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(Versão Preliminar)
Reginaldo J. Santos
Departamento de Matemática-ICEx
Universidade Federal de Minas Gerais
http://www.mat.ufmg.br/~regi
Julho 2011
Equações Diferenciais Parciais: Uma Introdução
Copyright
c 2011 by Reginaldo de Jesus Santos (110804)
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização, por
escrito, do autor.
Ilustrações:
Reginaldo J. Santos
Ficha Catalográfica
Santos, Reginaldo J.
S237i Equações Diferenciais Parciais: Uma Introdução / Reginaldo J. Santos
- Belo Horizonte: Imprensa Universitária da UFMG, 2011.
CDD: 515.3
Sumário
Prefácio vii
iii
iv Sumário
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
1.4 Equações Lineares de 2a. Ordem Homogêneas - Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
1.4.1 Obtendo-se uma Segunda Solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
1.4.2 Equações Homogêneas com Coeficientes Constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
1.5 Equações Não Homogêneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
1.5.1 Equações Não Homogêneas com Coeficientes Constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
1.6 Oscilações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
1.6.1 Oscilações Livres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
1.6.2 Oscilações Forçadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
1.6.3 Circuitos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
1.7 Respostas dos Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Bibliografia 576
Este é um texto para uma disciplina introdutória sobre Equações Diferenciais Parciais e Transformada de
Fourier para alunos da área de Ciências Exatas. Pode ser considerado um texto alternativo aos livros Boyce-
DiPrima [1] para a parte de Equações Diferenciais Parciais e Valéria Iório[4] para a parte de Transformada
de Fourier, sendo nos dois casos mais objetivo e mais elementar. Entretanto aqui estão apresentadas provas
elementares de resultados como o teorema sobre convergência pontual da série de Fourier, derivação e limites
de séries de funções. O conteúdo corresponde ao programa da disciplina ’Equações Diferenciais B’ que é
ministrado para os alunos da área de ciências exatas na Universidade Federal de Minas Gerais. O texto é
dividido em cinco capı́tulos.
No Capı́tulo 1 são estudadas as séries de Fourier. Terminamos o capı́tulo com uma aplicação às oscilações
forçadas com força periódica. As séries de Fourier são aplicadas na solução de problemas de valor inicial e de
fronteira para equações como a do calor em uma dimensão que é estudada no Capı́tulo 2, a equação da corda
elástica, no Capı́tulo 3 e a equação de Laplace, no Capı́tulo 4. No Capı́tulo 5 estudamos a transformada de
Fourier e suas aplicações às equações diferenciais.
Todos os exercı́cios estão resolvidos no final do capitulo correspondente. Uma coisa que acho importante
é somente ler a solução de um exercı́cio depois de ter tentado verdadeiramente resolvê-lo. É como quando
lhe dão um enigma para decifrar. Se lhe contarem logo a solução você não vai lembrar depois. Quanto mais
tempo você ficar tentando decifrar antes de lhe contarem a solução mais tempo você vai lembrar.
vii
viii Prefácio
Os desenhos e gráficos foram feitos usando o M ATLABr ∗ com o pacote GAAL e o Maxima também com
o pacote GAAL disponı́veis no site do autor (http://www.mat.ufmg.br/~regi). Neste site também estão
disponı́veis páginas interativas para o estudo de oscilações, equações parciais, séries de Fourier e outros.
Gostaria de agradecer aos professores Joana Darc A. S. da Cruz, Grey Hercole e Helder C. Rodrigues pelas
crı́ticas e sugestões apresentadas.
1
2 Equações Diferenciais Ordinárias
−mg sen θ
θ mg cos θ
d2 θ g
+ sen θ = 0.
dt2 l
Nesta equação a incógnita é a função θ (t). Assim θ é a variável dependente e t é a
variável independente.
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fe = − k x
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fe = − k x
Exemplo 1.3. Numa região do plano em que não há cargas elétricas o potencial
elétrico u( x, y) em cada ponto ( x, y) da região satisfaz a equação diferencial
∂2 u ∂2 u
+ 2 = 0.
∂x2 ∂y
1.1.1 Classificação
(a) Quanto ao tipo uma equação diferencial pode ser ordinária ou parcial. Ela
é ordinária se as funções incógnitas forem funções de somente uma variável.
Caso contrário ela é parcial. Portanto as derivadas que aparecem na equação
são derivadas totais. Por exemplo, as equações que podem ser escritas na forma
F (t, y, y0 , y00 , ...) = 0,
em que y é função apenas de t, são equações diferenciais ordinárias, como as
equações dos Exemplos 1.1, 1.2 e 1.4. A equação do Exemplo 1.3 é parcial.
(b) Quanto à ordem uma equação diferencial pode ser de 1a. , de 2a. , ..., de n-ésima
ordem dependendo da derivada de maior ordem presente na equação. Uma
equação diferencial ordinária de ordem n é uma equação que pode ser escrita
na forma
F (t, y, y0 , y00 , ..., y(n) ) = 0.
As equações dos Exemplos 1.1, 1.2 e 1.3 são de 2a. ordem e a equação do Exemplo
1.4 é de 1a. ordem.
(c) Quanto a linearidade uma equação diferencial pode ser linear ou não linear.
Ela é linear se as incógnitas e suas derivadas aparecem de forma linear na
equação, isto é, as incógnitas e suas derivadas aparecem em uma soma em
que cada parcela é um produto de alguma derivada das incógnitas com uma
função que não depende das incógnitas. Por exemplo uma equação diferencial
ordinária linear de ordem n é uma equação que pode ser escrita como
dy d2 y dn y
a0 ( t ) y + a1 ( t ) + a2 ( t ) 2 + . . . + a n ( t ) n = f ( t ).
dt dt dt
As equações diferenciais ordinárias que não podem ser colocadas nessa forma
são não lineares. As equações dos Exemplos 1.2, 1.3 e 1.4 são lineares e a
equação do Exemplo 1.1 é não linear.
b −bt b2 − b t
y0 (t) = − e 2a , y00 (t) = e 2a
2a 4a2
b2 − b t
00 0 b −bt b
ay + by + cy = a 2e 2a +b − e 2a + ce− 2a t
4a 2a
2
b2
b b
= − + c e− 2a t
4a 2a
−b2 + 4ac − b t
= e 2a = 0,
4a
b
pois por hipótese b2 − 4ac = 0. Assim y(t) = e− 2a t é solução da equação.
e3t
Z
y(t) = e3t dt = + c,
3
que é a solução geral da equação diferencial dada válida para −∞ < t < ∞, que é o
maior intervalo em que a solução e sua derivada estão definidas.
1.5
−2
y
−10 −8
−6
1
−4
2
2
0.5
−2
0
−8
0 0
−10
−6
t
−4
−0.5
−2
−2
−1
−8
−4
−6
−10
Figura 1.4 – Soluções da equação do Exem- −4
A equação
dy
= e3t
dt
e3t
Z
y(t) = e3t dt = + c,
3
que é a solução geral da equação diferencial.
Substituindo t = 1/3 e y = e/3 na solução geral encontrada obtendo c = 0. Assim a
solução do PVI é
e3t
y(t) =
3
válida para −∞ < t < ∞, que é o maior intervalo em que a solução e sua derivada
estão definidas.
( x + 3)y00 + ( x + 2)y0 − y = 0
ty00 + (t − 1)y0 − y = 0
que são funções de 1o. grau, ou seja, da forma y(t) = at + b, para a e b constantes.
dy
= q ( t ), (1.4)
dt
que é facilmente resolvida integrando-se os dois lados. Assim a solução geral desta
equação é dada por Z
y(t) = q(t)dt + c.
cos(2t)
Z
y(t) = sen(2t) dt = − + c.
2
3
3
3 y
3
2
2 2
2
2
1
1 1
1
1
0
0 0
0
t
0
−1
−1 −1 −1
−1
−2
−2 −2 −2
−2
Figura 1.5 – Soluções da equação do Exem-
−3 −3
plo 1.8 −3 −2 −1 0 1 2 3
dy
+ p ( t ) y = q ( t ). (1.5)
dt
Vamos definir uma função auxiliar, µ(t), de forma que ao multiplicarmos a equação
(1.5) por esta função a equação obtida é uma equação linear com p(t) = 0, ou seja,
do tipo (1.4), que já resolvemos anteriormente. Uma função com esta propriedade é
chamada fator integrante da equação linear.
Seja
R
p(t)dt
µ(t) = e .
R
Vamos mostrar agora que µ(t) = e p(t)dt é um fator integrante da equação (1.5).
dy
µ(t) + µ(t) p(t)y = µ(t)q(t) (1.7)
dt
dµ
mas como por (1.6), µ(t) p(t) = , então (1.7) pode ser reescrita como
dt
dy dµ
µ(t) + y = µ ( t ) q ( t ). (1.8)
dt dt
Mas o lado esquerdo dessa equação é a derivada de um produto o que faz com que
ela possa ser reescrita na forma
d
(µ(t)y(t)) = µ(t)q(t) (1.9)
dt
dY
= f (t)
dt
em que Y (t) = µ(t)y(t) e f (t) = µ(t)q(t). Assim, a solução geral de (1.9) é dada por
Z
µ(t)y(t) = µ(t)q(t)dt + c.
Como µ(t) 6= 0, para todo t ∈ R, dividindo-se a equação anterior por µ(t) obtemos
que a solução geral de (1.5) é dada por
Z
1
y(t) = µ(t)q(t)dt + c
µ(t)
R
Mostraremos na Subseção 1.2.3 como podemos chegar a µ(t) = e p(t)dt como fator
integrante da equação (1.5).
Atenção: Não se deve memorizar a fórmula obtida no final. O que fizemos aqui foi mostrar o caminho que
deve ser seguido para resolver uma equação linear de 1a. ordem.
No próximo exemplo vamos seguir os mesmos passos que seguimos no caso geral.
t2 c
y(t) = + 2. (1.10)
4 t
e
lim y(t) = −∞, se c < 0.
t →0
dy t 2c
= − 3 =0
dt 2 t
se, e somente se,
t4 = 4c.
√
Assim se c > 0 as soluções têm somente pontos crı́ticos em t = ± 4 4c e se c < 0 elas
não têm ponto crı́tico.
0
y
8
8
16 16
4
−8 −16
6
−1
3
−8
0
2
0
1
−8
0 0
t
−16
−16
−8
−1
−2
−3
−8
−4
plo 1.9 e a solução do problema de valor
−16
−16
−8
inicial do Exemplo 1.10 −5
−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5
1 d
Como µ(t)
= dµ (ln |µ(t)|) a equação anterior pode ser reescrita como
d dµ
(ln |µ(t)|) = p ( t ).
dµ dt
d
(ln |µ(t)|) = p(t)
dt
que é uma equação do tipo (1.4) que pode ser resolvida simplesmente integrando-se
ambos os membros obtendo
Z
ln |µ(t)| = p(t)dt + c1
(b) Mostre que se y1 (t) é solução da equação, então y(t) = cy1 (t) também o é, para qualquer constante
c.
para p(t), q(t) e f (t) funções contı́nuas em um intervalo aberto I contendo t0 tem uma única solução neste intervalo.
1 sen t et
p(t) = , q(t) = , f (t) = .
t2 −4 t2 − 4 t ( t2− 4)
Assim p(t), q(t) e f (t) são contı́nuas para t 6= ±2, 0. Como t0 = 1, então o problema
de valor inicial tem solução no intervalo 0 < t < 2, que é o maior intervalo contendo
t0 = 1 onde p(t), q(t) e f (t) são contı́nuas.
Uma equação diferencial linear de 2a. ordem é homogênea se ela pode ser escrita
como
y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0. (1.13)
Para as equações lineares homogêneas é válido o princı́pio da superposição.
Teorema 1.2 (Princı́pio da Superposição). Se y1 (t) e y2 (t) são soluções de (1.13), então
y ( t ) = c1 y1 ( t ) + c2 y2 ( t ) (1.14)
Demonstração. Vamos verificar que realmente y(t) dado por (1.14) é solução de
(1.13).
Usando a linguagem da Álgebra Linear podemos dizer que o conjunto das soluções
de uma equação diferencial linear homogênea é um subespaço vetorial.
cy(t)
y1 (t)+ y2 (t)
y1 ( t ) y(t)
y2 ( t )
Figura 1.7 – Soma de soluções de uma equação Figura 1.8 – Multiplicação de solução de uma
diferencial homogênea equação diferencial homogênea por escalar
então para todo par de condições iniciais (y0 , y00 ) existe um único par de constantes
(c1 , c2 ) tal que y(t) = c1 y1 (t) + c2 y2 (t) é solução do problema de valor inicial (1.15).
Teorema 1.3. Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções da equação (1.13) em um intervalo aberto I onde p(t) e q(t) são
contı́nuas tais que, em um ponto t0 ∈ I,
y1 ( t0 ) y2 ( t0 )
det 6= 0.
y10 (t0 ) y20 (t0 )
Então para todo par de condições iniciais (y0 , y00 ) o problema de valor inicial
00
y + p(t)y0 + q(t)y = 0,
y(t0 ) = y0 , y0 (t0 ) = y00
(b) Se duas soluções y1 (t) e y2 (t) de (1.13), em um intervalo aberto I onde p(t) e q(t) são contı́nuas, são tais
que o seu wronskiano é diferente de zero em um ponto t0 ∈ I dizemos que elas são soluções fundamen-
tais de (1.13) no intervalo I.
Teorema 1.4. Se y1 (t) e y2 (t) são soluções fundamentais de (1.13) em um intervalo aberto I, então a famı́lia de soluções
y ( t ) = c1 y1 ( t ) + c2 y2 ( t ), (1.16)
Demonstração. Seja z(t) uma solução qualquer de (1.13) no intervalo I. Seja t1 ∈ I. Considere o PVI formado
por (1.13) e as condições iniciais y(t1 ) = z(t1 ) e y0 (t1 ) = z0 (t1 ). Como y1 (t) e y2 (t) são soluções fundamentais,
existe um ponto t0 ∈ I tal que W [y1 , y2 ](t0 ) 6= 0, então pelo Teorema de Abel (Exercı́cio 1.10 na página 41)
W [y1 , y2 ](t1 ) 6= 0, e assim pelo Teorema 1.3 existem constantes c1 e c2 tais que z(t) = c1 y1 (t) + c2 y2 (t).
Assim para encontrar a solução geral de uma equação diferencial linear homogênea
de 2a. ordem (1.13) em um intervalo I, precisamos encontrar duas soluções funda-
mentais da equação (1.13), ou seja, duas soluções y1 (t) e y2 (t) tais que em um ponto
t0 ∈ I
y1 ( t0 ) y2 ( t0 )
det 6= 0.
y10 (t0 ) y20 (t0 )
Exemplo 1.12. Seja b um número real não nulo. Vamos mostrar que y1 (t) = cos bt e
y2 (t) = sen bt são soluções fundamentais da equação diferencial
y00 + b2 y = 0.
Como y10 (t) = −b sen bt, y100 (t) = −b2 cos bt, y20 (t) = b cos bt e y200 (t) = −b2 sen bt,
então
y100 + b2 y1 = −b2 cos bt + b2 cos bt = 0
e
y200 + b2 y2 = −b2 sen bt + b2 sen bt = 0.
Assim, y1 (t) e y2 (t) são soluções da equação y00 + b2 y = 0. Além disso,
y1 ( t ) y2 ( t ) cos bt sen bt
det = det = b(cos2 bt + sen2 bt) = b 6= 0 para todo t ∈ R.
y10 (t) y20 (t) −b sen bt b cos bt
Dependência Linear
Dizemos que duas funções y1 (t) e y2 (t) são linearmente dependentes (L.D.) em um
intervalo I, se uma das funções é um múltiplo escalar da outra, ou seja, se
pois uma coluna da matriz acima é um múltiplo escalar da outra. Assim, vale o
seguinte resultado.
y1 ( t )
y2 ( t )
Usando a linguagem de Álgebra Linear podemos dizer que duas soluções fun-
damentais formam uma base para o subespaço das soluções de uma equação
homogênea (1.13), pois elas são L.I. e geram o subespaço (toda solução é uma
combinação linear delas).
Observe que o wronskiano pode ser calculado para quaisquer par de funções mesmo
que elas não sejam soluções de uma equação diferencial. Também os conceitos de
dependência e independência linear são definidos para duas funções que podem ou
não ser soluções de uma equação diferencial.
Exemplo 1.13. Seja b um número real não nulo. Mostramos no exemplo anterior que
y1 (t) = cos bt e y2 (t) = sen bt são soluções L.I. da equação
y00 + b2 y = 0.
A recı́proca do Teorema 1.5 não é verdadeira, ou seja, duas funções podem ser L.I.
com
W [y1 , y2 ](t) = 0, para todo t ∈ R.
Vejamos o próximo exemplo.
1 1
y y
0.5 0.5
0 0
t t
−0.5 −0.5
−1 −1
−1 −0.5 0 0.5 1 −1 −0.5 0 0.5 1
Figura 1.10 – y1 (t) = t2 e y2 (t) = t|t| são L.I. mas o wronskiano é igual a zero para todo t
t2
se t ≥ 0
Exemplo 1.14. Sejam y1 (t) = t2 e y2 ( t ) = t | t | = .
− t2 se t < 0
t2
t|t|
W [y1 , y2 ](t) = det = 0.
2t 2| t |
Apesar do wronskiano ser zero para todo t ∈ R as funções y1 e y2 são L.I., pois uma
função não é múltiplo escalar da outra. Para t ≥ 0, y2 (t) = y1 (t) e para t < 0,
y2 ( t ) = − y1 ( t ).
Tomando t = 1 temos
e a+ib = e a (cos b + i sen b). (1.22)
Esta equação é conhecida como fórmula de Euler.
(a) Mostre que y(t) = c1 e−ω ( x− a) + c2 eω ( x−a) , para a ∈ R fixo, é solução geral de equação diferencial.
(b) Mostre que y(t) = c1 cosh(ω ( x − a)) + c2 senh(ω ( x − a)), para a ∈ R fixo, é solução geral de
equação diferencial.
3.3. As equações de Euler são equações que podem ser escritas na forma
Mostre que existem valores constantes de r tais que y( x ) = xr é uma solução de (1.23). Além disso mostre
que y( x ) = xr é solução da equação (1.23) se, e somente se,
r2 + (b − 1)r + c = 0, (1.24)
3.4. Mostre que se a equação indicial (1.24) tem duas raı́zes reais (distintas), r1 e r2 , então
y 1 ( x ) = x r1 e y 2 ( x ) = x r2
3.7. Use os exercı́cios anteriores para encontrar a solução geral das seguintes equações:
(a) x2 y00 + 4xy0 + 2y = 0
(b) x2 y00 − 3xy0 + 4y = 0
(c) x2 y00 + 3xy0 + 5y = 0
3.8. Baseado no Teorema 1.1 na página 25, determine um intervalo em que os problemas de valor inicial
abaixo
( têm uma única solução, sem resolvê-los: (
(t2 − 1)y00 + (t − 2)y = t (t2 − t)y00 + (t + 1)y0 + y = et
(a) (c)
y(0) = y0 , y0 (0) = y00 y(−1) = y0 , y0 (−1) = y00
( (
(t2 − 1)y00 + y0 + ty = t2 (t2 − t)y0 + (t + 3)y0 + 2y = cos t
(b) (d)
y(2) = y0 , y0 (2) = y00 y(2) = y0 , y0 (2) = y00
3.9. Considere a equação homogênea y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0, com p(t) e q(t) funções contı́nuas num inter-
valo I. Usando o Teorema 1.1 na página 25 mostre que esta equação tem soluções fundamentais.
3.10. (Teorema de Abel) Considere a equação homogênea y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0, com p(t) e q(t) funções
contı́nuas num intervalo I. Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções desta equação no intervalo I. Seja
W [y1 , y2 ](t) o wronskiano de y1 (t) e y2 (t) no intervalo I. Mostre que:
Seja y1 (t) uma solução conhecida da equação acima num intervalo I onde p(t) e q(t)
são contı́nuas e tal que y1 (t) 6= 0 para todo t ∈ I. Vamos procurar uma segunda
solução da equação (1.25) da forma
y ( t ) = v ( t ) y1 ( t ).
Como y1 (t) é solução da equação (1.25), então y100 + p(t)y10 + q(t)y1 = 0 e assim a
equação anterior se torna
y1 w0 + (2y10 + p(t)y1 )w = 0.
Esta é uma equação de 1a. ordem linear e separável. Resolvendo-se esta equação,
como w(t) = v0 (t), então Z
v(t) = w(t)dt. (1.27)
Substituindo-se v(t) em y(t) = v(t)y1 (t) obtemos uma segunda solução da equação
(1.25).
No próximo exemplo vamos seguir os mesmos passos que seguimos no caso geral.
b
y(t) = v(t)y1 (t) = v(t)ert , em que r = − .
2a
Como
y0 (t) = v0 (t)ert + rv(t)ert e y00 (t) = v00 (t)ert + 2rv0 (t)ert + r2 v(t)ert ,
então substituindo-se y(t), y0 (t) e y00 (t) na equação diferencial (1.28) obtemos
h i
a(v00 + 2rv0 + r2 v) + b(v0 + rv) + cv ert = 0.
Atenção: Atribuindo-se diferentes valores a c̃1 e a c̃2 em (1.29) obtemos uma infinidade de funções v(t), mas
precisamos de apenas uma tal que W [y1 , vy1 ](t0 ) 6= 0 para algum ponto t0 . Você pode escolher c̃1 e c̃2 da
maneira que você quiser, com exceção de c1 = 0, pois neste caso terı́amos y2 (t) = y1 (t)v(t) = c2 y1 (t) e assim
terı́amos W [y1 , y2 ](t) = 0, para todo t.
y 1 ( t ) = e r1 t e y 2 ( t ) = e r2 t
Assim no caso em que a equação caracterı́stica tem duas raı́zes reais distintas r1 e r2 ,
y ( t ) = c 1 e r1 t + c 2 e r2 t
2 4 6 8
-2
-4
-6
Pela análise feita no inı́cio dessa seção sabemos que y1 (t) = er1 t e y2 (t) = er2 t são
soluções (complexas) da equação diferencial (1.30). Além disso, assim como quando
r1 e r2 são reais, o wronskiano
rt
e r2 t
y1 ( t ) y2 ( t ) e1
W [y1 , y2 ](t) = det = det
y10 (t) y20 (t) r 1 e r1 t r 2 e r2 t
r1 t r2 t 1 1
= e e det
r1 r2
= (r2 − r1 )e(r1 +r2 )t = −2iβe2αt 6= 0, ∀t ∈ R,
ou seja, y1 (t) e y2 (t) são soluções fundamentais de (1.30). Assim no caso em que a
equação caracterı́stica tem duas raı́zes complexas r1 = α + iβ e r2 = α − iβ,
1
Tomando C1 = C2 = em (1.32), temos a solução real u(t) = eαt cos βt.
2
1
Tomando C1 = −C2 = , temos a solução real v(t) = eαt sen βt.
2i
Vamos mostrar, agora, que se as raı́zes da equação caracterı́stica são complexas,
então u(t) e v(t) são soluções fundamentais de (1.30).
u(t) v(t) eαt cos βt eαt sen βt
W [u, v](t) = det = det
u0 (t) v0 (t) eαt (α cos βt − β sen βt) eαt (α sen βt + β cos βt)
cos βt sen βt cos βt sen βt
= e2αt α det + β det
cos βt sen βt − sen βt cos βt
= βe2αt 6= 0, para todo t ∈ R.
Exemplo 1.19. Seja ω um número real positivo. Vamos encontrar a solução geral da
equação y00 + ω 2 y = 0.
A equação caracterı́stica desta equação diferencial é r2 + ω 2 = 0, que tem como
raı́zes r1 = iω e r2 = −iω. Assim, a solução geral da equação diferencial acima é
( c1 , c2 )
c2
c1 = R cos δ,
(1.34)
R
c2 = R sen δ.
δ
c1 x
+R __
2π
ω
δ
__ δ+2π
____ t
ω ω
−R
Resumo
Para resolver a equação diferencial ay00 + by0 + cy = 0, para a, b, c ∈ R, a 6= 0,
encontramos a equação caracterı́stica ar2 + br + c = 0.
(a) Se ∆ = b2 − 4ac > 0, então a solução geral da equação diferencial é
√
r1 t r2 t −b ± ∆
y(t) = c1 e + c2 e , em que r1,2 = .
2a
Encontre uma função u( x ) tal que y2 ( x ) = u( x )y1 ( x ) seja solução da equação dada. Prove que as duas
soluções y1 ( x ) e y2 ( x ) são soluções fundamentais.
4.2. Mostre que y1 ( x ) = x −1 , x > 0, é solução da equação diferencial
x2 y00 + 3xy0 + y = 0.
Encontre uma função u( x ) tal que y2 ( x ) = u( x )y1 ( x ) seja solução da equação dada. Prove que as duas
soluções y1 ( x ) e y2 ( x ) são soluções fundamentais.
4.3. As equações de Euler são equações que podem ser escritas na forma
Existem valores constantes de r tais que y( x ) = xr é uma solução de (1.35). Além disso y( x ) = xr é
solução da equação (1.35) se, e somente se,
r2 + (1 − b)r + c = 0, (1.36)
que é chamada equação indicial de (1.35). Se a equação indicial r2 + (b − 1)r + c = 0 tem somente
1−b
uma raiz real, r = , determine uma segunda solução linearmente independente da forma
2
1− b
y2 ( x ) = v ( x ) y1 ( x ) = v ( x ) x 2 , para x > 0.
4.4. (a) Determine qual ou quais das funções z1 ( x ) = x2 , z2 ( x ) = x3 e z3 ( x ) = e− x são soluções da equação
( x + 3)y00 + ( x + 2)y0 − y = 0
(b) Seja y1 ( x ) uma das soluções obtidas no item anterior. Determine uma segunda solução y2 ( x ) de
forma que y1 ( x ) e y2 ( x ) sejam soluções fundamentais da equação.
(c) Determine a solução geral da equação
( x + 3)y00 + ( x + 2)y0 − y = 0
e obtenha a solução do problema de valor inicial
( x + 3)y00 + ( x + 2)y0 − y = 0,
y(1) = 1,
0
y (1) = 3.
Justifique sua resposta!
4.5. Mostre que a solução do problema y00 + 2y0 = 0, y(0) = a, y0 (0) = b tende para uma constante quando
t → +∞. Determine esta constante.
4.6. Mostre que se 0 < b < 2, então toda solução de y00 + by0 + y = 0 tende a zero quando t → +∞.
4.7. Considere o problema y00 − 4y = 0, y(0) = 0, y0 (0) = b 6= 0. Mostre que y(t) 6= 0 para todo t 6= 0.
4.8. Considere o problema y00 − y0 + 41 y = 0, y(0) = 2, y0 (0) = b. Determine os valores de b para os quais a
solução y(t) → +∞ quando t → +∞.
4.9. Considere a equação y00 + 2by0 + y = 0. Para quais valores de b a solução y(t) tende a zero quando
t → +∞, independente das condições iniciais.
4.10. (a) Encontre a solução geral da equação
y00 + 2y0 + αy = 0
Teorema 1.6. Seja y p (t) uma solução particular da equação (1.37). Sejam y1 (t) e y2 (t) soluções fundamentais da
equação homogênea correspondente. Então a solução geral da equação não homogênea (1.37) é
y ( t ) = c1 y1 ( t ) + c2 y2 ( t ) + y p ( t ).
Ou seja, a solução geral da equação diferencial linear de 2a. ordem não homogênea é a soma da solução geral da equação
homogênea correspondente, c1 y1 (t) + c2 y2 (t), com uma solução particular da equação diferencial não homogênea, y p (t).
Demonstração. Seja y(t) uma solução qualquer de (1.37) e y p (t) uma solução par-
ticular de (1.37). Vamos mostrar que Y (t) = y(t) − y p (t) é solução da equação ho-
mogênea associada
y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0. (1.38)
Y 00 (t) + p(t)Y 0 (t) + q(t)Y (t) = (y(t) − y p (t))00 + p(t)(y(t) − y p (t))0 + q(t)(y(t) − y p (t))
= y00 (t) + p(t)y0 (t) + q(t)y(t) − y00p (t) + p(t)y0p (t) + q(t)y p (t)
| {z } | {z }
= f (t) = f (t)
= f (t) − f (t) = 0.
Y ( t ) = y ( t ) − y p ( t ) = c1 y1 ( t ) + c2 y2 ( t ),
ou seja, se y(t) é uma solução qualquer de (1.37) e y1 (t) e y2 (t) são soluções funda-
mentais da equação homogênea associada (1.38), então
y ( t ) = c1 y1 ( t ) + c2 y2 ( t ) + y p ( t ). (1.39)
Portanto para encontrar a solução geral de uma equação linear de 2a. ordem não ho-
mogênea precisamos encontrar uma solução particular e duas soluções fundamen-
tais da equação homogênea correspondente.
t
Exemplo 1.20. A função y p (t) = é solução da equação diferencial
4
y00 + 4 y = t.
(verifique!) Já vimos no Exemplo 1.12 na página 31 que a solução geral da equação
diferencial homogênea correspondente, y00 + 4 y = 0, é
t
y(t) = c1 cos 2t + c2 sen 2t + .
4
t
A função y2 (t) = sen(2t) é solução da equação
2
y00 + 4 y = 2 cos(2t)
(verifique!). Logo
t
y(t) = c1 cos 2t + c2 sen 2t + sen(2t).
2
é solução geral da equação diferencial
y00 + 4 y = 2 cos(2t).
Teorema 1.7 (Princı́pio da Superposição para Equações Não Homogêneas). Se y(p1) (t) é uma solução de
(2)
e y p (t) é uma solução de
y00 + p(t)y0 + q(t)y = f 2 (t),
(1) (2)
então y p (t) = y p (t) + y p (t) é solução de
Demonstração.
y p (t)00 + p(t)y0p (t) + q(t)y p (t) =
(1) (2) (1) (2) (1) (2)
= (y p (t) + y p (t))00 + p(t)(y p (t) + y p (t))0 + q(t)(y p (t) + y p (t)) =
(1) (1) (1) (2) (2) (2)
= y p (t)00 + p(t)y p (t)0 + q(t)y p (t) + y p (t)00 + p(t)y p (t)0 + q(t)y p (t) =
| {z } | {z }
= f 1 (t) = f 2 (t)
= f 1 ( t ) + f 2 ( t ),
(1)
pois y p (t) é solução da equação
t
Exemplo 1.21. Vimos no Exemplo 1.20 que a função y1 (t) = é solução da equação
4
diferencial
y00 + 4 y = t
t
e a função y2 (t) = sen(2t) é solução da equação
2
y00 + 4 y = 2 cos(2t).
Pelo Princı́pio da Superposição para Equações Não Homogêneas (Teorema 1.7)
t t
y(t) = + sen(2t) é solução da equação
4 2
y00 + 4 y = 2 cos(2t) + t
Este método funciona quando a função f (t) tem uma das seguintes formas:
(1) f (t) = a0 + . . . + an tn , em que a0 , . . . , an ∈ R.
Neste caso deve-se procurar uma solução particular da forma
y p ( t ) = t s ( A0 + . . . + A n t n ),
em que s é o menor inteiro não negativo que garanta que nenhuma parcela
de y p (t) seja solução da equação homogênea correspondente e A0 , . . . , An são
coeficientes a serem determinados substituindo-se y p (t) na equação (1.40). O
Exemplo 1.22 ilustra este caso.
(2) f (t) = ( a0 + . . . + an tn )eαt , em que a0 , . . . , an , α ∈ R.
Neste caso deve-se procurar uma solução particular da forma
y p (t) = ts ( A0 + . . . + An tn )eαt ,
em que s é o menor inteiro não negativo que garanta que nenhuma parcela
de y p (t) seja solução da equação homogênea correspondente e A0 , . . . , An são
coeficientes a serem determinados substituindo-se y p (t) na equação (1.40). O
Exemplo 1.23 ilustra este caso.
y(0) = 1, y0 (0) = 2.
r2 + r = 0
que tem como raı́zes r1 = 0 e r2 = −1. Assim a solução geral da equação homogênea
correspondente y00 + y0 = 0 é
y ( t ) = c1 + c2 e − t .
y p ( t ) = t1 ( A0 + A1 t + A2 t2 ) = A0 t + A1 t2 + A2 t3
y 0 ( t ) = − c2 e − t + t2 − 2 t + 4 (1.42)
Substituindo-se t = 0 e y = 1 em (1.41) e t = 0 e y0 = 2 em (1.42) obtemos
c1 + c2 = 1
4 − c2 = 2
1
y(t) = −1 + 2e−t + 4t − t2 + t3
3
-4 -2 2 4
r2 + 2r + 1 = 0
que tem como raiz r1 = −1. Assim a solução geral da equação homogênea corres-
pondente y00 + 2y0 + y = 0 é
y(t) = c1 e−t + c2 te−t .
O segundo membro da equação diferencial, (2 + t)e−t , é da forma (2). Vamos procu-
rar uma solução particular da forma
y p ( t ) = t2 ( A0 + A1 t ) e − t = ( A0 t2 + A1 t3 ) e − t
Substituindo y0p (t) e y00p (t) na equação y00 + 2y0 + y = (2 + t)e−t obtemos
2A0 + (6A1 − 4A0 )t + ( A0 − 6A1 )t2 + A1 t3 e−t +
+ 2 2A0 t + (3A1 − A0 )t2 − A1 t3 e−t +
+ ( A0 t2 + A1 t3 ) e − t = (2 + t ) e − t
que tem solução A0 = 1 e A1 = 1/6. Assim uma solução particular da equação não
homogênea é
1
y p ( t ) = ( t2 + t3 ) e − t
6
e a solução geral da equação não homogênea é
1
y(t) = c1 e−t + c2 te−t + (t2 + t3 )e−t
6
2 4 6 8
-2
-4
-6
r2 + 2r + 2 = 0
y0p (t) = A(et cos t − et sen t) + B(et sen t + et cos t+) = ( A + B)et cos t + ( B − A)et sen t
que tem solução A = 1/8 e B = 1/8. Assim uma solução particular da equação não
homogênea é
1 1
y p (t) = et cos t + et sen t
8 8
e a solução geral da equação não homogênea é
1
y(t) = c1 e−t cos t + c2 e−t sen t + et (cos t + sen t)
8
-4 -2 2 4
-2
y00 + 2y0 + αy = 0
para α > 1.
1.6 Oscilações
Fe = − k L
F =−ky
0
e
F =−γv
r
0 L
P=mg
P=mg
Fext
Figura 1.17 – Sistema massa-mola na verti-
cal u y
F = −k x
e
Fe = −k x
Como as oscilações são livres, Fext = 0 e como são não amortecidas, γ = 0. Assim a
equação (1.45) para o movimento da massa é
mu00 + ku = 0
A equação caracterı́stica é
r
2 k
mr + k = 0 ⇔ r=± i.
m
Assim a solução geral da equação é
r ! r !
k k
u(t) = c1 cos t + c2 sen t
m m
q
k
Seja ω0 = m. Então a equação acima pode ser escrita em termos de ω0 como
( c1 , c2 )
c2
c1 = R cos δ,
(1.47)
R c2 = R sen δ.
δ
c1 x
2π
+R ω0
δ δ+2π
ω0 ω0 t
−R
Exemplo 1.25. Sabendo-se que o problema de valor inicial que descreve um sistema
massa-mola é dado por
Substituindo-se t = 0, y = 0, y0 = 1 obtemos:
√
2
c1 = 0, c2 = .
2
Solução do PVI: √
2 √
y(t) = sen 2t .
2
√ √
2 2 π
Marcando o ponto (c1 , c2 ) = (0, ) no plano obtemos que R = eδ= ,
2 2 2
ou seja, √ √
2 √ 2 √ π
y(t) = sen 2t = cos 2 t−
2 2 2
√ √
A amplitude é igual a 22 , a frequência é igual a 2, a fase é igual a π/2 e o
√
perı́odo é igual a 2π/ 2.
(b)
y
+21/2/2
2π
____ t
21/2
−21/2/2
Com Amortecimento
Como as oscilações são livres, Fext = 0. Assim a equação (1.45) para o movimento da
massa é
mu00 + γu0 + ku = 0
A equação caracterı́stica é mr2 + γr + k = 0 e ∆ = γ2 − 4km
F = −γ v F = −k x
r e
Fr = −γ v
Fr = −γ v
Fe = −k x
u ( t ) = c 1 e r1 t + c 2 e r2 t ,
em que √
−γ ± ∆
p
−γ ± γ2 − 4km
r1,2 = = <0
2m 2m
Este caso é chamado superamortecimento e a solução
Super Amortecimento
u u ( t ) = c 1 e r1 t + c 2 e r2 t
p
−γ ± γ2 − 4km
r1,2 =
2m
c1 + c2 = u0
u0
√
(b) Se ∆ = γ2 − 4km = 0 ou γ = 2 km, neste caso
γt γt
u(t) = c1 e− 2m + c2 te− 2m
Amortecimento Crítico
u γt γt
u(t) = c1 e− 2m + c2 te− 2m
c1 = u0
u0
√
(c) Se ∆ = γ2 − 4km < 0 ou 0 < γ < 2 km, neste caso
γt
u(t) = e− 2m (c1 cos µt + c2 sen µt) (1.48)
em que r
p
4km − γ2 γ2
µ= = ω02 −
< ω0
2m 4m2
2π
Aqui, µ é chamado quase frequência e T = é chamado quase perı́odo.
µ
Escrevendo novamente o par (c1 , c2 ) em coordenadas polares temos que
y
( c1 , c2 )
c2
c1 = R cos δ,
(1.49)
R c2 = R sen δ.
δ
c1 x
γt
Este é um movimento oscilatório com amplitude Re− 2m é chamado quase-
periódico.
Observe que nos três casos a solução tende a zero quando t tende a +∞.
Sub Amortecimento
γt
u u(t) = e− 2m (c1 cos µt + c2 sen µt)
q
2
µ = ω02 − γ 2 < ω0
4m
c1 = u0
u0
−γt/2m
← Re
δ δ+2π
µ µ t
← −Re−γt/2m
−R
√
super amortecimento, γ > 2 km
√
amortecimento crı́tico, γ = 2 km
t
√
sub amortecimento, γ < 2 km
é uma solução particular e s é o menor inteiro não negativo que garanta que ne-
nhuma parcela de u p (t) seja solução da equação homogênea correspondente e A e B
são coeficientes a serem determinados substituindo-se u p (t) na equação diferencial
(1.50).
Temos dois casos a considerar:
(a) Se ω 6= ω0 . Neste caso s = 0, pois nenhuma das parcelas de u p (t) é solução da
equação homogênea correspondente. Então a solução particular é da forma
Fext = Focos(ωt)
F =−kx
e
Fext = Focos(ωt)
Fext = Focos(ωt)
Fe = − k x
u(0) = 0, u0 (0) = 0
Temos dois casos a considerar:
(a) Se ω 6= ω0 . A solução geral da equação é
F0
u(t) = c1 cos (ω0 t) + c2 sen (ω0 t) + cos(ωt)
m(ω02 − ω2 )
Derivando e substituindo-se t = 0, u = 0 e u0 = 0 obtemos que (verifique!)
F0
c1 = − , c2 = 0
m(ω02 − ω2 )
Assim a solução do problema de valor inicial é
F0
u(t) = (cos(ωt) − cos(ω0 t)) .
m(ω02 − ω 2 )
Como
cos( A − B) − cos( A + B) = 2 sen A sen B
então
2F0
u(t) = sen(ω1 t) sen(ω2 t)
m(ω02 − ω 2 )
em que
ω0 − ω ω0 + ω
ω1 = , ω2 = .
2 2
Como ω1 = ω02−ω é menor do que ω2 = ω02+ω , então o movimento é uma
oscilação de frequência ω2 com uma amplitude também oscilatória R(t) =
2F0
m(ω 2 −ω 2 )
sen(ω1 t) de frequência ω1 . Este movimento é chamado batimento.
0
Batimento Ressonância
2π 2π
ω t ω0 t
1
−R sen(ω1t) → −R t →
−R
Figura 1.27 – Solução do sistema massa-mola, para Figura 1.28 – Solução do sistema massa-mola, para
u(0) = u0 (0) = 0, no caso de batimento u(0) = u0 (0) = 0, no caso de ressonância
F0
u(t) = c1 cos (ω0 t) + c2 sen (ω0 t) + t sen(ω0 t)
2mω0
Já vimos que neste caso u(t) fica ilimitada quando t tende a +∞ que é o
fenômeno da ressonância. Derivando e substituindo-se t = 0, u = 0 e u0 = 0
obtemos que (verifique!)
c1 = 0, c2 = 0
Assim a solução do problema de valor inicial é
F0
u(t) = t sen(ω0 t).
2mω0
F0
R(t) = t
2mω0
u ( t ) = c1 u1 ( t ) + c2 u2 ( t ) + u p ( t )
em que u p (t) é uma solução particular. Pelo método dos coeficientes a determinar
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que substituindo-se u p (t) e suas de-
rivadas na equação diferencial (1.51) encontramos
F0 m(ω02 − ω 2 ) F0 γω
A= , B= ,
∆ ∆
em que ∆ = m2 (ω02 − ω 2 )2 + γ2 ω 2 . Podemos escrever
F0
R= √ .
∆
Assim a solução geral da equação é
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fe = − k x
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fr = −γ v Fext = Focos(ωt)
Fe = − k x
0 x
u
u(t) = c1 u1 (t) + c2 u2 (t) + R cos(ωt − δ)
2π
+R ω
t
−R
L C
d2 I dI 1 dV
L +R + I = (t)
dt2 dt C dt
V (0) − RI0 − Q0 /C
com condições iniciais I (0) = I0 e I 0 (0) = . A última condição é
L
obtida usando a equação (1.53).
Exemplo 1.27. Um circuito possui um capacitor de 0, 5 × 10−1 F, um resistor de 25 Ω
e um indutor de 5 H, em série. O capacitor se encontra descarregado. No instante
1
5Q00 + 25Q0 + Q = 10e−t/4 .
0, 5 · 10−1
Dividindo-se por 5 obtemos a equação
Equação caracterı́stica é
r2 + 5r + 4 = 0
cujas raı́zes são r = −1, −4.
Assim a solução geral da equação homogênea é
1 A0 −t/4
Q0p (t) = − A0 e−t/4 , Q00p (t) = e
4 16
Substituindo-se na equação Q p (t), Q0p (t) e Q00p (t) obtemos
A0 −t/4 5
e − A0 e−t/4 + 4A0 e−t/4 = 2e−t/4
16 4
45 32
A0 = 2 ⇒ A0 =
16 45
32 −t/4
Q(t) = c1 e−t + c2 e−4t + e
45
8 8 32
Q(t) = − e−t + e−4t + e−t/4
9 45 45
Observe que
lim Q(t) = 0.
t→∞
(a) Encontre a solução geral da equação diferencial e resolva o problema de valor inicial. Determine a
amplitude, a frequência, a fase e o perı́odo.
(b) Esboce o gráfico da solução obtida.
6.2. Sabendo-se que o problema de valor inicial que descreve um sistema massa-mola é dado por
(a) Encontre a solução geral da equação e resolva o problema de valor inicial. Determine a amplitude,
a frequência, a fase e o perı́odo.
(b) Esboce o gráfico da solução obtida.
6.3. Uma mola, de um sistema massa-mola sem amortecimento, tem constante de elasticidade igual a 3 N/m.
Pendura-se na mola uma massa de 2 kg e o sistema sofre a ação de uma força externa de 3 cos(3t).
Determine a função que descreve o movimento da massa em qualquer instante t, considerando a posição
inicial igual u0 e a velocidade inicial u00 .
6.4. Se um sistema massa-mola com uma massa de 2 kg e uma mola com constante de elasticidade igual 0,5
N/m é colocado em movimento, no instante t = 0, num meio em que a constante de amortecimento é
igual a 1 N.s/m, determine a posição da massa em qualquer instante t, considerando a posição inicial
igual a u0 e a velocidade inicial u00 .
6.5. Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. Suponha que não haja amortecimento e que
a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por segundo ao quadrado. Encontre a frequência, o
perı́odo e a amplitude do movimento. Determine a posição u em função do tempo t e faça um esboço do
seu gráfico.
(a) Se a massa é colocada em movimento a partir da sua posição de equilı́brio com uma velocidade
apontada para cima de 4 centı́metros por segundo.
(b) Se a massa é puxada para baixo esticando a mola 1 centı́metro e depois colocada em movimento
com uma velocidade para baixo de 10 centı́metros por segundo.
(c) Se a massa é puxada para baixo esticando a mola 2 centı́metros e depois é solta.
6.6. Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. A massa está presa a um amortecedor viscoso.
Suponha que a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por segundo ao quadrado.
(a) Para quais valores da constante de amortecimento γ o sistema é super-amortecido, tem um amorte-
cimento crı́tico e é sub-amortecido.
(b) Suponha que o amortecedor exerce uma força de 104 dinas (=gramas·centı́metros por segundos2 )
quando a velocidade é de 10 centı́metros por segundo. Se a massa é puxada para baixo 2 centı́metros
e depois é solta, determine a posição u em função do tempo t e faça um esboço do seu gráfico. Qual
o valor do quase perı́odo?
6.7. Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. Suponha que não haja amortecimento e que
a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por segundo ao quadrado. Se o sistema é colocado em
movimento com uma força externa de 9600 cos(6t) dinas, determine a posição da massa como função do
tempo e faça um esboço do seu gráfico.
6.8. Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. Suponha que não haja amortecimento e que
a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por segundo ao quadrado. Se o sistema é colocado
em movimento na posição de equilı́brio com uma força externa de 1000 cos(ωt) dinas, para ω igual a
frequência de ressonância, determine a posição da massa como função do tempo e faça um esboço do
seu gráfico.
6.9. Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. A massa está presa a um amortecedor viscoso.
Suponha que a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por segundo ao quadrado. Suponha que
o amortecedor exerce uma força de 4200 dinas quando a velocidade é de 1 centı́metro por segundo. Se a
massa está sob a ação de uma força externa de 26000 cos(6t) dinas, determine a posição u em função do
tempo t e faça um esboço do seu gráfico, considerando somente a solução estacionária.
mu00 + ku = F0 cos(ωt)
u(0) = 0, u0 (0) = 0
(a) Se ω 6= ω0 é dada por
F0
u(t) = (cos(ωt) − cos(ω0 t)) .
m(ω02 − ω2 )
(b) Se ω = ω0 é dada por
F0
u(t) = t sen(ω0 t).
2mω0
6.15. O movimento de um pêndulo simples de massa m e comprimento l é descrito pela função θ (t) que
satisfaz a equação diferencial
d2 θ g
2
+ sen θ = 0.
dt l
Considere a aproximação sen θ ≈ θ.
(a) Encontre θ (t) sabendo-se que o pêndulo é solto de um ângulo θ0 .
(b) Determine a frequência, o perı́odo e a amplitude de oscilação do pêndulo.
dy
(a) Substituindo-se y = ert e = rert e na equação obtemos
dt
arert + bert = ( ar + b)ert = 0,
r (r − 1) xr + brxr + cxr = 0.
r2 + (b − 1)r + c xr = 0,
dy
1.3. (a) Substituindo-se y = ert e = rert na equação diferencial obtemos
dt
arert + bert = ( ar + b)ert = 0.
Como ert 6= 0, então y(t) = ert é solução da equação diferencial se, e somente se, r é solução da
equação
ar + b = 0
dy d2 y
(b) Substituindo-se y = ert , = rert e 2 = r2 ert na equação diferencial obtemos
dt dt
ar2 ert + brert + cert = ( ar2 + br + c)ert = 0.
Como ert 6= 0, então y(t) = ert é solução da equação diferencial se, e somente se, r é solução da
equação
ar2 + br + c = 0
dy d2 y
(c) Substituindo-se y = xr , = rxr−1 e 2 = r (r − 1) xr−2 na equação diferencial obtemos
dx dx
x2 r (r − 1) xr−2 + bxrxr−1 + cxr = 0.
r2 + (b − 1)r + c xr = 0.
Como xr 6= 0, então y = xr é solução da equação diferencial se, e somente se, r é solução da equação
r2 + (b − 1)r + c = 0.
1.4. (a)
−2tr tr2 (−2r + r2 )t
0 = y0 + ty2 = + = ∀t
( t2 − 3)2 ( t2 − 3)2 ( t − 3)2
⇒ r2 − 2r = 0
⇒ r=0 ou r=2
(b)
−2rt 2tr2 (−2r − 2r2 )t
0 = y0 − 2ty2 = − = ∀t
( t2 + 1)2 ( t2 + 1)2 ( t2 + 1)2
⇒ r2 + r = 0
⇒ r=0 ou r = −1
(c)
−2rt 6tr2 (−2r − 6r2 )t
0 = y0 − 6ty2 = − 2 = ∀t
( t2+ 1) 2 ( t + 1) 2 ( t2 + 1)2
⇒ 3r2 + r = 0
⇒ r=0 ou r = −1/3
(d)
−2rt tr2 (−2r − r2 )t
0 = y0 − ty2 = − = , ∀t
( t2 + 2)2 ( t2 + 2)2 ( t2 + 2)2
⇒ r2 + 2r = 0
⇒ r=0 ou r = −2
Portanto todas as soluções da equação diferencial que são funções de 1o. grau são múltiplos escalares de
y0 (t) = t − 1.
2.1. (a)
2
R
(1−2x )dx
µ( x ) = e = e x−x
2
Multiplicando a equação por µ( x ) = e x− x :
d x − x2 2 2
e y = e x− x xe− x = xe− x
dx
1
Z
2 2 2
e x−x y( x ) = xe− x dx = − e− x + C
2
1 2
y( x ) = − e− x + Ce x − x
2
1
2 = y(0) = − + C ⇒ C = 5/2
2
1 5 2
y( x ) = − e− x + e x − x
2 2
(b)
3t2 dt 3
R
µ(t) = e = et
3
Multiplicando a equação por µ(t) = et :
d t3 3 3
e y = et e−t +t = et
dt
Z
3
et y(t) = et dt = et + C
3 3
y(t) = et−t + Ce−t
2 = y (0) = 1 + C ⇒ C = 1
3 3
y (t ) = et−t + e−t
(c) R
− cos t dt
µ(t) = e = e− sen t
d − sen t 2 2
e y = e− sen t tet +sen t = tet
dt
1 t2
Z
2
e− sen t y(t) = tet dt = e +C
2
1 t2 +sen t
y(t) = e + Cesen t
2
1
2 = y (0) = + C ⇒ C = 3/2
2
1 t2 +sen t 3 sen t
y(t) = e + e
2 2
(d)
x4 dx x5
R
µ( x ) = e =e 5
x5
Multiplicando a equação por µ( x ) = e 5 :
5
d x x5 4x5 5
e 5 y = e 5 x4 e 5 = x4 e x
dx
x5 1 x5
Z
5
e 5 y( x ) = x4 e x dx = e
5
1 4x5 x5
y( x ) = e 5 + Ce− 5
5
1
1 = y (0) = + C ⇒ C = 4/5
5
1 4x5 4 x5
y( x ) = e 5 + e− 5
5 5
2.2. (a)
4 2
y0 − y=− 3
x x
− 4x dx
R
µ( x ) = e = x −4
Multiplicando a equação por µ( x ) = x −4 :
d −4 2
x y =− 7
dx x
Integrando-se
2 1
Z
x −4 y ( x ) = − dx = 6 + C
x7 3x
1
y( x ) = + Cx4
3x2
(b)
1
y0 − y = −x
x
− 1x dx
R
µ( x ) = e = x −1
Multiplicando a equação por µ( x ) = x −1 :
d −1
x y = −1
dx
Integrando-se Z
−1
x y( x ) = − dx = − x + C
y( x ) = − x2 + Cx
(c)
4
y0 − y = x5 e x
x
− 4x dx
R
µ( x ) = e = x −4
Multiplicando a equação por µ( x ) = x −4 :
d −4
x y = xe x
dx
Integrando-se Z
x −4 y ( x ) = xe x dx = xe x − e x + C
y( x ) = x5 e x − x4 e x + Cx4
2.3. (a)
5x4 dx 5
R
µ( x ) = e = ex
5
Multiplicando a equação por µ( x ) = e x :
d 5
5 5
e x y = e x x4 = x4 e x
dx
1 x5
Z
5 5
e x y( x ) = x4 e x dx = e +C
5
1 5
y( x ) = + Ce− x
5
1
y0 = y (0) = + C ⇒ C = y0 − 1/5
5
1 1 − x5
y ( x ) = + y0 − e
5 5
5
(b) y0 ( x ) = −5x4 y0 − 51 e− x . Para y0 > 1/5 a solução é decrescente e para y0 < 1/5 a solução é
crescente.
(c) limx→+∞ y( x ) = 1/5 e claramente independe do valor de y0 .
2.4. (a)
x
y0 + y=0
x2 − 9
x
R
dx 1 2
p
µ( x ) = e x2 −9 = e 2 ln | x −9| = x2 − 9
√
Multiplicando a equação por µ( x ) = x2 − 9:
d p 2
x −9y = 0
dx
p
x2 − 9 y( x ) = C
C
y( x ) = √
x2 −9
C
y0 = y (5) = ⇒ C = 4y0
4
4y0
y( x ) = √
x2 − 9
(b) x > 3, para y0 6= 0 e −∞ < x < ∞, para y0 = 0.
(c) limx→+∞ y( x ) = 0 e claramente independe do valor de y0 .
dy d dy dy
2.5. (a) dt + p(t)y = dt (y1 (t) + y2 (t)) + p(t)(y1 (t) + y2 (t)) = dt1 + p(t)y1 + dt2 + p(t)y2 = 0 + 0 =
0
dy d dy1
(b) dt + p(t)y = dt (cy1 (t)) + p(t)(cy1 (t)) = c
+ p(t)y1 = c0 = 0
dt
dy d dy dy
2.6. dt + p(t)y = dt (cy1 (t) + y2 (t)) + p(t)(cy1 (t) + y2 (t)) = c dt1 + p(t)y1 + dt2 + p(t)y2 = c0 +
q(t) = q(t)
1 1
R
2.7. Para resolver a equação precisamos determinar o fator integrante: µ(t) = e 100 dt = e 100 t .
1
Multiplicando-se a equação diferencial por µ(t) = e 100 t obtemos
d 1
(e 100 t y) = 2t
dt
Integrando-se ambos os membros obtemos
1
e 100 t y(t) = t2 + C
ou 1 1
y(t) = t2 e− 100 t + Ce− 100 t .
Substituindo-se t = 0 e y = 100, obtemos 100 = C. Ou seja, a solução do problema de valor inicial é
1 1 1
y(t) = t2 e− 100 t + 100e− 100 t = (t2 + 100)e− 100 t .
dy d2 y
3.3. Substituindo-se y = xr , = rxr−1 e 2 = r (r − 1) xr−2 em (1.23) obtemos
dx dx
x2 r (r − 1) xr−2 + bxrxr−1 + cxr = 0.
r2 + (b − 1)r + c xr = 0.
Como xr 6= 0, então y = xr é solução da equação (1.23) se, e somente se, r é solução da equação
r2 + (b − 1)r + c = 0.
3.4.
x r1 x r2
y1 ( x ) y2 ( x )
det = det
y10 ( x ) y20 ( x ) r 1 x r1 −1r 2 x r2 −1
r1 −1 r2 −1 x x
= x x det
r1 r2
= (r2 − r1 ) xr1 +r2 −1 6= 0,
para todo x > 0.
3.5. Neste caso, para x > 0, pela fórmula de Euler:
y( x ) = C1 xr1 + C2 xr2
= C1 x α (cos( β ln x ) + i sen( β ln x ))
+ C2 x α (cos( β ln x ) − i sen( β ln x ))
= (C1 + C2 ) x α cos( β ln x )
+ i (C1 − C2 ) x α sen( β ln x )
u( x ) = x α cos( β ln x )
i i
e tomando C1 = − e C2 = , temos a solução
2 2
v( x ) = x α sen( β ln x ).
u( x ) v( x )
det = βx2α−1 6= 0, ∀ x > 0.
u0 ( x ) v0 ( x )
= xr ((r2 + (b − 1)r + c) ln x + 2r + b − 1) = 0.
x r1 xr1 ln x
y1 ( x ) y2 ( x )
det = det
y10 ( x ) y20 ( x ) r1 xr1 −1 (1 + r1 ln x ) xr1 −1
2r1 −1 1 ln x
= x det
r1 (1 + r1 ln x )
= x2r1 −1 6= 0, para todo x > 0.
(b)
1 1
p(t) = =
t2 −1 (t − 1)(t + 1)
t t
q(t) = =
t2 −1 ( t − 1 )( t + 1)
t2 t2
f (t) = = .
t2 −1 (t − 1)(t + 1)
Como t0 = 2, então o problema de valor inicial tem solução no intervalo t > 1.
(c)
t+1 t+1
p(t) = =
t2 − t t ( t − 1)
1 t+1
q(t) = =
t2 − t t ( t − 1)
et et
f (t) = = .
t2 − t t ( t − 1)
Como t0 = −1, então o problema de valor inicial tem solução no intervalo t < 0.
(d)
t+3 t+3
p(t) = =
t2 − t t ( t − 1)
2 t+3
q(t) = =
t2 − t t ( t − 1)
cos t cos t
f (t) = = .
t2 − t t ( t − 1)
Como t0 = 2, então o problema de valor inicial tem solução no intervalo t > 1.
y(t0 ) = 1, y0 (t0 ) = 0
e y2 (t) a solução do PVI
y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0,
y(t0 ) = 0, y0 (t0 ) = 1,
então W [y1 , y2 ](t0 ) = 1 6= 0.
3.10. (a)
W [y1 , y2 ](t) = y1 (t)y20 (t) − y2 (t)y10 (t)
(c) Pelo item anterior o wronskiano satisfaz a equação diferencial W 0 + p(t)W = 0. A equação diferen-
cial pode ser escrita como uma equação separável
W0
= − p ( t ).
W
Integrando-se em relação a t obtemos
W0
Z Z
dt = − p(t)dt
W
1
Z Z
dW = − p(t)dt
W
Z
ln |W (t)| = − p(t)dt
(d) Pelo item anterior, se para algum t0 ∈ I, W [y1 , y2 ](t0 ) = 0, então c = 0 e W [y1 , y2 ](t) = 0, para todo
t ∈ I.
Por outro lado, se para algum t0 ∈ I, W [y1 , y2 ](t0 ) 6= 0, então c 6= 0 e W [y1 , y2 ](t) 6= 0, para todo
t ∈ I.
(e) Substituindo-se y1 (t) e y2 (t) na equação 0 diferencial y00 + p(t)y0 + q(t)y = 0 obtemos o sis-
−y100 (t)
y1 ( t ) y1 ( t ) p(t)
tema AX = B, em que A = , X = e B = . Assim,
y20 (t) y2 (t) q(t) −y200 (t)
0 −1 00 00
p(t) y1 ( t ) y1 ( t ) − y1 ( t ) y2 ( t ) − y1 ( t ) y1 ( t )
= X = A −1 B = 0 (t) y (t)
1
00 ( t ) = W [y1 ,y2 ](t) − y0 ( t ) =
q(t) y 2 2 − y 2 2 y10 (t) y200 (t)
00 00
1 y2 ( t ) y1 ( t ) − y1 ( t ) y2
W [y1 ,y2 ](t) y0 ( t ) y00 − y0 ( t ) y00 ( t )
. Observe a aplicação do Teorema de Abel (exercı́cio anterior).
1 2 2 1
4.1. (a) 2x2 y100 − xy10 − 9y1 = 2x2 (6x ) − x (3x2 ) − 9x3 = 12x3 − 3x3 − 9x3 = 0
Logo, y1 ( x ) = x3 é solução da equação.
(b) Seja y1 ( x ) = x3 . Vamos procurar uma segunda solução da equação da forma
y ( x ) = v ( x ) y1 ( x ) = v ( x ) x 3 .
Como
y0 ( x ) = v0 ( x ) x3 + 3v( x ) x2 e
00 00 3 0 2
y ( x ) = v ( x ) x + 6v ( x ) x + 6v( x ) x,
então y( x ) é solução da equação se, e somente se,
2x2 y00 − xy0 − 9y = 0
2x2 (v00 ( x ) x3 + 6v0 ( x ) x2 + 6v( x ) x ) − x (v0 ( x ) x3 + 3v( x ) x2 ) − 9v( x ) x3 = 0
2x5 v00 ( x ) + 11x4 v0 ( x ) = 0.
Seja w( x ) = v0 ( x ). Então a equação acima pode ser escrita como
2xw0 + 11w = 0.
w0 11
2 =−
w x
d 11
(2 ln |w|) = −
dx x
2 ln |w| = −11 ln | x | + c̃1
ln x11 (w( x ))2 = c̃1
w( x ) = v0 ( x ) = c1 x −11/2
2
Z
v ( x ) = c1 x −11/2 dx = −c1 x −9/2 + c2
9
y ( x ) = v ( x ) y 1 ( x ) = v ( x ) x −1 .
Como
y 0 ( x ) = v 0 ( x ) x −1 − v ( x ) x −2 e
xw0 + w = 0.
y2 ( x ) = v( x )y1 ( x ) = x −1 ln x
1 − b2 −3− b
− v( x ) x 2 ,
4
xw0 + w = 0.
w0 1
+ =0
w x
d
(ln |w| + ln | x |) = 0
dx
ln | xw( x )| = c̃1
w ( x ) = v 0 ( x ) = c 1 x −1
Resolvendo a equação para v( x ):
Z
v ( x ) = c1 x −1 dx = c1 ln x + c2
xr xr ln x
y1 ( x ) y2 ( x )
det = det
y10 ( x ) y20 ( x ) rxr−1 (1 + r ln x ) xr−1
1 ln x
= x2r−1 det
r (1 + r ln x )
= x2r−1 6= 0, para todo x > 0.
y ( x ) = v ( x ) y1 ( x ) = v ( x ) e − x .
Como
y0 ( x ) = (v0 ( x ) − v( x ))e− x e y00 ( x ) = (v00 ( x ) − 2v0 ( x ) + v( x ))e− x ,
então y( x ) é solução da equação se, e somente se,
( x + 3)y00 + xy0 − y = 0
( x + 3)(v00 ( x ) − 2v0 ( x ) + v( x ))e− x + ( x + 2)(v0 ( x ) − v( x ))e− x − v( x )e− x = 0.
( x + 3)v00 ( x ) + (−2( x + 3) + ( x + 2))v0 ( x ) = 0
( x + 3)v00 ( x ) − ( x + 4)v0 ( x ) = 0
Seja w( x ) = v0 ( x ). Então a equação acima pode ser escrita como
( x + 3)w0 − ( x + 4)w = 0.
Esta é uma equação de 1a. ordem separável.
w0 x+4
=
w x+3
d x+4 1
(ln |w|) = = 1+
dx x+3 x+3
ln |w| = x + ln( x + 3) + c̃1
w( x )
ln
− x = c̃1
x + 3
w ( x ) = v 0 ( x ) = c1 e x ( x + 3)
Resolvendo a equação para v( x ):
Z
v ( x ) = c1 e x ( x + 3)dx = c1 ( x + 2)e x + c2
y( x ) = −2e− x+1 + x + 2
4.5. y00 + 2y0 = 0 tem solução geral y(t) = k1 e−2t + k2 . Logo, k1 + k2 = a, k1 = −b/2 e k2 = a + b/2 e
y → a + b/2 quando t → +∞.
4.7. As raı́zes da equação caracterı́stica são ±2 e a solução geral é y(t) = c1 e2t + c2 e−2t . Então c1 = −c2 = b/4
e
b
y(t) = (e2t − e−2t ) = 0
4
Como b 6= 0, então e2t = e−2t , ou seja, e4t = 1 e t = 0.
4.8. A equação caracterı́stica tem 1/2 como única raiz. Assim, a solução geral é da forma
que tem solução A0 = 5/36 e A1 = 1/6. Assim uma solução particular da equação não homogênea
é
5 1
y p (x) = + x e−5x
36 6
∆ = 16 − 24 = −8
√
As raı́zes da equação caracterı́stica são r1,2 = 2 ± i 2 e a solução geral da equação homogênea é
√ √
y( x ) = c1 e2x cos( 2 x ) + c2 e2x sen( 2 x )
−4A1 + 6( A0 + A1 x ) = 3x
que tem solução A0 = 1/3 e A1 = 1/2. Assim uma solução particular da equação não homogênea
é
1 1
y p (x) = + x
3 2
e a solução geral da equação não homogênea é
1 1 √ √
y( x ) = + x + c1 e2x cos( 2 x ) + c2 e2x sen( 2 x )
3 2
t 1
y(t) = c1 cos(2t) + c2 sen(2t) − cos(2t) + t
2 4
√
(d) Eq. caracterı́stica: r2 + 2 = 0 ⇔ r = ± 2i.
√ √
Sol. geral da eq. homog.: y(t) = c1 cos( 2t) + c2 sen( 2t)
Sol. particular da forma y p (t) = Aet + B.
y0p (t) = Aet
y00p (t) = Aet
Substituindo-se na equação
Aet + 2( Aet + B) = et + 2
3Aet + 2B = et + 2
3A = 1
2B = 2
Obtemos A = 1/3, B = 1. Assim a solução geral da equação é
√ √ 1
y(t) = c1 cos( 2t) + c2 sen( 2t) + et + 1
3
5.2. (a) Solução geral da equação homogênea:
y ( t ) = c 1 e −2 t + c 2 e t
y p ( t ) = A2 t2 + A1 t + A0
y00p + y0p − 2y p = (−2A2 )t2 + (2A2 − 2A1 )t + (2A2 + A1 − 2A0 )
−2A2 = 1
2A2 − 2A1 = 0
2A2 + A1 − 2A0 = 3
1
−
2
A2
A1 = − 1
2
A0 9
−
4
y p (t) = −9/4 − 1/2 t − 1/2 t2
Solução geral:
y(t) = c1 e−2 t + c2 et − 9/4 − 1/2 t − 1/2 t2
Solução do PVI
y(t) = 7/12 e−2 t + 5/3 et − 9/4 − 1/2 t − 1/2 t2
Substituindo-se na equação
y00p + 2y0p + y p = (−3A + 4B) cos 2t + (−4A − 3B) sen 2t = 3 sen 2t
−3A + 4B = 0
−4A − 3B = 3
12
A − 25
= 9
B − 25
12 9
y p (t) = − cos 2t − sen 2t
25 25
Solução geral:
12 9
y(t) = c1 e−t + c2 te−t − cos 2t − sen 2t
25 25
Derivada da solução geral:
y0 (t) = −c1 e−t + c2 (1 − t)e−t + 24
25 sen 2t −
18
25 cos 2t
Substituindo-se t = 0, y = 0, y0 = 0:
12 6
c1 = , c2 =
25 5
Solução do PVI:
12 −t
y(t) = 25 e + 65 te−t − 12
25 cos 2t − 9
25 sen 2t
y ( t ) = c1 e2 t + c2 e2 t t
Solução do PVI
y(t) = −1/3 e2 t + e2 t t + 1/3 e−t
Solução particular:
y p ( t ) = A2 t2 + A1 t + A0
Substituindo-se na equação:
2y00p + 2y0p + y p = ( A2 )t2 + (4A2 + A1 )t + (4A2 + 2A1 + A0 ) = t2
A2 = 1
4A2 + A1 = 0
4A2 + 2A1 + A0 = 0
A2 1
A1 = −4
A0 4
y p (t) = t2 − 4t + 4 = (t − 2)2
Solução geral:
y(t) = c1 e−t/2 cos(t/2) + c2 e−t/2 sen(t/2) + (t − 2)2
r2 + 5 = 0
√
que tem como raı́zes r = ± 5i. Assim a solução geral da equação é
√ √
y(t) = c1 cos 5 t + c2 sen 5t
Para resolver o problema de valor inicial precisamos calcular a derivada da solução geral
√ √ √ √
y0 (t) = − 5 c1 sen 5 t + 5 c2 cos 5t
√
y(t) = cos 5t
√ √
A amplitude é igual a 1, a frequência é igual a 5, a fase é igual a zero e o perı́odo é igual a 2π/ 5.
(b)
+1
2π
____ t
51/2
−1
(b)
+1
1/2
2____2π t
31/2
−1
6.3.
2u00 + 3u = 3 cos(3t)
√
2r2 + 3 = 0 r = ±i 3/2
1
u p (t) = − cos(3t)
5
e a solução geral da equação não homogênea é
√ √
u(t) = − 15 cos(3t) + c1 cos
3/2 t + c2 sen 3/2 t .
√ √ √ √
u0 (t) = 53 sen(3t) − 3/2c1 sen
3/2 t + 3/2c2 cos 3/2 t .
u(0) = u0 = − 51 + c1 ⇒ c1 = u0 + 1
5
√ √
u0 (0) = u00 = 3/2c2 ⇒ c2 = 2/3u00
Assim a solução do problema de valor inicial é
√ √ √
u(t) = − 51 cos(3t) + (u0 + 51 ) cos 3/2 t + 2/3u00 sen
3/2 t .
6.4.
1
2u00 + u0 + u = 0 ∆ = 1 − 4 = −3
2
√
1 3
r1,2 = − ±i
4 4
√ √
u(t) = c1 e−t/4 cos 43 t + c2 e−t/4 sen 43 t
√ √ √ √ √ √
u0 (t) = c1 − 41 e−t/4 cos 43 t − 43 e−t/4 sen 43 t + c2 − 14 e−t/4 sen 43 t + 4
3
cos 4
3
t
u (0) = u0 = c1
√
4u00 +u0
u0 (0) = u00 = − c41 + 3c2
4 ⇒ c2 = √
3
Assim a solução do problema de valor inicial é
√ √
4u00 +u0 −t/4
u(t) = u0 e−t/4 cos 43 t + √ e sen 43 t
3
Equação caracterı́stica:
r2 + 100 = 0 ⇔ r = ±10i
Solução geral:
u(t) = c1 cos(10t) + c2 sen(10t)
A frequência natural é
r r
k 104
ω0 = = = 10.
m 100
O perı́odo é
2π 2π
T= = segundos
ω0 10
(a) A posição em função do tempo é a solução do problema de valor inicial
00
u + 100u = 0,
u(0) = 0,
0
u (0) = −4.
0
2π/10
t
−2/5
0
π/40 π/40+2π/10
t
−2^(1/2)
u(t) = 2 cos(10t)
A amplitude é igual a 2.
u
2
0
2π/10
t
−2
Equação caracterı́stica:
102 r2 + γr + 104 = 0
∆ = γ2 − 4 · 106
(a) • Se γ > 2 · 103 o sistema é super-amortecido.
• Se γ = 2 · 103 o o sistema tem um amortecimento crı́tico.
• Se γ < 2 · 103 o sistema é sub-amortecido
(b) Neste caso a constante de amortecimento é dada por
Fr 104
γ= = = 103 .
v 10
A equação diferencial que descreve o movimento é
Equação caracterı́stica:
√
102 r2 + 103 r + 104 = 0 ⇔ r = −5 ± 5 3 i
Solução geral: √ √
u(t) = c1 e−5t cos(5 3 t) + c2 e−5t sen(5 3 t)
A posição em função do tempo é a solução do problema de valor inicial
00
u + 10u0 + 100u = 0,
u(0) = 2,
0
u (0) = 0.
√ √
u0 (t) = e−5t ((5 3c2 − 5c1 ) cos(5 3 t) +
√ √
+ (−5 3 − 5c2 ) sen(5 3 t))
u(0) = 2 = c1√,
u0 (0) = 0 = 5 3c2 − 5c1 .
√
Logo c1 = 2 e c2 = 2/ 3. Assim
4
q
R= c21 + c22 = √ ,
3
√
c 3
δ = arccos 1 = arccos = π/6
R 2
e a solução do problema de valor inicial é
√ √ √
u(t) = 2e−5t cos(5 3 t) + √2 e−5t sen(5 3 t) = √4 e−5t cos(5 3 t − π/6)
3 3
√ √
A quase frequência é igual a 5 3 e o quase perı́odo é igual a 2π/5 3.
u
4/3^(1/2)
0
π/(30 31/2) π/(30 31/2)+2π/(5 31/2)
t
−4/3^(1/2)
6.7.
102 u00 + 104 u = 9600 cos(6t),
u(0) = 0, u0 (0) = 0
A solução geral da equação homogênea é
3
u(t) = c1 cos (10t) + c2 sen (10t) + cos(6t)
2
c1 = −3/2, c2 = 0
3
u(t) = (cos(6t) − cos(10t)) .
2
Como
cos( A − B) − cos( A + B) = 2 sen A sen B
então
u(t) = 3 sen(2t) sen(8t)
0
π t
−3
6.8.
102 u00 + 104 u = 103 cos(10t),
u(0) = 0, u0 (0) = 0
A solução geral da equação homogênea é
u(t) = c1 cos (10t) + c2 sen (10t)
A solução particular pelo método dos coeficientes a determinar é da forma
u p (t) = t( A0 cos(10t) + B0 sen(10t))
Pelo método das constantes a determinar encontramos A0 = 0 e B0 = 1/2.
A solução geral da equação é
t
u(t) = c1 cos (10t) + c2 sen (10t) + sen(10t)
2
Derivando e substituindo-se t = 0, u = 0 e u0 = 0 obtemos que
c1 = 0, c2 = 0
0.5 t →
π
__ t
5
−0.5 t →
A0 16
q
R= A20 + B02 = 1, δ = arccos = arccos ≈ 1, 32.
R 65
16 63
u p (t) = cos(6t) + sen(6t) = cos(6t − 1, 32)
65 65
u
+1
1,32
__ 1,32+2π
____ t
6 6
−1
− ω 2 B − 2 B + ω A sen ωt = cos ωt
π
Substituindo-se t = 0 e t = 2ω obtemos o sistema
2 − ω 2 A + ω B = 1
−ω A + 2 − ω 2 B = 0
(2 − ω 2 ) ω
u p (t) = 4 2
cos(ωt) + 4 sen(ωt).
ω −3ω +4 ω − 3 ω2 + 4
(b) A amplitude é
p 1
R = R(ω ) = A2 + B2 = 1/2
( ω 4 − 3 ω 2 + 4)
6.11. A solução geral da equação homogênea é dada por
Derivando-se:
u0p (t) = Bω cos (ω t) − Bω sen (ω t)
k − m ω 2 A = F0
k − m ω2 B = 0
Assim
F0 F0
A= 2
= 2
, B = 0.
k−mω m ( ω0 − ω 2 )
Logo a solução geral é
F0
u(t) = c1 cos (ω0 t) + c2 sen (ω0 t) + cos(ωt).
m(ω02 − ω 2 )
F0
u00 + ω02 u = cos (ω0 t)
m
Vamos procurar uma solução particular da forma
Derivando-se:
u0p (t) =
(ω0 t B + A) cos (ω0 t) + ( B − ω0 t A) sen (ω0 t)
u00p (t) =
Assim
F0
A = 0, B = .
2mω0
Logo a solução geral é
F0
u(t) = c1 cos (ω0 t) + c2 sen (ω0 t) + t sen(ω0 t).
2mω0
6.12. (a)
F0 cos (ω t)
u(t) = + c2 sen (ω0 t) + c1 cos (ω0 t)
ω02 − ω 2 m
F0 ω sen (ω t)
u0 (t) = − − ω0 c1 sen (ω0 t) + ω0 c2 cos (ω0 t)
ω02 − ω 2 m
F0
+ c1
ω02 − ω 2 m
ω0 c 2
F0
c1 = − , c2 = 0
m(ω02 − ω 2 )
F0
u(t) = (cos(ωt) − cos(ω0 t)) .
m(ω02 − ω 2 )
(b)
F0
u(t) = c1 cos (ω0 t) + c2 sen (ω0 t) + t sen(ω0 t)
2mω0
F0 sen(ω0 t)
u0 (t) = 2 ω0 m − ω0 c1 sen (ω0 t)
F0 t cos(ω0 t)
+ 2m + ω0 c2 cos (ω0 t)
Derivando-se e substituindo-se t = 0, u = 0 e u0 = 0 obtemos que
c1 = 0, c2 = 0
F0
u(t) = t sen(ω0 t).
2mω0
6.13. Seja u(t) = c1 u1 (t) + c2 u2 (t) a solução da equação homogênea correspondente. Então a solução geral
desta equação é
u ( t ) = c1 u1 ( t ) + c2 u2 ( t ) + u p ( t )
em que u p (t) é uma solução particular. Pelo método dos coeficientes a determinar
Substituindo-se u p (t), u0p (t) e u00p (t) na equação diferencial obtemos ω B γ + ω02 − ω 2 m A cos ωt
ω02 − ω 2 m A + ωγ B = F0
−ω γ A + ω02 − ω 2 m B = 0
encontramos
F0 m(ω02 − ω 2 ) F0 γω
A= , B= ,
∆ ∆
em que ∆ = m2 (ω02 − ω 2 )2 + γ2 ω 2 . Logo, uma solução particular da equação diferencial é
F0 m(ω02 − ω 2 ) F0 γω
u p (t) = cos(ωt) + sen(ωt).
∆ ∆
6.14. (a)
1
10Q00 + 60Q0 + = 12
0, 125 · 10−1
Dividindo-se por 10:
6
Q00 + 6Q0 + 8Q =
5
Equação caracterı́stica: r2 + 6r + 8 = 0
Raı́zes: r = −2, −4
Solução geral da equação homogênea: Q(t) = c1 e−2t + c2 e−4t
Solução particular da forma Q p (t) = A0 .
Substituindo-se na equação:
6 3
8A0 = ⇒ A0 =
5 20
Solução geral:
3
Q(t) = c1 e−2t + c2 e−4t +
20
Derivada da solução geral: Q0 (t) = −2c1 e−2t − 4c2 e−4t
Substituindo-se t = 0, Q = 0, Q0 = 0:
3
c1 + c2 + 20 =0 c1 = −3/10
, ⇒
−2c1 − 4c2 = 0 c2 = 3/20
Solução do PVI:
3 −2t 3 3
Q(t) = − e + e−4t +
10 20 20
(b)
3
lim Q(t) = C
t→∞ 20
(c)
0.16
Q
0.14
0.12
0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
t
−0.02
Séries de Fourier
160
2.1 Teorema de Fourier 161
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt, para n = 0, 1, 2, . . . (2.2)
L −L L
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . . (2.3)
L −L L
O teorema seguinte, cuja demonstração será realizada somente no final desta seção,
afirma que para toda função f : [− L, L] → R contı́nua por partes, cuja derivada f 0
também é contı́nua por partes a série de Fourier de f converge.
Teorema 2.1 (Fourier). Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [− L, L] → R contı́nua por partes
tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, a série de Fourier de f
∞ ∞
a0 nπt nπt
S f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen ,
2 n =1
L n =1
L
em que
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . .
L −L L
converge para f nos pontos de (− L, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de Fourier:
∞ ∞
a0 nπt nπt
f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen , para t ∈ (− L, L) em que f é contı́nua.
2 n =1
L n =1
L
Como a série de Fourier é periódica de perı́odo 2L ela pode ser entendida como a
série de Fourier da extensão periódica de f , f˜ : R → R, que é definida por
Teorema 2.2 (Fourier para Funções Periódicas). Para toda função f : R → R periódica de perı́odo 2L, contı́nua
por partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, a série de Fourier de f
∞ ∞
a0 nπt nπt
S f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen ,
2 n =1
L n =1
L
em que
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . .
L −L L
converge para f nos pontos em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de Fourier:
∞ ∞
a0 nπt nπt
f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen , para t ∈ R em que f é contı́nua.
2 n =1
L n =1
L
y y
N=0 N=1
1.5 1.5
1 1
0.5 0.5
t t
y y
N=2 N=3
1.5 1.5
1 1
0.5 0.5
t t
y y
N=4 N = 10
1.5 1.5
1 1
0.5 0.5
t t
Figura 2.1 – Somas parciais da série de Fourier da função do Exemplo 2.1, para N = 0, 1, 2, 3, 4, 10
Exemplo 2.1. Seja L um número real maior que zero. Considere a função
f : [− L, L] → R dada por
(0) 1, se cL < t ≤ dL,
f (t) = f c,d (t) = para c e d fixos satisfazendo −1 ≤ c < d ≤ 1.
0, caso contrário,
(0) nπt
Vamos calcular a série de Fourier de f c,d . Fazendo a mudança de variáveis s =
L
obtemos
1 dL 1 dL
Z Z
a0 = f (t)dt = dt = d − c,
L cL L cL
1 dL nπt 1 dL nπt 1 nπd
Z Z
an = f (t) cos dt = cos dt = sen s , para n = 1, 2, . . .
L cL L L cL L nπ nπc
1 dL nπt 1 dL nπt 1 nπd
Z Z
bn = f (t) sen dt = sen dt = − cos s , para n = 1, 2, . . .
L cL L L cL L nπ nπc
Logo,
∞ ∞
a0 nπt nπt
S f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen
2 n =1
L n =1
L
∞ ∞
d−c 1 sen nπd − sen nπc nπt 1 cos nπc − cos nπd nπt
=
2
+
π ∑ n
cos
L
+
π ∑ n
sen
L
.
n =1 n =1
Exemplo 2.3. Vamos calcular a série de Fourier da função f : [−π, π ] → R dada por
0, se −π ≤ t < −π/4
f (t) = 1, se −π/4 ≤ t < π/2
0, se π/2 ≤ t < π
(0)
Portanto usando os coeficientes que obtivemos para f c,d no Exemplo 2.1, com
1 1
c = − e d = temos que
4 2
∞ ∞
3 1 1 nπ nπ 1 1 nπ nπ
S f (t) = +
8 π ∑ n
sen
2
+ sen
4
cos nt +
π ∑ n
cos
2
− cos
4
sen nt.
n =1 n =1
Pelo Teorema 2.1 (de Fourier) temos que f pode ser representada por sua série de
Fourier
∞ ∞
3 1 1 nπ nπ 1 1 nπ nπ
f (t) = S f (t) = +
8 π ∑ n
sen
2
+ sen
4
cos nt +
π ∑ n
cos
2
− cos
4
sen nt,
n =1 n =1
π π
para t 6= − e t 6= .
4 2
(0)
Esta função é a extensão periódica da função f = f com perı́odo igual a 2π.
− 14 , 21
Logo a sua série de Fourier é a mesma da função do Exemplo anterior
∞ ∞
3 1 1 nπ nπ 1 1 nπ nπ
Sg (t) = +
8 π ∑n sen
2
+ sen
4
cos nt +
π ∑n cos
2
− cos
4
sen nt.
n =1 n =1
Pelo Teorema 2.1 (de Fourier) temos que g pode ser representada por sua série de
Fourier
∞ ∞
3 1 1 nπ nπ 1 1 nπ nπ
g(t) = Sg (t) = +
8 π ∑n sen
2
+ sen
4
cos nt +
π ∑n cos
2
− cos
4
sen nt,
n =1 n =1
π π
para t 6= − + 2nπ e t 6= + 2nπ, n ∈ Z.
4 2
y
1.5
1
0.5
t
-5π/2 -2π -3π/2 -π -π/2 π/2 π 3π/2 2π 5π/2
Figura 2.2 – Soma parcial da série de Fourier da função do Exemplo 2.4, com N = 10
Exemplo 2.5. Seja L um número real maior que zero. Seja m um inteiro positivo. Seja
um : [− L, L] → R definida por
mπt
um (t) = cos , para t ∈ [− L, L]
L
πt
Fazendo a mudança de variáveis s = ,
L
Z L
1 mπt 1
Z π
a0 = cos dt = cos msds = 0,
L −L L π −π
1 L mπt nπt 1 π
Z Z
an = cos cos dt = cos ms cos nsds
L −L L L π −π
1
Z π
= [cos(m + n)s + cos(m − n)s]ds
2π −π
1 π 1 π
= sen(m + n)s + sen(m − n)s =0
2π (m + n) −π 2π (m − n) −π
e para n = m,
Z L
1 mπt 1 1
Z π Z π
am = cos2 dt = cos2 msds = [1 + cos 2ms]ds = 1
L −L L π −π 2π −π
Exemplo 2.6. Seja L um número real maior que zero. Seja m um inteiro positivo. Seja
vm : [− L, L] → R definida por
mπt
vm (t) = sen , para t ∈ [− L, L]
L
Vamos calcular os coeficientes an , para n = 0, 1, 2 . . . Fazendo a mudança de variáveis
πt
s= ,
L
1 L mπt 1 π
Z Z
a0 = sen dt = sen msds = 0.
L −L L π −π
πt
Fazendo a mudança de variáveis s = , temos que para n = 1, 2, 3 . . .
L
1 L mπt nπt
Z
an = sen cos dt
L −L L L
1 π
Z
= sen ms cos nsds
π −π
1
Z π
= [sen(m + n)s + sen(m − n)s]ds = 0
2π −π
1 L mπt nπt 1 π
Z Z
bn = sen sen dt = sen ms sen nsds
L −L L L π −π
1
Z π
= [− cos(m + n)s + cos(m − n)s]ds = 0
2π −π
E para n = m,
Z L
1 mπt 1 1
Z π Z π
bm = sen2 dt = sen2 msds = [1 − cos 2ms]ds = 1
L −L L π −π 2π −π
mπt
Svm (t) = cos = vm (t), para m = 1, 2 . . .
L
Demonstração.
an (α f + βg, L) =
Z L Z L Z L
1 nπt 1 nπt 1 nπt
(α f (t) + βg(t)) cos dt = α f (t) cos dt + β g(t) cos dt =
L −L L L −L L L −L L
αan ( f , L) + βan ( g, L).
bn (α f + βg, L) =
Z L Z L Z L
1 nπt 1 nπt 1 nπt
(α f (t) + βg(t)) sen dt = α f (t) sen dt + β g(t) sen dt =
L −L L L −L L L −L L
αbn ( f , L) + βbn ( g, L).
Exemplo 2.7. Seja L um número real maior que zero. Seja n um inteiro positivo. Seja
f : [− L, L] → R definida por
15πt 31πt
f (t) = 3 − 2 cos + 4 sen , para t ∈ [− L, L]
L L
Usando a Proposição 2.3 temos que os coeficientes da série de Fourier de f são dados
por
15πt 31πt
an ( f , L) = 3an (1, L) − 2an (cos , L) + 4an (sen , L) = 3an (u0 , L) − 2an (u15 , L) + 4an (v31 , L)
L L
15πt 31πt
bn ( f , L) = 3bn (1, L) − 2bn (cos , L) + 4bn (sen , L) = 3bn (u0 , L) − 2bn (u15 , L) + 4bn (v31 , L)
L L
Como já calculamos estes coeficientes nos exemplos anteriores e obtivemos que
1, se n = 0,
a n ( u0 , L ) = bn (u0 , L) = 0, para n = 1, 2, . . .
0, caso contrário,
1, se n = 15,
an (u15 , L) = bn (u15 , L) = 0, para n = 1, 2, . . .
0, caso contrário,
1, se n = 31,
an (v31 ) = 0, para n = 1, 2, . . . , bn (v31 , L) =
0, caso contrário,
então temos que a série de Fourier da função deste exemplo é ela própria:
15πt 31πt
S f (t) = 3 − 2 cos + 4 sen = f ( t ).
L L
(1) nπt
Vamos calcular a série de Fourier de f cd . Fazendo a mudança de variáveis s =
L
e integrando-se por partes obtemos
1 dL 1 dL L
Z Z
a0 = f (t)dt = t dt = (d2 − c2 )
L cL L cL 2
Z dL Z dL Z nπd
1 nπt 1 nπt L
an = f (t) cos dt = t cos dt = 2 2 s cos s ds
L cL L L cL L n π nπc
L nπd
= ( s sen s + cos s )
n2 π 2
nπc
1 dL 1 dL
Z nπd
nπt nπt L
Z Z
bn = f (t) sen dt = t sen dt = 2 2 s sen s ds
L cL L L cL L n π nπc
L nπd
= 2 2
(−s cos s + sen s)
n π nπc
Logo
∞ ∞
a0 nπt nπt
S f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen
2 n =1
L n =1
L
nπd nπd
∞ (s sen s + cos s) ∞ (−s cos s + sen s)
L ( d2 − c2 ) L nπt L nπt
=
4
+ ∑
π 2 n =1 n2
nπc
cos
L
+ 2 ∑
π n =1 n
nπc
sen
L
.
e é ı́mpar, se
h(−t) = −h(t), para todo t ∈ [− L, L].
Lembramos também que se h : [− L, L] → R é uma função ı́mpar, então
Z L
h(t)dt = 0,
−L
Já vimos que se uma função f : [− L, L] → R é contı́nua por partes com derivada f 0
também contı́nua por partes, então pelo Teorema 2.1 ela pode ser representada por
sua série de Fourier
∞ ∞
a0 nπt nπt
S f (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen .
2 n =1
L n =1
L
nπt nπt
Se a função f é par, então f (t) sen é ı́mpar e f (t) cos é par (verifique!). Logo
L L
os coeficientes da série de Fourier de f são dados por:
1 L
Z L
nπt 2 nπt
Z
an = f (t) cos dt = f (t) cos dt, para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L L 0 L
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt = 0, para n = 1, 2, . . .
L −L L
Para as funções f que são definidas apenas em [0, L] podemos prolongá-las de forma
que elas se tornem par no intervalo [− L, L]:
˜f (t) = f (−t), se − L ≤ t < 0
f ( t ), se 0 ≤ t < L
-L L
Figura 2.3 – Prolongamento par de uma função definida inicialmente somente no intervalo [0, L]
Corolário 2.4. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua por partes tal que a sua
derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de cossenos de f
∞
a0 nπt
Sc f (t) = + ∑ an cos ,
2 n =1
L
em que
Z L
2 nπt
an = f (t) cos dt, para n = 0, 1, 2, . . .
L 0 L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de
cossenos de Fourier:
∞
a0 nπt
f (t) = + ∑ an cos , para t ∈ (0, L) em que f é contı́nua.
2 n =1
L
nπt
Analogamente, se a função f : [− L, L] → R é ı́mpar, então f (t) sen é par e
L
nπt
f (t) cos é ı́mpar (verifique!) e assim os coeficientes da série de Fourier de f são
L
dados por:
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt = 0, para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L
Z L
1 nπt 2 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . .
L −L L L 0 L
-L L
Figura 2.4 – Prolongamento ı́mpar de uma função definida inicialmente somente no intervalo [0, L]
Corolário 2.5. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua por partes tal que a sua
derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de senos de f
∞
nπt
Ss f (t) = ∑ bn sen L
,
n =1
em que
Z L
2 nπt
bn = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . .
L 0 L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de
senos de Fourier:
∞
nπt
f (t) = ∑ bn sen , para t ∈ (0, L) em que f é contı́nua.
n =1
L
Sc f (t) = 1,
∞ ∞
2 1 − (−1)n nπt 4 1 (2n + 1)πt
Ss f (t) =
π ∑ n
sen
L π ∑ 2n + 1
sen
L
.
n =1 n =0
y y y
N=1 N=3 N=5
1 1 1
t t t
L L L
y y y
N=7 N=9 N = 11
1 1 1
t t t
L L L
Figura 2.5 – A função f : [0, L] → R dada por f (t) = 1 para t ∈ [0, L] e as somas parciais da série de Fourier de
senos de f , para N = 1, 3, 5, 7, 9, 11
Assim os termos de ı́ndice par da série de senos são nulos. Pelo Corolário 2.5 temos
que
∞ ∞
2 1 − (−1)n nπt 4 1 (2n + 1)πt
f (t) = Ss f (t) =
π ∑ n
sen
L π ∑ 2n + 1
sen
L
, para t ∈ (0, L).
n =1 n =0
y y y
L N=0 L N=1 L N=3
t t t
L L L
Figura 2.6 – A função f : [0, L] → R dada por f (t) = t para t ∈ [0, L] e somas parciais da sua série de Fourier de
cossenos para N = 0, 1, 3
y y y
L N=1 L N=2 L N=3
t t t
L L L
y y y
L N=4 L N=5 L N=6
t t t
L L L
Figura 2.7 – A função f : [0, L] → R dada por f (t) = t para t ∈ [0, L] e as somas parciais da sua série de Fourier
de senos de f , para N = 1, 2, 3, 4, 5, 6
y y y
N=0 N=2 N=6
t t t
L L L
Figura 2.8 – A função f : [0, L] → R, dada por f (t) = t se t ∈ [0, L/2] e f (t) = L − t se t ∈ [ L/2, L] e somas
parciais da série de Fourier de cossenos para N = 0, 2, 6
y y y
N=1 N=3 N=5
t t t
L L L
Figura 2.9 – A função f : [0, L] → R, dada por f (t) = t se t ∈ [0, L/2] e f (t) = L − t se t ∈ [ L/2, L] e somas
parciais da série de Fourier de senos para N = 1, 3, 5
2 L L
Z
(1) (0) (1)
a0 = f ( x )dx = 2 a0 ( f 0,1/2 , L) + La0 ( f 1/2,1 , L) − a0 ( f 1/2,1 , L) =
L 0 2
2 L nπx
Z
an = f ( x ) cos dx
L 0 L
(1) (0) (1)
= 2 an ( f 0,1/2 , L) + Lan ( f 1/2,1 , L) − an ( f 1/2,1 , L)
2L nπ/2 2L nπ 2L nπ
= ( s sen s + cos s ) + sen s − ( s sen s + cos s )
n2 π 2 nπ n2 π 2
0 nπ/2 nπ/2
4L nπ 2L 2L
= cos − 2 2 − 2 2 cos nπ
n2 π 2 2 n π n π
nπ
2 cos 2 − 1 − (−1)n
= 2L , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Entretanto alguns termos são nulos. Podemos separar os termos em de ı́ndice par e
de ı́ndice ı́mpar
a2k+1 = 0
2 cos kπ − 2 (−1)k − 1
a2k = 2L 2 2
=L .
(2k) π k2 π 2
os termos de ı́ndice par podem ainda ser separados:
a2·2l = 0
−2 2L
a2(2l +1) = L =− .
(2l + 1)2 π 2 (2l + 1)2 π 2
2 L nπx
Z
bn = f ( x ) sen( )dx
L 0 L
(1) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/2 ) + Lbn ( f 1/2,1 ) − bn ( f 1/2,1 )
2L nπ/2 2L nπ 2L nπ
= (−s cos s + sen s) − cos s − 2 2 (−s cos s + sen s)
2
n π 2 0 nπ nπ/2 n π nπ/2
4L nπ nπ nπ 2L nπ
= − cos + sen + cos
n2 π 2 2 2 2 nπ 2
4L sen nπ 2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
b2k = 0
4L(−1)k
b2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2
Como a função f é contı́nua com sua derivada f 0 também contı́nua, pelo Corolário
2.4, ela pode ser representada por sua série de Fourier de cossenos e pelo Corolário
Vários coeficientes são nulos e não é por acaso. Sempre que um coeficiente é cal-
culado por uma integral de 0 a L de uma função h(t) que é simétrica em relação
ao ponto (t, y) = ( L2 , 0), ou seja, tal que h(t) = −h( L − t), para t ∈ [0, L/2], o seu
valor é igual a zero (verifique!). No exemplo anterior isto ocorreu com os coeficien-
tes de ı́ndice ı́mpar da série de cossenos e com os de ı́ndice par da série de senos
(verifique!). Isto é análogo ao que ocorre com funções ı́mpares sendo integradas em
intervalos simétricos.
N
a0 nπx nπx
SN (x) = + ∑ an cos + bn sen ,
2 n =1
L L
obtemos
Z L
1
SN (x) = f (t)dt
2L −L
N Z L Z L
1 nπx nπt nπx nπt
+
L ∑ cos
L −L
f (t) cos
L
dt + sen
L −L
f (t) sen
L
dt =
n =1
!
Z L N
1 1 nπx nπt nπx nπt
= + ∑ (cos cos + sen sen ) f (t)dt =
L −L 2 n =1 L L L L
!
Z L N
1 1 nπ (t − x )
= + ∑ cos f (t)dt (2.4)
L −L 2 n =1 L
Mas
N
s N
1 1 1 1
sen( N + )s − sen s = ∑ sen(n + )s − sen(n − )s = 2 sen ∑ cos ns
2 2 n =1
2 2 2 n =1
Logo
1 N sen( N + 12 )s
+ ∑ cos ns = .
2 n =1 2 sen 2s
π (t − x )
Substituindo-se s por obtemos
L
π (t − x )
1 N
nπ (t − x ) sen( N + 12 )
2 n∑
+ cos = L . (2.5)
=1 L π ( t − x )
2 sen
2L
Substituindo-se (2.5) em (2.4) obtemos
π (t − x )
Z L sen( N + 1 )
1 2 L
SN (x) = f (t)dt
L −L π (t − x )
2 sen
2L
Substituindo-se f pela sua extensão periódica de perı́odo 2L, f˜, usando o fato de que
neste caso as integrais anteriores podem ser calculadas de − L + x até L + x e fazendo
a mudança de variáveis s = t − x obtemos
π (t − x )
Z L+ x sen( N + 1 )
1 2 L
SN (x) = f˜(t)dt =
L − L+ x π (t − x )
2 sen
2L
πs
Z L sen( N + 1 )
1 2 L f˜( x + s)ds
= πs (2.6)
L −L 2 sen
2L
Tomando-se f ( x ) = 1 em (2.6) obtemos
πs
Z L sen( N + 1 )
1 2 L = 1.
πs (2.7)
L −L 2 sen
2L
1 πs
1
Z L sen( N + 2 ) L
SN (x) − f (x) = f˜( x + s) − f ( x ) πs ds =
L −L 2 sen
2L
s
Z L ˜
1 f ( x + s) − f˜( x ) 2 1 πs
= πs sen( N + 2 ) L ds. (2.8)
L −L s sen
2L
˜ ˜0
Como f é contı́nua por partes com derivada f também contı́nua por partes, então
para x ∈ (− L, L) tal que f ( x ) é contı́nua temos que a função
s
f˜( x + s) − f˜( x ) 2
g(s) = πs
s sen
2L
é contı́nua por partes. Pois, pelo Teorema do valor médio, se f 0 é contı́nua em x,
então g é contı́nua em s = 0. Se f não é contı́nua em x, então os limites laterais de
f 0 (ξ ) quando ξ tende a zero existem. Assim segue do lema que apresentaremos a
seguir que
Z L
1 1 πs
lim (S N ( x ) − f ( x )) = lim g(s) sen( N + ) ds = 0.
N →∞ N →∞ L −L 2 L
Lema 2.6 (Riemann-Lebesgue). Seja g : R → R uma função contı́nua por partes, então
Z b
lim g(s) sen λs ds = 0
λ→∞ a
Demonstração. Seja
Z b
I (λ) = g(s) sen λs ds (2.9)
a
b− πλ
Z b Z
π
|2I (λ)| = g(s) sen λs ds − g(s + ) sen λs ds =
a a− πλ λ
Z a Z b− π Z b
π λ π π
≤ | g(s + )| ds + | g(s) − g(s + )| ds + | g(s + )| ds
a− πλ λ a λ b− πλ λ
Z b− π
2Mπ λ π
≤ + | g(s) − g(s + )| ds < 2e,
λ a λ
2Mπ π e
para λ > tal que | g(s) − g(s +
)| < , para todo s ∈ [ a, b]. O caso geral
e λ b−a
segue da aplicação do argumento acima para cada parte de g que é contı́nua.
Se
dun
( x ) ≤ an , para todo x ∈ [ a, b], n = 1, 2, . . .
dx
e
∞
∑ an < ∞,
n =0
então
∞
du dun
(x) = ∑ ( x ), para todo x ∈ [ a, b].
dx n =1
dx
N
SN (x) = ∑ un ( x )
n =1
S N ( x ) − S N ( x + h)
q N ( x, h) =
h
u( x ) − u( x + h)
q( x, h) = .
h
N
e
Existe N0 ∈ N tal que M, N > N0 implica ∑ an <
3
. Então
n= M
N du N
dun
N
e
|S N ( x ) − S M ( x )| = ∑ ( x ) ≤ ∑ ( x ) ≤ ∑ an < ,
0 0 n
(2.11)
n= M dx n= M dx n= M
3
para todo x ∈ [ a, b]. Deixando N fixo e passando ao limite quando M tende a infinito
obtemos
e
|S0N ( x ) − g( x )| ≤ . (2.12)
3
Sejam M, N > N0 . Pelo Teorema do Valor Médio aplicado a S N ( x ) − S M ( x ) e por
(2.11) obtemos que existe ξ entre x e x + h tal que
e
|q N ( x, h) − q M ( x, h)| = |S0N (ξ ) − S0M (ξ )| < .
3
Deixando N fixo e passando ao limite quando M tende a infinito obtemos
e
|q N ( x, h) − q( x, h)| ≤ , para todo h tal que x + h ∈ [ a, b]. (2.13)
3
Como lim q N ( x, h) = S0N ( x ), existe δ > 0 tal que 0 < h < δ implica que
h →0
e
|q N ( x, h) − S0N ( x )| < (2.14)
3
De (2.13), (2.14) e (2.12) segue-se que
|q( x, h) − g( x )|
≤ |q( x, h) − q N ( x, h)| + |q N ( x, h) − S0N ( x )| + |S0N ( x ) − g( x )|
e e e
< + +
3 3 3
Se
|un ( x )| ≤ an , para todo x ∈ [ a, b], n = 1, 2, . . .
e
∞
∑ an < ∞,
n =0
então
∞
lim u( x ) =
x → x0
∑ xlim
→ x0
u n ( x ),
n =1
N
SN (x) = ∑ un ( x )
n =1
Ln = lim un ( x )
x → x0
N
S̃ N = ∑ Ln
n =1
∞ ∞
Existe L = ∑ Ln , pois | Ln | ≤ an e ∑ an < ∞.
n =1 n =1
Logo existe N0 ∈ N tal que para N > N0 temos que
N
e
| L − S̃ N | = | L − ∑ Ln | < 3 . (2.15)
n =1
N
e
Também existe N1 ∈ N tal que M, N > N1 implica ∑ an <
3
. Então
n= M
N N N
e
|S N ( x ) − S M ( x )| = ∑ un ( x ) ≤ ∑ |un ( x )| ≤ ∑ an < , (2.16)
n= M n= M n= M
3
para todo x ∈ [ a, b]. Deixando N fixo e passando ao limite quando M tende a infinito
obtemos
e
|S N ( x ) − u( x )| < , para todo x ∈ [ a, b]. (2.17)
3
Seja N > max{ N0 , N1 }. Como lim S N ( x ) = S̃ N , então existe δ > 0 tal que para
x → x0
| x − x0 | < δ,
e
|S̃ N − S N ( x )| < (2.18)
3
De (2.15), (2.18) e (2.16) segue-se que
e e e
| L − u( x )| ≤ | L − S̃ N | + |S̃ N − S N ( x )| + |S N ( x ) − u( x )| < + +
3 3 3
1 L nπt 1 L nπt
Z Z
f : [− L, L] → R, −1 ≤ c < d ≤ 1 an ( f , L) = f (t) cos dt bn ( f , L ) = f (t) sen dt
L −L L L −L L
(0)
(0)
1, se t ∈ [cL, dL] a0 ( f c,d , L) = d−c (0)
nπd
1
f c,d (t) = bn ( f c,d , L) = − nπ cos s
nπd
0, caso contrário (0) 1 nπc
an ( f c,d , L) = sen s
nπ nπc
(1) L 2 2
a0 ( f c,d , L) = 2 (d − c ) (1)
(1)
t, se t ∈ [cL, dL] (1) bn ( f c,d , L) =
f c,d (t) = an ( f c,d , L) = nπd
0, caso contrário nπd L
(−s cos s + sen s)
L n2 π 2
( s sen s + cos s ) nπc
2
n π 2
nπc
(2) L2 3
a0 ( f c,d , L) = 3 (d − c3 ) (2)
(2)
t2 , se t ∈ [cL, dL] (2) bn ( f c,d , L) =
f c,d (t) = an ( f c,d , L) = nπd
0, caso contrário L2
2s sen s + 2 − s2 cos s
L2
nπd
2 − 2 sen s + 2s cos s
n3 π 3
3
n π 3 s nπc
nπc
1.2. Mostre que uma função f : [− L, L] → R é ı́mpar, então os coeficientes da sua série de Fourier são dados
por
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt = 0 para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L nπt 2 L nπt
Z Z
bn = f (t) sen dt = f (t) sen dt, para n = 1, 2, . . .
L −L L L 0 L
L
1.3. (a) Mostre que se uma função h : [0, L] → R é simétrica em relação ao ponto (t, y) = ( , 0), ou seja, se
2
L
h ( L − t ) = − h ( t ), para t ∈ [0, ],
2
então Z L
h(t) dt = 0.
0
L
(b) Mostre que se f : [0, L] → R é simétrica em relação à reta t = , ou seja, tal que
2
L
f ( t ) = f ( L − t ), para t ∈ [0, ],
2
então os coeficientes de ı́ndice par da série de senos de Fourier são nulos, ou seja, b2k = 0, para
k = 1, 2, 3 . . . (Sugestão: use o item anterior.)
L
(c) Mostre que se f : [0, L] → R é simétrica em relação ao ponto (t, y) = ( , 0), ou seja, tal que
2
L
f ( t ) = − f ( L − t ), para t ∈ [0, ],
2
então os coeficientes de ı́ndice par da série de cossenos de Fourier são nulos, a2k = 0, para k =
0, 1, 2. . . . (Sugestão: use o item (a).)
(2)
1.4. Determine a série de Fourier da função f c,d : [− L, L] → R dada por
t2 ,
(2) se cL < t ≤ dL,
f c,d (t) = para c e d fixos satisfazendo −1 ≤ c < d ≤ 1.
0, caso contrário,
1.7. Determine séries de Fourier de senos e de cossenos da função f : [0, L] → R dada por
y y y
N=0 N=2 N=4
t t t
L L L
Figura 2.10 – Somas parciais da série de Fourier de cossenos da função f (t) = t( L − t), para t ∈ [0, L], para
N = 0, 2, 4.
y y
N=1 N=3
L/2 L/2
t t
L L
Figura 2.11 – Somas parciais da série de Fourier de senos da função f (t) = t( L − t), para t ∈ [0, L], para N = 1, 3
y y y
N=0 N=1 N=3
1 1 1
t t t
L L L
y y y
N=5 N=7 N=9
1 1 1
t t t
L L L
Figura 2.12 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as somas
parciais da sua série de Fourier de cossenos, para N = 0, 1, 3, 5, 7, 9.
y y y
N=1 N=2 N=3
1 1 1
t t t
L L L
y y y
N=5 N=6 N=7
1 1 1
t t t
L L L
Figura 2.13 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as somas
parciais da sua série de Fourier de senos, para N = 1, 2, 3, 5, 6, 7.
y y y
N=0 N=2 N=6
1 1 1
t t t
L L L
y y y
N = 10 N = 14 N = 18
1 1 1
t t t
L L L
Figura 2.14 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [ L/4, 3L/4] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de cossenos, para N = 0, 2, 6, 10, 14, 18.
y y y
N=1 N=3 N=5
1 1 1
t t t
L L L
y y y
N=7 N=9 N = 11
1 1 1
t t t
L L L
Figura 2.15 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [ L/4, 3L/4] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de senos, para N = 1, 3, 5, 7, 9, 11.
y y y
N=1 N=2 N=3
t t t
L L L
y y y
N=4 N=5 N=6
t t t
L L L
Figura 2.16 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = t − L/2, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de cossenos, para N = 1, 2, 3, 4, 5, 6.
y y y
N=1 N=2 N=3
t t t
L L L
y y y
N=4 N=5 N=6
t t t
L L L
Figura 2.17 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = t − L/2, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de senos, para N = 1, 2, 3, 4, 5, 6.
y y y
N=0 N=2 N=4
t t t
L L L
Figura 2.18 – A função f : [0, L] → R, f (t) = t, se t ∈ [0, L/4], f (t) = L/4, se t ∈ [ L/4, 3L/4] e f (t) = L − t, se
t ∈ [3L/4, L] e somas parciais da sua série de Fourier de cossenos para N = 0, 2, 4.
y y y
N=1 N=3 N=5
t t t
L L L
Figura 2.19 – A função f : [0, L] → R, f (t) = t, se t ∈ [0, L/4], f (t) = L/4, se t ∈ [ L/4, 3L/4] e f (t) = L − t, se
t ∈ [3L/4, L] e somas parciais da sua série de Fourier de senos para N = 1, 3, 5.
então (verifique!)
Z 2L Z L
h(t)dt = 2 h(t)dt. (2.20)
0 0
Já vimos que se uma função f : [0, 2L] → R é contı́nua por partes com derivada f 0
também contı́nua por partes, então pelo Corolário 2.5 ela pode ser representada por
sua série de Fourier de senos
∞
nπt
f (t) = ∑ bn sen 2L
.
n =1
2kπt
como sen é simétrica em relação ao ponto (t, y) = ( L, 0) (veja a Figura 2.20),
2L
2kπt
então o produto f (t) sen é simétrico em relação ao ponto (t, y) = ( L, 0) e como
2L
(2k + 1)πt
sen é simétrica em relação à reta t = L (veja a Figura 2.20), então o pro-
2L
(2k + 1)πt
duto f (t) sen é simétrico em relação à reta t = L (verifique!). Assim,
2L
separando os coeficientes em de ı́ndice par e de ı́ndice ı́mpar e usando as relações
(2.19) e (2.20) obtemos que:
b2k = 0
Z L
4 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
2L 0 2L
E assim
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ b2k+1 sen 2L
, para t ∈ (0, 2L)
k =0
y y
n=1 n=2
t t
2L L 2L
y y
n=3 n=4
t t
nπt
Figura 2.20 – sen , para n = 1, 2, 3, 4
2L
Ou seja, se uma função f : [0, 2L] → R é simétrica em relação à reta t = L, a sua série
de Fourier de senos tem somente os termos de ı́ndice ı́mpar.
Para as funções f que são definidas apenas em [0, L] podemos prolongá-las ao inter-
valo [0, 2L] de forma que elas sejam simétricas em relação à reta t = L, ou seja,
f ( t ), se 0 ≤ t < L
f˜(t) =
f (2L − t), se L ≤ t < 2L
é simétrica em relação à reta t = L. Assim temos o seguinte resultado.
L 2L
Figura 2.21 – Prolongamento com simetria em relação à reta t = L de uma função definida inicialmente somente
no intervalo [0, L]
Corolário 2.9. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua por partes tal que a sua
derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de senos de ı́ndice ı́mpar de f
∞
(2k + 1)πt
Ssi f (t) = ∑ b2k+1 sen 2L
,
k =0
em que
Z L
4 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
2L 0 2L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de
senos de Fourier de ı́ndice ı́mpar:
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ b2k+1 sen 2L
, para t ∈ (0, L) em que f é contı́nua.
k =0
Já vimos que se uma função f : [0, 2L] → R é contı́nua por partes com derivada f 0
também contı́nua por partes, então pelo Corolário 2.4 ela pode ser representada por
sua série de Fourier de cossenos
∞
nπt
f (t) = ∑ bn cos 2L
.
n =1
y y
n=1 n=2
t t
L 2L L/2 3L/2 2L
y y
n=3 n=4
t t
nπt
Figura 2.22 – cos , para n = 1, 2, 3, 4
2L
Ou seja, se uma função f : [0, 2L] → R é simétrica em relação ao ponto ( L, 0), a sua
série de Fourier de cossenos tem somente os termos de ı́ndice ı́mpar.
Para as funções f que são definidas apenas em [0, L] podemos prolongá-las ao inter-
valo [0, 2L] de forma que elas sejam simétricas em relação ao ponto ( L, 0), ou seja,
f ( t ), se 0 ≤ t < L
f˜(t) =
− f (2L − t), se L ≤ t < 2L
é simétrica em relação ao ponto ( L, 0). E assim temos o seguinte resultado.
L 2L
Figura 2.23 – Prolongamento com simetria em relação ao ponto (t, y) = ( L, 0) de uma função definida inicial-
mente somente no intervalo [0, L]
Corolário 2.10. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua por partes tal que a
sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de cossenos de ı́ndice ı́mpar de f
∞
(2k + 1)πt
Sci f (t) = ∑ a2k+1 cos 2L
,
k =0
em que
Z L
4 (2k + 1)πt
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
2L 0 2L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos representar f por sua série de
cossenos de Fourier de ı́ndice ı́mpar:
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ a2k+1 cos 2L
, para t ∈ (0, L) em que f é contı́nua.
k =0
[0, 2L]:
(1) L (0)
a2k+1 = a2k+1 ( f 1 1 , 2L) − a ( f , 2L)
4,2 2 2k+1 14 , 12
2L (2k+1)π L 1 (2k+1)π
2 2
= 4· 2 2
( s sen s + cos s ) (2k+1)π
− · 4 · sen s (2k+1)π
(2k + 1) π 2 (2k + 1)π
4 4
8L (2k + 1)π (2k + 1)π 2L (2k + 1)π
= cos − cos + sen
(2k + 1)2 π 2 2 4 (2k + 1)π 2
(2k+1)π
− cos (2k+41)π
2L ∞ 4 cos
(2k+1)π
sen
2
cos (2k + 1)πt
π k∑
2
f (t) = 2π
+
=0
( 2k + 1 ) ( 2k + 1 ) 2L
(1) L (0)
b2k+1 = b2k+1 ( f 1 1 , 2L) − b ( f , 2L)
4,2 2 2k+1 14 , 12
2L (2k+1)π L −1 (2k+1)π
2 2
= 4· (− s cos s + sen s ) − · 4 · cos s
(2k + 1)2 π 2 (2k+1)π (2k+1)π
2 ( 2k + 1 )
4
π 4
8L (2k + 1)π (2k + 1)π 2L (2k + 1)π
= sen − sen − cos
(2k + 1)2 π 2 2 4 (2k + 1)π 2
(2k+1)π
− sen (2k+41)π
2L ∞ 4 sen
(2k+1)π
cos
2
sen (2k + 1)πt
π k∑
2
f (t) = 2π
−
=0
( 2k + 1 ) ( 2k + 1 ) 2L
y y y
L/2 N=0 L/2 N=1 L/2 N=2
t t t
L L L
y y y
L/2 N=3 L/2 N=4 L/2 N=5
t t t
L L L
Figura 2.24 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = t − L/2, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de cossenos de ı́ndices ı́mpares, para N = 0, 1, 2, 3, 4, 5.
y y y
L/2 N=0 L/2 N=1 L/2 N=2
t t t
L L L
y y y
L/2 N=3 L/2 N=4 L/2 N=5
t t t
L L L
Figura 2.25 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = t − L/2, se t ∈ [ L/2, L] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de senos de ı́ndices ı́mpares, para N = 0, 1, 2, 3, 4, 5.
então
Z 2L
h(t) dt = 0.
0
(b) Mostre que se uma função h : [0, 2L] → R é simétrica em relação à reta t = L, ou seja, se
então
Z 2L Z L
h(t) dt = 2 h(t) dt.
0 0
(c) Mostre que se f : [0, 2L] → R é simétrica em relação à reta t = L, ou seja, tal que
então os coeficientes de ı́ndice par da série de senos de Fourier são nulos, ou seja, b2k = 0, para
k = 1, 2, 3 . . . e os coeficientes de ı́ndice ı́mpar são dados por
Z L
4 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
2L 0 2L
então os coeficientes de ı́ndice par da série de cossenos de Fourier são nulos, a2k = 0, para k =
0, 1, 2. . . . e os coeficientes de ı́ndice ı́mpar são dados por
Z L
4 (2k + 1)πt
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
2L 0 2L
2.2. Determine as séries de Fourier de senos e de cossenos de ı́ndices ı́mpares da função f : [0, L] → R:
L/2 − t, se 0 ≤ t < L/2,
f (t) =
0, se L/2 ≤ t < L.
y y y
L/2 N=0 L/2 N=1 L/2 N=2
t t t
L L L
y y y
L/2 N=3 L/2 N=4 L/2 N=5
t t t
L L L
Figura 2.26 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = L/2 − t, se t ∈ [0, L/2] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de cossenos de ı́ndices ı́mpares, para N = 0, 1, 2, 3, 4, 5.
y y y
L/2 N=0 L/2 N=1 L/2 N=2
t t t
L L L
y y y
L/2 N=3 L/2 N=4 L/2 N=5
t t t
L L L
Figura 2.27 – A função f : [0, L] → R definida por f (t) = L/2 − t, se t ∈ [0, L/2] e f (t) = 0, caso contrário e as
somas parciais da sua série de Fourier de senos de ı́ndices ı́mpares, para N = 0, 1, 2, 3, 4, 5.
y y
L N=0 L N=1
t t
-L L 2L 3L -L L 2L 3L
-L -L
y y
N=2 N=3
L L
t t
-L L 2L 3L -L L 2L 3L
-L -L
Figura 2.28 – A função f : R → R definida por f (t) = L − |t − L|, se −t ∈ [− L, 3L] e tal que f (t) = f (t + 4L) e
as somas parciais da sua série de Fourier, para N = 0, 1, 2, 3.
Supondo que a força externa seja seccionalmente contı́nua com a sua derivada
também seccionalmente contı́nua, então como ela é periódica de perı́odo T, ela pode
ser representada por sua série de Fourier.
∞ ∞
a0 2nπt 2nπt
Fext (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen
2 n =1
T n =1
T
Pelo método das coeficientes a determinar, devemos procurar uma solução particu-
lar da forma
∞ ∞
2nπt 2nπt
u p (t) = A0 + ∑ An cos + ∑ Bn sen ,
n =1
T n =1
T
em que An e Bn são coeficientes a serem determinados substituindo-se u p (t) na
2nπ
equação diferencial (2.21). Temos que supor que ω0 6= , para n = 1, 2, 3 . . .
T
(por que?)
Fext(t)
Fe = − k x
Fext(t)
Fext(t)
Fe = − k x
0 x
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
-1
Figura 2.30 – Parte não homogênea, f (t) da equação do problema de valor inicial do Exemplo 2.13
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
Figura 2.31 – Solução do problema de valor inicial do Exemplo 2.13 para ω0 = π/2.
u(0) = 0, u0 (0) = 0
1, se 0 ≤ t < 1
f (t) = e tal que f ( t + 2) = f ( t )
−1, se 1 ≤ t < 2
A solução geral da equação diferencial é
com coeficientes An , Bn a determinar. Vamos supor que a derivada da série seja igual
a série das derivadas:
∞
u0p (t) = ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt),
n =1
∞
u00p (t) = − ∑ (n2 π2 An cos nπt + n2 π2 Bn sen nπt).
n =1
∞
− ∑ n2 π2 ( An cos nπt + Bn sen nπt)
n =1
∞ ∞
+ ω02 ∑ ( An cos nπt + Bn sen nπt) = ∑ bn sen nπt,
n =1 n =1
De onde obtemos
bn
An = 0, Bn = , para n = 1, 2, . . .
ω02 − n2 π 2
obtemos
∞
2 (−1)n − 1
c2 = ∑ 2 2 2
n =1 ω0 − n π
ω0
Logo a solução do PVI é
∞ ∞
!
2 (−1)n − 1 2 1 − (−1)n
u(t) = ∑ 2 2 2 sen ω0 t + ∑ 2 2 2
sen nπt
n =1 ω0 − n π n =1 n ( ω0 − n π )
ω0 π
∞
!
4 1
=
ω0 ∑ (2n + 1)2 π2 − ω2 sen ω0 t
n =0 0
∞
4 1
+
π ∑ ( 2n + 1 )( ω 2 − (2n + 1)2 π 2 )
sen(2n + 1)πt
n =0 0
Para encontrar u p (t) fizemos a suposição de que as derivadas da série eram a série
das derivadas. Seja
∞
u p (t) = ∑ u n ( t ).
n =1
Então
∞
u0p (t) = ∑ u0n (t),
n =1
∞
u00p (t) = ∑ u00n (t)
n =1
pois,
4 1
|u0n (t)| ≤ ,
π ω02 − n2 π 2
4 n
|u00n (t)| ≤ 2
.
π ω0 − n 2 π 2
u ( t ) = c 1 e r1 t + c 2 e r2 t ,
em que
√
−γ ± ∆
p
−γ ± γ2 − 4km
r1,2 = = <0
2m 2m
Este caso é chamado superamortecimento.
√
(b) Se ∆ = γ2 − 4km = 0 ou γ = 2 km, neste caso
γt γt
u(t) = c1 e− 2m + c2 te− 2m
em que r
p
4km − γ2 γ2
µ= = ω02 − < ω0
2m 4m2
2π
Aqui, µ é chamado quase frequência e T = é chamado quase perı́odo. Este
µ
caso é chamado subamortecimento.
Observe que nos três casos a solução tende a zero quando t tende a +∞.
u(t) = c1 u1 ( t ) + c2 u2 ( t ) + u p ( t )
em que u p (t) é uma solução particular. Pelo método dos coeficientes a determinar
∞ ∞
2nπt 2nπt
u p ( t ) = A0 + ∑ An cos
T
+ ∑ Bn sen
T
,
n =1 n =1
Fr = −γ v Fext(t)
Fe = − k x
Fr = −γ v Fext(t)
Fr = −γ v Fext(t)
Fe = − k x
0 x
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
u(0) = 0, u0 (0) = 0
1, se 0 ≤ t < 1
f (t) = e tal que f ( t + 2) = f ( t )
−1, se 1 ≤ t < 2
A solução geral da equação diferencial é
com coeficientes An , Bn a determinar. Vamos supor que a derivada da série seja igual
a série das derivadas:
∞
u0p (t) = ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt),
n =1
∞
u00p (t) = − ∑ (n2 π2 An cos nπt + n2 π2 .Bn sen nπt)
n =1
∞
− ∑ n2 π2 ( An cos nπt + Bn sen nπt)
n =1
∞
+3 ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt)
n =1
∞ ∞
+2 ∑ ( An cos nπt + Bn sen nπt) = ∑ bn sen nπt,
n =1 n =1
∞ ∞
∑ [(2 − n2 π2 ) Bn − 3nπ An − bn ] sen nπt + ∑ [(2 − n2 π2 ) An + 3nπBn ] cos nπt = 0.
n =1 n =1
(2 − n2 π 2 ) An + 3nπBn
= 0
−3nπ An + (2 − n2 π 2 ) Bn = bn
3nπbn ( 2 − n 2 π 2 ) bn
An = − , Bn = , para n = 1, 2, . . .
∆n ∆n
rencial é
∞ ∞
3nπbn ( 2 − n 2 π 2 ) bn
u p (t) = − ∑ ∆n
cos nπt + ∑
∆n
sen nπt
n =1 n =1
∞ ∞
(−1)n − 1 2 (2 − n2 π 2 )(1 − (−1)n )
= 6 ∑ ∆n
cos nπt +
π ∑ n∆n
sen nπt
n =1 n =1
∞ ∞
1 4 2 − (2n + 1)2 π 2
= −12 ∑ ∆2n+1
cos(2n + 1)πt +
π ∑ (2n + 1)∆2n+1
sen(2n + 1)πt
n =0 n =0
Então
∞
u0p (t) = ∑ u0n (t),
n =1
∞
u00p (t) = ∑ u00n (t)
n =1
pois,
n 4 (2 − n2 π 2 )
|u0n (t)| ≤ 12 + ,
∆n π ∆n
n2 4 n (2 − n2 π 2 )
|u00n (t)| ≤ 12 + .
∆n π ∆n
(a) Encontre uma solução particular e a solução geral da equação diferencial 2y00 + y = f (t).
(b) Encontre a solução do problema de valor inicial
2y00 + y = f (t),
y(0) = 0, y0 (0) = 0
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
-1
Figura 2.34 – Termo não homogêneo da equação do problema de valor inicial do Exercı́cio 3.2.
3.2. Considere
t, se 0 ≤ t < 1
f (t) = e tal que f ( t + 2) = f ( t )
2 − t, se 1 ≤ t < 2
u(0) = 0, u0 (0) = 0
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt
L −L L
1 0 nπt 1 L nπt
Z Z
= f (t) cos dt + f (t) cos dt
L −L L L 0 L
1 0 −nπs 1 L nπt
Z Z
= f (−s) cos (−ds) + f (t) cos dt
L L L L 0 L
1 0 nπs 1 L nπt 2 L nπt
Z Z Z
= − f (s) cos ds + f (t) cos dt = f (t) cos dt
L L L L 0 L L 0 L
Separando a integral em duas partes, usando a mudança de variáveis t = −s na primeira parte e usando
o fato de que o seno é ı́mpar e a função f é par:
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt
L −L L
1 0 nπt 1 L nπt
Z Z
= f (t) sen dt + f (t) sen dt
L −L L L 0 L
1 0 −nπs 1 L nπt
Z Z
= f (−s) sen (−ds) + f (t) sen dt
L L L L 0 L
Z 0 Z L
1 nπs 1 nπt
= f (s) sen ds + f (t) sen dt = 0
L L L L 0 L
1.2. Separando a integral em duas partes, usando a mudança de variáveis t = −s na primeira parte e usando
1 L nπt
Z
an = f (t) cos dt
L −L L
1 0 nπt 1 L nπt
Z Z
= f (t) cos dt + f (t) cos dt
L −L L L 0 L
1 0 −nπs 1 L nπt
Z Z
= f (−s) cos (−ds) + f (t) cos dt
L L L L 0 L
Z 0 Z L
1 nπs 1 nπt
= f (s) cos ds + f (t) cos dt = 0
L L L L 0 L
Separando a integral em duas partes, usando a mudança de variáveis t = −s na primeira parte e usando
o fato de que o seno e a função f são ı́mpares:
1 L nπt
Z
bn = f (t) sen dt
L −L L
1 0 nπt 1 L nπt
Z Z
= f (t) sen dt + f (t) sen dt
L −L L L 0 L
Z 0 Z L
1 −nπs 1 nπt
= f (−s) sen (−ds) + f (t) sen dt
L L L L 0 L
1 0 nπs 1 L nπt 2 L nπt
Z Z Z
= − f (s) sen ds + f (t) sen dt = f (t) sen dt
L L L L 0 L L 0 L
1.3. (a) Dividindo a integral em duas partes, fazendo a mudança de variáveis t = L − s na segunda parte e
usando o fato de que
obtemos
Z L Z L/2 Z L
h(t) dt = h(t) dt + h(t) dt
0 0 L/2
Z L/2 Z 0
= h(t) dt + h( L − s) (−ds)
0 L/2
Z L/2 Z 0
= h(t) dt + h(s) ds = 0
0 L/2
2kπ ( L − t)
2kπt 2kπt
h( L − t) = f ( L − t) sen = f (t) sen 2kπ − = f (t) sen −
L L L
2kπt
= − f (t) sen = −h(t)
L
2kπ ( L − t)
2kπt 2kπt
h( L − t) = f ( L − t) cos = − f (t) cos 2kπ − = − f (t) cos −
L L L
2kπt
= − f (t) cos = −h(t)
L
nπt
1.4. Fazendo a mudança de variáveis s = L e integrando-se por partes duas vezes obtemos
1 dL 1 dL 2 L2 3
Z Z
a0 = f (t)dt = t dt = ( d − c3 )
L cL L cL 3
1 dL 1 dL 2 L2
Z nπd
nπt nπt
Z Z
an = f (t) cos dt = t cos dt = 3 3 s2 cos s ds
L cL L L cL L n π nπc
L2
nπd Z nπd
2
= s sen s − 2 s sen s
n3 π 3
nπc nπc
L 2 nπd
2
= s − 2 sen s + 2s cos s
n3 π 3
nπc
L2
Z dL
1 dL 2
Z nπd
1 nπt nπt
Z
bn = f (t) sen dt = t sen dt = 3 3 s2 sen s ds
L cL L L cL L n π nπc
L 2 nπd Z nπd
= −s2 cos s +2 s cos s
n3 π 3 nπc nπc
L2 2
nπd
= 2s sen s + ( 2 − s ) cos s
n3 π 3
nπc
∞ ∞
a0 nπt nπt
S (2) (t) = + ∑ an cos + ∑ bn sen
f c,d 2 n =1
L n =1
L
nπd
s2 − 2 sen s + 2s cos s
∞
L2 L2 nπt
=
6
( d3 − c3 ) +
π3 ∑ n3
nπc
cos
L
n =1
nπd
L2 ∞ 2s sen s + (2 − s2 ) cos s nπt
+
π3 ∑ n3
nπc
sen
L
n =1
1.5. (a) A função é ı́mpar. A sua série de Fourier de perı́odo 2L é dada por
∞
nπt
S f (t) = ∑ bn sen L
.
n =1
com Z L
nπt 2 nπ 2
bn = 2 f (t) sen dt = − cos s = (1 − (−1)n ).
0 L nπ 0 nπ
Assim os termos de ı́ndice par (com exceção do primeiro) são iguais a zero e neste caso a série de
Fourier de f é dada por
4 ∞ 1 (2k + 1)πt
π k∑
S f (t) = sen .
=0
2k + 1 L
(b) A função é par. Logo a sua série de Fourier de perı́odo 2L é dada por
∞
a0 nπt
S f (t) = + ∑ an cos
2 n =1
L
L (0) (1)
a0 = 2 a0 ( f 0,1 , L) − a0 ( f 0,1 , L)
2
L
=
2
L (0) (1)
an = 2 an ( f 0,1 , L) − an ( f 0,1 , L)
2
L nπ 2 nπ
= sen s − 2 2 (s sen s + cos s)
nπ 0 n π 0
2 2
= 0 − 2 2 ((−1) − 1) = − 2 2 ((−1)n − 1).
n
n π n π
Assim os termos de ı́ndice par (com exceção do primeiro) são iguais a zero e neste caso a série de
Fourier de f é dada por
∞
L 4 1 (2k + 1)πt
S f (t) =
4
+ 2
π ∑ ( 2k + 1 ) 2
cos
L
.
k =0
1.6. A função f é ı́mpar e periódica de perı́odo 2L. Logo a sua série de Fourier é da forma
∞
nπt
S f (t) = ∑ bn sen L
.
n =1
2 L nπx
Z
bn = f ( x ) sen dx
L 0 L
(1) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/2 ) + Lbn ( f 1/2,1 ) − bn ( f 1/2,1 )
2L nπ/2 2L nπ 2L nπ
= (−s cos s + sen s) − cos s − 2 2 (−s cos s + sen s)
2
n π 2 0 nπ nπ/2 n π nπ/2
4L nπ nπ nπ 2L nπ
= − cos + sen + cos
n2 π 2 2 2 2 nπ 2
4L sen nπ 2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
4L(−1)k
b2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2
−2L2
Z L Z L
2 2
a0 = f (t)dt = (−t2 + Lt) dt = + L2
L 0 L 0 3
(2) (1)
an = − an ( f 0,1 , L) + L an ( f 0,1 , L)
2L2 2 2 2L2
= − 3 3 n π − 2 sen nπ + 2nπ cos nπ + 2 2 (nπ sen nπ + cos nπ − 1)
n π n π
2L2 2L2
= 2 2
(− cos nπ − 1) = 2 2 ((−1)n+1 − 1)
n π n π
Entretanto os coeficientes de ı́ndice ı́mpar são nulos. Podemos separar os termos em de ı́ndice par e de
ı́ndice ı́mpar
a2k+1 = 0
−4L2 − L2
a2k = = .
(2k)2 π 2 k2 π 2
(2) (1)
bn = −bn ( f 0,1 , L) + L bn ( f 0,1 , L)
2L2 2L2
= − 3 3 2nπ sen nπ + 2 − n2 π 2 cos nπ − 2 + 2 2 (−nπ cos nπ + sen nπ )
n π n π
4L2 4L2 n +1
= (− cos nπ + 1) = 3 3 ((−1) + 1)
n3 π 3 n π
∞
4L2 (−1)n+1 + 1 nπt
Ss f (t) =
π3 ∑ n 3
sen
L
n =1
∞
8L2 1 (2n + 1)πt
=
π3 ∑ ( 2n + 1 ) 3
sen
L
n =0
nπ
(0) (0) 2 2 sen nπ
1.8. (a) a0 = 2a0 ( f 1/2,1 , L) = 1, an = 2an ( f 1/2,1 , L) = nπ sen s nπ = − nπ 2 ,
nπ 2
(0) 2 2((−1)n −cos nπ
2 )
bn = 2bn ( f 1/2,1 , L) = − nπ cos s nπ = − .
nπ
2
1 2 ∞ sen nπ nπt 1 2 ∞
(−1)n (2n + 1)πt
Sc f (t) = − ∑
2 π n =1 n
2
cos
L
= −
2 π ∑ 2n + 1
cos
L
.
n =0
2 ∞ cos nπ − (− 1 ) n
nπt
π n∑
2
Ss f (t) = sen
=1 n L
3nπ 3nπ −sen nπ )
(0) (0) 2 4 2(sen 4 4
(b) a0 = 2a0 ( f 1/4,3/4 , L) = 1, an = 2an ( f 1/4,3/4 , L) = nπ sen s nπ = nπ ,
4
3nπ nπ
(0) 2 4 2(cos 3nπ
4 −cos 4 )
bn = 2bn ( f 1/4,3/4 , L) = − nπ cos s nπ = − nπ .
4
∞ sen 3nπ nπ
1 2 4 − sen 4 nπt
Sc f (t) = +
2 π ∑ n
cos
L
n =1
∞ cos nπ 3nπ
2 4 − cos 4 nπt
Ss f (t) =
π ∑ n
sen
L
n =1
(1) (0)
(c) a0 = 2 a0 ( f 1/2,1 , L) − L2 a0 ( f 1/2,1 , L) = L4 ,
2L((−1)n −cos nπ
(1) (0) 2 )
an = 2 an ( f 1/2,1 , L) − L2 f 1/2,1 , L) = n 2 π2 ,
L(nπ (−1)n +2 sen nπ
(1) L (0) 2 )
bn = 2 bn ( f 1/2,1 , L) − 2 bn ( f 1/2,1 , L) = n2 π 2
.
(1) (0) (0) (1)
(d) a0 = 2 a0 ( f 0,1/4 , L) + L4 a0 ( f 1/4,3/4 , L) + La0 ( f 3/4,1 , L) − a0 ( f 3/4,1 , L) = 3L
8 ,
2L(cos nπ 3nπ n
4 +cos 4 −1−(−1) )
(1) ( 0 ) ( 0 ) ( 1 )
an = 2 an ( f 0,1/4 , L) + L4 an ( f 1/4,3/4 , L) + Lan ( f 3/4,1 , L) − an ( f 3/4,1 , L) = n2 π 2
,
2L ( sen nπ +sen 3nπ )
(1) ( 0 ) ( 0 ) ( 1 )
bn = 2 bn ( f 0,1/4 , L) + L4 bn ( f 1/4,3/4 , L) + Lbn ( f 3/4,1 , L) − bn ( f 3/4,1 , L) = 4
n2 π 2
4
.
3L 2L ∞ cos nπ 3nπ
4 + cos 4 − 1 − (−1)
n
nπt
Sc f (t) = + 2 ∑ cos .
16 π n =1 n2 L
2L ∞ sen nπ 3nπ
4 + sen 4 nπt
Ss f (t) = 2 ∑ 2
sen .
π n =1 n L
1.9.
y y y
N=0 N=1 N=3
1 1 1
t t t
-1 1 -1 1 -1 1
(a) A função é par, contı́nua por partes, de perı́odo igual a 2. Logo a sua série de Fourier é dada por
∞
a0
S f (t) = + ∑ am cos mπt
2 m =1
(0) (1)
a0 = 2 a0 ( f 0,1 , 1) − a0 ( f 0,1 , 1)
= 2−1 = 1
(0) (1)
an = 2 an ( f 0,1 , 1) − an ( f 0,1 , 1)
2 nπ 2 nπ
= sen s − 2 2 (s sen s + cos s)
nπ 0 n π 0
2 2
= 0 − 2 2 ((−1)n − 1) = − 2 2 ((−1)n − 1).
n π n π
Assim os termos de ı́ndice par (com exceção do primeiro) são iguais a zero e neste caso a série de
Fourier de f é dada por
∞
1 4 1
S f (t) = + 2
2 π ∑ (2k + 1)2
cos(2k + 1)πt,
k =0
(b) Como a função f é contı́nua por partes com derivada f 0 também contı́nua por partes, então a série
de Fourier de f , S f (t), converge para f (t) nos pontos onde f é contı́nua, que é o caso de t = 0. Logo
S f (0) = f (0) = 1.
Como a série de fourier é periódica de perı́odo fundamental igual a 2, então
S f (t + 100) = S f (t + 50 · 2) = S f (t).
Assim,
1 1 1
S f (100.5) = S f (100 + ) = S f ( ) = .
2 2 2
Além disso, para t = 1/2 a função f também é contı́nua, logo
1 1 1
S f (100.5) = S f ( ) = f ( ) = .
2 2 2
1.10. (a) Estendo-se f ao intervalo [− L, L] de forma que ela seja par obtemos uma série de Fourier em que os
coeficientes dos termos de senos são nulos. Os coeficientes podem ser obtidos da tabela na página
199.
(0) (0)
a0 = 2a0 ( f 0,1 , L) = 2, an = 2an ( f 0,1 , L) = 0,
f (t) = 1, para 0 ≤ t ≤ L
(b) Estendo-se f ao intervalo [− L, L] de forma que ela seja ı́mpar obtemos uma série de Fourier em que
os coeficientes dos termos de cossenos são nulos. Os coeficientes podem ser obtidos da tabela na
página 199.
(0) 2(cos nπ − 1) 2(1 − (−1)n )
bn = 2bn ( f 0,1 , L) = − = .
nπ nπ
∞ ∞
2 1 − (−1)n nπt 4 1 (2n + 1)πt
f (t) =
π ∑ n
sen
L
=
π ∑ 2n + 1
sen
L
, para 0 ≤ t ≤ L.
n =1 n =0
(c) Estendo-se f ao intervalo [− L, L] de forma que ela não seja nem par nem ı́mpar obtemos uma série
de Fourier em que os coeficientes os termos de cossenos e de senos são não nulos. Por exemplo, se
a função f é estendida ao intervalo [− L, L] da forma da a seguir
0, se − L ≤ t < 0
f (t) =
1, se 0 ≤ t ≤ L
então os coeficientes que podem ser obtidos da tabela na página 199 são dados por.
(0) (0)
a0 = a0 ( f 0,1 , L) = 1, an = an ( f 0,1 , L) = 0,
∞ ∞
1 1 1 − (−1)n nπt 1 1 1 (2n + 1)πt
f (t) = +
2 π ∑ n
sen
L
= +
2 π ∑ 2n + 1
sen
L
, para − L ≤ t ≤ L.
n =1 n =0
(b) Dividindo a integral em duas partes, fazendo a mudança de variáveis t = 2L − s na segunda parte
e usando o fato de que
h(2L − t) = h(t), para t ∈ [0, L]
obtemos
Z 2L Z L Z 2L
h(t) dt = h(t) dt + h(t) dt
0 0 L
Z L Z 0
= h(t) dt + h(2L − s) (−ds)
0 L
Z L Z 0 Z L
= h(t) dt − h(s) ds = 2 h(t) dt
0 L 0
2kπ (2L − t)
2kπt 2kπt
h(2L − t) = f (2L − t) sen = f (t) sen 2kπ − = f (t) sen −
2L 2L 2L
2kπt
= − f (t) sen = −h(t)
2L
2kπ (2L − t)
2kπt 2kπt
h(2L − t) = f (2L − t) cos = − f (t) cos 2kπ − = − f (t) cos −
2L 2L 2L
2kπt
= − f (t) cos = −h(t)
2L
Assim segue da aplicação do item (a) que a2k = 0.
(2k+1)πt
Para h(t) = f (t) cos 2L temos que
(2k + 1)π (2L − t)
(2k + 1)πt
h(2L − t) = f (2L − t) cos = − f (t) cos (2k + 1)π −
2L 2L
(2k + 1)πt ((2k + 1)πt
= − f (t) cos π − = f (t) cos = h(t)
2L 2L
Assim segue da aplicação do item (b) que
Z L
2 (2k + 1)πt
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
2.2. Lembrando que a integração deve ser feita no intervalo [0, 2L]:
L (0) (1)
a2k+1 = 4 a2k+1 ( f 1 , 2L) − a2k+1 ( f 1 , 2L)
2 0, 4 0, 4
(2k+1)π (2k+1)π
L 1
4 2L 4
= ·4· sen s −4· ( s sen s + cos s )
2 (2k + 1)π (2k + 1)2 π 2
0 0
8L (2k + 1)π
= 1 − cos
(2k + 1)2 π 2 4
∞ 1 − cos
(2k+1)π
8L (2k + 1)πt
Sci f (t) =
π2 ∑ 4
(2k + 1)2
cos
2L
k =0
L (0) (1)
b2k+1 = 4 b2k+1 ( f 1 , 2L) − b2k+1 ( f 1 , 2L)
2 0, 4 0, 4
(2k+1)π (2k+1)π
L −1
4 2L 4
= ·4· cos s −4· (− s cos s + sen s )
2 (2k + 1)π (2k + 1)2 π 2
0 0
2L (2k + 1)π
= (2k + 1)π − 4 sen
(2k + 1)2 π 2 4
2.3. A função é ı́mpar e simétrica em relação a reta t = L. Logo a sua série de Fourier é uma série de senos de
ı́ndices ı́mpares.
4
ZL (2n + 1)πt
b2n+1 = f (t) sen dt
2L 0 2L
(1)
= 4 b2n+1 ( f 0,1/2 , 2L)
8L (2n+1)π/2
= (−s cos s + sen s)
2
(2n + 1) π 2 0
8L (2n + 1)π (2n + 1)π (2n + 1)π
= − cos + sen
(2n + 1)2 π 2 2 2 2
(2n+1)π
8L sen 2 8L(−1)n
= 2 2
= , n = 0, 1, 2, 3 . . .
(2n + 1) π (2n + 1)2 π 2
∞
8L (−1)n (2n + 1)πt
S f (t) =
π2 ∑ 2
sen
2L
n=0 (2n + 1)
2.4. A função é simétrica em relação a reta t = L/2. Logo a sua série de senos de Fourier tem somente os
termos de ı́ndice ı́mpar.
2 L (2n + 1)πt
Z
b2n+1 = f (t) sen dt
L 0 L
(1) L (1)
= 4 b2n+1 ( f 0,1/4 , L) + b2n+1 ( f 1/4,1/2 , L)
4
4L (2n+1)π/4 L (2n+1)π/2
= (− s cos s + sen s ) − cos s
2
(2n + 1) π 2
0 (2n + 1)π
(2n+1)π/4
(2n+1)π
4L sen 4
= , n = 0, 1, 2, 3 . . .
(2n + 1)2 π 2
∞ sen
(2n+1)π
4L (2n + 1)πt
Ss f (t) =
π2 ∑ (2n + 41)2 sen L
n =0
3.1. (a) Como f : R → R é contı́nua por partes com a derivada f 0 também contı́nua por partes, ı́mpar e
periódica de perı́odo igual a 2 podemos escrevê-la em termos de sua série de Fourier como
∞
f (t) = ∑ bm sen mπt, para t 6= n, n ∈ Z.
m =1
com Z 1 mπ
2 2
bm = 2 f (t) sen mπt dt =
cos s = ((−1)m − 1)
0 mπ 0 mπ
A solução da equação homogênea correspondente é
√ √
2 2
y(t) = c1 cos t + c2 sen t
2 2
Podemos procurar uma solução particular da forma
∞
y(t) = ∑ ( Am cos mπt + Bm sen mπt)
m =1
∞
y00 (t) = − ∑ (m2 π2 Am cos mπt + m2 π2 Bm sen mπt)
m =1
∞ ∞
∑ [( Bm (1 − 2m2 π2 ) − bm ] sen mπt + ∑ Am cos mπt) = 0
m =1 m =1
Fazendo t = 0 e t = 1 obtemos
bm
Am = 0, Bm = , para m = 1, 2, . . .
1 − 2m2 π 2
Assim uma solução particular da equação diferencial é
∞ ∞
bm 2 (−1)m − 1
y p (t) = ∑ − 2 π2
sen mπt = ∑ 2 2
sen mπt
1 2m m=1 m (1 − 2m π )
m =1
π
Substituindo-se t = 0 e y0 = 0 obtemos
√ ∞
(−1)m − 1
c2 = −2 2 ∑ 2 2
m=1 1 − 2m π
e a solução do PVI é
∞
! √ ∞
√ (−1)m − 1 2 2 (−1)m − 1
y(t) = −2 2 ∑ 2 2
sen t+ ∑ 2 2
sen mπt
m=1 1 − 2m π m=1 m (1 − 2m π )
2 π
em que u p (t) é uma solução particular. Como f é par, seccionalmente contı́nua com derivada secci-
onalmente contı́nua, ela pode ser representada por sua série de Fourier de cossenos:
∞
a0
f (t) = + ∑ an cos nπt
2 n =1
com
(1)
a0 = 2a0 ( f 0,1 , 1) = 1,
(1) 2 2
an = 2an ( f 0,1 , 1) = (cos nπ − 1) = 2 2 ((−1)n − 1),
n2 π 2 n π
∞
1 2 (−1)n − 1
f (t) = −
2 π2 ∑ n2
cos nπt
n =0
com coeficientes An , Bn a determinar. Vamos supor que a derivada da série seja igual a série das
derivadas:
∞
u0p (t) = ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt).
n =1
∞
u00p (t) = − ∑ (n2 π2 An cos nπt + n2 π2 Bn sen nπt)
n =1
∞
− ∑ n2 π2 ( An cos nπt + Bn sen nπt)
n =1
∞ ∞
a0
+ ω02 ( A0 + ∑ ( An cos nπt + Bn sen nπt)) = 2
+ ∑ an cos nπt
n =1 n =1
∞ ∞
a0
∑ Bn (ω02 − n2 π 2 ) sen nπt + ω02 A0 −
2
+ ∑ [ An (ω02 − n2 π 2 ) − an ] cos nπt = 0
n =1 n =1
De onde obtemos
a0 an
A0 = , An = , Bn = 0, para n = 1, 2, . . .
2ω02 ω02 − n2 π 2
∞
1 2 (−1)n − 1
= 2
+ 2 ∑ 2 2 2 2
cos nπt
2ω0 π n =1 n ( ω0 − n π )
Substituindo-se t = 0 e u = 0, obtemos
∞
2 1 − (−1)n 1
c1 =
π2 ∑ ω 2 − n2 π 2
−
2ω 2
.
n =1 0 0
Substituindo-se t = 0 em
∞
2 1 − (−1)n
u0 (t) = −ω0 c1 sen ω0 t + ω0 c2 cos ω0 t + ∑ 2 2 2
sen nπt
n =1 n ( ω0 − n π )
π
∞ ∞
!
2 1 − (−1)n 1 1 2 (−1)n − 1
u(t) =
π2 ∑ ω2 − n2 π2 − 2ω2 cos ω0 t +
2ω02
+ 2 ∑ 2 2
− n2 π 2 )
cos nπt
n =1 0 0
π n =1 n ( ω0
∞
!
4 1 1
=
π2 ∑ ω2 − (2n + 1)2 π2 − 2ω2 cos ω0 t
n =0 0 0
∞
1 4 1
+
2ω02
+ 2
π ∑ (2n + 1)2 ((2n + 1)2 π 2 − ω02 )
cos(2n + 1)πt
n =0
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
em que u p (t) é uma solução particular. Como f é par, seccionalmente contı́nua com derivada secci-
onalmente contı́nua, ela pode ser representada por sua série de Fourier de cossenos:
∞
a0
f (t) = + ∑ an cos nπt
2 n =1
com
(1)
a0 = 2a0 ( f 0,1 , 1) = 1,
(1) 2 2
an = 2an ( f 0,1 , 1) = (cos nπ − 1) = 2 2 ((−1)n − 1),
n2 π 2 n π
∞
1 2 (−1)n − 1
f (t) = +
2 π2 ∑ n2
cos nπt
n =0
com coeficientes An , Bn a determinar. Vamos supor que a derivada da série seja igual a série das
derivadas:
∞
u0p (t) = ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt),
n =1
∞
u00p (t) = − ∑ (n2 π2 An cos nπt + n2 π2 .Bn sen nπt)
n =1
∞
− ∑ n2 π2 ( An cos nπt + Bn sen nπt)
n =1
∞
+3 ∑ (−nπ An sen nπt + nπBn cos nπt)
n =1
∞ ∞
a0
+ 2( A0 + ∑ ( An cos nπt + Bn sen nπt)) = 2
+ ∑ an cos nπt
n =1 n =1
∞
∑ [(2 − n2 π2 ) Bn − 3nπAn ] sen nπt
n =1
∞
a0
+ 2A0 − + ∑ [(2 − n2 π 2 ) An + 3nπBn − an ] cos nπt = 0.
2 n =1
a0
De onde obtemos A0 = e o sistema de equações
4
(2 − n2 π 2 ) An + 3nπBn
= an
−3nπ An + (2 − n2 π 2 ) Bn = 0
(2 − n2 π 2 ) a n 3nπan
An = , Bn = , para n = 1, 2, . . .
∆n ∆n
0.5
1 2 3 4 5 6 7 8 t
-0.5
Pode-se mostrar que a temperatura em uma barra homogênea, isolada dos lados, em
função da posição e do tempo, u( x, t), satisfaz a equação diferencial parcial
∂u ∂2 u
= α2 2
∂t ∂x
chamada equação do calor em uma barra. Aqui α > 0 é uma constante que depende
do material que compõe a barra é chamada de difusividade térmica.
273
274 Equação do Calor em uma Barra
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = T1 , u( L, t) = T2
2
∂u 2∂ u
∂t = α ∂x2
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0
∂u ∂2 u
= X ( x ) T 0 (t) e = X 00 ( x ) T (t).
∂t ∂x2
X ( x ) T 0 (t) = α2 X 00 ( x ) T (t).
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2
X (x) α T (t)
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2 = λ.
X (x) α T (t)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0,
(
X (0) = 0, X ( L) = 0 (3.1)
0 2
T (t) − α λT (t) = 0 (3.2)
Se λ > 0 :
Substituindo-se x = 0 e X = 0 na solução geral de X 00 − λX = 0,
√ √
X ( x ) = c1 e λx
+ c2 e − λx
,
X ( x ) = c1 + c2 x,
√
Agora substituindo-se x = L e X = 0 em X ( x ) = c1 sen( −λx ), obtemos
√
c1 sen( −λL) = 0.
√
Logo se c1 6= 0, então −λL = nπ, para n = 1, 2, 3, . . .
Portanto as condições de fronteira X (0) = 0 e X ( L) = 0 implicam que (3.1) tem
solução não identicamente nula somente se λ < 0 e mais que isso λ tem que ter
valores dados por
n2 π 2
λ = − 2 , n = 1, 2, 3, . . .
L
Substituindo-se estes valores de λ em (3.3) concluı́mos que o problema de valores de
fronteira (3.1) tem soluções fundamentais
nπx
Xn ( x ) = sen , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
2 2
Substituindo-se λ = − n Lπ2 na equação diferencial (3.2) obtemos
α2 n2 π 2
T 0 (t) + T (t) = 0,
L2
que tem solução fundamental
2 n2 π 2
−α t
Tn (t) = e L2 , para n = 1, 2, 3, . . .
Logo o problema
∂2 u
∂u
= α2 2
∂t ∂x
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0.
∂2 u
∂u
= α2 2
∂t ∂x
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0.
Mas uma solução deste tipo não necessariamente satisfaz a condição inicial
u( x, 0) = f ( x ),
Esta é a série de Fourier de senos de f ( x ). Assim, pelo Corolário 2.5 na página 181,
se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0 também
seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 nπx
cn = f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . . (3.5)
L 0 L
Vamos verificar que realmente (3.4) com os coeficientes dados por (3.5) é a solução
do problema de valor inicial. Claramente (3.4) satisfaz as condições de fronteira e a
condição inicial é satisfeita para os valores de x ∈ (0, L) tais que f ( x ) é contı́nua. Va-
mos ver que (3.4) satisfaz a equação do calor. Cada termo da série satisfaz a equação
do calor. Basta provarmos que podemos passar as derivadas para dentro do sinal de
somatório. Isto decorre da aplicação do Teorema 2.7 na página 195 usando o fato de
que
n
α2 n2 π 2 2 2
∂un − α π2 t1
∂t ( x, t) ≤ M L2
cn e L
2 2
n
∂un nπ − α π2 t1
∂x ( x, t) ≤ M L e
cn L
n
∂2 u n 2 2 2 2
≤ Mn π − α π2 t1
cn
∂x2 ( x, t ) e L
L2
RL
para M = L2 0 | f ( x )|dx, 0 ≤ x ≤ L, 0 < t1 ≤ t ≤ t2 , n = 1, 2, 3, . . . e que
∞ n
α2 n2 π 2 2 π2
−α
∑ L2
t1
e L2 < ∞,
n =1
∞ 2 π2
n
nπ −α
∑ L
t1
e L2 < ∞,
n =1
∞ n
n2 π 2 2 π2
−α
∑ L2
t1
e L2 < ∞.
n =1
Observamos que a temperatura em cada ponto da barra tende a zero quando t tende
a +∞, ou seja,
∞
lim u( x, t) =
t→∞
∑ cn lim un ( x, t)
t→∞
= 0, para x ∈ [0, L],
n =1
que decorre da aplicação do Teorema 2.8 na página 197, usando o fato de que
2 π2
n
−α t1
|cn un ( x, t)| ≤ M e L2
para 0 < t1 ≤ t ≤ t2 , 0 ≤ x ≤ L, n = 1, 2, 3, . . . e
∞ 2 π2
n
−α
∑
t1
e L2 < ∞.
n =1
∂2 u
∂u
=
∂x2
∂t
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < 40
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
A solução é então
∞
nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑ cn sen 40
e 1600 t
n =1
y y y
t=0 t = 10 t = 20
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
t = 40 t = 80 t = 160
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
t = 320 t = 640 t = 1280
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.1 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exemplo 3.1 tomando apenas 3 termos não nulos da série.
1 40 nπx
Z
cn = = f ( x ) sen dx
20 0 40
(1) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/2 , 40) + 40bn ( f 1/2,1 , 40) − bn ( f 1/2,1 , 40)
80 nπ/2 80 nπ 80 nπ
= (− s cos s + sen s ) − cos s − (− s cos s + sen s )
2
n π 2
0 nπ
nπ/2 2
n π 2
nπ/2
160 nπ nπ nπ 80 nπ
= − cos + sen + cos
n2 π 2 2 2 2 nπ 2
160 sen nπ 2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Entretanto coeficientes de ı́ndice par são nulos:
c2k = 0
160(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2
Portanto a solução do problema é
2
∂u 2∂ u
∂t = α ∂x2
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = T1 , u( L, t) = T2
Observe que uma função somente de x (derivada parcial em relação a t nula), tal que
a segunda derivada (em relação a x) é igual a zero satisfaz a equação do calor. Assim,
T2 − T1
v( x, t) = T1 + x
L
satisfaz a equação do calor e as condições de fronteira u(0, t) = T1 e u( L, t) = T2 . O
que sugere como solução do problema inicial a função
u( x, t) = v( x, t) + u0 ( x, t),
em que u0 ( x, t) é a solução do problema com com condições homogêneas, ou seja,
∞
T2 − T1 nπx − α2 n22π2 t
u( x, t) = T1 + x + ∑ cn sen e L .
L n =1
L
ou ainda,
∞
T2 − T1
nπx
f ( x ) − T1 −
L
x= ∑ cn sen L
.
n =1
T2 − T1
Esta é a série de Fourier de senos de f ( x ) − T1 − L x. Assim, pelo Corolário 2.5
na página 181, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada
Z L
T2 − T1
2 nπx
cn = f ( x ) − T1 − x sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L 0 L L
Observe que
T2 − T1
lim u( x, t) = T1 + x, para x ∈ [0, L]
t→∞ L
ou seja, quando t tende a mais infinito, a solução u( x, t) tende a solução
T2 − T1
v( x, t) = T1 + x
L
2
∂u 2∂ u
∂t = α ∂x2 = 0
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = T1 , u( L, t) = T2
∂2 u
∂u
∂t = ∂x2
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < 40
u(0, t) = 10, u(40, t) = 30
A solução é então
∞
x nπx − n2 π2
u( x, t) = 10 + + ∑ cn sen e 1600 t
2 n =1 40
3
x 2 x, se 0 ≤ x < 20
g( x ) = f ( x ) − 10 − = 3
2 60 − 2 x, se 20 ≤ x ≤ 40
ou seja,
1 40
nπx 3 3
Z
(1) (0) (1)
cn = g( x ) sen dx = 2 bn ( f 0,1/2 , 40) + 60bn ( f 1/2,1 , 40) − bn ( f 1/2,1 , 40)
20 0 40 2 2
120 nπ/2 120 nπ 120 nπ
= (−s cos s + sen s) − cos s − 2 2 (−s cos s + sen s)
2
n π 2 0 nπ nπ/2 n π nπ/2
240 nπ 120
= − cos(nπ/2) + sen(nπ/2) + cos(nπ/2)
n2 π 2 2 nπ
240 sen nπ 2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Observe que
x
lim u( x, t) = 10 + , para x ∈ [0, L]
t→∞ 2
ou seja, quando t tende a mais infinito a solução tende a solução estacionária
x
v( x, t) = 10 + .
2
y y y
50 t=0 50 t = 20 50 t = 80
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
50 t = 160 50 t = 320 50 t = 640
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.2 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exemplo 3.2 tomando apenas 3 termos não nulos da série.
∂2 u
∂u ∂u
= 2 +2
∂t ∂x ∂x
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
∂u (0, t) = 0, ∂u ( L, t) = 0
∂x ∂x
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
Calculando-se as derivadas parciais temos que
∂u ∂2 u
= X ( x ) T 0 (t) e = X 00 ( x ) T (t).
∂t ∂x2
Substituindo-se na equação diferencial obtemos
X ( x ) T 0 (t) = α2 X 00 ( x ) T (t).
Dividindo-se por α2 X ( x ) T (t) obtemos
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2 .
X (x) α T (t)
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de
t. Isto só é possı́vel se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2 = λ.
X (x) α T (t)
Se λ < 0 :
Substituindo-se x = 0 e X 0 = 0 em
√ √ √
X 0 ( x ) = −λ(c1 cos( −λx ) − c2 sen( −λx )),
Agora substituindo-se x = L e X 0 = 0 em
√ √
X 0 ( x ) = −λc2 sen( −λx ),
obtemos √
c2 sen( −λL) = 0.
√
Logo, se c2 6= 0, então −λL = nπ, para n = 1, 2, 3, . . .. Logo
n2 π 2
λ=− , n = 1, 2, 3, . . .
L2
Portanto o problema de valores de fronteira (3.6) tem solução não nula somente se
n2 π 2
λ=0 ou λ=− , n = 1, 2, 3, . . .
L2
Substituindo-se estes valores de λ em (3.8) vemos que o problema de valores de
fronteira (3.6) tem soluções fundamentais
nπx
X0 = 1 e Xn ( x ) = cos , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
2 2
Substituindo-se λ = − n Lπ2 na equação diferencial (3.7) obtemos
α2 n2 π 2
T 0 (t) + T (t) = 0
L2
Logo o problema
∂u ∂2 u
= α2 2
∂t ∂x
∂u ∂u
(0, t) = 0, ( L, t) = 0.
∂x ∂x
tem soluções fundamentais
nπx − α2 n22π2 t
un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = cos e L para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
L
Combinações lineares das soluções fundamentais são também solução (verifique!),
N N
nπx − α2 n22π2
∑ cn un (x, t) = ∑ cn cos
t
u( x, t) = e L
n =0 n =0
L
Mas uma solução deste tipo não necessariamente satisfaz a condição inicial u( x, 0) =
f ( x ), para uma função f ( x ) mais geral. Vamos supor que a solução do problema de
valor inicial e de fronteira seja uma série da forma
∞ ∞
nπx − α2 n22π2 t
u( x, t) = ∑ cn un ( x, t) = ∑ cn cos
L
e L . (3.9)
n =0 n =0
∂2 u n 2 2 α2 n2 π 2
≤ M n π e − L2 t1
cn
∂x2 ( x, t ) 2
L
L
para M = L2 0 | f ( x )|dx, 0 < t1 ≤ t ≤ t2 , 0 < x1 ≤ x ≤ x2 < L, n = 1, 2, 3, . . . e que
R
∞
α2 n2 π 2 − α2 n22π2
∑
t1
e L < ∞,
n =1 L2
∞
nπ − α2 n22π2
∑
t1
e L < ∞,
n =1
L
∞
n2 π 2 − α2 n22π2
∑
t1
2
e L < ∞.
n =1 L
y y y
t=0 t = 10 t = 20
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
t = 40 t = 80 t = 160
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.3 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exemplo 3.3 tomando apenas 3 termos não nulos da série.
A solução é então
∞
nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑ cn cos 40
e 1600 t
n =0
1 40
Z
c0 = f ( x )dx = 10,
40 0
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) cos dx
20 0 40
(1) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/2 , 40) + 40 bn ( f 1/2,1 , 40) − bn ( f 1/2,1 , 40)
80 nπ/2 80 nπ 80 nπ
= ( s sen s + cos s ) + sen s − ( s sen s + cos s )
n2 π 2 nπ n2 π 2
0 nπ/2 nπ/2
160 nπ 80 80
= cos − 2 2 − 2 2 cos nπ
n2 π 2 2 n π n π
2 cos nπ 2 − 1 − (− 1 ) n
= 80 , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Entretanto alguns termos são nulos:
c2k+1 = 0
2 cos kπ − 2 (−1)k − 1
c2k = 80 = 40
(2k)2 π 2 k2 π 2
e
c2·2l = 0
−2 80
c2(2l +1) = 40 2 2
=− .
(2l + 1) π (2l + 1)2 π 2
Observe que a solução tende a v( x, t) = 10, quando t tende a mais infinito, que é a
solução estacionária.
∂2 u
∂u
= 2 +u
∂t
∂x
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < 1
∂u (0, t) = 0, ∂u u(1, t) = 0, t ≥ 0
∂x ∂x
2
2∂ u
∂u
= α
∂x2
∂t
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = 0, ∂u ( L, t) = 0
∂x
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
α2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 0 (t)
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2 = λ.
X (x) α T (t)
Se λ < 0 : √ √
Substituindo-se x = 0 e X = 0 em X ( x ) = c1 sen( −λx ) + c2 cos( −λx ),
obtemos que c2 = 0. Logo
√
X ( x ) = c1 sen( −λx ).
√ √
Agora substituindo-se x = L e X 0 = 0 em X 0 ( x ) = −λc2 cos( −λx ), obtemos
que se c2 6= 0, então
√
cos( −λL) = 0
o que implica que
√ (2n + 1)π
−λL = , para n = 0, 2, 3, . . .
2
Logo
(2n + 1)2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
4L2
Portanto o problema de valores de fronteira (3.11) tem soluções fundamentais
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = sen , para n = 0, 1, 2, 3, . . .
2L
(2n+1)2 π 2
Substituindo-se λ = − 4L2
na equação diferencial (3.12) obtemos
α2 (2n + 1)2 π 2
T 0 (t) + T (t) = 0
4L2
que tem como solução fundamental
2 (2n+1)2 π 2
−α t
T2n+1 (t) = e 4L2 , para n = 0, 1, 2, 3, . . .
n =0
2L (2k+1)π L −1 (2k+1)π
2 2
= 4· (−s cos s + sen s) (2k+1)π − · 4 · cos s (2k+1)π
(2k + 1)2 π 2 4
2 ( 2k + 1 ) π 4
8L (2k + 1)π (2k + 1)π 2L (2k + 1)π
= sen − sen − cos
(2k + 1)2 π 2 2 4 (2k + 1)π 2
y y y
t=0 t = 20 t = 80
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
t = 320 t = 1280 t = 5120
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.4 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exemplo 3.4 tomando apenas 6 termos não nulos da série.
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = T1 , u( L, t) = T2
u( x, t) = v( x ) + u0 ( x, t),
u( x, 0) = f ( x ) − v( x ), 0 < x < L
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0
∂u ∂u
= 0
∂t ∂t
∂2 u ∂2 u0 1
2
= − 2 g( x )
∂x ∂x2 α
∂u ∂2 u
− α2 2 = g ( x )
∂t ∂x
obtemos
∂u ∂2 u ∂u ∂2 u
− α2 2 = 0 + g( x ) − α2 20 = g( x )
∂t ∂x ∂t ∂x
u( x, 0) = v( x ) + u0 ( x, 0) = v( x ) + f ( x ) − v( x ) = f ( x ),
u( L, t) = v( L) + u0 ( L, t) = v( L) = T2 .
Como mostramos quando estudamos o problema homogêneo com condições de
fronteira homogêneas
lim u0 ( x, t) = 0.
t→∞
Logo
lim u( x, t) = v( x ) + lim u0 ( x, t) = v( x ), para x ∈ [0, L]
t→∞ t→∞
A solução é então
u( x, t) = v( x ) + u0 ( x, t),
em que v( x ) é a solução do problema de fronteira
2
v00 = − π sen πx
640 80
v(0) = 10, v(40) = 30
u( x, 0) = f ( x ) − v( x ), 0 < x < 40
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
Logo
πx x
v( x ) = 10 sen + + 10
80 4
∞
πx x nπx − n2 π2
u( x, t) = 10 sen + + 10 + ∑ cn sen e 1600 t
80 4 n =1
40
em que cn são os coeficientes da série de senos de
x
f ( x ) − v( x ) = −
4
ou seja,
1 (1)
cn = 2 − an ( f 0,1 )
4
20 nπ
= − 2 2 (−s cos s + sen s)
n π 0
20 20(−1)n
= cos(nπ ) = , n = 1, 2, 3 . . .
nπ nπ
Aqui usamos a tabela na página 199, multiplicando por 2 os valores. Portanto a
solução é dada por
πx x 20 ∞ (−1)n nπx − n2 π2
u( x, t) = 10 sen
80
+ + 10 +
4 ∑
π n =1 n
sen
40
e 1600 t
Observe que
πx x
lim u( x, t) = v( x ) = 10 sen + + 10, para x ∈ [0, 40]
t→∞ 80 4
ou seja, quando t tende a mais infinito a solução tende a solução estacionária
πx x
v( x ) = 10 sen + + 10.
80 4
y y y
50 t=0 50 t = 20 50 t = 80
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
50 t = 160 50 t = 320 50 t = 640
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.5 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exemplo 3.5 tomando apenas 3 termos não nulos da série.
∂2 u
∂u
= α2 2
∂t
∂x
u ( x, 0 ) = f ( x ), 0 < x < L
∂u (0, t) = 0, u( L, t) = 0.
∂x
3.2. Resolva o seguinte problema de valor inicial e de fronteira que corresponde ao problema do calor em
uma barra de comprimento L que do lado esquerdo está mantida a temperatura fixa T1 e do lado direito
é mantida isolada.
2
2∂ u
∂u
= α
∂x2
∂t
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
∂u
u(0, t) = T1 , ( L, t) = 0
∂x
3.3. Resolva o PVIF e determine a solução estacionária.
∂2 u
∂u 3
= −
2 40
∂t ∂x
u ( x, 0 ) = 20, 0 < x < 40
u(0, t) = 0, u(40, t) = 60
y y y
60 60 60
t=0 t = 10 t = 20
50 50 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
y y y
60 60 60
t = 40 t = 80 t = 160
50 50 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
Figura 3.6 – Solução, u( x, t), do PVIF do Exercı́cio 3.3 tomando apenas 10 termos não nulos da série.
∂2 u
∂u
∂t = ∂x2
u( x, 0) = f ( x ) = 20, 0 < x < 40
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
A solução é então
∞
nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑ cn sen 40
e 1600 t
n =1
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) sen( )dx
20 0 40
(0)
= 2 20bn ( f 0,1 , 40)
2 nπ
= −20 cos s
nπ 0
40
= (1 − cos(nπ ))
nπ
40
= (1 − (−1)n ), n = 1, 2, 3 . . .
nπ
40 ∞ 1 − (−1)n nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑
π n =1 n
sen
40
e 1600 t
(b)
π2
80 ∞
n
80 e− 1600 t
π2 t 80 1
π n∑
− 1600
|u( x, t)| ≤ e = π2 t
= π2 t
, para 0 < x < 40,
=1 π −
1 − e 1600 π e 1600 − 1
é equivalente a
80
π2
e 1600 t ≥ π
+ 1.
|u( x, t)|
Ou seja, se ! !
80 80
1600 1600
t≥ ln π
+1 = 2 ln π
+1 ≈ 200 segundos,
π2 |u( x, t)| π 10
então a temperatura no centro da barra será menor ou igual a 10◦ C.
1.2. Temos que resolver o problema
∂2 u
∂u
∂t = ∂x2
A solução é então
∞
3x nπx − n2 π2
u( x, t) = + ∑ cn sen e 1600 t
2 n =1
40
1 40 nπx
Z
cn = g( x ) sen( )dx
20 0 40
(0) 3 (1)
= 2 20bn ( f 0,1 , 40) − bn ( f 0,1 , 40)
2
40 nπ 120 nπ
= − cos s − 2 2 (−s cos s + sen s)
nπ 0 n π 0
40 120
= − (cos(nπ ) − 1) − 2 2 (−nπ cos(nπ ))
nπ n π
40(1 + 2(−1)n )
= , n = 1, 2, 3 . . .
nπ
Portanto a solução é dada por
3x 40 ∞ 1 + 2(−1)n nπx − n2 π2
u( x, t) =
2
+ ∑
π n =1 n
sen
40
e 1600 t
3x
Quando t tende a mais infinito a solução tende a solução estacionária v( x, t) = .
2
1.3. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
X 00 ( x ) + 2X 0 ( x ) T 0 (t)
= = λ.
X (x) T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira X (0) = X ( L) = 0 que
decorrem do fato de que 0 = u(0, t) = X (0) T (t) e 0 = u( L, t) = X ( L) T (t):
X 00 ( x ) + 2X 0 ( x ) − λX ( x ) = 0,
(
X (0) = 0, X ( L) = 0 (3.13)
0
T (t) − λT (t) = 0 (3.14)
Se λ = −1 : X ( x ) = c1 e− x + c2 xe− x .
√ √
Se λ < −1 : X ( x ) = c1 e− x sen( −1 − λ x ) + c2 e− x cos( −1 − λ x )).
As condições de fronteira X (0) = 0 e X ( L) = 0 implicam que (3.13) tem solução não identicamente nula
somente seλ < −1, mais que isso λ tem que ter valores dados por
n2 π 2
λ = −1 − , n = 1, 2, 3, . . .
L2
ou seja, o problema de valores de fronteira (3.13) tem solução
nπx
X ( x ) = c1 e− x sen , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
n2 π 2
Substituindo-se λ = −1 − L2
na equação diferencial (3.14) obtemos
n2 π 2
T 0 ( t ) + (1 + ) T (t) = 0
L2
que tem solução
2 π2
−n t
T ( t ) = c2 e − t e L2 , para n = 1, 2, 3, . . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais
nπx − n2 π2 2 t
un ( x, t) = X ( x ) T (t) = e− x−t sen e L
L
Além disso, combinações lineares dessas soluções são também solução
N N
nπx − n2 π2 2
∑ cn un (x, t) = ∑ cn e−x−t sen
t
u( x, t) = e L
n =1 n =1
L
Esta é a série de Fourier de senos de f ( x )e x . Assim, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal
que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 nπx
cn = f ( x )e x sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L 0 L
u( x, 0) = f ( x ) = 3x
2 , 0 < x < 40
∂u
∂u
(0, t) = 0, (40, t) = 0
∂t ∂t
A solução é então
∞
nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑ cn cos 40
e 1600 t
n =0
em que cn são os coeficientes da série de cossenos de f ( x ), ou seja,
1 40
Z
c0 = f ( x )dx = 30,
40 0
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) cos dx
20 0 40
nπ
3 (1) 120
= 2 an ( f 0,1 ) = 2 2 (s sen s + cos s)
2 n π 0
(−1) − 1n
= 120 , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Portanto a solução é dada por
120 ∞ (−1)n − 1 nπx − n2 π2
u( x, t) = 30 + 2 ∑
π n =1 n 2
cos
40
e 1600 t
=0 (2n + 1) 40
2.2. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
∂u ∂2 u
= X ( x ) T 0 (t) e = X 00 ( x ) T (t).
∂t ∂x2
Substituindo-se na equação diferencial obtemos
X 00 ( x ) T 0 (t)
= + 1 = λ.
X (x) T (t)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X 0 (1) = 0,
(
(3.15)
0
T ( t ) + (1 − λ ) T ( t ) = 0 (3.16)
Se λ = 0 : X ( x ) = c1 + c2 x.
√ √
Se λ < 0 : X ( x ) = c1 sen( −λ x ) + c2 cos( −λ x ).
As condições de fronteira X 0 (0) = 0 e X 0 (1) = 0 implicam que (3.15) tem solução não identicamente nula
somente se λ ≤ 0. Mais que isso λ tem que ter valores dados por
λ = −n2 π 2 , n = 0, 1, 2, 3, . . .
T 0 ( t ) + (1 + n2 π 2 ) T ( t ) = 0
∂u ∂2 u
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial = + u e as condições de fronteira
∂t ∂x2
∂u ∂u
(0, t) = (1, t) = 0 tem soluções fundamentais
∂x ∂x
2 π2 ) t
un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = cos(nπx )e−(1+n para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
Vamos supor que a solução do problema de valor inicial e de fronteira seja uma série da forma
∞ ∞
∑ cn un (x, t) = e−t ∑ cn cos nπxe−n π
2 2 t
u( x, t) = . (3.17)
n =0 n =0
Esta é a série de Fourier de cossenos de f ( x ). Assim, pelo Corolário 2.4 na página 178, se a função
f : [0, 1] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, então os
coeficientes da série são dados por
Z 1 Z 1
c0 = f ( x )dx, cn = 2 f ( x ) cos nπx dx, n = 1, 2, 3 . . . (3.18)
0 0
3.1. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
α2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 0 (t)
X 00 ( x ) 1 T 0 (t)
= 2 = λ.
X (x) α T (t)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X ( L) = 0
(
(3.19)
0 2
T (t) − α λT (t) = 0 (3.20)
∂u
0= (0, t) = X 0 (0) T (t) e 0 = u( L, t) = X ( L) T (t).
∂x
Se λ > 0 : √ √ √
Substituindo-se x = 0 e X 0 = 0 em X 0 ( x ) = λ(c1 e λ x − c2 e− λ x ), obtemos que 0 = c1 − c2 , ou
seja, c2 = c1 . Logo
√ √
X ( x ) = c1 ( e λx
+ e− λx
).
√ √
Agora substituindo-se x = L e X = 0 em X ( x ) = c1 (e λx + e− λ x ), obtemos que se c1 6= 0, então
√ √
e λL
= −e− λL
X ( x ) = c1 .
√
Agora substituindo-se x = L e X = 0 em X ( x ) = c2 cos( −λx ), obtemos que se c2 6= 0, então
√
cos( −λL) = 0
√ (2n+1)π
o que implica que −λL = 2 , para n = 0, 2, 3, . . .. Portanto
(2n + 1)2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
4L2
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = cos , para n = 0, 1, 2, 3, . . .
2L
(2n+1)2 π 2
Substituindo-se λ = − 4L2
na equação diferencial (3.20) obtemos
α2 (2n + 1)2 π 2
T 0 (t) + T (t) = 0
4L2
que tem como solução fundamental
2 (2n+1)2 π 2
−α t
T2n+1 (t) = e 4L2 , para n = 0, 1, 2, 3, . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais
(2n + 1)πx − α2 (2n+21)2 π2 t
u2n+1 ( x, t) = X2n+1 ( x ) T2n+1 (t) = cos e 4L
2L
Além disso, combinações lineares dessas soluções são também solução
N N
(2n + 1)πx − α2 (2n+21)2 π2 t
u( x, t) = ∑ c2n+1 u2n+1 ( x, t) = ∑ c2n+1 cos
2L
e 4L
n =0 n =0
∞ ∞
(2n + 1)πx − α2 (2n+21)2 π2 t
u( x, t) = ∑ c2n+1 u2n+1 ( x, t) = ∑ c2n+1 cos
2L
e 4L
n =0 n =0
∞
(2n + 1)πx
f ( x ) = u( x, 0) = ∑ c2n+1 cos 2L
.
n =0
para n = 0, 1, 2, 3 . . .
∂v ∂2 u
= α2 2 = 0
∂t ∂x
em que u0 ( x, t) é a solução de
∂2 u
∂u
= α2 2
∂t
∂x
u ( x, 0 ) = f ( x ), 0 < x < L
u(0, t) = 0, ∂u ( L, t) = 0
∂x
Assim,
∞
(2n + 1)πx − α2 (2n+21)2 π2 t
u( x, t) = T1 + ∑ c2n+1 sen
2L
e 4L
n =0
é a solução do problema da valor inicial e de fronteiras se
∞
(2n + 1)πx
u( x, 0) = f ( x ) = T1 + ∑ c2n+1 sen 2L
n =0
3.3. A solução de
v00 = 40
3
v(0) = 0, v(40) = 60
3 2
é v( x ) = x . A solução de
80
∂2 u
∂u
=
∂x2
∂t
3
u( x, 0) = 20 − x2 , 0 < x < 40
80
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
é
∞
nπx − n2 π2
u( x, t) = ∑ cn sen 40
e 1600 t
n =1
em que cn são os coeficientes da série de senos de
3 2
g( x ) = 20 − x
80
ou seja,
1 40 nπx
Z
cn = g( x ) sen( )dx
20 0 40
(0) 3 (2)
= 2 20bn ( f 0,1 , 40) − bn ( f 0,1 , 40)
80
40 nπ 120 nπ
= − cos s − 3 3 2s sen s + 2 − s2 cos s
nπ 0 n π 0
40 120 2 2
= − (cos(nπ ) − 1) − 3 3 (2 − n π ) cos(nπ ) − 2
nπ n π
40 2π 2 n2 (−1)n − 6(−1)n + π 2 n2 + 6
= , n = 1, 2, 3 . . .
π 3 n3
Portanto a solução é dada por
∞
3 2 40 2π 2 n2 (−1)n − 6(−1)n + π 2 n2 + 6 nπx − n2 π2
u( x, t) =
80
x + 3
π ∑ n 3
sen
40
e 1600 t
n =1
327
328 Equação da Onda Unidimensional
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
Calculando-se as derivadas parciais e substituindo-se na equação diferencial obte-
mos
X ( x ) T 00 (t) = a2 X 00 ( x ) T (t).
Dividindo-se por a2 X ( x ) T (t) obtemos
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 .
X (x) a T (t)
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de
t. Isto só é possı́vel se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira:
( 00
X ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X ( L) = 0 (4.1)
T 00 (t) − a2 λT (t) = 0, T 0 (0) = 0 (4.2)
a2 n2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0.
L2
Para resolver esta equação temos que encontrar as raı́zes da sua equação carac-
terı́stica:
a2 n2 π 2 anπ
r2 + 2
=0 ⇔ r=± i.
L L
Logo a solução geral da equação diferencial para T (t) é
anπt anπt
T (t) = c1 cos + c2 sen .
L L
Com a condição inicial T 0 (0) = 0 concluı́mos que a equação diferencial para T (t)
com a condição inicial T 0 (0) = 0 tem soluções fundamentais (verifique!)
anπt
Tn (t) = cos
L
Logo o problema
∂2 u 2
2∂ u
= a
∂t2 ∂x2 (4.3)
∂u
u(0, t) = u( L, t) = 0;
( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂t
tem soluções fundamentais
nπx anπt
un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = sen cos para n = 1, 2, 3, . . . . (4.4)
L L
y n = 1, t = 0 y n = 2, t = 0
x x
L L/2 L
y n = 3, t = 0 y n = 4, t = 0
x x
anπt nπx
Figura 4.1 – Modos naturais de vibração un ( x, t) = cos sen , para n = 1, 2, 3, 4 e t = 0.
L L
anπt nπx
un ( x, t) = [cos ] sen
L L
é chamada modo normal (ou natural) de vibração, onda estacionária ou harmônico
2L
e o seu perı́odo fundamental na variável x é igual a e é chamado comprimento de
n
onda do modo normal. Os modos normais de vibração podem ser vistos como senos
anπt
com amplitude variando de forma cossenoidal Rn (t) = cos com frequências
anπ
L
L chamadas frequências naturais da corda. Portanto, neste caso, os perı́odos
2L
fundamentais da corda são Tn = . Observe, também, que cada modo normal
na
un ( x, t) tem n − 1 pontos fixos no intervalo 0 < x < L (quais são?).
x x x
x x x
x x x
4aπt 4πx L
Figura 4.2 – Modo natural de vibração u4 ( x, t) = cos sen , para t = 0, . . . , .
L L 4a
N N
nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn un ( x, t) = ∑ cn sen L
cos
L
n =1 n =1
Mas uma solução deste tipo não necessariamente satisfaz a condição inicial
u( x, 0) = f ( x ), para uma função f ( x ) mais geral. Assim vamos supor que a solução
do problema de valor inicial e de fronteira é uma série da forma
∞ ∞
nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn un (x, t) = ∑ cn sen L
cos
L
(4.5)
n =1 n =1
Esta é a série de Fourier de senos de f ( x ). Assim, pelo Corolário 2.5 na página 181,
se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0 também
seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 nπx
cn = f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L 0 L
2L
para cada x, é periódica com relação a t com perı́odo fundamental T = , se c1 6= 0.
a
nπ ( x − at)
anπt nπx 1 nπ ( x + at)
un ( x, t) = cos sen = sen + sen
L L 2 L L
∞ ∞
!
1 nπ ( x − at) nπ ( x + at)
2 n∑
u( x, t) = cn sen + ∑ cn sen
=1 L n =1
L
1 ˜
f ( x − at) + f˜( x + at) ,
= (4.6)
2
x x x
x x x
x x x
Figura 4.3 – Solução, u( x, t), do problema da corda presa nas extremidades com velocidade inicial nula, para t
variando entre 0 e T/2.
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se f é contı́nua por partes com
as suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que f˜00 é
contı́nua em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert, (4.6),
satisfaz a equação da onda e u( x, 0) = f ( x ) para todo x ∈ [0, L].
x, se 0 ≤ x < 20,
f (x) =
40 − x, se 20 ≤ x ≤ 40.
2
∂ u ∂2 u
=4 2
2
∂t ∂x
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = 0, 0 < x < 40
∂t
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
∞
nπx nπt
u( x, t) = ∑ cn sen 40
cos
20
n =1
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) sen( )dx
20 0 40
(1) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/2 , 40) + 40bn ( f 1/2,1 , 40) − bn ( f 1/2,1 , 40)
80 nπ/2 80 nπ 80 nπ
= (− s cos s + sen s ) − cos s − (− s cos s + sen s )
2
n π 2
0 nπ
nπ/2 2
n π 2
nπ/2
160 nπ nπ nπ 80 nπ
= − cos + sen + cos
n2 π 2 2 2 2 nπ 2
160 sen nπ 2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
Entretanto coeficientes de ı́ndice par são nulos:
c2k = 0
160(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2
Portanto a solução é dada por
1 ˜
f ( x − 2t) + f˜( x + 2t) ,
u( x, t) =
2
y y y
t=0 t=5 t = 10
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 15 t = 20 t = 25
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 30 t = 35 t = 40
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t).
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2
X (x) a T (t)
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de
t. Isto só é possı́vel se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias, uma com condições de fron-
teira e a outra com condição inicial:
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0,
(
X (0) = 0, X ( L) = 0 (4.7)
00 2
T (t) − a λT (t) = 0, T (0) = 0 (4.8)
0 = u( x, 0) = X ( x ) T (0).
a2 n2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0
L2
Para resolver esta equação temos que encontrar as raı́zes da sua equação carac-
terı́stica:
a2 n2 π 2 anπ
r2 + =0 ⇔ r=± i.
L2 L
Logo a solução geral da equação diferencial para T (t) é
anπt anπt
T (t) = c1 cos + c2 sen .
L L
Usando a condição inicial T (0) = 0 concluı́mos que a equação diferencial para T (t)
com a condição inicial T (0) = 0 tem soluções fundamentais (verifique!)
anπt
Tn (t) = sen , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
Logo o problema
2 2
∂ u 2∂ u
= a
∂t2 ∂x2 (4.9)
u(0, t) = u( L, t) = 0; u( x, 0) = 0, 0 < x < L
nπx anπt
un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = sen sen para n = 1, 2, 3, . . . . (4.10)
L L
chamadas modos normais (ou naturais) de vibração, ondas estacionárias ou
2L
harmônicos e o seu perı́odo fundamental na variável x é igual a e é chamado
n
comprimento de onda do modo normal. Os modos normais de vibração podem ser
anπt
vistos como senos com amplitude variando de forma senoidal Rn (t) = sen
L
anπ
com frequências chamadas frequências naturais da corda. Portanto, neste
L
2L
caso, os perı́odos fundamentais da corda são Tn = . Observe, também, que cada
na
modo normal un ( x, t) tem n − 1 pontos fixos no intervalo 0 < x < L (quais são?).
Assim vamos supor que a solução do problema de valor inicial e de fronteira seja
uma série da forma
∞ ∞
nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn un (x, t) = ∑ cn sen L
sen
L
. (4.11)
n =1 n =1
∂u
Para satisfazer a condição inicial ( x, 0) = g( x ), devemos ter
∂t
∞
∂u anπ nπx
g( x ) = ( x, 0) = ∑ cn sen . (4.12)
∂t n =1
L L
Esta é a série de Fourier de senos de g( x ). Assim, pelo Corolário 2.5 na página 181,
se a função g : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada g0 também
seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
anπ 2 nπx
cn = g( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L L 0 L
Observe que a solução do problema de valor inicial e de fronteira
∞
nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn sen L
sen
L
n =1
2L
para cada x, é periódica com relação a t com perı́odo fundamental T = , se c1 6= 0.
a
nπ ( x − at)
anπt nπx 1 nπ ( x + at)
un ( x, t) = sen sen = cos − cos
L L 2 L L
1 ∞ nπ ( x − at)
nπ ( x + at)
2 n∑
u( x, t) = c n cos − cos .
=1 L L
Por outro lado, supondo que a série de Fourier da integral de g é a série das integrais,
integrando-se (4.12), obtemos
Z x+ at ∞
nπ ( x − at)
nπ ( x + at)
x − at
0 0
g̃( x )dx = a ∑ cn cos
L
− cos
L
.
n =1
em que g̃ é a extensão de g que é ı́mpar e periódica de perı́odo 2L. Logo temos que
Z x+ at
1
u( x, t) = g̃( x 0 )dx 0 . (4.13)
2a x − at
1
u( x, t) = (h( x + at) − h( x − at)) .
2a
A função h( x ) é periódica de perı́odo 2L e par (verifique!). A solução representa duas
ondas se propagando em sentidos opostos com velocidade igual a a que se refletem
e se invertem em x = 0 e x = L.
x x x
x x x
x x x
Figura 4.5 – Solução, u( x, t), do problema da corda presa nas extremidades com posição inicial nula, para t
variando entre 0 e T/2.
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se g é contı́nua por partes com a
sua derivada, g0 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que g̃0 é contı́nua
em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert, (4.13), satisfaz
∂t ( x, 0) = g ( x ) para todo x ∈ (0, L ) onde g é contı́nua.
a equação da onda e ∂u
Exemplo 4.2. Vamos considerar uma corda de 40 cm de comprimento, presa nas ex-
tremidades, com coeficiente a = 2, sem deslocamento inicial mas com uma veloci-
dade inicial dada por
x/10, se 0 ≤ x < 20
g( x ) =
4 − x/10, se 20 ≤ x ≤ 40
A solução é então
∞
nπx nπt
u( x, t) = ∑ cn sen 40
sen
20
n =1
nπ
em que são os coeficientes da série de senos de g( x ), que são os coeficientes
20 cn
obtidos para f ( x ) do Exemplo 4.1 na página 338 dividos por 10, ou seja,
nπ 1 40 nπx
Z
cn = g( x ) sen dx
20 20 0 40
16 sen nπ2
= n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
320 sen nπ
2
cn = , n = 1, 2, 3 . . .
n3 π 3
Portanto a solução é dada por
40 − (40 + x )2 /20,
Z x se −40 ≤ x < −20,
h( x ) = g̃(y)dy = x2 /20, se −20 ≤ x < 20, h( x + 80) = h( x ).
0
40 − (40 − x )2 /20, se 20 < x ≤ 40,
y y y
t=0 t=5 t = 10
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 15 t = 20 t = 25
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 30 t = 35 t = 40
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
u( x, t) = u( f ) ( x, t) + u( g) ( x, t)
∞ ∞
nπx naπt nπx naπt
= ∑ cn sen cos + ∑ dn sen sen
n =1
L L n =1
L L
em que cn e naπ
L dn são os coeficientes da série de senos de f ( x ) e de g ( x ), respectiva-
mente, ou seja,
Z L
2 nπx
cn = f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L 0 L
Z L
naπ 2 nπx
dn = g( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L L 0 L
2L
Para cada x, a solução, u( x, t), é periódica com relação a t com perı́odo T = .
a
As funções
nπx naπt nπx naπt
un ( x, t) = cn sen cos + dn sen sen
L L L L
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se f é contı́nua por partes com
suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nuas por partes e g é contı́nua por partes com
a sua derivada, g0 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que g̃0 e f˜00 são
contı́nuas em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert,
(4.14), satisfaz a equação da onda e
A solução é a soma das soluções dos problemas dados nos Exemplos 4.1 e 4.2, ou
seja,
∞ ∞
nπx nπt nπx nπt
u( x, t) = ∑ cn sen cos + ∑ dn sen sen
n =1
40 20 n =1
40 20
em que cn e nπ
20 dn são os coeficientes da série de senos de f ( x ) e de g ( x ), respectiva-
mente, ou seja,
160 sen nπ
Z 40
1 nπx 2
cn = f ( x ) sen dx = , n = 1, 2, 3 . . .
20 0 40 n2 π 2
16 sen nπ
Z 40
nπ 1 nπx 2
dn = g( x ) sen dx = n = 1, 2, 3 . . .
20 20 0 40 n2 π 2
320 sen nπ
2
dn = , n = 1, 2, 3 . . .
n3 π 3
y y y
t=0 t=5 t = 10
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 15 t = 20 t = 25
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 30 t = 35 t = 40
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
1.4. Determine o deslocamento, u( x, t), de uma corda de 40 cm de comprimento, presa nas extremidades,
com coeficiente a = 2, solta do repouso de forma que o deslocamento inicial seja dado por sen(πx/20),
para 0 < x < 40. Qual o perı́odo fundamental da corda?
1.5. Determine o deslocamento, u( x, t), de uma corda de 40 cm de comprimento, presa nas extremidades,
com coeficiente a = 2, com deslocamento inicial nulo solta de forma que a velocidade inicial seja dada
por
x, se 0 ≤ x < 10
g( x ) = 10, se 10 ≤ x < 30
40 − x, se 30 ≤ x ≤ 40
1.6. Determine o deslocamento, u( x, t), de uma corda de 40 cm de comprimento, presa nas extremidades,
com coeficiente a = 2, com deslocamento inicial nulo solta de forma que a velocidade inicial seja dada
por sen(πx/20), para 0 < x < 40. Qual o perı́odo fundamental da corda?
1.7. Determine o deslocamento, u( x, t), de uma corda de 40 cm de comprimento, presa nas extremidades,
com coeficiente a = 2, com deslocamento inicial f ( x ) solta de forma que a velocidade inicial seja g( x ) em
que
x, se 0 ≤ x < 10
f ( x ) = g( x ) = 10, se 10 ≤ x < 30
40 − x, se 30 ≤ x ≤ 40
1.8. Resolva o problema de valor inicial e de fronteira usando o método de separação de variáveis
2
∂ u ∂2 u ∂u
= +2
2
∂t ∂x ∂x
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < L
∂u
( x, 0) = 0. 0 < x < L.
∂t
u(0, t) = 0, u( L, t) = 0.
1.9. Encontre as equações diferenciais ordinárias e as condições de fronteira associadas às soluções funda-
mentais do problema:
2
∂ u ∂2 u ∂u
2
= 2
− u + ; 0 < x < 1, t>0
∂t ∂x ∂x
∂u
(1, t); t ≥ 0,
u(0, t) = 0 =
∂x
u( x, 0) = 0; 0 < x < 1,
∂u ( x, 0) = g( x ); 0 < x < 1.
∂t
Verifique que se f é contı́nua por partes com suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nuas por partes e g é
contı́nua por partes com a sua derivada, g0 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que g̃0 e f˜00
são contı́nuas em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert,
Z x+ at
1 ˜ 1
f ( x − at) + f˜( x + at) +
u( x, t) = g̃(y)dy
2 2a x − at
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t).
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 .
X (x) a T (t)
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X 0 ( L) = 0
(
(4.15)
00 2 0
T (t) − α λT (t) = 0, T (0) = 0 (4.16)
a2 (2n + 1)2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0
4L2
então
∞
(2n + 1)πx
f˜( x ) = ∑ c2n+1 sen 2L
. (4.20)
n =0
Assim, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0
também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 (2n + 1)πx
c2n+1 = f ( x ) sen dx, para n = 0, 1, 2, 3 . . . (4.21)
L 0 2L
Observe que a solução do problema de valor inicial e de fronteira
∞
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u( x, t) = ∑ c2n+1 sen 2L
cos
2L
n =0
4L
para cada x, é periódica com relação a t com perı́odo fundamental T = , se c1 6= 0.
a
Para cada n, podemos reescrever a solução fundamental (4.18) do problema (4.17) na
forma (verifique!)
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u2n+1 ( x, t) = sen cos
2L 2L
(2n + 1)π ( x − at)
1 (2n + 1)π ( x + at)
= sen + sen .
2 2L 2L
Substituindo-se esta expressão na série (4.20) obtemos que a solução do problema de
valor inicial e de fronteira pode ser reescrito como
∞ ∞
!
1 (2n + 1)π ( x − at) (2n + 1)π ( x + at)
2 n∑
u( x, t) = c2n+1 sen + ∑ c2n+1 sen
=0 2L n =1
2L
1 ˆ
= f ( x − at) + fˆ( x + at) , (4.22)
2
x x x
x x x
x x x
Figura 4.8 – Solução, u( x, t), do problema da corda presa na extremidade esquerda com velocidade inicial nula,
para t variando entre 0 e T/4.
x x x
x x x
y t = 15 L/8a y t = 16 L/8a
x x
Figura 4.9 – Solução, u( x, t), do problema da corda presa na extremidade esquerda com velocidade inicial nula,
para t variando entre T/4 e T/2.
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se f é contı́nua por partes com
as suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que f˜00
é contı́nua em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert,
(4.22), satisfaz a equação da onda e u( x, 0) = f ( x ) para todo x ∈ [0, L].
0, se 0 ≤ x < 20
f (x) =
x − 20, se 20 ≤ x ≤ 40
2
∂ u ∂2 u
= 4
∂t2 ∂x2
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = 0, 0 < x < 40
∂t
u(0, t) = 0, ∂u (40, t) = 0.
∂x
A solução é então
∞
(2n + 1)πt (2n + 1)πx
u( x, t) = ∑ c2n+1 cos 40
sen
80
n =0
80 (2n+1)π −1 (2n+1)π
2 2
= 4· (− s cos s + sen s ) − 20 · 4 · cos s
(2n + 1)2 π 2 (2n+1)π (2n+1)π
( 2n + 1 )
4
π 4
320 (2n + 1)π (2n + 1)π 80 (2n + 1)π
= sen − sen − cos
(2n + 1)2 π 2 2 4 (2n + 1)π 2
1 ˜
f ( x − 2t) + f˜( x + 2t) ,
u( x, t) =
2
y y y
t=0 t = 10 t = 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 30 t = 40 t = 50
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 60 t = 70 t = 80
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t)
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X 0 ( L) = 0,
(
(4.23)
00 2
T (t) − α λT (t) = 0, T (0) = 0. (4.24)
Se λ = 0 : X ( x ) = c1 + c2 x.
√ √
Se λ < 0 : X ( x ) = c1 sen( −λx ) + c2 cos( −λx ).
As condições de fronteira X (0) = 0 e X 0 ( L) = 0 implicam, como no caso do exercı́cio
sobre a equação do calor resolvido na página 311, que (4.23) tem solução não identi-
camente nula somente se λ < 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
(2n + 1)2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
4L2
ou seja, a equação o problema de valores de fronteira (4.23) tem soluções fundamen-
tais
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = sen , para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
2L
(2n+1)2 π 2
Substituindo-se λ = − 4L2
na equação diferencial (4.24) obtemos
a2 (2n + 1)2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0
4L2
∂u
Então para satisfazer a condição inicial ( x, 0) = g( x ), temos que impor a condição
∂t
∞
∂u a(2n + 1)π (2n + 1)πx
g( x ) = u( x, 0) = ∑ c2n+1 sen .
∂t n =0
2L 2L
Esta não é a série de Fourier de senos de g( x ) de perı́odo L. Entretanto, estendendo
g ao intervalo [0, 2L] de forma que ela seja simétrica em relação a reta x = L, ou seja,
g( x ) se x ∈ [0, L]
g̃( x ) =
g(2L − x ) se x ∈ [ L, 2L]
então
∞
a(2n + 1)π (2n + 1)πx
g̃( x ) = ∑ c2n+1 2L
sen
2L
. (4.28)
n =0
Assim, se a função g : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada g0
também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
a(2n + 1)π 2 (2n + 1)πx
c2n+1 = g( x ) sen dx. (4.29)
2L L 0 2L
para n = 0, 1, 2, 3 . . .
Observe que a solução do problema de valor inicial e de fronteira
∞
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u( x, t) = ∑ c2n+1 sen 2L
sen
2L
n =0
4L
para cada x, é periódica com relação a t com perı́odo fundamental T = , se c1 6= 0.
a
Para cada n, podemos reescrever a solução fundamental (4.26) do problema (4.25) na
forma (verifique!)
Por outro lado, supondo que a série de Fourier da integral de g é a série das integrais,
integrando-se (4.28), obtemos
Z x+ at ∞
(2n + 1)π ( x − at)
(2n + 1)π ( x + at)
x − at
ĝ(y)dy = a ∑ n c cos
2L
− cos
2L
.
n =0
(2n+1)π
em que 40 c2n+1 são os coeficientes da série de senos de ı́ndice ı́mpar de g( x ),
que são os coeficientes obtidos para f ( x ) do Exemplo 4.4 na página 368 divididos
Seja
0, se 0 ≤ x < 20,
x2 /20 − 2x + 20,
se 20 ≤ x < 40,
Z x
h( x ) = g̃(y)dy = − x2 /20 + 6x − 140, se 40 ≤ x ≤ 60, h( x + 160) = h( x ),
0
40, se 60 < x ≤ 80
h(− x ), se −80 ≤ x ≤ 0
então
Z x+2t
1 1
u( x, t) = g̃(y)dy = (h( x + 2t) − h( x + 2t)) .
4 x −2t 4
y y y
t=0 t = 10 t = 20
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 30 t = 40 t = 50
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
y y y
t = 60 t = 70 t = 80
10 10 10
x x x
20 40 20 40 20 40
-10 -10 -10
u( x, t) = u( f ) ( x, t) + u( g) ( x, t).
direita é colocado um anel que corre sem atrito em volta de uma barra vertical, com
deslocamento inicial dado por
0, se 0 ≤ x < 20
f (x) =
x − 20, se 20 ≤ x ≤ 40
em que c2n+1 são os coeficientes da série de senos de ı́ndice ı́mpar de f ( x ), que são
(2n+1)π
os coeficientes obtidos para f ( x ) do Exemplo 4.4 na página 368 e 40 d2n+1 são os
coeficientes da série de senos de ı́ndice ı́mpar de g( x ), que são os coeficientes obtidos
para g( x ) do Exemplo 4.5 na página 375, ou seja,
320 (2n + 1)π (2n + 1)π 80 (2n + 1)π
c2n+1 = 2 2
sen − sen − cos
(2n + 1) π 2 4 (2n + 1)π 2
(2n + 1)π 32 (2n + 1)π (2n + 1)π 8 (2n + 1)π
d2n+1 = sen − sen − cos
40 (2n + 1)2 π 2 2 4 (2n + 1)π 2
Seja
0, se 0 ≤ x < 20,
x2 /20 − 2x + 20,
se 20 ≤ x < 40,
Z x
h( x ) = g̃(y)dy = − x2 /20 + 6x − 140, se 40 ≤ x ≤ 60, h( x + 160) = h( x ),
0
40, se 60 < x ≤ 80
h(− x ), se −80 ≤ x ≤ 0
então
1 ˜ 1 x+2t
Z
f ( x − 2t) + f˜( x + 2t) +
u( x, t) = g̃(y)dy
2 4 x−2t
1 ˜ 1
f ( x − 2t) + f˜( x + 2t) +
= (h( x + 2t) − h( x + 2t)) .
2 4
A solução u( x, t) é periódica de perı́odo T = 80 segundos.
2.2. Vamos considerar uma corda elástica de comprimento L presa somente na extremidade direita, enquanto
que na extremidade esquerda é colocado um anel que corre sem atrito em volta de uma barra vertical.
(a) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial de cada ponto da corda é dado por f ( x ), e que
a velocidade inicial de cada ponto da corda é nula, ou seja, resolva o PVIF
2 2
∂ u 2∂ u
= a
∂t2 ∂x2
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂t
∂u (0, t) = 0; u( L, t) = 0.
∂x
(b) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial da corda é nulo e que a velocidade inicial de
cada ponto da corda é dada por g( x ), ou seja, resolva o PVIF
2
∂ u ∂2 u
= a2 2
2
∂t ∂x
∂u
u( x, 0) = 0, ( x, 0) = g( x ), 0 < x < L
∂t
∂u (0, t) = 0; u( L, t) = 0.
∂x
(c) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial da corda é nulo e que a velocidade inicial de
cada ponto da corda é dada por g( x ), ou seja, resolva o PVIF
2
∂ u ∂2 u
= a2 2
2
∂t ∂x
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = g( x ), 0 < x < L
∂t
∂u (0, t) = 0; u( L, t) = 0.
∂x
2.3. Vamos considerar uma corda elástica de comprimento L solta nas duas extremidades, ou seja, nas extre-
midades são colocados anéis que correm sem atrito em volta de barras verticais.
(a) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial de cada ponto da corda é dado por f ( x ), e que
a velocidade inicial de cada ponto da corda é nula, ou seja, resolva o PVIF
2
∂ u ∂2 u
= a2 2
2
∂t ∂x
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂t
∂u (0, t) = 0; ∂u ( L, t) = 0.
∂x ∂x
(b) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial da corda é nulo e que a velocidade inicial de
(c) Determine o deslocamento vertical em função da posição e do tempo, u( x, t), de cada ponto da
corda elástica, sabendo-se que o deslocamento inicial da corda é nulo e que a velocidade inicial de
cada ponto da corda é dada por g( x ), ou seja, resolva o PVIF
2 2
∂ u 2∂ u
= a
∂t2 ∂x2
∂u
u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = g( x ), 0 < x < L
∂t
∂u (0, t) = 0; ∂u ( L, t) = 0.
∂x ∂x
ξ = x + at, η = x − at
∂2 u 2
2∂ u
= a .
∂t2 ∂x2
Ou seja, se u( x, t) = v(ξ ( x, t), η ( x, t)), então
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + =a − .
∂t ∂ξ ∂t ∂η ∂t ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η 2 ∂ v
= + =a −2 + 2 .
∂t2 ∂ξ ∂t ∂t ∂η ∂t ∂t ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + = + .
∂x ∂ξ ∂x ∂η ∂x ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η ∂ v
= + = + 2 + .
∂x2 ∂ξ ∂x ∂x ∂η ∂x ∂x ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η 2
Assim
∂2 v 2
2∂ v
2
2 ∂ v
− a = − 4a = 0.
∂t2 ∂x2 ∂ξ∂η
Logo a equação da corda elástica é equivalente a equação
∂2 v
= 0,
∂ξ∂η
ou equivalentemente
∂ ∂v
= 0.
∂ξ ∂η
∂v
Mas se v(ξ, η ) satisfaz esta equação então não depende de ξ, ou seja,
∂η
∂v
= φ̃(η ).
∂η
E assim Z
v(ξ, η ) = φ̃(η )dη + ψ(ξ ) = φ(η ) + ψ(ξ ).
Voltando às variáveis x e t, temos que a solução geral da equação da onda em uma
dimensão é
u( x, t) = φ( x − at) + ψ( x + at), (4.31)
que representa duas ondas viajando em sentidos opostos com velocidade igual a a.
u( x, 0) = f ( x ), ∂u ( x, 0) = g( x ), x ∈ R
∂t
Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se f é contı́nua por partes com
as suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que f 00
é contı́nua em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert
∂u
satisfaz a equação da onda, u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = g( x ) para todo x ∈ R.
∂t
u(0, t)
(b) Calcule lim .
t→∞ t
pois g( x + T ) = g( x ).
1.2. (a) Usando o exercı́cio anterior temos que
Z x+T Z x Z x+T
h( x + T ) = g(y)dy = g(y)dy + g(y)dy =
0 0 x
Z x Z T/2 Z x
g(y)dy + g(y)dy = g(y)dy = h( x ).
0 − T/2 0
R T/2
Pois como g é ı́mpar, então − T/2 g(y)dy = 0.
(b) Usando o fato de que g(− x ) = − g( x ), temos que
Z −x Z x Z x
h(− x ) = g(y)dy = − g(−z)dz = g(z)dz = h( x ).
0 0 0
A solução é então
∞
nπx nπt
u( x, t) = ∑ cn sen 40
cos
20
n =1
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) sen( )dx
20 0 40
(1) (0) (0) (1)
= 2 bn ( f 0,1/4 , 40) + 10bn ( f 1/4,3/4 , 40) + 40bn ( f 3/4,1 , 40) − bn ( f 3/4,1 , 40)
80 sen nπ 3nπ
4 + sen 4
= , n = 1, 2, 3 . . .
π2 n2
Portanto a solução é dada por
∞ sen nπ 3nπ
80 4 + sen 4 nπx nπt
u( x, t) =
π2 ∑ n 2
sen
40
cos
20
n =1
1.4.
π π
u( x, t) = sen( x ) cos( t)
20 10
Perı́odo fundamental igual a 5 segundos.
1.5. Temos que resolver o problema
2
∂ u ∂2 u
=4 2
2
∂t ∂x
∂u
u( x, 0) = 0, ( x, 0) = g( x ), 0 < x < 40
∂t
u(0, t) = 0, u(40, t) = 0
A solução é então
∞
nπx nπt
u( x, t) = ∑ cn sen 40
sen
20
n =1
nπ
em que 20 cn são os coeficientes da série de senos de g( x ), ou seja,
nπ 1 40 nπx
Z
cn = g( x ) sen( )dx
20 20 0 40
80 sen nπ
4 + sen 4
3nπ
= 2 2
n = 1, 2, 3 . . .
π n
10 π π
u( x, t) = sen( x ) sen( t)
π 20 10
Perı́odo fundamental igual a 5 segundos.
A solução é a soma das soluções dos problemas com apenas uma das funções f ( x ) e g( x ) não nulas.
∞ ∞
nπx anπt nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn sen L
cos
L
+ ∑ dn sen
L
sen
L
n =1 n =1
nπ
em que cn e 20 dn são os coeficientes da série de senos de f ( x ) e de g( x ), respectivamente, ou seja,
1 40 nπx
Z
cn = f ( x ) sen( )dx
20 0 40
80 sen nπ
4 + sen 4
3nπ
= , n = 1, 2, 3 . . .
π2 n2
nπ 1 40 nπx
Z
dn = g( x ) sen( )dx
20 20 0 40
80 sen nπ
4 + sen 4
3nπ
= n = 1, 2, 3 . . .
π2 n2
1.8. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
X 00 ( x ) + 2X 0 ( x ) T 00 (t)
= = λ.
X (x) T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira X (0) = X ( L) = 0 que
decorrem do fato de que 0 = u(0, t) = X (0) T (t) e 0 = u( L, t) = X ( L) T (t):
X 00 ( x ) + 2X 0 ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X ( L) = 0
(
(4.37)
T 00 (t) − λT (t) = 0, T 0 (0) = 0 (4.38)
√ √
Se λ > −1 : X ( x ) = c1 e(−1+ + c2 e(−1− 1+λ) x .
1+ λ ) x
− x
Se λ = −1 : X ( x ) = c1 e + c2 xe .− x
√ √
Se λ < −1 : X ( x ) = c1 e− x sen( −1 − λ x ) + c2 e− x cos( −1 − λ x )).
As condições de fronteira X (0) = 0 e X ( L) = 0 implicam que (4.37) tem solução não identicamente nula
somente se λ < −1, mais que isso λ tem que ter valores dados por
n2 π 2
λ = −1 − , n = 1, 2, 3, . . .
L2
ou seja, o problema de valores de fronteira (4.37) tem solução
nπx
X ( x ) = c1 e− x sen , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
n2 π 2
Substituindo-se λ = −1 − L2
em (4.38) obtemos
n2 π 2
T 00 (t) + (1 + ) T (t) = 0, T 0 (0) = 0
L2
que tem solução r !
n2 π 2
T (t) = c2 cos 1+ t , para n = 1, 2, 3, . . . .
L2
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais r !
−x nπx n2 π 2
un ( x, t) = X ( x ) T (t) = e sen cos 1+ t
L L2
Além disso, combinações lineares dessas soluções são também solução
r !
N N
nπx n2 π 2
u( x, t) = ∑ cn un ( x, t) = ∑ cn e sen
−x
cos 1+ t
n =1 n =1
L L2
Esta é a série de Fourier de senos de f ( x )e x . Assim, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal
que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 nπx
cn = f ( x )e x sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
L 0 L
1.9. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t)
X 00 ( x ) + X 0 ( x ) T 00 (t)
= + 1 = λ.
X (x) T (t)
1.10.
∂u a ˜0 1
( x, t) = f ( x + at) − f˜0 ( x − at) + ( g̃( x + at) + g̃( x − at))
∂t 2 2
∂2 u a2 ˜00 a 0
f ( x + at) + f˜0 ( x − at) + g̃ ( x + at) − g̃0 ( x − at)
2
( x, t ) =
∂t 2 2
∂u 1 ˜0 1
f ( x + at) + f˜0 ( x − at) +
( x, t) = ( g̃( x + at) − g̃( x − at))
∂x 2 2a
∂2 u 1 ˜00 1
f ( x + at) + f˜00 ( x − at) + g̃00 ( x + at) − g̃00 ( x − at)
( x, t) =
∂x2 2 2a
u( x, 0) = f˜( x ) = f ( x )para x ∈ [0, L];
∂u
( x, 0) = g( x ) para x ∈ (0, L) onde g é contı́nua.
∂t
1 ˜
f ( at) + f˜(− at) = 0,
u(0, t) =
2
1 ˜
f ( L + at) + f˜( L − at − 2L) = 0.
u( L, t) =
2
2. Corda Elástica Solta em uma Extremidade (página 383)
2.1.
3πx 3πt
u( x, t) = sen sen
80 40
80
O perı́odo fundamental é T = 3 segundos.
2.2. (a) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou
seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t)
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira:
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X ( L) = 0
(
(4.39)
T 00 (t) − α2 λT (t) = 0, T 0 (0) = 0 (4.40)
(2n + 1)2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
4L2
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = cos , para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
2L
(2n+1)2 π 2
Substituindo-se λ = − 4L2
na equação diferencial (4.40) obtemos
a2 (2n + 1)2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0
4L2
que com a condição inicial T 0 (0) = 0 tem soluções fundamentais
a(2n + 1)πt
T2n+1 (t) = cos
2L
Logo o problema
∂2 u ∂2 u
= a2 2
∂t 2 ∂x (4.41)
∂u ∂u
(0, t) = 0, u( L, t) = 0, ( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂x ∂t
tem soluções fundamentais
∞
(2n + 1)πx
f ( x ) = u( x, 0) = ∑ c2n+1 cos 2L
.
n =0
então
∞
(2n + 1)πx
f˜( x ) = ∑ c2n+1 cos 2L
. (4.44)
n =0
Assim, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0 também seja
contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
2 (2n + 1)πx
c2n+1 = f ( x ) cos dx, para n = 0, 1, 2, 3 . . . (4.45)
L 0 2L
Para cada n, podemos reescrever a solução fundamental (4.18) do problema (4.17) na forma (verifi-
que!)
Substituindo-se esta expressão na série (4.44) obtemos que a solução do problema de valor inicial e
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X ( L) = 0
(
(4.47)
00 2
T (t) − α λT (t) = 0, T (0) = 0 (4.48)
A equação X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0 pode ter como soluções,
√ √
Se λ > 0 : X ( x ) = c1 e λ x + c2 e− λ x .
Se λ = 0 : X ( x ) = c1 + c2 x.
√ √
Se λ < 0 : X ( x ) = c1 sen( −λx ) + c2 cos( −λx ).
As condições de fronteira X 0 (0) = 0 e X ( L) = 0 implicam que (4.47) tem solução não identicamente
nula somente se λ < 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
(2n + 1)2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
4L2
ou seja, a equação o problema de valores de fronteira (4.47) tem soluções fundamentais
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = cos , para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
2L
(2n+1)2 π 2
Substituindo-se λ = − 4L2
na equação diferencial (4.48) obtemos
a2 (2n + 1)2 π 2
T 00 (t) + T (t) = 0
4L2
que com a condição inicial T (0) = 0 tem soluções fundamentais (verifique!)
a(2n + 1)πt
T2n+1 (t) = sen
2L
Logo o problema
∂2 u 2
2∂ u
= a
∂t2 ∂x2 (4.49)
∂u
(0, t) = 0; u( L, t) = 0, u( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂x
tem soluções fundamentais
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u2n+1 ( x, t) = X2n+1 ( x ) T2n+1 (t) = cos sen , (4.50)
2L 2L
para n = 0, 1, 2, 3, . . .
Vamos supor que a solução do PVIF seja a série
∞ ∞
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u( x, t) = ∑ c2n+1 u2n+1 (x, t) = ∑ c2n+1 cos 2L
sen
2L
. (4.51)
n =0 n =0
∂u
Então para satisfazer a condição inicial ( x, 0) = g( x ), temos que impor a condição
∂t
∞
∂u a(2n + 1)π (2n + 1)πx
g( x ) = u( x, 0) = ∑ c2n+1 cos .
∂t n =0
2L 2L
Assim, se a função g : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada g0 também seja
contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z L
a(2n + 1)π 2 (2n + 1)πx
c2n+1 = g( x ) cos dx, para n = 0, 1, 2, 3, . . . (4.53)
2L L 0 2L
Para cada n, podemos reescrever a solução fundamental (4.50) do problema (4.49) na forma
(2n + 1)πx a(2n + 1)πt
u2n+1 ( x, t) = cos sen
2L 2L
(2n + 1)π ( x − at)
1 (2n + 1)π ( x + at)
= sen − sen .
2 2L 2L
Por outro lado, supondo que a série de Fourier da integral de g é a série das integrais, integrando-se
(4.52), obtemos
Z x+ at ∞
(2n + 1)π ( x − at)
(2n + 1)π ( x + at)
ĝ(y)dy = a ∑ cn sen − sen .
x − at n =0
2L 2L
A solução dada desta forma é chamada solução de d’Alembert do problema de valor inicial e de
fronteira.
(c) A solução deste problema é a soma da solução do problema com apenas f ( x ) não nula, que vamos
denotar por u( f ) ( x, t), com a solução do problema com apenas g( x ) não nula, u( g) ( x, t), ou seja,
u( x, t) = u( f ) ( x, t) + u( g) ( x, t).
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t)
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira:
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X 0 ( L) = 0
(
(4.55)
00 2 0
T (t) − α λT (t) = 0, T (0) = 0 (4.56)
n2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
L2
ou seja, a equação o problema de valores de fronteira (4.55) tem soluções fundamentais
nπx
Xn ( x ) = cos , para n = 0, 1, 2, 3, . . . .
L
2 2
Substituindo-se λ = 0 e λ = − n Lπ2 na equação diferencial (4.56) obtemos
a2 n2 π 2
T 00 = 0 e T 00 (t) + T (t) = 0
L2
que com a condição inicial T 0 (0) = 0 tem soluções fundamentais
anπt
T0 (t) = 1 Tn (t) = cos para n = 1, 2, 3, . . .
L
Logo o problema
∂2 u 2
2∂ u
= a
∂t2 ∂x2 (4.57)
∂u ∂u ∂u
(0, t) = 0, ( L, t) = 0, ( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂x ∂x ∂t
tem soluções fundamentais
nπx anπt
u0 ( x, t) = 1, un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = cos cos , para n = 1, 2, 3, . . . (4.58)
L L
Vamos supor que a solução do PVIF seja a série
∞ ∞
nπx anπt
u( x, t) = ∑ cn un (x, t) = ∑ cn cos L
cos
L
. (4.59)
n =0 n =0
Assim, se a função f : [0, L] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada f 0 também seja
contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
1 L
Z
c0 = f ( x ) dx, (4.60)
L 0
Z L
2 nπx
cn = f ( x ) cos dx, para n = 0, 1, 2, 3 . . . (4.61)
L 0 L
Para cada n, podemos reescrever a solução fundamental (4.18) do problema (4.17) na forma (verifi-
que!)
nπx anπt
un ( x, t) = cos cos
L L
nπ ( x − at)
1 nπ ( x + at)
= cos + cos .
2 L L
Substituindo-se esta expressão na série (4.44) obtemos que a solução do problema de valor inicial e
de fronteira pode ser reescrito como
∞ ∞
!
1 nπ ( x − at) nπ ( x + at)
u( x, t) =
2 ∑ c n cos
L
+ ∑ cn cos
L
n =0 n =1
1 ˜
f ( x − at) + f˜( x + at) ,
= (4.62)
2
em que f˜ é a extensão de f que é par e periódica de perı́odo 2L. Esta é a solução de d’Alembert
do problema de valor inicial e de fronteira. A solução representa duas ondas se propagando em
sentidos opostos com velocidade igual a a refletindo-se nas extremidades.
(b) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de t, ou
seja,
u( x, t) = X ( x ) T (t).
a2 X 00 ( x ) T (t) = X ( x ) T 00 (t)
X 00 ( x ) 1 T 00 (t)
= 2 = λ.
X (x) a T (t)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira:
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0, X ( L) = 0,
(
(4.63)
00 2
T (t) − α λT (t) = 0, T (0) = 0 (4.64)
n2 π 2
λ=− , n = 0, 1, 2, 3, . . .
L2
ou seja, a equação o problema de valores de fronteira (4.63) tem soluções fundamentais
nπx
X0 = 1 e Xn ( x ) = cos , para n = 1, 2, 3, . . . .
L
2 2
Substituindo-se λ = 0 e λ = − n Lπ2 na equação diferencial (4.64) obtemos
a2 n2 π 2
T 00 = 0 e T 00 (t) + T (t) = 0
L2
que com a condição inicial T (0) = 0 tem soluções fundamentais (verifique!)
anπt
T0 = t e Tn (t) = sen
L
para n = 1, 2, 3, . . . Logo o problema
∂2 u 2
2∂ u
= a
∂t2 ∂x2 (4.65)
∂u ∂u
(0, t) = 0; ( L, t) = 0, u( x, 0) = 0, 0 < x < L
∂x ∂x
tem soluções fundamentais
nπx anπt
u0 ( x, t) = t e un ( x, t) = Xn ( x ) Tn (t) = cos sen , (4.66)
L L
para n = 1, 2, 3, . . .
Vamos supor que a solução do PVIF seja a série
∞ ∞
nπx anπt
u( x, t) = c0 t + ∑ cn un (x, t) = c0 t + ∑ cn cos L
sen
L
. (4.67)
n =1 n =1
∂u
Então para satisfazer a condição inicial ( x, 0) = g( x ), temos que impor a condição
∂t
∞
∂u anπ nπx
g( x ) = u( x, 0) = c0 + ∑ cn cos . (4.68)
∂t n =1
L L
em que g̃ é a extensão de g que é par e periódica de perı́odo 2L. Logo temos que
Z x+ at
1
u( x, t) = g̃(y)dy. (4.71)
2a x − at
A solução dada desta forma é chamada solução de d’Alembert do problema de valor inicial e de
fronteira.
(c) A solução deste problema é a soma da solução do problema com apenas f ( x ) não nula, que vamos
denotar por u( f ) ( x, t), com a solução do problema com apenas g( x ) não nula, u( g) ( x, t), ou seja,
u( x, t) = u( f ) ( x, t) + u( g) ( x, t).
ξ = x + t, η = x−t
na solução u( x, t) da equação
∂2 u ∂2 u
∂u ∂u
= +2 + .
∂t2 ∂x2 ∂t ∂x
Ou seja, se u( x, t) = v(ξ ( x, t), η ( x, t)), então
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + = − .
∂t ∂ξ ∂t ∂η ∂t ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂η∂ ∂ v∂v
2
= + = −2 + 2 .
∂t ∂ξ ∂t ∂t ∂η
∂t ∂ξ 2
∂t ∂ξ∂η ∂η
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + = + .
∂x ∂ξ ∂x ∂η ∂x ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η ∂ v
= + = +2 + 2 .
∂x2 ∂ξ ∂x ∂x ∂η ∂x ∂x ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η
Assim
∂2 u ∂2 u ∂2 v
∂u ∂u ∂v
− 2 −2 + = −4 −4 = 0.
∂t2 ∂x ∂t ∂x ∂ξ∂η ∂ξ
Logo a equação diferencial é equivalente a equação
∂2 v ∂v
+ =0
∂ξ∂η ∂ξ
ou equivalentemente
∂ ∂v
+v =0
∂ξ ∂η
Mas se v(ξ, η ) satisfaz esta equação então
∂v
+ v = φ̃(η ).
∂η
φ( x ) = f ( x ) − ψ( x )e− x
e− x
Z x Z x
= − e − x ψ (0) + f ( x ) e x + f (0) + f (y)ey dy − ey g(y)dy .
2 0 0
u( x, t) = φ( x − t) + ψ( x + t)e−(x−t)
1 e−( x−t) Z x+t
= f ( x − t) + f ( x + t)e2t + ey ( g(y) − f (y))dy.
2 2 x −t
3.2. A solução deste problema é a soma da solução do problema em que g( x ) = 0 com a solução do problema
em que f ( x ) = 0. O primeiro problema tem solução
1 ˜
f ( x − at) + f˜( x + at) ,
u( x, t) =
2
em que f˜ é uma extensão de f . Substituindo-se x = 0, obtemos que
Logo f˜(− x ) = − f˜( x ), para todo x > 0. Assim, f˜ deve ser uma função ı́mpar. O segundo problema tem
como solução
1 x+ at
Z
u( x, t) = g̃(y)dy
2a x− at
em que g̃ é uma extensão de g. Substituindo-se x = 0, obtemos que
Z at
g̃(y)dy = 0, para todo t > 0.
− at
Logo g̃(− x ) = − g̃( x ), para todo x > 0. Assim, g̃ deve ser uma função ı́mpar. A solução do problema
inicial é
1 ˜ 1 x+ at
Z
f ( x − at) + f˜( x + at) +
u( x, t) = g̃(y)dy,
2 2a x− at
em que f˜ e g̃ são extensões ı́mpares de f e g, ou seja,
f (x) se x ≥ 0
f˜( x ) =
− f (− x ) se x < 0.
g( x ) se x ≥ 0
g̃( x ) =
− g(− x ) se x < 0.
3.3. Z x+2t
1 1 1
u( x, t) = ( f ( x + 2t) + f ( x − 2t)) − dy = ( f ( x + 2t) + f ( x − 2t)) − t
2 4 x −2t 2
(a)
−1, se x < −3
−| x + 2 | , se − 3 ≤ x < −1
1
u( x, 1) = ( f ( x + 2) + f ( x − 2)) − 1 = −1, se − 1 ≤ x < 1
2
−| x − 2|, se 1 ≤ x < 3
−1, se x ≥ 3
(b)
u( x, t) 1
lim = lim ( f ( x + 2t) + f ( x − 2t)) − 1 = −1.
t→∞ t t→∞ 2t
∂2 u ∂2 u
+ 2 =0
∂x2 ∂y
417
418 Equação de Laplace Bidimensional
∂2 u ∂2 u ∂2 u
= a2 + 2
∂t2 ∂x2 ∂y
A solução deste problema é a soma das soluções dos problemas com apenas uma das
funções f ( x ), g( x ), h(y) e k (y) não nulas (verifique!).
y
u(x,b)=g(x)
b
u(0,y)=h(y) u(a,y)=k(y)
u(x,0)=f(x) a
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
X 00 ( x )Y (y) = − X ( x )Y 00 (y).
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− .
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) Y 00 (t)
=− = λ.
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0,
(
X (0) = 0 (5.1)
00
Y (y) + λY (y) = 0, Y (0) = 0, Y (b) = 0 (5.2)
n2 π 2
X 00 ( x ) − X ( x ) = 0,
b2
que com a condição X (0) = 0 tem solução (verifique!)
nπ x nπ x nπx
X ( x ) = c2 ( e b − e− b ) = c̃2 senh
b
Logo o problema formado pela equação de Laplace e as condições de fronteira
u( x, 0) = u( x, b) = 0, para 0 < x < a e u(0, y) = 0, para 0 < y < b, tem soluções
fundamentais
nπy nπx
un ( x, y) = X ( x )Y (y) = sen senh
b b
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja uma série da forma
∞ ∞
nπy nπx
u( x, y) = ∑ cn un (x, y) = ∑ cn sen b
senh
b
. (5.3)
n =1 n =1
Esta é a série de Fourier de senos de k(y). Assim, pelo Corolário 2.5 na página 181,
se a função k : [0, b] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada k0 também seja
contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z b
nπa 2 nπy
cn senh = k(y) sen dy, n = 1, 2, 3 . . . (5.4)
b b 0 b
Vamos verificar que realmente (5.3) com os coeficientes dados por (5.4) é a solução
do problema de valor inicial. Claramente (5.3) satisfaz as condições de fronteira e a
condição inicial é satisfeita para os valores de x ∈ (0, L) tais que f ( x ) é contı́nua. Va-
mos ver se (5.3) satisfaz a equação de Laplace. Cada termo da série satisfaz a equação
de Laplace. Basta provarmos que podemos passar as derivadas para dentro do sinal
de somatório. Isto decorre da aplicação do Teorema 2.7 na página 195 usando o fato
de que
nπ ( a− x1 )
−
∂un nπ e b
∂x ( x, y) ≤ M b
cn
2πa
1 − e− b
nπ ( a− x1 )
∂2 u n n2 π 2 e − b
∂x2 ( x, y) ≤ M b2
cn
2πa
1 − e− b
nπ ( a− x1 )
nπ e− b
∂un
∂y ( x, y) ≤ M b
cn
2πa
1 − e− b
nπ ( a− x1 )
∂2 u n 2 π 2 e−
n b
∂y2 ( x, y) ≤ M b2
cn
2πa
1 − e− b
2
Rb
para M = b 0 |k(y)|dy, 0 < x1 ≤ x ≤ x2 < a, 0 < y1 ≤ y ≤ y2 < b, n = 1, 2, 3, . . . e
∞
nπ − nπ(a−x1 )
∑ b
e b < ∞,
n =1
∞
n2 π 2 − nπ (a−x1 )
∑ 2
e b < ∞.
n =1 b
x y
Figura 5.2 – Solução do problema de Dirichlet do Exemplo 5.1 tomando apenas 3 termos não nulos da série
com
y, se 0 ≤ y ≤ 1
k(y) =
2 − y, se 1 ≤ y ≤ 2
A solução é então
∞
nπy nπx
u( x, y) = ∑ cn sen 2
senh
2
n =1
8 sen nπ
2
cn = , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2 senh 3nπ
2
c2k = 0
8(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2 senh 3(2k+
2
1) π
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
X 00 ( x )Y (y) = − X ( x )Y 00 (y).
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− .
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) Y 00 (t)
=− = λ.
X (x) Y (y)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X ( a) = 0
(
(5.5)
00
Y (y) + λY (y) = 0, Y (0) = 0, Y (b) = 0 (5.6)
n2 π 2
X 00 ( x ) − X ( x ) = 0.
b2
Esta equação tem solução geral
nπ x nπ x
X ( x ) = ĉ1 e− b + ĉ2 e b .
Esta é a série de Fourier de senos de h(y). Assim, pelo Corolário 2.5 na página 181,
se a função h : [0, b] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada h0 também seja
contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados por
Z b
nπa 2 nπy
−cn senh = h(y) sen dy, n = 1, 2, 3 . . .
b b 0 b
Podemos evitar o sinal negativo se escrevemos
∞ ∞
nπy nπ
u( x, y) = ∑ un (x, y) = ∑ cn sen b
senh(
b
( a − x )) (5.7)
n =1 n =1
e neste caso
Z b
nπa 2 nπy
cn senh = h(y) sen( )dy, n = 1, 2, 3 . . . (5.8)
b b 0 b
Vamos verificar que realmente (5.7) com os coeficientes dados por (5.8) é a solução
do problema de valor inicial. Claramente (5.7) satisfaz as condições de fronteira e a
condição inicial é satisfeita para os valores de x ∈ (0, L) tais que f ( x ) é contı́nua. Va-
mos ver se (5.7) satisfaz a equação de Laplace. Cada termo da série satisfaz a equação
de Laplace. Basta provarmos que podemos passar as derivadas para dentro do sinal
de somatório. Isto decorre da aplicação do Teorema 2.7 na página 195 usando o fato
de que
nπx1
nπ e− b
∂un
∂x ( x, y) ≤ M b
cn
2πa
1 − e− b
nπx
∂2 u n 2 π 2 e− b 1
n
∂x2 ( x, y) ≤ M b2
cn
2πa
1 − e− b
nπx1
nπ e− b
∂un
∂y ( x, y) ≤ M b
cn
2πa
1 − e− b
nπx
∂2 u n
2 2 − b1
≤ Mn π e
cn
∂y2 ( x, y ) b2 1 − e− 2πa b
2 b
R
para M = b 0 |h(y)|dy, 0 < x1 ≤ x ≤ x2 < a, 0 < y1 ≤ y ≤ y2 < b, n = 1, 2, 3, . . .
e
∞
nπ nπx1
∑ b e− b < ∞,
n =1
∞
n2 π 2 − nπx1
∑ 2
e b < ∞.
n =1 b
x y
Figura 5.3 – Solução do problema de Dirichlet do Exemplo 5.2 tomando apenas 3 termos não nulos da série
com
y, se 0 ≤ y ≤ 1
h(y) =
2 − y, se 1 ≤ y ≤ 2
A solução é então
∞
nπy nπ
u( x, y) = ∑ cn sen 2
senh(
2
(3 − x ))
n =1
em que cn senh( 3nπ 2 ) são os coeficientes da série de senos de h ( y ), que são os mesmos
da função k (y) do Exemplo 5.1 na página 424, ou seja,
Z 2
3nπ nπy
cn senh( ) = h(y) sen( )dy
2 0 2
8 sen nπ2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
8 sen nπ
2
cn = , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2 senh 3nπ
2
Ou ainda,
c2k = 0
8(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2 senh 3(2k+
2
1) π
Como dissemos anteriormente a solução deste problema é a soma das soluções dos
problemas com apenas uma das funções f ( x ), g( x ), h(y) e k(y) não nulas, que deno-
tamos por u( f ) ( x, y), u( g) ( x, y), u(h) ( x, y) e u(k) ( x, y), respectivamente. Ou seja,
x y
Figura 5.4 – Solução do problema de Dirichlet do Exemplo 5.3 tomando apenas 3 termos não nulos da série
com
y, se 0 ≤ y ≤ 1
h(y) = k(y) =
2 − y, se 1 ≤ x ≤ 2
A solução é então
∞
nπ (3 − x )
nπy nπx
u( x, y) = ∑ cn sen senh + senh
n =1
2 2 2
em que cn senh 3nπ 2 são os coeficientes da série de senos de k ( y ), que são os mesmos
da função k (y) do Exemplo 5.1 na página 424, ou seja,
Z 2
3nπ nπy
cn senh = k(y) sen dy
2 0 2
8 sen nπ2
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π 2
8 sen nπ
2
cn = , n = 1, 2, 3 . . .
senh( 3nπ 2 2
2 )n π
Ou ainda,
c2k = 0
8(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2 senh 3(2k+
2
1) π
com
y, se 0 ≤ y < 1/2
k(y) = 1/2, se 1/2 ≤ y < 3/2
2 − y, se 3/2 < y ≤ 2
com
y, se 0 ≤ y < 1/2
h(y) = 1/2, se 1/2 ≤ y < 3/2
2 − y, se 3/2 < y ≤ 2
1.6. Vamos considerar o problema de valor de contorno em um retângulo gerado pela equação de Laplace
2 2
∂ u+∂ u =0
∂x2 ∂y2
∂u ∂u
∂y ( x, 0) = f ( x ), ∂y ( x, b ) = g ( x ), 0 < x < a
∂u ∂u
∂x (0, y ) = h ( y ), ∂x ( a, y ) = k ( y ), 0 < y < b
Este problema é chamado problema de Neuman. A solução deste problema é a soma das soluções dos
problemas com apenas uma das funções f ( x ), g( x ), h(y) e k(y) não nulas.
(a) Resolva o problema
∂2 u ∂2 u
+ 2 =0
∂x2
∂y
∂u ∂u
∂y ( x, 0) = 0, ∂y ( x, b ) = 0, 0 < x < a
∂u ∂u
∂x (0, y ) = 0, ∂x ( a, y ) = k ( y ), 0 < y < b
(c) Por analogia escreva a solução dos problemas com somente f ( x ) diferente de zero, com somente
g( x ) diferente de zero e determine a solução do problema de Neuman no caso geral
2 2
∂ u+∂ u =0
2 ∂y2
∂x
∂u ∂u
∂y ( x, 0) = f ( x ), ∂y ( x, b ) = g ( x ), 0 < x < a
∂u ∂u
∂x (0, y ) = h ( y ), ∂x ( a, y ) = k ( y ), 0 < y < b
(d) Explique por que este problema não tem solução única.
(e) Explique por que o problema só tem solução se
Z b Z b Z a Z a
k (y)dy = h(y)dy = g( x )dx = f ( x )dx = 0
0 0 0 0
1.7. Encontre as equações diferenciais ordinárias e as condições de fronteira associadas às soluções funda-
mentais do problema:
2
∂ u ∂2 u ∂u
2
+ 2 = u − ; 0 < x < 1, 0 < y < 1
∂x ∂y ∂x
∂u
u(0, y) = 0 = (1, y); 0 < y < 1,
∂x
∂u
( x, 1) = 0; 0 < x < 1,
∂y
u( x, 0) = f ( x ); 0 < x < 1.
u( x, 0) = f ( x ), 0 < x < a, u( x, y) é limitada para y > 0, 0 < x < a,
u(0, y) = 0, u( a, y) = 0, y > 0
u(0,y)=0 u(a,y)=0
a
u(x,0)=f(x)
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma
função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
X 00 ( x )Y (y) = − X ( x )Y 00 (y).
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− .
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− = λ.
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X ( a) = 0
nπx
Xn ( x ) = sen , n = 1, 2, 3, . . .
a
Assim a segunda equação diferencial com a condição de Y (y) ser limitada, para y >
0, tem soluções fundamentais
nπy
Yn (y) = e− a
Assim se a função f ( x ) é contı́nua por partes com sua derivada também contı́nua
por partes, então os coeficientes são dados por
Z a
2 nπx
cn = f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . . (5.10)
a 0 a
Vamos verificar que realmente (5.9) com os coeficientes dados por (5.10) é a solução
do problema de valor inicial. Claramente (5.9) satisfaz as condições de fronteira e a
condição inicial é satisfeita para os valores de x ∈ (0, L) tais que f ( x ) é contı́nua. Va-
mos ver se (5.9) satisfaz a equação de Laplace. Cada termo da série satisfaz a equação
de Laplace. Basta provarmos que podemos passar as derivadas para dentro do sinal
de somatório. Isto decorre da aplicação do Teorema 2.7 na página 195 usando o fato
de que
≤ M nπ e− a 1
∂un nπy
cn ( x, y )
∂x a
∂2 u n 2 2
≤ M n π e− a 1
nπy
cn
∂x2 ( x, y ) a2
∂un nπ − nπy1
∂y ( x, y) ≤ M a e
cn a
∂2 u n 2 2
≤ M n π e− a 1
nπy
cn
∂y2 ( x, y ) 2
a
a
para M = 2a 0 | f ( x )|dx, 0 ≤ x ≤ a, 0 < y1 ≤ y ≤ y2 , n = 1, 2, 3, . . . e
R
∞
nπ − nπy1
∑ a
e a < ∞,
n =1
∞
n2 π 2 − nπy1
∑ 2
e a < ∞.
n =1 a
que decorre da aplicação do Teorema 2.8 na página 197, usando o fato de que
π n
|cn un ( x, y)| ≤ M e− a y1
para 0 ≤ x ≤ a, 0 < y1 ≤ y ≤ y2 , n = 1, 2, 3, . . . e
∞ n
∑ e− a
π y1
< ∞.
n =1
com
x, se 0 ≤ x ≤ 1
f (x) =
2 − x, se 1 ≤ x ≤ 2
A solução é então
∞
nπx − nπy
u( x, y) = ∑ cn sen 2
e 2 .
n =1
Ou ainda,
c2k = 0
8(−1)k
c2k+1 = .
(2k + 1)2 π 2 senh 3(2k+
2
1) π
x y
Figura 5.6 – Solução do problema de Dirichlet do Exemplo 5.4 tomando apenas 3 termos não nulos da série
a
u(a,θ)=f(θ)
-a a
-a
Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de r por uma
função de θ, ou seja,
u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Se λ = 0 : Θ(θ ) = c1 + c2 θ.
√ √
Se λ < 0 : Θ(θ ) = c1 sen( −λθ ) + c2 cos( −λθ ).
1 2π
Z
c0 = f (θ ) dθ,
2π 0
1 2π
Z
an cn = f (θ ) cos nθ dθ, (5.14)
π 0
Z 2π
1
an dn = f (θ ) sen nθ dθ.
π 0
para n = 1, 2, 3 . . .
Vamos verificar que realmente (5.13) com os coeficientes dados por (5.14) é a solução
do problema de valor inicial. Claramente (5.13) satisfaz as condições de fronteira e
a condição inicial é satisfeita para os valores de θ ∈ (0, 2π ) tais que f (θ ) é contı́nua.
Vamos ver se (5.13) satisfaz a equação de Laplace. Cada termo da série satisfaz a
equação de Laplace. Basta provarmos que podemos passar as derivadas para den-
tro do sinal de somatório. Isto decorre da aplicação do Teorema 2.7 na página 195
usando o fato de que n
≤ 2Mn r2
∂un
cn ( r, θ )
∂r a
∂2 u n
n
≤ 2Mn2 r2
cn
∂r2 ( r, θ ) a
n
≤ 2Mn r2
∂un
cn ( r, θ )
∂θ a
∂2 u n
n
≤ 2Mn2 r2
cn
∂θ 2 ( r, θ ) a
1
R 2π
para M = π 0 | f (θ )|dθ, 0 < r1 ≤ r ≤ r2 < a, 0 ≤ θ ≤ 2π, n = 1, 2, 3, . . . e
∞ r n
∑ 2Mn
2
< ∞,
n =1
a
∞ r n
∑
2
2Mn2 < ∞.
n =1
a
com
θ, se 0 ≤ θ ≤ π
f (θ ) =
2π − θ, se π ≤ θ ≤ 2π
A solução é então
∞
u(r, θ ) = c0 + ∑ rn (cn cos nθ + dn sen nθ ), para 0 < r ≤ a, 0 ≤ θ ≤ 2π.
n =1
1
Z2π π
c0 = f (θ ) dθ =
2π 0 2
1 2π 2 π
Z Z
an cn = f (θ ) cos nθ dθ = θ cos nθ dθ
π 0 π 0
2 nπ
(1)
= 2 an ( f 0,1 , π ) = 2 (s sen s + cos s)
n π 0
2((−1)n − 1)
= , n = 1, 2, 3 . . .
n2 π
Ou ainda,
a2k c2k = 0
−4
a2k+1 c2k+1 = .
(2k + 1)2 π
Z 2π
1
an dn = f (θ ) sen nθ dθ = 0
π 0
x y
Figura 5.8 – Solução do problema de Dirichlet do Exemplo 5.5 tomando apenas 3 termos não nulos da série
a
u(a,θ)=f(θ)
-a u(r,π)=0 u(r,0)=0 a
u(r,α)=0
u(a,θ)=f(θ)
x
α
u(r,0)=0
-a a
(b)
2 2
∂ u + 1 ∂u + 1 ∂ u = 0, a < r < b
∂r 2 r ∂r r ∂θ 2
2
u( a, θ ) = f (θ ), u(b, θ ) = 0, 0 < θ < 2π
(c)
2 2
∂ u + 1 ∂u + 1 ∂ u = 0, a < r < b
∂r2 r ∂r r2 ∂θ 2
u( a, θ ) = f (θ ), u(b, θ ) = g(θ ), 0 < θ < 2π
b
u(b,θ)=g(θ)
u(a,θ)=f(θ) x
-b -a aa b
-a
-b
u( a, θ ) = f (θ ), 0 < θ < 2π,
|u(r, θ )| ≤ M, para r > a, 0 < θ < 2π.
Z 2π
1
Mostre que lim u(r, θ ) = f (θ ) dθ.
r →∞ 2π 0
a
u(a,θ)=f(θ)
-a a
-a
3.7. Considere o problema de encontrar a temperatura estacionária em um cilindro cujas superfı́cies superior
e inferior são mantidas a temperatura zero e com valores na superfı́cie lateral dependendo apenas da
altura z. Escrevendo a equação de Laplace em coordenadas cilı́ndricas (r, θ, z) e supondo que a solução
não dependa de θ, ou seja, que u = u(r, z), o problema de Dirichlet para um cilindro de raio a e altura b
pode ser escrito como
2
∂ u 1 ∂u ∂2 u
+ + 2 = 0, r < a,
∂r2 r ∂r
∂z
u( a, z) = f (z), 0 < z < b,
u(r, 0) = 0, u(r, b) = 0, para 0 < r < a.
(a) Escreva a solução na forma u(r, z) = R(r ) Z (z) e mostre que R(r ) e Z (z) satisfazem as equações
diferenciais ordinárias 00
Z (z) + λZ (z) = 0,
rR00 (r ) + R0 (r ) − λrR(r ) = 0.
Z 00 (z) + λZ (z) = 0
3.8. Considere o problema de encontrar a temperatura estacionária em uma bola de raio a com valores na sua
superfı́cie dependendo apenas do ângulo θ. Escrevendo a equação de Laplace em coordenadas esféricas
(r, θ, φ) e supondo que a solução não dependa do ângulo azimutal φ, ou seja, que u = u(r, θ ), o problema
de Dirichlet pode ser escrito como
2
1 ∂2 u
∂ u 2 ∂u ∂u
+ + 2 + cot θ = 0, r < a,
∂r2 ∂θ 2
r ∂r r ∂θ
u( a, θ ) = f (θ ), 0 ≤ θ ≤ π,
u(r, θ ) limitada para 0 < r ≤ a, 0 ≤ θ ≤ π.
Escreva a solução na forma u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ) e mostre que R(r ) e Θ(θ ) satisfazem as equações diferen-
ciais ordinárias 00
Θ (θ ) + cot θ Θ0 (θ ) + λΘ(θ ) = 0,
r2 R00 (r ) + 2rR0 (r ) − λR(r ) = 0.
4 sen nπ 3nπ
4 + sen 4
cn = , n = 1, 2, 3 . . .
π 2 n2 senh 3nπ
2
Portanto a solução é dada por
∞ sen nπ 3nπ
4 4 + sen 4 nπy nπx
u( x, y) =
π2 ∑ n2 senh( 3nπ
sen
2
senh
2
n =1 2 )
1.3. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0
que pode ser reescrita como
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=−
X (x) Y (y)
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de y. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− = λ.
X (x) Y (y)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias
00
X ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0, X ( a) = 0
Y 00 (y) + λY (y) = 0, Y (0) = 0,
n2 π 2
A primeira equação com as condições de fronteira tem solução somente se λ = a2
, para n = 1, 2, 3, . . .
e neste caso a solução é da forma
nπx
X ( x ) = c1 sen , n = 1, 2, 3, . . .
a
são soluções.
Mas para satisfazer a condição inicial u( x, b) = g( x ), temos que ter
∞ ∞ h
nπx nπy nπ i nπ
g( x ) = ∑ cn sen a
senh
a
= ∑ cn senh(
a
b) sen(
a
x ).
n =1 n =1
Assim pelo Corolário 2.5 na página 181 se as funções g( x ), g0 ( x ) são contı́nuas por partes, então os coefi-
cientes são dados por
Z a
nπ 2 nπx
cn senh( b) = g( x ) sen( )dx, n = 1, 2, 3 . . .
a a 0 a
1.4. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− = λ.
X (x) Y (y)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias
00
X ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = 0; X ( a) = 0
Y 00 (y) + λY (y) = 0, Y (b) = 0
n2 π 2
A primeira equação com as condições de fronteira tem solução somente se λ = a2
, para n = 1, 2, 3, . . .
e neste caso a solução é da forma
nπx
X ( x ) = c1 sen , n = 1, 2, 3, . . .
a
são soluções.
Mas para satisfazer a condição inicial u( x, 0) = f ( x ), temos que ter
∞ ∞ h
nπx nπ nπ i nπ
f (x) = − ∑ cn sen
a
senh(
a
b) = − ∑ cn senh(
a
b) sen(
a
x ).
n =1 n =1
Assim pelo Corolário 2.5 na página 181 se as funções f ( x ), f 0 ( x ) são funções contı́nuas por partes, então
os coeficientes são dados por
Z a
nπ 2 nπx
−cn senh( b) = f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
a a 0 a
e neste caso Z a
nπ 2 nπx
cn senh( b) = f ( x ) sen( )dx, n = 1, 2, 3 . . .
a a 0 a
1.5. 2
∂ u ∂2 u
+ 2 =0
∂x2
∂y
u( x, 0) = f ( x ), u( x, b) = g( x ), 0 < x < a
u(0, y) = h(y), u( a, y) = k (y), 0 < y < b
∞
nπx nπy
∑ cn
( g)
u( g) ( x, y) = sen senh
n =1
a a
∞
nπy nπ ( a − x )
∑ cn
(h)
u(h) ( x, y) = sen senh
n =1
b b
∞
nπy nπx
∑ cn
(k)
u(k) ( x, y) = sen senh
n =1
b b
com coeficientes dados por
Z a
(f) nπ 2 nπx
cn senh b= f ( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
a a 0 a
Z a
( g) nπ 2 nπx
cn senh b= g( x ) sen dx, n = 1, 2, 3 . . .
a a 0 a
nπa 2 b nπy
Z
(h)
cn senh = h(y) sen dy, n = 1, 2, 3 . . .
b b 0 b
Z b
(k) nπa 2 nπy
cn senh = k(y) sen dy, n = 1, 2, 3 . . .
b b 0 b
1.6. (a) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y,
ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
Derivando e substituindo-se na equação obtemos
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de y. Isto só é
possı́vel se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) Y 00 (t)
=− = λ.
X (x) Y (y)
X 00 ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0
n2 π 2
A segunda equação com as condições de fronteira tem solução somente se λ = 0 ou λ = b2
, para
n = 1, 2, 3, . . . e neste caso a solução é da forma
nπy
Y ( y ) = c1 , Y (y) = c1 cos , n = 1, 2, 3, . . .
b
são soluções.
∂u
Mas para satisfazer a condição inicial ∂x ( a, y ) = k(y), temos que ter
∞
∂u nπ nπy nπa
k(y) = ( a, y) = ∑ cn cos senh
∂x n =1
b b b
∞ h
nπ nπa i nπy
= ∑ cn b senh b cos b .
n =1
Esta é a série de Fourier de cossenos de k(y) com termo constante nulo. Assim pelo Corolário 2.4 na
página 178 se as funções k(y), k0 (y) são contı́nuas por partes com média de k(y) igual a zero, então
os coeficientes são dados por
Z b
nπ nπa 2 nπy
cn senh = k(y) cos( )dy, n = 1, 2, 3 . . .
b b b 0 b
e para ter solução o primeiro coeficiente da série de cossenos de k(y) tem que ser igual a zero,
Z b
k(y)dy = 0
0
(b) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y,
ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de y. Isto só é
possı́vel se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) Y 00 (t)
=− = λ.
X (x) Y (y)
n2 π 2
A segunda equação com as condições de fronteira tem solução somente se λ = 0 ou λ = b2
, para
n = 1, 2, 3, . . . e neste caso a solução é da forma
nπy
Y ( y ) = c1 , Y (y) = c1 cos , n = 1, 2, 3, . . .
b
A primeira equação diferencial com a condição X 0 ( a) = 0 tem solução
nπ ( x − a ) nπ ( x − a ) nπ ( x − a)
X ( x ) = c2 ( e b + e− b ) = C̃2 cosh
b
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções
da forma
nπy nπ ( x − a)
un ( x, y) = X ( x )Y (y) = cn cos cosh
b b
Além disso, pode-se provar que também séries
∞
nπy nπ ( x − a)
u( x, y) = c0 + ∑ cn cos b
cosh
b
n =1
são soluções.
∂u
Mas para satisfazer a condição inicial ∂x ( a, y ) = h(y), temos que ter
∞
∂u nπ nπy nπa
h(y) = (0, y) = ∑ cn cos senh
∂x n =1
b b b
∞ h
nπ nπa i nπy
= ∑ cn b senh b cos b .
n =1
Esta é a série de Fourier de cossenos de h(y) com termo constante nulo. Assim pelo Corolário 2.4 na
página 178 se as funções h(y), h0 (y) são contı́nuas por partes com média de h(y) igual a zero, então
os coeficientes são dados por
Z b
nπ nπa 2 nπy
cn senh = k(y) cos dy, n = 1, 2, 3 . . .
b b b 0 b
e para ter solução o primeiro coeficiente da série de cossenos de h(y) tem que ser igual a zero,
Z b
h(y)dy = 0
0
(c)
u( x, y) = c0 + u( f ) ( x, y) + u( g) ( x, y) + u(h) ( x, y) + u(k) ( x, y),
em que
∞
nπx nπ (y − b)
u( f ) ( x, y) = ∑ cn cos a
cosh
a
n =1
∞
nπx nπy
u( g) ( x, y) = ∑ cn cos a
cosh
a
n =1
∞
nπy nπ ( x − a)
u(h) ( x, y) = ∑ cn cos b
cosh
b
n =1
∞
nπy nπx
u(k) ( x, y) = ∑ cn cos b
cosh
b
n =1
1.7. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
O primeiro membro depende apenas de x, enquanto o segundo depende apenas de y. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante
X 00 ( x ) + X 0 ( x ) Y 00 (y)
= 1− = λ.
X (x) Y (y)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias
00
X ( x ) + X 0 ( x ) − λX ( x ) = 0, X (0) = X 0 (1) = 0
Y 00 (y) + (λ − 1)Y (y) = 0, Y 0 (1) = 0
2.1. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0.
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− = λ.
X (x) Y (y)
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira
00
X ( x ) − λX ( x ) = 0, X 0 (0) = 0; X 0 ( a) = 0
Y 00 (y) + λY (y) = 0, Y (y) é limitada para y > 0.
2 2
A primeira equação com as condições de fronteira tem solução não nula somente se λ = − n aπ2 , para
n = 0, 1, 2, 3, . . . e neste caso as soluções fundamentais são
nπx
Xn ( x ) = cos , n = 0, 1, 2, 3, . . .
a
Assim a segunda equação diferencial com a condição de Y (y) ser limitada para y > 0, tem soluções
fundamentais nπy
Yn (y) = e− a , n = 0, 1, 2, 3, . . .
∂u
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira (0, y) =
∂x
∂u
0, ( a, y) = 0, com a condição de u( x, y) ser limitada, para y > 0, tem soluções fundamentais
∂x
nπx − nπy
un ( x, y) = Xn ( x )Yn (y) = cos e a , n = 0, 1, 2, 3, . . .
a
Vamos supor que a solução seja a série
∞ ∞
nπx − nπy
u( x, y) = c0 + ∑ cn un ( x, y) = c0 + ∑ cn cos a
e a .
n =1 n =1
Assim se a função f ( x ) é contı́nua por partes com sua derivada também contı́nua por partes, então os
coeficientes são dados por
Z a Z a
1 2 nπx
c0 = f ( x )dx, cn = f ( x ) cos dx, n = 1, 2, 3 . . .
a 0 a 0 a
2.2. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de x por uma função de y, ou seja,
u( x, y) = X ( x )Y (y)
X 00 ( x )Y (y) + X ( x )Y 00 (y) = 0.
X 00 ( x ) Y 00 (y)
=− = λ.
X (x) Y (y)
(2n+1)2 π 2
A primeira equação com as condições de fronteira tem solução não nula somente se λ = − 4a2
, para
n = 0, 1, 2, 3, . . . e neste caso as soluções fundamentais são
(2n + 1)πx
X2n+1 ( x ) = cos , n = 0, 1, 2, 3, . . .
2a
Assim a segunda equação diferencial com a condição de Y (y) ser limitada para y > 0, tem soluções
fundamentais
(2n+1)πy
Y2n+1 (y) = e− 2a , n = 0, 1, 2, 3, . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira u(0, y) =
∂u
0, ( a, y) = 0, com a condição de u( x, y) ser limitada, para y > 0, tem soluções fundamentais
∂x
(2n + 1)πx − (2n+1)πy
u2n+1 ( x, y) = X2n+1 ( x )Y2n+1 (y) = cos e 2a , n = 0, 1, 2, 3, . . .
2a
Vamos supor que a solução seja a série
∞ ∞
(2n + 1)πx − (2n+1)πy
u( x, y) = ∑ c2n+1 u2n+1 (x, y) = ∑ c2n+1 cos 2a
e 2a .
n =0 n =0
Assim se a função f ( x ) é contı́nua por partes com sua derivada também contı́nua por partes, então os
coeficientes são dados por
Z a
4 (2n + 1)πx
c2n+1 = f ( x ) cos dx, n = 0, 1, 2, 3 . . .
2a 0 2a
a 1 (2n+1)π 2a (2n+1)π
4 4
= ·4· sen s −4· 2 2
( s sen s + cos s )
2 (2n + 1)π (2n + 1) π
0 0
8a (2n + 1)π
= 1 − cos
(2n + 1)2 π 2 4
∞ 1 − cos
(2n+1)π
8a (2n + 1)πx − (2n+1)πy
u( x, y) =
π2 ∑ (2n + 1)42 cos
2a
e 2a
n =0
3.1. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de r por uma função de θ, ou seja,
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
que pode ser reescrita como
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com a condição de fronteira Θ(0) = Θ(2π ) :
Se λ = 0 : Θ(θ ) = c1 + c2 θ.
√ √
Se λ < 0 : Θ(θ ) = c1 sen( −λθ ) + c2 cos( −λθ ).
As condições de fronteira Θ(0) = Θ(π ) = 0 implica que (5.15) tem solução não identicamente nula
somente se λ < 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
λ = −n2 , n = 1, 2, 3, . . .
Rn (r ) = r n , para n = 1, 2, 3, . . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais da forma
un (r, θ ) = Rn (r )Θn (θ ) = r n sen nθ.
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja a série
∞ ∞
u(r, θ ) = ∑ cn un (r, θ ) = ∑ rn cn sen nθ. (5.17)
n =1 n =1
3.2.
u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
que pode ser reescrita como
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com a condição de fronteira Θ(0) = Θ(2π ) :
√ √
Se λ > 0 : Θ(θ ) = c1 e λθ + c2 e − λ θ.
Se λ = 0 : Θ(θ ) = c1 + c2 θ.
√ √
Se λ < 0 : Θ(θ ) = c1 sen( −λθ ) + c2 cos( −λθ ).
As condições de fronteira Θ(0) = Θ(π ) = 0 implica que (5.18) tem solução não identicamente nula
somente se λ < 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
λ = −n2 , n = 1, 2, 3, . . .
Rn (r ) = r n , para n = 1, 2, 3, . . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais da forma
un (r, θ ) = Rn (r )Θn (θ ) = r n sen nθ.
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja a série
∞ ∞
u(r, θ ) = ∑ cn un (r, θ ) = ∑ rn cn sen nθ. (5.20)
n =1 n =1
∂u
Então para satisfazer a condição ( a, θ ) = g(θ ), temos que impor a condição
∂r
∞
∂u
g(θ ) = ( a, θ ) = ∑ nan−1 cn sen nθ.
∂r n =1
Esta é a série de Fourier de senos de g(θ ) com perı́odo 2π. Assim, se a função
g : [0, π ] → R é contı́nua por partes tal que a sua derivada g0 também seja contı́nua por partes, então os
coeficientes da série são dados por
2
Z π
n −1
na cn = g(θ ) sen nθ dθ, para n = 1, 2, 3 . . .
π 0
3.3. Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de r por uma função de θ, ou seja,
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com a condição de fronteira Θ(0) = Θ(2π ) :
Se λ = 0 : Θ(θ ) = c1 + c2 θ.
√ √
Se λ < 0 : Θ(θ ) = c1 sen( −λθ ) + c2 cos( −λθ ).
As condições de fronteira Θ(0) = Θ(α) = 0 implica que (5.21) tem solução não identicamente nula
somente se λ ≤ 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
n2 π 2
λ=− , n = 1, 2, 3, . . .
α2
ou seja, o problema de valor de fronteira tem soluções fundamentais
nπθ
Θ(θ ) = sen , para n = 1, 2, 3, . . .
α
n2 π 2
Substituindo-se λ = − na equação diferencial (5.22) obtemos
α2
n2 π 2
r2 R00 (t) + rR0 (r ) − R(r ) = 0,
α2
que tem como solução
nπ nπ
R(r ) = c1 + c2 ln r, para n = 0; R (r ) = c1 r − α + c2 r α , para n = 1, 2, 3, . . . .
Como R(r ) tem que ser limitada para 0 < r < a, então as soluções fundamentais são
nπ
R n (r ) = r α , para n = 1, 2, 3, . . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e as condições de fronteira tem soluções fun-
damentais da forma
nπ nπθ
un (r, θ ) = R(r )Θ(θ ) = r α sen .
α
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja a série
∞ ∞ nπ nπθ
u(r, θ ) = ∑ cn un (r, θ ) = ∑ r α cn sen α
. (5.23)
n =1 n =1
3.4. (a) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de r por uma função de θ, ou
seja,
u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é
possı́vel se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Θ00 (θ ) − λΘ(θ ) = 0,
(
Θ(θ ) = Θ(θ + 2π ), (5.24)
2 00 0
r R (t) + rR (r ) + λR(r ) = 0, R( a) = 0. (5.25)
λ = −n2 , n = 0, 1, 2, 3, . . .
Então para satisfazer a condição u(b, θ ) = g(θ ), temos que impor a condição
∞
b
g(θ ) = u(b, θ ) = c0 ln + ∑ (bn − a2n b−n )(cn cos nθ + dn sen nθ ).
a n =1
Esta é a série de Fourier de g(θ ) com perı́odo 2π. Assim, se a função g : [0, 2π ] → R é contı́nua por
partes tal que a sua derivada g0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são
dados por
b 1 2π
Z
(ln )c0 = g(θ ) dθ,
a 2π 0
1 2π
Z
(bn − a2n b−n )cn = g(θ ) cos nθ dθ, (5.28)
π 0
1 2π
Z
(bn − a2n b−n )dn = g(θ ) sen nθ dθ.
π 0
para n = 1, 2, 3 . . .
(b) Vamos procurar uma solução na forma de um produto de uma função de r por uma função de θ, ou
seja,
u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é
possı́vel se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Θ00 (θ ) − λΘ(θ ) = 0,
(
Θ(θ ) = Θ(θ + 2π ), (5.29)
2 00 0
r R (t) + rR (r ) + λR(r ) = 0, R(b) = 0. (5.30)
λ = −n2 , n = 0, 1, 2, 3, . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial e a condição de que u(b, θ ) = 0 tem
soluções fundamentais
r
u0 (r, θ ) = R0 (r )Θ0 (θ ) = ln ,
b
(1) (1)
un (r, θ ) = Rn (r )Θn (θ ) = (r n − b2n r −n ) cos nθ,
(2) (2)
un (r, θ ) = Rn (r )Θn (θ ) = (r n − b2n r −n ) sen nθ.
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja a série
∞
r
+ ∑ (cn un (r, θ ) + dn un (r, θ ))
(1) (2)
u(r, θ ) = c0 ln (5.31)
b n =1
∞
r
= c0 ln + ∑ (r n − b2n r −n )(cn cos nθ + dn sen nθ ). (5.32)
b n =1
Esta é a série de Fourier de f (θ ) com perı́odo 2π. Assim, se a função f : [0, 2π ] → R é contı́nua por
partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são
dados por
a 1
Z 2π
(ln )c0 = f (θ ) dθ,
b 2π 0
Z 2π
1
( an − b2n a−n )cn = f (θ ) cos nθ dθ, (5.33)
π 0
1 2π
Z
( an − b2n a−n )dn = f (θ ) sen nθ dθ.
π 0
para n = 1, 2, 3 . . .
(c) A solução deste problema é a soma da solução do problema com apenas f (θ ) não nula, que vamos
denotar por u( f ) (r, θ ), com a solução do problema com apenas g(θ ) não nula, u( g) (r, θ ), ou seja,
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Se λ = 0 : Θ(θ ) = c1 + c2 θ.
√ √
Se λ < 0 : Θ(θ ) = c1 sen( −λθ ) + c2 cos( −λθ ).
A condição Θ(θ ) = Θ(θ + 2π ), para todo θ ∈ R, implica que (5.34) tem solução não identicamente nula
somente se λ ≤ 0, mais que isso λ tem que ter valores dados por
λ = −n2 , n = 0, 1, 2, 3, . . .
Esta é a série de Fourier de f (θ ) com perı́odo 2π. Assim, se a função f : [0, 2π ] → R é contı́nua por
partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são dados
por
1
Z2π
c0 = f (θ ) dθ,
2π 0
Z 2π
1
a−n cn = f (θ ) cos nθ dθ, (5.37)
π 0
1 2π
Z
a−n dn = f (θ ) sen nθ dθ.
π 0
para n = 1, 2, 3 . . .
∞ ∞ Z 2π
1
lim u(r, θ ) = c0 +
r →∞
∑ cn lim un (r, θ ) +
r →∞
∑ dn lim un (r, θ ) = c0 =
r →∞ 2π 0
f (θ ) dθ, para x ∈ [0, a],
n =1 n =1
que decorre da aplicação do Teorema 2.8 na página 197, usando o fato de que
n n
(1) a (2) a
|cn un (r, θ )| ≤ M , |dn un (r, θ )| ≤ M
r1 r1
1
R 2π
para M = 2π 0 | f ( θ )| dθ, a < r1 ≤ r ≤ r2 , 0 ≤ θ ≤ 2π, n = 1, 2, 3, . . . e
∞ n
a
∑ r1 < ∞.
n =1
3.6.
u(r, z) = R(r )Θ(θ ).
Derivando-se e substituindo-se na equação diferencial obtemos
1 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 R(r )Θ00 (θ ) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r .
Θ(θ ) R (r ) R (r )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Θ00 (θ ) R00 (r ) R 0 (r )
= −r 2 −r = λ.
Θ(θ ) R (r ) R (r )
Obtemos então duas equações diferenciais ordinárias com condições de fronteira:
λ = −n2 , n = 1, 2, 3, . . .
e além disso, o problema de valor de fronteira (5.42) tem soluções fundamentais
Θn (θ ) = sen nθ, para n = 1, 2, 3, . . .
Rn (r ) = r n − r −n , para n = 1, 2, 3, . . . .
Logo o problema formado pela equação diferencial parcial na região 1 < r < a e 0 < θ < π tem soluções
fundamentais
un (r, θ ) = Rn (r )Θn (θ ) = (r n − r −n ) sen nθ.
Vamos supor que a solução do problema de Dirichlet seja a série
∞ ∞
u(r, θ ) = ∑ cn un (r, θ ) = ∑ cn (rn − r−n ) sen nθ. (5.40)
n =1 n =1
∂u
Para satisfazer a condição ( a, θ ) = g(θ ), temos que impor a condição
∂r
∞
∂u
g(θ ) = ( a, θ ) = ∑ ncn ( an−1 + a−n−1 ) sen nθ.
∂r n =1
Esta é a série de Fourier de senos de g(θ ) com perı́odo 2π. Assim, se a função g : [0, π ] → R é contı́nua
por partes tal que a sua derivada g0 também seja contı́nua por partes, então os coeficientes da série são
dados por
2
Z π
ncn ( an−1 + a−n−1 ) = g(θ ) sen nθ dθ, (5.41)
π 0
para n = 1, 2, 3 . . .
3.7.
u(r, z) = R(r ) Z (z).
1
R00 (r ) Z (z) + R0 (r ) Z (z) + R(r ) Z 00 (z) = 0,
r
dividindo-se por R(r ) Z (z):
Z 00 (z) R00 (r ) 1 R0 (r )
=− − .
Z (z) R (r ) r R (r )
O primeiro membro depende apenas de z, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Z 00 (z) R00 (r ) 1 R0 (r )
=− − = λ.
Z (z) R (r ) r R (r )
Z 00 (z) + λZ (z) = 0,
(
Z (0) = Z (b) = 0, (5.42)
00 0
rR (r ) + R (r ) − λrR(r ) = 0, R(r ) limitada para 0 < r < a. (5.43)
n2 π 2
A equação (5.42) com as condições de fronteira tem solução não nula somente se λ = e tem soluções
b2
fundamentais
nπz
Zn (z) = sen , para n = 1, 2, 3 . . .
b
3.8.
u(r, θ ) = R(r )Θ(θ ).
Derivando e substituindo na equação diferencial obtemos
2 1
R00 (r )Θ(θ ) + R0 (r )Θ(θ ) + 2 ( R(r )Θ00 (θ ) + cot θR(r )Θ0 (θ )) = 0,
r r
r2
multiplicando-se por :
R (r ) Θ ( θ )
O primeiro membro depende apenas de θ, enquanto o segundo depende apenas de r. Isto só é possı́vel
se eles forem iguais a uma constante, ou seja,
Transformada de Fourier
para todo ω ∈ R tal que a integral acima converge. Representaremos a função ori-
ginal por uma letra minúscula e a sua variável por x. Enquanto a transformada de
Fourier será representada pela letra correspondente com um chapéu e a sua variável
por ω. Por exemplo, as transformadas de Fourier das funções f ( x ), g( x ) e h( x ) serão
representadas por fˆ(ω ), ĝ(ω ) e ĥ(ω ), respectivamente.
499
500 Transformada de Fourier
f (x)
fˆ(ω )
Se f : R → R, então
∞ Z ∞
Z
1
F ( f )(ω ) = fˆ(ω ) = √ cos(ωx ) f ( x )dx − i sen(ωx ) f ( x )dx ,
2π −∞ −∞
e fˆ(ω ) é real se, e somente se, f é par. Neste caso também fˆ é par.
Vários autores definem a transformada de Fourier de maneiras diferentes, mas que
são casos particulares da fórmula
s
Z ∞
|b|
fˆ(ω ) = f ( x )eibωx dx,
(2π )1−a −∞
para diferentes valores das constantes a e b. Estamos usando aqui ( a, b) = (0, −1).
Exemplo 6.1. Seja a um número real positivo. Seja χ[0,a] : R → R dada por
1, se 0 < x < a,
χ[0,a] ( x ) =
0, caso contrário.
1
Z∞ 1 a Z
F (χ[0,a] )(ω ) = √ e−iωx f ( x )dx = √ e−iωx f ( x )dx
2π −∞ 2π 0
1 e−iωx a 1 1 − e−iaω
= √ = √ , se ω 6= 0,
2π −iω 0 2π iω
Z ∞ Z a
1 1 a
F (χ[0,a] )(0) = √ f ( x )dx = √ dx = √ .
2π −∞ 2π 0 2π
Exemplo 6.2. Seja a um número real positivo. Seja f : R → R dada por
− ax 0, se x < 0
f (x) = e u0 ( x ) =
e− ax , se x ≥ 0
1 ∞Z
1 ∞ Z
F ( f )(ω ) = √ e−iωx f ( x )dx = √ e−iωx e− ax dx
2π −∞ 2π 0
1 e−(a+iω ) x ∞ 1 1
= √ = √ .
2π −( a + iω ) 0 2π a + iω
Teorema 6.1 (Dilatação). Seja a uma constante não nula. Se a transformada de Fourier da função f : R → R é fˆ(ω ),
então a transformada de Fourier da função
g( x ) = f ( ax )
é
1 ˆ ω
ĝ(ω ) = f ( ), para ω ∈ R.
| a| a
Em particular F ( f (− x )) = fˆ(−ω ).
f (x)
f ( ax )
fˆ(ω )
1
| a|
fˆ( ωa )
1 eiaω − 1
√ , se ω 6= 0,
ˆf (ω ) = F (χ 2π iω
[− a,0] )(ω ) = F ( χ[0,a] )(− ω ) =
a
√ ,
se ω = 0.
2π
Observe que além de se verificar que lim fˆ(ω ) = fˆ(ω0 ), para ω0 6= 0, também
ω → ω0
temos que
lim fˆ(ω ) = fˆ(0).
ω →0
Logo, fˆ(ω ) é contı́nua. Pode-se mostrar que isto vale em geral, como enunciamos a
seguir, sem apresentar uma demonstração.
R∞
Teorema 6.2 (Continuidade). Se f : R → R é tal que −∞ | f ( x )|dx < ∞, então fˆ(ω ) é contı́nua.
Demonstração.
1 ∞
Z
F (α f + βg)(ω ) = √ e−iωx (α f ( x ) + βg( x ))dx
2π −∞
Z ∞ Z ∞
α β
= √ e−iωx f ( x )dx + √ e−iωx g( x )dx
2π −∞ 2π −∞
= αF ( f )(ω ) + βF ( g)(ω )
f (x)
g( x )
α f ( x ) + βg( x )
F
fˆ(ω )
ĝ(ω )
α fˆ(ω ) + β ĝ(ω )
Exemplo 6.5. Seja a um número real positivo. Seja χ[−a,a] : R → R dada por
1, se − a < x < a
χ[− a,a] ( x ) =
0, caso contrário
Como χ[−a,a] ( x ) = χ[− a,0] ( x ) + χ[0,a] ( x ), então pelos Exemplos 6.1 e 6.4 temos que
e − 1 1 − e−iaω e − e−iaω
iaω iaω
1 1
F (χ[−a,a] )(ω ) = √ + = √
2π iω iω 2π iω
r
2 sen( aω )
= , se ω 6= 0
π ω
Z ∞ Z a
1 1 2a
F (χ[−a,a] )(0) = √ f ( x )dx = √ dx = √ .
2π − ∞ 2π − a 2π
Aqui usamos que
y
1
0.5
-1 -0.5 0.5 1
0.5
0.5
Teorema 6.4 (Derivadas da Transformada de Fourier). Seja fˆ(ω ) a transformada de Fourier de f ( x).
R∞ R∞
a. Se −∞ | f ( x )|dx < ∞ e −∞ | x f ( x )|dx < ∞, então
d fˆ
F ( x f ( x ))(ω ) = i ( ω ).
dω
R∞
b. Se também −∞ | x2 f ( x )|dx < ∞, então
d2 fˆ
F ( x2 f ( x ))(ω ) = − ( ω ).
dω 2
Demonstração. Pode ser demonstrado que sob as hipóteses acima a derivada pode ser calculada sob o sinal
de integração.
a.
Z ∞
d fˆ 1 d −iωx
(ω ) = √ e f ( x ) dx
dω 2π −∞ dω
Z ∞
i
= −√ e−iωx x f ( x )dx
2π −∞
= −i F ( x f ( x ))(ω ).
b.
Z ∞
d2 fˆ 1 d2 −iωx
(ω ) = √ e f ( x ) dx
dω 2 2π −∞ dω 2
Z ∞
1
= −√ e−iωx x2 f ( x )dx
2π − ∞
= −F ( x2 f ( x ))(ω ).
f (x)
x f (x)
x2 f ( x )
F
fˆ(ω )
i fˆ0 (ω )
− fˆ00 (ω )
Figura 6.8 – Derivadas da Transformada de Fourier
Observamos que
f ( x ) = | x |χ[− a,a] ( x ) = − xχ[− a,0] ( x ) + xχ[0,a] ( x ).
Mas como χ[− a,0] ( x ) = χ[0,a] (− x ), então
f ( x ) = − xχ[0,a] (− x ) + xχ[0,a] ( x ).
1 − e−iaω
d i d
F ( xχ[0,a] ( x ))(ω ) = i [ (ω ) = √
χ
dω [0,a] 2π dω iω
i − a ωe − i a ω − i (1 − e − i a ω ) 1 i a ωe−i a ω + e−i a ω − 1
= √ 2
= √ , para ω 6= 0.
2π (iω ) 2π ω2
1 −i a ωei a ω + ei a ω − 1
F (− xχ[0,a] (− x ))(ω ) = F ( xχ[0,a] ( x ))(−ω ) = √ , para ω 6= 0.
2π ω2
0.5
-1 -0.5 0.5 1
0.5
-0.5
Teorema 6.5 (Transformada de Fourier das Derivadas). Seja f : R → R contı́nua com transformada de Fourier
fˆ(ω ).
a. Se f 0 ( x ) é seccionalmente contı́nua e lim | f ( x )| = 0, então
x →±∞
F ( f 0 )(ω ) = iω fˆ(ω ).
F ( f 00 )(ω ) = −ω 2 fˆ(ω ).
1
Z ∞
0
F ( f )(ω ) = √ e−iωx f 0 ( x )dx
2π −∞
∞ Z ∞
1 1
= √ e−iωx f ( x ) − (−iω ) √ e−iωx f ( x )dx
2π − ∞ 2π − ∞
= iω fˆ(ω ),
f (x)
f 0 (x)
f 00 ( x )
F
fˆ(ω )
iω fˆ(ω )
ω 2 fˆ(ω )
Corolário 6.6 ˆ
R (Transformada de Fourier da Integral). Seja f : R → R contı́nua com transformada de Fourier f (ω ).
x
Se g( x ) = 0 f (t)dt é tal que lim | g( x )| = 0, então
x →±∞
fˆ(ω )
F ( g)(ω ) = , para ω 6= 0.
iω
Mas,
Z ∞ Z ∞ Z ∞ 1/2
1 2 1 2 2
fˆ(0) = √ e− ax dx = √ e− a( x +y ) dxdy
2π −∞ 2π −∞ −∞
Z 2π Z ∞ 1/2 Z 2π ∞ 1/2
1 − ar2 1 − ar2
= √ e rdrdθ = −√ √ e dθ =
2π 0 0 2a 2π 0 0
1
= √ .
2a
Logo
2 1 ω2
F (e−ax )(ω ) = √ e− 4a .
2a
Em particular
x2 ω2
F (e− 2 )(ω ) = e− 2 .
Teorema 6.7 (Translação). Seja a uma constante. Se a transformada de Fourier da função f : R → R é fˆ(ω ), então
a. F ( f ( x − a))(ω ) = e−iaω fˆ(ω ), para ω ∈ R. e
Demonstração. a.
1 ∞
Z
F ( f ( x − a))(ω ) = √ e−iωx f ( x − a)dx
2π − ∞
Z ∞
1 0
= √ e−iω ( x + a) f ( x 0 )dx 0 = e−iaω fˆ(ω ).
2π −∞
b.
1 ∞ Z
F (eiax f ( x ))(ω ) = √ e−iωx eiax f ( x )dx
2π −∞
Z ∞
1
= √ e−i(ω −a) x f ( x )dx = fˆ(ω − a).
2π − ∞
f (x)
f ( x − a)
fˆ(ω )
e−iaω fˆ(ω )
f (x)
eiax f ( x )
fˆ(ω )
fˆ(ω − a)
y
1
0.5
x
-1 -0.5 0.5 1
-0.5
-1
0.5
mostre que
2 2
ˆf (ω ) = √1 cos ω − π + i cos ω + π .
2 4 4 4 4
(e) Use o item anterior para mostrar que
ω2
2
1 π
F cos( x ) (ω ) = √ cos − ,
2 4 4
2
21 ω π
F sen( x ) (ω ) = √ cos + .
2 4 4
(f) Usando o item anterior encontre F cos( ax2 ) (ω ) e F sen( ax2 ) (ω ), para a > 0.
6.2 Inversão
R∞
Teorema 6.8. Se f : R → R é seccionalmente contı́nua e tal que −∞ | f ( x )|dx < ∞, então
lim fˆ(ω ) = 0.
ω →±∞
√
Z ∞
2π lim | fˆ(ω )| e−iωx f ( x )dx
= lim
ω →±∞ ω →±∞ −∞
Z M Z
e−iωx f ( x )dx +
≤ lim | f ( x )|dx ≤ e.
ω →±∞ − M | x |> M
R∞
Lema 6.9. Se g : R → R é seccionalmente contı́nua tal que −∞ | g( x )|dx < ∞, g(0) = 0 e g0 (0) existe, então
Z ∞
ĝ(ω )dω = 0.
−∞
Demonstração. Seja
g( x ) ,
se x 6= 0,
h( x ) = x
0
g (0), se x = 0.
R∞
Então g( x ) = xh( x ) e −∞ |h( x )|dx < ∞. Logo
Z ∞ Z ∞ ∞
ĝ(ω )dω = i ĥ0 (ω )dω = i ĥ(ω ) = 0,
−∞ −∞ −∞
R∞
Teorema 6.10. Se f : R → R é seccionalmente contı́nua tal que −∞ | f ( x )|dx < ∞, então
Z ∞
1
f (x) = √ eixω fˆ(ω )dω,
2π −∞
Demonstração. Vamos demonstrar para o caso em que f 0 ( x ) existe. Seja g : R → R definida por
x 02
g( x 0 ) = f ( x + x 0 ) − f ( x )e− 2 .
R∞
Corolário 6.11. Se f : R → R é contı́nua tal que −∞ | f ( x )|dx < ∞, então
F ( fˆ)(ω ) = f (−ω ).
Exemplo 6.10. Seja a um número real positivo. Seja f : R → R dada por
1
f (x) =
x 2 + a2
1 2a
Como F (e− a| x| )(ω ) = √ , então
2π ω + a2
2
√
2π −a| x|
f (ω ) = ĝ(ω ), em que g( x ) = e .
2a
Logo √
2π − a|ω |
F ( f )(ω ) = F ( ĝ)(ω ) = g(−ω ) = e .
2a
R∞
Corolário 6.12 (Injetividade). Dadas duas funções f ( x) e g( x) seccionalmente contı́nuas tais que −∞ | f ( x )|dx < ∞
∞
| g( x )|dx < ∞, se
R
e −∞
F ( f )(ω ) = F ( g)(ω ), para todo ω ∈ R,
então f ( x ) = g( x ), exceto possivelmente nos pontos de descontinuidade.
Demonstração. Pela linearidade da transformada de Fourier, basta provarmos que se F ( f )(ω ) = 0, então
f ( x ) = 0 nos pontos em que f é contı́nua. Mas isto é decorrência imediata do Teorema 6.10.
6.3 Convolução
R ∞ funções f : R →RR
A convolução de duas
∞
e g : R → R seccionalmente contı́nuas,
limitadas e tais que −∞ | f ( x )|dx < ∞ e −∞ | g( x )|dx < ∞, é definida por
Z ∞
( f ∗ g)( x ) = f (y) g( x − y)dy, para x ∈ R.
−∞
(
1, se 0 ≤ x ≤ 1,
Exemplo 6.12. Seja f : R → R definida por f ( x) = χ[0,1] ( x) =
0, caso contrário.
Z ∞ Z 1
( f ∗ f )( x ) = χ[0,1] (y)χ[0,1] ( x − y)dy = χ[0,1] ( x − y)dy
−∞ 0
0, se x < 0,
Z 1 Z 1
x, se 0 ≤ x < 1,
= χ[−1,0] (y − x )dy = χ[−1+ x,x] (y)dy =
0 0
2 − x, se 1 ≤ x < 2,
0, se x ≥ 2.
0.5
x
0.5
x
Sob as hipóteses consideradas pode-se mostrar que podemos trocar a ordem de integração para obtermos
Z ∞ Z ∞
1 −iωx
F ( f ∗ g)(ω ) = √ f (y) e g( x − y)dx dy.
2π −∞ −∞
√ √ 2
1 1 − e−iaω 1 (1 − e−iaω )2
fˆ(ω ) = 2
χ[0,1] (ω )) =
2π ([ 2π √ = −√ .
2π iω 2π ω2
Demonstração.
(a)
Z ∞ Z −∞
( f ∗ g)( x ) = f (y) g( x − y)dy = f ( x − y0 ) g(y0 )(−dy0 ) =
−∞ ∞
Z ∞
= f ( x − y0 ) g(y0 )dy0 = ( g ∗ f )( x ).
−∞
(b)
Z ∞
( f ∗ ( g1 + g2 ))( x ) = f (y)( g1 ( x − y) + g2 ( x − y))dy =
−∞
Z ∞ Z ∞
= f ( x − y) g1 ( x − y)dy + f ( x − y) g2 ( x − y)dy =
−∞ −∞
= ( f ∗ g1 )( x ) + ( f ∗ g2 )( x ).
(c)
Z ∞
(( f ∗ g) ∗ h)( x ) = ( f ∗ g)( x − y)h(y)dy =
−∞
Z ∞ Z ∞
= f (y0 ) g( x − y − y0 )dy0 h(y)dy =
−∞ −∞
Z ∞ Z ∞
= f (y0 ) g( x − y − y0 )h(y)dydy0 =
−∞ −∞
Z ∞ Z ∞
0
= f (y ) g( x − y − y0 )h(y)dy dy0 =
−∞ −∞
Z ∞
= f (y0 )( g ∗ h)( x − y0 )dy0 = ( f ∗ ( g ∗ h))( x ).
−∞
R∞
(d) ( f ∗ 0)( x ) = −∞ f (y − x ) · 0 dy = 0 = (0 ∗ f )( x ).
Logo,
2 ω2 t
û(ω, t) = c(ω )e−α .
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que û(ω, 0) = fˆ(ω ) =
c(ω ) obtemos que
2 2
û(ω, t) = fˆ(ω )e−α ω t .
2 ω2 t
Seja k̂(ω, t) = e−α . Então
1 − x2
k( x, t) = √ e 4α2 t
α 2t
e pelo Teorema da Convolução (Teorema 6.13 na página 536) temos que
Z ∞ ( x − y )2
1 1 −
u( x, t) = √ ( f ∗ k )( x, t) = √ f (y)e 4α2 t dy. (6.1)
2π 2α πt −∞
lim u( x, t) = f ( x ),
t →0+
ω 2 dt 2
R
Multiplicando-se a equação pelo fator integrante µ(t) = e = eω t obtemos
∂ ω2 t
e û(ω, t) = 0.
∂t
Integrando-se em relação a t obtemos
2
eω t û(ω, t) = c(ω ).
Logo,
2
û(ω, t) = c(ω )e−ω t .
Usando o fato de que û(ω, 0) = fˆ(ω ) = c(ω ) obtemos que
2 2
û(ω, t) = fˆ(ω )e−α ω t .
x 2 √ 2
Se f ( x ) = e− 4 . Então fˆ(ω ) = 2e−ω e
2 √ 2 (1+ t )
û(ω, t) = fˆ(ω )e−ω t = 2e−ω .
y y y
t=0 t=5 t = 10
x x x
y y y
t = 20 t = 100 t = 1000
x x x
∂2 û
(ω, t) = − a2 ω 2 û(ω, t).
∂t2
Para resolver esta equação diferencial temos que encontrar as raı́zes da sua equação
caracterı́stica:
r2 + a2 ω 2 = 0 ⇔ r = ± a|ω |i.
Logo a solução geral da equação diferencial é
Definindo
c1 ( ω ), se ω > 0, c2 ( ω ), se ω > 0,
φ̂(ω ) = ψ̂(ω ) =
c2 ( ω ), se ω < 0, c1 ( ω ), se ω < 0,
temos que
û(ω, t) = φ̂(ω )e−iaωt + ψ̂(ω )e+iaωt . (6.2)
e pelo Teorema da Translação (Teorema 6.7 na página 519) temos que
u( x, t) = φ( x − at) + ψ( x + at).
Esta é a solução geral da equação da onda em uma dimensão que obtivemos na
página 387.
u( x, 0) = f ( x ), ∂u ( x, 0) = g( x ), x ∈ R.
∂t
Além do que já supomos anteriormente vamos supor também que f , g : R → R
sejam seccionalmente contı́nuas, limitadas e tais que
Z ∞ Z ∞
| f ( x )|dx < ∞ e | g( x )|dx < ∞.
−∞ −∞
Logo
1 ĝ(ω )
ψ̂(ω ) = fˆ(ω ) + ,
2 iaω
1 ĝ(ω )
φ̂(ω ) = fˆ(ω ) − .
2 iaω
Substituindo-se em (6.2) obtemos
1 ˆ ĝ(ω ) −iaωt 1 ˆ ĝ(ω ) +iaωt
û(ω, t) = f (ω ) − e + f (ω ) + e
2 iaω 2 iaω
1ˆ 1 ĝ(ω ) +iaωt ĝ(ω ) −iaωt
= f (ω )e−iaωt + fˆ(ω )e−iaωt + e − e
2 2a iω iω
∂2 û
−ω 2 û(ω, y) + (ω, y) = 0.
∂y2
Para resolver esta equação diferencial temos que encontrar as raı́zes da sua equação
caracterı́stica:
r2 − ω 2 = 0 ⇔ r = ±|ω |.
Logo a solução geral da equação diferencial é
−ωy + c ( ω ) e+ωy , se ω > 0,
c1 ( ω ) e
2
û(ω, y) = c1 (0) + c2 (0)y, se ω = 0,
+ −
ωy ωy
c1 ( ω ) e + c2 ( ω ) e , se ω < 0.
Como, pelo Teorema 6.8 na página 527, lim û(ω, y) = 0, então c2 (ω ) = 0. Assim,
ω →±∞
û(ω, y) = c1 (ω )e−|ω |y .
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que
û(ω, 0) = fˆ(ω ) = c1 (ω )
obtemos que
û(ω, y) = fˆ(ω )e−|ω |y .
Seja k̂(ω, y) = e−|ω |y . Então
2y 1
k ( x, y) = √ 2 + y2
2π x
Pode-se provar que se f é contı́nua e limitada, então a expressão dada por (6.3) define
uma função que satisfaz a equação de Laplace e
lim u( x, y) = f ( x ).
y →0+
4.5. Encontre a solução geral da equação diferencial a seguir usando a transformada de Fourier
∂2 u 2
2∂ u ∂u
= a − 2α − α2 u, x ∈ R.
∂t2 ∂x2 ∂t
Aqui α é uma constante positiva.
4.6. Encontre a solução geral da equação diferencial a seguir usando a transformada de Fourier
∂2 u ∂2 u
∂u ∂u
2
= 2 +2 + .
∂t ∂x ∂t ∂x
f 0 (x) iω fˆ(ω )
Rx fˆ(ω )
0 f (y)dy iω
f ( x − a) e−iaω fˆ(ω )
eiax f ( x ) fˆ(ω − a)
fˆ( x ) f (−ω )
R∞ √
( f ∗ g)( x ) = −∞ f (y) g( x − y)dy 2π fˆ(ω ). ĝ(ω )
em que
Z L
1 inπx
cn = f ( x )e− L dx, para n = 0, ±1, ±2, . . .
2L −L
pois
1 L nπx
Z
an = f ( x ) cos dx para n = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L nπx
Z
bn = f ( x ) sen dx, para n = 1, 2, . . .
L −L L
0.5
-1 -0.5 0.5 1
0.5
-0.5
√
Figura 6.20 – Transformada de Fourier e os coeficientes da série de Fourier multiplicados por 2L/ 2π da função
do Exemplo 6.15 com L = 1
X = FN Y,
em que
1 1 1 ... 1
1 2 N −1
1 e−i2π N e−i2π N ... e−i2π
N
2( N −1)
1
1 e−i2π N
2
e−i4π N
4
... e−i2π N
FN = (6.4)
N .
.. .. .. ..
. . .
N −1 2( N −1) ( N −1)( N −1)
1 e−i2π N e−i2π N ... e−i2π N
nπ Z L
1 nx N
fˆ = √ f ( x )e−iπ L dx, para n = 0, ±1, . . . , .
L 2π − L 2
Podemos, agora, aproximar a integral por uma soma de Riemann dividindo o inter-
valo [0, 2L] em N subintervalos de comprimento 2L/N, ou seja,
nπ N/2−1
1 2kL
2L kn
fˆ
L
≈ √
2π
∑ f
NN
= e−i2π N
k =− N/2
N/2−1
2L 2kL −i2π kn
= √ ∑
N 2π k=− N/2
f
N
e N =
!
N/2−1 N −1
2L 2kL −i2π kn 2kL kn
= √
N 2π
∑ f N e N + ∑ f N − 2L e−i2π N ,
k =0 k = N/2
N
para n = 0, . . . , 2 − 1.
N/2−1
(− N + n)π 1 2kL kn 2L
fˆ
L
≈ √
2π
∑ f
N
e−i2π N
N
=
k =− N/2
N/2−1
2L 2kL −i2π kn
= √ ∑ f N e N=
N 2π k=− N/2
!
N/2−1 N −1
2L 2kL −i2π kn 2kL kn
= √
N 2π
∑ f N e N + ∑ f N − 2L e−i2π N ,
k =0 k = N/2
para n = N2 , . . . , N − 1.
Assim, definindo
2L t
2L 2L 2L
X = f (0) f ... f L− f (− L) f − L + ... f − ,
N N N N
então
√ t
2π ˆf (0) fˆ π · · · fˆ ( N − 1) π ˆf − N π . . . fˆ − π
Y = FN X ≈ .
2L L 2 L 2 L L
1 1 3
f − 34 f − 12 f − 14 ]t
X = [ f (0) f 4 f 2 f 4 f (−1)
= [ 0 1
4
1
2
3
4 1 3
4
1
2
1
4 ]t
0.5
-1 -0.5 0.5 1
0.5
-0.5
√
Figura 6.22 – Transformada de Fourier e a Transformada de Fourier Discreta multiplicada por 2/ 2π da função
do Exemplo 6.16
(b)
|x| 1
f (x) = χ[−a,a] ( x ) − χ[− a,a] ( x ) = χ[− a,a] ( x ) − − xχ[−a,0] ( x ) + xχ[0,a] ( x )
a a
1
= χ[−a,a] ( x ) − − xχ[0,a] (− x ) + xχ[0,a] ( x )
a
dχ 1 − e−iaω
[ [0,a] d i
F ( xχ[0,a] ( x ))(ω ) = i (ω ) = √
dω 2π dω iω
i − a ωe−i a ω − i (1 − e−i a ω ) 1 i a ωe−i a ω + e−i a ω − 1
= √ 2
= √ .
2π (iω ) 2π ω2
1 −i a ωei a ω + ei a ω − 1
F (− xχ[0,a] (− x ))(ω ) = √
2π ω2
(c)
eiax − e−iax
f ( x ) = sen( ax )χ[−b,b] ( x ) = χ[0,b] (− x ) + χ[0,b] ( x ) .
2i
!
1 eibω − 1 1 − e−ibω 2 sen(bω )
F (χ[−b,b] )(ω ) = √ + = √ .
2π iω iω 2π ω
ω2
2 e− 4
(d) Seja g( x ) = e− x . Então ĝ(ω ) = √ .
2
ω2
− x2 d ĝ e− 4
F ( xe )(ω ) = i (ω ) = −iω √
dω 2 2
ω2
2 e− 4
(e) Seja g( x ) = e− x . Então ĝ(ω ) = √ .
2
ω2 ω2
2 − x2 d2 ĝ e− 4 e− 4
F (x e )(ω ) = − 2 (ω ) = √ − ω 2 √
dω 2 2 4 2
1 1
(f) Seja g( x ) = e− ax u0 ( x ). Então ĝ(ω ) = √ . Então,
2π a + iω
1 1
F (e−(a+ib)x u0 ( x ))(ω ) = ĝ(ω + b) = √ .
2π a + ib + iω
1 1
(g) Seja g( x ) = e− ax u0 ( x ). Então ĝ(ω ) = √ . Seja h( x ) = e ax u0 (− x ). Então, ĥ(ω ) = ĝ(−ω ) =
2π a + iω
1 1
√ .
2π a − iω
1 1
F (e(a+ib)x u0 (− x ))(ω ) = ĥ(ω − b) = √ .
2π a + ib − iω
2 2
1.2. (a) f 0 ( x ) − i2x f ( x ) = i2xeix − i2x (eix ) = 0
(b) Aplicando-se a transformada de Fourier na equação diferencial do item anterior obtemos
ou
ω
fˆ0 (ω ) − fˆ(ω ) = 0.
2i
−ω dω ω2
R
(c) Multiplicando-se a equação diferencial do item anterior pelo fator integrante µ(t) = e 2i = e− 4i
obtemos
d 2
− ω4i ˆ
e f (ω ) = 0.
dω
Integrando-se em relação a ω obtemos
2
e− 4i fˆ(ω ) = c.
ω
Logo,
ω 2
fˆ(ω ) = ce 4i .
Usando o fato de que fˆ(0) = c obtemos que
2
fˆ(ω ) = fˆ(0)e−i 4 .
ω
2 2 h 2 2 i
(d) fˆ(ω ) = 1
2 + i
2 cos ω
4 − i sen ω
4 = 1
2 cos ω
4 + 1
2 sen ω
4 +
h 2 i h √ √ i
1 1 ω2 1 2 2 2 2
i 2 cos 4 − 2 sen 4
ω
= √
2 cos
ω
+ 2 sen 4 ω
+
h√ 2 √ 2 i h 2 2
2
i 4
2
√i
2 cos
ω
4 − 22 sen ω4 = √1 cos ω4 − π4 + i cos ω4 + π4 .
2 2
Como cos( x2 ) e sen( x2 ) são funções pares as suas transformadas de Fourier são reais e são assim
ˆ
iguais a parte real e a parteimaginária
2
de f (ω ), respectivamente:
2 1
F cos( x ) (ω ) = √ cos 4 − 4 ω π
2 2
2 1
F sen( x ) (ω ) = √ cos ω4 + π4 .
2
√
(f) Trocando-se x por ax e usando o Teorema da Dilatação obtemos que
ω2
2
1 π
F cos( ax ) (ω ) = √ cos −
2a 4a 4
ω2
2
1 π
F sen( ax ) (ω ) = √ cos + .
2a 4a 4
1 A B
fˆ(ω ) = = + .
(2 + iω )(3 + iω ) 2 + iω 3 + iω
1 = A(3 + iω ) + B(2 + iω ).
1 1
fˆ(ω ) = − .
2 + iω 3 + iω
Portanto √
f (x) = 2π e−2x − e−3x u0 ( x ).
1 d ĝ i
(b) Seja ĝ(ω ) = . Então (ω ) = − . Logo
1 + iω dω (1 + iω )2
d ĝ √
f ( x ) = F −1 ( i )( x ) = xg( x ) = 2πxe− x u0 ( x ).
dω
√
1 2π −| x|
(c) Seja ĝ(ω ) = . Então g( x ) = e .
1 + ω2 2
√
2π x e−| x|
f ( x ) = F −1 (iω ĝ(ω ))( x ) = g0 ( x ) = − ,
2 |x|
d| x | |x|
pois (x) = , para x 6= 0.
dx x
(d) Completando-se o quadrado:
1 1
fˆ(ω ) = = .
ω2 + ω + 1 (ω + 2 ) + 34
1 2
Logo
√ √
√ 3 |x| √ 3 | x |+ix
−i 2x 2π e− 2 2π e− 2
f (x) = e √ = √ .
3 3
(e)
1 1
fˆ(ω ) = = .
a + ib − iω a − i (ω − b)
√ √
h( x ) = eibx 2πe ax u0 (− x ) = 2πe(a+ib) x u0 (− x ).
(f) O denominador pode ser visto como um polinômio do 2o. grau em iω, que pode ser fatorado como:
1 1
fˆ(ω ) = = √ √ .
4 − ω 2 + 2iω iω +1− 3i iω +1+ 3i
√
1 2π −|ω | 0 2x 1
(b) Seja g( x ) = . Então ĝ(ω ) = e , g (x) = − , f ( x ) = − g0 ( x ) e
1 + x2 2 2
( x + 1)
2 2
√
i 2πω −|ω |
fˆ(ω ) = − e
4
r
π
2.3. fˆ(ω ) = χ ( x ).
2 [− a,a]
r r
π π
2.4. fˆ(ω ) = a (1 − | x |/a)χ[−a,a] ( x ) = ( a − | x |)χ[−a,a] ( x ).
2 2
3. Convolução (página 539)
3.1. (a)
Z ∞ Z ∞
( f ∗ g)( x ) = f (y) g( x − y)dy = e−y e−2( x−y) u0 ( x − y)dy
−∞ 0
(
0, se x ≤ 0
= Rx
e−2x 0 ey dy, se x > 0
= e−2x (e x − 1)u0 ( x ).
(b)
Z ∞ Z 1
( f ∗ g)( x ) = f (y) g( x − y)dy = e−( x−y) u0 ( x − y)dy
−∞ −1
0, seR x ≤ −1
x
= e− x −1 ey dy, se − 1 < x ≤ 1,
−x R 1 y
e −1 e dy, se x > 1
0, se x < −1,
= e− x (e x − e−1 ), se − 1 ≤ x < 1
−x
e (e − e−1 ), se x ≥ 1.
1 1
3.2. (a) Seja ĝ(ω ) = e ĥ(ω ) = .
2 + iω 3 + iω
Assim,
1
f ( x ) = √ ( g ∗ h)( x ),
2π
√ √
em que g( x ) = 2πe−2x u0 ( x ) e h( x ) = 2πe−3x u0 ( x ). Logo
1
Z ∞ √ Z ∞ −2y −3(x−y)
f (x) = √ g(y)h( x − y)dy = 2π e e u0 ( x − y)dy
2π −∞ 0
√ Z x √
= 2πe−3x u0 ( x ) ey dy = 2πe−3x (e x − 1)u0 ( x )
0
√ −2x −3x
= 2π e −e u0 ( x ).
1 √
(b) Seja ĝ(ω ) = . Então g( x ) = 2πe− x u0 ( x ). Assim
1 + iω
1 1 ∞ Z
f ( x ) = √ ( g ∗ g)( x ) = √ g(y) g( x − y)dy
2π 2π −∞
√ Z ∞
= 2π e−y e−( x−y) u0 ( x − y)dy
0
√
= 2πxe− x u0 ( x ).
(c) O denominador pode ser visto como um polinômio do 2o. grau em iω:
1 1
fˆ(ω ) = = √ √ .
4 − ω2
+ 2iω iω− 3i +1 iω+ 3i +1
Sejam
1 1
ĝ(ω ) = √ , ĥ(ω ) = √ .
i (ω − 3) + 1 i (ω + 3) + 1
Então √ √ √ √
g( x ) = 2πe−(1− 3i ) x
u0 ( x ), h( x ) = 2πe−(1+ 3i ) x
u0 ( x ).
Assim
1 1 ∞ Z
f (x) = √ ( g ∗ h)( x ) = √ g(y)h( x − y)dy
2π 2π −∞
√ Z ∞ √ √
= 2π e−(1− 3i)y e−(1+ 3i)( x−y) u0 ( x − y)dy
0
√ √ Z ∞ √
= 2πe−(1+ 3i) x e2 3iy u0 ( x − y)dy
0
√
i 6π −(1+√3i) x √
= e − e−(1− 3i)x u0 ( x ).
6
e −3| ω | 2
fˆ(ω ) = = √ e−|ω |
6k̂(ω ) 3 2π
Logo
2 1
f (x) = 2
.
3π x + 1
∂û
(ω, t) + 2iω û(ω, t) = ĝ(ω ).
∂t
R
Multiplicando-se a equação pelo fator integrante µ(t) = e 2iωdt = e2iωt obtemos
∂ 2iωt
e û(ω, t) = ĝ(ω )e2iωt .
∂t
Integrando-se em relação a t obtemos
ĝ(ω ) 2iωt
e2iωt û(ω, t) = e + c ( ω ).
2iω
Logo,
ĝ(ω )
û(ω, t) = + c(ω )e−2iωt .
2iω
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que
ĝ(ω )
û(ω, 0) = fˆ(ω ) = + c(ω )
2iω
obtemos que
ĝ(ω )
û(ω, t) = fˆ(ω )e−2iωt + 1 − e−2iωt .
2iω
1 − e−2iωt
Seja k̂ (ω, t) = . Então
2iω √
2π
k( x, t) = χ[0,2t] ( x )
2
e pelo Teorema da Convolução temos que
u( x, t) = f ( x − 2t) + (k ∗ g)( x, t)
1 2t
Z
= f ( x − 2t) + g( x − y)dy
2 0
Se f ( x ) = cos x e g( x ) = 0, então u( x, t) = cos( x − 2t) é a solução do PVI apesar de não existir a
transformada de Fourier de f ( x ) = cos x, pois
∂u ∂u
+2 = −2 cos( x − 2t) + 2 cos( x − 2t) = 0.
∂t ∂x
Ou seja, u( x, t) = cos( x − 2t) satisfaz a equação diferencial.
4.2. Aplicando-se a transformada de Fourier em relação a variável x na equação diferencial obtemos
∂û
(ω, t) = −α2 ω 2 û(ω, t) − γû(ω, t).
∂t
(α2 ω 2 +γ)dt 2 ω 2 +γ)t
R
Multiplicando-se a equação pelo fator integrante µ(t) = e = e(α obtemos
∂ ( α2 ω 2 + γ ) t
e û(ω, t) = 0.
∂t
Integrando-se em relação a t obtemos
2 ω 2 +γ)t
e(α û(ω, t) = c(ω ).
Logo,
2 ω 2 +γ)t
û(ω, t) = c(ω )e−(α .
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que û(ω, 0) = fˆ(ω ) = c(ω ) obtemos que
2 2
û(ω, t) = fˆ(ω )e−(α ω +γ)t .
2 ω 2 +γ)t 2 ω2 t
Seja k̂ (ω, t) = e−(α = e−γt e−α . Então
e−γt − x2
k ( x, t) = √ e 4α2 t
α 2t
e pelo Teorema da Convolução temos que
Z ∞
e−γt e−γt −
( x − y )2
u( x, t) = √ ( f ∗ k)( x, t) = √ f (y)e 4α2 t dy.
2π 2α πt −∞
Logo,
2 ω 2 −ikω ) t
û(ω, t) = c(ω )e−(α .
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que û(ω, 0) = fˆ(ω ) = c(ω ) obtemos que
2 2
û(ω, t) = fˆ(ω )e−(α ω −ikω )t .
2 ω 2 −ikω ) t 2 ω2 t
Seja k̂ (ω, t) = e−(α = eikωt e−α . Então
1 − (x+kt)2
k( x, t) = √ e 4α2 t
α 2t
∂û
(ω, t) = −α2 ω 2 û(ω, t) + ĝ(ω ).
∂t
α2 ω 2 dt 2 ω2 t
R
Multiplicando-se a equação pelo fator integrante µ(t) = e = eα obtemos
∂ α2 ω 2 t 2 2
e û(ω, t) = ĝ(ω )eα ω t .
∂t
Integrando-se em relação a t obtemos
2 ω2 t ĝ(ω ) α2 ω2 t
eα û(ω, t) = e + c ( ω ).
α2 ω 2
Logo,
ĝ(ω ) 2 2
û(ω, t) = + c (ω )e−α ω t .
α2 ω 2
Vamos supor que exista fˆ(ω ). Neste caso, usando o fato de que
ĝ(ω )
û(ω, 0) = fˆ(ω ) = 2 2 + c(ω )
α ω
obtemos que
ĝ(ω )
c(ω ) = fˆ(ω ) − 2 2
α ω
e
ĝ(ω ) ˆ ĝ(ω ) −α2 ω2 t
û(ω, t) = 2 2 + f (ω ) − 2 2 e .
α ω α ω
ĝ(ω ) 2 ω2 t
Sejam ĥ(ω ) = − α2 ω2 e k̂ (ω, t) = e−α . Então
1 − x2
k ( x, t) = √ e 4α2 t
α 2t
e h( x ) é a solução de
α2 h00 ( x ) = − g( x ).
Pelo Teorema da Convolução temos que
1
u( x, t) = h( x ) + √ (( f + h) ∗ k)( x, t)
2π
Z ∞ ( x − y )2
1 −
= h( x ) + √ ( f (y) + h(y))e 4α2 t dy.
2α πt −∞
4.5. Aplicando-se a transformada de Fourier em relação a variável x na equação diferencial obtemos
∂2 û ∂û
2
(ω, t) = − a2 ω 2 û(ω, t) − 2α (ω, t) − α2 û(ω, t).
∂t ∂t
Para resolver esta equação diferencial temos que encontrar as raı́zes da sua equação caracterı́stica:
r2 + 2αr + a2 ω 2 + α2 = 0 ⇔ r = −α ± aωi.
Logo
∂2 û
∂û
(ω, t) = −ω 2 û(ω, t) + 2 (ω, t) + iω û(ω, t) .
∂t2 ∂t
Para resolver esta equação diferencial temos que encontrar as raı́zes da sua equação caracterı́stica:
r2 − 2r + ω 2 − 2i = 0 ⇔ r = 1 ± (1 + ωi ) ⇔ r = 2 + iω ou r = −iω.
Logo
u( x, t) = φ( x − t) + ψ( x + t)e2t .
[1] William E. Boyce and Richard C. DiPrima. Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Con-
torno. Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora S.A., Rio de Janeiro, 7a. edition, 2002.
[2] Djairo Guedes de Figueiredo. Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais. IMPA, Rio de Janeiro, 1977.
[3] E. C. de Oliveira and M. Tygel. Métodos Matemáticos para Engenharia. SBM, Rio de Janeiro, 2005.
[4] Valéria Iório. EDP: Um Curso de Graduação. IMPA, Rio de Janeiro, 2a. edition, 2001.
[5] Donald Kreider, Donald R. Ostberg, Robert C. Kuller, and Fred W. Perkins. Introdução à Análise Linear. Ao
Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, 1972.
[6] Erwin Kreiszig. Matemática Superior. Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora S.A., Rio de Janeiro, 2a. edition,
1985.
576
Índice Alfabético
577
578 Índice Alfabético
Teorema
Abel, 41
de existência e unicidade
para equações de 2a. ordem, 24
Transformada de Fourier, 498
Transformada de Fourier da Dilatação, 501
Transformada de Fourier da Integral, 516
Transformada de Fourier da Translação, 518
Transformada de Fourier das Derivadas, 515
Transformadas de Fourier Elementares, 550
Wronskiano, 29