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LEI N. 8.112/1990
SUMÁRIO
Lei n. 8.112/1990 Comentada..............................................................7
1. Disposições Preliminares..................................................................7
2. Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição............ 12
2.1. Provimento............................................................................... 12
2.1.1. Disposições Gerais................................................................... 13
2.1.2. Nomeação.............................................................................. 16
2.1.3. Concurso Público..................................................................... 17
2.1.4. Posse..................................................................................... 21
2.1.5. Exercício................................................................................ 24
2.1.6. Estágio Probatório................................................................... 27
2.1.7. Estabilidade............................................................................ 30
2.1.8. Readaptação........................................................................... 32
2.1.9. Reversão................................................................................ 33
2.1.10. Reintegração......................................................................... 35
2.1.11. Recondução.......................................................................... 36
2.1.12. Disponibilidade e Aproveitamento............................................ 37
2.2. Vacância................................................................................... 38
2.3. Remoção.................................................................................. 41
2.4. Redistribuição............................................................................ 44
2.5. Substituição.............................................................................. 46
3. Direitos e Vantagens..................................................................... 48
3.1. Vencimento e remuneração......................................................... 48
3.2. Vantagens................................................................................. 56
3.2.1. Indenizações.......................................................................... 58
3.2.1.1. Ajuda de custo..................................................................... 59
3.2.1.2. Diárias................................................................................ 62
3.2.1.3. Indenização de transporte..................................................... 65
3.2.1.4. Auxílio-moradia.................................................................... 65
3.2.2. Gratificações e adicionais......................................................... 69
3.2.2.1. Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e
assessoramento............................................................................... 69
3.2.2.2. Gratificação Natalina............................................................. 70
3.2.2.3. Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e de Atividades
Penosas.......................................................................................... 72
3.2.2.4. Adicional por Serviço Extraordinário........................................ 74
3.2.2.5. Adicional noturno................................................................. 74
3.2.2.6. Adicional de férias................................................................ 75
3.2.2.7. Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso........................ 77
3.3. Férias....................................................................................... 80
3.4. Licenças................................................................................... 83
3.4.1. Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família.................... 84
3.4.2. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge........................... 86
3.4.3. Licença para o Serviço Militar.................................................... 87
3.4.4. Licença para Atividade Política................................................... 88
3.4.5. Licença para Capacitação......................................................... 89
3.4.6. Licença para Tratar de Interesses Particulares............................. 89
3.4.7. Licença para o Desempenho de Mandato Classista....................... 90
3.5. Afastamentos............................................................................ 91
3.5.1. Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade.................... 91
3.5.2. Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo........................... 95
3.5.3. Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior........................... 96
3.5.4. Afastamento para servir em organismo internacional de que o
Brasil participe ou com o qual coopere................................................. 97
3.5.5. Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu no País........................................................................ 98
3.6. Concessões............................................................................. 101
3.7. Tempo de serviço..................................................................... 103
3.8. Direito de petição..................................................................... 108
4. Regime Disciplinar...................................................................... 112
4.1. Introdução.............................................................................. 112
4.2. Deveres.................................................................................. 112
4.3. Proibições............................................................................... 115
4.4. Acumulação............................................................................ 122
4.5. Responsabilidades.................................................................... 125
4.6. Penalidades............................................................................. 129
5. Processo Administrativo............................................................... 140
5.1. Disposições gerais.................................................................... 140
5.2. Sindicância.............................................................................. 143
5.3. Afastamento preventivo............................................................ 145
5.4. Processo disciplinar.................................................................. 145
5.4.1. Revisão do processo.............................................................. 167
5.5. Processo administrativo sumário................................................ 171
6. Seguridade Social do Servidor...................................................... 176
6.1. Disposições gerais.................................................................... 176
6.2. Benefícios............................................................................... 182
6.2.1. Aposentadoria....................................................................... 182
6.2.2. Auxílio-Natalidade................................................................. 190
6.2.3. Salário-Família...................................................................... 191
6.2.4. Licença para Tratamento de Saúde.......................................... 193
6.2.5. Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade................ 196
6.2.6. Licença por Acidente em Serviço............................................. 198
6.2.7. Pensão................................................................................. 200
6.2.8. Auxílio-funeral...................................................................... 210
6.2.9. Auxílio-reclusão.................................................................... 211
6.3. Assistência à Saúde.................................................................. 212
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Lei n. 8.112/1990
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1. Disposições Preliminares
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Nota-se, dessa forma, que não são todos os agentes públicos da Admi-
nistração Indireta federal que estão abrangidos pelas disposições da Lei n.
8.112/1990.
E isso ocorre na medida em que as empresas públicas e as socieda-
des de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, de
forma que os seus agentes não são considerados servidores públicos em sen-
tido restrito, mas sim empregados públicos, regidos pelas disposições da CLT.
Em sentido oposto, as autarquias e as fundações públicas são pessoas
jurídicas de direito público. Seus agentes são servidores públicos, regidos,
consequentemente, pelas disposições do regime estatutário.
Autarquias e
• São pessoas jurídicas de direito público
Fundações Públicas
• Agentes regidos pelas disposições da Lei n. 8.112/1990
Federais
Empresas Públicas
e Sociedades de • São pessoas jurídicas de direito privado
Economia Mista • Agentes regidos pelas disposições da CLT
Federais
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Comentário
Exemplificando
Se tomarmos como exemplo a estrutura de cargos do Poder Judiciário da
União, veremos que estes são organizados em três classes (A, B e C), sendo
que cada classe é composta por diversos padrões. Representam os padrões,
dessa forma, uma subdivisão das classes.
No âmbito do Poder Judiciário da União, as Classes A e B possuem 5 padrões
e a Classe C, 3 padrões.
Assim, ao entrar em exercício, o servidor público pertence à Classe A e ao
padrão 1. Após o intervalo de um ano, passará ele, desde que atendidos todos
os requisitos legais, ao padrão 2, mas ainda estará dentro da mesma classe.
O processo de mudança de padrão é chamado de progressão.
Quando o servidor chegar ao último padrão da Classe A (A5), passará ele, após
o período de 1 ano, para o primeiro padrão de uma nova Classe (no caso, a B).
Nessa hipótese, não ocorre a progressão, mas sim a promoção do servidor.
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Comentário
Exemplificando
Caso um parlamentar resolva nomear um assessor para chefiar o respectivo
gabinete, poderá ele optar entre realizar a nomeação de um servidor de car-
reira ou de um terceiro que não possua vínculo com o órgão público.
No entanto, o total geral das nomeações para cargos em comissão deverá
observar um percentual mínimo de servidores de carreira. Tal percentual
deverá constar na lei que regulamenta a carreira dos servidores.
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2.1. Provimento
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É neste momento (na posse no cargo público) que todos os requisitos de-
vem ser atendidos mediante a apresentação da documentação comprobatória
respectiva.
Comentário
Exemplificando
Rafael, de 17 anos, possui o desejo de exercer o cargo de Técnico Judiciário
em um Tribunal Regional do Trabalho. Para alcançar seu objetivo, ele estuda,
diariamente, por aproximadamente 4 horas.
Com a publicação do edital, poderá Rafael prestar o concurso, mesmo não
tendo atingido a idade legalmente exigida para o exercício de cargo público?
Certamente que sim! E isso porque todos os requisitos exigidos apenas
devem ser comprovados no momento da posse. Quando esta ocorrer, Rafael
já deverá ter completado a idade de 18 anos, sob pena de não ser possível o
seu ingresso como agente estatal.
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2.1.2. Nomeação
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Comentário
Exemplificando
Poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de valida-
de de 1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma
faculdade) prorrogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um
novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de
validade de 2 anos, improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi
que a administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possi-
bilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a
possibilidade de prorrogação por 3 vezes e estando, por isso mesmo,
com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desres-
peitada a regra de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado
nulo neste aspecto.
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2.1.4. Posse
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Comentário
Exemplificando
Márcio é nomeado Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. Dentro do
prazo de 30 dias, deve tomar posse, sob pena do ato de nomeação ser tor-
nado sem efeito.
Nesse caso, como não havia vínculo entre Thiago e o Poder Público, é neces-
sário que haja a assinatura de um termo de posse.
Caso, posteriormente, Márcio sofra uma limitação em sua capacidade física
ou mental, deverá ele ser readaptado em um cargo de atribuições e respon-
sabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido.
Nessa hipótese, como Márcio já era servidor público, é notório que já havia
um vínculo estabelecido entre ele e o Poder Público, não havendo, como con-
sequência, necessidade de uma nova posse quando da ocorrência da readap-
tação (forma de provimento derivado).
Comentário
Exemplificando
Caio toma posse em cargo público, oportunidade em que apresenta sua decla-
ração de bens e valores no valor total de R$ 30 mil.
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2.1.5. Exercício
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Para tais agentes, e considerando que estes recebem um adicional pelo desem-
penho de suas atribuições, o regime de serviço é de integral dedicação, podendo ser
convocado, nos termos legais, sempre que houver interesse da Administração.
Os limites de jornada estabelecidos pela norma não se aplicam aos servi-
dores públicos que trabalham sob condições diferenciadas, tais como os mé-
dicos de saúde pública e os médicos do trabalho.
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De acordo com a lei, durante o estágio probatório, o servidor faz jus a uma
grande quantidade de direitos, licenças e afastamentos. No entanto, não são
todas as licenças e afastamentos que podem ser usufruídos pelos servidores
em estágio.
Vejamos, dessa forma, quais as licenças e os afastamentos que podem ou
não ser usufruídos pelos servidores públicos federais que se encontrem em
estágio probatório.
2.1.7. Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado
em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço
público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.
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2.1.8. Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atri-
buições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será
aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins,
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalên-
cia de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrên-
cia de vaga.
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2.1.9. Reversão
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Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo car-
go anteriormente ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de
uma possível transformação.
Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anterior-
mente recebia, com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente
existentes.
No caso de reversão por invalidez, tendo a junta médica declarado que os
motivos alegados pelo servidor, para se aposentar, são insubsistentes, deverá
ele retornar para o serviço público ainda que não haja cargo vago, em plena
sintonia com o princípio da indisponibilidade do interesse público. Nessa situ-
ação, deverá o servidor exercer suas atribuições como excedente.
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2.1.10. Reintegração
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2.1.11. Recondução
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2.2. Vacância
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2.3. Remoção
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se
por modalidades de remoção:
I – de ofício, no interesse da Administração;
II – a pedido, a critério da Administração;
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Três são as situações, de acordo com a Lei n. 8.112/1990 (art. 36, III),
que ensejam o deferimento da remoção independente da vontade da admi-
nistração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público
civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicio-
nada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o nú-
mero de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.
Da análise das hipóteses de remoção, verifica-se que, quando a admi-
nistração, de ofício, resolve remover o servidor, o que está sendo levado em
conta é apenas a vontade do próprio poder estatal, independentemente de o
servidor concordar ou não com tal procedimento.
Já na remoção a pedido, temos duas possibilidades: o pedido ter sido for-
mulado pelo servidor e haver a possibilidade de a Administração aceitar ou
não tal situação, com base no interesse desta, e a situação em que o pedido
de remoção ocorre por parte do servidor, não restando alternativa para a Ad-
ministração Pública que não seja o seu deferimento.
Nessa última hipótese, ou seja, quando a Administração se encontra vin-
culada ao pedido do servidor público, princípios basilares como a saúde e a
manutenção do núcleo familiar são levados em conta.
Comentário
Exemplificando
Na hipótese da remoção para acompanhar cônjuge, também servidor, que
tenha sido removido no interesse da administração, objetiva-se assegurar a
manutenção do núcleo familiar, evitando-se que uma remoção de iniciativa do
Poder Público torne inviável a relação até então existente.
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2.4. Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal,
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia aprecia-
ção do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I – interesse da administração;
II – equivalência de vencimentos;
III – manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade
das atividades;
V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação pro-
fissional;
VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação
e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos
casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato
conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da
Administração Pública federal envolvidos.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade,
extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou enti-
dade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em
disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibi-
lidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do
SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até
seu adequado aproveitamento.
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3º
Servidores
2º serão mantidos
Servidores pelo SIPEC
1º deverão ser
Servidores postos em
devem ser disponibilidade
Extinção
Ocorre a redistribuídos
extinção do
órgão ou
entidade
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Remoção Redistribuição
Não se trata de uma forma de provimento Não se trata de uma forma de provimento
Não altera o contingente funcional Não altera o contingente funcional
Trata-se do deslocamento de servidor Trata-se do deslocamento de cargo
Destina-se a assegurar a preservação de Trata-se de uma forma de organização da
valores como a saúde do servidor e o núcleo administração pública
familiar
Quando ocorrer a mudança de Município, Quando ocorrer a mudança de Município,
deve ser conferido um prazo de 10 a 30 dias deve ser conferido um prazo de 10 a 30 dias
para a entrada em exercício para a entrada em exercício
2.5. Substituição
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou
chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substi-
tutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, pre-
viamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de
direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância
do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um
deles durante o respectivo período.
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou
função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos
casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superio-
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3. Direitos e Vantagens
Vantagens
Vencimento Remuneração
permanentes
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Comentário
Exemplificando
Caso um servidor passe a ocupar uma função de chefia, receberá, enquan-
to permanecer no desempenho destas atividades, uma retribuição pelo seu
exercício.
Perderá o servidor, quando deixar de desempenhar a função, a retribuição
pelo seu exercício. Não perderá ele, contudo, o vencimento e as demais par-
celas de caráter permanente que já recebia.
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3.2. Vantagens
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Comentário
Exemplificando
João, servidor público federal, possui como vencimento o valor de R$ 10.000,
tendo direito, ainda, ao recebimento de duas vantagens, sendo uma de 25%
e outra de 10%.
Como é sabido, todas as vantagens devem ser calculadas tomando por base
o valor do vencimento recebido pelo servidor.
Se fosse possível a utilização do “efeito repicão”, teríamos o seguinte cálculo:
a) A primeira vantagem (25%), incidente sobre o vencimento básico, resulta-
ria em um valor de R$ 2500,00.
b) Para o cálculo da segunda vantagem, o valor que seria utilizado como base
de cálculo seria o vencimento + o valor da primeira vantagem (R$ 12.500),
resultando em uma vantagem de R$ 1250,00 (10%).
Após os cálculos, o valor total recebido, pelo servidor, a título de vantagens,
seria de R$ 3.750,00.
Contudo, pela vedação ao efeito cascata, o cálculo correto das vantagens
deve utilizar o valor do vencimento básico, ou seja, R$ 10.000, resultando,
respectivamente, em vantagens de R$ 2500,00 (25%) e R$ 1000,00 (10%),
totalizando assim R$ 3500,00.
3.2.1. Indenizações
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Caso o servidor tenha sido eleito para um cargo eletivo e, com o término
do mandato, retorne para o cargo público anteriormente ocupado, não terá
direito ao recebimento de ajuda de custo, uma vez que o retorno decorreu
exclusivamente da vontade do agente, e não por interesse do Poder Público.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo ser-
vidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudan-
ça de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93,
a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível.
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3.2.1.2. Diárias
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Comentário
Exemplificando
Os Oficiais de Justiça possuem, dentre as suas atribuições, a de realizar dili-
gências externas com a finalidade de dar cumprimento a mandados judiciais,
devendo, para tal, dirigir-se, com veículo próprio de locomoção, aos diversos
Municípios que compõem a sua jurisdição.
Como utilizam meio próprio de locomoção, recebem, como contrapartida,
uma parcela de caráter indenizatório destinada a custear as despesas incor-
ridas para a prestação da atividade.
3.2.1.4. Auxílio-moradia
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Dessa forma, a cada mês de efetivo exercício o servidor público federal ad-
quire o direito a 1/12 do respectivo adicional, que deverá ser pago, obrigato-
tada como mês de efetivo exercício, bem como que, em caso de exoneração
recebimento proporcional, que será calculada com base nos meses de efetivo
exercício.
Comentário
Exemplificando
Nesse caso, além das demais verbas devidas, terá Antônio direito ao recebi-
• O mês de abril é considerado mês integral, uma vez que Antônio traba-
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Logo, o período que deverá ser levado em consideração, para efeitos de paga-
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Lei n. 8.112/1990
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Além disso, o tempo que será computado como hora de efetivo exercício,
este artigo.
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servidor público sempre que este desejar gozar das suas férias.
1/3 sobre o total da remuneração devida pelo servidor. Caso o servidor exerça
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Lei n. 8.112/1990
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Lei n. 8.112/1990
Comentário
Exemplificando
Túlio, servidor público federal, foi convidado para atuar como instrutor em
curso de formação destinado ao aperfeiçoamento dos demais agentes estatais.
Nesse caso, Túlio terá direito ao recebimento de uma gratificação por encar-
go de curso ou concurso, que, nos termos da lei, será de 2,2% (por hora de
trabalho) sobre o maior vencimento básico do serviço público federal.
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3.3. Férias
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acu-
muladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12
(doze) meses de exercício.
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administra-
ção pública.
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3.4. Licenças
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Lei n. 8.112/1990
Trata-se de licença para aqueles servidores que tiverem que auxiliar algum
de seus familiares nos casos de doença, desde que tal atividade não seja pos-
sível de ser executada concomitantemente com as atividades da repartição.
Não são todos os parentes do servidor que, contudo, dão ensejo à conces-
são da licença, mas sim apenas o cônjuge e aqueles ligados ao servidor por
um vínculo de primeiro grau (filhos ou enteados, pais e padrastos e depen-
dente que conste no seu assentamento individual).
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Nos primeiros 60 dias, ainda que não consecutivos, será mantida a remu-
neração do servidor. Após, pelo prazo de até 90 dias, consecutivos ou não, a
licença será concedida sem a remuneração. Em qualquer hipótese, os prazos
mencionados acima (60 dias com remuneração e 90 dias sem remuneração) se-
rão os máximos, para cada modalidade de licença, dentro do período de 1 ano.
Em outras palavras, após o período de 1 ano, não poderá haver a conces-
são de licença remunerada por mais de 60 dias ou de licença sem remunera-
ção por mais de 90 dias.
Comentário
Exemplificando
Fernanda, após o atendimento dos requisitos legais, entrou em licença para
tratar de doença em pessoa da família em janeiro de 2014.
Com a concessão da licença, tal data passa a ser referência para as duas
modalidades, de forma que, até o período de 1 ano, Fernanda apenas poderá
fazer uso da licença nas seguintes condições:
a) Por até 60 dias, com a manutenção da remuneração;
b) Por até 90 dias, sem a remuneração do servidor;
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3.5. Afastamentos
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Lei n. 8.112/1990
O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entida-
de dos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
A cessão poderá ser utilizada para o desempenho de cargo em comissão ou
função de confiança (hipóteses em que será considerada a responsabilidade
no exercício das funções) ou, ainda, nos casos previstos em leis específicas.
Além disso, poderá ocorrer a cessão, de acordo com as alterações pro-
movidas pela Medida Provisória n. 765, de 2015, para o exercício de cargo
de direção ou de gerência em serviço social autônomo instituído pela União
com a finalidade de exercer a atividades de cooperação com a Administração
Pública federal.
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Caso o servidor federal tenha sido cedido para uma empresa pública, para
uma sociedade de economia mista ou para um serviço social autônomo, de-
verá a entidade, como regra, ser a responsável pelo pagamento do servidor.
Contudo, caso o agente estatal opte pela remuneração do cargo efetivo
(aquele que exercia antes da cessão) ou, ainda, pela remuneração do cargo
acrescida de parcela da retribuição pelo exercício do cargo em comissão, de-
verá a entidade cessionária ou o serviço social autônomo (quem recebeu o
servidor) reembolsar os cofres públicos da União pelos gastos efetuados com
a remuneração do servidor.
Para a validade da cessão, o ato deverá ser publicado no meio oficial, que,
no âmbito federal, é o Diário Oficial da União.
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3.6. Concessões
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A Lei n. 8.112/1990 faz uma distinção entre as situações que são compu-
tadas como de efetivo exercício e aquelas em que o respectivo tempo apenas
será contado para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
No caso de efetivo exercício, estamos diante de hipóteses em que o ser-
vidor desempenha suas atribuições regularmente ou encontra-se afastado
mediante alguma concessão legalmente autorizada. Como consequência, há
a contribuição para a previdência social e a continuidade no recebimento da
remuneração.
Nas situações em que o tempo de serviço é contado apenas para efeito de
aposentadoria e disponibilidade, não há a contagem de tempo para efeito de
efetivo exercício. Contudo, o respectivo período será considerado para efeito
de contribuição previdenciária e posterior aposentadoria ou disponibilidade.
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federal:
Dessa forma, o tempo de serviço que o servidor público desempenhou,
antes da sua investidura no serviço público federal, na iniciativa privada, em
órgãos estaduais e municipais ou no desempenho de mandato eletivo (ainda
que federal) não é considerado como efetivo exercício.
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Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos
e estará obrigado a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau
de hierarquia em suas estruturas, é de extrema importância que o servidor
tenha meios de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações em que
se sentir coagido ou em que houver descaso por parte dos seus superiores.
Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
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Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo
que entenderem de direito. Nesse sentido, devemos fazer uso do artigo 110
da Lei n. 8.112/1990, que estabelece o prazo prescricional para o direito de
petição do servidor público federal:
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110
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Lei n. 8.112/1990
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalva-
da, em todos os casos, a apreciação judicial.
4. Regime Disciplinar
4.1. Introdução
4.2. Deveres
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Lei n. 8.112/1990
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4.3. Proibições
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Nos primeiros incisos do artigo 117, bem como no seu inciso XIX, a Lei n.
8.112/1990 estabelece as proibições que são consideradas menos gravosas.
Vejamos brevemente cada uma das situações elencadas:
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Lei n. 8.112/1990
repartição;
Como decorrência do princípio da Impessoalidade, a prestação de serviço
público deve ser feita de forma isonômica para todos os administrados. Nes-
se mesmo sentido, o serviço interno deve ser executado de forma imparcial,
evitando que convicções pessoais atrapalhem o ambiente de trabalho.
Manifestar apreço, dessa forma, é demonstrar uma elevada predileção por
algum colega, pessoa ou coisa. Em sentido oposto, a manifestação de desapreço
pode ser entendida como a demonstração pública de insatisfação com tais entes.
Salienta-se que o objetivo da norma não é o de proibir que o servidor te-
nha convicções, crenças ou preferências. O que a norma quer evitar é que tais
sentimentos sejam externados aos demais colegas e particulares, evitando-se
assim que o ambiente de trabalho seja objeto de disputas e preferências.
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Lei n. 8.112/1990
Dessa forma, ainda que o texto da norma vede o exercício para parentes
até o segundo grau, o entendimento majoritário, conforme se observa da
Súmula do STF, é de que a proibição deve ser observada até o terceiro grau.
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Lei n. 8.112/1990
Caso o servidor, intimado pelo Poder Público a atualizar seus dados cadas-
trais, não o faça no prazo legal, será ele penalizado até que a obrigação seja
cumprida.
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Lei n. 8.112/1990
Como regra, o servidor público federal não pode exercer o comércio, uma
vez que tal conduta poderia implicar em conflito de interesses com as ativida-
des desempenhadas no âmbito do serviço público.
A proibição, contudo, fica restrita para os casos de gerência ou adminis-
tração. Em sentido oposto, poderá o servidor ser cotista, acionista ou coman-
ditário de uma empresa privada, uma vez que, nessas hipóteses, o agente
público não estará sendo o responsável pelas decisões da sociedade.
Da mesma forma, caso o servidor faça uso da licença para tratar de inte-
resses particulares, poderá ele, durante o período em que estiver licenciado
do cargo e sem o recebimento de remuneração dos cofres públicos, exercer
o comércio. Para isso, deverá observar a legislação relativa ao conflito de in-
teresses, não podendo, como consequência, desempenhar qualquer tipo de
atividade que conflite com as atribuições do cargo público ou com o interesse
da administração.
Por fim, temos como exceção à regra da impossibilidade de exercer o co-
mércio a participação em conselhos administrativos e fiscais de empresas em
que a União detenha participação no capital social ou, ainda, a participação
em sociedades cooperativas.
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4.4. Acumulação
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fissões regulamentadas.
requisitos legais;
magistério;
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4.5. Responsabilidades
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4.6. Penalidades
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Importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por pra-
zo superior a 90 dias, bem como que, a critério da autoridade competente,
dentro das situações em que for conveniente para o serviço público, a pena
de suspensão poderá ser substituída por multa de 50% por dia trabalhado.
Comentário
Exemplificando
Imaginemos uma situação em que um servidor foi punido com suspensão. No
entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais
danoso para o serviço público se o servidor penalizado permanecesse sem
trabalhar durante o prazo de cumprimento da penalidade.
Ainda que a administração tenha o dever de punir, essa punição não poderá
resultar em um prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do
interesse público. Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudi-
car a população, a administração poderá converter a pena de suspensão em
uma multa, situação em que o servidor permanecerá trabalhando e receberá
apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.
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Comentário
Exemplificando
Caso um servidor tenha sido penalizado com suspensão e esta, por conve-
niência do serviço público, tenha sido convertida em multa de 50% por dia
de trabalho, deverá o servidor, nesse período, continuar no exercício de suas
atividades, oportunidade em que receberá, durante o período da punição,
apenas metade da sua remuneração.
Decorrido o prazo de 5 anos, caso o servidor não tenha incorrido em uma
nova infração disciplinar, os registros da penalidade de suspensão serão can-
celados dos registros do servidor.
Nesse caso, não poderá ele requerer o recebimento da remuneração que
deixou de ganhar quando da aplicação da penalidade, uma vez que o cance-
lamento desta não gera direitos retroativos.
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Lei n. 8.112/1990
Quanto à demissão, não existe a possibilidade desta ser excluída dos as-
sentamentos funcionais dos servidores. Trata-se a demissão de um ato vin-
culado, de forma que, quando da sua ocorrência, não terá a administração a
discricionariedade de optar pela aplicação de outra penalidade, conforme se
observa de importante entendimento do STJ (MS 12217):
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Lei n. 8.112/1990
Comentário
Exemplificando
Suponhamos que um servidor tenha cometido, em janeiro de 2013, uma
infração disciplinar passível de aplicação de suspensão. No entanto, por moti-
vos diversos, a autoridade administrativa apenas tomou conhecimento da
infração cometida em junho de 2015.
Nessa situação, o prazo prescricional (que, no caso da suspensão, é de 2
anos) apenas terá início em junho de 2015, ou seja, na data em que o fato se
tornou conhecido por parte da administração.
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Penalidade Prescrição
Demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e desti- 5 anos
tuição de cargo em comissão
Suspensão 2 anos
Advertência 180 dias
5. Processo Administrativo
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5.2. Sindicância
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Lei n. 8.112/1990
Comentário
Exemplificando
A sindicância representa o início das investigações. Por meio dela, a autorida-
de administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar
provas que comprovem se realmente houve uma infração funcional disciplinar.
Caso a sindicância, por si só, verificar que houve uma infração punível com a
penalidade de advertência ou de suspensão até 30 dias, será ela classificada
como punitiva, uma vez que não haverá necessidade de instauração de pro-
cedimento administrativo disciplinar.
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O STJ já reconheceu que o excesso de prazo para concluir o PAD, por si só,
não acarreta a nulidade do processo, desde que não tenha havido prejuízo ao
acusado em relação ao prazo utilizado.
Conforme verificado, três são os importantes institutos no âmbito do pro-
cesso de verificação do cometimento de infrações pelos servidores públicos
federais, sendo elas a sindicância, o processo administrativo disciplinar e o
afastamento preventivo.
Cada um deles possui um prazo para conclusão previsto no texto da Lei n.
8.112/1990, podendo, ainda, ser prorrogado em caso de necessidade. Como
forma de facilitar a compreensão, relacionam-se abaixo os referidos prazos:
• Prazo de 30 dias
Sindicância
• Prorrogável por mais 30
• Prazo de 60 dias
PAD
• Prorrogável por mais 60
• Prazo de 60 dias
Afastamento preventivo
• Prorrogável por mais 60
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O PAD será conduzido por uma comissão processante, que será composta
por 3 servidores estáveis. Um desses servidores será escolhido como presi-
dente da comissão, devendo possuir, pelo menos, uma das seguintes carac-
terísticas:
a) ocupar cargo efetivo superior ou de mesmo nível que o servidor indiciado;
b) ter nível de escolaridade superior ou igual ao servidor que estiver sendo
processado.
Como forma de evitar que os trabalhos sejam prejudicados ou influencia-
dos, a norma federal veda a participação, na comissão processante, de pes-
soa que seja cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, do servidor indiciado.
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Comentário
Exemplificando
No curso de uma investigação, a comissão de um processo administrativo dis-
ciplinar verificou a necessidade de dirigir-se até o local da repartição do servi-
dor indiciado, uma vez que provas essenciais à elucidação dos fatos estavam
lá presentes.
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Apenas um Prazo de 10
indiciado dias
Prazo para
defesa
Dois ou mais Prazo comum
indiciados de 20 dias
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Caso o indiciado não consiga ser localizado por meio de mandado, a cita-
ção para a apresentação de defesa deverá ser feita por edital. Nessa hipótese,
o edital deve ser publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande
circulação no último domicílio do servidor.
Quando a citação for feita por meio de edital, o indiciado terá o prazo de
15 dias, contados da data da última publicação, para apresentar sua defesa.
Tendo sido realizada a citação, independente da forma como esta foi rea-
lizada, o indiciado deverá apresentar sua defesa dentro do prazo legal.
No caso de citação por meio de mandado, o prazo será de 10 dias. Quando
a citação ocorrer por edital, o prazo será de 15 dias. Em ambas as situações,
caso o acusado, regularmente citado, não apresente sua defesa dentro do
prazo revisto em lei, ocorrerá a revelia.
Importante frisar que os efeitos da revelia, no âmbito do processo admi-
nistrativo, são bem diferentes daqueles produzidos quando tal instituto ocorre
no processo civil.
No âmbito da justiça civil, quando um acusado, legalmente citado, não
apresenta sua defesa dentro do prazo da lei, todos os fatos contra ele impu-
tados são presumidos como verdadeiros. No processo administrativo, por sua
vez, vigora o princípio da verdade material, de forma que a falta de apresen-
tação de defesa, por parte do indiciado, não acarreta, por si só, a presunção
de que todas as acusações contra ele formuladas são verdadeiras.
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Comentário
Exemplificando
Lúcia, servidora pública, foi regularmente citada, por meio de mandado, para
apresentar sua defesa escrita no prazo de 10 dias.
Esgotado o prazo, e não tendo Lúcia apresentado a defesa, a autoridade com-
petente decretou a revelia, bem como nomeou outro servidor como defen-
sor dativo, devolvendo ao defensor o prazo de 10 dias para apresentação da
defesa.
Caso Lúcia, após a decretação da revelia, resolva apresentar sua defesa, esta
não mais será possível, uma vez que o prazo de 10 dias a ela concedido já
terá se esgotado.
Após este prazo, apenas a defesa elaborada pelo servidor nomeado como
defensor dativo será possível.
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Uma vez que o PAD inicial já está julgado, a simples alegação de injus-
tiça, por parte dos interessados, não é motivo suficiente para instaurar um
procedimento de revisão. Para que isso ocorra, é necessário que fatos novos
tenham surgido, fatos estes que, se fossem do conhecimento da comissão, à
época do julgamento do PAD, implicariam em um outro resultado.
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Comentário
Exemplificando
Paulo foi sancionado com a pena de advertência, pela autoridade adminis-
trativa, sob o fundamento de ter cometido a pessoa estranha à repartição o
desempenho de atribuições que era de sua responsabilidade.
Inconformado, Paulo apresentou recurso no prazo da lei. Uma vez apreciado,
a autoridade responsável verificou que Paulo, na verdade, cometeu as suas
atribuições a outro servidor, e não a um terceiro alheio ao serviço público.
Nessa situação, a penalidade de Paulo será agravada, passando de advertên-
cia para suspensão.
Caso, no entanto, Paulo consiga provar, por intermédio de fatos novos não
conhecidos no momento da aplicação da penalidade, que o motivo de ter
cometido a outro servidor as atribuições de seu cargo estava relacionado com
uma situação de urgência, poderá ele solicitar a revisão do processo.
E dessa revisão não poderá a autoridade agravar a penalidade do servidor.
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As fases do PAD sumário podem ser mais bem visualizadas por meio do
gráfico a seguir:
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Na instauração, será
Verificada a acumulação, será
publicada portaria da
Não havendo opção, é aplicada a pena de demissã,
comissão processante,
instaurado o PAD sumário destituição ou cassação em
composta por 2
relação aos cargos envolvidos
servidores
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g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satis-
fatórias;
Dos benefícios relacionados, o único que pode ser concedido para ambas
as classes de beneficiários (servidor e dependentes) é a assistência à saúde,
uma vez que esta, conforme já explicado, é um direito de todos e que deve
ser assegurado pelo Poder Público.
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ção), fraude ou má-fé, deverá ele devolver aos cofres públicos a totalidade
dos valores recebidos, sem prejuízo, quando for o caso, da instauração da
ação penal cabível.
6.2. Benefícios
6.2.1. Aposentadoria
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nente.
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O servidor público federal acometido por doença grave que enseje a sua inca-
pacitação para o exercício das atividades inerentes ao cargo que detenha deve
ser aposentado com proventos integrais, e não proporcionais, mesmo que a en-
fermidade que o acometa não esteja especificada no art. 186, § 1º, da Lei n.
8.112/1990.
A jurisprudência recente do STJ orienta-se no sentido de que não há como con-
siderar taxativo o rol descrito no art. 186, § 1º, da Lei n. 8.112/1990, haja vista
a impossibilidade de a norma alcançar todas as doenças consideradas pela medi-
cina como graves, contagiosas e incuráveis.
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6.2.2. Auxílio-Natalidade
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6.2.3. Salário-Família
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será de 90 dias;
de 30 dias;
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lizado por instituição provada. Nessa situação, o servidor poderá ser tratado
em tal instituição, cabendo ao Poder Público pagar todas as despesas ocorri-
das com o tratamento.
Tal medida, contudo, apenas pode ser utilizada em caráter de exceção e,
ainda assim, quando recomendado por junta médica oficial.
6.2.7. Pensão
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A pensão poderá ser concedida a qualquer tempo, ainda que não reque-
rida logo após a morte do servidor. Quando do deferimento, os beneficiários
habilitados terão direito a receber os valores relativos aos últimos 5 anos.
Como consequência, as parcelas referentes ao período de tempo anterior
a 5 anos, quando não solicitadas em momento oportuno não poderão, poste-
riormente, ser pagas aos beneficiários.
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Após o transcurso de pelo menos 3 anos das regras introduzidas pela Lei
n. 13.135/2015, a tabela relativa ao tempo de concessão das pensões poderá
ser alterada, mediante ato do MPOG, sempre que se verificar um incremento
médio de, pelo menos, 1 ano na expectativa de vida da população brasileira.
Na contagem das 18 contribuições mensais vertidas (regra introduzida
pela Lei n. 13.135/2015), o tempo de contribuição para o regime geral de
previdência social (RGPS) ou para o regime próprio de previdência (RPPS)
será levado em conta para efeitos de concessão da pensão.
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vidor público:
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6.2.8. Auxílio-funeral
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6.2.9. Auxílio-reclusão
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perda de cargo.
O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele
em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
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