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O documento discute como o salmista deseja obedecer aos mandamentos de Deus, mas reconhece sua própria incapacidade sem a graça divina. Ele também explora como Peirce descreveu os modos como os ideais de conduta surgem e como Paulo expressou a luta interna para fazer o bem sob a lei. Finalmente, discute como sob a graça a oração do salmista assume uma nova perspectiva de anseio por cumprir a vontade de Deus enquanto seguimos em direção à perfeição.
O documento discute como o salmista deseja obedecer aos mandamentos de Deus, mas reconhece sua própria incapacidade sem a graça divina. Ele também explora como Peirce descreveu os modos como os ideais de conduta surgem e como Paulo expressou a luta interna para fazer o bem sob a lei. Finalmente, discute como sob a graça a oração do salmista assume uma nova perspectiva de anseio por cumprir a vontade de Deus enquanto seguimos em direção à perfeição.
O documento discute como o salmista deseja obedecer aos mandamentos de Deus, mas reconhece sua própria incapacidade sem a graça divina. Ele também explora como Peirce descreveu os modos como os ideais de conduta surgem e como Paulo expressou a luta interna para fazer o bem sob a lei. Finalmente, discute como sob a graça a oração do salmista assume uma nova perspectiva de anseio por cumprir a vontade de Deus enquanto seguimos em direção à perfeição.
Como desejo obedecer às tuas ordens e cumpri-las com fidelidade! (Sl 119:5, BÍBLIA versão NTLH) C. S. Peirce (1838-1914), filósofo norte-americano original na abordagem da filosofia da linguagem, no texto “Ideais de Conduta”1, fala de três modos nos quais os ideais de conduta insinuam-se. Em primeiro lugar, certos tipos de conduta têm uma qualidade estética. Aquele ou aquela que a contempla considera-a bela. Em segundo lugar, o homem se esforça por montar uma imagem ou diagrama no qual seus ideais tenham coerência para a ação. Em terceiro lugar, ele avalia quais consequências acarretariam seus ideais. Essas considerações de Peirce nos ajudam a compreender as palavras do salmista de modo cristalino. Nos versos anteriores ele contempla a beleza da conduta guiada pela lei de Deus. Essa conduta produz bem-aventurança. A imagem da vida feliz é a obediência à lei de Deus. E por fim, ele avalia essa conduta e julga que ela é elevada demais para ele conseguir atingi-la. E quando chega a essa conclusão ele ora. Uma coisa é contemplar a beleza do ideal de conduta da Bíblia, outra bem diferente é atingi-lo por si mesmo. Paulo expressou essa angústia em Romanos 7. “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Rm 7:18-19, NVI). Quando tentamos atingir o ideal de conduta bíblico com a finalidade de tornar Deus nosso devedor, ou seja, pagar a nossa obediência com justiça, fracassamos. “O salmista, sensível à sua própria incapacidade, como é todo homem bom, para manter os mandamentos de Deus, ora pela graça, orientação e assistência nela; que os caminhos de sua mente, seus pensamentos, afeições e inclinações possam ser direcionados para a observância dos preceitos divinos” (GIL). E como Deus faz isso? Somente pelo novo nascimento, implantando sua própria vida em nós. “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 2.10, NVI). Não estamos debaixo da lei, mas da graça. Sob a graça, a oração do salmista assume uma nova perspectiva. É o anseio de todo servo e serva de Deus cumprir sua lei, pois expressa a sua vontade. Mas para eles, a lei é o horizonte a nossa frente, o padrão para o qual Deus está nos conduzindo. É isso que ocorrerá conosco quando Ele terminar a sua obra em nós (Fl 1.6). Seremos santos como Ele é santo. Seremos semelhantes à imagem de seu Filho Jesus. Até lá, que oremos as palavras do salmista e de Paulo, que humildemente reconhece “não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Fl 3.12-14). O que hoje é apenas um ideal, na eternidade será realidade. Jânio da Cunha Bastos
1PEIRCE, C. S. Ideais of conduct. Trad . e introd . de Ivo Assad Ibri. Trans/Forml Ação, São Paulo, 8: 79-95, 1985.