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Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SABESP
Estagiário: Ensino Médio Regular, Ensino Médio Técnico e Ensino Superior:
• Técnico Em Administração • Técnico Em Edificações
• Técnico Em Elétrica • Técnico Em Eletrônica • Técnico Em Eletrotécnica
• Técnico Em Enfermagem Do Trabalho • Técnico Em Informática
• Técnico Em Mecânica • Técnico Em Química • Técnico Em Saneamento
• Técnico Em Secretariado • Técnico Em Segurança Do Trabalho
• Superior Em Administração • Superior Em Análise E Desenvolvimento De Sistemas
• Superior Em Ciências Biológicas • Superior Em Ciências Contábeis
• Superior Em Ciências Da Computação • Superior Em Ciências Econômicas
• Superior Em Comunicação Social – Fotografia
• Superior Em Comunicação Social – Jornalismo
• Superior Em Comunicação Social - Publicidade E Propaganda
• Superior Em Comunicação Social - Rádio E Tv
• Superior Em Comunicação Social - Relações Públicas
• Superior Em Design Gráfico • Superior Em Direito
• Superior Em Engenharia Ambiental • Superior Em Engenharia Cartográfica
• Superior Em Engenharia Civil • Superior Em Engenharia De Produção
• Superior Em Engenharia Elétrica • Superior Em Engenharia Mecânica
• Superior Em Engenharia Química • Superior Em Informática
• Superior Em Programação Visual • Superior Em Propaganda E Marketing Ou Marketing
• Superior Em Psicologia • Superior Em Química • Superior Em Secretariado Executivo
• Superior Em Serviço Social • Superior Em Sistemas De Informação
• Superior Em Tecnologia Da Informação
• Superior Em Tecnologia Em Construção De Edifícios
• Superior Em Tecnologia Em Gestão Empresarial Ou Processos Gerenciais
• Superior Em Tecnologia Em Hidráulica E Saneamento Ambiental
• Superior Em Tecnologia Em Obras Hidráulicas.
Edital de Abertura de Inscrições SABESP - Nº 02/2018

MR117-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Cargo: Estagiário: Ensino Médio Regular, Ensino Médio Técnico e Ensino Superior

(Baseado no Edital de Abertura de Inscrições SABESP - Nº 02/2018)

• Língua Portuguesa
• Matemática
• Raciocínio Lógico
• Noções de Informática
• Atualidades

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis

Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Ortografia oficial. ..................................................................................................................................................................................................... 44


Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................................ 47
Flexão nominal e verbal. ....................................................................................................................................................................................... 07
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. ...................................................................................................................... 07
Emprego de tempos, modos e aspectos verbais. ....................................................................................................................................... 07
Vozes do verbo. ........................................................................................................................................................................................................ 07
Classes de palavras: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ............................................................. 07
Concordância nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................ 52
Regência nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................. 58
Ocorrência de crase. ............................................................................................................................................................................................... 71
Sintaxe: coordenação e subordinação. ........................................................................................................................................................... 63
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 50
Redação: confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas. ............................................................................................ 91
Compreensão e interpretação de texto........................................................................................................................................................... 83

Matemática

Números inteiros e racionais: operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação; expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. ........................................................................................................................... 01
Relação entre grandezas: tabelas, gráficos e fórmulas. ............................................................................................................................ 37
Razões e proporções; divisão em partes proporcionais; .......................................................................................................................... 11
Regra de três simples e composta;.................................................................................................................................................................... 15
Porcentagem e problemas. .................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos. ................................................................................................................................................................................. 77
Equações do 1º e 2º grau; sistemas de equações. ..................................................................................................................................... 23
Noções de probabilidade e estatística. ........................................................................................................................................................... 41
Noções de geometria: comprimentos, áreas e volumes........................................................................................................................... 47

Raciocínio Lógico

Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações
das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. ............................ 01
Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal, raciocínio matemático, raciocínio
sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos. ...................................... 01
Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões
determinadas.............................................................................................................................................................................................................. 37
SUMÁRIO

Noções de Informática

Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à internet/
intranet......................................................................................................................................................................................................................... 01
Ferramentas e aplicativos de navegação (Internet Explorer 11, Google Chrome e Firefox) e de correio eletrônico (webmail
e Microsoft Outlook 2013).................................................................................................................................................................................... 11
Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos................................................................................. 39
Conceitos de proteção e segurança da informação................................................................................................................................... 41
Conceitos de hardware e software.................................................................................................................................................................... 46
Procedimentos, aplicativos e dispositivos para armazenamento de dados e para realização de cópia de segurança
(backup)........................................................................................................................................................................................................................ 68
Conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos, pastas e programas e funcionamento de periféricos no
sistema operacional Windows 10....................................................................................................................................................................... 70
Aplicativos para edição de textos, apresentações e planilhas eletrônicas utilizando o Microsoft Office 2013................... 81
Noções básicas de bancos de dados, linguagem SQL, linguagem de programação (Java) ou lógica de programação
(pseudolinguagem), redes e dispositivos móveis......................................................................................................................................151

Atualidades

Economia internacional contemporânea........................................................................................................................................................ 01


Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea...................................... 01
Panorama da economia nacional....................................................................................................................................................................... 02
Elementos de política brasileira.......................................................................................................................................................................... 04
O desenvolvimento urbano brasileiro.............................................................................................................................................................. 04
Meio ambiente e sociedade:................................................................................................................................................................................ 05
Problemas, políticas públicas e aspectos globais........................................................................................................................................ 08
LÍNGUA PORTUGUESA

Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO

Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp

LETRA E FONEMA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.

- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi

- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 12 3 45 6

Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: ga lho


1 2 3 4 12345

- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1234

Classificação dos Fonemas


Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entrea- 1) Ditongo


berta. As vogais podem ser:
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
/o/, /u/. - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal:
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na- - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo-
sais. gal: pai (a = vogal, i = semivogal)
/ã/: fã, canto, tampa - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
/ ẽ /: dente, tempero - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-
/ ĩ/: lindo, mim sais: mãe
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum 2) Tritongo

- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).

2) Semivogais Encontros Consonantais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.

3) Consoantes Dígrafos

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.

Encontros Vocálicos Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-


ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas
semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante para representar um único fonema (di = dois + grafo = le-
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos
sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton- que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:
go e o hiato. consonantais e vocálicos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

Dígrafos Vocálicos

Registram-se na representação das vogais nasais:

Fonemas Letras Exemplos


/ã/ am tampa
an canto
/ẽ/ em templo
en lenda
/ĩ/ im limpo
in lindo
õ/ om tombo
on tonto
/ũ/ um chumbo
un corcunda

* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).

Dífonos

Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

4
LÍNGUA PORTUGUESA

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.

cant-á-va-mos: Palavras simples: aquelas que possuem um só radical:


cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo- azeite, cavalo.
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-
vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primei- Palavras compostas: aquelas que possuem mais de
ra pessoa do plural) um radical: couve-flor, planalto.
* As palavras compostas podem ou não ter seus ele-
cant-á-sse-is: mentos ligados por hífen.
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência mo-
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti- Processos de Formação de Palavras
vo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
pessoa do plural) Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a derivação,
Vogal temática a composição, a onomatopeia, a abreviação e o hibridismo.
Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge Derivação por Acréscimo de Afixos
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical
às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri-
tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as de- vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
sinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vo-
gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indica
Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e (da 2.ª
acréscimo de prefixo.
conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = partir).
In feliz des leal
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
Prefixo radical prefixo radical
átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base,
combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. acréscimo de sufixo.
A estas vogais temáticas se liga a desinência indicadora
de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados Feliz mente leal dade
em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não Radical sufixo radical sufixo
apresentam vogal temática.
Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam-
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de se principalmente verbos.
conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a per-
tencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática En trist ecer
é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal Prefixo radical sufixo
temática -i pertencem à terceira conjugação.
Em tard ecer
Interfixos prefixo radical sufixo

São os elementos (vogais ou consoantes) que se in- Outros Tipos de Derivação


tercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou mes-
mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por Há dois casos em que a palavra derivada é formada
exemplo: sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação
Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. regressiva e a derivação imprópria.
Consoantes: cafezal, sonolento, friorento.
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por re-
Formação das Palavras dução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
de substantivos derivados de verbos.
Há em Português palavras primitivas, palavras deriva- janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca
das, palavras simples, palavras compostas. (substantivo) – deriva de pescar (verbo)

5
LÍNGUA PORTUGUESA

Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob- Fontes de pesquisa:


tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-
mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-
na classe gramatical. formacao-de-palavras-i.htm
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê” SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
deriva da conjunção porque) coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
do verbo olhar). ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
** Dica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
palavra e geralmente transforma verbos em substantivos: ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
caça = deriva de caçar, saque = deriva de sacar.
A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,
apenas faz com que ela pertença a uma classe gramatical Questões sobre Estrutura das Palavras
“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira-
mente faz parte. A alteração acontece devido à presença de 1-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN-
outros termos, como artigos, por exemplo: CIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é for-
O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a fun- mada pelo seguinte processo:
cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”) A) sufixação
Composição B) prefixação
C) parassíntese
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais D) justaposição
radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de E) aglutinação
composição: justaposição e aglutinação.
1-) Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um
Justaposição: ocorre quando os elementos que for- prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou
mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos-
prefixação).
tos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira,
girassol.
RESPOSTA: “B”.
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele-
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me-
2-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
nos um deles perde sua integridade sonora: aguardente
AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014)
(água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna +
alta), vinagre (vinho + acre). O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é
um exemplo de:
Outros processos de formação de palavras: a) palavra composta
b) palavra primitiva
Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir c) palavra derivada
certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom. d) neologismo

Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

6
LÍNGUA PORTUGUESA

de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.

* Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

Número dos Adjetivos

Plural dos adjetivos simples

Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos:


Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Composto Observe que:


a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas pectivamente.
o último elemento concorda com o substantivo a que se b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande
invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, e mais pequeno. Por exemplo:
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- mentos.
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará duas qualidades de um mesmo elemento.
invariável. Veja:
Camisas rosa-claro. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe-
Ternos rosa-claro.
rioridade
Olhos verde-claros.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Superlativo
* Observação:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in- vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e
variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos apresenta as seguintes modalidades:
cor-de-rosa. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. senta-se nas formas:
1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio
Grau do Adjetivo de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten- 2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo
benéfico - beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais características bom - boníssimo ou ótimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual- comum - comuníssimo
dade, de superioridade ou de inferioridade.
cruel - crudelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade difícil - dificílimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da doce - dulcíssimo
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão. fácil - facílimo
fiel - fidelíssimo
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
No comparativo de superioridade analítico, entre os um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Essa relação pode ser:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do 1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
que” ou “mais...que”.
todas.
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
todas.
rioridade Sintético

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de * Note bem:


superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, an-
grande/maior, baixo/inferior. tepostos ao adjetivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)

Advérbio Classificação dos Advérbios

Compare estes exemplos: De acordo com a circunstância que exprime, o advér-


bio pode ser de:
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
O ônibus chegou.
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
O ônibus chegou ontem.
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sen-
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-
tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,
querda, ao lado, em volta.
de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
advérbio. amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio fim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
(bem) imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessiva-
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adje- mente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de
tivo (claros) vez em quando, de quando em quando, a qualquer momen-
to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,
tar ideia de: acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
Tempo: Ela chegou tarde. toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse
Lugar: Ele mora aqui. modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
Modo: Eles agiram mal. a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em
Negação: Ela não saiu de casa. “-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa-
Dúvida: Talvez ele volte. cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen-
te, bondosamente, generosamente.
Flexão do Advérbio Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
porém, admitem a variação em grau. Observe: Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Grau Comparativo Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo,
que o comparativo do adjetivo: de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-
- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- demente, bem (quando aplicado a propriedades graduá-
nato fala tão alto quanto João. veis).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen- Locução Adverbial


te, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o
vento apenas move a copa das árvores. Quando há duas ou mais palavras que exercem função
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
adolescência. mente por uma preposição. Veja:
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus dentro, por aqui, etc.
amigos por comparecerem à festa. afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
* Saiba que: geral, frente a frente, etc.
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei em dia, nunca mais, etc.
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
tarde possível. * Observações:
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, - tanto a locução adverbial como o advérbio modifi-
em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
respondeu calma e respeitosamente. Chegou muito cedo. (advérbio)
Joana é muito bela. (adjetivo)
Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido De repente correram para a rua. (verbo)

Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.

* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).

11
LÍNGUA PORTUGUESA

Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.

* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do Fontes de pesquisa:


numeral “ambos”: http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso Saraiva, 2010.
do artigo, outros não: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCO-
NI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed.
* Quando indicado no singular, o artigo definido pode Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
indicar toda uma espécie: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho dignifica o homem. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
* No caso de nomes próprios personativos, denotando
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso Conjunção
do artigo:
Marcela é a mais extrovertida das irmãs. Além da preposição, há outra palavra também invariá-
O Pedro é o xodó da família. vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con-
junção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras
* No caso de os nomes próprios personativos estarem de mesma função em uma oração:
no plural, são determinados pelo uso do artigo: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
Os Maias, os Incas, Os Astecas... São Paulo.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
* Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to-
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele Morfossintaxe da Conjunção
(o artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
dos. (qualquer classe)
Classificação da Conjunção
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
facultativo: De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Preparei o meu curso. Preparei meu curso. conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
* A utilização do artigo indefinido pode indicar uma pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
ideia de aproximação numérica: lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo
caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-
* O artigo também é usado para substantivar palavras pende da existência do outro. Veja:
pertencentes a outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
* Há casos em que o artigo definido não pode ser Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
usado:
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
O professor visitará Roma. quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.
Já em:

12
LÍNGUA PORTUGUESA

Espero que eu seja aprovada no concurso! As conjunções subordinativas subdividem-se em inte-


Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a grantes e adverbiais:
segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
cipal): 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma elas introduzida completa ou integra o sentido da principal.
oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja,
a função de objeto direto do verbo da oração principal). as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta)
Conjunções Coordenativas
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
São aquelas que ligam orações de sentido completo exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor-
e independente ou termos da oração que têm a mesma do com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da
função gramatical. Subdividem-se em:
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não),
que, porquanto, já que, desde que, etc.
não só... mas também, não só... como também, bem como, Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
Não só dança, mas também canta. ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,
pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: etc.
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
obstante.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se que, a menos que, sem que, etc.
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por Não sei se farei o concurso...
isso, assim. Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
ficou nervosa. direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. a oração em destaque exerce a função de objeto direto da
oração principal, sendo classificada como oração subordi-
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração nada substantiva objetiva direta.
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: d) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
Não demore, que o filme já vai começar. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Conjunções Subordinativas e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina-


lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas
que, etc.
dependente da outra. A oração dependente, introduzida
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-
ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado f) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
quando ela chegou. sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
O baile já tinha começado: oração principal expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
ela chegou: oração subordinada quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
menos... (menos), etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”

O bom relacionamento entre as conjunções de um Psiu!


texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa- contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú- nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios puxa: interjeição; tom da fala: euforia
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se
pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o con- Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
junto das relações que garantem a coesão do enunciado. puxa: interjeição; tom da fala: decepção
O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
estas interferem semanticamente no enunciado.
tristeza, dor, etc.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
Ah, deve ser muito interessante!
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
b) Sintetizar uma frase apelativa.
são de circunstâncias fundamentais à condução da história, Cuidado! Saia da minha frente.
como as noções de tempo, finalidade, causa e consequên-
cia. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a li- As interjeições podem ser formadas por:
nha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
exposições e argumentações construídas por meio de con- b) palavras: Oba! Olá! Claro!
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!
concessivas. Ora bolas!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Interjeições 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-


frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo:
Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten- Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
ção! Olha! Alerta!
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Âni- quá!, etc.
mo! Adiante!
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativo
Essa não! Chega! Basta! e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Deus! Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! Fontes de pesquisa:
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! php
Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ora! Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática
Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus! Numeral
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Numeral é a palavra variável que indica quantidade
Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes-
soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determi-
* Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,
nada sequência.
isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
* Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
se trata de um processo natural desta classe de palavra, a expressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. trata de numerais, mas sim de algarismos.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
Locução Interjetiva vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma dúzia, par, ambos(as), novena.
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! Classificação dos Numerais
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise - Cardinais: indicam quantidade exata ou determina-
dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha- da de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm
me Deus!, Quem me dera! sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé-
cada, bimestre.
* Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. - Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém ou
Por exemplo: alguma coisa ocupa numa determinada sequência: primei-
Ué! (= Eu não esperava por essa!) ro, segundo, centésimo, etc.
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.)
* Observação importante:
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes final e penúltimo também indicam posição dos seres, mas
gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem- são classificadas como adjetivos, não ordinais.
plo:
Viva! Basta! (Verbos) - Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou
Fora! Francamente! (Advérbios) seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

* Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por


dois zeros, usa-se o “e”:
Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: Dicas sobre preposição


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.
php - O “a” pode funcionar como preposição, pronome
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- para determiná-lo como um substantivo singular e femi-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: nino.
Saraiva, 2010. A matéria que estudei é fácil!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
Preposição termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Preposição é uma palavra invariável que serve para Irei à festa sozinha.
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Entregamos a flor à professora!
normalmente há uma subordinação do segundo termo em *o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.
relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- lugar e/ou a função de um substantivo.
preensão do texto. Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos.

Tipos de Preposição Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas


por meio das preposições:
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusi-
vamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, Destino = Irei a Salvador.
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, Modo = Saiu aos prantos.
Lugar = Sempre a seu lado.
atrás de, dentro de, para com.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tempo = Chegarei em instantes.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
Causa = Chorei de saudade.
gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, ex-
Instrumento = Escreveu a lápis.
ceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
Posse = Vi as roupas da mamãe.
Autoria = livro de Machado de Assis
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va-
Companhia = Estarei com ele amanhã.
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é Matéria = copo de cristal.
uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado Meio = passeio de barco.
de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, Origem = Nós somos do Nordeste.
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por Conteúdo = frascos de perfume.
causa de, por cima de, por trás de. Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a
outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê- * Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
nero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre-
positiva por trás de.
* Essa concordância não é característica da preposição,
mas das palavras às quais ela se une. Fontes de pesquisa:
Esse processo de junção de uma preposição com outra http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
palavra pode se dar a partir dos processos de: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocá- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
bulos não sofrem alteração. Saraiva, 2010.
2. Contração: união de uma preposição com outra pa- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de + ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = da- Pronome
quele, em + isso = nisso. Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” prepo- panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
sição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do forma.
pronome “aquilo”). O homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Utilizando pronomes, teremos: Pronome Reto


O homem julga que é superior à natureza, por isso ele
a destrói... Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termos ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
(homem e natureza).
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
Grande parte dos pronomes não possuem significados nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos gurado:
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 1.ª pessoa do singular: eu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 2.ª pessoa do singular: tu
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 3.ª pessoa do singular: ele, ela
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 1.ª pessoa do plural: nós
- 2.ª pessoa do plural: vós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas
pessoa do discurso.
* Atenção: esses pronomes não costumam ser usa-
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. dos como complementos verbais na língua-padrão. Frases
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
fala] mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem me até aqui”.
se fala]
* Observação: frequentemente observamos a omissão
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- as próprias formas verbais marcam, através de suas desi-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência nências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto:
através do pronome seja coerente em termos de gênero Fizemos boa viagem. (Nós)
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome Oblíquo

Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Observações: - As preposições essenciais introduzem sempre prono-


- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome forma:
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não há mais nada entre mim e ti.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
diretos como objetos indiretos. Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Não vá sem mim.
objetos diretos.
* Atenção: Há construções em que a preposição, ape-
- Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com- sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu-
binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- zir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
mas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. pronome, deverá ser do caso reto.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Trouxeste o pacote? Não vá sem eu mandar.
Sim, entreguei-to ainda há pouco.
Não contaram a novidade a vocês? * A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
Não, no-la contaram. está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para
No Brasil, essas combinações não são usadas; até mes- mim!
mo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
* Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
especiais depois de certas terminações verbais.
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
companhia.
terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
dizer + a = dizê-la
Ela veio até mim, mas nada falou.
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de)
- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: inclusão, usaremos as formas retas:
viram + o: viram-no Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu)
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
tem + as = tem-nas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
Pronome Oblíquo Tônico todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. notícias.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Ele disse que iria com nós três.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
forte. Pronome Reflexivo
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
- 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
- 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
- 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco expressa pelo verbo.
- 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Quadro dos pronomes reflexivos:
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas - 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As - 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Conhece a ti mesmo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. * Observações:


Guilherme já se preparou. * Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Ela deu a si um presente. tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em
Antônio conversou consigo mesmo. relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Se-
nhor Ministro, compareça a este encontro.
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio. ** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua
- 2.ª pessoa do plural (vós): vos. Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-
Vós vos beneficiastes com esta conquista. priedade.

- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Note que: A forma do possessivo depende da pessoa *Em relação ao tempo:


gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam - Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribui- relação à pessoa que fala:
ção naquele momento difícil. Esta manhã farei a prova do concurso!

* Observações: - Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-


- A forma “seu” não é um possessivo quando resultar rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, soa que fala:
seu José. Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta-


- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo
se. Podem ter outros empregos, como:
remoto:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Naquele tempo, os professores eram valorizados.
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 *Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala-
anos. rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
tografia, concordância.
- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência - Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
trouxe sua mensagem? fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- mos!
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - Este e aquele são empregados quando se quer fa-
zer referência a termos já mencionados; aquele se refere
ao termo referido em primeiro lugar e este para o referido
- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
por último:
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
os passos. (= Vou seguir seus passos) Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],
- O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- aquele [Palmeiras])
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para ou
que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos
lugares. Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo],
Pronomes Demonstrativos aquele [Palmeiras])

São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes Relativos - O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com


o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-
São aqueles que representam nomes já mencionados quente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo”
as orações subordinadas adjetivas. equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de Existem pessoas cujas ações são nobres.
um grupo racial sobre outros. (antecedente) (consequente)
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
= oração subordinada adjetiva). *interpretação do pronome “cujo” na frase acima: ações
das pessoas. É como se lêssemos “de trás para frente”. Ou-
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” tro exemplo:
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro)
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono- ** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro-
me demonstrativo o, a, os, as. nome:
Não sei o que você está querendo dizer. O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem se a)
expresso.
Quem casa, quer casa. - “Quanto” é pronome relativo quando tem por an-
tecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e
Observe: tudo:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os Emprestei tantos quantos foram necessários.
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, (antecedente)
quantas. Ele fez tudo quanto havia falado.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. (antecedente)

Note que: - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-


- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, pre precedido de preposição.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs- É um professor a quem muito devemos.
tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu (preposição)
antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
qual) casa onde morava foi assaltada.
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
quais) - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as ou em que.
quais) Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que lavras:
podem ter várias classificações) são pronomes relativos. To- - como (= pelo qual) – desde que precedida das pala-
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por vras modo, maneira ou forma:
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Não me parece correto o modo como você agiu semana
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual passada.
me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio - quando (= em que) – desde que tenha como antece-
de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou dente um nome que dê ideia de tempo:
encantado: o sítio ou minha tia?). Bons eram os tempos quando podíamos jogar videoga-
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas me.
dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-
se o qual / a qual) - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou porte.
de ser poeta, que era a sua vocação natural. = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode -lugares: Alemanha, Portugal


ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de -sentimentos: amor, saudade
gente que conversava, (que) ria, observava. -estados: alegria, tristeza
-qualidades: honestidade, sinceridade...
Pronomes Interrogativos -ações: corrida, pescaria...

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Morfossintaxe do substantivo


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
quanto (e variações). do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
Com quem andas?
indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-
Qual seu nome?
nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como
Sobre os pronomes: núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função verbiais - quando essas funções são desempenhadas por
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo grupos de palavras.
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. Classificação dos Substantivos
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
lhe ajudar. Substantivos Comuns e Próprios

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” Observe a definição:


exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca-
de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em
O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para oposição aos bairros).
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos comum.
de preposição. Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
eu estava fazendo. homem, mulher, país, cachorro.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim Estamos voando para Barcelona.
o que eu estava fazendo.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
Fontes de pesquisa: pécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – aquele
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42. que designa os seres de uma mesma espécie de forma par-
php ticular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Substantivos Concretos e Abstratos
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
Saraiva, 2010. existe, independentemente de outros seres.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observação: os substantivos concretos designam se-
res do mundo real e do mundo imaginário.
Substantivo
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, Brasília.
as quais denominam todos os seres que existem, sejam Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenôme- ma.
nos, os substantivos também nomeiam:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que enxoval roupas


dependem de outros para se manifestarem ou existirem.
Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode falange soldados, anjos
ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes- fauna animais de uma região
soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser
feixe lenha, capim
para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um subs-
tantivo abstrato. flora vegetais de uma região
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- frota navios mercantes, ônibus
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
girândola fogos de artifício
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). horda bandidos, invasores
médicos, bois, credores,
Substantivos Coletivos junta
examinadores

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação dos Substantivos Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma,


Substantivos Simples e Compostos que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Classificam-se em:
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra. - Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se
O substantivo chuva é formado por um único elemento faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fêmea”: a
ou radical. É um substantivo simples. cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
- Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a
Substantivo Simples: é aquele formado por um único pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a víti-
elemento. ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in-
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a
colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
em ema ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sis-
tema, o sintoma, o teorema.
Substantivos Primitivos e Derivados
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne- variam em seu significado:
nhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O subs- o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz)
tantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se originou o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo)
a partir da palavra limão. o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba)
tra palavra. o lente (professor) e a lente (vidro de aumento)
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclusão)
Flexão dos substantivos o praça (soldado raso) e a praça (área pública)
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
meninão / Diminutivo: menininho - aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Flexão de Gênero masculino: freguês - freguesa
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de- de três formas:
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito 1- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram 2- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas 3- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
“coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
* Exceções: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão -
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
sultana
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja - Substantivos terminados em -or:
estes títulos de filmes: acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
O velho e o mar troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
Um Natal inesquecível
Os reis da praia - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Uma cidade sem passado final por -a: elefante - elefanta
As tartarugas ninjas
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo

Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Substantivos Simples - Flexionam-se os dois elementos, quando formados


de:
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon feitos
- cânones. adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
em “ns”: homem - homens.
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- formados de:
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e al-
to-falantes
* Atenção: O plural de caráter é caracteres.
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
cos
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul formados de:
e cônsules. substantivo + preposição clara + substantivo = água-
de-colônia e águas-de-colônia
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
duas maneiras: lo-vapor e cavalos-vapor
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis substantivo + substantivo que funciona como determi-
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do
termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-re-
Observação: a palavra réptil pode formar seu plural de lógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe-espa-
duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). da - peixes-espada.

- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais

- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o louva-a-deus e os louva-a-deus


de três maneiras.
o bem-te-vi e os bem-te-vis
1- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2- substituindo o -ão por -ães: cão - cães o bem-me-quer e os bem-me-queres
3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos o joão-ninguém e os joões-ninguém.

- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Plural das Palavras Substantivadas


o látex - os látex.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
Plural dos Substantivos Compostos classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
- A formação do plural dos substantivos compostos Pese bem os prós e os contras.
depende da forma como são grafados, do tipo de palavras O aluno errou na prova dos noves.
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, gi- * Observação: numerais substantivados terminados
rassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmeque- em “s” ou “z” não variam no plural: Nas provas mensais con-
res. segui muitos seis e alguns dez.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Diminutivos Singular Plural


Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final Corpo (ô) corpos (ó)
e acrescenta-se o sufixo diminutivo. esforço esforços
fogo fogos
pãe(s) + zinhos = pãezinhos forno fornos
animai(s) + zinhos = animaizinhos fosso fossos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos imposto impostos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos olho olhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos osso (ô) ossos (ó)
tren(s) + zinhos = trenzinhos ovo ovos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas poço poços
flore(s) + zinhas = florezinhas porto portos
mão(s) + zinhas = mãozinhas posto postos
papéi(s) + zinhos = papeizinhos tijolo tijolos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos * Observação: distinga-se molho (ô) = caldo (molho
pé(s) + zinhos = pezinhos de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
pé(s) + zitos = pezitos
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
sempre que a terminação preste-se à flexão. - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Os Napoleões também são derrotados. - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
As Raquéis e Esteres. singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
com sentido de plural:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Aqui morreu muito negro.
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. improvisadas.

Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- Flexão de Grau do Substantivo


do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
quiens. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:

Observe o exemplo: - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-


Este jogador faz gols toda vez que joga. do normal. Por exemplo: casa
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
Plural com Mudança de Timbre
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Certos substantivos formam o plural com mudança de
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico). Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de aumento. Por exemplo: casarão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho Classificação dos Verbos


do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo Classificam-se em:
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- - Regulares: são aqueles que apresentam o radical
cador de diminuição. Por exemplo: casinha. inalterado durante a conjugação e desinências idênticas às
de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por
Fontes de pesquisa: exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php gados no presente do Modo Indicativo:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- canto falo
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: cantas falas
Saraiva, 2010.
canta falas
Verbo cantamos falamos
cantais falais
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, núme-
ro, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o cantam falam
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre * Dica: Observe que, retirando os radicais, as desi-
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno nências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer). idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se
repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju-
Estrutura das Formas Verbais gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.
Substitua o radical “cant” e coloque o “and” (radical do ver-
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar bo andar). Viu? Fácil!
os seguintes elementos:
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. ções no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse.
(radical fal-) * Observação: alguns verbos sofrem alteração no ra-
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- dical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: de: corrigir/corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo.
fala-r. São três as conjugações: Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque o
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática - fonema permanece inalterado.
E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
gação completa. Os principais são adequar, precaver, com-
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) putar, reaver, abolir, falir.
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número (sin- - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, nor-
gular ou plural): malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam (in- principais verbos impessoais são:
dica a 3.ª pessoa do plural.)
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-
* Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados se ou fazer (em orações temporais).
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação, pois a Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Exis-
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar tiam)
de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
formas do verbo: põe, pões, põem, etc. Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Faz invernos rigorosos na Europa.
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- Era primavera quando o conheci.
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento Estava frio naquele dia.
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
opinei, aprenderão, amaríamos.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

* São impessoais, ainda:


- o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

- os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.

- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.

- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).

* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

* Observação: todos os sujeitos apontados são oracionais.

- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso

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LÍNGUA PORTUGUESA

Eleger Elegido Eleito


Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

33
LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Modo Subjuntivo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.doPreté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

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LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres

haver

havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

35
LÍNGUA PORTUGUESA

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:

1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.

* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.


Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

36
LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!

Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.

3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.

37
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Tempos do Modo Indicativo


- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

2. Tempos do Modo Subjuntivo


- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.

Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Modo Indicativo

Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

38
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

39
LÍNGUA PORTUGUESA

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

40
LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

- o verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

41
LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: 3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. – VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir.
php Já __________ alguns anos que estudos a respeito da
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- utilização abusiva dos smartphones estão sendo desen-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: prolongado desses aparelhos, e _________ alertado os pais
Saraiva, 2010. para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- seus filhos.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, com:
Questões sobre Verbo (A) faz … haver … têm
(B) fazem … haver … tem
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – (C) faz … haverem … têm
2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é: (D) fazem … haverem … têm
A) Houveram eleições em outros países este ano. (E) faz … haverem … tem
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos. 3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns
D) Fazem três anos que não tiro férias. anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos
E) Esse homem possue muitos bens. smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas
acreditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos
1-) Correções à frente: para associar alguns comportamentos dos adolescentes ao
A) Houveram eleições em outros países este ano = uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o
houve termo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos Temos: faz, haver, têm.
RESPOSTA: “A”.
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.
Vozes do Verbo
2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e
ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con-
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
cordância.
que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque
as vozes verbais:
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - preté-
rito perfeito do indicativo) - Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos ação expressa pelo verbo:
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo) Ele fez o tra-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na balho.
composição da chapa quando se _________ de criticar a sujeito agente ação objeto
atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) (paciente)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem - Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a
B-) interviu - entretiveram - absterem ação expressa pelo verbo:
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem O trabalho foi feito p o r
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ele.
sujeito paciente ação agente
da passiva
2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o ver-
bo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, - Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como
não há outro item com a mesma opção, chegamos à res-
posta rapidamente!
RESPOSTA: “A”.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

O menino feriu-se. Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões

2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.

43
LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç

2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.

O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Lui- CH e não X


sinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,
verbos derivados de nomes cujo radical termina com mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
“s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
As letras “e” e “i”
Z e não S
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com
sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: “i”, só o ditongo interno cãibra.
macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza. verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori- escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com
gem não termine com s): final - finalizar / concreto – con- “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
cretizar. possui, contribui.
consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal * Atenção para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (super-
Exceção: lápis + inho – lapisinho. fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
/ emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
O fonema j cia, que anda a pé), pião (brinquedo).

G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).

O fonema ch Fontes de pesquisa:


http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
X e não CH tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
xucro. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagar- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
tixa. Saraiva, 2010.
depois de ditongo: frouxo, feixe. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Exceção: quando a palavra de origem não derive de


outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Hífen ** O hífen é suprimido quando para formar outros ter-


mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para
ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi- Lembrete da Zê!
dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos Ao separar palavras na translineação (mudança de li-
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a nha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por
translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, se- hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti
parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). -inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima
linha escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as linhas).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tográfica: Não se emprega o hífen:

1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões Armandinho, personagem do cartunista Alexandre


Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas”
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da-
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que das as frases abaixo,
todas as palavras estão corretas: I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. posto policial.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. carro.
V. O policial anunciou o __________ delito.
1-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor-
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo retamente as lacunas das frases.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi- A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
droelétrica, ultrassom B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes- D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
trutura E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
RESPOSTA: “A”.
3-) Questão que envolve ortografia.
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que
posto policial. (= aproximadamente)
todas as palavras estão corretas:
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (re-
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
lacione com infrator)
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
carro. (de grande vulto, volumoso)
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.
com “pego no flagra”)
2-) Correção: Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta RESPOSTA: “D”.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi-
droelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto ACENTUAÇÃO
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-
trutura
RESPOSTA: “A”.
Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-
vras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora se
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por
UFAL/2014) isso, vamos às regras!

Regras básicas – Acentuação tônica

A acentuação tônica está relacionada à intensidade


com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela
que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sí-
laba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos
intensidade, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifica-
das como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba. Ex.: café – coração – Belém – atum – caju –
papel

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai


na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – sapato
– passível

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LÍNGUA PORTUGUESA

Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.

Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas Antes Agora


em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos. assembléia assembleia
idéia ideia
Os acentos
geléia geleia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, jibóia jiboia
“u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras represen- apóia (verbo apoiar) apoia
tam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público.
paranóico paranoico
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos).
Acento Diferencial
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: tâma-
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de
ra – Atlântico – pêsames – supôs .
acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
e/ou tempos verbais. Por exemplo:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmen-
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito
te abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em
de Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülle-
tivo do mesmo verbo).
riano (de Müller)
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
gais nasais: oração – melão – órgão – ímã
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
Regras fundamentais
Os demais casos de acento diferencial não são mais
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-
Palavras oxítonas:
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramati-
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
cais são definidos pelo contexto.
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro
pó(s) – Belém.
“para” é verbo; o segundo, preposição (com relação de fi-
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
nalidade).
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por
guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
“colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
você. / Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Paroxítonas:
Regra do Hiato:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is: táxi – lápis – júri
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a se-
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
gunda vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
fórceps
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz,
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
sa-ir, ju-iz
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Re-
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
pare que esta palavra apresenta as terminações das paro-
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
xítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!
Observação importante:
Regras especiais:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
palavras paroxítonas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Antes Agora Questões

bocaiúva bocaiuva 1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL


feiúra feiura TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assi-
nale a alternativa que contém duas palavras acentuadas
Sauípe Sauipe
conforme a mesma regra.
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
abolido:
(C) “Índice” e “dólares”.
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
Antes Agora (E) “Atribuídos” e “índice”.
crêem creem
1-)
lêem leem
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = pa-
vôo voo roxítona
enjôo enjoo (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paro-
xítona
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxí-
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais tona
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra
Repare: do hiato
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparo-
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! xítona
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que RESPOSTA: “B”.
os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à – FUNDATEC/2014 - adaptada)
tarde! Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação
As formas verbais que possuíam o acento tônico na gráfica.
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
“e” ou “i” não serão mais acentuadas: seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
Antes Depois rios’ e ‘país’ não é a mesma.
apazigúe (apaziguar) apazigue III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
averigúe (averiguar) averigue IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em si-
tuação de uso, quanto à flexão de número.
argúi (arguir) argui Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa B) Apenas II e IV.
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo C) Apenas I, II e IV.
vir) D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
reter, deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém – eles 2-)
obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm. I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
Fontes de pesquisa: portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão ver-
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao. bos (correta)
htm II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. em ditongo; país é a regra do hiato (correta)
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: hiato, por isso a acentuação (da - í) = incorreta.
Saraiva, 2010. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em
situação de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é uti-
lizado para a terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: “C”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dois pontos (:)


PONTUAÇÃO
1- Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que 2- Antes de um aposto


servem para compor a coesão e a coerência textual, além Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. tarde e calor à noite.
Um texto escrito adquire diferentes significados quando
pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
depende, em certos momentos, da intenção do autor do Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo
discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente a rotina de sempre.
relacionados ao contexto e ao interlocutor.
4- Em frases de estilo direto
Principais funções dos sinais de pontuação
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto (.)

1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en- Ponto de Exclamação (!)


cerrando o período.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- susto, súplica, etc.
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exemplo: 2- Depois de interjeições ou vocativos
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não Ai! Que susto!
“etc..”) João! Há quanto tempo!

3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do Ponto de Interrogação (?)


ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:
Haverá eleições em outubro Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) vedo)

4- Os números que identificam o ano não utilizam pon- Reticências (...)


to nem devem ter espaço a separá-los, bem como os nú-
meros de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
canetas, cadernos...
Ponto e Vírgula ( ; )
2- Indica interrupção violenta da frase.
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...”
mal... pega doutor?
(VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado

50
LÍNGUA PORTUGUESA

- entre o verbo e seus objetos: Fontes de pesquisa:


O trabalho custou sacrifício aos http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
realizadores. http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
V.T.D.I. O.D. O.I. la.htm
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere-
Usa-se a vírgula: ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Para marcar intercalação: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão Questões
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
querem abrir mão dos lucros altos.

- Para marcar inversão:


a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
maio de 1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar: (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Se-


- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei- gundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação
ra, possui um trânsito caótico. está correta em:
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. A) Hagar disse, que não iria.
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bi-
Observações: fes e lagostas, aos vizinhos.
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres- C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dis- para Hagar e Helga
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Ha-
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. gar à Helga.
precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você 1-) Correções realizadas:
falou isso para ela?! A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre ver-
bo e seu complemento (objeto)
- Temos, ainda, sinais distintivos: B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa- fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
ração de siglas (IOF/UPC); seu complemento (objeto)
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção para Hagar e Helga.
aos parênteses, principalmente na matemática; D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a gar à Helga.
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
nome que não se quer mencionar. los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
RESPOSTA: “E”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRA- Concordância Verbal


BALHO – CESPE/2014 - adaptada)
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas al- É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
coólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo seu sujeito.
o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula
logo após a palavra “vinhos”. a) Sujeito Simples - Regra Geral
( ) CERTO ( ) ERRADO O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
em número e pessoa. Veja os exemplos:
2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- A prova para ambos os cargos será aplicada
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo às 13h.
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
entre pontuações. Exemplos:
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
RESPOSTA: “CERTO”.
Casos Particulares
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em
apenas uma das opções a vírgula foi corretamente empre- 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
gada. Assinale-a. titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- no singular ou no plural.
plexas. A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
fundamental. proposta.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque-
na parte do território. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda-
3-) los destruiu / destruíram o monumento.
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- destaque aos elementos que formam esse conjunto.
plexas = não se separa sujeito do predicado.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fun- 2) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
damental = não se separa sujeito do predicado. dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de,
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo con-
na parte do território. = não se separa sujeito do predicado corda com o substantivo.
RESPOSTA: “A”. Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas
Olimpíadas.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
Observação: quando a expressão “mais de um” asso-
ciar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão.
Os concurseiros estão apreensivos. (ofenderam um ao outro)
Concurseiros apreensivos.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plu-
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve
os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen- ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve ficar
sivos” está concordando em gênero (masculino) e núme- o plural.
ro (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê- Estados Unidos possui grandes universidades.
nero correspondem-se. Alagoas impressiona pela beleza das praias.
A correspondência de flexão entre dois termos é a con- As Minas Gerais são inesquecíveis.
cordância, que pode ser verbal ou nominal. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.

Observação: quando a palavra “só” equivale a “somen-


te” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto,
invariável: Eles só desejam ganhar presentes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Bastante - Caro - Barato - Longe Questões

Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.

Fontes de pesquisa: 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada a


http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49. substituição do segmento grifado pelo que está entre pa-
php rênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá perma-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- necer no singular está em:
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: (A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Saraiva, 2010. quisadores)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- (C) No sistema havia também uma estação... (várias es-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. tações)
(D) ... a civilização maia da América Central tinha um
método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
que habitavam a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
blicado).

57
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 1-) Verbos Intransitivos


(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
tribuíram) (as mudanças do clima) importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
no singular - Chegar, Ir
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
nham) (os povos que habitavam a América Central) biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- indicar destino ou direção são: a, para.
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). Fui ao teatro.
RESPOSTA: “C”. Adjunto Adverbial de Lugar

Ricardo foi para a Espanha.


Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
- Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
em ou a.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome último jogo.
(regência nominal) e seus complementos.
2-) Verbos Transitivos Diretos
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
Os verbos transitivos diretos são complementados por
A regência verbal estuda a relação que se estabelece objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
entre os verbos e os termos que os complementam (obje- para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
o que corresponde à diversidade de significados que estes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
forem empregados. formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
tentar. São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
do ou prazer”, satisfazer. admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender,
dar a alguém”. eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Saiba que: Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
O conhecimento do uso adequado das preposições é como o verbo amar:
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- Amo aquele rapaz. / Amo-o.
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquela moça. / Amo-a.
modificar completamente o sentido daquilo que está sen- Amam aquele rapaz. / Amam-no.
do dito. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô. Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. adjuntos adnominais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite às crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
A voluntária distribuía leite com as crianças. reira)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje- mor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). 3-) Verbos Transitivos Indiretos

Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-

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LÍNGUA PORTUGUESA

ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.

- Responder - Tem complemento introduzido pela pre- Comparar


posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
quem” ou “ao que” se responde. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondi ao meu patrão. indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
Respondemos às perguntas. uma criança.
Respondeu-lhe à altura.
Pedir
Observação: o verbo responder, apesar de transitivo Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
voz passiva analítica: pessoa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- Pedi-lhe favores.
te.
Objeto Indireto Objeto Direto
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
tos introduzidos pela preposição “com”.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- tantiva Objetiva Direta
nam para uma minoria privilegiada.
Saiba que:
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos - A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- licença estiver subentendida.
que, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto
indireto relacionado a pessoas. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
Agradeço aos ouvintes a audiência. vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Objeto Indireto Objeto Direto
Preferir
Paguei o débito ao cobrador.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
Objeto Direto Objeto Indireto
direto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado: Prefiro trem a ônibus.
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito,
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é
Paguei minhas contas. / Paguei-as. dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- CHAMAR


cado - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
solicitar a atenção ou a presença de.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- má-la.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
estão: cativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
AGRADAR A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Sempre agrada o filho quando.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
Aquele comerciante agrada os clientes.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar CUSTAR
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento in- - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
troduzido pela preposição “a”. valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
O cantor não agradou aos presentes. Frutas e verduras não deveriam custar muito.
O cantor não lhes agradou.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re-
O cantor desagradou à plateia. duzida de infinitivo.

ASPIRAR Muito custa viver tão longe da família.


- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi- Verbo Intransitivo Oração Subordinada
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

OBEDECER - DESOBEDECER Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-


- Sempre transitivo indireto: brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Todos obedeceram às regras. alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
Ninguém desobedece às leis. gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
PROCEDER Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter momentos é sujeito)
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
adverbial de modo. - São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
As afirmações da testemunha procediam, não havia Não simpatizei com os jurados.
como refutá-las. Simpatizei com os alunos.
Você procede muito mal.
Importante: A norma culta exige que os verbos e ex-
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- pressões que dão ideia de movimento sejam usados com
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido a preposição “a”:
pela preposição “a”) é transitivo indireto. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
O avião procede de Maceió. Cláudia desceu ao segundo andar.
Procedeu-se aos exames. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
O delegado procederá ao inquérito.
Regência Nominal
QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É o nome da relação existente entre um nome (subs-
vontade de, cobiçar. tantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
Querem melhor atendimento. nome. Essa relação é sempre intermediada por uma prepo-
Queremos um país melhor. sição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
VISAR nomes correspondentes: todos regem complementos in-
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi- troduzidos pela preposição a. Veja:
rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. Obedecer a algo/ a alguém.
O gerente não quis visar o cheque. Obediente a algo/ a alguém.

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,


exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
to, transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Questões

1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo


A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar (oração) são estruturadas por dois elementos essenciais:
de ônibus a dirigir sujeito e predicado.
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo
nome em número e pessoa. É o “ser de quem se declara algo”, “o
C) Você assistiu à cena toda? = correta tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à frase que contém “a informação nova para o ouvinte”, é o
oficina pela manhã que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema, constituindo
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obe- a declaração do que se atribui ao sujeito.
deço às leis de trânsito Quando o núcleo da declaração está no verbo (que in-
RESPOSTA: “C”. dique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo signi-
ficativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – em um nome (geralmente um adjetivo), teremos um predi-
MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o se- cado nominal (os verbos deste tipo de predicado são os
guinte trecho para responder à questão. que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação
baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imuno- (predicado verbal)
lógica melhor a essa medida, similar _______________ . A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o nú-
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: cleo é “fácil” (predicado nominal)
(A) das mulheres
(B) às mulheres Quanto ao período, ele denomina a frase constituída
(C) com das mulheres por uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
(D) à das mulheres completo. O período pode ser simples ou composto.
(E) ao das mulheres
Período simples é aquele constituído por apenas uma
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da
Chove.
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
A existência é frágil.
bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
RESPOSTA: “D”.
Período composto é aquele constituído por duas ou
mais orações:
Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO Termos essenciais da oração
TERMOS DA ORAÇÃO
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO O sujeito e o predicado são considerados termos
essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
para a formação das orações. No entanto, existem orações
formadas exclusivamente pelo predicado. O que define a
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo que es-
estabelecer comunicação. Normalmente é composta por tabelece concordância com o verbo.
dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigato- O candidato está preparado.
riamente, pois há orações ou frases sem sujeito: Trovejou Os candidatos estão preparados.
muito ontem à noite.
Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
verbais (possuem verbos, ou seja, são orações) e nominais minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
(sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu no singular: candidato = está).
sentido global: A função do sujeito é basicamente desempenhada por
- frases interrogativas = o emissor da mensagem for- substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
mula uma pergunta: Que dia é hoje? ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
- frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
um pedido: Dê-me uma luz! dem exercer a função de sujeito.
- frases exclamativas = o emissor exterioriza um estado Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs-
afetivo: Que dia abençoado! tantivo)
- frases declarativas = o emissor constata um fato: A Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem-
prova será amanhã. plo: substantivo)

63
LÍNGUA PORTUGUESA

Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.

O sujeito indeterminado surge quando não se quer - As questões estavam fáceis!


ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Sujeito simples = as questões
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Predicado = estavam fáceis
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina- Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
do de duas maneiras: Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento

64
LÍNGUA PORTUGUESA

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.

Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.

65
LÍNGUA PORTUGUESA

O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões

O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.

O adjunto adnominal se liga diretamente ao substan-


tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
cativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
junto adnominal)

O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.

66
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Coordenadas Assindéticas


... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- São orações coordenadas entre si e que não são liga-
plemento que o da frase acima está em: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... tas.
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras... Coordenadas Sindéticas
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
2-) Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem denativa, que dará à oração uma classificação. As orações
ou o quê - não há preposição): coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento, aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
mas sim, predicativo do sujeito (rota única); vas.
B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios =
adjunto adverbial); ** Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
adverbial); cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
D = cair = intransitivo; só... como, assim... como.
E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
quê?) Comprei o protetor solar e fui à praia.
RESPOSTA: “E”.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
Período Composto por Coordenação principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
O período composto se caracteriza por possuir mais de Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
uma oração em sua composição. Sendo assim: Li tudo, porém não entendi!
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
oração) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas seja...seja.
orações) Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar
um protetor solar. (Período Composto = três verbos, três Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
orações). principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo).
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer Passei no concurso, portanto comemorarei!
entre as orações de um período composto: uma relação de A situação é delicada; devemos, pois, agir.
coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am- de, pois (anteposto ao verbo).
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. mingo.
(Período Composto) Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar. Período Composto Por Subordinação
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independen- Quero que você seja aprovado!
tes. Tal período é classificado como Período Composto Oração principal oração subordinada
por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te- Observe que na oração subordinada temos o verbo
mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas “seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
Sindéticas. do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por
conjunção. As orações subordinadas que apresentam ver-
bo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do
indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por con-
junção, chamam-se orações desenvolvidas ou explícitas.

67
LÍNGUA PORTUGUESA

Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas

A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.

Não sei se sairemos hoje. Observação: quando a oração subordinada substanti-


Oração Subordinada Substantiva va é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na
3.ª pessoa do singular.
Temos medo de que não sejamos aprovados.
Oração Subordinada Substantiva b) Objetiva Direta = exerce função de objeto direto
do verbo da oração principal:
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Todos querem sua aprovação no concurso.
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, Objeto Direto
como).
Todos querem que você seja aprovado. (Todos
O garoto perguntou qual seu nome. querem isso)
Oração Subordinada Subs- Oração Principal oração Subordinada Substantiva
tantiva Objetiva Direta

Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)

d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:

Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).

Exemplo 2: Observação: a classificação das orações subordinadas


O homem, que se considera racional, muitas vezes age adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos
animalescamente. adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa pela oração.
Agora, a oração em destaque não tem sentido restritivo
Orações Subordinadas Adverbiais
em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas explici-
ta uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
“homem”. a) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do
** Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicati- que se declara na oração principal. Principal conjunção su-
va é separada da oração principal por uma pausa que, na bordinativa causal: porque. Outras conjunções e locuções
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à
a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as ora- oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto
ções explicativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm que.
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Já que você não vai, eu também não vou.
3-) Orações Subordinadas Adverbiais
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce sindética explicativa é que esta “explica” o fato que aconte-
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. ceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta
Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, a “causa” do acontecimento expresso na oração à qual ela
causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem se subordina. Repare:
introduzida por uma das conjunções subordinativas (com
1-) Faltei à aula porque estava doente.
exclusão das integrantes, que introduzem orações subor-
2-) Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.
dinadas substantivas). Classifica-se de acordo com a con-
junção ou locução conjuntiva que a introduz (assim como Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro que o
acontece com as coordenadas sindéticas). fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de estar
doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que
Oração Subordinada Adverbial primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos.
b) Consecutiva = exprime um fato que é consequên-
A oração em destaque agrega uma circunstância de cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in-
tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adver- troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que,
bial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tan-
que indicam uma circunstância referente, via de regra, a to...que, tamanho...que.
um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da Principal conjunção subordinativa consecutiva: que
exata compreensão da circunstância que exprime. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)

e) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais CRASE


comparativas estabelecem uma comparação com a ação
indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjun-
ção subordinativa comparativa: como.
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme) A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
Você age como criança. (age como uma criança age) idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com
o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pro-
*geralmente há omissão do verbo. nomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com
o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais).
f) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou Casos estes em que tal fusão encontra-se demarcada pelo
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
execução do que se declara na oração principal. Principal quais.
conjunção subordinativa conformativa: conforme. Outras O uso do acento indicativo de crase está condicionado
conjunções conformativas: como, consoante e segundo (to- aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e no-
das com o mesmo valor de conforme). minal, mais precisamente ao termo regente e termo regido.
Fiz o bolo conforme ensina a receita. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - que exige
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido
direitos iguais. é aquele que completa o sentido do termo regente, admi-
tindo a anteposição do artigo a(s).

71
LÍNGUA PORTUGUESA

Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Antes de numeral. Questões


O número de aprovados chegou a cem.
Faremos uma visita a dez países. 1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamente
Observação: as lacunas da frase a seguir.
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio- Quando________ três meses disse-me que iria _________
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. -la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito.
A-) a - há - à - à - às
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está B-) há - à - a - a – às
confirmada, visto que estes não podem ser empregados C-) há - a - há - à - as
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira D-) a - à - a - à - às
aluna da classe. E-) a - a - à - há – as
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quan- 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-
do essa não se apresentar determinada: Chegamos todos
me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para vi-
exaustos a casa.
sitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la A
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto ad-
(ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais tinha
nominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos exaus-
direito (tinha direito a quê? às milhas – regência nominal).
tos à casa de Marcela.
Teremos: há, à, a, a, às.
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa RESPOSTA: “B”.
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a
terra, já era noite. 2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO –
Contudo, se o termo estiver precedido por um deter- VUNESP/2014)
minante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de tra-
Paulo viajou rumo à sua terra natal. balho para proceder _____ medidas necessárias _____ exu-
O astronauta voltou à Terra. mação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart,
sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem o Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu
uso do artigo. de causas naturais, ou seja, devido ____ uma parada cardía-
Os livros foram entregues a mim. ca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou
Dei a ela a merecida recompensa. se sua morte se deve ______ envenenamento.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no
caso de o termo regente exigir a preposição. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti-
vamente, por
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em (A) a ... à ... a ... a
sentido genérico ou indeterminado: (B) as ... à ... a ... à
Estamos sujeitos a críticas. (C) às ... a ... à ... a
Refiro-me a conversas paralelas. (D) à ... à ... à ... a
(E) a ... a ... a ... à
Fontes de pesquisa:
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-.
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
html
trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, ge-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. neralizando) necessárias à (regência nominal pede prepo-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- sição) exumação dos restos mortais do ex-presidente João
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
Saraiva, 2010. mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presi-
dente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
(artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a
RESPOSTA: “A”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!

74
LÍNGUA PORTUGUESA

- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.

Observações importantes: 2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substitui-


ção do elemento grifado pelo pronome correspondente foi
Emprego de o, a, os, as realizada de modo INCORRETO em:
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
pronomes: o, a, os, as não se alteram. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Chame-o agora. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Deixei-a mais tranquila. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes
finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: 2-)
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor-
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. reta
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a
nos, nas. desviava
Chamem-no agora. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Põe-na sobre a mesa. RESPOSTA: “D”.

* Dica: 3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa cruzando os desertos do oeste da China − que con-
“antes”! Pronome antes do verbo! tornam a Índia − adotam complexas providências
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em In- Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
glês – que significa “fim, final!). Pronome depois do verbo! grifados acima foram corretamente substituídos por um
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo pronome, respectivamente, em:
Pronome Oblíquo – função de objeto (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
Fontes de pesquisa: (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
-pronominal-.html (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 3-) Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B”
Saraiva, 2010. e “D”. Ao iniciarmos um parágrafo ( já que no enunciado
temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzan-
Questões do-os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá
para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINIS- a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto
TRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reco- (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-
nhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pro-
por um pronome, de acordo com a norma-padrão da lín- nome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: jklM – N!).
gua, o trecho assume a formulação apresentada em: RESPOSTA: “D”.
A) Há políticas que a reconhecem.
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na.
D) Há políticas que reconhecem ela.
E) Há políticas que lhe reconhecem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou


SIGNIFICADO DAS PALAVRAS perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).
Semântica é o estudo da significação das palavras e
das suas mudanças de significação através do tempo ou - Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-
em determinada época. A maior importância está em dis- rém de formas relativamente próximas. São palavras pa-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
Sinônimos rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi-
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro-
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
em determinado enunciado (aguardar e esperar). (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
afundar).
Observação: A contribuição greco-latina é responsá-
vel pela existência de numerosos pares de sinônimos: ad- Hiperonímia e Hiponímia
versário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem
hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô-
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.
nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperôni-
mo, mais abrangente.
Antônimos
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipôni-
mo, criando, assim, uma relação de dependência semânti-
São palavras que se opõem através de seu significado:
ca. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperoní-
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mia com carros, já que veículos é uma palavra de significa-
mal - bem. do genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é
um hiperônimo de carros.
Observação: A antonímia pode se originar de um pre- Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis- zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a
córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an- repetição desnecessária de termos.
ticomunista; simétrico e assimétrico.
Fontes de pesquisa:
Homônimos e Parônimos http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
tonimos,-homonimos-e-paronimos
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
ser Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- Saraiva, 2010.
rentes na pronúncia: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
rego (subst.) e rego (verbo); ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
colher (verbo) e colher (subst.); XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Por-
jogo (subst.) e jogo (verbo); tuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo). Denotação e Conotação

b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)

76
LÍNGUA PORTUGUESA

As variações nos significados das palavras ocasionam Polissemia


o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
(conotação) das palavras. Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
Denotação um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
mas que abarca um grande número de significados dentro
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando de seu próprio campo semântico.
apresenta seu significado original, independentemente Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infini-
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da dade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência
palavra. da polissemia:
A denotação tem como finalidade informar o receptor O rapaz é um tremendo gato.
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca- O gato do vizinho é peralta.
ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medi- Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
camentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, sobrevivência
por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pe- O passarinho foi atingido no bico.
daço de madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero. Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
As estrelas deixam o céu mais bonito! computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
Conotação de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in- formato quadriculado que têm.
terpretações, dependendo do contexto em que esteja inse-
rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão Polissemia e homonímia
além do sentido original da palavra, ampliando sua signifi-
cação mediante a circunstância em que a mesma é utiliza- A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
da, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei quando duas ou mais palavras com origens e significados
pau no concurso). distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
A conotação tem como finalidade provocar sentimen- monímia.
tos no receptor da mensagem, através da expressividade e A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em polissemia porque os diferentes significados para a pala-
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu- vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
blicitários, entre outros. Exemplos: polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto,
Você é o meu sol! o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado
Minha vida é um mar de tristezas. indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão in-
Você tem um coração de pedra! terligados porque remetem para o mesmo conceito, o da
escrita.
* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário:
trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado Polissemia e ambiguidade
com o sentido que consta no dicionário.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
Fontes de pesquisa: interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota- ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
cao/ ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: temente são felizes.
Saraiva, 2010. Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes:

77
LÍNGUA PORTUGUESA

As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.

Observe outros exemplos:


1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando
Pessoa)
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a
fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).

2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar


(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto- algum.
cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que
indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente
mas duas seriam:
inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é
Corte e coloração capilar
tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de
ou
terra que leva a lugar algum.
Faço corte e pintura capilar
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Fontes de pesquisa:
Em sua mente povoa só inveja.
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
htm Metonímia
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: É a substituição de um nome por outro, em virtude de
Saraiva, 2010. existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pode acontecer dos seguintes modos:
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (=
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (=
Figura de Palavra As lâmpadas iluminam o mundo).
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes
A figura de palavra consiste na substituição de uma da cruz. (= Não te afastes da religião).
palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, 4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja Havana. (= Fumei um saboroso charuto).
por uma associação, uma comparação, uma similaridade. 5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só-
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - crates tomou veneno).
permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: 6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu
a metáfora e a metonímia. trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que pro-
duzo).
Metáfora 7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (=
Bebeu todo o líquido que estava no cálice).
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em 8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfo-
lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em vir- nes foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás
tude da circunstância de que o nosso espírito as associa dos jogadores).
e percebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da 9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apres-
palavra fora de seu sentido normal. sadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente).

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LÍNGUA PORTUGUESA

10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so- Fontes de pesquisa:


frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.
mundo). php
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
chamadas, não apenas uma mulher). Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
(= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone). Saraiva, 2010.
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (=
Alguns astronautas foram à Lua). Antítese
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado). Consiste no emprego de palavras que se opõem quan-
to ao sentido. O contraste que se estabelece serve, essen-
Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de cialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos
extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquanto que não se conseguiria com a exposição isolada dos mes-
que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou mos. Observe os exemplos:
de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fazer “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
distinção entre ambas as figuras. O corpo é grande e a alma é pequena.
“Quando um muro separa, uma ponte une.”
Catacrese Não há gosto sem desgosto.

Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Prosopopeia ou Personificação Elipse

É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.

Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e femi-


Apresentação de ideias por meio de palavras, sinôni-
nino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se
mas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descenden-
faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
te (anticlímax). Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor
com seus olhos claros e brincalhões...
intenso.
Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos
com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence
olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se refere ao
ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a
céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. cidade de Porto Velho).
Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decres-
cente de intensidade. Outros exemplos: 2) Vossa Excelência está preocupado.
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pes-
amor”. (Olavo Bilac) soa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu- Excelência.
se.” (Padre Antônio Vieira)
Silepse de Número - Os números são singular e plural.
Fontes de pesquisa: A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5. concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas
php com a ideia que nele está contida. Exemplos:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de Salvador.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010. Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e
gritavam não concordam gramaticalmente com os sujei-
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) tos das orações (que se encontram no singular, procissão
ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade e povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está
ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela contida. Procissão e povo dão a ideia de muita gente, por
maior expressividade que se dá ao sentido. isso que os verbos estão no plural.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.

Pleonasmo Observação: o anacoluto deve ser usado com finalida-


de expressiva em casos muito especiais. Em geral, evite-o.
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é real- Hipérbato / Inversão
çar a ideia, torná-la mais expressiva.
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da
ordem direta dos termos da oração, fazendo com que o
Nesta oração, os termos “o problema da violência” e sujeito venha depois do predicado:
“lo” exercem a mesma função sintática: objeto direto. As- Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor
sim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pro- venceu ao ódio)
nome “lo” classificado como objeto direto pleonástico. Ou- Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria:
tro exemplo: Eu cuido dos meus problemas)
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto * Observação da Zê!
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
que, na ordem direta, teríamos:
Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
pronome “lhes” exerce a função de objeto indireto pleo- tumbante de um povo heroico”.
nástico.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Figuras de Som

Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.

Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos:


“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”

Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade:


Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.

1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.

2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Identifique a


figura de linguagem presente na tira seguinte:

A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia

82
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.

83
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia.  textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E)  a energia e o barulho.   dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma


modalidade na qual as ações são prescritas de forma se- COESÃO E COERÊNCIA
quencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo,
infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingredien-
te e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea.
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão
se pelo predomínio de operadores argumentativos, revela- do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que
dos por uma carga ideológica constituída de argumentos estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou
e contra-argumentos que justificam a posição assumida falado - são os referentes textuais, que buscam garantir
acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo a coesão textual para que haja coerência, não só entre os
contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu es- elementos que compõem a oração, como também entre a
paço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros sequência de orações dentro do texto. Essa coesão tam-
estão em complementação, não em disputa. bém pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado
em conhecimentos anteriores que os participantes do pro-
cesso têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
ginária - composta de termos e expressões - que une os
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
GÊNEROS TEXTUAIS de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi-
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono-
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases,
São os textos materializados que encontramos em orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor-
nosso cotidiano; tais textos apresentam características só- re daí a coerência textual.
cio-comunicativas definidas por seu estilo, função, com- Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o
posição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe-
culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, rência é resultado do mau uso dos elementos de coesão
piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um
erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais
A escolha de um determinado gênero discursivo de- prejudica o entendimento do texto. Construído com os ele-
pende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, mentos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locu- Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado
tores e os interlocutores, o meio disponível para veicular o não se constrói com um amontoado de palavras e orações.
texto, etc. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência
e independência sintática e semântica, recobertos por unida-
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a es- des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
feras de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exem- Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
plo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, edito- imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases
riais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se
são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enci- de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
clopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. os elementos que compõem a estrutura textual.

Fontes de pesquisa: Formas de se garantir a coesão entre os elementos


de uma frase ou de um texto:
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex-
tual.htm
1. Substituição de palavras com o emprego de sinôni-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
mos - palavras ou expressões do mesmo campo associa-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: tivo.
Saraiva, 2010. 2. Nominalização – emprego alternativo entre um ver-
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa / desgaste / desgastante).
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 3. Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula.
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, pre-
posições, artigos:
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden-
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito
por elas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com Questões


base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené- * As questões abaixo também envolvem o conteúdo
rico). “Conjunção”. Eu as coloquei neste tópico porque abordam
6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de - inclusive - coesão e coerência.
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com 1-) (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014) As-
gato. sinale a opção que indica o segmento em que a conjunção
7. Substitutos universais, como os verbos vicários.
e tem valor adversativo e não aditivo.
* Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
outro já utilizado no período, evitando repetições. Geral- da população na escolha dos governantes,...”.
mente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de derno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência elei-
“estudo”, evitando repetição desnecessária. toral anterior”.
(C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conec- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
tivos, como pronomes, advérbios e expressões adverbiais, buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quan- de hoje”.
do, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem recolheu-se ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode
cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O ter- chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda mé-
mo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
dia”.
relação entre as duas orações).
(E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao políticas públicas social-democratas”.
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de
progressão textual, dada sua característica: são elementos 1-)
que não significam, apenas indicam, remetem aos compo- (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
nentes da situação comunicativa. = adição
Já os componentes concentram em si a significação. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: derno e dinâmico”. = adição
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indi- (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
cam os participantes do ato do discurso. Os pronomes de- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
monstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
como os advérbios de tempo, referenciam o momento da de hoje”. = adição
enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade
(D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento
(presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns ela na história nacional”. = adição
dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
ano, depois de (futuro).” está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta =
adversativa (dá para substituirmos por “mas”)
A coerência de um texto está ligada: RESPOSTA: “E”.
- à sua organização como um todo, em que devem es-
tar assegurados o início, o meio e o fim;
- à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto 2-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/
técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDICA –
em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos pela
experiências; um texto informativo apresenta coerência se conjunção E não estão em adição, mas sim em oposição, é:
trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poé- (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
ticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada,
fazer justiça com as próprias mãos...”
livre associação de ideias, palavras conotativas.
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas
Fontes de pesquisa: instituições:...”
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/ (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos
COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html anarquistas e mais nos fascistas italianos...”
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática (D) “...desprezando o passado e a tradição...”
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. velocidade e do progresso...”

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) A Ordem dos Termos na Frase


(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
fazer justiça com as próprias mãos”. = adição Leia novamente a frase contida no item 2. Note que
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas ela é organizada de maneira clara para produzir sentido.
instituições”. = adição Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramatical-
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos mente tal frase, tudo depende da necessidade ou da von-
anarquistas e mais nos fascistas italianos”. = ideia de opo- tade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém,
sição acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa di-
(D) “...desprezando o passado e a tradição”. = adição zer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da e intercalações em nossas frases, conforme a nossa von-
velocidade e do progresso”. = adição tade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos
RESPOSTA: “C”. transmitir uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, pode-
mos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira:

No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-


sando desemprego.
REESCRITA DE TEXTOS/EQUIVALÊNCIA DE
ESTRUTURAS Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma,
apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a
alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que,
para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas.
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e
leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um o que mais nos auxilia na organização de um período, pois
texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmen- facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula
te devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos
e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga-
do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem nizadas aos nossos leitores.
acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a
experiência de vida antecedem o ato de escrever. O básico para a organização sintática das frases é a or-
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos dem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne- ram tal ordem da seguinte maneira:
cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as- SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL + CIR-
sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. CUNSTÂNCIAS
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia- A globalização + está causando + desemprego + no
do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Brasil nos dias de hoje.
Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá- Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem to-
tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das das contêm todos estes elementos, portanto cabem algu-
frases no discurso, bem como a relação lógica das frases mas observações:
entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistu-
ra”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produ- 1) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.)
zirem um sentido evidente para os receptores das nossas normalmente são representadas por adjuntos adverbiais
mensagens. Observe: de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quan-
do queremos recordar algo ou narrar uma história, existe
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está La- a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases:
tina América causando.
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas mi-
na América Latina. nhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e ou-
tros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…”
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de Observações:
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação a) tais construções não estão erradas, mas rompem
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de com a ordem direta;
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de b) é preciso notar que em Língua Portuguesa, há mui-
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- tas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por
tural do mundo atual. exemplo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Fri-
burgo. São quatro horas agora;

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/

Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução

1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O

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LÍNGUA PORTUGUESA

segundo caso acontece quando quem redige tem muitas


ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, REDAÇÃO OFICIAL
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul-
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha
lógica de raciocínio.
Pronomes de tratamento na redação oficial
Conclusão
A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder públi-
Considerada como a parte mais importante do texto, co para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas regras
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo- fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de forma clara, con-
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa cisa, sem muito comprometimento, bem como um uso ade-
parte, em que a exposição ou discussão se fecha. quado das formas de tratamento. Tais regras, acompanhadas
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma de uma boa redação, com um bom uso da linguagem, asse-
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou seja, guram que os atos normativos sejam bem executados.
possui atributos de síntese. A discussão não deve ser en- No Poder Público, nós nos deparamos com situações em
cerrada com argumentos repetitivos, como por exemplo: que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com as
“Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em quais não temos familiaridade. Nestes casos, os pronomes de
conclusão...”. tratamento assumem uma condição e precisam estar adequa-
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve dos à categoria hierárquica da pessoa a quem nos dirigimos.
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das E mais, exige-se, em discurso falado ou escrito, uma homoge-
características de textos bem redigidos. neidade na forma de tratamento, não só nos pronomes como
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi- também nos verbos. No entanto, as formas de tratamento
cam muito longas: não são do conhecimento de todos.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos pronomes
- O problema aparece quando não ocorre uma explo- de tratamento, com base no Manual da Presidência da Repú-
ração devida do desenvolvimento, o que gera uma invasão blica.
das ideias de desenvolvimento na conclusão.
- Outro fator consequente da insuficiência de funda- São de uso consagrado:
mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
de maiores explicações, ficando bastante vazia. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
- Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no tex- a) do Poder Executivo
to em que o autor fica girando em torno de ideias redun- Presidente da República, Vice-Presidente da República, Mi-
dantes ou paralelas. nistro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República,
- Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamen- Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das For-
te dispensáveis. ças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da Re-
- Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu- pública, Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República,
são, o autor acaba se perdendo na argumentação final. Secretários da Presidência da República, Procurador – Geral da
República, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do
Em relação à abertura para novas discussões, a con- Distrito Federal, Chefes de Estado – Maior das Três Armas, Ofi-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes ciais Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretário
fatores: Executivo e Secretário Nacional de Ministérios, Secretários de
- Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.
polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
- Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade b) do Poder Legislativo:
do texto, o autor não fecha a discussão de propósito. Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos
- Por apenas apresentar dados e informações sobre o Deputados e do Senado Federal, Presidente e Membros do Tri-
tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o as- bunal de Contas da União, Presidente e Membros dos Tribunais
sunto. de Contas Estaduais, Presidente e Membros das Assembleias
- Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor Legislativas Estaduais, Presidente das Câmaras Municipais.
enumera algumas perguntas no final do texto.
c) do Poder Judiciário:
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au- Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal, Presi-
tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica dente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Presidente e
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Membros do Superior Tribunal Militar, Presidente e Membros do
Naquele devem estar indicadas as melhores sequências a Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e Membros do Tribunal
serem utilizadas na redação; ele deve ser o mais enxuto Superior do Trabalho, Presidente e Membros dos Tribunais de
possível. Justiça, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Fede-
rais, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais,
Fonte de pesquisa: Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho,
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%- Juízes e Desembargadores, Auditores da Justiça Militar.
C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/

91
LÍNGUA PORTUGUESA

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas A Impessoalidade


aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do car- A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
go respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Ex- alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém
celentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. que receba essa comunicação. No caso da redação oficial,
E mais: As demais autoridades serão tratadas com o vo- quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele
cativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção);
Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atri-
O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento buições do órgão que comunica; o destinatário dessa comu-
“Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas acima, nicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro
afinal, a dignidade é condição primordial para que tais cargos órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.
públicos sejam ocupados. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve
Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento, ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto- decorre:
rado. Portanto, é aconselhável que não se use discriminada- a) da ausência de impressões individuais de quem comu-
mente tal termo. nica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assina-
do por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do
As Comunicações Oficiais Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim,
uma desejável padronização, que permite que comunicações
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial elaboradas em diferentes setores da Administração guardem
entre si certa uniformidade;
O que é Redação Oficial b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a ma- sempre concebido como público, ou a outro órgão público.
neira pela qual o Poder Público redige atos normativos Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do homogênea e impessoal;
Poder Executivo. c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalida- universo temático das comunicações oficiais restringe-se a
de, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, for- questões que dizem respeito ao interesse público, é natural
malidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos que não caiba qualquer tom particular ou pessoal.
decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A admi- Desta forma, não há lugar na redação oficial para impres-
nistração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer sões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali- mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta
dade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publi- da interferência da individualidade que a elabora.
cidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de
administração pública, claro que devem igualmente nortear a que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais con-
elaboração dos atos e comunicações oficiais. tribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impes-
Não se concebe que um ato normativo de qualquer na- soalidade.
tureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou im-
possibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos A necessidade de empregar determinado nível de lingua-
do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto le- gem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do
gal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro,
pois, necessariamente, clareza e concisão. de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos
Fica claro também que as comunicações oficiais são ne- de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta
cessariamente uniformes, pois há sempre um único comuni- dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públi-
cador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações cos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empre-
ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigi- gada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expe-
dos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou dientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com
instituições tratados de forma homogênea (o público). clareza e objetividade.
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa à As comunicações que partem dos órgãos públicos fede-
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar rais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâ- brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de
metros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa da- uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dú-
quele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência vida de que um texto marcado por expressões de circulação
particular, etc. restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jar-
Apresentadas essas características fundamentais da re- gão técnico, tem sua compreensão dificultada.
dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
uma delas. tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâ-
mica, reflete de forma imediata qualquer alteração de cos-

92
LÍNGUA PORTUGUESA

tumes, e pode eventualmente contar com outros elementos Concisão e Clareza


que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, A concisão é antes uma qualidade do que uma caracte-
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis rística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue trans-
por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lenta- mitir o máximo de informações com um mínimo de palavras.
mente as transformações, tem maior vocação para a perma- Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se
nência e vale-se apenas de si mesma para comunicar. tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se es-
Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e sua creve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pron-
finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, to. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais
requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.
que o padrão culto é aquele em que se observam as regras O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao
da gramática formal e se emprega um vocabulário comum princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de
ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não
que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação se deve, de forma alguma, entendê-la como economia de
oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens subs-
lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos tanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se
vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, pas-
essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos sagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
os cidadãos. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi-
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a sim- cial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita
plicidade de expressão, desde que não seja confundida com imediata compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das
culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios - a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-
da língua literária. tações que poderia decorrer de um tratamento personalista
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um dado ao texto;
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão - o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá pre- entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
ferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obe- circulação restrita, como a gíria e o jargão;
decida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas - a formalidade e a padronização, que possibilitam a im-
isso não implica, necessariamente, que se consagre a utiliza- prescindível uniformidade dos textos;
ção de uma forma de linguagem burocrática. O jargão buro- - a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
crático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre linguísticos que nada lhe acrescentam.
sua compreensão limitada. É pela correta observação dessas características que se
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei-
situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado. tura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais,
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário de trechos obscuros e de erros gramaticais provém, principal-
próprio à determinada área, são de difícil entendimento por mente, da falta da releitura que torna possível sua correção.
quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cui- A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa
dado, portanto, de explicitá-los em comunicações encami- com que são elaboradas certas comunicações quase sempre
nhadas a outros órgãos da administração e em expedientes compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de
dirigidos aos cidadãos. um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há as-
suntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se,
Formalidade e Padronização pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto
é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencio- Pronomes de Tratamento
nadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto Concordância com os Pronomes de Tratamento
de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tra- Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indi-
tamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao reta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordân-
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento cia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segun-
para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a for- da pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem
malidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfo- se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
que dado ao assunto do qual cuida a comunicação. pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que in-
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à ne- tegra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria
cessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administra- nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
ção federal é una, é natural que as comunicações que expede Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
exige que se atente para todas as características da redação “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos-
oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. so...”).
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in- gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que
dispensáveis para a padronização. se refere, e não com o substantivo que compõe a locução.

93
LÍNGUA PORTUGUESA

Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.

94
LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplos: Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente


Excelentíssimo Senhor Presidente da República da República por um Ministro de Estado.
Senhora Ministra Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um
Senhor Chefe de Gabinete Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por to-
dos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as de interministerial.
seguintes informações do remetente:
– nome do órgão ou setor; Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo-
– endereço postal; tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de
– telefone e e-mail. motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter
Observação: Estas informações estão ausentes no exclusivamente informativo e outra para a que proponha al-
guma medida ou submeta projeto de ato normativo.
memorando, pois se trata de comunicação interna - des-
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
tinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presiden-
Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também
te da República, sua estrutura segue o modelo antes referido
não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para para o padrão ofício.
outras instituições, logo, são necessárias as informações do
remetente e o endereço do destinatário para que o ofício Mensagem
possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica-
Memorando ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder
Definição e Finalidade Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública,
O memorando é a modalidade de comunicação entre expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem legislativa, submeter ao Congresso Nacional matérias que de-
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- pendem de deliberação de suas Casas, apresentar veto, enfim,
rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de inte-
eminentemente interna. resse dos poderes públicos e da Nação.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço a redação final.
público. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. mentar ou financeira;
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- - encaminhamento de medida provisória;
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados - indicação de autoridades;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Pre-
folha de continuação. Este procedimento permite formar sidente da República ausentarem-se do País por mais de 15
dias;
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
- encaminhamento de atos de concessão e renovação de
transparência à tomada de decisões e permitindo que se
concessão de emissoras de rádio e TV;
historie o andamento da matéria tratada no memorando.
- encaminhamento das contas referentes ao exercício an-
terior;
Forma e Estrutura - mensagem de abertura da sessão legislativa;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do - comunicação de sanção (com restituição de autógrafos);
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário - comunicação de veto;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - outras mensagens.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Forma e Estrutura - As mensagens contêm:


Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
horizontalmente, no início da margem esquerda;
Exposição de Motivos b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex- esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Fede-
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Pre- ral);
sidente para: c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor algu- d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
ma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
ato normativo. margem direita.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já Elementos de Ortografia e Gramática


consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento Problemas de Construção de Frases
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens
urgentes e para o envio antecipado de documentos, de A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,
cujo conhecimento há premência, quando não há condi- principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
ções de envio do documento por meio eletrônico. Quando nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e Celso Pedro Luft.
na forma de praxe. A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có-
dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos
do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
modelos, deteriora-se rapidamente.
que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax
bos não auxiliares que o constituem.
mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
É conveniente o envio, juntamente com o documento
pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
forme exemplo a seguir: Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[Órgão Expedidor] de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[setor do órgão expedidor] complemento adverbial). Função acessória desempenham
[endereço do órgão expedidor] os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
Destinatário:____________________________________ oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Remetente: ____________________________________ o início da oração.
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
No de páginas: ________ No do documento:____________ mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
Observações:___________________________________
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).
Correio Eletrônico
Podem ser identificados seis padrões básicos para as
Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na princi- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
pal forma de comunicação para transmissão de documen- ocorrer em ordem diversa):
tos.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)

96
LÍNGUA PORTUGUESA

O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.

2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.

6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.

97
LÍNGUA PORTUGUESA

Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:

98
LÍNGUA PORTUGUESA

Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.

Senhor Deputado 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO


Em complemento às informações transmitidas pelo te- – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto nas di-
legrama n.º 154, de 24 de abril último, informo _____ de que recionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer uso
as medidas mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de acor-
ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo do com as hierarquias do destinatário e do remetente.
procedimento administrativo de demarcação de terras in- ( ) CERTO (
dígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de ) ERRADO
1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) 3-) Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual
estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
A alternativa que completa, correta e respectivamen- para todas as modalidades de comunicação oficial:
te, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da língua portuguesa e atendendo às orientações oficiais da República: Respeitosamente,
a respeito do uso de formas de tratamento em correspon- b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
quia inferior: Atenciosamente,
dências públicas, é:
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-
A) Vossa Senhoria … tua.
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
B) Vossa Magnificência … sua.
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
C) Vossa Eminência … vossa.
Redação do Ministério das Relações Exteriores.
D) Vossa Excelência … sua. RESPOSTA: “CERTO”.
E) Sua Senhoria … vossa.

1-) Podemos começar pelo pronome demonstrativo.


Mesmo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (mui-
tas vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”),
os pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na
terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o
número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer

99
LÍNGUA PORTUGUESA

Não encontramos as pessoas que saíram.


FUNÇÕES DO “QUE” E DO “SE” • pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar
como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando
for pronome substantivo, a palavra que exercerá as fun-
A palavra que em português pode ser: ções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto
Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa. indireto, etc.)
Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de Que aconteceu com você?
exclamação. Usa-se também a variação  o quê! A pala-
vra que não exerce função sintática quando funciona como • pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse
interjeição. caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Quê! Você ainda não está pronto? Que vida é essa?


O quê! Quem sumiu?
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Substantivo: equivale a alguma coisa. caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro vra que pode relacionar tanto orações coordenadas quan-
determinante, e receberá acento por ser monossílabo tô- to subordinadas, daí classificar-se como conjunção coorde-
nativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como
nico terminado em e. Como substantivo, designa também
conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que
a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for
recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:
substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa ex-
classe de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
plicativa)
predicativo, etc.) Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa
consecutiva)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função
de núcleo do objeto direto) Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a
palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa
Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal integrante.
em que o auxiliar é o verboter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não Desejo que você venha logo.
exerce função sintática.

Tenho que sair agora. A palavra se 


Ele tem que dar o dinheiro hoje.
A palavra se, em português, pode ser:
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
frase, sem prejuízo algum para o sentido. Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Nesse caso, a palavra que  não exerce função sintáti- caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
ca; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar vra se pode ser:
realce. Como partícula expletiva, aparece também na ex- * conjunção subordinativa integrante: inicia uma ora-
pressão é que. ção subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
Quase que não consigo chegar a tempo. * conjunção subordinativa condicional: inicia uma ora-
Elas é que conseguiram chegar. ção adverbial condicional (equivale a caso).
Advérbio:  modifica um adjetivo ou um advérbio. Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a pala-
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
vra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no
frase sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a pa-
caso, de intensidade.
lavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome
indica, é usada apenas para dar realce.
Que lindas flores!
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Que barato!
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos
Pronome: como pronome, a palavra que pode ser: verbos pronominais. Nesse caso, o se não exerce função
• pronome relativo: retoma um termo da oração an- sintática.
tecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale Ele arrependeu-se do que fez.
a o qual e flexões.

100
LÍNGUA PORTUGUESA

Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente li-


gadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também
ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como
exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
A linguagem é a característica que nos difere dos de- As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer-
mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona-
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano e, so- lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando
bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio-
Dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os nais da área de informática, dentre outros.
níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formali-
dade e o de informalidade. Vejamos um poema sobre o assunto:
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem
escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo Vício na fala
geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma ma- Para dizerem milho dizem mio
neira que falamos. Este fator foi determinante para a que Para melhor dizem mió
a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. Para pior pió

101
LÍNGUA PORTUGUESA

Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.

102
LÍNGUA PORTUGUESA

Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário


escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe- O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E AS
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que FUNÇÕES DA LINGUAGEM.
deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases
da língua popular para a língua culta”.
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a
uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada con- Comunicação
forme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma
culta. A comunicação constitui uma das ferramentas mais im-
portantes que os líderes têm à sua disposição para desem-
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: penhar as suas funções de influência. A sua importância é
tal que alguns autores a consideram mesmo como o “san-
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos eco- gue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se
nômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. essencialmente ao fato de apenas através de uma comuni-
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação cação efetiva ser possível:
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, - Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade membros de todos os níveis hierárquicos da organização,
mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, os objetivos organizacionais por forma a que contemplem,
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e não apenas os interesses da organização, mas também os
a evoluções. interesses de todos os seus membros.
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em importân-
cia. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar a lín- - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
gua falada com base na língua escrita, considerada supe- bros de todos os níveis hierárquicos da organização, a es-
rior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, trutura organizacional, quer ao nível do desenho organiza-
a que os professores sempre estão atentos. cional, quer ao nível da distribuição de autoridade, respon-
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos- sabilidade e tarefas.
trando as características e as vantagens de uma e outra,
sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
ou inferioridade, que em verdade inexiste. bros de todos os níveis hierárquicos da organização, de-
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na lín- cisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e
gua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de respeitadas por todos os membros da organização.
línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de diale-
tos, consequência natural do enorme distanciamento entre - Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de to-
uma modalidade e outra. dos os membros da organização.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
borada que a língua falada, porque é a modalidade que - Efetuar a integração dos diferentes departamentos e
mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a permitir a ajuda e cooperação interdepartamental.
que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Ne-
nhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível - Desempenhar eficazmente o papel de influência atra-
sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, vés da compreensão e atuação em conformidade satisfa-
processam-se lentamente e em número consideravelmente ção das necessidades e sentimentos das pessoas por forma
menor, quando cotejada com a modalidade falada. a aumentar a sua motivação.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da
linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com Elementos do Processo de Comunicação
a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina o nível da lingua- Para perceber desenvolver políticas de comunicação
gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia eficazes é necessário analisar antes cada um dos elemen-
e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não tos que fazem parte do processo de comunicação. Assim,
fala com uma criança como se estivesse em uma missa, as- fazem parte do processo de comunicação o emissor, um
sim como uma criança não fala como um adulto. Um enge- canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos,
nheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível um receptor e ainda o feedback do receptor.
de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum
professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e - Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação):
na sala de aula. representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre seja, quem inicia o processo de comunicação. A codificação
esses níveis, destacam-se em importância o culto e o coti- da mensagem pode ser feita transformando o pensamento
diano, a que já fizemos referência. que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos
que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem.

103
LÍNGUA PORTUGUESA

- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
  exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função

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LÍNGUA PORTUGUESA

específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a

106
LÍNGUA PORTUGUESA

própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...

A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)

107
LÍNGUA PORTUGUESA

As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais, EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria. SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA
As atitudes e reações dos comunicantes são também
referentes e exercem influência sobre a comunicação 1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al-
Lembramo-nos: ternativa correta quanto à concordância, de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa.
- Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade
“eu” do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta social está no centro dos debates atuais.
função está, por norma, a poesia lírica. (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
- Função apelativa (imperativa): com este tipo de men- lação aos efeitos da desigualdade social.
sagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
assuma determinado comportamento; há frequente uso mais pobres é um fenômeno crescente.
do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito
frequentemente usada por oradores e agentes de publici- criticado por alguns teóricos.
dade. (E) Os debates relacionado à distribuição de rique-
- Função metalinguística: função usada quando a lín- zas não são de exclusividade dos economistas.
gua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na aná-
Realizei a correção nos itens:
lise de um texto, investigamos os seus aspectos morfossin-
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
táticos e/ou semânticos).
cial está = estão
- Função informativa (ou referencial): função usada
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
quando o emissor informa objetivamente o receptor de
gem
uma realidade, ou acontecimento.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção
mais pobres é um fenômeno crescente.
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). cado = criticada
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensa- (E) Os debates relacionado = relacionados
gem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, rit-
mos agradáveis, etc. RESPOSTA: “C”.
Também podemos pensar que as primeiras falas cons- 2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
cientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
evoluíram para o que podemos reconhecer como “interjei- – Um levantamento mostrou que os adolescentes ame-
ções”. As primeiras ferramentas da fala humana. ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em:
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
que mais profundamente distingue o homem dos outros americanos consomem em média 357 calorias, diárias
animais. dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
Podemos considerar que o desenvolvimento desta fun- americanos consomem, em média 357 calorias diárias
ção cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a dessa fonte.
libertação da mão, que permitiram o aumento do volume (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores americanos consomem, em média, 357 calorias diárias
e da mímica facial dessa fonte.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
Devido a estas capacidades, para além da linguagem americanos, consomem em média 357 calorias diárias
falada e escrita, o homem, aprendendo pela observação de dessa fonte.
animais, desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos sur- (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
dos em diferentes países, não só para melhorar a comuni- americanos, consomem em média 357 calorias diárias,
cação entre surdos, mas também para utilizar em situações dessa fonte.
especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não
animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
que se podem observar entre si. ou faltante:
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes Distribuímos = regra do hiato


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
sa fonte. (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes oblíquo. Nunca!)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (C) lúcidos = proparoxítona
diárias dessa fonte. (D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes – oxítona: cons-ti-tui)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
diárias, (X) dessa fonte.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “C”.
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – A concordância verbal está plenamente observada na
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de frase:
concordância verbal na frase: (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
visibilidade social. públicas.
b) As duas tábuas em que se comprimem o famige- (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino
como “compro ouro”. religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa ciativa privada.
a exposição pública a que se submetem os guardadores (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex-
de carros. to, contra os que votam a favor do ensino religioso na
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na escola pública, consistem nos altos custos econômicos
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de- que acarretarão tal medida.
monstração de mau gosto. (D) O número de templos em atividade na cidade
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve- proporção maior do que ocorrem com o número de es-
lhos carros-placa. colas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Fiz as correções entre parênteses: como a regulação natural do mercado sinalizam para
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu- as inconveniências que adviriam da adoção do ensino
gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri- religioso nas escolas públicas.
mida a visibilidade social.
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver
nicos, como “compro ouro”. (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
exposição pública a que se submetem os guardadores de pública, consistem = consiste.
carros. (D) O número de templos em atividade na cidade de
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros- São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma ção maior do que ocorrem = ocorre
demonstração de mau gosto. (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve-
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas
queles velhos carros-placa. escolas públicas.

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “E”.

4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

109
LÍNGUA PORTUGUESA

(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.

110
MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéri-
cas; Frações e operações com frações. ........................................................................................................................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................. 11
Regra de três ............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal ...................................................................................................................................................................................... 19
Equações e inequações......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas .................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão .......................................................................... 41
Geometria ................................................................................................................................................................................................................... 47
Matriz, determinantes e sistemas lineares .................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica ....................................................................................................................................... 70
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................. 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ................................................... 80
MATEMÁTICA

Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
 Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto  :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

1
MATEMÁTICA

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír- Exemplo 2


gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para Seja a dízima 1,1212...
ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repe- Façamos x = 1,1212...
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números 100x = 112,1212... .
irracionais, que trataremos mais a frente. Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

Números Irracionais
Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
com o denominador seguido de zeros. - A soma de um número racional com um número irra-
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma cional é sempre um número irracional.
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
por diante. número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- Exemplo:  .  =  = 7 é um número racional.


tão como podemos transformar em fração?
Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-
Exemplo 1 mero natural, se não inteira, é irracional.

Transforme a dízima 0, 333... .em fração Números Reais


Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período. Fonte: www.estudokids.com.br

2
MATEMÁTICA

Representação na reta Semirreta direita, fechada de origem a – números reais


maiores ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


INTERVALOS LIMITADOS maiores que a.
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b.

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b. 2³=2.2.2=8

Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio


Intervalo:{a,b[ número.
Conjunto {x∈R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores


que a e menores ou iguais a b.

Intervalo:]a,b] 3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,


Conjunto:{x∈R|a<x≤b} resulta em um número positivo.

INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números re-


ais menores ou iguais a b.

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-


Intervalo:]-∞,b] par, resulta em um número negativo.
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números re-


ais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}

3
MATEMÁTICA

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas- Radiciação


sar o sinal para positivo e inverter o número que está na Radiciação é a operação inversa a potenciação
base. 

Técnica de Cálculo
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o A determinação da raiz quadrada de um número tor-
valor do expoente, o resultado será igual a zero.  na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja: 

Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

64=2.2.2.2.2.2=26

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. -se” um e multiplica.

Exemplos: 1 1
96 : 92 = 96-2 = 94 1
Observe: 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-


n
a.b = n a .n b
tiplica-se os expoentes.
Exemplos: O radical de índice inteiro e positivo de um produto
(52)3 = 52.3 = 56 indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

Raiz quadrada de frações ordinárias

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva- 1 1


dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- 2 2 2 2 2
2
mo expoente. Observe: =  = 1 =
(4.3)²=4².3² 3 3 3
32
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente,
podemos elevar separados. De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:

a na
n =
b nb

4
MATEMÁTICA

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente Racionalização de Denominadores


indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando. Normalmente não se apresentam números irracionais
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli-
Raiz quadrada números decimais minação dos radicais do denominador chama-se racionali-
zação do denominador.
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela

Operações

Operações 2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Multiplicação

Exemplo Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-


rença de quadrados no denominador:

Divisão

Questões

01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível


Exemplo Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio.

Sabe-se que:
Adição e subtração
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. lheres.

O número de candidatos homens de nível médio é


(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda,
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga-
Caso tenha: nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final.
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:

5
MATEMÁTICA

(A) José − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e


(B) Isabella − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni De acordo com esses dados, ao longo da existência
desse prédio comercial, a fração do total de situações de
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: responde à
(A) 0,2222... (A) 3/20.
(B) 0,6666... (B) 1/4.
(C) 0,1616... (C) 13/60.
(D) 0,8888... (D) 1/5.
(E) 1/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível, nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) As-
então o dividendo é sinale a alternativa que apresenta o valor da expressão
(A) 131.
(B) 121.
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.
(A) 1.
05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres- (B) 2.
sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem (C) 4.
um padrão específico: (D) 8.
(E) 16.
1ª expressão: 1 x 9 + 2
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
2ª expressão: 12 x 9 + 3 VGO/2017) Qual o resultado de ?

3ª expressão: 123 x 9 + 4 (A) 3


(B) 3/2
... (C) 5
(D) 5/2
7ª expressão: █ x 9 + ▲
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(A) 1 111 111. (B) 2;
(B) 11 111. (C) 3;
(C) 1 111. (D) 4;
(D) 111 111. (E) 6.
(E) 11 111 111.
10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de
comercial informou que, nos cinquenta anos de existência homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas dessa equipe saíram para um atendimento externo.
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun-
do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas, Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
enquanto as demais situações haviam sido geradas por di- ção de mulheres é
ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco (A) 3/4;
geradas por displicência, (B) 8/9;
(C) 5/7;
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade- (D) 8/13;
quadamente; (E) 9/17.
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;

6
MATEMÁTICA

Respostas 08. Resposta: D.

01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 09. Resposta: C.
82-37=45 homens de nível médio. 2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
02. Resposta: D. 4N=12
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o N=3
vencedor.
10. Resposta: E.
03. Resposta: B. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração

X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4

Saíram no total

04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E. MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO


A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
06. Resposta: D.

Múltiplos

Gerado por descuidos ao cozinhar: Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos


o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo

Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- O conjunto de múltiplos de um número natural
1/13) não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplican-
do-se o número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores
07.Resposta: C.
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.

D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}

7
MATEMÁTICA

Observações: Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá


medir
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. (A) mais de 30 cm.
- Todo número natural é múltiplo de 1. (B) menos de 15 cm.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
múltiplos. (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.

Máximo Divisor Comum Resposta: A.


O máximo divisor comum de dois ou mais números
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses
números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve-
mos seguir as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.

Exemplo:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-
sível
E são os fatores que temos iguais:25=32

Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
m.d.c às
(A) 16h 30min.
Mínimo Múltiplo Comum (B) 17h 30min.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- (C) 18h 30min.
meros é o menor número, diferente de zero. (D) 17 horas.
Para calcular devemos seguir as etapas: (E) 18 horas.
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si Resposta: E.

Exemplo:

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido,
continua aparecendo.
Assim, o mmc
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
Exemplo x-----660
x=660/60=11
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- Então será depois de 11horas que se encontrarão
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio 7+11=18h
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.

8
MATEMÁTICA

Questões caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia,
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então
ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma é verdade que o número máximo de premiações de 5%
quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa, de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus
podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni- clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia,
dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará seria igual a
nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que (A) 8.
pode ser atribuído a n é (B) 10.
(A) 280. (C) 21.
(B) 265. (D) 27.
(C) 245. (E) 33.
(D) 230.
(E) 210. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-
vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: e 72?
(A) 72 (A) 8
(B) 156 (B) 6
(C) 144 (C) 4
(D) 204 (D) 2

03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 participantes em grupos formados somente por homens
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos nham o mesmo número de integrantes.
concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(B) 14 horas de segunda-feira. grupo é:
(C) 10 horas de terça-feira. (A) 10.
(D) 20 horas de terça-feira. (B) 15.
(E) 9 horas de quarta-feira. (C) 20.
(D) 30.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (E) 40.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
ferro, é: possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(A) 9 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(B) 11 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(C) 12 número total de grupos formados foi
(D) 13 (A) 8.
(B) 12.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (C) 13.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu (D) 15.
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas (E) 18.
registradoras foi programada para acender uma luz, em
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3,
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma

9
MATEMÁTICA

09. (PREF. DE JAMBEIRO – Agente Administrativo – 03. Resposta: D.


JOTA CONSULTORIA/2016) O MMC(120, 125, 130) é: Mmc(3, 4, 5)=60
(A) 39000 60/24=2 dias e 12horas
(B) 38000 Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima ali-
(C) 37000 mentação será na terça às 20h.
(D) 36000
(E) 35000 04. Resposta: B.

10. (MPE/SP – Analista Técnico Científico – VU-


NESP/2016) Pretende-se dividir um grupo de 216 pesso-
as, sendo 126 com formação na área de exatas e 90 com
formação na área de humanas, em grupos menores con-
tendo, obrigatoriamente, elementos de cada uma dessas
áreas, de modo que: (1) o número de grupos seja o maior
possível; (2) cada grupo tenha o mesmo número x de pes- Mdc=5⋅7=35
soas com formação na área de exatas e o mesmo número y 140/35=4
de pessoas com formação na área de humanas; e (3) cada 245/35=7
uma das 216 pessoas participe de um único grupo. Nessas Portanto, serão 11 pedaços.
condições, e sabendo-se que no grupo não há pessoa com
ambas as formações, é correto afirmar que, em cada novo 05. Resposta: D.
grupo, a diferença entre os números de pessoas com for-
mação em exatas e em humanas, nessa ordem, será igual a
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
Mmc(15, 30, 45)=90 minutos
Respostas
Ou seja, a cada 1h30 minutos tem premiações.
Das 9 ate as 21h30min=12h30 minutos
01. Resposta: E.

9 vezes no total, pois as 9 horas acendeu.


Como são 3 premiações: 9x3=27

06. Resposta: C.

Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210

02. Resposta: E.

Mmc(6,8)=24

Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns:


MDC(24,60)=2²⋅3=12

Mdc(30, 36, 72) =2x3=6


Portanto: 24/6=4

Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60
2A+3B=24+180=204

10
MATEMÁTICA

07. Resposta: E. - eles são múltiplos de 2, pois terminam com números


pares.
E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9

NÚMEROS E GRANDEZAS
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
08. Resposta:B. PROPORCIONAIS

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e


b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 
Exemplo: 
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o
MDC(84,96)=2²x3=12 número de moças. (lembrando que razão é divisão) 

09. Resposta: A.

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor-


ção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções


Mmc(120, 125, 130)=2³.3.5³.13=39000 Numa proporção:

10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)
Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8,


pois:
Mdc(90, 125)=2.3²=18

Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
90/18 = 5 grupos de humanas esteja em proporção com 4/6.
A diferença é de 7-5=2 Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
ma:

11
MATEMÁTICA

Segunda propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para o se-
gundo termo, assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto termo.
Então temos:

     ou     
Ou
     ou     

Terceira propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos conse-
quentes, assim como cada antecedente está para o seu respectivo consequente. Temos então:

     ou     
Ou
     ou     

Grandezas Diretamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4

Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

12
MATEMÁTICA

Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo?? Questões


Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela me- 01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
tade. TO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma so-
ciedade para fabricação e venda de cachorro quente. João
Diretamente Proporcionais iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di- com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P. de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicial-
mente, qual é o valor que João e Marcos devem receber
desse lucro, respectivamente?
(A) 30 e 110 reais.
(B) 40 e 100 reais.
A solução segue das propriedades das proporções: (C) 42 e 98 reais.
(D) 50 e 90 reais.
(E) 70 e 70 reais.

02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma


Exemplo empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função,
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga- horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um tra-
nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada balha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas sema-
um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê- nais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais.
No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de
mio de forma diretamente proporcional?
R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que
a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua
carga horária semanal.
Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença
entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de
(A) 10.000,00.
(B) 8.000,00.
(C) 20.000,00.
(D) 12.000,00.
(E) 6.000,00.
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Inversamente Proporcionais NESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevis-
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., tas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi
Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom- composta da seguinte maneira:
por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. – 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso – 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados
da Região Sudeste.

Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o nú-


mero de entrevistas realizadas em São Paulo e o número
total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
cuja solução segue das propriedades das proporções: (A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.

04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) Em relação à prova de matemática de um con-
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão
entre o número de questões que ela errou para o total de
questões da prova é de

13
MATEMÁTICA

(A) 2/3 Nessas condições, é correto afirmar que a diferença


(B) 1/2 entre o número de caixas carregadas em A e o número de
(C) 1/3 caixas carregadas em B foi igual a
(D) 3/2 (A) 304.
(B) 286.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (C) 224.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 (D) 216.
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a (E) 198.
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí-
10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente
Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente pro-
de idades, os seguintes valores:
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. porcionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. aos dois filhos com maior idade é igual a:
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) R$2.500,00
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) R$3.200,00
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer- Respostas
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível 01. Resposta: C.
preencher totalmente esse mesmo compartimento com- 30k+70k=140
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- 100k=140
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o K=1,4
número de caixas Q utilizadas será igual a 30⋅1,4=42
(A) 10. 70⋅1,4=98
(B) 28.
(C) 18.
02. Resposta: A.
(D) 22.
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
(E) 30.
32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU- 74000/148=500
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí- O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que 32⋅500=16000
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 12⋅500=6000
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram A diferença é: 16000-6000=10000
pagos a cada um deles.
03. Resposta:B.
Fornecedor A B C 2500+1500=4000 entrevistas
Valor pago 22,5 X 37,5
Valor devido Y 40 z

Sabe-se que os valores pagos foram diretamente pro-


porcionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nes-
sas condições, é correto afirmar que o valor total devido a 04. Resposta: C.
esses três fornecedores era, antes dos pagamentos efetu- Se Paula acertou 32, errou 16.
ados, igual a
(A) R$ 90.000,00.
(B) R$ 96.500,00.
(C) R$ 108.000,00.
(D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.
05. Resposta: E.
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- 2k+5k+8k=240
NESP/2017) O transporte de 1980 caixas iguais foi total- 15k=240
mente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta K=16
das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas. Alfredo: 2⋅16=32
Sabe-se que A tem capacidade para transportar 2,2 t, en- Bernardo: 5⋅16=80
quanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t. Caetano: 8⋅16=128

14
MATEMÁTICA

06. Resposta: E.
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 REGRA DE TRÊS
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q,
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K

Regra de três simples

Q=30 caixas Regra de três simples é um processo prático para re-


solver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
07. Resposta: E. valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:

Y=90/3=30 1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da


mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

X=120/4=30 2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in-


versamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.


Z=150/3=50 Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480km/h?
08. Resposta: E.
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400-----------------3
X=1,05 480---------------- x
Se o irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50
2) Identificação do tipo de relação:

Velocidade----------tempo
X=1,20 400↓-----------------3↑
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 480↓---------------- x↑

Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-


09. Resposta: E. ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
2,2k+1,8k=1980 segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo
4k=1980 e o que está em baixo na segunda coluna vai para cima
K=495
2,2x495=1089 Velocidade----------tempo
1980-1089=891 400↓-----------------X↓
1089-891=198 480↓---------------- 3↓

10. Resposta: B. 480x=1200


X=25

A+B+C=4500 Regra de três composta


4p+6p+8p=4500 Regra de três composta é utilizada em problemas com
18p=4500 mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor-
P=250 cionais.
B=6p=6x250=1500
C=8p=8x250=2000
1500+2000=3500

15
MATEMÁTICA

Exemplos: 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação


e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários mo tempo.
para descarregar 125m³? A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
A máquina A faz 100 cópias em
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- (A) 44 minutos.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as (B) 46 minutos.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: (C) 48 minutos.
(D) 50 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (E) 52 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑
5↑------------------x↓----------------------125↑ 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
- MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
la onde está o x. dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
Observe que: rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o correto?
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente (A) 6h 8 min
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- (B) 6h 50min
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras (C) 9h 20 min
razões de acordo com o sentido das setas. (D) 9h 33min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Horas --------caminhões-----------volume 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


8↑----------------20↓----------------------160↓ NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
5↑------------------x↓----------------------125↓ preços de acordo com a tabela:

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican-


do:

Horas --------caminhões-----------volume Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-


5----------------20----------------------160 -feira. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse
8------------------x----------------------125 almoço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que
essa quantidade é, em gramas, igual a

(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
Logo, serão necessários 25 caminhões (D) 425.
(E) 450.
Questões

01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- 05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina- NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba- embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra- sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 sacos necessários para embalar todo o carregamento seria
dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que igual a
trabalhar para realizar a tarefa é (A) 420.
(A) 6. (B) 375.
(B) 7. (C) 370.
(C) 8. (D) 345.
(D) 9. (E) 320.
(E) 10.

16
MATEMÁTICA

06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR- Respostas


VGO/2017) Quarenta e oito funcionários de uma certa em-
presa, trabalhando 12 horas por dia, produzem 480 bolsas 01. Resposta: C.
por semana. Quantos funcionários a mais, trabalhando 15 ↑Apostilas ↑ horas dias↓
horas por dia, podem assegurar uma produção de 1200 300------------------5--------------4
bolsas por semana? 360-----------------x----------------3
(A) 48
(B) 96 ↑Apostilas ↑ horas dias↑
(C) 102 300------------------5--------------3
(D) 144 360-----------------x----------------4

07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem uma 900x=7200
loja. Qual o número mínimo de operários necessários para X=8
fazer outra loja igual em 60 dias?
(A) 8 operários. 02. Resposta: D.
(B) 18 operários. Como a máquina A faz 20% a mais:
(C) 14 operários. Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias.
(D) 22 operários. 120------60 minutos
(E) 25 operários 10-------x
X=50 minutos

08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) A va- 03. Resposta: C.


zão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tem- ↑Operário ↓horas dias↑
po necessário para essa torneira encher completamente 12--------------8------------14
um reservatório retangular, cujas medidas internas são 1,5 18----------------x------------8
metros de comprimento, 1,2 metros de largura e 70 centí- Quanto mais horas, menos operários
metros de profundidade é de: Quanto mais horas, menos dias
(A) 1h 16min 00s
(B) 1h 15min 36s
(C) 1h 45min 16s
(D) 1h 50min 05s
(E) 1h55min 42s
8⋅18x=14⋅12⋅8
X=9,33h
09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IE- 9 horas e 1/3 da hora
SES/2017) Trabalhando durante 6 dias, 5 operários produ- 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos
zem 600 peças. Determine quantas peças serão produzidas 9horas e 20 minutos
por sete operários trabalhando por 8 dias:
(A) 1120 peças 04. Resposta:C.
(B) 952 peças 12,50------250
(C) 875 peças 21----------x
(D) 1250 peças X=5250/12,5=420 gramas

05. Resposta: E.
10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- Sacos kg
NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 240----40
funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, x----30
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 Quanto mais sacos, menos areia foi
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais, colocada(inversamente)
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 48.
(B) 50.
(C) 46.
(D) 54. 30x=9600
(E) 52. X=320

17
MATEMÁTICA

06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas

X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários

07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)

60x=1080
X=18

08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min

09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x

30x=33600
X=1120

10. Resposta: D.

Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas em minutos

3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x

18
MATEMÁTICA

As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m


    Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²). 
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.

19
MATEMÁTICA

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.

Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

20
MATEMÁTICA

Questões

01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-


rios- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote
de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que
imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20
minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o servi-
ço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime
Não podemos ter 66 minutos, então temos que trans- 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B
ferir para as horas, sempre que passamos de um para o levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 (A) 14 horas e 10 minutos.
hora=60 minutos (B) 14 horas e 05 minutos.
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos (C) 13 horas e 45 minutos.
(D) 13 horas e 30 minutos.
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação (E) 13 horas e 20 minutos.
inversa.
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Subtração NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h
16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minu- 15 min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica,
tos. Quanto tempo ficou fora? então o tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta,
foi igual a
(A) 1/2h.
(B) 3/4h.
(C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
mesma forma que conta de subtração.
NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
1hora=60 minutos
tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
(A) 25000.
Multiplicação (B) 24500.
(C) 23000.
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas (D) 22000.
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? (E) 20500.

04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
Divisão (B) 160
5h 20 minutos :2 (C) 1600
(D) 16000

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o in-
tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há
1h 20 minutos, transformamos para minutos 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o
:60+20=80minutos término das aulas de João se dá às:

21
MATEMÁTICA

(A) 22h30min 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)


(B) 22h40min Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
(C) 22h50min m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
(D) 23h 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
(E) Nenhuma das anteriores em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
obter
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (A) 6 pedaços.
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km (B) 8 pedaços.
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em (C) 9 pedaços.
1h20min. (D) 5 pedaços.
(E) 7 pedaços.
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com
a época em que era jovem, Arquimedes precisa de mais: Respostas
(A) 10 minutos;
(B) 7 minutos; 01. Resposta: E.
(C) 5 minutos; 3h 20 minutos-200 minutos
(D) 3 minutos;
(E) 2 minutos. 5000-----40
x----------200
07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- x=1000000/40=25000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um ho-
rário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 4500-------48
intenso e gastou 48min. 75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é: 800/60=13,33h
(A) 36; 19 horas e 1/3 hora
(B) 40; 19h e 20 minutos
(C) 48;
(D) 50; 02. Resposta: C.
(E) 60.

08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr –


IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tem-
po que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840
(B) 1620
(C) 1780
(D) 2120 Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
e volta demorou 1 hora.
00. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de 03. Resposta:A.
abastecimento com 36.000 litros de gasolina em seu re- 4500/3=1500 litros para as caixinhas
servatório. Parte dessa gasolina é transferida para dois tan- 1500litros=1500000ml
ques de armazenamento, enchendo-os completamente. 1500000/300=5000 caixinhas por dia
Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e esta- 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
vam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina resta- 04. Resposta:A.
ram no caminhão-tanque? 14400litros=14400000 ml
(A) 35.722,00
(B) 8.200,00
(C) 3.577,20
(D) 357,72
(E) 332,20 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

22
MATEMÁTICA

05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
1h20min=60+20=80min mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos

A diferença é de 3 minutos

07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o
tempo(inversamente)

A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a


equação também.
No exemplo temos:
3x+300
80v=48V+960
Outro lado: x+1000+500
32V=960
E o equilíbrio?
V=30km/h
3x+300=x+1500
30km----60 min
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
x-----------80
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200
X=600
60x=2400
Exemplo
X=40km
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao do-
08 Resposta: B.
bro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez
27x60=1620 segundos
anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro
tem hoje.
09. Resposta: B.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje
1m³=1000litros
é:
36000/1000=36 m³
(A) 72;
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
(B) 69;
(C) 66;
10.Resposta: E.
(D) 63;
1,7m=170cm
(E) 60.
1,45m=145 cm
Resolução
170/40=4 resta 10
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
145/40=3 resta 25
na linguagem matemática o que está no texto.
4+3=7

23
MATEMÁTICA

“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”


Pi=Pa+3
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
idade que Pedro tem hoje.”
Exemplo

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa
, portanto não há solução real.
Lembrando que:
Pi=Pa+3 2.

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3 3.
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69

Resposta: B.

Equação 2º grau
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
A equação do segundo grau é representada pela fór- real de um número negativo.
mula geral:
Se , há duas soluções iguais:

Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes Se , há soluções reais diferentes:

1.

Relações entre Coeficientes e Raízes

Dada as duas raízes:


Se for negativo, não há solução no conjunto dos
números reais.

Se for positivo, a equação tem duas soluções:

24
MATEMÁTICA

Soma das Raízes Substituindo em A


A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Resposta: B.

Produto das Raízes Inequação


Uma inequação é uma sentença matemática expressa
por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi-
gualdade. Veja os sinais de desigualdade:
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci-
das as raízes >: maior 
<: menor
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: ≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 
x²-Sx+P=0

Exemplo O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da


equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação
Solução de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
S=x1+x2=-2+7=5 da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
P=x1.x2=-2.7=-14 desigualdade.
Então a equação é: x²-5x-14=0
Exemplo 1
Exemplo 4x + 12 > 2x – 2
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A 4x – 2x > – 2 – 12
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando 2x > – 14
somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A x > –14/2
mais velha das duas tem: x>–7
(A) 24 anos
(B) 26 anos Inequação-Produto
(C) 31 anos
(D) 33 anos Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
Resolução ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
A+J=44 da desigualdade em cada função e obter a resposta final
A²+J²=1000 realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
A=44-J
Exemplo
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000 a)(-x+2)(2x-3)<0
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.

25
MATEMÁTICA

O método de resolução se assemelha muito à resolu-


ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
dessas funções.
Exemplo
Resolva a inequação a seguir:

x-2≠0 Portanto: 
x≠2 S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas. 
Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau:  Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação. 


4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 
x ≤ - 1 

S1 = {x   R | x ≤ - 1} 
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 
x + 1 ≤ 0 
x ≤ - 1 

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. 

S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos:  S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2

26
MATEMÁTICA

Questões 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x²
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - - 6x + 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um nú- (A) 3
mero natural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes (B) 2
esse número. Qual é esse número? (C) −1
(A) 2 (D) −6
(B) 3
(C) 4 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
(D) 5 Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
cidade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
1/3 do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte bruto do mês de setembro foi igual a
da cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, (A) R$ 6.330,00.
percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a (B) R$ 5.625,00.
soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os (C) R$ 5.550,00.
pontos em que pararam é igual a 28 km, então a distância (D) R$ 5.125,00.
entre os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, (E) R$ 4.500,00.
igual a
(A) 26. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN-
(B) 24. RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua
(C) 20. idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte
(D) 18. idade:
(E) 16. (A) 12.
(B) 14.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (C) 16.
NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma- (D) 17.
teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni- (E) 18.
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Profes-
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo- sor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raí-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais, zes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
então o preço unitário do produto P foi igual a (A) 1/2 .
(A) R$ 225,00. (B) 3.
(B) R$ 200,00. (C) 3/2 .
(C) R$ 175,00. (D) 12.
(D) R$ 150,00. (E) 28.
(E) R$ 125,00.
10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Adminis-
04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- tração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte res-
a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternati- posta:
va que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di-
(A) 0. minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás
(B) 1. representa a minha idade atual.
(C) -1. A soma dos algarismos do número que representa, em
(D) 6. anos, a idade atual de João, corresponde a:
(E) -6. (A) 6
(B) 7
05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR- (C) 10
VGO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, (D) 14
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de
269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45
(B) 47
(C) 50
(D) 52

27
MATEMÁTICA

RESPOSTAS 07. Resposta: B.


Salário liquido: x
01. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

10x+6x+40500=25x
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 9x=40500
X=4500
02. Resposta: C.
Salario fração
y---------------1
4500---------4/5

Mmc(3,4)=12

4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64

A soma das duas é -1-5=-6

05. Resposta:B.
Vamos fazer a conta de rodas:
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47 10. Resposta: C.
Atual:x
06. Resposta: B 5(x+8)-5(x-3)=x
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 5x+40-5x+15=x
36-24m+12=0 X=55
-24m=-48 Soma: 5+5=10
M=2

28
MATEMÁTICA

O conjunto B é denominado contradomínio, CD.


FUNÇÕES Cada elemento x do domínio tem um correspondente
y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
Diagrama de Flechas imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-


domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
= {6, 9, 12}

Classificação das funções

Injetora: Quando para ela elementos distintos do do-


mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
mínio.
Muitas vezes nos deparamos com situações que en-
volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no pe-
ríodo; o tempo de uma viagem de automóvel depende da
velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
mos definir com mais rigor o que é uma função matemáti-
ca utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem


O domínio é constituído por todos os valores que po-
dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores correspondentes
da variável dependente.
O conjunto A é denominado domínio da função, indi-
cada por D. O domínio serve para definir em que conjun-
to estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a
variável x.

29
MATEMÁTICA

Bijetora: Quando apresentar as características de fun- Função Decrescente: a < 0


ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, Nesse caso, os valores de y, caem.
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
nos um elemento do domínio.

Função 1 grau Raiz da função


A função do 1° grau relacionará os valores numéricos Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
Estudo dos Sinais a seguir:
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente,
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente.
Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
Função Crescente: a > 0
neralização com base na própria lei de formação da função,
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá-
considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
fico que os valores de y vão crescendo.
X=-b/a

Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema


com duas equações para acharmos o valor de a e b.

Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.

F(1)=1a+b
3=a+b

F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II

3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4

30
MATEMÁTICA

b=2 Raízes
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2) Vértices e Estudo do Sinal
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua- Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada
drática e deve ser o maior termo. para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a pa-
rábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
Considerações máximo V. 
Em qualquer caso, as coordenadas de V são 
Concavidade . Veja os gráficos:
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para
baixo se a<0

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0

∆=0

Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao


eixo x, no ponto

Repare que, quando tivermos o discriminante , as


duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais

∆<0

A função não tem raízes reais

31
MATEMÁTICA

Equação Exponencial Função decrescente


Se   temos uma função exponencial de-
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expo- crescente em todo o domínio da função.
ente de uma ou mais potências de bases positivas e dife- Neste outro gráfico podemos observar que à medida
rentes de 1. que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que
a curva da função é decrescente.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Solução

A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
função da definição da função exponencial, temos que:
Função exponencial Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
A expressão matemática que define a função exponen- temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ros a estudar as propriedades desse número.
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável. O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
Função crescente e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
Se   temos uma função exponencial crescente, pode ser escrita como a potência de base e com expoente
qualquer que seja o valor real de x. x, isto é: 
No gráfico da função ao lado podemos observar que à ex = exp(x)
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax  

Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que:

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N


na base a

32
MATEMÁTICA

Ainda com base na definição podemos estabelecer Função Logarítmica


condições de existência:
Uma função dada por , em que
a constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se fun-
ção logarítmica.
Exemplo

Consequências da Definição

Questões

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Uma


locadora de automóveis oferece dois planos de aluguel de
carros a seus clientes:
Propriedades
Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem
livre.

Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô-


metro rodado.

Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos qui-


lômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?

(A) 30.
Mudança de Base (B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.

Exemplo 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: vendedor recebe um salário mensal composto de um valor
a)log 6 fixo de R$ 1.300,00 e de uma parte variável. A parte variá-
b) log1,5 vel corresponde a uma comissão de 6% do valor total de
c) log 16 vendas que ele fez durante o mês. O salário mensal desse
Solução vendedor pode ser descrito por uma expressão algébrica
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 f(x), em função do valor total de vendas mensal, represen-
b) tado por x.
c)
A expressão algébrica f(x) que pode representar o salá-
rio mensal desse vendedor é

33
MATEMÁTICA

(A) f(x) = 0,06x + 1.300.


(B) f(x) = 0,6x + 1.300.
(C) f(x) = 0,78x + 1.300.
(D) f(x) = 6x + 1.300.
(E) f(x) = 7,8x + 1.300.

03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FADESP/2017)


Um reservatório em formato de cilindro é abastecido por
uma fonte a vazão constante e tem a altura de sua coluna
d’água (em metros), em função do tempo (em dias), descri-
ta pelo seguinte gráfico:

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são

(A) -0,5 e 2,5.


(B) -0,5 e 3.
Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros,
(C) -1 e 2.
o número de dias necessários para que a fonte encha o
(D) -1 e 2,5.
reservatório inicialmente vazio é
(E) -1 e 3.
(A) 18
(B) 12 06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017)
(C) 8 A soma das coordenadas do vértice da parábola da função
(D) 6 f(x) = – x² + 8x – 12 é igual a:
(A) 4
(B) 6
04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário – (C) 8
FCC/2016) Carlos presta serviço de assistência técnica de (D) 10
computadores em empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até
o local, mais R$ 25,00 por hora de trabalho até resolver o 07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –
problema (também são cobradas as frações de horas traba-
lhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o problema IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função
e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite concluir que , na função g(x) = x2 - 4x + 5, encontramos
ele trabalhou nesse serviço
como resultado:
(A) 5 horas e 45 minutos.
(B) 6 horas e 15 minutos. (A) 12
(C) 6 horas e 25 minutos. (B) 15
(D) 5 horas e 25 minutos. (C) 16
(E) 5 horas e 15 minutos. (D) 17

08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-


05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Quantos valores reais
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- de x fazem com que a expressão as-
contram-se representados o gráfico da função de segundo suma valor numérico igual a 1?
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

34
MATEMÁTICA

09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
em R+ é: rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.

(A) Respostas

01. Resposta: D.

90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km

(B) 02. Resposta: A.

6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

(C)

2x=36
X=18

04.Resposta: B.
(D) F(x)=12+25x
X=hora de trabalho

168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

(E) Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

05. Resposta: E.
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de (x-2)(x+2)=x²-4
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
tamente uma raiz? A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
(A) 0 Y=ax+b
(B) 3 -1=b
(C) 6 3=2a-1
(D) 9 2a=4
(E) 12 A=2
Y=2x-1

35
MATEMÁTICA

Igualando a função do primeiro grau e a função do se-


gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16 A base for -1 desde que o expoente seja par:
X²-5x+5=-1
X²-5x+6=0

∆=25-24=1

06. Resposta:C.

Vamos substituir esses dois valores no expoente


X=2:
X²+4x-60
2²+8-60==48
A soma das coordenadas é igual a 8 X=3
3²+12-60=-39
07. Resposta: D.
Portanto, serão 5 valores.

09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.

10. Resposta: E.
-2x=-12 Kx=(x+3)²
X=6 Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Substituindo em g(x) Para ter uma raiz, ∆=0
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 ∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
08. Resposta: D. 36-12k+k²-36=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k²-12k=0
X²+4x-60=0 k=0 ou k=12
∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240 11. Resposta:C.
∆=256

A base pode ser igual a 1:


X²-5x+5=1
X²-5x+4=0
∆=25-16=9

36
MATEMÁTICA

Histogramas
GRÁFICOS E TABELAS
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve: Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
possível. como numa pizza.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspec-
tos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-


mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais


Fonte: tecnologia.umcomo.com.br fácil a compreensão de todos sobre um tema.
Barra horizontal

Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-


lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:


Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
lógico
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

37
MATEMÁTICA

Questões

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na Pes-


quisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, re-
alizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da
população em idade para trabalhar. Esses dados, em por-
centagem, encontram-se indicados na apresentação gráfi-
ca abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.

O número médio de carros vendidos por dia nesse pe-


ríodo foi igual a
(A) 10.
(B) 9.
(C) 8.
(D) 7.
(E) 6.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se-
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014. cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti-
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
(A) 15%. de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
(B) 25%. gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
(C) 50%. ou por múltiplos e submúltiplos de x.
(D) 75%.
(E) 90%.

02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida


do ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a
(A) 144º.
O número total de ônibus dessa empresa é (B) 135º.
(C) 126º
(A) 270. (D) 117º
(B) 250. (E) 108º.
(C) 220
(D) 180. 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016)
(E) 120.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.

38
MATEMÁTICA

Tendo como referência o gráfico precedente, que mos- Pode-se concluir que
tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. salários.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte- (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei- (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. da total.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe- (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da renda total.
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
tâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis- 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
arrecadação de receitas. em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os dos dados.
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas. xi fi
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor 30-35 4
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti- 35-40 12
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de 40-45 10
2015. 45-50 8
50-55 6
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- TOTAL 40
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.

(A)

(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de


Linha. (B)
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de
(C)
Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.

07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A


distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná- (D)
rios é dada na tabela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8 (E)
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

39
MATEMÁTICA

09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- A partir das informações e do gráfico apresentados,
PE/2015) julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário


Nacional
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
InfoPen, ( ) Certo ( ) Errado
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional
Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações) Respostas

A tabela mostrada apresenta a quantidade de deten- 01. Resposta: E.


tos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. 13,7/7,2=1,90
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela Houve um aumento de 90%.
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e
a quantidade de detentos no sistema penitenciário — re-
gistrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média 02. Resposta:D
nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes. 81+27=108
Com base nessas informações e na tabela apresentada, 108 ônibus somam 60%(100-35-5)
julgue o item a seguir. 108-----60
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Bra- x--------100
sil se encontrava na região Sudeste. x=10800/60=180

( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.
10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
PE/2015)

04. Resposta: A.

X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois me-
ses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a des-
pesa.

40
MATEMÁTICA

ESTATÍSTICA DESCRITIVA, AMOSTRAGEM,


TESTE DE HIPÓTESES E ANÁLISE DE
REGRESSÃO

Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
06. Resposta: C. do uma é falsa, a outra é verdadeira.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
ou pizza e de linha contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
07. Resposta: D. afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários Vamos ver como montar essas hipóteses
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Um caso bem simples.
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6 Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18 Há uma regrinha para formular essas hipóteses
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Formulação verbal Formulação
H0 Formulação verbal Ha
Matemática
08. Resposta: A. A média é A média é
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...maior ou igual
40-45, 35-40, a k. ...menor que k

....pelo menos k. ... abaixo de k


09. Resposta: CERTA.
555----100% ...não menos que ...menos que k.
x----55% k.
x=305,25 ...menor ou igual ..maior que k
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. a k.
... acima de k
....no máximo k.
10. Resposta: ERRADO. ...mais do que
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no ...não mais que k. k.
... não igual
eixo x e não simplesmente um dado.
... igual a k. a k.

Referências .... k. .... diferente


http://www.galileu.esalq.usp.br de k.
...exatamente k.
...não k.
Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o
índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é
menor que 2,5 galões por minuto.

41
MATEMÁTICA

Classes Frequências
41 |------- 45 7
Referências 45 |------- 49 3
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pe- 49 |------- 53 4
arson Prentice Hall, 2010. 53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em Total 20
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Média aritmética
população. Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Frequência Absoluta ro de elementos do conjunto.
É o número de vezes que a variável estatística assume Representemos a média aritmética por .
um valor. A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
Frequência Relativa média aritmética para variáveis quantitativas.
É o quociente entre a frequência absoluta e o número Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
de elementos da amostra. diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos: mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-


res, obteremos a média aritmética das alturas:

Distribuição de frequência sem intervalos de classe:


É a simples condensação dos dados conforme as repeti- A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
ções de seu valores. Para um ROL  de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi- Média Ponderada
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo: A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
Dados Frequência
peso” é chamada média aritmética ponderada.
41 3
42 2
43 1
44 1
45 1
46 2 Mediana (Md)
50 2 Sejam os valores escritos em rol:
51 1
52 1
54 1
57 1 1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal
58 2 que o número de termos da sequência que precedem
60 2 é igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é
Total 20 termo médio da sequência ( ) em rol.
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido
Distribuição de frequência com intervalos de classe: pela média aritmética entre os termos e , tais que o
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional número de termos que precedem é igual ao número de
efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
classe. mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.

42
MATEMÁTICA

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução: Isto é:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12

Resposta: Md=12. E para amostra

Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem- tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
-se: Jogo Número de pontos
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 1 22
mética entre os dois termos centrais do rol. 2 18
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15 6 20
7 19
Moda (Mo)
8 18
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni- a) A média de pontos por jogo é:
ca.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
Variância uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos
de um conjunto de números em relação à sua média arit-
mética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim
definido:

Seja o conjunto de números , tal que é


sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
e indica-se por , o número:

43
MATEMÁTICA

Desvio padrão

Definição
Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto,
e indica-se por , o número:

Isto é:

Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
a) Sendo a estatura média, temos:

b) Sendo o desvio padrão, tem-se:

Questões

01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem
curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a
média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que
a média salarial dos funcionários dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.

02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.

A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24

44
MATEMÁTICA

A média de acertos por prova foi de


(A) 3,57.
(B) 3,43
(C) 3,32.
(D) 3,25.
(E) 3,19.

03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período
matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período
vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do número de alunos por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
(C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.

04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações
abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em um deter-
minado dia.

Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
(A) 0,32.
(B) 0,21.
(C) 0,35.
(D) 0,18.
(E) 0,24.

05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn
. A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for
par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de
acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos.

Número de acertos Número de alunos


0 4
1 5
2 4
3 3
4 5
5 3

A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5

45
MATEMÁTICA

06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
semestre de 2016. foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Mës Empréstimos R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Janeiro 15 (A)) R$ 2.002,00.
Fevereiro 25 (B) R$ 2.006,00.
Março 22 (C) R$ 2.010,00.
(D) R$ 2.004,00.
Abril 30
(E) R$ 2.008,00.
Maio 28
Junho 15
10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
Dadas as afirmativas, FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
mês. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
II. A mediana da série de valores é igual a 26. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
50 55 55 55 55 60
verifica-se que está(ão) correta(s) 62 63 65 90 90 100
(A) II, apenas.
(B) III, apenas. O número de funcionários com pontuação acima da
(C) I e II, apenas. média é:
(D) I e III, apenas. (A) 3;
(E) I, II e III. (B) 4;
(C) 5;
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas (D) 6;
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- (E) 7.
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
xo. Respostas

Replicatas Laboratório 01. Resposta: E.


1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5 S=cursam superior
2 30,4 30,8 30,7 30,4 M=não tem curso superior
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
Desvio
0,20 0,15 0,21 0,15
Padrão
Utilize essa tabela para responder à questão. S+M=600000
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
(A) 1.
(B) 2. S=420000
(C) 3. M=600000-420000=180000
(D) 4.

08. (ANAC – Analista Administrativo- ESAF/2016)


Os valores a seguir representam uma amostra

331546248 02. Resposta:B.

Então, a variância dessa amostra é igual a


(A) 4,0
(B) 2,5.
(C) 4,5.
(D) 5,5
(E) 3,0

46
MATEMÁTICA

03. Resposta: D. 08. Resposta: C.

M=300

V=250

09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
04. Resposta: B. x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010

3,36-3,15=0,21 10. Resposta: A.

05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra: M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

GEOMETRIA
06. Resposta: D.

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por
duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
Mediana o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
Vamos colocar os números em ordem crescente ângulo.
15,15,22,25,28,30

Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.

07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.

47
MATEMÁTICA

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Triângulo


que 90º.
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.

Na figura, é uma mediana do ABC.

Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Ângulo Raso:
Na figura, é uma bissetriz interna do .
- É o ângulo cuja medida é 180º; Um triângulo tem três bissetrizes internas.
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto: Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-


tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
- É o ângulo cuja medida é 90º; dicular a esse lado.
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares. Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

48
MATEMÁTICA

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do tri-


ângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo retângulo:tem um ângulo reto

Classificação Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso


Quanto aos lados
Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais. Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

49
MATEMÁTICA

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

- Observações: Ângulos Internos


A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
- No retângulo e no quadrado as diagonais são lígono convexo de n lados é (n-2).180
congruentes (iguais) Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
- No losango e no quadrado as diagonais são per- mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse- medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio). das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h
4- Losango: , onde D é a medida da diagonal
maior e d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Polígono Ângulos Externos


Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.
A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

50
MATEMÁTICA

Exemplo

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.

2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.


Semelhança de Triângulos

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os


seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança

1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

Temos:

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

51
MATEMÁTICA

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

Fórmulas Trigonométricas
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi-
Relação Fundamental potenusa pela altura relativa à hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
Dividindo os membros por c² também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são de-
nominadas retas reversas.
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

Como

-Duas retas concorrentes podem ser:

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

52
MATEMÁTICA

2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Con-
sidere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e
5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como
medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes. 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na
figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o


comprimento da cinta acima representada é
Questões
(A) 8/3 π + 8 .
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenci- (B) 8/3 π + 24.
ários- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com (C) 8π + 8 .
40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido (D) 8π + 24.
em três lotes, conforme mostra a figura. (E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é


864 m², o perímetro do lote 2 é
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m.
(E) 120 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
tada, é

53
MATEMÁTICA

(A) 100 - 5π . Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados


(B) 100 - 10π . correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual
(C) 100 - 15π . a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
(D) 100 - 20π . dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são,
(E) 100 - 25π . respectivamente,
(A) 80 e 64.
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  No (B) 80 e 62.
cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen- (C) 62 e 80.
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon- (D) 60 e 80.
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF (E) 60 e 78.
e HG, gerando o quadrilátero BCQP. 
08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 20.
(B) 21.
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é (C) 24.
(A) 25√5. (D) 27.
(B) 50√2. (E) 30.
(C) 50√5.
(D) 100√2 . 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
(E) 100√5. sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
- MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
cidade. Qual é a área dessa praça? O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(B) 256;
(C) 324;
(A) 120 m² (D) 330;
(B) 90 m² (E) 372.
(C) 60 m²
(D) 30 m²
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centí-
metros, mostra um painel informativo ABCD, de formato re- formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
tangular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y. e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em


metros, igual a

54
MATEMÁTICA

(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42. 96h=1728
H=18

11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – Como I é um triângulo:


MSCONCURSOS/2017) Seja a expressão 60-36=24
X²=24²+18²
definida em 0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos: X²=576+324
X²=900
(A) 1 X=30
(B) sen²x Como h=18 e AD é 40, EG=22
(C) cos²x
(D) 0 Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116

12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – 02. Resposta: B.


MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
(considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).

(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m Lado=3√2
Outro lado =5√2
Respostas

01. Resposta: D. 03. Resposta: D.

Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente


a mesma medida da parte reta da cinta.
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24

55
MATEMÁTICA

04. Resposta: E. 5y=320


Como o quadrado tem lado 10,a área é 100. Y=64

5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria

O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


ponto Médio
09. Resposta: C.
X²=5²+5² Número de estacas: x
X²=25+25 X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
X²=50 do duas vezes o canto
X=5√2 6x=30
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, X=5
temos 2 círculos inteiros. Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
A área de um círculo é a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²

10. Resposta: B.

A sombreada=100-25π

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25 9x=108
CQ²=125 X=12
CQ=5√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5

06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15

07. Resposta: A. Y²=16²+12²


Y²=256+144=400
Y=20
Perímetro: 16+12+20=48

56
MATEMÁTICA

11. Resposta: C.

1-cos²x=sen²x

12. Resposta: D.

Área
Área da base: Sb=πr²

Volume

X=6

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.

Classificação

-Reto:eixo VO perpendicular à base;


Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

57
MATEMÁTICA

-Oblíquo: eixo não é perpendicular Prismas


Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Área

Área lateral:

Área da base:
Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião
Área total: de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.
Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces congruen-


Área e Volume tes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos obtidos
ligando-se os vértices correspondentes das duas faces paralelas.
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados Classificação
Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares
às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

58
MATEMÁTICA

Classificação pelo polígono da base Prisma Regular


Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
-Triangular lares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)

Área
Área cubo:

Área paralelepípedo:

A área de um prisma:
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³

Demais:

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
(B) 1/2h.
(C) 2/3h.
E assim por diante... (D) 2h.
(E) 3h.
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- 02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
nam-se paralelepípedos. MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de
óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al-
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura.
Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces
quadradas.

59
MATEMÁTICA

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumen- 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
tar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
o volume inicialmente previsto para esse reservatório foi formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
aumentado em vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.

(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .

04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
ma de paralelepípedo reto retângulo.
Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do
bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
(A) 15,5.
(B) 11.
(C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e 25
cm de altura, está com 20% de seu volume total preenchido
com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de escala)
Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-
me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500.
(E) 9000.

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de Para completar o volume total desse recipiente, serão
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
rios para completar o volume total do prisma será:
(A) 8 copos
(B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU-


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.
Estando o referido aquário completamente cheio, a sua
capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

60
MATEMÁTICA

Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér- 02. Resposta: D


tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é V= πr²h
dado por V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml
(A) a³/6
(B) a³/3 03. Resposta:E.
(C) a³/3√3 V=2⋅3⋅x=6x
(D) a³/6√6 Aumentando 1 na largura
V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- Portanto, o volume aumentou em 6.
NESP/2017) De um reservatório com formato de parale-
lepípedo reto retângulo, totalmente cheio, foram retirados 04. Resposta:E.
3 m³ de água. Após a retirada, o nível da água restante no São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
reservatório ficou com altura igual a 1 m, conforme mostra São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
a figura. 3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000

05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros

06. Resposta:C.
VA=125cm³
VB=1000cm³

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8.
(B) 1,75.
(C) 1,7.
(D) 1,65. 180h=2250
(E) 1,6. H=12,5

10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- 07. Resposta: C.


CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um V=10⋅10⋅25=2500 cm³
cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é: 2500⋅0,2=500cm³ preenchidos.
(A) 9 cm Para terminar de completar o volume:
(B) 30 cm 2500-500=2000 cm³
(C) 60 cm 2000/200=10 copos
(D) 90 cm
08. Resposta: A.
Respostas
A base é um triângulo de base a e altura a
01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

61
MATEMÁTICA

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m

10. Resposta: D.
Cone

Portanto,

Tipos de Matriz
Cilindro Matriz linha
V=Ab.h
V=πr²h Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
Como o volume do cone é 30% maior: única linha.
117πr²=1,3 πr²h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
H=117/1,3=90
Matriz coluna

Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma


MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS única coluna.
LINEARES
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.

Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda Matriz quadrada
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
exemplo, a matriz A de ordem 2x3. quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:

Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de Diagonais
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence (a11, a22, a33,..)
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in- que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
dicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:

Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

62
MATEMÁTICA

Matriz diagonal

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz diagonal se, e somen-
te se, todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.

Matriz identidade

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz identidade se, e somente se, os elementos da diagonal
principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.

Matriz nula

É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos são iguais a zero.

Matriz Transposta

Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz transposta de A a matriz do tipo n x m.

Adição de Matrizes

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.
Dada as matrizes:

, portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt

Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-
-B).

63
MATEMÁTICA

Multiplicação de um número por uma matriz Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

Considere: Logo,

Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.

Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1
Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


mxp
por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim Determinante de ordem 2
obtidos.
Dada as matrizes:
Dada a matriz
O determinante é dado por:

Determinante de ordem 3
Regra 1:

Repete a primeira e a segunda coluna

Matriz Inversa

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B


é chamada inversa de A se, e somente se,

Regra 2

Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.

Solução
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Seja
a21 a33 - a32 a23 a11

64
MATEMÁTICA

Sistema de equações lineares Matriz Associada a um Sistema Linear


Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas. Dado o seguinte sistema:

Matriz incompleta

Em que: Classificação

1. Sistema Possível e Determinado

O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois


Sistema Linear 2 x 2

Chamamos de sistema linear 2 x 2 o con­junto de equa-


ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
mente. Como não existe outro par que satisfaça simultane-
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo: amente as duas equações, dizemos que esse sistema é
SPD(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma úni-
ca solução.
a1 x + b1 y = c1 2. Sistema Possível e Indeterminado

a2 + b2 y = c2

Sistema Linear 3x3


esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-
res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
(2,2), (3,1) e etc. 

Sistemas Lineares equivalentes 3. Sistema Impossível

Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto


solução são ditos equivalentes. Por exemplo:

Não existe um par real que satisfaça simultaneamente


as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto tanto é impossível.
solução S={(1,2)}
Denominamos solução do sistema linear toda sequ- Sistema Escalonado
ência ordenada de números reais que verifica, simultane- Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
amente, todas as equações do sistema. incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
todas as sequências ordenadas de números reais que satis- ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
façam as equações do sistema. anterior.

65
MATEMÁTICA

Exemplo - Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.


Sistema 2x2 escalonado. - Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
impossível.

Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-


nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca-
Sistema 3x3 lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss.
A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um. Exemplos

- Discutir, em função de a, o sistema:

x + 3 y = 5

Sistema 2x3 2 x + ay = 1

Resolução

1 3
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
D= = a−6
Podemos transformar qualquer sistema linear em um 2 a
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações: D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
ferente de 0. Para a ≠ 6, temos:
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Exemplo x + 3 y = 5
 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Que é um sistema impossível.


Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é Assim, temos:
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação. a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

Regra de Cramer
Consideramos os sistema . Suponhamos
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sis-
Multiplicando a equação por -2:
tema é , cujo determinante é indicado por D =
ad – bc.

Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de


Somando as duas equações: y) pela coluna dos coeficientes independentes, obteremos
,cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.

Assim, .

Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e


Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme-
ro de Incógnitas considerando a matriz , cujo determinante é indi-
cado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
Quando o sistema linear apresenta nº de equações
igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe-
ficientes (incompleta), e:

66
MATEMÁTICA

Questões

01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


IBFC/2017) Dadas a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz
C que representa a soma da matriz A e B, ou seja, C = A + B:

04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de


(D)
Posturas – MSCONCURSOS/2017) Sejam as matrizes
. A matriz A-B é igual a

02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


IBFC/2017) Dadas a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz C
que representa a subtração da matriz A e B, ou seja, C =
A - B.

05. (UNITINS – Assistente Administrativo – UNI-

TINS/2016) Sejam os determinantes das matrizes

O valor de x²-2xy+y² é
igual a
(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 0

03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS-
IBFC/2017) Dada a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz C CONCURSOS/2016) Sabendo que o determinante da ma-
que representa o produto da matriz A e B, ou seja, C=A*B. triz é 10, então o determinante da matriz

é:

67
MATEMÁTICA

(A) -20 (C) S={(4,0,6)}


(B) -10 (D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(C) 3 (E) Sistema sem solução.
(D) 20
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI- TEC/2015) A solução do sistema linear é:
SUL/2016) Considere
(A) S={(4, ¼)}
(B) S={(3, 3/2 )}
Assinale a alternativa CORRETA: (C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(A) A + B = 20 (E) S={(1,3/2 )}
(B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2 13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCE-
(D) A/B +1 =23 PE/2015) O sistema linear é possível e inde-
(E) 3A -2B + 9 = 25 terminado se:
(A) m ≠ 2 e n = 2 .
(B) m ≠ 1/2 e n = 2 .
08. (PREF. DE TAQUARITUBA/SP – Professor – INS-
(C) m = 2 e n = 2 .
TITUTO EXCELÊNCIA/2016) Dada a matriz , (D) m = 1/2 e n = 2 .
(E) m = 1/2 e n ≠ 2 .
assinale a alternativa que tenha respectivamente os núme-
ros dos elementos a12, a23, a33 e a35. Respostas
(A) 0, 0, 7, 5.
(B) 0, 7, 7, 5. 01. Resposta: E.
(C) 6, 7, 0, 0.
(D) Nenhuma das alternativas.

02. Resposta: E.
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)
Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do determinante da ma-
triz C = A + B é igual a: 03. Resposta: E.
(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6
04. Resposta: A.
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:

05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = 6x=0
C, o valor da variável “a” deverá ser: X=0
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 detB=0+40-y-0-12y+6=72
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que -13y=26
10. Y=-2
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor X²-2xy+y²=0²-0+4=4
que 5.
06. Resposta: A.
11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
A solução do seguinte sistema linear é: Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(A) S={(0,2,-5)} Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
(B) S={(1,4,1)} minante: 10.2.-1=-20

68
MATEMÁTICA

07. Resposta: B. Substituindo na I


Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta 5+z+2(13+2z)+z=10
multiplicar os números da diagonal principal: 5+z+26+4z+z=10
detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24 6z=10-31
6z=-21
A matriz B, devemos multiplicar os números da dia- Z=-21/6
gonal secundária e multiplicar ainda por -1(pois, quando Z=-7/2
fazemos determinante, sempre colocamos o menos antes
de fazer a diagonal secundária) X=5+z
detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
24-5=20
19=20(F)

(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51 12. Resposta: A.
24-75=-51
-51=-51(V)

08. Resposta: A.
A12=0
A23=0
A33=7
A35=5

09. Resposta: D.
Somando as duas equações:
144y=36

-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
10. Resposta: A. X=4

13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0

D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
m=1/2
a+2=9
a=7

11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
Da III equação: -n=-2
Y=13+2z n=2

69
MATEMÁTICA

Termo Geral da PA
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA da seguinte forma:

Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se- Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
gundo por a2, e o n-ésimo por an. primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade.
Termo Geral de uma Sequência
Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição. Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.

Soma dos Termos


Exemplo Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que per-
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5: mite calcular a soma dos n primeiros termos de uma pro-
gressão aritmética.

Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a
média aritmética entre o anterior e o posterior.

Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
igual à soma dos extremos. meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão:

70
MATEMÁTICA

- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto


ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de igual à posição do termo menos uma unidade.
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:

Portanto, o termo geral é:

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica


Finita
Seja a PG finita de razão q e de soma
dos termos Sn:
1º Caso: q=1

2º Caso: q≠1

Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência Exemplo
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multipli- Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
cando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG. a) A soma dos 6 primeiros termos
Exemplo b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
Dada a sequência: (4, 8, 16) mos seja 29524

Solução

a)

q=2

Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an- b)
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.

71
MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
Infinita dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
1º Caso:-1<q<1 equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
(P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
(B) 36
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a (C) 32
série é convergente. (D) 28
(E) 24
2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- 05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
rie é divergente de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
3º Caso: havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
Também não possui soma finita, portanto divergente 374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
Produto dos termos de uma PG finita (B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.
Questões
06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n pri- sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12,
meiros termos de uma progressão geométrica é dada por 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-
(C) 33.
trica?
(D) 39.
(E) 36.
(A) 1
(B) 3
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
(C) 27
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética:
(D) 39
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...)
(E) 40
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Para (A) 137
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão (B) 455
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, (C) 500
o valor de (D) 515
(A) -0,5. (E) 680
(B) 1,5.
(C) 2. 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-
(D) 4. mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
(E) 6. métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- (B) 512
sor – FGV/2017) O valor da expressão (C) 256
(D) 128
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
(A)2014; DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No
(B) 2016; mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após
(C) 2018; 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38
(D) 2020; seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17
(E) 2022. seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a
barreira de 1.000 seguidores após:

72
MATEMÁTICA

(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias. Para a sequência par:
(E) 61 dias. -2016=-2+(n-1)⋅(-2)
-2016=-2-2n+2
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- 2n=2016
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir N=1008
determine o sexto termo da sequência:
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69.
(E) 49. 1018081-1017072=1009
2⋅1009=2018
Respostas
04. Resposta: A.
01.Resposta: A. Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:

PA
Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4 (12,16,...)
primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos R=16-12=4
o 4º termo.

02. Resposta: B.
Para ser uma PA: =48
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
X²-1-4x+1=x-4-x²+1 05. Resposta: E.
X²+x²-4x-x-3=0
2x²-5x-3=0
∆=25-24=1

A1=374-320
A1=54

06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
9, 11, 13, 15,...
03. Resposta: C. São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os meros.
números ímpares. Ou seja, o 9 está na posição 5
Os termos pares formam uma PA de razão -2 O 11 está na posição 10 e assim por diante.
Vamos descobrir quantos termos há: O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos:
2017=1+(n-1)⋅2 25º termo é o 17
2017=1+2n-2 30º termo é 19
2017=-1+2n Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
2n=2018 des
n=1009 O 31º termo é o 17.
14+17=31

73
MATEMÁTICA

07. Resposta: D. Desconto


Observe a razão: 29-23=6 No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli-
A83=a1+82r cação será:
A83=23+82⋅6     Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na
A83=23+492 forma decimal)
A83=515     Veja a tabela abaixo:
Fator de
Desconto
08. Resposta: C. Multiplicação
Q=2 10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10

    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 te-


09. Resposta: C. mos: 
1000=21+17(n-1)
1000=21+17n-17
1004=17n
N=59 Chamamos de lucro em uma transação comercial de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
10. Resposta: C. preço de custo.
A sequência tem como base os quadrados perfeitos Lucro=preço de venda -preço de custo
14, 13, 12, 11, 10, 9
Portanto o 6º termo é o 9²=81 Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem
de duas formas:

PORCENTAGEM

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,


seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala
em máquinas de calcular, etc. de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
Os acréscimos e os descontos é importante saber por- o menor valor possível para x é igual a
que ajuda muito na resolução do exercício. (A) 8.
(B) 15.
Acréscimo (C) 10.
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter- (D) 6.
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi- (E) 12.
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim Resolução
por diante. Veja a tabela abaixo: 45------100%
X-------60%
X=27
Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
10% 1,10 O menor número de meninas possíveis para ter gripe
15% 1,15 é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
20% 1,20 meninas estão.
47% 1,47
67% 1,67
 
    Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
mos:  Resposta: C.

74
MATEMÁTICA

Questões

01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias, ce recebessem, respectivamente,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida- (A) o bracelete, os brincos e o colar.
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(A) R$1120,00 (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(D) o bracelete, o colar e os brincos.
(B) R$1056,00
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
(C) R$960,00
(D) R$864,00
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen- 2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio passou a ser 3/ 4 da largura original.
nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma original, a área do novo retângulo:
reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes- (A) foi aumentada em 50%.
ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução (B) foi reduzida em 50%.
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de (C) aumentou em 25%.
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, (D) diminuiu 25%.
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate (E) foi reduzida a 15%.
ao dano ao patrimônio em
(A) 35%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(B) 28%. GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
(C) 63%. editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni-
(D) 41%. tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
(E) 80%. estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra.
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30%
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir- sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi-
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he- ções, qual será o lucro obtido por unidade?
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de (A) R$ 4,20.
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante. (B) R$ 5,46.
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam (C) R$ 10,70.
ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (D) R$ 12,60.
(E) R$ 18,00.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
diram fazer a partilha do seguinte modo: gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
(A) R$ 120,00 reais
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um (B) R$ 112,50 reais
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- (C) R$ 127,50 reais
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao (D) R$ 97,50 reais
valor total da herança. (E) R$ 90 reais

− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
avaliações. NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
herança toda ou mais. te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
joias foi a seguinte: 2018 é, em milhões de reais, igual a

75
MATEMÁTICA

(A) 200. 03. Resposta: D.


(B) 203. Clarice obviamente recebeu o brinco.
(C) 195. Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
(D) 190. acima de 30% e André recebeu o bracelete.
(E) 198.
04. Resposta: B.
08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN- A=b⋅h
DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
Preço: Portanto foi reduzida em 50%
Aproveite a Promoção! 05. Resposta: D.
Forno Micro-ondas Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
De R$ 720,00
valor:
Por apenas R$ 504,00
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
Nessa oferta, o desconto é de:
42⋅1,3=54,60
(A) 70%.
(B) 50%. Teve um lucro de: 54,60-42=12,60
(C) 30%.
(D) 10%. 06. Resposta: D.
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi- 150⋅0,65=97,50
dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento 07. Resposta: C.
no preço dessa caixa de bombom foi de: Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
(A) 30%. milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
(B) 25%. previsão de
(C) 20%. 180-----90%
(D) 15% x---------100
x=200
10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de 380----95
12 tanques menores, idênticos e cheios. x----100
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% x=400 milhões
maior do que a sua capacidade original, o grande tanque
seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
de 780/4trimestres=195 milhões
(A) 4 tanques menores
(B) 6 tanques menores 08. Resposta: C.
(C) 7 tanques menores
(D) 8 tanques menores
(E) 10 tanques menores

Respostas
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%

76
MATEMÁTICA

10. Resposta: D. J = juros


50% maior quer dizer que ficou 1,5 M=C+C.i.n
Quantidade de tanque: x M=C(1+i.n)
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
ques Juros Simples
1,5x=12 Chama-se juros simples a compensação em dinheiro
X=8 pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa com-
binada, por um prazo determinado, produzida exclusiva-
mente pelo capital inicial.
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial
aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao tem-
JUROS SIMPLES E COMPOSTOS
po de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das
situações envolvendo juros simples é a seguinte:
Matemática Financeira J = C i n, onde:
A Matemática Financeira possui diversas aplicações J = juros
no atual sistema econômico. Algumas situações estão pre- C = capital inicial
sentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos i = taxa de juros
de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se-
crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, mestre, ano...)
investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Observação importante: a taxa de juros e o tempo de
Todas as movimentações financeiras são baseadas na esti- aplicação devem ser referentes a um mesmo período. Ou
pulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um em- seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres,
préstimo a forma de pagamento é feita através de presta- semestres, anos... O que não pode ocorrer é um estar em
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de
do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A períodos.
essa diferença damos o nome de juros. Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das pala-
vras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Capital Outro ponto importante é saber que essa fórmula
O Capital é o valor aplicado através de alguma opera- pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
ção financeira. Também conhecido como: Principal, Valor um de seus valores, ou seja, se você souber três valores,
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo se você
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras fi- souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá
nanceiras). obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para qualquer
combinação.
Taxa de juros e Tempo
    A taxa de juros indica qual remuneração será paga Exemplo
ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em vista. Como não tinha essa quantia no momento e não
seguida da especificação do período de tempo a que se queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de
refere: pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da compra
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). estava cobrando nessa operação era de:
    Outra forma de apresentação da taxa de juros é a (A) 5,0%
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem (B) 5,9%
o símbolo %: (C) 7,5%
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). (D) 10,0%
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) (E) 12,5%
Resposta Letra “e”.
Montante
Também conhecido como valor acumulado é a soma O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois
do  Capital Inicial com o juro produzido em determina- a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria
do tempo.  R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para Aplicando a fórmula M = C + J:
resolver questões. 45 = 40 + J
M=C+J J=5
M = montante Aplicando a outra fórmula J = C i n:
C = capital inicial 5 = 40 X i X 1
i = 0,125 = 12,5%

77
MATEMÁTICA

Juros Compostos 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-


o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir -FCC/2017) João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a seu
do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o filho Roberto. Trataram que Roberto pagaria juros simples
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital de 4% ao ano. Roberto pagou esse empréstimo para seu pai
inicial e passa a render juros também. após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Roberto foi
(A) 3.410,00.
Quando usamos juros simples e juros compostos? (B) R$ 2.820,00.
(C) R$ 2.640,00.
 A maioria das operações envolvendo dinheiro uti- (D) R$ 3.120,00.
liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e (E) R$ 1.880,00.
longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta 03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade –
de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra- FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses e
os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais, com
ramente encontramos uso para o regime de juros simples:
uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capitaliza-
é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo
ção simples, é de
de desconto simples de duplicatas.
(A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00.
O cálculo do montante é dado por:
(B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20.
(C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00.
(D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00.
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20.
Exemplo 04. (CEGAS – Assistente Técnico – IESES/2017) O valor
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação dos juros simples em uma aplicação financeira de $ 3.000,00
de R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses feita por dois trimestres a taxa de 2% ao mês é igual a:
C=25000 (A) $ 360,00
i=25%aa=0,25 (B) $ 240,00
i=72 meses=6 anos (C) $ 120,00
(D) $ 480,00

05. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenci-


ários- VUNESP/2017) Um capital foi aplicado a juros sim-
ples, com taxa de 9% ao ano, durante 4 meses. Após esse
período, o montante (capital + juros) resgatado foi de R$
2.018,80. O capital aplicado era de
(A) R$ 2.010,20.
(B) R$ 2.000,00.
(C) R$ 1.980,00.
(D) R$ 1.970,40.
M=C+J (E) R$ 1.960,00.
J=95367,50-25000=70367,50
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Em um investimento no qual foi aplicado o valor
de R$ 5.000,00, em um ano foi resgatado o valor total de R$
Questões
9.200,00. Considerando estes apontamentos e que o rendi-
mento se deu a juros simples, é verdadeiro afirmar que a
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma taxa mensal foi de:
geladeira está sendo vendida nas seguintes condições: (A) 1,5%
− Preço à vista = R$ 1.900,00; (B) 2 %
− Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e paga- (C) 5,5%
mento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data (D) 6%
da compra. (E) 7%
A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a
prazo é de 07. (UFES – Assistente em Administração –
(A) 1,06% a.m. UFES/2017) No regime de juros simples, os juros em cada
(B) 2,96% a.m. período de tempo são calculados sobre o capital inicial. Um
(C) 0,53% a.m. capital inicial C0 foi aplicado a juros simples de 3% ao mês.
(D) 3,00% a.m. Se Cn é o montante quando decorridos n meses, o menor
(E) 6,00% a.m. valor inteiro para n, tal que Cn seja maior que o dobro de
C0, é

78
MATEMÁTICA

(A) 30 com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias


(B) 32 após a data do vencimento. Sabendo que a taxa de juros
(C) 34 compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao
(D) 36 mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os centa-
(E) 38 vos, foi, em reais,
(A) 163.909,00.
08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – (B) 163.500,00.
(C) 154.500,00.
FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe-
(D) 159.135,00.
ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra,
sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de 13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo- FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da
leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso. quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos-
O valor total do pagamento foi: tos de 10% ao ano, será igual a
(A) R$ 542,00; (A) R$ 26.000,00.
(B) R$ 546,00; (B) R$ 28.645,00.
(C) R$ 548,00; (C) R$ 29.282,00.
(D) R$ 552,00; (D) R$ 30.168,00.
(E) R$ 554,00. (E) R$ 28.086,00.

09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITU- 14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade-


TO AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros
compra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa merca-
compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O
doria tem preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista valor recebido de juros ao final do período foi de
era igual a (A) R$ 10.016,00.
(A) R$ 1200,00. (B) R$ 15.254,24.
(B) R$ 1750,00. (C) R$ 16.361,26.
(C) R$ 1000,00. (D) R$ 18.000,00.
(D) R$ 1600,00. (E) R$ 19.561,82.
(E) R$ 1250,00.
15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal –
10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa
AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual
fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor de juros desse empréstimo foi de:
(A) 0,5% ao ano
pago foi de
(B) 5 % ao ano
(A) R$ 970,00. (C) 5,55 % ao ano
(B) R$ 777,00. (D) 150% ao ano
(C) R$ 762,00. (E) 50% ao ano
(D) R$ 800,00.
(E) R$ 840,00. Respostas

11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em 01. Resposta: D.


15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu J=500+1484-1900=84
imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente, C=1900-500=1400
resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em J=Cin
15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A 84=1400.i.2
uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital, I=0,03=3%
sabendo-se que a capitalização é mensal:
02. Resposta: B.
(A) R$ 2.985,13
J=Cin
(B) R$ 2.898,19 J=23500⋅0,04⋅3
(C) R$ 3.074,68 J= 2820
(D) R$ 2.537,36
(E) R$ 2.575,00 03. Resposta: D.
J=Cin
12. (TRE/PR – Analista Judiciário- FCC/2017) A Cia. J=10000⋅0,01⋅6=600
Escocesa, não tendo recursos para pagar um empréstimo M=C+J
de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um acordo M=10000+600=10600

79
MATEMÁTICA

04. Resposta: A. 13. Resposta: C.


2 trimestres=6meses M=C(1+i)t
J=Cin M=20000(1+0,1)4
J=3000⋅0,02⋅6 M=20000⋅1,4641=29282
J=360
14. Resposta: E.
05. Resposta: E. J=Cin
4meses=1/3ano J=10000⋅0,015⋅12=18000
M=C(1+in)
2018,80=C(1+0,09⋅1/3) Não, ninguém viu errado.
2018,80=C+0,03C Como ficaria muito difícil de fazer sem calculadora, a
1,03C=2018,80 tática é fazer o juro simples, e como sabemos que o com-
C=1960 posto vai dar maior que esse valor, só nos resta a alterna-
tiva E. Você pode se perguntar, e se houver duas alternati-
06. Resposta: E. vas com números maiores? Olha pessoal, não creio que a
M=C(1+in) banca fará isso, e sim que eles fizeram mais para usar isso
9200=5000(1+12i) mesmo.
9200=5000+60000i
4200=60000i 15. Resposta: E.
I=0,07=7% M=C(1+i)t
180000=120000(1+i)
07. Resposta: C. 180000=120000+120000i
M=C(1+in) 60000=120000i
Cn=Co(1+0,03n) i=0,5=50%
2Co=Co(1+0,03n)
2=1+0,03n
1=0,03n
N=33,33 TAXAS DE JUROS, DESCONTO,
Ou seja, maior que 34 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS, ANUIDADES E
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
08. Resposta: C.
M=C(1+in)
C=500+500x0,02=500+10=510
M=510(1+0,004x18) Podemos definir a taxa nominal como aquela em que
M=510(1+0,072)=546,72 a unidade de referência do seu tempo não coincide com a
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada
09. Resposta: A. no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar
M=C(1+in) a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano,
1500=C(1+0,25x1) capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal
1500=C(1,25) de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada
C=1500/1,25 pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva
C=1200 de 12,68% ao ano.

10. Resposta: E. Taxa Nominal


M=C(1+in) A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan-
M=750(1+0,12) ceira pode ser calculada pela expressão:
M=750x1,12=840 Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés-
timo
11. Resposta: A.
D junho a dezembro: 6 meses Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00,
M=C(1+i)t deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
M=2500(1+0,03)6 de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:
M=2500⋅1,194=2985 Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%
12. Resposta: A.
90 dias=3 meses Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita con-
M=C(1+i)t fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa
M=150000(1+0,03)3 nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi-
M=150000⋅1,092727=163909,05 cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de
Desprezando os centavos: 163909 empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc.

80
MATEMÁTICA

Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
não são apresentados de uma maneira clara. utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transfor-
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for- M = c (1 + i)n
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297
através de outra  taxa,  numa unidade de tempo diferente, M = 1.185,29
taxa efetiva.  
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; Conclusões:
isto é, a taxa efetiva? - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
Vamos acompanhar através do exemplo cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
Taxa Efetiva - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é equivalente mensal (0,949 % a.m.).
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
Respostas e soluções: se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
capitalizado com a taxa anual. cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de convenção de taxa equivalente.
duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal. Taxa Equivalente
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
12): 12%/12 = 1% a.m. mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli- muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
cada nesse mesmo capital). somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
  tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
Cálculo da taxa equivalente mensal: ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é: 
1 + ia = (1 + ip)n, onde: 
ia = taxa anual 
onde: ip = taxa período
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero n: número de períodos 
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Observe alguns cálculos: 
t : prazo que eu tenho
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02 
  1 + ia = (1 + 0,02)12 
1 + ia = 1,0212
iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m. 1 + ia = 1,2682 
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- ia = 1,2682 – 1 
tiva mensal ia = 0,2682 
ia = 26,82% 
a) pela convenção da taxa proporcional: A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = c (1 + i)n 26,82%. 
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147
M = 1.196,15 As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
  anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
b) pela convenção da taxa equivalente: 12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = c (1 + i)n corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
M = 1.185,29 tos (juros sobre juros). 

81
MATEMÁTICA

Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem ser
inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado capital
P é aplicado por um período de tempo unitário, a certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital
corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos então
escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com
$150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste
empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa.

Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período foi de 20%,
qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%

Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois
prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF NETO, 2001).

Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro simples são ditas proporcionais quando seus valores e seus respecti-
vos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos

Prestação = amortização + juros

Há diferentes formas de amortização, conforme descritas a seguir.

Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mes-
mo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.

82
MATEMÁTICA

Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:

Nos juros simples:

M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros simples:

Amortiza- Saldo de-


n Juros Prestação
ção vedor

0 - - -
100.000,00

1 - -
3.000,00 103.000,00

2 - -
3.000,00 106.000,00

3 109.000,00 -
3.000,00 100.000,00
Nos juros compostos:

Amortiza- Saldo deve-


n Juros Prestação
ção dor
0 - - - 100.000,00

1 - - 103.000,00
3.000,00

2 - - 106.090,00
3.090,00

3 -
3.182,70 100.000,00 109.272,70

Sistema Price (Sistema Francês)

Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo

83
MATEMÁTICA

i = taxa de juros
n = período

A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:

Amortiza- Saldo de-


n Juros Prestação
ção vedor

0 - -
- 100.000,00

1 32.353,04
3.000,00 35.353,04 67.646,96

2 33.323,63
2.029,41 35.353,04 34.323,33

3 34.323,33 -
1.029,71 35.353,04

Sistema de Amortização Misto (SAM)


É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

Amortiza-
n Juros Prestação Saldo devedor
ção
0 - - - 100.000,00

1 3.000,00 67.156,81
32.843,19 35.843,19

2 2.014,70 33.828,32
33.328,49 35.343,19

3 1.014,87 -
33.828,32 34.843,19

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros

84
MATEMÁTICA

n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

Amorti- Presta- Saldo


n Juros
zação ção devedor

0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00

1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66

2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63

3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000

85
MATEMÁTICA

9 10400 400 10000 30000


10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -
Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês
O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -

Qual a melhor forma de amortização?


A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.

N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)

As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão

0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00


100.000,00

1 - (2.912,62) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)


(35.275,08)

86
MATEMÁTICA

2 - (2.827,79) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)


(33.305,05)

3 (100.000,00) (94.259,59) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)


(31.419,87)
VPL - - - - - (173,09)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências

Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_


matematica_finaceiraNos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros simples:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -

87
MATEMÁTICA

Nos juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00 109.272,70 -

Sistema Price (Sistema Francês)


Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -

Sistema de Amortização Misto (SAM)


É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19 35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49 35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32 34.843,19 -

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

88
MATEMÁTICA

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000

89
MATEMÁTICA

11 10200 200 10000 10000


12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -
Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês
O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Questões

01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3 con-
cessionárias e obteve as seguintes propostas de financiamento:

Concessionária 1: Entrada de R$ 12.000,00 + 1 prestação de R$ 29.120,00 para 30 dias após a entrada.


Concessionária 2: Entrada de R$ 13.000,00 + 1 prestação de R$ 29.120,00 para 60 dias após a entrada.
Concessionária 3: Entrada de R$ 13.000,00 + 2 prestações R$ 14.560,00 para 30 e 60 dias após a entrada, respectiva-
mente.

Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao mês, para a aquisição do automóvel
(A) a melhor proposta é a 1, apenas.
(B) a melhor proposta é a 2, apenas.
(C) a melhor proposta é a 3, apenas.
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equivalentes.
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equivalentes.

02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um empréstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição
financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir
liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se os centavos, é,
em reais,
(A) 3.846,00.
(B) 3.883,00.
(C) 3.840,00.
(D) 3.880,00.

(E) 3.845,00.

03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa comprou
um vídeo game de última geração em uma loja, parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores estão arredondados
e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95

90
MATEMÁTICA

O valor do vídeo game era de: 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
(A) R$ 1.393 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
(B) R$ 1.820 nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(C) R$ 1.680 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(D) R$ 1.178 (A) 6,2302%.
(E) R$ 1.423 (B) 6,3014%.
(C) 6,1385%.
(D) 6,2463%.
04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in- (E) 6,1208%.
vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação 08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um
no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune- banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
(A) 5,00%. prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
(B) 6,00%. ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada
(C) 5,22%. para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
(D) 5,00% (negativo). ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
(E) 4,55%. Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em- (B) inferior a R$ 30.000.
presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 (C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo (D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao (E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.
mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a 09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-
empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins- te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti- em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
mo, foi de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
(A) 7,70%. caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
(B) 6,09%. 31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
(C) 7,62%. e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
(D) 6,00%. presa foi de R$ 1.331,00.
(E) 7,16%. O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de:
(A) R$ 1.100,00
06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia. (B) R$ 1.000,00
Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo (C) R$ 2.210,00
equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a (D) R$ 2.331,00
vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento 10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um
ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer-
R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni- ta de compra de material para sua empresa no valor de
ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos,
(A) apresenta valor presente líquido positivo. precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
(B) apresenta valor presente líquido negativo. parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter-
(C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10% mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran-
a.a. do que o Sistema de financiamento usado é o SAC.
(D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati- (A) R$ 533,33
vidade de 10% a.a.. (B) R$ 733,33
(E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi- (C) R$ 653,33
(D) R$ 560,00
dade de 12% a.a..
(E) R$ 546,67

91
MATEMÁTICA

Respostas 06. Resposta: B.


VPL = valor presente das entradas – valor presente das
01. Resposta: B. saídas
Concessionária 1

Concessionária 2 07. Resposta: E.


Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita-
lização mensal
6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
Concessionária 3

08. Resposta: E.
SD=100000
A=100000/4=25000
02. Resposta: B. J=(100000-25000)⋅0,1
J=7500
P=A+J
P=25000+7500=32500

03. Resposta: A.
Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente, 09. Resposta: B.
usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
fixas:

10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66

04. Resposta: C.
Sendo i a taxa de juros nominal
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r
0,06=1,15r
R=0,05217≅0,0522=5,22%

05. Resposta: A.
M=C(1+i)t
M=100000(1+0,03)²=106090
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
tão 99000
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
106620=99000(1+i)
106620=99000+99000i
7620=99000i
I=0,0769=7,69%

92
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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93
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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94
RACIOCÍNIO LÓGICO

1 Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de
linhas da tabela verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. 2 Tautologia....................................... 01
Lógica de argumentação....................................................................................................................................................................................... 09
Diagramas lógicos e lógica de primeira ordem............................................................................................................................................ 13
Equivalências.............................................................................................................................................................................................................. 19
Leis de demorgan..................................................................................................................................................................................................... 23
Sequëncia lógica....................................................................................................................................................................................................... 26
Princípios de contagem e probabilidade........................................................................................................................................................ 30
Operações com conjunto...................................................................................................................................................................................... 37
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais............................................................................ 42
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 63
RACIOCÍNIO LÓGICO

PROF. EVELISE LEIKO UYEDA AKASHI Vamos ver alguns princípios da lógica:
Especialista em Lean Manufacturing pela Pontifícia
Universidade Católica- PUC Engenheira de Alimentos pela
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
Universidade Estadual de Maringá – UEM. Graduanda em
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
Matemática pelo Claretiano.
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
1 CONCEITOS BÁSICOS DE RACIOCÍNIO
LÓGICO: PROPOSIÇÕES; VALORES LÓ- Valor Lógico das Proposições
GICOS DAS PROPOSIÇÕES; Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
SENTENÇAS ABERTAS; NÚMERO DE verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
LINHAS DA TABELA VERDADE; CONECTIVOS; a proposição é falsa (F).
PROPOSIÇÕES SIMPLES; PROPOSIÇÕES
COMPOSTAS. 2 TAUTOLOGIA. Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
lógico de p é verdadeira, ou
Proposição V(p)= F
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
que exprimem um pensamento de sentido completo. Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Nossa professora, bela definição! lógico falso.
Não entendi nada!
Classificação
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
também no sentido lógico. posição como parte integrante de si mesma. São geral-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- E depois da letra colocamos “:”
deira ou falsa.
Exemplo:
Exemplos: p: Marcelo é engenheiro
(A) A Terra é azul. q: Ricardo é estudante
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é
uma proposição. Proposição composta: combinação de duas ou mais
(B) >2 proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
las P, Q, R, S,...
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico
falso. Exemplo:
P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Todas elas exprimem um fato. Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.

Agora, vamos pensar em uma outra frase: Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
O dobro de 1 é 2? parte da proposição composta:
Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição? P(p,q)
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos
declarar se é falso ou verdadeiro. Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
composta quando tiver mais de um verbo e proposição
Bruno, vá estudar. simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não
é proposição. Conectivos
Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o
Passei! que liga as proposições.
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque nectivos vem a parte prática.
é uma sentença exclamativa.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

Definição - Disjunção Exclusiva


Palavras que se usam para formar novas proposições,
a partir de outras. Extensa: Ou...ou...
Símbolo: ∨
Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma
coisa? p: Vitor gosta de estudar.
Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo q: Vitor gosta de trabalhar
terá um nome, vamos ver?
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
-Negação
balhar.

-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
Exemplo cessária
p: Lívia é estudante. Símbolo: →
~p: Lívia não é estudante.
Exemplos
q: Pedro é loiro. p→q: Se chove, então faz frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
r: Érica lê muitos livros. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.

s: Cecilia é dentista. -Bicondicional


¬s: É mentira que Cecilia é dentista. Extenso: se, e somente se, ...
Símbolo:↔
-Conjunção
p: Lucas vai ao cinema
q: Danilo vai ao cinema.

p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai


ao cinema.
Nossa, são muitas formas de se escrever com a con-
junção. Referências
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”, ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
“mas”, “porém” mática – São Paulo: Nobel – 2002.

Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Questões
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
- Disjunção I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar Está correto apenas o que se afirma em:

p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de traba- (A) I e III.


lhar. (B) I, II e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são pro- posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
posições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é Fal- da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
sa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternativa cujo valor lógico é verdade, é:
que apresenta a única proposição Falsa.
(A) falso
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número (B) inconclusivo
primo. (C) verdade e falso
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. (D) depende do valor lógico de p
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo. (E) verdade
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15.
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. 06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) sificada como uma proposição simples?
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- (B) Ele é goleiro do Bangu.
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso, (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade.
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/menos-
07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ativida-
IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
de-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml.
aos conectivos lógicos:
Acesso em: 23 abr. 2017).
Com base nessa informação, considere as proposições
p e q abaixo: (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
ou atividade física falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
física cresce quanto maior é a escolaridade falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
dadeiro.
Considerando as proposições p e q como verdadeiras, (D) Se os valores lógicos de duas proposições forem
avalie as afirmações feitas a partir delas. falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
falso.
I- p ∧ q é verdadeiro (E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
II- ~p ∨ ~q é falso falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
III- p ∨ q é falso verdadeiro.
IV- ~p ∧ q é verdadeiro
08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de
Está correto apenas o que se afirma em: direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
(A) I e II. mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
(B) II e III. as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
(C) III e IV. vocabulário particular constava, por exemplo:
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV. P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição.
são no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA.
(B) Antônio é produtor de cacau.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
(C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano.
(D) Queimem os seus livros. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
o item que se segue.

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B, 02. Resposta:.E.


não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar Vamos fazer por alternativa:
fiança” pode ser corretamente simbolizada na forma (P∧- (A) V→V
Q)→((~R)∨(~S)). V
( )Certo ( )Errado
(B) F→V
09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Administrador - V
PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-se a seguinte
proposição: “Se chove, então Mariana não vai ao deserto”. (C)V→V
Com base nela é logicamente correto afirmar que: V
(A) Chover é condição necessária e suficiente para Ma-
riana ir ao deserto. (D) F→F
V
(B) Mariana não ir ao deserto é condição suficiente
para chover.
(E) V→F
(C) Mariana ir ao deserto é condição suficiente para
F
chover.
(D) Não chover é condição necessária para Mariana ir
03. Resposta: A.
ao deserto.
p∧q é verdadeiro
~p∨~q
10. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
nistração – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere- F∨F
se a seguinte proposição: F
p∨q
P: João é alto ou José está doente. V∨V
V
O conectivo utilizado na proposição composta P cha-
ma-se: ~p∧q
(A) disjunção F∧V
(B) conjunção F
(C) condicional
(D) bicondicional 04. Resposta: D.
As frases que você não consegue colocar valor lógico
(V ou F) não são proposições.
RESPOSTAS Sentenças abertas, frases interrogativas, exclamativas,
imperativas
01. Resposta: D.
I- p → ~(p ∨ ~q) 05. Resposta: E.
(V) →~(V∨V) Sabemos que p e q são falsas.
V→F q∧~p =F
F q∨( q∧~p)
F∨F
II- ~p → ~p ∧ q F
F→F∧V Como a proposição é verdadeira, R deve ser verdadeira
F→F para a disjunção ser verdadeira.
V
06. Resposta: D.
III- p → q A única que conseguimos colocar um valor lógico.
V→F A C é uma proposição composta.
F
07. Resposta: D.
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q Observe que as alternativas D e E são contraditórias,
~(F∨F) →V∧V portanto uma delas é falsa.
V→V Se as duas proposições têm o mesmo valor lógico, a
→V bicondicional é verdadeira.

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

08. Resposta: Errado. -Negação


“...encarcerado nem poderá pagar fiança”. p ~p
“Nem” é uma conjunção(∧) V F
F V
09. Resposta: D.
Não pode chover para Mariana ir ao deserto. Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico
oposto, faz sentido, não?
10. Resposta: A. - Conjunção
O conectivo ou chama-se disjunção e também é repre-
sentado simbolicamente por ∨ Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se
eu tiver as duas coisas, certo?
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só
Tabela-verdade
chocolate.
Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor
E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois.
lógico de proposições compostas facilmente, analisando
cada coluna.
p q p ∧q
Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V ou V V V
V(p)=F V F F
F V F
p F F F
V
F -Disjunção

Quando temos duas proposições, não basta colocar só Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
nectivo “ou”.
VF, será mais que duas linhas.
Eu comprei bala ou chocolate.
p q Eu comprei bala e também comprei o chocolate, está
V V certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
V F Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
F V forma se eu comprei apenas chocolate.
F F Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará
certo.
Observe, a primeira proposição ficou VVFF
E a segunda intercalou VFVF.
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi- p q p ∨q
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um V V V
padrão para se tornar mais fácil! V F V
As possibilidades serão 2n,
F V V
Onde:
n=número de proposições F F F
p q r -Disjunção Exclusiva
V V V
V F V Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala.
V V F
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
V F F tempo.
F V V
F F V p q p∨q
V V F
F V F
V F V
F F F F V V
F F F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
E a terceira VVFFVVFF.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos?

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Condicional A proposição ~(p∧p) é tautologia, pelo Princípio da


não contradição. Está lembrado?
Se chove, então faz frio.
Princípio da não Contradição: uma proposição não
Se choveu, e fez frio pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
Estamos dentro da possibilidade.(V)
P ~p p∧~p ~(p∧p)
Choveu e não fez frio V F F V
Não está dentro do que disse. (F) F V F V
Não choveu e fez frio.. A proposição p∨ ~p é tautológica, pelo princípio do
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover, Terceiro excluído.
certo?(V)
Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou” é
Não choveu, e não fez frio verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um desses
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V) casos e nunca um terceiro caso.
p q p →q
V V V P ~p p∨~p
V F F V F V
F V V F V V
F F V
Esses são os exemplos mais simples, mas normalmente
-Bicondicional conseguiremos resolver as questões com base na tabela
verdade, por isso insisto que a tabela verdade dos opera-
Ficarei em casa, se e somente se, chover. dores, têm que estar na “ponta da língua”, quase como a
tabuada da matemática.
Estou em casa e está chovendo.
A ideia era exatamente essa. (V) Veremos outros exemplos

Estou em casa, mas não está chovendo. Exemplo 1


Você não fez certo, era só pra ficar em casa se choves- Vamos pensar nas proposições
se. (F) P: João é estudante
Q: Mateus é professor
Eu sai e está chovendo. Se João é estudante, então João é estudante ou Ma-
Aiaiai não era pra sair se está chovendo. (F) teus é professor.
Não estou em casa e não está chovendo. Em simbologia: p→p∨q
Sem chuva, você pode sair, ta? (V)
P Q pVq p→p∨q
p q p ↔q V V V V
V V V V F V V
V F F F V V V
F V F F F F V
F F V
A coluna inteira da proposição composta deu verda-
Tentei deixar de uma forma mais simples, para enten- deiro, então é uma tautologia.
der a tabela verdade de cada conectivo, pois sei que será
difícil para decorar, mas se você lembrar das frases, talvez Exemplo 2
fique mais fácil. Bons estudos! Vamos às questões!
Com as mesmas proposições anteriores:
Tautologia João é estudante ou não é verdade que João é estu-
dante e Mateus é professor.
Definição: Chama-se tautologia, toda proposição com- p∨~(p∧q)
posta que terá a coluna inteira de valor lógico V.
Podemos ter proposições SIMPLES que são falsas e se P Q p∧q ~(p∧q) p∨~(p∧q)
a coluna da proposição composta for verdadeira é tauto- V V V F V
logia. V F F V V
Vamos ver alguns exemplos. F V F V V
F F F V V

6
RACIOCÍNIO LÓGICO

Novamente, coluna deu inteira com valor lógico verda-


deiro, é tautologia.

Exemplo 3
Se João é estudante ou não é estudante, então Mateus
é professor.

P Q ~p p∨~p p∨~p→q
V V F V V
V F F V F
F V V V V
F F V V V

Deu uma falsa e agora?


Não é tautologia.
Completando a tabela, se necessário, assinale a opção
que mostra, na ordem em que aparecem, os valores lógi-
cos na coluna correspondente à proposição S, de cima para
Referências baixo.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemá- (A) V / V / F / F / F / F / F / F
tica – São Paulo: Nobel – 2002. (B) V / V / F / V / V / F / F / V
(C) V / V / F / V / F / F / F / V
(D) V / V / V / V / V / V / V / V
Questões (E) V / V / V / F / V / V / V / F

01. (TRT 7ªREGIÃO – Conhecimentos Básicos – CES- 03. (UTFPR – pedagogo – UTFPR/2017) A operação
PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P lógica descrita pela tabela verdade da função Z, cujos ope-
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden- randos são p e q, é:
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-
verdade para representar todas as combinações possíveis
para os valores lógicos das proposições simples que com-
põem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a:

(A) 32.
(A) Conjunção.
(B) 4.
(B) Disjunção.
(C) 8.
(C) Disjunção exclusiva.
(D) 16. (D) Implicação.
(E) Bicondicional.
02. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária 04. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
– CESPE/2017) A partir das proposições simples P: “Sandra Considere a tabela-verdade abaixo, em que nas duas pri-
foi passear no centro comercial Bom Preço”, Q: “As lojas meiras colunas encontram-se os valores-verdade de duas
do centro comercial Bom Preço estavam realizando liquida- proposições A e B. Considere que V é usado para proposi-
ção” e R: “Sandra comprou roupas nas lojas do Bom Preço” ção verdadeira e F para proposição falsa.
é possível formar a proposição composta S: “Se Sandra foi
passear no centro comercial Bom Preço e se as lojas desse
centro estavam realizando liquidação, então Sandra com-
prou roupas nas lojas do Bom Preço ou Sandra foi passear
no centro comercial Bom Preço”. Considerando todas as
possibilidades de as proposições P, Q e R serem verdadei-
ras (V) ou falsas (F), é possível construir a tabela-verdade da
proposição S, que está iniciada na tabela mostrada a seguir.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO

Assinale a sequência que completa correta e respecti- 08. A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre ver-
vamente a tabela com os valores-verdade de x, y, z, t. dadeira, independentemente das valorações de P e Q como
verdadeiras ou falsas.
(A) V, F, V, V ( )certo ( )errado
(B) V, F, F, F
(C) F, V, V, F
(D) F, V, F, V 09. Tendo como referência essa situação hipotética,
julgue o item que se segue.
05. (AGREBRA – Técnico em Regulação – IBFC/2017)
A sentença P→S é verdadeira.
Assinale a alternativa correta. O valor lógico do bicondicio-
nal entre duas proposições é falso se:
( )certo ( )errado
(A) os valores lógicos das duas proposições forem fal-
sos .
(B) o valor lógico de cada uma das proposições for ver- 10. Tendo como referência essa situação hipotética,
dade. julgue o item que se segue.
(C) o valor lógico da primeira proposição for falso.
(D) o valor lógico da segunda proposição for falso. A sentença Q→R é falsa.
(E) somente uma das proposições tiver valor lógico fal- ( )certo ( )errado
so.

06. (PREF. DE SÃO JOSÉ DO CERRITO/SC – Assitente 11. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere as
Social – IESES/2017) Assinale a alternativa INCORRETA so- seguintes proposições:
bre lógica proposicional:
I) p ∧ ~p
(A) A disjunção inclusiva é falsa apenas quando ambas II) p → ~p
as proposições são falsas. III) p ∨ ~p
(B) A negação de uma proposição é falsa se ela for ver-
IV) p →~q
dadeira, e vice-versa.
(C) A conjunção é verdadeira apenas quando ambas as
proposições são verdadeiras. Assinale a alternativa correta.
(D) A implicação ou condicional é falsa quando ambas
as proposições são falsas. (A) Somente I e II são tautologias.
(B) Somente II é tautologia.
07. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS- (C) Somente III é tautologia.
CONCURSOS/2017) A tabela-verdade da proposição (p (D) Somente III e a IV são tautologias.
->q) ^r <->(p^~r) possui: (E) Somente a IV é tautologia.

(A) 4 linhas
(B) 8 linhas 12 (FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA/DF – Ad-
(C) 16 linhas ministração – IADES/2017) Assinale a alternativa que apre-
(D) 32 linhas senta uma tautologia.

(DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de di- (A) p∨(q∨~p)


reito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou (B) (q→p) →(p→q)
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu- (C) p→(p→q∧~q)
mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e (D) p∨~q→(p→~q)
as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu (E) p∨q→p∧q
vocabulário particular constava, por exemplo:

P: Cometeu o crime A.
Respostas
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
são no regime fechado. 01. Resposta: C.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança. P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não denciárias.
recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafian- Q: apresentou os comprovantes de pagamento.
çável. R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue Número de linhas: 2³=8.
os itens que se seguem.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. Resposta: D. -Bicondicional


A proposição S é composta por: (p∧q)→(r∨p) p q p ↔q
V V V
P Q R p∧q r∨p S(p∧q)→(r∨p) V F F
V V V V V V F V F
F F V
V V F V V V
V F V F V V 09. Resposta: Errado
Apesar da tendência de falar que é verdadeira, pois fala
V F F F V V que o crime B é inafiançável, logo A é pode optar por pagar
F V V F V V a fiança, não é correto, pois não sabemos sobre o crime A,
F V F F F V se ele é inafiançável ou não.
F F V F V V
10. Resposta: Errado.
F F F F F V Se temos V(Q)=V
Para a proposição Q→R ser falsa, R deve ser falso.
03. Resposta: A. Mas, se o crime B é inafiançável, então R é verdadeiro,
É uma conjunção, pois só é verdadeira quando as duas tornando Q→R verdadeira, por isso está errado.
proposições são verdadeiras.
11. Resposta: C.
04. Resposta:A. P ou a própria negação é tautologia.
A B ¬A ¬A ou B
V V F V 12. Resposta: A.
V F F F Antes de entrar em desespero que tenha que fazer to-
F V V V das as tabela verdade, vamos analisar:
F F V V Provavelmente terá uma alternativa que tenha uma
proposição com conectivo de disjunção e a negação:
05. Resposta: E. p∨~p
p q p ↔q Logo na alternativa A, percebemos que temos algo pa-
V V V recido.
V F F Para confirmar, podemos fazer a tabela verdade:
F V F P Q ~p q∨~p p∨(q∨~p)
F F V V V F V V
V F F F V
06. Resposta: D. F V V V V
A condicional é falsa, apenas quando a primeira for F F V V V
verdadeira e a segunda falsa.

07. Resposta: B.
São três proposições: 2³=8 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
08. Resposta: Certo.
Analisando as duas tabelas, qualquer valor lógico que
colocarmos dará verdadeiro. Argumentos
Exemplo:
V(P)=V Um argumento é um conjunto finito de premissas (pro-
V(Q)=V posições ), sendo uma delas a consequência das demais.
V(~P)=F Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou
V(~Q)=F consequência lógica das demais, é chamada conclusão. Um
V(P→Q)=V argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q
V(~Q→~P)=V OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧ ...
V((P→Q)↔((~Q→(~P))==V ∧ Pn → Q, também poderá ser representada pela seguinte
forma:
-Condicional
p q p →q
V V V
V F F
F V V
F F V

9
RACIOCÍNIO LÓGICO

Argumentos válidos Se Antônio é inocente então Carlos é inocente


Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a
Um argumento é válido quando a conclusão é verda- condicional só será verdadeira se a segunda proposição
deira (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras também for.
(V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando
a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades Então, temos:
de suas premissas. Pedro é inocente, João é culpado, Antônio é inocente
e Carlos é inocente.
Argumentos inválidos

Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo Questões


ou mal construído), quando as verdades das premissas são
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Caso a
01. (PREF. DE SALVADOR – Técnico de Nível Supe-
conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas
rior – FGV/2017) Carlos fez quatro afirmações verdadeiras
pelas verdades de suas premissas, tem-se como conclusão
sobre algumas de suas atividades diárias:
uma contradição (F).
▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
Métodos para testar a validade dos argumentos
(IFBA – Administrador – FUNRIO/2016) Ou João é cul- ▪ Almoço, ou vou à academia.
pado ou Antônio é culpado. Se Antônio é inocente então ▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
Carlos é inocente. João é culpado se e somente se Pedro é ▪ Visto bermuda, ou não vou à academia.
inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo:
Certo dia, Carlos vestiu uma calça pela manhã.
(A) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são
culpados. É correto concluir que Carlos:
(B) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
culpados. (A) almoçou e foi à academia.
(C) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são (B) foi ao restaurante e não foi à academia.
culpados. (C) não foi à academia e não almoçou.
(D) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são (D) almoçou e não foi ao restaurante.
culpados. (E) não foi à academia e não almoçou.
(E) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul-
pado. 02. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário-
FGV/2017) Sabe-se que:
Resposta: E.
Vamos começar de baixo pra cima. • Se X é vermelho, então Y não é verde.
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado. • Se Y é verde, então Z é azul.
Se Antônio é inocente então Carlos é inocente
João é culpado se e somente se Pedro é inocente Logo, deduz-se que:
Ora, Pedro é inocente
(V) (A) X é vermelho;
(B) X não é vermelho;
Sabendo que Pedro é inocente,
(C) Y é verde;
João é culpado se e somente se Pedro é inocente
(D) Y não é verde;
João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira se
(E) Z não é azul.
ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.

João é culpado se e somente se Pedro é inocente 03. (PC/AC – Agente de Polícia Civil – IBADE/2017)
(V) (V) Sabe-se que se Zeca comprou um apontador de lápis azul,
Ora, Pedro é inocente então João gosta de suco de laranja. Se João gosta de suco
de laranja, então Emílio vai ao cinema. Considerando que
(V)
Emílio não foi ao cinema, pode-se afirmar que:
Sabendo que João é culpado, vamos analisar a primeira
(A) Zeca não comprou um apontador de lápis azul.
premissa
(B) Emílio não comprou um apontador de lápis azul.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
(C) Zeca não gosta de suco de laranja.
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva só
(D) João não comprou um apontador de lápis azul.
é verdadeira se apenas uma das proposições for.
(E) Zeca não foi ao cinema.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. (UFSBA – Administrador – UFMT/2017) São da- É correto concluir que, nesse dia, Carlos:
dos os seguintes argumentos:
ARGUMENTO 1 (A) correu e andou;
(B) não correu e não andou;
P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so- (C) andou e não teve companhia;
teropolitana. (D) teve companhia e andou;
P2: Iracema é soteropolitana. (E) não correu e não teve companhia.
C:
07. (PREF. DE SÃO PAULO – Assistente de Gestão de
Políticas Públicas – CESPE/2016) As proposições seguin-
ARGUMENTO 2
tes constituem as premissas de um argumento.
P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
dutora de cacau. • Bianca não é professora.
P2: Aurélia não é ilheense. • Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é
C: professora.
• Se Ana não trabalha na área de informática, então
ARGUMENTO 3 Paulo é técnico de contabilidade.
P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista. • Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana
P2: Lucíola não é bailarina. não trabalha na área de informática, ou Bianca é professora.
C:
Assinale a opção correspondente à conclusão que tor-
ARGUMENTO 4 na esse argumento um argumento válido.
P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá.
P2: Cecília não gosta de vatapá. (A) Carlos não é especialista em recursos humanos e
C: Paulo não é técnico de contabilidade.
(B) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é
Pode-se inferir que técnico de contabilidade.
(C) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana
(A) Lucíola é turista.
trabalha na área de informática.
(B) Cecília é baiana.
(D) Bianca não é professora e Paulo é técnico de con-
(C) Aurélia é produtora de cacau. tabilidade.
(D) Iracema gosta de acarajé. (E) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não tra-
balha na área de informática.
05. (COPERGAS/PE – Auxiliar Administrativo –
FCC/2016) Considere verdadeiras as afirmações a seguir: 08. (PREF. DE SÃO GONÇALO – Analista de Contabi-
lidade – BIORIO/2016) Se Ana gosta de Beto, então Beto
I. Laura é economista ou João é contador. ama Carla. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz.
II. Se Dinorá é programadora, então João não é con- Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora. Mas
tador. Luiz não briga com Débora. Assim:
III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro.
IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista. (A) Ana gosta de Beto e Beto ama Carla.
(B) Débora não ama Luiz e Ana não gosta de Beto.
A partir dessas informações é possível concluir, corre- (C) Débora ama Luiz e Ana gosta de Beto.
tamente, que : (D) Ana não gosta de Beto e Beto não ama Carla.
(E) Débora não ama Luiz e Ana gosta de Beto.
(A) Beatriz é digitadora.
09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador –
(B) João é contador.
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Considerem-se verda-
(C) Dinorá é programadora.
deiras as seguintes proposições:
(D) Beatriz não é digitadora.
(E) João não é contador. P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-
terraba.
06. (MPE/RJ – Analista do Ministério Público – P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos-
FGV/2016) Sobre as atividades fora de casa no domingo, ta de jiló.
Carlos segue fielmente as seguintes regras: P3: Carlos gosta de jiló e Daniel não gosta de cenoura.
- Ando ou corro.
Assim, uma conclusão necessariamente verdadeira é a
- Tenho companhia ou não ando.
- Calço tênis ou não corro. seguinte:
Domingo passado Carlos saiu de casa de sandálias.

11
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) André não gosta de chuchu se, e somente se, Daniel 03. Resposta: A.
gosta de cenoura. Considerando que Emílio não foi ao cinema:
(B) Se André não gosta de chuchu, então Daniel gosta
de cenoura. Se João gosta de suco de laranja, então Emílio vai ao
(C) Ou André gosta de chuchu ou Daniel não gosta de cinema.
cenoura. F F
(D) André gosta de chuchu ou Daniel gosta de cenou- Zeca comprou um apontador de lápis azul, então João
ra. gosta de suco de laranja.
F F
10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016)
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. 04. Resposta: A.
Vamos analisar por alternativa, pois fica mais fácil que
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. analisar cada argumento.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. OBS: Como a alternativa certa é a A, analisarei todas as
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. alternativas, para mostrar o porquê de ser essa a correta.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio. (A) Lucíola é turista.
Eu acho mais fácil fazer sempre com as premissas ver-
Tendo como referência as proposições apresentadas, dadeiras.
julgue o item subsecutivo. ARGUMENTO 3
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estu- P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista.
dando. F V
certo errado P2: Lucíola não é bailarina.(V)

Respostas (B) Cecília é baiana


P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá.
V F
01. Resposta: B.
P2: Cecília não gosta de vatapá.
▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
▪ Almoço, ou vou à academia.
Mas se Cecília não gosta de vatapá a P2 seria incorreta,
V f
por isso não é essa alternativa.
▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
V F
(C) Aurélia é produtora de cacau
▪ Visto bermuda, ou não vou à academia. P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
F V dutora de cacau.
F F
02. Resposta: D. P2: Aurélia não é ilheense.
Vamos tentar fazendo que X é vermelho para ver se Aurélia seria ilheense.
todos vão ter valor lógico correto.
(D) Iracema gosta de acarajé.
• Se X é vermelho, então Y não é verde. P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so-
V V teropolitana.
• Se Y é verde, então Z é azul. F V
F F/V P2: Iracema é soteropolitana.(F)
• Se X não é vermelho, então Z não é azul. Também entrou em contradição.
F F/V
05. Resposta: B.
Se x não é vermelho: Começamos sempre pela conjunção.
• Se X é vermelho, então Y não é verde. IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista.
F V V V
• Se Y é verde, então Z é azul.
F F I. Laura é economista ou João é contador.
F V
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
V V II. Se Dinorá é programadora, então João não é con-
tador.
F F

III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro.


V/F V

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. Resposta: D. (A) na bicondicional, as duas deveriam ser verdadeiras,


- Calço tênis ou não corro. ou as duas falsas
F V (B) como a primeira proposição é verdadeira, a segun-
da também deveria ser.
- Ando ou corro. (D) Como a primeira é falsa, a segunda deveria ser ver-
V F dadeira.
- Tenho companhia ou não ando.
V F 10.Resposta: Errado
Resumindo: ele calçou sandálias, andou e teve com-
panhia. • Durante a noite, faz frio.
V
07. Resposta: C.
• Bianca não é professora.(V) • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é F F
professora.
F F • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Se Ana não trabalha na área de informática, então V V
Paulo é técnico de contabilidade.
F F • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Carlos é especialista em recursos humanos, F F
V
ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca • Quando Fernando está estudando, não chove.
é professora. V/F V
F F Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es-
tava estudando.
08. Resposta: D. Não tem como ser julgado.
Sabendo que Luiz não briga com Débora
Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora.
F F DIAGRAMAS LÓGICOS E LÓGICA DE
. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz PRIMEIRA ORDEM
F F
Se Ana gosta de Beto, então Beto ama Carla.
F V
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro-
09 Resposta: C. posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solução
Vamos começar pela P3, pois é uma conjunção, assim requer que desenhemos figuras, os chamados diagramas.
é mais fácil definirmos o valor lógico de cada proposição.
Para a conjunção ser verdadeira, as duas proposições Definição das proposições
devem ser verdadeiras.
Portanto: Todo A é B.
Carlos gosta de jiló.
Daniel não gosta de cenoura. O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo
P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos- elemento de A também é elemento de B.
ta de jiló.
Carlos não gosta de jiló. (F) Podemos representar de duas maneiras:
e par a condicional ser verdadeira a primeira também deve
ser falsa.
Bruno gosta de beterraba. (F)

P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-


terraba.
A segunda é falsa, e para a disjunção ser verdadeira, a
primeira é verdadeira.
André não gosta de chuchu. (V).
Vamos enumerar as verdadeiras:
1- Carlos gosta de jiló.
2-Daniel não gosta de cenoura.
3-Bruno não gosta de beterraba Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como
4-André não gosta de chuchu ficam os valores lógicos das outras?

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

Pensemos nessa frase: Toda criança é linda. a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-
tos em comum.
Nenhum A é B é necessariamente falsa.
Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
que TODA criança é linda? Por isso é falsa.

Algum A é B é necessariamente verdadeira


Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
lindas.

Algum A não é B necessariamente falsa, pois A está


contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos impos-
sível, pois todas são.
b) Todos os elementos de A estão em B.
Nenhum A é B.

A e B não terão elementos em comum.

c) Todos os elementos de B estão em A.

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?

Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-


trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)

Todo A é B é necessariamente falsa.


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?

Algum A é B é necessariamente falsa.


Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

Algum A não é B necessariamente verdadeira.


Algum cachorro não é gato, ah sim espero que todos
d) O conjunto A é igual ao conjunto B.
não sejam mas, se já está dizendo algum vou concordar.

Algum A é B.

Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em


comum com o conjunto B.

Temos 4 representações possíveis:

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como c) Não há elementos em comum entre os dois conjun-
ficam os valores lógicos das outras? tos
Frase: Algum copo é de vidro.

Nenhum A é B é necessariamente falsa


Nenhum copo é de vidro, com frase fica mais fácil né?
Porque assim, conseguimos ver que é falsa, pois acabei de
falar que algum copo é de vidro, ou seja, tenho pelo menos
1 copo de vidro.

Todo A é B , não conseguimos determinar, podendo ser


verdadeira ou falsa (podemos analisar também os diagra-
mas mostrados nas figuras a e c)
Todo copo é de vidro.
Pode ser que sim, ou não.
Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
Algum A não é B não conseguimos determinar, poden- como ficam os valores lógicos das outras?
do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d) Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to- Frase: Algum copo não é de vidro.
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira.
Nenhum A é B é indeterminada (contradição com as
Algum A não é B. figuras a e b)
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
pertence ao conjunto B. todos não são de vidro.

Aqui teremos 3 modos de representar: Todo A é B , é necessariamente falsa


Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo
a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- não era.
tos em comum
Algum A é B é indeterminada
Algum copo é de vidro, não consigo determinar se tem
algum de vidro ou não.

Quantificadores são elementos que, quando associa-


dos às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser
qualificadas como sentenças fechadas.

O quantificador universal

O quantificador universal, usado para transformar sen-


tenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é
indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer que seja”,
“para todo”, “para cada”.
b) Todos os elementos de B estão em A.
Exemplo:
(∀x)(x + 2 = 6)
Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6” (fal-
sa).
É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
afirmação ser verdadeira.

O quantificador existencial

O quantificador existencial é indicado pelo símbolo


“∃” que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe
um”.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos: 02. (TRT - 20ª REGIÃO /SE - Técnico Judiciário –


(∃x)(x + 5 = 9) FCC/2016) que todo técnico sabe digitar. Alguns desses
Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (verda- técnicos sabem atender ao público externo e outros desses
deira). técnicos não sabem atender ao público externo. A partir
Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem...claro dessas afirmações é correto concluir que:
que existe algum número que essa afirmação será verda-
deira. (A) os técnicos que sabem atender ao público externo
não sabem digitar.
Ok?? Sem maiores problemas, certo? (B) os técnicos que não sabem atender ao público ex-
terno não sabem digitar.
Representação de uma proposição quantificada (C) qualquer pessoa que sabe digitar também sabe
atender ao público externo.
(∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15) (D) os técnicos que não sabem atender ao público ex-
Quantificador: ∀ terno sabem digitar.
Condição de existência da variável: x ∈ N . (E) os técnicos que sabem digitar não atendem ao pú-
Predicado: x + 3 > 15. blico externo.

(∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)] 03. (COPERGAS – Auxiliar Administrativo –


Quantificador: ∃ FCC/2016) É verdade que existem programadores que não
Condição de existência da variável: não há. gostam de computadores. A partir dessa afirmação é cor-
Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”. reto concluir que:

Negações de proposições quantificadas ou funcionais (A) qualquer pessoa que não gosta de computadores é
Seja uma sentença (∀x)(A(x)). um programador.
Negação: (∃x)(~A(x)) (B) todas as pessoas que gostam de computadores não
são programadores.
Exemplo (C) dentre aqueles que não gostam de computadores,
(∀x)(2x-1=3) alguns são programadores.
Negação: (∃x)(2x-1≠3) (D) para ser programador é necessário gostar de com-
putador.
(E) qualquer pessoa que gosta de computador será um
bom programador.
Seja uma sentença (∃x)(Q(x)).
Negação: (∀x)(~Q(x)).
04. (COPERGAS/PE - Analista Tecnologia da Infor-
(∃x)(2x-1=3)
mação
Negação: (∀x)(2x-1≠3)
- FCC/2016) É verdade que todo engenheiro sabe ma-
temática. É verdade que há pessoas que sabem matemática
Questões e não são engenheiros. É verdade que existem administra-
dores que sabem matemática. A partir dessas afirmações é
01. (UFES - Assistente em Administração – possível concluir corretamente que:
UFES/2017) Em um determinado grupo de pessoas:
(A) qualquer engenheiro é administrador.
• todas as pessoas que praticam futebol também pra- (B) todos os administradores sabem matemática.
ticam natação, (C) alguns engenheiros não sabem matemática.
• algumas pessoas que praticam tênis também prati- (D) o administrador que sabe matemática é engenhei-
cam futebol, ro.
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam (E) o administrador que é engenheiro sabe matemática.
natação.
05. (CRECI 1ª REGIÃO/RJ – Advogado – MSCON-
É CORRETO afirmar que no grupo CURSOS/2016) Considere como verdadeiras as duas pre-
missas seguintes:
(A) todas as pessoas que praticam natação também
praticam tênis. I – Nenhum professor é veterinário;
(B) todas as pessoas que praticam futebol também pra- II – Alguns agrônomos são veterinários.
ticam tênis.
(C) algumas pessoas que praticam natação não prati- A partir dessas premissas, é correto afirmar que, neces-
cam futebol. sariamente:
(D) algumas pessoas que praticam natação não prati- (A) Nenhum professor é agrônomo.
cam tênis. (B) Alguns agrônomos não são professores.
(E) algumas pessoas que praticam tênis não praticam (C) Alguns professores são agrônomos.
futebol. (D) Alguns agrônomos são professores.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. (EMSERH - Auxiliar Administrativo – FUN- (C) Mirian é escrevente


CAB/2016) Considere que as seguintes afirmações são (D) Mirian não é escrevente.
verdadeiras: (E) se Arnaldo é escrevente, então Arnaldo é primo de
Mirian
“Algum maranhense é pescador.”
“Todo maranhense é trabalhador.”
10. (DPE/MT – Assistente Administrativo –
Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que: FGV/2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.
(A) Algum maranhense pescador não é trabalhador • Existem advogados que são poetas.
(B) Algum maranhense não pescar não é trabalhador • Todos os poetas escrevem bem.
(C) Todo maranhense trabalhadoré pescador
(D) Algum maranhense trabalhador é pescador
Com base nas afirmações, é correto concluir que
(E) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(A) se um advogado não escreve bem então não é poe-
07. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Assistente Ad- ta.
ministrativo – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2015) Em certa (B) todos os advogados escrevem bem.
comunidade, é verdade que: (C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
- todo professor de matemática possui grau de mestre; (E) quem não é poeta não escreve bem.
- algumas pessoas que possuem grau de mestre gos-
tam de empadão de camarão;
- algumas pessoas que gostam de empadão de cama- Respostas
rão não possuem grau de mestre.
01. Resposta: E.
Uma conclusão necessariamente verdadeira é:

(A) algum professor de matemática gosta de empadão


de camarão.
(B) nenhum professor de matemática gosta de empa-
dão de camarão.
(C) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
gosta de matemática.
(D) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
não é professor de matemática.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2015) Se todo estudante de uma disciplina A é tam-
bém estudante de uma disciplina B e todo estudante de
uma disciplina C não é estudante da disciplina B, e ntão é 02. Resposta: D.
verdade que: Podemos excluir as alternativas que falam que não sa-
bem digitar, pois todos os técnicos sabem digitar.
(A) algum estudante da disciplina A é estudante da dis-
ciplina C.
(B) algum estudante da disciplina B é estudante da dis-
ciplina C.
(C) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
disciplina C.
(D) nenhum estudante da disciplina B é estudante da
disciplina A.
(E) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
disciplina B.

09. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2015) Considere verdadeira a seguinte afirmação:
“Todos os primos de Mirian são escreventes”.

Dessa afirmação, conclui­se corretamente que


(A) se Pâmela não é escrevente, então Pâmela não é
prima de Mirian.
(B) se Jair é primo de Mirian, então Jair não é escre-
vente.

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. Resposta: C. 07. Resposta: D.

Podemos ter esses dois modelos de diagramas:

(A) não está claro se os mestres que gostam de empa-


dão são professores ou não.
(B) podemos ter o primeiro diagrama
04. Resposta: E. (C) pode ser o segundo diagrama.

08. Resposta: C.
O diagrama C deve ficar para fora, pois todo estudante
de C não é da disciplina B, ou seja, não tem ligação nenhuma.

05. Resposta: B.
Alguns agrônomos são veterinários e podem ser só
agrônomos.
Assim, os estudantes da disciplina A, também não fa-
zem disciplina C e vice-versa.

09. Resposta: A.

06. Resposta: D.

Como Pâmela não é escrevente, ela está em um diagra-


ma a parte, então não é prima de Mirian.
Analisando as alternativas erradas:

(B) Todos os primos de primo são escrevente.


(C) e (D) Não sabemos se Mirian é escrevente ou não.
(E) Não necessariamente, pois há pessoas que são es-
creventes, mas não primos de Mirian.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

10. Resposta: A. Regra de Absorção


Se o advogado não escreve bem, ele faz parte da área p→p∧q⇔p→q
hachurada, portanto ele não é poeta.
p q p∧q p→p∧q p→q
V V V V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V

Condicional

Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são


as mais pedidas nos concursos
A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
verdades idênticas

p ~p q p∧q p→q ~p∨q


V F V V V V
V F F F F F
Referências
F V V F V V
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
F V F F V V
vas e Concursos, 2010.
Exemplo
p: Coelho gosta de cenoura
q: Coelho é herbívoro.
EQUIVALÊNCIAS
p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é her-
bívoro.
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her-
bívoro
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção p∨~q
Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente
equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se
as tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊNTI- p q ~p ~q ~p→~q p∨~q
CAS. V V F F V V
Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguinte V F F V V V
notação: F V V F F F
P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..) F F V V V V

Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha, Equivalência fundamentais (Propriedades Funda-
mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas. mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.
Regra da Dupla negação
~~p⇔p 1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
p q p∧q q∧p
p ~p ~~p
V F V V V V V
F V F V F F F
F V F F
São iguais, então ~~p⇔p F F F F

Regra de Clavius b) p ∨ q ⇔ q ∨ p
~p→p⇔p p q p∨q q∨ p
V V V V
p ~p ~p→p V F V V
V F V F V V V
F V F F F F F

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

c) p ∨ q ⇔ q p b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
p q p∨q q∨p
V V F F q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∨ (p
p q r
V F V V ∨r ∨ r) q ∨r ∨ r)
F V V V V V V V V V V V
F F F F V V F V V V V V
V F V V V V V V
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p V F F F V V V V
p q p↔q q↔p F V V V V V V V
V V V V F V F V V V F V
V F F F F F V V V F V V
F V F F F F F F F F F F
F F V V
3 – Idempotência
Equivalências notáveis: a) p ⇔ (p ∧ p)
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer duas
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva) colunas com p:
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
p p p∧ p
V V V
q p ∧ (q p∧ p (p ∧ q) ∨ (p
p q r F F F
∨r ∨ r) q ∧r ∧ r)
V V V V V V V V b) p ⇔ (p ∨ p)
V V F V V V F V
V F V V V F V V p p p∨ p
V F F F F F F F V V V
F V V V F F F F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F 4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se
F F F F F F F F outra condicional equivalente à primeira, apenas inverten-
do-se e negando-se as proposições simples que as com-
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) põem.

q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧ (p Da mesma forma que vimos na condicional mais acima,


p q r
∧r ∧ r) q ∨r ∨ r) temos outros modos de definir a equivalência da condicio-
V V V V V V V V nal que são de igual importância
V V F F V V V V
V F V F V V V V 1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
V F F F V V V V p q ~p ~q p → q ~q → ~p
F V V V V V V V V V F F V V
F V F F F V F F V F F V F F
F F V F F F V F F V V F V V
F F F F F F F F F F V V V V
2 - Associação (equivalência pela associativa) 2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q ~p ~p → q ~q ~q → p
V V F V F V
q p ∧ (q p (p ∧ q) ∧ (p
p q r p∧q V F F V V V
∧r ∧ r) ∧r ∧ r)
V V V V V V V V F V V V F V
V V F F F V F F F F V F V F
V F V F F F V F
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
V F F F F F F F
F V V V F F F F p q ~q p → ~q ~p q → ~p
F V F F F F F F V V F F F F
F F V F F F F F V F V V F V
F F F F F F F F F V F V V V
F F V V V V

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

5 - Pela bicondicional Questões


a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q p → q q → p (p → q) ∧ (q → p) 01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VU-
V V V V V V NESP/2017) Uma afirmação equivalente para “Se estou fe-
liz, então passei no concurso” é:
V F F F V F
F V F V F F (A) Se passei no concurso, então estou feliz.
F F V V V V (B) Se não passei no concurso, então não estou feliz.
(C) Não passei no concurso e não estou feliz.
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q) (D) Estou feliz e passei no concurso.
p (E) Passei no concurso e não estou feliz.
~q → ~p → (~q → ~p) ∧
p q ↔ ~q ~p
~p ~q (~p → ~q)
q 02. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere a
V V V F F V V V frase:
V F F V F F V F Se Marco treina, então ele vence a competição.
F V F F V V F F A frase equivalente a ela é:
F F V V V V V V
(A) Se Marco não treina, então vence a competição.
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q) (B) Se Marco não treina, então não vence a competição.
p p (C) Marco treina ou não vence a competição.
~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p (D) Marco treina se e somente se vence a competição.
p q ↔ ∧ ~p ~q
~q ∧ ~q) (E) Marco não treina ou vence a competição.
q q
V V V V F F F V
V F F F F V F F 03. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES-
F V F F V F F F PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
F F V F V V V V
próximo item.
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é
6 - Pela exportação-importação
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”.
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
( ) Certo
p q r p ∧ q (p ∧ q) → r q → r p → (q → r) ( ) Errado
V V V V V V V
V V F V F F F 04. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário – FGV/2017)
V F V F V V V Considere a sentença: “Se Pedro é torcedor do Avaí e Marce-
V F F F V V V la não é torcedora do Figueirense, então Joana é torcedora
F V V F V V V da Chapecoense”.
F V F F V F V Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
F F V F V V V
(A) Se Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
F F F F V V V
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
pecoense.
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
(B) Se Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torce-
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
Chama-se proposições associadas a p → q as três pro- pecoense.
posições condicionadas que contêm p e q: (C) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
– Proposições recíprocas: p → q: q → p do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense.
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q (D) Se Joana não é torcedora da Chapecoense, então
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torcedora do Fi-
gueirense.
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: (E) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
q do Figueirense e Joana é torcedora da Chapecoense.
p→ ~p → ~q →
p q ~p ~q →
q ~q ~p 05. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Considere
p
V V F F V V V V como verdadeira a seguinte sentença: “Se todas as flores são
V F F V F V V F vermelhas, então o jardim é bonito”.
F V V F V F F V É correto concluir que:
F F V V V V V V
(A) se todas as flores não são vermelhas, então o jardim
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua não é bonito;
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO (B) se uma flor é amarela, então o jardim não é bonito;
(C) se o jardim é bonito, então todas as flores são ver-
EQUIVALENTES.
melhas;

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

(D) se o jardim não é bonito, então todas as flores não Respostas


são vermelhas;
(E) se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor 01. Resposta: B.
não é vermelha. p→q⇔~q→~p
p: Estou feliz
06. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017) q: passei no concurso
Uma proposição equivalente a Se há fumaça, há fogo, é: A equivalência ficaria:
Se não passei no concurso, então não estou feliz.
(A) Se não há fumaça, não há fogo.
(B) Se há fumaça, não há fogo. 02. Resposta: E.
(C) Se não há fogo, não há fumaça. Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
(D) Se há fogo, há fumaça. “~p∨q”
P: Marcos treina
07. (DPE/RR – Técnico em Informática – INAZ DO Q: ele vence a competição
PARÁ/2017) Diz-se que duas preposições são equivalen- Marcos não treina ou ele vence a competição
tes entre si quando elas possuem o mesmo valor lógico. A
sentença logicamente equivalente a: “ Se Maria é médica, 03. Resposta: Certo.
então Victor é professor” é: Uma dica é que normalmente quando tem vírgula é
condicional, não é regra, mas acontece quando você não
(A) Se Victor não é professor então Maria não é médica acha o conectivo.
(B) Se Maria não é médica então Victor não é professor
(C) Se Victor é professor, Maria é médica 04. Resposta: C.
(D) Se Maria é médica ou Victor é professor Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
(E) Se Maria é médica ou Victor não é professor “~p∨q”
~p: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
08. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador – dora do Figueirense
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma proposição lo- ~q→~p: Se Joana não é torcedora da Chapecoense,
então Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
gicamente equivalente a “se eu não posso pagar um táxi,
do Figueirense
então vou de ônibus” é a seguinte:
~p∨q: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
dora do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense.
(A) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
(B) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
05. Resposta: E.
(C) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
Equivalência: p→q⇔~q→~p
(D) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar
Para negar Todos:
um táxi Pelo menos faz o contrário, ou seja, no nosso caso,
pelo menos uma flor não é vermelha
09. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- ~p: Pelo menos uma flor não é vermelha
nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pro- Se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
posição logicamente equivalente a “todo ato desonesto é não é vermelha.
passível de punição” é a seguinte:
06. Resposta: C.
(A) todo ato passível de punição é desonesto. Nega as duas e troca de lado.
(B) todo ato não passível de punição é desonesto. Se não há fogo, então não há fumaça.
(C) se um ato não é passível de punição, então não é
desonesto. 07. Resposta: A.
(D) se um ato não é desonesto, então não é passível Nega as duas e troca de lado.
de punição. Se Victor não é professor, então Maria não é medica.

10. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) Conside- 08. Resposta: A.


re a sentença: “Se gosto de capivara, então gosto de javali”. Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p
~p∨q
Uma sentença logicamente equivalente à sentença Nesse caso, como temos apenas condicional nas alter-
dada é: nativas.
Nega as duas e troca
(A) Se não gosto de capivara, então não gosto de javali. p: não posso pagar um táxi
(B) Gosto de capivara e gosto de javali. q: vou de ônibus
(C) Não gosto de capivara ou gosto de javali. ~p: Posso pagar um táxi
(D) Gosto de capivara ou não gosto de javali. ~q: Não vou de ônibus
(E) Gosto de capivara e não gosto de javali. Se não vou de ônibus, então posso pagar um táxi

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

09. Resposta: C.
Vamos pensar da seguinte maneira:
Se todo ato é desonesto, então é passível de punição
Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou “~p∨q”
Nesse caso, as alternativas nos mostram condicional.
Se um ato não é passível de punição, então não é desonesto.

10. Resposta: C.
Lembra da tabela da teoria??
p q p→q ~p ~p∨q
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Então
p: Gosto de capivara
q: Gosto de javali

Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p, mas não temos essa opção.
Portanto, deve ser ~p∨q
Não gosto de capivara ou gosto de javali.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.

LEIS DE DEMORGAN

Negação de uma proposição composta


Definição: Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e equi-
valente à negação de sua primitiva.
Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que saber qual a equivalência da negação para compor uma frase, por
exemplo.

Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.
~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)
p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.
~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)

p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.
Negação de uma disjunção exclusiva
~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)
p q p∨q ~( p∨q) p↔q
V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional


Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.
~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)
p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

Negação de uma bicondicional


~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]
~[(p → q) ∧ [(p ∧ ~q) ∨
P Q p ↔ q p → q q → p p → q) ∧ (q → p)] p ∧ ~q q ∧ ~p
(q → p)] (q ∧ ~p)]
V V V V V V F F F F
V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)


De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)
P ~P ~ (~p)
V F V
F V F

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte da
condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2a parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1a vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2a vez: ~(p
∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente
à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ ~p ∨ q

Questões
01. (CORREIOS – Engenheiro de Segurança do Trabalho Júnior – IADES/2017) Qual é a negação da proposição
“Engenheiros gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.”?
(A) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(B) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.
(C) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos gostam de exatas.
(D) Engenheiros gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(E) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos não gostam de exatas.

02. (ARTES - Agente de Fiscalização à Regulação de Transporte - Tecnologia de Informação - FCC/2017) A afirma-
ção que corresponde à negação lógica da frase ‘Vendedores falam muito e nenhum estudioso fala alto’ é:
(A) ‘Nenhum vendedor fala muito e todos os estudiosos falam alto’.
(B) ‘Vendedores não falam muito e todos os estudiosos falam alto’.
(C) ‘Se os vendedores não falam muito, então os estudiosos não falam alto’.
(D) ‘Pelo menos um vendedor não fala muito ou todo estudioso fala alto’.
(E) ‘Vendedores não falam muito ou pelo menos um estudioso fala alto’

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (IGP/RS – Perito Criminal 0 FUNDATEC/2017) A Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obriga-
negação da proposição “Todos os homens são afetuosos” ções previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes
é: de pagamento.
(A) Toda criança é afetuosa. A proposição Q, anteriormente apresentada, está pre-
(B) Nenhum homem é afetuoso. sente na proposição P do texto CB1A5AAA.
(C) Todos os homens carecem de afeto. A negação da proposição Q pode ser expressa por:
(D) Pelo menos um homem não é afetuoso.
(E) Todas as mulheres não são afetuosas.
(A) A empresa não alegou ter pago suas obrigações
04. (TRT – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma afir- previdenciárias ou apresentou os comprovantes de paga-
mação que corresponda à negação lógica da afirmação: mento.
todos os programas foram limpos e nenhum vírus perma- (B) A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
neceu, é: denciárias ou não apresentou os comprovantes de paga-
mento.
(A) Se pelo menos um programa não foi limpo, então (C)A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
algum vírus não permaneceu. denciárias e apresentou os comprovantes de pagamento.
(B) Existe um programa que não foi limpo ou pelo me-
(D) A empresa não alegou ter pago suas obrigações
nos um vírus permaneceu.
(C) Nenhum programa foi limpo e todos os vírus per- previdenciárias nem apresentou os comprovantes de pa-
maneceram. gamento.
(D) Alguns programas foram limpos ou algum vírus
não permaneceu.
(E) Se algum vírus permaneceu, então nenhum progra- 09. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir-
ma foi limpos. mação:
Ontem trovejou e não choveu.
05. (TRF 1ª REGIÃO – cargos de nível superior – CES- Uma afirmação que corresponde à negação lógica des-
PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação
de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 ta afirmação é
contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Bas- (A) se ontem não trovejou, então não choveu.
ta um de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente (B) ontem trovejou e choveu.
modificada.” (C) ontem não trovejou ou não choveu.
Considerando a situação apresentada e a proposição (D) ontem não trovejou ou choveu.
correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item. (E) se ontem choveu, então trovejou.
A negação da proposição pode ser corretamente ex-
pressa por “Basta um de nós não mudar de ideia ou a deci-
são não será totalmente modificada”. 10. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir-
Certo Errado mação:
Se sou descendente de italiano, então gosto de macar-
06. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- rão e gosto de parmesão.
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
Uma afirmação que corresponde à negação lógica des-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
ta afirmação é
próximo item.
A negação da proposição P pode ser expressa por (A) Sou descendente de italiano e, não gosto de macar-
“Quem não pode mais, não chora menos” rão ou não gosto de parmesão.
Certo Errado (B) Se não sou descendente de italiano, então não gos-
to de macarrão e não gosto de parmesão.
07. (CFF – Analista de Sistema – INAZ DO PARÁ/2017) (C) Se gosto de macarrão e gosto de parmesão, então
Dizer que não é verdade que “Todas as farmácias estão não sou descendente de italiano.
abertas” é logicamente equivalente a dizer que: (D) Não sou descendente de italiano e, gosto de ma-
carrão e não gosto de parmesão.
(A) “Toda farmácia está aberta”. (E) Se não gosto de macarrão e não gosto de parme-
(B) “Nenhuma farmácia está aberta”. são, então não sou descendente de italiano.
(C) “Todas as farmácias não estão abertas”.
(D) “Alguma farmácia não está aberta”.
(E) “Alguma farmácia está aberta”. Respostas
08. (TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos básicos cargos 01. Resposta: A.
1, 2, 7 e 8 – CESPE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P Nega as duas e muda o conectivo para ou
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden-
|Engenheiros não gostam de biológicas OU médicos
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
não gostam de exatas.
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. Resposta: E.
Nega as duas e coloca ou. SEQUËNCIA LÓGICA
Vendedores não falam muito
Para negar nenhum, devemos colocar pelo menos e a
afirmativa
Pelo menos um estudioso fala muito. As sequências lógicas aparecem com frequências nas
provas de concurso. São vários tipos: números, letras, figu-
OBS: Se fosse Todos a negação seria pelo menos 1 es- ras, baralhos, dominós e como é um assunto muito abran-
tudioso não fala muito. gente, e pode ser pedido de qualquer forma, o que ajudará
nos estudos serão as práticas de exercícios e algumas dicas
03. Resposta: D. que darei. Em cada exemplo, darei algumas dicas para toda
Para negar todos, colocamos pelo menos um... vez que você visualizar esse tipo de questão já ajude a ana-
E negamos a frase. lisar que tipo será. Vamos lá?
Pelo menos um homem não é afetuoso.
Sequência de Números
04. Resposta:B.
Pode ser feita por soma, subtração, divisão, multipli-
Negação de Todos: Pelo menos um (existe um, alguns)
e a negação: cação.
Pelo menos um programa não foi limpo. Mas lembre-se, se estamos falando de SEQUÊNCIA, ela
Negação de nenhum : pelo menos um e a afirmação. vai seguir um padrão, basta você achar esse padrão, alguns
Pelo menos um vírus permaneceu. serão mais difíceis, outro beeem fácil e não se assuste se
Ou achar rápido, não terá uma “PEGADINHA”, será isso e pon-
Alguns vírus permaneceram. to.
Vamos ver alguns tipos de sequências:
05. Resposta: Errado.
CUIDADO! -Progressão Aritmética
O basta traz sentido de condicional. 2 5 8 11
Se um de nós mudar de ideia, então a decisão será
totalmente modificada. Progressão aritmética sempre terá a mesma razão.
Portanto, mantém a primeira e nega a segunda (MANÈ) No nosso exemplo, a razão é 3, pois para cada número
Basta um de nós mudar de ideia e a decisão não será seguinte, temos que somar 3.
totalmente modificada.
-Progressão Geométrica
06. Resposta: Errado. 9 18 36 72
Negação de uma condicional: mantém a primeira e
nega a segunda. E agora para essa nova sequência?
Se somarmos 9, não teremos uma sequência, então
07. Resposta: D. não é soma.
Para negar todos: pelo menos uma, alguma, existe uma O próximo que tentamos é a multiplicação,9x2=18
Alguma farmácia não está aberta. 18x2=36
36x2=72
08. Resposta: A.
Opa, deu certo?
Nega as duas e troca por “e” por “ou”
Progressão geométrica de razão 2.
A empresa não alegou ter pago suas obrigações previ-
denciárias ou apresentou os comprovantes de pagamento.
-Incremento em Progressão
09. Resposta: D. 1 2 4 7
Negação de ontem trovejou: ontem não trovejou
Negação de não choveu: choveu Observe que estamos somando 1 a mais para cada nú-
Ontem não trovejou ou choveu. mero.
1=1=2
10. Resposta: A. 2+2=4
Negação de condicional: mantém a primeira e nega a 4+3=7
segunda.
Negação de conjunção: nega as duas e troca “e” por “ou” -Série de Fibonacci
Vamos fazer primeiro a negação da conjunção: gosto 1 1 2 3 5 8 13
de macarrão e gosto de parmesão. Cada termo é igual à soma dos dois anteriores.
Não gosto de macarrão ou não gosto de parmesão.
-Números Primos
Sou descendente de italiano e não gosto de macarrão 2 3 5 7 11 13 17
ou não gosto de parmesão. Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Quadrados Perfeitos Resolução


1 4 9 16 25 36 49 Primeiro tentamos número de sílabas ou letras.
Números naturais cujas raízes são naturais. Letras já não deu certo.

Exemplo 1 Galo=4
Pato=4
(UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a Carneiro=8
sequência numérica a seguir: Cobra=4
3, 6, 3, 3, 2, 5/3, 11/9. . . Jacaré=6
Não tem um padrão
Sabendo-se que essa sequência obedece uma regra de
formação a partir do terceiro termo, então o denominador Número de sílabas
do próximo termo da sequência é: Está dividido em 2 e 3 e sem padrões
(A) 9.
(B) 11. Começadas com as letras dos meses?não...
(C) 26. Difícil...
(D) 27. São animais, então:

Resolução Galo e pato são aves


Quando há uma sequência que não parece progressão Cobra e jacaré são répteis
aritmética ou geométrica, devemos “apelar” para soma os O carneiro é mamífero, se estão aos pares, devemos
dois anteriores, soma 1, e assim por diante. procurar outro mamífero que no caso é o boi
No caso se somarmos os dois primeiros para dar o ter- Resposta: A.
ceiro: 3+6=9
Para dar 3, devemos dividir por 3: 9/3=3 Exemplo 2
Vamos ver se ficará certo com o restante (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Esta-
6+3=9 tísticas – FGV/2016) Considere a sequência infinita
9/3=3
3+2=5 IBGEGBIBGEGBIBGEG...
5/3
Opa...parece que deu certo A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respec-
Então: tivamente:
(A) BG;
(B) GE;
(C) EG;
(D) GB;
(E) BI.

Resposta: E.
Resposta: D.
É uma sequência com 6
Sequência de Letras Cada letra equivale a sequência
Sobre a sequência de Letras, fica um pouco mais difícil I=1
de falar, pois podem ser de vários tipos. B=2
Às vezes temos que substituir por números, outras ana- G=3
lisar o padrão de como aparecem. Vamos ver uns exemplos? E=4
G=5
Exemplo 1 B=0
(AGERIO – Analista de Desenvolvimento – FDC/2015)
Considerando a sequência de vocábulos: 2016/6=336 resta 0
galo - pato - carneiro - X - cobra – jacaré 2017/6=336 resta 1
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equiva-
A alternativa lógica que substitui X é: lente a última letra

(A) boi E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira


(B) siri letra.
(C) sapo
(D) besouro
(E) gaivota

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sequência de Figuras 02. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-


Do mesmo modo que a sequência de letras, é um tema TO AOCP/2017) Uma máquina foi programada para dis-
abrangente, pois a banca pode pedir a figura que convém. tribuir senhas para atendimento em uma agência bancária
alternando algarismos e letras do alfabeto latino, no qual
(FACEPE – Assistente em Gestão de Ciência e Tecno- estão inclusas as letras K, W e Y, sendo a primeira senha
logia – UPENET/2015) Assinale a alternativa que contém o número 2, a segunda a letra A, e sucessivamente na se-
a próxima figura da sequência. guinte forma: (2; A; 5; B; 8; C; ...). Com base nas informações
mencionadas, é correto afirmar que a 51ª e a 52ª senhas,
respectivamente, são:
(A) 69 e Z.
(B) 90 e Y.
(C) T e 88.
(A) (D) 77 e Z.
(E) Y e 100.

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Na


(B) figura abaixo, encontram-se representadas três etapas da
construção de uma sequência elaborada a partir de um
triângulo equilátero.

(C)

(D)

Na etapa 1, marcam-se os pontos médios dos lados


(E) do triângulo equilátero e retira-se o triângulo com vértices
nesses pontos médios, obtendo-se os triângulos pretos. Na
etapa 2, marcam-se os pontos médios dos lados dos triân-
gulos pretos obtidos na etapa 1 e retiram-se os triângulos
com vértices nesses pontos médios, obtendo-se um novo
Resposta: B. conjunto de triângulos pretos. A etapa 3 e as seguintes
Primeiro risco vai na parte de baixo, depois do lado mantêm esse padrão de construção.
E depois 2 riscos e assim por diante.
Então nossa figura terá que ter 3 riscos, mas a B ou D? Mantido o padrão de construção acima descrito, o nú-
É a B, pois o risco de cima, tem que ser o maior de mero de triângulos pretos existentes na etapa 7 é
todos.
(A) 729.
Questões (B) 1.024.
01. ( TRE/RJ - Técnico Judiciário - Operação de (C) 2.187.
Computadores – CONSULPLAN/2017) Os termos de uma (D) 4.096.
determinada sequência foram sucessivamente obtidos se- (E) 6.561.
guindo um determinado padrão:
04. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Ob-
(5, 9, 17, 33, 65, 129...) serve a sequência: 43, 46, 50, 55, 61, ...

O décimo segundo termo da sequência anterior é um O próximo termo é o:


número (A) 65.
(B) 66.
(A) menor que 8.000. (C) 67.
(B) maior que 10.000. (D) 68.
(C) compreendido entre 8.100 e 9.000. (E) 69.
(D) compreendido entre 9.000 e 10.000.

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

05. (TRT 24ª REGIÃO – Analista Judiciário – (A) 5.


FCC/2017) Na sequência 1A3E; 5I7O; 9U11A; 13E15I; (B) 4.
17O19U; 21A23E; . . ., o 12° termo é formado por algaris- (C) 6.
mos e pelas letras (D) 7.
(A) EI. (E) 8.
(B) UA.
(C) OA. 10. (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) A se-
(D) IO. quência numérica (99; 103; 96; 100; 93; 97; ...) possui deter-
(E) AE. minada lógica em sua formação. O número corresponden-
te ao décimo elemento dessa sequência é:
06. (EBSERH – Assistente Administrativo –
IBFC/2017) Considerando a sequência de figuras @, % , &, (A) 91
(B) 88.
# , @, %, &, #,..., podemos dizer que a figura que estará na
(C) 87
117ª posição será:
(D) 84
(A) @
(B) %
(C) & Respostas
(D) #
(E) $ 01. Resposta: C.
Os termos tem uma sequência começando por 2²+1
07. (IF/PE – Técnico em Eletrotécnica – IFPE/0217) Portanto, para sabermos o 12º termo, fazemos
Considere a seguinte sequência de figuras formadas por 213+1=8193
círculos:
02. Resposta: D.
A 51ª senha segue a sequência ímpar que são: (2, 5,
8,...)
51/2=25 e somamos 1, para saber qual posição ocupa-
rá na sequência. Portanto será a 26
A26=a1+25r
Continuando a sequência de maneira a manter o mes- A26=2+25⋅3
mo padrão geométrico, o número de círculos da Figura 18 é: A26=2+75=77
(A) 334.
(B) 314. A 52ª senha ocupará a posição 26 também, mas na se-
(C) 342. quência par, ou seja, a 26ª letra do alfabeto que é a letra Z.
(D) 324.
(E) 316. 03 Resposta:C
É uma PG de razão 3 e o a1 também é 3.
08. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Para
passar o tempo, um candidato do concurso escreveu a si-
gla CODEBA por sucessivas vezes, uma após a outra, for-
mando a sequência:
C O D E B A C O D E B A C O D E B A C O D ... 04. Resposta: D.
Observe que de 43 para 46 são 3
A 500ª letra que esse candidato escreveu foi: 50-46=4
55-50=5
(A) O 61-55=6
(B) D Portanto, o próximo será somando 7
(C) E 61+7=68
(D) B
(E) A 05. Resposta: D.
A partir do 5º termo começa a repetir as letras, por-
09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- tanto:
NESP/2016) A sequência ((3, 5); (3, 3, 3); (5; 5); (3, 3, 5); 12/5=2 e resta 2
...) tem como termos sequências contendo apenas os nú- Assim, será igual ao segundo termo, IO.
meros 3 ou 5. Dentro da lógica de formação da sequência,
cada termo, que também é uma sequência, deve ter o me- 06. Resposta: A.
nor número de elementos possível. Dessa forma, o número 117/4=29 e resta 1
de elementos contidos no décimo oitavo termo é igual a: Portanto, é igual a figura 1 @

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

07. Resposta: D.
Figura 1:1 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E
Figura 2:4 PROBABILIDADE
Figura 3:9
Figura 4:16
O número de círculos é o quadrado da posição
Figura 18: 18²=324
Análise Combinatória
08. Resposta: A.
É uma sequência com 6 letras: A Análise Combinatória é a área da Matemática que
500/6=83 e resta 2 trata dos problemas de contagem.
C=1
O=2 Princípio Fundamental da Contagem
D=3
E=4 Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên-
B=5 cia de um evento composto de duas ou mais etapas.
A=0 Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a
decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
Como restaram 2, então será igual a O. de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.
09. Resposta: A. Exemplo
Vamos somar os números:
3+5=8
3+3+3=9
5+5=10
3+3+5=11
Observe que
os termos formam uma PA de razão 1.
a18=?
a18=a1+17r
a18=8+17
a18=25
O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-
Para dar 25, com o menor número de elementos possí-
veis, devemos ter (5,5,5,5,5) ças). 3(blusas)=6 maneiras

10. Resposta: A. Fatorial


A princípio, queremos ver a sequência com os termos
seguidos mesmo, o que seria: É comum nos problemas de contagem, calcularmos o
99+4=103 produto de uma multiplicação cujos fatores são números
103-7=96 naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
96+4=100
100-7=93
Alternando essa sequência, mas se conseguirmos vi-
sualizar uma outra maneira, ficará mais fácil.
Arranjo Simples
Observe que os termos ímpares (a1,a3,a5...)formam
uma PA de razão r=-3 Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a
Os termos pares (a2,a4,a6..) formam uma PA de razão p, toda sequência de p elementos distintos de E.
também r=-3

Como a10 é par, devemos tomar como base a sequên-


cia par, mas para isso, vamos lembrar que se estamos tra-
tando apenas dela, a10=a5
Pois, devemos transformar o a2 em a1 e assim por
diante.
A5=a1+4r
A5=103-12
A5=31

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
de 2 algarismos distintos podemos formar? Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Per-
mutações. Como temos uma letra repetida, esse número
será menor.
Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos,
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada sub-
conjunto com i elementos é chamado combinação simples.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução
Observe que os números obtidos diferem entre si:
Pela ordem dos elementos: 56 e 65
Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo sim-
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2. Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados
Indica-se p a p, também é representado pelo número binomial .

Binomiais Complementares
Permutação Simples Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual- dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de
E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn.
Relação de Stifel

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução Triângulo de Pascal
A palavra tem 8 letras, portanto:

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n ob-
jetos, dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são
iguais a C etc.

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros


diferentes estão distribuídos em uma estante de vidro, con-
forme a figura abaixo:

Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da Considerando-se essa mesma forma de distribuição,
forma , com n∈N. Vamos desenvolver alguns bi- de quantas maneiras distintas esses livros podem ser orga-
nômios: nizados na estante?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

04. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação


– UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão
Observe que os coeficientes dos termos formam o viajar 4 passageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa
triângulo de Pascal. que indica de quantas maneiras distintas os 4 passageiros
podem ocupar os assentos do carro.
(A) 13.
(B) 26.
(C) 17.
(D) 20.
(E) 24.

Questões 05. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –


UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da inter-
01. (UFES - Assistente em Administração – net é formada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanu-
UFES/2017) Uma determinada família é composta por pai, mérica. André tem algumas informações sobre os números
por mãe e por seis filhos. Eles possuem um automóvel de e letras que a compõem conforme a figura.
oito lugares, sendo que dois lugares estão em dois ban-
cos dianteiros, um do motorista e o outro do carona, e os
demais lugares em dois bancos traseiros. Eles viajarão no
automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão um
dos dois bancos dianteiros. O número de maneiras de dis-
por os membros da família nos lugares do automóvel é
igual a:
Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e
(A) 1440 também não se repetem os números ímpares, assinale a
(B) 1480 alternativa que indica o número máximo de possibilidades
(C) 1520 que existem para a composição da senha.
(D) 1560 (A) 3125.
(E) 1600 (B) 1200.
(C) 1600.
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) To- (D) 1500.
mando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos números (E) 625.
pares de 4 algarismos distintos podem ser formados?
06. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSUF-
(A) 120. GO/2017) Uma empresa de limpeza conta com dez faxi-
(B) 210. neiras em seu quadro. Para atender três eventos em dias
(C) 360. diferentes, a empresa deve formar três equipes distintas,
(D) 630. com seis faxineiras em cada uma delas. De quantas manei-
(E) 840. ras a empresa pode montar essas equipes?

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) 210 04. Resposta: E.


(B) 630 P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
(C) 15.120
(D) 9.129.120 05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
07. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/ Números ímpares: 1,3,5,7,9
IAUPE – 2017) No carro de João, tem vaga apenas para
3 dos seus 8 colegas. De quantas formas diferentes, João
pode escolher os colegas aos quais dá carona?
(A) 56
(B) 84
(C) 126 5⋅5⋅4⋅4⋅3=1200
(D) 210
(E) 120 06. Resposta: D.

08. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/


IAUPE – 2017) Num grupo de 15 homens e 9 mulheres,
quantos são os modos diferentes de formar uma comissão Como para os três dias têm que ser diferentes:
composta por 2 homens e 3 mulheres? __ __ __
(A) 4725 210⋅209⋅208=9129120
(B) 12600
(C) 3780 07. Resposta: A.
(D) 13600
(E) 8820

09. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Um


torneio de futebol de várzea reunirá 50 equipes e cada
equipe jogará apenas uma vez com cada uma das outras. 08. Resposta: E.
Esse torneio terá a seguinte quantidade de jogos:
(A) 320.
(B) 460.
(C) 620.
(D) 1.225.
(E) 2.450.

10. (IFAP – Engenheiro de Segurança do Trabalho 09. Resposta: D.


– FUNIVERSA/2016) Considerando-se que uma sala de
aula tenha trinta alunos, incluindo Roberto e Tatiana, e que
a comissão para organizar a festa de formatura deva ser
composta por cinco desses alunos, incluindo Roberto e Ta-
tiana, a quantidade de maneiras distintas de se formar essa 10. Resposta: D.
comissão será igual a:
(A) 3.272. Roberto Tatiana __ ___ ___
(B) 3.274.
(C) 3.276. São 30 alunos, mas vamos tirar Roberto e Tatiana que
(D) 3.278. terão que fazer parte da comissão.
(E) 3.280. 30-2=28

Respostas

01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

Espaço Amostral Note que


Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face volta- Exemplo
da para cima, tem-se: Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas
E={1,2,3,4,5,6} coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retira-
No lançamento de uma moeda, observando a face vol- da uma bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter
tada para cima: sido retirada uma bola que não seja vermelha.
E={Ca,Co}
Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que são complementares.
E={1,2,3,4,5,6}
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}:
Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.

Exemplo Adição de probabilidades


Considere o seguinte experimento: registrar as faces Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E,
voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda. finito e não vazio. Tem-se:

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


b) Descreva o espaço amostral. Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de
Solução se obter um número par ou menor que 5, na face superior?
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lan-
çamento, há duas possibilidades. Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
2x2x2=8 Sejam os eventos
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(- A={2,4,6} n(A)=3
C,R,R),(R,R,R)} B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

Eventos Simultâneos 06. (PREF. DE PIRAUBA/MG – Assistente Social –


Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa- MSCONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma
ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: das 3 crianças de um grupo soletrar, individualmente, a pa-
lavra PIRAÚBA de forma correta é 70%. Qual a probabili-
dade das três crianças soletrarem essa palavra de maneira
errada?
Questões (A) 2,7%
(B) 9%
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Em (C) 30%
cada um de dois dados cúbicos idênticos, as faces são nu- (D) 35,7%
meradas de 1 a 6. Lançando os dois dados simultaneamen-
te, cuja ocorrência de cada face é igualmente provável, a 07. (UFTM – Tecnólogo – UFTM/2016) Lançam-se si-
probabilidade de que o produto dos números obtidos seja multaneamente dois dados não viciados, a probabilidade
um número ímpar é de:
de que a soma dos resultados obtidos seja nove é:
(A) 1/4.
(A) 1/36
(B) 1/3.
(B) 2/36
(C) 1/2.
(D) 2/3. (C) 3/36
(E) 3/4. (D) 4/36

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
tas mulheres foram à excursão? casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20 ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24 ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28 tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32 dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE- (A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores
A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca-
tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam
(A) 1/2;
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um
entrevistado que pratique apenas caminhada? (B) 3/7;
(A) 7/20 (C) 4/7;
(B) 1/2 (D) 7/15;
(C)1/4 (E) 8/15.
(D) 3/20
(E) 1/5 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- cara e ao menos uma coroa é:
das de 1 a 40, é: (A) 0,66.
(A) 0,2 (B) 0,75.
(B) 0,4 (C) 0,80.
(C) 0,6 (D) 0,98.
(D) 0,7 (E) 0,50.
(E) 0,8

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas 09. Resposta: D.


Temos duas possibilidades
01. Resposta: A. As bolas serem par/par ou ímpar/par
Para o produto ser ímpar, a única possibilidade, é que Ser par/par:
os dois dados tenham ímpar:
Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14

02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es- Ímpar/par:
colher uma mulher é de 7/12
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15

12x=336
X=28
A probabilida de é par/par OU ímpar/par
03. Resposta: C.
P=6x6=36
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6 10. Resposta: B.
6+4
São seis possibilidades:
6+5
Cara, coroa, cara
6+6

Cara, coroa, coroa


04. Resposta: A.
Praticam apenas corrida: 80-30=50
Apenas caminhada:x
X+50+30+50=200
70
P=70/200=7/20 Cara, cara, coroa

05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2
Coroa, cara, cara
06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%
Coroa, coroa, cara
07. Resposta: D. Coroa, cara, coroa
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4

P=4/36

08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
dinheiro está em 1.
1/4=0,25

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

A Relação de inclusão possui 3 propriedades:


OPERAÇÕES COM CONJUNTO Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}
Representação
-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina,
2, 3, 4, 5} boca aberta para o maior conjunto.
-Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando es-
ses elementos temos: Subconjunto
B={3,4,5,6,7} O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de
- por meio de diagrama: A é também elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|x é par}

Operações

União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro
formado pelos elementos que pertencem pelo menos um
dos conjuntos a que chamamos conjunto união e represen-
tamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x∈A ou x B}
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}

Quando um conjunto não possuir elementos chama-se


de conjunto vazio: S=∅ ou S={ }.

Igualdade
Interseção
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
exatamente os mesmos elementos. Em símbolo: pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é
representada por : A∩B.
Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e x∈B}

Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisa-


mos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}
Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Relação de Pertinência

Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação


que o elemento pertence (∈) ou não pertence (∉) Exemplo:
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5} A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
0∈A A∩B={d,e}
2∉A
Diferença
Relações de Inclusão Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que
Relacionam um conjunto com outro conjunto. a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido), definido por:
⊃(contém), (não contém) A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o
complementar de B em relação a A.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

A este conjunto pertencem os elementos de A que não mens que são altos e não são barbados nem carecas. Sa-
pertencem a B. be-se que existem 5 homens que são barbados e não são
altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens que são
A\B = {x : x∈A e x∉B}. carecas e não são altos e nem barbados. Dentre todos es-
ses homens, o número de barbados que não são altos, mas
são carecas é igual a
(A) 4.
(B) 7.
(C) 13.
(D) 5.
(E) 8.

B-A = {x : x∈B e x∉A}. Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre come-


çamos pela interseção dos 3, depois interseção a cada 2 e
por fim, cada um

Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Então os elementos de A – B serão os elementos do
conjunto A menos os elementos que pertencerem ao con-
junto B.
Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.

Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto for-
mado pelos elementos do conjunto universo que não per-
tencem a A.

Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas


homens carecas e altos.
Homens altos e barbados são 6

Fórmulas da união
n(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
n(A ∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)
-n(A∩C)-n(B C)

Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés


de fazer todo o diagrama, se colocarmos nessa fórmula,
o resultado é mais rápido, o que na prova de concurso é
interessante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você en-
tender melhor e perceber que, dependendo do exercício é
melhor fazer de uma forma ou outra.

(MANAUSPREV – Analista Previdenciário –


FCC/2015) Em um grupo de 32 homens, 18 são altos, 22
são barbados e 16 são carecas. Homens altos e barbados
que não são carecas são seis. Todos homens altos que são Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e
carecas, são também barbados. Sabe-se que existem 5 ho- não são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens
que são carecas e não são altos e nem barbados

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

Então o número de barbados que não são altos, mas


são carecas são 4.
Nesse exercício ficará difícil se pensarmos na fórmula,
ficou grande devido as explicações, mas se você fizer tudo
no mesmo diagrama, mas seguindo os passos, o resultado
sairá fácil.

(SEGPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA/2015)


Suponha que, dos 250 candidatos selecionados ao cargo
de perito criminal:

1) 80 sejam formados em Física;


2) 90 sejam formados em Biologia;
3) 55 sejam formados em Química;
4) 32 sejam formados em Biologia e Física;
5) 23 sejam formados em Química e Física;
6) 16 sejam formados em Biologia e Química;
Sabemos que 18 são altos 7) 8 sejam formados em Física, em Química e em Bio-
logia.

Considerando essa situação, assinale a alternativa cor-


reta.

(A) Mais de 80 dos candidatos selecionados não são


físicos nem biólogos nem químicos.
(B) Mais de 40 dos candidatos selecionados são forma-
dos apenas em Física.
(C) Menos de 20 dos candidatos selecionados são for-
mados apenas em Física e em Biologia.
(D) Mais de 30 dos candidatos selecionados são forma-
dos apenas em Química.
(E) Escolhendo-se ao acaso um dos candidatos selecio-
nados, a probabilidade de ele ter apenas as duas forma-
ções, Física e Química, é inferior a 0,05.
Quando somarmos 5+x+6=18
X=18-11=7 Resolução
Carecas são 16
A nossa primeira conta, deve ser achar o número de
candidatos que não são físicos, biólogos e nem químicos.
n(F ∪B∪Q)=n(F)+n(B)+n(Q)+n(F∩B∩Q)-n(F∩B)-n(F∩-
Q)-n(B∩Q)
n(F ∪B∪Q)=80+90+55+8-32-23-16=162
Temos um total de 250 candidatos
250-162=88

Resposta: A.

7+y+5=16
Y=16-12
Y=4

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

Questões 05. (SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária –


MSCONCURSOS/2017) Numa sala de 45 alunos, foi feita
01. (CRF/MT - Agente Administrativo – QUA- uma votação para escolher a cor da camiseta de formatura.
DRIX/2017) Num grupo de 150 jovens, 32 gostam de mú- Dentre eles, 30 votaram na cor preta, 21 votaram na cor
sica, esporte e leitura; 48 gostam de música e esporte; 60 cinza e 8 não votaram em nenhuma delas, uma vez que não
gostam de música e leitura; 44 gostam de esporte e leitu- farão as camisetas. Quantos alunos votaram nas duas cores?
(A) 6
ra; 12 gostam somente de música; 18 gostam somente de
(B) 10
esporte; e 10 gostam somente de leitura. Ao escolher ao
(C) 14
acaso um desses jovens, qual é a probabilidade de ele não (D) 18
gostar de nenhuma dessas atividades?
06. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
(A) 1/75 sor – FGV/2017) Na assembleia de um condomínio, duas
(B) 39/75 questões independentes foram colocadas em votação para
(C) 11/75 aprovação. Dos 200 condôminos presentes, 125 votaram a
(D) 40/75 favor da primeira questão, 110 votaram a favor da segunda
(E) 76/75 questão e 45 votaram contra as duas questões.

02. (CRMV/SC – Recepcionista – IESES/2017) Sabe- Não houve votos em branco ou anulados.
se que 17% dos moradores de um condomínio tem gatos,
22% tem cachorros e 8% tem ambos (gatos e cachorros). O número de condôminos que votaram a favor das
duas questões foi:
Qual é o percentual de condôminos que não tem nem ga-
(A) 80;
tos e nem cachorros? (B) 75;
(C) 70;
(A) 53 (D) 65;
(B) 69 (E) 60.
(C) 72
(D) 47 07. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
FCM/2017) Em meio a uma crescente evolução da taxa de
03. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017) obesidade infantil, um estudioso fez uma pesquisa com um
Em uma pesquisa sobre a preferência entre dois candida- grupo de 1000 crianças para entender o comportamento
tos, 48 pessoas votariam no candidato A, 63 votariam no das mesmas em relação à prática de atividades físicas e aos
candidato B, 24 pessoas votariam nos dois; e, 30 pessoas hábitos alimentares.
não votariam nesses dois candidatos. Se todas as pessoas Ao final desse estudo, concluiu-se que apenas 200
crianças praticavam alguma atividade física de forma regu-
responderam uma única vez, então o total de pessoas en-
lar, como natação, futebol, entre outras, e apenas 400 crian-
trevistadas foi: ças tinham uma alimentação adequada. Além disso, apenas
100 delas praticavam atividade física e tinham uma alimen-
(A) 141. tação adequada ao mesmo tempo.
(B) 117. Considerando essas informações, a probabilidade de
(C) 87. encontrar nesse grupo uma criança que não tenha alimen-
(D) 105. tação adequada nem pratique atividade física de forma re-
(E) 112. gular é de:
(A) 30%.
04. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário – INSTITU- (B) 40%.
TO AOCP/2017) Para realização de uma pesquisa sobre a (C) 50%.
preferência de algumas pessoas entre dois canais de TV, (D) 60%.
canal A e Canal B, os entrevistadores colheram as seguintes (E) 70%.
informações: 17 pessoas preferem o canal A, 13 pessoas
08. (TRF 2ª REGIÃO – Analista Judiciário – CONSUL-
assistem o canal B e 10 pessoas gostam dos canais A e
PLAN/2017) Uma papelaria fez uma pesquisa de mercado
B. Assinale a alternativa que apresenta o total de pessoas entre 500 de seus clientes. Nessa pesquisa encontrou os se-
entrevistadas. guintes resultados:

(A) 20 • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que


(B) 23 cursam o Ensino Médio;
(C) 27 • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que
(D) 30 cursam o Ensino Fundamental II;
(E) 40 • 190 clientes compraram materiais para seus filhos
que cursam o Ensino Fundamental I;

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

• 20 clientes compraram materiais para seus filhos que Respostas


cursam o Ensino Médio e Fundamental I;
• 40 clientes compraram materiais para seus filhos que 01. Resposta: C.
cursam o Ensino Médio e Fundamental II;
• 30 clientes compraram materiais para seus filhos que
cursam o Ensino Fundamental I e II; e,
• 10 clientes compraram materiais para seus filhos que
cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II.
Quantos clientes da papelaria compraram materiais,
mas os filhos NÃO cursam nem o Ensino Médio e nem o
Ensino Fundamental I e II?

(A) 50.
(B) 55.
(C) 60.
(D) 65.

09. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde Suple-


mentar – FUNCAB/2016) Foram visitadas algumas resi-
dências de uma rua e em todas foram encontrados pelo
menos um criadouro com larvas do mosquito Aedes ae- 32+10+12+18+16+28+12+x=150
gypti. Os criadouros encontrados foram listados na tabela X=22 que não gostam de nenhuma dessas atividades
a seguir: P=22/150=11/75

P. pratinhos com água embaixo de vasos de planta. 02. Resposta: B.


R. ralos entupidos com água acumulada.
K. caixas de água destampadas

Número de criadouros
P 103
R 124
K 98
PeR 47
PeK 43
ReK 60
P, R e K 25
9+8+14+x=100
De acordo com a tabela, o número de residências vi- X=100-31
sitadas foi: X=69%
(A) 200.
(B) 150. 03. Resposta: B.
(C) 325.
(D) 500.
(E) 455.

10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Na


zona rural de um município, 50% dos agricultores cultivam
soja; 30%, arroz; 40%, milho; e 10% não cultivam nenhum
desses grãos. Os agricultores que produzem milho não cul-
tivam arroz e 15% deles cultivam milho e soja.
Considerando essa situação, julgue o item que se se-
gue.
Em exatamente 30% das propriedades, cultiva-se ape-
nas milho.
( )Certo ( )Errado 24+24+39+30=117

41
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. Resposta: A. 10. Resposta: errado


N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
N(A∪B)=17+13-10=20

05. Resposta: C.
Como 8 não votaram, tiramos do total: 45-8=37
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
37=30+21- n(A∩B)
n(A∩B)=14

06. Resposta: A.
N(A ∪B)==200-45=155
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
155=125+110- n(A∩B)
n(A∩B)=80

07. Resposta: C.
Sendo x o número de crianças que não praticam ativi-
dade física e tem uma alimentação adequada
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
1000-x=200+400-100
X=500 O número de pacientes que apresentaram pelo menos
P=500/1000=0,5=50% dois desses sintomas é:
Pois pode ter 2 sintomas ou três.
08. Resposta:A. 6+14+26+32=78
Sendo A=ensino médio
B fundamental I
C=fundamental II
X=quem comprou material e os filhos não cursam en-
sino médio e nem ensino fundamental RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO
n(A∪B∪C) =n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B) PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
-n(A∩C)-n(B∩C) GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
500-x=160+190+180+10-20-40-30
X=50

09. Resposta: A. Números Naturais


Os números naturais são o modelo mate-
mático necessário para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais.

- Todo número natural dado tem um sucessor


a) O sucessor de 0 é 1.
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20.

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um


antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
de zero.
38+20+42+18+25+22+35=200 residências a) O antecessor do número m é m-1.
Ou fazer direto pela tabela: b) O antecessor de 2 é 1.
P+R+K+(P∩R∩K)-( P∩R)- (R∩K)-(P∩K) c) O antecessor de 56 é 55.
103+124+98+25-60-43-47=200 d) O antecessor de 10 é 9.

42
RACIOCÍNIO LÓGICO

Expressões Numéricas 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o núme-


Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- ro decimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro


operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
Exemplo 1 gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
10 + 12 – 6 + 7 ser número racional.
22 – 6 + 7 OBS: período da dízima são os números que se repe-
16 + 7 tem, se não repetir não é dízima periódica, e sim números
23 irracionais, que trataremos mais a frente.

Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25 Representação Fracionária dos Números Decimais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar
Números Inteiros com o denominador seguido de zeros.
 Podemos dizer que este conjunto é composto pelos O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
números naturais, o conjunto dos opostos dos números um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:

Z-{...,-3,-2,-1,0,1,2,3...}
Subconjuntos do conjunto  :
1)Z*={...-3,-2,-1, 1, 1, 2, 3...}
2) Z+={0,1,2,3,...}
3) Z-={...,-3,-2,-1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
quaisquer, com b≠0 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-
São exemplos de números racionais: tão como podemos transformar em fração?
-12/51 Exemplo 1
-3 Transforme a dízima 0, 333... em fração.
-(-3) Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
-2,333... ma dada de x, ou seja
X=0,333...
As dízimas periódicas podem ser representadas por Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
fração, portanto são consideradas números racionais. mos por 10.
Como representar esses números? 10x=3,333...
E então subtraímos:
Representação Decimal das Frações 10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em X=3/9
decimais X=1/3

43
RACIOCÍNIO LÓGICO

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de Representação na reta


período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99 INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
Números Irracionais iguais a e menores do que b ou iguais a b.
Identificação de números irracionais
- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra- Intervalo:[a,b]
cionais. Conjunto: {x∈R|a≤x≤b}
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra- Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
cional é sempre um número irracional. nores que b.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.
Intervalo:]a,b[
Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional. Conjunto:{x∈R|a<x<b}
- O quociente de dois números irracionais, pode ser
um número racional. Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
que a ou iguais a a e menores do que b.
Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
número racional.

Exemplo:  .  =  = 7 é um número racional. Intervalo:{a,b[


Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú- Intervalo fechado à direita – números reais maiores
mero natural, se não inteira, é irracional. que a e menores ou iguais a b.

Números Reais

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números


reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Fonte: www.estudokids.com.br

44
RACIOCÍNIO LÓGICO

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
reais menores que b par, resulta em um número negativo.
.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
maiores ou iguais a a. base. 

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


maiores que a. 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Potenciação Propriedades
Multiplicação de fatores iguais 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
2³=2.2.2=8 mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Casos Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1. (2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma


base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio Exemplos:


número. 96 : 92 = 96-2 = 94

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multi-


plica-se os expoentes.
Exemplos:
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, (52)3 = 52.3 = 56
resulta em um número positivo.

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-


dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes-
mo expoente.

(4.3)²=4².3²

45
RACIOCÍNIO LÓGICO

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente,


podemos elevar separados. De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:

a na
n =
b nb
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação O radical de índice inteiro e positivo de um quociente
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

Raiz quadrada números decimais

Técnica de Cálculo Operações


A determinação da raiz quadrada de um número torna-
se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja: 

Operações

Multiplicação

Exemplo

Divisão
64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-


se” um e multiplica.

Exemplo

1 1 1
Observe: 3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

Adição e subtração
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:

n
a.b = n a .n b Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.

O radical de índice inteiro e positivo de um produto


indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

Raiz quadrada de frações ordinárias


1 1
2  2 2 22 2
=  = 1 =
Observe: 3 3 3
32

46
RACIOCÍNIO LÓGICO

Caso tenha: (A) José


(B) Isabella
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária -
Racionalização de Denominadores MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
Normalmente não se apresentam números irracionais (A) 0,2222...
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli- (B) 0,6666...
minação dos radicais do denominador chama-se racionali- (C) 0,1616...
zação do denominador. (D) 0,8888...
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é:
(A) 131.
(B) 121.
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. (C) 120.
(D) 110.
(E) 101.

05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres-


Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife- sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem
rença de quadrados no denominador: um padrão específico:

1ª expressão: 1 x 9 + 2

2ª expressão: 12 x 9 + 3
Questões
3ª expressão: 123 x 9 + 4
01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível
Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há ...
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio. 7ª expressão: █ x 9 + ▲

Sabe-se que: Seguindo esse padrão e colocando os números ade-


quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
• dentre os candidatos, 82 são homens; expressão será
• o número de candidatos homens de nível superior é (A) 1 111 111.
igual ao de mulheres de nível médio; (B) 11 111.
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
(C) 1 111.
lheres.
(D) 111 111.
(E) 11 111 111.
O número de candidatos homens de nível médio é:
(A) 42.
(B) 45. 06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um
(C) 48. treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio
(D) 50. comercial informou que, nos cinquenta anos de existência
(E) 52. do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun-
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas,
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, enquanto as demais situações haviam sido geradas por di-
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga- ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco
nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final. geradas por displicência,
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade-
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez quadamente;
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás; e
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi: − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.

47
RACIOCÍNIO LÓGICO

De acordo com esses dados, ao longo da existência 02. Resposta: D.


desse prédio comercial, a fração do total de situações de Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor- vencedor.
responde à
(A) 3/20. 03. Resposta: B.
(B) 1/4. Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
(C) 13/60. X=0,4444....
(D) 1/5. 10x=4,444...
(E) 1/60. 9x=4

07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técnico


I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a al-
ternativa que apresenta o valor da expressão

(A) 1.
(B) 2.
(C) 4.
(D) 8. 04. Resposta: A.
(E) 16. Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 11x11=121+10=131
GO/2017) Qual o resultado de ?
05. Resposta: E.
(A) 3 A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
(B) 3/2
(C) 5 06. Resposta: D.
(D) 5/2

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


Gerado por descuidos ao cozinhar:
sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .

Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:


(A) 1;
(B) 2;
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-
(C) 3;
(D) 4; 1/13)
(E) 6.

10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de 07.Resposta: C.
homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
dessa equipe saíram para um atendimento externo.

Desses que foram para o atendimento externo, a fração


de mulheres é

(A) 3/4;
(B) 8/9;
(C) 5/7; 08. Resposta: D.
(D) 8/13;
(E) 9/17.
Respostas

01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres 09. Resposta: C.
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 2-2(1-2N)=12
são de nível médio. 2-2+4N=12
Portanto, há 37 homens de nível superior. 4N=12
82-37=45 homens de nível médio. N=3

48
RACIOCÍNIO LÓGICO

10. Resposta: E. Ângulo Raso:


Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Dos homens que saíram:

Saíram no total

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas
semirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome
de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
que 90º.

49
RACIOCÍNIO LÓGICO

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér- Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.
tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.
Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do


triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto.

Classificação
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso.
Quanto aos lados
Triângulo escaleno:três lados desiguais.

50
RACIOCÍNIO LÓGICO

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos Polígono


Chama-se polígono a união de segmentos que são
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me- chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao mados vértices do polígono.
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:

- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero que tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polí-
- Observações: gono convexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
- No retângulo e no quadrado as diagonais são con- mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
gruentes (iguais) medidas dos ângulos internos do polígono é igual a soma
- No losango e no quadrado as diagonais são per- das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse-
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h

4- Losango: , onde D é a medida da diagonal


maior e d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

51
RACIOCÍNIO LÓGICO

Ângulos Externos Casos de Semelhança


1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

Exemplo

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

52
RACIOCÍNIO LÓGICO

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos
Temos: são:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:
Fórmulas Trigonométricas
1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da
Relação Fundamental hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

53
RACIOCÍNIO LÓGICO

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-


tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são deno-
minadas retas reversas. Questões
Retas Coplanares 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previden-
ciários- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD,
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum com 40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividi-
do em três lotes, conforme mostra a figura.

-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é


864 m², o perímetro do lote 2 é
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m.
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. (E) 120 m.

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)


Considere um triângulo retângulo de catetos medindo
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá
como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são (D) 5 e 6.
coincidentes. (E) 6 e 10.

54
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, encontra-se representada uma cinta estica-
da passando em torno de três discos de mesmo diâmetro
e tangentes entre si.

A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é

(A) 25√5.
(B) 50√2.
(C) 50√5.
Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o (D) 100√2 .
comprimento da cinta acima representada é (E) 100√5.

(A) 8/3 π + 8 . 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


(B) 8/3 π + 24. - MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a
(C) 8π + 8 . seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma
(D) 8π + 24. cidade. Qual é a área dessa praça?
(E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.

(A) 120 m²
(B) 90 m²
(C) 60 m²
(D) 30 m²

07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em cen-
tímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato
retangular, no qual se destaca a região retangular R, onde
x > y.

A área da região sombreada, da figura acima apresen-


tada, é

(A) 100 - 5π .
(B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
(D) 100 - 20π .
(E) 100 - 25π .

05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  No


cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
e HG, gerando o quadrilátero BCQP. 

55
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é,
correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual em metros, igual a
a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros, (A) 54.
dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são, (B) 48.
respectivamente, (C) 36.
(D) 40.
(A) 80 e 64. (E) 42.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80. Respostas
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78. 01. Resposta: D.

08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 20.
(B) 21.
(C) 24.
(D) 27.
(E) 30.

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é: 96h=1728
(A) 240; H=18
(B) 256;
(C) 324; Como I é um triângulo:
(D) 330; 60-36=24
(E) 372. X²=24²+18²
X²=576+324
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU- X²=900
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão X=30
indicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas Como h=18 e AD é 40, EG=22
com formato de triângulos retângulos, situadas em uma Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116
praça e destinadas a atividades de recreação infantil para
faixas etárias distintas. 02. Resposta: B.

56
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
Lado=3√2 289=x²+64
Outro lado =5√2 X²=225
X=15
03. Resposta: D.
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente
a mesma medida da parte reta da cinta. 07. Resposta: A.
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo. 5y=320
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Y=64
Portanto, a cinta tem 8π+24

04. Resposta: E.
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.
5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria

O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


ponto Médio
09. Resposta: C.
X²=5²+5² Número de estacas: x
X²=25+25 X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
X²=50 do duas vezes o canto
X=5√2 6x=30
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, X=5
temos 2 círculos inteiros.
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
A área de um círculo é
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²

A sombreada=100-25π 10. Resposta: B.

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5⋅10=50√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:

57
RACIOCÍNIO LÓGICO

Volume

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
Y²=16²+12² um ponto V que não pertence ao plano.
Y²=256+144=400 A figura geométrica formada pela reunião de todos os
Y=20 segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Perímetro: 16+12+20=48 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.

Classificação

-Reto:eixo VO perpendicular à base;


Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área
Área da base: Sb=πr²

58
RACIOCÍNIO LÓGICO

Área Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
Área lateral: polígono R e no plano β.

Área da base:

Área total:

Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
Área e Volume faces paralelas.

Área lateral: Classificação


Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares
Onde n= quantidade de lados às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Classificação pelo polígono da base

-Triangular

59
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Quadrangular Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³

Demais:

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
(B) 1/2h.
(C) 2/3h.
(D) 2h.
E assim por diante... (E) 3h.

Paralelepípedos 02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –


Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de
nam-se paralelepípedos. óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al-
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura.

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces


quadradas.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar


em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
Prisma Regular tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu- volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
lares, o prisma é dito regular. mentado em
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) (A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
Área (C) 4 m³ .
Área cubo: (D) 5 m³ .
Área paralelepípedo: (E) 6 m³ .
A área de um prisma:
Onde: St=área total 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
Sb=área da base NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late- de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
rais. ma de paralelepípedo reto retângulo.

60
RACIOCÍNIO LÓGICO

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e
25 cm de altura, está com 20% de seu volume total preen-
chido com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de
escala)

Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-


me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500. Para completar o volume total desse recipiente, serão
(E) 9000. despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- rios para completar o volume total do prisma será:
GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de (A) 8 copos
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: (B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU-


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.

Estando o referido aquário completamente cheio, a sua


capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér-
NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é
madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com dado por
formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti- (A) a³/6
vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC. (B) a³/3
(C) a³/3√3
(D) a³/6√6

09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)


De um reservatório com formato de paralelepípedo reto re-
tângulo, totalmente cheio, foram retirados 3 m³ de água.
Após a retirada, o nível da água restante no reservatório fi-
cou com altura igual a 1 m, conforme mostra a figura.

Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do


bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
(A) 15,5.
(B) 11.
(C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

61
RACIOCÍNIO LÓGICO

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8. 180h=2250
(B) 1,75. H=12,5
(C) 1,7.
(D) 1,65.
(E) 1,6. 07. Resposta: C.

10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- V=10⋅10⋅25=2500 cm³


CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto, 2500⋅0,2=500cm³ preenchidos.
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um Para terminar de completar o volume:
cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone 2500-500=2000 cm³
é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é: 2000/200=10 copos
(A) 9 cm
(B) 30 cm
(C) 60 cm 08. Resposta: A.
(D) 90 cm A base é um triângulo de base a e altura a

Respostas

01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
02. Resposta: D Como foi retirado 3m³
V= πr²h 5+3=2,5⋅2⋅h
V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml 8=5h
H=1,6m
03. Resposta:E.
V=2⋅3⋅x=6x
Aumentando 1 na largura 10. Resposta: D.
V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6 Cone
Portanto, o volume aumentou em 6.

04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000
Cilindro
05. Resposta: C. V=Ab⋅h
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros V=πr²h
Como o volume do cone é 30% maior:
06. Resposta:C. 117πr²=1,3 πr²h
VA=125cm³ H=117/1,3=90
VB=1000cm³

62
RACIOCÍNIO LÓGICO

(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala


PORCENTAGEM de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
o menor valor possível para x é igual a
(A) 8.
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, (B) 15.
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que (C) 10.
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, (D) 6.
em máquinas de calcular, etc. (E) 12.
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
que ajuda muito na resolução do exercício. Resolução
45------100%
Acréscimo X-------60%
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter- X=27
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi- O menor número de meninas possíveis para ter gripe
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim meninas estão.
por diante. Veja a tabela abaixo:
Fator de
Acréscimo ou Lucro
Multiplicação
10% 1,10 Resposta: C.
15% 1,15
20% 1,20 Questões
47% 1,47
67% 1,67 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
  - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
    Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te- custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
mos:  com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
Desconto pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
cação será: (A) R$1120,00
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na for- (B) R$1056,00
ma decimal) (C) R$960,00
Veja a tabela abaixo: (D) R$864,00
Fator de
Desconto 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe
Multiplicação
10% 0,90 de segurança de um Tribunal conseguia resolver mensal-
25% 0,75 mente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimô-
34% 0,66 nio nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos
60% 0,40 e os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
90% 0,10 reestruturação dos procedimentos de segurança, a mesma
equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:  mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
Chamamos de lucro em uma transação comercial de ao dano ao patrimônio em
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o (A) 35%.
preço de custo. (B) 28%.
Lucro=preço de venda -preço de custo (C) 63%.
(D) 41%.
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem (E) 80%.
de duas formas:
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam

63
RACIOCÍNIO LÓGICO

ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (A) R$ 4,20.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada (B) R$ 5,46.
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um (C) R$ 10,70.
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam (D) R$ 12,60.
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, (E) R$ 18,00.
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
diram fazer a partilha do seguinte modo: 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
valor total da herança. (A) R$ 120,00 reais
(B) R$ 112,50 reais
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas (C) R$ 127,50 reais
(D) R$ 97,50 reais
avaliações.
(E) R$ 90 reais
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
herança toda ou mais. de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
joias foi a seguinte: te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
2018 é, em milhões de reais, igual a
(A) 200.
(B) 203.
(C) 195.
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari- (D) 190.
ce recebessem, respectivamente, (E) 198.
(A) o bracelete, os brincos e o colar.
(B) os brincos, o colar e o bracelete. 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
(C) o colar, o bracelete e os brincos. DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
(D) o bracelete, o colar e os brincos. Preço:
(E) o colar, os brincos e o bracelete. Aproveite a Promoção!
Forno Micro-ondas
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação De R$ 720,00
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas Por apenas R$ 504,00
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e Nessa oferta, o desconto é de:
passou a ser 3/ 4 da largura original. (A) 70%.
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo (B) 50%.
(C) 30%.
original, a área do novo retângulo:
(D) 10%.
(A) foi aumentada em 50%.
(B) foi reduzida em 50%.
09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
(C) aumentou em 25%.
dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
(D) diminuiu 25%. 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
(E) foi reduzida a 15%. no preço dessa caixa de bombom foi de:
(A) 30%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (B) 25%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma (C) 20%.
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- (D) 15%
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
ções, qual será o lucro obtido por unidade? 12 tanques menores, idênticos e cheios.

64
RACIOCÍNIO LÓGICO

Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
maior do que a sua capacidade original, o grande tanque 380----95
seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de x----100
(A) 4 tanques menores x=400 milhões
(B) 6 tanques menores
(C) 7 tanques menores Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
(D) 8 tanques menores 780/4trimestres=195 milhões
(E) 10 tanques menores

Respostas 08. Resposta: C.

01. Resposta:B.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
1600⋅0,6=960 30%.
Como vai pagar 10% a mais:
960⋅1,1=1056 OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.

02. Resposta: E.
63/35=1,80 09. Resposta: B.
Portanto teve um aumento de 80%. 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
8,6x=10,75-8,6
03. Resposta: D. 8,6x=2,15
Clarice obviamente recebeu o brinco. X=0,25=25%
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
acima de 30% e André recebeu o bracelete.
10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
04. Resposta: B. Quantidade de tanque: x
A=b⋅h A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
ques
1,5x=12
X=8
Portanto foi reduzida em 50%

05. Resposta: D.
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
valor:
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
42⋅1,3=54,60
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60

06. Resposta: D.
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
150⋅0,65=97,50

07. Resposta: C.
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
previsão de
180-----90%
x---------100
x=200

65
RACIOCÍNIO LÓGICO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A probabilidade de sair um múltiplo de 8 é a probabi-


SOBRE: RACIOCÍNIO LÓGICO lidade de ocorrer o evento B ={8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64;
72; 80; 88; 96}.
01. (Banco do Brasil - Assistente Técnico-Adminis-
trativo - FCC/2014) Como: n(B) = 12 múltiplos de 8 entre 1 e 100 e n(S) =
Considere que há três formas de Ana ir para o tra- 100 números naturais, então, tem-se:
balho: de carro, de ônibus e de bicicleta. Em 20% das
vezes ela vai de carro, em 30% das vezes de ônibus e em
50% das vezes de bicicleta. Do total das idas de carro,
Ana chega atrasada em 15% delas, das idas de ônibus,
chega atrasada em 10% delas e, quando vai de bicicle-
ta, chega atrasada em 8% delas. Sabendo-se que um Sendo A = {3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39;
determinado dia Ana chegou atrasada ao trabalho, a 42; 45; 48; 51; 54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90;
probabilidade de ter ido de carro é igual a
93; 96; 99}, e B = {8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64; 72; 80; 88; 96},
A) 20%.
então AB será dado por: A∩B = {24, 48, 72, 96}
B) 40%.
C) 60%.
Portanto, a probabilidade de P (A∩B) será de:
D) 50%.
E) 30%.

Imagine que Ana vá ao trabalho 100 vezes. Como são


20% de carro, 30% de ônibus e 50% de bicicleta então temos:
20 idas de carro.
30 idas de ônibus
50 idas de bicicleta Onde n(A∩B) representa os 3 múltiplos simultâneos de
Das 20 idas de carro Ana chega atrasada em 15% das 3 e 8, compreendidos entre 1 e 100.
vezes (3 idas).
Das 30 idas de ônibus Ana chega atrasada em 10% das Então, P(A∩B)=P(A)+P(B)-P(A∩B) =
vezes (3 idas).
33 12 4 41
Das 50 idas de bicicleta Ana chega atrasada em 8% das + − = = 41%!
vezes (4 idas). 100 100 100 100
Assim, Ana chega atrasa da em 3+3+4 = 10 vezes.
Sabendo que Ana chegou atrasada a probabilidade de RESPOSTA: “A”.
ela ter ido de carro é:
P = 3/10 = 30% que é a divisão das idades de carro (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces-
atrasada pelo total de atrasos. pe/2014) Em geral, empresas públicas ou privadas uti-
lizam códigos para protocolar a entrada e a saída de
RESPOSTA: “E”. documentos e processos. Considere que se deseja gerar
códigos cujos caracteres pertençam ao conjunto das
02. (Ministério da Fazenda - MI - Assistente Técni- 26 letras de um alfabeto, que possui apenas 5 vogais.
co administrativo - Cespe/UnB/2013) Sorteando-se um Com base nessas informações, julgue os itens que se
número de uma lista de 1 a 100, qual a probabilidade seguem.
de o número ser divisível por 3 ou por 8?
A) 41%
03. (TCU – Analista de controle externo - UNB/CES-
B) 44%
PE/2014) Se os protocolos de uma empresa devem con-
C) 42%
ter 4 letras, sendo permitida a repetição de caracteres,
D) 45%
E) 43% então podem ser gerados menos de 400.000 protocolos
A probabilidade de sair um número divisível por 3 (ou distintos.
múltiplo de 3) é a probabilidade de ocorrer o evento A = ( ) CERTA ( ) ERRADA
{3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39; 42; 45; 48; 51; Se os protocolos de uma empresa devem conter 4 le-
54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90; 93; 96; 99}. tras, sendo permitida a repetição de caracteres, então po-
Como: n(A) = 33 múltiplos de 3 entre 1 e 100 e n(S) = dem ser gerados menos de 400.000 protocolos distintos.
100 números naturais, então, tem-se: Para cada “casa” citada anteriormente, podemos locar
26 letras, pois e permitida a repetição das letras, formando,
assim:
26 x 26 x 26 x 26 = 456.976 códigos distintos

RESPOSTA: “ERRADA”.

66
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- 07. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
pe/2014) Se uma empresa decide não usar as 5 vogais A quantidade de maneiras distintas para se formar a câ-
em seus códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sen- mara de vereadores dessa cidade é igual a 30!/(9!×21!).
do permitida a repetição de caracteres, então e possível ( ) CERTA ( ) ERRADA
obter mais de 1000 códigos distintos.
( ) CERTA ( ) ERRADA Para a escolha dos 9 vereadores dos 30 candidatos, fa-
remos uma combinação simples dos 30 candidatos escolhi-
Se uma empresa decide não usar as 5 vogais em seus dos 9 a 9, pois aqui, a ordem de escolha não altera o agru-
códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo permitida pamento formado, já que, ao ser escolhidos, por exemplo,
a repetição de caracteres, então e possível obter mais de um agrupamento de 9 pessoas, essas mesmas pessoas não
1000 códigos distintos. poderão ser escolhidas novamente, mesmo em outra or-
Como não serão permitidas as vogais, então teremos dem.
21 letras para obtenção dos códigos.
Observação: será permitida a REPETIÇÃO das letras, ex- ! !! 30! 30!
cluindo as vogais. !! = = = !
!! ! − ! ! 9! 30 − 9 ! 9! 21!
21 letras (código formado por uma letra)=21 códigos
21 x 21 (código formado por duas letras)=441 códigos
RESPOSTA: “CERTA”.
21 x 21 x 21 = 9.261 códigos
Assim sendo, serão obtidos:
21 + 441 + 9.261 = 08. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Sabendo-se que um eleitor vota em apenas um candi-
RESPOSTA: “ERRADA”. dato a vereador, é correto afirmar que a quantidade de
maneiras distintas de um cidadão escolher um candida-
05. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- to é superior a 50.
pe/2014) O número total de códigos diferentes forma- ( ) CERTA ( ) ERRADA
dos por 3 letras distintas e superior a 15000.
( ) CERTA ( ) ERRADA Só existem 30 candidatos, logo não tem como haver 50
formas distintas de escolher um candidato.
O número total de códigos diferentes formados por 3
letras distintas e superior a 15000. RESPOSTA: “ERRADA”.
26x25x24=15600 códigos
09. (VALEC - Assistente Administrativo – FEM-
RESPOSTA: “CERTA”. PERJ/2012) Uma “capicua” é um número que escrito
de trás para a frente é igual ao número original. Por
(TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012) Nas exemplo: 232 e 1345431 são “capicuas”. A quantidade
eleições municipais de uma pequena cidade, 30 candi- de “capicuas” de sete algarismos que começam com o
datos disputam 9 vagas para a câmara de vereadores. algarismo 1 é igual a:
Na sessão de posse, os nove eleitos escolhem a mesa A) 400
diretora, que será composta por presidente, primeiro e B) 520
segundo secretários, sendo proibido a um mesmo par- C) 640
lamentar ocupar mais de um desses cargos. Acerca des- D) 1000
sa situação hipotética, julgue os itens seguintes. E) 1200
06. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Considerando-se os algarismos de 0 a 9 (0; 1; 2; 3; 4; 5;
A quantidade de maneiras distintas de se formar a mesa
6; 7; 8; 9), podemos formar a seguinte quantidade de “capi-
diretora da câmara municipal é superior a 500.
cuas” de sete algarismos, que inicia-se com o algarismo 1.
( ) CERTA ( ) ERRADA
Após serem escolhidos os 9 candidatos, esses forma- 1 x 10 x 10 x 10 x 1 x 1 x 1=10x10x10=1000 capicuas
rão a mesa diretora, que será composta por um presiden-
te, primeiro e segundo secretários, ou seja, por 3 desses RESPOSTA: “D”.
integrantes. A escolha será feita pelo arranjo simples de
9 pessoas escolhidas 3 a 3, já que a ordem dos elementos 10. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
escolhidos altera a formação da mesa diretora. PERJ/2012) Uma rodovia tem 320 km. A concessionária
da rodovia resolveu instalar painéis interativos a cada
!!! = 9.8.7 = 504!!"#$%&!!"#$"%$&#!!"!!"#$!!"!!"#$%&#'! 10 km, nos dois sentidos da rodovia. Em cada sentido,
o primeiro painel será instalado exatamente no início
da rodovia, e o último, exatamente ao final da rodo-
RESPOSTA: “CERTA”. via. Assim, a concessionária terá de instalar a seguinte
quantidade total de painéis:

67
RACIOCÍNIO LÓGICO

A) 32 3º ano: foram desmatados 10% da floresta remanes-


B) 64 cente (72%), logo, sobraram 72% – 10% de 72%.
C) 65 72% – 10% de 72%. = 72% – 7,2% = 64,8% de floresta
D) 66 não desmatada.
E) 72 Portanto, foram desmatados 100% – 64,8% = 35,2%
Tem-se a seguinte sequência numérica:
marco zero: 1º painel. RESPOSTA: “A”.
marco 10 km: 2º painel.
marco 20 km: 3º painel. 12. (BRDE – Analista de sistemas - AOCP/2012)
... Quantos subconjuntos podemos formar com 3 bolas
Marco 320 km : n-ésimo painel. azuis e 2 vermelhas, de um conjunto contendo 7 bolas
azuis e 5 vermelhas?
Obtendo-se a seguinte sequência numérica dada pela A) 250
progressão aritmética (PA): B) 5040
C) 210
!! = 0 D) 350
!"(0; !10; !20;!. . . ; !320) ! = 10 ! E) 270
!! = 320 Podemos interpretar esse enunciado da seguinte for-
ma: “de um conjunto de 7 bolas azuis e 5 bolas vermelhas,
Sendo a fórmula que define o termo geral de uma PA quantos agrupamentos de 3 bolas azuis e 2 bolas verme-
dada por an= a1+(n – 1).r, teremos: lhas podemos formar”?
Nesse caso tem-se uma combinação simples de 7 bo-

320 las azuis escolhidas 3 a 3 permutando-se com a combina-


ção simples de 5 bolas vermelhas escolhidas 2 a 2.
320=0+ !−1 .10→ =!−1→! =1+32=33! Lembramos que, formamos agrupamentos por com-
10 binação, quando a ordem dos elementos escolhidos não
altera o agrupamento formado. Por exemplo, um agru-
pamento formado pelas bolas vermelhas V1 V2 V3 será
n = 33 painéis, em apenas um dos sentidos da rodovia. idêntico a qualquer outro agrupamento formado por essas
Para o sentido inverso têm-se mais 33 painéis o que mesmas bolas, porém e outra ordem. Logo, a ordem desses
totaliza: elementos escolhidos não altera o próprio agrupamento.
33 + 33 = 66 painéis, ao todo.
76554
RESPOSTA: “D”. !!!.!!! = . . . . = 35.10 = 350!!"#$%!&'()*+!
32121
11. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
PERJ/2012) Num certo ano, 10% de uma floresta foram RESPOSTA: “D”.
desmatados. No ano seguinte, 20% da floresta rema- (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
nescente foi desmatada e, no ano seguinte, a floresta UnB/2013) Conta-se na mitologia grega que Hércules,
remanescente perdeu mais 10% de sua área. Assim, a em um acesso de loucura, matou sua família. Para ex-
floresta perdeu, nesse período, a seguinte porcenta- piar seu crime, foi enviado a presença do rei Euristeu,
gem de sua área original: que lhe apresentou uma serie de provas a serem cum-
A) 35,2% pridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de
B) 36,4% Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se: matar o
C) 37,4% leão de Neméia, capturar a corça de Cerinéia e captu-
D) 38,6% rar o javali de Erimanto. Considere que a Hércules seja
E) 40,0% dada a escolha de preparar uma lista colocando em or-
dem os doze trabalhos a serem executados, e que a es-
Considerando-se o total inicial da floresta, antes do 1º colha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além dis-
desmatamento, igual a 100% teremos, após os desmata- so, considere que somente um trabalho seja executado
mentos sucessivos, o seguinte percentual de floresta des- de cada vez. Com relação ao número de possíveis listas
matado: que Hércules poderia preparar, julgue os itens subse-
1º ano: foram desmatados 10% do total (100%), logo, quentes.
sobraram 90% de floresta não desmatada.
2º ano: foram desmatados 20% da floresta remanes- 13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
cente (90%), logo, sobraram 90% – 20% de 90%. UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que
90% – 20% de 90%. = 90% – 18% = 72% de floresta Hercules poderia preparar e superior a 12x10!
não desmatada. ( ) CERTA ( ) ERRADA

68
RACIOCÍNIO LÓGICO

O número máximo de possíveis listas que Hercules po- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
deria preparar e superior a 12x10!. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
“Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre- ainda sobram 10 posições a serem permutadas.
parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a Ou seja:
serem executados, e que a escolha dessa ordem seja total- 10 x 72 x 42 x 20 x 6
mente aleatória”. Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe-
Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12 rior e diferente de 72x42 x 20 x 6
tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
escolha ficara a critério de Hercules. RESPOSTA: “ERRADA”.
Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem da 16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
realização de suas tarefas, assim, o numero de possibilida- UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
des de Hercules começar e terminar suas tarefas será dada tendo os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “
pela permutação dessas tarefas. capturar o javali de Erimanto” nas ultimas duas posi-
12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente: ções, em qualquer ordem, e inferior a 6! x 8!.
12! = 12 x 11 x 10! ( ) CERTA ( ) ERRADA
Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
O número máximo de possíveis listas contendo os tra-
RESPOSTA: “ERRADA”. balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or-
14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ dem, e inferior a 6! x 8!.
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e
tendo o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira “capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e
posição é inferior a 240 x 990 x 56 x 30. lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre
( ) CERTA ( ) ERRADA si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram
10 posições a serem permutadas.
O número máximo de possíveis listas contendo o tra- 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x
balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é infe- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
rior a 240 x 990 x 56 x 30. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi-
posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas ções a serem permutadas.
demais casas: Ou seja:
x._._._._._._._._._._._=x.11! 90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8!
Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x
de Nemeia”. 1 = 720), logo o valor
Reagrupando os valores, temos: 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
24 x 990 x 56 x 30. TO.
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este
item ERRADO. RESPOSTA: “CERTA”.

RESPOSTA: “ERRADA”. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/


UnB/2013) Considere que em um escritório trabalham
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ 11 pessoas: 3 possuem nível superior, 6 tem o nível mé-
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- dio e 2 são de nível fundamental. Será formada, com
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na esses empregados, uma equipe de 4 elementos para
primeira posição e “ capturar o javali de Erimanto” na realizar um trabalho de pesquisa. Com base nessas in-
terceira posição e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. formações, julgue os itens seguintes, acerca dessa equi-
( ) CERTA ( ) ERRADA pe.

O número máximo de possíveis listas contendo os tra- 17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- empregados de nível médio e fundamental, então ela
rior a 72 x 42 x 20 x 6. poderá ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri- ( ) CERTA ( ) ERRADA
meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira
posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais Se essa equipe for formada somente com empregados
posições, assim, temos que: de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma-
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10 da de mais de 60 maneiras distintas.

69
RACIOCÍNIO LÓGICO

Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível mé- Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de
dio(M), e 2 são de nível fundamental(F) 40 maneiras distintas para a formação das equipes.

Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de RESPOSTA: “ERRADA”.


escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape-
nas 3 possibilidades de formação das equipes: 19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
UnB/2013) Formando-se a equipe com dois emprega-
1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível dos de nível médio, e dois de nível superior, então essa
Fundamental e os demais de nível médio. equipe poderá ser formada de, no máximo, 40 manei-
ras distintas.
!!! .!!! = 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas ( ) CERTA ( ) ERRADA
!
2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda- Formando-se a equipe com dois empregados de nível
mental e os demais de nível médio. médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá
ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos-
3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná- sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
rios apenas de Nível Médio. os funcionários de nível Fundamental.
!!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas
!!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas
De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má-
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- ximo, 40 equipes distintas.
des anteriores, encontramos:
40 + 15 + 15= 70 equipes distintas RESPOSTA: “ERRADA”.
Como o item afirma que a equipe poderá ser formada
20. (USP – VESTIBULAR - FUVEST/2012) Considere
por mais de 60 maneiras distintas.
todas as trinta e duas sequências, com cinco elementos
cada uma, que podem ser formadas com os algarismos
RESPOSTA: “CERTA”.
0 e 1. Quantas dessas sequências possuem pelo menos
três zeros em posições consecutivas?
18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
a) 3
UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados
b) 5
de nível fundamental, então ela poderá ser formada de
c) 8
mais de 40 maneiras distintas. d) 12
( ) CERTA ( ) ERRADA e) 16
Se essa equipe incluir todos os empregados de nível Utilizando os algarismos 0 e 1 e, considerando as se-
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40 quências com 5 elementos, temos:
maneiras distintas. I) 5 sequências com exatamente 3 zeros em posições
consecutivas (00010, 00011, 01000 e 11000)
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de II) 2 sequências com exatamente 4 zeros em posições
nível fundamental e os demais de nível Superior. consecutivas (00001 e 10000)
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas III) 1 sequência com 5 zeros (00000)
Portanto, o número de sequências com pelo menos
três zeros em posições consecutivas é 5 + 2 + 1 = 8
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários RESPOSTA: “C”.
nível fundamental e os demais de nível médio.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas 21. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) De
uma urna contendo 10 bolas coloridas, sendo 4 bran-
cas, 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde, retiram-se de uma
3ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de vez 4 bolas .Quantos são os casos possíveis em que apa-
nível fundamental e os demais de nível médio ou superior. recem exatamente uma bola de cada cor?
Como a urna contém 4 bolas brancas, existem 4 maneiras
!!! .!!! .!!! !1
= 2!/2!(2-2)!.6!/1!(6-1)!.3!/1!(3-1)!=18 possíveis de retirar uma bola branca; analogamente, 3 pretas,
equipes distintas 2 vermelhas e 1 verde. Assim, pelo Princípio Fundamental da
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- Contagem, o número de casos possíveis em que aparecem
des, teremos: exatamente uma bola de cada cor é 4 . 3 . 2 . 1 = 24
3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas RESPOSTA: “C”.

70
INFORMÁTICA

Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à internet/
intranet......................................................................................................................................................................................................................... 01
Ferramentas e aplicativos de navegação (Internet Explorer 11, Google Chrome e Firefox) e de correio eletrônico (webmail
e Microsoft Outlook 2013).................................................................................................................................................................................... 11
Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos................................................................................. 39
Conceitos de proteção e segurança da informação................................................................................................................................... 41
Conceitos de hardware e software.................................................................................................................................................................... 46
Procedimentos, aplicativos e dispositivos para armazenamento de dados e para realização de cópia de segurança
(backup)........................................................................................................................................................................................................................ 68
Conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos, pastas e programas e funcionamento de periféricos no
sistema operacional Windows 10....................................................................................................................................................................... 70
Aplicativos para edição de textos, apresentações e planilhas eletrônicas utilizando o Microsoft Office 2013................... 81
Noções básicas de bancos de dados, linguagem SQL, linguagem de programação (Java) ou lógica de programação
(pseudolinguagem), redes e dispositivos móveis......................................................................................................................................151
INFORMÁTICA

• Provedores de Backbone: São instituições que cons-


CONCEITOS BÁSICOS E MODOS troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
DE UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS, estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
FERRAMENTAS, APLICATIVOS E acesso à Internet para redes locais;
PROCEDIMENTOS ASSOCIADOS À • Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
INTERNET/INTRANET. tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que dis-
ponibilizam informação através da Internet.
INTERNET
Endereço Eletrônico ou URL
“Imagine que fosse descoberto um continente tão Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine conhecer o seu endereço.
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância Este endereço, que é único, também é considerado sua
do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportuni- URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
dades que os empreendedores seriam poucos para apro- sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
veitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se www.xxxx.com.br
expandiria com o desenvolvimento.” Onde:
John P. Barlow www = protocolo da World Wide Web
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear xxx = domínio
ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentá- com = comercial
gono. br = brasil
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé-
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec-
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
tando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições
É um serviço disponível na Internet que possui um con-
norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar
junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conec-
tados, porém o padrão de conversação entre as máquinas bilizados a qualquer um.
se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos. Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
Era necessário criar um modelo padrão e univer- liza uma linguagem especial, chamada HTML.
sal para que as máquinas continuassem trocando da-
dos, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permi- Domínio
tiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
àquela rede. tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô- localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as .com = Instituição comercial ou provedor de serviço
máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim .edu = Instituição acadêmica
no ano seguinte a rede se torna internacional. .gov = Instituição governamental
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do .mil = Instituição militar norte-americana
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui- .net = Provedor de serviços em redes
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan- .org = Organização sem fins lucrativos
to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a
nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi- HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de
leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 Trasferência em Hipertexto
caísse no domínio público. É um protocolo ou língua específica da internet, res-
Com esta popularidade e o surgimento de softwares ponsável pela comunicação entre computadores.
de navegação de interface amigável, no fim da década de Um hipertexto é um texto em formato digital, e
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
informática começaram a utilizar a rede internacional. ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
Acesso à Internet
forma de blocos de textos, imagens ou sons.
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
outro documento.
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela
relacionados, e em função do serviço classificam-se em:

1
INFORMÁTICA

Home Page Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente


Sendo assim, home page designa a página inicial, prin- da camada n em uma máquina para a camada n em outra
cipal do site ou web page. máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor-
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou mações de controle para a camada imediatamente abaixo,
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis- até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co-
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual
de um usuário dentro de uma comunidade virtual. é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação
física através de linhas sólidas.
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de
Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
transmissão através da Internet, evitando longos perío-
dos de espera e congestionamento na rede).

Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da
web.
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em
Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
HTML, apresentando as páginas formatadas para os
ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
usuários.
a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
ARQUITETURAS DE REDES
e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
As modernas redes de computadores são projetadas
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
das. Além de minimizar a quantidade de informações que
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das definidas também tornam fácil a troca da implementação
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons- de uma camada por outra implementação completamente
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro- implementação é que ela ofereça à camada superior exa-
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama- tamente os mesmos serviços que a implementação antiga
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de oferecia.
como os serviços oferecidos são de fato implementados. O conjunto de camadas e protocolos é chamado de
A camada n em uma máquina estabelece uma con- arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve
versão com a camada n em outra máquina. As regras e conter informações suficientes para que um implementa-
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas dor possa escrever o programa ou construir o hardware de
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus- cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação
As entidades que compõem as camadas correspondentes nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura,
em máquinas diferentes são chamadas de processos par- pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e
ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces-
se comunicam utilizando o protocolo. sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor-
retamente todos os protocolos.

2
INFORMÁTICA

O endereço IP Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re-
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... des locais quanto para utilização na internet, contamos com
Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades
recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In-
quando você quer enviar um presente a alguém, você obtém ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que,
o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma trans- basicamente, divide os endereços em três classes principais
portadora para entregar. É graças ao endereço que é possível e mais duas complementares. São elas:
encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. Também é Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
graças ao seu endereço - único para cada residência ou esta- redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
belecimento - que você recebe suas contas de água, aquele dos;
produto que você comprou em uma loja on-line, enfim. Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu com- 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
putador seja encontrado e possa fazer parte da rede mun- Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
dial de computadores, necessita ter um endereço único. O 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
mesmo vale para websites: este fica em um servidor, que por Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
sua vez precisa ter um endereço para ser localizado na inter- Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
net. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), recurso que servado.
também é utilizado para redes locais, como a existente na As três primeiras classes são assim divididas para aten-
empresa que você trabalha, por exemplo. der às seguintes necessidades:
O endereço IP é uma sequência de números composta
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro se-
- Os endereços IP da classe A são usados em locais
quências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um pon-
onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
to e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já que
tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 é um
zado como identificador da rede e os demais servem como
exemplo. Repare que cada octeto é formado por números
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organiza- requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
ção da rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível a organi- são usados para identificar a rede e o último é utilizado
zação das casas da região onde você mora. Neste sentido, os para identificar as máquinas.
dois primeiros octetos de um endereço IP podem ser utiliza- Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
dos para identificar a rede, por exemplo. Em uma escola que peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
tem, por exemplo, uma rede para alunos e outra para profes- especiais para a comunicação entre os computadores, en-
sores, pode-se ter 172.31.x.x para uma rede e 172.32.x.x para quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
a outra, sendo que os dois últimos octetos são usados na ras ou experimentais.
identificação de computadores. Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
Classes de endereços IP começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço
ser utilizados tanto para identificar o seu computador dentro 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja,
de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, ambas maneira simultânea.
as redes são distintas e não se comunicam, sequer sabem da
existência da outra. Mas, como a internet é uma rede global, Endereços IP privados
cada dispositivo conectado nela precisa ter um endereço úni- Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
co. O mesmo vale para uma rede local: nesta, cada dispositivo privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
conectado deve receber um endereço único. Se duas ou mais na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um problema essencialmente, estes:
chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação destes -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede. -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.

3
INFORMÁTICA

Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas
máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer?
Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipamento de rede -
como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com isso,
somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.

Máscara de sub-rede
As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício. Uma
solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que
um octeto destinado a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a capacidade da rede. Para
compreender melhor, vamos enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- B: N.N.H.H;
- C: N.N.N.H.
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transfor-
mar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits são destinados
para a identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os dispositivos.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um octeto é usado para identificação da rede, este receberá a
máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero).
A tabela a seguir mostra um exemplo desta relação:

Identificador
Identificador Máscara
Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
computador
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0

Você percebe então que podemos ter redes com máscara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando
uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que uma fa-
culdade tenha que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A solução seria
então criar cinco redes classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desperdício. Uma forma de
contornar este problema é criar uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as máscaras novamente entram
em ação.

Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em
binário é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
11111111.11111111.11111111.00000000
Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos
as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as possibilidades. Em
outras palavras, precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), resultando
em:
11111111.11111111.11111111.11100000
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em
nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamen-
to dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo estes
cálculos sem considerar limitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é 255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empregado também em endereços classes A e B, conforme a ne-
cessidade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto
se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o pro-
vedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP.

4
INFORMÁTICA

O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a Finalizando


um computador quando este se conecta à rede, mas que muda Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que
toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você co- a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do
nectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá- mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para entender melhor, ima- Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
gine a seguinte situação: uma empresa tem 80 computadores o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibili- Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
za 90 endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos
um computador receberá, quando se conectar, um endereço a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais ou menos é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes
assim que os provedores de internet trabalham. ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é aprofundar nas duas especificações.
o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). A esta altura, você também deve estar querendo des-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma
IP nos sites forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por
Você já sabe que os sites na Web também necessitam de exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do
um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester. Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all
com, por exemplo, como é que o seu computador sabe qual o e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.
IP deste site ao ponto de conseguir encontrá-lo?
Quando você digitar um endereço qualquer de um site,
um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele
é quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema
DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma ár-
vore (termo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o
site www.infowester.com é requisitado, o sistema envia a solici-
tação a um servidor responsável por terminações “.com”. Esse
servidor localizará qual o IP do endereço e responderá à soli-
citação. Se o site solicitado termina com “.br”, um servidor res-
ponsável por esta terminação é consultado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um pas- Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
sado não muito distante, você conectava apenas o PC da sua partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por dian- saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
te. Somando este aspecto ao fato de cada vez mais pessoas você pode visitar sites como whatsmyip.org.
acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos com
um grande problema: o número de IPs disponíveis deixa de ser Provedor
suficiente para toda as (futuras) aplicações. O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
A solução para este grande problema (grande mesmo, afi- oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
nal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até - respire ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
de endereços, um número absurdamente alto! No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
pode ser, por exemplo: e um endereço eletrônico na Internet.
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

5
INFORMÁTICA

URL - Uniform Resource Locator Home Page


Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identifi- Pela definição técnica temos que uma Home Page é
cação de onde está localizado o computador e quais recursos um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
este computador oferece. Por exemplo, a URL: tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
http://www.novaconcursos.com.br acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
Será mais bem explicado adiante. dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
Como descobrir um endereço na Internet? O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar. Por exemplo, a página principal da Pronag:
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas http://www.pronag.com.br/index.html
pesquisas para um trabalho. Onde procurar as informações que
preciso? PLUG-INS
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura, Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
que são sites que possuem um enorme banco de dados (que de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
contém o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
a procura por um determinado assunto. Caso a palavra ou o em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
assunto que foi procurado exista em alguma dessas páginas, ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
será listado toda esta relação de páginas encontradas. pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente g-ins são encontradas na página:
ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesquisar sobre http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
amortecedores, caso não encontre nada como amortecedores, ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
procure como autopeças, e assim sucessivamente. ces/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo te-
Barra de endereços mos uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
etc.).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
páginas da internet, bastando para isto digitar o endereço da PCX, etc.).
página. - Negócios e Utilitários
Alguns sites interessantes: - Apresentações
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) FTP - Transferência de Arquivos
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) Permite copiar arquivos de um computador da Internet
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público) para o seu computador.
• www.siapenet.gog.br (contracheque) Os programas disponíveis na Internet podem ser:
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) • Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
Identificação de endereços de um site programa.
Exemplo: http://www.pelotas.com.br • Shareware: Programa demonstração que pode ser
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comu- utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
nicação limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
.com -> tipo de organização exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
......br -> identifica o país que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
Tipos de Organizações: tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov Navegar nas páginas
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
.net -> computadores com funções de administrar redes. um documento normal e de links das próprias páginas.
Exemplo: embratel.net
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: care. Como salvar documentos, arquivos e sites
org Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.

6
INFORMÁTICA

Como copiar e colar para um editor de textos Busca e pesquisa na web


Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar. Os sites de busca servem para procurar por um deter-
minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
Abra o editor de texto clique em colar
www.google.com.br
Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar quisa.
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi- Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não vras com ou sem acento.
científicas.
Opções de pesquisa
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz Web: pesquisa em todos os sites
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá- Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi Exemplo do resultado se uma pesquisa.
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

7
INFORMÁTICA

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. INTRANET


Exemplo: A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
da empresa.
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- O grande sucesso da Internet, é particularmente da
dos por assunto em categorias. Exemplo: World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
Como escolher palavra-chave ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
cluam a palavra digitada. colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas nante explosão na informação disponível na Internet, que
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
sequência de termos que foram digitadas. Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna que tem interessado um número cada vez maior de em-
páginas que incluam todas presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• as palavras aleatoriamente na página. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- advento e disseminação promete operar uma revolução
cam antes do sinal de tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
• menos são excluídas da pesquisa. cimento das primeiras redes locais de computadores, no
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um final da década de 80.
cálculo em um site de pesquisa.
O que é Intranet?
Por exemplo: 3+4 O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
Irá retornar: presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
O resultado da pesquisa de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for- tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
ma: etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

8
INFORMÁTICA

Aplicações da Intranet Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação


Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri-
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
• Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
membros das equipes, situações de projetos; nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nuais de qualidade; estações clientes.
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades nários acessam as informações colocadas à sua disposição
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
nefícios. permite folhear os documentos.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Comparando Intranet com Internet
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
complexa e exige a presença de profissionais especializa- conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
sua diversidade de funções e a quantidade de informações guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
nela armazenadas. A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
A intranet é baseada em quatro conceitos: ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Conectividade - A base de conexão dos computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
qualquer tipo de informação digital entre si; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
forma transparente; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Navegação - É possível passar de um documento a A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
facilitam o acesso não linear aos documentos; relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- medida da necessidade de uma abordagem organizada.
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a num ambiente controlado e seguro.
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão
que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Vantagens e Desvantagens da Intranet
A vantagem da intranet é que esses programas são ati- Alguns dos benefícios são:
vados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande de software, e-mail e processamento de pedidos;
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
que obedeçam aos três conceitos anteriores. suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
Como montar uma Intranet técnicas e de marketing;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das remotas;
empresas, e em instalar um servidor Web. • Incrementando o acesso a informações da concor-
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo- rência;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ou qualquer outro tipo de arquivo. ceiros (revendas);

9
INFORMÁTICA

• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso Segurança da Intranet


à informação; Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento
• Uma única interface amigável e consistente para e à troca de dados em uma rede: autenticação, controle de
aprender e usar; acesso e criptografia.
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); Autenticação - É o processo que consiste em verificar se
• As informações disponíveis são visualizadas com cla- um usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e
reza; dados podem ser protegidos através da solicitação de uma
• Redução de tempo na pesquisa a informações; combinação de nome do usuário/senha, ou da verificação do
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os usuários autenti-
informação; cados têm o acesso autorizado ou negado a recursos especí-
• Redução no tempo de configuração e atualização dos ficos de uma intranet, com base em uma ACL (Access Control
sistemas; List) mantida no servidor Web;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software
e outros; Criptografia - É a conversão dos dados para um formato
• Redução de custos de documentação; que pode ser lido por alguém que tenha uma chave secreta
• Redução de custos de suporte; de descriptografia. Um método de criptografia amplamente
• Redução de redundância na criação e manutenção utilizado para a segurança de transações Web é a tecnologia
de páginas; de chave pública, que constitui a base do HTTPS - um proto-
• Redução de custos de arquivamento; colo Web seguro;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
Alguns dos empecilhos são: segura entre uma intranet e a Internet através de servidores
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- proxy, que são programas que residem no firewall e permitem
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe- (ou não) a transmissão de pacotes com base no serviço que
los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne- está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por exemplo, pode per-
cessário configurar e manter aplicativos separados, como mitir que navegadores Webs internos da empresa acessem
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi- servidores Web externos, mas não o contrário.
cado, como faria com um pacote de software para grupo Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
de trabalho; Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis com
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- grande capacidade de armazenamento, tapes...
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- Queremos ainda referir que para o funcionamento de
ções de software para grupo de trabalho que funcionam uma rede existem outros conceitos como topologias/confi-
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; gurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos,
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários protocolos de comunicação, velocidade de transmissão …
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
volver aplicativos cliente/servidor. EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
Como a Intranet é ligada à Internet computadores que faz uso da Internet para partilhar com se-
gurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com se-
gurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito
confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode ser
vista como uma parte da empresa que é estendida a usuários
externos (“rede extra-empresa”), tais como representantes e
clientes. Outro uso comum do termo Extranet ocorre na de-
signação da “parte privada” de um site, onde somente “usuá-
rios registrados” podem navegar, previamente autenticados
por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um Por-
tal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas e
funcionários de uma empresa consigam ter acesso à intranet
através de redes externas ao ambiente da empresa.

10
INFORMÁTICA

Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via


Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma intranet
é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas tecnologias
presentes na Internet, como e-mail, webpages, servidor FTP etc.
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os
funcionários e parceiros além de acumular uma base de conhe-
cimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.
Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada
na Internet, utilizada entre departamentos de uma empresa ou
parceiros externos, na cadeia de abastecimento, trocando infor-
mações sobre compras, vendas, fabricação, distribuição, conta-
bilidade entre outros.

Multitarefas com guias e janelas


FERRAMENTAS E APLICATIVOS DE Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em
NAVEGAÇÃO (INTERNET EXPLORER 11, uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir,
GOOGLE CHROME E FIREFOX) E DE CORREIO fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas
ELETRÔNICO (WEBMAIL E MICROSOFT as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer.
OUTLOOK 2013). Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima
(ou clique) na tela.

Internet Explorer1
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer, toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Uma barra de endereços, três formas de usar
A barra de endereços é o seu ponto de partida para
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e Abrindo e alternando as guias
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe visitados.
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
maneiras de utilizá-la: uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
char no canto de cada guia.
Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços
para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços.

1 Fonte: Ajuda do Internet Explorer

11
INFORMÁTICA

Usando várias janelas de navegação Para salvar seus sites favoritos


Também é possível abrir várias janelas no Internet Explo- Salvar um site como favorito é uma forma simples de
rer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma nova memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar
janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer (ou clique sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo-
nele com o botão direito do mouse) na tela Inicial e, em segui- ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta
da, toque ou clique em Abrir nova janela. da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im-
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela. Abra portados automaticamente.)
uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado direito Vá até um site que deseja adicionar.
ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra janela a partir Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir
do lado esquerdo da tela. os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique
Dica no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.
Você pode manter a barra de endereços e as guias encai- Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-
xadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer pesquisas
guida, toque ou clique em Adicionar.
rapidamente. Abra o botão Configurações, toque ou clique
em Opções e, em Aparência, altere Sempre mostrar a barra de
endereços e as guias para Ativado.

Personalizando sua navegação


Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso
do navegador, você poderá alterar suas home pages, adicio-
nar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Explo-
rer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de notí-
cias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura do
navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com mais
frequência estarão prontos e esperando por você. Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Confi- de baixo para cima (ou clique).
gurações. Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o canto no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para cima e Fixar na Tela Inicial.
clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque ou Dica
clique em Gerenciar. Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
Insira a URL de um site que gostaria de definir como tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se es- Guias nos comandos de aplicativos.
tiver em um site que gostaria de transformar em home page.

12
INFORMÁTICA

Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-


ternet
Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
mente.

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela
diretamente do Internet Explorer, sem sair da página em
que você está.
Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei- Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
tura ativado Compartilhar.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi-
Para personalizar as configurações do modo de exibi- to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique
ção de leitura em Compartilhar.)
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
figurações. Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista
de Leitura.
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Ajudando a proteger sua privacidade
cima e clique em Configurações.) Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
lecionar. rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
lhor a sua privacidade durante a navegação:

13
INFORMÁTICA

Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze- Principais características


nam informações como o seu histórico de pesquisa para · Navegação em abas;
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma · A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrindo
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados os links em segundo plano
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá- Eles já estarão carregados quando você for ler;
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe- · Bloqueador de popups:
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo · O Firefox já vem com um bloqueador embutido de popups;
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar · Pesquisa inteligente;
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na bar-
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate. ra de ferramentas e abre direto a página com os resultados,
Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do poupando o tempo de acesso à página de pesquisa antes
Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- de ter que digitar as palavras chaves. O novo localizador de
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- palavras na página busca pelo texto na medida em que você
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem as digita, agilizando a busca;
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o · Favoritos RSS;
rastreamento das páginas que você visita, os links em que · A integração do RSS nos favoritos permite que você
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada a
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar partir do Firefox 2;
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- · Downloads sem perturbação;
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de · Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
privacidade para os sites que visita. área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
FIREFOX2 pode ser personalizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
Firefox é um navegador web de código aberto e mul-
· O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux
te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, instale
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da
extensões que adiciona novas funções, adicione temas que
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, na-
modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanismos
vegação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte
nos campos de pesquisa.
para sincronização de informações, gerenciador de senhas,
bloqueador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corre- O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado
tor ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds para a sua necessidade:
RSS e outros recursos. · Fácil utilização;
Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor- · Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil tem todas as funções que você está acostumado - favoritos,
(Pt Br). histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as páginas
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades intuitivas;
Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de · Compacto;
navegação pela internet se desmembrou de outras ferra- · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
mentas e se tornou um browser independente. No começo, Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos o seu computador em uma conexão discada e segunda em
do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de uma conexão banda larga. A configuração é simples e intuiti-
milhões de downloads. va. Logo você estará navegando com essa ferramenta.
Não demorou muito para que o navegador começasse
a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob- Principais novidades
servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es- - As opções que você mais acessa, todas no mesmo lugar
paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer. - Pensado para facilitar o acesso
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamente
em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- do Firefox
cias do programa. A função de navegação privativa é muito
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico,
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre-
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.
2 Fonte: Ajuda do Firefox

14
INFORMÁTICA

Conheça o Firefox Hello


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qualquer lugar
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar complementos.
- Escolha como você quer pesquisar

Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba

Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir


seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar
Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você digita superior direito da nova aba.
- Escolha o site certo para cada pesquisa
- Use a estrela para adicionar Favoritos Exibir seus sites principais
Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

Desativar os controles da Nova Aba


Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New
Como funcionam as sugestões de sites? Tab Override (browser.newtab.url replacement).
O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela Personalizar a página Nova aba
primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites
serão eventualmente substituídos por sites visitados com em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
mais frequência. zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

15
INFORMÁTICA

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges-


tão para fixá-la naquela posição na página.
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tador?
Remover O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante:  O  Sync  requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- talhes:
cluí-lo da página. - Crie uma conta do Sync
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu- Clique no botão de menu   e depois em Entrar no
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Adicionar um dos seus favoritos Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar- Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o
rastá-los para a página Nova Aba. resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a
Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his- senha que usou no começo da configuração do sync.
tórico. Clique no botão de menu   , e, em seguida, clique
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos em Entrar no Sync.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
Arraste um favorito para dentro da posição que você conta Firefox.
quiser. Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

16
INFORMÁTICA

Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua


nova conta do Sync. Na janela Propriedades do favorito você pode modificar
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará qualquer um dos seguintes detalhes:
a sincronização de suas informações através dos seus dis- Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos em menus.
positivos conectados. Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito selecionan-
do uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu Favoritos ou
Remover um dispositivo do Sync a Barra dos favoritos). Nesse menu, você também pode clicar em
Clique no botão   para expandir o Menu. Selecionar... para exibir uma lista de todas as pastas de favoritos.
Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e or-
endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync. ganizar seus favoritos. Quando você terminar suas modifica-
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais ções, clique em Concluir para fechar a caixa.
sincronizado.
Onde posso encontrar meus favoritos?
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas A forma mais fácil de encontrar um site para o qual você
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que criou um favorito é digitar seu nome na Barra de Endereços.
você mais gosta. Enquanto você digita, uma lista de sites que já você visitou,
Como eu crio um favorito? adicionou aos favoritos ou colocou tags aparecerá. Sites com
Fácil — é só clicar na estrela! favoritos terão uma estrela amarela ao seu lado. Apenas cli-
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na que em um deles e você será levado até lá instantaneamente.
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Como eu organizo os meus favoritos?


Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e favoritos. Clique no botão favoritos e depois em Exibir
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos
para finalizar.

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um


favorito?
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.

17
INFORMÁTICA

Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza-


dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late-
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
“Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
ra de navegação).

Criando novas pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos


os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta....

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito. Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-
mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.

Adicionando favoritos em pastas


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para
mover o favorito para a pasta.

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo- Ordenando por nome
ritos Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Clique com o botão direito do mouse na pasta que de-
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado serão colocados em ordem alfabética.
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
ver.
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
botão Organizar e selecione Excluir.

18
INFORMÁTICA

Definindo a Página Inicial


Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


gina inicial.
As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refletido
na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.
Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-
tão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-


nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an-
teriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.

Para restaurar as configurações da página inicial, siga


os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar- Selecione o painel Geral.
raste-o para cima da pasta. Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re- abaixo do campo Página Inicial.
fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

Ordenar visualizações na janela Biblioteca


Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
escolha uma ordem de classificação.
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
menu ou no botão de favoritos. feitas serão salvas automaticamente.

19
INFORMÁTICA

Sugestões de pesquisa no Firefox


Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
pessoas fazem e que estão relacionadas com uma pala-
vra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um
campo de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca,
o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas
relacionadas.

Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços,


marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra
de localização.

Usando a Barra de Pesquisa


Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer-
ramentas ou na página de Nova Aba.

Como as sugestões de pesquisa funcionam


Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando
com menos digitação.
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras- Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
chave que você digita num campo de busca para o me- tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
pesquisa incluem: sas anteriores (se estiver ativado).
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)

O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas


informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
das opções do Firefox: Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-
mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.

20
INFORMÁTICA

Mecanismos de pesquisa disponíveis Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pesqui- clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do
sa por padrão: painel de Downloads.
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, produ-
tos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para para
usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

Gerenciador de Downloads

A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar- A Biblioteca mostra essas informações para todos os
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus arqui- seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
vos e configurar as definições de download. eles do seu histórico.

Como faço para acessar meus downloads?


Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferramen-
tas). A seta vai aparecer azul para que você saiba que exis-
tem arquivos baixados.

Durante um download, o icone de download muda para


um timer que mostra o progresso do seu download. O timer
volta a ser uma seta quando o download for concluído.
Como posso gerenciar meus arquivos baixados?
No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor-
tantes.Quando você quiser continuar o download desses
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione
Continue.

21
INFORMÁTICA

Cancelar : Se depois de iniciar o download você de- Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download ferramentas reaparecer
é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo. Clique no botão menu no lado direito da barra de fer-
Este botão se transformará em um símbolo de atualização, ramentas e selecione Tela inteira.
clique novamente para reiniciar o download. Atalhos de teclado
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através
dar um clique no arquivo para abrir-lo. do teclado.
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna- Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a tecla F11.
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta Nota: Em computadores com teclado compacto (como
que contém esse arquivo. netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combinação
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o de teclas fn + F11.
registro de um determinado download, simplesmente cli-
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir Histórico
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
apagar o arquivo em si. várias informações suas, como por exemplo: sites que você
Repetir um download : Se por qualquer razão um visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de
download não completar, clique no botão a direita do ar- formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar. de histórico. No entanto, se estiver usando um computador
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads público ou compartilha um computador com alguém, você
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico pode não querer que outras pessoas vejam esses dados.
de itens baixados.
Que coisas estão incluídas no meu histórico?
Como deixar o Firefox em tela inteira
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

Histórico de navegação e downloads: Histórico de nave-


gação é a lista de sites que você visitou que são exibidos no
menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca e a
lista de endereços da função de completar automaticamente
da Barra de endereços. Histórico dos downloads é a lista de
arquivos que foram baixados por você e são exibidos na ja-
nela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesquisa:
O histórico de dados memorizados de formulários inclui os
itens que você preencheu em formulários de páginas web
para a funcionalidade de Preenchimento Automático de For-
mulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os itens que
você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os web-
sites que você visita, tais como o estado da sua autentica-
Desative o modo Tela inteira ção e preferências do site. Também incluem informações e
Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox preferências do site armazenadas por plugins como o Adobe
para seu tamanho normal. Flash. Cookies podem também ser usados por terceiros para
rastreá-lo entre páginas.

22
INFORMÁTICA

Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin. será fechada e os itens selecionados serão limpos.
Cache: O cache armazena arquivos temporariamente, Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox maticamente?
baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar
e sites que você já visitou mais rápido. o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito
Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web- automaticamente assim que você sair, assim você não es-
site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente quece.
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao Clique no botão , depois em Opções
limpar estes registros você sai destes sites. Selecione o painel Privacidade.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações.
pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

Como limpo meu histórico?


Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem- Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox char.
limpará.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico,
Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
selecionar exatamente quais informações você quer que ticamente sempre que você sair do Firefox.
sejam limpas.

23
INFORMÁTICA

Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK Imprimindo uma página web
para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
tórico. Clique no menu e depois em Imprimir.
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para remover um único site do meu histó-
rico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.
Nos resultados da busca, clique com o botão direito no
site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-


figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
Janela de configurações de impressão

Finalmente, feche a janela Biblioteca.

O leitor de PDF
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
no Google Chrome, que também suporta a visualização de
arquivos PDF nativamente.
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF Seção Impressoras:
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
troles são exibidos na parte superior, com os quais você Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu-
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re- dar qual a impressora imprimirá a página que você está
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es- vendo.
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre- Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
sentação e exibir o PDF em tela cheia. uma página da web é impressa com a impressora selecio-
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
converte os PDFs para o HTML 5. cíficas da impressora.

24
INFORMÁTICA

Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági- Formato e Opções


nas da página web atual será impressa:
Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na aba Formato e Opções você pode alterar:


Formato:
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e
páginas web.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber
ajusta automaticamente a escala.
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário,
Firefox imprimirá com o fundo branco.
Margens e Cabeçalho/ Rodapé
Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-
ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.

25
INFORMÁTICA

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode al-


terar:
Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página. Use as seguintes opções para convidar seus amigos:
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
toda página impressa.
Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
janela de configuração de páginas.

Visualizar impressão
Para ver como a página web que você quer imprimir
ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
A janela de pré-visualização permite mudar algumas
das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá- Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-
gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao gens preferida clicando em Copiar Link.
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu- Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
página, as setas únicas vão para a próxima página ou a e-mail padrão.
anterior. Você também pode ajustar a escala e o formato
(veja acima). Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Clique em Fechar para sair da visualização da impres-
são. Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil!
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas página para entrar na conversa.
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone, Controlar suas notificações
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os ami- Você pode desligar as notificações no Firefox se você
gos que estão em navegadores suportados pelo WebRTC preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:
como Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega- Clique no botão do Hello .
ção Privada. Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
Iniciar uma conversa escolha Desligar notificações.
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

26
INFORMÁTICA

Navegação Privativa Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca-


Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in- ra roxa no topo.
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona. O que a navegação privativa não salva?
Importante: A navegação privativa não o torna anôni- Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas. blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
Além disso, a navegação privativa não o protege de key- Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
computador busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Como abrir uma nova janela privativa? Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri- não serão listados na Janela de Downloads depois de de-
vativa. sativar a Navegação Privativa.
Abrir uma nova Janela Privativa vazia Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si-
Clique no botão de menu e depois em Nova janela tes que você visita como preferências, status de login, e os
privativa. dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In-
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line
serão salvo.
Nota:
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão
salvos.
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu-
tador durante o uso de navegação privada serão salvos.
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri-
vativa.
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa?
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri-
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox ,
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando
Abrir um link em nova janela privativa alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o
Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave-
link em uma nova janela privativa no menu contextual. gação privativa.
Importante: Quando o firefox está definido para nunca
lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico.
Outras formas de controlar as informações que o Fire-
fox salva
Você sempre pode remover a navegação recente, as
pesquisas e histórico de download depois de visitar um
site.

27
INFORMÁTICA

Como saber se a minha conexão com um site é se-


gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o Para sites usando certificados VE, o botão de identida-
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter da companhia ou organização do website, então você sabe
sua informação pessoal. quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla.
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria-
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende- mente exibir ou funcionar inteiramente correto.
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
Site será um cadeado verde. Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas
parcialmente criptografada e não impede espionagem.

No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-


bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha. Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden-
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo.
Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en- Cadeado cinza com um traço vermelho
dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que
visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial-
segurança da conexão e alterar algumas configurações de mente criptografada e não previne contra espionagem ou
segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar ataque man-in-the-middle.
qualquer tipo de informação sensível (informação bancá-
ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade
Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
de endereço - neste caso não é verificado que você está se
comunicando com o site pretendido nem que seus dados Esse ícone não aparecerá a menos que você manual-
estão seguros contra espionagem! mente desativou o bloqueio de conteúdo misto.
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
Cadeado verde (informação bancária, dados de cartão de crédito, números
Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi- de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden-
zação) indica que: tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma
Você está realmente conectado ao website cujjo en- listra vermelha.
dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
interceptada. Configurações de segurança e senhas
A conexão entre o Firefox e o website é criptografada Este artigo explica as configurações disponíveis no pai-
para evitar espionagem. nel Segurança da janela Opções do Firefox.
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua
segurança ao navegar na internet.

Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-


ganização, também em verde, significa que o website está
usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
tificado do site que requer um processo de verificação de
identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

28
INFORMÁTICA

Configurações de Segurança Existem três tipos de complementos:


Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins- - Extensões
talação de complementos. Para evitar que tentativas de Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
instalação não requisitadas resultem em instalações aci- ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins- mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação. o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
Para permitir que sites específicos instalem complementos, mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar - Aparência
esse aviso para todos os sites. Existem dois tipos de complementos de aparência:
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar- temas completos, que mudam a aparência de botões e
que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas faixa de abas com uma imagem de fundo
funções normais do computador ou mandar dados pes-
soais sobre você sem autorização através da Internet. - Plugins
A ausência deste aviso não garante que o site seja con- Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos
fiável. de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma-
Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras
você fazendo com que passe suas informações pessoais empresas.
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Para visualizar quais complementos estão instalados:
Logins Clique no botão escolha complementos. A aba com-
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com plementos irá abrir.
segurança senhas que você digita em formulários web para Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins.
facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção Como faço para encontrar e instalar complementos?
para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en- Aqui está um resumo para você começar:
tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan- tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun- No gerenciador de complementos, selecione o painel
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de Get Add-ons.
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções…. Para ver mais informações sobre um complemento ou
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor- tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip- verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar Você também pode pesquisar por complementos es-
uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po-
solicitado que você digite a senha na primeira vez que for dendo então instalar qualquer complemento que encon-
necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você trar, com o botão Instalar.
pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
mestra.
Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
dividuais clicando no botão Logins salvos….

Encontrar e instalar complementos para adicionar


funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

29
INFORMÁTICA

Como desinstalar plugins


Geralmente os plugins vem com seus próprios desinsta-
ladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos plu-
gins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e sele-
cione o artigo do respectivo plugin que você quer desinstalar.

Configurações de Conteúdo

O Firefox irá fazer o download do complemento e pode


pedir que você confirme a sua instalação.
Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
serão salvas e restauradas após a reinicialização.
Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
ramentas após a instalação..

Como desativar extensões e temas


Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
DRM Content
Selecione o complemento que deseja desativar.
Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per-
Clique no botão Desativar.
mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegido
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao desmarcar
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao esta opção essa funcionalidade será desligada.
reiniciar.
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de Notificações
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar O Firefox lhe permite escolher quais websites tem per-
o Firefox. missão para lhe enviar notificações. Clique em Escolher para
fazer alterações na lista de sites permitidos.
Como desativar plugins Não me perturbe: Selecione esta opção para suspender
Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem temporariamente todas as notificações até você fechar e rei-
ser removido: niciar o Firefox.
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. Pop-ups
No gerenciador de complementos, selecione o pai- Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia
nel Plugins. janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque
Selecione o plugin que deseja desativar. essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção. sites utilizam popups com funções importantes. Para permitir
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu- que sites específicos utilizem popups, clique em Exceções…,
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção. digite o domínio do site e clique em Permitir. Para excluir um
site da lista de sites permitidos, selecione-o e clique em Ex-
Como remover extensões e temas cluir o site. Para limpar a lista completamente, clique em Ex-
Clique no botão de menu   e selecione Complemen- cluir tudo.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai- Fontes e cores
nel Extensões ou Aparência. Fonte padrão  e  Tamanho: Normalmente as páginas da
Selecione o complemento que você deseja remover. web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui.
Clique no botão Excluir. Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferentes,
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei- que serão exibidos a não ser que você especifique o contrá-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao rio na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para acessar
reiniciar. mais opções de fontes.

30
INFORMÁTICA

Diálogo de fontes Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns


Na lista Fontes padrão para, escolha um grupo de no Firefox
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique Mozilla Firefox.
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita. Comando Atalho
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa Voltar Shift + Rolar para baixo
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”),
Avançar Shift + Rolar para cima
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional. Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri- Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também Clicar com botão do
Fechar Aba
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça- meio na Aba
das. Clicar com botão do
Você também pode especificar o tamanho mínimo de Abrir link em uma nova Aba
meio no link
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em clicar com o botão do
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e Nova aba
meio na barra de abas
pouco legíveis. Ctrl + Clicar com botão
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi- Abrir em nova Aba em segun- esquerdo no link
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página. do plano* Clicar com botão do
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as meio no link
fontes padrão.
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica- Ctrl + Shift + Botão es-
Abrir em nova Aba em pri-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica- querdo
meiro plano*
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi- Shift + Botão do meio
quem uma codificação. Shift + Clicar com botão
Abrir em uma Nova Janela
Diálogo de cores esquerdo no link
Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa- Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar
que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli- Salvar como... Alt + Botão esquerdo
que nas amostras de cores para modificá-las.
Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as * Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera- do plano serão trocadas se a opção Ao abrir um link em
cional em vez das cores definidas acima. uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa
Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar no Painel de configurações geral..
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
de cores para modificá-las. Atalhos de teclado
Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das Navegação
páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
Comando Atalho
prios estilos de links e nesses sites essa opção não tem
efeito. Alt + ←
Voltar
Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox Backspace
exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa- Alt + →
tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores Avançar
Shift + Backspace
padrão.
Idiomas Página inicial Alt + Home
Algumas páginas oferecem mais de um idioma para Abrir arquivo Ctrl + O
exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o
F5
idioma ou idiomas de sua preferência. Atualizar a página
Ctrl + R
Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so- Atualizar a página (ignorar o ca- Ctrl + F5
bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua che) Ctrl + Shift + R
um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex- Parar o carregamento Esc
cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os
botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de
preferência no caso de haver mais de um idioma disponí-
vel.

31
INFORMÁTICA

Página atual 1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por todos que
já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar ou voltar nas
páginas em exibição, sem maiores detalhes. Ao manter o bo-
Comando Atalho
tão pressionado sobre elas, você fará com que o histórico inteiro
Ir uma tela para baixo Page Down apareça na janela.
Ir uma tela para cima Page Up 2.   Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. Todos
são sinônimos desta função, ideal para conferir novamente o link
Ir para o final da página End em que você se encontra, o que serve para situações bem espe-
Ir para o início da página Home cíficas – links de download perdidos, imagens que não abriram,
erros na diagramação da página.
Ir para o próximo frame F6 3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o navegador
Ir para o frame anterior Shift + F6 à página inicial do programa. Mais tarde ensinaremos você a mo-
dificar esta página para qualquer endereço de sua preferência.
Imprimir Ctrl + P
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favoritos, que
Salvar página como Ctrl + S nada mais são do que sites que você quer ter a disposição de um
Mais zoom Ctrl + + modo mais rápido e fácil de encontrar.
5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite visitar
Menos zoom Ctrl + - outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
tamanho normal Ctrl + 0 6.   A barra de endereços é o local em que se encontra o link
da página visitada. A função adicional dessa parte no Chrome é
Editando que ao digitar palavras-chave na lacuna, o mecanismo de busca
do Google é automaticamente ativado e exibe os resultados em
questão de poucos segundos.
Comando Atalho 7. Simplesmente ativa o link que você digitar na lacuna à
Copiar Ctrl + C esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no nave-
Recortar Ctrl + X
gador. Falaremos um pouco mais sobre elas em seguida.
Apagar Del 9. Abre as funções gerais do navegador, que serão melhor
Colar Ctrl + V detalhadas nos próximos parágrafos.

Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V Para Iniciantes


Refazer Ctrl + Y
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dúvidas
Selecionar tudo Ctrl + A básicas sobre essa categoria de programas, continue lendo este
Desfazer Ctrl + Z parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e poupe seu tem-
po. Aqui falaremos um pouco mais sobre os conceitos e ações
GOOGLE CHROME mais básicas do programa.
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e já Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O progra- forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao executar o
ma apresenta excelente qualidade em seu desenvolvimento, programa, tudo o que você precisa fazer é digitar o endereço do
como quase tudo o que leva a marca Google. O browser não local que quer visitar. Para acessar o portal Baixaki, por exemplo,
deve nada para os gigantes Firefox e Internet Explorer e mos- basta escrever baixaki.com.br (hoje é possível dispensar o famo-
tra que não está de brincadeira no mundo dos softwares. so “www”, inserido automaticamente pelo programa.)
Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo No entanto nem sempre sabemos exatamente o link que
Google Chrome. queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as palavras-chave
do que você procura na mesma lacuna. Desta forma o Chrome
Funções visíveis acessa o site de buscas do Google e exibe os resultados rapida-
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica- mente. No exemplo utilizamos apenas a palavra “Baixaki”.
dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
seguida:

32
INFORMÁTICA

Abas Configuração

A segunda tarefa importante para quem quer usar o Antes de continuar com as outras funções do Google Chro-
Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito me é legal deixar o programa com a sua cara. Para isso, vamos
úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente, às configurações. Vá até o canto direito da tela e procure o ícone
basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia. com uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”.
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pres-
sionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda mais rá-
pido. Também é possível utilizar o botão direito sobre o novo
endereço e escolher a opção “Abrir link em uma nova guia”.

Liberdade

É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É


possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar a
aba da janela e desta forma abrir outra independente. Basta
segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para testar
suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse faz com
que fechem automaticamente.

Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do nave-
gador. Basta selecionar a melhor opção para você e configurar as
O botão direito abre o menu de contexto da aba, em páginas que deseja abrir.
que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar a Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba an-
guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode abrir terior, defina qual será a página inicial do Chrome. Também é
uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simplesmente possível escolher se o atalho para a home (aquele em formato
apertando o F1. de casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui
Fechei sem querer! você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar na lacuna do
programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.
Quem nunca fechou uma aba importante acidentalmen- Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
te em um momento de distração? Pensando nisso, o Chrome como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sempre que
conta com a função “Reabrir guia fechada” no menu de con- algum software ou link for executado, o Chrome será automati-
texto (botão direito do mouse). Basta selecioná-la para que a camente utilizado pelo sistema.
última página retorne ao navegador.
Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as se-


nhas que você digitar durante a navegação. A opção “Mostrar senhas
salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os for-
mulários da internet (cadastros e aberturas de contas) serão su-
geridos automaticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
a função “Importar dados” coleta informações de outros
navegadores.

33
INFORMÁTICA

Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do Pesquise dentro dos sites
navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione Outra ferramenta muito prática do navegador é a possi-
“Redefinir para o tema padrão”. bilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns
sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a bus-
ca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que
você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para que a
busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.

Navegação anônima
Configurações avançadas Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado históricos de navegação no computador, utilize a navegação
para usuários avançados) anônima. Basta clicar no menu com o desenho da chave de
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que tam-
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com bém pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift + N.
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo download.

Downloads
Todos os navegadores mais famosos da atualidade con-
tam com pequenos gerenciadores de download, o que fa-
cilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tempo.
Gerenciador de tarefas
Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em um link
de download, muitas vezes o programa perguntará se você
deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo: Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) e
selecione a função “Gerenciador de tarefas”.

Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-


xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es- Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela
peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função controla todas as abas e funções executadas pelo navegador.
“Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é Caso uma das guias apresente problemas você pode fechá-la
exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que individualmente, sem comprometer todo o programa. A fun-
você está baixando ção é muito útil e evita diversas dores de cabeça.

34
INFORMÁTICA

CORREIO ELETRÔNICO Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor,


porém representando as mesmas funções. Além dos destes
O correio eletrônico3 se parece muito com o correio tra- campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e
dicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas funcio-
postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem, diz nalidades veremos em detalhes, mais à frente.
pra quem quer mandar e a Internet cuida do resto. Mas por que Para receber seus e-mails você não precisa estar conecta-
o e-mail se popularizou tão depressa? A primeira coisa é pelo do à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. Mesmo
custo. Você não paga nada por uma comunicação via e-mail, você não estado com seu computador ligado, seus e-mail são
apenas os custos de conexão com a Internet. Outro fator é a recebidos e armazenados na sua caixa postal, localizada no
rapidez, enquanto o correio tradicional levaria dias para entregar seu provedor. Quando você acessa sua caixa postal, pode ler
uma mensagem, o eletrônico faz isso quase que instantanea- seus e-mail on-line (diretamente na Internet, pelo WebMail)
mente e não utiliza papel. Por último, a mensagem vai direto ou baixar todos para seu computador através de programas
ao destinatário, não precisa passa de mão-em-mão (funcionário de correio eletrônico. Um programa muito conhecido é o
do correio, carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente Outlook Express, o qual detalhar mais à frente.
o dono tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de
próprio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computador e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode
conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso enviar mensagens para você. Também é possível enviar men-
do correio convencional com a velocidade do telefone, se tor- sagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto basta
nando um dos melhores e mais utilizado meio de comunicação. usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima.
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maioria
Estrutura e Funcionalidade do e-mail das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet através
do navegador. Este tipo de correio é chamado de WebMail. O
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos os WebMail é responsável pela grande popularização do e-mail,
endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, nome do pois mesmo as pessoas que não tem computador, podem
usuário + @ + host, onde: acessar sua caixa postal de qualquer lugar (um cyber, casa de
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo um amigo, etc.). Para ter um endereço eletrônico basta que-
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro. rer e acessar a Internet, é claro. Existe quase que uma guerra
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa o por usuários. Os provedores, também, disputam quem ofe-
nome do usuário do seu provedor. rece maior espaço em suas caixas postais. Há pouco tempo
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o endereço encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil.
eletrônico. Exemplo: click21.com.br . Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com 30
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao serviço Mb, achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu
24 horas por dia. 120 Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo culminando
com o anúncio de que o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb).
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.com.br A última campanha do GMail, e-mail do Google, é de aumen-
tar sua caixa postal constantemente, a última vez que acessei
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: estava em 2663 Mb.
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensa-
gens recebidas. WebMail
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não enviadas.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação aces-
que foram enviados. sada diretamente na Internet, sem a necessidade de usar pro-
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não grama de correio eletrônico. Praticamente todos os e-mails
terminou de redigir. possuem aplicações para acesso direto na Internet. É grande o
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. número de provedores que oferecem correio eletrônico gra-
tuitamente, logo abaixo segue uma lista dos mais populares.
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão presentes: » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do des- » GMail – http://www.gmail.com
tinatário. » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da mes- » iG Mail – http://www.ig.com.br
ma mensagem, ao usar este campo os endereços aparecerão » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
para todos os destinatários.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, no Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e se-
entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos. guir as instruções do site. Outro importante fator a ser ob-
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem. servado é o tamanho máximo permitido por anexo, este foi
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco tem-
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.). po a maioria dos provedores permitiam em torno de 2 Mb,
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a mensagem. mas atualmente a maioria já oferecem em média 25 Mb. Além
3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico- de caixa postal os provedores costumam oferecer serviços de
ewebmail001.asp agenda e contatos.

35
INFORMÁTICA

Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité- 4. Configurações – Este botão abre (como o próprio
rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem
por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha,
com o menor propaganda possível. definir número de e-mail por página, assinatura, resposta
» Criando seu e-mail automática, etc.
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente 5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma
simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste seção com vários tópicos de ajuda.
WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en- 6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através
tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen-
endereços informados acima ou ainda qualquer outro que dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado-
você conheça. O processo de cadastro é muito simples, res de terceiros.
basta preencher um formulário e depois você terá sua con- 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos: endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com. parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
br) ou qualquer outro de sua preferência. 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será está, no exemplo a Caixa de Entrada.
aberto um formulário, preencha-o observando todos os 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
campos. Os campos do formulário têm suas particularida- sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
des de provedor para provedor, no entanto todos trazem cionada.
a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
nome de usuário com o nome do provedor é que será seu mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno- botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
me@outlook.com. sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
3. Após preencher todo o formulário clique no botão “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você sua caixa postal.
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
pronto para ser usado. nome, quando está normal significa que todas as mensa-
gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
» Entendendo a Interface do WebMail sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que o número entre parêntese indica a quantidade. Este deta-
nos liga do mundo externo aos comandos do programa. lhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
mais adiante. também as mensagens das diversas pastas existentes na
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
vidor. de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus meá-las, também serve para classificar as mensagens que
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. nome dela.

36
INFORMÁTICA

14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi- Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adicio-
cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são nar Conta.
um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
de acordo com suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
são os mesmos apresentados no item 10.

OUTLOOK 2013

O Microsoft Outlook é um software de automação de


escritório e cliente de correio electrónico que faz parte do
pack Microsoft Office. Mas não é apenas um gerenciador
de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de grupos
de discussão com base em padrões avançados de internet,
além de possuir calendário integral e gerenciamento de ta- Na página Configuração Automática de Conta, insira
refas e de contatos. Além disso, possui capacidades de co- o seu nome, endereço de email e senha e escolha Avançar.
laboração em tempo de execução e em tempo de criação Observação : Se você receber uma mensagem de erro
robustos e integrados. após escolher Avançar, verifique novamente seu endere-
ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, escolha
Configurando uma conta4 Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua Escolha Concluir.
conta para você apenas com um endereço de email e uma
senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o Assistente A configuração automática não funcionou
Automático de Conta é iniciado. Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook
pode solicitar que você tente novamente usando uma co-
Para configurar uma conta automaticamente nexão não criptografada com o servidor de email. Se isso
Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de não funcionar, escolha Configuração manual ou tipos de
Conta for aberto, escolha Avançar. servidor adicionais.
Observação : Se o Assistente não abrir ou se você qui- Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
ser adicionar uma outra conta de email, na barra de ferra- não poderá usar o tipo de configuração manual para as
mentas, escolha a guia Arquivo. contas do Exchange. Contate o seu administrador se hou-
ver falha na configuração automática de conta. Ele infor-
mará a você o nome do Exchange Server para seu email e
o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
versão anterior e receber mensagens de erro informando
que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é por-
que o serviço Descoberta Automática do Exchange não foi
configurado ou não está funcionando corretamente.

4 Fonte: Ajuda do MSOutlook

37
INFORMÁTICA

Para configurar uma conta manualmente Na lista de contas de email, selecione a conta que de-
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor adi- seja excluir e escolha Remover.
cionais > Avançar.

Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar.


Preencha as seguintes informações:
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servidor Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-
de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails, Nome vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que
de Usuário e Senha. pode ser instalado somente em plataformas da família
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar as
Windows Server.
informações inseridas.
Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configura-
Criar uma mensagem de email
ções. O administrador poderá solicitar que você faça outras
Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
alterações, incluindo inserir portas específicas para o servidor
de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor de saída (SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

Excluir uma conta de email


Para excluir uma conta de email
No painel direito da guia Arquivo, selecione Configura-
ções de Conta > Configurações de Conta.

Se várias contas de email configuradas no Microsoft


Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men-
sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de.
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem.
Insira os endereços de email dos destinatários ou os
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários
com um ponto e vírgula.
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lis-
ta no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e
clique nos nomes desejados.
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos,
clique em Cco.
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo.
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook,
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de
calendário.

38
INFORMÁTICA

ACESSO À DISTÂNCIA A COMPUTADORES,


TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÃO E
ARQUIVOS.

Dica :  Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu Acesso à distância ou acesso remoto consiste em per-
email, você pode alterar sua aparência. Também é uma boa mitir que se controle um computador à distância desde que
ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes de en- o mesmo esteja conectado à INTERNET. Com isso pode-se
viar. visualizar a área de trabalho desse computador e controlá-lo
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em En- como se estivesse sentado nele.
viar. Com o surgimento da INTERNET e do crescimento das
Observação : Se você não consegue encontrar o botão redes de computadores, o conceito de longe e perto é re-
duzido a quase um detalhe e não mais a uma dificuldade.
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email.
Conseguimos comunicar com qualquer parte do mundo.
Mas e quando um problema acontece? Ainda temos
Pesquisar email
que nos deslocar até o local para resolver, ou seja, a distância
Da Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de volta a ser uma dificuldade.
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas E se pudéssemos controlar um computador à distância
mensagens. como se estivéssemos sentado à frente dele, mas sem a ne-
Para encontrar uma palavra que você sabe que está cessidade de sair do lugar ?.
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em É exatamente isso que o acesso remoto nos permite
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai- fazer. Mas para que isso funcione são necessários algumas
xa Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o configurações e que o computador esteja acessível, ou seja,
nome que você especificou serão exibidas com o texto de o computador deve estar conectado à uma rede sendo essa
pesquisa destacado nos resultados. rede a INTERNET ou uma REDE LOCAL.
O acesso remoto permite a resolução de vários proble-
Restrinja os resultados de pesquisa mas do cotidiano na área de suporte em TI, desde que o
No grupo Escopo na faixa de opções, escolha onde problema não esteja relacionado com a conectividade do
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa de computador, uma vez que para controlar um computador
Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens do remotamente deve-se garantir que ele esteja acessível.
Outlook. Por que utilizar Acesso Remoto
• Algumas situações onde o AR pode ajudar:
No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você
– Atualização de softwares e sistemas;
está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou
– Configurações de programas e sistemas;
pelo assunto.
– Correções de erros esporádicos ( aleatórios)
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesquisa • Situações onde o AR não pode ajudar:
ao selecionar: – Problemas que impedem o acesso a INTERNET ou a
Com Anexos – para localizar somente emails com ane- rede local, ou seja, sem conectividade
xos É fato que a simplicidade de controle da área de traba-
Categorizado – para localizar emails que tenham sido lho remota pode facilitar muito a sua vida. Você pode salvar
atribuídos a uma categoria específica arquivos que seriam muito grandes para enviar por email ou
Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re- até mesmo acessar coisas importantes que ninguém pode
cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje, enviar para você no computador de casa, além de ajudar a
Ontem, Mês Passado, etc.) solucionar um problema de outro computador.
Enviado para – para localizar emails enviados a você, Vale lembrar, porém, que a conexão entre os dois com-
não enviados diretamente a você ou enviados por outro putadores depende da velocidade com a qual eles estão
destinatário conectados à rede. Você pode acessar rapidamente a área
Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você de trabalho do outro computador, mas quase todos os pro-
apenas gramas de acesso remoto possuem uma interface pesada, o
Importante – para localizar somente emails rotulados que torna tarefas simples um pouco mais lentas que o usual.
Acesso Remoto
como importantes
Existe uma série de aplicativos voltados para o acesso
remoto de computadores, alguns para redes privadas e ou-
tros para redes públicas, ou seja, a Internet. Ao acessar a In-
ternet, como você já deve imaginar, você pode correr riscos
de ter sua conexão interceptada por terceiros. Então reco-
mendamos o uso de softwares diferentes caso você queira
acessar computadores na Internet ou dentro da rede.

39
INFORMÁTICA

Características importantes O que é um servidor remoto? Servidores remotos são


• Alguns fatores importantes devem ser observados computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua
para a escolha de uma solução em acesso remoto, são al- memória aos programas que chamamos de servidores.
guns deles: Pelo fato destes computadores não serem o seu compu-
– Facilidade de uso tador local - aquele que está em seu trabalho, seu quarto
– Facilidade de configuração ou em um laboratório de sua universidade, é que os cha-
– Requisitos de Segurança mamos de remoto, indicando que estão em algum outro
ponto remoto da Rede.
Facilidade de uso Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows
• Considere facilidade de uso, as características a res- ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma gran-
peito dos seguintes requisitos: de coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual
– interface do programa: intuitiva, suporte a vários com suas particularidades e, portanto, com características
idiomas, etc; diferentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer
– Interoperabilidade: compatibilidade com várias plata- tipo de computador, basta que nele exista um programa
formas (Windows, Linux, Mac, iPhoneOS, etc) que o caracterize como servidor de alguma coisa, por
– capacidade de adaptação do sistema aos vários tipos exemplo, FTP.
de ambientes de rede: rede locais ou NAT ( pc’s atrás de O que é um servidor de FTP? É um computador que
um firewall) roda um programa que chamamos de servidor de FTP e,
Facilidade de Configuração portanto, é capaz de se comunicar com outro computador
• Considere facilidade de configuração, os aspectos re- na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP.
lativos a:
– Instalação do software cliente: necessidade ou não Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um cliente?
de instalação de softwares para acessar ou visualizar um Como tudo na Internet gira em torna do que chama-
computador remoto mos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala
– Configuração do software servidor: grau de comple-
um programa que seja alguma aplicação para Internet,
xidade de configuração do computador a ser acessado
você obrigatoriamente estará instalando uma aplicação
– Necessidade de adaptação: funcionamento ‘plug-
cliente ou uma aplicação servidor.
-n-play’ ou necessita de regras avanças em firewalls para
Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
acesso ou de redirecionamento de portas.
através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
Requisitos de Segurança
entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
• Considere os requisitos de segurança, aspectos como:
estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
– Criptografia dos dados: garante segurança sobre as
plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
informações trafegadas entre os computadores
computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
– Autenticação: garante uma forma de segurança quan-
to ao acesso ao computador remoto, exigindo por exemplo tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro
um código de acesso, usuário e senha local do computador ponto da Rede, um computador que tem instalada e exe-
– Regras de prevenção de ataques: Mecanismos para cutando a parte servidora.
restringir o acesso ao computador remoto. Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es-
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se
Fonte: minicurso SENAC acesso a distância, por Marce- encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário,
lino g Macedo a parte cliente não saberá encontrar o servidor.
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga-
Transferência de Arquivos nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes-
FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP (abre- sante replicar as informações em diversos computadores
viação para File Transfer Protocol - Protocolo de Transfe- ao redor do mundo de modo que a performance do acesso
rência de Arquivos) é uma das mais antigas formas de in- a estas informações seja melhorada pela proximidade de
teração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber um mirror (espelho), que é um computador que espelha o
arquivos para, ou de computadores que se caracterizam conteúdo de um outro.
como servidores remotos. Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a
Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
- código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código 8 espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga-
bits). Há uma diferença interessante entre enviar uma men- nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de
sagem de correio eletrônico e realizar transferência de um arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar
arquivo. A mensagem é sempre transferida como uma in- por um site mais próximo de você.
formação textual, enquanto a transferência de um arquivo
pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual
(binário).

40
INFORMÁTICA

Intranet, um mirror em potencial


Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. CONCEITOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA
Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um DA INFORMAÇÃO.
pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Re-
sumidamente, podemos entendê-la como a migração da
tecnologia Internet para dentro de uma empresa. Neste CONCEITOS DE SEGURANÇA
caso, podemos imaginar que os funcionários desta empre-
sa serão, certamente, usuários freqüentes de FTP. A Segurança da Informação refere-se à proteção exis-
Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror tente sobre as informações de uma determinada empresa,
pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa- instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto
dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem- as informações corporativas quanto as pessoais.
plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fos- ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes-
se criado um local no servidor da rede local, no qual todos soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta
os softwares mais utilizados fossem espelhados. Com cer- ao público para consulta ou aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
teza a economia de tempo seria significativa.
de ferramentas) para a definição do nível de segurança
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para
FTP anônimo versus FTP com autenticação
análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis-
Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais
tente.
utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos- A segurança de uma determinada informação pode ser
suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP, afetada por fatores comportamentais e de uso de quem
bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni- se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca
mo). ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de
Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore furtar, destruir ou modificar a informação.
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do Antes de proteger, devemos saber:
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível • O que proteger.
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham • De quem proteger.
acesso a todas as informações da empresa. Quando se es- • Pontos vulneráveis.
tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece • Processos a serem seguidos.
em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub, MECANISMOS DE SEGURANÇA
etc, outgoing e incoming. O suporte para as recomendações de segurança pode
ser encontrado em:
O segundo tipo de conexão envolve uma autentica- • CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
ção, e portanto, é indispensável que o usuário possua um contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura
user name e uma password que sejam reconhecidas pelo (que garante a existência da informação) que a suporta.
sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas
caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm-
diretório criado para a conta do usuário - diretório home, pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso
e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
só escrever e ler arquivos nos quais ele possua permissão. rede, treinamento inadequado de funcionários, etc.
Alguns sites interessantes para FTP anônimo Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
HotDog
da segurança da informação. As medidas de proteção física
ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, do-
são frequentemente citadas como “segurança computacio-
cumentação e outros
nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft-
venção dos itens citados no parágrafo acima.
ware shareware O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou- por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
tros software produzidos pela Qualcomm ma se a segurança física não for garantida.
ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games
ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre sis- Instalação e Atualização
temas operacionais e software em geral
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente
as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli-
cativos que são instalados opcionalmente no processo de
instalação do sistema.

41
INFORMÁTICA

Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos
sejam observados para garantir a segurança desde a insta- firewalls podemos destacar três tipos principais:
lação do sistema, dos quais podemos destacar: • Filtros de pacotes
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne- • Stateful Firewalls
cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o • Firewalls em Nível de Aplicação
acesso de um atacante;
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema - Filtros de Pacotes
que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au- Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele
tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá- controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens da
rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall veri-
atacante; fica as informações sobre o endereço IP de origem e destino
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações do pacote e compara com uma lista de regras de acesso para
de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o determinar se pacote está autorizado ou não a ser repassado
sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali- através dele.
zados através da rede ou Internet; Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, porém
dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por isto, o
segurança; uso de roteadores como única defesa para uma rede corpo-
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: rativa não é aconselhável.
Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita direta-
instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se mente no roteador, para uma maior performance e controle,
acesso ao sistema. é necessária a utilização de um sistema específico de firewall.
Grande parte das invasões na Internet acontece devi- Quando um grande número de regras é aplicado diretamen-
do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os te no roteador, ele acaba perdendo performance. Além dis-
so, Firewall mais avançados podem defender a rede contra
administradores de sistemas não foram capazes de corrigir
spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente
pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
- Stateful Firewalls
é descoberta, um grande número de ataques é realizado
com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Firewall.
administradores de sistemas se mantenham atualizados
Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Inspection,
sobre os principais problemas encontrados nos aplicati-
que é um tipo avançado de filtragem de pacotes. Esse tipo de
vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou firewall examina todo o conteúdo de um pacote, não apenas
específicos sobre segurança da Informação. As principais seu cabeçalho, que contém apenas os endereços de origem
empresas comerciais desenvolvedoras de software e as e destino da informação. Ele é chamado de ‘stateful’ porque
principais distribuições Linux possuem boletins periódicos examina os conteúdos dos pacotes para determinar qual é o
informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas estado da conexão, Ex: Ele garante que o computador desti-
e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a no de uma informação tenha realmente solicitado anterior-
possuir o recurso de atualização automática, facilitando mente a informação através da conexão atual.
ainda mais o processo. Além de serem mais rigorosos na inspeção dos pacotes,
os stateful firewalls podem ainda manter as portas fechadas
Firewalls até que uma conexão para a porta específica seja requisitada.
Isso permite uma maior proteção contra a ameaça de port
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli- scanning.
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter-
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá- - Firewalls em Nível de Aplicação
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção Nesse tipo de firewall o controle é executado por aplica-
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso ções específicas, denominadas proxies, para cada tipo de ser-
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as viço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo o trá-
redes com a Internet), um computador rodando filtragens fego recebido e o envia para as aplicações correspondentes;
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um assim, cada aplicação pode controlar o uso de um serviço.
hardware proprietário específico para função de firewall), Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
ou um conjunto desses sistemas. performance, já que ele analisa toda a comunicação utilizan-
Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de do proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o controle
um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a no tráfego, já que as aplicações específicas podem detalhar
rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran- melhor os eventos associados a um dado serviço.
do as políticas de acesso da organização. A maior dificuldade na sua implementação é a necessi-
Podemos observar que o firewall é único ponto de dade de instalação e configuração de um proxy para cada
entrada da rede, quando isso acontece o firewall também aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham cor-
pode ser designado como check point. retamente com esses mecanismos.

42
INFORMÁTICA

Considerações sobre o uso de Firewalls Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
também conhecida como: compression function, cryptogra-
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e phic checksum, message digest ou fingerprint. Essa função
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- gera uma string única sobre uma informação, se esse valor
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário, signi-
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- fica que essa informação não foi alterada.
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer dizer novo hash pode ter sido calculado.
que os firewalls são a última linha de defesa. Significa que se Para solucionar esse problema, é utilizada a criptografia
um atacante conseguir quebrar a segurança de um firewall, assimétrica com a função das chaves num sentido inverso,
ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade de onde o hash é criptografado usando a chave privada do re-
roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls pro- metente, sendo assim o destinatário de posse da chave pú-
tegem a rede contra os ataques externos, mas não contra blica do remetente poderá decriptar o hash. Dessa maneira
os ataques internos. No caso de funcionários mal intencio- garantimos a procedência, pois somente o remetente possui
nados, os firewalls não garantem muita proteção. Finalmen- a chave privada para codificar o hash que será aberto pela
te, como mencionado os firewalls de filtros de pacotes são sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da informação
falhos em alguns pontos. - As técnicas de Spoofing podem original, protegido pela criptografia, garantirá a integridade
ser um meio efetivo de anular a sua proteção. da informação.
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con- Mecanismos de garantia da integridade da informação
junto com diversas outras medidas de segurança.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que Usando funções de “Hashing” ou de checagem, consis-
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blin- tindo na adição.
dagem / guardas / etc.
Mecanismos de controle de acesso
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, inteligentes.
ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento mal
intencionado. Mecanismos de certificação
Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
troles lógicos: Atesta a validade de um documento. O Certificado Digi-
tal, também conhecido como Certificado de Identidade Di-
Mecanismos de encriptação gital associa a identidade de um titular a um par de chaves
eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas em
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É uma
palavras gregas: versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cédula de
• CRIPTO = ocultar, esconder. Identidade - serve como prova de identidade, reconhecida
• GRAFIA = escrever diante de qualquer situação onde seja necessária a compro-
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou vação de identidade.
em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam O Certificado Digital pode ser usado em uma grande va-
uma mensagem incompreensível permitindo apenas que o riedade de aplicações, como comércio eletrônico, groupwa-
destinatário que conheça a chave de encriptação possa de- re (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de fundos.
criptar e ler a mensagem com clareza. Dessa forma, um cliente que compre em um shopping
Permitem a transformação reversível da informação de virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi-
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a
algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por
de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá solici-
sequência de dados encriptados. A operação inversa é a de- tar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital, para
sencriptação. identificá-lo com segurança e precisão.
Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado de
Assinatura digital Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e a
comunicação com segurança não será estabelecida.
Um conjunto de dados encriptados, associados a um O Certificado de Identidade Digital é emitido e assinado
documento do qual são função, garantindo a integridade por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate Autho-
do documento associado, mas não a sua confidencialidade. rity). Para tanto, esta autoridade usa as mais avançadas téc-
A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro- nicas de criptografia disponíveis e de padrões internacionais
blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para a emissão
codificar as informações: a Integridade e a Procedência. e chancela digital dos Certificados de Identidade Digital.

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INFORMÁTICA

Podemos destacar três elementos principais: Integridade: Medida em que um serviço/informação é


- Informação de atributo: É a informação sobre o objeto genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode incluir intrusos.
seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua organização
e o departamento da organização onde trabalha. Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
- Chave de informação pública: É a chave pública da en- detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
tidade certificada. O certificado atua para associar a chave mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
pública à informação de atributo, descrita acima. A chave pú- enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
blica pode ser qualquer chave assimétrica, mas usualmente é rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
uma chave RSA.
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA AMEAÇAS À SEGURANÇA
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona credi-
bilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica a Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
assinatura e acreditará na informação de atributo e chave pú- algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
blica associadas se acreditar na Autoridade em Certificação. alguma vulnerabilidade do ambiente.
Existem diversos protocolos que usam os certificados di- Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
gitais para comunicações seguras na Internet: de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
• Secure Socket Layer ou SSL; existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME; podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
• Form Signing; que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
• Authenticode / Objectsigning. seu projeto de Segurança.
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer- Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites FVRDNE:
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de CD, Falsificação
bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de adoção onde
apenas os servidores estavam identificados com certificados Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
digitais, e assim tínhamos garantido, além da identidade do usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, apenas com a chega- executar tarefas. Seguem dois exemplos:
da dos certificados para os browsers é que pudemos contar • Falsificar mensagem de e-mail;
também com a identificação na ponta cliente, eliminando as- • Executar pacotes de autenticação.
sim a necessidade do uso de senhas e logins. Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois com sua senha, grudado no seu monitor.
permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os Violação
e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a do A Violação ocorre quando os dados são alterados:
destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia da • Alterar dados durante a transmissão;
identidade de quem enviou o e-mail. • Alterar dados em arquivos.
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
usuários emitam recibos online com seus certificados digi- Repudiação
tais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Banking A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de
e solicita uma transferência de fundos. O sistema do banco, um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que
antes de fazer a operação, pede que o usuário assine com foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log
seu certificado digital um recibo confirmando a operação. após um acesso indevido. Exemplos:
Esse recibo pode ser guardado pelo banco para servir como • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
prova, caso o cliente posteriormente negue ter efetuado a • Comprar um produto e mais tarde negar que com-
transação. prou.
O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que
permitem que um desenvolvedor de programas de compu- Divulgação
tador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar um
software pela Internet, o usuário tem certeza da identidade A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/
do fabricante do programa e que o software se manteve ínte- ou custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Ser-
gro durante o processo de download. Os certificados digitais viço”, pois informações que não podiam ser acessadas por
se dividem em basicamente dois formatos: os certificados de terceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para
uso geral (que seriam equivalentes a uma carteira de identi- obter vantagem em negócios.
dade) e os de uso restrito (equivalentes a cartões de banco, Dependendo da informação ela pode ser usada como
carteiras de clube etc.). Os certificados de uso geral são emiti- objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação:
dos diretamente para o usuário final, enquanto que os de uso • Expor informações em mensagens de erro;
restrito são voltados basicamente para empresas ou governo. • Expor código em sites.

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INFORMÁTICA

Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS) VULNERABILIDADES

A forma mais conhecida de ataque que consiste na per- Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles
turbação de um serviço, devido a danos físicos ou lógicos que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida-
causados no sistema que o suportam. Para provocar um DoS, de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas.
os atacantes disseminam vírus, geram grandes volumes de Veja algumas vulnerabilidades:
tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos aos servidores • Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas
que causam subcarga e estes últimos ficam impedidos de previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com-
processar os pedidos normais. plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no
O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exemplo: monitor é uma vulnerabilidade.
• “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood); • Software sem Patches – Um gerenciamento de Ser-
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados. vice Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade co-
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server mum. Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster,
contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o DHCP sendo que suas respectivas correções já estavam disponí-
Server Local com solicitações de IP, fazendo com que nenhu- veis bem antes dos ataques serem realizados.
ma estação com IP dinâmico obtenha endereço IP. • Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
Elevação de Privilégios sões acima do necessário.
• Engenharia Social – O Administrador pode alterar
Acontece quando o usuário mal-intencionado quer exe- uma senha sem verificar a identidade da chamada.
cutar uma ação da qual não possui privilégios administrativos • Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces-
suficientes: sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios do incorretamente.
sistema; • Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de
autenticação usando protocolos de texto simples, dados
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima.
importantes enviados em texto simples pela Internet.
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador da
Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desbloqueada,
não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco
e com isso adicionar a sua própria conta aos grupos Domain
de suas vulnerabilidades.
Admins, e Remote Desktop Users. Com isso ele faz o que qui-
Nem todos os problemas de segurança possuem uma
ser com a rede da empresa, mesmo que esteja em casa.
solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
de Risco, analisando e balanceando todas as informações
Quem pode ser uma ameaça? sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
impacto.
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, mui-
tas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são agentes NÍVEL DE SEGURANÇA
maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis falhas). Estas
pessoas são motivadas para fazer esta ilegalidade por vários Depois de identificado o potencial de ataque, as orga-
motivos. Os principais motivos são: notoriedade, autoestima, nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele-
vingança e o dinheiro. É sabido que mais de 70% dos ata- cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a
ques partem de usuários legítimos de sistemas de informação necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser
(Insiders) -- o que motiva corporações a investir largamente quantificados os custos associados aos ataques e os asso-
em controles de segurança para seus ambientes corporativos ciados à implementação de mecanismos de proteção para
(intranet). minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque .
É necessário identificar quem pode atacar a minha rede, e
qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa. POLÍTICAS DE SEGURANÇA
• Principiante – não tem nenhuma experiência em pro-
gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han-
tem noção do que está fazendo ou das consequências da- dbook), uma política de segurança consiste num conjunto
quele ato. formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários
• Intermediário – tem algum conhecimento de progra- dos recursos de uma organização.
mação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta pessoa As políticas de segurança devem ter implementação
pode querer algo além de testar um “Programinha Hacker”. realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade
• Avançado – Programadores experientes, possuem co- dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e
nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga-
ataques estruturados. Certamente não estão só testando os nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra-
seus programas. mento para a implementação de mecanismos de seguran-
Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro-
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al- cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base
guma vulnerabilidade do seu ambiente. para procedimentos legais na sequência de ataques.

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INFORMÁTICA

O documento que define a política de segurança deve dei- Os computadores geralmente operam com grupos de
xar de fora todos os aspetos técnicos de implementação dos bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode
mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ser usado na representação de caracteres, como uma letra
ao longo do tempo. Deve ser também um documento de fácil (A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, *,?,
leitura e compreensão, além de resumido. @), entre outros.
Algumas normas definem aspectos que devem ser levados Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama-
em consideração ao elaborar políticas de segurança. Entre essas nhos etc., também podemos medir o tamanho das informa-
normas estão a BS 7799 (elaborada pela British Standards Insti- ções e a velocidade de processamento dos computadores. A
tution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão brasileira desta primeira). medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos, conforme
Existem duas filosofias por trás de qualquer política de se- demonstramos na tabela abaixo:
gurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente permitido
é proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não depende
só da Tecnologia usada, mas também dos Processos utilizados
na sua implementação e da responsabilidade que as Pessoas
têm neste conjunto. Estar atento ao surgimento de novas tec-
nologias não basta, é necessário entender as necessidades do
ambiente, e implantar políticas que conscientizem as pessoas a MAINFRAMES
trabalhar de modo seguro.
Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que insta-
lando um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilidades ou
diminui a quantidade de ameaças. É extremamente necessário
conhecer o ambiente e fazer um estudo, para depois poder im-
plementar ferramentas e soluções de segurança.

CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE.

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem fo-


ram idealizados como máquinas para processar números (o que
conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo era feito fi-
sicamente. Os computadores podem ser classificados pelo porte.
Existia ainda um problema, porque as máquinas processa- Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes ―
vam os números, faziam operações aritméticas, mas depois não e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sendo es-
sabiam o que fazer com o resultado, ou seja, eram simplesmente tes últimos divididos em duas categorias: desktops ou torres
máquinas de calcular, não recebiam instruções diferentes e nem e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smartphones).
possuíam uma memória. Até então, os computadores eram uti- Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
lizados para pouquíssimas funções, como calcular impostos e idênticas, mas em escalas diferentes.
outras operações. Os computadores de uso mais abrangente Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
apareceram logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
desenvolveram ― secretamente, durante o período ― o pri- atividades com grande volume de dados. Seu custo é bastan-
meiro grande computador que calculava trajetórias balísticas. A te elevado. São encontrados, geralmente, em bancos, gran-
partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo cada vez des empresas e centros de pesquisa.
mais acelerado, até chegar aos dias de hoje.
CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
Código Binário, Bit e Byte
A classificação de um computador pode ser feita de di-
O sistema binário (ou código binário) é uma representa- versas maneiras. Podem ser avaliados:
ção numérica na qual qualquer unidade pode ser demonstrada • Capacidade de processamento;
usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é a única linguagem • Velocidade de processamento;
que os computadores entendem. Cada um dos dígitos utilizados • Capacidade de armazenamento das informações;
no sistema binário é chamado de Binary Digit (Bit), em portu- • Sofisticação do software disponível e compatibilidade;
guês, dígito binário e representa a menor unidade de informação • Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
do computador. cessing Uni), Unidade Central de Processamento.

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INFORMÁTICA

TIPOS DE MICROCOMPUTADORES SMARTPHONES

Os microcomputadores atendem a uma infinidade de São telefones celulares de última geração. Possuem
aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu- alta capacidade de processamento, grande potencial de
tadores pessoais) e Macintosh (Apple). armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas,
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações vídeos e têm outras funcionalidades.
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa, Sistema de Processamento de Dados
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar. Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-
mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
DESKTOPS tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
vida diária de cada um de nós.
São os computadores mais comuns. Geralmente dis- Para tentarmos definir o que seja processamento de
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
São compostos por: chamamos de dados.
• Monitor (vídeo) E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-
• Teclado ções, com as quais foram obtidas as informações.
• Mouse O processamento de dados sempre envolve três fases
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. Informação.
Para que um sistema de processamento de dados fun-
PORTÁTEIS cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
funcionem em perfeita harmonia, são eles:
Os computadores portáteis possuem todas as partes
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e Hardware
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen- de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
operações.
Software
LAPTOPS
É toda a parte lógica do sistema de processamento de
Também chamados de notebooks, são computadores dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa- até os programas que os processam.
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rí- Peopleware
gido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem
da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima), Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles
significando “computador que cabe no colo de qualquer que usam a informática como um meio para a sua ativi-
pessoa”. dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
que usam a informática como uma atividade fim).
NETBOOKS Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
São computadores portáteis muito parecidos com o ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
PDA nadas a fazer e usar a informática.
O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e morando o hardware, seguido de perto pelo software.
também são conhecidos como palmtops. São computado- Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a transformam fantasia em realidade virtual não são mais
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis- novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
programas para uso específico. computador.

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INFORMÁTICA

Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona- Diversos componentes integram a placa-mãe, como:
mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente • Chipset
processamento da informação, sucateando e subutilizando Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcom-
equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so- putador que gerenciam praticamente todo o funcionamento
bretudo nas instituições públicas. da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, controle
do buffer de dados, interface com a CPU, etc.).
POR DENTRO DO GABINETE O chipset é composto internamente de vários outros pe-
quenos chips, um para cada função que ele executa. Há um
chip controlador das interfaces IDE, outro controlador das
memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, cada
um com recursos bem diferentes.
Devido à complexidade das motherboards, da sofistica-
ção dos sistemas operacionais e do crescente aumento do
clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais
importante do microcomputador. Fazendo uma analogia com
uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, o chip-
set seria o resto!

• BIOS

Identificaremos as partes internas do computador, lo- O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de
calizadas no gabinete ou torre: entrada e saída, é a primeira camada de software do micro,
um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o mi-
• Motherboard (placa-mãe) crocomputador. Durante o processo de inicialização, o BIOS
é o responsável pelo reconhecimento dos componentes de
• Processador
hardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas
• Memórias
para o funcionamento do sistema.
• Fonte de Energia
O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
• Cabos
utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
• Drivers
Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
• Portas de Entrada/Saída
que estão descritos os elementos necessários para operacio-
nalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O. acesso
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE)
aos recursos independe de suas características específicas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al- (Erased Programmable Read Only Memory). É um tipo de me-
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos. mória “não volátil”, isto é, desligando o computador não há
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- a perda das informações (programas) nela contida. O BIOS é
rísticas especificas de famílias de processadores, incluin- contem 2 programas: POST (Power On Self Test) e SETUP para
do até a possibilidade de uso de processadores ainda não teste do sistema e configuração dos parâmetros de inicializa-
lançados, mas que apresentem as mesmas características ção, respectivamente, e de funções básicas para manipulação
previstas na placa. do hardware utilizadas pelo Sistema Operacional.
A placa mãe é determinante quanto aos componentes Quando inicializamos o sistema, um programa chamado
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- POST conta a memória disponível, identifica dispositivos plu-
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- g-and-play e realiza uma checagem geral dos componentes
ce do micro. instalados, verificando se existe algo de errado com algum
componente. Após o término desses testes, é emitido um re-
latório com várias informações sobre o hardware instalado no

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INFORMÁTICA

micro. Este relatório é uma maneira fácil e rápida de verificar PROCESSADOR


a configuração de um computador. Para paralisar a imagem
tempo suficiente para conseguir ler as informações, basta
pressionar a tecla “pause/break” do teclado.
Caso seja constatado algum problema durante o POST,
serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro encon-
trado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-falante
conectado à placa mãe.
Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
atualizadas por software e também não perdem seus dados
quando o computador é desligado, sem necessidade de ali-
mentação permanente.
As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50%
dos micros utilizam BIOS AMI.

• Memória CMOS O microprocessador, também conhecido como pro-


cessador, consiste num circuito integrado construído para
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do
uma memória formada por circuitos integrados de baixíssimo computador, mas está longe de ser uma máquina completa
consumo de energia, onde ficam armazenadas as informações por si só: para interagir com o usuário é necessário memó-
do sistema (setup), acessados no momento do BOOT. Estes ria, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais,
dados são atribuídos na montagem do microcomputador re- entre outros.
fletindo sua configuração (tipo de winchester, números e tipo É o processador quem determina a velocidade de pro-
de drives, data e hora, configurações gerais, velocidade de me- cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
mória, etc.) permanecendo armazenados na CMOS enquanto comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
houver alimentação da bateria interna. Algumas alterações no • Clock Speed ou Clock Rate
hardware (troca e/ou inclusão de novos componentes) podem
É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
implicar na alteração de alguns desses parâmetros.
ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o
uma CPU pode executar por segundo.
processador e seu chipset e portanto é recomendável usar os
Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
valores default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças
processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
nesses parâmetros pode ocasionar o travamento da máquina,
ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
intermitência na operação, mau funcionamento dos drives e
Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
até perda de dados do HD.
em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
• Slots para módulos de memória trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
encaixados (ou até soldados) diretamente na placa mãe, um a ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
um. O agrupamento dos chips de memória em módulos (pen- a alta velocidade de clock.
tes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permi- Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
tiu maior versatilidade na composição dos bancos de memória na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
de acordo com as necessidades das aplicações e dos recursos mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
financeiros disponíveis. clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
Durante o período de transição para uma nova tecnologia é to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
comum encontrar placas mãe com slots para mais de um modelo. plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módu- o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
los de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
tipo (não simultaneamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
• Clock rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera uma instrução por ciclo.
um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar todos os Como as CPUs, os barramentos de expansão também
circuitos da placa mãe e também os circuitos internos do pro- têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida-
cessador para que o sistema trabalhe harmonicamente. des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são medi- para que um componente não deixe o outro mais lento. Na
dos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta
MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente que a velocidade da CPU.
os processadores são referenciados pelo clock ou frequência
de operação: Pentium IV 2.8 MHz.

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INFORMÁTICA

• Overclock Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em-


Overclock é o aumento da frequência do processador presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos também al-
para que ele trabalhe mais rapidamente. guns concorrentes famosos dessa marca, tais como NEC, Cyrix
A frequência de operação dos computadores domésti- e AMD; sendo que atualmente apenas essa última marca man-
cos é determinada por dois fatores: tém-se fazendo frente aos lançamentos da INTEL no mercado.
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida Por exemplo, um modelo muito popular de 386 foi o de 40 MHz,
também como velocidade de barramento, que nos compu- que nunca foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33 MHz,
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz. esse processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 Pentium, a AMD foi obrigada a criar também novas denomina-
que permite ao processador trabalhar internamente a uma ções para seus processadores, sendo lançados modelos como K5,
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que K6-2, K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) e
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci-
dade de barramento. MEMÓRIAS
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha
com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem-
plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
Vamos chamar de memória o que muitos autores denomi-
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
nam memória primária, que é a memória interna do computador,
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen-
sem a qual ele não funciona.
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé-
A memória é formada, geralmente, por chips e é utilizada para
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa guardar a informação para o processador num determinado mo-
velocidade. mento, por exemplo, quando um programa está sendo executado.
Quando se faz um overclock, o processador passa a As memórias ROM (Read Only Memory - Memória Somente
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Memória de Aces-
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. so Randômico) ficam localizadas junto à placa-mãe. A ROM são
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de chips soldados à placa-mãe, enquanto a RAM são “pentes” de
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já memória.
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos).
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen- FONTE DE ENERGIA
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou
quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-
do, o que proporciona uma execução de duas instruções É um aparelho que transforma a corrente de eletricidade al-
efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça ternada (que vem da rua), em corrente contínua, para ser usada
o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado nos computadores. Sua função é alimentar todas as partes do
gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor- computador com energia elétrica apropriada para seu funciona-
na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér- mento.
mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por meio de
quadruplicado. cabos coloridos com conectores nas pontas.

50
INFORMÁTICA

CABOS São as portas do computador nas quais se conectam


todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen-
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem.
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com-
putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri-
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de
som, mouse, teclado etc.

Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante


usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan-
ners) e as portas PS/2(mouses e teclados).
Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro
do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co- MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e DE ARMAZENAMENTO
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla-
ca-mãe. Memórias
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE,
SATA, SATA2, energia e som. Memória ROM

DRIVERS

No microcomputador também se encontram as me-


mórias definidas como dispositivos eletrônicos respon-
sáveis pelo armazenamento de informações e instruções
utilizadas pelo computador.
São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re-
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou que os dados não se perdem quando o computador é des-
mecânico. ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados
Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos.
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze- Os tipos de ROM usados atualmente são:
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos. • Electrically-Erasable Programmable Read-Only
Memory (Eeprom)
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA É um tipo de PROM que pode ser apagada simples-
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior-
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.

51
INFORMÁTICA

É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado A memória cache é um tipo de memória de acesso
em memória flash que permite realizarmos upgrades de BIOS. rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de
Na verdade essa não é exatamente uma memória ROM, já dados que provavelmente serão usados novamente.
que pode ser reescrita, mas a substitui com vantagens. Quando executamos algum programa, por exemplo,
• Programmable Read-Only Memory (Prom) parte das instruções fica guardada nesta memória para
É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sendo que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa
programada posteriormente. Uma vez gravados os dados, novamente, sua execução seja mais rápida.
eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é usado Atualmente, a memória cache já é estendida a outros
em vários dispositivos, assim como em placas-mãe antigas. dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam
Memoria RAM este tipo de armazenamento.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil. O disco rígido é popularmente conhecido como HD
O módulo de memória é um componente adicionado à (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também,
placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui- de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o
tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode computador é desligado, não perde as informações.
ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para
das necessidades do usuário. O local onde os chips de me- armazenamento de informações indispensável ao funcio-
mória são instalados chama-se SLOT de memória. namento do computador. É nele que ficam guardados to-
A memória ganhou melhor desempenho com versões dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional.
mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ- Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo,
mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.
entre outras, que proporcionam um aumento no desempe-
nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, HD Externo
as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.

Memória Cache

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta


capacidade de armazenamento, chegando facilmente à
casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir
de qualquer entrada USB do computador.

52
INFORMÁTICA

As grandes vantagens destes dispositivos são: Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e
• Alta capacidade de armazenamento; DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser usado
• Facilidade de instalação; para leitura é ainda menor que o do DVD, o que possibilita
• Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual- armazenagem maior de dados no disco.
quer lugar sem necessidade de abrir o computador. O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor
ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma
CD, CD-R e CD-RW cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado
do nome por fins jurídicos, já que muitos países não permi-
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década tem que se registre comercialmente uma palavra comum. O
de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de 2006.
dados digitalmente.
Sua composição é geralmente formada por quatro ca- Pen Drive
madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti-
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os
rótulos
Na camada de gravação existe uma grande espiral que É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre- mória flash e conecta-se ao computador por uma porta USB.
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo custo,
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais baixo consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos
avanços nos microprocessadores. Funciona, basicamente,
de CDs:
como um HD externo e quando conectado ao computador
pode ser visualizado como um drive. O pen drive também é
1. CD comercial
conhecido como thumbdrive (por ter o tamanho aproximado
(que já vem gravado com música ou dados)
de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar uma me-
mória flash) ou, ainda, disco removível.
2. CD-R
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)
CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados,
porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.
3. CD-RW
(que pode ter seus dados apagados e regravados) Cartão de Memória
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca
de 700 MB ou 80 minutos de música.

DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é


hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de
laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando Assim como o pen drive, o cartão de memória é um
uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capa- tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
cidade de armazenamento. mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo digitais e aparelhos celulares smartphones.
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos,
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD cha- ringtones, endereços, números de telefone etc.
mado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, O cartão de memória funciona, basicamente, como o
cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB. pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen-
te no dispositivo e é bem mais compacto.
Blu-Ray Os formatos mais conhecidos são:
• Memory Stick Duo
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia • SD (Secure Digital Card)
entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas • Mini SD
camadas de gravação. • Micro SD

53
INFORMÁTICA

OS PERIFÉRICOS É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada de


Os periféricos são partes extremamente importantes dos dados no computador.
computadores. São eles que, muitas vezes, definem sua aplicação. Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi pouco
alterado. Possui teclas representando letras, números e símbo-
Entrada los, bem como teclas com funções específicas (F1... F12, ESC etc.).
São dispositivos que possuem a função de inserir dados
ao computador, por exemplo: teclado, scanner, caneta óptica, Câmera Digital
leitor de código de barras, mesa digitalizadora, mouse, micro-
fone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera fotográfica digi-
tal, câmera de vídeo, webcam etc.
Mouse

Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes foto-


gráficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória
interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória.
É utilizado para selecionar operações dentro de uma tela O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é
apresentada. Seu movimento controla a posição do cursor na o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao computador
tela e apenas clicando (pressionando) um dos botões sobre por meio de um cabo ou, nos computadores mais modernos,
o que você precisa, rapidamente a operação estará definida. colocando-se o cartão de memória diretamente no leitor.
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias Ma-
cintosh e Windows, tornando-se indispensável para a utiliza- Câmeras de Vídeo
ção do microcomputador.

Touchpad

As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são tam-


bém aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras de ví-
deo digitais ligam-se ao microcomputador por meio de cabos
de conexão e permitem levar a ele as imagens em movimento
e alterá-las utilizando um programa de edição de imagens.
Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as imagens por
meio de placas de captura de vídeo, que podem funcionar
Existem alguns modelos diferentes de mouse para note- interna ou externamente no computador.
books, como o touchpad, que é um item de fábrica na maioria deles.
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a mes-
ma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cursor na
tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do touchpad.

Teclado

54
INFORMÁTICA

Scanner É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans-


fere instantaneamente para o computador. A maioria delas
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade
de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que
possam ser transmitidas mais rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate-
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ-
mera já vem integrada ao computador.

Saída

São dispositivos utilizados para saída de dados do


É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor,
memória do computador uma imagem desenhada, pintada caixa de som etc.
ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada Monitor
linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão)
armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos que tem a função de exibir a saída de dados.
pontos da linha. A qualidade do que é mostrado na tela depende da
A princípio, essas informações são convertidas em car- resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic-
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma- ture Elements), que podem ser representados na sua su-
das em valores numéricos. O computador decodifica esses perfície.
números, armazena-os e pode transformá-los novamente Todas as imagens que você vê na tela são compostas
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels).
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo. Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada
Existem scanners que funcionam apenas em preto e será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi-
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da 307.200 pixels.
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse A placa gráfica permite que as informações saiam do
tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre- computador e sejam apresentadas no monitor. A placa
ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
o vermelho e outra o azul. gráficos e imagens apresentadas.
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
menor definição. Isso é determinado pelo número de pon- seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po- mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento com várias cores e suas tonalidades.
de escrita, denominados OCR. A tecnologia utilizada nos monitores também tem
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de duzir o consumo de energia e a emissão de radiação ele-
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos tromagnética. Outras inovações, como controles digitais,
vendidos. tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudan-
ças.
Webcam Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo
princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o fei-
xe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande
evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid
Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi-
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen-
tar a área útil da tela.
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade
da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:

55
INFORMÁTICA

• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam- Impressora Laser


po de visão
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
vimentos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-
nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás,
o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.
A definição de cores também é superior, principalmen- As impressoras a laser apresentam elevada qualidade de
te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne- impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Utilizam
nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado. folhas avulsas e são bastante silenciosas.
Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED Possuem fontes internas e também aceitam fontes via
também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma software (dependendo da quantidade de memória). Algumas
polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de- possuem um recurso que ajusta automaticamente as confi-
sign mais agradável e bem mais leve. gurações de cor, eliminando a falta de precisão na impressão
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200 dpi (dots
o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não per inch - pontos por polegada).
deram continuidade à produção dos equipamentos com
tubo de imagem. Impressora a Cera
Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral-
mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando Categoria de impressora criada para ter cor no impresso
com imagens, cores, movimentos e animações multimídia, com qualidade de laser, porém o custo elevado de manuten-
sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores. ção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram essa tec-
Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes nologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma sublimação de
formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre- cera (aquela do lápis de cera) para fazer impressão.
sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
res sejam conectados a elas. Plotters

Impressora Jato de Tinta

Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet


(como também são chamadas), são as mais populares do
mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres- Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, que
são e eficiência. é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes
A impressora jato de tinta forma imagens lançando a dimensões, com elevada qualidade e rigor, como plantas ar-
tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres quitetônicas, mapas cartográficos, projetos de engenharia e
como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe- grafismo, ou seja, a impressora plotter é destinada às artes
ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem gráficas, editoração eletrônica e áreas de CAD/CAM.
fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft- Vários modelos de impressora plotter têm resolução de
ware. Também preparam documentos em preto e branco 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por pole-
e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e gada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 páginas por
outro colorido. minuto (no padrão de papel utilizado em impressoras a laser).
Existe a plotter que imprime materiais coloridos com lar-
gura de até três metros (são usadas em empresas que impri-
mem grandes volumes e utilizam vários formatos de papel).

56
INFORMÁTICA

Projetor Todo barramento é implementado seguindo um con-


junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
É um equipamento muito utilizado em apresentações cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
multimídia. DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer
Antigamente, as informações de uma apresentação dispositivo que queira ser compatível com este barramen-
eram impressas em transparências e ampliadas num retro- to deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
auxiliado muito nesta área. ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
Quando conectados ao computador, esses equipa- da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
mentos reproduzem o que está na tela do computador em dados seria o caos para o funcionamento do computador.
dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao
mesmo tempo. Os barramentos têm como principais vantagens o fato
de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
Entrada/Saída
periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro
São dispositivos que possuem tanto a função de inse-
ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda
rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen
drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, im- placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no-
pressora multifuncional, etc. vas placas que expandem as possibilidades do sistema.
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de
classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua prin- engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé-
cipal característica é a de realizar os papeis de impressora ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).
(Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo. Dispositivos conectados ao barramento

BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS • Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o


acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são • Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente
conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to- obedecem à requisição do mestre.
das as placas do computador. Exemplo:
Na verdade existe barramento em todas as placas de - CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre-
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc- va um bloco de dados.
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.
“impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem Barramentos Comerciais
a comunicação entre todos os dispositivos do computador:
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os Serão listados aqui alguns barramentos que foram e
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock, alguns que ainda são bastante usados comercialmente.
endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade ISA – Industry Standard Architeture
de serem levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localização
para onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín-
cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sin-
cronia de tempo para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos envol-
vidos na transmissão do barramento se a operação em cur-
so é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns sinais
de controle são bastante comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
mento de dados no endereço especificado no barramento
de endereços.
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço
especificado pelo barramento de endereço a ser posto no Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo
barramento de dados. PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-
• I/O Write - Causa dados no barramento de dados se- compatíveis. Era um barramento único para todos os com-
rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O). ponentes do computador, operando com largura de 16 bits
• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo e com clock de 8 MHz.
de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.
• Bus request - Indica que um módulo pede controle do
barramento do sistema.
• Reset - Inicializa todos os módulos

57
INFORMÁTICA

PCI – Peripheral Components Interconnect Esse barramento permite que uma placa controladora grá-
fica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. O Chip
controlador AGP substitui o controlador de E/S do barramento
PCI. O novo conjunto AGP continua com funções herdadas do
PCI. O conjunto faz a transferência de dados entre memória, o
processador e o controlador ISA, tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela porta
gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminan-
do a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa
para armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura.
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-mãe
que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o
primeiro a ter suporte ao AGP. A principal vantagem desse bar-
ramento é o uso de uma maior quantidade de memória para ar-
mazenamento de texturas para objetos tridimensionais, além da
alta velocidade no acesso a essas texturas para aplicação na tela.
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que propor-
ciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além disso, sua
PCI é um barramento síncrono de alta performance, taxa de transferência chegava a 266 MB por segundo quando
indicado como mecanismo entre controladores altamen- operando no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no
te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/ esquema de velocidade 2X. Existem também as versões 4X, 8X e
memória. 16X. Geralmente, só se encontra um único slot nas placas-mãe,
Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu- visto que o AGP só interessa às placas de vídeo.
g-and-play.
PCI Express
Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro-
cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série
de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
custo e permita diferenciações na implementação.

Componente PCI ou PCI master


Funciona como uma ponte entre processador e barra-
mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.

- Add-in cards interface


Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
gerenciados pelo PCI master e são totalmente programá- Na busca de uma solução para algumas limitações dos bar-
veis. ramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no bar-
ramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um
AGP – Advanced Graphics Port padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados
entre o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre
a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permi-
te o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados
de lanes para transferência de dados. Se um determinado dis-
positivo usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barra-
mento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI
Express 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional,
ou seja, recebe e envia dados. Cada conexão usada no PCI Ex-
press trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A
freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim
sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250
MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB do pa-
drão PCI. Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente
a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo mostra os valores das
taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP:

58
INFORMÁTICA

AGP PCI Express


AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB
segundo por segundo
AGP 4X: 1064 MB PCI Express 2X: 500 MB
por segundo por segundo
AGP 8X: 2128 MB PCI Express 8X: 2000 MB
por segundo por segundo
PCI Express 16X: 4000 MB
 
por segundo

É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado Interface Paralela


e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X
de PCI Express 1X. Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa inter-
Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode represen- face transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits em paralelo
tar também taxas de transferência de dados de 500 MB por existe um RISCo de interferência na corrente elétrica dos condu-
segundo. tores que formam o cabo. Por esse motivo os cabos de comuni-
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tec- cação desta interface são mais curtos, normalmente funcionam
nológicas. muito bem até a distância de 1,5 metro, embora exista no merca-
No início de 2001, em um evento próprio, a empresa do cabos paralelos de até 3 metros de comprimento. A velocida-
mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de de transmissão desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Gene- Nos gabinetes dos computadores essa porta é encontrada
ration I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto desse na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impressoras, nor-
mesmo ano, um grupo de empresas chamado de malmente, os conectores paralelos são conhecidos como inter-
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e face centronics.
Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, es-
tão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibili-
dade de uso de mais de uma lane, suporte a outros tipos de
conexão de plataformas, melhor gerenciamento de energia,
melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em sub-


sistemas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos

Os barramentos circulam dentro do computador, co-


brem toda a extensão da placa-mãe e servem para conectar
as placas menores especializadas em determinadas tarefas USB – Universal Serial Bus
do computador. Mas os dispositivos periféricos precisam co-
municarem-se com a UCP, para isso, historicamente foram A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, foi
desenvolvidas algumas soluções de conexão tais como: se- passando por várias revisões. As mais populares são as versões
rial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda por algumas 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é
soluções proprietárias, ou seja, que somente funcionavam capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s
com determinado periférico e de determinado fabricante. (megabits por segundo), enquanto que a segunda pode ofere-
cer até 480 Mb/s.
Interface Serial
Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido,
Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta inter-
afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes por
face no passado já conectou até impressoras. Sua característica
segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecnologia acaba
fundamental é que os bits trafegam em fila, um por vez, isso
fazendo com que velocidades muito maiores sejam necessárias.
torna a comunicação mais lenta, porém o cabo do dispositivo
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões à
pode ser mais longo, alguns chegam até a 10 metros de com-
primento. Isso é útil para usar uma barulhenta impressora ma- internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz com
tricial em uma sala separada daquela onde o trabalho acontece. que as pessoas queiram consumir, por exemplo, vídeos, mú-
As velocidades de comunicação dessa interface variam sicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso ao fato de
de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte ser cada vez mais comum o surgimento de dispositivos como
externa do gabinete, essas interfaces são representadas por smartphones e câmeras digitais que atendem a essas necessi-
conectores DB-9 ou DB-25 machos. dades. A consequência não poderia ser outra: grandes volumes
de dados nas mãos de um número cada vez maior de pessoas.

59
INFORMÁTICA

Com suas especificações finais anunciadas em novem-


bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o FireWire ou Thunderbolt, por exem-
plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...

O que é USB 3.0?

Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-


que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal Estrutura interna de um conector USB 3.0 A
característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do
USB 2.0. Nada mal, não?

Conector USB 3.0 A


Símbolo para dispositivos USB 3.0
Você deve ter percebido que é possível conectar dis-
positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é
Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen-
compatível com as versões anteriores. Fabricantes também
tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en-
podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa-
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres.
drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último.
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis-
positivos que consomem mais energia (como determina- E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa
com o USB 2.0). ser deste padrão.
É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís-
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas, Conector USB 3.0 B
como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de co-
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s- Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam-
wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi- bém conta com conectores diferenciados para se adequar
tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo
com dispositivos nos padrões anteriores. B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso-
ras ou scanners, por exemplo.
Conectores USB 3.0 Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB
3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe-
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos
diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas- dispositivos USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior)
tante parecidos, mas não são iguais. quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão
ser conectados em portas B 2.0:
Conector USB 3.0 A

Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia


USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os
cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que
o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis-
são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem
contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
mostram um conector USB 3.0 do tipo A: Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org

60
INFORMÁTICA

Micro-USB 3.0 O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con-
trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a má-
O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por quina na qual os dispositivos são conectados, se comunica
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 - com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando estes
com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma área indicarem a necessidade de transmissão de dados. No USB
de contatos adicional na lateral, o que de certa forma diminui 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde o host ne-
a sua praticidade, mas foi a solução encontrada para dar con- cessita enviar sinais constantemente para saber qual deles
ta dos contatos adicionais: necessita trafegar informações.
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tanto o
host quanto os dispositivos conectados podem entrar em
um estado de economia em momentos de ociosidade. Além
disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo do
host para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0, essa
comunicação ocorre somente com o dispositivo de destino.

Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0

Em determinados equipamentos, especialmente lap-


tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB
2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição
Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor existente
no conector.
Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotando Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa parte
a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, algumas dos fabricantes segue a recomendação de identificar os co-
vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é essa não é
nectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal como
uma regra obrigatória, portanto, é sempre conveniente pres-
informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por sua vez,
tar atenção nas especificações do produto antes de adquiri-lo.
os conectores são pretos ou, menos frequentemente, bran-
cos.
Sobre o funcionamento do USB 3.0
USB 3.1: até 10 Gb/s
Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 fios,
enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), D+, D- e
GND. O primeiro é o responsável pela alimentação elétrica, o Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica-
segundo e o terceiro são utilizados na transmissão de dados, ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed
enquanto que o quarto atua como “fio terra”. USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a
No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de da- oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou
dos em alta velocidade fez com que, no início, fosse conside- seja, o dobro).
rado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal característica Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan-
tornaria a tecnologia cara e de fabricação mais complexa. A çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero,
solução encontrada para dar viabilidade ao padrão foi a ado- afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade. É
ção de mais fios. Além daqueles utilizados no USB 2.0, há o caso de monitores de vídeo que são conectados ao com-
também os seguintes: StdA_SSRX- e StdA_SSRX+ para rece- putador via porta USB, por exemplo.
bimento de dados, StdA_SSTX- e StdA_SSTX+ para envio, e Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz uso
GND_DRAIN como “fio terra” para o sinal. de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segredo”, es-
O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma varia- sencialmente, está no uso de um método de codificação de
ção (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais para dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a
alimentação elétrica e outro associado a este que serve como tecnologia significantemente mais cara.
“fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000 miliampé- Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto-
res a um dispositivo. res e cabos das especificações anteriores, assim como com
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defini- dispositivos baseados nestas versões.
do, no entanto, testes efetuados por algumas entidades espe- Merece destaque ainda o aspecto da alimentação elétri-
cialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomendam, no ca: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na transfe-
máximo, até 3 metros para total aproveitamento da tecnolo- rência de energia, indicando que dispositivos mais exigentes
gia, mas esta medida pode variar de acordo com as técnicas poderão ser alimentados por portas do tipo. Monitores de
empregadas na fabricação. vídeo e HDs externos são exemplos: não seria ótimo ter um
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB único cabo saindo destes dispositivos?
3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre A indústria trabalha com a possiblidade de os primeiros
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimento equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a chegar
simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um tipo ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes serão
de atividade por vez. revelados.

61
INFORMÁTICA

Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no- haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocidade
vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha- do barramento podem-se alcançar maiores distâncias de
mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são para
você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado. distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO DE
Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a até
pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou 70 metros usando fibra ótica).
e somente então percebe que o conectou incorretamente? O barramento firewire permite a utilização de dispo-
Com o novo conector, este problema será coisa do passa- sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar. Mb/s) no mesmo barramento.
Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan- O suporte a esse barramento está nativamente em
te aos conectores Lightning existentes nos produtos da Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam- ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em Os principais usos que estão sendo direcionados a essa
smartphones, tablets e outros dispositivos móveis. interface, devido às características listadas, são na área de
Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de
não será compatível com as portas dos padrões anteriores, vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup boxes,
exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar, home theather, etc).
no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis-
tentes com o USB 3.1.
A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
novidade em meados de 2014.

Firewire

O barramento firewire, também conhecido como IEEE


1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
me de transferência de dados entre computadores, peri-
féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de- INTERFACE DE VIDEO
senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento
serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente Conector VGA (Video Graphics Array)
da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do
barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monitores
mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos que
algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá-los
utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser). O
uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto por
principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran- três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conectados a
des proveitos da maior velocidade que ele oferecia. um cabo cujos fios transmitem, de maneira independente,
informações sobre as cores vermelha (red), verde (green)
Suas principais vantagens: e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e sobre as
• São similares ao padrão USB; frequências verticais e horizontais. Em relação a estes últi-
• Conexões sem necessidade de desligamento/boot do mos aspectos: frequência horizontal consiste no número de
micro (hot-plugable); linhas da tela que o monitor consegue “preencher” por se-
• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 gundo. Assim, se um monitor consegue varrer 60 mil linhas,
por porta); dizemos que sua frequência horizontal é de 60 KHz. Fre-
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si; quência vertical, por sua vez, consiste no tempo em que o
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais: monitor leva para ir do canto superior esquerdo da tela para
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi- o canto inferior direito. Assim, se a frequência horizontal in-
tivo, etc; dica a quantidade de vezes que o canhão consegue varrer
• Totalmente Digital (sem a necessidade de converso- linhas por segundo, a frequência vertical indica a quantida-
res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido); de de vezes que a tela toda é percorrida por segundo. Se
• Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí- é percorrida, por exemplo, 56 vezes por segundo, dizemos
vel, barato e simples; que a frequência vertical do monitor é de 56 Hz.
• Como é um barramento serial, permite conexão bem É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui
facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi- pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co-
dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec- nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem todos
tada no micro). são usados.

62
INFORMÁTICA

O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI


é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança-
dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde
e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua
vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en-
tre si, como mostra a imagem a seguir:

Conector e placa de vídeo com conexão VGA

Conector DVI (Digital Video Interface)


Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e
Os conectores DVI  são bem mais recentes e proporcio- monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de
nam qualidade de imagem superior, portanto, são considera- que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso.
dos substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque, conforme
indica seu nome, as informações das imagens podem ser tra- Conector S-Video (Separated Video)
tadas de maneira totalmente digital, o que não ocorre com o
padrão VGA.

Padrão S-Video

Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri-


meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe-
cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do
Conector DVI-D tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de
DVD, filmadoras, entre outros.
Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com co- Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa-
nectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para digi- zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es-
tal. Esse processo faz com que a qualidade da imagem dimi- querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este
nua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais digitais, não o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí-
é necessário fazer a conversão, portanto, a qualidade da ima- do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro
gem é mantida. Por essa razão, a saída DVI é ótima para ser que atua como “terra”.
usada em monitores LCD, DVDs, TVs de plasma, entre outros. O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com
É necessário frisar que existe mais de um tipo de conector três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro
DVI: transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É
DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofere- essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de-
ce qualidade de imagem superior ao padrão VGA; nominação, assim como é essa uma das características que
DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digital. faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto.
É também mais comum que seu similar, justamente por ser O conector do padrão S-Video usado atualmente é co-
usado em placas de vídeo; nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao
DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI-A usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en-
como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente. contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o
Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifi- dispositivo também pode contar com Vídeo Componente
cações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções (visto adiante).
de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536,
em ambos os casos usando uma frequência de 60 Hz.

63
INFORMÁTICA

Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI MONITOR DE VÍDEO


com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os O monitor é um dispositivo de saída do computador,
três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na cuja função é transmitir informação ao utilizador através
TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar da imagem.
a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível Os monitores são classificados de acordo com a
com esse conector, é claro. tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.

Tecnologias
CRT

Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA


Component Video (Vídeo Componente)
O padrão Component Video é, na maioria das vezes,
usado em computadores para trabalhos profissionais - por
exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta Monitor CRT da marca LG.
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex- raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
celente qualidade de imagem. é repetidamente atingida por um feixe de elétrons, que
atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
mando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:


• longa vida útil;
• baixo custo de fabricação;
Component Video • grande banda dinâmica de cores e contrastes; e
• grande versatilidade (uma vez que pode funcionar
A conexão do Component Video é feita através de um em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor-
cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado ções na imagem).
pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro
é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:
como Y-Pb-Pr (ou Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é
• suas dimensões (um monitor CRT de 20 polega-
responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco,
das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de
isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores
20 kg);
trabalham com os dados das cores e com o sincronismo.
• o consumo elevado de energia;
Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez
mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo- • seu efeito de cintilação (flicker); e
delos são também compatíveis com Vídeo Componente. • a possibilidade de emitir radiação que está fora
Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de
que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer- longos períodos de exposição. Este último problema é mais
teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma- frequentemente constatado em monitores e televisores an-
nual do dispositivo. tigos e desregulados, já que atualmente a composição do
Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão
usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo dessas radiações.
especial (geralmente disponível em lojas especializadas): • Distorção geométrica.
uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr,
enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser
inserido na placa de vídeo.

64
INFORMÁTICA

LCD Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda


de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante.

Principais características técnicas


Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac-
terísticas técnicas mais relevantes são:
• Luminância;
• Tamanho da tela;
• Tamanho do ponto;
• Temperatura da cor;
• Relação de contraste;
• Interface (DVI ou VGA, usualmente);
• Frequência de sincronismo horizontal;
• Frequência de sincronismo vertical;
• Tempo de resposta; e
• Frequência de atualização da imagem
Um monitor de cristal líquido.
LED
LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de cris- Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
tal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina-
composta por cristais que são polarizados para gerar as cores. ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre
Tem como vantagens: toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha-
• O baixo consumo de energia; res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in-
• As dimensões e peso reduzidas; dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia
• A não-emissão de radiações nocivas;
similar ao plasma a uma tela de LCD.
• A capacidade de formar uma imagem praticamente
perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a visão -
KIT MULTIMÍDIA
desde que esteja operando na resolução nativa;
Multimídia nada mais é do que a combinação de textos,
As maiores desvantagens são:
sons e vídeos utilizados para apresentar informações de
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a
maneira que, antes somente imaginávamos, praticamente
impactar cada vez menos no custo final do produto, à medida
dando vida às suas apresentação comerciais e pessoais. A
que o mesmo se for popularizando);
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução dife- multimídia mudou completamente a maneira como as pes-
rente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD utiliza soas utilizam seus computadores.
vários artifícios de composição de imagem que acabam de- Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
gradando a qualidade final da mesma; e compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
• o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o que cionados a áudio e som do sistema operacional.
confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, não Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma
apresentando desta forma um preto real similar aos ofereci- placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par
dos nos monitores CRTs; de caixas acústicas.
• o contraste não é muito bom como nos monitores
CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos definição,
este aspecto vem sendo atenuado com os novos paineis com
iluminação por leds e a fidelidade de cores nos monitores que
usam paineis do tipo TN (monitores comuns) são bem ruins,
os monitores com paineis IPS, mais raros e bem mais caros,
tem melhor fidelidade de cores, chegando mais proximo da
qualidade de imagem dos CRTs;
• um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cristal
líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto ao
ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o óxido
de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema quando
alguns dos monitores fabricados hoje em dia chegarem ao
fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).
• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, diferen-
te de um monitor CRT, apresenta limitação com relação ao ân-
gulo em que a imagem pode ser vista sem distorção. Isto era
mais sensível tempos atrás quando os monitores LCDs eram
de tecnologia passiva, mas atualmente apresentam valores
melhores em torno de 160º.

65
INFORMÁTICA

As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. Porta Paralela
Em termos de tecnologia informática não é excepção. As A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
portas são tomadas existentes na face posterior da caixa tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
de saída, e que são directamente ligados à motherboard . tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
Estas portas ou canais de comunicação podem ser: vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
* Porta Dim atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
* Porta PS/2 soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
* Porta série
* Porta Paralela Porta USB (Universal Serial Bus)
* Porta USB Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In-
* Porta FireWire tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co-
nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem
Porta DIM a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema.
É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li- Computadores equipados com USB vão permitir que os
gados os teclados dos computadores da geração da Intel periféricos sejam automaticamente configurados assim
80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de
para teclados, existia só uma porta destas nas mother- reboot ou programas de setup. O número de acessórios
boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso
ligados às portas PS/2. um periférico de expansão.
A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com-
putador ligado. O barramento USB promete acabar com os
problemas de IRQs e DMAs.
O padrão suportará acessórios como controles de mo-
nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados,
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis-
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso-
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo-
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces
Porta PS/2 de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net-
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados. work) e PBXs digital.
Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.

Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri-
cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também Porta FireWire
designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo
uma ou duas portas deste tipo. nome, que representa um padrão de comunicações recen-
te e que tem várias características em comum como o USB,
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de
800 Mbps.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele-
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. .
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire
podem ser conectados e desconectados com o computa-
dor ligado.

66
INFORMÁTICA

FAX/MODEM Funções do Sistema Operacional

Não importa o tamanho ou a complexidade do com-


putador: todos os sistemas operacionais executam as mes-
mas funções básicas.
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis-
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos-
sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo
é armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a
Placa utilizada para conecção internet pela linha disca- ele um nome e local, para usá-lo no futuro.
da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de - Gerenciador de aplicações: quando um usuário re-
transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8 quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo-
bits).Usa interface PCI. caliza-o e o carrega na memória RAM.
Quando muitos programas são carregados, é trabalho
O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFTWA- do sistema operacional alocar recursos do computador e
RES gerenciar a memória.

Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa- Programas Utilitários do Sistema Operacional


re) que controla milhares de operações, faz a interface en-
tre o usuário e o computador e executa aplicações. Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
Basicamente, o sistema operacional é executado quan- mas utilitários são os programas que o sistema operacional
do ligamos o computador. Atualmente, os computadores já usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam
são vendidos com o SO pré-instalado. a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re-
param arquivos danificados e criam cópias de segurança
Os computadores destinados aos usuários individuais,
(backup).
chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema
Controle do hardware: o sistema operacional está
operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO
situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output
é projetado para controlar as operações dos programas,
System - Sistema Básico de Entrada/Saída).
como navegadores, processadores de texto e programas
O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro-
de e-mail.
gramas que necessitam de recursos do hardware devem,
Com o desenvolvimento dos processadores, os com-
primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por
putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais
sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos dos drivers de dispositivos.
sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo Todos os programas são escritos para um sistema
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá- operacional específico, o que os torna únicos para cada
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da um. Explicando: um programa feito para funcionar no
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa- Windows não funcionará no Linux e vice-versa.
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários Termos Básicos
comuns usam.
Para compreender do que um sistema operacional é
Os Arquivos capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo descrever sistemas operacionais:
sistema operacional para organizar e controlar os arquivos. • Multiusuário: dois ou mais usuários executando
Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda vos, como a impressora.
informação que o computador armazena está na forma de • Multitarefa: capacidade do sistema operacional
arquivos. em executar mais de um programa ao mesmo tempo.
Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de pro- • Multiprocessamento: permite que um computa-
gramas, dados, texto, imagens e assim por diante. A ma- dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa-
neira que um sistema operacional organiza as informações mento (CPU) que compartilhem programas.
em arquivos é chamada sistema de arquivos. • Multithreading: capacidade de um programa
A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de ser quebrado em pequenas partes podendo ser car-
arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados regadas conforme necessidade do sistema operacional.
em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do Multithreading permite que os programas individuais
sistema de diretório é chamado diretório raiz. sejam multitarefa.

67
INFORMÁTICA

Tipos de Sistemas Operacionais Atualmente os mais conhecidos meios de backups


são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e
Atualmente, quase todos os sistemas operacionais fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares
são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading. para criação de backups e a posterior reposição. Como por
Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e exemplo o Norton Ghost da Symantec.
o Linux. Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar-
O Windows é hoje o sistema operacional mais popu- quivos regularmente e os mantêm em um local separado,
lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para você pode obter uma parte ou até todas as informações
ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e de volta caso algo aconteça aos originais no computador.
AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é
ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para muito pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído
realizar a ponte máquina-homem. facilmente deve estar no topo da sua lista. Antes de come-
As primeiras versões dos sistemas operacionais çar, faça uma lista de verificação de todos os arquivos a
foram construídas para serem utilizadas por somente serem incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o
uma pessoa em um único computador. Com o decor- que precisa de backup, além de servir de lista de referência
rer do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades para recuperar um arquivo de backup.
dos usuários e permitiram que seus softwares operassem Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar:
múltiplas funções com (e para) múltiplos usuários. • Dados bancários e outras informações financeiras
• Fotografias digitais
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres • Software comprado e baixado através da Internet
• Projetos pessoais
O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas • Seu catálogo de endereços de e-mail
operacionais proprietários. Isto significa que é necessá- • Seu calendário do Microsoft Outlook
rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com- • Seus favoritos do Internet Explorer
panhias que registraram o produto em seu nome e cobram O detalhe mais importante antes de fazer um backup
pelo seu uso. é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com
O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen- o botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo,
te e tem grande aceitação por parte dos profissionais dentro do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção
da área, uma vez que, por possuir o código aberto, formatar.
qualquer pessoa que entenda de programação pode Para ter certeza que o dispositivo não está danificado,
contribuir com o processo de melhoria dele. escolha a formatação completa, que verificará cada setor
Sistemas operacionais estão em constante evolução do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum
e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie
usados em PDAs, celulares, laptops etc. arquivos de backups para ele.
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança,
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer
e tornar o seu backup inútil:
PROCEDIMENTOS, APLICATIVOS E
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso
DISPOSITIVOS PARA ARMAZENAMENTO DE
não é backup, pois se acontecer algum problema no disco
DADOS E PARA REALIZAÇÃO DE CÓPIA DE você vai perder os dois arquivos.
SEGURANÇA (BACKUP). 2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também
não é backup, por motivos óbvios.
Procure utilizar arquivos compactados apenas como
CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP) backups secundários, como imagens que geralmente ocu-
pam um espaço muito grande.
Existem muitas maneiras de perder informações em
um computador involuntariamente. Uma criança usando o Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para
teclado como se fosse um piano, uma queda de energia, um Dispositivo (Fazendo Backup)
um relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamen-
to simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma • Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo);
tarefa essencial para todos os que usam computadores e • Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha
/ ou outros dispositivos, tais como máquinas digitais de “Windows Explorer”.
fotografia, leitores de MP3, etc. • O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do
O termo backup também pode ser utilizado para hard- lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado
ware significando um equipamento para socorro (funciona direito o conteúdo das pastas;
como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres- • Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so-
sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem- bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido
porariamente um desses equipamentos que estejam com do lado direito.
problemas.

68
INFORMÁTICA

• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMAZENA-
dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de- MENTO EXTERNO
sejada do lado direito do “Windows Explorer”;
• Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se Entende-se por armazenamento externo qualquer meca-
deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se- nismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem várias
lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará opções, e apresentamos uma tabela com os mais comuns, van-
destacado); tagens e desvantagens:
• Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo CD-RW
“Copiar”;
• Clique na unidade correspondente ao dispositivo no É um CD em que pode guardar/gravar suas informações.
lado esquerdo do “Windows Explorer”; Arquivos realmente preciosos que precisam ser guardados com
• Clique com o botão direito do mouse no espaço em 100% de certeza de que não sofrerão danos com o passar do
branco do lado direito, e escolha “Colar”; tempo devem ser becapeados em CDs. A maioria dos com-
putadores atuais inclui uma unidade para gravar em CD-RW.
Selecionando Vários Arquivos O CD-ROM é a forma mais segura de fazer grandes backups.
Cada CD armazena até 700 Mb e, por ser uma mídia ótica, onde
• Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele- os dados são gravados de maneira física, é muito mais confiável
cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros que mídias magnéticas sujeitas a interferências elétricas.
arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
tas) selecionados ficarão destacados. DVD-RW

Fazendo Backup do seu Outlook A capacidade de armazenamento é muito maior, normal-


mente entre 4 e 5 gibabytes.
Todos sabem do risco que é não termos backup dos
Pen Drive
nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
guardamos no OUTLOOK.
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a
Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
uma porta USB do seu equipamento.
vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “chavei-
é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
ro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos entre
guardado?
máquinas.
Como fazer o backup das informações do Outlook, não
Você deve escolher um modelo que não seja muito frágil.
é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de HD Externo
executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
ma! Exemplo para Outlook. O HD externo funciona como um periférico, como se fosse
1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa- um Pen Drive, só que com uma capacidade infinitamente maior.
da (com isso você terá feito o backup das mensagens)
2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as Backups utilizando o Windows
contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser. Fazer backups de sua informação não tem que ser um tra-
3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu balho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao mé-
catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em todo Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas depen-
Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com dendo da versão do Sistema Operacional (Windows, Linux, etc.)
esse procedimento todos os seus contatos serão armaze- que você utiliza.
nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que
você quiser e na pasta que você quiser. Cópias Manuais
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con-
teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de Você pode fazer backups da sua informação com estes
texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas passos simples:
assinaturas a partir dos arquivos que criou. 1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta de
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra- que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar” no
mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup, clique
Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no menu exi-
extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais bido. Você pode marcar a unidade de backup ao localizá-la no
trabalhoso, porém muito mais seguro. ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma das unidades do
Outra solução, é utilizar programas específicos para Windows Explorer.
backup do Outlook. Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para se
certificar que ele coube na unidade de backup e o mantenha
protegido.

69
INFORMÁTICA

Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP Recomendações para proteger seus backups


Professional.
Se você trabalha com o Windows XP Professional, você Fazer backups é uma excelente prática de segurança bá-
dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de sica. Agora lhe damos conselhos simples para que você esteja
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para a salvo no dia em que precisar deles:
utilizá-la: 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório,
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra- e, se for possível, em algum recipiente à prova de incêndios,
mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas como os cofres onde você guarda seus documentos e valores
de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”. importantes.
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as mante-
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique nha em lugares separados.
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês). (quase todos os programas de backup contam com essa op-
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema ção), assim você não desperdiça espaço útil.
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so- 4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira que
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. sua informação fique criptografada o suficiente para que nin-
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu guém mais possa acessá-la. Se sua informação é importante
sistema operacional. para seus entes queridos, implemente alguma forma para que
eles possam saber a senha se você não estiver presente.
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
XP Home Edition *texto adaptado do material disponivel em:
https://www.vivaolinux.com.br/linux/
Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre- www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux
cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.pdf
original seguindo estes passos:
1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE
sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu- GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS, PASTAS
tador”. E PROGRAMAS E FUNCIONAMENTO DE
2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar PERIFÉRICOS NO SISTEMA OPERACIONAL
tarefas adicionais”. WINDOWS 10.
3. Clique em “Explorar este CD”.
4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
“ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
e depois em NtBackup. WINDOWS 10
5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.
msi para instalar a ferramenta de backup. O Microsoft Windows é um sistema operacional, isto é,
Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja so- um conjunto de programas (software) que permite admi-
licitado que você reinicie seu equipamento. nistrar os recursos de um computador.
Para utilizar a ferramenta, siga estes passos: É importante ter em conta que os sistemas operacio-
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra- nais funcionam tanto nos computadores como em outros
mas”. dispositivos eletrônicos que usam microprocessadores
2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas (Smartphones, leitores de DVD, etc.). No caso do Windows,
de Sistema”. a sua versão padrão funciona com computadores embo-
3. Escolha a opção “backup”. ra também existam versões para smartphones (Windows
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, Mobile).
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique A Microsoft domina comodamente o mercado dos sis-
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um temas operacionais, tendo em conta que o Windows está
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode instalado em mais de 90% dos computadores ligados à In-
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês). ternet em todo o mundo.
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema Entre as suas principais aplicações (as quais podem
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so- ser desinstaladas pelos usuários ou substituídas por ou-
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. tras semelhantes sem que o sistema operacional deixe de
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu funcionar), destacaremos o navegador Internet Explorer (a
sistema operacional. partir do Windows 10, o novíssimo Edge), o leitor multimí-
dia Windows Media Player, o editor de imagens Paint e o
processador de texto WordPad.

70
INFORMÁTICA

A principal novidade que o Windows trouxe desde as A edição vai estar disponível através do programa de
suas origens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de Licenciamento por Volume, facilitando a vida dos consumi-
utilização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa dores que têm acesso a essa ferramenta. O Windows Up-
como “janelas”) deve-se precisamente à forma sob a qual o date for Business também estará presente aqui, juntamente
sistema apresenta ao usuário os recursos do seu computa- com o Long Term Servicing Branch, como uma opção de
dor, o que facilita as tarefas diárias. distribuição de updates de segurança para situações e am-
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de bientes críticos.
interface do usuário, exibindo a saída do sistema ou permi-
tindo a entrada de dados. Uma interface gráfica do usuário Windows 10 Education:
que use janelas como uma de suas principais metáforas é Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a ver-
chamada sistema de janelas, como um gerenciador de ja- são Education é destinada a atender as necessidades do
nela. meio educacional. Os funcionários, administradores, pro-
As janelas são geralmente apresentadas como objetos
fessores e estudantes poderão aproveitar os recursos desse
bidimensionais e retangulares, organizados em uma área
sistema operacional que terá seu método de distribuição
de trabalho. Normalmente um programa de computador
baseado através da versão acadêmica de licenciamento de
assume a forma de uma janela para facilitar a assimilação
volume.
pelo usuário. Entretanto, o programa pode ser apresentado
em mais de uma janela, ou até mesmo sem uma respectiva
janela. Windows 10 Mobile
O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos
Sobre as diferentes versões de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como
O Windows apresenta diversas versões através dos smartphones e tablets. Essa edição vai contar com os mes-
anos e diferentes opções para o lar, empresa, dispositivos mos apps incluídos na versão Home, além de uma versão
móveis e de acordo com a variação no processador. do Office otimizada para o toque. O Continuum também
vai marcar presença nos dispositivos que forem compatí-
Windows 10 Home veis com a funcionalidade.
Edição do sistema operacional voltada para os con-
sumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e note- Windows 10 Mobile Enterprise:
book), tablets e os dispositivos “2 em 1”. O Windows 10 Projetado para smartphones e tablets do setor corpo-
Home vai contar com a maioria das funcionalidades já rativo. Essa edição também estará disponível através do
apresentadas: Cortana como assistente pessoal, navegador Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vanta-
Microsoft Edge, o recurso Continuum para os aparelhos gens do Windows 10 Mobile com funcionalidades direcio-
compatíveis, Windows Hello (reconhecimento facial, de íris nadas para o mercado corporativo.
e de digitais para autenticação), stream de jogos do Xbox Windows 10 IoT Core
One e os apps universais, como Photos, Maps, Mail, Calen- Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft pro-
dar, Music e Video. mete que haverá edições para dispositivos como caixas
eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
Windows 10 Pro: atendimento para o varejo e robôs industriais – todas ba-
Assim como a Home, essa versão também é destinada seadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile
para os PCs, notebooks, tablets e dispositivos 2 em 1. A Enterprise. O Windows 10 IoT Core – que contém em seu
versão Pro difere-se do Home em relação à certas funcio- nome a sigla em inglês para Internet das Coisas – vai ser
nalidades que não estão presentes na versão mais básica.
destinado para dispositivos pequenos e de baixo custo.
Essa é a versão recomendada para pequenas empresas,
graças aos seus recursos para segurança digital, suporte
Windows 10
remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nu-
Windows 10 é a mais recente versão do sistema ope-
vem. Disponível gratuitamente para atualização (durante o
primeiro ano de lançamento) para clientes licenciados do racional da Microsoft. Multiplataforma, o download do
Windows 7 e do Windows 8.1. A versão para varejo ainda software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windows
não teve seu preço revelado. Update) e dispositivos móveis (Windows 10 mobile) como
smartphones e tablets. A versão liberada para computado-
Windows 10 Enterprise res (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a interface clássica
Construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 do Windows 7 com o design renovado do Windows 8 e 8.1,
Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os alvos criando um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas
dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e
o SO apresenta capacidades que focam especialmente em mouse, como o tradicional desktop.
tecnologias desenvolvidas no campo da segurança digital
e produtividade. A proteção dos dispositivos, aplicações e
informações sensíveis às empresas é o foco dessa variante.

71
INFORMÁTICA

Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades: Microsoft Edge


A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas
Menu Iniciar neste artigo é o navegador Microsoft Edge. O navegador
O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão
toda a área do monitor. Muitos usuários não conseguiram do Windows.
se adaptar muito bem e isto fez com que a Microsoft trou- O novo navegador foi desenvolvido como um app Uni-
xesse o menu Iniciar de volta no Windows 10. versal e receberá novas atualizações através da Windows
Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários podem Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderização de
fixar tanto os aplicativos tradicionais como os aplicativos páginas conhecido também pelo nome Edge, inclui supor-
disponibilizados através da Windows Store. te para HTML5, Dolby Audio e sua interface se ajusta me-
O menu também pode ser expandido automaticamen- lhor a diferentes tamanhos de tela.
te no modo Tablet para se comportar como a tela inicial do Com ele os usuários também poderão fazer anotações
em sites da Web (imagem abaixo) e até mesmo usar a Cor-
Windows 8 e 8.1.
tana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana navegue
na Web com você e assim encontre informações úteis que
podem te ajudar.

Cortana
A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Mi-
crosoft no Windows Phone 8.1. Com o Windows 10, ela
também estará presente nos PCs. Por exemplo, se você visita o site de um restaurante, a
A Cortana permitirá que os usuários façam chamadas Cortana encontrará informações como horários de funcio-
no Skype, verifiquem o calendário, agendem e verifiquem namento, telefone, endereço e até mesmo reviews.
compromissos agendados, definam lembretes, configurem Você também poderá fazer perguntas para a Cortana
o alarme, tomem notas e muito mais. durante a navegação.
Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do
Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve variar depen- Áreas de trabalho virtuais
dendo da região. O suporte para áreas de trabalho virtuais é uma das
10 novidades no Windows 10 listadas neste artigo. Com
este recurso, os usuários podem manter múltiplas áreas de
trabalho com programas específicos abertos em cada uma
delas. Por exemplo, você pode deixar uma janela do In-
ternet Explorer visível em uma área de trabalho enquanto
trabalha no Word em outra.
Vale lembrar que este recurso já foi oferecido no Win-
dows XP através de um Power Toy chamado Virtual Desk-
top Manager. Um detalhe é que este PowerToy suporta no
máximo de quatro áreas de trabalho virtuais, enquanto que
no Windows 10 é possível criar muitas (20+).

Continuum
O modo Continuum foi criado para uso em aparelhos
híbridos que combinam tablet e notebook. Com este modo
o usuário pode alternar facilmente entre o uso do híbrido
como tablet e como notebook, basicamente combinando
a simplicidade do tablet com a experiência de uso tradi-
cional.

72
INFORMÁTICA

Novos aplicativos Email e Calendário


Os novos aplicativos Email e Calendário trazem uma inter-
face melhorada e oferecem mais recursos do que as atuais ver-
sões para Windows 8.1.
No caso do aplicativo Email, ele conta com um editor de
texto mais rico baseado no app Universal do Word para Win-
dows 10 e também permite que o usuário utilize um plano de
fundo personalizado para o app.

Quando o usuário usa um híbrido como o HP Pavillion


x360 ou o Lenovo YOGA, por exemplo, o Windows 10 pode
ser configurado para que entre no modo Tablet automatica-
mente. Com isso não é necessário perder tempo mexendo
nas configurações quando for necessário usar o híbrido como
tablet ou como notebook.
O modo Continuum também estará presente no Windo-
ws 10 Mobile, a versão do novo sistema operacional da Mi-
crosoft para smartphones e tablets pequenos.
Durante uma demonstração em abril, a Microsoft conec-
tou um smartphone Lumia a um monitor e a um teclado Blue-
tooth para usar o aparelho em um modo que oferece mais
produtividade. Com isso o smartphone basicamente se trans- Já o app Calendário ganhou uma interface bem mais intuitiva que
formou em um PC com área de trabalho e tudo. a da versão para Windows 8.1, permitindo que o usuário crie compro-
missos e alterne entre modos dia/semana/mês mais facilmente.
Nova Windows Store
Além de oferecer aplicativos Universais e jogos, a nova
Windows Store inclui a nova seção Filmes & TV. A Microsoft
também já confirmou que ela também oferecerá aplicativos
Win32 tradicionais.
Outra novidade é a nova “Windows Store for Business”,
que oferecerá aplicativos para usuários finais e aplicativos pri-
vados voltados para ambientes corporativos e organizações.
Por exemplo, uma escola poderá definir um conjunto es-
pecífico de aplicativos que serão instalados nos computado-
res disponíveis para os alunos.

08 – Central de Ações
A Central de Ações é a nova central de notificações do Novo Painel de Controle moderno
Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações A última das 10 novidades no Windows 10 listadas neste
do Windows Phone 8.1 e também oferece acesso rápido a artigo é o novo Painel de Controle moderno do sistema opera-
recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação e VPN. cional. Ele oferece bem mais opções que a versão moderna pre-
sente no Windows 8.1, o que é uma boa notícia para os usuários.

73
INFORMÁTICA

O Explorador de Arquivos é um recurso do Windows que No topo da janela do Explorador de Arquivos há vários
permite gerenciar arquivos e pastas. Nesse tutorial, você vai menus e controles úteis. Os controles avançar e voltar, represen-
descobrir como usar esse recurso dentro do Windows 10, a tados por uma seta para a frente ou para trás, podem levá-lo de
versão mais recente do sistema operacional, vendo o que mu- volta para a tela anterior ou seguinte.
dou e o que permaneceu o mesmo no mais novo sistema ope- Próximo a eles, logo antes da barra de endereço do Explo-
racional da Microsoft. rador de Arquivos, há uma seta para cima. Essa opção vai levá-lo
um nível acima. Vamos supor que você esteja na pasta de Traba-
File Explorer - Explorando Arquivos no Windows 10 lho, dentro da pasta Documentos. Clicar nesse botão vai levá-lo à
pasta Documentos, mesmo que não estivesse nela antes.
Nessa mesma área há um campo de busca. Digite nele para
procurar arquivos em qualquer lugar do seu computador ou
dentro das pastas que você estiver explorando.

Comece abrindo o Explorador de Arquivos através do


atalho na barra de tarefas. Ele é sinalizado por um ícone de
pastinha, próximo à ferramenta de Pesquisa do Windows 10. A
janela que vai se abrir é dividida em duas áreas. A área da es-
querda permite navegar entre várias pastas, como downloads,
fotos ou músicas do seu sistema operacional. A pasta Docu- Você irá notar que alguns comandos mudam, dependendo
mentos é onde a maioria dos seus arquivos estará gravado. do conteúdo da pasta. Por exemplo, quando você abre a pasta
Música, o menu se adapta para trazer as opções de reproduzir
um arquivo ou reproduzir todos.
Na barra de endereços também há atalhos para mudar de
uma pasta para outras. Na frente de cada “passo” do endereço
você poderá ver uma setinha. Clique nela para abrir um menu
suspenso com outras pastas que você pode abrir diretamente.

Para chegar lá, clique em “Este PC” - que é o novo nome


do Meu Computador. Então, uma lista de subpastas vai se
abrir. Selecione Documentos. Para selecionar qualquer pasta
na área de navegação, basta clicar uma vez. Para abrir pastas e
arquivos na área principal, clique duas vezes.

Você pode controlar a maneira como os ícones são exibi-


dos na área principal do Explorador de Arquivos. Essa opção fica
no menu Exibir. As formas de visualização incluem ícones extra-
grandes, grandes, médios, pequenos, lista, conteúdos e detalhes.
Basta colocar o mouse sobre cada uma para ver um preview.

74
INFORMÁTICA

Onde ficam os documentos?


Qualquer coisa que exista no seu computador está ar-
mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em
cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente,
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car-
tões de memória e pendrives.
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo-
nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama-
dos partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida
como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia
fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave-
tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem
A visualização em detalhes permite enxergar facilmen- guardar coisas de forma independente e/ou organizada.
te diversas informações sobre os arquivos e partas – por Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con-
exemplo, data de modificação, tipo de arquivo, tamanho tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter
e outros. mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de
Quando estiver usando a visualização em detalhes, tudo isso é assim:
você pode personalizar as informações que são exibidas.
Clique com o botão direito sobre uma coluna para exibir
um menu suspenso com diversas opções de dados; para
acrescentar ou retirar um, clique sobre ele. A opção “More”,
no final da lista, traz centenas de outros metadados. É claro
que alguns podem não estar disponíveis, dependendo do
tipo de conteúdo.
Quando uma pasta tiver muitos arquivos, você pode
organizar os dados para tornar mais fácil localizar algum
item específico. Uma maneira de fazer isso é escolhendo
qual vai ser o critério de organização; por exemplo, data
de criação. Então, clique sobre o título da coluna de dados
correspondente, e todos os itens serão organizados. Ao
lado do título da coluna surgirá uma seta: se ela apontar
para cima, a organização será crescente, e se apontar para
baixo, será decrescente.
Ainda no menu Exibir. você tem duas opções de pre-
visualização. Elas permitem abrir uma área na lateral direi-
ta do Explorador de Arquivos para ver prévias de arquivos
antes de abri-los. Essa opção funciona principalmente para
imagens ou arquivos em PDF.
A opção Painel de Visualização permite ver apenas
uma miniatura do arquivo. Enquanto isso, a opção Painel
de Detalhes inclui também muitas informações sobre os
arquivos. Clique em cima de alguns desses detalhes, como
autor ou artista, para editar as informações diretamente.

75
INFORMÁTICA

1. Dispositivos 2. Unidades e Partições


Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Este Com-
putador”, como na figura abaixo:

São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar


dados. Existem dezenas deles e os principais são:
HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está
tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas
e etc.
DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
vídeos e com um espaço disponível menor.
Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que
de entradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está
reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de ar- particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti-
mazenamento. ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de
Cartões de Memória:  como o próprio nome diz, são um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo
pequenos cartões em que você grava dados e são prati- mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:
camente iguais aos Pendrives. São muito usados em note-
books, câmeras digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor insta-
lado na máquina. Os principais são os cartões SD, Memory
Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil:  são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete:  se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito a
armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de
curta durabilidade. 3. Pastas
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di-
retórios - não contém informação propriamente dita e sim
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi-
zar tudo o que está dentro de cada unidade.

76
INFORMÁTICA

4. Arquivos Acessórios do Windows são aplicativos


Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos. Como pôde ver, computadores necessitam de Sistema
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente. Operacional para funcionar. Porém, sem softwares aplicati-
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra- vos de nada serviriam. Se você adquirisse um computador
mas, músicas e etc. com Windows, mas não adquirisse nenhum software apli-
Também há arquivos que não nos dizem muito como, cativo (processador de textos, planilha eletrônica, ....), seu
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas computador seria totalmente inútil.
que são muito importantes porque fazem com que o Win- Assim, para que um consumidor não fique decepcio-
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de nado ao abrir seu novo computador, a Microsoft incluiu
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem. alguns softwares aplicativos no pacote Windows. Eles não
são “o Windows”, mas acompanham o Sistema Operacio-
nal Windows e, a esse conjunto de aplicativos, foi dado o
nome de Acessórios do Windows.

Como acessar os Acessórios do Windows


Através do botão Iniciar do Windows, clicando a se-
quência:
Botão Iniciar > Todos os Programas > Acessórios (ver-
sões anteriores ao Windows 10)
No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você loca-
5. Atalhos lizará na ordem alfabética (veja imagem).
O navegador Internet Explorer é um exemplo. Além
dele, a Microsoft vem mantendo e atualizando uma lista
de aplicativos.

O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de


abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim?
Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função é
“chamar o arquivo” que realmente queremos e que está
armazenado em outro lugar.
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa
se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha
uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglo-
merado de atalhos.
Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo
original fica intacto.
Principais Acessórios do Windows 10
6. Bibliotecas do Windows 7
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista bá- Existem outros, outros poderão ser lançados e incre-
sica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem ape- mentados, mas os relacionados a seguir são os mais po-
nas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas. pulares:
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\ - Assistência Rápida
Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles na bi- - Bloco de Notas
blioteca de música. - Calculadora
- Ferramenta de Captura
- Internet Explorer
- Mapa de Caracteres
- Paint
- Windows Explorer
- WordPad

77
INFORMÁTICA

Vantagens dos Acessórios do Windows WordPad


Algumas pessoas desprezam esses programas por
acharem que são muito simples. Na verdade, trata-se de
preconceito por falta de capacitação adequada.
São fáceis de aprender
Rápidos para carregar
De excelente qualidade
Tão úteis quanto a calculadora, bloco de papel, postits
e outros itens que você encontra numa mesa de escritório.
São encontrados em quaisquer computadores com
Windows.

Bloco de Notas

Diferente do Bloco de Notas, o WordPad (substituto do


Write) é um editor de textos mais sofisticado. Podemos di-
zer, uma “miniatura do Word”, inclusive, com muitas com-
patibilidades.
É uma alternativa gratuita para criar e/ou editar docu-
mentos, como contratos, por exemplo, mesmo que tenha
sido criado originalmente no Word.
Muitos concursos e exames de progressão exigem o
conhecimento do WordPad

Ferramenta de Captura

O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem


formatação (significa que você não poderá sublinhar, inse-
rir imagens e outros recursos).
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tor-
nando-se ideal para tomar notas ou salvar conversas em
chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não dis-
ponibiliza um recurso para salvar).
Também funciona para editar programas de computa-
dor, como códigos emHTML, ASP, PHP, etc.
Para você ter uma idéia, a Ferramenta de Captura (Sni-
pping Tool), é de uma simplicidade incrível, mas extrema-
mente útil.
Com a Ferramenta de Captura você copia e salva
qualquer parte da sua tela, transformando num arqui-
vo png ou jpg, por exemplo.

78
INFORMÁTICA

Área de transferência Questões comentadas


Área de transferência (conhecida popularmente como co-
piar e colar) é um recurso utilizado por um sistema operacional 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
para o armazenamento de pequenas quantidades de dados nale a opção correta.
para transferência entre documentos ou aplicativos, através das (A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
operações de cortar, copiar e colar bastando apenas clicar com ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
o botão direito do mouse e selecionar uma das opções. O uso trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
mais comum é como parte de uma interface gráfica, e geral- relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera-
mente é implementado como blocos temporários de memória cional.
que podem ser acessados pela maioria ou todos os programas (B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
do ambiente. Implementações antigas armazenavam dados DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos
como texto plano, sem meta informações como tipo de fon- diretórios de programas instalados na máquina em uso.
te, estilo ou cor. As mais recentes implementações suportam
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
múltiplos formatos de dados, que variam entre RTF e HTML,
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
passando por uma variedade de formatos de imagens como
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
bitmap e vetor até chegar a tipos mais complexos como plani-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
lhas e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Transferência (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
Ctrl+X para cortar informação para a Área de Transferência disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
Integração do office 2016 com Windows 10 tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
O Office 2016 é a primeira versão do programa desde o Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
lançamento do Windows 10, com alguns truques incorporados máquina e, em seguida, desligar o computador.
a ele como o Windows Hello que é um acumulado de identi-
ficadores biométricos que podem ou não estar presentes na Comentários: Para desinstalar um programa de forma
máquina, como leitores digitais e íris. O outro é o assistente segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
digital da Microsoft (Cortana), porem ainda não está disponível remover programas
no Brasil. Resposta – Letra A

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-


formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
mídias removíveis do computador, organizados em:
(A) telas.
(B) pastas.
(C) janelas.
(D) imagens.
(E) programas.

Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma


bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
O Office 2016 (que também é compatível com as versões 7
mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
e 8 do Windows), está completamente otimizado para extrair o
os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
máximo do Windows 10, criando uma solução ideal de produ-
sistema de armário e gavetas.
tividade. Uma das possibilidades está com o novo recurso Win-
dows Hello, que facilita o processo de login no computador por Resposta: Letra B
meio de reconhecimento facial, da íris ou da impressão digital.
Ele pode ser usado também para acessar o Office de forma 3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído
segura e simples (mas exige uma câmera especial para isso). permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionan-
Graças ao Windows 10, os novos aplicativos do Office para do-se simultaneamente as teclas
mobile contam com uma interface ótima para telas de toque e (A) Ctrl + Delete.
são universais, o que os torna excelentes para o recurso Con- (B) Shift + End.
tinuum do sistema operacional. A função permite que novos (C) Shift + Delete.
smartphones com o sistema da Microsoft possam ser utiliza- (D) Ctrl + End.
dos como PCs por meio de um dock específico para conectá-lo (E) Ctrl + X.
a um monitor, permitindo a liberdade que o teclado e mouse
proporcionam – mas ainda não foi oficialmente lançado.

79
INFORMÁTICA

Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a
lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você
tem certeza que deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que deseja enviar este ar-
quivo para a lixeira?”.
Resposta: C

4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos, sem que haja perda de informação?
(A) Compactação
(B) Deleção
(C) Criptografia
(D) Minimização
(E) Encolhimento adaptativo

Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem
conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
Resposta: A

05- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.


(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel
de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do Windows.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modi-
ficação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso
direto a elas.
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o bo-
tão direito do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca
Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas à Internet.

Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e
Detalhes.
Resposta: B

Fonte:
http://www.baboo.com.br/windows/10-novidades-no-windows-10/
http://ziggi.uol.com.br/blog/windows-10-explorador-de-arquivos-4671#ixzz4fZmKAUlx
https://www.ciabyte.com.br/faq/acessorios-windows.asp
https://olhardigital.uol.com.br/noticia/o-que-ha-de-novo-no-office-2016/51582

80
INFORMÁTICA

APLICATIVOS PARA EDIÇÃO DE


TEXTOS, APRESENTAÇÕES E PLANILHAS
ELETRÔNICAS UTILIZANDO O MICROSOFT
OFFICE 2013.

MS OFFICE 2013

O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para escritório que contém programas como processador de texto,
planilha de cálculo, banco de dados (Também conhecido como DB “Data Base”), apresentação gráfica e gerenciador de
tarefas, de e-mails e contatos.

O Word é o processador de texto do Microsoft Office, sendo o paradigma atual de WYSIWYG. Facilita a criação, o
compartilhamento e a leitura de documentos. Desde a versão 2.0 (1992) já se apresentava como um poderoso editor de
textos que permitia tarefas avançadas de automação de escritório. Com o passar do tempo, se desenvolveu rapidamente
e, atualmente, é o editor mais utilizado pelas grandes empresas e por outros usuários.

O Microsoft Excel faz parte do pacote Microsoft Office da Microsoft e atualmente é o programa de folha de cálculo
mais popular do mercado. As planilhas eletrônicas agilizam muito todas as tarefas que envolvem cálculos e segundo es-
tudos efetuados, são os aplicativos mais utilizados nos escritórios do mundo inteiro.

O Microsoft PowerPoint é uma aplicação que permite o design de apresentações para empresas, apresentações esco-
lares..., sejam estas texto ou gráficas. Tem um vasto conjunto de ferramentas, nomeadamente a inserção de som, imagens,
efeitos automáticos e formatação de vários elementos.

MS WORD

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte
que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e
LibreOffice.

Interface

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento , que como


é um novo documento apresenta como título “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido,
que permite acessar alguns comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clican-
do no menu de contexto (flecha para baixo) à direita dela.

81
INFORMÁTICA

Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar
o documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

82
INFORMÁTICA

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

83
INFORMÁTICA

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não possui
um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e que se aproxime
do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da versão 2007, os documen-
tos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder salvar seu documento e manter
ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para Documento do Word 97-2003.

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word


Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recentes,
nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será necessário
localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar Como.

Visualização do Documento
Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

84
INFORMÁTICA

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

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INFORMÁTICA

O grupo “Configurar Página”, permite definir as mar- A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei-
gens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré- ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como
definidos, como também personalizá-las. será uma nova seção do documento, vamos aprender mais
frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


Ao personalizar as margens, é possível alterar as mar-
gens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orien- utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
tação da página, se retrato ou paisagem, configurar a fora e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
mesma janela temos a guia Papel. alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espaço
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a op-
alimentação do papel. ção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

86
INFORMÁTICA

Colunas Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”, abre-


se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página


Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as
suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de
colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.
Podemos adicionar as páginas do documento, marcas
d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página,
localizado na Aba Design possui três botões para modificar
o documento.

Clique no botão Marca d’água.

Números de Linha
É bastante comum em documentos acrescentar nume-
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

87
INFORMÁTICA

O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos o seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde termina a se-
item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção. leção. É possível selecionar palavras alternadas. Selecione a
primeira palavra, pressione CTRL e vá selecionando as partes
do texto que deseja modificar.

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que
qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho
CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o
primeiro grupo na ABA Página Inicial.

Este é um processo comum, porém um cuidado impor-


tante é quando se copia texto de outro tipo de meio como,
Nesta janela podemos definir uma imagem como marca por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem forma-
d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a ima- tações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar
gem e depois definir a dimensão e se a imagem ficará mais um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu docu-
fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é possível de- mento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na
finir um texto como marca d’água. O segundo botão permite setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar
colocar uma cor de fundo em seu texto, um recurso interes- Especial.
sante é que o Word verifica a cor aplicada e automaticamente
ele muda a cor do texto.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-


mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de textos é
indispensável para ganho de tempo na edição de seu texto.
Através da seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho Observe na imagem que ele traz o texto no formato
e tipo de fonte, etc. HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa mani-
pulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique em OK.
Selecionando pelo Mouse
Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o cursor Localizar e Substituir
aponta para a direita. Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo. Substituir.
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado e
arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que se o
mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar o pro-
cesso, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar ao final
da seleção desejada. Podemos também clicar onde começa a

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INFORMÁTICA

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite substituir em
seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode ser todas de uma
única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando escrita
em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou *ão o
Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa e se-
melhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA responsável
pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para formatar
uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar somente uma letra
também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir
fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo, ao
clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e sobres-
crito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

Este botão permite alterar a colocação de letras maiúsculas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos o de realce

89
INFORMÁTICA

– que permite colocar uma cor de fundo para realçar o texto independentemente de onde estiver o cursor a formatação
e o botão de cor do texto. será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de for-


matação e permite que você possa observar as alterações
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.
Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento entre
os caracteres que pode ser condensado ou comprimido, a
posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com es-
paçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta
interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela
você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar
em outro.
Formatação de parágrafos
A principal regra da formatação de parágrafos é que

90
INFORMÁTICA

Bordas no parágrafo. As opções disponíveis são praticamente as mesmas dis-


poníveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo pa-
rágrafos, mas devido a sua importância, merecem um des-
taque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Nu-
meração.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente adi-


cionou outros símbolos ao marcador, você pode alterar os
símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado do botão
Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo Marcador.

91
INFORMÁTICA

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você Podemos começar escolhendo uma definição de bor-
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão da (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada
importar, poderá utilizar uma imagem externa. uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se
pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da
Bordas e Sombreamento borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preen-
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso chimento de fundo ao texto selecionado. Você pode es-
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará-
colher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a
dessa cor.
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
Cabeçalho e Rodapé
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma
O Word sempre reserva uma parte das margens para o
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas
cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
e Sombreamento.
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e


Número de Página.
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas
opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao
clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeça-
lho e a barra superior passa a ter comandos para alteração
do cabeçalho.

92
INFORMÁTICA

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o que
for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.

93
INFORMÁTICA

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
a opção Atualizar automaticamente. traste e brilho.

Inserindo Elementos Gráficos Aplicar correções a uma imagem


O Word permite que se insira em seus documentos Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir. po Ajustar, clique em Correções.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu
computador.
Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.
reções pode aparecer diferente.
O que será ensinado agora é praticamente igual para
todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon- Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná-
redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque- -la e abrir a guia Formatar.
nos quadrados em suas extremidades, que são chamados Siga um ou mais destes procedimentos:
por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as mais suavização.
configurações de manipulação da imagem. Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con-
traste e na parte inferior, mais contraste.
Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das
miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem na opção desejada.
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem, Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras e correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli-
mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número
são também denominados correções de imagem. na caixa ao lado do controle deslizante.

94
INFORMÁTICA

Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover


o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens em
miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver como
sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de clicar
no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon-
opção o Word mostra a seguinte janela:
teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.
Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.

Pode-se aplicar a compactação a imagem seleciona-


da, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a re-
Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de solução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a
Imagem imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alte-
Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas rações feitas.
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez No grupo Organizar é possível definir a posição da
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná- imagem em relação ao texto.
-la e abrir a guia Formatar.

95
INFORMÁTICA

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite defi-


nir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao
texto.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a


janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição
da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redi-
inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção mensionar a imagem definindo Largura e Altura.
Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colo- Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem
car a sua imagem em uma disposição com o texto, é habi-
litado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a


sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções
de Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar
no botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer
para Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas
ou mais imagens e você precisa mudar o empilhamento
delas. A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a
imagem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem
e ao selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você po-
derá alinhar as suas imagens.
Inserindo Elementos Gráficos
O Word permite que se insira em seus documentos
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo
ilustrações.

96
INFORMÁTICA

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

97
INFORMÁTICA

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

O Word mostra um pequeno balão no local em que alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique no res-
pectivo balão.

Para ver as alterações, clique na linha próxima à margem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marcação do
Word.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lembre-
se da senha para poder desativar esse recurso quando estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.)

98
INFORMÁTICA

Clique em Revisar. DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu do-


Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu-
em Bloqueio de Controle. mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro-
priedades e outras informações que talvez você não que-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
e para trás, na parte inferior da página.

Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na


caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem bloquea-


das, você não poderá desativar o controle de alterações, Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use
nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações. o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con- para ampliá-lo.
trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con-
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar e
rejeitar alterações.
Escolha o número de cópias e qualquer outra opção
desejada e clique no botão Imprimir.
Desativar o controle de alterações
Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações, mas
todas as alterações já realizadas continuarão marcadas no
documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
As alterações não são excluídas e aparecerão novamente da
próxima vez em que o documento for aberto. Para excluir
permanentemente as alterações controladas, aceite-as ou
rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa


para a próxima alteração.
Para excluir um comentário, selecione-o e clique em Re-
visão  >  Excluir. Para excluir todos os comentários, clique
em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Documento.

99
INFORMÁTICA

Imprimir páginas específicas Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você


No menu Arquivo, clique em Imprimir. clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
das propriedades do documento ou alterações controladas se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado somente ao que foi selecionado.
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as
opções.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Título2


em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado somente
no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na linha de baixo
o texto foi selecionado, então a aplicação do estilo foi somente
no que estava selecionado. Ao clicar no botão Alterar Estilos é
possível acessar a diversas definições de estilos através da opção
Conjunto de Estilos.

Podemos também se necessário criarmos nossos próprios


estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de páginas
(como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo, esco-
lhaImpressão Personalizada e digite os números das páginas
e intervalos separados por vírgulas (por exemplo, 3, 4-6).

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas
a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponi-
biliza uma grande quantidade de estilos através do grupo
estilos.

Será mostrado todos os estilos presentes no documento


em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três
botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.

100
INFORMÁTICA

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação
dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo parágrafo o próximo será também corpo. Abaixo definir a
formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o mesmo
está disponível somente a este documento. Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inserir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o número
correto de colunas e linhas desejado.

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.

101
INFORMÁTICA

Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabe- Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria co-
la, o Word pode convertê-lo em uma tabela. lunas muito estreitas que são expandidas conforme você
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamen- adiciona conteúdo.
tos de largura personalizada Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará au-
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as co- tomaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se
lunas, use o comando Inserir Tabela. ao tamanho de seu documento. Se quiser que as tabelas
criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que
você está criando, marque a caixa Lembrar dimensões para
novas tabelas.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e
linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica,
a ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamen-
te a tabela que você deseja.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez


colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de
largura das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.
Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células
dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O pon-
teiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela.
Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do
retângulo.

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há


três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir
automaticamente a largura das colunas com Automático
ou pode definir uma largura específica para todas as co-
lunas.

102
INFORMÁTICA

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

103
INFORMÁTICA

Índices Será mostrada uma janela de configuração de seu índice.


Clique no botão Opções.
Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele nor-
malmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar
atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia
referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário, cli-
que em Inserir Sumário.

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos


os estilos presentes no documento, então é nela que você
define quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo
apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao
Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão suas
entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela an-
terior, onde você pode definir qual será o preenchimento
entre as chamadas de índice e seu respectivo número de
página e na parte mais abaixo, você pode definir o Formato
de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao cli-
car em Ok, seu índice será criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, bas-


ta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte
do índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

104
INFORMÁTICA

Verificar Ortografia e gramatica


Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra escrita incorretamente para ver as sugestões de correção.

Dependendo do programa do Microsoft Office que você está usando, clique com o botão direito do mouse em uma
palavra para obter outras opções, como adicionar a palavra ao dicionário personalizado.
Como funciona a verificação gramatical automática (aplica-se somente ao Outlook e ao Word)
Após ativar a verificação gramatical automática, o Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais e estilís-
ticos à medida que você trabalha nos documentos do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anotações), conforme
mostrado no exemplo a seguir.

105
INFORMÁTICA

Clique com botão direito do mouse no erro para ver MS EXCEL5


mais opções.
O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para
tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas
ele também funciona muito bem para cálculos simples e
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de
células. As células podem conter números, texto ou fórmu-
las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e
colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi-
fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in-
críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar.

Criar uma nova pasta de trabalho


Os documentos do Excel são chamados de pastas de
Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu trabalho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, nor-
de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou malmente, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa quantas planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode
considera o texto um erro. criar novas pastas de trabalho para guardar seus dados se-
paradamente.
Proteger um documento com senha Clique em Arquivo e em Novo.
Ajude a proteger um documento confidencial contra Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
mento > Criptografar com Senha.

Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As cé-
lulas são referenciadas por sua localização na linha e na
coluna da planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira
linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula se-
guinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
clique em OK. você deseja adicionar.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique
clique em OK. em AutoSoma no grupo Edição.
Observações : 
Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
uma senha pela primeira vez.
Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
forte da qual se lembrará. 5 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel

106
INFORMÁTICA

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na Caso você não veja o formato de número que está pro-
célula selecionada. curando, clique em Mais Formatos de Número.

Criar uma fórmula simples Inserir dados em uma tabela


Somar números é uma das coisas que você poderá fazer, Um modo simples de acessar grande parte dos recursos
mas o Excel também pode executar outras operações mate- do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso permite que
máticas. Experimente algumas fórmulas simples para adicio- você filtre ou classifique rapidamente os dados.
nar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores. Selecione os dados clicando na primeira célula e arrastar
Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
a última célula em seus dados.
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fórmula.
Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada
Digite uma combinação de números e operadores de cál-
ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção para
culos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de menos
(-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação ou a barra selecionar os dados.
(/) para divisão. Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2. direito da seleção.
Pressione Enter.
Isso executa o cálculo.
Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você deseja
que o cursor permaneça na célula ativa).

Aplicar um formato de número


Para distinguir entre os diferentes tipos de números, adi-
cione um formato, como moeda, porcentagens ou datas.
Selecione as células que contêm números que você deseja
formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na seta
na caixa Geral.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
Selecione um formato de número tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma coluna.

Para filtrar os dados, desmarque a caixa de seleção Se-


lecionar tudo e, em seguida, selecione os dados que você
deseja mostrar na tabela.

107
INFORMÁTICA

Mostrar totais para os números


As ferramentas de Análise Rápida permitem que você
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números.
Selecione as células que contêm os números que você
somar ou contar.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão
para aplicar os totais.

Adicionar significado aos seus dados


A formatação condicional ou minigráficos podem des-
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza-
ção Dinâmica para experimentar.
Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a
Selecione os dados que você deseja examinar mais de-
Z ou Classificar de Z a A.
talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.

Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale-


ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média
e baixa.

Quando gostar da opção, clique nela.

Clique em OK.

108
INFORMÁTICA

Mostrar os dados em um gráfico Localizar ou substituir texto e números em uma plani-


A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor- lha do Excel para Windows
reto para seus dados e fornece uma apresentação visual Localize e substitua textos e números usando curingas ou
com apenas alguns cliques. outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, linhas, colu-
Selecione as células contendo os dados que você quer nas ou pastas de trabalho.
mostrar em um gráfico. Em uma planilha, clique em qualquer célula.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Loca-
direito da seleção. lizar e Selecionar.
Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
dados e clique no que desejar.

Siga um destes procedimentos:


Para localizar texto ou números, clique em Localizar.
Para localizar e substituir texto ou números, clique
em Substituir.
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que você
deseja procurar ou clique na seta da caixa Localizar e, em se-
OBSERVAÇÃO: O Excel mostra diferentes gráficos nesta guida, clique em uma pesquisa recente na lista.
galeria, dependendo do que for recomendado para seus Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco (*)
dados. ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa:
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de caracte-
Salvar seu trabalho res. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”.
Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de Use o ponto de interrogação para localizar um único ca-
Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S. ractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”.
DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de interroga-
ção e caracteres de til (~) nos dados da planilha precedendo-
-os com um til na caixa Localizar. Por exemplo, para localizar
dados que contenham “?”, use ~? como critério de pesquisa.
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto. Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa e
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo: siga um destes procedimentos:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra- Para procurar dados em uma planilha ou em uma pasta
balho e navegue até uma pasta. de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Planilha ou Pasta
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas- de Trabalho.
ta de trabalho. Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na caixa Pes-
Clique em Salvar. quisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas.
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai-
xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentários.
Imprimir o seu trabalho
OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Comentá-
Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri-
rios só estão disponíveis na guia Localizar, e somente Fórmu-
mir ou pressione Ctrl+P.
las está disponível na guia Substituir.
Visualize as páginas clicando nas setas Próxima Pági- Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de mi-
na e Página Anterior. núsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiúsculas de
minúsculas.
Para procurar células que contenham apenas os carac-
teres que você digitou na caixa Localizar, marque a caixa de
seleção Coincidir conteúdo da célula inteira.
A janela de visualização exibe as páginas em preto e Se você deseja procurar texto ou números que também
branco ou colorida, dependendo das configurações de sua tenham uma formatação específica, clique em Formato e faça
impressora. as suas seleções na caixa de diálogo Localizar Formato.
Se você não gostar de como suas páginas serão im- DICA: Se você deseja localizar células que correspondam
pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi- a uma formato específico, exclua qualquer critério da cai-
cionar quebras de página. xa Localizar e selecione a célula que contenha a formatação
Clique em Imprimir. que você deseja localizar. Clique na seta ao lado de Formato,
clique em Escolher formato da célula e, em seguida, clique na
célula que possui a formatação a ser pesquisada.

109
INFORMÁTICA

Siga um destes procedimentos: Definir uma coluna com uma largura específica
Para localizar texto ou números, clique em Localizar
Tudo ou Localizar Próxima. Selecione as colunas a serem alteradas.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão matar.
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
em Localizar ou Localizar Tudo.
Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna.
OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado.
ponível, clique na guia Substituir.
Clique em OK.
Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma úni-
andamento pressionando ESC.
ca coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna
Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor- selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor
rências dos caracteres encontrados, clique em Substi- desejado e clique em OK.
tuir ou Substituir tudo. Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica-
DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formatação mente ao conteúdo (AutoAjuste)
que você define. Se você pesquisar dados na planilha nova- Selecione as colunas a serem alteradas.
mente e não conseguir encontrar caracteres que você sabe Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções de matar.
formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálogo Loca-
lizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois em Op-
ções para exibir as opções de formatação. Clique na seta
ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar formato’.

Alterar a largura da coluna e a altura da linha


Em uma planilha, você pode especificar uma largura
de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da
formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de Coluna Automaticamente.
coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta. OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero) a rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele-
409. Esse valor representa a medida da altura em pontos (1 cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer
ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035 cm). limite entre dois títulos de coluna.
A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximadamente
1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida como 0
(zero), a linha ficará oculta.
Se estiver trabalhando no modo de exibição de Layout
da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da Pasta
de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá especi-
ficar uma largura de coluna ou altura de linha em polega-
das. Nesse modo de exibição, a unidade de medida padrão
é polegada, mas você poderá alterá-la para centímetros ou
milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções, clique na
categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma opção na
lista Unidades da Régua).
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de
outra coluna
Selecione uma célula da coluna com a largura desejada.
Pressione Ctrl+C ou, na guia  Página Inicial, no gru-
po Área de Transferência, clique em Copiar.

110
INFORMÁTICA

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado.
Para alterar a largura de todas as colunas da planilha,
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual-
quer título de coluna.
Clique com o botão direito do mouse na coluna de destino,
aponte paraColar Especial e clique no botão Manter Largura da
Coluna Original 

Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma plani-


lha ou pasta de trabalho
O valor da largura de coluna padrão indica o número médio
de caracteres da fonte padrão que cabe em uma célula. É possí-
vel especificar outro valor de largura de coluna padrão para uma
planilha ou pasta de trabalho.
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de coluna padrão de uma planilha, cli-
que na guia da planilha. Definir uma linha com uma altura específica
Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de traba- Selecione as linhas a serem alteradas.
lho inteira, clique com o botão direito do mouse em uma guia
de planilha e, em seguida, clique em Selecionar Todas as Plani-
lhas no menu de atalhoTE000127572.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em Formatar. Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.


Na caixa Largura padrão da coluna, digite uma nova medida
e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas as
novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar um mo-
delo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo como base
para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura
Alterar a largura das colunas com o mouse da Linha.
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite do lado DICA:  Para ajustar automaticamente de forma rápi-
direito do título da coluna até que ela fique do tamanho desejado. da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

111
INFORMÁTICA

Formatar números como moeda


Você pode exibir um número com o símbolo de moe-
da padrão selecionando a célula ou o intervalo de célu-
las e clicando em Formato de Número de Contabilização 

 no grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar


aplicar o formato Moeda, selecione as células e pressione
Ctrl+Shift+$.)
Alterar outros aspectos de formatação
Selecione as células que você deseja formatar.
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de
Diálogo ao lado deNúmero.
Alterar a altura das linhas com o mouse
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abai-
xo do título da linha até que ela fique com a altura dese-
jada.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.
Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas
desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
linha selecionados.
Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
qualquer título de linha.

Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con- Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese-
teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha. jado.
OBSERVAÇÃO:  Se desejar exibir um valor monetário
Formatar números como moeda no Excel sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Para exibir números como valores monetários, forma- Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de cimais desejadas para o número.
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar. Por exemplo, para exibir  R$138.691  em vez de colo-
As opções de formatação de número estão disponíveis na car  R$ 138.690,63  na célula, insira  0  na caixa  Casas deci-
guia Página Inicial, no grupo Número. mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.

112
INFORMÁTICA

OBSERVAÇÃO: A caixa Números negativos não está disponível para o formato de número Contábil. O motivo disso é
que constitui prática contábil padrão mostrar números negativos entre parênteses.
Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique em OK.
Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você aplicar formatação de moeda em seus dados, isso significará
que talvez a célula não seja suficientemente larga para exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique duas vezes
no limite direito da coluna que contém as células com o erro #####. Esse procedimento redimensiona automaticamente a
coluna para se ajustar ao número. Você também pode arrastar o limite direito até que as colunas fiquem com o tamanho
desejado.

Remover formatação de moeda


Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na caixa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato Geral não têm um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais
complexos e vários valores. Existem funções para os cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exemplo, na fun-
ção: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a função o processo
passa a ser mais fácil. Ainda conforme o exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar um cálculo com sinal
de igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma função depende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos
podem ser números, textos, valores lógicos, referências, etc...

Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Criar uma fórmula simples


Você pode criar uma fórmula simples para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fórmulas
simples sempre começam com um sinal de igual (=), seguido de constantes que são valores numéricos e operadores de
cálculo como os sinais de mais (+), menos (-), asterisco (*) ou barra (/).
Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).

113
INFORMÁTICA

Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas mos-
trarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas para ver
todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado
‘=A2^A3 =A2^A3
em A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células de uma
planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona a referência de
célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).
Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em outra
pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar o canto
da borda para expandir a seleção.

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadrados.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está relacio-
nada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.

114
INFORMÁTICA

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas mostra-
rem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas para ver todos
os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos” (B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três
departamentos no nome definido “Ativos”,
‘=SOMA(Ativos) =SOMA(Ativos)
que é definido como o intervalo de células
B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) da soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar
o sinal de igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função
pressionando F1.

115
INFORMÁTICA

Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
Calcula a média de todos os números no intervalo
‘=MÉDIA(A1:B4) =MÉDIA(A1:B4)
A1:B4

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma
referência de célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255
números dessa forma.

Soma rápida com a barra de Status


Se você quiser obter rapidamente a soma de um intervalo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o in-
tervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel.

Barra de Status
Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula ou
várias células. Se você com o botão direito na barra de Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out exibindo
todas as opções que você pode selecionar. Observe que ele também exibe valores para o intervalo selecionado se você tiver
esses atributos marcados. 

116
INFORMÁTICA

Usando o Assistente de AutoSoma quando terminar. Guia de função Intellisense: a soma (Nú-
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma mero1, [núm2]) flutuantes marca abaixo a função é o guia
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione de Intellisense. Se você clicar no nome de função ou soma,
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo ele se transformará em um hiperlink azul, que o levará para o
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula na tópico de ajuda para essa função. Se você clicar nos elemen-
faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assistente tos de função individual, as peças representantes na fórmula
de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo para ser serão realçadas. Nesse caso somente B2: B5 seria realçadas
somados e criar a fórmula para você. Ele também pode tra- como há apenas uma referência numérica nesta fórmula. A
balhar horizontalmente se você selecionar uma célula para a marca de Intellisense será exibido para qualquer função.
esquerda ou à direita do intervalo a serem somados.
Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente

Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os in- AutoSoma horizontalmente


tervalos contíguos de soma
A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que Exemplo 4 – somar células não-contíguas
você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções

Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele-
ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um
por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4,
o Excel seria gerar =SOMA(C2:C6) desde que ele reconheça
um intervalo contíguo.
Você pode selecionar rapidamente vários intervalos
AutoSoma verticalmente não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
O Assistente de AutoSoma detectou automaticamente (“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
células B2: B5 como o intervalo a serem somados. Tudo o tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
que você precisa fazer é pressione Enter para confirmá-la. você. Pressione enter quando terminar.
Se você precisar adicionar/excluir mais células, você pode Dica:  você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
manter a tecla Shift > tecla de direção da sua escolha até mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
que corresponde à sua seleção desejado e pressione Enter precisa fazer é selecionar o intervalo (s).

117
INFORMÁTICA

Observação: você pode perceber como o Excel tem real-


çado os intervalos de função diferente por cor, e eles corres-
pondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3 é azul
e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as funções, a
menos que o intervalo referenciado esteja em uma planilha
diferente ou em outra pasta de trabalho. Para acessibilidade
aprimorada com tecnologia assistencial, você pode usar in-
tervalos nomeados, como “Semana1”, “Semana2”, etc. e, em
seguida, fazer referência a eles, sua fórmula:
=SOMA(Week1,Week2) SOMA ignora valores de texto
Práticas Recomendadas #REF! Erro de excluir linhas ou colunas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas para
trabalhar com as funções soma. Grande parte desse pode ser
aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados to-
talmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros por
vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23 Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não serão
Em seguida, tente validar se suas entradas estão corretas. atualizados para excluir a linha excluída e retornará um #REF!
É muito mais fácil colocar esses valores em células individuais erro, onde uma função soma atualizará automaticamente.
e usar uma fórmula de soma. Além disso, você pode formatar
os valores quando eles estão nas células, tornando-as muito
mais legível e quando ela estiverem em uma fórmula.

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou colunas

#VALUE! erros de referência de texto em vez de números.


Se você usar um fórmula como: = Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar linhas
= A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3 ou colunas

Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será atua-


lizada para incluir a linha adicionada, onde uma função soma
atualizará automaticamente (contanto que você não estiver fora
do intervalo referenciado na fórmula). Isso é especialmente im-
portante se você esperar sua fórmula para atualizar e não, como
ele deixará incompletos resultados que você não pode capturar.

Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B


Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores
não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retorna-
rão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e lhe
dar a soma dos valores numéricos.

118
INFORMÁTICA

SOMA com referências de célula individuais versus in- Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou
tervalos soma 3 dimensionais:
Usando uma fórmula como:
=SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3)
É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É
muito melhor usar intervalos individuais, como:
=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem de
desconto para um intervalo de células que você já soma- = SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
dos. Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da planilha
1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você tem
uma única folha para cada mês (janeiro a dezembro) e você
precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a de-
zembro.
Observação:  se suas planilhas tem espaços em seus
nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
fórmula:
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2)
SOMA com outras funções
= SOMA(A2:A14) *-25% Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto, ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil mensal:
encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
rados, assim:
= SOMA(A2:A14) * E2
Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
Adicionando ou retirando de uma soma
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma =SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2)
soma usando + ou - assim: Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de célu-
= SOMA(A1:A10) + E2 las não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em branco).
= SOMA(A1:A10)-E2 Função SE
A função SE é uma das funções mais populares do Excel e
SOMA 3D permite que você faça comparações lógicas entre um valor e
Às vezes você precisa somar uma determinada célula aquilo que você espera. Em sua forma mais simples, a função
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla- SE diz:
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário, faça
célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa, outra coisa)
muito mais assim que apenas tentando construir uma fór- Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados. O
mula que faz referência apenas uma única folha. primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o se-
i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1 gundo se a comparação for Falsa.

119
INFORMÁTICA

Exemplos de SE simples =SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça-


mento”)
No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen-
do SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”,
caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”)

=SE(C2=”Sim”;1,2)
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fórmula
retorna um 1 ou um 2)
= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or-
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário,
não retorne nada).

=SE(C2=1;”Sim”;”Não”)
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
Como você pode ver, a função SE pode ser usada para
avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada para avaliar
erros. Você não está limitado a verificar apenas se um valor
é igual a outro e retornar um único resultado; você também
pode usar operadores matemáticos e executar cálculos adicio-
nais dependendo de seus critérios. Também é possível aninhar
várias funções SE juntas para realizar várias comparações.
OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será
preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”). A
única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel reco-
nhece automaticamente. =SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0)
Introdução Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 =
A melhor maneira de começar a escrever uma instrução “Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário,
SE é pensar sobre o que você está tentando realizar. Que com- nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0)
paração você está tentando fazer? Muitas vezes, escrever uma
instrução SE pode ser tão simples quanto pensar na lógica em Práticas Recomendadas - Constantes
sua cabeça: “o que aconteceria se essa condição fosse aten- No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de
dida vs. o que aconteceria se não fosse?” Você sempre deve Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na
se certificar de que suas etapas sigam uma progressão lógi- fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-
ca; caso contrário, sua fórmula não executará aquilo que você tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca-
acha que ela deveria executar. Isso é especialmente importante sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
quando você cria instruções SE complexas (aninhadas). ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
Mais exemplos de SE colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fácil
alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada.

120
INFORMÁTICA

CONT.SE
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para contar o
número de células que atendem a um critério; por exemplo,
para contar o número de vezes que uma cidade específica
aparece em uma lista de clientes.

Sintaxe
CONT.SE(intervalo, critério)
Por exemplo:
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
=CONT.SE(A2:A5,A4)

Nome do argumento Descrição


Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA:
O grupo de células que você
=SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em branco”)
Que diz SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”, caso deseja contar. Intervalo pode
contrário, retorne “Não está em branco”). Você também po- conter números, matrizes,
deria facilmente usar sua própria fórmula para a condição intervalo    (obrigatório) um intervalo nomeado ou
“Não está em branco”. No próximo exemplo usamos “” em referências que contenham
vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa “nada”. números. Valores em branco
e texto são ignorados.
Um número, expressão,
referência de célula ou
cadeia de texto que
determina quais células
serão contadas.
Por exemplo, você pode usar
um número como 32, uma
critérios    (obrigatório)
comparação, como “> 32”,
uma célula como B4 ou uma
palavra como “maçãs”.
CONT.SE usa apenas um
único critério. Use CONT.
=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”) SES se você quiser usar
Essa fórmula diz SE(D3 é nada, retorne “Em branco”, caso vários critérios.
contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um exemplo de
um método muito comum de usar “” para impedir que uma Função SOMASE
fórmula calcule se uma célula dependente está em branco: Você pode usar a função SOMASE para somar os valores
=SE(D3=””;””;SuaFórmula()) em uma intervalo que atendem aos critérios que você especi-
SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua ficar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém
fórmula). números, você quer somar apenas os valores que são maio-
res do que 5. Você pode usar a seguinte fórmula: = SOMASE
Exemplo de SE aninhada (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser avaliada
por critérios. Células em cada intervalo devem ser números ou
nomes, matrizes ou referências que contenham números. Valores
em branco e texto são ignorados. O intervalo selecionado pode
conter datas no formato padrão do Excel (exemplos abaixo).
critérios   Obrigatório. Os critérios na forma de um núme-
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois ro, expressão, referência de célula, texto ou função que define
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas SE quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios po-
podem ter de 3 a 64 resultados. dem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”, “maçãs” ou HOJE().
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”)) IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer cri-
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual tério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve estar
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as as-
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”). pas duplas não serão necessárias.

121
INFORMÁTICA

intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células diferentes das especificadas
no argumento intervalo. Se o argumento intervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células especificadas no argumen-
to intervalo (as mesmas células às quais os critérios são aplicados).
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O ponto de
interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracteres. Para localizar
um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais de 255
caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais adicio-
nadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a célula inicial
e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento intervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células, o
recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo você
deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são con-
tados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células vazias,
valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas mos-
trarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas para ver
todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

122
INFORMÁTICA

MÍNIMO (Função MÍNIMO)


Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.
Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
O menor dos números no intervalo A2:A6 e
=MIN(A2:A6;0) 0
0.

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte fun-
ção =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.

Selecione duas ou mais células adjacentes que você deseja mesclar.

123
INFORMÁTICA

IMPORTANTE :  Verifique se os dados que você deseja


agrupar na célula mesclada estão contidos na célula superior
esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão excluí-
dos. Para preservar os dados das outras células, copie-os em
outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, verifi-


que se você não está editando uma célula e se as células que
você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na seta
ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar Atra-
vés ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,
foram mescladas. clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.
Criar um gráfico no Excel para Windows Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-
Use o comando  Gráficos Recomendados  na guia  Inse- que nele e clique emOK.
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados. Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-
Selecione os dados que você deseja incluir no seu gráfico. co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
Clique em Inserir > Gráficos Recomendados. gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de tipos


de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os seus
dados aparecem naquele formato.

DICAS : 
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
nalizar a aparência do gráfico.

Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas


de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar
no gráfico.

124
INFORMÁTICA

Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar da-


dos da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, especial-
mente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar, reco-
mendando e, em seguida, criando automaticamente Tabelas
Dinâmicas que são um excelente recurso para reSOMAir, ana-
lisar, explorar e apresentar dados. Por exemplo, veja uma lista
simples de despesas: O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova planilha e
exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque
a caixa de seleção para o campo.
Por padrão, campos não numéricos
Adicionar um são adicionados à áreaLinha, as
campo hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Coluna e os
campos numéricos são adicionados
à área Valores.
Na área NOME DO CAMPO,
Remover um campo desmarque a caixa de seleção para
o campo.
Arraste o campo de uma área
da Lista de Campos da Tabela
Mover um campo
Dinâmica para outra, por exemplo,
de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Na guia Analisar Tabela Dinâmica,
Dinâmica clique em Atualizar.

Criar uma Tabela Dinâmica manualmente


Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Ta-
Se você sabe como organizar seus dados, pode criar uma
bela Dinâmica:
Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela
Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os da-
dos que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâmicas
ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica Reco-
mendada é uma boa opção. Quando você usa este recurso, o
Excel determina um layout significativo, combinando os da-
dos com as áreas mais adequadas da Tabela Dinâmica. Isso
oferece um ponto inicial para experimentos adicionais. Depois
que uma Tabela Dinâmica básica é criada, você pode explorar
orientações diferentes e reorganizar os campos para obter os Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma
resultados desejados. linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para selecionar os
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preen-
Dinâmica. chida automaticamente com o intervalo de células selecionado.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica
dados que serão usados na Tabela Dinâmica. seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela Dinâ-
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomendada. mica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Plani-
lha existente e clique na planilha para especificar o local.

125
INFORMÁTICA

DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e
Adicionar um campo
hora são adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à
área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra,
Mover um campo
por exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e,
na caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em


um campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.
Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.
Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.
Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.
OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

126
INFORMÁTICA

Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo. mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida na
pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arquivo
anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é des-
cartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel 97-
2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a pasta
de trabalho novamente.

Proteger uma planilha com ou sem uma senha no Excel


Consulte as anotações abaixo para mais informações. Para ajudar a proteger seus dados de alterações não in-
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça isto: tencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou sem
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho. senha. Ela impede que outras pessoas removam a proteção da
Clique em Estrutura. planilha: a senha deve ser inserida para desproteger a planilha.
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre essa Por padrão, quando você protege uma planilha, o excel
opção e a opçãoWindows. bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de proteger
Digite uma senha na caixa Senha. a planilha, desbloqueie quaisquer células que desejar alte-
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. rar antes de seguir essas etapas.
Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
OBSERVAÇÕES : 
Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a pasta de
conteúdo de células bloqueadas está marcada.
trabalho, os usuários somente precisarão digitar a senha uma vez.
Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
Se você solicitar somente uma senha para alterar a pasta de
proteger a planilha. 
trabalho, os usuários podem abrir uma cópia somente leitura do
Outros usuários podem remover a proteção se você
arquivo, salvá-la com outro nome e alterar seus dados.
não usar uma senha.
Selecionar a opção Estrutura previne outros usuários de
visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou ocultar IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-
planilhas e renomear planilhas. cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabilitada recuperar senhas perdidas.
nessa versão do Excel. Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta de confirmá-la.
trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Traba-
lho acende.

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir uma se-
nha para a pasta de trabalho que fornece criptografia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de Tra-
balho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e cli-
que em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e cli-
que em OK.
OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as etapas
acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permitir
no Excel. que todos os usuários desta planilha possam e clique em OK.

127
INFORMÁTICA

OBSERVAÇÕES :  Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-


Para remover a proteção da planilha, clique em Revi- res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a cor
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne- desejada.
cessário. DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemente,
Se uma macro não pode executar na planilha protegi- clique em Cor de Preenchimento  . Você também encon-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida trará até 10 cores personalizadas selecionadas mais recente-
mente em Cores recentes.
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
células Quando você deseja algo mais do que apenas um preen-
É possível realçar dados em células utilizando Cor de chimento de cor sólida, experimente aplicar um padrão ou
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de efeitos de preenchimento.
fundo ou padrão das células. Veja como: Selecione a célula ou intervalo de células que deseja for-
Selecione as células que deseja realçar. matar.
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para Clique em  Página Inicial  > iniciador da caixa de diálo-
a planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso irá go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.
ocultar as linhas de grade, mas é possível melhorar a legi-
bilidade da planilha exibindo bordas ao redor de todas as
células.

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.
Clique em  Página Inicial  > seta ao lado de  Cor de
Preenchimento  .

Em Cores do Tema ou Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma


cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um pa-
drão na caixa Estilo do Padrão.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as
opções desejadas.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano de
fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecionados.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen-
chimento
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou efei-
tos de preenchimento das células, basta selecioná-las. Clique
em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchimento, e
então selecione Sem Preenchimento.

128
INFORMÁTICA

CTRL+C — Copia as células selecionadas.


CTRL+C (seguido por outro CTRL+C) — exibe a Área de
Transferência.
CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
intervalo selecionado nas células abaixo.
CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substituir
com a guia Localizar selecionada.
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
chimento em cores T+F4 repete a última ação de Localizar.
Se as opções de impressão estiverem definidas CTRL+SHIFT+F — Abre a caixa de diálogo Formatar Cé-
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja pro- lulas com a guia Fonte selecionada.
positalmente ou porque a pasta de trabalho contém plani- CTRL+G — Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 também
lhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram na ati- exibe essa caixa de diálogo.)
vação automática do modo de rascunho — não será possível CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
imprimir as células em cores. Veja aqui como resolver isso: tuir com a guia Substituir selecionada.
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.
logo Configurar Página. CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink para
novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink para
os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou
localizar um arquivo.
CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que con-
têm comentários.
Na guia Folha, em Imprimir, desmarque as caixas de se- CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
leção Preto e branco e Qualidade de rascunho. CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar Cé-
OBSERVAÇÃO : Se você não visualizar cores em sua pla- lulas com a guia Fonte selecionada.
nilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste. Se CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para co-
não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, talvez piar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda de
nenhuma impressora colorida esteja selecionada. um intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de ar-
Principais atalhos quivo, local e formato atual.
CTRL+Menos (-) — Exibe a caixa de diálogo Excluir para CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
excluir as células selecionadas. CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+; — Insere a data atual. CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redução
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célula da barra de fórmulas.
e a exibição de fórmulas na planilha. CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência
CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Disponí-
da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas. vel somente depois de ter recortado ou copiado um objeto,
CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células. texto ou conteúdo de célula.
CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito. CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial,
CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico. disponível somente depois que você recortar ou copiar um
CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado. objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou em
CTRL+5 — Aplica ou remove tachado. outro programa.
CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos e CTRL+W  —  Fecha a janela da pasta de trabalho sele-
exibir espaços reservados para objetos. cionada.
CTRL+8 — Exibe ou oculta os símbolos de estrutura de CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
tópicos. CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas. CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o últi-
CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas. mo comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+A  — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer
contiver dados, este comando seleciona a região atual. Pres- para reverter ou restaurar a correção automática quando
sionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e suas li- Marcas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
nhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente seleciona CTRL+SHIFT+(  — Exibe novamente as linhas ocultas
a planilha inteira. dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas
argumento quando o ponto de inserção está à direita de um dentro da seleção.
nome de função em uma fórmula. CTRL+SHIFT+&  —  Aplica o contorno às células sele-
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito. cionadas.

129
INFORMÁTICA

CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.


CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para valores
negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é diferente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Para aplicar a fórmula de =SOMA(A1;A2).
soma você precisa, apenas, Dica: Sempre separe a
selecionar as células indicação das células
que estarão envolvidas com ponto e vírgula (;).
Adição =SOMA(célulaX;célula Y) na adição, incluindo a Dessa forma, mesmo
sequência no campo as que estiverem em
superior do programa localizações distantes
junto com o símbolo de serão consideradas na
igual (=) adição
Segue a mesma lógica da
adição, mas dessa vez você
usa o sinal correspondente
Subtração =(célulaX-célulaY) a conta que será feita (-) no =(A1-A2)
lugar do ponto e vírgula (;),
e retira a palavra “soma” da
função
Use o asterisco (*) para
Multiplicação = (célulaX*célulaY) indicar o símbolo de = (A1*A2)
multiplicação
A divisão se dá com a
barra de divisão (/) entre as
Divisão =(célulaX/célulaY) =(A1/A2)
células e sem palavra antes
da função

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e mínimo.
Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra
“media” antes das células
indicadas, que são sempre
Média =MEDIA(célula X:célulaY) =MEDIA(A1:A10)
separadas por dois pontos (:) e
representam o grupo total que
você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
a palavra “max”
Dessa vez, use a expressão
Mínima =MIN(célula X:célulaY) =MIN(A1:A10)
“min”

130
INFORMÁTICA

Função Se Adicionar cor e design aos meus slides com temas


Essa função trata das condições de valores solicitados. Você não é um designer profissional, mas você quiser
Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que pre- sua apresentação pareça que você está. “Temas” tudo o que
cisa saber se os produtos ainda estão no estoque ou pre- fazer para você — você apenas escolha um e crie!
cisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de slide co-
Veja por que: loridos internos (ou ‘temas’) que pode aplicar às apresentações.
Escolher um tema quando você abre o PowerPoint
Escolha um tema.
Cálculo Fórmula Exemplo

=se(B1<=0 ; “a ser envia-


do” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao
Excel que se o conteúdo
=se(célulaX<=0 da célula B1 é menor ou
Função ; “O que precisa igual a zero ele deve exibir
Se saber 1” ; “o que a mensagem “a ser envia-
precisa saber 2”) do” na célula que contem
a fórmula. Caso o conteú- DICA : Esses temas internos são ótimos para widescreen
do seja maior que zero, a (16:9) e apresentações de tela padrão (4:3).
Escolha uma variação de cor e clique em Criar.
mensagem que aparecerá
é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informati-
ca/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-
sua-vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

MS POWERPOINT6

As apresentações do PowerPoint funcionam como


apresentações de slide. Para transmitir uma mensagem ou
uma história, você a divide em slides. Considere cada slide
com uma tela em branco para as imagens, palavras e for- Alterar o tema ou variação da sua apresentação
mas que ajudarão a criar sua história. Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema ou
Escolha um tema variação na guia Design.
Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns modelos e te- Na guia Design, escolha um tema com as cores, as fontes
mas internos. Um tema é um design de slide que contém e os efeitos desejados.
correspondências de cores, fontes e efeitos especiais como DICA : Para visualizar a aparência que o slide terá com um
sombras, reflexos, dentre outros recursos. tema aplicado, coloque o ponteiro do mouse sobre a minia-
Escolher um tema. tura de cada tema.
Clique em Criar ou selecione uma variação de cor e cli- Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema
que em Criar. específico, no grupo Variantes, selecione uma variante.
O grupo de variantes aparece à direita do grupo temas e
as opções variam dependendo do tema que você selecionou.

6 Fonte: https://support.office.com/pt-br/powerpoint

131
INFORMÁTICA

OBSERVAÇÃO : Se você não vir quaisquer variantes, pode Na galeria de layouts, clique no layout desejado para o
ser porque você está usando um tema personalizado, um tema seu novo slide. Cada opção na galeria é um layout de slide
mais antigo projetado para versões anteriores do PowerPoint, diferente que pode conter espaços reservados para texto,
ou porque você importou alguns slides de outra apresentação vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, uma tela de fundo e
com um tema personalizado ou mais antigo. formatação de temas, como cores, fontes e efeitos. 
Criar e salvar um tema personalizado Seu novo slide é inserido, e você pode clicar dentro de um
Você pode criar um tema personalizado modificando um espaço reservado para começar a adicionar conteúdo.
tema existente ou começar do zero com uma apresentação
em branco. Reorganizar a ordem dos slides
Clique primeiro slide e, em seguida, na guia Design, clique No painel à esquerda, clique na miniatura do slide que
na seta para baixo no grupo variantes. deseja mover e então arraste-o para o novo local.
Clique em cores, fontes, efeitos ou Estilos de plano de fun-
do e escolha uma das opções internas ou personalizar o seu
próprio.
Quando terminar de personalizar estilos, clique na seta
para baixo no grupo temas e clique em Salvar tema atual.
Dê um nome para seu tema e clique em Salvar. Por padrão,
ele é salvar com seus outros temas do PowerPoint e estará dis-
ponível no grupo temas em um cabeçalho personalizado

Adicionar um novo slide


Na guia Exibir, clique em Normal.

No painel de miniaturas de slides à esquerda, clique no


slide depois do qual deseja adicionar o novo slide.
Na guia Início, clique em Novo Slide.

DICA : Para selecionar vários slides, pressione e mantenha


pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que
deseja mover e arraste-os como um grupo para o novo local.

Excluir um slide
No painel à esquerda, clique com o botão direito do
mouse na miniatura de slide que você deseja excluir (mante-
nha pressionada a tecla CTRL para selecionar vários slides) e
então clique em Excluir Slide.

132
INFORMÁTICA

Adicionar texto
Selecione um espaço reservado para texto e comece
a digitar.

Formatar seu texto


Selecione o texto.
Em Ferramentas de desenho, escolha Formatar.

Siga um destes procedimentos:


Salvar a sua apresentação Para alterar a cor de seu texto, escolha Preenchimento
Na guia Arquivo, escolha Salvar. de Texto e escolha uma cor.
Selecionar ou navegar até uma pasta. Para alterar a cor do contorno de seu texto, esco-
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a lha Contorno do Texto e, em seguida, escolha uma cor.
apresentação e escolha Salvar. Para aplicar uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação
OBSERVAÇÃO : Se você salvar arquivos com frequência 3D, uma transformação, escolha Efeitos de Texto e, em se-
em uma determinada pasta, você pode ‘fixar’ o caminho guida, escolha o efeito desejado.
para que ele fique sempre disponível (conforme mostrado
abaixo). Adicionar imagens
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos:
Para inserir uma imagem que está salva em sua unida-
de local ou em um servidor interno, escolha Imagens, pro-
cure a imagem e escolha Inserir.
Para inserir uma imagem da Web, escolha Imagens On-
line e use a caixa de pesquisa para localizar uma imagem.

DICA :  Salve o trabalho à medida que o fizer. Pressio-


ne CTRL + S com frequência. Escolha uma imagem e clique em Inserir.
Adicionar anotações do orador
Os slides ficam melhores quando você não insere infor-
mações em excesso. Você pode colocar fatos úteis e ano-
tações nas anotações do orador e consultá-los durante a
apresentação.

133
INFORMÁTICA

Para abrir o painel de anotações, na parte inferior da janela, clique em Anotações  .


Clique no painel de Anotações abaixo do slide e comece a digitar suas anotações.

Fazer sua apresentação


Na guia Apresentação de Slides, siga um destes procedimentos:
Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas que não estão no local onde você está, clique em Apresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher uma das seguintes opções:
Apresentar-se online usando o Office Presentation Service
Iniciar uma apresentação online no PowerPoint usando o Skype for Business

Sair da exibição Apresentação de Slides


Para sair da exibição de Apresentação de Slides a qualquer momento, pressione a tecla Esc do teclado.

O que é um layout de slide?


Cada layout de slide contém espaços reservados para texto, vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, um plano de fundo
e muito mais, contendo também a formatação, como cores de tema, fontes e efeitos para esses objetos.
Cada tema (paleta de cores, fontes e efeitos especiais) que você usa em sua apresentação inclui um slide mestre e um
conjunto de layouts relacionados. Se usar mais de um tema na apresentação, você terá mais de um slide mestre e vários
conjuntos de layouts.
Você alterar os layouts de slide que são criados para o PowerPoint no modo de exibição de Slide mestre. A imagem
abaixo mostra o slide mestre e dois dos dez layouts do tema base no modo de exibição de Slide mestre.

134
INFORMÁTICA

O que é um slide mestre?


Slides mestres foram projetados para ajudá-lo a criar
apresentações com ótima aparência em menos tempo, sem
muito esforço. Quando desejar que todos os slides para
conter as mesmas fontes e imagens (como logotipos), você
poderá fazer essas alterações no Slide mestre e elas vai ser
aplicadas a todos os slides.

Em seguida, ao incluir conteúdo nos slides, você pode


escolher os layouts de slide mais adequados ao conteúdo, Para acessar o modo de exibição de Slide mestre, na
como mostrado aqui no Modo de Exibição Normal. guia Exibição, localizamos o bloco Modos de Exibição Mestre.

Os layouts de slide relacionados aparecem logo abaixo


do slide mestre.

O diagrama a seguir mostra as várias partes de um la-


yout que você pode incluir em um slide do PowerPoint.

Quando você edita o slide mestre, todos os slides que


seguem aquele mestre conterá essas alterações. No entan-
to, a maioria das alterações feitas serão provavelmente ser
os layouts de slide relacionada ao mestre.
Quando fizer alterações em layouts e o slide mestre
no modo de exibição de Slide mestre, outras pessoas que
trabalham na sua apresentação (no modo de exibição Nor-
mal) não podem excluir acidentalmente ou editar que você
já fez.

135
INFORMÁTICA

Dica final: é recomendável editar o slide mestre e os layouts antes de começar a criar os slides individuais. Dessa ma-
neira, todos os slides adicionados à sua apresentação se basearão em suas edições personalizadas. Se você editar o slide
mestre ou os layouts após criar cada slide, precisará aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no
modo de exibição Normal. Caso contrário, as alterações não aparecerão nos slides.

Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D e muito mais) que com-
plementar uns com os outros. Um designer competente criado cada tema no PowerPoint. Podemos disponibilizar esses
temas predefinidos na guia Design na exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.

Layouts de Slide

Altere e gerenciar layouts de slide no modo de exibição de Slide mestre. Para acessar o modo de exibição de Slide mes-
tre, na guia Exibir, selecione Mestre de lado. Os layouts estão localizados embaixo do slide mestre no painel de miniatura
no lado esquerdo da tela.

Cada tema tem um número diferente de layouts. Você provavelmente não usar todos os layouts fornecidos com um
tema específico, mas escolher os layouts que melhor correspondem conteúdo do slide.

136
INFORMÁTICA

No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts Você pode alterar nada sobre um layout para atender
aos slides (mostrado abaixo). às suas necessidades. Quando você altera um layout e vá
para Normal visualização, todos os slides que você adiciona
depois que será baseado neste layout e refletirão a aparên-
cia alterada de layout. No entanto, se houver slides existen-
tes na sua apresentação que se baseiam a versão antiga do
layout, você precisará reaplicar o layout para esses slides.

Aplicar ou alterar um layout de slide


Todos os temas no PowerPoint incluem um slide mes-
tre e um conjunto de layouts de slide. O layout de slide que
você escolher dependerá da cor, tipos de letra e como você
quer que o texto e outro conteúdo sejam organizados nos
slides. Se os layouts predefinidos não funcionarem, você
poderá alterá-los.
Aplicar um layout de slide no Modo de Exibição Normal
Escolha um layout predefinido que coincida com o ar-
ranjo do texto e outros espaços reservados de objeto que
Cada layout de slide é configurada de forma diferente você planeja incluir no slide.
— com tipos diferentes de espaços reservados em locais Na guia Exibição, clique em Normal.
diferentes em cada layout. No Modo de Exibição Normal, no painel de miniaturas
Cada slide mestre tem um layout de slide relacionados à esquerda, clique no slide ao qual você deseja aplicar um
chamado Layout de Slide de título, e cada tema organiza layout.
o texto e outros espaços reservados de objeto para que o Na guia Página Inicial, clique em Layout e selecione o
layout diferente, com efeitos, fontes e cores diferentes. A layout desejado.
imagem abaixo mostra primeiro, a versão do tema base do
layout chamado Layout do Slide de título. E para compa-
rá-lo, o layout de slide abaixo dele é o Layout de Slide de
título do tema Integral.

Alterar um layout de slide no Modo de Exibição de Sli-


de Mestre
Se você não encontrar um layout de slide que funcio-
ne com o texto e outros objetos que você planeja incluir
nos slides, altere um layout no Modo de Exibição de Slide
Mestre.
Na guia Exibição, clique em Normal.
No Modo de Exibição de Slide Mestre, no painel de
miniaturas à esquerda, clique em um layout de slide que
você deseja alterar.

137
INFORMÁTICA

Na guia Design, clique em Tamanho do Slide e selecio-


ne uma opção.

Alterar a orientação, clique em Tamanho do Slide per-


sonalizado e, em seguida, selecione na orientação desejada
em orientação.

Na guia Slide Mestre, para alterar o layout, execute um


ou mais dos seguintes procedimentos:
Para adicionar um espaço reservado, clique em Inserir
Espaço Reservado e, em seguida, escolha um tipo de espa-
ço reservado na lista.
Para reorganizar um espaço reservado, clique na borda
do espaço reservado até ver uma seta de quatro pontas e
arraste o espaço reservado para o novo local no slide.
Para excluir um espaço reservado, selecione-o e, em Para criar um tamanho de slide personalizado, clique
seguida, pressione Delete no teclado. em Tamanho do Slide personalizado e selecione tela, lar-
Para adicionar um novo layout, clique em Inserir La- gura e altura opções no lado esquerdo da caixa de diálo-
yout. go Tamanho do Slide.
Para renomear um layout, no painel de miniaturas à
esquerda, clique com o botão direito do mouse layout que Adicione espaços reservados para slide layouts para
você deseja renomear, clique em Renomear Layout, digite o conter texto, imagens, vídeos, etc.
novo nome do layout e clique em Renomear. Espaços reservados são caixas com bordas pontilhadas
que armazenam conteúdo em seu lugar em um layout de
IMPORTANTE: Se você alterar um layout que você usou
slide. Você pode adicionar um espaço reservado para um
em sua apresentação, ir para o modo de exibição Normal
layout de slide para conter conteúdo, como texto, imagens,
e reaplicar o novo layout para esses slides se desejar obter
tabelas, gráficos, SmartArt gráficos, clip-art, vídeos e muito
suas alterações. Por exemplo, se você alterar o layout de
mais.
slide de demonstração, os slides da sua apresentação usan- IMPORTANTE :  Só podem ser adicionados a espaços
do o layout de demonstração mantêm a aparência original, reservados em layouts, slides não individuais em uma apre-
se você não aplicar o layout revisado para cada uma delas. sentação de slides.
Alterar a orientação dos slides Na guia Exibir, clique em Slide Mestre.
Você pode alterar a orientação de todos os slides pa- No painel de miniaturas esquerdo, clique no layout de
drão, widescreen ou um tamanho personalizado, e você slide ao qual você deseja adicionar um ou mais espaços
pode especificar a orientação retrato ou paisagem de slides reservados.
e anotações. A seguir é mostrado o layout de slide Título e Conteú-
do, que contém um espaço reservado para o título e outro
para qualquer tipo de conteúdo:

138
INFORMÁTICA

Você pode alterar um espaço reservado para redimensio-


ná-lo, reposicione, ou alterando a fonte, o tamanho, o caso, a
cor ou o espaçamento do texto dentro dele. Você também pode
excluir um espaço reservado de um layout de slide ou um slide
individual selecionando-a e pressionando Delete.

Atalhos usados com frequência


A tabela a seguir relaciona os atalhos mais usados no Po-
werPoint.

Para Pressione
Aplicar negrito ao texto
Ctrl+B
selecionado.
Altere o tamanho
ALT + C, F e, em
da fonte do texto
Na guia Slide Mestre, clique em Inserir Espaço Reserva- seguida, S
selecionado.
do e, em seguida, clique no tipo de espaço reservado que
Altere o zoom do slide. ALT + W, P
você deseja adicionar.
Recorte o texto
selecionado, objeto ou Ctrl+X
slide.
Copie o texto
selecionado, objeto ou Ctrl+C
slide.
Colar recortado ou
copiado texto, objetos Ctrl+V
ou slide.
Desfazer a última ação. Ctrl+Z
Salve a apresentação. Ctrl+B
Inserir uma imagem. ALT + N, P
Inserir uma forma. ALT + H, S e H
Selecione um tema. ALT + G, H
Selecione um layout de
ALT + H, L
slide.
Ir para o próximo slide. Page Down
Vá para o slide anterior. Page Up
Vá para a guia página
Alt+C
inicial.
Mover para a guia
ALT+T
Inserir.
Inicie a apresentação de
ALT + S, B
slides.
Painel com scorecard
Encerre a apresentação
Clique em um local no layout de slide e arraste para de- e mapa estratégico;
de slides.
senhar o espaço reservado. Você pode adicionar quantos perguntas
espaços reservados como desejar. Feche o PowerPoint. ALT + F, X
Quando terminar, na guia Slide mestre, clique em Fe-
char modo de exibição mestre.
Siga um destes procedimentos:
Para reaplicar o layout alterado recentemente a um sli-
de existente, na lista de miniaturas de slide, selecione o sli-
de e, em seguida, na guia página inicial, clique em Layout e,
em seguida, selecione o layout revisado.
Para adicionar um novo slide que contém o layout (com
os recém-adicionado espaços reservados), na guia página
inicial, clique em Novo Slide e, em seguida, selecione o la-
yout revisado do slide.

139
INFORMÁTICA

QUESTÕES GERAIS 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de


arquivos, sem que haja perda de informação?
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assina- (A) Compactação
le a opção correta. (B) Deleção
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve (C) Criptografia
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, (D) Minimização
de modo a garantir a correta remoção dos arquivos relacio-
(E) Encolhimento adaptativo
nados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema operacional.
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
diretórios de programas instalados na máquina em uso. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuários SolusZip, etc.
possivelmente cadastrados nessa máquina. Resposta: A
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios dis-
poníveis por meio da instalação do pacote Office, entre eles, 5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:
calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão
Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windo-
ws, dar saída no usuário correntemente em uso na máquina
e, em seguida, desligar o computador.

Comentários: Para desinstalar um programa de forma


segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou re-
mover programas
Resposta – Letra A  
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co-
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as infor- lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
mações estão contidas em arquivos de vários formatos, que (A) 7
são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias (B) 56
removíveis do computador, organizados em: (C) 448
(A) telas. (D) 511
(B) pastas. (E) uma mensagem de erro
(C) janelas.  
(D) imagens.
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando
(E) programas.
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po-
clara a organização por meio de PASTAS, que nada mais são sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser
do que compartimentos que ajudam a organizar os arquivos copiada de D1 para D3:
em endereços específicos, como se fosse um sistema de ar-  
mário e gavetas.
Resposta: Letra B

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser excluí-


do permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionan-
do-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.

Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so-
um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam
basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. ‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten-
O Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza do-se o resultado 448.
que deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de Resposta: C.
“Você tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
Resposta: C

140
INFORMÁTICA

6- “O correio eletrônico é um método que permite Estão corretas apenas as afirmativas:


compor, enviar e receber mensagens através de sistemas A) I, II, III, IV
eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores B) I, II
de email, EXCETO: C) I, II, III
A) Mozilla Thunderbird. D) I, II, IV
B) Yahoo Messenger. E) I, III, IV
C) Outlook Express.
D) IncrediMail. Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-
E) Microsoft Office Outlook 2003. so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô- down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
nico podem funcionar por meio de um software instalado III são verdadeiros.
em nosso computador local ou por meio de um programa
que funciona dentro de um navegador, via acesso por In-
ternet. Este programa da Internet, que não precisa ser ins-
talado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
No item IV encontramos o item falso da questão, o que
tempo;
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men-
Maiores Desvantagens:
sagem de e-mail significa copiar e não mover!
• Ocupam espaço em disco;
Resposta: C.
• Compatibilidade com os servidores de e-mail
(nem sempre são compatíveis).
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do
grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
Microsoft Office Outlook ambiente MS Office, assinale a opção correta.
Microsoft Outlook Express; (A) Ao se clicar no nome de um documento gravado
Mozilla Thunderbird; com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win-
IcrediMail dows ativa o MS Access para a abertura do documento em
Eudora tela.
Pegasus Mail (B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas
Apple Mail (Apple) ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL
Kmail (Linux) + V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de
Windows Mail todos os aplicativos da suíte MS Office.
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
gabarito da questão. mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
Resposta: B. a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver-
são permanece armazenada no computador.
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor- (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
reio eletrônico, analise: to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pe- Word para ser aberto no MS PowerPoint.
los navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo- (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
(Exemplo: http://www.google.com.br). e imagens de maneira estruturada e organizada.
II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans-
ferência de dados de um servidor ou computador remoto Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
para um computador local. mandos universais dos programas da Microsoft como é o
III. Upload é a transferência de dados de um computa- caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
dor local para um servidor ou computador remoto. localizar.
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi- Em relação às outras letras:
ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
um destinatário, com endereço eletrônico. Excel e não o Access

141
INFORMÁTICA

Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma 10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga. (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Internet,
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde está lo-
exibição do documento dentro do contexto de cada pro- calizada tal máquina.
grama e não de um programa para o outro como é o caso (B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários se
da afirmativa. conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, como
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação no caso de salas de bate-papo.
de slides e sim o Ms Power Point. (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi-
Resposta: B mento de arquivos na Internet.
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, o
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi- termo http significa o protocolo de acesso a páginas em for-
nale a opção correta. mato HTML, por exemplo.
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de cor-
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
reio eletrônico envia uma mensagem com anexo para outro
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
destinatário de correio eletrônico.
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Comentários: Os itens apresentados nessa questão estão
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os proto-
barra de endereços do navegador: http://intranet.com. colos mais comuns:
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma - HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de carre-
rede local, pois sua função é conectar um computador à gamento de páginas de Hipertexto –  HTML
rede de telefonia fixa. - IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma má-
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina quina na rede
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada - POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimento
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet. de emails direto no PC via gerenciador de emails
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar- - SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo padrão
mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de de envio de emails
acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet. - IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhante
ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário a
Comentários: O modelo cliente/servidor é questiona- possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensagens
do em termos de internet pois não é tão robusto quanto de email direto no servidor.
redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda - FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transferência
do servidor central impede o acesso aos usuários clientes, de arquivos
no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servi- Resposta: D
dores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo
que o download continue. Ex: programas torrent, Emule, 11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.
Limeware, etc. (A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas e
Em relação às outras letras: arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do
para localizar e identificar conjuntos de computadores na Windows.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos
Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modifi-
vegador.
cação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
Exibição.
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede ofe-
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. rece um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- direto a elas.
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o
acessar redes locais. botão direito do mouse,será salva uma nova versão do arquivo
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com- e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
putação que fornece serviços a uma rede de computado- (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca
ou restringe acessos. Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de má-
Resposta: D quinas ligadas à Internet.

Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos


são mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e De-
talhes.
Resposta: B

142
INFORMÁTICA

Atenção: Para responder às questões de números 12 Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo
e 13, considere integralmente o texto abaixo: correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten-
de computadores. de a segurança solicitada no enunciado.
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão Resposta: A
ser verificados para que não contenham erros. Alguns artigos
digitados deverão conter a imagem dos resultados obtidos em 14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais. Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de arquivos em lotes, também denominados scripts, o
devem ser tomados para a recuperação em caso de perda e shell de comando é um programa que fornece comuni-
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às cação entre o usuário e o sistema operacional de forma
informações guardadas. direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
internet visando o atendimento do nível de qualidade da in- um comando da pasta Acessórios denominado
formação prestada à sociedade, pelo órgão. (A) Prompt de Comando
O ambiente operacional de computação disponível para (B) Comandos de Sistema
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do (C) Agendador de Tarefas
MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio ele- (D) Acesso Independente
trônico, em português e em suas versões padrões mais utili- (E) Acesso Direto
zadas atualmente.
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, Resposta: “A”
CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada Comentários
em portas do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes. Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe-
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman-
eletrônica, dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão digitar comandos, você pode executar tarefas no computa-
resultados diferentes do original. dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos. Comando é normalmente usado apenas por usuários avan-
(C) somente podem ser copiadas para o editor de textos çados.
dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas.
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma 15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
a uma. Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
(E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “co- gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
ladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela. textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
  chado, o resultado obtido será
Comentários: Sempre que se copia células de uma plani-
lha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como
uma tabela simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os
números são colados.
Resposta: E

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do


correio eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. Resposta: “C”
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende- Comentários:
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”. d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende- alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. formatações foi o item c.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
 

143
INFORMÁTICA

16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Resposta: “C”


Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento Comentário:
de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en- Expressão =MÉDIA(A1:A3)
tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
cliente, respectivamente, um dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
(A) download e um upload Expressão =MENOR(B1:B3;2)
(B) downgrade e um upgrade Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
(C) downfile e um upfile que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
(D) upgrade e um downgrade em ordem crescente.
(E) upload e um download Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número,
Resposta: “E”. que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
Comentários: em ordem decrescente.
 Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
Upload – Carregar para cima (enviar). 19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)

17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)


Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
ao texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
d) Arquivo, Exibir e Formatar.
e) Arquivo, Ferramentas e Tabela. a) 1
b) 2
Resposta: “B” c) 3
Comentário: d) 4
• Ação numerar - “INSERIR” e) 5
• Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR” Resposta: “D”
Comentário:
18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7.
c) 5, 1 e 2.
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.

144
INFORMÁTICA

Passo 2 21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi-


que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.
e A3 zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no
exemplo dado acima, é o
a) protocolo.
b) xxx.
c) zzz.
d) yyy.
e) br.

Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
Click na imagem para melhor visualizar d) yyy. subdomínios
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio
Passo 3
Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a 22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)
propagação, o resultado Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua
configuração padrão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-
werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode Resposta: D
ser feita na guia Comentário:
a) Geral.
b) Inserir.
c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.

Resposta: “E”
Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua até
que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em se-
guida, clique na régua no local desejado.

145
INFORMÁTICA

Uma tabulação Direita define a extremidade do texto à Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin-
direita. Conforme você digita, o texto é movido para a esquerda. chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so-
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de um matório) em uma única questão. A função ARRED é para
ponto decimal. Independentemente do numero de dígitos, o arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
ponto decimal ficará na mesma posição. inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
uma barra vertical na posição de tabulação. decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra
A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Uma (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
planilha do Microsoft Excel, na sua configuração padrão, entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi-
possui os seguintes valores nas células: B1=4, B2=1 e B3=3. ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA (B1:B3)/3;2,7);2) in- casas decimais.
serida na célula B5 apresentará o seguinte resultado:
(A) 2 Considere a figura que mostra o Windows Explorer
(B) 1,66 do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
(C) 2,667 nal, e responda às questões de números 24 e 25.
(D) 2,7
(E) 2,67

Resposta: E
Comentário:

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E
Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

146
INFORMÁTICA

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

se clicar em , localizado abaixo do menu Favori 01. (POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FE-
DERAL -CESPE/2013) - A respeito de tipos de computa-
tos, será fechado dores e sua arquitetura de processador, julgue os itens
(A) o Meu computador. subsequentes.
(B) o Disco Local (C:). Um processador moderno de 32 bits pode ter mais
(C) o painel Pastas. de um núcleo por processador.
(D) Meus documentos. ( ) Certo
(E) o painel de arquivos. ( ) Errado

Resposta: C Um bit (Binarydigit) é a menor unidade de medida da


Comentário: Informática e representa o código binário que pode arma-
zenar o valor de 0 ou 1, significando muitas vezes verdadei-
ro ou falso ou ainda presença ou ausência. Quando falamos
em bits do processador, nós nos referimos ao tamanho da
palavra que ele consegue processar por vez. Se um proces-
sador é de 32 bits, ele pode manipular números de valor
até 4.294.967.296 em uma única operação.
Os processadores com dois núcleos são denominados
dual core e contam com dois núcleos distintos no mesmo
circuito integrado, simulando a presença de dois processa-
dores e podendo executar dois processos ao mesmo tem-
po. Com a criação dos processadores de 64 bits os de 32
bits com a tecnologia dual core não são tão comuns, mas
ainda são encontrados.

RESPOSTA: “CERTO”.

02. (CPRM - ANALISTA EM GEOCIÊNCIAS – BIBLIO-


TECONOMIA – CESPE/2013) - A respeito de informática
para bibliotecas, julgue os itens a seguir.
Unidade lógica e unidade de controle são compo-
nentes de um processador.
( ) Certo
( ) Errado

Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/ Na arquitetura dos processadores estão presentes a
oculta o painel PASTAS. Unidade Lógica e a Unidade de Controle, os Barramentos e
os Registradores. Seguiremos com a descrição da Unidade
Lógica e de Controle, visto que são abordadas na questão.
- Unidade lógica – A sigla que envolve a Unidade Ló-
gica é ULA, referente à Unidade Lógica e Aritmética. Nes-
ta unidade são realizadas instruções lógicas como E, OU,
Não, Verdadeiro ou Falso e também operações aritméticas
de soma, multiplicação e outras. Com a “ULA (Unidade Ló-
gico-Aritmética), o processador pode executar operações
matemáticas como adição, subtração, multiplicação e divi-
são e pode executar operações sofisticadas com números
grandes em ponto flutuante”.
- Unidade de Controle (UC) – Possui uma pequena
quantidade de memória que guarda o endereço da memó-
ria que contém a próxima instrução a ser executada. Outra
pequena quantidade de memória representa os registra-
dores, que guardam as instruções que serão executadas
pelo processador. A UC possui um circuito que decodifica
instruções, verificando o que ela faz e quais os operadores
envolvidos.
RESPOSTA: “CERTO”.

147
INFORMÁTICA

03. (TRT 12ª REGIÃO (SC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO Na Informática, a menor unidade de informação é o
- TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2013) - O pro- bit. O bit representa o valor 0 (zero) ou 1 (um) que significa
cessador de um computador executa uma série de ins- também a ausência (0) ou presença (1) de energia. Todas
truções de máquina que o instruem o que fazer. Sobre as informações que o processador opera estão traduzidas
os processadores e seu funcionamento é INCORRETO para o código binário, ou seja, a linguagem de zero e um.
afirmar que: Quando um processador tem 32 bits ele consegue executar
a) utilizando a ULA (Unidade Lógico-Aritmética), informações desse tamanho. Qualquer informação é trans-
o processador pode executar operações matemáticas formada em código binário para ser trabalhada na máqui-
como adição, subtração, multiplicação e divisão e pode na. Às vezes um dado, quando transformado em código bi-
executar operações sofisticadas com números grandes nário, fica maior que 32 bits e é processado em partes pelo
em ponto flutuante. processador, sendo de 32 em 32 bits.É possível constatar
b) um processador pode mover dados de um en- que um processador de 32 bits não consegue executar um
dereço de memória para outro, pode tomar decisões e programa de 64 bits, pois só opera com 32 bits de cada
desviar para um outro conjunto de instruções baseado vez. Mas se tivermos um processador de 64 bits, sabemos
nestas decisões. que ele pode executar um programa de 32 bits, pois sendo
c) o barramento de endereços envia e recebe da- maior, sobra “espaço” quando colocamos algo de 32 bits
dos da memória e o barramento de dados envia um en- em algo que caberia 64 bits.
dereço para a memória; estes barramentos possuem o
RESPOSTA: “CERTO”.
mesmo número de bits.
d) uma linha RD (ReaD/Leitura) e WR (WRite/Escri-
05. (IPEM/RO - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -FUN-
ta) diz à memória se ela deve gravar ou ler o conteúdo
CAB – 2013) - O tipo de memória cache que não está in-
da posição de memória endereçada.
serida diretamente no chip do processador, mas sim em
e) um sinal de clock fornece uma sequência de pul-
um invólucro (cartucho) ao lado do processador, sendo
sos de relógio para o processador; um sinal de reset
seu tamanho compreendido entre 512 KB e 12MB, é: 
reinicia o contador do programa para zero (ou outro
a) Setup.
valor) e recomeça a execução do programa.
b) Flash.
c) L2.
O barramento pode ser entendido como um conjunto d) EPROM.
de linhas e fios que interligam eletronicamente os dispo- e) BIOS
sitivos. Nos computadores, temos a ligação de memória e
processador, por exemplo, pelos barramentos. A memória cache é um tipo de dispositivo de arma-
No Barramento de Endereço (Address Bus) circulam en- zenamento aplicado em pequena quantidade, em lugares
dereços de memória ou de dispositivos de entrada e saída específicos do computador. Considerada mais rápida que
que o processador necessita. Ele localiza a fonte e o destino a memória RAM, mas mais cara e com restrições de uso
dos dados. devido a sua instabilidade, possui os mesmos princípios da
No Barramento de dados (Address Bus)circulam as in- memória principal: memória volátil de leitura e gravação.
formações enviadas e recebidas pelo processador para a Armazena dados que são usados com maior frequência
memória RAM ou para os dispositivos de entrada e saída. pelo processador para evitar que este perca sua velocidade
Os dados tanto são enviados quanto recebidos por este de execução indo até a memória RAM buscar informações
barramento. e passando a trabalhar no seu clock externo. Quando está
presente junto ao processador, é chamada de cache L1, ou
RESPOSTA: “C”. cache primário (level1) e quando está fora do processado,
na situação proposta pelo enunciado, é chamada cache se-
04. (POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FE- cundário (level 2).
DERAL – CESPE/2013) - A respeito de tipos de computa-
dores e sua arquitetura de processador, julgue os itens RESPOSTA: “C”.
subsequentes.
Diferentemente de um processador de 32 bits, que 06. (SERPRO - ANALISTA - SUPORTE TÉCNICO –
não suporta programas feitos para 64 bits, um proces- CESPE/2013) - A respeito das arquiteturas de hardwa-
sador de 64 bits é capaz de executar programas de 32 re existentes em servidores, julgue os itens que se se-
bits e de 64 bits. guem.
( ) Certo Um mainframe possui múltiplas unidades de pro-
( ) Errado cessamento, sendo cada unidade um processador co-
mum, tipicamente Intel ou AMD.
( ) Certo
( ) Errado

148
INFORMÁTICA

Mainframes são computadores robustos com grande Considere os dados acima relativos ao processa-
poder de processamento, capazes de trabalhar com milha- dor Intel Core i7 : 
res e milhares de instruções, dando suporte a vários termi- Sobre os dados apresentados, é correto afirmar que
nais que podem estar conectados a ele. a) 731.000.000 é o número de transistores no chip.
O hardware do mainframe é específico para todo o su- O Core i7  atingiu o topo da tecnologia, chegando ao
porte a terminais que oferece e, para não prejudicar o aten- limite do número de transistores que podem ser grava-
dimento às solicitações e processamentos que ocorrem, dos num chip de silício.
possui vários processadores, que podem ser substituídos b) 45 nm é a largura, em mícrons, do menor fio
até mesmo com ele ligado. do chip. Em termos comparativos, o fio de cabelo hu-
mano tem a espessura de 100 mícrons. A tendência
RESPOSTA: “ERRADO”. agora é que os chips aumentem de tamanho para que se
possa ultrapassar a marca de 800 milhões de transistores.
07. (TRT 17ª REGIÃO (ES) - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
c) velocidade do  clock é a taxa máxima
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CESPE/2013)
do clock do chip. A velocidade do clock é limitada pela
largura dos dados. Chips de 64 bits não conseguem ultra-
passar os 3,2 GHz.
d) existe uma relação entre a velocidade do clock e
o MIPS. A velocidade máxima do clock é uma função do
processo de fabricação do chip. Os processadores como
o i7 executam milhões de instruções por ciclo.
Considerando a figura acima, que ilustra um esque- e) largura de dados é a largura da UCP.
ma básico de um computador, julgue os itens a seguir. Uma UCP de 32 bits pode fazer opera-
A memória é o dispositivo responsável pelas entra- ções aritméticas com dois números de 32 bits.
das e saídasde dados do computador  Uma UCP de 32 bits teria que executar quatro instru-
( ) Certo ções para somar dois números de 64 bits, enquanto que
( ) Errado uma de 64 bits precisa de apenas duas instruções.

Memória: no caso exposto no enunciado, a memória é Core i7 é um processador Intel que possui as seguintes
um dispositivo de armazenamento temporário que aloca tecnologias:
os dados e programas a serem executados pelo proces- - Hyperthreading: capaz de simular até oito CPUs ló-
sador. gicas.
Barramento: o barramento é por onde os dados per- - QPI (QuickPathInterconnect): traz o chip responsável
correm da origem ao destino. A origem e o destino são pela comunicação entre o processador e a memória RAM;
dispositivos eletrônicos do computador, representados no agora é “embutido” no próprio processador.
esquema como Memória, Processador e Periféricos. - “Turbo mode”: aumenta a performance do processa-
Processador: é o responsável pela execução dos dados dor quando um dos núcleos não está sendo usado, novas
e programas armazenados em memória. Ele que realiza as instruções para processamento multimídia foram adiciona-
funções aritméticas e lógicas, aloca e busca informações na das visando a aumentar consideravelmente o desempenho
memória e conclui as tarefas. do processador em jogos e programas que exijam muito
Periféricos: são dispositivos de entrada e saída de da- processamento gráfico.
dos. Por exemplo, o mouse é um dispositivo de entrada
de dados, pois envia cliques do usuário ao computador. A
Na tabela do enunciado temos:
impressora é um dispositivo de saída, pois imprime infor-
- Nome: é o nome do processador.
mações do computador para o usuário.
- Ano: ano de lançamento do processador.
RESPOSTA: “ERRADO”. - Transistores: número de transistores do processador.
- Mícrons: é a largura, em mícrons, do menor fio do
08. (DPE/SP - OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA – chip.
FCC/2013) - - Velocidade do clock: é o tempo que o processador
executa uma instrução ou busca e envia os dados.
- Largura de dados: é o tamanho da informação que o
processador consegue trabalhar por vez.
- MIPS: é a sigla para milhões de instruções por se-
gundo.

149
INFORMÁTICA

Na tabela é possível perceber que há uma relação entre 11. (PC/RJ - PERITO CRIMINAL - ENGENHARIA DA
a velocidade do clock e o MIPS. A velocidade máxima do COMPUTAÇÃO – IBFC/2013) - Complete a lacuna do
clock é uma função do processo de fabricação e dos atra- texto a seguir com a resposta correta. Os equipamen-
sos internos. Também existe uma relação entre o número de tos atuais utilizam processadores de alto desempenho
transistores e o MIPS. Por exemplo, o 8088 tinha um clock como o I5 e o I7 da empresa Intel. O soquete ____________
de 5 MHz, mas tinha MIPS de 0,33 (cerca de uma instrução atende a demanda para os processadores Core i3 , i5
para cada 15 ciclos do clock). Os processadores modernos e i7, além do Celeron G1101 e o Pentium série G6900.
executam milhões de instruções por ciclo. Essa melhoria está a) AM3.
diretamente relacionada ao número de transistores no chip. b) LGA1156
c) número 7
RESPOSTA: “D”. d) 370
e) FM2.
09. (SERPRO - ANALISTA - SUPORTE TÉCNICO – CES-
PE/2013) - A respeito das arquiteturas de hardware exis-
tentes em servidores, julgue os itens que se seguem.
Processadores RISC e CISC diferem, fundamental-
mente, no tamanho e na complexidade do conjunto de
instruções.
( ) Certo
( ) Errado

RISC (reducedinstrution-set computer) – é a arquitetura


que considera que um reduzido subconjunto das combina-
ções disponíveis era utilizado nos programas gerados ma- Soquete LGA1156
nualmente ou automaticamente em linguagem de máquina,
levando à conclusão de que, provavelmente, de 32 a 64 ope-
Um soquete é o lugar adequado para se instalar pro-
rações seriam suficientes (FOSTER, 1971) para executar as
cessadores à placa-mãe do computador, como mostra a
operações. As instruções dessa arquitetura levam aproxima-
figura acima.
damente o mesmo tempo para serem executadas. Os chips
Cada soquete possui um número determinado de furos
RISC são mais simples e mais baratos que o CISC e possuem
e partes específicas de bloqueio que tentam minimizar ou
um número de circuitos internos menor, o que permite que
impedir a possível conexão inadequada deprocessadores
trabalhem em alta velocidade.
CISC (complexinstrution-set computer) – é a arquitetura impróprios a ele, pois são projetados para dar atendimento
que considera um computador comum um conjunto com- às necessidades específicas de um processador ou alguns
plexo de instruções. O processador com esta arquitetura é processadores.
capaz de executar centenas de instruções complexas dife- O soquete LGA1156 dá suporte ao uso dos processa-
rentes. O CISC é capaz de executar centenas de instruções dores Core i3 , i5 e i7, além do Celeron G1101 e o Pentium
diferentes do RISC, mas poucas delas são usadas com fre- série G6900. Esta afirmativa pode ser observada no manual
quência, por isso a tecnologia CISC foi implementada para da placa-mãe do computador ou nas especificações técni-
trabalhar adequadamente. cas de cada processador.

RESPOSTA: “CERTO”. RESPOSTA: “B”.

10. (IPEM/RO - TÉCNICO EM INFORMÁTICA – FUN-


CAB/2013) - Nos microcomputadores, a quantidade
de bits que é tratada em cada ciclo de processamento, inde-
pendente do processador utilizado, é conhecida como:
a) byte.
b) campo.
c) registro.
d) palavra.
e) arquivo.

Quando dizemos que um processador é de 32 ou 64


bits, determinamos o tamanho da palavra que ele é capaz
de processar. A palavra é determinada pelo tamanho de bits
que é executado em conjunto pelo processador.

RESPOSTA: “D”.

150
INFORMÁTICA

– disponibilização da informação no tempo necessário,


– controle integrado de informações distribuídas fisica-
NOÇÕES BÁSICAS DE BANCOS DE DADOS, mente,
LINGUAGEM SQL, LINGUAGEM DE – redução de redundância e de inconsistência de infor-
PROGRAMAÇÃO (JAVA) OU LÓGICA DE mações,
PROGRAMAÇÃO (PSEUDOLINGUAGEM), REDES – compartilhamento de dados,
E DISPOSITIVOS MÓVEIS. – aplicação automática de restrições de segurança,
– redução de problemas de integridade.

Abstração de Dados
Introdução – O sistema de bancos de dados deve prover
A importância da informação para a tomada de de- uma visão abstrata de dados para os usuários.
cisões nas organizações tem impulsionado o desenvolvi- – A abstração se dá em três níveis:
mento dos sistemas de processamento de informações.
Algumas ferramentas:
– processadores de texto (editoração eletrônica),
– planilhas (cálculos com tabelas de valores),
– Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados -
SGBDs (armazenamento de grandes volumes de dados, es-
truturados em registros e tabelas, com recursos para aces-
so e processamento das informações).

Conceitos
Banco de Dados: é uma coleção de dados inter- rela-
cionados, representando informações sobre um domínio
específico [KS94].
Exemplos: lista telefônica, controle do acervo de uma
biblioteca, sistema de controle dos recursos humanos de
uma empresa. Níveis de Abstração
Sistema de Gerenciamento de Bancos de Dados
(SGBD): é um software com recursos específicos para facili- ■ Nível físico: nível mais baixo de abstração. Descreve
tar a manipulação das informações dos bancos de dados e como os dados estão realmente armazenados, englobando
o desenvolvimento de programas aplicativos. estruturas complexas de baixo nível.
Exemplos: Oracle, Ingres, Paradox*, Access*, DBase*. ■ Nível conceitual: descreve quais dados estão arma-
* Desktop Database Management Systems. zenados e seus relacionamentos. Neste nível, o banco de
Sistema de Bancos de Dados dados é descrito através de estruturas relativamente sim-
■ É um sistema de manutenção de registros por com- ples, que podem envolver estruturas complexas no nível
putador, envolvendo quatro componentes principais: físico.
– dados, ■ Nível de visões do usuário: descreve partes do banco
– hardware, de dados, de acordo com as necessidades de cada usuário,
– software, individualmente.
– usuários.
Modelos Lógicos de Dados
■ O sistema de bancos de dados pode ser considerado Conjunto de ferramentas conceituais para a descrição
como uma sala de arquivos eletrônica [Date91]. dos dados, dos relacionamentos entre os mesmos e das
Existe uma série de métodos, técnicas e ferramentas restrições de consistência e integridade.
que visam sistematizar o desenvolvimento de sistemas de Dividem-se em:
bancos de dados. – baseados em objetos,
– baseados em registros.
Objetivos de um Sistema de Bancos de Dados Modelos lógicos baseados em objetos
– Isolar os usuários dos detalhes mais internos do ban- Descrição dos dados nos níveis conceitual e de visões
co de dados (abstração de dados). de usuários.
– Prover independência de dados às aplicações (estrutu- Exemplos:
ra física de armazenamento e à estratégia de acesso). Entidade-relacionamento, orientado a objetos.
Vantagens: No modelo orientado a objetos, código executável é
– rapidez na manipulação e no acesso à informação, parte integrante do modelo de dados.
– redução do esforço humano (desenvolvimento e uti- Modelos lógicos baseados em registros
lização), – descrição dos dados nos níveis conceitual e de visões
de usuários;

151
INFORMÁTICA

– o banco de dados é estruturado em registros de for- O Modelo Relacional


matos fixos, de diversos tipos;
– cada tipo de registro tem sua coleção de atributos;
– há linguagens para expressar consultas e atualizações
no banco de dados.
Exemplos:
● relacional,
● rede,
● hierárquico.
No modelo relacional, dados e relacionamentos entre
dados são representados por tabelas, cada uma com suas
colunas específicas.
Exemplo das Informações em um Banco de Dados

O Modelo de Rede

■ Os dados são representados por coleções de regis-


tros e os relacionamentos por elos. ■ Tanto os dados quanto os relacionamentos são re-
presentados por tabelas.
■ Possui fundamento matemático sólido.
■ Prescinde de estruturas de índice eficientes e hardwa-
re adequado para alcançar desempenho viável em situações
práticas.

O Banco de Dados no Nível Conceitual (modelo ER)

O Modelo Hierárquico
■ Os dados e relacionamentos são representados por
registros e ligações, respectivamente.
■ Os registros são organizados como coleções arbitrá- Linguagens de Definição e Manipulação de Dados
rias de árvores. Esquema do Banco de Dados
É o “projeto geral” (estrutura) do banco de dados.
– não muda com frequência;
– há um esquema para cada nível de abstração e um
subesquema para cada visão de usuário.
Linguagem de Definição de Dados (DDL)
Permite especificar o esquema do banco de dados,
através de um conjunto de definições de dados.
– A compilação dos comandos em DDL é armazenada
no dicionário (ou diretório) de dados.

Manipulação de dados
– recuperação da informação armazenada,
– inserção de novas informações,
– exclusão de informações,
– modificação de dados armazenados.

152
INFORMÁTICA

Linguagem de Manipulação de Dados (DML)


Permite ao usuário acessar ou manipular os dados, vendo-os da forma como são definidos no nível de abstração mais
alto do modelo de dados utilizado.
– Uma consulta (“query”) é um comando que requisita uma recuperação de informação.
– A parte de uma DML que envolve recuperação de informação é chamada linguagem de consulta*.
[Date91] ilustra o papel do sistema de gerência de banco de dados, de forma conceitual:
O usuário emite uma solicitação de acesso. O SGBD intercepta a solicitação e a analisa.
O SGBD inspeciona os esquemas externos (ou subesquemas) relacionados àquele usuário, os mapeamentos entre os
três níveis, e a definição da estrutura de armazenamento.
O SGBD realiza as operações solicitadas no banco de dados armazenado.
Tarefas:
– interação com o sistema de arquivos do sistema operacional,
– cumprimento da integridade,
– cumprimento da segurança,
– cópias de segurança (“backup”) e recuperação,
– controle de concorrência.
Papéis Humanos em um Sistema de Bancos de Dados
■ Usuários do Banco de Dados
Realizam operações de manipulação de dados.
– programadores de aplicações,
– usuários sofisticados,
– usuários especializados,
– usuários “ingênuos”.
■ Administrador do Banco de Dados
Pessoa (ou grupo) responsável pelo controle do sistema de banco de dados.
– Administrador de Dados
– Administrador do SGBD
Administração de Sistemas de Bancos de Dados
Administrador de Dados (DBA)
– definição e atualização do esquema do banco de dados.
Administrador do SGBD
– definição da estrutura de armazenamento e a estratégia (ou método) de acesso,
– concessão de autorização para acesso a dados,
– definição de controles de integridade,
– definição de estratégias para cópia de segurança e recuperação,
– monitoramento do desempenho,
– execução de rotinas de desempenho,
– modificação da organização física.

Tipos de Banco de Dados

Banco de dados Relacional


Um banco de dados relacional consiste em uma coleção de tabelas, que podem ser relacionadas através de seus atri-
butos, ou seja, uma linha de uma tabela pode estar sendo relacionada com uma outra linha em uma outra tabela.
Banco de dados rede
Enquanto no modelo relacional os dados e os relacionamentos entre dados são representados por uma coleção de ta-
belas, modelo de rede representa os dados por coleções de registros e os relacionamentos entre dados são representados
por ligações.
Ou seja, um banco de dados de rede consiste em uma coleção de registros que são conectados uns aos outros por
meio de ligações. Cada registro é uma coleção de campos (atributos), cada um desses campos contendo apenas um valor
de dado. Uma ligação é uma associação entre precisamente dos registros.

153
INFORMÁTICA

Banco de dados Hierárquico Projeto Físico


Assim como no modelo de Redes o modelo Hierárqui-
co trabalho com os dados e relacionamentos como uma
coleção de registros relacionados por ligações. A única di-
ferença entre os dois é que o modelo Hierárquico os regis-
tros são organizados como coleções de árvores em vez de
grafos arbitrários.

• Esquema físico: É a descrição da Implementação da


base de dados em memória secundária. Descreve estrutu-
ras de armazenamento e métodos de acesso.
• Tem forte ligação com o DBMS específico.
Resumindo
• Projeto Conceitual: Não tem dependência com a clas-
se do GBD a ser escolhido.
• Projeto Lógico: Tem dependência com a classe, mas
não com o GBD específico.
• Projeto Físico: Total dependência do GBD específico.
Conclusões
Uma das vantagens em se trabalhar com projeto con-
ceitual está na possibilidade de se adiar a escolha do GBD
(mesmo a sua classe). O projetista deve concentrar o maior
esforço nesta fase do projeto pois, a passagem para as ou-
FASES DO PROJETO DE BASE DE DADOS tras fases é mais ou menos automática.
Outra vantagem está na possibilidade de usuários não
O Projeto de Base de Dados pode ser decomposto em: especialistas em bancos de dados darem diretamente a sua
contribuição no projeto conceitual cuja maior exigência é
Projeto Conceitual a capacidade de abstração. A aproximação com o usuário
final melhora bastante a qualidade do projeto.

PROJETO CONCEITUAL
O Projeto Conceitual produz um esquema conceitual a
partir de “requisitos” de um mundo real.
• Projeto conceitual usa modelo de dados para descre-
ver a realidade.
• Um modelo de dados se ampara em um conjunto de
blocos de construção primitivo.
Abstração
• Independe do DBMS escolhido Processo que consiste em mostrar as características e
• Modelo Conceitual: Linguagem usada para descrever propriedades essenciais de um conjunto de objetos, ou es-
esquemas conceituais conder as características não essenciais.
Quando pensamos no objeto “bicicleta” de uma forma
Projeto Lógico abstrata, normalmente “esquecemos” seus detalhes e as
particularidades que as diferem entre si.

Abstrações em Projetos Conceituais


Existem 3 Tipos:
• Classificação
• Agregação
• Generalização

Classificação
Usada para reunir objetos do mundo real com proprie-
• Modelo lógico: Linguagem usada para especificar es- dades comuns, formando (ou definindo) classes.
quemas lógicos
• Pertencem a três classes: Relacional, Redes e Hierár-
quico.

154
INFORMÁTICA

Agregação
Usada para definir uma nova classe a partir de um conjunto de classes que representam suas partes componentes.

Generalização
Usada para definir uma classe mais genérica a partir de duas ou mais classes.

155
INFORMÁTICA

Cobertura da Generalização
• Total / Exclusiva
• Total / Não Exclusiva

MODELOS DE DADOS
Conceitos: Modelo e Esquema
Um modelo de dados é uma coleção de conceitos usados para descrever uma dada realidade. Estes conceitos são cons-
truídos com base nos mecanismos de abstração e são descritos através de representações gráficas e linguísticas.
Um esquema é uma representação de uma porção específica da realidade usando -se um particular modelo de dados.

156
INFORMÁTICA

Para exemplificar vamos utilizar o modelo de entidades e relacionamentos (M.E.R.)

Há dois tipos de modelos de dados:


• Modelos Conceituais: são ferramentas que representam a realidade num alto nível de abstração.
• Modelos Lógicos: suportam descrições de dados que podem ser processadas (por um computador). Incluem os
modelos relacional, hierárquico e rede.
Obs: projeto de base de dados não é a única aplicação de modelos conceituais. Eles podem ser excelentes ferramentas
para gestão em empresas.
Por recomendação do comitê ANSI/SPARC (metade dos anos 70) todo sistema de base de dados deveria ser organi-
zado de acordo com 3 níveis de abstração de dados:
• Externo: também chamado de visão. Descreve o ponto de vista de grupos específicos de usuários sobre a porção da
base de dados que é interessante preservar para aquele grupo particular.
• Conceitual: representação de alto nível, independente da máquina, sobre toda a base de dados. Também chamada
de “ EnterpriseScheme ”.
• Interno: descrição da implementação física da base de dados. Dependente da máquina.

157
INFORMÁTICA

NOÇÕES SOBRE SQL Palavras-chave em SQL


Structured Query Language, ou Linguagem de Con-
sulta Estruturada ou SQL, é uma linguagem de pesquisa DML - Linguagem de Manipulação de Dados
declarativa para banco de dados relacional (base de dados O primeiro grupo é a DML (Data Manipulation Lan-
relacional). Muitas das características originais do SQL fo- guage - Linguagem de manipulação de dados). DML é um
ram inspiradas na álgebra relacional. subconjunto da linguagem da SQL que é utilizado para rea-
A linguagem é um grande padrão de banco de dados. lizar inclusões, consultas, alterações e exclusões de dados
Isto decorre da sua simplicidade e facilidade de uso. Ela presentes em registros. Estas tarefas podem ser executadas
se diferencia de outras linguagens de consulta a banco de em vários registros de diversas tabelas ao mesmo tempo,
dados no sentido em que uma consulta SQL especifica a os comandos que realizam respectivamente as funções aci-
forma do resultado e não o caminho para chegar a ele. ma referidas são Insert, Select, Update e Delete.
Ela é uma linguagem declarativa em oposição a outras INSERT é usada para inserir um registro (formalmente
linguagens procedurais. Isto reduz o ciclo de aprendizado uma tupla) a uma tabela existente.
daqueles que se iniciam na linguagem. Ex: Insert into Pessoa (id, nome, sexo) value;
Embora o SQL tenha sido originalmente criado pela SELECT – O Select é o principal comando usado em
IBM, rapidamente surgiram vários “dialetos” desenvolvidos SQL para realizar consultas a dados pertencentes a uma
por outros produtores. Essa expansão levou à necessidade tabela.
de ser criado e adaptado um padrão para a linguagem. Esta UPDATE para mudar os valores de dados em uma ou
tarefa foi realizada pela American National Standards Insti- mais linhas da tabela existente.
tute (ANSI) em 1986 e ISO em 1987. DELETE permite remover linhas existentes de uma ta-
Embora padronizado pela ANSI e ISO, possui muitas bela.
variações e extensões produzidos pelos diferentes fabri- É possível inserir dados na tabela AREA usando o IN-
cantes de sistemas gerenciadores de bases de dados. Tipi- SERT INTO:
camente a linguagem pode ser migrada de plataforma para Insert into AREA (arecod, aredes) values (100, “Informá-
plataforma sem mudanças estruturais principais. tica”), (200, “Turismo”), (300, “Higiene e Beleza”);*
Outra aproximação é permitir para código de idioma
procedural ser embutido e interagir com o banco de dados. DDL - Linguagem de Definição de Dados
Por exemplo, o Oracle e outros incluem Java na base de O segundo grupo é a DDL (Data Definition Language -
dados, enquanto o PostgreSQL permite que funções sejam Linguagem de Definição de Dados). Uma DDL permite ao
escritas em Perl, Tcl, ou C, entre outras linguagens. utilizador definir tabelas novas e elementos associados. A
Exemplo maioria dos bancos de dados de SQL comerciais tem ex-
A pesquisa SELECT * FROM T terá como resultado to- tensões proprietárias no DDL.
dos os elementos de todas as linhas da tabela chamada T. Os comandos básicos da DDL são poucos:
Partindo da mesma tabela T, a pesquisa SELECT C1 FROM CREATE: cria um objeto (uma Tabela, por exemplo)
T terá como resultado todos os elementos da coluna C1 da dentro da base de dados.
tabela T. O resultado da pesquisa SELECT * FROM T WHERE DROP: apaga um objeto do banco de dados.
C1=1 será todos os elementos de todas as linhas onde o Alguns sistemas de banco de dados usam o coman-
valor de coluna C1 é ‘1’. do ALTER, que permite ao usuário alterar um objeto, por
exemplo, adicionando uma coluna a uma tabela existente.
Outros comandos DDL:
CREATE TABLE
CREATE INDEX
CREATE VIEW
ALTER TABLE
ALTER INDEX
DROP INDEX
DROP VIEW

DCL - Linguagem de Controle de Dados


O terceiro grupo é o DCL (Data Control Language - Lin-
guagem de Controle de Dados). DCL controla os aspectos
de autorização de dados e licenças de usuários para con-
trolar quem tem acesso para ver ou manipular dados den-
tro do banco de dados.
Duas palavras-chaves da DCL:
GRANT - autoriza ao usuário executar ou setar opera-
ções.
REVOKE - remove ou restringe a capacidade de um
usuário de executar operações.

158
INFORMÁTICA

DTL - Linguagem de Transação de Dados BETWEEN – Utilizado para especificar um intervalo de


BEGIN WORK (ou START TRANSACTION, dependendo do valores.
dialeto SQL) pode ser usado para marcar o começo de uma LIKE – Utilizado na comparação de um modelo e para
transação de banco de dados que pode ser completada ou não. especificar registros de um banco de dados. “Like” + exten-
COMMIT envia todos os dados das mudanças permanen- são % significa buscar todos resultados com o mesmo início
temente. da extensão.
ROLLBACK faz com que as mudanças nos dados existentes IN - Utilizado para verificar se o valor procurado está
desde o último COMMIT ou ROLLBACK sejam descartadas. dentro de uma lista. Ex.: valor IN (1,2,3,4).
COMMIT e ROLLBACK interagem com áreas de controle
como transação e locação. Ambos terminam qualquer transa- Funções de Agregação
ção aberta e liberam qualquer cadeado ligado a dados. Na au- As funções de soma se usam dentro de uma cláusula
sência de um BEGIN WORK ou uma declaração semelhante, a SELECT em grupos de registros para devolver um único valor
semântica de SQL é dependente da implementação. que se aplica a um grupo de registros.
AVG – Utilizada para calcular a média dos valores de um
DQL - Linguagem de Consulta de Dados campo determinado.
Embora tenha apenas um comando, a DQL é a parte da COUNT – Utilizada para devolver o número de registros
SQL mais utilizada. O comando SELECT permite ao usuário es- da seleção.
pecificar uma consulta (“query”) como uma descrição do resul- SUM – Utilizada para devolver a soma de todos os valo-
tado desejado. Esse comando é composto de várias cláusulas res de um campo determinado.
e opções, possibilitando elaborar consultas das mais simples às MAX – Utilizada para devolver o valor mais alto de um
mais elaboradas. campo especificado.
MIN – Utilizada para devolver o valor mais baixo de um
Cláusulas campo especificado.
As cláusulas são condições de modificação utilizadas para
definir os dados que deseja selecionar ou modificar em uma
Sistemas de Banco de Dados que usam SQL
consulta.
Apache Derby
FROM - Utilizada para especificar a tabela que se vai selecio-
Caché
nar os registros.
DB2
WHERE – Utilizada para especificar as condições que devem
Firebird
reunir os registros que serão selecionados.
HSQLDB (banco de dados implementado em Java)
GROUP BY – Utilizada para separar os registros selecionados
IDMS (banco de dados hierárquico)
em grupos específicos.
HAVING – Utilizada para expressar a condição que deve sa- IMS (banco de dados hierárquico)
tisfazer cada grupo. Informix
ORDER BY – Utilizada para ordenar os registros selecionados Ingres
com uma ordem especifica. InterBase
DISTINCT – Utilizada para selecionar dados sem repetição. Microsoft Access
Microsoft SQL Server
Operadores Lógicos MySQL
AND – E lógico. Avalia as condições e devolve um valor ver- Oracle
dadeiro caso ambos sejam corretos. PointBase Micro (banco de dados relacional implemen-
OR – OU lógico. Avalia as condições e devolve um valor ver- tado em Java)
dadeiro se algum for correto. PostgreSQL
NOT – Negação lógica. Devolve o valor contrário da expressão. SQLite
LiteBase Mobile (dedicado à plataformas móveis como:
Operadores relacionais Palm OS, Pocket PC, WinCE, Symbian)
O SQL possui operadores relacionais, que são usados Sybase Adaptive Server Enterprise
para realizar comparações entre valores, em estruturas de Teradata (primeiro RDBMS com arquitetura paralela do
controle. Eles são: mercado)

Gerenciando Tabelas: DDL - DATA DEFINITION


LANGUAG
Criando uma tabela:
CREATE TABLE CLIENTES
(ID VARCHAR(4) NOT NULL,
NOME VARCHAR(30) NOT NULL,
PAGAMENTO DECIMAL(4,2) NOT NULL);
Deletando uma tabela:
DROP TABLE CLIENTES;
Alterando uma tabela, adicionando uma nova coluna:

159
INFORMÁTICA

ALTER TABLE CLIENTES ADD COLUMN (TELEFONE VAR- Gerenciando Índices: DDL - DATA DEFINITION LAN-
CHAR(10) NOT NULL); GUAGE
Alterando uma tabela, modificando uma coluna:
ALTER TABLE CLIENTES MODIFY COLUMN (TELEFONE CREATE INDEX EMPREGADOS_IDX ON EMPREGADOS(-
VARCHAR(12)); NOME);
Apagando os dados de uma tabela, retornando-a ao
estado de origem: CREATE UNIQUE INDEX EMPREGADOS_IDX ON EM-
TRUNCATE TABLE CLIENTES; PREGADOS(NOME);

Manipulando Dados: DML - DATA MANIPULATION CREATE INDEX EMPREGADOS_IDX ON EMPREGADOS(-


LANGUAGE NOME, PAGAMENTO);
Inserindo dados:
INSERT INTO EMPREGADOS VALUES (‘1111’, ‘João da DROP INDEX EMPREGADOS IDX;
Silva’, 100.50);
Alterando dados: Gerenciando Visões (views): DDL - DATA DEFINI-
UPDATE EMPREGADOS SET PAGAMENTO = 120 WHE- TION LANGUAGE
RE ID = ‘1111’;
Deletando dados: CREATE VIEW MAIOR_PAGAMENTO_EMPREGADOS AS
DELETE FROM EMPREGADOS WHERE ID = ‘1111’; SELECT FROM EMPREGADOS
WHERE PAGAMENTO > 150;
COMMIT;
ROLLBACK; CREATE VIEW NOMES AS
SAVEPOINT S1; SELECT NOME FROM EMPREGADOS;
ROLLBACK TO S1;
Selecionando Dados: DQL - DATA QUERY LANGUAGE DROP VIEW NOMES;
Funções de Agregação:
SELECT column1, column2, ...
FROM table1, table2, ... COUNT - Retorna o número de linhas
[ WHERE column1 = ‘value1’ SUM - Retorna a soma de uma coluna específica
AND column2 = ‘value2’ AVG - Retorna o valor médio de uma coluna específica
OR (column1 = ‘value3’ MAX - Retorna o valor máximo de uma coluna espe-
AND column2 = ‘value4’)] cífica
[GROUP BY column1, column2, ...] MIN - Retorna o valor mínimo de uma coluna específica
[HAVING function = ‘value’]
[ORDER BY column1, column2, ...]; Exemplos:
SELECT AVG(PAGAMENTO) FROM EMPREGADOS;
SELECT COUNT(*) FROM EMPREGADOS;
SELECT COUNT(*) FROM EMPREGADOS;
SELECT CIDADE, AVG(PAGAMENTO) FROM EMPREGA-
DOS Operadores Lógicos:
GROUP BY CIDADE
HAVING AVG(PAGAMENTO) > 100; IS NULL
BETWEEN
SELECT E.NOME, PE.PAGAMENTO IN
FROM EMPREGADOS E, PAGAMENTO_EMPREGADOS LIKE
PE EXISTS
WHERE E.EID = PE.EID; UNIQUE
ALL and ANY
SELECT ID, NOME FROM EMPREGADOS
WHERE PAGAMENTO > (SELECT AVG(PAGAMENTO) Exemplos:
FROM EMPREGADOS); SELECT * FROM EMPREGADOS
WHERE PAGAMENTO BETWEEN 100 AND 150;
Controlando o Acesso aos Dados: DCL - DATA CON-
TROL LANGUAGE SELECT NOME, PAGAMENTO
FROM EMPREGADOS
GRANT SELECT, INSERT, UPDATE, DELETE ON EMPRE- WHERE EID IN (‘1111’, ‘2222’, ‘3333’);
GADOS TD USER12;
REVOKE DELETE ON EMPREGADOS FROM USER12;

160
INFORMÁTICA

Negando Condições com o Operador NOT: Colunas - Um nome de coluna é o nome que o usuário
informará para representar os valores de dados que serão
NOT EQUAL entrados sob cada coluna.
NOT BETWEEN Linhas - São os registros da tabela.
NOT IN Valores de dados - São os valores encontrados na inter-
NOT LIKE seção de uma coluna e uma linha.
NOT EXISTS Chave primária - Uma ou mais de uma coluna que iden-
NOT UNIQUE tifica uma linha, facilitando em muito o acesso aos dados.
Visão ou Tabela Virtual(View) - É uma tabela formada
Exemplos: por uma pesquisa em uma ou mais tabela-base. Ela não exis-
SELECT * FROM EMPREGADOS te, mas parece ao usuário como se existisse.
WHERE PAGAMENTO NOT BETWEEN 100 AND 150; Toda tabela num banco de dados relacional tem que
possuir uma Chave Primária. As tabelas poderão também
SELECT NOME, PAGAMENTO ter chaves estrangeiras, que são campos que relacionam as
FROM EMPREGADOS tabelas do banco de dados, fazendo referência entre uma e
WHERE EID NOT IN (‘1111’, ‘2222’, ‘3333’); outra tabela.
SQL - LINGUAGEM DE PESQUISA ESTRUTURADA
SELECT NOME FROM EMPREGADOS A SQL - Linguagem de Pesquisa Estruturada (Structured
WHERE NOME NOT LIKE ‘S%’; Query Language) devido as suas características tornou-se a
linguagem padrão de banco de dados relacionais.
Fonte: underpop.online.fr/b/banco-de-dados/introducao.pdf A Linguagem SQL pode ser usada através de dois mo-
http://mz.pro.br/mdi/apostila_md1.pdf dos:
SQL Interativa - Onde os comandos SQL são digitados
MS SQL Server; MySQL; Firebird e Oracle interativamente, ou seja, logo após a digitação do comando
Por serem todas baseadas em SQL, vamos nos aprofundar em vemos sua execução.
nossos estudos baseados em Oracle SQL Embutida - Neste modo os comandos SQL ficam
embutidos no programa-fonte de uma linguagem de pro-
ORACLE gramação. Tal linguagem é normalmente chamada lingua-
INTRODUÇÃO gem hospedeira. Linguagens de programação como CO-
Este material é uma síntese da Introdução e Administração de BOL, C, PASCAL, PL/1, etc, admitem a SQL Embutida.
Banco de Dados Oracle, e visa transmitir aos administradores do A SQL divide-se em três grupos:
banco de dados Oracle conhecimentos básicos para o gerencia- - Linguagem de Definição de Dados (DDL)
mento/administração do mesmo. - Linguagem de Controle de Dados (DCL)
BANCO DE DADOS RELACIONAL - Linguagem de Manipulação de Dados (DML)
Um banco de dados relacional pode ser definido como um Linguagem de Definição de Dados (DDL)
banco de dados que aparece ao usuário como uma coleção de Tem como objetivo definir, alterar e eliminar as tabelas
tabelas. A característica mais fundamental num banco de dados usadas para armazenar os dados. CREATE TABLE, CREATE
relacional é a de que temos que identificar univocamente seus VIEW, são comandos de definição de dados, dentre outros.
registros (que chamamos de linhas), ou seja, devemos definir um Exemplo: Criação de Tabelas
campo (ou mais de um) dentre os vários campos do registro, para Em SQL as tabelas possuem a função de armazenar os
ser o atributo identificador do mesmo (chave primária). dados do Banco de Dados. O comando para criação de
O Oracle é um SGBD Relacional - Sistema de Gerenciamento de tabelas no SQL é o CREATE TABLE.
Banco de Dados Relacional (RDBMS - Relational Database Managemen- Exemplo de CREATE TABLE:
te System) e foi um dos primeiros sistemas de banco de dados a utilizar a CREATE TABLE T_Funcionario
Linguagem de Pesquisa Estruturada (SQL - Structured Query Language) (cod_funcionario VARCHAR(2),
como interface do usuário sendo, talvez, por este motivo, agora um dos nome_funcionario VARCHAR(30),
principais sistemas de gerenciamento de banco de dados. end_funcionario VARCHAR(40),
CONCEITOS CONSTRAINT pk_funcionario PRIMARY KEY
No estudo de banco de dados convém sabermos algumas (cond_funcionario),
definições importantes: TABLESPACE ST_funcionario;
Tabelas - São as unidades básicas de um SGBD Relacional. É
formada por linhas e colunas, onde as linhas representam os re- Linguagem de Controle de Dados (DCL)
gistros e as colunas os campos da tabela. São muito conhecidas A DCL contém elementos que serão úteis num sistema
como Tabelas-Base. multiusuário, onde a privacidade das informações é impor-
Exemplo: tante, bem como a segurança das tabelas e o estabeleci-
Cod_Funcionario - CHAR(06) mento de fronteiras entre as transações. Os comandos
Cod_Departamento - CHAR(05) GRANT e REVOKE são alguns dos comandos utilizados para
Nome_Funcionario-VARCHAR2(40) o controle de dados.
Data_Nascimento-DATE Linguagem de Manipulação de Dados (DML)

161
INFORMÁTICA

Esta linguagem contém os componentes da linguagem O principal objetivo dos bancos de dados distribídos é
e conceitos para a manipulação das informações armaze- disponibilizar o dado o mais próximo possível do local onde é
nadas nas tabelas. Os comandos SELECT, UPDATE, INSERT, mais acessado, permitindo um aumento no desempenho de
bem como outros, são comandos de manipulação. consultas devido ao aproveitamento da localidade de acesso
O Comando mais utilizado na linguagem SQL para ma- e também, por trabalhar com um volume menor de dados.
nipulação dos dados é o SELECT. Com ele é que produzi-
mos as “Queries”, ou seja, as pesquisas no Banco de Dados. DATA WAREHOUSE
Exemplos: Selecionando Dados Em sua forma essencial, um data warehouse é um re-
a) SELECT * FROM ALUNO; positório para informações organizacionais. Pode incluir
Retorna todas as linhas e todas as colunas da tabela tabelas relacionais geradas pelos sistemas de controle e
ALUNO. acompanhamento, dados consolidados altamente estrutura-
b) SELECT MATRICULA, NOME_ALUNO dos, documentos e objetos multimídia. Também podem ser
FROM ALUNO; encapsuladas regras de negócio. Sem dúvida, uma solução
Retorna todas as linhas das colunas matrícula e o nome data warehouse deve ser aberta, escalável, com velocidade e
do aluno da tabela ALUNO. facilidade de acesso, e deve ser gerenciável.
c) SELECT MATRICULA, NOME_ALUNO Dada a tendência da indústria para a distribuição de re-
FROM ALUNO cursos e o desejo de maior controle e acessabilidade, uma
WHERE NOME_ALUNO = ‘JOAO DA SILVA’; solução deve ser projetada para operação geograficamente
Retorna a matrícula e o nome do aluno que tenham distribuída ao longo das unidades de negócio da corporação.
nome igual a JOAO DA SILVA. Facilidade de instalação, ajustes, gerenciamento, controle e
d) SELECT MATRICULA FROM CURSA interoperabilidade são pontos críticos, particularmente em
WHERE ((NOTA1+NOTA2+NOTA3)/3) > 7 um ambiente distribuído.
AND CD_DISCIPLINA = ‘PORT’; Data warehouse é uma arquitetura, não um produto, e
Retorna a matrícula de todos os alunos que obtiveram não deve ser associada com um repositório de dados espe-
média acima de sete na disciplina PORT.
cializado, tal como um sistema de gerenciamento de dados
e) SELECT AVG(SALARIO) FROM EMPREGADO;
multidimensional, e pode, de fato, ser perfeitamente hospe-
dado em um sistema de gerenciamento de dados relacional,
Retorna a média dos salários dos funcionários da ta-
que provê uma base mais sólida sobre a qual se construirá as
bela.
aplicações que alimentarão o repositório de dados.
Obs.:
Mais importante que a ferramenta para hospedar o
1) A Sintaxe completa do comando SELECT encontra-
repositório é o conjunto de aplicações e ferramentas que
-se no manual de referência de SQL da ORACLE.
2) Podemos usar o comando Select para acessar dados compõem as informações organizacionais. Data warehouse
de duas ou mais tabelas, ao mesmo tempo: é uma forma de unificar e facilitar o acesso a todas as infor-
SELECT COD_EMPREGADO, NOME_EMPREGADO, SA- mações de que os membros de uma corporação necessitam
LARIO_EMPREGADO para a execução, controle e planejamento de atividades de
FROM FUNCIONARIO, SALARIO negócio.
WHERE FUNCIONARIO.COD_EMPREGADO = SALARIO. A construção do repositório é consequência da Admi-
COD_EMPREGADO; nistração de Dados, que é responsável pela elaboração de
Esta “Query” acima retorna os dados da tabela um modelo global de dados para a corporação, que normal-
FUNCIONARIO (COD_EMPREGADO e NOME_EMPREGA- mente surge como resultado da integração dos sistemas de
DO) e da tabela SALARIO (SALARIO_EMPREGADO). transações on line. Para o usuário, aspectos importantes são
as ferramentas de query e análise de dados, bem como o
OUTROS CONCEITOS DE BANCO DE DADOS BANCO grau de integração com as ferramentas de automação de
DE DADOS DISTRIBUÍDOS escritório, que correspondem ao dia-a-dia dos usuários
Permitem o manuseio da informação armazenada no corporativos.
Banco de Dados que se encontra distribuído em diver- Muitos vendedores consideram gerenciadores de ban-
sas máquinas geralmente em locais geográficos distintos. co de dados especializados para data warehouse, mas esses
A distribuição dos dados pode ser feita no nível de uma desconsideram as melhorias da tecnologia relacional nas
entidade do esquema conceitual (1 tabela, por exemplo) áreas de processamento e otimização em paralelo de que-
ou através de fragmentos (partições da tabela). Os frag- ries, bem como a integração com ferramentas de acesso,
mentos podem ser obtidos através do uso de técnicas modelagem, apresentação e análise, tais como as planilhas
de fragmentação horizontal (seleção de linhas da tabela), eletrônicas e bancos de dados de mesa.
fragmentação vertical (seleção de colunas da tabela) ou O Oracle Warehouse suporta além de dados estrutura-
de forma híbrida (conbinando a fragmentação horizontal e dos da forma relacional, outros tipos de dados, como por
vertical ao mesmo tempo). exemplo, textos desestruturados, dados espaciais, vídeo, ...
A alocação dos fragmentos pode ser realizada com ou A proposta do Oracle Warehouse é a de possibilitar o
sem replicação. No primeiro caso, cópias de um mesmo gerenciamento dos dados da empresa, independente da ori-
fragmento são distribuídas pelos diversos nós que com- gem dos dados, ou seja, se são dados históricos, de produ-
põem o Banco de Dados distribuído. ção, etc.

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INFORMÁTICA

REPLICAÇÃO DE DADOS
O Oracle permite a replicação dos dados, isto é, cópias de tabelas dos bancos de dados podem ser instaladas nas uni-
dades regionais da empresa, visando assim a rapidez no acesso aos mesmos (evita o tráfego na rede).

ATRIBUIÇÕES / RESPONSABILIDADES DE UM DBA (DATABASE ADMINISTRATOR)


O DBA é o administrador do banco de dados Oracle e tal função, geralmente é exercida por um Analista de Sistemas
com alguma formação/experiência em Banco de Dados.
Diversas atividades de administração do SGBD Oracle, devem ser exercidas pelo(s) DBA(s). Dentre elas destacamos:
Instalar e fazer o Upgrade do Oracle Server e das ferramentas diversas da Oracle;

- Criar as estruturas e objetos primários;


- Planejar/calcular, bem como, disponibilizar o espaço necessário para o Banco de Dados Oracle;
- Modificar a estrutura do banco , quando necessário;
- Criar, deletar, dar/remover privilégios, enfim, gerenciar os usuários do banco;
- Gerar cópias de segurança (Backup’s) e recuperar o banco Oracle;
- Manter a segurança do sistema, controlando o acesso ao banco de dados utilizando os recursos de segurança do
sistema operacional, do sistema de rede e do Oracle;
- Monitorar e otimizar a performance do Banco de dados.

ARQUITETURA ORACLE
O DBA deve conhecer a arquitetura Oracle, isto é, como o Oracle “trabalha”, tendo assim subsídios para a administração
do(s) banco(s).
A Arquitetura Oracle

Arquitetura Oracle = Instância + BD Oracle


Instância = Memória + Processos Background

163
INFORMÁTICA

ESTRUTURAS FÍSICAS
O Banco de Dados Oracle é composto por 3 tipos de estruturas físicas (arquivos): Dados (data files);
Controle (control files);
Log (redo log files) e
Parâmetros (parameter file).
Data files – Contém todos os dados do banco. Estruturas lógicas, tabelas, índices, visões e outros objetos são arma-
zenados nestes arquivos. Um ou mais data files podem compor uma tablespace (objeto lógico que armazena os arquivos
de dados).
Control files – Arquivos que armazenam informações sobre as estruturas físicas do banco de dados (nome, localização,
...). Todos os data files e redo log files são identificados no control file, bem como o nome do banco de dados.
Recomenda-se que se tenha no mínimo dois Control Files, armazenados em discos diferentes (se possível).
Redo log files – Arquivos que guardam todas as alterações efetuadas nos dados das tabelas do banco e são utilizados
para recuperação destas.
Para garantir uma boa recuperação cada redo log file deve Ter no mínimo uma réplica. Um conjunto de redo log files
iguais recebe o nome de grupo, e um grupo é formado por membros (redo log file original e suas réplicas).
Ao terminar o espaço disponível nos membros de um grupo redo log, a gravação continua nos membros do grupo
seguinte (log switch). O grupo anterior fica então disponível para Ter seu conteúdo copiado para outro local (archive log
files), pois, ao terminar o espaço no último grupo, o processo irá reutilizar o primeiro, sobregravando-o.
Além dos 3 tipos de arquivos citados acima temos também o Parameter file – Para inicializar uma instância, o Oracle
deve ler um arquivo de parâmetros de nome padrão init<nome_da_instância>.ora. Este arquivo é do tipo texto e contém
diversos parâmetros de configuração associados a uma instância, aos quais devem ser atribuídos valores específicos.
Os valores dos parâmetros serão utilizados para inicializar muitas das configurações de memória e processos da instân-
cia Oracle. Cada instância tem seu arquivo de parâmetros que define as particularidades de cada ambiente.

INSTÂNCIA ORACLE

A cada inicialização do banco Oracle, parte da memória RAM do computador é alocada para a SGA (System Global
Area) e processos Oracle de segundo plano (Background Process) são inicializados, visando controlar o banco. Então uma
Instância Oracle (Instance) é o conjunto da SGA (buffers da memória RAM) + processos Oracle de segundo plano (Back-
ground), que juntos oferecem aos vários usuários o acesso ao banco de dados.

Existe um banco de dados para cada instance, e é possível criar em um mesmo equipamento mais de uma instance,
sendo, por exemplo, uma para conter um banco de dados de produção e outra para conter o banco de dados de teste.
Neste caso, haverá processos sendo executados em background específicos para cada instance e uma área de memória
independente utilizada em cada instance.

164
INFORMÁTICA

Obs.:
1)SGA – Memória compartilhada por todos os usuários Oracle.
2)Instância (instance) = SGA + Processos “Background”
3)É no arquivo de parâmetros (parameter file) que determinamos as características da instância
(instance)
OBJETOS DO BANCO DE DADOS ORACLE
O Oracle possui diversos componentes denominados Objetos do Banco de Dados . Dentre eles podemos destacar:
Tabelas - São as unidades básicas de um SGBD Relacional. É formada por linhas e colunas, onde as linhas representam
os registros e as colunas os campos da tabela. São muito conhecidas como Tabelas-Base (conforme já vimos anteriormen-
te).

Visão ou Tabela Virtual(View) - É uma tabela formada por uma pesquisa em uma ou mais tabela-base. Ela não existe,
mas parece ao usuário como se existisse.
Muitas vezes o acesso aos dados exigem “queries” complexas. Um usuário pode construir uma visão que contenha
uma certa complexidade e disponibilizá-la para usuários finais e programadores, que farão “queries” mais simples sobre
esta Visão. Você estará então, retirando a complexidade da navegação de uma aplicação ou de um usuário no acesso aos
dados.
Usuário - São as pessoas que irão acessar o BD Oracle. Possui nome e senha para o acesso (“login”).
Cabe ao DBA criar, modificar e excluir os usuários do BD.
Role - Agrupamento de privilégios, ou seja, em uma role podemos agrupar diversos privilégios e conceder aos usuários,
não mais os privilégios e sim as roles.

Rotinas armazenadas (Stored Procedures, Functions e Triggers) - São grupos de comandos SQL que poderão ser ativa-
dos pelos usuários. Uma “Function” retorna um valor sempre, enquanto que as “Procedures” não.
As Triggers (gatilhos) são também rotinas armazenadas que são executadas (disparadas) quando ocorre algum evento
modificando alguma tabela (Ex. Ao clicar o botão ...)
Índices - Quando criamos índices para uma tabela, especificando uma coluna, tal tabela é classificada de tal forma que,
sempre que for mencionada uma query, o sistema usará o índice para Ter acesso direto aos dados desejados, ao invés de
vasculhar a coluna toda. O objetivo da criação de índices é agilizar a recuperação de dados, ou seja, acelerar a procura dos
dados na tabela.
Tablespace - Objeto lógico que guarda os arquivos de dados do BD Oracle. Convém, antes de definir o tamanho da
Tablespace, fazer uma estimativa do quanto de espaço em disco será necessário para alocar os objetos (tabelas, índices, ...).
Entretanto, podemos aumentar o tamanho da Tablespace, adicionando datafiles (arquivos de dados) à mesma.

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INFORMÁTICA

PROCESSANDO COMANDOS SQL ORACLE


Observando a figura anterior, podemos ver a presen- Um Segmento de Rollback do Oracle é uma área uti-
ça de processos de usuários (users) e servidores (servers). lizada para guardar temporariamente dados anteriores a
Todos os comandos SQL são executados pelos proces- uma transação (que atualizou ou eliminou os dados). Se
sos servidores, dividindo-os em 3 (três) fases: for necessário, através do comando Rollback (comando
Parse SQL) os dados são reconstruídos (que estavam no segmen-
Execute to de rollback) voltando os dados ao estado anterior.
Fetch. O Segmento de Rollback System
Parse Todo banco de dados Oracle tem um segmento de rol-
Checa a sintaxe do comando; lback denominado System. Durante a criação do BD, o
Checa também os privilégios do usuário, definindo segmento inicial é criado na tablespace System.
logo após, o caminho da pesquisa; Define o plano de exe- Obs.:
cução do comando. Ao se criar uma nova Tablespace devemos criar um
Execute Segundo segmento de Rollback denominado System.
Analisa o requerimento que está no buffer (na “Shared Para se criar um segmento de rollback usa-se o coman-
SQL Area”), e do CREATE ROLLBACK SEGMENT
Faz a leitura física ou lógica (no arquivo datafile ou no Sintaxe:
Database Buffer Cache). CREATE PUBLIC ROLLBACK SEGMENT rbs01
Obs.: TABLESPACE st_01
Na “Shared SQL Area” temos: o texto do comando SQL STORAGE (INITIAL 10K NEXT 10K
(ou PL/SQL), o plano de execução. OPTIMAL 20K MAXEXTENTS 121);
Fetch Para colocar o segmento ativo (ONLINE):
Retorna o resultado do comando SQL (geralmente cha- ALTER ROLLBACK SEGMENT rbs01 ONLINE;
mada de “tabela-resultado”). OS PROCESSOS ORACLE
Obs.:
Na Shared SQL Area temos dois caches a saber:
a)Cache de biblioteca – armazena instruções SQL (e/ou
procedimentos) bem como planos de execução das instru-
ções (ex.: vários usuários (clientes) podem estar executan-
do uma mesma aplicação compilada).
b)Cache de dicionário – Armazena informações
contidas no dicionário de dados do BD, reduzindo as
E/S de disco (o Oracle usa as informações do dicionário do
BD em praticamente todas as operações).
DATABASE BUFFER CACHE
No Database Buffer Cache dados do BD Oracle são ar-
mazenados. O processo DBWR (database writer) grava os
blocos de dados que as transações modificam na memória
(database buffer cache) de volta para os arquivos de dados
do BD.
Os buffer do Database Buffer Cache são comparti-
lhados por todos os processos de usuário do Oracle co- Os processos Oracle executam tarefas específicas para
nectados à instância (instance). O tamanho do bloco do os usuários do banco de dados. Tais processos trabalham
database buffer cache é determinado no parâmetro DB_ no sentido de manipular as solicitações enviadas pelos
BLOCK_SIZE. A quantidade de blocos é definida no parâ- processos de clientes e operam as diversas funções de um
metro DB_BLOCK_BUFFERS (parâmetros contidos no arqui- servidor de banco de dados Oracle. O Oracle distingue os
vo de parâmetros do Oracle). processos de servidor de primeiro plano dos de segundo
Com a atuação do Database Buffer Cache as E/S de dis- plano. Os processos de primeiro plano manipulam direta-
co são reduzidas, armazenando dados que as transações mente as solicitações dos processos de clientes, enquanto
solicitaram recentemente. os processos de servidor de segundo plano manipulam ou-
Exemplo: tros serviços do Oracle.
Quando uma transação inclui uma instrução pra atuali- Funcionamento de um sistema Cliente/Servidor Oracle:
zar uma linha o Oracle manda para o database buffer cache 1)Processo cliente envia solicitação para o servidor
o bloco que contém a linha, atualizando a linha logo em Oracle. Um processo despacha (Dispatcher) o mesmo para
seguida. Se outra transação quiser atualizar a mesma linha, uma fila de solicitações.
ou outra que está no mesmo bloco, não será necessário 2) Um processo de servidor de primeiro plano pega
outro acesso a disco, pois a linha já está no database buffer a solicitação mais antiga, processando-a. Ao terminar o
cache (memória). processamento, coloca o resultado numa fila de respostas.
SEGMENTOS DE RECONSTRUÇÃO: O “DESFAZER” DO 3)O Dispatcher gerencia a fila de respostas, enviando

166
INFORMÁTICA

o resultado de cada solicitação para o processo cliente que fez a solicitação.


A quantidade de processos de servidor de primeiro plano é ajustada automaticamente pelo Oracle. De acordo com a
necessidade o Oracle inicia/encerra processos de servidor de primeiro plano, visando atender as solicitações dos clientes.
PRINCIPAIS PROCESSOS DE SEGUNDO PLANO (BACKGROUND PROCESS)
DBWR (Database Writer) – Grava os dados do Database Buffer Cache para os arquivos físicos do Banco de Dados (da-
tafiles). O DBWR não faz esta gravação imediatamente após a efetivação das transações. Tal evento acontece quando: um
processo servidor precisa ler um novo bloco para a memória e não existe espaço disponível, ou ele está ocioso por alguns
segundos, ou Quando o Oracle efetua um Checkpoint do Banco de Dados ou da Tablespace.
LGWR (Log Writer) – Grava informações de alterações efetuadas sobre o BD do redo log buffer para os redo log files.
ARCH (Archiver) – É opcional. Copia automaticamente grupos de log de transações (redo log files) para um outro local
físico (gerando os archives redo log files). Pode ser para fita ou para disco.
LCKn (Lock) - Faz bloqueios (Lock´s) entre instâncias em servidores paralelos.
PMON (Process Monitor) – Realiza todo o processo de recuperação para um processo de usuário que tenha falhado.
Por exemplo, se cair a conexão de um usuário com o Oracle, o Process Monitor irá desfazer a transação que caiu, liberando
os lock´s da transação, liberando assim o acesso de outras transações aos mesmos dados.
SMON (System Monitor) – Executa diversas operações de gerenciamento do espaço à medida que as transações libe-
ram mais espaço para dados do BD.
RECO (Recoverer) – Recupera falhas que envolvam transações distribuídas.
CKPT (Checkpoint) – Faz periodicamente uma verificação (checkpoint), para se certificar de que todas as informações
modificadas na memória estão armazenadas fisicamente no disco. Tem a função de marcar o quanto o log de transações
precisará aplicar , caso o sistema venha a exigir uma recuperação por queda. Somente as mudanças provocadas pelas tran-
sações a partir do último Checkpoint serão aplicadas pois o Oracle sabe que os dados foram gravados no disco (anteriores
ao último Checkpoint). Atualiza os “headers” de todos os arquivos físicos do BD.
Dnnn (Dispatcher) – Direciona para a fila de solicitações, as solicitações dos processos cliente, e também, retorna para
os clientes as respostas que estão na fila de respostas. Um número limitado de processos servidores são compartilhados
pelos usuários (configuração multi-threaded).]

CONFIGURAÇÕES DE SERVIDORES DE BANCO DE DADOS


Em relação à configuração de servidores o Oracle pode trabalhar de 2 (dois) modos: Servidor multilinear (Multi-threa-
ded Server);
Servidor dedicado (Dedicated Server).

SERVIDOR MULTILINEAR (MULTI-THREADED)

Cada estação cliente usa um processo Cliente. O Oracle usa a arquitetura de servidor multilinear
– que envolve os processos despachantes (Dispatchers), ouvinte (listener) e servidor (shared server) – para atender às
solicitações dos diversos clientes. Duas filas são formadas: fila de solicitações (Request Queue) e fila de respostas (Res-
ponse Queue).

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INFORMÁTICA

Quando uma aplicação cliente estabelece uma conexão com o Oracle, o listener fornece o endereço de rede de um
processo Dispatcher, com o qual o cliente se conecta. O Dispatcher então pega a solicitação do cliente e coloca-a na fila
de solicitações. As solicitações são processadas e os resultados são inseridos na fila de respostas. A partir daí o Dispatcher
retorna os resultados para as aplicações clientes adequadas.

Quando uma aplicação cliente se conecta ao Oracle, o processo ouvinte inicializa um processo servidor dedicado e
conecta o cliente diretamente ao servidor dedicado, ignorando a arquitetura de servidor multilinear. Como um servidor
dedicado consome uma quantidade significativa de memória do servidor de banco de dados para apenas um usuário, os
servidores dedicados não deve ser usados para as conexões de aplicações clientes, a menos que absolutamente necessário.
LOG DE TRANSAÇÕES (LOG DE RECONSTRUÇÃO: REDO)
O Log de transações do Oracle registra imediatamente as mudanças feitas no Banco de Dados pelas transações em
andamento, para que, se for necessário (em virtude, por exemplo, de uma falha), todo o trabalho confirmado seja protegido
e recuperado.
Na SGA existe o Redo Log Buffer que armazena as informações que serão gravadas nos Redo log Files.
REDO LOG FILES

Os Redo Log Files armazenam todas as alterações no Banco de Dados, e são usadas em um processo de recuperação.
Se os Redo Log Files são espelhados em vários discos, as mesmas informações são gravadas nos arquivos espelhados.

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INFORMÁTICA

Os Redo Log Files são gravados de maneira circula, log_buffer = 163840 # 8192 à BD Pequeno
conforme figura acima. # 32768 BD Médio
Com o espelhamento dos Redo Log Files pelos dis- # 163840 BD Grande
cos, todos os grupos de membros são gravados simulta- # SGA = [ ( 2048 * 3200 ) + 9000000 = 163840 ] è
neamente. A vantagem do espelhamento é que se, por 15 Mbytes (Aproximadamente)
exemplo, algum problema em um disco, tem-se a cópia em # Parametros de ajuste dos redologs files
outro. log_files = 3 # Num. De redo logs que podem ser
LOG SWITCHES abertos
Um Log Switch (troca de log) ocorre quando o Oracle # limitado pelo parametro maxlogfiles do create da-
troca de um redo log para outro. Enquanto isto o servidor tabase
fica gravando novas transações em outro grupo de log. # que indica o num. Máximo de grupos de redolog files
CHECKPOINTS log_checkpoint_interval = 10000# opcao por desem-
Processo que verifica se as últimas transações que penho. Nunca um checkpoint será
estão na memória já foram gravadas fisicamente em # disparado por Ter atingido este limite (10 mil blocos
disco. # de 512 gravados, desde o último checkpoint). log_
Ocorre quando: checkpoint_timeout = 0 # valor default (em segundos).
Acontece um Log Switch; log_archive_start = true # utilizacao de archiving auto-
- Durante um intervalo de tempo (definido no parâ- matico
metro Log_Checkpoint_Timeout do arquivo de parâmetro); # Localização dos arquivos de archived redologs, trace
Acontece um Shutdown; e log.
O DBA força um Checkpoint; e # Trace (dump) dos processos background, de usuários
Quando a Tablespace é passada para Offline. log_archive_dest = /prd5/oracle/pb1/arch/A
log_archive_format = “RCH%s.log”
O processo Checkpoint é habilitado background_dump_dest = /prd2/oracle/pb1/bdump
através do parâmetro Checkpoint_Process (init<ins- core_dump_dest = /prd2/oracle/pb1/cdump user_dump_
tância>.ora). dest = /prd2/oracle/pb1/udump
O ARQUIVO DE PARÂMETROS max_dump_file_size = 10240
No arquivo de parâmetros é que definimos os parâme- # Num. de processos = proc. Servers + proc Backgs
tros de inicialização da instância Oracle. Exemplo (sistema processes = 50 # 50 à BD Pequeno
Unix): # 100 BD Medio
# Parameter file para o database pb1 (Exemplo) # 200 BD Grande
# # Numero de blocos lidos para memoria numa opera-
# cao de I/O
# Nome do Banco de Dados db_file_multiblock_read_count = 32 # 8 BD Peque-
db_name = pb1 no
# Compatilidade com as características da versão 7.3.2 # 16 BD Medio
compatible = 7.3.2 # 32 BD Grande
# Localização dos controlfiles
control_files = (/prd3/oracle/pb1/dbs/con- # Parametros de configuracao do Asynchronous I/O
trol01.ctl, use_async_io = true lgwr_use_async_io = true use_post_
/prd4/oracle/pb1/dbs/control02.ctl, wait_driver = true
/prd5/oracle/pb1/dbs/control03.ctl) # Parametrso de configura;áo do servidor multi-threa-
ded
# Especificação dos Segmentos de Reconstrução (Rol- # Multi_threaded server requer a instala;áo do SQL*Net
lback Segments) V2
rollback_segments = (r01,r02,r03,r04) mts_dispatchers = “tcp,2” mts_max_dispatchers
# Definição do tamanho da SGA do Banco = 10 mts_servers = 2 mts_max_servers = 10
# mts_service = pb1
# SGA = [( db_block_size * db_block_buffers) + sha- mts_listener_address = “(ADDRESS=(PROTOCOL=tcp)
red_pool_size + log_buffers ] (HOST=durjbf01) (PORT=1521)”
db_bloc_size = 2048 m# 2k INICIALIZANDO E TERMINANDO UM BD ORACLE
shared_pool_size = 9000000 # 3500000 BD Pequeno Usamos o comando STARTUP para iniciar um BD e o
# 6000000 BD Médio SHUTDOWN para terminá-lo.
# 9000000 BD Grande Antes de inicializar ou terminar um banco Oracle é
# 18000000 BD com Designer/2000 necessário conectar-se como usuário INTERNAL.
db_block_buffers = 3200 # 200 à BD Pequeno Obs.: Conectar-se como INTERNAL é equivalente a co-
# 550 BD Médio nectar-se como usuário SYS (O “dono” do dicionário de da-
# 3200 BD Grande dos do Oracle)

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INFORMÁTICA

INICIALIZANDO (STARTUP) Sintaxe:


Um processo de inicialização é composto de 3 passos: ALTER DATABASE database
START, MOUNT e OPEN. MOUNT EXCLUSIVE/PARALLEL OPEN
START – O Oracle lê o arquivo de parâmetros; aloca es- Onde:
paço na memória para a SGA; “starta” os processo de segun- Database Nome do BD a ser alterado.
do plano (background process) e abre os arquivos de trace MOUNT Monta o BD para atividades do DBA, mas
(background trace files). não disponibiza-o aos usuários. OPEN Permite o aces-
MOUNT – Abre o(s) Control(s) File(s) e lê os nomes do so dos usuários ao BD.
Banco de dados e dos REDO LOG FILES. EXCLUSIVE Permite que somente a instância corrente
OPEN – Abre o Banco de Dados disponibilizando-o para acesse o BD. PARALLEL Permite que várias instâncias
as transações dos usuários. Sintaxe: acesse, o BD.
STARTUP OPEN/MOUNT/NOMOUNT database Ex.:
EXCLUSIVE/PARALLEL SVRMGR>CONNECT INTERNAL SVRMGR> ALTER DA-
PFILE = parfile TABASE OPEN;
RECOVER/FORCE/RESTRICT Libera aos usuários o acesso ao BD.
Onde: ALTER SYSTEM: RESTRINGINDO O ACESSO
OPEN - Disponibiliza o Banco para o acesso aos usuá- Tem a capacidade de disponibilizar o BD para somente
rios. os usuários que tenham o privilégio de RESTRICTED SES-
MOUNT - Monta o banco para atividades de DBA, mas SION (só eles se conectam ao BD). Sintaxe:
não deixa livre o acesso ao BD. NOMOUNT - Cria a SGA e ALTER SYSTEM
“starta” os processos de segundo plano, mas não deixa livre ENABLE/DISABLE RESTRICT SESSION; Onde:
o acesso ao BD. ENABLE Permite que só os usuários que tem privilégio
EXCLUSIVE - Permite que somente a instância corrente RESTRICT SESSION acessem o BD.
seja acessada. PARALLEL à Disponibiliza múltiplas instâncias. DISABLE Permite acesso ao BD a todos os usuários.
PFILE=parfile à Pega do arquivo de parâmetrso especifi- Ex:
cado (parfile) e starta tal instância. FORCE à Aborta a instân-
cia que está rodando para startar a nova. ALTER SYSTEM ENABLE RESTRICTED SESSION;
RESTRICTà Permite que só os usuários com privilégio GERENCIANDO O ESPAÇO DO BANCO DE DADOS
RESTRICT SESSION acesse o BD. RECOVER à Inicia processo
de Recover quando o banco é Startado.
Ex:
A) SVRMGR>STARTUP teste; Inicializa o banco de da-
dos teste.
B) STARTUP EXCLUSIVE MOUNT teste PFILE inittest.ora;
Inicializa o BD teste, apenas montando-o, utilizando o
arquivo de parâmetros inittest.ora
Obs.:
Com o comando ALTER DABATASE podemos alterar
o modo de banco, ou seja, podemos por exemplo apenas
montá-lo, deixando em modo Exclusivo (para serem feitas
atividades de DBA. O banco não fica disponível aos usuá-
rios).
Obs: Nos Bancos Apartir da versão 9 o comando para
inicializar ou terminar o banco é
SQLPLUS /NOLOG Connect / as sysdba
TERMINANDO UM BD ORACLE (SHUTDOWN)
O comando SHUTDOWN fecha o BD e indisponibiliza-
-o aos usuários. Sintaxe:
SHUTDOWN ABORT/IMMEDIATE/NORMAL; Onde:
ABORT Não espera a saída (desconexão) dos usuários,
terminando rapidamente. IMMEDIATE Desconect os usuá-
rios e depois termina.
NORMAL espera todos os usuários conectados saíre,
para depois terminar o BD.
ALTER DATABASE: ALTERANDO O ESTADO DO BANCO
DE DADOS
Com o ALTER DATABASE podemos fazer trocas no es-
tado do Banco, para disponibilizá-lo a todos os usuários.

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INFORMÁTICA

Database O uso de outras TABLESPACE diferente da SYSTEM per-


As seguintes estruturas são utilizadas para o gerencia- mite uma maior flexibilidade na administração, por parte
mento do espaço do BD. do DBA
Estrutura / Definição Tais TABLESPACES armazenam Segmentos de ROLL-
BLOCO São blocos que ficam alocados nos data- BACK, segmentos temporários, dados de aplicações, índi-
files ces, espaço para os usuários.
EXTENT Compõem o bloco do datafile. CRIAÇÃO DE TABLESPACES
SEGMENT Armazena um ou mais EXTENT’s con- Sintaxe:
tendo todos os dados na TABLESPACE. CREATE TABLESPACE nome_da_tablespace
TABLESPACE Estrutura lógica do Oracle que pode ter DATAFILE “especif_do_datafile” DEFAULT STORAGE
um ou mais datafiles (arquivos físicos). cláusulas ONLINE/OFFLINE
DATAFILES Arquivos físicos que armazenam os dados Onde:
do BD. Nome_da_tablespace É o nome da TABLESPACE a ser
DATABASE Coleção lógica dos dados compartilhados criada. “especif_do_datafile”
(que estão armazenados nos Especificação do arquivo. Contém:
TABLESPACES) nome do datafile É o nome do datafile ou
COMPONENTES DE UM BLOCO ORACLE redo log file. SIZE inteiro É o tamanho do mesmo
Um bloco é composto das seguintes partes: Cabeça- (em K ou M ) REUSE Permite ao Oracle reusar
lho (Header), Diretório da Tabela (Table Directory), Diretório o arquivo.
da Linha (Row Directory), Espaço Livre (Free Space), Linha DEFAULT STORAGE cláusulas Especifica os parâme-
de Dados (Row Data). tros default de armazenamento para todos os objetos
Parte / Descrição criados na TABLESPACE.
Cabeçalho(Header) Contém informações gerais do ONLINE/OFFLINE Disponibiliza/indisponibiliza a
bloco: endereço do bloco, tipo de segmento. TABLESPACE. Cláusulas (DEFAULT STORAGE):
Diretório da Tabela (Table Directory) Armazena in- INITIAL inteiro K/M Tamanho em bytes do primeiro
formações sobre as tabelas. EXTENT.
Diretório da Linha (Row Directory) Contém infor- NEXT inteiro K/M Tamanho em bytes do próximo
mações sobre a linha que está no bloco. EXTENT a ser alocado para a
Espaço Livre (Free Space) É o conjunto de bytes TABLESPACE.
do bloco disponível para operações de manipulação (in- MINEXTENTS Total de EXTENTS alocados
sert, update, ...) quando o objeto for criado. MAXEXTENTS Total de EX-
Linha de Dados (Row Data) Guarda dados da tabe- TENTS, incluindo o primeiro, que o Oracle pode
la (ou de índices). Obs.: O espaço livre do bloco também alocar para o objeto.
pode conter transações. PCTINCREASE Percentual de incremento que o
CONTROLANDO O ESPAÇO LIVRE Oracle aloca novos EXTENTS
O controle do espaço livre para comandos de para uma Tabela ou Índice.
manipulação no bloco é especificado nos parâmetros ALTERANDO UMA TABLESPACE Comando: ALTER TA-
PCTFREE, PCTUSED, INITRANS, MAXTRANS. BLESPACE Sintaxe:
PCTFREE - Armazena o percentual de espaço livre no ALTER TABLESPACE nome_da_tablespace
bloco. ADD DATAFILE especif_do_datafile
PCTUSED - Permite ao bloco reconsiderar o espaço li- RENAME DATAFILE ‘nome_datafile’ TO ‘nome_datafile’
vre para a inserção de novas linhas. INITRANS - Define DEFAULT STORAGE Cláusulas
o número inicial de transações para o bloco (default 1, mí- ONLINE/OFFLINE NORMAL/TEMPORARY/IMMEDIATE
nimo 1, máximo255) BEGIN/END BACKUP Onde:
MAXTRANS Número máximo de transações concor- nome_da_tablespace É o nome da TABLESPACE a ser
rentes para o bloco (default 255, mínimo1, máximo 255). alterada.
ESTUDANDO AS TABLESPACES ADD DATAFILE Adiciona DATAFILE
As TABLESPACES são objetos lógicos que armazenam RENAME DATAFILE Renomeia um ou mais DATAFI-
outros objetos do BD Oracle. Cada TABLESPACE possui um LES da TABLESPACE. DEFAULT STORAGE Altera as Cláu-
ou mais DATAFILES. sulas
Podemos colocar uma TABLESPACE, no estado de OF- ONLINE/OFFLINE Disponibiliza/indisponibiliza a
FLINE (desativar a mesma) com ex ceção da TABLESPACE TABLESPACE.
SYSTEM (possui o dicionário de dados do Oracle). NORMAL Faz um CHECKPOINT para todos os DA-
A TABLESPACE SYSTEM contém informações do dicio- TAFILES da
nário de dados do Oracle, bem como contém também o TABLESPACE.
Segmento de Reconstrução (ROLLBACK SEGMENT) TEMPORARY Faz um CHECKPOINT
denominado SYSTEM. para todos os DATAFILES da TABLESPACE, mas não assegu-
Obs: a TABLESPACE SYSTEM pode conter dados de ra que serão gravados dados em todos eles.
usuários.

171
INFORMÁTICA

IMMEDIATE Não assegura que os datafiles serão dis- automaticamente (Oracle Parallel Server). DATAFILE es-
ponibilizados e não faz o pecif_arquivo Nome(s) do(s) datafile(s) a ser(em) usa-
CHECKPOINT. do(s). MAXDATAFILES Máximo de datafiles que podem
DELETANDO UMA TABLESPACE ser criados para o banco.
Comando: DROP TABLESPACE Sintaxe: MAXINSTANCES Máximo de instâncias
DROP TABLESPACE nome_da_tablespace que podem ser montadas e abertas simultaneamente pelo
INCLUDING CONTENTS [CASCADE CONSTRAINTS] banco de dados.
Onde: ARCHIVELOG Habilita o modo de arquivamen-
Nome_da_tablespace É o nome da TABLESPACE a ser to. NOARCHIVELOG Não habilita o modo de arquiva-
apagada. INCLUDING CONTENTS Apaga todo o conteúdo mento.
da TABLESPACE. EXCLUSIVE monta o banco no modo exclusivo após a
CASCADE CONSTRAINTS Apaga todas as restrições sua criação. CHARACTER SET Seta o tipo de caracte-
de integridade referencial das tabelas fora da TABLESPACE res que será usado pelo banco para armazenar os dados
CRIANDO SEGMENTOS DE RECONSTRUÇÃO (ROLL- (Ex. ASCII).
BACK SEGMENTS) ALTERANDO UM BANCO DE DADOS
Comando: CREATE ROLLBACK SEGMENT Sintaxe: Comando: ALTER DATABASE Sintaxe:
CREATE ROLLBACK SEGMENT nome_segmento ALTER DATABASE nome_do_banco
TABLESPACE nome_da_tablespace ADD LOGFILE MEMBER ‘nome_arquivo’
STORAGE cláusulas REUSE TO GROUP inteiro (“nome_arquivo, nome_arqui-
Onde: vo) Onde:
nome_segmento É o nome do segmento a ser nome_do_banco Nome do banco de dados
criado. Nome_da_tablespace TABLESPACE onde o a ser criado
segmento será criado. STORAGE cláusulas Define como o nome_arquivo nome de arquivo a ser adicionado
espaço será alocado para o segmento. (colocar o caminho igual dos que já existem).
Ex: GROUP inteiro número do grupo que receberá
CREATE ROLLBACK SEGMENT rbs1 o log file membro a ser adicionado.
TABLESPACE SYSTEM Obs.:
STORAGE (INITIAL 100K, NEXT 100K, MINEXTENTS 2, A Visão V$LOGFILE mostra os grupos e membros de log
MAXEXTENTS 121, files.
OPTIMAL lOOOK); INSTALAÇÃO DO ORACLE
CRIANDO UM BANCO DE DADOS Na instalação do Oracle geralmente utilizamos o insta-
Comando: CREATE DATABASE Sintaxe: lador da Oracle, que é o Oracle Installer. Tal produto tanto
CREATE DATABASE nome_do_banco instala como desinstala os produtos Oracle. É de fácil utiliza-
CONTROL FILE REUSE ção pois basta escolhermos os produtos Oracle contratados
LOGFILE especif_arquivo GROUP inteiro MAXLOGFILES e selecionar a opção Install. (para maiores detalhes ver Ma-
inteiro MAXLOGMEMBERS inteiro MAXLOGHISTORY inteiro nual de Instalação do produto).
DATAFILE especif_arquivo MAXDATAFILES inteiro MA- Obs Importante:
XINSTANCES inteiro Alguns procedimentos (scripts) devem ser executados
ARCHIVELOG/NOARCHIVELOG EXCLUSIVE após a instalação do Oracle Server (como usuário SYS)
CHARACTER SET charset a) CATALOG.SQL Cria visões do dicionário de dados.
Onde: b) CATEXP.SQL Cria visões do dicionário
Nome_do_banco Nome do banco de dados a ser de dados para o uso do Export/Import. c) CATPROC.SQL
criado Cria tabelas e visões adicionais do dicionário de dados para
Especif_arquivo a opção procedural do Oracle.
Especificação do arquivo. Contém: Tais procedimentos podem demandar de muito tempo,
nome do datafile É o nome do datafile ou redo log pois formam muitas estruturas de dados.
file. SIZE inteiro É o tamanho do mesmo (em K ou M ) O ARQUIVO DE PARÂMETROS: ESTUDANDO OS PARÂ-
REUSE Permite ao Oracle reusar o arquivo. METROS
CONTROL FILE REUSE Especifica o control file especifi- O arquivo de parâmetros Oracle possui diversos parâ-
cado no arquivo de parâmetros metros que devem ser conhecidos pelo
(podendo ser reusado). LOGFILE GROUP Espe- DBA:
cifica o nome dos logfiles. Db_name nome do banco de dados (obrigatório)
MAXLOGFILES máximo de log files que podem Control_files nome/localização dos control files
ser criados para o banco de dados. rollback_segments nome dos segmentos de rollback
MAXLOGMEMBERS máximo de membros de log files alocados para a instância. db_block_size tamanho do
para um grupo de log files. MAXLOGHISTORY máxi- bloco Oracle (em bytes)
mo de archived redo logs para ser re- shared_pool_size parâmetro que define
cuperado a shared pool (para comando S Q L
compartilhados)

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INFORMÁTICA

db_block_buffers número de blocos armazenados Obs:


na SGA O Oracle possui dois usuários especiais: o SYS e o SYS-
log_buffer número de bytes alocados para o redo TEM. O SYS é o usuário para colocar/tirar o BD do “ar” O
log buffer na SGA log_files número de redo log´s usuário SYSTEM é o usuário administrador do BD.
que podem ser abertos. Log_checkpoint_interval define ALTERANDO UM USUÁRIO DO BANCO DE DADOS
a freqüência dos checkpoints ORACLE
Max_dump_file_size tamanho máximo de blocos para Comando: ALTER USER Sintaxe:
os arquivos de trace. Log_archive_start Habilita ou de- ALTER USER nome_usuário IDENTIFIED BY senha/EX-
sabilita o modo de arquivamento (archivelog mode) Log_ TERNALLY DEFAULT TABLESPACE nome_tablespace
archive_dest localização dos archives redo log files TEMPORARY TABLESPACE nome_tablespace_tempora-
Log_archive_format formato dos archives redo log fi- ria QUOTA inteiro/UNLIMITED ON nome_tablespace PRO-
les FILE arquivo_profile
User_dump_dest caminho dos arquivos de trace DEFAULT ROLE nome_role/ALL [EXCEPT nome_role]/
dos usuários NONE Onde:
Background_dump_dest caminho onde serão Nome_usuário nome do usuário a ser alterado.
gerados arquivos de trace dos processos background do BY senha senha do usuário
Oracle EXTERNALLY usa como senha a senha do sis-
Processes número máximo de processos (proces- tema operacional. DEFAULT TABLESPACE identifica a TA-
sos servidores + processos background) BLESPACE default para os objetos do usuário.
Sql_trace habilita/desabilita o trace do SQL para to- TEMPORARY TABLESPACE TABLESPACE temporária
das as sessões de usuário que armazena os segmentos temporários.
Audit_trail habilita/desabilita o Audit QUOTA inteiro define o espaço da TABLESPACE
Obs: Para ver os parâmetros usar o comando SHOW para o usuário que está sendo criado (número inteiro em
PARAMETER Exemplo: K ou M bytes).
SVRMGR>SHOW PARAMETER DB; SVRMGR>SHOW PA- UNLIMITED o espaço na TABLESPACE fica sem limite
RAMETER DEST; para o usuário. PROFILE arquivo_profile define o arqui-
CRIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE USUÁRIOS DO BAN- vo de profile do usuário.
CO DE DADOS DEFAULT ROLE nome_role define a role (conj. de
Cada usuário do BD Oracle possui um esquema associa- privilégios) default do usuário. Ex:
do a ele, ou seja, cada objeto criado para (ou pelo) usuário é SVRMGR> ALTER USER aluno1
do esquema do mesmo. Ao se criar um usuário Oracle, um IDENTIFIED BY aluno1
esquema com o mesmo nome é criado para ele. QUOTA 6M ON TS_Treina;
Comando: CREATE USER Sintaxe: DELETANDO UM USUÁRIO
CREATE USER nome_usuário IDENTIFIED BY senha/EX- Comando: DROP USER Sintaxe:
TERNALLY DEFAULT TABLESPACE nome_tablespace DROP USER nome_usuário CASCADE Onde:
TEMPORARY TABLESPACE nome_tablespace_temporaria Nome_usuário nome do usuário a ser de-
PROFILE arquivo_profile letado.
QUOTA inteiro/UNLIMITED ON nome_tablespace CASCADE deleta todos os objetos do esquema do
Onde: usuário que está sendo deletado, antes de deletar o usuá-
Nome_usuário nome do usuário a ser criado. BY rio.
senha senha do usuário Ex:
EXTERNALLY usa como senha a senha do sis- SVRMGR>DROP USER aluno1 CASCADE; Obs:
tema operacional. DEFAULT TABLESPACE identifica a TA- se o usuário está conectado ele não pode ser deletado
BLESPACE default para os objetos do usuário. TEMPORARY antes do fim da conexão.
TABLESPACE TABLESPACE temporária que arma- As Visões (VIEW’s) USER_USERS, ALL_USERS, DBA_
zena os segmentos temporários. USERS, USER_TS_QUOTAS E DBA_TS_QUOTAS são visões do
QUOTA inteiro define o espaço da TABLESPACE dicionário de dados com informações sobre os usuários.
para o usuário que está sendo criado (número inteiro em PRIVILÉGIOS
K ou M bytes). Nem todos os usuários do Oracle podem acessar todas
UNLIMITED o espaço na TABLESPACE fica sem limite as tabelas do Banco de Dados. Para conceder ou revogar
para o usuário. PROFILE arquivo_profile define o arqui- privilégios de acesso/manipulação aos usuários o DBA utili-
vo de profile do usuário. za os comando GRANT e REVOKE.
Ex: Podemos conceder/revogar diversos tipos de privilé-
SVRMGR>CREATE USER ALUNO1 gios, dependendo do usuário. Se um usuário final irá so-
IDENTIFIED BY aluno1 mente consultar Tabelas, Visões O DBA concederá somen-
DEFAULT TABLESPACE TS_Treina TEMPORARY TABLES- te privilégios de consulta (SELECT). Entretanto para um
PACE Temp QUOTA 5M ON TS_Treina desenvolvedor o DBA deverá dar, além de privilégios de
PROFILE default; consulta, outros privilégios (por exemplo, privilégios de
Criação/Alteração de tabelas, visões, etc.)

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INFORMÁTICA

Um privilégio de sistema é um privilégio poderoso que, se concedido ao usuário, dará ao mesmo o direito de executar
uma operação em nível de banco de dados. Cabe portanto ao DBA a tarefa de definir quais usuários do Banco terão tais
privilégios (poderão ser outros administradores e/ou desenvolvedores de aplicações).
Exemplo:
Um usuário com privilégio SELECT ANY TABLE pode consultar qualquer tabela do banco.
Um usuário com o privilégio ALTER DATABASE pode alterar a estrutura física do banco, incluindo novos arquivos.
Um privilégio de objetos do BD administra uma operação do banco de dados sobre um objeto específico do BD (uma
tabela, uma visão, ...).
Exemplo:
Um usuário com privilégio de SELECT na tabela SALÁRIOS, pode consultar a mesma.
Um outro usuário com privilégio de UPDATE, na tabela SALARIOS, poderá alterar a mesma
(ação que não poderá ser realizada pelo usuário com privilégio de SELECT apenas).
COMANDO GRANT
Concede privilégios aos usuários Oracle cadastrados. Sintaxe:
GRANT <privilégio> to { usuário | role | public } [ WITH ADMIN OPTION ];
Exemplos:
1) GRANT CREATE SESSION, CREATE TABLE TO JOAO;
2) GRANT SELECT ANY TABLE TO manoel;
3)GRANT SELECT, INSERT, UPDATE, DELETE ON T_Salario TO joaquim;
Obs: A opção WITH ADMIN OPTION dá ao usuário o “poder” de conceder privilégios (que ele possui) a outros usuários.
COMANDO REVOKE
O comando REVOKE retira (revoga) o privilégio concedido através do GRANT. Sintaxe:
REVOKE {privilégio | role } FROM {usuário | role | PUBLIC }; Exemplos:
1)REVOKE SELECT ANY TABLE FROM manoel;
2)REVOKE UPDATE FROM joaquim;
AGRUPANDO PRIVILÉGIOS: “ROLE”
Tendo em vista que o Oracle possui uma infinidade de privilégios e que a quantidade e diversidade de perfis
de usuários em um banco de dados também é grande, a administração dos privilégios de todos eles (usuários) seria um
tarefa no mínimo bastante trabalhosa. Visando dirimir este problema existe o objeto Oracle denominado ROLE. Em uma
ROLE podemos agrupar diversos privilégios e conceder aos usuários, não mais os privilégios e sim as ROLES.

Exemplo:
1)CREATE ROLE admin_salarios;
2)GRANT SELECT, INSERT, UPDATE,DELETE ON T_SALARIOS
TO admin_salarios;
3)GRANT SELECT,INSERT, UPDATE, DELETE ON T_COMISSOES
TO admin_salarios;
4)GRANT admin_salarios to USUARIO_A, USUARIO_B, USUARIO_C, ...
No exemplo acima, os usuários A, B e C receberam os privilégios da ROLE admin_salarios (que Seleciona, Insere, Altera
e Elimina dados das Tabelas T_SALARIOS e T_COMISSOES). Obs.:
- O Comando REVOKE (revoga privilégios) também é utilizado com ROLES. As ROLES DBA, CONNECT e RESOURCE são
ROLES padrão do Oracle.

174
INFORMÁTICA

O DBA pode, por exemplo, revogar a ROLE RESOURCE de determinados usuários (concedendo aos mesmos so-
mente alguns privilégios, de tal ROLE).
Exemplo:
1)REVOKE UPDATE ON T_COMISSOES FROM admin_salarios;
2)REVOKE USUARIO_B FROM admin_salarios;
VISÕES (VIEW’S) DO DICIONÁRIO DE DADOS
O dicionário de dados Oracle possui diversas visões que estão divididas em categorias: Categoria Descrição
DBA_XXX Visões do DBA, com informações de qualquer definição de objeto do BD.
USER_XXX Visões que podem ser acessadas por qualquer usuário, dando informações de seus objetos.
ALL_XXX Visões que podem ser acessadas por qualquer usuário, com informações de todos os objetos que ele
pode acessar.
Obs:
Todas as tabelas e visões do DD podem ser acessadas pelo usuário SYS. Para ver as visões use os comandos DESCRIBE
e SELECT.
Lista de algumas Visões:
V$SESSION Mostra as sessões logadas.
USER_USERS Usuário conectado.
ALL_USERS Todos os usuários conectados e outras colunas.
DBA_USERS Todas as informações dos usuários.
USER_TS_QUOTAS Limite que o usuário tem (Quota) na TABLESPACE. DBA_TS_QUOTAS Todas as quotas de todos
os usuários.
DBA_DATAFILES DATAFILES e TABLESPACES do BD.
DBA_TABLES Tabelas do DBA
ALL_TABLES Todas as tabelas.
DBA_ROLE_PRIVS Tabela com os privilégios.
DBA_AUDIT_TRAIL Conjunto de trilhas de auditoria.
DBA_EXP_FILES Descrição dos arquivos exportados.
DBA_ROLES As roles do BD.
DBA_SEGMENTS Informações sobre os segmentos do BD.
DBA_TABLESPACE Tablespaces do BD.
DBA_ROLLBACK_SEGS Segmentos de Rollback.
V$DATAFILE Infomações sobre os DATAFILES do BD.
V$PARAMETER Parâmetros de inicialização do BD.
V$LOG_HISTORY Informações sobre o Log de transações do BD.
BACKUP E RECOVERY DO BANCO DE DADOS
Métodos de Backup Oracle: Backup completo (full) ou parcial. Pode ser feito ONLINE ou OFFLINE.
BACKUP COMPLETO (“FULL”) OFFLINE
Copiar através de comando do sistema operacional os arquivos do BD Oracle: datafiles, redo log files, control files e
parameter file.
Passos:
a)Selecionar os arquivos relevantes para o Backup;
b)Dar um “Shutdown” na instância Oracle,
c)“Backupear” (copiar) todos os datafiles, redo log files, control file(s) e parameter file(s) usando comandos do Sistema
Operacional;
d)Reinicializar a instância Oracle (Startup). Ex:
SVRMGR>CONNECT INTERNAL SVRMGR>SHUTDOWN NORMAL
SVRMGR>HOST CP <ARQUIVOS_ORACLE> <DIRETÓRIO_DE_BACKUP> SVRMGR>STARTUP
Obs:
- Para saber quais os nomes dos arquivos a serem copiados consultar as visões: DBA_DATAFILES, V$LOGFILE (coluna
MEMBER) Usar o comando SHOW PARAMETER CONTROL_FILES para ver o nome dos Control Files.
RESTAURANDO (RECOVERY) DO BD
Passos:
a)Tirar o BD do “ar” (executar um SHUTDOWN ABORT, para sair mais rápido).
b)Restaurar o mais recente dos Backup’s completo, incluindo todos os arquivos: datafiles, redo log files e control files.
c)Inicializar a instância novamente.
Obs:
Se for necessário editar o arquivo de parâmetros para indicar o novo caminh do(s) control file(s), se necessário (em caso
de perda de disco).
Por default, o BD fica no modo NOARCHIVELOG

175
INFORMÁTICA

MODOS DE ARQUIVAMENTO ORACLE


O Oracle pode trabalhar em dois modos de arquivamento:
ARCHIVELOG e NOARCHIVELOG.

No modo ARCHIVELOG o Oracle além de usar o sistema circular de preenchimento no Redo Log files, ele copia, antes
de fazer a troca, para os Archives Redo Log files (passo administrado pelo processo de segundo plano ARCH (ver definição
deste processo background no início da apostila).

NOARCHIVELOG

Já no modo NOARCHIVELOG o Oracle somente faz as trocas, não armazenando em outros arquivos.
HABILITANDO/DESABILITANDO O MODO DE ARQUIVAMENTO
1)Para ver o modo atual do BD usar o comando ARCHIVE LOG LIST Exemplo:
SVRMGR>ARCHIVE LOG LIST;
2)Os parâmetros LOG_ARCHIVE_START, LOG_ARCHIVE_DEST e LOG_ARCHIVE_FORMAT, são os parâmetros do “parame-
ter file” que devem ser alterados para passar o modo para ARCHIVELOG (quando de um novo STARTUP).
Ex:
LOG_ARCHIVE_START = TRUE
LOG_ARCHIVE_DEST = diretório (ou nome do dispositivo). LOG_ARCHIVE_FORMAT=nome_de_arquivo
Incluir no nome do arquivo “%s” para ser anexado no nome o número da seqüência de log (log sequence number).
3)Para trocar o modo de arquivamento automaticamente usa-se o comando ALTER SYSTEM: Ex:
SVRMGR>ALTER SYSTEM ARCHIVE LOG START TO ‘/caminho/nome_arquivo’ Onde:
/caminho/nome_arquivo É o nome do diretório/arquivo onde será arquivado os archives redo log files.
Para desabilitar o modo de Arquivamento (NOARCHIVELOG):
A)Alterar o parâmetro LOG_ARCHIVE_START do arquivo de parâmetros: LOG_ARCHIVE_START = FALSE
Daí, na próxima inicialização do BD o modo de arquivamento será NOARCHIVELOG. B)Para parar automaticamente:
SVRMGR>CONNECT SYSTEM/MANAGER; SVRMGR>ALTER SYSTEM ARCHIVE LOG STOP;
BACKUP ONLINE PARCIAL
Usar o comando ALTER TABLESPACE para preparar a TABLESPACE para o início da cópia:

176
INFORMÁTICA

ALTER TABLESPACE nome_tablespace BEGIN/END JAVA


BACKUP Onde: Java é uma linguagem de programação orientada a objeto
BEGIN BACKUP Início do Backup com a Tablespa- desenvolvida na década de 90 por uma equipe de programa-
ce Online. END BACKUP Fim do Backup com a Tablespace dores chefiada por James Gosling, na empresa Sun Microsys-
Online. tems. Diferentemente das linguagens convencionais, que são
Ex: compiladas para código nativo, a linguagem Java é compilada
SVRMGR>ALTER TABLESPACE TS_Treina BEGIN para um bytecode que é executado por uma máquina virtual.
BACKUP; SVRMGR>HOST cp $ORACLE_HOME/dbs/treina. A linguagem de programação Java é a linguagem convencio-
dbf /tmp/dir_backup/treina.dbf SVRMGR>ALTER TABLES- nal da Plataforma Java, mas não sua única linguagem.
PACE TS_Treina END BACKUP;
Obs: Padronização
- No Oracle Server para Windows NT usamos a inter- Em 1997 a Sun Microsystems tentou submeter a lingua-
face gráfica do mesmo, o que facilita muito as atividades gem a padronização pelos órgãos ISO/IEC e ECMA, mas aca-
do DBA em relação ao BACKUP/RECOVER. bou desistindo. Java ainda é um padrão de fato, que é con-
O comando “ cp “ utilizado acima é um comando de trolada através da JCP Java Community Process. Em 13 de
cópia do sistema UNIX. novembro de 2006, a Sun lançou a maior parte do Java como
Logo após copia-se os Control files com o comando Software Livre sob os termos da GNU General Public Licen-
ALTER DATABASE BACKUP CONTROLFILE. se (GPL). Em 8 de maio de 2007 a Sun finalizou o processo,
Exemplo: tornando praticamente todo o código Java como software de
SVRMGR>ALTER DATABASE BACKUP CONTROLFILE código aberto, menos uma pequena porção da qual a Sun não
2> TO ‘/tmp/dir_backup/ctrltreina.ctl’; possui copyright.
Copiar também o(s) arquivo(s) de parâmetro(s) ,
usando comandos do sistema operacional. Características
Além dos arquivos acima copiados, convém também A linguagem Java foi projetada tendo em vista os seguin-
ao DBA, copiar outros arquivos importantes de um ser- tes objetivos:
• Orientação a objetos - Baseado no modelo de Simu-
vidor de BD:
la67
Arquivos específicos de aplicações, como os execu-
• Portabilidade - Independência de plataforma - “escreva
táveis, código-fonte, arquivos de configuração, dentre
uma vez, execute em qualquer lugar” (“write once, run anywhere”)
outros.
• Recursos de Rede - Possui extensa biblioteca de rotinas
Os arquivos de configuração para o SQL*Net
que facilitam a cooperação com protocolos TCP/IP, como HTTP
(TNSNAMES.ORA, LISTENER.ORA, SQLNET.ORA, etc.)
e FTP
EXPORT/IMPORT/LOAD DO ORACLE
• Segurança - Pode executar programas via rede com res-
Os utilitários EXPORT e IMPORT do Oracle servem trições de execução
para mover dados de/para BD Oracle. O Export grava Além disso, podem-se destacar outras vantagens apresenta-
dados de um BD Oracle para arquivos do sistema opera- das pela linguagem:
cional. Já o Import lê os dados de arquivos criados pelo • Sintaxe similar a C/C++
Export de volta para o BD Oracle. O Export serve também • Facilidades de Internacionalização - Suporta nativamen-
para a criação de cópias suplementares de BD visando te caracteres Unicode
aumentar a flexibilidade da recuperação. • Simplicidade na especificação, tanto da linguagem
Temos diversos modos de “exportar”: como do “ambiente” de execução (JVM)
• É distribuída com um vasto conjunto de bibliotecas (ou
Modo Descrição APIs)
Tabela Exporta ta- • Possui facilidades para criação de programas distribuí-
belas especificadas. dos e multitarefa (múltiplas linhas de execução num mesmo pro-
Usuários Exporta todos grama)
os objetos de um usuário. • Desalocação de memória automática por processo de
Banco de Dados completo Exporta coletor de lixo
todos os objetos do BD. • Carga Dinâmica de Código - Programas em Java são
Quando da “importação” alguns privilégios o usuário formados por uma coleção de classes armazenadas independen-
“importador” deve possuir: CREATE TABLE e TABLESPA- temente e que podem ser carregadas no momento de utilização
CE QUOTA ou UNLIMITED TABLESPACE, INSERT TABLE,
ALTER TABLE. Licença
Obs: A Sun disponibiliza a maioria das distribuições Java gratui-
No Oracle somente usuários com privilégio EXP_ tamente e obtém receita com programas mais especializados
FULL_DATABASE podem exporta o BD completo. como o Java Enterprise System. Em 13 de novembro de 2006, a
Sun liberou partes do Java como software livre, sob a licença GNU
Fonte: http://jkolb.com.br/wp-content/ General Public License. A liberação completa do código fonte sob
uploads/2016/11/Apostila-Administra%C3%A7%- a GPL ocorreu em maio de 2007.
C3%A3o-Oracle.pdf

177
INFORMÁTICA

EXEMPLOS DE CÓDIGO // Classe interna e privada. Existe só no contexto da


classe “Cavalo”.
Método main private class Parasita extends Animal {
O método main é onde o programa inicia. Pode estar pre- public void fazerBarulho() {
sente em qualquer classe. Os parâmetros de linha de coman- System.out.println(“SQRRT”);
do são enviados para o array de Strings chamado args. }
public class OlaMundo { }
/** }
* Método que executa o programa Interfaces
* public = É visto em qualquer lugar da aplicação. É o Uma interface modela um comportamento esperado.
modificador de acesso Pode-se entendê-la como uma classe que contenha apenas
* static = é iniciado automaticamente pela JVM, sem métodos abstratos. Embora uma classe não possa conter mais
precisar de uma instância de uma super classe, a classe pode implementar mais de uma
* void = Método sem retorno (retorno vazio) interface. Exemplo:
* main = Nome do método, que é obrigatorio ser este. public interface Pesado {
Recebe como parâmetro um array de String. double obterPeso();
* String[] args = Array de argumentos que podem ser }
repassados na chamada do programa.
*/ public interface Colorido {
public static void main(String[] args) { Color obterCor();
System.out.println(“Olá, Mundo!”); //Imprime na tela }
a frase
} public class Porco extends Animal implements Pesado,
} Colorido {
Classes
public void fazerBarulho() {
Exemplo:
System.out.println(“Óinc!”);
public abstract class Animal {
}
public abstract void fazerBarulho();
}
// Implementação da interface Pesado
public class Cachorro extends Animal {
public double obterPeso() {
public void fazerBarulho() {
return 50.00;
System.out.println(“AuAu!”);
} }
}
// Implementação da interface Colorido
public class Gato extends Animal { public Color obterCor() {
public void fazerBarulho() { return Color.BLACK;
System.out.println(“Miau!”); }
}
} // Uma propriedade só do porco
O exemplo acima cria a classe Animal e duas classes de- public boolean enlameado() {
rivadas de Animal. É importante observar que nas classes de- return true;
rivadas temos a redefinição do método fazerBarulho(). Esta }
redefinição é classificada como uma sobreposição (override) }
de métodos. O conceito de sobreposição somente pode ser Objetos anônimos
identificado e utilizado quando temos classes dispostas em Podemos ter também objetos anônimos, onde não é ne-
um relacionamento de herança. cessário instanciar o objeto em uma variável para utilizá-lo.
Java não suporta herança múltipla, devido a possibilidade Exemplo:
de uma classe pai ter um método com o mesmo nome de public class MostraBarulho {
outra classe pai, e gerar possíveis falhas ao chamar o método, public static void main(String args[]) {
e todas as classes em Java derivam da classe Object. A única new Cavalo().fazerBarulho(); // Objeto anônimo.
possibilidade de se ver herança múltipla em Java é no uso de
interfaces, pois uma classe pode herdar várias interfaces. // Abaixo um objeto e classe anônimos!
new Animal() {
Classes internas public void fazerBarulho() {
Java pode ter classes internas. Exemplos: System.out.println(“QUAC!”);
public class Cavalo extends Animal { }
public void fazerBarulho() { }.fazerBarulho();
System.out.println(“RIINCH!”); }
} }

178
INFORMÁTICA

FERRAMENTAS • JSF (JavaServer Faces)


Frameworks • JSP (JavaServer Pages)
É possível utilizar frameworks para facilitar o desenvolvimen- • JavaSpaces
to de aplicações. Dentre os mais utilizados pode-se destacar: • JCE (Java Cryptography Extension)
• Hibernate ferramenta para ORM • JDBC (Java Database Connectivity)
• Junit ferramenta para auxiliar na criação de testes • JDMK (Java Dynamic Management Kit)
unitários • JDO (Java Data Objects)
• Log4j ferramenta para facilitar a criação de logs na • JEE (Enterprise Edition)
aplicação • Jini (a network architecture for the construction of
• Spring ferramenta que auxilia principalmente imple- distributed systems)
mentação de injeção de dependências e inversão de controle • Jiro
• Struts controlador MVC (Model 2) web • JMF (Java Media Framework)
• JMI (Java Metadata Interface)
Ambientes de desenvolvimento • JMS (Java Message Service)
É possível desenvolver aplicações em Java através de vá- • JNDI (Java Naming and Directory Interface)
rios ambientes de desenvolvimento integrado (IDEs). Dentre • JNI (Java Native Interface)
as opções mais utilizadas pode-se destacar: • JOGL (A low level API for 3D graphics programming,
• BlueJ — um ambiente desenvolvido por uma facul- using OpenGL)
dade australiana (considerado muito bom para iniciantes) • JSML (Java Speech API Markup Language)
• JCreator — (gratuito/shareware) — um ambiente • JXTA (open source-based peer-to-peer infrastructu-
desenvolvido pela Xinox (recomendado para programadores re)
iniciantes) • MARF (Modular Audio Recognition Framework)
• jEdit — (recomendado para programadores iniciantes) • OSGi (Dynamic Service Management and Remote
• Eclipse — (recomendado para programadores fluentes) Maintenance)
• SuperWaba (JavaVMs for handhelds)
IDEs completas (recomendado para programadores
profissionais) CERTIFICAÇÕES
• Eclipse — um projeto aberto iniciado pela IBM Existem 8 tipos de certificações[10] da Sun Microsystems
• IntelliJ IDEA (comercial) — uma IDE desenvolvida para Java:
pela JetBrains Oracle Certified Enterprise Architect (OCEA)
• JBuilder — um ambiente desenvolvido pela em- Oracle Certified Mobile Application Developer (OCMAD)
presa Borland Oracle Certified Developer For Java Web Services (OCD-
• JDeveloper (gratuito OTN) — uma IDE desenvolvi- JWS)
da pela empresa Oracle Oracle Certified Business Component Developer (OCB-
• NetBeans (software livre) — uma IDE desenvolvida CD)
pela Sun Microsystems Oracle Certified Web Component Developer (OCWCD)
Oracle Certified Java Developer (OCJD)
Outras IDEs (menos populares) Oracle Certified Java Programmer (OCJP)
• Gel (IDE) — open source Oracle Certified Java Associate (OCJA)
• Greenfoot — bem parecido com o BlueJ Cada certificação testa algum tipo de habilidade dentro
• JGRASP — bom para intermediários, feito pela equi- da plataforma e linguagem Java. Todos os testes são realiza-
pe do Projeto GRASP dos pela empresa Person VUE[11] e são reconhecidos inter-
• Java Studio Creator/Enterprise (gratuito SDN) um nacionalmente.
ambiente criado pela empresa Sun Microsystems
• Workshop for WebLogic (comercial/desenvolvedor) Comunidade
um ambiente criado pela empresa Oracle A comunidade de desenvolvedores Java reúne-se em
• WebSphere Studio Application Developer um am- grupo denominados JUGs (Java User Groups). No Brasil o
biente criado pela empresa IBM movimento de grupos de usuários expandiu-se bastante e
tem formado alguns dos maiores grupos de usuários Java do
EXTENSÕES mundo, como por exemplo o PortalJava, GUJ e o JavaFree.
Extensões em Java:
• J2ME (Micro-Edition for PDAs and cellular phones) JAVA 9
• J2SE (Standard Edition) Ao baixar e configurar o Java 9 em seu ambiente você
• J3D (A high level API for 3D graphics programming) já consegue utilizar uma das grandes introduções da versão,
• JAAS (Java Authentication and Authorization Service) que é a nova ferramenta REPL (Read-Eval-Print Loop).
• JAIN (Java API for Integrated Networks) Ela traz uma forma muito mais interessante de experi-
• Java Card mentar código, sem toda burocracia e verbosidade das classes
• JMX (Java Management Extensions) com método main. Basta abrir o console, digitar jshell — que é
• JavaFX o nome da ferramenta — e sair escrevendo código Java!

179
INFORMÁTICA

turini ~ $ jshell Um Java reativo


| Welcome to JShell — Version 9 O JDK 9 também evoluiu a arquitetura do pacote java.util.
| For an introduction type: /help intro concurrent, com a introdução da Flow API que implementa
Eu li a documentação completa da nova especificação da a especificação de Reactive Streams. A API é composta pela
linguagem com o JShell aberto, experimentando cada uma classe abstrata Flow e suas interfaces internas, que seguem
das mudanças e com zero preocupações de setup. Foi uma o padrão de publicador e assinante — publisher/subscriber
experiência incrível. pattern.

Nesse outro post eu mostro vários exemplos com os prin- java.util.concurrent.Flow


cipais detalhes e possibilidades. java.util.concurrent.Flow.Publisher
java.util.concurrent.Flow.Subscriber
E é muito legal também saber que você pode escrever java.util.concurrent.Flow.Processor
algum snippet de código nele e depois compartilhar, pra que Apesar do nome extremamente familiar, Reactive Streams
outras pessoas possam facilmente testar sua implementa- não tem relação direta com a API de Streams do Java 8. Essa é
ção — ou mesmo modificá-la e te enviar de volta. uma confusão completamente comum, mas nesse caso o ter-
mo Streams remete a fluxo, fluxos reativos. Um passo criado
Quer um exemplo? Podemos criar um método com o a partir do caminho definido pelo famoso manifesto reativo.
mesmo código usado no post de Java 8, para retornar a média
de tamanho de uma lista de palavras. Ele vem pra resolver o famoso problema de processa-
mentos assíncronos em que um componente de origem envia
Vou abrir o JShell e escrever o código em um método dados sem saber ao certo se isso está em uma quantidade
chamado averageLenght: maior do que aquela com a qual o consumidor pode lidar.
Perceba que na imagem o componente de origem está
jshell> public double averageLenght(List<String> words) recebendo e processando várias informações, mas muitas de-
{ las estão bloqueadas enquanto as outras estão sendo pro-
…> return words.stream() cessadas. Os dados chegam em uma velocidade muito maior
…> .mapToInt(String::length).average() do que podem ser atendidos. Com a Flow API você consegue
…> .orElse(0); resolver esse e outros problemas avançados em execuções
…> } assíncronas com back pressure.

| created method averageLenght(List<String>) O fluxo seria assim:


Agora criar uma lista de palavras: No lugar de a origem empurrar uma quantidade arbitrá-
ria de dados para o destino, é o destino que puxa apenas a
jshell> List<String> words = List.of(“podemos”, “criar”, quantidade de dados que ele certamente poderá atender. Só
“listas”, “assim”); então, os dados são enviados e na quantidade certa.
E experimentar minha implementação:
No exemplo a seguir estamos criando um publicador
jshell> averageLenght(words) e registrando implicitamente um consumidor que apenas
imprime as Strings conforme elas são enviadas:
==> 5.2
Funciona! jshell> SubmissionPublisher<String> publisher = new
Para salvar esse código e compartilhar, vou usar o coman- SubmissionPublisher<>();
do /save. jshell> publisher.consume(System.out::println);

jshell> /save average-lenght jshell> List.of(“esse”, “código”, “é”, “assíncrono”).forEa-


O arquivo average-lenght foi criado. Experimente agora ch(publisher::submit);
baixar esse arquivo e depois abrir o seu jshell com ele como
a seguir: esse
código
turini ~ $ jshell average-lenght é
A lista de palavras e o método averageLenght já vão estar assíncrono
aí, disponíveis para você testar. Um Java modular
Depois de mais de 20 anos muitos dos problemas da an-
Imagina que legal no fórum da Alura ou GUJ, por exem- tiga estrutura monolítica da plataforma Java foram resolvidos
plo, você conseguir enviar o pedacinho de código problemá- com a introdução de um novo sistema de módulos e a modu-
tico para que o pessoal abra e te ajude encontrar o problema? larização do próprio JDK. Neste outro post eu mostro o Jigsaw
Você consegue criar classes, métodos e inclusive usar depen- e o que muda na estrutura de seus projetos, além de mencio-
dências externas — JARs de bibliotecas etc — nesse ambiente nar brevemente como ficou a divisão de suas principais APIs.
interativo, e tudo que a pessoa precisa é ter o Java 9 instalado.

180
INFORMÁTICA

No Java 9 tudo é modular, mas você não precisa sair mi- O mais interessante dessa API é que ela é o piloto de um
grando os seus projetos para usar essa nova versão. Especial- novo conceito da linguagem, que são os módulos em incu-
mente por motivos de compatibilidade, projetos que não de- bação. A ideia é permitir que APIs passem por um período de
finem explicitamente o uso do sistema de módulos vão fun- testes antes de entrar definitivamente para a linguagem, com
cionar normalmente — internamente é declarado um unamed objetivo de reduzir a possibilidade de introdução de erros na
module, com acesso a todos os módulos da plataforma de plataforma, que tem o forte peso da retrocompatibilidade.
forma parecida ao que acontece nas versões anteriores.
Apesar disso, depois de conhecer um pouco mais sobre Módulos em incubação ainda não fazem parte do Java SE.
os benefícios dessa migração eu arriscaria dizer que você vai Eles ficam em um pacote jdk.incubator e não são resolvidos
querer migrar. Uma das grandes vantagens dessa nova es- por padrão na compilação ou execução de suas aplicações.
trutura é que, diferente da abordagem atual do classpath, as Para testar esse meu exemplo no jshell, por exemplo, você
informações do módulo precisam ficar disponíveis da mes- precisa iniciar a ferramenta com essa opção explicitamente:
ma forma durante as fases de compilação e execução. Isso
garante uma integridade muito maior nos projetos, evitando turini ~ $ jshell --add-modules jdk.incubator.httpclient
problemas da abordagem atual do legado classpath — como | Welcome to JShell — Version 9
o famoso JAR hell —  ou, pelo menos, reportando-os muito | For an introduction type: /help intro
antes, em tempo de compilação. O JDK 9 também traz uma nova API de logging, que te
possibilita criar um provedor padrão de mensagens que po-
Outro ganho enorme é no encapsulamento dos projetos, derá ser usado tanto em seu código como no do próprio JDK.
já que agora ser público não significa mais ser acessível. Em E uma API de Stack-Walking, que tira proveito dos poderosos
um sistema modular você precisa definir explicitamente o que recursos da API de Streams para que você consiga passear
pode ou não ser acessado por fora do módulo, e isso guia a pela Stack de sua aplicação de forma extremamente eficiente.
construção de APIs com designs mais lógicos. Com ela podemos facilmente coletar em uma lista todas as
classes de um pacote específico, ou alguma outra condição
No exemplo a seguir o arquivo module-info.java, res-
especial de filtro:
ponsável pela definição de um módulo, exemplifica um caso
em que o módulo br.com.caelum.desktop precisa do módulo
StackWalker.getInstance().walk(stream ->
base do Java FX para funcionar, e deixar acessível apenas seu
stream.filter(frame -> frame.getClassName().con-
pacote de componentes:
tains(“br.com.caelum”)
))
module br.com.caelum.desktop {
.collect(toList());
requires javafx.base;
exports br.com.caelum.desktop.components; Eu consigo ver um futuro próximo em que as IDEs e fer-
} ramentas de profilling tiram bastante proveito dessa API para
Ah, e em projetos modulares você consegue criar ima- fornecer alternativas performáticas e poderosas para analise e
gens de execução customizadas com apenas o pedacinho investigação de problemas de runtime.
da JRE que você está usando! Podemos falar que essa é uma
extensão aos compact profiles do JDK 8, mas que funcionam Diversas mudanças nas APIs
de forma muito mais interessante já que você literalmente só Eu mostrei nesse post que as Collections receberam di-
carrega o que precisa. Muitos projetos pequenos podem versos factory methods trazendo uma forma mais próxima
ter só o java.base, no lugar de todos os 94 módulos e suas aos collection literals para criação de listas, sets e mapas.
milhares de classes. Isso tem uma série de vantagens de
performance e consumo de memória, já que a aplicação Map.of(1,”Turini”, 2,”Paulo”, 3,”Guilherme”);
fica com um footprint inicial muito menor.
Novas APIs List.of(1, 2, 3);
A versão também recebeu diversas novas APIs. Um des-
taque especial vai para a de HTTP/2 Client, que possui uma Set.of(“SP”, “BSB”, “RJ”);
interface publica completamente repaginada ante ao lega- O Stream também recebeu novos métodos como drop-
do HttpURLConnection API e com suporte para requisições While, takeWhile, ofNullable e uma sobrecarga do iterate que
HTTP/2 e WebSockets. permite definir uma condição para que a iteração termine. Re-
pare a semelhança com o clássico for com index no exemplo
Um exemplo de código para retornar o conteúdo do cor- em que imprime números de 1 a 10:
po de um request seria:
Stream
String contentBody = newHttpClient().send( .iterate(1, n -> n<=10, n -> n+1)
newBuilder() .forEach(System.out::println);
.uri(new URI(“https://turini.github.io/livro-java-9/”)) Além das mudanças no Stream em si, diversas outras APIs
.GET() receberam métodos que tiram proveito de seus recursos. Um
.build(), asString()) exemplo seria o Optional, que agora consegue projetar seus
.body(); valores diretamente para o Stream:

181
INFORMÁTICA

Stream<Integer> stream = Optional.of(ids).stream(); Por falar em Strings, elas agora possuem seu valor represen-
Essa transformação é extremamente útil quando você pre- tado de uma forma muito mais eficiente em memória. Se você
cisa aplicar diversas operações nos valores e tirar proveito da conferir na implementação das versões anteriores da linguagem,
característica lazy da API. perceberá que uma String guarda seu valor interno em um array
de caracteres, que mantém dois bytes para cada um deles.
O java.time também recebeu uma forma bastante interes-
sante de retornar streams com intervalo de datas: private final char value[];
O problema da abordagem atual é que, na maior parte
Stream<LocalDate> dates = dos casos, as Strings usam valores em formato ISO-8859–1/
LocalDate.datesUntil(jdk10Release); Latin-1 que precisam de apenas um byte por caractere. Em
E o Scanner agora possui métodos como o findAll onde, outras palavras, poderíamos usar metade do espaço!
dada uma expressão regular, retorna um stream de possíveis
resultados. Bem, é o que estamos fazendo agora com Java 9! Expe-
rimente abrir o JShell e ver como esse campo de valor é de-
String input = “esperei 3 anos pelo lançamento do java 9”; clarado hoje:
List<String> matches = new Scanner(input) jshell> String.class.getDeclaredField(“value”)
.findAll(“\\d+”)
.map(MatchResult::group) private final byte[] value;
.collect(toList()); Um array de bytes!
Extensão aos recursos da linguagem
Além de novos métodos e APIs, a linguagem recebeu um Com isso usamos apenas um byte, que será o suficiente
suporte maior na inferência de tipos e nos recursos existentes. O na esmagadora maioria dos casos. Para os demais, foi adicio-
try-with-resources agora pode usar variáveis efetivamente finais, nado um campo adicional de 1 byte para indicar qual o enco-
sem precisar re-instanciar como em sua versão agora antiga.
ding que está sendo usado. Isso será feito automaticamente,
baseado no conteúdo da String.
O código que era assim:
Essa proposta é conhecida como Compact Strings.
public void read(BufferedReader reader) {
COBOL
try (BufferedReader reader = reader) {
COBOL (sigla de COmmon Business Oriented Language)
//...
} - Linguagem Comum Orientada para os Negócios é uma lin-
} guagem de programação orientada para o processamento de
Agora pode ser escrito sem a necessidade de criar um novo banco de dados comerciais. É a linguagem de programação
tipo e da re-atribuição: inteira mais usada, produto do Departamento de Defesa nor-
te-americano sob a direção da contra-almirante Grace Murray
public void read(BufferedReader reader) { Hopper.
As especificações do COBOL 2002 incluem suporte à pro-
try (reader) { gramação orientada a objetos e outras características das lin-
//... guagens modernas.
} COBOL 2002 e o COBOL orientado a objeto
} A linguagem continua a evoluir até hoje. No início de
O uso do operador diamante em classes anônimas e su- 1990, decidiu-se acrescentar a orientação a objetos na pró-
porte aos métodos privados em interfaces — para reutilizar xima revisão completa do COBOL. A estimativa inicial era
código dos default methods sem quebrar encapsulamen- ter esta revisão concluída em 1997 e um ISO CD (Commit-
to — são algumas das várias outras possibilidades. Muitas delas tee Draft, rascunho do comitê) disponível até 1997. Alguns
estão definidas na proposta Milling Project Coin, que recebeu fornecedores (incluindo a Micro Focus, a Fujitsu, a Veryant e a
esse nome por ser um aperfeiçoamento dos recursos introduzi- IBM) introduziram a sintaxe orientada a objetos com base nos
dos no Project Coin do JDK 7 — como o próprio operador dia- rascunhos de 1997 ou outro da revisão completa. A versão fi-
mante. nal aprovada no padrão ISO (adotado como um padrão ANSI
por INCITS) foi aprovada e disponibilizado em 2002.
Performance Assim como a C++ e a Java, os compiladores COBOL estão
As melhorias relacionadas a performance também são in- disponíveis enquanto a linguagem se move em direção à padro-
críveis. Um destaque especial foi a adoção do G1 como Garbage nização. A Fujitsu, a Micro Focus e a Raincode atualmente supor-
Collector padrão, como já era esperado. Ele é um algoritmo bem tam os compiladores COBOL orientados a objetos visando o .NET.
mais previsível, que executa seu trabalho em diferentes threads O COBOL 2002 incluiu muitos outros recursos além orien-
e em uma frequência muito maior, compactando o heap de tação a objetos, (mas não estão limitados a):
memória durante a execução. O G1 também faz o reaproveita- Suporte a idiomas (incluindo, mas não limitado a suporte
mento de Strings e tem diversos outros benefícios interessantes. ao Unicode)

182
INFORMÁTICA

Processamento baseado em Locale Características


Funções amigáveis ao usuário O COBOL teve como meta servir como uma linguagem de
CALL (e função) protótipos (para a verificação de parâme- programação para negócios. Os programas para negócios não
tro em tempo de compilação) precisam de cálculos tão precisos como os encontrados em en-
Ponteiros e sintaxe para a obtenção/liberação de arma- genharia, assim o COBOL foi concebido basicamente com as
zenagem características:
Convenções de chamada de e para línguas não-COBOL, Acesso rápido a arquivos e bases de dados
como C Atualização rápida de arquivos e bases de dados
Suporte para execução em ambientes estruturas como Geração de uma grande quantidade de informações
.NET e Java (incluindo COBOL instanciado como Enterprise Saída com um formato compreensível ao usuário
JavaBeans) O COBOL é geralmente a linguagem escolhida em cálculos
Suporte a Bit e Bool financeiros por suportar aritmética inteira aplicada a números
Suporte a “True” (até esta melhoria, itens binários eram muito grandes (milhões, bilhões etc) ao mesmo tempo que é
truncados (pela especificação de base-10) dentro da divisão capaz de lidar com números muito pequenos como frações de
de dados) centavos. Outra característica é a formatação,11 classificação e
Suporte a ponto flutuante geração de relatórios.
Resultados aritméticos padrão (ou portáteis) Olá, mundo
Geração e parsing de XML Um exemplo do programa “Olá, Mundo” em COBOL:
História de normas COBOL IDENTIFICATION DIVISION.
As especificações aprovadas por todo o Comitê de Curto PROGRAM-ID. HELLO-WORLD.
Prazo foram aprovadas pelo Comitê Executivo em 3 de janeiro PROCEDURE DIVISION.
de 1960, e enviadas para a gráfica do governo que editou e DISPLAY ‘Ola, mundo’.
imprimiu essas especificações como COBOL 60. STOP RUN.
O American National Standards Institute (ANSI) produziu Existem vários dialetos do COBOL. Alguns compiladores,
por exemplo, permitem o uso de aspas duplas, além do padrão
várias revisões do padrão COBOL, incluindo:
de aspas simples:
COBOL-68
DISPLAY “Hello, world”.
COBOL-74
Olá, OS/360 cerca de 1972
COBOL-85
Em um IBM System/360 executando OS/360 MVT 21.8f,
Intrinsic Functions Amendment - 1989
por volta de 1972, o teste Olá, Mundo teria levado perfurado
Corrections Amendment - 1991
cartões de 80 colunas, contendo o código-fonte semelhante a:
Após as alterações de 1985 o padrão ANSI (que era ado-
//COBUCLG JOB CLASS=A,MSGCLASS=A,MSGLE-
tado pela ISO), o desenvolvimento e a apropriação foi assumi- VEL=(1,1)
da pela ISO. As seguintes edições e TRs (Relatórios Técnicos) //HELOWRLD EXEC COBUCLG,PARM.COB=’MAP,LIST,LET’
foram emitidas pelo padrão ISO (e adotados como ANSI): //COB.SYSIN DD *
COBOL 2002 001 IDENTIFICATION DIVISION.
Finalizer Technical Report - 2003 002 PROGRAM-ID. ‘HELLO’.
Native XML syntax Technical Report - 2006 003 ENVIRONMENT DIVISION.
Bibliotecas de coleção de classes orientadas a objeto - 004 CONFIGURATION SECTION.
aprovação pendente 005 SOURCE-COMPUTER. IBM-360.
Desde 2002, o padrão ISO também está disponível para o 006 OBJECT-COMPUTER. IBM-360.
público codificado como ISO / IEC 1989. 0065 SPECIAL-NAMES.
O trabalho progride na próxima revisão integral da nor- 0066 CONSOLE IS CNSL.
ma COBOL. A aprovação e disponibilidade era esperado 007 DATA DIVISION.
primeiros em 2010. Para obter informações sobre esta re- 008 WORKING-STORAGE SECTION.
visão, ver o mais recente projeto desta revisão, ou para ver 009 77 HELLO-CONST PIC X(12) VALUE ‘HELLO, WORLD’.
o que as outro trabalhos em progresso no padrão COBOL, 075 PROCEDURE DIVISION.
consulte o site de normas do COBOL. 090 000-DISPLAY.
Legado 100 DISPLAY HELLO-CONST UPON CNSL.
Programas em COBOL estão em uso globalmente em 110 STOP RUN.
agências governamentais e militares além de empresas co- //LKED.SYSLIB DD DSNAME=SYS1.COBLIB,DISP=SHR
merciais, e estão sendo executados em sistemas operacionais // DD DSNAME=SYS1.LINKLIB,DISP=SHR
como o da IBM z/OS e z/VSE, as famílias POSIX (Unix / Li- //GO.SYSPRINT DD SYSOUT=A
nux, etc) e Windows da Microsoft, bem como Unisys OS 2200. //
Em 1997, o Gartner Group relatou que 80% dos negócios do Estrutura básica
mundo rodavam em COBOL com mais de 200 bilhões de li- No COBOl há três tipos básicos de dados usados nas ins-
nhas de código existentes e cerca de 5 bilhões de linhas de truções
código novo por ano. Numérico (sinalizado ou não, com decimal ou inteiros)
Alfanumérico
Constantes figurativas

183
INFORMÁTICA

O COBOL consiste basicamente em quatro divisões sepa- Problemas de compatibilidade após normalização
radas: O COBOL 85 não era totalmente compatível com as ver-
IDENTIFICATION DIVISION sões anteriores, resultando nem um “parto de cesariana” do
A IDENTIFICATION DIVISION possui informações docu- COBOL 85. Joseph T. Brophy, CIO, Travelers Insurance, lidera-
mentais, como nome do programa, quem o codificou e quan- ram uma força-tareda para informar aos usuários de COBOL
do essa codificação foi realizada. dos pesados custos
​​ de reprogramação para implementar o
ENVIRONMENT DIVISION novo padrão. Como resultado, o Comitê ANSI do COBOL re-
A ENVIRONMENT DIVISION descreve o computador e os cebeu mais de 3.200 cartas do público, em sua maioria nega-
periféricos que serão utilizados pelo programa. tivas, exigindo que o comitê fizesse as alterações. Por outro
DATA DIVISION lado, a conversão para COBOL 85 foi pensada para aumentar
A DATA DIVISION descreve os arquivos de entrada e saída que a produtividade nos próximos anos, justificando, assim, os
serão usadas pelo programa. Também define as áreas de trabalho custos de conversão.15
e constantes necessárias para o processamento dos dados.
PROCEDURE DIVISION Sintaxe verbosa
A PROCEDURE DIVISION contém o código que irá mani- A sintaxe da COBOL tem sido muitas vezes criticada por
pular os dados descritos na DATA DIVISION. É nesta divisão que sua verbosidade. No entanto, os defensores notam que isto
o desenvolvedor descreverá o algoritmo do programa. foi intencional no projeto da linguagem, e muitos a conside-
IDENTIFICATION DIVISION ram um dos pontos fortes da COBOL. Um dos objetivos do
ENVIRONMENT DIVISION projeto de COBOL foi que gerentes, supervisores e usuários
* CONFIGURATION SECTION não-programadores pudesse ler e entender seu código. É por
* INPUT-OUTPUT SECTION isso que a COBOL tem o inglês como sintaxe e elementos es-
DATA DIVISION truturais, incluindo: substantivos, verbos, orações, frases, se-
* FILE SECTION ções e divisões. Consequentemente, a COBOL é considerada
* WORKING-STORAGE SECTION por pelo menos uma fonte a ser “A linguagem de programa-
* LOCAL-STORAGE SECTION
ção mais legível, compreensível e auto documentada em uso
* LINKAGE SECTION
hoje. [...] Não só este legibilidade geralmente auxilia o pro-
* COMMUNICATION SECTION
cesso de manutenção, mas quanto mais velho um programa
* REPORT SECTION
se tornar, mais valiosa se torna essa legibilidade.”16 Por outro
* SCREEN SECTION
lado, a mera capacidade de ler e entender algumas linhas de
PROCEDURE DIVISION
código da COBOL não concede a um executivo ou usuário fi-
Área de codificação no COBOL
nal a experiência e os conhecimentos necessários para proje-
Colunas Descrição
1 a 6 branco (será preenchido com a numeração COBOL) tar, construir e manter sistemas de software de grande porte.
7 (branco) linha de codificação Outras defesas
* (asterisco) linha de comentário Além disso, tradicionalmente a COBOL é uma linguagem
- (hífen) continuação de literal não numérico simples, com alcance limitado da função (sem ponteiros, sem
8 a 72 instruções do COBOL iniciando na coluna 8 tipos definidos pelo usuário e sem funções definidas pelo
Críticas e defesas usuário), estimulando um estilo de codificação simples. Isso
Falta de estruturalismos fez com que seja bem adequada ao seu domínio principal de
Em sua carta a um editor em 1975, intitulado “Como é que computação de negócios, onde a complexidade do programa
vamos dizer verdades que podem machucar?” que era crítica encontra-se em regras de negócio que precisam ser codifica-
a várias linguagens de programação contemporâneas como o dos em vez de sofisticados algoritmos e estruturas de dados.
COBOL, o cientista da computação e vencedor do Prêmio Tu- E porque a norma não pertence a nenhum fornecedor em
ring, Edsger Dijkstra comentou que “O uso de COBOL mutila particular, os programas escritos em COBOL são altamente
a mente, o seu ensino deve, portanto, ser considerado como portáteis. A língua pode ser utilizada numa grande variedade
uma infracção penal”. de plataformas de hardware e sistemas operativos. E sua es-
Em sua resposta divergente ao artigo de Dijkstra e “de- trutura hierárquica rígida restringe a definição de referências
claração ofensiva”, o cientista da computação Howard E. externas para a Divisão de Ambiente (environment division),
Tompkins defendeu que COBOL era estruturada: “Os progra- o que simplifica a mudança de plataforma em particular.
mas em COBOL com controle de fluxo complicado na verdade OBSERVAÇÃO: Sobre “Estruturas de controle, seleção,
tendem a “paralisar a mente’”, mas isso foi porque “Há muito desvio e repetição” ver “‘5. Lógica de programação e estru-
muitos desses programas de aplicativos de negócios escritos turas de dados”
por programadores que nunca aprenderam corretamente so-
bre o benefício de manter o COBOL estruturado...” Fonte:
Além disso, a introdução de OO-COBOL adicionou suporte INTRODUÇÃO Á LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO – Autor:
para código orientada a objeto, bem como funções definidas Tânia Martins Preto – Revisão: Diretoria de Educação Profis-
pelo usuário e tipos de dados definidos pelo usuário para o sional e Tecnologia CURITIBA JULHO/2007
repertório de COBOL. https://sitedoprogramadorblog.wordpress.com/java/
http://blog.caelum.com.br/o-minimo-que-voce-deve-
-saber-de-java-9/

184
INFORMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 24. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MANU-


TENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Assinale a
21. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MANU- alternativa correta, que determina a quantidade mínima de
TENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - A taxa de memória necessária em uma placa de vídeo capaz de supor-
transferência de uma unidade de CD-ROM de quádrupla tar a resolução de 800 x 600 em 24 bits.
velocidade (4x) é de a) 960 000 bytes.
a) 600 Kbps. b) 1 920 000 bytes.
b) 150 Kbps. c) 2 400 000 bytes.
c) 300 Kbps. d) 3 220 000 bytes.
d) 900 Kbps. e) 1 440 000 bytes
e) 1200 Kbps.
A resolução para essa questão é matemática.
A resposta dessa questão baseia-se na seguinte função: Se temos uma resolução de 800x600x24 bits, temos
X = 150 KB por segundo 11520000 bits 1 byte = 8 bits, então:
4*150kb = 600 KB 11520000 bits = (11520000/8) bytes = 1 440 000 bytes
RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “E”.
22. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MANUTEN- 25. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MANU-
ÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Para utilizar os TENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Sobre bar-
recursos de som e vídeo em microcomputadores é preciso de ramentos, analise:
a) um kit multimídia. I. SCSI e IDE são barramentos utilizados na comunica-
b) um compact disk. ção entre a CPU e os adaptadores de vídeo;
c) uma placa de fax/modem. II. FIREWIRE é um barramento que pode trabalhar com
d) uma placa de rede.
até 63 dispositivos ao mesmo tempo;
e) uma placa de SCSI.
III. USB é um tipo de barramento que estendeu o conceito
de Plugand Play para os periféricos externos ao computador;
Um kit multimídia envolve equipamentos como caixa de
IV. ISA e VESA são barramentos internos destinados,
som, placa de som, microfone, gravador/leitor de DVD ou CD,
exclusivamente, para estabelecer a comunicação entre os
dando o suporte de hardware necessário para o uso de recur-
diversos tipos de memória e a CPU.
sos de som e vídeo em um microcomputador.
É correto afirmar que
RESPOSTA: “A”. a) apenas a II é verdadeira.
b) apenas a III é verdadeira.
23. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MANU- c) apenas a IV é verdadeira.
TENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Uma im- d) apenas a III e a IV são verdadeiras.
pressora jato de tinta utiliza em seu processo de impressão e) apenas a II e a III são verdadeiras.
o sistema cores
a) HSB. II - Firewire é um barramento externo, semelhante ao USB,
b) RGB. mas mais veloz na transferência de dados, também conhecido
c) YIQ. como IEEE 1394.
d) CMYK. Cada porta USB permite a conexão de até 127 periféricos e
e) DPI. a porta Firewire permite a conexão de até 63 periféricos.
III - Conector USB, ou Universal Serial BUS, é um barra-
CMYK é a sigla para as cores ciano (Cyan), magenta (Ma- mento com uma entrada (porta-conector) única para diver-
genta), amarelo (Yellow) e preto (blacK). Este esquema combina sos tipos de periféricos como teclados, mouses, impressoras
essas cores criando praticamente qualquer outra cor perceptí- e outros.
vel aos olhos humanos.
RESPOSTA: “E”.

26. (TRE/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINIS-


TRATIVA – FCC/2012) - Durante a operação de um compu-
tador, caso ocorra interrupção do fornecimento de energia
elétrica e o computador seja desligado, os dados em utiliza-
ção que serão perdidos estão armazenados
a) no disco rígido e memória RAM.
b) em dispositivos removidos com segurança.
c) no disco rígido.
Imagem de uma impressora jato de tinta como esquema de d) na memória RAM.
cores CMYK. e) no disco rígido decorrentes de atividades dosprogra-
RESPOSTA: “D”. mas que estavam em execução.

185
INFORMÁTICA

Os dados de programas em execução são armazenados 29. (BRDE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


temporariamente na memória RAM para aguardar às solicita- AOCP/2012) - Qual é o tipo de memória RAM que é uma
ções do processador. A memória RAM é mantida por pulsos elé- memória estática, que tem baixo consumo de energia e é
tricos e falta de energia elétrica, seja qual for o motivo, faz com extremamente rápida?
que ela perca os dados que nela estiverem alocados. a) SSDRAM
b) SRAM
RESPOSTA: “D”. c) SDRAM
d) DRAM
27. (TRE/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINIS- e) EPRAM
TRATIVA – FCC/2012) - Para que o computador de uma re-
sidência possa se conectar à Internet, utilizando a rede tele- SRAM é a sigla para StaticRandom - Acess Memory, ou seja,
fônica fixa, é indispensável o uso de um hardware chamado memória estática de acesso randômico. É o tipo de memória
a) hub. usada como cache L1 e L2, que tem uma performance que per-
b) modem. mite a troca de informações entre elas e o processador de forma
c) acess point. que este perca menos desempenho. É considerada uma memó-
d) adaptador 3G. ria estática, pois os dados ficam armazenados nela, desde que
e) switch. sua alimentação de energia externa seja mantida, sem a necessi-
O modem é uma peça de computador capaz de conectar dade de refresh (atualização contínua) como é o caso de outros
uma linha telefônica ao computador, modular e demodular da- tipos de memória, pelo fato de usar vários transistores por bit.
dos para que esses sejam interpretados pelo computador e pela
estrutura física da rede. Esse tipo de conexão é chamado cone- RESPOSTA: “B”.
xão discada ou dial up.
30. (DETRAN/RJ - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN-
RESPOSTA: “B”. FORMAÇÃO - EXATUS/2012) - O processo de transferência
de dados entre memória virtual e memória RAM, conforme
28. (TRE/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINIS- necessidade de uso, é conhecido por: 
TRATIVA – FCC/2012) - O sistema operacional de um com- a) Cache.
putador consiste em um b) Swapping.
a) conjunto de procedimentos programados, armazena- c) FIFO.
dos na CMOS, que é ativado tão logo o computador seja ligado. d) Pipeline.
b) conjunto de procedimentos programados, armazena-
dos na BIOS, que é ativado tão logo o computador seja ligado. A palavra swapping quer dizer troca, permuta, e no que se
c) conjunto de dispositivos de hardware para prover ge- refere à memória, significa a troca de informações entre memó-
renciamento e controle de uso dos componentes de hard- ria virtual e memória RAM. Memória virtual é um arquivo gra-
ware, software e firmware. vado no HD do computador que armazena os dados acessados
d) hardware de gerenciamento que serve de interface com frequência para diminuir o tempo de localização desses
entre os recursos disponíveis para uso do computador e o dados em uma reutilização. A memória RAM (RandomAcess-
usuário, sem que este tenha que se preocupar com aspectos Memory) é uma peça física de computador, encaixada à placa
técnicos do software. mãe, que faz o armazenamento de outras informações, deixan-
e) software de gerenciamento, que serve de interface do-as para uso do processador.
entre os recursos disponíveis para uso do computador e o Podemos imaginar o sistema de memória de um computa-
usuário, sem que este tenha que se preocupar com aspectos dor como um escritório com muitos arquivos:
técnicos do hardware.

O sistema operacional é uma espécie de gerente executivo, ou


seja, aquela parte de um sistema de computador que administra
todos os componentes de hardware e de software. Em termos mais
específicos, o sistema operacional controla cada arquivo, dispositivo,
seção de memória principal e nanossegundo de tempo de proces-
samento. Controla quem pode utilizar o sistema e de que maneira.
Portanto, quando o usuário envia um comando, o sistema ope-
racional deve garantir que esse comando seja executado ou, caso
isso não seja possível, providenciar uma mensagem que explique
ao usuário o que aconteceu. Isso não significa necessariamente que
o sistema operacional executa o comando ou envia a mensagem
de erro – mas que ele controla as partes do sistema que o fazem.
(FORTE: INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS OPERACIONAIS -
POR IDA M FLYNN) A figura acima representa:
1 – Processador: é a peça que executa comandos, ins-
RESPOSTA: “E”. truções, operações lógicas e aritméticas.

186
INFORMÁTICA

2 – Cache L1: uma pequena porção de memória SRAM, A memória RAM estática é conhecida como SRAM (Sta-
inserida no processador para trocar informações rapida- ticRandom - AcessMemory) e a RAM dinâmica é a DRAM
mente com ele. (DynamicRandom – AcessMemory). A SRAM é usada como
3 – Cache L2: uma pequena porção de memória SRAM, memória cache L1 e L2, por exemplo. A L1 é uma pequena
presente próxima ao processador, que troca informações porção de memória, presente junto ao processador para
rapidamente com ele, mas em velocidade menor que a L1. guardar informações acessadas constantemente por ele
4 – Memória RAM: armazena uma quantidade maior e manter o desempenho. A L2 é encontrada próxima ao
de informações, mas fica mais distante do processador. No processador, para guardar outro conjunto de informações
acesso a essa memória, o processador tem grande perda que sejam rapidamente acessadas, mas já há uma perda de
de desempenho. velocidade. A RAM dinâmica possui apenas um transistor
5 – Memória virtual: fica no HD, sendo uma parte reser- por bit e precisa ser constantemente refrescada, ou seja,
vada para esta trabalhar como extensão da memória RAM, atualizada. Seus dados são mantidos por pulsos elétricos.
guardando muitas informações que não poderiam estar Está presente nos pentes de memória, fixados à placa mãe.
presentes nela.
6 – HD: guarda todos os dados do nosso computador. RESPOSTA: “CERTO”.
Com esse esquema podemos notar que, quanto maior
a unidade de armazenamento, menor a velocidade de 33. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-
acesso do processador às informações. A memória RAM e a CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações
virtual guardam dados que serão usados pelo processador. em computadores é feito pela utilização de dispositivos
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil
RESPOSTA: “B”. ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó-
ria RAM ou memória
31. (PC/AL - DELEGADO DE POLÍCIA - CESPE – 2012) a) magnética.
- A respeito de conceitos básicos relacionados à infor- b) secundária.
c) cache.
mática e dosmodos de utilização das tecnologias de
d) principal.
informação, julgue os itensque se seguem.A memória
e) de armazenamento em massa.
RAM (Random Access Memory) permite apenas a leitu-
ra de dados, pois é gravada pelos fabricantes, não po-
A memória RAM é conhecida como memória princi-
dendo ser alterada.
pal. O processador aloca informações nessa memória por
( ) Certo
endereçamento, fazendo seu uso e gerenciamento de for-
( ) Errado
ma não sequencial, ou seja, de forma randômica. Existem
outros tipos de memória como a cache, a virtual, mas o
A memória RAM armazena dados que serão usados trabalho delas é otimizar o trabalho entre a RAM e o pro-
pelo processador, por exemplo, durante a execução de um cessador. A memória RAM é como umaponte para o acesso
programa. Esses dados ficam alocados na memória RAM do processador aos dados desejáveis que estão no HD.
enquanto estiverem recebendo pulsos elétricos. Quando
há a interrupção do fornecimento de energia, os dados ar- RESPOSTA: “D”.
mazenados temporariamente nela são perdidos. Dizemos
que a RAM é uma memória de leitura e gravação, pois os 34. (TRE/RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE
dados são armazenados nela (gravação) e usados pelo pro- COMPUTADOR – CESPE/2012) - Com relação aos aplica-
cessador (leitura). A descrição do enunciado seria apropria- tivos de produtividade em sistemasoperacionais Linux
da para a memória ROM, sigla que se refere à memória de e Windows, julgue os próximos itens.Entre os requisitos
somente leitura. de sistema do Google Chrome estão: 100 MB de espaço
livre em disco e 128 MB de memória RAM.
RESPOSTA: “ERRADO”. ( ) Certo
( ) Errado
32. (TRE/RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE Requisitos do sistema Chrome
COMPUTADOR – CESPE/2012) - Com relação à memó-
ria na arquitetura de computadores, julgue os itens que O Google Chrome, conforme informações do supor-
se seguem. Há dois tipos de memória RAM, de acesso te online, está disponível para Windows, Mac e Linux. Para
aleatório: o estático, mais rápido e caro; e o dinâmi- obter o melhor desempenho, recomendamos os seguintes
co, mais barato, porém não tão rápido. Dessa forma, a requisitos de sistema:
RAM estática é usada como memória cache enquanto a
dinâmica é usada como memória principal.
( ) Certo
( ) Errado

187
INFORMÁTICA

Requi- São consideradas memórias voláteis as que perdem


Requisitos do Win- sitos Requisitos do seus dados quando há a interrupção de energia elétrica.
  A memória cache é um tipo de memória chamado SRAM,
dows do Linux
Mac conhecida por permitir a troca de informações a uma gran-
Windows XP Service Ubuntu 12.04+ de velocidade com o processador, mas tornar-se instável
Mac quando inserida em grande quantidade junto a ele. O custo
Pack 2+ Debian 7++
Sistema OS X desse tipo de memória é considerado elevado diante dos
Windows OpenSuSE
opera- 10.6 ou outros tipos de memória, mas é muito veloz, se comparada
Vista 12.2++
cional poste- com a DRAM.
Windows 7 Fedora Linux
rior
Windows 8 17+
Intel Pentium RESPOSTA: “B”.
Proces- Intel Pentium 4 ou
Intel 3/Athlon 64 ou
sador posterior 37. (TRE/CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE
posterior
Espaço COMPUTADOR – FCC/2012) - Em relação à memória ca-
livre em 100 MB che do processador (cache memory), analise: 
disco I. A memória cache é uma memória rápida que ar-
RAM 128 MB mazena partes da memória principal, para fornecer um
rápido acesso às informações mais utilizadas. 
RESPOSTA: “CERTO”. II. Quando o processador necessita efetuar a leitura
de alguma região de memória, ele primeiramente veri-
35. (PETROBRÁS - ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR fica se a informação referente a essa área se encontra
- ENGENHARIA DE SOFTWARE – 2012 – CESGRAN- na memória cache. 
RIO/2012) - Qual característica NÃO se refere à memória III. Alguns processadores implementam o Trace Ca-
cache de processadores? che, que é um tipo de memória cache que armazena
a) Tem o objetivo de reduzir o tempo de acesso à instruções já decodificadas, prontas para serem proces-
memória principal. sadas. 
b) Os dados nela armazenados são cópias de parte É correto o que consta em 
da memória principal. a) II e III, apenas.
c) É implementada pelo sistema operacional como b) I e II, apenas.
suporte do hardware. c) I, II e III.
d) Pode ser inserida diretamente no chip do pro- d) I e III, apenas.
cessador. e) II, apenas.
e) É comumente encontrada em processadores
RISC.

A memória cache é uma peça física de computador,


implantada junto ou próximo ao processador para aumen-
tar seu desempenho. Não é implementada pelo sistema
operacional.

RESPOSTA: “C”.

36. (MI - NÍVEL SUPERIOR - CONHECIMENTOS GE-


RAIS – ESAF/2012) - A memória cache O enunciado da questão é verdadeiro e nos traz muita
a) é usada para maximizar a disparidade existen- informação. Para ilustrar, temos a figura acima, que mostra
te entre a velocidade do processador e a velocidade de o processador e sua proximidade com as respectivas me-
leitura e gravação de dados. mórias L1, L2 e RAM. Observe que a figura mostra que a
b) é uma memória volátil de alta velocidade, po- quantidade de L1 pode variar, mas ela é, em tamanho, me-
rém com pequena capacidade de armazenamento. nor que a L2, e estas, menores que a RAM. Quanto menor
c) armazena a maioria do conteúdo da memória a quantidade de memória e maior sua proximidade com
principal. o processador, mais rápida esta se torna, mas menor é a
d) é uma memória volátil de baixa velocidade, po-
quantidade de informação que oferece.
rém com grande capacidade de armazenamento.
e) é usada para eliminar a disparidade existente
RESPOSTA: “C”.
entre a quantidade de dados armazenados na memória
principal e na memória secundária.

188
INFORMÁTICA

38. (TSE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO Memória não volátil, traz seus dados gravados de fá-
DE SISTEMAS – CONSULPLAN/2012) - Sobre as me- brica e mantém esses dados mesmo com perda de energia.
mórias utilizadas nos microcomputadores, existe uma, (V ) SRAM (Static Random Acess Memory)
denominada cache, referenciada como L2 e capacidade É o tipo de memória usada para a cache.
típica de 2 MB. A memória cache executa a seguinte (N ) EPROM (Erasable Programmable Read-Only Me-
função  mory)
a) agiliza o processamento, operando entre a me- As memórias do tipo EPROM podem ser regravadas
mória RAM e a CPU. em um processo especial.
b) executa a verificação de hardware, por ocasião (V) Cache 
do boot da máquina. Podemos chamá-las de SRAM.
c) grava as configurações de setup de forma per- (V ) DRAM (Dynamic Random – Acess Memory)
manente, por meio da BIOS. É uma memória de leitura e gravação, presente em
d) realiza o mecanismo de memória virtual, como pentes de memória fixados na placa mãe do comutador.
uma extensão do disco rígido. Seus dados são mantidos por pulsos elétricos.

A cache pode conter informações que estariam na me- RESPOSTA: “A”.


mória RAM e tornariam seu acesso pelo processador mais
lento. Com estas informações alocadas na cache, não há 40. (TRE/RJ - Técnico Judiciário - Operação de
tanta perda de desempenho do processador, cada vez que Computador – CESPE/2012) - Com relação à memória
precisa acessá-las. na arquitetura de computadores, julgue os itens que
se seguem. As memórias RAM dinâmicas perdem seu
RESPOSTA: “A”. conteúdo depois de determinado tempo. Dessa forma,
precisam ser refrescadas, isto é, acessadas, para evitar
39. (BRDE - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - AOCP perda de informação — essa ação é realizada de forma
– 2012) - Com relação à volatilidade das memórias do transparente ao usuário, pelo sistema de memória.
computador, marque (V) para as memórias voláteis e ( ) Certo
(N) para as não voláteis e, em seguida, assinale a alter- ( ) Errado
nativa com a sequência correta. 
A memória RAM (RandomAcessMemory) pode ser es-
( ) RAM 
tática ou dinâmica. Quando a RAM é dinâmica, ganha a
( ) ROM 
sigla DRAM(DynamicRandom – AcessMemory) que, como o
( ) SRAM
nome sugere, requer um acesso dinâmico para manter seus
( ) EPROM 
dados alocados.
( ) Cache 
A memória RAM dinâmica é conhecida como pente
( ) DRAM 
de memória e é da sua capacidade que falamos quando
vemos a configuração de um computador. Por exemplo,
a) V – N – V – N – V – V. meu computador tem 2GB RAM. Esse “pente de memória”
b) N – V – N – V – N – N. possui um transistor e um capacitor. Esse capacitor que é
c) N – N – V – N – N – V. responsável por manter as informações na memória. Como
d) V – V – V – V – N – V. as informações na memória RAM são mantidas por pulsos
e) V – N – N – N – V – V. elétricos, há a necessidade de ser constantemente refres-
cada, ou seja, atualizada. Consideramos que esse proce-
Memória volátil é aquela que mantém seus dados alo- dimento é transparente ao usuário, pois não há avisos ou
cados enquanto estiver recebendo alimentação elétrica. paradas no sistema para que ocorra. Quando usamos um
Quando o computador é desligado, os dados que estão computador não notamos que a memória é atualizada mi-
presentes na memória volátil são perdidos. Exemplo: me- lhares de vezes por segundo.
mória RAM.
Uma memória não volátil é aquela que, mesmo com
o computador desligado, mantém seus dados para uso
quando o computador for novamente utilizado. Exemplo:
HD.

(V) RAM  (RandomAcessMemory)


Memória que aloca informações para o uso do proces-
sador, acessada por endereçamento e que mantém seus
dados enquanto for alimentada por pulsos elétricos. É uma
memória de leitura e gravação. Pente de memória RAM
(N) ROM (Read-OnlyMemory)
RESPOSTA: “CERTO”.

189
INFORMÁTICA

41. (UFBA - AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO –


UFBA/2012) - O pendrive serve para controlar as infor-
mações acessadas pela internet.
( ) Certo
( ) Errado

Um pendrive é um dispositivo móvel, portátil de arma-


zenamento. Em analogia podemos dizer que é comparável
ao antigo disquete, ao CD, DVD, ou outra unidade de ar-
mazenamento, mas lembrando que seus dados podem ser
gravados e apagados. O pendrive é um hardware que possui
um tipo especial de memória: a memória flash, que possui
um custo relativamente reduzido, consome pouca energia e Barramento AGP
possibilita o armazenamento de uma grande quantidade de
informações. Além desse tipo especial de memória, o pen- RESPOSTA: “E”.
drive possui o conector USB (Universal Serial Bus), que está
presente em diversos tipos de equipamentos eletrônicos. 44. (TRE/CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO
DE COMPUTADOR – FCC/2012) - O barramento PCI Ex-
RESPOSTA: “ERRADO”. press  (PCIe) foi desenhado para substituir os antigos
barramentos PCI, bem como o AGP. Este barramento
42. (TRE/RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE pode fornecer altas Taxas de transferência, e em sua
COMPUTADOR – CESPE/2012) - Com relação aos barra- versão 3.0 essa taxa é de até
mentos de entrada e saída, julgue os itens seguintes. O a) 12 GT/s.
barramento AGP impede, para a execução de operações b) 10 GT/s.
complexas, o acesso à memória principal diretamente. c) 4 GT/s.
( ) Certo d) 2 GT/s.
( ) Errado e) 8 GT/s.

A sigla AGP vem de AcceleratedGraphicsPort, ou seja, O barramento PCI Express também pode ser chamado
Porta Gráfica Acelerada e foi criada especialmente para dar de PCle ou PCl – EX. Foi desenvolvido para dar mais velo-
suporte à velocidade gráfica cada vez mais crescente das cidade às placas que têm o encaixe próprio para o slot PCI
placas de vídeo. Com referência ao uso que faz da memória e para substituir o AGP e traz uma proposta de transferên-
principal, a alocação realizada pelo barramento AGP é di- cia de dados de forma serial, ou seja, não são transmitidos
nâmico, permite um uso eficiente da memória de imagem vários bits ao mesmo tempo, por vários canais de trans-
(frame buffer) e um melhor gerenciamento da memória. missão, gerando problemas com interferência magnética
e atraso de propagação, conforme ocorria no slot AGP ou
RESPOSTA: “ERRADO”. PCI comum. Ele transmite os bits um a um, serialmente, por
um único canal.
43. (TRE/CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE A taxa de transferência é representada pela sigla GT/s,
COMPUTADOR – FCC/2012) - O barramento AGP (Acce- ou seja, Gigatransfer por segundo, sendo que 1 GT/s signi-
leratedGraphicsPort) é utilizado para conectar uma placa fica 109 ou um bilhão de transferências por segundo.
de aceleração gráfica para o processamento de imagens. O barramento PCI Express possui várias gerações, por
Uma das vantagens desse barramento é a grande capa- exemplo: 1.1, 2.0, 3.0. A taxa de transferência da geração
cidade de transferência de dados, chegando a transmitir 3.0 é de 8GT/s, usa menos energia e é considerado mais
mais de 2MB por segundo a um clock de  barato do que suas versões anteriores.
a) 133 MHz.
b) 33 MHz. RESPOSTA: “E”.
c) 2,2 GHz.
d) 100 GHz.
e) 66 MHz.

As placas de vídeo exigem uma alta velocidade de trans-


ferência no barramento para que as imagens não apareçam
em quadros para o usuário. O barramento AGP (Accelera-
tedGraphicsPort), também conhecido com slot AGP, consiste
em um encaixe fixado na placa mãe que promove velocida-
de na transferência e otimiza o gerenciamento de memória.
Existem várias versões de barramento AGP (AGP 1X, AGP 2X,
AGP 4X, AGP 8X), mas todos operam a 32 bits e 66 MHZ.

190
ATUALIDADES

Economia internacional contemporânea........................................................................................................................................................ 01


Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea...................................... 01
Panorama da economia nacional....................................................................................................................................................................... 02
Elementos de política brasileira.......................................................................................................................................................................... 04
O desenvolvimento urbano brasileiro.............................................................................................................................................................. 04
Meio ambiente e sociedade:................................................................................................................................................................................ 05
Problemas, políticas públicas e aspectos globais........................................................................................................................................ 08
ATUALIDADES

Sob outra ótica, o protecionismo é às vezes defendido


ECONOMIA INTERNACIONAL e encorajado, como o foi no início dos anos 50 por vá-
CONTEMPORÂNEA. rios economistas que acreditavam que a melhor forma de
a América Latina obter um desenvolvimento econômico
seria através do protecionismo de sua indústria, nascente
àquela época.
Economia Internacional é o nome dado ao fenômeno É certo que o encontro de um equilíbrio no comércio
que estrutura a cooperação entre países, num sistema de entre as nações depende de inúmeros fatores, e a conci-
interdependência entre as várias áreas onde a Economia liação entre fatores internos e externos são muitas vezes
Mundial influencia a política, o comércio, a saúde, as po- complexos, o que nem sempre permite que todas as na-
pulações, a sociedade e o meio ambiente, entre outros ções usufruam de uma situação positiva em suas relações
fatores fundamentais para o ser humano contemporâneo. de comércio com o exterior.
Desse modo, tal assunto ultrapassa as fronteiras da Eco-
nomia convencional, com suas tradicionais ligações com o Fonte: https://www.infoescola.com/economia/econo-
Comércio e Finanças Internacionais. Faz-se necessário aqui mia-internacional/
também a abordagem por meio de um espírito crítico na
análise dos principais temas da atualidade.
Didaticamente, a Economia Internacional é enquadra- DESCOBERTAS E INOVAÇÕES CIENTÍFICAS NA
da como parte dos estudos de Ciência Política e Relações ATUALIDADE E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE
Internacionais. Seu principal objetivo será o estudo da es- CONTEMPORÂNEA.
truturação das relações econômicas globais, enfatizando a
importância do conceito de cooperação entre nações, sur-
gido com a constituição do Estado Nacional Moderno e Ondas gravitacionais detectadas na colisão de estrelas
seus conflitos por definição de fronteiras, despertando as- de nêutron
sim, o fenômeno do interesse nas trocas comerciais. A coo-
peração entre Estados é também esboçada pouco depois, Se 2016 ficou conhecido como o ano em que detec-
como por exemplo nos estudos desenvolvidos por David tamos pela primeira vez ondas gravitacionais – minúsculas
Ricardo no século XIX, que já fazia menção ao sentido coo- distorções no espaço-tempo (aquilo que os físicos descre-
perativo de união entre os povos, buscando a união, para a vem metaforicamente como o tecido do Universo, onde
conquista de avanços conjuntos comuns. todos os acontecimentos transcorrem) –, 2017 será para
O processo de atuação dos países no sistema econômi- sempre lembrado por quando levamos essa descoberta
mais além. Em outubro, cientistas conseguiram identificar
co internacional vincula-se às relações de compra e venda
o mesmo fenômeno a partir da colisão entre duas estre-
de mercadorias, não se tratando necessariamente de exce- las de nêutron. As ondas gravitacionais foram previstas na
dentes, onde põe-se a necessidade, para todas as nações, Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein, segundo a
de obter divisas, garantindo desse modo os bens de pri- qual matéria e energia distorcem a geometria do Universo,
meira necessidade, indispensáveis ao abastecimento inter- da mesma forma que uma pessoa faz um colchão ceder ao
no. Ao mesmo tempo, temos a indústria local buscando a deitar-se sobre ele.
venda de suas mercadorias. As estrelas de nêutron, por sua vez, são astros extrema-
Com o intuito de obter uma situação superavitária ou mente densos que sobram após a explosão de uma estrela
ao menos de um certo equilíbrio, tais variáveis devem ser comum. Ao observar a colisão entre dois desses corpos ce-
administradas pelos agentes políticos e econômicos, de lestes, os cientistas puderam ver pela primeira vez a contra-
modo que a economia, bem como a sociedade a qual esta partida óptica das ondas gravitacionais. Nas experiências
se faz subordinada disfrutem de estabilidade plena. anteriores, só foi possível identificá-las pela colisão de dois
É natural que em tal sistema haja desencontros, e des- buracos negros – e essas observações tiveram de ser fei-
tas indiretamente, uma vez que buracos negros absorvem
ses desencontros ocorra o desequilíbrio, bem como as irre-
toda a luz ao seu redor e, portanto, não são visíveis.
gularidades como o dumping, por exemplo, onde determi-
nado país barateia de modo tão drástico certa mercadoria, Fim da missão Cassini
impedindo qualquer concorrência de outros países que a
produzam. Outro problema encontrado no cenário econô- Após 13 anos explorando Saturno, seus anéis e suas
mico mundial é o do protecionismo, no qual um país sub- luas, a sonda Cassini terminou sua missão com um mer-
venciona determinado produto para que este tenha condi- gulho histórico em direção à atmosfera do gigante gasoso
ções de concorrer com seu similar internacional, problema em setembro. A nave foi responsável por algumas das des-
com o qual o Brasil se depara há tempos, pois reivindica o cobertas científicas mais importantes do século XXI, como
fim das subvenções de vários produtos agrícolas por parte a existência de água líquida na superfície das luas Titã e
da União Europeia. Encelado ,o que leva à possibilidade de encontrar vida fora
da Terra.

1
ATUALIDADES

Edição genética no corpo do paciente os cientistas defendem o experimento afirmando que o ní-
vel de contribuição humana para os embriões de porcos foi
Em um experimento inédito, uma equipe de cientistas “baixo” e não incluiu precursores de células cerebrais. Além
tentou editar o DNA diretamente no corpo de um paciente,  disso, os embriões se desenvolveram apenas por quatro
o americano Brian Madeux, no início de novembro. O pro- semanas.
cedimento tinha como objetivo curar uma doença genética
rara conhecida como síndrome de Hunter, que afeta o me- O oitavo continente: Zelândia
tabolismo e dificulta a quebra de moléculas muito grandes
de açúcar, chamadas glicosaminoglicanos. Um grupo de cientistas publicou, em fevereiro, um
O procedimento utilizou uma técnica de edição genéti- manifesto pedindo para que a Zelândia, um fragmento
ca semelhante à já conhecida CRISPR/Cas9, usada anterior- continental localizado no Oceano Pacífico (do qual a Nova
mente para alterar o DNA de embriões humanos a partir de Zelândia faz parte), fosse considerada um continente pro-
uma ferramenta que recorta, copia e deleta partes do DNA priamente dito, não parte da Oceania. Até agora os cien-
como se fossem arquivos digitais. A terapia experimental tistas consideravam ela apenas um pedaço de crosta con-
aplicada neste experimento mais recente, batizada de SB- tinental que se desprendeu dos demais continentes no seu
913, funciona a partir de um princípio parecido, mas envol- processo de fragmentação, há 200 milhões de anos – mas
ve injetar no sangue do paciente vírus geneticamente mo- considerava que era pequena demais para ser um conti-
dificados que carregam bilhões de genes corretivos. Quan- nente “independente”. Os cientistas que publicaram o arti-
do esses vírus chegam ao fígado, um grupo de proteínas go opinativo discordam dessa classificação, afirmando que
age como uma “tesoura molecular” e corta algumas partes “sua separação da Austrália e grande área sustentam sua
do DNA das células, inserindo depois os genes saudáveis. definição como continente” e não como um fragmento.

Sistema planetário TRAPPIST-1 Útero artificial

Cientistas anunciaram, em maio, a descoberta de sete Pensando em aumentar as chances de sobrevivência


planetas muito parecidos com a Terra fora do sistema so- de bebês prematuros, cientistas desenvolveram um útero
lar, dos quais três poderiam ser habitáveis. Foi a primeira artificial e, em abril, conseguiram gerar um feto de cordei-
vez que tantos planetas desse tipo foram encontrados ao ro nascido com o equivalente a 23 semanas de gestação
redor de uma mesma estrela (no caso, a anã vermelha TRA- humana (idealmente são 38). A estrutura consistia em uma
PPIST-1), feito que mereceu a capa da revista  Nature  da- bolsa preenchida por um fluido que simulava a placenta,
quela semana. O sistema fica a 39 anos-luz de distância onde o animal permaneceu por quatro semanas e conse-
(cada ano-luz corresponde a 9,46 trilhões de quilômetros) guiu se desenvolver normalmente. Com o sucesso do ex-
do Sol. perimento, os pesquisadores esperam realizar testes com
O critério para considerar um planeta propício para bebês humanos no futuro.
abrigar vida é que ele esteja na “zona habitável” de uma
estrela. Isso significa que ele precisa estar a uma distância Fonte:https://veja.abril.com.br/ciencia/sete-desco-
do astro principal suficiente para abrigar água líquida em bertas-cientificas-que-deram-o-que-falar-em-2017/
sua superfície – grosso modo, ter temperaturas que variam
entre 0°C e 100°C. Na época em que anunciaram a desco-
berta, os cientistas afirmaram que o achado demonstra que
planetas “irmãos” da Terra são abundantes no Universo e PANORAMA DA ECONOMIA NACIONAL.
podem ajudar na busca por sinais de vida fora do globo.

 Híbrido de porco e humano

Cientistas americanos desenvolveram embriões que Durante três décadas (1950, 1960 e 1970), o Brasil
contêm uma combinação de células-tronco de humanos obteve altas taxas de crescimento acompanhando o bom
e porcos. O experimento, realizado em janeiro, foi uma momento da economia mundial. Neste período, o objetivo
tentativa de encontrar alternativas para transplantes de ór- da política econômica brasileira era a industrialização. O
gãos em humanos. “Este é um primeiro passo importante. Plano de Metas e o II PND mostram claramente a proposta
O objetivo final é desenvolver tecidos e órgãos funcionais e desenvolvimentista. Em 1979, devido ao segundo choque
transplantáveis, mas estamos longe disso”, afirmou o autor de oferta do petróleo e ao aumento das taxas de juros in-
principal, Juan Carlos Izpisua Belmonte, professor do labo- ternacionais, reduzem-se consideravelmente as fontes de
ratório de expressão genética do Instituto Salk para Pesqui- financiamento do desenvolvimento.
sas Biológicas, nos Estados Unidos. Sendo assim, a recessão econômica da década de 1980
Porém, a ideia de criar uma mistura entre humanos e gerou questionamentos quanto ao modelo de forte in-
animais levantou questões éticas, principalmente porque, tervenção estatal que vigorou no Brasil desde os anos de
na teoria, isso poderia levar à criação de animais com quali- 1940, principalmente no que diz respeito a crise fiscal, de-
dades humanas e, possivelmente, inteligência. Ainda assim, vido a quebra do padrão de financiamento do setor públi-

2
ATUALIDADES

co. Esta ruptura origina-se na própria recessão, na inflação as reservas internacionais e aumento o déficit do balan-
e no fato do governo ter assumido os prejuízos da crise ço de pagamentos. Por esse motivo, o governo brasileiro
econômica. Os principais causadores dessa ruptura foram: adotou políticas econômicas restritivas, que desaceleram a
primeiro, a desestruturação do financiamento fiscal, que atividade econômica e fizeram estagnar a taxa de investi-
ocorreu devido ao aumento dos subsídios ao setor priva- mento a partir de 1996.
do, da política de preços e tarifas públicas para conter a Logo no início do ano de 1999, o governo brasileiro de-
inflação e da ajuda governamental dada a empresas em di- terminou a mudança da banda cambial adotando a taxa de
ficuldades financeiras; segundo, aumento das taxas de ju- câmbio flutuante. A situação macroeconômica do país se
ros, que agravou ainda mais o problema fiscal. As taxas de agravou drasticamente. Apesar do acordo com o FMI e da
juros mais altas atraiam o capital especulativo e continham liberação da primeira parcela dos recursos previstos, a fuga
o crescimento da base monetária controlando a liquidez. de capitais continuou a ocorrer, diminuindo as reservas
Em meados dos anos 80 e início dos anos 90, o Brasil em moeda internacional e ruindo com as expectativas dos
presenciou a tentativa fracassada de diversos planos de es- mercados em relação ao Brasil conseguir manter o Real so-
tabilização, que geraram um clima de incerteza a respeito brevalorizado, pois as taxas de juros elevadas já não faziam
das políticas econômicas. Este cenário somado a inflação efeito contra os ataques especulativos sofridos pela moe-
descontrolada provocou a perda da função alocativa dos da nacional. Somando-se a este quadro, após as eleições
preços relativos. Até ocorreu uma pequena melhora em de 1998 o presidente, Fernando Henrique Cardoso, perdeu
1986, devido ao Plano Cruzado. Medidas como o “gatilho apoio no Congresso Nacional, além da moratória da dívida
salarial” ajudaram a conter a inflação e incentivar a deman- estadual decretada pelo governador de Minas Gerais, Ita-
da agregada e houve também aumento dos investimentos. mar Franco. A taxa de investimento caiu de 17,7% em 1998
A partir da década de 1990 com o lançamento do Pla- para 16,2% em 2000 (dados do IBGE). O crescimento do
no Collor, as reservas em moeda estrangeira aumentaram PIB de 4,2%, em 2000, foi impulsionado pelo aumento do
devido às elevadas taxas de juros praticadas pelo governo consumo e das taxas de investimento, porém os resultados
e também notou-se um maior liberalismo econômico. Estas do ano posterior (2001) foram prejudicados por tensões in-
medidas, apesar de desestimular o investimento, foram de ternacionais e pela crise do setor energético no país.
suma importância para a implementação do Plano Real em Em 2003, mais um partido de esquerda conseguiu ele-
1994. ger um presidente, o ex-operário do ABC Paulista, Luis Iná-
Passado o período de turbulência e instabilidade, que cio Lula da Silva e, contrariando as expectativas, assumiu
culminou no impedimento do Presidente Fernando Collor o compromisso de manter o legado de estabilidade mo-
de Mello, o país recuperou o otimismo fruto da institui- netária, deixado pelo seu antecessor. Durante o Governo
ção de um novo plano econômico, o Plano Real. O Real Lula, o Brasil teve avanços sociais importantes, porém com
tinha como principal vantagem – comparando aos outros baixo crescimento econômico. A mais alta taxa de cresci-
planos – o ajuste fiscal feito anteriormente – fruto de me- mento foi no resultado de 2010, quando o PIB chegou a
didas recomendadas pelo Consenso de Washington e por 7,5%, pegando carona nas políticas keynesianas utilizadas
não utilizar o congelamento de preços para conter o pro- pelo governo para diminuir os impactos da crise do subpri-
cesso inflacionário. Os resultados, no curto prazo, foram o me de 2008. Em oito anos deste governo, o PIB cresceu em
reaquecimento da atividade econômica e a valorização do média 4% ao ano.
câmbio, que causou um aumento considerável das impor- Durante algum tempo, acreditou-se que as altas taxas
tações. Fato que foi chamado de “âncora cambial”. de inflação, que o Brasil enfrentou deste a década de 1970
Após mais de uma década com crescimento ínfimo, al- até a implementação do Plano Real (1994), fossem a prin-
tas taxas de inflação e de baixo investimento, a economia cipal dificuldade para o país se desenvolver. Porém, mesmo
brasileira ensaiou uma recuperação entre 1993/94, quando com a estabilização dos preços, atingir um nível razoável de
a taxa de investimento foi de 18,67% para 20,81%, o que crescimento e conseguir sustentá-lo, tem sido uma missão
continuou a ocorrer entre 1994/95, porém em níveis bem bastante complexa.
menos expressivos, um aumento de apenas 2,63%. As prin- A Comissão para o Crescimento e Desenvolvimento
cipais razões apontadas para o aumento dos investimentos Econômico, do Banco Mundial, publicou um estudo em
foi a queda inflacionária e a diminuição da incerteza em 2008 sobre o crescimento econômico em diversos países
relação aos rumos da economia, o que possibilitou aumen- que obtiveram êxito neste quesito. A Comissão observou
to da demanda e uma melhor utilização da capacidade ins- algumas características comuns a estes países, entre elas
talada. estavam as altas taxas de investimento e poupança, que
Apesar dos avanços do Plano Real, o país ainda era são fundamentais para alcançar o crescimento sustentável
vulnerável às crises externas evidenciando a impossibilida- e consequentemente o desenvolvimento econômico com a
de dos países periféricos sustentarem o crescimento eco- melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.
nômico em um ambiente de ampla abertura comercial e Em 2011, Dilma Rousseff, chegou ao poder colocando
financeira, valendo-se de uma política cambial de sobre- por terra todos os fundamentos macroeconômicos essen-
valorização de suas moedas frente ao dólar. No Brasil, a ciais para a manutenção das nossas conquistas. Intitulan-
consequência imediata foi a fuga de capitais, diminuindo do-se “Presidenta” da República, para enfatizar, que foi a

3
ATUALIDADES

primeira brasileira a assumir este posto, Dilma imprimiu


logo sua marca e fez valer a fama de “gerentona”. Ela acu- ELEMENTOS DE POLÍTICA BRASILEIRA.
mula as funções de “Presidenta”, Ministra da Fazenda e Pre-
sidenta do Banco Central. Antes, só vi o Sarney fazer tanta
bobagem.
É importante ressaltar, que o Brasil antes de ser geri- Participar do processo político e poder eleger seus re-
do por esta senhora, crescia pouco, mas crescia. A insis- presentantes é um direito de todo cidadão brasileiro. No
tência em medidas populistas, a cobiça desenfreada e a entanto, a grande maioria da população vota em seus can-
total ausência de competência de Dilma e de sua equipe didatos sem a mínima noção de como funciona o siste-
econômica, fizeram acordar antigos fantasmas conhecidos ma político em questão. Como sabemos, o Brasil é uma
nossos, como a inflação e o desemprego. O que se chamou
república federativa presidencialista. República, porque o
“Nova Matriz Econômica”, nada mais é do que a escavação
Chefe de Estado é eletivo e temporário; federativa, pois os
de nossas sepulturas. Perdemos mais uma vez o curso da
história e ficaremos, pelo menos, mais cinco anos sentados Estados são dotados de autonomia política; presidencialis-
na janela. ta, porque ambas as funções de Chefe de Governo e Chefe
Era claro que o preço das commodities não permane- de Estado são exercidas pelo presidente.
ceria para sempre em patamar elevado. Não precisa ser O Poder de Estado é dividido entre órgãos políticos
formado em economia para saber que os ciclos chegam ao distintos. A teoria dos três poderes foi desenvolvida por
fim, mais cedo ou mais tarde. É uma sabedoria intrínseca Charles de Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis”
da vida. Mas parece que os nobres colegas Unicampistas (1748). Baseado na afirmação de que “só o poder freia o
desconhecem a história. Desconhecem ou ignoram? Era poder”, o mesmo afirmava que para não haver abusos, era
claro também que o dólar tinha uma gordura para queimar, necessário, por meios legais, dividir o Poder de Estado em
mas jamais em minha vã filosofia supus o dólar acima de Executivo, Legislativo e Judiciário. No Brasil, esses são exer-
R$4,00. Agora, fica até difícil fazer uma previsão. Creio que cidos respectivamente, pelo presidente da república, Con-
ele oscilará em torno dos R$4,20 e que não cederá abaixo gresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
de R$3,00 tão cedo. O Executivo possui a função de fazer as leis funciona-
Temos um cenário externo bastante caótico e desfa- rem. O presidente pode votar ou sancionar leis criadas pelo
vorável ao Brasil. O preço do petróleo derretendo e com- Legislativo, editar medidas provisórias, etc. O Legislativo é
prometendo ainda mais a Petrobrás. A vontade que eu responsável por idealizar as leis e julgar as propostas do
tenho é de chorar quando olho em que patamar chegou
presidente. O parlamento brasileiro é bicameral, ou seja,
o Ibovespa. Também não consigo vislumbrar inflação mais
é composto por duas “casas”: a Câmara dos Deputados
branda. A carestia é rígida, porque preço é expectativa. E
e o Senado. Qualquer projeto de lei deve primeiramente
quais expectativas os senhores acham que os investidores
e agentes econômicos tem em relação ao Brasil? Não á um passar pela Câmara e depois, se aprovado, pelo Senado.
indicador econômico positivo. E não há qualquer sinali- O Poder Judiciário deve interpretar as leis e fiscalizar o seu
zação de que um ajuste fiscal consistente será feito. Mais cumprimento. O mesmo é composto por 11 juízes, escolhi-
uma vez, Dilma e sua equipe incorrem em erros primários, dos pelo presidente e aprovados pelo Senado.
igualzinho o Sarney e suas medidas heterodoxas. O atual
Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, lançou um plano de Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/politica/
três ações: pagar as pedaladas fiscais, aprovar a CPMF e in- como-funciona-sistema-politico-brasileiro.htm
centivar a diminuição de juros para créditos via bancos pú-
blicos, sem recorrer ao Tesouro. Como ele conseguirá esta
façanha eu não sei, mas posso arriscar qual das medidas
fará mais efeito. O DESENVOLVIMENTO URBANO BRASILEIRO.
O meu objetivo com este texto é ressaltar a importân-
cia de se elevar os níveis de poupança e investimento para
atingirmos um crescimento sustentável e o tão sonhado
desenvolvimento econômico, mas pautados nestas variá- O processo de urbanização no território brasileiro ini-
veis e não como tem sido feito no Brasil. O Governo incen- ciou-se, de maneira mais concreta, a partir do final do sé-
tivou o consumo utilizando a teoria Keynesiana de forma
culo XIX, com o início gradativo da industrialização no país.
oportunista e eleitoreira para alcançar seu projeto de po-
No entanto, foi após os anos 1930 que a presença das in-
der. Ok, PT, vocês conseguiram, já tiraram as nossas calças,
agora tenham a decência de pegar vossos chapeis e apagar dústrias tornou-se mais intensiva e a urbanização começou
as luzes. a intensificar-se. A segunda metade do século XX serviu
de incremento graças ao intenso êxodo rural ocasionado
Fonte: https://www.institutoliberal.org.br/blog/um-pa- pela mecanização das atividades produtivas no meio rural,
norama-da-economia-brasileira/ o que gerou um maior desemprego no campo e a gran-
de leva de migrantes em direção às principais cidades do
Brasil.

4
ATUALIDADES

A década de 1960 foi o período em que o Brasil, pela — quando as cidades médias passam a receber uma maior
primeira vez, passou a ter uma população predominante- carga de investimentos, indústrias, empregos e habitantes.
mente urbana, ou seja, a maior parte dos habitantes con- No entanto, é errado pensar que as grandes metrópoles
centrava-se nas cidades. Atualmente, mais de 80% dos do país perderam a importância, pelo contrário, suas estru-
habitantes do Brasil residem em cidades, sendo a maioria turas seguem modernizando-se e, de cidades industriais,
desses em grandes centros urbanos e capitais, tais como elas lentamente vão se tornando centros burocráticos, con-
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e centrando a maior parte das sedes das grandes empresas
outras. Afinal, além de um acelerado êxodo rural, a urbani- nacionais e internacionais.
zação brasileira contou com um intensivo processo de me-
tropolização — a concentração das populações nas gran- Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra-
des metrópoles. fia/o-espaco-urbano-brasileiro.htm
Esse foi um dos motivos responsáveis pela desigualda-
de tanto em tamanho das cidades e número de habitantes
quanto em níveis de avanço econômico e ofertas de in-
fraestrutura no espaço urbano brasileiro. A região Sudeste, MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE:
dessa forma, abrange a maior parte dos habitantes e pos-
sui as maiores taxas de urbanização, com destaque para os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que contam com
mais de 90% de seus habitantes vivendo em cidades. Até meados do século 19, a raça humana manteve rela-
Por outro lado, a região Norte e algumas áreas da re- tiva harmonia com o meio ambiente. Com o surgimento da
gião Nordeste apresentam números mais modestos nesse era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve
sentido. Os estados menos urbanizados do Brasil são Pará, uma quebra nessa harmonia, o que provocou uma crescen-
Maranhão e Piauí, enquanto outros apresentam números te queda do nível de vida do ambiente, com a morte de rios
pouco maiores, mas com índices populacionais baixos, o e o desaparecimento de áreas verdes. A essa devastação
que torna suas cidades menores em termos demográficos, inconseqüente dá-se o nome de poluição.
a exemplo do Acre e de Roraima. Os rios são poluídos por descargas vindas dos esgo-
Outro exemplo de estado com pouca população e com tos urbanos não-tratados, dos complexos industriais, das
elevada urbanização é Goiás, graças à grande quantidade minerações, etc. Evita-se esse tipo de poluição com o trata-
de pessoas habitando a região metropolitana de Goiânia e mento adequado dessas descargas.
o entorno do Distrito Federal. Assim como os dois estados O desmatamento também causa a morte dos rios, se-
do Sudeste acima mencionados, o território goiano é cerca cando seu leito.
de 90% composto por populações urbanas, mas o seu nú- Os mares vão sendo aos poucos poluídos por esses
mero total de habitantes é de apenas seis milhões e meio rios, devido às descargas das indústrias, cidades litorâneas
de pessoas aproximadamente, bem menos do que a capital e por naufrágios de grandes petroleiros, que destroem
paulista, que, sozinha, ultrapassa os onze milhões. toda a vida ao redor do local do acidente.
A densidade populacional mais elevada na região Su- O solo é prejudicado pelas queimadas e pelo desma-
deste deve-se às heranças econômicas e estruturais her- tamento. O fogo destrói não apenas as plantas que são
dadas dos ciclos produtivos anteriores, sobretudo do auge o alvo dos incêndios, mas também suas raízes e microor-
do período cafeeiro da história da economia brasileira. Por ganismos que vivem na terra, tornando-a estéril, sem as
esse motivo, é nessa região que se encontram as duas úni- proteínas necessárias às plantas. O desmatamento causa
cas cidades globais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, também a erosão do solo.
que, juntas, formam uma megalópole, ponto de intensa Neste trabalho pretendo explicar qual é a relação entre
aglomeração urbana com níveis internacionais de alcance as pessoas que formam a sociedade e sua atuação como
produtivo. Atrás das duas cidades globais estão as metró- defensoras ou não do meio ambiente.
poles nacionais, responsáveis por estabelecer articulações “Meio ambiente corresponde não só ao meio físico e
intensivas com praticamente todo o território nacional. biológico, mas também ao meio sócio-cultural e sua rela-
São elas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, ção com os modelos de desenvolvimento adotados pelo
Brasília e outras. Enquanto isso, há também as metrópoles homem”.
regionais, com destaque para Campinas, Goiânia, Manaus, A preservação do meio ambiente, desde o início deste
Florianópolis, entre outras. século, deixou de ser tratada como um assunto de um gru-
po pequeno de pessoas que alertavam para a necessidade
Fortaleza (CE), uma metrópole nacional de se preservar o maior bem da vida, fonte de energia dos
Fortaleza (CE), uma metrópole nacional habitantes deste planeta.
Após os longos ciclos de urbanização, êxodo rural e Tratar o meio ambiente como fonte de energia neces-
metropolização vistos ao longo do século XX, o início do sária à manutenção de todas as formas de vida é reconhe-
século XXI, sobretudo nessa segunda década, demarca um cer que todos nós e, principalmente, os seres humanos
gradativo processo de descentralização, com o crescimen- detentores do poder de sua exploração dependem desta
to das metrópoles de médio porte e a desmetropolização fonte de energia para a sobrevivência.

5
ATUALIDADES

Devemos ter consciência que a natureza nos ensina, Nota-se uma ausência de liderança capaz de deflagrar
e que tudo o que necessitamos está disponível, restando este processo, disciplinar a discussão e determinar procedi-
apenas a nós a sabedoria de encontrar as formas equili- mentos para que todos que têm a contribuir possam apre-
bradas para prover as nossas necessidades sem provocar o sentar alternativas, visando atingir um consenso.
esgotamento da fonte, pois são suficientes para a solução Realmente não se trata de um processo fácil ou rápido,
das necessidades não só da espécie humana, mas também mas é extremamente necessário e urgente.
de todos os seres vivos. Isso requer uma mudança radical Resta acreditar que nós temos capacidade de encon-
na forma de enxergar os elementos naturais. trar as soluções necessárias, restando a cada um ter dispo-
Como somos tripulantes de uma mesma nave temos sição e boa vontade, sem resistências, como acontece com
que conviver com os mais diversos posicionamentos de
alguns governantes.
como utilizar as nossa fonte de energia, bem como a forma
Todos sentem que alguma coisa tem que ser feita, mas
de encarar as dádivas que ela nos proporciona.
não sabem o que.
Como já escrevi acima, há um consenso em pelo menos
uma coisa: somos tripulantes de uma mesma nave e temos Diante do que foi exposto acima, podemos dizer que a
que encontrar alternativas para coexistirmos em equilíbrio, atuação das pessoas em relação à natureza se dá de várias
sendo que este equilíbrio diz respeito a forma de utilização formas, provocando aspectos positivos e negativos. Para
dos recursos naturais disponíveis. uma parcela de pessoas é a própria fonte da vida, para ou-
Tratar o meio ambiente de forma mais racional é reco- tros ele existe para suprir as necessidade humanas, para
nhecer que todos os habitantes do planeta dependem de outros nem existe, para outros existe desde que não os in-
energia para sua sobrevivência, de forma que sem esta fon- comode, e assim por diante.
te ou com esta fonte em desequilíbrio, significa uma nave Mas nem tudo está perdido. Algumas sociedades que
sem condições de navegar e seus tripulantes sem condi- já reconheceram sua parcela de culpa na destruição do
ções de manter o equilíbrio necessário à sua sobrevivência. meio ambiente têm feito trabalhos de prevenção como re-
Portanto, a necessidade de um uso racional dos recur- florestamento, despoluição de baías e rios, recuperação de
sos naturais existentes é, atualmente, o maior desafio do manguezais, coleta de lixo seletiva, filtros nas chaminés de
século que se inicia. suas indústrias, tratamento dos esgotos, entre outras ações
Assim, a humanidade está chegando a conclusão, qua- positivas.
se matemática e comprovada cientificamente, que a forma Qualquer mudança no meio ambiente, quer seja des-
de utilização das fontes de energia estão ultrapassadas ou favorável ou benéfica, total ou parcialmente resultante das
não mais atendem as necessidades da população atual.
atividades, produtos e serviços de uma organização, é cha-
Não estão erradas do ponto de vista que foram criadas
mada de impacto ambiental. E as indústrias são as que mais
para o mal ou para o bem, mas sim que o modelo de explo-
ração conhecido está levando o planeta à exaustão, diante causam impactos ao meio ambiente.
da escassez dos recursos disponíveis. A atividade industrial está, inevitavelmente, associada a
O mundo hoje se questiona. Grupos criticam outros uma certa degradação do ambiente, uma vez que não exis-
grupos apontando-os como responsáveis pelo desgaste tem processos de fabrico totalmente limpos. O perigo das
atual. Isto é perigoso. Não se trata de encontrarmos culpa- emissões industriais varia com o tipo de indústria, matérias
dos e responsabilizarmos pelo caos que se avista. primas usadas, processos de fabrico, produtos fabricados
Não é momento de desagregação, mas sim de agre- ou substâncias produzidas, visto conterem componentes
gação em torno de um objetivo comum e um desafio que que afetam os ecossistemas.
teremos que vencer: saber conviver, de forma equilibrada,
com o nosso meio ambiente. De um modo geral as principais origens da poluição
Partindo do princípio que a discussão hoje deixou de industrial são:
ser exclusiva de um grupo que se guiava pelo o roman- - As tecnologias utilizadas, muitas vezes envelhecidas
tismo ecológico, para ocupar as mesas de discussão mais e fortemente poluentes, com elevados consumos energé-
importantes do planeta, como o Conselho de Segurança da ticos e de água, sem tratamento adequado dos efluentes
ONU, chegamos no momento de encontrarmos um con- com rara valorização de resíduos;
senso sobre a questão. - A inexistência de sistemas de tratamento adequado
Este momento requer uma organização de trabalho,
dos líquidos;
cada esfera, grupo de profissionais, autoridades, enfim
- A inexistência de circuitos de eliminação adequados
todos têm que encontrar alternativas para o novo mode-
dos resíduos, em particular dos perigosos;
lo que virá. Por exemplo, dependendo da habilidade que
cada grupo possui deverão ser desenvolvidas técnicas que - Localização das unidades na proximidade de áreas
contemplem processos equilibrados e a disponibilidade de urbanas, causando poluição do ar, incômodos e aumentan-
recursos. do os riscos;
Diante da realidade que cada agrupamento de pes- - Localização das unidades em solos agrícolas, causan-
soas, e isto é normal a todo processo de discussão, defen- do a sua contaminação e prejudicando as culturas;
de o seu ponto de vista, cada posicionamento deverá ser - Localização das unidades em zonas ecologicamente
observado e absorvido, caso seja viável. sensíveis, perturbando e prejudicando a fauna e a flora;

6
ATUALIDADES

- Realização das descargas de resíduos em águas sub- - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou de-
terrâneas ou superficiais, com risco de contaminação das tritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as
águas de consumo; exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. (Lei de
- Depósitos indevidos de resíduos, cuja infiltração é Crimes Ambientais, Lei Federal n° 9.605 de 12/02/9.
fonte de poluição do solo e do meio hídrico.
No ano em que o mundo admitiu que o homem é o O que nós podemos fazer para colaborar com a preser-
principal responsável pelas mudanças climáticas e discute vação do meio ambiente?
soluções para frear o aquecimento global, o Brasil insis-
te em empurrar para baixo do tapete a realização de um É claro que a nossa participação é bem menor nesse
debate amplo e aberto sobre a problemática que envolve processo de poluição da natureza, mas algumas coisas po-
os resíduos tecnológicos, chamados resíduos hi-tech. Entre demos fazer para amenizar tudo isso. Vou dar um exemplo
eles estão pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, telefo- bem prático: Onde jogar o óleo de fritura em casa? Mesmo
nes celulares e equipamentos eletroeletrônicos (computa- que não façamos muitas frituras, quando o fazemos, joga-
dores, televisões, rádios e impressoras etc.). São toneladas mos o óleo na pia ou por outro ralo, certo? Este é um dos
de equipamentos que se tornam obsoletos em pouco tem- maiores erros que podemos cometer! Sendo assim, o me-
po e cujo descarte adequado é desconhecido por grande lhor que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa da-
parte da população brasileira. A maioria destes produtos quelas garrafas de plástico (por exemplo, as garrafas “PET”
possui em sua composição metais pesados, como chumbo, de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo orgânico.
cádmio e mercúrio, entre outros. Se manuseados de ma- Todo lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para
neira inadequada ou dispostos de forma irregular no solo um local onde são abertos. Assim, as nossas garrafinhas
oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente, com são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem
perigo de contaminação do ar, do solo e das águas. juntamente com os esgotos para uma ETE - Estação de Tra-
Milhares de brasileiros não fazem a menor idéia de que tamento de Esgoto, e ser necessário dispender milhares de
o descarte inadequado de equipamentos eletroeletrônicos reais a mais para o seu tratamento, pois, segundo a CEDAE,
e de baterias de celular pode causar graves danos à saúde um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de
e ao meio ambiente. Por outro lado, eles têm acesso cada água, o equivalente ao consumo de uma pessoa no perío-
vez mais facilitado a esses tipos de produtos. do de 14 anos.
Li numa revista que o celular de uma pessoa quebrou.
Ela foi a uma loja de uma operadora “x”, localizada em um
Existem saídas e formas para que a humanidade mude
shopping próximo para comprar um novo equipamento.
a sua relação com a natureza?
Preocupado com a questão ambiental, perguntou à fun-
cionária da operadora de telefonia onde deveria depositar
É claro que existem. E tudo precisa começar dentro
a bateria do aparelho quebrado. Ela apontou para uma li-
de nossa própria casa. O dialogo entre as pessoas dentro
xeira comum do corredor e disse que ele poderia jogar ali
de casa pode ser uma boa maneira para reflexão sobre a
mesmo. Isso é um descaso, uma irresponsabilidade social.
educação dos filhos. Como fazer para que as novas gera-
Situações como esta são comuns em países que não
ções desenvolvam um olhar consciente sobre o mundo? A
regulamentam a questão dos resíduos sólidos de maneira
forma mais fácil das crianças adquirirem conceitos como o
correta. Isto pode ser caracterizado como crime ambiental.
Além deste exemplo citado acima podemos enumerar respeito pelo outro, a preservação meio ambiente e todos
centenas de problemas causados pelo descaso das indús- as outras características necessárias para a formação de
trias: poluição dos rios próximos às fábricas, mortandade cidadãos de bem é a educação. Sempre ouço meus pro-
dos peixes e da vida aquática de maneira geral, excesso de fessores dizerem que não há mudança que não passe pela
fumaça venenosa no espaço causando além do efeito es- educação.
tufa, também a destruição da camada de ozônio, poluição Todo mundo sabe que não se deve desperdiçar água
sonora, lançamento de gases venenosos em grande quan- ou deixar a luz acesa, no entanto, se esses conceitos forem
tidade e não fiscalizada pelo governo, chuva ácida, etc. ensinados desde a infância, transformam-se em hábitos e
Eu poderia lançar a seguinte pergunta: não mais em uma obrigação.
As mães, pais, irmãos mais velhos, professores, adultos
O que pode ser caracterizado, resumidamente, como de hoje podem contribuir para que as crianças se tornem
Crime Ambiental? cidadãos conscientes no futuro:

- causar poluição atmosférica que provoque a retirada, 1. Explicar às crianças que a água não começa na tor-
ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, neira e nem termina no ralo, mas que vem da nascente de
ou que cause danos diretos à saúde da população; um rio e acaba em um esgoto. Mostrar qual a importância
- causar poluição hídrica que torne necessária a inter- da preservação da água. Mostrar que é na água que vivem
rupção do abastecimento público de água de uma comu- os peixes e outros animais ajuda as crianças a se aproxima-
nidade e rem mais dessa causa;

7
ATUALIDADES

2. Aproveitar os finais de semana para, ao invés de levar política, de forma a cobrar maior representação da socie-
as crianças somente ao shopping, fazer passeios ao ar livre, dade civil nos processos decisórios. A intervenção política
como em parques e sítios para que elas tenham contato destes está baseada em estratégias de monitoramento so-
com a natureza; subir e descer das árvores, brincar na gra- cioambiental.
ma e com animais ou outras atividades semelhantes são Baseados nas experiências destes atores sociais, espe-
divertidas e facilitam ao adulto explicar a importância da ramos como resultado deste evento (pensado em três eixos
natureza; de discussão: mudanças ambientais globais, planejamento
3. Ensinar que o lixo deve ser jogado no lixo e não nas territorial e políticas públicas) uma melhor compreensão
ruas, além de incentivá-las a separar o material que pode do processo que se dá desde a análise das questões so-
cioambientais que demandam decisão até o jogo político
ser reciclado e estimular às crianças a montar brinquedos
entre os atores, a colaboração acadêmica entre universida-
de sucata. Jamais jogue lixo no chão na frente do seu filho.
des latino americanas que tratam do tema e, finalmente,
Pontas de cigarro jogadas fora do cinzeiro também são um
na repercussão das ações consequentes destas decisões na
péssimo exemplo; gestão territorial, promovendo, assim, uma maior gover-
4. Falar na hora das refeições para que coloquem no nança.
prato o essencial, evitando o desperdício de comida, aler- Também esperamos, com as reuniões promovidas pelo
tando sempre que no mundo existem muitas pessoas que Grupo de trabalho “Cambio Ambiental Global, Cambio
não tem com o que se alimentar. Brincadeiras com a comi- Climático, Movimientos Sociales y Políticas Públicas” do
da, explicando de onde vem as frutas, verduras e legumes Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (CLACSO),
por exemplo, geram maior identidade do alimento que refletir sobre o panorama socioambiental latino-america-
está no prato com o meio ambiente; no, trocando experiências e conheciconhecimentos sobre
5. Pedir que sempre apaguem a luz, evitando o gasto o tema.
excedente de energia elétrica; esta tarefa é das mais di- Sugerimos que o público de pesquisadores interessado
fíceis, mas vale a pena gastar um pouco de tempo para traga, sobretudo para os dois últimos dias de evento, resu-
garantir que não haja desperdício. mos de seus temas de trabalho para discussão e possibili-
São pequenos hábitos que podem ajudar na manuten- dades de colaborações acadêmicas.”
ção da vida no planeta.

Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geo-
grafia/a-sociedade-meio-ambiente.htm

PROBLEMAS, POLÍTICAS PÚBLICAS E


ASPECTOS GLOBAIS.

Nos últimos 50 anos, a espécie humana modificou os


ecossistemas mais rápida e intensivamente que em qual-
quer outro período da história humana, levando a perda
considerável da biodiversidade terrestre.
Apesar da aparente uniformidade com que são trata-
dos os riscos aos ecossistemas e às sociedades diante de
um perigo global, a distribuição desses impactos é senti-
da de forma desigual entre os países do norte e do sul,
bem como dentro de países, regiões, cidades e até mesmo
entre os atores sociais. Agravando esta realidade, nota-se,
em todo o âmbito latino americano, impasses no que diz
respeito às ações do governo e a participação da sociedade
civil na tomada de decisões em política ambiental.
Diante dos crescentes impasses e considerando a ne-
cessidade de reconhecer a ‘sociedade civil’ e o ‘ambiente’
de forma não dualística, buscando um planejamento ter-
ritorial e uma maior governança ambiental, surgem diver-
sos atores governamentais e não governamentais com a
prioridade de conjugar a pesquisa científica e intervenção

8
ATUALIDADES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A Poesia


SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA De cada dia
(Andrade, Oswald. Pau-Brasil. Obras completas de Os-
01-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – wald de Andrade. São Paulo, Globo, Secretaria de Estado
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de da Cultura, 1990, p. 63)
concordância verbal e nominal em: Texto II
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais O texto abaixo reproduz algumas afirmativas do
como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais Manifesto Pau-Brasil, que Oswald de Andrade, um dos
sofisticadas às mais humildes, são cada vez mais co- mentores do movimento modernista brasileiro de 1922,
muns nos dias de hoje. lançou no Correio da Manhã em 18 de março de 1924.
b) A importância de intelectuais como Edward Said A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e
e Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre ques- de ocre nos verdes da Favela, sob o sol cabralino, são
tões polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos li- fatos estéticos. O carnaval do Rio é o acontecimento
vros que escreveram. religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação ét-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e nica rica.
tanto sofrimento, estejam próximos de serem resolvi- A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma
dos ou pelo menos de terem alguma trégua. criança.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detra- Como falamos. Como somos.
tores que admiradores. Nenhuma fórmula para a contemporânea expres-
e) No final do século XX já não se via muitos inte- são do mundo. Ver com olhos livres.
lectuais e escritores como Edward Said, que não apenas Temos a base dupla e presente − a floresta e a es-
era notícia pelos livros que publicavam como pelas po- cola. A raça crédula e dualista e a geometria, a álgebra
sições que corajosamente assumiam. e a química logo depois da mamadeira e do chá de er-
va-doce. Um misto de “dorme nenê que o bicho vem
Fiz as correções entre parênteses: pegá” e de equações.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- sábia preguiça solar. A reza. O Carnaval. A energia ínti-
das às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (co- ma. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amo-
mum) nos dias de hoje. rosa.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e (http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/ma-
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões nifpaubr.html acesso em 11/02/2012)
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
que escreveram. 02-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- FCC/2012) Wagner submerge ante os cordões de Bota-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto fogo.
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem A afirmativa que exprime corretamente, com ou-
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) tras palavras, o sentido original da frase acima é:
alguma trégua. (A) Os cordões de Botafogo superam Wagner.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a (B) Wagner supera o que se faz nos cordões de Bo-
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo tafogo.
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores (C) Botafogo, com seus cordões, retoma a superio-
que admiradores. ridade de Wagner.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos (D) Diante dos cordões de Botafogo, Wagner será
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas a superação.
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas (E) Para os cordões de Botafogo, Wagner é superior.
posições que corajosamente assumiam.
Pela leitura do texto e analisando a afirmativa do enun-
RESPOSTA: “D”. ciado, entende-se que os cordões de Botafogo superam
Wagner.
(TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012
- ADAPTADO) Atenção: As questões de números 02 e 03 RESPOSTA: “A”.
baseiam-se nos Textos I e II, a seguir.
Texto I 03-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
No Pão de Açúcar FCC/2012) ... o tema das mudanças climáticas pressiona
De cada dia os esforços mundiais para reduzir a queima de combus-
Dai-nos Senhor tíveis.

9
ATUALIDADES

A mesma relação entre o verbo grifado e o comple- (A) Os manifestantes de todas as idades desfilaram
mento se reproduz em: pelas ruas da cidade.
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pe- (B) Não junte este líquido verde com aquele abra-
dras... sivo.
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são (C) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
os principais responsáveis... (D) Patrocinou o evento do último sábado.
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. (E) Encontraram com um comerciante essas anota-
(D) ... e a da China triplicou. ções.
(E) Mas o homem moderno estaria preparado...
Regência do verbo “gostar”: transitivo indireto.
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem? A – desfilaram – intransitivo
o quê?): B – junte – transitivo direto
A – acabou – intransitivo C – pertence – transitivo indireto
B – são – verbo de ligação D – patrocinou – transitivo direto
E – transitivo direto preposicionado
C – ameaçam quem? – transitivo direto
D – triplicou = no contexto: intransitivo
RESPOSTA: “C”.
E – estaria – verbo de ligação
06-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
RESPOSTA: “C”. FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na
seguinte frase:
04-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre pa- boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de pas-
rênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser sageiros nos aeroportos.
colocado no plural, está em: (B) Comete muitos deslises, talvez por sua esponta-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvi- neidade, mas nada que ponha em cheque sua reputa-
das) ção de pessoa cortês.
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do
planeta) sócio de descançar após o almoço sob a frondoza ár-
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O vore do pátio.
consumo mundial de barris de petróleo) (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete- mágoa pode estar sendo o grande impecilho na supe-
-se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) ração dessa sua crise.
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
esforços mundiais... (a preocupação em torno das mu- quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na con-
danças climáticas) cessão de privilégios ilegítimos.

(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = Fiz a correção entre parênteses:
“há” permaneceria no singular (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla- boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
neta) = “sabe” permaneceria no singular geiros nos aeroportos.
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
sua reputação de pessoa cortês.
ceria no singular
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re- (frondosa) árvore do pátio.
flete” passaria para “refletem-se” (D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças cilho) na superação dessa sua crise.
climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
RESPOSTA: “D”. vente na concessão de privilégios ilegítimos.

05-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - RESPOSTA: “A”.


FCC/2011) “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth
ao poeta Robert Lowell... 07-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
No segmento acima, o verbo “gostar” está empre- FCC/2010) A substituição do elemento grifado pelo
gado exatamente com a mesma regência com que está pronome correspondente, com os necessários ajustes
empregado o verbo da seguinte frase: no segmento, está INCORRETA em:

10
ATUALIDADES

a) continua a provocar irritação = continua a pro- Fiz as correções:


vocá-la. A) O Brasil apresenta bastante = bastantes.
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. B) A situação ficou meia = meio
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra C) É necessário segurança para se viver bem.
ela. D) Esses cidadãos estão quite = quites
d) que treinavam a elite = que a treinavam. E) Os soldados permaneceram alertas = alerta
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a.
RESPOSTA: “C”.
a) continua a provocar irritação = continua a provocá-
-la. 10-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. = RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que a
constituí-lo frase – É ela que faz o interlocutor se emocionar... – está
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela. corretamente reescrita, tendo um pronome assumindo
d) que treinavam a elite = que a treinavam. as mesmas relações de sentido expressas pela expres-
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. são destacada, de acordo com a norma--padrão.
(A) É ela que emociona-o.
RESPOSTA: “B”. (B) É ela que o emociona.
(C) É ela que emociona-lhe.
08-) (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) (D) É ela que emociona ele.
Assinale a alternativa em que a concordância das for- (E) É ela que ele emociona.
mas verbais destacadas está de acordo com a norma-
-padrão da língua. Como temos a presença do “que” (independente de
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em hi- sua função), devemos usar a próclise: É ela que o emociona.
gienização subterrânea.
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os RESPOSTA: “B”.
trabalhadores da área de limpeza.
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos 11-) (PREFEITURA MUNICIPAL DE JAPERI/RJ -
riscos de se contrair alguma doença. ORIENTADOR PEDAGÓGICO - FUNDAÇÃO BENJAMIN
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era CONSTANT/2013) Assinale o item em que a vírgula foi
usada para isolar o aposto.
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemen-
Paulo.
te, começou a adotar medidas mais rigorosas para a
(B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos.
proteção de seus funcionários.
(C) Com muito cuidado, a advogada analisou o do-
cumento.
Fiz as correções:
(D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, hu-
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
mildes.
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem
(E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- vida é difícil.
cos
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era (A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São Paulo.
sete da manhã = eram = enumeração
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, (B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos. =
começou = começaram explicação de um termo anterior (aposto)
(C) Com muito cuidado, a advogada analisou o docu-
RESPOSTA: “C”. mento. = advérbio
(D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, humildes.
09-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU- = zeugma
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Apenas (E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a vida é
uma das opções abaixo está correta quanto à concor- difícil. = vocativo
dância nominal. Aponte-a.
A) O Brasil apresenta bastante problemas sociais. RESPOSTA: “B”.
B) A situação ficou meia complicada depois das mu-
danças. 12-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO
C) É necessário segurança para se viver bem. – FCC/2012) Atente para as seguintes frases:
D) Esses cidadãos estão quite com suas obrigações. I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotó-
E) Os soldados permaneceram alertas durante a grafos, que andam em volta dos objetos à procura de
manifestação. novos ângulos.

11
ATUALIDADES

II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem en- Para que tenhamos um período simples é necessária a
contrar companhia em tudo o que as cerca. presença de um único verbo. Fazendo a alteração e man-
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda compa- tendo o sentido da frase inicial, a alternativa “o apoio em
nhia. algum chavão” é a que está escrita de maneira correta.
A supressão da(s) vírgula(s) acarretará mudança de
sentido para o que está APENAS em RESPOSTA: “E”.
(A) I.
(B) II. 15-) (SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II
(C) II e III. E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011)
(D) I e II. ...permite que os criadores tomem atitudes quando a
(E) III. proliferação de algas tóxicas ameaça os peixes.
A transposição para a voz passiva da oração grifada
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotógra- acima teria, de acordo com a norma culta, como forma
fos que andam em volta dos objetos à procura de novos verbal resultante:
ângulos. = agora teremos uma restrição (adjetiva restritiva) (A) ameaçavam.
II. Felizes as pessoas que todos os dias sabem encon- (B) foram ameaçadas.
trar companhia em tudo o que as cerca. = facultativo o uso (C) ameaçarem.
da vírgula (advérbio) (D) estiver sendo ameaçada.
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda companhia. = (E) forem ameaçados.
facultativo o uso da vírgula (advérbio)
Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
RESPOSTA: “A”. Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
= voz passiva
13-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Apenas RESPOSTA: “E”.
uma das frases abaixo foge à norma culta no que se
refere à colocação pronominal. Aponte-a. 16-) (COPERGÁS - TÉCNICO OPERACIONAL MECÂ-
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicita- NICO - FCC/2011 - ADAPTADA)
dos. ... para desovar e criar seus filhotes até que sejam
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momen- capazes de seguir para o oceano.
to? O verbo que se encontra conjugado nos mesmos
C) O jogo que realiza-se hoje contará com a presen- tempo e modo que o grifado na frase acima está em:
ça de políticos eminentes. (A) ... espaços que misturam água do mar e de rios
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não em meio a árvores de raízes expostas.
desejava. (B) ... que ela prejudique ainda mais a vida dos pei-
E) Realizar-se-á uma nova eleição. xes e das pessoas.
(C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. os estuários da América do Sul.
= correta (D) ... que várias espécies de peixes precisam de re-
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? dutos distintos no mangue ...
= correta (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Per-
C) O jogo que realiza-se = o jogo que se realiza nambuco verificou que várias espécies de peixes ...
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não de-
sejava. = correta “Sejam” está no presente do Subjuntivo.
E) Realizar-se-á uma nova eleição. = correta (A) ... espaços que misturam = presente do Indicativo
(B) ... que ela prejudique = presente do Subjuntivo
RESPOSTA: “C”. (C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre =
presente do Indicativo
14-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO (D) ... que várias espécies de peixes precisam = presen-
– FCC/2012) Ficava difícil se apoiar em algum chavão. te do Indicativo
O período acima passa de composto a simples caso (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernam-
se substitua o elemento sublinhado por buco verificou = pretérito perfeito do Indicativo
(A) para algum chavão apoiá-lo.
(B) que algum chavão o apoiasse. RESPOSTA: “B”.
(C) apoiá-lo em algum chavão.
(D) algum chavão vir a apoiá-lo. 17-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substi-
(E) o apoio em algum chavão. tuição do elemento grifado pelo pronome correspon-
dente foi realizada de modo INCORRETO em:

12
ATUALIDADES

(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la (B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
(D) que desviava a água = que lhe desviava sente do Indicativo
(E) supriam a necessidade = supriam-na (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
vel... = presente do Indicativo
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor- (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
reta (E)... e reforce a identidade das comunidades. = pre-
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta sente do Subjuntivo.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a RESPOSTA: “E”.
desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta 20-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez
RESPOSTA: “D”. mais...
Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso
18-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Conside- a tendência”, a continuação que mantém a correção e o
rada a substituição do segmento grifado pelo que está sentido da frase original é:
entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que a) se mantenha, teremos cada vez mais...
deverá permanecer no singular está em: b) fosse mantida, teríamos cada vez mais...
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os c) se manter, teremos cada vez mais...
pesquisadores) d) for mantida, teremos cada vez mais...
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu e) seja mantida, teríamos cada vez mais...
para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
(C) No sistema havia também uma estação... (várias Ao empregarmos o termo “caso a”, conjugaremos o
estações) verbo utilizando o modo hipotético (Subjuntivo). A trans-
(D) ... a civilização maia da América Central tinha
formação será: Caso a tendência se mantenha, teremos
um método sustentável de gerenciamento da água. (os
cada vez mais...
povos que habitavam a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que
RESPOSTA: “A”.
a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser
publicado).
21-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) Não se trata de negar ...... crianças o aces-
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- so aos meios eletrônicos, tarefa indesejável e mesmo
tribuíram) (as mudanças do clima) impossível de ser realizada, mas de impor limites ......
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá utilização desses equipamentos tão sedutores, para que
no singular elas também possam se dedicar ...... outras atividades
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- fundamentais para o seu desenvolvimento.
nham) (os povos que habitavam a América Central) Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- na ordem dada:
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). a) às - a - à
b) as - a - à
RESPOSTA: “C”. c) às - à - a
d) as - à - a
19-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É impor- e) às - à – à
tante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na
cultura empresarial, por meio das ações e projetos de Não se trata de negar às (regência verbal de “negar”
Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. pede objeto direto – o acesso – e indireto – às crianças)
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo crianças o acesso aos meios eletrônicos, tarefa indesejável
que o verbo grifado na frase acima está em: e mesmo impossível de ser realizada, mas de impor limites
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, à (regência verbal de “impor” pede objeto direto – limites
políticas... – e indireto – à utilização) utilização desses equipamentos
(B) ... as definições de Educação Ambiental são tão sedutores, para que elas também possam se dedicar
abrangentes... a (regência verbal de “dedicar” pede preposição, mas há
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sus- presença de pronome indefinido) outras atividades funda-
tentável... mentais para o seu desenvolvimento.
(D) ... e incorporou [...] também aspectos de desen-
volvimento humano. RESPOSTA: “C”.
(E)... e reforce a identidade das comunidades.

13
ATUALIDADES

22-) (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA- d) ... que se esmeram em falar o “computacionês”
BALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da escola - incompreensível.
entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo e) ... e permitem a qualquer semialfabetizado ...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
grifados acima foram corretamente substituídos por Esteja = presente do Subjuntivo
um pronome, na ordem dada, em: a) Mas raramente há = presente do Indicativo
(A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo b) ... porque está = presente do Indicativo
(B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe c) ... ainda que saiba = presente do Subjuntivo
(C) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo d) ... que se esmeram = presente do Indicativo
(D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer- e) ... e permitem = presente do Indicativo
-no
(E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe RESPOSTA: “C”.

O verbo “reconstruir” é transitivo direto. O objeto dire- 25-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU-
NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à
to será “no”, sobrando-nos as alternativas A e D. “ E n -
concordância verbal e à colocação pronominal, de acor-
tender” também requer objeto direto (em D, o “lhe” exer-
do com a norma-padrão.
ce a função de indireto). Então, temos: reconstroem-no /
(A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
entendê-la / restabelecê-lo.
cker expõem que se manifestam até hoje, na vida civil
dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
RESPOSTA: “A”. por estes no Vietnã.
(B) Se manifesta até hoje, na vida civil dos soldados
23-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
FCC/2010) ... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo nã, segundo expõem Jason Lindo e Charles Stoecker em
da sala de estar ... sua dissertação.
A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos (C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
tempo e modo que o grifado na frase acima é: cker expõe que manifesta-se até hoje, na vida civil dos
a) ... adultos que passaram a maior parte de sua in- soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por es-
fância e adolescência ... tes no Vietnã.
b) ... com que aumentasse a exposição aos meios (D) Se manifestam até hoje, na vida civil dos solda-
eletrônicos. dos dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no
c) ... que não roubavam muito tempo dos estudos e Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoecker
das brincadeiras com amigos. em sua dissertação.
d) ... a tevê ganhou tempo de programação, varie- (E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados
dade de canais e cores... dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
e) O leitor com 50 anos talvez resgate na memória nã, segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em
uma época... sua dissertação.
Era = pretérito imperfeito do Indicativo
a) ... adultos que passaram = pretérito imperfeito (e (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
mais-que-perfeito) do Indicativo expõem que se manifestam (manifesta) até hoje, na vida
b) ... com que aumentasse = pretérito do Subjuntivo civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
c) ... que não roubavam pretérito imperfeito do Indi- por estes no Vietnã.
(B) Se manifesta (manifesta-se) até hoje, na vida civil
cativo
dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por
d) ... a tevê ganhou = pretérito perfeito do Indicativo
eles no Vietnã, segundo expõem Jason Lindo e Charles
e) O leitor com 50 anos talvez resgate = presente do
Stoecker em sua dissertação.
Subjuntivo
(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
expõe (expõem) que (se) manifesta-se (X) até hoje, na vida
RESPOSTA: “C”. civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
por estes no Vietnã.
24-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010) (D) Se manifestam (manifesta-se) até hoje, na vida civil
Não é raro que a escola esteja completamente desvincu- dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por
lada das atividades culturais .... eles no Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoe-
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em cker em sua dissertação.
que se encontra o grifado acima está na frase: (E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados
a) Mas raramente há referência ao analfabetismo dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Vietnã,
funcional daquela larga parcela da população... segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em sua
b) ...porque está aquém do manejo minimamente dissertação.
competente da informação cultural ...
c) ...ainda que saiba ler e escrever ... RESPOSTA: “E”.

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