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Vivemos em um mundo analógico. Tudo à nossa volta é analógico. Todas as sensações que podemos experimentar são analógicas (audição, visão, olfato, palad
Porém os sistemas informatizados atuais como computadores, microprocessadores, microcontroladores e outros microsistemas no geral são digitais. Para coletar
Estes conversores transformam um sinal analógico qualquer em um sinal digital discreto, passivo de ser “processado” pelos computadores e microsistemas digita
Para converter um sinal analógico qualquer, o conversor faz algumas amostragens e depois representa a leitura realizada através de um valor equivalente binário
Um conversor ADC com 8 bits pode retornar valores dentro da faixa de 00H a FFH (0 a 255) e um ADC com 10 bits retornará valores de 0000H a 03FFH (0 a 102
Obs.: O “H” inserido ao lado dos números refere-se à adoção do sistema de numeração hexadecimal, um sistema muito usado em computação e eletrô
Assim para um mesmo valor de entrada, poderemos ter resoluções diferentes. Quanto menor o valor retornado em nossa resolução, maior será a precisão da me
onde:
Vref = tensão de entrada no conversor
n = número de bits do conversor (quantidades de bits que compõe um degrau)
Para exemplificar ainda mais, na tabela abaixo você tem o comparativo do valor da resolução para uma conversão do valor de 5 Volts com ADC’s de 8 e 10 bits.
Assim, um sinal analógico variante no tempo é agora desmontado em pequenos degraus durante uma conversão digital. Ou seja, nosso conversor vai de zero até
Nota-se que com um ADC de 8 bits podemos representar um valor de 0 a 5VDC em degraus com 0,0196 V cada, e com um ADC de 10 bitspodemos representar
Note que o valor que obteremos do conversor não será o valor de 0,0196V ou 0,00488V, por exemplo, para conversores de 8 e 10 bitsrespectivamente. O conver
equações matemáticas previamente definidas no programa.
Um outro ponto importante a respeito é que a informação está dividida em degraus, e se o valor ficar entre um degrau e outro, por exemplo, o ADC poderá enviar
Vamos a um exemplo bem simples. Digamos que durante uma experiência qualquer, com dois conversores ADC diferentes, um com 8 e outro com 10 bits de pre
Se você multiplicar os valores pela resolução calculada para cada um, obteríamos:
No exemplo fica claro o fator precisão no exemplo. Variando apenas um único bit na mesma o valor informado pelo ADC de 8 bits ficou fora da faixa. Já para o AD
obtidos serão 3,43VDC para o ADC de 8 bits e 3,416 para o ADC de 10 bits. Portanto, numa possível “flutuação” durante a conversão, um numero maior de bits n
Alguns microcontroladores PIC possuem conversores ADC internos, outros não. É preciso selecionar um que possua conversor ADC interno para poder utilizá-lo.
Apesar do modelo possuir 8 canais para conversão, ele só possui um único conversor. Os canais são na verdade entradas ligadas através de uma “chave” que po
A primeira coisa a fazer é definir o número de canais necessários para o projeto que você tem em mãos. Após isso é necessário configurar os pinos de I/O onde o
registrador ADCON1. Veja a tabela abaixo.
PCFG3: AN7 AN6 AN5 AN4 AN3 AN2 AN1 AN1 VREF+ VREF- Canais Ref.
PCFG0 RE2 RE1 RE0 RA5 RA3 RA2 RA1 RA0 ADC Externa
Além do registrador ADCON1, os registradores TRISA e TRISE (para o caso do PIC16F877) devem ser configurados corretamente. Os pinos que serão utilizados
Agora que já temos informações sobre a seleção dos canais analógicos vamos falar sobre a “justificação” do resultado obtido. Esta pode ser feito de duas maneir
ADFM Justificação
0 Justificado a esquerda. O resultado da conversão utiliza todos os bits (0 a 7) deADRESH e somente dois
bits (7 e 6) de ADRESL
1 Justificado a direita. O resultado da conversão utiliza todos os bits (0 a 7) deADRESL e somente dois
bits (7 e 6) de ADRESH
A justificação ajuda quando desejamos trabalhar com apenas 8 bits na conversão ao invés de 10. Neste caso justificamos a esquerda onde utilizaríamos todos os
TENSÂO DE REFERÊNCIA
O valor apresentado pelo ADC leva em conta, sempre, a referência selecionada. Ou seja, quando a referência V REF+ selecionada for VDD, por exemplo, a conversã
Porém se você optar por utilizar os pinos RA3 e/ou RA2 como entrada para diferentes tensões de referência, a máxima conversão retornada como 1024 terá exat
Um outro detalhe muito importante sobre o conversor analógico interno do PIC diz respeito a sua velocidade. Toda amostragem feita é realizada pelo processo Sa
selecionado, mantendo assim a tensão anteriormente presente na entrada. Assim, mesmo que a tensão na entrada sofra pequenas variações, estas não afetarão
Devido a este fato você deve tomar muito cuidado durante suas “medidas analógicas” com o PIC. Digamos que entre uma leitura e outra o capacitor se descarreg
(40 x 10-6 segundos).
A adequação do capacitor interno também dependerá da temperatura e da impedância inserida na entrada. Valores entre 50k Ohm e 10k Ohm são os indicados.
O tempo de adequação do capacitor também está intimamente ligado ao clock selecionado para o conversor ADC. Podemos chamar este tempo (período) de TAD
freqüência do clock selecionada para o conversor.
Obs.: é recomendável acrescentar mais 2 TAD no total calculado, pois ao final da conversão o flag da interrupção é marcado e o capacitor será religado
REGISTRADOR ADCON0
Agora você tem algumas informações que o ajudarão a calcular melhor o tempo de adequação do capacitor e assim evitar medidas errôneas. Para isso será nece
0 0 FOSC / 2
0 1 FOSC / 8
1 0 FOSC / 32
1 1 RC interno
Vamos a um pequeno exemplo. Digamos que o cristal externo no PIC seja de 20 MHz e a opção selecionada seja FOSC / 2, então temos:
Este tempo é bastante pequeno, se considerarmos que cada ciclo de máquina nesta situação terá 200 ns. Assim o mesmo não é recomendado.
A escolha correta para este caso seria FOSC / 32. Com este valor obteríamos um TAD de 1,6 us aproximadamente. Multiplicando o total obtido nosso tempo total se
Obs.: A escolha correta da freqüência de trabalho do conversor representa a diferença entre o sucesso e o fracasso no uso deste periférico.
Outros bits importantes no registrador ADCON0 são: <CH2:CH0>, <ADON> e <GO/DONE>. O bit <ADON> liga o sistema de conversão. Os bits<CHS2:CHS0> s
O bit <GO/DONE> determina o estado do ADC: 0 indica que a conversão terminou, 1 conversão em andamento. Se o bit for forçado a “zero” lógico, a conversão
Observados as configurações, vamos a um pequeno segmento de código que o ajudara a compreender melhor o que foi dito até aqui. O mesmo foi montado na li
pic_init:
bsf STATUS,RP0 ; muda para banco 1
movlw b'00001110' ; faz porta A digtal
; exceto RA0 (AN0)
movwf ADCON1 ; valor justificado a esquerda
movlw 0x01 ; ajusta os bits em A como saída
movwf TRISA ; exceto RA0
; (AN0 - entrada analógica)
bcf STATUS,RP0 ; volta para banco 0
movlw b'01000001' ; liga ADC canal 0
movwf ADCON0 ; fosc/8
Esta primeira parte do código deve ser inserida no inicio do seu programa, no ponto de configuração do PIC. Veja que o registrador ADCON1 é setado de acordo
O registrador TRISA também é configurado conforme descrito: apenas RA0 é entrada, e o restante dos bits será utilizado como saída. É importante notar que este
No segmento de código demonstrado o registro ADCON0 é carregado com o valor binário “01000001”. Isso nos dá a seguinte configuração, conforme tabela abai
1 Não utilizado 0
loop:
bsf ADCON0,2 ; colhe dado do canal analógico
espera_ad:
btfsc ADCON0,2 ; testa para ver se dado pronto
goto espera_ad ; dado ainda não pronto
; continua teste
movf ADRESH,W ; carrega valor da conversão em "W"
call _40us ; temporiza 40 us
goto loop ; faz eternamente
Neste segmento de código, quando a conversão é finalizada, o valor de ADRESH é inserido em W. Em seguida é realizado uma “espera” e uma nova leitura é rea
O comando “goto loop” pode ser retirado e no lugar deste inserido as rotinas de conversão do valor obtido. Neste caso a temporização poderá ser retirada també
CONCLUSÃO
As informações passadas neste artigo apenas preparam a utilização do conversor ADC do microcontrolador PIC Microchip. Um exemplo de uso pode ser encontr
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