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Texto em que o autor descreve a importância da formação de leitores, processo que inicia na alfabetização e dura a vida toda. Contém citação direta e indireta. Também apresenta sugestão de atividade para o desenvolvimento e progresso do leitor nos anos iniciais.
Texto em que o autor descreve a importância da formação de leitores, processo que inicia na alfabetização e dura a vida toda. Contém citação direta e indireta. Também apresenta sugestão de atividade para o desenvolvimento e progresso do leitor nos anos iniciais.
Texto em que o autor descreve a importância da formação de leitores, processo que inicia na alfabetização e dura a vida toda. Contém citação direta e indireta. Também apresenta sugestão de atividade para o desenvolvimento e progresso do leitor nos anos iniciais.
A leitura: atividade central na formação do sujeito
No mundo contemporâneo, a leitura tem se mostrado cada vez mais como
necessidade fundamental para o ser humano, visto que é por meio dela que o indivíduo adquire conhecimento, transforma-se e se insere na sociedade. Apesar desse ideal ser difundido amplamente em relatórios, estudos, programas de governo, o retrato de leitura no Brasil ainda se configura com índices abaixo da média, cabendo, portanto, sobretudo à escola difundir práticas que estimulem amplamente a formação leitora em crianças e jovens. O cenário atual demonstra a circulação massiva de informações veiculadas por diferentes suportes que permeiam a vida social, como mídia eletrônica, impressos, outdoors, revistas, aplicativos, etc. É nesse contexto que o indivíduo precisa lidar cotidianamente com informações cujas finalidades variam desde a simples leitura de placas de trânsito, mensagens veiculadas em Smartphones até textos mais complexos, por exemplo, anúncios publicitários, notícias, textos acadêmicos. Tais gêneros textuais requerem do sujeito competências e habilidades para realizar operações mentais complexas, inferir informações e realizar procedimentos de leitura, conforme as mais variadas necessidades. No sentido em que se vem falando, o hábito de leitura, adquirido por meio de práticas contextualizadas e com função social clara, torna-se fundamental para que seja assegurado o exercício da cidadania. Dificuldades de leitura, se não sanadas a tempo, comprometem o desempenho satisfatório do aluno e podem desestimular a frequência ao ambiente de ensino, sendo este último apontado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA) como um dos principais fatores para uma trajetória de criminalidade. Tais informações referendam a importância de se promover leitores críticos e assíduos, cujo objetivo é promover a inclusão cidadã. Em que pesem todas as iniciativas, o Brasil ainda ocupa dados preocupantes no que se refere ao hábito de leitura. Conforme demonstra a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o brasileiro lê pouco e quando o faz é por obrigação. Mas o que fazer perante o cenário que se apresenta? O poeta João Cabral de Melo Neto, embora se refira ao ato criador de escrever poesias, revela um procedimento que pode contribuir na formação de leitores: ler se limitaria com catar feijão, isto é, além de se tornar um hábito rotineiro, precisa ser estimulado, garantir a inclusão de gêneros textuais circundantes na esfera em que se encontra o aluno, além de propiciar sentido para a prática social cotidiana. No que se refere ao ensino de língua materna na Educação Infantil e anos iniciais, Koch e Elias (2016) apresentam concepção de texto norteadora para o trabalho docente. No dizer das autoras “[...]o texto é um objeto complexo que envolve não apenas operações linguísticas como também cognitivas, sociais e interacionais.[...] é preciso considerar também conhecimentos de mundo, da cultura em que vivemos e das formas de interagir em sociedade”(KOCH; ELIAS, 2016, p.15). Nesse sentido, é preciso ter clareza que as interpretações sobre as leituras feitas, ressalvados os devidos níveis, se inicia desde a Educação Infantil e se apresenta inscrita nas entrelinhas do texto. De outro modo, não há uma única interpretação, porém nem todas são pertinentes. Associe-se a isso o processo feitos, durante e após a leitura, na perspectiva de perscrutar e fazer com que o aluno perscrute as informações e as represente de distintas formas: reprodução oral, teatro, desenho, texto escrito etc. Outro fator preponderante na formação de leitores é que leitura se torne atividade central, deixando de ser pretexto para outra atividade ou se sobrar tempo no final do expediente. Em outras palavras, é preciso ler e apreciar um livro, ler por ler, ler um texto e a ele atribuir sentido, tecer comentários, partilhar a visão que se tem com colegas, todas atividades que a escola pode desenvolver com qualquer faixa etária. É preciso permitir que o aluno se utilize do seu conhecimento de mundo para interpretar o texto, valha-se da visão do colega ou dos encaminhamentos prévios do professor para ampliar e perpetuar essa prática ao longo da vida. Ante o exposto, é fundamental considerar que o hábito de leitura deve, cada vez mais, permear a prática do sujeito, a fim de lhe possibilitar o exercício da cidadania, ao inseri-lo no mundo letrado. Por sua vez, as práticas pedagógicas precisam contemplar os diferentes gêneros textuais que circundam o aluno, bem como promover a leitura como atividade central de aprendizado, considerando o texto como forma de interação e possibilidades de diálogo. Ao assumir tal perspectiva, a escola constituir-se-á como ambiente formador de leitores, contrapondo o cenário nacional de pouca assiduidade à leitura.
Obs.: este texto foi produzido para a disciplina de Metodologia da Alfabetização
da UNICESUMAR-Maringá, curso de Pedagogia, modalidade EAD.