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Meios Físicos de Transmissão para redes Ethernet

Cabos Coaxiais
Introdução
O cabo coaxial foi um dos mais utilizados em nível mundial, como meio para instalar uma
Neste capítulo, iremos estudar os tipos mais utilizados de cabos para implementar uma rede rede de computadores. Ainda hoje, no Brasil, boa parte das pequenas redes de computadores
de computadores, ou um autêntico cabeamento estruturado. utilizam o cabo coaxial como meio físico de ligação.
Os cabos em uma rede podem ser vistos como sendo o esqueleto de sustentação. Num
Este cabo pode ser encontrado no mercado com diversas características, sendo indicado
passado próximo, os cabos eram relegados ao descaso, diante da definição da organização de uma
para várias soluções diferentes. Os mais comuns são os cabos conhecidos por: RG-58 e RG-59, que
rede. A maior preocupação era dedicada à tecnologia de comunicação que seria utilizada e
são, respectivamente, os que se apresentam com a impedância característica de 50 e 75 OHMS. O
propiciaria à interligação dos equipamentos. Atualmente, já é sabido, que mais de 50% dos erros
cabo de 50 OHMS (também conhecido por Ethernet fino) foi e ainda é muito utilizado para
que provocam problemas e instabilidade nas redes, são provenientes de cabos mal-instalados ou
interligar pequenas redes de computadores Ethernet. Já o cabo de 75 OHMS pode ser utilizado
mal-organizados. A partir daí, um maior cuidado vem sendo tomado no momento de se optar pelo
também para interligar computadores, terminais e periféricos, mas encontra a sua grande utilização
cabeamento que formará ou sustentará um determinado sistema de conectividade.
atualmente nas ligações de TV a cabo e sistema CFTV.
Com o desenvolvimento da tecnologia, várias são as opções de cabos para empregar em
uma instalação, cada qual atendendo a determinadas necessidades específicas, e também melhor se
adequando às exigências colocadas pelo próprio meio que irão percorrer.
A opção pelo cabo ideal para uma determinada instalação depende diretamente de alguns
pormenores que cercam cada implantação. Alguns aspectos que devem ser considerados para fazer
essa opção:
Figura 7.1 - Cabo Coaxial Organizado em Barramento.
• Conhecer a área na qual o cabo será instalado;
• Conhecer as distâncias limites, as quais o cabo deverá atender;
O cabo coaxial é formado basicamente por:
• Determinar a infra-estrutura que o cabo irá percorrer;
• Um condutor paralelo constituído por um fio interno e uma malha externa;
• Conhecer a performance que se deseja obter da rede;
• Conhecer os serviços que pretendem utilizar o meio físico como meio de passagem; • Um dielétrico separando o condutor interno da malha externa;
• Conhecer o tipo de sinal que irá trafegar na rede; • Um encapsulamento externo, cobrindo todo o cabo.
• Conhecer a forma de instalação do cabo (se será instalado em dutos próprios ou irá
compartilhar dutos em que se encontram cabos que levam eletricidade);
• Contabilizar em quais pontos da instalação existem fontes que geram ruído EMI
(Interferência Eletromagnética) ou RFI (Interferência por Rádio freqüência).
Estes pontos relacionados são itens de observação que devem ser considerados no
momento de optar pelo meio físico que será utilizado numa instalação. Atualmente, as opções são
inúmeras, mas devem ser consideradas com critério para obtermos uma rede de qualidade e com um
custo X benefício aceitável.
Neste capítulo, vamos reduzir os nossos estudos aos cabos indicados em norma, e que,
atualmente, são mais utilizados para implementar um cabeamento estruturado. A nossa intenção,
neste momento, é fundamentar bem o uso dos meios físicos mais comercialmente utilizados, Figura 7.2 - Cabo Coaxial.
deixando em aberto e para estudos futuros, os casos particulares que cobrem o cabeamento que Esse cabo possuí: uma capacitância baixa e constante por toda sua extensão; características
atende a funções específicas e que estão fora do nosso escopo. elétricas favoráveis, justamente adquiridas pela proteção exercida pela malha que envolve o cabo,
conhecida também por blindagem; custo médio; e fácil manuseio.
Outra observação muito importante que deve ser feita durante este nosso estudo, se refere
às características físicas de cada cabo que será apresentado. Pois, de acordo com essas Permite também transmissão a taxas que vão a dezenas de Megabits. No caso do RG-58,
características, basicamente se atende a todos os requisitos citados anteriormente. ele está restrito à frequência de transmissão máxima de 10 MHz, ou no caso de estar sendo usado
numa rede Ethernet, apresenta uma velocidade de transmissão máxima de 10 Megabits. Pode
atender à distância máxima de 185 metros, sem repetidor. Caso haja a necessidade de atender a
distâncias maiores, podem-se utilizar equipamentos repetidores, mas com um limite de quatro
repetidores num mesmo lance de cabo.
Os cabos coaxiais não são lá muito flexíveis e fáceis de manuasear e não suportam

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angulação muito acentuada que possivelmente possam alterar a configuração da malha de Após conhecermos todas estas características dos cabos coaxiais, notamos que esse meio é
blindagem. Há modelos especialmente concebidos para suportar intempéries.Estes modelos prático e com um custo X benefício muito favorável a sua utilização. Mas por qual motivo esse
especiais também podem contar com mensageiros, que são cabos axiais auxiliares, utilizados cabo foi retirado da norma?
exclusivamente para tracionamento. Cabos Coaxiais recebem esse nome devido a serem cabos
axiais, ou seja, seus condutores corem paralelos a um mesmo eixo. Por ser este, um cabo que possui uma performance reduzida (10 MHz), apenas um condutor
para transmissão, passou a ser reconhecido como um meio físico que não apresentava uma
Todo cabo deve se utilizar de conectores para se ligar ao equipamento ou a outro meio; performance condizente com as necessidades atuais. Sendo assim, temos que considerá-lo como um
com esse cabo não poderia ser diferente. Desta forma, os conectores utilizados podem ser: meio extremamente utilizado, mas não mais como uma mídia aceita para ser incorporada nos
projetos de cabeamento estruturado.
• Conector BNC - utilizado para conectar um cabo coaxial. Esse conector pode ser
encontrado em vários tipos, como: conector de rosca, de crimpar e de solda (também A figura 7.3a mostra um passo a passo da montagem de um cabo coaxial com conector
conhecido por conector BNC com joelho). De todos estes apresentados, o que oferece maior BNC de crimpar.
rapidez na conectorização é o de crimpar; e o que oferece maior segurança é o de solda.
Dentro da linha dos conectores de crimpar é importante relatar que existem aqueles que
oferecem uma melhor ou pior conectorização. Isto vai variar de acordo com a qualidade do
conector, que muitas vezes pode ser revelada diretamente pelo próprio custo do produto;

É importante salientar que para conectorizar um conector de crimpar, é necessário adquirir o


alicate de crimpar, que é uma ferramenta específica para esse tipo de serviço.

• Conector T - também conhecido como conector de transição, e é utilizado para possibilitar


a conexão do equipamento ao cabo coaxial; Só poderão ser usados no máximo 30 por lance
de cabo, com distância mínima de 1,5 metros, para cabos do tipo 10base2.
• Conector Junção - é utilizado para unir ou fazer a junção de dois lances de cabo coaxial.
Muito conhecido no mercado como emenda para cabo coaxial. Ele não deve ser utilizado em
grande quantidade pela rede, pois oferece uma maior atenuação do sinal transmitido, em
cada ponto em que é instalado. É muito utilizado para substituir o conector T em pontos nos
quais não mais existem equipamentos a serem interligados à rede;
• Terminador - o Terminador ou "Terminator" é utilizado para fechar o lance de cabo
coaxial. Isto se justifica porque toda rede local implementada com cabo coaxial deve possuir Figura 7.3a Procedimento de Montagem de Cabo Coaxial.
um terminador em cada extremidade, que estará fazendo o papel de casador de ímpedância,
que nada mais é que um "amortecedor" do sinal que chega até as bordas do cabo. Desta
forma, estaremos eliminando o efeito de ressonância do sinal, quando este encontra o final Atualmente, o cabo coaxial é utilizado em vários projetos específicos de rede e, como já
do cabo, e com isso, eliminando a possibilidade da alteração de um sinal transmitido havíamos comentado, em várias montagens de pequenas redes, mas foi totalmente abolido dos
novos projetos de cabeamento. As revisões das normas, tanto americana (EIA/TIA 568) quanto a de
âmbito mundial (ISO/IEC DIS 11.801), aboliram o uso do cabo coaxial em projetos de cabeamento
Terminador 50 Ohms estruturado.
Em alguns casos específicos dentro de um projeto, ainda se recomenda o uso do cabo
coaxial. Um exemplo são os projetos que implementam o serviço de CATV ou TV a cabo, com
sinalização analógica que ainda hoje é muito bem servido pelo cabo coaxial, pois ele oferece um
Conector T custo X benefício bem interessante, se comparado com as soluções que utilizam fibra óptica ou
pares trançados para este fim.
Cabo com conector BNC de crimpar
Muitos estudos e pesquisas estão sendo realizados para abolir a necessidade de utilização
Alicate de Crimpar desse tipo de cabo dentro das organizações que estão providas de uma rede estruturada. E todos
esses estudos passam a baratear as outras tecnologias, para que as mesmas possam desbancar o cabo
coaxial do mérito de ser viável na implementação de alguns serviços específicos.

Conector BNC de crimpar e Conector Junção


recentemente, por outro transmitido há mais tempo. Cabos Par Trançado
Figura 7.3 - Conectores e Ferramenta.
Os cabos de pares trançados tiveram, nos últimos anos, um enorme crescimento em seu uso
e aplicação. Tanto é verdade, que em todas as instalações construídas com base no cabeamento

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estruturado, eles são utilizados como principal meio para interligar os pontos por toda a chancelar o que os fabricantes já vinham desenvolvendo há algum tempo, pois mídias que atendiam
organização. acima do limite de 100 MHz já vinham sendo disponibilizadas e comercializadas no mercado.
O primeiro, ou pelo menos o mais conhecido cabo trançado, é o FI -"Field Interlaced" O UTP é o cabo trançado não blindado; isto quer dizer sem nenhuma malha proteção contra
(cabo cinza) usado na área de telefonia para conectar os aparelhos de telefone à distribuição central. interferências externas. Esse cabo é constituído de quatro pares de fios, que são compostos de fios
Esses cabos ficaram famosos pela facilidade em sua instalação e pelo seu custo, com o único entrelaçados. Ele possui as seguintes características:
problema de não possibilitarem a passagem de sinais em frequências maiores, por limitação da sua
própria construção física. • O fio que compõe esse cabo, por norma, deve ser de 22 ou 24 AWG (American Wire
Gauge);
Mas a tecnologia foi apurada, as exigências atendidas e novos tipos de cabos de pares
trançados, que incorporaram uma maior tecnologia, surgiram para ganhar o mercado e ser o meio Quanto maior o valor em AWG, menor será a espessura do condutor.
físico mais utilizado para a construção de redes estruturadas atualmente. Esses cabos são
conhecidos basicamente por: • Todo o cabo deve possuir uma espessura inferior a 6,35 mm;
• UTP (Unshielded Twisted Pair) - Cabo de par trançado não blindado; • O diâmetro máximo do isolamento de condutor deve ser de 1,22 mm;
• STP (Shielded Twisted Pair) - Cabo de par trançado blindado; • Cada par possui uma cor característica e é recomendável que o fio branco de cada par seja
• SCTP (Screened Twisted Pair) - Cabo de par trançado com blindagem externa; tracejado com a cor do fio de origem;
• FTP (Foil Twisted Pair) - Cabo de par trançado folheado. • Possui um passo de torção diferente (cada par possui um número de tranças diferentes) e
todos são trançados entre si. Isto possibilita a redução da diafonia entre os pares
Cada tipo de cabo, conforme o especificado acima, vem atender determinadas necessidades (interferência do par vizinho) e o acoplamento;
e tipos de soluções diferentes, sendo assim, opções de solução em uma instalação.
• Deve suportar uma tensão mínima de ruptura de 40,82 Kg;
Com base na norma americana EIA/TIA 568, o cabo de par trançado obedece ao seguinte
padrão de desempenho: • Deve suportar uma tensão de puxamento mínima de 11,34 Kg;
UTP Capacidade Aplicação Frequencia • O raio de curvatura máximo deve ser de 25,4 mm ou de quatro vezes o diâmetro do cabo, e
Categoria 1 Não especificado Voz de dez vezes, caso o cabo seja categoria 5 de 25 pares;
Categoria 2 Até 1 Mbps Voz e sinais analógicos • A impedância característica desse cabo deve ser de 100 OHMS.
10BaseT
Categoria 3 Até 16 Mbps 16MHz
Token Ring
10BaseT
Categoria 4 Até 20 Mbps 20MHz
Token Ring
10BaseT
Categoria 5 Até 100 Mbps 100BaseTX 100MHz
eIEEE 802.12

Desta forma, definiu-se o nível de frequência máxima suportada por cada categoria de
cabo. Atualmente, muito é cogitado sobre as categorias 5 avançado ou enhanced, 6 e 7. A revisão da
norma para o CAT5e e CAT6 já foi regulamentada pelo Comité, e a categoria 7 ainda se encontra
em vias de finalização junto às entidades mundiais. Sendo assim, desde já podemos apresentar as
referências de cada categoria de cabo de par trançado, que atende à seguinte definição:
• Categoria 5e: 100 MHz (com melhora na resposta do cabo para as frequências maiores);
Figura 7.4 - Cabo Par Trançado.
• Categoria 6: 250 MHz;
O UTP, como já havíamos mencionado, não possui proteção física contra ruídos externos.
• Categoria 7: 600 MHz. Mas possui, enquanto em funcionamento, um efeito que reduz a interferência no sinal transmitido.
É importante destacar que a performance de um cabeamento com par trançado, apresentado Esta técnica é chamada de CANCELAMENTO e pode ser explicada da seguinte forma:
dentro dos termos de Categoria, assume outra classificação quando amparada pela Norma ISO
11.801, na qual é definida em Classes, como descrito em seguida: Cada fio do par transmite o sinal em um sentido, desta forma, a corrente que flui em
direções opostas dentro de cada fio gera um campo eletromagnético, que segundo aquela regra que
• Classe D : 100 MHz; aprendemos na Física do 1 a grau, regra da mão direita, a corrente que entra no condutor gera um
campo no sentido horário e a corrente que sai do condutor gera um campo no sentido anti-horário.
• Classe E : 200 MHz; Sendo assim, os dois campos se cancelam, aumentando a capacidade do par em resistir às
• Classe F : 600 MHz; interferências. Como podemos concluir após esta explicação, em um par do cabo, um fio assume o
papel de TX (Transmissor) e outro, de RX (Receptor). Com base nesta condição, podemos falar que
É importante perceber que a aprovação das novas Categorias/Classes de cabos veio sempre o cancelamento das forças estará atuando num condutor trançado. O Cancelamento evita o

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CROSS-TALK, ou interferência de sinais inter cabos. marcas e, como não poderia ser diferente, também com vários preços. Caso o amigo leitor pretenda
ser profissional na área, nós aconselhamos que invista num alicate que possa utilizar várias matrizes
de conectores. Essas matrizes possibilitarão a conectorização de vários tamanhos de conector RJ.
É importante deixarmos bem claro, neste momento, que a conectorização do cabo,
geralmente considerada pêlos profissionais como atividade banal, é de grande importância, pois, se
mal-executada, pode comprometer toda uma implantação ou levar à degradação futura de
performance da rede. Outro fato que não podemos deixar de falar é sobre o padrão de
conectorização. A norma EIA/TIA 568 padronizou duas configurações de conectorização:
• T568-A;
• T568-B.
Se você está se perguntando neste momento: Qual o motivo de existirem dois padrões de
conectorização?
Isto se deve as condições impostas por fabricantes na época da constituição das normas,
pois os fabricantes que atuavam na Europa, tinham uma predileção pelo padrão B e fabricantes
americanos, pelo padrão A. Desta forma, definiu-se pelos dois padrões. O que é realmente
importante e deve ser firmado é a obrigação do projetista ou do próprio instalador de optar pelo
padrão de conectorização A ou B, e jamais inventar o seu próprio padrão. É necessário saber que
todo o material de cabeamento estruturado disponível no mercado é fornecido para o padrão A ou
B, ou então se adapta aos dois.
Figura 7.5 - Cancelamento das Forças (Fonte: Tudo sobre Cabeamento de Rede). É importante não confundir padrão de conectorização T568 - A ou B, com a norma EIA/TIA
568, pois a especificação A da norma se refere à revisão sofrida por esta.
Outro fato muito interessante sobre esse cabo se traduz numa pergunta que é sempre
geradora de muitas dúvidas. Qual a função determinada a cada par desse cabo?
Na maioria dos protocolos de transmissão de dados em rede local, como: Ethernet, Arcnet,
ATM, Fast-Ethernet, Token-Ring, são utilizados apenas dois pares que, conforme a definição
especificada em norma, utiliza os pares verde e laranja. Outros protocolos como, por exemplo, o
Gibabit Ethernet já têm necessidade de utilizar os quatro pares.
Outras aplicações, como transmissão de som, imagem, voz, etc., utilizam apenas um par,
possibilitando assim a integração dos sinais num mesmo cabo.

Figura 7.7 - Conector RJ-45 (Padrão de Cores).


Figura 7.6 - Definição da Função Par a Par.

Conforme falamos anteriormente, cada par já possuí, a prióri, uma definição para uso Após todas estas informações apresentadas, é importante lembrar que todas as informações
determinado, bastando, para que isto se confirme, realizar a correta conectorização do cabo. A que caracterizam o cabo UTP se referem ao cabo categoria 5. Sendo assim, os cabos que estiverem
definição de uso dá-se principalmente em relação aos transamentos dos fios, fator que aumento ou incorporados em categorias superiores, com certeza, terão características diferentes das
diminui o efeito da diafonia e do cancelamento. O conector macho utilizado para esse fim é o RJ-45 apresentadas anteriormente.
(conector de oito vias). Ele possui contatos frontais que perfuram a capa do condutor, possibilitando
o contato. É importante salientar que o fio condutor não deve ser "descamisado", pois poderia Como não podíamos deixar de comentar, o cabo STP (Shielded Twisted Pair) é chamado
possibilitar futuramente a ocorrência de oxidação prejudicando a performance do link como um de cabo blindado. Ele atende também à categoria 5, mas possui uma proteção física que, juntamente
com a técnica de Cancelamento, atua na proteção dos sinais contra as interferências externas. Esse
todo. O ato de inserção do contato ao fio propicia o autodesnudamento, pois a capa é rompida cabo possui um laminado cobrindo os pares e um dreno para fazer o aterramento. Desta forma,
apenas na área de contato. nota-se que em instalações nas quais se deseja aterrar todo o cabeamento, é indispensável o uso de
Para fazer a conectorização desse cabo, também deve ser utilizada uma ferramenta própria um cabo desse nível.
denominada: alicate de crimpagem. Esse alicate é encontrado no mercado em vários modelos e

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O cabo STP é encontrado com impedância característica de 100 ou 150 OHMS, sendo este
último conhecido como cabo STP 150 IBM. Ele recebeu esta denominação por ter sido um cabo
criado pela IBM para redes Token-Ring. Figura 7.7a Tipos de Cabos baseados em condutores eletromagnéticos.

Como não podíamos deixar de mencionar, o cabo FTP (Foil Twisted Pair) possui proteção
dupla, pois, além da proteção de laminado cobrindo os pares e a existência do fio dreno, todos os
pares são protegidos individualmente por outro laminado. Obviamente, esse cabo se apresenta ainda
mais seguro contra as interferências externas. O cabo FTP é encontrado com as mesmas
impedâncias características do cabo STP.
No Brasil, os cabos STP e FTP ainda têm uma presença tímida, pois a grande parte das
instalações de cabeamento não são devidamente aterradas. Mas em regiões que exigem maior
segurança, como: hospitais, aeroportos, laboratórios, etc., a presença desse tipo de cabo é
indispensável, pela maior proteção oferecida contra ruídos externos. Nessas instalações, os cabos
devem ser devidamente aterrados para se tornarem realmente eficientes.

Na Europa se faz presente o cabo trançado com impedância característica de 120 OHMS.

Uma peculiaridade interessante quanto aos cabos blindados é que a Norma EIA/TIA 568
ignorava, em suas primeiras versões, o cabo STP de quatro pares e o cabo FTP. É sabido que na
Norma americana, o cabo STP apresentado com dois pares, já contempla a configuração de quatro
pares, que já vinha sendo fornecido por muitos fabricantes antes mesmo que a atualização da Norma
fosse realizada. Esse fato merece ser relatado por ser a Norma americana a mais referenciada aqui
no Brasil, em detrimento da Norma internacional ISO 11.801, que também referencia de forma bem
ampla os cabos de par trançado.
Por fim, um cabo muito utilizado em soluções em que se deseja passar o cabo por baixo de
carpetes ou tapetes é o UnderCarpet. Este é conhecido como o cabo UTP chato. Realmente
adequado a instalações que devem passar cabos por baixo de alguma cobertura estética de ambiente.
Por ser chato, esse cabo possui uma pequena altura e uma largura maior.
Em 1996, falava-se que em três anos a morte do cabo metálico seria inevitável dentro do
ambiente de cabeamento estruturado, pois era esperado que a "Fiber On The Desk" (fibra até a
estação) tomasse o lugar do cabo de cobre, devido ao seu barateamento e à exigência de bandas
mais largas para transmissão. O que notamos, na verdade, é que o cabo de cobre ficou mais barato
(mais acessível) e com tamanha tecnologia adquirida, possibilitando ao mercado, já a partir de
1998, oferecer os cabos de 200, 350 e 600 MHz com cabo de cobre. Isto nos mostra que ainda por
um bom tempo os cabos trançados estarão nos acompanhando nas muitas implantações que serão
realizadas.
Não podemos deixar de ressaltar a importância de se assegurar que todo o grupo de
componentes que estejam sendo disponibilizados para a construção de um sistema de cabeamento,
atenda corretamente a uma determinada categoria. Pois, ao especificarmos os cabos, conectores e
painéis que formarão o "link" de comunicação, devemos ter certeza que todos eles venham atender
ao mesmo nível de performance de uma ponta a outra.

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• Uma película que recobre a casca, chamada de acrilato;
A tabela a seguir mostra os cabos mais utilizados em redes e suas principais características.
Na figura 7.7b são apresentadas as distâncias limite estabelecidas pelo padrão EIA/TIA 568A. • Um tubo em que as fibras são comportadas, chamado de tubete;
• Os fios de aramida, que muitas vezes atuam como proteção a tração;
Cabo Impedância
Condutor Tipo de
Aplicação
Distância Máxima • O bastão de kevlar, que é utilizado nos cabos para dar resistência mecânica,
típico Conector do lance conseqüentemente, protegendo o cabo que contém as fibras, contra curvatura e dobras que
RG-58 22AWG
(Cabo coaxial fino – thin 50Ω rígido ou BNC
Ethernet
185m poderiam contribuir para o rompimento ou dilaceramento das fibras ópticas;
Cable) flexível
10Base2 • E por fim, a capa que envolve o todo o cabo, constituída por um polímero.
RG-8/11
12AWG Tipo N ou Ethernet
(Cabo coaxial Grosso – 50Ω 500m
rígido Vampiro 10Base5
thickNet Cable)
RG-62 22AWG ARCNet
73Ω BNC
(Coaxial) rígido IBM3270
AS/400
Twinax 20AWG
100Ω Twinaxial IBM System
(Coaxial Duplo) flexível
3X Figura 7.8 - Cabo de Fibra Óptica.
24AWG Ethernet
UTP 100 Ω RJ45 100m
rígido 10/100BaseT As fibras ópticas dividem-se basicamente em três grupos:
STP 100 Ω ou 24AWG Ethernet
(condutor de aterramento) 150 Ω rígido
RJ45
10/100BaseT
100m • Fibras de Índice Degrau: Possuem o núcleo composto por um material homogéneo, de
índice de refração constante e sempre superior ao da casca. A luz incidente pode percorrer
diversos caminhos, o que ocasiona o alargamento do impulso luminoso ao término do
percurso (utilizada em aplicações de rede LAN);
• Fibras de Índice Gradual: Possuem o núcleo composto por um índice de refração variável,
crescente da periferia para o centro. Essa variação gradual do índice permite a redução do
alargamento do impulso luminoso (utilizada em aplicações de rede LAN);
• Fibras Monomodais: Possuem um núcleo de reduzidas dimensões que, a partir de um
determinado comprimento de onda de luz, transmite somente um modo. Esta característica
reduz drasticamente o alargamento do impulso. Esta redução, por sua vez, permite uma
excepcional condição para transmissão de grande número de informações simultâneas
(utilizada geralmente em aplicações que envolvem rede WAN).
Como podemos observar, existem dois modos para configurarmos um ambiente que possua
fibra. Ela será monomodo ou multimodo. Esta configuração dependerá, como foi falado
anteriormente, da aplicação, pois a fibra multimodo é muito utilizada em aplicações de redes locais
e, obviamente, em projetos de cabeamento estruturado. Conforme a EIA/TIA 568, um cabo de fibra
multimodo pode chegar no máximo a 2 Km. Já a monomodo tem presença maciça nas aplicações
Figura 7.7b Distâncias limite estabelecidas pelo padrão EIA/TIA 568A em telecomunicações, pois necessita alcançar distâncias maiores e, obviamente, obter menos perdas
por Km. Conforme a norma americana, é aceitável implantar essa fibra num projeto de cabeamento
até o limite de 3 Km. Este limite de 3 Km foi exigido, justamente por que um projeto de
Cabos ópticos cabeamento deve ser especificado dentro deste limite.
Como já sabemos, a fibra oferece algumas vantagens em relação ao cabo metálico, pois
atende a longas distâncias, preservando o sinal original por uma distância muito maior, é imune a
interferências eletromagnéticas e ruídos. Sendo assim, pode ser instalada em áreas que seriam
inóspitas para a transmissão em cabos metálicos e possibilita a transmissão na ordem de Gbps. Mas
como nem tudo na vida são flores, o cabo de fibra ainda hoje oferece uma desvantagem em relação
ao cabo metálico, o custo. Devido à tecnologia envolvida, a fibra tem um custo maior de instalação,
manutenção e também o hardware envolvido possui um custo mais elevado. Diante deste quadro,
podemos concluir que a fibra atualmente, não é utilizada em todos os casos nem em todas as
aplicações, sendo mais utilizada dentro do cabeamento estruturado, na construção de Backbones
internos e externos.

Basicamente, a fibra é constituída dos seguintes componentes:


• Um núcleo interno de fibra de vidro;
• Uma casca que envolve o núcleo, também de fibra de vidro;

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frente utilizar um cabo não geleado.
• Fibras Loose Auto-Sustentáveis: Esse grupo se refere às fibras que possuem as mesmas
características das fibras Loose detalhadas acima, mas dedicadas a serem lançadas por meio
de posteamento. Para serem empregadas nesse tipo de infra-estrutura, é necessária uma
Fibra maior proteção externa, pois essas fibras irão sofrer a ação do Sol e da chuva e devem
Multimo possuir uma maior resistência mecânica. Essas fibras são encontradas para serem utilizadas
do em posteamento com lances de 80, 120 e 150 metros. Para distâncias maiores existem fibras
para atender à aplicações específicas.
Toda fibra existente atualmente no mercado está alojada em um desses grupos
apresentados, podendo fugir à regra para usos em aplicações muito específicas e restritas.
Como já pode ser do conhecimento de muitos, geralmente todo lance de fibra deve ser
Fibra concluído em um terminador óptico ou num distribuidor óptico. A diferença entre os dois está
Monomo apenas na quantidade de fibras que podem ser terminadas, pois o terminador é utilizado geralmente
para fazer a terminação de uma ou duas fibras, já o distribuidor faz a terminação de várias fibras
num mesmo módulo.
A terminação se faz necessária, pois é imprescindível para que seja possível conectar os
equipamentos por meio de cordões de fibra que sejam flexíveis, com isso, podem ser melhor
manipulados. O cabo lançado, por ser mais rígido, é inadequado para ser conectado diretamente ao
equipamento, com pena de romper ou se danificar.
Figura 7.9 - Modos de propagação na fibra.
Em 1998, foi lançado no mercado brasileiro um cabo de fibra, conhecido entre os
As fibras ópticas trafegam luz em frequências fora do espectro da visão humana. Esse sinal profissionais da área, por Tight Buffer Superflexível, que possibilita a interligação equipamento a
de luz é transmitido com um determinado comprimento de onda, que é padrão, e determina em qual equipamento, sem depender de caixas de terminação. Pode ser uma solução para pequenas
frequência esse sinal deve ser transmitido e qual perda média existirá por Km (atenuação/km). Ao instalações em que se deseja ligar apenas um equipamento a outro.
comprimento de onda estipulado para o sinal, dá-se o nome de Janela. Sabendo o valor da Janela,
sabemos o comprimento de onda do sinal que será utilizado. Essa componente é importante, pois,
ao adquirirmos o elemento ativo de transmissão, deve-se especificar em qual Janela o equipamento
deverá transmitir e, obviamente, a fibra deve ser adequada para transmitir sinais dentro dessa janela.
As fibras ópticas mais utilizadas apresentam as seguintes características:
Janela Atenuação Largura de banda
Multímodo Índice Gradual (IG)
850 nm <= 3,0 db >= 250 MHz
1310 nm <= l,0db >= 500 MHz
Monomodo (SM - Síngie Mode) Figura 7.10 - Distribuidor / Terminador Óptico.
1310 nm <= 0,5 db > l GHz (Fonte: Catálogos da Infra Plus e Panduit).
1550nm <= 0,3 db > l GHz Na transmissão por meio de fibras ópticas, são utilizados dois tipos de injetores de sinal: o LASER
e o LED (Light Emitting Diode) - Díodo Emissor de Luz). O LASER (Light Amplification by
Essas fibras seguem um padrão de classificação, que delineiam o seu uso de forma correta. Stimulated Emission or Radiation -Amplificação de Luz Estimulada pela Emissão de Radiação),
São classificadas em três tipos básicos: atualmente, é um injetor de sinal utilizado em equipamentos empregados na área de comunicação a
• Fibras Tight Buffer: Mais flexíveis, sem imunidade à umidade, utilizadas em aplicações longa distância, por ser mais potente, e, obviamente por este motivo, possui um maior custo
que estejam nos ambientes internos às edificações; agregado. Já na área de informática, o injetor mais utilizado é o LED, porque se trabalha com
pequenas distâncias, e o custo do LED, por ser menor, torna mais acessíveis, os equipamentos de
• Fibras Loose: Possuem cabos flexíveis e mais rígidos, dependendo da aplicação, e
oferecem imunidade à umidade, pois utilizam dentro do tubete um gel que retém a umidade. comunicação para redes locais.
São mais utilizadas em ambientes externos às edificações. Podem ser utilizadas em Outro elemento que está totalmente ligado ao cabo de fibra óptica é o conector. Os
ambientes internos, mas devem-se fazer as devidas considerações, pois o gel utilizado para conectores mais utilizados são:
reter a umidade é produzido a partir de substâncias advindas do petróleo; sendo assim, é
inflamável. Isto, na visão de muitos projetistas e engenheiros, é um risco como propagador • MULTIMODO: ST , SC e MIC.
de incêndio. A norma indica entrar com um cabo geleado até a entrada do prédio e daí pra
• MONOMODO: SMA e FC.

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Figura 7.11 - Conectores para Fibra Óptica, essa medida pode ser suficiente, pois em pequenos links o problema de atenuação não necessita ser
encarado com muita severidade. Já na área de telecomunicações, onde são instalados links que
Conector FC UPC atingem quilómetros, é necessário um equipamento que faça a varredura do ponto de partida até o
ponto final. Esse equipamento deve ser o OTDR.
O OTDR possibilita uma amostragem gráfica de todo o link, exibindo a atenuação do sinal
por todo o caminho percorrido, e apresentando com detalhe os pontos nos quais se apresenta uma
maior atenuação, que pode ser causada por uma emenda ou mesmo por um problema físico no cabo.
Para os profissionais que hão de trabalhar com a instalação de fibras ópticas dentro do
cabeamento estruturado, o Mitter é o equipamento mais apropriado e mais acessível.

Em contrapartida, muitas vezes é necessário não apenas conectar a fibra, mas sim fazer
uma emenda. Diferentemente do cabo metálico, a fibra pode sofrer emenda, desde que a atenuação
causada por esta não ultrapasse o limite exigido pelo equipamento que fará a decodificação e o
entendimento do sinal transmitido.
A emenda pode ser realizada de forma manual ou por fusão. A manual é mais rápida e
muitas vezes é utilizada como emenda temporária para solucionar rapidamente um problema de Figura 7.13 - Testadores de Fibra. (Fonte: Catálogos da Fluke e Siemens).
ruptura na fibra. Já a fusão é o processo mais confiável e definitivo na técnica de emenda. O grau de
perda atualmente varia entre 0 e 1db, sendo em média de 0,5db. A perda máxima suportada por um
link é de 12db, isso limita o número de emendas a serem feitas numa fibra. Proteção
Atualmente, a tecnologia de emendas manuais obteve grande desenvolvimento, sendo
defendida pêlos fabricantes até mesmo para fazer emendas definitivas. Já a fusão foi e continuará, Qual seria a proteção necessária a uma rede?
por um bom tempo, sendo encarada como a técnica mais segura, pois ela realiza a junção das fibras
por meio da junção física de uma ponta com a outra. Seria um sistema de alarmes supermoderno, ou uma eficiente segurança para evitar o
acesso até a sala de telecomunicações, um sistema de trancas para não deixar a rede ser
desinstalada, ou quem sabe um cachorro para ficar de guarda.
Nada disso. Quando falamos de proteção, estamos querendo chamar atenção aos cuidados
necessários com o elemento que é fundamental para o funcionamento de toda essa estrutura: a
energia elétrica. Ela é utilizada para energizar os equipamentos e também é a peça fundamental que
proporciona o sinal a ser transmitido por todo cabeamento.
Isto nos induz a estabelecer critérios para a construção de toda instalação elétrica da
edificação, pois uma instalação falha ou inadequada pode comprometer todo o projeto desejado na
área de cabeamento. É de extrema importância que toda a instalação esteja dentro dos padrões
exigidos pela ABNT. Uma rede elétrica saudável é meio caminho andado para evitar problemas de
comunicação com as estações e equipamentos que estarão conectados à rede.
Primeiramente, a sua rede deve estar preparada para problemas decorrentes da rede elétrica,
como os picos, surtos e quedas de tensão. O pico de energia, como é conhecido, se refere a um
Figura 7.12 - Emendas para Fibra (Fonte: Catálogo da 3M). aumento de tensão na linha, conhecido como sobrecarga, repentino e rápido que tem duração entre
0,5 e 100 microssegundos. O surto se refere a uma sobrecarga que tem a duração de alguns
E por fim, o que não poderíamos deixar de comentar é sobre os testadores da fibra óptica. segundos. Já a queda de tensão ocorre quando a tensão fica abaixo do valor nominal desejado como,
Após o lançamento das fibras é exigido que se faça o teste para que seja apurado o bom por exemplo, uma rede que fornece 127 volts, em determinado momento passa a fornecer 65 volts.
funcionamento daquele link instalado.
Por estes e outros efeitos que podem ocorrer em sua rede, é desejado que proteções
São dois os equipamentos mais utilizados: Mitter e OTDR (Optical Time Domain adicionais, tais como: Estabilizadores e No Breaks, sejam instalados a fim de proteger os servidores
Reflectometer). O Mitter é um equipamento muito utilizado para testar pequenos links de fibra e e os elementos ativos que concentram o controle da rede, como os Switchs, Roteadores, Hub's, etc.
links instalados em redes locais, pois esse equipamento não oferece o relatório de perdas existentes
ponto a ponto. Desta forma, ele só apresenta o valor de atenuação total do link. Para pequenas redes Uma oscilação também pode provocar problemas em sua rede. A oscilação é uma alteração

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na frequência da rede, a qual é de 60 Hz. Um aumento no número de ciclos causa esse efeito que Maiores informações e detalhes sobre os cuidados com o aterramento e a instalação elétrica
pode ser provocado por redes sobrecarregadas e mal dimensionadas. da edificação são discutidos pela Norma EIA/TIA 607.
Como podemos observar, para diminuirmos a ocorrência de efeitos, como os apresentados Texto retirado da obra:
acima, torna-se extremamente necessária uma instalação elétrica adequada, com o devido
aterramento, interligando todas as redes existentes na edificação e a instalação de equipamentos que SOARES NETO, Vicente, Telecomunicações: Redes de Alta Velocidade – Cabeamento
atuem na proteção. Estruturado. Capitulo 7 – Cabos Utilizados. p.75-98. São Paulo: Érica, 1999.

Os equipamentos, como os Estabilizadores de Energia, só atuam na regulagem da tensão,


mantendo a saída dentro do padrão exigido. Esse equipamento trabalha na solução de dois efeitos: a
sobrecarga e a queda de energia. O Estabilizador trabalha com dois valores de referência. Caso a
energia fique entre esses dois patamares, como, por exemplo: de 85 a 150 volts, ele leva a saída
para o ponto correto, nesse caso 115 volts. Mas como podemos observar, altas sobrecargas, picos e
quedas acentuadas de tensão não são suportados por esse equipamento, sendo importante um
equipamento mais completo.
Os No Breaks fazem este papel. Eles protegem adequadamente os equipamentos, pois
possuem baterias que possibilitam a recomposição da energia, caso haja falha por um tempo maior,
e não possibilitam a interferência indesejável dos efeitos anteriormente mencionados. Esses
equipamentos devem ser bem especificados, pois de nada adianta um equipamento que no momento
crucial não entra em ação.
Existem outros pontos que devem ser observados no momento de fazer um cabeamento
estruturado, como:
• Evitar a instalação de cabos UTP próximos à fonte de energia;
• Instalar os painéis de distribuição de energia para cada conjunto de computadores e
equipamentos. Este recurso aumenta o custo de fiação, mas reduz, significativamente, o
comprimento dos fios TERRA, limitando a ocorrência de vários tipos de ruídos elétricos;
• Interligar prédios ou gabinetes de fiação alimentados por fontes diferentes, utilizando fibra
óptica;
• Necessitando passar cabos perto de uma fonte elétrica, nunca passe o cabo paralelamente à
fonte, para evitar o efeito maior gerado pelo ruído;
• Lembrar que onde houver um ponto de telecomunicação, deve haver um ponto de energia
(tomada de energia) para ligar um equipamento;
• Todo armário ou painel de distribuição deve estar munido de pontos de energia, de
preferência estabilizados.
Outro detalhe de uma instalação desse nível são as distâncias limites exigidas nessas
instalações, quando se deseja passar a fiação elétrica juntamente com o cabeamento. As distâncias
mínimas entre a infra-estrutura de dados e os condutores elétricos, para tensões até 480 volts, são
estabelecidas conforme o quadro abaixo:

INFRA-ESTRUTÜRA <2KVA 2 a 5 KVA >5KVA


Dutos de materiais não metálicos e 127 mm 305 mm 610 mm
condutores elétricos não blindados
Dutos de materiais metálicos
64 mm 152 mm 305 mm
aterrados e condutores elétricos não
blindados.
Dutos de materiais metálicos e ---- 76 mm 152 mm
aterrados e condutores elétricos
blindados.

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Exercícios Propostos
1. Quais são as vantagens e desvantagens existentes entre o cabo UTP e o coaxial?
2. O que aconteceria se ligássemos uma rede com dez estações por meio de um cabo coaxial e não
aterrássemos a sua malha?
3. Em quais condições devemos optar pelo cabeamento, utilizando cabos STP e FTP?
4. O que é uma Janela de transmissão? Como é utilizada?
5. Qual a aplicação desejada para um cabo Tight Buffer?
6. Em que condições um cabo Loose pode ser utilizado dentro da edificação?
7. Quais são os recursos existentes para proteger um cabo UTP de ruídos externos?
8. Sabemos que o emissor LASER é mais eficiente que o LED. Então, por que utilizá-lo?
9. Como funcionam os equipamentos que testam um link de fibra óptica?
10. Qual o problema existente se passarmos pela mesma canaleta, a uma distância de 12 cm, um
cabo de energia com carga de 3 KVA e cabos UTP?

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