Вы находитесь на странице: 1из 68

Universidade Federal do Pampa

Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Curso de Matemática

Cálculo
Numérico

Prof. Cristiano Oliveira

2016/1

0
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Modelagem de Problemas
A resolução de problemas envolve várias fases que podem ser
estruturadas assim:

Problema Real Levantamento de dados

Construção do Escolha do método


modelo numérico adequado
matemático

Se necessário
Implantação do Análise reformular o modelo
método dos matemático e/ou
computacional resultados escolher novo
adequado obtidos método numérico

Os resultados dependem:
 Precisão de dados de entrada
 Forma como estes dados são representados no computador
 Operações numéricas efetuadas.

Modelagem de Problemas
Representação dos números

1) Calcular a área de uma circunferência de .


a)
b)
c)

1
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Como justificar os resultados? É possível obter um valor exato?


2) Para o estudo do movimento de um corpo sujeito a uma aceleração
constante tem-se:
, onde:

– distância percorrida
– distância inicial
– velocidade inicial
– aceleração
– tempo
Se quiser saber a altura de um edifício e eu tenho apenas um
cronômetro e uma bolinha de metal. Jogando a bolinha de cima do edifício ela
leva para tocar o solo, assim:

Esse resultado é confiável? Não, não consideramos outras forças, como


a resistência do ar, velocidade do vento, etc...
Outros fatores:
 Precisão do cronômetro,
 Erro humano no acionamento do cronômetro, se

3) Efetuar numa calculadora e num computador:


∑ para e para .
i) Para
Calculadora:
Computador:
ii) Para
Calculadora:
Computador:

2
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Por quê a diferença?


Tudo depende da representação dos números na máquina utilizada e a
representação de um número depende da base escolhida ou disponível na
máquina e do número máximo de dígitos usados na sua representação.
No exemplo um .

Conversão de Números nos Sistemas Decimal e


Sistema Binário

Exemplos:
( )
( )

De um modo geral um número na base ( )

( ) pode ser escrito:

Exemplo:
( )

( . ( ( ))/

Binário  Decimal
( ) na base 10, denotado por é:

3
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Assim:

Decimal  Binário
( ) ( ) em binário:

( )

Repetindo para

Portanto:

Assim: ( ) ( )

Aritmética de Ponto Flutuante


Um computador ou calculadora representa um número real no sistema
denominado aritmética de ponto flutuante da forma:

4
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( ) ou 0 1 onde é a base e é o número de

dígitos da mantissa.
( ) e , é o expoente no intervalo , -
Em qualquer máquina apenas um subconjunto dos é representado,
assim qualquer representação de um número real será realizada através de
truncamento ou arredondamento.
Exemplo:
, -
Os números são representados na forma:
, -.
O menor número em valor absoluto é:
O maior número em valor absoluto é:

Dado pode ocorrer:


* | | +.

Exemplos:
1)

2) | | por exemplo

3) ) | | por exemplo

Observação: Algumas linguagens de programação permitem que as


variáveis sejam declaradas em precisão dupla. Assim o Sistema de Aritmética
de Ponto Flutuante (S.A.P.F) terá o dobro de dígitos na mantissa.

5
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Exercícios:
1) No sistema de base tem-se:
a)

b)

2) No sistema binário, tem-se:


a)

b)

3) Numa máquina de calcular cujo sistema de representação utilizado


tenha , o número na base decimal é
representado:

4) Utilizando a mesma máquina do exercício anterior, a representação


de seria dada por:

5) Usando a máquina do exercício 3, o número seria


representado:

6
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Erros

Erro Absoluto: é a diferença entre o valor exato de um número e o seu valor


aproximado.
̅

Em geral, apenas o valor ̅ é conhecido, nesse caso, é importante obter o valor


exato do erro absoluto. Usualmente se obtém um limitante superior ou uma
estimativa para o módulo do erro absoluto.
1) ( ) considera-se um valor dentro do intervalo e teremos:
| | | ̅|

2) ̅ de tal forma que | | ( )

3) ̅ e| | , ou seja ( )

Os erros absolutos são os mesmos, porém tem a mesma precisão?


Para analisar a precisão é preciso comparar a ordem de grandeza de e . Assim
necessitamos definir erro relativo que é o quociente entre o erro absoluto e o valor
aproximado.

̅
4)

5)

Portanto é representado com maior precisão que o número .

Erros de arredondamento e trucamentos em um S.A.P.F.

Seja um S.A.P.F. de t dígitos na base 10, e seja da forma:


onde 0.1 e

Por exemplo, se e , onde


e .

É claro que na representação de neste sistema não pode ser


incorporado totalmente à mantissa.

Como considerar esta parcela na mantissa?


Como definir o erro absoluto (ou relativo) máximo cometido?

7
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

No truncamento é desprezado e ̅ neste caso:


| | | ̅| | | visto que | |

| | | |
| | , pois é o menor valor possível
| ̅| | |
de .

No arredondamento é modificado para levar em consideração .


| |
̅ {
| |
Se | | é desprezado.
Se | | somamos o número ao último dígito de .

Então se | | , teremos:

| | | ̅| | |

| | | |
| |
| ̅| | |

Se | |

| | | ̅| |( ) ( )|
| | |( ) |

| |
| |
| ̅| | | | |

Portanto, em qualquer caso teremos:


| |

| |

Arredondamento incorre em erros menores porém leva maior tempo de


execução, por isso em alguns casos, utiliza-se preferencialmente o truncamento.

8
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Análise de erros nas operações S.A.P.F.

O erro total em uma operação é composto pelo erro das parcelas ou fatores e
pelo erro no resultado da operação:
Exemplo: Se e

1)

2)

Resultado da operação = é normalizado e depois arredondado ou truncado


para dígitos resultado aproximado ̅̅̅̅ que é armazenado.
Então:

| | no truncamento.

| | no arredondamento.

Para os erros absolutos e relativos nas operações aritméticas com erros nas
parcelas ou fatores:
Sejam e tais que ̅ e ̅

Adição:
( ̅ ) (̅ )
( ̅ ̅) ( )
Então:

̅ ̅
( * ( *
̅ ̅ ̅ ̅ ̅ ̅ ̅ ̅

̅ ̅
. ̅ ̅
/ . ̅ ̅
/+

Analogamente para a subtração:

9
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

̅ ̅
( * ( *
̅ ̅ ̅ ̅

Multiplicação:
( ̅ ) (̅ )
̅̅ ̅ ̅

Como resulta um número muito pequeno desprezamos.


Assim:
̅ ̅

̅ ̅
̅̅ ̅ ̅

Divisão:

̅ ̅
( ,
̅ ̅
̅

Representando a última parcela sob forma de uma série infinita:

( * ( *
̅ ̅ ̅
̅
Desprezando os termos com potência maior que um:

̅ ̅ ̅
( *
̅ ̅ ̅ ̅ ̅ ̅

Desprezando o último termo, pois é um número muito pequeno, temos:

̅ ̅
̅ ̅ ̅
Assim:
̅ ̅ ̅
̅ ̅ ̅

10
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

̅ ̅
( *
̅
̅ ̅ ̅
̅

Exemplo:

Supondo que estejam representados exatamente, qual o erro total no


cálculo de ( ) ?

Zeros reais de funções reais


Várias situações envolvem a resolução de equações do tipo: ( ) .
Exemplo:

Esse dispositivo é não linear, a função dá a tensão em função da corrente


(não linear). Dados e , supondo conhecida a característica do dispositivo ( ),
se quisermos saber a corrente que vai fluir no circuito temos de resolver a equação:
() , ou seja a soma algébrica da diferença de
potencial elétrico em um percurso fechado é nula.
Praticamente ( ) tem o aspecto de um polinômio do 3º grau. Estudaremos
métodos numéricos para resolução de equações não lineares.
Um número real é um zero a função ( ( )) ou raiz da equação ( ) se
( ) . Estudaremos zeros reais.

11
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

𝛼 𝛼 𝛼

*
A idéia central é partir de uma aproximação inicial para a raiz e refinar a
solução por um processo iterativo.

Fase 1: Localização e isolamento das raízes.


Fase 2: Refinamento da solução (precisão prefixada).

Isolamento das Raízes

Teorema 1: Seja ( ) uma função contínua em um intervalo , -. Se


( ) ( ) entre e , tal que ( ) .

𝑎 𝛼
𝑏
𝛼 𝛼
𝑎 𝑏

Observação: Sob as hipóteses do teorema anterior, se ( ) existir e preservar


o sinal em ( ) este intervalo contém um único zero de ( ).

12
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Exemplo 1:
a) ( )

( )

b) ( ) √
( )

( )

Para saber se ele é o único derive:

( ) é único zero em todo o seu domínio e está no


intervalo ( ).

A análise gráfica da função ( ) ou da equação ( ) é fundamental para


obter boas aproximações da raiz.
Passos:
1) Esboçar o gráfico da função ( ) e localizar as abscissas dos pontos onde a
curva intercepta o eixo .
2) A partir da equação ( ) obter a equação equivalente ( ) ( ).
Esboçar os gráficos de e e localizar os pontos onde as duas se
interceptam pois ( ) ( ) ( )
3) Use softwares que esboçam gráficos.

Para esboçar gráficos precisamos saber: domínio, imagem, pontos de


descontinuidade, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de
máximo e de mínimo, concavidade, pontos de inflexão e assíntotas.

13
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Exemplo: 1) ( )

__________; __________; __________.


2) ( ) ( ) e ( )

14
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Refinamento
Consiste em um método iterativo, em que cada ciclo é chamado de iteração, que
tem por objetivo aproximar o valor inicial à solução exata.

Início

Dados iniciais

Cálculos iniciais

K=1

Calcular nova aproximação

Essa aproximação está S


Cálculo final
próxima da solução exata?

FIM
Cálculos intermediários

K= K+1

Critério de Parada

está suficientemente próximo da raiz exata?


Existem 2 interpretações são elas:

̅ é raiz aproximada com precisão se:


i) | ̅ | ou
ii) | ( ̅ )|

15
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Como fazer o teste (i) se não conhecemos ?


Reduzindo o intervalo que contém a raiz a cada iteração, tal que:

, -e * , -| |
Portanto , - pode ser tomado como ̅ .

Observação: Nem sempre se obtém as duas exigências simultaneamente, veja:


a) | ( ̅ )| mas | ̅ |
b) | ̅ | mas | ( ̅ )|
c) | ̅ | mas | ( ̅ )|

𝛼 𝛼

16
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Método da Bissecção

Seja a função ( ) contínua no intervalor , - e tal que ( ) ( ) .


Supondo que exista uma única raiz da equação ( ) em ( ).
O objetivo do método é reduzir a amplitude do intervalo que contém a raiz até
atingir a precisão requerida: ( ) . Para isso divide-se sucessivamente , - ao
meio.

As iterações são realizadas assim:


( ) ( )
, ( ) {
( )

( ) ( )
, ( ) {
( )

( ) ( )
, ( ) {
( )

Exemplo: , -

17
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

1ª forma: Usando o primeiro critério de parada.

Iteração ( )
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Então: ̅

2ª forma: Usando o segundo critério de parada. (Exercício).

Convergência

É intuitivo ver que se ( ) é contínua no intervalo , -e ( ) ( ) ,o


método da bissecção vai gerar uma sequência * + que converge para a raiz.

Estimativa do número de iterações

Dada a precisão , intervalo inicial , - pode-se estimar que o número de


iterações.

Na k-ésima iteração o intervalo será esse .

18
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Deve-se obter o valor de k tal que ou seja:


Demonstração:

( ) ( )
Assim: , onde k é o número de iterações.
( )

Algoritmo 1
Seja ( ) contínua em, - ( ) ( )
1) Dados iniciais
a) Intervalo inicial , -
b) Precisão
2) Se ( ) ̅ , -
3)
4) ( )

5)

6) Se ( ) . Vá para o passo 8.
7)
8) Se ( ) ̅ , -
9) . Volte para o passo 5.
Outros exemplos – Método da Bissecção
1) ( ) com
( )

19
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

2) ( ) com
( )

3) ( ) com

( )

20
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Lista I

I) Converta os seguintes números decimais para sua forma binária:


a) Resp: ( )
b) Resp: ( )
c) Resp: ( )

II) Converta os seguintes números binários para sua forma decimal:


a) ( ) Resp: 45
b) ( ) Resp: 427
c) ( ) Resp: 0,8125
d) ( ) Resp: 0,994140625

III) Seja um sistema de aritmética de ponto flutuante de quatro dígitos, base


decimal e com acumulador de precisão dupla. Dados os números:
e
Efetue as seguintes operações e obtenha o erro relativo no resultado, supondo
que , e estão exatamente representados:

a) Resp: | |
b) Resp: | |
c) Resp: | |
d) Resp: | |
e) . / Resp: | |

IV) Supondo que é representado num computador por ̅ , onde ̅ é obtido por
arredondamento, obtenha os limites superiores para os erros relativos de
̅e ̅ ̅.
Resp:| | e| |

V) Sejam ̅ e ̅ as representações de e obtidas por arredondamento em um


computador. Deduza expressões de limitante de erro para mostrar que o
limitante do erro relativo de ̅ ̅ é menor que o de ( ̅ ̅ ̅ ) ̅.
Resp: | | e| |

VI) Considere uma máquina cujo sistema de representação de números é


definido por: . Pede-se:
a) Qual o menor e o maior número em módulo representados nesta
máquina?
Resp:

21
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

b) Como será representado o número 73758 nesta máquina, se for usado


arredondamento? E se for usado o truncamento?
Resp:
c) Se e qual o resultado de ?
Resp:

d) Qual o resultado, nesta máquina, da soma:

Resp:

e) Idem para a soma:

Resp:
(Obviamente o resultado deveria ser o mesmo. Contudo, as operações devem ser realizadas na ordem
em que aparecem as parcelas, o que conduzirá a resultados distintos).

VII) Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com ,
usando o método da bissecção:

a) ( ) Resp:
b) ( ) Resp:
c) ( ) Resp:
d) ( ) Resp:

22
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Método do Ponto Fixo

Seja ( ) uma função contínua em , - intervalo que contém uma raiz da


equação ( ) .
O método consiste em transformar a equação em uma equivalente ( )e
a partir de uma aproximação inicial gerar a sequência * + de aproximações para
pela relação:
( )

Pois ( ) é tal que ( ) se, e somente se, ( ) . Assim o problema


de encontrar o zero de ( ) passa a ser encontrar um ponto fixo de ( ).
( )
Observe no gráfico que a função e a função de iteração são as curvas em azul e
o caminho em vermelho mostra o comportamento da sequência convergente * + de
aproximações para .

Porém algumas funções de iteração geram sequências divergentes, veja:

23
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Exemplo: Para a equação , temos:


a) ( )

b) ( ) √

c) ( )

d) ( )

Convergência
Vimos que, dada uma equação ( ) , existe mais de uma função ( ), tal
que ( ) ( ).
Mas de acordo com os gráficos não é qualquer escolha de ( ) que o processo
recursivo ( ) gera sequência convergente.
Usando o exemplo , e .
Considere: ( ) tomando
( )
( ) ( )
( ) ( )
Ou seja, a sequência claramente não converge para .
Graficamente:

24
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

𝛼
𝛼

Seja agora ( ) √ e .
( ) √
( )

Converge para raiz .

25
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Teorema: Seja uma raiz da equação ( ) , isolada num intervalo


centrado em .
Seja ( ) uma função de iteração para a equação ( ) .
Se:
i) ( ) e ( ) são contínuas em .
ii) | ( )|
iii)
Então a sequência * + gerada pelo processo iterativo converge para .
Demonstração:

Exemplos:
a) ( ) e ( ) , são funções contínuas nos reais.

| ( )| | |

Então não existe um intervalo centrado em tal que | ( )|


, por isso diverge.

Ou:
| ( )| | |

b) ( ) √ ( )

Observe que: ( ) é contínua em * +e ( ) é contínua em


* +

| ( )| | |

26
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Critério de Parada
No método do ponto fixo escolhe-se como raiz aproximada de se
| | | ( ) | ou se | ( )| .
Algoritmo 2

Considere a equação ( ) e a equação equivalente ( ).


Supor que as hipóteses do teorema estejam satisfeitas.
1) Dados iniciais
a)
b) e
2) Se | ( )| , faça ̅
3)
4) ( )
5) Se | ( )| ou se | | faça ̅
6)
7) , volte ao passo 4.
Exemplos:
a) ( )

( )

27
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

b) ( ) com e

c) ( ) com

d) ( ) com

28
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

e) ( ) com

Método de Newton

No Método do Ponto Fixo vimos que:

i) Uma das condições de convergência é | ( )| , onde é um


intervalo centrado na raiz.
ii) A convergência do método será mais rápida quanto menor for | ( )|.

O método de Newton, faz para tentar garantir e acelerar a convergência do


Método do Ponto Fixo, é escolher para função de iteração a função ( ) tal que
( ) .
Dada a equação ( ) e partindo da forma geral para ( ), queremos
obter a função ( ) tal que ( ) .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Assim ( ) ( ) ( ) ( ) , onde tomamos


( )

( ) .
( )

29
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Então dada ( ) a função de iteração:


( )
( )
( )

[ ( )] ( ) ( ) ( ) ( )
Será tal que ( ) , pois: ( ) e como
, ( )- , ( )-

( ) , ( ) (desde que ( ) ).

Assim escolhido , a sequência * + será:


( )
( )

Geometricamente:

Exemplo: ( ) , e .
( )
( )
( )
Temos:

( )
( )
( )

30
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Assim com cinco casas decimais: ̅ ; no Método do Ponto Fixo com


( ) √ obtivemos com cinco casas decimais.

Convergência
Teorema: Sejam ( ) ( ) ( ), contínuas em um intervalo que contém
a raiz de ( ) . Supor que ( ) .
Então, existe um intervalo ̅ , contendo a raiz tal que se ,̅ a
sequência * + gerada pela fórmula recursiva:
( )
( )
, convergirá para a raiz.

Demonstração:

Observação: O Método de Newton converge desde que seja escolhido


“suficientemente próximo” de .

Como escolher o ?
Observe:

31
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Pela figura acima se vê que traçando a tangente a partir do ponto , ( )-


pode-se encontrar um ponto , - e o método de Newton pode não convergir.
Por outro lado, escolhendo-se o processo convergirá.
É condição suficiente para a convergência do método de Newton que: ( )e
( ) sejam não nulas e preservem o sinal em ( )e seja tal que:

( ) ( )
Exemplos:
a) ( ) ( ) ( ) ( ) e
seja .
( )

32
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Por quê tivemos divergência até o ?


A causa da divergência inicial é que está próximo de √ que é um zero de
( ) e esta aproximação gera √ que é outro zero de ( )
pois:
( ) ( ) √

Algoritmo 3
Seja a equação ( ) e supor que as hipóteses do teorema anterior estejam
satisfeitas.
1) Dados iniciais
a)
b) e
2) Se | ( )| , faça ̅
3)
( )
4) ( )

5) Se | ( )| ou se | | faça ̅
6)
7) , volte ao passo 4.

Exemplos:

33
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

a) ( ) ( ):

( )

b) ( ) com ( )e

Método da Secante

O método de Newton usa derivada e às vezes é complicado encontrar ( )e


calcular seu valor numérico a cada iteração. Por isso, uma forma de contornar o
problema é fazendo:
( ) ( )
( ) , onde são aproximações de .

Neste caso:

34
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( )
( )
( ) ( )

( )
( )
( - )

( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
( )
( ) ( )

Pelas duas aproximações passar a reta secante, onde corta o eixo tem-se a
nova aproximação. Esse processo repete-se sucessivamente, até que a aproximação
seja satisfatória.
Exemplo: ( )
Solução:
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )

35
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Observação: O método da Secante pode divergir se ( ) ( ). No resto


igual ao Newton.
Algoritmo
Seja ( )
1) Dados iniciais
a)
b) e
2) Se | ( )| ̅
3) Se | ( )| ou se | | ̅
4)
( )
5) ( )
( ) ( )

6) Se | ( )| ou se | | ̅
7) e
8) . Volte para o passo 5.
Exercícios:

1) ( ) ( )
2) ( ) ( )

36
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Lista II
I) Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com ,
usando o método do ponto fixo:

a) ( ) Resp:
b) ( ) Resp:
c) ( ) Resp:
d) ( ) Resp:
II) Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com ,
usando o método de Newton:

a) ( ) Resp:
b) ( ) Resp:
c) ( ) Resp:
d) ( ) Resp:

III) Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com ,
usando o método da secante:

a) ( ) Resp:
b) ( ) Resp:
c) ( ) Resp:
d) ( ) Resp:

IV) Calcular pelo menos uma raiz real das equações abaixo, com ,
usando os métodos estudados e o OCTAVE. Discuta e compare as soluções:

e) ( ) ( )
f) ( ) ( ) ( )
g) ( ) ( )
h) ( ) ( )

V) Calcular a raiz da equação ( ) ,


( ) , com os métodos conhecidos e podendo usar um programa
computacional a seu critério. Preencher a seguinte tabela com as informações
solicitadas e após análise, concluir a respeito dos métodos:

Parâmetros Bissecção M.P.F. Newton Secante


Dados iniciais , -

( )
Erro
Nº de iterações

37
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

VI) Calcular a raiz da equação ( ) ,


( ) , com os métodos conhecidos e podendo usar programa
computacional a seu critério. Preencher a seguinte tabela com as informações
solicitadas e após análise, concluir a respeito dos métodos:

Parâmetros Bissecção M.P.F. Newton Secante


Dados iniciais , -

( )
Erro
Nº de iterações

VII) Calcular a raiz da equação ( ) ,


( ) , com os métodos conhecidos e podendo usar um programa
computacional a seu critério. Preencher a seguinte tabela com as informações
solicitadas e após análise, concluir a respeito dos métodos:

Parâmetros Bissecção M.P.F. Newton Secante


Dados iniciais , -

( )
Erro
Nº de iterações

VIII) Calcular a raiz da equação ( ) ,


( ) , com os métodos conhecidos e podendo usar um programa
computacional a seu critério. Preencher a seguinte tabela com as informações
solicitadas e após análise, concluir a respeito dos métodos:

Parâmetros Bissecção M.P.F. Newton Secante


Dados iniciais , -

( )
Erro
Nº de iterações

IX) Calcular a raiz da equação ( ) ,


( ) , com os métodos conhecidos e podendo usar um programa
computacional a seu critério. Preencher a seguinte tabela com as informações
solicitadas e após análise, concluir a respeito dos métodos:

38
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Parâmetros Bissecção M.P.F. Newton Secante


Dados iniciais , -

( )
Erro
Nº de iterações

Sistemas Lineares

Matricial: , ou:

Classificação:
1) Compatível – tem solução e pode ser:
1.1) Possível e determinado
1.2) Indeterminado
2) Incompatível – não tem solução.
1.1 𝑦 1.2 𝑦 1.3 𝑦
𝑟 𝑠 𝑟=s 𝑟
𝑠

𝑥 𝑥 𝑥

Observação: Se o sistema for homogêneo quando ( )

39
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Sistemas Triangulares

Sistema Triangular Superior:

Sistema Triangular Inferior:

Exemplo:

1) {

Substituições retroativas:

( )
Assim: ̅ , -

2) {

40
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Qualquer valor de verifica a equação acima. Então

Assim: ̅
[ ]

Genericamente:

, e assim sucessivamente: .

Algoritmo
Dado um sistema triangular superior , com para .

Para ( )

Para ( )

Eliminação de Gauss
Teorema: Seja um sistema linear. Aplicando sobre as equações deste
sistema uma sequência de operações elementares escolhidas entre:
i) trocar duas equações;
ii) multiplicar uma equação por uma constante não nula;

41
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

iii) adicionar um múltiplo de uma equação a outra equação. Assim obtemos um


novo sistema ̃ ̃ .

Os multiplicadores são da forma: , onde o elemento é o que

necessita ser transformado em zero e o elemento é o pivô.

Exemplo: {

Fatoração L.U

Dados o sistema linear e a fatoração da matriz , temos:


( )
Seja . A solução do sistema linear pode ser obtida da resolução dos
sistemas lineares triangulares:
i)
ii)

Exemplo: Resolver o sistema linear usando a fatoração :

( )
( +

( ) ( )
( )

( )

42
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( +

( )
Resolvendo ( ) :
i)

( *

{
ii)

( )
{
Métodos Iterativos

Método de Jacobi

Seja o sistema:

Explicita-se

( )

( )

( )
{
Funcionamento do Método:
( )
a) Escolhe-se a aproximação inicial ;

43
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( ) ( )
b) Geram-se as aproximações sucessivas de a partir da iteração
( )( )
( ) ( )
c) Continua-se a gerar a aproximação até que: | | ou
, onde é o número de iterações.
Onde:


* +; ;

[ ] [ ]
Exemplo: Resolver por Jacobi:
{ com ou

( ) ( )
(
( )
, ( ) ( )
, ; , - , tem-se:
(

( ) ( )

0 0 0 -----

Assim: ̅ , - .
Método de Gauss Seidel

Seja o sistema dado anteriormente:


( ) ( ) ( ) ( )
a) Partindo-se de uma aproximação inicial . /
( ) ( ) ( )
b) Calcula-se a sequência de aproximações utilizando-se as
equações:

44
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( ) ( ) ( ) ( )
0 1

( ) ( ) ( ) ( )
0 1

( ) ( ) ( ) ( )
0 1
{

Continua-se a gerar aproximações até que:

( ) ( )
| | ou , onde é o número de iterações.

Resolver por Gauss Seidel:


Exemplo 1:

{ com ou

( ) ( )

0 0 0 -----

Exemplo 2: Resolva por Gauss Seidel, retendo quatro casas decimais.

( ) ( ) ( ) ( )

45
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Resolução de Sistemas não Lineares

Dada uma função não linear , ( ) , o objetivo é


encontrar soluções para ( ) ou equivalentemente:
( )
( )
{
( )
Exemplo:
( )
1) {
( )

Admite 4 soluções.
( )
2) {
( )

46
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Usaremos a notação:
( )
( )
( ,e ( ) ( , Cada ( ) é uma função não linear.
( )

Como supomos que ( ) está definida em um conjunto aberto e que


tem derivadas contínuas nesse conjunto. Mais ainda, supomos que existe pelo menos
um ponto ( ) .
O vetor das derivadas parciais da função ( ) é denominada vetor
gradiente de ( ) e será denotado por:
( ) ( ) ( )
( ) . / , .

A matriz das derivadas parciais de ( ) é a Jacobiana:


( ) ( )
( )
( ) ( )
( ,
( ) ( )
( )
( )

Exemplo: Para o sistema ( ) { a Jacobiana será:

( ) ( )

47
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Método de Newton

( )
Conhecemos a aproximação , existe , tal que:
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) .
( )
Aproximando ( ) por ( ) temos um modelo local linear
( )
para ( ) em torno de
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )( )
( )
E, portanto o modelo local linear para ( ) em torno de fica:
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )( )
( )
A nova aproximação será o zero do modelo local linear ( ) Agora:
( ) ( ) ( )
( ) ( )( ) ( )
( ) ( )
Se denotarmos ( ) por temos que:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
, onde é solução do sistema linear: ( ) ( )
Resumidamente:
( )
i) Avaliação da Jacobiana em
( ) ( )
ii) Resolução do sistema linear ( ) ( ) e, por este motivo, cada
iteração é considerada computacionalmente cara.
Exemplo:

( ) ( *, cujas soluções são: . /e . /

Resolução:

48
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Lista III
I) Resolva o sistema linear abaixo utilizando o método da Eliminação
de Gauss:

a) {
, -

b) {
, -

c) {

d) {
, -

e) {
, -

II) Determinar o vetor solução dos sistemas lineares abaixo, através do método
de Jacobi, com no máximo 10 iterações:

a) {
, -

( ) , - e
com

b) {
, -

49
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

( ) , - e
com

c) {
, -

( ) , - e
com

d)
,
-
{

( ) , - e
com

III) Determinar o vetor solução dos sistemas lineares abaixo, através do método
de Gauss-Seidel, com no máximo 10 iterações:

a) {
, -

( ) , - e
com

b) {
, -

( ) , - e
com

c) {
, -

( ) , - e
com

,
-

50
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

d)

( ) , - e
com

Lista IV
I) Problemas de aplicação para Zeros de Funções Reais:

a) A velocidade de um pára-quedas em queda livre é dado pela equação:


. /
,
( )
Sendo ( ) a velocidade em , a aceleração da gravidade,
considerar , a massa do pára-quedas mais a do pára-
quedista, o tempo em segundos e o coeficiente de amostecimento
em . Através do coeficiente temos como determinarmos as
dimensões da seção transversal do pára-quedas. Então, determine tal
que o pára-quedas atinja a velocidade de em

b) A equação de van de Waals para gases é dada por:


. /( )
é o volume molar, e e são constantes empíricas que dependem do
gás em estudo. Um engenheiro químico precisa projetar um reator
químico e, assim, solicita a você uma estimativa precisa do volume
molar ( ) do dióxido de carbono e do oxigênio para diferentes
combinações de temperatura e pressão e a definição do que deve ser
usado na empresa. Temos os seguintes dados:
( ); e para o dióxido
de carbono; e para o oxigênio. O projeto tem
interesse nas pressões 1, 10 e 100 atm para combinações de
temperaturas 300, 500 e 700 K.

c) Nos processos de engenharia química, o vapor de água ( ) é


aquecido a altas temperaturas de forma a ter a dissociação da água, ou
quebra em parte, para formar oxigênio ( ) e hidrogênio ( ):

Admite-se que esta é a única reação envolvida. A fração molar ( ) de


que se dissocia pode ser representada por:

51
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Onde é a constante de equilíbrio da reação e é a pressão total da


mistura. Se e , determine o valor de que
satisfaz a equação acima.

d) A concentração de uma bactéria poluente em um lago diminui de


acordo com:

Determine o tempo necessário para reduzir a concentração de bactéria a


10, usando o Método de Newton-Raphson.

e) Uma equipe de engenheiros automobilísticos coreanos desenvolveu um


sistema de amortecedores para carros de Fórmula-1. Para dar
prosseguimento ao projeto, os engenheiros necessitam do valor
numérico da raiz da expressão:
( )
Determine o resultado através do Método de Newton-Raphson com três
casas decimais.

II) Problemas de aplicação de Sistemas de Equações Lineares.


Encontre as correntes dos circuitos mostrados nas figuras abaixo:

a) b)

c) d)

52
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

e)

Respostas:

I)
a. .
b.
Volume molar
Volume molar
Temperatura do dióxido de
Pressão (atm) do oxigênio
(K) carbono
(L/mol)
(L/mol)
300 1 24,5126 24,5928
10 2,3545 2,4384
100 0,0795 0,2264
500 1 40,9821 41,0259
10 4,0578 4,1016
100 0,3663 0,4116
700 1 57,4179 57,4460
10 5,7242 5,7521
100 0,5572 0,5842

c.

d.

e.

II) a)

b)

c) ( )

53
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

d) ( )

e)

Interpolação

Muitas funções são conhecidas apenas em um conjunto finito e discreto


de pontos de um intervalo , -, como a função ( ), dada pela tabela:

0
1
2
3

Neste caso, tendo-se que trabalhar com esta função e não se dispondo
de sua forma analítica, pode-se substituí-la por outra função que é uma
aproximação da função dada e que é reduzida a partir de dados tabelados.
Além disso, por vezes é muito complicado encontrar uma forma analítica para a
função e por isso recorremos à interpolação.

Conceito de Interpolação
Seja a função ( ) dada pela tabela acima. Deseja-se determinar
( ̅ ), sendo:
a) ̅ ( )e ̅

54
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

b) ̅ ( )
Para resolver ( ) tem-se que fazer uma interpolação. E sendo assim,
determina-se um polinômio interpolador, que é uma aproximação da função
tabelada. Já no caso ( ) teríamos que resolver uma extrapolação, porém esse
estudo não é nosso objetivo nesse curso.

Interpolação Linear
Obtenção da fórmula:
Dados dois pontos distintos de uma função ( ) ( ) ( )
deseja-se calcular o valor de ̅ de um determinado valor de ̅ entre e ,
usando interpolação polinomial.
Pode-se provar que o grau do polinômio interpolador é uma unidade
menor que o número de pontos conhecidos. Assim sendo, o polinômio
interpolador nesse caso terá grau 1, isto é:
( )
Para determiná-lo, os coeficientes e devem ser calculados de
forma que se tenha:
( ) ( )
e
( ) ( )
ou seja, basta resolver o sistema:

onde e são as incógnitas e:

[ ] é a matriz dos coeficientes.

55
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

O determinante dessa matriz é necessariamente não nulo, sempre que


os valores de sejam diferentes. Ou seja, para pontos distintos o sistema linear
acima terá solução única.
Geometricamente a aproximação da função ( ) é uma reta que passa
pelos dois pontos dados. Veja:

Exemplos:
1) Seja a função ( ) definida pelos pontos ( ) e
( ). Determine aproximadamente o valor de ( )

2) Na tabela está assinalado o número de habitantes de Belo Horizonte


nos quatro últimos censos:
Ano 1950 1960 1970 1980
Nº de habitantes 352724 683908 1235030 1814990

Determinar o número aproximado de habitantes de Belo Horizonte em


.

56
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Interpolação Quadrática

Se, de uma função, são conhecidos três pontos distintos, então o


polinômio interpolador será:
( )

O polinômio ( ) é conhecido como função quadrática, cuja imagem


geométrica é uma parábola.
Para determinar é necessário resolver o sistema:

A matriz dos coeficientes é:

* +

O determinante dessa matriz é conhecido como determinante de


Vandermonde e pode-se provar que:

( ) ( )( )( )

Como os pontos são distintos a solução do sistema será única.

Exemplo: Usando os valores da tabela:

( )
0.5 0.25
0.3 0.49
0.1 0.81

57
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

 Determinar o valor aproximado de ( )


 Calcular o polinômio interpolador ( )

Interpolação de Lagrange

Teorema: Sejam ( ) pontos distintos, isto é,


para . Existe um único polinômio interpolador de grau não maior
que , tal que ( ) , para todo .

( )
ou

( ) ∑

( ) tem grau máximo , se pode-se determinar:

Resolvendo esse sistema determinamos ( ). O polinômio é único pois


( ) , o que pode ser provado usando o determinante de Vandermonde.

58
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

[ ]
Assim:

( ) ∏( )

Como para , vem que ( ) .


Exemplo: Sejam os valores , e , usando a
fórmula acima calcule o produtório e após compare com o valor do
determinante usando o desenvolvimento de Laplace.

Obtenção da fórmula:

Sejam os polinômios ( ) de grau :


( ) ( )( ) ( )
( ) ( )( ) ( )
{
( ) ( )( ) ( )
ou de forma sintética:

( ) ∏( )

Tais polinômios possuem as seguintes propriedades:

59
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

a) ( )
b) ( )
Esses polinômios são conhecidos como polinômios de Lagrange. Mais
ainda ( ) tem grau com os pontos ( ), e pode-se
escrevê-lo como combinação linear dos polinômios ( ) ou seja:
( ) ( ) ( ) ( )
ou

( ) ∑ ( )

Devemos calcular , mas ( ) ( ) , assim:


( ) ( )
( )
Logo: , como ( )
( )

( )
, assim:

( ) ∑ ( )
( )

ou
( )
( ) ∑
( )

Daí:
( )
( ) ∑ ∏
( )

Exemplo:
1) Determinar ( ) conhecendo:

0 0.0 0.000
1 0.2 2.008

60
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

2 0.4 4.064
3 0.5 5.125

2) Seja a função ( ) conhecida pelos pontos:

0 0.00 1.000
1 0.10 2.001
2 0.30 4.081
3 0.60 8.296
4 1.00 21.000

Interpolação de Newton
A forma de Newton para o polinômio ( ) que interpola ( ) em
( ) pontos distintos é a seguinte:
( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( )

61
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Estudaremos o operador de diferenças divididas, pois os


são diferenças divididas de ordem entre os pontos:

. ( )/

Operador de Diferenças Divididas


Seja ( ) uma função tabelada em pontos distintos .
Definimos o operador de Diferenças Divididas por:
, - ( ) Ordem zero
, - , - ( ) ( ) Ordem um
, -

, - , - Ordem dois
, -

, - , - Ordem três
, -

, - , - Ordem n
, -

Exemplo:
Seja ( ) tabelada abaixo:

( )

Construa a tabela de diferenças divididas:

62
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Forma de Newton para o polinômio interpolador:

( ) ( ) ( )( )

( )( ) ( )
ou sinteticamente:

( ) ∑ ∏( )

Exemplo:
Determinar o valor aproximado de ( ) usando os pontos:

Funções Spline

Definição: Considere a função ( ) tabelada nos pontos


Uma função ( ) é denominada spline de grau com nós nos pontos
se satisfaz:
a) em cada subintervalo , - ( ) é um polinômio
de grau : ( ).
b) ( ) é contínua e tem derivada contínua até ordem ( ) em , -.

63
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

c) ( ) ( ) é dita spline interpolante.

Spline Linear Interpolante

( ) ( ) ( ) , -.

Verificação:
a) ( ) é polinômio de grau 1 em cada subintervalo por definição.
b) ( ) é contínua em ( ) por definição e, nos nós , é definida
pois: ( ) ( ) ( ) ( ) é contínua em , - spline linear.
c) ( ) ( ) ( ) ( ) é spline linear interpolante nos nós
.
Exemplo:
Achar a função spline linear que interpola a função tabelada:

( )

64
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

Lista V
1) A tabela abaixo relaciona o calor específico da água em função da
temperatura. Calcular o calor específico da água a uma temperatura de
25ºC, usando um polinômio de 3º grau e:
a) A fórmula de Lagrange
b) A fórmula de Newton
c) Comparar os resultados obtidos nos itens anteriores com o valor real
0,99852

( )

2) A velocidade v (em m/s) de um foguete lançado do solo foi medida


quatro vezes, t segundos após o lançamento, e os dados foram
registrados na tabela abaixo. Calcular usando um polinômio de 4º grau,
a velocidade aproximada do foguete após 25 segundos do lançamento.

( )
( )

65
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

3) Na tabela abaixo, d é a distância, em metros, que uma bala percorre ao


longo do cano de um canhão em t segundos. Encontrar a distância
percorrida pela bala 5 segundos após ter sido disparada, usando todos
os dados abaixo.

t (s) 0 2 4 6 8
d (m) 0,000 0,049 0,070 0,087 0,103

4) Dada a função f (x) = 10x4 + 2x + 1, usando os valores de f (0,0), f (0,1) f


(0,2) e f (0,3), calcular P3(0,15).

5) Durante três dias consecutivos foi tomada a temperatura (em ºC) numa
região de uma cidade, por quatro vezes o período das 6 às 12 horas.
Determinar, usando todos os dados da tabela 4.29, a média das
temperaturas dos três dias às 9 horas.

6) Usando 3 pontos da tabela abaixo, determinar aproximadamente a cota


de calorias para uma mulher de:

a) 25 anos e 46 quilos
b) 30 anos e 50 quilos

( )
( ) ( ) ( )

66
Universidade Federal do Pampa
Campus Bagé
Cálculo Numérico
Prof. Cristiano Oliveira

7) Ache a função spline interpolante linear nos seguintes casos:

a)
( )

8) Utilizando as funções definidas no exercício 1.a, estime f(x) quando:

a) x = 0,15
b) x = 0,35
c) x = 0,57

9) Utilizando as funções definidas no exercício 1.b, estime f(x) quando:

a) x = 0,79
b) x = 1,95
c) x = 3,37

( )

67

Вам также может понравиться