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GERALDO KINDERMANN

JORGE MÁRIO CAMPAGNOLO

Professores da Universidade Federal de Santa Catarina

,
ATERRAMENTO ELETRICO

3ª edi9ao
modificada e ampliada

'

SAGRA-DC LUZZATIO
Q Momb,odo

Clube dos
LIVREIROS, EDITORES E DI.STRIBUIDORES
Rua Joiio Alfredo, 448 - Cidade Babca
90050-230 - Porto Alegre, RS, Brasil
Editores Telefone (051)227-5222 - Telefax (051)227-4438
dciRioGronde do Sul

J:
S - D.C.
A LUZZ
G ATTO Porto Alegre
R -Edftores-
A 1995
,
Indice Geral
PREFÁCIO DOS AUTORES

Acreditamos que a 3f!. edi<;ao <leste livro continue a preencher expressivamente


lacuna existente na bibliografia sobre Aterramento Elétrico. 1
1 Introdu ao ao Sistema de Aterramento1
Procuramos fazer um livro que tem por objetivo principal agrupar e apresentar 1.1 Introdu<;ao Geral ..1
o assunto numa seqüencia lógica, que tem sido ao longo do tempo aperfei<;oado a cada
nova edi<;ao, para que o mesmo possa ser utilizado como livro texto em cursos de 1.2 Resistividade do Solo2
escolas profissionais de nível médio e superior, bem como fonte de consulta por
engenheiros eletricistas ou para cursos específicos sobre Aterramento Elétrico. 1.3 A Influencia da Umidade3

Esperamos que as informa<;oes contidas neste livro contribuam como fonte de 1.4 A Influencia da Temperatura . 4
a
consulta área de Engenharia Elétrica, pois seu conteúdo é amplo, auxiliando, prin
cipalmente, as áreas de Eletrotécnica, Distribui<;ao e Sistemas Elétricos de Potencia. 1.5 A Influencia da Estratifica<;ao 5

Este livro é fruto da experiencia acumulada durante vários anos. Esta ex 1.6 Liga<;ao a Terra . . . . .6
periencia foi adquirida através de trabalhos práticos, bibliográficos e trocas de in
1.7 Sistemas de Aterramento 7
forma<;oes entre profissionais de empresas, principalmente nos cursos ministrados na
Universidade Federal de Santa Catarina em convenio com f'ELETROBRÁS. 1.8 Hastes de Aterramento 7

1.9 Aterramento . . . . . . 8
1.10 Classifica<;ao dos Sistemas de Baixa Tensao em Rela<;ao a Alimenta<;ao
e das Massas em Rela<;ao a Terra . 8

1.11 Projeto do Sistema de Aterramento 12

Os Autores.

2 Medi ao
da Resistividade do Solo 13
2.1 Introdu<;ao ............ . 13
2.2 Localiza<;ao
do Sistema de Aterrament.o . 13

2.3 Medi<;oes
no Local 14

2.4 Potencial
em Um Ponto 15

2.5 Potencial em Um Ponto Sob a Superfície de Um Solo Homogeneo 16


I
ll

i
11 III
4.6 Dimensionamento de Sistema de Aterramento Formado Por
2.6 Método de Wenner . . . . . . .. 18 Hastes Ali-
2 Medii_;ao Pelo Método de Wenner . nhadas em Paralelo, Igualmente "Espai_;adas................................................71
20
. 4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterrarriento com Hastes em Triangulo 76
2.8 Cuidado na Medii;ao . . . 21
2.9 Espai_;amentos das Hastes. 4.8 Dimensionamento de Sistemas com Hastes em Quadrado Vazio . 78
22
2.10 Direi;oes a Serem Medidas 4.9 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Quadrado Cheio 80
23
2.11 Análise das Medidas 4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Circunferencia 81
24
2.12 Exemplo Geral .. 4.11 Hastes Profundas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
25
4.12 Resistencia de Aterramento de Condutores Enrolados em Forma de Anel
e Enterrados Horizontalmente no Solo . . . . . . . . . . . . . 88
3 Estratifica ao do 27
4.13 Sistemas com Condutor Enterrado Horizont lmente no Solo 89
Solo

3.1 Introdui;ao . . . . . 27 5 Tratament


o Químico do Solo 93
3.2 Modelagem do Solo de Duas Camadas 28
5.1 Introdui;ao ......... . 93
3.3 Configurai_;ao de Wenner . . . . . . . . 29
5.2 Característica do Tratamento Químico do Solo . 93
3.4 Método de Estratificai_;ao do Solo de Duas Camadas 31
5.3 Tipos de Tratamento Químico . . . . . . . . . . 94
3.5 Método de Duas Camadas Usando Curvas ..... 31
5.4 Coeficiente de Redui_;ao Devido ao Tratamento Químico do Solo (Kt ) 95
3.6
Métodos Simplificado
de Duas Carnadas
para Usando Técnicasdo de Otim izai_;ao 39 5.5 Variai_;ao da Resistencia de Terra Devido ao Tratamento Químico 97
3.7
Método Estratificai_;ao Solo

em Duas Camadas 42
5.6 Aplica¡_;ao do Tratamento Químico no Solo 98
3.8 Método de Estratificai;ao de Solos de Várias Camadas . 47
5.7 Considerai_;oes Finais 101
3.9 Método de Pirson . . . . . . . 47
3.10 Método Gráfico de Yocogawa 52 6 Resistividade 103
Aparente
6.1 Resistividade Aparente 103
4 Sistemas de Aterramento 61
6.2 Haste em Solo de Várias Camadas . 105
4.1 Introdui_;ao . . . . . . . . 61
6.3 Redui_;ao de Camadas . . . . . 106
4.2 Dimensionamento de Um Sistema de Aterramento com Urna Haste Ver-
tical .............. . 61 6.4 Coeficiente de Penetrai_;ao (a ) 107
4.3 Aumento do Diametro da Haste 64 6.5 Coeficiente de Divergencia (/3 ) 109
4.4 Interligai_;ao de Hastes em Paralelo 66 i 6.6 Resistividade Aparente para Solo com Duas Camadas 109
1
4.5 Resistencia Equivalente de Hastes Paralelas 68
4.5.1 Índice de Aproveitamento ou Índice de Redui;ao (K) . 70
7 Fibrila ao Ventricular do Cora ao Pelo Choque Elétrico 115
IV V

7.1 Introdm;ao .... 8.10 Potencial de Passo na Malha .......... . 145


115
7.2 Choque Elétrico . 8.11 Limitac;oes das Equac;óes de VMalha e VpsM 145
115
7.3 Funcionamento Mecanico do Cora<;ao 116 8.12 Potencial de Toque Máximo da Malha em Relac;ao ao Infinito 146

7.4 Funcionamento Elétrico do Cora<;ao . 118 8.13 Fluxograma do Dimensionamento da Malha de Terra 146

7.5 Fibrilac;ao Ventricular do Cora<;ao Pelo Choque Elétrico . 120 8.14 Potencial de Toque na Cerca Perimetral da Malha . 149

7.6 Desfibrilador Elétrico .......... . 121 8.15 Melhoria na Malha .. 150

7.7 Influencia do Valor da Corrente Elétrica 123 8.16 Malha de Equalizac;_ao 151

7.8 Curva Tempo x Corrente ........ . 125 8:17 Exemplo Completo do Dimensionamento de Urna Malha de Terra 151

7.9 Limite de Corrente para Nao Causar Fibrila<;ao 125


9 Medida da Resistencia de Terra 159
7.10 Potencial de Toque 127
..... 9.1 Introduc;ao ........... . 159
129
7.11 Potencial de Toque 9.2 Correntes de Curto-Circuito pelo 159
Máximo 129 Aterramento 160
7.12 Potencial de Passo 9.3 Distribuic;ao de Corrente Pelo Solo
..... .
.....
7.13 Potencial de Passo Máximo
130 9.4 Curva de Resistencia de Terra versus Di'stancia. 162
7.14
Devido Correc;ao do Potencial de Passo e de Toque Máximo Admissível

131 9.5 Método Volt-Amperímetro ..... 163


.
7.15 Medida de Potencial de Toque . 132 9.6 Medic;ao Usando o Aparelho Megger. 164

-
a Colocac;ao de Brita na Superfície
7.16 Medida de Potencial de Passo 134 9.7 Precaw;ao de Segurarn;a Durante a Medic;ao de Resistencia de Terra 166

8 Malha de Aterramento 135 10 Corrosao no Sistema de Aterramento 167


8.1 Introduc;ao . . . . . . 135 10.1 Corrosao ........... . 167
8.2 Itens Necessários ao Projeto 135 10.2 Eletronegatividade dos 167
8.3 Estratificac;ao do Solo . . . . 136 10.3 Reac;ao de Corrosao 168
8.4 Determinac;ao da Resistividade ..... .
136 172
Aparente 10.4 Corrosao no Sistema de
8.5 Dimensionamento do Condutor da Malha . 137 Aterramento
8.6 Potenciais Máximos a Serem Verificados 139 10.5 Heterogeneidade dos Materiais que Compoem o Sistema de Aterramento
8.7 Malha Inicial • 1 •••••••••••• 140 172

8.8 Resistencia de Aterramento da Malha . 141 10.6 Heterogeneidade dos Solos Abrangidos Pelo Sistema de Aterramento . .
174
8.9 Potencial de Malha ........... 142
10.7 Heterogeneidade do Tipo e Concentrac;ao de Sais, e da Umidade no
Sistema de Atetramento . . . . . . . . . . 175
10.8 Heterogeneidade da Temperatura do Solo .
176
VI

10.9 Aerac;ao Diferencial ...............


176
. 10.lOAc;ao das Correntes Elétricas Dispersas no
177
Solo 10.llProtec;ao Contra a Corrosao ....... .
178
10.12Protec;ao Por Isolac;ao de Um Componente
179 Capítulo 1
10.13Protec;ao Catódica Por Ánodo de Sacrifício
179
10.14Protec;ao Por Corrente Impressa
10.15Religamento e a Corrosao
181
lntrodu«_;ao ao Sistema de
183
1O.16Considerac;oes
183
Aterramento
11 Surtos de Tensa.o
185
11.1 Introduc;ao .. 1.1 Introduc;ao Geral
185
11.2 Campo Elétrico Gerado no Solo Pelo Surto de Corrente em Urna liaste Para que um Sistema de Energia Elétrica opere corretamente, com urna ade quada
185 continuidade de servic;o, com um desempenho seguro do sistema de protei;ao e,
11.3 Gradiente de Lmizac;ao do Solo 186 mais ainda, para garantir os limites (dos níveis) de seguranc;a pessoal, é fundamental
11.4 Zona de Ionizac;ao no Solo que o quesito Aterramento merec;a um cuidado especial.
187
11.5 Finalidade da liaste . . . . Esse cuidado deve ser traduzido na elaborai;áo de projetos específicos, nos
190 quais, com base em dados disponíveis e para.metros pré-fixados, sejam consideradas

A Tabelas de Hastes Paralelas, Alinhadas e Igualme nte


• 191
todas as possíveis condii;oes a que o sistema possa ser submetido.
Os objetivos principais do aterramento sáo:
Espai;;adas B Retorno da Corrente de Sequencia Zero do Curto-
199
Circuito • Obter urna resistencia de aterramento a mais baixa possível, para correntes de
199 falta a terra;
B.1 Correntes de Curto-Circuito pela Terra
200 • Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de
B.2 Corrente de Malha segurani;a de modo a náo causar fibrilac;áo do corac;áo humano;
203 • Fazer que equipamentos de protec;áo sejam mais sensibilizados e isolem rapida-
C Resistencia de Malha
203
mente as falhas a terra;
C.l Resistencia de Malha de Terra
205 • Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas;
C.2 Análise da Resistencia de Malha em Func;ao de Para.metros
•Usar aterra como retorno de corrente no sistema MRT;
209
Bibliografia • Escoar as cargas estáticas geradas nas carcac;as dos eqµipamentos.

Existem várias maneiras para aterrar um sistema elétrico, que váo desde urna

1
2 CAPíTULO l. INTRODU<;ÁO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
3
simples haste, passando por placas de formas e tamanhos diversos, chegando as mais
complicadas configura<;¡oes de cabos enterrados no solo. TIPO DE SOLO RESISTIVIDADE [S1.m]
Lama 5 a 100
Um dado importante, na elabora<;;ao do projeto do aterramento, é o conheci Terra de jardim corr;i. 50% de umidade 140
mento das características do solo, principalmente sua resistividade elétrica. Esta, além Terra de jardim com 20% de umidade 480
da importancia para a engenharia elétrica, em termos de prote<;;ao e seguran<;;a, Argila seca 1.500 a 5.000
auxilia Argila com 40% de umidade 80
_também outras áreas, tais como: Argila com 20% de umidade 330
Areia molhada 1.300
Areia seca 3.000 a 8.000
• Geologia; na localiza<;¡ao de jazidas minerais e falhas nas camadas da Terra, len<;
¡ol d'água, petróleo, gás, etc; Calcário compacto 1.000 a 5.000
Granito 1.500 a 10.000
• Arqueologia; dando subsídio para descobertas arqueológicas. Tabela 1.2.1: Tipo de Solo e Respectiva Resistividade

1.3 A Influencia da Umidade


1.2 Resistividade do Solo
A resistividade do solo sofre altera<;¡oes com a umidade. Esta varia<;;ao
Vários fatores influenciam na resistividade do solo. Entre eles, pode-se
ocorre em virtude da condu<;¡ao de cargas elétricas no mesmo ser predominantemente
ressaltar:
ionica. Urna percentagem de umidade maior faz com que os sais, presentes no solo, se
dis solvam, formando um meio eletrolítico favorável a passagem da corrente ionica.
• tipo de solo; As sim, um solo específico, com concentra<;¡ao diferente de umidade, apresenta urna
grande varia<;;ao na sua resistividade. A Tabela 1.3.1 mostra a varia<;;ao da
• mistura de diversos tipos de solo; resistividade com a umidade de um solo arenoso.

• solos constituídos por camadas estratificadas com profundidades e materiais di- Indice de Umidade (% por peso) Resistividade (S1.m)
ferentes; (solo arenoso)
0,0 10.000.000
• teor de umidade; 2,5 1.500
5,0 430
• temperatura; 10,0 185
15,0 105
• compacta<;;ao e pressao; 20,0 63
30,0 42
• composi<;¡ao química dos sais dissolvidos na água retida; Tabela 1.3.1: Resistividade de Um Solo Arenoso com Concentra<;¡ao de Umidade
• concentra<;;ao de sais dissolvidos na água retida.
Em geral, a resistividade (p) varia acentuadamente com a umidade no solo.
Veja figura 1.3.1.
As diversas combina<;¡oes acima resultam em solos com características
diferen tes e, conseqüentemente, com valores de resistividade distintos. Conclui-se, portanto, que o valor da resistiviaade do solo acompanha os períodos
de seca e chuva de urna regia.o. Os aterramentos melhoram a sua qualidade com solo
Assim, solos aparentemente iguais tem resistividade·diferentes. úmido, e pioram no período de seca.
Para ilustrar, a Tabela 1.2.1 mostra a varia<;;ao da resistividade para solos de
naturezas distintas.
4 CAPITULO l. INTRODUQA.O AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
5

gelo

. .......1-----------------------ill- Um1dade
o água

-+-----,f---+--+--+-t--,f---+--+--+--+--1---+--+---+--+- Temperatura
Figura 1.3.1: p x Umidade Percentual Solo Arenoso -40 -30 -20 -fo o+ 10 20 30 40 so 60 10 so 90 100
ºe

1.4 A Influencia da Temperatura


Figura 1.4.1: p x Temperatura

Para um solo arenoso, mantendo-se todas as demais características e variando


se a temperatura, a sua resistividade comporta-se de acordQri¡,com a Tabela 1.4.1. ao fato de ocorrer urna mudan<;;a brusca no estado da liga<;;ao entre os granulos que
formam a concentra<;;ao eletrolítica.
Temperatura (ºC) Resistividade (O.m)
Com um maior decréscimo na temperatura há urna concentra<;;ao no estado
(solo arenoso)
molecular tornando o solo mais seco, aumentando assim a sua resistividade.
20 72
10 99 Já no outro extremo, com temperaturas elevadas, próximas de lOOºC, o estado
O (água) 138 de vaporiza<;;ao deixa o solo mais seco, com a forma<;;ao de bolhas internas,
O (gelo) 300 dificultando a condu<;;ao da corrente, conseqüentemente, elevando o valor da sua
- 5 790 resistividade.
-15 3.300
Tabela 1.4.1: Varia<;;a.o da Resistividade Com a Temperatura Para o Solo Arenoso
1.5 A Influencia da Estratificac;ao
De urna maneira genérica, a pe formance de um determinado solo submetido
a varia<;;ao da temperatura pode ser expressa pela curva da figura 1.4.1.
Os solos, na sua grande maioria, nao sao homogeneos, mas formados por
Apartir do pmi•n,.mo' como decréscimo da temperatura, e a conseqüente con- diversas camadas de resistividade e profundidade diferentes. Essas camadas, devido a
tra<;;ao e aglutina<;;ao da água,- é produzida urna dispersao nas liga<;;oes ionicas forma<;;ao geológica, sao em geral horizontais e paralelas a superfície do solo.
entre os granulos de terra no solo, e que resulta num maior valor da resistividade.
Existem casos em que as camadas se apresentam inclinadas e até verticais,
Observe que no ponto de temperatura OºC (água), a curva sofre descon devido a alguma falha geológica. Entretanto, os estudos apresentados para pesquisa
tinuidade, aumentando o valor da resistividade no ponto OºC (gelo). lsto é devido do perfil do solo as consideram aproximadamente horizontais, urna vez que outros
casos sao menos típicos, principalmente no exato local da instala<;;ao da subesta<;;ao.
6 CAPíTULO l. INTRODUQAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
7

Como resultado da variac;ao da resistividade das camadas do solo, tero-se a A maneira de prover a ligac;ao íntima coro a terra é ligar os equipamentos e
variac;ao da dispersao de corrente. A figura 1.5.1 apresenta o comportamento dos massa a um sistema de aterramento conveniente.
fluxos de dispersao de correntes em um solo heterogeneo, em torno do aterramento.

I
l. 7 Sistemas de Aterramento

Os div rsos tipos de sistemas de aterramento devem ser realizados de modo a


d d
garantir a melhor ligac;ao coro a terra.
Os tipos principais sao:

P.= o ::::-P
2 2 1
• urna simples haste cravada no solo;

• hastes alinhadas;

• hastes em triangulo;

• hastes em quadrado;
d

• hastes em círculos;

• placas de material condutor enterradas no solo;


f)= 00
2

• fios ou cabos enterrados no solo, formando diversas configurac;oes, tais como:
- extendido em vala comum;
Figura 1.5.1: Estratifica<;iio do Solo em Duas Camadas - em cruz;
As Jinhas pontilhadas sao as superficies equipotenciais. As linhas cheias sao
- em estrela;
as correntes elétricas fl.uindo no solo. - quadriculados, formando urna malha de terra.

O tipo de sistema de aterramento a ser adotado depende da importancia do


1.6 Liga-;ao a Terra sistema de energia elétrica envolvido, do local e do custo. O sistema mais eficiente é,
evidentemente, a malha de terra.
Quando ocorre um curto-circuito envolvendo a terra, espera-se que a corrente
seja elevada para que a prote<;ao possa operar e atuar coro fidelidade e precisao, eli
minando o defeito o mais rapidamente possível. 1.8 Hastes de Aterramento
Durante o tempo em que a protec;ao ainda nao atuou, a corrente de defeito
que escoa pelo solo, gera potenciais distintos nas massas metálicas e superficie do O material das hastes de aterramento <leve ter as seguintes características:
solo.
Portanto, procura-se efetuar urna adequada ligac;ao dos equipamentos •ser bom condutor de eletricidade;
elétricos a terra, para se ter o melhor aterramento possível, dentro das condic;oes do
solo, de modo que a protec;ao seja sensibilizada e os potenciais de toque e passo •<leve ser um material praticamente inerte as a-c;oes dos ácidos e sais dissolvidos
no solo;
fiquem abaixo dos limites críticos da fibrilac;ao ventricular do corac;ao humano.
8 CAPíTULO l. JNTRODU<;A.0 AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
9
• o material deve sofrer a menor a(,;ao possível da corrosao galvanica;
Primeira Letra - Especifica a situac;ao da alimentac;ao em relac;ao a terra.
e resistencia mecanica compatível COffi a craVa(,;aO e movimenta(,;aü do solo.
T - A alimentac;ao (lado fonte) tem um ponto diretamente aterrado;
As melhores hastes sao geralmente as cobreadas:
I - Isolac;ao de todas as partes vivas da fonte de alimentac;ao em relac;ao a terra ou
aterramento de um ponto através de urna impedancia elevada.
Tipo Copperweld: É urna barra de a(,;o de sec(,;ao circular onde o cobre é fundido
sobre a mesma;
Segunda Letra - Especifica a situa(,;ao das massas (carcac;as) das cargas ou equipa
Tipo Encamisado por Extrusao: A alma de a(,;o .é revestida por um tubo de cobre mentos em relac;ao aterra.
através do processo de extrusao;
Tipo Cadweld: O cobre é, 'depositado eletroliticamente sobre a alma de a(,;o. T - Massas aterradas com terra próprio, isto é, independente da fonte;
N - Massas ligadas ao ponto aterrado da fonte;
É muito empregada também, com sucesso, a haste de cantoneira de ferro
zincada. I - Massa isolada, isto é, nao aterrada.

Outras Letras - Forma de liga(,;ao do aterramento da massa do equipamento, usando


1.9 9 Aterramento o sistema de aterramento da fonte.

S - Separado, isto é, o aterramento da massa é feito com um fio (PE) separado (dis
Em termos de seguran(,;a, devem ser aterradas todas as p rtes metálicas que tinto) do neutro;
possam eventualmente ter contato com partes energizadas. Assim, um contato aciden
tal de urna parte energizada com a massa metálica aterrad• estabelecerá um curto C - Comum, isto é, o aterramento da massa do equipamento é feíto usando o fio
circuito, provocando a atua(,;ao da prote(,;ao e interrompendo a liga(,;ao do circuito , ne.utro (PEN).
energizado com a massa.
Portanto, a partir do sistema de aterramento, deve-se providenciar urna sólida Exemplo 1.10.1: Sistema de alimentac;ao e consumidor do tipo TN-S. Figura 1.10.1.
liga(,;ao as partes metálicas dos equipamentos. Por exemplo, em residencias, devem
ser aterrados os seguintes equipamentos: condicionador de ar, chuveiro elétrico, fogao, L1
quadro de medi(,;ao e distribui(,;ao, lavadora e secadora de roupas, torneira elétrica,
lava-lou(,;a, refrigerador e freezer, forno elétrico, tubula(,;ao metálica, tubula(,;ao de L2
L
cobre dos aquecedores, cercas metálicas longas, postes metálicos e projetores 3
luminosos de fácil acesso. N
pE
Já na indústria e no setor elétrico, urna análise apurada e crítica deve ser feita
nos equipamentos a serem aterrados, para se obter a melhor seguranc;a possível.
r- -- -"""h r- _,_" -ti

1.10 Classifi.cac,;áo dos Sistemas de Baixa Tensa.o em


-- 1
1, ,. 4 o 11 1 ,.

'
u ' E qu1pamento
1 erétrica (carga)

L1 _J
1
1
Relac,;áo Aterromento ' L-------..J
do olimen mosso
a Alimentac,;áo e das Massas em Relac,;áo a Terra
ITIOSSO

Figura 1.10.1: Sistema TN-S


A classificac;ao é feita por letras, como segue:
11
10 CAPíTULO l. INTRODUQAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO

Exemplo 1.10.4: Sistema TT - A fonte é aterrada (T) e a massa metálica da carga


Exemplo 1.10.2: Sistema tipo TN-C. Figura 1.10.2. tem uin terra separado e próprio (T). figura 1.10.4.

L1
L1
L2
L2
L3
L3
N
PEN

r- - -- - •, r _,...., r-------------------1
--

hPE- ----
;
1 1 1 1 Equ1pamento
_.
X •1 • ,11 ,, o

Aterramento
da olimento¡:éio
, ,. ,¡ 1 1 1, 1 elétrico(cargo) mosso mosso
1 t 1 1

Aterrarnento
do ollmento¡:óo
1
'--

mosso J'

Figura conectado ao Exemplo 1.10.5: Sistema IT - A fonte


1.10.2:
Exemplo 1.10.3: Sistema T -C-S - A fonte (alimenta<;ao) é fio neutro (C). nao está aterrada (I) ou aterrada por
Sistema
aterrada (T), o equipa mento tém o seu aterramento que usa Figura 1.10.3. urna1.10.4:
Figura impedancia
Sistema considerável e a
TN-Cum fio separado ( ) que, após urna certa distancia, é TT
massa do equipamento da carga tem
terra próprio (T). Figura 1.10.5.

L1
L2
L3
-
.PEN
1
-1,
. '.
r - ,.. _ , _ -
'. ,. 1
lmped&c:10

- ....._ r ----,
1 1
: Equipamento

'1
Alerrome Aterramento
nto da 1 da alimento¡;&
allmenta¡i L-------
J
ío massa

Figura
1.10.3:
Sistem
a TN-
C-S
L h
• _[

PE
mosso
Figura 1.10.5: Sistema IT
a) Definir o local de aterramento; prática da medi<;ao da resistividade do solo de um local
12
virgem.
CAPíTULO l.
b) Providenciar várias medi<;oes no local;
INTRODUQAO AO Os métodos de medi<;ao sao resultados da análise de
SISTEMA DE e) Fazer a estratifica<;ao do solo nas suas Capítulo características práticas das equa<;oes de Maxwell do
ATERRAMENTO respectivas camadas; eletromagnetismo, aplicadas ao solo.
2
d) Definir o tipo de sistema de Na curva p x a, levantada pela medi<;ao, está
aterramento desejado; fundamentada toda a arte e criativi<lade dos métodos de
1.11 P
estratifica<;ao do solo, o que permite a elabora<;ao do projeto
rojeto
do
e) Calcular a resistividade aparente do solo para
o respectivo sistema de aterramento; Medi do sistema de aterramento.

Siste f) Dimensionar o sistema de ao da 2.2 Localizac;;áo do Sistema de Aterramento


ma de aterramento, levando em conta a
Aterr sensibilidade dos relés e os limites de Resisti
amen seguran<;a pessoal, isto é, da A localiza<;ao do sistema de aterramento depende da
to
fibrila<;ao ventricular do cora<;ao. vidade posi<;ao estratégica ocu pada pelos equipamentos elétricos
importantes do sistema elétrico em questao. Cita-se, por

O
Todos os itens sera.o analisados no decorrer do exemplo, a localiza<;ao otimizada de urna subesta<;ao, que
deve ser definida levando em considera<;ao os seguintes itens:
objetivo é
deste tra balho. Solo
aterrar todos
os pontos,
• • Centro geométrico de cargasi
massas,
equipamento • Local com terreno disponível;
s ao sistema 2.1 In • Terreno acessível economicamente;
de troduc;;
aterramento • Local seguro as inunda<;oes;
que se
áo
pretende •Nao comprometer a seguran<;a da popula<;ao.
dimensionar. S
era.o 1
Par especifi 3
a projetar cament
adequadame e
nte o sistema abordad
de as,
aterramento neste
deve-se capítulo
seguir as , as
seguintes caracter
etapas: ísticas
j
da
1
14 CAPíTULO 2. MEDIQA.O DA RESISTIVIDADE DO SOLO

Portanto, definida a localizai;ao da subestai;ao, fica definido o local da malha de terra.


Já na distribuii;ao de energia elétrica, os aterramentos situam-se nos locais da instalai;ao dos equipamentos tais como: transformador, religador, seccionalizador, regulador de tensa.o,
chaves, etc. No sistema de distribuii;ao com neutro multi-aterrado, o aterramento será feito ao longo da linha a distancias relativamente constantes.
O local do aterramento fica condicionado ao sistema de energia elétrica ou, mais precisamente, aos elementos importantes do sistema.
Escolhido preliminarmente o local, devem ser analisados novos itens, tais
como:
15

2.4 Potencial em Um Ponto

Seja um ponto "e" imerso em um solo infinito e homogeneo, emanando urna corrente elétrica l. O fluxo resultante de corrente diverge radialmente, conforme figura 2.4.1.

.......

/
/
/
\
\
\
- '
I
1-------.a ::...._...!.....
\
1 Vp
p
\
• Estabilidade da pedologia do terreno; \
\
• Possibilidade de inundai;oes a longo prazo; '
''
• Medii;oes locais.
I
/ p= Cte
/
/

......
--- / /

Havendo algum problema que possa comprometer o adequado perfil esperado do sistema de aterramento, deve-se, entao, escolher outro local.

2.3 Medic;óes no Local

Definido o local da instalai;ao do sistema de aterramento, deve-se efetuar le vantamento através de medii;oes, para se obter as informai;oes necessárias a elaborar,;ao
do projeto.
Um solo apresenta resistividade que depende do tamanho do sistema de ater
, ramento. A dispersa.o de correntes elétricas atinge camadas profundas com o aumento da área envolvida pelo aterramento.
Figura 2.4.1: Linhas de Correntes Elétricas

O campo elétrico Ev no ponto p é dado pela Lei de Ohm local, abaixo:

(2.4.1)
Onde:

Jv * Densidade de corrente no ponto p

A densidade de corrente é a mesma sobre a superficie da esfera de raio r, com centro no ponto "e" e que passa pelo ponto p. Seu valor é:

I
Para se efetuar o projeto do sistema de aterramento deve-se conhecer a
resis tividade aparente que o solo apresenta para o espe ial aterramento
pretendido. Portanto,
A resistividade do solo, que espelha suas características, é, portanto, um
dado
fundamental e por isso, neste capítulo, será dada especial ateni;ao a sua
determinai;ao.
J=- (2.4.2)
p 47l'r 2
E= 47l'r 2 do ponto p,
O levantamento dos valores da resistividade é feito através de medii;oes em _!! em rela.i;ao
campo, utilizando-se métodos de prospeci;ao geoelétricos, dentre os quais, o mais _}_ O a. um ponto
co nhecido e utilizado é o Método de Wenner. v poten infinito é
cial dado por:
17
16 CAPíTULO 2. MEDIQAO DA RESISTIVIDADE DO As linhas de correntes se comportam como se houvesse urna fonte de
SOLO corrente pontual simétrica em rela a.o a superficie do solo. Figura 2.5.2.
Vp = [)O E dr
Onde:
(2.4.3)
dr => é a varia a.o infinitesimal na dire a.o radial ao longo do raio r.

V=.

pi ¡ 00 dr
P 471" r r2
v. - pi
P- 47rr
(2.4.4)

2.5 Potencial em Um Ponto Sob a Superficie de Um Solo Homogeneo

Um ponto "e", imerso sob a superficie de um solo homogeneo, emanando urna corrente elétrica I, produz um perfil de distribui a.o do fluxo de corrente como o mostrado na figura
2.5.1.

p= Cte

1111!!!!!! --.---:r-r- -r-r--,-,.:.,..:;:::;;;.._

(Supert,'c11 do IOIO

_./'
p: Ch inclus
simétrica da fonte de corrente pontual.
bastaPo
potencial de um ponto
efetuar a superposi a.o do efeito de cada f
individualme:µte,· considerando todo o s
Figura 2.5.2.: Ponto Imagem

Figura 2.5.1: Linhas de Correntes Elétricas


Como:

I' =I
18 CAPíTULO 2. MEDIQAO DA +1-) (2.5.1)
RESISTIVIDADE DO SOLO
19

p - 41r
v. pl ( 1
o levantamento da curva de
r1p r resistividade do solo, no local do
P
1 1p aterramento, pode-se empregar
a
diversos métodos, entre os quais:
r
a
2.6 Método de Wenner
• Método de Wenner;

• Método de Lee;

• Método de Schlumbeger - Palmer.


Neste trabalho será utilizado o Método de Wenner. O método usa qua tro pontos alinhados, igualmente espa<_;:ados, cravados a urna mesma profundidade. Figura 2.6.1.

2 3 4

Figura 2.6.2: Imagem do Ponto 1 e 4

O potencial no ponto 3 é:

pl [ 1 1 1 1 l

(2.6.2)
V=s 41r 2a+
SUPERFÍCIE ·DO SOLO
, J(2a)2+ (2p)2- J a 2+
-
Portanto, a

l
potendal nos pontos 2 e 3 é:

pl [1 p 2 2 (2.6.3)

2 3 1 4
V:!3- v-; V=3 41r + Ja2+ (2p)2- V(2a)2+ (2p)2

--•"'-1•- o ·1· o ---1


Figura 2.6.1: Quatro Hastes Cravadas no Solo
Fazendo a divisao da diferen<_;:a de potencial l,'23 pela corrente I, teremos o valor da resistencia elétrica R do solo para urna profundidade aceitável de
penetra<_;:ao da corrente l.
Assim teremos:
Urna corrente elétrica I é injetada no ponto 1 pela
primeira haste e coletada no ponto 4 pela última haste. Esta
corrente, passando pelo solo entre os pontos 1 e 4, produz
potencial nos pontos 2 e 3. Usando o método das imagens,
_R V_:!3 _f!_ [!+ 2 _ 2 l
desenvolvido no
(2.6.4) A resistividade
item 2.5, gera-se a figura 2.6.2 e obtém-se os potenciais nos pontos 2 e 3. -I - 41r a Ja2 + (2p)2 elétrica
dada do solo é
por:
J(2a)2+ (2p)2
O potencial·no ponto 2 é:

2 pl [1 1 1 1 l (2.6.1)
P= l+ 41raR
[f!.m] (2.6.5)
V= 41r + Ja2+ (2p)2- 2a- J(2a)2+ (2 p)2 2
a
2
a
a2+(2p)2

J )
(2a)2+(2p)2

20 CAPfTULO 2. MEDIQ.ÁO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

A expressiio 2.6.5 é conhecida como Fórmula de Palmer, e é usada no Método de Wenner. Recomenda-se que:

Diametro da haste O, 1 a

Para um afastamento entre as hastes relativamente grande, isto é, a > 20p,


a fórmula de Palmer 2.6.5 se reduz a:

p = 21raR [0.m] (2.6.6)

2.7 7 Medi<;ao Pelo Método de Wenner

O método utiliza um Megger, instrumento de medida de resistencia que pos


21

R = Leitura da resistencia em n no Megger, para urna profundidade "a"


a = Espac;amento das hastes cravadas no solo

p = Profundidade da haste cravada no solo

As duas hastes internas sao ligadas nos terminais P1 e Pa. Assim, o aparelho processa internamente e indica na leitura, o valor da resistencia elétrica, de acordo coma expressiio
2.6.4.
O método considera que praticamente 58% da distribuic;iio de corrente que passa entre as hastes externas ocorre a urna profundidade igual ao espac;amento entre as hastes. Figura
2.7.2.

I
I a ,,,,_.

\ / p i--- a --.-.i ---0
sui quatro terminais, dois de corrente e dois de potencial. \\ ',
''
........... / // I

/ '\ . ...._:-- --
/ /
/ / / ,,,,
O aparelho, através de sua fonte interna, faz //1 \ ' ' / /
.._ 0
circular urna corrente elétrica I

\- i----:.. . . - _,,. . . -/,. .,. /


... - .,, / 1
, I1;1 , ',
entre as duas hastes externas que estiio conectadas aos terminais de corrente C1 e C2.
Figura 2.7.1. /
/ \'
\i
'
.....
'
............. -
.............
------ __---
---
_,,, /
--- _.,,...,,,..,, //
. \'
,'
/ lf , \
I - - - -- -- --
. -- -- ,.. - - -\ -

--- - I ' \ ',


'-.

---- - MEGGER
'-...


C1 P1 G P2 C2
""--...

--- o
/
/ I
1) 1 e o o
'
,, ------ . . /

---
. . /

-- ------- -
. //
. .-
,. '....... /

ah 1 o/2 -
- 1

,,,
I;
IN -- o
'" ··
p
-
o - o -
-
-, I<-
" ' " "

Figura 2.7.1: Método de Wenner

Onde:
Figura 2.7.2: Penetra<;ao na profundidade "a"

A corrente atinge urna profundidade maior, com urna correspondente área de dispersa.o grande, tendo, em conseqüencia, um efeito que pode
2.8 Cuidados na
ser desconsiderado. Portanto, para efeito do Método de Wenner, considera-·se que o valor da resistencia elétrica lida no aparelho é relativa a urna
profundidade "a" do solo. Medi<;ao
As hastes usadas no método devem ter aproximadamente 50cm de compri mento com diametro entre 10 a 15mm. O material que forma a
haste deve seguir as mesmas considerac;oes feitas no item 1.8. Durante a medic;iio devem
ser observados os itens
Devem ser feitas diversas leituras, para vários espac;amentos, com as hastes sempre alinhadas. abaixo:
ente espa<;adas;
22 2.9 Espa«;amentos das Hastes
CAPíTU
• As hastes devem estar
LO 2. cravadas no solo a urna
MEDIQA mesma profundidade; Para urna determinada dire<;ao devem ser usados os espa<;amentos recomen dados na
O DA recomenda se 20 a 30cm; Tabela 2.9.l.
RESISTI
VIDADE Espa<;amento Leitura Calculado
DO • O aparelho <leve estar
a (m) R (O) p [O.m]
SOLO posicionado simetricamente
entre as hastes; 1
•A 2
s • As hastes devem estar 4
ha bem limpas, princip lmente 6
st isentas de óxidos e 8
es gorduras para possibilitar 16
de bom contato com o solo; 32
ve
m Tabela 2.9.1: Espac;amentos Recomendados
• A condi<;ao do solo (seco,
es úmido, etc) durante a
tar medi<;ao <leve ser Alguns métodos de estratifica<;ao do solo, que serao vistos no capítulo seguinte,
ali anotada; necessitám mais leituras para pequenos espa<;amentos, o que é feíto para possibilitar a
nh determina<;ao da resistividade da prirneira camada do solo.
ad • Nao devem ser feitas
as medi<;oes sob condi<;oes
; atmosféricas adversas,
tendo-se em vista a
•A possibilidade de
s ocorrencias de raios;
ha
st • Nao deixar que animais
es ou pessoas estranhas se
de aproximem do local;
ve
m • Deve-se utilizar cal<;ados e
es luvas de isola<;ao para
ta executar as medi<;oes;
r
ig • Verificar o estado do
ua aparelho, inclusive a carga
l da bateria.
m
2
3 idas
2
O número de dire<;oes
. em que as medidas 60°
1 deverao ser levantadas
0 depende:
D
i • da importancia do local
r do aterramento;
e
• da dimensao do sistema
de aterramento;
o
e Figura 2.10.1: Direc;oes do Ponto de Medic;áo
• da varia<;ao acentuada
s nos valores medidos para os Este é o caso de sistema de aterramento pequeno, com um único ponto de
a respectivos espa<;amentos. liga<;ao a equipamentos tais como: regulador de tensao, religador, transformador, sec
cionalizador, TC, TP, chaves a óleo e a SF6 , etc.
S Para um único No caso de subesta<;oes deve-se efetuar medidas em vários pontos, cobrindo
e ponto de aterramento, toda a área da malha pretendida.
r isto é, para cada
posi<;ao do aparelho, O ideal é efetuar várias medidas em pontos e dire<;oes diferentes. Mas se por
e devem ser efetuadas algum motivo, deseja-se usar o mínimo de dire<;oes, entao, deve-se pelo menos efetuar
m medidas em tres as medi<;oes na dire<;ao indkada como segue:
dire<;oes, com angulo
M de 60º entre si, figura
2.10.l. • na dire<;ao da linha de alimenta<;ao;
e
d • na dire<;ao do ponto de aterramento ao aterramento da fonte de alimenta<;ao.
25
24 CAPíTULO 2. MEDIQÁO DA RESISTIVIDADE
DO SOLO Com a nova tabela, efetua-se o cálculo das médias aritméticas das
resistivi dades remanescentes.
2.11 Análise das Medidas
3) Comas resistividades médias para cada espai,;amento, tem-se entao os
Feitas as medii,;oes, urna análise dos resultados deve ser realizada para valores defini tivos e representativos para trai,;ar a curva p x a, necessária ao
que os mesmos .possam ser avaliados em relai,;ao a sua aceitai,;ao ou nao. Esta procedimento das aplicai,;oes dos métodos de estratificai,;ao do solo, assunto
avaliai,;ao é feita da seguinte forma: este, específico do capítulo seguinte.

1) Calcular a média aritmética dos valores da resistividade elétrica para cada


espai,;a mento adotado, lsto é:

Onde:

j = l,q
V
i = 1,n
(2.11.1)
2.12 Exemplo Geral

Para um determinado local, sob estudo, os dados das medic;oes de campo, relativos a vários pontos e direi,;oes, sao apresentados na Tabela 2.12.1.
Resistividade média para o respectivo p¡(ªi) da i-ésimé!, medii,;ao da resistividade com o espai,;amento ªi
espai,;amento ªi
PM( q ::;, Número de espai,;amentos empregados
Espai,;amento Resistividade Elétrica Medida
::;,
aj) n ::;, Número de medii,;oes efetuadas a(m) (O.m)
=} Valor
para o respectivo espai,;amento ªi 1 2 3 4 5.
2 340 315 370 295 350
4
6
520
650
480
580
900
570
550
610
490
615

2) Proceder o cálculo do desvio de cada medida em relai,;ao ao valor médio como segue:
8 850 914 878 905 1010
i = 1,n 16 690 500 550 480 602
V
j = 1,q 32 232 28,5 196 185 412

Tabela 2.12.1: Medi1,oes em Campo


1 A seguir, apresenta-se a Tabela 2.12.2 como valor médio de cada espai,;amento e o desvio relativo de cada medida, calculados a partir da Tabela 2.12.l.
Obs p
r Espa<;¡amento Desvíos Relativos Resistividade Resistividade Média
e Recalculada (!1.m)
a(m) (%) Média (!1.m)
r e 1 2 3 4 5
v z 2 1,7 5,6 10,77 11,67 4,79 334 334
a a 4 11,56 18,36 53 06 6,46 16,66 588 510
r 6 7,43 4,13 5,78 0,82 1,65 605 605
8 6,73 0,28 3,66 0,70 10,81 911,4 911,4
a 16 22,25 11,41 2,55 14,95 6,66 564,4 564,4
o t 32 11,45 8,77 25,19 29,38 57 25 262 224,5
o
d
(
o
a
s
)
: o
s
D
e v
v a
e l
- o
s r
e e
s
d
e d
s
a
e
r m
e
s r
i e
s l
t a
i i
v ,
i ;
d a
a o
d
e a

q m
u é
e d
i
t a
e ,
n
h i
a s
m t
o
u
m é
:
d
e
s i
V
v
i =
o
1
m
a ,
i n
o j
r

q
=
u
e 1
,
5 q
0
%
Obse s
r v
v i
a o

a a
o b
a
( i
b x
) o
:
d
S e
e
5
o 0
%
v
a o
l
o v
r a
l
d o
a r

r s
e e
s r
i á
s
t a
i c
v e
i i
d t
a o
d
e c
o
t m
i o
v
e r
r e
p
o r
e
d s
e e
n
t
a
t
i
v
o
.
Observa ao (e): Se observada a ocorrencia de acentuado .número de medidas com desvios acima de 50%, recomenda-se executar novas medidas na regia.o corres pondente. Se a ocorrencia
de desvios persistir, deve-se entao, considerar a área como urna regia.o independente para efeito de modelagem. ·
Tabela 2.12.2: Determina<,;iio de Média e Desvios Relativos
Observando-se a Tabela 2.12.2, constata-se duas medidas sublinhadas que
26 CAPíTULO 2. MEDIQÁO DA RESISTIVIDADE DO
SOLO

apresentam desvio acima de 50%. Elas devem, portanto, ser desconsideradas. Assim,
refaz-se o cálculo das médias, para os espa<;amentos que tiverem medidas rejeitadas.
As demais médias sao mantidas. Vide última coluna da Tabela 2.12.2.
Os valores representativos do solo medido sao os indicados na Tabela 2.12.3.

Espa<;amento Resistividade
a(m) (f!.m)
2 334
4 510
6 605
8 911,4
16 564,4
32 224,5
Tabela 2.12.3: Resistividade do Solo Medido

,,
! .

,¡¡

:1
Capítulo 3

Estratifi.cac;ao do Solo

3.1 Introdu ao

Serao abordados neste capítulo, várias técnicas de modelagem de solo.


Considerando as características que normalmente apresentam os solos, em
virtude da sua própria forma<;ao geológica ao longo dos anos, a modelagem em
camadas estratificadas, isto é, em camadas horizontais, tem produzido excelentes
resultados comprovados na prática. A figura 3.1.1 mostra o solo com urna
estratifica<;ao em camadas horizontais.

Figura 3.1.1: Solo


Estratificado

Combase na curva p x a, obtida no Capítulo 2, serao apresentados diversos


métodos de estratifica<;ao do solo, entre os quais:

27
l
V. l
29

f
2
8 - I P1 [1 2
C (3.2.2)
A

T
U
L
O
3.
E
S
T
R
A
TI
FI
C
A
Q
Á
O
D
O
S
O
L
O


étodos
de
Estratif
icai;ao
de
Duas
Camad
as;
• Método de Pirson;
P- -:; +:
• Método Gráfico.
Onde:
Apresenta-se também, outros métodos complementares.
I<n
n=l 2 (2n h) 2 Jr
+
V¡, =É por:
o
3.2 Modelagem do Solo de Duas potencial
Camadas
de um
ponto p
Usando as teorias do eletromagnetismo no solo com duas
camadas horizontais, é possível desenvolver urna modelagem qualquer
matemática, que com o auxílio das medidas efetuadas pelo da
Método de Wenner, possibilita encontrar a resistividade do solo
primeira
da primeira e segunda camada, bem como sua respectiva
profundidade. camada
em
relai;ao
ao
infinito

p¡ =
Resistivi
dade da
primeira
camada
h =
Profundi
dade da

primeira
camada

r =
Distancia

do ponto
p a
fonte de
corrente

A
K =
Coeficien
te de
reflexao,
definido
Urna corrente elétrica I entrando pelo ponto A, no solo de duas camadas da
J{= P2- P1=
'2
_PI
-1 . (3.2.3)
P
I
figura 3.2.1, gera potenciais na primeira camada, que deve satisfazer a equai;ao 3.2.1, P2 + P1
conhecida como Equa íio de Laplace.
t2 +1
P2 = Resistividade da
segunda camada
SUPERFÍCIE DO
I SOLO

h f,

l 2! CAMADA

00
f2
Figura 3.2.1: Solo em Duas Camadas

V2 V =0 (3.2.1)

V = Potencial na primeira camada do solo

q uer ponto p primeira camada do solo, distanciado de "r" da fonte de corrente A


h
Desenvolvendo a Equa íio de Laplace relativamente ao potencial V de qual
Pela expressao 3.2.3, verifica-se que a variai;ao do coeficiente de reflexao é limitada entre -1 e +l.

-1 < I< < +1 (3.2.4)

3.3 Configurac;áo de Wenner

A expressao 3.2.2 será aplicada na configurai;ao de Wenner, sobre o solo de duas camadas. Ver figura 3.3.1.
Nesta configurai;ao, a corrente elétrica I entra no solo pelo ponto A e retorna ao aparelho pelo ponto D. Os pontos Be C sao os elétrodos de potencial.
O potencial no ponto B, será dado pela superposii;ao da contribuii;ao da cor rente elétrica entrando em A e saindo por D. Usando a expressao 3.2.2, e efetuando a superposii;ao,
tem-se:

VBI-P1 [1+2
E 00 I<n l -J-P1 [ 1+2
E
00 J{n l (3.3.1)
- 211" a Ja2 + (2nh)2 211" 2a J(2a)2 +
c ega-se a segumte expressao:
(2nh)2
30 CAPi'TULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO 31

A rela<;ao representa o valor da resistencia elétrica (R) lida no aparelho


MEGGER
e, P1 Pz e 2
Megger do esquema apresentado. Assim, entao:

SUPERFÍCIE DO
I

= P1 1+ 4
27raR
E
{ 00 [
I
J1
SOLO
Kn
l}
-
+ (2n )2 Kn
J4 + (2n )2
De acordo com a
expressao 2.6.6,
a resistividade
elétrica do solo,
para o
/
espa<;amento "a" é dada por p(a) = 27raR. Após a
substitui<;ao, obtém-se finalmente:
o-----
A 8
h

o o
12 CAMADA
c

l
D

-p( a) 1+4¿oo [ Kn Kn
---''====
P1 n=l J1 + (2nQj J4 + (2n
2
)2

(3.3.4)

l A expressao 3.3.4 é
fundamental na elabora<;ao da
2!! CAMADA estratifica<;ao do solo em duas
00 camadas.

fz
Figura 3.3.1: Configurai;ao de Wenner no Solo de Duas Camadas
3.4
Método de Estratifi.cac;ao do Solo de Duas
Camadas

Fazendo a mesma considera<;ao para o potencial do ponto C, tem-se:


Empregando estrategicamente a expressao 3.3.4 é possível obter alguns
métodos
de
estratifica<;ao
do solo para
duas camadas.
Entre eles, os
mais usados
sao:
A diferern;a de potencial entre os pontos B e C é dado por:

(3.3.2)
• Método de duas camadas usando curvas;
• Método de duas camadas usando técnicas de otimiza<;ao;
• Método simplificado para estratifica<;ao do solo de duas camadas.

A seguir, é feita urna detalhada descri<;ao de cada um desses métodos.

Substituindo-se as equai;oes correspondentes, obtém-se:


3.5
Método de Duas Camadas Usando Curvas

Como já observado, a faixa de


varia<;ao do coeficiente de
reflexao
(3.3.3)
e está limitada entre -1 e +1. Pode-se entao, tra<;ar urna família de curvas de em
Pl sao
fun<;ao most
de para radas
urna série na.fi
de gura
valores 3.5.3
de .
negativos
e
positivos,
cobrindo
toda a sua
faixa de
varia<;ao.
As curvas
tra<;adas
para
variando
na faixa
negativa,
isto é,
curva
p(a) x a
descende
nte,
figura
3.5.la,
estao
apresenta
das na
figura
3.5.2.

á as
curvas
obtidas da
expressao
3.3.4 para
a curva
p(a) x a
ascendent
e, figura
3.5.lb,
isto é,
para
variando
na faixa
positiva,
32 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO 33

p p
p(a)
P1

o(m)
a) b)

Figura 3.5.1: Curvas p(a) x a Descendente e Ascendénte

o(m).
ia de
curvas
C
teóricas
o
das
m
figuras
3.5.2 e
b
3.5.3, é
a
possível
s
estabelec
e
er um
método
n
que faz o
a
casamen
to da
f
curva
a
p(a) x a,
m
medida
í
por
l
W a .curva
e particula
n r é
n caracteri
e zada
r pelos
, respectiv
os
c valores
de Pl, K e
o h.
m Assim,
estes
u valores
r sao
encontrad
n os e a
a estratifica
r,;ao está
d estabeleci
e da.
t
A seguir sao apresentados os passos relativos.ao pr¡s;edimento <leste método:
e
r
m lº- passo: Trar,;ar em um gráfico a curva p(a) x a obtida pelo método de Wenner;
i
n 2º-
a pas
d so:
a Pro
lon
c gar
u a
r cur
v va
a p(
a)
p ·x
a a
r até
t cor
i tar
c o
u eix
l o
a das
r ord
. ena
das
E do
s grá
t fic
o sto
. é, a
resi
N stiv
e ida
s de
t da
e pri:
r:n
p eira
o ca
n ma
t da.
o Par
, a
via
é bili
zar
l est
i e
d pas
o so;
rec
d om
i end
r a-
e se
t fa
a er
m vár
e ias
n leit
t ura
e s
pel
o o
mét
v odo
a de
l We
o nne
r r
par
d a
e peq
uen
p os
1 esp
, ar,;
am
i ent
o e a
s pen
. etra
r,;a
I o
s des
t ta
o cor
ren
s te
e dá-
se
j pre
u do
s mi
t nan
i tem
f ent
i e
c na
a pri
mei
p ra
o ca
r ma
q da.
u
3º- passo: Um valor de espar,;amento a1 é escolhido arbitrariamente, e levado na curva para obter-se o éorrespondente valor de p(a1 ).

4º- passo: Pelo comportamento da curva p(a) x a, determina-se o sinal de K. Isto é:

. • Se a curva for descendente, o sinal de K é negativo e efetua-se o cálculo de


' '

. i.
1

Figura 3.5.2: Curvas para K Negativos


P cálcul() p
l (
de a
' _ 1
e
• Se a curva for ascendente, o sinal de K é positivo e efetua-se o ¡
_
)
'
34

P1
p(a)
CAPfTULO 3. ESTRATIFICAQAO DO SOLO

35

5º- passo: Com o valor de . ou 1 ) obtido, entra-se nas curvas teóricas correspon- dentes e trac;;a-se urna linha paralela
--1! .L_ (
P1
ao
P a1
eixo da abscissa. Esta reta corta curvas distintas de K.
Proceder a leitura de todos os específicos K e correspondentes.
6º- passo: Multiplica-se todos os valores de encontrados no quinto passo pelo valor de a1 do terceiro passo. Assim, com o quinto e .sexto passo, gera-se urna tabela com os valores
correspondentes de K, !a! e h.
7º- passo: Plota-se a curva K x h dos valores obtidos da tabela gerada no sexto passo.

8º- passo: Um segundo valor de espac;;amento a 2 i, a 1 é novamente escolhido, e todo o processo é repetido, resultando numa nova curva K x h.
9º- passo: Plota-se esta nova curva K x h no mesmo gráfico do sétimo passo.

10º- passo: A intersecc;;ao das duas curvas K x h num dado ponto resultará nos valores reais de K e h, e a estratificac;;ao estará definida.

Exemplo 3.5.1
Efetuar a estratificac;;ao do solo pelo método apresentado no item 3.5, corres
·pondente a série de medidas feitas em campo pelo método de Wenner, cujos dados
estao na Tabela 3.5.1.
Espac;;amento Resistividad
(m) (O.m)
1 684
\
.2 .4. .6 .8 1.2 1.4 1.6 1.8 2 611
4 415 h
a 6 294
8 237
16 189
Figura 3.5.3: Curvas para K Positivos 32 182

Tabela 3.5.1: Valores de Medil,;ao em Campo A resoluc;;ao é feita seguindo os passos recomendados.

1º- passo: Na figura 3.5.4 está trac;;ada a curva p(a) x a 2º- passo: Prolongando-se a curva, obtém-se

P1 = 700 O.m
36 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁO 37
DO SOLO
'J' p(ai)= 415= O, 593
P1 700
3Q. 5º- passo: Como K é negativo e como valor p(ai) = O, 593 levado na família de curvas
Pl
Escolhe-se teóricas da figura 3.5.2, procede-se a leitura dos respectivos K e - Assim, gera-se a Tabela 3.5.2 proposta
4m no sexto passo.
p( a
n.m. a1 =4m D1 ·
=0 l 593
4Q. K !!:.
n.
h [m]
-0,1
-0,2
-0,3 0,263 1,052
-0,4 0,423 1,692
-0,5 0,547 2,188
-0,6, 0,625 2,500
-0,7 0,691 2,764
p(a) -0,8 0,752 3,008
-0,9 0,800 3,200
-1,0 0,846 3,384
Tabela 3.5.2: Valores do Quinto e Sexto Passo
700 •
8º- passo: Escolhe-se um outro espa<;amento.

a2 = 6m
600
p( a2) = 294 n.m
p P1
( a 2) = 294=
700 0, 42
500

\
40 \
\
\\
300 \
\,, ..

_

·.........
.......
200
----
------··---··-----· -
'p- ·-----·-·-------···-·

roo

o r- -,--,--,--,--,--,--,--,--,-
-..----...---.1..
o 2 4 6 8 ro 12 14 )6 18
'
20 22 24 26 28 30 32
-a
Constrói-se a Tabela 3.5.3. gQ. passo: A figura 3.5.5 apresenta o tra<;ado das duas curvas K x h obtidas da Tabela
3.5.2 e 3.5.3.
Figu
ra lOQ. passo: A
3.5.4 intersec<;ao ocorre em:
: J{ = -0,616
Curv
a h = 2,574 m
p(a)
x a
Usando a equa<;ao 3.2.3, obtém-se o valor de p2 • P2 = 166, 36 n.m

38 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQ.ÁO DO SOLO 39

a2= 6m =0 42
º' ' A figura 3.5.6 mostra o solo estratificado em duas camadas.
K !!
n.
h [m ]
-0,1 - -
-0,2 - -
-0,3 - -
-0,4 - -
-0,5 0,305 1,830 77771lllllllll llll lllllllll 7 7
-0,6 0,421 2,526 Solo
-0,7 0,488 2,928 h= 2,574m P.= 700 .n.. m
-0,8 0,558 3,348 1
-0,9 0,619 3,714
-1,0 0,663 3,978

h
Tabela 3.5.3: Valores do Quinto ao Sexto Passo 00 p= 166,36
2
.n.m.
3,5+- ---..,..-----------------------,
' 1

Figura 3.5.6: Solo Estratificado, Solui;ao do Exemplo

2,5
---"''-,,_ - 11

.... ....... ·,,,

/•574"' - 1

\>,.... • 1
\ '\,

3.6 Métodos de Duas Camadas Usando Técnicas de Otimi za ao


A expressao 3.3.4 pode ser colocada na forma:
2
\ p(a) = P1 { 1 +4 L oo [ l{n
\.
\ \ \
\
--;
=
l{n
=
l} (3.6.1)

.\ \
s nt N
n o re a
1,5 \\ \\ l os prática,

\ \ ) o es
pa
pelos
dados
\ J4 e 1,

\
obtidos
\ m ;a
m
em
campo,
\ P
d en tem-se a
\ \ u to
.5 e rela1,;ao
a s de "a" e

\
l s en
a p(a)
tr
medidos
\ e
c e
no
¡/ -0,616 a as
x m ha aparelho
p a st . Os
\
r . es valores
\ e d da de p( a)
s a co medidos
s s nf e os
a , ig obtidos
o ur pela
h a. fórmula
a á 1, 3.6.1
c ;a devem
i u o ser os
m r de mesmos.
a n W Portanto
, a en
p ,
ne procura-
a r r
r se, pelas
e e técnicas
a l o de
a re otimiza1
u 1 sp
m ,;ao,
, ec obter o
; ti melhor
e a v
s solo
o o estratific
p va
e ado em
d lo
c duas
i r
í r de camadas
f , isto é,
i
e p obter os
t (
c a valores
o a de p1,
). K e h,
e
que a 3.6.1 seja mais se' sé e de valores
tal expressao aquela que ajusta a ri medidos. Assim,
o ,-, - --,1.- - -,i,- procura-se minimizar os desvios entre os valores medido_s e calculados.
"-
A solu1,;ao será encontrada na minimiza1,;ao da fun1,;ao
-- - ...1;'r- -
- abaixo:
1- - r ,...._- - ,r- - -t- : K
- 1 - .9 -.8 -:.7
- -.6 -.5 -.4
- ., -.3 -.2 -.1
O
.-
-- Figura
-. 3.5.5:
,-
Curvas
·h x K
-

40
= ( )] 2

CAPITULO 3. ESTRATIFICAQAO DO SOLO


41

{ [
q
mznzmzzar
¿ p(a;)medido-Pt 1+4¿ V ( l!.) - / ( .f!.)
•=1 n=l 1 + 2n a;
2

As variáveis sao PI' K e h.


4+ 2n
2 }

(3.6.2) Espai,;amento Resistividade Medida


, os valores
Estaé a expressa.o da minimizai,;ao dos desvios ao ótimos de a [m] [O.m]
o PI, K e h, 2,5 320
quadrado conhecida como b que é a
mínimo quadrado. Aplicando qtialquer método de t solui,;ao 5,0 245
otimizai,;ao multidimensional em é final do 7,5 182
m método de
3 - estratificai, 10,0 162
. s ;ao. 12,5 168
6 e 15,0 152
Existem vários métodos tradicionais que podem ser aplicados para otimizara expressao 3.6.2, tais como:

• Método do Gradiente;
• Método do Gradiente Conjugado;
• Método de Newton;
• Método Quase,Newton;

Tabela 3.6.1: Dados da Medi<;ao


e
• Método de Direi,;ao

Aleatória; • m
e
d
• Método de Hooke e Jeeves; i
d
• Método do Poliedro Flexível; a
s
• etc.
d
Estratificai,;ao do Solo Calculada Gradiente Linearizado Hooke-Jeeves
a
Resistividade da lª Camada [O.m] 383,49 364,67 364,335
Resistividade da 2ª Camada T[O.m] 147,65 143,61 144,01
Profundidade da 1ª Camada [mJ a 2,56 2,82 2,827
Exemplo 3.6.1
Fator de Reflexao K b -0,44 0,43 0,4334
e
Aplicando separadamente tres métodos de otimizai,;ao conforme proposto pela
l
Tabela 3.6.2: Solu<;iio Encontrada a
e
x 3
p .
r 6
e .
s 1
s ,
a
o o
b
3 t
. i
6 d
. a
2 s
a e
o m
c c
o a
n m
j p
u o
n
t p
o e
l
d
o a
s
m
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d a
o o

d a
e p
r
W e
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n e
n n
e t
r a
, d
a
a s
s
n
s a
o
l T
u a
i b
, e
; l
o a
e
s 3
.
o 6
b .
t 2
i .
d

42

3.7
CAPíTULO 3. ESTRATIFICA(JAO DO SOLO 43

Método Simplificado para Estratifica ao do Solo em Duas Camadas

E método oferecerá resultados razoáveis somente quando o solo puder ser considerado estratificável em duas camadas e a curva p(a) x a tiver urna das formas típicas indicadas na figura 3.7.1
ste abaixo, com urna considerável tendencia de saturac;:ao assintótica nos extremos e paralela ao eixo das abscissas.
SUPE RFÍCIE DO SOLO

h
J!! CAM

h
h
,.P (Jlm) ,.p (.!l..m)
h p,
.P.t --
-------------------
,.P2

..Pt

!
00

Figura 3.7.2: Espa<;amento a =h

2!! CAMADA

o(m)

o(m)

A expressao 3.7.1 significa que se o espac;:amento "a" das hastes no Método de Wenner for exatamente igual a "h", a leitura no aparelho Megger será:
a adas
F )
i
g
• x
a
A assíntota para pequenos espac;:amentos é típica da contribuic;:ao da primeira camada do solo. Já para
espac;:amentos maiores, tem-se a penetrac;:ao da corrente na segunda camada, e sua assíntota caracteriza
u p nítidamente um solo distinto.
r a
r Pela análise das curvas p(a) x a da figura 3.7.1, fica caracterizado pelo prolon gamento e assíntota, os
a
a valores de p1 e p2 . Portanto, neste solo específico, comos dois valores obtidos, fica definido de acordo coma
3
S expressao 3.3.4 o valor do parametro K.
.
7 o Assim, na expressao 3.3.4 o valor desconhecido é a profundidade da primeira camada isto é, "h".'
. l
o A filosofia <leste método baseia-se em deslocar as hastes do Método de Wen ner, de modo que a distancia
1
d entre as hastes seja exatamente igual a "h", isto é, igual a profundidade da primeira camada. Ver figura 3.7.2. ·
:
e
C
D Assim, como a = h ou = 1, o termo a direita da expressao 3.3.4 fica sendo a expressao 3.7.1, que será
u denominado de M(h=a)·
r u
v a
a s
s C
p a
( m
3º- passo: Trac;:ar a assíntota
( no final da curv:a p(a) x a
3 e prolongá-la até o eixo
. das ordenadas, o que
7 indicará o valor da
. resistividade P2 da
2 segunda camada do solo.
)

Portanto,
<leste modo, basta
levar o valor de P(a=h)
na curva p(a) x a e
obter o valor de "a",
isto é, "h". Assim,
fica obtida a
profundidade da
primeira camada.
Esta é a filosofia <leste
método, para tanto,
<leve-se obter a curva
M(a=h) versus
K, através da expressao 3.7.1.
Esta curva está na figura 3.7.3.

Assim, definida a
curva de resistividade
p(a) x a, obtida pelo
método de
Wenner, a seqüencia para
obtenc;:ao da estratificac;:ao do
solo é a seguinte:

1º- passo: Trac;:ar a


curva p(a) x a,
obtida pela
medic;:ao em
campo usando o
método de
Wenner.
2º- passo: Prolongar a
curva p( a) x a
até interceptar o
eixo das ordenadas
e determi nar o
valor de Pl, isto
é, da resistividade
da primeira
camada do solo.
P(a=h) = M(h=a) = 1+ 4 f[ l{n - l{n l (3.7.1)
-1
J ={
Pi
(2n)2
n=l /1+ (2n) 2 /4 + 4 essao 3.2.3, isto é:
2
p _

a + P
_
l
s
s _

o
:
C
a
l
c
u
l
a
r
o
c
o
e
fi
c
i
e
n
t
e
d
e
r
e
fl
e
x
a
o
K
,
a
tr
a
v
é
s
d
a
e
x
p
r
1
Pl
44 CAPíTULO 3. ESTRATIFICA<;AO DO SOLO
45

Exemplo 3.7.1

Comos valores medidos em campo pelo método de Wenner da Tabela 3.7.1,


efetuar a estratificac;ao do solo pelo método simplificado de duas camadas.

.61--r*'"-;--.--,--.-.--.-r--.---,-,---,---,--,---,---, -
-1-'.9-'.a-'.1-:6-:s-:4-:3-:2-:1b 1 1
.1 . 2 .3 .4 . 5 .6 .1 . .9
Figura 3.7.3: Curva M(a=h) versus K

Espac;amento Resistividade Medida


a(m) (n.m)
1 996
2 974
4 858
6 696
8 549
12 361
16 276
22 230
32 210

Tabela 3.7.1: Dados de Campo

1º- passo: A curva p(a) x a está mostrada na figura 3.7.4.


2º- pe.eso: Pelo prolongamento da curva, tem-se

Pi= 1000 n.m

3º- passo: Trac;ando a assíntota, tem-se

P2 = 200 0.m

4º- passo: Calcular o índice de reflexao K


22. - 1 .1º!!. - 1
J{ - _PI - lOOO -0, 6666 =1000
- 22.+1- .1º!!.+1 PI

,º- passo: Com o valor de K. o.btido· no quarto passo, determinar o yalor de ,M(a=h) na

5º- passó: Da curva da figura 3.7.3, obtém-se ·


cl:ll'va da figura 3.7.3. O valor de M(a=h) está relaéionado com a equac;ao 3.3.4,
já que sao conhecidos Pl, pz e K, sendo a profundidade ','h" <lesconhecida.· Mca=h) = O, 783
•O l,
- passo: Ca cular P(a=h) = P1,M(a=h)'
6º- passo: Calcular
'º asso: Como valor de P(a=h)
- encontrado, entrar na curva de
P(a=h) = p1.M(a=h) = 1000. O, 783 = 783 n.m
p resistividade p(a)
x a e determinar a profundidade "h" da primeira camada do solo.
7º- passo: Como valor de P(a=h) le ado a curva p(a) x a, obtém-se
h

5
,
0
m

Um solo com várias camadas apresenta urna curva p(a) x a ondulada, com
trechos ascendentes e descendentes, conforme mostrado na figura 3.8.1.

46
CAPíTULO 3.
47
ESTRATIFICAQÁO DO SOLO
f
p(a)
3.8
Método de Estratifica ao de Solos de Várias
Camadas
1100,T------------------------
----

1000

900

800
783 l>-- -....

700

600-

500

4 00

300

200-
1 00

5,0m

----------------!
Figura 3.8.1: Solo Com Várias Camadas

Dividindo a curva p(a) x a em trechos típicos dos solos de duas camadas, é possível entao, empregar métodos para a estratificac;ao do solo com várias camadas, fazendo urna extensao
da modelagem do solo de duas camadas.
o. .. 2 4 6 8 10 12 14 16 a 18
,.. .- 1 Serao desenvolvidos os seguintes métodos para a estratifica<;ao do solo com
-- -- 20 22 24 26 28 30
várias camadas:
.- -, 32
-- ,-
r- --
· Figura 3.7.4: • Método de Pirson;
¡¿ -,
'- -- Curva p(a) x a • Método Gráfico de Yokogawa.
r- -
-; - Assim, o solo estratificado em duas
-- --
- -- camadas é apresentado na figura 3.7.5. 3.9 Método de Pirson
r- ..
-, ..
-- ::
m
-
r-
-.
Solo .
o t
1!!Camada
h= 5,0 m
p,.,ooo.n. .m O Método de Pirson pode ser encarado como urna extensao dó método de

'. duas camadas. Ao se dividir a curva p(a) x a em trechos


i (X) p2 . 20 0 .o..m
2!! Camada ascendentes e descendentes fica evidenciado que o solo de
várias camadas pode ser analisado como urna seqüencia
de curvas de solo equivalentes a duas carµadas.
Figura 3.7.5: Estratific ao do Solo Considerando o primeito trecho como um solo de duas camadas, obtém-se
PI, p2 e h1, Ao analisa:r-se o segundo trecho, deve se primeiramente determinar urna
o•v ooouMeNT AQAO

8º- passo: Para o segundo trecho da curva, repetir todo processo de duas camadas visto no Hll-lLlllTECA
método apresentado em 3.5,
considerando p a resistividade da primeira c mada. Assim, obtém-se os novos valores estimados
CE N h2,
deT p1-\3 Ae J19
48 CAPíTULO 3.
ESTRATIFICAQAO DO SOLO
Estes valores foram obtidos a partir de urna estimativa de Lancaster-Jones.
resistividade equivalente, vista pela terceira camada. Assim, Se um refinamento maior no processo for desejado, <leve-se refazer o processo a partir do novo h2 calculado, isto é:
procura-se obter a resisti vidade p3 e a profundidade da
camada. equivalente. E assim sucessivamente, seguindo a
mesma lógica. Volta-se ao sétimo passo para obter novos valores de p3 e h 2• Após, enta.o, repete-se a partir do sexto passo, todo o processo para
os outros trechos sucessores.
A seguir apresenta-se os passos a serem seguidos na
metodologia adotada e
1
proposta por p· 1rson:

Exemplo 3.9.1
12 passo: Tra<_;ar em um gráfico a curva p(a) x a obtida
pelo método de Wenner. Efetuar a estratifica<_;a.o do solo pelo Método de Pirson, para o conjunto de medidas obtidas em campo pelo método de
2 Wenner, apresentado na Tabela 3.9.1.
2 passo: Dividir a curva em trechos ascendentes e
descendentes, isto é, entre os seus pontos máximos e Espa<_;amento Resistividade Medida
rrúnimos.
a(m) (O.m)
3º- passo: Prolonga-se a curva p( a) x a até interceptar o eixo 1 11.938
das ordenadas do gráfico. 2 15.770
Neste ponto é lido o valor de PI, isto é, a 4 17.341
resistividade da primeira camada. 8 11.058
16 5.026
4º- passo: Em rela<_;a.o ao primeiro trecho da curva p( a) x a,
32 3.820
característica de um solo de duas camadas, procede-se entao
toda a seqüencia indicada no método 3.5. Encontrando-se,
assim, os valores de p2 e h1.
5º- passo: Para o segundo trecho, acharo ponto de transi<_;ao (at)
onde a *: é máxima, isto é, onde = O. Este ponto da
transi<_;a.o está localizado onde a curva muda a sua
concavidade.

6º- passo: Considerando o segundo trecho da curva p( a) x


a, deve-se achar a resis tividade equivalente ista pela
terceira camada, assim estima-se a profundidade da
segunda camada (h 2) , pelo método de Lancaster-
nes, isto é:
Onde

d1 = h1 = Espessura da primeira camada


h2 = Profundidade estimada da segu_:r;i.dit camada
(3.9.1)

Tabela 3.9.1: Dados da Medi<_;ao

1º- passo: FiguraA3.9.1


cendente. mostraé afeita
separa<_;a.o curva p(a)
pelo *
x a.máximo da curva, isto é, ond
,ponto e

= O.d2 = Espessura estimada da segunda camada 2º- passo:


curva
a p(a)Ax
édois
dividida ite:m 3.5, obtém-se as Tabelas 3.9.2 relativa aos passos intermediários.
em
trechos, um
at = É o espa<_;amento correspondente ao ponto de ascendente
outro des e
transi<_;a.o do segundo trecho.
Assim, obtém-se o valor estimado de h2 e d2 • · 3º- passo:
· Como
i
prolong
7º- passo: Calcular a resistividade média equivalente amento
estimada (PD vista pela terceira , da
camada, .utilizando a Fórmula de Hummel, que é a curva
média harmoni.ca ponde rada da primeira e segunda p( a) x
camada. a
,1 d1 + d2 obtém-
se a
resistivi
dade da
primeir
a
camada
do solo.

4º- passo:
Após
efetuad
os os
passos
indicad
os no
método
do
P2 = · · (3.9.2)
41. !h.
Pl P2
+
O p se apresenta como o p1 do método de duas
camadas.
Para:
50

p(a) [íl.m]

·IE :_;:G: :'.t;:¡¡¡;;:;:;;1;; : 1;'.; '.'.


CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQA.O DO SOLO

51

a1 = 2m
p
PI
a;\
= 0,5475 a1 = lm -EL= O
p a1l '
7204
h .!l.. h
K .!l.. K
a1 (m) a1 (m)
0,2 - - 0,2 0,23 0,23
0,3 0,05 0,10 0,3 0,46 0,46
0,4 0,28 0,56 0,4 0,60 0,60
0,5 0,40 0,80 0,5 0,72 0,72
0,6 0,49 0,98 0,6 0,81 0,81
0,7 0,57 1,14 0,7 0,89 0,89
0,8 0,65 1,30 0,8 0,98 0,98
Tabela 3.9.2: Valores Calculados

· .?

ªt •
Figura 3.9.1: Curva p(a) x a

a(m)
.j,

6º- passo: Considerando o segundo trecho da curva p(a) x a, estimar a profundidade da segunda camada. Aplicando-se a fórmula 3.9.1 do método de Lancaster- Jones, tem-se: r·"'
2 \
i
A A /1

h2 = d1 + d2 = ':J
·2·/
)
A A

h2 = o, 64 + d2 = 3·8
h2 = 5,4m
d.2 = 4, 76m
7º- passo: Cálculo da resistividade média equivalente pela fórmula 3.9.2 de Hummel,
tem-se
•1 0,64 + 4, 76 P 2 = +
-º& ! 4,7so
a1 = lm, obtém-se p(a 1 ) = 11.938 íl.m
a1 = 2m, obtém-se p(ai) = 15.770 íl.m
Efetuando o tra1,;ado das duas curvas K x h, as mesmas se interceptam no ponto:
8600 21.575

p = 18.302 n.m
8º- passo: Para o segundo trecho da curva p(a) x a, repetir novamente os passos do método do item 3.5, gerando as Tabelas 3.9.3.

Calcula-se
K1 = 0,43 Para:
P2 = transi1,;ao é r lativo ao espa1,;amento de 8 metros, assim:

5º- passo:· ªt = 8ni


Examinan
do o
segundo
trecho da
curva,
pode-se
concluir
que o
ponto da
curva com
espa1,;am
ento de 8
metros,
apresenta
a maior
inclina1,;a
o.
Portanto,
o ponto de
a 8m, obtém-se p(a1 ) = 11.058 íl.m a1 = 16m, obtém-se p( a1 ) = 5.026 íl.m
1

Efetuando-se o tra1,;ado das duas curvas K x h, as mesmas interceptam-se no ponto,


= h2 = 5,64m

K = -O, 71
52 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQ.AO DO SOLO 53

a1 = 8m = 0,604 a 1 = 16m =O 2746 A origem do método, baseia-se na logaritimiza<;ao da expressao 3.3.4 obtida do modelo do
Po p !. '
h h solo de duas camadas. Assim, usando o logaritmo em ambos os lados da expressao 3.3.4, tem-se:
K !!,_
K !!,_
a (m) a (m)
-0,3 0,280 2,240 -0,3 - -
-0,4 0,452 3,616 -0,4 - - [ (a) ] {

l}
-0,5 0,560 4,480 -0,5 - -
-0,6 0,642 5,136· -0,6 0,20 3,20 = log 1+
-0,7
J{n 0,720 5,760
J{n -0,7 0,34 5,44 4
-0,8 0,780 6,240 -0,8 0,43 6,88
-0,9 0,826 6,600 - 0,9 0,49 7,84

Tabela 3.9.3: Valores Calculados

Assim,
•1 1 + J{
p3 = P2 l _ I<
E J1 + (2n )2
Fazendo o tra<;ado das famílias das curvas
Pt . J4 + (2n )2 teóricas, em um gráfico com escala logarítmica, isto é,
log-log, tem-se a CURVA PADRÁO, mostrada na figura
3.10.1.
Empregando-se a mesma filosofia usada no modelo desenvolvido no itero 3.5., pode-se construir urna família de curvas
teóricas de log [ ] em fun<;ao de para urna série de valores de K dentro de toda sua faixa de varia<;ao. A Curva Padrao obtida na escala logarítmica é
similar as curvas do gráfico das
Substit figura 3.9.2. figuras 3.5.2 e 3.5.3 tra<;adas juntas. Os valores de cl!U estao na ordenada do gráfico
Pl
uindo-
3.10.1, na abscissa estao os valores de e as curvas dos respectivos K estao indicadas elo seu
se os
P correspondente P 2 •
valores, Pl
p • 8600A.m 1
tem-se: Estas curvas sao relativas as curvas teóricas obtidas especificamente de mo delagem do
P2• 21!1T!IA...
solo de duas camadas. Um solo típico de duas camadas é caracterizado pelos tres parametros: p1,
p2 e h. Fazendo as medi<;oes neste solo, pelo método de Wenner e tra<;ando a curva p(a) x a em
escala logarítmica, seu formato é típico da Curva Padrao.
Portant p•ll,IOllA.m ll
Fazendo manualmente o perfeito casamento da curva p(a) x a na escala logarítmica com
o, a
solu<;a urna determinada curva padrao, tem-se entao a identidade estabe lecida. Isto equivale a ter no
Figura 3.9.2: método de Wenner o espa<;amento igual a profundidade
o final Solo em Tres
foi da primeira camada, isto é, a = h, no solo de duas camadas. Ver figura 3.10.2,
Camadas
encontr Portanto, no ponto da curva p(a) x a que coincide coma ordenada cl!U = 1 na
ada e o Pl

solo Curva Padrao, le-se diretamente o valor específico de p(a), que é igual a resistividade
com p¡ da pri:neira camada. Este ponto é denominado de pólo0 1 da primeira camada, que representa na
tres 3.10 Método Gráfico curva p(a) x a o ponto de medi<;ao pelo método de Wenner que tenha
camada de Yokogawa o mesmo valor da resistividade da primeira camada, juntamente com seu respectivo espa<;amento "a"
s que é identico a profundidade da primeira camada.
estratifi
Este é um método gnifico Neste ponto do pólo 01 le-se, também, a profundidade da primeira camada, isto é, "h".
cadas
é apresentado no manual do aparelho
O tra<;ado da Curva Padrao é feito de tal forma que, como casamento da curva p(a) x a, o
mostra Yokogawa de medi<;ao de resistencia de ponto cl!U = 1 e !!,. = 1, isto é, o pólo 01, esteja na posi<;ao sobre a curva
do na terra. Com este método, pode-se efetuar
a estratifica<;ao do
solo em várias camadas horizontais .com razoável ace ta<;ao. p(a) x a de tal
Pl a
forma que a medi<;ao
do valor <leste ponto pelo método de Wenner,
¡ ¡I_..!..-1- 0 e, / 10
,, - ..- . =r-::::::--------------------9
t.,, ,,.,
a)
1/

54 CAPíTULO 3.
ESTRATIFICAQA.O DO &OLO
55

CURVA PADRA O -
MEGGER
e, P1 P2 C2

1
i--i--1--1---.1,-+-4.-- -+--+--+----+--+--+--+--1-+-r p ,
P z SUPERFÍCIE
DO SOLO

,,, O 20 l!
p
..1.,.
L-

h h h ]!! CAMADA
p
1 - h
P,
-'-
'l-
1-
--
-
1-
--
1-
-
1-
-..
.j.
--
-
-
-
-
-
+-..
.-:=
:
+-:
_.-:
.,.--
-:::.
a
-::
:::
.::
:;;
'""
""'
:--
--
=
=
=
=
=

t
z!! CAMADA O casamento de curvas fornece o valor de

Pode-se estender este processo para solo


várias camada , seguindo a mesma filosofia do méto
Pirson. Deste modo, divide-se a curva
trechos ascendentes e descendentes.
Figura 3.10.2: Espai,;amento a
A partir do segundo trecho, deve-se utiliza
cobriria estimativa da camada equi
totalment camada, isto é feíto empregando a Curva Aux
ea figura 3.10.3.
primeira Coloca-se sobre o gráfico
camada, que tenha a
isto é, já
produz a
solU<;;ao
da
estratifica
c;;ao
procurada
.
No ponto
estabelecido do
pólo 01, basta ef
tuar a leitura de
p(a) e "a",

Pi=

p(a) '*
Valor lido

no pólo

01 na

curva

p(a) x a

a= h
'* Valor
lido no

pólo 01

na curva

p(a) x a
Figura 3.10.1: Curva Padrao
mesma relac;;ao ! obtida pelo casamento da curva
Pl
p(a) x a coma Curva Padrao.
57 Com o pólo de
56
CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁ.O origem (EiEl = 1 e
fl = 1) da Curva
DO SOLO Padrao mantido sobre
1 1 AUXILIAR: a

CURVA
Curva Auxiliar
B2,
Pl
procura-se
Pl
a
ajustar o melhor
casamento entre o .
segundo
trecho da
curva p(a) x a coma da Curva Padrao. Isto feito, demarca-se no gráfico

P2
--11--+--+-1t1t---+--t-+--+--+--+-+-+.:.,A,!.-1+-,¡'"' s'Jl-,n - º '-=+"h- --l--l-...J-.W....J
Neste pólo 02, le-se:

p( a) =p * Resistividade equivalente da primeira e segunda camada, isto é, vista


; / /
- ll

¡;
7
li 5
1
pela terceira camada. Com a rela<;ao 9- obtida
P
do casamento, obtém-se o p3 . E assim sucessiva
2
a = h2 =* Profundidade do conjunto da primeira e segunda camada.
l.:l mente.

Até o momento procurou-se apenas justificar a filosofia baseada neste método.
2
1 1
1.5
·1 1¡
1
o
1
I.,i
1
1
:r
A resolu<;ao da estratifica<;ao é puramente gráfica usando trechos ascendentes e descendentes.
translado de curvas, portanto, é difícil traduzir com plenitude a
3º- passo: Desloca-se o primeiro trecho da curva p(a) x a sobre a CURVA PADRÁO, até
exemplifica<;ao do método.
obter o melhor casamento possível, isto se dá na rela<;ao eP:l;,
Colocando-se em ordem de rotina, passa-se a descrever o método:
4º- passo: Demarca-se no gráfico da curva p(a) x a, o ponto de origem ( 1 e
lQ. passo: Tra<;ar em papel transparente a curva p(a) x a em = 1) da Curva Padrao, obtendo-se assim o pólo 01.
5º- passo: Le-se no ponto do pólo 01, os valores de p1 e h1.
escala logarítmica. 2º- passo: Dividir a curva p( a) x a em
1 ... ....LLJ j_ passo.
! Pl
1 j 1 1 j 1 1 l 6º-
Até este passo, foram obtidos p1 , h1 e p2 . Para continuar o processo do outro
! 1
passo:
1 1 1 1 1 1 1
-i- 1
Calcula- trecho sucessor da curva p(a) x a, vai-se ao sétimo passo.
se P2
pela 7Q. passo: Faz-se o pólo 0 1 do gráfico da 'curva p(a) x a coincidir como ponto de
rela<;ao origem da CURVA AUXILIAR. Transfere-se, isto é, tra<;a-se com outra cor a
P obtida
2
Curva Auxiliar com rela<;ao e:;,_ obtida no terceiro passo; sobre o gráfico da
no
terceiro curva
Pl
p(a) x a. Figura 3.10.3: Curva Auxiliar

58
CAPíTULO 3. ESTRATIFICA()A.O DO SOLO 59

8º- passo: Transladando-se o gráfico p(a) x a, de modo que a Curva Auxiliar ' trac;ada no sétimo passo, percorra sempre sobre o ponto de origem da CURVA
PADRÁO. Isto é feito até se conseguir o melhor casamento possível do segundo trecho da curva p( a) x a com a da Curva Padrao, isto se dá numa nova relac;ao
p(a)'[O.m]
0.00

E1. denominada agora de q.


Pl P2

9º- passo: Demarca-se o pólo 02 no gráfico p(a) x a, coincidente com o ponto de origem da Curva Padrao.
10º- passo: Le-se no ponto do pólo 02 os valores de p e h2.

11º- passo: Calcula-se a resistividade da terceira camada p3 pela relac;ao fornecida no


oitavo passo.
Até este passo foram obtidos PI, h1, h2, P2 e p3. Havendo mais trechos da curva
p( a) x a, deve-se repetir o processo a partir do sétimo passo.

Exemplo 3.10.1
Espac;amento Resistividade Medida
Efetuar a estratificac;ao
a(m) do solo pelo método gráfico de Yokogawa do res pectivo
(O.m)
conjunto
Wenner. de medic;oes em 2 campo da Tabela680 3.10.1, obtidos pelo método de
4
8
840
930

16 690
32 330
Figura 3.10.4: Resoluc;ao do Método Gráfico

Tabela 3.10.1: Dados de Campo


No pólo 01, tem-se:
Toda a resoluc;ao baseia-se na figura 3.10.4.

P2= 3
P1

p1 = 350 0.m
h1 = 0,67m
p2 = 1050 0.m

p = 900 n.m
60 CAPITULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO
h2 = 15m

p3 = 150 n.m
No pólo 02, tem-se:

p3 1
-=-
p 6
Sistemas de
Capítulo 4 Aterramento
3.10.5. 4.1
O solo estratificado em tres
camadas está na figura Introdu ao

77¡: 77777/f/777777/77777

d2= 14,33m h2= 15 m p2 =1050Jtm

j j
p3 =150ítm
00

Neste capítulo sao apresentados os sistemas de aterramento mais simples, com geometria e configurac;;oes efetuadas por bastes, anel e fios.
Sendo a malha de terra um sistema de aterramento especial, um capítulo a
parte será dedicado ao seu estudo.
O escoamento da corrente elétrica emanada ou absorvida pelo sistema de aterramento, se dá através de urna resistividade aparente que o solo apresenta para este
aterramento em especial. Portanto, sera.o analisados, inicialmente, os sistemas de aterramento em relac;;ao a urna resistividade aparente. No Capítulo 6 será abordado o assunto
sobre a resistividade aparente (pa). Como o cálculo da resistividade aparente (pa) depende do solo e do tipo de sistema de aterramento, sera.o vistos a seguir, vários tipos de
sistemas de aterramento.

.
Figura 3.10.5: Solo Em Tres Camadas
4.2 Dimensionamento de Um Sistema de Aterramento
com Uma Haste Vertical o

verticalmente em um solo
homogeneo, de acordo com a
figura 4.2.1, tem urna resistencia
elétrica que pode ser determinada
pela fórmula 4.2.1.
pa (4dL)
[O] (4.2.1)
R1haste = 27Lí ln
Onde:

6
1
-----
----------------------------- 63
----------------------

Observac;ao: Para haste com secc;ao transversal diferente, o procedimento é


o mesmo do caso.da cantoneira, desde que a maior dimensao da secc;ao
transversal em relac;ao ao comprimento· da haste seja muiÚ> pequeno.
62 CAPJTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
I Exemplo 4.2.1
1
Determinar a resistencia de terra de urna haste de 2,4m de comprimento com
Solo diametro 15mm, cravada verticalmente em um solo com pa = 100 n.m.

Pa A figura 4.2.3 apresenta os dados deste exemplo.

Figura 4.2.1: Haste Cravada no Solo

pa =} Resistividade aparente do solo [D..m]


L =} Comprimento da haste [m]

d =} Diametro do círculo equivalente a área da secc;ao transversal da haste [m] A figura 4.2.2, exemplifica a secc;ao transversal.

Solo

pa = 100 n.m

015mm

Figura 4.2.3: Dados do Exemplo

pa (4L)
Rlhaste = 27 L r ln d
efetuar o No caso de
cálculo da haste
área tipo cantoneira,
da sua secc;ao deve-se
transversal
Figura 4.2.2: Seq;ao Transversal da Haste Circular e em Cantoneira e igualar aárea de um círculo. Assim:
R _ 100 ln ( 4. 2,4 ) R1haste = 42, 85 n
lhaste- 21r. 2, 4 1s.10-3 (

Nem sempre o
aterramento com urna única
Scantoneira = Sc1rcu1o = 1r ( ) 2 haste fornece o valor da
resistencia desejada. Neste caso,
examinando-se a fórmula 4.2.1,
pode-se saber os parametros que
influenciam na reduc;ao do valor
da resistencia elétrica. Eles sao:

Onde:

Scantoneira
d=2 7r

{4.2.2)
• Aumento do diametro da haste;

• Colocando-se hastes em paralelo;

• Aumento do comprimento da haste;


d =} círculo canton
eira • Reduºªº do pa utilizando tratamento químico no solo.
Diam
etro
equiVédente a
área -da secºªº
do
tram¡versal da
vista pelo aterramento de um equipamento (figura 4.2.4) é composta:

a) Da resistencia da conexa.o do cabo de liga(,;ao como equipamento;

64 CAPíTULO 4. SISTEMAS DÉ b) Da impedancia do cabo de liga(,;ao;


ATERRAMENTO
e) Da resistencia da conexa.o do cabo de liga(,;ao com o sistema de aterramento em- pregado;
Será vista, a seguir, a influencia de cada parametro, gerando assim, d) Da resistencia do material que forma o sistema de aterramento;
alternati vas para reduzir a resistencia do aterramento.
e) Da resistencia de contato do material com a terra;
Pode-se observar também que a expressao 4.2.1 nao leva em conta o
material de que é formada a haste, mas sim do formato da cavidade que a f) Da resistencia da cavidade geométrica do sistema de aterramento com a terra.
geometria da haste forma no solo. O fluxo formado pelas linhas de corrente
elétrica entra ou sai do solo, Oeste total, a última parcela, que é a resistencia dtterra do sistema de ater ramento, é a
utilizando a forma da cavidade. Portanto, o Rlhaste refere-se somente a mais importante. Seu valor é maior e depende do solo, das condi(,;oes climáticas, etc.. Já as
resistencia outras parcelas sao menores e podem ser controladas com faci lidade.
elétrica da forma geométrica do sistema de aterramento interagindo com o solo.
As
sim, generalizando, a resistencia elétrica de um sistema de aterramento é apenas
urna parcela da resistencia do aterramento de um equipamento. A resistencia total 4.3 Aumento do Diametro da Haste
65
Aumentando-se o diametro da haste, tem-se urna pequena redu(,;aO que
pode ser observada analisando a fórmula 4.2.1. ·
1
Esta redu(,;ao apresenta urna satura(,;ao ao aumentar-se em demasia o :1
diametro
da haste. A figura 4.3.1 mostra a redu(,;ao em (%) da resistencia da haste com o
aumento do diametro em rela(,;ao a haste original. Rede primária

Convém salientar que um aumento grande do diametro da haste, sobo


ponto de vista de custo-benefício, nao seria vantajoso. Na prática, o diametro que
se utiliza para as hastes, é aquele compatível com a resistencia mecanica do
cravamento no solo.

Poste

b

Figura 4.2.4: Resistencia Elétrica Total do Equipamento


o
:---
11 ------- --
v•·· JI : .... . ......_ --- ---

CAPfTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO iz ....·----- -------:!::::-:-.. "'::"Wt-,.._ ,.. ,.,.


o 1 1
66 1 1 1
67 : 1 1

i 1
: 1
' 1
' '
No caso de duas hastes cravadas no solo ZONA DE
homogeneo, distanciadas de "a", a figura 4.4.2 mostra as INTERFERE"NCIA
superficies equipotenciais que cada baste teria se a outra nao
existisse, onde pode ser observada também a zona de
interferencia.
1' :'

,00

: :
Id 4d 01,...,,.

Figura 4.3.1: Diarnetro 1


Redur,;ao do Valor da Haste
da Resistencia de
Urna Haste Vertical
ern Funr,;ao do
4.4 Interligac;áo de Hastes em Paralelo

A interligar,;ao de hastes em paralelo diminui sensivelmente o valor da re sistencia do aterramento. O cálculo da resistencia de hastes paralelas interligadas nao segue a lei simples do
paralelismo de resistencias elétricas. Isto é devido as inter ferencias nas zonas de atuar,;ao das superficies equipotenciaiii, A figura 4.4.1 mostra as superficies equipotenciais de urna haste vertical
cravada no solo homogeneo.

a
I"' /\ 1
1 1 \ 1 I
1 1 1 \ I \ I

,x
1 1/ I
1 1 \I \1 I
1
I
solo 1 1

'
1 I I
\ 1 I
\ 1 I I \ 1
I\ I \ 1\ II
1 VI
, '
1 \
'
I /
\ I
\ \ 1 11 I\ X \ /1 1 \I \I / 1 1 I I I
\
\ \ \ 11
\
\
\
1
1
11
1
I
\{
II \ I
\/ ' 11
11
I I
I I I
/
I
I \ \ 11 1 \I \ I
1 / / \
\ \ 11
1
1 1 I ¡.. ,, \ 1 1 I
I
/ /
,,,, ,,,
\ \
\ \ \ 1 1 / \ \ 1 1 J1 / I I \ \ 11 I
\
1/
\ \ 1 I I I
I
\
\ \ \ \\ 1
I I I \ A.I
\
11
\ ,,/
/
/
I
\ I \

'' .... ' - -, .,,,


\ \ '' ll I I

'
1// I

-,
\ \ ,, ,
1 '',,'_.,.,../ I /1 \ I

''
'' ..... - - ,,,.,.
' I
I
\
... .,,. /
/ ' ....
,,,... / .,.. I
/
/
I I . ......
,,, ,,,,
/ /
I

/
¡/ ¡ / \

\
,,,, I

'',,,,
1

__ .,,,
I
\
\. .... / /
.......... _,
\ ', /
1 /
............ .,,.
'
I I
--
Figura 4.4.1: Superficies Equipotenciais de Urna Haste
Figura 4.4.2: Zona de Interferencia nas Linhas Equipotenciais de Duas Hastes

68 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 69


A figura 4.4.3 mostra as linhas equipotenciais resultantes
do conjunto formado pelas duas hastes. fórmula 4.5.1 apresenta a resistencia elétrica que cada haste tem inserida no conjunto.
n

Rh = Rhh + L
m=l mf.h

Onde:

1
l

1
(4.5.1)

1 : 1
1 1 1
1 1 1 1
1 1 1 1
1 1 1

\, ...._ _ ,..
--
"'.,. ., ,,
I '
I - --
-- ...... ..•. )
1111

\ \ \._.,.-.
ha ula
Rh => Resistencia apresentada pela haste "h" inserida no conjunto st 4.2.
considerando as interferencias das outras hastes es 1)
(f a
n => Número de hastes paralelas Rhm => Acréscimo·de resistencia na haste "h"
ór devido
m
Rhh
...-
=> Resistencia individual de cada haste sem a presen<;a de outras
.-.. _.,.,/ / "m", dada pela expressao 4.5.2
,-
----
/

'
\ .....

......
- ..

--- ........ _.,,

Figura 4.4.3: Superficies Equipotenciais de Duas Hastes


A zona de interferencia das linhas equipotenciais causa urna área de bloqueio do fluxo da corrente de cada haste, resultando urna maior resistencia de terra indi vidual. Como a área de
dispersa.o efetiva da corrente de cada haste torna-se menor a
resistencia de cada haste dentro do conjunto aumenta. Por to, aresistencia elétri'ca

ehm => Espa<;amento entre a haste "h" e a haste "m" (em metros)
L => Comprimento da haste [m]
(4.5.2)
do conjunto de duas hastes é: A

represe
R1 haste
<
R
< (4.4.1) nta<;ao
- - 2haste R1haste
de bhm
está na
figura
4.5.1,
seu
valor
é
obtido
pela
ex
pressa<
>¡ 4.5.3.

Observe-se que o aumento do espa<;amento das hastes paralelas faz com que a interferencia seja diminuida.
Teoricamente, para um espa<;amento infinito, a inter- ferencia seria nula, porém, um aumento muito grande do espa<;amento
entre as hastes
nao seria economicamente viável. Na prática, o espa<;amento aconselhável gira em
torno do comprimento da haste. Adota-se muito o espa<;amento de 3 metros.
SOLO

4.5 Resistencia Equivalente de Hastes Paralelas

Para o cálculo da resistencia equivalente de hastes paralelas, deve-se levar em conta o acréscimo de resistencia ocasionado pela interferencia entre as hastes. A

Figura 4.5.1: Parametros das Mútuas Entre as Hastes "h" e "m"

(4.5.3)

70 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 71

Num sistema de aterramento emprega-se bastes iguais, o que facilita a padro niza<;ao na empresa, e também o cálculo da resistencia equivalente do conjunto.
Fazendo o cálculo para todas as bastes do conjunto (expressao 4.5.1) tem-se os valores da resistencia de cada baste:
!solando Req, te m se: 0

Req = l{ R1haste (4.5.7)

R1 = R11 + R12 + R13 +··· + R1n A valor da resistencia de urna baste isoladamente.
R2 = R21 + R22 + R23 +···+ R2n expressao Para facilitar o cálculo de Req os valores
4.5.7 indica de K sao tabelados, ou obtidos através de curvas,
que a como será visto a seguir.
resistencia
equivalente
(Req) do
. Deterrrtina a resisten ia individual de cada baste dentro do conjunto, já cons1derad conjunto de 4.6 Dimensionamento de
s os cresc1mo o as1onados pelas interferencias, a resistencia equivalente das bastes bastes em Sistema de Aterramento
mterhgadas sera a resultante do paralelismo destas. Figura 4.5.2. paralelo Formado Por Hastes Alinhadas
está
reduzida de
em Paralelo, Igualmente Espa
/ K vezes o a das
SOLO
A figura aterramento formado
4.6.1 por bastes alinbadas
mostra um em paralelo.
sistema de
R,

L------J'-----'----- -----------...Jé

l Req

1
1
1
1
1 CONDUTOR DE
1
1 """Z.._ Po s te INTERLIGA!;AO '\

1 ///\V//

Figura 4.5.2: Paralelismo das Resistencias '-1--r----------0


-
(4.5. stes-
4)
ho e

1 1 Req =
= -- -,-
(4.5.5)
+..l + ...+
;

.
"'n
4.5.1 Índice de Figura 4.6.1: Hastes Alinhadas em Paralelo
.
.l Aproveitamento ou Índice
.
de Reduc;ao (K) É um sistema simples e eficiente, muito empregado em sistema de distribuic;ao de energía elétrica, no aterramento
..
. de equipamentos isolados. Dentro da área urbana, efetua-se o aterramento ao longo do meio fio da cal<;ada, o que é
L É definido como a economico e nao prejudica o transito.
1 rela<;ao entre a resistencia
R
1 equivalente do coµjunto (Re )
R e a resis1:§mcia individual de
2 cada baste sem a presern;a de
R outras bastes.
n q
L
.,
i
=
l (4.5.6)
R
73

O cálculo da resistencia equivalente de hastes paralelas alinhadas é feíto usan do as


fórmulas 4.2.1, 4.5.1, 4.5.2 e 4.5.5, e pela fórmula 4.5.6 é calculado o coeficiente de redui;ao (K).
72 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Devido a zona de bloqueio, as resistencias mútuas de acréscimo sao obtidas usando·a
Exemplo 4.6.1 fórmula 4.5.2.

Calcular a resistencia equivalente do aterramento de quatro hastes alinhadas


como mostra a figura 4.6.2 em fun¡;ao de pa. Determinar o índice de redu¡;ao (K).

b12 = jL 2 + e¡2 = j5,76 + 9 = j14, 76 = 3,841m


-
2 41r.2,4 pa l [(3,841+2,4)2_32] =0048pa R i-
n 32 - (3 , 841 - 2, 4)2 '
2

R13 = Ra1 = R42 = R24 = pa

41rL
[(b13 + L ) - e a]
ln e i _ ( b _ L)2
3 13
e13 = 6m - 62)=
pa
b l

3m 3m 3m
1. . 1 . . 1

0= 1 /2"
R 1-3
41r.2,4 n 6 - (6 , 462 - 2, 4)2 '
2
pa [(b14 + L )- e 4)
R 14= R 41= 41rL ln ei4 - (b14 - L)2
e14 = 9m
b14 = V 92 + 2, 42 = 9, 314m
Fi ma com Quatro
- pa l [(9,314+2,4)2_92)=00174pa
gu Hastes Alinliftdas
R i4- 41r.2,4 n 9 - (9 , 314 - 2, 4) '
ra
4. CÍilculo de R1, R2, Ra e R4
6.
teremos: Escrevendo a fórmula
2:
4.5.1 extensivamente para R1 = O, 44pa + O, 048pa + O, 0258pa + O, 0174pa = O,
Sis
o sistema de quatro 5312pa
2 = O, 048pa + O, 44pa + O, 048pa + O, 0258pa = O,
te R
hastes, 5618pa
R1 = R = O, 0258pa + O, 44pa = O, 5312pa
R13 + 048pa + O, 44pa + O,
+ R22 + R23 +
048pa = O, 5618pa Devido a simetría, R1 = R4 e R2 = R3
Ra
4 = O, 0174pa + O,
Raa
R
3

R4 0258pa + O, 048pa + O,
R4a

C<;>mo as hastes sao todas do mesmo formato, ternos:


Cálculo da Resistencia Equivalente ( Reqh4

), Usando 4.5.5
R = R22 = Raa = R44 = pa 4 L)
ln ( - =
pa ( 4.2,4
ln 1
')
_
= O, 44pa
11 d 21r .
2, 4 2 . 2,
7Lr 54. 10 2

2
74
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
1
ATERRAMENTO
75
1 1 = O, 1365pa

R eqh = 1 1
b) Qua tas hastes
0,5312pa +
devem ser cravadas para ter-se urna resistencia máxima de 100?
4
0,5618pa + 0,5618pa + 0,5312pa
Índice de Reduc;ao (K)

Req = J{ Rihaste '.S 10


J ={ R e q 4h = ,0 3l

0,1365pa=
Rhh 0,44pa
J{ <- I< 10
- 44 :So,
227
Isto significa que a a
resistencia equivalente de Da Tabela
Ta 0
quatro hastes é igual a 31% A.0.5 obtém- ,
da re sistencia de urna haste se 6 (seis) be 2
hastes ou 4
isolada. Para evitar todo esse la 4
caminho trabalhoso, o mais.
A.
coeficiente de reduc;ao (K) é f
tabelado e está apresentado 0. o
nas tabelas do Apendice A. c) 5,
Nas tabelas tem-se disponível F ef
o valor da resistencia de urna
haste, obtida usando a azer et
fórmula 4.2.1 ua
em func;ao de pa. Além da urna
-
coluna do K, tem-se a coluna curv se
do Req = I<Rlhaste em func;ao
de pa. Assim, no exemplo aR a
4.6.1, usando a tabela A.0.5,
pode-se ter diretamente o 4 cu
eq X
índice de reduc;ao J{ = O, 31 e rv
o R eq h = O, 136pa. N -o
a
Analisando as de
qu
tabelas do coeficiente de hast
reduc;a.o (K) para hastes e
es
alinhadas, pode-se observar est
que também existe urna em
á
saturac;ao na diminuic;ao da para
resistencia equi valente como ap
lelo
aumento do número de hastes. re
Na prática, o número de com
se
hastes alinhadas é limitado a
6 (seis), acima do qual o e = n
sistema torna-se anti- 3m tada
economico. na
para figura
as 4.6.3.

Exemplo 4.6.2 hast


es R
Um sistema de e
aterramento consiste de oito dad
hastes, espac;adas de 3m, q
cravadas em um solo com pa as.
= 100 O.m. O comprimento Usa
das hastes é de 2,4m e o 0,
diametro de
ndo
!". Pede-se:
4
4
siste
f
mati a
cam
ente
a) Resistencia do sistema de aterramento;

R _ J!.!!_ ln (4L_)

100 ln ( 4. 2,4 )
0,174/'o

0,136/'o
0,113;°0
O,CE1?o
lhaste- 271"L - 21r . 2, 4 0,085?0
! . 2, 54 . 10- 2
o 2 3 4 5 6 7 n2 de hoste

R1haste = O, 44pa = 440

Pa a 8 (oito) hastes, J{ = O, 174


Figura 4.6.3: Curva Req x Nº- de Hastes em Paralelo
conforme Tabela A.0.5 do Apendice
A.

Reqsh = J{ • Rihaste = O, 174. 44 = 7,


60
Has
,¿ 09
tes
em < --1a·
76 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
Trian
ATERRAMENTO 77 gulo c J C,.8

Os índices de redu<,;ao (K) z 0.7

sao obtidos diretamente das


curvas da figura 4.7.2.

------
4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterramento com 1.2m

. Para este sistema as bastes sao cravadas nos vértices de um triangulo equilátero. Figura 4.7.1. ·
H
r n
íil
íz1
0.6

0.5

o 04 C),
0.3

< 02
íz1 o

O5 1.0 1.5 2.0 2.5 3O

ESP AºAMENTO EM METROS

Figura 4.7.2: Curvas dos K x e


As curvas sao para bastes de l" e 1", com tamanbos de 1, 2; 1, 8; 2, 4
metros. e 3

Figura 4.7.1: Triangulo Equilátero

Todo o dimensionamento do sistema em triangulo, baseia-se na defini<,;ao do índice de redU<;ao (K) visto no subitem 4.5.1.

Req"' = /( Rihaste (4.7.1)


Onde:

Rihaste '* Resistencia elétrica de urna baste cravada isoladamente no solo


K '* Índice de redu<,;ao do sistema de aterramento
Req"' '* Resistencia equivalente apresentada pelo sistema de aterramento em triangulo com lado "e"
Exemplo 4.7.1
Num solo onde pa = 100 O.m, determinar a resistencia do sistema de aterra mento cpm tres bastes cravadas em triangulo com lado de 2m, sendo o comprimento
da baste 2,4m e o diametro l". 1¡
pa (4L) pa ( 4.2,4 )
R1haste 21rL In 21r. 2,4 In =
2, 54. 10-2 d
O, 44pa = l. =

A rela<,;ao acima poderia ser tirada diretamente da Tabela A.0.5.


Rihaste = O, 44pa = O, 44. 100 = 440

Pela figura 4.7.2, tem-se

J{ = 0,46
Req"' = O, 46. 44 = 20, 240
79
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO

78 D
4.8
i 1"
m "2'
e
n
s 3m
i
o
n
a
m
e
n
t
o

d
e

S
i
s
t
e
m Q
a u
s a
d
c r
o a
m -

H d
a o
s
t V
e a
s z
i
e o
m
mostra o sistema com o formato de quadrado vazio, onde as hastes sao colocadas
na periferia a urna distancia "e" das hastes adjacentes.
A

f
i
g e
u
r
a

4 e
.
8
.
1
, Figura 4.8.1: Quadrado Vazio
1
1

\ equivalente do sistema é dada pela expressao 4.5.7 com o índice de redw;ao (K) obtido das figuras 4.8.2 e 4.8.3.
A resistencia

:
1,0 o.
11 \

1',\\
-1/2'
-
_..
o;,
\ \ \ ' -----,..
'
'...._' ...... 3m

--
/

·-' ::- =- -
:::.::=' ·
1,0 I, 2,0 1,2m 25 1./m
Espa9arrento em
3,0 M2t s
" 0,9 Trinta e Seis Quadrado Vazio
Figura 4.8.3: Hastes em

-- 2,40

0
,
5

'
·
º
1
,
5

2
,
0

2
,
5

3
,
0
2m, sendo o comprimento da haste 3m e o diametro 1", determinar a
Exem Reqa.
plo
4.8.1 R1haste
O
i
= O,
327
t pa
o
Reqa
h = ]{
a R1haste
s
t Dafigura 4.8.2, tem-se I< = O, 27.
e
s

f
o
r
m
a
m

u
m

q
u
a
d
r
a
d
o

v
a
z
i
o

c
o
m

=
ESPA<;AMENTO EM Reqa = 0,27 .0,327 .pa = 0,08829 pa
METROS
Figura 4.8.2: Oito Hastes em Quadrado Vazio
Cheio
o
:i.:
As hastes sao <( 0,4
ü
80 CAPíTULO 4. SISTEMAS cravadas como z
DE ATERRAMENTO 81 mostra a figura
4.9.1.
4.9 Dimensionamento de
Sistema com Hastes em Quadrado
w
. ... 0,3
e
en
- -- - ,·· (.)
a: 0,2 <
w . .J
e o w
o 0,1
a: o o:,
1,0 1,5 2,0

Espac;camento em rretros

Figura 4.9.3: Trinta e Seis Hastes em Quadrado C

Figura 4.9.1: Quadrado Cheio



Os índices de reduc;ao (K) sao obtidos pelas curvas das figuras 4.9.2 e 4.9.3.

O.B

Exemplo 4.9.1 - 1/2"

---
Quatro hastes de 2,4m e d = }" formam 1· quadrado com e = 2m e estao cravadas num solo com pa = 100 O.m. Determinar o valor de Req•
um .

R1haste = O, 44 pa = O, 44 .100 = 440


:i.:
0.7

(.)
z 0.6
,
....
!!?
Da figura 4.9.2 tem-se l{ = O, 375.
e :
w
o 0.4
Req• = O, 375. 44 =
w o 16, 5 O
n
< "' (,) ,

0.
5
0.3
..J
w
4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes
a :
a
Q2 em Circun ferencia
o 1.0

0
.
5
1.5 20
25 As hastes estao igualmente espac;adas ao longo da circunferencia com raio R.
30
Ver figura 4.10.1.
Fsp
a9a
rre
nto
em
rre
tro
s
Figura 4.9.2: em Cheio (Vazio)
Os respectivos índices de reduc;ao sao obtidos na figura 4.10.2.
Quatro Hastes Quadrado

Figura 4.10.1: Hastes em Circunferencia


4.11 Hastes
Profundas
82
83 O objetivo
principal é aumentar o

Exemplo 4.10.l comprimento L da
1 - V2"
1
haste, o que faz, de
-·. 1' Determinar a resistencia equivalente
do sistema formado com 20 hastes acordo com a
\ com expressao 4.2.1,
.\ • L = 2, 4m e decair o valor da
.'. resistencia
cravadas ao longo de urna
\' praticamente na razao
\
\ circunferencia de raio 9m.
',, '
',
-
.......
i-.
A
resistividade aparente é
igual a 180 n.m.
' "
R -...-.. 3
' 1-_
! "'

e,40ra

"= 79, 2---:


= O, 44
-- _-.-_: -. º"- pa
R1haste } 1,80m

---
.............
R1haste n
Da figura 4.10.2 tem-se

o,i
0,20
><:
inversa de L.
O,
<...... 18 Na utilizac;ao do sistema com hastes profundas, vários fatores ajudam a me lhorar
ainda mais a qualidade do aterramento. Estes fatores sao:
, 0,16

,
• Aumento do comprimento da haste;
o 0,/4
• Camadas mais profundas com resistividades
r,:¡
O:! 0,12

fil Condic;ao de água presente estável ao longo do tempo;
o0,10 1:

o 1<:t;
o-
• Condic;ao de temperatura constante e estável ao longo do
< tempo;
-- • Produc;ao de gradientes de potencial maiores no fundo do

solo, tornando os po
0,08

O:!
tenciais de
passo na
superficie
praticament
e
desprezíveis
.
fi
l A
ssim regioes mais profundas de menor resistividade, o que atenua consideravelmente os
0,
0
6
, gradientes de potencial na superficie do solo.
devi
do Para a execuc;ao desse sistema, usa-se basicamente dois processos que serao
as
0,05 cons vistos a seguir:
o ider
ac;o
10 es
acim
30 a,
obté
m-se
NO.MERO DE um
HA.STES aterr
ame
nto
Fig de
ura boa
4.1 qua
0.2 lida
: de,
Ha com
ste o
s valo
em r de
Cir resi
cun
sten
fer
enc cia
ia está
co ve!
m ao
No long
ve o do
Me tem
tro po.
s
A
de
Rai disp
o ersa
o de
corr
ente
se

nas
con
dic;
oes
mai
s
favo
rá.v
eis,
proc
uran
do
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 85

84

a) Bate-Estaca
Por este
. Dependendo das condi<;oes do terreno é possível, por este processo, conseguir até 18 metros de profundidade.
método as hastes
sao urna a urna
cravadas no solo
por um bate
estacas. As
hastes
emendáveis
possuem rosca
nos extremos e
a conexao é feita
por
!uvas. Ver figura
4.11.1.

ROSCA---... ROSCA--

HASTE
[] LUVA DE
EMENDA
b) Moto•Perfuratriz disso, algumas empresas de energia eletnca, ao mves de cravar hastes emendáveis,
utilizam a técnica de cavar o buraco no solo e, em seguida, introduzir urna única haste
Como visto anteriormente, a dispersao das correntes em urna haste soldada a um fio longo que vai até a superficie. Ver figura 4.11.3.
profunda se dá prati ame,nt na cai:na a de menor resistividade. Em vista
• - BATEDOR
ROSCA-

Figura 4.11.1: Hastes com 7777777). 1777777777


Rosca e Luva de Conexa.o 1 SOLO
1
Um bate-estaca produz, 1
normalmente, 80 batidas/minuto e a haste vai 1

sendo lentamente cravada no solo. Ver figura 1

4.11.2. 1
1
1
MOTO-COMPRESSOR - 1
VIBRADOR C/
80 BATIDAS/mio / 1
/ 1
1
L/J Figura

JJ
Figura 4.11.2: Bate-Estaca e Hastes Emendáveis
Px

Recomenda-se também, introduzir no buraco, limalha de cobre. Esta limalha distribuída no buraco vai, lenta:giente, penetrando no solo, aumentando consideravel mente o
efeito da atua<;ao da haste, que facilita a dispersao da corrente no solo, pois se obtém urna menor resistencia elétrica do sistema.
O processo de cavar o buraco no solo utiliza urna moto-perfuratriz de po<;o manual (figura 4.11.4). Por este processo pode-se conseguir até 60 metros de profun
didade, dependendo, evidentemente, das características do solo.

s.]
86 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
ATERRAMENTO
87

A técnica apresentada na figura


, --------- - :e,-1 _.
4.11.4 tem os seguintes
----7-- problemas:
C/IPAC,. ¿,ooo
TANQUE D' AGUAL
• Risco para o operador;


/
• Ruído excessivo causado pelos motores da perfuratriz • Moto-perfuratriz acoplada ao brac;o de um guindaste;
e da bomba d'água. • Perfuratriz e bomba d'água acionados por transmissao flexível acoplada a trans missao do
veículo;
Para contornar os problemas citados pode-se utilizar as
alternativas abaixo:
• Perfuratriz e bomba d'água acionadas hidraulicamente por pressao do óleo do guindaste.

dada1 .
A última alternativa é a que apresenta melhores resultados, seudo a recomen-

O controle da resistencia elétrica é feíto com medic;oes durante a escavac;ao.

/IASTI:: DE
Pfl\FURACÁo

- "'_, :_::::r--------ílESf.RVATORIO DE

.
: Clf,CULA Í.O
Alcanc;ando-se o resultado esperado, tira-se a broca e coloca-se rapidamente o cabo com a haste na ponta.
Com o tempo a resistencia elétrica diminui devido a movimentac;ao do terreno fechando e compactando
completamente o buraco.
• Fazer urna malha de terra;

Com este processo, nao se alcanc;ando bons resultados, recomenda-se as se guintes alternativas:
'' ......... , .). ' • Deslocar o equipamento a ser aterrado;
• Usar hastes profundas em paralelo.
Figura 4.11.4: Perfurac;iio do Buraco

1 A CPFL foi a prirneira empresa no pa.ís a a.dotar o aterra.mento profundo, usando inicialmente a perfuratriz de po,;;o com motor de combustáo interna a gasolina. Devido a alguns problemas, este processo foi evoluindo
até chegar a perfuratriz e bomba d'água acionadas hidraulicamente por pressáo do óleo desenvolvido pelo próprio veículo. Neste processo sem ruído, a rota,;;áo da broca é menor, produzindo um ótimo desempenho, com
menor desgaste da broca. '
89

Exemplo 4.12.l
· Determinar a resistencia de um anel com 50cm de raio, .diametro do condutor de 10mm, enterrado a
88 CAPíTULO 4. 60cm em um solo com resistividade aparente de 1.000 n.m.
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
2
4.12Resistencia de Aterramento de 1000 ( 4 . 0, 5 )
Condutores Enrolados em Forma de Ranel = 7r2 • O, 5 ln 10 . 10-3 . O, 6
Anel e Enterrados Horizontalmente no Rane1 = 1036, 71n
Solo

A figura 4.12.1 mostra um aterramento em forma de anel


que pode ser usado aproveitando o buraco feíto para a colocac;ao
do poste.
4
.
4.13 1
TRAFO 3
4.14 .l
.
istemas com V
Condutor e
Enterrado r
f
Horizontalme i
nte no Solo g
u
r
resistencia a
de 4
aterrament .
o de um 1
condutor 3
enterrado .l
horizontal .
mente no
solo, é
dada pela
fórmula
Figura 4.12.1: Aterramento em Forma de Anel
A resistencia de aterramento em anel é dada pela fórmula 4.12.1.
J77777777777777777f77777
p SOLO
_l_

LL_j
Figura 4.13.1: Condutor Enterrado Horizontalmente no Solo

2
pa [ ( 2L ) 2p (P)2 1 (p)4] [O] (4.13.1)

Ranel = - pa
- ln
2 7r

Onde: r
2
(4rdp ) [nJ (4.12.1)
R = 21rL ln _ rp - 2 +L
Onde:
- L +2L

p * que está d * do círculo equivalente


a soma da sec;ao
p * que está enterrado o condutor [m]
D
enterrado o i transversal dos
condutores que formam o
L * Comprimento do condutor [m]
a
Profu anel [m] m anel [m] Profu r * Raio equivalente do condutor [m]
e
ndida r * Raio do t ndida
Apresenta-se a seguir, as fórmulas para a obtenc;ao da resistencia de
r
de anel [m] o de em aterra mento dos condutores enterrados horizontalmente no solo, que tenham as
configurac;oes da figura 4.13.2.

p,raL
90 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO R=

lL 4 2 1
d) Configurai;ao em Estrela com seis pontas, letra (d) da figura 4.13.2.
[ In ( rp L2) + 2, 912 - 4, 284p + 10, 32 (LP)2 -37,12 (LP)4]
91
[nJ

+ e
R =

R =
6
- pa [ (
p

ln -
2
[nJ
L2 ) + 10 98 -
1
p ( p2) -
22 04- + 52 16 - 299 52 (- p) 4]

(4.13.5)

[fl]

8,rL 2rp ' ' L


* '
d

L '
*
L
Figura 4.13.2: Configura\;6es Horizontais de Condutores
e
e) Configura ao em Estrela com oito pontas, letra (e) da figura 4.13.2.

Exemplo 4.13.1
(4.13.6)
Tendo-se disponível
60m de um condutor
com diametro de
6mm, fazer todas
a) Dois condutores em angulo reto, letra (a) da figura 4.13.2. as configura oes propostas na
• figura 4.13.2, para
aterramento a 60cm da

r-
superficie em um solo com
resistividade aparente de
1.000 n.m.
R = ::L [ In( 2: ) - O, 2373 + O, 8584f + 1,656 (f 10, 85 (f [nJ
(4.13.2) Os resultados sao

r]
apresentados na
Tabela 4.13.1.

Configu
Onde:
1 fio
2 fios em a
L =} Tamanho de cada segmento retilíneo a partir da conexa.o [m] Estrela 3 p
Estrela 4 p
Estrela 6 p
Estrela 8 p

b) Configurai;ao em Estrela com tres pontas, letra (b) da figura [nJ Ta


4.13.2. bel
(4.13.3) a
4.1

R ::L [ In (:.:) + 1,077- 0,836f + 3,808 (f )' -13,824 3.1


:
So
(ff] lu\
;ao
do
c) Configurai;ao em Estrela com quatro pontas, letra (c) da figura Ex
4.13.2. em
pl
o
Introdm;ao

Tratamento odo
92
Químico do
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
ATERRAMENTO sistem
de
aterra
ento
depen
5 e
Capítulo 5 . sua
integrac;;aodiminuic;;ao
com o da resistencia
solo; de aterramento.
solo e da
resistividade • Nao ser tóxico;
as seguintes características:
aparente. • Nao causar dano a natureza.

sistema já está
oa higroscopia;
fisicamente definido 5.3 Tipos de Tratamento Químico
e' instalado,• a única
maneira de ao lixiviável;
diminuir Sao apresentados, a seguir, alguns produtos usados nos diversos tipos de trata mento
sua resistencia químico do solo.
9
elétrica é alterar as
3
características do
solo, usando um a) BENTONITA
94
trata
CAPíTUL Bentonita é um material argiloso que tem as seguintes propriedades:
O 5.
químico.
TRATAM
O ENTO
tratamento químico <leve • Absorve facilmente a água;
ser QUíMICO
empregado somente
DO SOLO
quando: • Retém a umidade;
•N
• ao • Boa condutora de eletricidade;
xiste o aterramento
ser no
• Baixa resistividade (1,2 a 4 n.m);
solo, comcorurna resistencia
fora .da desejada,
ros e nao • Nao é corrosiva (pH alcalino) e protege o material do aterramento contra a cor rosao
ivo alterá-lo por
se pretende natural do solo.
algum ;
• •B É pouco usada atualmente. Hoje é empregada urna varia<;ao onde se adiciona gesso
ao existeaix
outra alternativapara dar maior estabilidade ao tratamento.
possível,adentro das
condic;;oes
res do sistema,
por im isti
vid e o terreno
trocar o local,
ad
tem resistividade
elevada. e
elé
tri
5.2 ca;
aracterística
•Q do
Tratament.o
ui
Químico
mi do
ca
me
nte
tratamento
est químico
do soloáv visa a
diminuic;;ao
el de sua
resistividade,
no con
seqüentemente a
95

• Seu efeito é de longa dura<;ao;


• É el.e fácil aplica<;ao no solo;
• É químicamente estável;
• Retém umidade.

e) GEL
O Gel é constituído de urna mistura de diversos sais que, em
presen<;a da água, formam o agente ativo do tratamento. Suas propriedades
sao:

• Quimicamente estável;
• Nao é solúvel em água;
• Higroscópico;
/

•Nao é corrosivo;
• Nao é atacado pelos ácidos contidos no solo;

•Seu efeito é de longa durai;ao.

5.4 Coeficiente de Redm;ao Devido ao


Tratamento Químico do Solo (Kt)

O valor de I<t poderá ser obtido, para cada caso, medindo-se a


resistencia do aterramento antes e após o tratamento.
Desta forma, obtém-se
b) EARTHRON
Rcom tratamento
=
T./"
l\.t

(5.4.1)
Rsem tratamento

Earthron é Para ilustrar, na


um material líquido de figura 5.4.1
lignosulfato (principal tem-se um
componente da polpa gráfico dos
da madeira) mais um valores
agente geleificador e prováveis de
sais inorganicos. Suas
I<t
principais
em fun<;ao da
propriedades sao:
resistividade do solo
para um tratamento do
• Nao é solúvel tipo GEL.
em água; A regia.o
• Nao é hachurada é a
corrosivo, devido faixa provável
dos valores de
a substancia gel
Kt dado pelo
que anula a a<;ao
fabricante.
do ácido da
madeira; Observa-se que
em solos com alta
resistividade, o
tratamento químico é
mais eficiente.
96 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO 97
ANTES DO
5.5 TRATAMENTO 1

aria ao da
Resistencia
de Terra DEPOIS DO
Devido ao
Tratamento '
·
Kt ·
uímico

os
gráficos
das
figuras
5.5.1,
5.5.2 e
5.5.3 é
apresenta
do o
comporta
mento
das
varia<;oe
s da
resistenci
a de terra
com o
tratament
o
químico
do solo.

o 160
u,140o
-,
:::i;

5120o
,.
ª100 .

0,/ et 800 TRATAMENTO


ü
,f fi 60 o
11)

13 40 -
o:
20
i....,.
l
,.,

>
o
-
.--
--¡.....
r-,..._

o
.J
,;-

o
z -.
Figura 5.4.1: Valores Típicos de Kt em Fun ao da Resistividade
..: ...i
o>
;i o
z - ...i
.....:. >
U)
z
Figura 5.5.1: Resistencia de Terra Reduzida pelo Tratamento Químico do Solo

Exemplo 5.4.1

Um aterramento tem um valor de 8700 num local cuja resistividade é de


2.000 0.m. Qual a faixa provável do valor de Rtratamento se for feíto um tratamento
130
120
110
100

f·,
/V
" '
/
/

\' .........
J
químico no solo a base de GEL? u,
90 l , \ / \
Da figura 5.4.1 obtém-se o ! 7 SOLO NAO

o
80
"
6
L¿J
<(
o / TRATADO \ /
-,
ü
O, 2 '.S Kt '.S O, 34 ,a 5
11)
5
o"-..
4o
'--
SOLO
/ '
"/
i3 3o o

--
entao
f{tinfei'ior • R '.S Rtratamento '.S f{tsuperior •R
o:
2' ......_ o
_j ó > z;¡ ;i ci
_j
o
<( t;¡ 1-' 1-'
.., .:.>, Cl ::> o
ci . . ,
< (
<(
.: .>, .: .>, Cl ....
174 n '.S Rtratamento '.S 295, 8 n u. ::!:
< <( <( i/1

(
:l!

o
Figura 5.5.2: Tratamento Químico do Solo e
as Varia oes Mensa.is da Resistencia
98 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO 99

MATERIAL OE TRArAMENTO COBERTO COM TERRA

ª 1
et
o:
a: UJ 1-
º " '

1
l !J
zo
HASTE CE: TERRA-
' " "
o
et
ü
tffi

¡¡;
UJ
o:

Figura 5.6.1: Tratamento Químico do Solo Tipo Trincheira (rosquinha)

oa-_......
...__ _._
... ....__ .
_,__ .
....__ .
u a d mpo, de Hastes em Solos
JAN. r o e Tratados e Nao Tratados retirado
a Adjacentes
2 d T
5 a e
3 . r
5 R r
. e a Pode-se observar Abrir buraco em torno
4 do 11/etrodo tratado.
3 s , que pela figura 5.5.3, o
5
: i tratamento químico vai
TEMPO EM ANOSs c perdendo o seu efeito.
V t o Recomenda-se fazer
a e m
r n novo tratamento após
i c o algum tempo.
F a i
i ¡ a T
g ; e 5.6 Aplicac;;ao do Tratamento Químico no Solo

A seguir, nas figuras 5.6.1 e 5.6.2 é mostrado urna seqüencia -de ilustrai,;oes de aplica<;ao do tratamento químico do solo. A figura 5.6.2 foi obtida da referencia [48].

''\: '

Mistura do Erico -

(i)
Ge,co

m par te
® do solo re tirado do buraco.

100 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO 101

Aprox. mefad, do
soJo retirado
(sem fra far/
'77',::,.../

i--.J¡lisfura do solP:-,. natural com Erico-Gel!J

esta terminado.

Reposir;iia da mistura no buraco do elefroda a ,,r frotado

40litros

'
Aprox. mefode do sala re tirado (sem fro far}


Figura 5.6.2: Seqüencia de um Tratamento Químico do Tipo GEL

5. 7 Considerac;;óes Finais
A mis
p fu-
li rO, Como o tratamento químico do solo é empregado na corre ao de aterramento
c existente, deve-se entao, após a execu ao do mesmo, fazer sempre um acompanhamento
o por
r a com medi oes periódicas para analisar o efeito e a estabilidade do tratamento.
;i o
i Deve-se sempre dimensionar e executar projetos de sistemas de aterramento de
o 11
d s modo eficiente, para nao ser necessário usar tratamento químico.
a ar
a
· te
g r"
u
o do
s trat
o om
b
r en
e
o

Agitar a mi,tura com a a·g u a a p Ji e a da a te Aprox. metode do solo re tirado


A a ao efetiva do tratamento químico
deve-se ao fato de o produto químico ser
higroscópico e manter retida a água por longo
tempo, assim, de acordo com o ítem 1.3, a
resistencia do aterramento decaí
acentuadamente. Portanto, recomenda se nas
regioes que tenham período de seca bem
definido, molhar a terra do sistema de
fo
¡aterramento,
rmar o que terá o mesmo(sem
uma pasto
(gel}
tratamento químico. Em subesta ao
efeito
t rodotorJ
¡
pode-se deixar instalado um conjunto de
mangueiras e a períodos regulares, molhar a terra
que contém a malha. Pode-se, inclusive,
a
adicionar Agitar água, cama soluum ao do produto
pe do co
o u _e n químico i s f tratamento.
x a d a a m do u r a e o m a a'g u a ap/1coda, ate formar uma pasta homogenia,

Em terreno extremamente seco, pode-


se concretar o aterramento. O concreto tema
propriedade de mantera umidade. Sua
resistividade está entre 30 e 90 O.m.
profundidade de penetra
ao
envolvidas
como aterramento, e conseqüentemente, a sua resistividade aparente.
102

CAPITULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO


que é a 6.2
resis Haste em Solo de Várias Camadas
com o solo, considerada a profundidade atingida pelo escoamento das
correntes elétricas.

Capítulo 6 geometría em solos distintos, ele terá resistencias elétricas diferentes. Isto
se dá porque a resistividade que o solo apresenta a este aterramento é
diferente.

Resistividade
1
0
Aparente
3

104
6.1
i
CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE
esistividade
APARENTE

A resistencia
elétrica de um
sistema de diferente para cada tipo de sistema de
resistividade
aterramento depende
aterramento.
fundamental mente
Ada:
passagem da corrente elétrica do sistema de aterramento
para o solo de
pende:


a composi ao do solo com suas respectivas


a geometria do sistema de


o tamanho do sistema de

resistividade aparente que representa a integra ao


entre o sistema de aterramento relativo ao seu
tamanho em conformidade como solo.
O
I
105

• Resistividade aparente que o solo apresenta para este determinado aterramento;


• Geometría e da forma como o·sistema de aterramento está enterrado no solo.

Assim, genericamente, para qualquer sistema de aterramento, tem-se:


A resistencia do aterramento de urna haste cravada verticalmente em um solo com várias camadas, é dada pela fórmula 4.2.1, onde a resistividade aparente é calcu lada pela
expressao 6.2.1, conhecida coma fórmula de Hummel. Ver figura 6.2.1.

Onde:
Raterramento = pa f(g) (6.1.1)
Raterra
mento

* dz _i
L 2
P2
Resis
tencia
elétri
ca do
siste
ma
de
aterra
ment
o pa
=}
Resis
tivida
de
apare
nte
f(g) =} Fun<;ao que depende da
geometría do sistema e da solo
forma de colocac;ao no

Pela análise da expressao 6.1.1, pode-se definir mais claramente o conceito de


+ Pa
CX)
resistividade aparente. Para tanto, faz0 se necessário a seguinte comparac;ao:
Figura 6.2.1: Haste Cravada no Solo Estratificado
a) Colocar um sistema de aterramento em um solo de várias .camadas.

Sua resistencia será dada por: •


Raterramento = pa f(g)
\ r'
(6.2.1)

A. dispersa.o das correntes em cada camada se dará de forma proporcional a sua


b) Colocar o mesmo sistema de aterramento em posic;ao respectiva de bem como ao comprimento da parcela da haste nela contida.
identica a anterior em um resistivida
solo homogeneo, tal que a resistencia elétrica seja a mesma. Isto é: Raterramento = ph f (g)
Assim, igualando-se, tem-se:

pa f(g) = ph f(g) pa = ph (6.1.2) Portanto, pela expressao 6.1.2 pode-se definir a resistividade aparente (pa) de

Exemplo 6.2.1
Calcular a resistencia do aterramento relativa aos dados da figura 6.2.2.

llm sistema de aterramento relativo a um solo nao homogeneo, como sendo a resisti 2+5+3
pa = 2 5 3 = 185, 18 n.m
vidade elétrica de um solo homogeneo que produza o mesmo efeito./ 500 + 200 + 120
No Capítulo 4, foram apresentadas as expressoes (da forma 185,18
R = pa f(g)) R1haste = 271"• 10 ln
para cálculo da resistencia elétrica para diversos tipos de sistemás de
aterramento, ou
( 4.10 )
,eja, foram apresentadas as expressoes de f(g). Neste capítulo estuda-se a resistividade 15 . 10- 3

'tparente e as formas de calculá-la.


R1haste = 23, 19 n
Assim, chega-se a apenas duas camadas no
solo, conforme figura 6.3.1.
106
CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE
APARENTE

107

Solo
d1= 2m

p1 =5oonm

SUPERFICIE DO SOLO

p 2
=2oonm

l dx =3m !ll= 15mm


p3 = 120flm
00

Figura 6.2.2: Haste Cravada no Solo eú1 Camadas

6.3 Redm;áo de Camadas

O cálculo da resistividade aparente (pa) de um sistema de aterramento é efetuado considerando o nível de penetrac;ao da corrente de escoamento num solo de duas camadas.

Pn dn hn

Pn+1
00 !
pn+1
superficie,
Portanto, um solo com muitas camadas deve ser
lente reduzido a um solo equiva- com duas camadas. .i,
considerando-se

O procedimento de reduc;ao é feito a partir da


00
Figura 6.3.1: Solo Equivalente com Duas Camadas
o elismo entre cada duas camadas, usando a fórmula de Hummel, 6.3.1, que Exemplo 6.3.1
paral transforma diretamente o solo em duas camadas equivalentes.
Transformar o solo da figura 6.3.2 em duas camadas.

(6.3.1)
1 +6 +1 1 -
Peq = 1 6

- 247 ( ' )
u. m
200 + 500 + 65 =
d
n e 8
deq = d1 + d2 + d3 +···+ dn = L d; q m
i=l
6.4 Coeficiente de
Onde: Penetrac;;ao (a)
d¡ '* Espessura da i-ésima camada O coeficiente de penetrac;ao
p¡ '* Resistividade da i-ésima camada (a:) indica o grau de penetrac;ao das
correntes escoadas pelo aterramento
no solo equivalente. É dado por:
r
a:=
n '* Número de camadas reduzidas d.q
(6.4.1)
TE
CAP
109
íTUL
O 6.
b)
RES
ISTI utras
108 VID
ADE
APA
REN
/n
t
d1 = 1m

t pz= soon..m
A
r=- (6.4.3)
D
O
n
d
e
:
pelo subesta
d2=6 deq= Bm
m c;ao, a
aterrament
maior

j peq = 247.0..m

A
o
D => Maior dimensao do
aterramento
dimensa
o Dé
a
diagona
l.
=> Área Por exemplo, no caso da
d3=1m abrangida malha de terra de urna

!
P/ 96n..m
00

00
pni-1= 96.0..m

!
6.5 Coeficiente de Divergencia (¡3)

Para solo de duas camadas, este coeficiente é definido


Figura 6.3.2: Redui;ao e Solo Equivalente pela relac;ao entre a resistividade da última camada e a
resistividade da primeira camada equivalente.
Onde:
(3 = Pn+1

(6.5.1)
r => Cada sistema é transformado em um anel equivalente de Endrenyi, cujo raio
Raio "r" é a metade da maior dimensao do aterramento.
do
O cálculo de "r" para algumas configurac;oes, é dado a seguir:
anel
equiv
alente
do a) Hastes alinhadas e igualmente espac;adas
sistem
a de (n - 1)
aterra
ment
o

c ons

iderad
o
' oeficiente é similar ao coeficiente de reflexao entre duas camadas.

P
e
q 6.6 Resistividade Aparente para Solo com Duas Camadas

O Com o (o:) e (/3) obtidos, pode-se determinar a resistividade aparente (pa) do 1

1:
aterramen.to especificado em relac;ao ao solo de duas camadas. Usando as curvas da
c figura 6.6.1, desenvolvidas por Endrenyi [2], onde (o:) é o eixo das abscissas e (/3) é a curva correspondente, obtém-se o valor de N.

Onde: r= e
2
(6.4.2)
N= pa
Peq
(6.6.1)

n
Assim,
=> entao:
Núme
pa =
ro de
N ·Peq
hastes
(6.6.2)
cravad
as
vertic
almen
te no
solo
e
=>
Espac;
ament
o
entre
as
hastes
6. 111
RESISTIVIDAD
110 CAPíTULO
.. -
E APARENTE

¡:! "
+¡ "l"T"l
'" r ""TT"""T"""""1""T--i--,'--n"T"T-·.,-,ñ-,--..,....;:
2I
l'"S T\ -.:,-TT'..-T'º-r-....-:.-º-,:º.,..º;.....;º;._.
o

\ 1

si
\I( ¡1¡ ª
g .. tt t.-. . ct

\ emplo 6.6.1
11
E
x forma retilínea no solo da figura 6.3.2. O espa<;;amento é de 3 metros. Determinar a
l-t-t\t-l-t-1t+-+-H--t--H+-Hc-H-+t:-+-+-t--+++++-+-HH--l+-- Um conjunto de sete hastes de 2,4 metros e diametro de !" é cravado em
1---J.
1
resistencia elétrica do conjunto.

t-H-t--f tt- H\ -t--,tt----t +++-'1-+-f++- -t--jl-- -++t-!Hl-+--ll--l-+-I-+- r = (7- 1)3 = 9m


1
2
2 9
-
¡ 1/1

o:= = 1 125

1
HTH--t-i,rri"il1\ 1 \--t\1l1\---tt+t+-tH1-+-+!-t-+--+++l-H-1--#--/
8
96
'

! !\ 1,\\r--H\H--H-\+4-\ r
/¡1-/r-1-1/---.J.--.-4

-+-+---H+-1,l-+-+l-l-J l1i

S!

f-ttt-t-t--t--t-'t-i\----\-\-\t+t\--t\+-\Ht-\++-\-f-4----+t+-tt/tltl-l/ --12 (3 = 247 = o, 389


!1ttrt-t-t---1--f-C \ > :K+\J-\ \+-+-1\-+--+H1 iM--+-+--1-- Pela figura 6.6.1, obtém-se:
N = 0,86
; "¡ <\I\ \ 1
; t-H-H+++--t-·--Hs.f*-l\t-\-!\c--.\--\----1--1+.J-15.Jl.J.-..+-+--+------------1
\ 11
.. pa = N Peq = 0,86.247 = 212,42 fl.m

\ + . .Jt--+ll.
H-tirtt--Hr-t---+H+-+-f\l-\: k'l\\f-1\\- - -\l- - +-1-........4--l---
t ..
, :+J
1
¡ ' \:\\
+1-1 1

"

i ttttt-t-t---t--i---+t++H- 1\1 \.--+-H-ll++-1H--1--1---t-_-º.,"!.d" o

Pela TabelaA.0.5 do Apendice A, obtém-se:


Req = O, 085 pa = O, 085. 212, 42

Req = 18, 268fl


-- o
'(.

·it111""-t-t---i·--t--t-----t,H-1-1--!--+----f---1i--\l\\ \-Hil+-+-l-+-+----+--4---+-----1 o
"L

i
ttt-H-t-1--t t- +tJrl-t-t---l--lf----+----fi.!11-+++-+-+--+---+---+- -1·
:;;
. Exemplo 6.6.2
Determinar o número de hastes alinhadas·, necessárias para se obter um ater ramento com resistencia má.xima de 25fl numa regiao onde a estratifica<;;ao do solo é
conforme a figura 6.6.2. Hastes disponíveis L = 3m, diametro igual a e espa<;;amento
\
f' o
H-tH-t-t-t--t----t-H+++-+-+·--+ ....\-1++-l- --l-+---I-- '

IT1Tt-t--t-t--+---++-1H--H-+-+--l-----+-I-W-l--l-.l-.L--1... lll§
g_¡J
11 o........, - o --'- ,----....J..J:..W...L..L....1.-L- ..1--.- _J LW_ -'-.l-.1- -J..- !
-66ó· ¿ ¿ 2- ¿ o 2
0
g N ci" O

Figura 6.6.1: Curva de Resistividade Aparente


3 metros. 300 + 450 + 100
Transformando em duas camadas: O processo é iterativo, porque nao se conhece o número de hastes alinhadas, ou seja, nao
se tema informai;;ao da dimensao do sistema de aterramento.
Peq = 2 3 4 = 168, 75 fl.m 9
113

4º- passo: Calculando-se novamente a f(g), tem-se

112
CAPíTULO
6.
RESISTIVID
ADE

¡
APARENTE
O
,
1
4
d1 • 2 m
J
p .3oo 0
.
n..m
O maior coeficiente de pa menor ou igual a O, 165 é
f p . 4 50n .m ·. d q=9m
{ 3 hastes
m
!
d2=3 2
8 Req = O, 140 pa e = m
3
Peq :
168,7
5.n.m
f R = O 140 a { 3 hastes
eq ' P e·= 3m Os valores sáo iguais -----+ convergiu

p : 100 5º- passo: Verifica!;ªº


3º- passo: Determina!;ao de pa para tres hastes alinhadas.
O..m Req = O, 140 pa = O, 140.}51, 875 = 21,263 n
d3 .4 m
3
/3 Pn+i = = 0,119
Peq 168, 75
t
! p4. ¡
(X)
P4=
(X)

Fig
ura
6.6.
2:
Da
dos
da
Ca
ma
da
do
Sol
o

1º- passo: Supor pa =


Peq = 168, 75 !1.m
2º- passo: Cálculo
de f(g)

f( ) - R -
- O 148
9 - pa- 168,
75- '
Da Tabela
A.0.11 do
Apendice A,
pode-se
constatar cfle o
maior
coeficiente de
pa menor ou
igual a O, 148 é
O, 140.
'
r
E
= n
t
( r
n a
- n
d
o
l
) c
e o
m
=
(
( a
3 )

- e

1
(
)
/
.
3
3 )

= n
a
m
f
3
2 i
2 g
3 u
a= - 7'
- = = O 333
d r
e a
q
6
9 .
6
. 1
1 5
1
,
,
8
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114 CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE APARENTE

Capítulo 7

Fibrila ao Ventricular do Cora ao Pelo


Choque Elétrico

7.1 Introdu ao

O sistema de aterramento é projetado de modo a produzir, durante o curto circuito máximo


coma terra, urna distribui<;ao no perfil dos potenciais de passo e toque abaixo dos limites de risco de
fibrila<;ao ventricular:_do cora<;ao.

Os defeitos no sistema elétrico, que geram correntes de seqüencia zero, terao suas correntes
passando pelo aterramento. A área do aterramento é a regia.o de con centra<;ao das correntes de
defeitos, portanto os potenciais sao elevados e cuidados especiais devem ser observados na
seguran<;a.
Um choque elétrico causa vários efeitos e sintomas no ser humano, mas dentre
a
os relativos tensa.o de passo e toque, o mais importante a considerar é a fibrila<;ao ventricular [51, 65].

7.2 Choque Elétrico

·É a perturba<;ao de natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano quando


este é percorrido por urna corrente elétrica.
Os efeitos das perturba<;oes variam e dependem de:

• Percurso da corrente elétrica pelo corpo;


• Intensidade da corrente elétrica;

115
116 CAPfTULO 7. FIBRILAQÁO VENTRICULAR DO CORAQÁO PELO CHOQUE ELÉTRICO

• Tempo de durac;ao do choque elétrico;

• Espécie da corrente elétrica;

• Freqüencia da corrente elétrica;

• Tensao elétrica;

• Estado de umidade da pele;

• Condic;óes organicas do indivíduo.

As perturbac;óes no indivíduo, manifestam-se por:

• Inibic;ao dos centros nervosos; inclusive dos que comandam a respirac;ao produ zindo PARADA RESPIRATORIA;
• Alterac;ao no ritmo cardíaco, podendo produzir FIBRILAQÁO VENTRICULAR e urna conseqüente PARADA CARDÍACA;

• Queimaduras profundas, produzindo NECROSE do tecido;


• Alterac;óes no sangue provocadas por efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente

Atrio d1re1to
NÓ AV

Artéria pulmonar

Veia pulmonar

Aorta

His

117
elétrica. Veíag ventrículo a a e e
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e
inferior Este último e ilac
Se o choque elétrico for devido ao contato direto m a tensao da rede, todas as ,
Ventriculoao se q q ;ao
manifestac;óes podem ocorrer. direito
r contrair, u u ven
Para os choques elétricos devi_dos a tensao de toque e passo impostas pelo e impulsiona o a e tric
sistema de aterramento durante o defeito na rede elétrica, a manifestac;ao mais im t sangue d ular
portante a ser considerada é a FIBRILACÁO VENTRICULAR DO CORAQÁO, que o arterial para a o .
Figura 7.3.1: Cora<_;ao
será o assunto específico do presente capítulo. Maiores detalhes ver referencia [65). r todo o corpo. c
Humano
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contrac;ao r
7.3 Funcionamento Mecanico do Cora ao dos dois átrios
t r
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Para compreender como ocorre a fibrilac;ao ventricular no corac;ao pelo choque r mesmo
o
elétrico, há necessidade de conhecer o funcionamento normal do corac;ao. m á instante, o
o
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Do ponto de vista mecanico, o corac;ao é urna bomba hemo-hidráulica que faz o o s
n r ocorrendo
sangue circular continuamente pelo corpo humano. Ver figura 7.3.1.
d i coro os dois
c p
O sangue venoso, isto é, pobre em 0 2 e rico em C0 2, entra no corac;ao pela o o ventrículos.
o r
veía cava inferior e superior, ocupando o átrio direito. Do átrio é bombeado para o r o
As
ventrículo direito e <leste para os pulmóes, onde é feita a troca do C0 2 pelo 0 2 o e
paredes do p b
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corac;ao sao o l
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formadas por . e
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o e eficiente r f
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a a bombeament g r
n o o do sangue i t
coro pressao
119

que opera em flutua<;ao, acompanhando em sincronismo o sinal do ·NSA. Se o NSA ti


ver problemas e falhar, o NAV assume a responsabilidade.
118 CAPíTULO 7. FIBRILAQ.ÁO VENTRICULAR DO CORAQ.ÁO PELO CHOQUE ELÉTRICO
A figura 7.4.2 apresenta um circuito elétrico análogo ao circuito elétrico do
7.4 Funcionamento Elétrico do Corac;ao cora<;ao.

O funcionamento meca.nico do cora<;ao é controlado e comandado eletrica


mente por dois nódulos existentes no átrio.direito do cora<;ao, pontos (1) e (2) das
figuras 7.3.1 e 7.4.1.

NSA

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1

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1 1
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EM CARGA

BARRA
CARGA
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1
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FIBRAS
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I /
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I 1 REDE DE
PURKINJE
FEIXE DE 1
HIS
..
MUSCULARES
A VAZIO
FIBRAS MUSCULARES
:=!l!l'-- CARDÍACAS

Figura 7.4.1: Esquema Elétrico do Cora<;ao

Os dois pontos sao chamados de Nódulo Sino Atrial (NSA) e Nódulo Átrio Ventricular (NAV).
O NSA é um gerador elétrico que, químicamente, processa a alterna<;ao dos íons Na+ e !{+, emitindo o sinal (pulso) elétrico. Este sinal, passando pela parede muscular do átrio, promove a
sua contra_<;ao e o sangue passa para o ventrículo. O sinal elétrico éentao captado pelo feixe de His (3) e distribuído pelarede de Purkinje (4) a todas as fibras musculares (5) do ventrículo,
provocando a contra<;ao <leste.
Nesta contra<;ao, o sangue contido na cavidade direita é impulsionado para os pulmoes e o do lado esquerdo para todo o corpo.
O NSA comanda eletricamente o batimento do cora<;ao. O NAV é o reserva,
FEIXE DE HIS

Figura 7.4.2: Circuito Elétrico do Corac;ao

O sinal elétrico do gerador é captado pela barra (feixe de His) e distribuído pela rede de transmissao (rede de Purkinje) as cargas (fibras musculares).
As fibras musculares do ventrículo da figura 7.4.1 estao polarizadas. Ao rece berem o sinal proveniente do NSA, elas se contraem, despolarizando-se.
Em seguida,
fOO <leve I ocorrer o processo de repolariza<;ao das fibras. Esta etapa de repolariza<;ao das fibras é conhecida como o período mais vulrn rável é o momento mais perigoso
para ocorrencia1 da fibrila<;ao ventricular do cora<;ao d v1do ªº. choque elétrico. Se a corrente elétrica do choque passar pelas paredes do ventriculo no mstante da repolariza<;ao das fibras a
probabilidade de fibrila<;ao ventricular é grande.
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1 R Choque Fibrilocoo Vcnlricvlar 121
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120 CAPíTULO 7. 1FIBRILAQAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO
1
7.5 Fibrilac;ao Ventricular do Corac;ao Pelo Choque
Elétrico ínfima parcela passa pelos nódulos;

s nódulos tem urna
rápida
A fibrila(,;ao ventricular é o estado de tremula(,;ao (vibra(,;ao) irregular e desrit mada das paredes dos ventrículos, com perda total da
40 mm Hg
eficiencia do bombeamento do sangue. O sinal detectado no eletrocardiograma e a pressao arterial sao mostradas na figura 7.5.1. Rep
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As
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do
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cul
o
sao
for
ma
das
por
tec
ido
s
diferentes superpostos de maneira estratificada. Figura 7.5.2.

Camada

Pressoo
orlcriol

Figura 7.5.1: Sinal do Eletrocardiograma e Pressao Arterial

A pressao arterial cai a zero, isto é, o sangue está parado no corpo. Este estado é conhecido por MORTE APARENTE.

Pensava-se, há pouco tempo atrás, que a corrente elétrica do choque ao passar pelo cora(,;ao, mais precisamente pelo NSA e NAV, fazia com que estes se desr;gulassem passando a emitir
sinais caóticos e desritmados, produzindo a fibrila(,;ao ventricular. '
Figura 7.5.2: Parede do Corai,;ao

Esta heterogeneidade confere a cada camada, densidade e espessura diferentes. Além disso, cada camada tem sua própria freqüencia mecanica natural de ressonancia.
A corrente elétrica do choque, ao passar por estas camadas, produz vibra(,¡oes distintas, quebrando a eficiencia da repolariza(,;ao. lsto gera urna despolariza(,;ao caótica nas fibras
musculares que compoem as paredes do ventrículo. Conseqüentemente, as fibras nao mais obedecem e nao respondem sincronicamente aos sinais emitidos pelo NSA. As paredes ficam entao,
tremulando, caracterizando o estado de fibrila(,;ao. Ver figura 7.5.3.
Como o sangue nao mais circula pelo corpo, sao as células cerebrais as primeiras a serem prejudicadas.
A fibrila(,;ao ventricular é irreversível espontaneamente. Se nenhuma provi dencia for tomada dentro de quatro minutos, os danos cerebrais sao comprometedores. Dentro de oito a
doze minutos a fibrila(,;ao vai diminuindo sua intensidade, passando para o regime de parada cardíaca.
Verificou-se, posteriormente, que os NSA e NAV nao sao os responsáveis pela
fibrila(,;ao ventricular devido ao choque elétrico. Isto porque: 7.6 Desfibrilador Elétrico

• Os NSA e NAV sao muito pequenos. Em conseqüencia, da corrente que O desfibrilador elétrico é um aparelho usado para reverter a fibrila(,;ao ventri cular.
passa pelo corpo, apenas urna densidade menor afeta o cora(,;ao e desta, som.ente Ver figura 7.6.1.
urna
122 CAPITULO 7. FIBRILAQA.O VENTRICULAR DO CORAQA.O PELO CHOQUE ELÉTRICO
CHAVE CHAVE
123

- NSA

\
\

REDE DE
PONTE
RETIFICADORA

++
vo e
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PU K \
\ · Figura 7.6.1: Desfibrilador Elétrico
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S
C
A

FEIXE
HIS
PULSO EXPONENCIAL

TECIDOS DISTINTOS

Figura 7.5.3: Fibras Despolarizadas


10 ms

Figura 7.6.2: Corrente da Descarga


TEMPO

Seu funcionamento é simples. A descarga de um capacitor C é feita de modo que sua corrente elétrica tenha a forma da figura 7.6.2 e passe através .do cora<;ao, no sentido do átrio ao
ventrículo.

A área hachurada é a regiao efetiva da corrente, e corresponde ao tempo de lüms. A descarga produz urna avalanche de corrente unidirecional for<;arido as fibras a ficarem polarizadas. Obtendo-se
a polariza<;ao, as fibras voltam a obedecer ao sinal
emitido pelo NSA e o cora<;ao restabelece o seu ritmo de batimento.
A. energia da carga no capacitor é dada pela fórmula 7.6.1.

(7.6.1)
Onde:
Ec =} Energía do capacitor [J]
C =} Capacitor [F]
V0 =} Tensao do capacitor [V]

A escala do aparelho vai até 500J, a tensao no capacitor varia de 2 a 9kV, e a corrente de descarga pelo tórax do paciente na ordem de 1 a 30A.

7.7 Influencia do Valor da Corrente Elétrica

A Tabela 7.7.1 apresenta os efeitos das correntes elétricas alternadas de 50 a 60Hz no corpo humano, sem levar em conta o tempo de dura<;ao do choque.
125

A tabela apresenta apenas urna estimativa do efeito da corrente no corpo


humanq. O valor da corrente elétrica para causar determinado efeito no corpo
humano
124 CAPITULO 7. FIBRILAQAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO

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Tabela 7.7.1:
Corrente
Efeitono
daCorpo Humano

126 CAPíTULO 7. FIBRILA9Ao VENTRICULAR DO CORA<;Ao PELO CHOQUE ELÉTRICO

§ b
o 10
CL

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0,7

0,5
0,4
®
0,3

0,2

0,1
127

Sendo:

O, 03s ::; t ::; 3s


/choque => Corrente [AJ pelo corpo humano, limite para nao causar fibrilac;ao
t => Tempo [S) da durac;ao do choque

A expressao 7.9.1 é usada para obtenc;ao do limite permissível e aceitável de corrente, para que nao ocorra fibrilac;ao, durante o tempo em que a pessoa fica
submetida a tensao de toque ou passo.
O tempo de choque é limitado pela atuac;ao da protec;ao, de acordo com a curva do relé. Assi;m, para a maior corrente de defeito no sistema que passa pelo aterramento, a
curva do relé fornece o tempo de atuac;ao da protec;ao. Ver figura 7.9.l.

TEMPO
0.o7

o.os

0,03
-@--
0,02
I DEFEITO
CORRENTE

0,01
10 20 30 50 70 100 200 300 700 1000
CORRENTE(mAI

Figura 7.8.1: Curva Tempo x Corrente


Figura 7.9.1: Curva Tempo x Corrente de Defeito

Este tempo, definido pela curva de atuac;ao da protec;ao, levado a equac;ao 7.9.1, permite a obtenc;ao da corrente limite através do corpo humano, até a qual nao ocorre
fibrilac;ao.

7.10 Potencial de Toque

É a diferenc;a de potencial entre o ponto da estrutura metálica, situado ao alcance da mao de urna pessoa, e um ponto no chao situado a lm da base da estrutura.
128 CAPíTULO 7. FIBRILAQA.O VENTRICULAR DO CORAQA.O PELO CHOQUE
ELÉTRICO
7.11 Potencial de Toque Máximo
_ O poten ial máximo gerado por um aterramento durante o período de
defeito, nao deve produzir urna corrente de choque superior
Dalziel.
a limitada por
129

Pela figura 7.10.1, obtém-se a expressao do potencial de toque em rela ao a O potencial de toque máximo permissível
corrente elétrica de choque. entre a mao e o pé, para nao causar fibrila ao
ventricular, é o produzido pela corrente limite de
Dalziel. Assim, da ex pressao 7.10.2, obtém-se:

0, 1 1 6
VÍoque máximo = (1000 + 1, 5 ps) ./i
V
TOQUE
(7.11.1)

116 + O, 174 ps
VÍoque máximo = ./i
[Volts] (7.11.2)
,-- CURVA 00 POTENCIAL EM RELACAO A U REMOTO NA TERRA DURANTE A FALTA.

7.12 Potencial de Passo

Figura 7.10.1: Potencial de Toque

M PONTO

Potencial de passo é a diferen a de potencial existente entre os dois pés.


As tensoes de passo ocorrem quando entre os membros de apoio (pés), apare cem diferen as de potencial. lsto pode acontecer quando os membros se encontrarem sobre
linhas equipotenciais diferentes. Estas linhas equipotenciais se formam na su perficie do solo quando do escoamento da corrente de curto-circuito. É claro que, se naquele breve
espa o de tempo os dois pés estiverem sobre a mesma linha equipotencial ou, se um único pé estiver sendo usado como apoio, nao haverá a tensa.o de passo.
A figura 7.12.1 mostra o potencial de passo devido a um ráio que cai no solo.
A defini ao clássica do potencial de passo para análise de seguran á é a diferen a de potencial que aparece entre dois pontos situados no chao e distancia
v;toq_ue- (R ek +T
Re)

Onde:
· _Jekoque (7.10.1) dos de lm (para
pessoas), devido
a passagem de
corrente de curto-
circuito pela terra.
Ver figura 7.12.2.
Rek => Resistencia do corpo humano considerada l .QOOO
Re => Resis encia de contato que pode ser considerada igual a 3ps (resistividade superficial do solo), de acordo coma recomenda ao da IEEE-80 [38]
lekoque => Corrente de choque pelo corpo humano
R1 e R2 => Resistencias dos trechos de terra considerados

A expressao do potencial de toque pode ser escrita da seguinte maneira:

Onde:

R1 , R2 , R3 => sao as resistencias dos trechos de terra considerados A expressao do potencial de passo é:

Vpasso = (Rck + 2Re) lckoque (7.12.1)

VÍoque = (1000 + 1, 5 ps) lekoque (7.10.2)


Fazendo Re=
3ps, tem.-se

l
1
130 CAPITULO 7. FIBRILAQAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO 131

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Lwv

R3
N\/\f\/\'-...l----'\/INIJ\/VV.AJ'IMM/1----1 h•

Figura 7.12.2: Tensa.o de Pas o

7.14
Figura 7.12.1: Tensao de Passo de Um Raio
Correc;
ao do
Potencia
l de
Passo e
de
Toque
Máximo
Admissí
vel
Devido
a
Colocac
;ao de
Brita
na
Superfic
ie

ll,,asso = {1000 + 6ps) fchoque (7.12.2) Como a área


da subesta<;ao é a mais perigosa, o solo é revestido por urna
camada de brita.
Esta confere maior
qualidade no nível
de isolamento dos
contatos
dos péB como solo.
Ver figura 7.14.1.
7.13 Potencial de Passo Máximo

O potencial de passo máximo (ll,,asso máximo) tolerável é limitado pela máxima corrente permissível pelo corpo humano que nao causa fibrila<;ao. Assim, tero-se

- 0,116
=
Vpaaso máximo +
{1000 6ps) ,/i (7.13.1)

116 + O, 696ps

:' , '. ,O, "' (". !l ·ti"


i . Oe l' oe P ·iJ ?o /o O O bnto
·. d ,• .C ••. 6• ·r:J , 0 e, ºº O ,(5 éJ º' o
177 solo
• e • e • • e molha de terra

Vpasao máximo = ,/i (7.13.2)


Figura 7.14.1: Camada de Brita

\
132 CAPíTULO 7. FIBRILA(JAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO

. Esta camada representa urna estratificac;iio adicional com a camada superfi- Cial do solo. Portanto, deve-se fazer urna correc;iio no parametro que contém ps das expressoes 7.11.1 e 7.13.1.
Deve-se fazer urna correc;iio C.(hs, K) no ps = Pbrita = 30000.m (brita mo
133

simular a resistencia do corpo humano. A seguir, mede-se o potencial entre o solo (placa colocada a lm de distancia dopé da estrutura) e a estrutura metálica no ponto de alcance da miio,
coma resistencia inserida entre estes dois pontos. Ver figura 7.15.1.
lhada). O fator de correc;iio C.(h., K) é dado por:

Onde:
1
C.(h., K) =-
0,96 [

1+ 2 f J{n ]

n=l .jl + (2n-i,os)2

C(.14.1)
ps = Pbrita =* r d
h. =* Resistividade da brita
Profundidade e e
(espessura)= 1
s
da brita [m]
= =
J{ i d
p *
a s a
-
p
s t
p
a S i b
+
p
s e v r
pa =*
i i
Resistividade
aparente da a d t
malha, sem
considerar a a a
brita
d s o

f o r

o 7

r s . c

o 1 o

i l 1 r

g o . r

u 1 e

a A c

l s e ;

s i

a i 7 i

m . o

r , 1 ,

e 3 f

s a . i

i s 1 c

s , a

t e m

i x c :

v p o

i r m

d e o

a s

d s f

e o a

e t
Vtoque máximo= [1000 + 1, 5 C.(h. , K) ps] O, 116
'1i

"\l,,asso máximo= [1000 + 6 C.(hs , K) ps] O, 116


'1i

7.15 Medida de Potencial de Toque

(7.14.2)

(7.14.3)
Figura 7.15.1: Medida de Potencial de Toque

Deve-se efetuar a medida em todos os quadrantes do solo, com relac;iio a estrutura, e verificar se os pontos da estrutura, onde se aplica o voltímetro, estiio limpos, livres de pinturas,
óxidos, etc.
Para a extrapolac;iio desse valor de tensiio, devido a corrente aplicada ao solo,
p ma corrente de curto-circuito fase-terra, pode-se consi derar extrapolac;iio linear, supondo
, . Para determi c;iio do potencial de toque, utiliza-se a que a terra mantenha as características resistivas
.duas placas de cobre ou alurmmo, com superficies bem r invariáveis para altas correntes.
polidas, de dimensoes 10x20cm e com um terminal próprio a
para interligac;iio com os terminais do voltímetro. As Exemplo: Se para 5A o potencial de toque é lOV, para urna corrente de curto de
dimensoes acima simu lam a área do pé humano e, para v 1000A, o valor de Vtoque é 2000V. Ver figura 7.15.2.
simular o peso, deve- se colocar 40kg sobre cada placa a
l Na prática, os valores medidos devem ser menores do que os valores determi nados
(admitindo um peso humano de 80kg).
o pelos limites de seguranc;a.
. . Deve ser usado um voltímetro de alta sensibilidade r
(alta impedancia interna) e mtercalar entre os pontos de e
medic;iio urna resistencia como valor de 10000 para s

r
e
f
e
r
i
d
o
s

a
m
á
x
i
Vt: 2000V
- i
--
134 CAPJTULO 7.
-
FIBRILA(}.ÁO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO
1
:1
1
1
I'

10V
Capítulo 8

Malha de Aterramento
I

5A 1000A

Figura 7.15.2: Extrapolai;ao do Potencial de Toque

7.16 Medida de Potencial de Passo

, . Paraa medi a do potencial de passo, sao utilizados duas placas de cobre ou alurrumo, co o descn.tas no item anterior, que serao colocadas no solo espai;adas de1 metro. De;era er aplicado u
peso de 40kg a cada placa para simular O peso do corpo humanoe msenr entre os do1s pontos urna resistencia de 1000!1 (vide figura 7.16.1).

tm tm
L Figura 7.16.1: Medida de Potencial de Passo
1 1
, O potencial obtido, medido com voltímetro de alta impedancia interna, de- 'era. ser extrapolado pa a valores de corrente de curto-circuito fase-terra, como já foi ixphcado no 1tem antenor. Na
prática, também deve-se ter valores medidos abaixo los valores especificados pelos limites de segurani;a.

8.l lntrodm;ao

Neste capítulo serao vistos os passos necessários para o dimensionamento da malha de terra de urna subestai;ao. Resumidamente pode-se dizer que dimensionar
urna malha de terra é verificar se os potenciais que surgem na superficie, quando da ocorrencia do máximo defeito a terra, sao inferiores aos máximos potenciais de passo e
toque que urna pessoa pode suportar sem a ocorrencia de fibrilai;ao ventricular. Além disso, <leve ser dimensionado o condutor da malha, de forma a suportar os esfori;os mecanicos e
térmicos a que estarao sujeitos ao longo de sua vida útil. É fundamen tal também, levar-se em conta que o valor da resistencia de terra da malha <leve ser compatível, para sensibilizar o
relé de neutro, no nível de corrente no final do trecho protegido. Deve-se ressaltar que o dimensionamento de urna malha de terra é um pro
cesso iterativo. Parte-se de urna malha inicial e verifica-se os potenciais, na superficie,
, quando do máximo defeito a terra, sao inferiores aos valores máximos suportáveis por
um ser humano. Caso a condii;ao se verifiqu8, parte-se para o detalhamento da malha. Caso contrário, modifica-se o projeto inicial da malha até se estabelecer as condii;oes exigidas.

8.2 Itens Necessários ao Projeto

Quando da elaborai;ao do projeto da malha de terra da subestai;ao, sao ne cessários alguns procedimentos pré-defiuidos, bem como informai;oes do local da cons trui;ao da subestai;ao.
Eles sao:

a) Fazer no local da construi;ao da malha de terra, as medii;oes necessárias pelo método de Wenner, afim de se obter a estratificai;ao do solo;

135
137

136 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO

b) Resistividade superficial do solo (ps). Geralmente utiliza-se brita na superficie


do solo sobre a malha, que forma urna camada mais isolante, contribuindo para a 8.5
se gurarn;a humana. Neste caso, utiliza-se o valor da resistividade da brita
molhada Dimensio
(ps = 3000 n.m). Aqui deve-se considerar o item 7.14. No caso de nao utilizar-se namento
brita, usa-se a resistividade da primeira camada obtida da estratifica<;ao, isto é,
do
ps = p1;
Condutor
da Malha

O
co
nd
uto
r
da
ma
lha
de
terr
a é
di
me
nsi
on
ad
o
co
nsi
der
an
do
os
esf
or<
;os
m
e
can
icos e térmicos que ele pode suportar. Deve ser verificado também, se o
condutor suporta os esfor<;os de compressao e cisalhamento a que estará
sujeito. Na prática, utiliza-se, no mínimo, o condutor 35mm2 , que suporta os
esfor<;os mecanicos da movi
e) Corrente de curto-circuito max1ma entre fase e terra no local do aterramento menta<;ao do solo e dos veículos que transportamos equipamentos durante a montagem
(!máxima = 3Io); Ver referencia [11]; da subesta<;ao.

d) Percentual da corrente de curto-


circuito máxima que realmente Quanto ao dimensionamento térmico, utiliza-se a fórmula de Onderdonk
escoa pela malha.
Deve-se observar os diversos caminhos pelos quais a corrente de seqüencia zero 8.5.1, válida somente para cabos de cobre, que considera o calor produzido
pode circular, a que entra na malha pela terra é conhecida por corrente de malha pela corrente de curto-circuito totalmente restrito ao condutor.
Umalha), ver Apendice B;

e) Tempo de defeito para a máxima corrente de curto-circuito fase-terra J = 226, 53ª'cobre


(tdefeito);
referencia [16];
--n
1 l ( ()m- ()a 1)
+ +
idefeito 234 ()a
(8.5.1)

f) Área da malh·a pretendida;


Sendo:
g) Valor máximo determinar urna resistividade equivalente homogenea que o sistema de aterramento enxerga.
da resistencia de Esta resistividade convencionou-se chamar de resis tividade aparente e viu-se que ela depende da
terra de modo a estratifica<;ao do solo e das dimensoes
ser compatível do aterramento. Com estes valores obtidos, determina-se a resistividade aparente do solo
coma para esta malha.
sensibilidade da
prote<;ao.

Passa-se a
descrever, nos itens
subseqüentes, os
elementos a serem
conside rados no
dimensionamento da
malha de terra. Estas
recom"1da<;oes estao
de acordo coma
referencia [41].

8.3 Estratific
a ao do Solo

Comas
medidas de
resistividade feitas no
local da subesta<;ao
pelo método de
Wenner e utilizando-
se um dos métodos
vistos no Capítulo 3,
chega-se a um modelo
de solo estratificado.

8.4 D.etermin
a ao da
Resistividade
Aparente

Como foi visto no


Capítulo 6, para um sistema
de aterramento, no caso a
JI malha de terra, pode-se
Scobre =? Sec<;ao do
condutor de cobre da malha de Com isso pode-se verificar se o condutor suporta os esfor<;os provocados pela
2
terra em mm • eleva<;ao da temperatura.
I * Corrente de defeito em Para condutores de cobre, o valor de ()m é limitado pelo tipo de conexao adotado.

Amperes, através do condutor. As conexoes podem ser do tipo:

tdefeito * Dura<;ao do
• Conexao cavilhada com juntas de bronze; é urna conexao tradicional por aperto
defeito em Segundos.. (pressao), cuja temperatura máxima é de Bm = 250ºC.

()ª =} Temperatura ambiente • Solda convencional feita com elétrodo revestido, cuja fusao se dá através do
em ºC. · arco elétrico produzido pela Máquina de Solda, sua temperatura máxima é de
Om = 450ºC.
Bm Temperatura máxima
=}
permissível em ºC. • Br.asagem com liga Foscoper, é urna uniao feita usando o ma<;arico (Oxi-Aceti
leno), cuja temperatura máxima é de ()m = 550ºC. Foscoper é urna liga cobre
,:,¡. :
¡,-,

1,

138 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO

e fósforo, cuja uniao é feita por brasagem, vulgarmente conhecida como solda heterógena.
• Solda exotérmica, conhecida como aluminotermia, cuja conexao é feíta pela fusao obtida pela igni<;ao e combustao dos ingredientes no cadinho. Neste caso a tem
peratura máxima é de Om = 850ºC.
139

(figura 8.5.1). A corrente de defeito (curto-circuito), divide-se em 50% para cada lador mas para o dimensionamento, a corrente a ser utilizada na expressao 8.5.1 terá um acréscimo de 10%, isto é

fdefeito condutor da malha = 60% fcurto máximo (8.5.2)


1

11
1

Resumidamente, o valor de (}m é: b) Cabo de Ligac,;;ao A con

Om = 250°G => para malha cavilhada com juntas de bronze;


Om = 450ºC => para malha Equipamento
com emendas tipo solda convencional;
e le'trico

Om = 550ºC => para malha cuja conexao é com Foscoper;


Om = 850ºC => para malha com emendas em solda exotérmica.
cabo de liga ao
z_.- h Icurta
1

Para o dimensionamento do condutor da malha ou do cabo de liga¡;ao que interliga os equipamentos a serem aterrados a malha, deve-se considerar a corrente de
defeito de acordo com a figura 8.5.1.
///////;///////
olo ''

portanto, sua temperatura máxima é a mesma da junta cavilhada, isto é, de 250ºC.


De acordo-com a figura 8.5.1, a corrente de defeito a ser empregada na ex pressao 8.5.1, será a corrente total de curto-circuito máximo.
A Tabela 8.5.1 resume o dimensionamento do condutor. Nela é apresentada a seci;ao do condutor necessária para cada ampere da corrente de defeito, em funi;ao do tempo de defeito
e do tipo de emenda.

Capaddade do Condutor de Cobre em 2


Condutor 97% Cu
Tempo de Defeito
Solda Solda Juntas
(Segundos) 0,5
Exotérmica Convencional Cavilhadas
2,44 3,20 4,05
1 3,45 4,51 5,78
4 6,84 9,07 11,50
30 18,74 24,83 31,52
Tabela 8.5.1: Dimensionamento dos Condutores da Malha e Cabo de Ligai;ao

8.6 Potenciais Máximos a Serem Verificados


o potencial de passo e toque e, também, mostrou-se
como calcular os potenciais máximos de passo e toque
60°/o I curto No Capítulo 7 definiu-se
que urna pessoa pode suportar
Figura 8.5.1: Dimensionamento do Condutor

t) Cabo da Malha
A conexao do cabo de descida (ligai;ao) a malha, geralmente é feíto no ponto nais próximo a malha, dividindo o segmento do lado da quadrícula em duas partes
sem a ocorrencia de fibrilai;ao ventricular. Estes potenciais máximos sao utilizados, como limites dos potenciais que surgem na superficie do solo sobre a malha, quando da ocorrencia do
maior defeito fase-terra. A malha só pode ser aceita se os potenciais estiverem abaixo dos limites calculados pelas expressoes 7.14.2 e 7.14.3. Ou seja, ·

l/ioque 1 l/ioque máximo Vpasso < Ypasso máximo

CAPITULO 8. MALHA DE
l
140
ATERRAMENTO

8.7 Malha Inicial pressao:.

Como já foi dito, o dimensionamento de urna malha de terra é um


processo iterativo, que parte de um projeto inicial de malha. A seguiré
verificado se os poten ciais que surgem na superficie do solo sao inferiores aos
limites vistos no ítem 8.6 e se a resistencia de aterramento da malha é
compatível coma sensibilidade da prote(,;aO.
O comprimento total dos condutores que formam a malha é dádo pela ex-

(8.7.3)

Se durante o dimensionamento forem introduzidas hastes na malha, <leve-se


As dimensoes da malha sao pré-definidas. Assim, estabelecer um projeto inicial de a mprimentos na determina(,¡iio do comprimento total de condutores na malha,
malha é especificar um espa(,;amento entre os condutores e definir, se serao utilizadas, junto c conforme expressao 8.7.4.
com a malha, hastes de aterramento. r
e
Um espa!,¡amento inicial típico adotado está entre 5% e 10% do comprimento dos s Ltotal = Lcabo + Lhastes (8.7.4)
respectivos lados da malha. A figura 8.7.1 mostra o projeto inicial da malha. c Onde:
e
o n Lcabo =} Comprimento total de condutores da malha
t
a Lhastes =} Comprimento total das hastes cravadas na malha
r

s 8.8 Resistencia de Aterramento da Malha


e
u
s A resistencia de aterramento da malha pode, aproximadamente, ser
b calculada pela fórmula de Sverak [45] abaixo, que é urna corre(,¡ao feíta da
c fórmula de Laurent,
o C.1.2. Esta fórmula leva em conta a profundidade (h) em que a malha é construída.
'""
Rmalha = pa [ --1 .+ 1 ( 1 +---1 ---)]
(8.8.1)

Figura 8.7.1: Projeto Inicial da Malha Onde:


Ltota1 \/20Amalha 1+ h J A:ha
Todas as fórmulas a serem usadas no cálculo do malha, pelas expressoes:
dimel).sionamento da malha de terra, foram deduzidas Amalha = a.b =} Área ocupada pela malha [m 2]
considerando as submalhas quadradas, isto é, ea ';t eb.
h =} Profundidade da malha [m], com O, 25m :::; h :::; 2, 5m
Tendo-se as dimensoes da malha determina-se o
número de condutores para l los, ao longo dos lados da Ltotal =} Comprimento total dos cabos e hastes que formam a malha
11
a
Nª = -+ 1
ea (8.7.1)

b
Nb = -+ 1

·
eb
(8.7.2)
Escolhe-se o número inteiro, adequado ao resultado do cálculo acima.

• •
Esta resistencia da malha, representa a resistencia elétrica da malha até o
infinito. Seu valor deverá ser menor do que a máxima resistencia limite da sensibili
dade do relé de neutro.
Este valor geralmente é verificado devido ao baixo juste do relé de neutro.
Várias expressoes para Rmalha propostas por outros pesquisadores sao
apre
sentadas no Aperidice C.
i:
r
1.
1 :1

d => J?iametro do condutor da malha [m]

142 CAPíTULO 8. MALHA DE N = .,/NaNb => A malha retangular é transformada numa malha quadrada com N
(8.9.3
ATERRAMENTO condiltores paralelos em cada lado
Onde:
8.9 Potencial de Malha J(¡¡ = 1 => Para malha com hastes cravadas ao longo do perímetro ou nos cantos da
malha ou ambos
ho = lm
O potencial de malha (Vmalha) é definido co o o potencial de toque /{¡¡ = -1,- => Para malha sem hastes cravadas na malha ou com poucas hastes nao
máximo, encontrado dentro de urna submalha da malha de terra, quando do (2N)N
máximo defeito fase-terra. Numa .malha de terra, a corrente de defeito escoa localizadas nos cantos e perímetro da malha
preferencialmente pelas bordas da malha. Ver figura 8.9.1. I<h =;:> Correc:;ao de profundidade é calculado pela expressao 8.9.3.

Figura 8.9.1: Correntes Pelas Bordas da Malha

lsto se dá, devido a interac:;ao entre os condutore:;4ho interior da malha que forc:;am o escoamento da corrente pelas bordas da malha. Assim, o potencial de malha máximo se encontra nos cantos da
malha e pode ser calculado pela expressao:
Já o I<; é definido como coeficiente de irregularidade, que condensa os efeitos da nao uniformidade de distribuic:;ao da corrente pela malha.
O valor de K; é dado pela expressao:

K; = O, 656 + O, 172 N (8.9.4)


V. _ pa Km I<; 1malha malha - L .
total (8.9.1)
1 Os demais termos da expressao 8.9.1 sao:

Onde I<m é definido como o coeficiente de


malha, que condensa a influencia da profundidade da
malha, diametro do condutor e do espac:;amento entre
pa => Resistividade
aparente vista pela malha
cóndutores.
Seu valor é dado pela expressao:
1malha => Parcela da corrente ''1'
máxima de falta que
realmente escoa da
malha para a terra
Ltotal => Comprimento
total dos condutores da
malha
I<m= _!_ { In [ + (e+ 2h )2 h ]+ I<;; In 8 } (8
2,r 16hd 8ed - 4d l{h 1r(2N - 1)
.9.
Sendo: 2)
e/ou no perímetro, figura 8.9.2, as correntes tem maior facilidade de escoar
mais profundamente no solo, alterando portanto, o potencial de malha
No caso de malhas onde sao colocadas hastes cravadas nos cantos calculado pela expressao 8.9.1.
h =>
Neste caso, faz-se urna correc:;ao, ponderando-se em
Profun 15% a mais no compri 1
didade mento das hastes cravadas nos cantos e na periferia da
da malha. Considera-se, entao,
malha !
[m]
e =>
Espac:
;ament
o entre
condut
ores
paralel
os ao
longo
do
lado
da
malha
[m]
144 CAPITULO 8. MALHA DE
ATERRAMENTO
8.10 Potencial de Passo na Malha
145

I curto

solo

Neste item, procura-se determinar o maior potencial de passo (VvsM) que surge na superficie da malha, quando do máximo defeito fase-terra. Este potencial
ocorre na periferia da malha e pode ser cal ulado pela expressao:

v. (8.10.1)
pa I<p
m
o Ltotal
Imalha psM =
l
h
a
hoste de !erra
Onde:

Figura 8.9.2: Hastes no Perímetro da Malha

um comprimento virtual de condutores dado pela expressao 8.9.5 que deverá ser usado
Kp ::} Coeficiente que introduz no cálculo a maior diferern;a de potencial entre dois pontos distanciados de lm. Este coeficiente relaciona todos os parametros da malha que induzem tensoes
na superficie da terra.

A expressao para o cálculo de I<P é dada por:


na expressao 8.9.1, para o cálculo do valor de Vmalha·
I< = 1-
[ -1
+ --1
+1- (
1- o, 5-N 2)]
(8.10.2)
Lhastes de: P e+ e
(8.9.5)
On 1r h
Ltotal = Lcabo + 1, 15 2h
N= As correc;;oes feítas no cálculo de VvsM com relac;;ao a utilizac;;ao ou nao
Onde: de hastes, na periferia e nos cantos da malha, devem também ser efetuados.
Máximo(Na, Nb)
1 Para a malha que tiver hastes na periferia ou nos cantos da malha, a ex
::} este dará o pressao 8.10.1 fica modificada para:
Lhastes =} Comprimento total das hastes cravadas na malha Assim, para este caso, o
maior valor para
v. pa I<p I<; Imalha
valor de Vmalha é dado por: I<p

v. _ pa I<m I<; Imalha


(8.9.6)
psM = Lcabo + 1,,15 Lhastes
(8.10.3)
malha-
• L
cabo +1 ,15L hastes
O valor de VvsM
deve ser comparado com o valor da tensa.o de passo máxima
calculado pela ao, numa malha retangular eql!iv'alente e q nismo humano deve suportar, calculada pela expressao 7.14.3,
No caso de malhas sem expressao pode- efetuar toda a seqüencia de cálculo. u para verificar se o seu valor está abaixo do limite.
hastes cravadas nos cantos ou no 7.14.2, para se, e
1

perímetro, ou com poucas em seu verificar se aproxi


interior, a expressao 8.9.1 está abaixo do mada o 8.11 Limitac
permanece a mesma, isto é, sem limite. mente
;óes das Equac;óes de V Malha e VpsM
ponderac;;ao maior para Ltotal. , o
No trans r
O valor do potencial de caso da malha formá g As expressoes vistas, para o cálculo de Vmalha e VvsM tem
malha deve ser comparado com o ter outra -la a algumas limitac;;oes,
valor do potencial de toque máximo co)1'.figurac;; que devem ser consideradas para se ter um projeto seguro.
147

146 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO

Estas limitac;;oes sao:


N 25
d < 0,25h
0,25m < h 2,5m
e 2,5m ESTRATIFICA AO DO SOL O

8.12 Potencial de Toque Máximo da Malha em Relac;ao ao RESISTIVIDADE APARENTE

Infinito a, b' Pa
feqn deqn

fn+l
(X)
Os equipamentos tem suas partes metálicas ligadas (aterradas) na malha DIMENSIONAMENTO DO CONDU
T R S
de terra da subestac;;ao. O potencial gerado pela maior corrente de curto-circuito
monofásica a terra, entre as partes metálicas dos equipamentos e um ponto no infinito
é dado pela expressao:

Ytoque máximo da malha == Rmalha • lmalha (8.12.1) POT ENCIAIS MÁXIMOS

Se este valor estiver abaixo do limite


da tensa.o de toque para nao causar fibrilac;;ao,
PROJETO INICIAL
significa que a malha satisfaz todos os
•a 1 'b .Ltotol
requisitos de seguranc;;a, isto é, ela está bem
1

dimensionada.
Esta verificac;;ao é: RESISTENCIA DA MALHA

Pa , a, b, L total, Rwalha
Ytoque máximo da malha = Rmalha • fmalha < °Vtoque máximo (8.12.2)

o fato de o valor de Vtoque máximo da malha

nao atender a condic;;ao, nao significa que a


malha é inadequada. Deve-se, entao, fazer
todos os cálculos necessários de verificac;;ao MODIFICAS:AO DO PROJE
TO
das tensoes Vmalha e v;,sM em adequac;;ao com o
limite de fibrilac;;ao. A se qüencia e o
detalhamento do cálculo do dimensionamento •o ' 1 b •L totol

da malha sera.o vistos no item a seguir.

8.13 Fluxograma do Dimensionamento da Malha de


Terra
Dimensionar urna malha de terra é, na verdade, verificar se todos os itens esta.o dentro dos limites de seguranc;;a. Estrategicamente, pode-se ir, iterativamente, redimensionando a malha, no
sentido de otimizá-la sob o ponto
/
de vista economico,
mantendo sempre estabelf;)é1 da a seguranc;;a.
J
O processo é it rativo, seguindo o fluxograma apresentado na figura 8.13.1.

3
POTENCIAL DE MALHA E PE
RIFERIA
k,,, , Kp , K¡ , Vmalha , Vi,,M


erca m

148 CAPJTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO metál


econó
149
sendo
8.14 fica s
tensóe
otencial de das
Toque na curto-
Cerca subes
Perimetral da
Malha qualqu
que t
ficará
De difere
potenc
pendendo
potenc
do grau de
máxim
risco,
deve
localizac_;
de f
ao e
verific
característi
inferio
ca da
limite
malha, de toq
SIM
deve-se
decidir
adequadam poten
ente o máxim
modo que su
como ela quand
será máxim
cercada. terra
expre
Usualmente,
costuma-se isolar a
malha através de:

• DETALHAMENTO DO PROJETO
uro de alvenaria
V, · _ pa Kc Ki Imalha cerca- Ltotal

Onde:
(8.14.1)
Kc ona d
POTENCIAIS CERCA todo a
= s os d
> para. o
metr
C os p
o da e
e malh l
f a a
i com
c a e
i posi x
e c_;a p
n o da r
t pess e
e oa s
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q está a
u toca o
e ndo
a 8
r cerc .
e a 1
l metá 4
a lica. .
c Seu 2
i valo .

x]
c
[ 3ee+ x]
271" 2 2
K hd (h + e ) .
2e
J_{ ln 3
FIM

Figura 8.13.1: Fluxograma da Malha de Terra

Fazendo o cálcliio, chega-se a urna malha adequada que atende aos requisitos de seguranc_;a e de sen ibilidade da protec_;ao.
Deve-se, a seguir, fazer o detalhamento da malha, inclusive decidir sobre iso lamento através de muro de alvenaria ou cerca metálica.

... [( ;):x]}} (8.14.2)

Onde:

x => Distancia [m] da periferia da malha ao ponto considerado (pessoa)


A figura 8.14.1 ilustra a distancia x.
150 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO
J51

• Fazer submalhas no ponto de aterramento de bancos de capacitores e chaves de


aterramento; se nao for possível, usar malha de equalizai,;ao somente neste local.

• • •
a) X= O

• • • 1-
b)

c) X= 1

Urna alternativa muito recomendada e utilizada é colocar uro condutor ero anel a 1,5m da malha e a 1,5m de profundidade.

8.16 Malha de Equaliza ao

Se a malha estiver ero situai,;ao muito crítica, ou além do seu limite de segu ran<;a, pode-se usar urna malha de equaliza<;ao, que mantém o mesmo nível do potencial
Figura da na superfície do solo. É urna verdadeira blindagem elétrica. Figura
8.14.1: Distan
Ilustrac,;ao cia x 8.16.1.
/

fica modificada para:


Malha
• • ••• • • •••••• • • .....-
Se a malha tiver hastes cravadas na periferia e nos
cantos a expressao de Vcerca lo- -z- -.-W .=-).:-9.:-9=)- 9.:...9.:..9.;.... 5&...9.:.. 9:. 9_ 9_ 9_ 9- 9- ?... Y:.... i.) Maha de

V, _ pa Kc K; Imalha

-
So

-- -
equal1za Óo

-
cerca- Lcabo + 1, 15 Lhastes Figura 8.16.1: Malha de Equalizac,;ao

A cerca metálica só estará adequada quando a inequa<;ao 8.14.4 for satisfeita.


8.17 Exemplo Completo do Dimensionamento de Urna Ma lha
(8.14.4)
Vcerca Vtoque máximo de Terra
Se dentro das limitai,;oes do terreno, nao for possível projetar urna cerca metálica,
entao deve-se partir para outra alternativa. Projetar urna malha de terra coro os seguintes dados pré-definidos:

fwt,-T(máximo) = 3000A = 1200AImalha

8.15Melhoria na Malha Tempo de abertura da prote<;ao para a corrente de defeito é tdefeito = O, 6s.

Após o dimensionamento da malha, pode-se usar algumas das alternativas


recomendadas abaixo para melhorar ainda mais a qualidade da malha de terra: Dimensoes e profundidade da malha pretendida esta.o na figura 8.17. l.

• Fazer espa<;amentos menores na periferia da malha;


-

• Arredondamento dos cantos da malha de terra, para diminuir o efeito das pontas;

• Rebaixamento do cantos;

ps =

Pbrita

= 3000 11.m coro urna camada de 20cm colocada na superfície do solo.

• Colocar hastes pela periferia; e end s dos cabos sao feitas coro solda convencional.
As m
• Colocar haste na conexa.o do cabo de liga<;ao do equipamento coro a·malha; A estratifica<;ao do solo está representada na figura 8.17.2.

j
l
¡
152 CAPfTULO 8. MALHA DJ;J ATERRA.MENTO

¡,...
5Óm

153

MAL HA O dimensionamento é feito de acordo como item 8.5. lsto é, pela expressao
8.5.2, a, corrente de defeito no condutor da malha é:

fdefeito = 60% fcccf,-T = O, 6. 3000 = 1800A


111 SOLO

• • • •
o
,t

• MALHA
tdefeito 234
J = 226, 53 Scobre --n

Om = 450ºC - solda convencional


1 /( ()m- .. ()a
+ ()
a
+ 1)
Figura 8.17.1: Malha Inicial e Profundidade

S 1
1800 = 226, 53 cobre O ,6

l 450-
n (234
+
30 1)
30 +·

deq= 12m feq= 580 n.m

Scobre = 6, 31 m m 2
Por razoes mecanicas usa-se no mínimo o cabo com 35m m 2, cujo diámetro é

!
C X) Pn + 1= 8 0 fi .m


6,6756mm.
3) Bitola do cabo de liga ao
Figura ao do Solo em Duas Neste caso, a corrente de defeito é a total, e a conexa.o é por aperto tipo junta
8.17.2: C¡i.madas
Estratificai;

cavilhada·.
1) Determina ao de pa, vista pela malha

"
Assim,

f defeito = 3000A
r = A= 4.0 50 = 2000 =
D J402 + 50 31 m
()m = 250ºC
2 23
64, 03 Usando a
' expressao
8.5.1, tem-se
_ _!_ _ 31, 23 _ 2 60
Q- - - '
deq · 12
Scabo de /igacrw = 13, 10mm2
/3= Pn+i =
O, 138/
80 =
p }- Usar 35m m 2.
Peq 580
N = O, 71
4) Valores dos potenciais máximos admissíveis

pa = N Peq = O, 71. 580 = 411,8


n.m C,(h,,K) = O 1 96 [1+ 2 ¿ j 00

2) Cálculo
que formamdaa malha
bitola de
mínima
terra dos condutores
Kn l 2

, n=l + 0 08

154

h8 = O, 20m ----+ camada de brita


CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO
155

_ pa - ps _
_ 759
411,8 - - o 0'
pa + ps
3000=
J(
_
411,8 + 300
[ -O 759 (-0, 759 Rmalha = 4, 29H1

2
759) (-0,

C,(h.,K) - / { 1+ 2 .¡1 + (2ó.g;n2+ .¡1 + (\ º ·2)2+ .¡1 + (2·;, ·2)2


96
Cs(hs, I<) = O, 7905
Verificac;áo do potencial máximo na malha
o, 116 \/toque \/toque máximo da malha = Rmalha · Imalha = 4,291.1200 = 5149,
\/toque máximo= [1000 + 1, 5C. máximo = 2V
(hs, I<) ps] 682, 47V
v'f, Rmalha , Imalha > \/toque máximo
o, 116
\/toque máximo = [1000 + 1, 5, O, Como náo verificou, <leve-se calcular mais precisamente os potenciais na
7905 ·,3000] v(J,o malha.

r lí) ps1
Vpasso máximo = [1000 + 6 C.(h., o, 116
,,,,rt
0,116
7) Cálculo do potencial de malha durante o defeito
Vpasso máximo= [1000 + 6, O, 7905, 3000] pa I<m I<; Imalha
v(J,o Vmalha L =
total
Vpasso máximo = 2280, 62V 2
[e (e + 2h)
2
h] I<ii 8 }
I<m
5) Projeto inicial para o espa amento l6hd + Sed - 4d + I<h ln 1r(2N - l)
_! {
N = V18.l4 = 15, 8745
ln
2
= 1 1
1
- Número de condutores ao longo dos lados r
(2.15,8745)ts,s2m ( )º 126 =
o, 6468
50
Na= + 1 = 17, 66 40
3 =- + = Nb l 14, 33
3
31,749'
06
J(h = j1 + = 1,2649
Como Na e Nb devem ser
inteiros, faz-se Condutor 35mm2
d = 6, 6756. 10- 3 m
Na= 18
Como ea .¡, eb,
ea= 2, 941m utiliza-se apenas no cálculo
do I<m, o maior
espac;amento, pois o mesmo
resulta no maior valor de
eb = 3, 077m Os espac;amentos sáo I<m.
aproximadamente iguais.
e= máximo(ea,eb) = 3,077m

- Comprimento total dos cabos que 1{ [


formam a malha.

::1:
3,
2
Lcabo = 18. 40 077
+ 14. 50 =
1420m
(3,077 + 2.
6) Cálculo da resistencia da o, 6)2
malha
I<m = 21r ln 16. O, 6. 6,
6756. 10- 3+ 8. 3,077.6, 6756·
10- 3

4.6,6 :
.10-3]+

ln
[1r(2.15
,!745-
1)]}

7
( S. l . l )
J{h = l, 2649 J{¡ = 3,3864
Fazendo o novo cálculo do I<m, obtém-se:
156 CAPíTULO 8.
MALHA DE ATERRAMENTO

I<m = 0,6673
J{¡ = o, 656 +
o,172. 15, 8745
= 3, 3864
157
V. = 411, 8. O, 6673. 3, 3864 .1200= 786 V
malha 1420 , 39

Vmalha 2 Vtoque máximo

Nao verificou o limite, deve-se alterar o projeto da malha.

8) E timativa do mínimo comprimento do condutor


Usando as expressoes 7.14.2 e 8.9.1, pode-se fazer urna estimativa do compri mento mínimo de condutor que a malha deve ter para ficar no limite de segurarn;;a, isto é:
Vmalha :s; Vtoque máximo
I<m = 0,5565
O valor de Vmalhci é agora obtido pela expressao 8.9.6.
411, 8. O, 5565. 3, 3864 .1200= 557 V
0
Vmalha = 1420+ 1, 15 , 219 '

Vmalha :s; Vtoque máximo


Verificou-se o limite de seguranc;a para tensao de toque.

11) Cálculo do potencial de passo na periferia da malh.a

N = máximo(l8, 14) = 18
L
.. > pa I<m I<; lmalha
{8.17.2) I<; = o, 656 + o,172. 18 = 3, 752
mi·nimo -
411,8.0,6673.3,3864.1
2 V"toque máximo 200 Para o cálculo do potencial de passo na periferia da malha,
Lminimo 682,47 utiliza-se o menor valor de ea e eb, isto é,
L 16 e= minimo(ea,eb) = 2,941m
mt 36
ni ,
m 22
o m
2
9) Modifica ao do projeto da malha J( = 1-
[1- + --1 + 1-(
l ....., o, 5N-2)]
,-- m P < Ypasso máximo
Para que a tensa.o de toque fique al 1r

dentro do limite de seguranc;a, deve-se ha 2h o Os potenciais máximos


neste caso, por exemplo, colocar hastes de e+ , admissíveis foram verificados,
3m nos cantos e ao longo do perímetro da J{¡¡ = e agora deve-se fazer o detalhamento
malha. A quantidade de hastes (Nh) é dado 1 _ 4
da malha. Se a subestac;ao for
pela expressao 8.17.3. N+= + +_ 6
fechada por urna cerca metálica,
1 deve-se verificar os potenciais de
y'l8T4 _1 3
toque na cerca. Verificar, por
Ltotal = Lcabo + = _{1 4
exemplo, o potencial de toque na
15,874 _ = cerca, construída acompanhando o
Lhastes 2
Lmlnimo 5 J(p 411, 8. O, 4634.
perímetro da malha.
3,752.1200
(8.17.3) 1r
91
6
Ltotal = 1420 + 3Nh 2 1636, 22 VpsM
2,941
Nh 2 72,07 o, 142012) Cálculo do potencial de toque
Nh = 73 hastes 2,941 219 na cerca metálica
' '
Lhastes = 3Nh = 3, 73 = 219m
J V
Ltotal = Lcabo + Lhastes = 1420 + 219 = (
p
p
s
1639m M

10) Cálculo do potencial de =


158 CAPíTULO 8. MALHA DE ATERRAMENTO

Cerca 'metálica construída acompanhando o perímetro da malha sendo ater- rada


na própria malha. '

Capítulo 9
Cálculo de Kc( x = 1) e Kc( x = O)

Kc(x = O) = O, 7159
Medida da Resistencia de Terra
Kc(x = 1) = 1, 2718
O Kc a ser usado na expressao 8.14.3 será:

Kc = Kc(x = 1) - Kc(x = "O) 9.1 Introdm;áo


Kc = 1, 2718 - O, 7159 = O, 5559
V cerca -_ pa J(c J{¡ Imalha Este capítulo aborda somente o processo da medic;ao da resistencia de terra, que é urna
atividade relativamente simples.
A cerca está adequada.
Lcabo + 1, 15 Lhastes
Vcerca= 411, 8. O, 5559. 3, 3864. 1200 Basta apenas ir ao local do aterramento já existente e efetuar a medic;ao.
1420 + 1,15. 219 Coro esta medic;ao pretende-se somente medir o valor da resistencia de terra que
Vcerca = 556, 42V este sistema de aterramento tem no momento da medic;ao. Como o valor da resistencia de
terra varia ao longo do ano, <leve-se programar adequadamente medic;oes ao longo do
Vcerca :S Vtoque máximo tempo para manter um histórico do perfil do seu comportamento.
Em épocas atípicas, isto é, seca ou inundac;oes, além das medidas já previs tas,
<leve-se efetuar algumas medic;oes para se ter o registro do valores extremos de resistencia
de terra.

9.2 Correntes de Curto-Circuito pelo Aterramento

Somente os curto-circuitos que envolvem a terra, geram componentes de se qüencia


zero. Parte desta corrente retorna pelo cabo de cobertura do sistema de transrnissao ou pelo
cabo neutro do sistema de distribuic;ao multi-aterrado, o restante retorna pela terra. Ver
referencia [11].
A corrente que retorna pela terra é limitada pela resistencia de aterra'.mento do
sistema. A figura 9.2.1 apresenta a distribuic;ao de corrente na terra, devido a um
curto-circuito no sistema.
/
Note-s que a corrente de curto-circuito precisa de um caminho fechado para

1
5
9
160 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA DE TERRA
161

Iccif/J- t

malha

LT.

+
±
i i
Vista lateral

--
1 '\ ' "-..... I
////1
\ " "
\\"--......",.........
_.,,-,///¡'
/

---
./

/
"-"- ......... _ - -/ /

----- .....
\
/
---

Figura 9.2.1: Corrente de Curto-Circuito Pela Terra

'-..... ......... ----


--
----- -- / /
-- ---
-- ----<-
que possa circular. -- - --- ,.,..,.,.. .....- ............
-
/ /
/ / ,,..
--""E:---
-
-- --- .........
'
-
.......
"
...........
--
9.3 Distribui áo de Corrente Pelo Solo • I /
-- , '
.........

I
--
I / ,,..
'",'
1
1
I
/
/
,,
,, i:
'\ \ \
A figura 9.3.1 mostra a distribui<;;ao de corrente de \ I I Vista superior
um sistema elétrico, cujo i
,,
X:J, - - - - - --
-
- - - - "\ '0\ {I // I \
aterramento é feíto por bastes. I \ ' ' \ I

--
,, / / 1
I ' "-
'...._ \ ,,. / I /
a
1 \ ' ....

---- -
/
''
\ ....- / / I
A densidade de corrente no solo junto haste é máxima. Com o afastamento, 1 \ '-... ............
_, / / I
as linhas de correntes se espraiam diminuindo a densidade de corrente.
', ' ...... ....
- .:- _.., / I
- / /

- - -
...... /
Após urna certa distancia da haste, o espraiamento das linhas de corrente é enorme, e a densidade de corrente é praticamente :- .,,
./

nula. Portanto, a regiao do solo para o afastamento considerado, fica corn resistencia elétrica praticamente nula. lsto também pode
' ' ...... --.: /

_
/

ser verificado pela expressao 9.3.1.

-- - ..,.
_
l
Rsolo = Pso/o-
s

(9.3.1)
Figura 9.3.1: Distribui<;;ao de Corrente no Solo
s na
N p área
e r muit
s a o
t i gran
a a de,
m isto
r e é,
e n prati
g t cam
i o ente
a S :::
o d } oo
, a e
s port
c anto
o l Rso/o
m i
O.
n
u h
m a
s
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e -
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t r
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g t
r e
a
n o
d c
e u
, p
a
o
u
e r
162 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTÉNCIA DE TERRA

Portanto, a resistencia de terra da haste corresponde somente e, efetivamente,


a regiao do solo onde as linhas de corrente convergem.
A resistencia de terra da haste, ou de qualquer aterramento, após um certo afastamento fica constante, independente da distancia.

A => Sistema de aterramento principal.


B => Haste auxiliar para possibilitar o retorno da corrente elétrica I.
p => Haste de potencial, que se desloca desde A até B.
x => Distancia da haste p em rela¡;ao ao aterramento principal A.

163

9.4 Curva de Resistencia de Terra versus Distancia

Esta curva é levantada usando o esquema da figura 9.4.1, onde a haste p do voltímetro se desloca entre as duas hastes.
A corrente que circula pelo circuito é constante, pois a mudan¡;a da haste p nao altera a distribui¡;ao de corrente. Para cada posi¡;ao da haste p, é lido o valor da tensao no voltímetro
e calculado o valor da resistencia elétrica pela expressao 9.4,1.
R(x=)
.
±e - Eg
V(x) (9.4.1)
I
de I do patamar, tero-se o
Deslocan de terra em
do-se a rela¡;ao
i ao valor RA, que é a
haste p aterramento
em todo principal,
Na isto resistencia de terra do
o é, da haste
percurso A. Figura
regi
entre A e 9.4.1. ,:
B, tero-se ao sistem
a curva No po
- -
A

Resistencia

..
p Solo

e da haste auxiliar, isto é, RA + RB,


Como o objetivo da medi¡;ao é obter o valor da resistencia de terrado sistema de aterramento, <leve-se deslocar a haste p até atingir a regiao do patamar. Neste ponto a
resistencia de terra RA é dada pela expressao abaixo:

--- --- - - ' --- -- -- ---------------


R Vvatamar
A=
I
(9.4.2)

9.5 Método Volt-Amperímetro

A B

Figura 9.4.1: Curva da Resistencia de Terra x Distancia

distancia
É o método clássico, efetuado por um amperímetro e um voltímetro, utilizando o esquema apresentado na figura 9.4.1. A resistencia do aterramento medido é dada pela
expressao 9.4.2.
Se coro o distanciamento empregado nao atingir-se o patamar, o valor da resistencia de terra medido nao representa o valor real.
Deve-se entao, aumentar a uistancia da haste auxiliar B, até se conseguir um patamar bem definido.
A fonte geradora de corrente neste processo pode ser:
'[' 165
1

MEGGER
164 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA
DE T RRA

• Gerador Síncrono portátil a gasolina;


• Transformador de Distribuii;ao.

Deve-se procurar injetar no solo urna torrente adequada, da ordem de amperes, de modo a tornar desprezíveis as interferencias de outras correntes na terra.
Geralmente, a resistencia do aterramento da haste auxiliar B é alta, e limita a corrente elétrica da medii;ao. Deve-se entao, colocar neste local um solui;aó de água e sal.

9.6 Medic;ao Usando o Aparelho Megger

Solo A

:i:
1

Vpatamar

11B
s o: ipo • Tipo
Uni Zero
Existem vários instrumentos usados na medii;ao da resistencia de terra. Eles a ver Central;
• T sal;
Figura 9.6.1:
prin s
) Medi<;áo
cipa com i d
< Nao se pretende desenvolver o estudo do funcionam¡nto de cada instrumento, o MEGGER
lea s e
hast t p
• e e o
A auxi t
m
liar e
a n
d <lev
i e c
s d i
ser
t sufi e a
a cien l
n tem a e
c ente t a
i e u
gran
a r x
de,
il
para r
e i
que a a
n a m r
t hast e d
r e de n e
e pote t v
ncia o e
o l m
atinj e
s p
a a st
i regi r
a
s ao i
r
t plan n b
e a do c e
m pata i m
a mar; - l
i
d • O m
p
e apa p
a
relh a
l
a o s,
;
t <lev p
e e • ri
r ficar A n
r o s c
a i
mais
m h p
próx
e a a
imo s l
n
poss t m
t
ível e e
o
do s n
te isentas de óxidos e gorduras, para possibilitar bom contato com o s olo;
mas sim, utilizá-los na medii;ao da resistencia de terra. · • Calibrar o aparelho, isto é, ajustar o potenciometro e o multiplicador do MEG GER, até que
Tornou-se hábito, na prática, designar todos os aparelhos de medii;ao de resis o seja indicado o valor zero;
tencia de terra, como nome do conhecido aparelho MEGGER. Este nome é na verdade • As hastes usadas devem ser do tipo Copperweld, com 1,2m de comprimento e diametro de
marca registrada de um fabricante de aparelhos de medii;ao.
16mm;
A medii;ao da resistencia de terra, utilizando-se o aparelho MEGGER, é feita
de acordo como esquema da figura 9.6.1.
• Cravar as hastes no mínimo 70cm no solo;

Os terminais C1 e Pi devem ser conectados. • O cabo de ligai;ao <leve ser de cobre com bitola mínima de 2, 5mm2;

O aparelho injeta no solo, pelo terminal de corrente C1 , urna corrente elétrica • As medii;oes devem ser feítas em días em que o solo esteja seco, para se obter o maior valor
l. Esta corrente retorna ao aparelho pelo terminal de corrente C2, através da haste de resistencia de terra <leste aterramento;
auxiliar B. Esta circulai;ao de torrente gera potenciais na superficie do solo. O po
tencial correspondente ao ponto p é processado internamente pelo aparelho (operai;ao • Se nao for o caso acima, devem-se anotar as condii;oes do solo;
correspondl:lnte a expressao 9.4.1), que indicará entao o valor da resistencia R(x).
• Se houver oscila<;ao da leitura, durante a medi<;ao, significa existencia de inter ferencia.
Durante a medii;ao <leve-se observar o seguinte procedimento: Deve-se, entao, deslocar as hastes de potencial e auxiliar para outra direi;ao, de modo a contornar
o problema;
• Alinhamento do sistema de aterramento principal com as hastes de potencial e • V rificar o estado do aparelho;
auxiliar;
o Verificar a carga da batería.

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11

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166 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA DE TERRA
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r t do
a e em
n co
n ns
c 1d
a i era
a <;a
D oa
u seg
d ura
r e n<;
a humana, deve-se observar os seguintes itens:
Capítulo 10
• Nao devem ser feítas medi<;oes sob condi<;oes atmosféricas adversas tendo-se em
l..
vista a possibilidade de ocorrencia de raios-, '
Corrosao p
r
• Nao tocar na haste e na fia<;ao;
no o
c
• Nao deixar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local;
Sistema e
• Utilizar cal<;ados e luvas de isola<;ao para executar "as medi<;oes; s
de s
• O terra a ser medido deve estar desconectado do sistema elétrico. o
.

1 1

Aterram n
a
ento t
u
r
a
l
1 O.1 Corrosáo
d
a
Corrosao é
urna palavra
v
originada do latim
"corrodere", que o
significa des l
trui<;ao t
gradativa. a
Especificame
nte, o
significado d
do termo o
corrosao de
metais, está
associado a m
degrada<;ao e
das suas
propriedades t
devido a a
a<;ao do l
meio. Todo
metal
tende a a
sofrer um o
certo grau
de s
corrosao, e
que é o u
estado primitivo. Est
Os sistemas de aterramentos sao construídos com materiais es metais
formam o
condutores a base de metal. Sendo a terra um meio eletrolítico, o processo da
material do
corrosao sempre estará presente. Portanto, um estudo mais profundo da anodo e
corrosao se faz mister, para que medidas de prote<;ao possam ser cátodo,
efetuadas. ficando
caracteriza
do pela
tabela de
eletronegati
10.2 Eletro.negatividade dos Metais vidade o
pólo
negativo e
Segue-se na Tabela 10.2.1, a eletronegatividade dos metais mais positivo da
pilha
importantes. Nesta tabela os potenciais dos metais estao referidos eletroquími
ao potencial do hidro ca.
genio, que tem como eferencia o valor zero.

e ,tt./liga óo externa

168 CAPíTULO 10. CORROS.A.O NO SISTEMA DE


ATERRAMENTO
169 Potencial (V)
Metal
Potássio (K)
(25ºC)
-2,922
,. ..
- --
A

Cálcio (Ca) -2,870


Sódio (Na) -2,712
Magnésio (Mg) -2,370 - 'A nodo
+ Alumínio (Al) -1,670
cátodo + Manganes (Mn) -1,180 --t-
Zinco (Zn) -0,762
Ferro (Fe) -0,440
Níquel (Ni) -0,250
Chumbo (Pb) -0,126
Hidrogenio (H 2 ) 0,000
Cobre (Cu) 0,345 · ;
Prata (Ag) 0,800
Ouro (Au) 1,680
-- --- -
-

-- - --
--
_._.

+
- e- - --
.

Tabela 10.2.1: Eletronegatividade dos Meta:is


.

10.3 Reat;áo de Corrosao .

Para se realizar o processo de corrosao eletroquímica, é necessário a presenc;;a de quatro elementos: ., .

• Elétrodo anódico - que libera os seus íons positivos para o meio eletrolítico, gerando um excesso de elétrons, isto é, ficando com
potencial negativo; -
• Elétrodo catódico - tem potencial positivo, é o elemento que nao se dissolve na reac;;ao eletroquímica, sendo o elétrodo protegido; •

• Eletrólito - meio na qual se processa a reac;;ao de formac;;ao dos íons; .

• Liga ao externa - que propicia a conduc;;ao dos elétrons do anodo para o cátodo. -
t
Estes quatro elementos agrupados sob condic;;oes propícias, formam a pilha eletroquí mica. Figura 10.3.1.
f
Com a circulac;;ao da corrente elétrica, o processo de corrosao sempre se dará no anodo, isto é, no pólo negativo. O anodo dissolve o seu
metal, gerando elétrons e mantendo o seu potencial negativo. Os correspondentes íons positivos sao liberados no eletrólito, caracterizando a t
corrosao. A corrente que circula é conhecida como corrente galvanica.

F
i
g
u
r
a

1
0
.
3
.
1
:

P
i
l
h
a Eletroquímica Epilha = Ecátodo-
Eanodo
Na pilha eletroquímica, pode-se generalizar que o elétrodo que sofrerá o pro cesso de corrosao será sempre o elétrodo que
recebe elétrons da soluc;;ao eletrolítica. (10.3.1)
Na pilha eletroquímica, faltando qualquer dos quatro elementos mencionados, nao haverá possibilidade de circular a corrente Onde:
galvanica, e o processo da corrosao nao poderá existir.
Ecátodo =* é o potencial do metal que será o cátodo
Usando a corrente convencional, isto é, a contrária ao do fluxo de elétrons, entao, a corrosao se dará no elétrodo que deixa a na pilha;
corrente convencional sair para o meio eletrolítico.
Para caracterizar melhor estes fundamentos, sera.o apresentados os itens a
Eanodo * é o potencial do metal que será o anodo na
seguir: pilha.

a) Cuba Eletrolítica Assim;


Usando dois elétrodos de cobre e ferro numa cuba eletrolítica da figura 10.3.2, o potencial da pilha eletroquímica será dado
Epilha = O, 345i - (-0,
pela expressao 10.3.1, que será obtido pela diferenc;;a entre as eletronegatividades dos metais da Tabela 10.2.1. 440)
i

e) Pilha Eletroquímica Bloqueada

170 CAPíTULO 10. CORROS.AD NO SISTEMA DE ATERRAMENTO

E pilha
171

+ urna f
+ extern
+ poten
Fe +
+ Cu da pil
haver
ele trÓhto
corren

_,
- +
- "
A nodo Fe - + Cu
Figura 10.3.2: Cuba Eletrolítica
+ - +
- +
Epilha = O, 785 Volts , -
+ +
Nesta condi ao nenhum elétrodo sofrerá a
corrosao porque nao há a forma ao de corrente
Fe
Catodo
'-- eletrólito -
elétrica. Cu
Figura 10.3.4: Pilha Eletroquírnica Bloqueada
b) Corrente Galvanica Como a fonte externa tem o mesmo valor de tensao, mas com polaridade contrária, fica cessada a a ao da pilha, isto
Ligando por fio condutor os dois elétrodos é, nao haverá circula ao de corrente, e nao haverá portanto corrosao.
da figura 10.3.2, haverá a circula ao de corrente de
elétrons, indicada na figura 10.3.3. d) Corrente lmpressa
Se a tensao da fonte externa da figura 10.3.4, for maior que o potencial da pilha, haverá circula ao de corrente
e
contrária, que é conhecida por corrente impressa ou for ada, figura 10.3.5.

- -e - -- + E >E pilha
_, I+
-- - - -- - + e
•r

!
- .......
Figura 10.3.3: Circulai;ao de Corrente

O elétrodo de ferro sofrerá corrosao. Os íons metálicos Fe+ deixarao a barra de ferro, e serao liberados na solu ao eletrolítica.

!á o cátodo, isto é, a barra de cobre, será o elétrodo protegido, e nao sofrerá a corrosao.
Fe Cu

._
- - . . .
--- - _ - -- • . - --
..,---·...._
Figura 10.3.5: Corrente lrnpressa
'

J
172 CAPfTULO 10. CORROSÁO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO

Esta corrente elétrica, imposta pela fonte externa, circula ao contrário, prote gendo a barra de ferro e produzindo corrosao na barra de cobre.
_/

Portanto, com o uso adequado da corrente impressa, pode-se controlar e de- terminar qual elétrodo será o protegido. Esta é urna técnica muito empregada na prote ao do material a ser
protegido.

10.4 Corrosáo no Sistema de Aterramento

Os sistemas de aterramento estarao sempre sofrendo o processo de corrosao.


Os cabos, hastes e conexoes enterrados no solo (eletrolítico), sofrerao os efeitos da corrosao.
173

Os sistemas do aterramento, no entanto, sao construídos usando componentes diferentes. Ver exemplo, na figura 10.5.l.

Poste Cabo de aco ( anodo}

"' .,' _-
Solo
.._
........ ........ (cátodo) '\. - - r-,
,
Pela própria característica do solo e do tipo de material empregado no sistema de aterramento, a corrosao ocorre devido a várias causas, entre elas:

• Heterogeneidade dos materiais que formam o sistema de aterramento;

\ "
-
Fluxo de ......_ -

--
elétrons ......_ --

hoste Copperweld
• Heterogeneidade dos solos abrangidos pelo sistema de aterramento; • Heterogeneidade de • Aera ao diferencial;
temperaturas no
• Heterogeneidade do tipo e • A ao das correntes
concentra ao de sais, e da umidade no sistema de aterramento; ., sistema de
aterramento; elétricas dispersas.
galvanica do fluxo de
As a oes acima, em separado ou combinadas produzem os mais diversos efeitos elétrons tem o
de corrosao no material do sistema de aterramento. A seguir será analisado o efeito das Figura sentido indicado na
causas acima citadas, que propiciam a corrosao. 10.5.1: figura ,10.5.1.
Aterra m conseqüencia, e o
mento cabo de descida, que
com está enterrado no solo,
10.5 Heterogeneidade dos Materiais que Compoem o Sis A1,;o que sofrera a corrosao,
tema de Aterramento e isto é, os íons Fe+
Cobre ira.o para o solo,
O ideal seria empregar no sistema de aterramento, materiais com a mesma deixando perfura oes
concentra ao de metal, para evitar eletronegatividade diferentes, impossibilitando a no cabo de a o.
gera ao da for a eletromotriz da pilha eletroquímica. Assim, o sistema nao teria corrosao. Outro
exemplo é o caso do
O desfolhamento de
aterramento do pequena' parte da
equipamento no cobertura do cobre da
poste, (por haste, que ocorre
exemplo, um devido a abrasa.o no
transformador), é momento da crava ao.
feito por um cabo Ver figura 10.5.2.
de descida de a o
(ferro) e a haste A camada de
usada é do tipo cobre e a área exposta
Copperweld, isto de ferro formara.o
é, cobreada. urna pilha eletroquí
mica com o fluxo de
O solo elétrons do cobre para
contém sais o ferio. Portanto,
dissolvidos na como a área de cobre
água, tendo-se do cJtodo é grande,
assim a forma ao será gerada urna
do elétrólito. grande quantidade de
Portanto, a pilha elétrons, que se
eletroquímica está dirigirao para a
formada. De pequena área exposta
acordo com o de ferro e a corrosao
item 10.3.b, a será intensa.
cor rente

174 CAPíTULO 10. CORROSÁO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO T


l'

¡)¡ =- 111 = 117


175

os da zona catódica serao protegidos.


·A regiao do solo com menor resistividade funcionará como zona anódica e,
conseqüentemente, será a área em que ocorrerá o processo de corrosáo.
Solo
No sistema de Distribui<;áo de Energia Elétrica [24] com neutro contínuo, há um grande número de
aterramentos distribuídos por toda a cidade, abrangendo áreas com solos distintos, formando várias pilhas
eletroquímicas. Estas correntes circulando pelo solo irá.o corroer os metais contidos nas áreas anódicas, que
sao as áreas de menores resistividades. O mesmo ocorre no Sistema de Transmissáo [11], como aterramento
eletrÓlito
das torres e cabos de cobertura.

No aterramento profundo, a haste transpoe várias camadas de solos distintos, gerando várias regioes
anódicas e catódicas, tendo-se a corrosáo em vários locais.

Cu
10. 7 Heterogeneidade do Tipo e Concentra áo de Sais, e da
Umidade no Sistema de Aterramento
Figura 10.5.2: Área de Ferro Exposta
Apesar do solo ser o mesmo, a diferen<;a de concentra<;áo da solu<;ao, tipos de sais, e de umidade,
10.6 Heterogen_eidade dos Solos Abrangidos Pelo produz zonas anódicas e catódicas. Ver figura 10.7.l.
Sistema de Aterramento

Esta corrosáo ocorre em sistema de aterramento que brange urna área grande no
solo. O solo sendo heterogeneo, cada parte tem diferentes concentra<;oes e dis
11

'1:
'1
j:

r,
tribui<;ao de sais, umidade, temperatura, formando verdadeiras zonas anódicas e cató
dicas na regia.o em que o aterramento está contido. Figura 10.6.l.
- ----..... ----,.._ ....,.,._ """'
/,'''!= "'!=
- _/!/ _/// Sola

/
'
lll/l!
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,,.,,, ... . " ""' - ..... - ... -

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, ,
"
., Conctntr o e
\ \ \ '/ \._., / 1 1 Zona catodica / ---- -- .,,-" do)
Zona anódica '-./, ., --
.--- , •/ 1 -.,.,. (CÓto
\.
-------
Concentro o A '<
-/ -'.....
-
........
- )'/ <-
-- - - - ---
1látron1

---;
..,,
176 CAPíTULO 10. CORROSAO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO

10.8 Heterogeneidade da Temperatura do Solo


cátodo Reg1ao mois} f/1==!/J =
oerado protegido
Quando um sistema de aterramento encontra-se em regioes com temperaturas _,,
177
distintas, tem-se a ac;ao termogalvanica. Figura 10.8.1.
10.1
-/1/-'II/
e A-;;a
Solo Anodo
R e g i a o}
m e no s
e
e ..
aerado corrosao

Figura 10.9.1: Aerac;ao Diferencial

Figura 10.8.1: Ac;ao Termogalvanica na Haste Profunda



A regiao quente agirá como a.nodo, e será a zona corroída. A regiao fria será a protegida.

10.9 Aera-;;ao Diferencial


No solo, há correntes elétricas circulando provenientes de diversas fontes. Es tas correntes sao conhecidas como correntes dispersas, de fugas ou parasitas, e procu ram os caminhos de menor
resistencia, tais como encanamentos metálicos trilhos tubulac;oes, qualquer condutor, solos de menor resistividade, e principalmen e os sis temas de aterramento.
Os pontos onde as correntes de elétrons entrám no condutor formarao urna regia?_ anódica, que sofrerá corrosao. A regiao catódica, isto é, a regiao protegida, será a reg1ao formada pelas
partes onde o fluxo de elétrons deixa o condutor. Figura 10.10.1.

Um solo com aerac;ao diferente, forma eletrólitos diferentes, criando regioes anódicas e catódicas. Isto é, há formac;ao da pilha por aerac;ao diferencial. Este efeito é mais acentuado em solos
porosos.
A pilha por aerac;ao diferencial é gerada pela diferenc;a de concentrac;ao de oxigenio. Neste caso, o elétrodo mais aerado é o cátodo e o menos aerado é o a.nodo.

, --- 1

Verpolha'o
,•
Portanto, a corrosao em um aterramento profundo, construído de um mesmo material, se dá - -
nos elementos mais enterrados no solo. Figura 10.9.1. __ ---------------
----_.-../.
Corrosiio
Apesar de existir a corrosao, é importante que acorra dessa maneira. Observe
- ·-
! ..,." . . .
,:: : :
- --
e-..,,.:-=::
-
CorrNéJ
o
se que a regia.o mais aerada, que a princípio propiciaría a corrosao da haste, torna-se, por Figura es de Elétrons Dispersas no Solo
forc;a da pilha de aerac;ao, zona catódica, sendo, portanto, protegida. 10.10.1:
Corrent
178 CAPíTULO 10. CORROS.A.O NO SISTEMA DE ATERRAMENTO 179 Os tres últimos itens serao vistos a seguir.
• U
sar
corrente
impressa 10.12
ou Protec;ao Por lsolac;ao de Um Componente
forc;ada. 1¡
As correntes dispersas no solo sao do tipo contínuas e alternadas. As correntes
contínuas em relac;ao a corrosao, sao muito mais atuantes que as correntes alternadas.
Para urna corrente elétrica de mesmo valor, a alternada produz somente 1% da corrosao em
Para haver a corrosao, há a necessidade da presenc;a de
corrente contínua. Se a corrente alternada for de baixa freqüencia, a corrosao
quatro condic;óes, como visto no item 10.3. Na falta de um deles,
aumenta. cessa a ac;ao da pilha eletroquímica e conseqüentemente a ac;ao da
As fontes que geram correp.tes dispersas no solo sao: corrosao. No sistema de aterramento é mais simples isolar
convenientemente o cabo de descida do equipamento aterrado. Figura
10.12.1.
• Correntes galvanicas devido a pilhas eletroquímicas formadas no solo, geradas por
qualquer processo apresentado anteriormente;
• Correntes devido a trac;ao elétrica de corrente contínua, com retorno pelos trilhos;

• Corrente alternada de retorno pela terra do Sistema Monofásico com Retorno pela Terra (MRT), usada na alimentac;ao de Distribuic;ao Rural;
• Corrente contínua proveniente do sistema de protec;ao catódico por corrente im pressa. Este item será visto a seguir;
• Correntes alternadas provenientes dos curto-circuitos no sistema elétrico de ener gia;
• Corrente contínua de curto-circuitos no sistema de transmissao em corrente con tínua;
• Correntes telúricas, geradas pelas variac;oes .de campos magnéticos provenientes da movimentac;ao do magma da Terra.

'

haate

, Cabo
descida isolado
Solo
\
1 emborracha da
/

10.11 Protec;ao Contra a Corrosao

A corrosao de um modo ou de outro sempre estará presente, mas empregando convenientemente algumas técnicas pode-se diminuir ou anular esta ac;ao.
Tendo-se sempre como objetivo proteger da corrosao o elemento principal do sistema de aterramento, pode-se aplicar, dependendo do caso, alguma das técnicas relacionadas a seguir:

• Construir todo o sistema de aterramento com um único metal;


• !solar do eletrólito o metal diferente do sistema de aterramento;
• Usar anodo de sacrificio para se obter a protec;ao catódica;

Figura 10.12.1: Cabo de Descida !solado

Deve-se ter o cuidado de cobrir toda a conexao com urna massa emborrachada.

10.13 Protec;ao Catódica Por Ánodo de Sacrificio

Para que o metal do sistema de aterramento fique protegido, basta ligá-lo a um outro metal que tenha um potencial menor na escala de eletronegativida.de da tabela 10.2.1.
Assim, o material protegido será o cátodo, e o outro será o anodo. Como o anodo sofrerá a corrosao, ele é denominado de anodo de sacrificio.

T
181

180 CAPíTULO 10. CORROSAO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO

O material do a.nodo de sacrifício <leve ter as seguintes características:


• Manter o potencial negativo praticamente constante ao longo de sua vida útil;
• Manter a corrente galvanica estabilizada, para que o processo de corrosao se de uniformemente;
• Os íons positivos, dissociados na corrosao, nao devem produzir urna capa dimi nuindo a área ativa da corrosao.

Os materiais que melhor satisfazem a essas condic;oes sao as ligas de Zinco e Magnésio. Nestas ligas sao colocados aditivos para melhorar a qualidade do a.nodo de sacrifício.

Os a.nodos de sacrifício de Zinco sao adequados 'para solos cuja resistividade vai até 1000 n.m. O a.nodo de Magnésio é usado em solos de até 3000 n.m.
Os a.nodos de sacrifício devem ter urna grande área, para produzirem protec;oes

//-- ..\..
1 1

massa \ 1
' ,I
em '

hoste ./ protegida

cátodo

ca.,bo de li

e.nchimento

elétrodo de
z1nco
catódicas adequadas. trada na figura 10.13.l. agres a regia.o
sivos úmida,
Pode-se utilizar um revestimento (enchimento) nas ligas de Zinco ou Magnésio O enchimento tem as do obtendo-se
para aumentar o seu volume. Este enchimento é formado por urna mistura a base de seguintes finalidades: solo; um regia.o
Gesso, Bentonita e Sulfato de Sódio, nas seguintes proporc;oes: de baixa
•É resis
Gesso ..................... 75% • Aumentar a área de higro
atuac;ao, distribuindo a tividade;
Bentonita .............. 20% scópi
Sulfato de Sódio .... 05% corrente galvanica; co, • Tem
mant volume
A protec;ao catódica com a.nodo de sacrifício de Zinco com ehchimento é mos • Evitar o contato do metal
endo grande para
do a.nodo com os elementos
aumentar a vida útil <leste processo; Figura 10.13.1: e venciona
Ánodo de Sacrificio x l do
• Como está conectado ao sistema de aterramento, contribuí também na de Zinco coro t elétrodo
diminuic;ao da resistencia do·aterramento. Enchimento e a ser
r corroído
Se o sistema n para o
de aterramento a a sistema
f de
proteger for muíto
o aterrame
grande pode-se usar
r nto a ser
vários a.nodos de
c protegid
sacrifícios distribuídos
; o. Ver
ou, se for o caso,
a figura
concentrados, a 10.14.l.
formando urna bate na. c ·
i
r O
elétrodo
10.14 Protec; c que
u
áo Por l libera a
Corrente a corrente
Impressa c convenci
; onal no
á solo é o
Nao se que
o
consegue fazer sofrerá a
protec;ao catódica com corrosao.
d
a.nodo de sacrifício em
a A
solos com resistividade c
elevadél,. Isto porque a corrent
o e
corrente galvanica é r
muito pequena. nao eletroqu
r ímica,
permitindo obter-se ·a e
eficiencia desejada. isto é, a
n do fluxo
Neste caso, t de
para que a protec;ao seja e elétrons,
eficiente, <leve-se c circula
impor urna corrente o do
contínua com urna fonte n sistema
externa. Esta corrente é de
conhecida por corrente t
aterram
impressa ou forc;ada. í
ento
n
para o
Com este u
elétrodo
processo, já visto no a
a ser
item 10.3.d, pode-se c
corroído
comandar e controlar o o
elétrodo a ser corroído. .
n
A fonte de tensa.o
reti
fica
dor
a,
que
182
CAPITULO 10. CORROSA.O NO SISTEMA DE ATERRAMENTO con
ver
183 te
cor
o o elétrodo rent
inerte está e
enterrado no alte
solo, há rna
necessidade da
de envolve-lo em
com um con
enchimento tínu
condutor de a.
coque
metalúrgico
moído. Isto
adiciona as
seguintes
vantagens:
' ',

iminui
resistividade
elétrica
que envolve
elétrodo
facilitando a
passagem da
corrente


iminui o gasto do
elétrodo


umenta a área de
dispersao da
corrente no

fonte de
tensao que
alimenta o
processo por
corrente
impressa é
um trans
formador
conectado
rede
juntamente
com
ponte
-
-- -- ---
- Aterromento
protegido -
/
o religador' usado na prote<;ao do sistema de distribui<_;ao, de um
10.15
- -
Religamento e a Corrosao modo geral prejudica o sistema de aterramento.

"',
---
.................
'-.......
--- - -- ----
As aberturas e tentativas de religamento produzem interrup<_;oes e
inrush de

........

,
/--
rosa
c
// / o.
/ o
Out
r
ro
r
ele
e
men
n
to
t
que
e
tam
s
bém
acel
e
era
l
a
é
corr
t
osa
r

i
a
c
elev
a
a<;a
s
o da
tem
q
pera
u
tura
e
do
sist
a
ema
c
de
e
ater
l
ram
e
ento
r
,
a
com
m
o
ind
o
i
p
r
o
c
e
s
s
o

d
e

c
o
r
II
I
I
I
I
I
I
I
83 II

8 final

11.1 Introdm:;ao

Todo o conteúdo deste livro sobre aterramento foi desenvolvido considerando correntes elétricas a freqüencia de 60Hz.
...' I
81 I ' ' ..... .... I
I
No entanto, a resistencia elétrica que um sistema de aterramento apresenta
r-,
I ', ...., I
1 ... 1
'
I .. ,............I
' 84'
ao surto de tensao (66] é diferente
da resistencia a 60 Hz.
Neste capítulo, nao como objetivo de esgotar o assunto, mas simplesmente
4 a a mostrar a sua importancia, apresenta-se a análise de surtos de tensao em um sistema de aterramento
---
I
inicial
8z p
8 r com urna ,haste.

t t
2

t t t t
3 4 5 6
t (1) Campo Elétrico Gerado no Solo Pelo Surto de
Corrente em Urna Haste
11.2

Figura d empera Reli


10.15.1: a tura gam
Elevai;ao T Devido ento Um surto de corrente [66] em urna haste de aterramento, figura 11.2.1, gera na sua
ao vizinham;a um campo elétrico. Este campo elétrico é dado pela expressao 11.2.1.

Onde:
E(x=)
P fsurto
271' (Lx + x2) [:]
(11.2,1)

!surto máximo (crista) da corrente de


L1 surto
=> 8

------------------------- · .
p
Valor 5

CAPíTULO 11. SURTOS DE TENSA.O


186

187

x =? Menor distancia [m] do ponto p a haste O gradiente


de
ioniza<;áo
pode ser
estimado
através da
fórmula
proposta
por
Oettle_ [56], abaixo:
indicada E(x) =? Intensidade do campo elétrico no ponto P []

.I Surto

Onde:

E; = 241 / ·
215
(11.3.1)

Solo

l ------· -----•p
E(x)
--
E; =? gradiente de ioni a<;áo [:]

p =? resistividade elétrica do solo em n.m

11.4 Zona de Ionizac;ao no Solo

Considere-se urna haste de um sistema de aterramento constituído de hastes.


C oi visto antes, o surto de corrente pode ionizar urna certa regiáo do solo em torno da haste.
o Evidentemente esta regiáo é limitada, ou seja, o solo em torno da haste é ionizado até urna certa
Figura 11.2.1: Campo Elétrico ao m distancia (xtimite) na qual o campo elétrico E(x), devido ao surto, é igual ao gradiente de ioniza<;áo
Redor da Haste o (E;) do solo. Além deste limite o campo elétrico E(x) náo tem valor suficiente para ionizar o solo. Ver
figura 11.4.1.
surto. Observe que este campo elétrico acompanha f
a forma impulsiva da corrente de

11.3 Gradiente de Ionizac;ao do Solo


I Surto

A frente de onda do campo elétrico criado pelo surto de corrente tem a pro priedade de facilitar a ioniza,c ao do solo na vizinharn;a da haste.
O valor limite do campo elétrico acima do qual o solo torna-s: ionizado é chamado de gradiente de ioniza<;ao. Estes valores limites, para alguns tipos de solo,

Solo

---·-=---=-=--=------- ==
------------ --
---
esta.o apresentados na Tabela 11.3.l.
-:::---
=...-- -
-- --
==
L::. :: - -- r u:-;
"

Tipo de Solo
Gradiente de
Ioniza<;áo [:J
..-
- --- -·-
CascalhoRegiao
úmidodo solo 11,4 - 19,2 ......;. ,.;;,, _ _ _ _ _ ¡,....,.;;;..

Cascalho\ionizado
seco
Areia úmida
20,8 - 22,8
13,0 - 23,4
------------
------ --_-
- - - - -
Areia seca 17,1 - 18,8
Argila plástica 18,7 - 39,0
Tabela 11.3.1: Gradiente de Ioniza<;ao

Quando O campo elétrico for maior do que o gradiente de ioniza<;áo, o solo fica ionizado, isto é, sua resistencia elétrica caí praticamente a .zero.

Figura 11.4.1: Zona de Ioniza<;ao no Solo Levando na expressao 11.2.1, tem-se:

1
1
1

188 CAPíTULO 11. SURTOS DE TENSA.O 189

Ei= -p_f_s_u_rt_o
21r (LX/imite+ Xfimite)

(11.4.1)
110 ----....---.....-...---......-.--...--..---,.--,
e t RESIITfNCIA IOHr
e
100
O t
e l
X r i
/ r m
i
m
a i
i t
t i e
e
,
o
n é
d i
10
e z d
m a a
a d d
r o o
c
a p p
e e
o l l
o a
c
i s r
l u e
i r s
n t o
d o l
r . u
o c
E ;
d s a
o s
a a
d o b
a a
1 i
e 1 x
x . o
p 4 :
r .
e 2
s ,
2 L P fsurto X/imite+ X/imite 7f Ei
= 2
(11.4.2)
lo contido no cilindro fica
T ionizado. Portanto, do ponto
o de vista do surto, a haste se
d comporta como se ela fosse o
o cilindro. Devido a este
motivo a resistencia elétrica
o do aterramento ao surto é
menor, e pode ser calculada
s pela expressao 11.4.3.
o
P ln [4(L+x1imite)]
(n) (11.4.3)
0 L.o-"-1_0._o_o_._.,.4,,.090 .._,,.,o:1,o"'o......'"'1c-,o oo '-:':,o:-:o!-::o o.....::-:'!1o2 oo
Rsurto = 21(r L + X/imite)
2X/imite

Onde:
Corrente de Crista do Surto Figura 11.4.2: Resistencia x Corrente de Crista do Surto
Rsurto torno da haste, diferen
=> c;a
istotporque, a onda entre a de corrente neste aterramento tem o valor de crista de 5kA.
resist senoidal é resiste
encia muito suave em ncia
ao
elétric relac;ao a frente de surto e Calcular:
a do a
aterra onda do surto.
resiste a) A resistencia do aterramento da haste para correntes de curto-circuitos
mento Genericament ncia
ao
surto
e, pode-se
afirmar que:
a
em 60Hz.
p (4L)
60Hz. R6oHz = 27fL ln d
N _ 2000 ln ( 4.3 )
Rsurto
ote Rcurto Exem OHz- 2.?r.3 25.lQ- 3
que o (11.4.4) plo
mesm Numé R6oHz = 655, 06 O
o rico b) O raio do cilindro ionizado pelo surto
1

Na figura
camp 11.4.2 tem-se a 2 2000.5000
U
X/imite + 3Xlimite = 27f. 1600000
o
elétri
característica da rna
haste !
resistencia versus de 3m, = O, 30m
.
X/imite
co corrente de surto, para diamet
criad ro e) A resistencia elétrica ao surto
urna haste cravada 25mm,
o pela num solo de areia e está _ 2000 ln [4 (3 + O, 30)]
cravad
corre argila. a em m Rsurto- 27f. (3+ O, 30) 2. O, 30
nte de solo,
curto A diferenc;a cuja
resistiv
Rsurto = 298, 15 n
em entre a resistencia do idade
60 elétrica
Hz, aterramento a 60Hz e é de
2000
nao ao surto é tanto maior n.m.
tem a O
quanto for a gradien
propr resistividade do solo. te de
Num solo com ,alta ionizac
iedad resistividade, a
resistencia ao surto ;ao do
e de cai bastante em solo é
ioniz relac;ao a resistencia d 16
ar o
do aterramento a
60Hz. · Já em solo
O
surto
solo com máxim
baixa resistividade o
em nao há muita

190 CAPíTULO 11. SURTOS DE TENSA.O

11.5 Finalidade da Haste

O emprego de hastes verticais no aterramento, ou no complemento de aterra mentos maiores, é importante para o bom desempenho do escoamento das correntes de surto. Além de baixar a
resistencia de terra, a ponta da haste ajuda a manter os potenciais perigosos no fundo do solo.
Como um equipamento elétrico está sujeito a curto-circuitos e a surtos, deve se sempre usar urna ou mais hastes no ponto da ligac;ao do cabo de descida ao sistema de aterramento. A haste
cravada na malha no ponto da conexao do cabo de descida, é importante porque facilita a dissipac;ao do surto para a terra, evitando a sua pro pagac;ao pela malha. A regiao ativa do surto nestas
condic;oes na malha, está estimada num raio de·5m em torno da haste. L=·2m d =:; 1" R1haste = O, 513pa
Espac;amentos 2m 3m 4m 5m
Número
de H stes
R.q [í!] K R.q [í!] K R.q [í!] K R.q [í!] K
2 0,29lpa 0,568 0,28lpa 0,548 0,27Gpa 0,537 0,272pa 0,530
3 0,210pa 0,410 0,199pa 0,388 0,192pa 0,375 0,188pa 0,367
Apendice A 4 0,167pa 0,326 0,155pa 0,303 0,149pa Q,291 0,145pa 0,283
5 0,140pa 0,272 0,128pa 0,250 0,122pa 0,239 0,119pa 0,231
6 0,12lpa 0,235 O,llOpa 0,214 0,104pa 0,203 O,lOlpa 0,196
7 0,106pa 0,208 0,096pa 0,188 0,09lpa 0,177 0,087pa 0,171
Tabelas de Hastes Paralelas, Alinhadas e- Igualmente Espa
0,086pa adas
0,08lpa 8 0,096pa 0,186 0,167 0,157 0,078pa 0,151
0,078pa 9 0,087pa 0,169 0,151 0,073pa 0,142 0,070pa 0,136
- 10 0,080pa 0,155 0,07lpa 0,138 0,066pa 0,129 0,063pa 0,123
- 11 0,074pa 0,144 0,065pa 0,127 0,061pa 0,119 0,058pa 0,113
- 12 O,OG9pa 0,134
0,064pa 0,125
0,061 pct
0,057pa
0,118
0,110
0,05(ipa
0,052pa
0,110
0,102
0,054pa
0,050pa
0,105
0,097
, 13
14 0,060pa 0,118 0,05:lpa 0,103 0,049pa 0,096 0,041pa 0,091
15 0,057pa 0,111 0,050pa 0,097 0,046pa 0,090 0,044pa 0,086
'-

Tabela

191

192APÉNDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS 193

L=2m d- - §." R1 haste = O, 495pa


R

Espa<;amentos 2m 3m 4m 5m
Nt'.11nero
de Bastes
R.q [U] K Req [H] K Req [H] K R.q [U] K
2 0,283pa 0,571 0,272pa 0,550 0,267pa 0,539 0,263pa 0,531
3 0,205pa 0,413 0,193pa 0,389 0,186pa 0,376 0,182pa 0,368
4 0,163pa 0,329 0,15lpa 0,305 0,145pa 0,292 0,141pa 0,284
5 0,136pa 0,275 0,125pa 0,252 O,l 19pa 0,240 0,115pa 0,232
6 O,l18pa 0,238 0,107pa 0,216 0,10lpa 0,204 0,098pa 0,197
7 0,104pa 0,210 0,094pa 0,189 0,088pa 0,178 0,085pa '0,172
8 0,093pa 0,189 0,084pa 0,169 0,079pa 0,159 0,075pa 0,152
9 0,085pa 0,171 0,076pá 0,153 0,07lpa 0,143 0,068pa 0,137
10 0,078pa 0,157 0,069pa 0,140 0,064pa 0,130 0,062pa 0,124
11 0,072pa 0,146 0,064pa 0,129 0,059piz 0,120 0,056pa 0,114
12 0,067pa 0,136 0,059pa 0,119 0,055pa 0,111 0,052pa 0,105
13 0,063pa 0,127 0,05.Spa 0,111 0,051pa 0,103 0,049pa 0,098
14 0,059pa 0,120 0,052pa 0,105 0,048pa 0,097 0,045¡:,a 0,092
15 0,056pa 0,113 0,049pa 0,099 0,045pa 0,091 0,043pa 0,086
Tabela A.0.2:

L=2m d-- 2d " Rt haste = O, 4 Jpd


Espa<;amcntos 2m 3m 4m 5m
Número
de Hastes
Req [H] K Req [nJ K Req [U] K Req ¡nJ K
2 0,275pa 0,573 0,265pa 0,552 0,259pa 0,540 -0,256pa 0,532
3 0,200pa 0,416 0,188pa 0,391 0,182pa 0,378 0,177 pa 0,369
4 O,l59pa 0,3.31 0,147 pa 0,307 0,14lpa 0,293 0,137pa 0,285
5 0,133pa 0,277 0,122pa 0,2.54 0,116pa 0,241 0,112pa 0,233
6 0,115pa 0,240' 0,105pa 0,217 0,099pa 0,205 0,095pa 0,198
7 0,102pa 0,212 0,092pa 0,191 0,086pa 0,179 0,083pa 0,172
8 0,092pa 0;{90 0,082pa 0,170 0,077pa 0,160 0,073pa 0,153
9 0,083pa 0,1 0,071pa 0,154 0,069pa 0,144 0,066pa 0,138
10 0,076pa 0,159 (í,008-piz- 0,141 0,063pa 0,131 0,060pa 0,12[;
11 0,07lpa 0,147 0,062pa 0,130 0,058pa 0,121 0,055pa 0,115
12 0,066pa 0,137 0,058pa 0,120 0,054pa 0,112 0,051pa 0,106
13· 0,062pa 0,129 0,054pa 0,113 0,050pa 0,104 0,047pa 0,099
14 0,058pa 0,121 0,051pa 0,106 0,047pa 0,097 0,044pa 0,092
15 0,055pa 0,114 0,018pa 0,100 0,044pa 0,092 0,042pa 0,087
Tabela A.0.3:

L=2m d = 1" R1 haste = O, 458pa


Espa<;amentos 2m 3m 4m 5m
Número
de Hastes Req [U] K Req [H] K Req [O] K R.q [H] K
2 0,264pa 0,577 0,254pa 0,554 0,248pa. 0,542 0,244pa 0,534
3 0,192pa ·0,420 0,180pa 0,394 0,174pa 0,380 0,170pa 0,371
4 0,153pa 0,335 0,142pa 0,309 0,135pa 0,296 0,13lpa 0,287
5 0,129pa 0,281 0,117pa 0,257 O,lllpa 0,243 0,108pa 0,235
6 O,lllpa 0,243 O,lOlpa 0,220 0,095pa 0,207 0,09lpa 0,200
7 0,099pa 0,215 0,088pa 0,193 0,083pa 0,181 0,080pa 0,174
8 0,089pa 0,194 0,079pa 0,173 0,074pa 0,161 0,07lpa 0,154
9 0,08lpa 0,176 0,07lpa 0,156 0,067pa 0,145 0,064pa 0,139
10 0,074pa 0,162 0,065pa 0,143 0,061pa 0,133 0,058pa 0,126
11 0,069pa 0,150 0,060pa 0,132 0,056pa 0,122 0,053pa 0,116
12 0,064pa 0,140 0,056pa 0,122 .0,052pa 0,113 0,049pa 0,107
13 0,060pa 0,131 0,052pa 0,114 0,048pa 0,105 0,046pa 0,100
14 0,057 pa 0,124 0,049pa 0,107 0,045pa 0,099 0,043pa 0,093
15 0,053pa 0,117 0,046pa 0,101 0,043pa 0,093 0,040pa 0,088
Tabela A.0.4:

L = 2,4m d- !"
- ? R1 haste = O, 440pa
Espa<;amentos 2,5m 3m 4m .5rn
Número
de Bastes Req ¡nJ K Req [H] K Req [U] K Req [H] K
2 0,248pa 0,564 0,244pa 0,555 0,239pa 0,543 0,235pa 0,535
3 0,178pa 0,406 O,l74pa 0,395 0,168pa 0,381 0,164pa 0,372
4 0,14lpa 0,321 0,136pa 0,310_ 0,130pa 0,297 0,127 pa 0,288
5 0,118pa 0,268 0,113pa 0,258 0,107pa 0,245 0,104pa 0,236
6 0,102pa 0,231 0,097pa 0,221 0,092pa 0,209 0,088pa 0,201
7 0,090pa 0,204 0,08,5pa 0,195 0,080pa 0,182 0,077pa 0,175
8 0,080pa 0,183 0,076pa 0,174 0,071pa 0,162 0,068pa 0,155
9 0,073pa 0,166 0,069pa 0,157 0,064pa 0,147 0,06lpa 0,140
10 0,067pa 0,152 0,063pa 0,144 0,059pa 0,134 0,056pa 0,127
11 0,062pa 0,140 0,058pa 0,133 0,054pa 0,123 0,051pa 0,117
12 0,057pa 0,131 0,054pa 0,123 0,050pa 0,114 0,048pa 0,108
13 0,054pa 0,122 0,051pa 0,115 0,047pa 0,106 0,044pa 0,101
14 0,051pa 0,115 0,048pa 0,108 0,044pa 0,100 0,041pa 0,094
15 0,048pa 0,109 0,045pa 0,102 0,04lpa 0,094 0,039pa 0,089
Tabela A.0..5:
r Número
de Hastes
Req [nJ K Req [nJ K Req [nJ K . Req ¡nJ K
2 0,235pa 0,568 0,23lpa 0,559 0,225pa 0,546 0,222pa 0,537
3 0,169pa 0,410 0,165pa 0,399 0,159pa 0,384 0,155pa 0,375
4 0,134pa 0,326 0,130pa 0,315 0,124pa 0,300 0,120pa 0,290
194APENDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS 5 0,112pa 0,272 0,108pa 0,262 0,102pa 0,247 0,098pa 0,238
6 0,097pa 0,235 0,093pa 0,225 0,087pa 0,211 0,084pa 0,203
7 0,086pa 0,2Q8 0,082pa 0,198 0,076pa 0,185 0,073pa 0,177
8 0,077 pa 0,186' O,U73pa 0,177 0,068pa 0,165 0,065pa 0,157
9 0,070pa 0,169 '0,06íioa 0,160 0,061pa 0,149 0,058pa 0,142
L = 2,4m d-- !R?" R¡ haste = O, 425pa 10 0,064pa 0,155 0,061pa 0,147 0,056pa 0,136 0,053pa 0,129
Espa1,amentos 2,5m 3m 4m 5m 0,059pa 0,052pa
11 0,144 0,056pa 0,136 0,125 0,049pa 0,119
Número de
Hastes
Req [fl] K Req [nJ K Req [nJ K Req [nJ K 12 .. 0,055pa 0,134 0,052pa 0,126 0,048pa 0,116 0,045pa 0,110
13 0,052pa 0,125 0,049pa 0,118 0,045pa 0,108 0,042pa 0,102
2 0,24 lpa 0,/ífi(l 0,2:J7pa o ,r,/í7 0,2:31 paO,M'1 0,228pa o,r,aG 14 0,049pa 0,118 0,046pa 0,111 0,042pa 0,101 0,039pa 0,096
3 0,173pa 0,4Ó8 0,169pa o·,397 O,l63pa 0,383 0,159pa 0,374
15 0,046pa 0,111 0,043pa 0,104 0,039pa 0,096 0,037pa 0,090
4 0,137 pa 0,324 0,133pa 0,313 0,127 pa 0,298 0,123pa 0,289
5 0,115pa 0,270 O,llOpa 0,260 0,105pa 0,246 O,lOlpa 0,237 Tabela A.O.7:
6 0,099pa 0,233 0,095pa 0,223 0,089pa 0,210 0,086pa 0,202
7 0,087pa 0,206 0,083pa 0,196 0,078pa 0,184 0,075pa 0,176
8 0,078pa 0,185 0,075pa 0,176 0,070pa 0,164 0,066pa 0,156
9 0,071pa 0,168 0,068pa 0,159 0,063pa 0,148 0,060pa 0,141
10 0,065pa 0,154 0,062pa 0,146 0,057pa 0,135 0,054pa 0,128
11 0,060pa 0,142 0,057pa 0,134 0,053pa 0,124 0,050pa 0,118
12 0,056pa .0,132 0,053pa 0,125 0,049pa 0,115 0,046pa 0,109
13 0,053pa 0,124 0,050pa 0,117 0,0413pa 0,107 0,043pa 0,101
14 0,049pa 0,117 0,047pa 0,110 0,043pa 0,101 0,040pa 0,095
15 0,047pa 0,110 0,044pa 0,103 0,040pa 0,095 0,038pa 0,089
Tabela A.0.6:

L = 2,4m d-- ª"


d R1 haste = O, 4rJpa
Espac;amentos 2,5m 3m 4m 5m
. 195
L = 3m d-- !?" R1 haste = O, 363pa
L = 2,4m d = 1" R1 haate = O, 394pa Espac;amentos 3m 4m 5m
Espac;amentos 2,5m Número
Número
3m 4m 5m
de Hastes
Req ¡nJ K Req ¡nJ K Req ¡nJ K
R.q ¡n¡ K Req ¡n¡ K Req [fl] K Req [nJ K
de Hastes 2 0,205pa 0,564 0,200pa 0,551 0,197pa 0,541
2 0,225pa 0,572 0,22lpa 0,562 0,216pa 0,548 0,212pa 0,539 3 0,148pa 0,406 0,142pa 0,390 0,138pa 0,380
3 0,163pa 0,414 0,158pa 0,403 0,152pa 0,387 0,148pa 0,377 4 0,117 pa 0,321 O,lllpa 0,306 0,107pa 0,295
4 0,130pa 0,330 0,125pa 0,318 0,119pa 0,302 0,115pa 0,292 5 0,097 pa 0,268 0,092pa 0,253 0,088pa 0,243
5 0,109pa 0,276 0,104pa 0,265 0,098pa 0,250 0,095pa 0,240 6 0,084pa 0,2:JI 0,079pa 0,217 0,075pa 0,207
6 0,094pa 0,238 0,090pa 0,228 0,084pa 0,214 0,08lpa 0,205 7 0,074pa 0,204 0,069pa 0,190 0,066pa 0,181
7 0,083pa 0,211 0,079pa 0,201 0,074pa 0,187 0,070pa 0,179
8 0,066pa 0,183 0,062pa 0,170 0,059pa 0,161
8 0,074pa 0,189 0,071pa 0,180 0,066pa 0,167 0,063pa 0,159
9 0,060pa 0,16(i 0,056pa 0,153 0,053pa 0,145
9 0,068pa 0,172 0,064pa 0,163 0,059pa 0,151 0,056pa 0,143
10 0,062pa 0,1.'í8 0,05!)pa 0,1'19 0,05'1pa 0,138 0,05lpa 0,1:JO
10 0,055pa 0,152 0,05lpa 0,140 0,048pa 0,133
11 0,058pa 0,146 0,054pa 0,138 0,050pa 0,127 0,047pa 0,120 11 0,05lpa 0,141 0,047pa 0,129 0,044pa 0,122
12 0,054pa 0,136 0,050pa 0,128 0,046pa 0;118 0,044pa 0,111 12 0,048pa 0,131 0,044pa 0,120 0,04lpa 0,113
13 0,050pa 0,128 0,047pa 0,120 0,043pa 0,110 0,041pa 0,103 13 0,04,5pa 0,122 0,04J pa 0,112 0,038pa 0,0105
14 0,047pa 0,120 0,044pa 0,113 0,040pa 0,103 0,038pa 0,097 14 0,042pa 0,115 0,038pa 0,105 0,036pa 0,099
15 0,045pa 0,113 0,042pa 0,106 0,038pa 0,097 0,036pa 0,091 15 0,040pa 0,109 0,036pa 0,099 0,034pa 0,093

Tabela A.0.8: Tabela A.0.9:

f"" ª -"
L=3m d -- , t R1 haste = O, 3 pa
Espac;amentos 3m 4m '5m
Número de Hastes
Req [nJ K Rpq ¡nJ K Req ¡nJ K
196APÉNDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS
2 O,l94pa 0,568 O,l89pa 0,554 0,186pa 0,544
3 0,140pa 0,410 0,135pa 0,394 0,13lpa 0,383
L=3m d -- ¡5;" R1 haste = O, 352pa 4 O,lllpa 0,326 0,106pa 0,309 0,102pa 0,298
Espac;amentos 3m 4m 5m 5 0,093pa 0,272 0,088pa 0,256 0,084pa 0,246
Número 6 0,080pa 0,235 0,075pa 0,220 0,072pa 0,210
de Hastes Req ¡nJ K Req [nJ K Req ¡nJ K
7 0,07)pa 0,208 0,066pa 0,193 0,063pa 0,184
2 O,l99pa 0,566 O,l94pa 0,552 O,l9lpa 0,543 8 0,064'p{l 0,186 0,059pa 0,172 0,056pa 0,163
3 O,l44pa 0,408 O,l38pa 0,392 O,l34pa 0,381 9 0,058pa hf),1-@- Hr,053pa 0,156 0,050pa 0,148
4 O,ll4pa 0,324 0,108pa 0,307 0,104pa 0,297 10 0,053pa 0,155 0,049pa 0,143 0,046pa 0,135
5 0,095pa 0,270 0,090pa 0,255 0,086pa 0,245 11 0,049pa 0,144 0,045pa 0,132 0,042pa 0,124
6 0,082pa 0,233 0,077 pa 0,218 0,073pa 0,209 '..,. 12 0,046pa 0,134 0,042pa 0,122 0,039pa 0,115
7 0,072pa 0,206 0,067 pa 0,192 0,064pa 0,182 13 0,043pa 0,125 0,039pa 0,114 0,037 pa 0,107
8 0,065pa 0,185 0,060pa 0,171 0,057pa 0,162 14 0,040pa 0,118 0,037 pa 0,107 0,034pa 0,100
9 0,059pa 0,168 0,054pa 0,155 0,052pa 0,147 15 0,038pa 0,111 0,035pa 0,101 0,032pa 0,095
10 0,054pa 0,154 O,O!íOpa 0,142
0,047 pa 0,134
11 0,050pa 0,142 0,046pa 0,130
0,043pa 0,123 Tabela A.0.11:
12 0,047pa 0,132 0,04:Jpa 0,121 0,040pa 0,114
13 0,044pa 0,124 0,040pa 0,113 0,037pa 0,106
14 0,041pa 0,117 0,037 pa 0,106 0,035pa 0,100
15 0,039pa 0,110 0,035pa 0,100 0,033pa 0,094

Ta.bela A.0.10:
197

L=3m d = 1" R1 haste = O, 327 pa


Espac;amentos 3m 4m 5m
Número [nJ
de Hastes
Req [nJ K Req [nJ K Req K
2 0,187pa 0,571 0,182pa 0,5.56 0,178pa 0,546
3 0,135pa 0,414 0,129pa 0,396 0,126pa 0,385
4 0,108pa 0,329 0,102pa 0,312 0,098pa 0,300
5 0,090pa 0,276 0,085pa 0,259 0,08lpa 0,248
/
6 0,078pa 0,238 0,073pa 0,222 0,069pa 0,212
7 0,069pa 0,211 0,064pa 0,195 0,06lpa 0,185
8 0,062pa 0,189 0,0.'57 pa 0,175 0,054pa 0,165
9 0,056pa 0,172 0,052pa 0,158 0,049pa 0,149
10 0,052pa 0,158 0,047pa 0,145 0,045pa 0,136
11 0,048pa 0,146 0,044pa 0,133 0,04lpa 0,125
12 0,044pa 0,136 0,04lpa 0,124 0,038pa 0,116
13 0,042pa 0,128 0,038pa 0,116 0,035pa 0,109
14 0,039pa 0,120 0,036pa 0,109 0,033pa 0,102
15 0,037pa 0,113 0,034pa 0,103 0,03lpa 0,096

Tabela A.0.12:

rno da Corrente de •urtos-c


Se
do Curto-Circuito
l9BAPÉNDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS rentes
retorn
em fa
B.1 tura d
orrentes de Curto-Circuito pela urna
corren
Apendice B neutra
As correntes que trafegarrt pela terra e entram na mal
B.1.1.

Reto urtos-circúitos monofásicos terra s
Linha
Transmissao está também em paralelo com o cabo
de cobertura. Portanto, o fluxo magnético
proveniente das correntes de sequencia zero
também se
concatena
coma terra
r
(solo) soba -
Linha de
Transmissa
. -
o, lterra -
induzindo soba L.T.
nesta -
urna corrente
chamada de
corrente de -
retorno pela
terra soba
Linha de -
Transmissao.
Figura B.1.1.
Esta corrente -
retorna pela
terra a
subesta<_;ao
-
,
acompanhan -
do o
da Linha de Transmissao [11].
tra<_;ado -
O
-
restante da
corrente de
curto-circuito
-
fica entao
liberado, e
retorna utili
-
zando o
menor -
tra<_;ado que
vai do ponto
do curto- -
circuitoa
subesta<_;ao. A
199
>
200 APENI¿ICE B. RETORNO DA CORRENTE DE SEQUENCIA ZERO DO CURTO-CIRCUITO -
-
201

-
-
t -
íterra liberada • t -
t -
-
-
-
-
- B e

t c
a
b
o
solo g
u
a
r
d
a
/
/
/
,
S
'
/
/
/
Figura B.1.1: Retorno da Corrente de Sequencia Zero a Subestac,;ao

O defeito que tem a maior corrente de sequencia ZifO é o curto-circuito mo

malha

' ........... -...


/

........ -.._ 1· _a_l_h_a_


.....
-
- . - m

Figura B.2.1: Corrente de Malha


-
nofásico aterra e seu valor é dado pela expressao B.1.1. na gerac,;ao ssao B.2.2.
A de tensoes de
corrente de passo e toque.
malha Isto porque jmalha = Ícurto lef, - terra- Ljcabo de cobertura das
jcurto lef, - terra = 3jo = Ícabo de cobertura+ Íterra soba L.T. + Íterra liberada· (B.1.1) Umalha) é a
esta corrente L.T. 1 s (B.2.2)
corrente que retorna ·pelo
produz as cabo de
Salienta-se que a corrente de malha é menor que a
tensoes de cobertura e corrente de curto-circuito e seu valor depende da:
B.2 Corrente de Malha passo e entra
toque. diretamente
A corrente de malha'('f ac nte elétrica que efetivamente trafega pela Portanto, a no cabo da • geometria espacial dos condutores fase, cabo de
terra e entra na malha pelo solo, ver Figura B.2.1. corrente de malha cobertura e distancia aterra;
malha é a retornando ao
A Imalha é a corrente que entra na malha pelo solo. Ela é composta pela corrente de que deve ser sistema
terra sob a L.T. e a corrente pela terra liberada. Seu valor é dado pela expressao B.2.1. considerada elétrico pelo
no cálculo terra do Y do
do dimen
transformador
jmalha = Íterra soba L.T. + jterra liberada (B.2.1) sionamento
ou do gerador
da malha, na
síncrono.
questao da
qualificac,;a A corrente de
o da malha malha
no quesito també
de m
seguranc,;a pode
humana. ser
Obser obtida
va-se que a utiliza
corrente auto- ndo-
neutralizada se a
nao contribui expre
202 APÉNDICE B. RETORNO DA CORRENTE DE SEQUÉNCIA ZERO DO CURTO-CIRCUITO

• resistividade do solo;
Apendice C
• bitola dos condutores fase e cabo de cobertura;
• material(resistividade) dos condutores envolvidos; Resistencia de Malha
• configura<;ao das L.T.'s conectadas a subesta<;ao.

Dependendo das condi<;oes acima, a corrente de malha pode variar numa faixa
larga, como indica, por exemplo, a expressao B.2.3.

{ o,1 }
Imalha = a jcurto 1ct, - terra
0,64

(B.2.3)
Neste apendice, sao apresentados os resultados dos trabalhos de vários pes quisadores relativos ao cálculo da resistencia de malha de terra (Rmalha) .

C.1 Resistencia de Malha de Terra

As fórmulas apresentadas neste ítem referem-se a resistencia de malha de terra proposta por diversos autores:

1) - Fórmula de Dwight [69]

RDwight =4Pa

2) - Fórmula de Laurent e Nilman (38]

-A--
malha

(C.1.1)
RLaurent = -Pa --- + --Pa
(C.1.2)
4 Ama/ha Ltotal
2
0
3
3) - Fórmula de Nahman e Skuletich [70]
r
l
204 APENDICE C. RESISTENCIA DE MALHA

R _ ( o, 53 1, 75 ) ( 80hd1 ) 4

h ===} profundidade da malha no solo;


d ==:> dia.metro do condutor da malha de terra;
205
· NS - Pa r,r--- + 1 1 - ---- (C.1.3)
VAma/ha n':f Ltota/ n,./ Ama/ha
N = n- 1
===} número
de
4) - Fórmula de Schwartz [71] quadrículas
em urna
direc;ao;
..0.l ===}
lado da
quadrícula;

KE
P RI

=
=
>
fat
or
de
cor
rec
;ao
da
Re
sis
ten
cia
de
M
alha conforme proposto na re- ferencia [68];

R Schwartz =-LPa-- [1n (2-Lhto-t,a-l) + k1 ( Ltota/ - k2)] (C.1.4)


7r total V r1malha

5) - Fórmula de Sverak [45]


1 1
Rsverak = Pa [- - + l (1 +---
- -)] (C.1.5)
vdh para malha com profundidade h b rgura da malha
O, 5 para malha na superficie (h = O)
-

{ -0,04w + 1,41 para h = O


l -0, 05w + 1, 20 para h = /0 ,./ Ama/ha
!!: _ comprimento da malha a
w
Ltotal y20Amalha 1+
A
:
h/- lha -0, 05w + 1, 13 para h = ,./Ama/ha

O, 15w + 5, 50 para h = O
O, 10w + 4, 68 para h = lo,./ Amatha
-0, 05w + 4, 40 para h = ,./Amatha

(C.1.6) C.2 Análise da Resistencia de Malha em Fun ao de Para.


metros

6) - Fórmula do Método Computacional do EPRI


. Na Figura C.2.1 sao mostrados resultados para a Resistencia de Malha, em
furn;ao da sua profundidade (h), obtidos pelas expressoes apresentadas neste Apendice,
para urna malha de terra com 20m X 20m com 4 quadrículas em cada direc;ao. O
dia.metro do cabo é de 1cm.

.
[6 8]

R CS={1 Pa 4V
7) - Fórmula de Ch w e Salama (67]
+ 1 (C.1
.7) Tomando cqmo referencia a Resistencia de Malha calculada pela expressao
..0
[.1l
l(
0
,1
6
5
..
0
.l
)]
}

2
,2
5
6
h
)

onde: N ,/21
rn I-
,./ proposta pelo EPRI, Fórmula C.1.6, os erros percentuais da Rmalha estao
apresentados na Figura C.2.2.
Pa solo;
==> Urna comparac;ao de Rmatha, em func;ao do comprimento total de cabos (Ltotat),
resisti Ama/ha ===} área da malha de terra; está mostrada na Figura C.2.3, onde os cálculos foram efetuados para a malha exem plo
vidad mostrada na Figura C.2.1, montada a urna profundidade de O, 5m e número de
Ltoial===} comprimento t tal dos cabos quadrículas igual a 7 x 7.
e que formam a malha;
apare
nte n ==> número de condutores paralelos
do ao longo de urna direc;ao da malha;
T
1
/

206 APENDICE C. RESISTENCIA


DE MALHA
207

32.00 30.CO] Figura C.2.1: Rmalha X h


Rmalha
Rmalha
30.00 4
25.00
5

28.00

26.00
20.00li ¡\
24.00

22.00

0.40 0.60 0.80 1.00

.... 3
<>:: j
35.00
'5.00
,0001
5.00 -j
3
o.oc .:¡...,..,,..,.,.,.,,..... ¡ ¡ • , i , i f ¡-rrr, 1 i 1 1 f 11 • 1 11 11 1 , 1i i • i •• i i1
h(m) 0.00 0.40 0.80 1.20 1.60 2.00
Ltotal - (km)
Figura C.2.3: Rmalha X Ltotal

A Resistencia de Malha, em func;;ao do número de quadrículas


ao longo de um lado(N), está apresentada na Figura C.2.4. A malha em
estudo tem dimensao 100m x 100m, profundidade de 0,5m e diametro
do cabo de 1cm.
3 15.00 ) .

s :
t)\
30.00
O
lc-d
5.00 .:j
3 35.00
Rmalha
J
25.00
Q) s
5.00
o 3

t
¡ :i¡

l
-5.0 0

L---========== 7 6

----·
20.00

15.00
-15.oo C.2.2: Erros 10.00
.:
¡.
-, Percentuais da Rmalha
-. em Rela<;ao a REPRI
:: 5.00
..
.-
..
.. o.oo -l-r,i"TT'i"TT'l"TT1i"TT1iTT'M'"MM'"MM'"MM'"MCTT,"T"n"T"nM'"MM'"MM'"Mn-M N
.- 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
r
-
r
-.
..
.. Figura Figura C.2.4: Rmatha X N
DE MALHA
APENDICE C. RESISTENCIA
208 J
á d
o
a
c
c a
o b
m o
p
a d
r a
a
c m
; a
i l
i h
o a

d (
e F
i
R g
m
a u
l
h
r
a a
e C
m .
2
f .
u 5
n )
c ,
_
; f
a o
o i
d f
o e
i
d t
i o
á
m u
e t
t i
r l
o i
z
a e
n
d O
o ,
-
s 5
e m

u e
r
n q
a u
a
m d
a r
l i
h c
a u
l
d a
e d
a
1 s
0
0 e
m m

X 7
1 X
0
0 7
m .
, 32.00 ]
Rmalha
p
30.00
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e

d
Bibliografia
---------- 3

28.00

------------ 2
26.00

24.00

::: l . "' . ' " .' ' ' " ' .' ' ' ' " " " ' .'"' " ' .'"' '
0 .0 0 0.0 2

Figura C.2.5: Rmalha X


0. 0 4 0.06
m)
0 .0 8

Día.metro do Cabo da Malha


0 .1 0 0 . · 12

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209
i ,,

1,

•11
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