Mc. 14:38).
rito Santo, 2 Né. 31:13–14 (3 Né. 9:20; 12:1; Por causa da fraqueza que há em mim,
19:13; Ét. 12:14; D&C 33:11). segundo a carne, quero desculpar-me,
Declararás remissão de pecados por 1 Né. 19:6. Ele me mandou escrever estas
batismo e por fogo, D&C 19:31. A grande coisas, apesar de minha fraqueza, 2 Né.
e abominável igreja será abatida por fogo 33:11. Não te ires com teu servo por causa
devorador, D&C 29:21. A Terra passará de sua fraqueza, Ét. 3:2. Os gentios farão
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
79 Galileia
zombaria destas coisas em virtude de Gálatas, Espístola aos. Ver também
nossa deficiência na escrita, Ét. 12:23–25, Epístolas Paulinas; Paulo
40. Eu lhes mostrarei sua fraqueza, Ét. Livro do Novo Testamento. Original-
12:27–28. Porque viste a tua fraqueza, mente foi uma carta escrita pelo Após-
serás fortalecido, Ét. 12:37. tolo Paulo aos santos que viviam na Ga-
Aquele dentre vós que for fraco, no lácia. Seu tema é o de que a verdadeira
futuro será tornado forte, D&C 50:16. liberdade só pode ser encontrada ao vi-
Jesus Cristo conhece as fraquezas dos vermos o evangelho de Jesus Cristo. Se
homens, D&C 62:1. os santos adotassem os ensinamentos
Fraudar, Fraude, Fraudulento. Ver dos judeus cristãos, que insistiam na ob-
Enganar, Engano, Fraude servância da lei mosaica, restringiriam
ou destruiriam a liberdade que haviam
Fruto Proibido. Ver Éden; Queda de encontrado em Cristo. Na epístola, Paulo
Adão e Eva ratifica sua própria posição como após-
tolo, explica a doutrina da retidão pela
Gabriel. Ver também Anjos; Maria, fé e confirma o valor de uma religião
Mãe de Jesus; Noé, Patriarca Bíblico espiritual.
Nos capítulos 1 e 2 Paulo manifesta
O anjo enviado a Daniel (Dan. 8:16; seu pesar pelas notícias que recebera
9:21), a Zacarias (Lc. 1:11–19; D&C 27:7), sobre a apostasia entre os gálatas e de-
a Maria (Lc. 1:26–38) e a outros (D&C fine sua posição entre os apóstolos. Nos
128:21). O Profeta Joseph Smith ensinou capítulos 3 e 4 analisa os princípios da
que Gabriel é Noé, o profeta do Velho fé e das obras. Os capítulos 5 e 6 trazem
Testamento. um sermão sobre os resultados práticos
Gade, Filho de Jacó. Ver também da doutrina da fé.
Israel; Jacó, Filho de Isaque Galileia
No Velho Testamento, filho de Jacó e Nos tempos antigos e modernos, é a
Zilpa (Gên. 30:10–11). Seus descendentes região situada no extremo norte de Is-
tornaram-se uma das tribos de Israel. rael, a oeste do rio Jordão e do Mar da
A tribo de Gade: A bênção de Jacó a seu Galileia. A Galileia tem aproximadamen-
filho Gade encontra-se em Gên. 49:19. A te 97 quilômetros de comprimento por
bênção de Moisés para a tribo de Gade 48 de largura. Na antiguidade, nela se
encontra-se em Deut. 33:20–21. De acor- situavam as melhores terras e as cidades
do com estas bênçãos, os descenden- mais movimentadas de Israel. Passavam
tes de Gade seriam um povo guerrei- pela Galileia importantes estradas que
ro. A região a eles concedida na terra levavam a Damasco, ao Egito e ao les-
de Canaã achava-se a leste do rio Jor- te de Israel. Seu excelente clima e solo
dão e tinha boas pastagens e água em fértil produziam grandes colheitas de
abundância. azeitonas, trigo, cevada e uvas. A pesca
no Mar da Galileia proporcionava um
Gade, o Vidente. Ver também
excelente comércio de exportação e era
Escrituras—Escrituras perdidas
uma ótima fonte de riqueza. O Salvador
Profeta do Velho Testamento, fiel ami- passou grande parte de Seu tempo na
go e conselheiro de Davi (1 Sam. 22:5; Galileia.
2 Sam. 24:11–19). Escreveu o livro dos
Uma grande luz surgirá na Galileia,
atos de Davi, que se tornou uma das es-
crituras perdidas (1 Crôn. 29:29). Isa. 9:1–3 (2 Né. 19:1–3).
Jesus percorria a Galileia pregando,
Gadiânton. Ver Ladrões de ensinando, e curando, Mt. 4:23. Após
Gadiânton ressuscitar, Jesus apareceu na Galileia,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Gamaliel 80
Mc. 14:28 (Jo. 21:1–14). A fama de Jesus de Jesus Cristo no mundo espiritual
correu por toda a Galileia, Lc. 4:14. Jesus (D&C 127–128).
principiou os seus milagres em Caná da
Gênesis. Ver também Pentateuco
Galileia, Jo. 2:11.
O livro de Gênesis é o primeiro do Ve-
Mar da Galileia: Situado ao norte de Is-
lho Testamento e foi escrito pelo profeta
rael, também era conhecido como Mar de
Moisés. Relata muitas coisas acontecidas
Quinerete, no Velho Testamento, e Lago
no princípio, tais como a criação da Ter-
de Genesaré ou Tiberíades, no Novo
ra, a colocação dos animais e do homem
Testamento. Jesus pregou diversos ser-
nela, a Queda de Adão e Eva, a revelação
mões ali (Mt. 13:2). O mar tem a forma do evangelho a Adão, o início das tribos
de uma pera e mede 20 quilômetros de e raças, a origem dos vários idiomas em
comprimento e sua maior largura é de 12 Babel e o princípio da família de Abraão,
quilômetros. Está situado uns 207 metros o que levou ao estabelecimento da casa
abaixo do nível do mar, o que faz com de Israel. O papel desempenhado por
que o ar ao redor seja muito quente. O José na preservação de Israel é enfati-
choque do ar frio, que desce das monta- zado em Gênesis.
nhas, com o ar quente, acima das águas, As revelações modernas confirmam e
com frequência produz tempestades esclarecem o registro do Gênesis (1 Né.
repentinas (Lc. 8:22–24). 5; Ét. 1; Mois. 1–8; Abr. 1–5).
Gamaliel. Ver também Fariseus No livro de Gênesis os capítulos 1–4
relatam a criação do mundo e o desen-
Con hecido fariseu da época do volvimento da família de Adão. Os ca-
Novo Testamento, que conhecia e en- pítulos 5–10 registram a história de Noé.
sinava a lei judaica. O Apóstolo Pau- Os capítulos 11–20 falam de Abraão e de
lo foi um de seus discípulos (At. sua família até o tempo de Isaque. Os
22:3). Era muito influente no sinédrio capítulos 21–35 continuam relatando
(At. 5:34–40). sobre a família de Isaque. O capítulo 36
ensina sobre Esaú e sua família. Os ca-
Genealogia. Ver também Batismo,
pítulos 37–50 contam sobre a família de
Batizar—Batismo pelos mortos;
Jacó e relatam a história de José, vendido
Família; Livro de Recordações;
ao Egito, e o papel que desempenhou na
Ordenanças—Ordenança vicária;
salvação da casa de Israel.
Salvação; Salvação para os
Mortos Gentios
Registro que traça a linha de descen- Nas escrituras o termo gentios tem di-
dência de uma família. Nas escrituras, versos significados. Às vezes serve para
onde os ofícios do sacerdócio ou certas designar pessoas não pertencentes à li-
bênçãos eram exclusividade de uma de- nhagem de Israel; outras, para referir-se
terminada família, as genealogias eram a povos não-judeus e às vezes, ainda, a
muito importantes (Gên. 5; 10; 25; 46; nações que não possuíam o evangelho,
1 Crôn. 1–9; Esd. 2:61–62; Ne. 7:63–64; Mt. embora existindo nelas pessoas de san-
1:1–17; Lc. 3:23–38; 1 Né. 3:1–4; 5:14–19; gue israelita. Esta última aplicação é
Jar. 1:1–2). Atualmente, na Igreja restau- especialmente característica da palavra
rada, os santos continuam a traçar as conforme usada no Livro de Mórmon e
suas linhas de ascendência familiar, em em Doutrina e Convênios.
parte para identificarem corretamente Os israelitas não deviam casar-se com
ancestrais falecidos, a fim de realizarem pessoas que não fossem de seu povo
as ordenanças salvadoras em favor deles. (gentios), Deut. 7:1–3. O Senhor seria
Tais ordenanças são válidas para as pes- uma luz para os gentios, Isa. 42:6.
soas falecidas que aceitam o evangelho A Pe d ro foi orde n ado leva r o
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
81 Glória
evangelho aos gentios, At. 10:9–48. Cristo gerou espiritualmente a seu
Deus deu o arrependimento também povo, Mos. 5:7.
aos gentios, At. 11:18. Somos batizados Os que são gerados por intermédio
na mesma Igreja, quer sejamos judeus do Senhor são a igreja do Primogênito,
ou gentios, 1 Cor. 12:13. Os gentios se- D&C 93:22.
riam co-herdeiros em Cristo, pelo evan-
gelho, Ef. 3:6. Getsêmani. Ver também Expiação,
O Livro de Mórmon foi escrito para Expiar; Oliveiras, Monte das
os gentios, página de título do Livro de Um jardim mencionado no Novo Tes-
Mórmon (Mórm. 3:17). Um homem entre tamento como estando situado perto
os gentios indo sobre as muitas águas, do Monte das Oliveiras. Em aramaico
1 Né. 13:12. Outros livros trazidos pelos a palavra getsêmani significa “lagar de
gentios, 1 Né. 13:39. A plenitude do evan- azeite.” Jesus foi ao jardim na noite em
gelho chegará aos gentios, 1 Né. 15:13 que Judas O traiu. Lá Ele orou e sofreu
(3 Né. 16:7; D&C 20:9). Esta terra será no Getsêmani pelos pecados da huma-
uma terra de liberdade para os gentios, nidade (Mt. 26:36, 39; Mc. 14:32; Jo. 18:1;
2 Né. 10:11. Os gentios são comparados Al. 21:9; D&C 19:15–19).
a uma oliveira brava, Jacó 5.
Gideão (Livro de Mórmon)
O evangelho deverá vir à luz no tem-
po dos gentios, D&C 45:28 (D&C 19:27). Um fiel líder nefita.
A palavra chegará aos confins da Terra, Homem forte e inimigo do rei Noé,
primeiro aos gentios e, depois, aos ju- Mos. 19:4–8. Aconselhou o rei Lími,
deus, D&C 90:8–10. Os Setenta devem Mos. 20:17–22. Propôs um plano para es-
ser testemunhas especiais junto aos gen- capar do cativeiro lamanita, Mos. 22:3–9.
tios, D&C 107:25. Enviai os élderes de Foi morto por Neor, Al. 1:8–10.
minha igreja; clamai a todas as nações,
primeiro aos gentios e depois aos judeus, Gideão (Velho Testamento)
D&C 133:8. Líder que livrou Israel da opressão dos
midianitas (Juí. 6:11–40; 7–8).
Gerar. Ver também Filhos de Cristo;
Filhos e Filhas de Deus; Nascer de Glória. Ver também Graus de Glória;
Deus, Nascer de Novo; Unigênito Luz, Luz de Cristo; Verdade
Fazer nascer. Gerar significa dar à luz, Nas escrituras esta palavra frequente-
procriar ou fazer existir. Nas escritu- mente se refere à luz e verdade de Deus.
ras, estas palavras são frequentemente Também pode dizer respeito a louvor ou
usadas com o significado de nascer de honra, a certa condição de vida eterna
Deus. Embora Jesus Cristo seja o único ou à glória de Deus.
filho gerado pelo Pai na mortalidade, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda
todas as pessoas podem ser geradas es- a Terra está cheia da sua glória, Isa. 6:3
piritualmente por Cristo, aceitando-O, (2 Né. 16:3).
guardando os Seus mandamentos e tor- Somos transformados de glória em
nando-se novas criaturas pelo poder do glória na mesma imagem, 2 Cor. 3:18.
Espírito Santo. Ele me levantará para viver em glória
Eu hoje te gerei, Salm. 2:7 (At. 13:33; com ele, Al. 36:28.
Heb. 1:5–6; 5:5). As glórias recebidas na ressurreição
Sua glória era a do unigênito do Pai, serão diferentes, conforme a retidão,
Jo. 1:14 (2 Né. 25:12; Al. 12:33–34; D&C D&C 76:50–119. A glória de Deus é in-
76:23). Deus amou o mundo de tal ma- teligência, D&C 93:36.
neira que deu o seu filho unigênito, Jo. A glória de Deus é levar a efeito a
3:16 (D&C 20:21). imortalidade e vida eterna do homem,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Glória Celestial 82
Mois. 1:39. Vi dois Personagens cujo Paulo viu a glória terrestre e compa-
resplendor e glória desafiam qualquer rou-a com a lua, 1 Cor. 15:40–41.
descrição, JS—H 1:17. Joseph Smith e Sidney Rigdon viram a
glória terrestre, D&C 76:71–80. A glória
Glória Celestial. Ver também do terrestre supera a do telestial, D&C
Exaltação; Graus de Glória; Vida 76:91. Aquele que não consegue viver
eterna a lei de um reino terrestre não conse-
O mais elevado dos três graus de gló- gue suportar uma glória terrestre, D&C
ria que uma pessoa pode alcançar após 88:23, 30, 38.
esta vida. Nele os justos viverão na pre-
Gogue. Ver também Magogue;
sença de Deus, o Pai, e de Seu Filho, Segunda Vinda de Jesus Cristo
Jesus Cristo.
Um rei de Magogue. Ezequiel pro-
Uma é a glória dos celestiais, 1 Cor. fetizou que Gogue invadiria Israel na
15:40 (D&C 76:96). Paulo foi arrebatado época da Segunda Vinda do Senhor
até o terceiro céu, 2 Cor. 12:2. (Eze. 38–39). Outra batalha, chamada de
A glória celestial foi mostrada em vi- batalha de Gogue e Magogue, ocorrerá
são, D&C 76:50–70. Se os santos deseja- no final do Milênio (Apoc. 20:7–9; D&C
rem um lugar no mundo celestial, eles 88:111–116).
devem-se preparar, D&C 78:7. Aquele
que não consegue viver a lei de um rei- Gólgota. Ver também Crucificação;
no celestial, não consegue suportar uma Jesus Cristo
glória celestial, D&C 88:15–22. Na gló- A palavra Gólgota, em aramaico, sig-
ria celestial há três céus. Estabelecidas nifica “caveira.” É o nome do lugar onde
as condições para se alcançar o mais Cristo foi crucificado (Mt. 27:33; Mc.
elevado, D&C 131:1–2. As crianças que 15:22; Jo. 19:17). Em latim o nome é Cal-
morrem antes de chegar à idade da res- vário (Lc. 23:33).
ponsabilidade são salvas no reino celes- Golias. Ver também Davi
tial, D&C 137:10.
No Velho Testamento, gigante que de-
Glória Telestial. Ver também Graus safiou os exércitos de Israel. Davi aceitou
de Glória o desafio dele e matou-o com a ajuda do
O menor dos três graus de glória nos Senhor (1 Sam. 17).
quais as pessoas viverão após o Juízo Gomorra. Ver também Sodoma
Final.
No Velho Testamento, uma cidade
Paulo viu a glória das estrelas, 1 Cor. iníqua destruída pelo Senhor (Gên.
15:40–41. 19:12–29).
Joseph Smith e Sidney Rigdon viram a
glória telestial, D&C 76:81–90. Os habi- Governo. Ver também Constituição
tantes do mundo telestial eram inume- Quando Jesus Cristo voltar, Ele esta-
ráveis como as estrelas, D&C 76:109–112. belecerá um governo de retidão.
Aquele que não consegue viver a lei de E o principado está sobre os seus om-
um reino telestial não consegue suportar bros, Isa. 9:6 (2 Né. 19:6).
uma glória telestial, D&C 88:24, 31, 38. Dai, pois, a César o que é de César, Mt.
22:21 (D&C 63:26). Que toda pessoa este-
Glória Terrestre. Ver também Graus
ja sujeita às potestades, Rom. 13:1. Orar
de Glória pelos reis e por todos os que estão em
O segundo dos três graus de glória eminência, 1 Tim. 2:1–2. Que se sujeitem
nos quais as pessoas viverão após o aos principados e potestades, que lhes
Juízo Final. obedeçam, Tit. 3:1. Sujeitai-vos, pois, a
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
83 Guerra
toda a ordenação humana por amor do homens são salvos, 2 Né. 10:24. É pela
Senhor, 1 Ped. 2:13–14. Jesus Cristo será graça que somos salvos, depois de tudo
o governante final da Terra, Apoc. 11:15. o que pudermos fazer, 2 Né. 25:23. É por
Ter homens justos por reis, Mos. 23:8. sua graça que temos o poder para fazer
Resolvei vossos negócios de acordo com estas coisas, Jacó 4:7. Aos homens pode
a voz do povo, Mos. 29:26. ser restituída graça por graça, segundo
Cristo será nosso governante quando suas obras, Hel. 12:24. A minha graça
vier, D&C 41:4. O que guarda as leis de basta a todos os que se humilham, Ét.
Deus não tem necessidade de quebrar as 12:26–27. Morôni orou para que fosse
leis do país, D&C 58:21. Quando os iní- dada aos gentios a graça de serem cari-
quos governam, o povo pranteia, D&C dosos, Ét. 12:36, 41. Pela graça de Deus
98:9–10. Os governos foram instituídos podeis ser perfeitos em Cristo, Morô.
por Deus em benefício da humanidade, 10:32–33.
D&C 134:1–5. Os homens têm a res- Jesus recebeu graça por graça, D&C
ponsabilidade de apoiar os governos, 93:12–13, 20.
D&C 134:5.
Cremos na submissão a reis, presiden- Grande e Abominável Igreja. Ver
tes, governantes e magistrados, RF 1:12. Diabo—Igreja do diabo

Gozo. Ver Alegria Grão de Mostarda


A semente de um pé de mostarda.
Graça. Ver também Expiação,
Embora a semente (ou grão) seja muito
Expiar; Jesus Cristo; Misericórdia,
pequena, a altura da planta que dela
Misericordioso; Salvação
cresce é muito grande. Jesus comparou
O poder capacitador de Deus, que o reino do céu a um grão de mostarda
possibilita aos homens e às mulheres (Mt. 13:31).
alcançarem bênçãos nesta vida e a ob-
Se tiverdes fé como um grão de
terem a vida eterna e a exaltação após
mostarda, podeis mover montanhas,
terem exercido fé, se arrependido e fei-
Mt. 17:20.
to tudo ao seu alcance para guardar
os mandamentos. Tal auxílio ou força Gratidão. Ver Ação de Graças,
divina vem pela misericórdia e o amor Agradecido, Agradecimento
de Deus. Todo ser mortal necessita da
graça divina, por causa da Queda de Graus de Glória. Ver também Glória
Adão e também por causa das fraque- Celestial; Glória Telestial; Glória
zas humanas. Terrestre
A graça e a verdade por Jesus Cristo, Diferentes reinos nos céus. No Juízo
Jo. 1:17. Cremos que seremos salvos pela Final cada pessoa herdará uma morada
graça do Senhor Jesus Cristo, At. 15:11 eterna em um reino de glória específico,
(Rom. 3:23–24; D&C 138:14). Temos en- exceto os que forem filhos de Perdição.
trada pela fé a esta graça, Rom. 5:2. Pela Jesus disse: na casa de meu Pai há
graça sois salvos, por meio da fé, Ef. 2:8. muitas moradas, Jo. 14:2 (Ét. 12:32). Uma
A graça de Deus traz a salvação, Tit. 2:11. é a glória do sol, outra a da lua, e outra
Cheguemos com confiança ao trono da a das estrelas, 1 Cor. 15:40–41. Paulo foi
graça, Heb. 4:16. Deus dá graça aos hu- arrebatado até o terceiro céu, 2 Cor. 12:2.
mildes, 1 Ped. 5:5. Há um lugar sem glória e de castigo
Nenhuma carne pode habitar na pre- eterno, D&C 76:30–38, 43–45. Há três
sença de Deus, a menos que seja por graus de glória, D&C 76:50–113; 88:20–32.
meio dos méritos, misericórdia e graça
do Santo Messias, 2 Né. 2:8. É somente Guerra. Ver também Paz
na graça e pela graça de Deus que os Batalha ou conflito armado; lutar com
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Guerra nos Céus 84
armas. O Senhor aprova a guerra unica- Hagote
mente como um último recurso para que Um nefita construtor de barcos, no
os Seus santos defendam a sua família, Livro de Mórmon (Al. 63:5–7).
as suas propriedades, os seus direitos e
privilégios, bem como a sua liberdade Harris, Martin. Ver também
(Al. 43:9, 45–47). Testemunhas do Livro de Mórmon
Morôni havia jurado defender seu Uma das Três Testemunhas da ori-
povo, seus direitos, seu país e sua reli- gem divina e da veracidade do Livro
gião, Al. 48:10–17. de Mórmon. Ele ajudou Joseph Smith
Joseph Smith recebeu uma revelação e e a Igreja financeiramente. O Senhor
profecia sobre guerra, D&C 87. Renun- pediu a Martin Harris que vendesse a
sua propriedade e doasse o seu dinhei-
ciai à guerra e proclamai a paz, D&C
ro para pagar a publicação do Livro de
98:16, 34–46. Os homens são justifica-
Mórmon (D&C 19:26–27, 34–35), que ele
dos por se defenderem e defenderem
fosse um exemplo para a Igreja (D&C
seus amigos e seus bens e o governo,
58:35), e que ajudasse a pagar os custos
D&C 134:11. do ministério (D&C 104:26).
Cremos na obediência, honra e manu- Martin Harris foi excomungado da
tenção da lei, RF 1:12. Igreja; porém, mais tarde recuperou a
Guerra nos Céus. Ver Batalha nos condição plena de membro. Ele testifi-
Céus cou até o final de sua vida que viu o anjo
Morôni e as placas de ouro das quais Jo-
seph Smith traduziu o Livro de Mórmon.
Habacuque
Hebraico. Ver também Israel
Um profeta do Velho Testamento, no
reino de Judá, que falou da iniquidade Idioma falado pelos filhos de Israel.
Os israelitas falaram hebraico até o
do povo, possivelmente durante o reina-
retorno do cativeiro babilônico, época
do de Joaquim (aprox. 600 a.C.).
em que o aramaico se tornou a língua
Livro de Habacuque: O capítulo 1 é uma usada no dia-a-dia. Na época de Jesus o
conversa do Senhor com o Seu profeta, hebraico era o idioma dos eruditos, da
semelhante às que se encontram em Je- lei e da literatura religiosa.
remias 12 e Doutrina e Convênios 121.
Habacuque estava perturbado porque Hebreus, Epístola aos. Ver também
parecia-lhe que os ímpios prospera- Epístolas Paulinas; Paulo
vam. No capítulo 2, o Senhor aconselhou Livro do Novo Testamento. Paulo es-
Habacuque a ser paciente — os justos creveu esta carta aos membros da Igreja
devem aprender a viver pela fé. O capí- de origem judia, a fim de persuadi-los de
tulo 3 registra a oração de Habacuque, que os aspectos significativos da lei mo-
na qual ele reconhece a justiça de Deus. saica tinham sido cumpridos em Cristo,
sendo aquela substituída pela lei maior
Hades. Ver Inferno do evangelho do Salvador. Retornan-
do a Jerusalém no final de sua terceira
Hagar. Ver também Abraão; Ismael,
viagem missionária (cerca de 60 d.C.),
Filho de Abraão
Paulo viu que muitos membros judeus
No Velho Testamento, a serva egípcia da Igreja ainda se achavam comprome-
de Sara. Ela veio a ser mulher de Abraão tidos com a lei de Moisés (At. 21:20). Isso
e mãe de Ismael (Gên. 16; 25:12; D&C aconteceu pelo menos dez anos depois
132:34, 65). O Senhor prometeu a Hagar de ter sido realizada uma conferência
que uma grande nação descenderia de da Igreja em Jerusalém, determinando
seu filho (Gên. 21:9–21). que certas ordenanças da lei mosaica não
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
85 Herdeiro
eram necessárias à salvação dos gentios Helamã, Filho de Helamã
cristãos. Aparentemente, logo depois Profeta e mantenedor de registros do
disso Paulo escreveu aos hebreus a fim Livro de Mórmon, que ensinou o povo
de mostrar-lhes, por suas próprias es- nefita. Era neto de Alma, o filho, e pai de
crituras e por meio de raciocínio sadio, Néfi, o que recebeu poder sobre todos os
por que não mais deviam apegar-se à elementos. Com o seu filho Néfi, Helamã
prática da lei de Moisés. escreveu o livro de Helamã.
Os capítulos 1 e 2 explicam que Jesus
Livro de Helamã: Os capítulos 1–2 des-
é maior do que os anjos. Os capítulos
crevem uma época de grande agitação
3–7 comparam Jesus a Moisés e à lei
política. Os capítulos 3–4 mostram que
mosaica e testificam que Ele é maior do
Helamã e Moronia, capitão-chefe dos
que ambos. Eles também ensinam que
exércitos nefitas, finalmente consegui-
o Sacerdócio de Melquisedeque é maior
ram promover a paz durante algum
do que o Aarônico. Os capítulos 8–9 des-
tempo. Entretanto, apesar da liderança
crevem como as ordenanças mosaicas
desses bons homens, o povo tornou-
prepararam o povo para o ministério de
se cada dia mais iníquo. Em Helamã
Cristo e de que modo Jesus é o mediador
5:1–6:14, Néfi renuncia ao cargo de juiz
do novo convênio (Al. 37:38–45; D&C supremo, como fizera seu avô, Alma,
84:21–24). O capítulo 10 é uma exortação para ensinar o povo. Durante algum
à diligência e à fidelidade. O capítulo 11 tempo o povo arrependeu-se. Entretan-
é um discurso sobre a fé. O capítulo 12 to, em Helamã 6:15–12:26, a nação nefita
traz advertências e saudações. O capítulo tornou-se iníqua. Os capítulos finais, de
13 diz respeito à natureza honrosa do ca- 13 a 16, trazem o extraordinário relato
samento e à importância da obediência. de um profeta chamado Samuel, o la-
Hebrom manita, que predisse o nascimento e a
Crucificação do Salvador e os sinais que
Antiga cidade de Judá, situada 32 qui-
marcariam tais acontecimentos.
lômetros ao sul de Jerusalém. Ali fo-
ram sepultados Abraão e sua família Helamã, Filho do Rei Benjamim. Ver
(Gên. 49:29–32). Também foi a capital de também Benjamim, Pai de Mosias
Davi na primeira parte de seu reinado No Livro de Mórmon, um dos três fi-
(2 Sam. 5:3–5). lhos do rei Benjamim (Mos. 1:2–8)
Helamã, Filho de Alma. Ver Helamã, Filhos de. Ver também
também Alma, Filho de Alma; Ânti-néfi-leítas; Helamã, Filho de
Ânti-néfi-leítas; Helamã, Filhos de Alma
No Livro de Mórmon, filho mais ve- No Livro de Mórmon, os filhos dos
lho de Alma, o filho (Al. 31:7). Helamã lamanitas convertidos, conhecidos como
foi um profeta e líder militar. amonitas, que se tornaram guerreiros li-
Alma confiou a seu filho, Helamã, os derados por Helamã (Al. 53:16–22).
registros de seu povo e as placas com os Helamã considerou-os dignos de se-
anais dos jareditas, Al. 37:1–2, 21. Alma rem chamados seus filhos, Al. 56:10.
ordenou a Helamã que continuasse a Suas mães lhes haviam ensinado que,
escrever a história do povo, Al. 45–62. se não duvidassem, Deus os livraria, Al.
Helamã restabeleceu a Igreja, Al. 45:22– 56:47. Derrotaram os lamanitas e foram
23. Dois mil jovens guerreiros amonitas preservados por sua fé e nenhum deles
desejaram que Helamã fosse seu chefe, morreu, Al. 56:52–54, 56; 57:26.
Al. 53:19, 22. Helamã e seus jovens amo-
nitas combateram os lamanitas e foram Herdeiro
preservados pela fé, Al. 57:19–27. Pessoa com direito a herdar bens
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Herodes 86
materiais ou dons espirituais. Nas es- Testamento. Foi casada com o seu tio,
crituras é prometido que os justos her- Herodes Filipe, com quem teve uma fi-
darão tudo o que Deus possui. lha, Salomé. Ela e Salomé conspiraram
Abraão desejava ter um herdeiro, Gên. para que João Batista fosse decapitado
15:2–5. (Mt. 14:3–11).
Abraão tornou-se herdeiro do mundo Hímni. Ver também Mosias, Filho do
pela justiça da fé, Rom. 4:13. Somos fi- rei Benjamim; Mosias, Filhos de
lhos de Deus, logo somos herdeiros tam-
bém, herdeiros de Deus e co-herdeiros No Livro de Mórmon, um dos filhos
com Cristo, Rom. 8:16–17 (D&C 84:38). És do rei Mosias. Hímni foi com seus ir-
filho, és também herdeiro de Deus por mãos pregar aos lamanitas (Mos. 27:8–11,
Cristo, Gál. 4:7. Deus constituiu seu Fi- 34–37; 28:1–9).
lho herdeiro de todas as coisas, Heb. 1:2. Hino. Ver também Cantar; Música
Todos os que esperam a remissão de
Um cântico de louvor a Deus.
seus pecados são herdeiros do reino de
Deus, Mos. 15:11. Só havia um povo, os Antes de Jesus retirar-se para o Get-
filhos de Cristo e herdeiros do reino de sêmani, estando reunido com os Doze
Deus, 4 Né. 1:17. Apóstolos, cantaram um hino, Mt. 26:30.
Todos os que morrem sem conheci- O Senhor chamou Emma Smith para
mento do evangelho serão herdeiros do fazer uma seleção de hinos, D&C 25:11.
reino celestial, D&C 137:7–8. Os mortos O canto dos justos é uma prece a mim e
que se arrependerem são herdeiros da será respondido com uma bênção sobre
salvação, D&C 138:58–59. sua cabeça, D&C 25:12. Louva ao Senhor
Abraão tornou-se herdeiro legítimo com cânticos, com música, D&C 136:28.
em virtude de sua retidão, Abr. 1:2.
História da Família. Ver Genealogia;
Herodes Salvação para os Mortos
Uma família de governantes da Judeia Homem, Homens. Ver também
na época de Jesus Cristo. Foram pessoas Criação Espiritual; Espírito; Filhos
importantes em muitos dos aconteci- e Filhas de Deus; Irmã(s), Irmão(s);
mentos do Novo Testamento. A família Mulher, Mulheres; Trindade
foi iniciada por Herodes, o Grande, que
Este termo refere-se a toda a huma-
se sentia atemorizado pelo nascimento
nidade, tanto homens como mulheres.
do Salvador (Mt. 2:3) e que deu a ordem
Todos são literalmente gerados como
para o massacre dos meninos em Belém.
espíritos pelo Pai Celestial. Ao nascerem
Entre os seus filhos estavam: Aristóbulo;
na mortalidade, eles recebem um corpo
Herodes Filipe (Mt. 14:3; Mc. 6:17); He-
físico e mortal. Esse corpo foi criado
rodes Antipas, o tetrarca (Mt. 14:1; Lc.
à imagem de Deus (Gên. 1:26–27). Os
9:7; também conhecido como Rei Hero-
homens e as mulheres que forem fiéis
des, Mc. 6:14); Arquelau (Mt. 2:22); e Fili-
para receberem as ordenanças neces-
pe, tetrarca de Itureia (Lc. 3:1). Herodes
sárias, guardarem os seus convênios e
AgripaI (At. 12:1–23) e a sua irmã Hero-
obedecerem aos mandamentos de Deus
dias (Mt. 14:3; Mc. 6:17) eram filhos de
entrarão na sua exaltação e tornar-se-ão
Aristóbulo. Herodes AgripaI teve vários
como Deus.
filhos, também citados no Novo Testa-
mento, incluindo-se Herodes Agripa II Criou Deus o homem à sua imagem,
(At. 25:13), Berenice (At. 25:13), e Drusila, Gên. 1:27 (Mos. 7:27; D&C 20:17–18). Que
esposa de Félix (At. 24:24). é o homem mortal para que te lembres
dele, Salm. 8:4–5. Maldito o homem
Herodias que confia no homem e faz de carne o
Irmã de Herodes Agripa, no Novo seu braço, Jer. 17:5 (2 Né. 4:34; 28:26, 31).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
87 Homem Natural
Logo que cheguei a ser homem, Podemos ser herdeiros de Deus e co-her-
acabei com as coisas de men i no, deiros de Cristo, Rom. 8:17. És filho, e,
1 Cor. 13:11. se és filho, és também herdeiro de Deus
Os homens existem para que tenham por Cristo, Gál. 4:7. Quando ele se mani-
alegria, 2 Né. 2:25. O homem natural é festar, seremos semelhantes a ele, 1 Jo.
inimigo de Deus, Mos. 3:19. Que tipo de 3:2. Ao que vencer lhe concederei que se
homens devereis ser, 3 Né. 27:27. assente comigo no meu trono, Apoc. 3:21.
São as obras do homem que se frus- A eles concedi que se tornassem filhos
tram, não as de Deus, D&C 3:3. Não de Deus, 3 Né. 9:17.
devias ter temido mais aos homens do Os que herdam o reino celestial são
que a Deus, D&C 3:7 (D&C 30:11; 122:9). deuses, sim, os filhos de Deus, D&C
Todas as coisas são feitas para o benefí- 76:50, 58. Então serão deuses, porque
cio e uso do homem, D&C 59:18. terão todo o poder, D&C 132:20.
Sei que o homem nada é, Mois. 1:10.
A obra e glória de Deus é levar a efeito Homem de Santidade. Ver também
a imortalidade e vida eterna do homem, Filho do Homem; Pai Celestial;
Mois. 1:39. Trindade
O homem, filho espiritual do Pai Celestial: Um dos nomes de Deus, o Pai (Mois.
Eles se prostraram sobre os seus rostos, 6:57).
e disseram: Ó Deus, Deus dos espíri- Homem Natural. Ver também Carnal;
tos de toda a carne, Núm. 16:22 (Núm. Nascer de Deus, Nascer de Novo;
27:16). Filhos sois do Senhor vosso Deus, Queda de Adão e Eva
Deut. 14:1. Vós sois deuses, e vós outros
sois todos filhos do Altíssimo, Salm. Uma pessoa que escolhe deixar-se in-
82:6. Vós sois filhos do Deus vivo, Ose. fluenciar por paixões, desejos, apetites
1:10. Não temos nós todos um mesmo e impulsos da carne e não pela inspira-
Pai? não nos criou um mesmo Deus, ção do Espírito Santo. Esse tipo de pes-
Mal. 2:10. soa pode compreender as coisas físicas,
Somos a geração de Deus, At. 17:29. mas não as espirituais. Todo ser huma-
O mesmo Espírito testifica que somos no é carnal, ou seja, mortal, por causa
filhos de Deus, Rom. 8:16. Não nos su- da Queda de Adão e Eva. Cada pessoa
jeitaremos muito mais ao Pai dos espí- tem que nascer de novo pela Expiação
ritos, Heb. 12:9. de Jesus Cristo para deixar de ser um
Os espíritos de todos os homens são homem natural.
levados para aquele Deus que lhes deu O homem natural não compreende as
a vida, Al. 40:11. coisas do Espírito, 1 Cor. 2:14.
Os habitantes dos mundos são filhos O homem natural é inimigo de Deus
e filhas gerados para Deus, D&C 76:24. e deve despojar-se dessa natureza, Mos.
O homem no princípio estava com o Pai, 3:19. Quem persiste em sua própria natu-
D&C 93:23, 29. reza carnal permanece em seu estado de-
Deus criou todos os homens espiri- caído, Mos. 16:5 (Al. 42:7–24; D&C 20:20).
tualmente antes que existissem na face Que homem natural existe que conheça
da Terra, Mois. 3:5–7. Eu sou Deus; eu essas coisas, Al. 26:19–22. Os homens
fiz o mundo e os homens antes que exis- em estado natural ou carnal vivem sem
tissem na carne, Mois. 6:51. Deus no mundo, Al. 41:11.
Seu potencial de se tornar como o Pai Por causa da sua transgressão o ho-
Celestial: Sede vós, pois, perfeitos, como mem morreu espiritualmente, D&C
é perfeito o vosso Pai, Mt. 5:48 (3 Né. 29:41. Nem pode homem natural algum
12:48). Não está escrito na vossa lei suportar a presença de Deus, D&C 67:12.
que sois deuses, Jo. 10:34 (D&C 76:58). Os homens começaram a ser carnais,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Homicídio 88
sensuais e diabólicos, Mois. 5:13 (Mois. os cargos políticos, D&C 98:4–10. Pro-
6:49). curarás diligentemente devolver o que
teu próximo tiver perdido, D&C 136:26.
Homicídio. Ver também Caim; Pena Cremos em ser honestos, RF 1:13.
de Morte
O ato de tirar a vida de alguém de Honra, Honrar. Ver também Estimar;
forma deliberada e injustificada. O ho- Reverência
micídio é um pecado condenado desde Conforme estes termos geralmente
os tempos mais remotos (Gên. 4:1–12; são usados nas escrituras, significam
Mois. 5:18–41). demonstrar respeito e reverência por
alguém ou alguma coisa.
Quem derramar o sangue do homem,
pelo homem o seu sangue será derrama- Honra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12
do, Gên. 9:6 (TJS, Gên. 9:12–13; Êx. 21:12; (1 Né. 17:55; Mos. 13:20). Honra ao Senhor
Al. 34:12). Não matarás, Êx. 20:13 (Deut. com a tua fazenda, Prov. 3:9.
5:17; Mt. 5:21–22; Mos. 13:21; D&C 59:6). Se alguém me servir, meu Pai o hon-
Jesus disse: Não matarás, Mt. 19:18. Os rará, Jo. 12:26. Os maridos devem honrar
homicidas terão a sua parte na segunda suas mulheres, 1 Ped. 3:7.
morte, Apoc. 21:8. Eles honram ao Senhor somente com
Sois assassinos em vossos corações, os seus lábios, 2 Né. 27:25 (Isa. 29:13). Não
1 Né. 17:44. Ai do homicida que mata de- busco as honras do mundo, Al. 60:36.
liberadamente, 2 Né. 9:35. Deus ordenou O diabo rebelou-se contra mim, dizen-
que os homens não cometam assassínio, do: Dá-me a tua honra, a qual é o meu
2 Né. 26:32. O assassínio é uma abomina- poder, D&C 29:36. Os fiéis serão coroa-
ção à vista do Senhor, Al. 39:5–6. dos com honra, D&C 75:5 (D&C 124:55).
O que matar não terá perdão, D&C O Senhor se deleita em honrar aqueles
42:18. Todo o que matar será entregue que o servem, D&C 76:5. Eles não são
às leis do país, D&C 42:79. escolhidos porque aspiram às honras
dos homens, D&C 121:34–35.
Honestidade, Honesto. Ver também Cremos na honra e manutenção da lei,
Integridade RF 1:12 (D&C 134:6).
Ter honestidade é ser sincero, verda- Hosana
deiro e sem dolo.
Palavra hebraica que significa “salva-
Os que obram fielmente são o deleite nos,” usada para louvar e suplicar.
do Senhor, Prov. 12:22. O que promete- Na Festa dos Tabernáculos, que come-
res, cumpre-o, Ecles. 5:4–5. morava a libertação de Israel e entrada
Rejeitamos as coisas que por vergonha na terra prometida, o povo cantava as
se ocultam, 2 Cor. 4:1–2. Tendo o vosso palavras do Salmo 118 e agitava ramos
viver honesto, 1 Ped. 2:12. de palmeira. Na entrada triunfal de Jesus
Ai do mentiroso, pois será lançado no em Jerusalém, as multidões bradavam
inferno, 2 Né. 9:34. O Espírito fala a ver- “Hosana” e espalhavam ramos de pal-
dade e não mente, Jacó 4:13. Quem pedir meira no caminho do Senhor, demons-
emprestado a seu vizinho deverá devol- trando assim a sua compreensão de que
ver aquilo que tomou emprestado, Mos. Jesus era o mesmo Jeová que outrora li-
4:28 (D&C 136:25). Age com justiça, julga bertara Israel (Salm. 118:25–26; Mt. 21:9,
com retidão e pratica o bem, Al. 41:14. 15; Mc. 11:9–10; Jo. 12:13). Eles reconhe-
Que todo homem negocie honesta- ciam Cristo como o Messias há muito
mente, D&C 51:9. Todos os que souberem esperado. A palavra Hosana tornou-se
que seu coração é honesto serão aceitos uma aclamação ao Messias em todas as
por mim, D&C 97:8. Deve-se procurar épocas (1 Né. 11:6; 3 Né. 11:14–17). O bra-
homens honestos, bons e prudentes para do de hosana foi incluído na dedicação
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
89 Igreja de Jesus Cristo
do Templo de Kirtland (EUA) e hoje faz a Igreja, inclusive a dedicação da Terra
parte da dedicação dos templos moder- Santa, em 1841, para o retorno do povo
nos (D&C 109:79). judeu.
Humildade, Humilde, Humilhar.
Ver também Coração Quebrantado; Idolatria
Fraqueza; Mansidão, Manso, Adoração de ídolos; ou excessivo ape-
Mansuetude; Orgulho; Pobres go ou devoção a alguma coisa.
Fazer com que alguém seja manso e Não terás outros deuses diante de
doutrinável, ou a condição de ser manso mim, Êx. 20:3 (Mos. 12:35; 13:12–13). Se
e doutrinável. A humildade inclui reco-
ouvirdes outros deuses, certamente pe-
nhecermos a nossa dependência de Deus
recereis, Deut. 8:19. A rebelião é como
e desejarmos sujeitar-nos à Sua vontade.
iniquidade e idolatria, 1 Sam. 15:23. Por-
Deus te guiou no deserto estes qua- que a outros mais do que a mim te desco-
renta anos para te humilhar, Deut. 8:2. bres, Isa. 57:8. Deste louvores aos deuses
Humilhava a minha alma com o jejum, de prata e ouro, Dan. 5:23.
Salm. 35:13. Melhor é o menino pobre Não podeis servir a Deus e a Mamon,
e sábio do que o rei velho e insensato, Mt. 6:24. A avareza é idolatria, Col.
Ecles. 4:13. O Senhor habita com o aba- 3:5. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos,
tido de espírito, Isa. 57:15. 1 Jo. 5:21.
Aquele que se tornar humilde como Ai dos que adoram ídolos, 2 Né. 9:37.
este menino, esse é o maior no reino dos A idolatria do povo de Néfi fez sobre-
céus, Mt. 18:4. O que a si mesmo se hu- vir-lhes guerras e destruições, Al. 50:21.
milhar será exaltado, Mt. 23:12 (Lc. 14:11; Cada um anda segundo a imagem de
18:14). Jesus humilhou-se sendo obedien- seu próprio deus, D&C 1:16. Que traba-
te até a morte, Filip. 2:8 (Lc. 22:42; 23:46). lhem com as próprias mãos a fim de que
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça
não se pratique idolatria nem iniquida-
aos humildes, 1 Ped. 5:5–6 (2 Né. 9:42).
de, D&C 52:39.
Humilhai-vos com a mais profunda
O pai de Abraão foi desviado pela
humildade, Mos. 4:11 (2 Né. 9:42; 3 Né.
idolatria, Abr. 1:27.
12:2). Haveis sido suficientemente humil-
des, Al. 5:27–28. A parte mais humilde Igreja, Grande e Abominável. Ver
do povo tornava-se mais forte em sua Diabo—Igreja do diabo
humildade, Hel. 3:33–35. Dou fraqueza
aos homens a fim de que sejam humil- Igreja, Nome da. Ver também Igreja
des, Ét. 12:27. de Jesus Cristo; Igreja de Jesus
A humildade é um requisito para o ba- Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
tismo, D&C 20:37. Humilhai-vos perante A; Mórmon(s)
mim e ver-me-eis e sabereis que eu sou, No Livro de Mórmon, quando Jesus
D&C 67:10. Sê humilde; e o Senhor teu Cristo visitou os nefitas justos pouco de-
Deus dará resposta a tuas orações, D&C pois de Sua Ressurreição, Ele disse que
112:10. Que o que for ignorante adquira a Sua Igreja deveria levar o Seu nome
sabedoria, humilhando-se, D&C 136:32. (3 Né. 27:3–8). Nos tempos modernos,
O Espírito é enviado a fim de iluminar o Senhor revelou que o nome da Igreja
os humildes, D&C 136:33. seria “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Hyde, Orson dos Últimos Dias” (D&C 115:4).
Membro do primeiro Quórum dos Igreja de Jesus Cristo. Ver também
Doze Apóstolos chamado nesta dispen- Igreja, Nome da; Igreja de Jesus
sação (D&C 68:1–3; 75:13; 102:3; 124:128– Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
129). Ele cumpriu muitas missões para A; Igreja Verdadeira, Sinais da;
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, A 90
Reino de Deus ou Reino dos Céus; Últimos Dias, D&C 127:12. O grande
Restauração do Evangelho; Santo dia do Senhor está perto para os santos
(substantivo) dos últimos dias, D&C 128:21, 24. Joseph
Um grupo organizado de fiéis que to- Smith ajudou a reunir os santos dos úl-
maram sobre si o nome de Jesus Cristo timos dias, D&C 135:3. Companhias de
por meio do batismo e da confirmação. santos dos últimos dias são organizadas
Para ser a igreja verdadeira, ela tem que para ir ao território a oeste dos Estados
ser a igreja do Senhor; precisa ter a Sua Unidos, D&C 136:2. Esclarecidas as leis
autoridade, os Seus ensinamentos, as do casamento para os santos dos últimos
Suas leis, as Suas ordenanças e o Seu dias, DO 1. O sacerdócio é concedido
nome; ela tem que ser governada por a todos os homens dignos que sejam
Ele, por meio de representantes por Ele membros de A Igreja de Jesus Cristo dos
designados. Santos dos últimos Dias, DO 2.
O Senhor acrescentava todos os dias A história da Primeira Visão para
à Igreja, At. 2:47. Nós, que somos mui- todos os membros da Igreja, JS—H 1:1.
tos, somos um só corpo em Cristo, Rom. Igreja Verdadeira, Sinais da. Ver
12:5. Fomos batizados em um Espíri-
também Igreja de Jesus Cristo; Igreja
to formando um corpo, 1 Cor. 12:13. A
de Jesus Cristo dos Santos dos
Igreja está edificada sobre o fundamento
Últimos Dias, A; Sinal
dos apóstolos e profetas, Ef. 2:19–20. Os
apóstolos e profetas são essenciais para Doutrinas e obras de uma Igreja que
a Igreja, Ef. 4:11–16. Cristo é o cabeça da demonstram ser ela aprovada por Deus
Igreja, Ef. 5:23. e o meio estabelecido pelo Senhor para
Não obstante existirem muitas igrejas, que os Seus filhos obtenham a plenitude
elas formavam uma só, Mos. 25:19–22. A das Suas bênçãos. Seguem-se alguns dos
Igreja foi purificada e posta em ordem, sinais da Igreja verdadeira:
Al. 6:1–6. A Igreja de Cristo deve ter Entendimento correto da Trindade: Deus
seu nome, 3 Né. 27:8. A Igreja reunia-se criou o homem à sua imagem, Gên.
frequentemente para jejuar e orar e para 1:26–27. O Senhor falou a Moisés cara a
trocar palavras, Morô. 6:5. cara, Êx. 33:11.
Esta é a única igreja verdadeira e viva, A vida eterna é conhecer a Deus, o Pai,
D&C 1:30. A Igreja de Cristo é estabe-
e a Jesus Cristo, Jo. 17:3.
lecida nestes últimos dias, D&C 20:1. O
O Pai e o Filho têm corpos de carne e
Senhor chama seus servos para edificar
ossos, D&C 130:22–23.
a sua Igreja, D&C 39:13. Pois assim será
O Pai e o Filho apareceram a Joseph
a minha Igreja chamada nos últimos
Smith, JS—H 1:15–20. Cremos em Deus,
dias, D&C 115:4.
o Pai Eterno, RF 1:1.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos Primeiros princípios e ordenanças: Aque-
dos Últimos Dias, A. Ver também le que não nascer da água e do Espírito,
Igreja, Nome da; Igreja de Jesus Jo. 3:3–5. Arrependei-vos, e cada um
Cristo; Igreja Verdadeira, Sinais da; de vós seja batizado em nome de Jesus
Restauração do Evangelho Cristo, At. 2:38. Então lhes impuseram
Nome dado à Igreja de Cristo nos úl- as mãos, e receberam o Espírito Santo,
timos dias, para distingui-la da Igreja At. 8:14–17. Tornar-se filho de Deus pela
em outras dispensações (D&C 115:3–4). fé em Jesus Cristo, Gál. 3:26–27.
O Senhor derramará conhecimento Arrependei-vos, e sede batizados
sobre os santos dos últimos dias, D&C em nome do meu Filho amado, 2 Né.
121:33. Joseph Smith é o profeta e vidente 31:11–21.
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Os que creram foram batizados e
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
91 Imoralidade
receberam o Espírito Santo pela impo- muitas coisas grandiosas e importan-
sição de mãos, D&C 76:50–53. tes, RF 1:9.
É preciso possuir o sacerdócio ade- Organização da Igreja: A Igreja está edi-
quado para batizar e conferir o dom do ficada sobre o fundamento de apóstolos
Espírito Santo, JS—H 1:70–72. Descritos e profetas, Ef. 2:19–20. Os apóstolos e
os primeiros princípios e ordenanças do profetas são essenciais à Igreja, Ef. 4:11–
evangelho, RF 1:4. 16. Cristo é o cabeça da Igreja, Ef. 5:23.
Revelação: Não havendo profecia, o A Igreja de Cristo deve ter o seu nome,
povo se corrompe, Prov. 29:18. O Senhor 3 Né. 27:8.
não fará nada sem revelar seus segredos Cremos na mesma organização que
a seus profetas, Amós 3:7. existia na Igreja Primitiva, RF 1:6.
A Igreja está edificada sobre a rocha Obra missionária: Portanto, ide, ensinai
da revelação, Mt. 16:17–18 (D&C 33:13). todas as nações, Mt. 28:19–20. Setentas
Ai daquele que diz que o Senhor já foram designados a pregar o evange-
não se manifesta por meio de revelação, lho, Lc. 10:1.
3 Né. 29:6. Eles desejavam que a salvação fosse
As revelações e mandamentos são da- declarada a toda criatura, Mos. 28:3.
dos somente por meio daquele designa- Os élderes devem ir, de dois em dois,
do, D&C 43:2–7. pregando o meu evangelho, D&C 42:6.
Cremos em tudo o que Deus revelou, O evangelho deverá ser pregado a toda
RF 1:9. criatura, D&C 58:64.
Profetas: A Igreja está edificada sobre Dons espirituais: E começaram a falar
o fundamento dos apóstolos e dos pro- noutras línguas, At. 2:4. Os élderes de-
fetas, Ef. 2:19–20. Os apóstolos e profetas vem curar o enfermo, Tg. 5:14.
são essenciais à Igreja, Ef. 4:11–16. Nã o n e g a r o s do n s d e D e u s,
Joseph Smith foi chamado para ser Morô. 10:8.
vidente, profeta e apóstolo, D&C 21:1–3. Relacionados os dons espirituais,
Cremos em profetas, RF 1:6. D&C 46:13–26 (1 Cor. 12:1–11; Morô.
Autoridade: Jesus deu a seus discípulos 10:9–18).
poder e autoridade, Lc. 9:1–2 (Jo. 15:16). Templos: Farei com eles um convênio
Néfi, filho de Helamã, tinha grande e porei o meu santuário no meio deles
autoridade de Deus, Hel. 11:18 (3 Né. para sempre, Eze. 37:26–27. De repente
7:17). o Senhor virá ao seu templo, Mal. 3:1.
O profeta deve receber mandamentos Néfi construiu um templo, 2 Né. 5:16.
para a Igreja, D&C 21:4–5. Ninguém po- Os santos foram repreendidos por
derá pregar o evangelho ou estabelecer a deixarem de construir a casa do Senhor,
Igreja, a não ser que tenha sido ordenado D&C 95 (D&C 88:119). O povo do Senhor
por alguém com autoridade, D&C 42:11. sempre construiu templos para a rea-
Os élderes devem pregar o evangelho, lização de ordenanças sagradas, D&C
agindo pela autoridade, D&C 68:8. 124:37–44. A edificação de templos e a
Cremos que um homem deve ser cha- realização de ordenanças nos templos
mado por Deus por quem possua auto- fazem parte da grande obra dos últimos
ridade, RF 1:5. dias, D&C 138:53–54.
Surgimento de novas escrituras: A vara
Imersão. Ver Batismo, Batizar—
de Judá se juntará à vara de José, Eze.
Batismo por imersão
37:15–20.
Predito o surgimento de escritura nos Imoralidade. Ver Castidade;
últimos dias, 1 Né. 13:38–41. Imoralidade Sexual; Iniquidade,
Cremos que Deus ainda revelará Iníquo; Sensual, Sensualidade
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Imoralidade Sexual 92
Imoralidade Sexual. Ver também se tornará santificada e imortal, D&C
Adultério; Fornicação; Sensual, 77:1 (D&C 130:9).
Sensualidade A obra e glória de Deus é levar a efeito
Participação intencional em adultério, a imortalidade e vida eterna do homem,
fornicação, comportamento homossexual Mois. 1:39.
e lésbico, incesto ou qualquer outro tipo
Império Romano. Ver também Roma
de atividade sexual pecaminosa, antina-
tural ou impura. O império da Roma antiga. Na era
apostólica, o Império Romano era a
Demos a beber a nosso pai, e deitemo-
nos com ele, Gên. 19:30–36. Foi Rúben, maior potência do mundo. Abrangia
e deitou-se com Bilha, concubina de toda a região compreendida entre os
seu pai, Gên. 35:22 (Gên. 49:4; 1 Crôn. rios Eufrates, Danúbio e Reno, o Oceano
5:1). O comportamento homossexual e Atlântico e o deserto do Saara. A Pales-
outras perversões sexuais são abomi- tina tornou-se um estado subordinado
nações, Lev. 18:22–23. Se um homem em 63 a.C., quando Pompeu conquistou
força uma mulher a deitar-se com ele, Jerusalém. Embora os romanos conce-
apenas o homem é culpado de pecado, dessem muitos privilégios aos judeus,
Deut. 22:25–27. estes odiavam o jugo romano e estavam
Qualquer que atentar numa mulher constantemente em rebelião.
para a cobiçar, já em seu coração cometeu Paulo era cidadão romano mas usou a
adultério com ela, Mt. 5:28 (3 Né. 12:28). língua grega, mais comum no império,
A prostituição, a impureza, o apetite para propagar o evangelho nos domí-
desordenado são idolatria, Col. 3:5. Nos nios romanos.
últimos dias os homens não terão afeição
Dai a César o que é de César, Mt.
natural, 2 Tim. 3:1–3.
22:17–22. Paulo pleiteou seus direi-
O pecado sexual é uma abominação,
tos de cidadão romano, At. 16:37–39
Al. 39:3–5.
(At. 22:25–29).
Imortal, Imortalidade. Ver também
Expiação, Expiar; Jesus Cristo; Ímpio. Ver também Imundície,
Mortal, Mortalidade; Ressurreição; Imundo; Iniquidade, Iníquo;
Salvação Injustiça, Injusto; Pecado
A condição de viver para sempre com Alguém ou alguma coisa que não está
um corpo ressuscitado, não mais sujeito de acordo com a vontade ou com os man-
à morte física. damentos de Deus; o iníquo e impuro.
Já ressuscitou, Mc. 16:6. Assim tam- O caminho dos ímpios perecerá, Salm.
bém todos serão vivificados em Cristo, 1:6. O Senhor está longe dos ímpios,
1 Cor. 15:22. A morte é tragada quando Prov. 15:29. Quando o ímpio domina,
isto que é mortal se revestir de imorta- o povo suspira, Prov. 29:2 (D&C 98:9).
lidade, 1 Cor. 15:53–54. Cristo aboliu a Se apenas o justo se salva, onde apa-
morte e trouxe a imortalidade, 2 Tim. recerá o ímpio, 1 Ped. 4:18.
1:10. Este é o estado final dos ímpios, Al.
O espírito e o corpo serão reunidos 34:35 (Al. 40:13–14). Negai-vos a toda
novamente e todos serão imortais, 2 Né. iniquidade, Morô. 10:32.
9:13. Os espíritos se unirão a seus cor- A vingança vem rapidamente sobre
pos, tornando-se imortais, para não mais os ímpios, D&C 97:22.
morrer, Al. 11:45.
Os fiéis serão coroados com imortali- Imposição de Mãos. Ver Mãos,
dade e vida eterna, D&C 75:5. A Terra Imposição de
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
93 Inferno
Imundície, Imundo. Ver também Inferno. Ver também Condenação,
Ímpio; Iniquidade, Iníquo; Injustiça, Condenar; Diabo; Filhos de
Injusto; Limpo e Imundo; Pecado Perdição; Morte Espiritual
Impureza espiritual pela desobediên- Tradução do vocábulo hebraico Seol e
cia intencional a Deus. da palavra grega Hades.
Quando o Senhor lavar a imundícia As revelações modernas consideram
das filhas de Sião, Isa. 4:4 (2 Né. 14:4). o inferno pelo menos em dois sentidos.
O reino de Deus não é imundo, 1 Né. Primeiro, é a morada temporária, no
mundo espiritual, dos espíritos daqueles
15:34 (Al. 7:21). Os imundos continuarão
que foram desobedientes na mortalida-
imundos, 2 Né. 9:16 (Mórm. 9:14). Como
de. Nesse sentido, o inferno terá fim. Ali
vos sentireis se vos apresentardes pe-
os espíritos aprenderão o evangelho e em
rante o tribunal de Deus, tendo vossas
alguma época após o arrependimento
vestimentas manchadas de toda espécie
ressuscitarão para o grau de glória que
de imundície, Al. 5:22. Afastai-vos dos
merecerem. Os que não se arrepende-
iníquos e não toqueis em suas coisas
rem, mas não forem filhos de Perdição,
imundas, Al. 5:56–57 (D&C 38:42).
permanecerão no inferno durante todo
Per m a ne cerão i mu ndo s a i nda,
o milênio. Após esses mil anos de tor-
D&C 88:35. mento serão ressuscitados para a glória
Quando descansarei e serei purificada telestial (D&C 76:81–86; 88:100–101).
da imundície, Mois. 7:48. Segundo, é a morada permanente dos
Incredulidade. Ver também Crença, que não forem redimidos pela Expiação
Crer de Jesus Cristo. Nesse sentido, o inferno
é permanente. Será assim para os que
Fa lt a de fé em Deu s e em S eu
irão “permanecer imundos ainda” (D&C
evangelho. 88:35, 102). Esse é o lugar onde habita-
Não fez ali muitas maravilhas por rão eternamente Satanás, os seus anjos
causa da incredulidade deles, Mt. 13:58. e os filhos de Perdição, ou seja, os que
Por causa de sua incredulidade, os dis- negaram o Filho depois de o Pai O haver
cípulos de Jesus não puderam expulsar revelado (D&C 76:43–46).
um demônio, Mt. 17:14–21. Ajuda a mi- As escrituras às vezes se referem ao
nha incredulidade, Mc. 9:23–24. Cristo inferno como trevas exteriores.
lançou em rosto aos apóstolos a sua in- A alma de Davi não permanecerá no
credulidade e dureza de coração, Mc. inferno, Salm. 16:10 (Salm. 86:13).
16:14. A sua incredulidade aniquilará a Ir para o inferno, para o fogo que nun-
fidelidade de Deus, Rom. 3:3. ca se apaga, Mc. 9:43 (Mos. 2:38). O rico
Melhor é que pereça um homem do no inferno ergueu os olhos, estando em
que uma nação degenere e pereça na tormentos, Lc. 16:22–23 (D&C 104:18).
incredulidade, 1 Né. 4:13. Se acontecer Onde está, ó inferno, a tua vitória, 1 Cor.
que chegue o tempo em que caiam em 15:55. A morte e o inferno deram os mor-
incredulidade, ele fará com que sejam tos, Apoc. 20:13.
dispersos e feridos, 2 Né. 1:10–11 (D&C Há um lugar preparado; sim, aquele
3:18). Por causa de sua incredulidade não horrível inferno, 1 Né. 15:35. A vontade
podiam compreender a palavra de Deus, da carne dá ao espírito do diabo poder
Mos. 26:1–5. Não pude mostrar tão gran- para levar-vos ao inferno, 2 Né. 2:29.
des milagres aos judeus, em virtude de Cristo preparou o caminho para libertar-
sua incredulidade, 3 Né. 19:35. nos da morte e inferno, 2 Né. 9:10–12. Os
Em tempos passados vossa mente que permanecerem imundos irão para o
escureceu-se por causa da descrença, fogo eterno, 2 Né. 9:16. O diabo engana
D&C 84:54–58. suas almas e os conduz cuidadosamente
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Infinito 94
ao inferno, 2 Né. 28:21. Jesus redimiu 41:10. É através dos iníquos que são os
minha alma do inferno, 2 Né. 33:6. Li- iníquos punidos, Mórm. 4:5 (D&C 63:33).
vrai-vos das penas do inferno, Jacó 3:11. Naquela hora haverá uma separa-
Serão escravizados pelo diabo e levados ção total dos justos e dos iníquos, D&C
por sua vontade à destruição. Isto é o 63:54. Eu vos envio para repreender o
que significam as correntes do inferno, mundo por suas más ações, D&C 84:87.
Al. 12:11. Os iníquos serão atirados nas É necessário que a Terra seja santificada
trevas exteriores até a hora de sua res- de toda a injustiça a fim de ser prepara-
surreição, Al. 40:13–14. Os imundos se- da para receber a glória celestial, D&C
riam mais miseráveis vivendo com Deus 88:17–18. Entre os ímpios a voz do Salva-
que condenados ao inferno, Mórm. 9:4. dor não foi ouvida, D&C 138:20.
O castigo dado pela minha mão é cas- Assim virá o fim dos iníquos, JS—M
tigo infinito, D&C 19:10–12. Há um lu- 1:55.
gar preparado para o diabo e seus anjos, Injustiça, Injusto. Ver também Ímpio;
D&C 29:37–38. Os que reconhecem o Imundície, Imundo; Iniquidade,
Filho de Deus são libertados da morte Iníquo; Justiça; Justo(s); Pecado;
e das cadeias do inferno, D&C 138:23. Retidão
Infinito. Ver também Trindade Iníquo, mau; pessoas que não amam
Um dos nomes de Deus, indicando a Deus ou as coisas de Deus e que não
apoiam a Sua causa.
a Sua natureza eterna (D&C 19:10–12;
Mois. 1:3; 7:35). Os injustos não hão de herdar o reino
de Deus, 1 Cor. 6:9–10. Jesus Cristo pode
Inimizade. Ver também Amor; Inveja; purificar-nos de toda injustiça, 1 Jo. 1:9.
Vingança Um rei injusto perverte os caminhos
Nas escrituras significa antagonismo, de toda retidão, Mos. 29:23. O alicerce da
hostilidade e ódio. destruição é estabelecido pela injustiça
de vossos advogados e juízes, Al. 10:27.
Porei inimizade entre ti e a mulher,
É a natureza de quase todos os ho-
Gên. 3:15 (Mois. 4:21).
mens começar a exercer domínio injusto,
A inclinação da carne é inimizade con-
D&C 121:39.
tra Deus, Rom. 8:7. Ser amigo do mundo
é ser inimigo de Deus, Tg. 4:4. Inocência, Inocente
Nesse dia, a inimizade terá fim de Sem culpa ou pecado.
diante de minha face, D&C 101:26.
Antes da queda, Adão e Eva se en-
Iniquidade, Iníquo. Ver também contravam em um estado de inocência,
Ímpio; Imundície, Imundo; 2 Né. 2:23. O sangue do inocente servirá
Injustiça, Injusto; Pecado; Trevas de testemunho, Al. 14:11.
Espirituais Todo espírito de homem era inocen-
Maldade; ser desobediente aos man- te no princípio, D&C 93:38. Os inocen-
damentos de Deus. tes não devem ser condenados com os
injustos, D&C 104:7. Joseph e Hyrum
Como, pois, faria eu este tamanho mal, Smith eram inocentes de qualquer cri-
e pecaria contra Deus, Gên. 39:7–9. Tirai me, D&C 135:6–7.
dentre vós esse iníquo, 1 Cor. 5:13. As crianças são limpas desde a fun-
Lutamos contra a iniquidade espiri- dação do mundo, Mois. 6:54.
tual nos lugares celestiais, Ef. 6:12. Os
que tiveram prazer na iniquidade serão Inspiração, Inspirar. Ver também
condenados, 2 Tess. 2:12. Espírito Santo; Revelação
A iniquidade nunca foi felicidade, Al. Orientação divina concedida por Deus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
95 Investidura, Investir
ao homem. A inspiração geralmente é A inteligência apega-se à inteligência,
dada pelo Espírito de diversas manei- D&C 88:40. A inteligência não foi cria-
ras, penetrando a mente ou o coração da nem feita, D&C 93:29. Na esfera em
da pessoa. que Deus a colocou, toda inteligência é
Depois do fogo veio uma voz mansa independente, D&C 93:30. A glória de
e delicada, 1 Reis 19:12. Deus é inteligência, D&C 93:36–37. A
O Espírito Santo vos ensinará todas inteligência adquirida nesta vida surgirá
as coisas, e vos fará lembrar de tudo, Jo. conosco na ressurreição, D&C 130:18–19.
14:26. O Espírito de verdade vos guiará O Senhor reina sobre todas as inte-
em toda a verdade, Jo. 16:13. ligências, Abr. 3:21. O Senhor mostrou
Fui conduzido pelo Espírito não sa- a Abraão as inteligências que foram
bendo de antemão o que deveria fazer, organizadas antes de o mundo existir,
1 Né. 4:6. A voz do Senhor veio à minha Abr. 3:22.
mente, En. 1:10. Tudo o que convida e Inveja. Ver também Ciúme; Cobiçar
impele a fazer o bem é inspirado por
Deus, Morô. 7:13–16. De acordo com as escrituras, é erra-
Não dei paz a tua mente, D&C 6:23. do desejar possuir o que pertence ao
Falarei em tua mente e em teu coração, próximo.
D&C 8:2. Meu Espírito iluminará tua Os patriarcas, movidos de inveja, ven-
mente e encher-te-á de alegria, D&C deram José para o Egito, At. 7:9. A cari-
11:13. No momento preciso ser-te-á dado dade não é invejosa, 1 Cor. 13:4 (Morô.
o que hás de dizer e escrever, D&C 24:6 7:45). Do orgulho nasce a inveja, 1 Tim.
(D&C 84:85). A voz mansa e delicada pe- 6:4. Onde há inveja, ali há perturbação
netra todas as coisas, D&C 85:6. e toda a obra perversa, Tg. 3:16.
Deus ordenou que os homens não te-
Integridade. Ver também nham inveja, 2 Né. 26:32. Não havia in-
Honestidade, Honesto; Justiça; veja entre o povo de Néfi, 4 Né. 1:15–18.
Justo(s); Retidão Despi-vos de inveja e temores, D&C
Retidão, honradez e sinceridade. 67:10. A inveja e a ira dos homens têm-me
Até que eu expire, nunca apartarei acompanhado todos os dias de minha
de mim a minha sinceridade, Jó 27:5. O vida, D&C 127:2.
justo anda na sua sinceridade, Prov. 20:7. Investidura, Investir. Ver também
Eram homens fiéis em todas as oca- Templo, A Casa do Senhor
siões e em todas as coisas que lhes fos-
sem confiadas, Al. 53:20. Em sentido geral, é um dom de poder
O Senhor amava a Hyrum Smith pela que provém de Deus. Os membros dig-
integridade do seu coração, D&C 124:15. nos da Igreja podem receber uma inves-
tidura de poder por meio das ordenanças
Inteligência(s). Ver também Espírito; do templo, que lhes dão as instruções e
Luz, Luz de Cristo; Verdade os convênios do Santo Sacerdócio re-
A palavra inteligência tem diversos queridos para se alcançar a exaltação.
significados, três dos quais são: (1) É a A investidura inclui instruções acerca
luz da verdade que dá vida e luz a todas do plano de salvação.
as coisas no universo. Ela sempre existiu. Sereis investidos de poder do alto,
(2) O termo inteligências também pode D&C 38:32, 38 (Lc. 24:49; D&C 43:16).
referir-se aos filhos espirituais de Deus. Dei-vos o mandamento de construir-
(3) As escrituras podem também falar des uma casa, onde tenciono investir
de inteligência referindo-se ao elemen- os que escolhi com poder do alto, D&C
to espiritual que existia antes de sermos 95:8. Preparei uma grande investidura
gerados como filhos espirituais. e bênção, D&C 105:12, 18, 33. Milhares
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Ira 96
se regozijarão em consequência da in- Qualquer que fizer a vontade de meu
vestidura com que meus servos foram Pai, este é meu irmão e irmã, Mt. 12:50
investidos, D&C 110:9. Glória, honra e (Mc. 3:35). Quando te converteres, confir-
investidura são prescritos pela ordenan- ma teus irmãos, Lc. 22:32. Qualquer que
ça de minha casa santa, D&C 124:39. Os odeia seu irmão é homicida, 1 Jo. 3:10–17.
que são chamados pelo Pai, como o foi Pensai em vossos irmãos como em vós
Aarão, se acham investidos com as cha- mesmos, Jacó 2:17.
ves do sacerdócio, D&C 132:59. Todo homem estime a seu irmão como
a si mesmo, D&C 38:24–25. Estabelecidas
Ira. Ver também Amor; Odiar, Ódio
as regras para a confissão de pecados
A ira é uma demonstração de raiva. entre irmãos e irmãs, D&C 42:88–93.
O Senhor admoestou os Seus santos a Fortalece teus irmãos em todas as tuas
que controlassem a sua ira (Mt. 5:22). conversas, D&C 108:7.
Nem pais nem filhos devem maltratar
outros na família. Nas escrituras, a ira Irmão de Jarede. Ver Jarede, Irmão de
frequentemente tem a imagem figurativa Isabel. Ver também João Batista
de fogo (2 Né. 15:25; D&C 1:13).
No Novo Testamento, a mulher de
E irou-se Caim fortemente, e descaiu-
Zacarias, mãe de João Batista e parente
lhe o seu semblante, Gên. 4:5. Piedoso e
de Maria (Lc. 1:5–60).
benigno é o Senhor, sofredor e de gran-
de misericórdia, Salm. 145:8. A resposta Isaías
branda desvia o furor, Prov. 15:1. O ho- Profeta do Velho Testamento que pro-
mem iracundo suscita contendas, mas o fetizou de 740–701 a.C. Como principal
longânimo apaziguará a luta, Prov. 15:18 conselheiro do rei Ezequias, Isaías exer-
(Prov. 14:29). Por amor do meu nome re- ceu grande influência política e religiosa.
tardarei a minha ira, Isa. 48:9. Estendi as Jesus citou Isaías com maior frequên-
minhas mãos a um povo que me irrita cia do que citou qualquer outro profeta.
de contínuo, Isa. 65:2–3. Isaías também é frequentemente mencio-
Se qualquer te bater na face direita, nado por Pedro, João e Paulo no Novo
oferece-lhe também a outra, Mt. 5:39. E
Testamento. O Livro de Mórmon e Dou-
vós, pois, não provoqueis a ira a vossos
trina e Convênios contêm mais citações
filhos, Ef. 6:4.
de Isaías do que de qualquer outro pro-
Por eu ter dito a verdade, estais irados
feta e fornecem muita ajuda na interpre-
comigo, Mos. 13:4. Visitarei este povo em
tação de Isaías. Néfi ensinou o seu povo
minha ira, Al. 8:29.
com os escritos de Isaías (2 Né. 12–24;
Contra ninguém está acesa sua ira, a
Isa. 2–14). O Senhor disse aos nefitas
não ser contra os que não confessam sua
que “grandes são as palavras de Isaías”
mão em todas as coisas, D&C 59:21. Eu,
e que todas as coisas profetizadas por
o Senhor, estou irado com os iníquos,
Isaías seriam cumpridas (3 Né. 23:1–3).
D&C 63:32.
Livro de Isaías: Livro do Velho Testa-
Irmã(s), Irmão(s). Ver também mento. Muitas profecias de Isaías tratam
Homem, Homens; Mulher, da vinda do Redentor, tanto no Seu mi-
Mulheres nistério terreno (Isa. 9:6) quanto como
Como filhos de nosso Pai Celestial, o Grande Rei, no último dia (Isa. 63).
todos os homens e mulheres são irmãos Ele também profetizou muito sobre o
e irmãs espirituais. Na Igreja, os mem- futuro de Israel.
bros costumam usar os termos “irmão” O capítulo 1 serve de prólogo ao res-
e “irmã” para dirigirem-se uns aos ou- tante do livro. Isa. 7:14; 9:6–7; 11:1–5; 53;
tros e para os amigos que frequentam e 61:1–3 anunciam a missão do Salvador.
as reuniões. Os capítulos 2, 11, 12 e 35 tratam dos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
97 Israel
acontecimentos dos últimos dias, quan- Ismael, Sogro de Néfi. Ver também
do o evangelho seria restaurado, Israel Leí, Pai de Néfi
seria reunida e a terra sedenta floresceria No Livro de Mórmon, homem que,
como a rosa. O capítulo 29 contém uma com sua família, acompanhou a famí-
profecia sobre o surgimento do Livro de lia de Leí em sua viagem à terra da
Mórmon (2 Né. 27). Os capítulos 40–46 promissão.
proclamam a superioridade de Jeová, No Livro de Mórmon, homem que,
como o verdadeiro Deus, sobre os ído- com sua família, acompanhou a famí-
los adorados pelos pagãos. Os capítulos lia de Leí em sua viagem à terra da pro-
restantes, do 47 ao 66, relatam aconte- missão, 1 Né. 7:2–5. Os filhos de Leí
cimentos da restauração final de Israel casaram-se com as filhas de Ismael,
e o estabelecimento de Sião, quando o 1 Né. 16:7. Ismael morreu no deserto,
Senhor habitará no meio de Seu povo. 1 Né. 16:34.
Isaque. Ver também Abraão—Semente Israel. Ver também Abraão—Semente
de Abraão de Abraão; Adoção; Jacó, Filho de
Patriarca do Velho Testamento. O seu Isaque
nascimento na velhice de Abraão e Sara O Senhor chamou de Israel a Jacó, fi-
foi um milagre (Gên. 15:4–6; 17:15–21; lho de Isaque e neto de Abraão, conforme
21:1–8). A disposição de Abraão em ofe- relata o Velho Testamento (Gên. 32:28;
recer Isaque foi à semelhança de Deus 35:10). O nome Israel pode referir-se ao
e Seu Filho Unigênito (Jacó 4:5). Isa- próprio Jacó, a seus descendentes ou ao
que herdou as promessas do convênio reino que esses descendentes vieram a
abraâmico (Gên. 21:9–12; 1 Né. 17:40; possuir na época do Velho Testamento
D&C 27:10). (2 Sam. 1:24; 23:3). Após Moisés tirar os
filhos de Israel do cativeiro no Egito
O nascimento de Isaque, Gên. 21:1–7.
(Êx. 3–14), eles foram governados por
Devia ser sacrificado no monte Moriá,
juízes durante mais de trezentos anos.
Gên. 22:1–19 (D&C 101:4). Seu casamento,
Começando com o rei Saul, Israel uni-
Gên. 24. Seu trato com os filhos, Gên.
da foi governada por reis até a morte de
27:1–28:9.
Salomão, época em que as dez tribos se
Recebeu a exaltação com Abraão e rebelaram contra Roboão para formar
Jacó, D&C 132:37 (Mt. 8:11). uma nação independente. Depois que
Ismael, Filho de Abraão. Ver também o reino de Israel foi dividido, as tribos
Abraão; Hagar do norte, sendo a parte maior, mantive-
ram o nome de Israel, ao passo que as do
No Velho Testamento, filho de Abraão reino do sul tomaram o nome de Judá.
e Hagar, serva egípcia de Sara (Gên. Hoje em dia a terra de Canaã é também
16:11–16). O Senhor prometeu a Abraão chamada de Israel. Em outro sentido, o
e Hagar que Ismael se tornaria o pai de nome de Israel também se aplica a um
uma grande nação (Gên. 21:8–21). verdadeiro crente em Jesus Cristo (Rom.
O convênio veio através de Isaque, e 10:1; 11:7; Gál. 6:16; Ef. 2:12).
não de Ismael, Gên. 17:19–21 (Gál. 4:22– Doze tribos de Israel: Jacó, neto de
5:1). Deus abençoou a Ismael e o fez Abraão, cujo nome foi mudado para Is-
frutificar, Gên. 17:20. Ismael ajudou a rael, teve doze filhos. Seus descendentes
sepultar Abraão, Gên. 25:8–9. Os nomes tornaram-se conhecidos como as doze
dos doze filhos de Ismael, Gên. 25:12–16. tribos de Israel ou o povo de Israel. São
A morte de Ismael, Gên. 25:17–18. Esaú estas as doze tribos: Rúben, Simeão,
tomou como esposa a Maalate, filha de Levi, Judá, Issacar e Zebulom (filhos de
Ismael, Gên. 28:9. Jacó e Lia); Dã e Naftáli (filhos de Jacó
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Israel 98
e Bilha); Gade e Aser (filhos de Jacó e Jesus foi enviado às ovelhas perdidas
Zilpa); José e Benjamim (filhos de Jacó da casa de Israel, Mt. 15:24. Tenho ou-
e Raquel) (Gên. 29:32–30:24; 35:16–18). tras ovelhas que não são deste aprisco,
Antes de morrer, Jacó deu ao líder de Jo. 10:16.
cada tribo uma bênção (Gên. 49:1–28). Israel será dispersa sobre toda a face
Para mais informações, ver neste Guia da Terra, 1 Né. 22:3–8. Jacó cita a alego-
o nome de cada um dos filhos de Jacó. ria de Zenos da boa oliveira e da oliveira
Rúben, o primogênito de Lia, primeira brava, Jacó 5–6. A obra do Pai começa-
esposa de Jacó, perdeu a sua primoge- rá entre as tribos perdidas, 3 Né. 21:26.
nitura e uma porção dupla da herança Coligação de Israel: A casa de Israel será
por causa de imoralidade (Gên. 49:3–4). coligada nos últimos dias, antes da vinda
A primogenitura então passou a José, o de Cristo (RF 1:10). O Senhor reúne o Seu
primogênito de Raquel, a segunda espo- povo, Israel, quando estes O aceitam e
sa de Jacó (1 Crôn. 5:1–2). Levi, cuja tribo guardam os Seus mandamentos.
o Senhor havia escolhido para servir
Ele arvorará um estandarte e elas vi-
como Seus ministros no sacerdócio, não
rão, Isa. 5:26. Com grande misericórdia
recebeu uma herança, em virtude de seu
te recolherei, Isa. 54:7. Israel e Judá serão
chamado especial para ministrar a todas
reunidos em seus países, Jer. 30:3. O Se-
as tribos. Isso permitiu que a porção du-
nhor congregará a casa de Israel dentre
pla de José fosse dividida entre os seus
os povos entre os quais estão espalha-
filhos, Efraim e Manassés (1 Crôn. 5:1;
dos, Eze. 28:25.
Jer. 31:9), que foram contados como tri-
Na dispensação da plenitude dos tem-
bos separadas de Israel (TJS, Gên. 48:5–6
pos Deus tornará a congregar todas as
[Apêndice da Bíblia]).
coisas em Cristo, Ef. 1:10.
Os membros da tribo de Judá seriam
Após ser dispersa, Israel será reunida,
os governantes até que viesse o Messias
1 Né. 15:12–17. O Senhor reunirá os povos
(Gên. 49:10; TJS, Gên. 50:24 [Apêndice
da casa de Israel, 1 Né. 19:16 (3 Né. 16:5).
da Bíblia]). Nos últimos dias a tribo de
Serão tirados da obscuridade e saberão
Efraim tem o privilégio de levar a men-
que o Senhor é seu Salvador, 1 Né. 22:12.
sagem da Restauração do evangelho Deus reúne e conta seus filhos, 1 Né.
ao mundo e de reunir a Israel disper- 22:25. As nações dos gentios levarão
sa (Deut. 33:13–17). Dia virá em que, Israel aos países de sua herança, 2 Né.
por meio do evangelho de Jesus Cristo, 10:8 (3 Né. 16:4). Meu povo será reunido
Efraim desempenhará um papel de li- e minha palavra será reunida em uma,
derança na unificação de todas as tribos 2 Né. 29:13–14.
de Israel (Isa. 11:12–13; D&C 133:26–34). Os élderes são chamados a reunir os
Dispersão de Israel: O Senhor disper- eleitos, D&C 29:7 (D&C 39:11). Reunirei
sou e afligiu as doze tribos de Israel, em meus eleitos, D&C 33:6. O Senhor manda
virtude de sua iniquidade e rebeldia. que Israel se reúna para receber a lei e
Entretanto, o Senhor também usou esta ser investido com o poder do alto, D&C
dispersão do Seu povo escolhido entre 38:31–33. Recuperarei meu povo, que é
as nações do mundo para abençoar es- da casa de Israel, D&C 39:11. Os santos
sas nações. ressurgirão, D&C 45:46. Moisés confe-
E vos espalharei entre as nações, Lev. riu as chaves da coligação, D&C 110:11.
26:33. E serás espalhado por todos os rei- A justiça e a verdade varrerão a Terra
nos da Terra, Deut. 28:25, 37, 64. Dá-los- e reunirão os eleitos do Senhor, Mois.
ei para andarem entre todos os reinos 7:62. A coligação é comparada ao ajun-
da Terra, Jer. 29:18–19. Sacudirei a casa tamento de águias ao redor de um cadá-
de Israel entre todas as nações, Amós ver, JS—M 1:27.
9:9 (Zac. 10:9). Dez tribos perdidas: As dez tribos de
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
99 Jacó, Filho de Leí
Israel, que formaram o reino do norte Patriarca e profeta do Velho Testamen-
(Israel), foram levadas cativas para a to, o mais jovem dos filhos gêmeos de
Assíria em 721 a.C. Naquela época elas Isaque e Rebeca (Gên. 25:19–26). Jacó ob-
foram para os países do norte e torna- teve a primogenitura, no lugar de Esaú,
ram-se “perdidas” no que concerne ao seu irmão, em virtude da sua dignidade
conhecimento que temos delas, mas nos e porque se casou dentro do convênio, ao
últimos dias elas retornarão. passo que Esaú desprezou sua primoge-
Direi ao norte: Dá, Isa. 43:6. Aqueles nitura e se casou fora do convênio (Gên.
virão do norte, Isa. 49:12 (1 Né. 21:12). 25:30–34; 26:34–35; 27; 28:6–9; Heb. 12:16).
Judá e Israel virão juntas da terra do O Senhor disse a Rebeca que Esaú
norte, Jer. 3:18. Vive o Senhor, que fez serviria a Jacó, Gên. 25:23. Comprou a
subir os filhos de Israel da terra do nor- primogenitura de Esaú, Gên. 25:29–34.
te, Jer. 16:14–16. Eis que os trarei da terra Sonhou com a escada que alcançava os
do norte, Jer. 31:8. céus, Gên. 28. Casou-se com Lia e com
Os nefitas e os judeus terão as pala- Raquel, Gên. 29:1–30. Teve doze filhos
vras das tribos perdidas de Israel, 2 Né. e uma filha, Gên. 29:31–30:24; 35:16–20.
29:12–13. Vou também manifestar-me Casou-se com Bilha e com Zilpa, Gên.
às tribos perdidas de Israel, 3 Né. 17:4. 30:3–4, 9. Seu nome foi mudado para Is-
Quando o evangelho for pregado aos re- rael, Gên. 32:28. Viu a Deus face a face,
manescentes da casa de Israel, as tribos Gên. 32:30. Favoreceu a José, Gên. 37:3.
perdidas serão recolhidas à terra de sua Foi ao Egito com sua família, Gên. 46:1–7.
herança, 3 Né. 21:26–29. Abençoou seus filhos e a posteridade de-
Moisés conferiu a Joseph Smith e Oli- les, Gên. 49. Morreu, Gên. 49:33.
ver Cowdery as chaves da coligação de Guardou os mandamentos e hoje se
Israel, D&C 110:11. O Senhor se lembrará acha exaltado em um trono no céu, junto
dos que estiverem nos países do norte, com Abraão e Isaque, D&C 132:37.
D&C 133:26–32. Jacó, Filho de Leí. Ver também Leí, Pai
Cremos na coligação literal de Israel, de Néfi
RF 1:10.
Profeta do Livro de Mórmon e autor
Issacar. Ver também Israel; Jacó, Filho de diversos sermões que se encontram
de Isaque nos livros de 2 Néfi e de Jacó (2 Né. 6–11;
Filho de Jacó e Lia, no Velho Testa- Jacó 1–7).
mento (Gên. 30:17–18; 35:23; 46:13). Seus Livro de Jacó: O terceiro livro do Livro
descendentes se tornaram uma das doze de Mórmon. O capítulo 1 relata que Néfi
tribos de Israel. transferiu os registros a Jacó e depois
Tribo de Issacar: A bênção que Jacó consagrou Jacó e seu irmão José para
conferiu a Issacar se encontra em Gên. serem sacerdotes e mestres do povo. Os
49:14–15. Após estabelecer-se em Canaã, capítulos 2–4 são sermões admoestan-
a tribo recebeu uma das regiões mais fér- do o povo a ser moralmente limpo. Jacó
teis da Palestina, inclusive a planície de também ensinou sobre a vinda de um
Esdrelon. Dentro dos limites da herança Messias redentor e apresentou alguns
de Issacar existiam lugares importantes motivos pelos quais alguns em Israel não
da história judaica, como por exemplo o O aceitariam em Sua vinda. Os capítulos
monte Carmelo, Megido, Dotã, Gilboa, 5–6 contêm o testemunho de Jacó e uma
Jezreel, Tabor e Nazaré (Jos. 19:17–23). alegoria profética da história e missão
do povo de Israel. O capítulo 7 traz um
relato a respeito de um homem rebelde
Jacó, Filho de Isaque. Ver também e instruído, chamado Serem, que foi der-
Esaú; Isaque; Israel rotado pelo testemunho divino de Jacó.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Jactância 100
Jactância. Ver Orgulho mostrou todas as coisas ao irmão de
Jarede, Ét. 12:21. O irmão de Jarede era
Jafé. Ver também Noé, Patriarca poderoso na escrita, Ét. 12:24. Pela fé o
Bíblico irmão de Jarede moveu a montanha Ze-
Filho mais velho de Noé, um profeta rim, Ét. 12:30.
do Velho Testamento (Mois. 8:12).
Jareditas. Ver também Jarede; Jarede,
Noé gerou a Jafé, Gên. 5:32 (Gên. 6:10; Irmão de; Livro de Mórmon
Mois. 8:12). Jafé e sua mulher entram
na arca de Noé, Gên. 7:13. Jafé saiu da Povo do Livro de Mórmon que era
arca, Gên. 9:18. Deus aumenta a Jafé, descendente de Jarede, de seu irmão e
Gên. 9:27. de seus amigos (Ét. 1:33–41). Eles foram
conduzidos por Deus, da Torre de Babel
Jardim do Éden. Ver Éden às Américas, uma terra da promissão (Ét.
1:42–43; 2–3; 6:1–18). Embora sua nação
Jardim do Getsêmani. Ver
em certa época tivesse tido milhões de
Getsêmani
pessoas, todos foram destruídos pela
Jarede. Ver também Jarede, Irmão de; guerra civil resultante de sua iniquida-
Jareditas de (Ét. 14–15).
Líder do Livro de Mórmon que, com Jarom
seu irmão, conduziu uma colônia de pes-
No Livro de Mórmon, filho de Enos e
soas da Torre de Babel à terra da promis-
bisneto de Leí. Durante 60 anos ele foi
são, no hemisfério ocidental (Ét. 1:33–2:1). o responsável pelos registros nefitas, de
Jarede pediu a seu irmão que suplicas- 420 a 361 a.C. (En. 1:25; Jar. 1:13). Foi um
se ao Senhor não confundir a língua de homem fiel que preferiu não escrever
sua família e amigos, Ét. 1:34–37. Viajou muito nos registros históricos (Jar. 1:2).
até a beira do mar e ali habitou pelo espa- Livro de Jarom: Este livro do Livro de
ço de quatro anos, Ét. 2:13. Partiu rumo Mórmon tem apenas 15 versículos. Jarom
à terra prometida, Ét. 6:4–12. registrou que os nefitas continuavam a
Jarede, Irmão de. Ver também Jarede; viver a lei de Moisés e aguardavam a
Jareditas vinda de Cristo. Eles foram governados
por reis que eram homens de grande fé
Profeta do Livro de Mórmon. Ele e
e prosperaram enquanto obedeceram
seu irmão fundaram a nação jaredita
a seus profetas, sacerdotes e mestres.
ao conduzirem uma colônia de pessoas
da Torre de Babel à terra da promissão, Jejuar, Jejum. Ver também Bem-Estar;
no hemisfério ocidental (Ét. 1–6). Foi um Esmolas; Oferta; Pobres
homem de tamanha fé que falou com o Abster-se voluntariamente de comer
Senhor face a face (D&C 17:1). Sua his- ou beber, com o propósito de chegar
tória acha-se registrada no livro de Éter. mais perto do Senhor e invocar as Suas
O irmão de Jarede era de grande esta- bênçãos. Quando os indivíduos ou gru-
tura, e altamente favorecido pelo Senhor, pos jejuam, devem também orar para
Ét. 1:34. Em virtude de sua fé, o irmão entender a vontade de Deus e desen-
de Jarede viu o dedo do Senhor, Ét. 3:6–9 volver maior vigor espiritual. O jejum
(Ét. 12:20). Cristo mostrou seu corpo es- tem sempre sido praticado pelos verda-
piritual ao irmão de Jarede, Ét. 3:13–20. deiros crentes.
Jamais se manifestaram coisas maiores Na Igreja, atualmente, um domingo
do que aquelas que foram reveladas ao de cada mês é designado para se jejuar.
irmão de Jarede, Ét. 4:4. O irmão de Ja- Durante o mesmo, os membros da Igre-
rede advertiu seu povo sobre os perigos ja abstêm-se de alimentos e bebidas por
de uma monarquia, Ét. 6:22–23. O Senhor um período de tempo. Então eles doam
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
101 Jeremias
à Igreja o dinheiro que gastariam em a palavra Senhor aparece no Velho Tes-
alimentos para aquelas refeições. Esse tamento ela significa “Jeová.”
dinheiro é chamado de oferta de jejum. Jeová é Cristo: Jeová era conhecido pe-
A Igreja utiliza as ofertas de jejum para los antigos profetas (Êx. 6:3; Abr. 1:16).
ajudar os pobres e necessitados. O apóstolo Paulo ensinou que Cristo era
Nós jejuamos, e pedimos ao nosso o Jeová do Velho Testamento (Êx. 17:6;
Deus, Esd. 8:21–23, 31. Estive jejuando e 1 Cor. 10:1–4). No Livro de Mórmon, o
orando perante o Deus dos céus, Ne. 1:4. irmão de Jarede viu Cristo antes de haver
Jejuai por mim, e não comais nem bebais este nascido e adorou-O (Ét. 3:13–15). Mo-
por três dias, Est. 4:16. Humilhava a mi- rôni também chamou Cristo de “Jeová”
nha alma com o jejum, Salm. 35:13. Não (Morô. 10:34). No Templo de Kirtland,
é este o jejum que escolhi, Isa. 58:3–12. Joseph Smith e Oliver Cowdery viram o
Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para Jeová ressuscitado (D&C 110:3–4).
o buscar com oração, com jejum, Dan. Jeremias. Ver também Lamentações,
9:3. Convertei-vos a mim de todo o vosso Livro de
coração, e isso com jejum, Joel 2:12. Os
Profeta do Velho Testamento que nas-
homens de Nínive creram em Deus; e
ceu de uma família de sacerdotes e pro-
proclamaram um jejum, Jon. 3:5.
fetizou em Judá de 626 a 586 a.C. Ele
Jesus jejuou quarenta dias e quarenta viveu perto da época de outros gran-
noites, Mt. 4:2 (Êx. 34:28; 1 Reis 19:8; Lc. des profetas como Leí, Ezequiel, Oseias
4:1–2). Lava teu rosto para não pareceres e Daniel.
aos homens que jejuas, Mt. 6:18 (3 Né. Jeremias foi ordenado na vida pré-
13:16). Esta casta não se expulsa senão mortal para ser profeta (Jer. 1:4–5). Du-
pela oração e pelo jejum, Mt. 17:21. rante o seu ministério de quase quarenta
Continuai em jejum e oração, Ômni anos como profeta ele pregou contra a
1:26 (4 Né. 1:12). Começaram a jejuar e a idolatria e a imoralidade existentes entre
rogar ao Senhor seu Deus, Mos. 27:22. os judeus (Jer. 3:1–5; 7:8–10). Enfrentou
Jejuei e orei durante muitos dias a fim continuamente a oposição e o escárnio
de saber estas coisas, Al. 5:46. Foi orde- (Jer. 20:2; 36:18–19; 38:4). Após a queda de
nado aos filhos de Deus que se unissem Jerusalém, os judeus que fugiram para
em jejum e fervorosa oração, Al. 6:6. Os o Egito levaram consigo Jeremias (Jer.
filhos de Mosias haviam-se devotado 43:5–6) onde, diz a tradição, foi morto
a muita oração e jejum, Al. 17:3, 9. Um apedrejado.
tempo de jejum e oração seguiu a morte Livro de Jeremias: Os capítulos 1–6 con-
de muitos nefitas, Al. 28:5–6. Eles jejua- têm profecias feitas durante o reinado de
ram e oraram muito, Al. 45:1 (Hel. 3:35). Josias. Nos capítulos 7–20 encontram-se
Seja teu alimento preparado com sin- profecias feitas no tempo do rei Joaquim.
geleza de coração para que teu jejum seja Os capítulos 21–38 falam do reinado de
perfeito, D&C 59:13–14. Que continueis Zedequias. Os capítulos 39–44 trazem
em oração e jejum, D&C 88:76. profecias e descrevem os eventos his-
tóricos após a queda de Jerusalém. O
Jeová. Ver também EU SOU; Jesus
capítulo 45 fala de uma promessa feita
Cristo
a Baruque, seu escriba, de que sua vida
O nome do convênio, ou o nome pró- seria preservada. Finalmente, os capítu-
prio do Deus de Israel. Ele significa “o los 46–51 são profecias contra as nações
eterno EU SOU” (Êx. 3:14; Jo. 8:58). Jeo- estrangeiras. O capítulo 52 é um epílogo
vá é o Jesus Cristo pré-mortal que veio histórico. Algumas profecias de Jeremias
à Terra como filho de Maria (Mos. 3:8; se achavam nas placas de latão de Labão,
15:1; 3 Né. 15:1–5). Geralmente, quando obtidas por Néfi (1 Né. 5:10–13). Jeremias
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Jericó 102
é mencionado mais duas vezes no Livro Jerubaal. Ver também Gideão (Velho
de Mórmon (1 Né. 7:14; Hel. 8:20). Testamento)
O livro de Jeremias também inclui Nome dado a Gideão no Velho Testa-
um reconhecimento da existência pré- mento, após haver destruído o altar de
mortal do homem e da preordenação Baal (Juí. 6:32; 7:1; 9; 1 Sam. 12:11).
de Jeremias (Jer. 1:4–5); uma profecia
sobre o retorno de Israel de sua dis- Jerusalém
persão, reunindo um de cada cidade e Cidade situada na moderna Israel. É a
dois de cada família em Sião, uma terra cidade mais importante da história bí-
agradável onde Israel e Judá poderiam blica. Nela acham-se alguns dos lugares
habitar em segurança e paz (Jer. 3:12–19); mais sagrados para os cristãos, judeus
e uma profecia de que o Senhor coligará e muçulmanos, visitados regularmente
Israel da terra do norte, enviando “pes- por inúmeros devotos. Também é cha-
cadores” e “caçadores” para encontrá-los mada de Cidade Santa.
(Jer. 16:14–21). Esse acontecimento dos Antigamente conhecida como Salém
últimos dias será de proporção maior até (Gên. 14:18; Salm. 76:2), Jerusalém foi
mesmo do que a libertação dos filhos de uma cidade dos jebuseus, até ser con-
Israel do cativeiro egípcio, por meio de quistada por Davi (Jos. 10:1; 15:8; 2 Sam.
Moisés (Jer. 16:13–15; 23:8). 5:6–7), que fez dela a sua capital. Até
aquela época tinha sido apenas uma
Jericó
fortaleza nas montanhas, situada cerca
Cidade cercada de muralhas no vale de 800 metros acima do nível do mar. É
do Jordão, situada 245 metros abaixo do cercada de profundos vales por todos os
nível do mar Mediterrâneo. Fica perto do lados, exceto ao norte.
lugar onde os israelitas cruzaram o rio Enquanto reinou em Jerusalém o rei
e entraram pela primeira vez na terra Davi ocupou um palácio de madeira.
prometida (Jos. 2:1–3; 3:16; 6). Durante o reinado de Salomão, entre-
Os israelitas travaram uma batalha tanto, o povo construiu muitas coisas
em Jericó, Jos. 6:1–20. Josué proferiu para embelezar a cidade, inclusive um
uma maldição sobre Jericó, Jos. 6:26 palácio e um templo.
(1 Reis 16:34). Jericó se encontrava den- Depois que os reinos de Israel e Judá
tro do território designado a Benjamim, se dividiram, Jerusalém continuou sen-
Jos. 18:11–12, 21. do a capital de Judá. Foi atacada diver-
O Senhor visitou Jericó em sua últi- sas vezes por exércitos invasores (1 Re.
ma jornada a Jerusalém, Mc. 10:46 (Lc. 14:25; 2 Re. 14:13; 16:5; 18–19; 24:10; 25).
18:35; 19:1). Sob o reinado de Ezequias, Jerusalém
tornou-se o centro da adoração religio-
Jeroboão sa, mas foi parcialmente destruída nos
No Velho Testamento, Jeroboão foi o anos 320 a.C., 168 a.C. e 65 a.C. Herodes
primeiro rei da parte norte do reino di- reconstruiu as muralhas e o templo, po-
vidido de Israel. Era membro da tribo de rém no ano 70 d.C. os romanos destruí-
Efraim. O perverso Jeroboão encabeçou ram-na totalmente.
uma revolta contra a casa de Judá e a fa- Melquisedeque foi rei de Salém, Gên.
mília de Davi. 14:18 (Heb. 7:1–2). Isaías exortou Jeru-
Jeroboão colocou ídolos para o povo salém a vestir os seus mais formosos
adorar em Dã e Betel, 1 Re. 12:28–29. Aías vestidos, Isa. 52:1. A palavra do Senhor
repreendeu duramente a Jeroboão, 1 Re. viria de Jerusalém, Miq. 4:2.
14:6–16. Jeroboão foi lembrado por levar Jesus lamenta o destino de Jerusalém,
Israel a cometer um terrível pecado, 1 Re. Mt. 23:37–39 (Lc. 13:34). Jerusalém é a ci-
15:34 (1 Reis 12:30). dade do Deus vivo, Heb. 12:22.
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103 Jesus Cristo
Jerusalém precisaria ser destruída se Cristo é o Primogênito do Pai em espírito
não se arrependessem, 1 Né. 1:4, 13, 18 (Heb. 1:6; D&C 93:21). Ele é o Unigênito
(2 Né. 1:4; Hel. 8:20). Jerusalém tornaria do Pai na carne (Jo. 1:14; 3:16). Ele é Jeo-
a ser habitada depois de sua destruição, vá e foi preordenado para a Sua grande
3 Né. 20:46. Jerusalém seria reconstruí- missão antes da criação do mundo (D&C
da, Ét. 13:5. 110:3–4). Sob a direção do Pai, Jesus criou
Cristo preveniu os santos dos últi- a Terra e tudo o que nela existe (Jo. 1:3,
mos dias como fez ao povo de Jerusa- 14; Mois. 1:31–33). Ele nasceu de Maria
lém, D&C 5:20. Os que forem de Judá em Belém, viveu sem pecado e fez uma
fujam para Jerusalém, D&C 133:13. A expiação perfeita pelos pecados de toda
voz do Senhor se ouvirá de Jerusalém, a humanidade, derramando o Seu san-
D&C 133:21. gue e entregando a Sua vida na cruz (Mt.
2:1; 1 Né. 11:13–33; 3 Né. 27:13–16; D&C
Jerusalém, Nova. Ver Nova
76:40–42). Ele levantou-se dos mortos, as-
Jerusalém; Sião
segurando assim a ressurreição de toda
Jessé. Ver também Davi a humanidade. Por meio da Expiação e
No Velho Testamento, o pai de Davi da Ressurreição de Jesus, todos os que se
e ancestral de Cristo e de todos os reis arrependem de seus pecados e guardam
de Judá. os mandamentos de Deus podem viver
eternamente com Jesus e o Pai (2 Né.
Obede, filho de Rute, foi o pai de Jessé, 9:10–12; 21–22; D&C 76:50–53, 62).
Rut. 4:17, 22. Dados os nomes dos ances- Jesus Cristo é o ser supremo entre os
trais de Jessé até Judá, 1 Crôn. 2:5–12 nascidos nesta Terra. Sua vida é o exem-
(Mt. 1:5–6). plo perfeito de como toda a humanidade
Jesus Cristo. Ver também Advogado; deve viver. Todas as orações, bênçãos e
Águas Vivas; Alfa e Ômega; ordenanças do sacerdócio devem ser
Arrepender-se, Arrependimento; feitas em Seu nome. Ele é o Senhor dos
Ascensão; Bom Pastor; Caminho; senhores, Rei dos reis, o Criador, o Sal-
Consciência; Consolador; vador e o Deus de toda a Terra.
Cordeiro de Deus; Criação, Criar; Jesus Cristo voltará em poder e glória
Crucificação; Cruz; Emanuel; para reinar na Terra durante o Milênio.
Esposo; EU SOU; Evangelhos; No último dia Ele julgará toda a huma-
Expiação, Expiar; Fé; Filho do nidade (Al. 11:40–41; JS—M 1).
Homem; Gerar; Gólgota; Graça; Resumo de Sua vida (seguindo a ordem
Infinito; Jeová; Libertador; Luz, dos acontecimentos): Preditos o nascimen-
Luz de Cristo; Maria, Mãe de to e missão de Jesus, Lc. 1:26–38 (Isa.
Jesus; Mediador; Messias; Pão da 7:14; 9:6–7; 1 Né. 11). Nascimento, Lc.
Vida; Pedra de Esquina; Plano de 2:1–7 (Mt. 1:18–25). Circuncisão, Lc. 2:21.
Redenção; Primogênito; Princípio; Apresentação no templo, Lc. 2:22–38. Vi-
Queda de Adão e Eva; Redenção, sita dos magos, Mt. 2:1–12. José e Maria
Redimido, Redimir; Redentor; fogem para o Egito, Mt. 2:13–18. Trazi-
Remissão de Pecados; Ressurreição; do para viver em Nazaré, Mt. 2:19–23.
Rocha; Sacramento; Sacrifício; Visita o templo aos doze anos de idade,
Salvador; Sangue; Segunda Vinda Lc. 2:41–50. Tinha irmãos e irmãs, Mt.
de Jesus Cristo; Senhor; Sermão 13:55–56 (Mc. 6:3). É batizado, Mt. 3:13–17
da Montanha; Serpente de Bronze; (Mc. 1:9–11; Lc. 3:21–22). Tentado pelo
Transfiguração—Transfiguração de diabo, Mt. 4:1–11 (Mc. 1:12–13; Lc. 4:1–13).
Cristo; Trindade; Ungido, O Chama seus discípulos, Mt. 4:18–22 (Mt.
As Palavras Cristo (grega) e Messias 9:9; Mc. 1:16–20; 2:13–14; Lc. 5:1–11, 27–28;
(hebraica) significam “o ungido.” Jesus 6:12–16; Jo. 1:35–51). Comissiona os doze,
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Jesus Cristo 104
Mt. 10:1–4 (Mc. 3:13–19; Lc. 6:12–16). Pro- viram o Senhor no Templo de Kirtland,
fere o Sermão da Montanha, Mt. 5–7. Pre- D&C 110:1–4.
diz sua morte e ressurreição, Mt. 16:21 Joseph Smith viu Jesus, JS—H 1:15–17.
(Mt. 17:22–23; 20:17–19; Mc. 8:31; 9:30–32; Autoridade: O principado está sobre os
10:32–34; Lc. 9:22; 18:31–34). A Transfigu- seus ombros, Isa. 9:6 (2 Né. 19:6).
ração, Mt. 17:1–9 (Mc. 9:2–8; Lc. 9:28–36). Jesus ensinava como tendo autorida-
Envia os setenta, Lc. 10:1–20. Faz sua en- de, Mt. 7:28–29 (Mc. 1:22). O Filho do
trada triunfal em Jerusalém, Mt. 21:1–11 Homem tem autoridade para perdoar
(Mc. 11:1–11; Lc. 19:29–40; Jo. 12:12–15). pecados, Mt. 9:6. Jesus expulsou os espí-
Institui o sacramento, Mt. 26:26–29 (Mc. ritos imundos com autoridade e eles lhe
14:22–25; Lc. 22:19–20). Sofre e ora no Ge- obedeceram, Mc. 1:27 (Lc. 4:33–36). Jesus
tsêmani, Mt. 26:36–46 (Mc. 14:32–42; Lc. ordenou doze para que tivessem auto-
22:39–46). Traído, preso e abandonado, ridade, Mc. 3:14–15. A palavra de Jesus
Mt. 26:47–56 (Mc. 14:43–53; Lc. 22:47–54; era com autoridade, Lc. 4:32. O Pai deu
Jo. 18:2–13). Crucificado, Mt. 27:31–54 ao Filho todo o juízo, Jo. 5:22, 27. Deus
(Mc. 15:20–41; Lc. 23:26–28, 32–49; Jo. ungiu a Jesus com o Espírito Santo e com
19:16–30). Ressuscita, Mt. 28:1–8 (Mc. poder, At. 10:38. Cristo foi preordenado
16:1–8; Lc. 24:1–12; Jo. 20:1–10). Aparece antes da fundação do mundo, 1 Ped. 1:20
após a ressurreição, Mt. 28:9–20 (Mc. (Ét. 3:14). Cristo tem as chaves da morte
16:9–18; Lc. 24:13–48; Jo. 20:11–31; At. e do inferno, Apoc. 1:18.
1:3–8; 1 Cor. 15:5–8). Sobe aos céus, Mc. Todos os homens tornam-se sujeitos
16:19–20 (Lc. 24:51–53; At. 1:9–12). a Cristo, 2 Né. 9:5. Jesus Cristo, o Filho
Aparece aos nefitas, 3  Né. 11:1–17 de Deus, o Pai do céu e da Terra, Cria-
(3 Né. 11–26). dor de todas as coisas desde o princípio,
Aparece a Joseph Smith, JS—H 1:15– Hel. 14:12.
20. Cristo veio pela vontade do Pai para
Aparições de Cristo após sua morte: Ao cumprir a sua vontade, D&C 19:24. Jesus
ressuscitar, Jesus apareceu primeiro a recebeu a plenitude da glória do Pai; e
Maria Madalena, Mc. 16:9 (Jo. 20:11–18). Ele recebeu todo o poder, D&C 93:3–4,
Jesus andou e conversou com dois discí- 16–17 (Jo. 3:35–36).
pulos no caminho de Emaús, Lc. 24:13– Cabeça da Igreja: Cristo é cabeça da
34. Jesus apareceu aos apóstolos, que lhe Igreja, Ef. 5:23 (Ef. 1:22; 4:15). Ele é a ca-
tocaram as mãos e os pés, Lc. 24:36–43 beça do corpo que é a Igreja, Col. 1:18.
(Jo. 20:19–20). Jesus apareceu a Tomé, Jo. Esta é a minha Igreja, Mos. 26:22 (Mos.
20:24–29. Jesus apareceu aos discípulos 27:13). Cristo era o autor e aperfeiçoador
junto ao mar de Tiberíades, Jo. 21:1–14. de sua fé, Morô. 6:1–4.
Jesus ministrou durante quarenta dias Estabeleci esta igreja, D&C 33:5
após a ressurreição, At. 1:2–3. Estêvão (3 Né. 27:3–8).
viu Jesus à direita de Deus, At. 7:55–56. Exemplo de Jesus Cristo: Eu vos dei o
Jesus apareceu a Saulo, At. 9:1–8 (TJS, At. exemplo, Jo. 13:15. Eu sou o caminho, a
9:7; At. 26:9–17). Cristo foi visto por mais verdade e a vida, Jo. 14:6. Cristo padeceu
de 500 pessoas, 1 Cor. 15:3–8. por nós, deixando-nos o exemplo, para
Jesus mostrou-se ao povo de Néfi, que sigamos as suas pisadas, 1 Ped. 2:21.
3 Né. 11:1–17. Cerca de 2.500 pessoas A menos que o homem siga o exemplo
viram e ouviram a Jesus, 3 Né. 17:16– do Filho do Deus vivo, não poderá ser
25. Mórmon foi visitado pelo Senhor, salvo, 2 Né. 31:16. Quisera que fôsseis
Mórm. 1:15. perfeitos, assim como eu, 3 Né. 12:48.
Joseph Smith e Sidney Rigdon viram Sempre procurareis fazer isto tal como
Jesus à direita de Deus, D&C 76:22– eu fiz, 3 Né. 18:6. Eu vos dei o exem-
23. Joseph Smith e Oliver Cowdery plo, 3 Né. 18:16. As obras que me vistes
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
105 Jesus Cristo
fazer, essas também fareis, 3 Né. 27:21, glória como eu, D&C 29:12 (D&C 45:44).
27. Os verdadeiros seguidores de Jesus Contemplamos a glória do Filho, à direi-
Cristo deverão ser semelhantes a ele, ta do Pai, D&C 76:19–23. João viu e testi-
Morô. 7:48. ficou a plenitude de minha glória, D&C
Existência pré-mortal de Cristo: O 93:6 (Jo. 1:14). Seu semblante resplandecia
Senhor apareceu a Abraão, Gên. 12:7 mais do que o brilho do sol, D&C 110:3.
(Gên. 17:1; 18:1; Abr. 2:6–8). O Senhor fa- Sua glória estava sobre mim e vi seu
lou a Moisés cara a cara, Êx. 33:11 (Deut. rosto, Mois. 1:1–11. Esta é minha obra e
34:10; Mois. 1:1–2). Vi o Senhor, que esta- minha glória, Mois. 1:39.
va em pé sobre o altar, Amós 9:1. Juiz: Ele julgará o mundo com justiça,
No princípio o Verbo estava com Deus. Salm. 9:8 (3 Né. 27:16). Ele vem julgar a
E o Verbo se fez carne, e habitou entre Terra, Salm. 96:13. Deus julgará o justo
nós, Jo. 1:1, 14 (1 Jo. 1:1–3). Antes que e o ímpio, Ecles. 3:17. Ele exercerá o seu
Abraão existisse eu sou, Jo. 8:58. Glo- juízo sobre as nações, Isa. 2:4 (Miq. 4:3;
rifica-me tu, com aquela glória que eu 2 Né. 12:4). Julgará com justiça os pobres,
tinha contigo antes que o mundo exis- Isa. 11:2–4.
tisse, Jo. 17:5. O Pai deu ao Filho todo o juízo, Jo.
Isaías realmente viu o meu Redentor, 5:22. Se julgo, o meu juízo é verdadei-
assim como eu e meu irmão Jacó o vi- ro, Jo. 8:16. Ele foi constituído por Deus
mos, 2 Né. 11:2–3. Amanhã eu virei ao como juiz dos vivos e dos mortos, At.
mundo, 3 Né. 1:12–14. Cristo existia an- 10:42 (2 Tim. 4:1). Deus há de julgar os
tes do princípio do mundo, 3 Né. 26:5 segredos dos homens, por Jesus Cristo,
(Jo. 6:62). Assim como te apareço em es- Rom. 2:16. Todos havemos de compare-
pírito, aparecerei a meu povo na carne, cer ante o tribunal de Cristo, Rom. 14:10
Ét. 3:14–17. (2 Cor. 5:10; Al. 12:12; Mórm. 3:20; 7:6; Ét.
Enoque viu o Senhor e andou com ele, 12:38; D&C 135:5).
D&C 107:48–49. Todos os homens vão a Deus para se-
Meu Filho Amado, que foi meu Ama- rem julgados de acordo com a verdade
do e meu Escolhido desde o princípio, e santidade que estão nele, 2 Né. 2:10.
Mois. 4:2. O Senhor disse: Quem en- Apresentar-vos diante de Deus e serdes
viarei? E um semelhante ao Filho do julgados de acordo com as obras, Al. 5:15
Homem respondeu: Eis-me aqui, envia- (Al. 12:15; 33:22; 3 Né. 27:14).
me, Abr. 3:27. Deus e Cristo são o juiz de todos,
D&C 76:68.
Glória de Jesus Cristo: A glória do
Senhor encheu o tabernáculo, Êx. 40:34– Profecias acerca do nascimento e da morte
38. Toda a Terra está cheia de sua glória, de Jesus Cristo: Uma virgem conceberá,
Isa. 6:3 (2 Né. 16:3). A glória do Senhor e dará à luz um filho, Isa. 7:14 (1 Né.
vai nascendo sobre ti, Isa. 60:1–2. 11:13–20). De Belém sairá um governante
O Filho do Homem virá na glória de em Israel, Miq. 5:2.
seu Pai, Mt. 16:27. Glorifica-me tu, com Samuel, o lamanita, profetizou que ha-
aquela glória que tinha contigo antes verá um dia, uma noite e um dia como se
que o mundo existisse, Jo. 17:5. fosse um só; uma nova estrela; e muitos
O Santo de Israel reinará em grande sinais, Hel. 14:2–6. Samuel, o lamanita,
glória, 1 Né. 22:24. Tínhamos esperança profetizou escuridão, trovões e relâmpa-
em sua glória, Jacó 4:4. O Filho de Deus gos, e tremores de terra, Hel. 14:20–27.
vem em sua glória, Al. 5:50. Explicou- Os sinais do nascimento de Jesus fo-
lhes todas as coisas, do princípio até ram cumpridos, 3 Né. 1:15–21. Os sinais
o tempo em que viria em sua glória, da morte de Jesus foram cumpridos,
3 Né. 26:3. 3 Né. 8:5–23.
Meus apóstolos serão revestidos de Reinado de Cristo no milênio: O
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Jetro 106
principado está sobre os seus ombros, de Cristo, 2 Né. 25:26. O Livro de Mór-
Isa. 9:6 (2 Né. 19:6). Habitarei no meio de mon é para convencer ao judeu e ao gen-
ti, diz o Senhor, Zac. 2:10–12 (Zac. 14:9). tio de que Jesus é o Cristo, 2 Né. 26:12
Deus dará a Jesus o trono de Davi, seu (página de título do Livro de Mórmon).
pai, Lc. 1:30–33. Cristo reinará para todo Os profetas e as escrituras testificam
o sempre, Apoc. 11:15. Os santos reina- de Cristo, Jacó 7:11, 19. Exorto-vos a que
rão com Cristo durante mil anos, Apoc. busqueis esse Jesus sobre quem os pro-
20:4 (D&C 76:63). fetas e apóstolos escreveram, Ét. 12:41.
Por causa da retidão do povo, Satanás Nós o vimos e ouvimos a voz testifi-
não tem poder, 1 Né. 22:26 (Apoc. 20:1–3). cando que ele é o Unigênito, D&C 76:20–
Em justiça habitarei com os homens 24. Isto é vidas eternas — Conhecer Deus
na Terra por mil anos, D&C 29:11 (D&C e Jesus Cristo, D&C 132:24.
43:29–30). Sujeitai-vos aos poderes exis- Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em
tentes até que reine aquele cujo direito é seu Filho, Jesus Cristo, RF 1:1. Cremos
reinar, D&C 58:22 (1 Cor. 15:25). que Cristo reinará pessoalmente na Ter-
Cristo reinará pessoalmente na Terra, ra, RF 1:10.
RF 1:10 (Isa. 32:1).
Tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo:
Simbolismos ou símbolos de Cristo: Abel Nenhum outro nome há pelo qual deva-
ofereceu as primícias de seu rebanho, mos ser salvos, At. 4:12 (2 Né. 31:21). Os
Gên. 4:4 (Mois. 5:20). Toma o teu único apóstolos regozijaram-se por terem sido
filho, Isaque, e oferece-o em holocausto, considerados dignos de padecer afron-
Gên. 22:1–13 (Jacó 4:5). O Senhor orde- ta pelo nome de Jesus, At. 5:38–42. Seu
nou aos filhos de Israel que oferecessem mandamento é este: que creiamos no
cordeiros sem mancha, Êx. 12:5, 21, 46 nome de seu Filho Jesus Cristo, 1 Jo. 3:23.
(Núm. 9:12; Jo. 1:29; 19:33; 1 Ped. 1:19; Testemunhando que estais dispos-
Apoc. 5:6). Este é o pão que o Senhor tos a tomar sobre vós o nome de Cristo
vos deu para comer, Êx. 16:2–15 (Jo. 6:51). pelo batismo, 2 Né. 31:13. Quisera que
Ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o tomásseis sobre vós o nome de Cristo,
povo beberá, Êx. 17:6 (Jo. 4:6–14; 1 Cor. Mos. 5:6–12 (Mos. 1:11). Todos aqueles
10:1–4). O bode levará sobre si todas as que desejavam tomar sobre si o nome
iniquidades deles, Lev. 16:20–22 (Isa. de Cristo, uniam-se às Igrejas de Deus,
53:11; Mos. 14:11; 15:6–9). Moisés levan- Mos. 25:23. Todos os que eram crentes
tou uma serpente de metal para salvar verdadeiros em Cristo tomavam sobre si
os que para ela olhassem, Núm. 21:8–9 o nome de Cristo, Al. 46:15. A porta do
(Jo. 3:14–15; Al. 33:19; Hel. 8:14–15). Jonas céu está aberta a todos os que vierem a
esteve por três dias no ventre do peixe, crer no nome de Jesus Cristo, Hel. 3:28.
Jon. 1:17 (Mt. 12:40). Bem-aventurado é aquele que no último
Isso é à semelhança do sacrifício do dia for considerado fiel ao meu nome, Ét.
Unigênito do Pai, Mois. 5:4–8. 4:19. Desejam tomar sobre si o nome de
Testemunhos sobre Jesus Cristo: Paulo teu Filho, Morô. 4:3 (D&C 20:77).
testificou que Jesus é o Cristo, At. 18:5. Tomai sobre vós o nome de Cristo,
Até mesmo os espíritos malignos testifi- D&C 18:21–25.
caram que conheciam a Jesus, At. 19:15.
Ninguém pode dizer que Jesus é o Se- Jetro. Ver também Moisés
nhor, senão pelo Espírito Santo, 1 Cor. No Velho Testamento, príncipe e sacer-
12:3. Todo o joelho se dobrará e toda a dote de Midiã que deu morada a Moisés
língua confessará que Jesus Cristo é o quando este fugiu do Egito. Também
Senhor, Filip. 2:10–11. é chamado de Reuel (Êx. 2:18). Moisés
Falamos de Cristo, regozijamo-nos em depois se casou com Zípora, filha de Je-
Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos tro (Êx. 3:1; 4:18; 18:1–12). Jetro ensinou
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
107 João, Filho de Zebedeu
Moisés a delegar (Êx. 18:13–27). Moisés O livro de Jó ensina que se a pessoa
recebeu de Jetro o Sacerdócio de Mel- possui um conhecimento correto de
quisedeque (D&C 84:6–7). Deus e vive uma existência aceitável
aos olhos de Deus, está mais capacitada
Jezabel. Ver também Acabe a suportar as provações que a afligem.
No Velho Testamento, mulher per- A inabalável fé que tinha Jó é caracte-
versa natural da Fenícia. Era esposa de rizada por exclamações como “Ainda
Acabe (1 Reis 16:30–31), que reinou em que ele me matasse, nele esperarei” (Jó
Israel na época de Elias, o profeta. 13:15). Jó é também mencionado em Eze-
O casamento de Jezabel com Acabe, quiel 14:14; Tiago 5:11; Doutrina e Con-
mais do que qualquer outro evento, pro- vênios 121:10.
vocou a ruína do reino do norte, já que
Jezabel introduziu em Israel as piores João, Filho de Zebedeu. Ver
também Apocalipse do Apóstolo
formas de idolatria trazidas de sua na-
João; Apóstolo; Evangelhos;
ção, substituindo assim a adoração a
Sacerdócio de Melquisedeque; Seres
Jeová (1 Re. 18:13, 19).
Transladados
Jezabel matou muitos profetas de
Um dos Doze Apóstolos do Novo Tes-
Deus, 1 Re. 18:4. Jezabel tentou matar
tamento, filho de Zebedeu e irmão de
Elias, o profeta, 1 Re. 19:1–3. A iniqui-
Tiago. No começo de sua vida ele era
dade de Jezabel só terminou com sua
pescador (Mc. 1:17–20). Provavelmente
morte horrível, 2 Re. 9:30–37.
é ele o discípulo de João Batista men-
Jó cionado em Jo. 1:40 e cujo nome não é
No Velho Testamento, homem justo citado. Mais tarde ele recebeu o chamado
para ser discípulo de Jesus Cristo (Mt.
que sofreu tremendas aflições; contudo,
4:21–22; Lc. 5:1–11). Ele escreveu o Evan-
permaneceu fiel a sua crença em Deus.
gelho de João, três epístolas e o livro de
Sua história é relatada no livro de Jó.
Apocalipse. Foi um dos três que estavam
Livro de Jó: Embora o livro seja a respei- com o Senhor quando a filha de Jairo foi
to do sofrimento de Jó, ele não responde levantada dos mortos (Mc. 5:35–42), no
plenamente à pergunta sobre por que Monte da Transfiguração (Mt. 17:1–9) e
Jó (ou qualquer outra pessoa) deveria no Getsêmani (Mt. 26:36–46). Em seus
sofrer dores e a perda de sua família e escritos refere-se a si mesmo como o
bens. O livro deixa claro que atravessar discípulo a quem Jesus amava (Jo. 13:23;
aflições não significa necessariamente 21:20) e como o “outro discípulo” (Jo.
ter a pessoa pecado. O Senhor permite 20:2–8). Jesus também chamou ele e seu
que passemos por tribulações para que irmão de Boanerges, “filhos do trovão”
estas nos sirvam de experiência, disci- (Mc. 3:17). Há frequentes referências a ele
plina e instrução e, às vezes, também de nos relatos da Crucificação e da Ressur-
castigo (D&C 122). reição (Lc. 22:8; Jo. 18:15; 19:26–27; 20:2–8;
O livro pode ser dividido em quatro 21:1–2). Mais tarde João foi exilado na
partes. Os capítulos 1–2 são um prólogo ilha de Patmos, onde ele escreveu o livro
da história. Os capítulos 3–31 relatam de Apocalipse (Apoc. 1:9).
uma série de diálogos entre Jó e três João é frequentemente mencionado
amigos. Os capítulos 32–37 contêm os nas revelações modernas (1 Né. 14:18–27;
discursos de Eliú, um quarto amigo, 3 Né. 28:6; Ét. 4:16; D&C 7; 27:12; 61:14; 77;
que condena Jó por razões diferentes das 88:141). Essas passagens confirmam o
mostradas pelos três amigos anteriores. relato bíblico de João e também nos le-
Os capítulos 38–42 encerram o livro as- vam a compreender melhor a sua gran-
segurando a Jó que o caminho que ele deza e a importância do trabalho que
seguiu na vida era bom desde o começo. o Senhor o encarregou de realizar na
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
João Batista 108
Terra, na época do Novo Testamento e trevas, verdade e erro, bem e mal, Deus e
nos últimos dias. As escrituras moder- o diabo. Talvez em nenhum outro regis-
nas esclarecem que João não morreu, tro se achem tão plenamente retratadas
mas que lhe foi permitido permanecer a santidade de Jesus e a infidelidade dos
na Terra como servo ministrador, até a líderes judeus.
Segunda Vinda do Senhor (Jo. 21:20–23; João escreveu principalmente a res-
3 Né. 28:6–7; D&C 7). peito do ministério de Cristo na Judeia,
Epístolas de João: Embora o autor destas especialmente sobre a última semana de
três epístolas não mencione seu nome em Seu ministério terreno, ao passo que Ma-
nenhuma delas, a linguagem é tão seme- teus, Marcos e Lucas escreveram prin-
lhante à do Apóstolo João que se supõe cipalmente sobre o ministério Dele na
ter sido ele o autor das três. Galileia. Diversos aspectos deste evange-
1 João 1 admoesta os santos a terem lho foram esclarecidos pelas revelações
comunhão com Deus. O capítulo 2 enfa- modernas (D&C 7 e D&C 88:138–141).
tiza que os santos conhecem Deus pela Para uma lista dos acontecimentos
obediência e instrui-os a não amarem da vida do Salvador descritos no Evan-
o mundo. O capítulo 3 conclama todos gelho de João, ver a Concordância dos
a se tornarem os filhos de Deus e a se Evangelhos no apêndice.
amarem uns aos outros. O capítulo 4 Livro de Apocalipse: Ver Apocalipse do
explica que Deus é amor e que vive na- Apóstolo João
queles que O amam. O capítulo 5 explica
que os santos são nascidos de Deus por João Batista. Ver também Elias;
meio da crença em Cristo. Sacerdócio Aarônico
A segunda epístola é semelhante à No Novo Testamento, filho de Zaca-
primeira. Nela João se regozija em vir- rias e Isabel. João foi enviado a fim de
tude da fidelidade dos filhos da “se- preparar o povo para receber o Messias
nhora eleita.” (Jo. 1:19–27). Ele possuía as chaves do Sa-
Na terceira epístola João elogia um cerdócio Aarônico e batizou Jesus Cristo.
homem chamado Gaio por sua fideli- Isaías e outros profetizaram acerca da
dade e auxílio aos que amam a verdade. missão de João, Isa. 40:3 (Mal. 3:1; 1 Né.
O evangelho segundo João: Neste livro do 10:7–10; 2 Né. 31:4).
Novo Testamento o Apóstolo João testifi- Foi aprisionado e decapitado, Mt.
cou que: (1) Jesus é o Cristo ou o Messias 14:3–12 (Mc. 6:17–29). Gabriel anunciou
e (2) Jesus é o Filho de Deus (Jo. 20:31). a Zacarias o nascimento e ministério
As cenas da vida de Jesus nele descritas de João, Lc. 1:5–25. Jesus ensinou que
são cuidadosamente selecionadas e or- João Batista foi um grande profeta, Lc.
ganizadas com esse propósito em vista. 7:24–28. Ele reconheceu que Jesus era o
O livro começa com uma declaração da Filho de Deus, Jo. 1:29–34. Os discípulos
condição de Cristo na vida pré-mortal: de João tornaram-se discípulos de Jesus,
Ele estava com Deus, Ele era Deus e Ele Jo. 1:25–29, 35–42 (At. 1:21–22). Não fez
foi o criador de todas as coisas. Ele nas- milagre algum, Jo. 10:41.
ceu na carne como o Filho Unigênito Como ser ressuscitado, foi enviado
do Pai. João traça o curso do ministério para ordenar Joseph Smith e Oliver Cow-
de Jesus, enfatizando sobremaneira a dery ao Sacerdócio Aarônico, D&C 13
Sua divindade e a Sua ressurreição dos (D&C 27:7–8; JS—H 1:68–72). Foi orde-
mortos. Ele claramente afirma que Jesus nado por um anjo aos oito dias de idade,
é o Filho de Deus, o que é atestado por D&C 84:28.
milagres, por testemunhas, pelos pro-
fetas e pela própria voz de Cristo. João Joel
ensina por meio do contraste de luz e No Velho Testamento, profeta de Judá.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
109 José, Filho de Jacó
É incerta a época em que viveu, que pode sua queda; todavia o povo arrependeu-
ter sido no período compreendido entre se. No capítulo 4 o Senhor repreendeu
o reinado de Joás, antes de 850 a.C., e o Jonas por zangar-se por ter o Senhor
retorno da tribo de Judá do cativeiro salvo aquele povo.
babilônico. Jesus ensinou que Jonas ter sido en-
Livro de Joel: Seu tema principal é uma golido por um peixe foi um símbolo de
profecia de Joel, feita depois que a terra sua morte e ressurreição (Mt. 12:39–40;
de Judá foi assolada por uma grande seca 16:4; Lc. 11:29–30).
e uma praga de gafanhotos (Joel 1:4–20). Jônatas. Ver também Davi; Saul, Rei
Joel assegurou ao povo que através do de Israel
arrependimento eles novamente recebe-
No Velho Testamento, filho de Saul,
riam as bênçãos de Deus (Joel 2:12–14).
rei de Israel. Jônatas era muito amigo
O capítulo 1 é uma convocação para
de Davi (1 Sam. 13–23; 31).
uma assembleia solene na casa do
Senhor. O capítulo 2 fala da guerra e Josafá
desolação que precederão o Milênio. O No Velho Testamento, fiel rei de Judá
capítulo 3 diz respeito aos últimos dias (1 Re. 15:24; 22).
e afirma que todas as nações estarão em
guerra, mas que finalmente o Senhor José, Filho de Jacó. Ver também Israel;
habitará em Sião. Jacó, Filho de Isaque
Pedro citou a profecia de Joel sobre No Velho Testamento, primogênito
o derramamento do Espírito no dia de de Jacó com Raquel (Gên. 30:22–24; 37:3).
Pentecostes (Joel 2:28–32; At. 2:16–21). O José obteve a primogenitura em Israel
anjo Morôni também citou essa mesma porque Rúben, primogênito de Jacó com
passagem a Joseph Smith (JS—H 1:41). a primeira esposa, perdeu esse privilé-
gio devido a transgressão (1 Crôn. 5:1–2).
Joio
José, sendo o primogênito de Jacó com
Planta venenosa cuja aparência é se- a segunda esposa e em virtude de sua
melhante à do trigo. Não pode ser dis- dignidade, era quem tinha direito àque-
tinguido do trigo até estar maduro. (Mt. la bênção. José também recebeu uma
13:24–30; D&C 86:1–7). bênção de Jacó, pouco antes de seu pai
falecer (Gên. 49:22–26).
Jonas. Ver também Nínive
José foi um homem de grande inte-
Profeta do Velho Testamento, chama- gridade, “entendido” e “sábio” (Gên.
do pelo Senhor para pregar o arrepen- 41:39). Sua recusa em ceder ao assédio
dimento à cidade de Nínive (Jon. 1:1–2). da mulher de Potifar é um exemplo de
Livro de Jonas: Livro do Velho Testa- fé, castidade e integridade pessoal (Gên.
mento que relata uma experiência da 39:7–12). No Egito, quando José revelou
vida de Jonas. Provavelmente Jonas não sua verdadeira identidade a seus irmãos,
escreveu pessoalmente o livro. O enfo- agradeceu a eles em vez de condená-los
que principal do livro é que Jeová reina pelo tratamento que lhe deram, acredi-
em toda parte e não limita o Seu amor tando que a atitude deles ajudara a cum-
a apenas uma nação ou povo. prir a vontade de Deus (Gên. 45:4–15).
No capítulo 1 o Senhor chamou Jo- As revelações modernas mostram a
nas para pregar em Nínive. Ao invés missão maior da família de José nos úl-
de obedecer, Jonas fugiu em um barco timos dias (TJS, Gên. 50:24–38 [Apêndice
e foi engolido por um grande peixe. No da Bíblia]; 2 Né. 3:3–24; 3 Né. 20:25–27).
capítulo 2 ele orou ao Senhor e o peixe Jacó amava muito a José e deu-lhe
vomitou-o na praia. O capítulo 3 regis- uma túnica de várias cores, Gên. 37:3.
tra que Jonas foi a Nínive e profetizou a Movidos pelo ciúme, os irmãos de José
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
José, Marido de Maria 110
começaram a odiá-lo e conspiraram sua próspero e fiel, que não participou da
morte, preferindo depois vendê-lo a uns condenação de nosso Senhor. Após a
mercadores que se achavam a caminho Crucificação, José fez com que se envol-
do Egito, Gên. 37:5–36. No Egito o Se- vesse o corpo do Salvador em um len-
nhor fez José prosperar e ele tornou- çol limpo e colocou-O em seu próprio
se governante da casa de Potifar, Gên. sepulcro cavado na rocha (Mt. 27:57–60;
39:1–4. A mulher de Potifar mentiu, di- Mc. 15:43–46; Lc. 23:50–53; Jo. 19:38–42).
zendo que José tentara seduzi-la, e ele
Joseph Smith Jr. Ver Smith, Joseph, Jr.
foi injustamente condenado e preso,
Gên. 39:7–20. José interpretou os sonhos Josias
do copeiro-mor e do padeiro do Faraó, Rei justo de Judá, que reinou de 641 a
Gên. 40. O Faraó começou a favorecer a 610 a.C. (2 Re. 22–24; 2 Crôn. 34–35). Du-
José, por ele ter interpretado um de seus rante seu reinado o livro da lei foi encon-
sonhos, e fez dele governador do Egito, trado na casa do Senhor (2 Re. 22:8–13).
Gên. 41:14–45. Nascimento de Efraim e
Manassés, Gên. 41:50–52. José reúne-se Josué. Ver também Jericó
com seu pai e irmãos, Gên. 45–46. José No Velho Testamento, profeta e líder
morreu no Egito com a idade de 110 anos, e também sucessor de Moisés. Ele nas-
Gên. 50:22–26. ceu no Egito antes do êxodo dos filhos
José, Marido de Maria. Ver também de Israel (Núm. 14:26–31). Ele e Calebe
Jesus Cristo; Maria, Mãe de Jesus estavam entre os doze espias enviados a
Canaã. Eles foram os únicos que fizeram
Marido de Maria, mãe de Jesus. José um relato positivo sobre o lugar visitado
era descendente de Davi (Mt. 1:1–16; Lc. (Núm. 13:8, 16–33; 14:1–10). Ele morreu
3:23–38) e morava em Nazaré. Ele esta- com a idade de 110 anos (Jos. 24:29). Josué
va desposado com Maria. Algum tempo foi um grande exemplo de um dedicado
antes de efetuar-se o matrimônio, Maria profeta e guerreiro.
recebeu a visita do anjo Gabriel, anun-
Livro de Josué: Este livro leva o nome de
ciando-lhe que ela fora escolhida para
Josué porque foi ele o seu personagem
ser a mãe do Salvador (Lc. 1:26–35). José
principal e não porque tenha sido o seu
também recebeu uma revelação acerca
autor. Os capítulos 1–12 descrevem a
desse nascimento divino (Mt. 1:20–25).
conquista de Canaã; os capítulos 13–24
Maria foi o único genitor terreno de
tratam da divisão das terras por parte
Jesus, pois ele foi gerado por Deus, o Pai.
das tribos de Israel e contêm os conse-
Os judeus, entretanto, julgavam que José
lhos finais de Josué.
fosse o pai de Jesus e o menino Jesus
Dois versículos notáveis no livro de
tratava-o como tal (Lc. 2:48, 51). Preve-
Josué são: o mandamento do Senhor
nido por visões, em sonho, do perigo a Josué de meditar sobre as escrituras
que corria o pequenino Jesus, José pre- (Jos. 1:8) e a exortação de Josué ao povo
servou-lhe a vida fugindo para o Egito para que fosse fiel ao Senhor (Jos. 24:15).
(Mt. 2:13–14). Após a morte de Herodes,
um anjo instruiu José a levar a criança Judá. Ver também Bíblia; Israel; Judeus
de volta para Israel (Mt. 2:19–23). No Velho Testamento, quarto filho
José, Vara de. Ver Efraim—Vara de de Jacó e Lia (Gên. 29:35; 37:26–27; 43:3,
Efraim ou vara de José; Livro de 8; 44:16; 49:8). Jacó deu uma bênção a
Mórmon Judá na qual lhe disse que seria um
líder natural entre seus irmãos e que
José de Arimateia Siló (Jesus Cristo) seria seu descendente
José de Arimateia era membro do Si- (Gên. 49:10).
nédrio, discípulo de Cristo e israelita Tribo de Judá: Após o estabelecimento
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
111 Judeus
em Canaã, a tribo de Judá assumiu a li- a guerra nos céus e expulsão de Lúcifer
derança. Sua maior rival era a tribo de e seus anjos do estado pré-mortal (Abr.
Efraim. Moisés abençoou a tribo de Judá 3:26–28) e os versículos 14–15, que citam
(Deut. 33:7). Após o reinado de Salomão, uma profecia de Enoque.
essa tribo tornou-se o reino de Judá.
Judas, Irmão de Tiago
Reino de Judá: No reinado de Roboão os
domínios de Salomão foram divididos No Novo Testamento, um dos Doze
em dois reinos separados, principalmen- Apóstolos originais de Jesus Cristo (Lc.
te em virtude da inveja entre as tribos 6:13–16). Provavelmente ele também
de Efraim e Judá. O reino do sul, ou de era conhecido como Lebeu ou Tadeu
Judá, incluía a tribo de Judá e a maior (Mt. 10:2–4).
parte da tribo de Benjamim. Jerusalém Judas Iscariotes
era sua capital. Em muitos aspectos per-
maneceu mais fiel à adoração a Jeová que No Novo Testamento, um dos Doze
o reino do norte. Judá era menos exposto Apóstolos de Jesus (Mt. 10:4; Mc. 14:10;
a ataques vindos do norte e do leste, e o Jo. 6:71; 12:4). Seu sobrenome significa
poder supremo permaneceu nas mãos da “homem natural de Queriote.” Era da
família de Davi até o cativeiro babilôni- tribo de Judá, sendo o único apóstolo
co. O reino de Judá conseguiu manter-se que não era galileu. Judas traiu o Senhor.
por 135 anos após a queda do reino de Recebeu trinta moedas de prata para
Israel, o maior e mais poderoso dos dois. entregar Jesus ao príncipe dos sacerdo-
Vara de Judá: Referência que se faz tes, Mt. 26:14–16 (Zac. 11:12–13). Traiu o
à Bíblia como um registro da casa de Senhor com um beijo, Mt. 26:47–50 (Mc.
Judá (Eze. 37:15–19). Nos últimos dias, 14:43–45; Lc. 22:47–48; Jo. 18:2–5). Enfor-
quando os vários ramos da casa de Is- cou-se, Mt. 27:5. Satanás entrou em Ju-
rael forem reunidos, os seus registros das, Lc. 22:3 (Jo. 13:2, 26–30). Davi falou
sagrados também serão reunidos. Esses da traição de Jesus por parte de Judas,
registros escriturísticos complementam At. 1:16 (Salm. 41:9).
um ao outro e formam um testemu- Judeus. Ver também Israel; Judá
nho unificado de que Jesus é o Cristo, o
Deus de Israel e o Deus de toda a Terra Os judeus podem ser: (1) os descen-
(TJS, Gên. 50:24–36 [Apêndice da Bíblia]; dentes de Judá, um dos doze filhos de
2 Né. 3; 29). Jacó, (2) o povo do antigo reino do sul,
chamado Judá, ou (3) aqueles que prati-
Judas cam a religião, o estilo de vida e as tra-
No Novo Testamento, um dos irmãos dições do judaísmo, mas que podem ou
de Jesus e provavelmente o autor da epís- não ser judeus de nascimento. Tornou-se
tola de Judas (Mt. 13:55; Jud. 1:1). costume usar a palavra judeu referindo-
Epístola de Judas: Este livro é uma carta se a todos os descendentes de Jacó, o que
de Judas a alguns santos que vacilavam é errado. Isso deveria limitar-se aos que
na fé. Eles enfraqueceram-se porque são do reino de Judá ou, hoje em dia,
existia em seu meio alguns que profes- mais especificamente aos da tribo de
savam ser cristãos mas que praticavam Judá e seus associados.
uma imoral adoração pagã e afirmavam O cetro não se arredará de Judá, até
estar acima da lei moral. Judas queria que venha Siló, Gên. 49:10.
despertar nos santos a consciência do O evangelho de Cristo é o poder de
perigo espiritual que corriam e motivá- Deus para salvação, primeiro do judeu,
los a permanecerem fiéis. Rom. 1:16.
Dentre as passagens notáveis de Ju- O Senhor Deus levantaria um pro-
das destaca-se o versículo 6, que relata feta entre os judeus — um Messias,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Jugo 112
1 Né. 10:4. Quando o livro saiu da boca abençoou para livrar Israel dos midiani-
do judeu, as coisas eram claras e puras, tas. Nos capítulos 9–12, diversos homens
1 Né. 14:23. Os judeus serão dispersos servem como juízes em Israel durante o
por todas as nações, 2 Né. 25:15. Os ju- período em que a maioria dos israelitas
deus são meu antigo povo do convênio, estava em apostasia e sob o domínio de
2 Né. 29:4. Os judeus dispersos começa- governantes estrangeiros. Os capítulos
rão a acreditar em Cristo, 2 Né. 30:7. Os 13–16 falam da ascensão e queda do úl-
judeus rejeitarão a pedra sobre a qual po- timo juiz, Sansão. Os capítulos finais,
deriam edificar, Jacó 4:14–16. Os judeus de 17 a 21, podem ser considerados um
terão outro testemunho de que Jesus era apêndice que revela as profundezas dos
o próprio Cristo, Mórm. 3:20–21. pecados de Israel.
Dois profetas serão levantados para
a nação judaica nos últimos dias, D&C Juízo Final. Ver também Condenação,
77:15. Clamai a todas as nações, pri- Condenar; Jesus Cristo—Juiz; Julgar
meiro aos gentios e depois aos judeus, O Juízo Final que acontecerá após
D&C 133:8. a Ressurreição. Deus, por intermédio
Naqueles dias grandes aflições cairão de Jesus Cristo, julgará cada pessoa, a
sobre os judeus, JS—M 1:18. fim de determinar a glória eterna que
receberá. Esse julgamento será baseado
Jugo. Ver também Discípulo
na obediência de cada indivíduo aos
Artefato que se coloca ao redor do pes- mandamentos de Deus, inclusive a sua
coço de animais ou de homens para atre- aceitação do sacrifício expiatório de Je-
lá-los. O jugo de Cristo é um símbolo da sus Cristo.
condição de discípulo, enquanto o jugo
da escravidão é um símbolo da opressão. O pai deu ao Filho todo o juízo, Jo.
5:22. Todos havemos de comparecer ante
O meu jugo é suave e o meu fardo o tribunal de Cristo, Rom. 14:10. Os mor-
é leve, Mt. 11:29–30. Não vos pren- tos foram julgados pelas coisas que esta-
dais a um jugo desigual com infiéis, vam escritas, Apoc. 20:12 (D&C 128:6–7).
2 Cor. 6:14. Não torneis a colocar-vos Por todas as tuas obras serás levado a
debaixo do jugo da servidão, Gál. 5:1. julgamento, 1 Né. 10:20. Os doze após-
Nem desejamos reduzir ninguém ao
tolos e os doze nefitas julgarão Israel,
jugo da escravidão, Al. 44:2.
1 Né. 12:9–10 (D&C 29:12). Todos deverão
O sofrimento dos santos é um jugo
comparecer ante o tribunal do Santo de
de ferro, é um laço forte, as cadeias do
Israel, 2 Né. 9:15. Preparai vossas almas
inferno, D&C 123:1–3, 7–8.
para aquele glorioso dia, 2 Né. 9:46. Po-
Juízes, Livro dos deis imaginar-vos ante o tribunal de
Livro do Velho Testamento que conta Deus, Al. 5:17–25. Jesus Cristo se levan-
a história dos israelitas, desde a morte tará para julgar o mundo, 3 Né. 27:16.
de Josué até o nascimento de Samuel. O Senhor descerá em julgamento com
Os capítulos 1–3 são um prefácio do maldição sobre os ímpios, D&C 133:2.
livro dos Juízes como um todo. Eles ex- Julgar. Ver também Condenação,
plicam que, por não terem expulsado os Condenar; Jesus Cristo—Juiz; Juízo
seus inimigos (Juí. 1:16–35), os israelitas Final
devem sofrer as consequências: a perda
da fé, o casamento com descrentes e a Avaliar o comportamento com relação
idolatria. Os capítulos 4–5 relatam as aos princípios do evangelho; decidir;
experiências de Débora e Baraque, que discernir o bem do mal.
libertaram Israel dos cananeus. Os ca- Moisés assentou-se para julgar o povo,
pítulos 6–8 narram as experiências ins- Êx. 18:13. Com justiça julgarás o teu pró-
piradoras de Gideão, a quem o Senhor ximo, Lev. 19:15.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
113 Juramento e Convênio do Sacerdócio
Não julgueis para que não sejais julga- em nome de Deus nem de nenhuma de
dos, Mt. 7:1 (TJS, Mt. 7:1–2; Lc. 6:37; 3 Né. Suas criações (Mt. 5:33–37).
14:1). Todos os que sob a lei pecaram pela Confirmarei o juramento que tenho
lei serão julgados, Rom. 2:12. Os santos jurado a Abraão, Gên. 26:3. Quando um
hão de julgar o mundo, 1 Cor. 6:2–3. homem fizer juramento ligando a sua
O Filho do Deus Eterno foi julgado alma, não o violará, Núm. 30:2. Fizeram
pelo mundo, 1 Né. 11:32. Os doze após- um juramento de que andariam na lei de
tolos do Cordeiro são os que julgarão as Deus, Ne. 10:29.
doze tribos de Israel, 1 Né. 12:9 (D&C Cumprirás teus juramentos ao Senhor,
29:12). A morte, o inferno, o diabo e to- Mt. 5:33 (Ecles. 5:4–5; 3 Né. 12:33). Deus
dos os que foram dominados por ele fez um juramento de que os justos serão
deverão ser julgados, 2 Né. 28:23 (1 Né. salvos, Heb. 6:13–18.
15:33). Se julgais o homem que pede de Tendo Zorã feito um juramento, nossos
vossos bens quanto mais justa será a temores cessaram, 1 Né. 4:37. O povo de
vossa condenação por reterdes vossos Amon fez um juramento de nunca mais
bens, Mos. 4:22. Os homens serão julga-
derramar sangue, Al. 53:11. Os nefitas
dos de acordo com suas obras, Al. 41:3.
iníquos fizeram juramentos e convênios
Julga com retidão e a justiça ser-te-á res-
secretos com Satanás, Hel. 6:21–30.
tituída, Al. 41:14. O mundo será julgado
Os homens alcançam a vida eterna
segundo o que estiver escrito nos livros,
por meio do juramento e convênio do
3 Né. 27:23–26 (Apoc. 20:12). Os remanes-
sacerdócio, D&C 84:33–42. Todos os con-
centes deste povo serão julgados pelos
vênios, contratos, vínculos, compromis-
doze que Jesus escolheu nesta Terra,
sos e juramentos que não forem selados
Mórm. 3:18–20. Mórmon explicou como
pelo Santo Espírito da promessa têm fim
distinguir o bem do mal, Morô. 7:14–18.
quando os homens morrem, D&C 132:7.
Põe tua confiança naquele Espírito
que conduz a julgar com retidão, D&C Juramento e Convênio do
11:12. Devíeis dizer em vosso coração: Sacerdócio. Ver também Convênio;
Que julgue Deus entre mim e ti, D&C Juramento; Sacerdócio
64:11. A Igreja do Senhor julgará as na-
Um juramento é uma afirmação sole-
ções, D&C 64:37–38. O Filho visitou os
ne de que a pessoa será verdadeira e fiel
espíritos mantidos na prisão, para que
às suas promessas. Um convênio é uma
fossem julgados segundo os homens na
promessa solene entre duas pessoas. O
carne, D&C 76:73 (1 Ped. 4:6). O bispo
Sacerdócio Aarônico é recebido apenas
será um juiz comum, D&C 107:72–74. O
por convênio. Os portadores do Sacer-
Senhor julgará todos os homens segun-
dócio de Melquisedeque recebem-no
do suas obras, segundo o desejo de seu
por juramento não-verbal, bem como
coração, D&C 137:9.
por convênio. Quando os portadores
Juramento. Ver também Convênio; do sacerdócio são fiéis e magnificam os
Juramento e Convênio do seus chamados conforme as instruções
Sacerdócio de Deus, Ele os abençoa. Aqueles que fo-
Conforme usado nas escrituras, ge- rem fiéis até o fim e fizerem tudo o que
ralmente significa um convênio sagrado Ele requer deles, receberão tudo o que
ou uma promessa sagrada. Entretanto, o Pai possui (D&C 84:33–39).
pessoas iníquas, inclusive Satanás e seus O Senhor fez um convênio com
anjos, também fazem juramentos a fim Abraão, e este obedeceu, Gên. 15:18; 17:1;
de concretizar os seus propósitos malig- 22:16–18. Os sacerdotes do tempo de Eze-
nos. Na época do Velho Testamento era quiel não apascentaram as ovelhas, Eze.
aceitável fazer juramentos; todavia Jesus 34:2–3. Os sacerdotes da época de Mala-
Cristo ensinou que não devemos jurar quias profanaram o convênio, Mal. 1–2.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Jurar 114
Jurar. Ver Blasfemar, Blasfêmia; retidão: É o estado ou a condição daque-
Juramento; Profanidade les que vivem uma vida de dignidade,
integridade e santidade.
Justiça. Ver também Andar, Andar
com Deus; Dignidade, Digno; Bem-aventurados os que têm fome e
Expiação, Expiar; Injustiça, Injusto; sede de justiça, Mt. 5:6 (3 Né. 12:6). Bus-
Integridade; Justo(s); Mandamentos cai primeiramente o reino de Deus e sua
de Deus; Misericórdia, justiça, Mt. 6:33.
Misericordioso; Retidão Justificação, Justificar. Ver também
Conforme usada nas escrituras, a pa- Expiação, Expiar; Santificação
lavra justiça tem dois significados: (1) a Ser isentado de punição pelos pecados
concessão de bênçãos pela obediência às e declarado sem culpa. Uma pessoa é jus-
leis de Deus, ou a aplicação de penalida- tificada pela graça do Salvador por meio
des aos que as desobedecem; (2) a condi- de sua fé Nele. Essa fé é demonstrada
ção de uma pessoa que vive em retidão. pelo arrependimento e pela obediência
A concessão de bênçãos pela obediência às leis e às ordenanças do evangelho.
às leis de Deus, ou a aplicação de penali- A Expiação de Jesus Cristo possibilita
dades aos que as desobedecem: A infalível à humanidade arrepender-se e ser jus-
consequência de bênçãos pelas ações e tificada ou perdoada do castigo que de
pensamentos bons, ou de castigo pelos outra forma receberia.
pecados dos quais alguém não se tenha
No Senhor será justificada toda a
arrependido. A justiça é uma lei eterna
Israel, Isa. 45:25.
que requer uma penalidade toda vez que
Não os ouvintes mas os praticantes
uma lei de Deus é violada (Al. 42:13–24).
da lei serão justificados, Rom. 2:13. O
Caso não se arrependa, o pecador deve
homem é justificado pelo sangue de
pagar a penalidade (Mos. 2:38–39; D&C
Cristo, Rom. 5:1–2, 9. Haveis sido justi-
19:17). Se ele se arrepender, o Salvador
ficados em nome do Senhor Jesus, 1 Cor.
pagará a penalidade por meio da Expia-
6:11. Sendo justificados pela sua graça,
ção, invocando a misericórdia (Al. 34:16).
sejamos feitos herdeiros, Tit. 3:7. Por-
A alma que pecar, essa morrerá, Eze. ventura o nosso pai Abraão não foi jus-
18:4. O que o Senhor pede de ti senão que tificado pelas obras, Tg. 2:21. O homem
pratiques a justiça, Miq. 6:8. é justificado pelas obras e não somente
Jesus será justo para nos perdoar os pela fé, Tg. 2:14–26.
pecados, 1 Jo. 1:9. Pela lei nenhuma carne é justifica-
A justiça de Deus separava os iníquos da, 2 Né. 2:5. Meu servo justo a muitos
dos justos, 1 Né. 15:30. A expiação satis- justificará, porque tomará sobre si suas
faz as exigências de sua justiça, 2 Né. iniquidades, Mos. 14:11 (Isa. 53:11). Pode-
9:26. A humanidade estava decaída e ríeis dizer que vossas vestimentas foram
nas garras da justiça, Al. 42:14. A expia- limpas pelo sangue de Cristo, Al. 5:27.
ção satisfaz os requisitos da justiça, Al. A justificação pela graça de Jesus Cris-
42:15. Supões que a misericórdia possa to é verdadeira, D&C 20:30–31 (D&C
roubar a justiça, Al. 42:25. A justiça de 88:39).
Deus está sobre ti, a não ser que te arre- Pelo Espírito sois justificados, Mois.
pendas, Al. 54:6. 6:60.
Justiça e julgamento são a penalidade
afixada pela minha lei, D&C 82:4. A jus- Justo(s). Ver também Andar, Andar
tiça segue seu curso e reclama o que é com Deus; Dignidade, Digno;
seu, D&C 88:40. Ninguém estará isento Ímpio; Integridade; Justiça;
da justiça e das leis de Deus, D&C 107:84. Mandamentos de Deus; Retidão
A condição de uma pessoa que vive em Ser reto, santo, virtuoso, íntegro; agir
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
115 Lamanitas
em obediência aos mandamentos de Rebeca e pai de Lia e de Raquel, esposas
Deus; evitar o pecado. de Jacó (Gên. 24:29–60; 27:43–44; 28:1–5;
O Senhor abençoará ao justo, Salm. 29:4–29; 30:25–42; 31).
5:12. Os olhos do Senhor estão sobre os Labão, o Guardião das Placas de
justos, Salm. 34:15, 17 (1 Ped. 3:12). Longe Latão. Ver também Placas de Latão
está o Senhor dos ímpios, mas escutará a
oração dos justos, Prov. 15:29. Quando os No Livro de Mórmon, o homem em
justos se engrandecem, o povo se alegra, cujo poder se encontravam as placas de
Prov. 29:2 (D&C 98:9–10). latão, em Jerusalém, na época da família
Os justos irão para a vida eterna, Mt. de Leí. Labão roubou Néfi e seus irmãos
25:46. A oração fervorosa de um justo e procurou matá-los (1 Né. 3:1–27). O
pode muito, Tg. 5:16. Espírito instruiu Néfi a matar Labão,
Aquele que é justo é favorecido por a fim de obter as placas (1 Né. 4:1–26).
Deus, 1 Né. 17:35. Deus preservará os Ladrões de Gadiânton. Ver também
justos; eles não precisam temer, 1 Né. Combinações Secretas
22:17, 22. Os justos herdarão o reino de
No Livro de Mórmon, um bando de
Deus, 2 Né. 9:18. Os justos não temem
ladrões organizados por um nefita per-
as palavras da verdade, 2 Né. 9:40. Os
verso, chamado Gadiânton. Sua orga-
nomes dos justos serão escritos no livro
nização era baseada em combinações
da vida, Al. 5:58.
secretas e juramentos satânicos.
O canto dos justos é uma prece a mim,
D&C 25:12. A morte dos justos lhes será Gadiânton foi o causador da destrui-
doce, D&C 42:46. Os justos serão reuni- ção da nação nefita, Hel. 2:12–13. O diabo
dos dentre todas as nações, D&C 45:71. fez juramentos e convênios secretos com
Os homens devem fazer muitas coisas Gadiânton, Hel. 6:16–32. As combinações
de sua livre e espontânea vontade, D&C secretas causaram a destruição da nação
58:27. Na segunda vinda haverá uma se- jaredita, Ét. 8:15–26.
paração total dos justos e dos iníquos,
Lamã. Ver também Lamanitas; Leí, Pai
D&C 63:54. Entre os justos havia paz,
de Néfi
D&C 138:22.
No Livro de Mórmon, filho mais velho
de Leí e Saria e irmão mais velho de Néfi
Kimball, Spencer W. Ver também (1 Né. 2:5). Lamã geralmente preferia
Declaração Oficial 2 praticar o mal, ao invés do bem.
Décimo segundo Presidente da Igre- Lamã murmurou contra seu pai, 1 Né.
ja desde que ela foi fundada, em 1830. 2:11–12. Revoltou-se contra seu irmão
Serviu como Presidente de dezembro Néfi, que era digno, 1 Né. 7:6 (1 Né. 3:28–
de 1973 a novembro de 1985. Nasceu 29). Na visão de Leí não comeu do fruto
em 1895 e faleceu aos 90 anos de idade. da árvore da vida, 1 Né. 8:35–36. Sobre-
Em junho de 1978, a Primeira Presi- veio uma maldição sobre Lamã e seus
dência anunciou que o Presidente Kim- seguidores, 2 Né. 5:21 (Al. 3:7).
ball havia recebido uma revelação con-
Lamanitas. Ver também Lamã; Livro
cedendo o sacerdócio e as bênçãos do
de Mórmon; Nefitas
templo a todos os homens que fossem
membros dignos da Igreja, DO 2. Um grupo de pessoas no Livro de
Mórmon, do qual muitos eram descen-
dentes de Lamã, filho mais velho de
Labão, Irmão de Rebeca. Ver também Leí. Eles achavam que tinham sido in-
Rebeca justiçados por Néfi e os seus descen-
No Velho Testamento, irmão de dentes (Mos. 10:11–17). Por causa disso
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Lamentações, Livro de 116
eles rebelaram-se contra os nefitas e autoridade apropriada do sacerdócio
rejeitaram frequentemente os ensina- servem como ordenanças sagradas.
mentos do evangelho. Entretanto, pouco O sacerdote lavará os seus vestidos e
antes do nascimento de Jesus Cristo, os banhará a sua carne em água, Núm. 19:7.
lamanitas aceitaram o evangelho e tor- Lava-me completamente do meu pecado,
naram-se mais retos do que os nefitas Salm. 51:2, 7. Lavai-vos, purificai-vos,
(Hel. 6:34–36). Duzentos anos depois cessai de fazer mal, Isa. 1:16–18.
de Cristo visitar as Américas, tanto os Jesus lavou os pés dos apóstolos, Jo.
lamanitas como os nefitas tornaram-se 13:4–15 (D&C 88:138–139). Batiza-te, e
iníquos e começaram a guerrear uns lava os teus pecados, At. 22:16 (Al. 7:14;
contra os outros. Por volta de 400 d.C. os D&C 39:10).
lamanitas destruíram completamente a Ninguém poderá ser salvo sem que
nação nefita. suas vestimentas tenham sido lava-
Os lamanitas venceram a semente de das até ficarem brancas, Al. 5:21 (3 Né.
Néfi, 1 Né. 12:19–20. Os lamanitas odia- 27:19). Suas vestimentas foram bran-
vam os nefitas, 2 Né. 5:14. Os lamanitas queadas pelo sangue de Cristo, Al. 13:11
seriam um castigo para os nefitas, 2 Né. (Ét. 13:10).
5:25. O Livro de Mórmon restaurará aos Para que, guardando os mandamen-
lamanitas o conhecimento de seus pais e tos, fossem lavados e purificados de to-
do evangelho de Jesus Cristo, 2 Né. 30:3– dos os seus pecados, D&C 76:52. Vossas
6 (página de título do Livro de Mórmon). unções e abluções são prescritos pela
Os lamanitas são um remanescente ordenança da minha casa santa, D&C
dos judeus, D&C 19:27. Antes da vinda 124:39–41.
do Senhor os lamanitas florescerão como
a rosa, D&C 49:24. Lázaro. Ver também Maria de Betânia;
Marta
Lamentações, Livro de
No Novo Testamento, irmão de Maria
Livro do Velho Testamento, escrito por e de Marta. Jesus levantou-o dos mortos
Jeremias. É uma coleção de poemas ou (Jo. 11:1–44; 12:1–2, 9–11). Não se trata
cânticos de pesar pela queda de Jerusa- do mendigo chamado Lázaro, perso-
lém e da nação israelita. Foi escrito após nagem de uma das parábolas de Jesus
a conquista da cidade, cerca de 586 a.C. (Lc. 16:19–31).
Lamôni. Ver também Amon, Filho de Lei. Ver também Abençoado,
Mosias Abençoar, Bênção; Lei de Moisés;
No Livro de Mórmon, rei lamanita Mandamentos de Deus; Obedecer,
convertido pelo Espírito de Deus e pe- Obediência, Obediente
las obras e ensinamentos inspirados de Mandamentos ou normas de Deus
Amon (Al. 17–19). nos quais se baseiam todas as bênçãos
Lar. Ver Casa (Lar); Família e castigos, tanto nos céus como na Terra.
Os que obedecem à lei de Deus recebem
Lavado, Lavamento, Lavar. Ver as bênçãos prometidas. O Profeta Joseph
também Batismo, Batizar; Expiação, Smith ensinou que o povo deve obede-
Expiar cer às leis do país, honrá-las e mantê-las
Purificação física ou espiritual. Sim- (RF 1:12).
bolicamente, a pessoa arrependida pode A lei de Moisés foi uma lei prepara-
purificar-se de uma vida cheia de peca- tória para levar homens e mulheres a
do e evitar suas consequências por meio Cristo. Era uma lei de restrições, pres-
do sacrifício expiatório de Jesus Cristo. crições e ordenanças. Atualmente a lei
Certos lavamentos realizados com a de Cristo, que cumpriu a lei mosaica, é
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
117 Lei de Moisés
a plenitude do evangelho, ou seja, a lei que conduziu sua família e alguns se-
perfeita da liberdade (Tg. 1:25). guidores de Jerusalém a uma terra da
Deus deu mandamentos a Adão, Gên. promissão no hemisfério ocidental, cerca
1:28; 2:16–17. Deus deu leis a Noé, Gên. do ano 600 a.C. No Livro de Mórmon, Leí
9:1. A lei do Senhor é perfeita, e refrigera foi o primeiro profeta entre seu povo.
a alma, Salm. 19:7. O Senhor é o nosso Leí fugiu de Jerusalém com a sua fa-
Juiz, Isa. 33:22. mília por ordem do Senhor (1 Né. 2:1–
Há um só legislador, Tg. 4:12. 4). Ele era descendente de José, que foi
Onde nenhuma lei foi dada, não há vendido ao Egito (1 Né. 5:14). O Senhor
castigo, 2 Né. 9:25. Mas há uma lei, Al. deu-lhe uma visão da árvore da vida
42:17–22. Os homens serão julgados (1 Né. 8:2–35). Leí e seus filhos cons-
segundo a lei, Al. 42:23. Cristo é a lei, truíram um navio e navegaram ao he-
3 Né. 15:9. misfério ocidental (1 Né. 17–18). Ele e os
Todas as leis são espirituais, D&C seus descendentes estabeleceram-se em
29:34. Joseph Smith recebeu a lei da Igre- uma nova terra (1 Né. 18:23–25). Antes
ja por revelação, D&C 42. O que guarda de morrer Leí abençoou os seus filhos
as leis de Deus não tem necessidade de e ensinou-lhes a respeito de Cristo e do
quebrar as leis do país, D&C 58:21. A surgimento do Livro de Mórmon nos
luz de Cristo é a lei pela qual todas as últimos dias (2 Né. 1:1–4:12).
coisas são governadas, D&C 88:7–13. Ele Livro de Leí: Ao traduzir o Livro de
deu uma lei para todas as coisas, D&C Mórmon, Joseph Smith começou com o
88:42–43. O povo deve observar a lei da livro de Leí. Era um registro que Mór-
Terra, D&C 98:4–5. Quando de Deus re- mon havia resumido das placas de Leí.
cebemos uma bênção é por obediência Quando Joseph tinha já um manuscrito
à lei, D&C 130:20–21. A Igreja declarou de 116 páginas que havia traduzido des-
suas crenças quanto à lei civil, D&C 134. se livro, ele o entregou a Martin Harris,
A humanidade pode ser salva por que por um breve período servira como
obediência às leis e ordenanças do Evan- escrevente de Joseph na tradução do Li-
gelho, RF 1:3. vro de Mórmon. As páginas foram então
perdidas. Joseph não tornou a traduzir o
Leí, Comandante Militar Nefita
livro de Leí para substituir o manuscri-
No Livro de Mórmon, comandante to perdido. Em vez disso, traduziu das
militar nefita (Al. 43:35–53; 49:16–17; placas de ouro outros relatos afins (ver
52:27–36; 53:2; 61:15–21). as introduções de D&C 3; 10). Esses ou-
tros relatos são agora os seis primeiros
Leí, Missionário Nefita. Ver também
livros do Livro de Mórmon.
Helamã, Filho de Helamã
No Livro de Mórmon, filho de Hela- Lei de Moisés. Ver também Lei; Limpo
mã, que, por sua vez, era filho de Hela- e Imundo; Moisés; Sacerdócio
mã. Leí foi um grande missionário (Hel. Aarônico
3:21; 4:14). Por intermédio de Moisés, Deus deu
Recebeu o nome de Leí para lembrar- leis à casa de Israel para substituir a
se de seu ancestral, Hel. 5:4–6. Junto com lei mais elevada que eles deixaram de
Néfi ele fez muitos conversos, foi preso, obedecer (Êx. 34; TJS, Êx. 34:1–2; TJS,
envolto como por chamas e falou com Deut. 10:2 [Apêndice da Bíblia]). A lei de
anjos, Hel. 5:14–48. Recebia diariamente Moisés consistia de muitos princípios,
muitas revelações, Hel. 11:23. normas, cerimônias, rituais e símbolos
para lembrar o povo de seus deveres e
Leí, Pai de Néfi responsabilidades. Incluía a lei de man-
No Livro de Mórmon, profeta hebreu damentos e cerimônias de cunho moral,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Lemuel 118
ético, religioso e físico — inclusive sacri- em algum momento foram afligidas por
fícios (Lev. 1–7) — com a finalidade de ela, inclusive Moisés (Êx. 4:6–7), Miriã,
fazer com que se lembrassem de Deus sua irmã, (Núm. 12:10) Naamã (2 Re. 5)
e da obrigação que tinham para com e o rei Uzias (2 Crôn. 26:19–21).
Ele (Mos. 13:30). A fé, o arrependimen- Jesus curou diversos leprosos, Mt. 8:2–
to, o batismo na água e a remissão dos 4 (Mc. 1:40–45; Lc. 5:12–15; 3 Né. 17:7–9).
pecados faziam parte da lei, bem como Jesus curou dez leprosos, Lc. 17:11–19.
os Dez Mandamentos e muitos outros
mandamentos de elevado valor ético e Levi. Ver também Israel; Jacó, Filho de
moral. Grande parte da lei cerimonial Isaque
foi cumprida com a morte e a Ressurrei- No Velho Testamento, terceiro filho
ção de Jesus Cristo, que puseram fim ao de Jacó e Lia (Gên. 29:34; 35:23). Levi tor-
sacrifício por derramamento de sangue nou-se pai de uma das tribos de Israel.
(Al. 34:13–14). A lei era administrada pelo Tribo de Levi: Jacó abençoou Levi e
Sacerdócio Aarônico, sendo um evan- os seus descendentes (Gên. 49:5–7, 28).
gelho preparatório para levar os seus Os descendentes de Levi ministravam
seguidores a Cristo. nos santuários de Israel (Núm. 1:47–54).
Dar-lhes-ei a lei como antes fiz, mas Aarão era levita e os seus descendentes,
será ela segundo a lei de um mandamen- sacerdotes (Êx. 6:16–20; 28:1–4; 29). Os le-
to carnal, TJS, Êx. 34:1–2. vitas ajudavam os sacerdotes, os filhos
A lei nos serviu de aio para nos con- de Aarão (Núm. 3:5–10; 1 Re. 8:4). Às ve-
duzir a Cristo, Gál. 3:19–24. zes, eles atuavam como músicos (1 Crôn.
Guardamos a lei de Moisés e espera- 15:16; Ne. 11:22); matavam os animais
mos firmemente em Cristo, 2 Né. 25:24– para os sacrifícios (2 Crôn. 29:34; Esd.
30. A salvação não vem somente pela lei 6:20); e geralmente ajudavam no templo
de Moisés, Mos. 12:27–13:32. Em mim se (Ne. 11:16). Os levitas eram consagrados
cumpriu a lei de Moisés, 3 Né. 9:17. A para o serviço do Senhor, a fim de reali-
lei que foi dada a Moisés cumpre-se em zarem as ordenanças para os filhos de
mim, 3 Né. 15:1–10. Israel. Os próprios levitas eram ofereci-
Por causa da desobediência o Senhor dos em lugar dos filhos de Israel (Núm.
tirou Moisés e o Santo Sacerdócio dos 8:11–22); assim, eles tornavam-se pro-
filhos de Israel, deixando a lei dos man- priedade peculiar de Deus, oferecidos
damentos carnais, D&C 84:23–27. a Ele em lugar dos primogênitos (Núm.
8:16). Eles não eram consagrados, mas
Lemuel. Ver também Lamã; eram purificados para o seu ofício (Núm.
Lamanitas; Leí, Pai de Néfi 8:7–16). Eles não obtiveram uma herança
No Livro de Mórmon, segundo filho de terra em Canaã (Núm. 18:23–24), mas
de Leí e um dos irmãos mais velhos de recebiam o dízimo (Núm. 18:21), recebe-
Néfi. Ele juntou-se a Lamã para fazer ram 48 cidades (Núm. 35:6) e o direito
oposição a Néfi. de receber donativos do povo por oca-
Leí admoestou Lemuel a ser constante sião das festas (Deut. 12:18–19; 14:27–29).
como um vale, 1 Né. 2:10. Enfureceu-se Leviandade. Ver também
com Néfi e deu ouvidos a Lamã, 1 Né. Maledicência
3:28. Os lemuelitas se acham incluídos
com os lamanitas, Jacó 1:13–14 (Al. 47:35). Tratar com leviandade as coisas sagra-
das (D&C 84:54).
Lepra Os santos não devem ter pensamentos
Um tipo horrível de doença da pele ociosos e risos excessivos, D&C 88:69.
mencionada no Velho e no Novo Testa- Cessai de todo o vosso orgulho e levian-
mento. Muitas pessoas notáveis da Bíblia dade, D&C 88:121.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
119 Libertador
Levitas. Ver Levi deram o nome de Liahona, Al. 37:38.
A Liahona era comparada à palavra de
Levítico. Ver também Pentateuco
Cristo, Al. 37:43–45.
Livro do Velho Testamento que tra- As três testemunhas do Livro de
ta dos deveres sacerdotais em Israel. Mórmon iriam ver o guia dado a Leí,
Ele enfatiza a santidade de Deus e o D&C 17:1.
código de leis pelas quais o Seu povo
poderia viver para se santificar. O seu Liberdade, Livre. Ver também
propósito é ensinar os preceitos morais Arbítrio; Cativeiro
e verdades religiosas da lei de Moisés, Poder ou capacidade de fazer escolhas
por meio de rituais. Moisés escreveu o pessoais, sem ser compelido. No sentido
livro de Levítico. espiritual, a pessoa que se arrepende e
Os capítulos 1–7 explicam as ordenan- obedece à vontade de Deus fica livre do
ças relacionadas com os sacrifícios. Os cativeiro do pecado, mediante a Expia-
capítulos 8–10 descrevem o ritual ob- ção de Jesus Cristo (Jo. 8:31–36; Mos. 5:8).
servado na consagração de sacerdotes.
Andarei em liberdade; pois busquei
O capítulo 11 explica o que se podia ou
os teus preceitos, Salm. 119:45.
não comer, o que era limpo e o que era
A verdade vos libertará, Jo. 8:32. Os
imundo. O capítulo 12 trata da mulher
que são libertados do pecado recebem
após o parto. Os capítulos 13–15 trazem
a vida eterna, Rom. 6:19–23. Onde está
as leis relativas à impureza cerimonial.
o Espírito do Senhor, ali há liberdade,
O capítulo 16 contém o ritual a ser obser-
2 Cor. 3:17. Estai, pois, firmes na liber-
vado no Dia da Expiação. Os capítulos
dade com que Cristo vos libertou, Gál.
17–26 são um código de leis que dizem
respeito às observâncias religiosas e so- 5:1 (D&C 88:86).
ciais. O capítulo 27 explica que o Senhor Os homens são livres para escolher a
ordenou a Israel que lhe consagrasse liberdade e a vida eterna, 2 Né. 2:27. Um
suas colheitas, rebanhos e manadas. ramo justo da casa de Israel será tirado
do cativeiro para a liberdade, 2 Né. 3:5.
Lia. Ver também Jacó, Filho de Isaque; Esta Terra será uma terra de liberdade,
Labão, Irmão de Rebeca 2 Né. 10:11. Clamaram ao Senhor por sua
No Velho Testamento, filha mais ve- liberdade, Al. 43:48–50. Morôni plan-
lha de Labão e uma das esposas de Jacó tou o estandarte da liberdade entre os
(Gên. 29). Lia teve seis filhos e uma filha nefitas, Al. 46:36. Morôni se regozijava
(Gên. 29:31–35; 30:17–21). com a liberdade de seu país, Al. 48:11.
O Espírito de Deus é o espírito de liber-
Liahona dade, Al. 61:15.
No Livro de Mórmon, uma esfera de Segui-me e sereis um povo livre, D&C
latão com dois ponteiros que indicavam 38:22. O Senhor e seus servos proclama-
a direção a seguir — como uma bússo- ram liberdade aos espíritos cativos, D&C
la — e que também dava instruções es- 138:18, 31, 42.
pirituais a Leí e seus seguidores, quando
eram justos. O Senhor deu-lhes a Liaho- Libertador. Ver também Jesus Cristo
na e instruções por meio dela. Jesus Cristo é o Libertador da humani-
Leí encontrou uma esfera de latão com dade, pois Ele resgata todos do cativeiro
dois ponteiros que indicavam o caminho da morte e os que se arrependem, das
a ser seguido por ele e sua família, 1 Né. penalidades do pecado.
16:10. A esfera se movia conforme a fé O Senhor é o meu rochedo e o meu li-
e a diligência do povo, 1 Né. 16:28–29 bertador, 2 Sam. 22:2 (Salm. 18:2; 144:2).
(Al. 37:40). Benjamim entregou a esfera Tu és meu auxílio e o meu libertador,
a Mosias, Mos. 1:16. À esfera ou guia Salm. 40:17 (Salm. 70:5).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Lími 120
De Sião virá o Libertador, Rom. 11:26. Língua. Ver também Línguas, Dom
Os santos reconheceram o Filho de das
Deus como seu Redentor e Libertador, Símbolo da fala. Os santos devem con-
D&C 138:23. trolar a língua, ou seja, sua forma de
Lími. Ver também Noé, Filho de falar. Essa palavra também se refere a
Zênife idiomas e a povos. Futuramente, todo
joelho se dobrará e toda língua confes-
No Livro de Mórmon, um rei justo
sará a Deus (Isa. 45:23; Rom. 14:11).
dos nefitas, na terra de Néfi. Era filho
do rei Noé (Mos. 7:7–9). O rei Lími fez o Guarda a tua língua do mal, Salm.
convênio de servir a Deus (Mos. 21:32). 34:13 (1 Ped. 3:10). O que guarda a sua
Livrou seu povo do cativeiro lamanita e boca e a sua língua, guarda das angús-
retornou a Zaraenla (Mos. 22). tias a sua alma, Prov. 21:23.
Cada um os ouvia falar na sua pró-
Limpo e Imundo. Ver também pria língua, At. 2:1–6. Se alguém não
Imundície, Imundo; Lei de Moisés; refreia sua língua, a religião desse é vã,
Pureza, Puro Tg. 1:26. Se alguém não tropeça em pa-
No Velho Testamento, o Senhor reve- lavra, o tal homem é perfeito, Tg. 3:1–13.
lou a Moisés e aos antigos israelitas que O evangelho será pregado a toda nação,
somente certos alimentos eram consi- tribo, língua e povo, Apoc. 14:6–7 (2 Né.
derados limpos ou, em outras palavras, 26:13; Mos. 3:13, 20; D&C 88:103; 112:1).
apropriados para comer. A distinção fei- O Senhor fala aos homens de acordo
ta pelos israelitas entre o que era limpo com sua língua, 2 Né. 31:3 (D&C 1:24).
e o que era imundo influenciou grande- Benjamim ensinou a seus filhos o idioma
mente toda a sua vida religiosa e social. de seus pais, para que fossem homens
Certos animais, pássaros e peixes eram de entendimento, Mos. 1:2–5. O Senhor
considerados limpos e aceitáveis para o concede a todas as nações que lhes seja
consumo, ao passo que outros eram ti- ensinada, a cada uma em sua própria lín-
dos como imundos e proibidos (Lev. 11; gua, a sua palavra, Al. 29:8. Estas placas
Deut. 14:3–20). Alguns doentes também serão levadas a todas as nações, tribos,
eram considerados imundos. línguas e povos, Al. 37:4.
No sentido espiritual, ser limpo é estar Obtém minha palavra, e então tua
livre do pecado e desejos pecaminosos, língua será desatada, D&C 11:21. Todo
caso em que a palavra é usada para des- homem ouvirá a plenitude do evangelho
crever a pessoa virtuosa e de coração em sua própria língua, D&C 90:11. E te
puro (Salm. 24:4). O povo do convênio familiarizarás com línguas, idiomas e
de Deus sempre foi especialmente ins- povos, D&C 90:15.
truído a ser limpo (3 Né. 20:41; D&C
38:42; 133:5). Linguagem
Aquele que é limpo de mãos e puro Palavras, escritas ou faladas, reu-
de coração subirá ao monte do Senhor, nidas em uma estrutura específica a
Salm. 24:3–5. fim de transmitir informação, pensa-
A nenhum homem chame comum ou mentos e ideias. A maneira como usa-
imundo, At. 10:11–28. mos a linguagem demonstra o que
Podereis olhar para Deus com um sentimos em relação a Deus e às ou-
coração puro e mãos limpas, Al. 5:19. tras pessoas. Na Segunda Vinda de
O Senhor castigará Sião até que vença Jesus Cristo o Senhor dará a toda a
e fique limpa, D&C 90:36. Sede puros, humanidade uma linguagem pura
vós que portais os vasos do Senhor, D&C (Sof. 3:8–9).
133:4–5, 14 (Isa. 52:11). Era toda a Terra duma mesma língua,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
121 Livro de Mórmon
Gên. 11:1. Confundiu o Senhor a língua Os nomes dos justos serão escritos no
de toda a Terra, Gên. 11:4–9. livro da vida, Al. 5:58.
Aquele cuja linguagem é mansa e edi- Vossas orações estão registradas
fica é de Deus, se obedecer às minhas no livro de nomes dos santificados,
ordenanças, D&C 52:16. D&C 88:2.
Adão possuía linguagem pura e impo-
Livro de Mandamentos. Ver também
luta, Mois. 6:5–6, 46. Deus deu a Enoque
Doutrina e Convênios; Revelação
grande poder da linguagem, Mois. 7:13.
Em 1833, foram preparadas para pu-
Línguas, Dom das. Ver também Dons blicação diversas revelações recebidas
do Espírito; Língua pelo Profeta Joseph Smith, sob o título
Dom do Espírito Santo que permite de Um Livro de Mandamentos para o
que indivíduos inspirados falem, en- Governo da Igreja de Cristo. O Senhor
tendam ou interpretem línguas des- continuou a comunicar-se com os Seus
conhecidas. Acreditamos no dom das servos e uma compilação ampliada das
línguas (RF 1:7). revelações foi publicada dois anos depois
como Doutrina e Convênios.
E todos foram cheios do Espírito Santo,
e começaram a falar noutras línguas, At. A seção 1 de Doutrina e Convênios é o
2:4. O que fala língua estranha não fala prefácio do Senhor ao livro de seus man-
damentos, D&C 1:6. O Senhor desafiou a
aos homens, senão a Deus, 1 Cor. 14:1–5,
pessoa mais sábia a reproduzir a menor
27–28. As línguas são um sinal para os
de suas revelações contidas no Livro de
infiéis, 1 Cor. 14:22–28.
Mandamentos, D&C 67:4–9. Mordomos
Virá então o batismo de fogo e do Espí-
foram designados para publicar as reve-
rito Santo; e podereis falar na língua de
lações, D&C 70:1–5.
anjos, 2 Né. 31:13–14. Amuleque exortou
todos os homens a acreditarem no dom Livro de Mórmon. Ver também
de línguas, Ômni 1:25. Cânone; Efraim—Vara de Efraim
A alguns é dado falar em línguas; ou vara de José; Escrituras;
e a outros é dado interpretá-las, D&C Mórmon, Profeta Nefita; Placas;
46:24–25 (1 Cor. 12:10; Morô. 10:8, 15– Placas de Ouro; Smith, Joseph, Jr.;
16). Que se derrame o dom das línguas, Testemunhas do Livro de Mórmon
D&C 109:36. Um dos quatro volumes de escritura
aceitos por A Igreja de Jesus Cristo dos
Livre-arbítrio. Ver Arbítrio
Santos dos Últimos Dias. É um resumo
Livro da Vida. Ver também Livro de feito por um antigo profeta, chamado
Recordações Mórmon, dos anais de antigos habitantes
Em certo sentido, o Livro da Vida é a das Américas. Foi escrito para testificar
que Jesus é o Cristo. Com respeito a este
soma dos pensamentos e ações de uma
registro, o Profeta Joseph Smith, que o
pessoa — o registro de sua vida. As es-
traduziu pelo dom e poder de Deus, de-
crituras também indicam, entretanto,
clarou: “Eu disse aos irmãos que o Livro
que é mantido um registro celestial dos
de Mórmon era o mais correto de todos
justos, inclusive seus nomes e um relato
os livros da Terra e a pedra fundamen-
de seus nobres feitos.
tal da nossa religião; e que o homem se
O Senhor riscará os pecadores de seu aproximaria mais de Deus seguindo os
livro, Êx. 32:33. seus preceitos do que por intermédio
O que vencer não será riscado do li- de qualquer outro livro” (ver a intro-
vro da vida, Apoc. 3:5. Abriu-se outro dução nas primeiras páginas do Livro
livro, que é o da vida, Apoc. 20:12 (D&C de Mórmon).
128:6–7). O Livro de Mórmon é um registro
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Livro de Recordações 122
religioso de três grupos de pessoas que Cremos que o Livro de Mórmon é a
emigraram do Velho Mundo para o con- palavra de Deus, RF 1:8.
tinente americano. Esses grupos foram
conduzidos por profetas que registra- Livro de Recordações. Ver também
ram a sua história secular e religiosa Genealogia; Livro da Vida
em placas de metal. O Livro de Mórmon Livro iniciado por Adão, no qual eram
registra a visita de Jesus Cristo ao povo registrados os feitos de seus descenden-
das Américas, após a Sua Ressurreição. tes; também quaisquer registros seme-
Depois dessa visita de Cristo, houve um lhantes escritos, a partir de então, por
período de duzentos anos de paz. profetas e membros fiéis. Adão e seus
Morôni, o último profeta e historia- descendentes escreveram um livro de
dor nefita, selou o resumo dos registros lembranças, pelo espírito de inspiração, e
desses povos e ocultou-os aproximada- um livro das gerações, que continha uma
mente no ano 421 d.C. Em 1823 o mesmo genealogia (Mois. 6:5, 8). Tais registros
Morôni, ressuscitado, apareceu a Joseph provavelmente terão importante papel
Smith e mais tarde entregou-lhe esses em nosso julgamento final.
registros antigos e sagrados para serem Há um memorial escrito diante dele,
traduzidos e entregues ao mundo como Mal. 3:16–18 (3 Né. 24:16–18).
outro testamento de Jesus Cristo. Todos aqueles que não se acharem ins-
José é um ramo frutífero, seus ramos critos no livro de recordações não terão
correm sobre o muro, Gên. 49:22–26. A herança alguma naquele dia, D&C 85:9.
verdade brotará da terra, Salm. 85:11 Os mortos foram julgados pelas coisas
(Mórm. 8:16; Mois. 7:62). O Senhor arvo- escritas nos livros, D&C 128:7. Apresen-
rará o estandarte ante as nações e lhes temos um livro contendo os registros de
assobiará para que venham, Isa. 5:26. nossos mortos, D&C 128:24.
Uma voz falará desde o pó, Isa. 29:4 Era mantido um livro de recordações,
(2 Né. 26:14–17). Toda a visão é como Mois. 6:5–8. Escrevemos um livro de
as palavras dum livro selado, Isa. 29:11 lembranças, Mois. 6:46. Abraão procurou
(Isa. 29:9–18; 2 Né. 27:6–26). As varas de escrever um registro para sua posterida-
José e de Judá se tornam uma na mão do de, Abr. 1:31.
Senhor, Eze. 37:15–20.
Tenho outras ovelhas que não são Livros Apócrifos. Ver Apócrifos,
deste aprisco, Jo. 10:16 (3 Né. 15:16–24). Livros
O Livro de Mórmon e a Bíblia cresce-
Ló. Ver também Abraão
rão juntamente, 2 Né. 3:12–21. As pala-
vras do Senhor silvarão até os confins da No Velho Testamento, filho de Harã e
Terra, 2 Né. 29:2. O Senhor fez o convênio sobrinho de Abraão (Gên. 11:27, 31; Abr.
com Enos de que revelaria o Livro de 2:4). Harã morreu em consequência da
Mórmon aos lamanitas, En. 1:15–16. O fome em Ur (Abr. 2:1). Ló partiu de Ur
Livro de Mórmon foi escrito com o pro- com Abraão e Sara, indo com eles a Ca-
pósito de que acreditássemos na Bíblia, naã (Gên. 12:4–5). Ló preferiu viver em
Mórm. 7:9. O Livro de Mórmon se levan- Sodoma. O Senhor enviou mensageiros
tará como testemunho contra o mundo, para avisar a Ló que fugisse de Sodoma
Ét. 5:4. Perguntar a Deus se estas coisas antes que fosse destruída, por causa da
são verdadeiras, Morô. 10:4. iniquidade do povo (Gên. 13:8–13; 19:1,
Cristo prestou testemunho de que o Li- 13, 15); todavia a mulher de Ló olhou
vro de Mórmon é verdadeiro, D&C 17:6. para trás, a fim de ver a destruição e se
O Livro de Mórmon contém a plenitude transformou numa estátua de sal (Gên.
do evangelho de Jesus Cristo, D&C 20:9 19:26). No Novo Testamento existem re-
(D&C 20:8–12; 42:12). ferências a Ló (Lc. 17:29; 2 Ped. 2:6–7).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
123 Luz, Luz de Cristo
Sua vida após separar-se de Abraão está como o Salvador tanto dos judeus como
descrita em Gên. 13, 14 e 19. dos gentios. Ele escreveu muito sobre os
ensinamentos de Jesus e as Suas obras.
Louvar, Louvor. Ver também Em Lucas encontramos os únicos relatos
Ação de Graças, Agradecido, da visita de Gabriel a Zacarias e a Maria
Agradecimento; Adorar; Glória (Lc. 1); da visita dos pastores ao infan-
Expressão de gratidão e veneração a te Jesus (Lc. 2:8–18); de Jesus no templo
Deus. Reconhecimento de seu poder e aos doze anos de idade (Lc. 2:41–52);
de sua grandeza. O louvor faz parte da da designação e envio dos setenta (Lc.
adoração ao Senhor. 10:1–24); de que Jesus suou sangue (Lc.
Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, 22:44); da conversa de Jesus com o ladrão
1 Crôn. 16:8. Eu louvarei ao Senhor se- na cruz (Lc. 23:39–43); e de que Jesus co-
gundo a sua justiça, Salm. 7:17. Bom é meu peixe e mel após a Sua Ressurreição
louvar ao Senhor, Salm. 92:1. Apresen- (Lc. 24:42–43).
temo-nos ante a sua face com louvores, Para uma lista dos acontecimentos
Salm. 95:2. na vida do Salvador descritos no Evan-
Enchei-vos do Espírito, cantando e sal- gelho de Lucas, ver a Concordância dos
modiando ao Senhor, Ef. 5:18–19. Está al- Evangelhos no apêndice.
guém contente? Cante louvores, Tg. 5:13. Lúcifer. Ver também Anticristo;
Voltei-me para Deus e louvei-o todo o Destruidor; Diabo; Filhos de
dia, 1 Né. 18:16. Louvarei o santo nome Perdição; Inferno
de meu Deus, 2 Né. 9:49 (2 Né. 22:4).
Esse nome significa “O que Brilha” ou
Aquele que reconhece o poder de Deus
“Portador da Luz.” Ele também é conhe-
o louvará, D&C 52:17. Se estiveres ale-
cido como o Filho da Manhã. Lúcifer foi
gre, louva ao Senhor com cânticos e com
um filho espiritual de nosso Pai Celes-
oração e ação de graças, D&C 136:28.
tial e o cabeça da rebelião na vida pré-
Lucas. Ver também Atos dos mortal. (N. do T. Em algumas traduções
Apóstolos; Evangelhos da Bíblia para o português foi usada a
Foi o autor do terceiro Evangelho, expressão “estrela da manhã” em lugar
do livro de Atos no Novo Testamento e de Lúcifer.) As revelações modernas for-
companheiro missionário de Paulo. Lu- necem mais detalhes sobre a queda de
cas era filho de pais gregos. Era médico Lúcifer (D&C 76:25–29).
(Col. 4:14) e uma pessoa muito culta. Ao Lúcifer caiu na vida pré-mortal, Isa.
juntar-se a Paulo em Trôade (At. 16:10– 14:12 (Lc. 10:18; 2 Né. 24:12).
11) identificou-se como companheiro Após a queda ele tornou-se Satanás, o
dele. Lucas também estava com Paulo diabo, D&C 76:25–29 (Mois. 4:1–4).
em Filipos, na última viagem daquele
Lugar Santíssimo. Ver Santo dos
apóstolo a Jerusalém (At. 20:6), perma-
Santos
necendo com ele até chegarem a Roma.
Na segunda vez em que Paulo foi preso Luz, Luz de Cristo. Ver também
em Roma, Lucas estava a seu lado (2 Tim. Consciência; Espírito Santo;
4:11). A tradição afirma que Lucas mor- Inteligência(s); Jesus Cristo; Verdade
reu como mártir. Energia divina, poder ou influência
Evangelho de Lucas: Relato escrito por que procede de Deus através de Cristo
Lucas sobre Jesus Cristo e o Seu ministé- e dá vida e luz a todas as coisas. É a lei
rio terreno. O livro de Atos dos Apósto- pela qual todas as coisas são governa-
los é uma continuação do Evangelho de das no céu e na Terra (D&C 88:6–13). Ela
Lucas. Ele deixou um relato detalhado também ajuda as pessoas a entenderem
do ministério de Jesus, apresentando-o a verdade do evangelho e serve para
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mãe . 124
colocá-las no caminho do evangelho os viventes, Gên. 3:20 (Mois. 4:26). Hon-
que leva à salvação (Jo. 3:19–21; 12:46; Al. ra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 (Ef.
26:15; 32:35; D&C 93:28–29, 31–32, 40, 42). 6:1–3; Mos. 13:20). Não deixes a doutri-
Não devemos confundir a luz de Cris- na de tua mãe, Prov. 1:8. O homem in-
to com o Espírito Santo, pois a luz de sensato despreza a sua mãe, Prov. 15:20
Cristo não é um personagem, mas uma (Prov. 10:1). Não desprezes a tua mãe,
influência proveniente de Deus, que nos quando vier a envelhecer, Prov. 23:22.
prepara para receber o Espírito Santo. É Levantam-se seus filhos e chamam-na
uma influência para o bem na vida de bem-aventurada, e seu marido a louva,
todo ser humano (Jo. 1:9; D&C 84:46–47). Prov. 31:28.
Uma manifestação da luz de Cristo é a A mãe de Jesus estava junto à cruz,
consciência, que ajuda a pessoa a distin- Jo. 19:25–27.
guir o bem do mal (Morô. 7:16). Quanto Dois mil jovens guerreiros lamanitas
mais aprendemos a respeito do evange- tinham sido ensinados por suas mães,
lho, mais sensível se torna nossa cons- Al. 56:47 (Al. 57:21).
ciência (Morô. 7:12–19). Os que seguem a Nossa gloriosa Mãe Eva estava entre
luz de Cristo são guiados ao evangelho os grandes e poderosos instruídos pelo
de Jesus Cristo (D&C 84:46–48). Senhor no mundo dos espíritos, D&C
138:38–39.
O Senhor é minha luz, Salm. 27:1. An-
demos na luz do Senhor, Isa. 2:5 (2 Né. Magogue. Ver também Gogue;
12:5). O Senhor será a tua luz perpétua, Segunda Vinda de Jesus Cristo
Isa. 60:19. Na Bíblia, um povo e uma região perto
A luz verdadeira alumia a todo o ho- do Mar Negro. O seu rei, Gogue, lidera-
mem que vem ao mundo, Jo. 1:4–9 (Jo. rá os exércitos de Magogue na última e
3:19; D&C 6:21; 34:1–3). Eu sou a luz do grande batalha antes da Segunda Vinda
mundo, Jo. 8:12 (Jo. 9:5; D&C 11:28). de Cristo (Eze. 38:2; 39:6). As escrituras
O que é luz é bom, Al. 32:35. Cristo é falam de uma outra grande batalha de
a vida e a luz do mundo, Al. 38:9 (3 Né. Gogue e Magogue no final do Milênio,
9:18; 11:11; Ét. 4:12). O Espírito de Cristo entre as forças de Deus e as forças do mal
é concedido a todos os homens, para que (Apoc. 20:7–9; D&C 88:111–116).
eles possam conhecer o que é bom e o
que é mau, Morô. 7:15–19. Malaquias
Aquilo que é de Deus é luz, e essa luz Profeta do Velho Testamento, que es-
se torna mais brilhante até o dia perfei- creveu e profetizou aproximadamente
to, D&C 50:24. O Espírito dá luz a todo em 430 a.C.
homem, D&C 84:45–48 (D&C 93:1–2). Livro de Malaquias: O livro ou profecia
Aquele que guarda seus mandamentos de Malaquias é o último do Velho Testa-
recebe verdade e luz, D&C 93:27–28. A mento. Parecem ser quatro os seus temas
luz e a verdade rejeitam o ser maligno, principais: (1) os pecados de Israel —
D&C 93:37. Mal. 1:6–2:17; 3:8–9; (2) os julgamentos
que sobrevirão a Israel por causa da
Mãe. Ver também Eva; Família; Pais desobediência — Mal. 1:14; 2:2–3, 12; 3:5;
(3) as promessas pela obediência: Mal.
Título sagrado concedido à mulher 3:10–12, 16–18; 4:2–3; e (4) profecias refe-
que dá à luz ou adota filhos. As mães rentes a Israel: Mal. 3:1–5; 4:1, 5–6 (D&C
auxiliam Deus em seu plano de prover 2; 128:17; JS—H 1:37–39).
corpos mortais para os filhos espirituais Em sua profecia, Malaquias escreveu
do Pai Celestial. a respeito de João Batista (Mal. 3:1; Mt.
E chamou Adão o nome de sua mulher 11:10), da lei do dízimo (Mal. 3:7–12) da
Eva; porquanto ela era a mãe de todos Segunda Vinda do Senhor (Mal. 4:5) e do
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
125 Mandamentos, Os Dez
retorno de Elias, o profeta, (Mal. 4:5–6; Manassés. Ver também Efraim; Israel;
D&C 2; 128:17; JS—H 1:37–39). O Salva- José, Filho de Jacó
dor citou para os nefitas os capítulos No Velho Testamento, filho mais velho
3 e 4 de Malaquias em sua totalidade de Asenate e José que foi vendido ao Egi-
(3 Né. 24–25). to (Gên. 41:50–51). Ele e seu irmão Efraim
Maledicência. Ver também Contenção, eram netos de Jacó (Israel); porém, Jacó
Contenda; Mentir, Mentiroso; adotou-os e abençoou-os como se fos-
Mexerico; Rumores sem seus próprios filhos (Gên. 48:1–20).

Dizer algo incorreto, prejudicial ou Tribo de Manassés: Os descendentes


perverso. Nas escrituras frequentemen- de Manassés foram contados entre as
tribos de Israel (Núm. 1:34–35; Jos.
te o termo se refere a pessoas que têm a
13:29–31). A bênção que Moisés deu à
intenção específica de magoar.
tribo de José, e que também foi dada a
Guarda a tua língua do mal, Salm. Efraim e a Manassés, encontra-se em
34:13 (1 Ped. 3:10). O homem vão cava o Deut. 33:13–17. O território a eles de-
mal, Prov. 16:27. signado encontrava-se parcialmente a
Bem-aventurados sois vós, quando oeste do Rio Jordão e avizinhava-se ao
mentindo, disserem todo o mal contra de Efraim; além disso, tinham colônias
vós, Mt. 5:11 (3 Né. 12:11). Porque do cora- a leste do Jordão, na fértil terra de pas-
ção procedem os maus pensamentos, Mt. tagens de Basã e Gileade. Nos últimos
15:19 (Mc. 7:21). Não dirás mal do prínci- dias a tribo de Manassés ajudará a de
pe do povo, At. 23:5. Toda a amargura, e Efraim a coligar o povo disperso de Is-
ira, e cólera, e gritaria e blasfêmias e toda rael (Deut. 33:13–17). O profeta Leí, do
a malícia seja tirada de entre vós, Ef. 4:31. Livro de Mórmon, era descendente de
Não faleis mal uns dos outros, Tg. 4:11. Manassés (Al. 10:3).
E certificar-se que não haja maledicên-
cias ou calúnias na Igreja, D&C 20:54. Mandamentos, Os Dez. Ver também
Mandamentos de Deus; Moisés
Mamom. Ver também Dinheiro Leis dadas por Deus, por intermédio
Palavra aramaica que significa “rique- de Moisés, a fim de governar a condu-
zas” (Mt. 6:24; Lucas 16:9; D&C 82:22). ta moral.
O nome hebraico dos Dez Manda-
Maná. Ver também Êxodo; Pão da
mentos é “Dez Palavras.” Também são
Vida
chamados de Convênio (Deut. 9:9) ou
Alimento de pequeno volume e de Testemunho (Êx. 25:21; 32:15). A forma
formato arredondado, com sabor de bolo como Deus deu a Moisés os Dez Manda-
de mel (Êx. 16:14–31) ou de azeite fresco mentos e, por intermédio dele, a Israel, é
(Núm. 11:7–8). O Senhor proveu-o para descrita em Êx. 19:9–20:23; 32:15–19; 34:1.
alimentar os filhos de Israel durante Os mandamentos foram gravados em
os seus quarenta anos no deserto (Êx. duas tábuas de pedra, que foram colo-
16:4–5, 14–30, 35; Jos. 5:12; 1 Né. 17:28). cadas na Arca; foi chamada, por isso, de
Os filhos de Israel deram-lhe o nome Arca da Aliança (Núm. 10:33). O Senhor,
de maná (ou man-hu, em hebraico) — que citando Deut. 6:4–5 e Lev. 19:18, resumiu
significava “Que é isto?” — pois não sa- os Dez Mandamentos em “dois grandes
biam o que era (Êx. 16:15). Tinha também mandamentos” (Mt. 22:37–39).
o nome de “alimento dos poderosos” e Os Dez Mandamentos foram repetidos
“pão do céu” (Salm. 78:24–25; Jo. 6:31). nas revelações modernas (TJS, Êx. 34:1–2,
Simbolizava a Cristo, que seria o Pão da 14 [Apêndice da Bíblia]; Mos. 12:32–37;
Vida (Jo. 6:31–35). 13:12–24; D&C 42:18–28; 59:5–13).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mandamentos de Deus 126
Mandamentos de Deus. Ver também membros se submetiam à lei do país e
Lei; Mandamentos, Os Dez; que não mais praticariam o casamento
Obedecer, Obediência, Obediente; plural (DO 1). O presidente Woodruff
Palavra de Deus; Pecado emitiu o Manifesto após uma visão e
As leis e requisitos dados por Deus revelação de Deus.
à humanidade, individual ou coletiva- Mansidão, Manso, Mansuetude.
mente. A observância dos mandamentos Ver também Coração Quebrantado;
proporcionará bênçãos do Senhor aos Humildade, Humilde, Humilhar;
obedientes (D&C 130:21). Paciência
Noé fez conforme a tudo o que Deus
Qualidade do que é temente a Deus,
mandou, Gên. 6:22. Se andardes nos
justo, humilde, doutrinável e paciente
meus estatutos e guardardes os meus
nas horas de sofrimento. Os mansos es-
mandamentos, Lev. 26:3. Guarda os
tão dispostos a seguir os ensinamentos
meus mandamentos, e vive, Prov. 4:4
do evangelho.
(Prov. 7:2).
Se me amardes, guardareis os meus Moisés era muito manso, Núm. 12:3.
mandamentos, Jo. 14:15 (D&C 42:29). Os mansos herdarão a Terra, Salm. 37:11
Qualquer coisa que lhe pedirmos, dele (Mt. 5:5; 3 Né. 12:5; D&C 88:17). Buscai ao
a receberemos, porque guardamos os Senhor, vós todos os mansos da Terra;
seus mandamentos, 1 Jo. 3:22. Os seus buscai a justiça, buscai a mansidão, Sof.
mandamentos não são pesados, 1 Jo. 5:3. 2:3 (1 Tim. 6:11).
Ser imutável em guardar os manda- Aprendei de mim, que sou manso e
mentos, 1 Né. 2:10. O Senhor nunca dá humilde de coração, Mt. 11:29. A man-
ordens sem antes preparar o caminho, sidão é um fruto do Espírito, Gál. 5:22–
1 Né. 3:7. Devo agir segundo os manda- 23. O servo do Senhor deve ser amável,
mentos estritos de Deus, Jacó 2:10. Se apto para ensinar, paciente, instruindo
guardardes meus mandamentos, pros- com mansidão os que resistem, 2 Tim.
perareis na Terra, Jar. 1:9 (Al. 9:13; 50:20). 2:24–25. Um espírito manso e quieto é
Aprende em tua mocidade a guardar os precioso diante de Deus, 1 Ped. 3:4.
mandamentos de Deus, Al. 37:35. Despojar-se do homem natural e tor-
Estes mandamentos são meus, D&C nar-se manso, Mos. 3:19 (Al. 13:27–28).
1:24. Examinai estes mandamentos, Deus ordenou a Helamã que ensinasse
D&C 1:37. Os que não guardam os man- o povo a ser manso, Al. 37:33. A graça do
damentos não podem ser salvos, D&C Senhor basta aos mansos, Ét. 12:26. Julgo
18:46 (D&C 25:15; 56:2). Meus manda- que tendes fé em Cristo, em virtude da
mentos são espirituais; não são naturais vossa humildade, Morô. 7:39. Ninguém
nem físicos, D&C 29:35. Os mandamen- é aceitável perante Deus sem que seja
tos são dados para que compreendamos humilde e brando de coração, Morô.
a vontade do Senhor, D&C 82:8. 7:44. A remissão dos pecados produz a
Não sei, exceto que o Senhor me man- mansidão, e por causa da mansidão vem
dou, Mois. 5:6. O Senhor provará os ho- a presença do Espírito Santo, Morô. 8:26.
mens para ver se farão tudo o que ele Anda na mansidão do meu Espírito,
lhes mandar, Abr. 3:25. D&C 19:23. Governa a tua casa com
Manifesto. Ver também Casamento, mansidão, D&C 31:9. O poder e a in-
Casar—Casamento plural; fluência do sacerdócio só podem ser
Woodruff, Wilford mantidos com brandura e mansidão,
D&C 121:41.
Declaração oficial feita pelo Presidente
Wilford Woodruff, no ano de 1890, afir- Mãos, Imposição de. Ver também
mando claramente que a Igreja e os seus Bênção dos Doentes; Designação;
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
127 Maria, Mãe de Jesus
Dom do Espírito Santo; Ordenação, em Perge (At. 12:25; 13:5, 13). Mais tarde
Ordenar ele acompanhou Barnabé até Chipre (At.
Colocar as mãos sobre a cabeça de 15:37–39). Ele esteve com Paulo em Roma
uma pessoa, como parte de uma orde- (Col. 4:10; Fil. 1:24) e com Pedro na Babi-
nança do sacerdócio. Muitas das orde- lônia (provavelmente em Roma) (1 Ped.
nanças do sacerdócio são realizadas pela 5:13). Por fim, ele esteve com Timóteo em
imposição de mãos, como por exemplo as Éfeso (2 Tim. 4:11).
ordenações, bênçãos, bênçãos dos doen- Evangelho segundo Marcos: Segundo
tes, confirmação como membro da Igreja livro do Novo Testamento; é possível
e concessão do Espírito Santo. que tenha sido escrito sob a orientação
Moisés impôs as mãos sobre a cabeça de Pedro. Seu propósito é descrever o
de Josué, como o Senhor ordenou, Núm. Senhor como o Filho de Deus, que viveu
27:18, 22–23 (Deut. 34:9). e trabalhou entre os homens. Marcos
Jesus curou alguns poucos enfermos, descreve, com energia e humildade, a
impondo-lhes as mãos, Mc. 6:5 (Mórm. impressão que Jesus causava aos es-
9:24). Os apóstolos impuseram as mãos pectadores. Segundo a tradição, depois
sobre os sete que os ajudariam, At. 6:5–6. da morte de Pedro, Marcos foi ao Egito,
O Espírito Santo era conferido pela im- organizou a Igreja em Alexandria e mor-
posição de mãos, At. 8:14–17. Ananias reu como mártir.
impôs as mãos sobre Saulo e restaurou- Para uma lista dos acontecimentos da
lhe a visão, At. 9:12, 17–18. Paulo pôs as vida do Salvador descritos no Evange-
mãos sobre ele, e o curou, At. 28:8. Paulo lho de Marcos, ver a Concordância dos
ensinou a doutrina do batismo e da im- Evangelhos no apêndice.
posição de mãos, Heb. 6:2. Maria, Mãe de Jesus. Ver também
Alma ordenou sacerdotes e élderes Jesus Cristo; José, Marido de Maria
pela imposição de mãos, Al. 6:1. Jesus
deu a seus discípulos o poder para con- No Novo Testamento, uma virgem
ferir o Espírito Santo, pela imposição de escolhida por Deus, o Pai, para ser a
mãos, 3 Né. 18:36–37. Tereis o poder para mãe de seu Filho na carne. Após o nas-
conferir o Espírito Santo àqueles sobre cimento de Jesus, Maria teve outros fi-
quem impuserdes as mãos, Morô. 2:2. lhos (Mc. 6:3).
Os élderes devem impor as mãos sobre Ela era noiva de José, Mt. 1:18 (Lc.
as crianças e abençoá-las, D&C 20:70. 1:27). José não devia divorciar-se de Ma-
Eles receberão o Espírito Santo pela im- ria ou romper o noivado, Mt. 1:18–25. Os
posição de mãos, D&C 35:6 (RF 1:4). Os magos visitaram Maria, Mt. 2:11. Maria
élderes da Igreja imporão as mãos sobre e José fugiram com o menino Jesus para
os enfermos, D&C 42:44 (D&C 66:9). Os o Egito, Mt. 2:13–14. Após a morte de
filhos receberão a imposição de mãos Herodes, a família voltou a Jerusalém,
após o batismo, D&C 68:27. O sacerdó- Mt. 2:19–23. O anjo Gabriel a visitou,
cio é conferido pela imposição de mãos, Lc. 1:26–38. Maria visitou sua prima,
D&C 84:6–16. Isabel, Lc. 1:36, 40–45. Maria elevou um
salmo de louvor ao Senhor, Lc. 1:46–55.
Marcos. Ver também Evangelhos Maria foi a Belém com José, Lc. 2:4–5.
No Novo Testamento, João Marcos era Maria deu à luz Jesus e deitou-o em
filho de Maria, que vivia em Jerusalém uma manjedoura, Lc. 2:7. Os pastores
(At. 12:12); é possível que ele também te- foram a Belém visitar o infante Jesus,
nha sido primo (ou sobrinho) de Barnabé Lc. 2:16–20. Maria e José levaram Jesus
(Col. 4:10). De Jerusalém, ele acompa- ao templo em Jerusalém, Lc. 2:21–38. Ma-
nhou Paulo e Barnabé em sua primeira ria e José levaram Jesus à Páscoa judai-
viagem missionária e separou-se deles ca, Lc. 2:41–52. Maria estava nas bodas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Maria, Mãe de Marcos 128
de Caná, Jo. 2:2–5. O Salvador, crucifi- do nível do Mar Mediterrâneo. As ci-
cado, pediu a João que cuidasse de sua dades de Sodoma, Gomorra e Zoar, ou
mãe, Jo. 19:25–27. Maria estava com os Bela, estavam situadas em suas margens
apóstolos depois que Cristo subiu aos (Gên. 14:2–3).
céus, At. 1:14. Em cumprimento da profecia e como
Maria era uma virgem mais bela e for- um dos sinais da Segunda Vinda do
mosa que todas as virgens, 1 Né. 11:13– Salvador, as águas do Mar Morto serão
20. A mãe de Cristo se chamará Maria, curadas e a vida nele florescerá (Eze.
Mos. 3:8. Maria seria uma virgem, um 47:8–9).
vaso escolhido e precioso, Al. 7:10.
Marsh, Thomas B.
Maria, Mãe de Marcos. Ver também O Primeiro Presidente do Quórum dos
Marcos Doze Apóstolos após a Restauração da
No Novo Testamento, a mãe de João Igreja em 1830. Ele tinha as chaves do
Marcos, o qual escreveu o evangelho reino no que dizia respeito aos Doze
segundo Marcos (At. 12:12). (D&C 112:16) e, em 1838, foi ordenado
por revelação a publicar a palavra do
Maria de Betânia. Ver também Senhor (D&C 118:2). A seção 31 de Dou-
Lázaro; Marta trina e Convênios é dirigida a ele. Marsh
No Novo Testamento, irmã de Láza- foi excomungado da Igreja em 1839, mas
ro e Marta. foi rebatizado em julho de 1857.
Maria ouvia, assentada aos pés de Je- Marta. Ver também Lázaro; Maria de
sus, Lc. 10:39, 42. Maria e sua irmã, Mar- Betânia
ta, mandaram avisar Jesus da doença de
seu irmão, Jo. 11:1–45. Ungiu os pés de Irmã de Lázaro e Maria, no Novo Tes-
Jesus com unguento, Jo. 12:3–8. tamento (Lc. 10:38–42; Jo. 11:1–46; 12:2).

Maria Madalena Mártir, Martírio

Mulher do Novo Testamento que se Pessoa que prefere perder a vida a


tornou fiel discípula de Jesus Cristo. O afastar-se de Cristo, do evangelho ou de
nome Madalena refere-se a Magdala, lu- suas crenças ou princípios justos.
gar onde ela nasceu, uma cidade situada Todo o sangue justo, desde o de Abel
na margem oeste do Mar da Galileia. ao de Zacarias, testificará contra os ím-
pios, Mt. 23:35 (Lc. 11:50). Qualquer que
Ela estava junto à cruz, Mt. 27:56 (Mc.
perder a sua vida por causa de Cristo e
15:40; Jo. 19:25). Estava presente no sepul-
do evangelho, esse a salvará, Mc. 8:35
tamento de Jesus, Mt. 27:61 (Mc. 15:47).
(D&C 98:13). E apedrejaram a Estêvão,
Na manhã da ressurreição se achava
At. 7:59 (At. 22:20). Onde há testamento,
diante do sepulcro, Mt. 28:1 (Mc. 16:1;
necessário é que intervenha a morte do
Lc. 24:10; Jo. 20:1, 11). Após ressuscitar,
testador, Heb. 9:16–17.
Jesus apareceu primeiramente a ela, Mc.
Abinádi tombou, morto pelo fogo,
16:9 (Jo. 20:14–18). Sete demônios saíram
Mos. 17:20. Os amonitas convertidos fo-
dela, Lc. 8:2.
ram lançados ao fogo, Al. 14:8–11. Muitos
Marido. Ver Casamento, Casar; foram mortos porque testificaram essas
Família coisas, 3 Né. 10:15.
Quem perder a vida na minha cau-
Mar Morto sa achará a vida eterna, D&C 98:13–14.
Também conhecido como Mar Salga- Joseph Smith e Hyrum Smith foram
do, situado ao extremo sul do vale do mártires da restauração do evangelho,
rio Jordão. Sua superfície está situada D&C 135. Joseph Smith selou o seu tes-
aproximadamente 426 metros abaixo temunho com o seu sangue, D&C 136:39.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
129 Melquisedeque
Mar Vermelho. Ver também Moisés Judas Escariotes como membro do quó-
Uma extensão de água entre o Egito rum dos Doze Apóstolos (At. 1:15–26).
e a Arábia. Seus dois golfos, ao norte, Ele foi discípulo durante todo o minis-
formam o litoral da Península do Sinai. tério terreno de Jesus (At. 1:21–22).
O Senhor separou milagrosamente as Matusalém. Ver também Enoque
águas do Mar Vermelho para que os
israelitas, sob a liderança de Moisés, No Velho Testamento, filho de Enoque
pudessem passar em seco (Êx. 14:13–31; que viveu 969 anos (Gên. 5:21–27; Lc. 3:37;
Heb. 11:29). A separação do mar por Mois. 8:7). Era um profeta justo, deixado
Moisés é confirmada nas revelações na Terra quando a cidade de Enoque foi
modernas (1 Né. 4:2; Hel. 8:11; D&C 8:3; arrebatada ao céu, a fim de prover uma
Mois. 1:25). posteridade através da qual nasceria
Noé (Mois. 8:3–4).
Matar. Ver Homicídio; Pena de Morte
Mau Gênio. Ver Ira
Mateus. Ver também Evangelhos
Mediador. Ver também Expiação,
Apóstolo de Jesus Cristo e autor do
Expiar; Jesus Cristo
primeiro livro do Novo Testamento.
Mateus era judeu e coletor de impos- Um intercessor ou intermediário. Jesus
tos para os romanos em Cafarnaum, Cristo é o mediador entre Deus e o ho-
provavelmente a serviço de Herodes mem. A Sua Expiação possibilitou uma
Antipas. Antes de converter-se era co- forma para que as pessoas se arrepen-
nhecido como Levi, filho de Alfeu (Mc. dam de seus pecados e se reconciliem
2:14). Logo após ser chamado para tor- com Deus.
nar-se discípulo de Jesus, deu uma festa Ninguém vem ao Pai senão por Jesus
na qual o Senhor estava presente (Mt. Cristo, Jo. 14:6. Há um só mediador en-
9:9–13; Mc. 2:14–17; Lc. 5:27–32). Mateus tre Deus e os homens, 1 Tim. 2:5. Cristo
certamente conhecia muito bem as es- é o mediador de um melhor convênio,
crituras do Velho Testamento, podendo Heb. 8:6 (Heb. 9:15; 12:24; D&C 107:19).
ver o cumprimento detalhado das pro- O Santo Messias intercederá em favor
fecias na vida do Senhor. Pouco se sabe de todos os filhos dos homens, 2 Né. 2:9
a respeito dos últimos anos da vida do (Isa. 53:12; Mos. 14:12). Devemos confiar
apóstolo. A tradição afirma que ele mor- no grande Mediador, 2 Né. 2:27–28.
reu como mártir. Somos aperfeiçoados por meio de
Evangelho segundo Mateus: É o primeiro Jesus, o Mediador do novo convênio,
livro do Novo Testamento, escrito ini- D&C 76:69.
cialmente para ser usado pelos judeus
Meditar. Ver Ponderar
da Palestina. Nele encontram-se muitas
citações do Velho Testamento. O objeti- Melquisedeque. Ver também
vo principal de Mateus era mostrar que Sacerdócio de Melquisedeque;
Jesus era o Messias de quem falaram os Salém
profetas antigos. Ele também enfatizou
Um grande sumo sacerdote, profeta
ser Jesus o Rei e Juiz dos homens.
e líder do Velho Testamento, que viveu
Para uma lista dos acontecimentos da
após o Dilúvio e durante a época de
vida do Salvador descritos no Evange-
Abraão. Era chamado de rei de Salém
lho de Mateus, ver a Concordância dos
(Jerusalém), rei de paz, rei de justiça (que
Evangelhos no apêndice.
é o significado de Melquisedeque em he-
Matias. Ver também Apóstolo— braico) e sacerdote do Deus Altíssimo.
Escolha dos Apóstolos Abraão pagou dízimos a Melqui-
O homem escolhido para substituir sedeque, Gên. 14:18–20. O povo de
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Menino(s) 130
Melquisedeque viveu em retidão e ob- ao Senhor, Prov. 12:22. Eles são meu
teve o céu, TJS, Gên. 14:25–40. povo, não mentirão, Isa. 63:8.
Cristo foi um sumo sacerdote segun- O diabo é mentiroso, o pai da men-
do a ordem de Melquisedeque, Heb. tira, Jo. 8:44 (2 Né. 2:18; Ét. 8:25; Mois.
5:6. Melquisedeque era rei de Salém, 4:4). Não mentiste aos homens, mas a
sacerdote do Deus Altíssimo, Heb. 7:1–3. Deus, At. 5:4 (Al. 12:3). Se alguém diz:
Ninguém foi maior do que Melquise- Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é
deque, Al. 13:14–19. mentiroso, 1 Jo. 4:20. Todos os mentiro-
Abraão recebeu de Melquisedeque o sos têm parte na segunda morte, Apoc.
Sacerdócio, D&C 84:14. Por respeito ao 21:8 (D&C 63:17).
nome do Senhor, a Igreja antiga chamou Ai do mentiroso, pois que será lançado
o sacerdócio maior de Sacerdócio de Mel- no inferno, 2 Né. 9:34. Muitos ensinarão
quisedeque, D&C 107:1–4. doutrinas falsas, dizendo; menti um
pouco, não há mal nisso, 2 Né. 28:8–9
Menino(s). Ver Criança(s) (D&C 10:25). Imaginais que podereis
mentir ao Senhor, Al. 5:17. És um Deus
Mente
de verdade e não podes mentir, Ét. 3:12
As faculdades intelectuais; os poderes (Núm. 23:19; 1 Sam. 15:29; Tito 1:2; Heb.
conscientes do pensamento. 6:18; En. 1:6).
Amarás o Senhor teu Deus de todo o O que mentir e não se arrepender
teu pensamento, Mt. 22:37. será expulso, D&C 42:21. Os mentiro-
Ter mente carnal é morte e ter mente sos herdarão a glória telestial, D&C
espiritual é vida eterna, 2 Né. 9:39. A 76:81, 103–106.
voz do Senhor veio à minha mente, En. Cremos em ser honestos, RF 1:13.
1:10. A palavra tinha maior poder sobre a Mesaque. Ver também Daniel
mente do povo do que a espada, Al. 31:5.
Falarei em tua mente, D&C 8:2. Deves No Velho Testamento, Sadraque, Me-
estudá-lo bem em tua mente, D&C 9:8. saque e Abede-Nego eram três jovens
Que as solenidades da eternidade re- israelitas que, juntamente com Daniel,
pousem em vossa mente, D&C 43:34. Em foram levados ao palácio de Nabucodo-
tempos passados vossa mente escureceu- nosor, rei da Babilônia. O nome hebreu
se, D&C 84:54. Recolhei-vos cedo, para de Mesaque era Misael. Os quatro jovens
que não vos canseis; levantai-vos cedo, recusaram-se a se contaminar com a co-
mida e o vinho do rei (Dan. 1). Sadraque,
para que vosso corpo e vossa mente se-
Mesaque e Abede-Nego foram jogados
jam fortalecidos, D&C 88:124.
numa fornalha ardente por ordem do
Satanás não conhecia a mente de Deus,
rei, mas foram preservados milagrosa-
Mois. 4:6. O Senhor chamou seu povo
mente (Dan. 3).
Sião porque eram unos de coração e von-
tade, Mois. 7:18. Messias. Ver também Jesus Cristo;
Ungido, O
Mentir, Mentiroso. Ver também
Enganar, Engano, Fraude; Palavra derivada do aramaico e do
Honestidade, Honesto; hebraico, que significa “o ungido.” No
Maledicência Novo Testamento Jesus é chamado de
Cristo, que é o equivalente em grego
Dizer falsidades ou mentiras com o de Messias. Significa o Profeta Ungi-
propósito de enganar. do, Sacerdote, Rei e Libertador ungi-
Não furtareis, nem mentireis, nem do, cuja vinda os judeus ansiosamente
usareis de falsidades, Lev. 19:11. Abomi- esperavam.
no e aborreço a falsidade, Salm. 119:163. Muitos judeus aguardavam apenas
Os lábios mentirosos são abominações um libertador que os livrasse do jugo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
131 Milagre
romano e trouxesse maior prosperidade Miguel. Ver também Adão; Arcanjo
nacional; consequentemente, quando o Nome pelo qual Adão era conhecido
Messias veio, os líderes e muitos outros na vida pré-mortal. Ele é chamado de
O rejeitaram. Somente os humildes e Arcanjo. Em hebraico o nome significa
fiéis foram capazes de reconhecer em “Semelhante a Deus.”
Jesus de Nazaré o verdadeiro Cristo (Isa.
53; Mt. 16:16; Jo. 4:25–26). Miguel, um dos primeiros príncipes,
veio ajudar Daniel, Dan. 10:13, 21 (D&C
O Messias terá o Espírito, pregará o
78:16). No último dia Miguel se levanta-
evangelho, e proclamará a liberdade,
rá, o grande príncipe, Dan. 12:1.
Isa. 61:1–3 (Lc. 4:18–21).
Miguel, o arcanjo contendeu com o
Achamos o Messias (que traduzido é
diabo, Jud. 1:9. Miguel e seus anjos ba-
o Cristo), Jo. 1:41 (Jo. 4:25–26).
talharam contra o dragão, Apoc. 12:7
Deus levantou entre os judeus um
(Dan. 7).
Messias, ou, em outras palavras, um
Miguel é Adão, D&C 27:11 (D&C
Salvador, 1 Né. 10:4. O Filho de Deus era
107:53–57; 128:21). Miguel, o arcanjo do
o Messias que deveria vir, 1 Né. 10:17.
Senhor, soará sua trombeta, D&C 29:26.
A redenção é obtida por intermédio do
Santo Messias, 2 Né. 2:6. O Messias virá Miguel reunirá seus exércitos e batalhará
na plenitude dos tempos, 2 Né. 2:26. contra Satanás, D&C 88:112–115. A voz
O Messias ressuscitará dos mortos, de Miguel foi ouvida identificando o
2 Né. 25:14. diabo, D&C 128:20.
Em nome do Messias eu confiro o Sa- Milagre. Ver também Fé; Sinal
cerdócio de Aarão, D&C 13.
Acontecimento extraordinário produ-
O Senhor disse: Eu sou o Messias, o
zido pelo poder de Deus. Os milagres
Rei de Sião, Mois. 7:53.
são um aspecto importante da obra de
Mestre, Sacerdócio Aarônico. Ver Jesus Cristo e incluem curas, restituição
também Sacerdócio Aarônico da vida aos mortos e ressurreição. Os
Ofício no Sacerdócio Aarônico. milagres fazem parte do evangelho de
Jesus Cristo. É necessário ter fé para que
O dever do mestre é zelar sempre pela
eles se manifestem (Mc. 6:5–6; Mórm.
Igreja, D&C 20:53–60. O ofício de mestre
9:10–20; Ét. 12:12).
é um apêndice necessário do sacerdócio
menor, D&C 84:30, 111. O presidente do Quando o Faraó falar, fazei um mi-
quórum dos mestres preside vinte e qua- lagre, Êx. 7:9.
tro mestres, D&C 107:86. Ninguém há que faça milagre em meu
nome e possa falar mal de mim, Mc. 9:39.
Mexerico. Ver também Maledicência; Caná foi o lugar onde Jesus realizou o
Rumores seu primeiro milagre, Jo. 2:11.
Relatar a alguém acontecimentos ou Sou um Deus de milagres, 2 Né. 27:23.
informações pessoais a respeito de ou- O poder de Deus opera milagres, Al.
tra pessoa, sem o consentimento desta. 23:6. Cristo pôde mostrar grandes mi-
De toda a palavra ociosa que os ho- lagres ao povo do continente america-
mens disserem hão de dar conta, Mt. no porque eles tinham grande fé, 3 Né.
12:36. Os santos são admoestados a não 19:35. Deus não deixou de ser um Deus
serem paroleiros e curiosos, falando o de milagres, Mórm. 9:15.
que não convém, 1 Tim. 5:11–14. Não soliciteis milagres, a não ser que
Não falarás mal de teu próximo, D&C o Senhor vos ordene, D&C 24:13–14. A
42:27. Em todas as tuas exortações, for- alguns é dada a operação de milagres,
talece teus irmãos, D&C 108:7. D&C 46:21 (Morô. 10:12).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Milênio 132
Milênio. Ver também Inferno; O Senhor teu Deus o escolheu para
Segunda Vinda de Jesus Cristo que assista a servir no nome do Senhor,
Período de mil anos de paz que come- Deut. 18:5. E vos chamarão ministros de
çará quando Cristo vier reinar pessoal- nosso Deus, Isa. 61:6.
mente na Terra (RF 1:10). O Filho do Homem não veio para ser
servido mas para servir, Mt. 20:26–28.
Não levantará espada nação contra
Apareci para te pôr por ministro e teste-
nação, nem aprenderão mais a guerrear,
munha, At. 26:16–18. Deus não é injusto
Isa. 2:4 (Miq. 4:3; 2 Né. 12:4). A Terra
para se esquecer do vosso trabalho de
assolada ficou como jardim do Éden,
amor enquanto ministrastes aos san-
Eze. 36:35.
tos, Heb. 6:10. Se alguém administrar,
Viveram e reinaram com Cristo du-
administre segundo o poder que Deus
rante mil anos, Apoc. 20:4.
dá, 1 Ped. 4:10–11.
Por causa da retidão, Satanás não tem
Ensinavam-se e serviam-se uns aos
poder, 1 Né. 22:26.
outros, 3 Né. 26:19.
Em justiça habitarei na Terra por mil
É dever dos Doze ordenar ministros
anos, D&C 29:11. Quando terminarem
os mil anos, pouparei a Terra, mas por evangélicos, D&C 107:39–40. Um sumo
pouco tempo, D&C 29:22. O grande Mi- sacerdote pode ser designado para mi-
lênio virá, D&C 43:30. Os filhos dos jus- nistrar as coisas terrenas, D&C 107:71–
tos crescerão sem pecado, D&C 45:58. 72. Esses setenta serão ministros via-
As crianças crescerão até se tornarem jantes, D&C 107:93–97. Os élderes são
velhas; os homens serão transformados ordenados para ministros permanentes
num piscar de olhos, D&C 63:51. No de minha Igreja, D&C 124:137.
princípio do sétimo milênio, o Senhor Miqueias
Deus santificará a Terra, D&C 77:12. Eles
Profeta do Velho Testamento, natural
não viverão mais até que acabem os mil
de Moresete-Gate, na planície de Judá,
anos, D&C 88:101. Satanás será amarra-
do pelo espaço de mil anos, D&C 88:110. o qual profetizou quando reinava Eze-
Descrição do Milênio, D&C 101:23–34. quias (Miq. 1:1–2).
Pelo espaço de mil anos a Terra des- Livro de Miqueias: Miqueias é o único
cansará, Mois. 7:64. livro do Velho Testamento que menciona
Belém como sendo o lugar onde nasceria
Ministério, Ministro. Ver também o Messias (Miq. 5:2). No livro o Senhor
Sacerdócio; Serviço aconselhou o Seu povo e relembrou-os
Fazer a obra do Senhor na Terra. Os de Sua bondade para com eles no pas-
servos escolhidos de Deus devem ser sado; Ele pediu-lhes que fossem justos,
chamados por Deus para ministrar na misericordiosos e humildes (Miq. 6:8).
Sua obra. Quando os verdadeiros mi-
nistros fazem a vontade do Senhor, eles Miriã. Ver também Moisés
representam o Senhor em seus deve- No Velho Testamento, irmã de Moisés
res oficiais e atuam como Seus agentes (Núm. 26:59).
(D&C 64:29), conduzindo assim a obra Vigiou a arca feita de juncos, Êx. 2:1–8.
necessária para a salvação da humani- Foi à frente das mulheres com tamboris,
dade. O Senhor deu apóstolos, profetas, Êx. 15:20–21. Murmurou contra Moisés e
evangelistas, sumos sacerdotes, setentas, foi castigada com lepra, depois curada,
élderes, bispos, sacerdotes, mestres, diá- Núm. 12:1–15 (Deut. 24:9).
conos, auxílio e governos para o aperfei-
çoamento dos santos e para a obra do Misericórdia, Misericordioso. Ver
ministério (1 Cor. 12:12–28; Ef. 4:11–16; também Expiação, Expiar; Graça;
D&C 20; 107). Jesus Cristo; Justiça; Perdoar
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
133 Moabe
Espírito de compaixão, ternura e per- criancinha, recebe meu reino, pois ob-
dão. A misericórdia é um dos atributos terão misericórdia, D&C 99:3.
de Deus. Jesus Cristo oferece-nos a mi- A misericórdia irá adiante de tua face,
sericórdia por meio de Seu sacrifício Mois. 7:31.
expiatório.
Missionários. Ver Obra Missionária
O Senhor é misericordioso e piedoso,
Êx. 34:6 (Deut. 4:31). Sua benignidade Missouri. Ver Nova Jerusalém
dura perpetuamente, 1 Crôn. 16:34. A
Mistérios de Deus
bondade e a misericórdia me seguirão,
Salm. 23:6. O que se compadece dos hu- Os mistérios de Deus são verdades es-
mildes é bem-aventurado, Prov. 14:21. pirituais conhecidas somente por meio
Eu quero misericórdia, e não o sacrifí- de revelação. Deus revela os Seus mis-
cio, Ose. 6:6. O Senhor pediu a seu povo térios aos que obedecem ao evangelho.
que mostrasse misericórdia, Zac. 7:8–10. Alguns dos mistérios de Deus ainda
Bem-aventurados os misericordiosos, estão para ser revelados.
porque eles alcançarão misericórdia, A vós é dado conhecer os mistérios
Mt. 5:7 (3 Né. 12:7). Ai dos hipócritas, do reino dos céus, Mt. 13:11. Ainda que
porque pagam os dízimos e desprezam eu conhecesse todos os mistérios, e não
o mais importante da lei: a justiça, a tivesse caridade, nada seria, 1 Cor. 13:2.
misericórdia e a fé, Mt. 23:23. Sede mi- Néfi possuía um grande conhecimento
sericordiosos, como também vosso Pai é dos mistérios de Deus, 1 Né. 1:1. É dado
misericordioso, Lc. 6:36. Um samaritano a muitos conhecer os mistérios de Deus,
usou de misericórdia, Lc. 10:33. Não pe- Al. 12:9. A esse é permitido conhecer os
las obras de justiça, mas segundo a sua mistérios de Deus, Al. 26:22. Estes mis-
misericórdia, que nos salvou, Tit. 3:5. térios ainda não me foram revelados, Al.
As ternas misericórdias do Senhor 37:11. Há muitos mistérios que ninguém
estão sobre nós, 1 Né. 1:20. A misericór- conhece senão Deus, Al. 40:3.
dia não tem direitos sobre o impeniten- O mistério da divindade, quão grande
te, Mos. 2:38–39. Deus é misericordioso é, D&C 19:10. Se pedires, receberás re-
para com todos os que acreditam em seu velação sobre revelação e conhecerás os
nome, Al. 32:22. A misericórdia pode mistérios do reino, D&C 42:61, 65 (1 Cor.
satisfazer as exigências da justiça, Al. 2:7, 11–14). Ao que guarda os mandamen-
34:16. Acaso supões que a misericórdia tos serão dados os mistérios do reino,
possa roubar a justiça, Al. 42:25 (Al. D&C 63:23. A eles revelarei todos os
42:13–25). As criancinhas estão vivas mistérios, D&C 76:7. O sacerdócio maior
em Cristo por sua misericórdia, Morô. contém a chave dos mistérios, D&C
8:19–20 (D&C 29:46). 84:19. Em sua vinda o Senhor revelará
O braço de misericórdia de Cristo ex- coisas ocultas que ninguém conhece,
piou vossos pecados, D&C 29:1. Em vir- D&C 101:32–33. O Sacerdócio de Melqui-
tude do sangue que derramei, intercedi sedeque terá o privilégio de receber os
diante do meu Pai por tantos quantos mistérios do reino, D&C 107:19.
creram em meu nome, D&C 38:4. Os
que guardam o convênio obterão mise- Moabe. Ver também Ló
ricórdia, D&C 54:6. Eu, o Senhor, perdoo No Velho Testamento, uma região
pecados e sou misericordioso para com situada a leste do Mar Morto. Os moa-
aqueles que com corações humildes os bitas eram descendentes de Ló e paren-
confessam, D&C 61:2. Eu o Senhor, sou tes dos israelitas. Falavam um idioma
misericordioso para com os mansos, semelhante ao hebraico. Os moabitas e
D&C 97:2. E quem te recebe como uma israelitas viveram em constante conflito
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Modelo 134
(Juí. 3:12–30; 11:17; 2 Sam. 8:2; 2 Re. 3:6–27; entre os filhos de Israel e reafirmam que
2 Crôn. 20:1–25; Isa. 15). ele é o autor dos cinco primeiros livros
do Velho Testamento (1 Né. 5:11; Mois.
Modelo
1:40–41).
Um padrão que se pode seguir para
Foi salvo pela filha do Faraó, Êx. 2:1–
obter certos resultados. Nas escrituras a
10. Fugiu para Midiã, Êx. 2:11–22. O anjo
palavra modelo geralmente significa um
exemplo, quer seja para viver de certa do Senhor apareceu-lhe numa sarsa ar-
maneira ou para construir alguma coisa. dente, Êx. 3:1–15. Anunciou pragas que
sobreviriam aos egípcios, Êx. 7–11. O
O Senhor ordenou a Israel que cons- Senhor instituiu a Páscoa judaica, Êx.
truísse um tabernáculo conforme o mo- 12:1–30. Conduziu os filhos de Israel
delo mostrado a Moisés, Êx. 25. Davi deu
através do Mar Vermelho, Êx. 14:5–31.
a Salomão o desenho para construir o
O Senhor enviou maná aos israelitas no
templo, 1 Crôn. 28:11–13.
deserto, Êx. 16. Fez sair água da rocha
Para que em mim Jesus Cristo mos-
em Horebe, Êx. 17:1–7. Aarão e Ur man-
trasse um exemplo dos que haviam de
tiveram erguidas as mãos dele para que
crer nele, 1 Tim. 1:16.
Eu vos darei um modelo em todas as Josué prevalecesse sobre Amaleque, Êx.
coisas, para que não sejais enganados, 17:8–16. Foi aconselhado por Jetro, Êx.
D&C 52:14. 18:13–26. Preparou o povo para a apari-
ção do Senhor no monte Sinai, Êx. 19. O
Moisés. Ver também Aarão, Irmão Senhor revelou-lhe os Dez Mandamen-
de Moisés; Lei de Moisés; tos, Êx. 20:1–17. Ele e setenta anciãos
Mandamentos, Os Dez; Pentateuco; viram a Deus, Êx. 24:9–11. Quebrou as
Transfiguração—Transfiguração de tábuas do testemunho e destruiu o be-
Cristo zerro de ouro, Êx. 32:19–20. Falou com
Profeta do Velho Testamento que tirou Deus cara a cara, Êx. 33:9–11.
os israelitas do cativeiro egípcio e deu- Apareceu quando Jesus foi transfigu-
lhes um conjunto de leis religiosas, so- rado, Mt. 17:1–13 (Mc. 9:2–13; Lc. 9:28–36).
ciais e alimentares, reveladas por Deus. Sejamos fortes como Moisés, 1 Né. 4:2.
O ministério de Moisés foi além dos Cristo é o profeta semelhante a Moisés
limites de sua vida mortal. Joseph Smith que o Senhor levantaria, 1 Né. 22:20–21
ensinou que, juntamente com Elias, o (Deut. 18:15; 3 Né. 20:23).
profeta, Moisés apareceu no Monte da Conduziu a Israel por revelação, D&C
Transfiguração e conferiu chaves do 8:3. Estava entre os espíritos nobres,
sacerdócio a Pedro, Tiago e João (Mt. D&C 138:41.
17:3–4; Mc. 9:4–9; Lc. 9:30; D&C 63:21). Viu Deus face a face, Mois. 1:2, 31. Era
Moisés apareceu a Joseph Smith e a à semelhança do Unigênito, Mois. 1:6, 13.
Oliver Cowdery em 3 de abril de 1836, Devia escrever as coisas a ele reveladas
no Templo de Kirtland, Ohio (EUA), e sobre a criação, Mois. 2:1.
conferiu-lhes as chaves da coligação de
Israel (D&C 110:11). Livro de Moisés: Livro, na Pérola de
As revelações modernas falam muito Grande Valor, que contém a tradução
de Moisés. Ele é mencionado frequente- inspirada feita por Joseph Smith dos pri-
mente no Livro de Mórmon e em Dou- meiros sete capítulos de Gênesis.
trina e Convênios aprendemos sobre o O capítulo 1 registra uma visão na
seu ministério (D&C 84:20–26) e ficamos qual Moisés viu Deus, o qual lhe revelou
sabendo que ele recebeu o sacerdócio de todo o plano de salvação. Os capítulos
seu sogro Jetro (D&C 84:6). 2–5 são um relato da Criação e da Que-
As revelações modernas também con- da do homem. Os capítulos 6–7 contêm
firmam o relato bíblico de seu ministério uma visão acerca de Enoque e de seu
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
135 Mórmon, Profeta Nefita
ministério na Terra. O capítulo 8 relata 12:48 (D&C 82:3). Jesus ensinou a parábo-
uma visão sobre Noé e o grande Dilúvio. la do mordomo infiel, Lc. 16:1–8.
Cinco livros de Moisés: Ver Gênesis; Êxo- Quem for um mordomo fiel, entrará
do; Levítico; Números; Deuteronômio no gozo do seu Senhor, D&C 51:19. Todo
homem deve prestar contas de sua mor-
Os primeiros cinco livros do Velho domia, D&C 72:3–5. Aquele que for um
Testamento são conhecidos como os li- mordomo prudente e fiel herdará todas
vros de Moisés. Achavam-se gravados as coisas, D&C 78:22. O Senhor fará cada
nas placas de latão que Néfi tirou de homem responsável como mordomo de
Labão (1 Né. 5:11). bênçãos terrenas, D&C 104:11–17 (D&C
Néfi leu muitas coisas que estavam 42:32). Serás diligente para que sejas um
escritas nos livros de Moisés, 1 Né. 19:23. mordomo prudente, D&C 136:27.

Monte das Oliveiras. Ver Oliveiras, Mórmon, Livro de. Ver Livro de
Monte das Mórmon

Monte Sinai. Ver também Lei de Mórmon, Profeta Nefita. Ver também
Moisés; Moisés Livro de Mórmon
Montanha da Península do Sinai perto No livro de Mórmon, profeta nefita,
da qual Moisés e os israelitas acamparam general militar e mantenedor de regis-
três meses depois do seu êxodo do Egito; tros. Mórmon viveu aproximadamente
é também chamada de Monte Horebe entre 311 e 385 d.C. (Mórm. 1:2, 6; 6:5–6;
(Êx. 3:1). Ali Deus deu a Sua lei para a 8:2–3). Ele foi um líder militar durante
casa de Israel por intermédio de Moisés; a maior parte de sua vida, desde os 15
ali também foi construído o tabernáculo anos de idade (Mórm. 2:1–2; 3:8–12; 5:1;
(Êx. 19:2; 20:18; 24:12; 32:15). 8:2–3). Amaron instruiu Mórmon a pre-
parar-se a fim de cuidar dos registros e
Moralidade. Ver Adultério; da gravação nos mesmos (Mórm. 1:2–5;
Castidade; Fornicação; Imoralidade 2:17–18). Após registrar a história de
Sexual sua própria época, Mórmon resumiu
as placas maiores de Néfi nas placas de
Mordomia, Mordomo. Ver também Mórmon. Mais tarde ele transferiu esse
Chamado, Chamado por Deus, registro sagrado a seu filho, Morôni.
Chamar Essas placas faziam parte dos registros
Aquele que toma conta dos assuntos dos quais Joseph Smith traduziu o Livro
ou da propriedade de outra pessoa é um de Mórmon.
mordomo. Aquilo de que o mordomo Palavras de Mórmon: Um pequeno livro
cuida é chamado de mordomia. Todas do Livro de Mórmon. Entre as últimas
as coisas na Terra pertencem ao Senhor palavras de Amaléqui, no livro de Ômni,
e nós somos Seus mordomos. Somos e as primeiras do livro de Mosias, Mór-
responsáveis perante o Senhor, mas po- mon, que resumiu todos os registros,
demos prestar contas de nossa mordo- fez esta pequena inserção. (Ver “Breve
mia aos representantes autorizados de Análise do Livro de Mórmon,” no come-
Deus. Quando recebemos do Senhor ou ço do Livro de Mórmon.)
de Seus servos autorizados um chamado Livro de Mórmon: Um livro separado
para servir, essa mordomia pode incluir dentro do volume de escrituras conhe-
tanto assuntos espirituais quanto tem- cido como Livro de Mórmon. Os capí-
porais (D&C 29:34). tulos 1–2 falam de Amaron, um profeta
Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te dos nefitas, dizendo a Mórmon quando
colocarei, Mt. 25:14–23. A qualquer que e onde obteria as placas. Fala também
muito for dado, muito se lhe pedirá, Lc. do início de grandes guerras e dos três
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mórmon(s) 136
nefitas que foram retirados por causa Morôni, Filho de Mórmon. Ver
da iniquidade do povo. Os capítulos também Livro de Mórmon; Mórmon,
3–4 contam que Mórmon proclamou o Profeta Nefita
arrependimento ao povo, mas este havia Último profeta nefita do Livro de Mór-
endurecido o coração e jamais fora tão mon (aprox. 421 d.C.). Pouco antes de
grande a iniquidade em Israel. Os capí- morrer, Mórmon entregou o registro his-
tulos 5–6 registram as batalhas finais tórico, chamado de placas de Mórmon, a
entre nefitas e lamanitas. Mórmon foi seu filho, Morôni (Pal. Mórm. 1:1). Mo-
morto junto com a maior parte da nação rôni terminou de compilar as placas de
nefita. No capítulo 7, Mórmon, antes de Mórmon. Ele acrescentou os capítulos 8
morrer, chamou o seu povo — daquela e 9 ao livro de Mórmon (Mórm. 8:1). Ele
época e do futuro — ao arrependimento. resumiu e incluiu o livro de Éter (Ét.
Os capítulos 8–9 contam que no final res- 1:1–2) e acrescentou o seu próprio livro,
tou com vida somente Morôni, filho de chamado de livro de Morôni (Morô. 1).
Mórmon. Este registrou as derradeiras Morôni selou as placas e escondeu-as
cenas de morte e carnificina, inclusive no monte Cumora (Mórm. 8:14; Morô.
a destruição do povo nefita, e escreveu 10:2). Em 1823 Morôni foi enviado, como
uma mensagem às gerações futuras e aos ser ressuscitado, para revelar o Livro
futuros leitores desse registro. de Mórmon a Joseph Smith (D&C 27:5;
JS—H 1:30–42, 45). De 1823 a 1827 ele
Mórmon(s). Ver também Igreja de
instruiu o jovem profeta todos os anos
Jesus Cristo; Igreja de Jesus Cristo
(JS—H 1:54) e finalmente entregou-lhe
dos Santos dos Últimos Dias, A
as placas em 1827 (JS—H 1:59). Após
O apelido Mórmon foi criado por pes- completar a tradução, Joseph Smith de-
soas que não pertenciam à Igreja para volveu as placas a Morôni.
referirem-se aos membros de A Igreja
Livro de Morôni: É o último do Livro
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
de Mórmon e foi escrito por Morôni, o
Dias. O nome provém de um sagrado
último profeta nefita. Os capítulos 1–3
livro de escrituras compilado pelo an-
contam a destruição final dos nefitas e
tigo profeta Mórmon, intitulado Livro
instruem sobre como conferir o Espírito
de Mórmon. O nome dado pelo Senhor,
Santo e o sacerdócio. Os capítulos 4–5
pelo qual os membros da Igreja devem
mostram a maneira exata de adminis-
ser conhecidos, é “Santos.” O nome cor-
trar o sacramento. O capítulo 6 explica
reto da Igreja é A Igreja de Jesus Cristo
a obra da Igreja. Os capítulos 7–8 são
dos Santos dos Últimos Dias. sermões sobre os primeiros princípios
Morôni, Capitão. Ver também do evangelho, incluindo ensinamentos
Estandarte da Liberdade de Mórmon acerca da fé, esperança e ca-
ridade e a maneira de discernir o bem
No Livro de Mórmon, um justo co-
do mal (Morô. 7); e ainda a explicação
mandante militar nefita que viveu apro-
de Mórmon de que as criancinhas estão
ximadamente no ano 100 a.C.
vivas em Cristo e não precisam de ba-
Morôni foi nomeado capitão-chefe dos tismo (Morô. 8). O capítulo 9 descreve a
exércitos nefitas, Al. 43:16–17. Inspirou os depravação da nação nefita. O capítulo
soldados nefitas a lutarem por sua liber- 10 é a mensagem final de Morôni e en-
dade, Al. 43:48–50. Fez um estandarte da sina como saber da veracidade do Livro
liberdade de um pedaço da sua túnica, de Mórmon (Morô. 10:3–5).
Al. 46:12–13. Era um homem de Deus, Al.
48:11–18. Ficou irado contra o governo Moronia, Filho do Capitão Moroni
devido à sua indiferença a respeito da No Livro de Mórmon, um justo co-
liberdade do país, Al. 59:13. mandante nefita (aprox. 60 a.C.).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
137 Morte Espiritual
Morôni entregou o comando dos exér- A morte espiritual foi introduzida no
citos a seu filho, Moronia, Al. 62:43. Re- mundo pela Queda de Adão (Mois. 6:48).
tomou a cidade de Zaraenla, Hel. 1:33. Os mortais cujos pensamentos, palavras
Levou os nefitas ao arrependimento e e obras são iníquos estão espiritualmen-
recuperou o controle sobre a metade das te mortos, enquanto ainda permanecem
terras, Hel. 4:14–20. vivos na Terra (1 Tim. 5:6). Pela Expiação
de Jesus Cristo e a obediência aos princí-
Mortal, Mortalidade. Ver também
pios e ordenanças do evangelho, homens
Corpo; Morte Física; Mundo; Queda
e mulheres podem tornar-se limpos do
de Adão e Eva
pecado e vencer a morte espiritual.
Mortalidade é o período de tempo A morte espiritual também pode ocor-
compreendido entre o nascimento e a rer após a morte do corpo físico. Tanto os
morte física. Esse período às vezes é seres ressuscitados como o diabo e seus
chamado de segundo estado. anjos serão julgados. Os que se tiverem
Porque no dia em que dela comeres, rebelado conscientemente contra a luz e
certamente morrerás, Gên. 2:16–17 (Mois. verdade do evangelho sofrerão a morte
3:16–17). Na morte o espírito retornará espiritual que às vezes é chamada de
a Deus, e o corpo ao pó da Terra, Ecles. segunda morte (Al. 12:16; Hel. 14:16–19;
12:7 (Gên. 3:19; Mois. 4:25). D&C 76:36–38).
Não reine o pecado em vosso cor- Os malfeitores serão desarraigados,
po mortal, Rom. 6:12. Este corpo mor- Salm. 37:9.
tal deve revestir-se de imortalida- A inclinação da carne é morte, Rom.
de, 1 Cor. 15:53 (En. 1:27; Mos. 16:10; 8:6 (2 Né. 9:39). As concupiscências sub-
Mórm. 6:21). mergem os homens na perdição e ruína,
O estado do homem tornou-se um es- 1 Tim. 6:9. O pecado gera a morte, Tg.
tado de provação, 2 Né. 2:21 (Al. 12:24; 1:15. O que vencer não receberá dano da
42:10). Adão caiu para que os homens segunda morte, Apoc. 2:11. Sobre estes
existissem, 2 Né. 2:25. Olhais para o fu- não tem poder a segunda morte, Apoc.
turo e vêdes este corpo mortal levantado 20:6, 12–14. Os ímpios terão a sua parte
em imortalidade, Al. 5:15. Esta vida é o no lago que arde com fogo e enxofre;
tempo para o homem preparar-se para o que é a segunda morte, Apoc. 21:8
seu encontro com Deus, Al. 34:32. (D&C 63:17–18).
Não temais a morte, porque neste Os homens são livres para escolher
mundo vossa alegria não é completa, a liberdade e a vida eterna, ou o cati-
D&C 101:36. veiro e a morte, 2 Né. 2:27 (2 Né. 10:23;
Os que guardarem seu segundo estado Al. 29:5; Hel. 14:30–31). Deus preparou
terão glória, Abr. 3:26. um caminho para escaparmos da mor-
Morte, Segunda. Ver Morte te e inferno, 2 Né. 9:10. Livrai-vos das
Espiritual penas do inferno para não sofrerdes
a segunda morte, Jacó 3:11. O homem
Morte Espiritual. Ver também natural é inimigo de Deus, Mos. 3:19.
Condenação, Condenar; Diabo; Possa o Senhor conceder-vos o arre-
Filhos de Perdição; Inferno; Queda pendimento e não sofrerdes a segunda
de Adão e Eva; Salvação morte, Al. 13:30. Alma esteve rodeado
A separação de Deus e de Sua influên- com as eternas correntes da morte, Al.
cia; morrer no tocante às coisas que per- 36:18. Os iníquos morrerão quanto às coi-
tencem à retidão. Lúcifer e um terço sas pertinentes à retidão, Al. 40:26 (Al.
das hostes celestiais sofreram a morte 12:16). A Queda atraiu sobre toda a hu-
espiritual ao serem expulsos dos céus manidade uma morte espiritual, Al. 42:9
(D&C 29:36–37). (Hel. 14:16–18).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Morte Física 138
Quando Adão caiu, morreu espiritual- vinte e quatro placas de ouro contendo
mente, D&C 29:40–41, 44. os registros dos jareditas (Mos. 28:17).
Morte Física. Ver também Mortal, Livro de Mosias: Um livro do Livro de
Mortalidade; Queda de Adão e Eva; Mórmon. Os capítulos 1–6 contêm o vi-
Ressurreição; Salvação goroso sermão do Rei Benjamim a seu
povo. O Espírito do Senhor tocou-lhes o
A separação entre corpo e espírito. A
coração e o povo converteu-se, não mais
Queda trouxe a mortalidade e a morte à
Terra (2 Né. 2:22; Mois. 6:48). A Expiação sentindo vontade de praticar o mal. Os
de Jesus Cristo venceu a morte, para que capítulos 7–8 falam de um grupo de
todos possam ressuscitar (1 Cor. 15:21– nefitas que tinha ido viver na terra dos
23). A ressurreição é um dom gratuito lamanitas. Foi enviado um grupo de
concedido a todos, quer tenham feito o resgate para procurá-los. Amon, líder do
bem ou o mal nesta vida (Al. 11:42–44). grupo, encontrou-os e soube das prova-
Cada pessoa sofre apenas uma morte ções que passaram sob a opressão lama-
física, visto que, após a ressurreição, nita. Os capítulos 9–24 descrevem essa
nossos corpos não podem mais morrer opressão e como seus líderes — Zênife,
(Al. 11:45). Noé e Lími — viveram sob o jugo dos la-
manitas. Ali também se acha registrado
Toda a carne expiraria e o homem
o martírio de um profeta chamado Abi-
voltaria para o pó, Jó 34:15. Preciosa é à
vista do Senhor a morte dos seus santos, nádi. Alma foi convertido no julgamento
Salm. 116:15. O pó volte à terra, e o espí- de Abinádi. Os capítulos 25–28 contam
rito volte a Deus, Ecles. 12:7. como o filho de Alma e os quatro filhos
A morte veio por um homem, 1 Cor. do Rei Mosias se converteram. No ca-
15:21. O Salvador tem as chaves da morte pítulo 29 o rei Mosias recomendou que
e do inferno, Apoc. 1:18. Não haverá mais um sistema de juízes substituísse o de
morte, nem pranto, Apoc. 21:4. reis. Alma, filho de Alma, foi nomeado
A morte tem efeito sobre todos os o primeiro juiz supremo.
homens, 2 Né. 9:6, 11 (Al. 12:24). Nun- Mosias, Filhos de. Ver também Aarão,
ca tiveram temor da morte, Al. 27:28. Filho de Mosias; Amon, Filho de
Alma explicou o estado da alma entre a
Mosias; Hímni; Mosias, Filho do rei
morte e a ressurreição, Al. 40:11.
Benjamim; Ômner
Os que morrerem em mim não pro-
varão esta morte, D&C 42:46. Os que No Livro de Mórmon, os quatro fi-
não estiverem designados para morrer, lhos do rei Mosias que se converteram
serão curados, D&C 42:48. Decretei que após aparecer-lhes um anjo que os cha-
vos provarei em todas as coisas, mesmo mou ao arrependimento. Seus nomes
até à morte, D&C 98:14. eram: Amon, Aarão, Ômner e Hímni
Em pó te tornarás, Mois. 4:25. Adão (Mos. 27:34). Eles passaram quatorze
caiu, e pela sua queda veio a morte, anos pregando com êxito o evangelho
Mois. 6:48. aos lamanitas. O registro do ministério
deles entre aquele povo encontra-se no
Mortos, Salvação para os. Ver livro de Alma, capítulos 17–26.
Salvação para os Mortos
Em outros tempos eles tinham sido
Mosias, Filho do rei Benjamim. Ver incrédulos e haviam procurado des-
também Benjamim, Pai de Mosias; truir a Igreja, Mos. 27:8–10 (Al. 36:6).
Mosias, Filhos de Foram repreendidos por um anjo e se
Rei justo e profeta nefita, no Livro de arrependeram, Mos. 27:11–12, 18–20.
Mórmon. Mosias seguiu o bom exem- Obtiveram permissão de pregar aos la-
plo de seu pai (Mos. 6:4–7). Traduziu as manitas, Mos. 28:1–7.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
139 Mundo
Mosias, Pai do Rei Benjamim. Ver Mundanismo. Ver também Dinheiro;
também Benjamim, Pai de Mosias; Orgulho; Riquezas; Vaidade, Vão
Zaraenla Desejos e esforços iníquos para ob-
No Livro de Mórmon, profeta nefita ter riquezas e bens materiais, acom-
que se tornou rei do povo de Zaraenla. panhados do abandono das coisas
Mosias foi avisado de que deveria fu- espirituais.
gir do país de Néfi, Ômni 1:12. Desco- Que aproveita ao homem, se ganhar
briu o povo de Zaraenla, Ômni 1:14–15. o mundo inteiro, e perder a sua alma,
Fez com que o povo de Zaraenla apren- Mt. 16:26.
desse seu idioma, Ômni 1:18. Procla- O povo voltava seu coração para as
mado rei dos povos unidos, Ômni 1:19. coisas vãs do mundo, Al. 4:8 (Al. 31:27).
Após sua morte Benjamim, seu filho, Deixar as coisas deste mundo, D&C
reinou em seu lugar, Ômni 1:23. 25:10. Seu coração está fixo nas coisas
Muleque. Ver também Zedequias deste mundo, D&C 121:35.
No Velho Testamento, filho do rei Ze- Mundo. Ver também Babel, Babilônia;
dequias (aprox. 589 a.C.). A Bíblia afirma Mortal, Mortalidade; Terra
que todos os filhos de Zedequias foram
A Terra; lugar de provação para os
mortos (2 Re. 25:7), mas o Livro de Mór-
mon esclarece que Muleque sobreviveu homens mortais. Em sentido figurado
(Hel. 8:21). as pessoas que não obedecem aos man-
damentos de Deus.
Zaraenla era descendente de Muleque,
Mos. 25:2. O povo de Muleque juntou-se Existência terrena: No mundo tereis
aos nefitas, Mos. 25:13. O Senhor condu- aflições, Jo. 16:33.
ziu Muleque à terra do norte, Hel. 6:10. Não temais a morte; pois neste
Todos os filhos de Zedequias foram mor- mundo vossa alegria não é completa,
tos, exceto Muleque, Hel. 8:21. D&C 101:36.
Pessoas que não obedecem aos mandamen-
Mulher, Mulheres. Ver também
Homem, Homens; Irmã(s), Irmão(s) tos: Visitarei sobre o mundo a maldade,
Isa. 13:11 (2 Né. 23:11).
Pessoa adulta do sexo feminino; filha Se o mundo vos odeia, sabei que, pri-
de Deus. O termo Mulher é geralmente meiro do que a vós, me odiou a mim,
usado nas escrituras como título de res-
Jo. 15:18–19.
peito (Jo. 19:26; Al. 19:10).
O grande e espaçoso edifício era o or-
Deus criou macho e fêmea, Gên. 1:27 gulho do mundo, 1 Né. 11:36.
(Mois. 2:27; 6:9; Abr. 4:27). O valor da O mundo está amadurecendo em ini-
mulher virtuosa excede o de rubis, Prov. quidade, D&C 18:6. Conserva-te lim-
31:10–31. po das manchas do mundo, D&C 59:9.
A mulher é a glória do homem, 1 Cor. Aquele que for fiel e perseverar, vencerá
11:7. Nem o homem é sem a mulher, nem o mundo, D&C 63:47. Não desejo que
a mulher é sem o homem, no Senhor, vivais segundo a maneira do mundo,
1 Cor. 11:11. Que as mulheres se ataviem
D&C 95:13.
em traje modesto, 1 Tim. 2:9–10.
Eu, o Senhor Deus, deleito-me na cas- Fim do mundo: Crio nova Terra e não
tidade das mulheres, Jacó 2:28. haverá lembranças das coisas passadas,
Eis que teus pecados te são per- Isa. 65:17 (Apoc. 21:1; RF 1:10).
doados e és uma mulher eleita, D&C Na consumação do mundo, o joio será
25:3. As mulheres têm o direito de re- colhido e queimado no fogo, Mt. 13:40,
ceber de seus maridos o sustento, 49 (Mal. 4:1; Jacó 6:3).
D&C 83:2. Farei com que minha vinha seja
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Mundo Espiritual 140
queimada com fogo, Jacó 5:77 (D&C com cânticos, com música, e com dança,
64:23–24). D&C 136:28.
O Senhor destruirá Satanás e suas
obras no fim do mundo, D&C 19:3. A
Terra morrerá, mas será vivificada outra Naamã. Ver também Eliseu
vez, D&C 88:25–26. No Velho Testamento, capitão de um
O Senhor mostrou a Enoque o fim do exército da Síria, que contraiu lepra.
mundo, Mois. 7:67. Movido pela fé de uma serva israelita
Mundo Espiritual. Ver Inferno; ele foi a Israel ver o profeta Eliseu. Naa-
Paraíso; Vida Pré-mortal mã foi curado da lepra humilhando-se
e banhando-se sete vezes no rio Jordão,
Murmurar. Ver também Rebeldia, como o profeta Eliseu ordenara (2 Re.
Rebelião 5:1–19; Lc. 4:27).
Resmungar, reclamar e queixar-se dos
Nabucodonosor. Ver também Babel,
desígnios, planos ou servos de Deus.
Babilônia; Daniel
O povo murmurou contra Moisés, Êx.
15:23–16:3. No Velho Testamento, rei da Babilônia
Os judeus murmuravam cont ra (604–561 a.C.) que conquistou Judá (2 Re.
Jesus, Jo. 6:41. 24:1–4) e sitiou Jerusalém (2 Re. 24:10–11).
Lamã e Lemuel murmuravam con- Foi ordenado ao profeta Leí que fugisse
tra muitas coisas, 1 Né. 2:11–12 (1 Né. de Jerusalém cerca do ano 600 a.C., para
3:31; 17:17). evitar ser levado cativo para a Babilônia
Não murmures por causa das coisas (1 Né. 1:4–13) quando Nabucodonosor
que não viste, D&C 25:4. para lá levou o rei Zedequias e o povo
de Judá (2 Re. 25:1, 8–16, 20–22). Daniel
Música. Ver também Cantar; Hino
interpretou os sonhos de Nabucodono-
Melodias e ritmos cantados e tocados sor (Dan. 2; 4).
desde os primeiros tempos bíblicos,
para expressar alegria, louvor e ado- Naftali. Ver também Israel; Jacó, Filho
ração (2 Sam. 6:5). A música pode ser de Isaque
uma forma de oração. Os salmos prova- O sexto dos doze filhos de Jacó e
velmente eram cantados com melodias o segundo de Bilha, serva de Raquel
simples e acompanhados por instrumen- (Gên. 30:7–8). Naftali teve quatro filhos
tos musicais. (1 Crôn. 7:13).
Miriã, irmã de Aarão e Moisés, to-
Tribo de Naftali: A bênção de Jacó so-
mou um tamboril e ela e as mulheres
bre Naftáli acha-se registrada em Gên.
dançaram, Êx. 15:20. Os levitas cantores
49:21 e a bênção de Moisés sobre a tribo,
estavam com címbalos e harpas e com
eles cento e vinte sacerdotes tocavam as em Deut. 33:23.
trombetas, 2 Crôn. 5:12. Nascer de Deus, Nascer de Novo. Ver
Jesus e os Doze cantaram um hino também Batismo, Batizar; Conversão,
após a Última Ceia, Mt. 26:30. Ensinan- Converter; Filhos de Cristo; Filhos
do-vos e admoestando-vos uns aos ou- e Filhas de Deus; Gerar; Homem
tros com salmos, hinos e cânticos espi-
Natural
rituais, Col. 3:16.
Haveis sentido o desejo de cantar o O novo nascimento ocorre quando o
cântico do amor que redime, Al. 5:26. Espírito do Senhor realiza uma poderosa
A alma de Deus se deleita com o can- mudança no coração da pessoa, de modo
to do coração; sim, o canto dos justos é que ela já não deseja praticar o mal, mas
uma prece, D&C 25:12. Louva ao Senhor sim fazer as coisas de Deus.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
141 Nazaré
Um espírito novo porei dentro deles, Galileia que registrou suas profecias
Eze. 11:19 (Eze. 18:31; 36:26). entre 642 e 606 a.C.
Os que creram no nome de Cristo nas- Livro de Naum: O capítulo 1 fala que a
ceram de novo, não do sangue, mas de Terra será queimada na Segunda Vinda
Deus, Jo. 1:12–13. Aquele que não nascer e menciona a misericórdia e o poder do
da água e do Espírito, não pode entrar Senhor. O capítulo 2 prediz a destruição
no reino de Deus, Jo. 3:3–7. Podemos ser de Nínive, um evento que preconiza o
gerados de novo pela palavra de Deus, que acontecerá nos últimos dias. O ca-
1 Ped. 1:3–23. Qualquer que é nascido de pítulo 3 continua a profetizar a terrível
Deus não continua em pecado, TJS, 1 Jo. destruição de Nínive.
3:9. Todo aquele que é nascido de Deus
Nauvoo, Illinois (EUA)
vence o mundo, 1 Jo. 5:4.
Os que nascem de Cristo fazem convê- Cidade fundada pelos santos dos úl-
nio com Deus, Mos. 3:19; 5:2–7. Todos têm timos dias em 1839, no estado de Illi-
que nascer de novo, sim, nascer de Deus, nois (EUA). Acha-se situada à margem
Mos. 27:25–26 (Al. 5:49). Haveis nascido do Rio Mississipi, aproximadamente a
espiritualmente de Deus, Al. 5:12–19. 320 quilômetros da cidade de St. Louis,
Se não nascerdes de novo, não podereis rio acima.
herdar o reino dos céus, Al. 7:14. Por causa das perseguições no estado
Aqueles que creem nas minhas pa- de Missouri, os santos mudaram-se a 320
lavras nascerão de mim, da água e do quilômetros na direção nordeste, do ou-
tro lado do Rio Mississipi, já no estado
Espírito, D&C 5:16.
de Illinois, onde encontraram condições
Tereis de nascer de novo no reino do
mais favoráveis. Com o tempo, os san-
céu, Mois. 6:59.
tos compraram terrenos perto da cidade
Natã. Ver também Davi ainda pouco desenvolvida de Commer-
ce. Essas terras eram praticamente um
Profeta do Velho Testamento, da épo-
ermo pantanoso, com algumas poucas
ca do rei Davi. Quando Davi se ofereceu
construções rudimentares. Os santos
para construir o templo do Senhor, o Se-
drenaram a terra e ali estabeleceram os
nhor instruiu Natã a dizer a Davi que ele
seus lares. Joseph Smith mudou-se com
não devia construí-lo. Natã repreendeu sua família para uma pequena cabana
Davi por causar a morte de Urias, um de de troncos. O nome de Commerce foi
seus guerreiros, e por tomar como espo- mudado para Nauvoo, palavra derivada
sa a mulher de Urias, Batseba (2 Sam. do hebraico, que significa “bela.”
12:1–15; D&C 132:38–39). Zadoque e Natã Diversas seções de Doutrina e Convê-
ungiram rei a Salomão, filho de Davi nios foram registradas em Nauvoo (D&C
(1 Re. 1:38–39, 45). 124–129; 132; 135). Os santos receberam a
Natanael. Ver também Bartolomeu ordem de construir um templo em Nau-
voo (D&C 124:26–27). Eles construíram
No Novo Testamento, apóstolo de o templo e organizaram estacas de Sião,
Cristo e amigo de Filipe (Jo. 1:45–51). antes de serem expulsos de seus lares em
Era natural de Caná, na Galileia (Jo. 1846. Em consequência dessa persegui-
21:2). Cristo afirmou que Natanael era ção, os santos abandonaram aquele lugar
um israelita sem dolo (Jo. 1:47). Acredi- e empreenderam a marcha para o oeste.
ta-se que ele e Bartolomeu eram a mes-
ma pessoa (Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc. 6:14; Nazaré. Ver também Jesus Cristo
Jo. 1:43–45). Uma aldeia nas montanhas, a oeste do
Mar da Galileia. Nazaré foi o primeiro
Naum lar de Jesus (Mt. 2:23). Jesus ensinou na
No Velho Testamento, profeta da sinagoga de Nazaré e declarou que Ele
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Neemias 142
cumpriu a profecia de Isaías 61:1–2 (Mt. possuía uma fé inabalável na palavra de
13:54–58; Mc. 6:1–6; Lc. 4:16–30). Deus (1 Né. 3:7) e tornou-se um grande
profeta, mantenedor de registros e líder
Neemias de seu povo.
No Velho Testamento, nobre israelita Foi obediente e orou com fé, 1 Né.
na Babilônia (talvez levita ou da tribo 2:16. Retornou a Jerusalém para obter
de Judá) que tinha o cargo de copeiro as placas de latão, 1 Né. 3–4. Voltou a
na corte de Artaxerxes, de quem rece- Jerusalém a fim de trazer a família de
beu a incumbência real, autorizando-o Ismael para o deserto, 1 Né. 7. Recebeu
a reconstruir as muralhas de Jerusalém. a mesma visão que Leí, 1 Né. 10:17–22;
Livro de Neemias: Este livro é uma con- 11. Viu em visão o futuro de seu povo e
tinuação do livro de Esdras. Ele contém a restauração do evangelho, 1 Né. 12–13.
um relato do progresso e das dificulda- Interpretou a visão da árvore da vida,
des do trabalho em Jerusalém após os 1 Né. 15:21–36. Quebrou seu arco, mas
judeus retornarem do cativeiro babilô- em virtude de sua fé conseguiu obter
nico. Os capítulos 1–7 relatam a primeira alimento, 1 Né. 16:18–32. Construiu um
visita de Neemias a Jerusalém e a recons- barco e viajou à terra da promissão, 1 Né.
trução dos muros da cidade a despeito 17–18. Os nefitas e lamanitas se separa-
da grande oposição. Os capítulos 8–10 ram, 2 Né. 5. Prestou o seu testemunho
descrevem as reformas religiosas e so- final, 2 Né. 33.
ciais que Neemias tentou implantar. Os Livro de 1 Néfi: Os capítulos 1–18:8 tra-
capítulos 11–13 fornecem uma lista dos tam principalmente da partida do profe-
nomes daqueles que eram dignos e dão ta Leí e de sua família de Jerusalém. Eles
um relato da dedicação do muro. Os ver- viajaram por desertos áridos até chegar
sículos 4–31 do capítulo 13 registram a ao mar. Em 1 Né. 18:9–23 é registrada a
segunda visita de Neemias a Jerusalém viagem deles à terra prometida, con-
depois de ausentar-se por doze anos. forme guiados pelo Senhor, apesar da
rebelião de Lamã e Lemuel. Nos capítu-
Néfi, Filho de Helamã. Ver também
los 19–22, fala-se do objetivo de Néfi ao
Helamã, Filho de Helamã; Leí,
manter registros (1 Né. 6; 19:18) — o de
Missionário Nefita
persuadir todos a se recordarem do Se-
No Livro de Mórmon, grande profeta nhor seu Redentor. Ele citou Isaías (1 Né.
e missionário nefita. 20 e 21) e interpretou as mensagens de
Era o filho mais velho de Helamã, Isaías, com a esperança de que todos
Hel. 3:21. Foi nomeado juiz supremo, viessem a conhecer Jesus Cristo como
Hel. 3:37. Ele e seu irmão Leí conver- o seu Salvador e Redentor (1 Né. 22:12).
teram muitos lamanitas ao evangelho, Livro de 2 Néfi: Os capítulos 1–4 con-
Hel. 5:18–19. Foi envolto como que por têm alguns dos últimos ensinamentos e
fogo e libertado da prisão, Hel. 5:20–52. profecias transmitidos por Leí antes de
Orou da torre de seu jardim, Hel. 7:6–10. morrer, inclusive as bênçãos a seus filhos
Revelou o assassinato do juiz supremo, e aos descendentes deles. O capítulo 5
Hel. 8:25–28; 9:1–38. Recebeu grande explica por que os nefitas se separaram
poder do Senhor, Hel. 10:3–11. Pediu ao dos lamanitas. Os nefitas construíram
Senhor que mandasse fome, e mais tarde um templo, ensinaram a lei de Moisés
que ela terminasse, Hel. 11:3–18. e fizeram registros. Os capítulos 6–10
trazem as palavras de Jacó, irmão mais
Néfi, Filho de Leí. Ver também Leí, jovem de Néfi. Ele fez um retrospecto da
Pai de Néfi; Nefitas história de Judá e algumas profecias so-
No Livro de Mórmon, um filho jus- bre o Messias, algumas das quais foram
to de Leí e Saria (1 Né. 1:1–4; 2:5). Néfi extraídas dos escritos do profeta Isaías.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
143 Nefitas
Nos capítulos 11–33 Néfi registrou o seu na Terra até a Sua Segunda Vinda (3 Né.
testemunho de Cristo, o testemunho de 28:4–9), ministraram ao povo. Néfi trans-
Jacó, profecias sobre os últimos dias e mitiu o registro ao seu filho Amós. Os
diversos capítulos do livro de Isaías, do versículos 19–47 são o registro do mi-
Velho Testamento. nistério de Amós (84 anos) e o de seu
Placas de Néfi: Ver Placas filho Amós (112 anos). Em 201 d.C. o
orgulho começou a causar problemas
Néfi, Filho de Néfi, Filho de entre o povo, que se dividiu em classes
Helamã. Ver também Discípulo; e começou a fundar igrejas para obter
Néfi, Filho de Helamã lucro (4 Né. 1:24–34).
No Livro de Mórmon, um dos doze Os versículos finais de 4 Néfi mos-
discípulos nefitas escolhidos por Jesus tram que o povo havia retornado à ini-
Cristo ressuscitado (3 Né. 1:2–3; 19:4). quidade (4 Né. 1:35–49). No ano 305 d.C.
Esse profeta orou fervorosamente ao morreu Amós, filho de Amós, e seu ir-
Senhor em favor de seu povo. Néfi ou- mão Amaron escondeu todos os regis-
viu a voz do Senhor (3 Né. 1:11–14) e tros sagrados, por motivo de segurança.
também foi visitado por anjos; expulsou Mais tarde Amaron confiou os anais a
demônios, levantou seu irmão dentre os Mórmon, que registrou muitos eventos
mortos e prestou um testemunho irrefu- ocorridos durante o seu tempo de vida e
tável (3 Né. 7:15–19; 19:4). Néfi manteve depois os resumiu (Mórm. 1:2–4).
os registros de seu povo (3 Né. 1:2–3).
Nefitas. Ver também Lamanitas; Livro
Livro de 3 Néfi: Livro escrito por Néfi, de Mórmon; Néfi, Filho de Leí
filho de Néfi, no Livro de Mórmon. Os
capítulos 1–10 mostram o cumprimento Um grupo de pessoas no Livro de
das profecias sobre a vinda do Senhor. Mórmon, muitas das quais eram des-
Foi dado o sinal do nascimento de Cris- cendentes do profeta Néfi, filho de Leí.
to; o povo arrependeu-se; porém depois Separaram-se dos lamanitas e, de modo
voltou à iniquidade. Finalmente, fura- geral, eram mais justos que estes. Entre-
cões, terremotos, tempestades violentas tanto, com o tempo, foram destruídos pe-
e grande destruição assinalaram a morte los lamanitas, por causa da iniquidade.
de Cristo. Os capítulos 11–28 registram Os nefitas separaram-se dos lama-
a vinda de Cristo às Américas. Essa é a nitas, 2 Né. 5:5–17. Os que não eram
parte central do livro de 3 Néfi. Muitas lamanitas eram nefitas, Jacó 1:13. Os
das palavras de Cristo são semelhantes nefitas eram movidos por uma causa
aos Seus sermões registrados na Bíblia melhor, Al. 43:6–9, 45. Os nefitas nunca
(por exemplo, Mt. 5–7 e 3 Né. 12–14). Os tinham sido mais felizes do que nos dias
capítulos 29–30 são as palavras de Mór- de Morôni, Al. 50:23. Os nefitas foram
mon às nações dos últimos dias. poupados em virtude das orações dos
Livro de 4 Néfi: Este livro tem apenas justos, Al. 62:40. Os nefitas começaram
49 versículos, todos em um só capítulo; a cair em incredulidade, Hel. 6:34–35.
entretanto, abrangem quase 300 anos da Jesus ensinou e ministrou entre os ne-
história nefita (34–321 d.C.). Diversas ge- fitas, 3 Né. 11:1–28:12. Todo o povo foi
rações de autores, inclusive Néfi, contri- convertido ao Senhor e tinham todas as
buíram para os registros. Os versículos coisas em comum, 4 Né. 1:2–3. Não havia
1–19 esclarecem que após a visita do contendas, o amor de Deus existia nos
Senhor ressuscitado, todos os nefitas e corações, e eles eram o povo mais feliz,
lamanitas converteram-se ao evangelho. 4 Né. 1:15–16. Os nefitas começaram a
Reinaram a paz, o amor e a harmonia. ser orgulhosos e vaidosos, 4 Né. 1:43.
Os três discípulos nefitas, aos quais o Houve carnificina e o derramamen-
Senhor permitiu que permanecessem to de sangue por toda a face da Terra,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Neor 144
Mórm. 2:8. Aumentou a iniquidade dos Jon. 1:1–2 (Jon. 3:1–4). O povo de Nínive
nefitas e Mórmon recusou-se a liderá-los, se arrependeu, Jon. 3:5–10.
Mórm. 3:9–11. Todos os nefitas, exceto Cristo usou perante os judeus a cidade
vinte e quatro, foram mortos, Mórm. de Nínive como um exemplo de arrepen-
6:7–15. Todos os nefitas que não negas- dimento, Mt. 12:41.
sem a Cristo eram mortos, Morô. 1:2.
Os nefitas foram destruídos por cau- Noé, Filho de Zênife
sa de suas iniquidades e abominações, Um rei iníquo do Livro de Mórmon,
D&C 3:18. Precavei-vos contra o orgu- que governou um grupo de nefitas na
lho, para que não vos torneis como os terra de Néfi.
nefitas, D&C 38:39. Noé cometeu muitos pecados, Mos.
Neor. Ver também Anticristo; 11:1–15. Mandou que matassem o profe-
Artimanhas Sacerdotais ta Abinádi, Mos. 13:1 (Mos. 17:1, 5–20).
Morreu queimado, Mos. 19:20.
Homem perverso do Livro de Mór-
mon. Neor foi um dos primeiros a utili- Noé, Patriarca Bíblico. Ver também
zar as artimanhas sacerdotais entre os Arca; Arco-Íris; Dilúvio no Tempo
nefitas. Após ensinar doutrinas falsas e de Noé; Gabriel
matar Gideão, Neor foi executado por No Velho Testamento, o filho de La-
seus crimes (Al. 1). Os seguidores de meque e o décimo patriarca a partir de
Neor continuaram suas práticas e ensi- Adão (Gên. 5:29–32). Ele testificou de
namentos iníquos por muito tempo após Cristo e pregou o arrependimento a uma
a morte dele. geração iníqua. Quando o povo rejeitou
Alma e Amuleque foram presos por a sua mensagem, Deus ordenou-lhe que
um juiz, que pertencia à ordem de Neor, construísse uma arca para abrigar a sua
Al. 14:14–18. Eram da seita de Neor os família e todas as espécies de animais
que haviam sido mortos, Al. 16:11. Eram quando a Terra fosse inundada para
muitos os que pertenciam à ordem dos destruir os iníquos (Gên. 6:13–22; Mois.
neores, Al. 21:4. A maior parte dos que 8:16–30). O Profeta Joseph Smith ensi-
mataram seus irmãos pertencia à ordem nou que Noé é o anjo Gabriel e que ele
dos neores, Al. 24:28. vem logo após Adão como detentor das
chaves da salvação.
Nicodemos. Ver também Fariseus
Ele e seus filhos Jafé, Sem e Cão e res-
No Novo Testamento, líder justo dos
pectivas esposas foram salvos do dilúvio
judeus (provavelmente membro do si-
ao construírem uma arca por ordem de
nédrio) e fariseu (Jo. 3:1).
Deus, Gên. 6–8 (Heb. 11:7; 1 Ped. 3:20). O
Falou com Jesus à noite, Jo. 3:1–21. Senhor renovou com Noé o convênio que
Defendeu Cristo perante os fariseus, Jo. havia feito com Enoque, Gên. 9:1–17 (TJS,
7:50–53. Levou ervas aromáticas para Gên. 9:15, 21–25; Mois. 7:49–52).
sepultar Jesus, Jo. 19:39–40. Noé foi ordenado ao sacerdócio por
Nínive. Ver também Assíria; Jonas Matusalém, aos dez anos de idade, D&C
107:52.
No Velho Testamento, capital da As- Os homens tentaram tirar-lhe a vida,
síria e, durante 200 anos, um grande mas ele foi salvo pelo poder de Deus,
centro comercial na margem oriental do Mois. 8:18. Ele tornou-se um pregador
rio Tigre. Foi tomada em 606 a.C. com a da retidão e ensinou o evangelho de Je-
queda do império da Assíria. sus Cristo, Mois. 8:19, 23–24 (2 Ped. 2:5).
Senaqueribe, rei da Assíria, vivia em
Nínive, 2 Re. 19:36. Jonas foi enviado a Noemi. Ver também Rute
chamar a cidade ao arrependimento, No Velho Testamento, uma mulher
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
145 Novo Testamento
digna, esposa de Elimeleque (Rut. 1–4). Joseph Smith. Ele contém ordenanças
Elimeleque e Noemi levaram sua famí- sagradas administradas pela autoridade
lia para Moabe, procurando escapar da do sacerdócio — como o batismo e o ca-
fome. Depois que o marido e os dois samento no templo — que proporcionam
filhos morreram, Noemi voltou para ao homem a salvação, a imortalidade e
Belém com sua nora, Rute. a vida eterna. Quando as pessoas acei-
tam o evangelho e prometem guardar os
Nome da Igreja. Ver Igreja, Nome da;
mandamentos de Deus, Ele se compro-
Igreja de Jesus Cristo dos Santos
mete a dar-lhes as bênçãos de Seu novo
dos Últimos Dias, A
e eterno convênio.
Nova Jerusalém. Ver também Sião Estabelecerei o meu convênio entre
Lugar onde os santos se reunirão e em mim e ti, Gên. 17:7. Terá o convênio do
que Cristo reinará pessoalmente durante sacerdócio eterno, Núm. 25:13. O povo
o Milênio. Sião (a Nova Jerusalém) será mudou os estatutos e quebrou a aliança
construída no continente americano, a eterna, Isa. 24:5 (D&C 1:15). Convos-
Terra será renovada e receberá a sua gló- co farei um convênio eterno, Isa. 55:3
ria paradisíaca (RF 1:10). A Nova Jerusa- (Jer. 32:40). Será um eterno convênio,
lém também se refere a uma cidade santa Eze. 37:26.
que descerá do céu no início do milênio. O Senhor fez um novo convênio, e
De Sião sairá a lei, Miq. 4:2. o velho se acabou, Heb. 8:13. Jesus é o
O nome da cidade de Deus é a nova mediador da Nova Aliança, Heb. 12:24
Jerusalém, Apoc. 3:12. João viu a cidade (D&C 76:69).
santa, a Nova Jerusalém, Apoc. 21:1–5. Este é um convênio novo e eterno,
Estabelecerei este povo nesta Terra, e D&C 22:1. Também mandei ao mundo
será uma Nova Jerusalém, 3 Né. 20:22. meu eterno convênio, D&C 45:9 (D&C
Uma Nova Jerusalém seria construída 49:9). O Senhor enviou a plenitude do
na América, Ét. 13:3–6, 10. evangelho, seu convênio eterno, D&C
A cidade de Nova Jerusalém será pre- 66:2 (D&C 133:57). Para obter o grau
parada, D&C 42:9, 35, 62–69. Os santos mais elevado do reino celestial o ho-
devem-se reunir e construir a Nova Jeru- mem precisa entrar no novo e eterno
salém, D&C 45:63–75. A Nova Jerusalém convênio do casamento, D&C 131:1–2.
será construída no Missouri, D&C 84:1–5 Um novo e eterno convênio foi instituí-
(D&C 57:1–3). O Cordeiro se porá de pé do para a plenitude da glória do Senhor,
sobre o Monte Sião, e na cidade santa, a D&C 132:6, 19.
Nova Jerusalém, D&C 133:56.
Novo Testamento. Ver também Bíblia;
Meu tabernáculo se chamará Sião,
Escrituras
uma Nova Jerusalém, Mois. 7:62.
Coleção de escritos inspirados (origi-
Novo e Eterno Convênio. Ver também nalmente em grego) a respeito da vida e
Convênio do ministério de Jesus Cristo, dos após-
É a plenitude do evangelho de Jesus tolos e de outros discípulos do Salva-
Cristo (D&C 66:2). É considerado novo dor. O Novo Testamento divide-se do
toda vez que é revelado novamente após seguinte modo: os Evangelhos, os Atos
um período de apostasia. É eterno por dos Apóstolos, as epístolas de Paulo, as
ser o convênio de Deus desfrutado em epístolas gerais e o livro de Apocalipse.
todas as dispensações do evangelho em Os quatro evangelhos — os livros de
que o povo esteve disposto a recebê-lo. Mateus, Marcos, Lucas e João — são rela-
O novo e eterno convênio foi uma vez tos da vida de Cristo. O livro de Atos re-
mais revelado aos homens na Terra por gistra a história da Igreja e dos apóstolos,
Jesus Cristo, por intermédio do Profeta especialmente as viagens missionárias
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Números 146
de Paulo após a morte de Cristo. As Rute e pai de Jessé, que veio a ser pai do
epístolas de Paulo instruem os líderes e rei Davi (Rut. 4:13–17, 21–22).
membros da Igreja. As outras cartas fo-
Obedecer, Obediência, Obediente.
ram escritas por outros apóstolos e for-
Ver também Abençoado, Abençoar,
necem conselhos adicionais aos santos
Bênção; Alegria; Andar, Andar com
da época. O Livro de Apocalipse, escrito
Deus; Atender, Dar ouvidos; Lei;
pelo apóstolo João, em sua maior parte
Mandamentos de Deus
é constituído de profecias relativas aos
últimos dias. No sentido espiritual, obedecer é fazer
a vontade de Deus.
Números. Ver também Pentateuco
Noé fez conforme a tudo o que Deus
O quarto livro do Velho Testamento. lhe mandou, Gên. 6:22. Abraão obede-
Moisés escreveu o livro de Números. O ceu ao Senhor, Gên. 22:15–18. Tudo o
livro de Números relata a história da jor- que o Senhor tem falado faremos, Êx.
nada de Israel do Monte Sinai às planí- 24:7. Ouve pois, ó Israel, e atenta que os
cies de Moabe, nas fronteiras de Canaã. guardes, Deut. 6:1–3. Amando ao Se-
Uma das lições importantes que ele nos nhor, dando ouvidos à sua voz, Deut.
ensina é que o povo de Deus deve andar 30:20. Obedecer é melhor do que sacrifi-
pela fé e confiar em Suas promessas, se car, 1 Sam. 15:22. Teme a Deus e guarda
quiser continuar a ser bem sucedido. Ele os seus mandamentos, Ecles. 12:13–14.
relata os castigos de Deus sobre Israel Nem todos entrarão no reino dos céus,
por causa da desobediência e fornece senão aquele que faz a vontade do Pai,
informações sobre as leis israelitas. O Mt. 7:21 (3 Né. 14:21). Se alguém quiser
livro tem esse nome por conter os núme- fazer a vontade de Deus, pela mesma
ros de um recenseamento (Núm. 1–2; 26). doutrina conhecerá se ela é de Deus, Jo.
Os capítulos 1–10 contam os prepara- 7:17. Mais importa obedecer a Deus do
tivos de Israel para partir do Sinai. Os que aos homens, At. 5:29. Filhos, sede
capítulos 11–14 descrevem a jornada dos obedientes a vossos pais, Ef. 6:1 (Col.
israelitas, os espias enviados a Canaã e a 3:20).
recusa de Israel de entrar na terra prome- Eu irei e cumprirei as ordens do Se-
tida. Os capítulos 15–19 registram várias nhor, 1 Né. 3:7. Obedeci, portanto, à voz
leis e eventos históricos. Os capítulos do Espírito, 1 Né. 4:6–18. Se os filhos dos
20–36 relatam a história do último ano homens seguirem os mandamentos de
que o povo viveu no deserto. Deus, ele os alimenta, 1 Né. 17:3. Cuida-
do para que não vos inclineis ao espírito
maligno, Mos. 2:32–33, 37 (D&C 29:45).
Obadias
Os homens recebem sua recompensa de
No Velho Testamento, um profeta que acordo com o espírito a quem obedecem,
predisse a destruição de Edom. Profeti- Al. 3:26–27.
zou, possivelmente, durante o reinado Os homens devem fazer muitas coisas
de Jorão (848–844 a.C.) ou na época da de sua livre e espontânea vontade, D&C
invasão babilônica em 586 a.C. 58:26–29. Em nada ofende o homem a
Livro de Obadias: Livro do Velho Tes- Deus, a não ser os que não confessam a
tamento, que tem apenas um capítulo. mão dele em todas as coisas, e não obe-
Nele Obadias escreveu sobre a queda decem a seus mandamentos, D&C 59:21.
de Edom e profetizou que se levantarão Eu, o Senhor, estou obrigado quando
salvadores no monte Sião. fazeis o que eu digo, D&C 82:10. Toda
alma que obedecer à minha voz, verá a
Obede. Ver também Boaz; Rute minha face e saberá que eu sou, D&C
No Velho Testamento, filho de Boaz e 93:1. O povo precisa ser corrigido até
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
147 Odiar, Ódio
aprender obediência, D&C 105:6. Quan- Obras
do recebemos uma bênção de Deus, é por Ações de uma pessoa, quer sejam boas
obediência à lei na qual ela se baseia, ou más. Toda pessoa será julgada por
D&C 130:21. suas próprias obras.
Adão foi obediente, Mois. 5:5. E assim
Deus pagará ao homem conforme a
os provaremos para ver se farão todas
sua obra, Prov. 24:12.
as coisas que o Senhor seu Deus lhes
Assim resplandeça a vossa luz diante
mandar, Abr. 3:25.
dos homens, para que vejam as vossas
Obra Missionária. Ver também boas obras, Mt. 5:16 (3 Né. 12:16). Aquele
Evangelho; Pregar que faz a vontade de meu Pai entrará no
Difundir o evangelho de Jesus Cristo reino dos céus, Mt. 7:21. A fé sem obras
por palavra e por exemplo. é morta, Tg. 2:14–26.
Serão julgados por suas próprias
Quão suaves são sobre os montes os obras, 1 Né. 15:32 (Mos. 3:24). Sabemos
pés do que anuncia a salvação, Isa. 52:7. que é pela graça que somos salvos, de-
Procurarei pelas minhas ovelhas, e as pois de tudo o que pudermos fazer, 2 Né.
buscarei, Eze. 34:11. 25:23. Ensina-os a nunca se cansarem
Pregai o evangelho a toda a criatu- de boas obras, Al. 37:34. É imprescin-
ra, Mc. 16:15 (Mórm. 9:22). Os campos dível que os homens sejam julgados
estão brancos para a ceifa, Jo. 4:35. E de acordo com suas obras, Al. 41:3. Por
como pregarão, se não forem enviados, suas obras os conhecereis, Morô. 7:5
Rom. 10:15. (D&C 18:38).
Devemos ensinar com toda diligência Eu, o Senhor, julgarei todos os homens
a palavra de Deus, Jacó 1:19. O Senhor segundo suas obras, D&C 137:9.
concede a todas as nações que ensinem
a sua palavra, Al. 29:8. Obras-Padrão. Ver Cânone
Para que o evangelho seja proclamado Ociosidade, Ocioso
pelos fracos e simples, D&C 1:23. Uma
obra maravilhosa está para iniciar-se, Inatividade; pessoa que não se envolve
D&C 4:1. Se trabalhardes todos os vossos em obras de justiça e retidão.
dias, e trouxerdes a mim uma só alma, Se alguém não quiser trabalhar, não
grande será a vossa alegria, D&C 18:15. coma também, 2 Tess. 3:10.
Os meus eleitos ouvem a minha voz e Tornaram-se um povo preguiçoso,
não endurecem o coração, D&C 29:7. De cheio de maldade, 2 Né. 5:24. Procura
dois em dois ireis pregando meu evan- fugir da ociosidade, Al. 38:12.
gelho, D&C 42:6. O som deverá partir O ocioso não comerá o pão do traba-
deste lugar, D&C 58:64. Que abrais a lhador, D&C 42:42. Ai de vós que não
boca para proclamar meu evangelho, trabalhais com as próprias mãos, D&C
D&C 71:1. Proclamando a verdade con- 56:17. Os homens devem ocupar-se ze-
forme as revelações e mandamentos, losamente numa boa causa, D&C 58:27.
D&C 75:4. Todo aquele que for adverti- Cessai de ser ociosos, D&C 88:124.
do deverá advertir seu próximo, D&C
Odiar, Ódio. Ver também Amor;
88:81 (D&C 38:40–41). O Senhor provi-
Inimizade; Vingança
denciará pelas famílias dos que pregam
o evangelho, D&C 118:3. Os servos de O ódio é uma forte aversão a alguém
Deus irão avante proclamando o evange- ou alguma coisa.
lho, D&C 133:38. Os élderes fiéis, quan- Eu, Deus, visito a maldade dos pais
do deixam a vida mortal, continuam nos filhos daqueles que me odeiam, Êx.
seus labores na pregação do evangelho, 20:5. Estas seis coisas o Senhor odeia,
D&C 138:57. Prov. 6:16. O homem insensato despreza
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Ofender 148
a sua mãe, Prov. 15:20. Era despreza- Reconcilia-te primeiro com teu ir-
do, e o mais indigno entre os homens, mão, e depois apresenta a tua oferta,
Isa. 53:3. Mt. 5:23–24.
Fazei bem aos que vos odeiam, Mt. Ofertai toda a vossa alma, como dá-
5:44. Ou há de odiar um e amar o outro, diva, a Cristo, Ômni 1:26. Se um ho-
Mt. 6:24. E odiados de todos sereis por mem oferecer uma dádiva sem verda-
causa de meu nome, Mt. 10:22. Aquele deira intenção, nada lhe aproveitará,
que faz o mal odeia a luz, Jo. 3:20. Nin- Morô. 7:6.
guém despreze a tua mocidade, 1 Tim. O Sacerdócio Aarônico jamais será
4:12. retirado até que os filhos de Levi façam
Porque, sendo ricos, desprezam as outra vez, em retidão, uma oferta ao Se-
revelações de Deus, 2 Né. 9:30. Não des- nhor, D&C 13. No dia do Senhor ofere-
prezeis as revelações de Deus, Jacó 4:8. cerás tuas oblações e teus sacramentos
Tinham ódio eterno contra nós, Jacó 7:24. ao Altíssimo, D&C 59:12. Como Igreja e
Embora os homens ignorem os con- povo, façamos ao Senhor uma oferta em
selhos de Deus e desprezem suas pala- retidão, D&C 128:24.
vras, D&C 3:7.
Odiado e perseguido por dizer que eu Oficial, Ofício. Ver também
tivera uma visão, JS—H 1:25. Ordenação, Ordenar; Sacerdócio
Ofender Cargo de autoridade ou responsabi-
lidade em uma organização. Nas escri-
Violar uma lei divina, pecar, causar
turas essas palavras são frequentemente
constrangimento ou magoar; também
usadas para representar um cargo de
desagradar ou aborrecer alguém.
autoridade no sacerdócio; também po-
O irmão ofendido é mais difícil de dem significar os deveres relativos a um
conquistar do que uma cidade forte, cargo ou referir-se à pessoa que o exerce.
Prov. 18:19.
Procuro sempre ter uma consciência Nem todos os membros têm a mesma
sem ofensa, tanto para com Deus como operação, Rom. 12:4.
para com os homens, At. 24:16. Magnificamos o nosso ofício para o
Se teu irmão ou irmã te ofender e con- Senhor, Jacó 1:19. Melquisedeque re-
fessar reconciliar-vos-eis, D&C 42:88. cebeu o ofício do sumo sacerdócio, Al.
Em nada ofende o homem a Deus, a não 13:18. O ofício do ministério dos anjos é
ser os que não confessam sua mão em chamar os homens ao arrependimento,
todas as coisas, e não obedecem a seus Morô. 7:31.
mandamentos, D&C 59:21. Nenhuma pessoa deve ser ordenada
para qualquer ofício nesta Igreja, sem
Oferta. Ver também Bem-Estar; o voto da Igreja, D&C 20:65. Que todo
Dízimos; Esmolas; Jejuar, Jejum; homem ocupe seu próprio ofício, D&C
Sacrifício 84:109. Há presidentes, ou oficiais que
Uma dádiva ao Senhor. No Velho Tes- procedem, designados dentre os que são
tamento a palavra geralmente é usada ordenados aos diversos cargos desses
referindo-se a sacrifícios ou holocaus- dois sacerdócios, D&C 107:21. Descritos
tos. A Igreja, hoje em dia, usa as ofertas os deveres dos que presidem sobre os
de jejum e outros donativos voluntários ofícios dos quóruns do sacerdócio, D&C
(inclusive de tempo, aptidões, talentos e 107:85–98. Que todo homem aprenda seu
recursos) para ajudar os pobres e tam- dever, e a agir no ofício para o qual for
bém para outras causas nobres. designado, D&C 107:99–100. Agora vos
Todavia vós me roubais nos dízimos indico os oficiais do meu sacerdócio,
e ofertas, Mal. 3:8–10. D&C 124:123.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
149 Ômni
Óleo. Ver também Bênção dos se abriram e nossos entendimentos se
Doentes; Oliveira; Unção, Ungir iluminaram, D&C 76:12. A luz vem por
Quando as escrituras mencionam a meio daquele que ilumina vossos olhos,
palavra óleo, geralmente se referem ao D&C 88:11. Se vossos olhos estiverem
óleo de oliva. Desde os tempos do Velho fitos em minha glória, os vossos corpos
Testamento o óleo de oliva tem sido usa- se encherão de luz, D&C 88:67.
do nas cerimônias do tabernáculo e do Oliveira. Ver também Israel; Óleo
templo para unções, como combustível
nas lâmpadas e como alimento. O óleo Árvore comum em Israel e importan-
de oliva às vezes é usado como símbolo te produto agrícola nas terras bíblicas.
de pureza e do Espírito Santo e sua in- É cultivada por sua madeira, seus fru-
fluência (1 Sam. 10:1, 6; 16:13; Isa. 61:1–3). tos e óleo. A oliveira é frequentemente
usada nas escrituras, representando a
O sacerdote porá óleo na ponta da ore- casa de Israel.
lha direita, Lev. 14:28–29. Enviou-me o
Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, A casa de Israel é comparada a uma
1 Sam. 15:1. A botija de azeite da viúva oliveira, cujos ramos seriam arrancados
não ficou vazia, 1 Re. 17:10–16. Unges a e espalhados, 1 Né. 10:12 (1 Né. 15:12). O
minha cabeça com óleo, Salm. 23:5. Senhor comparou Israel a uma oliveira
Ungiam muitos enfermos com óleo, brava, Jacó 5–6.
Mc. 6:13. Chame os presbíteros (élderes) Joseph Smith chamou a revelação da
da Igreja, e orem sobre ele, Tg. 5:13–15. seção 88 de a “Folha de Oliveira”, D&C
Tendo preparadas e acesas as vossas 88 cabeçalho. Um nobre disse a seus
lâmpadas, D&C 33:17 (Mt. 25:1–13). servos que fossem à vinha e plantassem
doze oliveiras, D&C 101:43–62.
Olho(s)
Oliveiras, Monte das. Ver também
Nas escrituras, o olho é frequentemen-
Getsêmani
te usado como símbolo da habilidade
do homem de receber a luz de Deus. Uma colina a leste do Vale de Cedrom,
Em sentido simbólico, o olho da pessoa a leste de Jerusalém. Em suas encostas
também demonstra sua condição es- ocidentais, perto da base, fica o jardim
piritual e o entendimento que tem das do Getsêmani. Betfagé e Betânia ficam
coisas de Deus. no topo da encosta oriental. Esse mon-
te foi o local de muitos acontecimentos
O mandamento do Senhor é puro, e
bíblicos (Mt. 24:3) e será também um lu-
alumia os olhos, Salm. 19:8. Os tolos têm
gar importante nos acontecimentos dos
olhos mas não veem, Jer. 5:21 (Mc. 8:18).
últimos dias (Zac. 14:3–5; D&C 45:48–54;
A candeia do corpo são os olhos, Mt.
133:20).
6:22 (Lc. 11:34; 3 Né. 13:22; D&C 88:67).
Bem-aventurados os vossos olhos, por- Ômega. Ver Alfa e Ômega; Jesus
que veem, Mt. 13:16. Os olhos do vos- Cristo
so entendimento serão iluminados,
Ef. 1:17–18. Ômner. Ver também Mosias, Filho do
Ai dos que são sábios a seus próprios rei Benjamim; Mosias, Filhos de
olhos, 2 Né. 15:21 (Isa. 5:21). Começaram No Livro de Mórmon, um dos filhos
a jejuar e a orar a fim de que os olhos do rei Mosias. Ômner foi com seus ir-
pudessem abrir-se, Mos. 27:22. Satanás mãos pregar aos lamanitas (Mos. 27:8–11,
cegou-lhes os olhos, 3 Né. 2:2. Ninguém 34–37; 28:1–9).
terá poder para trazer à luz o Livro de
Mórmon se não tiver os olhos fitos na Ômni
glória de Deus, Mórm. 8:15. No Livro de Mórmon, um nefita man-
Pelo poder do Espírito nossos olhos tenedor de registros, que escreveu nos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Onipotente 150
anais aproximadamente em 361 a.C. (Jar. Deus conceder-nos o que pedimos (3 Né.
1:15; Ômni 1:1–3). 18:20). Algumas orações deixam de ser
Livro de Ômni: Livro traduzido das respondidas porque de forma alguma
placas menores de Néfi, no Livro de representam a vontade de Cristo, mas,
Mórmon. Ele tem apenas um capítulo, sim, emanam do egoísmo humano (Tg.
o qual relata as guerras entre nefitas 4:3; D&C 46:9). Realmente, se pedirmos
e lamanitas. Ômni escreveu apenas os ao Senhor coisas indignas, será para a
três primeiros versículos do livro. As nossa condenação (D&C 88:65).
placas foram então passadas sucessiva- Então se começou a invocar o nome
mente a Amaron, Quêmis, Abinadom do Senhor, Gên. 4:26. No lugar do altar
e finalmente a Amaléqui. Este, por sua Abraão invocou o nome do Senhor, Gên.
vez, entregou-as ao rei Benjamim, rei de 13:4. O servo de Abraão orou pedindo
Zaraenla. auxílio para encontrar uma esposa para
Onipotente. Ver também Trindade Isaque, Gên. 24:10–19. Longe de mim que
eu peque contra o Senhor, deixando de
O atributo divino de possuir todo o
orar por vós, 1 Sam. 12:23. O Senhor es-
poder (Gên. 18:14; Al. 26:35; D&C 19:1–3).
cutará a oração dos justos, Prov. 15:29.
Onipresente. Ver também Trindade E me achareis quando me buscardes de
A capacidade que tem Deus de estar todo o vosso coração, Jer. 29:12–13.
presente em toda parte por meio de Seu Orai pelos que vos maltratam, Mt. 5:44
espírito (Salm. 139:7–12; D&C 88:7–13, 41). (Lc. 6:28; 3 Né. 12:44). Ora a teu pai que
está em oculto, Mt. 6:5–8 (3 Né. 13:5–8).
Onisciente. Ver também Trindade Portanto, vós orareis assim, Mt. 6:9–13
O atributo divino de possuir todo o (Lc. 11:2; 3 Né. 13:9). Pedi e dar-se-vos-á,
conhecimento (Mt. 6:8; 2 Né. 2:24). Mt. 7:7 (3 Né. 14:7; D&C 4:7; 6:5; 66:9). Je-
sus subiu ao monte para orar à parte, Mt.
Oposição. Ver Adversidade 14:23. Vigiai e orai, para que não entreis
Oração. Ver também Adorar; Amém; em tentação, Mt. 26:41 (Mc. 14:38; 3 Né.
Pedir; Ponderar 18:15–18; D&C 31:12). Peça-a, porém, com
fé, não duvidando, Tg. 1:5–6 (D&C 42:68;
Comunicação reverente com Deus
46:7). A oração feita por um justo pode
durante a qual a pessoa agradece e pede
bênçãos. As orações são dirigidas a nos- muito, Tg. 5:16.
so Pai Celestial em nome de Jesus Cristo Se désseis ouvidos ao Espírito que
e podem ser feitas em voz alta ou em ensina o homem a orar, 2 Né. 32:8–9.
silêncio. Os pensamentos também po- Dirigi-lhe uma fervorosa oração, En.
dem ser uma oração, se forem dirigidos 1:4. Jejuei e orei durante muitos dias,
a Deus. O cântico dos justos pode ser Al. 5:45–46 (Al. 26:22). Haviam-se de-
uma oração a Deus (D&C 25:12). votado a muita oração e jejum, Al. 17:3.
O propósito da oração não é o de alte- Não vos recordais do que Zenos disse
rar a vontade de Deus, mas de obtermos a respeito da oração ou da adoração,
para nós mesmos e para os outros as bên- Al. 33:3. Humilhai-vos e continuai em
çãos que Deus já está disposto a conce- oração, Al. 34:18–27. Aconselha-te com
der, mas que devemos pedir para obter. o Senhor em tudo que fizeres, Al. 37:37.
Oramos ao Pai em nome de Cristo Deveis sempre orar ao Pai em meu nome,
(Jo. 14:13–14; 16:23–24). Podemos real- 3 Né. 18:19–20. Orai no seio de vossa
mente orar em nome de Cristo se os família, 3 Né. 18:21. Jesus orou ao Pai,
nossos desejos forem os dele (Jo. 15:7; 3 Né. 19:31–34 (Jo. 17; 3 Né. 18:16). Orde-
D&C 46:30). Se assim for, pediremos o nou que não cessassem de orar em seus
que é correto, sendo então possível a corações, 3 Né. 20:1. Se um homem ora
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
151 Ordenanças
sem verdadeiro intento de coração, de ofício. Para usar a autoridade na Igreja
nada lhe aproveita, Morô. 7:6–9. do Senhor a pessoa deve ser chamada
Não peças o que não deves pedir, por Deus, por profecia e pela imposição
D&C 8:10. Ora sempre, para que saias de mãos por quem possua autoridade
vencedor, D&C 10:5. Ordeno que deve- (RF 1:5). Embora a pessoa receba auto-
rás orar, tanto oralmente como em teu ridade na ordenação, só pode exercê-la
coração, D&C 19:28. O Espírito ser-vos-á sob a direção dos que possuem as chaves
dado pela oração da fé, D&C 42:14. Irás daquela autoridade.
à casa de oração e oferecerás teus sacra- Às nações te dei por profeta, Jer. 1:5.
mentos, D&C 59:9 (Mt. 21:13). Os pais Não me escolhestes vós a mim, mas eu
devem ensinar seus filhos a orar, D&C vos escolhi a vós, e vos nomeei, Jo. 15:16.
68:28. O Senhor seu Deus é vagaroso Alma, tendo autoridade de Deus, or-
em atender a suas orações, D&C 101:7– denou sacerdotes, Mos. 18:18. Os ho-
8 (Mos. 21:15). Sê humilde; e o Senhor
mens são ordenados ao sumo sacerdócio
teu Deus responderá a tuas orações,
com uma santa ordenança, Al. 13:1–9.
D&C 112:10.
Jesus chamou e ordenou doze discí-
Adão foi ordenado a invocar a Deus
pulos, 3 Né. 12:1. Os élderes ordenam
em nome do Filho, Mois. 5:8. O Pai e o
sacerdotes e mestres pela imposição de
Filho apareceram a Joseph Smith em
mãos, Morô. 3.
resposta a suas orações, JS—H 1:11–20.
Deves esperar ainda um pouco mais
Oração do Senhor, A. Ver Pai Nosso, porque ainda não foste ordenado, D&C
O 5:17. Joseph Smith foi ordenado apóstolo
de Jesus Cristo, D&C 20:2 (D&C 27:12).
Ordem Unida. Ver também Consagrar, Nenhuma pessoa deve ser ordenada sem
Lei da Consagração o voto da Igreja, D&C 20:65. A ninguém
Organização através da qual os santos, será permitido pregar o meu evangelho,
no início da Igreja restaurada, procura- a não ser que tenha sido ordenado por
vam viver a lei da consagração. Os mem- alguém com autoridade, D&C 42:11. Os
bros compartilhavam as propriedades, élderes são ordenados a pregar o meu
os bens e os lucros e recebiam de acordo evangelho, D&C 50:13–18. É dever dos
com suas carências e necessidades (D&C Doze ordenar e organizar todos os ou-
51:3; 78:1–15; 104). tros oficiais da Igreja, D&C 107:58.
Nas coisas materiais vós devereis ser Busquei as bênçãos dos pais e o di-
iguais, D&C 70:14. Os santos deveriam reito ao qual eu deveria ser ordenado,
organizar-se para ser iguais em todas as Abr. 1:2. Joseph Smith e Oliver Cowdery
coisas, D&C 78:3–11 (D&C 82:17–20). O ordenaram um ao outro ao Sacerdócio
Senhor deu à ordem unida uma revela- Aarônico, JS—H 1:68–72.
ção e um mandamento, D&C 92:1. John
Ordenanças. Ver também Genealogia;
Johnson deveria tornar-se membro da
Salvação; Salvação para os Mortos;
ordem unida, D&C 96:6–9. O Senhor deu
Selamento, Selar; Templo, A Casa
instruções gerais para o funcionamento
do Senhor
da ordem unida, D&C 104. Meu povo
não está unido segundo a união exigida Rituais e cerimônias sagradas. As or-
pela lei do reino celestial, D&C 105:1–13. denanças consistem em ações de signi-
ficado espiritual. Também podem ser as
Ordenação, Ordenar. Ver também leis e os estatutos de Deus.
Autoridade; Chamado, Chamado As ordenanças na Igreja incluem
por Deus, Chamar; Mãos, Imposição a bênção dos doentes (Tg. 5:14–15), a
de; Oficial, Ofício; Sacerdócio bênção do sacramento (D&C 20:77,
Designar ou conferir autoridade ou 79), o batismo por imersão (Mt. 3:16;
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Orgulho 152
D&C 20:72–74), a bênção de crianças e a arrogância são características típicas
(D&C 20:70), a concessão do Espírito do orgulhoso.
Santo (D&C 20:68; 33:15), do sacerdócio Guarda-te para que se não eleve o teu
(D&C 84:6–16; 107:41–52), as ordenanças coração e não te esqueças do Senhor,
do templo (D&C 124:39) e o casamento no Deut. 8:11–14. A soberba e a arrogância
novo e eterno convênio (D&C 132:19–20). aborreço, Prov. 8:13 (Prov. 6:16–17). A
Declara-lhes os estatutos e as leis, Êx. soberba precede a ruína, Prov. 16:18. O
18:20. Para que andem nos meus estatu- dia do Senhor será contra o soberbo, Isa.
tos, e guardem os meus juízos, Eze. 11:20. 2:11–12 (2 Né. 12:11–12). A soberba do teu
O povo observava estritamente as coração te enganou, Oba. 1:3. Os sober-
ordenanças de Deus, Al. 30:3. Que nos bos serão como palha, Mal. 4:1 (1 Né.
aproveita termos guardado as suas or- 22:15; 3 Né. 25:1; D&C 29:9).
denanças, 3 Né. 24:13–14. O que a si mesmo se exaltar será hu-
Aquele que ora contrito, é aceito por milhado, Mt. 23:12 (D&C 101:42). Deus
mim, se obedecer às minhas ordenanças, resiste aos soberbos, 1 Ped. 5:5.
D&C 52:14–19. O grande e espaçoso edifício era o
orgulho do mundo, 1 Né. 11:36 (1 Né.
Toda a humanidade pode ser salva
12:18). Quando são instruídos pensam
por obediência às leis e às ordenanças
que são sábios, 2 Né. 9:28–29. Enchestes
do Evangelho, RF 1:3.
o coração de orgulho, Jacó 2:13, 16 (Al.
Ordenança vicária: Ordenança religiosa 4:8–12). Estais despidos de orgulho, Al.
realizada por uma pessoa viva em favor 5:28. O excessivo orgulho se apoderou
de outra falecida. Tais ordenanças rea- do coração do povo, Hel. 3:33–36. Quão
lizam-se atualmente nos templos, po- rápidos são os filhos dos homens em se
rém tornam-se válidas somente quando exaltar em seu orgulho, Hel. 12:4–5. O
aqueles por quem são realizadas as acei- orgulho desta nação será sua destruição,
tam, guardam os convênios relativos a Morô. 8:27.
elas e são selados pelo Santo Espírito da Precavei-vos contra o orgulho, para
Promessa. Hoje em dia essas ordenanças que não vos torneis como os nefitas,
só são realizadas nos templos. D&C 38:39. Cessai de todo vosso orgu-
Que farão os que se batizam pelos lho e frivolidade, D&C 88:121.
mortos, se absolutamente os mortos não Oseias
ressuscitam, 1 Cor. 15:29.
Profeta do Velho Testamento que
Os batismos pelos mortos devem ser profetizou no reino de Israel do norte
realizados nos templos, D&C 124:29–36. durante a última parte do reinado de
Os espíritos no mundo espiritual foram Jeroboão II. Ele viveu numa época de
ensinados a respeito do batismo vicá- decadência e ruína nacional, em virtude
rio para a remissão dos pecados, D&C do pecado de Israel.
138:29–34.
Livro de Oseias: O tema básico do livro
Orgulho. Ver também Dinheiro; é o amor de Deus pelo Seu povo. Todos
Humildade, Humilde, Humilhar; os Seus castigos foram infligidos com
Mundanismo; Riquezas; Vaidade, amor e a restauração de Israel será tam-
Vão bém por causa do Seu amor (Ose. 2:19;
14:4). Em contraste, Oseias descreve a
Falta de humildade ou de mansidão. O
traição e a infidelidade de Israel. Ape-
orgulho coloca as pessoas em oposição
sar disso, o Senhor pode ver no futuro a
recíproca ou contra Deus. O orgulho-
redenção final de Israel (Ose. 11:12–14:9).
so coloca-se acima dos outros e segue
a sua própria vontade, em vez da de Ouvido, Ouvir. Ver também Atender,
Deus. A vaidade, a inveja, a impiedade Dar ouvidos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
153 Pais
Nas escrituras o ouvido e o sentido paciência porque o Senhor estava con-
da audição frequentemente são usados tigo, Al. 38:4–5.
como símbolo de nossa capacidade de Continuai pacientemente até que sejais
escutar e entender as coisas de Deus. aperfeiçoados, D&C 67:13.
O Senhor despertará um profeta como Pacificador. Ver também Paz
eu; e a ele ouvireis, Deut. 18:15. Têm
Pessoa que promove ou estabelece a
ouvidos, mas não ouvem, Salm. 115:6.
paz (Mt. 5:9; 3 Né. 12:9). Um pacificador
O Senhor desperta-me o ouvido para
também pode ser aquele que proclama
que ouça, Isa. 50:4–5 (2 Né. 7:4–5). Não
o evangelho (Mos. 15:11–18).
demos ouvidos aos teus servos, os pro-
fetas, Dan. 9:6. Pai Celestial. Ver também Trindade
Quem tem ouvidos para ouvir ouça, O Pai dos espíritos de toda a humani-
Mt. 11:15. Ouviram de mau grado com dade (Salm. 82:6; Mt. 5:48; Jo. 10:34; Rom.
seus ouvidos, Mt. 13:15 (Mois. 6:27). O 8:16–17; Gál. 4:7; 1 Jo. 3:2). Jesus é o Seu
olho não viu, e o ouvido não ouviu as Filho Unigênito na carne. Ordenou-se
coisas que Deus preparou para os que ao homem que obedecesse e prestasse
o amam, 1 Cor. 2:9 (D&C 76:10). reverência ao Pai e que orasse a Ele em
O diabo sussurra-lhes aos ouvidos, nome de Jesus.
2 Né. 28:22. Que abrais os ouvidos para Se perdoardes aos homens, também
ouvir, Mos. 2:9 (3 Né. 11:5). Se não ou- vosso Pai Celestial vos perdoará, Mt.
vis a voz do Bom Pastor, não sois suas 6:14 (Mt. 18:35; 3 Né. 13:14). Vosso Pai
ovelhas, Al. 5:38 (Hel. 7:18). Fui chamado Celestial bem sabe que necessitais de
muitas vezes e não quis ouvir, Al. 10:6. todas estas coisas, Mt. 6:26–33 (3 Né.
Ouve minhas palavras, Al. 36:1 (Al. 38:1; 13:26–33). Quanto mais dará o Pai Ce-
D&C 58:1). lestial o Espírito Santo àqueles que lho
Não há ouvido que não ouça, D&C 1:2. pedirem, Lc. 11:11–13. Bendito o Deus e
Os ouvidos são abertos pela humildade Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Ef. 1:3.
e oração, D&C 136:32. Estamos eternamente em dívida com
Paciência. Ver também Mansidão, nosso Pai Celestial, Mos. 2:34. Cristo
Manso, Mansuetude; Perseverar glorificou o nome do Pai, Ét. 12:8.
Os santos devem testificar acerca de
Tranquila resignação; a capacidade de suas perseguições antes que o Pai saia do
suportar aflições, insultos ou injúrias seu esconderijo, D&C 123:1–3, 6.
sem reclamação nem represália. Recebemos grandes e gloriosas bên-
Descansa no Senhor, e espera nele, çãos de nosso Pai Celestial, JS—H 1:73.
Salm. 37:7–8. O longânimo é grande em
Pai Eterno. Ver Pai Celestial;
entendimento, Prov. 14:29.
Trindade
Na vossa paciência possuí as vossas
almas, Lc. 21:19. Temos esperança pela Pai Nosso, O. Ver também Oração
paciência e consolação das escrituras, A oração que o Salvador proferiu em
Rom. 15:4. Mas sejais imitadores dos que favor dos Seus discípulos e que serve
pela fé e paciência herdam as promessas, de modelo para toda oração (Mt. 6:9–13;
Heb. 6:12–15. Tenha a paciência a sua 3 Né. 13:9–13).
obra perfeita, para que sejais perfeitos e
completos, Tg. 1:2–4. Ouvistes qual foi a Pais. Ver também Mãe; Pai Terreno
paciência de Jó, Tg. 5:11. Pais e mães. Marido e mulher dig-
Submeteram-se de bom grado e com nos, que foram devidamente selados
paciência a todas as vontades do Se- em casamento em um templo de Deus,
nhor, Mos. 24:15. Suportaste tudo com poderão desempenhar o seu papel como
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Pai Terreno 154
pais por toda a eternidade. “Os pais têm Ele ordenou-me que fosse contar a
o sagrado dever de criar os filhos com meu pai a visão e os mandamentos que
amor e retidão, atender às suas necessi- havia recebido, JS—H 1:49.
dades físicas e espirituais, ensiná-los a
Palavra de Deus. Ver também
amar e servir uns aos outros, guardar
Escrituras; Mandamentos de Deus;
os mandamentos de Deus e ser cidadãos
Revelação
cumpridores da lei, onde quer que mo-
rem” (Liahona [International Magazine], Instruções, mandamentos ou uma
June 1996, “The Family: A Proclamation mensagem de Deus. Os filhos de Deus
to the World”). podem receber a Sua palavra diretamen-
te, por revelação, por meio do Espírito
Filhos, sede obedientes a vossos pais,
ou de Seus servos escolhidos (D&C 1:38).
Ef. 6:1–3 (Col. 3:20).
Adão e Eva foram nossos primeiros De tudo o que sai da boca do Senhor
pais, 1 Né. 5:11. A maldição recaia sobre viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4; D&C
a cabeça de vossos pais, 2 Né. 4:6. Ensina 84:43–44). Lâmpada para os meus pés é
aos pais que devem arrepender-se e ser tua palavra, e luz para o meu caminho,
batizados, Morô. 8:10. Salm. 119:105.
Aos pais é ordenado que ensinem o Todos foram cheios do Espírito Santo,
evangelho a seus filhos, D&C 68:25. e anunciavam com ousadia a palavra de
Todos os filhos têm o direito de receber Deus, At. 4:31–33.
de seus pais o seu sustento, D&C 83:4. A barra de ferro era a palavra de Deus
Os pecados dos pais não podem recair que conduzia à árvore da vida, 1 Né.
sobre a cabeça dos filhos, Mois. 6:54. 11:25 (1 Né. 15:23–25). Havíeis perdido
a sensibilidade de modo que não pu-
Pai Terreno. Ver também Bênçãos destes perceber suas palavras, 1 Né.
Patriarcais; Família; Pais; Patriarca, 17:45–46. Ai do que rejeitar a palavra
Patriarcal de Deus, 2 Né. 27:14 (2 Né. 28:29; Ét. 4:8).
Título sagrado concedido ao homem Prossegui com firmeza, banquetean-
que gerou ou adotou legalmente uma do-vos com a palavra de Cristo, 2 Né.
criança. 31:20 (2 Né. 32:3). Por causa de sua in-
credulidade não podiam compreender
Honra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 a palavra de Deus, Mos. 26:3 (Al. 12:10).
(Deut. 5:16; Mt. 19:19; Mos. 13:20). O pai Haviam examinado diligentemente as
repreende o filho a quem quer bem, escrituras para conhecer a palavra de
Prov. 3:12. Deus, Al. 17:2. Seria aconselhável pôr à
Pais, não provoqueis a ira a vossos prova a virtude da palavra de Deus, Al.
filhos, Ef. 6:1–4. 31:5. Alma comparou a palavra de Deus
Fui instruído sobre alguma coisa de a uma semente, Al. 32:28–43.
todo o conhecimento de meu pai, 1 Né. E tudo que disserem, quando movidos
1:1. Meu pai era um homem justo, pois pelo Espírito Santo, será a palavra do Se-
me instruiu, En. 1:1. Alma orou por seu nhor, D&C 68:4. Vivereis de toda palavra
filho, Mos. 27:14. Alma deu mandamen- que sai da boca de Deus, D&C 84:44–45.
tos a seus filhos, Al. 36–42. Helamã deu O que entesourar minha palavra não
a seus filhos os nomes de seus ances- será enganado, JS—M 1:37.
trais, Hel. 5:5–12. Mórmon sempre se
lembrava de seu filho em suas orações, Palavra de Sabedoria
Morô. 8:2–3. Lei de saúde revelada pelo Senhor
Para que grandes coisas sejam reque- para benefício físico e espiritual dos
ridas de seus pais, D&C 29:48. Todo santos (D&C 89) Ela ficou comumente
homem tem a obrigação de manter sua conhecida como a Palavra de Sabedoria.
própria família, D&C 75:28. O Senhor sempre ensinou princípios de
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
155 Páscoa
saúde aos Seus seguidores. O Senhor re- princípio espiritual. Na parábola com-
velou a Joseph Smith quais tipos de ali- para-se um objeto ou acontecimento
mentos podem ser ingeridos e quais de- comum a uma verdade e o significado
vem ser evitados, juntamente com uma ou mensagem implícita da parábola ge-
promessa de bênçãos físicas e espirituais ralmente se acha oculta aos ouvintes que
pela obediência à Palavra de Sabedoria. não estiverem espiritualmente prepara-
Vinho nem bebida forte não bebereis, dos para recebê-la (Mt. 13:10–17).
Lev. 10:9. O vinho é escarnecedor, e a Jesus ensinou frequentemente por
bebida forte é alvoroçadora, Prov. 20:1. parábolas. Para uma lista das Suas pa-
rábolas mais importantes, ver a Con-
A bebida forte será amarga para os que
cordância dos Evangelhos no apêndice.
beberem, Isa. 24:9. Daniel não quis con-
taminar-se com o manjar nem com o Paraíso. Ver também Céu
vinho do rei, Dan. 1:8. A parte do mundo espiritual em que
Se alguém destruir o templo de Deus, os espíritos dos justos que partiram des-
Deus o destruirá, 1 Cor. 3:16–17. Os bê- ta vida aguardam a ressurreição do cor-
bados não herdarão o Reino de Deus, po. É um estado de felicidade e paz.
1 Cor. 6:10 (Gál. 5:21). As escrituras também usam o termo
Aquele que proíbe o uso da carne pelo paraíso referindo-se ao mundo dos espí-
homem não é autorizado por Deus, D&C ritos (Lc. 23:43), ao reino celestial (2 Cor.
49:18–21. Todas as coisas que provêm da 12:4) e à condição glorificada da Terra no
terra são para serem usadas com dis- milênio (RF 1:10).
cernimento, sem excesso, D&C 59:20. O
Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da
Senhor aconselhou os santos a não usa-
árvore da vida, que está no meio do pa-
rem vinho, bebidas fortes, tabaco e bebi-
raíso de Deus, Apoc. 2:7.
das quentes, D&C 89:1–9. Ervas, frutas,
O paraíso de Deus deverá libertar os
carne e grãos são para uso do homem e
espíritos dos justos, 2 Né. 9:13. Os espíri-
dos animais, D&C 89:10–17. A obediên-
tos dos justos são recebidos num estado
cia à Palavra de Sabedoria traz bênçãos
de felicidade, que é chamado paraíso, Al.
temporais e espirituais, D&C 89:18–21.
40:11–12. Todos os discípulos de Jesus
Pão da Vida. Ver também Jesus Cristo; haviam ido para o paraíso de Deus, com
Sacramento exceção de três, 4 Né. 1:14. Logo descan-
sarei no paraíso de Deus, Morô. 10:34.
Jesus Cristo é o Pão da Vida. O pão do
Cristo ministrou aos espíritos dos jus-
sacramento representa simbolicamente
tos no paraíso, D&C 138.
o corpo de Cristo.
Eu sou o pão da vida, Jo. 6:33–58. Partridge, Edward
Comereis e bebereis do pão e da água Membro e líder da Igreja em seu início,
da vida, Al. 5:34. Come-se o pão em me- após a restauração nestes últimos tem-
mória do corpo de Cristo, 3 Né. 18:5–7. pos. Edward Partridge serviu como pri-
O pão é um emblema da carne de Cris- meiro bispo da Igreja, (D&C 36; 41:9–11;
to, D&C 20:40, 77 (Morô. 4). 42:10; 51:1–18; 115; 124:19).
Paorã Páscoa. Ver também Cordeiro de Deus;
No Livro de Mórmon, o terceiro juiz Última Ceia
supremo nefita (Al. 50:39–40; 51:1–7; A Festa da Páscoa foi instituída para
59–62). ajudar os filhos de Israel a se lembra-
rem da época em que o anjo destrui-
Parábola dor passou por suas casas e libertou-os
Uma história simples usada para dos egípcios (Êx. 12:21–28; 13:14–15). Os
ilustrar e ensinar uma verdade ou um cordeiros sem mancha, cujo sangue foi
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Páscoa da Ressurreição 156
usado como sinal para salvar Israel na evangélicos, D&C 107:39. Meu servo Hy-
antiguidade, são um símbolo de Jesus rum, para que ocupe o ofício do Sacerdó-
Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sacrifí- cio e Patriarca, D&C 124:91–92, 124; 135:1.
cio redimiu toda a humanidade. Pais: Jacó abençoou a seus filhos e aos
Esta é a ordenança da páscoa, Êx. descendentes deles, Gên. 49:1–28.
12:43. Seja-me lícito dizer-vos livremente
Jesus e seus apóstolos guardaram a acerca do patriarca Davi, At. 2:29.
páscoa na Última Ceia, Mt. 26:17–29 Leí aconselhou e abençoou a sua pos-
(Marcos 14:12–25). Eis o Cordeiro de teridade, 2 Né. 4:3–11.
Deus, que tira o pecado do mundo, Jo. Tornei-me um herdeiro legítimo, por-
1:29, 36. Nossa páscoa, que é Cristo, já tando o direito que pertencia aos pais,
foi sacrificada por nós, 1 Cor. 5:7. So- Abr. 1:2–4.
mos redimidos com o sangue de Cris-
Patten, David W.
to, como de um cordeiro imaculado,
1 Ped. 1:18–19. Membro do Quórum dos Doze Após-
Para que tenhais fé no Cordeiro de tolos, no início da dispensação dos úl-
Deus, que tira os pecados do mundo, timos dias. David Patten foi o primeiro
Al. 7:14. mártir da Igreja restaurada, sendo morto
Os santos que guardam a Palavra de na batalha do rio Crooked, no Missou-
Sabedoria serão preservados como os ri, em 1838.
filhos de Israel, D&C 89:21. Chamado a liquidar os seus negócios
O Cordeiro, morto desde a fundação e a realizar uma missão, D&C 114:1. Foi
do mundo, Mois. 7:47. levado para o Senhor, D&C 124:19, 130.
Páscoa da Ressurreição. Ver Jesus Paulo. Ver também Epístolas Paulinas
Cristo; Ressurreição Apóstolo do Novo Testamento. Seu
Pastor. Ver também Bom Pastor; Jesus nome em hebraico era Saulo, nome pelo
Cristo qual foi conhecido até começar a sua
missão aos gentios. Anteriormente ha-
Simbolicamente, pessoa que cuida dos via perseguido a Igreja, mas conver-
filhos do Senhor. teu-se à verdade após ter uma visão de
O Senhor é meu pastor, Salm. 23:1. Os Jesus Cristo. Paulo fez três viagens mis-
pastores devem apascentar as ovelhas, sionárias principais e escreveu muitas
Eze. 34:2–3. epístolas aos santos. Quatorze destas
cartas hoje fazem parte do Novo Tes-
Patriarca, Patriarcal. Ver também tamento. No final de seu ministério foi
Bênçãos Patriarcais; Evangelista; levado preso a Roma, onde foi morto,
Pai Terreno; Sacerdócio de provavelmente na primavera no ano
Melquisedeque 65 d.C.
As escrituras falam de dois tipos de Consentiu no apedrejamento de Es-
patriarcas: (1) ofício do Sacerdócio de têvão, At. 7:57–8:1. Perseguiu os santos,
Melquisedeque, recebido por ordena- At. 8:3. Viajava para Damasco quando
ção, às vezes chamado de evangelista; lhe apareceu Jesus, At. 9:1–9. Foi batiza-
(2) pais de família. Os patriarcas orde- do por Ananias, At. 9:10–18. Após pas-
nados concedem bênçãos especiais aos sar algum tempo na Arábia, retornou a
membros dignos da Igreja. Damasco para pregar, At. 9:19–25 (Gál.
Patriarcas ordenados: Ele mesmo deu 1:17). Três anos após a sua conversão,
uns para profetas, e outros para evan- voltou a Jerusalém, At. 9:26–30 (Gál. 1:18–
gelistas, Ef. 4:11 (RF 1:6). 19). Realizou três viagens missionárias,
É dever dos Doze ordenar ministros pregando o evangelho e organizando
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
157 Pecado Imperdoável
ramos da Igreja em várias partes do Aquele que pratica as obras da retidão
Império Romano, At. 13:1–14:26; 15:36– receberá paz, D&C 59:23. Revesti-vos do
18:22; 18:23–21:15. Retornando a Jerusa- vínculo da caridade, que é o vínculo da
lém após a terceira missão, foi preso e perfeição e paz, D&C 88:125. Meu filho,
enviado a Cesareia, At. 21:7–23:35. Ficou paz seja com tua alma, D&C 121:7.
preso em Cesareia durante dois anos, Achando que havia maior paz, bus-
At. 24:1–26:32. Foi enviado a Roma, para quei as bênçãos dos pais, Abr. 1:2.
ser julgado, e naufragou no caminho,
At. 27:1–28:11. Pecado. Ver também Abominação,
Abominável; Ímpio; Imundície,
Paz. Ver também Descansar, Descanso; Imundo; Iniquidade, Iníquo;
Milênio; Pacificador Injustiça, Injusto; Ofender; Rebeldia,
Nas escrituras a paz pode significar Rebelião
tanto a ausência de conflito e tumulto Desobediência intencional aos man-
como a calma e a serenidade interior, damentos de Deus.
provenientes do Espírito que Deus con-
O que encobre as suas transgressões
cede aos Seus santos fiéis.
nunca prosperará, Prov. 28:13. Ainda que
Ausência de conf lito e tumulto: Ele vossos pecados sejam como a escarlata,
faz cessar as guerras, Salm. 46:9. eles se tornarão brancos como a neve,
Nem aprenderão mais a guerrear, Isa. 1:18. Os pecadores morrerão, e os
Isa. 2:4. justos serão salvos, Eze. 18.
Tende paz com todos os homens, O Cordeiro de Deus tira os pecados do
não vos vingueis a vós mesmos, Rom. mundo, Jo. 1:29. Batiza-te, e lava os teus
12:18–21. pecados, At. 22:16. O salário do pecado
Continuava a reinar a paz na Terra, é a morte, Rom. 6:23. Aquele que sabe
4 Né. 1:4, 15–20. fazer o bem e não o faz, comete pecado,
Renunciai à guerra e proclamai a paz, Tg. 4:17.
D&C 98:16. Erguei um estandarte de paz, Far-me-ás tremer à vista do pecado,
D&C 105:39. 2 Né. 4:31. Ai de todos os que morrem
A paz que Deus concede aos obedientes: em pecado, 2 Né. 9:38. Só viam o pecado
O Salvador será chamado Príncipe da com horror, Al. 13:12. Não penses que
Paz, Isa. 9:6. Os ímpios não têm paz, serás restaurado do pecado para a feli-
Isa. 48:22. cidade, Al. 41:9–10. O Senhor não pode
Apareceu uma multidão dos exércitos encarar o pecado com o mínimo grau
celestiais, louvando a Deus, e dizendo: de tolerância, Al. 45:16 (D&C 1:31). As
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, criancinhas são incapazes de cometer
Lc. 2:13–14. Deixo-vos a paz, Jo. 14:27. A pecados, Morô. 8:8.
paz de Deus, que excede todo o enten- Para arrepender-se, os homens têm
dimento, Filip. 4:7. de confessar e abandonar seus pecados,
O povo do rei Benjamim recebeu D&C 58:42–43. O pecado maior perma-
paz de consciência, Mos. 4:3. Quão be- nece naquele que não perdoa, D&C 64:9.
los são sobre os montes os pés do que Aquele que peca contra a luz maior, re-
anuncia boas novas, Mos. 15:14–18 (Isa. ceberá a condenação maior, D&C 82:3.
52:7). Alma clamou ao Senhor e encon- À alma que pecar retornarão os pecados
trou a paz, Al. 38:8. O espírito dos jus- passados, D&C 82:7. Quando tentamos
tos será recebido num estado de paz, encobrir nossos pecados, os céus se afas-
Al. 40:12. tam, D&C 121:37.
Não dei paz à tua mente quanto ao
assunto, D&C 6:23. Anda na mansidão Pecado Imperdoável. Ver também
de meu Espírito e terás paz, D&C 19:23. Blasfemar, Blasfêmia; Espírito
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Pedir 158
Santo; Filhos de Perdição; Cristo é chamado de a principal pedra
Homicídio de esquina (Ef. 2:20).
O pecado de negar o Espírito Santo, A pedra que os edificadores rejeita-
pecado que não pode ser perdoado. ram tornou-se cabeça da esquina, Salm.
A blasfêmia contra o Espírito não será 118:22 (Mt. 21:42–44; Mc. 12:10; Lc. 20:17;
perdoada aos homens, Mt. 12:31–32 (Mc. At. 4:10–12).
3:29; Lc. 12:10). É impossível que os que Os judeus rejeitaram a pedra de es-
se fizeram participantes do Espírito San- quina, Jacó 4:15–17.
to sejam outra vez renovados para arre-
Pedro
pendimento, Heb. 6:4–6. Se pecarmos
voluntariamente, depois de termos re- No Novo Testamento, Pedro era co-
cebido o conhecimento da verdade, já nhecido originalmente como Simeão
não resta mais sacrifício pelos pecados, ou Simão (2 Ped. 1:1), um pescador de
Heb. 10:26. Betsaida que vivia com a sua esposa em
Se negares o Espírito Santo, e tive- Cafarnaum. Jesus curou a mãe da esposa
res consciência de que o negas, prati- de Pedro (Mc. 1:29–31). Junto com An-
cas um pecado imperdoável, Al. 39:5–6 dré, seu irmão, Pedro foi chamado para
(Jacó 7:19). ser um discípulo de Jesus Cristo (Mt.
Não há perdão para eles, tendo negado 4:18–22; Mc. 1:16–18; Lc. 5:1–11). O seu
o Filho Unigênito, tendo-o crucificado nome em aramaico, Cefas, que significa
dentro de si, D&C 76:30–35. A blasfê- “vidente” ou “pedra,” foi-lhe dado pelo
mia contra o Espírito Santo, que não terá Senhor (Jo. 1:40–42; TJS, Jo. 1:42 [Apên-
perdão, consiste em matar derraman- dice da Bíblia]). Embora o Novo Testa-
do sangue inocente, depois de terdes mento mencione algumas das fraquezas
recebido meu novo e eterno convênio, humanas de Pedro, também indica que
D&C 132:26–27. ele as venceu e que se fortaleceu por sua
Pedir. Ver também Oração fé em Jesus Cristo.
Pedro confessou que Jesus era o Cristo
Indagar, perguntar ou suplicar a Deus
e o Filho de Deus (Jo. 6:68–69) e o Senhor
um favor especial.
escolheu-o para portar as chaves do rei-
Pedi, e dar-se-vos-á, Mt. 7:7. E se al- no na Terra (Mt. 16:13–19). No Monte da
gum de vós tem falta de sabedoria, pe- Transfiguração, Pedro viu o Salvador
ça-a a Deus, Tg. 1:5 (JS—H 1:7–20). transfigurado, bem como Moisés e Elias,
Se pedirdes com fé, 1 Né. 15:11. Estas o profeta (Mt. 17:1–9).
palavras, se não as puderdes compreen-
Pedro foi o principal dos apóstolos de
der, será porque não pedis, 2 Né. 32:4. Pe-
sua época. Após a morte, Ressurreição e
dindo com sinceridade de coração, Mos.
Ascensão do Salvador ele convocou uma
4:10. Deus vos concede toda a coisa justa
reunião da Igreja e conduziu o processo
que pedis com fé, Mos. 4:21. Perguntai
de chamado de um apóstolo para substi-
a Deus se estas coisas são verdadeiras,
Morô. 10:4. tuir Judas Iscariotes (At. 1:15–26). Pedro
Eles amam as trevas mais que a luz, e João curaram um homem que era coxo
portanto, não recorrerão a mim, D&C de nascença (At. 3:1–16) e foram milagro-
10:21. Tendes ordem, porém, de em to- samente libertados da prisão (At. 5:11–29;
das as coisas pedir a Deus, D&C 46:7. 12:1–19). Por meio do ministério de Pedro
o evangelho foi pela primeira vez aberto
Pedra de Esquina. Ver também Jesus aos gentios (At. 10–11). Nos últimos dias,
Cristo Pedro, comTiago e João, desceram dos
A pedra principal que forma a esqui- céus e conferiram o Sacerdócio de Mel-
na do alicerce de uma edificação. Jesus quisedeque e as chaves correspondentes
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
159 Pensamentos
a Joseph Smith e a Oliver Cowdery (D&C Al. 1:13–14. Aquele que assassinasse
27:12–13; 128:20). seria punido com a morte, Al. 1:18. A
Primeira epístola de Pedro: A primeira lei requer a vida daquele que cometeu
epístola foi escrita da “Babilônia” (pro- o assassinato, Al. 34:12.
vavelmente Roma) e dirigida aos santos Mas o que matar morrerá, D&C 42:19.
da região agora conhecida como Ásia Pensamentos. Ver também Arbítrio;
Menor, logo depois que Nero começou Ponderar
a perseguir os cristãos.
No capítulo 1 Pedro fala do papel Ideias, conceitos e imagens concebidos
preordenado de Cristo como Redentor. na mente de uma pessoa. A capacidade
Os capítulos 2–3 explicam que Jesus é a de pensar é um dom de Deus e somos
pedra de esquina da Igreja, que os san- livres para decidir como usar essa capa-
tos possuem um sacerdócio real e que cidade. Nossa maneira de pensar afeta
Cristo pregou aos espíritos em prisão. muito nossas atitudes e nosso comporta-
Os capítulos 4–5 esclarecem por que mento, assim como nossa condição após
o evangelho foi pregado aos mortos a morte. Pensamentos íntegros levam à
e que os élderes devem apascentar o salvação, assim como pensamentos iní-
rebanho. quos levam à condenação.
Segunda epístola de Pedro: O capítulo 1 O Senhor entende todas as imagi-
exorta os santos a fazerem cada vez mais nações dos pensamentos, 1 Crôn. 28:9.
firmes a sua vocação e eleição. O capítu- Como imaginou na sua alma, assim é,
lo 2 previne contra os falsos mestres. O Prov. 23:7. Os meus pensamentos não
capítulo 3 refere-se aos últimos dias e à são os vossos pensamentos, Isa. 55:7–9.
Segunda Vinda de Cristo. Jesus, porém, conhecendo os seus pen-
samentos, Mt. 12:25 (Lc. 5:22; 6:8). Do
Peitoral. Ver também Couraça; Urim interior do coração dos homens saem os
e Tumim maus pensamentos, Mc. 7:20–23. Leva
Ornamento de vestuário usado pelo cativo todo o entendimento à obediên-
sumo sacerdote na lei mosaica (Êx. 28:13– cia de Cristo, 2 Cor. 10:5. Tudo o que é
30; 39:8–21). Era feito de linho e tinha en- verdadeiro, honesto, puro, ou amável,
gastadas 12 pedras preciosas. Às vezes nisso pensai, Filip. 4:8.
é mencionado em conexão com o Urim Lembrai-vos de que ter mente carnal
e Tumim (D&C 17:1; JS—H 1:35, 42, 52). é morte e ter mente espiritual é vida
eterna, 2 Né. 9:39. Se não tomardes cui-
Pelegue dado convosco mesmos, com vossos
No Velho Testamento, filho de Éber e pensamentos, perecereis, Mos. 4:30.
trineto de Sem. Em seus dias foi repar- Nossos pensamentos nos condenarão,
tida a Terra (Gên. 10:22–25). Al. 12:14.
Ninguém há, a não ser Deus, que co-
Pena de Morte. Ver também
nheça teus pensamentos e os intentos
Homicídio
de teu coração, D&C 6:16 (D&C 33:1).
Castigo com a morte por um crime Buscai-me em cada pensamento, D&C
cometido, especialmente o homicídio. 6:36. Entesourai sempre em vossa mente
Quem derramar o sangue do homem, as palavras de vida, D&C 84:85. Rechaçai
pelo homem o seu sangue será derrama- vossos pensamentos ociosos, D&C 88:69.
do, Gên. 9:6 (TJS, Gên. 9:12–13). Certa- Os pensamentos dos homens serão reve-
mente o homicida morrerá, Núm. 35:16. lados, D&C 88:109. Que a virtude ador-
Homicidas que matam deliberada- ne teus pensamentos incessantemente,
mente morrerão, 2 Né. 9:35. Estás con- D&C 121:45.
denado à morte, de acordo com a lei, Deus viu que os pensamentos de todo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Pentateuco 160
homem eram continuamente maus, a transgressão, Núm. 14:18. Ainda que
Mois. 8:22. os vossos pecados sejam como a escar-
lata, eles se tornarão brancos como a
Pentateuco. Ver também
neve, Isa. 1:18.
Deuteronômio; Êxodo; Gênesis;
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim
Levítico; Moisés; Números; Velho
como nós perdoamos aos nossos devedo-
Testamento
res, Mt. 6:12 (Lc. 11:4; 3 Né. 13:11). O Filho
Nome dado aos primeiros cinco livros do homem tem autoridade para perdoar
do Velho Testamento — Gênesis, Êxodo, pecados, Mt. 9:6 (Mt. 18:35; Mc. 2:10; Lc.
Levítico, Números e Deuteronômio. Os 5:20–24). Até quantas vezes pecará meu
judeus chamam estes livros de Torá ou irmão contra mim, e eu lhe perdoarei,
Lei de Israel. Foram escritos por Moisés Mt. 18:21–22 (D&C 98:40). Qualquer que
(1 Né. 5:10–11). blasfemar contra o Espírito Santo, nunca
Pentecostes. Ver também Lei de obterá perdão, Mc. 3:29 (Al. 39:6). Se teu
Moisés irmão pecar contra ti e se arrepender,
perdoa-lhe, Lc. 17:3. Pai perdoa-lhes,
Como parte da lei de Moisés, a Festa
porque não sabem o que fazem, Lc. 23:34.
de Pentecostes, ou seja, das Primícias,
Exortei-os a orar pedindo perdão,
era realizada cinquenta dias após a Festa
1 Né. 7:21. Aplicar o sangue expiatório
da Páscoa (Lev. 23:16). A Festa de Pente-
de Cristo, para que recebamos o perdão
costes comemorava a colheita e no Velho
de nossos pecados, Mos. 4:2. Se con-
Testamento é chamada de Festa da Co-
fessar seus pecados diante de ti e de
lheita ou Festa das Semanas. Era esta a
mim, e se arrepender, a ele perdoarás,
festa que estava sendo celebrada quan-
Mos. 26:29–31.
do em Jerusalém os apóstolos ficaram
Aquele que se arrepender e cumprir
cheios do Espírito Santo e falaram em
os mandamentos do Senhor, será per-
línguas (At. 2; D&C 109:36–37).
doado, D&C 1:32. Lança a foice e teus
Perdição. Ver Filhos de Perdição pecados te são perdoados, D&C 31:5
(D&C 84:61). Aquele que se arrependeu
Perdoar. Ver também Arrepender-se,
de seus pecados, é perdoado, e eu, o Se-
Arrependimento; Confessar,
nhor, deles não mais me lembro, D&C
Confissão; Expiação, Expiar;
58:42. Perdoarei a quem desejo perdoar,
Remissão de Pecados
mas de vós é exigido que perdoeis a to-
Nas escrituras, perdoar geralmente dos os homens, D&C 64:10. Como vos
significa uma de duas coisas: (1) Quan- tendes perdoado uns aos outros vossas
do Deus perdoa os homens, Ele cancela ofensas, assim também eu, o Senhor, vos
ou afasta a punição exigida pelo pe- perdoo, D&C 82:1. A quem amo também
cado. Por meio da Expiação de Cristo, castigo, para que seus pecados sejam
o perdão dos pecados está ao alcance perdoados, D&C 95:1.
de todos os que se arrependem, exceto Eis que te perdoei tua transgressão,
dos que forem culpados de assassinato Mois. 6:53.
ou do pecado imperdoável contra o Es-
pírito Santo. (2) Quando as pessoas se Perfeito
perdoam mutamente, elas tratam umas Completo, inteiro e plenamente desen-
às outras com amor cristão e não guar- volvido; totalmente íntegro. Perfeito tam-
dam ressentimento contra quem as tenha bém pode significar isento de pecado ou
ofendido (Mt. 5:43–45; 6:12–15; Lc. 17:3–4; maldade. Somente Cristo foi totalmente
1 Né. 7:19–21). perfeito. Os verdadeiros seguidores de
O Senhor é longânimo, e grande em Cristo podem tornar-se perfeitos por
beneficência, que perdoa a iniquidade e meio de Sua graça e Expiação.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
161 Perseverar
Seja o vosso coração perfeito para com de Abraão; (3) um trecho da história da
o Senhor, 1 Re. 8:61. Igreja, escrita pelo Profeta em 1838, cha-
Sede vós, pois, perfeitos, como é per- mado Joseph Smith—História; e (4) as
feito o vosso Pai que está nos céus, Mt. Regras de Fé, que são treze declarações
5:48 (3 Né. 12:48). Se alguém não trope- da crença e doutrina da Igreja.
ça em palavra, o tal homem é perfeito,
Tg. 3:2. Perseguição, Perseguir. Ver também
A fé não é ter um perfeito conheci- Adversidade
mento das coisas, Al. 32:21, 26. A ex- Causar angústia ou padecimento a
piação foi feita para que Deus seja um outros por causa de suas crenças ou
Deus perfeito, Al. 42:15. Morôni era um condição social; molestar ou oprimir.
homem de uma perfeita compreensão, Bem-aventurados os que sofrem per-
Al. 48:11–13, 17–18. O Espírito de Cristo seguição por causa da justiça, Mt. 5:10
é concedido a todos os homens para que (3 Né. 12:10). Orai pelos que vos maltra-
possam julgar com um conhecimento tam e vos perseguem, Mt. 5:44 (3 Né.
perfeito se algo é de Deus ou do diabo, 12:44).
Morô. 7:15–17. Vinde a Cristo, sede per- Porque sendo ricos perseguem os
feitos nele, Morô. 10:32. mansos, 2 Né. 9:30 (2 Né. 28:12–13). Os
Continuai pacientemente até que se- justos que esperam em Cristo, apesar de
jais aperfeiçoados, D&C 67:13. São ho- toda perseguição não perecerão, 2 Né.
mens justos, aperfeiçoados por meio de 26:8.
Jesus, D&C 76:69. Os ofícios na Igreja Todas essas coisas te servirão de ex-
são para o aperfeiçoamento dos santos, periência, D&C 122:7.
D&C 124:143 (Ef. 4:11–13). Os vivos não
podem ser perfeitos sem seus mortos, Perseverar. Ver também Adversidade;
D&C 128:15, 18. Paciência; Tentação, Tentar
Noé era um homem justo e perfeito Permanecer firme no compromisso
em sua geração, Mois. 8:27. de ser fiel aos mandamentos de Deus,
Pérola de Grande Valor. Ver também apesar das tentações, da oposição e da
Cânone; Escrituras; Smith, Joseph, adversidade.
Jr. Aquele que perseverar até o fim será
O reino de Deus na Terra é compara- salvo, Mt. 10:22 (Mc. 13:13). Mas não têm
do a uma “pérola de grande valor” (Mt. raiz em si mesmos, antes são tempo-
13:45–46). rãos, Mc. 4:17. Esperando com paciência,
A Pérola de Grande Valor é também o Abraão alcançou a promessa, Heb. 6:15.
nome dado a um dos quatro volumes de Se perseverarem até o fim, serão le-
escritura chamados de “obras-padrão” vantados no último dia, 1 Né. 13:37. Se
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos fordes obedientes aos mandamentos
dos Últimos Dias. A primeira edição da até o fim, sereis salvos, 1 Né. 22:31 (Al.
Pérola de Grande Valor (em inglês) foi 5:13). Se prosseguirdes com firmeza,
publicada em 1851 e continha algumas banqueteando-vos com a palavra de
escrituras que agora se encontram em Cristo, e perseverando até o fim, tereis
Doutrina e Convênios. As edições pu- vida eterna, 2 Né. 31:20 (3 Né. 15:9; D&C
blicadas desde 1902 contêm (1) trechos 14:7). Todo aquele que tomar sobre si o
da tradução feita por Joseph Smith, do meu nome e perseverar até o fim, será
Gênesis, o livro de Moisés, e do capítu- salvo, 3 Né. 27:6.
lo 24 de Mateus, denominado Joseph Aquele que é da minha Igreja e nela
Smith—Mateus; (2) a tradução de Jo- persevera até o fim, esse estabelecerei
seph Smith de alguns papiros egípcios sobre minha rocha, D&C 10:69. O que
por ele obtidos em 1835, chamada livro permanecer na fé, vencerá o mundo,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Phelps, William W 162
D&C 63:20, 47. Todos os tronos e do- Joseph Smith traduziu e publicou uma
mínios serão revelados e concedidos a parte dessas placas. A tradução é cha-
todos os que tiverem perseverado va- mada de o Livro de Mórmon. (Para mais
lentemente por causa do Evangelho de informações, ver “Introdução” e “O Tes-
Jesus Cristo, D&C 121:29. temunho do Profeta Joseph Smith,” no
Livro de Mórmon.)
Phelps, William W.
Membro e líder dos primeiros tem- Plano de Redenção. Ver também
pos da Igreja, depois que ela foi restau- Evangelho; Expiação, Expiar; Jesus
rada em 1830. O Senhor chamou Wil- Cristo; Queda de Adão e Eva;
liam Phelps para ser impressor da Igreja Salvação
(D&C 57:11; 58:40; 70:1). A plenitude do evangelho de Jesus
Pilatos, Pôncio Cristo, cujo propósito é levar a efeito
a imortalidade e a vida eterna do ho-
Governante romano da Judeia, de 26–
mem. Ele inclui a Criação, a Queda e a
36 d.C. (Lc. 3:1). Ele odiava o povo judeu
Expiação, juntamente com todas as leis,
e sua religião, tendo mandado matar al-
ordenanças e doutrinas dadas por Deus.
guns galileus (Lc. 13:1). Jesus foi acusado
Esse plano torna possível que toda a hu-
e condenado à crucificação diante de Pi-
manidade seja exaltada e viva para sem-
latos (Mt. 27:2, 11–26, 58–66; Mc. 15; Lc.
23; Jo. 18:28–19:38). pre com Deus (2 Né. 2; 9). As escrituras
também se referem a esse plano como o
Placas. Ver também Livro de Mórmon; plano de salvação, o plano de felicidade
Placas de Ouro e o plano de misericórdia.
Antigamente alguns povos escreviam Ele foi ferido pelas nossas transgres-
sua história e seus registros em placas de sões, Isa. 53:5 (Mos. 14:5).
metal, como foi o caso do Livro de Mór- Nenhum outro nome há debaixo do
mon. Para mais informações, ver “Breve céu pelo qual o homem possa ser salvo,
Explicação sobre o Livro de Mórmon,” At. 4:12. Assim como todos morrem em
nas páginas introdutórias do Livro de Adão, assim também todos serão vivifi-
Mórmon. cados em Cristo, 1 Cor. 15:22. Pela graça
Placas de Latão. Ver também Placas sois salvos por meio da fé, Ef. 2:8 (2 Né.
25:23). Deus nos prometeu a vida eter-
Registros dos judeus, desde o come-
na antes que o mundo existisse, Tit. 1:2.
ço até o ano 600 a.C., os quais conti-
Jesus é a causa da eterna salvação, Heb.
nham muitos escritos dos profetas (1 Né.
5:8–9. O plano de redenção foi estendido
5:10–16). Esse registro era guardado por
aos mortos, 1 Ped. 3:18–20; 4:6 (D&C 138).
Labão, um dos anciãos de Jerusalém.
A morte cumpre o plano misericor-
Quando estava com sua família no de-
serto, Leí mandou os filhos voltarem a dioso do grande Criador, 2 Né. 9:6. Quão
Jerusalém, a fim de obterem estas pla- grande é o plano de nosso Deus, 2 Né.
cas (1 Né. 3–4). (Para mais informações, 9:13. O plano de redenção proporciona
ver “Breve Explicação sobre o Livro de a ressurreição e a remissão dos pecados,
Mórmon,” que se encontra no início do Al. 12:25–34. Aarão ensinou o plano de
Livro de Mórmon.) redenção ao pai de Lamôni, Al. 22:12–14.
Amuleque explicou o plano de salvação,
Placas de Ouro. Ver também Livro de Al. 34:8–16. Alma explicou o plano de
Mórmon; Placas salvação, Al. 42:5–26, 31.
Registro escrito em placas de ouro. As doutrinas concernentes à Criação,
Ele relata a história de duas grandes à Queda, à Expiação e ao batismo são
civilizações do continente americano. confirmadas nas revelações modernas,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
163 Poder
D&C 20:17–29. O plano foi ordenado an- os que se humilham sem serem compeli-
tes da fundação do mundo, D&C 128:22. dos pela pobreza, Al. 32:4–6, 12–16. Bem-
Esta é minha obra e minha glória: le- aventurados os pobres em espírito que
var a efeito a imortalidade e vida eterna vêm a mim, 3 Né. 12:3 (Mt. 5:3).
do homem, Mois. 1:39. Este é o plano de O evangelho será pregado aos pobres
salvação para todos os homens, Mois. e mansos, D&C 35:15.
6:52–62. E assim os provaremos, Abr.
3:22–26. Poder. Ver também Autoridade;
Sacerdócio
Plano de Salvação. Ver Plano de
Capacidade de fazer alguma coisa. Ter
Redenção
poder sobre algo ou alguém é ter a capa-
Pobres. Ver também Bem-Estar; cidade de controlar ou comandar aquela
Esmolas; Humildade, Humilde, pessoa ou coisa. Nas escrituras o poder
Humilhar; Jejuar, Jejum; Oferta geralmente é associado ao poder de Deus
Nas escrituras o termo pobre refere-se ou dos céus. Acha-se estreitamente re-
a (1) pessoas que não dispõem de bens lacionado à autoridade do sacerdócio,
materiais, como alimento, vestuário e que é a permissão ou direito de agir em
abrigo, ou (2) pessoas humildes e sem nome de Deus.
orgulho. Para isto te mantive, para mostrar
Pobres de bens materiais: Não fecharás a o meu poder, Êx. 9:16. Deus é minha
tua mão a teu irmão que for pobre, Deut. fortaleza e a minha força, 2 Sam. 22:33.
15:7. Os ímpios, na sua arrogância, per- Não detenhas o bem estando na tua
seguem o pobre, Salm. 10:2. O que dá ao mão poder fazê-lo, Prov. 3:27. Decerto
pobre não terá necessidade, Prov. 28:27. eu sou cheio de força do Espírito do Se-
Recolhas em casa os pobres, Isa. 58:6–7. nhor, Miq. 3:8.
Se queres ser perfeito, dá tudo o que É-me dado todo o poder no céu e na
tens aos pobres, Mt. 19:21 (Mc. 10:21; Terra, Mt. 28:18. E admiravam a sua
Lc. 18:22). Não escolheu Deus os pobres doutrina porque a sua palavra era com
deste mundo, Tg. 2:5. autoridade, Lc. 4:32. Ficai na cidade até
Porque sendo ricos desprezam os po- que do alto sejais revestidos de poder,
bres, 2 Né. 9:30. Para reter a remissão de Lc. 24:49. A todos quantos o receberam,
vossos pecados, quisera que repartísseis deu-lhes o poder para serem filhos de
vossos bens com os pobres, Mos. 4:26. Deus, Jo. 1:12 (D&C 11:30). Recebereis a
Eles repartiam os seus bens com os po- virtude (poder) do Espírito Santo, que há
bres, Al. 1:27. Se negardes ao necessitado, de vir sobre vós, At. 1:8. Não há poder
vossas orações serão em vão, Al. 34:28. senão o de Deus, Rom. 13:1. Estais guar-
Os nefitas tinham todas as coisas em dados na virtude (poder) de Deus para
comum; não havia ricos nem pobres, a salvação, mediante a fé, 1 Ped. 1:3–5.
4 Né. 1:3. Estou cheio do poder de Deus, 1 Né.
Eis que te lembrarás dos pobres, D&C 17:48. Também foi manifestado pelo
42:30 (D&C 52:40). Ai de vós, homens po- poder do Espírito Santo, Jacó 7:12. O
bres, cujo coração não está quebrantado, homem pode receber grande poder de
D&C 56:17–18. Os pobres virão às bodas Deus, Mos. 8:16. Ensinavam com poder e
do Cordeiro, D&C 58:6–11. O bispo deve autoridade de Deus, Al. 17:2–3. Néfi exer-
buscar os pobres, D&C 84:112. A lei do ceu seu ministério com grande poder e
evangelho governa o cuidado com os autoridade, 3 Né. 7:15–20 (3 Né. 11:19–22).
pobres, D&C 104:17–18. Embora um homem tenha poder para
Nã o h av i a p o b r e s e nt r e e l e s, realizar muitas obras grandiosas, se ele
Mois. 7:18. se vangloriar da própria força, cairá,
Pobres em espírito: Mais abençoados são D&C 3:4. Em cada pessoa está o poder
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Poligamia 164
para fazer o bem, D&C 58:27–28. Nas or- Reflita sobre as coisas que recebeste,
denanças do Sacerdócio de Melquisede- D&C 30:3. Enquanto meditávamos sobre
que manifesta-se o poder de divindade, essas coisas, o Senhor tocou os olhos do
D&C 84:19–22. Os direitos do sacerdócio nosso entendimento, D&C 76:19. Sentei-
são inseparavelmente ligados aos pode- me em meus aposentos meditando sobre
res do céu, D&C 121:34–46. as escrituras, D&C 138:1–11.
Eis que te conduzirei pela minha mão, Refleti repetidas vezes sobre ela, JS—
e meu poder estará sobre ti, Abr. 1:18. H 1:12.
Poligamia. Ver Casamento, Casar— Pornografia. Ver Adultério;
Casamento plural Castidade; Fornicação
Pomba, Sinal da. Ver também Espírito Pratt, Orson
Santo
Um dos primeiros Doze Apóstolos
Sinal predeterminado pelo qual João
chamados após a Restauração da Igreja
Batista reconheceria o Messias (Jo. 1:32–
nos tempos modernos (D&C 124:128–
34). Joseph Smith ensinou que o sinal da
129). Ele era membro da Igreja havia
pomba foi instituído antes da criação do
mundo, como um testemunho do Espíri- apenas seis semanas quando o Senhor
to Santo; assim sendo, o diabo não pode lhe deu uma revelação por intermédio
apresentar-se no sinal da pomba. de Joseph Smith (D&C 34). Orson Pratt
também foi missionário da Igreja (D&C
O Espírito de Deus desceu como uma
52:26; 75:14) e serviu como historiador da
pomba, Mt. 3:16.
Igreja por muitos anos.
Depois que Jesus foi batizado, o Es-
pírito Santo desceu em forma de uma Pratt, Parley Parker
pomba, 1 Né. 11:27.
Irmão mais velho de Orson Pratt e
Eu, João, testifico e eis que se abriram
um dos primeiros Doze Apóstolos cha-
os céus e o Espírito Santo desceu sobre
ele, na forma duma pomba, D&C 93:15. mados após a Restauração da Igreja nos
tempos modernos (D&C 124:128–129).
Ponderar. Ver também Oração; Parley Pratt foi chamado no primeiro
Revelação dos vários esforços missionários, quan-
Meditar e refletir profundamente, do o Senhor lhe deu uma revelação por
geralmente sobre as escrituras e outras meio de Joseph Smith, em outubro de
coisas divinas. Quando combinado com 1830 (D&C 32; 50:37).
a oração, a ponderação a respeito das
Predestinação. Ver Preordenação
coisas de Deus pode produzir revelação
e entendimento. Pregar. Ver também Evangelho; Obra
Maria guardava todas estas coisas em Missionária
seu coração, Lc. 2:19. Transmitir uma mensagem que traga
Enquanto refletia, fui arrebatado pelo maior compreensão de um princípio ou
Espírito do Senhor, 1 Né. 11:1. Meu cora- doutrina do evangelho.
ção medita sobre as escrituras, 2 Né. 4:15.
Néfi dirigiu-se a sua casa, meditando so- O Senhor me ungiu, para pregar boas
bre as coisas que o Senhor lhe revelara, novas aos humildes, Isa. 61:1 (Lc. 4:16–
Hel. 10:2–3. Ide para vossas casas, me- 21). Levanta-te, vai a Nínive, e prega
ditai sobre estas coisas por mim faladas, contra ela, Jon. 3:2–10.
3 Né. 17:3. Exorto-vos a vos lembrardes Desde então começou Jesus a pregar,
da grande misericórdia que tem tido o Mt. 4:17. Ide por todo o mundo, pregai
Senhor, e a meditardes em vossos cora- o evangelho a toda criatura, Mc. 16:15.
ções, Morô. 10:3. Pregamos a Cristo crucificado, 1 Cor.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
165 Prestar Contas, Responsabilidade, Responsável
1:22–24. Ele foi e pregou aos espíritos 107:91–92) e os membros da Igreja devem
em prisão, 1 Ped. 3:19. chamar o profeta da Igreja pelo título de
Nada havia, exceto pregações incitan- “Presidente” (D&C 107:65). Ele é a única
do-os continuamente a manterem-se no pessoa na Terra autorizada a exercer to-
temor do Senhor, En. 1:23. Mandou-lhes das as chaves do sacerdócio.
que não pregassem senão arrependimen- Os líderes dos quóruns do sacerdócio
to e fé no Senhor, Mos. 18:20. A prédica e de outras organizações da Igreja tam-
da palavra fazia com que o povo tivesse bém têm o título de presidente.
uma grande tendência a fazer o que era O Senhor deu as chaves do reino a Jo-
justo, Al. 31:5. seph Smith, D&C 81:1–2. Três presiden-
Não precisas supor teres sido cha- tes formam um quórum da Presidência
mado a pregar até que sejas chamado, da Igreja, D&C 107:21–24. Presidentes
D&C 11:15. A ninguém será permitido foram ordenados segundo a ordem de
sair a pregar, a não ser que tenha sido Melquisedeque, D&C 107:29. Descritos
ordenado, D&C 42:11. Este evangelho os deveres dos presidentes dos diáconos,
será pregado a toda nação, D&C 133:37. dos mestres, dos sacerdotes e dos élde-
Assim o Evangelho começou a ser res, D&C 107:85–89 (D&C 124:136–138,
pregado desde o princípio, Mois. 5:58. 142). São sete os presidentes que pre-
Preordenação. Ver também Vida sidem todos os outros Setenta, D&C
Pré-mortal 107:93–95. Designados presidentes de
estaca, D&C 124:133–135.
Ordenação pré-mortal feita por Deus
aos Seus valentes filhos espirituais, para Prestar Contas, Responsabilidade,
que cumprissem missões específicas du- Responsável. Ver também Arbítrio
rante a sua vida terrena. O Senhor declarou que todas as pes-
Deus pôs os termos dos povos, Deut. soas são responsáveis por suas ideias,
32:8. Antes que te formasse no ventre te decisões, atitudes, desejos e ações.
ordenei por profeta, Jer. 1:5. A idade da responsabilidade é a em
Deus determinou os tempos já dan- que as crianças são consideradas respon-
tes ordenados, At. 17:26. Porque os que sáveis por suas próprias ações e capazes
dantes conheceu, também os predesti- de pecar e de arrepender-se.
nou, Rom. 8:28–30. Deus nos elegeu nele Julgarei a cada um conforme os seus
antes da fundação do mundo, Ef. 1:3–4. caminhos, Eze. 18:30.
Jesus Cristo foi preordenado para ser
De toda a palavra ociosa que os ho-
o Redentor, 1 Ped. 1:19–20 (Apoc. 13:8).
mens disserem hão de dar conta, Mt.
Eles foram chamados e preparados
12:36. Dá contas da tua mordomia, Lc.
desde a fundação do mundo, Al. 13:1–9.
16:2. Cada um de nós dará conta de si
Observei os grandes e nobres que
mesmo a Deus, Rom. 14:12. Os mor-
foram escolhidos no princípio, D&C
tos serão julgados segundo suas obras,
138:55–56.
Apoc. 20:12.
Meu Filho Amado e meu Escolhido
Nossas palavras, nossas obras e nossos
desde o princípio, Mois. 4:2. Abraão
pensamentos nos condenarão, Al. 12:14.
foi escolhido antes de nascer, Abr. 3:23.
Seremos nossos próprios juízes para fa-
Presidência. Ver Primeira Presidência zer o bem ou o mal, Al. 41:7. Sois livres
para agir por vós mesmos, Hel. 14:29–31.
Presidente. Ver também Primeira Deverás ensinar arrependimento e batis-
Presidência; Profeta mo aos que são responsáveis, Morô. 8:10.
Título do oficial presidente de uma Todos devem arrepender-se e ser ba-
organização. O Presidente da Igreja é tizados, os que tiverem alcançado a ida-
profeta, vidente e revelador (D&C 21:1; de da responsabilidade, D&C 18:42.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Primeira Presidência 166
A Satanás não é dado poder para ten- existentes na Terra, pois estavam todas
tar as criancinhas, até que comecem a erradas (JS—H 1:15–20). Essa experiên-
se tornar responsáveis perante mim, cia sagrada desencadeou uma série de
D&C 29:46–47. As criancinhas deverão acontecimentos que culminaram com a
ser batizadas quando tiverem oito anos Restauração do evangelho e da verda-
de idade, D&C 68:27. Todo homem será deira Igreja de Cristo.
responsável por seus próprios pecados
no dia do juízo, D&C 101:78. Primeiros Princípios do
É dado aos homens distinguir o bem Evangelho. Ver Arrepender-se,
do mal; de modo que são seus próprios Arrependimento; Batismo, Batizar;
árbitros, Mois. 6:56. Os homens serão Espírito Santo; Fé
punidos por seus próprios pecados, RF PrimíciasOs frutos da primeira co-
1:2. lheita da temporada. Na época do Ve-
lho Testamento, eles eram oferecidos ao
Primeira Presidência. Ver também Senhor (Lev. 23:9–20). Jesus Cristo foi as
Chaves do Sacerdócio; Presidente; primícias para Deus, por ter Ele sido o
Revelação primeiro a ressuscitar (1 Cor. 15:20, 23;
O Presidente da Igreja e seus conse- 2 Né. 2:9). Aqueles que aceitam o evan-
lheiros. Eles são um quórum de três su- gelho e perseveram fielmente até o fim
mos sacerdotes e presidem toda a Igreja. são, simbolicamente, as primícias, pois
A Primeira Presidência possui todas as pertencem a Deus.
chaves do sacerdócio. Aqueles que seguem o Cordeiro para
As chaves do reino pertencem sempre onde quer que vai são como primícias
à Presidência do Sumo Sacerdócio, D&C para Deus, Apoc. 14:4.
81:2. A Presidência do Sumo Sacerdócio Os que descerão com Cristo primeiro
tem o direito de oficiar em todos os ofí- são as primícias, D&C 88:98.
cios, D&C 107:9, 22. Quem me recebe,
recebe a Primeira Presidência, D&C Primogênito. Ver também Jesus
112:20, 30. A Primeira Presidência deve Cristo; Primogenitura
receber oráculos (revelações) para toda No tempo dos antigos patriarcas o fi-
a Igreja, D&C 124:126. lho primogênito recebia a primogenitu-
ra (Gên. 43:33) e assim herdava o direito
Primeira Visão. Ver também de ser o chefe da família quando o pai
Restauração do Evangelho; Smith, falecia. Para assumir tal responsabili-
Joseph, Jr. dade o primogênito tinha que ser dig-
A aparição de Deus, o Pai, e de Seu no (1 Crôn. 5:1–2); e podia perdê-la por
Filho, Jesus Cristo, ao Profeta Joseph causa de iniquidade.
Smith em um bosque. Sob a lei mosaica, o filho primogê-
Na primavera de 1820, Joseph Smith nito era considerado como pertencen-
Jr. tinha quatorze anos de idade. Ele te a Deus. O primogênito recebia uma
vivia com a sua família no povoado porção dupla na partilha das posses de
de Palmyra, Nova York. Perto de sua seu pai (Deut. 21:17). Morrendo o pai,
casa, no lado oeste, havia um bosque era ele o responsável pelo cuidado da
de grandes árvores. Joseph para lá se mãe e irmãs.
dirigiu a fim de orar a Deus para saber O primogênito macho dos animais
qual igreja era a correta. Ao ler a Bíblia, também pertencia a Deus. Os animais
ele teve a forte impressão de que deve- limpos eram usados para os sacrifícios,
ria buscar essa resposta de Deus (Tg. ao passo que os imundos podiam ser
1:5–6). Em resposta à sua oração, o Pai e resgatados, vendidos ou mortos (Êx.
o Filho apareceram-lhe e disseram que 13:2, 11–13; 34:19–20; Lev. 27:11–13, 26–27).
não se filiasse a nenhuma das igrejas O primogênito simbolizava Jesus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
167 Profanidade
Cristo e Seu ministério terreno, lem- Às vezes, Jesus Cristo é chamado de o
brando ao povo que o grande Messias Princípio.
haveria de vir (Mois. 5:4–8; 6:63). No princípio criou Deus os céus e a
Jesus foi o primogênito dos filhos es- Terra, Gên. 1:1 (Mois. 2:1).
pirituais de nosso Pai Celestial, o uni- No princípio era o Verbo, Jo. 1:1.
gênito do Pai na carne e o primeiro a Sou Alfa e Ômega, o princípio e o fim,
se levantar dos mortos na Ressurreição
3 Né. 9:18.
(Col. 1:13–18). Os santos fiéis se tornam
Cristo é o princípio e o fim, D&C 19:1.
membros da Igreja do Primogênito na
O convênio novo e eterno existiu desde o
eternidade (D&C 93:21–22).
princípio, D&C 22:1. O homem estava no
O primogênito de teus filhos me darás, princípio com Deus, D&C 93:23, 29. Espí-
Êx. 22:29. Santifiquei para mim todo o ritos grandes e nobres foram escolhidos
primogênito de Israel, Núm. 3:13. no princípio para serem governantes na
Ele seja o primogênito entre muitos ir- Igreja, D&C 138:55.
mãos, Rom. 8:29. Outra vez introduz no Meu Unigênito estava comigo desde
mundo o primogênito, Heb. 1:6. o princípio, Mois. 2:26.
Estes são a Igreja do Primogênito,
D&C 76:54, 94. Doutrina, verdade ou lei básica: Os pri-
Isto me foi conferido pelos pais, mes- meiros princípios do evangelho são fé
mo o direito do primogênito, Abr. 1:3. no Senhor Jesus Cristo e arrependimen-
to (RF 1:4).
Primogenitura. Ver também
Os élderes, sacerdotes e mestres ensi-
Convênio; Primogênito
narão os princípios de meu evangelho
O direito de herança que pertence que estão nas escrituras, D&C 42:12.
ao filho primogênito. Em sentido mais Que sejais instruídos mais perfeitamente
amplo, a primogenitura inclui todo ou em princípio, em doutrina, em todas as
qualquer direito de herança transmitido coisas, D&C 88:78 (D&C 97:14). Para que
a uma pessoa ao nascer em certa família todo homem aja, em doutrina e princí-
ou cultura. pio, de acordo com o arbítrio moral que
Vende-me hoje a tua primogenitura, lhe dei, D&C 101:78. Qualquer princípio
Gên. 25:29–34 (Gên. 27:36). O primogê- de inteligência que alcançarmos nesta
nito assentou-se segundo a sua primoge- vida, surgirá conosco na ressurreição,
nitura, Gên. 43:33. E pôs a Efraim diante D&C 130:18–19.
de Manassés, Gên. 48:14–20 (Jer. 31:9). A
primogenitura foi de José, 1 Crôn. 5:2. Prisão Espiritual. Ver Inferno
Esaú vendeu o seu direito de primo- Profanidade. Ver também Blasfemar,
genitura, Heb. 12:16. Blasfêmia
Sois herdeiros legais, D&C 86:9. Sião
tem direito ao sacerdócio por linhagem, Desrespeito ou desprezo pelas coisas
D&C 113:8 (Abr. 2:9–11). sagradas; especialmente a falta de reve-
rência pelo nome de Deus.
Princípio. Ver também Criação, Criar; Não tomarás o nome do Senhor teu
Evangelho; Jesus Cristo; Vida
Deus em vão, Êx. 20:7 (2 Né. 26:32; Mos.
Pré-mortal
13:15; D&C 136:21). Por que profanamos
Esta palavra tem dois significados o convênio de nossos pais, Mal. 2:10.
distintos no contexto do evangelho: (1) De toda a palavra ociosa que os ho-
época anterior à vida mortal; (2) doutri- mens disserem hão de dar conta no dia
na, verdade ou lei básica. do juízo, Mt. 12:34–37. De uma mesma
Época anterior à vida mortal: O termo boca procede bênção e maldição. Não
geralmente se refere à vida pré-mortal. convém que isto se faça assim, Tg. 3:10.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Profano 168
Nossas palavras nos condenarão, Al. aos homens a vontade e a verdadeira na-
12:14 (Mos. 4:30). tureza de Deus, além de demonstrar o
Todos os homens se acautelem de significado de Seus procedimentos para
como tomam meu nome em seus lá- com eles. O profeta denuncia o pecado e
bios, D&C 63:61–62. prediz as suas consequências. Ele é um
pregador da retidão. Em certas ocasiões
Profano. Ver Ímpio
o profeta pode ser inspirado a predizer
Profecia, Profetizar. Ver também o futuro em benefício da humanidade.
Profeta; Profetisa; Revelação; A sua responsabilidade principal, entre-
Vidente tanto, é prestar testemunho de Cristo. O
Uma profecia consiste de palavras ou Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
escritos inspirados, recebidos por meio dos Santos dos Últimos Dias é o profeta
de revelação do Espírito Santo. O teste- de Deus na Terra atualmente. Os mem-
munho de Jesus é o espírito de profecia bros da Primeira Presidência e do Quó-
(Apoc. 19:10). Uma profecia pode dizer rum dos Doze Apóstolos são apoiados
respeito ao passado, ao presente ou ao como profetas, videntes e reveladores.
futuro. Quando alguém profetiza, fala Oxalá que todo o povo do Senhor fosse
ou escreve o que Deus quer que saiba, profeta, Núm. 11:29. Se entre vós houver
seja para seu próprio benefício ou para profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me
o dos outros. As pessoas podem rece- farei conhecer, Núm. 12:6. O Senhor
ber profecias ou revelações para sua admoestou Israel por meio de todos os
própria vida. profetas, 2 Re. 17:13 (2 Crôn. 36:15–16;
Oxalá que todo o povo do Senhor fosse Jer. 7:25). Às nações te dei por profeta,
profeta, Núm. 11:29. Vossos filhos e fi- Jer. 1:5, 7. O Senhor revela o seu segredo
lhas profetizarão, Joel 2:28 (At. 2:17–18). aos seus servos, os profetas, Amós 3:7.
O Senhor revela o seu segredo aos seus Como falou pela boca dos seus san-
servos, os profetas, Amós 3:7. tos profetas, Lc. 1:70 (At. 3:21). Todos os
Nenhuma profecia de Escritura é de profetas deram testemunho de Cristo,
particular interpretação, 2 Ped. 1:20. At. 10:43. Deus pôs profetas na Igreja,
Os nefitas tiveram muitas revelações e 1 Cor. 12:28 (Ef. 4:11). A Igreja é edifica-
o espírito de profecia, Jacó 4:6, 13. Alma da sobre o fundamento de apóstolos e
e Amuleque conheciam as intenções de profetas, Ef. 2:19–20.
Zeezrom pelo espírito de profecia, Al.
O povo recusou as palavras dos pro-
12:7. Ai daquele que diz que o Senhor
fetas, 1 Né. 3:17–18 (2 Né. 26:3). Pelo Es-
já não obra por meio de profecia, 3 Né.
pírito são reveladas aos profetas todas
29:6. Examinai as profecias de Isaías,
as coisas, 1 Né. 22:1–2. Cristo veio aos
Mórm. 8:23.
nefitas para cumprir todas as coisas que
As profecias serão todas cumpridas,
foram anunciadas pelos santos profetas,
D&C 1:37–38.
Um homem deve ser chamado por 3 Né. 1:13 (D&C 42:39).
Deus, por profecia, RF 1:5. Aqueles que não atenderem às pa-
lavras dos profetas serão afastados do
Profeta. Ver também Presidente; meio do povo, D&C 1:14. Os que cre-
Profecia, Profetizar; Revelação; rem nas palavras dos profetas têm a
Vidente vida eterna, D&C 20:26. As palavras do
Pessoa chamada por Deus e que fala profeta recebereis como de minha pró-
em nome Dele. Como mensageiro de pria boca, D&C 21:4–6. As revelações e
Deus, o profeta recebe mandamentos, mandamentos para a Igreja só são dados
profecias e revelações do Senhor. Cabe a àquele que é designado, D&C 43:1–7. O
ele a responsabilidade de dar a conhecer dever do Presidente é presidir toda a
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
169 Queda de Adão e Eva
Igreja, e ser semelhante a Moisés, ser torna-se pura quando os seus pensa-
profeta, D&C 107:91–92. mentos e ações são limpos em todos os
Cremos em profetas, RF 1:6. sentidos. Quem pecou pode purificar-se
pela fé em Jesus Cristo, arrependendo-se
Profetisa. Ver também Profecia, e recebendo as ordenanças do evangelho.
Profetizar
Aquele que é limpo de mãos e puro de
Mulher que recebeu um testemunho coração receberá as bênçãos do Senhor,
de Jesus e que tem o espírito de revela- Salm. 24:3–5. Purificai-vos, os que le-
ção. Uma profetisa não possui o sacer- vais os vasos do Senhor, Isa. 52:11 (D&C
dócio nem suas chaves. Embora poucas 133:4–5).
mulheres nas escrituras sejam chama- Bem-aventurados os puros de coração,
das de profetisas, muitas foram as que Mt. 5:8 (3 Né. 12:8). Tudo o que é puro,
profetizaram, como Rebeca, Ana, Isabel nisso pensai, Filip. 4:8 (RF 1:13).
e Maria. Ó todos vós que sois puros de coração,
Miriã foi chamada de profetisa, Êx. levantai as cabeças e recebei a agradável
15:20. Débora foi chamada de profetisa, palavra de Deus, Jacó 3:2–3. Podereis na-
Juí. 4:4. Hulda foi chamada de profetisa, quele dia olhar para Deus com um cora-
2 Re. 22:14 (2 Crôn. 34:22). ção puro e mãos limpas, Al. 5:19. Sendo
Ana foi chamada de profetisa, Lc. 2:36. puros e sem mancha perante Deus, só
viam o pecado com horror, Al. 13:12. Ser
Provérbio
purificados como Cristo é puro, Morô.
Adágio, ditado, máxima ou conse- 7:48 (Mórm. 9:6).
lho moral Cristo reservará para si um povo puro,
Livro de Provérbios: Um livro do Velho D&C 43:14. O Senhor ordenou que fosse
Testamento contendo muitas parábolas, construída uma casa em Sião onde os
adágios e poemas, alguns dos quais fo- puros vissem a Deus, D&C 97:10–17. Isto
ram escritos por Salomão. O livro de é Sião — o puro de coração, D&C 97:21.
Provérbios é frequentemente citado no
Novo Testamento.
Queda de Adão e Eva. Ver também
Os capítulos 1–9 contêm uma explica-
Adão; Eva; Expiação, Expiar;
ção do que é a verdadeira sabedoria. Os
Homem Natural; Jesus Cristo;
capítulos 10–24 trazem uma coleção de
Mortal, Mortalidade; Morte
provérbios acerca das maneiras corretas
Espiritual; Morte Física; Plano de
e incorretas de viver. Os capítulos 25–29
Redenção; Redenção, Redimido,
apresentam os provérbios de Salomão
Redimir
registrados pelos homens de Ezequias,
rei de Judá. Os capítulos 30–31 descre- Processo pelo qual a humanidade se
vem a mulher virtuosa. tornou mortal nesta Terra. Ao comerem
do fruto proibido, Adão e Eva tornaram-
Publicano. Ver também Império se mortais, isto é, sujeitos ao pecado e à
Romano morte. Adão tornou-se a “primeira car-
Na antiga Roma, coletor de impostos ne” sobre a Terra (Mois. 3:7), significan-
para o governo. Os judeus geralmente do que Adão e Eva foram as primeiras
odiavam os publicanos. Alguns deles criaturas viventes a se tornarem mortais.
aceitaram prontamente o evangelho (Mt. Quando Adão e Eva caíram, todas as
9:9–10; Lc. 19:2–8). coisas na Terra também caíram e torna-
ram-se mortais. As revelações modernas
Pureza, Puro. Ver também Limpo e esclarecem que a Queda é uma bênção
Imundo; Santificação e que Adão e Eva devem ser honrados
Ser livre de pecado ou culpa. A pessoa como os primeiros pais da humanidade.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Querubins 170
A Queda foi um passo necessário para Gên. 3:24 (Al. 12:21–29; 42:2–3; Mois.
o progresso do homem. Sabendo Deus 4:31). No propiciatório foram colocadas
que a queda aconteceria, Ele preparou duas imagens de querubins, Êx. 25:18,
na vida pré-mortal um Salvador. Jesus 22 (1 Re. 6:23–28; Heb. 9:5). São mencio-
Cristo veio no meridiano dos tempos nados querubins nas visões de Ezequiel,
para expiar a Queda de Adão e também Eze. 10; 11:22.
os pecados individuais do homem, sob
Quiscúmen. Ver também Ladrões de
condição de arrependimento.
Gadiânton
Porque no dia em que dela comeres,
No Livro de Mórmon, líder de um
certamente morrerás, Gên. 2:17 (Mois.
grupo de homens iníquos, mais tarde
3:17). Ela tomou de seu fruto, e comeu,
conhecidos como ladrões de Gadiânton
Gên. 3:6 (Mois. 4:12).
(Hel. 1:9–12; 2).
Assim como todos morrem em Adão,
assim também todos serão vivificados Quórum. Ver também Sacerdócio
em Cristo, 1 Cor. 15:22. A palavra quórum pode ser usada de
Toda a humanidade se encontrava duas maneiras: (1) Um grupo específico
num estado decaído, 1 Né. 10:6. O ca- de homens portadores do mesmo ofício
minho está preparado desde a queda do no sacerdócio. (2) Uma maioria, ou seja,
homem, 2 Né. 2:4. Depois de Adão e Eva o número mínimo de membros de um
terem comido do fruto proibido, foram grupo do sacerdócio que deve estar pre-
expulsos do Jardim do Éden, 2 Né. 2:19. sente a uma reunião, a fim de tomar de-
Adão caiu para que os homens existis- cisões com respeito a assuntos da Igreja
sem, 2 Né. 2:15–26. O homem natural é (D&C 107:28).
inimigo de Deus e tem-no sido desde a
queda de Adão, Mos. 3:19. Aarão ensinou Descritos os quóruns da Primeira Pre-
ao pai de Lamôni a respeito da queda, sidência, dos Doze e dos Setenta e o re-
Al. 22:12–14. Deverá haver uma expia- lacionamento entre eles, D&C 107:22–26,
ção, do contrário todos estão decaídos 33–34 (D&C 124:126–128). As decisões
e perdidos, Al. 34:9. Nossos primeiros desses quóruns devem ser unânimes,
pais foram banidos tanto física como D&C 107:27. As decisões desses quó-
espiritualmente da presença do Senhor, runs serão feitas em toda justiça, D&C
Al. 42:2–15 (Hel. 14:16). Por causa da que- 107:30–32. Descritos os deveres dos pre-
da nossa natureza tornou-se má, Ét. 3:2. sidentes de quóruns do sacerdócio, D&C
Pela transgressão dessas santas leis, 107:85–96. O quórum de élderes é insti-
o homem tornou-se decaído, D&C 20:20 tuído para ministros locais, D&C 124:137.
(D&C 29:34–44).
O Senhor disse a Adão que assim Rafael. Ver também Anjos
como havia caído, podia ser redimido,
Anjo do Senhor que participou da res-
Mois. 5:9–12. Por causa da transgressão
tauração de todas as coisas (D&C 128:21).
vem a queda, Mois. 6:59. Os homens
serão punidos por seus próprios peca- Rameumpton
dos, RF 1:2. No Livro de Mórmon, um púlpito
Querubins elevado no qual oravam os zoramitas,
apóstatas nefitas (Al. 31:8–14, 21).
Figuras que representam seres celes-
tiais, cuja forma exata se desconhece. Raquel. Ver também Jacó, Filho de
Os querubins foram designados para Isaque
guardar lugares sagrados. No Velho Testamento, uma das es-
O Senhor pôs querubins para guardar posas de Jacó (Gên. 29–31; 35). Ela era
o caminho que levava à árvore da vida, também a mãe de José e de Benjamim.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
171 Redentor
Realistas Redenção, Plano de. Ver Plano de
No Livro de Mórmon, grupo de pes- Redenção
soas que pretendia derrubar o governo Redenção, Redimido, Redimir. Ver
dos nefitas (Al. 51:1–8). também Expiação, Expiar; Jesus
Cristo; Morte Espiritual; Morte
Rebeca. Ver também Isaque
Física; Queda de Adão e Eva;
Esposa de Isaque, patriarca do Velho Salvação
Testamento (Gên. 24–27). Era mãe de
Libertar, comprar ou resgatar, como,
Esaú e Jacó (Gên. 25:23–26).
por exemplo, livrar uma pessoa do ca-
Rebeldia, Rebelião. Ver também tiveiro mediante pagamento. A redenção
Apostasia; Diabo; Murmurar; refere-se à Expiação de Jesus Cristo e à
Pecado libertação do pecado. A Expiação de Je-
sus redime toda a humanidade da morte
Desafiar ou opor-se ao Senhor, inclusi-
física. Por meio da Sua Expiação, aqueles
ve recusando-se a seguir os Seus líderes que têm fé Nele e que se arrependem são
escolhidos e desobedecendo consciente- também redimidos da morte espiritual.
mente aos Seus mandamentos.
Porque eu te remi, Isa. 44:22. Eu os res-
Não sejais rebeldes contra o Senhor, gatarei da morte, Ose. 13:14 (Salm. 49:15).
Núm. 14:9. O rebelde não busca senão Temos a redenção pelo sangue de Cris-
o mal, Prov. 17:11. Ai dos filhos rebel- to, Ef. 1:7, 14 (Heb. 9:11–15; 1 Ped. 1:18–19;
des, Isa. 30:1. Al. 5:21; Hel. 5:9–12).
O Senhor não redime os que se rebe- O Senhor redimiu a minha alma do in-
lam contra ele e morrem em seus peca- ferno, 2 Né. 1:15. A redenção só é obtida
dos, Mos. 15:26. Os amlicitas rebelaram- por intermédio do Santo Messias, 2 Né.
se abertamente contra Deus, Al. 3:18–19. 2:6–7, 26 (Mos. 15:26–27; 26:26). Canta-
Os rebeldes serão afligidos com mui- ram o amor que redime, Al. 5:9 (Al. 5:26;
ta tristeza, D&C 1:3. A cólera do Senhor 26:13). Os iníquos permanecerão como se
está acesa contra os rebeldes, D&C 56:1 não tivesse havido redenção, Al. 11:40–41
(D&C 63:1–6). (Al. 34:16; 42:13; Hel. 14:16–18). Jesus Cris-
Satanás rebelou-se contra Deus, to proporcionou a redenção do mundo,
Mois. 4:3. Mórm. 7:5–7. O poder da redenção atua
sobre todos os que não têm lei, Morô.
Recato. Ver também Humildade, 8:22 (D&C 45:54).
Humilde, Humilhar Os que não creem não podem ser re-
Comportamento ou aparência hu- dimidos de sua queda espiritual, D&C
milde, moderada e decente. A pessoa 29:44. Desde a fundação do mundo as
recatada evita o exagero e a ostentação. criancinhas estão redimidas, D&C 29:46.
O Senhor redimiu seu povo, D&C 84:99.
Deus fez túnicas de peles para Adão
Joseph F. Smith viu em visão a redenção
e Eva e os vestiu, Gên. 3:21 (Mois. 4:27).
dos mortos, D&C 138.
As mulheres se ataviem em traje ho- Adão e Eva se regozijaram por sua
nesto, 1 Tim. 2:9. Ensinem as novas a redenção, Mois. 5:9–11.
serem moderadas, castas, boas donas
de casa, Tito 2:5. Redentor. Ver também Jesus Cristo;
Muitos encheram os corações de orgu- Salvador
lho devido aos custosos trajes, Jacó 2:13. Jesus Cristo é o grande Redentor da
Sejam simples todas as tuas vestes, humanidade, pois Ele, com a Sua Ex-
D&C 42:40. piação, pagou o preço pelos pecados da
Cremos em ser castos e virtuosos, humanidade e tornou possível a ressur-
RF 1:13. reição de todas as pessoas.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Regras de Fé 172
Eu sei que o meu Redentor vive, Jó Treze pontos básicos de crença defen-
19:25. Eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu didos pelos membros de A Igreja de Je-
Redentor é o Santo de Israel, Isa. 41:14 sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
(Isa. 43:14; 48:17; 54:5; 59:20). Eu sou o Joseph Smith escreveu-as primeira-
Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, mente em uma carta dirigida a John
Isa. 49:26 (Isa. 60:16). Wentworth, editor do jornal Chicago
Chamarás o seu nome Jesus, porque Democrat, que desejava saber em que os
ele salvará o seu povo dos seus pecados, membros da Igreja acreditavam. Esse
Mt. 1:21. O Filho do Homem veio para documento tornou-se conhecido como
dar a sua vida em resgate de muitos, a Carta Wentworth e foi publicado no
Mt. 20:28 (1 Tim. 2:5–6). O Senhor Deus periódico Times and Seasons, em março
de Israel visitou e remiu o seu povo, Lc. de 1842. Em 10 de outubro de 1880, as
1:68. Fomos reconciliados com Deus pela Regras de Fé foram formalmente aceitas
morte de seu filho, Rom. 5:10. Jesus Cris- como escritura pelo voto dos membros
to se deu a si mesmo por nós, para nos da Igreja e passaram a fazer parte da
remir de toda a iniquidade, Tit. 2:13–14. Pérola de Grande Valor.
Jesus Cristo em seu sangue nos lavou dos
nossos pecados, Apoc. 1:5. Reino de Deus ou Reino dos Céus.
A redenção só é obtida por intermé- Ver também Glória Celestial; Igreja
dio do Santo Messias, 2 Né. 2:6–7, 26. de Jesus Cristo
O Filho tomou sobre si a iniquidade e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
transgressões dos homens, redimiu-os dos Últimos Dias é o reino de Deus na
e satisfez as exigências da justiça, Mos. Terra (D&C 65). O propósito da Igreja é
15:6–9, 18–27. Cristo virá para redimir os preparar os seus membros para viverem
que se batizarem para o arrependimento, eternamente no reino celestial ou reino
Al. 9:26–27. E virá ao mundo para redi- do céu. Entretanto, as escrituras às ve-
mir seu povo, Al. 11:40–41. A redenção zes chamam a Igreja de reino do céu,
advém-nos por meio do arrependimento, significando com isto que ela é o reino
Al. 42:13–26. Jesus Cristo vem redimir do céu na Terra.
o mundo, Hel. 5:9–12. Cristo redimiu Embora a Igreja de Jesus Cristo dos
a humanidade da morte física e da es- Santos dos Últimos Dias seja o reino de
piritual, Hel. 14:12–17. A redenção vem Deus na Terra, por ora esse reino acha-se
por Cristo, 3 Né. 9:17. Sou aquele que foi limitado a um reino eclesiástico. Duran-
preparado desde a fundação do mundo te o milênio, o reino de Deus governará
para redimir meu povo, Ét. 3:14. tanto eclesiástica como politicamente.
O Senhor vosso Redentor sofreu a
O Senhor é Rei eterno, Salm. 10:16
morte na carne, D&C 18:11. Cristo sofreu
(Salm. 11:4). O Deus do céu levantará
por todos os que se arrependerem, D&C
um reino que não será jamais destruído,
19:1, 16–20. As criancinhas estão redimi-
Dan. 2:44 (D&C 138:44).
das por meio de meu Unigênito, D&C
Arrependei-vos, porque é chegado o
29:46. Para a redenção do mundo enviei
reino dos céus, Mt. 3:2 (Mt. 4:17). Venha
meu Filho Unigênito, D&C 49:5. Cristo
o teu reino, seja feita a tua vontade na
é a luz e o Redentor do mundo, D&C
Terra, Mt. 6:10. Buscai primeiro o reino
93:8–9. Joseph F. Smith recebeu uma vi-
de Deus, Mt. 6:33 (3 Né. 13:33). Eu te da-
são da redenção dos mortos, D&C 138.
rei as chaves do reino, Mt. 16:19. Vinde,
Cremos que por meio da expiação
possuí por herança o reino que vos está
de Cristo, toda a humanidade pode ser
preparado, Mt. 25:34. Até quando eu
salva, RF 1:3.
partilhar do sacramento convosco no
Regras de Fé. Ver também Pérola de reino de meu Pai, Mt. 26:26–29. Vereis
Grande Valor; Smith, Joseph, Jr. todos os profetas no reino de Deus, Lc.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
173 Remissão de Pecados
13:28. Os injustos não hão de herdar o Segundo livro dos Reis: Os capítulos
reino de Deus, 1 Cor. 6:9. A carne e o 1:1–2:11 continuam a contar a vida de
sangue não podem herdar o reino de Elias, o profeta, inclusive a sua ascensão
Deus, 1 Cor. 15:50. ao céu em um carro de fogo. Os capítulos
Antes de buscardes as riquezas, bus- 2–9 tratam do ministério de grande fé e
cai o reino de Deus, Jacó 2:18. Nada poder de Eliseu. O capítulo 10 fala do rei
impuro pode herdar o reino dos céus, Jeú e de como ele destruiu a casa de Aca-
Al. 11:37. be e os sacerdotes de Baal. Os capítulos
A fim de descansares com elas no rei- 11–13 descrevem o reinado justo de Joás
no de meu Pai, D&C 15:6. A vós foi dado e a morte de Eliseu. Nos capítulos 14–17
o reino ou as chaves da Igreja, D&C 42:69 faz-se menção a vários reis que reinaram
(D&C 65:2). Que o reino de Deus vá avan- em Israel e em Judá, com frequência
te para que venha o reino dos céus, D&C em iniquidade. O capítulo 15 relata a
65:5–6. As chaves deste reino jamais te conquista das dez tribos de Israel pelos
serão tomadas, D&C 90:3. Quem te re- assírios. Nos capítulos 18–20 conta-se a
cebe como uma criancinha, recebe meu vida digna de Ezequias, rei de Judá, e do
reino, D&C 99:3. Assim será a minha profeta Isaías. Os capítulos 21–23 falam
Igreja chamada nos últimos dias, sim, dos reis Manassés e Josias. Segundo a
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos tradição, Manassés foi o responsável
Últimos Dias, D&C 115:4. Abriram-se pelo martírio de Isaías. Josias foi um
os céus sobre nós e contemplei o reino rei justo que restabeleceu a lei entre os
celestial de Deus, D&C 137:1–4. judeus. Os capítulos 24–25 registram o
cativeiro na Babilônia.
Reis
Dois livros do Velho Testamento. Eles Remissão de Pecados. Ver também
relatam a história de Israel desde a re- Arrepender-se, Arrependimento;
belião de Adonias, o quarto filho do Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
Rei Davi (cerca de 1015 a.C.), até o cati- Perdoar
veiro final de Judá (aproximadamente O perdão das faltas sob condição de
586 a.C.). Eles incluem toda a história do arrependimento. A remissão dos peca-
reino do norte (as dez tribos de Israel), dos torna-se possível pela Expiação de
desde a cisão até o tempo em que os as- Jesus Cristo. A pessoa obtém a remissão
sírios os levaram cativos para os países de seus pecados se tiver fé em Cristo, se
do norte. Ver também a Cronologia no arrepender de seus pecados, receber as
apêndice. ordenanças do batismo e da imposição
Primeiro livro dos Reis: O capítulo 1 das mãos para o dom do Espírito Santo
descreve os dias finais da vida do Rei e obedecer aos mandamentos de Deus
Davi. Os capítulos 2–11 registram a vida (RF 1:3–4).
de Salomão. Os capítulos 12–16 falam de Ainda que os vossos pecados sejam
Roboão e Jeroboão, sucessores imediatos como a escarlata, eles se tornarão bran-
de Salomão. Jeroboão provocou a divisão cos como a neve, Isa. 1:16–18.
do reino de Israel. Também são mencio- Isto é o meu sangue, derramado por
nados outros reis. Os capítulos 17–21 muitos, para remissão dos pecados, Mt.
trazem relatos de partes do ministério 26:28 (Heb. 9:22–28; D&C 27:2). Arrepen-
de Elias, o profeta, quando admoestou dei-vos, e cada um de vós seja batizado
Acabe, rei de Israel. O capítulo 22 relata para perdão dos pecados, At. 2:38 (Lc.
uma guerra contra a Síria, na qual Aca- 3:3; D&C 107:20). Os que crerem em Je-
be e Josafá, rei de Judá, juntaram suas sus receberão a remissão dos pecados,
forças. O profeta Mica profetizou contra At. 10:43 (Mos. 3:13).
estes dois reis. Cristo é a fonte onde devem procurar
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Repreender 174
a remissão de seus pecados, 2 Né. 25:26. a humanidade (Al. 11:40–45; 40; 3 Né.
Para reter a remissão dos pecados de- 11:1–17; D&C 76; Mois. 7:62).
vemos cuidar dos pobres e necessita- As pessoas não ressuscitarão todas
dos, Mos. 4:11–12, 26. Todo aquele que para a mesma glória (1 Cor. 15:39–42;
se arrepender terá direito à misericór- D&C 76:89–98), nem serão todas ressus-
dia para a remissão de seus pecados, citadas na mesma época (1 Cor. 15:22–23;
Al. 12:34. O cumprimento dos man- Al. 40:8; D&C 76:64–65, 85; 88:96–102).
damentos traz remissão dos pecados, Muitos santos ressuscitaram após a Res-
Morô. 8:25. surreição de Cristo (Mt. 27:52). Os justos
O Sacerdócio Aarônico possui as cha- serão ressuscitados antes dos ímpios e
ves do batismo por imersão para remis- ressurgirão na Primeira Ressurreição
são de pecados, D&C 13 (D&C 84:64, (1 Tess. 4:16); os pecadores que não se
74; RF 1:4). Eu, o Senhor, não mais me arrependerem ressurgirão na última
lembro de seus pecados, D&C 58:42–43 ressurreição (Apoc. 20:5–13; D&C 76:85).
(Eze. 18:21–22). A esses foi ensinado o Depois de consumida a minha pele,
batismo vicário para remissão de peca- ainda em minha carne verei a Deus,
dos, D&C 138:33. Jó 19:26 (Mois. 5:10). Abrirei as vossas
Repreender. Ver Castigar, Castigo, sepulturas, e vos farei sair, Eze. 37:12.
Corrigir, Repreender Abriram-se os sepulcros e muitos cor-
pos foram ressuscitados, Mt. 27:52–53
Responsabilidade, Idade da. (3 Né. 23:9). Ressuscitou o Senhor, Lc.
Ver Batismo, Batizar—Não 24:34. Um espírito não tem carne nem os-
batizar criancinhas; Batismo de sos, como vedes que eu tenho, Lc. 24:39.
Criancinhas; Criança(s); Prestar Eu sou a ressurreição e a vida, Jo. 11:25.
Contas, Responsabilidade, Os doze apóstolos ensinaram e testifi-
Responsável caram que Jesus havia ressuscitado, At.
1:21–22 (At. 2:32; 3:15; 4:33). Todos serão
Ressurreição. Ver também Corpo; vivificados em Cristo, 1 Cor. 15:1–22. Os
Espírito; Expiação, Expiar; Imortal, que morreram em Cristo ressuscitarão
Imortalidade; Jesus Cristo; Morte primeiro, 1 Tess. 4:16. Bem-aventurado e
Física santo aquele que tem parte na primeira
A reunião do corpo espiritual com ressurreição, Apoc. 20:6.
o corpo físico, de carne e ossos, após a Cristo dá sua vida, e toma-a nova-
morte. Depois da ressurreição, o espírito mente para efetuar a ressurreição dos
e o corpo jamais se separarão e a pessoa mortos, 2 Né. 2:8 (Mos. 13:35; 15:20; Al.
será imortal. Todos os que nascem na 33:22; 40:3; Hel. 14:15). Sem a ressurrei-
Terra serão ressuscitados porque Jesus ção estaríamos sujeitos a Satanás, 2 Né.
Cristo venceu a morte (1 Cor. 15:20–22). 9:6–9. A ressurreição será concedida a
Jesus Cristo foi a primeira pessoa que todos os homens, 2 Né. 9:22. Abinádi
ressuscitou nesta Terra (At. 26:23; Col. ensinou sobre a primeira ressurreição,
1:18; Apoc. 1:5). O Novo Testamento for- Mos. 15:21–26. Os perversos permanece-
nece amplas evidências de que Jesus le- rão como se não tivesse havido redenção,
vantou-se com o Seu corpo físico: o Seu sendo-lhes apenas afrouxadas as cadeias
sepulcro ficou vazio, Ele comeu peixe e da morte, Al. 11:41–45. Alma explicou o
mel, Ele tinha um corpo de carne e os- estado das almas entre a morte e a res-
sos, as pessoas tocaram Nele e os anjos surreição, Al. 40:6, 11–24.
disseram que Ele havia ressuscitado (Mc. Na vinda do Senhor, os mortos que
16:1–6; Lc. 24:1–12, 36–43; Jo. 20:1–18). As morreram em Cristo se levantarão, D&C
revelações modernas confirmam a reali- 29:13 (D&C 45:45–46; 88:97–98; 133:56).
dade da Ressurreição de Cristo e de toda Chorareis a perda especialmente dos
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
175 Retidão
que não têm esperança de uma ressur- 12:2). Deus fará uma obra maravilhosa e
reição gloriosa, D&C 42:45. Os que não um assombro, Isa. 29:14 (2 Né. 25:17–18;
conheceram lei alguma tomarão parte D&C 4:1). Deus levantará um reino que
na primeira ressurreição, D&C 45:54. jamais será destruído, Dan. 2:44.
Eles se levantarão dentre os mortos e Elias, o profeta, virá, e restaurará todas
não mais morrerão, D&C 63:49. A res- as coisas, Mt. 17:11 (Mc. 9:12; D&C 77:14).
surreição dos mortos é a redenção da Virão os tempos da restauração de tudo,
alma, D&C 88:14–16. Espírito e elemen- At. 3:21 (D&C 27:6). Na dispensação da
to, inseparavelmente ligados, recebem plenitude dos tempos Deus congregará
a plenitude da alegria, D&C 93:33. An- todas as coisas em Cristo, Ef. 1:10. Vi ou-
jos que têm corpos de carne e ossos, tro anjo voar pelo meio do céu e tinha
são pessoas ressuscitadas, D&C 129:1. o evangelho eterno para o proclamar,
Qualquer princípio de inteligência que Apoc. 14:6.
alcançarmos nesta vida, surgirá conosco A plenitude do evangelho chegará
na ressurreição, D&C 130:18–19. aos gentios, 1 Né. 15:13–18. Os judeus
serão restituídos à verdadeira Igreja,
Restauração, Restituição. Ver também
2 Né. 9:2. Nos últimos dias a verdade
Restauração do Evangelho
chegará, 3 Né. 16:7.
O restabelecimento de uma coisa ou A vós eu confiro o Sacerdócio de Aa-
de uma condição que foi retirada ou rão, D&C 13 (JS—H 1:69). Confiei as
perdida. chaves do reino para os últimos dias,
O espírito e o corpo serão novamen- D&C 27:6, 13–14 (D&C 128:19–21). Para
te reunidos em sua perfeita forma, Al. reunir as tribos de Israel e restaurar to-
11:43–44. Restauração é restituir o mal das as coisas, D&C 77:9. Confiadas as
ao mal, a justiça à justiça, Al. 41:10–15. chaves desta dispensação, D&C 110:16
Cremos na restauração das Dez Tribos (D&C 65:2). Conferido o sacerdócio na
e que a Terra será renovada e receberá dispensação da plenitude dos tempos,
sua glória paradisíaca, RF 1:10 (D&C D&C 112:30.
133:23–24). Vi dois Personagens, JS—H 1:17. Eu
vos revelarei o sacerdócio pela mão de
Restauração do Evangelho. Ver Elias, o profeta, JS—H 1:38 (Mal. 4:5–6).
também Apostasia; Dispensação;
Evangelho; Smith, Joseph, Jr. Retidão. Ver também Andar, Andar
O restabelecimento sobre a Terra, por com Deus; Dignidade, Digno;
parte de Deus, das verdades e ordenan- Injustiça, Injusto; Integridade;
ças de Seu evangelho. O evangelho de Justiça; Justo(s); Mandamentos de
Jesus Cristo foi retirado da Terra por Deus
causa da apostasia que ocorreu após Qualidade do que é justo, santo, vir-
o ministério terreno dos Apóstolos de tuoso, íntegro; obedecer aos mandamen-
Cristo. Essa apostasia tornou necessá- tos de Deus; evitar o pecado.
ria a Restauração do evangelho. Por Satanás não tem poder sobre os cora-
meio de visões, ministrações de anjos ções do povo, porque vivem em retidão,
e revelações aos homens na Terra, Deus 1 Né. 22:26. Se não há retidão, não há
restaurou o evangelho. A Restauração felicidade, 2 Né. 2:13. Todos os homens
começou com o Profeta Joseph Smith devem ser mudados a um estado de re-
(JS—H 1; D&C 128:20–21) e tem continua- tidão, Mos. 27:25–26. Buscastes a felici-
do até hoje por intermédio do trabalho dade na iniquidade, o que é contrário à
dos profetas vivos do Senhor. natureza da retidão, Hel. 13:38.
A casa do Senhor será estabelecida no Estai, pois, firmes, tendo vestida a
cume dos montes, Isa. 2:2 (Miq. 4:2; 2 Né. couraça da retidão, D&C 27:16 (Ef. 6:14).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Reuel 176
Aquele que pratica as obras da retidão alguma, sem ter revelado o seu segredo
receberá paz neste mundo e vida eterna aos seus servos, os profetas, Amós 3:7.
no mundo vindouro, D&C 59:23. Os po- Bem-aventurado és tu, Simão Barjo-
deres do céu não podem ser controlados nas, porque to não revelou a carne e o
a não ser de acordo com os princípios da sangue, mas meu Pai, Mt. 16:15–19. O
retidão, D&C 121:36. Espírito vos guiará em toda a verdade,
O povo de Sião vivia em retidão, Mois. e vos anunciará o que há de vir, Jo. 16:13.
7:18. Abraão foi um seguidor da retidão, Se algum de vós tem falta de sabedoria,
Abr. 1:2. peça-a Deus, Tg. 1:5.
Todas as coisas serão reveladas, 2 Né.
Reuel. Ver Jetro
27:11. Darei aos filhos dos homens linha
Revelação. Ver também Espírito Santo; sobre linha, 2 Né. 28:30. Nada haverá se-
Inspiração, Inspirar; Luz, Luz de creto que não seja revelado, 2 Né. 30:17.
Cristo; Palavra de Deus; Profecia, O Espírito Santo vos mostrará todas as
Profetizar; Sonho; Visão; Voz coisas que deveis fazer, 2 Né. 32:5. Ne-
nhum homem conhece os caminhos de
Comunicação de Deus aos Seus filhos
Deus, a não ser que lhe sejam revelados,
aqui na Terra. A revelação pode vir pela
Jacó 4:8. Alma jejuou e orou para receber
Luz de Cristo e pelo Espírito Santo por
revelação, Al. 5:46. Ao justo será permiti-
meio de inspiração, visões, sonhos ou
do revelar coisas nunca antes reveladas,
visitas de anjos. A revelação proporcio-
Al. 26:22. Aquele que nega estas coisas
na orientação que pode levar os fiéis à
não conhece o evangelho de Jesus Cristo
salvação eterna no reino celestial.
e não leu as escrituras, Mórm. 9:7–8. Não
O Senhor revela a Sua obra aos Seus
recebereis testemunho senão depois da
profetas e confirma aos crentes que as
prova de vossa fé, Ét. 12:6.
revelações concedidas aos profetas são
A minha palavra será toda cumpri-
verdadeiras (Amós 3:7). Por meio de re-
da, D&C 1:38. Não dei paz à tua mente
velação o Senhor fornece orientação in-
quanto ao assunto, D&C 6:22–23. Falarei
dividual a toda pessoa que a busca, que
em tua mente e em teu coração, D&C
tem fé, que se arrepende e que obedece
8:2–3. Se estiver certo, farei arder dentro
ao evangelho de Jesus Cristo. “O Espírito
de ti o teu peito, D&C 9:8. Não negues o
Santo é um revelador,” disse o Profeta
espírito de revelação, D&C 11:25. Os que
Joseph Smith, e “ninguém pode receber
pedirem, receberão revelação sobre re-
o Espírito Santo sem receber revelações.”
velação, D&C 42:61. Tudo que disserem,
Na Igreja do Senhor os membros que
quando movidos pelo Espírito Santo,
formam a Primeira Presidência e o Quó-
será a voz do Senhor, D&C 68:4. Deus
rum dos Doze Apóstolos são profetas,
vos dará conhecimento, D&C 121:26.
videntes e reveladores para a Igreja e
Joseph Smith viu o Pai e o Filho, JS—H
para o mundo. O Presidente da Igreja
1:17. Cremos em tudo o que Deus revelou
é a única pessoa, entre todos eles, auto-
e ainda revelará, RF 1:7, 9.
rizada pelo Senhor a receber revelação
para a Igreja (D&C 28:2–7). Entretanto, Revelação de João. Ver Apocalipse do
todos podem receber revelação pessoal Apóstolo João
para o seu próprio benefício.
Reverência. Ver também Honra,
De tudo o que sai da boca do Senhor
Honrar; Temor
viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4; D&C
98:11). O Senhor fala numa voz mansa e Profundo respeito pelas coisas sagra-
delicada, 1 Re. 19:12. Não havendo visão, das; veneração.
o povo fica desenfreado, Prov. 29:18. Cer- O Senhor ordenou a Moisés que tirasse
tamente o Senhor Deus não fará coisa os sapatos, pois o lugar em que estava
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
177 Roboão
era terra santa, Êx. 3:4–5. Deus deve ser materiais. O Senhor aconselhou os san-
temido e reverenciado, Salm. 89:7. tos a não buscarem as riquezas terrenas,
Sirvamos a Deus com reverência e exceto para fazer o bem. Eles não devem
piedade, Heb. 12:28. dar maior importância às riquezas do
Morôni inclinou-se até o solo e orou mundo do que à busca do reino de Deus,
fervorosamente, Al. 46:13. A multidão onde se acham as riquezas da eternidade
caiu por terra e adorou a Cristo, 3 Né. (Jacó 2:18–19).
11:12–19.
Se ele prostrar-se perante mim, D&C Se as vossas riquezas aumentam, não
5:24. Todas as coisas curvam-se em hu- ponhais nelas o coração, Salm. 62:10. Não
milde reverência diante do trono de aproveitam as riquezas no dia da ira,
Deus, D&C 76:93. Vossa mente escure- Prov. 11:4. Aquele que confia nas suas
ceu-se porque tratastes com leviandade riquezas cairá, Prov. 11:28. Mais digno
as coisas que recebestes, D&C 84:54–57. de ser escolhido é o bom nome do que
Todo joelho se dobrará e toda língua as muitas riquezas, Prov. 22:1.
confessará, D&C 88:104. Por respeito ou Quão dificilmente entrarão no rei-
reverência ao nome do Ser Supremo, a no de Deus os que têm riquezas, Mc.
igreja deu a esse sacerdócio o nome de 10:23 (Lc. 18:24–25). O amor ao dinhei-
Melquisedeque, D&C 107:4. Bênçãos se- ro é a raiz de toda a espécie de males,
rão derramadas sobre os que reverencia- 1 Tim. 6:10.
rem ao Senhor em sua casa, D&C 109:21. Ai dos ricos que desprezam os pobres
Rigdon, Sidney e cujos tesouros são seu deus, 2 Né. 9:30.
Os ricos justos não tinham posto o co-
Um dos primeiros conversos e líder
ração nas riquezas e eram liberais com
da Igreja restaurada na década de 1830
todos, Al. 1:30. O povo começou a se tor-
e começo da de 1840. Sidney Rigdon
nar orgulhoso por causa das riquezas,
serviu durante algum tempo como Pri-
meiro Conselheiro de Joseph Smith na Al. 4:6–8. O povo começou a dividir-
Primeira Presidência da Igreja (D&C 35; se em classes, segundo suas riquezas,
58:50, 57; 63:55–56; 76:11–12, 19–23; 90:6; 3 Né. 6:12.
93:44; 100:9–11; 124:126). Mais tarde ele Não busque as riquezas mas sabe-
apostatou e foi excomungado em setem- doria, D&C 6:7 (Al. 39:14; D&C 11:7).
bro de 1844. As riquezas da Terra são de Deus para
dar, mas precavei-vos contra o orgulho,
Rio Jordão D&C 38:39.
O Rio Jordão estende-se desde o mar Riquezas da eternidade: Ajuntai tesouros
da Galileia até o Mar Morto. Tem 160
no céu, Mt. 6:19–21.
quilômetros de extensão e é formado
Quantas vezes vos chamei pelas ri-
por diversas nascentes que descem do
quezas da vida eterna, D&C 43:25. As
monte Hermon. É o rio mais importan-
riquezas da eternidade são minhas e
te de Israel.
Dois dos acontecimentos mais im- posso dá-las, D&C 67:2 (D&C 78:18).
portantes relacionados a esse rio são a Roboão. Ver também Salomão
separação das águas, feita pelo Senhor,
para a passagem de Israel (Jos. 3:14–17) No Velho Testamento, filho e suces-
e o batismo de Jesus Cristo (Mt. 3:13–17; sor do rei Salomão. Reinou em Jerusa-
1 Né. 10:9). lém durante dezessete anos (1 Re. 11:43;
14:21, 31). Durante seu reinado o reino
Riquezas. Ver também Dinheiro; foi dividido em Reino de Israel, no norte,
Orgulho e Reino de Judá, no sul (1 Re. 11:31–36;
Fortuna ou abundância de bens 12:19–20). Roboão ficou como rei de Judá.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Rocha 178
Rocha. Ver também Evangelho; Jesus considerava muito perigosa. Se esca-
Cristo; Revelação passe com vida, esperava depois visitar
Em sentido figurado, Jesus Cristo e o Roma. A epístola destinava-se, em parte,
Seu evangelho, que são um firme alicerce a preparar a Igreja de lá para recebê-lo
e sustentáculo (D&C 11:24; 33:12–13). A quando chegasse. Pode-se considerar
palavra rocha também pode referir-se à também essa epístola como uma decla-
revelação, por meio da qual Deus torna ração sobre certas doutrinas acerca das
conhecido o Seu evangelho ao homem quais houvera controvérsia e que Paulo
(Mt. 16:15–18). considerava como finalmente resolvidas.
No capítulo 1 encontra-se a saudação
Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, de Paulo aos romanos. Nos capítulos
Deut. 32:4. O Senhor é o meu rochedo, 2–11 há várias declarações sobre a dou-
nele confiarei, 2 Sam. 22:2–3. Uma pe- trina da fé, das obras e da graça. Nos
dra foi cortada, sem mãos, Dan. 2:34–35. capítulos 12–16 são detalhados ensina-
Estava edificada sobre a rocha, Mt. mentos práticos sobre o amor, o dever e
7:25 (3 Né. 14:25). Jesus Cristo é a pedra a santidade.
que foi rejeitada, At. 4:10–11. A pedra era
Cristo, 1 Cor. 10:1–4 (Êx. 17:6). Roubar, Roubo
O que está edificado sobre a rocha re- Tomar algo de alguém de modo deso-
cebe a verdade com júbilo, 2 Né. 28:28. Os nesto ou ilegal. O Senhor sempre orde-
judeus rejeitarão a pedra (Cristo) sobre nou aos Seus filhos que não roubassem
a qual poderiam edificar, Jacó 4:15–17. (Êx. 20:15; Mt. 19:18; 2 Né. 26:32; Mos.
É sobre a rocha de nosso Redentor que 13:22; D&C 59:6).
devemos construir o nosso alicerce, Hel.
5:12. Os que edificam sobre as doutrinas Ajuntai tesouros no céu, onde os la-
de Cristo, edificam sobre a sua rocha e drões não roubam, Mt. 6:19–21.
não cairão quando vierem as inunda- As derrotas dos nefitas aconteceram
ções, 3 Né. 11:39–40 (Mt. 7:24–27; 3 Né. por causa do orgulho, das riquezas, dos
18:12–13). Um homem prudente edificou furtos e dos roubos, Hel. 4:12.
sua casa sobre a rocha, 3 Né. 14:24. O que furtar e não se arrepender será
Se estiverdes estabelecidos sobre mi- expulso, D&C 42:20. Os que rouba-
nha rocha, a Terra e o inferno não po- rem serão entregues à lei do país, D&C
derão prevalecer, D&C 6:34. Aquele que 42:84–85.
edificar sobre esta rocha jamais cairá, Rúben. Ver também Israel; Jacó, Filho
D&C 50:44. de Isaque
Eu sou o Messias, o Rei de Sião, a Ro-
No Velho Testamento, filho mais ve-
cha do Céu, Mois. 7:53.
lho de Jacó e Lia (Gên. 29:32; 37:21–22,
Roma. Ver também Império Romano 29; 42:22, 37). Embora Rúben fosse o
No Novo Testamento, capital do Im- primogênito, perdeu a primogenitura
pério Romano, localizada às margens do por causa do pecado (Gên. 35:22; 49:3–4).
Rio Tibre, na Itália (At. 18:2; 19:21; 23:11). Tribo de Rúben: A bênção de Jacó a Rú-
Paulo pregou o evangelho em Roma, ben acha-se em Gên. 49:3 e em Deut. 33:6.
quando era prisioneiro do governo ro- O número de descendentes da tribo foi
mano (At. 28:14–31; Rom. 1:7, 15–16). diminuindo gradualmente, e embora ela
continuasse a existir, tornou-se politica-
Romanos, Epístola aos. Ver também mente menos importante. O direito de
Epístolas Paulinas; Paulo primogenitura de Rúben passou a José
No Novo Testamento, carta escrita e seus filhos, por ser este o primogêni-
por Paulo aos santos de Roma. Ele pre- to de Raquel, a segunda esposa de Jacó
tendia fazer uma visita a Jerusalém, que (1 Crôn. 5:1–2).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
179 Sacerdócio
Rumores. Ver também Maledicência; Deu Deus a Salomão sabedoria, 1 Re.
Mexerico 4:29–30. A sabedoria é coisa principal;
Satanás espalha rumores e conten- adquire, pois, a sabedoria, Prov. 4:7. O
das — às vezes parcialmente baseados que adquire entendimento ama a sua
na verdade — para fazer com que as alma, Prov. 19:8.
pessoas se voltem contra Deus e contra Jesus crescia em sabedoria, Lc. 2:40,
tudo o que é bom (Hel. 16:22; JS—H 1:1). 52. Se algum de vós tem falta de sabe-
Um dos sinais da Segunda Vinda de Je- doria, peça-a a Deus, Tg. 1:5 (D&C 42:68;
sus Cristo é que as pessoas ouvirão de JS—H 1:11).
guerras e rumores de guerras (Mt. 24:6; Eis que vos digo estas coisas para que
D&C 45:26; JS—M 1:23). aprendais sabedoria, Mos. 2:17. Aprende
sabedoria em tua mocidade, Al. 37:35.
Rute. Ver também Boaz Os santos encontrarão sabedoria e
No Velho Testamento, a nora moabita grandes tesouros de conhecimento, D&C
de Noemi e Elimeleque, que eram israeli- 89:19. Que o que for ignorante se humi-
tas. Depois da morte de seu marido, Rute lhe e invoque o Senhor, e assim adquira
casou-se com Boaz, parente de Noemi. sabedoria, D&C 136:32.
O filho deles, Obede, foi o antepassado
de Davi e de Cristo. A história de Rute Sacerdócio. Ver também Autoridade;
ilustra de forma bela a conversão ao re- Chaves do Sacerdócio; Juramento
banho de Israel de uma mulher que não e Convênio do Sacerdócio;
era israelita. Rute abandonou seu antigo Ordenação, Ordenar; Poder;
deus e sua vida anterior para unir-se à Sacerdócio Aarônico; Sacerdócio de
família da fé e servir ao Deus de Israel Melquisedeque
(Rute 1:16). Autoridade e poder concedidos por
Livro de Rute: O capítulo 1 descreve a Deus ao homem para agir em todas as
vida de Elimeleque e de sua família em coisas relacionadas com a salvação da
Moabe. Depois da morte de seus res- humanidade (D&C 50:26–27). Os mem-
pectivos maridos, Noemi e Rute foram bros da Igreja do sexo masculino, que
para Belém. O capítulo 2 explica que são portadores do sacerdócio, são or-
Rute recolheu espigas nos campos de ganizados em quóruns e autorizados
Boaz. O capítulo 3 conta como Noemi a realizar ordenanças e exercer certas
instruiu Rute a ir à eira e a deitar-se aos funções administrativas na Igreja.
pés de Boaz. O capítulo 4 é a história do Sua unção lhes será por sacerdócio
casamento de Rute com Boaz. Eles tive- eterno, Êx. 40:15 (Núm. 25:13).
ram um filho, Obede, de cuja linhagem Eu vos nomeei, Jo. 15:16. Sois edifica-
vieram Davi e Jesus Cristo. dos casa espiritual e sacerdócio santo,
1 Ped. 2:5. Sois a geração eleita, o sacer-
Sábado. Ver Dia do Sábado (Dia de dócio real, 1 Ped. 2:9 (Êx. 19:6).
Descanso) Os homens são chamados como sumos
sacerdotes por causa de sua grande fé
Sabedoria. Ver também Compreensão, e boas obras, Al. 13:1–12. Dou-te poder
Entendimento; Conhecimento; para batizar, 3 Né. 11:21. Tereis poder
Verdade para conferir o Espírito Santo, Morô. 2:2.
A capacidade ou dom de Deus de sa- Eis que vos revelarei o Sacerdócio pela
ber julgar corretamente. Adquire-se sa- mão de Elias, o profeta, D&C 2:1 (JS—H
bedoria pela experiência e pelo estudo 1:38). Confirmou o Senhor um sacerdó-
e seguindo os conselhos de Deus. Sem cio sobre Aarão e sua semente, D&C
a ajuda de Deus o homem não tem sa- 84:18. Esse sacerdócio maior administra
bedoria verdadeira (2 Né. 9:28; 27:26). o evangelho, D&C 84:19. Tirou Moisés
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sacerdócio, Chaves do 180
do meio deles, como também o Santo Rio Susquehanna, perto de Harmony,
Sacerdócio, D&C 84:25. Descrição do ju- Pensilvânia (D&C 13; JS—H 1:68–73).
ramento e convênio do sacerdócio, D&C E ele terá o convênio do sacerdócio
84:33–42. O sacerdócio continuou através eterno, Núm. 25:13. O Senhor purificará
da linhagem de vossos pais, D&C 86:8. os filhos de Levi e os afinará, Mal. 3:3
Há, na igreja, dois sacerdócios, D&C (3 Né. 24:3).
107:1. O primeiro sacerdócio é o Santo Ninguém toma para si esta honra,
Sacerdócio segundo a Ordem do Filho
Heb. 5:4. A perfeição não vem pelo Sa-
de Deus, D&C 107:2–4. Os direitos do
cerdócio Levítico, Heb. 7:11.
sacerdócio são inseparavelmente liga-
Este sacerdócio nunca mais será tirado
dos com os poderes do céu, D&C 121:36.
da Terra, até que os filhos de Levi tornem
Nenhum poder ou influência pode ou
a fazer, em retidão, uma oferta, D&C
deve ser mantido em virtude do sacer-
13. Joseph Smith e Oliver Cowdery fo-
dócio a não ser com persuasão e amor
ram ordenados ao Sacerdócio Aarônico,
não fingido, D&C 121:41. Todo homem
D&C 27:8. O sacerdócio menor contém a
da Igreja fiel e digno poderia receber o
santo sacerdócio, DO 2. chave do ministério de anjos, D&C 84:26
Cremos que um homem deve ser cha- (D&C 13). Há dois sacerdócios, a saber:
mado por Deus, RF 1:5. o de Melquisedeque e o Aarônico, D&C
107:1. O segundo sacerdócio chama-se
Sacerdócio, Chaves do. Ver Chaves Sacerdócio de Aarão, D&C 107:13.
do Sacerdócio
Sacerdócio de Melquisedeque.
Sacerdócio, Ordenação. Ver Ver também Élder (Ancião);
Ordenação, Ordenar Melquisedeque; Sacerdócio
Sacerdócio Aarônico. Ver também O Sacerdócio de Melquisedeque é o
Aarão, Irmão de Moisés; Lei de sacerdócio mais elevado ou maior; o Sa-
Moisés; Sacerdócio cerdócio Aarônico é o sacerdócio menor.
O sacerdócio menor (Heb. 7:11–12; O Sacerdócio de Melquisedeque inclui as
D&C 107:13–14). Seus ofícios são: bis- chaves das bênçãos espirituais da Igreja.
po, sacerdote, mestre e diácono (D&C Por meio das ordenanças do sacerdócio
84:30; 107:10, 14–15, 87–88). Antigamen- maior manifesta-se aos homens o poder
te, sob a lei de Moisés, havia sumos sa- da divindade (D&C 84:18–25; 107:18–21).
cerdotes, sacerdotes e levitas. Como os Adão foi o primeiro a quem Deus reve-
antigos israelitas se rebelaram contra lou o Sacerdócio de Melquisedeque e os
Deus, Moisés e o santo sacerdócio fo- patriarcas e profetas de todas as dispen-
ram retirados dentre eles e o sacerdócio sações possuíam esta autoridade (D&C
menor permaneceu. Eles se haviam re- 84:6–17). A princípio chamava-se o Santo
cusado a ser santificados e a receber o Sacerdócio, segundo a Ordem do Filho
Sacerdócio de Melquisedeque e as suas de Deus, porém mais tarde passou a ser
ordenanças. (Ver D&C 84:23–26.) O Sa- conhecido como Sacerdócio de Melqui-
cerdócio Aarônico encarrega-se das or- sedeque (D&C 107:2–4).
denanças temporais e exteriores da lei Quando os filhos de Israel não conse-
e do evangelho (1 Crôn. 23:27–32; D&C guiram viver à altura dos privilégios e
84:26–27; 107:20). Ele possui as chaves convênios do Sacerdócio de Melquisede-
do ministério de anjos, do evangelho do que, o Senhor retirou a lei maior e deu-
arrependimento e do batismo (D&C 13). lhes o sacerdócio menor e uma lei menor
O Sacerdócio Aarônico foi restaurado na (D&C 84:23–26). Eles eram chamados
Terra, nesta dispensação, em 15 de maio de Sacerdócio Aarônico e lei de Moisés.
de 1829. João Batista o conferiu a Joseph Quando Jesus veio à Terra, Ele restituiu o
Smith e Oliver Cowdery, às margens do Sacerdócio de Melquisedeque aos judeus
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
181 Sacramento
e começou a estabelecer a Igreja entre Sacerdote, Sacerdócio Aarônico.
eles. Entretanto, o sacerdócio e a Igreja Ver também Aarão, Irmão de
foram novamente perdidos por causa da Moisés; Sacerdócio Aarônico; Sumo
apostasia, sendo posteriormente restau- Sacerdote
rados por meio de Joseph Smith Jr. (D&C Ofício no Sacerdócio Aarônico. An-
27:12–13; 128:20; JS—H 1:73). tigamente era o mais elevado ofício no
O Sacerdócio de Melquisedeque Sacerdócio Levítico, recebido apenas
abrange os ofícios de élder, sumo sa- por Aarão e seus descendentes. Quando
cerdote, patriarca, Setenta e Apóstolo Cristo cumpriu a lei mosaica, foi remo-
(D&C 107). O Sacerdócio de Melqui- vida essa restrição.
sedeque sempre fará parte do reino de Descritos os deveres de um sacerdo-
Deus na Terra. te na Igreja restaurada, D&C 20:46–52.
O Presidente de A Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias é o pre- Sacerdote, Sacerdócio de
sidente do sacerdócio maior, ou seja, de Melquisedeque. Ver também
Melquisedeque e ele é detentor de todas Sacerdócio de Melquisedeque;
as chaves pertencentes ao reino de Deus Sumo Sacerdote
na Terra. O chamado de Presidente é Pessoa que realiza cerimônias reli-
exercido somente por um homem ao giosas para outros e que são dirigidas
mesmo tempo e ele é a única pessoa na a Deus. Frequentemente nas escrituras
Terra autorizada a exercer todas as cha- os sacerdotes são sumos sacerdotes se-
ves do sacerdócio (D&C 107:64–67; 132:7). gundo a ordem de Melquisedeque (Al.
13:2). Aqueles que recebem a plenitude
Cristo será um sacerdote eterno, se- da glória de Deus após a Ressurreição
gundo a ordem de Melquisedeque, tornam-se sacerdotes e reis no mundo
Salm. 110:4 (Heb. 5:6, 10; 7:11). celestial.
O Sacerdócio de Melquisedeque ad-
Melquisedeque foi um sacerdote do
ministra o evangelho, Heb. 7 (D&C
Deus Altíssimo, Gên. 14:18. És um sacer-
84:18–25).
dote eterno, segundo a ordem de Melqui-
Melquisedeque, tendo muita fé, rece-
sedeque, Salm. 110:4 (Heb. 5:6; 7:17, 21).
beu o ofício de sumo sacerdote, Al. 13:18. Cristo nos fez reis e sacerdotes para
O Sacerdócio de Melquisedeque foi Deus, seu Pai, Apoc. 1:6 (Apoc. 5:10; 20:6).
conferido a Joseph Smith e a Oliver Cow- Quisera que vos lembrásseis de que
dery, D&C 27:12–13 (JS—H 1:72). Este sa- o Senhor Deus ordenou sacerdotes se-
cerdócio é recebido com um juramento gundo a sua santa ordem, Al. 13:1–20.
e convênio, D&C 84:33–42. Há duas di- Os que irão ressurgir na ressurreição
visões ou categorias principais, o Sacer- dos justos são sacerdotes e reis, D&C
dócio de Melquisedeque e o Sacerdócio 76:50, 55–60.
Aarônico, D&C 107:6. O Sacerdócio de
Melquisedeque tem o direito de admi- Sacramento. Ver também Águas Vivas;
nistrar nos assuntos espirituais, D&C Batismo, Batizar; Cruz; Expiação,
Expiar; Jesus Cristo; Pão da Vida;
107:8–18. Moisés, Elias e Elias, o profe-
Sacrifício; Última Ceia
ta, conferiam a Joseph Smith e a Oliver
Cowdery as chaves do sacerdócio, D&C Para os santos dos últimos dias, a pa-
110:11–16. Agora vos indico os oficiais lavra sacramento refere-se à ordenança
pertencentes a meu sacerdócio, para de tomar o pão e a água em memória
que tenhais suas chaves, D&C 124:123. do sacrifício expiatório de Cristo. O pão
partido representa o Seu corpo quebran-
Sacerdócio Levítico. Ver Sacerdócio tado; a água representa o sangue que Ele
Aarônico derramou para expiar os nossos pecados
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sacrifício 182
(1 Cor. 11:23–25; D&C 27:2). Quando os bênçãos obtidas por meio do sacrifício
membros dignos da Igreja tomam o sa- são maiores do que aquilo a que se re-
cramento, eles prometem tomar sobre nuncia.
si o nome de Cristo, lembrar-se sempre Depois que Adão e Eva foram expul-
Dele e guardar os Seus mandamentos. sos do Jardim do Éden, o Senhor deu-
Nesta ordenança os membros da Igreja lhes a lei do sacrifício. Essa lei consistia
renovam os seus convênios batismais. no oferecimento dos primogênitos de
Na Última Ceia, Jesus explicou a or- seus rebanhos e simbolizava o futuro
denança do sacramento enquanto Ele sacrifício do Unigênito de Deus (Mois.
comia com os Doze Apóstolos (Mt. 26:17– 5:4–8). Esta prática continuou até a morte
28; Lc. 22:1–20). de Jesus Cristo, a qual pôs fim ao sacrifí-
cio de animais como ordenança do evan-
Jesus tomou o pão e o abençoou e o
gelho (Al. 34:13–14). Na Igreja de hoje os
partiu; depois tomou o cálice e deu gra-
membros participam do sacramento do
ças, Mt. 26:26–28 (Mc. 14:22–24; Lc. 22:19– pão e da água em memória do sacrifício
20). Quem come a minha carne e bebe o de Jesus Cristo. Também é pedido aos
meu sangue tem a vida eterna, Jo. 6:54. membros da Igreja, hoje, que ofereçam
O que come e bebe indignamente come o sacrifício de um coração quebrantado
e bebe para a sua própria condenação, e um espírito contrito (3 Né. 9:19–22), o
1 Cor. 11:29 (3 Né. 18:29). que significa que devem ser humildes,
Jesus instruiu seus doze apóstolos ter o espírito de arrependimento e estar
nefitas a respeito do sacramento, 3 Né. dispostos a obedecer aos mandamentos
18:1–11. Jesus instruiu esses discípulos de Deus.
a proibirem pessoas indignas de parti-
Abraão amarrou seu filho Isaque e
ciparem do sacramento, 3 Né. 18:28–29
o colocou no altar, Gên. 22:1–18 (Jacó
(Mórm. 9:29). São ensinadas as orações
4:5). Sacrificarás os teus holocaustos, Êx.
sacramentais, Morô. 4–5 (D&C 20:75–79). 20:24. Os animais a serem sacrificados
O sacramento deve ser adminis- devem ser sem defeitos, Deut. 15:19–21.
trado por um sacerdote ou élder, O obedecer é melhor do que o sacrificar,
D&C 20:46, 76. Mestres e diáconos não 1 Sam. 15:22.
têm autoridade para administrar o sa- Amar é mais do que todos os holo-
cramento, D&C 20:58. Outros líquidos caustos e sacrifícios, Mc. 12:32–33. Somos
que não o vinho podem ser usados para santificados pelo sacrifício de Cristo,
o sacramento, D&C 27:1–4. Heb. 10:10–14.
Sacrifício. Ver também Coração Cristo se oferece em sacrifício pelo
Quebrantado; Expiação, Expiar; pecado, 2 Né. 2:6–7. Aquele grande e
último sacrifício será o Filho de Deus,
Jesus Cristo; Sacramento; Sangue
sim, infinito e eterno, Al. 34:8–14. Não
Em tempos antigos sacrifício signi- oferecereis mais holocaustos; sacrificai
ficava tornar alguma coisa ou alguém a Deus um coração quebrantado e um
santo. Atualmente significa renunciar a espírito contrito, 3 Né. 9:19–20 (Salm.
algo ou sofrer a perda de coisas terrenas 51:16–17; D&C 59:8).
pelo Senhor e Seu reino. Os membros da Hoje é um dia de sacrifício, D&C 64:23
Igreja do Senhor devem estar dispostos (D&C 97:12). Todos os que estiverem
a sacrificar todas as coisas pelo Senhor. dispostos a observar seus convênios
Joseph Smith ensinou que “uma religião por meio de sacrifício são aceitos pelo
que não requeira o sacrifício de todas as Senhor, D&C 97:8. Joseph Smith viu os
coisas nunca tem poder suficiente para espíritos dos justos, que haviam ofereci-
produzir a fé necessária para a vida e do sacrifícios à semelhança do sacrifício
a salvação.” Na perspectiva eterna, as do Salvador, D&C 138:13. Se efetuara
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
183 Salomão
redenção por meio do sacrifício do Filho semelhante à uma palavra hebraica que
de Deus na cruz, D&C 138:35. significa “paz.”
Sadraque. Ver também Daniel Melquisedeque, rei de Salém, trouxe
pão e vinho, Gên. 14:18.
No Velho Testamento, Sadraque, Me-
Melquisedeque, rei de Salém, era sa-
saque e Abede-Nego eram três jovens
cerdote do Deus altíssimo, Heb. 7:1–2.
israelitas que, junto com Daniel, foram
Melquisedeque era rei da terra de Sa-
levados ao palácio de Nabucodonosor,
lém, Al. 13:17–18.
rei de Babilônia. O nome hebreu de Sa-
draque era Hananias. Os quatro jovens Salmo. Ver também Davi; Música
recusaram-se a contaminar-se com a
Poema ou hino inspirado.
carne e o vinho do rei (Dan. 1). Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego foram jogados, Livro de Salmos: Livro do Velho Testa-
por ordem do rei, em uma fornalha ar- mento contendo uma coleção de salmos,
dente, mas foram preservados milagro- muitos dos quais falam de Cristo. O li-
samente (Dan. 3). vro de Salmos é muito citado no Novo
Testamento.
Saduceus. Ver também Judeus Davi foi o autor de muitos dos Salmos,
Grupo pequeno, porém politicamente os quais foram escritos como louvores
poderoso, entre os judeus. Eles eram tal- a Deus. Muitos deles eram acompanha-
vez melhor conhecidos por sua crença na dos de música.
rígida obediência à letra da lei mosaica
e por rejeitarem a realidade dos espíri- Salomão. Ver também Bate-Seba; Davi
tos e dos anjos e também as doutrinas No Velho Testamento, filho de Davi e
da Ressurreição e da vida eterna (Mc. Batseba (2 Sam. 12:24). Salomão foi du-
12:18–27; At. 4:1–3; 23:7–8). rante algum tempo rei de Israel.

Sagrado. Ver Santidade; Santo Davi designa Salomão rei, 1 Re. 1:11–
(adjetivo) 53. Davi ordena a Salomão que ande
nos caminhos do Senhor, 1 Re. 2:1–9. O
Sal Senhor prometeu-lhe um coração en-
Usado como importante conservante tendido, 1 Re. 3:5–15. Julgou duas mu-
de alimentos no mundo antigo; era con- lheres que reclamavam ser a mãe de
siderado como essencial à vida. um mesmo menino e determinou quem
A mulher de Ló ficou convertida numa era a verdadeira mãe da criança, 1 Re.
estátua de sal, Gên. 19:26. 3:16–28. Compôs provérbios e cânticos,
Vós sois o sal da Terra, Mt. 5:13 (Lc. 1 Re. 4:32. Construiu um templo, 1 Re.
14:34; 3 Né. 12:13). 6; 7:13–51. Dedicou o templo, 1 Re. 8.
O povo do convênio de Deus é consi- Foi visitado pela rainha de Sabá, 1 Re.
derado o sal da Terra, D&C 101:39–40. 10:1–13. Salomão casou-se com mulheres
Se os santos não forem salvadores de não israelitas e estas perverteram seu
homens serão como o sal que perdeu o coração para a adoração de falsos deu-
sabor, D&C 103:9–10. ses, 1 Re. 11:1–8. O Senhor indignou-se
contra Salomão, 1 Re. 11:9–13. Morreu,
Salém. Ver também Jerusalém; 1 Re. 11:43. Davi profetizou a glória do
Melquisedeque reino de Salomão, Salm. 72.
Cidade do Velho Testamento, gover- Salomão recebeu muitas esposas
nada por Melquisedeque. É possível e concubinas, mas algumas não fo-
que estivesse localizada onde está a Je- ram recebidas do Senhor, D&C 132:38
rusalém de hoje. O nome Salém é muito (Jacó 2:24).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Salvação 184
Salvação. Ver também Exaltação; outra vez, em sua infância, inocentes,
Expiação, Expiar; Graça; Jesus D&C 93:38. Todas as crianças que mor-
Cristo; Morte Espiritual; Morte rem antes de chegar à idade da respon-
Física; Plano de Redenção; sabilidade são salvas no reino celestial,
Redenção, Redimido, Redimir D&C 137:10.
Ser salvo tanto da morte física quan- As crianças são limpas desde a fun-
to da espiritual. Todas as pessoas se- dação do mundo, Mois. 6:54.
rão salvas da morte física pela graça de Salvação, Plano de. Ver Plano de
Deus, por meio da morte e Ressurreição Redenção
de Jesus Cristo. Toda pessoa também
pode ser salva da morte espiritual pela Salvação de Crianças. Ver Criança(s);
graça de Deus, mediante a fé em Jesus Salvação—Salvação das criancinhas
Cristo. Essa fé é manifestada numa vida
de obediência às leis e às ordenanças do Salvação para os Mortos. Ver também
evangelho, e de serviço a Cristo. Genealogia; Livro de Recordações;
Plano de Redenção; Salvação
O Senhor é minha luz e minha salva-
ção, Salm. 27:1. Só ele é minha rocha e Oportunidade de membros da Igreja
minha salvação, Salm. 62:2. Nascerá o vivos e dignos realizarem nos templos
sol da justiça, e salvação trará debaixo as ordenanças salvadoras do evangelho
das suas asas, Mal. 4:2. por aqueles que morreram sem recebê-
O evangelho é o poder de Deus para las. O evangelho é ensinado aos mortos
salvação, Rom. 1:16 (D&C 68:4). Operai no mundo espiritual e eles podem acei-
a vossa salvação com temor, Filip. 2:12. tar as ordenanças realizadas por eles
Deus vos elegeu para salvação em san- aqui na Terra.
tificação, 2 Tess. 2:13. Os membros fiéis da Igreja pesqui-
A salvação é gratuita, 2 Né. 2:4. sam e preparam histórias da família
Não há dom maior que o dom da sal- para determinar os nomes e datas de
vação, D&C 6:13. nascimento de seus antepassados, a fim
Jesus Cristo é o único nome median- de que as ordenanças salvadoras sejam
te o qual virá a salvação, Mois. 6:52 (At. feitas por eles.
4:10–12). Cremos que, por meio da expia- Dizei aos presos: Saí, Isa. 49:9 (Isa.
ção de Cristo, toda a humanidade pode 24:22; 1 Né. 21:9). O Senhor enviou-me a
ser salva, RF 1:3. proclamar liberdade aos cativos, Isa. 61:1
Salvação das criancinhas: Se não vos fi- (Lc. 4:18). Ele converterá o coração dos
zerdes como meninos, de modo algum pais aos filhos, Mal. 4:5–6 (3 Né. 25:5–6;
entrareis no reino dos céus, Mt. 18:3. D&C 110:13–16).
As criancinhas também têm a vida Os mortos ouvirão a voz do Filho de
eterna, Mos. 15:25. O batismo de crian- Deus, Jo. 5:25. Por que se batizam eles
cinhas é uma abominação, e as crianci- então pelos mortos, 1 Cor. 15:29. Cristo
nhas estão vivas em Cristo por causa da pregou aos espíritos em prisão, 1 Ped.
Expiação, Morô. 8:8–24. 3:18–20. Por isto foi pregado o evangelho
As criancinhas são redimidas por também aos mortos, 1 Ped. 4:6.
meio do Unigênito; a Satanás não é dado O Filho visitou os espíritos em prisão,
poder para tentá-las, D&C 29:46–47. O D&C 76:73. Então virá a redenção da-
evangelho deve ser ensinado às crian- queles que receberam sua parte naquela
ças pelos pais e elas devem ser batiza- prisão, D&C 88:99. Não existe na Terra
das quando tiverem oito anos, D&C uma fonte batismal onde os meus santos
68:25–28. As criancinhas são santifica- possam ser batizados pelos que estão
das por meio da expiação de Jesus Cris- mortos, D&C 124:29. Todos os que mor-
to, D&C 74:7. Os homens tornaram-se rem sem o conhecimento do evangelho
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
185 Samuel, Profeta do Velho Testamento
e que o teriam recebido serão herdeiros e santo que decidiu seguir ao Senhor
do reino celestial, D&C 137:7–10. O Filho (1 Né. 2:17; 2 Né. 5:5–6; Al. 3:6).
de Deus apareceu, anunciando a liber-
dade aos cativos que tinham sido fiéis, Samaria. Ver também Samaritanos
D&C 138:18. No Velho Testamento, a capital do rei-
Saíram quantos espíritos estavam em no do norte de Israel (1 Reis 16:23–24).
prisão, Mois. 7:57. Devido a sua posição estratégica no alto
de um monte, os assírios só puderam
Salvador. Ver também Jesus Cristo capturá-la depois de um cerco de três
Aquele que salva. Jesus Cristo, por anos (2 Reis 17:5–6). Herodes recons-
meio de Sua Expiação, ofereceu redenção truiu-a e chamou-a Sebaste. Na época do
e salvação a toda a humanidade. “Salva- Novo Testamento, Samaria era o nome
dor” é um nome e título de Jesus Cristo. de todo o distrito central da Palestina a
O Senhor é a minha luz e a minha oeste do Jordão.
salvação, Salm. 27:1 (Êx. 15:1–2; 2 Sam.
Samaritanos. Ver também Samaria
22:2–3). Eu sou o Senhor, e fora de mim
não há Salvador, Isa. 43:11 (D&C 76:1). Povo bíblico que vivia em Samaria
E chamarás o seu nome Jesus; porque depois que os assírios levaram cativo o
ele salvará o povo dos seus pecados, Mt. reino do norte. Os samaritanos tinham
1:21. Nasceu-vos hoje o Salvador, que é sangue israelita e sangue gentio. Sua
Cristo, o Senhor, Lc. 2:11. Deus amou o religião era uma mistura de crenças e
mundo de tal maneira que deu seu Filho práticas judaicas e pagãs. A parábola do
Unigênito para salvação de todo aquele Bom Samaritano, encontrada em Lucas
que nele crê, Jo. 3:16–17. Não há nenhum 10:25–37, mostra o ódio que os judeus
outro nome além de Cristo pelo qual os tinham aos samaritanos por terem eles
homens possam ser salvos, At. 4:10–12 apostatado da religião israelita. O Se-
(2 Né. 25:20; Mos. 3:17; 5:8; D&C 18:23; nhor orientou os Apóstolos para que
Mois. 6:52). Dos céus esperamos o Sal- pregassem o evangelho aos samaritanos
vador, o Senhor Jesus Cristo, Filip. 3:20. (At. 1:6–8). Filipe pregou com sucesso o
O Pai enviou seu Filho para Salvador do evangelho de Cristo ao povo de Sama-
mundo, 1 Jo. 4:14. ria e realizou muitos milagres entre eles
O Senhor levantaria um Messias, um (At. 8:5–39).
Salvador do mundo, 1 Né. 10:4. O Cor-
Samuel, o Lamanita
deiro de Deus é o Salvador do mundo,
1 Né. 13:40. O conhecimento de um Sal- Profeta lamanita do Livro de Mórmon
vador se espalhará por toda nação, tribo, enviado pelo Senhor para ensinar e ad-
língua e povo, Mos. 3:20. Cristo teve de vertir os nefitas pouco antes do nasci-
morrer para que a salvação pudesse vir, mento do Salvador. Samuel profetizou
Hel. 14:15–16. a respeito dos sinais relativos ao nasci-
A justificação e a santificação por meio mento e morte de Jesus Cristo e sobre a
do Salvador são justas e verdadeiras, destruição dos nefitas (Hel. 13–16).
D&C 20:30–31. Eu sou Jesus Cristo, o
Samuel, Profeta do Velho
Salvador do mundo, D&C 43:34.
Testamento
Meu Unigênito é o Salvador, Mois.
1:6. Todos os que cressem no Filho e se Filho de Elcana e Ana, Samuel nas-
arrependessem de seus pecados seriam ceu em resposta às orações de sua mãe
salvos, Mois. 5:15. (1 Sam. 1). Quando criança, foi deixado
aos cuidados de Eli, sumo sacerdote do
Sam. Ver também Leí, Pai de Néfi tabernáculo em Siló (1 Sam. 2:11; 3:1). O
No Livro de Mórmon, terceiro filho Senhor chamou Samuel em tenra idade
de Leí (1 Né. 2:5). Foi um homem justo para ser profeta (1 Sam. 3). Depois da
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sangue 186
morte de Eli, Samuel tornou-se o grande Sangue. Ver também Expiação, Expiar;
profeta e Juiz de Israel e restaurou a lei, Jesus Cristo; Sacrifício
a ordem e a adoração religiosa regular Considerado tanto pelos israelitas an-
no país (1 Sam. 4:15–18; 7:3–17). tigos como por muitas culturas atuais
Em 1 Sam. 28:5–20 há um relato em como a fonte da vida ou energia vital de
que Samuel é chamado, depois de mor- toda a carne. Na época do Velho Testa-
to, pela feiticeira de Endor, a pedido do mento o Senhor proibiu Israel de usar o
Rei Saul. Isso não poderia ter sido uma sangue como alimento (Lev. 3:17; 7:26–27;
visão de Deus, porque uma feiticeira ou 17:10–14).
qualquer outro médium não pode for- O poder expiatório do sacrifício acha-
çar um profeta a aparecer a pedido seu. va-se no sangue, pois ele era considera-
Primeiro e segundo livros de Samuel: Em do essencial à vida. O sacrifício de ani-
mais no Velho Testamento simbolizava
algumas bíblias, os livros 1 e 2 Samuel
o grande sacrifício que realizaria Jesus
constituem um livro único. Em outras,
Cristo (Lev. 17:11; Mois. 5:5–7). O sangue
constituem dois livros. Os livros abran-
expiatório de Jesus Cristo purifica o que
gem um período de aproximadamente
se arrepende de seus pecados (1 Jo. 1:7).
130 anos, desde o nascimento de Samuel
até pouco antes da morte do Rei Davi. Seu suor tornou-se em grandes gotas
de sangue, Lc. 22:44. Somos santificados
Primeiro livro de Samuel: Os capítulos pelo derramamento do sangue de Cristo,
1–3 descrevem como o Senhor amaldi- Heb. 10:1–22.
çoou e puniu a família de Eli e chamou Sairá sangue de cada um de seus po-
Samuel como sumo sacerdote e juiz. Os ros, Mos. 3:7 (D&C 19:18).
capítulos 4–6 contam como a arca do O sangue do Senhor foi derramado
convênio caiu nas mãos dos filisteus. para a remissão dos pecados, D&C 27:2.
Os capítulos 7–8 registram as advertên- Jesus efetuou uma expiação perfeita pelo
cias de Samuel com relação a ter falsos derramamento de seu próprio sangue,
deuses e um rei iníquo. Os capítulos D&C 76:69.
9–15 descrevem a coroação de Saul e Pelo sangue sois santificados, Mois.
seu reinado. Os capítulos 16–31 contam 6:60.
a história de Davi e de como obteve o
Sansão
poder — Samuel ungiu Davi, que havia
matado Golias. Saul odiava Davi, mas No Velho Testamento, o décimo se-
Davi recusou-se a matar Saul, embora gundo “juiz” de Israel. Era conhecido
tivesse a oportunidade de fazê-lo. por sua grande força física, mas não de-
monstrou sabedoria em algumas de suas
Segundo livro de Samuel: O livro contém ações e decisões morais (Juí. 13:24–16:31).
os pormenores do reinado de Davi como
rei de Judá e, depois, de toda Israel. Os Santidade. Ver também Pureza, Puro;
capítulos 1–4 mostram a longa luta entre Santificação; Santo (adjetivo)
os seguidores de Davi, depois de haver Perfeição espiritual e moral. A san-
sido coroado por Judá, e os seguidores tidade indica pureza de coração e de
de Saul. Os capítulos 5–10 contam que propósito.
Davi chegou a ser poderoso sobre mui- Os membros devem manifestar que
tas terras. Os capítulos 11–21 mostram o são dignos da Igreja, andando em san-
declínio da força espiritual de Davi por tidade perante o Senhor, D&C 20:69. A
causa de seus pecados e a rebelião em casa do Senhor é um lugar de santidade,
sua própria família. Os capítulos 22–24 D&C 109:13.
descrevem os esforços de Davi para re- Homem de Santidade é um dos nomes
conciliar-se com o Senhor. de Deus, Mois. 6:57 (Mois. 7:35).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
187 Santo de Israel, O
Santificação. Ver também Expiação, Cristo, Mos. 3:19. Que andeis conforme
Expiar; Jesus Cristo; Justificação, a santa ordem de Deus, Al. 7:22 (Al.
Justificar 13:11–12). Três discípulos foram santifi-
O processo para que a pessoa fique cados na carne e tornados santos, 3 Né.
livre do pecado e se torne pura, limpa 28:1–9, 36–39.
e santa, por meio da Expiação de Jesus Não trates com leviandade as coisas
Cristo (Mois. 6:59–60). sagradas, D&C 6:12. Não podes escre-
Deus vos elegeu para a salvação em ver aquilo que é sagrado a não ser que
santificação do Espírito, 2 Tess. 2:13. So- te seja concedido por mim, D&C 9:9.
mos santificados pela oblação do corpo Fareis convênio de que agireis em toda
de Jesus, Heb. 10:10. Jesus padeceu para a santidade, D&C 43:9. Meus discípulos
santificar o povo pelo seu próprio san- permanecerão em lugares santos, D&C
gue, Heb. 13:12. 45:32. Aquilo que vem do alto é sagrado,
Sumos sacerdotes foram santificados D&C 63:64. As criancinhas são santas,
e suas vestimentas foram branqueadas D&C 74:7. Consagrarei esse local para
pelo sangue do Cordeiro, Al. 13:10–12. que se torne santo, D&C 124:44.
Aqueles que entregaram a Deus seus O Senhor reunirá seus eleitos numa
corações obtiveram a santificação, Hel. Cidade Santa, Mois. 7:62.
3:33–35. Arrependei-vos a fim de que
sejais santificados recebendo o Espírito Santo (substantivo). Ver também
Santo, 3 Né. 27:20. Cristãos; Igreja de Jesus Cristo;
A santificação pela graça de Jesus Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Cristo é justa e verdadeira, D&C 20:31. dos Últimos Dias, A
Jesus veio para santificar o mundo, D&C Membro fiel da Igreja de Jesus Cristo.
76:41. Santificai-vos, para que vossa men-
te concentre-se em Deus, D&C 88:68. Congregai os meus santos, Salm. 50:5.
Saulo fez muito mal aos santos de Je-
Santo (adjetivo). Ver também Pureza, rusalém, At. 9:1–21. Pedro veio também
Puro; Santidade; Santificação aos santos que habitavam em Lida, At.
Sagrado, de caráter divino ou espi- 9:32. Graça e paz a todos os que estão
ritual e moralmente puro. O oposto de em Roma, chamados santos, Rom. 1:7.
santo é comum ou profano. Sois concidadãos dos santos, Ef. 2:19–21.
E vós me sereis um reino sacerdotal Vi a Igreja do Cordeiro, que eram os
e o povo santo, Êx. 19:5–6 (1 Ped. 2:9). O santos de Deus, 1 Né. 14:12. O homem
Senhor ordenou a Israel: vós vos santi- natural é inimigo de Deus, a não ser que
ficareis e sereis santos, Lev. 11:44–45. se torne santo pela expiação de Cristo,
Aqueles que são limpos de mãos e puros Mos. 3:19.
de coração estarão no seu lugar santo, Eu, o Senhor, abençoei a Terra para
Salm. 24:3–4. A meu povo ensinarão uso de meus santos, D&C 61:17. Sata-
a distinguir entre o santo e o profano, nás fez guerra contra os santos de Deus,
Eze. 44:23. D&C 76:28–29. Trabalhai diligentemen-
Deus nos chamou com uma santa vo- te para preparar os santos para a hora
cação, 2 Tim. 1:8–9. Desde a meninice do julgamento que está para vir, D&C
sabes as sagradas letras, 2 Tim. 3:15. Os 88:84–85. Os santos devem repartir seu
homens santos de Deus falaram inspi- sustento com os pobres e aflitos, D&C
rados pelo Espírito Santo, 2 Ped. 1:21. 105:3. Os ofícios acima eu vos dei, para a
Todos os homens serão julgados de obra do ministério e o aperfeiçoamento
acordo com a verdade e santidade que de meus santos, D&C 124:143 (Ef. 4:12).
está em Deus, 2 Né. 2:10. O homem na-
tural torna-se santo pela expiação de Santo de Israel, O. Ver Jesus Cristo
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Santo dos Santos 188
Santo dos Santos. Ver também muito orgulhoso e foi desobediente a
Tabernáculo; Templo, A Casa do Deus (1 Sam. 9–31).
Senhor
Saulo de Tarso. Ver Paulo
O recinto mais sagrado do tabernáculo
de Moisés e, mais tarde, do templo. O Sega. Ver Ceifa, Colheita
Santo dos Santos é também chamado de Segunda Vinda de Jesus Cristo. Ver
“lugar santíssimo” (Êx. 26:33–34). também Armagedom; Gogue; Jesus
Santo Espírito. Ver Espírito Santo Cristo; Magogue; Sinais dos Tempos
No início do Milênio Cristo voltará
Santo Espírito da Promessa. Ver
à Terra. Esse acontecimento marcará o
também Espírito Santo fim da provação mortal desta Terra. Os
O Espírito Santo é o Santo Espírito iníquos serão tirados da Terra e os justos
da promessa (Atos 2:33). Ele confirma e serão levados em uma nuvem enquanto
torna aceitáveis a Deus as ações, orde- a Terra for purificada. Embora ninguém
nanças e convênios justos dos homens. saiba exatamente quando Cristo virá
O Santo Espírito da promessa testifica ao pela segunda vez, Ele deu-nos sinais
Pai que as ordenanças salvadoras foram que devemos observar e que indicam a
adequadamente realizadas e mantidos aproximação do tempo (Mt. 24; JS—M 1).
os convênios inerentes a elas. Eu sei que o meu Redentor por fim se
Os que são selados pelo Santo Espírito levantará sobre a Terra, Jó 19:25. Dian-
da promessa recebem tudo o que o Pai te de mim se dobrará todo o joelho, e
tem, D&C 76:51–60 (Ef. 1:13–14). Para jurará toda a língua, Isa. 45:23 (D&C
serem válidos após esta vida, todos os 88:104). O Filho do Homem vinha com
convênios e realizações devem ser se- as nuvens dos céus, Dan. 7:13 (Mt. 26:64;
lados pelo Santo Espírito da promessa, Lc. 21:25–28). Olharão para mim, a quem
D&C 132:7, 18–19, 26. traspassaram, Zac. 12:10. Alguém dirá:
Que feridas são essas nas tuas mãos,
Sara. Ver também Abraão Zac. 13:6 (D&C 45:51). Quem suportará
No Velho Testamento, primeira esposa o dia de sua vinda? Porque ele será como
de Abraão. Na velhice deu à luz Isaque o fogo do ourives, Mal. 3:2 (3 Né. 24:2;
(Gên. 18:9–15; 21:2). D&C 128:24).
O Filho do Homem virá na glória de
Sarar. Ver Curar, Curas; Doença, seu Pai, Mt. 16:27 (Mt. 25:31). Daquele dia
Doente e hora ninguém sabe, mas unicamente
Saria. Ver também Leí, Pai de Néfi meu Pai, Mt. 24:36 (D&C 49:7; JS—M
1:38–48). Esse Jesus há de vir assim como
No Livro de Mórmon, esposa de Leí para o céu o vistes ir, At. 1:11. Porque o
(1 Né. 5:1–8; 8:14–16; 18:19) e mãe de mesmo Senhor descerá do céu, 1 Tess.
Lamã, Lemuel, Sam, Néfi, Jacó, José e 4:16. O dia do Senhor virá como o ladrão
também de algumas filhas (1 Né. 2:5; de noite, 2 Ped. 3:10. É vindo o Senhor
2 Né. 5:6). com milhares de seus santos, Jud. 1:14.
Eis que vem com as nuvens e todo olho
Satanás. Ver Diabo
o verá, Apoc. 1:7.
Saúde. Ver Palavra de Sabedoria Jesus levantar-se-á para julgar o mun-
do, 3 Né. 27:14–18.
Saul, Rei de Israel Preparai-vos, preparai-vos, pois o Se-
No Velho Testamento, primeiro rei de nhor está perto, D&C 1:12. Do céu eu
Israel antes da divisão. Embora fosse me revelarei com poder, e habitarei na
justo no início de seu reinado, tornou-se Terra por mil anos, D&C 29:9–12. Eleva
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
189 Senhor
a tua voz e clama o arrependimento, que não forem selados pelo Santo Es-
preparando o caminho do Senhor para pírito da promessa têm fim quando os
a sua segunda vinda, D&C 34:5–12. Eu homens morrem, D&C 132:7. A grande
sou Jesus Cristo e de repente eu virei obra a ser realizada nos templos abran-
ao meu templo, D&C 36:8 (D&C 133:2). ge o selamento dos filhos aos pais, D&C
Logo vem o dia em que me vereis e sa- 138:47–48.
bereis que Eu sou, D&C 38:8. Aquele que
Sem. Ver também Noé, Patriarca
me teme estará esperando pelos sinais da
Bíblico
vinda do Filho do Homem, D&C 45:39.
A face do Senhor será revelada, D&C No Velho Testamento, filho justo de
88:95. O grande e terrível dia do Senhor Noé e, de acordo com a tradição, o an-
está perto, D&C 110:16. Quando o Sal- tepassado dos povos semitas, incluindo
vador se manifestar vê-lo-emos como é, os árabes, hebreus, babilônios, sírios, fe-
D&C 130:1. O Salvador permanecerá no nícios e assírios (Gên. 5:29–32; 6:10; 7:13;
meio de seu povo e reinará, D&C 133:25. 9:26; 10:21–32; Mois. 8:12). Nas revelações
Quem é este que com vestidos tingi- dos últimos dias Sem é chamado de “o
dos vem de Deus no céu, D&C 133:46 grande sumo sacerdote” (D&C 138:41).
(Isa. 63:1). Semblante
Segundo Consolador. Ver A aparência geral do rosto, o qual
Consolador costuma refletir o estado de ânimo e a
condição espiritual da pessoa.
Segundo Estado. Ver Mortal,
Mortalidade O parecer do seu rosto testifica con-
tra eles, Isa. 3:9. Então se mudou o sem-
Selamento, Selar. Ver também Elias, o blante do rei, e os seus pensamentos o
Profeta; Ordenanças; Sacerdócio turbaram, Dan. 5:6.
Tornar válidas no céu as ordenanças E o seu aspecto era como um relâm-
realizadas pela autoridade do sacerdó- pago, Mt. 28:3. Seu rosto era como o sol,
cio na Terra. As ordenanças são seladas Apoc. 1:16.
quando recebem a aprovação do Santo Haveis recebido a imagem de Deus em
Espírito da Promessa, que é o Espírito vossos semblantes, Al. 5:14, 19. Amon viu
Santo. que o semblante do rei se havia modifi-
cado, Al. 18:12.
Tudo o que ligares na Terra será liga- Jejuar e orar com um coração feliz e
do nos céus, Mt. 16:19 (Mt. 18:18; D&C o semblante alegre, D&C 59:14–15. Seu
124:93; 132:46). Fostes selados com o Es- semblante resplandecia mais do que o
pírito Santo da promessa, Ef. 1:13. brilho do sol, D&C 110:3.
Dou-te poder para que tudo quan-
to ligares na Terra seja ligado no céu, Semente de Abraão. Ver Abraão—
Hel. 10:7. Semente de Abraão
A eles será dado poder para selar, tan-
Senhor. Ver também Jesus Cristo;
to na Terra como nos céus, D&C 1:8. Os
Trindade
que estão na glória celestial são selados
pelo Santo Espírito da promessa, D&C Título de profundo respeito e honra
76:50–70. Elias, o profeta, põe as chaves dado a Deus, o Pai, e ao Salvador, Jesus
do poder selador nas mãos de Joseph Cristo. O título refere-se à posição Deles
Smith, D&C 110:13–16. Este é o poder como senhores supremos e amorosos de
de selar e ligar, D&C 128:14. A palavra todas as Suas criações.
mais segura de profecia significa um ho- Nada é difícil para o Senhor, Gên.
mem saber que está selado para a vida 18:14. O Senhor falou a Moisés cara a
eterna, D&C 131:5. Todos os convênios cara, Êx. 33:11. Amarás o Senhor teu
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Senhor dos Exércitos 190
Deus, Deut. 6:5 (Mt. 22:37; Mc. 12:30). prazeres físicos ilícitos, especialmente
Porém eu e minha casa serviremos ao inclinação à imoralidade sexual.
Senhor, Jos. 24:15. O Senhor é meu pas- A mulher de seu senhor pôs os olhos
tor, Salm. 23:1. O Senhor é forte e pode- em José, Gên. 39:7.
roso, poderoso na guerra, Salm. 24:8. O Qualquer que atentar numa mulher
Senhor Jeová é a minha força, Isa. 12:2 para a cobiçar, cometeu adultério, Mt.
(2 Né. 22:2). Eu sou o Senhor, e o teu Sal- 5:28 (3 Né. 12:28). Abstende-vos das con-
vador, e o teu Redentor, Isa. 60:16. cupiscências carnais, que combatem con-
Ao Senhor teu Deus adorarás, Mt. 4:10 tra a alma, 1 Ped. 2:11. A concupiscência
(Lc. 4:8). Quão grandes coisas o Senhor da carne e concupiscência dos olhos não
fez, Mc. 5:19. Há um só Senhor, Jesus são do Pai, 1 Jo. 2:16.
Cristo, 1 Cor. 8:6. Há um só Senhor, uma Não sigas a cobiça dos teus olhos,
só fé, um só batismo, Ef. 4:5. O mesmo Al. 39:9.
Senhor descerá do céu, 1 Tess. 4:16. Pela transgressão dessas santas leis, o
Eu irei e cumprirei as ordens do Se- homem tornou-se sensual, D&C 20:20. Se
nhor, 1 Né. 3:7. Com justiça julgará o alguém em seu coração cometer adulté-
Senhor Deus aos pobres, 2 Né. 30:9. O rio, não terá o Espírito, D&C 63:16. Ces-
Senhor Deus, o Deus de Abraão, livrou sai de todas as vossas concupiscências,
os israelitas do cativeiro, Al. 29:11. Nada D&C 88:121.
os salvará, a não ser o arrependimento Os homens começaram a ser carnais,
e a fé no Senhor, Hel. 13:6 (Mos. 3:12). sensuais e diabólicos, Mois. 5:13 (Mos.
Dá ouvidos às palavras de Jesus Cristo, 16:3; Mois. 6:49).
teu Senhor, D&C 15:1. Buscai sempre a
face do Senhor, D&C 101:38. O Senhor Sentinela. Ver Atalaia, Sentinela,
estará vestido de vermelho na segunda Vigiar
vinda, D&C 133:48 (Isa. 63:1–4). Sentir. Ver também Espírito Santo
Abraão falou com o Senhor face a face,
Abr. 3:11. Cremos que o primeiro princí- Perceber os influxos do Espírito.
pio do evangelho é a fé no Senhor Jesus Havíeis perdido a sensibilidade, de
Cristo, RF 1:4. modo que não pudestes perceber suas
palavras, 1 Né. 17:45. Quando lhe sen-
Senhor dos Exércitos. Ver também tirdes os efeitos começareis a dizer que
Jesus Cristo esta é uma boa semente, Al. 32:28.
Outro nome de Jesus Cristo, que rei- Portanto, sentirás que está certo,
na sobre as hostes (exércitos) celestiais D&C 9:8. E todas as pessoas que entra-
e terrenas e lidera os justos contra o mal rem na casa do Senhor sintam o teu po-
(D&C 29:9; 121:23). der, D&C 109:13.
O Senhor dos Exércitos é o Rei da Gló- Sepulcro, Sepultura. Ver também
ria, Salm. 24:10. Ressurreição
O Deus de Israel é o Senhor dos Exér-
citos, 1 Né. 20:2. Local de sepultamento do corpo mor-
Meu Espírito não contenderá sempre tal. Por causa da Expiação, todos ressus-
com o homem, diz o Senhor dos Exérci- citarão dos sepulcros.
tos, D&C 1:33. Após a ressurreição de Cristo, abri-
ram-se os sepulcros e muitos corpos
Sensual, Sensualidade. Ver também foram ressuscitados, Mt. 27:52–53 (3 Né.
Adultério; Castidade; Cobiçar; 23:9–13).
Concupiscência; Fornicação; A sepultura deverá libertar seus mor-
Imoralidade Sexual tos, 2 Né. 9:11–13.
Propensão ou preferência pelos Os que tiverem dormido em sua
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
191 Serviço
sepultura, se levantarão, D&C 88:97– do relato de Mateus partes importantes
98. A fonte batismal é um símbolo da do sermão.
sepultura, D&C 128:12–13.
Serpente de Bronze. Ver também
Serém. Ver também Anticristo Jesus Cristo; Moisés
No Livro de Mórmon, homem que Uma serpente de metal feita por Moi-
negou a Cristo e pediu um sinal (Jacó sés, por odem de Deus, para curar os is-
7:1–20). raelitas que haviam sido mordidos por
serpentes ardentes (cobras venenosas)
Seres Transladados no deserto (Núm. 21:8–9). Esse símbolo
Pessoas que são transformadas, de da serpente de bronze foi colocado em
modo que não experimentam a dor nem um mastro e “levantado (. . .) a fim de
a morte até o momento de sua ressurrei- que todo aquele que o olhasse, vivesse”
ção para a imortalidade. (Al. 33:19–22). O Senhor referiu-se à ser-
Andou Enoque com Deus; e não se viu pente sendo levantada no deserto como
mais; porquanto Deus para si o tomou, um símbolo de que Ele próprio seria le-
Gên. 5:24 (Heb. 11:5; D&C 107:48–49). vantado na cruz (Jo. 3:14–15). A revela-
Ninguém tem sabido até hoje a sepul- ção dos últimos dias confirma o relato
tura de Moisés, Deut. 34:5–6 (Al. 45:19). do episódio das serpentes ardentes e de
Elias, o profeta, subiu ao céu num rede- como as pessoas foram curadas (1 Né.
moinho, 2 Re. 2:11. 17:41; 2 Né. 25:20; Hel. 8:14–15).
Se eu quero que ele fique até que eu Serviço. Ver também Amor; Bem-Estar
venha, que te importa a ti, Jo. 21:22–23
(D&C 7:1–3). Atenção dispensada ou trabalho feito
Nunca provareis a morte, 3 Né. 28:7. para o benefício de Deus e do próximo.
Para que não provassem a morte, hou- Ao servirmos aos outros, também ser-
ve uma transformação em seus corpos, vimos a Deus.
3 Né. 28:38 (4 Né. 1:14; Mórm. 8:10–11). Escolhei hoje a quem sirvais, Jos. 24:15.
João, o Amado, viverá até que o Se- Quando fizestes a um destes meus pe-
nhor venha, D&C 7. Sou aquele que queninos irmãos, a mim o fizestes, Mt.
arrebatou a Sião de Enoque para meu 25:35–45. Apresentai os vossos corpos
próprio seio, D&C 38:4 (Mois. 7:21, 31, em sacrifício vivo, que é o vosso culto
69). Enoque e seus irmãos são uma ci- racional, Rom. 12:1. Servi-vos uns aos
dade reservada até que venha o dia da outros pela caridade, Gál. 5:13.
retidão, D&C 45:11–12. Elias, o profeta, Teus dias serão empregados no serviço
foi levado ao céu sem experimentar a de Deus, 2 Né. 2:3. Quando estais a ser-
morte, D&C 110:13. viço de vosso próximo, estais somente a
O Espírito Santo desceu sobre muitos e serviço de vosso Deus, Mos. 2:17. Todos
eles foram arrebatados a Sião, Mois. 7:27. os que habitassem essa Terra da promis-
são deveriam servir a Deus ou seriam
Sermão da Montanha. Ver também varridos, Ét. 2:8–12.
Beatitudes; Jesus Cristo Aqueles que embarcam no serviço de
Discurso feito pelo Senhor Jesus Cristo Deus devem servir de todo o coração,
aos Seus discípulos, que estavam prestes D&C 4:2. O Senhor deu mandamentos
a partir em missão (Mt. 5–7; Lc. 6:20–49). aos homens, de que deveriam amá-lo e
O Senhor deu o sermão logo após o cha- servi-lo, D&C 20:18–19. Em nome de Je-
mado dos Doze. sus Cristo servirás a Deus, D&C 59:5. Eu,
O Sermão é esclarecido na tradução o Senhor, me deleito em honrar aqueles
da Bíblia feita por Joseph Smith e em um que me servem, D&C 76:5.
sermão semelhante, registrado em 3 Néfi Adora a Deus, porque só a ele servi-
12–14, o qual mostra que se perderam rás, Mois. 1:15.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sete 192
Sete. Ver também Adão Jackson, no estado de Missouri (EUA),
No Velho Testamento, filho justo de onde as tribos de Israel se reunirão (D&C
Adão e Eva. 103:11–22; 133:18). Os santos são aconse-
lhados a edificar Sião, não importa em
Sete foi um homem perfeito e asse- que parte do mundo vivam.
melhava-se exatamente a seu pai, D&C
107:42–43 (Gên. 5:3). Sete estava entre os A cidade de Davi era chamada Sião,
poderosos no mundo espiritual, D&C 1 Re. 8:1. De Sião sairá a lei, Isa. 2:2–3
138:40. (Miq. 4:2; 2 Né. 12:2–3). Virá um Redentor
Deus revelou-se a Sete, Mois. 6:1–3, a Sião, Isa. 59:20. Eu vos tomarei, a um de
8–14. uma cidade, e a dois de uma geração, e
vos levarei a Sião, Jer. 3:14. No monte de
Setenta. Ver também Apóstolo; Sião e em Jerusalém haverá livramento,
Sacerdócio de Melquisedeque Joel 2:32 (Oba. 1:17).
Um ofício ao qual os homens são or- Abençoados os que procurarem es-
denados no Sacerdócio de Melquisede- tabelecer a minha Sião, 1 Né. 13:37. As
que. Atualmente os quóruns dos Setenta filhas de Sião são altivas, 2 Né. 13:16
incluem Autoridades Gerais e Setentas (Isa. 3:16). Ai do que repousa em Sião,
de Área. Os Setenta servem em nome do 2 Né. 28:19–25.
Senhor, sob a orientação da Primeira Pre- Procura trazer à luz e estabelecer a
sidência e do Quórum dos Doze Após- causa de Sião, D&C 6:6 (D&C 11:6). Ins-
tolos (ver D&C 107:34). Eles dedicam o pirei-o a promover a causa de Sião com
seu tempo integralmente ao ministério. grande poder voltado para o bem, D&C
21:7. A Nova Jerusalém será chamada
O Senhor designou outros setenta,
Sião, D&C 45:66–67. Independence, Mis-
Lc. 10:1.
souri, é o local para a cidade de Sião,
Os Setenta são chamados para pregar
D&C 57:1–3. Há um flagelo e julgamento
o evangelho e ser testemunhas especiais
a derramar-se sobre os filhos de Sião até
de Jesus Cristo, D&C 107:25–26. Sob
que se arrependam, D&C 84:58.
a direção dos Doze, os Setenta agirão
O Senhor chamou seu povo Sião, por-
em nome do Senhor, para edificação
que eram unos de coração e vontade,
da Igreja e para a regularização dos
Mois. 7:18–19. Sião (a Nova Jerusalém)
seus negócios em todas as nações, D&C
será construída no continente america-
107:34. Escolhei outros setenta, mesmo
no, RF 1:10.
sete vezes setenta, se o trabalho o exigir,
D&C 107:93–97. O quórum de setentas Siblon. Ver também Alma, Filho de
é instituído para que eles sejam élderes Alma
viajantes, os quais devem prestar teste- No Livro de Mórmon, um dos filhos
munho de meu nome em todo o mundo, de Alma, o filho. Siblon pregou o evan-
D&C 124:138–139. gelho aos zoramitas e foi perseguido
Sião. Ver também Enoque; Nova por sua retidão. O Senhor livrou-o des-
Jerusalém sa perseguição devido a sua fidelidade
e paciência (Al. 38). Siblon também cui-
Os puros de coração (D&C 97:21). Sião
dou dos registros nefitas durante algum
também significa o lugar onde os puros
tempo (Al. 63:1–2, 11–13).
de coração vivem. A cidade construída
por Enoque e seu povo e que foi, poste- Simão, o Zelote
riormente, levada aos céus por causa da No Novo Testamento, um dos Doze
retidão de seus habitantes, chamava-se Apóstolos originais de Jesus Cristo (Mt.
Sião (D&C 38:4; Mois. 7:18–21, 69). Nos 10:2–4).
últimos dias uma cidade chamada Sião
será construída perto do Condado de Simão Pedro. Ver Pedro
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
193 Sinais dos Tempos
Simbolismo mesinha para leitura e assentos para os
Usar algo como semelhança ou re- frequentadores.
presentação de uma outra coisa. Nas Um conselho local de anciãos (élderes)
escrituras o simbolismo utiliza um ob- administrava cada sinagoga. Eles deci-
diam quem deveria ser admitido e quem
jeto, uma circunstância ou um aconte-
deveria ser expulso (João 9:22; 12:42). O
cimento conhecido para representar um
oficial mais importante era o príncipe
princípio ou ensinamento do evangelho.
da sinagoga (Marcos 5:22; Lucas 13:14)
Por exemplo, o profeta Alma, do Livro
Ele era geralmente um escriba, cuidava
de Mórmon, usou uma semente para do edifício e supervisionava os serviços.
representar a palavra de Deus (Al. 32). Um ajudante cuidava das tarefas buro-
Nas escrituras os profetas usaram o cráticas (Lucas 4:20).
simbolismo para ensinar a respeito de Havia uma sinagoga em cada cidade
Jesus Cristo. Alguns desses símbolos em que os judeus viviam, tanto na Pales-
incluem cerimônias e ordenanças (Mois. tina como fora dela. Isso foi uma grande
6:63), sacrifícios (Heb. 9:11–15; Mois. ajuda na proclamação do evangelho de
5:7–8), o sacramento (TJS, Mc. 14:20–24 Jesus Cristo, porque os primeiros mis-
[Apêndice da Bíblia]; Lc. 22:13–20) e o sionários cristãos geralmente tinham
batismo (Rom. 6:1–6; D&C 128:12–13). consentimento para falar nas sinagogas
Muitos nomes bíblicos são simbólicos. (At. 13:5, 14; 14:1; 17:1, 10; 18:4). Essa mes-
A cerimônia do tabernáculo, no Velho ma prática existia entre os missionários
Testamento, e a lei de Moisés represen- na época do Livro de Mórmon (Al. 16:13;
tavam verdades eternas (Heb. 8–10; Mos. 21:4–5; 32:1) assim como entre os pri-
13:29–32; Al. 25:15; Hel. 8:14–15). Para ou- meiros missionários desta dispensação
tros exemplos, ver Mateus 5:13–16; João (D&C 66:7; 68:1).
3:14–15; Jacó 4:5; Alma 37:38–45.
Sinais da Igreja Verdadeira. Ver
Simeão. Ver também Israel; Jacó, Filho Igreja Verdadeira, Sinais da
de Isaque Sinais do Nascimento e da Morte
No Velho Testamento, segundo filho de Jesus Cristo. Ver também Jesus
de Jacó e de sua esposa Lia (Gên. 29:33; Cristo
35:23; Êx. 1:2). Juntou-se a Levi no mas- Acontecimentos que acompanharam
sacre dos siquemitas (Gên. 34:25–31). A o nascimento e a morte de Jesus Cristo.
profecia de Jacó em relação a Simeão
Nascimento: Uma virgem conceberá
pode ser encontrada em Gên. 49:5–7.
e dará à luz um filho, Isa. 7:14. De Be-
Tribo de Simeão: Os descendentes de lém sairá o que será Senhor em Israel,
Simeão geralmente viviam com a tribo Miq. 5:2.
de Judá e dentro das fronteiras do reino Samuel, o lamanita, prediz um dia,
de Judá (Jos. 19:1–9; 1 Crôn. 4:24–33). A uma noite, e um dia de luz; uma nova
tribo de Simeão uniu-se a Judá na ba- estrela e muitos sinais, Hel. 14:2–6. Os
talha contra os cananitas (Juí. 1:3, 17). sinais foram cumpridos, 3 Né. 1:15–21.
Posteriormente também se juntaram aos Morte: Samuel, o lamanita, profetizou
exércitos de Davi (1 Crôn. 12:25). escuridão, trovões e relâmpagos e tremor
de terra, Hel. 14:20–27. Os sinais foram
Sinagoga. Ver também Judeus
cumpridos, 3 Né. 8:5–23.
Local de reuniões para fins religio-
sos. Nos tempos do Novo Testamento a Sinais dos Tempos. Ver também
mobília geralmente era simples, consis- Segunda Vinda de Jesus Cristo;
tindo de uma arca que continha os rolos Sinal; Últimos Dias
da lei e outros escritos sagrados, uma Acontecimentos ou experiências que
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Sinal 194
Deus proporciona às pessoas, para mos- Terra, D&C 112:23–24. O Senhor manda
trar que aconteceu ou logo irá acontecer que os santos se preparem para a Segun-
algo importante na Sua obra. Foi profeti- da Vinda, D&C 133.
zado que nos últimos dias haverá muitos
sinais da Segunda Vinda do Salvador. Sinal. Ver também Igreja Verdadeira,
Esses sinais permitem que as pessoas Sinais da; Milagre; Sinais dos
fiéis reconheçam o plano de Deus, sejam Tempos
advertidas e se preparem. Acontecimento ou experiência que as
Firmar-se-á o monte da casa do Se- pessoas consideram como evidência ou
nhor no cume dos montes, Isa. 2:2–3. prova de alguma coisa. Um sinal é geral-
O Senhor arvorará um estandarte para mente uma manifestação milagrosa de
reunir Israel, Isa. 5:26 (2 Né. 15:26–30). Deus. Satanás também tem poder para
O sol se escurecerá e a lua não fará res- mostrar sinais sob certas condições. Os
plandecer a sua luz, Isa. 13:10 (Joel 3:15; santos devem buscar os dons do Espí-
D&C 29:14). Os homens transgridem as rito, mas não devem buscar sinais para
leis e quebram a aliança eterna, Isa. 24:5. satisfazer a curiosidade nem para apoiar
Os nefitas falarão como uma voz des- a fé. Ao contrário, o Senhor dará sinais
de o pó, Isa. 29:4 (2 Né. 27). Israel será aos que crerem quando Ele julgar con-
reunida com poder, Isa. 49:22–23 (1 Né. veniente (D&C 58:64).
21:22–23; 3 Né. 20–21). Deus levantará O mesmo Senhor vos dará um sinal,
um reino que não será jamais destruído, Isa. 7:14 (2 Né. 17:14). Deus opera sinais e
Dan. 2:44 (D&C 65:2). Guerra, sonhos maravilhas no céu e na terra, Dan. 6:27.
e visões precederão a Segunda Vinda, Uma geração má e adúltera pede um
Joel 2. Ajuntarei todas as nações para a sinal, Mt. 12:39 (Mt. 16:4; Lc. 11:29). E es-
peleja contra Jerusalém, Zac. 14:2 (Eze. tes sinais seguirão aos que crerem, Mc.
38–39). Aquele dia vem ardendo como 16:17 (Mórm. 9:24; Ét. 4:18; D&C 84:65).
forno, Mal. 4:1 (3 Né. 25:1; D&C 133:64; Serém pediu um sinal, Jacó 7:13–20.
JS—H 1:37). Corior exige um sinal, Al. 30:48–60. Se
Grandes calamidades precederão a nos mostrardes um sinal, acreditaremos,
Segunda Vinda, Mt. 24 (JS—M 1). Paulo Al. 32:17. A maior parte do povo acredi-
descreveu a apostasia e tempos trabalho- tou nos sinais e maravilhas, 3 Né. 1:22.
sos nos últimos dias, 2 Tim. 3–4. Dois O povo esqueceu os sinais e maravi-
profetas serão mortos e ressuscitados em lhas, 3 Né. 2:1. Não recebereis testemu-
Jerusalém, Apoc. 11 (D&C 77:15). O evan- nho senão depois da prova de vossa fé,
gelho será restaurado nos últimos dias Ét. 12:6.
pelo ministério dos anjos, Apoc. 14:6–7 Não soliciteis milagres a não ser que
(D&C 13; 27; 110:11–16; 128:8–24). Babilô- eu vos ordene, D&C 24:13. A fé não vem
nia será estabelecida e cairá, Apoc. 17–18. por sinais, mas sinais seguem os que
Israel será reunida com poder, 1 Né. creem, D&C 63:7–11.
21:13–26 (Isa. 49:13–26; 3 Né. 20–21). Este Nesses dias surgirão também falsos
é um sinal, a fim de que saibais a hora, cristos e falsos profetas, e farão tão gran-
3 Né. 21:1. O Livro de Mórmon aparecerá des sinais e prodígios, JS—M 1:22.
pelo poder de Deus, Mórm. 8.
Os lamanitas florescerão, D&C 49:24– Sinédrio. Ver também Judeus
25. O iníquo matará o iníquo, D&C Senado judaico e também a mais alta
63:32–35 (Apoc. 9). A guerra se derra- corte judaica para assuntos tanto civis
mará sobre todas as nações, D&C 87:2. como eclesiásticos. O sinédrio era com-
Sinais, convulsão de elementos e anjos posto de 71 membros escolhidos entre
preparam o caminho para a vinda do os príncipes dos sacerdotes, escribas e
Senhor, D&C 88:86–94. Trevas cobrirão a anciãos. Nas escrituras é muitas vezes
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
195 Smith, Joseph, Jr
chamado de conselho ou concílio (Mt. O profeta escolhido para restaurar
26:59; Mc. 14:55; At. 5:34). a verdadeira Igreja de Jesus Cristo na
Terra. Joseph Smith nasceu no estado de
Siz. Ver também Jareditas
Vermont, nos Estados Unidos da Amé-
Líder militar jaredita, do Livro de rica, e viveu de 1805 a 1844.
Mórmon. Morreu no final da grande ba- Em 1820, Deus, o Pai, e Jesus Cristo
talha que destruiu toda a nação jaredita apareceram a Joseph e ele ficou sabendo
(Ét. 14:17–15:31). que nenhuma das igrejas da Terra era
Smith, Emma Hale. Ver também verdadeira (JS—H 1:1–20). Posterior-
Smith, Joseph, Jr. mente foi visitado pelo anjo Morôni, que
revelou o lugar onde estavam escondi-
Esposa do profeta Joseph Smith. O Se- das as placas de ouro que continham o
nhor ordenou a Emma que fizesse uma registro de povos antigos do continente
seleção de hinos para a Igreja. Ela tam- americano (JS—H 1:29–54).
bém serviu como primeira presidente Joseph Smith traduziu as placas de
da Sociedade de Socorro. ouro e, em 1830, publicou-as com o títu-
Foi dada revelação concernente à lo de Livro de Mórmon (JS—H 1:66–67,
vontade do Senhor para Emma Smith, 75). Em 1829 ele recebeu a autoridade
D&C 25. O Senhor aconselhou Emma do sacerdócio, das mãos de João Batista
Smith com respeito ao casamento, D&C e de Pedro, Tiago e João (D&C 13; 27:12;
132:51–56. 128:20; JS—H 1:68–70).
De acordo com a orientação de Deus,
Smith, Hyrum. Ver também Smith,
em 6 de abril de 1830 Joseph e vários
Joseph, Jr.
outros organizaram a Igreja de Jesus
Irmão mais velho e amigo fiel de Jo- Cristo restaurada (D&C 20:1–4). Sob a
seph Smith. Hyrum nasceu a 9 de feve- liderança de Joseph a Igreja cresceu no
reiro de 1800. Serviu como assistente de Canadá, Inglaterra e no leste dos Estados
Joseph na presidência da Igreja, tendo Unidos, especialmente em Ohio, Mis-
sido também o segundo Patriarca da souri e Illinois. Uma forte perseguição
Igreja. Em 27 de junho de 1844 tornou- acompanhava Joseph e os santos onde
se mártir junto com Joseph, na prisão quer que se estabelecessem. Em 27 de
de Carthage. junho de 1844, Joseph e seu irmão Hy-
Deus revelou instruções para Hyrum rum foram assassinados em Carthage,
por intermédio de seu irmão Joseph, Illinois, nos Estados Unidos da América.
D&C 11; 23:3. Bem-aventurado é o meu José, o filho de Jacó, profetizou a res-
servo Hyrum Smith, pela integridade
peito de Joseph Smith, 2 Né. 3:6–15.
do seu coração, D&C 124:15. Foi orde-
Conhecendo as calamidades que ad-
nado a Hyrum que assumisse o cargo
viriam o Senhor chamou seu servo Jo-
de patriarca da Igreja, D&C 124:91–96,
seph Smith, D&C 1:17 (D&C 19:13). Jo-
124. Joseph e Hyrum foram mortos na
seph Smith foi ordenado apóstolo de
prisão de Carthage, D&C 135. Hyrum e
Jesus Cristo e primeiro élder desta Igreja,
outros espíritos escolhidos foram reser-
D&C 20:2. Joseph foi ordenado apóstolo
vados para nascerem na plenitude dos
por Pedro, Tiago e João, D&C 27:12. Jo-
tempos, D&C 138:53.
seph e Sidney Rigdon testificaram que
Smith, Joseph, Jr. Ver também viram o Unigênito do Pai, D&C 76:23.
Doutrina e Convênios; Livro de Com Oliver Cowdery, Joseph Smith viu o
Mórmon; Pérola de Grande Valor; Senhor em visão, D&C 110:1–4. O Senhor
Primeira Visão; Restauração do chamou Joseph para ser élder presiden-
Evangelho; Tradução de Joseph te, tradutor, revelador, vidente e profeta,
Smith (TJS) D&C 124:125. Joseph Smith, com exceção
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Smith, Joseph, Sênior 196
apenas de Jesus, fez mais pela salvação Smith, Lucy Mack. Ver também
dos homens neste mundo do que qual- Smith, Joseph, Jr.; Smith, Joseph,
quer outro homem, D&C 135:3. Sênior
Escrituras trazidas à luz pelo Profeta Jo- Mãe do Profeta Joseph Smith e espo-
seph Smith: Joseph traduziu partes das sa de Joseph Smith Sênior (JS—H 1:4, 7,
placas de ouro que lhe foram entregues 20). Ele nasceu em 8 de julho de 1776, e
pelo anjo Morôni e essa tradução foi morreu em 5 de maio de 1856.
publicada em 1830 com o título de Livro
O profeta Joseph Smith viu sua mãe
de Mórmon. Também recebeu muitas
em visão do reino celestial, D&C 137:5.
revelações do Senhor, estabelecendo as
doutrinas básicas e a organização da Smith, Samuel H. Ver também Smith,
Igreja. Muitas dessas revelações foram Joseph, Jr.
compiladas naquilo que é agora conhe- Irmão mais novo do profeta Joseph
cido como Doutrina e Convênios. Tam-
Smith (JS—H 1:4). Samuel nasceu em
bém foi responsável pelo surgimento da
1808 e morreu em 1844. Foi uma das
Pérola de Grande Valor, contendo tra-
Oito Testemunhas do Livro de Mórmon
dução inspirada de alguns dos escritos
e um dos primeiros missionários a servir
de Moisés, Abraão e Mateus, trechos de
na Igreja restaurada (D&C 23:4; 52:30;
sua história pessoal e testemunho e tre-
61:33–35; 66:7–8; 75:13).
ze declarações da doutrina e das crenças
defendidas pela Igreja. Sodoma. Ver também Gomorra
Smith, Joseph, Sênior. Ver também No Velho Testamento, cidade iníqua
Smith, Joseph, Jr.; Smith, Lucy Mack que foi destruída pelo Senhor (Gên.
Pai do profeta Joseph Smith. Nasceu 19:12–29).
em 12 de julho de 1771. Ele casou-se com Sofonias
Lucy Mack e tiveram nove filhos (JS—H
Profeta do Velho Testamento que vi-
1:4). Joseph tornou-se um crente fiel na
Restauração dos últimos dias, tendo sido veu durante o reinado de Josias (639–
também o primeiro Patriarca da Igreja. 608 a.C.).
Ele faleceu em 14 de setembro de 1840. Livro de Sofonias: O capítulo 1 fala de
Deus revelou instruções para ele por um dia futuro que será cheio de indig-
intermédio de seu filho Joseph, D&C 4; nação e angústia. O capítulo 2 admoes-
23:5. Que meu servo idoso continue com ta o povo de Israel a buscar a justiça e a
sua família, D&C 90:20. Meu servo idoso mansidão. O capítulo 3 fala da Segunda
Joseph Smith Sênior se assenta à direita Vinda, quando todas as nações estarão
de Abraão, D&C 124:19. Joseph Smith Jr. reunidas para a batalha. O Senhor, no
viu seu pai em uma visão do reino ce- entanto, reinará no meio delas.
lestial, D&C 137:5. Sonho. Ver também Revelação
Um anjo ordenou a Joseph Smith Jr.
que contasse a seu pai a visão que havia Um dos meios pelos quais Deus revela
tido, JS—H 1:49–50. a Sua vontade aos homens e às mulhe-
res na Terra. Entretanto, nem todos os
Smith, Joseph F. sonhos são revelações. Os sonhos ins-
Sexto Presidente da Igreja; filho úni- pirados são resultado da fé.
co de Hyrum e Mary Fielding Smith. E sonhou: e eis que uma escada to-
Ele nasceu em 13 de novembro de 1838, cava nos céus, Gên. 28:12. E sonhou
e morreu em 19 de novembro de 1918. também José um sonho, Gên. 37:5. O
Joseph F. Smith teve uma visão da re- Senhor falará com ele em sonhos, Núm.
denção dos mortos, D&C 138. 12:6. Teve Nabucodonosor uns sonhos,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
197 Tabernáculo
Dan. 2:1–3. Os velhos terão sonhos, Joel presidente do Sacerdócio Aarônico, sob
2:28 (At. 2:17). a lei de Moisés.
O Senhor apareceu-lhe num sonho, O primeiro sentido aplica-se a Jesus
Mt. 1:20 (Mt. 2:19). Cristo como o grande Sumo Sacerdote.
Leí escreveu muitas coisas que viu Adão e todos os patriarcas eram tam-
em sonhos, 1 Né. 1:16. Leí tem uma vi- bém sumos sacerdotes. Atualmente três
são, 1 Né. 8. sumos sacerdotes presidentes formam a
Presidência da Igreja e presidem todos
Sono os outros portadores do sacerdócio e
Estado de descanso no qual a pes- membros da Igreja. Hoje em dia outros
soa está inerte e inconsciente. O Senhor homens dignos são ordenados sumos
aconselhou os Seus santos a não dor- sacerdotes, conforme necessário, em
mirem mais do que o necessário (D&C toda a Igreja. Sumos sacerdotes podem
88:124). O sono pode ser um símbolo da ser chamados, designados e ordenados
morte espiritual (1 Cor. 11:30; 2 Né. 1:13) como bispos (D&C 68:19; 107:69–71).
ou da morte física (Mórm. 9:13). No segundo sentido, sob a lei mosaica,
o oficial presidente do Sacerdócio Aarô-
Sortes nico era chamado de sumo sacerdote.
Meio de se fazer uma escolha ou eli- Esse ofício era hereditário, transmitindo-
minar várias possibilidades, geralmente se através do primogênito da família de
escolhendo um pedaço de papel ou de Aarão, tendo ele próprio sido o primeiro
madeira dentre muitos. A isso se chama sumo sacerdote da ordem de Aarão (Êx.
lançar sortes. 28–29; Lev. 8; D&C 84:18).

Repartiram os seus vestidos, lançando Melquisedeque foi sacerdote do Deus


Altíssimo, Gên. 14:18 (Al. 13:14).
sortes, Mt. 27:35 (Salm. 22:18; Mc. 15:24;
Sumos sacerdotes foram chamados e
Lc. 23:34; Jo. 19:24). Lançando-lhes sor-
preparados desde a fundação do mun-
tes, caiu a sorte em Matias, At. 1:23–26.
do, Al. 13:1–10.
Lançamos sortes, para ver qual de nós
Sumos sacerdotes administram as
iria à casa de Labão, 1 Né. 3:11.
coisas espirituais, D&C 107:10, 12, 17.
Sumo Conselho
Conselho de doze sumos sacerdotes. Tabaco, Fumo. Ver Palavra de
No início da Igreja restaurada, o termo Sabedoria
sumo conselho referia-se a dois grupos
governantes distintos: (1) o Quórum dos Tabernáculo. Ver também Arca da
Aliança; Santo dos Santos; Templo,
Doze Apóstolos da Igreja (D&C 107:33,
A Casa do Senhor
38) e (2) o sumo conselho que servia
dentro de cada uma das estacas (D&C Uma casa do Senhor, o centro de ado-
102; 107:36). ração de Israel durante o Êxodo do Egito.
O tabernáculo era na verdade um templo
Sumo Sacerdócio. Ver Sacerdócio de que podia ser transportado e que podia
Melquisedeque ser desmontado e montado novamente.
Os filhos de Israel usaram um taberná-
Sumo Sacerdote. Ver também
culo até a construção do templo de Sa-
Sacerdócio Aarônico; Sacerdócio de
lomão (D&C 124:38).
Melquisedeque Deus revelou o modelo do taberná-
Um ofício no sacerdócio. As escritu- culo a Moisés (Êx. 26–27) e os filhos de
ras se referem ao sumo sacerdote em Israel o construíram de acordo com esse
dois sentidos: (1) um ofício do Sacer- modelo (Êx. 35–40). Quando o taberná-
dócio de Melquisedeque; e (2) o oficial culo ficou pronto, uma nuvem cobriu
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Talento 198
a tenda, e a glória do Senhor encheu o Temor de Deus: Certamente não há te-
tabernáculo (Êx. 40:33–34). A nuvem era mor de Deus neste lugar, Gên. 20:11. O
um sinal da presença de Deus. À noite, Senhor teu Deus temerás, Deut. 6:13 (Jos.
parecia fogo. Quando a nuvem perma- 24:14; 1 Sam. 12:24). Servi ao Senhor com
necia sobre a tenda, os filhos de Israel temor, Salm. 2:11. O temor do Senhor é
acampavam. Quando ela se movia, eles o princípio da sabedoria, Salm. 111:10.
a seguiam (Êx. 40:36–38; Núm. 9:17–18). Teme ao Senhor e aparta-te do mal, Prov.
Os filhos de Israel levaram o tabernáculo 3:7. Bem sucede aos que temem a Deus,
consigo durante sua peregrinação pelo Ecles. 8:12.
deserto e na conquista da terra de Canaã. Operai a vossa salvação com temor e
Depois da conquista, o tabernáculo ficou tremor, Filip. 2:12. Temei a Deus e dai-
localizado em Siló, o lugar que o Senhor lhe glória, Apoc. 14:7 (D&C 88:104).
havia escolhido (Jos. 18:1). Depois que os Os profetas incitaram continuamen-
filhos de Israel terminaram de construir te o povo no temor do Senhor, En. 1:23.
o templo de Salomão, o tabernáculo não Alma e os filhos de Mosias caíram por
foi mais mencionado. terra, porque o temor de Deus se apode-
O Senhor e Isaías usaram o taberná- rou deles, Al. 36:7. Obrai vossa própria
culo como símbolo das cidades de Sião salvação com temor e tremor, Mórm.
e de Jerusalém na época da Segunda 9:27.
Vinda do Senhor (Isa. 33:20; Mois. 7:62). Os que não me temem, eu os perturba-
rei e farei tremer, D&C 10:56. Aquele que
Talento me teme estará esperando pelos sinais da
Antiga medida de peso e também an- vinda do Filho do Homem, D&C 45:39.
tiga moeda de valor elevado. Também Temor do homem: Não temas, porque
serve como símbolo de algo de grande eu sou contigo, Gên. 26:24 (Isa. 41:10). O
valor, como o evangelho de Jesus Cristo Senhor é conosco, não os temais, Núm.
(Mt. 25:14–29; Ét. 12:35; D&C 60:2, 13). 14:9. Não temas, porque mais são os que
estão conosco, 2 Re. 6:16. Não temerei;
Taylor, John
que me pode fazer a carne, Salm. 56:4.
Terceiro Presidente de A Igreja de Je- Não temais o opróbrio dos homens, Isa.
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. 51:7 (2 Né. 8:7).
Chamado para o Conselho dos Doze, Deus não nos deu o espírito de temor,
D&C 118:6 (D&C 124:128–129). Foi feri- 2 Tim. 1:7. A perfeita caridade lança fora
do na ocasião do martírio, D&C 135:2. o temor, 1 Jo. 4:18 (Morô. 8:16).
Estava entre os grandes, vistos por Jo- Os filhos de Helamã não temeram a
seph F. Smith no mundo espiritual, D&C morte, Al. 56:46–48. O temor da morte
138:53–56. enche o peito dos iníquos, Mórm. 6:7.
Não temo o que o homem pode fazer,
Teâncum Morô. 8:16.
Grande líder militar nefita no Livro de Não devias ter temido mais aos ho-
Mórmon (Al. 50:35; 51–52; 61–62). mens do que a Deus, D&C 3:7 (D&C 30:1,
11; 122:9). Não tenhais receio de praticar
Temor. Ver também Coragem, o bem, D&C 6:33. Todos os que perten-
Corajoso; Fé; Reverência cem a minha Igreja não precisam temer,
A palavra temor pode ter dois signifi- D&C 10:55. Se estiverdes preparados,
cados: (1) temer a Deus é ter reverência não temereis, D&C 38:30. Se vos despir-
e admiração por Ele e guardar os Seus des dos temores ver-me-eis, D&C 67:10.
mandamentos; (2) temer o homem, os Tende bom ânimo e não temais, porque
perigos mortais, a dor e o mal é sentir eu, o Senhor, estou convosco, D&C 68:6.
medo dessas coisas e ter pavor delas. Não temais vossos inimigos, D&C 136:17.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
199 Tentação, Tentar
Templo, A Casa do Senhor. Ver repreendeu os santos por não terem
também Investidura, Investir; construído um templo, D&C 95:1–12. Eu
Ordenanças; Santo dos Santos; não entrarei em templos impuros, D&C
Tabernáculo 97:15–17. Aceitei esta casa, e meu nome
Literalmente, a casa do Senhor. O Se- aqui estará, D&C 110:7–8. O povo do Se-
nhor sempre ordenou ao Seu povo que nhor sempre recebe ordem de construir
construísse templos, edifícios sagrados uma casa em nome dele, D&C 124:39. A
nos quais os santos dignos realizam grande obra a ser realizada nos templos
cerimônias e ordenanças sagradas do inclui o selamento dos filhos aos pais,
evangelho para si próprios e em favor D&C 138:47–48. A grande obra dos últi-
dos mortos. O Senhor visita os Seus mos dias inclui a construção de templos,
templos, e eles são os mais sagrados de D&C 138:53–54.
todos os locais de adoração. Templo de Kirtland, Ohio (EUA)
O tabernáculo erigido por Moisés e
O primeiro templo construído pela
pelos filhos de Israel era um templo que
Igreja nos tempos modernos. Os santos
podia ser transportado. Os israelitas o
o construíram em Kirtland, conforme o
usaram durante o êxodo do Egito.
mandamento do Senhor (D&C 94:3–9).
O templo mais conhecido dentre os
Um dos propósitos foi o de proporcio-
mencionados no Velho Testamento foi nar um lugar onde os membros dignos
aquele construído por Salomão em Je- da Igreja pudessem receber poder es-
rusalém (2 Crôn. 2–5). Ele foi destruído piritual, autoridade e esclarecimento
em 587 a.C. pelos babilônios e restaurado (D&C 109–110). Ele foi dedicado em 27
por Zorobabel cerca de 70 anos mais tar- de março de 1836; a oração dedicatória
de (Esd. 1–6). Parte desse templo foi quei- foi dada ao Profeta Joseph Smith por
mada em 37 a.C. e Herodes, o Grande, o revelação (D&C 109). O Senhor conce-
reconstruiu posteriormente. Os roma- deu diversas revelações importantes e
nos destruíram o templo no ano 70 d.C. restaurou as chaves necessárias do sa-
No Livro de Mórmon, os seguidores cerdócio neste templo (D&C 110; 137).
justos de Deus foram instruídos a cons- Ele não foi usado para a concessão da
truir templos e a adorar neles (2 Né. plenitude das ordenanças realizadas
5:16; Mos. 1:18; 3 Né. 11:1). A construção nos templos hoje em dia.
de templos e o seu uso correto são, em
qualquer dispensação, sinais da Igreja Tentação, Tentar. Ver também
verdadeira inclusive a Igreja restaurada Arbítrio; Diabo; Perseverar
em nossos dias. O Templo de Kirtland foi Teste da capacidade da pessoa para
o primeiro templo construído e dedica- escolher o bem sobre o mal; incitação
do ao Senhor nesta dispensação. Desde a pecar e a seguir a Satanás em vez de
essa época, foram dedicados templos em seguir a Deus.
muitos países em todo o mundo. Não nos induzas à tentação; mas livra-
Quem estará no seu lugar santo, Salm. nos do mal, Mt. 6:13 (3 Né. 13:12). Deus
24:3–5. Subamos à casa do Deus de Jacó, não vos deixará tentar acima do que
Isa. 2:2–3 (Miq. 4:1–2; 2 Né. 12:2–3). De re- podeis suportar, 1 Cor. 10:13. Cristo foi
pente virá ao seu templo o Senhor, Mal. tentado como nós somos, Heb. 4:14–15.
3:1 (3 Né. 24:1; D&C 36:8; 42:36). Bem-aventurado o homem que suporta
Jesus purificou o templo, Mt. 21:12–16 a tentação, Tg. 1:12–14.
(Mc. 11:15–18; Lc. 19:45–48). As tentações do adversário não podem
Foi ordenado aos santos que construís- dominar os que dão ouvidos à palavra de
sem um templo em Missouri, D&C 57:3 Deus, 1 Né. 15:24 (Hel. 5:12). O homem
(D&C 84:3–5). Estabelecei uma casa de não poderia agir por si mesmo a menos
Deus, D&C 88:119 (D&C 109:8). O Senhor que fosse atraído por uma outra coisa,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Terra 200
2 Né. 2:11–16. Vigiai e orai continua- A Terra chorou em alta voz, Mois. 7:48.
mente, para não serdes tentados além Divisão da Terra: Ajuntem-se as águas
do que podeis suportar, Al. 13:28. Ensi- num lugar, Gên. 1:9. Nos dias de Pelegue
na-os a resistirem a todas as tentações se repartiu a Terra, Gên. 10:25.
do demônio, com sua fé no Senhor Jesus Depois que as águas recuaram ela
Cristo, Al. 37:33. Orai sempre, para que tornou-se uma terra escolhida, Ét. 13:2.
não sejais tentados, 3 Né. 18:15, 18 (D&C A Terra será como era antes de sua
20:33; 31:12; 61:39). divisão, D&C 133:24.
Acautela-te contra o orgulho, para que
Purificação da Terra: Choveu sobre a
não caias em tentação, D&C 23:1. Adão
Terra por quarenta dias, Gên. 7:4.
se tornou sujeito à vontade do diabo,
A Terra se reserva para o fogo, até o
porque cedeu à tentação, D&C 29:39–40.
dia do juízo, 2 Ped. 3:7.
Fui abandonado a toda sorte de ten-
Depois de hoje vem a queima, D&C
tações, JS—H 1:28.
64:24.
Terra. Ver também Criação, Criar; A Terra quer ser limpa da impureza,
Mundo Mois. 7:48.
O planeta em que vivemos, criado por Estado final da Terra: A Terra se dobrará
Deus por meio de Jesus Cristo para ser como um rolo e passará, 3 Né. 26:3 (D&C
usado pelo homem durante a sua pro- 29:23). Haverá um novo céu e uma nova
vação mortal. Seu destino final é o de Terra, Ét. 13:9 (D&C 29:23).
tornar-se glorificada e exaltada (D&C O mar de vidro é a Terra, no seu estado
77:1–2; 130:8–9). A terra será a herança santificado, imortal e eterno, D&C 77:1.
eterna dos que viveram dignos da gló- A Terra deve ser santificada e preparada
ria celestial (D&C 88:14–26), onde des- para a glória celestial, D&C 88:18–19. A
frutarão da presença do Pai e do Filho Terra será transformada como em cristal
(D&C 76:62). e será um Urim e Tumim, D&C 130:8–9.
Pelo espaço de mil anos a Terra des-
Criada para o homem: Deus deu ao ho- cansará, Mois. 7:64. A Terra será reno-
mem domínio sobre a Terra, Gên. 1:28 vada, RF 1:10.
(Mois. 2:28). A Terra é do Senhor, Êx. 9:29
(Salm. 24:1). O Senhor deu a Terra aos Terra da Promissão
filhos dos homens, Salm. 115:16. Eu fiz Terras que o Senhor promete como
a Terra e criei nela o homem, Isa. 45:12. herança aos Seus fiéis seguidores, e fre-
Pelo poder de sua palavra o homem quentemente também aos descendentes
apareceu sobre a Terra, Jacó 4:9. deles. Existem muitas terras prometi-
A Terra será dada aos que tiverem das. No Livro de Mórmon, a terra da
tomado o Santo Espírito por seu guia, promissão várias vezes mencionada é
D&C 45:56–58 (D&C 103:7). Os que obe- as Américas.
decerem ao evangelho serão recompen-
À tua semente darei esta terra, Gên.
sados com as coisas boas da terra, D&C 12:7 (Abr. 2:19). E te darei a ti e à tua se-
59:3. Os pobres e mansos da Terra a her- mente a terra de Canaã, Gên. 17:8 (Gên.
darão, D&C 88:17 (Mt. 5:5; 3 Né. 12:5). 28:13). Moisés determinou os limites da
Faremos uma terra e os provaremos, terra de Israel em Canaã, Núm. 34:1–12
Abr. 3:24–25. (Núm. 27:12).
Uma entidade viva: A Terra para sempre Serás conduzido a uma terra da pro-
permanece, Ecles. 1:4. messa, 1 Né. 2:20 (1 Né. 5:5). O Senhor
O mar de vidro é a Terra, no seu estado conduz os justos para terras ricas, 1 Né.
santificado, imortal e eterno, D&C 77:1. 17:38. Se os descendentes de Leí guar-
A Terra deve ser santificada e prepara- dassem os mandamentos de Deus
da para a glória celestial, D&C 88:18–19. prosperariam na terra da promissão,
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
201 Testemunho
2 Né. 1:5–9. Israel retornará às suas terras testemunhas de Deus em qualquer tem-
da promissão, 2 Né. 24:1–2 (Isa. 14:1–2). po, Mos. 18:8–9.
Todas as nações que possuírem esta terra Lei das testemunhas: pela boca de
de promissão deverão servir a Deus, ou duas ou três testemunhas toda palavra
serão varridas, Ét. 2:9–12. será estabelecida, D&C 6:28 (Deut. 17:6;
Esta é a terra da promissão, e o local Mt. 18:16; 2 Cor. 13:1; Ét. 5:4; D&C 128:3).
para a cidade de Sião, D&C 57:2. Os fi- Eu vos ordenei e confirmei para serdes
lhos de Judá comecem a regressar às apóstolos e testemunhas especiais de
terras de Abraão, D&C 109:64. meu nome, D&C 27:12 (D&C 107:23). Os
A Nova Jerusalém será construída no Setenta também são chamados para ser
continente americano, RF 1:10. testemunhas especiais junto aos gen-
Tessalonicenses, Epístola aos. Ver tios e em todo o mundo, D&C 107:25.
também Epístolas Paulinas; Paulo Que haja um registrador e que ele seja
testemunha ocular de vossos batismos,
Dois livros do Novo Testamento. Ori- D&C 127:6 (D&C 128:2–4).
ginalmente, foram cartas que Paulo es-
creveu aos tessalonicenses enquanto Testemunhas do Livro de Mórmon.
estava em Corinto, durante sua primeira Ver também Livro de Mórmon;
visita à Europa, por volta do ano 50 d.C. Testemunha
Seu trabalho em Tessalônica é descrito O Senhor ordenou que outros homens,
em At. 17. Paulo queria voltar à Tessalô- além do Profeta Joseph Smith, testificas-
nica, mas não pôde fazê-lo (1 Tess. 2:18). sem da origem divina do Livro de Mór-
Portanto, mandou Timóteo para animar mon (D&C 17; 128:20). Ver o depoimento
os conversos a trazer-lhe notícias deles.
dessas testemunhas na “Introdução” do
Paulo escreveu a primeira epístola como
Livro de Mórmon.
consequência de sua gratidão pela volta
de Timóteo. Pelas palavras de três testemunhas
estabelecerei a minha palavra, 2 Né.
Primeira epístola aos Tessalonicenses: Os
11:3. As testemunhas devem dar teste-
capítulos 1–2 contêm a saudação de Pau-
munho de suas palavras aos filhos dos
lo e sua oração pelos santos; os capítulos
homens, 2 Né. 27:12–13. Pela boca de três
3–5 dão instruções sobre o crescimento
testemunhas serão estabelecidas estas
espiritual, o amor, a castidade, a diligên-
coisas, Ét. 5:4.
cia e a Segunda Vinda de Cristo.
Pela fé, as três testemunhas verão as
Segunda epístola aos Tessalonicenses: placas, D&C 17.
O capítulo 1 contém uma oração pelos
santos. O capítulo 2 fala da Apostasia Testemunho. Ver também Espírito
que viria. O capítulo 3 contém a ora- Santo; Testemunha; Testificar
ção de Paulo pelo triunfo da causa do Conhecimento e confirmação espiri-
evangelho. tual que dá o Espírito Santo. Um teste-
Testamento. Ver Novo Testamento; munho também pode ser uma declara-
Velho Testamento ção oficial ou legal daquilo que a pessoa
percebe que é verdade (D&C 102:26).
Testemunha. Ver também Testemunho
Não dirás falso testemunho, Êx.
Alguém que confirma a veracidade 20:16. Eu sei que o meu Redentor vive,
de alguma coisa ou a testifica com base Jó 19:25–26.
no conhecimento pessoal; isto é, alguém O evangelho será pregado em todo
que presta testemunho. o mundo, em testemunho a todas as
Ser-me-eis testemunhas, At. 1:8. nações, Mt. 24:14 (JS—M 1:31). Não te
Estais dispostos a ser vir de envergonhes do testemunho de nosso
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Testificar 202
Senhor, 2 Tim. 1:8. O testemunho de Je- estão mortos e seu testamento está em
sus é o espírito de profecia, Apoc. 19:10. vigor, D&C 135:4–5.
Três testemunhas darão testemunho
Tiago, Filho de Alfeu
do livro e das coisas que contém, 2 Né.
27:12. Servir de testemunhas de Deus Um dos Doze Apóstolos escolhidos
em todos os momentos, Mos. 18:9. Não por Jesus durante o Seu ministério ter-
via outro modo de reformar o povo se- reno (Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc. 6:15; At. 1:13).
não pela força de um testemunho puro Tiago, Filho de Zebedeu
contra ele, Al. 4:19–20. Tenho todas as
coisas como testemunho de que isto é Um dos Doze Apóstolos escolhidos
verdadeiro, Al. 30:41–44. Não recebereis por Jesus durante o Seu ministério na
mortalidade. Ele era irmão de João. Ele
testemunho senão depois da prova de
foi um dos três apóstolos escolhidos
vossa fé, Ét. 12:6.
para estar com Jesus em certas ocasiões
Não dei paz à tua mente quanto ao as-
especiais: quando a filha de Jairo foi le-
sunto? Que maior testemunho podes ter
vantada dos mortos (Mc. 5:37), na Trans-
do que o de Deus, D&C 6:22–23. E agora,
figuração (Mt. 17:1; Mc. 9:2; Lc. 9:28), e no
depois dos muitos testemunhos que se
Getsêmani (Mt. 26:37; Mc. 14:33). Com
prestaram dele, este é o testemunho que
Pedro e João, ele restaurou o Sacerdócio
nós damos dele, D&C 76:22–24.
de Melquisedeque na Terra, ordenando
Enoque viu anjos dando testemunho
Joseph Smith e Oliver Cowdery (D&C
do Pai e do Filho, Mois. 7:27. Embora
27:12; 128:20; JS—H 1:72).
eu fosse odiado e perseguido por dizer
que tivera uma visão, isso era verdade, Tiago, Irmão do Senhor
JS—H 1:24–25. No Novo Testamento, um irmão do
Testificar. Ver também Testemunho Senhor (Gál. 1:19) e de José, Simão, Ju-
das, e de algumas irmãs (Mt. 13:55–56;
Prestar testemunho pelo poder do Es- Mc. 6:3; Jud. 1:1). Também era conhecido
pírito Santo; fazer uma solene declaração como Tiago, o Justo, e ocupou uma im-
da verdade, baseada no conhecimento portante posição na Igreja em Jerusalém
ou crença pessoal. (At. 12:17; 15:13; 1 Cor. 15:7; Gál. 2:9–12).
O Consolador testificará de mim, Foi ele que provavelmente escreveu a
Jo. 15:26. E nos mandou pregar e testifi- epístola de Tiago.
car, At. 10:42. O mesmo espírito testifica Epístola de Tiago: Livro do Novo Tes-
com o nosso espírito, Rom. 8:16 (1 Jo. 5:6). tamento. Originalmente era uma carta
O poder do Espírito Santo leva as suas dirigida às doze tribos de Israel disper-
palavras aos corações dos filhos dos sas em outros países, e provavelmente foi
homens, 2 Né. 33:1. As escrituras testi- escrita em Jerusalém. Nela o autor expli-
ficam de Cristo, Jacó 7:10–11 (Jo. 5:39). ca claramente alguns pontos da religião
Afirmo-vos que as coisas de que falei prática, inclusive o importante conselho
são verdadeiras, Al. 5:45 (Al. 34:8). To- do capítulo 1, de que se alguma pessoa
mamos o sacramento para testificar ao tem falta de sabedoria deve pedir o au-
Pai que cumpriremos os mandamentos e xílio de Deus (Tg. 1:5–6; JS—H 1:9–20).
nos lembraremos sempre de Jesus, 3 Né. O capítulo 2 trata da fé e das obras. Os
18:10–11 (Morô. 4–5; D&C 20:77–79). capítulos 3–4 falam da necessidade de
Testificareis a respeito deles pelo po- controlar a língua e aconselha os santos
der de Deus, D&C 17:3–5. Aquilo que a não falarem mal uns dos outros. O
o Espírito vos testificar, devereis fazer, capítulo 5 incentiva os santos a terem
D&C 46:7. Eu vos enviei para testificar e paciência e, quando doentes, chamarem
advertir, D&C 88:81. Os testadores agora os élderes para abençoá-los. Também
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
203 Tomé
ensina a respeito das bênçãos recebidas O capítulo 1 contém a saudação de
por ajudar a converter os outros. Paulo e as responsabilidades dadas a
Timóteo. Os capítulos 2–3 fazem várias
Timóteo. Ver também Paulo
advertências e dão várias orientações,
No Novo Testamento, jovem missio- com o desafio de enfrentar os perigos fu-
nário companheiro de Paulo durante turos. No capítulo 4 há uma mensagem
o ministério deste apóstolo (At. 16:1–3; aos amigos de Paulo e conselhos sobre
2 Tim. 1:1–5); era filho de pai grego e mãe como lidar com os apóstatas.
judia; ele e seus pais viviam em Listra.
Paulo chamou Timóteo de “meu ver- Tito. Ver também Epístolas Paulinas;
dadeiro filho na fé” (1 Tim. 1:2, 18; 2 Tim. Paulo; Tito, Epístola a
1:2). Timóteo talvez tenha sido o assisten- No Novo Testamento, converso gre-
te mais capaz e digno de maior confiança go digno de confiança que viajou a Je-
de Paulo (Filip. 2:19–23).
rusalém com Paulo e mais tarde tor-
Timóteo, Epístolas a. Ver também nou-se missionário (Gál. 2:1–4; 2 Tim.
Epístolas Paulinas; Paulo; Timóteo 4:10). Tito entregou a primeira epístola
Dois livros do Novo Testamento. Am- de Paulo aos santos de Corinto (2 Cor.
bos eram originalmente cartas que Paulo 7:5–8, 13–15).
escreveu a Timóteo. Tito, Epístola a. Ver também Epístolas
Primeira Epístola a Timóteo: Paulo es- Paulinas; Paulo; Tito
creveu a primeira epístola depois de
Quando Paulo estava temporariamen-
seu primeiro aprisionamento. Ele havia
te livre da prisão romana, escreveu a
deixado Timóteo em Éfeso, pretendendo
epístola a Tito, que estava em Creta. A
retornar pouco depois (1 Tim. 3:14). No
carta fala principalmente da disciplina
entanto, Paulo sentiu que poderia de-
interna e organização da Igreja.
morar-se, e, assim, escreveu a Timóteo,
talvez da Macedônia (1 Tim. 1:3), para O capítulo 1 contém a saudação de
aconselhá-lo e dar-lhe ânimo no cum- Paulo, bem como instruções e requisi-
primento de seu dever. tos gerais para os bispos. Os capítulos
O capítulo 1 contém as saudações de 2–3 contêm ensinamentos gerais e men-
Paulo e também suas instruções sobre sagens pessoais a Tito sobre a forma
as tolas especulações que começavam a apropriada de tratar os vários grupos
infiltrar-se na Igreja. Os capítulos 2–3 da Igreja em Creta. Paulo incentivou os
dão instruções sobre a adoração em pú- santos a vencerem a perversidade, a se-
blico e sobre o caráter e conduta dos mi- rem sóbrios e fiéis e a se aplicarem nas
nistros. Os capítulos 4–5 contêm uma boas obras.
descrição da apostasia dos últimos dias
e conselhos a Timóteo sobre como exer- Tomé
cer seu ministério junto às pessoas que No Novo Testamento, um dos Doze
ele estava liderando. O capítulo 6 é uma Apóstolos originais escolhidos pelo Sal-
exortação para que Timóteo continue fiel vador durante o Seu ministério mortal
e evite as riquezas do mundo. (Mt. 10:2–3; Jo. 14:5). Em grego, o nome
Segunda Epístola a Timóteo: Paulo escre- é Dídimo (Jo. 20:24–29; 21:2). Embora
veu a segunda carta durante seu segun- Tomé tenha duvidado da Ressurreição
do aprisionamento, pouco antes de seu de Jesus até ver pessoalmente o Salva-
martírio. Contém as últimas palavras dor, a sua força de caráter fez com que
do Apóstolo e mostra a maravilhosa ele estivesse disposto a enfrentar a per-
coragem e a confiança com que enfren- seguição e a morte com o seu Senhor (Jo.
tou a morte. 11:16; 20:19–25).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Tradições 204
Tradições Igreja, essa tradução fornece muitos es-
Crenças e práticas que são transmiti- clarecimentos interessantes e é um re-
das de uma geração a outra (2 Tess. 2:15). curso valioso para entendermos a Bíblia.
Nas escrituras, o Senhor adverte cons- Ela é também um testemunho do divi-
tantemente os justos para que evitem no chamado e do ministério do Profeta
as tradições iníquas dos homens (Lev. Joseph Smith.
18:30; Mc. 7:6–8; Mos. 1:5; D&C 93:39–40). Traduzir
Tradução de Joseph Smith (TJS). Ver Expressar o significado de uma ideia
também Smith, Joseph, Jr. dada em determinada língua em termos
Tradução ou revisão da versão da Bí- iguais em outra língua (Mos. 8:8–13; RF
blia em inglês, conhecida como a Versão 1:8). Nas escrituras, geralmente se faz
do rei Jaime, que o Profeta começou a referência à tradução como um dom de
fazer em junho de 1830. O Senhor or- Deus (Al. 9:21; D&C 8; 9:7–9). Às vezes
denou a Joseph que fizesse a tradução, pode significar melhorar ou corrigir
e este a considerava como parte de seu uma tradução existente em um certo
chamado como profeta. idioma ou restaurar um texto perdido
Embora em julho de 1833 Joseph tives- (D&C 45:60–61). Joseph Smith recebeu
se completado a maior parte da tradu- o mandamento de fazer uma tradução
ção, ele continuou a fazer modificações inspirada da Versão do rei Jaime da Bí-
enquanto preparava um manuscrito blia, em inglês (D&C 42:56; 76:15).
para publicação, até sua morte em 1844. Joseph Smith tinha o poder para tra-
Embora ele tenha publicado algumas duzir, pela misericórdia e poder de
partes da tradução enquanto vivia, pro- Deus, D&C 1:29. Tu tens um dom para
vavelmente teria feito outras modifi- traduzir, D&C 5:4. Eis que te concedo o
cações se tivesse vivido para publicar dom, se de mim o desejas, de traduzir,
toda a obra. A Igreja Reorganizada de D&C 6:25. E do alto Deus deu a Joseph
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Smith poder para traduzir o Livro de
publicou em 1867 a primeira edição da Mórmon, D&C 20:8.
versão inspirada de Joseph Smith, da Por meio do Urim e Tumim traduzi
qual, desde aquela época, publicaram alguns dos caracteres, JS—H 1:62 (Mos.
diversas edições. 8:13; 28:13).
O Profeta aprendeu muitas coisas no
Transfiguração. Ver também Chaves
processo da tradução. Algumas seções
do Sacerdócio; Jesus Cristo
de Doutrina e Convênios foram recebi-
das por causa de seu trabalho na tra- O estado das pessoas cuja aparência e
dução, (tais como D&C 76; 77; 91; e 132). natureza são mudadas temporariamen-
Além disso, o Senhor deu a Joseph ins- te — isto é, elevadas a um grau espiri-
truções específicas para a tradução, que tual maior — para que possam suportar
foram registradas em Doutrina e Con- a presença e a glória de seres celestiais.
vênios (D&C 37:1; 45:60–61; 76:15–18; Transfiguração de Cristo: Pedro, Tia-
90:13; 91; 94:10; 104:58; 124:89). O Livro go, e João viram o Senhor glorificado e
de Moisés e Joseph Smith—Mateus, hoje transfigurado diante deles. O Salvador
incluídos na Pérola de Grande Valor, fo- havia antes prometido que Pedro rece-
ram extraídos diretamente da Tradução beria as chaves do reino dos céus (Mt.
de Joseph Smith. 16:13–19; 17:1–9; Mc. 9:2–10; Lc. 9:28–36;
A Tradução de Joseph Smith restau- 2 Ped. 1:16–18). Nesse importante acon-
rou algumas coisas claras e preciosas tecimento, o Salvador, Moisés e Elias, o
que foram perdidas da Bíblia (1 Né. 13). profeta, deram as chaves do sacerdócio
Embora ela não seja a Bíblia oficial da prometidas a Pedro, Tiago, e João. Com
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
205 Tribos Perdidas
essas chaves do sacerdócio, os apóstolos Cristo concedeu aos três discípulos
tinham o poder para continuar a obra a bênção de permanecerem até a vinda
do reino depois da Ascensão de Jesus. dele, 3 Né. 28:1–9. Eles nunca padeceriam
Joseph Smith ensinou que no Monte as penas da morte nem dores, 3 Né. 28:7–
da Transfiguração, Pedro, Tiago, e João 9. Terão completa alegria, 3 Né. 28:10.
também foram transfigurados. Eles ti- Foram temporariamente arrebatados
veram uma visão da Terra como será ao céu, 3 Né. 28:13–17. Eles ministraram
em seu futuro estado glorificado (D&C ao povo e sofreram perseguição, 3 Né.
63:20–21). Eles viram Moisés e Elias, o 28:18–23. Eles ministraram a Mórmon,
profeta, dois seres transladados, e ou- 3 Né. 28:24–26 (Mórm. 8:10–11). Eles mi-
viram a voz do Pai. Disse o Pai: “Este é nistrarão aos gentios, aos judeus, às tri-
o meu amado Filho, em quem me com- bos dispersas e a todas as nações, 3 Né.
prazo; escutai-o” (Mt. 17:5). 28:27–29. Sobre eles Satanás não tem
Seres transfigurados: Eles viram o Deus poder, 3 Né. 28:39.
de Israel, Êx. 24:9–11. A pele do seu ros-
Trevas Espirituais. Ver também
to resplandecia, depois que falara com
Iniquidade, Iníquo
Deus, Êx. 34:29 (Mc. 9:2–3).
O rosto de Jesus resplandeceu, Mt. Iniquidade ou ignorância das coisas
17:2 (Mc. 9:2–3). Os filhos de Israel não espirituais.
podiam fitar os olhos na face de Moisés, Ai dos que fazem da escuridade luz,
por causa da glória, 2 Cor. 3:7. Isa. 5:20 (2 Né. 15:20). As trevas cobriram
O rosto de Abinádi resplandecia com a Terra, e a escuridão os povos, Isa. 60:2.
extraordinário brilho, Mos. 13:5–9. Fo- Jesus alumiará aos que estão assenta-
ram envoltos como que por chamas, Hel. dos em trevas, Lc. 1:79. A luz resplandece
5:23, 36, 43–45 (3 Né. 17:24; 19:14). Eis que nas trevas, e as trevas não a compreen-
se tornaram brancos como o semblante deram, Jo. 1:5 (D&C 45:7). Rejeitemos
de Jesus, 3 Né. 19:25. Pareceu-lhes terem as obras das trevas, e vistamo-nos das
sido transfigurados, 3 Né. 28:15. armas da luz, Rom. 13:12. Não comu-
Em tempo algum, na carne, o homem niqueis com as obras infrutíferas das
viu Deus, a não ser vivificado pelo Espí- trevas, Ef. 5:8–11.
rito, D&C 67:10–12. Pelo poder do Espíri- Porque não bateis, não sereis levados
to abriram-se nossos olhos, D&C 76:12.
para a luz, mas perecereis na escuridão,
A glória de Deus estava sobre Moisés,
2 Né. 32:4. Satanás propaga suas obras
Mois. 1:2. Sua glória estava sobre mim, e
de trevas, Hel. 6:28–31.
eu contemplei sua face, pois fui transfi-
Os poderes das trevas prevalecem so-
gurado, Mois. 1:11. Vi os céus se abrirem
bre a Terra, D&C 38:8, 11–12. O mundo
e fui revestido de glória, Mois. 7:3–4.
todo geme sob trevas e pecado, D&C
Três Discípulos Nefitas. Ver 84:49–54. Se vossos olhos estiverem fi-
também Discípulo; Nefitas; Seres tos em minha glória, em vós não haverá
Transladados trevas, D&C 88:67.
No Livro de Mórmon, três dos discí- As obras das trevas começaram a pre-
pulos nefitas escolhidos por Cristo. valecer entre todos os filhos dos homens,
O Senhor concedeu a esses discípu- Mois. 5:55.
los a mesma bênção conferida a João, Trevas Exteriores. Ver Diabo;
o Amado: que poderiam ficar na Ter- Filhos de Perdição; Inferno; Morte
ra para trazer almas a Cristo até que o Espiritual
Senhor venha novamente. Eles foram
transladados para que não sentissem Tribos Perdidas. Ver Israel—Dez
dor e não morressem (3 Né. 28). tribos perdidas
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Trindade 206
Trindade. Ver também Espírito Santo; Oferecerás teus sacramentos ao Altís-
Jesus Cristo; Pai Celestial; Senhor simo, D&C 59:10–12.
Na Trindade há três pessoas distin- Enoque viu os espíritos que Deus ha-
tas: Deus, o Pai Eterno; Seu Filho, Jesus via criado, Mois. 6:36. Homem de San-
Cristo; e o Espírito Santo. Nós cremos em tidade é seu nome, Mois. 6:57.
cada um Deles (RF 1:1). Pelas revelações Deus, o Filho: O Deus conhecido como
modernas sabemos que o Pai e o Filho Jeová é o Filho, Jesus Cristo (Isa. 12:2;
têm corpo tangível de carne e ossos, e 43:11; 49:26; 1 Cor. 10:1–4; 1 Tim. 1:1;
que o Espírito Santo é um personagem Apoc. 1:8; 2 Né. 22:2). Jesus trabalha
de espírito, sem carne nem ossos (D&C sob a direção do Pai e está em completa
130:22–23). Estas três pessoas são um em harmonia com Ele. Todos os seres hu-
perfeita unidade, harmonia de propó- manos são Seus irmãos e irmãs, pois
sito e doutrina (Jo. 17:21–23; 2 Né. 31:21; Ele é o mais velho de todos os filhos es-
3 Né. 11:27, 36). pirituais de Eloim. Algumas passagens
Deus, o Pai: Geralmente é ao Pai, ou a das escrituras referem-se a Ele com a
Eloim, que se refere o título Deus. Ele é palavra Deus. Por exemplo: a escritura
chamado de Pai porque Ele é o pai de afirma que “Deus criou os céus e a Ter-
nossos espíritos (Núm. 16:22; 27:16; Mal. ra” (Gên. 1:1), mas na realidade foi Jesus
2:10; Mt. 6:9; Ef. 4:6; Heb. 12:9). Deus, o o Criador, sob a direção de Deus, o Pai
Pai, é o supremo governante do uni- (Jo. 1:1–3, 10, 14; Heb. 1:1–2).
verso. Ele é onipotente (Gên. 18:14; Al. O Senhor identificou-se como EU SOU,
26:35; D&C 19:1–3), onisciente (Mt. 6:8; Êx. 3:13–16. Eu sou o Senhor, (Jeová), e
2 Né. 2:24), e onipresente por intermé- fora de mim não há Salvador, Isa. 43:11
dio do Seu Espírito (Salm. 139:7–12; D&C (Isa. 45:21).
88:7–13, 41). A humanidade tem um re- Eu sou a luz do mundo, Jo. 8:12. An-
lacionamento especial com Deus que tes que Abraão existisse eu sou, Jo. 8:58.
distingue o homem de todas as outras O Senhor exercerá seu ministério junto
criaturas: os homens e as mulheres são aos homens em um tabernáculo de bar-
filhos e filhas espirituais de Deus (Salm. ro, Mos. 3:5–10. Abinádi explicou como
82:6; 1 Jo. 3:1–3; D&C 20:17–18). Cristo é o Pai e o Filho, Mos. 15:1–4 (Ét.
Temos registro de poucas ocasiões 3:14). O Senhor apareceu ao irmão de Ja-
em que Deus, o Pai, apareceu ao ho- rede, Ét. 3. Ouve as palavras de Cristo,
mem ou falou com ele. As escrituras teu Senhor e teu Deus, Morô. 8:8. Jeová
afirmam que Ele falou com Adão e Eva é o juiz tanto de vivos como de mortos,
(Mois. 4:14–31) e apresentou Jesus Cris- Morô. 10:34.
to em diversas ocasiões (Mt. 3:17; 17:5; Jesus apareceu a Joseph Smith e Sid-
Jo. 12:28–29; 3 Né. 11:3–7). Ele apareceu ney Ridgon, D&C 76:20, 23. O Senhor
a Estêvão (At. 7:55–56) e a Joseph Smith Jeová apareceu no Templo de Kirtland,
(JS—H 1:17). Mais tarde, Ele apareceu D&C 110:1–4.
a Joseph Smith e Sidney Rigdon (D&C Jeová falou a Abraão, Abr. 1:16–19. Je-
76:20, 23). Aos que amam a Deus e que sus apareceu a Joseph Smith, JS—H 1:17.
diante Dele se purificam, Deus às vezes Deus, o Espírito Santo: O Espírito San-
concede o privilégio de vê-Lo e de saber to é também um Deus, e é chamado de
por si mesmos que Ele é Deus (Mt. 5:8; Santo Espírito, o Espírito e o Espírito de
3 Né. 12:8; D&C 76:116–118; 93:1). Deus, entre outros nomes e títulos seme-
Deus meu, Deus meu, por que me lhantes. Com a ajuda do Espírito Santo
desamparaste, Mc. 15:34. Estes homens o homem pode conhecer a vontade de
são servos do Deus Altíssimo, At. 16:17. Deus, o Pai, e saber que Jesus é o Cristo
Somos a geração de Deus, At. 17:28–29. (1 Cor. 12:3).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
207 Unidade
O Espírito Santo te ensinará o que de- Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
ves dizer, Lc. 12:12. O Espírito Santo é o D&C 115:4.
Consolador, Jo. 14:26 (Jo. 16:7–15). Jesus C r i s t o v i r á no s ú lt i mo s d i a s,
deu mandamentos aos apóstolos pelo Mois. 7:60.
Espírito Santo, At. 1:2. O Espírito Santo
testifica sobre Deus e Cristo, At. 5:29–32 Um. Ver Trindade; Unidade
(1 Cor. 12:3). Também o Espírito Santo Unção, Ungir. Ver também Bênção dos
no-lo testifica, Heb. 10:10–17. Doentes; Óleo
Pelo poder do Espírito Santo podeis
Na antiguidade, os profetas do Senhor
saber a verdade de todas as coisas, Morô.
ungiam com óleo os que desempenha-
10:5.
riam deveres especiais, como Aarão, ou
O Espírito Santo é o espírito de reve-
lação, D&C 8:2–3 (D&C 68:4). os sacerdotes, ou os reis que governa-
riam Israel. Atualmente, na Igreja, ungir
significa colocar uma pequena porção de
Última Ceia. Ver também Páscoa; óleo consagrado na cabeça de uma pes-
Sacramento soa, como parte de uma bênção especial.
De acordo com o Novo Testamento, foi Isso só pode ser feito pela autoridade e o
a última refeição que Jesus comeu antes poder do Sacerdócio de Melquisedeque.
de Sua prisão e crucificação (Lc. 22:14– Após a unção, a pessoa que age pela au-
18). Ele e os Seus Doze Apóstolos parti- toridade desse mesmo sacerdócio pode
ciparam desta refeição durante a Páscoa selar a unção e dar uma bênção especial
(Mt. 26:17–30; Mc. 14:12–18; Lc. 22:7–13). à pessoa que está sendo ungida.
O Salvador abençoou o pão e o vinho E os ungirás e consagrarás para que
e os deu aos apóstolos, Mt. 26:26–29 (Mc. me administrem o sacerdócio, Êx. 28:41
14:22–25; Lc. 22:7–20). Jesus lavou os pés (Lev. 8:6–12, 30). O qual ungirás por ca-
dos apóstolos, Jo. 13. Judas é indicado pitão sobre o meu povo de Israel, 1 Sam.
como o traidor de Jesus, Jo. 13:21–26 9:16; 10:1.
(Mt. 26:20–25). Os élderes devem ungir e abençoar os
doentes, Tg. 5:14–15 (D&C 42:44).
Últimos Dias. Ver também Segunda
Vinda de Jesus Cristo; Sinais dos Ungido, O. Ver também Jesus Cristo;
Tempos Messias
A época em que vivemos. Os dias (ou Jesus é chamado de o Cristo (palavra
a dispensação do tempo) que antecedem grega) ou o Messias (palavra aramaica).
a Segunda Vinda do Senhor. Ambos os termos significam “o ungido.”
Anunciar-vos-ei o que vos há de acon- Ele é o ungido do Pai para ser o represen-
tecer nos derradeiros dias, Gên. 49:1. tante pessoal do Pai em todas as coisas
O Redentor se levantará no último dia concernentes à salvação da humanidade.
sobre a Terra, Jó 19:25. Nos últimos dias O Senhor me ungiu, Isa. 61:1–3.
será estabelecida a casa do Senhor, Isa. Pois que me ungiu para evangelizar,
2:2. Lc. 4:16–22. Jesus foi ungido por Deus o
Nos últimos dias sobrevirão tempos Pai, At. 4:27. Deus ungiu a Jesus de Na-
trabalhosos, 2 Tim. 3:1–7. Nos últimos zaré, At. 10:38.
dias escarnecedores negarão a Segunda
Vinda, 2 Ped. 3:3–7. Unidade. Ver também Trindade
Eu vos profetizo, sobre os últimos Tornar-se uno em pensamento, dese-
dias, 2 Né. 26:14–30. jo e propósito, primeiro com nosso Pai
Assim será a minha Igreja chamada Celestial e Jesus Cristo, e depois com os
nos últimos dias, sim, A Igreja de Jesus outros santos.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Unigênito 208
É bom que os irmãos vivam em união, imortal tornar-se-á um grande Urim e
Salm. 133:1. Tumim, (D&C 130:6–9).
Eu e o Pai somos um, Jo. 10:30 (D&C Porás no peitoral de juízo Urim e Tu-
50:43). Jesus orou para que todos pudes- mim, Êx. 28:30.
sem ser um, como ele e o Pai são um, Jo. Ao que vencer, dar-lhe-ei uma pedra
17:11–23 (3 Né. 19:23). Rogo-vos que não branca, Apoc. 2:17.
haja entre vós dissensões; antes sejais Ele possui algo por meio do qual pode
unidos, 1 Cor. 1:10. olhar e traduzir, Mos. 8:13. Estas duas
Sede determinados em um só pensa- pedras eu tas darei, Ét. 3:23–24, 28 (Ét.
mento e um único coração e unidos em 4:5).
todas as coisas, 2 Né. 1:21. Os membros Joseph Smith recebeu revelações atra-
da Igreja devem ter corações entrelaça- vés do Urim e Tumim, D&C, cabeçalhos
dos em unidade, Mos. 18:21. Jesus orou das seções 6; 11; 14–16. Recebeste poder
por unidade entre seus discípulos nefi- para traduzir por meio do Urim e Tu-
tas, 3 Né. 19:23. Os discípulos estavam mim, D&C 10:1. As Três Testemunhas
unidos em fervorosa oração e jejum, deveriam ver o Urim e Tumim, que foi
3 Né. 27:1. dado ao irmão de Jarede no monte, D&C
Pai, Filho e Espírito Santo são um, 17:1. O lugar onde Deus reside é um
D&C 20:27–28 (D&C 35:2; 50:43). É teu grande Urim e Tumim. A pedra branca
dever unir-te à Igreja verdadeira, D&C tornar-se-á um Urim e Tumim para toda
23:7. Tudo o que pedirdes com fé, estan- pessoa que receber uma, D&C 130:6–11.
do unidos em oração, recebereis, D&C E eu, Abraão, tinha o Urim e Tumim,
29:6. Se não sois um, não sois meus, Abr. 3:1, 4.
D&C 38:27.
O Senhor chamou seu povo Sião, por-
que eram unos de coração e vontade, Vaidade, Vão. Ver também
Mois. 7:18. Mundanismo; Orgulho

Unigênito. Ver também Gerar; Jesus Falsidade ou engano; orgulho. A pa-


Cristo lavra vão também pode significar vazio
ou sem valor.
Outro nome de Jesus Cristo que é o
Filho Unigênito do Pai (Lc. 1:26–35; Jo. Aquele que não entrega sua alma à
1:14; 3:16; 1 Né. 11:18–20; 2 Né. 25:12; Al. vaidade estará no lugar santo do Senhor,
7:10; 12:33; Mois. 7:62). Salm. 24:3–4.
Orando, não useis de vãs repetições,
Ur Mt. 6:7.
No Velho Testamento, a Ur dos Cal- O vasto e espaçoso edifício são as
deus foi a cidade natal de Abrão (Gên. ideias vãs e o orgulho, 1 Né. 12:18. Per-
11:27–28, 31; 15:7; Ne. 9:7; Abr. 2:1, 4). sistireis em pôr o coração nas coisas vãs
do mundo, Al. 5:53. Não ambiciones as
Urim e Tumim. Ver também Peitoral; coisas fúteis (vãs) deste mundo: pois
Vidente não podes carregá-las contigo, Al. 39:14.
Instrumentos preparados por Deus Vaidade e descrença levaram toda
para ajudar o homem a obter revelação a igreja à condenação, D&C 84:54–55.
e a traduzir línguas. Na língua hebraica Quando tentamos satisfazer nossa vã
essas palavras significam “luzes e per- ambição, os céus se afastam, D&C 121:37.
feições.” O Urim e Tumim consiste de Valente, Valor. Ver Coragem,
duas pedras colocadas em aros de prata, Corajoso
as quais, às vezes, são usadas junto com
um peitoral (D&C 17:1; JS—H 1:35, 42, 52). Vara de Efraim. Ver Efraim—Vara de
Esta Terra, em seu estado santificado e Efraim ou vara de José
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
209 Verdade
Vara de José. Ver Efraim—Vara de evangelho. Os livros dos profetas são:
Efraim ou vara de José Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oseias,
Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias,
Vara de Judá. Ver Judá—Vara de Judá
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Za-
Velar, Vigiar. Ver também carias e Malaquias.
Advertência, Advertir, Prevenir; A maioria dos livros do Velho Testa-
Atalaia, Sentinela, Vigiar mento foi escrita em hebraico, e alguns
Cuidar; estar de guarda. em aramaico, outro idioma semítico
da época.
Vigiai, pois, porque não sabeis a que
hora há de vir o vosso Senhor, Mt. 24:42– Verdade. Ver também Conhecimento;
43 (Mt. 25:13; Mc. 13:35–37; D&C 133:10– Inteligência(s); Luz, Luz de Cristo
11). Vigiai e orai, para que não entreis Conhecimento das coisas como são,
em tentação, Mt. 26:41 (3 Né. 18:15, 18). como eram e como serão (D&C 93:24).
Alma ordenou sacerdotes e élderes A verdade também se refere à luz e re-
para presidir a igreja e velar por ela, velação dos céus.
Al. 6:1.
A verdade brotará da terra, Salm. 85:11
Velho Testamento. Ver também Bíblia; (Mois. 7:62).
Escrituras; Pentateuco Conhecereis a verdade, e a verdade
Escritos de profetas antigos, que agi- vos libertará, Jo. 8:32. Eu sou o cami-
ram sob a influência do Espírito Santo, nho, e a verdade e a vida, Jo. 14:6. Se
e que por muitos séculos testificaram a dissermos que não temos pecado, não
respeito de Cristo e de Seu futuro minis- há verdade em nós, 1 Jo. 1:8.
tério. Além disso ele contém um registro Os culpados acham a verdade dura,
da história de Abraão e seus descenden- 1 Né. 16:2. Os justos amam a verdade,
tes, começando com Abraão e o convênio 2 Né. 9:40. O Espírito fala a verdade e
ou testamento que o Senhor fez com ele e não mente, Jacó 4:13. És Deus de verdade
a sua posteridade. e não podes mentir, Ét. 3:12. Pelo poder
Os primeiros cinco livros do Velho do Espírito Santo podeis saber a verdade
Testamento foram escritos por Moisés. de todas as coisas, Morô. 10:5.
São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Nú- A verdade permanece para todo o
meros e Deuteronômio. O Gênesis conta sempre, D&C 1:39. Foste iluminado pelo
a origem da Terra, da humanidade, das Espírito da verdade, D&C 6:15. O Livro
línguas e raças, e do princípio da casa de Mórmon contém a verdade e a palavra
de Israel. de Deus, D&C 19:26. O Consolador foi
Os livros históricos relatam os eventos enviado para ensinar a verdade, D&C
relativos a Israel. São eles: Josué, Juízes, 50:14. Aquele que recebe a palavra pelo
Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crô- Espírito da verdade recebe-a como é
nicas, Esdras, Neemias e Ester. pregada pelo Espírito da verdade, D&C
Os livros poéticos nos mostram um 50:17–22. Proclamai a verdade conforme
pouco da sabedoria e aptidão para a as revelações e mandamentos que vos
literatura dos profetas. São eles: Jó, Sal- dei, D&C 75:3–4. Tudo que é verdade é
mos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares luz, D&C 84:45. A luz de Cristo é a luz
de Salomão e Lamentações. da verdade, D&C 88:6–7, 40. Meu Espíri-
Os profetas repreenderam Israel por to é verdade, D&C 88:66. A inteligência,
seus pecados e testificaram das bênçãos ou seja, a luz da verdade, não foi criada,
advindas da obediência. Eles profetiza- D&C 93:29. A glória de Deus é inteligên-
ram sobre a vinda de Cristo, que expiaria cia ou, em outras palavras, luz e verdade,
os pecados dos que se arrependessem, D&C 93:36. Ordenei que criásseis vos-
aceitassem as ordenanças e vivessem o sos filhos em luz e verdade, D&C 93:40.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Véu 210
Meu Unigênito é cheio de graça e ver- em Cristo só nesta vida, somos os mais
dade, Mois. 1:6. miseráveis, 1 Cor. 15:19–22. A piedade
tem a promessa da vida presente e da
Véu
que há de vir, 1 Tim. 4:8.
Palavra usada nas escrituras signifi- Para que nossos filhos possam olhar
cando: (1) cortina divisória que separa as adiante, para aquela vida que está em
áreas do tabernáculo ou templo; (2) sím- Cristo, 2 Né. 25:23–27. Esta vida é o tem-
bolo da separação entre Deus e o homem; po para os homens se prepararem para o
(3) tecido fino usado pelas pessoas para encontro com Deus, Al. 34:32 (Al. 12:24).
cobrir o rosto ou a cabeça; ou (4) esque- Eu sou a luz e a vida do mundo, 3 Né.
cimento, proporcionado por Deus, que 9:18 (Mos. 16:9; 3 Né. 11:11; Ét. 4:12).
bloqueia a lembrança do homem sobre Bem-aventurados os que são fiéis seja
a existência pré-mortal. na vida ou na morte, D&C 50:5. Isto é vi-
O véu fará separação entre o santuário das eternas — conhecer a Deus e Jesus
e o lugar santíssimo, Êx. 26:33. Cristo, D&C 132:24.
O véu do templo se rasgou em dois, Esta é minha obra e minha glória: Le-
quando Cristo foi crucificado, Mt. 27:51 var a efeito a imortalidade e vida eterna
(Mc. 15:38; Lc. 23:45). Agora vemos por do homem, Mois. 1:39.
espelho, em enigma, mas então veremos
face a face, 1 Cor. 13:12. Vida eterna. Ver também Coroa;
O escuro véu da incredulidade estava Exaltação; Expiação, Expiar; Glória
sendo tirado de sua mente, Al. 19:6. O Celestial; Vida
irmão de Jarede não pôde ser impedido Viver para sempre como famílias na
de ver dentro do véu, Ét. 3:19 (Ét. 12:19). presença de Deus (D&C 132:19–20, 24,
O véu será rompido e ver-me-eis, D&C 55). A vida eterna é o maior dom de Deus
67:10 (D&C 38:8). O véu que cobre o meu concedido ao homem.
templo será retirado, D&C 101:23. Reti- Tu tens as palavras da vida eterna, Jo.
rou-se o véu de nossa mente, D&C 110:1.
6:68. E a vida eterna é esta: que te conhe-
Um véu de trevas cobrirá a Terra,
çam a ti só, por único Deus verdadeiro,
Mois. 7:61.
e a Jesus Cristo, Jo. 17:3 (D&C 132:24).
Vicário. Ver Ordenanças— Milita a boa milícia da fé, toma posse
Ordenança vicária; Salvação para da vida eterna, 1 Tim. 6:12.
os Mortos Os homens são livres para escolher
a liberdade e a vida eterna, 2 Né. 2:27
Vida. Ver também Luz, Luz de Cristo; (Hel. 14:31). Ter a mente espiritual é a
Vida eterna vida eterna, 2 Né. 9:39. Estareis então
A existência temporal e espiritual tor- no caminho reto e estreito que conduz
nada possível pelo poder de Deus. à vida eterna, 2 Né. 31:17–20. Acreditar
Hoje te tenho proposto a vida e o bem, em Cristo e perseverar até o fim é a vida
Deut. 30:15–20. Far-me-ás ver a vereda eterna, 2 Né. 33:4 (3 Né. 15:9).
da vida, Salm. 16:11. O que segue a jus- É rico aquele que tem a vida eterna,
tiça achará a vida, Prov. 21:21. D&C 6:7 (D&C 11:7). A vida eterna é o
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e maior de todos os dons de Deus, D&C
quem perder a sua vida acha-la-á, Mt. 14:7 (Rom. 6:23). Os justos receberão paz
10:39 (Mt. 16:25; Mc. 8:35; Lc. 9:24; 17:33). neste mundo e a vida eterna no mundo
Nele estava a vida, e a vida era a luz vindouro, D&C 59:23. Os que perseve-
dos homens, Jo. 1:4. Quem crê naquele rarem até o fim terão uma coroa de vida
que me enviou, passou da morte para eterna, D&C 66:12 (D&C 75:5). Todos
a vida, Jo. 5:24. Eu sou o caminho, e a os que morrem sem o evangelho, que o
verdade e a vida, Jo. 14:6. Se esperamos teriam recebido se lhes fosse permitido
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
211 Vingança
viver, são herdeiros do reino celestial, Vidente. Ver também Profeta; Urim e
D&C 137:7–9. Tumim
A obra e glória de Deus é levar a efeito Pessoa autorizada por Deus a ver com
a imortalidade e vida eterna do homem,
os olhos espirituais coisas que Deus es-
Mois. 1:39. Deus concede a vida eterna a
condeu do mundo (Mois. 6:35–38). Ele é
todos os obedientes, Mois. 5:11.
um revelador e profeta (Mos. 8:13–16).
Vida Pré-mortal. Ver também Batalha No Livro de Mórmon, Amon ensinou
nos Céus; Conselho nos Céus; que apenas um vidente poderia usar
Homem, Homens; Princípio intérpretes especiais, ou o Urim e Tu-
A vida antes da vida na Terra. Todos mim (Mos. 8:13; 28:16). O vidente co-
os homens e mulheres viveram com nhece o passado, o presente e o futuro.
Deus como Seus filhos espirituais antes Na antiguidade, o profeta era muitas
de virem à Terra como seres mortais. Isso vezes chamado de vidente (1 Sam. 9:9;
é às vezes chamado de primeiro estado 2 Sam. 24:11).
(Abr. 3:26). Joseph Smith é o grande vidente dos
Quando Deus fundava a Terra, todos últimos dias (D&C 21:1; 135:3). Além dis-
os filhos de Deus rejubilaram, Jó 38:4–7. so, os membros da Primeira Presidência
O Espírito voltará a Deus, que o deu, e do Conselho dos Doze são apoiados
Ecles. 12:7. Antes que te formasse no como profetas, videntes e reveladores.
ventre te conheci, Jer. 1:4–5. Povo rebelde é este, que diz aos vi-
Somos também sua geração, At. 17:28. dentes: Não vejais; e aos profetas: Não
Deus nos escolheu antes da fundação do profetizeis, Isa. 30:9–10.
mundo, Ef. 1:3–4. Temos que ser sujeitos O Senhor levantará um vidente esco-
ao Pai dos espíritos, Heb. 12:9. Os anjos lhido para os frutos de meus lombos,
que não guardaram o seu principado,
2 Né. 3:6–15.
reservou em prisões eternas, Jud. 1:6
Nisto há sabedoria; sim, em ser um vi-
(Abr. 3:26). O diabo e seus anjos foram
dente, um revelador, um tradutor e um
lançados fora, Apoc. 12:9.
profeta, D&C 107:92. O Senhor designou
Sendo chamados e preparados desde
a fundação do mundo, Al. 13:3. Hyrum Smith para ser profeta, vidente e
Cristo olhou por sobre a vasta ex- revelador para a Igreja, D&C 124:91–94.
tensão da eternidade e todas as hostes Vigiar. Ver Atalaia, Sentinela, Vigiar;
seráficas dos céus, antes que o mundo Velar, Vigiar
fosse feito, D&C 38:1. O homem também
estava no princípio com Deus, D&C Vingança. Ver também Inimizade
93:29 (Hel. 14:17; D&C 49:17). Os espíri- Represália ou retaliação por uma in-
tos nobres foram escolhidos no princípio júria ou ofensa.
para serem governantes na Igreja, D&C
138:53–55. Muitos receberam suas pri- Vosso Deus virá com vingança,
meiras lições no mundo dos espíritos, Isa. 35:4.
D&C 138:56. Minha é a vingança; eu recompensa-
Todas as coisas foram criadas espiri- rei, Rom. 12:19 (Mórm. 3:15; 8:20).
tualmente antes que existissem fisica- A espada da vingança pende sobre
mente na face da Terra, Mois. 3:5. Fiz o vós, Mórm. 8:40–41.
mundo e os homens antes que existissem Eu me vingarei dos ímpios, pois não
na carne, Mois. 6:51. Abraão viu as inte- se arrependerão, D&C 29:17.
ligências que foram organizadas antes O Salvador virá nos dias de iniquidade
de o mundo existir, Abr. 3:21–24. e vingança, Mois. 7:45–46.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Vinha do Senhor 212
Vinha do Senhor. Ver também Uma virgem conceberá e dará à luz
Campo; Israel um filho, Isa. 7:14 (Mt. 1:23; 2 Né. 17:14).
Símbolo de um campo de trabalho O reino dos céus é semelhante a dez
espiritual. Nas escrituras, a expressão virgens, Mt. 25:1–13.
a vinha do Senhor geralmente se refere Na cidade de Nazaré vi uma virgem,
à casa de Israel ou ao reino de Deus na que era a mãe do filho de Deus, 1 Né.
Terra. Às vezes se refere aos povos do 11:13–18. Maria era virgem, um vaso
mundo em geral. precioso e escolhido, Al. 7:10.
A vinha do Senhor dos exércitos é a Virgem Maria. Ver Maria, Mãe de
casa de Israel, Isa. 5:7 (2 Né. 15:7). Jesus
Jesus ensinou a parábola dos trabalha-
dores da vinha, Mt. 20:1–16. Virtude. Ver também Castidade;
Israel é comparada a uma boa oliveira Integridade; Poder
que é nutrida na vinha do Senhor, Jacó Integridade e excelência, poder e for-
5. Servos do Senhor podarão sua vinha ça moral (Lc. 8:46); castidade ou pureza
pela última vez, Jacó 6. sexual (Morô. 9:9).
O Senhor abençoará a todos os que És mulher virtuosa, Rut. 3:11. Aquele
trabalharem em sua vinha, D&C 21:9 que é limpo de mãos e puro de coração
(Al. 28:14). Trabalhai na minha vinha estará no lugar santo do Senhor, Salm.
pela última vez, D&C 43:28. 24:3–4. A mulher virtuosa é a coroa do
Vir a Cristo. Ver também Discípulo; seu marido, Prov. 12:4. O valor de uma
Obedecer, Obediência, Obediente mulher virtuosa excede o das pedras
preciosas, Prov. 31:10–31.
Nas escrituras, frequentemente sig- Acrescentai à vossa fé a virtude, 2 Ped.
nifica aproximar-se de alguém, pelo ato 1:5 (D&C 4:6).
de seguir ou obedecer, como na frase Experimenta a virtude da palavra de
“vinde a Cristo, sede aperfeiçoados nele” Deus, Al. 31:5.
(Morô. 10:32). Que a virtude adorne teus pensamen-
Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a tos incessantemente, D&C 121:45.
mim, Isa. 55:3. Cremos em ser virtuosos, RF 1:13 (Fi-
Vinde a mim, todos os que estais can- lip. 4:8).
sados, Mt. 11:28. Deixai os pequeninos e
não os estorveis de vir a mim, Mt. 19:14. Visão. Ver também Primeira Visão;
Se alguém quer vir após mim, negue-se Revelação; Sonho
a si mesmo, Lc. 9:23. Aquele que vem a Revelação visual de algum aconteci-
mim não terá fome, Jo. 6:35. mento, pessoa ou coisa, por intermédio
Cristo convida todos a virem a ele, do poder do Espírito Santo.
2 Né. 26:33. Vinde a mim e salvai-vos, Seguem-se exemplos de visões impor-
3 Né. 12:20. Vinde a Cristo, Morô. 10:32. tantes: A visão de Ezequiel conecernente
Convidar todos a virem a Cristo, D&C aos últimos dias (Eze. 37–39), a visão de
20:59. Vireis a mim e vossa alma viverá, Estêvão, em que viu Jesus à direita de
D&C 45:46. Deus (At. 7:55–56), a revelação de João
concernente aos últimos dias (Apoc.
Virgem. Ver também Maria, Mãe de 4–21), a visão de Leí e de Néfi sobre a
Jesus árvore da vida (1 Né. 8; 10–14), a visão
Homem ou mulher em idade de casa- de Alma, o filho, na qual viu um anjo
mento que nunca teve relações sexuais. do Senhor (Mos. 27), a visão do irmão
Nas escrituras, a virgem pode represen- de Jarede, onde viu todos os habitantes
tar alguém que seja moralmente limpo da Terra (Ét. 3:25), a visão dos graus de
(Apoc. 14:4). glória (D&C 76), as visões dadas a Joseph
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
213 Whitmer, Peter, Jr
Smith e Oliver Cowdery no Templo de Voz. Ver também Revelação
Kirtland (D&C 110), a visão de Joseph F. Conforme aparece nas escrituras, às
Smith sobre a redenção dos mortos (D&C vezes é uma mensagem audível trans-
138), a visão de Moisés, a respeito de mitida pelo Senhor ou por Seus mensa-
Deus e de Suas criações (Mois. 1), a visão geiros. A voz do Espírito também pode
de Enoque, na qual viu a Deus (Mois. ser inaudível e comunicada ao coração
6–7) e a Primeira Visão de Joseph Smith e à mente.
(JS—H 1).
Adão e Eva ouviram a voz do Senhor
Não havendo profecia o povo se cor- Deus, Gên. 3:8 (Mois. 4:14). O Senhor
rompe, Prov. 29:18. Jovens terão visões, falou a Elias, o profeta, em voz mansa e
Joel 2:28 (At. 2:17). delicada, 1 Re. 19:11–13.
Ele me deu sabedoria por meio de vi- Os justos ouvem a voz do Bom Pastor,
sões, 2 Né. 4:23. Jo. 10:1–16. Todo aquele que é da verdade
Ele era um mensageiro enviado a mim ouve a minha voz, Jo. 18:37.
da presença de Deus, JS—H 1:33. Cre- Obedeci à voz do Espírito, 1 Né. 4:6–18.
mos na profecia, revelação, visões, RF 1:7. Veio-me uma voz, dizendo: Enos, teus
Viúva. Ver também Bem-Estar pecados te são perdoados, En. 1:5. Era
uma voz maviosa, cheia de suavidade,
Mulher cujo marido morreu e que não semelhante a um sussurro que penetra-
se casou novamente. va até o mais profundo da alma, Hel.
Virão o órfão e a viúva e comerão, 5:29–33 (3 Né. 11:3–7).
Deut. 14:29. Seja pela minha própria voz, ou pela
A viúva deitou tudo o que tinha, Mc. voz de meus servos, é o mesmo, D&C
12:41–44. Visitar os órfãos e as viúvas 1:38. Tudo que disserem, quando mo-
nas suas tribulações faz parte da religião vidos pelo Espírito Santo, será a voz do
pura, Tg. 1:27. Senhor, D&C 68:2–4. Toda alma que obe-
O Senhor será uma testemunha veloz decer à minha voz verá a minha face, e
contra os que oprimem a viúva, 3 Né. saberá que eu sou, D&C 93:1.
24:5 (Zac. 7:10).
As viúvas e os órfãos serão ampara- Whitmer, David
dos, D&C 83:6 (D&C 136:8). Um dos primeiros líderes da Igreja res-
taurada e uma das Três Testemunhas da
Vivificar. Ver também Ressurreição origem divina e da veracidade do Livro
Dar vida, ressuscitar, ou transformar de Mórmon (D&C 14; 17–18). O Senhor
uma pessoa para que possa estar na pre- deu instruções pessoais a ele em Dou-
sença de Deus. trina e Convênios 14 e 30:1–4.
Deus nos vivificou juntamente com Whitmer, John
Cristo, Ef. 2:4–5 (Col. 2:6, 12–13). Cristo
foi mortificado na carne, mas vivificado Líder da Igreja restaurada em seus pri-
pelo Espírito, 1 Ped. 3:18 (D&C 138:7). mórdios e uma das Oito Testemunhas do
Nenhum homem viu Deus, a não ser Livro de Mórmon. Ver “Depoimento de
vivificado pelo Espírito, D&C 67:11. A re- Oito Testemunhas,” nas páginas introdu-
denção realiza-se por meio daquele que tórias do Livro de Mórmon. Ele também
vivifica todas as coisas, D&C 88:16–17. foi chamado para pregar o evangelho
Os santos serão vivificados e arrebata- (D&C 30:9–11).
dos para encontrar a Cristo, D&C 88:96. Whitmer, Peter, Jr.
Adão foi vivificado no homem inte-
rior, Mois. 6:65. Um dos primeiros líderes da Igreja
restaurada e uma das Oito Testemunhas
Voto. Ver Comum Acordo do Livro de Mórmon. Ver “Depoimento
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Whitney, Newel K 214
de Oito Testemunhas” nas páginas intro- Young estava entre os espíritos escolhi-
dutórias do Livro de Mórmon. O Senhor dos no mundo espiritual, D&C 138:53.
deu instruções pessoais a ele em D&C
16 e D&C 30:5–8.
Zacarias (Novo Testamento). Ver
Whitney, Newel K. também Isabel; João Batista
Um dos primeiros líderes da Igreja No Novo Testamento, pai de João Ba-
restaurada. Newel K. Whitney foi bispo tista. Zacarias exercia o cargo de sacer-
de Kirtland, Ohio (EUA), e depois serviu dote e oficiava no templo.
como Bispo Presidente da Igreja (D&C
Zacarias foi morto entre o santuário e
72:1–8; 104; 117).
o altar, Mt. 23:35 (Lc. 11:51). O anjo Ga-
Williams, Frederick G. briel prometeu um filho a Zacarias e a
Antigo líder da Igreja restaurada que sua esposa Isabel, Lc. 1:5–25 (D&C 27:7).
serviu durante algum tempo como con- Sua língua foi solta, Lc. 1:59–79.
selheiro na Presidência do Sumo Sacer-
Zacarias (Velho Testamento)
dócio (D&C 81; 90:6, 19; 102:3).
Profeta do Velho Testamento que pro-
Woodruff, Wilford. Ver também fetizou por volta de 520 a.C. Viveu na
Declaração Oficial 1; Manifesto mesma época que o profeta Ageu (Esd.
Quarto Presidente da Igreja depois da 5:1; 6:14).
Restauração do evangelho por intermé- Livro de Zacarias: O livro é notável
dio do Profeta Joseph Smith. Ele nasceu por suas profecias acerca do ministé-
em 1807 e morreu em 1898. rio mortal de Cristo e de Sua Segunda
Foi chamado para ocupar um lugar no Vinda (Zac. 9:9; 11:12–13; 12:10; 13:6). Os
Conselho dos Doze, D&C 118:6. Estava capítulos de 1 a 8 contêm uma série de
entre os espíritos escolhidos reservados visões do futuro do povo de Deus. Os
para virem na plenitude dos tempos, capítulos de 9 a 14 contêm visões sobre
D&C 138:53. Recebeu uma revelação o Messias, os últimos dias, a coligação
que pôs fim ao casamento plural na de Israel, a grande guerra final e a Se-
Igreja, DO 1. gunda Vinda.
Zaraenla. Ver também Amon,
Young, Brigham
Descendente de Zaraenla; Muleque
Apóstolo no início desta dispensação
No Livro de Mórmon, Zaraenla desig-
e segundo Presidente de A Igreja de Je-
na (1) um homem que guiou a colônia de
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Muleque; (2) uma cidade que recebeu o
Guiou os santos em direção ao oeste,
dos Estados Unidos da América, desde nome dele e (3) a terra de Zaraenla, ou
Nauvoo, Illinois, até o Vale do Lago Sal- (4) o povo que o seguiu.
gado e foi grande colonizador do oeste Zaraenla regozijou-se porque o Senhor
desse país. mandara os nefitas, Ômni 1:14. Zaraen-
Brigham Young foi chamado para ser la deu a genealogia de seus pais, Ômni
Presidente dos Doze Apóstolos, D&C 1:18. Amon era descendente de Zaraenla,
124:127. Brigham Young foi elogiado por Mos. 7:3, 13. A Igreja foi estabelecida na
seu trabalho e desobrigado de futuras cidade de Zaraenla, Al. 5:2. Por causa
viagens ao exterior, D&C 126. O Senhor dos justos, os iníquos foram salvos em
instruiu Brigham Young a respeito de Zaraenla, Hel. 13:12. A cidade de Zaraen-
como organizar os santos para sua mi- la incendiou-se por ocasião da morte de
gração para o oeste, D&C 136. Brigham Cristo, 3 Né. 8:8, 24.
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
215 Zorã, Zoramitas
Zebulom. Ver também Israel; Jacó, Zênife
Filho de Isaque No Livro de Mórmon, homem que
No Velho Testamento, filho de Jacó e liderou o grupo que voltou à terra de
de Lia (Gên. 30:19–20). Néfi; tornou-se rei deles e os governou
A tribo de Zebulom: Jacó abençoou a em retidão (Mosias 9–10).
tribo de Zebulom (Gên. 49:13). A tribo Zenoque
de Zebulom uniu-se a Débora e a Bara-
que na luta contra os inimigos de Israel Profeta de Israel, na época do Velho
(Juí. 4:4–6, 10). Eles também se uniram Testamento, que é mencionado apenas
a Gideão na luta contra os midianitas no Livro de Mórmon.
(Juí. 6:33–35). Profetizou a morte de Cristo, 1 Né.
19:10. Falou sobre o Filho de Deus, Al.
Zedequias. Ver também Muleque 33:15 (Al. 34:7). Foi mártir da verdade,
No Velho Testamento, último rei de Al. 33:17. Profetizou sobre a vinda do
Judá (2 Re. 24:17–20; 25:2–7). Zedequias Messias, Hel. 8:20.
mandou para a prisão o profeta Jere-
mias (Jer. 32:1–5) e Jeremias profetizou Zenos
o cativeiro de Zedequias (Jer. 34:2–8, 21). Profeta de Israel na época do Velho
Leí e sua família viviam em Jerusalém Testamento, cujas profecias sobre a mis-
durante o primeiro ano do reinado de são de Cristo só são encontradas no Li-
Zedequias (1 Né. 1:4). Todos os filhos de vro de Mórmon.
Zedequias foram mortos, com exceção de Profetizou sobre o sepultamento de
um, seu filho Muleque, que conseguiu Cristo e os três dias de trevas, 1 Né. 19:10,
fugir para o Hemisfério Ocidental (Jer. 12. Predisse a coligação de Israel, 1 Né.
52:10; Ômni 1:15; Hel. 8:21). 19:16. Jacó citou a parábola de Zenos
Zeezrom sobre a oliveira boa e a oliveira brava,
Jacó 5. Jacó explica a alegoria de Zenos,
No Livro de Mórmon, advogado da Jacó 6:1–10. Ensinou acerca da oração e
cidade de Amonia. Alma e Amuleque da adoração, Al. 33:3–11. Ensinou que a
perceberam por intermédio do Espírito redenção virá pelo Filho de Deus, Al.
que Zeezrom estava mentindo. Ele foi 34:7. Foi assassinado por seu testemunho
então convertido ao evangelho de Cristo ousado, Hel. 8:19. Falou da restauração
(Al. 11:21–46; 15:1–12). dos lamanitas, Hel. 15:11. Testificou da
Zelo, Zeloso destruição na época da morte de Cristo,
3 Né. 10:15–16.
A palavra zelo significa um ardente e
profundo sentimento de cuidado a res- Zípora. Ver também Moisés
peito de alguém ou de alguma coisa. No Velho Testamento, esposa de Moi-
Zelar é cuidar, atender às necessidades. sés e filha de Jetro (Êx. 2:21; 18:2).
Eu, o Senhor, sou um Deus zeloso, Êx.
20:5 (Deut. 5:9; 6:15; Mos. 11:22). Terei zelo Zorã, Zoramitas
pelo meu santo nome, Eze. 39:25. Com No Livro de Mórmon, Zorã era o ser-
grande zelo estou zelando por Jerusalém vo de Labão que se uniu a Néfi e Leí
e por Sião, Zac. 1:14. para vir para a terra da promissão (1 Né.
O bispo e outros são chamados e 4:31–38). Devido à fidelidade de Zorã,
designados por Deus para zelar pela Leí o abençoou junto com seus próprios
Igreja, D&C 46:27. Os homens devem filhos (2 Né. 1:30–32). Seus descenden-
ocupar-se zelosamente numa boa causa, tes ficaram conhecidos como zoramitas
D&C 58:27. (Jacó 1:13).
GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Zorobabel 216
Zorobabel governador ou representante da casa real
No Velho Testamento, quando Ciro judaica. Seu nome persa era Sesbazar
deu permissão para os judeus retorna- (Esd. 1:8). Ele está ligado à reconstrução
rem à Palestina, Zorobabel foi nomeado do templo de Jerusalém (Esd. 3:2, 8; 5:2).
MAPAS DA HISTÓRIA DA IGREJA

O s mapas a seguir podem ajudá-lo a entender melhor a história do início de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e as escrituras reveladas por intermédio do Profeta Joseph
Smith e seus sucessores. O conhecimento dos aspectos geográficos dos lugares mencionados nas
escrituras possibilita uma melhor compreensão dos acontecimentos nelas relatados.

Visão Geral e Legenda


Os contornos delimitados no mapa abaixo indicam a área geográfica de cada um dos mapas nu­
merados a seguir. Esses mapas abrangem áreas extensas, assim como uma visualização mais deta­
lhada de áreas geográficas.

1. Nordeste dos Estados Unidos 4. Kirtland, Ohio, 1830–1838


2. Palmyra-Manchester, Nova York, 5. A Região de Missouri, Illinois e Iowa
1820–1831 dos EUA
3. A região de Nova York, Pensilvânia e 6. O Movimento da Igreja para o Oeste
Ohio dos EUA 7. Mapa-Mundi

2
4

1
3

N

A seguir está a legenda para a compreensão dos diversos símbolos e tipos de letra usados nos mapas.
Além disso, cada mapa pode ter explicações dos símbolos adicionais nele contidos.
■ O quadrado de cor Palmyra Este tipo de letra é usado
laranja representa um para cidades e povoados.
edifício, um ponto co­ NOVA YORK Este tipo de letra é
mercial ou algum outro usado para divisões
aspecto da cidade. políticas menores, tais
● O ponto vermelho re­ como regiões, estados e
presenta uma cidade ou territórios dos Estados
povoado. Unidos.
Oceano Atlântico Este tipo de letra é CANADÁ Este tipo de letra é usado
usado para indicar locais para divisões políticas
geográficos, tais como mais amplas como
lagos, rios, montanhas, nações, países e conti­
desertos e vales. nentes.
Mapas da História da Igreja 218

1. Nordeste dos Estados Unidos


A B C D

N

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CANADÁ
1

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ESTADOS UNIDOS

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VERMONT
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3
6
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NOVA YORK HAMPSHIRE
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Palmyra Fayette 4
2
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South Bainbridge
Colesville 3
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CONNECTICUT ISLAND

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h

Rio Del

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o JERSEY Cidade de Nova York
Ri

4
Oceano
Atlântico

Quilômetros
Filadélfia 0 50 100 150 200

1. Topsfield O local de nascimento de Joseph Smith 6. Sharon Joseph Smith Júnior nasceu aqui em 23
Sênior, nascido em 12 de julho de 1771. de dezembro de 1805 (ver JS—H 1:3).
2. Gilsum Lucy Mack nasceu aqui em 8 de julho 7. Lebanon A família Smith morou no Distrito de
de 1775. Lebanon de 1811 a 1813, período em que Joseph
3. Tunbridge Joseph Smith Sênior e Lucy Mack Smith Jr. foi submetido a uma série de operações
casaram-se aqui em 24 de janeiro de 1796. na perna.
4. Whitingham Local de nascimento de Brigham 8. Norwich A família Smith morou aqui de 1814
Young, nascido em 1º de junho de 1801. a 1816, antes de mudar-se para Palmyra.
5. Harmony Emma Hale nasceu no Distrito de 9. Palmyra A família Smith mudou-se para cá em
Harmony em 10 de julho de 1804. 1816 (ver JS—H 1:3).
219 Mapas da História da Igreja

2. Palmyra-Manchester, Nova York, 1820–1831


A B C D

N

6
Fazenda de PA L M Y R A
Martin Harris
M A C E D O N ( D I S T R I T O )
1
( D I S T R I T O )

Sepultura de Gráfica de E. B.


Alvin Smith Grandin o
Ca
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l E r m
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Riacho

Vila de
Palmyra
y
Riacho Hathawa

Fazenda de
Casa de Troncos de Joseph Smith, Sr.
Joseph Smith, Sr. 1
2 CONDADO DE WAYNE
Bosque Casa de
CONDADO DE WAYNE Sagrado 3 CONDADO DE ONTÁRIO
4 Madeira de
Joseph Smith,
CONDADO DE ONTÁRIO Sr.
3

Estrada da Escola Armington

Estrada Fox
Estrada Canandaigua

M A N C H E S T E R
( D I S T R I T O )
Estrada Stafford

8
Ria
ch
o
Ha
FA R M I N G T O N tha
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( D I S T R I T O ) y 4
Monte
Cumora
5
Quilômetros
0 1 2

1. Casa de Troncos de Joseph Smith Sênior O 5. Monte Cumora Aqui, o anjo Moroni entregou
anjo Morôni apareceu a Joseph Smith em um ao Profeta Joseph Smith as placas de ouro em
quarto do andar superior desta casa, em 21– 22 de setembro de 1827 (ver JS—H 1:50–54,
22 de setembro de 1823 (ver JS—H 1:29–47). 59).
2. Fazenda de Joseph Smith Sênior Esta fazen­ 6. Fazenda de Martin Harris Esta fazenda foi
da de 40 hectares foi cultivada pela família hipotecada e parte de sua área foi vendida
Smith de 1820 a 1829. para o custeio da impressão do Livro de Mór­
3. Bosque Sagrado A Primeira Visão de Joseph mon.
Smith Júnior ocorreu num bosque da fazenda 7. Gráfica de E. B. Grandin 5.000 exemplares
da família Smith, no início da primavera de do Livro de Mórmon foram impressos aqui
1820 (ver JS—H 1:11–20). 1829–1830.
4. Casa de Madeira de Joseph Smith Sr. Esta 8. Riacho Hathaway Neste riacho, frequente­
casa começou a ser construída em 1822 por mente chamado de Riacho Torto pelos anti­
Alvin Smith e foi ocupada pela família Smith gos moradores, foram realizados alguns dos
de 1825 a 1829. primeiros batismos da Igreja.
A B C D E F G H
Toronto
10
N Lago Lago Ontário
Huron 1
7


Canal Erie Rochester
5
Palmyra
Buffalo Mendon 4

Manchester Fayette Bainbridge 2


Perrysburg Freedom er Sul
Lagos Fing
Colesville 2 1

Á NOVA YORK Casa de Joseph Knight, Sr.


AD ie
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A Casa de Joseph Smith, Jr.
EU 6 Thompson R io
Su Harmony
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Cleveland Kirtland ue
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PENSILVÂNIA
n

Amherst Orange Hiram


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OHIO 8 4
Quilômetros
0 50 100 150 200

1. Bainbridge Sul Joseph Smith Júnior e Emma organizada aqui em 6 de abril de 1830 (ver migraram pelo Canal Erie e pelo Lago Erie
Hale casaram-se aqui em 18 de janeiro de D&C 20–21). para Kirtland, Ohio, em abril e maio de 1831.
3. A região de Nova York, Pensilvânia e Ohio dos EUA

1827 (ver JS—H 1:57).


5. Mendon Antiga casa de Brigham Young e 8. Hiram Joseph e Emma viveram aqui de
2. Colesville O primeiro ramo da Igreja foi Heber C. Kimball. setembro de 1831 a setembro de 1832. Joseph
organizado na casa de Joseph Knight Sr., no e Sidney Rigdon trabalharam na Tradução de
Mapas da História da Igreja

Distrito de Colesville, em 1830. 6. Kirtland Os missionários que haviam sido Joseph Smith da Bíblia (TJS). As revelações
enviados para pregar aos lamanitas pararam recebidas neste local foram: D&C 1; 65–71;
3. Casa de Joseph Smith Júnior em Harmony aqui, em 1830, e batizaram Sidney Rigdon e
Grande parte da tradução do Livro de Mór­ 73; 76–77; 79–81; 99; 133.
mon foi realizada aqui. O sacerdócio foi res­ outros moradores da região de Kirtland. Foi
taurado próximo daqui em 1829 (ver D&C a sede da Igreja entre 1831 e 1838. O primeiro 9. Amherst Joseph Smith foi apoiado Presidente
13; 128:20; JS—H 1:71–72). templo desta dispensação foi construído em do Sumo Sacerdócio em 25 de janeiro de 1832
Kirtland e dedicado em 27 de março de 1836 (ver D&C 75).
4. Fayette As Três Testemunhas viram as placas (ver D&C 109).
de ouro e o anjo Morôni aqui (D&C 17). A 10. Toronto Casa de John Taylor, terceiro Presi­
tradução do Livro de Mórmon foi terminada 7. Canal Erie Os três ramos da Igreja em Nova dente da Igreja, e de Mary Fielding Smith,
220

neste local em junho de 1829. A Igreja foi York (Colesville, Fayette e Manchester) esposa de Hyrum Smith.
221 Mapas da História da Igreja

4. Kirtland, Ohio, 1830–1838


A B C D

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Casa de 2
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1 Loja de Whitney
Hotel Johnson 3 Curtume N
4


Escola
Incinerador
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Casa de
Joseph 3
Smith, Jr.
Armazém de Joseph
5
Smith Júnior
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Cemitério
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Templo de Kirtland
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Rua Whitney 6
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Gráfica Casa de Sidney


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Rua Joseph
Casa de
Hyrum Smith
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Metros
rad e
a

0 150 300

1. Casa de Newel K. Whitney Joseph e Emma mora­ Aqui, a tradução do livro de Abraão foi concluída
ram aqui durante várias semanas, logo após a sua e Joseph recebeu várias revelações.
mudança para Kirtland em 1831. Joseph recebeu 6. Gráfica As Lectures on Faith foram apresentadas neste
diversas revelações neste local. edifício. Os Doze Apóstolos e o Primeiro Quórum
2. Fazenda de Isaac Morley Joseph e Emma Smith dos Setenta foram chamados e ordenados aqui. O
moraram aqui de março a setembro de 1831. Os livro Doutrina e Convênios (primeira edição), o
primeiros sumos sacerdotes foram ordenados neste Livro de Mórmon (segunda edição), os periódicos
local. Joseph trabalhou na Tradução de Joseph Smith The Evening and the Morning Star, Latter-Day Saints
da Bíblia (TJS). Messenger and Advocate e os primeiros exemplares
do Elders’ Journal foram impressos aqui.
3. Armazém de Newel K. Whitney A Primeira Presi­
dência da Igreja recebeu as chaves do reino aqui. A 7. Templo de Kirtland Esse templo foi o primeiro
Escola dos Profetas reuniu-se neste local durante o in­ desta dispensação. Jesus Cristo apareceu e aceitou
verno de 1833. A TJS estava em processo de conclusão o templo. Moisés, Elias, o profeta e Elias apareceram
aqui em 1833. Joseph e Emma viveram aqui de 1832 e restauraram certas chaves do sacerdócio (ver D&C
a 1833. Joseph recebeu muitas revelações neste local. 110). A Escola dos Profetas também se reunia aqui.
Revelações recebidas aqui: D&C 109–110; 137.
4. Hotel Johnson O hotel abrigou a primeira gráfica
Kirtland Em 17 de Agosto de 1835, o livro de Dou­
de Kirtland. O periódico The Evening and the Mor- trina e Convênios foi adotado como escritura. As
ning Star foi impresso aqui depois da destruição revelações recebidas em Kirtland incluem: D&C
da máquina impressora no Condado de Jackson, 41–50; 52–56; 63–64; 72; 78; 84–98; 101–104; 106–110;
Missouri. Os Doze Apóstolos partiram daqui para 112; 134; e 137. A seção 104 designa certas proprie­
as suas primeiras missões em 4 de maio de 1835. dades a serem dadas como mordomia aos membros
5. Casa de Joseph Smith Júnior Joseph e Emma mora­ da Igreja que faziam parte da ordem unida (ver os
ram aqui desde o final de 1833 até o início de 1838. versículos 19–46).
A B C D E F G H
8
Winter Quarters 9
(Acampamento de Council Bluffs IOWA 1
N Inverno) (Kanesville)
Monte Pisgah
Montrose Nauvoo


Rio Platte 6
Garden Grove
Ramus
7 Carthage
Rio Grande 2

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TERRITÓRIO Quincy Springfield

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INDÍGENA

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Rio Chariton
M
Gallatin is
Riacho Shoal si
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Rio Fishing
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Moinho de Hawn
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MISSOURI
2 3
Far West DeWitt
Liberty 5
Richmond
Forte Leavenworth Independence Curva de
McIlwaine 4
5. A Região de Missouri, Illinois e Iowa dos EUA

1 St. Louis
io Missouri
CONDADO DE R Quilômetros
JACKSON 0 50 100 150 200

1. Independence Identificada como o lugar central de 4. Adão-ondi-Amã O Senhor identificou esse local no a investidura e o selamento de casais. Neste local,
Sião (ver D&C 57:3). O terreno para um templo foi alto Missouri como o lugar onde acontecerá uma a Sociedade de Socorro foi organizada em 1842. As
Mapas da História da Igreja

dedicado em 3 de agosto de 1831. Os santos foram grande reunião no futuro, quando Jesus Cristo vier revelações recebidas aqui incluem D&C 124–129.
expulsos do Condado de Jackson em 1833. para encontrar-se com Adão e a sua posteridade justa 7. Carthage Aqui, o Profeta Joseph Smith e seu irmão,
2. Rio Fishing Joseph Smith e o Acampamento de Sião (ver D&C 78:15; 107:53–57; 116).
Hyrum, foram mortos em 27 de junho de 1844 (ver
viajaram de Kirtland, Ohio, a Missouri em 1834 para 5. Cadeia de Liberty Aqui, Joseph Smith e outros foram D&C 135).
reintegrar os santos do Condado de Jackson em suas injustamente encarcerados de dezembro de 1838
terras. D&C 105 foi revelada às margens deste rio. até abril de 1839. Em meio a tempos difíceis para 8. Winter Quarters O maior assentamento temporário
a Igreja, Joseph clamou ao Senhor por orientação e dos santos (1846–1848) a caminho do Vale do Lago
3. Far West Esse foi o maior assentamento Mórmon
recebeu as seções 121–123 de D&C. Salgado. O Acampamento de Israel foi organizado
em Missouri. O terreno para um templo foi dedi­
cado neste local (ver D&C 115). Aqui, em 8 de julho 6. Nauvoo Localizada junto ao rio Mississipi, esta para a jornada rumo ao Oeste (ver D&C 136).
de 1838, o Quórum dos Doze Apóstolos recebeu o região foi o lugar de reunião para os santos, de 1839 9. Council Bluffs (Kanesville) A Primeira Presidência
chamado do Senhor para servir missão nas Ilhas até 1846. Aqui, foi construído um templo e tiveram foi apoiada aqui em 27 de dezembro de 1847, com
222

Britânicas (ver D&C 118). início ordenanças tais como o batismo pelos mortos, Brigham Young como Presidente.
A B C D E F G H

TERRITÓRIO DE
223
CANADÁ NOVA
TERRITÓRIO YORK
OREGON
INDÍGENA Fayette 1

Ri

ífico
Rio 1

o
Forte Forte

c
Sn Hall Platte
Cidade de Nova York

O e
ak
e Forte Laramie

Pac ano
Norte IOWA PENSILVÂNIA
Bridger 4 de fevereiro de 1846
Winter Quarters 2
(Acampamento Kirtland Início da viagem do
Council

i
C al
a navio Brooklyn

d
fó r n i a de Inverno) 8 Filadélfia
7 Bluffs

a
São

lh
Grande 15 Rio 6 Nauvoo
Francisco Tr i OHIO
Lago Sal- Salt Lake City Platte Far West ILLINOIS Washington, D.C. 2
14 gado Sul Oceano

INDIANA
Sacramento Forte Leavenworth
9 5 Quincy Atlântico
Liberty

CA
Pueblo 3
O navio 11 Ri 4

LIF
o
Brooklyn chegou Independence

Ar

ÓR
a Yerba Buena Los MÉXICO MISSOURI N

kan
(São Francisco)

NIA
Angeles 3

sa
em 31 de julho s
de 1846

Santa Fé dia n
San Bernardino ana
Rio C
6. O Movimento da Igreja para o Oeste

13 10 TERRITÓRIO
Rio Grande
Missão San INDÍGENA Legenda
Luis Rey ila
Rio G
12 Rota do Batalhão Mórmon
San Diego Tucson 4

Rio Pecos
Rota dos santos para o oeste
Quilômetros Rota do navio Brooklyn
0 150 300 450 600

1. Fayette O Profeta Joseph Smith partiu de Fayette para 5. Far West Um refúgio foi estabelecido aqui para os santos, 11. Pueblo Três destacamentos enfermos do Batalhão Mórmon
Kirtland, Ohio, em janeiro de 1831. Os três ramos de Nova de 1836–1838. Foi a sede da Igreja em 1838. Em 1838–1839, foram enviados a Pueblo para se recuperarem, onde passa­
York (Fayette, Colesville e Manchester) seguiram em abril os santos foram forçados a fugir para Illinois. ram o inverno de 1846–1847 com os santos de Mississippi.
e maio de 1831, sob a ordem do Senhor de se reunirem 6. Nauvoo A sede da Igreja de 1839 a 1846. Após o martírio Esses grupos entraram no Vale do Lago Salgado em julho
Mapas da História da Igreja

(ver D&C 37–38). do Profeta e de seu irmão, Hyrum, os santos foram para de 1847.
2. Kirtland A sede da Igreja foi primeiramente em Kirtland, o oeste. 12. San Diego O Batalhão Mórmon concluiu aqui a sua mar­
de 1831 a 1838. 7. Council Bluffs Os pioneiros chegaram aqui em junho de cha de 3.200 quilômetros, em 29 de janeiro de 1847.
3. Independence O Senhor identificou Independence (no 1846. Os integrantes do Batalhão Mórmon partiram em 13. Los Angeles O Batalhão Mórmon foi dispensado aqui em
Condado de Jackson, Missouri) como o lugar central de 21 de julho de 1846, sob a liderança de James Allen. 16 de julho de 1847.
Sião em julho de 1831 (ver D&C 57:3). As turbas forçaram 8. Winter Quarters Importante assentamento temporário, de 14. Sacramento Alguns dos integrantes dispensados do ba­
os santos a deixar o Condado de Jackson em novembro de 1846 a 1848. A companhia de vanguarda, sob a direção do talhão trabalharam aqui e em Sutter’s Mill mais a leste,
1833. Presidente Brigham Young, partiu para o Oeste em abril junto ao rio American. Eles estavam presentes quando foi
4. Liberty Os santos do Condado de Jackson reuniram-se no de 1847. encontrado ouro em janeiro de 1848.
Condado de Clay, de 1833 a 1836, quando foi novamente 9. Forte Leavenworth O Batalhão Mórmon foi equipado aqui 15. Salt Lake City Sede da Igreja desde 1847 até o presente.
exigido que partissem. O Profeta Joseph Smith e cinco ou­ antes de iniciar a marcha para o Oeste em agosto de 1846. Brigham Young chegou ao Vale do Lago Salgado em 24
tros foram injustamente encarcerados aqui de dezembro de julho de 1847.
de 1838 até abril de 1839. 10. Santa Fé Philip Cooke comandou o Batalhão Mórmon,
que partiu daqui em 19 de outubro de 1846.
1
7. Mapa-Mundi

EUROPA

AMÉRICA
DO NORTE ÁSIA

Oceano Pacífico Oceano Atlântico Oceano


Norte Norte Pacífico Norte 2

AMÉRICA
CENTRAL
ÁFRICA

Oceano AMÉRICA DO
Pacífico SUL Oceano
Índico
3
AUSTRÁLIA

Oceano Pacífico Oceano Atlântico


Mapas da História da Igreja

Sul Sul

N
4

ANTÁRTIDA
224

A B C D E F G H
225 MAPAS DA HISTÓRIA DA IGREJA Índice

Índice dos Mapas da História da Igreja


O índice dos mapas pode ajudá-lo a localizar um determinado lugar nos mapas. Cada item inclui
o número do mapa, seguido da coordenada composta de uma combinação de letra e número. Por
exemplo: a localização do Forte Hall é dada como 6:B1 — ou seja, mapa 6, quadrante B1. Em cada
mapa, os quadrantes específicos podem ser localizados observando-se as coordenadas no alto e
no lado dele. Nomes alternativos de lugares são indicados entre parênteses; por exemplo: Council
Bluffs (Kanesville).
Adão-ondi-Amã, Condado de Jack­ Estrada Markell, Independence, Mis­
Missouri, 5:D3 son, Missouri, Kirtland, 4:A2 souri, 5:D4, 6:F2
5:D4 Estrada Stafford, Indiana, 6:F2
África, 7:E2
Condado de Ontá­ área de Palmyra, Iowa, 5:E1, 6:E2
Albany, Nova York, rio, Nova York, 2:B4
1:C2 2:A3, 2:D3 Europa, 7:E1 Johnson, Hotel,
América Central, Condado de Wayne, Kirtland, 4:B2
Nova York, 2:A3, Far West, Missouri,
7:B2 Kirtland, Ohio,
2:D3 5:D3, 6:E2
América do Norte, 3:C3, 6:F1
Connecticut, 1:C3 Fayette, Nova York,
7:B2
1:A3, 3:G2, 6:G1 Knight, Joseph, Sr.,
América do Sul, Council Bluffs
Filadélfia, Pensilvâ­ Casa de, Distrito
7:C3 (Kanesville),
nia 1:B4, 6:G2 de Colesville,
Amherst, Ohio, Iowa, 5:C1, 6:E2
Finger Lakes, Nova Nova York, 3:H3
3:C4 Curtume, Kirtland,
4:B2 York, 1:A3, 3:G2
Antártica, 7:E4 Lago Erie, 3:D3
Curva de McI­ Forte Bridger, 6:C2
Lago Huron, 3:C1
Ásia, 7:F2 lwaine, Missouri, Forte Hall, 6:B1
Lago Ontário, 1:A2,
Austrália, 7:G3 5:E4 Forte Laramie, 6:C2
3:F1
Forte Leavenworth,
Bainbridge Sul, DeWitt, Missouri, Lebanon, New
5:D4, 6:E2
Nova York, 1:B3, 5:E4 Hampshire, 1:D2
Freedom, Nova
3:H3 Distrito de Farmin­ Liberty, Missouri,
York, 3:F2
Banco de Kirtland, gton, área de Pal­ 5:D4, 6:E2
4:B4 myra, 2:A4 Gallatin, Missouri, Locais para Batis­
Bosque, Iowa, 5:D1 Distrito de Mace­ 5:D3 mos, Kirtland,
don, área de Pal­ Gilsum, New
Bosque Sagrado, 4:B2
myra, 2:A1 Hampshire, 1:D2
área de Palmyra, Los Angeles, 6:A3
2:B3 Distrito de Man­ Gráfica, Kirtland,
chester, Nova 4:B4 Maine, 1:D1
Boston, Massachu­
York, 1:A3, 2:D3, Grande Lago Sal­ Massachusetts, 1:C3
setts, 1:D3
3:G2 gado, 6:B2
Buffalo, Nova York, Mendon, Nova
Distrito de Palmyra, Grandin, E. B., Grá­ York, 3:F2
3:E2
Nova York, 1:A3, fica, Palmyra, México, 6:B3
Califórnia, 6:A3 2:D1, 3:G2 2:C2 Missão San Luis
Canadá, 1:C1, 3:C3, Escola, Kirtland, Harmony, Pensilvâ­ Rey, 6:B4
6:F1 4:B3 nia, 1:B3, 3:H3 Missouri, 5:F3, 6:E3
Canal Erie, Nova Estrada Canandai­
York, 2:A2, 3:F1 Harris, Martin, Moinho, Kirtland,
gua, área de Pal­ Fazenda de, área
Carthage, Illinois, 4:B2
myra, 2:C3 de Palmyra, 2:B1
5:G2 Estrada Chillicothe, Monte Cumora,
Hawn’s Mill, Mis­ área de Palmyra,
Cemitério, Kirtland, Kirtland, 4:B4
souri, 5:D3 2:C4
4:B3 Estrada da Escola
Hiram, Ohio, 3:D4 Monte Pisgah,
Cleveland, Ohio, Armington, área
3:C4 de Palmyra, 2:D3 Illinois, 5:H3, 6:F2 Iowa, 5:D1
Colesville, Nova Estrada Fox, área de Incinerador, Montrose, Iowa,
York, 1:B3, 3:H3 Palmyra, 2:A3 Kirtland, 4:B3 5:F2
Índice MAPAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 226

Morley, Isaac, Riacho Hathaway, Rio Susquehanna, Smith, Joseph, Sr.,


Fazenda de, 2:B2, 2:D4 Pensilvânia, 1:A4, Fazenda de, área
Kirtland, 4:D1 Riacho Shoal, Mis­ 3:G3 de Palmyra, 2:B3
souri, 5:D3 Rochester, Nova Springfield, Illinois,
Nauvoo, Illinois,
Riacho Stoney, York, 3:F1 5:H2
5:F1, 6:E2
Kirtland, 4:C3 Rua Cowdery, St. Louis, Missouri,
New Hampshire,
Kirtland, 4:A3 5:H4
1:D2 Riacho Vermelho,
área de Palmyra, Rua Joseph, Templo de Kirtland,
Norwich, Vermont,
2:D2 Kirtland, 4:A4 4:B4
1:D2
Richmond, Mis­ Rua Whitney, Território do Ore­
Nova Jersey, 1:B4
souri, 5:D4 Kirtland, 4:A3 gon, 6:A1
Nova York, 1:B3,
3:E3, 6:G1 Rigdon, Sidney, Sacramento, 6:A2 Território Indígena,
Casa de, Kirtland, 5:B2, 6:D1, 6:D3
Nova York, Cidade Salém, Massachu­
de, 1:C4, 6:G1 4:B4 settes, 1:D3 Thompson, Ohio,
Rio Arkansas, 6:D3 3:D3
Salt Lake City, 6:B2
Oceano Atlântico, Topsfield, Massa­
Rio Canadense, San Bernardino,
1:D4, 6:H2 chusetts, 1:D3
6:D3 6:B3
Oceano Atlântico Toronto, Canadá,
Rio Chagrin, San Diego, 6:B4
Norte, 7:C2 3:E1
Afluente Orien­ Santa Fé, 6:C3
Oceano Atlântico Trilha da Califórnia,
tal, Kirtland, 4:B1 São Francisco, 6:A2
Sul, 7:D3 6:B2
Rio Chariton, Mis­ Serraria, Kirtland,
Oceano Índico, 7:F3 Tucson, 6:B4
souri, 5:E2 4:B3
Oceano Pacífico, Tunbridge, Ver­
Rio Connecticut, Sharon, Vermont, mont, 1:C2
6:A1, 7:B3
1:D1 1:C2
Oceano Pacífico Vermont, 1:C2
Norte, 7:A2, 7:H2 Rio Delaware, 1:B4 Smith, Alvin, Sepul­
Vila de Palmyra,
Oceano Pacífico Sul, Rio Fishing, Mis­ tura, Palmyra,
Nova York, 2:C2
7:A3 souri, 5:D3 2:C2
Rio Gila, 6:B4 Smith, Hyrum, Casa Washington, D.C.,
Ohio, 3:B4, 6:F2
Rio Grande, 6:C4 de, Kirtland, 4:B4 6:G2
Olaria, Kirtland,
Rio Grande, Mis­ Smith, Joseph, Jr., Whitingham, Ver­
4:A2
souri, 5:D2 Casa de, 3:H3, mont, 1:C3
Orange, Ohio, 3:C4
4:B3 Whitney, Newel K.,
Rio Hudson, Nova
Pensilvânia, 1:A4, Smith, Joseph, Jr., Armazém,
York, 1:C3
3:F4, 6:G1 Loja de, Kirtland, Kirtland, 4:B2
Rio Mississipi, 5:G3
Perrysburg, Nova 4:B3 Whitney, Newel K.,
Rio Missouri, 5:C2, Casa de, Kirtland,
York, 3:E2 Smith, Joseph, Sr.,
5:F4 4:B2
Pueblo, 6:C3 Casa de Madeira
Rio Pecos, 6:C4 Winter Quarters
de, área de Pal­
Quincy, Illinois, Rio Platte, 5:B1 (Acampamento
myra, 2:B3
5:G2, 6:E2 Rio Platte Norte, de Inverno), Ter­
Smith, Joseph, Sr.,
Ramus, Illinois, 6:C1 ritório Indígena,
Casa de Troncos
5:G2 Rio Platte Sul, 6:C2 5:B1, 6:E2
de, área de Pal­
Rhode Island, 1:D3 Rio Snake, 6:B1 myra, 2:B3 Índice
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA

E stas fotografias de importantes lugares da história da Igreja mostram as terras por onde
os primeiros santos dos últimos dias andaram, onde os profetas modernos viveram e
ensinaram, e onde muitos acontecimentos das escrituras ocorreram.

Visão Geral
O mapa abaixo mostra a localização das fotografias desta seção. Nas páginas a seguir,
cada fotografia numerada está acompanhada de uma breve descrição do cenário corres-
pondente. Importantes acontecimentos das escrituras ocorridos naquela região são então
citados, juntamente com as referências das escrituras, a fim de que se possa saber onde
ler mais a respeito desses acontecimentos.

1. Bosque Sagrado 10. Adão-ondi-Amã


2. Monte Cumora e a Região de Palmyra- 11. Local do Templo de Far West
Manchester 12. Cadeia de Liberty
3. Casa de Troncos de Joseph Smith Sênior 13. Mansão de Nauvoo
4. Gráfica e Prensa de Grandin 14. Loja de Tijolos Vermelhos de Joseph
5. Rio Susquehanna Smith Júnior
6. Local da Casa de Peter Whitmer Sênior 15. Templo de Nauvoo
7. Armazém de Newel K. Whitney & Cia. 16. Cadeia de Carthage
8. Casa de John Johnson 17. Êxodo para o Oeste
9. Templo de Kirtland 18. Templo de Salt Lake

N NOVA YORK
4

6
1 3
2 5

7
8 9 PENSILVÂNIA

18 13 14
OHIO
15 16
17
10
ILLINOIS
11
12

MISSOURI
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 228
1. Bosque Sagrado

O Bosque Sagrado está situado nos Distritos Acontecimento importante: A aparição de


de Palmyra e Manchester, Nova York. Este Deus, o Pai, e de Seu Filho, Jesus Cristo, ao
bosque fica exatamente a oeste do local onde Profeta Joseph Smith aconteceu neste bosque
estava situada a pequena casa de troncos da (JS—H 1:14–20).
família Smith em 1820.
229 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
2. Monte Cumora e a Região de Palmyra-Manchester

Apontando na direção norte, esta fotografia Sagrado estão situados no lado superior es-
mostra o Monte Cumora, em Manchester, querdo da fotografia.
Nova York. O monte vai do canto inferior
Acontecimentos importantes: A família do Pro-
direito da fotografia até pouco acima da
feta Joseph Smith viveu nesta região na época
metade, em direção à parte superior da foto.
da Primeira Visão (JS—H 1:3). Em 421 d.C.,
O monumento branco que pode ser visto no
lado norte do monte é uma homenagem ao Morôni enterrou no Monte Cumora um con-
anjo Morôni e ao surgimento do Livro de junto de placas de ouro contendo a história sa-
Mórmon. O Monte Cumora está localizado grada de seu povo (Pal. Mórm. 1:1–11; Mórm.
a cerca de 5 quilômetros a sudeste do Bosque 6:6; Morô. 10:1–2). Esse mesmo Morôni disse a
Sagrado. Na parte superior da fotografia, Joseph Smith onde encontrar as placas no monte.
está a Vila de Palmyra, a 6,5 quilômetros Morôni as entregou a ele em 1827 (D&C 27:5;
de distância. A fazenda Smith e o Bosque 128:20; JS—H 1:33–35, 51–54, 59).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 230
3. Casa de Troncos de Joseph Smith Sr.

Réplica da casa de Joseph Smith Sênior, cons- Acontecimentos importantes: O Profeta Joseph
truída no local da casa de troncos original, Smith estudou a Bíblia nesta casa, em sua
próximo a Palmyra, Nova York. A família intensa busca para descobrir qual igreja es-
Smith construiu a casa de troncos de dois tava certa (JS—H 1:11–13). Morôni apareceu
andares pouco depois de sua chegada a Pal- a Joseph e falou-lhe a respeito das placas do
myra. A família viveu aqui de 1819 a 1825. Livro de Mórmon (JS—H 1:30–47).
231 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
4. Prensa e Gráfica de Grandin

A gráfica restaurada de Egbert B. Grandin, e as primeiras cópias ficaram prontas em 26 de


em Palmyra, Nova York, onde foi publicada a março de 1830.
primeira edição do Livro de Mórmon em 1830.
Martin Harris hipotecou a sua fazenda e ven- Acontecimento importante: Martin Harris recebeu
deu parte da mesma para custear a impressão o mandamento de doar liberalmente parte de
de 5.000 cópias do Livro de Mórmon. A com- sua propriedade para o pagamento da dívida da
posição tipográfica começou em agosto de 1829 impressão do Livro de Mórmon (D&C 19:26–35).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 232
5. Rio Susquehanna

Esta fotografia mostra o rio Susquehanna, no Joseph e Oliver Cowdery desejaram saber mais
Distrito de Harmony, Pensilvânia. a respeito do batismo e foram até um local no
bosque próximo daqui, para orar ao Senhor so-
Acontecimentos importantes: Joseph Smith Jú-
bre o assunto. Em resposta a essa oração, João
nior veio inicialmente a Harmony em 1825
Batista apareceu, em 15 de maio de 1829 (JS—H
para procurar emprego. Ele e seu pai hospeda-
1:66–74; D&C 13). Ele conferiu o Sacerdócio Aa-
ram-se aqui na casa de Isaac Hale, onde Joseph rônico a Joseph e Oliver. Eles foram então até o
encontrou-se pela primeira vez com Emma rio e batizaram um ao outro para a remissão de
Hale, sua futura esposa (JS—H 1:56–57). Jo- pecados. Joseph e Oliver foram então orienta-
seph e Emma casaram-se em 18 de janeiro de dos por João Batista a ordenarem um ao outro
1827. O Profeta recebeu as placas de ouro em no Sacerdócio Aarônico. Pouco tempo depois,
22 de setembro de 1827, em Manchester, Nova Pedro, Tiago e João apareceram em algum lu-
York, e logo depois mudou-se com Emma para gar entre Harmony e Colesville, e conferiram o
Harmony, onde ele começou a traduzir as pla- Sacerdócio de Melquisedeque a Joseph e Oliver
cas. Durante a tradução do Livro de Mórmon, (D&C 27:12–13; 128:20).
233 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
6. Local da Casa de Peter Whitmer Sênior

Esta casa de troncos representa a moradia do Livro de Mórmon. Em 6 de abril de 1830,


original de Peter Whitmer Sênior, em Fayet- aproximadamente 60 pessoas reuniram-se na
te, Nova York. casa de Peter Whitmer como testemunhas da
Acontecimentos importantes: Joseph Smith con- organização formal da Igreja de Jesus Cristo
cluiu aqui a tradução do Livro de Mórmon, (D&C 20). As primeiras reuniões e conferên-
no final de junho de 1829. No bosque próximo cias da Igreja recém-criada foram realizadas
desta casa, as Três Testemunhas viram o anjo aqui. Vinte das revelações contidas em Dou-
Morôni e as placas de ouro. Seu testemunho trina e Convênios foram recebidas na casa de
está agora impresso em todos os exemplares Peter Whitmer.
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 234
7. Armazém de Newel K. Whitney & Cia.

O armazém de Newel K. Whitney desempenhou sediada no armazém, de 24 de janeiro de 1833


um importante papel na história da Igreja em até aproximadamente abril de 1833.
Kirtland. Joseph e Emma moraram aqui por um Acontecimentos importantes: O Profeta Joseph re-
breve período. Várias importantes revelações cebeu a revelação da Palavra de Sabedoria (D&C
foram recebidas aqui. A Escola dos Profetas foi 89). Ele realizou aqui grande parte do trabalho
da Tradução de Joseph Smith da Bíblia (TJS).
235 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
8. Casa de John Johnson

A casa de John e Alice Johnson estava situada de várias pessoas, em 16 de fevereiro de 1832
em Hiram, Ohio. Este quarto está no segun- (D&C 76). Nesta casa, o Profeta Joseph também
do andar. trabalhou na Tradução de Joseph Smith da Bíblia
Acontecimentos importantes: O Profeta Joseph (TJS). No noite de 24 de março de 1832, enquanto
Smith e sua esposa, Emma, moraram nesta Joseph e Emma moravam aqui, uma turba de
casa. Joseph e Sidney Rigdon receberam a ma- apóstatas e anti-mórmons espancaram Joseph e
ravilhosa visão dos graus de glória na presença Sidney e os cobriram de piche e penas.
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 236
9. Templo de Kirtland

O Templo de Kirtland está localizado em como o local onde Ele revelaria a Sua pala-
Kirtland, Ohio. vra ao Seu povo (D&C 110:1–10). Após essa
aparição, Joseph Smith e Oliver Cowdery
Acontecimentos importantes: O Templo de
receberam a visita de Moisés, Elias, e Elias,
Kirtland foi o primeiro templo construído
o profeta, os quais lhes conferiram certas
nesta dispensação (D&C 88:119; 95). Neste chaves do sacerdócio e lhes transmitiram im-
templo, Joseph Smith teve uma visão do reino portantes informações (D&C 110:11–16). Este
celestial (D&C 137). Foi dedicado em 27 de templo foi usado pelos santos por aproxima-
março de 1836 (D&C 109). Em 3 de abril de damente dois anos, antes de serem forçados
1836, o Salvador apareceu e aceitou o templo a fugir de Kirtland por causa da perseguição.
237 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
10. Adão-ondi-Amã

Com vista para o sul no vale de Adão-ondi- cerca de 500 a 1.000 santos dos últimos dias.
Amã, um sereno e lindo vale localizado no Os santos abandonaram este assentamento
noroeste de Missouri, próximo à comunida- quando foram expulsos de Missouri. Antes
de de Gallatin. da Segunda Vinda de Cristo em glória, Adão
Acontecimentos importantes: Três anos antes e a sua posteridade justa, que inclui santos
de morrer, Adão convocou a sua posteridade de todas as dispensações, serão novamente
justa neste vale e concedeu-lhes a sua última reunidos neste vale para encontrar-se com
bênção (D&C 107:53–56). Em 1838, Adão-on- o Salvador (Dan. 7:9–10, 13–14; D&C 27;
di-Amã foi o local de um assentamento de 107:53–57; 116).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 238
11. Local do Templo de Far West

O assentamento de Far West, Missouri, tor- 1838–1839, os santos dos últimos dias fo-
nou-se a morada de 3.000 a 5.000 santos que ram expulsos de Far West e de outros locais
buscavam refúgio da perseguição sofrida de Missouri e se estabeleceram em Illinois.
nos Condados de Jackson e Clay. Em 1838, Acontecimentos importantes: Dedicou-se um
o Senhor ordenou aos santos que construís- local para o templo, e foram colocadas as
sem um templo aqui (ver D&C 115:7–8). A pedras de esquina. Foram recebidas sete re-
perseguição das turbas impediu que eles o velações publicadas em Doutrina e Convênios
fizessem. Em 31 de outubro daquele ano, (seções 113–115; 117–120). Joseph F. Smith,
o Profeta Joseph Smith e outros líderes da sexto Presidente da Igreja, nasceu em 13 de
Igreja foram presos e, após um julgamento novembro de 1838, em Far West. Far West
sumário em Richmond, foram aprisionados foi por pouco tempo a sede da Igreja, sob a
na Cadeia de Liberty. Durante o inverno de liderança do Profeta Joseph Smith.
239 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
12. Cadeia de Liberty

A cadeia de Liberty, Missouri, por volta de recinto com pouca claridade e escassa prote-
1878. Joseph Smith e cinco outros irmãos ção contra o rigoroso inverno.
da Igreja foram injustamente aprisionados
Acontecimento importante: O Profeta Joseph,
dentro de suas paredes de 1,2 metros de es-
pessura, de 1º de dezembro de 1838 até 6 de ao rogar pelos milhares de santos dos últimos
abril de 1839. (Sidney foi libertado no final dias que estavam sendo expulsos de Mis-
de fevereiro.) Confinados no andar inferior souri, recebeu uma resposta à sua oração, a
ou no calabouço do edifício, eles dormiam qual ele transcreveu em uma carta que enviou
no chão frio de pedra, coberto de palha, num aos santos exilados (D&C 121–123).
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 240
13. Mansão de Nauvoo

Joseph Smith Júnior e sua família mudaram- Acontecimentos importantes: Em 27 de junho de


se para a Mansão de Nauvoo em agosto de 1844, o Profeta Joseph e seu irmão, Hyrum,
1843. Mais tarde, uma outra ala foi acres- foram mortos a tiros em Carthage, Illinois,
centada ao lado leste da estrutura principal, e os corpos foram trazidos a esta casa, para
perfazendo um total de 22 quartos. A partir serem velados antes do funeral. Eles estão
de janeiro de 1844, Ebenezer Robinson admi- sepultados em um pequeno cemitério da fa-
nistrou a casa como hotel, e o Profeta reteve mília, do outro lado da rua principal, a oeste
seis dos quartos para a sua família. A casa da casa de troncos onde Joseph morou logo
era usada, de certa maneira, como centro so- que chegou a Nauvoo. Emma Smith morou
cial para a sociedade de Nauvoo. Dignitários na Mansão até 1871. Ela então mudou-se para
ilustres foram recebidos aqui pelo Profeta. a Casa de Nauvoo, onde faleceu em 1879.
241 FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA
14. Loja de Tijolos Vermelhos de Joseph Smith Júnior

Esta reconstrução da loja e escritório de Jo- Acontecimentos importantes: Antes que o tem-
seph Smith Júnior está localizada em Nau- plo fosse terminado, o quarto superior da
voo, Illinois. Foi um dos mais importantes loja era usado como uma sala de ordenanças,
edifícios da Igreja durante o período de Nau- onde as primeiras investiduras completas fo-
voo. Não apenas funcionava como armazém ram conferidas. Em 17 de março de 1842, o
geral, mas tornou-se também um centro de Profeta Joseph Smith organizou as mulheres
atividades sociais, econômicas, políticas e da Igreja por meio da Sociedade de Socorro.
religiosas. Joseph Smith manteve um escri-
tório no segundo andar.
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 242
15. Templo de Nauvoo

O Templo de Nauvoo original foi construído e Wilford Woodruff, do Quórum dos Doze, e
em pedra calcária de cor branca-acinzentada, aproximadamente mais 20 pessoas dedicaram
de origem local. O edifício tinha 39 metros essa casa ao Senhor. O templo foi abandonado
de comprimento por 27 metros de largura. em setembro, quando os membros da Igreja
O topo da torre ficava a 48 metros acima do remanescentes foram expulsos de Nauvoo; as
nível do solo. Os membros da Igreja fizeram turbas então profanaram o edifício sagrado.
enormes sacrifícios para construir este belo O interior foi destruído pelo fogo em outu-
templo, cuja obra teve início em 1841. Al- bro de 1848. O templo reconstruído (que se
guma pessoas trabalharam durante meses vê aqui), uma reprodução fiel do original, foi
na construção do edifício; outras fizeram dedicado pelo Presidente Gordon B. Hinckley
sacrifício doando dinheiro. Embora não to- em 27–30 de junho de 2002.
talmente concluído, o templo ficava lotado
de pessoas que vinham em busca das orde- Acontecimentos importantes: Uma conferência
nanças, durante os meses que antecederam geral foi realizada na sala de assembleia do
a sua fuga para o Oeste. Embora muitos dos templo em 5 de outubro de 1845. O trabalho
santos tenham deixado Nauvoo no início da de investiduras teve início em 10 de dezembro
primavera de 1846, sob a ameaça da violência de 1845 e continuou até 7 de fevereiro de 1846.
das turbas, um grupo especial ficou para trás Mais de 5.500 santos dos últimos dias rece-
para completar a construção do templo. Em beram a sua investidura, e foram realizados
30 de abril de 1846, os Élderes Orson Hyde muitos batismos pelos mortos e selamentos.
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16. Cadeia de Carthage

A cadeia da cidade de Carthage, Illinois. de traição. Em 27 de junho, uma turba com o


Acontecimentos importantes: Joseph Smith e rosto pintado de preto, invadiu a prisão. Jo-
seu irmão, Hyrum, cavalgaram até Carthage seph e Hyrum foram ambos mortos a tiros, e
em 24 de junho de 1844. Foram postos na John Taylor foi atingido diversas vezes. Incri-
prisão em 25 de junho, sob falsas acusações velmente, Willard Richards não ficou ferido.
FOTOGRAFIAS DA HISTÓRIA DA IGREJA 244
17. O Êxodo para o Oeste

O começo da evacuação de Nauvoo, Illinois, 12.000 santos partiram de Nauvoo, de feve-


foi planejado para março–abril, mas por reiro a setembro de 1846. Depois de saírem
causa das ameaças das turbas, o Presidente de Winter Quarters e de outras localidades,
Brigham Young determinou que o êxodo dos os santos foram organizados em companhias
santos através do rio Mississipi começasse de dez, de cinquenta e de cem, sob a lide-
em 4 de fevereiro de 1846. O Presidente rança de um capitão de companhia (D&C
Young ficou para trás para ministrar a inves- 136:3). Em setembro de 1846, uma turba de
tidura aos santos e não saiu de Nauvoo até aproximadamente 800 homens equipados
meados de fevereiro. com canhões sitiaram Nauvoo. Depois de
vários dias de luta, os santos remanescentes
Acontecimentos importantes: Antes de sua foram forçados a se render, a fim de salvar
morte, o Profeta Joseph Smith profetizou: “Al- a vida e ter a chance de atravessar o rio. De
guns de vocês viverão o suficiente para ir e quinhentos a seiscentos homens, mulheres
auxiliar no estabelecimento de assentamentos e crianças cruzaram o rio e acamparam às
e na construção de cidades, e para ver os san- suas margens. O Presidente Brigham Young
tos se tornarem um povo poderoso em meio enviou equipes de resgate com suprimentos
às Montanhas Rochosas.” Aproximadamente para evacuar aqueles “pobres santos.”
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18. Templo de Salt Lake

O Templo de Salt Lake, visto do lado nor- a orientação do Senhor na administração e


deste. Alguns dias depois que a primeira edificação do reino de Deus.
companhia de pioneiros entrou no Vale do Acontecimentos importantes: O Senhor conce-
Lago Salgado, o Presidente Brigham Young deu aqui aos Presidentes da Igreja e a outras
golpeou o solo com sua bengala e declarou: Autoridades Gerais uma forte manifestação
“Aqui, construiremos o templo de nosso do espírito de revelação, incluindo-se a Decla-
Deus.” A abertura de terra aconteceu em 14 ração Oficial 2. Mais recentemente, a Primeira
de fevereiro de 1853. Em 6 de abril de 1853, Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos
foram colocadas as pedras de esquina. O com unanimidade aprovaram e publicaram
templo foi terminado e dedicado 40 anos o documento: “A Família: Proclamação ao
mais tarde, em 6 de abril de 1893. A Primeira Mundo.” As ordenanças do templo realizadas
Presidência e o Quórum dos Doze reúnem-se em favor tanto dos vivos quanto dos mortos
aqui semanalmente, para deliberar e buscar têm abençoado a vida de milhões de pessoas.

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