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Saneamento e
Educação Ambiental
Instituições integrantes do NURENE Universidade Federal da Bahia (líder) | Universidade Federal do Ceará |
Universidade Federal da Paraíba | Universidade Federal de Pernambuco
Financiamento Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia I Fundação Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde I Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades
Parceiros do NURENE
- ARCE – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará
- Cagece – Companhia de Água e Esgoto do Ceará
- Cagepa – Companhia de Água e Esgotos da Paraíba
- CEFET Cariri – Centro Federal de Educação Tecnológica do Cariri/CE
- CENTEC Cariri – Faculdade de Tecnologia CENTEC do Cariri/CE
- Cerb – Companhia de Engenharia Rural da Bahia
- Compesa – Companhia Pernambucana de Saneamento
- Conder – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia
- EMASA – Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna/BA
- Embasa – Empresa Baiana de Águas e Saneamento
- Emlur – Empresa Municipal de Limpeza Urbana de João Pessoa
- Emlurb / Fortaleza – Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização de Fortaleza
- Emlurb / Recife – Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife
- Limpurb – Empresa de Limpeza Urbana de Salvador
- SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município de Alagoinhas/BA
- SECTMA – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco
- SEDUR – Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia
- SEINF – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-Estrutura de Fortaleza
- SEMAM / Fortaleza – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano
- SEMAM / João Pessoa – Secretaria Executiva de Meio Ambiente
- SENAC / PE – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Pernambuco
- SENAI / CE – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará
- SENAI / PE – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco
- SEPLAN – Secretaria de Planejamento de João Pessoa
- SESAN – Secretaria de Saneamento do Recife
- SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba
- UECE – Universidade Estadual do Ceará
- UFMA – Universidade Federal do Maranhão
- UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco
- UPE – Universidade de Pernambuco
Transversal
Saneamento e
Educação Ambiental
CDD – XXX.X
Catalogação da Fonte:
Créditos
Luiz Roberto Santos Moraes
Márcia Mara Marinho
Silvio Romero de Melo Ferreira
NEPHSA (Núcleo de Estudos e Pesquisa em Habitação e Saneamento – Universidade Federal de
Pernambuco)
Projeto Gráfico
Marco Severo | Rachel Barreto | Romero Ronconi
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
Apresentação da ReCESA
Tema transversal
Apresentação ...................................................................................................................... 09
Introdução .......................................................................................................................... 12
Método .................................................................................................................... 42
Encerramento ...................................................................................................................... 67
Referências ......................................................................................................................... 68
Apresentação
A educação ambiental, por sua natureza diversos atores sociais inseridos nesta
complexa e interdisciplinar, constitui-se em problemática, assim como possibilitar a
uma importante ferramenta para se refletir produção de conhecimentos sustentáveis e
sobre aspectos da vida cotidiana, valores integrados no sentido de contribuir para a
que norteiam práticas coletivas e formas de universalização dos serviços de saneamento
pensar e agir sobre o meio ambiente. com qualidade.
De acordo com a Lei Federal de Educação Este guia é dirigido para profissionais que
Ambiental n°. 9.795/99 é o “[...] processo atuam no planejamento e na execução de
por meio do qual o indivíduo e a ações de educação ambiental voltadas para
coletividade constroem valores sociais, o desenvolvimento de projetos / programas
conhecimentos, habilidades, atitudes e de saneamento. É composto de textos,
competências voltadas para a conservação atividades e informações relevantes que
do meio ambiente, bem de uso comum do pretendem contribuir para a qualificação e a
povo, essencial à sadia qualidade de vida e atualização profissional.
sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999, p.1).
Para este fim, constitui-se em um Espera-se que a sua participação propicie a
instrumento indispensável para o troca de experiências e a compreensão do
planejamento, a execução e a prestação dos papel de educador que cada um de nós,
serviços de saneamento. como profissionais de diversas áreas
técnicas, possuímos, tendo como objetivo
Portanto, a temática desta oficina de contribuir para a construção de ambientes
educação ambiental voltada para o saudáveis.
saneamento está inserida nos temas
transversais definidos pela ReCESA, uma
vez que seus conteúdos devem estar
presentes como uma ferramenta a ser
utilizada em todas as atividades técnicas,
principalmente, naquelas que se encontram
em relação direta com os usuários dos
serviços.
Município: _____________________________
________________________________________
Função: ________________________________
educador quando
________________________________________
________________________________________
________________________________________
Assistindo à exposição a ser realizada vamos conhecer o que é a ReCESA, seus objetivos e as
atividades de capacitação em desenvolvimento.
1º DIA
Apresentação do grupo
Conceitos (saneamento, saúde, meio ambiente, educação ambiental),
legislações e princípios a serem considerados na educação ambiental para o
saneamento.
2º DIA
O conjunto de textos e atividades contidos nesse guia foi concebido no sentido de exercitar,
com os profissionais em treinamento, uma reflexão pedagógica sobre a temática de educação
ambiental para o saneamento.
Segundo Paulo Freire (2004), “o processo de ensino aprendizagem exige respeito aos saberes
dos educando” (FREIRE, 2004, p.30). Entendemos que esse respeito se materializa no exercício
de uma aprendizagem em que ocorre uma troca de saberes entre o educador e o educando,
através do diálogo permanente: “[...] é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem
que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico necessário à reflexão crítica
tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática.” (FREIRE, 2004, p. 39).
Partindo dessa concepção, a metodologia proposta para essa atividade de capacitação parte do
resgate das experiências de cada participante – como cidadão e profissional –, bem como dos
saberes acumulados compreendidos como importantes referências para a reflexão crítica.
Atividade em grupo
Você e seus colegas formarão grupo de 05 pessoas para refletirem e responderem as questões
colocadas abaixo.
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_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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No seu trabalho você desenvolve atividades integradas com outras equipes da área do
saneamento ou áreas afins? Se sim, quais? Se não, você considera necessário? Por quê?
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Quais são os atores sociais que no seu entendimento podem contribuir para dotar toda a
população com os serviços de saneamento de qualidade na nossa cidade? Por quê?
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Para montarmos este painel, os grupos utilizarão tarjetas contendo palavras chave que serão
fixadas obedecendo às colunas propostas abaixo:
01
02
03
04
05
06
Agora o instrutor, a partir do painel construído pelos grupos, fará uma síntese das conclusões
expostas.
– Discutir os
conhecimentos prévios
Neste momento o instrutor, utilizando como material didático aula dos profissionais sobre o
expositiva com slides, abordará com vocês algumas questões conceito de saneamento
importantes acerca dos conceitos e da visão integrada dos serviços e suas interfaces com as
CONCEITO _________________________________________
SAÚDE _________________________________________
_________________________________________
“É a sensação de completo bem-estar físico, mental
e social e não apenas a ausência de doença ou _________________________________________
enfermidade” (OMS).
_________________________________________
CONCEITO _________________________________________
SAÚDE
SAÚDE PÚBLICA _________________________________________
_________________________________________
“Saúde Pública são a ciência e a arte de prevenir a
doença, prolongar a vida e promover saúde e _________________________________________
eficiência física e mental, através esforços
organizados da comunidade para o saneamento do _________________________________________
meio, o controle das doenças infecto-contagiosas,
_________________________________________
a educação do indivíduo em princípios de higiene
pessoal, a organização dos serviços médicos e de _________________________________________
enfermagem para o diagnóstico precoce e
tratamento preventivo das doenças e o _________________________________________
desenvolvimento da maquinaria social de modo a
_________________________________________
assegurar a cada indivíduo da comunidade um
padrão de vida adequado à manutenção da saúde.” _________________________________________
(WINSLOW, 1920).
_________________________________________
__________________________________________
SANEAMENTO
__________________________________________
Controle de todos os fatores do meio físico do Homem
que exercem ou podem exercer efeito deletério, sobre
__________________________________________
o bem-estar físico, mental ou social. (OMS) __________________________________________
CONCEITO __________________________________________
__________________________________________
SANEAMENTO BÁSICO
__________________________________________
Conjunto de serviços e instalações operacionais de:
__________________________________________
• Abastecimento de água potável:
potável constituídos __________________________________________
pelas atividades, infra-estruturas e instalações
necessárias ao abastecimento público de água __________________________________________
potável, desde a captação até as ligações
__________________________________________
prediais e respectivos instrumentos de
medição; __________________________________________
• Esgotamento sanitário:
sanitário constituído pelas
__________________________________________
atividades, infra-estruturas operacionais de
coleta, transporte, tratamento e disposição __________________________________________
final dos esgotos sanitários, desde as ligações
__________________________________________
prediais até o seu lançamento final no meio
ambiente; __________________________________________
• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos:
sólidos
__________________________________________
conjunto de atividades, infra-estruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, __________________________________________
transbordo, tratamento e destino final do lixo
__________________________________________
doméstico e do lixo originário da varrição e
limpeza de logradouros e vias públicas; __________________________________________
• Drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas: conjunto de atividades, infra-
__________________________________________
urbanas
estruturas e instalações operacionais de __________________________________________
drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para __________________________________________
amortecimento de vazões de cheias, __________________________________________
tratamento e disposição final das águas
pluviais drenadas nas áreas urbanas. __________________________________________
(Lei nº. 11.455/07, Art. 3º, § 1°)
__________________________________________
__________________________________________
________________________________________
SANEAMENTO AMBIENTAL
________________________________________
Conjunto de ações técnicas e socioeconômicas
entendidas fundamentalmente como de saúde ________________________________________
pública, tendo por objetivo alcançar níveis ________________________________________
crescentes de salubridade ambiental
compreendendo: ________________________________________
________________________________________
• O abastecimento de água em quantidade e
dentro dos padrões de potabilidade vigentes; ________________________________________
• O manejo de esgotos sanitários;
________________________________________
• O manejo dos resíduos sólidos e emissões
atmosféricas; ________________________________________
• A drenagem de águas pluviais;
________________________________________
• O controle ambiental de vetores e
reservatórios de doenças; ________________________________________
• A promoção sanitária e o controle ambiental
________________________________________
do uso e ocupação do solo;
• A preservação e controle do excesso de ________________________________________
ruídos, tendo como finalidade promover e
________________________________________
melhorar as condições de vida urbana rural.
________________________________________
Fonte: Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental, 2003.
________________________________________
________________________________________
__________________________________________
• Fragmentação do conhecimento e das
práticas é uma forte limitante da __________________________________________
intersetorialidade.
__________________________________________
• Para Minayo (2002, p.175) uma das __________________________________________
dificuldades para novas abordagens
refere-se a necessidade de “[. . . ]” __________________________________________
“juntar disciplinas e articular teoria e
__________________________________________
prática; e colocar à mesma mesa,
cientistas, atores do mundo da vida, __________________________________________
gestores do Estado”.
__________________________________________
Você Sabia?
Vamos ver quais forma os principais acontecimentos registrados e quais as premissas e ações
desencadeados por eles, iniciando um pouco antes da década de 70.
1972 - Estocolmo (Suíça): Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
Humano. A educação ambiental passa a ser considerada um campo de ação pedagógica,
adquirindo relevância e vigência internacional. O debate em torno dos problemas
ambientais no mundo pautou a discussão dos impactos negativos sobre o meio
ambiente ocasionado pelo crescimento econômico. Nesse momento, o tema da
educação ambiental se amplia como uma ferramenta para o esclarecimento da
população mundial acerca dos agravos cometidos contra o meio ambiente, suas causas
e conseqüências. A educação ambiental é entendida como um meio para: “[...] formar
uma população mundial consciente e preocupada com ambiente e problemas com ele
relacionados, e que possua os conhecimentos, as capacidades, as atitudes, a motivação
e o compromisso para colaborar individual e coletivamente na resolução de problemas
atuais e na prevenção de problemas futuros” (UNESCO, 1976, p.2). Observa-se, no
entanto, que o foco das discussões para os países em desenvolvimento encontrava-se
no crescimento econômico – tendo como objetivo a redução da pobreza e distribuição
mais justas dos bens socialmente construídos. (MALHEIROS e PHILLIPPI, 2005). É
também nessa década que surge o Ecodesenvolvimento,
Ecodesenvolvimento propondo um modelo de
desenvolvimento que considere as relações econômicas e o bem-estar das sociedades a
partir da discussão racional do uso dos recursos naturais. Essa discussão se contrapõe
ao discurso desenvolvimentista da época com limites não só econômicos como também
sociais, ambientais e ético-culturais (LIMA, 2003; SORRENTINO, 2003).
1974 - Jammi (Finlândia): Seminário realizado pela Comissão Nacional Finlandesa para a
UNESCO. As discussões em relação à natureza da educação ambiental passaram a ser
desencadeadas e os acordos foram reunidos nos Princípios de Educação Ambiental,
considerando que a Educação Ambiental permite alcançar os objetivos de proteção
ambiental e que não se trata de um ramo da ciência ou uma matéria de estudos
separada, mas de uma educação integral permanente.
1975 - Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas (UNESCO)
e o Programa das Nações Unidas pra o Meio Ambiente (PNUMA): Seminário Internacional
de Educação Ambiental, resultando na Carta de Belgrado. Nessa carta, observa-se que o
1987 - Moscou
Moscou (URSS): Congresso Internacional sobre a Educação e Formação relativas
ao Meio Ambiente - gerou o documento Estratégia Internacional em Matéria de
Educação e Formação Ambiental para a Década de 90: Relatório Bruntland (conhecido
como “Nosso futuro comum”)
comum”). Publicado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, esse relatório apresentava o conceito de Desenvolvimento
Sustentável,
Sustentável reorientando as necessárias relações entre economia, tecnologia, sociedade
e política, reforçando uma nova postura ética em relação à preservação do meio
ambiente, apontando para o desafio do desenvolvimento humano, tanto entre as novas
gerações, quanto entre os integrantes da sociedade da época (JACOBI, 2003; LIMA,
2003; MALHEIROS e PHILIPPI, 2005; SORRENTINO, 2005). De acordo com LIMA (2003), as
propostas representadas pelo ecodesenvolvimento foram suplantadas pela busca de
1992 - Rio (Brasil): Conferência Mundial sobre Meio Ambiente (Rio 92) – criação da Carta
Brasileira de Educação Ambiental. Esse encontro contou com a participação de vários
países e pautou de forma intensa a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e
alguns compromissos internacionais, entre eles a Declaração do Rio de Janeiro e a
Agenda 21 Global (MALHEIROS e PHILIPPI, 2005; JACOBI; 2003). Nesse encontro, foi
formulada a Carta da Terra (documento aprovado pelo Fórum Internacional de
Organizações Não-Governamentais), a qual “reconhece o papel central da educação na
formação de valores e na ação social para criar sociedades sustentáveis e eqüitativas
(socialmente justas e ecologicamente equilibradas)” e considera que a educação
ambiental deve se dar através de um processo continuado e permanente, alicerçado na
responsabilidade individual e coletiva de cada região e país. Considera “[...] que a
preparação para as mudanças necessárias depende da compreensão coletiva da
natureza sistêmica das crises que ameaçam o futuro do planeta. As causas primárias de
problemas como o aumento da pobreza, da degradação humana e ambiental e da
violência pode ser identificado no modelo de civilização dominante, que se baseia em
superprodução e superconsumo para uns e em subconsumo por parte de grande
maioria" (OVALLES e VIEZZER, 1995, p. 30). A educação ambiental é direcionada para a
tomada de uma consciência mais abrangente sobre a forma de perceber o que é o meio
ambiente e o que significa educação para preservá-lo. Considera a inter-relação da
ética, da política, da economia, da ciência, da cultura, da tecnologia e da ecologia para
uma prática da educação ambiental voltada para a mudança do comportamento do
indivíduo e da coletividade enquanto agente transformador.
Percebemos ao longo dos últimos períodos de desenvolvimento das nações que apesar dos
inúmeros avanços registrados - na medicina, indústria, tecnologia, transporte, educação etc. –
a maioria da população encontra-se excluída dos seus benefícios; assim como tais avanços vem
ocasionando seqüelas graves para o meio ambiente. Estes fatos trazem para a ordem do dia o
debate em torno do modelo de desenvolvimento atual e tem exigido a reflexão sobre as
práticas econômicas e sociais que afetam a maioria da população e o meio ambiente. Este
modelo de desenvolvimento é apontado por Guimarães (2001, apud JACOBI 2005) como “[...]
ecologicamente predador, socialmente perverso, politicamente injusto, culturalmente alienado
e eticamente repulsivo” (p. 235).
Atividade em grupo
Vamos formar grupo de cinco pessoas e vamos refletir sobre a questão sugerida abaixo,
podendo o grupo utilizar-se de exemplos para esclarecer suas reflexões.
1. O que é uma visão holística de educação ambiental e de que forma ela orienta o
planejamento e a implantação de ações educativas voltados para o saneamento?
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Com a discussão e posterior aprovação da política de saneamento (2007) para o país, tornou-
se imprescindível a construção de um Programa Nacional de Educação Ambiental com o
objetivo de definir conceitos gerais e propor orientações de uma prática voltada para o
saneamento, tendo como objetivos fortalecer as articulações e a integração das políticas
(principalmente aquelas afins ao saneamento) e fomentar a participação da sociedade na gestão
local e controle social sobre as políticas públicas. Nesse momento histórico, a educação
ambiental torna-se parte constituinte da concepção política federal de saneamento, a qual a
percebe como um importante instrumento de gestão dos programas e investimentos na área,
buscando o envolvimento dos diversos atores sociais para, a partir de uma reflexão crítica e da
construção coletiva de valores e práticas, contribuir para a formação de sociedades mais justas.
Esse esforço é materializado na constituição de um grupo de trabalho interinstitucional
responsável pela condução do processo de construção do PEAMSS e na inclusão do tema na
pauta das atividades de capacitação continuada, a exemplo da ReCESA.
Nesse momento vamos conhecer os fundamentos legais e o que preconiza o PEAMSS. Para isso,
propomos a leitura individual do texto apresentado a seguir e em seguida, a realização de
atividade em grupo.
Marco Legal
Desde a instituição da PNMA, a educação ambiental está prevista em todos os níveis de ensino,
bem como a “capacitação” da comunidade “para participação ativa na defesa do meio
ambiente”.
Pensar os direitos fundamentais garantidos pela Constituição de 1988 é primordial para situar
o marco legal do que se denomina “educação ambiental e mobilização social em saneamento”.
O primeiro e mais importante desses direitos é a VIDA, seguido de medidas que garantam a
saúde integral.
A Lei nº. 9.795/99 foi regulamentada pelo Decreto nº. 4.281/2002, que definiu, entre outras
coisas, a criação do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, composto pelo
Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Educação.
Com base nos princípios da Política Nacional de Educação Ambiental e sintonizado com o
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, em
2003 o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental elaborou o Programa Nacional
de Educação Ambiental (ProNEA), estabelecendo diretrizes, princípios e linhas de ações para
que os projetos de educação ambiental de todos os segmentos da sociedade possam ser
Objetivando uma estruturação sistêmica da gestão da PNEA e do ProNEA, desde 2006 vem
sendo construído o Sistema Nacional de Educação Ambiental (SISNEA). A Política Nacional de
Educação Ambiental define um formato de gestão minimamente estruturado, apresentando
uma lógica que pode servir de base para uma proposta mais orgânica e participativa das
competências político-administrativas e das atribuições formadoras dos entes, instituições e
organizações que atuam no caminho da educação ambiental no país.
A Política Federal de Saneamento Básico (PFSB), como um dos eixos do PEAMSS, merece
algumas reflexões. O saneamento deve ser trabalhado de forma holística e global, posto que se
trata de um tema plural conforme a multiplicidade de aspectos que envolve. A PFSB determina
que a União, ao estabelecer sua política de saneamento básico, tenha como diretriz a
necessária articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, habitação,
combate e erradicação da pobreza, proteção ambiental, promoção da saúde e outras, de
relevante interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida. O acesso ao
saneamento básico, sem dúvida, integra a estratégia para atingir a meta da plena cidadania.
O eixo legal do saneamento é preenchido, portanto, pela Lei nº. 11.445/2007, que determina
ainda que o saneamento básico englobe serviços, infra-estruturas e instalações operacionais
de: a) abastecimento de água potável; b) esgotamento sanitário; c) limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos; e d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
No que diz respeito a recursos hídricos, temos também uma legislação com um perfil altamente
democrático e participativo. A Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97) estabelece
um marco legal para a gestão compartilhada das coleções hídricas, baseando-se na
descentralização e na participação cidadã, superando a utilização corporativa e particularista da
água, assegurando o seu uso múltiplo e afirmando o preceito constitucional que a define como
bem público.
A criação do Ministério das Cidades, em 2002, com o objetivo de articular as políticas públicas
urbanas específicas, que estavam fragmentadas, também é um marco a ser destacado na
questão do saneamento. Visou à melhoria das condições de vida para os menos favorecidos.
Sua função é planejadora, normativa e articuladora, com a formulação de Planos Nacionais e
criação de um sistema permanente de dados sobre a questão urbana e habitacional.
No campo das políticas públicas para saúde, a Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990,
estabelece que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Está incluída ainda,
no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), a participação na formulação da política
e na execução de ações de saneamento básico.
O controle social é uma forma de participação que só ocorre mediante o acesso à informação, e
a educação ambiental é um elemento facilitador desse processo. O acesso às informações
relativas ao saneamento é previsto por meio da obrigatoriedade de ampla divulgação dos
editais de licitação e das minutas dos contratos de concessão de serviços, assim como das
propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentam, inclusive com
a realização de audiências ou consultas públicas, amplamente divulgadas.
Além disso, a Lei nº. 11.445/2007 indica como canal para participação e controle social dos
serviços públicos de saneamento básico o Conselho Consultivo, composto por representantes
dos usuários, entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor,
titulares dos serviços, órgãos governamentais relacionados ao setor e prestadores de serviços
públicos de saneamento básico. No entanto, é importante frisar que este não é obrigatório e,
portanto, a mobilização da sociedade é fundamental para que tal instância participativa seja de
fato implementada.
No Estatuto da Cidade, o controle social é previsto de forma mais explícita no Art. 4º, § 3º. Os
instrumentos previstos nesse artigo demandam dispêndio de recursos por parte do Poder
Público municipal e devem ser objeto de controle social, garantida a participação da
comunidade, movimentos e entidades da sociedade civil. O Estatuto da Cidade ainda estabelece
que, para garantir a gestão democrática da cidade, devem ser utilizados, entre outros: a
participação em colegiados, debates, audiências públicas e consultas públicas; conferências
sobre assuntos de interesse urbano, além da iniciativa popular de projeto de lei e de planos,
programas e projetos de desenvolvimento urbano. Esses instrumentos ainda não estão
completamente implementados e coordenados, pois a lei previu o prazo de cinco anos para que
os municípios elaborassem seus planos diretores.
A consolidação do marco legal, após a promulgação da Lei nº. 11.445/2007, deverá considerar
a contextualização exposta, incluindo obrigatoriamente as ações de Educação Ambiental e
Mobilização Social. O artigo 52 observa que o Ministério das Cidades coordenará a elaboração
do Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB. As Diretrizes, Princípios, Estratégias do
PEAMSS devem contribuir e ser aperfeiçoados no processo de elaboração do Plano.
em: <www.cidades.gov.br/peamss>
* Documento Oficial do PEAMSS, disponível em: www.cidades.gov.br/peamss>.
Atividade em grupo
Formando grupos de cinco participantes vamos identificar a partir da leitura do texto realizada
anteriormente:
1. Com quais políticas públicas e seus respectivos marcos legais o PEAMSS se articula?
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3. Quais as leis existentes em seu município que trata da Educação Ambiental? Aborda
especificamente as ações voltadas ao saneamento?
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Individualmente, vamos refletir sobre as questões colocadas abaixo. É importante fazer estas
reflexões para que possamos confrontar, discutir e consolidar valores, uma vez que estes
determinam à forma como vemos, sentimos e atuamos como cidadãos e profissionais.
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2. Para você a Educação Ambiental é um componente importante para a efetividade das ações
de saneamento? Por quê?
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Conceito
A partir da aprovação da Lei do Estatuto das Cidades – fruto do Movimento Nacional pela
Reforma Urbana que estabeleceu no cenário nacional o conceito de gestão democrática da
cidade –, a integração das políticas urbanas e a instituição de espaços participativos, como as
conferências e os conselhos, passam a constituir um novo arcabouço legal, repercutindo na
ampliação de outros conceitos e novas práticas sociais. Nesse cenário, é criado o Ministério das
Cidades, integrando as políticas de desenvolvimento urbano, e também é iniciada a discussão e
elaboração de um conjunto de normas e leis que vão orientar o novo marco regulatório para o
saneamento básico no Brasil.
A mobilização social,
social por sua vez, se constitui em um movimento organizativo enquanto
agrega, discute coletivamente soluções para os problemas da comunidade, como também
contribui para a formação de sujeitos capazes de interagir, dialogar uns com os outros.
Fortalecer e capacitar os cidadãos possibilita a definição de estratégias eficazes e o controle
social da prestação dos serviços públicos, conferindo as ações de saneamento qualidade.
O ato de mobilizar implica em “envolver” pessoas, “convocar” vontades para desenvolver uma
ação. Você poderia elencar situações em que houve a mobilização de pessoas em torno de um
objetivo comum?
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No bairro em que você mora existe uma Associação Comunitária? Você participa? Você tem
conhecimento de alguma ação positiva realizada através dela para a sua comunidade? Qual?
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A efetividade das políticas públicas depende do envolvimento do usuário – cidadão para o qual
se destinam. Portanto, uma campanha de vacinação, desratização, depende do envolvimento
dos cidadãos-usuários, assim como, a manutenção sustentável dos serviços de saneamento
seja: limpeza de canais e rede de drenagem de águas pluviais, limpeza e desobstrução de rede
de coleta dos esgotos etc., também necessitam da participação dos usuários.
Você poderia elencar uma situação em que a ação do cidadão-usuário pode comprometer ou
contribuir para a sustentabilidade dos serviços de saneamento? Que impacto ações de EA
poderiam ter sobre esta situação?
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Transversalidade e Intersetorialidade
Para o alcance de suas funções, as ações de Educação Ambiental votadas para o saneamento
necessitam ser planejadas e desenvolvidas de forma transversal, intersetorial e interdisciplinar
através da cooperação e participação conjunta dos vários atores sociais e institucionais
envolvidos nas questões sanitárias e ambientais.
Essa ação intersetorial promove a interlocução entre as políticas públicas afins, no sentido de
gerar um novo fazer coletivo, potencializando as práticas específicas dos atores institucionais e
sociais em resposta à visão fragmentada dos serviços públicos no processo de urbanização.
Portanto, a mobilização social e a educação ambiental, enquanto processos a serem
promovidos, incentivados e valorizados, devem por um lado ser compreendidos como um
processo contínuo, permanente e de longo prazo e, por outro lado, devem abandonar a visão
setorial e fragmentada presente no “fazer saneamento” e atuar intersetorialmente, promovendo
a transdisciplinaridade e buscando incorporar as dimensões presentes na promoção da
qualidade de vida e da saúde da população diante dos problemas sanitário.
Você sabia?
Transparência
Transparência e Diálogo
Continuidade e Permanência
Emancipação e Democracia
Como vimos acima à ação educativa deve ser pautada pelo diálogo, estimulando a reflexão
crítica dos sujeitos sociais, fortalecendo sua autonomia, sua liberdade de expressão e
contribuindo para a qualificação e ampliação de sua participação nas decisões políticas. Aqui
também se encontra o caráter emancipatório da educação, enquanto instrumento de
distribuição de poder.
Tolerância e Respeito
Podemos observar que na maioria dos municípios os serviços de saneamento básico são
prestados por vários órgãos públicos, seja municipais e estaduais. Individualmente, localize
como estão distribuídos os componentes de saneamento básico em seu município.
Não podemos questionar os avanços obtidos na área da educação ambiental com a criação e a
consolidação dos marcos legais citados anteriormente. Na Política de Saneamento também nos
deparamos atualmente com um grande desafio que se apresenta para os profissionais da área e
que demandam com urgência a apropriação e a sensibilização para um novo fazer. Esses
desafios devem ser apresentados não como barreiras, mas como obstáculos que deverão ser
superados com solidariedade, dedicação e persistência entre aqueles que continuam
acreditando ser possível o diálogo dos saberes e a (re)construção de práticas individuais e
coletivas visando ao bem comum. Nesse sentido, apresentamos abaixo alguns obstáculos já
explicitados em vários momentos quando da construção do PEAMSS:
E você, que outros desafios se apresentam na sua prática profissional para o desenvolvimento
das práticas de educação ambiental nos projetos / programas de saneamento?
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Método
Entende-se por método o “caminho” a ser percorrido para se conseguir atingir determinados
objetivos. Todavia, os pressupostos metodológicos atribuídos ao método Paulo Freire ampliam
esta concepção, agregando elementos significativos ao processo educativo. Entre eles
destacamos:
Esta forma de abordagem contribui para que o educando se reconheça como ator dessa
realidade, pensando sobre o seu papel na sociedade. Baseia-se na construção e reconstrução
permanente do homem consigo mesmo e com a coletividade, através da reflexão que estimula
a superação da consciência ingênua para a consciência crítica, levando ao discernimento das
possibilidades reais de inferência individual e coletiva.
O ato educativo deve se constituir em um encontro de interlocutores que por meio do diálogo
procuram no ato de aprender a significação da realidade e na prática o poder de transformá-la.
Figura 1: Entrevistas realizadas Figura 2: Observação direta da Figura 3: Oficina de pintura e desenhos
com a comunidade da Mangueira situação-problema colocada na desenvolvida na comunidade de
(Recife-PE). comunidade da Mangueira (Recife-PE). Jacarezinho (Recife-PE).
2° Momento: Sensibilização
3° Momento: Tematização
Consiste na definição de temas, com os sujeitos envolvidos, numa ordenação flexível de acordo
com as realidades específicas a serem trabalhadas. Por ser uma construção coletiva, novos
conteúdos surgem a partir das contribuições dos sujeitos que vão sendo envolvidos.
• Setor Privado.
• Educadores Ambientais.
OBJETIVOS
Nesse momento vamos iniciar a construção do nosso PLANO DE
– Escolher um problema
TRABALHO formando grupos de 05 pessoas. Considerando os de saneamento a partir
conteúdos apresentados e discutidos anteriormente, cada grupo irá da vivência profissional.
selecionar uma situação-problema relacionada à questão do – Identificar as relações
saneamento. O instrutor irá sugerir algumas temáticas, porém os de causa-efeito do
problema.
grupos podem eleger a sua própria a partir da vivência profissional dos
– Selecionar ações
seus participantes.
eficientes para a
abordagem do problema.
– Analisar e discriminar
Temáticas sugeridas:
sugeridas as funções dos principais
atores envolvidos.
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1. Formação Continuada
O primeiro eixo de ação agrega estratégias que visam promover processos formativos que
qualifiquem o exercício do controle social nas ações de educação ambiental em saneamento.
Tais processos devem envolver a educação formal e não-formal, assim como, promover ações
de caráter contínuo mediante metodologias participativas.
Estratégias
O segundo eixo de ação reúne estratégias que visam promover a universalização do acesso aos
serviços de saneamento básico mediante a mobilização de instituições governamentais, não-
governamentais e da sociedade.
Estratégias
• Estimular a inserção das ações desencadeadas pelo PEAMSS nos Planos Municipais de
Saneamento, como forma de garantir a disponibilização de recursos para sua
operacionalização;
• Destinar parte dos recursos investidos em saneamento para ações de educação ambiental;
3. Parceria
Nesse sentido, o terceiro eixo de ação elenca estratégias voltadas para o estabelecimento de
parcerias entre os gestores, a comunidade beneficiária, o setor privado e as instituições não-
governamentais, no sentido de potencializar e integrar as ações de mobilização social e
educação ambiental.
Estratégias
Estratégias
O quinto eixo de ação compreende estratégias que buscam valorizar a identidade cultural, a
dinâmica e o ritmo próprio das comunidades beneficiárias.
Nesse sentido, é importante o uso das artes inspiradas na cultura popular: música, cordel,
poesia, teatro, dança como instrumentos facilitadores à compreensão dos conteúdos de
educação ambiental. Esses instrumentos promovem a sensibilização dos atores para a efetiva
participação nas ações que possibilitam a tradução dos conteúdos educativos, inspirando
elaboração de novas produções coletivas, sendo disponibilizado para disseminar os
conhecimentos na comunidade.
Estratégias
Para que as informações consigam comunicar o que se deseja é necessário que os instrumentos
educativos utilizados estejam adequados ao tipo da comunicação bem como ao público ao qual
se destinam.
A seleção desses instrumentos pode ser determinante para os resultados que se deseja
alcançar. Assim, é muito importante o cuidado na escolha para a informação que se deseja
transmitir.
• Cartazes
Considerando que os cartazes serão expostos em lugares públicos, eles devem ser elaborados
contemplando alguns requisitos:
requisitos
conteúdo.
Requisitos:
o Informações
Informações gerais sobre reuniões, ações que estarão sendo realizadas.
Data:
Data 05/06/07
Hora: Manhã / Tarde
Local: Rua Santo Ângelo, Travessa Bom Jardim, Rua do Lírio e Rua do Cravo da Vila
PROCEDIMENTOS:
Você deve retirar todos os entulhos (lixo) armazenados em seu quintal, como
sofás velhos, colchões e outros materiais que a coleta domiciliar normal não
recolhe e colocar em frente à sua residência na data e horário indicados, para que
o caminhão da Prefeitura possa removê-los. Desta forma a desratização será
eficaz.
O Álbum seriado é um instrumento para abordagens das temáticas de educação ambiental para
o saneamento contribuindo para o aprofundamento sobre cada componente do sistema de
saneamento (água, esgoto, manejo dos resíduos sólidos, manejo das águas pluviais). Seus
formatos em folhas seqüenciais e complementares estabelecem uma relação de diálogo durante
as abordagens educativas nos momentos das visitas domiciliares. Ao ser utilizado em reuniões,
facilita à compreensão dos conteúdos, constituindo-se em um instrumento estimulante a
interação durante toda sua apresentação.
Cada folha do álbum seriado deve conter: mensagens escritas com linguagem simples de forma
compacta e ilustrações que revelem o conteúdo a ser trabalhado.
ÁGUA
É importante que nesse processo seja trabalhada o intelecto, a emoção e a vontade dos
indivíduos. Nesse sentido, a música se constitui em um excelente veículo para estimular idéias,
valores, crenças, principalmente, se ligada à cultura da comunidade.
Requisitos:
o Pesquisar letras de música que tenham relação com os componentes do saneamento básico.
o Selecionar músicas conhecidas do público a ser trabalhado para recompor sua letra,
(paródia), orientando para o uso correto dos sistemas de saneamento básico.
RAP DA COMUNIDADE
NA NOSSA COMUNIDADE
É LIXO PRA TODO LADO
MAS SE AGENTE SE UNIR
DEIXAREMOS ORGANIZADO.
O CANAL É POLUIDO
E VEJO LIXO NO CHÃO
EU DIGO PARA MEU AMIGO
NÃO FAÇA ISTO MAIS NÃO.
ESTE É O RAP
O MEU RAP DO BEM
COM A COMUNIDADE NOVA
ONDE TEM GENTE DO BEM
EU QUERO MEU BAIRRO LIMPO
SEI QUE VOCÊ QUER TAMBÉM.
Produção de
de ume
ume Oficina de Educação Sanitária e Ambiental realizada em Recife-
Recife-PE.
• Literatura de Cordel
A literatura de cordel utiliza um tipo e linguagem poética, vinculada às identidades locais, para
expressar sentimentos, sendo muito divulgada em espaços populares. Trata-se de uma
produção literária tipicamente nordestina, que aborda temas vinculados ao cotidiano do povo,
escritos em forma de poesia, rimadas, se constituindo em folhetos rústicos ilustrados em
xilogravura.
Os folhetos são expostos em ruas, feiras, pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem
ao seu nome.
Requisitos:
o Material rústico.
o Linguagem popular.
o Ilustração em xilogravura.
PRIMEIRA
PRIMEIRA PARTE SEGUNDA PARTE TERCEIRA PARTE QUARTA PARTE
Meus senhores, minhas senhoras Chegando em nossa casa Por que Estação Elevatória? Com a coleta seletiva
De vocês quero atenção Não podemos desperdiçar Para o esgoto subir O lixo é separado
Pra falar do saneamento No tanque, na pia, chuveiro Pois é por declividade Vidro, Plástico, Alumínio
Na nossa apresentação Atentos devemos ficar Que ele vai seguir Não podem ser misturado
È um quebra cabeça humano Evitando vazamento E na Estação de Tratamento Porque se ganha dinheiro
Que faz a comunicação Pra água não acabar Vai se despoluir Eles sendo reciclados.
A água que vem do rio Toda água que usamos O sólido pode ser aproveitado
Por bombeamento é tirada Em esgoto é transformada Servindo de adubação Meio ambiente saudável
Pra poder ser consumida E pra garantir a saúde O líquido é todo tratado É tudo que quero ter
Precisa também ser tratada De casa deve ser levada Na lagoa de Estabilização Limpeza por toda parte
Cloração decantação Pois pra voltar a natureza Pra matar todos os germes É alegria de viver
Deixam a água purificada Ela deve ser tratada E receber oxigenação Até o sol fica contente
Fazendo a terra aquecer
O teatro de bonecos é uma atividade lúdica que facilita a interação com o público,
principalmente, crianças.
Esse processo criador consegue traduzir o caráter técnico dos conteúdos de educação
ambiental para o saneamento em aprendizagem prazerosa. A apresentação de teatro de
bonecos em escolas, entidades da comunidade produzem efeito multiplicador para a
disseminação das informações necessárias ao funcionamento contínuo dos sistemas de
saneamento.
Narrador: Em uma manhã ensolarada, Maria leva seu filho para escola.
Maria:
Maria Vamos filho, você já está atrasado!
Pedro:
Pedro já vou mãe!
Narrador:
Narrador Então chegaram na escola.
Maria:
Maria Tchau filho.
Pedro:
Pedro Tchau mãe.
Narrador:
Narrador Ela resolve passar no escritório de saneamento para reclamar do seu esgoto que está
entupido e esborrando para dentro da sua casa.
Maria:
Maria Bom dia, meu nome é Maria!
Francisco:
Francisco Bom dia, D. Maria. Meu nome é Francisco!
Maria:
Maria Eu vim aqui reclamar porque minha vizinha, Zezé, jogou lixo na pia e entupiu o esgoto. Agora
está esborrando para dentro de mina casa, colocando a minha saúde e da minha família em risco.
Francisco:
Francisco Está certo D. Maria. Vamos passar em sua casa para verificar.
Maria:
Maria Obrigada, seu Francisco.
Francisco:
Francisco De nada D. Maria
Narrador:
Narrador Enquanto ela voltava para casa passou em frente ao posto de saúde e viu muitas mães
Sua utilização para fins educativos tem demonstrado efetividade. Sua funcionalidade confere
sua aceitação e promove uma interação no ambiente privado e público.
A confecção deve considerar as questões culturais e as datas comemorativas relativas aos
temas de saneamento básico. O uso das imagens, cores, letras e forma devem ser eleitos de
forma equilibrada e clara.
O registro de depoimentos é um importante recurso para a avaliação das ações, assim como
para o seu efetivo monitoramento.
Devem ser formuladas perguntas de forma clara e objetiva, adequando ao público alvo e sua
faixa etária.
Como forma de incentivar a integração social dos moradores daquela comunidade, o professor
Flávio – como é chamado pelos seus alunos -, acredita no benefício de uma ação que sirva
como fonte de informação para se proteger da dengue. Sem falar da conscientização de
preservar o local onde se vive. “O interesse das pessoas em participar, comparecendo às
assembléias, ouvindo e fazendo propostas no sentido de transformar a realidade é muito
importante. Tivemos dificuldades com o problema do lixo e da falta de higiene aqui em Jardim
Uchôa, mas promover higiene é oferecer qualidade de vida. A comunidade sente que precisa
agir para mudar a situação”.
Neste momento iremos assistir a um vídeo intitulado: “O meio ambiente começa no meio da
gente”. Ele irá relatar um problema de saneamento em uma dada comunidade e as ações
empreendidas por vários atores para sua resolução. Sugerimos que os participantes anotem
suas observações, para enriquecer nossas discussões quando da construção da matriz 2.
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Trabalho em grupo
Apresentação final
1. Apresentação do problema
Tempo da apresentação:
apresentação 30 minutos para cada grupo.
OBJETIVOS DINÂMICA
- Discutir o papel
social do
Objetivo
profissional de
saneamento.
Socializar sentimentos, emoções e
- Apresentar os expectativas quanto aos conteúdos
temas das demais trabalhados na oficina em relação à prática
oficinas do profissional.
NURENE.
• Duração: 10 minutos
- Entrega dos
certificados. • Material: balões de festas (mesma cor)
e papel.
Metodologia
Entregar um pedaço de papel contendo uma frase a ser complementada por cada participante:
Com os conhecimentos discutidos nessa
nessa oficina minha prática profissional será... (frase
sugerida).
Cada participante, de posse da sua frase, receberá um balão de festa. Nele colocará a frase e
depois deverá enchê-lo e amarrá-lo. Após o enchimento dos balões estes devem ser jogados
para o ar e cada participante apanhará um balão, que ao estourá-lo deve realizar a leitura da
frase contida no mesmo e refletir sobre o significado dela para si próprio.
APRENDA FAZENDO: Apoio aos Processos de Educação Ambiental. WWF – Agosto, 2000.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L6938.htm>. Acesso em: 15 jan. 2008.
BRASIL. Lei nº. 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis>. Acesso em: 17 jan.
2008.
BRASIL. Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria
o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da
Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei
nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/L9433.htm>. Acesso em: 15 jan. 2008.
BRASIL. Lei nº. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília (DF): Diário Oficial da União,
1999.
BRASIL. Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
Federal e estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/media/LeiEstatutoCidade02>. Acesso em: 17 jan. 2008.
BRASIL. Lei nº. 11.445 de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico e para a política federal de saneamento básico. Brasília (DF): Diário Oficial da União, 2007.
_______. Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social para o Saneamento (PEAMSS). Brasília,
2007, p. 21. (Documento. Versão em consulta). Disponível em: <www.cidades.gov.br/peamss>.
Acesso em: 17 jan. 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e terra. 29 ed. São
Paulo, 2004.
_______. Pedagogia do oprimido. 45. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
MALHEIROS, T. F.; PHILIPPI, A. Jr. Saneamento e saúde pública: Integrando homem e ambiente. In:
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MINAYO, Maria Cecília de Souza. PESQUISA SOCIAL: TEORIA, METODO E CRIATIVIDADE. Organizador:
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