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PROJETOS DE ILUMINAÇÃO

Prof. Luiz Fernando Rispoli Alves


Departamento de Controle e Automação e de Técnicas Fundamentais da
Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto
ÍNDICE DOS ASSUNTOS

Luz, visão e cor..................................................................................................


Luz........................................................................................................................
Radiações eletromagnéticas.............................................................................
Unidades de comprimento de onda................................................................
Propagação da luz..............................................................................................
Coloração da luz................................................................................................
Radiação ultravioleta.......................................................................................
Radiação infravermelha..................................................................................
Espectro visível...................................................................................................
Temperatura de cor..........................................................................................
Índice de rendimento cromático.....................................................................
Obtenção das cores...........................................................................................
Noções de luminotécnica..................................................................................
Lâmpadas elétricas............................................................................................
Equipamentos auxiliares...................................................................................
Luminárias decorativas.....................................................................................
Luminárias comerciais......................................................................................
Luminárias industriais......................................................................................
Projetores............................................................................................................
Equipamentos para iluminação pública.........................................................
Cálculo de iluminação interna.........................................................................
Iluminação de túneis.........................................................................................
Cálculo de iluminação de áreas externas.......................................................
Iluminação pública............................................................................................
Projetos tipos de iluminação áreas esportivas.............................................
Legislação de segurança, higiene e medicina do trabalho..........................
Bibliografia..........................................................................................................
LUZ, VISÃO E COR
(Luminotécnica: bases teóricas)
CAPÍTULO I

1- LUZ, VISÃO E COR.

1.1- LUZ
É a designação que recebe a radiação eletromagnética que ao penetrar
no olho humano, acarreta uma sensação de claridade. Esta luz é responsável
pelo transporte de todas as informações visuais que recebemos, como
veremos mais adiante no estudo da visão.
Quando um movimento vibratório se propaga com certa velocidade
chamamos de comprimento de onda desse movimento, ao avanço do mesmo,
durante cada vibração.

Figura 01

R
a
d
i
a
ç
õ
e
s
λ
E
l
e
t Figura 01
r
o
m
a
g
n
sabendo que v é .. f , tiramos:
t
v i
 onde: c v = velocidade de propagação (m / s)
f a
s f = freqüência (número de ciclos por segundo - Hertz)

A= comprimento de ondas (metros)


A luz é a energia capaz de afetar todos os espaços interastrais, sob a forma de
vibrações transversais rapidíssimas, na ordem de 10 Hertz, ou seja: mil trilhões
de oscilações por segundo.

1.2- RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS

Veja figura 01a

1.3- UNIDADES DE COMPRIMENTOS DE ONDAS

Mm - Megametro
Km - Quilômetro
m - metro
cm - centímetro
* nm - nanômetro = 10-9 m = 10Aº
*Aº - Angstron = 1/10.000 de Microm
 - Microm = 1/ 1000 de Milímetro
M - milimicrom = 1/1000 de Microm

* Unidades padronizadas no estudo da Luminotécnica.

1.4- PROPAGAÇÃO DA LUZ

A ciência vive em eterna evolução. Em função da gama de problemas


que vão aparecendo, novas descobertas vão sendo feitas, a luz, por exemplo,
já não se propaga em linha reta como era afirmado antigamente.
A luz se propaga em forma de vibrações transversais rapidíssimas e
atravessam com maior ou menor facilidade, todas as substâncias chamadas
transparentes. Devemos notar, porém que essa transparência é relativa: o
vidro, por exemplo, é considerado transparente à luz. Esta, entretanto, não é
capaz de atravessar um bloco de 20 metros de vidro. Já os metais são
Comprimento de onda
Freqüência

10-7
1024
10-6
Raios Cósmicos 1023
-5
10
1022
10-4
Raios Gamas 1021
-3
10
1020
10-2
Duros
1019
1 Angstrom 10-1 Médios Raios X
Moles 1018
0
1 nm 10
1017
1001
Raios Ultravioleta 1016
330 nm 1002
780 nm 1003 Luz
1014
1004 Raios Infravermelhos
05
1013
10
1012
1 mm 1006
Ondas Ultracurtas 1011
07
1 cm 10
1010
1008
1009
1 m 1009
TV 1008
1010
Ondas Curtas 1007
1011 Ondas Médias
Ondas Longas 1006
1 Km 10 12 Rádio
1005
1013
1004
14
10
1003
1 Mm 1015 Correntes alternadas técnicas
1002
1016
1001

R
a
R
d Figura 01a
a
i
d
a
i
ç
a
õ
ç
e
õ
s
e
s
E
l
E
e
l
t
considerados opacos, ou não transparentes à luz, mas uma camada metálica
bastante delgada deixa-se atravessar pela luz como acontece nas válvulas
termoelétricas.
Quando uma substância é homogênea a luz se propaga ao longo da
massa segundo um eixo que pode ser considerado propagação em linha reta,
e com uma velocidade constante.
No ar atmosférico temos o “Espelhismo” e a “Miragem” onde o eixo dos
raios luminoso se propaga segundo caminhos poligonais ou curvos.
A velocidade da luz no vácuo é de aproximadamente 300.000 Km/s. É
uma propagação praticamente instantânea. Até o momento, por
desconhecimento de outras, é a máxima velocidade conhecida e “adotada”
pelo homem.

1.5- COLORAÇÃO DA LUZ (Espectro visível)

Existem luzes de diversas cores e essa variedade de coloração é


conseqüência direta da freqüência de vibração da energia luminosa.
Para a freqüência da luz que é aproximadamente 10 15 Hertz, temos uma
faixa de comprimento de ondas que é o espectro da luz visível, que vai de 380
a 760 nm conforme quadro a seguir.

COR COMP. ONDA


(nm)
ultravioleta 380
Violeta 400
azul 450
verde 520
amarela 570
Laranja 630
vermelho 700
infravermelho 760

Quadro no 1
Estas cores tem a capacidade de se combinar em todas as proporções,
produzindo tons cromáticos ou mais variados.

1.6- RADIAÇÕES ULTRAVIOLETA

As radiações ultravioleta possuem comprimentos de ondas situados entre


150 e 380nm e se divide em três grupos conforme quadro abaixo.

DENOMINAÇÃO COMPRIM. ONDA OBTENÇÃO

(UV-A) próximo 310 a 400 Luz Solar e Vapor Mercúrio Alta


Pressão
(UV-B) intermediário 280 a 310 Vapor de Mercúrio Alta Pressão
Lâmpada vapor Mercúrio
(UV-C) Remoto 200 a 300 Lâmpada Fluorescente Tubo Quartzo
sem Fósforo
Quadro no 2

As principais características das radiações ultravioleta são:

a) elevada ação química


b) excitação da fluorescência de diversas substâncias
c) efeito bactericida, etc.

Podemos ver no quadro abaixo as principais utilizações das radiações


ultravioleta conforme sua classificação.
CLASSIFICAÇÃO APLICAÇÕES OBSERVAÇÃO
(UV-A) - Efeito sobre materiais fotográficos - Não afeta a vista
ULTRAVIOLETA - Identificação de substâncias pela - Utilização:
PRÓXIMO fluorescência.
- Indústria
- Verificação de papel moeda
- Bancos
- Cópias heliografias
- Teatros, etc.
- Lâmpadas vapor de mercúrio
- Luz Negra
(UV-B) - Atuação sobre tecidos vivos. - Utilizados para
ULTRAVIOLETA fins terapêuticos.
- Pigmentação da pele.
INTERMEDIÁRIO - Produção de vitamina D.
RADIAÇÃO
ERITEMÁTICA.
(UV-C) - Efeito germicida. - Prejudicial à vista
humana.
ultravioleta - Tratamento de águas.
remoto
- Lâmpadas fluorescentes.
ou radiação
- Produção de ozona
germicida.
Quadro no 3

1.7- RADIAÇÕES INFRAVERMELHO

As radiações infravermelhos possuem comprimentos de onda situados


entre 760 e 10.000 nm, não são vistas pelo olho humano e caracterizam-se
pelo seu forte poder calorífico.
Essas radiações são produzidas pela luz solar ou artificialmente por
resistores aquecidos e lâmpadas incandescentes especiais. (infravermelho)
As lâmpadas infravermelho trabalham com seu filamento a uma
temperatura mais reduzida. Já nas lâmpadas incandescentes comuns,
aproximadamente 70% da energia elétrica consumida é transformada em calor
na forma de infravermelho e 30% em energia radiante de comprimento de
onda visível.
A seguir algumas aplicações do infravermelho:
- aquecimento de ambientes
- preparo de alimentos
- secagem de tintas
- secagem de arroz, trigo, café, etc.
- tratamento de luxações
- fotografia com filmes sensíveis ao infravermelho
- sistemas sensíveis ao infravermelho emitido pelos motores, a reação
que orienta os foguetes terra-ar e ar-ar, etc.

1.8- ESPECTRO VISÍVEL

O Espectro visível que vai de mais ou menos 380 nm a 760 nm nos dá


além da impressão luminosa, a impressão de COR. Cada comprimento de
onda produz uma sensação de luminosidade diferente; isto prova que o olho
humano se comporta de maneira diferente para cada cor do espectro visível.

1.8.1- Estudo da Visão


Embora não sendo um assunto da Luminotécnica, toda iluminação é feita
com o objetivo de produzir um reflexo que transporte para o olho humano as
informações do meio externo, para que o nosso cérebro possa analisá-las e
interpretá-las, permitindo distinguir cor, formas, tamanho e posição dos objetos
por meio de percepção visual.
1.8.1.1- Sensibilidade Visual
O processo fotobiológico da visão é tal que, os raios luminosos, refletidos
ou emitidos pelos corpos, passando através do sistema ótico, formado
essencialmente pela córnea e pelo corpo vítreo, vão incidir sobre a retina do
globo ocular, onde uma multidão de pequenos corpos (cones e bastonetes)
nervosos, excitados por esses raios vão comunicar suas impressões ao
cérebro por meio do nervo ótico.
Compreende-se pois que conforme a retina seja mais ou menos
influenciada pela luz, veremos as coisas mais ou menos claras ou luminosas.
Em outras palavras: da “resposta” da retina às excitações luminosas decorre,
para cada indivíduo, uma sensibilidade maior ou menor.
A esta “resposta” estão condicionados diversos efeitos ou manifestações
do sistema ocular humano, sendo os principais, ou ainda, os que mais
interessam às condições de iluminação, porque são influenciados por ela, os
seguintes:
- acuidade visual
- sensibilidade de percepção
- eficiência visual
OBS:
Os cones são células receptoras da retina, cuja função é possibilitar a
discriminação ou detalhes finos e principalmente a percepção das cores.
Possui pequena sensibilidade para baixos níveis de iluminamento.(Visão
Diurna ou Fotópica).

Os bastonetes, contrariamente aos cones, são sensíveis aos baixos


níveis de iluminamento e não percebem as cores. São muito sensíveis
aos movimentos e variações luminosas (visão noturna ou escotópica).

a- Acuidade Visual
É a capacidade de distinguir detalhes nos objetos visualizados, com maior ou
menor facilidade e rapidez. Depende fundamentalmente dos índices de
iluminamento, não levando em conta a reprodução de cores.

b- Sensibilidade de Percepção
É a sensibilidade do olho em perceber os contrastes entre partes claras ou
escuras, tanto de objetos isolados, como de ambientes em que estes se
encontram.
c- Eficiência Visual (Luminosidade espectral relativa)
A eficiência visual, sensibilidade relativa ou luminosidade espectral relativa,
que está representada pelas curvas abaixo é o comportamento do olho
humano no discernimento das cores do espectro solar.

Temos três tipos básicos de visão:

CURVA A: VISÃO NORMAL dos objetos iluminados pela luz do dia - VISÃO
DIURNA ou FOTÓPICA cuja eficiência máxima é para o comprimento de
onda de 555 nm - Amarelo esverdeada. Visão de responsabilidade direta dos
CONES.
CURVA B: VISÃO NOTURNA ou ESCOTÓPICA que possui a eficiência
máxima para o comprimento de onda de 505 nm, que corresponde à cor
verde, ambientes sombrios ou à noite, sendo os Bastonetes os principais
responsáveis por esta percepção.

120

100
Eficiência Relativa
80
Relativa
60

40

20

0
300 400 500 600 700 800
Comprimento de ondas (nm)
Figura 02

CURCA C: VISÃO À DISTÂNCIA - A cor que apresenta maior rendimento


para este tipo de visão é o Amarelo Puro de 570 nm, motivo pelo qual é a cor
utilizada em sinalizações de pára-choques de caminhões e sinalização em
geral.

A curva de sensibilidade foi elaborada em função da visão FOTÓPICA


que é de responsabilidade dos CONES, e foi montada para as sensações
visuais da vista em níveis normais de iluminamento diurno.
Quando o iluminamento fica muito baixo, os Cones cessam seu
funcionamento e os Bastonetes se ocupam de todo o processo visual. É a
chamada Visão Escotópica. A transição da visão fotópica para escotópica é
denominada Efeito Purkinje. Este efeito pode ser percebido todos os dias no
amanhecer e entardecer, horas em que nossa sensibilidade visual está a
níveis baixíssimos.
Os motoristas muitas vezes sentem este problema, daí o perigo nas
estradas de rodagem nestes horários de transição visual.
1.9- TEMPERATURA DE COR (Tc)

É um item muito importante na Luminotécnica, pois com o conhecimento


deste o técnico consegue dar uma sensação visual adequada ao ambiente,
objeto do projeto.
Trata-se de uma avaliação da cor das fontes luminosas, adotada pelos
fabricantes de lâmpadas.
Evidentemente temperatura de cor não se mede com termômetro: ela
simplesmente define a cor da luz. Existe, entretanto uma correlação entre a
temperatura e a cor. Por exemplo, quando vamos cedendo energia calorífica a
uma peça de ferro, chega-se à temperatura em que a mesma começa a emitir
uma luz vermelha escuro, à medida que aumentamos a temperatura, a peça
ao aquecer passa por uma gama de cores. A todo aumento de temperatura
corresponde um aumento na emissão de energia radiante visível que tem
como limite o laranja incandescente.
Para estabelecer uma relação mais exata entre temperatura e a cor,
decidiu-se tomar como amostra ideal às radiações emitidas pelo corpo negro.

CORPO NEGRO ou radiador perfeito é representado pelo corpo capaz de


absorver toda radiação sobre ele incidente. As fontes padrões são
construídas de Torita, cujas paredes da cavidade são enegrecidas com
fuligem e cuja abertura de 1 cm 2 deixa sair as radiações quando o mesmo é
aquecido.
Ao aquecermos o corpo negro de maneira uniforme, à temperaturas
mais altas, verificamos ao observar a cavidade, que dela sai uma luz cada
vez mais branca e mais intensa que é proporcional à esta temperatura.

1 cm²
Corpo Negro
Portanto, para cada temperatura do corpo negro temos uma radiação
com temperatura de cor idêntica à temperatura de aquecimento do mesmo.
É com estas radiações do corpo negro que nós comparamos as fontes de
luz, objeto de teste.
Apenas para efeito de comparação apresentamos no quadro abaixo os
valores indicativos de magnitude relativa a algumas fontes de luz.

FONTE Tc (oK)
Lâmpada incandescente 40W 2.800
Lâmpada incandescente 500W 2.960
Lua cheia 4.100
Sol ao meio dia (verão) 5.300 a 5.800
Céu encoberto 6.400 a 6.900
Céu claro azul intenso 10.000 a 25.000
Quadro no 4

A temperatura de cor interessa especialmente no caso das lâmpadas


fluorescentes, cuja luz é o resultado da conversão da radiação ultravioleta em
luz visível por meio de pós fluorescentes. Pode-se dar a essa luz a Tc que se
deseja, pela utilização conveniente de diferentes pós fluorescentes.

1.9.1- Aplicações da Temperatura de cor


O perfeito conhecimento e entendimento da temperatura de cor poderão
nos ajudar na escolha das lâmpadas utilizadas para vários fins, por exemplo:
- Iluminação de estúdio fotográfico e TV
- Iluminação decorativa
- Iluminação de Vitrines e lojas (comercial)
- Iluminação residencial
- Iluminação de escritórios
- Iluminação industriais
- Iluminação de fachadas e monumentos
- Iluminação de estádios esportivos
- e várias outras iluminações específicas que por ocasião dos projetos,
voltaremos a revê-las.

Para a classificação da luz artificial, emprega-se o critério de “aceitação”


natural pelos olhos de dois tipos de fontes de luz: a dos irradiadores térmicas
(fogo, velas, lâmpadas incandescentes) e a luz do sol (natural).
Uma iluminação Artificial boa é aquela que se aproxima da iluminação
natural.
Quanto mais alta a temperatura de cor do filamento de uma lâmpada
incandescente, mais branca ou mais fria será a sensação visual da luz emitida.
Quanto mais baixa a temperatura de cor mais quente será a impressão que
temos do ambiente. Daí podemos montar o quadro abaixo.

Tc SENSAÇÃO VISUAL ENERGIA RADIANTE


EMITIDA
Baixa Quente Baixa
Média Morno Média
Alta Frio Alta

Quadro no 5

OBS: No estudo das lâmpadas, veremos suas características individuais.

1.10- ÍNDICE DE RENDIMENTO CROMÁTICO - IRC

Quando falamos de coloração da luz, uma particularidade deve interessar


ao luminotécnico - a COR DOS OBJETOS. Um material qualquer seja líquido,
sólido ou gasoso, tem a cor da luz que ele reflete com maior intensidade.
Um objeto é dito vermelho quando ao receber luz “Branca”, absorve os
raios luminosos de todas as cores exceto os raios vermelhos que são repelidos
na reflexão; logo, a cor vermelha é a única que, a rigor, o objeto não tem em si.
Por mais paradoxal que pareça podemos afirmar que um objeto dito de cor
vermelha, possui todas as cores, menos a que o denomina como tal.
Vale afirmar então que “cor nada mais é do que um reflexo”.
No caso do projetista de iluminação esta observação deve ser bem
ponderada porque ele vai projetar instalações cuja finalidade é permitir não só
a visibilidade das coisas, mas também suas cores e matizes.
Exemplos de iluminações diferentes:
- jardim de inverno
- loja de tecidos
- Restaurantes
- Açougue, etc.
O rendimento de uma fonte artificial de luz depende, por conseguinte, do
fato dela emitir todas as cores do espectro. Se faltar uma cor qualquer, esta
não será refletida.
As propriedades de uma lâmpada, para efeito de rendimento de cores,
são avaliadas por meio do Índice de Rendimento Cromático (IRC).
Este fator é determinado por comparação da luz irradiada pela lâmpada
que está sendo examinada com luz de uma fonte padrão que possua a mesma
temperatura de cor.
Para isto, empregam-se oito cores com características bem definidas. Ao
medir suas radiações primeiro com fonte padrão e, a seguir, com a fonte
examinada, determina-se o grau de deslocamento da cor.
O IRC é o valor numérico que compara o rendimento cromático de uma
lâmpada (em teste) com o padrão que tem seu índice fixado em 100. A partir
desta comparação calculamos o IRC das fontes artificiais de luz e as
classificamos conforme o quadro abaixo.

IRC CLASSIFICAÇÃO
REPRODUÇÃO de COR
85 a 100 Ótimo
70 a 85 Bom
50 a 70 Regular

CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE LUZ FABRICADAS PELA PHILIPS

IRC LÂMPADAS REPRODUÇÃO de COR FLUXO EMITIDO

90 a 100 Especial de luxo Ótimo Baixo


80 a 90 Luxo Bom Médio
60 a 80 Normal Regular Alto
Quadro no 6 e 7

1.11- OBTENÇÃO DAS CORES

Baseando-se no fato de que qualquer graduação de cor pode ser obtida


somando ou subtraindo entre si, nas devidas proporções, a CIE (Comissão
Internacional de Iluminação) criou e adotou o seguinte:

R (Red) - Vermelho -  = 650 nm.


Cores Primárias
(Normalizadas) G (Green) - Verde -  = 530 nm.

B (Blue) - Azul -  = 425 nm.

As demais cores derivadas são obtidas por adição nas devidas proporções.
Veja figura 04

A figura 04 representa uma mistura por adição na superposição de luzes


coloridas - projeção das três cores primárias em uma tela. Este é o processo
de adição por superposição de comprimento de ondas primárias.

Vermelho

Amarelo Violet
a
Branc
o

Azul
verdoso
Amarelo

Laranja Verde
Cinza

Violeta

Vermelho Azul

Já no caso de mescla de pigmentos (utilizado em pintura) temos uma mistura


Mistura Subtrativa Figura
subtrativa, pois o resultado que temos é uma diminuição no 05comprimento de
onda refletido, por absorção de parte da luz incidente. As cores básicas neste
processo são: amarelo, azul, vermelho.
A figura representa uma mistura subtrativa, devido à absorção de
comprimentos de ondas incidentes. Utilizado pinturas (Mescla de pigmentos).

1.11.1- Qualidade da Cor


A qualidade da cor normalmente é definida pelo conjunto das três
características qualitativas abaixo:
a- TOM ou MATIZ
b- VALOR ou REFLETÂNCIA
c- SATURAÇÃO ou PUREZA

TOM - é a qualidade que distingue uma cor da outra, indicando a região


espectral dominante.

VALOR - indica o vigor com que o olho percebe determinada cor refletida. O
valor e a qualidade clara ou escura de uma cor compreende as variações que
são possíveis entre o branco e o preto, que são em número de nove e que o
olho humano pode distingui-las. Estas variações formam a escala cromática de
valores.

SATURAÇÃO - é dada pela pureza da cor. Quando adicionamos a uma cor


pigmentária a sua complementar, ela perde a sua pureza tornando-se
debilitada à medida que se aproxima de uma colaboração cinza neutro.

1.11.2- Sistemas de Medidas


Como pudemos verificar, a visão das cores é um processo totalmente
subjetivo, daí a necessidade de se definir sistemas de avaliações que evitem
qualquer equivoco. Para isto vários métodos foram estudados e entre eles
destacaremos os dois mais usuais:
1 - Diagrama Tricromático ou Triângulo das Cores
2 - Sistema Munsell

1.11.2.1- Diagrama Tricromático


É um dos métodos mais precisos, mas muitas vezes complexo para uma
utilização cotidiana. Tal método consiste no seguinte:
Baseando-se no fato de que qualquer graduação de cor pode ser obtida
somando entre si, nas devidas proporções, a CIE aperfeiçoou este método que
permite calcular, matematicamente as características espectrais das fontes de
Cor Primária Normalizadas, de tal modo que seja capaz de reproduzir todas as
cores derivadas por mistura aditiva.
Todos os dados para a composição de cores são expressos em função de três
componentes, que são denominados Estímulos Padrões.
Para se evitar erros de uma visão subjetiva normal, criou-se um olho-padrão
internacional, denominado Tristímulos. Consiste basicamente de três células
fotoelétricas sensíveis aos comprimentos de onda das três cores primárias ou
estímulos padrões, que em conjunto produz a sensação da cor considerada.
As três células fotoelétricas na realidade fazem a vez das cores do olho
humano. As três componentes ou tristímulos, são representadas por três
curvas, x, y, z, que colocados num gráfico cartesiano, torna-se possível
construir um diagrama que represente as cores do espectro. As ordenadas das
três curvas citadas correspondem a cada comprimento de onda, de tal forma
que as áreas de limitadas pelas curvas sejam iguais.

A curva y corresponde à curva de luminosidade espectral relativa ou eficiência


relativa.
Uma cor F seria representada simbolicamente pela equação F = xr + xy +zb.
O grande inconveniente da representação é que a mesma é tridimensional;
para uma representação gráfica plana será suficiente que façamos

x y z
x ; y ; z
xyz xyz xyz

sendo x  y  z  1 ou r  g  b  1

VALORES TRISTIMULOS DO ESPECTRO VISIVEL


Cor λ x y z Cor λ x y z
V 380 0,0014 0,0000 0,0065 A 565 0,6784 0,9789 0,0097
I 385 0,0022 0,0001 0,0105 M 570 0,7621 0,9520 0,0021
O 390 0,0042 0,0001 0,0201 A 575 0,8425 0,9154 0,0018
L 395 0,0076 0,0002 0,0362 R 580 0,9163 0,8700 0,0017
E 400 0,0143 0,0004 0,0679 E 585 0,9786 0,8163 0,0014
T 405 0,0232 0,0006 0,1102 L 590 1,0263 0,7570 0,0011
A 410 0,0435 0,0012 0,2074 O
415 0,0776 0,0022 0,3713 L 595 1,0567 0,6949 0,0010
420 0,1344 0,0040 0,6456 A 600 1,0622 0,6310 0,0008
425 0,2148 0,0073 1,0391 R 605 1,0456 0,5668 0,0006
430 0,2839 0,0116 1,3856 A 610 1,0026 0,5030 0,0003
435 0,3285 0,0168 1,6230 N 615 0,9384 0,4412 0,0002
440 0,3483 0,0230 1,7471 J 620 0,8544 0,3810 0,0002
445 0,3481 0,0298 1,7826 A 625 0,7514 0,3210 0,0001
A 450 0,3362 0,0380 1,7721 630 0,6424 0,2650 0,0000
Z 455 0,3187 0,0480 1,7441 V 635 0,5419 0,2170 0,0000
U 46 0,2908 0,0600 1,6692 E 640 0,4479 0,1750 0,0000
L 465 0,2511 0,0739 1,5281 R 645 0,3608 0,1382 0,0000
470 0,1954 0,0910 1,2876 M 650 0,2835 0,1070 0,0000
475 0,1421 0,1126 1,0419 E 655 0,2187 0,0816 0,0000
480 0,0956 0,1390 0,8130 L 660 0,1649 0,0610 0,0000
485 0,0580 0,1693 0,6162 H 665 0,1212 0,0446 0,0000
490 0,0320 0,2080 0,4652 O 670 0,0874 0,0320 0,0000
V 495 0,0147 0,2586 0,3533 675 0,0636 0,0232 0,0000
E 500 0,0049 0,3230 0,2720 680 0,0468 0,1700 0,0000
R 505 0,0024 0,4073 0,2123 685 0,0329 0,0119 0,0000
D 510 0,0093 0,5030 0,1582 690 0,0227 0,0082 0,0000
E 515 0,0291 0,6082 0,1117 695 0,0158 0,0057 0,0000
520 0,0633 0,7100 0,0782 700 0,0114 0,0041 0,0000
525 0,1096 0,7932 0,0573 705 0,0081 0,0029 0,0000
530 0,1655 0,8620 0,0422 710 0,0058 0,0058 0,0000
535 0,2257 0,9149 0,0290 715 0,0041 0,0015 0,0000
540 0,2904 0,9540 0,0203 720 0,0029 0,0010 0,0000
545 0,3597 0,9803 0,0134 725 0,0020 0,0007 0,0000
550 0,4334 0,9950 0,0087 730 0,0014 0,0005 0,0000
555 0,5121 1,0002 0,0057 735 0,0010 0,0004 0,0000
560 0,5945 0,9950 0,0039 740 0,0007 0,0003 0,0000
745 0,0006 ,0002, 0,0000

Determinado os coeficientes tricromáticos x e y para todas as cores do


espectro visível, podemos, montar o diagrama da cromaticidade da figura
abaixo.

0,9 Verde
520

0,8 540
51
0 H
0,7 Lócus da energia espectral

560
0,6
Ponto C
500 A Lócus do Luz do dia
0,5 Corpo Negro 580

3000 K
0,4 600
C
6500 620
0,3 490 10000K 64 Vermelho
K 0 700

0,2 00 K

480
0,1 Linha das Púrpuras
Azul
440
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

7
CIE – Diagrama de Cromaticidade Figura 07
Exemplo de determinação de cor:
Vamos considerar uma luz de comprimento de onda 450 nm. Da tabela tiramos
os seguintes valores de tristímulos:

x = 0,3362 , y = 0, 0380 , z = 1,7721

0.3362 0.0380
x  01566
. x  0.017
2.1463 2.1463

Estas coordenadas correspondem ao AZUL conforme podemos ver no


diagrama.

Exemplo 2 - Vamos supor uma determinada cor A iluminada pela luz do dia. -
Unindo C até A e prolongando a reta até o espectro locus, obteremos o ponto
H, correspondente ao comprimento de onda de 550 nm que é o Amarelo
Esverdeado.

1.11.2.2. - Sistema Munsell


O Sistema Munsell foi baseado nas três dimensões de cores: Tom, Valor
e Saturação. Ao invés das três cores primárias, Munsell tomou cinco cores
principais: vermelho (R), amarelo (Y), verde (G), azul (B), e púrpura (P) e cinco
cores intermediárias YR, GY, BG, PB e RP, a partir daí elaborou um círculo
das 10 tonalidades de cor conforme figura abaixo.
Cada uma destas tonalidades de cor, possui uma subdivisão de 10 subtons
indicados por um número de 1 a 10 antecedendo o nome do tom mais
próximo. O número 5 (cinco) indica sempre o tom principal. A escala de valores
indica os diferentes graus de luminosidade da cor, tendo dado ao preto o valor
zero e ao branco o valor dez. Para a saturação que significa o grau de pureza
da cor, estabeleceu-se uma escala ascendente de até 14 graus; não são todas
as tonalidades que utilizam todas estas subdivisões.
Existem cartelas onde o sistema completo é representado. Neste sistema,
cada cor pode ser representada por letras e números.
Por exemplo: o Tom 5YR 6/8
5YR - Tom ou Matiz
6 - Valor - Refletância
8 - Pureza ou Saturação

Este sistema é largamente utilizado nas indústrias para especificações de


pinturas.

1.12- NOÇÕES DE LUMINOTÉCNICA

Luminotécnica como seu próprio nome indica, significa técnica de


iluminação.
O sistema de medidas luminotécnicas baseia-se em 5 (cinco) grandezas
fundamentais.
Todas estas grandezas levam em consideração a sensibilidade espectral do
olho humano, isto é, o que dá as diferentes sensibilidades para as diversas
radiações do espectro visível.
As grandezas fundamentais são:
1- Intensidade luminosa
2- Fluxo luminoso
3- Iluminamento
4- Luminância
5- Radiância ou Emitância

1.12.1- Intensidade luminosa (I)


É o valor da energia radiante emitida por uma fonte de luz puntiforme em
uma determinada direção.
A intensidade luminosa possui como unidade: a CANDELA (Cd) que é uma
unidade arbitrária.

d
I quando w  0
dw

dw

Figura 09
CANDELA é 1/600.000 da intensidade luminosa emitida por um metro
quadrado da superfície do corpo negro, quando à temperatura de solicitação
da platina (1770 ºC) - intensidade esta considerada perpendicular àquela
superfície. O nome candela substitui os antigos nomes “Vela internacional” e
vela nova.
Sabemos que uma lâmpada não tem a mesma intensidade luminosa em todas
as direções, e por isto se faz as curvas FOTOMÉTRICAS de cada unidade ou
aparelhos de iluminação.

1.12.1.1- Curvas Fotométricas


As curvas fotométricas, diagramas fotométricos ou curvas de distribuição
luminosa, dos focos ou aparelhos de iluminação, muitas vezes são de grande
importância para a elaboração do projeto.
A curva de distribuição luminosa é construída supondo o foco em estudo
reduzido a um ponto no centro de um diagrama polar e representando a
intensidade luminosa nas diversas direções, por vetores de módulo
proporcional aos valores absolutos das intensidades. Estes vetores terão
origem no centro do diagrama, e o lugar geométrico das extremidades dos
vetores será a curva Fotométrica, segundo um plano vertical ou horizontal.
Estas curvas são fundamentais para o estudo da característica
luminotécnica do aparelho, mostrando fundamentalmente as direções de maior
ou menor intensidade irradiada.
Figura 10

Na figura anterior, vemos duas curvas A e B - a curva A é a do foco sem


refletor e a curva B é a curva originada pelo mesmo foco, mas com direções
corrigidas pelo uso do refletor.
Um aparelho de iluminação mal projetado ou mal utilizado muitas vezes
modifica tanto a curva original da fonte, que seria preferível a não utilização do
mesmo.
Temos vários outros tipos de representação de Diagramas Fotométricos,
como por exemplo: os de projeção senoidal, projeção cilíndrica e projeção
azimutal, mas todos eles com o mesmo objetivo.

1.12.2 - Fluxo Luminoso


Fluxo Luminoso é a quantidade de energia, “Potência de Radiação”
radiante emitida por uma fonte luminosa e avaliado pelo olho humano.
É medido pelas sensações luminosas capazes de produzir menores ou
maiores estímulos da retina ocular.
A unidade de fluxo luminoso é o Lúmem (lm). A designação lúmem
provém do fato do olho humano ter sensibilidade diferente para os diversos
comprimentos de onda.
Definição de Lúmem (lm): é o fluxo luminoso emitido igualmente em todas as
direções por um foco puntiforme, com intensidade de uma CANDELA, e
avaliado segundo um ângulo sólido de um esferoradiano.

1 cd

1 lúmem
1 m²
1 m de raio

Figura 12

Para esclarecimento da definição, imaginamos uma esfera de um metro


de raio, tendo no centro o foco de uma Candela. Se fizermos na superfície da
esfera uma abertura de um metro quadrado, a quantidade de luz que passará
por essa abertura será de um Lúmem. Dessa definição concluímos que o fluxo
total emitido por um foco puntiforme com intensidade de uma Candela será 4
Lúmens. Se no centro dessa esfera colocarmos um foco de I Candela, teremos
um fluxo total de 4.I Lúmens.

1.12.2.1 - Quantidade de Luz (Q)


A quantidade de luz é o fluxo luminoso uniforme de um Lúmem emitido
por uma fonte durante um segundo. É a quantidade de luz durante um
segundo (lm/s).

1.12.3. Iluminamento (E)


Chama-se “Iluminamento” de uma superfície ao fluxo luminoso recebido
por unidade de área da mesma. Na “Técnica de Iluminação”, esta superfície é,
na maioria dos casos, um plano horizontal situado a um metro acima do piso e
a ele dá-se o nome de “Plano de Trabalho” ou Plano útil.
A unidade brasileira de iluminamento é o LUX (lx). Definição da unidade
luz (lx): Lux é o iluminamento na perpendicular, produzido pela incidência de
um lúmem por metro quadrado de superfície plana.

Lumem
LUX 
m2

Iluminamento (E) também pode ser definido como “densidade superficial de


fluxo luminoso recebido”.

Figura 13
d
E
ds

onde, se (ds  a ) para que E permaneça constante (d  ).

1.12.3.1 - Leis de Luminotécnica - Leis de Lambert


A intensidade luminosa de uma fonte pode ser medida em uma direção
quando o ângulo sólido dw tende para zero.

d
I  d=I.dw (a)
dw

Se o fluxo luminoso uniforme incide normalmente sobre uma área ds podemos


então calcular o iluminamento na mesma, que será:

d
E (b)
ds

Representando a fonte incidindo sobre uma área sob um ângulo , teremos:

ds cos 
dw  (c)
d2

w 
h

s
Substituindo (a) em (c):

I . ds cos 
d  I . dw  (d)
d2

O iluminamento na área ds será: (b) em (d)

d I cos I cos
E  então E  incidência oblíqua (e)
ds d2 d2

I
quando  = 0º E   incidência vertical
d2

A fórmula (e) resume as leis de Lambert que poderão ser enunciadas da


seguinte forma:

A - O iluminamento é diretamente proporcional à intensidade da fonte que o


produz.
B - O iluminamento é inversamente proporcional ao quadrado da distância da
fonte à superfície iluminada.
C - O iluminamento é diretamente proporcional ao cosseno do ângulo que a
normal à superfície iluminada forma com a direção da fonte iluminante.

Para cálculos de iluminação externa (principalmente) podemos utilizar a


fórmula (e) em função da altura de montagem do foco iluminante, calculado
por:
h
h= d cos  d 
cos

I cos3 
daí E
h2

Obs: Para considerarmos uma fonte de luz como puntiforme à distância d


deverá ser pelo menos 5 vezes maior do que a fonte.

1.12.3.2 - Curvas Isolux

Na prática não podemos contar com uma distribuição uniforme do fluxo


luminoso na superfície em questão, pois o iluminamento poderá ser o mesmo
em qualquer ponto. Estas variações obedecem às leis de Lambert.
Obtemos as curvas Isolux determinando os pontos de mesmo
iluminamento e unindo-os. Estas curvas são importantes, principalmente, para
determinarmos os espaçamentos dos aparelhos de iluminação, como veremos
nos cálculos de Iluminamento.

Curvas Isolux de uma fonte arbitrária

1
Foco
0
1

7
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Valores em lux por 1000 Lm da lâmpada


Figura 15

15
1.12.4 - Luminância (L) ou Brilhância
Luminância é a intensidade de luz emitida por uma superfície.

Figura

É dada pela expressão:

dI I
L ou L (a)
dsa sa

onde sa é a superfície aparente.

Caso a superfície seja computada no seu todo (s) a expressão (a) ficará assim:

I
L
s cos 

Sup Int Luminosa (I)

(ACos E)
A Luminância depende do tamanho aparente da superfície.
A unidade brasileira é a Candela por metro quadrado (Cd/m 2) com a
denominação de NIT (MKS).
Embora não seja normalizada pelas NB veremos com muita freqüência a
2
unidade de Luminância como STILB ou Cd/m como, por exemplo, no quadro
abaixo:

FONTE (L) STILBs

Superfície Luminosa do sol 2 x 105

Filamento da Lâmpada Incandescente 1000

Papel Branco Exposto ao Sol 2a5

Lâmpada Fluorescente 0,6 a 1

1.12.5 - Radiância (R) ou Emitância (H)


Radiância ou Emitância é a densidade de fluxo luminoso emitido por unidade
de área de uma superfície.

d
H
ds

A unidade legal no Brasil é (Lm/m2)que possui a denominação de RADIOLUX.


Como na Luminância, é muito comum a utilização da unidade de Radiância em
(lm/cm2) ou Lambert (La).

1.12.6 - Eficiência Luminosa (·)


Eficiência Luminosa ou rendimento de uma fonte luminosa é a relação entre o
fluxo luminoso total emitido pela fonte e a potência elétrica total por ela
absorvida.

 lm
 ou 
p w

É um fator muito importante na definição das fontes luminosas utilizadas nos


projetos quando, principalmente, só interessar a quantidade de luz, não sendo
importante à reprodução de cor etc.

1.12.7 - Excitação Luminosa


Excitação luminosa, durante 1 segundo, de uma superfície cujo iluminamento é
igual a 1 lux.(Lux-segundo ou abreviatura lx/s).
Obs: Nesta mesma unidade se mede também a exposição luminosa.

1.12.8- Parâmetros Característicos dos Materiais Luminotécnicos


As propriedades luminotécnicas de um material são desiguais pelas quatro
grandezas seguintes:

1.12.8.1 - Grau de Reflexão () - o grau de reflexão é a relação entre o fluxo


luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente.

2.12.8.2 - Grau de Absorção () - o grau de absorção  é a relação entre o


fluxo luminoso absorvido e o fluxo luminoso incidente.

1.12.8.3 - Grau de Transmissão () - é a relação entre o fluxo luminoso que


conseguiu atravessar o corpo e o fluxo incidente.
1.12.8.4- Poder de difusão () - é a relação entre a média aritmética da
luminância medida entre os ângulos de 20º e 70º, e a luminância sob o ângulo
de 5º com a perpendicular à superfície, para corpos iluminados
perpendicularmente.

L20º  L70º

2 L5º

1.12.9 - Influência da Luz sobre o Homem


A maioria das impressões sensorial é de natureza ótica e necessitam da
luz como portadora das informações.
A luz além de transmitir informações ao centro visual do cérebro através
do olho, influencia também determinados setores do sistema nervoso
vegetativo que comanda a totalidade do metabolismo e consequentemente as
funções do corpo.
Isto nos mostra que a boa luz, não só facilita a visão, mas incrementa
também o prazer no trabalho e o bem estar, aumentando a capacidade de
concentração e evitando a estafa precoce.

1.12.10 - Luz e Visão

1.12.10.1 - Necessidade de Luz


A maioria das funções elementares de visão de profundidade e distância,
mostra uma lei de variação com o iluminamento.
2,5

2
Acuidade visual
1,5

0,5

0
0,01 0,1 1 10 100 1000 10000 100000
Iluminamento ( lx)

O aumento de iluminamento melhora a acuidade visual. O ideal é atingido


apenas nos níveis que ocorrem durante a luz do dia, o que caracteriza o
homem como ser dependente da luz solar. Certos distúrbios do aparelho
visual, como o da vista cansada pela idade, podem ser compensadas por uma
iluminação reforçada.
Quando mais alto o iluminamento, tanto menor será a diferença entre a
eficiência visual do homem idoso e do jovem.

Iluminamento (LUX)
ATIVIDADE 10 100 1000
Acuidade Visual 1 1,3 1,7
Sensibilidade ao contraste 1 2,8 4,5
Tensão muscular no olho 1 0,86 0,68
Freqüência ao pestanejar 1 0,77 0,65

1.12.10.2 - Ofuscamento e brilho incômodo


Os iluminamentos altos somente são úteis se a instalação se limitar a um
mínimo de ofuscamento e o plano de trabalho for livre de brilho incômodo. A
causa do ofuscamento é a luminância excessiva. Podemos classificar os
ofuscamentos em duas categorias:
- Ofuscamento total
- Ofuscamento relativo

a- Ofuscamento total
É o ofuscamento causado por luminâncias exageradas (fontes ofuscantes).
Ex: Luz de uma solda elétrica.

b- Ofuscamento relativo
As diferenças exageradas de luminâncias entre superfícies vizinhas
(contrastes) são as causas do ofuscamento relativo, que por sua vez se
subdivide nos ofuscamentos abaixo:

b.1- Ofuscamento simultâneo


É quando estas diferentes luminâncias estão simultaneamente no campo
visual.

b.2 - Ofuscamento sucessivo


Acontece quando saímos de um ambiente escuro e entramos em um
claro, e vice-versa.
Por exemplo: Saída de um cinema durante o dia ou entrada no cinema a
qualquer momento.

b.3 - Ofuscamento direto


É quando a luz proveniente da fonte penetra diretamente no olho.
Exemplo: Farol de carro trafegando em sentido oposto.

b.4 - Ofuscamento de reflexão


É um tipo de ofuscamento muito incômodo. Ocorre quando a luz
proveniente da fonte luminosa penetra no olho por vias indiretas,
refletindo-se em superfícies brilhantes ou espelhadas.

b.5- Ofuscamento de campo interno


É quando a fonte de ofuscamento e o objeto a observar estiverem
próximos. Ocorre quase sempre em conjunto com o ofuscamento por
reflexão.

Nota: Somente com a colocação ou distribuição adequada das luminárias


que se pode corrigir estes ofuscamentos.

1.12.10.3 - Luz e Bem estar


Qualquer forma de ofuscamento que se manifeste moderadamente não
influencia senão no reconhecimento dos objetos, mas atua
desagradavelmente, reduzindo a disposição e a capacidade de trabalhar.
A iluminação artificial passa a ser agradável, quando for adaptada às
condições de luz natural, isto é, vier de cima e consistir em parcelas difusas e
concentradas, que corresponderiam respectivamente ao céu nublado e ao sol.
A cor da luz influi na atmosfera do recinto, no aspecto das pessoas e,
portanto no bem estar.

1.12.10.4- Luz e ativação


A influência de luz não se limita ao centro visual do cérebro, mas se
estende ao cérebro que influencia o grau de atenção.
Também o sistema nervoso vegetativo e o metabolismo sofrem influência de
luz através da massa cinzenta. Até as atividades que pouco ou nada
dependem da visão podem ser influenciadas pela luz.
De fato, pode-se provar que a matéria, o raciocínio lógico, bem como a
duração, segurança e velocidade do cálculo mental, podem ser bastante
melhoradas com o auxílio de iluminação adequada.

1.12.10.5- Luz e produtividade


A visão aumenta o nosso bem estar e a luz conduz a um maior
desempenho no trabalho e reduzem ao mínimo os erros, as quebras de
produção e os acidentes.
A boa iluminação de uma fábrica pode ser considerada como eficiente
fator de aumento de produtividade.
1.12.10.6 - Vimos no item 10.2, o ofuscamento e no 10.3, a luz e o bem estar.
Evidentemente que, para mantermos estes itens dentro de seus padrões
devemos conhecer o campo visual do usuário da iluminação, o homem:
entendemos por campo visual aos limites dentro do qual os objetos são
normalmente enquadrados na observação direta ou indireta (objetiva ou
subjetiva).
O campo visual está compreendido pelos ângulos:
Plano Vertical: 50º acima de eixo dos x.(entre xy)
60º abaixo do eixo dos x.(entre xy’)
Plano horizontal: 80º à esquerda do eixo dos x.(entre xz)
80º à direita do eixo dos x.(entre xz’)

Nota: Seria um ângulo formado, com o centro no olho.

Y (vertical)

Y
Z

Z
80
X
50° Z
60° X ( Eixo dos X) Z
80 (Horizontal)

Xy
Z'x X

Z
1.12.11
Y - Requisitos básicos para uma boa iluminação Z

Figura 19
Antes de estudarmos as fontes artificiais de luz e, projetos de iluminação,
vamos resumir o visto anteriormente e compor os requisitos fundamentais para
um bom projeto. Caracteriza-se por:

1.12.11.1 - Nível de iluminamento


Definir um nível adequado de iluminamento para cada tipo de atividade dos
locais objeto do projeto.

1.12.11.2 - Limitação do ofuscamento e brilho incômodo


Posicionar as fontes de tal forma que as mesmas fiquem fora do campo visual,
evitando-se assim os ofuscamentos e brilhos incômodos por reflexão e outros.

1.12.11.3 - Distribuição harmônica das luminâncias no recinto


O espaçamento das fontes deverá ser rigorosamente observados, bem o tipo
de aparelho utilizado, distribuindo harmonicamente as luminâncias.

1.12.11.4 - Jogo equilibrado de sombras


Provocar os contrastes adequados através de sombras controladas,
aumentando assim a visão tridimensional.
Exemplo: escadas sem contrastes torna-se plana, portanto perigosas.

1.12.11.5 - Cor de luz e recintos adequados


A composição do espectro da luz bem como sua temperatura de cor pode ser
importante quando se deseja um projeto qualitativo. Para que haja harmonia
no recinto, as cores de paredes e tetos são também importantes. Quando já
temos as cores dos recintos definidas, tomar cuidado na escolha das
lâmpadas.

1.12.11.6 - Eliminação do calor inconveniente das luminárias


É a eliminação do calor produzido nas luminárias pela radiação infravermelha
das lâmpadas e equipamentos auxiliares, que reduzem o bem estar,
consequentemente a ativação e produtividade.
Nota: Com os cuidados acima, certamente teremos um excelente projeto de
iluminação.
LÂMPADAS ELÉTRICAS
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
LUMINÁRIAS DECORATIVAS
LUMINÁRIAS COMERCIAIS
PROJETORES
EQUIPAMENTOS PARA
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
ILUMINAÇÃO DE ÁREAS INTERNAS

CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO INTERNA

Generalidades
Um projeto de iluminação constitui fundamentalmente da
predeterminação do iluminamento em um plano de trabalho. Uma vez
determinado o iluminamento desejado, podemos determinar o fluxo luminoso
total necessário, considerando-se as proporções do cômodo a ser iluminado,
as cores das paredes, do teto e muitas vezes do piso, a eficiência da luminária
selecionada e sua respectiva curva de distribuição de luz. As Tabelas 2 e 3
levam em conta os índices citados.

Iluminamentos Padrões
Na Tabela 1 estão indicados os níveis de iluminamento recomendados
para as tarefas visuais mais comuns. Os dados desta tabela foram retirados da
NB 57. Apresentamos, porém, uma transcrição da Legislação de Segurança,
Higiene e Medicina do trabalho na qual podemos nos basear para mantermos
nossos projetos enquadrados na mesma. Para um projeto, de acordo com a
tarefa visual, devemos fazer a escolha do iluminamento adequado para o
ambiente onde está sendo planejada a iluminação.

Escolha das Luminárias


As luminárias ilustradas na Tabela 3 representam, em linhas gerais, as
mais usuais. Encontram-se nessa tabela luminárias para iluminação direta,
semidireta, indireta e semi-indireta. Para cada luminária, a percentagem de
fluxo luminoso emitido para cima e para baixo acha-se representado por
números ao lado da mesma. Na escolha da luminária, deve-se levar em conta
sua adaptabilidade ao local, características de construção, aparência,
rendimento, facilidade de conservação e manutenção, afastamento e efeito
estroboscópico (que pode ser evitado com a utilização de n o par de lâmpadas
por luminária e utilização respectiva de reatores duplos de alto fator de
potência).

Proporções do Local
Devem ser levadas em conta, através do Índice do Local (Tabela 2), que
é um fator que relaciona as proporções entre o comprimento e a largura do
cômodo com a altura de montagem da luminária. O índice do local é o mesmo
para os cômodos que tenham dimensões fora dos limites da Tabela 2,
bastando multiplicar ou dividir suas três dimensões por um mesmo número e
determinar o índice do local nessa nova base. Esse índice será usado na
determinação do coeficiente de utilização do compartimento.
Coeficiente de Utilização
O coeficiente de utilização caracteriza-se pela reação entre o fluxo
luminoso que incide sobre o plano de trabalho (fluxo útil) e o fluxo total emitido
pelas lâmpadas (fluxo total). Evidentemente ele dependerá do tipo de local, do
acabamento das luminárias e da cor das paredes e do teto.
A tabela 3 indica os coeficientes de utilização correspondentes às
luminárias mais usuais.

 ú til
U
 total sempre <1

Na Tabela 3 vemos os percentuais de referências de tetos e paredes, que


deverão ser levados em conta, em funções da tabela abaixo.

REFLETÂNCIAS TÍPICAS (%)

CORES MATERIAIS
Branco 75 a 85 Espelho 80 a 90
Creme - claro 70 a 75 Plástico 75 a 85
metalizado
Amarelo - claro 65 a 75 65 a 85
Alumínio polido
Cinza - claro 55 a 75 55 a 65
Aço inoxidável
Verde - claro 50 a 65 60 a 90
Ferro esmaltado
Azul - claro 50 a 60 70 a 85
Branco sintético
Cinza - claro 40 a 55 40 a 50
Concreto novo
Verde - médio 40 a 50 70 a 80
Estuque novo
Azul - médio 35 a 50 10 a 40
Tijolos novos
vermelho 10 a 20 4 a 10
Asfalto

Fator de Depreciação
É a relação entre o fluxo luminoso produzido por uma luminária no fim do
período de manutenção e o fluxo emitido pelo mesmo conjunto no início de seu
funcionamento. Na Tabela 3, também vemos este fator de depreciação
indicado para cada tipo de luminária (evidentemente, valores médios).

Espaçamentos entre Luminárias


O espaçamento e distribuição das luminárias é o que determina o fator de
uniformidade do iluminamento.
Para obtermos este iluminamento uniforme, sobre uma área qualquer, os
máximos espaçamentos entre aparelhos não devem exercer aos indicados na
última coluna da Tabela 3. Tais espaçamentos, determinados em função das
curvas fotométricas dos conjuntos, deverão, para uma maior uniformidade,
serem fixados em função da distância que vai do plano de trabalho até o nível
onde está instalada a luminária.

Observações Importantes
O que vimos acima, refere-se fundamentalmente ao aspecto quantitativo
do Iluminamento.
Não podemos esquecer, entretanto, o aspecto qualitativo que, de certa
forma, é subjetivo, pois depende das seguintes variáveis:

1- Escolha correta da lâmpada;


2- Distribuição das luminárias;
3- Campo visual;
4- Eliminação do calor excessivo das luminárias;
5- Eliminação do ruído dos reatores;
6- Redução do efeito estroboscópico;
7- Limitação da Radiância;
8- Outros específicos, para projetos especiais.

Nota - A qualidade do projeto, deve-se à combinação qualitativa e quantitativa


que deverá ser levada em conta em cada projeto elaborado.

Métodos
1- Métodos dos Lúmens
O fluxo necessário para iluminar um compartimento, de acordo com
este método, é calculado pelas seguintes fórmulas:

S. E 
 n
U . D (1) e p (2)

 = fluxo total luminoso, em lúmens


p = fluxo luminoso por luminária, em lúmens
s = área do compartimento, em m2
E = iluminamento, em lux
U = coeficiente de utilização
D = fator de depreciação
n = número de luminárias

Tabela 1 - Iluminamentos Médios em Lux por Classe de Tarefas Visuais

- Mínimo para ambientes não destinados ao


trabalho........................................ 100
- Mínimo para ambientes de
trabalho................................................................ 150
- Classe 1: tarefas visuais simples e variadas...........................................
500 - 250
Ex: Escritório em geral, arquivos, sala de leitura, laboratórios,
sala de aula, etc.
- Classe 2: observações contínuas de detalhes médios e finos.................
1000 - 500
Ex: Sala de Datilografia, Salas de Estatística e Contabilidade,
Sala de Desenho comum, Salas de Inspeção em geral, lojas de
artigos diversos, etc.
- Classe 3: Tarefa visual contínua e precisa .........................................
2000 - 1000
Ex: escritórios de projetos de engenharia e arquitetura,
usinagem de precisão, inspeção de cor, etc.
- Classe 4: Trabalhos muitos finos....................................................acima
de 2000

Ex: conserto de relógios, usinagem de alta precisão etc.


TABELA 2 ÍNDICE LOCAL
Altura do teto em metros
Para iluminação indireta 2,75 3,00 3,70 4,30 5,20 6,40 7,60 9,50 11,30
a a a a a a a a a
e semi-indireta 2,90 3,50 4,10 5,00 6,00 7,30 9,00 11,00 15,30
Distância do chão ao foco luminoso em metros
Para iluminação direta 2,15 2,45 2,75 3,00 3,70 4,30 5,20 6,40 7,60 9,50 11,30
a a a a a a a a a a a
e semi-direta 2,30 2,60 2,90 3,50 4,10 5,00 6,00 7,30 9,00 11,00 15,00
Largura do local Comp do local Índice local
(metros) (metros)
2,50 - 3,00 H I J J
3,00 - 4,30 H I I J
2,75 4,30 - 6,00 G H I J J
(2,60 - 2,75) 6,00 - 9,00 G G H I J J
9,00 - 13,00 F G H I J J J
13,00 ou mais E F G H J J J
3,00 - 6,00 G H I J J J J
4,30 - 6,00 G H I J J J J
3,00 6,00 - 9,00 F G H I J J J
(2,90 - 3,20) 9,00 - 13,00 F G G H I J J
13,00 - 18,30 E F G H I J J
18,30 ou mais E F F H H I J
3,00 - 6,00 G H I I J J J
4,30 - 6,00 F G H I J J J
3,70 6,00 - 9,00 F G G H I J J
(3,40 -3,80) 9,00 - 13,00 E F G H I J J
13,00 - 18,30 E F F G H I J
18,30 ou mais E E F G H I J
4,30 - 600 F G H H I J J
6,00 - 9,00 E F G H I J J
4,30 9,00 - 13,00 E F F G H I J J
(4,00 - 4,70) 13,00 - 18,30 E E F F H I J J J
18,30 - 27,50 D E E F G H J J J
27,50 ou mais D E E F F G I J J
4,30 - 600 E F G H I J J
6,00 - 9,00 E F F G H I J
5,20 9,00 - 13,00 D E F G H H J J J
(4,90 - 5,65) 13,00 - 18,30 D E E F G G I J J J
18,30 - 35,00 D E E F G G I J J J
35,00 ou mais C D E E F G H I J J
6,00 - 9,00 D E E G H I J J J J
6,00 9,00 - 13,00 D E E F G H I J J J
(5,80 - 6,60) 13,00 - 18,30 D D E E F G I J J J
18,30 - 27,50 C D E E F G H J J J
27,50 - 43,00 C D D E F F H I I J J
43,00 ou mais C D D E F F H H I J J
6,00 - 9,00 D E E F G H I J J
7,30 9,00 - 13,00 C D E F G G I J J
(6,70 - 7,90) 13,00 - 18,30 C D D E F G H I J J
18,30 - 27,50 C D D E F F H I J J J
27,50 - 43,00 C C D E E F G H I J J
43,00 ou mais C C D E E F G H I I J
9,00 - 13,00 C D D E F G H I J J
13,00 - 18,30 C C D D F F H H I J
9,00 18,30 - 27,50 B C C D E F G H I J J
(8,25 - 10,00) 27,50 - 43,00 B C C D E E F G H I J
43,00 - 55,00 B C C D E E F G H I J
55,00 ou mais B C C D E E F G H I J
9,00 - 13,00 B C D E E F H I I J
13,00 - 18,30 B C C D E F G H I J J
11,00 18,30 - 27,50 A C C C E E F H H J J
(11,40 - 11,90) 27,50 - 43,00 A B C C D E F G H I J
43,00 - 60,00 A B C C D E F F G H I
60,00 ou mais A B C C D E F F G H I
13,00 - 18,30 A B C C E E G H I I J
12,80 18,30 - 27,50 A B B C D D F G H I J
(12,20 - 13,70) 27,50 - 43,00 A B B C D D E F G H J
43,00 - 60,00 A A B C D D E F G H I
60,00 ou mais A A B C D D E F F G I
13,00 - 18,30 A A B C D D F G H I J
15,30 18,30 - 27,50 A A B C C C F F G H J
(14,00 - 16,80) 27,50 - 43,00 A A A C C C E F F G I
43,00 - 60,00 A A A C C C E E F G I
60,00 ou mais A A A C C C E E F G H
18,30 - 27,50 A A A B C C F F G H I
18,30 27,50 - 43,00 A A A B C C D E F G H
(17,30 - 20,45) 43,00 - 60,00 A A A B C C D E E F H
60,00 ou mais A A A B C C D E E F H
18,30 - 27,50 A A A A B C D E F G I
23,00 27,50 - 43,00 A A A A B C D E F F H
(20,75 -27,50) 43,00 - 60,00 A A A A B B C D E F G
60,00 ou mais A A A A B B C D E F G

Tabela 3 - Coeficientes de Utilização

2- Método dos Lúmens Modificado (Ideal para iluminações com lâmpadas


fluorescentes)
O método dos lúmens, feito diretamente pelas fórmulas apresentadas
em catálogos e ou livros, muitas das vezes para projetos de grandes áreas,
conduz a dificuldades na distribuição das luminárias encontradas através da
fórmula (2), fazendo com que os espaçamentos não atendam aos valores
máximos permitidos.
Para evitar tais fatos, podemos proceder da seguinte maneira:

1- Cálculo do fluxo total necessário.

S. E

U . D idêntico ao (1)

De posse do fluxo total calculado, procedemos o projeto no sentido


inverso.

2- Espaçamentos máximos permitidos:


Em função do espaçamento máximo admitido no sentido do
comprimento (C) e da largura (L) calculamos o número ideal de
luminária (N) para o recinto, sendo:
N  N L . NC (N = No ideal de luminárias)

3- Cálculo do no de lâmpadas por luminárias:


n sendo:
N .
n = no de lâmpadas por luminária
 = fluxo total, calculado em (1)
N = no de luminárias ideal
 = fluxo de cada lâmpada

Nota: “n” dificilmente dará um número inteiro, por isso, arredondamos


o mesmo para cima ou para baixo, obedecendo aos seguintes
critérios:
a) para cima se partimos de um nível (E) considerado abaixo do
ideal.
b) para baixo se partimos de um nível (E) considerado acima do
ideal.
c) para um no par de lâmpadas, para se evitar o efeito
estroboscópico.

Se os procedimentos acima conduzirem ao nível de


iluminamento muito diferente do idealizado, procede-se da
mesma forma, alterando para mais ou para menos (conforme
conveniência) os espaçamentos.

Exemplo de Cálculo de Iluminação (Projeto comentado)


Fazer o projeto de iluminação de uma sala destinada a desenhos
mecânicos com as seguintes características:
Comprimento 17 metros
Largura 15 metros
Altura 3 metros
Paredes Claras
Teto Claro
Tensão de alimentação 127 Volts

Solução:

1- Nível de iluminamento - 600 Lux

2- Escolha das luminárias:


Luminária para iluminamento semidireta fixada no teto devido ao pequeno
“pé-direito”.
Nota: como o teto possui pintura clara, usaremos as reflexões do mesmo
para difundir harmonicamente a luz incidente no plano de trabalho, com o
objetivo de reduzir os possíveis ofuscamentos.

3- Escolha das lâmpadas


Lâmpadas HO-110W, dispostas em filas contínuas no sentido
perpendicular ao plano de trabalho, objetivando evitarmos sombras
excessivas.
Lâmpada branca fria, pois a utilização do recinto será tanto diurna como
noturna.
Tc = 4100 oK
IRC = 65%
 = 8900 Lúmens

4- Proporções do local - “Índice do local”


Da tabela 2 tiramos,
Índice - Letra A
Nota: como vimos nos catálogos da PHILIPS, podemos também calcular
este índice pela expressão:
C. L
K
(C  L) A sendo:
K = índice do local
C = comprimento
L = largura
A = H = altura de montagem

5- Fator de utilização ou coeficiente de utilização


Após termos determinado o índice do local estipulado os percentuais de
reflexão do teto e paredes e entramos na tabela 3, para tirarmos o
coeficiente de utilização.
No caso:
Luminária - tipo 2
Teto claro - 50%
Paredes claras - 30%
Índice do local - A
tiramos U=0,72

6- Fator de depreciação (D)


Para a luminária do tipo 2, tabela 3, tiramos:
D=0,70

7- Cálculo do fluxo total necessário


E. S

U.D
600.(17.15)

0,72.0,70

= 303.571 Lúmens

8- Cálculo do número de luminárias


Pela mesma tabela 3, verificamos que o espaçamento máximo será igual
à altura de montagem da luminária.(No nosso caso, distância da luminária
ao plano de trabalho).
H = 3 metros (altura total)
h = 3-1 = 2 metros (=altura do plano de trabalho) = d,
sendo “d” o espaçamento máximo ideal.
D = h.1 = 2 m, adotado

d= 2,5 m

8.1- Número de luminárias no sentido da largura


L 15
NL   6 Adotado NL=6
d 2,5

8.2- Número de luminárias no sentido do comprimento


C 17
NC    6,8 Adotado Nc=6
Cluminaria 2,5

8.3- Número total de luminárias N


N= NcX NL=6x6

N= 36 luminárias

9- Cálculo do número de lâmpadas por luminária


 303.371Lumens
n .: n   0,95 lâmpada por luminária
N 36 x8.900 Lumens

nadotado = 1

10- Verificação do fluxo total calculado


Fluxo total adotado = 36x8.900 = 320.400 Lúmens

adotado = 320.400 Lúmens

adotado xUxD 320.400 x0,72 x0,70


E adotado    633 Lux
S 17 x15

Eadotado633 Lux

L = 15 m

HO – 1X 110 W
Branca fria
Nota – Reatores duplos
Partida rápida
Alto fator de potência

L
dL 
NL

C
NC 
C1

C  ( NC  C1)
dC 
2
ILUMINAÇÃO DE TÚNEIS

ILUMINAÇÃO DE TÚNEIS

Requisitos Diurnos

1- Zona Limiar: Quando aproximamos de um túnel durante o dia estamos com


os olhos adaptados para altas luminâncias. Se o túnel possuir um
comprimento grande e se o iluminamento no seu interior for muito inferior,
será visto como um “buraco negro”, não sendo visível os detalhes em seu
interior.
Artifícios deverão ser utilizados para se reduzir as luminâncias na
entrada dos túneis, tais como, pergolados, plantações de árvores e
arbustos, pavimento escuro e entrada pintada em cores de baixa refletância.

2- Zona de Transição: Na entrada de um túnel precisamos de um tempo para


que nossos olhos se adaptem ao nível de luminâncias inferiores. A transição
de luminância maior para luminância menor, dentro do túnel, deverá ser feita
gradativamente. A curva abaixo nos mostra o tempo de transição
aproximado.

Relação entre tempo de adaptação t e luminância L

10000

1000
L (cd/m²)

100

10

1
0 5 10 15 20 25 30
t (segundos)

Usando a curva do tempo de adaptação e conhecendo-se a velocidade


de penetração, torna-se possível calcular o gradiente ideal da luminância
para qualquer túnel. A figura abaixo mostra o gradiente de luminância
calculada para uma velocidade de 75 Km/h.

10000

1000

L 100
U
M
I
N
 10
N 0
C V = 75
I km/h
A 1
S - 0 100 200 300 400 500 600

metros

Zona Zona Zona de Transição Zona Central


Externa Limiar
3- Zona Central: Em túneis compridos, a zona de transição (ou adaptação), é
geralmente seguida por uma zona de luminância constante. Na zona Central a
adaptação não é necessariamente completa e é necessário proporcionar níveis
de luminâncias relativamente altos. Experiências mostram que o nível mínimo
deve ser de 15 cd/m2. Para esta zona, no leito carroçável.

Requisitos Noturnos

Durante a noite o fenômeno da adaptação visual se inverte. Teremos no


interior do túnel níveis de iluminamento altos e no exterior baixos.
A Zona de Transição se inverte na ordem crescente no sentido da
entrada e decrescente na saída.
Muitas vezes para a redução dos níveis de iluminamento durante a noite
algumas luminárias são desligadas, isto pode acarretar em cintilações.
O olho humano é muito sensível a cintilação: da ordem de 2,5 a 14
Hertz. Conhecendo-se a velocidade do veículo, pode-se calcular o
espaçamento das luminárias de forma que tal fenômeno não ocorra.
A escolha ideal seria filas contínuas de luminárias de baixas
luminâncias.
ILUMINAÇÃO DE ÁREAS EXTERNAS
CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO DE ÁREAS EXTERNAS

Subdividem-se basicamente em:


- Iluminação de pátios por luminárias em postes.
- Iluminação de ruas.
- Iluminação de fachadas e monumentos.

MÉTODO DO FLUXO LUMINOSO

A mesma fórmula de iluminamento de interiores poderá ser utilizada:

E. S

U.D
Sendo:
 = fluxo total necessário por luminária
S = áreas de influência e responsabilidade da luminária e ou conjunto
U = fator de utilização
D = fator de depreciação da luminária

Desmembrando-se S em P.X e sendo:


P = largura da área a iluminar
X = interdistância das fontes
E = nível de iluminamento médio fixado e ou calculado em função das fontes
utilizadas
Podemos tirar:

.U . D .U . D
X e E
P. E P. X

ILUMINAÇÃO PÚBLICA
ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Iluminação de Vias
Pa Somando teremos o “U” a ser
r1 
h empregado nos cálculos do
a
r2  iluminamento médio de rua.
h

1 a Subtraindo teremos o “U” a ser


r1 
hm empregado nos cálculos do
a
r2  iluminamento médio do passeio no
hm
lado das casas.

( P  a)  1 Subtraindo teremos o “U” a ser


r1 
hm empregado nos cálculos do
pa
r2  iluminamento médio do passeio no
hm
lado da rua.

Os valores de r1 e r2 serão obtidos das curvas características de cada


luminária, para determinação do Fator de Utilização.
PROJETO - TIPO
ILUMINAÇÃO DE ÁREAS ESPORTIVAS
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA,
HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO

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