Вы находитесь на странице: 1из 41
ARQUIVOS ABERTOS 12 Distrito manganesifero de Urandi-Licinio de Almeida, Bahia: geologia potencialidade econdémica Gélbio Melo Fagundes Rocha Samuel Leal de Souza Ives Antonio de Almeida Garrido Integrago € sintese por Luiz Luna Freire de Miranda Salvador Companhia Baiana de Pesquisa Mineral 1998 . GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Paulo Ganem Souto SECRETARIA DA INDUSTRIA, COMERCIO E MINERACAO, Jorge Khoury Hedaye COMPANHIA BAIANA DE PESQUISA MINERAL Umberto Raimundo Costa - Diretor Presidente ‘Moaeyr Moura Marinho - Diretor Técnico Dival Pires Schmidt - Diretor Administrative e Financeiro Geréneia de Geologia Basica ¢ Aplicada Juracy de Freitas Mascarenhas Gerdncia de Prospeegio Raymundo Wilson Santes Silva Geréneia de Publicacdes Emesto Fernando Alves da Silva - Gerente Maria Augusta Magalhies e Silva - Chefe do Setor de Edigdes Técnicas Raquel del Carmen Hermida - Chefe do Setor de Documentagio Magali Carvalho Motta ée Menezes - Editorago Eletrdnica Maria de Fatima Costa Mendonga - Digitaglo Volume da Séric ARQUIVOS ABERTOS, do Programa de Publicagdes da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral Rocha, Gélbio Melo Fagundes Distrito manganesifero de Urandi-Licinio de Almeida, Bahia | geotogin e potencialidade econsmica / Gélhio Melo Fagundes Roch Samuel Leal de Souza, Ives Anténio de Almeida Garrido, Integragiio fe sintose por Luiz Luna Freire de Miranda, - Salsador: CBPM, 1998, 34 pul, mapa, ~ (Série Arquivos Abertes; 12) ISBN 85.85680009-1 1. Geologia econdmica. 2. Manganés. 3. Geologia regioral. 4. Bahia. 1. Souza, Samuel Leat de. Il. Garrido, Ives Antonio de Almeida. II] Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. 1V, Titulo. V. See CDU 553325 (814.2) APRESENTACAO Com 0 tema “Distrito Manganesifero de Urandi-Licinio de Almeida, Bahia: Geologia e Potencialidade Econémica”, a CBPM lanca o décimo segundo volume da sua Série Arquivos Abertos, ja amplamente consagrada junto ao seu grande € qualificado pablico-alvo. O texto deste volume aborda tanto a geologia, a tecténica e 0 metamorfismo, das rochas encaixantes, quanto a natureza, as caracteristicas litogeoquimicas € geofisicas do minério, incluindo também algumas consideragdes sobre sua génese e evolugao. Em adigao, por ser a Bahia 0 tinico estado produtor de ferrocromo no Brasil ¢ um dos maiores produtores nacionais de ferroliges & base de manganés © de silicio, um Apéndice foi inserido no volume contendo referéncias a situagdo nacional ¢ estadual das ferroligas. ‘Ao ampliarmos, com esta publicag%io, © acesso do mundo empresarial, académico e profissional da geologia ¢ da mineraglo 20 nosso acervo de informagdes, esperamos estar trazendo mais uma contribuigdo para 0 desenvolvimento mincro-industrial da Bahia. Umberto Raimundo Costa Diretor-Presidente SUMARIO APRESENTACAO iti ABSTRACT ix, wesscne ie eon amnposies shie-lrautirubtineye nase benatengttir® vii RESUMO... ix 1. INTRODUGAO......0....2 000s ceeeee eee e eee eer eeteeeeeteenenee 1 2. HISTORICO.. 3. GEOLOGIA REGIONAL .........-...:: cee eee e recente eee 2 4, GEOLOGIA DA AREA DE CAETITE-LICINIO DE ALMEDD Ags 23525122585 220908 TE A 4 4.1 -EMBASAMENTO PRE-ESPINHACO, 4.1.1- Complexo Metamérfico-Migmatitico . ... ae 4.1.2 - Complexo igneo-Metamérfico de Lagoa Real . 4.1.3 - Complexo Licinio de Almeida mon 4.2 - SUPERGRUPO ESPINHAGO. a 4.2.1 - Grupo Borda Leste 42.11 - Formagdio Mosquito 4.2.2 - Grupo Serra Geral. 4.2.2.1 - Formagéo Salto 4.2.2.2 » Formagiio Sitio Novo.» « 4.2.2.3 - Formagiio Santo Onofre. « er euae 4.3 -ROCHAS INTRUSIVAS. . - 4.4- TERCIARIO-QUATERNARIO 5. GEOLOGIA ESTRUTURAL, TECTONICA EF METAMORFISMO ......... 00... ...0-000s0e see eeeceeeee eee eee 9 §.1 - PRINCIPAIS FEICOES F DOMINIOS ESTRUTURATS, 5.2— UNIDADES TECTONICAS «oe ee eee sees cee eee eee eee nents ee eee eens eee ee ees 12 53 - EVOLUCAO TECTONOMETAMORFICA. « 14 6. DISTRITO MANGANES{FERO DE URANDI-LICINIO DE ALMEIDA .............. 5202002002020 16 6.1 - SUBDISTRITO DE URANDI.. 16 62 - SUBDISTRITO DE CAETITE-LICINIO DE ALMEIDA... . 62.1 -Distribuigio e tipologia das ocorréncias de manganés ... voce 7 6.2.1.1 ~ Minério do tipo embasamento 18 6.2.1.2 - Minério do tipo Espinhago y 6.2.1.3 - Minério secundlirio 20 62.2 - Caracterizacio litogeoquimica do minério 62.3 - Caracterizasio geofisiea do minério. . 6.2.4 - Consideragies sobrea génese € aspectos ev 62.4.1 « Minério do embasamento. 6.2.4.2 - Minério do Espinhaco we 28 7. CONCLUSOES E RECOMENDACOBEG..........0..:0.6000000 31 8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ........000000:cccceceeeee 31 APENDICE ABSTRACT The Urandi-Licinio de Almeida Manganese District in Bahia comprises small manganese deposits and mines located in the Northern Espinhago Range and its borders. It encompasses the Urandi subdistrict, on the west side, with small occurrences and one exhausted mine, and the Cactité-Licinio de Almeida subdistrict, on the range and over its eastern side, with small operating mines. The Norther Espinhago Range is formed by the _platformal metasedimentary cover of the Mesoproterozoic Espinhaco Supergroup, subdivided into. Borda Leste and Serra Geral groups. It is bounded by the Guanambi-Correntina shield block to the west, and the Paramirim and Gavido shield blocks to the east, The three Archean to Paleoproterozoic basement blocks are composed of tonalitic-granodioritic-granitic orthogneisses and_paragneisses with associated ancient supracrustal rocks of chemical-sedimentary affiliation. The regional rocks are overlain by thick overburden, Two major tectonic events have been recognized in the region. The first one, of pre-Espinhago age, afiected the basement rocks, while the other, an Espinkaco event, affected both the basement and the platformal cover, with successive foldings and ductile shearings attributed to the Brazilian cycle. Inversions in stratigraphic metasedimentary bedding and in paragneissic banding are common in the region, Manganese mineralization at the Urandi subdistrict occurs in paragneisses of the Urandi Complex. At the Caetité-Licinio de Almeida subdistrict, it occurs associated both to basement paragneisses of the Licinio de Almeida Complex and to the other metasedimentary cover lithologies. The host rocks, ferromanganese formations, display characteristics of oxide, silicate and carbonate facies in the basement, and of oxide facies in the cover rocks. Ore genesis appears to be related to chemical or biochemical processes in marine environment. The manganese occurrences are enclosed within key stratigraphic horizons along tens of kilometers, Nevertheless, all known economic deposits have systematically shown to be discontinuous and small. Total mineable reserves currently known do not exceed 1.5 million tons. The high degree of stratigraphic control and the close spacial proximity of @ large number of deposits attest positively to the exploration potential of the region, allowing for estimates of manganese ore resource potential for the Cactité-Licinio de Almeida subdistrict in the order of vwelve million tons. Additional exploration work is needed for confirmation. RESUMO 0 distrito manganesifero de Urandi-Licinio de Almeida, na Bahia, é constituido por pequenas jazidas ¢ minas de manganés, situadas na cordilheira do Espinhago Setentrional ¢ nas suas margens. Compreende dois subdistritos: o de Urandi, do lado oeste, com pequenas ocorréncias © uma mina, jé esgotada, ¢ o de Caetité-Lieinio de Almeida, na serra e na sua margem leste, com pequenas minas em operagilo. A cordilheira do Espinhago Setentrional € formada pela _cobertura metassedimentar plataformal do Supergrupo Espinhago, — mesoprotero6ico, subdividido nos grupos Borda Leste ¢ Sera Geral, ¢ mergeada pelo bloco de Guanambi-Correniina, a ovste, e pelos blocos do Paramirim ¢ Gavido, a leste. Os trés blocos, que correspondem ao embasamento arqueano a paleoproterozbico, sio constituides por ortognaisses ¢ paragnaisses tonalitico-granodioritico-graniticos, com reas remanescentes de antigas rochas supracrustais de filiagio quimico-sedimentar. Um espesso manto de intemperismo recobre as rochas da regio. Dois eventos tecténicos maiores sto registrados na regio. O primeiro, de idade pré-Espinhaco, afetou as rochas do embasamento, enguanto o outro, evento Egpinhaco, afetou tanto 0 embaszmento como a cobertura, com sucessivos dobramentos ¢ cisalhamentos diiteis atribuidos ao ciclo Brasiliano. Inverses na estratigrafia de camadas metassedimentares e de bandas paragndissicas so comuns na regio. ‘A mineralizagio manganesifera do subdistrito de Urandi ocorre em paragnaisses do Complexo de Urandi, enquanto a do suddistrito de Cactité de Almeida ocorre associada tanto a paragnaisses do Complexo Licinio de ‘Almeida, do embasamento, quanto a litologias da cobertura metassedimentar. A rocha hospedeire, formago ferromanganesifera, tem caracteristicas das facies 6xido, silicato e carbonato, no embasamento, ¢ da facies jo, na cobertura. A génese do minério parece relacionada a sedimentagtio quimica ou bioquimica de ambiente marinho. Licinio As ocorréncias de manganés alinlam-se cm niveis-guia estratigréficos por dezenas de quilémetros, mas os depdsitos de valor econdmico so descontinuos ¢ pequenos. A reserva lavrével atualmente disponivel ¢ inferior a 1,5 milhdo de toneladas, 0 alto nivel de conirole estratigréfico ¢ a proximidade espacial de um grande nimero de depésitos sio indicadores positivos do potencial exploratério da regido, permitindo estimar-se um potencial de recursos da ordem de doze milhdes de toneladas de minério de manganés no subcistrito de Cactité-Licinio de Almeida. Isto requer confirmagiio com trabalhos exploratérios adicionais. Companhia Raiana de Pesquisa Mineral -CBPM Para atvalizer as infornagies sobre 9 menganés de Urandi- Licinio de Almeida os gedlogos G.MF. Rocha (SGM) eL.LF. de ‘Miranda (CBPM) visitaram a rea no final de 1996 e mantiveram, ‘eontates com téenicos de empresas gas & Sibra, aos quais S30 | Formapio Sate | Sates) ices | ‘Seadncia donna! Borda Leste |Grapo Borda Lote [aint 8) ital Bs Nas regides de Macatibes © Maniagu, a norte, a base do Supergrupo Espinhago & representada por rochas efusivas fcidas da Formagao Rio dos Remédios, do Grupo Paraguagu (Barbosa & Dominguez, 1994), que no ocorre na regizo de Cactité-Licinio de Almeida. Nesta dtea, a base & repre- sentada pela Formagdio Mosquito, do Grupo Borda Leste Tanto na descrigto da estratigrafia como no mapa geoligico anexo sera usada a nomenclatura de Dominguez (1996) para as formagdes, mas mantidos os nomes das sub- divisBes em litoficies (sistemas deposicionsis) de Rocha (1991). A esiratigrafia escuemitica da regio esté repre- sentada na figura 5, ‘A paragerese mineral do Supergrupo Espinhago (clorita, moscovita, biotita, cloritdide, andaluzita, silimanita, cianita, granada, esiaurolit) indica metamortismo de ficies xisto verde a epidoto-aniibolito (Magnavita & Rocha, 1996), 42.1- Grupo Bords Leste Nos limites do mapa geolégico anexo, esta segiiéncia € representada apenas pea Formagao Mosquito. As outras trés formagdes sotopostas (Pajei, Bom Retiro ¢ Riacho do Bento), em que se divide o Grupo Borda Leste, no ocorrem nesta es. 4.2.11 = Formagio Mosquito Defirida como membro por Kaul (1970), a Formagao Mosuito & constituida, na tase, por quarzitos com laminagio itos — ou xistos finos ~ granadiferos, interestratifi- itaxisto, que constituem allitoficies By (Foto 2). quarzitos diminuem para o topo, onde pessam a predominar metapelifos, que se tornam ricos em Oxicos de feito e man- ganés, até 4 individualizagio de camadas ferromanganesferas (litoficies Ba), hospedeiras dos principais depdsitos de minério de mangenés (foto 3) do Grupo Borda Leste. Esta unidade corresponde a um provavel sistema deposi- cional de plataforma marinha rasa (figura 5), com ocorrén- cia de tempestades (sistema deposicional Buixio), A pro- gressio para um ambiente de plataforma “faminta” propi- ciou a sedimentayio de natureza guimica (Dominguez. & Rocha, 1989; Dominguez, |992a, 4992b, 1993). (Companhia Batana de Pesquisa Mmeral - CBPM Arguivos Abertos 12 | TecT6wica € 1 . | MODELOS DEPOSICIONAIS Tecrowce | BS & | Depositional Models Technion st igi Ba a0 28 23 >eom | BBs sels ef i Sls 5 gs iice\ & 5 e& | ese. nestruneuro ‘ ek [eee rérwico SQ] .5 s/s eds RIFT ze }esele \ | 88 |S" 3léo Post-ritt gS le ses ‘thermo! gS |e sig, cooing VE iS =: Ro ! z 3 920m 3 7 , g ae | 333 t a: oy i= le ESTIRAMENTO SSls 2] sa | CRUSTAL SN | Su 8 § SIN RIFT Fey] 2 Sk 85 82 8 ‘ae, ES / 29 8/8 Zeatel eR [a3 2/8 srenning | 1 o8 |S8 a/eeg8 Jo Salz sé as ze 3 8 fe]: <80m (2) PALEOPROTEROZGICO / | 7% ARQUEANO up oo ye PALEDPROTEROZOIC 7 LICINIO DE ALMEIDA’ anowean Complex Lage: 3 - safes crus: 1- Acad, psien port:2~ Acad, gande porte; - Hummer: 4 Laninatopaso-pall: 5 Lamina pPno-pralel con marcas onduladas; 6 - Fomagio feromanganesfera bancada; 7 = Quartzios, 8 = Fiitos, 9 =" Graniiides, 10- Arfibolion, 1 = Graisses: 12 - Formagio ferromanganesifera do embsamento, Models deposicionais: A ~ Ambieste msriho profundo (posse! tlds), com lobos :ut= bisiticos B “Ambiente torneo (slorefve), em tenpestades; C= Ambiente cottnenalunioedieo, D- Plataforma marina fsa, cars tempesade Explanation 1 ta )~ Crossbedding: 1 = Trough. smatl seal; 2 ~ Trough, large scale: $- Huemocly 4 Horizontal lamination: - Horizental lamination with ripples; 6 ~ Banded irommanganese formation, 7 - Quartates; §- Piles: 9» Granioids 10 - Amplibolites, 11 - Gresses: 12 - Sasemert ron ma formation. Deposiional models: A'~ Deep marineslope environment with tabidiie labs; B Shoreface environment with worm C.« Fntalecakan ‘cantinenalexvironment; D~ Shallow marine shelf wih storms, Figura S~ Colona estratigréfieaecquemétiea da regito praquisca por Recha, mostrando. embasanento, os prineipais sistemas depisicionais ‘es ambientesteténicox. Modifiado de Rocha (1991 Figure Schematic stratigraphic colunn ofthe region surveyed by Rocha, showing the basement, te major-depostional ystems ‘ond the tectonic sittings Modified from Rach (1991), Arquivos Abertos 12 Foto 2 - Alternancia entre arenios fia0s ¢ sitios com laminagio paralela da boficies By, Formagio Mosquito, préximo aJacaraci. Photo 2 ~ Alternated fine sandstones and siltones with parallel lamination ofthe lihofacies B, Mocqulto Formation, near Jacaracl. Companhia Baiana de Pesquisa Mineral -CBPM 42.2- Grupo Serra Geral © limite deste grupo com 0 Grupo Borda Leste, so- toposto, earacteriza-se. por uma discordancia erosiva, nitida na parte sul do Espinhago Setentrional, onde rochas de origem fuvial-eélica repousam sobre metassedimentos quimicos do topo da Formagio Mosquito. © Grupo Serra Geral contém trés formagies, da base a0 topo: Salto, Sitic Novo e Santo Onofte. 42.2.1 - Formagio Salto ‘Nomeada por Dominguez. (1996), ests formag20 é cons- tituida por quartzito silicificado, com espessura que varia de cem 2 3.500 metros. Por sua resisténcia, destaca-se no relevo, sempre positive em relapo a0 des rochas circunvi= zinhas, 0 que lhe dé a condigdo de nivel-guia na esiratigrafia da regido. Divide-se em duas litoficies: $1 e S2 (no separadas no mapa geolégico), que compem o sistema de posicional Salto, de Rocha (1991), A litofécies $1, parte basal co sistema, & constituida por quartzite médio a fino, por vezes conglomeritico, Os sixes, estirados por intensa deformagdo em zonas de cisalhamento (foto 4), sto de quartzito ¢ formagio ferrfera, mas ocorrem também seixos de xisio, quarto e granitéide. 0 conglo- ‘merado pode atingir algumas dezenas de metros de espes- sura. A estrutura sedimentar dominante no quartzito &a es tratificagio eruzada acanalaa: A litoficies $2 é constituida por quariitos médios a fi. nos, bem seleciorados. Fstratificagio plano-paraiela © es- tratificagio cruzada de grande porte (fot0 5) so as princi- pais estruturas sedimentares. contato entre as duas Ii {ofécies é gradacional. As litoficies $1 ¢ S2 permitzm carac- terizar a Formagaio Salto como um sistema deposicional fu vioedlico (figura §) Foto 3 - Formacio ferromanganesifera (fies 6x nas bandas eseurase quartzo nas bandas laras ferromangands ‘do Riacho Fundo. Photo 3 - Ironmanganese formation (oxide faces) irom-manganese in dark bands, and quertz in white bands. Riecho Fundo mine. Foto 4 - Conglomerado da litotdeies S; Formagzo Salto): sexos estira- ‘dos de quartritoe gnaise, em Zona mionitizads. Photo 4~ Conglomerate of the Sy lthojacigs Salto Formation): stretched ‘quaraite and gncisspebblesin a milontie zone Companhia Baiana de Pesquisa Mineral-CBPM Foto 5 - Patratifeast eruada de grande porte, invertida, da Iitoticis Ss (Fermacio Salto). Photo $ ~ Inverted large crossbedding within Sp lihofacies (Salto Formation) Formagiio Sitio Novo As relagbes de contato desta formagiio com a Formagda Salto nio sto claras, mas, na serra do Salto, quartztos finos, recristalizados, associados a filitos granadiferos averme- Thados, indicam o inicio da sua deposigdo. A Formagiio Sitio Novo '€ constituida por tés litoficies, que compoem o istema deposicional Telheiro, de Rocha (1991). Quartzitos médios, sericiticos, com grande quantidade de estratifieages eruzadas dos tipos acanalado (foto 6) © espinha-de-peixe (foto 7), constituem a Titoficies Ty Quartzito avermelhado de granulagio fina, sericitico, com intercalacdes centimétricas de filito grafitoso, cinza, com laminagio plano-paralcla, caracteriza a litoficies (foto 8), enquanto a T3 é formada por quartzito de granu- lagdo média a fina, cuja estratificagio cruzada do. tipo hummocty (foto 9)'¢ 2 estrutura sedimentar dominante. tratificagio eruzada acanalada, com contato tangencial, as- socia-se, por vezes, a0s hrummockies. Hi, na Formagao Sitio Novo, evidéneias de um sistema deposicional litoraneo ~ shoreface -, com fases de tempestade (figura S). io cruzada acanalada na lioficies T (Formagie Photo 6 - Trough erossbedding within Ty lihofacies ld Nove Formation), Indicating overturned beds, NW of I. de Almelda Anguivos Abertos 12 Foto 7-Estratifeagio eruzada do Spo expinb (ormagio Sito Novo), NWede Lde Almeida Photo 7 Herringbone erosibedding within Ts lihofacies (Silo Novo Fermation), XW of L. de Almeida me ae Folo 8 - Laminasio plano-paralela com freqdente ondulagio por miar- jrsio de camads na ts de Almetda, Photo 8 ~ Planesperaitel lamination with frequent undulation by ripple ‘marks. Crosshediing indicates inversion of beds in the T> lihofacies (Siti Novo Formation), NW of ade Almeida eto 9 - Hummocky na itoficies Ts (Format aetna, Sitio Novo), a NW de Le Photo 9 Hanmochy within the T; lhofactes (Sitio Novo Formation), NW of L de Almeida. Arquivos Abertos 12 ‘Acalterndncia entreas tis ltofacies intensa e repetitiva que se achou conveniente no separi-tas hho mapa geolbgico anexo, No préprio mapa original de Ro- cha (1991) sio visiveis as difieuldades na separagdo car- togrifiea das Titoficies T1, T2 ¢ Ts, ainda que 0 texto dife- rencie bem as feigbes proprias de cada uma delas. 4.2.2.3 Formagio Santo Onofre Definida por Kaul (1970), esta formago & constituida por filites dominantes, que representam mais da metade do Volume total de sedimentos do Grupo Serra Geral, ¢ por quartzitos. O contato com a Formagaio Sitio Novo € grada- ional, caracterizado pela alternincia entre _quartzitos meédios a finos, tipicos da unidade sotoposta, com estrat cages eruzadas acanaladas,¢ filitos cinza. [A Formaglo Santo Onofre engloba dois membros infermais tum pelitico, inferior, € outro com altemneia plitico-psamitica grossa. Correspondem as respectivas ficies G1 ¢ Gz, do sstema, Area pesquicada por Rocha (1991). Explanation: 1 and 2- Metasedimentary cover: I~ Espinhaco Depositional ‘Sequence: 2 - Borda Leste Depositional Sequence. 3 ond 4» Basemevt {> Granitolde: 4~Supracrastal Sequence, 5 Sheer belts; 6 Area curveved by Rocha (1991) Figura 9 - Priteipais zonas de cisahamento entre Cactié ¢ Jacarac ‘Segundo Rocha (1993). igure 9 Main shear zones obsered from Caethé to Jacaracl After Rocha (1992) 5.2- UNIDADES.TECTONICAS Rocha (1991, 1992) separou dois regio do Espinhago Setentrional: pré-Espinhago © Espi- nnhago. A. teeténiea pré-Espinhago afetou apenas 9 em- ‘basamento, no qual pelo menos uma fase de deformagao, Dp, que ndo afetou as rockas da cobertura metassedimentar, {i registrada no bandamento metamériico dos gnaisses ¢o ‘Complexo Lieinio de Almeida (ver foto 1). R Arquivos Abertos 12 ‘Ao contratio de Souza et al. (1990), Rocha (1991) con- sidera o Complexo Liefnio de Almeida fora do émbito extra- Uigrafico-estrutural do Supergrupo Espinhago, ¢ acha provével que a deformagdo Dn tenha sido contempordnea ou anterior ao ciclo Transamaz6nico, na ficies anfibolito médio a alto, como sugere Si (1984), face 3 migmatizagio ¢ a al- guns niicleos de granulitizagao, A foto 11 é mais um regis- iro desta fase: mammore bandado ¢ foliado, do Complexo Licinio de Almeida Foto 11 — Mérmore bandade, flindo, rico ext miinoraic verdes (clr ciopsidioy, assochdo 3 facies earbonsto (Complexo La de Almsida) Mina de Pas da Repo. Photo 11 ~ Banded aad foisted green mineratsich marble (corte topside), assocated to carbonate facies (de Almeida Comples). Pau d Rego mine ‘A unidade teetinieca Espinhago, que afetou tanto 0 em- basamento Pré-Espinhazo como o Supergrupo Espinhaco, ¢ composta por trés fases de deformagao. Fstas fases (Di, D2 € D3), assim como a fase Da, podem ser visualizadas no quadro 2 (ver comentério no quarto ¢ quinto pardgrafos do item 5.3) Quadro 2 inten da evolughe fectonometamérfien da regito ‘do Espinhago Setentrional Table 2-Synopsi of the tectano-matemorphie exoltion ofthe Northern Espinhaco raion Tad, | fas [Undale far] Esilo [Emons [Neaneramo re DB, [Como |Dabras | Bandaneni [ae Espino [tiie fects fctmdieo| Aeon ‘ida —_[reumtenes (Sq Br Doras [Cinagon a [x0 Complexe fiocinis [PAS Jalneidae [Crathimente/Csi ried |espintaco ‘Soran |Dabras | Cliagersde | spinhase | Simsias[erraago | "ists _ | Br [atin Kido csimtinias | += do corfandit eo osnbelo do lemeno marganéstratase de adie" sophia "NP de metanats Segundo Rosh fer Rock (199,199) « Arquivos Abertos 12 Dobramentos em gnaisses bandados do embasamento Pré-Espinhago so registrados nas fotos 12 a 15. A siltima é do Complexo Licinio de Almeida. As fotos 16 © 17 regis- ‘ram dobramentos em rochas metassedimentares do Super- ‘grupo Espinhago, Foto 12 - Dobras isoctnais em Z, reeumbentes, em gnaisses do. Com- plexo Metamdrfico-Migmatco (Souza etal, 1990). Photo 12 - Recuntent isoclnal Zfoids in gacisses of the Metamorphs-Migmatite Complex (Sowa et Foto 13 - Dobra rectinaga, redobrada, em goaisss do Complexe Metarsbrfico-Mizmatitic. Sow etal. 1990) Photo 13 ~ Refolded recined fold tn gneisses ofthe Metamorphic-Migmatile Comples (Souza etal, 1990). clinak (eetiniea Fspinhae). A folinclo vertical é de plano axial Photo 14 - Banded gneisses (pre-Espinhaco tectonics) with isoeina folds (Espinhaco tectonics), The vertical follationis an axial plane feature. Companhia Bama de Pesquisa Mineral - CBPM Foio 15~ Dobra isoclinal (Dy do quadro 2) em paragnaisses do Com- pilexo Lae Amel Photo 15 ~ Isclinal fold (Dy in teble 2) In paragncisses of the L. de ‘Almeida Complex. Foto 16 -Litofdeies Bs (Formagio Mosquitos camadas manganesiferas (G), eentimitrieas, paraelas 4 clvagem de P.A. Si, redobradas pela fase assimétrica Dz, que gerew a ereaulagho Ss (ver quadro 2) Mina de Pedra Preta. Photo 16 - By Lithofaces — (Moxgutto Formation): cendreetric ‘manganiferous lasers (Sq, parallel to Sy A.P. cleavage, refolded by the nymimerica D3 phase responsible for 83 crenalation (se table 2). Pedra Preta mine : B Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM Foto 17 ~ Litoticies Bs: dobramentoisolinal sganesfers do Supersrupe Espinhaco. 1 formacio ferroman- Photo 17- Bs Lithofacies:socknal folding in iron-manganese formation of the Esplnhaco Supergroup. $.3- EVOLUGAO TECTONOMETAMORFICA, Cosia & Inde (1982) consideraram 0 padtto estrutural do Espinhago Setentrional compativel com o de um au- lacégeno, tal como conceituado por N.S. Shatsky. Trabalhos recentes sobre 0 criton do Sio Franciseo ressallam as estru- turas decorrentes de movimentos de blocos nos regimes rigido c dutil, cujos modelos associam as feigdes estruturais 1 uma deformagio progressiva, enquanto as dobras ¢ fases distintas de deformago passam a ter papel secundario (Ro- cha & Dominguez, 1993). ‘A evolugtio tectonometamérfica da rea configura um medclo de desenvolvimento polifisico para a estrutura ¢ 0 ‘metamorfismo a regidio (Souza et al., 1990; Rocha, 1991, 1992; Rocha & Dominguez, 1993). Comegou com a tec- ténica pré-Espinhago, em que antigos Ieitos de rockas quimico-sedimentares, submetidos a dobramento isoclinal recumbente, foram gnaisifieados no médio grou metamér- fico (facies anfibolito). Biotita, hornblenda ¢ oligoclésio compdem a sua paragénese mineraldgica. Com o posterior desenvolvimento da. tectOniza Espinhago, tanto 0 em- bbasamento como a eobertura foram submetidos a sucessivos dobramentos ¢ cisalhamentos duteis (fotos 18 e 19). i“ Arquivos Aberios 17 Foto 18 - Cisalhamenio Santo Onofre: gnasse milonizade. Préximo Urandi, Photo 18 Santo Onofte shearing: milonitized gneiss. Near Grandi om Foto 19 -Ciealsamento Jeearaci: seitosestirados no conslomerado litotcies S1 FormasHo Salto) cuja mairiz eontém cianita, Estra Cacale-Tonape Photo 19 ~ Secaraci shearing: suetched pebbles in Sy lithofac Comglomerate Salto Formation) Muni coutalnskyanite. Caculé-Ta row Arquivos Abertos 12 © primeiro episédio da tecténica Espinhsgo (D1) se caracteriza pelo desenvolvimento de esforgos pro- gressivos de diregio E-W, contra 0 bloco de Guanambi, a cujas dobras de'eixo NNW associam-se alhamentes semiparalelos & foliagdo de plano axial. Esses cisalhamentos delinearam-se, em parte, nas zones ds falhas normais da fase extensional do rifteamento que deu inicio a formagao da bacia meso- proterozdica. (Rocha & Dominguez, 1993). A paragénese mineral (clorita, moscovita, clorit6ide, an- daluzita, silimanita, cianita, granada, estaurolita) deste primeiro episédio, que também atingiu toda a Chapada Diamantina, indica metamorfismo variével de xisto-verde a ‘epidoto-anfibolito. As ficies metamérficas mais clevadas restringem-se as regides onde stio comuns as estroturas geradas na fase D3. Cessados ou diminuidos os esforgos (stresses) E-W, passa a atuar o segundo episddio de defor- magio, através de esforgos de dirego N-S. Mas, a despeito das fases D2 ¢ D3 do quadro 2 de Rocha (1991, 1992), Rocha & Dominguez (1993) sugerem que as duas fases, zo invés de distintas, possam re fletir um nico episédio simultaneo (D2-D3), gerador de dobramentos, transcorréncias ¢ empurtdes na borda norte da Chapada Diamantina, Sugerem, ainda, que este episédio tenha provocado a subida de blocos crustais, gerando uma deformagao por crenulagao em dobras assimétricas de cixo NNE (associadas a cisal- hamentos fracos, com vergéncia centripeta para o bloco do Paramitim), que afetou parte do Espinhago Setentrional, onde o metamorfismo alcangou até a racies epidoto-anfibolito (anfibolito baixo), € a borda oeste da Chapada Diamantina. ‘A primeira fase da tecténica Espinhago foi funda- mental no modelamento estrutural da regiso. A com- pressio das duas unidades litoestratigrificas maiores (Pré-Espinhago ¢ Espinhago) gerou uma paralelizacao tal que conduziu 0 Complexo Licinio de Almeida ¢ a seqiigneia inferior do Supergrupo Espinhago a uma aparente identidade estrutural-cstratigréfica, Aliés, 2 discordancia angular entre os paragnaisses deste com- plexo ¢ a base da cobertura Espinhago ¢ pequena, de no mais que 10° ou 15°. © dobramento isoclinal, no embasamento, é evi- denciado em diverses afloramentos da formago fer- romanganesifera do Complexo Licinio de Almeida. As dobras inclinadas acarretaram a inversio de camadas, 0 que se confirma em grande parte das estrutures geopetais das unidades da cobertura, mas que € também identificdvel em camadas-guia do em- basamento, desprovidas de estruturas sedimentares in- dicadoras de base e topo estratigrificos. Nas fotos 20 ¢ 21, estratificagses cruzadas de grande porte sto exemplos de estruturas indicativas de topo e base, em rea onde se constata, no terreno, inversio de camadas da cobertura. Ha intmeros ou- iros exemplos na regio, como os das fotos 6 € 8. Jé na foto 17, onde também se perecbe camada invertida, ndo ha estrutura geopetal. Inversdes em bandas do- bradas de rochas metassedimientares do embasamento so registradas nas fotos 1. 12 ¢ 13. Companhia Batana de Pesquisa Mineral - CBPM Foto 20- Estratineayo eruzada de grande porte em quartzite da For sma¢lo Salto. Proximo 2 Jacaraci, onde estruturas geopetais sugerem averse de camadae Photo 29- Large erossbalding in quartte of the Salto Formation. Neor Jacarach. Geopetal structures suggest inversion of beds. Photo 21 - Dell ofthe preceding photo. is

Вам также может понравиться