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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL VIII - TATUAPÉ
4ª VARA CÍVEL
RUA SANTA MARIA Nº 257, São Paulo - SP - CEP 03085-000

TERMO DE CONCLUSÃO
Em 13 de setembro de 2010, faço estes autos conclusos ao
Meritíssimo Juiz de Direito, Dr. FABIO HENRIQUE PODESTÁ.
Eu,______(BETANIA), Escrevente Técnico Judiciário,
subscrevi.

SENTENÇA

Processo nº: 008.08.106583-8 - Reintegração / Manutenção de Posse


Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancarios de São Paulo -
Bancoop
Requerido: Ana Paula de Lima Paiva e outro

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tj.sp.gov.br/esaj, informe o processo 008.08.106583-8 e o código 080000000KAVV.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). FABIO HENRIQUE PODESTÁ

VISTOS

COOPERATIVA HABITACIONAL DOS


BANCÁRIOS DE SÃO PAULO - BANCOOP ajuizou AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO
DE POSSO com pedido de LIMINAR em face de ANA PAULA DE LIMA PAIVA e
NORBERTO GOMES DE PAIVA afirmando ter celebrado com os réus Termo de
Adesão e Compromisso de Participação, buscando se associar à cooperativa, e assim
contribuir com seus recursos para a construção do empreendimento Conjunto dos
Bancários Mirante do Tatuapé, situado a Rua Pedro Bellergarde, 208/236 – Ap. 92, Bloco

Este documento foi assinado digitalmente por FABIO HENRIQUE PODESTA.


A São Paulo SP. Nesse termo ficou pactuado o preço estimado de R$ 46.500,00, e seu
pagamento foi dividido em parcelas. E no final da obra a autora transmitiu a posse do
imóvel aos réus a título precário. Porém, estes se tornaram inadimplentes deixando de
pagar as parcelas avençadas desde abril de 2006. A autora menciona ainda que notificou os
réus extrajudicialmente de sua eliminação dos quadros da Cooperativa, caracterizado o
esbulho possessório, porém, os mesmo restaram inertes quanto à situação e devida
notificação. Assim, pede a procedência, para que seja concedida liminarmente à
reintegração de posse e a condenação dos réus no pagamento de indenização até a efetiva
desocupação do imóvel.
Fls. 63/64: emenda a inicial corrigindo valor da causa.
Fl. 70: liminar indeferida.
Fls. 72/86: agravo de instrumento.
A ré foi citada (fl. 103) e apresentou contestação
juntamente com o réu, na qual, argüiu preliminar de incompetência do juízo, inépcia da
inicial, falta de comprovação de notificação e conseqüente constituição em mora. No

008.08.106583-8 - lauda 1
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mérito, sustenta que a prova de eventual débito é inconsistente, já que são planilhas
elaboradas unilateralmente, sendo que não foram convocados formalmente para participar
de nenhuma assembléia para tratar do assunto. Menciona ainda que não há comprovação de
qualquer débito, e nem ao menos do esbulho sofrido. Pedem improcedência.
Seguiu-se réplica e audiência de conciliação.
É a síntese do necessário.
RELATADOS. FUNDAMENTO E DECIDO.
Trata-se de ação de reintegração de posse em razão de
inadimplemento contratual.
Conheço diretamente do pedido na forma do art. 330, inc. I,
do CPC.
Com relação a preliminar de incompetência deste Juízo,
observo que os próprios réus reconhecem que o julgamento da ação que tem trâmite

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perante o Foro Central desta Capital já foi julgada, razão pela qual não haveria mesmo que
se cogitar da alegada conexão nos termos da Súmula 235 do STJ.
Também não vinga a pretensão de conexão com a outra
ação, especialmente considerando o resultado do julgamento cuja cópia da r.sentença foi
juntada a fls.282/3.
A petição inicial não é inepta na medida em que descreve
de forma adequada a pretensão, sem qualquer hipótese de prejuízo para a defesa, sendo que
a notificação encontra-se comprovada nos autos (fls.56/7).
Quanto ao mérito.
É nítido pelo conteúdo da petição inicial que o valor que
justificou a alegação de inadimplemento contratual para pleitear a reintegração na posse do
imóvel refere-se ao chamado saldo residual.
Aplicável, dessa forma, a doutrina da "substancial
performance", conferindo-se, neste particular, o seguinte precedente: "Resolução
extrajudicial. Doutrina da substancial performance: sua invocabilidade. Não ê
absoluto o direito formativo extintivo do promitente vendedor, ainda que expresso no
instrumento contratual, na hipótese de mora. Se a prestação do promitente
comprador encontra-se substancial cumprida, ao outro figurante incumbe
demonstrar o seu desinteresse pelo restante da prestação, por inútil. Hipótese em que

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94% do preço de negócio de promessa de compra e venda do imóvel encontrava-se
satisfeito. Apelo parcialmente provido" (TJRS, Apelação Cível 194194866, Relator
Juiz Antônio Janyr Dal´Agnol Júnior).
No mesmo sentido é o precedente do TJSP com a seguinte
ementa:
"Ação de rescisão de compromisso de venda e compra.
Cerceamento de defesa. Suficiência da prova documental ao deslinde da demanda.
Aplicação do disposto no artigo 330, inciso I, do CPC. Adimplemento substancial do
adquirente, restando o pagamento da parte final do preço, da rede de água e dos
impostos municipais. Rescisão do contrato afastada, cumprindo ao vendedor a
cobrança do valor em aberto. Aplicação da doutrina da "substancial performance".
Sentença reformada. APELO PROVIDO" (Apelação Cível n.141.854-4,
Rel.Des.Donegá Morandini).
Vale esclarecer que a teoria ora reconhecida não se alinha a
critérios matemáticos para justificar até que ponto houve, ou não, parte substancial
cumprida do contrato, tanto que é a própria ré que reconheceu em outra sede que o valor

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cobrado além de carecer de efetiva comprovação, contempla menos da metade do que foi
pago (fl.126).
Assim, impõe-se reconhecer a ausência de esbulho
possessório.
Adota-se a improcedência da ação como medida de rigor.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO
inicial para condenar a autora nas custas, despesas processuais e honorários de advogado
que fixo em 10% sobre o valor da causa, corrigido desde o ajuizamento.

P.R.I.

São Paulo, 16 de setembro de 2010.

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