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GERALDO KINDERMANN
,
ATERRAMENTO ELETRICO
3ª edi9ao
modificada e ampliada
'
SAGRA-DC LUZZATIO
Q Momb,odo
Clube dos
LIVREIROS, EDITORES E DI.STRIBUIDORES
Rua Joiio Alfredo, 448 - Cidade Babca
90050-230 - Porto Alegre, RS, Brasil
Editores Telefone (051)227-5222 - Telefax (051)227-4438
dciRioGronde do Sul
J:
S - D.C.
A LUZZ
G ATTO Porto Alegre
R -Edftores-
A 1995
,
Indice Geral
PREFÁCIO DOS AUTORES
Esperamos que as informa<;oes contidas neste livro contribuam como fonte de 1.4 A Influencia da Temperatura . 4
a
consulta área de Engenharia Elétrica, pois seu conteúdo é amplo, auxiliando, prin
cipalmente, as áreas de Eletrotécnica, Distribui<;ao e Sistemas Elétricos de Potencia. 1.5 A Influencia da Estratifica<;ao 5
Este livro é fruto da experiencia acumulada durante vários anos. Esta ex 1.6 Liga<;ao a Terra . . . . .6
periencia foi adquirida através de trabalhos práticos, bibliográficos e trocas de in
1.7 Sistemas de Aterramento 7
forma<;oes entre profissionais de empresas, principalmente nos cursos ministrados na
Universidade Federal de Santa Catarina em convenio com f'ELETROBRÁS. 1.8 Hastes de Aterramento 7
1.9 Aterramento . . . . . . 8
1.10 Classifica<;ao dos Sistemas de Baixa Tensao em Rela<;ao a Alimenta<;ao
e das Massas em Rela<;ao a Terra . 8
Os Autores.
2 Medi ao
da Resistividade do Solo 13
2.1 Introdu<;ao ............ . 13
2.2 Localiza<;ao
do Sistema de Aterrament.o . 13
2.3 Medi<;oes
no Local 14
2.4 Potencial
em Um Ponto 15
i
11 III
4.6 Dimensionamento de Sistema de Aterramento Formado Por
2.6 Método de Wenner . . . . . . .. 18 Hastes Ali-
2 Medii_;ao Pelo Método de Wenner . nhadas em Paralelo, Igualmente "Espai_;adas................................................71
20
. 4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterrarriento com Hastes em Triangulo 76
2.8 Cuidado na Medii;ao . . . 21
2.9 Espai_;amentos das Hastes. 4.8 Dimensionamento de Sistemas com Hastes em Quadrado Vazio . 78
22
2.10 Direi;oes a Serem Medidas 4.9 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Quadrado Cheio 80
23
2.11 Análise das Medidas 4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Circunferencia 81
24
2.12 Exemplo Geral .. 4.11 Hastes Profundas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
25
4.12 Resistencia de Aterramento de Condutores Enrolados em Forma de Anel
e Enterrados Horizontalmente no Solo . . . . . . . . . . . . . 88
3 Estratifica ao do 27
4.13 Sistemas com Condutor Enterrado Horizont lmente no Solo 89
Solo
7.4 Funcionamento Elétrico do Cora<;ao . 118 8.13 Fluxograma do Dimensionamento da Malha de Terra 146
7.5 Fibrilac;ao Ventricular do Cora<;ao Pelo Choque Elétrico . 120 8.14 Potencial de Toque na Cerca Perimetral da Malha . 149
7.7 Influencia do Valor da Corrente Elétrica 123 8.16 Malha de Equalizac;_ao 151
7.8 Curva Tempo x Corrente ........ . 125 8:17 Exemplo Completo do Dimensionamento de Urna Malha de Terra 151
-
a Colocac;ao de Brita na Superfície
7.16 Medida de Potencial de Passo 134 9.7 Precaw;ao de Segurarn;a Durante a Medic;ao de Resistencia de Terra 166
8.8 Resistencia de Aterramento da Malha . 141 10.6 Heterogeneidade dos Solos Abrangidos Pelo Sistema de Aterramento . .
174
8.9 Potencial de Malha ........... 142
10.7 Heterogeneidade do Tipo e Concentrac;ao de Sais, e da Umidade no
Sistema de Atetramento . . . . . . . . . . 175
10.8 Heterogeneidade da Temperatura do Solo .
176
VI
Existem várias maneiras para aterrar um sistema elétrico, que váo desde urna
1
2 CAPíTULO l. INTRODU<;ÁO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO
3
simples haste, passando por placas de formas e tamanhos diversos, chegando as mais
complicadas configura<;¡oes de cabos enterrados no solo. TIPO DE SOLO RESISTIVIDADE [S1.m]
Lama 5 a 100
Um dado importante, na elabora<;;ao do projeto do aterramento, é o conheci Terra de jardim corr;i. 50% de umidade 140
mento das características do solo, principalmente sua resistividade elétrica. Esta, além Terra de jardim com 20% de umidade 480
da importancia para a engenharia elétrica, em termos de prote<;;ao e seguran<;;a, Argila seca 1.500 a 5.000
auxilia Argila com 40% de umidade 80
_também outras áreas, tais como: Argila com 20% de umidade 330
Areia molhada 1.300
Areia seca 3.000 a 8.000
• Geologia; na localiza<;¡ao de jazidas minerais e falhas nas camadas da Terra, len<;
¡ol d'água, petróleo, gás, etc; Calcário compacto 1.000 a 5.000
Granito 1.500 a 10.000
• Arqueologia; dando subsídio para descobertas arqueológicas. Tabela 1.2.1: Tipo de Solo e Respectiva Resistividade
gelo
. .......1-----------------------ill- Um1dade
o água
-+-----,f---+--+--+-t--,f---+--+--+--+--1---+--+---+--+- Temperatura
Figura 1.3.1: p x Umidade Percentual Solo Arenoso -40 -30 -20 -fo o+ 10 20 30 40 so 60 10 so 90 100
ºe
Como resultado da variac;ao da resistividade das camadas do solo, tero-se a A maneira de prover a ligac;ao íntima coro a terra é ligar os equipamentos e
variac;ao da dispersao de corrente. A figura 1.5.1 apresenta o comportamento dos massa a um sistema de aterramento conveniente.
fluxos de dispersao de correntes em um solo heterogeneo, em torno do aterramento.
I
l. 7 Sistemas de Aterramento
P.= o ::::-P
2 2 1
• urna simples haste cravada no solo;
• hastes alinhadas;
• hastes em triangulo;
• hastes em quadrado;
d
• hastes em círculos;
S - Separado, isto é, o aterramento da massa é feito com um fio (PE) separado (dis
Em termos de seguran(,;a, devem ser aterradas todas as p rtes metálicas que tinto) do neutro;
possam eventualmente ter contato com partes energizadas. Assim, um contato aciden
tal de urna parte energizada com a massa metálica aterrad• estabelecerá um curto C - Comum, isto é, o aterramento da massa do equipamento é feíto usando o fio
circuito, provocando a atua(,;ao da prote(,;ao e interrompendo a liga(,;ao do circuito , ne.utro (PEN).
energizado com a massa.
Portanto, a partir do sistema de aterramento, deve-se providenciar urna sólida Exemplo 1.10.1: Sistema de alimentac;ao e consumidor do tipo TN-S. Figura 1.10.1.
liga(,;ao as partes metálicas dos equipamentos. Por exemplo, em residencias, devem
ser aterrados os seguintes equipamentos: condicionador de ar, chuveiro elétrico, fogao, L1
quadro de medi(,;ao e distribui(,;ao, lavadora e secadora de roupas, torneira elétrica,
lava-lou(,;a, refrigerador e freezer, forno elétrico, tubula(,;ao metálica, tubula(,;ao de L2
L
cobre dos aquecedores, cercas metálicas longas, postes metálicos e projetores 3
luminosos de fácil acesso. N
pE
Já na indústria e no setor elétrico, urna análise apurada e crítica deve ser feita
nos equipamentos a serem aterrados, para se obter a melhor seguranc;a possível.
r- -- -"""h r- _,_" -ti
'
u ' E qu1pamento
1 erétrica (carga)
L1 _J
1
1
Relac,;áo Aterromento ' L-------..J
do olimen mosso
a Alimentac,;áo e das Massas em Relac,;áo a Terra
ITIOSSO
L1
L1
L2
L2
L3
L3
N
PEN
r- - -- - •, r _,...., r-------------------1
--
hPE- ----
;
1 1 1 1 Equ1pamento
_.
X •1 • ,11 ,, o
Aterramento
da olimento¡:éio
, ,. ,¡ 1 1 1, 1 elétrico(cargo) mosso mosso
1 t 1 1
Aterrarnento
do ollmento¡:óo
1
'--
mosso J'
L1
L2
L3
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.PEN
1
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r - ,.. _ , _ -
'. ,. 1
lmped&c:10
- ....._ r ----,
1 1
: Equipamento
'1
Alerrome Aterramento
nto da 1 da alimento¡;&
allmenta¡i L-------
J
ío massa
Figura
1.10.3:
Sistem
a TN-
C-S
L h
• _[
PE
mosso
Figura 1.10.5: Sistema IT
a) Definir o local de aterramento; prática da medi<;ao da resistividade do solo de um local
12
virgem.
CAPíTULO l.
b) Providenciar várias medi<;oes no local;
INTRODUQAO AO Os métodos de medi<;ao sao resultados da análise de
SISTEMA DE e) Fazer a estratifica<;ao do solo nas suas Capítulo características práticas das equa<;oes de Maxwell do
ATERRAMENTO respectivas camadas; eletromagnetismo, aplicadas ao solo.
2
d) Definir o tipo de sistema de Na curva p x a, levantada pela medi<;ao, está
aterramento desejado; fundamentada toda a arte e criativi<lade dos métodos de
1.11 P
estratifica<;ao do solo, o que permite a elabora<;ao do projeto
rojeto
do
e) Calcular a resistividade aparente do solo para
o respectivo sistema de aterramento; Medi do sistema de aterramento.
O
Todos os itens sera.o analisados no decorrer do exemplo, a localiza<;ao otimizada de urna subesta<;ao, que
deve ser definida levando em considera<;ao os seguintes itens:
objetivo é
deste tra balho. Solo
aterrar todos
os pontos,
• • Centro geométrico de cargasi
massas,
equipamento • Local com terreno disponível;
s ao sistema 2.1 In • Terreno acessível economicamente;
de troduc;;
aterramento • Local seguro as inunda<;oes;
que se
áo
pretende •Nao comprometer a seguran<;a da popula<;ao.
dimensionar. S
era.o 1
Par especifi 3
a projetar cament
adequadame e
nte o sistema abordad
de as,
aterramento neste
deve-se capítulo
seguir as , as
seguintes caracter
etapas: ísticas
j
da
1
14 CAPíTULO 2. MEDIQA.O DA RESISTIVIDADE DO SOLO
Seja um ponto "e" imerso em um solo infinito e homogeneo, emanando urna corrente elétrica l. O fluxo resultante de corrente diverge radialmente, conforme figura 2.4.1.
.......
/
/
/
\
\
\
- '
I
1-------.a ::...._...!.....
\
1 Vp
p
\
• Estabilidade da pedologia do terreno; \
\
• Possibilidade de inundai;oes a longo prazo; '
''
• Medii;oes locais.
I
/ p= Cte
/
/
......
--- / /
Havendo algum problema que possa comprometer o adequado perfil esperado do sistema de aterramento, deve-se, entao, escolher outro local.
•
2.3 Medic;óes no Local
Definido o local da instalai;ao do sistema de aterramento, deve-se efetuar le vantamento através de medii;oes, para se obter as informai;oes necessárias a elaborar,;ao
do projeto.
Um solo apresenta resistividade que depende do tamanho do sistema de ater
, ramento. A dispersa.o de correntes elétricas atinge camadas profundas com o aumento da área envolvida pelo aterramento.
Figura 2.4.1: Linhas de Correntes Elétricas
(2.4.1)
Onde:
A densidade de corrente é a mesma sobre a superficie da esfera de raio r, com centro no ponto "e" e que passa pelo ponto p. Seu valor é:
I
Para se efetuar o projeto do sistema de aterramento deve-se conhecer a
resis tividade aparente que o solo apresenta para o espe ial aterramento
pretendido. Portanto,
A resistividade do solo, que espelha suas características, é, portanto, um
dado
fundamental e por isso, neste capítulo, será dada especial ateni;ao a sua
determinai;ao.
J=- (2.4.2)
p 47l'r 2
E= 47l'r 2 do ponto p,
O levantamento dos valores da resistividade é feito através de medii;oes em _!! em rela.i;ao
campo, utilizando-se métodos de prospeci;ao geoelétricos, dentre os quais, o mais _}_ O a. um ponto
co nhecido e utilizado é o Método de Wenner. v poten infinito é
cial dado por:
17
16 CAPíTULO 2. MEDIQAO DA RESISTIVIDADE DO As linhas de correntes se comportam como se houvesse urna fonte de
SOLO corrente pontual simétrica em rela a.o a superficie do solo. Figura 2.5.2.
Vp = [)O E dr
Onde:
(2.4.3)
dr => é a varia a.o infinitesimal na dire a.o radial ao longo do raio r.
V=.
pi ¡ 00 dr
P 471" r r2
v. - pi
P- 47rr
(2.4.4)
Um ponto "e", imerso sob a superficie de um solo homogeneo, emanando urna corrente elétrica I, produz um perfil de distribui a.o do fluxo de corrente como o mostrado na figura
2.5.1.
p= Cte
(Supert,'c11 do IOIO
_./'
p: Ch inclus
simétrica da fonte de corrente pontual.
bastaPo
potencial de um ponto
efetuar a superposi a.o do efeito de cada f
individualme:µte,· considerando todo o s
Figura 2.5.2.: Ponto Imagem
I' =I
18 CAPíTULO 2. MEDIQAO DA +1-) (2.5.1)
RESISTIVIDADE DO SOLO
19
p - 41r
v. pl ( 1
o levantamento da curva de
r1p r resistividade do solo, no local do
P
1 1p aterramento, pode-se empregar
a
diversos métodos, entre os quais:
r
a
2.6 Método de Wenner
• Método de Wenner;
• Método de Lee;
2 3 4
O potencial no ponto 3 é:
pl [ 1 1 1 1 l
(2.6.2)
V=s 41r 2a+
SUPERFÍCIE ·DO SOLO
, J(2a)2+ (2p)2- J a 2+
-
Portanto, a
l
potendal nos pontos 2 e 3 é:
pl [1 p 2 2 (2.6.3)
2 3 1 4
V:!3- v-; V=3 41r + Ja2+ (2p)2- V(2a)2+ (2p)2
2 pl [1 1 1 1 l (2.6.1)
P= l+ 41raR
[f!.m] (2.6.5)
V= 41r + Ja2+ (2p)2- 2a- J(2a)2+ (2 p)2 2
a
2
a
a2+(2p)2
J )
(2a)2+(2p)2
A expressiio 2.6.5 é conhecida como Fórmula de Palmer, e é usada no Método de Wenner. Recomenda-se que:
Diametro da haste O, 1 a
As duas hastes internas sao ligadas nos terminais P1 e Pa. Assim, o aparelho processa internamente e indica na leitura, o valor da resistencia elétrica, de acordo coma expressiio
2.6.4.
O método considera que praticamente 58% da distribuic;iio de corrente que passa entre as hastes externas ocorre a urna profundidade igual ao espac;amento entre as hastes. Figura
2.7.2.
I
I a ,,,,_.
/¡
\ / p i--- a --.-.i ---0
sui quatro terminais, dois de corrente e dois de potencial. \\ ',
''
........... / // I
/ '\ . ...._:-- --
/ /
/ / / ,,,,
O aparelho, através de sua fonte interna, faz //1 \ ' ' / /
.._ 0
circular urna corrente elétrica I
---- - MEGGER
'-...
•
C1 P1 G P2 C2
""--...
--- o
/
/ I
1) 1 e o o
'
,, ------ . . /
---
. . /
-- ------- -
. //
. .-
,. '....... /
ah 1 o/2 -
- 1
,,,
I;
IN -- o
'" ··
p
-
o - o -
-
-, I<-
" ' " "
Onde:
Figura 2.7.2: Penetra<;ao na profundidade "a"
A corrente atinge urna profundidade maior, com urna correspondente área de dispersa.o grande, tendo, em conseqüencia, um efeito que pode
2.8 Cuidados na
ser desconsiderado. Portanto, para efeito do Método de Wenner, considera-·se que o valor da resistencia elétrica lida no aparelho é relativa a urna
profundidade "a" do solo. Medi<;ao
As hastes usadas no método devem ter aproximadamente 50cm de compri mento com diametro entre 10 a 15mm. O material que forma a
haste deve seguir as mesmas considerac;oes feitas no item 1.8. Durante a medic;iio devem
ser observados os itens
Devem ser feitas diversas leituras, para vários espac;amentos, com as hastes sempre alinhadas. abaixo:
ente espa<;adas;
22 2.9 Espa«;amentos das Hastes
CAPíTU
• As hastes devem estar
LO 2. cravadas no solo a urna
MEDIQA mesma profundidade; Para urna determinada dire<;ao devem ser usados os espa<;amentos recomen dados na
O DA recomenda se 20 a 30cm; Tabela 2.9.l.
RESISTI
VIDADE Espa<;amento Leitura Calculado
DO • O aparelho <leve estar
a (m) R (O) p [O.m]
SOLO posicionado simetricamente
entre as hastes; 1
•A 2
s • As hastes devem estar 4
ha bem limpas, princip lmente 6
st isentas de óxidos e 8
es gorduras para possibilitar 16
de bom contato com o solo; 32
ve
m Tabela 2.9.1: Espac;amentos Recomendados
• A condi<;ao do solo (seco,
es úmido, etc) durante a
tar medi<;ao <leve ser Alguns métodos de estratifica<;ao do solo, que serao vistos no capítulo seguinte,
ali anotada; necessitám mais leituras para pequenos espa<;amentos, o que é feíto para possibilitar a
nh determina<;ao da resistividade da prirneira camada do solo.
ad • Nao devem ser feitas
as medi<;oes sob condi<;oes
; atmosféricas adversas,
tendo-se em vista a
•A possibilidade de
s ocorrencias de raios;
ha
st • Nao deixar que animais
es ou pessoas estranhas se
de aproximem do local;
ve
m • Deve-se utilizar cal<;ados e
es luvas de isola<;ao para
ta executar as medi<;oes;
r
ig • Verificar o estado do
ua aparelho, inclusive a carga
l da bateria.
m
2
3 idas
2
O número de dire<;oes
. em que as medidas 60°
1 deverao ser levantadas
0 depende:
D
i • da importancia do local
r do aterramento;
e
• da dimensao do sistema
de aterramento;
o
e Figura 2.10.1: Direc;oes do Ponto de Medic;áo
• da varia<;ao acentuada
s nos valores medidos para os Este é o caso de sistema de aterramento pequeno, com um único ponto de
a respectivos espa<;amentos. liga<;ao a equipamentos tais como: regulador de tensao, religador, transformador, sec
cionalizador, TC, TP, chaves a óleo e a SF6 , etc.
S Para um único No caso de subesta<;oes deve-se efetuar medidas em vários pontos, cobrindo
e ponto de aterramento, toda a área da malha pretendida.
r isto é, para cada
posi<;ao do aparelho, O ideal é efetuar várias medidas em pontos e dire<;oes diferentes. Mas se por
e devem ser efetuadas algum motivo, deseja-se usar o mínimo de dire<;oes, entao, deve-se pelo menos efetuar
m medidas em tres as medi<;oes na dire<;ao indkada como segue:
dire<;oes, com angulo
M de 60º entre si, figura
2.10.l. • na dire<;ao da linha de alimenta<;ao;
e
d • na dire<;ao do ponto de aterramento ao aterramento da fonte de alimenta<;ao.
25
24 CAPíTULO 2. MEDIQÁO DA RESISTIVIDADE
DO SOLO Com a nova tabela, efetua-se o cálculo das médias aritméticas das
resistivi dades remanescentes.
2.11 Análise das Medidas
3) Comas resistividades médias para cada espai,;amento, tem-se entao os
Feitas as medii,;oes, urna análise dos resultados deve ser realizada para valores defini tivos e representativos para trai,;ar a curva p x a, necessária ao
que os mesmos .possam ser avaliados em relai,;ao a sua aceitai,;ao ou nao. Esta procedimento das aplicai,;oes dos métodos de estratificai,;ao do solo, assunto
avaliai,;ao é feita da seguinte forma: este, específico do capítulo seguinte.
Onde:
j = l,q
V
i = 1,n
(2.11.1)
2.12 Exemplo Geral
Para um determinado local, sob estudo, os dados das medic;oes de campo, relativos a vários pontos e direi,;oes, sao apresentados na Tabela 2.12.1.
Resistividade média para o respectivo p¡(ªi) da i-ésimé!, medii,;ao da resistividade com o espai,;amento ªi
espai,;amento ªi
PM( q ::;, Número de espai,;amentos empregados
Espai,;amento Resistividade Elétrica Medida
::;,
aj) n ::;, Número de medii,;oes efetuadas a(m) (O.m)
=} Valor
para o respectivo espai,;amento ªi 1 2 3 4 5.
2 340 315 370 295 350
4
6
520
650
480
580
900
570
550
610
490
615
•
2) Proceder o cálculo do desvio de cada medida em relai,;ao ao valor médio como segue:
8 850 914 878 905 1010
i = 1,n 16 690 500 550 480 602
V
j = 1,q 32 232 28,5 196 185 412
q m
u é
e d
i
t a
e ,
n
h i
a s
m t
o
u
m é
:
d
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s i
V
v
i =
o
1
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o j
r
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5 q
0
%
Obse s
r v
v i
a o
a a
o b
a
( i
b x
) o
:
d
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v
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l
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r a
l
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o
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i o
v
e r
r e
p
o r
e
d s
e e
n
t
a
t
i
v
o
.
Observa ao (e): Se observada a ocorrencia de acentuado .número de medidas com desvios acima de 50%, recomenda-se executar novas medidas na regia.o corres pondente. Se a ocorrencia
de desvios persistir, deve-se entao, considerar a área como urna regia.o independente para efeito de modelagem. ·
Tabela 2.12.2: Determina<,;iio de Média e Desvios Relativos
Observando-se a Tabela 2.12.2, constata-se duas medidas sublinhadas que
26 CAPíTULO 2. MEDIQÁO DA RESISTIVIDADE DO
SOLO
apresentam desvio acima de 50%. Elas devem, portanto, ser desconsideradas. Assim,
refaz-se o cálculo das médias, para os espa<;amentos que tiverem medidas rejeitadas.
As demais médias sao mantidas. Vide última coluna da Tabela 2.12.2.
Os valores representativos do solo medido sao os indicados na Tabela 2.12.3.
Espa<;amento Resistividade
a(m) (f!.m)
2 334
4 510
6 605
8 911,4
16 564,4
32 224,5
Tabela 2.12.3: Resistividade do Solo Medido
,,
! .
,¡¡
:1
Capítulo 3
Estratifi.cac;ao do Solo
3.1 Introdu ao
27
l
V. l
29
f
2
8 - I P1 [1 2
C (3.2.2)
A
Pí
T
U
L
O
3.
E
S
T
R
A
TI
FI
C
A
Q
Á
O
D
O
S
O
L
O
•
étodos
de
Estratif
icai;ao
de
Duas
Camad
as;
• Método de Pirson;
P- -:; +:
• Método Gráfico.
Onde:
Apresenta-se também, outros métodos complementares.
I<n
n=l 2 (2n h) 2 Jr
+
V¡, =É por:
o
3.2 Modelagem do Solo de Duas potencial
Camadas
de um
ponto p
Usando as teorias do eletromagnetismo no solo com duas
camadas horizontais, é possível desenvolver urna modelagem qualquer
matemática, que com o auxílio das medidas efetuadas pelo da
Método de Wenner, possibilita encontrar a resistividade do solo
primeira
da primeira e segunda camada, bem como sua respectiva
profundidade. camada
em
relai;ao
ao
infinito
p¡ =
Resistivi
dade da
primeira
camada
h =
Profundi
dade da
primeira
camada
r =
Distancia
do ponto
p a
fonte de
corrente
A
K =
Coeficien
te de
reflexao,
definido
Urna corrente elétrica I entrando pelo ponto A, no solo de duas camadas da
J{= P2- P1=
'2
_PI
-1 . (3.2.3)
P
I
figura 3.2.1, gera potenciais na primeira camada, que deve satisfazer a equai;ao 3.2.1, P2 + P1
conhecida como Equa íio de Laplace.
t2 +1
P2 = Resistividade da
segunda camada
SUPERFÍCIE DO
I SOLO
h f,
l 2! CAMADA
00
f2
Figura 3.2.1: Solo em Duas Camadas
V2 V =0 (3.2.1)
A expressao 3.2.2 será aplicada na configurai;ao de Wenner, sobre o solo de duas camadas. Ver figura 3.3.1.
Nesta configurai;ao, a corrente elétrica I entra no solo pelo ponto A e retorna ao aparelho pelo ponto D. Os pontos Be C sao os elétrodos de potencial.
O potencial no ponto B, será dado pela superposii;ao da contribuii;ao da cor rente elétrica entrando em A e saindo por D. Usando a expressao 3.2.2, e efetuando a superposii;ao,
tem-se:
VBI-P1 [1+2
E 00 I<n l -J-P1 [ 1+2
E
00 J{n l (3.3.1)
- 211" a Ja2 + (2nh)2 211" 2a J(2a)2 +
c ega-se a segumte expressao:
(2nh)2
30 CAPi'TULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO 31
SUPERFÍCIE DO
I
= P1 1+ 4
27raR
E
{ 00 [
I
J1
SOLO
Kn
l}
-
+ (2n )2 Kn
J4 + (2n )2
De acordo com a
expressao 2.6.6,
a resistividade
elétrica do solo,
para o
/
espa<;amento "a" é dada por p(a) = 27raR. Após a
substitui<;ao, obtém-se finalmente:
o-----
A 8
h
o o
12 CAMADA
c
l
D
-p( a) 1+4¿oo [ Kn Kn
---''====
P1 n=l J1 + (2nQj J4 + (2n
2
)2
(3.3.4)
l A expressao 3.3.4 é
fundamental na elabora<;ao da
2!! CAMADA estratifica<;ao do solo em duas
00 camadas.
fz
Figura 3.3.1: Configurai;ao de Wenner no Solo de Duas Camadas
3.4
Método de Estratifi.cac;ao do Solo de Duas
Camadas
(3.3.2)
• Método de duas camadas usando curvas;
• Método de duas camadas usando técnicas de otimiza<;ao;
• Método simplificado para estratifica<;ao do solo de duas camadas.
á as
curvas
obtidas da
expressao
3.3.4 para
a curva
p(a) x a
ascendent
e, figura
3.5.lb,
isto é,
para
variando
na faixa
positiva,
32 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO 33
p p
p(a)
P1
o(m)
a) b)
o(m).
ia de
curvas
C
teóricas
o
das
m
figuras
3.5.2 e
b
3.5.3, é
a
possível
s
estabelec
e
er um
método
n
que faz o
a
casamen
to da
f
curva
a
p(a) x a,
m
medida
í
por
l
W a .curva
e particula
n r é
n caracteri
e zada
r pelos
, respectiv
os
c valores
de Pl, K e
o h.
m Assim,
estes
u valores
r sao
encontrad
n os e a
a estratifica
r,;ao está
d estabeleci
e da.
t
A seguir sao apresentados os passos relativos.ao pr¡s;edimento <leste método:
e
r
m lº- passo: Trar,;ar em um gráfico a curva p(a) x a obtida pelo método de Wenner;
i
n 2º-
a pas
d so:
a Pro
lon
c gar
u a
r cur
v va
a p(
a)
p ·x
a a
r até
t cor
i tar
c o
u eix
l o
a das
r ord
. ena
das
E do
s grá
t fic
o sto
. é, a
resi
N stiv
e ida
s de
t da
e pri:
r:n
p eira
o ca
n ma
t da.
o Par
, a
via
é bili
zar
l est
i e
d pas
o so;
rec
d om
i end
r a-
e se
t fa
a er
m vár
e ias
n leit
t ura
e s
pel
o o
mét
v odo
a de
l We
o nne
r r
par
d a
e peq
uen
p os
1 esp
, ar,;
am
i ent
o e a
s pen
. etra
r,;a
I o
s des
t ta
o cor
ren
s te
e dá-
se
j pre
u do
s mi
t nan
i tem
f ent
i e
c na
a pri
mei
p ra
o ca
r ma
q da.
u
3º- passo: Um valor de espar,;amento a1 é escolhido arbitrariamente, e levado na curva para obter-se o éorrespondente valor de p(a1 ).
. i.
1
P1
p(a)
CAPfTULO 3. ESTRATIFICAQAO DO SOLO
35
5º- passo: Com o valor de . ou 1 ) obtido, entra-se nas curvas teóricas correspon- dentes e trac;;a-se urna linha paralela
--1! .L_ (
P1
ao
P a1
eixo da abscissa. Esta reta corta curvas distintas de K.
Proceder a leitura de todos os específicos K e correspondentes.
6º- passo: Multiplica-se todos os valores de encontrados no quinto passo pelo valor de a1 do terceiro passo. Assim, com o quinto e .sexto passo, gera-se urna tabela com os valores
correspondentes de K, !a! e h.
7º- passo: Plota-se a curva K x h dos valores obtidos da tabela gerada no sexto passo.
8º- passo: Um segundo valor de espac;;amento a 2 i, a 1 é novamente escolhido, e todo o processo é repetido, resultando numa nova curva K x h.
9º- passo: Plota-se esta nova curva K x h no mesmo gráfico do sétimo passo.
10º- passo: A intersecc;;ao das duas curvas K x h num dado ponto resultará nos valores reais de K e h, e a estratificac;;ao estará definida.
Exemplo 3.5.1
Efetuar a estratificac;;ao do solo pelo método apresentado no item 3.5, corres
·pondente a série de medidas feitas em campo pelo método de Wenner, cujos dados
estao na Tabela 3.5.1.
Espac;;amento Resistividad
(m) (O.m)
1 684
\
.2 .4. .6 .8 1.2 1.4 1.6 1.8 2 611
4 415 h
a 6 294
8 237
16 189
Figura 3.5.3: Curvas para K Positivos 32 182
Tabela 3.5.1: Valores de Medil,;ao em Campo A resoluc;;ao é feita seguindo os passos recomendados.
1º- passo: Na figura 3.5.4 está trac;;ada a curva p(a) x a 2º- passo: Prolongando-se a curva, obtém-se
P1 = 700 O.m
36 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁO 37
DO SOLO
'J' p(ai)= 415= O, 593
P1 700
3Q. 5º- passo: Como K é negativo e como valor p(ai) = O, 593 levado na família de curvas
Pl
Escolhe-se teóricas da figura 3.5.2, procede-se a leitura dos respectivos K e - Assim, gera-se a Tabela 3.5.2 proposta
4m no sexto passo.
p( a
n.m. a1 =4m D1 ·
=0 l 593
4Q. K !!:.
n.
h [m]
-0,1
-0,2
-0,3 0,263 1,052
-0,4 0,423 1,692
-0,5 0,547 2,188
-0,6, 0,625 2,500
-0,7 0,691 2,764
p(a) -0,8 0,752 3,008
-0,9 0,800 3,200
-1,0 0,846 3,384
Tabela 3.5.2: Valores do Quinto e Sexto Passo
700 •
8º- passo: Escolhe-se um outro espa<;amento.
a2 = 6m
600
p( a2) = 294 n.m
p P1
( a 2) = 294=
700 0, 42
500
\
40 \
\
\\
300 \
\,, ..
•
_
·.........
.......
200
----
------··---··-----· -
'p- ·-----·-·-------···-·
roo
o r- -,--,--,--,--,--,--,--,--,-
-..----...---.1..
o 2 4 6 8 ro 12 14 )6 18
'
20 22 24 26 28 30 32
-a
Constrói-se a Tabela 3.5.3. gQ. passo: A figura 3.5.5 apresenta o tra<;ado das duas curvas K x h obtidas da Tabela
3.5.2 e 3.5.3.
Figu
ra lOQ. passo: A
3.5.4 intersec<;ao ocorre em:
: J{ = -0,616
Curv
a h = 2,574 m
p(a)
x a
Usando a equa<;ao 3.2.3, obtém-se o valor de p2 • P2 = 166, 36 n.m
a2= 6m =0 42
º' ' A figura 3.5.6 mostra o solo estratificado em duas camadas.
K !!
n.
h [m ]
-0,1 - -
-0,2 - -
-0,3 - -
-0,4 - -
-0,5 0,305 1,830 77771lllllllll llll lllllllll 7 7
-0,6 0,421 2,526 Solo
-0,7 0,488 2,928 h= 2,574m P.= 700 .n.. m
-0,8 0,558 3,348 1
-0,9 0,619 3,714
-1,0 0,663 3,978
h
Tabela 3.5.3: Valores do Quinto ao Sexto Passo 00 p= 166,36
2
.n.m.
3,5+- ---..,..-----------------------,
' 1
2,5
---"''-,,_ - 11
/•574"' - 1
\>,.... • 1
\ '\,
.\ \
s nt N
n o re a
1,5 \\ \\ l os prática,
\ \ ) o es
pa
pelos
dados
\ J4 e 1,
\
obtidos
\ m ;a
m
em
campo,
\ P
d en tem-se a
\ \ u to
.5 e rela1,;ao
a s de "a" e
\
l s en
a p(a)
tr
medidos
\ e
c e
no
¡/ -0,616 a as
x m ha aparelho
p a st . Os
\
r . es valores
\ e d da de p( a)
s a co medidos
s s nf e os
a , ig obtidos
o ur pela
h a. fórmula
a á 1, 3.6.1
c ;a devem
i u o ser os
m r de mesmos.
a n W Portanto
, a en
p ,
ne procura-
a r r
r se, pelas
e e técnicas
a l o de
a re otimiza1
u 1 sp
m ,;ao,
, ec obter o
; ti melhor
e a v
s solo
o o estratific
p va
e ado em
d lo
c duas
i r
í r de camadas
f , isto é,
i
e p obter os
t (
c a valores
o a de p1,
). K e h,
e
que a 3.6.1 seja mais se' sé e de valores
tal expressao aquela que ajusta a ri medidos. Assim,
o ,-, - --,1.- - -,i,- procura-se minimizar os desvios entre os valores medido_s e calculados.
"-
A solu1,;ao será encontrada na minimiza1,;ao da fun1,;ao
-- - ...1;'r- -
- abaixo:
1- - r ,...._- - ,r- - -t- : K
- 1 - .9 -.8 -:.7
- -.6 -.5 -.4
- ., -.3 -.2 -.1
O
.-
-- Figura
-. 3.5.5:
,-
Curvas
·h x K
-
40
= ( )] 2
{ [
q
mznzmzzar
¿ p(a;)medido-Pt 1+4¿ V ( l!.) - / ( .f!.)
•=1 n=l 1 + 2n a;
2
• Método do Gradiente;
• Método do Gradiente Conjugado;
• Método de Newton;
• Método Quase,Newton;
Aleatória; • m
e
d
• Método de Hooke e Jeeves; i
d
• Método do Poliedro Flexível; a
s
• etc.
d
Estratificai,;ao do Solo Calculada Gradiente Linearizado Hooke-Jeeves
a
Resistividade da lª Camada [O.m] 383,49 364,67 364,335
Resistividade da 2ª Camada T[O.m] 147,65 143,61 144,01
Profundidade da 1ª Camada [mJ a 2,56 2,82 2,827
Exemplo 3.6.1
Fator de Reflexao K b -0,44 0,43 0,4334
e
Aplicando separadamente tres métodos de otimizai,;ao conforme proposto pela
l
Tabela 3.6.2: Solu<;iio Encontrada a
e
x 3
p .
r 6
e .
s 1
s ,
a
o o
b
3 t
. i
6 d
. a
2 s
a e
o m
c c
o a
n m
j p
u o
n
t p
o e
l
d
o a
s
m
é e
t s
o t
d a
o o
d a
e p
r
W e
e s
n e
n n
e t
r a
, d
a
a s
s
n
s a
o
l T
u a
i b
, e
; l
o a
e
s 3
.
o 6
b .
t 2
i .
d
42
3.7
CAPíTULO 3. ESTRATIFICA(JAO DO SOLO 43
E método oferecerá resultados razoáveis somente quando o solo puder ser considerado estratificável em duas camadas e a curva p(a) x a tiver urna das formas típicas indicadas na figura 3.7.1
ste abaixo, com urna considerável tendencia de saturac;:ao assintótica nos extremos e paralela ao eixo das abscissas.
SUPE RFÍCIE DO SOLO
h
J!! CAM
h
h
,.P (Jlm) ,.p (.!l..m)
h p,
.P.t --
-------------------
,.P2
..Pt
!
00
2!! CAMADA
o(m)
o(m)
A expressao 3.7.1 significa que se o espac;:amento "a" das hastes no Método de Wenner for exatamente igual a "h", a leitura no aparelho Megger será:
a adas
F )
i
g
• x
a
A assíntota para pequenos espac;:amentos é típica da contribuic;:ao da primeira camada do solo. Já para
espac;:amentos maiores, tem-se a penetrac;:ao da corrente na segunda camada, e sua assíntota caracteriza
u p nítidamente um solo distinto.
r a
r Pela análise das curvas p(a) x a da figura 3.7.1, fica caracterizado pelo prolon gamento e assíntota, os
a
a valores de p1 e p2 . Portanto, neste solo específico, comos dois valores obtidos, fica definido de acordo coma
3
S expressao 3.3.4 o valor do parametro K.
.
7 o Assim, na expressao 3.3.4 o valor desconhecido é a profundidade da primeira camada isto é, "h".'
. l
o A filosofia <leste método baseia-se em deslocar as hastes do Método de Wen ner, de modo que a distancia
1
d entre as hastes seja exatamente igual a "h", isto é, igual a profundidade da primeira camada. Ver figura 3.7.2. ·
:
e
C
D Assim, como a = h ou = 1, o termo a direita da expressao 3.3.4 fica sendo a expressao 3.7.1, que será
u denominado de M(h=a)·
r u
v a
a s
s C
p a
( m
3º- passo: Trac;:ar a assíntota
( no final da curv:a p(a) x a
3 e prolongá-la até o eixo
. das ordenadas, o que
7 indicará o valor da
. resistividade P2 da
2 segunda camada do solo.
)
Portanto,
<leste modo, basta
levar o valor de P(a=h)
na curva p(a) x a e
obter o valor de "a",
isto é, "h". Assim,
fica obtida a
profundidade da
primeira camada.
Esta é a filosofia <leste
método, para tanto,
<leve-se obter a curva
M(a=h) versus
K, através da expressao 3.7.1.
Esta curva está na figura 3.7.3.
Assim, definida a
curva de resistividade
p(a) x a, obtida pelo
método de
Wenner, a seqüencia para
obtenc;:ao da estratificac;:ao do
solo é a seguinte:
a + P
_
l
s
s _
o
:
C
a
l
c
u
l
a
r
o
c
o
e
fi
c
i
e
n
t
e
d
e
r
e
fl
e
x
a
o
K
,
a
tr
a
v
é
s
d
a
e
x
p
r
1
Pl
44 CAPíTULO 3. ESTRATIFICA<;AO DO SOLO
45
Exemplo 3.7.1
.61--r*'"-;--.--,--.-.--.-r--.---,-,---,---,--,---,---, -
-1-'.9-'.a-'.1-:6-:s-:4-:3-:2-:1b 1 1
.1 . 2 .3 .4 . 5 .6 .1 . .9
Figura 3.7.3: Curva M(a=h) versus K
P2 = 200 0.m
,º- passo: Com o valor de K. o.btido· no quarto passo, determinar o yalor de ,M(a=h) na
5
,
0
m
Um solo com várias camadas apresenta urna curva p(a) x a ondulada, com
trechos ascendentes e descendentes, conforme mostrado na figura 3.8.1.
46
CAPíTULO 3.
47
ESTRATIFICAQÁO DO SOLO
f
p(a)
3.8
Método de Estratifica ao de Solos de Várias
Camadas
1100,T------------------------
----
1000
900
800
783 l>-- -....
700
600-
500
4 00
300
200-
1 00
5,0m
----------------!
Figura 3.8.1: Solo Com Várias Camadas
Dividindo a curva p(a) x a em trechos típicos dos solos de duas camadas, é possível entao, empregar métodos para a estratificac;ao do solo com várias camadas, fazendo urna extensao
da modelagem do solo de duas camadas.
o. .. 2 4 6 8 10 12 14 16 a 18
,.. .- 1 Serao desenvolvidos os seguintes métodos para a estratifica<;ao do solo com
-- -- 20 22 24 26 28 30
várias camadas:
.- -, 32
-- ,-
r- --
· Figura 3.7.4: • Método de Pirson;
¡¿ -,
'- -- Curva p(a) x a • Método Gráfico de Yokogawa.
r- -
-; - Assim, o solo estratificado em duas
-- --
- -- camadas é apresentado na figura 3.7.5. 3.9 Método de Pirson
r- ..
-, ..
-- ::
m
-
r-
-.
Solo .
o t
1!!Camada
h= 5,0 m
p,.,ooo.n. .m O Método de Pirson pode ser encarado como urna extensao dó método de
8º- passo: Para o segundo trecho da curva, repetir todo processo de duas camadas visto no Hll-lLlllTECA
método apresentado em 3.5,
considerando p a resistividade da primeira c mada. Assim, obtém-se os novos valores estimados
CE N h2,
deT p1-\3 Ae J19
48 CAPíTULO 3.
ESTRATIFICAQAO DO SOLO
Estes valores foram obtidos a partir de urna estimativa de Lancaster-Jones.
resistividade equivalente, vista pela terceira camada. Assim, Se um refinamento maior no processo for desejado, <leve-se refazer o processo a partir do novo h2 calculado, isto é:
procura-se obter a resisti vidade p3 e a profundidade da
camada. equivalente. E assim sucessivamente, seguindo a
mesma lógica. Volta-se ao sétimo passo para obter novos valores de p3 e h 2• Após, enta.o, repete-se a partir do sexto passo, todo o processo para
os outros trechos sucessores.
A seguir apresenta-se os passos a serem seguidos na
metodologia adotada e
1
proposta por p· 1rson:
Exemplo 3.9.1
12 passo: Tra<_;ar em um gráfico a curva p(a) x a obtida
pelo método de Wenner. Efetuar a estratifica<_;a.o do solo pelo Método de Pirson, para o conjunto de medidas obtidas em campo pelo método de
2 Wenner, apresentado na Tabela 3.9.1.
2 passo: Dividir a curva em trechos ascendentes e
descendentes, isto é, entre os seus pontos máximos e Espa<_;amento Resistividade Medida
rrúnimos.
a(m) (O.m)
3º- passo: Prolonga-se a curva p( a) x a até interceptar o eixo 1 11.938
das ordenadas do gráfico. 2 15.770
Neste ponto é lido o valor de PI, isto é, a 4 17.341
resistividade da primeira camada. 8 11.058
16 5.026
4º- passo: Em rela<_;a.o ao primeiro trecho da curva p( a) x a,
32 3.820
característica de um solo de duas camadas, procede-se entao
toda a seqüencia indicada no método 3.5. Encontrando-se,
assim, os valores de p2 e h1.
5º- passo: Para o segundo trecho, acharo ponto de transi<_;ao (at)
onde a *: é máxima, isto é, onde = O. Este ponto da
transi<_;a.o está localizado onde a curva muda a sua
concavidade.
4º- passo:
Após
efetuad
os os
passos
indicad
os no
método
do
P2 = · · (3.9.2)
41. !h.
Pl P2
+
O p se apresenta como o p1 do método de duas
camadas.
Para:
50
p(a) [íl.m]
51
a1 = 2m
p
PI
a;\
= 0,5475 a1 = lm -EL= O
p a1l '
7204
h .!l.. h
K .!l.. K
a1 (m) a1 (m)
0,2 - - 0,2 0,23 0,23
0,3 0,05 0,10 0,3 0,46 0,46
0,4 0,28 0,56 0,4 0,60 0,60
0,5 0,40 0,80 0,5 0,72 0,72
0,6 0,49 0,98 0,6 0,81 0,81
0,7 0,57 1,14 0,7 0,89 0,89
0,8 0,65 1,30 0,8 0,98 0,98
Tabela 3.9.2: Valores Calculados
· .?
ªt •
Figura 3.9.1: Curva p(a) x a
a(m)
.j,
6º- passo: Considerando o segundo trecho da curva p(a) x a, estimar a profundidade da segunda camada. Aplicando-se a fórmula 3.9.1 do método de Lancaster- Jones, tem-se: r·"'
2 \
i
A A /1
h2 = d1 + d2 = ':J
·2·/
)
A A
h2 = o, 64 + d2 = 3·8
h2 = 5,4m
d.2 = 4, 76m
7º- passo: Cálculo da resistividade média equivalente pela fórmula 3.9.2 de Hummel,
tem-se
•1 0,64 + 4, 76 P 2 = +
-º& ! 4,7so
a1 = lm, obtém-se p(a 1 ) = 11.938 íl.m
a1 = 2m, obtém-se p(ai) = 15.770 íl.m
Efetuando o tra1,;ado das duas curvas K x h, as mesmas se interceptam no ponto:
8600 21.575
p = 18.302 n.m
8º- passo: Para o segundo trecho da curva p(a) x a, repetir novamente os passos do método do item 3.5, gerando as Tabelas 3.9.3.
Calcula-se
K1 = 0,43 Para:
P2 = transi1,;ao é r lativo ao espa1,;amento de 8 metros, assim:
K = -O, 71
52 CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQ.AO DO SOLO 53
a1 = 8m = 0,604 a 1 = 16m =O 2746 A origem do método, baseia-se na logaritimiza<;ao da expressao 3.3.4 obtida do modelo do
Po p !. '
h h solo de duas camadas. Assim, usando o logaritmo em ambos os lados da expressao 3.3.4, tem-se:
K !!,_
K !!,_
a (m) a (m)
-0,3 0,280 2,240 -0,3 - -
-0,4 0,452 3,616 -0,4 - - [ (a) ] {
l}
-0,5 0,560 4,480 -0,5 - -
-0,6 0,642 5,136· -0,6 0,20 3,20 = log 1+
-0,7
J{n 0,720 5,760
J{n -0,7 0,34 5,44 4
-0,8 0,780 6,240 -0,8 0,43 6,88
-0,9 0,826 6,600 - 0,9 0,49 7,84
Assim,
•1 1 + J{
p3 = P2 l _ I<
E J1 + (2n )2
Fazendo o tra<;ado das famílias das curvas
Pt . J4 + (2n )2 teóricas, em um gráfico com escala logarítmica, isto é,
log-log, tem-se a CURVA PADRÁO, mostrada na figura
3.10.1.
Empregando-se a mesma filosofia usada no modelo desenvolvido no itero 3.5., pode-se construir urna família de curvas
teóricas de log [ ] em fun<;ao de para urna série de valores de K dentro de toda sua faixa de varia<;ao. A Curva Padrao obtida na escala logarítmica é
similar as curvas do gráfico das
Substit figura 3.9.2. figuras 3.5.2 e 3.5.3 tra<;adas juntas. Os valores de cl!U estao na ordenada do gráfico
Pl
uindo-
3.10.1, na abscissa estao os valores de e as curvas dos respectivos K estao indicadas elo seu
se os
P correspondente P 2 •
valores, Pl
p • 8600A.m 1
tem-se: Estas curvas sao relativas as curvas teóricas obtidas especificamente de mo delagem do
P2• 21!1T!IA...
solo de duas camadas. Um solo típico de duas camadas é caracterizado pelos tres parametros: p1,
p2 e h. Fazendo as medi<;oes neste solo, pelo método de Wenner e tra<;ando a curva p(a) x a em
escala logarítmica, seu formato é típico da Curva Padrao.
Portant p•ll,IOllA.m ll
Fazendo manualmente o perfeito casamento da curva p(a) x a na escala logarítmica com
o, a
solu<;a urna determinada curva padrao, tem-se entao a identidade estabe lecida. Isto equivale a ter no
Figura 3.9.2: método de Wenner o espa<;amento igual a profundidade
o final Solo em Tres
foi da primeira camada, isto é, a = h, no solo de duas camadas. Ver figura 3.10.2,
Camadas
encontr Portanto, no ponto da curva p(a) x a que coincide coma ordenada cl!U = 1 na
ada e o Pl
solo Curva Padrao, le-se diretamente o valor específico de p(a), que é igual a resistividade
com p¡ da pri:neira camada. Este ponto é denominado de pólo0 1 da primeira camada, que representa na
tres 3.10 Método Gráfico curva p(a) x a o ponto de medi<;ao pelo método de Wenner que tenha
camada de Yokogawa o mesmo valor da resistividade da primeira camada, juntamente com seu respectivo espa<;amento "a"
s que é identico a profundidade da primeira camada.
estratifi
Este é um método gnifico Neste ponto do pólo 01 le-se, também, a profundidade da primeira camada, isto é, "h".
cadas
é apresentado no manual do aparelho
O tra<;ado da Curva Padrao é feito de tal forma que, como casamento da curva p(a) x a, o
mostra Yokogawa de medi<;ao de resistencia de ponto cl!U = 1 e !!,. = 1, isto é, o pólo 01, esteja na posi<;ao sobre a curva
do na terra. Com este método, pode-se efetuar
a estratifica<;ao do
solo em várias camadas horizontais .com razoável ace ta<;ao. p(a) x a de tal
Pl a
forma que a medi<;ao
do valor <leste ponto pelo método de Wenner,
¡ ¡I_..!..-1- 0 e, / 10
,, - ..- . =r-::::::--------------------9
t.,, ,,.,
a)
1/
54 CAPíTULO 3.
ESTRATIFICAQA.O DO &OLO
55
CURVA PADRA O -
MEGGER
e, P1 P2 C2
1
i--i--1--1---.1,-+-4.-- -+--+--+----+--+--+--+--1-+-r p ,
P z SUPERFÍCIE
DO SOLO
,,, O 20 l!
p
..1.,.
L-
h h h ]!! CAMADA
p
1 - h
P,
-'-
'l-
1-
--
-
1-
--
1-
-
1-
-..
.j.
--
-
-
-
-
-
+-..
.-:=
:
+-:
_.-:
.,.--
-:::.
a
-::
:::
.::
:;;
'""
""'
:--
--
=
=
=
=
=
t
z!! CAMADA O casamento de curvas fornece o valor de
Pi=
p(a) '*
Valor lido
no pólo
01 na
curva
p(a) x a
a= h
'* Valor
lido no
pólo 01
na curva
p(a) x a
Figura 3.10.1: Curva Padrao
mesma relac;;ao ! obtida pelo casamento da curva
Pl
p(a) x a coma Curva Padrao.
57 Com o pólo de
56
CAPíTULO 3. ESTRATIFICAQÁ.O origem (EiEl = 1 e
fl = 1) da Curva
DO SOLO Padrao mantido sobre
1 1 AUXILIAR: a
CURVA
Curva Auxiliar
B2,
Pl
procura-se
Pl
a
ajustar o melhor
casamento entre o .
segundo
trecho da
curva p(a) x a coma da Curva Padrao. Isto feito, demarca-se no gráfico
P2
--11--+--+-1t1t---+--t-+--+--+--+-+-+.:.,A,!.-1+-,¡'"' s'Jl-,n - º '-=+"h- --l--l-...J-.W....J
Neste pólo 02, le-se:
¡;
7
li 5
1
pela terceira camada. Com a rela<;ao 9- obtida
P
do casamento, obtém-se o p3 . E assim sucessiva
2
a = h2 =* Profundidade do conjunto da primeira e segunda camada.
l.:l mente.
:¡
Até o momento procurou-se apenas justificar a filosofia baseada neste método.
2
1 1
1.5
·1 1¡
1
o
1
I.,i
1
1
:r
A resolu<;ao da estratifica<;ao é puramente gráfica usando trechos ascendentes e descendentes.
translado de curvas, portanto, é difícil traduzir com plenitude a
3º- passo: Desloca-se o primeiro trecho da curva p(a) x a sobre a CURVA PADRÁO, até
exemplifica<;ao do método.
obter o melhor casamento possível, isto se dá na rela<;ao eP:l;,
Colocando-se em ordem de rotina, passa-se a descrever o método:
4º- passo: Demarca-se no gráfico da curva p(a) x a, o ponto de origem ( 1 e
lQ. passo: Tra<;ar em papel transparente a curva p(a) x a em = 1) da Curva Padrao, obtendo-se assim o pólo 01.
5º- passo: Le-se no ponto do pólo 01, os valores de p1 e h1.
escala logarítmica. 2º- passo: Dividir a curva p( a) x a em
1 ... ....LLJ j_ passo.
! Pl
1 j 1 1 j 1 1 l 6º-
Até este passo, foram obtidos p1 , h1 e p2 . Para continuar o processo do outro
! 1
passo:
1 1 1 1 1 1 1
-i- 1
Calcula- trecho sucessor da curva p(a) x a, vai-se ao sétimo passo.
se P2
pela 7Q. passo: Faz-se o pólo 0 1 do gráfico da 'curva p(a) x a coincidir como ponto de
rela<;ao origem da CURVA AUXILIAR. Transfere-se, isto é, tra<;a-se com outra cor a
P obtida
2
Curva Auxiliar com rela<;ao e:;,_ obtida no terceiro passo; sobre o gráfico da
no
terceiro curva
Pl
p(a) x a. Figura 3.10.3: Curva Auxiliar
58
CAPíTULO 3. ESTRATIFICA()A.O DO SOLO 59
8º- passo: Transladando-se o gráfico p(a) x a, de modo que a Curva Auxiliar ' trac;ada no sétimo passo, percorra sempre sobre o ponto de origem da CURVA
PADRÁO. Isto é feito até se conseguir o melhor casamento possível do segundo trecho da curva p( a) x a com a da Curva Padrao, isto se dá numa nova relac;ao
p(a)'[O.m]
0.00
9º- passo: Demarca-se o pólo 02 no gráfico p(a) x a, coincidente com o ponto de origem da Curva Padrao.
10º- passo: Le-se no ponto do pólo 02 os valores de p e h2.
Exemplo 3.10.1
Espac;amento Resistividade Medida
Efetuar a estratificac;ao
a(m) do solo pelo método gráfico de Yokogawa do res pectivo
(O.m)
conjunto
Wenner. de medic;oes em 2 campo da Tabela680 3.10.1, obtidos pelo método de
4
8
840
930
•
16 690
32 330
Figura 3.10.4: Resoluc;ao do Método Gráfico
P2= 3
P1
p1 = 350 0.m
h1 = 0,67m
p2 = 1050 0.m
p = 900 n.m
60 CAPITULO 3. ESTRATIFICAQÁO DO SOLO
h2 = 15m
p3 = 150 n.m
No pólo 02, tem-se:
p3 1
-=-
p 6
Sistemas de
Capítulo 4 Aterramento
3.10.5. 4.1
O solo estratificado em tres
camadas está na figura Introdu ao
77¡: 77777/f/777777/77777
j j
p3 =150ítm
00
Neste capítulo sao apresentados os sistemas de aterramento mais simples, com geometria e configurac;;oes efetuadas por bastes, anel e fios.
Sendo a malha de terra um sistema de aterramento especial, um capítulo a
parte será dedicado ao seu estudo.
O escoamento da corrente elétrica emanada ou absorvida pelo sistema de aterramento, se dá através de urna resistividade aparente que o solo apresenta para este
aterramento em especial. Portanto, sera.o analisados, inicialmente, os sistemas de aterramento em relac;;ao a urna resistividade aparente. No Capítulo 6 será abordado o assunto
sobre a resistividade aparente (pa). Como o cálculo da resistividade aparente (pa) depende do solo e do tipo de sistema de aterramento, sera.o vistos a seguir, vários tipos de
sistemas de aterramento.
.
Figura 3.10.5: Solo Em Tres Camadas
4.2 Dimensionamento de Um Sistema de Aterramento
com Uma Haste Vertical o
verticalmente em um solo
homogeneo, de acordo com a
figura 4.2.1, tem urna resistencia
elétrica que pode ser determinada
pela fórmula 4.2.1.
pa (4dL)
[O] (4.2.1)
R1haste = 27Lí ln
Onde:
6
1
-----
----------------------------- 63
----------------------
d =} Diametro do círculo equivalente a área da secc;ao transversal da haste [m] A figura 4.2.2, exemplifica a secc;ao transversal.
Solo
pa = 100 n.m
015mm
pa (4L)
Rlhaste = 27 L r ln d
efetuar o No caso de
cálculo da haste
área tipo cantoneira,
da sua secc;ao deve-se
transversal
Figura 4.2.2: Seq;ao Transversal da Haste Circular e em Cantoneira e igualar aárea de um círculo. Assim:
R _ 100 ln ( 4. 2,4 ) R1haste = 42, 85 n
lhaste- 21r. 2, 4 1s.10-3 (
Nem sempre o
aterramento com urna única
Scantoneira = Sc1rcu1o = 1r ( ) 2 haste fornece o valor da
resistencia desejada. Neste caso,
examinando-se a fórmula 4.2.1,
pode-se saber os parametros que
influenciam na reduc;ao do valor
da resistencia elétrica. Eles sao:
Onde:
Scantoneira
d=2 7r
{4.2.2)
• Aumento do diametro da haste;
Poste
•
b
i 1
: 1
' 1
' '
No caso de duas hastes cravadas no solo ZONA DE
homogeneo, distanciadas de "a", a figura 4.4.2 mostra as INTERFERE"NCIA
superficies equipotenciais que cada baste teria se a outra nao
existisse, onde pode ser observada também a zona de
interferencia.
1' :'
,00
: :
Id 4d 01,...,,.
A interligar,;ao de hastes em paralelo diminui sensivelmente o valor da re sistencia do aterramento. O cálculo da resistencia de hastes paralelas interligadas nao segue a lei simples do
paralelismo de resistencias elétricas. Isto é devido as inter ferencias nas zonas de atuar,;ao das superficies equipotenciaiii, A figura 4.4.1 mostra as superficies equipotenciais de urna haste vertical
cravada no solo homogeneo.
a
I"' /\ 1
1 1 \ 1 I
1 1 1 \ I \ I
,x
1 1/ I
1 1 \I \1 I
1
I
solo 1 1
'
1 I I
\ 1 I
\ 1 I I \ 1
I\ I \ 1\ II
1 VI
, '
1 \
'
I /
\ I
\ \ 1 11 I\ X \ /1 1 \I \I / 1 1 I I I
\
\ \ \ 11
\
\
\
1
1
11
1
I
\{
II \ I
\/ ' 11
11
I I
I I I
/
I
I \ \ 11 1 \I \ I
1 / / \
\ \ 11
1
1 1 I ¡.. ,, \ 1 1 I
I
/ /
,,,, ,,,
\ \
\ \ \ 1 1 / \ \ 1 1 J1 / I I \ \ 11 I
\
1/
\ \ 1 I I I
I
\
\ \ \ \\ 1
I I I \ A.I
\
11
\ ,,/
/
/
I
\ I \
'
1// I
-,
\ \ ,, ,
1 '',,'_.,.,../ I /1 \ I
''
'' ..... - - ,,,.,.
' I
I
\
... .,,. /
/ ' ....
,,,... / .,.. I
/
/
I I . ......
,,, ,,,,
/ /
I
/
¡/ ¡ / \
\
,,,, I
'',,,,
1
__ .,,,
I
\
\. .... / /
.......... _,
\ ', /
1 /
............ .,,.
'
I I
--
Figura 4.4.1: Superficies Equipotenciais de Urna Haste
Figura 4.4.2: Zona de Interferencia nas Linhas Equipotenciais de Duas Hastes
Rh = Rhh + L
m=l mf.h
Onde:
1
l
1
(4.5.1)
1 : 1
1 1 1
1 1 1 1
1 1 1 1
1 1 1
\, ...._ _ ,..
--
"'.,. ., ,,
I '
I - --
-- ...... ..•. )
1111
\ \ \._.,.-.
ha ula
Rh => Resistencia apresentada pela haste "h" inserida no conjunto st 4.2.
considerando as interferencias das outras hastes es 1)
(f a
n => Número de hastes paralelas Rhm => Acréscimo·de resistencia na haste "h"
ór devido
m
Rhh
...-
=> Resistencia individual de cada haste sem a presen<;a de outras
.-.. _.,.,/ / "m", dada pela expressao 4.5.2
,-
----
/
'
\ .....
......
- ..
ehm => Espa<;amento entre a haste "h" e a haste "m" (em metros)
L => Comprimento da haste [m]
(4.5.2)
do conjunto de duas hastes é: A
represe
R1 haste
<
R
< (4.4.1) nta<;ao
- - 2haste R1haste
de bhm
está na
figura
4.5.1,
seu
valor
é
obtido
pela
ex
pressa<
>¡ 4.5.3.
Observe-se que o aumento do espa<;amento das hastes paralelas faz com que a interferencia seja diminuida.
Teoricamente, para um espa<;amento infinito, a inter- ferencia seria nula, porém, um aumento muito grande do espa<;amento
entre as hastes
nao seria economicamente viável. Na prática, o espa<;amento aconselhável gira em
torno do comprimento da haste. Adota-se muito o espa<;amento de 3 metros.
SOLO
Para o cálculo da resistencia equivalente de hastes paralelas, deve-se levar em conta o acréscimo de resistencia ocasionado pela interferencia entre as hastes. A
(4.5.3)
Num sistema de aterramento emprega-se bastes iguais, o que facilita a padro niza<;ao na empresa, e também o cálculo da resistencia equivalente do conjunto.
Fazendo o cálculo para todas as bastes do conjunto (expressao 4.5.1) tem-se os valores da resistencia de cada baste:
!solando Req, te m se: 0
R1 = R11 + R12 + R13 +··· + R1n A valor da resistencia de urna baste isoladamente.
R2 = R21 + R22 + R23 +···+ R2n expressao Para facilitar o cálculo de Req os valores
4.5.7 indica de K sao tabelados, ou obtidos através de curvas,
que a como será visto a seguir.
resistencia
equivalente
(Req) do
. Deterrrtina a resisten ia individual de cada baste dentro do conjunto, já cons1derad conjunto de 4.6 Dimensionamento de
s os cresc1mo o as1onados pelas interferencias, a resistencia equivalente das bastes bastes em Sistema de Aterramento
mterhgadas sera a resultante do paralelismo destas. Figura 4.5.2. paralelo Formado Por Hastes Alinhadas
está
reduzida de
em Paralelo, Igualmente Espa
/ K vezes o a das
SOLO
A figura aterramento formado
4.6.1 por bastes alinbadas
mostra um em paralelo.
sistema de
R,
L------J'-----'----- -----------...Jé
l Req
1
1
1
1
1 CONDUTOR DE
1
1 """Z.._ Po s te INTERLIGA!;AO '\
1 ///\V//
1 1 Req =
= -- -,-
(4.5.5)
+..l + ...+
;
.
"'n
4.5.1 Índice de Figura 4.6.1: Hastes Alinhadas em Paralelo
.
.l Aproveitamento ou Índice
.
de Reduc;ao (K) É um sistema simples e eficiente, muito empregado em sistema de distribuic;ao de energía elétrica, no aterramento
..
. de equipamentos isolados. Dentro da área urbana, efetua-se o aterramento ao longo do meio fio da cal<;ada, o que é
L É definido como a economico e nao prejudica o transito.
1 rela<;ao entre a resistencia
R
1 equivalente do coµjunto (Re )
R e a resis1:§mcia individual de
2 cada baste sem a presern;a de
R outras bastes.
n q
L
.,
i
=
l (4.5.6)
R
73
41rL
[(b13 + L ) - e a]
ln e i _ ( b _ L)2
3 13
e13 = 6m - 62)=
pa
b l
3m 3m 3m
1. . 1 . . 1
0= 1 /2"
R 1-3
41r.2,4 n 6 - (6 , 462 - 2, 4)2 '
2
pa [(b14 + L )- e 4)
R 14= R 41= 41rL ln ei4 - (b14 - L)2
e14 = 9m
b14 = V 92 + 2, 42 = 9, 314m
Fi ma com Quatro
- pa l [(9,314+2,4)2_92)=00174pa
gu Hastes Alinliftdas
R i4- 41r.2,4 n 9 - (9 , 314 - 2, 4) '
ra
4. CÍilculo de R1, R2, Ra e R4
6.
teremos: Escrevendo a fórmula
2:
4.5.1 extensivamente para R1 = O, 44pa + O, 048pa + O, 0258pa + O, 0174pa = O,
Sis
o sistema de quatro 5312pa
2 = O, 048pa + O, 44pa + O, 048pa + O, 0258pa = O,
te R
hastes, 5618pa
R1 = R = O, 0258pa + O, 44pa = O, 5312pa
R13 + 048pa + O, 44pa + O,
+ R22 + R23 +
048pa = O, 5618pa Devido a simetría, R1 = R4 e R2 = R3
Ra
4 = O, 0174pa + O,
Raa
R
3
R4 0258pa + O, 048pa + O,
R4a
), Usando 4.5.5
R = R22 = Raa = R44 = pa 4 L)
ln ( - =
pa ( 4.2,4
ln 1
')
_
= O, 44pa
11 d 21r .
2, 4 2 . 2,
7Lr 54. 10 2
2
74
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
1
ATERRAMENTO
75
1 1 = O, 1365pa
R eqh = 1 1
b) Qua tas hastes
0,5312pa +
devem ser cravadas para ter-se urna resistencia máxima de 100?
4
0,5618pa + 0,5618pa + 0,5312pa
Índice de Reduc;ao (K)
0,1365pa=
Rhh 0,44pa
J{ <- I< 10
- 44 :So,
227
Isto significa que a a
resistencia equivalente de Da Tabela
Ta 0
quatro hastes é igual a 31% A.0.5 obtém- ,
da re sistencia de urna haste se 6 (seis) be 2
hastes ou 4
isolada. Para evitar todo esse la 4
caminho trabalhoso, o mais.
A.
coeficiente de reduc;ao (K) é f
tabelado e está apresentado 0. o
nas tabelas do Apendice A. c) 5,
Nas tabelas tem-se disponível F ef
o valor da resistencia de urna
haste, obtida usando a azer et
fórmula 4.2.1 ua
em func;ao de pa. Além da urna
-
coluna do K, tem-se a coluna curv se
do Req = I<Rlhaste em func;ao
de pa. Assim, no exemplo aR a
4.6.1, usando a tabela A.0.5,
pode-se ter diretamente o 4 cu
eq X
índice de reduc;ao J{ = O, 31 e rv
o R eq h = O, 136pa. N -o
a
Analisando as de
qu
tabelas do coeficiente de hast
reduc;a.o (K) para hastes e
es
alinhadas, pode-se observar est
que também existe urna em
á
saturac;ao na diminuic;ao da para
resistencia equi valente como ap
lelo
aumento do número de hastes. re
Na prática, o número de com
se
hastes alinhadas é limitado a
6 (seis), acima do qual o e = n
sistema torna-se anti- 3m tada
economico. na
para figura
as 4.6.3.
R _ J!.!!_ ln (4L_)
100 ln ( 4. 2,4 )
0,174/'o
0,136/'o
0,113;°0
O,CE1?o
lhaste- 271"L - 21r . 2, 4 0,085?0
! . 2, 54 . 10- 2
o 2 3 4 5 6 7 n2 de hoste
------
4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterramento com 1.2m
. Para este sistema as bastes sao cravadas nos vértices de um triangulo equilátero. Figura 4.7.1. ·
H
r n
íil
íz1
0.6
0.5
o 04 C),
0.3
< 02
íz1 o
Todo o dimensionamento do sistema em triangulo, baseia-se na defini<,;ao do índice de redU<;ao (K) visto no subitem 4.5.1.
J{ = 0,46
Req"' = O, 46. 44 = 20, 240
79
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
78 D
4.8
i 1"
m "2'
e
n
s 3m
i
o
n
a
m
e
n
t
o
d
e
S
i
s
t
e
m Q
a u
s a
d
c r
o a
m -
H d
a o
s
t V
e a
s z
i
e o
m
mostra o sistema com o formato de quadrado vazio, onde as hastes sao colocadas
na periferia a urna distancia "e" das hastes adjacentes.
A
f
i
g e
u
r
a
4 e
.
8
.
1
, Figura 4.8.1: Quadrado Vazio
1
1
\ equivalente do sistema é dada pela expressao 4.5.7 com o índice de redw;ao (K) obtido das figuras 4.8.2 e 4.8.3.
A resistencia
:
1,0 o.
11 \
1',\\
-1/2'
-
_..
o;,
\ \ \ ' -----,..
'
'...._' ...... 3m
--
/
·-' ::- =- -
:::.::=' ·
1,0 I, 2,0 1,2m 25 1./m
Espa9arrento em
3,0 M2t s
" 0,9 Trinta e Seis Quadrado Vazio
Figura 4.8.3: Hastes em
-- 2,40
0
,
5
'
·
º
1
,
5
2
,
0
2
,
5
3
,
0
2m, sendo o comprimento da haste 3m e o diametro 1", determinar a
Exem Reqa.
plo
4.8.1 R1haste
O
i
= O,
327
t pa
o
Reqa
h = ]{
a R1haste
s
t Dafigura 4.8.2, tem-se I< = O, 27.
e
s
f
o
r
m
a
m
u
m
q
u
a
d
r
a
d
o
v
a
z
i
o
c
o
m
=
ESPA<;AMENTO EM Reqa = 0,27 .0,327 .pa = 0,08829 pa
METROS
Figura 4.8.2: Oito Hastes em Quadrado Vazio
Cheio
o
:i.:
As hastes sao <( 0,4
ü
80 CAPíTULO 4. SISTEMAS cravadas como z
DE ATERRAMENTO 81 mostra a figura
4.9.1.
4.9 Dimensionamento de
Sistema com Hastes em Quadrado
w
. ... 0,3
e
en
- -- - ,·· (.)
a: 0,2 <
w . .J
e o w
o 0,1
a: o o:,
1,0 1,5 2,0
Espac;camento em rretros
O.B
---
Quatro hastes de 2,4m e d = }" formam 1· quadrado com e = 2m e estao cravadas num solo com pa = 100 O.m. Determinar o valor de Req•
um .
(.)
z 0.6
,
....
!!?
Da figura 4.9.2 tem-se l{ = O, 375.
e :
w
o 0.4
Req• = O, 375. 44 =
w o 16, 5 O
n
< "' (,) ,
0.
5
0.3
..J
w
4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes
a :
a
Q2 em Circun ferencia
o 1.0
0
.
5
1.5 20
25 As hastes estao igualmente espac;adas ao longo da circunferencia com raio R.
30
Ver figura 4.10.1.
Fsp
a9a
rre
nto
em
rre
tro
s
Figura 4.9.2: em Cheio (Vazio)
Os respectivos índices de reduc;ao sao obtidos na figura 4.10.2.
Quatro Hastes Quadrado
e,40ra
---
.............
R1haste n
Da figura 4.10.2 tem-se
o,i
0,20
><:
inversa de L.
O,
<...... 18 Na utilizac;ao do sistema com hastes profundas, vários fatores ajudam a me lhorar
ainda mais a qualidade do aterramento. Estes fatores sao:
, 0,16
,
• Aumento do comprimento da haste;
o 0,/4
• Camadas mais profundas com resistividades
r,:¡
O:! 0,12
•
fil Condic;ao de água presente estável ao longo do tempo;
o0,10 1:
o 1<:t;
o-
• Condic;ao de temperatura constante e estável ao longo do
< tempo;
-- • Produc;ao de gradientes de potencial maiores no fundo do
solo, tornando os po
0,08
O:!
tenciais de
passo na
superficie
praticament
e
desprezíveis
.
fi
l A
ssim regioes mais profundas de menor resistividade, o que atenua consideravelmente os
0,
0
6
, gradientes de potencial na superficie do solo.
devi
do Para a execuc;ao desse sistema, usa-se basicamente dois processos que serao
as
0,05 cons vistos a seguir:
o ider
ac;o
10 es
acim
30 a,
obté
m-se
NO.MERO DE um
HA.STES aterr
ame
nto
Fig de
ura boa
4.1 qua
0.2 lida
: de,
Ha com
ste o
s valo
em r de
Cir resi
cun
sten
fer
enc cia
ia está
co ve!
m ao
No long
ve o do
Me tem
tro po.
s
A
de
Rai disp
o ersa
o de
corr
ente
se
dá
nas
con
dic;
oes
mai
s
favo
rá.v
eis,
proc
uran
do
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 85
84
a) Bate-Estaca
Por este
. Dependendo das condi<;oes do terreno é possível, por este processo, conseguir até 18 metros de profundidade.
método as hastes
sao urna a urna
cravadas no solo
por um bate
estacas. As
hastes
emendáveis
possuem rosca
nos extremos e
a conexao é feita
por
!uvas. Ver figura
4.11.1.
ROSCA---... ROSCA--
HASTE
[] LUVA DE
EMENDA
b) Moto•Perfuratriz disso, algumas empresas de energia eletnca, ao mves de cravar hastes emendáveis,
utilizam a técnica de cavar o buraco no solo e, em seguida, introduzir urna única haste
Como visto anteriormente, a dispersao das correntes em urna haste soldada a um fio longo que vai até a superficie. Ver figura 4.11.3.
profunda se dá prati ame,nt na cai:na a de menor resistividade. Em vista
• - BATEDOR
ROSCA-
4.11.2. 1
1
1
MOTO-COMPRESSOR - 1
VIBRADOR C/
80 BATIDAS/mio / 1
/ 1
1
L/J Figura
JJ
Figura 4.11.2: Bate-Estaca e Hastes Emendáveis
Px
Recomenda-se também, introduzir no buraco, limalha de cobre. Esta limalha distribuída no buraco vai, lenta:giente, penetrando no solo, aumentando consideravel mente o
efeito da atua<;ao da haste, que facilita a dispersao da corrente no solo, pois se obtém urna menor resistencia elétrica do sistema.
O processo de cavar o buraco no solo utiliza urna moto-perfuratriz de po<;o manual (figura 4.11.4). Por este processo pode-se conseguir até 60 metros de profun
didade, dependendo, evidentemente, das características do solo.
s.]
86 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
ATERRAMENTO
87
•
/
• Ruído excessivo causado pelos motores da perfuratriz • Moto-perfuratriz acoplada ao brac;o de um guindaste;
e da bomba d'água. • Perfuratriz e bomba d'água acionados por transmissao flexível acoplada a trans missao do
veículo;
Para contornar os problemas citados pode-se utilizar as
alternativas abaixo:
• Perfuratriz e bomba d'água acionadas hidraulicamente por pressao do óleo do guindaste.
dada1 .
A última alternativa é a que apresenta melhores resultados, seudo a recomen-
/IASTI:: DE
Pfl\FURACÁo
- "'_, :_::::r--------ílESf.RVATORIO DE
.
: Clf,CULA Í.O
Alcanc;ando-se o resultado esperado, tira-se a broca e coloca-se rapidamente o cabo com a haste na ponta.
Com o tempo a resistencia elétrica diminui devido a movimentac;ao do terreno fechando e compactando
completamente o buraco.
• Fazer urna malha de terra;
Com este processo, nao se alcanc;ando bons resultados, recomenda-se as se guintes alternativas:
'' ......... , .). ' • Deslocar o equipamento a ser aterrado;
• Usar hastes profundas em paralelo.
Figura 4.11.4: Perfurac;iio do Buraco
1 A CPFL foi a prirneira empresa no pa.ís a a.dotar o aterra.mento profundo, usando inicialmente a perfuratriz de po,;;o com motor de combustáo interna a gasolina. Devido a alguns problemas, este processo foi evoluindo
até chegar a perfuratriz e bomba d'água acionadas hidraulicamente por pressáo do óleo desenvolvido pelo próprio veículo. Neste processo sem ruído, a rota,;;áo da broca é menor, produzindo um ótimo desempenho, com
menor desgaste da broca. '
89
Exemplo 4.12.l
· Determinar a resistencia de um anel com 50cm de raio, .diametro do condutor de 10mm, enterrado a
88 CAPíTULO 4. 60cm em um solo com resistividade aparente de 1.000 n.m.
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
2
4.12Resistencia de Aterramento de 1000 ( 4 . 0, 5 )
Condutores Enrolados em Forma de Ranel = 7r2 • O, 5 ln 10 . 10-3 . O, 6
Anel e Enterrados Horizontalmente no Rane1 = 1036, 71n
Solo
LL_j
Figura 4.13.1: Condutor Enterrado Horizontalmente no Solo
2
pa [ ( 2L ) 2p (P)2 1 (p)4] [O] (4.13.1)
Ranel = - pa
- ln
2 7r
Onde: r
2
(4rdp ) [nJ (4.12.1)
R = 21rL ln _ rp - 2 +L
Onde:
- L +2L
p,raL
90 CAPíTULO 4. SISTEMAS DE ATERRAMENTO R=
lL 4 2 1
d) Configurai;ao em Estrela com seis pontas, letra (d) da figura 4.13.2.
[ In ( rp L2) + 2, 912 - 4, 284p + 10, 32 (LP)2 -37,12 (LP)4]
91
[nJ
+ e
R =
R =
6
- pa [ (
p
ln -
2
[nJ
L2 ) + 10 98 -
1
p ( p2) -
22 04- + 52 16 - 299 52 (- p) 4]
(4.13.5)
[fl]
L '
*
L
Figura 4.13.2: Configura\;6es Horizontais de Condutores
e
e) Configura ao em Estrela com oito pontas, letra (e) da figura 4.13.2.
Exemplo 4.13.1
(4.13.6)
Tendo-se disponível
60m de um condutor
com diametro de
6mm, fazer todas
a) Dois condutores em angulo reto, letra (a) da figura 4.13.2. as configura oes propostas na
• figura 4.13.2, para
aterramento a 60cm da
r-
superficie em um solo com
resistividade aparente de
1.000 n.m.
R = ::L [ In( 2: ) - O, 2373 + O, 8584f + 1,656 (f 10, 85 (f [nJ
(4.13.2) Os resultados sao
r]
apresentados na
Tabela 4.13.1.
Configu
Onde:
1 fio
2 fios em a
L =} Tamanho de cada segmento retilíneo a partir da conexa.o [m] Estrela 3 p
Estrela 4 p
Estrela 6 p
Estrela 8 p
Tratamento odo
92
Químico do
CAPíTULO 4. SISTEMAS DE
ATERRAMENTO sistem
de
aterra
ento
depen
5 e
Capítulo 5 . sua
integrac;;aodiminuic;;ao
com o da resistencia
solo; de aterramento.
solo e da
resistividade • Nao ser tóxico;
as seguintes características:
aparente. • Nao causar dano a natureza.
•
sistema já está
oa higroscopia;
fisicamente definido 5.3 Tipos de Tratamento Químico
e' instalado,• a única
maneira de ao lixiviável;
diminuir Sao apresentados, a seguir, alguns produtos usados nos diversos tipos de trata mento
sua resistencia químico do solo.
9
elétrica é alterar as
3
características do
solo, usando um a) BENTONITA
94
trata
CAPíTUL Bentonita é um material argiloso que tem as seguintes propriedades:
O 5.
químico.
TRATAM
O ENTO
tratamento químico <leve • Absorve facilmente a água;
ser QUíMICO
empregado somente
DO SOLO
quando: • Retém a umidade;
•N
• ao • Boa condutora de eletricidade;
xiste o aterramento
ser no
• Baixa resistividade (1,2 a 4 n.m);
solo, comcorurna resistencia
fora .da desejada,
ros e nao • Nao é corrosiva (pH alcalino) e protege o material do aterramento contra a cor rosao
ivo alterá-lo por
se pretende natural do solo.
algum ;
• •B É pouco usada atualmente. Hoje é empregada urna varia<;ao onde se adiciona gesso
ao existeaix
outra alternativapara dar maior estabilidade ao tratamento.
possível,adentro das
condic;;oes
res do sistema,
por im isti
vid e o terreno
trocar o local,
ad
tem resistividade
elevada. e
elé
tri
5.2 ca;
aracterística
•Q do
Tratament.o
ui
Químico
mi do
ca
me
nte
tratamento
est químico
do soloáv visa a
diminuic;;ao
el de sua
resistividade,
no con
seqüentemente a
95
e) GEL
O Gel é constituído de urna mistura de diversos sais que, em
presen<;a da água, formam o agente ativo do tratamento. Suas propriedades
sao:
• Quimicamente estável;
• Nao é solúvel em água;
• Higroscópico;
/
•Nao é corrosivo;
• Nao é atacado pelos ácidos contidos no solo;
(5.4.1)
Rsem tratamento
aria ao da
Resistencia
de Terra DEPOIS DO
Devido ao
Tratamento '
·
Kt ·
uímico
os
gráficos
das
figuras
5.5.1,
5.5.2 e
5.5.3 é
apresenta
do o
comporta
mento
das
varia<;oe
s da
resistenci
a de terra
com o
tratament
o
químico
do solo.
o 160
u,140o
-,
:::i;
5120o
,.
ª100 .
13 40 -
o:
20
i....,.
l
,.,
>
o
-
.--
--¡.....
r-,..._
o
.J
,;-
o
z -.
Figura 5.4.1: Valores Típicos de Kt em Fun ao da Resistividade
..: ...i
o>
;i o
z - ...i
.....:. >
U)
z
Figura 5.5.1: Resistencia de Terra Reduzida pelo Tratamento Químico do Solo
Exemplo 5.4.1
f·,
/V
" '
/
/
\' .........
J
químico no solo a base de GEL? u,
90 l , \ / \
Da figura 5.4.1 obtém-se o ! 7 SOLO NAO
o
80
"
6
L¿J
<(
o / TRATADO \ /
-,
ü
O, 2 '.S Kt '.S O, 34 ,a 5
11)
5
o"-..
4o
'--
SOLO
/ '
"/
i3 3o o
--
entao
f{tinfei'ior • R '.S Rtratamento '.S f{tsuperior •R
o:
2' ......_ o
_j ó > z;¡ ;i ci
_j
o
<( t;¡ 1-' 1-'
.., .:.>, Cl ::> o
ci . . ,
< (
<(
.: .>, .: .>, Cl ....
174 n '.S Rtratamento '.S 295, 8 n u. ::!:
< <( <( i/1
(
:l!
o
Figura 5.5.2: Tratamento Químico do Solo e
as Varia oes Mensa.is da Resistencia
98 CAPíTULO 5. TRATAMENTO QUíMICO DO SOLO 99
ª 1
et
o:
a: UJ 1-
º " '
1
l !J
zo
HASTE CE: TERRA-
' " "
o
et
ü
tffi
lñ
¡¡;
UJ
o:
oa-_......
...__ _._
... ....__ .
_,__ .
....__ .
u a d mpo, de Hastes em Solos
JAN. r o e Tratados e Nao Tratados retirado
a Adjacentes
2 d T
5 a e
3 . r
5 R r
. e a Pode-se observar Abrir buraco em torno
4 do 11/etrodo tratado.
3 s , que pela figura 5.5.3, o
5
: i tratamento químico vai
TEMPO EM ANOSs c perdendo o seu efeito.
V t o Recomenda-se fazer
a e m
r n novo tratamento após
i c o algum tempo.
F a i
i ¡ a T
g ; e 5.6 Aplicac;;ao do Tratamento Químico no Solo
A seguir, nas figuras 5.6.1 e 5.6.2 é mostrado urna seqüencia -de ilustrai,;oes de aplica<;ao do tratamento químico do solo. A figura 5.6.2 foi obtida da referencia [48].
''\: '
Mistura do Erico -
(i)
Ge,co
m par te
® do solo re tirado do buraco.
Aprox. mefad, do
soJo retirado
(sem fra far/
'77',::,.../
esta terminado.
40litros
'
Aprox. mefode do sala re tirado (sem fro far}
•
Figura 5.6.2: Seqüencia de um Tratamento Químico do Tipo GEL
5. 7 Considerac;;óes Finais
A mis
p fu-
li rO, Como o tratamento químico do solo é empregado na corre ao de aterramento
c existente, deve-se entao, após a execu ao do mesmo, fazer sempre um acompanhamento
o por
r a com medi oes periódicas para analisar o efeito e a estabilidade do tratamento.
;i o
i Deve-se sempre dimensionar e executar projetos de sistemas de aterramento de
o 11
d s modo eficiente, para nao ser necessário usar tratamento químico.
a ar
a
· te
g r"
u
o do
s trat
o om
b
r en
e
o
Capítulo 6 geometría em solos distintos, ele terá resistencias elétricas diferentes. Isto
se dá porque a resistividade que o solo apresenta a este aterramento é
diferente.
Resistividade
1
0
Aparente
3
104
6.1
i
CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE
esistividade
APARENTE
A resistencia
elétrica de um
sistema de diferente para cada tipo de sistema de
resistividade
aterramento depende
aterramento.
fundamental mente
Ada:
passagem da corrente elétrica do sistema de aterramento
para o solo de
pende:
•
a composi ao do solo com suas respectivas
•
a geometria do sistema de
•
o tamanho do sistema de
Onde:
Raterramento = pa f(g) (6.1.1)
Raterra
mento
* dz _i
L 2
P2
Resis
tencia
elétri
ca do
siste
ma
de
aterra
ment
o pa
=}
Resis
tivida
de
apare
nte
f(g) =} Fun<;ao que depende da
geometría do sistema e da solo
forma de colocac;ao no
pa f(g) = ph f(g) pa = ph (6.1.2) Portanto, pela expressao 6.1.2 pode-se definir a resistividade aparente (pa) de
Exemplo 6.2.1
Calcular a resistencia do aterramento relativa aos dados da figura 6.2.2.
llm sistema de aterramento relativo a um solo nao homogeneo, como sendo a resisti 2+5+3
pa = 2 5 3 = 185, 18 n.m
vidade elétrica de um solo homogeneo que produza o mesmo efeito./ 500 + 200 + 120
No Capítulo 4, foram apresentadas as expressoes (da forma 185,18
R = pa f(g)) R1haste = 271"• 10 ln
para cálculo da resistencia elétrica para diversos tipos de sistemás de
aterramento, ou
( 4.10 )
,eja, foram apresentadas as expressoes de f(g). Neste capítulo estuda-se a resistividade 15 . 10- 3
107
Solo
d1= 2m
p1 =5oonm
SUPERFICIE DO SOLO
p 2
=2oonm
O cálculo da resistividade aparente (pa) de um sistema de aterramento é efetuado considerando o nível de penetrac;ao da corrente de escoamento num solo de duas camadas.
Pn dn hn
Pn+1
00 !
pn+1
superficie,
Portanto, um solo com muitas camadas deve ser
lente reduzido a um solo equiva- com duas camadas. .i,
considerando-se
(6.3.1)
1 +6 +1 1 -
Peq = 1 6
- 247 ( ' )
u. m
200 + 500 + 65 =
d
n e 8
deq = d1 + d2 + d3 +···+ dn = L d; q m
i=l
6.4 Coeficiente de
Onde: Penetrac;;ao (a)
d¡ '* Espessura da i-ésima camada O coeficiente de penetrac;ao
p¡ '* Resistividade da i-ésima camada (a:) indica o grau de penetrac;ao das
correntes escoadas pelo aterramento
no solo equivalente. É dado por:
r
a:=
n '* Número de camadas reduzidas d.q
(6.4.1)
TE
CAP
109
íTUL
O 6.
b)
RES
ISTI utras
108 VID
ADE
APA
REN
/n
t
d1 = 1m
t pz= soon..m
A
r=- (6.4.3)
D
O
n
d
e
:
pelo subesta
d2=6 deq= Bm
m c;ao, a
aterrament
maior
j peq = 247.0..m
A
o
D => Maior dimensao do
aterramento
dimensa
o Dé
a
diagona
l.
=> Área Por exemplo, no caso da
d3=1m abrangida malha de terra de urna
!
P/ 96n..m
00
00
pni-1= 96.0..m
!
6.5 Coeficiente de Divergencia (¡3)
(6.5.1)
r => Cada sistema é transformado em um anel equivalente de Endrenyi, cujo raio
Raio "r" é a metade da maior dimensao do aterramento.
do
O cálculo de "r" para algumas configurac;oes, é dado a seguir:
anel
equiv
alente
do a) Hastes alinhadas e igualmente espac;adas
sistem
a de (n - 1)
aterra
ment
o
c ons
•
iderad
o
' oeficiente é similar ao coeficiente de reflexao entre duas camadas.
P
e
q 6.6 Resistividade Aparente para Solo com Duas Camadas
1:
aterramen.to especificado em relac;ao ao solo de duas camadas. Usando as curvas da
c figura 6.6.1, desenvolvidas por Endrenyi [2], onde (o:) é o eixo das abscissas e (/3) é a curva correspondente, obtém-se o valor de N.
Onde: r= e
2
(6.4.2)
N= pa
Peq
(6.6.1)
n
Assim,
=> entao:
Núme
pa =
ro de
N ·Peq
hastes
(6.6.2)
cravad
as
vertic
almen
te no
solo
e
=>
Espac;
ament
o
entre
as
hastes
6. 111
RESISTIVIDAD
110 CAPíTULO
.. -
E APARENTE
¡:! "
+¡ "l"T"l
'" r ""TT"""T"""""1""T--i--,'--n"T"T-·.,-,ñ-,--..,....;:
2I
l'"S T\ -.:,-TT'..-T'º-r-....-:.-º-,:º.,..º;.....;º;._.
o
\ 1
si
\I( ¡1¡ ª
g .. tt t.-. . ct
\ emplo 6.6.1
11
E
x forma retilínea no solo da figura 6.3.2. O espa<;;amento é de 3 metros. Determinar a
l-t-t\t-l-t-1t+-+-H--t--H+-Hc-H-+t:-+-+-t--+++++-+-HH--l+-- Um conjunto de sete hastes de 2,4 metros e diametro de !" é cravado em
1---J.
1
resistencia elétrica do conjunto.
1
HTH--t-i,rri"il1\ 1 \--t\1l1\---tt+t+-tH1-+-+!-t-+--+++l-H-1--#--/
8
96
'
! !\ 1,\\r--H\H--H-\+4-\ r
/¡1-/r-1-1/---.J.--.-4
-+-+---H+-1,l-+-+l-l-J l1i
S!
\ + . .Jt--+ll.
H-tirtt--Hr-t---+H+-+-f\l-\: k'l\\f-1\\- - -\l- - +-1-........4--l---
t ..
, :+J
1
¡ ' \:\\
+1-1 1
"
·it111""-t-t---i·--t--t-----t,H-1-1--!--+----f---1i--\l\\ \-Hil+-+-l-+-+----+--4---+-----1 o
"L
i
ttt-H-t-1--t t- +tJrl-t-t---l--lf----+----fi.!11-+++-+-+--+---+---+- -1·
:;;
. Exemplo 6.6.2
Determinar o número de hastes alinhadas·, necessárias para se obter um ater ramento com resistencia má.xima de 25fl numa regiao onde a estratifica<;;ao do solo é
conforme a figura 6.6.2. Hastes disponíveis L = 3m, diametro igual a e espa<;;amento
\
f' o
H-tH-t-t-t--t----t-H+++-+-+·--+ ....\-1++-l- --l-+---I-- '
IT1Tt-t--t-t--+---++-1H--H-+-+--l-----+-I-W-l--l-.l-.L--1... lll§
g_¡J
11 o........, - o --'- ,----....J..J:..W...L..L....1.-L- ..1--.- _J LW_ -'-.l-.1- -J..- !
-66ó· ¿ ¿ 2- ¿ o 2
0
g N ci" O
112
CAPíTULO
6.
RESISTIVID
ADE
¡
APARENTE
O
,
1
4
d1 • 2 m
J
p .3oo 0
.
n..m
O maior coeficiente de pa menor ou igual a O, 165 é
f p . 4 50n .m ·. d q=9m
{ 3 hastes
m
!
d2=3 2
8 Req = O, 140 pa e = m
3
Peq :
168,7
5.n.m
f R = O 140 a { 3 hastes
eq ' P e·= 3m Os valores sáo iguais -----+ convergiu
Fig
ura
6.6.
2:
Da
dos
da
Ca
ma
da
do
Sol
o
f( ) - R -
- O 148
9 - pa- 168,
75- '
Da Tabela
A.0.11 do
Apendice A,
pode-se
constatar cfle o
maior
coeficiente de
pa menor ou
igual a O, 148 é
O, 140.
'
r
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114 CAPíTULO 6. RESISTIVIDADE APARENTE
Capítulo 7
7.1 Introdu ao
Os defeitos no sistema elétrico, que geram correntes de seqüencia zero, terao suas correntes
passando pelo aterramento. A área do aterramento é a regia.o de con centra<;ao das correntes de
defeitos, portanto os potenciais sao elevados e cuidados especiais devem ser observados na
seguran<;a.
Um choque elétrico causa vários efeitos e sintomas no ser humano, mas dentre
a
os relativos tensa.o de passo e toque, o mais importante a considerar é a fibrila<;ao ventricular [51, 65].
115
116 CAPfTULO 7. FIBRILAQÁO VENTRICULAR DO CORAQÁO PELO CHOQUE ELÉTRICO
• Tensao elétrica;
• Inibic;ao dos centros nervosos; inclusive dos que comandam a respirac;ao produ zindo PARADA RESPIRATORIA;
• Alterac;ao no ritmo cardíaco, podendo produzir FIBRILAQÁO VENTRICULAR e urna conseqüente PARADA CARDÍACA;
Atrio d1re1to
NÓ AV
Artéria pulmonar
Veia pulmonar
Aorta
His
117
elétrica. Veíag ventrículo a a e e
ca
vo/ u esquerdo. d o fibr
e
inferior Este último e ilac
Se o choque elétrico for devido ao contato direto m a tensao da rede, todas as ,
Ventriculoao se q q ;ao
manifestac;óes podem ocorrer. direito
r contrair, u u ven
Para os choques elétricos devi_dos a tensao de toque e passo impostas pelo e impulsiona o a e tric
sistema de aterramento durante o defeito na rede elétrica, a manifestac;ao mais im t sangue d ular
portante a ser considerada é a FIBRILACÁO VENTRICULAR DO CORAQÁO, que o arterial para a o .
Figura 7.3.1: Cora<_;ao
será o assunto específico do presente capítulo. Maiores detalhes ver referencia [65). r todo o corpo. c
Humano
n a o
a A
contrac;ao r
7.3 Funcionamento Mecanico do Cora ao dos dois átrios
t r
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o o dá-se no
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Para compreender como ocorre a fibrilac;ao ventricular no corac;ao pelo choque r mesmo
o
elétrico, há necessidade de conhecer o funcionamento normal do corac;ao. m á instante, o
o
a t mesmo
Do ponto de vista mecanico, o corac;ao é urna bomba hemo-hidráulica que faz o o s
n r ocorrendo
sangue circular continuamente pelo corpo humano. Ver figura 7.3.1.
d i coro os dois
c p
O sangue venoso, isto é, pobre em 0 2 e rico em C0 2, entra no corac;ao pela o o ventrículos.
o r
veía cava inferior e superior, ocupando o átrio direito. Do átrio é bombeado para o r o
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ventrículo direito e <leste para os pulmóes, onde é feita a troca do C0 2 pelo 0 2 o e
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119
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FIBRAS
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I 1 REDE DE
PURKINJE
FEIXE DE 1
HIS
..
MUSCULARES
A VAZIO
FIBRAS MUSCULARES
:=!l!l'-- CARDÍACAS
Os dois pontos sao chamados de Nódulo Sino Atrial (NSA) e Nódulo Átrio Ventricular (NAV).
O NSA é um gerador elétrico que, químicamente, processa a alterna<;ao dos íons Na+ e !{+, emitindo o sinal (pulso) elétrico. Este sinal, passando pela parede muscular do átrio, promove a
sua contra_<;ao e o sangue passa para o ventrículo. O sinal elétrico éentao captado pelo feixe de His (3) e distribuído pelarede de Purkinje (4) a todas as fibras musculares (5) do ventrículo,
provocando a contra<;ao <leste.
Nesta contra<;ao, o sangue contido na cavidade direita é impulsionado para os pulmoes e o do lado esquerdo para todo o corpo.
O NSA comanda eletricamente o batimento do cora<;ao. O NAV é o reserva,
FEIXE DE HIS
O sinal elétrico do gerador é captado pela barra (feixe de His) e distribuído pela rede de transmissao (rede de Purkinje) as cargas (fibras musculares).
As fibras musculares do ventrículo da figura 7.4.1 estao polarizadas. Ao rece berem o sinal proveniente do NSA, elas se contraem, despolarizando-se.
Em seguida,
fOO <leve I ocorrer o processo de repolariza<;ao das fibras. Esta etapa de repolariza<;ao das fibras é conhecida como o período mais vulrn rável é o momento mais perigoso
para ocorrencia1 da fibrila<;ao ventricular do cora<;ao d v1do ªº. choque elétrico. Se a corrente elétrica do choque passar pelas paredes do ventriculo no mstante da repolariza<;ao das fibras a
probabilidade de fibrila<;ao ventricular é grande.
R 1
1 R Choque Fibrilocoo Vcnlricvlar 121
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1
T 1 AÓÁO
1 f": U. r.. ¡ H I H L l ll TECA
120 CAPíTULO 7. 1FIBRILAQAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO
1
7.5 Fibrilac;ao Ventricular do Corac;ao Pelo Choque
Elétrico ínfima parcela passa pelos nódulos;
•
s nódulos tem urna
rápida
A fibrila(,;ao ventricular é o estado de tremula(,;ao (vibra(,;ao) irregular e desrit mada das paredes dos ventrículos, com perda total da
40 mm Hg
eficiencia do bombeamento do sangue. O sinal detectado no eletrocardiograma e a pressao arterial sao mostradas na figura 7.5.1. Rep
olcrt
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tec
ido
s
diferentes superpostos de maneira estratificada. Figura 7.5.2.
Camada
Pressoo
orlcriol
A pressao arterial cai a zero, isto é, o sangue está parado no corpo. Este estado é conhecido por MORTE APARENTE.
Pensava-se, há pouco tempo atrás, que a corrente elétrica do choque ao passar pelo cora(,;ao, mais precisamente pelo NSA e NAV, fazia com que estes se desr;gulassem passando a emitir
sinais caóticos e desritmados, produzindo a fibrila(,;ao ventricular. '
Figura 7.5.2: Parede do Corai,;ao
Esta heterogeneidade confere a cada camada, densidade e espessura diferentes. Além disso, cada camada tem sua própria freqüencia mecanica natural de ressonancia.
A corrente elétrica do choque, ao passar por estas camadas, produz vibra(,¡oes distintas, quebrando a eficiencia da repolariza(,;ao. lsto gera urna despolariza(,;ao caótica nas fibras
musculares que compoem as paredes do ventrículo. Conseqüentemente, as fibras nao mais obedecem e nao respondem sincronicamente aos sinais emitidos pelo NSA. As paredes ficam entao,
tremulando, caracterizando o estado de fibrila(,;ao. Ver figura 7.5.3.
Como o sangue nao mais circula pelo corpo, sao as células cerebrais as primeiras a serem prejudicadas.
A fibrila(,;ao ventricular é irreversível espontaneamente. Se nenhuma provi dencia for tomada dentro de quatro minutos, os danos cerebrais sao comprometedores. Dentro de oito a
doze minutos a fibrila(,;ao vai diminuindo sua intensidade, passando para o regime de parada cardíaca.
Verificou-se, posteriormente, que os NSA e NAV nao sao os responsáveis pela
fibrila(,;ao ventricular devido ao choque elétrico. Isto porque: 7.6 Desfibrilador Elétrico
• Os NSA e NAV sao muito pequenos. Em conseqüencia, da corrente que O desfibrilador elétrico é um aparelho usado para reverter a fibrila(,;ao ventri cular.
passa pelo corpo, apenas urna densidade menor afeta o cora(,;ao e desta, som.ente Ver figura 7.6.1.
urna
122 CAPITULO 7. FIBRILAQA.O VENTRICULAR DO CORAQA.O PELO CHOQUE ELÉTRICO
CHAVE CHAVE
123
- NSA
\
\
REDE DE
PONTE
RETIFICADORA
++
vo e
\ R INJE
PU K \
\ · Figura 7.6.1: Desfibrilador Elétrico
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FEIXE
HIS
PULSO EXPONENCIAL
TECIDOS DISTINTOS
Seu funcionamento é simples. A descarga de um capacitor C é feita de modo que sua corrente elétrica tenha a forma da figura 7.6.2 e passe através .do cora<;ao, no sentido do átrio ao
ventrículo.
A área hachurada é a regiao efetiva da corrente, e corresponde ao tempo de lüms. A descarga produz urna avalanche de corrente unidirecional for<;arido as fibras a ficarem polarizadas. Obtendo-se
a polariza<;ao, as fibras voltam a obedecer ao sinal
emitido pelo NSA e o cora<;ao restabelece o seu ritmo de batimento.
A. energia da carga no capacitor é dada pela fórmula 7.6.1.
(7.6.1)
Onde:
Ec =} Energía do capacitor [J]
C =} Capacitor [F]
V0 =} Tensao do capacitor [V]
A escala do aparelho vai até 500J, a tensao no capacitor varia de 2 a 9kV, e a corrente de descarga pelo tórax do paciente na ordem de 1 a 30A.
A Tabela 7.7.1 apresenta os efeitos das correntes elétricas alternadas de 50 a 60Hz no corpo humano, sem levar em conta o tempo de dura<;ao do choque.
125
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é muito variado. Portanto, é difícil fazer urna correlac;ao dos efeitos através de equac;oes
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< elétrica no corpo humano. No entanto,
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Zona 3 - Zona que produz algum efeito perigoso. O efeito
monar. Já podemais importante
haver é o pul
risco de fibrilac;ao;
::,
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Cll ¡.. o p. i Q 11.l et et
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Z on 4 - Zona perigosa com probabilidade de fibrilac;ao superior em 50% das pessoas;
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N
Tabela 7.7.1:
Corrente
Efeitono
daCorpo Humano
§ b
o 10
CL
w
.:.E.
0,7
0,5
0,4
®
0,3
0,2
0,1
127
Sendo:
A expressao 7.9.1 é usada para obtenc;ao do limite permissível e aceitável de corrente, para que nao ocorra fibrilac;ao, durante o tempo em que a pessoa fica
submetida a tensao de toque ou passo.
O tempo de choque é limitado pela atuac;ao da protec;ao, de acordo com a curva do relé. Assi;m, para a maior corrente de defeito no sistema que passa pelo aterramento, a
curva do relé fornece o tempo de atuac;ao da protec;ao. Ver figura 7.9.l.
TEMPO
0.o7
o.os
0,03
-@--
0,02
I DEFEITO
CORRENTE
0,01
10 20 30 50 70 100 200 300 700 1000
CORRENTE(mAI
Este tempo, definido pela curva de atuac;ao da protec;ao, levado a equac;ao 7.9.1, permite a obtenc;ao da corrente limite através do corpo humano, até a qual nao ocorre
fibrilac;ao.
É a diferenc;a de potencial entre o ponto da estrutura metálica, situado ao alcance da mao de urna pessoa, e um ponto no chao situado a lm da base da estrutura.
128 CAPíTULO 7. FIBRILAQA.O VENTRICULAR DO CORAQA.O PELO CHOQUE
ELÉTRICO
7.11 Potencial de Toque Máximo
_ O poten ial máximo gerado por um aterramento durante o período de
defeito, nao deve produzir urna corrente de choque superior
Dalziel.
a limitada por
129
Pela figura 7.10.1, obtém-se a expressao do potencial de toque em rela ao a O potencial de toque máximo permissível
corrente elétrica de choque. entre a mao e o pé, para nao causar fibrila ao
ventricular, é o produzido pela corrente limite de
Dalziel. Assim, da ex pressao 7.10.2, obtém-se:
0, 1 1 6
VÍoque máximo = (1000 + 1, 5 ps) ./i
V
TOQUE
(7.11.1)
116 + O, 174 ps
VÍoque máximo = ./i
[Volts] (7.11.2)
,-- CURVA 00 POTENCIAL EM RELACAO A U REMOTO NA TERRA DURANTE A FALTA.
M PONTO
Onde:
· _Jekoque (7.10.1) dos de lm (para
pessoas), devido
a passagem de
corrente de curto-
circuito pela terra.
Ver figura 7.12.2.
Rek => Resistencia do corpo humano considerada l .QOOO
Re => Resis encia de contato que pode ser considerada igual a 3ps (resistividade superficial do solo), de acordo coma recomenda ao da IEEE-80 [38]
lekoque => Corrente de choque pelo corpo humano
R1 e R2 => Resistencias dos trechos de terra considerados
Onde:
R1 , R2 , R3 => sao as resistencias dos trechos de terra considerados A expressao do potencial de passo é:
l
1
130 CAPITULO 7. FIBRILAQAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO 131
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SOLO
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-
1
1
1 R1
Lwv
R3
N\/\f\/\'-...l----'\/INIJ\/VV.AJ'IMM/1----1 h•
7.14
Figura 7.12.1: Tensao de Passo de Um Raio
Correc;
ao do
Potencia
l de
Passo e
de
Toque
Máximo
Admissí
vel
Devido
a
Colocac
;ao de
Brita
na
Superfic
ie
O potencial de passo máximo (ll,,asso máximo) tolerável é limitado pela máxima corrente permissível pelo corpo humano que nao causa fibrila<;ao. Assim, tero-se
- 0,116
=
Vpaaso máximo +
{1000 6ps) ,/i (7.13.1)
116 + O, 696ps
\
132 CAPíTULO 7. FIBRILA(JAO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO
. Esta camada representa urna estratificac;iio adicional com a camada superfi- Cial do solo. Portanto, deve-se fazer urna correc;iio no parametro que contém ps das expressoes 7.11.1 e 7.13.1.
Deve-se fazer urna correc;iio C.(hs, K) no ps = Pbrita = 30000.m (brita mo
133
simular a resistencia do corpo humano. A seguir, mede-se o potencial entre o solo (placa colocada a lm de distancia dopé da estrutura) e a estrutura metálica no ponto de alcance da miio,
coma resistencia inserida entre estes dois pontos. Ver figura 7.15.1.
lhada). O fator de correc;iio C.(h., K) é dado por:
Onde:
1
C.(h., K) =-
0,96 [
1+ 2 f J{n ]
C(.14.1)
ps = Pbrita =* r d
h. =* Resistividade da brita
Profundidade e e
(espessura)= 1
s
da brita [m]
= =
J{ i d
p *
a s a
-
p
s t
p
a S i b
+
p
s e v r
pa =*
i i
Resistividade
aparente da a d t
malha, sem
considerar a a a
brita
d s o
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v p o
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d e o
a s
d s f
e o a
e t
Vtoque máximo= [1000 + 1, 5 C.(h. , K) ps] O, 116
'1i
(7.14.2)
(7.14.3)
Figura 7.15.1: Medida de Potencial de Toque
Deve-se efetuar a medida em todos os quadrantes do solo, com relac;iio a estrutura, e verificar se os pontos da estrutura, onde se aplica o voltímetro, estiio limpos, livres de pinturas,
óxidos, etc.
Para a extrapolac;iio desse valor de tensiio, devido a corrente aplicada ao solo,
p ma corrente de curto-circuito fase-terra, pode-se consi derar extrapolac;iio linear, supondo
, . Para determi c;iio do potencial de toque, utiliza-se a que a terra mantenha as características resistivas
.duas placas de cobre ou alurmmo, com superficies bem r invariáveis para altas correntes.
polidas, de dimensoes 10x20cm e com um terminal próprio a
para interligac;iio com os terminais do voltímetro. As Exemplo: Se para 5A o potencial de toque é lOV, para urna corrente de curto de
dimensoes acima simu lam a área do pé humano e, para v 1000A, o valor de Vtoque é 2000V. Ver figura 7.15.2.
simular o peso, deve- se colocar 40kg sobre cada placa a
l Na prática, os valores medidos devem ser menores do que os valores determi nados
(admitindo um peso humano de 80kg).
o pelos limites de seguranc;a.
. . Deve ser usado um voltímetro de alta sensibilidade r
(alta impedancia interna) e mtercalar entre os pontos de e
medic;iio urna resistencia como valor de 10000 para s
r
e
f
e
r
i
d
o
s
a
m
á
x
i
Vt: 2000V
- i
--
134 CAPJTULO 7.
-
FIBRILA(}.ÁO VENTRICULAR DO CORAQAO PELO CHOQUE ELÉTRICO
1
:1
1
1
I'
10V
Capítulo 8
Malha de Aterramento
I
5A 1000A
, . Paraa medi a do potencial de passo, sao utilizados duas placas de cobre ou alurrumo, co o descn.tas no item anterior, que serao colocadas no solo espai;adas de1 metro. De;era er aplicado u
peso de 40kg a cada placa para simular O peso do corpo humanoe msenr entre os do1s pontos urna resistencia de 1000!1 (vide figura 7.16.1).
tm tm
L Figura 7.16.1: Medida de Potencial de Passo
1 1
, O potencial obtido, medido com voltímetro de alta impedancia interna, de- 'era. ser extrapolado pa a valores de corrente de curto-circuito fase-terra, como já foi ixphcado no 1tem antenor. Na
prática, também deve-se ter valores medidos abaixo los valores especificados pelos limites de segurani;a.
8.l lntrodm;ao
Neste capítulo serao vistos os passos necessários para o dimensionamento da malha de terra de urna subestai;ao. Resumidamente pode-se dizer que dimensionar
urna malha de terra é verificar se os potenciais que surgem na superficie, quando da ocorrencia do máximo defeito a terra, sao inferiores aos máximos potenciais de passo e
toque que urna pessoa pode suportar sem a ocorrencia de fibrilai;ao ventricular. Além disso, <leve ser dimensionado o condutor da malha, de forma a suportar os esfori;os mecanicos e
térmicos a que estarao sujeitos ao longo de sua vida útil. É fundamen tal também, levar-se em conta que o valor da resistencia de terra da malha <leve ser compatível, para sensibilizar o
relé de neutro, no nível de corrente no final do trecho protegido. Deve-se ressaltar que o dimensionamento de urna malha de terra é um pro
cesso iterativo. Parte-se de urna malha inicial e verifica-se os potenciais, na superficie,
, quando do máximo defeito a terra, sao inferiores aos valores máximos suportáveis por
um ser humano. Caso a condii;ao se verifiqu8, parte-se para o detalhamento da malha. Caso contrário, modifica-se o projeto inicial da malha até se estabelecer as condii;oes exigidas.
Quando da elaborai;ao do projeto da malha de terra da subestai;ao, sao ne cessários alguns procedimentos pré-defiuidos, bem como informai;oes do local da cons trui;ao da subestai;ao.
Eles sao:
a) Fazer no local da construi;ao da malha de terra, as medii;oes necessárias pelo método de Wenner, afim de se obter a estratificai;ao do solo;
135
137
O
co
nd
uto
r
da
ma
lha
de
terr
a é
di
me
nsi
on
ad
o
co
nsi
der
an
do
os
esf
or<
;os
m
e
can
icos e térmicos que ele pode suportar. Deve ser verificado também, se o
condutor suporta os esfor<;os de compressao e cisalhamento a que estará
sujeito. Na prática, utiliza-se, no mínimo, o condutor 35mm2 , que suporta os
esfor<;os mecanicos da movi
e) Corrente de curto-circuito max1ma entre fase e terra no local do aterramento menta<;ao do solo e dos veículos que transportamos equipamentos durante a montagem
(!máxima = 3Io); Ver referencia [11]; da subesta<;ao.
Passa-se a
descrever, nos itens
subseqüentes, os
elementos a serem
conside rados no
dimensionamento da
malha de terra. Estas
recom"1da<;oes estao
de acordo coma
referencia [41].
8.3 Estratific
a ao do Solo
Comas
medidas de
resistividade feitas no
local da subesta<;ao
pelo método de
Wenner e utilizando-
se um dos métodos
vistos no Capítulo 3,
chega-se a um modelo
de solo estratificado.
8.4 D.etermin
a ao da
Resistividade
Aparente
tdefeito * Dura<;ao do
• Conexao cavilhada com juntas de bronze; é urna conexao tradicional por aperto
defeito em Segundos.. (pressao), cuja temperatura máxima é de Bm = 250ºC.
()ª =} Temperatura ambiente • Solda convencional feita com elétrodo revestido, cuja fusao se dá através do
em ºC. · arco elétrico produzido pela Máquina de Solda, sua temperatura máxima é de
Om = 450ºC.
Bm Temperatura máxima
=}
permissível em ºC. • Br.asagem com liga Foscoper, é urna uniao feita usando o ma<;arico (Oxi-Aceti
leno), cuja temperatura máxima é de ()m = 550ºC. Foscoper é urna liga cobre
,:,¡. :
¡,-,
1,
e fósforo, cuja uniao é feita por brasagem, vulgarmente conhecida como solda heterógena.
• Solda exotérmica, conhecida como aluminotermia, cuja conexao é feíta pela fusao obtida pela igni<;ao e combustao dos ingredientes no cadinho. Neste caso a tem
peratura máxima é de Om = 850ºC.
139
(figura 8.5.1). A corrente de defeito (curto-circuito), divide-se em 50% para cada lador mas para o dimensionamento, a corrente a ser utilizada na expressao 8.5.1 terá um acréscimo de 10%, isto é
11
1
Para o dimensionamento do condutor da malha ou do cabo de liga¡;ao que interliga os equipamentos a serem aterrados a malha, deve-se considerar a corrente de
defeito de acordo com a figura 8.5.1.
///////;///////
olo ''
t) Cabo da Malha
A conexao do cabo de descida (ligai;ao) a malha, geralmente é feíto no ponto nais próximo a malha, dividindo o segmento do lado da quadrícula em duas partes
sem a ocorrencia de fibrilai;ao ventricular. Estes potenciais máximos sao utilizados, como limites dos potenciais que surgem na superficie do solo sobre a malha, quando da ocorrencia do
maior defeito fase-terra. A malha só pode ser aceita se os potenciais estiverem abaixo dos limites calculados pelas expressoes 7.14.2 e 7.14.3. Ou seja, ·
CAPITULO 8. MALHA DE
l
140
ATERRAMENTO
(8.7.3)
b
Nb = -+ 1
·
eb
(8.7.2)
Escolhe-se o número inteiro, adequado ao resultado do cálculo acima.
• •
Esta resistencia da malha, representa a resistencia elétrica da malha até o
infinito. Seu valor deverá ser menor do que a máxima resistencia limite da sensibili
dade do relé de neutro.
Este valor geralmente é verificado devido ao baixo juste do relé de neutro.
Várias expressoes para Rmalha propostas por outros pesquisadores sao
apre
sentadas no Aperidice C.
i:
r
1.
1 :1
142 CAPíTULO 8. MALHA DE N = .,/NaNb => A malha retangular é transformada numa malha quadrada com N
(8.9.3
ATERRAMENTO condiltores paralelos em cada lado
Onde:
8.9 Potencial de Malha J(¡¡ = 1 => Para malha com hastes cravadas ao longo do perímetro ou nos cantos da
malha ou ambos
ho = lm
O potencial de malha (Vmalha) é definido co o o potencial de toque /{¡¡ = -1,- => Para malha sem hastes cravadas na malha ou com poucas hastes nao
máximo, encontrado dentro de urna submalha da malha de terra, quando do (2N)N
máximo defeito fase-terra. Numa .malha de terra, a corrente de defeito escoa localizadas nos cantos e perímetro da malha
preferencialmente pelas bordas da malha. Ver figura 8.9.1. I<h =;:> Correc:;ao de profundidade é calculado pela expressao 8.9.3.
lsto se dá, devido a interac:;ao entre os condutore:;4ho interior da malha que forc:;am o escoamento da corrente pelas bordas da malha. Assim, o potencial de malha máximo se encontra nos cantos da
malha e pode ser calculado pela expressao:
Já o I<; é definido como coeficiente de irregularidade, que condensa os efeitos da nao uniformidade de distribuic:;ao da corrente pela malha.
O valor de K; é dado pela expressao:
I curto
solo
Neste item, procura-se determinar o maior potencial de passo (VvsM) que surge na superficie da malha, quando do máximo defeito fase-terra. Este potencial
ocorre na periferia da malha e pode ser cal ulado pela expressao:
v. (8.10.1)
pa I<p
m
o Ltotal
Imalha psM =
l
h
a
hoste de !erra
Onde:
um comprimento virtual de condutores dado pela expressao 8.9.5 que deverá ser usado
Kp ::} Coeficiente que introduz no cálculo a maior diferern;a de potencial entre dois pontos distanciados de lm. Este coeficiente relaciona todos os parametros da malha que induzem tensoes
na superficie da terra.
Infinito a, b' Pa
feqn deqn
fn+l
(X)
Os equipamentos tem suas partes metálicas ligadas (aterradas) na malha DIMENSIONAMENTO DO CONDU
T R S
de terra da subestac;;ao. O potencial gerado pela maior corrente de curto-circuito
monofásica a terra, entre as partes metálicas dos equipamentos e um ponto no infinito
é dado pela expressao:
dimensionada.
Esta verificac;;ao é: RESISTENCIA DA MALHA
Pa , a, b, L total, Rwalha
Ytoque máximo da malha = Rmalha • fmalha < °Vtoque máximo (8.12.2)
3
POTENCIAL DE MALHA E PE
RIFERIA
k,,, , Kp , K¡ , Vmalha , Vi,,M
•
erca m
• DETALHAMENTO DO PROJETO
uro de alvenaria
V, · _ pa Kc Ki Imalha cerca- Ltotal
Onde:
(8.14.1)
Kc ona d
POTENCIAIS CERCA todo a
= s os d
> para. o
metr
C os p
o da e
e malh l
f a a
i com
c a e
i posi x
e c_;a p
n o da r
t pess e
e oa s
que s
q está a
u toca o
e ndo
a 8
r cerc .
e a 1
l metá 4
a lica. .
c Seu 2
i valo .
ré
x]
c
[ 3ee+ x]
271" 2 2
K hd (h + e ) .
2e
J_{ ln 3
FIM
Fazendo o cálcliio, chega-se a urna malha adequada que atende aos requisitos de seguranc_;a e de sen ibilidade da protec_;ao.
Deve-se, a seguir, fazer o detalhamento da malha, inclusive decidir sobre iso lamento através de muro de alvenaria ou cerca metálica.
Onde:
• • •
a) X= O
• • • 1-
b)
c) X= 1
Urna alternativa muito recomendada e utilizada é colocar uro condutor ero anel a 1,5m da malha e a 1,5m de profundidade.
Se a malha estiver ero situai,;ao muito crítica, ou além do seu limite de segu ran<;a, pode-se usar urna malha de equaliza<;ao, que mantém o mesmo nível do potencial
Figura da na superfície do solo. É urna verdadeira blindagem elétrica. Figura
8.14.1: Distan
Ilustrac,;ao cia x 8.16.1.
/
V, _ pa Kc K; Imalha
-
So
-- -
equal1za Óo
-
cerca- Lcabo + 1, 15 Lhastes Figura 8.16.1: Malha de Equalizac,;ao
8.15Melhoria na Malha Tempo de abertura da prote<;ao para a corrente de defeito é tdefeito = O, 6s.
• Arredondamento dos cantos da malha de terra, para diminuir o efeito das pontas;
• Rebaixamento do cantos;
ps =
Pbrita
• Colocar hastes pela periferia; e end s dos cabos sao feitas coro solda convencional.
As m
• Colocar haste na conexa.o do cabo de liga<;ao do equipamento coro a·malha; A estratifica<;ao do solo está representada na figura 8.17.2.
j
l
¡
152 CAPfTULO 8. MALHA DJ;J ATERRA.MENTO
¡,...
5Óm
153
MAL HA O dimensionamento é feito de acordo como item 8.5. lsto é, pela expressao
8.5.2, a, corrente de defeito no condutor da malha é:
• • • •
o
,t
• MALHA
tdefeito 234
J = 226, 53 Scobre --n
S 1
1800 = 226, 53 cobre O ,6
l 450-
n (234
+
30 1)
30 +·
Scobre = 6, 31 m m 2
Por razoes mecanicas usa-se no mínimo o cabo com 35m m 2, cujo diámetro é
!
C X) Pn + 1= 8 0 fi .m
•
6,6756mm.
3) Bitola do cabo de liga ao
Figura ao do Solo em Duas Neste caso, a corrente de defeito é a total, e a conexa.o é por aperto tipo junta
8.17.2: C¡i.madas
Estratificai;
cavilhada·.
1) Determina ao de pa, vista pela malha
"
Assim,
f defeito = 3000A
r = A= 4.0 50 = 2000 =
D J402 + 50 31 m
()m = 250ºC
2 23
64, 03 Usando a
' expressao
8.5.1, tem-se
_ _!_ _ 31, 23 _ 2 60
Q- - - '
deq · 12
Scabo de /igacrw = 13, 10mm2
/3= Pn+i =
O, 138/
80 =
p }- Usar 35m m 2.
Peq 580
N = O, 71
4) Valores dos potenciais máximos admissíveis
2) Cálculo
que formamdaa malha
bitola de
mínima
terra dos condutores
Kn l 2
, n=l + 0 08
154
_ pa - ps _
_ 759
411,8 - - o 0'
pa + ps
3000=
J(
_
411,8 + 300
[ -O 759 (-0, 759 Rmalha = 4, 29H1
2
759) (-0,
r lí) ps1
Vpasso máximo = [1000 + 6 C.(h., o, 116
,,,,rt
0,116
7) Cálculo do potencial de malha durante o defeito
Vpasso máximo= [1000 + 6, O, 7905, 3000] pa I<m I<; Imalha
v(J,o Vmalha L =
total
Vpasso máximo = 2280, 62V 2
[e (e + 2h)
2
h] I<ii 8 }
I<m
5) Projeto inicial para o espa amento l6hd + Sed - 4d + I<h ln 1r(2N - l)
_! {
N = V18.l4 = 15, 8745
ln
2
= 1 1
1
- Número de condutores ao longo dos lados r
(2.15,8745)ts,s2m ( )º 126 =
o, 6468
50
Na= + 1 = 17, 66 40
3 =- + = Nb l 14, 33
3
31,749'
06
J(h = j1 + = 1,2649
Como Na e Nb devem ser
inteiros, faz-se Condutor 35mm2
d = 6, 6756. 10- 3 m
Na= 18
Como ea .¡, eb,
ea= 2, 941m utiliza-se apenas no cálculo
do I<m, o maior
espac;amento, pois o mesmo
resulta no maior valor de
eb = 3, 077m Os espac;amentos sáo I<m.
aproximadamente iguais.
e= máximo(ea,eb) = 3,077m
::1:
3,
2
Lcabo = 18. 40 077
+ 14. 50 =
1420m
(3,077 + 2.
6) Cálculo da resistencia da o, 6)2
malha
I<m = 21r ln 16. O, 6. 6,
6756. 10- 3+ 8. 3,077.6, 6756·
10- 3
4.6,6 :
.10-3]+
ln
[1r(2.15
,!745-
1)]}
7
( S. l . l )
J{h = l, 2649 J{¡ = 3,3864
Fazendo o novo cálculo do I<m, obtém-se:
156 CAPíTULO 8.
MALHA DE ATERRAMENTO
I<m = 0,6673
J{¡ = o, 656 +
o,172. 15, 8745
= 3, 3864
157
V. = 411, 8. O, 6673. 3, 3864 .1200= 786 V
malha 1420 , 39
N = máximo(l8, 14) = 18
L
.. > pa I<m I<; lmalha
{8.17.2) I<; = o, 656 + o,172. 18 = 3, 752
mi·nimo -
411,8.0,6673.3,3864.1
2 V"toque máximo 200 Para o cálculo do potencial de passo na periferia da malha,
Lminimo 682,47 utiliza-se o menor valor de ea e eb, isto é,
L 16 e= minimo(ea,eb) = 2,941m
mt 36
ni ,
m 22
o m
2
9) Modifica ao do projeto da malha J( = 1-
[1- + --1 + 1-(
l ....., o, 5N-2)]
,-- m P < Ypasso máximo
Para que a tensa.o de toque fique al 1r
Capítulo 9
Cálculo de Kc( x = 1) e Kc( x = O)
Kc(x = O) = O, 7159
Medida da Resistencia de Terra
Kc(x = 1) = 1, 2718
O Kc a ser usado na expressao 8.14.3 será:
1
5
9
160 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA DE TERRA
161
Iccif/J- t
malha
LT.
+
±
i i
Vista lateral
--
1 '\ ' "-..... I
////1
\ " "
\\"--......",.........
_.,,-,///¡'
/
---
./
/
"-"- ......... _ - -/ /
----- .....
\
/
---
I
--
I / ,,..
'",'
1
1
I
/
/
,,
,, i:
'\ \ \
A figura 9.3.1 mostra a distribui<;;ao de corrente de \ I I Vista superior
um sistema elétrico, cujo i
,,
X:J, - - - - - --
-
- - - - "\ '0\ {I // I \
aterramento é feíto por bastes. I \ ' ' \ I
--
,, / / 1
I ' "-
'...._ \ ,,. / I /
a
1 \ ' ....
---- -
/
''
\ ....- / / I
A densidade de corrente no solo junto haste é máxima. Com o afastamento, 1 \ '-... ............
_, / / I
as linhas de correntes se espraiam diminuindo a densidade de corrente.
', ' ...... ....
- .:- _.., / I
- / /
- - -
...... /
Após urna certa distancia da haste, o espraiamento das linhas de corrente é enorme, e a densidade de corrente é praticamente :- .,,
./
nula. Portanto, a regiao do solo para o afastamento considerado, fica corn resistencia elétrica praticamente nula. lsto também pode
' ' ...... --.: /
_
/
-- - ..,.
_
l
Rsolo = Pso/o-
s
(9.3.1)
Figura 9.3.1: Distribui<;;ao de Corrente no Solo
s na
N p área
e r muit
s a o
t i gran
a a de,
m isto
r e é,
e n prati
g t cam
i o ente
a S :::
o d } oo
, a e
s port
c anto
o l Rso/o
m i
O.
n
u h
m a
s
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s
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m r
e -
n
t r
o e
n
g t
r e
a
n o
d c
e u
, p
a
o
u
e r
162 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTÉNCIA DE TERRA
163
Esta curva é levantada usando o esquema da figura 9.4.1, onde a haste p do voltímetro se desloca entre as duas hastes.
A corrente que circula pelo circuito é constante, pois a mudan¡;a da haste p nao altera a distribui¡;ao de corrente. Para cada posi¡;ao da haste p, é lido o valor da tensao no voltímetro
e calculado o valor da resistencia elétrica pela expressao 9.4,1.
R(x=)
.
±e - Eg
V(x) (9.4.1)
I
de I do patamar, tero-se o
Deslocan de terra em
do-se a rela¡;ao
i ao valor RA, que é a
haste p aterramento
em todo principal,
Na isto resistencia de terra do
o é, da haste
percurso A. Figura
regi
entre A e 9.4.1. ,:
B, tero-se ao sistem
a curva No po
- -
A
Resistencia
..
p Solo
A B
distancia
É o método clássico, efetuado por um amperímetro e um voltímetro, utilizando o esquema apresentado na figura 9.4.1. A resistencia do aterramento medido é dada pela
expressao 9.4.2.
Se coro o distanciamento empregado nao atingir-se o patamar, o valor da resistencia de terra medido nao representa o valor real.
Deve-se entao, aumentar a uistancia da haste auxiliar B, até se conseguir um patamar bem definido.
A fonte geradora de corrente neste processo pode ser:
'[' 165
1
MEGGER
164 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA
DE T RRA
Deve-se procurar injetar no solo urna torrente adequada, da ordem de amperes, de modo a tornar desprezíveis as interferencias de outras correntes na terra.
Geralmente, a resistencia do aterramento da haste auxiliar B é alta, e limita a corrente elétrica da medii;ao. Deve-se entao, colocar neste local um solui;aó de água e sal.
Solo A
:i:
1
Vpatamar
11B
s o: ipo • Tipo
Uni Zero
Existem vários instrumentos usados na medii;ao da resistencia de terra. Eles a ver Central;
• T sal;
Figura 9.6.1:
prin s
) Medi<;áo
cipa com i d
< Nao se pretende desenvolver o estudo do funcionam¡nto de cada instrumento, o MEGGER
lea s e
hast t p
• e e o
A auxi t
m
liar e
a n
d <lev
i e c
s d i
ser
t sufi e a
a cien l
n tem a e
c ente t a
i e u
gran
a r x
de,
il
para r
e i
que a a
n a m r
t hast e d
r e de n e
e pote t v
ncia o e
o l m
atinj e
s p
a a st
i regi r
a
s ao i
r
t plan n b
e a do c e
m pata i m
a mar; - l
i
d • O m
p
e apa p
a
relh a
l
a o s,
;
t <lev p
e e • ri
r ficar A n
r o s c
a i
mais
m h p
próx
e a a
imo s l
n
poss t m
t
ível e e
o
do s n
te isentas de óxidos e gorduras, para possibilitar bom contato com o s olo;
mas sim, utilizá-los na medii;ao da resistencia de terra. · • Calibrar o aparelho, isto é, ajustar o potenciometro e o multiplicador do MEG GER, até que
Tornou-se hábito, na prática, designar todos os aparelhos de medii;ao de resis o seja indicado o valor zero;
tencia de terra, como nome do conhecido aparelho MEGGER. Este nome é na verdade • As hastes usadas devem ser do tipo Copperweld, com 1,2m de comprimento e diametro de
marca registrada de um fabricante de aparelhos de medii;ao.
16mm;
A medii;ao da resistencia de terra, utilizando-se o aparelho MEGGER, é feita
de acordo como esquema da figura 9.6.1.
• Cravar as hastes no mínimo 70cm no solo;
Os terminais C1 e Pi devem ser conectados. • O cabo de ligai;ao <leve ser de cobre com bitola mínima de 2, 5mm2;
O aparelho injeta no solo, pelo terminal de corrente C1 , urna corrente elétrica • As medii;oes devem ser feítas em días em que o solo esteja seco, para se obter o maior valor
l. Esta corrente retorna ao aparelho pelo terminal de corrente C2, através da haste de resistencia de terra <leste aterramento;
auxiliar B. Esta circulai;ao de torrente gera potenciais na superficie do solo. O po
tencial correspondente ao ponto p é processado internamente pelo aparelho (operai;ao • Se nao for o caso acima, devem-se anotar as condii;oes do solo;
correspondl:lnte a expressao 9.4.1), que indicará entao o valor da resistencia R(x).
• Se houver oscila<;ao da leitura, durante a medi<;ao, significa existencia de inter ferencia.
Durante a medii;ao <leve-se observar o seguinte procedimento: Deve-se, entao, deslocar as hastes de potencial e auxiliar para outra direi;ao, de modo a contornar
o problema;
• Alinhamento do sistema de aterramento principal com as hastes de potencial e • V rificar o estado do aparelho;
auxiliar;
o Verificar a carga da batería.
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166 CAPíTULO 9. MEDIDA DA RESISTENCIA DE TERRA
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a e em
n co
n ns
c 1d
a i era
a <;a
D oa
u seg
d ura
r e n<;
a humana, deve-se observar os seguintes itens:
Capítulo 10
• Nao devem ser feítas medi<;oes sob condi<;oes atmosféricas adversas tendo-se em
l..
vista a possibilidade de ocorrencia de raios-, '
Corrosao p
r
• Nao tocar na haste e na fia<;ao;
no o
c
• Nao deixar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local;
Sistema e
• Utilizar cal<;ados e luvas de isola<;ao para executar "as medi<;oes; s
de s
• O terra a ser medido deve estar desconectado do sistema elétrico. o
.
1 1
Aterram n
a
ento t
u
r
a
l
1 O.1 Corrosáo
d
a
Corrosao é
urna palavra
v
originada do latim
"corrodere", que o
significa des l
trui<;ao t
gradativa. a
Especificame
nte, o
significado d
do termo o
corrosao de
metais, está
associado a m
degrada<;ao e
das suas
propriedades t
devido a a
a<;ao do l
meio. Todo
metal
tende a a
sofrer um o
certo grau
de s
corrosao, e
que é o u
estado primitivo. Est
Os sistemas de aterramentos sao construídos com materiais es metais
formam o
condutores a base de metal. Sendo a terra um meio eletrolítico, o processo da
material do
corrosao sempre estará presente. Portanto, um estudo mais profundo da anodo e
corrosao se faz mister, para que medidas de prote<;ao possam ser cátodo,
efetuadas. ficando
caracteriza
do pela
tabela de
eletronegati
10.2 Eletro.negatividade dos Metais vidade o
pólo
negativo e
Segue-se na Tabela 10.2.1, a eletronegatividade dos metais mais positivo da
pilha
importantes. Nesta tabela os potenciais dos metais estao referidos eletroquími
ao potencial do hidro ca.
genio, que tem como eferencia o valor zero.
e ,tt./liga óo externa
-- - --
--
_._.
+
- e- - --
.
• Elétrodo anódico - que libera os seus íons positivos para o meio eletrolítico, gerando um excesso de elétrons, isto é, ficando com
potencial negativo; -
• Elétrodo catódico - tem potencial positivo, é o elemento que nao se dissolve na reac;;ao eletroquímica, sendo o elétrodo protegido; •
• Liga ao externa - que propicia a conduc;;ao dos elétrons do anodo para o cátodo. -
t
Estes quatro elementos agrupados sob condic;;oes propícias, formam a pilha eletroquí mica. Figura 10.3.1.
f
Com a circulac;;ao da corrente elétrica, o processo de corrosao sempre se dará no anodo, isto é, no pólo negativo. O anodo dissolve o seu
metal, gerando elétrons e mantendo o seu potencial negativo. Os correspondentes íons positivos sao liberados no eletrólito, caracterizando a t
corrosao. A corrente que circula é conhecida como corrente galvanica.
F
i
g
u
r
a
1
0
.
3
.
1
:
P
i
l
h
a Eletroquímica Epilha = Ecátodo-
Eanodo
Na pilha eletroquímica, pode-se generalizar que o elétrodo que sofrerá o pro cesso de corrosao será sempre o elétrodo que
recebe elétrons da soluc;;ao eletrolítica. (10.3.1)
Na pilha eletroquímica, faltando qualquer dos quatro elementos mencionados, nao haverá possibilidade de circular a corrente Onde:
galvanica, e o processo da corrosao nao poderá existir.
Ecátodo =* é o potencial do metal que será o cátodo
Usando a corrente convencional, isto é, a contrária ao do fluxo de elétrons, entao, a corrosao se dará no elétrodo que deixa a na pilha;
corrente convencional sair para o meio eletrolítico.
Para caracterizar melhor estes fundamentos, sera.o apresentados os itens a
Eanodo * é o potencial do metal que será o anodo na
seguir: pilha.
E pilha
171
+ urna f
+ extern
+ poten
Fe +
+ Cu da pil
haver
ele trÓhto
corren
_,
- +
- "
A nodo Fe - + Cu
Figura 10.3.2: Cuba Eletrolítica
+ - +
- +
Epilha = O, 785 Volts , -
+ +
Nesta condi ao nenhum elétrodo sofrerá a
corrosao porque nao há a forma ao de corrente
Fe
Catodo
'-- eletrólito -
elétrica. Cu
Figura 10.3.4: Pilha Eletroquírnica Bloqueada
b) Corrente Galvanica Como a fonte externa tem o mesmo valor de tensao, mas com polaridade contrária, fica cessada a a ao da pilha, isto
Ligando por fio condutor os dois elétrodos é, nao haverá circula ao de corrente, e nao haverá portanto corrosao.
da figura 10.3.2, haverá a circula ao de corrente de
elétrons, indicada na figura 10.3.3. d) Corrente lmpressa
Se a tensao da fonte externa da figura 10.3.4, for maior que o potencial da pilha, haverá circula ao de corrente
e
contrária, que é conhecida por corrente impressa ou for ada, figura 10.3.5.
- -e - -- + E >E pilha
_, I+
-- - - -- - + e
•r
!
- .......
Figura 10.3.3: Circulai;ao de Corrente
O elétrodo de ferro sofrerá corrosao. Os íons metálicos Fe+ deixarao a barra de ferro, e serao liberados na solu ao eletrolítica.
!á o cátodo, isto é, a barra de cobre, será o elétrodo protegido, e nao sofrerá a corrosao.
Fe Cu
._
- - . . .
--- - _ - -- • . - --
..,---·...._
Figura 10.3.5: Corrente lrnpressa
'
J
172 CAPfTULO 10. CORROSÁO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO
Esta corrente elétrica, imposta pela fonte externa, circula ao contrário, prote gendo a barra de ferro e produzindo corrosao na barra de cobre.
_/
Portanto, com o uso adequado da corrente impressa, pode-se controlar e de- terminar qual elétrodo será o protegido. Esta é urna técnica muito empregada na prote ao do material a ser
protegido.
Os sistemas do aterramento, no entanto, sao construídos usando componentes diferentes. Ver exemplo, na figura 10.5.l.
"' .,' _-
Solo
.._
........ ........ (cátodo) '\. - - r-,
,
Pela própria característica do solo e do tipo de material empregado no sistema de aterramento, a corrosao ocorre devido a várias causas, entre elas:
\ "
-
Fluxo de ......_ -
--
elétrons ......_ --
hoste Copperweld
• Heterogeneidade dos solos abrangidos pelo sistema de aterramento; • Heterogeneidade de • Aera ao diferencial;
temperaturas no
• Heterogeneidade do tipo e • A ao das correntes
concentra ao de sais, e da umidade no sistema de aterramento; ., sistema de
aterramento; elétricas dispersas.
galvanica do fluxo de
As a oes acima, em separado ou combinadas produzem os mais diversos efeitos elétrons tem o
de corrosao no material do sistema de aterramento. A seguir será analisado o efeito das Figura sentido indicado na
causas acima citadas, que propiciam a corrosao. 10.5.1: figura ,10.5.1.
Aterra m conseqüencia, e o
mento cabo de descida, que
com está enterrado no solo,
10.5 Heterogeneidade dos Materiais que Compoem o Sis A1,;o que sofrera a corrosao,
tema de Aterramento e isto é, os íons Fe+
Cobre ira.o para o solo,
O ideal seria empregar no sistema de aterramento, materiais com a mesma deixando perfura oes
concentra ao de metal, para evitar eletronegatividade diferentes, impossibilitando a no cabo de a o.
gera ao da for a eletromotriz da pilha eletroquímica. Assim, o sistema nao teria corrosao. Outro
exemplo é o caso do
O desfolhamento de
aterramento do pequena' parte da
equipamento no cobertura do cobre da
poste, (por haste, que ocorre
exemplo, um devido a abrasa.o no
transformador), é momento da crava ao.
feito por um cabo Ver figura 10.5.2.
de descida de a o
(ferro) e a haste A camada de
usada é do tipo cobre e a área exposta
Copperweld, isto de ferro formara.o
é, cobreada. urna pilha eletroquí
mica com o fluxo de
O solo elétrons do cobre para
contém sais o ferio. Portanto,
dissolvidos na como a área de cobre
água, tendo-se do cJtodo é grande,
assim a forma ao será gerada urna
do elétrólito. grande quantidade de
Portanto, a pilha elétrons, que se
eletroquímica está dirigirao para a
formada. De pequena área exposta
acordo com o de ferro e a corrosao
item 10.3.b, a será intensa.
cor rente
No aterramento profundo, a haste transpoe várias camadas de solos distintos, gerando várias regioes
anódicas e catódicas, tendo-se a corrosáo em vários locais.
Cu
10. 7 Heterogeneidade do Tipo e Concentra áo de Sais, e da
Umidade no Sistema de Aterramento
Figura 10.5.2: Área de Ferro Exposta
Apesar do solo ser o mesmo, a diferen<;a de concentra<;áo da solu<;ao, tipos de sais, e de umidade,
10.6 Heterogen_eidade dos Solos Abrangidos Pelo produz zonas anódicas e catódicas. Ver figura 10.7.l.
Sistema de Aterramento
Esta corrosáo ocorre em sistema de aterramento que brange urna área grande no
solo. O solo sendo heterogeneo, cada parte tem diferentes concentra<;oes e dis
11
'1:
'1
j:
r,
tribui<;ao de sais, umidade, temperatura, formando verdadeiras zonas anódicas e cató
dicas na regia.o em que o aterramento está contido. Figura 10.6.l.
- ----..... ----,.._ ....,.,._ """'
/,'''!= "'!=
- _/!/ _/// Sola
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176 CAPíTULO 10. CORROSAO NO SISTEMA DE ATERRAMENTO
Um solo com aerac;ao diferente, forma eletrólitos diferentes, criando regioes anódicas e catódicas. Isto é, há formac;ao da pilha por aerac;ao diferencial. Este efeito é mais acentuado em solos
porosos.
A pilha por aerac;ao diferencial é gerada pela diferenc;a de concentrac;ao de oxigenio. Neste caso, o elétrodo mais aerado é o cátodo e o menos aerado é o a.nodo.
, --- 1
Verpolha'o
,•
Portanto, a corrosao em um aterramento profundo, construído de um mesmo material, se dá - -
nos elementos mais enterrados no solo. Figura 10.9.1. __ ---------------
----_.-../.
Corrosiio
Apesar de existir a corrosao, é importante que acorra dessa maneira. Observe
- ·-
! ..,." . . .
,:: : :
- --
e-..,,.:-=::
-
CorrNéJ
o
se que a regia.o mais aerada, que a princípio propiciaría a corrosao da haste, torna-se, por Figura es de Elétrons Dispersas no Solo
forc;a da pilha de aerac;ao, zona catódica, sendo, portanto, protegida. 10.10.1:
Corrent
178 CAPíTULO 10. CORROS.A.O NO SISTEMA DE ATERRAMENTO 179 Os tres últimos itens serao vistos a seguir.
• U
sar
corrente
impressa 10.12
ou Protec;ao Por lsolac;ao de Um Componente
forc;ada. 1¡
As correntes dispersas no solo sao do tipo contínuas e alternadas. As correntes
contínuas em relac;ao a corrosao, sao muito mais atuantes que as correntes alternadas.
Para urna corrente elétrica de mesmo valor, a alternada produz somente 1% da corrosao em
Para haver a corrosao, há a necessidade da presenc;a de
corrente contínua. Se a corrente alternada for de baixa freqüencia, a corrosao
quatro condic;óes, como visto no item 10.3. Na falta de um deles,
aumenta. cessa a ac;ao da pilha eletroquímica e conseqüentemente a ac;ao da
As fontes que geram correp.tes dispersas no solo sao: corrosao. No sistema de aterramento é mais simples isolar
convenientemente o cabo de descida do equipamento aterrado. Figura
10.12.1.
• Correntes galvanicas devido a pilhas eletroquímicas formadas no solo, geradas por
qualquer processo apresentado anteriormente;
• Correntes devido a trac;ao elétrica de corrente contínua, com retorno pelos trilhos;
• Corrente alternada de retorno pela terra do Sistema Monofásico com Retorno pela Terra (MRT), usada na alimentac;ao de Distribuic;ao Rural;
• Corrente contínua proveniente do sistema de protec;ao catódico por corrente im pressa. Este item será visto a seguir;
• Correntes alternadas provenientes dos curto-circuitos no sistema elétrico de ener gia;
• Corrente contínua de curto-circuitos no sistema de transmissao em corrente con tínua;
• Correntes telúricas, geradas pelas variac;oes .de campos magnéticos provenientes da movimentac;ao do magma da Terra.
'
haate
, Cabo
descida isolado
Solo
\
1 emborracha da
/
A corrosao de um modo ou de outro sempre estará presente, mas empregando convenientemente algumas técnicas pode-se diminuir ou anular esta ac;ao.
Tendo-se sempre como objetivo proteger da corrosao o elemento principal do sistema de aterramento, pode-se aplicar, dependendo do caso, alguma das técnicas relacionadas a seguir:
Deve-se ter o cuidado de cobrir toda a conexao com urna massa emborrachada.
Para que o metal do sistema de aterramento fique protegido, basta ligá-lo a um outro metal que tenha um potencial menor na escala de eletronegativida.de da tabela 10.2.1.
Assim, o material protegido será o cátodo, e o outro será o anodo. Como o anodo sofrerá a corrosao, ele é denominado de anodo de sacrificio.
T
181
Os materiais que melhor satisfazem a essas condic;oes sao as ligas de Zinco e Magnésio. Nestas ligas sao colocados aditivos para melhorar a qualidade do a.nodo de sacrifício.
Os a.nodos de sacrifício de Zinco sao adequados 'para solos cuja resistividade vai até 1000 n.m. O a.nodo de Magnésio é usado em solos de até 3000 n.m.
Os a.nodos de sacrifício devem ter urna grande área, para produzirem protec;oes
//-- ..\..
1 1
massa \ 1
' ,I
em '
hoste ./ protegida
cátodo
ca.,bo de li
e.nchimento
elétrodo de
z1nco
catódicas adequadas. trada na figura 10.13.l. agres a regia.o
sivos úmida,
Pode-se utilizar um revestimento (enchimento) nas ligas de Zinco ou Magnésio O enchimento tem as do obtendo-se
para aumentar o seu volume. Este enchimento é formado por urna mistura a base de seguintes finalidades: solo; um regia.o
Gesso, Bentonita e Sulfato de Sódio, nas seguintes proporc;oes: de baixa
•É resis
Gesso ..................... 75% • Aumentar a área de higro
atuac;ao, distribuindo a tividade;
Bentonita .............. 20% scópi
Sulfato de Sódio .... 05% corrente galvanica; co, • Tem
mant volume
A protec;ao catódica com a.nodo de sacrifício de Zinco com ehchimento é mos • Evitar o contato do metal
endo grande para
do a.nodo com os elementos
aumentar a vida útil <leste processo; Figura 10.13.1: e venciona
Ánodo de Sacrificio x l do
• Como está conectado ao sistema de aterramento, contribuí também na de Zinco coro t elétrodo
diminuic;ao da resistencia do·aterramento. Enchimento e a ser
r corroído
Se o sistema n para o
de aterramento a a sistema
f de
proteger for muíto
o aterrame
grande pode-se usar
r nto a ser
vários a.nodos de
c protegid
sacrifícios distribuídos
; o. Ver
ou, se for o caso,
a figura
concentrados, a 10.14.l.
formando urna bate na. c ·
i
r O
elétrodo
10.14 Protec; c que
u
áo Por l libera a
Corrente a corrente
Impressa c convenci
; onal no
á solo é o
Nao se que
o
consegue fazer sofrerá a
protec;ao catódica com corrosao.
d
a.nodo de sacrifício em
a A
solos com resistividade c
elevadél,. Isto porque a corrent
o e
corrente galvanica é r
muito pequena. nao eletroqu
r ímica,
permitindo obter-se ·a e
eficiencia desejada. isto é, a
n do fluxo
Neste caso, t de
para que a protec;ao seja e elétrons,
eficiente, <leve-se c circula
impor urna corrente o do
contínua com urna fonte n sistema
externa. Esta corrente é de
conhecida por corrente t
aterram
impressa ou forc;ada. í
ento
n
para o
Com este u
elétrodo
processo, já visto no a
a ser
item 10.3.d, pode-se c
corroído
comandar e controlar o o
elétrodo a ser corroído. .
n
A fonte de tensa.o
reti
fica
dor
a,
que
182
CAPITULO 10. CORROSA.O NO SISTEMA DE ATERRAMENTO con
ver
183 te
cor
o o elétrodo rent
inerte está e
enterrado no alte
solo, há rna
necessidade da
de envolve-lo em
com um con
enchimento tínu
condutor de a.
coque
metalúrgico
moído. Isto
adiciona as
seguintes
vantagens:
' ',
•
iminui
resistividade
elétrica
que envolve
elétrodo
facilitando a
passagem da
corrente
•
iminui o gasto do
elétrodo
•
umenta a área de
dispersao da
corrente no
fonte de
tensao que
alimenta o
processo por
corrente
impressa é
um trans
formador
conectado
rede
juntamente
com
ponte
-
-- -- ---
- Aterromento
protegido -
/
o religador' usado na prote<;ao do sistema de distribui<_;ao, de um
10.15
- -
Religamento e a Corrosao modo geral prejudica o sistema de aterramento.
"',
---
.................
'-.......
--- - -- ----
As aberturas e tentativas de religamento produzem interrup<_;oes e
inrush de
........
,
/--
rosa
c
// / o.
/ o
Out
r
ro
r
ele
e
men
n
to
t
que
e
tam
s
bém
acel
e
era
l
a
é
corr
t
osa
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i
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elev
a
a<;a
s
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pera
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e
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e
ater
l
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r
,
a
com
m
o
ind
o
i
p
r
o
c
e
s
s
o
d
e
c
o
r
II
I
I
I
I
I
I
I
83 II
8 final
11.1 Introdm:;ao
Todo o conteúdo deste livro sobre aterramento foi desenvolvido considerando correntes elétricas a freqüencia de 60Hz.
...' I
81 I ' ' ..... .... I
I
No entanto, a resistencia elétrica que um sistema de aterramento apresenta
r-,
I ', ...., I
1 ... 1
'
I .. ,............I
' 84'
ao surto de tensao (66] é diferente
da resistencia a 60 Hz.
Neste capítulo, nao como objetivo de esgotar o assunto, mas simplesmente
4 a a mostrar a sua importancia, apresenta-se a análise de surtos de tensao em um sistema de aterramento
---
I
inicial
8z p
8 r com urna ,haste.
t t
2
t t t t
3 4 5 6
t (1) Campo Elétrico Gerado no Solo Pelo Surto de
Corrente em Urna Haste
11.2
Onde:
E(x=)
P fsurto
271' (Lx + x2) [:]
(11.2,1)
------------------------- · .
p
Valor 5
187
.I Surto
Onde:
E; = 241 / ·
215
(11.3.1)
Solo
l ------· -----•p
E(x)
--
E; =? gradiente de ioni a<;áo [:]
A frente de onda do campo elétrico criado pelo surto de corrente tem a pro priedade de facilitar a ioniza,c ao do solo na vizinharn;a da haste.
O valor limite do campo elétrico acima do qual o solo torna-s: ionizado é chamado de gradiente de ioniza<;ao. Estes valores limites, para alguns tipos de solo,
Solo
---·-=---=-=--=------- ==
------------ --
---
esta.o apresentados na Tabela 11.3.l.
-:::---
=...-- -
-- --
==
L::. :: - -- r u:-;
"
Tipo de Solo
Gradiente de
Ioniza<;áo [:J
..-
- --- -·-
CascalhoRegiao
úmidodo solo 11,4 - 19,2 ......;. ,.;;,, _ _ _ _ _ ¡,....,.;;;..
Cascalho\ionizado
seco
Areia úmida
20,8 - 22,8
13,0 - 23,4
------------
------ --_-
- - - - -
Areia seca 17,1 - 18,8
Argila plástica 18,7 - 39,0
Tabela 11.3.1: Gradiente de Ioniza<;ao
Quando O campo elétrico for maior do que o gradiente de ioniza<;áo, o solo fica ionizado, isto é, sua resistencia elétrica caí praticamente a .zero.
1
1
1
Ei= -p_f_s_u_rt_o
21r (LX/imite+ Xfimite)
(11.4.1)
110 ----....---.....-...---......-.--...--..---,.--,
e t RESIITfNCIA IOHr
e
100
O t
e l
X r i
/ r m
i
m
a i
i t
t i e
e
,
o
n é
d i
10
e z d
m a a
a d d
r o o
c
a p p
e e
o l l
o a
c
i s r
l u e
i r s
n t o
d o l
r . u
o c
E ;
d s a
o s
a a
d o b
a a
1 i
e 1 x
x . o
p 4 :
r .
e 2
s ,
2 L P fsurto X/imite+ X/imite 7f Ei
= 2
(11.4.2)
lo contido no cilindro fica
T ionizado. Portanto, do ponto
o de vista do surto, a haste se
d comporta como se ela fosse o
o cilindro. Devido a este
motivo a resistencia elétrica
o do aterramento ao surto é
menor, e pode ser calculada
s pela expressao 11.4.3.
o
P ln [4(L+x1imite)]
(n) (11.4.3)
0 L.o-"-1_0._o_o_._.,.4,,.090 .._,,.,o:1,o"'o......'"'1c-,o oo '-:':,o:-:o!-::o o.....::-:'!1o2 oo
Rsurto = 21(r L + X/imite)
2X/imite
Onde:
Corrente de Crista do Surto Figura 11.4.2: Resistencia x Corrente de Crista do Surto
Rsurto torno da haste, diferen
=> c;a
istotporque, a onda entre a de corrente neste aterramento tem o valor de crista de 5kA.
resist senoidal é resiste
encia muito suave em ncia
ao
elétric relac;ao a frente de surto e Calcular:
a do a
aterra onda do surto.
resiste a) A resistencia do aterramento da haste para correntes de curto-circuitos
mento Genericament ncia
ao
surto
e, pode-se
afirmar que:
a
em 60Hz.
p (4L)
60Hz. R6oHz = 27fL ln d
N _ 2000 ln ( 4.3 )
Rsurto
ote Rcurto Exem OHz- 2.?r.3 25.lQ- 3
que o (11.4.4) plo
mesm Numé R6oHz = 655, 06 O
o rico b) O raio do cilindro ionizado pelo surto
1
Na figura
camp 11.4.2 tem-se a 2 2000.5000
U
X/imite + 3Xlimite = 27f. 1600000
o
elétri
característica da rna
haste !
resistencia versus de 3m, = O, 30m
.
X/imite
co corrente de surto, para diamet
criad ro e) A resistencia elétrica ao surto
urna haste cravada 25mm,
o pela num solo de areia e está _ 2000 ln [4 (3 + O, 30)]
cravad
corre argila. a em m Rsurto- 27f. (3+ O, 30) 2. O, 30
nte de solo,
curto A diferenc;a cuja
resistiv
Rsurto = 298, 15 n
em entre a resistencia do idade
60 elétrica
Hz, aterramento a 60Hz e é de
2000
nao ao surto é tanto maior n.m.
tem a O
quanto for a gradien
propr resistividade do solo. te de
Num solo com ,alta ionizac
iedad resistividade, a
resistencia ao surto ;ao do
e de cai bastante em solo é
ioniz relac;ao a resistencia d 16
ar o
do aterramento a
60Hz. · Já em solo
O
surto
solo com máxim
baixa resistividade o
em nao há muita
O emprego de hastes verticais no aterramento, ou no complemento de aterra mentos maiores, é importante para o bom desempenho do escoamento das correntes de surto. Além de baixar a
resistencia de terra, a ponta da haste ajuda a manter os potenciais perigosos no fundo do solo.
Como um equipamento elétrico está sujeito a curto-circuitos e a surtos, deve se sempre usar urna ou mais hastes no ponto da ligac;ao do cabo de descida ao sistema de aterramento. A haste
cravada na malha no ponto da conexao do cabo de descida, é importante porque facilita a dissipac;ao do surto para a terra, evitando a sua pro pagac;ao pela malha. A regiao ativa do surto nestas
condic;oes na malha, está estimada num raio de·5m em torno da haste. L=·2m d =:; 1" R1haste = O, 513pa
Espac;amentos 2m 3m 4m 5m
Número
de H stes
R.q [í!] K R.q [í!] K R.q [í!] K R.q [í!] K
2 0,29lpa 0,568 0,28lpa 0,548 0,27Gpa 0,537 0,272pa 0,530
3 0,210pa 0,410 0,199pa 0,388 0,192pa 0,375 0,188pa 0,367
Apendice A 4 0,167pa 0,326 0,155pa 0,303 0,149pa Q,291 0,145pa 0,283
5 0,140pa 0,272 0,128pa 0,250 0,122pa 0,239 0,119pa 0,231
6 0,12lpa 0,235 O,llOpa 0,214 0,104pa 0,203 O,lOlpa 0,196
7 0,106pa 0,208 0,096pa 0,188 0,09lpa 0,177 0,087pa 0,171
Tabelas de Hastes Paralelas, Alinhadas e- Igualmente Espa
0,086pa adas
0,08lpa 8 0,096pa 0,186 0,167 0,157 0,078pa 0,151
0,078pa 9 0,087pa 0,169 0,151 0,073pa 0,142 0,070pa 0,136
- 10 0,080pa 0,155 0,07lpa 0,138 0,066pa 0,129 0,063pa 0,123
- 11 0,074pa 0,144 0,065pa 0,127 0,061pa 0,119 0,058pa 0,113
- 12 O,OG9pa 0,134
0,064pa 0,125
0,061 pct
0,057pa
0,118
0,110
0,05(ipa
0,052pa
0,110
0,102
0,054pa
0,050pa
0,105
0,097
, 13
14 0,060pa 0,118 0,05:lpa 0,103 0,049pa 0,096 0,041pa 0,091
15 0,057pa 0,111 0,050pa 0,097 0,046pa 0,090 0,044pa 0,086
'-
Tabela
191
Espa<;amentos 2m 3m 4m 5m
Nt'.11nero
de Bastes
R.q [U] K Req [H] K Req [H] K R.q [U] K
2 0,283pa 0,571 0,272pa 0,550 0,267pa 0,539 0,263pa 0,531
3 0,205pa 0,413 0,193pa 0,389 0,186pa 0,376 0,182pa 0,368
4 0,163pa 0,329 0,15lpa 0,305 0,145pa 0,292 0,141pa 0,284
5 0,136pa 0,275 0,125pa 0,252 O,l 19pa 0,240 0,115pa 0,232
6 O,l18pa 0,238 0,107pa 0,216 0,10lpa 0,204 0,098pa 0,197
7 0,104pa 0,210 0,094pa 0,189 0,088pa 0,178 0,085pa '0,172
8 0,093pa 0,189 0,084pa 0,169 0,079pa 0,159 0,075pa 0,152
9 0,085pa 0,171 0,076pá 0,153 0,07lpa 0,143 0,068pa 0,137
10 0,078pa 0,157 0,069pa 0,140 0,064pa 0,130 0,062pa 0,124
11 0,072pa 0,146 0,064pa 0,129 0,059piz 0,120 0,056pa 0,114
12 0,067pa 0,136 0,059pa 0,119 0,055pa 0,111 0,052pa 0,105
13 0,063pa 0,127 0,05.Spa 0,111 0,051pa 0,103 0,049pa 0,098
14 0,059pa 0,120 0,052pa 0,105 0,048pa 0,097 0,045¡:,a 0,092
15 0,056pa 0,113 0,049pa 0,099 0,045pa 0,091 0,043pa 0,086
Tabela A.0.2:
L = 2,4m d- !"
- ? R1 haste = O, 440pa
Espa<;amentos 2,5m 3m 4m .5rn
Número
de Bastes Req ¡nJ K Req [H] K Req [U] K Req [H] K
2 0,248pa 0,564 0,244pa 0,555 0,239pa 0,543 0,235pa 0,535
3 0,178pa 0,406 O,l74pa 0,395 0,168pa 0,381 0,164pa 0,372
4 0,14lpa 0,321 0,136pa 0,310_ 0,130pa 0,297 0,127 pa 0,288
5 0,118pa 0,268 0,113pa 0,258 0,107pa 0,245 0,104pa 0,236
6 0,102pa 0,231 0,097pa 0,221 0,092pa 0,209 0,088pa 0,201
7 0,090pa 0,204 0,08,5pa 0,195 0,080pa 0,182 0,077pa 0,175
8 0,080pa 0,183 0,076pa 0,174 0,071pa 0,162 0,068pa 0,155
9 0,073pa 0,166 0,069pa 0,157 0,064pa 0,147 0,06lpa 0,140
10 0,067pa 0,152 0,063pa 0,144 0,059pa 0,134 0,056pa 0,127
11 0,062pa 0,140 0,058pa 0,133 0,054pa 0,123 0,051pa 0,117
12 0,057pa 0,131 0,054pa 0,123 0,050pa 0,114 0,048pa 0,108
13 0,054pa 0,122 0,051pa 0,115 0,047pa 0,106 0,044pa 0,101
14 0,051pa 0,115 0,048pa 0,108 0,044pa 0,100 0,041pa 0,094
15 0,048pa 0,109 0,045pa 0,102 0,04lpa 0,094 0,039pa 0,089
Tabela A.0..5:
r Número
de Hastes
Req [nJ K Req [nJ K Req [nJ K . Req ¡nJ K
2 0,235pa 0,568 0,23lpa 0,559 0,225pa 0,546 0,222pa 0,537
3 0,169pa 0,410 0,165pa 0,399 0,159pa 0,384 0,155pa 0,375
4 0,134pa 0,326 0,130pa 0,315 0,124pa 0,300 0,120pa 0,290
194APENDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS 5 0,112pa 0,272 0,108pa 0,262 0,102pa 0,247 0,098pa 0,238
6 0,097pa 0,235 0,093pa 0,225 0,087pa 0,211 0,084pa 0,203
7 0,086pa 0,2Q8 0,082pa 0,198 0,076pa 0,185 0,073pa 0,177
8 0,077 pa 0,186' O,U73pa 0,177 0,068pa 0,165 0,065pa 0,157
9 0,070pa 0,169 '0,06íioa 0,160 0,061pa 0,149 0,058pa 0,142
L = 2,4m d-- !R?" R¡ haste = O, 425pa 10 0,064pa 0,155 0,061pa 0,147 0,056pa 0,136 0,053pa 0,129
Espa1,amentos 2,5m 3m 4m 5m 0,059pa 0,052pa
11 0,144 0,056pa 0,136 0,125 0,049pa 0,119
Número de
Hastes
Req [fl] K Req [nJ K Req [nJ K Req [nJ K 12 .. 0,055pa 0,134 0,052pa 0,126 0,048pa 0,116 0,045pa 0,110
13 0,052pa 0,125 0,049pa 0,118 0,045pa 0,108 0,042pa 0,102
2 0,24 lpa 0,/ífi(l 0,2:J7pa o ,r,/í7 0,2:31 paO,M'1 0,228pa o,r,aG 14 0,049pa 0,118 0,046pa 0,111 0,042pa 0,101 0,039pa 0,096
3 0,173pa 0,4Ó8 0,169pa o·,397 O,l63pa 0,383 0,159pa 0,374
15 0,046pa 0,111 0,043pa 0,104 0,039pa 0,096 0,037pa 0,090
4 0,137 pa 0,324 0,133pa 0,313 0,127 pa 0,298 0,123pa 0,289
5 0,115pa 0,270 O,llOpa 0,260 0,105pa 0,246 O,lOlpa 0,237 Tabela A.O.7:
6 0,099pa 0,233 0,095pa 0,223 0,089pa 0,210 0,086pa 0,202
7 0,087pa 0,206 0,083pa 0,196 0,078pa 0,184 0,075pa 0,176
8 0,078pa 0,185 0,075pa 0,176 0,070pa 0,164 0,066pa 0,156
9 0,071pa 0,168 0,068pa 0,159 0,063pa 0,148 0,060pa 0,141
10 0,065pa 0,154 0,062pa 0,146 0,057pa 0,135 0,054pa 0,128
11 0,060pa 0,142 0,057pa 0,134 0,053pa 0,124 0,050pa 0,118
12 0,056pa .0,132 0,053pa 0,125 0,049pa 0,115 0,046pa 0,109
13 0,053pa 0,124 0,050pa 0,117 0,0413pa 0,107 0,043pa 0,101
14 0,049pa 0,117 0,047pa 0,110 0,043pa 0,101 0,040pa 0,095
15 0,047pa 0,110 0,044pa 0,103 0,040pa 0,095 0,038pa 0,089
Tabela A.0.6:
f"" ª -"
L=3m d -- , t R1 haste = O, 3 pa
Espac;amentos 3m 4m '5m
Número de Hastes
Req [nJ K Rpq ¡nJ K Req ¡nJ K
196APÉNDICE A. TABELAS DE HASTES PARALELAS, ALINHADAS E IGUALMENTE ESPAQADAS
2 O,l94pa 0,568 O,l89pa 0,554 0,186pa 0,544
3 0,140pa 0,410 0,135pa 0,394 0,13lpa 0,383
L=3m d -- ¡5;" R1 haste = O, 352pa 4 O,lllpa 0,326 0,106pa 0,309 0,102pa 0,298
Espac;amentos 3m 4m 5m 5 0,093pa 0,272 0,088pa 0,256 0,084pa 0,246
Número 6 0,080pa 0,235 0,075pa 0,220 0,072pa 0,210
de Hastes Req ¡nJ K Req [nJ K Req ¡nJ K
7 0,07)pa 0,208 0,066pa 0,193 0,063pa 0,184
2 O,l99pa 0,566 O,l94pa 0,552 O,l9lpa 0,543 8 0,064'p{l 0,186 0,059pa 0,172 0,056pa 0,163
3 O,l44pa 0,408 O,l38pa 0,392 O,l34pa 0,381 9 0,058pa hf),1-@- Hr,053pa 0,156 0,050pa 0,148
4 O,ll4pa 0,324 0,108pa 0,307 0,104pa 0,297 10 0,053pa 0,155 0,049pa 0,143 0,046pa 0,135
5 0,095pa 0,270 0,090pa 0,255 0,086pa 0,245 11 0,049pa 0,144 0,045pa 0,132 0,042pa 0,124
6 0,082pa 0,233 0,077 pa 0,218 0,073pa 0,209 '..,. 12 0,046pa 0,134 0,042pa 0,122 0,039pa 0,115
7 0,072pa 0,206 0,067 pa 0,192 0,064pa 0,182 13 0,043pa 0,125 0,039pa 0,114 0,037 pa 0,107
8 0,065pa 0,185 0,060pa 0,171 0,057pa 0,162 14 0,040pa 0,118 0,037 pa 0,107 0,034pa 0,100
9 0,059pa 0,168 0,054pa 0,155 0,052pa 0,147 15 0,038pa 0,111 0,035pa 0,101 0,032pa 0,095
10 0,054pa 0,154 O,O!íOpa 0,142
0,047 pa 0,134
11 0,050pa 0,142 0,046pa 0,130
0,043pa 0,123 Tabela A.0.11:
12 0,047pa 0,132 0,04:Jpa 0,121 0,040pa 0,114
13 0,044pa 0,124 0,040pa 0,113 0,037pa 0,106
14 0,041pa 0,117 0,037 pa 0,106 0,035pa 0,100
15 0,039pa 0,110 0,035pa 0,100 0,033pa 0,094
Ta.bela A.0.10:
197
Tabela A.0.12:
-
-
t -
íterra liberada • t -
t -
-
-
-
-
- B e
t c
a
b
o
solo g
u
a
r
d
a
/
/
/
,
S
'
/
/
/
Figura B.1.1: Retorno da Corrente de Sequencia Zero a Subestac,;ao
malha
• resistividade do solo;
Apendice C
• bitola dos condutores fase e cabo de cobertura;
• material(resistividade) dos condutores envolvidos; Resistencia de Malha
• configura<;ao das L.T.'s conectadas a subesta<;ao.
Dependendo das condi<;oes acima, a corrente de malha pode variar numa faixa
larga, como indica, por exemplo, a expressao B.2.3.
{ o,1 }
Imalha = a jcurto 1ct, - terra
0,64
(B.2.3)
Neste apendice, sao apresentados os resultados dos trabalhos de vários pes quisadores relativos ao cálculo da resistencia de malha de terra (Rmalha) .
As fórmulas apresentadas neste ítem referem-se a resistencia de malha de terra proposta por diversos autores:
RDwight =4Pa
-A--
malha
(C.1.1)
RLaurent = -Pa --- + --Pa
(C.1.2)
4 Ama/ha Ltotal
2
0
3
3) - Fórmula de Nahman e Skuletich [70]
r
l
204 APENDICE C. RESISTENCIA DE MALHA
R _ ( o, 53 1, 75 ) ( 80hd1 ) 4
KE
P RI
=
=
>
fat
or
de
cor
rec
;ao
da
Re
sis
ten
cia
de
M
alha conforme proposto na re- ferencia [68];
O, 15w + 5, 50 para h = O
O, 10w + 4, 68 para h = lo,./ Amatha
-0, 05w + 4, 40 para h = ,./Amatha
.
[6 8]
R CS={1 Pa 4V
7) - Fórmula de Ch w e Salama (67]
+ 1 (C.1
.7) Tomando cqmo referencia a Resistencia de Malha calculada pela expressao
..0
[.1l
l(
0
,1
6
5
..
0
.l
)]
}
(·
2
,2
5
6
h
)
onde: N ,/21
rn I-
,./ proposta pelo EPRI, Fórmula C.1.6, os erros percentuais da Rmalha estao
apresentados na Figura C.2.2.
Pa solo;
==> Urna comparac;ao de Rmatha, em func;ao do comprimento total de cabos (Ltotat),
resisti Ama/ha ===} área da malha de terra; está mostrada na Figura C.2.3, onde os cálculos foram efetuados para a malha exem plo
vidad mostrada na Figura C.2.1, montada a urna profundidade de O, 5m e número de
Ltoial===} comprimento t tal dos cabos quadrículas igual a 7 x 7.
e que formam a malha;
apare
nte n ==> número de condutores paralelos
do ao longo de urna direc;ao da malha;
T
1
/
28.00
26.00
20.00li ¡\
24.00
22.00
.... 3
<>:: j
35.00
'5.00
,0001
5.00 -j
3
o.oc .:¡...,..,,..,.,.,.,,..... ¡ ¡ • , i , i f ¡-rrr, 1 i 1 1 f 11 • 1 11 11 1 , 1i i • i •• i i1
h(m) 0.00 0.40 0.80 1.20 1.60 2.00
Ltotal - (km)
Figura C.2.3: Rmalha X Ltotal
s :
t)\
30.00
O
lc-d
5.00 .:j
3 35.00
Rmalha
J
25.00
Q) s
5.00
o 3
t
¡ :i¡
l
-5.0 0
L---========== 7 6
----·
20.00
15.00
-15.oo C.2.2: Erros 10.00
.:
¡.
-, Percentuais da Rmalha
-. em Rela<;ao a REPRI
:: 5.00
..
.-
..
.. o.oo -l-r,i"TT'i"TT'l"TT1i"TT1iTT'M'"MM'"MM'"MM'"MCTT,"T"n"T"nM'"MM'"MM'"Mn-M N
.- 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00
r
-
r
-.
..
.. Figura Figura C.2.4: Rmatha X N
DE MALHA
APENDICE C. RESISTENCIA
208 J
á d
o
a
c
c a
o b
m o
p
a d
r a
a
c m
; a
i l
i h
o a
d (
e F
i
R g
m
a u
l
h
r
a a
e C
m .
2
f .
u 5
n )
c ,
_
; f
a o
o i
d f
o e
i
d t
i o
á
m u
e t
t i
r l
o i
z
a e
n
d O
o ,
-
s 5
e m
u e
r
n q
a u
a
m d
a r
l i
h c
a u
l
d a
e d
a
1 s
0
0 e
m m
X 7
1 X
0
0 7
m .
, 32.00 ]
Rmalha
p
30.00
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e
d
Bibliografia
---------- 3
28.00
------------ 2
26.00
24.00
::: l . "' . ' " .' ' ' " ' .' ' ' ' " " " ' .'"' " ' .'"' '
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i ,,
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