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A SAÚDE NO ESTADO

Matérias Jornalísticas - Destaques nos principais jornais e websites

03 de maio de 2018 (Quinta-Feira)


Chikungunya invade bairro Até o momento, seis casos foram confirmados por exames laboratoriais e 14
estão em investigação

Por: DA REDAÇÃO 3 de Maio de 2018 às 06:00


Os casos da febre chikungunya se multiplicaram em alguns bairros de Belém nas últimas semanas. Só no mês
passado, em São Brás, mais precisamente na passagem São Francisco e na travessa Primeiro de Queluz, por
exemplo, foram registrados mais de 30 casos em cerca de 30 dias, conforme apontou o relatório das equipes de
agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). Por conta dessa alta incidência,
agentes de endemia fizeram, na manhã de ontem, visitações e borrifamento de inseticidas nas residências cujos
moradores adoeceram recentemente e também nos domicílios vizinhos para garantir o bloqueio contra novos
casos e controle de áreas com possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, inseto transmissor da doença.
Na passagem São Francisco, na casa da aposentada Maria Ruth Reis, de 84 anos, quatro pessoas contraíram a
doença em menos de 20 dias - o esposo dela, de 85 anos, está hospitalizado há 13 dias com fortes dores nas
articulações; as duas filhas estão tendo febre e o netinho também adoeceu. Somente Maria Ruth não adoeceu.
“Tem mais ou menos 15 dias. Só que essa contaminação aqui nessa região já está há mais de um mês”, comentou
a idosa.

Leia a matéria completa no Amazônia, nos pontos de venda.


Campanha orienta sobre passageiros autistas em Belém Objetivo é conscientizar a população sobre o direitos dos autistas nos
transportes públicos
Por: Portal ORM/O Liberal 2 de Maio de 2018 às 20:15
Motoristas, cobradores e passageiros de Belém foram alvos da campanha educativa “Transporte Público: Um Direito de Todo Autista”,
realizada pela Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém), em razão do movimento Maio Amarelo. A ideia foi
conscientizar a população sobre o direitos dos autistas nos transportes públicos da capital e dar orientações sobre como auxilar
passageiros com necessidade especiais. A ação foi realizada na avenida Almirante Barroso com Júlio César, no bairro do Souza, durante a
manhã desta quarta (02).
Realizada dentro do movimento Maio Amarelo, a campanha tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes
no trânsito durante os feriados. Em parceria com a Associação de Mães e Amigos de Autistas (Amaap), seis arte-educadores da Semob
distribuíram textos explicativos e conversaram com motoristas e passageiros dentro de coletivos nas avenida Almirante Barroso, esquina
com a Júlio César.
A campanha educativa continua nesta quinta (03), na avenida Castelo Branco com Magalhães Barata, no bairro de São Brás, e na sexta-
feira (04), na avenida Augusto Montenegro, em frente ao conjunto Panorama XXI (dia 4), sempre de 9h às 11h.

Faltas constantes de ginecologista irritam pacientes Denúncia partiu de quem precisa de atendimento na Unidade de Saúde na
PedreiraPor: Portal ORM/O Liberal 2 de Maio de 2018 às 18:56
Pacientes do ginecologista Antônio Carlos, que atende na Unidade de Saúde da Pedreira, o acusam de faltar demais. Ele trabalha às
terças, quartas e quintas-feiras, de 17h às 18h. Desses, sempre falta pelo menos um dia. Às vezes dois. De vez em quando três.
Diariamente são distribuídas 20 fichas, somando 60 pessoas por semana que chegam de madrugada no posto para marcar lugar. Com as
ausências frequentes, o passivo de pacientes quase nunca acaba.
Por conta das faltas frequentes, sempre sobram de 20 a 40 pacientes por semana, que são reagendadas várias vezes. Para conseguir a
consulta já marcada, às vezes demora um mês ou mais. Quando o atendimento finalmente começa, as pacientes se deparam com
tratamento frio, superficial e rápido demais. Algumas consultas, retorno ou primeira vez, duram menos de cinco minutos.
A autônoma Ângela Maia, de 45 anos, diz que passou um mês inteiro para conseguir ser atendida. E a consulta já estava marcada. O
ginecologista nunca estava e mandava avisar, em cima da hora, que não viria. No dia que conseguiu, cercada de outras pacientes irritadas,
tentou protestar contra o comportamento do médico. E ficou surpresa com a reposta amedrontada das mulheres.
"Ele [Antônio Carlos] estava entrando na unidade e eu disse para darmos uma salva de palmas. Afinal, ele finalmente estava indo trabalhar.
E as pacientes disseram: 'não, melhor não, a gente só tem ele... e se ele se irritar e não vir mais'", relata Ângela, chocada com a forma
como as pacientes se tornaram reféns da boa vontade de um médico para conseguir o atendimento que lhes é de direito.
MÉDICO IRONIZA E DIZ QUE DENÚNCIAS SÃO "PRESENTES»

Antônio Carlos chegou mais de 30 minutos atrasado. Confrontado pela reportagem do Portal ORM/O Liberal, disse que estava surpreso
com as denúncias e que todos as pacientes gostavam dele. Afirmou que já poderia ter se aposentado há sete anos, mas não o fez por
gostar do trabalho dele e das pacientes da unidade. "São 32 anos de serviço e recebo um presente desses? Então agora vou agilizar
minha aposentadoria. Me surpreende que nem minha diretoria tenha me comunicado de nada", contestou.

Sobre as faltas, reconheceu o problema. Mas justificou que está com problemas de saúde e que em breve fará cirurgia de catarata.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou, em nota, que vai levantar as informações a respeito do caso e se
manifestará em breve.

*Leia matéria completa na edição desta quinta-feira (03) do jornal O Liberal.

Campanha para doação de leite para AVAO é prorrogada Arrecadação será feita até o dia 8 de maio e qualquer pessoa pode doar
Por: Portal ORM 1 de Maio de 2018 às 19:47
Pacientes atendidos pela Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia (Avao) estão precisando de leite. Para ajudar a arrecadar o
alimento, o grupo Ação Pensando Bem, que realiza ações filantrópicas no Pará, deu início, há um mês, a uma campanha para que
qualquer pessoa possa doar. A ação ganhou força nas redes sociais, mas ainda não é suficiente para atender os pacientes da entidade,
mantida somente com o voluntariado.

Para doar, basta querer. A meta é atingir mil pacotes/caixas de leite, em pó ou líquido. E qualquer pessoa pode doar e ajudar a causa.

A data limite para doação, antes 30 de abril, foi adiada para o dia 8 de maio, já que a meta ainda não foi batida.

Carmen Peixoto, presidente do Grupo Ação Pensando Bem, destaca que o engajamento da população é importante, já que a causa é
nobre. "Todo o leite arrecadado será destinado a ajudar as pessoas que buscam na Avao o apoio para continuar seu tratamento de câncer.
E nós queremos sensiblizar todo mundo e pedir que quanto mais pudermos doar, melhor", afirma Carmen.

O leite arrecadado será entregue na sede da Avao, para a diretora Ana Klautau, no dia 9 deste mês.

Informações sobre as doações: 99304-3565


Evento gratuito fala sobre os desafios da maternidade Além de homenagear as mães presentes, haverá arrecadação de itens para
doação à Santa Casa de Misericórdia

Por: Portal ORM, com informações da assessoria 2 de Maio de 2018 às 13:23 Atualizado em 2 de Maio de 2018 às 13:23

Um Circuito Materno. Uma programação gratuita que contará com a participação de várias profissionais que falarão sobre o bem-estar de
mães e bebês. No mês de comemoração ao dia das mães, maio, o Boulevard Shopping, realizará várias atividades especiais, entre elas o
evento Circuito Materno com o tema Compartilhando Amor e Experiências. A programação, gratuita, ocorrerá no dia 5 e contará com a
participação de várias profissionais que falarão sobre assuntos relacionados à maternidade.
Paralelamente, das 10h às 13h, serão realizados os bate-papos Amamentação e Primeiros Cuidados; Depressão e Blues Pós Parto, além
da troca de experiências sobre Como escolher a primeira escola do seu filho; Habilidades motoras e capacidades físicas dos pequenos.
Mais tarde, das 14h às 18h, a pediatra Vanessa Pereira, especialista em imunologia, falará sobre Alergia alimentar na 1ª infância. As
nutricionistas Ilza Maia e Silvia Dias darão dicas sobre introdução alimentar.
A programação ocorrerá no piso 2 do empreendimento e marcará as comemorações para o dia das mães, celebrado no dia 10 de maio.
A idealizadora do projeto, Sueid Abou, mãe de primeira viagem, conta que o objetivo principal do evento é ajudar outras pessoas. “Eu,
como mãe de primeira viagem, passei por muitas dúvidas, incertezas e medos quando tive bebê. E, ao dividir isso nas redes sociais,
começaram a surgir muitas mães na mesma situação e elas se sentiam a vontade em compartilhar seus problemas ou dicas comigo. Por
isso, pensamos em externar isso com Circuito”, diz ela.
Para participar, os interessados devem se inscrever na loja Tip Top Mega Store com a doação de 1kg de leite em pó ou um vidro de
nescafé que será doado para a Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Serviço:
O Circuito Materno será no dia 5 de maio, no 2º piso do Boulevard Shopping, a partir das 10h.
As inscrições são feitas na loja Tip Top a partir da doação de 1kg de leite em pó ou um pote de vidro com tampa plástica, para
armazenamento de leite.

Pacientes oncológicos precisam de doação de sangue Ophir Loyola e Hemopa se unem para sensibilizar a população de Belém
da necessidade de doar

Por: Portal ORM, com informações da assessoria 2 de Maio de 2018 às 11:38

O Hospital Ophir Loyola em parceria com o Hemopa realiza, nos dias 03 e 04, mais uma campanha de doação de sangue em prol dos
pacientes em tratamento contra o câncer. O estoque do hemocentro continua em baixa, situação que pode afetar o abastecimento dos
grandes centros hospitalares como o Ophir Loyola, considerado uma das maiores demandas por transfusão no Pará. A unidade móvel do
hemocentro estará posicionada em frente ao hospital, das 8h às 16h, na Av. Magalhães Barata.
O sangue doado pode ser separado em vários hemocomponentes (hemácias, plaquetas ou plasma), portanto beneficia diversos pacientes
conforme a carência de cada um. No hospital, a necessidade de doação é grande para assistir os internados, em tratamento
quimioterápico, cirúrgico ou ambulatorial. Os maiores consumidores são os enfermos acometidos por leucemia, doença que atinge as
células sanguíneas chamadas de leucócitos e impede o funcionamento normal do organismo.
Desde o ano passado, a vida de Alex Espírito Santo, 40, morador do município de Tucuruí, mudou completamente quando recebeu o
diagnóstico de leucemia. O vigilante é pai de cinco filhos e com a impossibilidade de continuar exercendo a profissão, recebe o auxílio-
doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “A ficha demorou a cair, só entendi a complexidade da enfermidade quando cheguei
ao hospital. Já recebi 25 bolsas de sangue e dez bolsas de plaquetas e, certamente, vou receber mais transfusões. Peço aos doadores
que compareçam à campanha ou ao Hemopa, porque é muito importante que o banco esteja abastecido para atender a necessidade de
todos que estão hospitalizados e somos muitos”, solicita Alex.
A reserva de sangue também é indispensável para aqueles que serão submetidos a cirurgias de alta complexidade, as quais só acontecem
com reserva cirúrgica em caso de qualquer eventualidade. O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano –
homens a cada 60 dias e mulheres devem respeitar um intervalo de 90 dias entre as doações.
Serviço:
A campanha será realizada na Avenida Magalhães Barata, nº 992, São Brás, Belém.
Podem doar pessoas com boa saúde, que tenham entre 16 e 69 anos e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18 anos podem doar
somente acompanhados dos pais ou responsável legal. É necessário portar documento de identidade original, assinado e com foto. A
exemplo de outras campanhas externas, haverá uma equipe para a triagem dos doadores.
Sespa anunciará ações para combater casos de hepatites no Pará

Em Belém, a referência principal para tratamento e diagnóstico da hepatite é a Santa Casa de Misericórdia. Mas há outros locais
para tratamento em Belém, como: o Hospital de Clínicas Gaspar Viana, o Centro de Saúde do Marco e a Unidade de Referência
Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe)

02/05/2018 14:34h

Técnicos da Coordenação Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) anunciarão nesta quinta-feira
(3), em Belém, as ações da campanha “Julho Amarelo”, lançada na sede matriz do Laboratório Amaral Costa. A iniciativa é alusiva ao Dia
Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, em 28 de julho.
A mobilização foi antecipada para atender a uma demanda crescente por testagens no Estado, visto que a Sespa recebeu um reforço de
80 mil testes rápidos do Ministério da Saúde para detecção dos tipos B e C da doença. Para tanto, esse quantitativo será usado em ações
voltadas para a população com mais de 40 anos a partir do dia 7 de maio, quando apoiará o Exército Brasileiro numa atividade no Hospital
Geral do Exército, na Praça Brasil, em Belém, que também envolverá vacinação contra a gripe.
“Foi uma forma para fazermos logo essa testagem e aproveitar a procura da população pela vacina. É a chamada busca ativa por casos
silenciosos, em que a pessoa não sabe ter o vírus da hepatite porque não manifesta nenhum sintoma”, justifica a coordenadora estadual
de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão.
Só no ano passado, 51 casos de hepatite C e 178 de hepatite B foram diagnosticados no Pará – a maioria em testes realizados durante a
campanha “Julho Amarelo”, que em 2017 se fez presente nos municípios de Abaetetuba, Augusto Corrêa, Acará, Barcarena, Bragança,
Baião, Cametá, Capanema, Igarapé-Miri, Itaituba, Marabá, Parauapebas, Peixe-Boi, Soure, Salvaterra e Salinópolis, com a parceria dos
técnicos que atuaram nos Centros Regionais de Saúde (CRS) vinculados à Sespa.
Em função do estímulo ao diagnóstico precoce, os casos de hepatite têm aumentado no Pará. Entre 2007 e 2014 foram 2.211 registros do
tipo B e outras 871 ocorrências da forma C. Em 2015, foram confirmados 388 casos do tipo B e 240 do tipo C. Em 2016, 363 pessoas no
Estado foram diagnosticadas com o tipo B e outras 295 com o tipo C.
Segundo a coordenadora, esse tipo de iniciativa representa um esforço da saúde pública em combater o sub-registro de casos. Além disso,
é importante para ampliar o acesso à testagem e diagnóstico precoce, por meio do estímulo à vacinação contra o tipo B – ofertada
gratuitamente pelo SUS – e na ampliação da assistência e do tratamento dos tipos mais perigosos: B e C.
Por ser uma doença silenciosa, o foco tem sido a busca ativa por pessoas que não sabem ter o vírus e precisam logo se tratar para não
serem surpreendidas com as consequências de um diagnóstico tardio, como uma cirrose ou câncer de fígado, e também para não
transmitirem a doença a outras pessoas.
A médica hepatologista Márcia Iasi afirma que essa série de mobilizações com oferta de testagem gratuita faz parte de toda uma estratégia
de busca ativa dos pacientes silenciosos de hepatites, ou seja, aqueles que não manifestaram sintomas. Independente de faixa etária
podem procurar o serviço pessoas que colocaram piercing e fizeram tatuagem, como também as que receberam transfusão de sangue
antes de 1993 e profissionais de saúde.
A hepatite é uma inflamação nas células hepáticas do fígado e pode ser ocasionada pelos vírus A, B, C ou D. Conforme a especialista, a
doença não apresenta sintomas e o diagnóstico pode ser feito por meio de exames de sangue. Caso isso não ocorra, a evolução é
devastadora, perfazendo um quadro com hepatite aguda, crônica, cirrose hepática e tumor no fígado.
Classificada como doença crônica, a hepatite “C” é silenciosa e pode ficar no organismo até 20 anos sem se manifestar. Ela pode ser
transmitida por agulhas e seringas contaminadas, ou por objetos cortantes não esterilizados.
No Pará, o cidadão que quiser saber se possui ou não hepatite deve procurar os locais para diagnóstico e tratamento da doença, como os
Centros de Testagens e Aconselhamento (CTAS). Em Belém, a referência principal é a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará,
especialista no diagnóstico e o tratamento de doenças do fígado. Além da Santa Casa, Belém dispõe de outros locais para tratamento:
Fundação de Hospital de Clínicas Gaspar Viana, Centro de Saúde do Marco, Unidade de Referência Especializada em Doenças
Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), além do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no campus da avenida Almirante
Barroso, onde funciona o curso de Medicina.
No interior do Estado, o atendimento para testagem e tratamento está disponível nos Centro de Testagem e Aconselhamento (CTAS) de
Santarém, Marabá; Parauapebas; Tucuruí, Abaetetuba e Barcarena, além do Hospital Regional do Araguaia, em Redenção. Para todos
esses locais, é essencial que o cidadão seja encaminhado pela Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.
Por meio da Coordenação, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) tem intensificado as ações contra a doença em todo o
Estado, incluindo atividades educativas para a prevenção e os serviços de saúde prestados em conjunto com os municípios,
principalmente em comunidades de difícil acesso, como ribeirinhas e populações indígenas.
Já alusivas à campanha “Julho Amarelo” deste ano, as mobilizações para testagens de detecção das hepatites B e C acontecerão nos
seguintes dias e locais, em Belém: 7 e 8 de maio, no Hospital do Exército; 15 e 16 de maio, no Hospital da Aeronáutica; 21 e 22 de maio,
no Hospital da Marinha; 24 e 25 de maio, na unidade governador José Malcher da Clínica Cynthia Charone e 30 de maio, na clínica de
vacinação Prophylaxis.
Apoiam a iniciativa a Sociedade Brasileira de Hepatologia, Sociedade Brasileira de Infectologia, Liga Acadêmica de Hepatologia, Liga
Acadêmica de Infectologia e Liga Acadêmica e Biomedicina.
Serviço: Lançamento da campanha “Julho Amarelo”, dia 03 de maio, a partir das 10 horas, no auditório do Laboratório Amaral Costa,
localizado na travessa Antonio Barreto, 325.

Por Mozart Lira


Pesquisas feitas no Pará são fundamentais para o combate à endemias na região

a Divisão de Entomologia do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) é responsável pelas pesquisas de campo que são
fundamentais para o combate às endemias no Pará

01/05/2018 16:18h

Pouca gente sabe, mas a Divisão de Entomologia do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) é responsável pelas pesquisas de campo
que são fundamentais para o combate às endemias no Pará. A finalidade é observar e pesquisar o comportamento dos principais insetos
transmissores de doenças como doença de Chagas, dengue, malária e leishmaniose e, assim, decidir qual a melhor estratégia de combate
a ser usada.
Tendo como responsável a bióloga entomologista Paoola Vieira, a Divisão trabalha, principalmente, integrada ao Departamento de Controle
de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), setor que apresenta as demandas de ações de campo. "Trabalhamos
com os vetores das principais endemias do estado: doenças de Chagas, leishmaniose, dengue e febre amarela. Então, o controle de todas
as doenças transmitidas por vetores passa por aqui", informou Paoola.
Ela explicou que cada programa e coordenação da Sespa têm sua especificidade, assim, a Divisão de Entomologia é acionada pelo
Departamento de Controle de Endemias para realizar a captura de vetores, com o objetivo de confirmar a autoctonia dos casos em
determinado município. "Se tem um doente e tem o vetor infectado, confirma-se que aquela pessoa foi infectada no próprio município.
Então, 90% do nosso trabalho é no campo e 10% no laboratório em Belém. Nossa equipe vai ao município, faz a captura dos insetos, traz
para o laboratório, faz a identificação, pesquisa a infectividade e outros aspectos necessários.", informou a bióloga.
Apesar de dispor de um número reduzido de técnicos, atualmente, a Divisão tem uma equipe especializada por agravo, sendo dois
técnicos para leishmaniose transmitida pelo mosquito palha (flebotomíneo); dois para os mosquitos Aedes aegypti, Anopheles e
Haemagogus (culicídeos ), que transmitem dengue, zika e chicungunya, malária e febre amarela; e dois técnicos para os triatomíneos
(barbeiros), que são os vetores transmissores da Doença de Chagas.
Cada ação leva de 15 a 16 dias em campo. "Isso significa que só conseguimos estar em um ou dois municípios por mês, portanto, sendo
possível trabalhar, no máximo, em 20 municípios por ano", ressaltou Paoola.
No que se refere ao mosquito Aedes aegypti; o trabalho de campo da Divisão de Entomologia do Lacen-PA é destinada, principalmente, a
analisar a resistência do inseto em relação aos inseticidas usados no combate aos mosquitos. "Para isso, fazemos a captura dos ovos e
mosquitos adultos com o objetivo de fazer o teste e saber se o inseticida que está sendo usado realmente está fazendo efeito. No entanto,
pode estar havendo resistência em determinados municípios e, em outros, não, daí à importância de realização de teste específico para
cada município, sendo que alguma vezes, esse teste pode ser feito também na Fiocruz. Quando comprovada a resistência é indicada a
substituição do inseticida", detalhou a especialista.
Já no que tange ao mosquito da malária, o Anopheles, o trabalho visa pesquisar o comportamento do vetor em cada município. A equipe
técnica procura saber junto à população qual o horário em que os mosquitos aparecem em maior quantidade, horário de maior
hematofagia, ou seja, horário em que mais picam as pessoas. "Pois em um local isso pode estar ocorrendo às seis horas da tarde e, em
outro, às seis da manhã. Essa informação é importante para sabermos quando devemos reagir e ter mais chances de matar o mosquito.
Outra informação pesquisada fundamental é saber onde o mosquito faz a digestão depois de picar sua vítima, se dentro da casa ou fora
dela. Tudo isso influencia na hora de tomar as decisões de controle do vetor", explicou Paoola.
Em relação aos barbeiros, o procedimento é um pouco diferenciado devido ao comportamento do inseto, porque quando o homem entra no
ambiente dele, ao invés dele atacar a pessoa, ele se esconde e não adianta sair para tentar capturá-lo. Sendo assim, a equipe conta com o
apoio da população para ajudar nessa captura das amostras de insetos. Para isso, são instalados em lugares estratégicos no município e
nas Secretarias Municipais de Saúde, Postos de Informação de Triatomíneos (PIT), para que o próprio morador ao se deparar com o inseto
na sua rotina possa capturá-lo e entregá-lo no posto. Quando o PIT já está bem estabelecido na Secretaria Municipal de Saúde, ele pode
ser ramificado para as localidades com a colaboração de líderes comunitários que ficam responsáveis pela entrega e arrecadação dos kits
junto à população. As amostras, então, são encaminhadas para o Centro Regional de Saúde, que encaminha para o Lacen-PA. "No
laboratório, o inseto é identificados para se certificar que se trata de um triatomíneo realmente, já que há muitos insetos parecidos com o
barbeiro, e verificada a infectividade. Se der positivo para as duas coisas, a gente informa a Secretaria Municipal, para fazer uma busca
ativa por equipe da Entomologia local e verificar se estão se reproduzindo na casa ou não e oriente a família. O trabalho é mais intensivo
quando se encontra um triatomíneo positivo para Doença de Chagas na casa", relatou a chefe da Divisão de Entomologia.
"E quando tem surto de Doença de Chagas em algum município, a Divisão de Entomologia também é acionada para fazer a investigação.
Vamos ao ponto de açaí onde foi detectado pela Epidemiologia, e se faz o rastreamento no sentido inverso até chegar à origem da
contaminação", acrescentou Paoola.
O trabalho é fundamental e age quebrando o ciclo da transmissão. No caso do barbeiro, o trabalho é educativo, diferente de quando se
trata de leishmaniose. Pois nessa endemia, quando a Entomologia confirma uma alta infestação de mosquito palha transmissor da doença,
elevando o risco de transmissibilidade da doença, a informação é passada para a Coordenação Estadual de Leishmaniose, que aciona o
controle químico para fazer uma borrifação na localidade para reduzir a quantidade de mosquitos, pois é difícil falar em eliminação do vetor
quando se trata de região amazônica e o ser humano vive em áreas muito próximas ao ambiente dos mosquitos. "Então, o que tentamos
fazer é diminuir ao máximo possível os riscos", observou a entomologista.
Resultados
O Pará registrou uma redução de 91,05% nos casos de dengue no primeiro trimestre de 2018 segundo o último Informe Epidemiológico de
2018. Até o dia 31 de março tinham sido registrados 318 casos de dengue contra 2.614 casos da doença no mesmo período de 2017.
Todo o trabalho da Divisão de Entomologia é desenvolvido em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e Centros Regionais de
Saúde, pois a equipe de profissionais ainda é muito pequena. São apenas seis técnicos, sendo um biólogo, um médico veterinário e quatro
técnicos em Entomologia além da chefe da Divisão.

Por Roberta Vilanova

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