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Estatuto da Criança e do Adolescente – Analista Judiciário – TJ/PA


Aula 02
Prof. Marcos Girão

Aula 02 – Estatuto da Criança e do Adolescente – Parte III

Olá, caro aluno!

A palavra de ordem é: continuemos firmes e forte na nossa jornada pelo


Estatuto da Criança e do Adolescente, o nosso querido ECA!

Os assuntos que estudaremos nesta aula são os seguintes:

- A Justiça da infância e da juventude: princípios gerais;


competência; serviços auxiliares (arts. 145 a 151).

- Medidas de proteção: disposições gerais; medidas específicas de


proteção (arts. 98 a 102).

- Medidas pertinentes aos pais ou responsável (art. 129).

- Procedimentos: disposições gerais; perda e suspensão do poder


familiar; destituição da tutela (arts. 155 a 164).

Assim como aconteceu na aula passada, nesta também não consegui


encontrar questões Vunesp sobre os temas acima. No entanto, a aula está
recheada de questões da poderosa Cespe (quase 50 questões!), a grande
maioria delas aplicadas para importantes cargos jurídicos, o que vai lhe
proporcionar alto nível de preparação.

As de sua prova, tenho certeza, não fugirão do nível dessas que aqui lhes
serão oferecidas. Pode apostar!

Sigamos em frente, então!

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Sumário

VI - A JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.................................................................................... 3


6.1. Competências da Justiça da Infância e da Juventude ............................................................... 3

6.2. Os Serviços Auxiliares................................................................................................................ 7

VII - AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO ........................................................................................................ 13

VIII - AS MEDIDAS APLICÁVEIS AOS PAIS E AOS RESPONSÁVEIS........................................................ 31

IX - A PERDA E A SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR E A DESTITUIÇÃO DE TUTELA .......................... 34

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VI - A JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

Comecemos a aula pelo que o ECA estabelece a respeito dos Juizados da


Infância e da Juventude (art. 145 a 149)!

Bom, a autoridade judiciária a que se refere o Estatuto da Criança e do


Adolescente é o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce
essa função, na forma da lei de organização judiciária local.

Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e


exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer
sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e
dispor sobre o seu atendimento, inclusive em plantões. E é nessa vara
especializada que esse Juiz exerce suas funções.

Diante da extrema complexidade e relevância das causas que envolvem


interesses infanto-juvenis, a criação de varas especializadas e exclusivas da
infância e da juventude, sobretudo nos grandes centros, é de suma
importância para que se possa garantir um atendimento adequado e prioritário
a crianças e adolescentes, com reais condições de lhes proporcionar a proteção
integral há tanto prometida.

6.1. Competências da Justiça da Infância e da Juventude

Caro aluno, são várias as competências da Justiça da Infância e da


Juventude elencadas pelo ECA. É importante que você, como futuro servidor
de Tribunal de Justiça, as conheça todas.

A nossa missão aqui é ajudá-lo a revisá-las! Pois bem, versa o ECA que
Justiça da Infância e da Juventude é competente para (atenção para os termos
destacados):

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 conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para


apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as
medidas cabíveis;

 conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do


processo;

 conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;

 conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais,


difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o
disposto no art. 209;

 conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades


de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;

 aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra


norma de proteção à criança ou adolescente;

 conhecer de casos encaminhados pelo conselho tutelar, aplicando


as medidas cabíveis.

 As competências acima descritas são EXCLUSIVAS da JUSTIÇA DA


INFÂNCIA E DA JUVENTUDE!

Quanto aos atos infracionais e à remissão, não se preocupe que serão


estudados em momento oportuno. Por enquanto, concentre-se apenas em
revisar as competências dos Juizados da Infância e da Juventude, ok?

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Agora, atenção: há outras competências da justiça da Infância e da


Juventude que só serão exercidas nos casos em os direitos da criança e do
adolescente, reconhecidos no ECA, forem ameaçados ou violados por ação
ou omissão da sociedade ou do Estado ou por falta, omissão ou abuso dos
pais ou responsável em razão de sua conduta.

Trata-se, portanto, de competências subsidiárias e são elas:

 conhecer de pedidos de guarda e tutela;

 conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou


modificação da tutela ou guarda;

 conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os


pais;

 determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos


registros de nascimento e óbito.

 suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;

 conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou


materna, em relação ao exercício do poder familiar;

 designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou


representação, ou de outros procedimento judiciais ou extrajudiciais
em que haja interesses de criança ou adolescente;

 conhecer de ações de alimentos.

Pois bem, em se tratando de termos processuais sobre a competência do


juízo menorista, o ECA estabelece em seu art. 147 que esta será determinada:

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1º - pelo domicílio dos pais ou responsável.

2º- Se estes faltarem, a competência se dará pelo lugar onde se


encontre a criança ou adolescente.

A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente


da residência dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade
que abrigar a criança ou adolescente.

Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar


da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e
prevenção.

Bom, mas as competências do Juizado da Infância e da Juventude não


terminam por aí! Há também as chamadas competências legislativas que a
autoridade judiciária da vara da infância e da juventude deve disciplinar. Tais
competências estão disciplinadas no art. 149 do ECA.

 Segundo esse dispositivo, compete à autoridade judiciária disciplinar,


através de PORTARIA, ou autorizar, mediante ALVARÁ:

 a entrada e permanência de criança ou adolescente,


desacompanhado dos pais ou responsável, em:

 estádio, ginásio e campo desportivo;

 bailes ou promoções dançantes;

 boate ou congêneres;

 casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;

 estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.

 a participação de criança e adolescente em:

 espetáculos públicos e seus ensaios;

 certames de beleza.

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6.2. Os Serviços Auxiliares

Caro aluno, o tópico “Serviços Auxiliares” vem regulamentado nos arts.


150 e 151 do ECA e, apesar de não terem sido ainda cobrados em provas de
concursos, achei por bem abordá-los, pois, afinal de contas, nunca se sabe
quando será a primeira vez!

O ECA, em seu art. 150, estabelece que cabe ao Poder Judiciário, na


elaboração de sua proposta orçamentária, prever recursos para manutenção
de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da Infância e
da Juventude.

À essa equipe interprofissional compete, dentre outras atribuições que


lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito,
mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver
trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e
outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a
livre manifestação do ponto de vista técnico.

Ok! De posse desses conhecimentos, vamos às primeiras questões de


nossa aula:

01. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] O processo de adoção e


seus incidentes competem exclusivamente à vara da infância e da juventude,
incluindo-se a adoção de maiores de dezoito anos de idade.

Comentário:

A assertiva está correta, pois, como acabamos de estudar, o processo de


adoção e seus incidentes competem sim exclusivamente à vara da infância e
da juventude.

Acontece que a banca foi um tanto quanto maldosa, ao inserir o trecho


“incluindo-se a adoção de maiores de dezoito anos de idade”. Ela fez isso para
plantar uma dúvida nos candidatos quanto à veracidade dessa informação.
Você, meu aluno do Ponto, sabe que essa informação procede.

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Em nossa primeira aula, vimos que a adoção, regra geral, é concedida


apenas para menores de 18 anos. Entretanto, vimos também que há a
possibilidade de a adoção ser concedida aos maiores de 18, mas desde que
estes já estejam sob regime de tutela ou de guarda. O enunciado da
questão não cita a ressalva, mas também não usa expressões restritivas, como
"apenas" ou "somente", o que não o invalida.

Gabarito: Certo

02. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Compete ao juízo


menorista conhecer da ação de regulamentação de visitas.

Comentário:

Conhecer da ação de regulamentação de visitas? Como assim?

Não, não! É só voltar às competências acima, que você constatará que


essa não é atribuição do juízo menorista, ou seja, do Juizado da Infância e da
Juventude.

Gabarito: Errado

03. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Compete à justiça


da infância e da juventude conhecer, processar e julgar todas as ações de
guarda e de tutela do menor, de destituição do poder familiar e de suprimento
da capacidade do menor ou do consentimento para o seu casamento.

Comentário:

Muito cuidado, caro aluno, com a leitura rápida!

De fato, compete à justiça da infância e da juventude conhecer,


processar e julgar as ações de guarda e de tutela do menor, de destituição do
poder familiar e de suprimento da capacidade do menor ou do consentimento
para o seu casamento. Mas não todas as ações!

Apenas aquelas em que os direitos da criança e do adolescente forem


reconhecidamente ameaçados ou violados por ação ou omissão da
sociedade ou do Estado ou por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável em razão de sua conduta.

O erro da assertiva foi ter usado a palavra “todas”. Atenção, ok?

Gabarito: Errado

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04. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MA – 2011] Conforme


preceitua o ECA, compete, exclusivamente, à justiça da infância e da
juventude

(A) conhecer de pedidos de adoção e respectivos incidentes.

(B) conhecer de ações de alimentos.

(C) conceder a remissão, mas apenas como forma de extinção do processo.

(D) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em


relação ao exercício do poder familiar.

(E) conhecer de pedidos de guarda e tutela.

Comentário:

Aqui você tem que usar o raciocínio da questão anterior. Esta nos pede
que marquemos, dentre as opções, a única que é competência exclusiva da
justiça da infância e da juventude. Isso quer dizer que os demais itens são
competências subsidiárias, ou seja, só serão quando os direitos da criança e do
adolescente forem reconhecidamente ameaçados ou violados por ação ou
omissão da sociedade ou do Estado ou por falta, omissão ou abuso dos pais
ou responsável em razão de sua conduta.

Vamos checar item por item à procura da competência exclusiva, ok?

Item A - conhecer de pedidos de adoção e respectivos incidentes  exclusiva.


(Certo)

Item B - conhecer de ações de alimentos  subsidiária. (Errado)

Item C - conceder a remissão, mas apenas como forma de extinção do


processo  exclusiva, mas está com a redação errada. A justiça da infância
e da juventude é competente para conceder a remissão como forma de
suspensão ou extinção do processo.

Item D - conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna,


em relação ao exercício do poder familiar  subsidiária. (Errado)

Item E - conhecer de pedidos de guarda e tutela  subsidiária. (Errado)

Gabarito: Letra “A”

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05. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Compete à


autoridade judiciária da vara da infância e da juventude disciplinar, por meio
de portaria, os casos de permissão de viagem ao exterior de criança ou
adolescente em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

Comentário:

Vamos aproveitar a questão para relembrar as competências


"legislativas" dos juizados da infância e da juventude?

Perceba, caro aluno, que não há, nas regras acima, a competência da
autoridade judiciária da vara da infância e da juventude para disciplinar, por
meio de portaria, os casos de permissão de viagem ao exterior de criança ou
adolescente em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

Invenção da banca!

Gabarito: Errado

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[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Com relação à


competência da justiça da infância e da juventude, julgue os itens a
seguir.

06. A competência da justiça é determinada pelo lugar onde se encontre a


criança ou o adolescente, independentemente de serem conhecidos o domicílio
e a identidade dos pais ou responsável.

07. No caso de ato infracional, são competentes para o processo e o


julgamento da ação tanto a autoridade do lugar em que o ato foi praticado
quanto a do lugar onde se produziu ou deveria ter-se produzido o resultado.

08. Nas hipóteses de aplicação das medidas de proteção a criança ou


adolescente, a justiça da infância e da juventude é competente para conhecer
de ações de alimentos.

Comentário 06:

A questão ela erra ao inverter a ordem das coisas!

O certo seria dizer que a competência da justiça da infância e da


juventude será determinada pelo domicílio dos pais ou responsável e,
somente se estes faltarem, é que será pelo lugar onde se encontre a criança
ou o adolescente.

Gabarito: Errado

Comentário 07:

Retificando a informação: nos casos de ato infracional, será competente


a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras de
conexão, continência e prevenção. Simples assim!

Gabarito: Errado

Comentário 08:

Perfeito!

Acabamos de revisar que essa é, de fato, uma das competências da


Justiça da Infância e da Juventude.

Gabarito: Certo

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[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] A respeito das


normas da justiça da infância e da juventude, assinale a opção correta
consoante o que dispõe o ECA.

09. Constatada a prática de ato infracional por adolescente, a competência


para o recebimento da representação é determinada pelo local de residência do
menor, independentemente do lugar da ação ou omissão, observadas as
regras de conexão, continência e prevenção.

10. O local da residência do menor é o foro competente para o processamento


e julgamento de ação de modificação de guarda, visto que, na fixação da
competência para as ações que tratem de guarda de menor, há de ser
observada a prevalência dos interesses deste sobre os demais bens e
interesses tutelados.

Comentário 09:

Não tenha dúvidas, pois a regra é clara: nos casos de ato infracional,
será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as
regras de conexão, continência e prevenção.

A questão erra ao afirmar que, constatada a prática de ato infracional


por adolescente, a competência para o recebimento da representação é
determinada pelo local de residência do menor, independentemente do lugar
da ação ou omissão.

Gabarito: Errado

Comentário 10:

Muito bem, certíssima a assertiva! E para você não esquecer:

Em termos processuais, sobre a competência do juízo menorista, o ECA


estabelece em seu art. 147 que esta será determinada:

1º - pelo domicílio dos pais ou responsável.

2º- Se estes faltarem, a competência se dará pelo lugar onde se


encontre a criança ou adolescente.

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A regra só será diferente, como vimos, quando da prática de ato


infracional pelo adolescente, mas, como a questão cita o caso de julgamento
de ação de modificação de guarda, não há o que se falar: o local da
residência do menor é mesmo o foro competente.

Gabarito: Certo

11. [PONTO E MARCOS GIRÃO – TJ/PA – 2014] Segundo o que estabelece


o ECA, caberá ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
orçamentária, prever recursos para manutenção de equipe interprofissional,
destinada a assessorar a Justiça da Infância e da Juventude e os Conselhos
Tutelares.

Comentário 11:

A assertiva está errada porque o ECA, em seu art. 150, estabelece que
cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária,
prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a
assessorar apenas a Justiça da Infância e da Juventude. Não estão inclusos
na regra de assessoramento, portanto, os Conselhos Tutelares.

Gabarito: Errado

VII - AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Ao estudar as atribuições do Conselho Tutelar, vimos que ele é


competente para aplicar medidas de proteção.

Pois bem, o art. 98, estabelece que tais medidas deverão ser aplicadas
sempre que os direitos de uma criança ou de um adolescente forem
ameaçados ou violados:

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 por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

 por falta, omissão, abuso ou em razão de conduta dos pais


ou responsável;

 em razão de sua conduta.

E quais são essas medidas de proteção?

Reponderemos a pergunta já já, porque, antes, é preciso saber que a


aplicação das medidas de proteção deverá ser regida por 12 importantes
princípios. São os princípios:

 da condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos:

Crianças e adolescentes são os titulares dos direitos previstos no ECA,


em outras Leis, bem como na Constituição Federal.

 da proteção integral e prioritária:

A interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida no ECA


deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e
adolescentes são titulares.

 da responsabilidade primária e solidária do poder público:

A plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes


pelo ECA e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente
ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de
governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da possibilidade
da execução de programas por entidades não governamentais.

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 do interesse superior da criança e do adolescente:

A intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos


da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a
outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes
no caso concreto.

 da privacidade:

A promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser


efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua
vida privada.

 da intervenção precoce:

A intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que


a situação de perigo seja conhecida.

 da intervenção mínima:

A intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e


instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à
proteção da criança e do adolescente.

 da proporcionalidade e atualidade:

A intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de


perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no momento em que
a decisão é tomada.

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 da responsabilidade parental:

A intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os


seus deveres para com a criança e o adolescente.

 da prevalência da família:

Na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve


ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua
família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua
integração em família substituta.

 da obrigatoriedade da informação:

A criança e o adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e


capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados
dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da
forma como esta se processa.

 da oitiva obrigatória e participação:

A criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de


responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou
responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na
definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua
opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária competente,
respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão.

Beleza?

De posse desses conhecimentos, chegou a hora de revisarmos quais são


as medidas de proteção estabelecidas pelo ECA.

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São medidas de proteção à criança e ao adolescente as seguintes:

 encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo


de responsabilidade;

 orientação, apoio e acompanhamento temporários;

 matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento


oficial de ensino fundamental;

 inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à


família, à criança e ao adolescente;

 requisição de tratamento médico, psicológico ou


psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

 inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,


orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

 acolhimento institucional;

 inclusão em programa de acolhimento familiar;

 colocação em família substituta.

Tais medidas poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem


como substituídas a qualquer tempo. Na aplicação das medidas serão
levadas em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que
visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

O Estatuto dá especial destaque para as medidas de acolhimento


institucional e acolhimento familiar. E é por isso, que você precisa guardar
logo de cara a seguinte regra:

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 O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas


provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para
reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em
família substituta, não implicando privação de liberdade.

E mais: sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção


de vítimas de violência ou abuso sexual e de outras providências, o
afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se garanta aos pais ou
ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla defesa.

O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo


à residência dos pais ou do responsável e, como parte do processo de
reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de
origem será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de
promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou com
o adolescente acolhido.

Vamos então consolidar o aprendizado, analisando com o assunto foi


cobrado em provas:

12. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/BA – 2010] As medidas de


proteção mencionadas no ECA serão aplicadas quando os direitos previstos na
lei sejam ameaçados ou efetivamente violados, por ação da sociedade, por
abuso dos responsáveis, ou em razão de conduta própria.

Comentário:

Exato e não esqueça: segundo o art. 98, as medidas de proteção


deverão ser aplicadas sempre que os direitos de uma criança ou de um
adolescente forem ameaçados ou violados:

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Esses são, de fato, um dos principais motivos para a aplicação das


medidas de proteção e exatamente o que, em outras palavras, nos diz a
assertiva!

Gabarito: Certo

13. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] O fato de se


expulsar de casa adolescente grávida caracteriza situação de violação de
direitos, o que justifica a aplicação de medida de proteção à adolescente.

Comentário:

Exato! O Estatuto reserva atenção especial às crianças e adolescentes


gestantes. A partir do momento em que seus pais ou responsáveis a
maltratam, violam seus direitos.

E já vimos: sempre que os direitos de uma criança ou de um adolescente


forem ameaçados ou violados por falta, omissão, abuso ou em razão de
conduta dos pais ou responsável, a ela deve ser aplicada medida protetiva.

Gabarito: Certo

14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Um dos princípios que


norteiam a adoção de medidas protetivas é o da intervenção mínima das
autoridades e das instituições.

Comentário:

Em nossa parte teórica, estudamos os 12 princípios que devem reger a


aplicação das medidas de proteção. A assertiva nos traz de forma correta o
chamado princípio da intervenção mínima.

Gabarito: Certo

15. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Entre os princípios


que regem a aplicação das medidas específicas de proteção incluem-se o da
privacidade, o da intervenção precoce e o da responsabilidade parental.

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Comentário:

É só voltarmos ao comentário da questão anterior e conferirmos que, de


fato, a questão acerta ao mencionar três dos doze princípios que devem ser
seguidos na aplicação das medidas protetivas. Repetindo:

 princípio da privacidade

 princípio da intervenção precoce

 princípio da responsabilidade parental

Gabarito: Certo

16. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Para a aplicação das


medidas específicas de proteção, é necessário levar em consideração, de forma
irrestrita, a prevalência da família natural ou extensa.

Comentário:

A questão trata do princípio da prevalência da família e erra ao afirmar


que se deve levar em consideração, de forma irrestrita, a prevalência da
família natural ou extensa.

Segundo o que rege esse princípio, na promoção de direitos e na


proteção da criança e do adolescente, deve ser dada prevalência às medidas
que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se
isto não for possível, que promovam a sua integração em família
substituta.

Gabarito: Errado

17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] As medidas de proteção


poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, mas não podem ser
substituídas a qualquer tempo.

Comentário:

A questão acerta ao afirmar que as medidas de proteção poderão ser


aplicadas isolada ou cumulativamente, mas erra ao dizer que não podem ser
substituídas a qualquer tempo. Você já está cansado de saber que o ECA
estabelece exatamente o contrário!

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Gabarito: Errado

18. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] As medidas protetivas


não podem ser aplicadas de forma cumulativa.

Comentário:

De novo? Ah, meu Deus...

O ECA, em seu art. 99, estabelece que as medidas de proteção (ou


protetivas, como queira) poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. O erro aqui
está em afirmar o contrário, ou seja, que tais medidas não podem ser
aplicadas de forma cumulativa.

Gabarito: Errado

19. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] As medidas de proteção


são aplicadas às crianças; as socioeducativas, aos adolescentes.

Comentário:

Opa! Cuidado com a leitura rápida, pois a regra acima não está de todo
correta!

Caro aluno, é preciso que fique bem claro o seguinte: as medidas de


proteção não são aplicadas somente às crianças. Os adolescentes também têm
esse direito. Veja o que diz o art. 98 do ECA:

Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente


são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
forem ameaçados ou violados:

I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

III - em razão de sua conduta.

É o Conselho Tutelar o órgão competente para aplicar uma das medidas


acima quando uma criança (e não um adolescente) comete qualquer ato
infracional.

Segundo o ECA, ato infracional é a conduta descrita como crime ou


contravenção penal. Para os adolescentes que cometem tais atos, o Estatuto
prevê algumas punições (medidas sócio-educativas) enquanto que, para as
crianças infratoras, caberá ao Conselho Tutelar, a aplicação das medidas de
proteção acima mencionadas.

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Nesses casos, não se trata de direitos ameaçados ou violados e, sim, de


um ato cometido por criança ou por adolescente que têm correspondência com
alguma conduta tipificada como crime. Para o adolescente, não haverá
medida de proteção e, sim, medida sócio-educativa, coisa bem diferente.
Não será também o Conselho Tutelar quem as aplicará, e sim a autoridade
judiciária (Juiz da Infância e da Juventude). Agora, se esse ato for cometido
por uma criança, aí sim, será o caso de aplicação das medidas de proteção e
será o Conselho Tutelar o competente.

As medidas socioeducativas, destinadas apenas a adolescentes


acusados da prática de atos infracionais, devendo ser considerada a idade do
agente à data do fato (a criança está sujeita APENAS a medidas de proteção)
e, embora pertençam ao gênero "sanção estatal" (decorrentes da não
conformidade da conduta do adolescente a uma norma penal proibitiva ou
impositiva), não podem ser confundidas ou encaradas como penas, pois têm
natureza jurídica e finalidade diversas.

A assertiva erra ao insinuar que adolescentes não podem ser submetidos


a medidas de proteção.

Gabarito: Errado

20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] O MP tem competência


para determinar o afastamento da criança do convívio familiar, devendo
comunicar o fato ao juiz competente em até quarenta e oito horas.

Comentário:

Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de


vítimas de violência ou abuso sexual e de outras providências, o afastamento
da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva
da autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial
contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
contraditório e da ampla defesa.

A questão erra ao afirmar que o afastamento da criança ou adolescente


do convívio familiar é de competência exclusiva do Ministério Público.

Gabarito: Errado

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] No que concerne às


medidas de proteção da criança e do adolescente, julgue os itens a
seguir.

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21 O acolhimento institucional, medida provisória e excepcional que implica


privação de liberdade, é utilizável como forma de transição para colocação do
menor em família substituta.

22. O afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar, medida


excepcional e de natureza emergencial, pode ser ordenado, com fundamento
na proteção das vítimas de violência ou abuso sexual, pelo MP, pelo conselho
tutelar, pelo órgão gestor da assistência social e pelos conselhos municipais
dos direitos da criança e do adolescente e da assistência social.

Comentário 21:

Dois erros na assertiva:

Acabamos de ver que tanto o acolhimento institucional como o


acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como
forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível,
para colocação em família substituta, não implicando privação de
liberdade.

Gabarito: Errado

Comentário 22:

Nada disso. Você já sabe:

Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de


vítimas de violência ou abuso sexual e de outras providências, o afastamento
da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva da
autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial
contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
contraditório e da ampla defesa.

Não é o MP o competente para ordenar tal afastamento, muito menos o


Conselho Tutelar, o órgão gestor da assistência social ou os conselhos
municipais dos direitos da criança e do adolescente e da assistência social.

Gabarito: Errado

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Acerca das medidas


de proteção da criança e do adolescente e das medidas pertinentes aos
pais ou responsável, julgue os itens a seguir com base no que dispõe o
ECA.

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23. Verificada a ameaça ou a violação dos direitos previstos no ECA, a


autoridade competente poderá determinar o acolhimento institucional da
criança ou do adolescente em situação de risco, a sua inclusão em programa
de acolhimento familiar, a sua colocação em família substituta ou em programa
de liberdade assistida.

24. O afastamento da criança ou do adolescente do convívio familiar é de


competência concorrente da autoridade judiciária, do MP e do conselho tutelar.

25. O acolhimento institucional, medida de privação de liberdade, é utilizado


como forma de transição para a reintegração familiar do menor apreendido ou,
não sendo esta possível, para a sua colocação em família substituta.

Comentário 23:

A questão vinha toda certinha, mas pisou na bola ao seu final!

São medidas de proteção:

Como você pode ver, a liberdade assistida não consta da lista de


medidas de proteção, pois se trata de uma medida sócio-educativa! Eis o
erro da questão.

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As demais medidas citadas (destacadas em vermelho) estão corretas.

Gabarito: Errado

Comentário 24:

Nessa você não cai mais!

Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de


vítimas de violência ou abuso sexual e de outras providências, o afastamento
da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva da
autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial
contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
contraditório e da ampla defesa.

Nada de competência concorrente, ok?

Gabarito: Errado

Comentário 25:

Já podemos parar a leitura na primeira linha, quando a questão afirma


ser o acolhimento institucional uma medida privativa de liberdade. De jeito
nenhum!

Tanto o acolhimento institucional como o acolhimento familiar são


medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para
reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família
substituta, não implicando privação de liberdade.

Gabarito: Errado

26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Somente a autoridade


judiciária poderá determinar o afastamento do menor do lar e dos pais ou
responsáveis, garantindo-lhes ampla defesa; a guia de acolhimento do menor
deve ser expedida com todos os dados necessários sobre a família e os
motivos do afastamento do convívio familiar.

Comentário:

A primeira informação da assertiva (até o ponto e vírgula) está correta.


Para saber se a outra parte também está, vamos falar um pouco da tal Guia
de Acolhimento:

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Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às


instituições que executam programas de acolhimento institucional,
governamentais ou não, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida
pela autoridade judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:

 sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu


responsável, se conhecidos;

 o endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos de


referência;

 os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob


sua guarda; e

 os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar.

Conclui-se, portanto, que a segunda parte da assertiva está também


certinha: a guia de acolhimento do menor deve ser expedida com todos os
dados necessários sobre a família e os motivos do afastamento do convívio
familiar.

Gabarito: Certo

27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Não podem constar da


guia de acolhimento da criança os motivos de sua retirada do convívio com a
família de origem.

Comentário:

Oh, meu Deus... essa tá uma moleza!

Acabamos de ver que várias informações devem constar de forma


obrigatória na Guia de Recolhimento a ser expedida pela autoridade
judiciária à criança ou ao adolescente recolhidos. Dentre tais informações, há
sim a necessidade de serem relatados os motivos da retirada ou da não
reintegração ao convívio familiar. O contrário do que afirma a assertiva!

Gabarito: Errado

28. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Imediatamente


após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo
programa de acolhimento institucional ou familiar deve elaborar um plano
individual de atendimento, visando à reintegração familiar do menor,
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em contrário
exarada pela autoridade judiciária competente, caso em que está prevista a
colocação da criança ou do adolescente em família substituta.

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Comentário:

Aqui a banca não teve vergonha nenhuma em praticamente o copiar-


colar o §1º do art. 101 do ECA (e já te digo que a Vunesp também gosta de
fazer isso!). Veja só o dispositivo cobrado:

Art. 101. (...)

§ 4o Imediatamente após o acolhimento da criança ou do


adolescente, a entidade responsável pelo programa de acolhimento
institucional ou familiar elaborará um plano individual de
atendimento, visando à reintegração familiar, ressalvada a
existência de ordem escrita e fundamentada em contrário de
autoridade judiciária competente, caso em que também deverá
contemplar sua colocação em família substituta, observadas as
regras e princípios desta Lei.

O plano individual de acolhimento visa estabelecer algumas metas a


serem cumpridas pela entidade de atendimento (se necessário, com o apoio do
Conselho Tutelar, Justiça da Infância e da Juventude e responsáveis pela
política municipal de garantia do direito à convivência familiar), de modo a
permitir a reintegração familiar ou, se esta comprovadamente se mostrar
inviável, a colocação da criança ou adolescente acolhido em família substituta
da forma mais célere possível.

O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe


técnica do respectivo programa de atendimento e levará em consideração a
opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do
responsável. Constarão do plano individual, dentre outros:

 os resultados da avaliação interdisciplinar;

 os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e

 a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou


com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista
na reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e
fundamentada determinação judicial, as providências a serem
tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta
supervisão da autoridade judiciária.

Embora não tenha sido estabelecido um prazo determinado para


apresentação do referido plano, a expressão “imediatamente” contida no
dispositivo evidencia a preocupação com que ele seja elaborado desde logo,
sem prejuízo da possibilidade de sua modificação ao longo da execução da
medida. Para fins de prova, o que vale é o termo “imediatamente”. Outro
termo diferente desse invalidará a questão, beleza?

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Gabarito: Certo

29. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Na impossibilidade


de reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, após seu
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de orientação, apoio e
promoção social, será enviado relatório fundamentado à DP, para o
ajuizamento de ação de destituição do poder familiar, ou destituição de tutela
ou guarda.

Comentário:

Bom, verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável


pelo programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata
comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo
prazo de 05 dias, decidindo em igual prazo.

Agora, em sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança


ou do adolescente à família de origem, após seu encaminhamento a programas
oficiais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, será enviado
relatório fundamentado ao Ministério Público (e não à Defensoria Pública
como quer a questão), no qual conste a descrição pormenorizada das
providências tomadas e a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da
entidade ou responsáveis pela execução da política municipal de garantia do
direito à convivência familiar, para a destituição do poder familiar, ou
destituição de tutela ou guarda.

Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 30 dias para o


ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo se entender
necessária a realização de estudos complementares ou outras providências que
entender indispensáveis ao ajuizamento da demanda.

Garantia: Errado

30. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] Verificada a


possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de
acolhimento familiar ou institucional deve entregar a criança ou o adolescente
aos pais ou parente mais próximo, mediante termo de responsabilidade, e
deve comunicar o fato ao conselho tutelar.

Comentário:

Acabamos de estudar essa regra, e a assertiva equivocou-se quanto a


ela! Corrigindo:

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Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo


programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata
comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público,
pelo prazo de 05 dias, decidindo em igual prazo. (art. 101, §8º).

Gabarito: Errado

31. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] O conselho de


direitos de cada município deve manter, em cada comarca ou foro regional,
cadastro com informações atualizadas sobre as crianças e adolescentes em
regime de acolhimento familiar e institucional e informações pormenorizadas
sobre a situação jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para
sua reintegração familiar ou colocação em família substituta.

Comentário:

Essa é um tipo de questão que testa o candidato que realmente não deu
o devido valor ao estudo do ECA. Esse não é o seu caso, meu aluno do Ponto!

Ela traria a pura literalidade do art. 101, § 11º, não fosse por ter trocado
equivocadamente a “autoridade judiciária” pelo “conselho de direitos de
cada município” como a autoridade responsável pela manutenção do cadastro
a que se refere a assertiva. Veja o dispositivo:

Art. 102. (...)

§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro


regional, um cadastro contendo informações atualizadas sobre as
crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar e
institucional sob sua responsabilidade, com informações
pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada um, bem como as
providências tomadas para sua reintegração familiar ou colocação
em família substituta, em qualquer das modalidades previstas no
art. 28 desta Lei.

O objetivo da norma é proporcionar um rigoroso controle da autoridade


judiciária sobre a situação de cada criança e adolescente que se encontre em
regime de acolhimento institucional e familiar, na perspectiva de assegurar o
contínuo monitoramento e a reavaliação periódica da necessidade ou não de
manutenção da medida, em detrimento de sua reintegração à família de
origem ou colocação em família substituta.

Gabarito: Errado

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32. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/BA – 2010] A permanência da


criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não deve
prolongar-se por mais de dois anos, exceto quando verificada a sua
necessidade, que poderá ser atestada mediante decisão judicial sem
fundamentação.

Comentário:

Tenho certeza que, mesmo não tendo visto nada sobre a regra acima
citada, já deu para você desconfiar que há algo de errado nela, não é verdade?

Pois bem, para responder a essa questão, precisamos voltar um


pouquinho no ECA, lá no seu art. 19, §1º e 2º, para revisar algumas regrinhas
importantes sobre o acolhimento familiar e institucional. Esses dispositivos
estabelecem o seguinte:

Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de


acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo,
a cada 6 meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em
relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar (lembra
dessa tal equipe?), decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou colocação em família substituta.

A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento


institucional não se prolongará por mais de 02 anos, salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária.

A assertiva nos diz que não há necessidade de fundamentação. Oh, meu


Deus...

Gabarito: Errado

33. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Por disposição


expressa da legislação de regência, as medidas de proteção à criança devem
ser acompanhadas da regularização do respectivo registro civil e, não estando
a paternidade da criança ainda definida, será impositiva a deflagração do
procedimento específico destinado à sua averiguação, mesmo que a criança
tenha sido encaminhada para adoção.

Comentário:

As medidas de proteção serão acompanhadas da regularização do


registro civil. Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de
nascimento da criança ou adolescente será feito à vista dos elementos
disponíveis, mediante requisição da autoridade judiciária.
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Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado


procedimento específico destinado à sua averiguação. No entanto, será
dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo
Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai
em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
adoção.

Equivoca-se a assertiva ao afirmar que será impositiva a deflagração do


procedimento específico destinado à sua averiguação, mesmo que a criança
tenha sido encaminhada para adoção. Será dispensável, a critério da
autoridade judiciária!

Ah, cabe ressaltar ainda que os registros e certidões necessários à citada


regularização civil são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de
absoluta prioridade.

Gabarito: Errado

VIII - AS MEDIDAS APLICÁVEIS AOS PAIS E AOS


RESPONSÁVEIS

Se há medidas aplicáveis às crianças e aos adolescentes, há também


aquelas aplicáveis aos pais ou ao responsável. Tais medidas são as seguintes
(art. 129, incisos I a X):

 encaminhamento a programa oficial ou comunitário de


proteção à família;

 inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,


orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

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 encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

 encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

 obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua


frequência e aproveitamento escolar;

 obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a


tratamento especializado;

 advertência;

 perda da guarda;

 destituição da tutela;

 suspensão ou destituição do poder familiar.

Nunca é demais lembrar que o “responsável” a que se refere o presente


dispositivo é o responsável legal, assim considerados (além dos pais) apenas o
guardião, o tutor e o dirigente da entidade na qual a criança ou adolescente
estiver eventualmente acolhida (arts. 32 e 92, §1º, do ECA), aos quais as
medidas aqui relacionadas podem ser aplicadas, também de forma isolada ou
cumulativa (a exemplo das medidas protetivas para crianças e adolescentes).

A família, primeira das instituições convocadas pelo art. 227, caput, da


CF, para defesa dos direitos infanto-juvenis é, por força do art. 226, da mesma
Carta Magna, considerada a “base da sociedade” e, como tal, destinatária de
“especial proteção”, por parte do Estado (lato sensu), que deverá ser
proporcionada “na pessoa de cada um dos que a integram”.

O ECA procura dar efetividade a este comando constitucional, prevendo


medidas específicas voltadas à orientação, apoio e, se necessário, tratamento
aos pais ou responsável de crianças e adolescentes.

As medidas destinadas aos pais ou responsável devem ser aplicadas em


conjunto com as medidas de proteção para as crianças e adolescentes, tendo
sempre a perspectiva de fortalecer vínculos familiares e permitir que a criança
ou adolescente seja “resgatado” no seio de sua família.

Juntamente com as medidas de proteção à família (art. 129, incisos I a


IV), são também previstas várias sanções (art. 129, incisos VII a X), que
devem ser relegadas ao segundo plano, como a destituição do poder familiar.

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 Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso


sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária
poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do
agressor da moradia comum.

 Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos


alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente
dependentes do agressor.

Para o tema, as seguintes questões:

34. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] São medidas


aplicáveis aos pais: advertência, perda da guarda, destituição da tutela e
suspensão ou destituição do poder familiar.

Comentário:

Certíssima!

Como acabamos de ver, são mesmo medidas aplicáveis aos pais:


advertência, perda da guarda, destituição da tutela e suspensão ou destituição
do poder familiar.

Gabarito: Certo

35. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Verificada a


hipótese de dependência química grave dos pais, a autoridade judiciária, a fim
de evitar qualquer violação a direito fundamental do infante, poderá
determinar, como medida cautelar, a internação compulsória do pai ou
responsável em clínica especializada para tratamento de dependentes
químicos.

Comentário:

Pergunto: há, dentre as medidas aplicáveis aos pais e responsáveis aqui


revisadas, a de internação compulsória em clínica especializada para
tratamento de dependentes químicos?

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Não, não há! E se você procurar por todo o ECA, também não achará tal
determinação.

Gabarito: Errado

36. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Diante de situações


excepcionais e gravíssimas, devidamente fundamentadas, a autoridade
judiciária pode aplicar aos pais a medida de internação compulsória em clínica
de tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

Comentário:

Outra questão, também para o cargo de Defensor Público, que insinua o


mesmo erro visto na anterior!

De novo: não há no art. 129 do ECA (e em nenhum outro de seus


dispositivos) menção alguma a esse tipo de medida: internação compulsória
em clínicas de tratamento para alcoólatras e toxicômanos.

Gabarito: Errado

IX - A PERDA E A SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR E A


DESTITUIÇÃO DE TUTELA

Trataremos agora do procedimento administrativo trazido pelo ECA para


a decretação da perda ou da suspensão do poder familiar.

Em seu art. 22, o Estatuto estabelece que são deveres e obrigações


dos pais: o sustento, a guarda e a educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.

A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo


suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. Não existindo
outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá
obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.

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 A PERDA e a SUSPENSÃO do poder familiar serão decretadas


judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na
legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento
injustificado dos deveres e obrigações acima citados.

O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar terá início


por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
interesse.

A petição inicial indicará:

 a autoridade judiciária a que for dirigida;

 o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do


requerido, dispensada a qualificação em se tratando de pedido
formulado por representante do Ministério Público;

 a exposição sumária do fato e o pedido; e

 as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de


testemunhas e documentos.

 Havendo MOTIVO GRAVE, poderá a autoridade judiciária, ouvido o


Ministério Público, decretar a suspensão do poder familiar,
liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo da
causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea,
mediante termo de responsabilidade.

O requerido será citado para, no prazo de 10 dias, oferecer resposta


escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo desde logo o rol
de testemunhas e documentos. É importante ressaltar que deverão ser
esgotados todos os meios para a citação pessoal.

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Se o requerido não tiver possibilidade de constituir advogado, sem


prejuízo do próprio sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório,
que lhe seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a apresentação de
resposta, contando-se o prazo a partir da intimação do despacho de
nomeação.

Não sendo contestado o pedido, a autoridade judiciária dará vista dos


autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for o requerente,
decidindo em igual prazo. Sendo necessário, a autoridade judiciária requisitará
de qualquer repartição ou órgão público a apresentação de documento que
interesse à causa, de ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério
Público.

A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do


Ministério Público, determinará a realização de estudo social ou perícia por
equipe interprofissional ou multidisciplinar, bem como a oitiva de testemunhas
que comprovem a presença de uma das causas de suspensão ou destituição do
poder familiar.

E quais causas são essas? Uma delas você já conhece: é quando os pais
não cumprem os deveres e obrigações estudados no começo desse tópico.

Entretanto, não são apenas essas causas. Há outras, previstas nos art.
1.637 e 1.638 da Lei no 10.406/02 as quais também podem ensejar a perda
ou a suspensão do poder familiar. São elas:

Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade,


faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os
bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o
Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela
segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder
familiar, quando convenha.

Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder


familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível,
em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou


a mãe que:

I - castigar imoderadamente o filho;

II - deixar o filho em abandono;

III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo


antecedente.

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 Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, é ainda


obrigatória a intervenção, junto à equipe profissional ou
multidisciplinar acima citada, de representantes do órgão federal
responsável pela política indigenista (FUNAI).

Se o pedido importar em modificação de guarda, será obrigatória, desde


que possível e razoável, a oitiva da criança ou adolescente, respeitado seu
estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da
medida. É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem
identificados e estiverem em local conhecido.

Pois bem, apresentada a resposta do requerido, a autoridade judiciária


dará vista dos autos ao Ministério Público, por 05 dias, salvo quando este for
o requerente, designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento.

A requerimento de qualquer das partes, do Ministério Público, ou de


ofício, a autoridade judiciária poderá determinar a realização de estudo social
ou, se possível, de perícia por equipe interprofissional.

Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público, serão ouvidas as


testemunhas, colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo quando
apresentado por escrito, manifestando-se sucessivamente o requerente, o
requerido e o Ministério Público, pelo tempo de 20 minutos cada um,
prorrogável por mais dez.

A decisão será proferida na audiência, podendo a autoridade judiciária,


excepcionalmente, designar data para sua leitura no prazo máximo de 05 dias.
O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento e vinte)
dias.

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 A sentença que decretar a perda ou a suspensão do poder familiar


será averbada à margem do registro de nascimento da criança
ou do adolescente.

 Na destituição da tutela, observar-se-á o procedimento para a


remoção de tutor previsto na lei processual civil e, no que couber,
o procedimento disposto neste tópico.

Pronto! Fim de linha por hoje!

Antes de finalizarmos a aula, é claro, as nossas últimas questões:

37. [PONTO E MARCOS GIRÃO – TJ/PA – 2014] O ECA estabelece que são
deveres e obrigações dos pais, o sustento, a guarda e a educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais. O não cumprimento desses deveres e
obrigações, assim como a falta ou a carência de recursos materiais, constituem
motivos suficientes para a perda ou a suspensão do poder familiar.

Comentário:

A assertiva erra ao afirmar que o não cumprimento desses deveres e


obrigações, assim como a falta ou a carência de recursos materiais, constituem
motivos suficientes para a perda ou a suspensão do poder familiar. O oposto
do que acabamos de ver!

Gabarito: Errado

38. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Excepcionalmente,


quando constatado perigo à sobrevivência da criança ou do adolescente em
razão da falta ou da carência de recursos materiais, a autoridade judiciária
poderá aplicar aos pais a medida de suspensão do poder familiar, até que a
família seja incluída em programa social promovido pelo governo.

Comentário:

Outra assertiva que tenta induzir o candidato ao erro!

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Você deve ter resolvido essa num piscar de olhos, pois já sabe que a
falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão do poder familiar.

Gabarito: Errado

39. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] A perda ou a


suspensão do poder familiar, nos termos do ECA, deve ser decretada
judicialmente, em procedimento contraditório, apenas nas hipóteses de
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, e em casos de descumprimento das
determinações judiciais.

Comentário:

De jeito nenhum!

A questão nos traz dois erros grosseiros:

O primeiro erro é não citar o caso em que havendo motivo grave,


poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a
suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento
definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea,
mediante termo de responsabilidade.

O segundo é não incluir também as causas previstas nos art. 1.637 e


1.638 da Lei no 10.406/02, por nós citadas.

Gabarito: Errado

40. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] A perda e a suspensão


do poder familiar devem ser decretadas judicialmente, em procedimento
contraditório, exclusivamente no caso de descumprimento injustificado dos
deveres e obrigações previstos no ECA.

Comentário:

Mesmíssima coisa da questão anterior.

A assertiva erra em não citar o caso em que havendo motivo grave,


poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a
suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento
definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea,
mediante termo de responsabilidade.

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Erra também em não incluir as causas previstas nos art. 1.637 e


1.638 da Lei no 10.406/02, acima mencionadas.

Gabarito: Errado

41. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Em razão da


menoridade civil, mãe adolescente não está sujeita à perda do poder familiar.

Comentário:

E por que não??

A regra é clara: o Estatuto estabelece que são deveres e obrigações dos


pais (seja qual for a idade): o sustento, a guarda e a educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.

A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas


judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na
legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos
deveres e obrigações acima citados.

Se a mãe adolescente se enquadrar em um desses casos, poderá sim


perder o poder familiar de seu filho!

Gabarito: Errado

42. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Suponha que Maria


deixe sua filha, menor de idade, com sua mãe e mude-se para outro estado,
onde passe a residir. Nessa situação, Maria estará sujeita à perda do poder
familiar, em decorrência da caracterização do abandono.

Comentário:

Muito cuidado com a afirmação acima!

Vimos que uma das causas da perda do poder familiar, elencadas no art.
1.638 do Novo Código Civil, é deixar o filho em abandono. Até aí tudo bem.

A pergunta agora é: Será que temos dados suficientes para caracterizar


a conduta de Maria como de crime de abandono material previsto no art. 244
do Código Penal?

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Código Penal:

Abandono Material

Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do


cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o
trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos,
não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou
majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
ascendente, gravemente enfermo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a


dez vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente,


frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono
injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.

Claro que não! Diante disso, não há como considerar certa a afirmação
de que Maria, por ter deixado sua filha com a mãe, estará sujeita à perda do
poder familiar.

Gabarito: Errado

43. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] A legitimação para


deflagrar o procedimento de perda ou suspensão do poder familiar, de acordo
com o ECA, é assegurada, exclusivamente, ao órgão do MP.

Comentário:

Não é somente o MP o único legitimado!

O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar terá início


por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.

Gabarito: Errado

44. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] No caso de


suspensão do poder familiar de criança indígena, a norma de regência autoriza
igualmente a decretação, liminar ou incidental, da medida, até o julgamento
definitivo da causa, desde que esteja presente motivo grave, ouvido o MP,
ordenando-se que a criança fique confiada a pessoa idônea, prioritariamente
no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia, mediante
termo de responsabilidade, entre outras exigências legais.

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Comentário:

Questão inteligente!

Ela apresenta de forma correta uma boa junção das regras aqui
revisadas sobre a decretação de suspensão do poder familiar. Acontece que ela
exigiu também do candidato - e essa foi sua grande cartada – o conhecimento
de peculiaridades que devem ser respeitadas nos casos de crianças e
adolescentes indígenas.

E quais são essas peculiaridades? Vamos rever o que nos ensina o art.
28, §6º, do Estatuto:

Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente


de comunidade remanescente de quilombo, é obrigatório:

 que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural,


os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que
não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos
por esta Lei e pela Constituição Federal;

 que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua


comunidade ou junto a membros da mesma etnia;

 a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável


pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas,
e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou
multidisciplinar que irá acompanhar o caso.

Gabarito: Certo

45. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Impõe a norma de


regência aos pedidos de perda ou suspensão do poder familiar a
obrigatoriedade da oitiva da criança ou adolescente e dos pais, sempre que
esses forem identificados e estiverem em local conhecido, sendo averbadas à
margem do registro de nascimento da criança ou do adolescente apenas as
decisões de perda do poder familiar e as que importem modificação de guarda.

Comentário:

Não é bem assim!

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Se o pedido de perda ou de suspensão do poder familiar importar em


modificação de guarda, será obrigatória, desde que possível e razoável, a
oitiva da criança ou adolescente, respeitado seu estágio de
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida. É
obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem identificados e
estiverem em local conhecido.

Outro erro da questão: afirmar que serão averbadas à margem do


registro de nascimento da criança ou do adolescente apenas as decisões de
perda do poder familiar e as que importem modificação de guarda. As de
suspensão do poder familiar também serão averbadas à margem do registro
de nascimento!

Gabarito: Errado

46. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] De acordo com a


legislação de regência, não poderá ocorrer o julgamento do pedido de
suspensão ou destituição do poder familiar sem a ocorrência de contestação,
por escrito, e de produção de provas pelos requeridos, ainda nos casos de
anuência destes, assumindo a DP a curadoria especial no feito.

Comentário:

Vamos revisar o procedimento de pedido de perda ou suspensão do


poder familiar:

A petição inicial indicará:

 a autoridade judiciária a que for dirigida;

 o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do


requerido, dispensada a qualificação em se tratando de pedido
formulado por representante do Ministério Público;

 a exposição sumária do fato e o pedido; e

 as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de


testemunhas e documentos.

O requerido será citado para, no prazo de 10 dias, oferecer resposta


escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo desde logo o rol
de testemunhas e documentos. Deverão ser esgotados todos os meios para a
citação pessoal.

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Se o requerido não tiver possibilidade de constituir advogado, sem


prejuízo do próprio sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório,
que lhe seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a apresentação de
resposta, contando-se o prazo a partir da intimação do despacho de
nomeação.

E agora, o “pulo do gato” para a resposta à questão:

Não sendo contestado o pedido, a autoridade judiciária dará vista


dos autos ao Ministério Público, por 05 dias, salvo quando este for o
requerente, decidindo em igual prazo. Sendo necessário, a autoridade
judiciária requisitará de qualquer repartição ou órgão público a apresentação
de documento que interesse à causa, de ofício ou a requerimento das partes
ou do Ministério Público.

Veja que também não há essa de a Defensoria Pública assumir a


curadoria especial do feito.

Gabarito: Errado

47. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Havendo provas da


prática de atos graves contra os direitos da criança e do adolescente, é
possível a aplicação — de competência exclusiva do juiz — de medidas de
destituição de tutela e de perda ou suspensão do poder familiar.

Comentário:

Exatamente! Por tudo que vimos até aqui, não há dúvidas de que a
assertiva está correta, não é mesmo?

E lembre-se que na destituição da tutela, observar-se-á, no que


couber, o mesmo procedimento utilizado para o pedido de perda ou a
suspensão do poder familiar.

Gabarito: Certo

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DP/DF – 2013] A competência territorial,


nas ações que envolvam medidas protetivas destinadas a crianças e
adolescentes e discussão sobre o poder familiar, será definida sempre pelo
juízo do lugar onde se encontre a criança ou o adolescente.

Comentário:

Questãozinha aplicada em um dos últimos e disputadíssimos concursos


para a Defensoria Pública do Distrito Federal.

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Estou convicto que você resolveu essa questão num piscar de olhos!
Você já sabe:

Em termos processuais, o ECA estabelece, em seu art. 147, que


competência territorial, nas ações que envolvam medidas protetivas destinadas
a crianças e adolescentes e discussão sobre o poder familiar, será definida:

1º - pelo domicílio dos pais ou responsável.

2º- Se estes faltarem, a competência se dará pelo lugar onde se


encontre a criança ou adolescente.

Equivoca-se, portanto, a assertiva ao afirmar que tal competência


será definida sempre pelo juízo do lugar onde se encontre a criança ou o
adolescente.

Gabarito: Errado

***

Mais um importante passo dado para o seu sucesso!

Não deixe de prestigiar o fórum de seu curso com suas dúvidas e


questionamentos.

Até a próxima aula!

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QUESTÕES DE SUA AULA

01. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] O processo de adoção e


seus incidentes competem exclusivamente à vara da infância e da juventude,
incluindo-se a adoção de maiores de dezoito anos de idade.

02. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Compete ao juízo


menorista conhecer da ação de regulamentação de visitas.

03. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Compete à justiça


da infância e da juventude conhecer, processar e julgar todas as ações de
guarda e de tutela do menor, de destituição do poder familiar e de suprimento
da capacidade do menor ou do consentimento para o seu casamento.

04. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MA – 2011] Conforme


preceitua o ECA, compete, exclusivamente, à justiça da infância e da
juventude
(A) conhecer de pedidos de adoção e respectivos incidentes.
(B) conhecer de ações de alimentos.
(C) conceder a remissão, mas apenas como forma de extinção do processo.
(D) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em
relação ao exercício do poder familiar.
(E) conhecer de pedidos de guarda e tutela.

05. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Compete à


autoridade judiciária da vara da infância e da juventude disciplinar, por meio
de portaria, os casos de permissão de viagem ao exterior de criança ou
adolescente em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Com relação à


competência da justiça da infância e da juventude, julgue os itens a
seguir.
06. A competência da justiça é determinada pelo lugar onde se encontre a
criança ou o adolescente, independentemente de serem conhecidos o domicílio
e a identidade dos pais ou responsável.
07. No caso de ato infracional, são competentes para o processo e o
julgamento da ação tanto a autoridade do lugar em que o ato foi praticado
quanto a do lugar onde se produziu ou deveria ter-se produzido o resultado.
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08. Nas hipóteses de aplicação das medidas de proteção a criança ou


adolescente, a justiça da infância e da juventude é competente para conhecer
de ações de alimentos.

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] A respeito das


normas da justiça da infância e da juventude, assinale a opção correta
consoante o que dispõe o ECA.
09. Constatada a prática de ato infracional por adolescente, a competência
para o recebimento da representação é determinada pelo local de residência do
menor, independentemente do lugar da ação ou omissão, observadas as
regras de conexão, continência e prevenção.
10. O local da residência do menor é o foro competente para o processamento
e julgamento de ação de modificação de guarda, visto que, na fixação da
competência para as ações que tratem de guarda de menor, há de ser
observada a prevalência dos interesses deste sobre os demais bens e
interesses tutelados.

11. [PONTO E MARCOS GIRÃO – TJ/PA – 2014] Segundo o que estabelece


o ECA, caberá ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
orçamentária, prever recursos para manutenção de equipe interprofissional,
destinada a assessorar a Justiça da Infância e da Juventude e os Conselhos
Tutelares.

12. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/BA – 2010] As medidas de


proteção mencionadas no ECA serão aplicadas quando os direitos previstos na
lei sejam ameaçados ou efetivamente violados, por ação da sociedade, por
abuso dos responsáveis, ou em razão de conduta própria.

13. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] O fato de se


expulsar de casa adolescente grávida caracteriza situação de violação de
direitos, o que justifica a aplicação de medida de proteção à adolescente.

14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Um dos princípios que


norteiam a adoção de medidas protetivas é o da intervenção mínima das
autoridades e das instituições.

15. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Entre os princípios


que regem a aplicação das medidas específicas de proteção incluem-se o da
privacidade, o da intervenção precoce e o da responsabilidade parental.

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16. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Para a aplicação das


medidas específicas de proteção, é necessário levar em consideração, de forma
irrestrita, a prevalência da família natural ou extensa.

17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] As medidas de proteção


poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, mas não podem ser
substituídas a qualquer tempo.

18. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] As medidas protetivas


não podem ser aplicadas de forma cumulativa.

19. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] As medidas de proteção


são aplicadas às crianças; as socioeducativas, aos adolescentes.

20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] O MP tem competência


para determinar o afastamento da criança do convívio familiar, devendo
comunicar o fato ao juiz competente em até quarenta e oito horas.

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] No que concerne às


medidas de proteção da criança e do adolescente, julgue os itens a
seguir.
21 O acolhimento institucional, medida provisória e excepcional que implica
privação de liberdade, é utilizável como forma de transição para colocação do
menor em família substituta.
22. O afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar, medida
excepcional e de natureza emergencial, pode ser ordenado, com fundamento
na proteção das vítimas de violência ou abuso sexual, pelo MP, pelo conselho
tutelar, pelo órgão gestor da assistência social e pelos conselhos municipais
dos direitos da criança e do adolescente e da assistência social.

[CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Acerca das medidas


de proteção da criança e do adolescente e das medidas pertinentes aos
pais ou responsável, julgue os itens a seguir com base no que dispõe o
ECA.
23. Verificada a ameaça ou a violação dos direitos previstos no ECA, a
autoridade competente poderá determinar o acolhimento institucional da
criança ou do adolescente em situação de risco, a sua inclusão em programa
de acolhimento familiar, a sua colocação em família substituta ou em programa
de liberdade assistida.

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24. O afastamento da criança ou do adolescente do convívio familiar é de


competência concorrente da autoridade judiciária, do MP e do conselho tutelar.
25. O acolhimento institucional, medida de privação de liberdade, é utilizado
como forma de transição para a reintegração familiar do menor apreendido ou,
não sendo esta possível, para a sua colocação em família substituta.

26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Somente a autoridade


judiciária poderá determinar o afastamento do menor do lar e dos pais ou
responsáveis, garantindo-lhes ampla defesa; a guia de acolhimento do menor
deve ser expedida com todos os dados necessários sobre a família e os
motivos do afastamento do convívio familiar.

27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PI – 2012] Não podem constar da


guia de acolhimento da criança os motivos de sua retirada do convívio com a
família de origem.

28. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Imediatamente


após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo
programa de acolhimento institucional ou familiar deve elaborar um plano
individual de atendimento, visando à reintegração familiar do menor,
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em contrário
exarada pela autoridade judiciária competente, caso em que está prevista a
colocação da criança ou do adolescente em família substituta.

29. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Na impossibilidade


de reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, após seu
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de orientação, apoio e
promoção social, será enviado relatório fundamentado à DP, para o
ajuizamento de ação de destituição do poder familiar, ou destituição de tutela
ou guarda.

30. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] Verificada a


possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de
acolhimento familiar ou institucional deve entregar a criança ou o adolescente
aos pais ou parente mais próximo, mediante termo de responsabilidade, e
deve comunicar o fato ao conselho tutelar.

31. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] O conselho de


direitos de cada município deve manter, em cada comarca ou foro regional,
cadastro com informações atualizadas sobre as crianças e adolescentes em
regime de acolhimento familiar e institucional e informações pormenorizadas
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sobre a situação jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para
sua reintegração familiar ou colocação em família substituta.

32. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/BA – 2010] A permanência da


criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não deve
prolongar-se por mais de dois anos, exceto quando verificada a sua
necessidade, que poderá ser atestada mediante decisão judicial sem
fundamentação.

33. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Por disposição


expressa da legislação de regência, as medidas de proteção à criança devem
ser acompanhadas da regularização do respectivo registro civil e, não estando
a paternidade da criança ainda definida, será impositiva a deflagração do
procedimento específico destinado à sua averiguação, mesmo que a criança
tenha sido encaminhada para adoção.

34. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] São medidas


aplicáveis aos pais: advertência, perda da guarda, destituição da tutela e
suspensão ou destituição do poder familiar.

35. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Verificada a


hipótese de dependência química grave dos pais, a autoridade judiciária, a fim
de evitar qualquer violação a direito fundamental do infante, poderá
determinar, como medida cautelar, a internação compulsória do pai ou
responsável em clínica especializada para tratamento de dependentes
químicos.

36. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Diante de situações


excepcionais e gravíssimas, devidamente fundamentadas, a autoridade
judiciária pode aplicar aos pais a medida de internação compulsória em clínica
de tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

37. [PONTO E MARCOS GIRÃO – TJ/PA – 2014] O ECA estabelece que são
deveres e obrigações dos pais, o sustento, a guarda e a educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais. O não cumprimento desses deveres e
obrigações, assim como a falta ou a carência de recursos materiais, constituem
motivos suficientes para a perda ou a suspensão do poder familiar.

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38. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – 2013] Excepcionalmente,


quando constatado perigo à sobrevivência da criança ou do adolescente em
razão da falta ou da carência de recursos materiais, a autoridade judiciária
poderá aplicar aos pais a medida de suspensão do poder familiar, até que a
família seja incluída em programa social promovido pelo governo.

39. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] A perda ou a


suspensão do poder familiar, nos termos do ECA, deve ser decretada
judicialmente, em procedimento contraditório, apenas nas hipóteses de
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, e em casos de descumprimento das
determinações judiciais.

40. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/CE – 2012] A perda e a suspensão


do poder familiar devem ser decretadas judicialmente, em procedimento
contraditório, exclusivamente no caso de descumprimento injustificado dos
deveres e obrigações previstos no ECA.

41. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Em razão da


menoridade civil, mãe adolescente não está sujeita à perda do poder familiar.

42. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SE – 2012] Suponha que Maria


deixe sua filha, menor de idade, com sua mãe e mude-se para outro estado,
onde passe a residir. Nessa situação, Maria estará sujeita à perda do poder
familiar, em decorrência da caracterização do abandono.

43. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] A legitimação para


deflagrar o procedimento de perda ou suspensão do poder familiar, de acordo
com o ECA, é assegurada, exclusivamente, ao órgão do MP.

44. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] No caso de


suspensão do poder familiar de criança indígena, a norma de regência autoriza
igualmente a decretação, liminar ou incidental, da medida, até o julgamento
definitivo da causa, desde que esteja presente motivo grave, ouvido o MP,
ordenando-se que a criança fique confiada a pessoa idônea, prioritariamente
no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia, mediante
termo de responsabilidade, entre outras exigências legais.

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45. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] Impõe a norma de


regência aos pedidos de perda ou suspensão do poder familiar a
obrigatoriedade da oitiva da criança ou adolescente e dos pais, sempre que
esses forem identificados e estiverem em local conhecido, sendo averbadas à
margem do registro de nascimento da criança ou do adolescente apenas as
decisões de perda do poder familiar e as que importem modificação de guarda.

46. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RR – 2013] De acordo com a


legislação de regência, não poderá ocorrer o julgamento do pedido de
suspensão ou destituição do poder familiar sem a ocorrência de contestação,
por escrito, e de produção de provas pelos requeridos, ainda nos casos de
anuência destes, assumindo a DP a curadoria especial no feito.

47. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – 2012] Havendo provas da


prática de atos graves contra os direitos da criança e do adolescente, é
possível a aplicação — de competência exclusiva do juiz — de medidas de
destituição de tutela e de perda ou suspensão do poder familiar.

48. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DP/DF – 2013] A competência


territorial, nas ações que envolvam medidas protetivas destinadas a crianças e
adolescentes e discussão sobre o poder familiar, será definida sempre pelo
juízo do lugar onde se encontre a criança ou o adolescente.

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GABARITO

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C E E A E E
7 8 9 10 11 12
E C E C E C
13 14 15 16 17 18
C C C E E E
19 20 21 22 23 24
E E E E E E
25 26 27 28 29 30
E C E C E E
31 32 33 34 35 36
E E E C E E
37 38 39 40 41 42
E E E E E E
43 44 45 46 47 48
E C E E C E

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