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CIMATEC

TECNOLOGIA DA
RECICLAGEM
CIMATEC

TECNOLOGIA DA
RECICLAGEM
Salvador
2007

Copyright 2004 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

Núcleo de Transformação de Plástico

Elaboração: Zora Ionara Gama dos Santos

Revisão Técnica:

Revisão Pedagógica:

Normalização:

Catalogação na fonte (NIT – Núcleo de Informação Tecnológica)


______________________________________________________

SENAI- DR BA. Tecnologia da Reciclagem.


Salvador, 2005. 46
p.il. (Rev.00)

1. Plásticos l. título

CDD XXX
_______________________________________________________

SENAI – cimatec – Núcleo de transformação de plástico.


Av. Orlando Gomes, 1845 – Piatã
Salvador – Bahia-Brasil
CEP: 41650-010
Tel.: (71) 3462 9500
Fax. (71) 3462 9599
http://www.fieb.org.br

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................12
1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS................................................................................12
2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TERMOPLÁSTICOS......................................8
3 IDENTIFICAÇÃO DE POLÍMEROS.................................................................................9
3.1 TESTES SIMPLES.........................................................................................................9
3.2 EXAME PRELIMINAR...............................................................................................10
3.3 DENSIDADE................................................................................................................10
3.4 COMPORTAMENTO NO AQUECIMENTO..............................................................10
3.5 PONTO DE PLASTIFICAÇÃO...................................................................................10
3.6 IDENTIFICAÇÃO DE RECIPIENTES.......................................................................11
3.7 IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS PRODUTOS ACABADOS...................................13
4 TIPOS DE RECICLAGEM...............................................................................................18
4.1 Reciclagem Química.....................................................................................................18
4.2 Reciclagem Energética..................................................................................................19
4.3 Reciclagem Mecânica...................................................................................................20
5 PROPRIEDADES BÁSICAS DOS MATERIAIS RECICLADOS.....................................7
APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade e


produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação
profissional e superior, além de prestar serviços técnico e tecnológicos. Essas
atividades, com conteúdos tecnológicos são direcionadas para indústrias nos diversos
segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e informação
tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam
profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, e
apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita, de
forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo apresentado
no módulo.
1 INTRODUÇÃO

1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS


A reciclagem de produtos plásticos pode ser entendida como sendo a implementação de
processos e técnicas para otimizar a utilização de energia, matéria-prima e produtos.
Preservando-lhe com segurança a função intrínseca quando redestinados para novas
matérias-primas ou produtos, amparados em conceitos econômicos, sociais, sanitários e
impacto ambiental adequado.”
Praticamente todos os plásticos empregados nos mais diversos setores de aplicação
podem ser reciclados, como:

construção civil telecomunicações


agrícola eletro-eletrônico
calçados automobilístico
móveis médico-hospitalar
alimentos aviação
têxtil distribuição de energia
lazer embalagens

Principais plásticos empregados no setor de embalagens

 Polietileno de alta densidade - PEAD (HDPE)

 Polietileno de baixa densidade - PEBD (LDPE)

 Polietileno linear de baixa densidade - PELBD (LLDPE)

 Polipropileno - PP

 Poliestireno - PS

 Poli(cloreto de vinila) - PVC


 Poli(tereftalato de etileno) – PET Tipo de resíduo plástico consumido no
Brasil
Composição dos diferentes tipos de resíduos plásticos no consumo total do Brasil

TIPO DE RESÍDUO PLÁSTICO CONSUMIDO NO BRASIL

Minas Grand Rio Rio de


Resíduo Grand Bahia Janeir Ceará BRASI
Gerais e São
Plástico e do o L
Paulo
% % Sul
% % % % %

PET 14,3 7,3 21,0 2,1 44,4 0,1 14,9

PEAD 15,2 13,3 7,0 17,6 12,0 23,4 12,6

PVC 0,2 12,2 7,0 - 10,1 4,9 9,2

PEBD / 46,3 32,1 27,0 69,9 20,9 10,5 30,9


PELBD
PP 13,5 13,6 16,0 7,4 6,8 59,9 15,3

PS 7,9 16,4 4,0 3,0 1,9 0,6 9,9

OUTROS 2,7 5,2 18,0 - 4,0 0,7 7,2

TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0


Produção de Lixo no Brasil

Brasil
241.614 ton de lixo/dia

76%
13% 0,1%
Céu aberto em lixões 10% Usinas
Aterros controlados incinerados
O plástico representa um resíduo de grande aceitação para ser submetido ao processo de
reciclagem. Tanto o plástico filme (sacos plásticos), quanto o plástico duro encontram
atualmente tecnologia disponível para o reaproveitamento.

A indústria nacional de reciclagem obtém sua matéria prima, principalmente, a partir do


lixo industrial e do lixo urbano, através da coleta seletiva.

Objetivo da reciclagem de plásticas

 reduzir o consumo de matérias-primas

 reduzir o consumo de recursos naturais não-renováveis

 reduzir o consumo de energia e água

 reduzir o crescente impacto ambiental

A reciclagem pode ser classificada de acordo com a origem dos resíduos em:

 Reciclagem primária ou pré-consumo:

É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em


produtos com característica de desempenho equivalentes às daqueles produtos
fabricados a partir de resinas virgens. A reciclagem pré-consumo é feita com os
materiais termoplásticos provenientes de resíduos industriais, os quais são limpos e de
fácil identificação, não contaminados por partículas ou substâncias estranhas.

 Reciclagem secundária ou pós-consumo:

É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de


operações. Os materiais que se inserem nesta classe provêm de lixões, sistemas de
coleta seletiva, sucatas, etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e
resina, o que exige uma boa separação, para poderem ser aproveitados.

 Reciclagem terciária:
É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por
processos termoquímicos (pirólise, conversão catálica). Por esses processos, os
materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente
as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e
óleos combustíveis.

2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TERMOPLÁSTICOS

O comportamento dos materiais plásticos face às solicitações mecânicas é


freqüentemente designado por viscoelástico. Isto significa que os plásticos têm
características comuns aos sólidos de Hooke e aos fluidos newtonianos. Como
conseqüência da sua viscoelasticidade, o comportamento mecânico dos plásticos é
fortemente afetado pelo tempo de atuação das solicitações, assim como pela
temperatura.

As propriedades térmicas dos polímeros são tão importantes quanto as suas


propriedades mecânicas. Ao contrário dos metais, os polímeros são extremamente
sensíveis a mudanças de temperatura, e para serem observadas as propriedades
mecânicas, elétricas e químicas dos polímeros, é indispensável o conhecimento da
temperatura no qual tais valores foram obtidos.

Os termoplásticos, em geral, têm baixa resistência mecânica e módulo de elasticidade


em função das ligações secundárias entre moléculas serem relativamente fracas. Eles
apresentam ainda baixo peso específico, são isolantes elétricos e resistentes à corrosão
eletrolítica. As ligações secundárias não muito fortes tornam ainda os polímeros
sensíveis à variação térmica e de fácil moldagem industrial de seus produtos, uma vez
que a elevação da temperatura quebram as ligações entre moléculas.

A altas temperaturas os polímeros termoplásticos apresentam o comportamento de um


líquido viscoso, pois em temperatura elevada a atração intermolecular é fraca. Em
temperaturas intermediárias a atração entre as cadeias aumenta e eles passam a
apresentar um comportamento visco-elástico, ou seja, sofrem deformação viscosa e
elástica.
Em temperaturas baixas, os termoplásticos comportam-se como sólidos rígidos,
apresentando ruptura frágil. A temperatura abaixo da qual eles apresentam este
comportamento é aquela chamada temperatura de transição vítrea para os temoplásticos
amorfos, já referida anteriormente.

Os plásticos cristalinos são menos sensíveis à ação da temperatura e apresentam maior


densidade e resistência mecânica do que os amorfos.

Os elastômeros têm uma grande capacidade de deformação elástica em temperaturas


ambientes devida à configuração espiralada de suas cadeias poliméricas.

Eles apresentam também um certo número de ligações cruzadas (reticulação), que é


controlada industrialmente pela reação com o enxofre, em um processo denominado
vulcanização. Esta reticulação governa as deformações lentas, aumenta o módulo de
elasticidade, diminuindo também a resistência a impactos pela menor capacidade de
deformação total.

As propriedades mecânicas dos termofixos são menos sensíveis à variação de


temperatura por possuírem ligações covalentes, portanto mais fortes, entre as cadeias.
Apresentam maior resistência e maior módulo de elasticidade, com isto menores
deformações, quando aquecidos apresentam comportamento plástico.

3 IDENTIFICAÇÃO DE POLÍMEROS

3.1 TESTES SIMPLES

Os testes simples incluem um exame preliminar, como também densidade, ponto de


plastificação e comportamento no aquecimento. Estes testes devem ser executados na
seqüência indicada; se a determinação da densidade é alta, por exemplo, maior de
1,7g/cm3, o material provavelmente deve ser um polímero com flúor, e neste caso o
teste de aquecimento não deve ser executado em razão do perigo da fumaça envolvida.
Nos testes de aquecimento somente uma amostra pequena deve ser utilizada pela mesma
razão, e os devidos cuidados são necessários para evitar a inalação da fumaça.
3.2 EXAME PRELIMINAR

O componente ou o material deve ser examinado quanto à transparência, método de


fabricação, resistência ao corte etc. Um exame deste tipo pode apresentar uma indicação
significativa a respeito do material utilizado. As dimensões e o peso do componente
devem ser anotados.

3.3 DENSIDADE

Em muitos casos a densidade absoluta ou gravidade específica do material não é


exigida; o que é exigido é um valor aproximado. E pode ser obtido pela verificação se o
material afunda ou flutua dentro de um número limitado de líquidos. Os líquidos podem
incluir água e cloreto de magnésio saturado; a água possui a densidade de 1g/cm3
(gravidade específica =1), e o cloreto de magnésio tem densidade de 1,34g/cm3
(gravidade específica =1,34).

3.4 COMPORTAMENTO NO AQUECIMENTO

Materiais termoplásticos amolecem no aquecimento, enquanto os termorrígidos, não.


Quando a temperatura chega a um ponto determinado eles entram em decomposição.
Um material termoplástico amorfo amolece sobre uma faixa maior de temperaturas, do
que um material termoplástico semicristalino; estes possuem um ponto de plastificação
bem determinado. Em muitos casos, este teste pode ser combinado com o teste a seguir.

3.5 PONTO DE PLASTIFICAÇÃO

Novamente não é exigido um valor muito preciso. A maneira mais simples de se obter
um valor aproximado é pelo aquecimento de uma amostra pequena numa placa metálica
quente, enquanto o aumento da temperatura está sendo registrado; deve ser usada uma
taxa de aumento da temperatura de aproximadamente 50°C (120°F) por hora (veja
Tabela 9 referente aos detalhes de alguns pontos de plastificação).

3.6 IDENTIFICAÇÃO DE RECIPIENTES

Em alguns países a utilização de recipientes de plástico é restrita por legislação, para


proteger o ambiente contra lixo. Um esquema, ou sistema de identificação, seleção e
reciclagem de recipientes como, por exemplo, garrafas de PET, devem ser realizadas
por fornecedores e consumidores. A tecnologia existe; o material recuperado é utilizado
para fibras. A preocupação com o ambiente levou alguns países, ou estados dentro
destes países, a criarem leis que exigem que frascos de plástico levem códigos, que
identifiquem o material de fabricação. Estes códigos podem ser baseados naqueles
publicados pelo Instituto de Frascos Plásticos (Plastics Bottle Institute) dos Estados
Unidos, que auxiliam na classificação antes da reciclagem. Aproximadamente 20% de
todos os frascos nos Estados Unidos são reciclados - os materiais PEAD e PET
perfazem aproximadamente 75% de todos os frascos plásticos. Coleta e separação na
rua é normal. As preocupações sobre a reciclagem de plásticos proibiram a utilização de
materiais plásticos em aplicações do tipo lata.

Simbologia específica para a identificação de plásticos


Polietileno Tereftalato Polietileno de Alta
Densidade

Policloreto de Vinila (PVC) Polietileno de Baixa


Densidade

Polipropileno Poliestireno
Outros materiais

No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas
(plásticos) virgens.

Comparativo da participação dos diferentes tipos de resíduo plástico no consumo total


da Indústria de Reciclagem de plástico no Brasil
3.7 IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS PRODUTOS ACABADOS
GARRAFAS e FRASCOS
1.-Verificar se tem o Código de Identificação

1 PET 4 PEBD / PELBD 7 OUTROS


2 PEAD 5 PP
3 PVC 6 PS

2.-Se não tiver marcado o Código de


Verificar a transparência do material

TRANSPARENTE TRANSLÚCIDO OP A C O

PET, PP, PVC PEAD, PSAI, PP PEAD, PP,


PSIA, PET
pigmentados

GARRAFAS e FRASCOS

TRA NSPA RENTE


PET, PP, PVC

E mbranquecim.

Sim Não

PP, PVC PET, PVC

Teste de C hama Teste de


/ Densidade C hama

Sim / Não / Sim Não


afunda flutua
na água na água
PVC PP PVC PET
GARRAFAS e FRASCOS

TRA NSL ÚCIDO

PEAD, PP, PSAI

Densidade

Afunda Flutua
na água na água

PSAI PEAD, PP

E mbranquecim.
.

Sim Não

PP PEAD

GARRAFAS e FRASCOS

OPA CO
PEAD, PP, PSAI, PET

Densidade

Afunda Flutua
na água na água

PSAI, PET PEAD, PP

Queima E mbranquecim.
.

Fuligem gota Sim Não


cheiro cheiro
PSAI PET PP PEAD
TAMPAS

1.-VerificarsetemoCódigodeIdentificação

1 PET 4 PEBD/ PELBD 7 OUTROS


2 PEAD 5 PP
3 PVC 6 PS

2.- Senãotiverm arcadooCódigode


Verificaratransparênciadomaterial

TRANSPARENTE TRANSLÚCIDO OPA CO

PS PEBD PEAD, PP, HIPS.

TAMPAS

OPA C O
PEAD, PP, PSAI, PVC, PET

Densidade

Afunda Flutua
na água na água

PVC, PSAI, PET PEAD, PP

Queima E mbranquecim.
.

Fuligem chama gota Sim Não


cheiro esverdeada cheiro
PSAI PVC PET PP PEAD
FILMES

1.- Verificar a transparência do material

TRANSPARENTE TRANSLÚCIDO OPA CO

Celofane PEBD (grosso) PEBD pigmentado

PEBD/PELBD PEAD PEAD pigmentado

PP / PVC / PET PP PP pigmentado

PVC pigmentado
FILM ES
TRA NSPA RENTE

Celofane
PEBD / PP
PVC / PET

R igidez

Rígido Muito
flexível
PP, PET, PEBD
Celofane PVC

Densidade Densidade

Flutua Afunda Flutua Afunda


na na na na
água água água água

PP PET PEBD PVC


Celofane
(dissolve em acetona)

F IL M E S

TRA NSLÚCIDO
/OPA CO
PEAD
PEBD pigmentado
PP pigmentado
PVC pigmentado

Som E stridente
quando amassado

Sim Não

PEAD, PP PEBD, PVC


P ropagação
Teste de
do Rasgo
Chama
/ Brilho
Baixa Alta Não Sim
Alto Brilho Brilho Ceroso

PP PEAD PEBD PVC


4 TIPOS DE RECICLAGEM

 Reciclagem química

 Reciclagem energética

 Reciclagem mecânica

4.1 Reciclagem Química

A reciclagem química reprocessa os plásticos transformando-os em petroquímicos


básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima,
em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de elevada
qualidade.

O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes químicos


individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a produção de
novos plásticos.

HIDROGENAÇÃO: As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio


e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.

GASEIFICAÇÃO: Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de


síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.

QUIMÓLISE: Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na


presença de glicol/metanol e água.

PIRÓLISE: É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este
processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias.

As etapas do processo de reciclagem química seguem o esquema mostrado na figura


abaixo:
Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de pré-tratamento,
custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir plásticos novos com a mesma
qualidade de um polímero original.

4.2 Reciclagem Energética

A reciclagem energética é a recuperação da energia contida nos plásticos através de


processos térmicos. Este tipo de reciclagem deve ser feita em sistemas que, além da
geração de energia elétrica/térmica, assegurem a total proteção ao meio ambiente de
modo a não liberar poluentes na atmosfera, o que diferencia o conceito da simples
queima.

A reciclagem energética é importante para aqueles materiais contaminados, cuja


limpeza e descontaminação sairia muito cara e impactante ao meio ambiente.

A energia contida em 1 kg de plásticos é equivalente à contida em 1 kg de óleo


combustível.

Além da economia e recuperação de energia conseguidas, ocorre ainda uma redução de


70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado.

As etapas do processo de reciclagem energética seguem o esquema mostrado na figura


abaixo:
4.3 Reciclagem Mecânica

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou


pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos.

Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos compostos por um único tipo de


plástico, ou produtos a partir de misturas de diferentes plásticos em determinadas
proporções. Estima-se que no Brasil sejam reciclados mecanicamente 15% dos resíduos
plásticos pós-consumo.

As etapas do processo de reciclagem mecânica seguem o esquema mostrado na figura


abaixo:
A logística da Indústria de Reciclagem Mecânica segue geralmente o diagrama abaixo:

RESÍDUO
PLÁSTICO

CATADO EMPRESAS
R DE
TRIAGEM
OU
COLETO
R
EMPRESAS Material
INTERMEDIÁR DE
Plástico
IO RECICLAGE
M Reciclad
o
EMPRESAS
DE
TRANSFORMAÇÃO

PRODUTO FINAL
SEPARAÇÃO
O processo tem início com o recebimento da matéria prima, que vem de associações de
catadores, empresas de coleta seletiva ou sucateiros.

A empresas normalmente preferem adquirir o material compactado, enfardado e em


toneladas. Em seguida é feita uma triagem do material, onde em uma esteira dos
diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual.
Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e
produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos,
etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática
das pessoas que executam esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte
do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é mais limpo em
relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.

MOAGEM

Depois de separados os diferentes tipos de plásticos, passam por um moinho de facas,


onde são moídos e fragmentados em pequenas partes. Apenas moídos, os plásticos já
podem ser vendidos.

LAVAGEM

Depois de triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada
dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a
sua reutilização ou emissão como efluente.

AGLUTINAÇÃO

Além de completar a secagem e agregar mais valor o material é compactado, os


plásticos podem seguir para um aglutinador, que aquece e resfria o plástico, reduzindo
assim o volume e dando densidade suficiente para entrar na extrusora, uma vez que o
atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da
temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é
utilizado para incorporação de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes.
EXTRUSÃO

A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontra-


se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é resfriado com água. Em
seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos
plásticos).

Um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias recicladoras de plástico


constitui-se no fornecimento confiável de matéria prima. Normalmente, busca-se
parcerias com indústrias que gerem quantidades grandes de aparas e sucatas no seu
processo industrial. Esse resíduo possui muito menos impurezas. Em geral,
fornecimento se dá a partir de contratos de prestação de serviços entre fornecedor e
cliente e o pagamento é efetuado à vista, constituindo-se em outro problema para o
reciclador. Ainda assim há vantagens para o empresário reciclador que negocia sua
matéria prima com indústrias, pois o desperdício é menor (10% contra 40% da coleta
seletiva de lixo urbano, sendo o material mais puro e homogêneo).
Separação por tipo de plástico
 baixa densidade (flutua na água);
Polietilenos de baixa e alta densidade  amolecem a baixa temperatura (PEBD
= 85ºC; PEAD = 120ºC);
 queimam como vela liberando cheiro
de parafina;
 superfície lisa e "cerosa";
Polipropileno  baixa densidade (flutuam na água);
 amolece à baixa temperatura (150ºC);
 queima como vela liberando cheiro de
parafina;
 filmes quando apertados nas mãos
fazem barulho semelhante ao
celofane;
Poli (cloreto de vinila)  alta densidade (afunda na água);
 amolece a baixa temperatura (80ºC);
 queima com grande dificuldade
liberando um cheiro acre;
 é soldável através de solventes
(cetonas);

Poliestireno  alta densidade (afunda na água);


 quebradiço;
 amolece a baixas temperaturas (80 a
100ºC)
 queima relativamente fácil liberando
cheiro de "estireno";
 é afetado por muitos solventes
Poli (tereftalato de etileno)  ·alta densidade (afunda na água);
 ·muito resistente;
 ·amolece a baixa temperatura (80ºC);
 ·utilizado no Brasil em embalagens de
refrigerentes gasosos e começando a ser
utilizado em embalagens de óleos
vegetais, água mineral e etc.

Densidade de plásticos peletizados

Além disso, algumas embalagens e alguns artefatos são tão tradicionais que a sua
identificação torna-se relativamente simples. Esta tabela apresenta alguns exemplos
típicos:

Tipos de plástico
baldes, garrafas de álcool, bombonas PEAD
condutores para fios e cabos elétricos PVC – PEBD - PP
copos de água mineral PP - PS
copos descartáveis (café, água, cerveja etc.) PS
embalagens de massas e biscoitos PP - PEBD
frascos de detergentes e produtos de limpeza PP – PEAD - PEBD - PVC
frascos de xampus e artigos de higiene PEBD – PEAD - PP
gabinetes de aparelhos de som e TV PS
garrafas de água mineral - usualmente PVC
garrafas de água mineral – ocasionalmente PEAD - PP - PET
garrafas de refrigerantes - corpo PET
garrafas de refrigerantes - base PEAD
garrafas de refrigerantes - tampa PP
garrafas de refrigerantes – retentor da tampa EVA
isopor PS
lonas agrícolas PEBD - PVC
potes de margarinas PP
sacos de adubo PEBD
sacos de leite PEBD
sacos de lixo PEBD - PVC
sacos de ráfia PP
tubos de água e esgoto: usualmente PVC
tubos de água e esgoto: ocasionalmente PEAD - PP

Sabe-se que é grandes a quantidade e variedade de polímeros que se encontram


misturados aos mais diversos resíduos sólido. O gráfico abaixo apresenta um
comparativo da participação dos diferentes tipos de resíduo plástico no consumo total da
indústria da reciclagem em alguns Estados do Brasil.
Discursos inflamados e bem intencionados há anos discutem uma fórmula capaz de
impulsionar a indústria de reciclagem do plástico no País. Porém, muito se reivindica e,
na mesma proporção, mas inversa, pouco se faz de forma efetiva para fortalecer esse
mercado. Os problemas são velhos conhecidos dos profissionais do setor. A luta contra a
tributação do plástico reciclado e a escassez de programas de coleta seletiva não são
nenhuma novidade.

Mesmo assim, a indústria brasileira de reciclagem de plástico avança. O gráfico abaixo


mostra um panorama do desenvolvimento deste mercado em 5 Estados Brasileiros. De
acordo com dados, hoje são reciclados no Brasil 17,5% do total de resíduos sólidos pós-
consumo.

Fonte: IBGE, 2002.

Obstáculos para o desenvolvimento da indústria de reciclagem

Principais dificuldades encontradas na aquisição de matéria-prima

 Falta de fornecimento contínuo, homogêneo e suficiente de matéria prima

 Existência de contaminantes na matéria-prima ofertada

 Flutuações de preços

 Redução da disponibilidade de resíduo industrial, em função do


reaproveitamento interno pelas empresas estar crescendo
Outros obstáculos citados pelas empresas

 Condição de informalidade do setor

 Falta de experiência de mão-de-obra da coleta seletiva

 Existência de intermediários

 Inadimplência do mercado

 Ausência de código de identificação da resina

 Pagamento de 15% de IPI sobre o produto reciclado


Cores características dos contâiners apropriados para a coleta seletiva de lixo
RESOLUÇÃO No 275 DE 25 DE ABRIL 2001

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das


atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista
o disposto na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179, de 21 de
setembro de 1999 resolve:

Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado
na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva.
5 PROPRIEDADES BÁSICAS DOS MATERIAIS RECICLADOS

Grande parte dos polímeros é susceptível ao ataque pelo oxigênio durante a sua síntese,
armazenamento, processamento e uso. Além disso, são sensíveis à temperatura
podem ainda sofrer algum tipo de ataque biológico. A sensibilidade a estes agentes varia
com o tipo de estrutura química de cada polímero.

Diante disso fica claro que o material reciclado é fruto de uma matéria prima que além
de já ter sofrido todos esses atques, na maioria das vezes, teve por algum tempo uma
exposição mais agressiva na sua destinação final, que muitas vezes foi em lixões a céu
aberto. Isso lhe causou ainda mais danos e, esses danos podem ser chamados de
degradação.

A degradação é definida como uma série de reações químicas envolvendo rupturas de


ligações da cadeia principal da macromolécula, a qual pode ser causada por agentes
físicos e/ou químicos. A degradação causa modificações irreversíveis nas
propriedades dos materiais poliméricos, sendo evidente pela deterioração progressiva
das propriedades, incluindo o aspecto visual dos polímeros.

Os principais fatores de degradação dos materiais poliméricos são a exposição à


radiação ultravioleta, os processos termoxidativos, a degradação por agentes biológicos
e o ataque por agentes químicos, sendo que estes fatores não estão elencados em ordem
de importância.

Os efeitos destes fatores variam de polímero para polímero. Algumas manifestações


podem ser escritas como sendo comuns: descoloração (notadamente amarelamento),
migração e volatização de aditivos, perda de brilho ou transparência, chalking
(afloramento superficial de cargas ou pigmentos) e fissuração superficial, com perda de
uma série de propriedades mecânicas, notadamente resistência ao impacto e à tração, em
função da fragilização incorrente. Em alguns polímeros pede ocorrer formação de
ligações cruzadas ao invés de cisão de cadeia.

Como exemplo destes fatores, a volatilização de plastificantes adicionados aos


polímeros leva ao aumento da temperatura de transição vítrea, ou seja, numa mesma
temperatura aumenta-se a plasticidade. As moléculas de plastificante penetram entre as
macromoléculas (pois os plastificantes são moléculas relativamente pequenas)
enfraquecendo as forças de atração de Van der Waals entre elas, permitindo o
deslocamento entre elas, tendo como efeito macroscópico aumento da plasticidade.
Podendo ainda serem atacadas por microorganismos; resultado: fragilização do material,
penetração de oxigênio e conseqüente quebra de macromoléculas por oxidação.

Segue abaixo esquema do que pode ocorrer com as propriedades de alguns polímeros
após seu uso.
Reciclagem do PE

Sob a ação de

oxigênio calor esforços mecânicos raios UV

PE

Reações oxidativas

Baixo desempenho

variações nas propriedades


mecânicas
físicas
químicas

A Figura abaixo mostra a variação do índice de fluidez (MI) do PE reciclado após sofrer
vários ciclos de extrusão. Observa-se que houve um pequeno aumento do MI para
amostras estabilizadas, podendo ter ocorrido algum tipo de cisão de cadeia enquanto
quanto que para amostras não estabilizadas observa-se queda do MI seguida de
aumento, podendo ter ocorrido forma de ligações cruzadas seguida de cisão de cadeia
com o aumento do número de extrusão. Essa variação leva a uma série de modificações
nas propriedades do PE reciclado.
Em relação às variações ocorrida nas propriedades mecânicas pode-se verificar pela
figura abaixo, onde é nítida a diminuição da resistência ténsil com o aumento do
número de extrusão isso implica dizer que está ocorrendo uma cisão de cadeias para
amostras não estabilizadas.
Referências Consultadas

1. AGNELLI, J. A. M. Curso. Degradação e estabilização de polímeros. São


Carlos, Associação Brasileira de Polímeros, 1991.

2. BILLMEYER JR, F. W. Textbook of polymer science. 3. ed. Nova York: John


Wiley & Sons, 1984.

3. MANO, E. B. Polímeros como Materiais de Engenharia. Ed. Edgard Blücher.


São Paulo, 2000.

4. McCRUM, N. G. et al. Principles of Polymer Engineering. Oxford Science


Publications. Oxford, 1997.

5. CEMPRE – www.cempre.org.br

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