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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

DISCIPLINA: Comunicações Sem Fio

FICHA 11
REDES MÓVEIS DA 3ª GERAÇÃO (3G)

4º Ano – 2018

1 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


1. Introdução
Com o GSM puro, a comunicação móvel era sinônimo de voz. O celular era utilizado
essencialmente como meio de superar a distância física e comunicar oralmente com outras
pessoas.

A terceira geração de telecomunicações móveis (3G), segue-se à primeira geração (1G) e à


segunda geração (2G) de telecomunicações móveis.

Com a evolução do GPRS e dos serviços, bem como a crescente procura por maiores taxas de
dados surgiram as redes EDGE, que tal como o GPRS não descartaram os elementos de rede
GSM anteriormente instalada. Tendo resultado dessa forma, numa actualização do Hardware
(ao nível da BSS) e Software (para BTS e BSC), por exemplo. Embora tecnicamente o EDGE
seja considerado uma tecnologia da 3ª geração, mas geralmente é classificada como uma
norma 2,75G, permitindo a que operadores aumentem 3-4 vezes tanto a velocidade de dados
bem como a capacidade sobre o GPRS, conforme discutido anteriormente.

Em 1989, a União Internacional de Telecomunicações (ITU, em inglês) divulgou através de um


documento a visão para os sistemas de celulares futuros, chamados de terceira geração, 3G.
Essa visão chamou-se IMT-2000 (International Mobile Telephony 2000) e, após ser
divulgada, deu início a uma corrida para que fosse projetado um sistema que atingisse às suas
necessidades.

Diversas propostas foram então desenvolvidas para atender aos requisitos do IMT-2000. As
propostas UTRA (Universal Terrestrial Radio Access) e WCDMA (Wideband CDMA) foram as
selecionadas, junto com a CDMA2000. As propostas UTRA e WCDMA estão unificadas na
mesma especificação, chamada UMTS (Universal Mobile Telecommunications System).

Figura 1.1 – Evolução para as tecnologias 3G.

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O objetivo era migrar os sistemas de celulares de segunda geração para os de terceira
geração. O sistema GSM tem a evolução natural para UMTS, enquanto o sistema CDMA IS-95
evolui naturalmente para o CDMA 2000, conforme a figura 1.1.

A quando da sua criação, esperava-se que entrasse em funcionamento por volta do ano 2002.
O Japão foi o primeiro país a implementar a rede móvel 3G (W-CDMA) no ano de 2001 pela
operadora de telecomunicações “NTT DoCoMo”. Em dezembro do mesmo ano a operadora
Norueguesa “Telenor” lança a primeira rede 3G na Europa.

1.1. Características dos equipamentos


Destacam-se algumas características para as redes móveis 3G como:

 Transmissão de dados a velocidades elevadas:


- o “144 kbps com uma cobertura total para utilização móvel” (para situações de grande
mobilidade, como por exemplo num veículo automóvel - mais de 120Km/h);
- o “384 kbps com uma cobertura média para utilização pedestre” (para situações de
baixa mobilidade – menos de 120Km/h);
- o “2 Mbps, com o utilizador se movimentando a menos de 10Km/h, dentro de um
edifício”.
 Compatibilidade mundial;
 Compatibilidade dos serviços móveis da terceira geração com as redes de segunda
geração.

Importa dizer aqui, que os valores mencionados são teóricos, e dificilmente serão atingidos na
prática, devido a diversas interferências e situações que contribuem para a redução da
velocidade de transmissão de dados, contudo, obtêm-se seguramente uma transmissão de
dados a velocidades muito superiores a 144 kbit/s pelas redes de 3G, o que torna possível
utilizar com maior eficiência os serviços de multimédia, tais como videoconferência, mensagens
multimédia (vulgarmente designadas por MMS), acesso à internet a maiores velocidades e o
uso do serviço “roaming”.

1.2. Plano de Frequências


O UMTS assumiu como hipótese de que o novo sistema seria implantado utilizando novas
faixas de frequências a serem adquiridas pelas operadoras. Isto possibilitou a adoção do
WCDMA com canais de 5 MHz.

Na Conferência Mundial de Radiocomunicações de 1992 foram identificados 170 MHz para a


componente terrestre do IMT-2000:

 1885-1980 MHz – cerca de 90 MHz;


 2010-2025 MHz – cerca de 15 MHz; e

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 2110 - 2170 MHz – cerca de 60 MHz;.

Para a componente satélite do IMT-2000 foram identificados 60 MHz:

 1980-2010 MHz;
 2170-2200 MHz).

Figura 1.2 – plano de frequências UMTS.

O interessante deste plano é verificar que uma vez mais, não houve unanimidade universal
pois nestas decisões muitas vezes o interesse nacional se sobrepõe à universalidade.

Um exemplo flagrante das desobediências às recomendações da ITU, é o caso dos Estados


Unidos que frequentemente sobrepõem os seus interesses às directivas emanadas da ITU.

1.3. Evolução das MS


Conforme a recomendação, na Europa e na América os fabricantes e operadores de rede
optaram por telemóveis 3G "multi-modo”, que funcionassem em redes 2G e 3G (por exemplo,
WCDMA e TDMA), desta forma resultou numa maior complexidade dos aparelhos móveis
(maior tamanho e peso). Em 2002 a “Motorola lança o primeiro produto GSM/GPRS e
3G/UMTS (em modo duplo), o A820. No Japão e na Coreia do Sul, como não havia
necessidade de incluir sistemas de redes mais antigos, como o GSM (2G), os telemóveis de 3G
foram significativamente mais leves e mais pequenos comparados com os telemóveis do
mercado europeu.

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2. Sistema de Telecomunicações Móveis Universal
O novo sistema, UMTS, utiliza igualmete uma codificação W-CDMA (Wideband Code Division
Multiple Access), que permite a transferência simultânea de voz e de dados a elevadas
velocidades podem ir de 384 kbps a 2 Mbps.

Os sistemas de rede 3G são diferentes de continente para continente, contudo, apesar destas
diferenças de nomenclatura, contudo, a organização 3GPP (Third Generation Partnership
Project) adotou o termo UMTS para representar as redes 3G, e assim, sendo comum refir-se
como tal as redes 3G universalmente empresgues.

O UMTS tinha o intuito de alterar a forma como os celulares eram utilizados na altura, ao
permitir capacidades multimídia e um acesso ilimitado à Internet. Nas redes 3G, o utilizador
deve acessar a imagens e vídeos, assim como acesso rápido à Internet, qualidade de voz
quase igual à das redes fixas e inúmeras outras funções. Este sistema ultrapassa a segunda
geração em termos de capacidade e de qualidade, permitindo o acesso a informação
altamente móvel, personalizada e fácil de acessar.

Segundo a Comissão Européia, os serviços UMTS deveriam possuir as seguintes


características:

 Capacidade Multimídia completas (telefone, computador e TV);


 Uma grande mobilidade;
 Acesso eficiente à Internet e Alta velocidade;
 Portabilidade entre os vários ambientes UMTS (permitindo o acesso às redes UMTS
terrestres e de satélite);
 Compatibilidade entre o sistema GSM e o UMTS, devendo os terminais possuir “dual
band” ou poderem funcionar em ambos os sistemas. Esta compatibilidade de sistemas
devia ser acomodada em em especial no que se refere à interface rádio, de modo a
satisfazer o objectivo comum de roaming mundial, ou seja, permitir que um mesmo
terminal aceda aos mesmos serviços em qualquer ponto do mundo, independentemente
da rede utilizada.

Estas características trazem consigo um novo paradigma: as pessoas terão o celular mais
tempo diante dos olhos do que encostados ao ouvido, devido a que este passará a ser um
dispositivo multimídia, como a televisão ou o computador. Ao mesmo tempo, a transmissão de
dados ocupará uma parte maior do tempo de utilização do celular, devido todas as
possibilidades existentes (enviar “faxes”, “emails”, vídeo-call, etc.).

2.1. Técnicas de acesso ao meio


Conforme abordado, técnica de acesso ao meio utilizada em GSM é um misto de FDMA e
TDMA. Em UMTS utiliza-se o CDMA (Figura 2.1)

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Figura 2.1 – Técnicas de acesso ao meio para o GSM e UMTS.

2.2. Arquiterura UMTS


Os suportes do hardware em UMTS são representados por novos elementos, embora em
termos de arquitetura geral, continuar a utilizar certas unidades do sistema GSM (como por
exemplo o HLR), a arquitetura do UMTS pode ser representada simplificadamente pela figura a
seguir.

Figura 2.2 – Arquitetura simplificada do sistema UMTS.

onde

EU - User Equipment, ou equipamento do usuário.


É o terminal móvel e seu módulo de indentidade de serviços do usuário (USIM) equivalente ao SIM
card dos terminais GSM;

UTRAN - UMTS Terrestrial Rádio Access Network, ou rede terrestre de acesso rádio do UMTS
baseada no Wideband Code Division Multiple Access (WCDMA);

CN - Core Network ou núcleo da rede


Que suporta serviços baseados em comutação de circuitos e comutação de pacotes.

Uu e Iu são as interfaces entre estas entidades. A figura a seguir apresenta uma visão mais
detalhada desta arquitetura.

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Figura 2.3 - Arquitectura global da rede UMTS.

A filosofia é bastante diferente da filosofia de rede do GSM e as frequências atribuídas, as


técnicas de acesso ao meio e até os nomes dos componentes do sistema são muito diferentes,
contudo, mesmo com essas diferenças, podemos encontrar algumas semelhanças entre o
GSM e o UMTS.

A arquitetura UMTS utiliza a mesma rede de suporte dos sistemas GPRS e EDGE, o que
consiste numa estratégia de migração muito interessante, de fácil implementação.
A principal diferença entre esses sistemas está nos protocolos e interfaces da interface aérea.

2.2.1. Core Network

A rede core (CN) tem como função principal a comutação e encaminhamento da informação
dos utilizadores e subdivide-se em dois domínios:

 Um para a comutação de circuitos (Circuit Switched – CS), que consiste no MSC/VLR e


numa gateway GMSC para as redes de comutação de circuitos, tal como vimos para o
caso do GSM;

 O outro domínio é para comutação de pacotes (Packet Switched – PS) baseada no


GPRS. Consiste num nó de suporte de GPRS (SGSN), e numa gateway para as redes
comutação de pacotes (GGSN), conforme visto. Alguns elementos de rede como EIR,
HLR, VLR e AUC são partilhados pelos dois domínios. A transmissão na rede core usa
o modo de transferência Assíncrono - Asynchronous Transfer Mode (ATM) com níveis
de adaptação dedicados ao modo de circuitos e ao modo de pacotes.

2.2.2. UMTS Terrestrial Radio Access Network

A arquitetura UTRAN é formada por subsistemas de rede de RF (Radio Network Subsystem –


RNS), conectados à rede de suporte (CN). Essa conexão é feita pela interface Iu.

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Como se vê na figura 2.3, os subsistemas RNS integram os canais de RF UMTS à rede. Para
implementar isso, existe a rede de suporte (CN). O subsistema RNS é formado por dois
elementos:

 Controlador da rede de RF (Radio Network Controller – RNC)

Responsável por gerenciar recursos de radiofreqüência, controlar os nós B, localizar o


equipamento de usuário (EU) e gerenciar a mobilidade do usuário;

 Nó B (Node B)

Conecta a interface aérea com a infra-estrutura celular. É responsável por controlar os sinais
de RF, realizar o espalhamento espectral dos códigos WCDMA, controlar os canais físicos e
mapeá-los na portadora de RF.

O RNC se conecta com a rede de suporte (CN) através da interface Iu, com outro RNC através
da interface Iur e possivelmente com outras BSCs da rede GERAN pela interface Iur-g. A rede
GERAN (GSM EDGE Radio Access Network) é a rede até a geração 2.75, que inclui, portanto,
GSM, GPRS e EDGE.

2.2.3. Interfaces da Rede UMTS

 Interface Iu

Conecta CN e UTRAN. Suas principais funções são :

- Interconectar o subsistema RNS com os pontos de acesso à rede CN dentro de uma PLMN,
independente do fabricantes desses componentes;

- Suportar todos os serviços UMTS;

- Permitir o interfuncionamento com o sistema GSM.

 Interface Iur

Permite a troca de informação de sinalização entre RNCs dentro de uma mesma UTRAN. Seus
objetivos são:

- Suportar interconexões de RNCs de diferentes fabricantes;

- Separar as funcionalidades entre redes de RF e de transporte, para que novas tecnologias


possam implementar mudanças nos dois aspectos de forma específica;

- Realizar o interfuncionamento entre as redes UTRAN e GERAN, conforme a figura 2.4.

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Figura 2.4 – Conexão modo lu entre UTRAN e GERAN.

3. Comparação entre GSM e UMTS


O UMTS utiliza uma tecnologia de acesso ao meio diferente do GSM. Da mesma forma,
embora o conceito e a estrutura celular se mantenham, no UMTS as partes constituintes do
sistema também terão denominações e especificações diferentes.

Em termos de Arquitetura dos Sistemas:

Figura 3.1 – Rede mista UMTS-GSM

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O UMTS deverá ser introduzido gradualmente nas redes das operadoras passando a existir
durante um longo tempo a convivência deste sistema com sistemas já existentes, inclusive do
usuário devido a uma cobertura inicial menor do UMTS. A figura 3.1 a seguir apresenta a
arquitetura desta rede.

O que se nota é a convivência de uma Core Network GSM/UMTS com as duas opções de
acesso rádio:

 GSM/EDGE através da GSM EDGE Radio Access Network (GERAN);

 WCDMA através da UMTS Terrestrial Radio Access Network (UTRAN)

Até o release 4, as especificações do GERAN desenvolvidas pelo 3GPP estavam baseadas na


hipótese de que existiam duas interfaces separadas entre o BSC e a core network,
denominadas:

 A, interface entre BSC e MSC para os serviços de comutação a circuito.

 Gb entre o BSC e nós de suporte para os serviços comutados a pacote do GPRS e


EDGE.

A partir do release 5 o GERAN passou adotar a interface Iu definida pelo UMTS, de modo a
garantir que um conjunto similar de serviços possa ser fornecido através das duas opções de
acesso rádio: GSM/EDGE e WCDMA.

Garantiu-se desta forma uma características de multi-radio integração para UMTS. Assim
serviços desenvolvidos para o núcleo do UMTS poderão ser usados por estas interfaces rádio
e outras como as de WLAN, a serem incorporadas.

Assim, a figura 3.1 representa uma rede mista UMTS - GSM. Onde temos os relacionamentos:

 A BSS (GSM) como RNS (UMTS);


 Aestação base (BTS) da rede GSM designa-se na rede UMTS por Node B;
 A estação base de controle (BSC) da rede GSM designada na rede UMTS por RNC, e a
BSS por UTRAN.

Handover nas Redes UMTS:

Já sabemos que o procedimento de handover é iniciado quando a BTS detecta que o nível do
sinal recebido da MS está a aproximar-se do limiar permitido pelo sistema, onde:

1. A BTS informa a BSC que há a necessidade de handover;


2. A BSC determina que as BTS adjacentes à primeira monitorem o sinal recebido da EM
pelo RVC (Reverse Voice Channel);
3. As BTS retornam à BSC a informação do nível do sinal recebido;

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4. Com base no nível do sinal em cada BTS e considerando a disponibilidade de canais
nestas BTS, a BSC reserva um novo par FVC/RVC (Forward/ Reverse Voice Channel)
nesta BTS;
5. A BSC determina que a primeira BTS informa à EM via FVC, o número do novo par
FVC/RVC e que os sintonize;
6. A EM envia uma sinalização à primeira BTS confirmando a ordem e sintoniza o novo
par e começa transmitir;
7. A nova BTS (célula) começa a receber o sinal da EM e informa ao canal de controle
comum;
8. O CCC comuta o tronco para a nova ERB dando prosseguimento à conversação e
determina que a primeira BTS libere o antigo par FVC/RVC.

Figura 3.2 – Procedimento de handover

Por tanto, o handover pode acontecer: ao nível da mesma BTS, ao nível da mesma BSC,
mesma MSC ou até a nível de diferentes MSC, num "hard" handover tradicional (como o que
conhecemos), a ligação com a célula actual é quebrada primeiro e só depois é feita a ligação
à nova célula. Chama-se a isto em inglês "break-before-make" handover o que poderia ser
traduzido por “quebrar antes de fazer” mas o utilizador praticamente não se apercebe disso.

No contexto das redes 3G (UMTS), uma vez que todas as células no CDMA usam a mesma
frequência, é agora possível fazer a ligação à nova célula antes de deixar a célula actual. Isto é
conhecido como "makebefore-break" ou "soft" handover.

Este tipo de handover permite o telemóvel ligue a mais do que uma célula (Figura 3.3) e requer
muito menos potência, o que reduz a interferência e aumenta a capacidade. "

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Figura 3.3 – Soft handover.

4. High Speed Packet Access (HSPA)


O interesse em se aumendar a qualidade, taxas de transmissão é cada vez mais necessário ao
longo desta tecnologia celular.

High-Speed Downlink Packet Access ou HSDPA é um protocolo de telefonia móvel, também


chamado 3.5G. O HSDPA é um serviço de transmissão de pacotes de dados que opera dentro
do W-CDMA, no enlace direto (downlink), permitindo a transmissão de dados até 14,4Mbit/s em
uma banda de 5MHz. Nesse sentido, abre novas possibilidades de serviços multimídia que
utilizam a transmissão em banda larga em telefones móveis. Ele surge como aperfeiçoamento
do UMTS para aumentar a taxa de transmissão de dados

FIM

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