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Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas as condições
exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto e NBR 11.682/91 – Estabilidade
de Taludes.
As propriedades solo variam expressivamente com a profundidade, com a localização e com as
condições ambientais. Um solo argiloso pode perder completamente suas propriedades coesivas
quando saturado durante e após um temporal.
As escavações são executadas em material geralmente heterogêneo e sujeito a instabilidade
necessitando, portanto, de procedimentos e medidas de segurança diate da possibilidade de
desmoronamento da escavação com risco à segurança dos operários e danos materiais.
Antes de iniciar os serviços de escavação, fundação ou desmonte de rochas, certificar-se da
existência ou não de redes de água, de esgoto, tubulação de gás, cabos elétricos e de telefonia
enterrados, devendo ser providenciada a devida proteção, desvio e interrupção, segundo cada caso.
Também é indispensável o levantamento das edificações vizinhas quanto ao tipo de fundações, às
cotas de assentamento, a distância à borda da escavação e das redes de serviços públicos, não só para
a determinação das sobrecargas, como também, no estudo das condições de deslocabilidade e
deformabilidade que possam ser provocadas pela execução da escavação. Os levantamentos devem
abranger uma faixa, em relação às bordas, de pelo menos duas vezes a maior profundidade a ser
atingida na escavação. Observar, ainda, a existência de poços, cacimbão, fossa, sumidouro e
similares, ativos ou desativados, e tomar os cuidados e as providências quanto estas interferências.
A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente
árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de
comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços.
A jornada de trabalho deve ser menor ou igual a 8 (oito) horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0
Kgf/cm2; a 6 horas, em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 Kgf/cm 2; e a 4 horas, em pressão de trabalho
de 2,6 a 3,4 Kgf/cm2, devendo ser respeitadas as demais disposições da NR-l5.
2. CARGAS E CARREGAMENTO
As cargas atuantes são agrupadas em duas categorias:
a) cargas estáticas:
- empuxo lateral do solo;
- cargas provenientes de construções próximas;
- pressão hidrostática;
- acúmulo de material escavado na borda da escavação;
b) cargas dinâmicas:
- tráfego de veículos;
- vibrações de máquinas e equipamentos.
O carregamento é composto pela combinação das cargas atuantes e deve ser observado durante
todas as fases de escavação, bem como todo o processo de reaterro da cava da escavação.
UVA – Engenharia Civil – Edifícios I – Notas de aula – Escavações 2015.2
A circulação de veículos deve obedecer a uma distância mínima de duas vezes a profondidade da
escavação medida a partir da borda do talude (Fig. 02).
O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, a velocidade dos
veículos deve ser reduzida (Fig. 03).
Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25 m devem ter sua estabilidade
garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim, e devem dispor de escadas ou rampas,
colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida
dos trabalhadores. Os taludes com altura superior a 1,75 m devem ter estabilidade garantida.Os
materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da
profundidade, medida a partir da borda do talude (Fig. 05).
com a utilização de bombas (Fig 06). Para garantir a segurança das escavações são executadas obras
de contenção ou estabilidade da vala escavada através da inclinação do terreno escavado (Fig. 06).
c) escavação mista
Quando na mesma escavação são utilizadas paredes em taludes e paredes protegidas.
2) Quanto à forma dos apoios
Quanto à forma de apoio das cortinas de proteção das escavações, são classificadas em quatro
grupos:
a) Cortinas escoradas – Utilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados
dentro da área escavada, denominadas “escoras”.
b) Cortinas ancoradas – Utilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados
ancoradas no terreno através de injeções e protensão-ancoragens.
c) Cortinas chumbadas – Utilizam como apoio elementos estruturais horizontaisou inclinados,
ancorados no terreno através de injeções, não protendidos, atuando passivamente.
d) Cortinas em balanço – Não utilizam apoios, possuem o topo livre. A sua estabilidade é
garantida pelo trecho que fica enterrado no solo abaixo da cota máxima de escavação, ou seja,
pela ficha.
3) Quanto à rigidez da cortina
Quanto à rigidez da cortina, para fins desta Norma, são classificadas em:
a) cortinas flexíveis – São aquelas que permitem deformações sem se romperem.
b) cortinas semi-rígidas – São aquelas onde as deformações são limitadas a pequenos valores.
c) cortinas rígidas – São aquelas que não permitem, ou são mínimas, as deformações.
4) Quanto ao tempo de utilização
a) Provisórias: são projetados apenas para servir durante um determinado período da obra.
Exemplo: escoramentos feitos com pranchas e estroncas de madeira.
b) Permanentes: projetados para toda a vida útil da obra.Neste caso, passam de escoramentos para
contenção permanente.
Exemplos: muros de arrimo, cortina de estaca, tirantes, etc...
A execução de contenções, provisórias ou permanentes, é um serviço bastante comum em obras civis,
principalmente quando estas são realizadas em áreas com limitação de espaço, situação geralmente
encontrada em obras urbanas. O empuxo de terra deve ser calculado de acordo com as teorias
consagradas na mecânica dos solos.
A verificação da estabilidade das escavações deve atender aos seguintes casos:
a) ruptura localizada do talude;
b) ruptura geral do conjunto;
c) ruptura de fundo;
d) ruptura hidráulica.
Quando as escavações não permitem ou justifiquem o emprego de taludes, as paredes são protegidas
por cortinas como meio de assegurar a estabilidade das paredes da escavação. As cortinas mais usuais
de proteção das paredes das escavações são dos seguintes tipos:
a) cortinas com peças de proteção horizontal apoiadas em elementos verticais introduzidos no solo,
antes da escavação;
b) cortinas de estacas-pranchas, constituídas pela introdução no solo, antes da escavação, de peças
que se encaixam umas nas outras;
UVA – Engenharia Civil – Edifícios I – Notas de aula – Escavações 2015.2
c) cortinas de estacas justapostas, constituídas por estacas executadas uma ao lado da outra, antes da
escavação;
d) cortinas de concreto armado executadas com a utilização de lamas, antes da escavação;
e) cortinas e concreto armado ancoradas, executadas à medida que a escavação vai sendo executada.
5) Quanto aos materiais empregados
1. Contenções de madeira – pranchas, estroncas, etc.
2. Contenções com perfis cravados de madeira – perfis “i”, “u” e “h” usados em associação com
pranchas, estroncas, etc.
3. Contenções com perfis metálicos justapostos (estacas-pranchas) – perfis “i”, “u” e “h”.
4. Contenções com estacas justapostas de concreto;
5. Contenções em parede diafragma de concreto;
6. Contenções com parede de concreto atirantada;
7. Contenção com muro de arrimo de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico.
6. OS RISCOS NAS ESCAVAÇÕES A CÉU ABERTO
1. Queda de materiais e de pessoas;
2. Fechamento das paredes do poço;
3. Interferência com redes hidráulicas, elétricas, telefônicas e de gás;
4. Inundação;
5. Eletrocussão;
6. Asfixia.
7. CAUSAS DA RUPTURA OU DESPRENDIMENTO DE SOLO E ROCHAS
1. Operação de máquinas;
2. Sobrecargas nas bordas dos taludes;
3. Execução de talude inadequado;
4. Aumento excessivo da umidade do solo;
5. Vibrações na obra e adjacências;
6. Realização de escavações abaixo do lençol freático;
7. Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas;
8. Obstrução de vias públicas;
9. Bombeamento de lençóis freáticos;
10. Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquina.
8. ÂNGULO DE TALUDE NATURAL
Entende-se por talude toda superfície inclinada que limita um maciço de solo. Os taludes podem ser
naturais (as encostas) ou artificiais (os cortes e os aterros) (Fig. 08). O ângulo de talude natural (α) é
o maior ângulo de inclinação para um determinado tipo de solo exposto ao tempo, obtido sem
instabilidade do maciço.
O valor de α de cada solo, na realidade depende de diversos fatores: condições locais, grau de
compactação, heterogeneidade do solo, permeabilidade da camada superficial, existência de
vibrações nas proximidades, escavações vizinhas, etc.
O ângulo de talude natural dá indicações do limite a partir do qual a escavação deve ser
obrigatoriamente ser escorada ou contida. Sendo desconsiderado seu valor, corre-se o sério risco da
ocorrência de escorregamentos e o soterramento de valas escavadas e operários executando a
escavação.
Terraplenagem ou terraplanagem é uma técnica construtiva que visa aplainar e aterrar um terreno.
"Terrapleno", literalmente, significa "terra cheia, cheio de terra". Geralmente esta movimentação de
solo tem o objetivo de atender a um projeto topográfico.
1) Materiais de 1ªcategoria: terra em geral, piçarra ou argila, rochas em decomposição e seixos com
diâmetro máximo de 15cm.
2) Materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao do granito.
3) Materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao
granito.
10. FATOR DE EMPOLAMENTO
Obs.: Quando não se conhece o tipo de solo, considerar o empolamento entre 30 a 40% .