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ca As interpretagdes da arqi pretacao pol Interpretagdes materi A interpretagao técnik As interpretagGes fisiopsicol Da interpretagao espaci Capitulo 6 Para uma histéria moderna da arquitetura Notas Bibliografia Indice dos lugares e monumentos citados Indice das figuras Indice dos quadros CAPITULO 1 A IGNORANCIA DA ARQUITETURA 20, Dezenove livros em ‘omegam com diatri- interes: 1 por arqui tual que se envergo- io conhecer um pintor do nivel de Sebastiano del E, se todos os jomais que se prezam tém um n de teatro, de cinema e pel anal sobre as artes, a ar 2 SABER VER ARQUTETURA cias sfio bem mais graves e mais prolongadas do que as da publi- cago de um romance pornogrifico, ~ Todavia (¢ aqui comegam as apologias), qualquer um pode desligar 0 rédio e abandonar os concertos, niio gostar de cinema € de teatro e nao ler um livro, mas ninguém pode fechar os olhos diante das construgdes que constituem o palco da vida citadina e trazem a marca do homem no campo e na paisagem. O desinteresse do paiblico pela arquitetura nio pode, contudo, ser considerado fatal e inerente & natureza humana’ ou & natureza producdo de ed » de tal forma que tenhamos de nos limitar a constaté-lo, Existem sem diivida dificuldades objetivas, € uma incapacidade por parte dos arquitetos, dos historiadores da arquitetura ¢ dos criticos de arte para se fazerem portadores da mensagem arquitetOnica, para difundir o amor pela arquitetu- ra, pelo menos entre a maioria das pessoas cultas. H4, antes de mais nada, a impossibilidade material de trans- portar edificios para um determinado local e de com eles fazer uma exposigd0, como se faz. com os quadros. E necessdrio jé ter interesse por este tema e estar munido de notavel boa vontade para ver a arquitetura com uma certa ordem e i homem médio que vi iia” do guia de ‘se deparar com @ mesma mistura de exemplares ‘0s estranhos e diferentes’. Quantos turistas se pro- hoje todas ‘monumentos renasc Qual de nés re: ago de no seguir esta ordem de templacio para admirar aquela torre roméinica que se ergue ido de uma igreja barroca, ou para entrar mais uma vez no Pantedo que esté logo all lo das pedras géticas de Santa Maria sopra Minerva? E poss ir em toda a Europa os uadros de Ticiano ou de Brueghel e revelar as suas personalida- des em grandes exposigdes; também € possivel executar as obras [AIGNORANCIA DA ARQUITETURA 3 de Bach ou de Mozart em concertos unitérios; mas cada um terd de criar com o proprio esforgo fisico e moral — que pressupoe ‘oma paixdo pela arquitetura ~ uma exposigdo de Francesco di Giorgio ou de Neumann, —_ Esta paixio ndo existe. A obstinagao e a dedicagao Jogos, merecedores de toda a admiracio no campo fi 0, dificilmente se elevam a esse plano de que tem um eco que, para suportarem os problemas da arte de edificar contempo- nea, nutrem uma profunda paixdo pela arquitetura no sent vivo da palavra, ndo tém hoje, em sua grande maioria, uma cul- rar de uma forma, digamos, ‘muito freqiientemente ligada a sua crénica polémica. Lutando contra 0 academismo enganoso e voltado a um simples trabalho tém declarado muitas vezes, ainda que inconscien- seu desinteresse pelas obras auténticas do passado, ¢ renunciaram desta forma a extrair delas 0 elemento condutor vital e perene sem 0 qual nenhuma nova posi¢ao de vanguarda se desenvolve numa cultura, Nao falamos apenas de F. Ll. Wright & leza das formas puristas hoje nao véem nem entendem a ligdes da arqui radicional. tanto, muito o que fazer. E tarefa da segunda geragio tos modernos, tuma vez superada a ruptura psicolégica do ato de gestagao do movimento funcionalista, restabelecer ntagdo de novida- vanguarda, a arquitetura moderna inse- 1a arquitetOnica, propondo antes de mais nada critica dessa mesma cultura. E evidente que uma cultura orgiinica, no seu esforgo por dar uma base e uma historia a0 14 SABER VER A ARQUITETLRA homem modemo, disperso ¢ sem rafzes, e por integrar as exigén- cias individuais e sociais que se apresentam hoje em forma de antitese entre a liberdade e o planejamento, a cultura e a pritica, voltando-se para 0 passado, ¢ especificamente para a histéria da arquitetura, nao pode usar pesos diferentes de apreciagio para € arquitetura moderna e para a tradicional. Quando formos capa- es de adotar os mesmos critérios de avaliagao para a arquitetura contemporiinea e para a que foi edificada nos séculos que nos teremos dado um decisivo passo em frente na senda dezenas de livros de estética, de critica e de hist6- tura poderiam ser apreciados através de uma prova de fogo: nos volumes de cardter arqueol6gico-hist6rico, acres- centem o capitulo sobre a arquitetura moderna e verifiquem se ©8 conceitos criticos informadores continuam a ter validade; nos volumes de carter apologético-moderno, incluam os capitulos issado ¢ observem os absurdos a que a postura meramente funci ames que nao chegaria oucos. De fato, por falta desse atri capacidade de falar de sem a qual acritica ea Togia no sentido morto dentre 0s livros recen- tes falhariam por sua parcialidade modemista, por esse entusias- ‘mo continuamente infantil e to monotonamente ingénuo dos que descobrem todas as manhas a revelagao fi revelagio que ja tem mais de um quarto de sé fusamente e culturalmente adquirida, que por isso atingiu aquela idade madura em que todos os seres, ¢ todas as mensagens hu- ™manas, se propdem temas mais amplos da propria autodefesa, Essas sao, em resumo, as posicdes do piiblico, dos arqueslo- 08 ¢ dos arquitetos. Mas aonde os criticos de arte chegaram? Aparentemente, deram um passo em frente. Hé quinze anos, quando socidlogos e pensadores do tipo de Lewis Mumford ja se interessavam pelos problemas da arquitetura historica e contem- |AIGNORANCIA DA ARQUTETURA 5 porfinea, era rarissimo encontrar crticos de arte que se dedicas- sem especificamente a esses problemas. Hoje em dia, as coisas, istas de artes figurativ {que publicagées mensais como 0 Magazine of Art, de Nova lor- Qual € 0 defeito caracteristico da maneira de tratar a arquitetu- ranas hist6rias da arte correntes? J4 dissemos mais de uma vez: consiste no fato de 0s edificios serem apreciados como se fossem esculturas e pinturas, ou seja, externa e superficialmente, como simples fenémenos plasticos. Em vez de uma falta de método eri- tico, trata-se de um erro de postura filoséfica. Afirmada a unidade das artes e, portanto, outorgada a todos os que so entendidos ‘numa atividade artistica a autorizagio para compreender e julgar todas as obras de arte, a massa dos criticos estende os métodos avaliativos da pintura a todo 0 campo das artes figurativas, redu- Zindo tudo aos valores pict6ricos. Dessa forma, se esquecem de considerar 0 que ¢ especifico da arquiteturae, portanto, diferente da escultura ¢ da pintura, ou seja, no fundo, o que vale na arqui- tetura como tal No decorrer dos tiltimos cingiienta anos, ¢ em especial nos Ultimos trinta, a renovacao da pintura, do cubismo em diante, (6 SABER VER A ARQUTETURA marcou uma simplificagdo da equacao pict6rica, Os movimentos seguintes, num primeiro momento, divulgaram a libertagio do sujeito e da semelhanga, depois a arte abstrata. Gritou-se aos ressoa, por toda De um desenho ‘Adao de Epstein & sma forma expressiva sin- de Van Gogh a um baixo-relevo de Manzi, Guernica de Picasso, tudo 0 que ica, que mostra uma vontade ‘© que se propée exprimir figur uma realidade sem o acréscimo de adjetivos e de decoragio, foi

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