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Motricidade © Edições Desafio Singular

2017, vol. 13, SI, pp. 87-96 http://dx.doi.org/10.6063/motricidade.12867

A Influência de práticas pedagógicas e terapêuticas não verbais no


transtorno do espectro autista: as possibilidades para o
profissional de educação física
The influence of non-verbal educational and therapeutic Practices in autism
spectrum disorder: the possibilities for physical education professionals
Adryelle Fabiane Campelo de Lima1, Adriana de Faria Gehres1, Ana Rita Lorenzini1, Lívia
Tenorio Brasileiro1*
ARTIGO DE REVISÃO | REVIEW ARTICLE

RESUMO
Os indivíduos com transtorno do espectro do autismo (TEA) apresentam sintomas que começam na infância
e comprometem a capacidade do indivíduo na vida e no seu dia a dia. Para reduzir e controlar os sintomas
do TEA existem vários tipos de práticas. Assim, este estudo teve como objetivo analisar as contribuições
das principais práticas pedagógicas e terapêuticas de comunicação não verbal na motivação, estabilidade
emocional, comunicação e socialização de indivíduos com perturbações do espectro do autismo, que
possam vir a colaborar na intervenção do profissional de Educação Física. O estudo foi feito através de uma
revisão sistemática que foi realizada em bases de dados eletrônicas. Inicialmente, foram identificados 390
documentos. Após a leitura e análise dos títulos dos documentos, selecionou-se 109. Após a leitura dos
resumos foram considerados elegíveis 53 e, por fim, incluídos 18, os quais atendiam completamente aos
critérios de inclusão. Os resultados apresentaram que os programas de intervenção são distintos, sendo
predominante a musicoterapia. A revisão sistemática demonstrou que há participação direta do profissional
de Educação Física apenas em práticas de psicomotricidade.
Palavras-chave: autismo, comunicação não-verbal, educação física.

ABSTRACT
The individual with autism spectrum disorder (ASD) have symptoms that begin in childhood and affects
the individual's ability to function in life and in their day to day. For reduce and control the symptoms of
ASD exist several types of practices. Thus, this study aims to analyze the contributions of the main
pedagogical and therapeutic practices of non-verbal communication in motivation, emotional stability,
communication and socialization of individuals with autism spectrum disorders, which may collaborate in
the intervention of the physical education professional. The study was done through a systematic review
that was conducted in the electronic databases. Initially, 390 documents have been identified. After the
reading and analysis of the titles of the documents, have selected 109. After reading the summaries were
considered eligible 53 and, finally, we've included 18, which completely satisfy our criteria for inclusion.
The results showed that intervention programs are distinct and the majority is in music therapy. This
systematic review showed that there is direct intervention of physical education professionals only in
psychomotricity.
Keywords: autism, nonverbal communication, physical education

1
Universidade Estadual de Pernambuco, Recife, Brasil
* Autor correspondente: Grupo de Estudos Etnográficos em Educação Física e Esporte, Escola Superior de Educação
Física, Universidade Estadual de Pernambuco, Campus Santo Amaro – Bairro Santo Amaro. CEP: 50100-010.
Recife/PE, Brasil.. E-mail: livtb@hotmail.com
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INTRODUÇÃO requer intervenção multidisciplinar. As bases do


O autismo foi identificado nos anos 40 do tratamento envolvem técnicas de mudança de
século passado pelos médicos Leo Kanner e Hans comportamento, terapias de
Asperger. A partir de seus estudos outras linguagem/comunicação e programas
pesquisas surgiram na busca de compreender este educacionais como o modelo Treatment and
transtorno (Tolipan, 2000). Education of Autistic and Related
O autismo típico é caracterizado, segundo Communication Handicapped Children
Gadia, Tuchman, e Rotta (2004) e, ratificado por (TEACCH). Este é um programa altamente
Neves et al (2014), pelas manifestações estruturado que combina diferentes materiais
comportamentais que incluem déficits visuais para aperfeiçoar a linguagem, o
qualitativos na interação e na comunicação, por aprendizado e reduzir comportamentos
padrões de comportamento repetitivos e inapropriados (Schopler, Reichler, & Bashford,
estereotipados e por repertório restrito de 1990).
interesses e atividades, sendo que, os referidos O indivíduo com TEA pode desenvolver
comprometimentos são identificados antes dos comunicação verbal, integração social,
três anos de idade. alfabetização e outras habilidades dependendo do
A noção de autismo tem sofrido uma série de seu grau de comprometimento e da intensidade e
mudanças ao longo do tempo. Sua definição tem adequação do tratamento. Estes tratamentos
variações, assim como seu diagnóstico tem algumas vezes são realizados por meio de práticas
variado a partir da busca de uma maior elaboração pedagógicas e terapêuticas não verbais,
conceitual, fruto do aumento de pesquisas na área geralmente realizados por uma equipe
(Fernandes, 2005). multidisciplinar nas áreas de psiquiatria,
Baseado em Leo Kanner, Neves et al (2014) fonoaudiologia, psicologia, educação física,
indicam que o autismo típico sofreu psicopedagogia e outras (Ajuriaguerra, 2002).
reformulações terminológicas e de critérios Para reduzir e controlar os sintomas do TEA
diagnósticos ao longo dos anos. Em 2002, a existem vários tipos de práticas pedagógicas e
Associação Americana de Psiquiatria o definiu terapêuticas. A variedade de práticas, voltadas
como Transtorno Global do Desenvolvimento para o tratamento do autismo, deve-se às diversas
(TGD), em sua quarta versão revisada do Manual características que apresentam e à grande
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais diferenciação na apresentação dos casos (Tolipan,
(DSM-IV-TR) e, recentemente a referida 2000).
associação vem utilizando a denominação de Por práticas pedagógicas e terapêuticas não
Transtorno do Espectro Autista (TEA). verbais compreendem-se todas aquelas em que o
Em 2013 a American Psychiatry Association próprio processo de aprendizagem ou de terapia
apresentou uma nova versão do Diagnostic and se estabelece através de um elemento mediador
Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5 destas e da comunicação num sentido mais
que aponta que os indivíduos com transtorno do amplo. Em oposição a estas práticas, identificam-
espectro autista (TEA) apresentam sintomas que se as práticas comportamentais que estabelecem
começam na infância e comprometem a uma comunicação verbal e mais direta com vistas
capacidade do indivíduo no seu dia a dia, sendo à aprendizagem, normalmente, por repetição, de
apresentado o diagnóstico que indica: déficit de comportamentos socialmente aceitáveis. As
comunicação, de interação social, alteração de práticas não-verbais procuram ampliar as formas
comportamentos emocionais, diminuição das de comunicação e expressão dos indivíduos com
expressões faciais e da comunicação não verbal, TEA.
fixação em objetos e aumento do estimulo Para Rodrigues (2001), o corpo e o
sensorial (American Psychiatry Association, movimento são fontes de importância central
2013). para o estudo da comunicação humana. Nesta há
Quanto ao tratamento dos autistas, o privilégio da linguagem verbal, porém a
Ajuriaguerra (2002) já salientava que o mesmo linguagem não verbal, incluindo a linguagem
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corporal, garante um enriquecimento da mesma. envolvimento de todos os indivíduos com o fazer


Para este reconhecimento Rodrigues (2001) musical. Desta forma, tudo é ensinado a todos, de
apresenta quatro características, são elas: a modo a não excluir ninguém da atividade que está
precedência, a permanência, a expressividade e a sendo trabalhada. Se uma pessoa tiver dificuldade
visibilidade, explicadas a seguir. em algum aspecto, para ela deve ser destinada
Quanto à precedência, afirma que a linguagem uma tarefa mais simples. Jamais, deve-se excluir
do corpo antecede a linguagem verbal, pois antes alguém do grupo, mas sim, inseri-lo no fazer
da criança falar é possível, através da leitura do musical. Da mesma forma, os alunos com maior
seu corpo (tonicidade, movimento, expressão facilidade devem ser instruídos a cooperar com os
facial etc.) conhecer os seus estados de humor. Já colegas que têm mais dificuldade. Assim, o
a permanência evidencia que o corpo está sempre indivíduo sente-se parte integrante do grupo,
a comunicar mesmo quando não verbalizamos, fazendo música em conjunto (Bourscheidt,
visto que a gestualidade, a expressão facial, a 2008).
expressão corporal e a proxémia (gestão do De acordo com as necessidades, habilidades e
espaço interpessoal) são mensagens que estamos capacidades do autista, o trabalho com música é
permanentemente a emitir quando não falamos. focal, e caracteriza-se pela diminuição ou
Por sua vez a expressividade, na forma da eliminação de sintomas, como mudanças
linguagem corporal é expressiva, pois não é qualitativas e/ou quantitativas na comunicação,
simplesmente um reforço, um sublinhado da dificuldades ou atrasos motores e cognitivos,
linguagem verbal, assim como, a visibilidade entre outros, não se tratando apenas de uma
revela que a linguagem do corpo é visível ao manipulação ou adequação de comportamentos,
exteriorizar e materializar muitos dos processos mas sim de uma ressignificação dos atos e dos
mentais que de outra forma seriam difíceis de processos psíquicos (Tolipan, 2000).
observar. A mediação lúdica não se restringe ao preparo
A observação da literatura sobre a temática de brincadeiras ou de um cenário ludoterápico.
(Boso, Emanuele, & Minazzi, 2007; Cornelsen, Atualmente existem programas de intervenção
2007; Freitas, 2009; Freire & Potsch, 2003) educacional e terapêutica voltado a crianças
aponta que as principais intervenções autistas fundamentados em pressupostos
pedagógicas e terapêuticas de comunicação não teóricos que privilegiam as interações sociais e
verbal, vivenciadas com crianças e jovens com valorizam o brincar e os interesses peculiares de
transtorno do espectro autista estão baseadas em cada criança para favorecer a comunicação
elementos mediadores, entre eles: a música (Freitas, 2009). Em outras palavras, a ludicidade
(musicoterapia e ensino da música); o brinquedo estimula: a fantasia, a aventura, as emoções,
(ludoterapia e ensino do jogo); o corpo fazendo com que exista a relação do lúdico com
(psicomotricidade); a dança (dançaterapia, as regras e a liberdade, possibilitando a quem
expressão corporal); o animal (terapias e práticas brinca se aventurar com atividades corporais
com o cavalo, o burro, o cachorro). prazerosas, saudáveis, educativas.
A musicoterapia é uma modalidade No tratamento de autistas, a psicomotricidade
terapêutica que utiliza a música, como som e consiste numa reeducação ou terapia de mediação
movimento, para estabelecer um canal de corporal e expressiva, na qual o técnico estuda e
comunicação e, desta forma, possibilitar a compensa as condutas motoras inadequadas ou
prevenção, tratamento e/ou reabilitação de inadaptadas, em questões relacionadas com
problemas e necessidades físicas, mentais, problemas de desenvolvimento e maturação
emocionais, cognitivas e sociais (Tolipan, 2000). psicomotora, de comportamento, de
É por meio de uma atividade musical que o aprendizagem e de âmbito psico-afetivo (Matias,
indivíduo se envolve e participa ativamente do 2010).
fazer musical, desenvolvendo as capacidades de Os instrumentos de trabalho em
observação e de atenção. O ensino da música psicomotricidade são constituídos pelo próprio
através da Pedagogia de Orff se dá através do corpo, o espaço de relação, o espaço físico, o
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tempo e os ritmos das sessões e os vários objetos A saúde mental faz parte da condição de vida
disponíveis, que se tornam mais eficazes numa humana, e as práticas corporais, objetos de
atmosfera lúdica e de jogo (Martins, 2001). conhecimento e intervenção da educação física,
Para o desenvolvimento dos indivíduos com vêm sendo consideradas um meio importante
TEA, considerando as práticas de mediação com para auxiliar no tratamento das pessoas que
animais, indica-se que o recurso equoterápico é apresentam problemas de transtorno mental. Nos
altamente significativo e pode repercutir de forma últimos anos o profissional de Educação Física
imediata nos hábitos de independência, vem sendo inserido nos centros terapêuticos para
sugerindo a necessidade de um trabalho pessoas com transtornos mentais, como o Centro
intensivo, como forma de atingir também os de Atendimento Psicossocial (CAPs). Nestes
aspectos afetivos, sociais e cognitivos. Por este centros, o trabalho é realizado por uma equipe
motivo deve-se encorajar o praticante a obter multidisciplinar, e a atuação dos profissionais de
independência sobre o cavalo. Este recurso educação física nestas equipes vem trazendo
terapêutico pode melhorar as relações sociais de resultados que vêm merecendo atenção dos
crianças autistas favorecendo uma melhor pesquisadores (Viana & Santos, 2011).
percepção do mundo externo e ajuste tônico- A inserção do profissional de educação física
postural adequado (Freire & Postch, 2003). na história da saúde mental é um fato recente,
A dançaterapia é a terapia feita pela dança e o principalmente se tratando da saúde pública
movimento. Como o movimento é considerado brasileira. Os ambientes ainda precisam sofrer
um meio universal de comunicação, existe uma adaptações para abrigar este novo tipo de
estreita ligação da dança com o movimento como atendimento. Faz-se necessário criar novos
forma de comunicação para pessoas com espaços físicos com estruturas adequadas e
necessidades educativas especiais. Levando em qualificar a formação destes profissionais, a fim
consideração as características do autismo, a de reconhecer os usuários e garantir que os
dançaterapia vem sendo considerada por muitos mesmos tenham acesso a um tratamento de
investigadores como uma intervenção positiva qualidade (Viana & Santos, 2011).
para esta população (Cunha, 2010). Faz-se necessário explicitar que temos clareza
O ensino da dança, seja na sua vertente inglesa que a intervenção com estas possibilidades
(dança educativa moderna) ou francesa pedagógicas e terapêuticas de comunicação não
(expressão corporal) (Monteiro, 2007), irá verbal, que estão baseadas em elementos
privilegiar a manipulação de movimentos nas mediadores, tais como a música, o brinquedo, o
suas relações com as partes/formas, ações, corpo e a dança e o animal, não são campos
espaço, dinâmica, relação com outros corpos ou circunscritos a Educação Física, mas se reconhece
objetos. Assim sendo, entende-se que toda que esta área ao tratar do corpo e seu movimento
criança ou jovem é capaz de dançar (Laban, apresenta possibilidades de aproximação com
1990). algumas dessas intervenções que possibilitam
O reconhecimento da existência e da qualificar práticas de comunicação não verbal.
importância de um modo não verbal expresso Assim, este estudo teve como objetivo analisar
através do corpo e do movimento do ser humano as contribuições das principais práticas
é de grande importância para profissionais que pedagógicas e terapêuticas de comunicação não
interagem com pessoas no seu dia a dia, verbal na motivação, estabilidade emocional,
principalmente para aqueles nos quais a ação está comunicação e socialização de indivíduos com
mais diretamente relacionada ao corpo e ao transtorno do espectro autista, que possam vir a
movimento, como os profissionais de educação colaborar na intervenção do profissional de
física. Porém, identifica-se que na área de Educação Física.
conhecimento educação física são escassos os
trabalhos que estudam a relação corpo- MÉTODO
movimento-comunicação (Mesquita, 1997). O estudo caracterizou-se como uma pesquisa
analítica de revisão (Thomas & Nelson, 2002).
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Para a realização da mesma foi empreendida uma completamente aos critérios de inclusão. Embora
revisão sistemática que permite ampliar a dois artigos incluídos não tenham sido acessados
capacidade de elaborar sínteses e construir na íntegra, uma busca pelos autores direcionou as
desdobramentos a partir das mesmas (Gomes & dissertações de mestrado que davam base aos
Caminha, 2014). artigos e assim, os mesmos foram analisados.
A revisão sistemática foi realizada em bases de A extração dos dados foi feita a partir da
dados eletrônicas. Foram incluídos artigos construção de um quadro demonstrativo que
originais, teses e dissertações sobre indivíduos apresentava os seguintes tópicos: características
com TEA e formas de intervenção não verbal. da origem do estudo (autor, ano, língua de
A busca eletrônica de artigos foi conduzida, publicação, país); características da população em
entre setembro e outubro de 2013, nas seguintes estudo (quantidade, idade, gênero); descrição das
bases de dados: Bireme, Pubmed e Capes intervenções (as sessões e programas aplicados);
periódicos. A identificação das teses e procedimentos de coleta de dados (instrumentos)
dissertações foi empreendida nos repositórios e análise dos dados (estatísticos e qualitativos); e,
brasileiros e portugueses de teses e dissertações. resultados.
Os documentos atenderam aos seguintes critérios De todos os manuscritos apenas 67% foram
de inclusão: materiais que estavam em português publicados em revistas científicas. A origem dos
ou inglês, produzidos a partir de 2000. estudos foi: Brasil (39%), Estados Unidos e
Foram selecionados estudos de cunho Portugal (17%) cada, Coréia (10,5%), Canadá,
qualitativo, quase-experimental, experimental, Itália e Reino Unido (5,5%) cada.
descritivos, estudos de caso, com intervenções O número de participantes em todos os
não verbais. Não houve restrição quanto à idade, estudos foi n=198, com as amostras variando
diagnóstico ou atuação profissional. Foram entre 1 e 40 indivíduos participantes por estudo.
identificados estudos que tivessem desfechos Em 44% dos estudos participaram apenas
relacionados à interação social e à comunicação indivíduos do gênero masculino e em 11% apenas
em geral de indivíduos com transtorno do do gênero feminino, embora não tenham sido
espectro do autismo. identificados estudos que verificassem a
Foram identificados os seguintes descritores interveniência desta variável.
para a área na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): Na variável idade, observou-se uma enorme
musicoterapia (music therapy), música (music), variabilidade: 72% dos estudos foram com
ludoterapia (play therapy), dança (dancing), crianças e jovens entre 2 e 15 anos; e os restantes
terapia através da dança (dance assisted therapy), 28% com jovens e adultos entre 16 e 49 anos.
hipoterapia (equine assisted therapy) e Contudo, não se identificou estudos que fizessem
transtorno autístico (autistic disorder). Sendo considerações específicas em relação à idade.
utilizados os conectores (and) e (or). Recorreu-se As intervenções variaram de acordo com o
também às palavras-chave: psicomotricidade elemento mediador. Assim 72% das intervenções
(psychomotor) e dançaterapia (dance therapy), foram mediadas pela música; 17% das
embora não tenham sido identificadas na BVS, intervenções foram mediadas pela
uma vez que o objetivo foi identificar as psicomotricidade; 11% foram intervenções
tendências de produção em geral para a área das através da ludoterapia (jogo, brinquedo). Não
terapias de comunicação não-verbal. foram identificados estudos com intervenções em
dança ou terapia através da dança e hipoterapia.
RESULTADOS As intervenções mediadas pela música
Inicialmente, identificou-se 390 documentos. variaram em musicoterapia ativa e/ou passiva. Do
Após a leitura e análise dos títulos dos total de estudos identificados em musicoterapia,
documentos, selecionou-se 109 documentos. 46% caracterizavam-se por musicoterapia ativa;
Após a leitura dos resumos foram considerados 38% por musicoterapia mista; e, 16% de estudos
elegíveis 53 e, por fim, após a leitura dos artigos com musicoterapia passiva.
na íntegra, incluiu-se 18, os quais atendiam
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Nos estudos de psicomotricidade, todos se sujeitos autistas que, demandam singularidades


utilizaram de brincadeiras nas sessões, focando a no atendimento.
expressão corporal e o jogo relacional como Logo, verificou-se que a Educação Física
elementos para melhorar a comunicação e a possui possibilidades e realidades nas quais
interação social. existem contribuições para a formação
Nas intervenções de ludoterapia, metade delas profissional da referida área potencializando as
foi de ludoterapia não diretiva, na qual a criança intervenções com sujeitos autistas ao dialogar de
explora livremente o ambiente criado pelo forma interdisciplinar em equipes
terapeuta. E a outra metade foi de ludoterapia multiprofissionais.
diretiva, no qual o terapeuta conduz as atividades. As intervenções pesquisadas pelo estudo são
Os estudos de musicoterapia são, em sua os meios que o profissional de Educação Física
maioria, de natureza experimental (46%), pode se utilizar como forma de interação não
seguido dos estudos descritivos (31%) e verbal com essa população de autistas. Porém, de
qualitativos (23%). todos os estudos analisados, apenas uma das
Os estudos em psicomotricidade e ludoterapia intervenções teve participação direta do
identificados são de natureza qualitativa com profissional de Educação Física: os trabalhos de
instrumentos de recolha e análise de dados psicomotricidade, mas isso não significa que o
descritivos qualitativos. mesmo não possa utilizar dos outros meios como
Todas as intervenções apontaram resultados forma de intervenção. Para tanto é indispensável
positivos, principalmente, no que se refere aos estabelecer uma política de formação inicial e
aspectos de interação social e de comunicação, continuada que se mostre engajada e alinhada à
sendo os estudos de musicoterapia ativa os que luta pela saúde de qualidade, assentada em
apresentaram resultados mais significativos. Os estudos aprofundados das ideias, dos referenciais
estudos apresentaram resultados favoráveis tanto teórico-metodológicos, que sustentam tais
quando a intervenção era realizada de forma intervenções.
individual como de forma coletiva. Como observado, os programas de
intervenção são distintos, mas identifica-se a
DISCUSSÃO predominância da musicoterapia. Dos trabalhos
Evidenciou-se que para trabalhar com sujeitos de musicoterapia vale destacar aqueles em que
autistas, no campo da saúde mental, requer um houve comparação de atividades de música
esforço para lidar com o que é incerto e pouco improvisada e jogos com brinquedos (Kim,
conhecido cientificamente. Sendo identificada Wigram, & Gold, 2008) e aqueles que testaram
ainda a escassez da produção científica na área de intervenções com música e sem música quando
Educação Física. da realização de jogos e brincadeiras (Finnigan &
Considera-se que as práticas da Educação Starr, 2010). No primeiro, observou-se que a
Física necessitam ser reorganizadas, musicoterapia mostrou-se mais eficaz para a
reinventadas, aprofundadas, quando requisitadas interação e a comunicação entre autistas que os
e trabalhadas em ações terapêuticas em geral e na jogos com brinquedo. No segundo, evidenciou-se
particularidade dos sujeitos autistas que, não que a utilização de música potencializou a
desenvolveram a linguagem verbal, ou seja, ainda brincadeira com crianças autistas. A
vivem na dependência do mundo não verbal. musicoterapia ativa, a qual se mostrou
Neste mundo, a Educação Física é uma área rica predominante, foi a que mais apresentou
na oferta de práticas corporais tais como, o jogo, resultados satisfatórios nos pacientes com TEA
a brincadeira, a dança, a luta, o esporte, a (Boso, Emanuele, & Minazzi, 2007; Katagiri,
ginástica, dentre outras, que podem ser 2009; Sposito & Cunha, 2013). É notável a alta
vivenciadas, experimentadas de forma lúdica, prevalência de desfechos significativos
prazerosa e desafiadora, contribuindo na relacionados à interação social ou interação com
produção dos cuidados com a saúde mental em o brinquedo, embora a utilização de sistemas de
geral e, particularmente no atendimento aos som em espaços de brincadeira não tenham se
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mostrado intervenientes na relação entre as percepção crítica real uma intervenção ativa na
crianças (Kern & Aldridge, 2006). Destaca-se sociedade, com seus problemas, interesses,
ainda que a musicoterapia foi aqui entendida objetivos e ideais.
quando a participação dos sujeitos se estabelecia Para organizar intervenções utilizando-se do
através de respostas, audição e criação de sons, sistema de complexos se fazem necessários: a
música (Kim, Wigram, & Gold, 2010), bem como elaboração, a implementação e a avaliação das
de movimentos (Barros, 2012). sessões-oficinas que permitam experimentar
Em relação aos trabalhos de musicoterapia cientificamente e retirar os fundamentos
com crianças com transtornos do espectro do derivados da prática no tratamento dos sujeitos
autismo, evidenciou-se o grande número de com TEA, assim como, elencar conhecimentos
estudos que apresentavam instrumentos para a formação de profissionais a partir da
estruturados de avaliação. Dentre eles, destaca-se concepção do sistema de complexos visando
o de Gattino (2012), no qual o autor, após a contribuir com fundamentos teórico-
realização de uma revisão sistemática em 13 metodológicos para novas intervenções.
bases de dados que apontavam para o efeito Já na relação entre o profissional de Educação
positivo da improvisação musical em comparação Física e a psicomotricidade são considerados os
com ambientes controlados de prática (67%), elementos da motricidade humana de forma
validou um instrumento de avaliação da geral. Pensa-se num processo de aprendizagem
comunicação de crianças autistas, Category que possibilite a relação entre os vários aspectos
System for Music Therapy (KAMUTHE), para a do desenvolvimento humano, englobando o
população brasileira. motor, intelectual, afetivo e o social da criança.
A Educação Física ao se relacionar com a Nos estudos identificados (Cornelsen, 2007;
música, através das várias linguagens, gêneros e Falkenbach, Diesel, & Oliveira, 2001; Machado,
estilos musicais, desenvolve aspectos sensíveis, 2001), observou-se a predominância do jogo
motores, afetivos, cognitivos e sociais, mediados relacional (Lapierre & Lapierre, 2002) como
pela arte musical, tornando-se uma importante forma de interação terapeuta/autista, com a
forma de comunicação e expressão humana utilização, principalmente de objetos.
(Carvalho & Filho, 2010). No referido campo, novamente vislumbra-se
A música não é objeto de estudo específico da as possibilidades de trabalho multidisciplinar e
referida área, entretanto apresenta possibilidades interdisciplinar ao atuar com sujeitos com TEA,
de trabalho por sistemas de complexos, a reconhecendo que a psicomotricidade pode
exemplo – música-corpo-movimento – contribuir dentre outros aspectos: na forma de
referendando as possibilidades de ações terapia psicomotora abrangendo condutas vindas
multiprofissionais e interdisciplinares. de distúrbios afetivo-emocionais; na forma de
O trabalho via sistema de complexo foi reeducação psicomotora trabalhada conforme as
desenvolvido por Pistrak (2000), o qual propunha necessidades das deficiências ou limitações no
a organização das atividades produtivas e desenvolvimento normal da coordenação, do
criativas através de um sistema que garante uma equilíbrio, da lateralidade, do ritmo, da percepção
ampla compreensão da realidade atual, corporal, percepção espacial e temporal,
aprofundando os fenômenos ou temas articulados sobretudo da relação; na forma de educação
entre si e com nexos com a realidade mais geral, psicomotora referenciada na educação
numa interdependência transformadora. Ou seja, do/pelo/através do movimento.
Pistrak (2000), permitiu compreender que os O trabalho de ludoterapia e jogo (Freitas,
conhecimentos estruturantes podem ser 2009) aponta também para um enorme campo de
trabalhados estando articulados entre si visando intervenção que pode dar suporte ao trabalho do
ampliar e aprofundar as explicações e as profissional de Educação Física. Este profissional
possibilidades de ação entre diferentes campos de tem assumido grandes desafios nos dias atuais,
trabalho. Estes necessitam de embasamento no principalmente quando tem que criar condições
plano social, permitindo aos sujeitos além da diferenciadas, a partir da brincadeira e das
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atividades lúdicas, para o desenvolvimento experiência, ainda que se denote um enorme


humano. Em um programa de atividades lúdico- avanço, sobretudo na área da musicoterapia.
recreativas, desenvolve-se o plano emocional e Assim, espera-se que nos próximos anos o
social, preparando o indivíduo para o futuro, para número de trabalhos com melhor qualidade
ser responsável e para descobrir e aprender a metodológica e com desfechos mais homogêneos
conviver em sociedade. aumente, para uma melhor avaliação dessas
Embora não tenham sido identificados intervenções.
estudos que atendessem aos critérios de inclusão
neste estudo nas áreas de dança, dançaterapia e CONCLUSÕES
equoterapia, outros tipos de documentos foram A revisão sistemática avaliou a influência de
identificados, sobretudo, trabalhos de conclusão práticas pedagógicas e terapêuticas não verbais no
de curso (Aleixo & Ruiz, 2008; Campos, 2011) e transtorno do espectro do autismo. Portanto, o
relatos de experiência em geral (Freire & Potsch, estudo ficou mais focado nas ferramentas de
2003) nestas áreas, como o trabalho de Campos intervenção que na patologia. Nenhum dos
(2011), por exemplo, dando subsídios para estudos avaliados teve o mesmo desfecho, porém
posterior publicação de artigo, já fora do nosso todas as intervenções se mostraram eficazes para
intervalo temporal de recolha de dados (Boato et a intervenção com indivíduos com TEA.
al, 2014). Nesta investigação, apenas práticas de
Este mesmo movimento também foi psicomotricidade apresentaram a presença de
identificado nas áreas em que foram selecionados profissionais da Educação Física. Contudo,
os documentos para o estudo, quais sejam: a indica-se que este profissional pode conhecer e se
musicoterapia e a psicomotricidade. Documentos apropriar das ferramentas para desenvolver o seu
como dissertações e teses não presentes em trabalho no campo da saúde mental, atuando de
repositórios (Simões, 2010), trabalhos forma interdisciplinar em equipes
apresentados em encontros científicos (Prestes, multiprofissionais, trabalhando a partir do
2008), trabalhos de conclusão de curso (Petry, sistema de complexos, investigando as
2003; Sposito, 2012) e outros (Domingos, contribuições das principais práticas pedagógicas
Andrian, & Morato, 2008). e terapêuticas de comunicação não verbal na
Prosseguindo com a análise dos achados motivação, estabilidade emocional, comunicação
verificou-se que, os estudos revisados não e socialização de indivíduos com perturbações do
tiveram um padrão de instrumentos, idade e sexo. espectro do autismo. Desta forma visualiza-se a
Isso dificulta a avaliação dos resultados em geral. possibilidade de avanço no tratamento de sujeitos
A diferença no número de pesquisados no que se com TEA, assim como, contribuições para a
refere ao sexo e a grande escala de diferença de formação de profissionais na área da saúde.
idade pode interferir na correta interpretação dos Identificou-se como limite desta investigação
resultados. a escassez da produção científica gerando, poucas
A revisão avaliou a influência das práticas pistas e fundamentos teórico-metodológicos no
pedagógicas e terapêuticas de acordo com a âmbito da formação profissional em Educação
prevalência em que as mesmas eram utilizadas. Física, a qual necessita dominar sua
Os resultados dessa revisão refletem o atual particularidade (seus fundamentos, conteúdos
estágio em que se encontra a utilização dessas específicos, instrumentos e práxis) para conhecer
práticas não verbais no atendimento aos e contribuir com a singularidade dos cuidados em
indivíduos com TEA. Neste caso identificou-se saúde mental.
uma incipiência dos estudos sobre o uso das A fragilidade metodológica dos estudos
práticas pedagógicas e terapêuticas não verbais na dificultou uma interpretação mais consistente
área da saúde. Durante muitos anos e atualmente, dos resultados, impedindo o estabelecimento de
pelo constatado acima, os efeitos dessas práticas relações mais diretas dessas práticas com a
ainda seguem sendo registrados, principalmente, atuação do profissional de Educação Física.
através de estudos de caso e relatos de
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Indica-se que em estudos futuros utilizem Música). Universidade Federal do Paraná,


outras bases de dados, abrangendo outras línguas Curitiba.
Campos, M. C. (2011). Expressão corporal/Dança para
e que se estabeleça a presença do profissional de autistas: um estudo de caso (Monografia de
Educação Física como um critério para a seleção Graduação em Educação Física). Universidade
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