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Trabalho estudos disciplinares I

 Pergunta 1
1 em 1 pontos

Enade 2011 Leia o excerto a seguir:

A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura


atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O
mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na
economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida
na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das
potencialidades dos países. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os
enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o
desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no
planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica
variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser
conceitualmente dividido em 3 componentes: sustentabilidade ambiental,
sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica.

Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe:

Resposta b.
Selecionada: a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de
custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e
os valores reais do consumo e da preservação.
 Pergunta 2
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças


mundiais na alimentação
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os
alimentos? Por que não vemos publicidade de legumes na TV?

Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação


e suas consequências no cenário internacional foram abordadas por
Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da
Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em
Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele
participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus
Impactos, no Sesc Santos. Confira algumas questões levantadas.

Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas


populações dos Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o
professor Pedro Graça conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos
últimos 20 anos não só em países industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas
chegou até áreas rurais da Ásia.
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se que essa era uma
epidemia que atingia principalmente as populações que estavam melhorando
economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à
proteína. Mas não é bem assim: “O que nós estamos a viver é não só o aumento da
doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é mais afetada é
a população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal
maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós
da biologia é um paradoxo”, afirma.

Somos treinados para engordar: “Nós somos uma máquina de engordar”. Isso
porque a capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial
para a sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. “O ser humano
está preparado para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com
excesso de calorias há 50 anos. Não estamos preparados biologicamente para isso”,
afirma Pedro.

O que mudou?: Diversas alterações demográficas causaram mudanças na


alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o
envelhecimento da população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns
exemplos. E, se aumenta o tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de
cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito
mais apelo do que aqueles que exigem tempo e conhecimentos culinários para o
preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos
ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos
frescos.

Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente não. Mas vemos


diariamente publicidade de produtos ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo?
Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram
muito, enquanto quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos
pequenos e são os que mais sofrem com as oscilações na economia e nos preços dos
alimentos. Assim fica fácil entender como um lado tem muito mais capacidade de
investir e produzir comunicação (publicidade, marketing etc.) do que o outro.

É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W. Philip James,


durante décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem suficientes para
prevenir a obesidade, porém depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de
peso continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou
obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação
saudável, se não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos
saudáveis em local próximo, a preços acessíveis.

“Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso
criar para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante
consumir suco de laranja”, exemplifica Pedro Graça.

Disponível em <https://goo.gl/926x1l>.
Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa


correta:
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual
e a obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução.
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade,
uma vez que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do
que os alimentos frescos.
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e,
consequentemente, aumenta a prevalência de obesidade...
IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda de produtos
industrializados e atingem apenas as regiões urbanas.

Assim:

Resposta Selecionada: c.
Apenas a afirmativa II está correta.
 Pergunta 3
1 em 1 pontos

Enade 2007 Leia o excerto a seguir:

Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um
pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui respeitosamente
solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para Concurso, para fins de consulta
escolar.”

Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que:

Resposta b.
Selecionada: Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno
completo, calçando sapatos de verniz.
 Pergunta 4
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos


sólidos.
Fernanda Sampaio da Silva

O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas.


Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e
comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior
produtividade e pela consequente elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com
o êxodo rural.

Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou
novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação
desta com a natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda
trazem problemas ao meio ambiente.
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são
encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com
consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até
mesmo global.

Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando


possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de
gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando
possível, substituição do material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser
reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento importante para a minimização de
resíduos em lixões e aterros sanitários.

[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais


inapropriados constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve
ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a
qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.

O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos


sólidos perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004,
que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I
quando se trata de resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a
saúde pública) e Classe II quando são resíduos não perigosos.

Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e
Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias,
pois fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental competente.

Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de
inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano
Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a
partir de informações como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento
e destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução
CONAMA Nº 313/2002).

Disponível em < https://goo.gl/06swDe>.


Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações).

Com base nas informações do texto, analise as afirmativas:


I- O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do
consumidor a fim de que modifique seus hábitos.
II- A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados como
perigosos.
III- A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial
para que exista a redução da geração de resíduos sólidos.

Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta:


Resposta Selecionada: e.
Nenhuma afirmativa está correta.

 Pergunta 5
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

Energia eólica no Brasil

No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas
barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que
devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a
necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia.

[...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de


Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras
fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
[...] Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de
22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer
uma cidade de cerca de 400 mil residências).

[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de


Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para
gerar cerca de 140GW.

O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro,


coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que
falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande
fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica
do país.

Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou


minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São
Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e
a distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país.

A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No
entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de
energia.

Disponível em < https://goo.gl/zGP0ZM>


Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações)
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa
correta:

I- De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à
demanda de cidades com até 400 mil habitantes.
II- Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico
do país.
III- De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%.

Assim:

Resposta Selecionada: b.
Apenas a afirmativa II está correta.
 Pergunta 6
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

O que Portugal tem a ver com o Brasil


Alexandra Lucas Coelho

Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me
uma alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o
Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a casa, continuo a pensar
na observação desta veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de
entender. Mas é impossível ignorar o que se tem manifestado em Portugal de equívoco
face ao Brasil ao longo destes dias.
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização
encerrou-se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que
é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas
brasileiras, como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si
mesmo.
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de
independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado
o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o alcance da
violência vai longe, e em muitas direções.
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São
Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na relação Casa-Grande
& Senzala das elites com os empregados, na violência da polícia que continua a ser
militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e estados, no saque
catastrófico da natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos pobres,
radicalizando o conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para
uma crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas.
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais
urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, na saúde,
na polícia), fez coisas que pioraram isto (um capitalismo com consequências
devastadoras no ambiente e nas questões indígenas) e historicamente produziu uma
geração que o critica e supera pela esquerda num caldo inédito de periferias
politicamente empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite.
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da
colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os portugueses
não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12
milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de África até ao século
XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja,
quase metade do tráfico foi assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a
sustentar a colonização do Brasil.
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma
portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses,
sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a
exploração brutal de um território gigante, à custa do qual um território minúsculo
viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado de forma cada vez mais
desassombrada.
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses
faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos
no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter
levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de
um milhão.

Com base no texto, assinale a alternativa correta:

Resposta b.
Selecionada: Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas
naturezas, tiveram origem no sistema português de
colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até
hoje.
 Pergunta 7
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

São Paulo, a capital mundial do grafite

A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus
a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe
para cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de
classe média ou pela periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da
maior cidade mais populosa da América Latina: os grafites e pichações, que vêm
tomando conta dos muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de
extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial do grafite.
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião
de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. "O grafite é
uma manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não.
Ele se impõe", dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os
Gêmeos. A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que
misturam certo realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com
cores e figuras geométricas parecidas.
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na
zona sul da capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para você refletir e
pensar", completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula “artivista”, por atrelar
o grafite a ações sociais.
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas
rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o
primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as
ruas uma das maiores características dessa arte: a acessibilidade. "O fato de a arte estar
na rua já é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada
para ver", diz a artista e grafiteira Prila Paiva, 35 anos.
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande
negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros
autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, "a
adrenalina de pichar", segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. “Um outdoor é tão
agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo,
abrir a janela de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa
propaganda para vender lingerie”.
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-
prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis
públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre
artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta
cinza, muitos dos muros grafitados. De outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais
apagados novamente. "Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e
respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos.
"Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte,
em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo assim, no
final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os
grafites na cidade, com uma pequena ficha de alguns artistas.
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter
sido apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina
Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro
Graffiti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski
tirou, por cinco anos, de muros grafitados. "O grafite tem uma recepção muito boa em
todos os níveis. Não tem mais aquela má impressão da arte marginal", diz Gonzalez.
Com o passar dos anos, além do reconhecimento do público, o grafite foi se tornando
um negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições
pelo Brasil e pelo mundo.
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em
2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de
lixo reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas
de papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem. "Percebi que essas pessoas
são invisíveis, ninguém olha para elas", diz Mundano.
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas
pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas
refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim,
nasceu o projeto Pimp My Carroça.
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil
dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro
de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas,
alimentos e uma consulta com um clínico geral.
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam
uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já
incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que
qualquer um possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles
o lixo reciclável.

Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>.
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas:


I. Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do grafite e da pichação como
formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo.
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se
trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente
reconhecidas.
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos outdoors e
deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas
manifestações.
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características
da arte urbana.

Está correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: d.
I e IV.
 Pergunta 8
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

Quem tem o direito de falar?


Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é
uma forma astuta de silenciamento.

A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não
se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem
circular, como eles devem ser distribuídos. Embora essa seja uma questão central que
mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos
internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, a política é também uma
questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais,
afetando os que fazem parte destes vínculos.
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de
ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz
parte e o que está excluído do meu mundo.

Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação
de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo.
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que
invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários.

Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram


publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa:
"parem de nos mostrar o que não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso
discurso".

Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa
zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização
bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo
ordinário é baseado em uma desafecção. Toda verdadeira luta política é baseada em
uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto
produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão
temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados.

Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos


como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é
invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual
fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento.
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem
direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por
grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais,
mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros).

Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será
a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das
mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode
parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem
sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por
aí vai.

No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos
a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que
negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar
dos problemas das mulheres.

Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos
são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. Posso
dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar
minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de
circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade
na narrativa do meu sofrimento.

Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo que


agora codificada como região setorizada do espaço comum. Ser um sujeito político é
conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar
qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz parte
de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos
mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um.

Disponível em <goo.gl/oWm9nF>.
Acesso em 13 jun. 2016.

Leia as afirmações a seguir:

I- Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um


regime autoritário, não democrático.
II- O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos
minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade.
III- A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa
como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e,
por isso, gerou conflitos políticos.

Assinale a alternativa correta:

Resposta Selecionada: e.
Nenhuma alternativa é correta.
 Pergunta 9
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:

EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes

Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram


nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança
climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na
atmosfera.
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por
parte da China e mais um pelos EUA. Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre
26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa
um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar
antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter
origem em fontes limpas e renováveis. Estados Unidos e China representam juntos
45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela
mudança climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se
comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com
os níveis de 1990.

Disponível em <https://goo.gl/srpqzq>.
Acesso em 14 nov. 2014 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as afirmativas:


I- O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030
significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais
uma década.
II- Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia
será responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o
corte dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões.
III- Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão
dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em
2025.

Assinale a alternativa correta:

Resposta Selecionada: a.
Nenhuma afirmativa está correta.
 Pergunta 10
1 em 1 pontos

Leia o texto a seguir:


Tá lá mais um corpo estendido no chão
Flavio Moura

Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto
Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo com a ordem de
soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro
“bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de
“populares insatisfeitos com a polícia no local”.

O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial “então encontrar-


se armado”. O vídeo circulou por todo canto. O policial aponta por três minutos a arma
em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a arma!”, enquanto dois
colegas seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão.

O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra
cima e a situação se criou.
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor.
Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser
executado.

Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no asfalto.
Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. Não
chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi de
Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A
lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente queria
manter preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação
durante a Copa do Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”.

O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração


tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das redes sociais,
tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros.

Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho
do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine
de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD pirata). O governo
estadual corria o risco de ser deposto.
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho
de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela
maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por
balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos
manifestantes e a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar.

O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz,
organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV
Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala de borracha?
Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam
vivos”.
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos
Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas.
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes
maior que a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da
corporação, esse posto agora parece ser ocupado por São Paulo. Na véspera do
assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade num campo de
guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 ocupantes de
um prédio vazio.

Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas


regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de vista. O
governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas
eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderia
retificar sua frase infeliz.

Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato isolado.

Disponível em <https://goo.gl/rvlYxd>.
Acesso em 7 nov. 2014.

Com base na leitura, analise as afirmativas:


I- O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as pessoas
não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres.
II- O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os
moradores de periferia geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não
estimula protestos populares.
III- O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre
ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade.
IV- O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva
diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da instituição.

Está correto o que se afirma em:

Resposta Selecionada: e.
II.

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