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SAR005
Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA
2016
Curso Básico de Busca e Salvamento
SAR005
Disciplina: Busca e Salvamento
Unidades: Histórico, SISSAR e Sistemas Afins; Documentos; e Serviço de Busca e Salvamento.
Subunidades: Origem da Busca e Salvamento; Documentos, SISSAR; Organização do ARCC;
COSPAS-SARSAT; Incidente SAR; Operação SAR; e Coordenação SAR.
O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo
entanto, nem o DECEA, nem os autores/revisor são responsáveis por quaisquer erros e/ou
omissões, ou por danos e prejuízos que possam advir do uso dessas informações. Esse trabalho é
publicado com o objetivo de orientar o aprendizado, não devendo ser entendido como um
substituto a manuais, normas ou quaisquer tipos de publicações técnicas específicas que tratam de
assuntos correlatos.
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APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS
Subunidade 1.1.1 Origem da Busca e Salvamento
a) Identificar a Origem da Busca e Salvamento (Cn);
b) Relacionar as lições aprendidas durante a 2ª Guerra Mundial, no contexto da Busca e Salvamento
(Cn);
c) Descrever a criação da Busca e Salvamento na Organização da Aviação Civil Internacional
(OACI) (Cn);
d) Descrever as primeiras atividades SAR no Brasil (Cn); e
e) Descrever fatos marcantes na evolução do SAR no Brasil (Cn).
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i) Destacar o inter-relacionamento entre o SISSAR com órgão alocador de recursos aéreos (Cn).
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j) Conceituar Operação SAR em grande escala (MRO) (Cn);
k) Exemplificar uma MRO (Cn);
l) Citar as ações complementares (Cn); e
m) Citar Operação de Socorro em Voo (Cn).
EMENTA
Busca e Salvamento: Histórico: Origem da Busca e Salvamento; Sistema de Busca e Salvamento
Aeronáutico (SISSAR) e sistemas afins: SISSAR; COSPAS/SARSAT; Documentos: documentos;
Serviço de Busca e Salvamento: Incidente SAR; Operação SAR; Organização do ARCC;
Coordenação SAR.
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1
1.1 Histórico
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Lição nº 2: “Uma Única Coordenação é Essencial.”
Mesmo que várias Nações, Organizações ou serviços estejam envolvidos, deverá haver um
único órgão coordenador. Todas as informações devem ser encaminhadas para esse órgão
coordenador a quem caberá decidir sobre as ações a serem efetivadas.
Lição nº 3:
“As Unidades Operacionais de Salvamento, aéreas e marítimas, devem estar sob um
único Controle Operacional e Administrativo, sempre que possível.”
Atualmente, nações que possuem o Serviço de Busca e Salvamento muito bem estruturado
como, por exemplo, o Canadá, comprova que o controle único dos recursos SAR (JRCC) agiliza
sobremaneira a atuação do Serviço SAR, trazendo como resultado o salvamento de mais vidas, no
menor espaço de tempo.
Lição nº 4:
“A Busca e o Salvamento devem ser considerados como parte integrante de toda
Operação planejada.”
Ao se planejar a localização do objetivo da busca, o órgão de coordenação deve, também,
executar concomitantemente, todo o planejamento para o salvamento das possíveis vítimas,
acionando previamente toda a rede que dará suporte aos sobreviventes.
Lição nº 5:
“O adestramento das tripulações é de vital importância.”
Todo tripulante deve memorizar os procedimentos adequados ao seu próprio salvamento.
Deve saber como o serviço de salvamento funciona, como e quando acioná-lo.
Lição nº 6:
“A Disciplina nas comunicações radiotelefônicas é indispensável.”
Nas comunicações radiotelefônicas se deve utilizar uma linguagem clara, comum e
objetiva de forma pausada e direta. Os equipamentos de comunicações devem ser usados com
profissionalismo, sem desvirtuamento de sua função.
Lição nº 7:
“Quanto melhor a rede de estações radiogoniométricas, mais certo é o salvamento.”
O avanço tecnológico na área da navegação aérea (RNAV, GPS, Rede de Radares, ADS-C,
entre outros) tem garantido voos mais precisos nas rotas planejadas. O investimento na
modernização e na manutenção desses equipamentos é fundamental para a garantia da agilidade na
localização de aeronaves em situações de emergência, tornando a operação de Busca e Salvamento
mais simples, mais objetiva e mais econômica.
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Lição nº 8:
“O sistema de comunicações entre o órgão coordenador, as estações radiogoniométricas
e as unidades que prestam o salvamento deve ser perfeito.”
Um sistema de comunicações eficaz (terra-terra e terra-ar) é primordial para o sucesso de
uma operação SAR. O perfeito funcionamento desse sistema garantirá o trâmite das mensagens
necessárias à missão e um controle efetivo dos meios empregados.
Lição nº 9:
“O equipamento de salvamento e sobrevivência deve ter o mesmo tratamento que os
paraquedas.”
Equipamentos como: kits de medicamentos, kits de sobrevivência na terra e no mar,
artefatos pirotécnicos, equipamentos de comunicação de emergência e outros devem ser
periodicamente avaliados e checados, a fim de estarem em condições de uso nas situações de real
necessidade.
Lição nº 10:
“As aeronaves multimotores devem ser construídas de modo tal que proporcionem um
pouso forçado na água com segurança.”
As aeronaves de grande porte devem ser capazes de flutuar após amerissagem, permitindo
que seus ocupantes possam abandonar a aeronave com segurança. Como é bem provável que a
aeronave venha a afundar após algum tempo, o objeto da busca passará a ser botes salva-vidas,
balsas e/ou grupos de pessoas boiando na água.
Lição nº 11:
“Os caças e os interceptadores não devem pousar forçado na água.”
Em função da performance específica, pouca sustentação e velocidade aerodinâmica,
incompatíveis com o procedimento de amerissagem, as aeronaves de caça não devem efetuar pouso
forçado na água. Dessa forma, o procedimento correto, em caso de emergência, é a ejeção de seus
tripulantes. Nessa situação, o foco das aeronaves de busca e salvamento será um paraquedas ou o
piloto flutuando na água, no caso de queda no mar.
Lição nº 12:
“Deverá ser utilizada a cooperação entre os diversos serviços que possam concorrer num
salvamento.”
A celebração de Acordos Operacionais e o intercâmbio entre as várias Unidades sejam elas
marítimas ou aéreas, contribui para o sucesso no progresso da missão a ser realizada. Tal
procedimento encontra-se respaldado pelo Sistema de Busca e Salvamento (SISSAR) que prevê a
cooperação e a ação conjunta de todos os meios disponíveis (Forças Armadas, Forças Auxiliares,
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entidades civis, etc.) que possam colaborar com os objetivos do Serviço SAR.
Lição nº 13:
“O melhor lugar para se obter informações sobre o Serviço de Busca e Salvamento é o
Órgão de Coordenação SAR.”
No caso do SAR aeronáutico, os órgãos de coordenação são designados como Centros de
Coordenação de Salvamento Aeronáutico - ARCC (Aeronautical Rescue Coordination Centre). Os
ARCC, também conhecidos como SALVAERO, são os órgãos habilitados a fornecer informações
sobre os serviços e as operações SAR Aeronáuticas no Brasil.
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O encontro ocorreu em Chicago e diferentes assuntos sobre aviação foram debatidos,
dentre os quais aqueles relacionados às atividades de busca e salvamento. Nessa convenção iniciou-
se a criação de uma instituição que viria a se tornar a Organização de Aviação Civil Internacional
(OACI). Dela fazia parte uma Divisão de Busca e Salvamento, cuja atribuição inicial seria elaborar
normas e métodos recomendados para as atividades de busca e salvamento.
Finalizados esse trabalho, que foi objeto de longa tramitação entre os diferentes setores da
OACI e países membros, o Anexo 12 (Busca e Salvamento) foi incorporado à CACI, em 25 de
maio de 1950, sendo aprovado em 1º de dezembro do mesmo ano, passando a vigorar a partir de 1º
de março de 1951.
Na Força Aérea Brasileira, a atividade de busca e salvamento teve o seu início somente
com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941. Naquela época, embora o SAR ainda não
estivesse oficialmente organizado, as missões de busca e salvamento eram feitas por abnegados
militares que, voluntariamente, se apresentavam para procurar e resgatar os tripulantes e passageiros
das aeronaves acidentadas.
Em 19 de novembro de 1947, por exemplo, uma aeronave "Catalina", da Força Aérea
Brasileira, caiu numa área pantanosa na região do Aquiqui, no município de Porto de Moz, PA,
quando em voo regular do Correio Aéreo Nacional (CAN). As experiências adquiridas pela
expedição que penetrou naquelas áreas de difícil acesso para prestar socorro às vítimas, levaram um
grupo de militares da Primeira Zona Aérea, em Belém, a olhar com maior atenção a necessidade de
se organizar e se preparar melhor para realizar esse tipo de trabalho.
Em consequência, no dia 16 de dezembro de 1950 o Ministro da Aeronáutica, com a
finalidade de melhor atender às atividades de proteção à navegação aérea no território brasileiro, e
ainda cumprir acordos internacionais assumidos pelo Governo Brasileiro, resolveu, por meio da
Portaria n° 324, organizar, em cada uma das Zonas Aéreas, um Serviço de Busca e Salvamento com
a finalidade de localizar aeronaves desaparecidas e socorrer passageiros e tripulantes.
Em 20 de março de 1951, a aeronave Catalina PBY-5A 6516, pertencente à Base Aérea de
Belém, foi colocada à disposição da Comissão Organizadora do Serviço de Busca e Salvamento da
Primeira Zona Aérea, para ser empregada somente em exercícios específicos e atividades de busca e
salvamento.
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Em poucos minutos, porém, volta o Rafael aos gritos: "a pista está cheia de índios, estamos
cercados, avisem à aeronave!". O Major Brigadeiro Serpa, no comando da referida aeronave, já na
reta final para pouso, informa pela fonia que está vendo tudo, e que vai fazer um rasante para
dispersá-los.
Ainda desorientados com o susto provocado pelo "monstro com asas" os índios fugiram
em desabalada carreira, deixando para trás arcos, flechas, bordunas e balaios de comida.
Após pousar, já com a situação parcialmente controlada, o Brigadeiro Serpa fez contato
com uma aeronave da VASP, que sobrevoava a região naquele momento, para que pousasse e
retirasse dali mulheres e crianças o mais rápido possível. Embora relutante, devido à precariedade
da pista, o comandante da aeronave pousou e, o mais depressa que pode, decolou rumo a Goiânia e
Brasília, deixando em Cachimbo somente os homens. A partir daquele momento, por iniciativa do
Brigadeiro Serpa, Comandante da então Terceira Zona Aérea, foi "disparado" todo o processo que
resultou na triste história do acidente com o C-47 FAB 2068.
Em tempo recorde, por determinação do chefe do Estado-Maior da 1ª Zona Aérea, foi
organizada uma equipe para decolar de Belém, a fim de dar apoio imediato ao Destacamento de
Cachimbo.
O avião escolhido para a missão foi o C-47 2068, de apelido “ÓSCAR” por ser mais
confortável que os outros. Havia um total de vinte e cinco (25) pessoas a bordo, sendo 4 tripulantes,
uma equipe de 17 militares, sob o comando do Tenente Velly, o Capitão Médico Paulo Fernandes e
2 civis do Serviço de Proteção ao Índio - SPI.
Ao chegar em Cachimbo, a missão do Tenente Velly seria comandar o grupamento de
soldados no apoio ao pessoal do efetivo de SBCC; quanto aos funcionários do SPI, estes iriam com
a finalidade de parlamentar com os índios, se fosse o caso; e o Capitão Paulo Fernandes seria
responsável pelo apoio médico da missão.
Dessa forma, esses vinte e cinco homens partiram com a certeza de que realizariam mais
uma missão, entre muitas das que já participaram, com uma grande diferença: esta seria em socorro
de companheiros do dia a dia, que estariam sendo ameaçados por um ataque iminente de índios.
A aeronave decolou de Belém às 14:10 (horário de Brasília) com destino a Cachimbo, com
escala em Jacareacanga (SBEK) para reabastecimento. Após um voo de quatro horas e trinta e cinco
minutos, às 18:45, o C-47 2068 pousa suavemente na pista empoeirada de Jacareacanga.
Às 21:03, o FAB 2068 decola de Jacareacanga, com destino a Cachimbo e não
encontrando essa localidade, por ser noite escura e estar com “pane total” de rádio compasso, tenta
localizar Cachimbo visualmente e, não conseguindo, decide regressar com destino a Jacareacanga,
com proa magnética 327 graus, baseado na bússola da aeronave. Não encontrando Jacareacanga
decide, a partir da posição indefinida em que se encontrava, tomar a proa magnética 330 graus na
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tentativa de encontrar Manaus. Voa durante 08:20, consumindo todo combustível e se acidenta em
um lugar não identificado na vastíssima Selva Amazônica.
Durante seu voo às cegas foram tentadas diversas soluções de apoio, sem resultado e, a
partir do esgotamento do combustível, foi declarada a fase de perigo e dado início à maior operação
de busca e salvamento já realizada em território brasileiro. Para cumprimento dessa operação foram
utilizados todos os recursos disponíveis da Força Aérea Brasileira, meios do Exército Brasileiro, da
Força Aérea Americana (USAF) e da Marinha do Brasil.
Com a disponibilização desse grande esforço, o FAB 2068 foi localizado no dia 26 de
junho (data consagrada como o Dia da Busca e Salvamento na FAB), lamentavelmente com 20
(vinte) falecidos e somente 5 (cinco) sobreviventes, todos muito feridos.
O espírito altruístico, a fé, o desejo de viver e a experiência do Ten Velly, integrante do
efetivo de coordenadores SAR do SALVAERO Belém, que transmitiu ao grupo a certeza de que as
equipes de busca e salvamento jamais os abandonariam, perpetuaram as palavras de um dos
sobreviventes ao observar o primeiro homem do PARASAR que descia das copas das gigantescas
árvores. Ele disse, às lágrimas: “EU SABIA QUE VOCÊS VIRIAM!”.
A partir de então se deu início à missão de salvamento e a retirada dos corpos do local do
acidente.
A operação SAR só foi encerrada no dia 04 de julho, após a desmobilização de todos os
recursos envolvidos e o retorno às suas unidades de origem.
Ao final da Operação de Busca e Salvamento do FAB 2068 foram contabilizados os
seguintes dados:
- Número de aeronaves participantes: 35 - 33 (FAB) e 2 da USAF;
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- Número de saídas (missões realizadas): 237;
- Horas voadas: 1054:00 (presume-se que a soma dos percursos voados foi de
aproximadamente 288.028 Km ou 155.523 NM);
- Consumo: 790.335 litros de combustível e 8.711 litros de óleo lubrificante; e
- Recursos humanos envolvidos diretamente na operação SAR: 347 pessoas.
O resultado alcançado nessa operação de busca e salvamento ratifica que todo esforço é
válido, quando utilizado para imortalizar o lema SAR internacional: “...PARA QUE OUTROS
POSSAM VIVER!”.
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CAPÍTULO 2
DOCUMENTOS
2.1.1 ANEXO 12
Capítulo 1 - Definições
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Capítulo 2 - Organização
Capítulo 3 - Cooperação
a) Informação preparatória;
b) Planos de Operações;
c) Unidades de Busca e Salvamento;
d) Treinamento e exercícios; e
e) Restos de aeronaves.
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Apêndice - Sinais de busca e salvamento
c) Sinais ar-terra.
Esses três volumes fornecem orientações gerais para a organização e a prestação do serviço
de Busca e Salvamento com recursos aeronáuticos e marítimos. Incentivam os Estados a
desenvolver e aperfeiçoar os seus próprios serviços SAR, a cooperar com os Estados vizinhos e a
considerar os seus serviços SAR como parte de um sistema SAR global.
Cada volume foi escrito tendo em mente as tarefas relativas a cada parte de um Sistema
SAR e pode ser utilizado como um documento independente, ou em conjunto, de forma a adquirir
uma visão total do Sistema.
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A seguir temos a descrição de cada volume:
- Capítulo 1:
Oferece uma visão geral da concepção do sistema SAR sob uma perspectiva mundial,
regional e nacional.
- Capítulo 2:
Introduz os elementos fundamentais do sistema SAR: Comunicações, RCC e RSC, os meios
operacionais e de apoio e o coordenador no local do incidente (OSC).
- Capítulo 3:
Trata dos processos de formação, qualificação e certificação para tornar o pessoal SAR
profissionalmente competente. Além da análise detalhada dos aspectos de treinamento e exercícios.
- Capítulo 4:
Descreve as necessidades de comunicação de uma organização SAR para receber alertas de
perigo e manter uma coordenação eficaz entre os diversos componentes do sistema SAR.
- Capítulo 5:
Oferece uma perspectiva geral da administração do sistema SAR.
- Capítulo 6:
Discute os fatores necessários e recomenda algumas técnicas para a criação de um
ambiente organizacional que favoreça a melhoria dos serviços SAR.
- Capítulo 1:
Além de oferecer uma visão geral da concepção do sistema SAR, também estuda os
componentes chaves do sistema SAR, tais como os RCC, os meios operativos e de apoio e a missão
do coordenador na cena (OSC).
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- Capítulo 2:
Enfoca primordialmente as comunicações SAR. Entre estas figuram as comunicações de
socorro, radiobalizas de emergência, comunicações para as operações SAR e vários sistemas de
comunicações e segurança relacionados com o sistema SAR ou utilizado por este.
- Capítulo 3:
Apresenta as 5 etapas (conhecimento, ação inicial, planejamento, operação e conclusão)
através das quais as respostas de um incidente SAR tipicamente avançam, descreve com detalhes as
três fases de emergência (incerteza, alerta e perigo) e as duas primeiras etapas (conhecimento do
incidente e ação inicial), e oferece valiosas informações sobre essas primeiras etapas do incidente.
- Capítulo 4:
Contém uma discussão detalhada da teoria e prática do planejamento da busca.
Oferece orientações para equilibrar os conflitos para cobrir grandes áreas com limitados
recursos ou utilizar esses meios para conseguir altas probabilidades de detecção em pequenas áreas,
que permitem ao planejador da busca elevar ao máximo as possibilidades de êxito.
- Capítulo 5:
Discute as operações e técnicas de busca, incluindo a seleção dos meios, a avaliação das
condições de busca e a seleção da modalidade de busca para a busca visual, eletrônica, noturna e
terrestre, designação de subáreas de busca, planejamento da coordenação no local do incidente e
finalmente a compilação de todos os dados em um plano de ação de busca viável.
- Capítulo 6:
Descreve aspectos do planejamento e operações de salvamento tais como logística,
métodos de resgate, cuidado e interrogatório dos sobreviventes, manuseio de pessoas falecidas e
especiais exigências envolvendo o local da aeronave acidentada.
- Capítulo 7:
Contém a orientação para assistência de emergência na qual o SAR possa intervir.
- Capítulo 8:
Analisa a conclusão das operações SAR.
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Volume 3 - Meios Móveis
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2.2.4 MCA 64-3 Manual de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico
Este Manual tem por finalidade estabelecer procedimentos que auxiliem a coordenação das
Operações SAR, compatibilizando o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro
(SISSAR) com a estrutura organizacional vigente no Comando da Aeronáutica e com as
características do território brasileiro, além de padronizar os processos e técnicas comuns aos
ARCC nacionais, no intuito de aumentar a eficácia e eficiência das operações realizadas.
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CAPÍTULO 3
AERONÁUTICO BRASILEIRO
Em consonância com o Anexo 12 à CACI, o Brasil aceitou a responsabilidade pela
prestação do serviço SAR na região de busca e salvamento (SRR) sob sua jurisdição, cuja área é de
aproximadamente 22.000.000 Km2.
A Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA),
em seu artigo 47, item V, estabelece a atividade de busca e salvamento, visando cooperar com o
objetivo maior de garantir a regularidade, segurança e eficiência do fluxo de tráfego no espaço
aéreo brasileiro.
Criado pela Portaria nº 99/GM3/97, de 20 de fevereiro de 1997, e reformulado pela
Portaria nº 1.162/GC3/05, do Comando da Aeronáutica, de 19 de outubro de 2005, o Sistema de
Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) visa empregar os meios necessários ao provimento do
Serviço de Busca e Salvamento, em consonância com os documentos afins editados pela
Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).
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3.1.1.2 Órgãos de Coordenação
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Serviço SAR (marítimo e/ou aeronáutico) em toda a área de responsabilidade brasileira, cabe à
Marinha do Brasil a responsabilidade pela salvaguarda da vida humana no mar.
Todavia, em caso de operações SAR conjuntas, é garantida uma perfeita coordenação de
ações por meio de Carta de Acordo Operacional, firmada entre o SISSAR e o Serviço de Busca e
Salvamento da Marinha do Brasil.
Na figura abaixo estão representadas as SRR Marítimas e seus Centros de Coordenação de
Salvamento Marítimos (MRCC), onde se percebe que as SRR Marítimas não coincidem com as
SRR Aeronáuticas.
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3.2 Elos do SISSAR
São quaisquer recursos móveis, incluindo as SRU designadas, utilizados para colaborar
com as operações SAR.
São quaisquer recursos que sirvam como intermediários entre uma pessoa reportando uma
emergência e um ARCC.
Os Postos de Alerta incluem, mas não se limitam a: Estações Rádio Costeiras (CRS), os
Centros de Controle de Missão (MCC) do Sistema COSPAS-SARSAT, Estações Terrenas do
Sistema INMARSAT, órgãos dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS), provedores dos serviços ou
dispositivos de notificação de emergência disponíveis no mercado, unidades de segurança pública,
tais como Polícia e Corpo de Bombeiros, embarcações, aeronaves, pessoas e facilidades que possam
receber e retransmitir alertas de emergência.
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3.2.5 Sistemas Afins
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3.2.5.7 Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAER)
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3.3.5 Entre os ARCC e o COMDABRA
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CAPÍTULO 4
4.1 ARCC
4.1.2 Instalações
Para cumprir a sua missão, o ARCC deverá dispor de instalações adequadas que
contemplem, pelo menos:
a) sala administrativa;
b) sala operacional, com as seguintes posições operacionais:
- Controlador do ARCC (H24);
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- Operador da Estação de Telecomunicações do ARCC (H24); e
- Coordenador de Missão SAR (SMC); ativada durante uma operação SAR.
c) sala de briefing e entrevistas; e
d) depósito operacional.
4.2 Comunicações
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4.2.2 Planejamento de Comunicações
4.2.3.1 Internacionais
4.2.3.2 Nacionais
a) material de comunicações;
b) material para coordenação;
c) material de acampamento e sobrevivência; e
d) geradores portáteis de energia.
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4.5 Pessoal do ARCC
Cada ARCC dispõe de um Coordenador SAR (SC), além de outros oficiais habilitados para
assumir as funções de Coordenador de Missão SAR (SMC). Tem, ainda, um efetivo capacitado e
habilitado para assumir as funções de Coordenador na Cena (OSC), Controlador de ARCC e
Operador da Estação Aeronáutica de ARCC.
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CAPÍTULO 5
SISTEMA COSPAS-SARSAT
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Na figura abaixo estão destacados os países participantes do Programa.
Em 1985, por meio de um convênio de cooperação técnica com o Canadá, foi oferecida ao
Brasil a instalação de um Terminal de Usuário Local (LUT) para rastreamento de Satélites de
Órbita Polar Baixa (LEO) para que pudessem ser avaliados os sinais captados em nosso território. O
Ministério das Relações Exteriores definiu o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
como o responsável pelo processo de instalação. O equipamento foi instalado no INPE em
Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.
Entretanto, a Divisão de Busca e Salvamento da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo
- DEPV (atual DECEA), ao verificar os relatórios produzidos pelo equipamento, identificou
captações de sinais das frequências de emergência. Tal fato motivou uma proposta ao Ministério da
Aeronáutica, para que assumisse a responsabilidade pela operacionalidade do Sistema no Brasil.
Desse modo o equipamento foi reposicionado em Brasília, onde as captações poderiam ser mais
efetivas, proporcionando uma cobertura de todo o território nacional.
Em 1991, o Ministério da Aeronáutica assumiu a administração da operação e o Brasil
passou a participar do Programa COSPAS-SARSAT como Provedor do Segmento Terrestre.
Atualmente, o DECEA é a Agência Nacional para o Programa.
O Sistema COSPAS-SARSAT está em constante processo de atualização e
desenvolvimento.
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Entre 1992 e 1993, o Brasil efetuou a primeira atualização do Sistema, aumentando a
capacidade de detecções na área SAR nacional. Foram instaladas três novas antenas LEOLUT
(Recife, Manaus e Brasília) e o comissionamento do Centro Brasileiro de Controle de Missão
COSPAS-SARSAT (BRMCC) para o tratamento e análise das mensagens de alerta recebidas,
utilizando para isso dois Console de Controle Operacional (OCC).
A segunda grande atualização aconteceu em 1996, quando foram instaladas duas antenas
GEOLUT (Recife e Brasília) para a captação imediata de sinais de emergência em 406 MHz; assim
como foram atualizados os OCC-200 e as antenas LEOLUT adquiridas anteriormente.
Entre 2012 e 2013 foram implementadas as seguintes ações:
a) instalação de quatro antenas MEOLUT, em Brasília;
b) instalação dos novos OCC-600 (Brasília e Recife) compatíveis com a tecnologia
MEOSAR; e
c) a substituição das antenas LEOLUT e GEOLUT de Brasília e Recife.
Em 2016 está prevista a instalação de mais duas antenas MEOLUT em Brasília e de seis
antenas MEOLUT em Recife, aumentando sobremaneira a capacidade de captação desse Sistema.
a) balizas de emergência (ELT, EPIRB, PLB e SSAS) que transmitem sinais durante
situações de perigo;
c) estações terrestres receptoras, conhecidas como Terminais de Usuário Local (LUT), que
recebem e processam o sinal proveniente dos satélites para gerarem alertas de perigo; e
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NOTA: Um terceiro tipo de satélite SAR, o de órbita de média altitude (MEO), que constituirá o
Sistema MEOSAR, está em fase de demonstração, avaliação e aprovação. Em futuro próximo, será
incorporado ao Sistema COSPAS-SARSAT.
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5.4.1.1 O Sistema Geoestacionário (GEOSAR)
A GEOLUT é uma estação receptora terrestre que recebe e processa os sinais de balizas de
emergência em 406 MHz que tenham sido transmitidos por um satélite geoestacionário.
Abaixo, estão exibidas as áreas de cobertura dos satélites geoestacionários e as antenas
GEOLUT posicionadas no globo terrestre.
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O Sistema, portanto, não pode produzir alerta até que o satélite esteja em uma posição
onde possa “enxergar” a baliza de emergência. Contudo, se o processador 406 MHz a bordo do
satélite tiver um módulo de memória, o satélite será capaz de armazenar tais informações e
retransmiti-las quando estiver na área de visibilidade de um LUT, fornecendo cobertura global.
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As áreas onde um satélite LEO pode ser avistado por um LEOLUT, estão identificadas
abaixo:
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5.4.1.3 O Sistema de Órbita em Média Altitude (MEOSAR)
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Vantagens do Sistema MEOSAR:
a) cobertura global independente da localização da baliza;
b) tempo de resposta instantâneo;
c) longos períodos de visibilidade da baliza;
d) detecta a baliza com apenas um burst (pulso) transmitido;
e) capacidade de rastrear o movimento das balizas em botes salva-vidas, ou em aeronaves
mesmo antes do impacto;
f) mensagens de retorno para a baliza (*);
g) múltiplas observações da baliza;
h) alta redundância e disponibilidade; e
i) versatilidade contra obstruções do sinal.
(*) NOTA: O Sistema GALILEO permite, para a nova geração de balizas em 406 MHz,
uma mensagem de retorno (Return Link to Beacon). A mensagem de retorno pode ser usada para
indicar ao usuário que o sinal de emergência da baliza foi detectado, fazendo com que esta
confirmação eleve o moral da pessoa em situação de perigo, bem como aumenta as suas chances de
sobrevivência.
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As mensagens de retorno também podem ser usadas para:
a) ativação de balizas em embarcações e aeronaves declaradas desaparecidas;
b) desligamento de balizas quando a operação SAR tiver sido completada e não for
possível ou praticável recuperar a baliza, para desligá-la manualmente; e
c) mudar a taxa de repetição de transmissão da baliza após o alerta ter sido recebido e sua
localização ter sido estabelecida, com vistas a aumentar o tempo de vida da bateria e
reduzir o tráfego de mensagens dos satélites.
As estações terrestres MEOLUT captam os sinais de vários satélites MEOSAR, mas cada
antena rastreia apenas 1 (um) satélite. A cobertura será de 6.000 a 7.000 km de raio, com centro no
MEOLUT. No mínimo 4 (quatro) MEOSAR, de qualquer constelação (DASS, GALILEO,
GLONASS), estarão visíveis a um MEOLUT.
O Sistema MEOSAR, portanto, por meio da capacidade chamada de interoperacionalidade,
complementará a detecção dos Sistemas GEOSAR.
Antenas MEOLUT (O azimute e elevação se ajustam e variam de acordo com a posição do satélite).
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aeronave ou embarcação em perigo e, ainda, dados de posição quando conectadas ao equipamento
de navegação (GPS) a bordo ou do GPS interno da própria baliza (nova geração de beacons).
Cada baliza possui um transmissor auxiliar na frequência 121.50 MHz de modo a permitir
que as equipes SAR possam manter escuta e localizar o objeto da busca, utilizando a técnica de
recalada (homing), por meio de transceptores VHF-DF (VHF Direction Finder).
Na figura abaixo, podemos observar alguns tipos de balizas de emergência.
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SAR005
recursos de busca e salvamento. Tal procedimento inclui o contato com proprietários de aeronaves e
embarcações, aeroportos, aeroclubes, entre outros. Quando a baliza é registrada, os contatos
necessários estarão especificados nos dados de registro, evitando perda de tempo prejudicial ao
atendimento da emergência.
É da responsabilidade do proprietário/explorador verificar a correta codificação da baliza,
assim como a comunicação de qualquer alteração de informação do registro, manutenção,
substituição, transferência e exportação, no prazo máximo de 24 horas, por meio do Formulário de
Registro, de forma a assegurar a correta informação aos Serviços de Busca e Salvamento.
Os proprietários e exploradores que importem uma aeronave ou embarcação para o Brasil
devem assegurar que as balizas de emergência em 406 MHz cumpram e estejam codificadas com os
protocolos recomendados pelo Brasil (User Protocol ou Standard Location Protocol).
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CAPÍTULO 6
INCIDENTE SAR
6.1 Conceituação
Um incidente SAR, que envolva uma aeronave, é considerado iminente ou real quando
existir uma das seguintes condições:
a) A posição informada ou atitude observada de uma aeronave suscita dúvidas quanto sua
segurança;
b) Os informes indicam que a eficiência operacional de uma aeronave esteja diminuída de
tal forma que um pouso forçado pode ser necessário;
c) Uma aeronave está desaparecida ou atrasada, sem que consiga obter comunicação com
ela;
d) Foi informado que a aeronave efetuou um pouso forçado ou esteja a ponto de fazê-lo;
e) Tenha sido recebida a informação de que a tripulação abandonou a aeronave ou está a
ponto de fazê-lo;
f) Uma estação de radar receba o sinal de emergência emitido por transponder (7500 -
interferência ilícita ou 7700 - emergência).
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SAR005
g) Tenha sido ativada a capacidade de emergência ou urgência apropriada do Serviço de
Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B - Automatic dependent
surveillance - broadcast) ou do Serviço de Vigilância Dependente Automática por
Contrato (ADS-C - Automatic Dependent Surveillance - Contract);
h) Tenha sido transmitida a mensagem de emergência apropriada por Comunicação por
Enlace de Dados Controlador-Piloto (CPDLC - Controller Pilot Data Link
Communications);
i) Tenha sido recebida uma mensagem MAYDAY, um pedido de auxilio ou aviso de que o
perigo seja iminente; e
j) Seja recebido um sinal de emergência captado pelo Sistema COSPAS-SARSAT.
O serviço de alerta às aeronaves que tenham apresentado Plano de Voo VFR e não tenham
chegado ao destino será iniciado pelo órgão ATS do aeródromo de destino. No entanto, quando o
aeródromo de destino não dispuser de órgão ATS, o serviço de alerta somente será prestado, quando
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SAR005
solicitado pelo piloto, explorador ou qualquer outra pessoa que tenha tomado conhecimento do
atraso do voo.
A Torre de Controle de Aeródromo (TWR), Controle de Aproximação (APP) ou Estação
Aeronáutica que tomar conhecimento de uma situação de emergência de um voo VFR ou IFR será
responsável por iniciar a prestação do serviço de alerta, devendo notificar imediatamente a situação
ao Centro de Controle de Área (ACC) e ARCC correspondentes. Todavia, se a natureza da
emergência exigir, deverá em primeiro lugar, acionar os órgãos locais de salvamento e emergência
capazes de prestar ajuda imediata.
O ACC além de prestar o serviço de alerta, se este já não estiver sendo prestado por outro
órgão ATS, servirá de base central para reunir todas as informações relativas à situação de
emergência de qualquer aeronave que se encontre dentro da sua área de responsabilidade, bem
como para transmitir tais informações ao ARCC.
Situação na qual existe dúvida quanto à segurança de uma aeronave ou de seus ocupantes.
A fase de incerteza tem início depois de transcorridos 30 minutos seguintes à hora:
a) em que o órgão ATS deveria ter recebido uma comunicação da aeronave e não recebeu
nenhuma comunicação da mesma, ou seguintes ao momento em que pela primeira vez
se tentou, infrutiferamente, estabelecer comunicação com a referida aeronave, o que
ocorrer primeiro; ou
b) prevista de chegada estimada pelo piloto ou calculada pelo órgão ATS, a que resultar
posterior.
Os 30 minutos mencionados anteriormente serão reduzidos para:
a) imediatamente, se o órgão ATC deixar de obter comunicação com uma aeronave que
esteja sendo prestado o Serviço de Vigilância ATS; ou
b) 15 minutos, para voos com duração prevista de, no máximo, uma hora.
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SAR005
6.4.1.2 Fase de Alerta
Situação na qual existe razoável certeza de que uma aeronave e seus ocupantes estão
ameaçados por grave e iminente perigo e necessitam de auxílio imediato.
A fase de perigo tem início quando:
a) transcorrida a fase de alerta, forem infrutíferas as novas tentativas para estabelecer
comunicação com a aeronave e quando outros meios externos de pesquisa, também
resultarem infrutíferos, se possa supor que a aeronave se encontra em perigo;
b) for evidenciado que o combustível que a aeronave levava a bordo se tenha esgotado ou
que não é suficiente para permitir o pouso em lugar seguro;
c) for recebida informação de que condições anormais de funcionamento da aeronave
indiquem que é possível um pouso forçado; ou
d) forem recebidas informações ou se puder deduzir que a aeronave fará um pouso forçado
ou que já o tenha efetuado.
Após avaliar todas as informações disponíveis, o órgão ATS deverá classificar a aeronave
na fase de emergência apropriada e, imediatamente, informar tal fato ao ARCC e ao ACC
correspondente.
Nada impede que uma situação de emergência seja classificada inicialmente em qualquer
uma das três fases, de acordo com a urgência indicada pela análise da situação e reclassificada
posteriormente, em coordenação entre o ACC e o ARCC correspondente.
O órgão ATS que classificar a aeronave em uma das fases de emergência deverá enviar as
seguintes informações, caso disponível, na ordem indicada, aos ACC e ARCC envolvidos:
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SAR005
a) INCERFA, ALERFA ou DETRESFA, conforme a fase de emergência;
b) identificação da aeronave;
c) característica da emergência;
d) dados completos do plano de voo;
e) última mensagem de posição enviada;
f) órgão que estabeleceu a última comunicação, hora e frequência utilizada;
g) cores e marcas distintas da aeronaves;
h) as providências tomadas pelo órgão que fez a notificação; e
i) toda informação adicional relativa ao desenvolvimento da situação de emergência,
através de suas respectivas fases.
Quando uma ação, relativa a qualquer das fases de emergência, tiver sido iniciada pelo
ARCC e não for mais necessária, caberá a esse órgão a responsabilidade de efetuar o seu
cancelamento e informar aos demais órgãos envolvidos.
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SAR005
CAPÍTULO 7
OPERAÇÕES SAR
7.1 Conceituação
Operações SAR possuem etapas definidas que ajudam na organização das atividades de
resposta, porém elas devem ser flexíveis e muitas das ações descritas em cada uma delas podem ser
executadas simultaneamente ou em ordem diferente, adaptando-se às circunstâncias específicas,
visto que duas Operações SAR não seguem exatamente o mesmo padrão e algumas podem não
requerer o cumprimento de todas as etapas. As cinco etapas das Operações SAR são descritas
abaixo:
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Após avaliar todas as informações disponíveis e uma fase de emergência tiver sido
declarada, o ARCC ou ARSC deverá informar, imediatamente, às autoridades, aos órgãos de
serviço envolvidos, ao explorador e aos recursos SAR pertinentes.
A etapa de ação inicial ocorre quando o SISSAR inicia sua resposta, embora algumas
atividades possam ocorrer durante a fase de conhecimento e continuar durante todas as etapas. Os
procedimentos básicos de ação inicial, apresentados a seguir, devem ser aplicados em cada fase de
emergência e interpretados com flexibilidade, tendo em vista que a ordem das ações pode mudar, de
acordo com as circunstâncias.
NOTA: A PRECOM deverá ser realizada pelo órgão ATS em coordenação com o ARCC.
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SAR005
comunicação.
A EXCOM é iniciada ao completar-se a PRECOM sem sucesso, momento em que o
incidente entra na Fase de Alerta. Caso necessário, ela pode ser iniciada antes de finalizada a
PRECOM.
Os meios de comunicações mais expeditos devem ser usados. O método e a sequência para
conduzir uma EXCOM são determinados pela situação existente e o tempo de sua duração.
Se a EXCOM apresentar resultados negativos, a aeronave é declarada desaparecida e o
incidente entra na Fase de Perigo.
Os órgãos e recursos a serem consultados durante a EXCOM são os seguintes:
a) estações radar e todos os aeródromos militares e civis ao longo da rota planejada pela
aeronave, que não foram verificados na PRECOM; e
b) todo e qualquer órgão ou instalação capaz de prestar informação adicional ou de
verificar a informação já obtida. Se necessário, o ARCC solicitará aos órgãos
relacionados no Plano de Operações que façam contato com os aeródromos não
contatados, seja por falta de comunicação ou horário limitado de operação.
Nesta fase, os ARCC não são responsáveis pelos informes relacionados com o atraso,
chegada ou posição; contudo tomarão as seguintes medidas para assegurar uma ação rápida e eficaz
caso o incidente passe a uma fase mais urgente:
a) designar imediatamente um SMC e informar às autoridades SAR apropriadas, órgãos e
serviços envolvidos e facilidades a respeito dessa ação;
b) certificar-se de que a PRECOM tenha sido iniciada pelo ACC responsável pela área;
c) tentar obter informações para reconstruir rotas, horários de partida e chegada de
aeronaves, quando nenhum Plano de Voo tenha sido apresentado;
d) manter estreita ligação com órgãos ATS, de forma que seja evitada duplicidade de ações
e que as novas informações estejam disponíveis imediatamente para avaliação,
plotagem, tomadas de decisão etc.;
e) fazer o registro de todos os dados complementares relativos à avaliação preliminar do
Plano de Voo, condições meteorológicas e atraso de comunicações, para determinar a
urgência da situação;
f) plotar a rota prevista da aeronave, inserindo a última posição conhecida (LKP - Last
Know Position); e
g) coordenar, com o órgão ATS, a reclassificação da fase de emergência, quando constatar
que haja apreensão pela segurança da aeronave e de seus ocupantes, ou quando a
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PRECOM realizada pelo ACC obtiver resultado negativo e a aeronave for declarada
oficialmente atrasada.
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SAR005
a) iniciar ou continuar qualquer ação apropriada, normalmente executada durante a Fase de
Incerteza e de Alerta. Em particular, assegurar-se de que um SMC tenha sido designado
e que todas as partes interessadas tenham sido informadas dessa ação;
b) examinar o conteúdo do Plano de Operações para aplicar os procedimentos necessários;
c) se o incidente for declarado diretamente na Fase de Perigo sem ter passado pelas fases
anteriores, a Operação SAR deverá ser iniciada imediatamente utilizando as SRU
alocadas;
d) estimar a posição da aeronave ou embarcação em perigo, calcular o grau de incerteza
dessa posição e determinar a extensão da área a ser coberta;
e) desenvolver um plano de busca e de salvamento, conforme apropriado, para conduzir a
Operação SAR, e comunicar o início da operação SAR às autoridades pertinentes.
Quando a busca por comunicações ou outras informações indicarem que o objeto da busca
não está em perigo, o ARCC encerrará a Operação SAR e imediatamente, se for o caso, informará
ao explorador, à fonte da informação, às autoridades alertadas e aos órgãos e serviços envolvidos.
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SAR005
para coordenação na cena e os requisitos dos relatórios das SRU.
NOTA: Esses passos se repetem até que os sobreviventes sejam localizados ou até que a avaliação
da situação revele que seria inútil prosseguir com a busca.
É o deslocamento dos recursos SAR à cena, a condução das buscas, o salvamento dos
sobreviventes, o auxílio à aeronave ou embarcação em perigo, o provimento da necessária
assistência de emergência para os sobreviventes e o encaminhamento das vítimas para equipes
médicas.
O êxito das operações dependerá da perfeita execução dos padrões de busca e dos
procedimentos de salvamento planejados pelo SMC e executados pelas unidades engajadas em uma
Operação SAR.
Todo esforço será empreendido para localizar pessoas em perigo. A decisão para prolongar
as uma Operações SAR deve estar baseada na probabilidade de encontrar sobreviventes.
Dar continuidade à operação, depois que toda probabilidade de sobrevivência das vítimas
tenha sido esgotada, é antieconômico e injustificável.
Antes de realizar as Operações SAR, o SMC ou OSC deverá fornecer aos recursos SAR as
informações relativas ao incidente.
Os briefings devem incluir uma descrição completa do tipo de incidente e do objeto da
busca, tipo e padrão da busca e como deverá ser executado, tempo de voo, separação de tráfego
vertical ou horizontal, comunicações, informações de posição, localização das unidades de
superfície na área de busca, informações meteorológicas e qualquer outra informação necessária.
Por isso, a utilização do formulário de Briefing (Anexo I do MCA 64-3) assegurará que nenhuma
informação seja omitida e que cada tripulação tenha um registro escrito de suas instruções.
O SMC deverá assegurar que a tripulação tenha tempo hábil de tomar conhecimento do
briefing, que deverá ser elaborado antes que a tripulação seja realmente acionada e entregue o mais
breve possível, antes da decolagem.
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7.4.3 Comunicações durante uma Operação SAR
7.4.4 Debriefing
Um debriefing criterioso com a tripulação das aeronaves de busca é tão importante quanto
o briefing. Ele fornece informações valiosas sobre a eficácia da busca e pode influenciar o
planejamento das próximas missões.
No debriefing devem constar as informações sobre as áreas cobertas, quaisquer objetos
avistados, posições das embarcações de superfície na área e condições meteorológicas encontradas
na área de busca.
O formulário para debriefing (Anexo I do MCA 64-3) ajudará a assegurar a obtenção e
registro de todas as informações.
Ao final de cada dia de operação, o SMC enviará um relatório de situação. Estes também
poderão ser enviados tantos quanto necessários, sempre que houver informações significativas e não
seja possível atualizá-las por meio do SARMaster.
O SITREP deve incluir a identificação da Operação SAR, áreas em que tenham sido
realizadas as buscas, milhas quadradas que tenham sido cobertas na busca, número de saídas de
aeronaves, horas voadas, total de combustível gasto no dia e o resultado das atividades do dia.
7.5.1 Generalidades
Uma Operação SAR pode ser encerrada ou suspensa. Em ambas as situações o ARCC
deverá informar imediatamente os órgãos, elos e serviços envolvidos, a fonte inicial das
informações e autoridades pertinentes. Após isso, informará o desengajamento dos recursos SAR ao
alocadores. A partir do desengajamento, o ARCC não será mais o responsável pelas SRU e
Facilidades SAR.
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As Operações SAR devem prosseguir até que todos os sobreviventes tenham sido levados
para um local seguro ou até que não haja mais expectativa razoável de encontrá-los com vida. Se,
após criteriosa avaliação, a continuidade da Operação SAR tornar-se impraticável pela inexistência
de fatos que justifiquem, o SMC será responsável por solicitar ao DECEA a suspensão das
atividades.
As Operações SAR envolvendo embarcação de superfície ou homem ao mar somente serão
encerradas ou suspensas por decisão da autoridade marítima responsável, sendo os recursos
aeronáuticos desengajados após a comunicação de tal decisão pelo MRCC ao ARCC envolvido.
Quando a Operação SAR envolver outros países, o SMC cientificará o DECEA da situação
para que este tome as medidas competentes aplicáveis ao caso.
Uma Operação SAR será considerada encerrada quando todos os ocupantes de uma
aeronave ou embarcação forem localizados e todos os sobreviventes retornarem à segurança,
mesmo que não se localize os destroços da aeronave ou da embarcação.
A remoção de cadáveres e do próprio objeto da busca não constitui atividade de Busca e
Salvamento. Porém, poderá ocorrer se solicitado pelas autoridades responsáveis e autorizado pelo
COMDABRA e pelo DECEA.
Quando o desenvolvimento de uma Operação SAR for interrompido, por se julgar que
quaisquer providências adicionais não serão mais proveitosas, a busca será considerada suspensa e
toda documentação pertinente será arquivada. No entanto, se novos indícios surgirem, a Operação
SAR poderá ser reiniciada.
Antes de decidir sobre a suspensão das operações de busca, deverá ser realizada uma
revisão minuciosa do caso, baseando essa decisão em detalhes importantes como:
a) na avaliação da probabilidade de que haja sobreviventes no início do incidente;
b) na probabilidade de sobrevivência depois do acidente;
c) na probabilidade de que se encontre algum dos sobreviventes dentro da área de busca
calculada;
d) no tempo decorrido desde o acontecimento do caso; e
e) nos estudos ou informações existentes sobre sobrevivência em situações semelhantes.
Ao adotar a decisão de suspensão da operação, o SMC deverá considerar cada caso por
seus próprios méritos e pelos aspectos humanitários, a fim de evitar suspender a busca
prematuramente.
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Entre os pontos a considerar para decidir a suspensão de uma operação, cabe observar se:
a) foi realizada uma busca minuciosa em todas as áreas;
b) foram esgotados todos os meios razoáveis de obter informação sobre o paradeiro do
barco, da aeronave ou pessoas que foram objeto da busca; e
c) foram examinadas todas as suposições e cálculos utilizados na preparação da busca.
No caso de suspensão das buscas, SMC deverá informar aos familiares das pessoas
desaparecidas que as buscas foram suspensas. Geralmente os familiares estarão mais dispostos a
aceitar a decisão de suspender as operações se tiveram a oportunidade de acompanhar o progresso
da busca. O acesso dos familiares ao ARCC ou ARSC lhes permite observar os esforços realizados.
NOTA: Tal medida deverá ser coordenada criteriosamente com o setor de comunicação social, a
fim de evitar transtornos para a equipe de coordenação.
Quando uma busca não tenha tido êxito e tenha sido suspensa, outras partes interessadas
(por exemplo, o proprietário ou a agência exploradora da aeronave desaparecida) poderão seguir
com a busca, ficando a cargo do ARCC a prestação de ajuda no que for pertinente, se isso for
solicitado.
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SAR005
Missão coordenada por um ARCC ou ARSC para resgatar pessoas em perigo, prover
assistência médica inicial ou suprir outras necessidades e encaminhá-las a um local seguro.
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7.4 Operação de Busca e Salvamento em Grande Escala (MRO)
Por vezes, quando solicitado por órgãos competentes e autorizado pelo SDOP, via
cadeia de comando, o ARCC poderá apoiar ações, tais como: Evacuação Aeromédica (EVAM),
Transporte Especial de autoridades, transporte de órgãos vitais para transplante, calamidades
públicas, entre outras.
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SAR005
7.6 Operações de Socorro em Voo
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SAR005
CAPÍTULO 8
COORDENAÇÃO SAR
O método pelo qual é coordenada uma operação SAR pode variar, dependendo da
organização detalhada de cada área.
Normalmente, quando ocorre um incidente SAR é designado um Coordenador de Missão
SAR (SMC), o qual aplicará os procedimentos previstos no Plano de Operações do ARCC.
Ao ser iniciada uma operação SAR, o SMC poderá designar, caso necessário, um
Coordenador na Cena (OSC) para realizar a coordenação na cena do incidente e executar os planos
de busca e salvamento elaborados na fase de planejamento da operação SAR.
Se forem perdidas as comunicações com o SMC, o OSC poderá ter que exercer algumas
tarefas normalmente desempenhadas pelo SMC.
Se não for possível estabelecer comunicações entre as aeronaves de busca e embarcações
na área de busca, poderá ser necessário designar um Coordenador de Aeronaves (ACO) para
coordenar as atividades aéreas e uma embarcação para exercer as funções de OSC, para coordenar
as atividades relacionadas com os meios marítimos engajados na operação.
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SAR005
Os planos de ação de busca e salvamento fornecidos pelo SMC devem ser executados pelo
OSC e pelos recursos SAR presentes na cena de ação. Todavia, caso haja indícios que justifiquem,
o OSC poderá alterar os planos iniciais. Toda mudança de planejamento deve ser informada de
imediato ao SMC.
Os recursos SAR devem manter o OSC informado sobre quaisquer dificuldades ou perigos
encontrados.
Os riscos inerentes a qualquer ação dos recursos SAR devem ser avaliados com relação às
probabilidades de êxito e à segurança do pessoal SAR. Alguns dados de natureza prática, que dizem
respeito à avaliação da situação, compreendem:
a) a embarcação ou aeronave acidentada está oferecendo um perigo imediato de causar
danos, ou de colocar o meio de salvamento em perigo?
b) o meio de salvamento pode enfrentar as condições do tempo?
c) a embarcação ou aeronave em perigo forneceu informações suficientes para a
embarcação que está prestando socorro se preparar para auxiliar no salvamento?
d) a embarcação que está prestando socorro pode na realidade ser de alguma valia?
e) se um dos fatores envolvidos for o recolhimento de um grande número de
sobreviventes:
o meio de salvamento tem condições de acomodá-los, no que diz respeito à
alimentação, abrigo, roupas e compartimentos habitáveis?
a embarcação que está realizando o salvamento ficará estável com os sobreviventes a
bordo?
f) se um dos fatores envolvidos forem operações com helicóptero:
a construção da embarcação é adequada para uma operação conjunta da embarcação
e da aeronave?
o meio de salvamento tem tripulantes disponíveis em número suficiente para prestar
o socorro?
Antes de realizar as Operações SAR, o SMC ou o OSC deve realizar um briefing com as
tripulações da unidade de busca e salvamento (SRU), fornecendo informações detalhadas sobre o
objeto da busca e todas as instruções relativas ao planejamento da busca a ser realizada.
O debriefing (interrogatório) fornece informações valiosas sobre a eficácia da busca e
pode influenciar no planejamento das próximas ações. A tripulação das SRU e os OSC devem ter
conhecimento do tipo de informações que o SMC provavelmente solicitará. Para isso, o Apêndice
“E” do IAMSAR Vol. 3 fornece um modelo de Briefing e Debriefing.
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SAR005
Os pilotos de aeronaves e os comandantes de embarcações das Facilidades SAR, não
designados como SRU, deverão ser também contatados pelo SMC ou OSC para realizarem o
Briefing e Debriefing.
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SAR005
c) alertar as estações terrestres, aeronaves e navios na área, quando for o caso, para manter
e escuta nas frequências de socorro ou outras especificadas para tal fim;
d) providenciar busca eletrônica por meio de radar ou captação de sinais provenientes de
ELT/EPIRB/PLB, se aplicável;
e) certificar-se sobre a operacionalidade do equipamento de emergência a bordo da
aeronave ou embarcação em perigo;
f) alertar os órgãos operativos e apropriados tão logo esteja caracterizada a fase de alerta;
g) subsidiar o COMDABRA contribuindo com informações para que o recursos SAR
engajados, por suas características gerais, sejam os mais adequados;
h) designar o Coordenador na Cena, caso julgue necessário;
i) avaliar a necessidade de ativação de um ARSC;
j) caso a aeronave seja considerada desaparecida, acionar os recursos SAR alertados;
k) selecionar os padrões de busca a serem empregados pelas SRU;
l) providenciar o briefing, orientando as tripulações SAR sobre a área de busca, o tipo do
objetivo, as condições meteorológicas previstas, padrão de busca e frequências
primárias e secundárias a serem utilizadas na operação;
m) avaliar todos os informes de quaisquer fontes e introduzir modificações no plano de
ação conforme se faça necessário;
n) providenciar o reabastecimento para as aeronaves e acomodações para o pessoal SAR
para o caso de buscas prolongadas;
o) acompanhar a execução dos padrões de busca, mantendo uma plotagem que mostre as
áreas cobertas, avistamentos e indícios;
p) manter, em ordem cronológica, um registro preciso e atualizado de todas as ações
desenvolvidas na operação SAR;
q) expedir informes às autoridades sobre o progresso da operação SAR;
r) quando solicitado, liberar informações para a imprensa sobre o desenvolvimento da
operação SAR, obedecendo as diretrizes do COMAER; e
s) elaborar o Relatório Final de Operação SAR.
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SAR005
casos o SMC deve designar uma equipe composta por um Oficial com curso de Coordenação SAR
e quantos controladores de ARCC e Operadores de Estação Aeronáutica de ARCC forem
necessários.
Caso não haja o deslocamento da equipe, o SMC designa o OSC, o qual poderá estar
encarregado de uma Unidade de Busca e Salvamento (SRU), navio ou aeronave participante da
operação, ou alguém que se encontre em outro recurso próximo e possa desempenhar as tarefas de
OSC.
O profissional responsável pelo primeiro recurso SAR que chegue ao local do incidente
será designado como OSC até que o SMC ordene sua substituição. Se esse recurso apresentar
dificuldade de comunicação com o ARCC, tal função será passada para outro que detenha melhores
condições de comunicação.
É concebível que o OSC possa assumir, momentaneamente, as tarefas do SMC e planejar a
operação, em caso de existência de dificuldade para a manutenção de comunicação entre esses.
Algumas atribuições do OSC:
a) coordenar as operações de todos os recursos SAR no local do incidente.
b) modificar o plano de busca e/ou de salvamento de acordo com a situação no local do
incidente, mantendo o SMC informado ou consultando-o, quando possível.
c) coordenar as comunicações no local do incidente.
d) certificar-se de que as operações de superfície e aéreas estão sendo realizadas em total
segurança.
e) enviar informes periódicos (SITREP) sobre o incidente para o SMC;
f) manter um registro detalhado da operação; e
g) solicitar assistência adicional do SMC para proceder à evacuação médica de
sobreviventes gravemente feridos.
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SAR005
As tarefas do ACO podem ser desempenhadas a partir de uma aeronave de asa fixa,
helicóptero, navio, de uma estrutura fixa tal como uma plataforma de petróleo ou de uma unidade
terrestre apropriada.
Dependendo das necessidades e qualificações, o ACO pode ter os seguintes deveres:
a) manter a segurança de voo;
b) assegurar que os recursos aéreos estejam cientes do plano geral do SMC/OSC,
c) manter uma separação segura entre as aeronaves, assegurando que estejam utilizando o
correto ajuste de altímetro;
d) exercer o planejamento de fluxo (Exemplo: ponto de entrada, ponto de saída e as
altitudes das aeronaves);
e) assessorar o SMC sobre as condições meteorológicas na área de busca; e
f) encaminhar mensagens radiofônicas, atuando como Posto de Comunicações (PCOM),
se designado pelo SMC.
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SAR005
b) obter, ao assumir o serviço, as informações sobre as ações operacionais em andamento,
dando ênfase àquelas que necessitem providências imediatas;
c) testar todos os meios de comunicações existentes, providenciando as ações preventivas
e corretivas que se fizerem necessárias;
d) auxiliar o controlador do ARCC no que for pertinente;
e) tratar todas as Mensagens de Alerta COSPAS-SARSAT que forem recebidas pelo
ARCC; e
f) estar familiarizado com o Plano de Operações do ARCC.
71
SAR005
CONCLUSÃO
72
SAR005
GLOSSÁRIO
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SAR005
COM Comunicação ou Circulação Operacional Militar
GEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema GEOSAR (GEOSAR Local User
Terminal)
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SAR005
GMDSS Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (Global Maritime Distress
and Safety System)
LEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema LEOSAR (LEOSAR Local User
Terminal)
LEOSAR Satélites SAR de Órbita Polar Baixa (SAR Satellites in Low-altitude Earth
Orbit)
MEOLUT Terminal do Usuário Local para o Sistema MEOSAR (MEOSAR Local User
Terminal)
MET Meteorologia
75
SAR005
MRO Operação SAR em Grande Escala (Mass Rescue Operation)
76
SAR005
SDOP Subdepartamento de Operações do DECEA
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SAR005
ANEXO
COLOCANDO-O ACIMA
E O CUMPRIREI...
78
SAR005
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EUA. United States Coast Guard. AMVER - Automated Mutual-Assistance Vessel Rescue System.
Disponível em: http://www.amver.com.
79
SAR005
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................03
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................06
CONCLUSÃO ......................................................................................................................................72
GLOSSÁRIO............................................... .........................................................................................73
80