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Cabos Coaxiais
Introdução
O cabo coaxial foi um dos mais utilizados em nível mundial, como meio para instalar uma
Neste capítulo, iremos estudar os tipos mais utilizados de cabos para implementar uma rede rede de computadores. Ainda hoje, no Brasil, boa parte das pequenas redes de computadores
de computadores, ou um autêntico cabeamento estruturado. utilizam o cabo coaxial como meio físico de ligação.
Os cabos em uma rede podem ser vistos como sendo o esqueleto de sustentação. Num
Este cabo pode ser encontrado no mercado com diversas características, sendo indicado
passado próximo, os cabos eram relegados ao descaso, diante da definição da organização de uma
para várias soluções diferentes. Os mais comuns são os cabos conhecidos por: RG-58 e RG-59, que
rede. A maior preocupação era dedicada à tecnologia de comunicação que seria utilizada e
são, respectivamente, os que se apresentam com a impedância característica de 50 e 75 OHMS. O
propiciaria à interligação dos equipamentos. Atualmente, já é sabido, que mais de 50% dos erros
cabo de 50 OHMS (também conhecido por Ethernet fino) foi e ainda é muito utilizado para
que provocam problemas e instabilidade nas redes, são provenientes de cabos mal-instalados ou
interligar pequenas redes de computadores Ethernet. Já o cabo de 75 OHMS pode ser utilizado
mal-organizados. A partir daí, um maior cuidado vem sendo tomado no momento de se optar pelo
também para interligar computadores, terminais e periféricos, mas encontra a sua grande utilização
cabeamento que formará ou sustentará um determinado sistema de conectividade.
atualmente nas ligações de TV a cabo e sistema CFTV.
Com o desenvolvimento da tecnologia, várias são as opções de cabos para empregar em
uma instalação, cada qual atendendo a determinadas necessidades específicas, e também melhor se
adequando às exigências colocadas pelo próprio meio que irão percorrer.
A opção pelo cabo ideal para uma determinada instalação depende diretamente de alguns
pormenores que cercam cada implantação. Alguns aspectos que devem ser considerados para fazer
essa opção:
Figura 7.1 - Cabo Coaxial Organizado em Barramento.
• Conhecer a área na qual o cabo será instalado;
• Conhecer as distâncias limites, as quais o cabo deverá atender;
O cabo coaxial é formado basicamente por:
• Determinar a infra-estrutura que o cabo irá percorrer;
• Um condutor paralelo constituído por um fio interno e uma malha externa;
• Conhecer a performance que se deseja obter da rede;
• Conhecer os serviços que pretendem utilizar o meio físico como meio de passagem; • Um dielétrico separando o condutor interno da malha externa;
• Conhecer o tipo de sinal que irá trafegar na rede; • Um encapsulamento externo, cobrindo todo o cabo.
• Conhecer a forma de instalação do cabo (se será instalado em dutos próprios ou irá
compartilhar dutos em que se encontram cabos que levam eletricidade);
• Contabilizar em quais pontos da instalação existem fontes que geram ruído EMI
(Interferência Eletromagnética) ou RFI (Interferência por Rádio freqüência).
Estes pontos relacionados são itens de observação que devem ser considerados no
momento de optar pelo meio físico que será utilizado numa instalação. Atualmente, as opções são
inúmeras, mas devem ser consideradas com critério para obtermos uma rede de qualidade e com um
custo X benefício aceitável.
Neste capítulo, vamos reduzir os nossos estudos aos cabos indicados em norma, e que,
atualmente, são mais utilizados para implementar um cabeamento estruturado. A nossa intenção,
neste momento, é fundamentar bem o uso dos meios físicos mais comercialmente utilizados, Figura 7.2 - Cabo Coaxial.
deixando em aberto e para estudos futuros, os casos particulares que cobrem o cabeamento que Esse cabo possuí: uma capacitância baixa e constante por toda sua extensão; características
atende a funções específicas e que estão fora do nosso escopo. elétricas favoráveis, justamente adquiridas pela proteção exercida pela malha que envolve o cabo,
conhecida também por blindagem; custo médio; e fácil manuseio.
Outra observação muito importante que deve ser feita durante este nosso estudo, se refere
às características físicas de cada cabo que será apresentado. Pois, de acordo com essas Permite também transmissão a taxas que vão a dezenas de Megabits. No caso do RG-58,
características, basicamente se atende a todos os requisitos citados anteriormente. ele está restrito à frequência de transmissão máxima de 10 MHz, ou no caso de estar sendo usado
numa rede Ethernet, apresenta uma velocidade de transmissão máxima de 10 Megabits. Pode
atender à distância máxima de 185 metros, sem repetidor. Caso haja a necessidade de atender a
distâncias maiores, podem-se utilizar equipamentos repetidores, mas com um limite de quatro
repetidores num mesmo lance de cabo.
Os cabos coaxiais não são lá muito flexíveis e fáceis de manuasear e não suportam
Desta forma, definiu-se o nível de frequência máxima suportada por cada categoria de
cabo. Atualmente, muito é cogitado sobre as categorias 5 avançado ou enhanced, 6 e 7. A revisão da
norma para o CAT5e e CAT6 já foi regulamentada pelo Comité, e a categoria 7 ainda se encontra
em vias de finalização junto às entidades mundiais. Sendo assim, desde já podemos apresentar as
referências de cada categoria de cabo de par trançado, que atende à seguinte definição:
• Categoria 5e: 100 MHz (com melhora na resposta do cabo para as frequências maiores);
Figura 7.4 - Cabo Par Trançado.
• Categoria 6: 250 MHz;
O UTP, como já havíamos mencionado, não possui proteção física contra ruídos externos.
• Categoria 7: 600 MHz. Mas possui, enquanto em funcionamento, um efeito que reduz a interferência no sinal transmitido.
É importante destacar que a performance de um cabeamento com par trançado, apresentado Esta técnica é chamada de CANCELAMENTO e pode ser explicada da seguinte forma:
dentro dos termos de Categoria, assume outra classificação quando amparada pela Norma ISO
11.801, na qual é definida em Classes, como descrito em seguida: Cada fio do par transmite o sinal em um sentido, desta forma, a corrente que flui em
direções opostas dentro de cada fio gera um campo eletromagnético, que segundo aquela regra que
• Classe D : 100 MHz; aprendemos na Física do 1 a grau, regra da mão direita, a corrente que entra no condutor gera um
campo no sentido horário e a corrente que sai do condutor gera um campo no sentido anti-horário.
• Classe E : 200 MHz; Sendo assim, os dois campos se cancelam, aumentando a capacidade do par em resistir às
• Classe F : 600 MHz; interferências. Como podemos concluir após esta explicação, em um par do cabo, um fio assume o
papel de TX (Transmissor) e outro, de RX (Receptor). Com base nesta condição, podemos falar que
É importante perceber que a aprovação das novas Categorias/Classes de cabos veio sempre o cancelamento das forças estará atuando num condutor trançado. O Cancelamento evita o
Conforme falamos anteriormente, cada par já possuí, a prióri, uma definição para uso Após todas estas informações apresentadas, é importante lembrar que todas as informações
determinado, bastando, para que isto se confirme, realizar a correta conectorização do cabo. A que caracterizam o cabo UTP se referem ao cabo categoria 5. Sendo assim, os cabos que estiverem
definição de uso dá-se principalmente em relação aos transamentos dos fios, fator que aumento ou incorporados em categorias superiores, com certeza, terão características diferentes das
diminui o efeito da diafonia e do cancelamento. O conector macho utilizado para esse fim é o RJ-45 apresentadas anteriormente.
(conector de oito vias). Ele possui contatos frontais que perfuram a capa do condutor, possibilitando
o contato. É importante salientar que o fio condutor não deve ser "descamisado", pois poderia Como não podíamos deixar de comentar, o cabo STP (Shielded Twisted Pair) é chamado
possibilitar futuramente a ocorrência de oxidação prejudicando a performance do link como um de cabo blindado. Ele atende também à categoria 5, mas possui uma proteção física que, juntamente
com a técnica de Cancelamento, atua na proteção dos sinais contra as interferências externas. Esse
todo. O ato de inserção do contato ao fio propicia o autodesnudamento, pois a capa é rompida cabo possui um laminado cobrindo os pares e um dreno para fazer o aterramento. Desta forma,
apenas na área de contato. nota-se que em instalações nas quais se deseja aterrar todo o cabeamento, é indispensável o uso de
Para fazer a conectorização desse cabo, também deve ser utilizada uma ferramenta própria um cabo desse nível.
denominada: alicate de crimpagem. Esse alicate é encontrado no mercado em vários modelos e
Como não podíamos deixar de mencionar, o cabo FTP (Foil Twisted Pair) possui proteção
dupla, pois, além da proteção de laminado cobrindo os pares e a existência do fio dreno, todos os
pares são protegidos individualmente por outro laminado. Obviamente, esse cabo se apresenta ainda
mais seguro contra as interferências externas. O cabo FTP é encontrado com as mesmas
impedâncias características do cabo STP.
No Brasil, os cabos STP e FTP ainda têm uma presença tímida, pois a grande parte das
instalações de cabeamento não são devidamente aterradas. Mas em regiões que exigem maior
segurança, como: hospitais, aeroportos, laboratórios, etc., a presença desse tipo de cabo é
indispensável, pela maior proteção oferecida contra ruídos externos. Nessas instalações, os cabos
devem ser devidamente aterrados para se tornarem realmente eficientes.
Na Europa se faz presente o cabo trançado com impedância característica de 120 OHMS.
Uma peculiaridade interessante quanto aos cabos blindados é que a Norma EIA/TIA 568
ignorava, em suas primeiras versões, o cabo STP de quatro pares e o cabo FTP. É sabido que na
Norma americana, o cabo STP apresentado com dois pares, já contempla a configuração de quatro
pares, que já vinha sendo fornecido por muitos fabricantes antes mesmo que a atualização da Norma
fosse realizada. Esse fato merece ser relatado por ser a Norma americana a mais referenciada aqui
no Brasil, em detrimento da Norma internacional ISO 11.801, que também referencia de forma bem
ampla os cabos de par trançado.
Por fim, um cabo muito utilizado em soluções em que se deseja passar o cabo por baixo de
carpetes ou tapetes é o UnderCarpet. Este é conhecido como o cabo UTP chato. Realmente
adequado a instalações que devem passar cabos por baixo de alguma cobertura estética de ambiente.
Por ser chato, esse cabo possui uma pequena altura e uma largura maior.
Em 1996, falava-se que em três anos a morte do cabo metálico seria inevitável dentro do
ambiente de cabeamento estruturado, pois era esperado que a "Fiber On The Desk" (fibra até a
estação) tomasse o lugar do cabo de cobre, devido ao seu barateamento e à exigência de bandas
mais largas para transmissão. O que notamos, na verdade, é que o cabo de cobre ficou mais barato
(mais acessível) e com tamanha tecnologia adquirida, possibilitando ao mercado, já a partir de
1998, oferecer os cabos de 200, 350 e 600 MHz com cabo de cobre. Isto nos mostra que ainda por
um bom tempo os cabos trançados estarão nos acompanhando nas muitas implantações que serão
realizadas.
Não podemos deixar de ressaltar a importância de se assegurar que todo o grupo de
componentes que estejam sendo disponibilizados para a construção de um sistema de cabeamento,
atenda corretamente a uma determinada categoria. Pois, ao especificarmos os cabos, conectores e
painéis que formarão o "link" de comunicação, devemos ter certeza que todos eles venham atender
ao mesmo nível de performance de uma ponta a outra.
Em contrapartida, muitas vezes é necessário não apenas conectar a fibra, mas sim fazer
uma emenda. Diferentemente do cabo metálico, a fibra pode sofrer emenda, desde que a atenuação
causada por esta não ultrapasse o limite exigido pelo equipamento que fará a decodificação e o
entendimento do sinal transmitido.
A emenda pode ser realizada de forma manual ou por fusão. A manual é mais rápida e
muitas vezes é utilizada como emenda temporária para solucionar rapidamente um problema de Figura 7.13 - Testadores de Fibra. (Fonte: Catálogos da Fluke e Siemens).
ruptura na fibra. Já a fusão é o processo mais confiável e definitivo na técnica de emenda. O grau de
perda atualmente varia entre 0 e 1db, sendo em média de 0,5db. A perda máxima suportada por um
link é de 12db, isso limita o número de emendas a serem feitas numa fibra. Proteção
Atualmente, a tecnologia de emendas manuais obteve grande desenvolvimento, sendo
defendida pêlos fabricantes até mesmo para fazer emendas definitivas. Já a fusão foi e continuará, Qual seria a proteção necessária a uma rede?
por um bom tempo, sendo encarada como a técnica mais segura, pois ela realiza a junção das fibras
por meio da junção física de uma ponta com a outra. Seria um sistema de alarmes supermoderno, ou uma eficiente segurança para evitar o
acesso até a sala de telecomunicações, um sistema de trancas para não deixar a rede ser
desinstalada, ou quem sabe um cachorro para ficar de guarda.
Nada disso. Quando falamos de proteção, estamos querendo chamar atenção aos cuidados
necessários com o elemento que é fundamental para o funcionamento de toda essa estrutura: a
energia elétrica. Ela é utilizada para energizar os equipamentos e também é a peça fundamental que
proporciona o sinal a ser transmitido por todo cabeamento.
Isto nos induz a estabelecer critérios para a construção de toda instalação elétrica da
edificação, pois uma instalação falha ou inadequada pode comprometer todo o projeto desejado na
área de cabeamento. É de extrema importância que toda a instalação esteja dentro dos padrões
exigidos pela ABNT. Uma rede elétrica saudável é meio caminho andado para evitar problemas de
comunicação com as estações e equipamentos que estarão conectados à rede.
Primeiramente, a sua rede deve estar preparada para problemas decorrentes da rede elétrica,
como os picos, surtos e quedas de tensão. O pico de energia, como é conhecido, se refere a um
Figura 7.12 - Emendas para Fibra (Fonte: Catálogo da 3M). aumento de tensão na linha, conhecido como sobrecarga, repentino e rápido que tem duração entre
0,5 e 100 microssegundos. O surto se refere a uma sobrecarga que tem a duração de alguns
E por fim, o que não poderíamos deixar de comentar é sobre os testadores da fibra óptica. segundos. Já a queda de tensão ocorre quando a tensão fica abaixo do valor nominal desejado como,
Após o lançamento das fibras é exigido que se faça o teste para que seja apurado o bom por exemplo, uma rede que fornece 127 volts, em determinado momento passa a fornecer 65 volts.
funcionamento daquele link instalado.
Por estes e outros efeitos que podem ocorrer em sua rede, é desejado que proteções
São dois os equipamentos mais utilizados: Mitter e OTDR (Optical Time Domain adicionais, tais como: Estabilizadores e No Breaks, sejam instalados a fim de proteger os servidores
Reflectometer). O Mitter é um equipamento muito utilizado para testar pequenos links de fibra e e os elementos ativos que concentram o controle da rede, como os Switchs, Roteadores, Hub's, etc.
links instalados em redes locais, pois esse equipamento não oferece o relatório de perdas existentes
ponto a ponto. Desta forma, ele só apresenta o valor de atenuação total do link. Para pequenas redes Uma oscilação também pode provocar problemas em sua rede. A oscilação é uma alteração