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A “internet das coisas”, do inglês Internet of Thigs - IoT, surgiu como uma

proposta promissora e inovadora, que possibilitará a integração de diversos


objetos do cotidiano à sistemas computacionais, promovendo automação de
diversas atividades humanas.

A Iot ainda traz como vantagem o custo de investimento


relativamente acessível, uma vez que sua aplicação depende de tecnologias
como sensores, Smartphone, tablets, computadores.

Na esfera empresarial, a aplicação da IoT promete benefícios como o


aumento do nível de automação e melhoraras na eficiência da produção, tornado
a empresa mais competitiva no mercado.

Diante do exposto acima, esse trabalho tem por objetivo esclarecer o


conceito de IoT e mostrar estudos de casos que exemplifique a aplicação do
conceito na área de mineração.

Por fim, será discutido as principais barreiras que IoT deverá enfrentar, como
problemas técnicos e dificuldades de manter um sigilo de informações ou
privasidade de dados.
1- Conceituação

Nas palavras de Almeida (2015), Internet das Coisas, do inglês Internet of


Things (IoT), “refere-se à integração de objetos físicos e virtuais em redes
conectadas à Internet, permitindo que “coisas” coletem, troquem e armazenem
uma enorme quantidade de dados numa nuvem”. Esses dados são
posteriormente processados e analisados, gerando informações e serviços em
grande escala e com uma infinidade de aplicações.

Santos et al (201x), reitera o conceito da Internet das Coisas como sendo


uma extensão da Internet atual, que proporciona aos objetos do cotidiano, uma
capacidade computacional e de comunicação, quando conectados à Internet. E
explica seus benefícios:
“A conexão com a rede mundial de computadores viabilizará, primeiro,
controlar remotamente os objetos e, segundo, permitir que os próprios
objetos sejam acessados como provedores de serviços. Estas novas
habilidades, dos objetos comuns, geram um grande número de
oportunidades tanto no âmbito acadêmico quanto no industrial”
(SANTOS et al, 201x).

Nota-se assim, que a proposta do IoT é simples e clara: a informação


estará disponível em qualquer lugar e em qualquer momento, de maneira
integrada às atividades do dia a dia (ALMEIDA, 2015).

A revolução tecnológica apresentada pelo IoT vem conquistando espaço


rapidamente. Sua popularização se deve principalmente a convergência de
diversas tecnologias, como a compactação do tamanho e a acessibilidade de
sensores, que permitem a coleta e transmissão de dados (ALMEIDA, 2015).

Ao conectar objetos à Internet, a IoT promove a comunicação entre


usuários e dispositivos e possibilita uma ampla gama de aplicação, como no
planejamento de cidades inteligentes, na automação de ambientes, na saúde,
indústrias em geral e até mesmo na forma como a sociedade consome
informação (SANTOS, 2015).

A evolução da IoT venho acompanhada do aumento da conectividade,


que ocorreu principalmente devido aos avanço das redes sem fio, tornando
universal o acesso e a transmissão de dados (ALMEIDA, 2015).
2- Quando surgiu a Iot

Em 2003, havia aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas no mundo e 500


milhões de dispositivos conectados à Internet, o que resulta em
aproximadamente 0,08 dispositivos conectados por pessoa. Em 2015, observou-
se um crescimento explosivo de smartphones e tablets, o que levou o número
de dispositivos conectados à Internet até 12,5 bilhões, tornando o número de
dispositivos conectados por pessoa igual a1,84, pela primeira vez na história
(EVANS, 2011).

Apurando melhor esses dados, o Cisco Internet Business Solutions Group


estima que a IoT "nasceu" entre 2008 e 2009, como mostrado na figura abaixo.

Figura 01 - Surgimento do IoT.


Fonte: Evans, 2011

Surgiram também termos vinculados a IoT, como Big Data e Analytics,


que passaram a ser alvo de atenção por parte das empresas. Pois é através
desses recursos que se aplicam os fundamentos do IoT, por exemplo, como
transformar os dados em informação relevante para o usuário, ou como
apresentar a informação de forma eficaz e eficiente (ALMEIDA, 2015).

A IoT é algo tão significativo na economia que estima-se para os diversos


usos, doméstico, industrial o valor na ordem de bilhões de dólares, conforme a
previsão do site Statista (https://www.statista.com/statistics/580778/worldwide-
internet-of-things-economic-impact-forecast/, acessado em 23/04/2018). Cujo
gráfico em questão é conforme abaixo

Figura 02 – Impacto da IoT em diversos mercados


Fonte: https://www.statista.com/statistics/580778/worldwide-internet-of-things-economic-impact-
forecast/ (acessado em 23/04/2018).

Dessa forma, considerando o seguinte gráfico conhecido como Hype


Cycle(Ciclo das expectativas, tradução livre), percebe-se que a IoT está no pico
das expectativas, portanto, é comum esperar-se um grande retorno financeiro.

Figura 03 – Hype Cycle


Fonte:
https://www.researchgate.net/publication/276397629_Internet_of_Things_Impact_on_Economy
(acessado em 23/04/2018).
O gráfico é de 2014 e, hoje, é notável como a IoT é parte presente em
alguns pontos da sociedade e nas empresas, conforme próximo tópico. Logo, a
tendência é deum grande mercado nessa nova forma de se enxergar a
tecnologia.

3- Como é aplicado IoT nas empresas/indústrias?


3.1- Exemplo de aplicação na mineração

 Usado para aumentar o nível de automação e a melhorar a


eficiência da produção, tornado a empresa mais competitiva no
mercado:
Joe Carr (2018) diretor de Mineração da Inmarsat (em entrevista a Bit
Magazine):

“O uso da automação para reduzir as necessidades de mão-de-obra pode


fazer uma grande diferença no resultado financeiro da mineradora. Por exemplo,
uma mina australiana a céu aberto pode empregar 100 motoristas de caminhão,
cada um ganhando mais de 200 mil dólares australianos por ano, o que se repete
entre os funcionários que trabalham nos trens e o pessoal de manutenção. A IoT
será fundamental para permitir que as mineradoras reduzam a quantidade de
extração manual e do transporte de matérias-primas, porque isso permitirá a
introdução de uma infraestrutura mais autônoma como frotas de caminhões e
trens não tripulados. Ao retirar as pessoas do sistema, a tecnologia autônoma
também pode permitir uma operação de 24 horas por dia, 365 dias por ano,
eliminando a necessidade de mudança de turno e melhorando a segurança, com
um aumento ainda maior de produtividade. Trabalhamos hoje com algumas das
maiores empresas do setor de mineração para oferecer maior automação, o que,
por sua vez, resulta em uma velocidade cada vez maior em todo o processo de
mineração, ajudando a reduzir o tempo médio do ciclo e a melhorar a
produtividade. Os tecnólogos de mineração estão cada vez mais conscientes da
importância da conectividade por satélite em suas minas, entendendo que as
soluções IoT não podem funcionar sem uma conectividade confiável para a
coleta dos dados dos sensores e dispositivos conectados e sua transmissão até
as salas de controle”

4- Estudos de caso
4.1- Fortescue metals group
A FMG transformou a forma como seus caminhões eram carregados,
utilizando dados em tempo real para dar aos gerentes uma visão de quanto
minério cada caminhão estava transportando e se o caminhão estava cheio. Pela
primeira vez, essa visão permitiu que os operadores fossem avisados, via rádio,
quando seus caminhões não estivessem cheios e fossem instruídos a maximizar
a capacidade. Devido a isso, alguns caminhões puderam ajudar outras minas
sem custo adicional. O resultado foi uma maior capacidade dos caminhões e um
maior rendimento na produção de minério, dois fatores que significaram um
grande aumento nos lucros.
4.2- Goldcorp
A Goldcorp chamou atenção com sua “mina conectada”, onde todos os
capacetes dos operários foram equipados com dispositivos de rastreamento
para monitorar suas localizações em tempo real. O benefício mais obvio é a
segurança, pois se tornou possível se conhecer a localização de todos os
operários e garantir que eles não estão entrando em locais proibidos da mina.
Além disso, a Goldcorp estendeu a estratégia de IOT em tempo real para
outras áreas. Para manter um suprimento de ar fresco na mina, a companhia
desenvolveu um sistema chamado “Ventilation-On-Demand”, que melhorou o
fluxo de ar, o uso e a produção de energia, além de reduzir os custos
operacionais, pois o fluxo de ar pode ser direcionado somente onde e quando
for necessário.
4.3- Rio Tinto
Uma das maiores corporações mundiais de mineração, Rio tinto, está no
processo de automatizar muitos de seus veículos e maquinas na região de
Pilbara, no oeste australiano.
Eles a chamam de “mine of the future”, com 69 caminhões autônomos,
controlados pois um sistema automático de carregamento, feito para carregar o
minério da mina até as usinas de processamento, de forma mais eficiente e
segura do que utilizando motoristas humanos. A companhia pretende expandir
a automação até os trens e as escavadeiras.
O centro de operação da companhia, em Perth, controla todas as maquinas
autônomas em todos os locais de mineração em Pilbara, o que fornece à
companhia uma visão compreensiva da operação, com painéis de controle. Além
disso, há também a possibilidade de colaboração entre os diversos times de
mineração, em tempo real. Isso ajuda os gerentes a otimizar a logística e a
manutenção de todas as minas, através de uma localização central.
4.4- Dundee Precious Metals
Dundee foi uma das primeiras companhias a levar redes wireless a minas
subterrâneas, começando em 2010, na sua mina de cobre e ouro em Chelopech,
Bulgária. O objetivo principal era manter o controle da localização dos
equipamentos e das pessoas, e de permitir uma comunicação em tempo real
com a superfície.
O “backbone” do sistema são 55 milhas de cabos de fibra ótica, equipados
com pontos de acesso Wi-Fi. Apesar do projeto ter começado com roteadores
comuns, difíceis condições ambientais nos túneis forçaram diversas
customizações. A presença de quartzo nas paredes dispersava as ondas de
rádio do Wi-Fi, então foi preciso adicionar extensores de sinal e antenas
parabólicas para focar os sinais. Além disso, foi necessário reforçar os
roteadores para suportarem ameaças físicas, como agua, pedras caindo e uma
batida ocasional de um veículo ou maquina pesada.
Finalizada a implantação do projeto, a comunicação se tornou confiável e
instantânea, mesmo no fundo da mina, aproximadamente 2000 pés de
profundidade. Os operadores podem levar laptops e smartphones na mina para
se manterem conectados ao pessoal e aos softwares na superfície. Além disso,
os gerentes podem saber onde está cada pessoa e cada equipamento na mina,
o que ajuda a prevenir acidentes e paradas inesperadas, além de coordenar as
operações em tempo real.

5- Impactos Gerados Pela Implementação da Internet das


Coisas
Este trabalho elucida com clareza as vantagens da implementação da IoT
(mais segurança, otimização, comunicação, diminuição de desperdícios e
controle e automação são exemplos disso). Porém, como todo novo projeto, os
impactos negativos precisam ser considerados e muito bem estudados para que
esta “tecnologia futurística” não seja subutilizada.
A começar pela compatibilidade: atualmente não há um padrão internacional
para os equipamentos de marcação e monitoramento. Provavelmente essa é a
desvantagem mais fácil de superar: basta que as empresas fabricantes desses
equipamentos concordem com um padrão (como Bluetooth, USB, etc). Não é
necessário nada inovador. Porém mesmo que se chegue em um padrão comum,
problemas técnicos persistirão. Hoje existem dispositivos habilitados para
Bluetooth e ainda assim há problemas de compatibilidade nesta tecnologia. Isso
pode resultar em pessoas comprando aparelhos de um determinado fabricante,
levando ao seu monopólio no mercado.
A IoT consiste em várias tecnologias cujas arquiteturas são diferentes umas
das outras, isso a torna um sistema complexo. Como em todos sistemas
complexos, há mais oportunidades de falha. Com a internet das coisas os
fracassos poderiam ser muito comuns. Por exemplo, pode ocorrer um erro no
software de uma impressora, fazendo com que ela peça um cartucho de tinta a
cada hora por alguns dias, ou, pelo menos, depois de cada falha de energia,
quando na verdade só seria necessária uma substituição. A IoT é uma rede na
qual qualquer falha ou erro no software ou hardware terá sérias consequencias.
Até mesmo a falta de energia pode causar inconvenientes.
Além disso, uma falha na rede IoT pode levar a mais tempo para restauração
do serviço, exigindo trabalhadores qualificados, com conhecimento em várias
tecnologias. Logo, o provedor de serviços de internet das coisas deve pagar caro
para contratar e manter esses funcionários. Como há vários dispositivos de
fornecedor envolvidos na rede IoT, ele exige que os testes de interoperabilidade
sejam realizados antes de iniciar o uso do sistema. Isso também acarretará
custos ao fabricantes de dispositivos IoT e aos provedores de serviços de rede.
Com todos os dados da IoT sendo transmitidos, o risco de perder a
privacidade aumenta. Não se sabe quão bem criptografados os dados serão
mantidos e transmitidos, criando um perigo eminente de segurança da
informação. Todos os eletrodomésticos, máquinas industriais, serviços do setor
público, como abastecimento de água e transporte, e muitos outros dispositivos
estão conectados à internet, tornando toda informação propensa a ataques de
hackers.
Outro inconveniente que a adoção da IoT pode causar é a diminuição do
número de empregos de trabalhadores e auxiliares não qualificados, devido à
automação das atividades diárias. Este problema é comum ao advento de
qualquer tecnologia e pode ser superado com a educação. Com as atividades
diárias sendo automatizadas, naturalmente, haverá menos requisitos de
recursos humanos, principalmente funcionários com menos instrução, podendo
causar um problema de desemprego na sociedade.

As vidas serão cada vez mais controladas pela tecnologia e dependerão dela.
É uma questão de decisão saber até que ponto cada pessoa está disposta a ser
controlada pela tecnologia e ter um dia-a-dia mais mecanizado.
Com certeza levará algum tempo para o sistema IoT se tornar completamente
estável e viável, pois há novos e futuros padrões sendo integrados.

6- Conclusão
À luz dos exemplos e estudos de caso apresentados neste trabalho, tornam-
se evidentes os benefícios decorrentes da adoção do conceito de “Internet das
Coisas” nos diversos segmentos da sociedade. A integração de atividades,
equipamentos e sensores à uma rede única, permitindo a rápida análise,
interatividade e tomada de decisões - sejam estas pré-programadas ou
desenvolvidas ao longo da análise de uma série histórica gerando um perfil único
para cada utilizador - configura-se como um importante passo para a
consolidação da globalização.
Apesar de recente, com soluções ainda pontuais na indústria e no dia a dia,
a expectativa é que a IOT represente um importante salto no desenvolvimento
em todos setores e níveis da sociedade. As mudanças mais contundentes
previstas com o advento desta tecnologia são: o desenvolvimento de uma cidade
inteligente, onde os sistemas de administração, segurança, saúde e transporte
estejam interconectados, possibilitando uma gestão mais efetiva da máquina
pública; a completa automatização dos setores industrial, agropecuário e de
serviços onde as tomadas de decisões comerciais, produtivas e manutenção
sejam auxiliadas de modo intensivo pela adoção de sistemas inteligentes; o
desenvolvimento das residências automatizadas, que se adaptam e executam
todas as atividades cotidianas conforme o perfil do proprietário; mais
especificamente, no setor na mineração, espera-se uma atividade
completamente automatizada e otimizada de modo que os riscos decorrentes da
atividade se tornem irrisórios.
Apesar de promissora, a nova tendência apresenta alguns desafios prévios
à sua adoção sistêmica e consolidação global, como a garantia da
confidencialidade das informações, a indisponibilidade e a falta de integridade
no sinal de sensores, o “Big Data” (garantia da capacidade de armazenamento
do crescente volume de dados), a grande quantidade de dados disponibilizados
na vida real após a consolidação do IOT e o aumento do desemprego.
Os temas supracitados ainda carecem de extenuantes horas de pesquisas,
debates e propostas viáveis para que uma adoção generalizada do IOT seja
possível.
Referência bibliográfica

ALMEIDA, Hyggo. Internet das Coisa: tudo conectado. Revista da Sociedade


Brasileira de Computação: INTERNET DAS COISAS Nós, as cidades, os robôs,
os carros - Tudo conectado! Brasil, 2015. Disponível em
<http://www.sbc.org.br/images/flippingbook/computacaobrasil/computa_29_pdf/
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EVANS, Dave. A Internet das Coisas Como a próxima evolução da Internet


está mudando tudo. Cisco Internet Business Solutions Group (IBSG), 2011.
Disponível em
<https://www.cisco.com/c/dam/global/pt_br/asets/executives/pdf/internet_of_thi
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Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Belo Horizonte, []. Disponível em
<http://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das-coisas.pdf>.
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CARR, Joe. Empresas de mineração consideram IoT essencial para garantir


vantagem competitiva, diz pesquisa. Bit Magazine, 2018. Disponível em
<http://www.bitmag.com.br/2018/01/empresas-de-mineracao-consideram-iot-
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Disponível em <https://www.softwareadvice.com/resources/5-lessons-
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