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Mas como ia dizendo, peço a V.Sa. para vir assistir à marcação do sítio.
Manuel André.E.R.M.”
JUIZ – Não posso deferir por estar muito atravancado com um roçado;
portanto, requeira ao suplente, que é o meu compadre Pantaleão.
MANUEL ANDRÉ – Mas, Sr. Juiz, ele também está ocupado com uma
plantação.
INTRODUÇÃO
1
PENA, Martins. O noviço – O Juiz de paz na roça – Quem casa quer casa. São Paulo, Martin Claret, pp. 76
e 77.
2
Com a terceira parte a que chamamos o contraditório no
direito comparado, quisemos apontar como essas garantias
estão presentes na grande maioria dos ordenamentos
jurídicos ocidentais, procurando com isso revelar a sua
importância jurídico-política.
2
JUNIOR, Nelson Nery. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo, RT, 5ª Edição,
p.31.
3
Westminster of the liberties of London, durante o reinado de
Eduardo III .3
3
JUNIOR, Nelson Nery. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo, RT, 5ª Edição,
passim.
4
JUNIOR, Nelson Nery. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo, RT, 5ª Edição,
p.33.
5
BARRON, Jerome e DIENES, C. Thomas. Constitucional Law in a Nut Shell. West Publishing, 3rd Edition,
p.202.
4
O grande Nelson Nery ensina que “a origem do
substantive due process teve lugar justamente com o exame
das questões dos limites do poder governamental, submetida
à apreciação da Suprema Corte no final do século XVIII.
Decorre daí a imperatividade de o legislador produzir leis que
satisfaçam o interesse público, traduzindo-se essa tarefa no
princípio da razoabilidade das leis. Toda lei, que não for
razoável, isto é, que não seja a law of the land é contrária ao
direito e deve ser controlada pelo Poder Judiciário” e em outra
passagem afirma que “já se identificou a garantia dos
cidadãos contra os abusos do poder governamental,
notadamente pelo exercício do poder de polícia, como sendo
manifestação do devido processo legal”6.
5
of law nada mais é do que a possibilidade efetiva de a parte
ter acesso à justiça, deduzindo pretensão e defendendo-se do
modo mais amplo possível, isto é, de ter his day in Court, na
denominação genérica da Suprema Corte dos Estados
Unidos”8.
NOÇÃO DE CONTRADITÓRIO
6
deixou de ser a defesa, no sentido negativo de oposição ou
resistência à actuação alheia, para passar a ser a influência,
no sentido positivo de direito de incidir activamente no
desenvolvimento e no êxito do processo”9.
7
o seu direito respeitado. É imprescindível que o réu tenha
todas as oportunidades de fazer valer o seu direito. Sendo
assim, faz-se indispensável a citação, as intimações para a
prática dos atos processuais, a publicidade das decisões, etc.
8
com as limitações naturais desse tipo de processo. Seriam
manifestação do contraditório na execução, por exemplo, o
direito à nomeação de bens à penhora, interposição de
recursos e outros atos cuja prática a lei confere ao
devedor”13.
13
JUNIOR, Nelson Nery. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo, RT, 5ª Edição,
p.136.
14
DINAMARCO, Cândido Rangel. Fundamentos do Processo Civil Moderno. São Paulo, Malheiros, 2ª
Edição, p.124.
9
todas as circunstâncias, fazer observar e observar ele próprio
o princípio do contraditório” e o CPC Português em seu
art.3º,3 estabelece que “o juiz deve observar e fazer cumprir,
ao longo de todo o processo, o princípio do contraditório, não
lhe sendo lícito, salvo caso de manifesta desnecessidade,
decidir questões de direito ou de facto, mesmo que de
conhecimento oficioso, sem que as partes tenham tido a
possibilidade de sobre elas se manifestarem”.
15
DINAMARCO, Cândido Rangel. Fundamentos do Processo Civil Moderno. São Paulo, Malheiros, 2ª
Edição, p.131.
10
Como a primeira aparição do due process of law se deu
na Inglaterra, achamos por bem procurar o contraditório no
direito inglês para começar o nosso estudo comparativo.
16
MOLAN, Michael. Constitucional and Administrative law textbook. HLT publications, 15th Edition, p.265.
17
BARRON, Jerome e DIENES, C. Thomas. Constitucional Law in a Nut Shell. West Publishing, 3rd Edition,
p.211.
11
Em Portugal, o princípio do contraditório aparece como
decorrência do Art.20 da Carta Maior daquele país que
consagra o direito à tutela jurisdicional efetiva. Nos ensina
Canotilho que “o direito de acesso aos Tribunais reconduz-se
fundamentalmente no direito a uma solução jurídica de actos
e relações jurídicas controvertidas, a que se deve chegar um
prazo razoável e com garantias de imparcialidade e
independência possibilitando-se, designadamente, um
correcto funcionamento das regras do contraditório, em
termos de cada uma das partes poder deduzir as suas razões
(de facto e de direito, oferecer as suas provas, controlar as
provas do adversário e discretar sobre o valor e resultado de
causas e outras>> (cfr. Ac TC 86/88, DR, II, 22/08/88).
Significa isto que um direito à tutela jurisdicional efectiva se
concretiza fundamentalmente através de um processo
jurisdicional eqüitativo – due process-(...)”18.
18
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra, Livraria Almedina,
p.395.
12
B/ Un derecho a la articulación del proceso debido,
revestiendo especialísima relevancia el derecho a la defensa
ante esos mismos Tribunales de la respectiva pretensión
jurídica en igualdad con las otras partes, gozando de la
libertad de aportar todas aquellas pruebas que procesalmente
fueram oportunas y admisibles, sin que en ningún caso pueda
producirse indefensión.
19
SEGADO, Francisco Fernandez. El Sistema Constitucional Español. Madrid, Dykinson, 1992, p.268.
13
pela jurisprudência do Conselho de Estado como um princípio
fundamental reconhecido pelas leis da república.
20
FAVOREU, Louis; GAIA, Patrick; GHEVONTIAN, Richard e outros. Droit Constitutionnel. Paris, Dalloz,
pp.866 e 877.
14
interessati di influire sull`esito del giudizio, ovvero nella
partecipazione degli stessi al processo.”21
21
CRISAFULLI, Vezio e PALADIN, Livio. Commentario breve alla constituzione. Padova, Cedam, p.24.
22
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal Anotada. São Paulo, Saraiva, p.239.
15
XVII. A’ excepção das Causas, que
por sua natureza pertencem a Juízos
particulares, na conformidade das
Leis, não haverá Foro privilegiado,
nem commissões especiaes nas
causas cíveis, ou crimes.
16
26) Ninguém será processado, nem
sentenciado, senão pela autoridade
competente, em virtude de lei
anterior ao facto, e na fórma por ella
prescripta.
17
anterior quanto ao crime e à pena,
salvo quando agravar a situação do
réu.
23
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal Anotada. São Paulo, Saraiva, p. 240.
24
BARROSO, Luís Roberto. Constituição da República Federativa do Brasil – Anotada e legislação
complementar. São Paulo, Saraiva, p.44.
18
A propriedade selecionada pelo órgão
estatal para o fim de desapropriação por
interesse social visando à reforma agrária
não dispensa a notificação prévia a que se
refere o §2º do art.2º da Lei 8629/93, de
tal modo a assegurar aos seus
proprietários o direito de acompanhar os
procedimentos preliminares para o
levantamento dos dados físicos objeto da
pretensão desapropriatória. O
conhecimento prévio que se abre ao
proprietário consubstancia-se em direito
fundamental do cidadão, caracterizando-se
a sua ausência patente violação ao
princípio do contraditório e da ampla
defesa (STF, RDA 208/276).25
CONCLUSÕES
25
BARROSO, Luís Roberto. Constituição da República Federativa do Brasil – Anotada e legislação
complementar. São Paulo, Saraiva, p.45.
19
de execução o contraditório é mais restrito do que nos outros
dois tipos de processo;
BIBLIOGRAFIA
20
CRISAFULLI, Vezio e PALADIN, Livio. Commentario breve alla
constituzione. Padova, Cedam.
21