Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Mecanismos de evolução
Ao longo da história foram propostas duas teorias explicativas da atual biodiversidade: o fixismo e o evolucionismo.
Fixismo:
Se se admitir que as espécies não sofrem transformações, permanecendo imutáveis ao longo dos tempos,
então é porque foram originadas tal e qual como são na atualidade.
Esta ideia foi defendida por alguns filósofos gregos como Platão e Aristóteles.
Esta perspetiva, que considerava que as espécies são permanentes, perfeitas e que não sofrem evolução constitui o
Princípio Fixista ou, simplesmente, o Fixismo.
Admitem-se, enquadradas no fixismo, várias teorias para explicar a origem dos seres vivos como:
A teoria do criacionismo:
Segundo o criacionismo, os seres vivos foram originados por criação divina. Como obra divina, a criação
implica perfeição e estabilidade. Depois de criadas as primeiras espécies, perfeitas, estas mantêm-se fixas ao longo dos
tempos. As imperfeições que ocorrem, por vezes, devem-se à imperfeição e corrupção do Mundo.
Baseia-se na fé; como tal, nao pode ser experimentado e, consequentemente, não pode ser objeto de
tratamento por parte da Ciência.
Evolucionismo:
A ideia de o Mundo apresentar variações ao longo do tempo e de as espécies não serem exceção a essas modificações
(ideia evolucionista), começou a implantar-se, colocando em causa o fixismo.
No início do XIX, o evolucionismo acaba por se impor como paradigma da origem e diversidade das espécies
As suas teorias defendem a existência de antepassados comuns a todos os seres vivos, a modificação lenta e
gradual das espécies ao longo do tempo, diferindo nos mecanismos propostos para explicar o processo evolutivo.
Teoria do Catastrofismo: Teoria apresentada em 1799, por George Cuvier, que defendia uma sucessão de catástrofes
tinha ocorrido no decurso da História da Terra. Fenómenos, como dilúvios ou glaciações, teriam ocorrido em
determinados locais da Terra conduzindo à destruição dos seres vivos aí existentes. Essas áreas seriam repovoadas
por seres vivos que migravam de outros locais. Desta forma, o Catastrofismo explicava o surgimento de determinadas
formas fósseis em alguns estratos, sem que houvesse continuidade dessas formas de vida nos estratos mais recentes.
Lamarckismo
Os seres provinham de outros seres vivos e que cada espécie ocupava um lugar na “escala natural”, na qual o Homem
ocupava o topo.
Lamarck defendia que os seres vivos têm um impulso interior que lhes permite adaptarem-se ao meio,
quando pressionados por alguma necessidade imposta pelo ambiente.
Estas modificações sofridas permitiam aos indivíduos uma melhor adaptação ao meio, sendo transmitidas à
descendência - lei da transmissão dos caracteres adquiridos.
Principais críticas ao lamarckismo:
O facto de a teoria de Lamarck admitir que a matéria viva teria uma “ambição natural” de se tornar melhor, de
forma a que cada ser vivo seria impelido para um grau de desenvolvimento mais elevado;
A lei do uso e do desuso, embora válida para alguns órgãos, como, por exemplo, os músculos, não explicava todas
as modificações;
A lei da transmissão dos caracteres adquiridos não é válida. A atrofia ou a hipertrofia de uma estrutura adquirida
durante a vida do ser vivo não é transmitida à descendência.
Atualmente, sabe-se que só o material genético é transmitido à descendência e, assim, apenas as características que
nele estão inscritas. As modificações que podem ocorrer nos órgãos de um indivíduo, devido à sua atividade, não
passam para o material genético. Assim, a teoria de Lamarck não teve aceitação na sua época.
Darwinismo
Diversidade intra-específica (os seres vivos da mesma espécie apresentam variações entre si)
Alteração ambiental
Selecão natural
Sobrevivência dos mais aptos
Reprodução diferencial ( reproduzem-se os mais aptos)
Aumento do número de indivíduos com características favoráveis
Neodarwinismo
Diversidade intra-específica
Crossing-over
Separação ao acaso dos homologos
Encontro ao acaso dos gâmetas
Mutações
Alteração ambiental
Seleção natural
Reprodução diferencial
Alteração do fundo genético da população
O Lamarckismo e o Darwinismo constituem duas explicações para o processo evolutivo, mas seguindo modelos
diferentes.
Lamarckismo
O meio cria as necessidades que determinam mudanças morfológicas nos indivíduos. Através do uso, estas acabam por
se estabelecer, tornando os organismos mais bem adaptados. Essas características são transmitidas aos descendentes.
Darwinismo
Entre indivíduos de uma espécie, existem variações. O meio exerce uma seleção natural que favorece os indivíduos que
possuem as características mais apropriadas para um determinado ambiente e num determinado momento, tornando-
os mais aptos e eliminando gradualmente os restantes.
A anatomia comparada tem fornecido dados que apoiam o Evolucionismo, revelando a existência de órgãos
homólogos, análogos e vestigiais nos indivíduos estudados.
Órgãos homólogos são estruturas que apresentam o mesmo desenvolvimento embrionário e a mesma organização
interna, embora possam ter aspectos e funções diferentes.
Estes órgãos formam-se a partir de fenómenos de evolução divergente, em que indivíduos com origem no mesmo
ancestral comum são sujeitos a pressões seletivas distintas em ambientes diferentes.
Nas séries filogenéticas progressivas, os órgãos homólogos apresentam uma complexidade crescente. A partir de um
órgão ancestral simples, foram surgindo órgãos cada vez mais complexos.
Nas séries filogenéticas regressivas, os órgãos homólogos tornam-se, progressivamente, mais simples. Admite-se
que a paeir de um órgão ancestral mais complexo foram surgindo órgãos mais rudimentares.
Os órgãos análogos aparecem quando espécies ancestrais diferentes e com origens distintas colonizam habitats
semelhantes, adquirindo adaptações semelhantes, com funções similares.
Dados da Paleontologia:
Baseiam-se na análise e interpretação de fósseis de formas extintas, de fósseis de transição e de fósseis "vivos".
Dados da Embriologia:
O estudo do desenvolvimento embrionário de diferentes espécies permite observar homologias e estabelecer relações
de parentesco entre os diferentes grupos.
A embriologia sugere que, quanto mais longas são as fases de desenvolvimento comuns, mais próximos,
filogeneticamente, estão os indivíduos.
Dados da Biogeografia:
A biogeografia analisa a distribuição geográfica dos seres vivos. Esta análise permite constatar que as espécies tendem
a ser mais semelhantes quanto maior a proximidade física e que, por outro lado, quanto mais isoladas, apresentam
maiores diferenças entre si, mesmo que as condições ambientais sejam semelhantes.
A distribuição geográfica dos seres vivos, fruto das mudanças que a Terra experimentou ao longo do tempo
geológico, só faz sentido num contexto histórico de evolução.
Os argumentos bioquímicos são todos aqueles que utilizam processos químicos ou biomoléculas como justificação para
a ocorrência de evolução.
A análise da sequência de aminoácidos das proteínas tem fornecido, nos últimos anos, provas a favor de uma origem
comum para todos os seres vivos.
Quanto maior é a semelhança entre a sequência das duas cadeias proteicas, mais semelhantes são os seres que as
possuem, encontrando-se, por isso, filogeneticamente mais próximos.
A análise e a comparação de cadeias de DNA permitem identificar seres mais ou menos próximos filogeneticamente.
Quanto menor for a diferença entre duas cadeias de DNA, mais próximas estão filogeneticamente as espécies, pois
divergiram menos da cadeia de DNA inicial.