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PLATÃO
Platão foi discípulo de Sócrates e foi quem escreveu algumas das idéias deste. Fundou
sua própria escola aos arredores de um bosque que levava o nome de um herói grego
chamado Academos, por isso recebeu o nome de Academia, que está na sociedade até os dias
atuais.
Enquanto os filósofos anteriores, principalmente os da natureza, preocupavam-se em
determinar se as coisas fluem ou são imutáveis, Platão acreditava que ambos os estados
coexistiam.
Vamos lembrar que os sofistas e Sócrates haviam se afastado da questão do que flui e o que é
imutável, se prendendo mais à análise do homem e da sociedade. A relação entre fluidez e
rigidez era feita quando se analisava a moral dos homens, ideais ou virtudes da sociedade.
Acreditavam também que o que era tido como certo ou errado mudava de local para local, de
geração em geração.
Sócrates vai imaginar que a grande parte das normas da sociedade são rígidas e
imutáveis, devendo sempre reger as ações do homem. Quando se depara com a dúvida entre
rígido e fluído, vai estabelecer que tudo o que podemos ver e tocar na natureza flui, que não
existe um elemento básico, bem como as nossas opiniões e ideias. Nessa linha, vai criar a
teoria das idéias.
Nesta, tudo se divide entre mundo dos sentidos – tudo o que podemos ver e tocar,
todas as nossas opiniões incertas, tudo o que não é duradouro na sociedade e na vida – e
mundo das ideias – que compreende tudo o que tem forma eterna e imutável, que estabelece
imagens padrão e são tidos como opiniões certas. Nesse ínterim, a razão (que está no mundo
das ideias) é o extremo oposto entre achar e sentir (que estão no mundo dos sentidos). E a
realidade existiria no mundo das ideias, além do mundo dos sentidos.
Um exemplo é a escolha de uma faculdade. Imagine alguém que seja muito bom em cálculos,
tendo uma facilidade absurda. Mas é alguém que gosta muito de crianças e, por conta disso,
acredite que seu futuro esteja na pediatria. Platão diria que a razão dessa pessoa estaria em
fazer algo na área de exatas, como engenharia; mas, guiada pelos sentidos, ela prefere
medicina e faz uma escolha errada, baseada em uma opinião incerta.
Na análise do homem, Platão vai afirmar que este transita entre o dois mundos. Seu
corpo pertence à natureza, sendo, portanto, algo fluido e que depende dos sentidos, estando
então no mundo dos sentidos. Sua alma, contudo, é a morada da razão e é imortal, estando no
mundo das ideias. A alma anseia voltar ao mundo das ideias, se libertar do cárcere do corpo, e
o faz através do amor (não necessariamente o amor entre dois seres humanos, os mais
diversos tipos de amor). Esse anseio de libertação é o caminho percorrido pelo filósofo em sua
estadia no mundo dos sentidos.
Ainda neste dilema entre realidades, Platão relata o mito/alegoria da caverna, que vai
discutir as diferentes percepções de realidade entre indivíduos.
Tem-se pessoas presas dentro de uma caverna, encarando uma parede. Atrás delas tem um
muro translúcido e, atrás dele, uma fogueira. Desde que nasceram, a única coisa que vêem são
as sombras bruxuleantes projetadas na parede que encaram, como um teatro.
Um deles decide, então, se libertar. Quebra as correntes e se vira. Por trás do muro, vê
contornos não muito precisos, a luz indireta quase o cega. Resolve escalar o muro e, uma vez
do outro lado, vê contornos precisos, vê a ‘realidade’ e sofre um deslumbramento.
Maravilhado, decide voltar e contar aos demais que o que vêem não passam de um espectro
da realidade. Seus companheiros não acreditam nele, pensam que está delirando e o matam.
A visão de Platão sobre o Estado é que este deveria ser governado por filósofos.
Compara-o a um corpo humano e virtudes, onde a cabeça – cujas virtudes são a sabedoria e a
razão – seria a representação dos governantes; o peito – que representa a vontade e a
coragem – seria na realidade o exército; e o baixo ventre, que seria o prazer e a temperança,
estaria representando os trabalhadores.
Em um estado justo e equilibrado, estes três estratos seriam movidos pela razão e
cada um conheceria seu lugar no todo. Platão é muito criticado por isso, já que este sistema se
assemelha ao de castas na Índia e relaciona-se profundamente a um totalitarismo.
Em relação às mulheres, ele acreditava que elas tinham as mesmas capacidades dos
homens. E cita: “Um Estado que não forma, nem educa suas mulheres, é como um homem
que treina apenas seu braço direito.”.
ARISTÓTELES
Em relação à política, vai dizer que ‘o homem é um ser político’ e que sem a sociedade
o indivíduo não é uma pessoa; essa é a forma mais elevada de convívio humano. O modo mais
correto de se governar é qualquer um, desde que seja justo e respeite o meio termo de ouro:
pode ser monarquia, desde que não seja tirania; pode ser aristocracia, desde que não chegue à
oligarquia; pode ser democracia, desde que não se confunda com o domínio da plebe.
Na análise da mulher, sua visão é a que vai predominar pela história: a de que ela é um
homem incompleto e, portanto, um ser humano menos capaz.