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Tecnologia Aplicada
SENAI-SP - INTRANET
Tecnologia aplicada
© SENAI-SP, 2010
Material didático organizado pelo núcleo de Meios Educacionais da Gerência de Educação, em parceria
com Escolas SENAI-SP, para o curso de Qualificação Mecânico de Usinagem Convencional da Formação
Inicial e Continuada da área de Metalmecânica a partir de conteúdos extraídos da intranet.
Equipe responsável
Antonio Varlese
Escola SENAI "Humberto Reis Costa"
Rinaldo Afanasiev
Escola SENAI "Hermenegildo Campos de Almeida"
Celso De Hypólito
Escola SENAI "Roberto Mange"
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SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Cesar
São Paulo - SP
CEP 01311-923
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Sumário
11 Introdução
13 Morsas
13 Morsa de bancada
17 Limas
17 Limas abrasivas
18 Limas diamantadas
18 Limas metálicas
19 Classificação
23 Limas especiais
25 Utilização das limas metálicas
26 Defeitos da limagem
27 Régua de verificação
27 Régua de aço com fio
28 Régua plana de granito
29 Régua plana de ferro fundido
31 Instrumentos de traçagem
31 Instrumentos e materiais
33 Desempeno
35 Régua, riscador e esquadro
35 Riscador e compasso
37 Martelo e punção
40 Soluções corantes
41 Calibrador traçador de altura
43 Utilização e conservação
45 Esquadros
47 Esquadro cilíndrico padrão
49 Serra manual
49 Arco de serra
51 Lâmina de serra
54 Seleção da lâmina de serra
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57 Furadeiras
57 Tipos de furadeiras
61 Partes da furadeira de coluna
63 Manuseio da furadeira
65 Mandril e buchas cônicas
65 Mandril
66 Buchas cônicas
67 Extrator de mandril e buchas cônicas
67 Mandril cone ISO
69 Brocas
70 Broca helicoidal com haste cilíndrica
70 Broca helicoidal com haste cônica
72 Características das brocas
75 Modificações para aplicações específicas
77 Brocas especiais
77 Brocas com pastilha de metal duro para concreto
78 Brocas de hélice rápida
78 Brocas de hélice lenta
79 Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis
79 Brocas para trabalhos pesados
79 Brocas extracurtas
80 Brocas em aço cobalto para aços-manganês
85 Morsa de máquina
86 Características da morsa
87 Fresadoras
87 Fresadora
90 Funcionamento
95 Cabeçote universal e cabeçote vertical
95 Cabeçote universal
96 Cabeçote vertical
97 Fresas (tipos e características)
97 Constituição e terminologia
100 Tipos de fresas
104 Trem de fresagem
104 Fixação da fresa
107 Eixos porta-fresa
107 Tipos de eixos
112 Montagem das fresas
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115 Máquinas de serrar e serras
115 Máquina de serra de fita
117 Máquina de serra alternativa
119 Máquina de serra circular
121 Serras
125 Verificadores e calibradores
125 Verificador
130 Calibrador
137 Rebaixador
139 Escareador
143 Machos
144 Tipos de canais
144 Tipos de centros
144 Aplicações
148 Utilização do macho
149 Ação cortante
150 Recomendações de uso
152 Tabelas
157 Desandadores
158 Desandadores para machos e alargadores
162 Porta-cossinete
165 Retificadoras
165 Partes da retificadora
166 Características da retificadora
167 Acessórios da retificadora
167 Condições de uso e manutenção
168 Retificadora plana
171 Retificadora cilíndrica
176 Retificadora sem centro
177 Rebolo
177 Classificação do rebolo
177 Natureza do abrasivo
178 Natureza do aglutinante
179 Granulometria
180 Dureza
180 Porosidade
182 Dimensão e formato do rebolo
182 Especificação do rebolo
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184 Armazenagem
185 Proteção pessoal
187 Placas magnéticas
187 Classificação
188 Constituição das placas
190 Manutenção e conservação
191 Esmerilhadora
191 Esmerilhadora de pedestal
193 Esmerilhadora de bancada
194 Dressagem do rebolo
197 Torno mecânico
198 Partes principais do torno
205 Acessórios do torno
206 Tipos de torno
209 Operações do torno
215 Anel graduado do torno
217 Cálculo do número de divisões do anel graduado
221 Placa universal de três e de quatro castanhas
223 Funcionamento da placa universal
226 Conservação da placa
227 Broca de centrar
231 Placa arrastadora e arrastador utilizados no torno
235 Pontas e contrapontas
236 Pontas
236 Contrapontas
239 Ferramentas de corte para torno
240 Ferramenta de desbastar
241 Ferramenta de facear
241 Ferramenta de sangrar
244 Ferramenta para tornear interno
244 Ferramenta de formar
245 Ferramenta de roscar
246 Fixação e ajustagem da ferramenta de tornear
249 Recartilha
252 Seleção da recartilha
255 Cossinete
255 Tipos de cossinete
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261 Alargadores
262 Modo de ação
263 Nomenclatura
266 Alargadores manuais
267 Alargadores de expansão
268 Alargadores para máquinas
269 Tabelas
271 Recomendações de uso
273 Roscas
275 Sentido de direção da rosca
276 Nomenclatura da rosca
277 Roscas triangulares
285 Roscas trapezoidais, quadradas, para tubos e múltiplas
285 Rosca trapezoidal
286 Rosca quadrada
288 Roscas para tubos
291 Roscas múltiplas
293 Conjunto divisor (divisor universal)
293 Constituição
294 Funcionamento
295 Conservação
297 Retificação (defeitos e causas)
303 Rebites
305 Ferramentas para rebitagem
305 Estampo
306 Contra-estampo
307 Repuxador
307 Saca-pino
308 Alargador
308 Espina
309 Referências
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Introdução
Este material didático foi produzido especialmente para conter os conteúdos técnicos
necessários e úteis para o acompanhamento deste curso.
Morsas
Morsa de bancada
A mandíbula móvel desloca-se por meio de um parafuso com manípulo e de uma luva
roscada, presa à base da mandíbula fixa.
Os mordentes de proteção mais usados são feitos de cobre, alumínio, latão, couro e
madeira.
Uso e conservação
A morsa deve estar sempre presa à bancada e na altura do cotovelo do operador.
Ao final do trabalho, a morsa deve ser limpa e suas partes não pintadas devem ser
recobertas com uma fina camada de óleo para evitar oxidação.
Limas
Limas abrasivas
As limas abrasivas são construídas com grãos abrasivos naturais como o óxido de
alumínio, ou artificiais, como o carbeto de silício.
Esse tipo de lima pode trabalhar materiais metálicos como o ferro, o bronze, o alumínio, o
latão, etc., e materiais não metálicos como o mármore, o vidro, a borracha.
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Comercialmente, as limas abrasivas são encontradas nos seguintes formatos:
Limas diamantadas
Para trabalhar com materiais de alta dureza como: metal duro, pedra, vidro e materiais
cerâmicos, materiais temperados e, em ferramentaria, para a fabricação de
ferramentas, moldes e matrizes em geral, são usadas as limas diamantadas, ou seja,
aquelas que apresentam o corpo recoberto com diamante sintético, um material
duríssimo, que é fixado por meio de aglutinantes.
Limas metálicas
As limas metálicas são as limas mais comuns. São utilizadas em larga escala na
mecânica geral. São geralmente fabricadas com aço-carbono temperado e suas faces
apresentam dentes cortantes chamados de picado.
18
Quando usadas manualmente apresentam um cabo que pode ser de madeira ou outro
material. Uma lima e o nome das partes que a constituem é mostrada na ilustração a
seguir.
Classificação
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Quanto ao picado, que uma lima pode apresentar, ele será simples ou cruzado.
As limas de picado cruzado são usadas para materiais duros como o aço, o aço
fundido e os aços-liga.
A lima bastarda, por apresentar a menor quantidade de dentes por centímetro, é usada
para desbastes grossos. A lima bastardinha é empregada para desbastes médios. A
lima murça é usada em operações de acabamento.
20
Exemplos dessas limas com picados simples e cruzados são mostrados na ilustração a
seguir:
Quanto ao formato, as limas mais comuns podem ser: chatas paralelas, chatas,
triangulares, quadradas, meia-cana, redonda e tipo faca.
21
Cada formato é indicado para um determinado tipo de trabalho. O quadro a seguir
demonstra essa correlação:
Chata
Quadrada
Redonda
Superfícies côncavas e,
excepcionalmente, superfícies planas.
Meia-cana
Triangular
Faca
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Para a usinagem manual com lima, o comprimento deve ser maior do que o
comprimento da superfície a ser usinada.
Limas especiais
23
Essas limas são acopladas a um eixo flexível e acionadas por meio de um pequeno
motor. Apresentam formatos variados como mostra a ilustração a seguir:
Veja nas ilustrações a seguir, outras limas que são usadas em máquinas:
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Utilização das limas metálicas
O uso correto das limas metálicas está relacionado com três fatores:
Formato da lima;
Picado;
O tamanho dos dentes.
Além disso, para que as limas tenham uma durabilidade maior, é necessário ter alguns
cuidados:
1. Usar as limas novas para limar metais mais macios como latão e bronze. Quando
ela perder a eficiência para o corte desses materiais, usá-la para trabalhar ferro
fundido que é mais duro;
2. Usar primeiramente um dos lados. Passar para o segundo lado somente quando o
primeiro já estiver gasto;
3. Não limar peças mais duras do que o material com o qual a lima foi fabricada;
5. Quanto mais nova for a lima, menor deverá ser a pressão sobre ela durante o
trabalho;
6. Evitar choques e contato entre as limas, para que seu picado não se entregue;
Antes de usar uma lima, deve-se verificar se o cabo está bem preso e se o picado está
limpo e em bom estado.
Para limpar o picado da lima, usa-se uma vareta de ponta achatada ou uma barra,
ambas de metal macio como cobre e latão.
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A escolha da lima, por sua vez, é feita em função dos seguintes parâmetros:
Material a ser limado;
Grau de acabamento desejado;
Tipo e dimensões da superfície a ser limada.
Defeitos na limagem
Todo o profissional que executa qualquer tipo de trabalho, deve ser capaz de avaliar
seu próprio trabalho, perceber os defeitos e corrigi-los.
O quadro a seguir mostra alguns defeitos de limagem, suas causas e as correções que
devem ser feitas.
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Avaliado pelo Comitê Técnico Processos de Usinagem 2007
Régua de verificação
De acordo com o material com o qual é fabricada, a régua de verificação pode ser de
três tipos:
Régua de aço com fio;
Régua plana de granito;
Régua plana de ferro fundido.
A régua de aço com fio, também chamada de régua com fio, é fabricada com aço
carbono temperado e retificado. O fio, ou seja, a face de contato, é lapidado para
garantir sua retitude.
Essa régua é fabricada em granito e tem as superfícies de uso lapidadas para manter
a planeza. Apresenta manípulos acoplados que facilitam o manuseio. É usada
principalmente para verificar a planeza de superfícies em guias de máquinas e
equipamentos.
Fabricada com ferro fundido submetido a um tratamento especial. Suas faces são
rasqueteadas para garantir a estabilidade dimensional e planeza. É usada na
verificação de planeza de barramentos e guias de máquinas.
Uso e conservação
O comprimento das réguas de aço com fio deve ser sempre maior que o da superfície
a ser verificada. As dimensões são encontradas em catálogos de fabricantes.
Após o uso, as réguas de aço e de ferro fundido devem ser limpas, lubrificadas e
guardadas em local apropriado.
Para que o fio ou a faca não sejam danificados, deve-se evitar o contato da régua com
outras ferramentas.
Instrumentos de traçagem
Antes que seja iniciada a usinagem de peças em bruto produzidas por forjamento ou
por fundição, ou de peças pré-usinadas, realiza-se uma operação que indica o local e a
quantidade de material a ser retirado. Essa operação se chama traçagem.
Instrumentos e materiais
Desempeno
O plano de referência serve para traçado com calibrador traçador ou para a verificação
de superfícies planas.
Dimensões (mm)
400 x 250 1.000 x 1.000
400 x 400 1.600 x 1.000
630 x 400 2.000 x 1.000
630 x 630 3.000 x 1.000
1000 x 630
O esquadro que serve de guia ao riscador quando são traçadas linhas perpendiculares
a uma face de referência, é chamado de esquadro com base. Ele é constituído de
aço-carbono retificado e, às vezes, temperado.
Riscador e compasso
Riscador Compasso
Para melhor conservação, após o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos,
lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras
ferramentas.
O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode
ser de dois tipos: de pena e de bola.
A cabeça e a bola (ou a pena) são tratadas termicamente, para terem a dureza
aumentada e para resistirem aos choques.
Os punções de 30º e 60º são usados quando se deseja marcar os centros e os pontos
de referência com mais intensidade. Os punções de 90º e 120º são usados para fazer
marcações leves e guias para pontas de brocas.
Tipos Usos
Para marcar, o punção deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para
frente, a fim de facilitar a visão do operador.
Soluções corantes
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com
soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle
do traçado.
Para ser utilizado, esse traçador precisa ser regulado. Isto é feito colocando-se a ponta
do riscador no plano de referência e fazendo o traço zero do nônio (ou vernier)
coincidir com o traço zero da escala graduada. Após isso, o riscador e a escala são
fixados e o instrumento estará regulado.
Utilização e conservação
Uma vez preparados, os traçadores verticais poderão ser utilizados para a traçagem ou
verificação de medidas.
Quando as peças possuem formato geométrico que favorece seu apoio, elas poderão
ser colocadas diretamente sobre o desempeno.
Esquadros
Esse tipo de instrumento, é composto por uma lâmina de aço em forma de “L”. É usado
para traçar retas perpendiculares ou verificar ângulos de 90º.
3. Esquadro com base (tipo C). Tem a mesma aplicação do esquadro do tipo B;
O angulo de 90º dos esquadros deve, de tempos em tempos, ser comparado com o
ângulo de 90º de um esquadro cilíndrico para ter sua exatidão verificada.
Uso e conservação
Durante o uso, todos os instrumentos de traçagem, de verificação e de medição devem
ser colocados sobre um pano macio assentado sobre a bancada.
Serra manual
Serra manual é uma ferramenta de corte. É provida de uma lâmina com dentes,
utilizada para separar ou seccionar um material. A serra manual é constituída de duas
partes: o arco de serra e a lâmina de serra.
Arco de serra
O arco de serra é uma armação feita de aço carbono, que pode ser inteiriça ou
apresentar um mecanismo ajustável ou regulável.
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O cabo do arco de serra é feito de madeira, de plástico rígido ou de alumínio, com
empunhadura adequada.
O arco de serra apresenta dois suportes de fixação: um fixo e outro móvel, sendo que
o móvel pode se localizar próximo ao cabo ou na outra extremidade, dependendo do
modelo do arco de serra. O suporte móvel é constituído por um pino, um esticador e
uma porca borboleta esticadora.
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Quando acionada manualmente, a porca borboleta esticadora permite tensionar, isto é,
esticar a lâmina de serra para execução do trabalho.
Lâmina de serra
A lâmina de serra para arcos é uma peça estreita e fina, com dentes em uma das
bordas, e feita de aço rápido ou aço carbono temperado. Quando a têmpera abrange
toda a lâmina, esta recebe o nome de lâmina de serra rígida e deve ser usada com
cuidado, pois se quebra facilmente ao sofrer esforços de dobramento ou torção.
Quando apenas a parte dentada é temperada, a lâmina recebe o nome de lâmina de
serra flexível ou semiflexível.
A lâmina de serra funciona; cortando por meio de atrito, destacando pequenos cavacos
do material.
A forma ideal dos dentes de uma lâmina de serra é aquela que apresenta o ângulo de
cunha igual a 65º ; o ângulo de saída igual a 5º e o ângulo de folga igual a 20º.
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Para trabalhar metais leves e macios como alumínio e cobre, recomendam-se lâminas
de serra com dentes bem distanciados e grande ângulo de saída, a fim de permitir bom
desprendimento dos cavacos.
Os dentes das serras têm travas, que são deslocamentos laterais em forma alternada,
dados aos dentes.
As travas permitem um corte mais largo, de modo que a espessura do corte se torna
maior que a espessura da lâmina; isso facilita muito a operação de serrar, pois os
cavacos saem livremente e a lâmina não se prende no material.
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O espaçamento ou passo entre os dentes tem uma influência importante no
desempenho da lâmina de serra. Com um número menor de dentes por polegada são
adequados para superfícies largas pois permitem corte rápido com espaço para
cavaco.
Por outro lado, um número maior de dentes por polegada são recomendados para
superfícies estreitas, pois pelo menos dois dentes estarão em contato com as paredes
do material, evitando que os dentes da lâmina se quebrem ou travem.
A lâmina de serra deve ser escolhida de acordo com a espessura e o tipo de material a
ser trabalhado. Para auxiliar a seleção, observe-se o quadro a seguir.
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Metais muito macios como chumbo, estanho e zinco não devem ser serrados com
lâminas de serra indicadas para aço porque acontece o encrustamento do material
entre os dentes, dificultando o corte; recomenda-se o uso de lâminas de serra com 10
a 14 dentes por polegada.
Cuidados a observar
Alguns cuidados devem ser tomados com a lâmina de serra para garantir sua
conservação:
Ao tensionar a lâmina de serra no arco, usar apenas as mãos e não empregar
ferramentas;
Evitar utilizar lâmina de serra com dentes quebrados.
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Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati
Selma Ziedas José Roberto da Silva
Conteudistas: Abílio José Weber Rogério Augusto Spatti
Adriano Ruiz Secco
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
SENAI.SP. Tecnologia aplicada I – Trator. 1° ed. São Paulo, 1997.
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Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem /2007
Furadeiras
Tipos de furadeiras
A escolha da furadeira está relacionada ao tipo de trabalho que será realizado. Assim,
temos:
Furadeira portátil;
Furadeira sensitiva;
Furadeira de bases magnética;
Furadeira de coluna;
Furadeira radial;
Furadeira múltipla;
Furadeira de fusos múltiplos.
Tem o nome de sensitiva porque o avanço é feito manualmente pelo operador, o qual
regula a penetração da ferramenta em função da resistência que o material oferece.
As principais partes de uma furadeira de coluna são: motor, cabeçote motriz, coluna,
árvore ou eixo principal, mesa porta-peças e base.
A árvore (ou eixo principal), montada na cabeça motriz, é o elemento responsável pela
fixação da ferramenta diretamente em seu eixo ou por meio de um acessório chamado
de mandril. É essa árvore que transmite o movimento transformado pelo sistema de
engrenagens ou polias à ferramenta e permite que esta execute a operação desejada.
A mesa porta-peça é a parte da máquina onde a peça é fixada. Ela pode ter
movimentos verticais, giratórios e de inclinação.
A base é o plano de apoio da máquina para a fixação no piso ou na bancada. Pode ser
utilizada como mesa porta-peça quando a peça é de grandes dimensões.
As furadeiras com avanço manual são as mais comuns. Nessas furadeiras, o avanço é
controlado pelo operador, quando se executa trabalhos que não exigem grande
precisão.
Para obter um bom resultado nas operações com a furadeira, a ferramenta deve estar
firmemente presa à máquina a fim de que gire perfeitamente centralizada. A peça, por
sua vez, deve estar igualmente presa com firmeza à mesa da máquina.
Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pré-furação com brocas
menores.
Uma broca de haste cônica não deve jamais ser presa a um mandril que é indicado
para ferramentas de haste cilíndrica paralela.
Mandril
Quando a bainha gira, também gira o anel roscado que abre e fecha as três pinças ou
castanhas que prendem as ferramentas.
65
Buchas cônicas
Buchas são acessórios que servem para fixar mandril, broca ou alargador diretamente
no eixo da máquina. Suas dimensões estão normalizadas pelos diferentes sistemas de
medidas, tanto para os cones externos (machos) como para os cones internos
(fêmeas). Quando o cone interno da máquina for maior que o cone externo da
ferramenta, utilizam-se buchas cônicas de redução.
Por exemplo, um cone de redução 4-3 significa que a parte externa é um cone-macho
número 4 e a interna é um cone-fêmea de número 3.
66
Extrator de mandril e buchas cônicas
Nas árvores das máquinas operatrizes adaptam-se cones fixos do tipo ISO com
conicidade de 1:3,429, padronizada pela norma DIN 2080, que significa que no
comprimento de 3,429mm, o diâmetro do cone diminui em 1mm. O cone ISO é
identificado pela classificação 50, 40, 30, em função da potência da máquina.
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Para um ajuste correto e para garantir a concentricidade dos mandris, é preciso manter
os cones limpos, sem rebarbas e lubrificá-los após o uso.
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Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Brocas
A broca é uma ferramenta de corte geralmente de forma cilíndrica, fabricada com aço
rápido, aço carbono, ou com aço carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada
mecanicamente, destinada à execução de furos cilíndricos.
Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira,
mandriladora.
A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso, é
preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura.
A broca de haste cilíndrica é colocada no mandril, que por sua vez está encaixado no
eixo principal da furadeira. Esse tipo de broca é usado para furos de pequeno diâmetro
que demandam pequeno esforço de corte.
A broca de haste cônica é usada para fazer furos que demandam grande esforço de
corte. Essa broca é encaixada diretamente no eixo principal da furadeira, sob pressão:
desse modo, suporta grandes esforços.
Nomenclatura Nomenclatura
Termos usuais Termos usuais
NBR 6176 NBR 6176
1. comprimento da ponta --- 12. superfície de saída ---
13. largura da superfície largura do
2. comprimento utilizável comprimento de corte
lateral de folga rebaixo
14. comprimento da
3. comprimento do canal --- superfície lateral de
folga
diâmetro do
4. comprimento da haste --- 15. guia
rebaixo
5. comprimento do
comprimento do pescoço 16. aresta transversal
rebaixo
6. comprimento total --- 17. diâmetro da broca filete cilíndrico
7. superfície principal de
superfície detalonada 18. quina centro morto
folga
8. ponta de corte --- 19. canal ---
20. espessura k do
9. largura da guia largura do filete cilíndrico ---
núcleo
21. superfície lateral de
10. aresta lateral --- ---
folga
11. aresta principal de
--- alma na porta
corte
Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e ponta.
A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação. Forma um ângulo de ponta ()
que varia de acordo com o material a ser furado.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas
ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são cilíndricas e
suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As bordas das guias
constituem as arestas laterais da broca.
A broca é caracterizada pelas dimensões, pelo material com o qual é fabricada e pelos
seguintes ângulos:
SENAI-SP – INTRANET - CT007-10
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1. Ângulo de hélice (indicado pela letra grega , lê-se gama) - auxilia no
desprendimento do cavaco e no controle do acabamento e da profundidade do
furo. Deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: para material
mais duro, ângulo mais fechado; para material mais macio, ângulo mais aberto. É
formado pelo eixo de simetriada broca e a linha de inclinação da hélice. Conforme
o ângulo a broca e classifica em N, H, W.
Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso
proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto
carbono.
Para a usinagem de chapas finas são freqüentes duas dificuldades: a primeira é que
os furos obtidos não são redondos, às vezes adquirindo a forma triangular; a segunda
é que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas.
Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída (ângulo
de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de corte de
5 a 10º, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas arestas
principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.
Formato A
Para aços até 900 N/mm2
Redução da aresta transversal
Formato C 2
Aço com mais de 900 N/mm
Afiação em cruz
Formato D
Ferro fundido
Afiação com cone duplo
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especiais.
Além das brocas helicoidais comuns com haste cilíndrica ou cônica, há, no comércio,
outros tipos de brocas para serviços especiais. Tais brocas também apresentam haste
cilíndrica ou cônica e alguns tipos são descritos a seguir.
Estas brocas são indicadas para a usinagem eficiente de ligas de alumínio, cobre e
outros metais não-ferrosos, porém são indicadas somente nos casos em que as peças
encontram-se fixas enquanto as brocas giram.
A hélice rápida, por ter maior ângulo de corte nas arestas principais, melhora tanto o
rendimento como a rápida saída dos cavacos, o que evita a obstrução dos canais.
Os canais são mais largos que o normal, exatamente para evitar a obstrução, e as
guias da broca são mais estreitas a fim de reduzir o atrito e minimizar o incrustamento
de material.
São projetadas para usinar latão, bronze fosforoso, etc. A hélice lenta, por ter menor
ângulo de corte nas arestas principais, produz o cavaco desejado para essa classe de
materiais.
Estas brocas possuem as mesmas características que as brocas de hélice lenta para
latão, exceção feita ao ângulo da ponta que, geralmente, é de 60º. São recomendadas
para furar baquelite, ebonite, vulcanite e outros tipos de plásticos termoestáveis, isto é,
plásticos que resistem às deformações causadas pelo aquecimento.
São indicadas para usinar aços inoxidáveis muito duros e outros aços de difícil
usinagem. Por terem o núcleo reforçado em relação às brocas normais, podem
suportar maiores esforços de corte.
A geometria dos canais assegura uma adequada saída dos cavacos, inclusive nos
casos em que se usinam furos com profundidades superiores a três vezes o diâmetro.
Brocas extracurtas
São brocas com corte à direita ou à esquerda cujo comprimento do canal é igual à
metade do comprimento do canal das séries curtas. Isso as torna mais robustas e
especialmente indicadas para uso em furadeiras manuais em que se requer uma maior
rigidez. Devido ao seu comprimento reduzido, estas brocas são preferencialmente
utilizadas em tornos revólver e tornos automáticos, em que o espaço é muito restrito.
Estas brocas são utilizadas para usinar aços-manganês (12% a 14% de manganês), os
quais não podem ser usinados satisfatoriamente com brocas normais devido às
características de extrema dureza destes materiais. As brocas são fabricadas em aço-
rápido com teor de cobalto, haste cônica maior que o normal, comprimento de canal
curto, núcleo normal, hélice lenta e ângulo da ponta obtuso.
Este tipo de broca também pode ser utilizado para usinar chapa blindada e aços com
alta resistência à tração, sendo essencial à rigidez tanto da máquina como da fixação
da peça a ser usinada.
Ela permite a execução de furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas
ou retificadas. Esses furos permitem que a peça seja fixada por dispositivos entre
pontas e tenha movimento giratório.
3. Broca canhão - tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos
especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade
de usar brocas helicoidais.
4. Broca com furo para fluido de corte - é usada em produção contínua e em alta
velocidade, principalmente em furos profundos. O fluido de corte é injetado sob alta
pressão. No caso de ferro fundido, a refrigeração é feita por meio de injeção de ar
comprimido que também ajuda a expelir os cavacos.
6. Broca com pastilha de metal duro para concreto - tem canais projetados para
facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da broca.
Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e
afiação da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.
Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e
aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e
atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.
Morsa de máquina
Existem três tipos de morsa: de base fixa, de base giratória e de base universal.
85
SENAI-SP-INTRANET
Dentro de cada um desses tipos existem ainda as morsas hidráulicas, pneumáticas, de
aperto rápido, de precisão, etc e morsas de construção mais simples como as usadas
em furadeiras, por exemplo.
Características da morsa
As inclináveis são identificadas por sua altura, pela largura do mordente, pela capaci-
dade máxima, pela inclinação em graus e pelas bases graduadas em graus.
Fresadoras
Fresadora
A fresadora é constituída das seguintes partes principais: corpo, eixo principal, mesa,
carro transversal, suporte da mesa, caixa de velocidade do eixo principal, caixa de
velocidade de avanço, torpedo.
A mesa serve de apoio para as peças que vão ser usinadas e que podem ser
montadas diretamente sobre elas, ou por meio de acessórios de fixação. Assim, a
mesa é dotada de ranhuras que permitem alojar os elementos de fixação.
Características da fresadora
Para a usinagem de materiais na fresadora, utiliza-se a fresa, uma ferramenta de corte
de múltiplas arestas que é montada no eixo porta-fresas.
Isso permite que a fresadora realize uma grande variedade de trabalhos em superfícies
situadas em planos paralelos, perpendiculares ou formando ângulos diversos.
Condições de uso
Para que o rendimento do trabalho seja o melhor possível, a fresadora deve ser
mantida em bom estado de conservação.
Fresadora Universal
Além das características comuns a todas as fresadoras, a fresadora universal
apresenta dois eixos-árvore: um horizontal e outro vertical.
A mesa da fresadora universal é montada sobre uma base que permite girá-la no plano
horizontal até um ângulo de inclinação de 45º nos dois sentidos.
A essa mesa pode ser adaptado um aparelho divisor universal que permite a
fresagem de engrenagens cilíndricas ou cônicas de dentes retos ou helicoidais.
Cabeçote universal
Constituição
Este cabeçote é composto por três corpos, sendo que a base (A) é o elemento que
acopla ao corpo da fresadora e nesta base localiza-se a face de apoio para a
articulação intermediária (B) que sustenta o corpo (C) onde se localiza o eixo final do
cabeçote no qual vai ser montada a fresa. Tanto a articulação (B) como o corpo (C)
possuem escalas graduadas em graus para definição das inclinações dos ângulos
desejados.
Este acessório é similar ao cabeçote universal, mas suas opções de inclinação são
limitadas, pois só pode inclinar em um plano longitudinal à mesa da fresadora.
Funcionamento
O movimento de rotação chega ao eixo principal secundário (eixo-árvore) através do
eixo intermediário do cabeçote vertical, que se monta no eixo principal da máquina, no
qual se acopla o sistema de engrenagens do mecanismo interior do cabeçote.
Condições de uso
O bom funcionamento destes cabeçotes é obtido com a aplicação de alguns cuidados:
Mantê-los lubrificados de acordo com as orientações do fabricante;
Limpar bem o cone do eixo-árvore antes da montagem de qualquer porta-
ferramenta;
Antes de pôr a máquina em funcionamento, é conveniente fazer com que o eixo-
árvore do cabeçote gire para verificar se a montagem foi feita corretamente;
Para apertar ou soltar o porta-ferramenta com tirante, deve-se engrenar a menor
rotação;
Evite dar pancadas que possam danificar as guias ou o engrenamento do
cabeçote.
Constituição e terminologia
A escolha do ângulo adequado está relacionada com o material e o tipo de peça a ser
usinada. Assim, para materiais não ferrosos de baixa dureza, como o alumínio, o
bronze, o plástico, etc., as fresas do tipo W são empregadas por terem um ângulo de
cunha menor ( = 57º).
Finalmente, para fresar materiais duros e quebradiços e aços com mais de 700N/mm2,
emprega-se a fresa do tipo H, que têm um ângulo = 81º.
Quanto à disposição dos dentes na ferramenta, estes podem estar paralelos ao eixo da
fresa ou possuir formato helicoidal.
Tipos de fresas
Existem muitos tipos de fresas classificadas de acordo com critérios como operações
que realizam, formato e disposição dos dentes. Assim, temos:
Fresas planas: são fresas usadas na usinagem de superfícies planas, na abertura
de rasgos e canais. As ilustrações a seguir mostram fresas planas.
Fresa cilíndrica tangencial. Fresa de topo para mandril com chaveta transversal
e longitudinal.
Fresas de perfil constante: são fresas usadas para abrir canais, superfícies
côncavas e convexas e gerar dentes de engrenagens.
Fresa de perfil constante para rasgos e canais.
Fresas de dentes postiços (ou cabeçote para fresar): possuem dentes postiços
de metal duro.
Os cabeçotes para fresar são dotados de dispositivos para a fixação rápida da pastilha
que pode ser por molas, grampos, parafusos e pinos ou garras.
Na primeira montagem das pastilhas, estas devem ser calibradas para que um bom
acabamento seja obtido.
Para a execução de fresagem de peças com perfis diferentes, pode-se montar um trem
de fresagem, se uma máquina com potência suficiente está disponível.
As fresas que compõem um trem de fresagem devem ser afiadas em conjunto a fim de
manter as relações das dimensões entre os perfis.
Fixação da fresa
Quando isso não acontece, as navalhas ou dentes mais salientes da fresa sofrem um
desgaste prematuro e um esforço demasiado que ocasiona ondulações na superfície
da peça e, consequentemente, diminuição da produtividade.
Fresa de topo tipo Chipmaster, com haste cilíndrica e rosca externa fixado por mandril
Clarkson.
Eixos porta-fresa
Tipos de eixos
Os eixos porta-fresa são selecionados segundo o tipo de fresa a ser montado e o tipo
de trabalho a realizar. Eles classificam-se em:
Eixos porta-fresa longos;
Eixos porta-fresa curtos.
O furo roscado no corpo cônico permite fixar, por meio do tirante, uma extremidade
do eixo porta-fresa. O corpo cônico garante a concentricidade entre o eixo principal e a
fresa.
A fresa é colocada e fixada por meio da chaveta longitudinal ao longo de todo o corpo
cilíndrico. Isso permite que a ferramenta utilize a rotação e potência do eixo principal
sem deslizar ao entrar em contato com o material, quando é dada a profundidade de
corte.
A espiga roscada, na extremidade do eixo cilíndrico, recebe uma porca que aperta e
fixa a fresa em sua posição definitiva, através dos anéis separadores, impedindo que a
ferramenta se desloque axialmente no eixo.
Anéis separadores: são aros com rasgo de chaveta ajustados ao corpo cilíndrico.
Apresentam comprimentos variados a fim de permitir diversos posicionamentos da
fresa. Suas faces laterais são planas, paralelas e retificadas.
O eixo porta-fresa curto, também chamado de mandril porta-fresa tem a mesma fun-
ção do eixo porta-fresa longo, e pode ser empregado para fresas com furo e para fre-
sas com haste.
O mandril porta-fresa curto para fresas com furo pode ser de dois tipos:
1. Mandril porta-fresa com furo liso: com esse mandril a fixação da fresa é feita por
meio de parafuso ou porca conforme o mandril seja para fresas com rasgo de cha-
veta transversal ou para fresas com rasgo de chaveta longitudinal.
O mandril porta-fresa curto para fresas com haste pode ser de dois tipos:
1. Mandril porta-fresa curto com haste cônica: usado como bucha de redução entre a
haste da fresa e o eixo principal, quando as fresas de haste cônica não podem ser
fixadas diretamente ao eixo principal por diferenças de diâmetro ou de conicidade.
Para atender a tais necessidades, esse tipo de mandril é fabricado com diversas
conicidades. Assim, por exemplo, é possível usar um mandril que apresente ao
mesmo tempo conicidade interna Morse e externa cone ISSO.
2. Mandril porta-fresa para fresa com haste cilíndrica pode ser de dois tipos:
a. mandril com furo cilíndrico: a haste da fresa é ajustada no furo cilíndrico e fi-
xada por meio de um parafuso “allen” apertado contra uma face plana existente
na haste da fresa.
A pinça é um corpo cônico na parte externa com ranhuras parciais no sentido longitu-
dinal e furo cilíndrico interno. É fabricada de aço cuja principal característica é a elasti-
cidade, para poder apertar e desapertar as ferramentas que são colocadas em seu furo
cilíndrico.
O furo cilíndrico das pinças é usinado com formatos e dimensões exatos. Por isso,
deve-se selecionar a pinça para prender de forma adequada a respectiva ferramenta.
Assim, se a haste de uma ferramenta tem 10mm, a pinça deve ter 10mm. Se a haste
da ferramenta não tiver a mesma dimensão nominal da pinça, a tolerância de diâmetro
da haste deve ser de, no máximo, (-0,5mm).
Pinça com diâmetro interno maior que Pinça com diâmetro interno menor que
o diâmetro da ferramenta o diâmetro da ferramenta
A fresa deve estar localizada perto do corpo da máquina e do mancal. Nas fresas heli-
coidais, o esforço é direcionado para o corpo da máquina.
Nas fresas pequenas de haste cônica, emprega-se a redução para que seja possível
fixá-la na árvore, prendendo-a com o auxílio do tirante.
As fresas cilíndricas frontais são montadas com mandris que podem possuir cone Mor-
se de fixação. O movimento é transmitido à fresa por intermédio da chaveta longitudi-
nal.
Cuidados no uso
O cuidado e a limpeza dos acessórios são essenciais para seu uso e conservação. Após
o uso os porta-fresa devem ser protegidos com uma camada de vaselina ou óleo guar-
dados em lugar próprio.
A inclinação da mesa é feita por um mecanismo, localizado na sua parte inferior, que
permite inclinar a mesa em dois sentidos: à direita e à esquerda do operador.
A velocidade de corte deve ser diferente para cada material das peças por cortar.
Para variar a velocidade de corte ou mudá-la, são usados dois mecanismos: um, com
polias em “V”, escalonadas, e outro com variadores de velocidade Entre os dois
mecanismos, o de variadores de velocidade é mais vantajoso, pois permite a
regulagem da mudança da velocidade com a máquina ligada, desde a mais baixa até a
mais alta. O outro não permite tal regulagem, pois seus valores são fixos.
A potência do motor deve ser suficiente para movimentá-la quando o corte exige
maiores esforços.
O movimento alternado pelo qual a serra executa o trabalho é conseguido por meio de
um dispositivo denominado biela. Com esse dispositivo, faz-se a conversão do
movimento rotativo do motor em movimento retilíneo alternativo do arco de serra da
máquina.
A máquina de serrar de disco com avanço manual, também conhecida como serra
policorte, é constituída de um motor que aciona a serra circular por meio de correia. É
empregada geralmente em serviços de serralharia para cortes de perfis de alumínio e
de materiais como latão, cobre, madeira. Em casos especiais, pode-se substituir a
serra circular por um disco abrasivo e realizar cortes em materiais como aço e ferro
fundido.
Devido à execução de cortes em materiais com maior resistência à tração, como o aço,
tanto o número de rotações como o avanço são menores; nesse caso, durante a
execução do corte é necessário o emprego do fluido de corte. Esta máquina
geralmente é utilizada em almoxarifados e empregada na preparação de materiais
para usinagem de produção.
As máquinas de serrar, segundo o tipo, utilizam lâmina, fita e disco como elementos de
corte.
Lâmina
Lâmina é uma ferramenta dentada para corte, com dentes inclinados lateralmente. É
feita de aço carbono ou de aço rápido e destinada a produzir rasgos, de modo a
possibilitar o corte do material metálico. A lâmina é utilizada em máquinas de serra
alternativas; quando se trata de serra alternativa horizontal, em que o corte se dá no
retorno da lâmina, esta é colocada com os dentes voltados para trás.
Fita
A fita é uma lâmina caracterizada por comprimento e flexibilidade, sendo construída de
aço carbono e temperada apenas nos dentes. É usada em máquinas de serra de fita
vertical e horizontal, de movimento contínuo e sua colocação é feita com os dentes
voltados para o sentido do movimento de corte da máquina.
As serras de fita com dentes regulares são recomendadas para cortar todos os
materiais ferrosos, ao passo que as de dentes com garganta são recomendadas para
materiais metálicos macios não ferrosos devido ao formato dos dentes que impedem o
acúmulo de cavacos.
As serras de fita com dentes em gancho assemelham-se às serras de fita com dentes
com garganta. O espaçamento é idêntico entre ambos os tipos de dentes, com uma
diferença especial na face inferior do dente em gancho, que além de cortar mais
eficazmente, auxilia o cavaco a se enrolar.
As serras de fita com trava regular proporcionam uma boa folga entre os cavacos e por
essa razão, são recomendadas para cortes longos em materiais com espessura acima
de 6mm. O travamento regular apresenta um dente travado à direita e outro à
esquerda, enquanto o do meio é mantido sem travamento.
Disco
Disco é uma ferramenta multicortante utilizada nas máquinas de serra circular.
Apresenta-se em vários modelos que variam no diâmetro, na conicidade do disco, na
geometria dos dentes e até na furação do corpo para atender aos mais exigentes
sistemas de fixação.
Quando se trabalha com serra de disco, há dois fatores importantes que devem ser
considerados: o passo do disco em função do material a ser trabalhado e em função
da secção de corte; e os ângulos de corte e de saída do disco, pois estes dois
parâmetros são essenciais para a reafiação.
Verificadores e calibradores
Verificador
Verificador de raio
O verificador de raio serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é
estampada uma medida de raio; suas dimensões variam, geralmente de 1 a 15mm ou
1" 1"
de a .
32 2
Verificador de folga
O verificador de folga é utilizado para medir folga nos mecanismos ou conjuntos; é
confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente calibradas em diversas
espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas.
Verificador de ângulo
Verificador de ângulo é uma lâmina de aço temperado com ranhuras ou recortes em
ângulo, rigorosamente talhados nas bordas. É utilizado colocando-o em contato com a
ferramenta à qual se quer dar o ângulo desejado.
A ilustração mostra o uso de uma das lâminas para verificar o ângulo de folga nas
ferramentas de corte de torno e plaina.
Escantilhão
É um tipo de verificador de ângulo utilizado para verificar e posicionar ferramentas de
roscar em torno mecânico.
Calibrador
O calibrador pode ser classificado em três tipos básicos: tampão, de boca e de rosca.
Calibrador tampão
Existem quatro tipos de calibrador tampão: calibrador tampão, calibrador chato, que
são utilizados para furos cilíndricos; calibrador tampão-anel cônico e calibrador
tampão-anel cônico morse, para furos e eixos cônicos.
Calibrador de boca
O calibrador de boca pode ser de boca separada, de boca escalonada e de boca
ajustável. É utilizado geralmente 78% para eixos cilíndricos.
O lado não-passa tem chanfros e uma marca vermelha; é normalmente utilizado para
eixos e materiais planos de até 100mm. O calibrador deve entrar no furo ou passar
sobre o eixo por seu próprio peso, sem pressão.
Calibrador de rosca
Um processo usual e rápido de verificar roscas consiste no uso do calibrador de rosca.
É uma peça de aço temperado e retificado, obedecendo a dimensões e condições de
execução para cada tipo de rosca. Pode ser fixo e regulável.
Calibrador fixo de rosca - um tipo de calibrador fixo de rosca é o composto por dois
anéis, sendo que um lado passa e o outro não passa, para verificação de rosca
externa.
A extremidade de rosca mais longa do calibrador tampão verifica o limite mínimo: ela
deve penetrar suavemente, sem ser forçada, na rosca interna da peça que está sendo
verificada; este é o lado passa. A extremidade de rosca mais curta, que é o lado não-
passa, verifica o limite máximo.
Rebaixador
Os rebaixadores são normalizados pela norma DIN 373 e 375, conforme quadro a
seguir.
Escareador
Para rebaixos cônicos, que alojam cabeças de parafusos e rebites, emprega-se uma
ferramenta chamada de escareador.
A 600 8 a 20 mm 5a7
B 600 16 A 80 mm 6 a 18
0
C 60 6,3 a 25 mm 3
D 600 16 a 80 mm 3
0
A 90 8 a 20 mm 5a7
B 900 16 a 80 mm 6 a 18
D 900 15 a 28 mm 3
A 1200 16 mm 6a7
0
B 120 25 a 40 mm 7 a 12
O ângulo de ponta do escareador e seu diâmetro nominal devem ser compatíveis com
o formato e dimensões da cabeça do parafuso ou do rebite para permitir um perfeito
alojamento desses elementos de fixação.
Machos
Machos são ferramentas que têm a função de gerar roscas internas em furos para o
rosqueamento de parafusos, fusos ou prisioneiros. Essas ferramentas são fabricadas
de aço-rápido temperado e retificado que apresenta em seu corpo filetes de rosca
padronizados com canais longitudinais ou helicoidais, cuja função é alojar os cavacos
originados pelo processo.
A norma NBR 7260 define a terminologia empregada nos machos para roscar. Ela é
apresentada a seguir.
z Número de canais
4 Canais retos
5 Canais helicoidais à direita
6 Canais helicoidais à esquerda
x Ângulo lateral de saída
Tipos de centros
7 Pontas de centro
8 Furo de centro
Aplicações
Este, por sua vez, apresenta um ângulo de entrada de 10º e comprimento de entrada
maior do que o do terceiro macho, cujo ângulo de entrada é de 20º.
Os machos de perfil seriado seguem a norma DIN e são fabricados em jogos cujos
diâmetros externos da rosca são diferentes entre si. Isso possibilita a divisão do
esforço de corte entre um macho e outro.
As roscas podem ser classificadas pelo tipo de canal, ou ranhuras dos machos:
Canais retos.
Utilização do macho
Diâmetro nominal da
Passo em mm Broca em mm
rosca
1 0,25 0,75
5 0,8 4,2
6 1 5
7 1 6
Ação cortante
O desandador deve ter um quadrado interno de lado a conforme a norma DIN 10 ou ter
castanhas reguláveis para possibilitar o encaixe do arraste quadrado do macho. O
comprimento do desandador deve ser compatível com o diâmetro da haste do macho
conforme norma específica NBR 6427.
Recomendações de uso
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que as entradas
de rosca formem rebarbas.
Para roscas com furos cegos, ou seja, não-vazados, a extremidade do macho jamais
deve bater contra o fundo do furo. Assim, sempre que possível, deve-se furar mais
profundo que o necessário para fazer a rosca a fim de que se obtenha um espaço para
reter os cavacos. Quando não for possível obter furos mais profundos, recomenda-se
remover com frequência os cavacos que se alojam no fundo do furo.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto para roscar o
metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se desviar para o metal mais
macio.
Para furos em metais leves como alumínio e suas ligas, ligas de magnésio, a
passagem de um único macho é suficiente. A gripagem é evitada, lubrificando-se
cuidadosamente o macho, para prevenir o arrancamento dos filetes.
Os machos devem estar bem afiados e com todos os filetes em perfeito estado.
Após o uso, é preciso limpar os machos com um pincel e guardá-los separadamente
em seus respectivos estojos.
Broca Broca
D mm P mm D mm P mm Broca mm D mm P mm
mm mm
M1 0,2 0,8 M 25 1 24 M 20 2 18
M 1,1 0,2 0,9 M 27 1 26 M 22 2 20
M 1,2 0,2 1 M 28 1 27 M 24 2 22
M 1,4 0,2 1,2 M 30 1 29 M 25 2 23
M 1,6 0,2 1,4 M 10 1,25 8,8 M 27 2 25
M 1,8 0,2 1,6 M 12 1,25 10,8 M 28 2 26
M2 0,25 1,75 M 14 1,25 12,8 M 30 2 28
M 2,2 0,25 1,95 M 12 1,5 10,5 M 32 2 30
M 2,5 0,35 2,15 M 14 1,5 12,5 M 33 2 31
M3 0,35 2,65 M 15 1,5 13,5 M 36 2 34
M 3,5 0,35 3,15 M 16 1,5 14,5 M 39 2 37
M4 0,5 3,5 M 17 1,5 15,5 M 40 2 38
M 4,5 0,5 4 M 18 1,5 16,5 M 42 2 40
M5 0,5 4,5 M 20 1,5 18,5 M 45 2 43
M 5,5 0,5 5 M 22 1,5 20,5 M 48 2 46
M6 0,75 5,2 M 24 1,5 22,5 M 50 2 48
M7 0,75 6,5 M 25 1,5 23,5 M 52 2 50
M8 0,75 7,2 M 26 1,5 24,5 M 30 3 27
M9 0,75 8,2 M 27 1,5 25,5 M 33 3 30
M 10 0,75 9,2 M 28 1,5 26,5 M 36 3 33
M 11 0,75 10 M 30 1,5 28,5 M 39 3 36
M8 1 7 M 32 1,5 30,5 M 40 3 37
M9 1 8 M 33 1,5 31,5 M 42 3 39
M 10 1 9 M 35 1,5 33,5 M 45 3 42
M 11 1 10 M 36 1,5 34,5 M 48 3 45
M 12 1 11 M 38 1,5 36,5 M 50 3 47
M 14 1 13 M 39 1,5 37,5 M 52 30 49
M 15 1 14 M 40 1,5 38,5 M 42 4 38
M 16 1 15 M 42 1,5 40,5 M 45 4 41
M 17 1 16 M 45 1,5 43,5 M 48 4 44
M 18 1 17 M 48 1,5 46,5 M 52 4 48
M 20 1 19 M 50 1,5 48,5
M 22 1 21 M 52 1,5 50,5
M 24 1 23 M 18 2 16
Broca
D mm P mm Broca mm D mm P mm
mm
1 0,25 0,75 12 1,75 10,2
1,1 0,23 0,85 14 2 12
1,2 0,25 0,95 16 2 14
1,4 0,2 1,10 18 2,5 15,5
1,6 0,35 1,25 20 2,5 17,5
1,8 0,3 1,45 22 2,5 19,5
2 0,4 1,6 24 3 21
2,2 0,45 1,75 27 3 24
2,5 0,45 2,05 30 3,5 26,5
3 0,5 2,5 33 3,5 29,5
3,5 0,6 2,9 36 4 32
4 0,7 3,3 39 4 35
4,5 0,75 3,7 42 4,5 37,5
5 0,8 4,2 45 4,5 40,5
6 1 5 48 5 43
7 1 6 52 5 47
8 1,25 6,8 56 5,5 50,5
9 1,25 7,8 60 5,5 54,5
10 1,5 8,5 64 6 58
11 1,5 9,5 68 6 62
M Perfil DIN
D mm P mm Broca mm
M 17 0,35 1,3
2,3 0,4 1,9
2,6 0,45 2,1
Broca
D” in N/1” Broca mm D” in N/1”
mm
N.° 1 64 1,5 3/4 10 16,5
N.° 2 56 1,8 7/8 9 19,5
N.° 3 48 2,1 1 8 22,3
N.° 4 40 2,3 1 1/8 7 25
N.° 5 40 2,6 1 1/4 7 28,3
N.° 6 32 2,85 1 1/8 6 30,8
N.° 8 32 3,5 1 1/2 6 34
N.° 10 24 3,95 1 3/4 5 39,5
N.° 12 24 4,5 2 4 1/2 45
1/4 20 5,2 2 1/4 4 1/2 51,5
5/16 18 6,6 2 1/2 4 57,3
3/8 16 8 2 3/4 4 63,5
7/16 14 9,4 3 4 70
1/2 13 10,8 2 3/4 4 63,5
9/16 12 12,2 3 4 70
5/8 11 13,5
Broca
D” in N/1” D” in N/1” Broca mm
mm
1/16 27 6,3 1/16 27 6,3
1/8 27 8,7 1/8 27 8,7
1/4 18 11,2 1/4 18 11,2
3/8 18 14,7 3/8 18 14,7
1/2 14 18,3 1/2 14 18,3
3/4 14 23,5 3/4 14 24,3
1 11 1/2 29,5 1 11 1/2 29,5
1 1/4 11 1/2 38,1
1 1/2 11 1/2 44
2 11 1/2 56,3
2 1/2 11 1/2 67
Desandadores
Esse porta-ferramenta é formado por um corpo central que apresenta um orifício com
formato quadrado ou circular.
Os desandadores que apresentam orifício com formato circular servem para fixar
cossinetes, que são ferramentas para abrir roscas externas.
Os desandadores com um braço fixo e outro móvel apresentam duas castanhas, cuja
função é fixar os machos e alargadores. Uma das castanhas é fixa, outra é móvel.
1,62 1,68
2,02 2,08
12 5 6 110
2,52 2,58
3,18 3,25
4,03 4,1
18 7 8 190
5,03 5,01
10,04 10,13
140 15 17 460
12,55 12,66
16,05 16,16
60 22 24 660
20,06 20,19
25,06 25,19
80 30 34 1.000
31,58 31,74
d1H11 d2 d3 d4 d5 l1 l2 l3 L
16 25 12 M3 8 9 4,8 2,5 200
M3 `8 9 4,8 2,5 200
20 30 16
M5 10 12 6,5 3,2 250
25 36 20 M6 10 12 8,5 4,3 320
30 45 25 M6 12 14 10 4,8 400
38 55 32 M8 14 16 13 6,3 500
14 16 13 6,3 500
45 63 38 M8
16 20 17 8,3 630
55 75 48 M10 20 25 20 9,4 750
65 85 58 M10 20 28 23 11 800
75 100 68 M12 25 32 27 12,5 900
90 115 80 M14 25 38 33 15,5 1.000
105 130 95 M14 25 38 33 15,5 1.000
120 145 110 M14 25 38 33 15,5 1.000
Retificadoras
A retificadora permite dar às superfícies das peças uma usinagem com baixa
rugosidade e com dimensões mais rigorosas em relação a outras máquinas, como
plaina, limadora, torno, fresadora; isso ocorre devido às múltiplas arestas de corte de
que é composto o rebolo; além disso, é possível montar rebolos de distintos tipos e
formas no eixo correspondente.
Partes da retificadora
Base
A base da retificadora é fundida, sólida e bem proporcionada, com grande superfície de
apoio. É a parte que se apóia sobre o piso e serve de sustentação aos demais órgãos
da máquina. As guias de deslizamento excedem o comprimento de trabalho, impedindo
a flexão da mesa; as guias de deslizamento podem ser prismáticas, planas ou os dois
tipos combinados e são perfeitamente ajustadas a mão; sua lubrificação pode ser
automática ou não.
Cabeçote porta-rebolo
É uma das partes mais importantes da máquina, pois serve de suporte do eixo porta-
rebolo, o qual é movimentado pelo motor. É fabricado de ferro fundido. O eixo pode ser
assentado sobre buchas de bronze ou sobre rolamentos e possui um sistema de
lubrificação que pode ser forçado ou de banho de óleo. Na parte onde estão as guias
de deslizamento também se encontram a porca para o sistema de movimento manual
e os suportes para fixação do sistema de movimento automático.
Sistema de movimento
No sistema manual, os movimentos da mesa e do cabeçote porta-rebolo são
comandados por parafusos e porcas e/ou engrenagem e cremalheira.
Características da retificadora
Em razão de ser uma máquina idealizada para realizar trabalhos que exigem exatidão,
a fabricação da retificadora é feita com muito cuidado, fato que motiva um custo
elevado; portanto, se deduz a necessidade de conservá-la em ótimas condições de
uso.
Retificadora plana
Retificadora cilíndrica
O corpo é de ferro fundido e tem no seu interior o eixo principal e a caixa de mudança
de rotações.
A caixa de mudança de rotações é uma caixa de ferro fundido, dentro da qual estão
montadas polias e correias que modificam a rotação recebida do motor e a transmitem
ao eixo principal.
O motor é trifásico e tem a função de gerar movimento de rotação para o eixo principal.
A base é de ferro fundido e sua parte superior é plana para a fixação do motor; a parte
inferior possui um sistema de guias para posicioná-lo sobre o cabeçote porta-rebolo e a
parte frontal aloja o eixo de retificação interna.
SENAI-SP – INTRANET - CT008-10
173
O corpo é de ferro fundido e em sua parte inferior se encontra alojado o eixo principal;
o outro extremo se articula com o alojamento da base.
O cabeçote para retificação interna possui um motor que gera o movimento de rotação,
transmitido ao eixo principal por meio de uma correia plana. A bomba para o fluido de
corte é acionada por um motor independente dos demais, regulando-se a saída do
fluido por meio de um registro colocado em lugar acessível ao operador.
O rebolo de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento à peça e para
produzir o avanço longitudinal; por essa razão, o rebolo de arraste possui uma
inclinação de 3 a 5 graus, responsável pelo avanço da peça.
Rebolo
Classificação do rebolo
Natureza do abrasivo
Abrasivo sintético
O abrasivo sintético é formado por componentes químicos com distintas
características. Os mais utilizados são os de óxido de alumínio (Al2O3) e os de
carboneto de silício (SiC).
O óxido de alumínio apresenta coloração que varia do rosa escuro ao branco e tem
vários graus de refinação, classificados segundo a pureza, cor e mistura do abrasivo; é
denominado pelas letras A, AA, DA e GA.
C - carboneto de silício cinza; coloração que varia do cinza escuro ou cinza claro; é o
menos refinado.
GC - carboneto de silício verde; de cor verde escura a verde clara, mais refinado,
sendo um dos abrasivos sintéticos mais duros que se conhecem.
RC - carboneto de silício combinado; de cor cinza esverdeada, é uma mistura de C e
GC.
Abrasivo natural
O abrasivo natural é extraído de minerais e pode ser classificado em esmeril, coríndon
e diamante.
Natureza do aglutinante
Aglutinante natural
O aglutinante natural pode ser orgânico ou mineral. É simbolizado pelas letras V, S, R,
E e M.
Aglutinante sintético
O aglutinante sintético é mais elástico e resistente que o vitrificado. Apresenta dois
tipos, representados pelas letras B e O.
B - resinóide - tem como base a resina sintética.
O - tem como base o oxicloreto.
Granulometria
Dureza
Porosidade
RT - rebolo reto
AN - anel
UL - rebaixado de um lado
DL - rebaixado dos dois lados
CR - copo reto
CC - copo cônico
PR - prato
PI - pires
FA - faca
OG – ogival
DC - com depressão central
Especificação do rebolo
Cuidados a observar
As normas ABNT NB 33 e NBR 6166 detalham toda a matéria em relação a
dimensões, características e conceitos sobre marcação, tipos e segurança no uso de
rebolos. Essas normas estão baseadas nas normas da FEPA (Fédération Europeénne
des Fabricants de Produits Abrasifs - Federação Européia de Produtos Abrasivos) e do
GWI (Grinding Wheel Institute - Intituto [norte-americano] de Rebolos).
Armazenagem
O operador deve trabalhar óculos de segurança para proteger os olhos das fagulhas
que se desprendem durante o processo de usinagem.
Nas máquinas retificadoras deverá ser usado fluido de corte, sempre que possível com
sistema de filtragem.
Placas magnéticas
Placas magnéticas são dispositivos usados para fixar peças de metal ferroso em
máquinas operatrizes (retificadoras, plainadoras, fresadoras e eletro-erosão), por meio
de atração magnética. O funcionamento das placas magnéticas baseia-se em um
conjunto de imãs permanentes de ferrite, alnico ou de terras raras, responsáveis pela
criação do campo magnético.
Classificação
Quanto à forma
Há dois tipos de placas magnéticas: as de forma prismática (retangulares) geralmente
adaptadas em mesas de máquinas, e as de forma cilíndrica (circulares) que podem ser
adaptados a eixos de cabeçotes porta-peças. As placas magnéticas cilíndricas podem
adaptar-se também a mesas de máquinas-ferramentas.
Quanto à características
Caracterizam-se pelo processo de magnetização de sua face superior, que é plana, e
pode fazer-se com imãs permanentes ou por meio de corrente elétrica contínua.
Conhecem-se pelos nomes de Placas de imã permanente e Placas eletromagnéticas.
Os polos magnéticos são construídos de aço de baixo teor de carbono com núcleo de
ímãs permanentes ou bobinas. Estão dispostos dentro da carcaça, em geral de aço
especial de alta permeabilidade magnética, separados por interpolos de materiais não
magnetizáveis, montados em uma base que possibilita a fixação na mesa ou no
cabeçote porta-peças da máquina.
Acionamento
Vantagens e desvantagens
A fixação da placa na máquina é rápida e fácil, pois não necessita de alinhamento, a
não ser que se use a régua de referência. Outra vantagem não conseguida com outros
sistemas é que permite a fixação de peças de pouca espessura ou de fácil deformação
ou de difícil fixação.
A placa magnética tem a desvantagem de não poder fixar peças que não tenham
propriedades magnéticas como o alumínio, cobre e bronze.
Resumo
Prismática
Classificação Por sua forma
Circular
Imã Permanente
Por características
Eletroímã
Rapidez de fixação
Placas Vantagens Fixação de peças
Magnéticas de pouca espessura
Para estar em condições de uso, deve ter sua superfície livre de sulcos e rebarbas, os
furos roscados para fixar as réguas devem estar em bom estado, e depois de
concluído o trabalho recomenda-se uma limpeza e aplicação de uma película fina de
óleo, graxa ou vaselina para evitar a oxidação.
Esmerilhadora
Esmerilhadora de pedestal
Pedestal
Estrutura de ferro fundido cinzento que serve de apoio para o motor elétrico.
Motor elétrico
Faz girar os dois rebolos, que são montados um de cada lado de seu eixo
passante.
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Apoio da ferramenta
Pequena mesa que serve de apoio para o material que será esmerilhado. O apoio
tem um movimento linear e pode ter um movimento angular, regulável conforme a
necessidade do trabalho; o importante é manter, à medida que o diâmetro do
rebolo diminui, uma folga de 1 a 2mm, para evitar a introdução de peças pequenas
entre o rebolo e o apoio.
Protetor visual
Anteparo de vidro com a função de proteger o rosto do operador contra as
fagulhas.
Recipiente de esfriamento
Serve para esfriar o material que está sendo esmerilhado. Deve-se evitar o
aquecimento excessivo da ferramenta porque minúsculas trincas são produzidas
pelas tensões impostas pelo aquecimento e resfriamento repentinos.
192
SENAI-SP-INTRANET
Esmerilhadora de bancada
Condições de uso
Ao montar o rebolo no eixo do motor, certificar-se de que as rotações indicadas no
rebolo são maiores do que as do motor.
O furo do rebolo deve ser justo e deslizante com relação ao eixo do motor. Caso
isto não aconteça, montar buchas que proporcionem esse ajuste.
O diâmetro externo do rebolo deve estar posicionado concentricamente ao eixo do
motor; caso contrário, ao ser ligado, o motor produzirá vibrações prejudiciais à
esmerilhadora e causará ondulações no material esmerilhado.
O apoio deve ser reajustado sempre que a folga representar perigo para o
operador.
193
SENAI-SP-INTRANET
Dressagem do rebolo
194
SENAI-SP-INTRANET
Para uniformizar a superfície do rebolo, o dressador deve ser seguro com as duas
mãos e realizar movimentos na face de trabalho do rebolo.
195
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Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati
Selma Ziedas José Roberto da Silva
Conteudistas: Abilio José Weber Rogério Augusto Spatti
Adriano Ruiz Secco
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
SENAI.SP. Tecnologia aplicada II – Trator. 1° ed. São Paulo, 1997.
196
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Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008
Torno mecânico
As partes principais do torno universal são: placa, cabeçote fixo, recâmbio, caixa de
engrenagem, barramento, carro principal e cabeçote móvel.
Cabeçote fixo
Cabeçote fixo é um conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo-árvore. O
elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, também chamado árvore ou eixo
principal, onde está montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça;
o eixo-árvore é vazado de ponta a ponta, de modo a permitir a passagem de barras.
Caixa Norton
Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e
engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a
ferramenta.
Barramento
Barramento é a parte do torno que sustenta os elementos fixos e móveis do torno. Na
parte superior do barramento estão as guias prismáticas, que devem ter um
paralelismo perfeito em relação ao eixo-árvore, a fim de garantir o alinhamento da
máquina.
Carro principal
O carro principal é um conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro
superior e porta-ferramenta.
O avanço do carro principal pode ser manual ou automático. No avanço manual, o giro
do volante movimenta uma roda dentada, que engrenada a uma cremalheira fixada no
barramento, desloca o carro na direção longitudinal.
Cabeçote móvel
O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o barramento, oposta ao
cabeçote fixo; a contraponta e o eixo principal estão situados na mesma altura e
determinam o eixo de rotação da superfície torneada.
Servir para fixar o mandril de haste cônica para furar com broca no torno;
As partes principais do cabeçote móvel são: base, corpo, mangote, trava do mangote e
volante.
Base
Desliza sobre o barramento e serve de apoio ao corpo.
Mangote
É uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma porca no outro; a ponta com
o cone morse serve para prender a contraponta, a broca e o mandril; o outro lado é
conjugado a um parafuso, que ao ser girado pelo volante, realiza o movimento de
avanço e recuo.
Trava do mangote
Serve para fixá-lo, impedindo que se movimente durante o trabalho.
Volante
Serve para fazer avançar ou recuar o mangote.
Acessórios do torno
O torno tem vários tipos de acessórios que servem para auxiliar na execução de muitas
operações de torneamento.
Tipos de torno
Existem dois tipos básicos de torno: horizontal, também chamado universal, e vertical.
Esses dois tipos dão origem a outros, com particularidades providas por mecanismos e
ferramentas especiais.
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206
Torno horizontal
O torno horizontal é utilizado na maioria das operações de torneamento; os
mecanismos estão alojados no interior da estrutura do cabeçote e da coluna
correspondente.
Torno vertical
O torno vertical possui o eixo de rotação na posição vertical e é utilizado no
torneamento de peças de grande dimensão, tais como flanges, polias e rodas
dentadas, que em razão de seu peso, podem ser mais facilmente montadas sobre uma
plataforma horizontal.
Torno CNC
Tipo de torno comandado por um computador que controla os movimentos da
máquina; esse computador leva o nome de comando numérico computadorizado ou
controle numérico computadorizado, abreviadamente CNC. Uma das vantagens do
comando numérico é a possibilidade de mudar rapidamente a seqüência de operações
que a máquina deve realizar.
Essa mudança é feita por meio de um programa, isto é, uma lista de instruções escritas
numa linguagem que a máquina pode entender.
Torno de placa
Também chamado de torno de platô, é amplamente utilizado nos trabalhos de
caldeiraria pesada. Executa torneamento de peças de grande diâmetro, tais como
polias, volantes e flanges.
Operações do torno
Faceamento
Faceamento é a operação que permite fazer no material uma superfície plana
perpendicular ao eixo do torno, de modo a obter uma face de referência para as
medidas que derivam dessa face.
Usa-se a furação no torno para fazer furo cilíndrico por deslocamento de uma broca
montada no cabeçote. É um furo de preparação do material para operações
posteriores de alargamento, torneamento e roscamento internos.
A furação no torno também serve para fazer uma superfície cilíndrica interna, passante
ou não, pela ação da ferramenta deslocada paralelamente ao torno. Essa operação
também é conhecida por broqueamento e permite obter furos cilíndricos com diâmetro
exato em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Quando se constrói um cone interior para ser acoplado a um cone exterior, deve-se
fabricar primeiro o cone exterior, usando-o depois como calibrador para controlar a
conicidade da peça com cone interno.
Uma das formas de obter o deslocamento exato dos carros e das mesas de máquinas
operatrizes convencionais - como plainas, tornos, fresadoras e retificadoras - é utilizar
o anel graduado, um elemento de forma circular acoplado ao fuso da máquina.
Essa operação é necessária sempre que o trabalho exigir que a ferramenta ou a mesa
seja deslocada com exatidão.
Os anéis graduados, como o nome já diz, são construídos com graduações, que são
divisões proporcionais ao passo do fuso, ou seja, a distância entre filetes consecutivos
da rosca do fuso onde se situam. Esse fuso comanda o movimento dos carros ou das
mesas das máquinas-ferramenta.
Como o anel graduado está dividido em partes iguais, ele permite obter frações
compatíveis com o número de divisões. Esse recurso recebe o nome de resolução do
anel, corresponde à menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida.
Para calcular quantas divisões é necessário avançar no anel graduado para fazer
penetrar a ferramenta ou deslocar a peça na medida necessária, é preciso conhecer:
a. a penetração da ferramenta, que pode ser axial ou radial;
b. o passo do parafuso de comando (em milímetro ou polegada);
c. o número de divisões do anel graduado.
A última etapa determina o número de divisões a avançar no anel graduado. Para isso,
usam-se os dois dados anteriormente calculados. Matematicamente, temos:
Pn
X =
R
Observação
Essas fórmulas são válidas supondo-se que o fuso de comando tenha uma só entrada.
Exemplo 1
Calcular quantas divisões é necessário avançar no anel graduado de 200 divisões,
para aplainar uma barra de 20mm para que ela fique com 18,5mm.
2. Resolução do anel:
P 4mm
R= 0,02mm
N 200
R = 0,02mm
1. Penetração radial:
D d 60 - 45
Pn1 = 7,5mm
2 2
Exemplo 3
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 250
divisões, para reduzir a espessura de uma barra de 1/2” (0,500”) para 7,16” (0,4375”).
O passo do fuso de comando é de 1/8” (0,125”).
1. Penetração:
Pn = E - e = 0,500” - 0,4375” = 0,0625”
Pn = 0,0625”
2. Resolução do anel:
P 0,125"
R= 0,005"
N 250
R = 0,005”
A placa universal com três e quatro castanhas compõe-se basicamente de corpo, en-
grenagem cônica maior, com rosca espiral engrenagem cônica menor, castanhas e
flange.
A placa universal com castanhas é utilizada para centrar de imediato materiais que
tenham secção circular ou poligonal regular. O número de lados deve ser múltiplo do
número de castanhas; assim, a placa de três castanhas é adequada para peças trian-
gulares (três lados) ou sextavadas (seis lados). Já as peças quadradas utilizam uma
placa de quatro castanhas.
No interior da placa está encaixado um disco; na parte anterior do disco existe uma
ranhura de corte quadrado que forma uma rosca espiral, na qual se adaptam os dentes
das bases das castanhas. Na parte posterior do disco há uma engrenagem, na qual
engrenam três outras engrenagens cônicas menores, giradas por uma chave.
A parte saliente da peça não deve ser maior que três vezes o seu diâmetro (A =
3d); esse comprimento sem apoio da peça ou da ferramenta é denominado “balan-
ço”
Conservação da placa
Broca de centrar
A broca de forma A é uma broca de centrar simples, com um perfil sem chanfro de
proteção, que gera um furo cilíndrico seguido de um escareado a 60º.
A escolha da broca é feita em função dos diâmetros da ponta do eixo, segundo uma
tabela da norma ISO/R 866.
Diâmetro da ponta do
d d1 L1 d d1 d2 L2
eixo D
de 0 a 8 1 2,12 3 1 2,12 3,15 3,5
3 12 1,6 3,35 5 1,6 3,35 5 5,5
12 18 2 4,25 6 2 4,25 6,3 6,6
18 25 2,5 5,3 7 2,5 5,3 8 8,3
25 40 3,15 6,7 9 3,15 6,7 10 10
40 80 4 8,5 11 4 8,5 12,5 12,7
80 180 6,3 13,2 18 6,3 13,2 18 20
acima de 180 10 21,2 28 10 21,2 28 31
Observação: L1, L2 e L3 representam o comprimento de corte quando o furo de centro deve desaparecer.
A placa arrastadora tem forma de disco, com um cone interior e uma rosca externa
para sua fixação no eixo principal da máquina; é feita de ferro fundido cinzento.
Placa de segurança
SENAI-SP – INTRANET - CT008-10
232
O arrastador é feito de aço ou de ferro fundido; é fixado na peça a usinar e serve para
transmitir o movimento gerado pela placa.
Existem, ainda, outros tipos de arrastadores tais como o arrastador conjugado, para
fixar peças de grandes diâmetros, e o arrastador com dois parafusos, indicado para
realizar passes profundos.
Cuidados a observar
Proteger o barramento na montagem e desmontagem da placa arrastadora.
Escolher um arrastador com um orifício que permita pequena folga da peça.
Fixar o parafuso do arrastador na superfície da peça firmemente; o aperto dado no
parafuso deve impedir o deslizamento do arrastador, quando este, junto com a
peça, é submetido ao esforço de corte da ferramenta.
Ao fixar a peça entre pontas, colocar o pino da placa em contato com a haste do
arrastador para evitar danos à peça.
Desbastar toda a peça, deixando sobremetal para acabamento.
No caso de superfície com acabamento final, proteger com chapa de cobre ou de
outro material macio o local da peça onde será adaptado o arrastador.
Pontas e contrapontas
Pontas e contrapontas são acessórios de máquina, com forma de cone duplo, feitas de
aço, temperadas e retificadas segundo normas de fabricação.
O cone encaixado no furo de centro das peças é geralmente de 60º, e o cone encaixa-
do no eixo-árvore ou mangote do cabeçote móvel segue o sistema de medidas morse,
o que lhe dá o nome de Cone Morse.
As pontas são montadas no eixo-árvore da máquina por meio de uma bucha de adap-
tação. Podem ser classificadas em pontas fixas, que são as mais comuns, e pontas de
arraste, ideais para trabalhos de usinagem de peças em série, em máquinas como
torno CNC ou tornos copiadores, pois dispensam as placas de arraste e arrastadores.
Na usinagem de peças sem furo de centro, é necessário utilizar a ponta com furo de
centragem ou ponta negativa.
Contrapontas
As contrapontas recebem este nome por serem fixadas no mangote do cabeçote mó-
vel; completam a montagem da peça a ser usinada na máquina. Podem ser classifica-
das em contrapontas fixas, com ponta normal; contrapontas rebaixadas, para facilitar o
faceamento ou retificação; e contrapontas de metal duro, que permitem maior resistên-
cia ao desgaste.
Existem outros modelos de contrapontas para trabalhos específicos, tais como usina-
gem de tubos, que utilizam contrapontas rotativas para tubos.
Cuidados a observar
As pontas e contrapontas fixas devem ser utilizadas com atenção, pois batidas ou pan-
cadas podem inutilizá-las; sempre que forem utilizadas, devem receber graxa nas pon-
tas em contato com a peça, a fim de diminuir o atrito e aumentar sua vida útil; uma
exceção é a ponta rotativa, que não produz atrito e, portanto, não requer lubrificação.
As ferramentas para tornear internamente podem ser de corpo único, com pastilhas
soldadas ou com insertos. Podem ser utilizadas nas operações de desbaste ou de
acabamento, variando os ângulos de corte e a forma da ponta.
Ferramenta de desbastar
Ferramenta de facear
Empregada para desbastar e para fazer acabamento, pode ser curva ou reta; o
trabalho pode ser feito do centro para a periferia, da periferia para o centro, à esquerda
e à direita.
Ferramenta de sangrar
Uma outra maneira de cortar com bedame é afiá-lo com um grande raio na aresta de
corte, de modo a não aumentar o esforço de corte; nesta situação, o cavaco se
apresenta em forma de arco, o que facilita sua saída do canal devido a uma
compressão lateral; podem-se utilizar velocidades de corte maiores porque o cavaco
não atrita com as paredes laterais da ranhura.
Ferramenta de formar
Empregada para tornear peças de perfil variado; usam-se ferramentas cujas arestas de
corte têm a mesma forma do perfil que se deseja dar à peça. Observe a figura a seguir.
Utilizada para fazer rosca na peça; é preparada de acordo com o tipo de rosca que se
deseja executar.
A posição influi nos ângulos e , que, por sua vez, influem na formação do cavaco e,
consequentemente, na força de corte.
Para que uma ferramenta seja fixada rigidamente, é necessário que sobressaia o
menos possível do porta-ferramentas, ou seja, o balanço b deve ser o menor possível,
para evitar a flexão da ferramenta que pode provocar alterações na rugosidade e nas
dimensões da peça.
O valor do ângulo formado pela aresta de corte da ferramenta com a superfície a cortar
é variável, conforme a operação.
Assim, em operação de desbastar, o ângulo pode variar de 30º até 90º, conforme
material.
Recartilha
A recartilha é uma ferramenta utilizada em peças cilíndricas para gerar sulcos paralelos
ou cruzados, que recebem o nome de recartilhado.
A geração dos sulcos é realizada devido à pressão exercida pela recartilha sobre a
peça; desse modo, conformam-se os dentes sem desprendimento de cavaco,
provocando uma expansão do material que aumenta ligeiramente o diâmetro da peça.
O porta-recartilha pode ser de três tipos: para uma recartilha, para um jogo, que é
constituído de duas recartilhas, e para três jogos.
Os aços utilizados na construção da recartilha são de dois tipos: aço rápido, ideal para
recartilhamento de peças de aço em geral, e aço ABNT SAE 01, empregado para
recartilhamento de metais não ferrosos.
Tanto a recartilha de aço rápido como a de aço ABNT SAE 01 são temperadas e
revenidas.
O recartilhado é normalizado pela NBR 14957: 2003 baseado na norma DIN 82:1973,
que determina a classificação mostrada no quadro a seguir.
Recartilhado
RAA ------- d2 = d1 0,5.t
paralelo
Recartilhado
RBR ------- d2 = d1 0,5.t
oblíquo à direita
Recartilhado
RBL oblíquo à ------- d2 = d1 0,5.t
esquerda
expansão de
Recartilhado
RGE material (alto d2 = d1 0,67.t
oblíquo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RGV material (baixo d2 = d1 0,33.t
oblíquo cruzado
relevo)
expansão de
Recartilhado
RKE material (alto d2 = d1 0,67.t
paralelo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RKV material (baixo d2 = d1 0,33.t
paralelo cruzado
relevo)
Observação
As constantes aplicadas nas fórmulas para determinar o diâmetro da peça a ser
recartilhada, não levam em consideração a profundidade das estrias resultantes do
recartilhamento e a especificidade do material a ser trabalhado, servindo apenas como
referência.
Recartilhado
d1 diâmetro final
d2 diâmetro de usinagem
t passo das estrias
onde:
NBR 14957 norma e número
R recartilhado
G oblíquo cruzado
E expansão do material
0,8 passo ( t ) em milímetros
Seleção da recartilha
Cossinete
Tipos de cossinete
O cossinete com entrada helicoidal é ideal para roscar aço carbono, pois o cavaco
originado no processo geralmente é longo; assim, o cossinete desloca o cavaco da
região de corte, evitando o engripamento por acúmulo de material nos canais
periféricos.
O cossinete sem entrada helicoidal é usado para roscar materiais que originam
cavacos curtos e quebradiços, a exemplo do latão.
A execução de rosca externa com cossinete redondo, seja aberto ou fechado, pode ser
realizada por meio de desandador próprio, normalizado pela NBR 6421, manualmente
ou com auxílio de torno mecânico.
Cossinete bipartido
O cossinete bipartido é constituído de duas placas de aço temperado, com formato
retangular, tendo apenas duas arestas cortantes.
Esse cossinete também possui canais de saída por onde são eliminados os cavacos
produzidos durante a confecção da rosca.
Alargadores
O furo executado pela broca, geralmente não é exato a ponto de permitir o ajuste entre
peças. Isso acontece porque:
A superfície do furo possui rugosidade elevada;
O furo não é perfeitamente cilíndrico porque o eixo da máquina tem jogo (folga);
O diâmetro não tem medidas exatas; é quase sempre maior que o diâmetro da
broca pela afiação imperfeita ou por deficiência da máquina, geralmente classe de
tolerância H12;
O eixo geométrico do furo sofre, às vezes, ligeira inclinação.
Modo de ação
As arestas de corte, endurecidas por meio de têmpera, trabalham por pressão, durante
o giro do alargador dentro do furo. Nesse processo, cortam minúsculos cavacos do
material, fazendo como que uma raspagem da parede interna do furo.
Nomenclatura
Os alargadores manuais são construídos com aço rápido e podem ser de três tipos:
Alargadores manuais para pinos cônicos;
Esse tipo de alargador é fabricado com aço-carbono. Suas navalhas podem ser retas
ou helicoidais. Ele pode ser de dois tipos:
Alargador expansível que permite uma pequeníssima variação de diâmetro: cerca
de 1/100 do diâmetro nominal da ferramenta. Seu funcionamento se baseia na
elasticidade (flexibilidade) do aço. O corpo desse tipo de alargador é oco e
apresenta várias fendas longitudinais.
Como as lâminas desse alargador são removíveis, estas podem ser facilmente
afiadas ou substituídas em caso de desgaste ou quebra. A calibração dessa
ferramenta atinge 0,01mm e a variação de seu diâmetro pode ser de alguns
milímetros.
Tabelas
Para obter furos com diâmetros dentro dos limites desejados, formato cilíndrico,
perfeito acabamento e boa conservação do alargador, é necessário, antes de executar
a operação, observar os seguintes aspectos:
Determinar corretamente a quantidade de material a ser removido, em função do
material a ser usinado e do diâmetro do furo;
Observar rigorosamente a velocidade de corte em m/min, avanço em mm e o fluido
de corte adequado para cada tipo de material.
Para auxiliar o operador a atender a essas exigências, tabelas específicas devem ser
consultadas. Assim, as duas tabelas a seguir ajudam a encontrar os dados
necessários em função dos parâmetros já citados.
Ferro fundido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,5
Alumínio, Cobre eletrolítico até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4 0,4 - 0,5
Material sintético rígido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,4 0,5
Material
Estrias retas 5-8 até 0,4 até 0,5 0,6 A seco
sintético mole
Reafiação: para o máximo rendimento da ferramenta, não se deve permitir que ela
perca demasiadamente o corte, promovendo reafiações periódicas. Estas estão
restritas à entrada, observando-se que cada aresta de corte seja retificada
igualmente. É uma operação que não deve ser feita manualmente, pois não é
possível obter arestas de corte iguais dessa maneira.
Portanto, como com brocas helicoidais, é possível obter uma qualidade 12, deve-se
incluir entre as operações de furar e alargar, uma etapa realizada com brocas
calibradoras, que são mais estáveis que as brocas normais e têm melhor guia no furo
devido ao número maior de arestas de corte.
No caso de furos até 8mm de diâmetro, a operação de calibrar pode ser dispensada, já
que a dimensão e a rugosidade do furo obtido com a broca são suficientes para o
alargamento.
Roscas
As roscas podem ser internas ou externas. As roscas cujos filetes são gerados sobre
um corpo cilíndrico ou cônico em sua superfície interna, é denominada de rosca
interna, que é encontrada no interior das porcas, por exemplo.
Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão
nome às roscas e condicionam sua aplicação.
Nomenclatura da rosca
A rosca de perfil triangular é a mais usada em relação às de outros perfis, por isso será
estudada em mais detalhes.
As roscas triangulares classificam-se, segundo o seu perfil, em três tipos:
Rosca métrica;
Rosca whitworth;
Rosca americana.
A rosca métrica tem suas medidas indicadas em milímetros. Os filetes têm formato
triangular, ângulo de 60º, crista achatada e raiz arredondada.
Esses três tipos de roscas são fabricados em dois padrões: normal e fina.
No sistema métrico, a rosca normal é identificada pela letra M (de métrica) e a rosca
fina é identificada pela sigla MF (de métrica fina).
No sistema Whithworth, a rosca normal é identificada pela sigla BSW (British Standard
Whithworth), e a rosca fina, pela sigla BSF (British Standard Fine).
No sistema americano, a rosca normal é caracterizada pela sigla UNC (Unified Coarse
Thread Series) e a rosca fina, pela sigla UNF (Unified Fine Thread Series).
As medidas referentes a cada uma das partes das roscas estudadas neste capítulo
são encontradas em catálogos técnicos. Para facilitar o estudo, a seguir são
apresentadas aquelas referentes às roscas mais usadas.
Diâmetro Raio
Passo Diâmetro Menor Altura do Filete
d-D Efetivo R
P
d2 = D2 d3 h3 h3 H1
M1 0,25 0,838 0,693 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,1 0,25 0,938 0,193 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,2 0,25 1,038 0,893 0,153 0,153 0,135 0,036
M 1,4 0,3 1,205 1,032 0,184 0,184 0,162 0,043
M 1,6 0,35 1,373 1,170 0,215 0,215 0,189 0,051
M 1,8 0,036 1,573 1,370 0,215 0,215 0,189 0,051
M2 0,4 1,740 1,509 0,245 0,245 0,217 0,058
M 2,2 0,45 1,908 1,548 0,276 0,276 0,244 0,065
M 2,5 0,45 2,208 1,948 0,276 0,276 0,244 0,065
M3 0,5 2,675 2,387 0,307 0,307 0,271 0,072
M 3,5 0,6 3,110 2,764 0,368 0,368 0,325 0,087
M4 0,7 3,545 3,141 0,429 0,429 0,379 0,101
M 4,5 0,75 4,013 3,580 0,460 0,460 0,406 0,108
M5 0,8 4,480 4,019 0,491 0,491 0,433 0,115
M6 1 5,350 4,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M7 1 6,350 5,773 0,613 0,613 0,541 0,144
M8 1,25 7,188 6,466 0,767 0,767 0,677 0,180
M9 1,25 8,188 7,466 0,787 0,787 0,677 0,180
M 10 1,5 9,026 8,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 11 1,5 10,026 9,160 0,920 0,920 0,812 0,217
M 12 1,75 10,863 9,853 1,074 1,074 0,947 0,253
M 14 2 12,701 11,545 1,227 1,227 1,083 0,289
M 16 2 14,701 13,546 1,227 1,227 1,083 0,289
M 18 2,5 16,376 14,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 20 2,5 18,376 16,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 22 2,5 20,376 18,933 1,534 1,534 1,353 0,361
M 24 3 22,051 20,139 1,840 1,840 1,624 0,433
M 27 3 25,051 23,319 1,840 1,840 1,624 0,433
M 30 3,5 27,727 25,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 33 3,5 30,727 28,706 2,147 2,147 1,894 0,505
M 36 4 33,402 31,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 39 4 36,402 34,093 2,454 2,454 2,165 0,577
M 42 4,5 39,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 45 4,5 42,077 39,479 2,760 2,760 2,436 0,650
M 48 5 44,752 41,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 52 5 48,752 45,866 3,067 3,067 2,706 0,722
M 56 5,5 52,428 49,252 3,374 3,374 3,977 0,794
M 60 5,5 56,428 53,252 3,374 3,374 2,977 0,794
M 64 6 60,103 56,539 3,681 3,681 2,977 0,866
M 68 6 64,103 60,639 3,681 3,681 3,248 0,866
Rosca Métrica DIN (Perfil DIN)
M 1,7 0,35 1,473 1,246 0,227 0,04
M 2,3 0,4 2,040 1,780 0,280 0,04
M 2,6 0,45 2,308 2,016 0,292 0,05
Diâmetro Altura do
Diâmetro Efetivo Diâmetro Menor Raio
d=D N/1” Maior Filete
d2 = D2 d1 = D1 r
d=D H1
R 1/8 28 9,728 9,147 8,556 0,581 0,125
R 1/4 19 13,157 12,301 11,445 0,856 0,184
R 3/8 19 16,662 15,806 14,950 0,856 0,184
R 1/2 14 20,955 19,793 18,631 1,162 0,249
(R 5/8) 14 22,911 21,749 20,587 1,162 0,249
R 3/4 14 26,441 25,279 24,117 1,162 0,249
(R 7/8) 14 30,201 29,039 27,877 1,162 0,249
R1 11 33,249 31,770 30,291 1,479 0,317
(R 1 1/8) 11 37,897 36,418 34,939 1,479 0,317
R 1 1/4 11 41,910 40,431 38,952 1,479 0,317
(R 1 3/8) 11 44,323 42,844 41,365 1,479 0,317
R 1 1/2 11 47,803 46,324 44,845 1,479 0,317
(R 1 3/4) 11 53,746 52,267 50,788 1,479 0,317
R2 11 59,614 58,135 56,656 1,479 0,317
(R 2 1/4) 11 65,710 64,231 62,752 1,479 0,317
R 2 1/2 11 75,184 73,706 72,226 1,479 0,317
(R 2 3/4) 11 81,534 80,055 78,576 1,479 0,317
R3 11 87,884 86,405 84,926 1,479 0,317
(R 3 1/4) 11 93,980 92,501 91,022 1,479 0,317
R 3 1/2 11 100,330 98,851 97,372 1,479 0,317
(R 3 3/4) 11 106,680 105,201 103,722 1,479 0,317
R4 11 113,030 111,551 110,072 1,479 0,317
(R 4 1/2) 11 125,730 124,251 122,772 1,479 0,317
R5 11 138,430 136,951 135,472 1,479 0,317
(R 5 1/2) 11 151,130 149,651 148,172 1,479 0,317
R6 11 163,830 162,351 160,872 1,479 0,317
Rosca trapezoidal
É uma rosca com perfil do filete em forma de trapézio. Sua aplicação se dá em fusos
de máquinas, parafusos e porcas que transmitem movimento.
Perfil de projeto da rosca trapezoidal com folga na crista e sem folga no flanco.
Fórmulas
As roscas esquerdas são indicadas pela letras LH, colocadas após a parte dimensional
da rosca.
Exemplo: Tr 40 x 14 LH
Rosca quadrada
É uma rosca com perfil quadrado, usada em alguns fusos de máquinas e também na
abertura de canais para execução de rosca trapezoidal.
Fórmulas
d1 = d - 2he D1 = d3 + 2ac
d2 = d - he D2 = d2
h3 = 0,5P
L = 0,5P
h4 = 00,5P+ac
L = L + 2fs
D = d + 2ac
Ângulo da hélice
P . nº de entradas
tg =
. d 2
Nas instalações industriais distribuidoras de produtos como gás ou fluidos que atuam
sob alta pressão, as roscas das tubulações, registros, bujões, válvulas e uniões
necessitam de uma atenção muito especial para que sejam evitados vazamentos.
Essas roscas são de formato triangular. As roscas externas são usinadas na forma
cônicas e as internas podem ser usinadas na forma cônica ou paralela, conforme a
aplicação.
2. BSPT – “Rosca Whitworth”: cônica tanto para a rosca interna como para a externa.
Esta rosca é utilizada para suportar alta pressão.
NPT - Rosca cônica americana para tubos e acessórios: conicidade 1:16 tanto na parte
externa como na parte interna.
Roscas Múltiplas
Nas roscas com uma entrada, o avanço é igual ao passo, isto é, o deslocamento axial
em uma volta é igual ao passo da rosca. Neste caso, se desejarmos um avanço rápido
com um parafuso de rosca com uma entrada, sabendo que as dimensões do filete são
proporcionais ao passo, esta rosca, em consequência, teria filetes de grande
profundidade.
A figura abaixo mostra um rosca de duas entradas com passo de 5mm, na qual se
pode constatar que o avanço é de 10mm por volta do parafuso com os filetes de
dimensões reduzidas.
As divisões são muito úteis quando se quer fresar superfícies que devam guardar uma
distância angular proporcional.
Constituição
O divisor universal pode variar em sua forma, porém, seu princípio de funcionamento é
o mesmo dos outros divisores universais. Estruturalmente é constituído de duas
partes:
Base;
Corpo móvel.
293
A base é uma caixa de ferro fundido que se fixa na mesa da fresadora e sua função
principal é servir de suporte do corpo móvel. Possui uma escala de referência que
possibilita determinar a inclinação que se quer dar ao corpo móvel.
O corpo móvel é uma carcaça que tem dois extremos cilíndricos salientes os quais se
apoiam na base do divisor e permitem orientar e inclinar o eixo principal a um
determinado ângulo em relação à superfície da mesa.
Seu interior contém um conjunto de elementos, que permite dar à peça os movimentos
necessários para fazer qualquer número de divisões, podendo aplicar-se os seguintes
métodos:
divisão direta;
divisão indireta;
divisão angular;
divisão diferencial.
Funcionamento
O eixo principal (C), que prende a peça, esta montado na coroa (D), cujos dentes são
helicoidais e pode ter 40 ou 60 dentes.
Esta coroa é acionada pelo parafuso sem-fim (E). O movimento é obtido girando a
manivela (F), cujo extremo termina numa ponta que se encaixa num dos furos do disco
divisor (J).
294
O que determina a relação do divisor universal é o número de dentes da coroa, sendo
mais comum de 1/40. Isto significa que são necessárias 40 voltas completas da
manivela para obter uma volta completa da peça.
Conservação
Isso significa que tanto o seu transporte quanto a montagem sobre a mesa da
fresadora e a operação requerem cuidados como evitar pancadas e esforços
excessivos.
295
Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2009
Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Carlos Eduardo Binati
Selma Ziedas Eduardo Gavira Bonani
Conteudistas: Abílio José Weber José Roberto da Silva
Adriano Ruiz Secco Rogério Augusto Spatti
Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli
Referência
SENAI.SP. Tecnologia aplicada II – Trator. 1° ed. São Paulo, 1997.
296
Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2007
Uma peça pode estar aparentemente bem retificada, porém, se for feita uma cuidadosa
inspeção visual ou óptica, é possível encontrar defeitos superficiais que podem ser
facilmente corrigidos quando se conhecem as causas. Certas falhas na retificação
podem ser produzidas por defeitos da peça antes de ser retificada, ou por mal
funcionamento da máquina, ou ainda por inabilidade ou estado emocional do operador.
Alguns dos principais defeitos e suas causas, que se apresentam na retificação plana,
cilíndrica e interna, podem ser vistos nos quadros a seguir.
Defeitos Causas
Queimaduras e fendas passe muito profundo;
velocidade de translação muito rápida ou
muito lenta, conforme a profundidade do
passe;
ataque muito brusco do rebolo;
escorregamento ou patinar das correias;
movimento irregular da mesa;
má dressagem do rebolo;
fluido de corte insuficiente ou mal dirigido;
fluido de corte de composição mal dosada.
Facetas rebolo mal equilibrado;
jogo no eixo porta-rebolo;
mau estado do mecanismo de translação
k g da mesa.
3
d m
Defeito de paralelismo deformação ou desgaste das guias ou da
mesa;
jogo no eixo porta-rebolo.
Retificação cilíndrica
Defeitos Causas
Queimaduras e fendas velocidade de translação muito rápida;
passe muito profundo;
ataque muito brusco do rebolo;
escorregamento das correias;
movimento irregular da peça;
má dressagem do rebolo;
refrigeração insuficiente ou mal dirigida;
fluido de corte de composição mal dosada.
Retificação cilíndrica
Defeitos Causas
Estrias velocidade de translação excessiva;
diamante muito pontudo ou em mau estado;
má dressagem do rebolo;
dressagem muito grosseira do rebolo.
Retificação cilíndrica
Defeitos Causas
Ovalização das peças centro das peças mal feitos ou diferentes;
mau alinhamento dos centros;
excesso ou falta de folga entre as pontas e peças;
ângulos diferentes das pontas;
pontas da máquina em mau estado;
movimentação defeituosa da peça;
refrigeração intermitente.
Piques e arrancamento de material movimento irregular da mesa;
excentricidade do eixo porta-rebolo;
má dressagem do rebolo (vibrações do
diamante);
fluido de corte sujo.
Peça abaulada (na entrada e na saída) eixo do porta-rebolo muito longo (falta de
rigidez);
curso muito longo do rebolo.
Rebites
Os rebites são elementos de fixação utilizados para unir duas ou mais superfícies
metálicas como chapas e perfis. São construídos em aço, cobre, alumínio ou latão e
podem ser identificados e classificados pelo formato da cabeça.
cabeça cilíndrica
Significa que o diâmetro da cabeça desse rebite é duas vezes o diâmetro do seu
corpo. Se o rebite tiver um corpo com diâmetro de 5mm, o diâmetro de sua cabeça
será igual a 10mm, pois 2 x 5mm = 10mm.
Estampo
É uma ferramenta usada para dar forma a uma peça; pode ser considerado como um
modelo ou matriz que dará origem a peças iguais a esse modelo ou matriz.
Na ponta existe um rebaixo, utilizado para dar formato final à segunda cabeça do
rebite.
Saca-pino
O saca-pino é uma ferramenta usada para extrair pinos e rebites. Ele se apresenta em
dois modelos: cônico e paralelo.
Espina
É uma ferramenta que, como o alargador, serve para alinhar furos que tenham sofrido
desvio. A diferença entre um e outro é que o alargador é usado para alargar furos
acima de 6,4mm, enquanto o espina é usado para furos abaixo dessa medida.